PCGuia 257 Junho 2017 - Demonstração

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NETFLIX

FAÇA DOWNLOAD DOS SEUS FILMES E SÉRIES PARA VER EM QUALQUER LUGAR

TESTE EM PRIMEIRA MÃO!

ASUS ZENBOOK 3 DELUXE

EDIÇ DIGI ÃO TAL LEIA A PCGUIA NO SEU TABLET OU SMARTPHONE

INCLUI TESTE O EM GRUP

NDROID BOXES ANDA À VE UGAL EM PORT

USE ANDROID E O KODI NA SUA TV SEGURANÇA

CRIE UMA VPN EM CASA PARA ACEDER AOS SEUS FICHEIROS

OFFLINE

GUARDE PÁGINAS WEB PARA LER QUANDO ESTÁ OFFLINE

ESPECIAL

TENHA UMA CASA INTELIGENTE SEM GASTAR MUITO DINHEIRO!

JUNHO 2O17 n Mensal n Ano 21 n PVP (Cont.)

Torne a sua televisão mais inteligente l Instale aplicações Navegue pela Internet l Configure streams no Kodi


EDITORIAL PEDRO TRÓIA Director

WANNACRY? Estas últimas semanas têm sido dominadas, no que respeita às tecnologias, pelo surto de ransomware que tem afectado milhares de computadores em todo o mundo. E digo ‘surto’, porque, na minha modesta opinião, não foi um ataque coordenado, mas sim mais uma coisa do género: «Vamos mandar isto para muitas pessoas e depois logo se vê se pega». Isto porque não houve um alvo concreto. Identificável. E parece que pegou. O surto em si era mais que previsível, muito mais depois da revelação de uma longa lista de deficiências de segurança descobertas pela NSA, que eram usadas para controlar dispositivos à distância para fazer espionagem. O mais impressionante foi ter sido exposta a falta de investimento (por um lado) e de cuidado (por outro) das pessoas que gerem os parques informáticos de organizações publicas e privadas em todo o mundo. Já para não falar na falta de “cultura digital” das pessoas que clicam em cima de tudo os que lhes chega por email demonstram. Os responsáveis pela divulgação das ferramentas que possibilitaram a criação deste ransomware já anunciaram que, a partir de Junho, vão divulgar mais falhas de segurança em sistemas operativos móveis e para computadores. Por isso, penso que este WannaCry tenha sido apenas o inicio de uma fase menos boa da segurança digital. Tal como acontece com as doenças físicas, a melhor arma é a prevenção. Não clique em tudo o que lhe chega por email. Mesmo vindo de amigos. É uma questão de bom senso.

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ÍNDICE 42 TEMA DE CAPA

Este mês, ensinamos a configurar e a instalar uma box Android para que fique com uma TV vitaminada. ON

6 ACTUALIDADE Notícias de tecnologias, coluna Made in Portugal, hashtags e Green

34 Transforme o seu computador de casa num servidor VPN 36 Fazer downloads do Netflix

70 GADGETS Razer Hammerhead Samsung Gear 360 Smartwatch Xiaomi Amazfit iPhone 7 Plus (PRODUCT) RED DESCOMPLICÓMETRO HP Sprocket

38 Este mês, trocamos o conceito de ‘drone’ por miúdos.

HIGH-TECH GIRL

18

ENTREVISTA Conhecemos melhor Caitlin Pantos, da equipa de Segurança e Privacidade da Google.

MACGUIA

40

Damos-lhe seis dicas para se conseguir focar de forma mais assertiva no seu trabalho diário com o Mac.

INFOGRAFIA

20 O futuro da Internet of Things e as estimativas para os próximos anos.

APPS 58 Apresentamos-lhe uma selecção de aplicações para domótica.

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PLAY

START-UP

21

Youcanevent Apresentamos-lhe a startup portuguesa que organiza eventos à escala global. ESPECIAL

22 Internet of Things A casa inteligente está ao alcance de uma viagem à loja.

62 AUTOMÓVEIS Mercedes-AMG GLC 43 4MATIC PLUG

64

GUIA Luís Alves faz o rescaldo da presença de Portugal no concurso CMWS17. TECHPORN

BOOT

26

DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand parte de um post de Pedro Marques Lopes para a crónica deste mês.

28 TUTORIAIS Editar vídeo com o Kdenliv 32 Tenha acesso a tudo, mesmo offline

TESTES Asus Zenbook 3 Deluxe Acer Switch Alpha 12 Samsung QLED Q8C Adata SD 600 Iki KF5 Bless Cork Asus Radeon RX 580 Strix OC 8 GB Alcatel A5 LED Sony Xperia XA1 NZXT Noctis 450 ROG Canon EOS M6 Huawei Honor 6x BQ Aquaris X Tenda AC9 Asus ROG Maximus IX Extreme

66 Uma box Android, vista de outra perspectiva. LAB

68 Tecnologia em movimento Este mês, o Gustavo Dias conta a sua experiência com o Samsung S8+.

88 JOGOS Prey Farpoint Super Mario Kart 8 Deluxe 94

HARDWARE Cerberus V2 Headset Fnatic Duel TMA-2 Corsair Live Glaive RGB

96 JOGOS MOBILE Pictionary Star Wars: Puzzle Droids Father and Son Vignettes

SLEEP

98 Em Junho, celebramos o aniversário de Wargames e muito mais.

CLASSIFICAÇÕES PCGUIA A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. Em todos os testes onde seja possível medir o desempenho, essas medições valem, pelo menos, 40% podendo chegar aos 50% da nota final. Os outros componentes da nota são a experiência de utilização e o preço. As notas continuam a ser de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior vão receber o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos

MEDIÇÕES

4,5

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE

1 2,5

Facto Positivo Facto Negativo Distribuidor: PCGuia Contacto: pcguia.pt Preço: €42

PCGUIA / 3


INFOGRAFIA

POR CÁTIA ROCHA

O FUTURO DA INTERNET OF THINGS

328

Quase tudo está ligado à Internet: começou com smartphones, chegou aos smartwatches e agora até as cafeteiras têm ligação Wi-Fi. Mas o que é que apontam as estatísticas?

milhões

quantidade de dispositivos ligados à Net, a cada mês

71%

72%

percentagem de utilizadores que acredita que os wearables melhoraram a sua saúde e fitness

percentagem dos donos de casa que querem termostatos auto-ajustáveis e fechaduras com controlo remoto

2018

€ €

Quase metade dos dispositivos conectados vai ser utilizada para negócios

2020

€ €

A estimativa aponta para 100 milhões de lâmpadas e candeeiros conectados

2022

2025

Uma casa vai ter até 500 dispositivos inteligentes

44 zb 20 / P C G U I A

A quantidade de dados que vai circular entre os dispositivos conectados, até 2020

Todos os veículos vão estar conectados

1zb

= 1 000 000 000 000 de GB


TENHA ACESSO A TUDO, MESMO OFFLINE E POR CÁTIA ROCHA

Não precisa de entrar em pânico sempre que fica sem ligação à Internet. Saiba como, com pequenos ajustes, pode continuar a utilizar a Web, mesmo estando offline.

stamos tão habituados à Internet que, quando falha, parece mais difícil enfrentar o mundo. Mas, sim, houve uma altura em que usávamos mapas de papel para descobrir novas cidades, em que se mandavam cartas em vez de emails ou até se faziam gestos para tentar comunicar em outras línguas – assim à laia de primórdios do Translator da Google. Confiamos na Internet para estas coisas todas, mas o que é que se faz quando ela falha? Com alguns ajustes, pode continuar a navegar pelos seus sites favoritos, sem Internet.

TENHA ACESSO A SITES OFFLINE CHROME Para aceder a sites offline no Chrome, tem de fazer alguns ajustes quando estiver online. Abra o browser e digite chrome://flags/#show-saved-copy na barra de endereços. Isto lava-o até às Flags do Chrome, onde, entre várias opções, vai encontrar uma sublinhada a amarelo: ‘Show Saved Copy Button’. Clique no menu dropdown e escolha a opção ‘Enable: Primary’. Assim que alterar alguma coisa, vai ter de reiniciar o Chrome. Depois disso, faça a utilização normal do browser – só vai notar diferenças quando estiver offline. Quando estiver sem Internet, vai aparecer a indicação de que não tem ligação – mas a acompanhar há também uma indicação de ‘Show saved copy’. É isto que lhe vai mostrar uma versão de um site que visitou há pouco tempo. Se não vir o tal botão, é porque a página não está disponível para ver offline.

FIREFOX Se usa o Firefox, também tem uma opção para navegar offline. Pressione a tecla ‘Alt’ (vai ter acesso a uma barra horizontal no topo do browser), clique em ‘File’ e depois em ‘Work Offline’. Ao contrário do Chrome, o modo offline do Firefox abre todas as páginas guardadas sem ser preciso carregar no botão para ver a versão gravasa. Se a página não estiver disponível, aparece um ecrã branco e a indicação para tentar de novo. 32 / P C G U I A


GUARDAR ARTIGOS DA INTERNET Se ainda não conhece o Pocket, está na hora – principalmente com a extensão para os browsers. Disponível para Chrome, Firefox, Edge e Internet Explorer, permite guardar os artigos que quer ler mais tarde. Caso ainda não tenha a extensão, pode sempre ir até getpocket.com/add e clicar em ‘Conectar agora’, para adicionar a extensão ao seu browser. Vai precisar de criar uma conta ou entrar com os seus dados Google. Depois disso, pode começar a guardar os artigos para ter offline e organizá-los com tags ou keywords. Quando estiver offline, clique no ícone do Pocket e vai ver os seus artigos disponíveis para ler. Caso tenha a app no smartphone ou no tablet, vai ver a mesma informação em todos os dispositivos.

LER E ENVIAR EMAILS Para aceder aos seus emails mesmo quando está offline, normalmente precisa de usar um cliente de email como o Outlook, por exemplo. No entanto, para os utilizadores de Gmail existe uma extensão para Chrome, que permite aceder a emails ou anexos dos últimos trinta dias. Enquanto está online, abra o Chrome, vá até à Web Store do browser, procure por ‘Gmail Offline’ e instale a extensão no browser. Assim que adicionar a aplicação, o Chrome abre um novo separador para mostrar o Gmail Offline, ao lado das restantes apps da Google (o logo é igual ao do Gmail, mas em azul). Clique no ícone e seleccione a opção ‘Permitir correio offline’. Vai ter acesso a uma interface semelhante à do Gmail, com a indicação de data de disponibilidade das conversas. Por definição, o Gmail vai mostrar-lhe conversas até uma semana, mas pode alargar o período de sincronização do email em offline. Para isso, vá até à roda dentada no canto superior direito do ecrã e escolha, no menu dropdown ‘Transferir correio de…’, se quer uma semana, duas semanas ou um mês. Para enviar um email, clique no ícone do lápis – pode escrever a mensagem como habitualmente, que será enviada assim que tiver ligação à net.

FAÇA DOWNLOADS DE MAPAS PARA O PC O Map Puzzle é um programa que permite fazer download de áreas do Google Maps ou Bing para ver quando não há ligação à Internet. Aceda ao site mappuzzle.se e faça o download – é portable, por isso não precisa de instalação. Quando abrir o programa, olhe para o campo colorido: é onde vai seleccionar o serviço de mapas que quer utilizar (aqui, foi o Google Maps). Pode escolher se quer ver a imagem de satélite, por exemplo, ou usar o Bing, etc. Depois, escreva a morada, no campo ‘Address’, clique em ‘Search’ e carregue em ‘Preview’ para ver o mapa. Quando quiser guardar o mapa, vá até ‘Browse’ e escolha onde o quer guardar; por fim, clique em ‘Download’. Assim, vai ter sempre a imagem disponível no PC.

TRADUZIR OUTRA LÍNGUA O Google Translate dá sempre um jeitão – afinal, consegue traduzir 103 línguas diferentes, quer escritas ou faladas. Mas também é possível ter 52 línguas disponíveis offline – tem é de fazer o download primeiro. Abra a aplicação e escolha, no ícone dos três pontinhos, a opção ‘Tradução offline’. Aqui vai ter uma lista das opções disponíveis – para instalar, basta carregar no ícone de download.

AGENDE AS PESQUISAS PARA MAIS TARDE Não pode fazer pesquisas no Google offline – nem o “monstro” das pesquisas consegue contornar essa questão. Mas se tem um dispositivo Android, pode dizer ao Google para pesquisar alguma coisa assim que estiver ligado à Internet. Experimente abrir a app da Google e fazer a pesquisa – vai receber a indicação de que está offline, mas também uma mensagem a indicar que o Google vai guardar a sua pesquisa e mostrar-lhe os resultados mais tarde.

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FAÇA O DOWNLOAD DE FILMES E SÉRIES DA NETFLIX POR RICARDO DURAND

Relaxe: isto não vai ser uma pirataria pegada. Foi a própria Netflix que permitiu a funcionalidade de download de episódios de séries e filmes. Embora não esteja disponível em todos os conteúdos, a funcionalidade é bastante útil e nós vamos ensinar-lhe como o pode fazer no Windows.

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1

A capacidade de fazer download de conteúdos a partir da app da Netflix começou por ficar disponível primeiro em Android e iOS. Conteúdo, a empresa acabou também por adicionar esta feature à app gratuita para Windows 10, que pode ser descarregada na loja Windows. Depois de a instalar, faça login com os seus dados, ou então faça uma assinatura do serviço (Join a Free Month): os preços começam nos 7,99 euros e o primeiro mês é gratuito.

2

Depois de entrar na Netflix, seleccione o seu perfil de utilizador. Se for a primeira vez, é-lhe automaticamente dado um perfil, ao qual pode dar um nome e uma imagem ilustrativa. Pode ainda criar perfis para outros utilizadores, o que é especialmente útil se vai partilhar a sua conta com família ou amigos. Para gerir os perfis criados, clique no ícone do lápis que fica no canto superior direito. Isto vai abrir o site da Netflix no browser, onde pode fazer a gestão de tudo isto.


3

4 5 6 7

Assim que faz login no seu perfil e entra na interface da Netflix para Windows, aparece logo uma janela pop-up ‘Download & Go’ que o avisa de que pode descarregar filmes e episódios de séries de TV para o computador. Clique em ‘Find Something to Download’ para ver que conteúdos permitem este recurso. Se, ao contrário disso, quiser navegar um pouco pela biblioteca de conteúdos do serviço, clique em ‘Ok’ na mesma janela pop-up. Sempre que quiser ver que filmes ou séries estão disponíveis para download, carregue no ícone de menu (três linhas horizontais, no canto superior esquerdo) e entre na secção ‘Available for download’. Na secção ‘Available for download’, o conteúdo é mostrado por categorias: novos lançamentos, drama, thrillers, comédias, séries de TV, por exemplo. Para descarregar um filme, clique na imagem do mesmo e depois no botão de download - quando o fizer, a indicação passa a ‘downloading’, o que significa que o filme está a ser transferido para o disco rígido do computador. Pode fechar a janela da Netflix enquanto o conteúdo é descarregado, mas não encerre a app. Se quiser descarregar uma série, terá de o fazer episódio a episódio, já que a Netflix não permite o download de temporadas completas de uma só vez. Quando carrega na imagem da série cujos episódios quer transferir para o PC, tem de clicar no botão de download de cada um deles (uma seta a apontar para baixo). O progresso é mostrado no próprio botão, que passa a ser circular, com um ícone de stop no meio. Se quiser interromper o download, basta clicar aqui. Quando estiver offline e quiser ver um dos conteúdos que descarregou (num tablet Windows ou portátil, numa viagem de avião), aceda ao menu da Netflix como explicámos no passo 3 e entre na secção ‘My Downloads’. Aqui, vai poder ver todos os filmes, documentários, programas e episódios de séries que descarregou anteriormente. Cada download é identificado pela imagem do conteúdo e pelo tamanho que ocupa em disco. Para ver, basta clicar em cima dessa mesma imagem. Para apagar um conteúdo que já tenha visto ou que não queira manter no PC, tem duas soluções: a primeira é, na secção onde estão os seus downloads, clicar no ícone do lápis que está no canto superior direito, seleccionar o conteúdo que quer apagar e carregar no ícone do caixote do lixo que aparece. A segunda, é aceder às ‘Definições’ da Netflix (ícone das três bolinhas, no canto superior direito) e escolher a opção ‘Delete All Downloads’. Aqui também pode ver o espaço livre que tem em disco e escolher a qualidade de imagem dos vídeos que descarrega, Standard ou Superior. Os vídeos em qualidade standard ocupam menos espaço em disco, pelo que é a opção a escolher se estiver mais limitado.

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CAPA

42 / P C G U I A


DÊ AS BOAS VINDAS AO NOVO MEMBRO DA FAMÍLIA: UMA BOX ANDROID PARA LIGAR À TV POR GUSTAVO DIAS E RICARDO DURAND

Comprar uma box Android, para fazer parte dos gadgets com assento cativo na sala de estar, é uma boa decisão. Além de poder funcionar como media center para os seus vídeos, fotos e músicas, vamos também poder instalar várias apps de serviços de streaming para ficar com uma espécie de TV vitaminada.

S

e não tem uma Smart TV, vai poder transformar a sua televisão num centro multimédia, por cerca de cem euros. Nesta edição da PCGuia entramos no mundo das boxes Android e explicamos-lhe como configurar e instalar apps, para que fique com uma alternativa válida aos serviços de televisão das operadoras. Além disso, testamos três das melhores caixas Android do mercado, algumas com possibilidade de reproduzir

conteúdos 4K. Também lhe damos um conjunto de apps obrigatórias para começar a usar a caixa a "todo o vapor", com serviços de streaming de filmes, séries e até desporto.

CAIXAS DE PANDORA Mais em conta, mas com menos funcionalidades, temos o pequeno Chromecast, que o vai obrigar a ter um smartphone ou um tablet para poder reproduzir conteúdos na

televisão. É uma solução válida, para quem não quer dar uma centena de euros por uma box Android. Mas, se estiver na disposição de ter uma verdadeira powerhouse na sala de estar, ou no quarto, analise as nossas três sugestões: Minix Neo U1, WeTek Streamer 4K e Xiaomi Mi Box. Estas autênticas “caixas de Pandora” não vão libertar todos os males do mundo, mas sim uma série de funcionalidades que vão fazer com que o seu serviço de TV pareça saído da Idade da Pedra!

QUESTÕES LEGAIS Se, no passado, a reprodução temporária (como streaming) de conteúdos com direitos de autor não tinha peso judicial, hoje isso mudou. O Tribunal Europeu de Justiça decidiu recentemente que nem mesmo estes casos estão livres de cumprir todas as regras de copyright

dos seus produtores. Como tal, esta situação acaba de tornar crime todos aqueles (lojas, distribuidores e fabricantes) que decidam vender boxes com software pré-instalado que permita a reprodução de conteúdos com direitos de autor.

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ASUS ZENBOOK 3 DELUXE D

epois de a Apple ter lançado uma gama de computadores apenas com entradas USB Type-C, todos os outros fabricantes de PC seguiram-lhe os passos. A Asus foi a última a enviar-nos um portátil que tem apenas três destas entradas: o UX 490U, também conhecido como Asus Zenbook 3 Deluxe. Visualmente, este computador é igual aos outros membros da família Zenbook – o chassis é feito em metal cinzento escovado com arestas douradas. O teclado é da cor do chassis e é do tipo chiclete. O trackpad tem um sensor de impressões digitais incorporado para permitir ao utilizado fazer login sem que haja a necessidade de colocar uma password. Ou seja, tudo é igual aos outros Zenbook. Mas em maior.

ECRÃ GRANDE O Zenbook Deluxe tem um ecrã com 14 polegadas que só é ultrapassado pela versão de 15,6. A resolução máxima é 1080p (1920 x 1080). Do lado esquerdo está uma das entradas USB Type-C, acompanhada da de jack de 3,5 mm, para auscultadores. Do lado direito estão as duas outras entradas USB Type-C. A grande vantagem no recurso a este tipo de tomadas está na sua versatilidade. São mais rápidas que as outras, as fichas podem ser inseridas na orientação que o utilizador quiser e pode emular praticamente

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todo o tipo de entradas incluindo rede, monitor ou USB tradicional. Ainda assim, a Asus até oferece dois adaptadores com o UX490: um para transformar uma entrada USB Type-C numa USB tradicional e outra que converte uma destas entradas numa HDMI para ligar o Zenbook a um monitor.

IMAGEM DE TOPO A “alimentar” o Zenbook 3 Deluxe está o processador Intel Core I7 a 2,7 GHz (com dois núcleos físicos e dois virtuais), 8 GB de memória e um SSD com 256 GB. A gráfica é a que vem incluída no CPU, que partilha a RAM com resto do sistema. Todos estes componentes estão soldados à motherboard o que faz com que quaisquer actualizações ao hardware tenham de ser feitas externamente. A qualidade de construção é simplesmente fora de série, os materiais são excelentes. A única coisa que é sempre um calcanhar de Aquiles (e, neste caso, não é excepção) é o trackpad, que é um pesadelo de usar por ser tão impreciso, principalmente nos cliques. Também excelente é a qualidade da imagem: cores vivas e bom recorte. Nas nossas medições de desempenho, este portátil fez o que pôde, mas o facto de ter apenas 8 GB e um processador de dois núcleos não ajuda muito. Salva-se a bateria, que, nos nossos testes mais intensivos, durou quatro horas. Contudo, acreditamos que, com uma utilização mais regrada, consiga ultrapassar facilmente esta marca. P. Tróia

MEDIÇÕES

3

CONSTRUÇÃO

2

PREÇO / QUALIDADE

2,5

Construção Materiais Podia ser um pouco mais rápido Distribuidor: Asus Site: asus.pt Preço: €1499

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Processador: Intel Core i7-7500U Sistema operativo: Windows 10 Pro Memória RAM: 8 GB Ecrã: 14” LED FHD (1920 x 1080) Gráfica: Integrada Intel HD Graphics 620 Armazenamento: 256 GB SATA3 SSD Ligações: Wi-Fi 802.11 AC, Bluetooth 4.1, 3 x USB Type-C Dimensões: 328,9 x 215,9 x 12,7 mm PCMark 8 Work

3219

PCMark 8 Home

2690

PCMark 8 Home (Autonomia)

245 minutos

3DMark Cloudgate

4367

PONTO FINAL Este Zenbook tem pinta, é bem construído, o ecrã é muito bom, mas falta um pouco mais “genica” ao processador. Ainda assim, é uma máquina honesta que servirá muito bem a todos os que precisem de um computador para trabalhar enquanto estão de viagem ou só queiram mesmo ver uns filmes e navegar pela Internet.


ACER SWITCH ALPHA 12 A

lista de clones do Microsoft Surface está em constante crescimento. Este é um dos segmentos de mercado que tem registado maior procura, uma vez que este tipo de dispositivos tem a portabilidade de um tablet com as capacidades de um computador portátil tradicional. Desta vez, testámos o Acer Switch Alpha 12, que se destaca por oferecer uma excelente relação preço/características técnicas, estando equipado com componentes que rivalizam com os utilizados pela própria Microsoft no seu Surface Pro 4. Além disto, tem a vantagem de ser significativamente mais acessível. Mas esta não é a única razão de destaque deste modelo. Em termos de construção, o Switch Alpha 12 destaca-se por ser mais fino e por incorporar um original apoio traseiro que permite ajustar o ângulo (até 165º) de inclinação. Com o tablet está uma capa que tem um teclado retroiluminado e touchpad, tendo as teclas um tacto similar ao de um teclado tradicional de um computador portátil, graças ao elevado curso das teclas. Outro elemento de destaque é o belíssimo ecrã IPS de doze polegadas que, além de ser táctil e tirar partido da tecnologia Windows Ink, com a Acer Active Pen, oferece uma resolução superior a FullHD (2160 x 1440).

WATERCOOLING Internamente, o destaque vai para a incorporação de um inovador sistema de arrefecimento líquido do processador

(Acer LiquidLoop), que permite eliminar a necessidade de utilização de um dissipador específico e de uma ruidosa ventoinha para um arrefecimento eficaz. Porém, em contrapartida, isto obriga a que o chassis actue como área de dissipação de calor, o que faz com que todo o painel traseiro aqueça de forma significativa, visto este ser totalmente metálico.

DESEMPENHO Em termos de desempenho, não temos nada a apontar aos resultados obtidos, em parte graças à eficiente prestação do processador Intel Core i7-6500U, que funciona em conjunto com 8 GB de memória RAM e um SSD de 512 GB. Embora os resultados tenham sido bons, não espere grandes feitos em situações mais onde se pede um poderio gráfico mais exigentes, como em jogos, visto que a controladora gráfica (Intel HD Graphics 520, integrada no processador) continua a oferecer um desempenho demasiado limitado para grande parte dos videojogos, excepto em títulos como Overwatch. Onde o Switch Alpha 12 desiludiu foi na autonomia, tendo conquistado um dos piores resultados dos últimos tempos, “batido” apenas pelo Lenovo Thinkpad X1, com 182 minutos de autonomia nos testes do PCMark 8. G. Dias

MEDIÇÕES

3

CONSTRUÇÃO

2

PREÇO / QUALIDADE

2,5

Desempenho geral Portabilidade Aquecimento do painel traseiro Distribuidor: Acer Site: acer.com/pt Preço: €1499

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Processador: Intel Core i7-6500U 2,5 GHz (3,1 GHz em Turbo) Memória: 8 GB DDR3 Armazenamento: 512 GB SSD Placa Gráfica: Intel HD Graphics 520 PCMark 8 Work

2951

PCMark 8 Home

2715

PCMark 8 Home (Autonomia)

196 minutos

3DMark Cloudgate

5941

PONTO FINAL Destacando-se pela excelente relação preço/qualidade, este Acer Switch Alpha 12 tem os argumentos perfeitos para ser a sua ferramenta de trabalho quando estiver em viagem, desde que tenha à mão uma tomada para manter a bateria carregada.

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