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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Desde 11 de Abril de 1897

Ano CXVI

Semanário

Direcção: Sandra Moreno

17 Junho 2013

Nº 5820

Mérito Municipal 1972 1997

€0,60 (iva inc.)

“É decisivo uma política de esquerda” P. 04 e 05

António Torres, candidato do BE à Câmara Municipal

(Re) descobrir

pág. 03

Festivais das Colectividades são a melhor forma de mostrar as freguesias e de juntar a população

Termas querem estar entre as melhores ofertas da Europa

Terra a Terra

Presidentes das juntas de Lobão, Louredo, Gião e Guizande procuram mostrar o lado positivo da união das terras

P. 16 e 17

Futebol

Têm 100 mil aquistas por ano, mas esse é um número que a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira quer ver aumentar. A entidade que gere o ex-libris das Caldas de S. Jorge quer trazer para a vila os termalistas estrangeiros.

Fernando Costa é o novo “rosto” do Feirense pág. 22

Especial

P. 8 a 10

Franclim Freitas, presidente cessante, vai liderar a SDUQ, responsável pela gestão do futebol profissional.

pág. 21

Lavandeira goleou o Sentieiras e está na final da Taça Fundação Inatel. Disputa o jogo em Lisboa no domingo

Futebol

pág. 20

Lourosa conquista a Super Taça de Aveiro. Um golo de Inverno bastou para garantir a vitória Conheça as ofertas de emprego todas as semanas no Correio da Feira pág. 06


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Correio da Feira 17.JUN.2013

O Parque da Cidade

Árvore caída sobre o rio e uma das pontes. 14 de Junho de 2013

Estado lastimoso em que se encontra o belíssimo tanque e fonte do Parque da cidade na antiga Quinta dos Condes de Fijô. 14 de Junho de 2013

O nosso centro histórico tem a felicidade de ter uma vista que poucos se podem gabar. Refiro-me ao parque da cidade ou zona verde, aquela que era a antiga quinta dos Senhores Condes de Fijô. Essa maravilha natural que, para os actuais responsáveis autárquicos parece só ter utilidade para a Feira Medieval, Imaginarius e discotecas ao ar livre, desrespeitando os direitos de quem reside nesta zona da cidade. Mas voltemos à razão deste artigo, que é o estado em que se encontra o parque da cidade. A diferença entre as duas margens do rio é abismal e faz lembrar o ditado popular que diz; “ Por cima são tudo rendas, por baixo nem cuecas usam” e pretendo dizer com isto que, à primeira vista todo o parque parece ter uma manutenção cuidada, o que não é verdade e somos

levados a cometer esse equívoco porque o lado de cá do rio, aquele que nos “salta à vista”, tem uma manutenção razoável e cuidada, estratégia de algum chico-esperto, mas a outra margem, o que não é imediatamente visível vive num completo abandono. Desse lado não há jardinagem, ninguém corta a relva ou melhor a erva, há árvores caídas, o tanque é um depósito de lixo de longos anos sem limpeza, entendem esses chicos-espertos que, para limpar basta despejar o tanque e voltar a enchê-lo. Os caminhos existem devido ao constante passar dos passeantes que os vão trilhando e o entulho ai colocado durante o último Inverno, nunca serviu para os fins a que estava destinado. As duas pontes de madeira, por falta de manutenção, começam a apresentar um aspecto duvidoso e se calcorrearmos Gimbras acima, preparem-se porque é uma casa de banho, ou melhor uma retrete ao ar livre. Diz quem sabe e tem à sua responsabilidade a limpeza dessa zona que o motivo de tanto “castelinho mole” é porque os seres inteligentes e actuais responsáveis teimam em manter os sanitários junto ao castelo encerrados a partir do meio-

FICHA TÉCNICA

Dois dos três autocarros com os visitantes. 14 de Junho de 2013 Directora

Sandra Moreno

sandra.moreno@correiodafeira.pt

Administração Jorge de Andrade

administracao@correiodafeira.pt

Redacção Rui Almeida

rui.santos@correiodafeira.pt

Albino Santos

albino.santos@correiodafeira.pt

Outra árvore caída em pleno Parque e o estado esquecido do outro lado do jardim, onde os olhar não alcança. 14 de Junho de 2013 dia, obrigando quem visita esse imponente monumento nacional a usar a mata das Gimbras quando se sentem “à rasquinha”. Coincidência ou não, quando decidi escrever este artigo e fui recolher algumas imagens para testemunhar o que denuncio, pude confirmar o que o funcionário tão revoltado me tinha relatado, afinal é ele que tem que recolher os dejectos humanos. Estavam três autocarros, estacionados junto ao nosso ex libris e começavam a embarcar os seus passageiros, tudo crianças e se alguma ou os seus acompanhantes pretenderam fazer uso dos sanitários, pois bem, bateram com o nariz na porta e deve ter sido atrás de uma árvore ou junto do muro que se desenrascaram do aperto. É verdade que o bom português ainda é pouco cívico, geralmente muito asseado na sua casa, mas fora de portas pouco responsável, “ … aquilo já não é meu, os tipos da câmara têm que fazer alguma coisa, eles que limpem…” são os tristes comentários que muitas vezes ouvimos. Com esta mentalida-

de e a actuação dos iluminados que nos governam que, mal chegam ao “poleiro” esquecem tudo o que prometeram e as suas obrigações para com o povinho, esta sociedade vai demorar a crescer. Outra das razões, na minha opinião, é que muitos desses senhores nem sequer são residentes na cidade e os que são não se preocupam em vigiar o estado das coisas pelas quais são responsáveis e pouco ou nada querem saber quando alertados para determinadas consequências das suas incongruentes e censuráveis atitudes por aqueles que têm que limpar e viver com a desgraça provocada pela sua má gestão. Nestas eleições, além da preocupação que dedicamos aos cabeças-de-lista, vamos também dar uma atenção redobrada à composição das equipas, vigiando e penalizando os candidatos pelas suas opções nas personalidades escolhidas. Jorge de Andrade, Santa Maria da Feira

Um dos vários pontos para o desenrasca do aperto dos excursionistas. 14 de Junho de 2013

Sanitários junto ao Castelo encerrados para quem nos honra com a sua visita. Foto tirada enquanto decorria uma visita composta de 3 autocarros cheios de crianças. 14 de Junho de 2013

Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Nacional - € 25 Paulo Sérgio Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50

Propriedade: Trazer Noticias, Lda. Registo na C.R.C.de S. M. Feira, n.º 507619269 Contribuinte n.º 507 619 269 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Trazer Noticias, Lda.

Registo de Empresa n.º 200537 Registo no N. R. O. C. S., N.º 100538 Depósito Legal n.º 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tirágem média) Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Preço Avulso: 0,60€

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(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando necessariamente a opinião da direcção)

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Correio da Feira

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Concelho // Festivais são a melhor forma de angariar fundos

Festivais das colectividades fazem com que população se reencontre Os festivais das colectividades, que se realizam um pouco por todo o Concelho, são a melhor forma de mostrar a freguesia, conviver e angariar fundos para as associações. O Correio da Feira foi a Lourosa e a Arrifana, aleatoriamente, para perceber o fenómeno destes eventos.

Festival das colectividade de Arrifana

Daniela Castro Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

“É uma forma de relaxar e de nos esquecermos do dia-a-dia” – afirma o presidente da Junta de Lourosa, Armando Teixeira, relativamente a estes eventos. Os festivais das colectividades já se realizam há muito tempo e, em alguns sítios, tornaram-se no evento principal por que todos esperam. O foco da iniciativa são as tasquinhas das associações, que aproveitam o festival para angariar fundos para o seu trabalho. A maior parte faz comes e bebes, que é o que povo mais procura, mas há outras que oferecem artesanato, lembranças, roupa ou até mesmo pinturas faciais para quem quiser. Durante o festival também se realizam várias actividades como jogos sem fronteiras, karaoke, aulas de zumba, ginástica rítmica, entre muitas outras, sendo que o que mais cativa as pessoas são os vários espectáculos de música e dança. Irene Santos, residente em Lourosa, é uma das presenças assíduas no encontro de colectividades da terra. “Venho sempre que posso. É uma maneira de as pessoas conviverem umas com as outras e das associações angariarem algum dinheiro para o que fazem. É muito bom que haja estas coisas. Dá para nos juntarmos como família e passar uma tarde ou uma noite diferente. Encontramos sempre amigos. Inclusive, vim aqui à barraca de amigos. Vimos à barraca de quem conhecemos e colaboramos com eles” – refere a popular. Irene Santos conta que também costuma frequentar as outras actividades que o festival oferece, especialmente os concertos. “À noite gosto de ver os músicos. Os espectáculos são os que atraem mais gente” – sublinha.

Mau tempo e festas em simultâneo prejudicam

“É uma forma de as pessoas se encontrarem e se reencontrarem. É importante a troca de experiências. Tornou-se num ponto de encontro anual” – diz, por sua vez, Rosário Ferreira, que, apesar de morar em S. João da Madeira, escolhe o festival de Arrifana para se divertir. A popular queixava-se, no entanto, assim como muitos outros presentes no evento, do mau tempo que se fazia sentir e que afastou as pessoas da festa. “Um ponto menos bom é o tempo, que limita muito e que faz com que haja muito pouca adesão, e é desola-

dor, tanto trabalho que se tem, e o número de pessoas às vezes não é o que nós desejaríamos. Tem estado pouca gente porque está muito frio. Só quem gosta muito é que vem passar frio. Se estivesse bom tempo, muito sol, a família encontrar-se-ia mais aqui. Assim não, as pessoas acabam por não vir tanto” – comenta. Para Rosário Ferreira, a solução era repensar o calendário. Isto ajudaria relativamente ao tempo e também às festas em simultâneo que, na sua opinião, prejudicam o evento. “Tem de se repensar. Temos S. João da Madeira aqui ao lado, a decorrer em simultâneo. É tudo ao mesmo tempo. A Feira deveria fazer um calendário diferente para abarcar as freguesias individualmente, para as pessoas se poderem deslocar de um lado para o outro. Se cada um vai só para a sua terra não há troca entre freguesias e isso empobrece” – aponta Rosário Ferreira. Para Armando Teixeira, há mercado para todas as festas. “Umas festas têm mais força, outras menos. O calendário é sempre muito escasso, mas há espaço para todos” – afirma o presidente da Junta de Lourosa. Naquele fim-de-semana, de 7 a 10 de Junho, estavam a decorrer os festivais das colectividades em Lourosa, Arrifana, Rio Meão, Travanca e havia ainda outros eventos em Caldas de S. Jorge e no concelho vizinho de S. João da Madeira.

Associações concentram-se nos festivais para angariar fundos

Diversas associações, algumas pela primeira vez, marcaram presença nos festivais das colectividades para conseguirem algum dinheiro para as actividades que queriam realizar. Entre essas associações estavam escuteiros, escolas, bombeiros, associações de caridade, grupos de jovens, comissão de festas, ranchos, entre muitos outros. Uma das barraquinhas mais emblemáticas, que se destacava pela diferença, era a barraquinha do grupo da catequese de Lourosa, composto por jovens entre os seus 15 e 20 anos de idade. “Estamos a fazer pinturas faciais e moldagem de balões por um euro” – diz Márcia Silva, de 17 anos. A barraquinha, que tinha sempre alguém sentado e pronto para ser pintado, tinha como objectivo “angariar fundos

para a catequese e para a ajuda a algumas famílias mais carenciadas”. A jovem acredita que o festival das colectividades é o evento que traz mais pessoas à freguesia. “Costuma haver várias caminhadas, promovidas por diferentes grupos, que também têm algum sucesso, mas esta iniciativa é forte” – afirma. Outra associação que também tinha uma barraca chamativa era a do Centro Infantil de Lourosa, que mais parecia a entrada de uma loja de doces. “É a primeira vez que cá estamos. Estamos em representação do Centro Infantil de Lourosa que está a ser gerido pela Mutualidade de Santa Maria - Associação Mutualista desde o início do ano lectivo em Setembro. Queremos angariar fundos para material pedagógico e todo o tipo de material que seja preciso” – explica Joana Monteiro, administrativa do centro. De salientar ainda o Agrupamento de Escolas António Alves de Amorim que, apesar de não estar a vender nada, levou ao encontro uma exposição de trabalhos dos alunos, com o tema Europa, de forma a dar a conhecer melhor as escolas. “O festival faz bem a Arrifana. As pessoas vêm ver, depois ficam com fome, comem qualquer coisa e ainda levam uma lembrança de uma barraquinha. É mais uma actividade para as pessoas verem que Arrifana tem qualidade” – aponta Miguel Aleixo, do Rancho Estrelas Brancas de Arrifana, que também se encontrava na barraquinha do seu grupo. O jovem é fã deste tipo de eventos, tendo ido a vários do norte do país. A angariar fundos para as saídas do rancho e despesas extras, Miguel Aleixo não se sente ameaçado pelos eventos em simultâneo. “Se calhar a concorrência às vezes prejudica, as pessoas comparam para ver qual é melhor. Mas tem de haver concorrência, se não as festas não têm piada. São todos diferentes, cada um à sua maneira” – comenta. Também Tânia Assunção, da Associação de Pais da EB1 do Bairro, se encontrava a angariar fundos para o passeio de final de ano dos alunos. “É bom para todas as associações. Sempre que faltar alguma coisa vimos aqui buscar uns trocos” – diz a residente em Arrifana. Tânia Assunção acredita que, apesar do tempo, a participação no festival

Festival das colectividade de Lourosa

Festival das colectividade de Lourosa

Festival das colectividade de Lourosa

Festival das colectividade de Arrifana vai dar frutos. “A freguesia não tem muito chamariz, mas tendo comida e bebida chama sempre a atenção. E quando é para os miúdos então as pessoas compram sempre alguma coisa. Se estives-

se mais quente, vendia-se mais. As pessoas vinham à cerveja, à sangria, aos vinhos. Mas há-de aparecer alguém. Se não for mais nada, o familiar, o vizinho ajudam sempre” – conta.


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Santa Maria da Feira // António Torres, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal

“Quer a nível nacional quer a nível autárquico, é decisiva uma política de Esquerda” António Torres, candidato do Bloco Esquerda à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, diz que é necessário romper com o cerco de uma política de austeridade, que tem asfixiado a população. Para isso, diz ser preciso virar a página e reforçar as políticas de Esquerda. O candidato refere-se a Santa Maria da Feira como um concelho deprimido e diz que, mais importante que o actual presidente, Alfredo Henriques, estar em fim de mandato, é o legado complicado que deixa. Texto: Rui Almeida Santos Fotos: Pedro Almeida Não é um feirense de gema, já que é natural de Lamego. Ainda assim, considera que os feirenses o vão reconhecer como um par? Nasci em Lamego mas, cada vez mais, se vive menos no sítio em que se nasce. Lamego é uma região do interior e a minha vinda para o litoral corresponde a um movimento, que há muitos anos se dava, de as pessoas saírem à procura de um emprego. Agora, tenho uma grande ligação ao concelho da Feira a muitos níveis. Vim para cá com 11 anos. Estudei no Liceu da Feira, vivi em Fiães e joguei voleibol no CD Fiães. Vivi em Santa Maria da Feira sete ou oito anos e, profissionalmente, sou professor na Escola Secundária de Santa Maria da Feira há mais de 20 anos. O que o move nesta candidatura à Câmara? O que me move é uma necessidade de agigantamento da cidadania. Neste momento, ninguém pode ficar indiferente à situação de excepcionalidade que vivemos e, à medida dos desafios, ninguém pode deixar de dizer “presente” e de participar na acção política, naquilo que pode ser o seu contributo. É preciso romper o cerco, e todos somos poucos para o fazer. Refiro-me ao cerco tremendo desta política de austeridade, que resulta de ideologias e de interesses transacionais, e que nos asfixia. Depois, há o reflexo que isso tem na vida concreta das pessoas, nomeadamente a nível da proximidade, a nível autárquico e ao nível daquilo que pode ser, ou não, a resposta do poder autárquico a esta situação de crise. E o que pode fazer o Bloco de Esquerda para mudar esta situação? O que o Bloco de Esquerda pode, e deve, fazer é ser decisivo, por um lado, numa acção política que, claramente, rejeite este modelo de austeridade, de empobrecimento e de desigualdade de social, de sobreposição do negócio e do interesse particular em relação ao interesse público. Por outro lado, forçar uma clarificação de políticas

de esquerda. Elas são absolutamente essenciais para quebrar com o cerco. Mas, numa conjuntura como esta, de dependência do exterior, o projecto que o Bloco de Esquerda idealizou é viável? É viável em dois sentidos. Em primeiro lugar, seria absolutamente demagógico da minha parte estar a dizer que esta política não tem reflexos a nível do constrangimento da disponibilidade financeira de intervenção das autarquias. Ninguém acreditaria. Mas isso aumenta as exigências, bem como uma responsabilidade ética na política que, sem pôr em causa as outras ideologias, é uma matriz de esquerda desde sempre. Disso resultam duas coisas complementares. A primeira é que temos que ser muito rigorosos na gestão dos poucos recursos. É necessário transparência, contas claras, esclarecimento de todos os gastos até ao último centavo. O segundo, que haja uma clara identificação em relação a áreas prioritárias do ponto de vista da acção do executivo municipal, tendo em conta os recursos cada vez mais escassos, até pelo legado que se herda em termos de dívidas e de constrangimentos. Neste momento, a prioridade das prioridades será a acção social. Acha que, neste momento, não existe essa transparência que enunciou neste município? Há vários níveis de rigor. Quando falo de falta de rigor, isso não implica obrigatoriamente que resulte de situações menos claras. Refiro-me, sim, a um claro prestar de contas, nas áreas em que o dinheiro é gasto, e a uma clara relação entre o que é gasto e o interesse social das opções. O certo é que o historial da autarquia não é, infelizmente, brilhante. Seria cínico do meu ponto de vista achar que tanto melhor quando as políticas falham porque isso reforça as nossas convicções, mas isso tem custos tremendos para a população. Mas o certo é que, neste momento, e depois destas décadas de gestão do PSD, temos um concelho que não conseguiu inverter nenhum dos grandes problemas, como o

desemprego e a pobreza. Somos, neste momento, um concelho deprimido. A muitos níveis sentimos que temos regredido, em vez de termos conseguido inverter aquilo que é a tendência nacional. A sua candidatura é descrita como sendo um desafio a todos os ferienses que pretendam virar a página. O que pretende mudar? Virar a página é romper com o cerco. É, não só ultrapassar aquilo que tem sido esta lógica de gestão autárquica do PSD, mas mais do que o PSD, de um bloco central de interesses que está instituído, a nível nacional e autárquico. É por isso que nos parece que o reforço da votação no Bloco de Esquerda, e a capacidade de intervenção política e governativa que o Bloco pode ter em qualquer âmbito, é extremamente importante para obrigar a cortar com este status do bloco central de interesses, em que, às vezes, o PSD e o PS se confundem de uma forma em que a distinção não é clara. É nesse contexto que o Bloco pode ter um papel decisivo na possibilidade de encostar o PS a uma necessidade de assumir uma posição de esquerda, que está historicamente na sua fundação mas que custa a perceber. O que nos parece é que, em termos autárquicos e nacionais, o PS, neste momento, é um bocadinho como aquela história do comboio da nossa infância, que faz que anda mas não anda. Parece brincadeira, mas o problema é que não é, porque os custos para uma política de esquerda e, consequentemente, para os interesses do povo português, e neste caso para os feirenses, são dramáticos. O facto de Alfredo Henriques não se poder recandidatar será bom o Bloco de Esquerda? Pessoalmente, não sou pela limitação formal dos mandatos. Acho que se a democracia fosse adulta e funcionasse, deveria ser o esclarecimento popular a determinar as mudanças de políticas e de protagonistas. Nesse contexto, parece-me que, mais importante do que dizer se a saída do ainda presidente Alfredo Henriques é


Correio da Feira 17.JUN.2013

decisiva para um novo elã das outras candidaturas, nomeadamente do Bloco de Esquerda, é o legado complicado que ele nos deixa e os constrangimentos a que vamos estar sujeitos. Nomeadamente, a dívida, a necessidade de recurso ao PAEL que, embora de nível 2, implica, claramente, no seu artigo 6.º, constrangimentos ao nível de investimentos e de reforço de capital. Portanto, quando se diz que o facto de o presidente Alfredo Henriques não se poder candidatar traz um novo estímulo e uma nova oportunidade às outras candidaturas, eu digo que traz desafios reforçados, tendo em conta aquilo que é o legado que deixa a quem vier. E espero sinceramente que não seja a continuidade. Quais são as ambições reais do Bloco de Esquerda nas autárquicas? O grande objectivo é, claramente, reforçar a presença do Bloco na Assembleia Municipal, não só pela quantidade de intervenções, propostas e moções que tem levado à assembleia mas também pela sua qualidade. E, em termos de Santa Maria da Feira, é um pouco o reflexo do que tem sido o trabalho parlamentar, absolutamente notável e reconhecido transversalmente, do candidato eleito pelo círculo de Aveiro para a Assembleia da República, o Pedro Soares. Agora, neste momento, o Bloco de Esquerda percebe que, quer a nível nacional quer a nível autárquico, é decisiva uma política de Esquerda. A força do Bloco, a capacidade de desenvolver uma política de Esquerda como tem feito, do ponto de vista da mobilização, da participação nas manifestações sociais, na resistência, tem que dar o salto qualitativo. Esse salto, sem nenhum complexo de o assumir, é poder participar na definição das políticas e na acção política governativa de Esquerda, seja a que nível for de organização do Estado. Uma das frentes do Bloco de Esquerda tem sido contra a acção da Indaqua. Recentemente, o partido disse que o contrato com a Indaqua deveria ser rasgado. Se, eventualmente, o Bloco de Esquerda vencesse as eleições, rasgá-lo-ia de imediato? Claramente, até pelo alcance social da medida. O objectivo fundamental do Bloco é resgatar para o espaço público a água. Não consigo perceber como é que um bem tão natural e existencial pode ser alvo de qualquer tipo de negócio. Só desse ponto de vista, não consigo perceber a privatização da água. Depois, há as questões de fundo. A privatização absoluta da água não trouxe mais qualidade, não trouxe água mais barata, antes pelo contrário, não trouxe cumprimento dos contratos estabelecidos, nomeadamente de uma das grandes bandeiras das últimas décadas da anterior gestão autárquica, que era a cobertura das infraestruturas sanitárias do concelho estar conseguida. Era necessária a noção de que a água é um bem público essencial para garantir, por exemplo, uma nova política de preços da água, a preocupação com as tarifas sociais, um

assumir de um compromisso, que me parece básico, de que ninguém poderá estar impedido do consumo de um bem tão essencial como a água por dificuldades claras do seu pagamento. Mas, em termos legais, seria assim tão linear esta tomada de posição? Em termos políticos, por vezes, há que ser radical. Se me diz que do ponto de vista jurídico é fácil, não vou sequer discuti-lo. Mas é um imperativo político, ético e social resgatar a água para o espaço público, assumi-la como um bem essencial e que em circunstância nenhuma ela possa ser negada a quem quer que seja. Olhando para a política cultural do Bloco de Esquerda, uma das grandes bandeiras tem sido a edificação de skateparks no concelho. É a grande prioridade a este nível? Agora já sou o candidato do skate e, francamente, nem de patins sei andar (risos). A criação de uma rede, que não terá que ser forçosamente extensa nem, seguramente, dispendiosa – há a possibilidade de criação de alguns a custo zero, através da Federação Nacional que tutela essa actividade radical – é uma convicção do Bloco. É uma actividade nova, que tem implementação na juventude, que permite o regresso do espaço público ao convívio e ao desporto, e que retira ao centro das localidades uma lógica meramente determinada pelo automóvel. Isso, para nós, é importante mas, por outro lado, esse empolamento que foi feito desta proposta do Bloco resultou de, numa outra entrevista, ter apresentado a questão do skatepark como um factor da errância e contradição da política da gestão autárquica. Nomeadamente o facto de a rede de skates ter já sido proposta e chumbada, de ter sido assumida como promessa eleitoral e, entretanto, ser novamente adiada. O exemplo do skatepark foi, fundamentalmente, usado para demonstrar a errância e as contradições desta política. Esta política, em situação préeleitoral, feita há décadas por parte do partido que está na liderança da autarquia, de promessas e de multiplicação de lançamentos de primeiras pedras - como a Unidade de Saúde de Argoncilhe, que há quatro anos foi lançada a primeira pedra e, agora, está ser lançada outra vez; ou a empresa de painéis solares que era isentada do imposto municipal de transações e que nunca saiu do papel. Com tanta primeira pedra lançada em décadas de promessas eleitorais, isto daria quase para fazer um parque temático ou uma mini muralha da China. Para além dos skateparks, quais são as principais apostas do Bloco de Esquerda na área cultural? Tudo. A política cultural da Câmara é, do ponto de vista da programação, de qualidade. Não vale a pena negá-lo. Foi uma política que pôs, do ponto de vista do roteiro cultural e de visibilidade, a Feira a ser conhecida a nível nacional.

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Embora se note, nalguns casos, alguma falta de frescura, como é o caso do Imaginarius, e um desvio em relação ao projecto inicial da Viagem Medieval, que começa a ter um aspecto mais comercial do que propriamente de um projecto cultural que envolva as colectividades. Agora, o que me parece faltar é continuidade. São momentos marcantes, mas muito espaçados, e, no intervalo deles, não há regularidade cultural, ao nível da música ou das artes de palco. E não me parece que haja um grande incremento daquilo que me parece verdadeiramente fundamental, que é o desenvolvimento e o estímulo da actividade cultural através das associações recreativo-culturais. Que vantagens considera ter em relação aos restantes candidatos? Pessoais nenhumas. No restante, a vantagem resulta na crença que tenho no projecto político que abraço, bem como nas políticas que o Bloco de Esquerda considera fundamentais. Hoje não podemos desligar a questão da polítia nacional da autárquica, nomeadamente naquilo que é o nosso compromisso fundamental em termos autárquicos, que é com o nosso programa eleitoral, que é aberto e participado, e que aparece como um desafio à sociedade civil, no sentido de ajudar à sua construção. O facto de não ser político pode tornar-se numa mais-valia? Um destes dias li um artigo que falava de uma encíclica do Papa Bento XVI. Divirjo dele em muitas das suas concepções mas é um teólogo importante. Ele dizia que toda a organização de sociedade tinha que passar por uma reformulação da escala de valores. O valor mais baixo seria as finanças, a seguir a economia, depois a política e, finalmente, a ética. Portanto, a ética deveria ser o valor fundamental de qualquer organização, política ou económica, da sociedade. Não tenho nada contra a política. Acho que é fundamental na organização da vida social. Agora, o facto de não ter uma visão meramente política, naquilo que é o desagaste que agora se sente em relação a ela e ao jogo do poder, e de haver uma forte dimensão ética que considero que tenho que enquadrar em toda a actividade social, não quer dizer que seja uma vantagem ou desvantagem, mas marca uma diferença na forma de estar. Como está o processo de escolha de candidatos do Bloco de Esquerda para as juntas de freguesias? Está a decorrer. Não é fácil. Mesmo com a agregação de freguesias, continuam a ser muitas. Santa Maria da Feira é um dos maiores concelhos, em termos territoriais e de número de freguesias, do país. O ideal seria termos candidatos em todas as freguesias mas, provavelmente, não será possível. Vamos tentando conciliar aquilo que é a necessidade de afirmação do projecto do Bloco em todas as áreas, com a disponibilidade e existência de feirenses que possam assumir esses projectos.


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O diálogo da psicologia ou psicologia do leitor

A coadoção

Estimados leitores, as últimas semanas têm-nos trazido um conjunto de informações contraditórias e complexas sobre a temática da coadoção com muitas «vozes» a erguerem-se na defesa daquilo que acham ser fundamental na constituição dum ideal protetor da criança ou do casal constituído por duas pessoas do mesmo sexo. Neste sentido, procurarei contribuir com um esclarecimento capacitador mas que não será o esgrimir duma opinião certa ou errada, antes uma visão da-

quilo que poderemos considerar como fundamental no superior interesse da criança ou do adolescente. É por demais sabido, que o crescimento psicoafectivo da criança baseia-se, em traços gerais, num relacionamento precoce com as figuras parentais e cada uma destas figuras desempenha um papel crucial no crescimento da criança, na promoção duma vinculação salutar e na construção assertiva e entendível do papel destas figuras parentais. É igualmente concebível, que uma sociedade em constante transformação não parece preparada para uma total aceitação de ver uma nova constituição familiar em que dois pais homossexuais tenham um filho seja ele adotivo ou biológico, sendo esta questão deveras importante para uma completa integração desta fa-

mília em termos sociais. Esta (não)aceitação é que deverá, entre outros aspetos, ser estudada, ser validada por melhores e maiores estudos científicos, que nos informem a forma como sociedade acolhe esta nova forma familiar. Creio, que o facto da estruturação familiar, do papel prestado por estes casais não difere da grande maioria dos casais heterossexuais sendo que, não é totalmente concebível, que nos unamos neste vetor para justificar os prós ou os contras da coadoção. Por conseguinte, a minha fundamental preocupação centra-se no conjunto informativo potenciado por grupos, que opinam sem grande rigor científico sobre a temática em causa e que procuram não esclarecer mas fundamentar as suas próprias opiniões por questões idealísticas, religiosas, partidárias ou

setoriais. Esqueçamos a «camisola» opinativa que possamos trazer e olhemos, isso sim, pelo superior interesse dum elemento, que dificilmente poderá opinar e que não sabe o que é melhor para ele. A noção de família tem conhecido importantes marcos evolutivos e estes têm crivado culturalmente os aspetos da sua mudança e transformação e que, por vezes, também conheceram importantes vozes contestatárias. No entanto, tudo o que é passível de mudança cria contradição, cria ruturas sociais que potenciam a discordância, a revolta das vozes discordantes mas que o fator tempo impulsiona uma aceitação daquilo que foi modificado/alterado, daquilo que foi desconstruído para se construir numa visão e num papel interventivo diferenciador do até então comumente aceite.

Ressalta desta temática, que tudo é passível de ser aceite, mas que temos que olhar para o benefício ou prejuízo que tal modificação social poderá ter na evolução da mesma e, mais importante que isso, que repercussões psicoafectivas e psicossociais terá para esta criança. Isto sim poderá ser preocupante, pois a integração desta criança/adolescente na sociedade tem de ser balizada afetivamente e emocionalmente para que se sinta preparada no contacto com o outro e com o seu grupo de pares. Por tudo isto, não nos esqueçamos que o que deverá ser defendido é somente o superior interesse da criança/adolescente e não caprichos sociais de eventuais (não)defensores. Nuno Barata, psicólogo clínico

Povo português, acordai Depois das muitas dificuldades sabejamente conhecidas que o Governo teve de enfrentar e a Sociedade Portuguesa teve de suportar, herdadas dos Governos do Partido Socialista/ Sócrates e aumentadas com muito espalhafato e grandes manifestações nestes dois anos pela Oposição e Forças Sociais, algumas obscuras e, enquanto se passavam estes factos, iam decorrendo diligências eficientes e profícuas do Governo, embora discretas e sem alardes, junto das Instâncias da Troika, as quais, finalmente começaram a aparecer sinais, que deram ao Governo a possibilidade de planear e definir uma estratégia de financiamento da economia, crescimento e fomento industrial e de combate ao desemprego. Porém, cumulativamente, também se tem de continuar a cortar nas Despesas Públicas. Também é necessário um entendimento patriótico para a harmonização e equilíbrio entre o Estado Social possível que se quer e o Sistema Fiscal-Impostos, para a reforma dos problemas estruturais das Funções do Estado e da Administração e Função Pública, e para solução e reforma dos problemas estruturais da Sociedade Portuguesa. Assim como

o equilíbrio entre o se produz e o que se gasta, sobretudo tem de se acabar com as benesses e compensações ou rendas. Só se pode atingir esses objetivos se houver realmente um consenso patriótico da Sociedade Portuguesas em geral, desde os Partidos da Oposição, principalmente do Partido Socialista porque a isso está obrigado por ser ele quem negociou o Memorando com a Troika, e ser o seu primeiro e principal signatário, até a todas as Forças Sociais, essas em sede de Consertação Social. Esse consenso tem sido insistentemente procurado pelo Governo desde a sua entrada em funções em Maio de 2011, mas o Partido Socialista corro negociador e primeiro e principal signatário do Memorando, também está obrigado a procurar esse consenso a que não pode fugir, nas tem-se recusado com desculpas um pouco escusas. Apesar disso, secundando o primeiro-ministro, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Polares Maduro, tem insistido tanto que até chegou a propor que o consenso seria quando e como o PS quisesse. Também o Senhor Presidente da República tem apelado mais do que uma vez

a esse consenso.

Povo Português, Acordai

O Partido Socialista, apesar de todo o mal que causou e continua a causar a Portugal e à Sociedade Portuguesa, quer voltar ao Poder para salvar os interesses e a influência nefasta que já vem desde os Governos de Mário Soares, e travar a evolução Constitucional e o progresso da Sociedade Portuguesa, rumo à Democracia Plena, à Liberdade, Igualdade de oportunidades, de Direitos e Deveres e Solidariedade Fraterna, e sem corrupção, com um Estado Social Sustentável de Harmonia com os recursos económico-financeiros do País. Acusando o Senhor Presidente da República de parcialidade, pretendem a demissão do Governo democrático, Legítimo e Relegitimado pela Assembleia da República. Atente-se nas declarações de alguns dinossauros Socialistas no Congresso, e não só, que diziam com certa euforia, que o Governo tanto podia cair já, como no meio, como no fim. Para se avaliar o mal e o prejuízo que o Partido Socialista causou a Portugal, basta atentar que durante o período em que nos governou e terminou em Maio de 2011, o endividamento externo de Portu-

gal aumentou para mais do dobro, tornando-o incompatível com as nossas possibilidades económicofinanceiras, e concederam-se benefícios sociais incomportáveis. Gastou-se o que não tínhamos, gastou-se o que era dos outros. Por causa dessa governação desastrosa, tem sido posta em causa a capacidade organizativa e de trabalho do Povo Português. Para desfazer e contradizer essa má fama, basta lembrar as lições de capacidade de trabalho e organização que os nossos emigrantes dão por toda a Europa e em todo o mundo, e lembrar que Portugal organizou e realizou as grandes viagens por mares não antes navegados, dando novos mundos ao mundo, e foi o iniciador do “mercado global” através dos seus navegadores e descobridores, ligando e estabelecendo o comércio entre os povos de todos os continentes.

Povo Português, acordai

Atentai que se não fora a dívida pública externa excessiva, que nos levou à bancarrota, não teria sido necessária a vinda da Troika nem os sacrifícios que tivemos e ternos de suportar e que nos foram impostos pelos nossos credores, que não se importam nada com

a nossa Constituição, nem dos direitos sociais nela contidos, querem é receber o que se lhes deve. A culpa não é da União Europeia/Trolka ou do Governo atual, mas do Partido Socialista que nos levou à bancarrota, que antes de ter levado Portugal a essa situação, ele, PS, sim, tinha a obrigação de se lembrar da Constituição e dos direitos sociais dos Portugueses/as, mas não, agora, ajudados pelos constitucionalistas afetos, para complicar intencionalmente a governação do atual Governo. Tudo o que digam em contrário, especialmente, o Partido Socialista e afetos, é pura mentira e falsidade, e a propaganda na defesa do Estado Social e da Constituição não deixa de ser hipocrisia e demagogia para tentarem, mais uma vez, enganar a Sociedade Portuguesa, com o fim de conquistarem o Poder. Se conseguirem este objetivo, tendo em atenção o que pretendem fazer, ou não fazer, conduzir-nos-ia novamente à situação de Maio de 2011, mas agora com muito mais austeridade e sacrifícios. Povo Português, acordai e não vos deixeis enganar! Carlos Gomes Rodrigues, S. Paio de Oleiros

Emprego


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Terra a terra

União das Freguesias de Lobão, Louredo, Gião e Guizande Agrupamento de freguesias de Lobão, Louredo, Gião e Guisande

“Reforma é capaz de tirar alguma identidade” No âmbito da reforma administrativa territorial, as freguesias de Lobão, Louredo, Gião e Guisande irão unir-se para formar um só agrupamento de freguesias, com Lobão à cabeça. Os presidentes das Juntas não concordam inteiramente com esta medida, mas tentam ver o seu lado positivo. “A médio prazo não vai beneficiar, a reforma é capaz de tirar alguma identidade. Mas a união de freguesias, a longo prazo, vai ser uma mais-valia. Vai possibilitar mais poder de reivindicação, mais infraestruturas e, no geral, melhores coisas para o agrupamento” – diz o presidente da Junta de Lobão, José Henriques. “A reforma não resolverá grande coisa. Tinha de se mexer nos concelhos, nas freguesias. Como estava tínhamos tudo orientado, mas dado que tivemos de entrar nesta realidade, temos de tentar optimizar a situação e potenciá-la. Há uma série de equipamentos, é preciso tirar rendimento deles” – afirma, por sua vez, o presidente da Junta de Louredo, Fernando Moreira. Já o presidente da Junta de Guisande, Mário Silva, não se mostra tão optimista. “É um perfeito disparate político a todos os níveis. Vamos gastar mais dinheiro e não vai haver poupança nenhuma. A população fica a perder porque fica mais distante do poder autárquico. Perdem influência, apoios” – aponta. O presidente da Junta diz inclusive que “já estão a pagar a factura”. “Já não nos autorizaram a inscrição dos alunos no 1.º ano” – revela. Para Mário Silva, a única freguesia que será beneficiada com esta medida será Lobão. “Lobão fica mais forte e vai ser o mais beneficiado. As outras ainda se tornam mais periféricas do que já eram” – refere. O autarca diz ainda que a “superjunta” que vai ser formada só trará mais problemas. “Quanto maior é a estrutura, menor é a sua eficiência. Isto é um exemplo de má gestão” – afirma.

Bons sítios para se viver

José Henriques acredi-

ta que Lobão é um bom sítio para se viver. “Há tantas coisas boas que não sei dizer o que é melhor. As gentes de Lobão são um povo acolhedor e temos várias valências, vários serviços de ajuda ao bem-estar da população” – salienta o presidente da Junta. Como sítio principal, destaca a envolvente da igreja, onde as pessoas da terra mais se reúnem. “É onde as pessoas se sentem melhor” – aponta, não esquecendo também o Centro da Corga. E problemas? “Os problemas é aquilo que Lobão não tem, poderíamos ter mas ainda não conseguimos” – responde José Henriques. O presidente revela que “falta um auditório” onde se possam realizar “conferências e apresentação de eventos”, embora, de momento, “o centro cultural resolva o problema” ao ser adaptado para essas situações. “Também pretendemos i m p l e m e n t a r u m a USF na freguesia. Estamos a aguardar para que seja dada luz verde. Seria uma mais-valia” – adianta José Henriques. Como obras mais recentes o presidente da Junta salienta o centro escolar e o passadiço que está a ser construído. “É óptima para se viver” – diz, por sua vez, Fernando Moreira sobre Louredo. O presidente da Junta destaca “o bom ambiente, as pessoas, a pacatez, a segurança” como características indiscutíveis da freguesia. “E, para além disso, estamos próximos de tudo” – adianta. Refere o parque de lazer, o auditório, o centro comunitário, os cafés, as igrejas e capelas como os maiores lugares “de frequência diária da população”. “Temos tudo o que é necessário aqui: escolas, postos médicos, farmácias” – afirma o autarca. Fernando Moreira destaca ainda a importância das associações da terra, como o centro social de Louredo, que “convidam pessoas e reúnem ideias”. “Temos alguns problemas sociais, mas felizmente são muito poucos” – sublinha Fernando Moreira.

“Somos uma freguesia pequenina, essencialmente rural, pacata” – refere Mário Silva a respeito de Guisande, apontando “o ambiente e o ar puro” como duas das maiores qualidades da freguesia. Como sítios mais relevantes, o autarca elege a alameda da igreja, o Monte do Viso e a Rua de Fornos, onde se concentra o comércio local. As associações são apenas três, mas dinamizam a freguesia. “Têm feito aquilo que podem com os recursos escassos que possuem. O Centro Social S. Mamede de Guisande - Movimento Bem-Estar tem feito passeios com os idosos e a Associação Cultural de Guisande “O Despertar” tem apostado na música e na cultura da região” – conta o presidente da Junta. Um dos maiores problemas, a nível do Concelho, são as obras de saneamento que provocam grandes transtornos à população e que os autarcas não deixam de referir. “Toda a obra causa transtornos para ficarmos bem servidos. Estamos a tentar minimizar esses transtornos aãoo máximo para que pessoas não fiquem prejudicadas. Carece de alguns arranjos mas não é uma coisa do outro mundo. Estamos a tentar colmatar o mais possível” – diz José Henriques. “Estamos concentrados na requalificação dos arruamentos devido à implementação da água e saneamento. Apesar de todos os cuidados deixou a rede viária em mau estado. Queremos a requalificação e não só a recuperação” – afirma Fernando Moreira. Outro grande obstáculo é a falta de emprego e a emigração dos jovens. “Temos uma população bastante envelhecida, uma pirâmide etária invertida. Temos perdido alguns habitantes para a emigração, especialmente jovens que emigram por falta de emprego” – revela Mário Silva. Apesar das tentativas, não foi possível chegar á fala com o presidente da Junta de Freguesia de Gião.

1

Associação Vale da Cabra Bike “VC Bike”

41

Centro Escolar de Louredo

2

ADC Lobão

42

EB1 e JI da Igreja

3

Associação Cultral e Desportiva Gião

43

Edifício da Junta de Freguesia de Gião

4

Fanfarra da Vila de S. Tiago de Lobão

44

Repartição de Finanças de Lobão

5

Rancho Regional da Vila de Lobão

45

Cartório Notarial

6

Sociedade Columbófila de S. Tiago de Lobão

46

Edifício da Junta de Freguesia de Lobão

7

Rancho Folclórico de S. Tiago de Lobão

47

Extensão de Saúde de Lobão

8

Banda Musical de S. Tiago de Lobão

48

Gabinete de Proximidade de Lobão

9

CIC - centro de Incentivo Cultural de Lobão

49

Centro de Recursos Educativos Municipal

10

Conferência de S. Vicente de Paulo de Lobão

50

Gabinete de Apoio às Comunidades Emigrantes

11

Fábrica da Igreja de Lobão

51

Habitação Social de Lobão

12

Centro Internacional de Criação de Pombos

52

Habitação Social de Guisande

13

Conferência de S. Tiago

53

Gabinente de Proximidade de Guisande

14

Fábrica da Igreja de Guisande

54

Edifício da Junta de Freguesia de Guisande

15

Associação de S. Mamede de Guisande

55

Edifício da Junta de Freguesia de Louredo

16

Associação “O Despertar”

56

Centro Social de Gião

17

Guisande Futebol Clube

57

O Arbusto

18

CSCR de Louredo

58

Centro Social de S- Tiago de Lobão

19

Fábrica da Igreja de Louredo

59

Centro Social, Cultural e Recreativo de Louredo

20

Sociedade Columbófila de Gião

60

Centro Social de S. Mamede de Guisande

21

Conferência de S. Vicente Paulo de Gião

61

Obra do Frei Gil - Solar da Sagrada Família

22

Fábrica da Igreja de Gião

62

Parque de Lazer das Ribeiras

23

Centro Cultural de Lobão

63

Parque de Lazer de S. Judas Tadeu

24

Auditório Multiusos de Louredo

64

Igreja Matriz de S. Tiago de Lobão

25

Pavilhão Desportivo de Gião

5

Parque de Lazer de Louredo

26

Campo de Jogos da ADC Lobão

66

Igreja de São Vicente de Louredo

27

Pavilhão Desportivo da Corga

67

Igreja de Santo André

28

Pequeno Campo de Jogos de Louredo

68

Igreja de Nossa Senhora da Hora

29

Campo de Jogo de Parada

69

Igreja Matriz de S. Mamede

30

Campo de Jogos Dr. Oliveira Santos

70

Capela de S. Judas Tadeu

31

Pequeno Campo de Jogos da Habitação Social

71

Fábrica de Papel do Cascão

32

Jardim de Infância da Igreja

72

Capela da Rua da Igreja

33

EB1 da Beira

73

Capela de N. Sra. Boa Fortuna e Sto. António

34

EB2,3 da Corga

74

Casa da Rua da Igreja

35

Jardim de Infância de Aldeia Nova

75

Capela de Nossa Sra. da Natividade

36

Centro Escolar da Igreja

76

Capela de S. Cipriano

37

EB1 e JI do Candal

77

Quinta do Quintão

38

JI de Fornos

78

Capela de Santo Ovídio

39

JI do Ribeiro

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Capela de S. Sebastião

40

EB1 do Viso


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Estatísticas demográficas da União das Freguesias de Lobão, Louredo, Gião e Guizande Indicador Estatístico População Residente Área Densidade Populacional

9.860 23,57 418,33

Habitantes Km2 Hab / Km2

469 564 534 730 6.170 1.393

4,76 % 5,72 % 5,42 % 7,40 % 62,58 % 14,13 %

1.073 6.764 1.393

17,27 % 68,60 % 14,13 %

População Residente por Escalões Etários

55

0 – 4 Anos 5 – 9 Anos 10 – 13 Anos 14 – 19 Anos 20 – 64 Anos 65 e + Anos População Residente por Grandes Grupos Etários 0 – 14 Anos 15 – 64 Anos 65 e + Anos Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Idosos Índice de Dependência de Jovens

81,80 20,59 25,18

População Economicamente Activa

67

69

Taxa de Atividade 57,42

Desempregada Total

Empregada

4.684

3.992

Total

Proc. 1.º Emprego

692

121

Novo Em- Taxa de Desemprego prego 571

14,77

População Empregada por Setor de Atividade Setor Primário Indiv. 51

33

42

Setor Secundário

Setor Terciário

%

Indiv.

%

Indiv.

%

1,28

1.915

47,97

2.026

50,75

População Residente por Grau de Escolarização N/ sabe ler nem escrever 423 ind. 4,79

Taxa de Analfabetismo

1.º Ciclo Ensino Básico Completo

2.844

A frequentar

536

2.º Ciclo Ensino Básico Completo

1.908

A frequentar

345

3.º Ciclo Ensino Básico

34

37

Completo

1.506

A frequentar

398

Ensino Secundário Completo

985

A frequentar

398

Ensino Pós-Secundário Completo

53

A frequentar

20

Ensino Superior Completo

626

A frequentar

269


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Terra a terra

União das Freguesias de Lobão, Louredo, Gião e Guizande

Inegável qualificação da população tem potenciado o surgimento de novas atividades económicas O recente processo de reorganização administrativa do território português significará, a breve trecho, uma grande alteração do modelo de gestão das autarquias. No município de Santa Maria da Feira, este processo culminou no surgimento de novas unidades territoriais, mas sobretudo de novas centralidades locais. A união de freguesias veio conferir maior escala e dimensão a freguesias que, até agora, ocupavam os derradeiros lugares no ranking demográfico do município. Deste modo, Guizande, Louredo ou Gião, que ocupavam o 30.º, 29.º e 26.ºs lugares respectivamente do ranking populacional do município de Santa Maria da Feira, passam, juntamente com Lobão, a assumirse como o 3.º núcleo populacional do município, com perto de 10.000 habitantes, bem à frente de, por exemplo, freguesias como as cidades de Lourosa ou Fiães. As caraterísticas físicas, geográficas, histórias e económicas de Lobão, Gião, Louredo ou Guizande apresentam grande homogeneidade. A génese do povoamento de todo o nordeste concelhio radica num modelo rural, em que as actividades agrícolas e florestais garantiam o substracto económico das suas gentes. Ainda hoje, é precisamente nestes locais do concelho em que as actividades ligadas ao sector primário adquirem maior expressão, concentrando cerca de 1,28% do total da população ativa empregada neste sector, um número 1,7 vezes superior ao valor concelhio. No entanto, e sobretudo ao longo das últimas duas décadas, o modelo económico deste espaço alterou-se profundamente. O mosaico da ocupação territorial sempre esteve indelevelmente ligado à influência das principais vias de comunicação. Neste sentido, as EN223 e EN326 foram, paulatinamente, “contruíndo” um aglomerado populacional considerável no lugar da Corga, de Lobão. Este crescimento populacional foi, igualmente, acompanhado pelo adensamento da rede de serviços e equipamentos públicos nesta unidade territorial, destacando-se a existência de, por exemplo, uma Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos, Repartição de Finanças, Unidade de Saúde, Farmácia, dependências bancárias e diversos estabelecimentos comerciais. Contabilizando uma área de cerca de 23 quilómetros quadrados, esta unidade territorial apresenta uma densidade populacional de 418,33 habitantes por quilómetro quadrado. Aquando do histórico movimento migratório que caracterizou o comportamento demográfico português do século XX, e no que

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concerne o município de Santa complementaridade, facto esse Maria da Feira, foi precisamente que concorre para que as áreas de nesta área nordeste do concelho influência de ambas as freguesias que partiu o principal movimento se sobreponham e se alastram às de emigração, sobretudo para paí- freguesias vizinhas de Louredo e ses como Suíça, Guizande. França, AlemaDo ponto de nha e Luxemburvista de infraA rede de go. Nesse sentiestruturação, equipamentos e do, o autêntico com a concluserviços públicos êxodo verificado são das redes existente nestas nas décadas de de saneamento freguesias, com 1960/1970, foi e abastecimento responsável por de água, esta especial incidência em um decréscimo unidade territoGião e Lobão. acentuado da rial detém um população de grau de cobertuLobão, Gião, Louredo e Guizan- ra que garante a necessidade das de. suas populações. No entanto, o regresso de muitos Ao nível da rede viária, para além desses emigrantes, aliado ao au- das já referidas EN223 e EN326, mento de atractividade inegável há a referir a existência de novas deste território, foi responsável acessibilidades rodoviárias, depor um crescimento de mais de 15 signadamente a A32 e dos nós de por cento da população destas fre- acesso existentes em Vila Maior, guesias no período compreendido Gião e Pigeiros, o que deverá ser entre 1980 e 2011. encarado como uma potencialiDigno de realce são, ainda, os dade a explorar na procura dos enormes progressos realizados ao objetivos estratégicos de desenvolnível da escolaridade da população vimento desta área do concelho. desta unidade territorial, ao ponto A nível interno, detectam-se alde cerca de 17 por cento da sua guns constrangimentos quanto população possua, ou se encontre à rede viária interna de Gião, a frequentar, o Lobão, Louredo ensino secune Guisande, nodário, médio ou meadamente no Cerca de 17 por cento superior. que concerne à da população possui Esta inegável sua interligação. ou encontra-se a qualificação da Nesse sentido, frequentar o ensino população tem será necessário potenciado o uma adequada secundário, médio ou surgimento de hierarquização superior. novas atividades e recuperação económicas, soda rede viária, bretudo no setor terciário, rela- que potenciará o desenvolvimento cionado com a diversificação da das atividades económicas deste oferta de comércio e serviços, que espaço, processo que deverá, acolhe já mais de 50 por cento da igualmente, ser acompanhado por sua população ativa. um permanente esforço em conPor outro lado, a rede de equi- ferir um adequado grau de urbapamentos e serviços públicos nidade aos espaços centrais sem existente nestas freguesias, com nunca esquecer a génese rural e a especial incidência em Gião e dinâmica intrínseca que caracteriLobão, detém um enorme grau de zam esta unidade territorial.


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Santa Maria da Feira // Através de contrato de comodato com a Segurança Social relativo à Quinta do Castelo

Câmara tomou posse do “tesouro da cidade e do Concelho”

Com a assinatura do contrato de comodato com o Instituto da Segurança Social, concretizada na última quarta-feira, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira vê concretizada “uma ambição de dezenas de anos de devolver a Quinta do Castelo à população”. Foi desta forma que o vicepresidente do executivo, Emídio Sousa, iniciou a sua intervenção, depois de assinar o documento que passa para as mãos do Município a gestão integral daquele espaço de excelência, situado na envolvente do Castelo, que o autarca define como “o tesouro da cidade e do Concelho”. Os próximos passos passarão agora pela limpeza e arranjo do espaço – que foi bastante afectado pelo temporal de Janeiro último –, em colaboração com a Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, e elaboração de um conjunto de normas de

utilização. Emídio Sousa fez questão de salientar que, no seu percurso de sete anos e meio na Câmara Municipal, “esta foi uma das mais importantes conquistas”, agradecendo o empenho do director regional da Segurança Social de Aveiro no processo de negociações. “É um homem que resolve os problemas” - referiu o autarca a propósito de Santos Sousa. “Resolvemos num ano e meio um problema com dezenas de anos” - rematou Emídio Sousa. O director da Segurança Social de Aveiro não tem dúvidas. “Quem está próximo gere melhor e toma as melhores decisões. A Câmara tem mais capacidade para cuidar do parque e de o colocar à disposição da população” - afirmou Santos Sousa, frisando que esta decisão “em muito se deve à persistência e vontade da autarquia feirense”.

S. Paio de Oleiros // Proposta aprovada, com votos contra do PS

Rua do Ribeirinho vai ter passeios e uma paragem de autocarros O município de Santa Maria da Feira e a empresa Amorim Revestimentos celebraram um protocolo que visa a construção de passeios e de uma paragem de autocarros na Rua do Ribeirinho, em S. Paio de Oleiros. E se no primeiro ponto os vereadores do executivo e da Oposição concordaram sobre a sua necessidade, no que toca aos passeios a história é outra. Os socialistas alertaram para a possibilidade de “estrangulamento da via”, que pode trazer “problemas à circulação rodoviária local”, tal como explicou António Bastos, do PS. José Manuel Oliveira, vereador do pelouro de Planeamento e Urbanismo, referiu que existe “um plano de alinhamento para a zona afectada” e que a obra em causa “ia ser feita pela Junta de Freguesia local, mas conseguimos que fosse o Grupo Amorim a fazê-la”. Porém, os socialistas voltaram à carga, desta feita por Margarida Gariso, que lembrou que a zona em questão tem muitas indústrias, o que origina a circulação de muitos veículos pesados, “que gera vários

estrangulamentos”. José Manuel Oliveira garantiu que a via terá sete metros de largura, “tanto como a estrada Nacional 1 e muitas outras em que cruzam veículos pesados”, mas Margarida Gariso salientou que esteve no local e constatou que “existem zonas que não têm sequer os sete metros de largura”. Alfredo Henriques, chefe do executivo, encerrou a discussão com um apelo simples: “Ou fica como está ou damos alguma segurança aos peões, que é o que estamos a propor”. A proposta foi aprovada, apesar dos votos contra dos socialistas. António Bastos ainda propôs que o assunto fosse discutido posteriormente, com outro tipo de elementos, mas o pedido não foi aceite.

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Lourosa // Participaram 19 estabelecimentos escolares

Agrupamento de Escolas António Alves Amorim recebe 1º Prémio Eco-Óleo EGI

O agrupamento de Escolas António Alves Amorim, em Lourosa, recebeu o 1º prémio do Concurso Eco-Óleo EGI. A escola recebeu um Vale-Cheque e Diploma de Mérito Ambiental Eco-Óleo EGI/Agrupamentos de Escolas. Este concurso, direcionado à Comunidade Escolar, com a finalidade de sensibilizar para a separação e reciclagem do OAU, contou com a participação de 19 escolas de cinco agrupamentos situados nos municípios de Santa Maria da Feira e Vila Nova de Gaia. Todos os actos do concurso, designadamente a apreciação, ponderação e atribuição de prémios, são da competência de um júri de

reconhecida idoneidade cujas decisões são tomadas por unanimidade. O júri decidiu atribuir os prêmios às escolas em função dos resultados obtidos na avaliação final de acordo com os critérios previstos no Regulamento do Concurso, em consequência do nível de empenho e dedicação pelo pessoal docente e não docente, e dos alunos que participaram nesta primeira edição do Prémio Mérito Ambiental Eco-Óleo EGI/Agrupamentos de Escolas. Todas as escolas que participaram no concurso receberão igualmente um certificado de participação no dia da cerimónia de entrega dos prémios. Publicidade

Caros Associados Após muitos anos de serviços prestados ao nosso querido Clube Desportivo Feirense, nas mais diversas funções, chegou o momento de me retirar, deixando o cargo à disposição do Clube que, como sempre, soube encontrar no Dr. Celestino Portela, a pessoa certa para o exercer em continuidade. Não é o cansaço, nem sequer o esmorecimento do entusiasmo com que sempre estive disponível para o Feirense, que me condicionam ou me levam a tomar esta decisão; é antes o assumir de uma posição de coerência, exercida no quadro de valores que sempre me nortearam e agora mais se justificam. Como é do conhecimento público, aceitei liderar a Candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Trata-se de assumir uma missão que exige tanto de disponibilidade e dedicação, tal como do exercício da transparência; e que, apesar de não ser estatutária ou politicamente incompatível com o cargo que agora me proponho deixar, exige a meu ver, uma actuação de decoro, ética e dignidade. É pois, por não conceber que, em circunstância alguma, alguém possa ancorarse no prestígio que este ou outro qualquer cargo exercido ao serviço do Clube Desportivo Feirense obviamente confere, que irei cessar as minhas funções de representatividade do Feirense, com efeitos irrevogáveis a partir do final da Assembleia-Geral em curso, e que tem data agendada para o próximo dia 20 de Junho. Aproveito para exortar todos os verdeiros Feirenses a unirem-se, mais uma vez, em torno do prestigioso Clube Desportivo Feirense, apoiando-o sem reservas nesta hora de tomada de importantes decisões. Saudações Fraternas Eduardo Marques dos Santos Cavaco Santa Maria da Feira, 14 de Junho de 2013


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Santa Maria de Lamas // Pela primeira vez, o III Mosaico Social e IX MANIFesta realiza-se fora da sede do Concelho

Quatro dias de animação, mostra de instituições, produtos locais e debates De 27 a 30 de Junho, a freguesia de Santa Maria de Lamas, vai ser palco de um grande encontro de intervenção cívica e cidadania, debate e animação, com grande enfoque na mostra de instituições e projectos concelhios de desenvolvimento local – o III Mosaico Social & IX MANIFesta. O evento, que tem como tema “Encontros – Cidadania Activa e Desenvolvimento Local, é uma organização conjunta da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM) e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (ANIMAR), com a coparticipação financeira do PRODER, CASES, MONTEPIO e IEFP. O protocolo de colaboração entre as entidades parceiras foi assinado na última quinta-feira, no Museu de Santa Maria de Lamas. O III Mosaico Social & IX MANIFesta é uma iniciativa que pretende o intercâmbio de experiências e metodologias de trabalho entre as diversas instituições e um convite à reflexão sobre o contributo das organizações da Economia Social na definição de políticas de desenvolvimento local e social. Pela primeira vez em três edições, o Mosaico Social deixa a sede do Concelho e inicia a sua itinerância na freguesia de Santa Maria de Lamas. Novidade é também a

associação deste evento, de base local e regional, à MANIFesta – Assembleia, Feira e Festa do Desenvolvimento Local e da Economia Social, uma realização bienal de âmbito nacional, promovida pela Animar. A área alimentar (três restaurantes), o espaço infantil, o palco para novos talentos, a apresentação de publicações, as comunicações livres, o programa de voluntariado e os eventos desportivos são outras estreias desta edição. A estas novas áreas/eventos vão juntar-se os já realizados nas duas edições anteriores, como é o caso da mostra de instituições locais (90 expositores), o Bazar – Loja Social, a mostra de produtos locais, a Gala Prémio Concelho Solidário, o programa de animação (62 eventos dinamizados por 40 entidades e grupos locais) e o espaço de debate, com conferências, tertúlias e workshops. As

actividades terão lugar no parque, colégio e museu da freguesia.

Animação permanente e concertos noturnos

Ao longo dos quatro dias, o Parque de Santa Maria de Lamas vai ter animação permanente, com 62 eventos pensados para todas as idades. Música, teatro, dança, marionetas e performances ocuparão os diferentes palcos, envolvendo mais de 40 entidades que vão trazer a festa para a rua. Destacam-se ainda os concertos nocturnos, que vão trazer ao palco principal artistas e grupos nacionais e internacionais, como é o caso do grupo luso-espanhol ACETRE (27 de Junho, 22h00), do grupo de música tradicional da Guiné-Bissau DJUMBAI JAZZ e dos RETIMBRAR (29 de Junho, 22h00). Todos os espectáculos têm entrada livre.

Fiães // Candidato quer uma cidade organizada e atractiva

Bloco de Esquerda avança com Pedro Leal para a Junta de Freguesia Pedro Leal, 30 anos, natural e residente na cidade de Fiães, vai avançar com a sua candidatura, pelo Bloco de Esquerda, à Junta de Freguesia de Fiães. Pedro Leal concluiu o ensino secundário na Secundária Coelho e Castro de Fiães, frequentando depois o Curso de Marketing no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Profissionalmente esteve sempre ligado à área comercial e de gestão e recuperação de crédito. Enquanto estudante na Secundária Coelho e Castro foi membro fundador do clube de teatro. O candidato do BE pretende trazer à gestão pública uma equipa de novos actores, independentes, qualificados e capazes em diversas áreas. “Acho que chegou hora de dar o nosso contributo à cidade e aos fianenses. Pretendemos ter uma participação activa com especial enfoque na área social, desenvolvendo uma acção de proximidade com a população e

Promovidas pelo projecto Direitos & Desafios

Duas iniciativas sobre a temática Sexualidade na Feira e em Fiães O Espaço Famílias, do projecto Direitos & Desafios, promove na próxima semana duas iniciativas sobre a temática Sexualidade, dirigidas a grupos distintos da comunidade feirense. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição. No seguimento do trabalho efectuado no âmbito da parceria com a Unidade de Cuidados Continuados (UCC) Santa Maria da Feira, do ACES Entre o Douro e Vouga I, Feira – Arouca, vai realizar-se, na próxima quinta-feira, entre as 09h30 e as 12h30, uma sessão informativa subordinada à temática “Sexualidade no Envelhecimento”, na sala de formação da UCC Santa Maria da Feira, dirigida a profissionais das áreas da saúde, educação e intervenção social. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição, através do e-mail cs-

feira@gmail.com, com indicação do nome, profissão e contacto. Entre quarta a sexta-feira, em parceria com a equipa de Gestão da Habitação Social e o Núcleo Prevenir do Plano Municipal de Prevenção Primária das Toxicodependências, da Divisão de Acção Social e Qualidade de Vida da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, será realizada uma oficina de Saúde Juvenil denominada SER – Sexual e Responsável. Esta oficina, destinada a jovens entre os 12 e os 18 anos, decorrerá no espaço “Mexe-te e Aprende” do Empreendimento Habitacional do Ferradal, freguesia de Fiães. A participação é limitada e sujeita a inscrição. Para mais informações, os interessados devem contactar o projecto Direitos & Desafios, através dos números 256 365 665 ou 919 657 693.

Santa Maria de Lamas // Na Final Internacional da ‘Future Problem Solving Program’

Alunos do Colégio Liceal destacaram-se nos Estados Unidos De 5 a 9 de Junho, cinco alunos do ensino secundário do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, acompanhados pelo professor Paulo Costa, viveram a experiência mais enriquecedora das suas vidas ao participar na Final Internacional da ‘Future Problem Solving Program’ que teve lugar em Indianapolis, nos Estados Unidos. Em Abril, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, decorreu a Final Nacional das Olimpíadas de Criatividade e Maria Inês Azevedo, aluna do 12ºano, venceu na modalidade de Escrita e a equipa OCIntergerações, constituída pelos alunos do 10ºano, Gonçalo Soares, Maria Miguel Rodrigues, Marta Silva e Beatriz Barroso, venceu na modalidade de Comunidade, tendo ganho o direito de constituírem a selecção portuguesa na final internacional americana. Portugal participou oficialmente pela primeira vez na ‘International Conference’ que já existe há quase 40 anos e os

cinco jovens feirenses, entre mais de 2000 jovens de todo o mundo, representaram brilhantemente o Colégio de Lamas, competindo nas respectivas modalidades com muito entusiasmo e determinação. Apesar de não terem alcançado os lugares de pódio, andaram lá perto e as suas prestações foram muito elogiadas pelos avaliadores e júris internacionais. Maria Inês prestou provas de escrita no âmbito temático do papel da Mulher no mundo moderno e a equipa OCIntergerações apresentou o projecto de voluntariado levado a cabo com os idosos da Associação de Bem Estar de Santa Maria de Lamas. Foram dias intensos de trabalho, onde a alegria e a sã convivência entre os jovens de todo o mundo foi uma constante. O empenho, responsabilidade, imaginação e criatividade que caracterizaram o desempenho e a atitude da comitiva lamacense foi apreciada, enchendo a escola de orgulho e satisfação.

FIÃES ANDAR

com as associações, e na área económica, procurando novos investimentos” – diz o bloquista, qualificando a sua candidatura “como um projecto claro e possível de executar, assente na transparência, pois queremos ver constantemente questionada e fiscalizada pelos fianenses toda a

nossa acção”. “Queremos que Fiães seja reconhecida como cidade não só pelo número de habitantes, mas também por ter as infraestruturas e serviços condizentes com esse título, uma cidade organizada e atractiva capaz de fixar pessoas e investimento” – conclui.

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Realizar-se-á a IV Edição do “FIÃES ANDAR” nos dias 12, 13 e 14 de Julho de 2013. O evento a cargo das Associações de Fiães oferecerá espaços de gastronomia, animação e artesanato a acontecer ao logo dos três dias. As inscrições para os Ateliês de Artesanato estão abertas até ao dia 08 de Julho, inclusive. Para tal os artesãos interessados deverão dirigir-se à Junta de Freguesia de Fiães, onde lhes será entregue o respectivo regulamento.

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Correio da Feira

17.JUN.2013

Fiães // PS atira para o PSD responsabilidades no aluimento

Derrocada gera ataque feroz da Oposição a Emídio Sousa

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Santa Maria da Feira

Vício das Letras promove Feira do Livro A livraria Vício das Letras, em Santa Maria da Feira, tem patente, até ao próximo sábado, uma feira do livro, com descontos até 40 por cento. O evento encerra com actividades,

agendadas para sábado. A partir das 15h30, uma hora depois está marcada uma sessão de autógrafos com a escritora Ana Oliveira e, pelas 17h30, uma prova de vinhos.

Alunos do Externato Paraíso e Colégio Terras Santa Maria distinguidos Os alunos do grupo escolaglobal®, do Externato Paraíso dos Pequeninos, de Lourosa, e Colégio das Terras de Santa Maria, de Argoncilhe, obtiveram 12 distinções na edição deste ano do Concurso “A Minha Escola Adopta um Museu”, sendo de destacar os

quatro prémios conquistados em parceria com museus do concelho de Santa Maria da Feira. A cerimónia de entrega de prémios decorreu na passada quintafeira, dia 6 de junho de 2013, no Museu Municipal de Faro, em Faro.

Souto

São João no parque da Almisouto

Uma mentira para o Executivo, um caso com responsabilidades políticas para a Oposição. Assim foi tratada a derrocada que ocorreu na zona da garagem do Estádio do Bolhão, junto aos balneários. Emídio Sousa, vereador responsável pelas Obras Públicas, leu o relatório do técnico que analisou o acidente, que aponta para a demolição da zona afectada. O assunto, discutido na última reunião de Câmara, foi lançado por António Bastos, vereador do Partido Socialista (PS), que endossou as culpas do sinistro para o executivo. “Estão em causa 75 mil euros, dinheiro do erário público” – prosseguiu o socialista, que disse ter a “convicção que de nenhum técnico tem acompanha-

do as obras, devido à forma como está a ser feita”. António Bastos rematou a sua exposição afirmando que “a culpa é da Câmara e do vereador responsável pelas obras públicas”, ideia refutada pelo chefe do executivo, Alfredo Henriques, que explicou que “o novo pavilhão é da responsabilidade da Câmara mas o encaminhamento das águas é da responsabilidade da Junta”. O autarca falou em “desespero” da Oposição para “atirar para o Emídio Sousa as responsabilidades” de uma situação “que pode acontecer em qualquer obra”. Ora, Emídio Sousa foi sucinto na sua declaração. Começou por ler o relatório do técnico que analisou o incidente, que aponta “para a demolição da parte afectada,

algo que já é do conhecimento da Junta”, para de seguida contrariar um comunicado publicado pelos socialistas, que referia que a atribuição da obra teria sido feita por ajuste directo. “A empreitada foi concedida por concurso público” – sublinhou o vice-presidente da Câmara. As explicações não satisfizeram António Bastos, que lembrou que “esta situação apenas aconteceu devido à construção do pavilhão”, devido a “não terem sido feitos estudos”. Isso fá-lo dizer que “houve negligência pública de quem assumiu a adjudicação dos projectos”, rejeitando ainda a ideia de que o que sucedeu foi obra da natureza: “Estamos a falar de uma mina, que foi o ser humano que a construiu”.

O ex-autarca é o candidato a Souto e Mosteirô

CDS escolhe Manuel Resende para liderar união de freguesias Manuel Resende é o escolhido para liderar a Junta da União de Freguesias de Souto e Mosteirô, acompanhado por uma equipa que é “um misto de experiência e juventude, com gente muito válida das duas freguesias”. Manuel Resende foi presidente da Junta de Mosteirô durante vários mandatos, sendo responsável por obras como a zona industrial e a nova escola EB1. Aceitou o desafio por entender que ainda muito pode dar à freguesia de Mosteirô e agora à vila de Souto, demonstrando preocupação com o marasmo dos últimos anos. Esta candidatura tem muitos projectos, mas o CDS destaca, “sabendo-se dos tempos difíceis em que vivemos”, a melhoria e ampliação da zona industrial; re-

forço da rede eléctrica em vários pontos das freguesias; auxílio social enérgico mas discreto às famílias em dificuldades; apoio real

e efectivo a todas as associações, sem discriminação; e pressionar a Câmara para a pavimentação e organização da rede viária.

A Associação de Lazer de S. Miguel de Souto (Almisouto) volta a realizar o seu São João no Parque de Lazer, no domingo, com apoio da Junta de Freguesia. A festa começará com almoço no meio da natureza, “com ambiente de festa e muita música de baile”. Ao longo do dia poderá ouvir-se “bom fado português” e

desfrutar de “sardinhas, pernil, caldo verde, papas, feijoada e muito mais” para o jantar. A comemoração termina com a Queima do Mastro, típico da Festa de S. João. A associação deixa o convite: “Na quadra de São João vai para a rua e faz a festa. Lembra-te que na Almisouto não há farra como esta!”.

S. João de Ver // Programas à escolha da instituição

O Abrigo ganha licenças da Microsoft A instituição de solidariedade social O Abrigo, de S. João de Ver, recebeu licenças de programas de software da Microsoft. Esta oferta surge no âmbito da acção de responsabilidade social da empresa americana que visa ajudar instituições sem fins lucrativos a conseguir atingir a sua missão e objectivos através da doação de software, assegurando assim o acesso às novas tecnologias. “Recebemos a notícia com imensa

alegria. Sentimo-nos muito honrados por ver reconhecido como meritório o nosso trabalho. Faremos bom uso! Thank you Mr. Gates!” – anuncia a instituição no seu sítio na Internet. Esta oferta derivou da candidatura da instituição que explicou a natureza do seu projecto e actividade. Os programas recebidos foram escolhidos pela instituição que seleccionou os que “faziam mais sentido para o seu trabalho”.


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Candidato à Câmara, pelo CDS, enalteceu trabalho das instituições

Alferes Pereira visita Banda de Música de Souto e EB1 de Mosteirô

Alferes Pereira, candidato à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, acompanhado por Manuel Resende, candidato à Junta do agrupamento Souto/Mosteirô e por diversos simpatizantes das candidaturas, deslocou-se à nova EB1 de Mosteirô, na passada semana. Havia muita curiosidade por parte de Alferes Pereira, pois as informações acerca deste estabelecimento de ensino eram muito boas, quer em termos de instalações, quer em termos humanos. E de facto, segundo o comunicado

do CDS, as expectativas foram superadas, tal é a qualidade desta nova escola, exemplar nas instalações. Quanto à sua parte humana, mesmo com as naturais contingências orçamentais, a excelência continua. “É um exemplo a seguir e todos os envolvidos neste projecto, sem excepção, estão de parabéns” referiu Alferes Pereira no fim da visita, agradecendo à coordenadora Irene e à professora Sandra a amabilidade. A comitiva dirigiu-se de seguida

para Souto, para a Banda de Música. Victor Pais fez as honras da casa, numa das instituições mais antigas do concelho, mostrando as instalações e demonstrando a importância desta instituição. “Com uma gestão muito cuidada e nada dada a devaneios, a Banda de Souto continua a pautar a vida de muita gente, em particular dos jovens. Com actuações por esse país fora, Espanha tem sido destino nos últimos tempos, mostrando a classe dos “músicos” feirenses (e não só)”.

Mozelos // Candidatos do CDS anotaram os pedidos da colectividade

... E a JAM acompanhado por Daniel Taipa Alferes Pereira, candidato à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e Daniel Taipa, candidato à Junta de Mozelos, acompanhados por diversos membros das candidaturas, deslocaram-se à nova sede da Juventude Atlética

Mozelense. Com cordialidade, amizade e forte diálogo, esta associação recebeu os nossos candidatos, expressando as necessidades prementes e projectos para o futuro da instituição. Os candidatos à Câmara e à

Junta ouviram os dirigentes, que nada pediram para a associação, apenas solicitaram uma obra para o Concelho: uma pista de tartan com 400 metros. O pedido ficou registado pela candidatura camarária.

Candidato do PSD à Câmara Municipal quer gizar documento em articulação com agentes do sector

Emídio Sousa quer implantar Plano Estratégico para o Apoio ao Associativismo O candidato do PSD à Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, defende que a introdução do Plano Estratégico para o Apoio ao Associativismo “será catalisador” às diferentes instituições que actuam no município. “O movimento associativo complementa em muito a acção do próprio Estado, é inclusivo, tem um papel fundamental nas comunidades e, nesse sentido, não o podemos deixar cair, sobretudo numa altura em que passa por grandes dificuldades” - afirma. Emídio Sousa, que esta semana inaugurou a iniciativa “O concelho

em acção” – com sessões nas freguesias de Canedo, Vila Maior e Vale -, quer que o Plano Estratégico para o Apoio ao Associativismo seja gizado em articulação com os agentes do sector. “O contributo de todos é importante para o êxito deste projecto que espero colocar em marcha, caso seja eleito, já durante o primeiro ano de mandato” - frisa. “O concelho em acção” visa envolver autarcas locais, associações de pais, associações culturais, recreativas, desportivas, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e movimentos socio-

caritativos. Em cada “ronda”, o candidato do PSD apresenta a sua visão e as ideias que preconiza para o município. Simultaneamente, ambiciona “escutar e sentir” o pulsar do movimento associativo, perceber as especificidades de cada freguesia e partilhar preocupações, prioridades e projectos acerca daquilo que devem ser as linhas orientadoras de acção para os próximos quatro anos. A iniciativa prossegue na terça e quarta-feira com sessões nas freguesias de Souto, Mosteirô e Travanca.

Opinião

Tempo de grandes decisões

Não podemos concentrar-nos na crise. Só porque “as coisas estão más”, não vamos parar no tempo e esperar que se ponham boas. Precisamos alimentar o nosso espírito. Se continuarmos a olhar para as coisas más da nossa existência, esta tornar-seá cada dia menos suportável. Jesus Cristo há mais de dois mil anos disse: “Digo-vos com toda a verdade que aquele que acreditar em mim faz tudo aquilo que eu faço e há-de fazer coisas maiores ainda, porque eu vou para o Pai. E hei-de conceder tudo o que me pedirem em meu nome” (João 14:12 e 13p.p.) (Versão TIC da Bíblia Sagrada) Com tamanho pensamento e promessa de quem verdadeira-

mente nos ama, não há motivo para alimentarmos as desgraças que todos os dias sobrevêm à nossa existência, mas sim a esperança. Hoje, é tempo para adquirirmos confiança, embora seja tempo de expectativa, pode ser tempo para obter certeza, tempo para aumentar a nossa fé, tempo para o repouso abandonando o stress, tempo para fomentar a alegria e cimentar a paz na nossa mente. Convido os meus leitores a que façam deste tempo de crise, um tempo diferente que vos possa induzir a alegria que precisamos para continuar a vida, este dom maravilhoso que não vamos desperdiçar. Entre os dias 24 e 30 de Junho, pelas 20 h e 30 m, busque um TEMPO DE ESPERANÇA em www.tvadventista.pt e … SEJA FELIZ! Ou, se não tem internet visite a Igreja Adventista da nossa cidade da Feira na Rua da Circunvalação-Travessa da Charca Picalhos. Carlos Assunção

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C.C.R.O.F. AVISO O C.C.R. Orfeão da Feira informa todos os associados que, por qualquer motivo, não liquidaram a quota de 2012 que a mesma está em pagamento na secretaria da instituição - Rua António Castro Corte Real (Condes de Fijó). A não liquidação da quota, até quinze dias a contar da data de publicação deste aviso, bem como a falta de qualquer informação sobre esta situação, determina que o associado não seja contado para efeitos de listagem atualizada de associados, assim como para a sua antiguidade. Findo o prazo anunciado, será elaborada a listagem atualizada dos associados a ser aprovada na próxima Assembleia Geral desta associação. Horário da secretaria: segundas, quartas e sextas - 10h às 12h30m e das 15h às 19h terças e quintas - 15h às 17.30h sábados - 9h30m às 12h30m 17 de junho de 2013, Santa Maria da Feira. A direção do C.C.R. Orfeão da Feira

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Especial


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Banda dos Bombeiros Voluntários de Arrifana

210 anos a tocar por várias freguesias A Banda de Arrifana é uma das bandas mais antigas, tendo completado 210 anos no dia 19 de Janeiro. Actualmente com cerca de 64 membros, toca em concertos e festas populares, tendo já actuado em sítios como Alijó ou Caminha. Só para este ano tem agendados 15 concertos, entre os quais um a 30 de Junho, na Maia, outros dois nos dias 13 e 14 de Julho na Festa de Arrifana e mais um a 28 de Julho, em Sabrosa. A associação vive das receitas destes espectáculos e também da ajuda de alguns “sócios empresas” e amigos. “Já não recebemos apoios da Câmara. É sempre difícil. A saúde não é muita, mas tenta-se equilibrar” – diz o presidente da Banda, José Almeida. Com sede na antiga Escola Gomes Rebelo, restaurada e cedida pela Câmara “por vários anos” à Banda, é aí que ensaiam duas vezes por semana: à sextafeira e ao domingo, quando não há festas.

Para além da Banda, a associação tem ainda uma Orquestra Ligeira e ambas encontram-se inseridas na Escola de Música de Arrifana. “A escola é uma semente de músicos” – diz o presidente da Banda. Os alunos que são formados na escola integram primeiro a Orquestra Ligeira, que é constituída por “aprendizes de músicos”, e aí recebem formação para depois entrarem na Banda. Ambas têm vários jovens que continuam a procurar a educação musical. “A Banda tem muitos jovens. Mais de 50 por cento são jovens” – revela José Almeida. A Orquestra Ligeira, que tem entre 15 a 20 elementos, faz pequenos concertos e a sua próxima actuação será amanhã, pelas 21h00, no Salão Nobre dos Bombeiros de Arrifana, no âmbito da comemoração do aniversário da corporação. Quanto à freguesia, o presidente da Banda encontra-se satisfeito. “Não tenho nada a apontar” – diz

José Almeida. Natural de S. João da Madeira, mudou-se para Arrifana por questões profissionais. Apesar de “não ser muito cliente de café”, o presidente destaca o largo onde se realiza a feira como “um lugar aprazível principalmente para as pessoas da terceira idade desfrutarem da sombra”. Diz que Arrifana tem muita história e que “todos os dias passam lá caminheiros para Santiago de Compostela”. Como melhores obras salienta o centro de saúde, a Junta de freguesia, o cemitério e capela mortuária, “que muitas freguesias não têm”, e a “igreja rectificada e modernizada”. E em termos de evolução da freguesia nos últimos anos? “Evoluir, evoluiu, mas não tanto como desejaríamos” – aponta José Almeida, lembrando que as estradas, “um problema em todo o concelho da Feira devido à instalação do saneamento e água”, “deviam estar prontas e não estão”.

Estrelas Brancas – Rancho Folclórico Recreativo de Arrifana

“Já não ganhamos nada, agora é só para manter” O rancho Estrelas Brancas foi fundado em 1984 baseando-se apenas nos mais pequenos. “Era um folclore só para crianças” – diz o presidente do rancho, Mário Gomes Oliveira. Dez anos depois, com o sucesso alcançado, começou a integrar adultos. Percorreram festivais por todo o país, “desde o Minho ao Algarve” e até chegaram a ir a Espanha. Apesar do seu crescimento, o rancho continua muito focado nos jovens, que continuam a ser presença assídua neste grupo. “Graças a Deus os jovens ainda continuam a procurar o rancho” – afirma Mário Oliveira. Com mais de 50 elementos, o Rancho leva nos seus espectáculos as tradições mais antigas da região do Douro Litoral. Mas a sua actividade tem sido feita com muito esforço. Agora sem receber qualquer apoio da Câmara, o presidente avisa que não sabe até

quando poderá manter a associação. “O mal é esse, queremos fazer uma coisa como fazíamos antigamente e não podemos porque não temos dinheiro. A Câmara já não nos apoia. Não ganhamos nada agora, é só para manter. Custa-nos muito” – conta o presidente do rancho. As Estrelas Brancas continuam sem sede própria, estando albergadas na casa do presidente, na Rua Alexandre Ferreira Tavares, e a ensaiar na casa da Junta, à sexta-feira das 21h às 23h. O único evento em que participam para angariar fundos é no Festival das Colectividades em que fazem “uma voltinha às pessoas amigas”. A falta de dinheiro para ajudar nos custos, fez com que a ida a festivais mais longe e a realização de iniciativas como, as desfolhadas, se tornassem impossíveis. “Já corremos Portugal inteiro. Era outro tempo,

havia uma ajudinha aqui, uma ajudinha ali. Agora é mais complicado” – aponta Mário Oliveira. Como próximos eventos o presidente destaca o fim-de-semana de 20 e 21 de Julho, com actuações em Arrifana e Santa Maria da Feira, respectivamente, e a ida a Oliveira de Azeméis no dia 3 de Agosto. Quanto à freguesia, Mário Oliveira diz que a associação “tem sido acarinhada por todos” e que não tem razões de queixa. “Tem sido bom viver em Arrifana. As pessoas respeitam-me” – afirma. Como sítio mais relevante salienta o largo onde se faz o festival das colectividades, junto à igreja, e não esquece também as obras no centro paroquial, no quartel dos bombeiros, ou na igreja, que “ficou uma maravilha”, e que beneficiaram a freguesia. “Arrifana tem evoluído muito, nem se compara há cinco, seis anos” – sublinha Mário Oliveira.

Associação Superar Desafios

Uma associação jovem sempre em ascensão A Associação Superar Desafios é um exemplo real de como fugir à forma generalizada de gestão de uma colectividade pode ser viável. Sem qualquer associado, vive de “um núcleo de 50 patrocinadores”, segundo explica Manuel Rocha, presidente da associação e mentor do projecto. “A ideia é que todos ganhem. Os patrocinadores fazem descontos aos atletas e até aos restantes patrocinadores e, assim, ganham clientes” – explica o dirigente,

que garante que as coisas “funcionam bem, mas tem que se trabalhar para isso acontecer”. Nos seus quadros, a Superar Desafios conta com duas modalidades, ciclismo e uma escola de dança, que têm, cada uma, cerca de 30 atletas. Os responsáveis pela colectividade pensam em alargar o leque, estando em equação a criação das secções de BTT e Caminhadas. “Também já pensámos no autocaravanismo, mas a Junta teria que nos ceder um espaço para

servir como estação de serviço. Havendo esse espaço nós fazemos as infraestruturas. Com cerca de 200 ou 300 euros resolvíamos isso” – diz Manuel Rocha, que encara o futuro com optimismo. “Estamos a crescer. Vamos para o quinto ano de actividade e cada vez temos mais atletas e ambição em fazer coisas” – diz o presidente. Ainda no último sábado, a associação organizou, e financiou na sua totalidade, uma caminhada e um piquenique.

Grupo Columbófilo de Arrifana

Competições e leilões de pombos sustentam associação Os membros do Grupo Columbófilo de Arrifana juntaram-se inicialmente em 1950 com o intuito de criar os seus próprios pombos e levá-los a competição. Participam, desde então, em vários eventos por ano, sendo que a Campanha Desportiva começa em Janeiro e acaba no final deste mês. O máximo de pombos por pessoa é de 30 por competição nacional e de 15 por prova internacional. No sábado passado, foram a Montemor-o-Novo e no próximo sábado dirigem-se a Espanha, acabando as provas mais tarde em Évora. Para participarem em mais competições terão de esperar por 2014. O grupo conta actualmente com 20 sócios e sofre com a falta de ajudas. “Nós não temos apoios nem da Junta nem da Câmara. Não colaboram nada. Está muito difícil e este ano houve menos pessoas a procurar a associação para se inscreverem” – conta o presidente do Grupo Columbófilo, Elísio Leite. Para contrariar esta tendência, a associação organizou, no dia 27 de Julho, um leilão de pombos. “Cada columbófilo oferece um borralho. É para ver se conseguimos algum

rendimento para entregar os prémios em falta” – revela Elísio Leite. O leilão terá lugar na sede da associação, no Largo Manuel José Pereira, pelas 12h00, e terá entre 25 a 30 pombos à disposição de serem vendidos. O presidente deixa o convite: “Venham para almoçar connosco e comprem um pombo”. Quanto à freguesia onde vive, Elísio Leite considera que é um bom sítio para se morar. “As pessoas gostam umas das outras, há muita cultura” – afirma. Mas confessa que “a nível monetário está mau”. “Poderia ter-se feito melhor. As obras estão completamente paradas” – aponta o presidente do grupo. Elísio Leite sublinha que em Arrifana falta, por exemplo, um bom parque de lazer e que o arranjo das estradas é uma prioridade porque “estão um bocado estragadas”. Este ano o grupo não participou no festival das colectividades, mas o presidente garante que a relação entre as associações da terra é boa, e o grupo columbófilo convida algumas delas frequentemente para os seus eventos. “É tudo boa gente” – diz Elísio Leite.

Hippyes FC, Os Arrifanenses e o Manhôce FC

Três clubes a competir no Inatel A freguesia de Arrifana conta com três clubes a competir na Taça Fundação Inatel, Hippyes FC, Os Arrifanenses e o Manhôce FC. O primeiro diz-se um clube diferente, “porque o nosso objectivo é a amizade e o convívio entre os amigos dos Hippyes”, tal como explica Manuel Oliveira. Desportivamente, o clube, “nos últimos três ou quatro anos, passou por uma fase mais fraca” mas, esta temporada, apurou-se para “a fase final distrital”, tendo ficado perto de atingir a fase nacional. “Acredito que no próximo ano estaremos muito melhor” – diz Manuel Oliveira. Financeiramente, “o clube está como todos, a adaptar-se aos novos tempos, sem subsídios, procurando sobreviver”. Ainda assim, o dirigente garante que “a situação é razoável, porque o clube tem um grupo de amigos que nos vão ajudando”. No que toca ao Os Arrifanenses, Jorge Oliveira, presidente do clube, refere que, desportivamente, “já tivemos dias melhores”. “Começámos muito bem quando nascemos. Fomos duas vezes campeões mas, daí para a frente, não temos ficado nos lugares cimeiros, que era o nosso objectivo” – conta o dirigente, que sublinha o desejo de ver o clube “a lutar pela fase nacional” no futuro. Quanto à vertente financeira, Jorge Oliveira refere que o clube

“vai lutando como pode”. Ainda assim, e mesmo com “as ajudas a serem cada vez menores”, a colectividade “não tem dívidas, o que é gratificante”. Apesar disso, o presidente garante que “é difícil manter o clube no Inatel, devido aos gastos que temos com o campo em que jogamos, o policiamento e as inscrições e jogadores”. O futuro, esse, passa por “solidificar a estrutura financeiramente”, porque “os subsídios não chegam”. Isso faz com que o clube tenha que encontrar alternativas. No que toca ao Manhôce FC, teve uma época que “correu muito abaixo do que era esperado”. Quem é o diz é Rufino Caetano, presidente do clube, que não esconde que a ambição para esta temporada passava, “pelo menos, por irmos à fase dos primeiros, mas as coisas correram muito mal”. “Alguns jogadores abandonaram e os resultados também não apareceram. Acabámos com 17 ou 18 jogadores, depois de começarmos com 28. Também tivemos muitas lesões, algumas um pouco graves” – explica o dirigente, que sublinha que o clube “já está a preparar a nova época”. Financeiramente, as muitas despesas tornam as coisas complicadas mas o presidente deixa uma garantia: “Enquanto pudermos vamos andando”.


Correio da Feira

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Populares queixam-se da falta de obras e do estado das ruas

Viver em Arrifana é desfrutar da sua tranquilidade Daniela Castro Soares

Emília Silva

A maior e talvez a mais interessante característica de Arrifana são as suas lendas sobre milagres. Podemos recordar a história da Rainha Santa Isabel que, ao pernoitar em Arrifana, aquando da sua peregrinação, deu vista a uma cega. A mesma rainha, conta-se ainda, ao comer uma laranja, lançou uma das sementes à terra, “nascendo posteriormente uma laranjeira cujos frutos ostentavam as cinco quinas das armas de Portugal”. Temos também a história do Frei Pascoal que quando morreu deixou à freguesia uma cruz de pau, “prometendo que, enquanto ela existisse, nunca a peste entraria em Arrifana”. O certo é que desde então tal flagelo não atingiu a terra. Mas a história mais conhecida e a personalidade que ninguém esquece é a da Santinha de Arrifana, de seu nome Ana de Jesus Magalhães. Uma pastorinha local, de apenas 16 anos, “que se viu atirada para um leito em virtude de uma grave enfermidade, assim permanecendo durante quase meio século, em perfeita resignação e beatífico comportamento, pelo que logo a população local entenderia atribuir-lhe dotes de santidade”. Arrifana foi elevada a vila em 8 de Agosto de 1985 e conta com cerca de oito mil habitantes. Até ao século XVI, era chamada de Santa Maria de Manhouce, correspondendo hoje Manhouce a um simples lugar de Arrifana. Considerada de fundação árabe por diversos autores devido ao seu topónimo, a ara votiva dedicada a Júpiter que foi encontrada na freguesia aponta, por outro lado, para um “cunho civilizacional da romanização” daquela terra. Situada numa planície elevada, com uma área de 6,32 km, Arrifana fica próxima dos desenvolvidos núcleos urbanos de Santa Maria da Feira e São João da Madeira. “Na base da organi-

zação económica local está um diversificado parque empresarial, de entre o qual sobressaem as indústrias metalomecânica, do calçado e seus componentes, de confecção, bem como a serração de madeiras”.

O bom de Arrifana é o sossego

O que os populares mais elogiam na terra é o sossego e tranquilidade com que se vive. “Eu penso que é um bom sítio para se viver. Não tem grande coisa, mas é um sítio calminho” – diz a jovem Daniela Almeida, de 15 anos. Emília Silva, de 82, concorda e agradece por viver numa freguesia que tem os serviços à porta de casa. “É uma freguesia calma. Temos tudo perto de casa: farmácia, igreja, posto médico, banco. É sempre bom, senão tínhamos de ir para S. João da Madeira” – afirma a residente de Arrifana. “Ainda é um dos poucos locais com segurança, onde todos se conhecem. Há margem para as pessoas saírem à noite” – diz o secretário da Junta, David Ferreira, que destaca que “o melhor de Arrifana são as próprias pessoas” e que a “mais-valia dos arrifanenses é serem unidos”. José Santos contraria a opinião geral e não vê grandes vantagens na terra onde vive. “Só a sombra, aqui onde estou sentado, é que é boa em Arrifana” – afirma. Como locais de eleição, os residentes destacam, sobretudo, o Largo Manuel José Pereira e a Igreja Matriz. “Temos uma igreja de categoria. É antiga mas boa” – diz Jaime Santos, que também mora em Arrifana. “A Igreja Matriz de Santa Maria de Arrifana é uma das mais sumptuosas e imponentes do Concelho, sobressaindo a sua ampla envergadura e belos ornatos arquitectónicos ao alto de um escadório fronteiro, o qual lhe empresta ainda maior realce e

aparato, a um gosto tipicamente barroco” – pode ler-se no livro Terras de Santa Maria. “Há vários locais agradáveis em Arrifana. O monumento das Invasões Francesas, o parque de jogos, os bombeiros… Todos merecem uma visita” – aponta David Ferreira. Emília Silva não deixa passar e afirma com convicção que um dos sítios mais bonitos é a Rua Saul Eduardo Rebelo Valente, onde vive. “Onde eu vivo também é bonito. É uma das ruas mais antigas da freguesia. De lá vejo o mar, até vejo os barcos no mar” – conta a popular.

Falta de obras e estradas esburacadas são as principais queixas

“O centro é bonito, tem uns prédios jeitosos. A freguesia não é feia, mas falta algumas condições” – refere Jaime Santos, adiantando que Arrifana é “uma das freguesias que menos tem evoluído no Concelho”. “A Câmara não se tem virado muito para Arrifana. Não estamos bem servidos. Obras não se fazem nenhumas. A primeira necessidade é um lar de idosos. Faz falta” – diz o residente. Esta é a opinião dos vários populares, sobretudo idosos, com quem o Correio da Feira conversou. “Há movimentações do centro paroquial para adquirir terrenos no sentido de fazer a obra do lar de idosos” – revela David Ferreira. Quanto à falta de obras, o secretário da Junta sublinha que “em vez de continuar com a política do betão, é preferível canalizar recursos financeiros para as actividades de âmbito social”. “É preferível parar, pensar. Não fazer só por fazer. A obra física parou porque há que reequacionar as prioridades da autarquia. Mal está aquele que faz a obra e não pensa primeiro como a vai pagar. Não vale a pena fazer obras megalómanas que ge-

Jaime Santos

Daniela Almeida ram custos quando estamos num período de confusão económica e financeira, com decréscimo de receitas. Muita coisa está por fazer, mas muita coisa irá ser feita” – afirma David Ferreira. Um problema a nível do Concelho é o mau estado das estradas devido às obras de saneamento, que os populares de Arrifana não podiam deixar de referir. “Abre-se as estradas por causa das águas e ficam muito tempo sem ser arranjadas. Tem de se acabar as estradas que estão começadas. E ainda há pessoas que não têm saneamento. Eu estou servido de tudo: água, saneamento, gás, mas os que moram lá para trás não têm nada” – revela o popular. “O problema foi estarmos tanto tempo sem saneamento básico. Se pertencêssemos a S. João da Madeira já tínhamos há muitos anos. Vieram agora fazer e foi uma valente porcaria. Não fizeram as estradas como eram. É só pó, cinza, dentro das casas, foi uma nojeira o que eles fizeram” – afirma Emília Silva. A jovem Daniela Almeida só sabe que a rua onde vive “anda sempre em obra”.

José Santos “Esteve para aí meio ano em obras” – diz. “É uma obra fundamental para o desenvolvimento de Arrifana cujos custos de conforto as pessoas têm de assumir. As estradas encontram-se em mau estado, mas o processo está a ser devidamente monitorizado de forma a minimizar o impacto na população” – adianta David Ferreira.


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Clube Desportivo Arrifanense

“Tem sido feito um trabalho valioso no clube” O Clube Desportivo Arrifanense vive dias estáveis, ainda que, directivamente, passe por uma fase de mudança, visto que o actual presidente, Carlos Rodrigues, está em final de mandato e entende ser altura de surgirem novas pessoas, com novas ideias, tendo em vista o crescimento do clube. Financeiramente, “o clube luta para pagar as despesas que tem”, diz Carlos Rodrigues. “Com os apoios a serem cada vez menores torna-se difícil honrar os compromissos, mas temos conseguido” - completa o dirigente. Em termos desportivos, “se nos conseguirmos abstrair da existência do Feirense, estamos bem”. O presidente refere que “o Clube Desportivo Arrifanense oferece tranquilidade às crianças para que possam praticar desporto” e não duvida que, “quem estiver atento, admite que tem sido feito um trabalho valioso” pela actual Direcção. Uma das grandes expectativas, que tem vindo a ser alimentada nos últimos anos, passa pela reactivação do escalão de futebol

sénior. Carlos Rodrigues acredita que o projecto “pode ser viável”, mas sempre vai dizendo que não sabe quem o vai suceder, e que apoios terá para conseguir pôr a ideia em prática. “Todos os cenários são possíveis, desde que se gaste apenas aquilo que se tem” – conclui o dirigente.

Ecletismo pode ser reforçado

Nos últimos anos, o clube tem visto ser reforçado o seu ecletismo. Foram criadas as secções de kickboxing, futsal e hip-hop, que fizeram o universo do clube alargar-se ainda mais. Porém, o Arrifanense não quer ficar por aqui e existe a vontade de se criar uma nova secção, de voleibol. Porém, para que tal seja possível, o clube terá que encontrar um espaço para a equipa poder realizar os seus treinos e jogos. “Estamos a tentar sensibilizar os responsáveis pelo pavilhão da Escola nesse sentido. Se a resposta for positiva, podemos abraçar esse projecto” – explica Carlos Rodrigues.

Imagens que marcam


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Durante uma visita ao Ispab

Eduardo Cavaco reitera promessa de certificar serviços da Câmara

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Para escolha de representante camarário para o ACES

PS exige votação para votar nulo A designação de um representante da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira da área de actuação do ACES para o conselho da comunidade no ACES Entre o Douro e Voga – Feira/Arouca gerou um episódio curioso na última reunião de Câmara. Para o executivo, o assunto era pacífico e, como tal, Alfredo Henriques, que chefiou a reunião, propôs a continuidade de Emídio Sousa, vice-presidente da autarquia, nestas funções. Mas, do lado da Oposição, o entendimento foi diferente. Como se tratava da eleição de

um representante camarário, Margarida Gariso (PS) requereu a realização de uma votação. Foi improvisado um sistema de pequenos papéis, nos quais os vereadores presentes escreveram o nome escolhido. O resultado acabou por ir de encontro às pretensões iniciais do município: Emídio Sousa foi o escolhido, com seis votos, tendo ainda sido contabilizados dois votos nulos e um branco. Encontravam-se presentes os vereadores Margarida Gariso, Márcio Correia e António Bastos.

Socialista Margarida Gariso foi a única a votar contra

PS divide-se na aprovação do regulamento municipal de urbanização e edificação

O candidato do PS, Eduardo Cavaco, esteve em Paços de Brandão, onde foi recebido pela Direcção do ISPAB – Instituto Superior de Paços de Brandão. Naquela unidade de ensino superior, tomou nota dos constrangimentos financeiros causados pelo incumprimento de pagamentos assumidos pela Câmara Municipal, aquando do acordo de utilização de instalações do Ispab pela Escola Secundária local, sendo que a Direcção do instituto comparou como um “comportamento algo desequilibrado, relativamente a outras instituições idênticas”. Em resposta, Eduardo Cavaco defendeu que “na Câmara Municipal não pode haver um sistema em que se crie dificuldades, para depois se vender facilidades” e garantiu que uma das primeiras medidas que irá tomar – quando estiver à frente dos destinos do município – será a de “certificar os serviços da autarquia. É preciso assumir a requalificação dos serviços, assumindo que todos os que trabalharem na câmara, incluindo eu próprio, seremos funcionários ao serviço das pessoas” - sublinhou o candidato do PS. Na defesa do que definiu como “critérios e práticas de rigor”, Eduardo Cavaco expressou o desejo de ver o Ispab continuar a privilegiar a sua aproximação ao tecido empresarial, alertando para “a necessidade de os alunos serem capacitados para responder aos novos desafios com que hoje nos deparamos”. Ainda questionado relativamente às dinâmicas de governação que pretende implementar à frente do município de Santa Maria da Feira, Eduardo Cavaco foi pragmático: “A primeira regra é exercer um controlo financeiro ab-

soluto e rigoroso, tal como se faz em qualquer empresa que tenha à sua frente gestores responsáveis. Aliás, ainda há dias o maior empresário português referia que a Câmara precisa de ser gerida como uma grande empresa…”. Eduardo Cavaco, candidato do PS à Câmara Municipal da Feira, praticamente já concluiu o seu ciclo de visitas ao âmago da estrutura social do Concelho, recolhendo dados fundamentais para ultimar a proposta que pretende apresentar às pessoas e às instituições da área. O candidato do PS visitou, nos últimos dias, o Centro Infantil da Feira, a associação “Arbusto”, em Lobão, e a AMICIS, em Sanguedo. Nesta instituição, o candidato viveu um misto de emoções, mostrando-se profundamente sensibilizado com a extrema dedicação dos responsáveis a uma causa que “vive à margem dos apoios oficiais”, mas que, apesar disso, não desistem de proporcionar oportunidades de integração social a cidadãos com limitações cognitivas e motoras e – por essa razão – merecedores de atenção especial. Quase na mesma linha de actuação, mas com enquadramento estrutural completamente diverso, está a Cerci-Lamas, onde a direcção guiou Eduardo Cavaco numa visita que culminou com a análise das possibilidades de a futura Câmara Municipal, liderada pelo candidato, poder vir a apoiar a instituição no projecto de criação de uma unidade de acolhimento e apoio permanente a cidadãos portadores de constrangimentos cognitivos e de auto-suficiência motora. Nitidamente impressionado, segundo o comunicado do PS, Eduardo Cavaco tomou nota de um “projecto único no Concelho e fundamental para uma resposta

eficaz às necessidades daqueles cidadãos”. Anteriormente, já Eduardo Cavaco fora recebido no “Patronato de Fiães” e no “Lar S. Sebastião”, administrado pela Misericórdia de Santa Maria da Feira. Em Fiães, Eduardo Cavaco, visitou também as actuais e as futuras instalações do Centro Social Padre José Coelho. A fechar, Eduardo Cavaco foi “absolutamente surpreendido com a excelência” da acção da CASTIIS, em Sanguedo, onde teve oportunidade de conhecer pormenores de um projecto conceptual verdadeiramente notável. Noutra perspectiva, mas ainda inserido na temática social, Eduardo Cavaco quis conhecer a problemática da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa em Sanguedo. Entretanto, Eduardo Cavaco tem ainda dedicado o seu tempo a conhecer a realidade empresarial do Concelho, pelo que tem reunido com associações empresariais, centros tecnológicos, sindicatos e estruturas marcantes no mundo do trabalho. O candidato do PS visitou, então, a “Talismã Secreto – Indústria de Calçado de Conforto”, onde salientou que “há necessidade de traçar um novo rumo para a economia do concelho de forma a gerar mais e novos postos de trabalho, o crescimento e o desenvolvimento”. A Cavalinho, de S. Paio de Oleiros, foi outras das empresas visitadas pelo candidato do PS, onde teve oportunidade de se dirigir a todos os trabalhadores. “É urgente desenvolver a economia e o emprego no concelho da Feira” – disse Eduardo Cavaco, dedicando especial atenção aos mais jovens “os mais penalizados pela situação alarmante do país”.

Foi aprovada, na última reunião de Câmara, a alteração do regulamento municipal de urbanização e edificação. Sumariamente, o novo documento permitirá a todas as empresas que não se encontram devidamente licenciadas, fazê-lo sem qualquer sanção associada. A abrangência total da medida não agradou a Margarida Gariso (PS), que votou contra por entender que “não foram apresentados mecanismos para premiar quem cria postos de trabalho”. A vereadora socialista referiu ainda que “o documento não tem nada que garanta que o objectivo será alcançado

e é totalmente arbitrário”, ideia que foi refutada por José Manuel Oliveira, vereador do pelouro de Planeamento e Urbanismo. “Generalizar uma medida a todos não é arbitrário nem discriminatório. Isso não traíria a transparência que tanto apregoa” – disse o membro do executivo, em resposta a Margarida Gariso. Ainda assim, os argumentos não convenceram a vereadora socialista, que foi a única a votar contra a proposta. Os seus colegas de bancada abstiveram-se, enquanto os membros do executivo votaram favoravelmente, validando a moção. Publicidade


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Caldas de S. Jorge // Termas têm 100 mil termalistas por ano

“Colocar o termalismo como uma das principais ofertas europeias”

Daniela Castro Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

As Termas de S. Jorge têm apostado fortemente na sua divulgação, quer através de parcerias com instituições locais e regionais quer com campanhas promocionais para diminuir o custo financeiro suportado pelas pessoas que querem frequentar o balneário. Uma das acções aconteceu há cerca de duas semanas, quando as termas se propuseram a dinamizar a Loja de Turismo do Aeroporto Sá Carneiro, no Porto. “Foi muito interessante. A loja do aeroporto é toda vidrada, é quase um aquário,

e portanto é muito fácil estarmos em qualquer sítio e perceber que alguma coisa se passa dentro da loja. Atrai logo a atenção e as pessoas entram. Usamos o videowall para passar imagens das termas, que levam as pessoas a pensar como será, qual será a sensação, e conseguimos garantir alguns momentos de massagem, uma espécie de mini-relaxamento. Ficou a informação, o conhecimento que nesta região existe esta oferta” – conta a vereadora com o pelouro do Turismo, Teresa Vieira.

A acção, que durou uma semana, envolveu todas as termas da região Norte e cada uma dinamizou a loja como entendeu, no dia que lhe foi atribuído. “Obviamente que S. Jorge teve um papel mais relevante, porque o material era nosso, quem foi montar fomos nós, mas achamos que o importante é estarmos todos e o facto de terem estado vários balneários de vários pontos do país é uma acção muito importante” – aponta Teresa Vieira. Nesta iniciativa, a vereadora destaca ainda a curiosidade

dos estrangeiros, que ficaram a saber que as termas tinham água mineral natural, e dos próprios funcionários do aeroporto que acabaram por reconhecer o produto. A próxima acção do estilo já foi agendada e será denominada Outono Termal.

Alunos do Isvouga investem na promoção das termas

Outro projecto focalizado nas Termas de S. Jorge foi o desafio lançado pela Sociedade de

Turismo da Feira aos alunos de Marketing do Isvouga para que colaborassem no desenvolvimento de um plano estratégico de marketing para as termas. Para o efeito, os alunos participaram numa sessão de apresentação do projecto e realizaram uma visita técnica ao balneário termal, onde puderam conhecer de perto as suas infraestruturas, valências e estratégias empresariais. “Cada vez mais se fala do turismo de saúde e bem-estar. O facto de terem contacto com esta realidade


Correio da Feira

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é importante. Para nós é essencial que a comunidade académica discuta e debata o sector termal. É importante que o conheça, que o analise, que o estude. Todo o tipo de investigação que possa surgir à volta das termas é extremamente relevante. Mais pessoas a conhecer o sector, mais pessoas a falar sobre o sector, mais probabilidade daquela informação chegar a mais gente e acima de tudo são sempre formas subtis de fazermos promoção” – afirma a vereadora. Teresa Vieira conta que, apesar da quantidade de informação existente, ainda há muita gente que não sabe o que são umas termas, como era o caso destes alunos. “As pessoas não têm noção do que são umas termas, do que se pode fazer dentro de umas termas, do tipo de tratamentos que oferecemos. As pessoas saem daqui com vontade de ir buscar um calção e regressar para fazer. É bom ver os alunos com algum desconhecimento do produto mas com aquela frescura normal. Trazem-nos ideias e levantam questões que nós se calhar nunca pensamos e temos de ter a humildade de aceitar isso, de pensar que podemos sempre aprender, podemos sempre melhorar. É extremamente interessante” – comenta a vereadora. Teresa Vieira salienta que é essencial acompanhar as novas realidades. “As Termas têm de se adaptar aos novos tempos como qualquer sector de actividade e têm vindo a fazê-lo” – aponta.

100 mil termalistas por ano

As Termas de S. Jorge contam com cerca de 100 mil termalistas por ano, sendo que 53 por cento vêm para o chamado “termalismo clássico”, numa perspectiva de prevenção, tratamento ou reabilitação de doença, e 47 por cento vêm numa perspectiva bem-estar. “Mas, em contrapartida, 47 por cento de bem-estar só representam 10 por cento das vendas. Isto para as pessoas não dizerem que o futuro do termalismo é transformar isto num spa. Sim diminui a sazonalidade, é uma forma de outras pessoas virem às termas e depois divulgarem, mas não é o que paga as contas” – salienta Teresa Vieira. Com apenas cinco por cento de estrangeiros, a maior parte dos termalistas são portugueses e metade deles reside no concelho da Feira. “Outros sítios muito fortes são Gaia, Porto, Gondomar, Matosinhos, Espinho, Ovar. Também temos pessoas de Lisboa, Leiria, Setúbal” – enumera a vereadora. As pessoas que frequentam as termas tendem a vir em casal ou acompanhadas por um amigo e são servidas pelos cerca de 40 elementos que trabalham no espaço. Um dos sectores em que as termas mais têm investido são as crianças, com a criação de uma sala de ORL específica para elas, onde a acompanhá-las podem estar os familiares. “A nossa maior batalha é passar a mensagem de como é importante o termalismo para as vias respiratórias. Provoca uma melhoria óbvia na asma e pode haver regressão da doença

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e das crises” – diz Teresa Vieira. Para que a experiência termal seja mais agradável para os pequenos, são também realizados ateliês temáticos de forma a que associem a componente de tratamento à componente lúdica. Por ano, as Termas de S. Jorge têm cerca de 200 crianças a fazer ORL.

Água mineral natural traz grandes benefícios para a saúde

Pelas propriedades físico-químicas das suas águas sulfúreas, as Termas de S. Jorge estão vocacionadas para terapêuticas do foro músculo-esquelético, vias respiratórias e pele. Numa perspectiva de prevenção, tratamento ou reabilitação da saúde, oferecem programas termais desenhados à medida das necessidades de cada termalista. “A água mineral natural tem efeitos físicos, químicos, biológicos e psicológicos. Num todo, numa perspectiva holística, vai influenciar o funcionamento do nosso organismo e contribuir para o sucesso das suas acções. Funciona como um medicamento” – diz o director clínico das termas, Pedro Cantista. Entre os tratamentos mais procurados estão as técnicas de duche, de imersão, de hidromassagem, de vapor e técnicas de vias respiratórias. Existem também técnicas complementares como as técnicas de massagem, de pressoterapia, de ginásio ou a aplicação de parafangos (substância feita com argila). O período ideal para os tratamentos é de três semanas. De forma a incentivar as pessoas a procurarem as termas, mesmo na actual conjuntura económica, as Termas de S. Jorge levam a cabo diversas adaptações do produto. Entre eles o alargamento do horário de almoço, o prolongamento da época média até ao final do mês de Julho, a oferta da inscrição, o ORL mais económico

para as crianças em Setembro para não sobrecarregar os pais com custos no início do ano escolar, o desconto para elementos do mesmo agregado familiar e o novo serviço de babysitting que pretendeM implementar agora em Junho. “Para que os avós que estão a tomar conta dos netos possam vir e os tragam com eles. Nós pomos os meninos a fazer actividades, a brincar, levamo-los ao parque, para que os avós possam fazer o tratamento” – esclarece Teresa Vieira. Mas não pára por aqui. Muitos mais descontos estão ainda a ser considerados para o mês de Agosto. “Não podemos permitir que as

pessoas deixem de frequentar as termas. É mau para todos, vai representar mais custos no orçamento de Estado da saúde porque as pessoas se não vierem fazer ORL vão tomar corticóides, se não vierem fazer uns banhinhos e umas massagens vão para a fisioterapia e vão tomar analgésicos e anti-inflamatórios. Nós não diminuímos despesa, deslocalizamos despesa. Deslocalizamos despesa de uma actividade com matéria-prima e recursos humanos portugueses, que gera desenvolvimento económico nas regiões onde está, para produtos que nós importamos, de empresas que não são nossas,

muitas delas nem têm sede em Portugal” - realça a vereadora com o pelouro do Turismo. Teresa Vieira salienta ainda que é preciso que as termas sejam parte integrante dos sistemas de saúde. “Temos de colocar o termalismo como uma das principais ofertas europeias. O nosso papel é convencer as agências de promoção externa, regionais e o Turismo de Portugal que vender as Termas é importante para o destino. A Declaração de Petersburgo diz que o tratamento termal deve fazer parte das ofertas dos sistemas de saúde de todos os Estados europeus. Temos de trabalhar nisto” – refere.


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Santa Maria da Feira // Documento destaca 33 eventos de todo o País

Imaginarius no Guia Portugal Contemporâneo

Santa Maria da Feira // Digressão, pela primeira vez, da obra por Portugal

Tributo aos Queen no Europarque a 27 de Julho A obra de renome mundial The Queen Symphony, dedicada à célebre banda de pop-rock, chega agora numa versão adaptada ao Europarque através da promotora Smooth Vibrations. Escrita pelo maestro e compositor inglês de ascendência turca Tolga Kashif, já esgotou salas em todo o mundo. Este espectáculo, inserido no Festival Internacional de Música e Dança da Figueira da Foz, fará a sua estreia em Lisboa, passando depois por Santa

Maria da Feira e regressando à Figueira da Foz para a sua actuação final. Recriada à volta de 18 temas dos Queen, a sinfonia será interpretada pela primeira vez pela Orquestra Nacional de Jovens, baseada em residências artísticas na Figueira da Foz e constituída por cerca de uma centena de músicos de todo o país. O espectáculo chegará ao Europarque no dia 27 de Julho, pelas 21h45, e terá o custo de 15 euros.

Sanguedo

“(In)dependências” na Juventude

O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira é um dos eventos seleccionados pelo Turismo de Portugal para o Guia Portugal Contemporâneo, que acaba de ser disponibilizado on-line. O Guia destaca 33 eventos de todo o País, que “de forma regular, trazem às regiões as novas tendências nacionais e internacionais no Cinema, Dança, Fotografia, Música, Teatro e nas várias Artes em Cruzamento”, refere o Turismo de Portugal na nota de divulgação. O Guia Portugal Contemporâneo, disponibilizado pelo Turismo de Portugal, destaca quatro áreas relacionadas com a contemporaneidade e a inovação em Portugal – Arquitectura, Arte Contemporânea, Design e Eventos. Neste guia on-line está disponível uma selecção criteriosa e fundamentada, com mais de 160 recursos e eventos, distribuídos por todo o país e suscetíveis de fruição turística. Com este guia, o Turismo de Portugal pretende proporcionar novas propostas de (re)descoberta de Portugal, que facilitem a formatação de programas, conteúdos

e serviços turísticos capazes de captar novos e mais públicos. Para esse efeito, o site facilita pesquisas, quer territoriais quer temáticas. O desenvolvimento do projecto é fruto de parcerias estabelecidas com a Ordem dos Arquitetos, a Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte, o MUDE, Museu do Design e da Moda e as sete agências regionais de promoção turística. Na temática da Arquitectura, a Ordem dos Arquitectos convidou Pedro Campos Costa que elegeu 40 locais de diversas tipologias que demonstram a vitalidade da arquitetura portuguesa que pode ser encontrar em todo o território de Portugal Continental e ilhas – espaços públicos e privados, de diferentes usos mas passíveis de intensas vivências. Na Arte Contemporânea, a Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte incumbiu Rui Mário Gonçalves de selecionar alguns dos principais espaços (33 museus, galerias, centros de arte) que proporcionam a descoberta da arte portuguesa com a sua individualidade, cosmopolitismo e subtileza.

A selecção para a temática do Design é assegurada por Bárbara Coutinho, diretora do MUDE, Museu do Design e da Moda, colocando o seu enfoque nos interiores de 43 espaços de várias tipologias (lojas, cafés, museus, etc) que, agora e sempre, são símbolos de contemporaneidade e fruição única. Quanto aos eventos, são destacados 33 que, de forma regular, trazem às regiões as novas tendências nacionais e internacionais, no Cinema, Dança, Fotografia, Música, Teatro e nas várias Artes em Cruzamento. Um calendário de eventos, não exaustivo, que se revela um complemento da visita turística, fruto de um significativo investimento numa programação turístico-cultural diversificada e apelativa. O Guia Portugal Contemporâneo encontra-se disponível em http:// guiastecnicos.turismodeportugal. pt/, prevendo-se para breve a disponibilização da versão em inglês. Para aceder à informação relativa ao Imaginarius clique em http://guiastecnicos.turismodeportugal.pt/pt/contemporaneo/ver/ Imaginarius

Santa Maria da Feira // Uma experiência diferente

Concerto meditativo com massagem no Bosque do Castelo O restaurante Orfeu, de Santa Maria da Feira, apresenta a actividade “Sons nas Palmas das Mãos” que consiste num concerto meditativo, ao vivo, com massagem, no Bosque do Castelo, “num dos muitos anfiteatros naturais aí existentes”. Depois do sucesso dos jantares “Às Cegas – Ensaio sobre os Sentidos”, o Projecto Argila, que organiza esta actividade, descreve o evento como uma “viagem performativa, sonora e terapêutica”. “Percorrendo o bosque, deparamo-nos com

um plano de expansão sensorial onde a música viva se entrelaça nas vozes das árvores, permitindo uma viagem sem amarras e libertando os véus quotidianos. A massagem subtil emerge dos sons da paisagem e flutua nos sentidos menos percorridos, permitindo um aprofundamento da entrega que propomos aos participantes” – pode ler-se no comunicado do evento. A actividade começa este domingo, com sessões de 15 a 25 pessoas, e realizar-se-á todos os

domingos até ao dia 14 de Julho, com um desconto de 30 por cento em todos os consumos. A duração da performance é de cerca de 90 minutos, com um custo individual de 20 euros. A organização avisa que “consoante o estado do tempo, o participante deverá optar por um vestuário confortável e trazer colchão de campismo. Não sendo viável a experiência no exterior, a alternativa será o Salão Nobre do Orfeão, sendo o espaço reconstruído ou recriado”.

A Juventude de Sanguedo vai organizar o teatro/debate “ (In) dependências “. Trata-se de um tema de interesse dos jovens relacionados com a promoção da saúde, que es-

timulam a reflexão e o debate sobre problemas que querem discutir. A iniciativa está marcada para o próximo sábado, pelas 18h30, na sede desta associação.

Santa Maria da Feira

Centenas de geocachers “invadiram” o castelo

O castelo de Santa Maria da Feira foi invadido por meia centena de geocachers. Tudo não passou de um evento de geocaching, devidamente organizado pela equipa “ice_hot”. Para muitos, foi a primeira vez que entraram e visitaram um castelo durante a noite, com o pormenor que este monumento esteve aberto em exclusivo para o grupo de geocachers. As sombras e o som dos morcegos deram um ambiente especial a esta aventura nocturna que terminou com a assinatura de um livro de visitas especial, em forma de escudo. O geocaching é um jogo de caça ao tesouro em que se utiliza um dispositivo GPS para encontrar

pequenos tesouros espalhados pelo mundo. Por vezes, os praticantes deste jogo reúnem-se para momentos de convívio, como foi o caso deste evento no castelo de Santa Maria da Feira. O geocaching é um jogo de caça ao tesouro em que se utiliza um dispositivo GPS para encontrar pequenos tesouros espalhados pelo mundo. Por vezes, os praticantes deste jogo reúnem-se para momentos de convívio, como foi o caso deste evento no castelo de Santa Maria da Feira. A iniciativa está marcada para o próximo sábado, pelas 18h30, na sede desta associação.

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Preocupa-se com os sinais na sua pele?

Director Clínico da Walk’in Clinics Dr. António Pedro Todas as pessoas independentemente do seu tipo racial ou sexo ou ainda, individualidade genética, apresentam sinais na pele que se modificam ao longo da sua vida e em função de um conjunto de estímulos externos: mecânicos (traumatismos, lesões de coceira, cicatrizes cirúrgicas, entre outros) e radiações (raios ultravioleta, raios X, raios Gama). Desde a infância surgem os primeiros sinais (geralmente

muito pequenos) designados ‘nevus’, que são gerados pelas células produtoras de melanina (os melanócitos). Quando se fazem exposições solares ou a fontes artificiais de radiação ultravioleta, raios X ou raios gama, aumenta a probabilidade de desencadear atipias (irregularidades no aspecto dos sinais) que podem ser sinais de alarme, justificando a sua observação por um médico.

Ao longo da vida, a densidade de sinais (número e tamanho) vai aumentando e desta forma aumenta o risco de tumor maligno da pele, sendo o mais frequente o melanoma, mas não devemos esquecer o carcinoma espinocelular ou ainda o carcinoma basocelular (basalioma).

Principais sinais de alarme de um sinal: 1. O aumento do seu tamanho

Entre os dias 20 e 30 de Junho, a Walk’in Clinics realiza, nas suas quatro unidades, um rastreio dermatológico gratuito que pretende alertar a população para os factores de riscos associados ao cancro da pele. Durante os rastreios será, também, feita uma observação de todos os sinais cutâneos dos participantes. Previna-se contra o cancro da pele e aproveite esta oferta da Walk’in Clinics. Para mais informações, ligue o 808 20 20 80 ou desloque-se a uma Walk’in perto de si.

(mais de 6 mm); 2. A modificação da sua forma; 3. A sua distinção súbita relativamente ao grupo em que estava inserido; 4. A assimetria recente no sinal relativamente à posição que apresentava no passado; 5. O aspecto áspero ou descamativo; 6. Apresentar várias cores, 7. O prurido local; 8. O sangramento ou perda de líquido na zona do sinal; 9. O aspecto saliente em forma de pérola; 10. O aspecto de ferimento que não cicatriza.

Para uma boa saúde da sua pele é necessário: 1. Fazer regularmente o autoexame da sua pele (de 2 em 2 meses) em frente do espelho e inspeccionando meticulosamente todas as áreas, incluindo os locais menos acessíveis; 2. Cumprir as regras de foto-

educação: a)As exposições solares devem ser lentas e progressivas b)As exposições de risco (entre as 12h00 e as 16h00 Horas) devem ser evitadas c)Uso de chapéu de abas largas d)Uso de protector solar com factor adequado ao seu tipo de pele e)Proibição total de exposição solar em bebés até aos 6 meses f)Proibição de exposição solar directa em crianças até aos 3 anos de idade g)O factor de protecção solar, deve ser sempre duplicado em caso de antecedentes familiares com cancro da pele. h)As exposições em solários são completamente desaconselhadas. 3. Em caso de alguma dúvida ou sinal suspeito contacte imediatamente o seu médico de família, ou um médico de clínica geral ou ainda um dermatologista.


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Virgílio Oliveira continua no S. J. Ver

Escapães e Juv. Fiães vencem na Supertaça

Ac. Feira já pensa no regresso à 2.ª Divisão

Presidente anunciou a continuidade na assembleia-geral realizada na última sexta-feira.

Emblemas concelhios dominaram as Supertaças nos escalões de iniciados, juvenis e juniores.

Amadeu Pinto, presidente do clube, não esconde mágoa pela descida mas já olha para o futuro.

Futebol

Futsal

Hóquei em Patins

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Fernando Costa preside ao Feirense

2.ª Gala dos Melhores do Ano junta 430 pessoas

Franclim Freitas vai gerir o futebol profissional e Rodrigo Nunes será o vice-presidente para o património.

3 técnicos concelhios e Nando Lara foram premiados durante o evento, organizado pelos Unidos ao Futsal.

Futebol

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Futebol // Lusitanistas derrotaram a Sanjoanense na final e somaram o segundo troféu da época, depois de terem vencido a 1.ª Divisão

Golo feliz de Inverno permite ao Lusitânia de Lourosa conquistar a Supertaça de Aveiro O avançado foi lançado por Martelinho na recta final do desafio e aproveitou um erro do guardião João Silva para apontar o único golo de uma partida muito equilibrada e com várias chances.

Um golo de Inverno, a castigar um erro do guardião João Silva, permitiu ao Lusitânia de Lourosa derrotar a Sanjoanense e celebrar a conquista da Supertaça de Aveiro, a última prova da temporada 2012/2013. O encontro foi bastante equilibrado, com ambas as equipas a criarem algumas boas chances para se adiantarem no marcador. A melhor ocasião do primeiro tempo foi desperdiçada pelos lustianistas, que viram o poste negar-lhes o 1-0. Na segunda metade, o ritmo do jogo manteve-se inalterado. O perigo rondou as duas balizas. Primeiro foi Mauro, totalmente isolado, a rematar ao lado da baliza de João Silva. Poucos minutos

Depois de ter conquistado a 1.ª Divisão Distrital de Aveiro, o Lusitânia de Lourosa somou o segundo título da temporada

Estádio 1.º de Maio

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Árbitro: Diogo Santos

0

Lusitânia de Lourosa: Rui Pedro, Sanguedo, Rui Jorge, Vítor Fonseca, Ivo Oliveira, Hugo Silva, Batista, Lima (Inverno, 73), Mauro (António, 89), Zé Paulo, Bino (Moisés, 68) T: Martelinho Sanjoanense: João Silva, Tiago, João Pinto, Jonas, Vitor, Nelson, Letz (Mário Brandão, 77), Bruno Fogaça (Toninho, 69), Ayrton (Stefan, 62), Quim Pedro, Alex T: David Resende Amarelos: Baptista (9), Alex (33), Rui Jorge (45), Letz (48), Golo: Inverno (81)

depois, foi a vez do recém-entrado Stefan ficar perto de adiantar a Sanjoanense no marcador. Num lance de insistência, o avançado rematou ao poste. Porém, o jogo haveria de ser decidido na sequência de um erro do guardião João Silva, que permitiu a Inverno, que estava em campo há apenas oito minutos, apontar o único golo do desafio. No final, o avançado confidenciou, à Sintonia Feirense, que, enquanto efectuava os exercícios de aquecimento, estava com fé que

iria resolver o encontro: “Entrei no momento certo. Estava a aquecer e disse ao Moisés que ia entrar e resolver. Estou muito feliz”. Por seu turno, o técnico Martelinho lembrou que as duas equipas “não estavam habituadas ao piso sintético” mas considera que o Lusitânia de Lourosa foi “um justo vencedor”. “O golo nasceu de um erro do guarda-redes mas são coisas que acontecem no futebol” - prosseguiu o treinador, que não tem dúvidas que a final da Supertaça juntou “duas grandes

Fotolegenda

Plantel sénior recebeu as faixas de campeão A semana começou em festa para o plantel sénior do Lusitânia de Lourosa. Os novos campeões do Distrito de Aveiro receberam as faixas, e a respectiva Taça, referente ao título de vencedor da 1.ª Divisão Distrital de Aveiro em 2012/2013. A cerimónia decorreu na passada segunda-feira, no Estádio do Lusitânia FC, durante a 2.ª edição do Torneio Forte Paixão, prova organizada pelo emblema lusita-

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nista destinada aos escalões de infantis, benjamins e traquinas. A festa durou cerca de meiahora e não deixou indiferente o muito público presente no estádio lusitanista, que celebrou juntamente com o plantel, liderado por Martelinho, a conquista de um título imaculado, em virtude de ter sido alcançado sem sofrer qualquer desaire nos 34 jogos disputados. Já a fechar o Torneio Forte Paixão, foi entregue

uma lembrança à viúva de Sérgio Ribeiro, antigo presidente da Junta de Freguesia de Lourosa, que faleceu no ano passado. O malogrado autarca, que já havia sido dirigente do Lusitânia de Lourosa em anos transactos, foi a personalidade escolhida pela organização do torneio para ser homenageada, sucedendo a Aires de Sousa, que havia sido lembrado na primeira edição do evento.

equipas, que mereciam estar nos Nacionais”. Igualmente feliz estava Armando Teixeira, presidente da Junta de Freguesia de Lourosa. “A Taça tem o nome do meu falecido irmão e isso ainda me faz sentir mais orgulhoso. Esta vitória vai ficar no histórico da minha vida” - disse, com grande emoção. Já Vítor Teixeira, presidente do Lusitânia de Lourosa, falou de “um momento importante para o clube e para o desporto de Santa Maria da Feira”.

Do lado da Sanjoanense, o técnico David Resende concordou que “foi um erro a decidir o jogo, mas eles acontecem e fazem parte do futebol”. O treinador disse ainda que o seu futuro não passa pela Sanjoanense. “O clube vai ter um novo rumo. O orçamento vai baixar muito e eu não me revejo numa equipa que lute pelo meio da tabela” - explicou o treinador que, a meio desta temporada, substituiu Nuno Costa no cargo e que conquistou a Taça Distrito de Aveiro.


Correio da Feira

17.JUN.2013

Taça Fundação Inatel // Turma de S. João de Ver venceu sem grande dificuldade, com três golos na 2.ª parte

Lavandeira goleia Sentieiras e apura-se para a final nacional

Após uma primeira parte muito perdulária, o Lavandeira afinou a pontaria durante o intervalo e marcou três golos em apenas 9 minutos

O Correio da Feira apurou que Alfredo Amadeu, presidente do Fiães, não vai continuar no cargo na próxima temporada. O dirigente, que assumiu a liderança do clube no início da temporada passada, não se vai recandidatar a um novo mandato, sendo que o seu último acto de gestão deverá acontecer na próxima sexta-feira, quando apresentar o Relatório de Contas da última época na assembleiageral agendada para essa noite. Com a saída de Alfredo Amadeu, urge encontrar uma solução directiva para o clube mas, até ao momento, ainda não foi entregue qualquer lista candidata à presidência. Caso o cenário não se altere, o Conselho Superior do Fiães vai reunir-se para tentar encontrar uma solução para a situação.

Futsal

do, apenas três minutos depois, Tiaguinho dilatado a vantagem caseira. O resultado ficou fechado aos 55 minutos, quando Alcides, na transformação de uma grande penalidade, bisou, fazendo o 3-0. A vantagem de três golos permitiu ao Lavandeira baixar o ritmo, sem que com isso perdesse o controlo das operações diante de um Sentieiras pouco mais do que inofensivo nas acções ofensivas. No final houve novamente festa no Estádio do SC S. João de Ver. À Sintonia Feirense, Manuel Rodrigues, técnico do Lavandeira, sublinhou que acreditou “sempre na equipa” e, para a final, garante que os seus pupilos vão até Lisboa para “se divertirem e dar uma alegria à massa associativa, porque não há nenhuma como ela”. Já o capitão, Vítor Hugo, disse

que sempre acreditou em atingir a final, que considera “um prémio” para o clube. “Já fizemos melhor do que no ano passado. Agora, vamos dar o melhor para vencer. Se não conseguirmos, vamos fazer a festa na mesma” - concluiu. O médio Pedro Trombatella falou num “resultado expressivo mas merecido” e agradeceu o apoio de todos, enquanto Tono Melo ressalvou o papel dos adeptos em cada sucesso: “São eles que nos dão a vitória nos jogos”. Do lado do Sentieiras, o técnico, Carlos Rodrigues, sentiu a sua equipa cansada mas não retirou qualquer mérito à vitória do Lavandeira, “uma grande equipa, que foi, sem dúvida, melhor”. A final da Taça Fundação Inatel disputa-se no próximo domingo,em Lisboa.

Estádio do SC S. João de Ver

LAVANDEIRA SENTIEIRAS

Árbitro: José Silva (Porto)

Sorteio do Torneio do Feirense é hoje 3 0

Lavandeira: Mouro, Dani, Formiga, Alcides, Tono Melo (Carlinhos, 65), Trombatella, Ninja (Quim Zé, 55), Vítor Hugo, Tiaguinho (Isaac, 57), Grilo, Diogo T: Manuel Rodrigues Sentieiras: Tiago Mendes, Hugo (Merca, 41), Fábio (João Pedro, 41), Rui, Tiago, Tiago Pombo, Cláudio, Miguel (Franklim, 50), Tiago Leitão, Márcio (Paulo Lopes, 60), Edgar T: Carlos Rodrigues Amarelo: Ninja (13), Tiaguinho (30), Tiago Pombo (45), Tono Melo (63) Golos: Alcides (46 e gp 55), Tiaguinho (49)

Paços de Brandão // Ontem, o Dragon Force conquistou a Taça Petizes 2013. Venceu o FC Avintes na final

13.ª edição do Torneio Internacional de Verão atrai craques do futuro ao Estádio D.ª Zulmira Sá e Silva 32 equipas, divididas por três escalões, disputam, no próximo fim-de-semana, a prova, que volta a ter uma vertente lúdica e cultural.

Está à porta mais uma edição do Torneio Internacional de Verão, prova organizada pelo Paços de Brandão e que se realiza, de 21 a 23 de Junho, no Estádio D.ª Zulmira Sá e Silva. O 13.º torneio arranca com o escalão de traquinas, às 17h da próxima sexta-feira, e fecha com a entrega de prémios, marcada para as 18.30h do domingo seguinte, logo a seguir às finais de benjamins A (15.15h), benjamins B (16h) e de

Fiães

Alfredo Amadeu não continua na presidência

Alcides (bisou) e Tiaguinho apontaram os golos de um triunfo categórico. O técnico e os atletas sanjoanenses vêem a final como um prémio e ressalvaram o papel dos adeptos em mais um sucesso

O Lavandeira está na final nacional da Taça Fundação Inatel. A equipa de S. João de Ver garantiu o passaporte para o jogo decisivo da competição depois de golear, por 3-0, o Sentieiras, num jogo em que a superioridade caseira nunca foi colocada em causa pelo conjunto que viajou desde Abrantes. Frente a um adversário que, entre outros, havia afastado o Nadais da prova, o Lavandeira cedo tomou as rédeas da partida. O arranque dos sanjoanenses foi fortíssimo mas a pontaria não estava calibrada. Os encarnados desperdiçaram uma mão cheia de oportunidades para se adiantarem no marcador, o que fez com o que o resultado chegasse ao intervalo sem qualquer alteração. Na segunda metade, a toada do encontro não se alterou, ao contrário da pontaria dos sanjoanenses, que veio dos balneários bem mais afinada. Logo aos 46 minutos, Alicides abriu a contagem, ten-

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traquinas (17.30h). Para além da vertente desportiva, o evento, à semelhança das edições anteriores, engloba uma área mais cultura, estando agendadas visitas ao Museu do Papel, em Paços de Brandão, e ao Parque Ornitológico de Lourosa. O passeio decorrerá no dia 22 de Junho e é facultativo e gratuito. Já ontem terminou a Taça Petizes 2013, disputada no Estádio D.ª Zulmira Sá e Silva e que foi conquistada pelo Dragon Force que, na final, bateu o FC Avintes (2-0). Foram entregues medalhas e diplomas a todos os atletas. Houve ainda dois concursos extra: mais penáltis convertidos, ganho pelo Fiães (18); e maior número de toques, ganho por Gustavo Azevedo, do Paços de Brandão (7).

Torneio Internacional de Verão já é uma tradição em Paços de Brandão

O sorteio do Torneio de Futsal Verão organizado pelo vai ser realizado hoje, pelas 21:30h, na Sala António Lino, no Estádio Marcolino Castro. A organização solicita que todos os delegados levem a documentação que se encontra em falta, nomeadamente as cópias dos BI dos seus elementos. Até ao momento estão inscritas 18 equipas, entre elas a do Jornal Correio da Feira. Vão igualmente participar as equipas Cavalinho, Padaria do Arraial, Peladinha Gostosa, Hotel Pedra Bela, Restaurante Roda da Lage, Os Tchetchenos, JG Estilo, Clínica Dentisti P, Os Manos, Grupo Bota Bota, SKA Bar, Saavedra Guedes, Gicar, Lércio Pinto, Padaria Central da Vergada, MPF Utilidades Lar e o Urrô. A prova arranca na quarta-feira.

Futsal

José Pereira é o novo técnico do Arrifanense O Arrifanense vai apresentar-se na próxima temporada totalmente transfigurado. A aposta dos responsáveis pela secção passa por atacar a subida à 1.ª Divisão Distrital de Aveiro e, nesse sentido, o plantel será praticamente todo novo. Por enquanto, o nome dos reforços ficam na gaveta, sendo certo que muitos dos atletas que compuseram o plantel do Arrifanense na temporada passada estão de saída. No que toca ao novo técnico, a escolha recaiu em José Pereira, que na época transacta orientou o Dínamo Sanjoanense, equipa que militou no principal escalão de Aveiro. O treinador traz consigo o Pedro Pinho, que desempenhará o papel de preparador físico.


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Futebol // Novo presidente pretende dar continuidade ao trabalho feito anteriormente e fazer com que o clube continue a crescer

Fernando Costa assume presidência do Feirense Novo líder do clube presidia o Conselho Fiscal. Rodrigo Nunes será o vice-presidente para o património e tem como grande objetivo terminar o Complexo Desportivo. Franclim Freitas chefiará a SDUQ que gere, a partir da próxima época, o futebol profissional. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Fernando Costa é o novo presidente do Feirense. O antigo presidente do Conselho Fiscal do clube sucede a Franclim Freitas no cargo, sendo que o ex-presidente chefiará a Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), ficando, assim, com a gestão do futebol profissional. O quadro fica completo com Rodrigo Nunes, que será o vice-presidente para o património. A tomada de posse acontece na próxima quinta-feira. O Feirense entrou numa nova era, presidencial e de gestão. Fernando Costa vai liderar o clube nos próximos dois anos, dando seguimento a uma ligação de mais de duas décadas com o emblema de Santa Maria da Feira. “Prometemos o melhor possível pelo nosso clube. Queremos dar continuidade ao trabalho feito anteriormente mas também queremos mais, com base no princípio de rigor e controlo” disse o dirigente, que pediu apoio aos associados. Fernando Costa assumiu a liderança do clube mas não esconde que a “batata quente” está nas mãos de Franclim Freitas, que presidirá, de forma graciosa, à SDUQ. O expresidente terá a seu cargo o futebol profissional fogaceiro e promete mudanças relativamente à época passada: “Vou fazer o meu melhor mas vai ser muito diferente. Temos que reduzir os custos. Vamos apostar muito mais na formação, em jogadores portugueses e numa equipa técnica jovem e competente”. O dirigente não esconde que lhe

espera “uma tarefa árdua” e pediu a compreensão dos adeptos nas fases mais complicadas que podem vir a surgir. “Vai ser o ano da mudança e espero que o compreendam” - disse Franclim Freitas aos associados, garantindo-lhes estar “mais maduro, agressivo e preocupado”. “Vou ser muito mais rigoroso. O Feirense vai crescer, connosco e convosco” - concluiu. O triângulo é completado por Rodrigo Nunes, também ele antigo presidente do Feirense e que ficará encarregue das questões relacionadas com o património do clube. A grande meta que o dirigente pretende alcançar é a conclusão do Complexo Desportivo do clube, situado em Golfar. “Há uma obra que foi começada e não está terminada. Parte dela até está a ficar degradada. Por isso, não podia sair do clube e não me preocupar em conservar o que nos custou a fazer e, principalmente, em terminar o que começámos. O presidente pode contar comigo nesse sentido. Vou fazer tudo para, um dia, fazermos definitivamente a inauguração do Complexo Desportivo” - garantiu Rodrigo Nunes. As mudanças no elenco directivo

Celestino Portela regressa ao clube, agora para presidir à Mesa da Assembleia Geral, substituindo Eduardo Cavaco no cargo

Fernando Costa, Paulo Sérgio Pais, Luís Nunes, Celestino Portela, Eduardo Cavaco, Franclim Freitas e Rodrigo Nunes

fogaceiro atingiram também a Mesa da Assembleia Geral, que será presidida por Celestino Portela, que está de saída da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, onde desempenhou o cargo de vereador do pelouro das Finanças. Celestino Portela substitui Eduardo Cavaco no cargo. “Nos próximos dois anos temos a estrutura directiva assegurada” ressalvou Fernando Costa. Para que tal fosse possível, Luís Nunes, presidente do Conselho Geral, recorda “15 dias difíceis, com muitas reuniões e hesitações, porque o Feirense é diferente, derivado à conjuntura do futebol profissional que foi imposta pela lei de base desportiva, com a criação de uma SDUQ”. “Estou convicto de que o Feirense vai fazer um ano tranquilo e que até pode acontecer alguma surpresa” - concluiu.

Feirense abre captações para o futebol de formação O Feirense está à procura dos próximos craques do futebol nacional. Como tal, abriu um período de captações para os diferentes escalões etários da sua “cantera”, que decorrerá entre os dias 17 e 19 de Junho, no Complexo Desportivo do clube. Os treinos de futebol de 7 terão lugar entre as 18.30h e as 19.30h, enquanto os de futebol de 11 decorrerão entre as 19.30h e as 20.30h. Esta é mais uma acção desenvolvida pelo emblema de Santa Maria da Feira com o intuito de abrir as portas a novos atletas. De recordar que o Feirense arrancou, este ano, com o

projecto “Manhãs Divertidas com o Futebol”, com o objectivo de cativar jovens, dos 4 ao 7 anos, a experimentarem a modalidade no Complexo Desportivo, sem quaisquer custos. As sessões decorrem nas manhãs de cada sábado, consoante o fluxo de crianças que confirmem, atempadamente, a sua presença. Os interessados devem contactar o 918 519 000 ou o 968 035 955 para confirmarem a sua presença, sendo que os responsáveis do clube informam, prontamente, a que horas os candidatos devem estar no Complexo Desporto e onde se devem dirigir.

Feirense // Passaram 30 anos mas o feito continua bem vivo na memória de quem o viveu na primeira pessoa

Meia-final histórica em juvenis recordada em jantar comemorativo Evento juntou 21 pessoas e serviu para recordar um dos feitos mais importantes do clube, no que toca à formação. Há 30 anos, os juvenis do Feirense escreveram uma das páginas douradas do clube. Pela primeira, e única, vez no seu historial, os fogaceiros atingiram as meias-finais da Taça Nacional, onde caíram aos pés do V. Guimarães (3-2 após prolongamento). Os heróis de então reuniram-se num jantar, a 31 de Maio, que contou com a presença de 21 convidados, entre os quais Rui Cavaco, em representação da Direcção do emblema fogaceiro. O evento serviu para relembrar

histórias do passado, que continuam bem presentes na memória de quem as viveu. Jaime Bastos foi um dos atletas que fez parte dessa equipa e recorda um feito “que mais nenhuma equipa, em Aveiro, conseguiu”, mesmo que as condições de outrora fossem bem mais complicadas do que as actuais. “Não podíamos treinar com muita facilidade. Lembro-me que a meia-final, com o V. Guimarães, foi jogada no verão e jogámos com camisolas de manga comprida e com chuteiras emprestadas pelos seniores, porque íamos jogar na relva. Aliás, nunca chegámos a fazer qualquer treino de adaptação à relva” - recorda Jaime Bastos, que fala numa “geração que se destacou desportivamente e, para além disso, teve sucesso na sua vida profissional”.

Enchente na Póvoa

Depois de eliminar equipas como o Avintes, o FC Porto e a União de Coimbra, o Feirense encontrou o V. Guimarães na meia-final, que se disputou na Póvoa do Varzim. Num estádio a abarrotar, “com cerca de 10 mil pessoas”, os fogaceiros entraram praticamente a vencer, com um golo de Pinto, mas um erro de arbitragem, segundo escreveu o Correio da Feira na altura, permitiu o empate. O jogo decidiu-se no prolongamento. Os vimaranenses adiantaram-se no marcador mas o Feirense empatou de seguida. Só que, já depois de Pinto ter atirado à barra, o V. Guimarães chegou ao tento do triunfo, numa altura em que os azuis jogavam em inferioridade, devido à saída de Ferreira Pinto. Faziam parte do plantel fogaceiro Paulo Santos, Paulo Reboleiro, Narciso, Lili, Ferreira Pinto, México,

DR

Plantel do Feirense que fez história no Nacional de juvenis

Miguel, Jaime, Carlos Manuel, Adolfo, Pinto, Mário, Lino, Pedro França, Tozé Ferreira, Tó Martins, Carlitos, Tavares e Fernando Petiz. O treinador era António Luís, auxiliado

por José Roberto. O médico era o Dr. Matos Marques e o massagista, Araújo. Fernando era o técnico de equipamentos. com Roberto Carlos Reis


Correio da Feira

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S. João de Ver // Contas aprovadas por unanimidade

Infraestrutura, totalmente renovada, deu-se a conhecer no passado sábado

Virgílio Oliveira vai continuar na presidência por mais um ano

Torneio Os Joãozinhos marca a inauguração do Ervedal

Tomada de posse da Comissão Administrativa acontecerá no próximo dia 28 de Junho. Relatório de Contas relativo à época passada apresenta prejuízos mas o foi aprovado por unanimidade. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Virgílio Oliveira vai continuar a liderar os destinos do S. João de Ver na próxima temporada. A decisão foi conhecida na última assembleia-geral do clube, realizada na passada sexta-feira, que juntou cerca de duas dezenas de sócios. A reunião arrancou com a apresentação do Relatório de Contas da época anterior, que apresentou prejuízos superiores a 27,6 mil euros. “Mais uma vez as despesas são superiores às receitas” começou por referir Virgílio Oliveira que, ainda assim, sublinhou que “o clube não deve nada ninguém, porque o dinheiro aparece”. Foram igualmente explanadas as contas referentes às camadas jovens do clube, que, até ao passado dia 10 de Junho, data em que fecharam as contas relativas à época passada, geraram um lucro de 1,23 euros. O relatório foi aprovado, por unanimidade, pelos sócios presentes na reunião. As contas apresentadas foram alvo de elogios por parte de Lércio Pinto, presidente da Mesa da assembleia-geral, que sublinhou não ser “normal, em tempos de

Filipe Santos Fotografia

crise, um clube chegar ao fim da época e ter tudo em dia”. “O S. João de Ver está vivo financeiramente, o que é muito importante. Felizmente, o nosso clube está no rumo certo” - concluiu.

Virgílio Oliveira continua

Depois de perceber que não surgiram quaisquer listas candidatas à presidência, e de o presidente da assembleia-geral ter pedido a sua continuidade por mais um ano, Virgílio Oliveira admitiu que “já vinha mais ou menos preparado para isso, porque nesta altura ainda é mais difícil aparecerem candidaturas”. O dirigente agradeceu o apoio que teve dos adeptos nas últimas semanas, antes de assumir a sua vontade em permanecer à frente da Comissão Administrativa do clube por mais uma temporada. A tomada de posse acontecerá no próximo dia 28 de Junho. Definida a questão directiva, os responsáveis sanjoanenses começam a preparar a próxima temporada. Francisco Baptista deverá manter-se no cargo de treinador. O plantel, esse, será construído numa lógica de continuidade, tendo como base os atletas que representaram o clube na época passada, sendo, porém, certo que ele vai emagrecer.

Despesas foram superiores às receitas mas Virgílio Oliveira garantiu que “o clube não deve nada a ninguém, porque o dinheiro aparece”

O novíssimo Estádio do Ervedal, em S. João de Ver, foi oficialmente inaugurado na manhã do passado sábado. A obra, orçada em cerca de 200 mil euros, contou com a colocação de um piso sintético, o melhoramento dos muros e da bancada, e a renovação das entradas para o estádio. O arranque da intervenção deu-se em Fevereiro, tendo demorado cerca de quatro meses para ficar concluída. Marcaram presença na inauguração Alfredo Henriques, presidentes da Câmara, Amaro Bento Araújo, presidente da Junta de Freguesia de S. João de Ver, Virgílio Oliveira, presidente do S. João de Ver, Arménio Pinho, em representação da Associação de Futebol de Aveiro e Elísio Carneiro, da Federação Portuguesa de Futebol, entre outros. Logo após ter sido concluída a inauguração da infraestrutura, arrancou a 3.ª edição do torneio Os Joãozinhos, prova organizada pelo S. João de Ver. Durante o primeiro fim-de-semana de prova, estiveram em acção os escalões de petizes e traquinas, A e B. As finais disputaram-se no final da tarde de ontem. Em traquinas A, o Dragon Force foi o grande vencedor, depois de derrotar, na final, o S. João de Ver, por 4-3. Já em traquinas B, o Sp. Espinho bateu a equipa anfitriã na final (2-1) e sagrou-se vencedor da prova. Em petizes venceu o Lourosa.

Filipe Santos Fotografia

Alfredo Henriques deu o pontapé de saída do torneio

S. João de Ver - Vilamaiorense


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Correio da Feira

17.JUN.2013

Futsal // Evento, organizado pelos Unidos ao Futsal, distinguiu várias personalidades distritais e nacionais

2.ª Gala dos Melhores do Ano juntou 430 amantes da modalidade Os técnicos José Carlos Santos (Escapães), Vítor Resende (Juventude de Fiães) e Joaquim Augusto (Feirense) foram premiados, tal como Nando Lara (Feirense), que foi o Melhor Jogador do Distrital.

pediu “um apoio mais forte e vivo da estrutura máxima do Feirense, para que na próxima época possamos atingir o objectivo de ter o clube nos Nacionais, com um projecto seguro, para atingirmos a 2.ª Divisão Nacional, o lugar a que o Feirense teria direito”. Quanto ao Melhor Jogador do Distrital foi, novamente, Nando Lara. Desta feita com a camisola azul, o brasileiro garantiu que não contava vencer o prémio, “porque cheguei só em Janeiro, mas as coisas correram bem e estou feliz por isso”. O futuro de Nando ainda não está definido mas o brasileiro adiantou que as coisas estão bem encaminhadas para continuar no Feirense.

Futsal Jovem // Em iniciados, juvenis e juniores

Escapães e Juv. Fiães vencem nas Supertaças O Escapães, em iniciados e juvenis, e a Juventude de Fiães, em juniores, somaram mais um troféu em 2012/2013. A turma escapanense juntou, ao título distrital de iniciados, a Supertaça, depois de derrotar o Ossela, por 4-3. Já na final de juvenis, os pupilos de José Carlos Santos levaram de vencida o Beira-Mar, por 5-3. Quanto ao escalão de juniores, a Juventude

de Fiães, que se sagrou campeã distrital pela primeira vez no seu historial esta época, levou de vencida o Telhadela, por 7-2. Apesar do desnível que o marcador final evidencia, o encontro chegou ao fim do tempo regulamentar com um empate a dois golos. Porém, no prolongamento, a turma orientada por Vítor Resende marcou cinco golos sem resposta.

Estrelas do passado e do presente deram espectáculo Durante a tarde do último sábado realizaram-se, no Pavilhão Municipal de Oliveira de Azeméis, os jogos All Star nas vertentes de feminino, veteranos e seniores. As mulheres foram as primeiras a subir à quadra e deram o mote para aquela que seria uma tarde de grande espectáculo, com muitos golos, pormenores técnicos deliciosos e momentos de puro divertimento. Um dos jogos mais DR

O futsal concelhio saiu reforçado na 2.ª edição da Gala dos Melhores do Ano, levada a cabo pelos Unidos ao Futsal e que se realizou na noite do último sábado, na Quinta dos Teixeiras, em S. João da Madeira. O evento, que juntou 430 pessoas, entre as quais Pedro Dias e Hermínio Loureiro, pela FPF, Ilídio Resende e Neves Coelho, pela AFA, Jorge Braz, seleccionador nacional, Ricardinho e várias atletas da selecção nacional feminina, premiou três técnicos de equipas feirenses e Nando Lara (Feirense). Nas camadas jovens, José Carlos Santos, que conduziu o Escapães ao título e à vitória na Supertaça de juvenis, sublinhou que a distinção “deve-se muito ao trabalho dos miúdos”, confirmando que ela é “um incentivo para o futuro”, que, para ser risonho, deveria contemplar “mais ajudas das autoridades camarárias”. No escalão de juniores, Vítor Resende viu a sua Juventude de Fiães vencer tudo a nível distrital, razão suficiente para considerar “mais do que justa” a distinção. Para o futuro, o técnico vai procurar alcançar “a revalidação do título, porque o clube dá excelentes condições para trabalhar”. Já Joaquim Augusto, treinador do Feirense, protagonizou um dos momentos da noite. O técnico venceu o prémio de Melhor Treinador Distrital e, na hora da consagração, chamou para junto de si Carlos França, “o melhor guarda-redes nacional de todos os tempos”, e Gilberto Júnior, “o melhor estrangeiro que passou pelo campeonato português”. Joaquim Augusto referiu que viveu “um momento de grande alegria, pelo reconhecimento do trabalho realizado no último ano”, e não esqueceu o contributo dos jogadores. Quanto ao futuro, o técnico

esperados era o de veteranos, que juntava os amigos de Carlos França aos de Fernando Teixeira, duas das principais figuras do futsal português. A parceria resultou num jogo para mais tarde recordar, com grandes golos e uma enorme festa, que empolgou o muito público presente. A fechar, o Norte e o Sul do Distrito defrontaram-se, em mais um encontro que deliciou a plateia.

Juv. Fiães venceu a Supertaça de juniores

Natação

Colégio Lamas brilha em duas competições

O Clube Colégio de Lamas terminou no 9.º lugar, por equipas, no 24.º Torneio Cidade Estarreja, organizado pelo Clube Desportivo de Estarreja e que contou com 215 nadadores infantis. Os destaques lamacenses nesta prova vão para Tiago Barbosa, com o 4.º lugar nos 100m bruços; Mariana Ribeiro foi 4.ª nos 200m estilos; Daniel Magalhães foi 7.º nos 50m livres; Rodrigo Silva foi 8.º nos 100m mariposa; Tiago Silva foi 10.º nos 100m costas; Daniel Coimbra foi 11.º nos 200m estilos; Carolina Pais foi 10.ª nos 100m bruços; Rita Pereira foi 14.ª nos 100m costas; e Iris Sá foi 14.ª nos 50m livres. As estafetas de 4x100m livres terminaram no 10.º lugar, em femininos, e no 13.º posto em masculinos. Já no fim-de-semana de 8 e 9 de Junho, realizou-se o Torneio Internacional de São João Cidade do Porto, na Piscina Municipal de Campanhã. Foi a última prova, realizada no nosso país, que permitiu a obtenção de mínimos para os Campeonatos do Mundo de Barcelona (28 de Julho a 4 de Agosto) e do Dubai, para juniores (26 a 31 e Agosto). Estiveram inscritos 359 atletas, que representaram 40 equipas, provenientes de Itália, França, Grã-Bretanha, República Checa e Portugal. O Clube Colégio de Lamas esteve representado por oito nadadores, com TAC’s estabelecidos para este torneio, duplicando o número de nadadores da época transacta. Por motivos de saúde, Simão Capitão não esteve presente. Foram obtidos três recordes do clube absolutos e 10 recordes pessoais, o que torna muito positiva a participação lamecense no Meeting. Os destaques vão para Beatriz Cardoso, com três recordes do clube absolutos e pessoais, nos 50 (29.81s), 200 (2.19.60m) e 400m livres (4.59.58m); Alexandre Amorim, que estabeleceu três máximos pessoais, nos 100m bruços (1.15.00m), 200m bruços (2.48.55m) e nos 200m estilos; Luís Soares, que igualou o seu melhor tempo nos 100m mariposa (5.º lugar juvenil), foi 6.º nos 100 e 200m costas, e estabeleceu novo recorde pessoal nos 50m mariposa; Joana Silva, que nadou próxima aos seus máximos nos 50m bruços, mariposa e croll; João Capitão, que obteve novo recorde pessoal nos 50m bruços (32.41s); Cátia Batista, que nadou próxima ao seu melhor tempo nos 50m mariposa; e Joel Peixoto e Mariana Ribeiro, que se estrearam neste tipo de competições com recordes pessoais nos 100m livres.


Correio da Feira

17.JUN.2013

Natação Adaptada

Amadeu Cruz bate 2 marcas nacionais

Hóquei em Patins // Depois da tristeza da despromoção, clube já pensa no futuro

Ac. Feira aponta baterias ao regresso à 2.ª Divisão Amadeu Pinto, presidente do Académico da Feira

Gabriela Coelho fez o tri esta época

Amadeu Cruz alcançou o segundo lugar do pódio nos 50 metros livres no Campeonato de Espanha Absoluto por Clube de Natação Adaptada Córdoba 2013. O nadador invisual do Feira Viva Natação Adaptada bateu o recorde nacional nos 50 metros mariposa e nos 50 metros livres. O jovem atleta, de Paços de Brandão, foi o único representante da equipa concelhia na competição espanhola.

BTT

João Santos vence Taça de Portugal XCO João Santos venceu a 4.ª prova da Taça de Portugal de Cross Country Olímpico (XCO), em Oliveira de Azeméis, e garantiu, antecipadamente, o título de vencedor da Taça de Portugal da categoria. O corredor do Núcleo Desportivo de Travanca/Bicicletas Andrade completou a prova com o tempo de 1:09.11 horas. O segundo classificado, Miguel Arsénio (Craks do Pedal), ficou a 17 segundos de distância. Agora é tempo de o atleta recuperar e preparar os Campeonatos da Europa de XCO, que se realiza na Suíça, de 20 a 23 de Junho. Os restantes atletas do Travanca que estiveram presentes na prova foram Rui Pereira (13.ª posição no escalão de cadetes), Marcos Matos (17.º classificado em masters) e Ruben Pinho (40.º em juniores).

Hóquei em Campo

U. Lamas sofre derrota em Lousada O U. Lamas defrontou o actual campeão nacional, AD Lousada, no primeiro jogo do playoff de acesso à final do campeonato nacional, tendo sido derrotado por 5-2. O jogo começou com o conjunto feirense dominador mas, contra a corrente, a equipa orientada por José Pinho sofreu dois tentos após falhas defensivas. Na segunda parte os rubro-negros sofreram o terceiro golo. Quando todos julgavam que o jogo estaria terminado, o U. Lamas chegou ao 3-2, com golos de Catita, mas poucos minutos depois um erro defensivo permitiu o 4-2. O quinto golo foi obtido a poucos minutos do fim, com o conjunto feirense reduzido a nove. No sábado, o U. Lamas recebe o Lousada (16 h) e necessita de ganhar para não ser eliminado.

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Despromoção à 3.ª Divisão Nacional gerou uma enorme tristeza nas hostes academistas. Clube já prepara a nova temporada, com o único objectivo de regressar ao segundo escalão. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

“É um dia que jamais irei esquecer”. É desta forma que Amadeu Pinto, presidente do Académico da Feira, se refere ao último jogo da temporada 2012/2013, frente ao Lavra, que ditou a queda do clube à 3.ª Divisão Nacional. Os canarinhos foram derrotados por 3-2, sendo que o tento que ditou a despromoção surgiu a apenas 5 segundos do fim. “O último jogo era de vida ou de morte para ambas as equipas mas caiu para o lado deles. Nunca pensei que isso fosse acontecer, porque tínhamos tudo para conseguir o objectivo da manutenção. Jogávamos em casa, tínhamos uma equipa superior mas acusámos o jogo e claudicámos por uma coisa muito pequena” - explica o presidente do clube, que confessa não ter conseguido assistir aos últimos minutos do jogo, devido às fortes emoções: “Faltavam 3 ou 4 minutos e o meu coração já batia forte. Tive que sair do pavilhão e, por isso, não assisti ao golo da vitória do Lavra. O destino parece que já estava definido”. O final da partida fez emergir “uma tristeza muito grande em toda a gente” que compareceu no Pavilhão de Lavandeira, incluindo o presidente, até porque acreditava que estavam reunidas “as condições para não perdermos o jogo”.

Com a derrota diante do Lavra, o Académico da Feira terminou o campeonato em zona de despromoção. Contudo, existe ainda a possibilidade de o clube poder ser repescado, devido a um processo que envolve o CH Carvalhos, equipa que, curiosamente, até garantiu a subida à 1.ª Divisão. “Podemos, eventualmente, vir a beneficiar da decisão mas não acredito que possa acontecer algo aos CH Carvalhos” - confessa Amadeu Pinto que, ainda assim, garante que, caso surja uma decisão favorável ao Académico da Feira, “cá estaremos para a receber”.

Objectivo para a nova época é voltar à 2.ª Divisão

Enquanto não surgem novidades relativamente a esse processo, os responsáveis do clube de Santa Maria da Feira já iniciaram a preparação da nova temporada. “Estamos a fazer a equipa a pensar na 3.ª Divisão”, garante Amadeu Pinto,

que define como único objectivo “subir de divisão”. Os jogadores que compuseram o plantel na época passada já foram abordados no sentido de os responsáveis do clube poderem perceber com quem podem contar em 2013/2014. “A maioria está com vontade de ficar”, garante o presidente academista, ainda que existam alguns atletas que estudam a possibilidade de abraçarem outro projecto, algo que, segundo o Correio da Feira apurou, não tem agradado a Direcção academista. Até por isso, Amadeu Pinto não descarta a possibilidade de serem contratados “três ou quatro jogadores, de acordo com aquilo que a equipa técnica definir, mas sempre sem entrarmos em loucuras”. Quanto à equipa técnica, será liderada por Ricardo Gomes. O treinador será igualmente responsável pelo escalão júnior, que regressa na próxima temporada, depois do interregno em 2012/2013.

Clube vai organizar torneio para Escolares e Benjamins O Académico da Feira vai organizar nos próximos dias 28, 29 e 30 de Junho um Torneio de hóquei em patins, nos escalões de Escolares e Benjamins, no Pavilhão da Lavandeira, em Santa Maria da Feira. Neste final de época, o Académico da Feira também marcou presença no III Torneio Cidade de Anadia, com a participação de equipas em três escalões, Infantis, Escolares e Benjamins. Entretanto, prosseguiram os torneios de encerramento com os seguintes resultados: Torneio de Encerramento de Juvenis: 5.ª Jornada: Acadé-

mica de Coimbra – Académico da Feira 2-4. Torneio de Encerramento de Iniciados: 6.ª Jornada: Bom Sucesso - Académico da Feira 1-1. Torneio de Encerramento de Infantis: 6.ª Jornada: Oliveirense – Académico da Feira 2-4. Campeonato Nacional da 2.ª Divisão: Final – 2.ª Mão: Juventude de Viana - HC Mealhada 7-3. A Juventude de Viana sagrouse Campeão Nacional da 2.ª Divisão com um total de 11-9 em golos. Luís Filipe Higino

VOLEIBOL Gabriela Coelho, atleta natural de Sanguedo que representa o Rosário Vólei, sagrou-se campeã nacional em três escalões etários distintos: cadetes, juvenis e juniores. Gabriela Coelha está ligada ao voleibol desde os 10 anos, começando a praticar no Sp. Espinho. Seguiu-se o Rosário Vólei, na cidade do Porto. A atleta, que neste momento tem 15 anos, pertence ao escalão de cadetes femininos mas também jogou assiduamente pelas juvenis e na fase final do campeonato juniores femininas, tendose sagrado campeã nacional nos três escalões. De referir que esta é uma situação invulgar, já que conseguir conquistar três títulos nacionais em três escalões diferentes, no mesmo ano, no mesmo clube e com treinadores

Gabriela Coelho sagrou-se campeã nacional em cadetes, juvenis e juniores diferentes, não está ao alcance de qualquer atleta. A juntar a estes títulos, Gabriela Coelho ainda conquistou o primeiro lugar no nacional de juvenis femininas de Desporto Escolar. Este título permite à jovem atleta representar o Rosário Vólei e o nosso país, na Hungria, nos campeonatos europeus de desporto escolar. Nota ainda para o facto de Gabriela pertencer aos quadros da selecção nacional feminina de voleibol, tendo representado Portugal por duas vezes este ano, nos Europeus de cadetes, na República Checa, e de juniores, na Sérvia. Na hora de celebrar cada conquista, a atleta nunca deixa de elevar o trabalho dos treinadores das seleccionadoras nacionais, das colegas e dos dirigentes do clube que representa, assim como dos pais que tanto a apoiam neste desiderato.


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Correio da Feira

17.JUN.2013

Ciclismo // Ciclista da Liberty Seguros-Feira-KTM esteve em grande destaque

Frederico Oliveira foi o melhor Sub-23 em Albergaria

No fim-de-semana em que Rui Costa, antigo ciclista do Sport Ciclismo de S. João de Ver, venceu a Volta à Suíça, Frederico Oliveira brilhou na 13.ª edição da Volta a Albergaria-a-Velha. Não pára de aumentar o prestígio internacional das equipas da Liberty Seguros-Feira-KTM. Antes dos Campeonatos Nacionais de Estrada, de 21 a 23 de Junho em Pataias, de Juniores em Espanha, e de Sub-23 em Albergaria-a-Velha, os ciclistas feirenses não deixaram de festejar o histórico triunfo de Rui Costa pelo segundo ano seguido na Volta à Suíça. O antigo corredor do Sport Ciclismo de S. João de Ver ainda hoje valoriza o trabalho realizado por Manuel Correia. Costa conquistou umas das cinco competições mais importantes do mundo, e com duas vitórias em etapas. Já no domingo de regresso de Ruben Guerreiro à competição, Frederico Oliveira (Liberty Seguros-

Feira-KTM) foi o melhor Sub-23 da 13.ª volta ao concelho albergariense. Num percurso rompe pernas, de grande exigência para os 100 corredores que alinharam à partida, Frederico respondeu com garra e classe, já depois de o colega de equipa, Renato Avelar, ter integrado uma das fugas que marcou a prova. Avelar fez mesmo primeiro, à frente dos profissionais, na segunda meta volante. Na fase decisiva, Frederico Oliveira terminou à frente de Carlos Ribeiro (Anicolor), o líder Sub-23 da Taça de Portugal OJOGO. O corredor da formação sanjoanense ganhou 10 pontos a Ribeiro, o que deixa tudo em aberto para as duas provas de Oliveira de Azeméis, já

Apenas cinco pontos separam o líder, Carlos Ribeiro, de Frederico Oliveira na classificação Sub-23 da Taça de Portugal OJOGO

que apenas cinco pontos separam os corredores. “A intenção é clara, de recuperar a liderança na Taça. Temos mais duas provas e tudo iremos fazer para chegar ao triunfo. Obrigado aos meus colegas, a quem me apoia sempre e aos patrocinadores. Nesta equipa, que é família, acreditámos até ao risco” - disse Frederico Oliveira. Os corredores profissionais e Sub23 portugueses festejaram a vitória de Rui Costa na Volta à Suíça. O ciclista da Movistar conseguiu o segundo registo no ponto intermédio mas, na exigente fase final arrasou todos os rivais, terminando o exercício individual em 51.56 minutos, menos 21 segundos do que Tanel Kangert (Astana), segundo classificado. Na geral, Rui Costa terminou com uma confortável vantagem de 1m02s sobre Bauke Mollema. A Volta à Suíça rendeu a Rui Costa e a Portugal 126 pontos para o ranking WorldTour. Saliência para a equipa júnior da Liberty Seguros-Feira-KTM pela participação positiva na 27.ª Vuelta Internacional Al Besaya. O 6.º lugar de David Ribeiro, na 1.ª etapa, demonstra a qualidade da equipa.

Lourosa // Abertura com patinagem artística e ginástica

IV Open de Taekwondo contou com equipas de várias partes do globo

A cidade de Lourosa acolheu, no passado fim-de-semana, o IV Open de Taekwondo, organizado pelo Challenger Clube de Lourosa. A prova desportiva internacional teve lugar no Pavilhão da Escola EB 2,3 António Alves de Amorim e contou com a presença de várias equipas nacionais e estrangeiras, de sítios como o Brasil, Moçambique ou S. Tomé e Príncipe. Pela primeira vez a competição será uma das provas de apuramento para o Europeu de Juniores a realizar-se em Setembro em Vila Nova de Gaia, contando também para o ranking Nacional em Juniores e Cadetes. A cerimónia de abertura do evento,

que decorreu na última sexta-feira, recebeu ilustres convidados como são a vereadora com o Pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro, o Presidente da Junta, Armando Teixeira, a Directora do Agrupamento das Escolas, Rosa Pais, entre muitos outros. A abrir a cerimónia esteve a Lourocoop de Lourosa com a patinagem artística, levando 13 patinadores ao palco. Seguiramse os discursos dos convidados e o evento terminou em grande com a actuação dos ginastas e contorcionistas do Colégio de Gaia, que deixaram o público bastante entusiasmado.

Mini Olimpíadas // Prova prossegue a bom ritmo

Semana cheia de emoções com quatro torneios Boccia, fusal, badminton, ténis e triatlo fizeram as delícias dos jovens atletas inscritos. A última semana foi intensa no que diz respeito às Mini Olimpíadas concelhias. Na passada quinta-feira realizou-se o torneio de boccia, que foi ganho pela equipa Feira 3. Já no sábado, disputou-se a prova de futsal. Em traquinas venceu o Lusitânia FC, em benjamins o Mosteirô

FC, em infantis o Lusitos B, em iniciados, masulinos e femininos, a AE de Santa Maria da Feira. Realizouse ainda o torneio de badminton, que foi ganho por Ruben (Escola EB Paços Brandão) e Inês Pardilhó (Feirense), nas vertentes masculina e feminina, respectivamente; e de ténis, no qual triunfaram Manuel Tavares (ETCAF) em Sub-10, André Borges (ETCAF) em Sub-14, Francisco Baptista (ETCAF) em Misto, e Iara Conceição (CT Paços de Brandão) na prova feminina. Realizou-se ainda o torneio de triatlo.

Atletismo // Paulo Neto sagrou-se tricampeão distrital no escalão de juniores

ACRDE alcança 17 pódios em duas provas Paulo Neto sagrou-se tricampeão distrital em juniores, na pista do Luso. O atleta foi 1.º no salto em comprimento, 110m barreiras e salto em altura, e 2.º, em Sub-23, no salto em comprimento e no salto em altura. O pódio distrital de salto em altura, para além de Paulo Neto, foi preenchido pelos ex-atletas da formação da ACRDE, Ricardo Araújo e João Bento. A ACRDE esteve ainda presente no X Meeting de Santa Joana

(benjamins, infantis e iniciados), em Aveiro, com 12 atletas, no qual conquistaram 11 pódios individuais e um colectivo. Hélder Almeida (1.º nos 60m e 2.º no salto em comprimento), Rafael Santos (1.º no salto em comprimento e 2.º nos 60m), Marco Monteiro (2.º nos 600m), Fábio Pereira (3.º no salto em comprimento), Beatriz Santos (1.ª no lançamento de peso e 3.ª no salto em comprimento), Rúben Rocha (3.º no lançamento de

peso e no salto em comprimento) e Beatriz Duarte (3.ª no salto em comprimento) subiram ao pódio. Colectivamente, a ACRDE foi 2.ª classificada. Já no dia 8, a ACRDE esteve presente em mais um torneio de Atletismo Jogo, desta feita em Macieira de Sarnes, com 6 atletas benjamins. A equipa composta por Hélder Almeida, Rafael Santos, Marco Monteiro e Carolina Oliveira ficou em 1.º lugar.


Correio da Feira

17.JUN.2013

Natação // Alcançou seis finais e o 4.º lugar na estafeta de 4x100m estilos masculina

Feirense em grande no Torneio Internacional de S. João Os nadadores do Feirense alcançaram seis finais, e o quarto lugar na estafeta masculina dos 4x100m estilos, na 1.ª edição do Torneio Internacional de S. João, que se realizou nos dias 8 e 9 de Junho, nas Piscinas Olímpicas de Campanhã, no Porto. A prova contou com a presença de 41 clubes, entre eles um checo, um Italiano, dois franceses e um inglês, totalizando 359 atletas. O desempenho dos atletas feirenses foi equilibrado, apesar de as condições climatéricas não serem as melhores para um torneio realizado ao ar livre, pois o vento e a chuva foram uma constante. Mesmo nestas condições, os atletas azuis alcançaram seis finais. Mariana Martins ganhou o acesso à prova Super-Sprint dos 50m mariposa, ao qualificar-se na 8.ª posição. Esta prova “Final” teve como regra a eliminação das duas piores atletas em cada série de 50m, totalizando quatro séries até chegar às últimas dias atletas. Mariana Martins foi eliminada na segunda ronda, terminando no 5.º lugar. A atleta conseguiu ainda alcançar a

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8.ª posição na Final dos 100m mariposa. Quanto a Emanuel Pinho, qualificou-se para a final dos 100m mariposa, conseguindo chegar à 5.ª posição. Job Silva conseguiu o acesso à prova Super-Sprint dos 50m costas ao qualificar-se no 7.º lugar, tendo sido eliminado na segunda ronda, ficando em 5º lugar. O nadador fogaceiro foi ainda à final dos 100m costas,

ficando em 6.º lugar, e dos 200m costas, a qual terminou também no 6º lugar. Destaque também para a estafeta masculina dos 4x100m estilos (Job Silva a costas; Gonçalo Sá a bruços; Emanuel Pinho a mariposa; e Alcides Sousa a crol), que alcançou a 4.ª posição nesta prova, ficando a apenas 1 décimo de segundo do Futebol Clube do Porto.

A GNR de Santa Maria da Feira terminou no 4.º lugar a participação no Torneio APG/GNR, cuja fase final de disputou no Pavilhão do Modicus de Sandim, em Vila Nova de Gaia. A competição contou com a presença de dezenas de forças de segurança de todo o país, que lutaram por uma vaga no 19.º Campeonato do Mundo da classe, que terá lugar em Lommel, na Bélgica, entre os dias 26 e 30 de Novembro. A equipa de Santa Maria da Feira superou a primeira fase, depois de ter terminado o Grupo A na 4.ª posição, logo atrás da ADA GNR de Bragança, a APG GNR do Porto e dos Sapadores do Porto. Nos quartos-de-final, a turma feirense levou de vencida a DI GNR Porto na marcação de grandes penalidades (3-1), depois de o encontro ter terminado sem golos. Só que, na meia-final, a GNR de Santa Maria da Feira foi derrotada pela congénere de Faro, por 4-2, falhando o acesso à final. No último encontro que disputou, a equipa feirense sofreu uma derrota pesada da ADA APG de Bragança (11-1), não conseguindo, por conseguinte, um lugar no pódio da competição, que foi ganha pela EVNG.


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Correio da Feira 17.JUN.2013

Lourosa // São já várias as pequenas aves que saíram da casca

Zoo apresenta os mais novos habitantes Como já vem sendo hábito, nesta altura do ano, o Zoo de Lourosa – único parque ornitológico do País, apresenta os novos habitantes que começam a sair da casca. A época de nascimentos, antecedida da época de cria, é sempre um momento de grande expectativa para todos os que trabalham no Zoo. Os ovos são monitorizados, desde que os tratadores percebem durante o maneio quotidiano que houve postura, até que se anteveja a necessidade de proceder a incubação artificial dos ovos. Em alguns casos, os ovos encontram-se danificados, mas, se se encontrarem fecundados, são devidamente intervencionados pelos profissionais competentes e colocados numa chocadeira até à eclosão do pinto. Assim, é chegada a altura de apresentar os mais novos habitantes que já saíram da casca nesta primavera. São cerca de 20 juvenis que dão uma vida diferente ao parque e alguns deles já podem ser vistos pelos visitantes. As espécies recém nascidas O Tinamu de asa vermelha (Rhynchotus rufescens) tem estatuto de conservação pouco preocupante (IUCN), CITES II. Devido ao tamanho considerável e à elevada qualidade da sua carne, é uma das espécies cinegéticas mais caçadas na América do Sul. Esta é a principal razão do seu declínio e até desaparecimento em muitas áreas, especialmente em algumas partes do Brasil. Os seus ovos são bordeaux ou arroxeados e muito brilhantes, fazendo lembrar porcelana ou metal

polido. O Zoo de Lourosa registou dois nascimentos desta espécie nesta época de nascimentos. Nasceu também um Mutum de Elmo (Pauxi pauxi), uma ave com estatuto de conservação vulnerável (IUCN), CITES III. Sendo uma das espécies de Mutuns da Colômbia, é aí bastante apreciado pelos índios nativos, principalmente pelo seu elmo cinza-azulado no topo da cabeça, que é usado para ornamentar colares, simbolizando boa sorte. Não possui dimorfismo sexual, como acontece na maioria das espécies de Mutuns. Encontra-se, em estado selvagem na Guatemala, Costa Rica, Honduras e Colômbia, o Grande Mutum (Crax rubra) tem estatuto de conservação quase ameaçado (IUCN), CITES III. Como o próprio nome comum indica, é uma das maiores espécies de Mutuns, e a

que tem a crista mais desenvolvida. Tem dimorfismo sexual acentuado, comparativamente a outras espécies do mesmo género, e no POL nasceram dois espécimes. Nomes que contam uma história Sendo também espécies recém nascidas no Parque Ornitológico de Lourosa, a peculiaridade dos nomes que se seguem contam histórias muito curiosas. O Faisão de Rothschild (Polyplectron inopinatum) tem estatuto de conservação vulnerável (IUCN), CITES III. Esta espécie é originária da Malásia e o seu nome comum foi-lhe atribuído em homenagem à pessoa que primeiro o descreveu – o Barão Lionel Walter Rothschild. Este foi um influente banqueiro e ideólogo britânico que teve como maior paixão a zoologia e o ramo da ornitologia em particular, deixando obra incontornável nesta matéria,

sendo que muitos dos exemplares existentes atualmente no Museu de História Natural de Londres foram por si doados ao British Museum, pouco tempo antes da sua morte. Em Lourosa há agora uma nova cria deste pequeno faisão. São três irmãos de Tragopan Temminck (Tragopan temminckii) que podem ser vistos na instalação do Zoo com os progenitores. Esta espécie tem estatuto de conservação pouco preocupante (IUCN), o seu nome comum foi-lhe atribuído em homenagem ao ornitólogo holandês Coenraad Jacob Temminck. Durante o primeiro ano de vida, o macho assemelha-se a uma fêmea adulta, mas já possui algumas pequenas zonas vermelhas e pretas na sua plumagem. É um dos primeiros nascimentos desta primavera e aconteceu nas redondezas do lago, o Cisne Cos-

coroba (Coscoroba coscoroba) tem estatuto de conservação pouco preocupante (IUCN), CITES II. Esta ave constitui um verdadeiro enigma da evolução: é muito maior e tem hábitos muito diferentes dos gansos, tem o corpo e dorso muito pequenos para ser um cisne e tem uma postura muito mais erecta do que qualquer pato! O seu nome deriva do tipo de chamamento que efectua, que se assemelha a “coscor-o-ba”. O nome desta ave é sempre motivo de graça para os visitantes. A Kookaburra risonha (Dacelo novaeguineae) é o maior dos guarda-rios e deve o seu nome ao som extraordinário emitido entre indivíduos de um casal ou quando em grupo. Tem estatuto de conservação pouco preocupante (IUCN) e, apesar das kookaburras serem nativas da Austrália e da Nova Guiné, o som característico que emitem é usado como “sons da selva” em séries televisivas e filmes, independentemente do local do mundo onde decorre a ação. O Pato mandarim (Aix galericulata) tem uma plumagem que produz uma das combinações mais espetaculares de todas as aves. O seu estatuto de conservação é pouco preocupante (IUCN). Fazem o ninho nas árvores, utilizando frequentemente cavidades próximas da água feitas por pica-paus e esquilos. É frequentemente enunciado pela cultura e arte Orientais e é, nesta cultura, símbolo de carinho e fidelidade conjugal, uma vez que, após acasalarem, se mantêm aos pares para o resto da vida Publicidade


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