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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Desde 11 de Abril de 1897

Ano CXVI

Semanário

Direcção: Sandra Moreno

01 Julho 2013

Nº 5822

Mérito Municipal 1972 1997

€0,60 (iva inc.)

As crianças estão de férias, o que vamos fazer com elas? P. 16 e 17

Paços de Brandão pág. 13 Se ainda não decidiu a forma como o seu filho vai passar os tempos livres, respire fundo porque, por todo o Concelho, existem diversas actividades planeadas, com temáticas desde o desporto à costura, à reciclagem do papel ou à alimentação dos pássaros. Tem para todos os gostos e feitios, basta escolher.

Filipe Cardoso vence Taça de Portugal OJogo em Elites

A proximidade e a facilidade ainda mantêm o negócio de comprar aos vendedores de porta a porta

pág. 30

Em Sub-23 a vitória sorriu a Frederico Figueiredo, da Liberty Seguros - Santa Maria da Feira - KTM

pág. 03

Pais indignados com possível fecho de Jardim-de-Infância para dar lugar a capela mortuária

Milheirós

pág. 11

Praia da Mámoa cheia de banhistas em dia de simulacro de grande ângulo dos Bombeiros de Arrifana

Câmara

“Temos que ter orgulho em representar o Feirense e dar o máximo por ele” P. 04 e 05

Pedro Miguel, treinador do Feirense aborda a temporada que se avizinha

pág. 14

Para fazer queixa já não é preciso pagar taxa inicial do Regulamento de Urbanização e Edificação

Atletismo

pág. 29

Paulo Neto, atleta da ACRDE, vai representar Portugal no Festival Olímpico da Juventude Europeia Conheça as ofertas de emprego todas as semanas no Correio da Feira pág. 06


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Austeridade A palavra mais falada pelos nossos governantes neste momento é austeridade. É triste que os mais atingidos sejam os mais fracos, os reformados, os com fracos recursos, aqueles que descontaram uma vida e estão sujeitos a serem candidatos à saca e pau na mão para mendigarem de porta em porta quando esperavam um fim de vida feliz. Aos 18 anos perdi meu pai que me deixou como um marinheiro à deriva no mar sem

bussola para se orientar prestes a naufragar. Aos 20 anos veio a vida militar e a ida para a guerra colonial, Angola 2m Maio de 1961. Os projetos da minha juventude, esses naufragaram. Perderam-se os votos de fidelidade quando navegávamos a bordo do navio Niassa. Quando regressamos em, Setembro de 1963, poucos nos esperavam no cais de Alcântara a desilusão final. Recordo a partida de regresso em Luanda no mesmo

navio que nos levou com centenas de lenços brancos a acenarem. Pensei que era “un au revoir” mas foi um “adieu”. Ainda oiço uma voz pedindo não te vás preciso de ti, do teu coração. Cinquenta e dois anos depois tenho uma reforma de combatente de 100 euros anuais que não chega a dois euros por semana que da para um café, um copo de água e um palito. Um dia caímos numa emboscada, perguntei ao Comandante da companhia

que era seu condutor quando é que a guerra acabava. Recebi por resposta que comparava uma guerra com uma discussão. Se uma parte não parar, a guerra e a discussão duram para sempre. Sintetizando alerto os nossos políticos que acabem com a guerra e discussão de palavras, vistam o fato-macaco, desloquem-se às povoações para verem as “in loco” necessidades do povo português. Sigam o exemplo das senhoras Dª

Maria de Lurdes Pintassilgo que foi primeira-ministra e Dª Cecília Súpico Pinto coordenadoras do movimento Nacional Feminino com quem tivemos a honra de trocar correspondência pedindo ajuda para a família, e que se empenharam para que nada lhes faltasse. A nossa gratidão por estarem na retaguarda lutando pela pátria. Alberto Soares, Mosteirô

Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), idosos são as pessoas com mais de 65 anos, nos países desenvolvidos, e com mais de 60, nos países em desenvolvimento. O envelhecimento é um processo natural pelo qual todas as pessoas passam. Mas a idade, em anos, nem sempre corresponde à idade biológica, que é aquela que representa o ritmo do envelhecimento. De forma a manter a qualidade de vida na terceira idade, é fundamental garantir condições que proporcionem bem-estar físico, psicológico e emocional. As recomendações nutricionais para indivíduos nesta faixa etária cumprem os mesmos princípios de uma alimentação saudável preconizada para outras idades, mas à medida que envelhecemos o nosso corpo diminui a Taxa de Metabolismo Basal - quantidade

mínima de energia que nosso corpo necessita em repouso e em jejum para manter as funções vitais - por isso, é comum os idosos apresentarem um decréscimo do apetite. Essa falta de apetite aumenta o risco de desenvolver algumas doenças e, consequentemente, de desnutrição. Problemas de saúde oral, como ausência ou enfraquecimento dos dentes, certa medicação e mudanças nos sentidos do olfato e paladar, podem também condicionar essa diminuição do apetite. Por outro lado, a obesidade também é indesejável. Para além de aumentar o risco de diabetes, problemas respiratórios e cardiovasculares, dificulta consideravelmente a mobilidade. Além de tudo, os idosos sofrem frequentemente de problemas como solidão, isolamento, incapacidade física, perda de familiares e problemas económicos,

- O local das refeições deve ser um ambiente agradável, calmo e acolhedor; - Sempre que possível, fazer as refeições acompanhado; - Experimentar novos alimentos, evitando o consumo de alimentos enlatados ou pré-confecionados; - Preparar refeições com diferentes cores, sabores, texturas e aromas; - Temperar com ervas aromáticas, condimentos e sumo de limão, de forma a evitar/diminuir o uso de sal; - Caso seja necessário, triturar, picar ou tornar em puré os alimentos para serem mais fáceis de ingerir;

- Beber água regularmente, mesmo sem sede (café, chá preto, chá verde, bebidas alcoólicas e açucaradas são para evitar!), podendo colocar gotas de limão ou laranja para dar algum sabor sem adicionar calorias; - No caso de diminuição salivar, utilizar pastilhas elásticas (sem açúcar) para estimular a produção de saliva antes das refeições; - Se possível, pedir que outra pessoa prepare as refeições, pois muitos idosos dizem ter enjoado o próprio tempero; As necessidades hídricas dos idosos, em geral, não são diferentes das recomendadas para a restante população. Mas é importante perceber que existem várias alterações fisiológicas que têm lugar durante o envelhecimento e que podem colocar os idosos em risco de hiperidratação e, mais comummente, em desidratação. É importante

ingerir líquidos em quantidade suficiente, tendo o cuidado de os dividir de forma proporcional ao longo do dia. A prática de atividade física é essencial em todas as idades e no caso particular dos idosos acarta inúmeros benefícios, como a melhoria da condição cardiovascular e a diminuição da fadiga. Independentemente da atividade física escolhida, ela deve ser sempre realizada sob orientação médica. A atividade deve ser contínua e regular, tendo em conta que se for exagerada pode ser prejudicial. Os exercícios dentro de água, como natação e hidroginástica, bem como, as caminhadas são as mais aconselhadas, nesta faixa etária.

apenas veio a ocorrer após o 25 de Abril… Aliás, após essa data, José Soares Amorim veio a ser publicamente reconhecido, tendo sido mesmo condecorado com a medalha de prata de Mérito Municipal, com plena e total justiça. Foi um cidadão exemplar, e, especialmente à sua Freguesia, Fiães, dedicou todo o seu carinho e muito do seu tempo e do seu dinheiro para elevar o nível cultural dos seus Conterrâneos. O Grupo Musical de Fiães, vulgo “a Tuna”, mereceu especial carinho: Foi seu Fundador em 21.01.1933, tinha então, apenas, vinte anos incompletos. Cedeu-lhe, gratuitamente, as salas que lhe serviram de sede e de sala de ensaio; foi seu exímio executante e dirigente enquanto a saúde lho permitiu, e, quando se pensou na construção de uma sede própria, ofereceu o terreno para a sua construção. A Escola Secundária Coelho e

Castro, um avanço na área cultural do Concelho, recebeu todo o apoio de José Soares de Amorim, cedendo um edifício bem cuidado e recebendo, muitos anos após, um prédio degradado. O Fiães Sport Clube recebeu como sua doação o terreno para o Campo de Treinos… A Junta de Freguesia de Fiães, como a Comissão Fabriqueira da Paróquia de Fiães, sempre contaram com a sua colaboração e o seu apoio em todas as Comissões que se formassem, no sentido de valorizar a Freguesia, depois Vila e agora Cidade, ou a sua Paróquia. Como cidadão, foi, pois, impecável, e como Chefe de Família foi exemplar, tendo sempre a seu lado a doce figura de sua Esposa, a Senhora D. Helena. Ambos, formavam um conjunto de Pais dedicados e amantíssimos. Era proverbial a sua presença em todos os funerais que se rea-

lizassem na Freguesia, de rico ou de pobre, e, muitas vezes, com Alguém de Fiães, eu comentei que quando o Senhor Amorim falecesse, muita gente, disso, se iria esquecer… O que, de facto, se confirmou: O seu funeral teve muita gente. A Igreja Paroquial estava repleta… mas os Fianenses, que me perdoem, primaram pela ausência. Foi Gente de fora que encheu a ampla Igreja Paroquial. Mas isso, não é caso virgem. Passou um Centenário sobre a data do seu nascimento. JOSÉ SOARES AMORIM vai continuar vivo na memória dos Seus e das suas Gentes. Parece-me que não seria descabido atribuir o seu Nome a uma artéria da Cidade. Mas não sou eu que me atrevo a fazer tal proposta. As forças vivas da Cidade, terão uma palavra a dizer.

que constituem um obstáculo a qualquer intervenção médica e/ ou nutricional.

Então, como ter uma alimentação saudável nesta faixa etária?

Daniela Pinto, estagiária de Nutrição – CHEDV, EPE-Unidade de Santa Maria da Feira)

José Soares Amorim centenário

FICHA TÉCNICA

Ocorreu no pretérito dia 6 de Junho o primeiro Centenário do nascimento do ilustre Fianense que foi o Cidadão José Soares Amorim. Seus Filhos, como não poderia deixar de ser, mandaram celebrar missa na Igreja Matriz de Fiães sufragando-lhe a sua bela alma. Conheci-O há mais de cinquenta anos, acompanhando o Snr José Dias Rodrigues de Oliveira, de Santa Maria de Lamas, a tratar qualquer assunto na Secretaria Notarial da Feira. Mal sabia eu que com o Senhor José Amorim haveria de contactar tantas e tantas vezes no desempenho das minhas funções profissionais… O que é certo é que, se automaticamente senti uma enorme empatia com José Soares de Amorim, dele sempre recebi extraordinárias provas de dedicação e amizade. Era uma Pessoa de fino trato, com um enorme manancial de conhecimentos, sempre pronto a esclarecer e a ajudar quem à

Directora

Sandra Moreno

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Administração Jorge de Andrade

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Redacção Rui Almeida

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Albino Santos

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sua Repartição se dirigisse. Tinha uma memória de elefante, fabulosa, e no desempenho das suas funções era pura e simplesmente rigoroso e impecável. Lembro-me perfeitamente de uma conversa que um dia tive com o seu Chefe, o Snr. Dr. Bosch da Graça, ilustre Notário, que, a propósito de qualquer acto notarial, referindo-se a José Soares Amorim, me disse: “Se o Senhor Amorim lhe disse que era assim, assim é. Sempre que discordo dele, é ele quem tem razão”. Esta frase vale mais que um louvor na folha de serviço… José Soares de Amorim, não era Homem político. Contudo, nos idos anos da década de quarenta do Século passado, assinou uma qualquer ficha relacionada com a candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República. Pois tal foi suficiente para que, por isso, fosse mantido sem promoções na sua carreira, o que

Manuel Magalhães de Lima

Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Nacional - € 25 Paulo Sérgio Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50

Propriedade: Trazer Noticias, Lda. Registo na C.R.C.de S. M. Feira, n.º 507619269 Contribuinte n.º 507 619 269 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Trazer Noticias, Lda.

Registo de Empresa n.º 200537 Registo no N. R. O. C. S., N.º 100538 Depósito Legal n.º 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tirágem média) Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Preço Avulso: 0,60€

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S. João de Ver // Clientes habituais sustentam a actividade

A proximidade e a facilidade ainda mantêm o negócio de comprar aos vendedores de porta a porta Por algumas terras do Concelho, ainda existem os tradicionais vendedores porta a porta que, ao longo dos anos, habituaram os seus fregueses ao serviço e mercadoria que oferecem. Fomos a S. João de Ver falar com alguns deles e perceber como anda o negócio.

Álvaro Silva vai buscar o peixe fresco todas as manhãs à lota de Matosinhos

Mariazinha faz as compras da semana na carrinha de Lisdália

Daniela Castro Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

“Trabalho todos os dias, menos conforme os dias, eu compro” ao domingo e à segunda. Começo – diz a popular. Cliente regular de madrugada, vou a Matosinhos quase desde que Álvaro Silva à lota buscar o peixe, e só lá para começou a vender peixe por S. as 15h00 é que chego a casa. Não João de Ver, Mariazinha prefere almoço nem nada” – conta o ven- comprar o seu peixe fresco à dedor ambulante de peixe, Álvaro porta de casa. “Comprei sempre Ferreira da Silva, que, em conjunto a ele, é raro comprar a outro. com a mulher, já faz estas andan- Prefiro porque não sou muito de ças há mais de 35 anos. Natural congelar o peixe. Assim venho das Caldas de S. Jorge, casou-se buscar fresquinho e arranjo para em S. João de Ver e foi aí que a noite” – esclarece. Uma fregue“começou a ser conhecido”. “Mais sa amiga de muitos anos, assim tarde regressei às Caldas e é onde como outros “clientezitos certos” estou a viver agora, mas continuo de Álvaro Silva. a vender cá. Faço S. João de Ver todo e acabo em Guizande” De tudo um pouco na car– afirma. Na sua carrinha encon- rinha de Lisdália Ferreira tramos várias espécies de peixe, S. João de Ver é apenas um dos fresquinhos e prontos a serem muitos locais na “rota” de todos os cozinhados. “Tenho cavala, cara- dias de Lisdália Ferreira. Com uma pau, sardinha, verdinhos… Esses carrinha apetrechada com vários são os peixes tipos de produmais usuais. Os tos, percorre as salmões, dourafreguesias do “Temos produtos que das, polvos são Concelho de os mercados não têm. mais caros, por manhã à noite. A opção foi sempre isso fujo a esses “Já faço isto há dentro disto, uma peixes porque muitos anos, não os consigo cerca de 20” maior gama de provender” – expli– conta a codutos. Quanto mais ca Álvaro Silva. merciante que, temos, maior facilidade O comerciante na altura das há em vender. chega perto das férias de Verão, 10h15 à freguese faz acompasia e ouve-se o nhar pela filha típico apito da carrinha. De dentro pequena. Mariazinha vê a carrinha de casa, sai Maria Henriqueta chegar, acaba de pagar ao peixeiSousa, ou Mariazinha, como é ro e corre para fazer as compras conhecida. “Costumo comprar de da semana. “Bom dia, o que tem tudo: sardinha, carapau, polvo, para mim hoje?” – pergunta a faneca… A gama que ele traz, freguesa. Lisdália Ferreira vai

enumerando. “Quer cerejas? E iogurtes? Que sabor?”, basta pedir. Mariazinha sai de lá com as mãos cheias. Entre as suas compras encontram-se cerejas, bananas, iogurtes, bolachas, cenouras e até detergentes, entre muitas outras coisas. “O sabão da roupa tem desconto?” – questiona a freguesa. Lisdália Ferreira torce o nariz. “Infelizmente não, é o preço dele. É muito bom, não é?” – atira a comerciante. “É bom mas é caro, não levo desta vez” – responde Mariazinha. “Temos produtos que os mercados não têm. A opção foi sempre dentro disto, uma maior gama de produtos. Quanto mais temos, maior facilidade há em vender. Vender só uma coisa é muito difícil, por isso vendo de tudo um pouco” – explica Lisdália Ferreira. A comerciante diz que, apesar da crise, os clientes mantêm-se e optam por comprar porta a porta em vez de ir aos supermercados. “Não posso dizer que os clientes têm diminuído. Vão uns, vêm outros. Vendem-se mais umas coisas, outras menos” – afirma. Os “clientes fixos” esses são sempre os mesmos e Lisdália Ferreira já os considera “da família”. Desde que começou o negócio, tem diversificado cada vez mais os produtos para poder competir. “Já estou habituada a isto, não sei fazer outra coisa” – refere. Mas os tempos de facto não são os melhores e este negócio é tudo menos fácil. “Trabalho todos os

dias, sempre a andar, sem parar. Trabalho para sobreviver” – sublinha Lisdália Ferreira. Já Álvaro Silva queixa-se da concorrência desleal das grandes superfícies. “Isto já deu o que tinha a dar. Quando vieram os hipermercados, rebentaram com o pequeno comércio todo. Nós já estamos a pagar para os grandes. Nós temos de andar a pagar sempre taxas e eles, depois de alguns anos, já não pagam. Os negócios estão péssimos. Estou cheio disto” – aponta o comerciante, saturado. Álvaro Silva entrou nesta profissão porque “dava dinheiro”, mas hoje em dia as coisas são bem diferentes. “Às vezes chego a casa, conto o dinheiro e não se vê dinheiro. Ainda agora no S. João, a sardinha era um dinheirão, cara. Nós trazemos um bocado de sardinha e as pessoas pensam que o nosso peixe ainda é mais caro que no hipermercado. E realmente é, porque nós não temos capacidade de fazer as promoções que eles fazem” – explica o peixeiro. Ansioso pela sua reforma, não vê a hora de deixar a carrinha e acredita que é esse o futuro dos vendedores ambulantes. “Mais ano menos ano isto acaba. Nós não ganhamos para tantos impostos, está ruim, muito difícil. Mal chegue a hora da minha reforma, ainda faltam dois ou três anos, deixo logo isto. 35 anos já é demais” – remata Álvaro Silva.

“Mais ano menos ano isto acaba. Nós não ganhamos para tantos impostos, está ruim, muito difícil. Mal chegue a hora da minha reforma, ainda faltam dois ou três anos, deixo logo isto. 35 anos já é demais” Álvaro Silva

“Não posso dizer que os clientes têm diminuído. Vão uns, vêm outros. Vendem-se mais umas coisas, outras menos” Lisdália Ferreira


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Pedro Miguel, treinador dos fogaceiros, explica o que quer trazer de novo para o clube de Santa Maria da Feira na próxima época

“Temos que ter orgulho em representar o Feirense e dar o máximo por ele”

20 anos depois de ter abandonado os azuis, ainda como jogador, Pedro Miguel está de volta ao Marcolino Castro, agora no papel de treinador. O técnico reconhece que o clube vive tempos de grande rigor orçamental mas nem por isso perde a esperança numa boa época. O importante é escolher bem durante o defeso para construir uma equipa competitiva e que possa, jogo-a-jogo, lutar pelos três pontos. Texto: Rui Almeida Santos Fotos: Albino Santos Assumir o comando técnico do Feirense é caso para dizer que o bom filho à casa torna? Sim. Passei aqui bons anos da minha carreira desportiva. Eram outros tempos, num estádio também diferente, apesar de se encontrar no mesmo local. Está mais bonito, fruto das obras que recebeu após o regresso, passados vários anos, à 1.ª Liga. Por isso, é com orgulho e satisfação que regresso a este clube. Podemos, todos juntos, realizar um trabalho positivo. Passaram-se 20 anos desde que abandonou o Feirense. Como é que encontrou o clube no presente? É um clube com melhores estruturas físicas. Não tem nada a ver com o nosso tempo. Tínhamos o campo relvado e um pelado para treinar, mesmo quando estávamos na 1.ª Divisão. Hoje, o cenário é totalmente diferente, felizmente para melhor. Acho que estão reunidas boas condições, em termos físicos, para desenvolvermos um bom trabalho. Temos o relvado do estádio e, no complexo desportivo, mais dois relvados e dois sintéticos, que possibilitam evitar problemas e não ficarmos dependentes, principalmente no Inverno, das condições climáticas para sabermos onde vamos treinar. Felizmente, aqui, não se coloca esse problema. O Estádio Marcolino Castro também mudou por completo. Ficou muito bonito. Só falta cobrir o resto do estádio, porque com o Inverno, não sendo possível trazer o guarda-chuva, às vezes, torna-se um bocadinho complicado. Mas o

Estádio está engraçado. Tem um bom relvado, que é o que interessa para quem pratica futebol. Por isso, é com agrado que vejo o estádio neste momento. O que é que o fez aceitar o convite do Feirense nesta altura? Por opção, estive um ano sem trabalhar. Também estive ausente do país durante alguns dias e assisti a alguns jogos fora de Portugal. Quando regressei tive hipótese para voltar a treinar mas optei por não o fazer. Depois, surgiu o convite do Feirense e decidi aceitar, embora num tempo de grande rigor orçamental, e tendo em atenção o grande corte que vai haver. Por isso é que partimos, nesta altura, em dificuldades em termos de construção de plantel porque houve jogadores que referenciamos mas que não temos qualquer hipótese de os contratar, porque as condições financeiras não o permitem. Teremos que ter um critério muito apertado nas escolhas que vamos fazer, no sentido de constituirmos um plantel que possa ser competitivo, ambicioso e que possibilite ganhar jogos. No passado, foi muitas vezes noticiado o interesse do Feirense no Pedro Miguel. Essas notícias tinham algum fundamento? É uma questão que não quero abordar. Foi ventilado o meu nome algumas vezes, como foi para outros clubes. Deixo isso para quem lê os jornais, mas normalmente não gosto de falar de coisas que não aconteceram.

Depois de ter lutado com o Feirense, taco-a-taco, pela subida à 1.ª Liga, em duas épocas distintas, como é que vai ser estar do outro lado da barricada? Vou ser profissional, acima de tudo. Quem me conhece sabe que sou uma pessoa empenhada e que gosto de ganhar, independentemente de estar no clube A ou B. Quero ganhar os jogos todos. A Oliveirense é o clube da minha terra. Nasci ao lado do estádio, mas agora sou do Feirense e, como profissional, quero ganhar. E foi no Feirense que me estreei, como jogador, na 1.ª Divisão. Olhando para a nova época, o que pretende trazer de novo a uma equipa que vai ser construída quase de raiz? Não que vai ser 100% nova, porque não é, mas vai andar quase na casa dos 90%. Para mais, não temos o plantel definido quando arrancarmos, na segunda-feira (hoje). Longe disso. Estamos atrasados em relação a algumas equipas e, se calhar, adiantados em relação a outras, porque existem muitas incertezas em torno de alguns clubes. Possivelmente, vamos ter alguma dificuldade na primeira parte do campeonato, fruto de sermos uma equipa completamente nova, à qual vão chegar jogadores semana após semana. Seria, quem sabe, bom para nós apanhar no início do campeonato as equipas que estão mais atrasadas, porque estaríamos mais ou menos ao mesmo nível. Mas esperamos ser uma equipa nova,

com jogadores mais experientes e outros menos, com a ambição de quererem fazer do Feirense aquilo que, normalmente, é: um clube que, onde entra, fá-lo sempre para ganhar. Têm que vir com essa mentalidade. Não podemos ter jogadores que não queiram estar aqui. Vamos procurar formar um grupo forte, com uns jogadores mais conhecidos do que outros, que nos possam ajudar a formar uma boa equipa e a ganharmos jogos. Depois da aposta forte na última época, acha que os sócios vão compreender a mudança de paradigma do clube? Têm que compreender, porque a realidade do Feirense, nesta altura, é a realidade do país. Há grandes dificuldades. O clube não tem a capacidade financeira que, se calhar, teve no passado recente. Vai ter

que fazer uma aposta diferente. Mas os adeptos têm que compreender que estamos perante uma realidade diferente da da época passada. Se aí, se calhar, tinham a capacidade de dizer “quero aquele jogador e vamos consegui-lo”, nesta altura o clube, infelizmente, não pode fazer essa vontade à equipa técnica.


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O que é que a Direcção lhe pediu para nova época? Pediu para sermos uma equipa competitiva. Que possamos formar um grupo forte, de homens e bons jogadores, e, com menos capacidade financeira, tentar fazer melhor em termos desportivos. Esse é, claramente, o nosso objectivo, sabendo que há vários jogadores que referenciámos e que não tivemos o mínimo de capacidade para os contratar. Mas, se calhar, com isso vão aparecer outros jogadores que vão ter a oportunidade, no Feirense, de mostrar que querem e que têm capacidade para mais. Fazer melhor em termos desportivos implica assumir a luta pela subida à 1.ª Liga? Nesta altura seria uma utopia da nossa parte pensar nisso. Nem sabemos com o que contamos, porque não temos o plantel definido. Por isso, estarmos a dizer que queremos isto ou aquilo não vale muito a pena. Queremos ganhar sempre, como é evidente, mas também temos que saber com o que contamos. Os outros, que têm mais capacidade financeira, normalmente têm melhores jogadores e mais condições para conseguir esse objectivo. Mas também temos o exemplo do Feirense no ano passado, que pensava que poderia atingir um objectivo e não o conseguiu. Agora, partimos em desvantagem em relação a algumas equipas mas isso não nos pode tirar a ambição de querermos fazer bastante melhor. Quem vier para aqui tem que ter esse espírito. Tem que sentir que as pessoas que vêm ao futebol querem ver o Feirense a jogar bom futebol, a ganhar. As pessoas têm que sentir que a equipa deu tudo, que lutou até à exaustão. É nesse sentido que queremos ter um Feirense com vontade de ganhar, independentemente do adversário

ou da competição. Esse é o ADN no clube? Tem que ser. Já ninguém ganha jogos sem correr. Quem correr tanto como o adversário e demonstrar mais capacidade, em termos individuais e colectivos, naturalmente que está muito mais próximo de ganhar. Agora, se tivermos um jogador que pensa que vem do clube A, tem qualidade mas não corre, certamente que não vamos ganhar. Se podermos ter as três coisas seria excelente. Se não pudermos, até porque não temos a capacidade dos outros, temos que ter mais ambição, temos que correr mais, ter um bom espírito de grupo, para podermos ter sucesso. Quem planeia bem leva vantagem. A escolha do plantel é essencial. Não é com muitas mudanças em Dezembro que vamos lá. A experiência diz-me que isso está totalmente errado. Poucos são os jogadores que conseguem ajudar porque, passados poucos meses, o campeonato termina e eles não se conseguiram impor. Em 12 anos, só tive um jogador que acho que ajudou verdadeiramente. Por isso, muitas mudanças em Dezembro trazem poucas vantagens, excepto se tivermos lesões graves. Aí teremos, forçosamente, que ir ao mercado. Mas se partirmos com uma base boa, com bons homens, que dão tudo pelo clube, não haverá necessidade de grandes mudanças a meio do campeonato, o que é importante. Na sua apresentação deixou a ideia de que os jogadores, por vezes, podem optar por receber menos, mas sempre, do que assinar contratos mais vantajosos e ficar com ordenados em atraso. Há clubes que dizem, publicamente, que estão a passar por dificuldades. Outros partem para uma situação de dizerem que este ano vai

É com orgulho e satisfação que regresso a este clube. Podemos, todos juntos, realizar um trabalho positivo. Teremos que ter um critério muito apertado nas escolhas que vamos fazer, no sentido de constituirmos um plantel que possa ser competitivo, ambicioso e que possibilite ganhar jogos. Possivelmente, vamos ter alguma dificuldade na primeira parte do campeonato, fruto de sermos uma equipa completamente nova, à qual vão chegar jogadores semana após semana. (A Direcção) Pediu para sermos uma equipa competitiva. Que possamos formar um grupo forte, de homens e bons jogadores, e, com menos capacidade financeira, tentar fazer melhor em termos desportivos. Quem planeia bem leva vantagem. A escolha do plantel é essencial. Não é com muitas mudanças em Dezembro que vamos lá. A experiência diz-me que isso está totalmente errado. Poucos são os jogadores que conseguem ajudar porque, passados poucos meses, o campeonato termina e eles não se conseguiram impor. Prometemos, acima de tudo, ser uma equipa séria, competitiva, que vai procurar jogar bem e que possa, domingo após domingo, dar alegrias aos nossos adeptos e à nossa Direcção, porque a vitória do Feirense não é só do A, do B ou C. É a vitória do Concelho e do clube.

ser tudo diferente e conseguem, muitas vezes, iludir o jogador, que se deixa levar pelas palavras bonitas dos directores. Só que depois verifica que, realmente, passados três ou quatro meses, a situação não se alterou em relação a anos anteriores. O Feirense tem a vantagem de ser um clube cumpridor. Mas, às vezes, também pode correr o risco de um qualquer jogador dizer que vem para o Feirense porque sabe que recebe e não precisa de ter aquela garra porque, independentemente, do resultado, o clube paga. Mas não queremos jogadores assim. Vamos procurar jogadores que, joguem muito, pouco ou que até nunca joguem, que tenham sempre a ambição de trabalhar bem e de dizer ao treinador que, apesar de estarem revoltados por não jogarem, fazem um excelente espírito de grupo. E trocar o Feirense, às vezes por 200 ou 300 euros, não acho que seja benéfico, porque é um clube que oferece boas condições de trabalho e é cumpridor. Mas, muitas vezes, os jogadores vão iludidos com propostas das quais só recebem cinco ou seis meses. Temos que respeitar, apesar de, muitas vezes, alertarmos para isso. Por falar em jogadores, os que já estão confirmados têm o seu aval? Sobre um ou dois tenho algumas boas referências. Já o Zé Pedro e o Cris são jogadores que conheço e que podem ajudar. Têm tudo aquilo que pretendemos. O Cris já jogou aqui e está bem identificado com o clube. O Zé Pedro é um jogador que, para quem não o conhece, é humilde, à minha imagem. Vão ver que ele vai deixar tudo em campo. É um miúdo com 31 anos, muito humilde e que vai trabalhar como todos os outros para ter o seu espaço na equipa. Todos vão ter que lutar, porque há outros jovens que estão à procura de uma oportunidade e, quem me conhece, sabe que sou um treinador que não liga a quem vem para o clube só porque o indiquei. Também não ligo à idade, porque se um jogador de 16 ou 17 anos tiver competência vai jogar em detrimento de outro que possa ter um passado mais vistoso no futebol. Joga quem eu achar que está melhor, para todos atingirmos o sucesso. Tem algum receio na primeira experiência como treinador fora da Oliveirense? Não. Um treinador está sempre refém dos resultados. Naturalmente que gostava que o Feirense tivesse, nesta altura, a tal capacidade que já teve no passado, para podermos escolher melhor. Nesta primeira semana de trabalhos, vou observar muito os jogadores que sobem a seniores, alguns que ainda são juniores e os que estiveram emprestados. Se sentir que eles têm capacidade e competência para abraçar o projecto do Feirense já este ano, não vamos buscar jogadores fora de qualidade semelhante. Mas não tenho qualquer receio. Estou motivado e espero ter gente com vontade e qualidade para pôr

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em prática as nossas ideias, que passam por jogar bom futebol e ganhar jogos. O que é que pode promete aos adeptos do Feirense? Prometemos, acima de tudo, ser uma equipa séria, competitiva, que vai procurar jogar bem e que possa, domingo após domingo, dar alegrias aos nossos adeptos e à nossa Direcção, porque a vitória do Feirense não é só do A, do B ou C. É a vitória do Concelho e do clube. Temos que ter orgulho em representar o Feirense e dar o máximo por ele, que está muito bem visto no futebol português, até por ser sempre cumpridor, o que é raro hoje em dia. Como vê a possível mudança do modelo competitivo da 2.ª Liga para 2014/2015? Isso será muito discutido no futuro. Por tendência dizemos que a Zona Norte é sempre mais difícil do que a outra. Nunca ninguém vai ficar satisfeito. Em termos de redução de custos será bom, mas ainda não tenho uma opinião muito formada em relação a isso. Penso que 42 jogos é muita coisa. E uma equipa que vá na Taça da Liga e na Taça de Portugal, como aconteceu comigo no meu último ano na Oliveirense, em que chegamos às meias-finais da Taça de Portugal, ainda joga muitos mais. Até por isso, o plantel tem que ser vasto, devido a lesões e castigos. Mas se podermos trabalhar, durante a época, com alguns juniores que nos dêem garantias de poderem integrar a equipa sénior a qualquer momento, será vantajoso para todos, desde que não prejudique o rendimento da formação do clube. Está preparado para a maratona de jogos em que se tornou a 2.ª Liga? Gostaríamos de realizar o maior número de jogos possível. Isso seria um bom sinal. Agora, são muitos jogos, muitas competições. A Taça da Liga pode perder alguma força mas temos que apontar para estarmos minimamente bem no campeonato. Queremos entrar bem, independentemente de termos o plantel definido ou não nessa altura. Temos até ao final de Agosto para fecharmos o plantel, mas entretanto já vamos ter vários jogos realizados. Não é o melhor cenário mas temos que nos preparar e ter um plantel com dois jogadores por posição que estejam, mais ou menos, ao mesmo nível, para que possa haver competição dentro do grupo. Se assim for, é a equipa que vai ganhar. É apologista da introdução de equipas B na 2.ª Liga? Acho que elas, muitas vezes, podem ter alguma influência durante o campeonato. Basta uma equipa B trazer alguns jogadores da equipa A, teoricamente vai ficar mais forte. Por exemplo, o Benfica, na época passada, trouxe o Jardel. Mas as regras do jogo são essas e, enquanto treinadores, temos que estar preparados para virem os bons e os menos bons. Por esse prisma, até para evitar algumas coisas, acho que as equipas B deveriam defrontar-se entre elas nas últimas jornadas, uma vez que não podem subir.


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Correio da Feira 01.JUL.2013

Havemos de chegar ao fim da estrada Com um desemprego registado de 9 317, sempre maior nas mulheres, significando que os números reais estão bem acima do desemprego registado – muitas pessoas não estão inscritas nos centros de emprego, outras sempre trabalharam informalmente, muitas estão nas acções de formação do IEFP que mais não são do que uma cortina de fumo para diminuir as estatísticas, os inactivos, os desmotivados (todos estes ficam de fora da estatística como se nem de pessoas se tratassem), enquanto que os desempregados são tratados como criminosos, obrigados às apresentações quinzenais e sempre a mendigar um

carimbo (ou até mesmo a pagar por ele). Entretanto, mais de metade não tem qualquer subsídio ou rendimento (vivem do ar, talvez) porque os Governos PS, PSD e CDS não param e cortar e cortar, agora ainda lhe sobrepõem mais taxas aos que recebem (sendo um roubo àquilo que já descontaram), aplicando a mesma fórmula aos reformados e aposentados que já não sabem o que fazer tanto lhes é o dinheiro roubado mensalmente pelo Governo, esse mesmo, que põe e dispõe, não cumpre as leis que ele próprio faz nem sequer as decisões judiciais o que o torna um verdadeiro fora-da-lei.

É preciso notar que cada vez mais se agudiza a pobreza e o conflito entre classes sociais. A célebre frase de que o «o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre» é cada vez mais actual. Ainda esta semana o Grupo Amorim foi notícia por estar numa exposição internacional com um produto inovador e único, feito com a força de trabalho de pessoas, pessoas que são despedidas por vagas e às centenas, com salários de miséria e em que as mulheres, pelo mesmo trabalho ainda ganham menos 37 euros do que os homens. Mas isto não passou na televisão nessa

reportagem. Também a Ecco, depois de despedir centenas de trabalhadores, volta a contratá-los, agora a termo, em situação de ilegalidade, e passam completamente impunes enquanto os trabalhadores, particularmente os jovens, se sujeitam a tudo para poderem sobreviver. Está na hora de acordar. De levantar a cabeça porque o povo quando se une não sabe a força que tem. É ainda o povo quem mais ordena, sempre foi e sempre será e «os grandes só parecem grandes porque estamos de joelhos». Pois é altura de chegar ao fim da estrada, unidos como os dedos

da mão como afirmava o nosso Lopes Graça e dar um sinal a este governo e aos partidos que apoiam as suas políticas – PSD, CDS e PS – que basta. É tempo de serem demitidos. E é por isso que todos e todas deverão mostrar essa mesma união no próximo dia 27 de Junho, resistindo a estes ataques violentos e brutais, parando para que o país avance, fazendo uma grandiosa Greve Geral! Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena.

fazem para eliminar os riscos do crescimento descontrolado de tais “monstros”, árvores de enorme porte que, por sorte, ainda não tombaram sobre as residências que por ali foram construídas, diga-se de forma legal, pagando todas as contribuições. No inicio do ano vivemos ventos fortes e nesse mesmo período caíram quatro árvores que, por sorte, não tombaram sobre as referidas habitações. Terá sido “habilidade do vento” não as ter feito cair sobre as casas? Nessa mesma altura,

aquando da queda das árvores, alertei a ANPC, este, por sua vez, ordenou que alguém da Câmara Municipal (de competência duvidosa) confirmasse no local tal acontecimento. O resultado dessa mesma visita é que não se conhece!! Numa atitude preventiva, e dado que as árvores não respeitam distâncias legais em relação às moradias, espero que este pequeno texto sirva para que se possam fazer algumas correções ao que está mal feito, tanto é que nos aproximamos da época dos

incêndios. No Inverno, é a ameaça da queda de árvores e, no Verão, é o elevado risco de incêndio. Dado que na realidade nada foi feito, ou pelo menos fisicamente nada é visível, achei oportuno divulgar este problema através do jornal “Correio da Feira”. Penso ser a melhor forma de mostrarmos o quão mal funcionam determinadas instituições desta Nação. Já agora quero salientar que todas as partes que penso estarem relacionadas com esta questão já foram alertadas, proprietários,

ANPC, SEPNA, Câmara Municipal e Junta de Freguesia. Como cidadão e como parte interessada na resolução deste problema vejo-me na obrigação de fazer chegar aos cidadãos deste concelho os problemas que, de uma forma geral, todos podemos evitar. A zona em questão é na Rua e Travessa do Monte na freguesia de Mosteirô.

síveis a cada um de nós, é fácil estar ao lado deles ou até ser um. Na história dos nossos recentes líderes há progresso e melhorias, mas muitas vezes insuficientes para impedir alguns rombos nas expectativas e desilusões nas esperanças do Povo. Cada vez mais acredito que é tempo de deixar de depender literalmente dos exemplos vindos de cima. Cada um de nós tem a responsabilidade de exigir e criar melhores líderes, fazendo uma

filtragem desses líderes para que somente os melhores dos melhores cheguem à posição concreta de liderança. Atrevo-me a fazer um apelo a cada um de vós, mulheres e homens, a agir; a fazer um esforço redobrado e paciente para uma melhor integração na sociedade política e assim conseguir mais rigor e transparência. A fórmula, não é mágica e nem é fácil, baseia-se num maior envolvimento político na sua lo-

calidade, em ser-se persistente e tolerante criando mais valor humano e político onde todos têm uma opinião válida e onde todos são importantes, pois juntos conseguiremos um melhor e merecido futuro… como cantava Zeca Afonso: “ Seja bem-vindo quem vier por bem…”

bilidade de outros e dos recursos que apesar de escassos continuam a fazer face a outras tantas necessidades. Cada vez mais se torna crucial a implementação de uma rede que na verdadeira aceção da palavra consiga suportar a comunidade como um todo e o indivíduo como unidade única e irrepetível. E são tantos os indivíduos que no meio das suas dificuldades e da sua luta diária se disponibilizam para ajudar com

a força dos seus braços ou com a capacidade do seu intelecto e assim se mantêm vigorosas as instituições desta comunidade e os grupos informais que trabalham desinteressadamente para o bem comum. Assim se constrói um futuro que garantidamente é incerto mas que poderá ser tanto melhor quanto a nossa capacidade de manter vivas e ativas as pessoas que são o nosso recurso mais valioso.

Podem chamar-lhes loucos mas hoje sou eu que quero fazer o elogio da loucura de uns tantos que continuam a segurar a rede e a fazer parte dela todos os dias, em todas as funções, mesmo as mais discretas, mesmo as menos reconhecidas, mesmo aquelas que são alvo de gozo. Fossemos um dia todos loucos…

Lúcia Gomes, Eleita da CDU na Assembleia Municipal da Feira

Carta à redacção Venho, através deste meio, denunciar uma questão que se arrasta há já alguns anos e que, apesar de várias tentativas para a sua resolução, ainda não foi possível uma conclusão definitiva da dita questão que passo a descrever. Resido numa zona com bastante área florestal, habitações junto a pinhais onde crescem árvores sem qualquer controlo, sem qualquer critério e com os seus proprietários de todo despreocupados com o bem-estar dos habitantes que ali se instalaram. Portanto, nada

Para uma melhor política...

… é necessário criar um filtro eficaz para evitar que os oportunistas serem bem sucedidos. Apenas uma melhor política

poderá evitar que algumas pessoas obtenham benefício próprio e projecção de uma (falsa) imagem de benfeitor para a comunidade. Qual a fórmula?! Creio que se trata de abdicar do estigma de que o exemplo tem de vir de cima. Devemos esquecer o tempo dos senhores feudais. Na nossa história dependemos sempre de líderes e estes serão sempre necessários! Mas hoje, mais do que nunca, esses líderes são aces-

Luís Marcelo Dias Brandão, Mosteirô

Manuel Santos, Secretário Coordenador da Secção do Partido Socialista de Fiães

O Elogio da Loucura Hoje, vive-se um tempo difícil, crítico e tantas vezes injusto. Seja qual for a orientação, o rumo ou a direção o percurso é ácido e rodeado de tantos casos de injustiça, insucesso e algumas vezes uma consequente infelicidade atroz. Não podemos e não nos devemos ater às dificuldades e a um negativismo vicioso que não nos liberta para as conquistas, as vitórias e os desafios de todos os dias e sem ignorarmos o que nos

rodeia devemos enfrentar o futuro com audácia. É sempre mais fácil falar ou escrever quiçá mas há exemplos positivos a registar e a replicar se se mantiverem os valores da família, o espírito de comunidade e de ajuda. Na comunidade de Milheirós de Poiares constata-se essa resiliência coletiva todos os dias e constroem-se novas soluções para novos problemas ao sabor da criatividade de uns, da disponi-

Augusto de Pinho Santos Milheirós de Poiares

Emprego


Correio da Feira

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Terra a terra

Milheirós de Poiares Milheirós de Poiares // Vontade em agregar-se a S. J. Madeira não esmoreceu

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Dinamismo da população é a mais-valia de uma freguesia pacata

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“Viver em Milheirós de Poiares é, efectivamente, viver num equilíbrio entre a ruralidade e a urbanidade”. É desta forma de Augusto Pinho Santos, presidente da Junta de Freguesia local, explica o que é ser milheiroense. Predominantemente rural, a vila prima pela sua “pacatez, segurança” e pela possibilidade de “usufruto do espaço público”, para além de se encontrar perto “de grandes centros urbanos como Santa Maria da Feira, São João da Madeira e até do Porto, do qual distamos cerca de 25 minutos com o acesso criado pela nova A32”. Como grande mais-valia da freguesia, Augusto Pinho Santos destaca “as pessoas, que têm ajudado a redescobrir a agricultura, através das Hortas Comunitárias, a dinamizar as colectividades da freguesia na área do desporto e da cultura, e a promover a coesão social”. Augusto Pinho Santos, presidente da Junta de Freguesia

No ponto oposto, “o desemprego e a consequente emigração jovem, a rede viária que necessita de uma intervenção urgente e os entraves económicos colocados por um contrato entre o município e a Indaqua, que deixa ainda muita gente sem acesso a água e saneamento da rede pública apesar dessa rede estar construída” são os pontos menos positivos apontados pelo autarca. “O passeio desde a EB 2,3 de Milheirós até ao Pavilhão Desportivo, a substituição completa do telhado da sede da Junta e do Centro Comercial Dr. Crispim, e a pintura dos muros do adro da Igreja, em que a Junta cedeu a mão-deobra”, são as obras de relevo realizadas mais recentemente, sendo que, como grandes objectivos para o futuro, a freguesia pretende “construir o Centro Cultural de Milheirós de Poiares, com base na

requalificação do Cineteatro S. Miguel (obra em fase de adjudicação), finalizar o trabalho de requalificação da rede das minas de água da Junta e melhorar o Parque de Lazer do Outeiro”, para além de dar continuidade a projectos como “as Hortas Comunitárias, a Feira Rural, e espectáculos como o Danças do Mundo ou outros dinamizados pelas associações locais”. Milheirós de Poiares esteve nas bocas do país, no final do ano passado, devido ao referendo popular que aprovou a agregação da freguesia a S. João da Madeira. “No âmbito da Reforma Territorial Autárquica fomos a única freguesia do país (que conta actualmente com 4.216) que conseguiu ver aprovada pelo Tribunal Constitucional a realização desse referendo” – lembra Augusto Pinho Santos, que lamenta que “os políticos do PSD da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira tenham ignorado a vontade expressa nas urnas de 81% dos votantes, sendo a taxa de participação no referendo superior a 50%”. “Costuma-se dizer que perante factos não há argumentos e este ficará para história como um momento triste da democracia e do poder local em Portugal” – prossegue o autarca, que salientou que a vontade de Milheirós de Poiares em agregar-se a S. João de Madeira “ainda não esmoreceu”.

1

Grupo Cénico e Recreativo Milheiroense “Os Velhos”

2

Centro Social Dr. Crispim Teixeira Borges Castro

3

Associação Recreativa e Cultural Ritus

4

Centro de Cultura e Desporto de Milheirós de Poiares

5

Fábrica da Igreja de Milheirós de Poiares

6

Conferência de S. Vivente Paulo de Milheirós de Poiares

7

Sociedade Columbófila Pátria

8

Associação Cultural e Recreativa Sto. Estevão

9

Clube Columbófilo de Milheirós de Poiares

10

Clube de Caçadores e Pescadores de Milheirós de Poiares

11

Grupo Desportivo Milheiroense

12

Pavilhão Desportivo da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Milheirós de Poiares

13

Pequeno Campo de Jogos da Junta de Freguesia de Milheirós de Poiares

14

Campo de Treinos do Grupo Desportivo Milheiroense

15

Campo de Jogos do Grupo Desportivo Milheiroense

16

Campo de Treinos do Grupo Desportivo Milheiroense

17

Extensão de Saúde de Milheirós de Poiares

18

Biblioteca de Milheirós de Poiares

19

Cine-Teatro do Centro Comercial Dr. Crispim

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Correios - Posto de Milheirós de Poiares

21

Junta de Freguesia de Milheirós de Poiares

22

Gabinete de Proximidade de Milheirós de Poiares

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Habitação Social de Milheirós de Poiares

24

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Milheiros de Poiares

25

Jardim de Infância do Pereiro

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Escola Básica do 1º Ciclo da Igreja

27

Jardim de Infância da Igreja

28

Parque de Lazer do Outeiro

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Praia Fluvial da Mâmoa

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Capela de Nossa Senhora das Dores

31

Quinta do Seixal

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Capela de São Geraldo

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Igreja Paroquial de Milheirós de Poiares

34

Capela de Santo António

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Aqueduto de Milheirós de Poiares

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Correio da Feira

01.JUL.2013

Estatísticas demográficas de Milheirós de Poiares

2

Indicador Estatístico População Residente Área Densidade Populacional

3.791 7,87 481,70

Habitantes Km2 Hab / Km2

142 200 198 314 2.403 534

3,75 % 5,28 % 5,22 % 8,28 % 63,39 % 14,09 %

597 2.660 534

15,75 % 70,17 % 14,09 %

População Residente por Escalões Etários

24

0 – 4 Anos 5 – 9 Anos 10 – 13 Anos 14 – 19 Anos 20 – 64 Anos 65 e + Anos População Residente por Grandes Grupos Etários 0 – 14 Anos 15 – 64 Anos 65 e + Anos Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Idosos Índice de Dependência de Jovens

89,45 20,08 22,44

População Economicamente Activa Taxa de Atividade 61,71

Desempregada Total

Empregada

1,971

1.803

Total

Proc. 1.º Emprego

168

31

Novo Em- Taxa de Desemprego prego 137

8,52

População Empregada por Setor de Atividade Setor Primário Indiv. 12

2

Setor Secundário

Setor Terciário

%

Indiv.

%

Indiv.

%

0,67

979

54,30

812

45,04

População Residente por Grau de Escolarização N/ sabe ler nem escrever 134 ind. Taxa de Analfabetismo 3,89 1.º Ciclo Ensino Básico Completo

1.123

A frequentar

186

2.º Ciclo Ensino Básico Completo

750

A frequentar

158

3.º Ciclo Ensino Básico

26

19

Completo

635

A frequentar

158

Ensino Secundário Completo

361

A frequentar

158

Ensino Pós-Secundário Completo

33

A frequentar

12

Ensino Superior Completo

234

A frequentar

106


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Terra a terra

Milheirós de Poiares

Freguesia com a menor taxa de desemprego e uma das mais baixas taxas de analfabetismo 1

Localizada na parte nascente do município, a vila de Milheirós de Poiares distingue-se pela sua posição geográfica, porque estabelece fronteira do município de Santa Maria da Feira com as freguesias de São João da Madeira, César, Macieira de Sarnes, estas duas últimas do concelho de Oliveira de Azeméis. Terra com um povoamento antigo, conforme atesta a própria toponímia e dos seus lugares, Milheirós de Poiares foi, outrora, o principal celeiro da região. Do ponto de vista geológico e pedológico, Milheirós de Poiares possui características únicas para a prática agrícola, muito particularmente para o cultivo do milho, sendo que este produto, ainda hoje possui identificação imediata a Milheirós de Poiares, ao ponto da espiga de milho ser, nos dias de hoje, o elemento iconográfico da freguesia. De resto, os extensos campos de milho povoam, ainda hoje, a paisagem da freguesia, recortada aqui e ali pelos muitos regueiros de água que denunciam a aptidão da freguesia pela prática agrícola. No entanto, e se no passado a actividade agrícola possuía enorme peso no tecido produtivo local, nos dias de hoje essa actividade é praticada como actividade complementar. Por força do posicionamento estratégico de Milheirós de Poiares em relação ao eixo Santa Maria da Feira/S. João da Madeira/Oliveira de Azeméis, desde tempos idos que a economia da freguesia vive sob a influência industrial de toda esta vasta região que acolhe um dos maiores pólos industriais do país dedicados ao sector do calçado. Por este motivo, não estranha que cerca de 55 por cento do total da mão-de-

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obra empregada da freguesia se dedique ao sector secundário, sendo que de acordo inventário da Câmara Municipal aqui se localizem 67 empresas do referido subsector (cerca de 12,5 por cento do número total do município). O dinamismo económico e social da freguesia é evidente, sendo que do universo das freguesias do concelho, Milheirós de Poiares é a freguesia que regista, de acordo com os Censos 2011, a menor taxa de desemprego (8,52 por cento face aos 14,8 por cento registados a nível de município).

O dinamismo económico e social da freguesia é evidente, sendo que do universo das freguesias do concelho, Milheirós de Poiares é a freguesia que regista a menor taxa de desemprego. (8,52 por cento face aos 14,8 por cento registados a nível de município). Outro indicador digno de realce é o da Taxa de Analfabetismo, um dos valores mais reduzidos do universo do concelho. O património da freguesia é vasto e particularmente rico, destacando-se a Igreja Matriz de S. Miguel, a Quinta do Seixal e as Capelas setecentistas erigidas em devoção a S. Geraldo, Nossa Senhora das Dores, e as capelas particulares de Santa Eugénia e Santo António. Em 1900, alguns milheiroenses resolveram construir

um novo templo que foi benzido pelo bispo do Porto, D. António Barroso, em 1907, tempo esse que possui nove altares, três dos quais em estilo renascença de grande valor artístico. Um desses altares tem uma imagem de rara beleza e valor artístico visto ter a imagem de Nossa Senhora do Carmo, que veio de Paris. A capela de S. Geraldo, datada do século XVII, é histórica, pois durante séculos aqui se realizou uma grande e tradicional romaria realizada anualmente no dia 5 de Dezembro. A capela de Nossa Senhora das Dores, dedicada até meados do século passado a São João Baptista, é também muito antiga. Nela faz-se anualmente uma festa à Senhora das Dores. Outro edifício de Milheirós de Poiares que merece honras, pela sua inegável imponência e beleza arquitectónica, é o edifício da EB1 da Igreja. Este edifício foi o primeiro construído de raiz para nele serem leccionadas as primeiras letras às crianças, e até adultos, de Milheirós de Poiares. Desde 1882/83, ano em que a freguesia concretizara um dos seus grandes anseios, a criação da “cadeira régia para o ensino primário do sexo masculino”, que o ensino oficial vinha funcionando em espaços provisórios e com carências de vária ordem. O Estado, a quem competia naturalmente construir edifícios, apesar das múltiplas diligências protagonizadas pelos incansáveis Membros das Juntas de Freguesia de então não respondia positivamente, em 1910, o notável benemérito António José de Bastos, para além da casa do Porto, legou à freguesia uma quantidade, destinada, entre outros fins, à construção do edifício da escola.

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No entanto, a obra só viria a tomar corpo a partir do ano de 1926. Devido à grande inflação monetária sofrida entretanto, o legado referido já não era minimamente suficiente. Então, o Dr. Crispim Teixeira Borges de Castro, seu grande impulsionador, para além de oferecer o terreno, empenhou-se, particularmente, no projecto arquitectónico da escola e, vaidosamente, costumava considerá-la a “mais bela de Portugal”. Em 1954, ofereceu 200 contos ao Estado para o funcionamento da cantina, obrigando-se a empenhar a própria casa onde residia. Para além dele, outros benfeitores colaboraram, nomeadamente a família Alves Moreira Milheirós de Poiares foi, ao longo de século, berço de nobres famílias. A família Perestelo, fidalgos italianos da Lombardia que no século XV, teve aqui a sua residência. Por mercê dos reis de Portugal, começaram a gozar privilégios de nobreza e a usar brasão de armas. Tinham a vocação do mar, e de entre os seus membros foi Bartolomeu Perestrelo que se notabilizou. Notável navegador, este homem dos descobrimentos portugueses pertenceu à gloriosa plêiade dos que acompanharam e realizaram o grandioso sonho do Infante D: Henrique. Hoje, cinco séculos já passados, ainda se encontram descendentes destes antigos fidalgos a usar o sobrenome de Perestelo. Milheirós tem duas casas que merecem especial referência. São elas a casa da Mâmoa e a casa da Eira, que embora recentes são importantes para a história da freguesia. Da casa da Mâmoa, que tem dois séculos, pelo menos, de existência, saíram homens de merecimento, tais como

o Dr. Rufino Joaquim Borges de Castro; o visconde das Devesas, António Joaquim Borges de Castro; os Drs. Rodrigo e Manuel José Borges de Castro e Dr. Crispim Teixeira Borges de Castro, proprietário da casa e sem dúvida um dos filhos mais categorizados e beneméritos de Milheirós de Poiares. Dr. Crispim Teixeira Borges de Castro era médico (sem levar dinheiro pelas consultas) e também foi político. Doou terreno para a construção da escola, mandou construir a cantina (das primeiras em Portugal), dava prémios aos melhores estudantes da escola e chegou mesmo a empenhar a sua própria casa em benefício da sua terra. À sua morte, legou todos os seus bens à freguesia, sendo que na sua antiga casa está instalado o Centro Social. A casa da Eira deu ao concelho e ao país Homens de inestimável valor e prestígio. Nela nasceram o Doutor Guilherme Moreira (Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, com várias obras publicadas) e seu irmão Dr. Gaspar Moreira e dos quais descendem os engenheiros Dr. Eugénio Moreira e Dr. António Moreira Martins. A par destes Homens é citam-se outros filhos ilustres de Milheirós de Poiares, como o P. Manuel de Oliveira e Costa, D. Sebastião Soares Resende, que foi bispo da Beira, ou ainda D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa entre 2005 e 2011 e nomeado pelo Papa bento XVI Delegado do Conselho Pontifício para a Cultura, ou o seu irmão, o Professor Doutor Manuel Joaquim Azevedo, Professor Universitário na Universidade Católica Portuguesa e feito, em 08 de junho de 2009, GrandeOficial da Instrução Pública.


Correio da Feira

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Milheirós de Poiares // Populares elogiam qualidade da água

Praia da Mámoa cheia de banhistas em dia de simulacro dos Bombeiros de Arrifana Daniela Castro Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

O simulacro de salvamento em grande ângulo, que iria ser levado a cabo no sábado passado pelos Bombeiros de Arrifana, no âmbito das comemorações dos seus 86 anos, estava marcado para as 15h30. Era de esperar a grande quantidade de bombeiros presentes, mais de 40 elementos, mas os imensos banhistas, que suplantavam esse número, foram a surpresa do dia. A aproveitar os mais de 30 graus que se faziam sentir em Milheirós de Poiares, as pessoas encheram a Praia da Mámoa, muitas de outras freguesias e a visitar o espaço pela primeira vez, para poderem disfrutar das suas águas calmas e de agradável temperatura. “É uma praia mais sossegada, mais ampla. A água não é tão fria e tem pouca corrente” – diz Susana Jesus, que veio de Oliveira de Azeméis com mais três amigos para dar uns mergulhos na Praia da Mámoa. “As outras praias têm mais pedras e, às vezes, não se vê o fundo, o que obriga a termos de ter cuidado. Entramos e, de repente, já não temos pé. Aqui dá mais para nadar, para usufruir do espaço e conseguimos ver o fundo. Aqui sabemos que, à priori, estamos bem” – compara outra visitante, Alice Silva, que vem de S. João da Madeira, terra da maior parte dos banhistas da Praia da Mámoa, que souberam da sua existência graças ao tradicional boca-a-boca, seja de amigos, conhecidos ou até de pessoas que ouviram no supermercado. A água foi, de facto, o aspecto mais elogiado, em conjunto com o uso gratuito da praia, que pesa muito quando se está a escolher um destino de férias para levar os mais pequenos. Maria Isabel Marques veio conhecer a praia, com os seus dois petizes, e já ficou fã. “É perto. Está tudo muito limpinho, muito organizado. A água está boa, está quentinha e não se tem que pagar, o que é uma vantagem muito grande nos tempos que correm, porque é um bocadito puxado ir para uma piscina a pagar, ainda para mais com crianças” – aponta a popular que veio de Lobão. Maria Isabel Marques já tem experiência em praias fluviais e considera a Praia da Mámoa uma excelente opção. “Costumava ir à Lomba, só que lá é mais perigoso porque faz aqueles fundos. Com crianças é preciso ter um bocado mais de cuidado. Aqui as águas são mais certinhas, é uma boa praia para se vir com crianças pequeninas. Eu penso vir todos os dias com os pequenos. Vimos para aqui um bocadinho e eles podem brincar, jogar à bola e ir à água. Estão à vontade” – afirma a banhista. Como ela, muitos outros trouxeram os filhos e até os cães para lhes fazerem companhia no trabalho para

o bronze e na prática dos melhores mergulhos. “Sem dúvida que a praia deu a conhecer a freguesia. Eu mesma não a conhecia. Claro que gosto mais de mar, mas aqui, como fica perto de casa e tem bons acessos, acho que está muito bom” – diz outra popular, Susana Martins, natural de S. João da Madeira.

Primeiro simulacro de grande ângulo dos Bombeiros de Arrifana

Eram duas estreias: a primeira vez que a Praia da Mámoa recebia um evento desta magnitude e que os Bombeiros de Arrifana realizavam um simulacro de grande ângulo, para o qual tinham acabado de ter formação. “Recentemente foi formada a equipa de salvamento em grande ângulo e vamos fazer isto para testar a operacionalidade dos nossos homens. Assim também damos a conhecer à população, tanto de Milheirós como da nossa área de actuação, as mais-valias que adquirimos” – esclarece o segundo-comandante da corporação, Ricardo Castro. Apenas seis elementos iam participar da acção planeada num cenário de salvamento, que implicava o resgate de duas vítimas do rio. “Vamos simular que duas vítimas, que estão no pontão de madeira, ao atravessar a praia fluvial, vão cair do parapeito para a linha de água, e vão ter que ser resgatadas de grande altura” – explica Ricardo Castro. Uma manobra arriscada mas que os bombeiros executaram sem problemas, com duas vítimas a serem içadas, transportadas numa maca e acompanhadas por dois bombeiros, um de cada lado, que praticavam a sua técnica de rapel. “É um simulacro diferente, mais radical. Nos outros simulacros, como acidentes de viação ou incêndios urbanos ou industriais, é uma coisa a que já estamos habituados

Simulacro de grande ângulo dos Bombeiros de Arrifana no dia-a-dia. O grande ângulo já envolve outras actividades” – diz o segundo-comandante. Os Bombeiros de Arrifana fazem simulacros com frequência, cerca de três por ano. “Utilizamos tudo para treino. Escolhemos dia e hora, mas o cenário não é dado a conhecer nem os homens são escolhidos. As equipas formam-se automaticamente, para vermos as valências de cada um e se sabem trabalhar em equipa” – sublinha Ricardo Castro. O próximo simulacro ainda está por agendar, visto que se aproxima a época florestal, que dará bastante trabalho aos bombeiros. “Depois da época florestal vamos fazer mais alguns simulacros nesta área de grande ângulo e de busca cinotécnica” – adianta o segundocomandante. Mas o simulacro não era a única actividade planeada. Junto à praia encontravam-se também os veículos dos bombeiros, que passaram todo o seu equipamento para a Praia da Mámoa. “Em conjunto com o simulacro também mobilizamos para cá o nosso quartel para mostrarmos às pessoas a nossa actividade” – afirma Ricardo Castro. Mas esse não era o único

objectivo. “Estamos a tentar ver se conseguimos criar o bichinho em alguém para ingressar nos quadros dos bombeiros voluntários” – revela o segundo-comandante. O despacho seria feito dali caso saísse qualquer alerta. Junto ao Quartel Aberto encontrava-se ainda uma parede de escalada à disposição das pessoas. Um apoio da Câmara, que foi preterido pelas águas refrescantes do rio num dia de grande calor. “A praia está muito bonita. É um espaço bastante acolhedor mas

que precisa de ser melhorado em termos de segurança. Como agentes de protecção civil também estamos a tomar medidas para isso, em conjunto com a Câmara. Vai ser uma mais-valia para Milheirós de Poiares” – diz Ricardo Castro, relativamente à Praia da Mámoa. O presidente da Junta, Augusto Pinho Santos, também se sente orgulhoso da nova infraestrutura: “Está cheia de gente. Vai atrair pessoas a Milheirós, dar a conhecer a freguesia. Vai ser um sucesso, ainda mais porque as carências são fartas e, assim, as pessoas têm solução perto de casa, poupam gasóleo e tempo nas filas”. Quanto à falta de nadadores-salvadores e de casas-de-banho, problemas apontados por alguns banhistas, o presidente da Junta respondeu que os nadadoressalvadores viriam a partir do dia seguinte, aquando da inauguração oficial da praia, e que as casas-debanho ficavam “contíguas ao bar”. “O bar é uma situação provisória. Nós temos um projecto para aquele triângulo em cima da praia: um snack-bar com outra dimensão. É um projecto bonito mas é preciso investidores” – adianta Augusto Pinho Santos.

Praia da Mámoa inaugurada oficialmente ontem Apesar da quantidade de banhistas presente no sábado, foi apenas ontem que a Praia da Mámoa foi oficialmente inaugurada, com a presença do vice-presidente da Câmara, Emídio Sousa, e do presidente da Junta, Augusto Pinho Santos. A praia fluvial é um dos projectos que a Câmara Municipal tem em curso no âmbito da reabilitação das zonas ribeirinhas e criação de espaços públicos de lazer em estreita ligação com a natureza. A infraestrutura é constituída por duas praias, uma em cada mar-

gem, áreas ajardinadas, de lazer e estacionamento. Posteriormente será dotada de equipamentos desportivos e infraestruturas de apoio a actividades lúdicas. Com uma área de cerca de dois hectares, a praia é contígua a uma ponte rodoviária sobre o rio Antuã, junto à qual se encontra um pequeno moinho, ficando também próxima do campo de tiro da freguesia. A Praia da Mámoa poderá também acolher, já neste Verão, uma prova da Federação Nacional de Triatlo.


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Correio da Feira 01.JUL.2013

S. João de Ver // Semáforos são a única solução, segundo estudos da Câmara

PS reclama por ”intervenção urgente” na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro

Na última reunião do executivo municipal, o vereador do PS, Márcio Correia, chamou a atenção para a Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, em S. João de Ver, um cenário onde ocorrem bastantes acidentes. “É uma avenida enorme com muito trânsito, porque dá acesso a outras freguesias, onde os condutores vão em excesso de velocidade. O que nós pedimos é que Câmara reconsidere e faça uma intervenção urgente na via para obrigar os condutores a reduzirem a velocidade e evitar mortes em tempos futuros” – afirmou Márcio Correia. O presidente da Câmara, Alfredo Henriques, respondeu que já se tinha estudado uma intervenção que envolvia a “requalificação da via”, nomeadamente a construção de passeios, mas que “neste momento não é oportuno em termos financeiros”. “Há acidentes em todo o lado, não é uma situação excepcional. As

pessoas têm que cumprir o código” – apontou Alfredo Henriques. O vereador do PS, António Bastos, não concordou e explicou que não era necessário um grande investimento para resolver o problema. “Já chamei a atenção duas vezes para acidentes naquela via. Estudos nunca os vi, devem estar guardados na gaveta. São necessárias apenas pequenas operações de cosmética para obrigar a reduzir velocidade. Não é preciso investimentos na ordem dos 100 mil euros” – disse António Bastos. O vereador do PS deu exemplos como as “passagens pedonais”, “as pinturas de sinalização horizontal” ou as “linhas contínuas” para “demarcar as faixas de rodagem”. “Os condutores seriam mais cívicos nos seus comportamentos. Não há nada naquela via que obrigue a comportamento cívico. Com um investimento de 25 ou 30 mil euros resolviam-se os problemas

circunstanciais. É uma questão de boa vontade e responsabilidade. Não são precisos passeios nem repavimentação, é precisa uma intervenção rápida e directa” – realçou António Bastos. O vereador com o Pelouro do Planeamento e Urbanismo, José Manuel Oliveira, revelou que “está a ser feito um estudo em conjunto com a Junta de Freguesia para ordenar os entroncamentos bastante indefinidos”. “No cruzamento mais a sul, só com semáforos se conseguiria travar os acidentes. Uma rotunda não dá visibilidade. Ninguém gosta que se coloque semáforos, mas é a única solução apontada pelos técnicos. Está a ser ultimada e brevemente chegará à Câmara” – salientou José Manuel Oliveira. António Bastos rematou apenas que “há quatro anos que se anda a estudar este assunto” e que é “um desastre no terreno e na filosofia da Câmara”.

Arrifana

Mário Costa é o candidato do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia Mário Costa, 30 anos, é residente na Vila de Arrifana há 26 anos. Concluiu o primeiro e segundo ciclo de ensino em Arrifana e frequentou o Curso de Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A nível profissional, desempenhou funções de secretariado na Divisão Social da Câmara Municipal da Feira e esteve ligado à criação da Provedoria do Deficiente. Está intrinsecamente ligado às questões culturais e artísticas, sendo um profuso estudante e promotor das neurolinguísticas. Tem como principal objectivo fazer com que o cidadão arrifanense desempenhe um papel activo e interventivo no desenvolvimento de Arrifana. “Penso ser essencial proporcionar o conforto que os arrifanenses merecem, desejam e necessitam.” Numa altura em que a sociedade se depara com grandes dificuldades económicas, é na área da intervenção social que reside a principal prioridade do projecto proposto. “Cabe à Junta encontrar todas as soluções para colocar em prática um verdadeiro e eficiente plano de apoio social que dignifique os arrifanenses.” Uma candidatura com um projecto realista, transparente, exequível

e fiscalizado. “Chega de baldas e bandalheiras na Junta de Freguesia de Arrifana.” O que se pretende não é servir ninguém a nível individual, mas sim promover a história, a cultura e o espirito arrifanenses. “É essencial conjugar o dinamismo das pessoas com as associações, instituições e empresas para, não apenas recuperar a qualidade de vida dos arrifanenses, bem como implementar actividades sociais e económicas em Arrifana que coloquem a freguesia nos caminhos da modernidade.” Desporto, saúde e bem-estar inter-geracionais por uma Arrifana de todos e sentida por todos.

Santa Maria da Feira

CerciFeira inaugura nova carrinha

Fiães // “Empresas mal-tratadas” e “sem acessos capazes”

“A Câmara está de costas voltadas para a zona industrial”

Na última reunião do executivo municipal, o vereador do PS, António Bastos, apontou para o que acha ser “uma zona ao abandono da Câmara”. “A zona do Monte Grande, em Fiães, tem algumas empresas bem sustentadas, com capacidade de manter postos de

trabalho, mas essas empresas estão mal-tratadas. Foi uma zona que foi sendo projectada pelos industriais, não tem acessos capazes. As empresas reagem de forma negativa à maneira como os camiões se deslocam para lá” - realçou. António Bastos salientou

ainda “as envolventes e os lotes completamente desmazelados”. “São silvados sobre silvados” – afirmou. O vereador do PS concluiu a sua intervenção, depois da ordem do dia, dizendo que “a Câmara está de costas voltadas para a zona industrial”.

Foi em ambiente de festa que no passado dia 13 de Junho, a CerciFeira, de Santa Maria da Feira, inaugurou a sua nova carrinha adaptada. Este é um motivo de alegria, não só porque esta aquisição vem melhorar as condições de transporte dos clientes utilizadores de cadeira de rodas e as condições de trabalho dos colaboradores, mas também porque parte do valor da carrinha foi angariado através de várias iniciativas da Comissão de Pais da CerciFeira. A inauguração contou com a presença dos clientes do Centro de Actividades Ocupacionais e Escola de Ensino Especial, cola-

boradores que os acompanham, os pais que se quiseram associar e o presidente da Direção da CerciFeira. Com um pequeno lanche foi feito um agradecimento especial aos elementos da Comissão de Pais que mais diretamente se envolveram na organização de vários eventos: feirinhas, marcha, sarau, baile de carnaval e peditórios nas igrejas do concelho. O presidente da direcção aproveitou ainda para agradecer o envolvimento de todos os clientes e famílias, colaboradores de todas as valências da instituição, parceiros, fornecedores, comunicação social local e comunidade em geral.


Correio da Feira

01.JUL.2013

Paços de Brandão // Para o transformar em capela mortuária

Pais indignados com possível fecho do Jardim-de-Infância da Igreja n.º1 O encerramento do Jardim-deInfância da Igreja n.º 1 de Paços de Brandão, para dar lugar a uma nova capela mortuária, ainda é uma mera possibilidade, mas os pais já estão apreensivos com a ideia. Não concordam com o fecho de um jardim-de-infância “com todas as condições”, que alberga 45 crianças e, sobretudo, não aceitam as alternativas propostas. “A primeira alternativa é misturar os meninos do jardim-deinfância com os da EB1 da Igreja, que tem uma escadaria enorme muito perigosa. A outra alternativa é passar para a escola da Póvoa, que por dentro está igual há 30 anos. Casas-de-banho horríveis, portas completamente podres, móveis inadequados a crianças de três anos. A cantina tem que ser por turnos e já se fazem dois. Eu pergunto, com mais uma turma, quantos turnos é que vão fazer para almoçar? Temos ainda outra alternativa, mas é muito limitada, que é o JI da Portela, no Serrado, que dá para cinco, seis meninos. Estas alternativas não são aceitáveis. Estamos todos indignados com isto” – aponta Manuel Santiago, um dos pais cujo filho frequenta o JI da Igreja. Já se realizaram duas reuniões para discutir este assunto, com o presidente da Junta, Firmino Costa, e com a vereadora com o pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro. A última, na segundafeira passada, deixou os pais mais esperançosos. “Começou a aparecer fumo branco. Conseguimos dar a volta pela positiva. Fizemos ver que o sítio não era o mais indicado para uma casa mortuária” – adianta Manuel Santiago. O encarregado de

educação diz que os “argumentos negativos” utilizados pelos pais, como o facto de a futura capela ficar “encostada a uma escola, com os miúdos no recreio a ouvirem os gritos e choros”, “a urna que não poderia passar pela praça em dias de feira” ou as “ambulâncias para as pessoas que se sentem mal”, fez com que as entidades presentes entendessem a sua posição. “Estamos em crer que não vai para a frente de imediato. Pelo menos mais um ano temos jardim-de-infância” – diz, confiante, o encarregado de educação. Manuel Santiago acrescenta que o terreno em que se encontra o edifício foi doado à Junta com o intuito de lá se construir um jardim-de-infância e não faria sentido desvirtuar esse desejo. A possibilidade de construir uma

nova capela mortuária no lugar do jardim-de-infância foi uma proposta da Junta de Freguesia. “É o local mais próximo da Igreja e do cemitério. Nós temos uma capela mortuária, mas é muito pequena. Não tem condições nenhumas. As pessoas têm que estar na via pública” – explica o presidente da Junta, Firmino Costa. Caso a construção da capela não se faça naquele espaço, o autarca revela que outra solução a ser estudada seria a ampliação da capela existente. Os pais, por seu lado, dizem que “o sítio ideal seria na Igreja”. “Ainda não está nada decidido” – diz, à partida, Cristina Tenreiro, que afirma que a substituição do jardim-de-infância pela capela é “apenas uma das várias soluções”. “A Junta estava à procura de espaços para a capela mortuária e discutiu-se

a possibilidade de o jardim-deinfância fechar. Como estamos na altura de reformulação da rede escolar, vimos que existiam salas livres em alguns equipamentos” – esclarece a vereadora. Apesar de “estar tudo em aberto”, Cristina Tenreiro sublinha que “mesmo que não aconteça este ano”, o objectivo é centralizar para ficar JI/EB1. “A longo prazo queremos juntar jardim-de-infância com EB1. Mais cedo ou mais tarde irá acontecer” – realça. Na quinta-feira passada realizouse ainda uma assembleia de freguesia em que os pais iam “reforçar a posição de não construção da capela” e na qual se esperava encontrar novas soluções para este assunto. Mas a questão só ficará definitivamente resolvida numa última reunião, marcada para o dia 11 de Julho.

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Bloco de Esquerda critica processo O Bloco de Esquerda também criticou a possibilidade de construção de uma capela mortuária no lugar do actual Jardim-de-infância da Igreja n.º1 de Paços de Brandão. Em comunicado, o BE diz que, “perante a incredulidade sobre tal informação, foram colocadas diversas questões, à presidente do agrupamento e ao presidente da Junta, relativamente a soluções para o sucedido e também medidas de intervenção, caso se possa evitar o extermínio da escola, na falta de melhores condições”. O mesmo documento refere que, “na altura, o presidente da Junta terá afirmado que a decisão de demolir a escola era irreversível”. O BE diz que “o que causa indignação é a decisão ter sido comunicada em cima da hora, já depois de terem sido feitas as matrículas para o jardim, nas quais a opção era o próprio estabelecimento, que seria demolido”. Para o Bloco é “inaceitável que se vá demolir uma escola sem sequer se ter um local apropriado para receber as crianças, com as mesmas condições que possuem actualmente”. Porém, no mesmo comunicado, o BE refere que, na última Assembleia de Freguesia, “devido à pressão popular, o executivo já ensaiou um recuo”. “Aparentemente estão na disponibilidade de fazer obras de requalificação na actual capela mortuária. Esta situação é no mínimo exemplar da falta de responsabilidade dos nossos autarcas, que muitas vezes se entretém a brincar aos empreiteiros, em vez de planear antecipadamente as obras”, conclui o Bloco de Esquerda.

Fiães // Novo espaço tem capacidade para receber 66 crianças. Direcção já trabalha para garantir a valência de centro de dia

Centro Social Padre José Coelho inaugura creche ampla e moderna O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Alfredo Henriques, e o presidente da direcção do Centro Social Padre José Coelho, José Ribeiro, inauguraram, a 22 de Junho, o edifício que vai albergar a valência de creche do Centro Social Padre José Coelho, em Fiães. Na cerimónia de inauguração estiveram também presentes o vice-presidente da autarquia feirense, Emídio Sousa, a vereadora que tutela a pasta da Educação, Cultura, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro, e o representante do Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro, Rui Monteiro. Na sua intervenção, Alfredo Henriques, destacou o importante trabalho efectuado há cinco anos pelo vice-presidente da autarquia, Emídio Sousa, e pelo presidente

da Junta de Freguesia, Bernardino Ribeiro, junto do Ministério da Segurança Social, para que a Quinta do Infantário passasse a ser propriedade da freguesia. Este feito foi conseguido, o que permitiu a construção deste importante equipamento e a disponibilidade de toda a Quinta para a freguesia de Fiães, sendo agora também possível avançar para novos projectos neste espaço de excelência. Com o objectivo de aumentar a sua actividade ao nível do apoio à infância, o Centro Social Padre José Coelho inaugurou a valência de creche, em complemento do pré-escolar já existente. Este novo equipamento social, com capacidade para receber 66 crianças, com idades compreendidas entre os três meses e os três anos de idade, entrará em funcionamento

no início de Setembro. Arquitectonicamente, o edifício organiza-se em quatro alas: o berçário, sala de parques, sala de mudas e copa de leites; as salas de actividades com instalações sanitárias de apoio; área administrativa com atendimento / acolhimento, gabinetes técnicos, gabinete direcção e sala de reuniões; e área de serviços de apoio com cozinha, lavandaria, despensa, arrumos, sala de pessoal e vestiário pessoal. Finda esta fase de ampliação, a direcção do Centro Social Padre José Coelho já está a trabalhar no novo projecto, que consiste em dotar este equipamento social com a valência de Centro de Dia, proporcionando, assim, um apoio essencial e indispensável a toda a comunidade sénior.

Centro social Padre José Coelho foi inaugurado a 22 de Junho


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Correio da Feira 01.JUL.2013

Santa Maria da Feira // Alterações à regulamentação foram aprovadas. Junta da Feira encarregue da limpeza da Quinta do Castelo

Regulamento de Urbanização e Edificação e demora nos processos dominam reunião “Apesar da informação jurídica clara de que o procedimento é legal, nós aceitamos todas as reclamações sem obrigar a fazer depósito” – foi esta a proposta apresentada, na última reunião do executivo municipal, pelo presidente da Câmara, Alfredo Henriques, relativamente às taxas municipais sobre queixas ou denúncias ambientais ou urbanísticas. A proposta surge depois da queixa apresentada pelo partido Os Verdes contra a Câmara devido ao que considerava ser “taxas municipais ilegais” e que deu origem a uma recomendação do Provedor de Justiça, que deu 60 dias à Câmara para resolver a situação. “Proponho que não seja cobrada a taxa inicial. Realizamse as habituais diligências com vista à tomada de decisão final, salvo se da análise resultarem encargos” – lia-se na proposta, que foi posteriormente apresentada na Assembleia Municipal da passada sexta-feira. A taxa só será assim cobrada “naqueles casos em que a Câmara, para dar seguimento à queixa, tem de encomendar estudos”. “A pessoa faz o depósito e, se o estudo lhe der razão, ele é-lhe devolvido depois e é atribuído à pessoa sobre quem recai a queixa. Devemos manter esta prática para que a Câmara não fique com todos os encargos” – explicou o presidente da Câmara. Alfredo Henriques adianta ainda a outra situação em que será exigido o pagamento de uma quantia. “Primeiro recebemos a queixa sem depósito. A Câmara analisa e diz que a pessoa não tem razão. Se a pessoa volta a pôr requerimento, tem de pagar a taxa” – aponta. O vereador do PS, António Bastos, não concordou com estas “situações excepcionais”. “As recomendações do Provedor fazem todo o sentido, a Câmara deve observar por inteiro essas recomendações. É um direito que cabe ao vizinho,

Executivo aprovou as alterações ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação, na última reunião de Câmara

por exemplo, reclamar do barulho que causa certo estabelecimento. A Câmara ter de fazer estudos acústicos não é motivo para exigir valor para a reclamação. A queixa, faça sentido ou não, deve ser devidamente analisada sem qualquer custo para o munícipe” – afirma António Bastos. O vereador com o Pelouro do Planeamento e Urbanismo, José Manuel Oliveira, esclareceu que esta se tratava de uma proposta que ia “de encontro à recomendação do Provedor para que permita a toda a gente fazer queixa”. José Manuel Oliveira acrescentou ainda que esta era uma “prática generalizada das instituições do nosso país” e deu exemplos como as reclamações nas Finanças ou os

alunos, que “são pessoas sem rendimentos”, que caso queiram fazer uma reclamação sobre o resultado da sua prova, têm de pagar. “Desincentiva a queixa pela queixa. Há queixas que não temos a obrigação de analisar, como o barulho do despertador do vizinho ou das galinhas, como já tivemos aqui na Câmara. Há muitas queixas em relação ao ruído que chegamos lá e não se verificam e outros tantos casos em que a competência não é nossa. Se não cobrássemos, a Câmara ficaria com todo esse prejuízo. É um procedimento que salvaguarda os interesses do município” – realçou José Manuel Oliveira. A proposta foi aprovada com dois votos contra dos vereadores do PS António

Assembleia Municipal aprova alterações ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação As propostas de alteração ao Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação, uma delas atendendo a uma recomendação do Provedor de Justiça, foram aprovadas na última Assembleia Municipal, realizada na passada sexta-feira. Ainda assim, choveram críticas por parte da Oposição. As mudanças já haviam sido discutidas, e aprovadas, pelo executivo (ver texto principal), tendo, agora, recebido o crivo da Assembleia Municipal. Isso não evitou muitas críticas da Oposição nos dois pontos. No que toca à isenção da taxa

para legalizar ou ampliar indústrias ou armazéns clandestinos, Alfredo Henriques, chefe do executivo, referiu que “se a taxa era universal, a sua isenção também tem que o ser”, ideia refutada pela Oposição. “Uma amnistia cega” para a CDU, o “reconhecimento da incompetência de décadas do executivo na fiscalização” para o BE, e “populismo demagógico” para o PS, foram as críticas lançadas. Outro dos pontos fortes da reunião prendia-se com a recomendação feita pelo Provedor de Justiça no sentido de retirar a “taxa moderadora”, assim a

definiu Alfredo Henriques, aplicada aos cidadãos que apresentavam uma qualquer queixa na Câmara. “Apresar de não haver qualquer ilegalidade no que fazemos, levamos em consideração a recomendação do Provedor, ainda que com algumas excepções (ver texto principal)” - disse o presidente da Câmara. E foram essas excepções que levaram às críticas da Oposição, que pretendia a pura e simples remoção da taxa, visto que, na sua opinião, ela inibe os cidadãos de exercerem os seus direitos cívicos.

Bastos e Márcio Correia, os dois únicos presentes na reunião.

António Bastos critica demora nos processos

Um dos momentos altos da reunião de Câmara da passada segunda-feira foi a constante chamada de atenção de António Bastos sobre a demora nos processos tratados pela Câmara. O primeiro caso deu-se aquando de uma intervenção por parte de uma munícipe, que já vinha tratar daquele caso pela segunda vez, sobre constrangimentos causados pela obra do vizinho na sua habitação. O presidente da Câmara prometeu que o fiscal iria naquela semana averiguar a situação. “A senhora esteve cá há três ou quatro meses e agora é que vai lá a fiscalização? É muitíssimo tempo. Oito dias é tempo suficiente” – apontou António Bastos. A segunda intervenção foi também ela originada depois de outro munícipe expor o seu problema, neste caso a tentativa de licenciamento do seu armazém desde 2006. Foi agendada uma reunião com José Manuel Oliveira para discutir o assunto mais aprofundadamente e com todos os documentos necessários. “A Câmara já deveria ter procurado resolver esta questão. A proximidade da Câmara com a população está desfasada, a quilómetros. Estamos aqui dentro sentados, mas os problemas arrastam-se lá fora e as pessoas vêm cá à procura de resolução. Temos de ser céleres, mais próximos das pessoas. Temos de trabalhar para as pessoas e não elas a trabalharem para nós. E isso não

está a acontecer na Câmara” – afirmou o vereador do PS, ao que Alfredo Henriques logo respondeu: “Não temos que perder tempo com politiquices. A má imagem dos políticos é feita destas coisas”. “Não estou a fazer politiquices. Não tenho nada contra os políticos desde que sejam sérios nas suas palavras e atitudes” – rematou António Bastos. Outros dois pontos, nomeadamente o contrato de uma obra e uma revogação de pagamento, também originaram intervenções do vereador do PS neste sentido.

Limpeza da Quinta do Castelo a cargo da Junta

Outros pontos importantes encontravam-se também na ordem do dia. A desmatação e limpeza da Quinta do Castelo ficará a cargo da Junta de Freguesia da Feira. “A Junta da Feira disponibilizou-se para fazer a limpeza das árvores que caíram no temporal de Janeiro. A Câmara neste momento tem muito trabalho, por isso a Junta vai fazer a limpeza e retirar as árvores” – disse o vice-presidente da Câmara, Emídio Sousa. Entretanto, a obra do Jardim-deinfância da Igreja de Sanguedo foi prorrogada pela quarta vez, agora para o dia 24 de Agosto. “As causas apontadas pelo empreiteiro foram as condições climatéricas desfavoráveis e a dificuldade em obter equipamentos, um problema de muitas empresas hoje” – adiantou Emídio Sousa. Por último, foi aprovada a cedência de um apartamento à Junta, que ficará a disposição da Divisão Social para “albergar as vítimas de violência doméstica”.


Correio da Feira

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Santa Maria da Feira // Emanuel Bettencourt, apresenta-se como cebeça-de-lista à Câmara pelo movimento “Somos Feira

“A nossa lógica não é competitiva mas sim pedagógica”

O candidato à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira do movimento cívico “Somos Feira” espera que os cidadãos intervenham mais na vida política. Considera importante pensar o Concelho numa lógica de intermunicipalidade e garante que as propostas que defende são concretas e objectivas. Sem pretender hostilizar ninguém e com o objectivo de se tornar numa plataforma que permita dar voz aos cidadãos, o movimento cívico “Somos Feira”, encabeçado por Emanuel Bettencourt, que vai concorrer à Câmara da Feira nas próximas autárquicas, deu-se a conhecer na passada terça-feira. Propostas como a criação de um banco autárquico ou de transformar o Europarque num mercado abastecedor da Área Metropolitana do Porto emergem de uma lista de intenções feita “não numa lógica de competitividade mas sim de pedagogia”, segundo explicou Bettencourt. “Pretendemos fazer valer os nossos pontos de vista pela qualidade da nossa mensagem. Depois, a decisão caberá aos cidadãos”. É desta forma que Emanuel Bettencourt dá o pontapé de saída na campanha para as autárquicas do próximo mês de Setembro. O movimento cívico Somos Feira pretende marcar pela diferença, de discurso e de postura. “Não pretendemos hostilizar ninguém, nem criar clubismos” – prossegue Bettencourt, que garante que o movimento tem “propostas concretas e objectivas, que quer ver

Compreende agonias do desemprego Emanuel Bettencourt é, actualmente, consultor comercial mas já sentiu na pele o flagelo do desemprego. “Estive desempregado durante algum tempo e percebi as dificuldades que todos sentem, sobretudo numa faixa etária como a minha” – contou o independente, de 51 anos, que pretende criar “uma bolsa de desempregados especializados, disponíveis para serem protocolizados com empresas a passar por momentos de dificuldade, para diagnosticarem os seus pontos fracos e ajudarem-nas a ultrapassar esse momento difícil”. sufragadas”. Uma delas tem que ver com a criação do primeiro banco autárquico do país, “uma ideia radical mas que pode ser aplicada”. Pretendese com esta proposta criar um “sistema de protecção às falhas do actual sistema bancário”. “Por exemplo, poderei estar interessado em emprestar dinheiro à minha

autarquia, porque vou contribuir para o seu crescimento, da forma que idealizei” – explica Emanuel Bettencourt, que sublinhou que esta “é uma ideia muito eficaz naquilo que se propõe a fazer”. “É importante que se legisle sobre este tema” – diz o independente, que garante não ter nada contra o actual sistema bancário que, caso

Bloquistas recordam que todas as propostas nesse sentido foram chumbadas pelo PSD

Bloco critica proposta de Amadeu Albergaria de incentivar participação cívica na Assembleia O Bloco de Esquerda critica a posição tomada pelo candidato do PSD presidência da Mesa da Assembleia Municipal, Amadeu Albergaria, aquando da sua apresentação, no que se refere à sua proposta de incentivo à participação cidadã nos órgãos deliberativos e processos de decisão do município. O BE recorda que, aquando da revisão do regimento da Assembleia da Municipal efectuada durante o mandato que está a acabar, os bloquistas e membros de outros partidos apresentaram propostas para que a população de Santa Maria da Feira pudesse intervir no início dos trabalhos, ao invés do que acontece actualmente, que é depois de finalizada a discussão do Período da Ordem do Dia. “Ou seja, os feirenses só podem falar já bem depois da uma hora da manhã, a maior parte das vezes depois das duas horas da manhã. O PSD votou contra e assim obrigando os feirenses terem de

esperar e desesperar até altas horas para poderem intervir” – lê-se no comunicado do Bloco, continuando: “E mesmo assim têm de se inscrever de véspera, pelo menos”. O Bloco de Esquerda também propôs que o tempo disponível para a população intervir fosse aumentado, “porque três minutos são manifestamente escassos”, mas esta proposta foi chumbada. “Propusemos que a gravação áudio ou vídeo das sessões fossem publicadas mas também foi chumbado. É assim que o PSD quer aproximar os e as feirenses dos seus e suas eleitas e incentivar a sua participação nas decisões do seu concelho” – acusam os bloquistas, prosseguindo: “o Bloco de Esquerda propôs ainda que os cidadãos se pudessem inscrever até duas horas antes do início da Assembleia, mas mais uma vez o PSD votou contra e inviabilizou mais uma proposta que contribuía para aproximar

os feirenses da participação no funcionamento da Assembleia Municipal. Fica claramente demonstrada a hipocrisia do PSD e do seu candidato”. “E já agora refira-se que o candidato do PSD, Amadeu Albergaria, só poderia ler esta acta no sítio da Câmara Municipal porque o Bloco de Esquerda apresentou uma proposta para que assim fosse. E refira-se ainda foi aprovada uma recomendação à Câmara Municipal, apresentada pelo Bloco de Esquerda, para que também se publicassem as actas das reuniões do Executivo, mas que contínua a ser desprezada pelo executivo do PSD, que apenas publica uma minuta que nada diz para além da ordem de trabalhos e como foi votada. Ou seja, os e as feirenses ou os seus e suas eleitas na Assembleia Municipal, para as consultarem têm de se deslocar pessoalmente à Câmara Municipal, têm de faltar ao trabalho para as consultarem”.

a ideia vingue, terá que “rentabilizar soluções para se manter em actividade”, até porque as pessoas “não podem ficar reféns do actual sistema bancário”. Outra das bandeiras da campanha do movimento Somos Feira tem que ver com a reabilitação do Europarque que, segundo o candidato, se pode tornar “no

mercado abastecedor da Área Metropolitana do Porto”. Sublinhando a ideia de que “o concelho da Feira não está isolado”, o que leva à ideia de intermunicipalidade, Emanuel Bettencourt acredita que “o Europarque não pode ser entendido isoladamente”. “Faz parte de um projecto maior, que pode envolver também a requalificação da linha do Vouguinha, já que ela pode servir para transportar mercadorias, algo que ainda não está pensado” – completou. A intermunicipalidade defendida pelo independente leva-o também a riscar investimentos que levem a uma “duplicação de equipamentos disponíveis nos concelhos vizinhos”. Mas, para que estas ideias vinguem, é necessário que “os cidadãos sejam mais interventivos na vida política”. “Queremos ser uma plataforma de debate, na qual as pessoas emitem as suas opiniões, sem qualquer compromisso politico-partidário. É uma responsabilidade de todos” – concluiu Bettencourt. Noutro contexto, o candidato à Junta da união de freguesias da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo será apresentado amanhã. Publicidade

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Concelho // Uma gama muito diversificada de sítios e actividades

As crianças estão de férias, o que vamos fazer com elas?

Daniela Castro Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

As aulas acabaram e, com o clima tão incerto, é preciso arranjar alternativas à praia e à piscina. Os pais desesperam e querem saber o que podem fazer com os seus filhos. Se é um deles, respire fundo, porque por todo o Concelho existem diversas actividades planeadas para as crianças. Com temáticas desde o desporto à costura, à reciclagem do papel ou à alimentação dos pássaros, tem para todos os gostos e feitios, basta escolher. Se não os pode acompanhar nestas visitas, também não há problema, já que há sempre a possibilidade de os deixar num ATL, garantindo assim que eles não perdem pitada da diversão. Um Verão com menos sol, mas com muito mais conhecimento.

Cada um dos museus organizou um vasto plano de actividades para os próximos meses. Comecemos pelo Museu do Papel, em Paços de Brandão, que oferece duas oficinas: a Descobrir, que explica o processo da reciclagem do papel, e a Fazer, que ilustra a arte de fazer coisas em papel. “As crianças ficam alertas e vêem o fim da acção que tiveram em casa quando fizeram a reciclagem” – explica o coordenador do museu, Marques da Silva. Estas duas oficinas são recorrentes durante o ano e continuam com muita procura por parte das escolas. O Visionarium, por sua vez, volta com as Oficinas de Verão, que contam com 33 actividades. De 1 a 12 de Julho, de 15 a 26, de 29 de Julho a 9 de Agosto,

Centro de estudos Xavier Coutinho, em Fiães

e ainda de 12 a 23 de Agosto, os meninos vão poder fazer uma horta, um safari fotográfico, uma escavação arqueológica, bolas de sabão gigantes, tintas a partir de leite, chupa-chupas de fruta, entre muitas outras coisas, e no fim ainda recebem um belo diploma, elaborado por eles, a comprovar a participação. “Estas actividades servem para desmistificar a ciência, para perceberem como funcionam as coisas que utilizam nas suas tarefas do dia-a-dia” – afirma a responsável de Marketing do Visionarium, Carla Barros. Para este mês, o Zoo de Lourosa tem duas actividades agendadas. No dia 14 de Julho as crianças podem dar “Gelados para as Aves” com mascotes da Olá que vão

Castiis, em Sanguedo

oferecer brindes aos presentes, e no dia 28 de Julho fazem a comemoração do Dia Mundial dos Avós com jogos tradicionais para os avós mostrarem aos netos como brincavam antigamente. Para além destas, existem sempre as visitas guiadas, as Horas Gourmet e o Avipaper (peddy-paper com aves) que também são bastante requisitados. “Procuramos que a visita, para além de lúdica, tenha algum tipo de aprendizagem e procuramos também a sensibilização ambiental com as actividades ao ar livre em contacto com natureza. Está calor, bom tempo e as crianças gostam. Há uma assimilação espontânea” – aponta a directora do zoo, Salomé Tavares. “Verão no Museu”, até 30 de

Setembro, “Uma prenda para os avós!”, de 15 a 26 de Julho, “Comemoração do Dia dos Avós no Museu”, no dia 26 de Julho, e a exposição “Cortiça: Estórias da História” são as actividades planeadas para as férias no Museu de Santa Maria de Lamas. “Este ano fizemos um apanhado de todas as actividades mais procuradas e ainda temos algumas surpresas. Visamos sensibilizar as crianças para a preservação do património cultural, sempre associando à cortiça” – afirma a directora do museu, Susana Ferreira. Já no Museu Convento dos Lóios há a “Gincana do Saber”, “uma espécie de peddy-paper com perguntas de cultura geral relacionadas com o museu”. Para este mês, está


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ATL da Academia de Música da Feira também agendado o “Scriptorium”, com “escrita à pena de ganso” e a explicação do que é uma iluminura. São actividades para as várias faixas etárias mas que exigem marcação prévia. “As actividades são um complemento pedagógico à educação e cidadania de cada criança” – realça a directora do museu, Ana José Oliveira.

Onde deixar os meninos entretidos

Os centros de actividades de tempos livres são uma boa opção para os pais que trabalham e não têm onde deixar os filhos. Monitorizados por professores, as crianças brincam e aprendem com todos os equipamentos disponíveis. O Centro de Estudos Xavier Coutinho, em Fiães, já existe desde 2006 e oferece todo um conjunto de actividades para as férias: torneios de pingue-pongue, snooker e futebol, oficina de artes manuais (origami), sessões de cinema, matraquilhos, caminhadas, idas à piscina e à praia, visitas de estudo, entre outras. As actividades fora do centro estão no topo das preferências dos miúdos. Situado na Rua Luís de Camões, o centro conta actualmente com 53 crianças que de manhã realizam trabalhos de grupo sob temas que vão abordar na escola e à tarde se dedicam às actividades lúdicas referidas. “O centro é bom porque despreocupa os pais e entretém os miúdos. Estão sempre controlados, sob vigilância e sociabilizam e interagem com os outros colegas” – afirma o responsável pelo centro, Xavier Coutinho. As sete pessoas que lá trabalham dedicam todo o seu tempo às crianças. “É enriquecedor o trabalho com crianças. Os professores só podem ensinar o que eles próprios estão dispostos a aprender” – realça Xavier Coutinho. O Centro de Assistência Social à Terceira Idade e Infância de Sanguedo (CASTIIS) é mais antigo e já conta com 25 anos na

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Hora Gourmet no zoo de Lourosa, com jardim de infância O Astrolábio bagagem, mas nem por isso deixa de acom- opta pela que mais lhe agrada” – explica a panhar os tempos que correm. “Temos xa- Direcção do ATL. O espaço fica localizado drez, música, mandarim, linguagem gestual, na Rua António Castro Corte Real e as culinária, costura, ciência viva, espanhol e crianças que o frequentam vêm de várias outras actividades ocasiopartes do Concelho, onde nais” – conta a directora são entretidas pelos prodo CASTIIS, Madalena fessores responsáveis. “Se nós conseguirMalta. E desporto? “Ah, “Trabalhar com crianças mos fazer as crianças quase me esquecia, teé desafiante e enriquefelizes, é um grande mos kids dance, natação cedor. Cada criança tem benefício. Sempre com e educação física” – reas suas características, propósitos pedagógimata. O leque é portanto necessidades e vivências cos, sempre a aprender vasto para um centro próprias, que a tornam brincando, sempre que conta com creche, diferente e especial. O como uma mais-valia. pré-escolar e colégio com ATL ajuda-as a crescer um total de cerca de 230 de forma equilibrada e crianças. O planeamento das actividades é harmoniosa, prepara-as para a vida futura. sempre feito tendo em conta as preferências No ATL fomenta-se a partilha, o convívio das crianças. “Se nós conseguirmos fazer e, para além disso, prepara-se as crianças as crianças felizes, é um grande benefício. para terem sucesso escolar” – descreve a Sempre com propósitos pedagógicos, sempre a aprender brincando, sempre como uma mais-valia” – afirma Madalena Malta. Situado na Rua do Castiis, o centro orgulha-se do seu trabalho com as crianças. “É uma parceria, damos e recebemos muito. Fui muitos anos professora antes de ser directora e é magnífico, de perder a respiração. Entregamo-nos às crianças e não pensamos em mais nada” – diz a directora do CASTIIS. “Neste Verão, temos vários ateliês e atividades de pintura, recorte ou colagem, modelagem, bordados, culinária, jardinagem, praia, visita ao Sea Life, entre outras” – adianta a direcção do ATL da Academia de Música de Santa Maria da Feira. Criado há 18 anos, acolhe meninos de várias idades entre os meses de Setembro e Julho. As actividades disponíveis são diversas, mas são as crianças que escolhem em quais querem participar. “Diariamente disponibilizamos várias actividades como sejam as plásticas, lúdicas, dramáticas, e cada criança

Oficina descobrir no Museu do Papel, com o centro social Santa Eulália

Direcção do ATL. Existem também algumas colectividades desportivas que desenvolvem projectos para ocuparem os tempos livres das crianças durante as férias. É o caso do Académico da Feira que, pelo segundo ano consecutivo, abriu o programa “Férias Desportivas”, que funcionará em dois períodos distintos. O primeiro arranca hoje e estende-se até à próxima sexta-feira, sendo que o restante desenrola-se entre os dias 8 e 12 deste mês. As actividades terão lugar no Complexo Desportivo da Lavandeira, em Santa Maria da Feira, entre as 9 e as 17h30, e são destinadas para crianças entre os 6 e os 12 anos. “Os participantes vão poder aprender as modalidades do clube, ténis e hóquei em patins, bem como outras modalidades e trabalhos manuais” – explica Pedro Castro, coordenador do projecto. Publicidade


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Candidato socialista ouviu os lamentos dos empresários em duas Zonas Industriais

Eduardo Cavaco continua a auscultar as populações Durante a última semana, Eduardo Cavaco, candidato socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, visitou a Sociedade Columbófila de Lourosa, acompanhado por Virgílio Ribeiro, candidato pelo Partido Socialista à Junta de Freguesia de Lourosa. Mais tarde, em Mosteirô, Eduardo Cavaco inteirou-se da problemática de gestão com que se debate o Centro Social de Santo André, principalmente no que respeita à rentabilização da capacidade recentemente instalada, apesar da “gestão extremamente equilibrada” que tem permitido à instituição honrar os seus compromissos. O périplo de visitas contemplou ainda a associação Fornos Cresce. A Direcção da associação revelou ao candidato que tem perseguido o objectivo de instalar valências de assistência social na freguesia mas que, face à impossibilidade programática da ARSS-Aveiro, tal não foi ainda possível. Eduardo Cavaco voltou a reiterar o seu compromisso principal, focado nas realidades sociais do Concelho, garantindo que quando chegar à presidência da Câmara Municipal, todas as pessoas e instituições serão tratadas em pé de igualdade. “O momento de crise em que vivemos, exige mais capacidade das pessoas em termos de dádiva. Mas é necessário não misturar

Fiães

MIF apresenta candidato à Junta O Movimento Independente de Fiães (MIF) apresenta publicamente o candidato Jorge Pedro, e restantes elementos à Assembleia de Freguesia de Fiães, no dia 5 de Julho, pelas 21h, no salão nobre da Junta local. “Contamos com a participação de

todos os fianenses no sentido de viabilizarem a prática deste acto de cidadania, que é a apresentação de uma lista de independente nas próximas eleições autárquicas” – referem os responsáveis pelo movimento.

Autárquicas

CDU escolhe candidatos para Fiães, Fornos e Caldas S. Jorge a Acção Social com a política partidária…” advertiu ainda o Candidato do PS à Câmara da Feira. Eduardo Cavaco foi igualmente convidado pela Direcção da Associação Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira para o 13.º aniversário do Grupo e o 33.º de actividade.

Investir em contra-ciclo

Visando o sector produtivo instalado no Concelho, área a que quer dar especial atenção, Eduardo Cavaco não deixou de registar com profundo agrado mais dois exemplos da capacidade de resistência e coragem dos empresários Feirenses, que em Arrifana e em S. João de Ver estão dispostos a investir na ampliação das suas unidades de produção, mesmo em contra-ciclo com o momento actual da economia. Trata-se da “Duvalli”, empresa têxtil; e da JÁ – Rolhas e Cápsu-

las, sedeadas respectivamente nas Zonas Industriais (ZI) de Arrifana e S. João de Ver. O candidato pelo PS visitou as duas empresas e ouviu os lamentos dos empresários, que criticaram a morosidade na obtenção de licenças e pediram uma nova forma de gestão dos aparelhos do Estado. A Metalúrgica Castanheira também abriu as portas ao candidato do PS para lhe mostrar mais um exemplo de sucesso, em que a produção total se encontra já colocada no mercado. A visita às duas ZI permitiu a Eduardo Cavaco registar que a instalação das mesmas foi feita sem que se vislumbre que tenha havido preocupação prévia de planeamento sustentado; a rede viária, e as condições de acessibilidade deploráveis e indignas, são do terceiro mundo; e a existência de grande quantidade de lotes vazios em ambas as ZI.

Estão já decididos os primeiros candidatos da CDU às assembleias de freguesia. Filipe Moreira, estudante, 27 anos, é candidato apresentado em Fiães. Em Fornos, a CDU propõe Manuel Silva, 51 anos, e, nas Caldas de S. Jorge e Pigeiros, Élvio Santos, reformado, 69 anos.

A CDU salienta ainda que, oportunamente, serão divulgados mais cabeças-de-lista para os órgãos deliberativos das Freguesias do Concelho, tendo em conta o objectivo assumido pela coligação de concorrer ao maior número de autarquias do mesmo.

Apresentação pública no dia 29 de junho

David Rodrigues recandidata-se pelo PSD em S. Paio de Oleiros

Candidata do PSD encabeça pela primeira vez a lista social-democrata

Minervina Rocha apresenta candidatura à Junta de Escapães O PSD escolheu, pela primeira vez, uma mulher, Minervina Ferreira da Silva Rocha, para encabeçar a sua lista à Junta de Freguesia de Escapães. A candidata, natural de Escapães e residente no lugar de Nadais, é professora do 3.º ciclo no Agrupamento de Escolas de Arrifana. Ao longo do seu percurso profissional, de 32 anos de serviço, desempenhou, para além da prática lectiva, cargos de direcção e de coordenação pedagógica. Desde 2004, exerce o cargo de presidente do Centro Cultural e Desportivo de Nadais, associação que desenvolve a sua intervenção no âmbito cultural e desportivo, nomeadamente através da gestão do Parque de Lazer de Nadais, pertença desta colectividade, e da participação de uma equipa masculina no campeonato de futebol do Inatel, que se tornou campeã nacional em 2005 e vice-campeã em 2011 e 2012. Minervina Rocha aceitou o desafio lançado pelo PSD, mesmo tendo “plena consciência de que a ges-

tão de uma freguesia, no contexto actual, implicará uma nova redimensão da gestão e de todo o planeamento financeiro”. Esta tomada de consciência não é um entrave à decisão tomada, pois a candidata reconhece que “a administração da causa pública exige honestidade, transparência e rigor”. “Os escapanenses podem contar

com o meu empenho e dedicação, com a minha capacidade na procura de consensos e com a aposta de um verdadeiro trabalho em equipa, em que todos possam ser chamados a dar o seu contributo para fazer de Escapães uma terra de progresso e de bem-estar, onde se goste de viver”, concluiu Minervina Rocha.

O candidato do PSD à presidência da Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros é o actual presidente, David Rodrigues. Empresário da área da informática, David Rodrigues, de 50 anos, candidatou-se pela primeira vez há 4 anos. “Nas Autárquicas de 2009 propus-me definir novos rumos, criar novos projetos e trilhar caminhos de modernidade. O processo foi iniciado e está em marcha”. “Trabalhar para a comunidade é

um dever, e para mim é uma honra poder servir a minha freguesia” disse David Rodrigues, salientando que “os tempos que vivemos são difíceis e isso obriga-nos a ter mais criatividade, mais imaginação e, acima de tudo, total rigor, que me permite, hoje, gerir uma Junta de Freguesia sem dívidas”. A apresentação pública da candidatura decorre no dia 29 de Junho, pelas 21h30, no salão nobre da Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros.


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Política // Balanço político do actual mandato autárquico feito em Assembleia Municipal

Oposição lança chuva de críticas mas o executivo faz balanço positivo O balanço político do actual mandato autárquico, discutido na última Assembleia Municipal por sugestão da CDU, serviu para a Oposição lançar um ataque feroz ao executivo camarário de Santa Maria da Feira. Alfredo Henriques, presidente da Câmara, desvalorizou as críticas e garante que, nos quatro pontos primordiais do plano camarário (Educação, Acção Social, Desenvolvimento Económico e Ambiente), os objectivos foram cumpridos na íntegra. “Desorientação”, “vazio de ideias” e “quatro anos de sucessivos flops”. Foi desta forma que Pedro Almeida (CDU) resumiu o último mandato do executivo feirense, por entre vários exemplos de projectos falhados do município. Pelo mesmo diapasão enveredou Nuno Serrano (BE), que falou em “quatro anos de promessas não concretizadas” e numa “autarquia na penúria, à beira da falência”. Pelo PS, António Cardoso referiuse a um concelho “atolado de dívidas, com o futuro incerto”, pro-

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Álvaro Cunhal reconhecido

A proposta da CDU em atribuir o nome de Álvaro Cunhal a um espaço público do município, no âmbito do centenário do comunista, foi aprovada, por unanimidade, na última Assembleia Municipal.

Ânimos aqueceram António Cardoso (PS) não gostou do tom das explicação de Alfredo Henriques sobre o PAEL e pediu ao chefe do executivo para “não ser mal educado”. Pouco depois, ainda sobre o mesmo tema, António Topa (PSD) também se exaltou com o socialista.

“Edifício do tribunal não é da Câmara”

metendo que “o Partido Socialista vai estar atento ao julgamento dos feirenses” nas próximas autárquicas. Mais irónico foi Rui Tavares (CDP-PP), que considerou que a discussão serviu como pontapé de saída para “a pré-campanha

eleitoral”. Por seu turno, Alfredo Henriques lembrou as crescentes dificuldades, sobretudo financeiras, para justificar alguns projectos entretanto abandonados, mas sublinhou que, nos quatro pontos fun-

damentais definidos pela Câmara, os objectivos foram totalmente concretizados. “Já estou habituado, de quatro em quatro anos, a este discurso mas o resultado tem sido sempre o mesmo” – concluiu o autarca.

a pagar as dívidas atrás referidas, em médio/longo prazo. No caso de Santa Maria da Feira será de 14 anos… até 2027!... 3. Alguém se preocupou com os sacrifícios que os feirenses têm de sofrer até 2027? As autarquias que recorrem ao PAEL terão de se submeter a um Plano de Ajustamento da Financeiro à semelhança do Plano de Ajustamento do Estado com a Troika. a) Redução e racionalização da despesa; b) Aumento da Receita; c) Intensificação do Ajustamento nos primeiros 5 anos (20132018). 4. O Município de Santa Maria da Feira Montante de Empréstimo ao abrigo do PAEL: 12.899.356,76 € (12 Milhões, 899 mil e 356 €) – Quase 13 Milhões de Euros. Consequências: (percentuais em relação a 2011): • Aumento dos Preços de Saneamento/Resíduos em 29 % • Aumento de todas as Taxas Cobradas pelo Município em 3% … (Como justificam no PAEL esta isenção de taxas?!!) • Desligar 40 a 45% da Iluminação Pública. • Redução de 5% na rúbrica de Estudos e Pareceres • Aumento da Receita de IMI; (em médio 1 milhão de euros ao ano) • Aumento da Receita de IMT; • Redução das Transferências Correntes: • Freguesias. Redução de

1.500.000 € em 2013 para 1Milhão € a partir de 2014. Redução de 1/3 referente a 2013. (33,333%) • Instituições sem fins lucrativos (IPSS’s; Colectividades, etc.) • Redução de 250 mil € de 2013 para 2014. Redução de 20%. • Redução de 500 mil € de 2013 para 2015. Redução de 40%. Num momento crítico que atravessamos é o pior que podia acontecer aos feirenses!.... • Redução do apoio às Famílias de 750 mil € em 2013 para 100 mil €, a partir de 2014. Redução de 87% ! Num momento crítico que atravessamos é o pior que podia acontecer aos feirenses!.... • Redução das Despesas e Transferências de Capital • Redução das Despesas de Investimento de 29.520.000 € para 11.250.000 € em 2014, para 6.550.000€ em 2015, e para 5.700.000 € em 2016. Em percentagem: Redução de 61,8% em 2014 e 77,8% em 2015. (Afinal a economia loca ficará sem apoio!...) redução das obras públicas • Redução das Transferências de Capital para as Freguesias de 2.591.150 € de 2013 para 1.000.000 € a partir de 2014. Redução de 61,4%. (Afinal a economia loca ficará sem apoio!...) • Redução das Transferências de Capital para as Instituições sem Fins Lucrativos de 500 mil € em 2013 para 200 mil € a partir de 2014. Redução de 60%.(Afinal a economia local ficará sem esperança de crescimento!...) consequente redução das obras

Em resposta a uma questão feita por Marco Jesus (PS) sobre o antigo tribunal, Alfredo Henriques explicou que “o edifício não é da Câmara, mas sim do Ministério da Justiça”. “Temos feito muitos contactos para saber o que o Ministério quer fazer com ele” - concluiu o chefe do executivo.

Não baixar os braços

Escandalosas isenções de taxas

Isentar sem critérios, é algo em que não queremos acreditar, vindo de um partido com as responsabilidades do PSD… A demagogia de Emídio Sousa, ainda se compreende dado o seu desespero em segurar o poder. Mas Alfredo Henriques apadrinhar esta medida irresponsável, é uma coisa inacreditável…talvez já não mande, mas fica muito mal neste papel de faz-de-conta, preocupado em arrumar as gavetas, não vá o diabo tecê-las… Esta isenção de taxas: 1- Beneficia os infratores, os incumpridores; cria injustiças. 2- É uma farsa, populismo bacoco e irresponsável; é demagogia barata. 3- É um fato à medida para incumpridores, especuladores imobiliários, em que os amigos do sistema são apoiados com prejuízo para o erário público, como se vê pelo exemplo dos especuladores imobiliários que mais não fazem que não seja encher a sua bolsa. …. Um exemplo prático: Um Armazém, que vai ser transformado em discoteca – pagaria 60 000 euros de taxas; AGORA fica isento. Mas um simples restaurante, que criou

3 ou 4 postos de trabalho, paga 20.000 euros de taxas de aparcamento! É uma medida vergonhosa, porque é arbitrária favorecendo certas clientelas... Esta medida além de vergonhosa é enganadora pois alimenta a esperança de que a Câmara PSD, de Emídio Sousa é diferente do PSD do Governo. Mas o jogo do engano é o mesmo: Prometem às pessoas que até às eleições as fábricas clandestinas vão ser legalizadas, mas nada mais falso. A Câmara não pode violar a Lei, o PDM, Regulamentos bem comos compromissos assumidos que tem que respeitar. Aplicar isenções sem critérios, numa péssima prática administrativa com elevados prejuízos para o município revela o profundo desespero de que as decide. Mas porque não isentam antes as ligações dos ramais de água e saneamento que tanto custam aos feirenses como nos concelhos vizinhos? Mas a trapalhada não fica por aqui. Há ainda outras explicações por dar: 1. A Câmara preocupou-se com o PAEL? É um Programa de Apoio à Economia Local e tem como objectivo regularizar o pagamento das dívidas dos municípios, vencidas há mais de 90 dias, registadas na DGAL na data de 31 de Março de 2012. 2. Alguém se preocupou com a sua execução? De forma simples os municípios contraem um empréstimo junto da Administração Central destinado

públicas 5. Sanções Caso o Município não cumpra as cláusulas previstas no contrato celebrado com a Administração Central no âmbito do PAEL será considerada ilegalidade grave e poderá ser aplicado o seguinte: • Aos autarcas responsabilidade financeira e violação de regras orçamentais o que implicará perdas de mandato; • O Governo pode reter as transferências correntes devidas à autarquia no âmbito da Lei das Finanças Locais; • O Governo poderá fixar automaticamente taxas máximas nos termos do PAEL I. Perante o exposto a Câmara ao pretender ser irresponsável ao violar a lei e dos compromissos assumidos com o PAEL. Além disso, está a cometer um erro grave com a alteração dos regulamentos municipais, feita sem critérios, favorecendo a especulação para alguns imobiliários, criando injustiças para os cumpridores. Consequentemente a isenção de taxas de urbanização acarreta elevados prejuízos para os cofres da autarquia ficando esse dinheiro nos bolsos dos especuladores. Estamos na hora de acabar com estas políticas vergonhosas. Só mudando é que há renovas…MUDA QUE DEUS AJUDA. António Alves Cardoso, 1º eleito do PS na Assembleia Municipal de S. Maria da Feira


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Espargo // Durante os meses de Julho e Agosto

“Oficinar” vai ser a palavra-chave no Visionarium

Santa Maria da Feira // Projectos e coproduções em conjunto

Câmara aprova protocolo de colaboração com organismo da Grécia A Câmara Municipal e o Organismo de Cultura, Juventude e Desporto de Kilkis, na Grécia, vão assinar um protocolo de colaboração. Este protocolo visa um intercâmbio entre portugueses e gregos na realização de coproduções e projectos futuros. “Os contactos surgiram através do director artístico do Festival de Marionetas da Grécia, no âmbito do Imaginarius. Como nós também temos trabalho com marionetas, surgiu a oportunidade de trabalharmos em conjunto e delinearmos estratégias. Este

protocolo tem como finalidade a realização de coproduções e intervenções de grupos” – conta a vereadora com o Pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro. Questionada sobre um possível festival de marionetas na Feira, a vereadora respondeu que isso é um “objectivo a médio prazo”, mas, “para já, no imediato não, devido à conjuntura”. “É sempre uma mais-valia a internacionalização. Aprendemos modos de trabalhar diferentes. É enriquecedor” – afirma Cristina Tenreiro.

Santa Maria da Feira // Danças Corte de Villa da Feira Dizem que o Verão vai passar ao lado do território continental, mas as actividades do Visionarium, em Espargo, vão decorrer na altura certa. Assim, em períodos distintos dos meses de Julho e Agosto, o Centro de Ciência do Europarque estará a promover um menu de actividades diversificadas, que se destinarão a ocupar de forma proveitosa e didáctica os tempos livres dos mais novos. A partir de hoje, até ao dia 12, de 15 a 26, de 29 de Julho a 9 de Agosto e de 12 a 23, estarão disponíveis as bem conhecidas Oficinas de Verão do Visionarium. Decorrem de segunda a sexta e o público-alvo serão as crianças cuja idade esteja compreendida entre os seis e os 12 anos. São nem mais nem menos do que 33 actividades, o número do médico! O menu é diversificado e contempla actividades como fazer “Uma Horta na minha Varanda”, aproveitando uma actividade cujo carácter de utilidade, nos tempos que correm, é indiscutível. Isto porque para além de ser uma opção sustentável em termos ambientais, consagra boas práticas de aproveitamento biológico e económico. Aqui decoram vasos e garrafas; semeiam e procedem à transplantação de plantas aromáticas. E depois de semear há que colher, o mesmo é dizer “Receitas da minha Horta”. Nesta actividade utilizam algumas das ervas e legumes da horta do Visionarium para fazer chás e pratos divertidos. É ainda possível realizar um “Safari Fotográfico”, onde os participantes tiram fotografias nos jardins do Centro de Ciência e vão dedicarse à identificação das espécies existentes no espaço. Ainda nos espaços verdes envolventes ao Visionarium haverá tempo para fazer uma “Observação de aves” e criar “Um Jardim para as aves”. Aqui constroem ninhos e comedouros para colocar nesse mesmo espaço. Depois das asas das aves, sempre se pode dar asas à fantasia: fazer “Bolas de Sabão Gigantes”, utilizando artefactos concebidos pelos

participantes. E o desafio que se segue é no mínimo interessante, dá pelo nome de “Plástico de Leite”. Aos participantes é dada a tarefa de produzirem um bioplástico obtido a partir da coagulação da caseína. E fazer “Tintas de leite”, é possível? Sim, com recurso à coagulação do leite e através da adição de pigmentos de diferentes cores é possível concretizar esta tarefa e agora… toca a pintar! “Caça ao Lixo” é a actividade que se segue. Imbuídos do verdadeiro espírito ecológico e de uma consciência ambiental, os participantes vão recolher o lixo existente na mata e jardins do Visionarium e vão criar uma espécie de “Centro de Reciclagem”, onde irão proceder à separação dos diferentes tipos de lixo, tipos de reciclagem e respectivas aplicações. Num momento subsequente, em o “Lixo vira Arte”, ‘os ambientalistas’ convertem-se em “ambient’artistas” e constroem diversos instrumentos, utilizando para o efeito materiais já usados. O dia culmina com uma “Exposição de Lixo”, uma mostra cujo mote é dar a conhecer os trabalhos decorrentes do ateliê. “Cake designers” é a sessão que inaugura o dia de sexta-feira, mais dedicado à confecção de iguarias: fazer e decorar um bolo, “Gomas”… de gelatina e “Chupachupas de Fruta”, que na essência são frutos gelificados como goma gelana. Após a pausa do fim-de-semana, os trabalhos são retomados na segunda-feira e a tónica é o meio animal: Uma “Casa para Anfíbios e Peixes” versa, como se percebe, a construção de habitats para estes animais. “Todos à Pesca” segue a sugestão do provérbio chinês, “Quando vires alguém com fome não lhe dês o peixe, dá-lhe a cana e ensina-o a pescar!” E assim, se a casa está construída, há que arranjar habitantes para ela. O mote é mesmo apanhar alguns peixes e rãs para serem colocados no pequeno charco/lago construído para os albergar. O dia finda não sem que antes tenha lugar “Peixe de Prato”, uma sessão que versa a construção de peixes em pratos

de papel. Os jogos tradicionais estreiam o segundo dia e os participantes terão direito a uma “Gincana” preparada para os disputar. E estarão ‘enfarinhados’ numa outra missão, a de “Mestres Padeiros”, isto lá mais para a tarde. Há “entradas de carrinho”, sempre perigosas, e há saídas de carrinho, normais: o dia acaba com “Pedais no Trânsito” em carrinhos de ‘dar à perna’. “Barcos a Energia Solar” é um incentivo à sensibilização dos mais novos para a utilização das energias limpas e para a adoção de um modus vivendi mais saudável e sustentável. Os elementos vão construir barcos movidos a energia solar, feitos de materiais simples e leves. Em seguida há uma competição, a “Regata no Lago”, que visa testar a robustez e velocidade dos protótipos construídos. E para aprender a deixar marca ou chancela ambiental, nada melhor do que experimentar uns Eco Desafios, que é sinónimo de aprender a fazer carimbos com frutas e legumes. Andará por aí o Indiana Jones? Não, mas parece! A actividade inicial de quinta-feira dá pelo nome de “Escavação Arqueológica”, aqui o mote são os fósseis e procedese a escavações para os descobrir. “Réplicas de Dinossauro”, logo a seguir, constituiu um repto feito viagem aos tempos ancestrais: com a aplicação de gesso e massa de modelar, os pequenos arqueólogos vão fossilizar dinossauros. E como todo o dinossauro que se preze deixa marca para lá dos tempos, há um jogo cuja lógica reside em ir ‘na pe(u)gada do animal’, que o mesmo é dizer “Em Busca da Pegada”. Para quem quer agarrar a última oportunidade de uma participação nas Oficinas de Verão do Visionarium há sempre o último dia, que inclui “Caça aos Insetos” e “Gaivotas no Lago”. Para quem participou nas actividades haverá ainda um momento especial: “O Meu Diploma”. Destina-se à elaboração e decoração do comprovativo de activa participação nas sessões.

Aulas de dança medieval gratuitas junto às piscinas

A partir de agora e até ao início da Viagem Medieval vão decorrer aulas de dança medieval junto às Piscinas Municipais de Santa Maria da Feira para a toda a população. Os ensaios, denominados de “Danças Corte de Villa da Feira”, realizam-se às sextasfeiras, das 21h00 às 22h30, e aos sábados, das 16h30 às 18h00. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias. Com o objectivo de ensinar os principais passos da dança medieval, estas aulas visam preparar todos os participantes para alguns dos espectáculos de animação que serão levados a efeito durante

a próxima edição da Viagem Medieval, ensinando-lhes algumas coreografias habituais nos espectáculos da Idade Média. As inscrições ou outras informações devem ser obtidas através do correio electrónico idalinapinho@ hotmail.com ou pelo telefone 256 379 360. Organizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, empresa municipal Feira Viva e Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho, a 17ª Viagem Medieval realiza-se de 1 a 11 de Agosto, no centro histórico da cidade, e vai recriar o reinado de D. Afonso II.

Santa Maria da Feira

Márcia Monteiro expõe novo trabalho fotográfico

A fotógrafa profissional Márcia Monteiro, natural de Paços de Brandão, tem patente uma nova exposição intitulada “Diário de Bordo” que pode ser apreciada na Cafetaria, em Santa Maria da Feira, até 14 de Julho. Trata-se de um projecto fotográfico que,

segundo a autora, levou anos a ser executado e aborda a temática da fotografia de viagem versus fotografia urbana que resultou em 14 imagens inéditas de várias capitais europeias e além Europa, numa perspectiva de “street photography” não convencional.


Correio da Feira

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9 Mitos alimentares Uma alimentação completa, equilibrada e variada ajuda a melhorar e a prolongar a sua saúde. Na Walk’in Clinics, fazemos um acompanhamento alimentar ajustado ao cliente. É essencial a sua colaboração para respondermos às suas n e ce ss i d a d e s e p a ra juntos conseguirmos cumprir os objetivos. Cada pessoa tem alim e n to s p re fe r i d o s e preteridos. Hábitos alim e n t a re s , e st i l o s d e vida diferentes e horários variados. Na consulta de nutrição encontraremos a melhor forma de criar hábitos saudáveis, onde o seu nutricionista conseguirá dar as ferramentas necessárias para ter uma alimentação correta e m o d e ra d a , a j u d a n d o a aperfeiçoar alguns comportamentos alimentares no seu dia-dia, melhorando assim os seus estilos de vida. Hoje em dia há cada vez mais informação acerca de alimentação e nutrição. Por vezes há até a facilidade de o consumidor ficar confuso. Assim, hoje abordamos 3 mitos alimentares bastante conhecidos e que são importantes desvendar!

O primeiro mito alimentar que apresentamos é um

clássico bastante bem conhecido: A água às refeições engorda? Não! • A água é uma bebida que não tem calorias, logo não engorda. • Beber água pode provocar uma sensação de saciedade, promovendo uma maior satisfação e poderá comer-se menos às refeições.

O segundo mito alimentar pode desmistificar algumas questões como a importância de comer várias vezes ao longo do dia: Saltar refeições ajuda a emagrecer? Não! • O jejum prolongado provoca falta de açúcar no sangue o que irá resultar em fraqueza, malestar e possivelmente tonturas. • Assim o cérebro irá desejar alimentos mais calóricos durante o dia e a ingerirmos maiores quantidades de alimentos na refeição seguinte.

O terceiro mito alimentar que apresentamos também se ouve falar diariamente e tem uma resposta menos fácil de se obter. O p ã o e n g o rd a? Não! • O consumo de pão não tem relação obrigatória

com o aumento de peso quando se respeitam as recomendações de uma alimentação saudável. • O que pode engordar é o que se coloca no pão, como a manteiga, o doce, os queijos, etc. Importante neste caso é, controlar as quanti-

dades. Numa consulta de Nutrição da Walk’in Clinics saiba a diferença entre alimentos light, diet e magros. Conheça como escolher os melhores produtos alimentares a partir da informação

nutricional, presente nos rótulos. Verifique o que será melhor para a sua saúde, o açúcar ou o adoçante. Aprenda a planear as suas refeições ao longo do dia de uma forma saudável. Atinja os seus objetivos!

À mesa com uma vida saudável. Wa l k ’ i n C l i n i c s M a i s saúde, sempre do seu lado. Nutricionista Ricardo Gonçalves Responsável de Nutrição Walk’in Clinics


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Correio da Feira 01.JUL.2013

Arrifanense faz regressar futebol sénior

“Época desportiva do Fiães foi muito boa”

Ricardo Gomes sonha com a Selecção

Nova Comissão Admnistrativa, liderada por Ricardo Costa, tomou posse na passada sexta-feira.

Vasco Coelho, treinador dos fianenses, faz o balanço da temporada 2012/2013.

No ano de estreia, terminou em 3.º na Classe D da Taça de Portugal de Paraciclismo.

Futebol

Futebol

Ciclismo/BTT

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Filipe Cardoso vence Taça de Portugal OJogo

Quedas condicionaram Europeu de João Santos

Ciclista da Efapel-Glassdrive venceu em Elites e Frederico Figueiredo (Liberty) em Sub-23.

Atleta, natural de Sanfins, foi 55.º na prova de juniores do Campeonato da Europa, na Suíça.

Ciclismo

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BTT

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Feirense // Francisco Baptista conhece o ponta-de-lança como poucos e não duvida das qualidades do novo reforço dos fogaceiros

“Ricardo tem um futuro risonho” Francisco Baptista, técnico que orientou o ponta-de-lança em S. João de Ver, não tem dúvidas que o Feirense contratou um avançado com uma margem de progressão muito grande. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Foi o primeiro reforço confirmado pelo Feirense para a próxima temporada. Ricardo Barros, pontade-lança de 23 anos, deixou o S. João de Ver e assinou, por uma temporada, com os fogaceiros. Francisco Baptista, técnico que o orientou em duas ocasiões distintas nos sanjoanenses, não duvida que estamos perante um avançado com potencialidades e uma margem de progressão muito grande, acreditando, por isso, que o Feirense fez uma boa contratação. Ricardo Barros está de volta ao Marcolino Castro mas desta vez é para ficar. Depois de, há quatro épocas, no seu primeiro ano enquanto sénior, ter cumprido, sem sucesso, um período experimental no clube de Santa Maria da Feira, o avançado foi confirmado como

Facilidade de remate e elevada estatura são dois dos principais atributos de Ricardo Barros, segundo referiu Francisco Baptista

reforço dos azuis para a próxima temporada. Os oito golos apontados na última edição da Zona Centro da 2.ª Divisão Nacional despertaram a cobiça dos azuis num 9 puro, que faz da área o seu habitat natural. Depois da experiência no Marítimo B, em 2011/2012, o jovem avançado, natural de Paços de Brandão, decidiu regressar a S. João de Ver, de onde havia saído rumo aos madeirenses. A aposta revelou-se acertada. Referência no ataque encarnado, Ricardo Barros foi umas das peças importantes para a boa temporada dos sanjoanenses, tendo sido aposta regular quer com Jorge Lima, quer com Francisco Baptista. Este último, que já o havia orientado em 2010/2011, não dúvida que o atacante “é um bom reforço para o Feirense”. “Teve duas épocas muito boas comigo, uma antes de ir para o Marítimo, e na parte final da temporada passada. Tem um futuro risonho” - prossegue o técnico que, contudo, adverte o seu ex-pupilo para as maiores exigências que irá encontrar em Santa Maria da Feira: “É preciso que continue a trabalhar, porque no Feirense a responsabilidade é maior”.

Chega um homem de área

Francisco Baptista explica ainda que os fogaceiros contrataram “um homem de área”. “É onde pode brilhar mais, porque tem mais dificuldades fora dela, embora goste de sair muitas vezes da área. Chamei-o muitas vezes à atenção sobre isso” - prossegue o técnico, que elogia “a facilidade de remate e a grande estatura” do novo reforço dos azuis. Ricardo Barros dá o salto da 2.ª Di-

Ricardo Barros marcou oito golos na época passada com a camisola do S. João de Ver visão Nacional para o profissionalismo da 2.ª Liga. É o primeiro rosto para o eixo ofensivo do Feirense, que viu sair Pires (Moreirense) e Samir. Até por não conhecer quem serão os concorrentes de Ricardo, Francisco Baptista não consegue prever qual será o papel do seu antigo jogador no plantel fogaceiro para a próxima temporada. Ainda assim, o treinador do S. João de Ver acredita que o pontade-lança “tem potencialidades para jogar”, mas sublinha que a decisão está nas mãos do novo treinador do Feirense, Pedro Miguel. “Só espero que ele tire o melhor partido dele, porque o Ricardo tem uma margem de progressão muito grande” - concluiu Francisco Baptista.

Dos poucos que não acordaram a continuidade no S. João Ver Ricardo Barros foi dos poucos atletas que não acordaram com o S. João de Ver a continuidade nos encarnados para a próxima temporada. Segundo o que o Correio da Feira apurou, a esmagadora maioria dos atletas do emblema sanjoanense comprometeu-se com o clube para 2013/2014 mas existe um pequeno núcleo de jogadores que não o fez. Entre os quais estava o ponta-de-lança, de 23 anos, que, desse modo, ficou livre para assinar, por uma temporada, pelo Feirense.

Clube reafirma ser cumpridor de todas as suas obrigações e diz-se “revoltado com as inverdades promovidas pela Liga”

Feirense exige esclarecimentos à Liga por não poder inscrever atletas Na última semana, a Liga de Clubes publicou uma lista de emblemas impedidos de inscrever jogadores devido a, alegadamente, não terem a sua situação junto da Segurança Social e do Fisco regularizada. Entre os clubes surgiu o Feirense, que, em comunicado, se mostrou indignado com a situação, exigindo esclarecimentos à Liga

sobre o impedimento. “O Clube Desportivo Feirense não é, nem nunca foi, devedor de quaisquer dívidas, seja de que natureza for, quer à Segurança Social, quer ao Fisco. O Clube Desportivo Feirense pautou sempre, até à presente data, por ser um clube cumpridor de todas as suas obrigações e não pode aceitar de ânimo leve esta

comunicação da Liga Profissional de Futebol. Sentimo-nos completamente revoltados e indignados com as inverdades promovidas pela Liga, vindas a público no passado dia 28 de Junho, misturando clubes que sempre se pautaram por grande seriedade e rigor financeiro com outros não cumpridores” - pode ler-se no comunicado, que explica

ainda que “os fundamentos invocados pela Liga do âmbito formal são, no mínimo, tendenciosos dado que a Liga tem conhecimento de que o Clube Desportivo Feirense criou recentemente, mais propriamente no dia 17 de Junho, a sociedade Clube Desportivo Feirense, Futebol SDUQ, LDA e, como tal, ainda não foi possível, em tempo útil, obter a

certidão da Segurança Social, por manifesta impossibilidade daqueles serviços. Por outro lado, como se pode constatar, a sociedade agora criada ainda não iniciou a sua actividade e não pode, naturalmente, ter quaisquer dívidas”. Noutro contexto, o plantel sénior do Feirense arranca, hoje, para a temporada 2013/2014.


Correio da Feira

01.JUL.2013

S. João de Ver // Cerimónia decorreu na passada sexta-feira, no Centro Cultural

Virgílio Oliveira tomou posse como presidente

Lusitânia de Lourosa // Praticamente fechado

17 nomes já estão confirmados no plantel da equipa B lusitanista

José Manuel Almeida tomou posse como novo presidente do Lusitânia de Lourosa na passada quinta-feira, sucedendo a Vítor Teixeira. Recuperar os balneários do Estádio do SC S. João de Ver e realizar uma temporada tranquila no Campenato Nacional Sénior são os grandes objectivos da Comissão Administrativa. A Comissão Administrativa, liderada por Virgílio Oliveira, que vai liderar os destinos do S. João de Ver na próxima temporada tomou posse na passada sexta-feira. O presidente da comissão terá como vices Querubim Oliveira, Ramiro José, António Coelho, Joaquim Rodrigues, Manuel Sousa e António Ferreira da Silva. Como presidente da mesa da assembleia-geral continua Lércio Pinto, que desejou sorte à nova Direcção: “Que corra tudo bem, como vem acontecendo até agora. Bem haja toda esta gente que trabalha em prol do clube”. Já Virgílio Oliveira, que se mantém

como presidente dos sanjoanenses, definiu como objectivos para o novo mandato “a recuperação dos balneários [do Estádio do SC S. João de Ver] e, desportivamente, queremos fazer uma época como a última, ou seja, sem problemas de descida de divisão”. No que toca ao plantel da próxima época, já existem alguns nomes confirmados (ver caixa), entre eles o do treinador, que será, novamente, Francisco Baptista. O presidente dos encarnados garantiu que o clube já tem dois reforços confirmados mas apenas os vai revelar na apresentação do plantel aos associados. Como vem sendo hábito, alguns jovens da formação serão, igualmente, incorporados nos trabalhos da pré-temporada. Quanto ao novo figurino da 2.ª Divisão, que em 2013/2014 será nomeada como Campeonato Nacional Sénior, Virgílio Oliveira acredita que é benéfico para o S. João de Ver, “que vai jogar contra muitos vizinhos e vai ter menos deslocações e custos”. “Desportivamente, as equipas são muito iguais” – concluiu.

Sete renovações já acertadas

O guardião Saul, o defesa Cancela, os médios João Pedro e Américo, e os avançados Ruben Gomes, Machadinho e Amílcar são os primeiros nomes confirmados pelos responsáveis do S. João de Ver para a próxima temporada. A espinha dorsal do plantel será composta por atletas que compuseram o plantel na época passada.

Apresentação a 21 de Julho

O S. João de Ver apresenta o plantel para temporada 2013/2014 no próximo dia 21 de Julho (domingo). Como vem sendo hábito, serão apresentados todos os atletas que compõem a equipa, entre os quais alguns reforços, sendo que os nomes das caras novas ficarão guardados para a festa de apresentação.

Arrifanense // Antigo presidente mantém-se ligado ao clube, na área financeira

Ricardo Costa sucede a Carlos Rodrigues Novo elenco directivo fará regressar o futebol sénior ao clube, sete anos depois. Ricardo Costa (foto) é o presidente da Comissão Administrativa que vai gerir os destinos do Arrifanense na próxima temporada, sucedendo a Carlos Rodrigues. A decisão foi conhecida na passada sexta-feira, na assembleia-geral do clube. A esmagadora maioria da anterior Direcção

manter-se-á no activo, entre eles o anterior presidente, Carlos Rodrigues, que assumirá funções na área financeira. Em termos desportivos, o clube fará regressar o escalão de futebol sénior, que irá competir na 2.ª Divisão Distrital. O plantel será composto, na sua maioria, por jogadores formados no clube. Quanto a objectivos, Alexandre Nunes, responsável pelo futebol sénior, fala de um “projecto de paixão”, no qual “não há vencimentos”. “O objectivo passa por criar alguma estrutura e um grupo fantástico” – concluiu.

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O plantel da equipa B do Lusitânia de Lourosa está praticamente definido. Os responsáveis do clube apontam para uma equipa com 19 jogadores no máximo, sendo que 17 nomes já estão confirmados. Como o Correio da Feira já havia noticiado na sua edição de 24 de Junho, todos os atletas da equipa B têm ligação ao clube, ainda que vivam situações distintas dentro da esfera lusitanista. Neves, Hélder, Miguel II e Hugo terminaram o período de empréstimo ao Paços de Brandão e regressam a Lourosa, tal como Valdemar e Miguel, que na época passada estiveram cedidos ao Cucujães. Já em relação a Tiaguinho, Justo, Rodolfo, Pedro Rodrigues, Cardoso e o guarda-redes Pedro sobem dos juniores à equipa B, na qual vão cumprir o primeiro ano enquanto

seniores. A completar o lote de atletas confirmados na segunda equipa lusitanista estão Fabiano, Tomás, Josué, Miguel e João, atletas que, em 2012/2013, incorporaram o plantel principal dos auri-negros mas que somaram poucos minutos. O trio “desce” à equipa B para ganhar maior ritmo, maturidade e experiência. Aliás, esse é um dos principais objectivos dos responsáveis lusitanistas com a criação da equipa B, que servirá de ponte, aos jovens do clube, para o plantel principal. Para além disso, os atletas que compõem a equipa secundária estarão de prevenção para qualquer contratempo, de ordem física ou disciplinar, que o plantel principal possa vir a ter durante a época. José Coelho será o treinador da equipa B e terá como adjunto e preparador físico José Miguel, que na época passada esteve ligado ao Esmoriz. Noutro contexto, José Manuel Almeida (na foto) tomou posse como presidente do clube na passada 5.ª feira. A cerimónia decorreu no auditório da Junta de Freguesia local. O dirigente sucede a Vítor Teixeira.

Milheiroense // Vai ficar ligado às camadas jovens

Gil Pinto não continua na presidência do clube Novo presidente será conhecido na assembleia-geral da próxima sexta-feira. O Milheiroense vive tempos de mudança na sua estrutra directiva. Gil Pinto, presidente que conduziu o clube nas últimas temporadas, não vai continuar à frente do emblema de Milheirós de Poiares. O ainda presidente vai cumprir o que resta do actual mandato, que apenas termina no próximo dia 31 de Julho, cedendo a cadeira de seguida. O sucessor será conhecido na noite da próxima sexta-feira, altura em que se realizará uma assembleiageral do clube, na Junta de Fre-

guesia de Milheirós de Poiares. É ponto assente que Gil Pinto deixará a presidência mas o dirigente não se vai desligar por completo do clube, devendo desempennhar funções no sector da formação. E por falar nos mais novos, o clube organizou, nos dias 22 e 23 de Junho, a 3.ª edição da Summer Cup, prova que contou com a presença de Cucujães, S. Roque, Feirense, Sanjoanense, Fiães, Cesarense e Arrifanense, para além do conjunto da casa. No final, a vitória sorriu ao conjunto de Cesar. Já no Furadouro, a equipa de traquinas A do Milheiroense sagrou-se campeã do torneio Furadouro Cup 2013. Ao título, os jovens craques do clube de Milheirós de Poiares juntaram o prémio de melhor ataque da prova.


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Correio da Feira 01.JUL.2013

Futebol // Planeamento prévio, manutenção da espinha dorsal da equipa e um grande rigor explicam boa campanha fianense

“A época futebolística do Fiães Sport Clube acabou por ser muito boa” Com um plantel jovem, construído com um rigor orçamental apertado, Vasco Coelho classifica o campeonato feito pelo Fiães como “extremamente positivo”. Os lugares cimeiros desde cedo ficaram muito distantes mas, para o técnico, isso não retirou nem emoção à prova, nem brilho à época fianense. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Num campeonato dominado por Lusitânia de Lourosa e Sanjoanense, a campanha realizada pelo Fiães foi, para o seu técnico, Vasco Coelho, “extremamente positiva”. “Planeámos tudo com o devido tempo e procurámos manter a estrutura da época passada, sempre dentro do rigor orçamental que já estava estipulado previamente” explica o treinador, de 46 anos. Com um projecto virado para “estabilizar os problemas financeiros, procurar melhorar as condições de trabalho e potenciar infraestruturas físicas”, tal como explicou Vasco Coelho, “a época futebolística do Fiães acabou por ser muito boa”. O clube terminou a 1.ª Divisão Distrital na quarta posição, a um ponto do Carregosense, que fechou o pódio, mas já muito longe dos dois primeiros lugares. Aliás, a luta pelo topo da tabela desde cedo ficou confinada a Lusitânia de Lourosa e Sanjoanense, situação que não retirou motivação aos fianenses. “Os meus jogadores têm que estar sempre motivados para o jogo e preparados para lutarem pelos três pontos, independentemente da posição na tabela classificativa” - diz Vasco Coelho, que, apesar de não retirar qualquer mérito à dupla da frente, “que tinha plantéis de

qualidade e com mais soluções”, recorda alguns problemas que os fianenses passaram “com lesões de alguns atletas, essencialmente os mais experientes”, e com “o relvado, que esteve em más condições devido a um Inverno muito rigoroso, o que fez com que tivéssemos que treinar, semanas a fio, em meio campo pelado” para justificar o atraso para o topo da classificação.

Campeonato dos “pobres” foi interessante de seguir

Apesar de a luta pelo título, desde muito cedo, se ter tornado uma miragem para a esmagadora maioria das equipas, isso não retirou competitividade “na luta pelos lugares subsequentes e pela fuga à despromoção”, o que fez com o que a prova fosse agradável de acompanhar. Dentro deste “segundo” campeonato, o Fiães foi uma das equipas mais constantes. “A partir de determinado momento, com duas equipas lado a lado sem perder pontos, chegámos rapidamente à conclusão que nos restava lutar pela melhor classificação possível, que passava por ficar no primeiro lugar dos “pobres”, que é correspondente ao terceiro lugar da tabela classificativa” - explica Vasco Coelho, que viu a sua equipa terminar a prova na quarta posição, logo atrás do Carregosense.

Vasco Coelho vai continuar a orientar o Fiães na próxima temporada. Será a terceira consecutiva

Depois do Estarreja, em penáltis, seguiu-se a Sanjoanense, num jogo equilibrado

“Enquanto treinador do Fiães fui sempre eliminado da Taça de forma inglória” Para lá do campeonato, o Fiães realizou uma campanha meritória da Taça de Aveiro, ao atingir a quarta eliminatória, depois de ter eliminado S. Roque e Carregosense. Porém, os pupilos de Vasco Coelho acabaram por cair aos pés da Sanjoanense, que venceu no Bolhão por 2-1. “Foi um belo jogo, em que o resultado mais justo seria o empate. A minha equipa merecia, no mínimo, ir às grandes penalidades. O mais importante é que, apesar de termos sido eliminados, deixámos uma excelente imagem” - recorda Vasco Coelho. A memória do técnico remeteu-o ainda à temporada 2011/2012, na qual o Fiães foi eliminado nas meias-finais, pelo Estarreja, na marcação de penáltis.

“No jogo da sorte e do azar, foi o azar que nos calhou” - lembra o treinador, que se serve das duas eliminações para sublinhar que

“nestas duas épocas que estive à frente do comando técnico do Fiães Sport Clube, fomos eliminados sempre de forma inglória”.

Maior aposta na formação é para dar continuidade Uma das grandes particularidades do plantel do Fiães da última época prendeu-se com a forte aposta em atletas oriundos das suas camadas jovens. “É uma aposta para dar continuidade, pois é necessário projectar, de forma sustentada, os jovens oriundos da formação” - ressalva Vasco Coelho, que não duvida que, “na conjectura actual, cada vez mais os clubes têm que rentabilizar os seus recursos humanos”, situação apenas possível com o lançamento progressivo de jovens nas suas equipas principais. “São jovens que estão por dentro da dinâmica do clube, sentemno, pois passaram as diferentes etapas da sua formação com o emblema ao peito, estão imbuídos do espírito do clube e

permitem ao clube ir ao encontro de um certo equilíbrio financeiro” - prossegue o técnico fianense. Ainda assim, Vasco Coelho alerta para a necessidade de este processo ser feito de uma forma “sustentada e equilibrada, para que haja harmonia no seu crescimento como atleta”. Para que esta aposta possa ser ainda mais intensa, Vasco Coelho sublinha a necessidade de o “clube colocar um relvado sintético no seu campo pelado”, situação que foi confirmada na última assembleia-geral. A obra será importante para “o Fiães se catapultar e se aproximar dos melhores clubes do distrito”, segundo referiu o treinador dos fianenses, que tem uma vasta experiência nos escalões de formação.


Correio da Feira

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Quadro de transferências

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Futebol Entradas: Jonathan e Chapinha (regressam de empréstimo), Álvaro e Edu (ex-D. Chaves), Cris (ex-AEP), Ricardo (ex- S. João de Ver), Zé Pedro (exOliveirense), Hélder Rodrigues (ex-Ac. Viseu)

Feirense Treinador

Pedro Miguel

Permanências: Miguel, André Santos, Carvalho, Sténio, João Ricardo, Fonseca, Marcão Saídas: Carlos, Diogo Cunha, Pires (Moreirense), Rafa (Sp. Braga), Ludovic (Créteil), Marcelo (Académica), Filipe Babo (Freamunde)

Entradas: Por definir

Permanências: Saul, Cancela, João Pedro, Américo, Ruben S. João de Ver Gomes, Machadinho, Amílcar

Treinador

Entradas: Nelson (ex-Sanjoanense), Tiaguinho (ex-Sp. Braga)

Lourosa Treinador

Saídas: Ricardo (Feirense)

Francisco Baptista

Permanências: Rui Pedro, Hugo, Sanguedo, Vítor Fonseca, António, Rui Jorge, Ivo Oliveira, Zé Paulo, Moisés, Baptista, Hugo Silva, Bino, Andrezinho, Mauro, Inverno, Lima, Xavi, Pedro Alonso Saídas: Por definir

Joaquim Martelinho

Futsal

AC S. J. Ver

Entradas: Por definir

Entradas: Telmo (ex-CRECOR), Feliciano (ex-CRECOR)

Entradas: Kaká (ex-Lamas Futsal), Russo (ex-Freixieiro)

Permanências: Ruben, Joel, Paulo Russo, Dominique, Joel Furacão

Permanências: Por definir

Permanências: Dani, Ivo, Né

Treinador

Lamas Futsal

Feirense

Treinador

Treinador

Saídas: Diogo Araújo (CRECOR), Kirino

Manuel Teixeira

Saídas: Dércio (ACR Vale de Cambra), Kaká (Feirense), Nuno Couto (?), Carlos Filipe (Juventude de Fiães)

Saídas: Serginho (terminou a carreira), André Castro

Joaquim Augusto

Luís Alves Entradas: Por definir

Entradas: Ruben, Mix e Bruno (ex-juniores do clube), Bife (ex-Invicta Futsal), Carlos Filipe (ex-Lamas Futsal)

Entradas: Picareta (ex-JACA), Vítor Ferreira, Igor, Miguel Armando, Tiago (todos ex-FCC Lourosa), Daniel Costa (exJuventude de Canedo)

Permanências: Por definir

Permanências: Fábio, Tono, Maric, Artur, Neto, Bubu, Bacalhau, Moisés, Joel

Permanências: Bruno Barbosa, Pedrinha

FCC Lourosa

Juv. Fiães

Treinador

Treinador

Saídas: Pichel

Saídas: Vítor Ferreira, Igor, Miguel Armando, Tiago (todos para o ISPAB Futsal)

Por definir

ISPAB Futsal Treinador

António Teixeira

Saídas: Por definir

Paulo Lima

Futsal Jovem // Triunfou na 1.ª edição do Torneio Forte Paixão, para juniores

Saavedra Guedes vence em Lourosa O Saavedra Guedes conquistou a edição de estreia do Torneio Forte Paixão, prova dedicada ao escalão de juniores organizada pelo Lusitânia de Lourosa, que se desenrolou durante o último fim-de-semana, no pavilhão da Escola EB 2,3 de Lourosa. No encontro decisivo, o conjunto aveirense levou de vencida a formação maiata do Amanhã da Criança, por 5-2. O pódio ficou completo com a Juventude de Gaia

que, no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar, derrotou o anfitrião Lusitânia de Lourosa, por 7-1. Na quinta posição terminou o Miramar, após ter batido o ADC Santa Isabel por 2-1. Quanto à Juventude de Fiães, fechou a competição na sétima posição, em virtude de ter batido o Dínamo Sanjoanense na partida de atribuição do sétimo e do oitavo lugar, por 5-3. Apesar de ter sido o último classificado da prova,

o Dínamo Sanjoanense não saiu de mão a abanar de Lourosa, já que o seu atleta, Miguel Pereira, foi o Melhor Marcador da competição, com seis golos apontados. Quanto ao prémio de Melhor Jogador, foi arrebatado por Diogo Martins, do Miramar. No final, Nuno Miguel Rosário, membro da organização, agradeceu “a todas as equipas presentes pelo fair-play e pelo espectáculo que deram”.

Juventude de Fiães foi 7.ª classificada


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Correio da Feira

01.JUL.2013

Futsal // Paulo Lima, novo treinador do ISPAB Futsal, está confiante

“Há equipas com maior poderio mas vamos tentar contrariá-lo em campo” Plantel vai ser muito diferente relativamente à época passada. Objectivo da subida não é assumido mas o ISPAB quer bater o pé aos “tubarões”. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Paulo Lima está de regresso ao ISPAB Futsal e tem como principal objectivo alcançar a melhor posição possível na 1.ª Divisão Distrital de Aveiro, que prevê de grande qualidade. O técnico sabe que terá que refazer quase por completo o plantel mas acredita que a equipa será capaz de cumprir os objectivos traçados. À segunda foi de vez. Paulo Lima, de 38 anos, regressou ao ISPAB Futsal. “Foi o projecto que maior interesse me motivou e o que mais me agradou. Também sou um ex-aluno da instituição e já tenho uma ligação ao ISPAB” - explica o treinador, que pretende, para a

nova temporada, alcançar a melhor classificação possível para o clube. Contudo, as intenções do técnico vão depender em muito das movimentações que o plantel vai sofrer. E serão muitas, visto que apenas permanecem em Paços de Brandão, relativamente à época passada, cinco ou seis atletas. Para colmatar as saídas, o ISPAB Futsal já confirmou a chegada de seis caras novas, entre os quais quatro oriundas do FCC Lourosa, clube que Paulo Lima orientou na época passada. O técnico acredita que os atletas que trocaram Lourosa por Paços de Brandão - Miguel Armando, Igor Encarnação, Tiago e Vítor Ferreira

Dos seis reforços confirmados até ao momento, quatro trabalharam com Paulo Lima no FCC Lourosa, na época passada

Pavilhão da Lavandeira tem assistido a bons jogos

Várias equipas estão bem lançadas para atingirem a segunda fase do torneio

- “têm qualidade e vão ter a oportunidade de mostrar que têm valor”. A estes quatro juntam-se Daniel Costa, guardião que na época passada alinhava na Juventude de Canedo, e Picareta, guardaredes que chega ao ISPAB Futsal proveniente do JACA. As próximas semanas trarão, com certeza, muitas novidades, até porque, até ao momento, apenas Bruno Barbosa e Pedrinha confirmaram a sua continuidade no plantel brandoense para a próxima época. Paulo Lima acredita que os estudantes podem bater o pé aos “tubarões” da 1.ª Divisão Distrital mas não assume como objectivo a subida aos nacionais. “Há equipas com maior poderio mas vamos tentar contrariá-lo em campo” - explica o técnico, que espera um campeonato bastante competitivo. “A 3.ª Divisão Nacional talvez não interesse muito esta época, porque descem onze equipas, e isso leva a uma maior aposta na 1.ª Divisão Distrital” - refere o novo técnico do ISPAB Futsal.

JG Estilo derrotou o Jornal Correio da Feira e é um dos líderes do Grupo C

Um conjunto de formações contam por vitórias os jogos realizados e estão bem posicionadas para seguirem em frente na prova. Na Taça, o Peladinha Gostosa derrotou o Saavedra Guedes, em jogo em atraso. Estão completas as duas primeiras jornadas do 1.º Grande Torneio de Futsal do Feirense. Os resultados verificados até ao momento permitem identificar alguns fortes candidatos a atingir a segunda fase da prova, havendo equipas que estão muito bem lançadas. É o caso do Cavalinho que, com duas vitórias no Grupo A, lidera isolado. Já em relação ao Grupo B, o Hotel Pedra Bela está isolado no comando, com duas vitórias em igual número de jogos. O último triunfo aconteceu na passada quartafeira, diante de Os Manos, por 5-1. Quem também triunfou por números expressivos foi o Peladinha Gostosa que, depois de ter folgado na primeira ronda, entrou com o pé direito na competição, ao derrotar o Tchetchenos Team, por 8-3. Bem mais equilibrado foi o duelo entre Saavedra Guedes e o

Grupo Bota Bota, que terminou empatado a três golos. No que concerne ao Grupo C, Padaria Central da Vergada e JG Estilo dividem a primeira posição, com seis pontos. Depois de ter batido o SKA Bar (2-1) num excelente desafio, a Padaria Central da Vergada voltou a vencer no passado sábado, desta feita perante a Padaria do Arraial. Já o JG Estilo, levou de vencida o Jornal Correio da Feira, por 5-2. No restante desafio da segunda ronda, o SKA Bar derrotou o Stand Gicar, somando os primeiros pontos na prova. Nota ainda para a realização do encontro entre Peladinha Gostosa e Saavedra Guedes, a contar para a Taça, que havia sido adiado. A vitória sorriu ao Peladinha Gostosa (3-0) que, assim, segue para a próxima eliminatória da competição, que se joga no sábado.

Peladinha Gostosa entrou a vencer no Grupo B. O SKA Bar derrotou o Stand Gicar no Grupo C


Correio da Feira

01.JUL.2013

Natação

Cadetes B do Colégio Lamas em bom plano

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Reportagem // Depois de atingir o terceiro lugar na Taça no ano de estreia na classe D de Paraciclismo

Ricardo Gomes sonha com o título nacional e com a Selecção

Jovens atletas lamacenses bateram um total de 19 recordes pessoais. O Encontro de Técnicas Combinadas, a última prova da presente época desportiva para o escalão de cadetes B, realizou-se no passado dia 15 de Junho, na piscina do Clube Fluvial Portuense. Participaram na prova 324 nadadores, num total de 23 clubes inscritos no torneio. O Clube Colégio de Lamas fez-se representar por 12 nadadores (sete masculinos e cinco femininos), orientados pelo seu técnico André Figueiredo. Os nadadores mais jovens da equipa lamacense estiveram em bom plano, tendo obtido 19 novos recordes pessoais, bem como algumas posições de registo na tabela classificativa. Bárbara Coelho destacou-se nos 50 metros bruços, com um sétimo lugar, entre 33 participantes na prova. Rúben Afonso ficou em 21.º lugar, entre 38 nadadores, na exigente prova dos 100 metros livres. Nesta mesma prova, Carolina Rocha estabeleceu o seu novo recorde pessoal. Pedro Gama, numa concorrência de 86 nadadores, classificou-se em 16.º lugar na prova de 50 metros livres. Beatriz Melo e Carolina Fontes foram sexta e sétima classificadas, respectivamente, nos 50 metros bruços, e Mafalda Tavares teve, por sua vez, o seu melhor desempenho nos 50 metros costas, prova que terminou no nono lugar. Roberto Freitas, Simão Ferreira e Diogo Ferreira traduziram em recordes pessoais as duas provas nadadas (50 metros livres e 50 metros costas). Por fim, Luís Santos e Alexandre Gonçalves estabeleceram as suas melhores marcas nos 50 metros costas.

Uma brincadeira com os amigos levou-o a entrar, em 2013, nas provas oficiais do calendário de Paraciclismo. No ano estreia, conseguiu um importante terceiro lugar na Classe D da Taça de Portugal, registo que motiva o atleta a procurar ser cada vez mais forte na modalidade. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Ricardo Gomes entrou no mundo das bicicletas no ano passado e tomou-lhe o gosto, de tal forma que, em 2013, vestiu as cores da equipa Castro Mozinho/Martos/ BFour/HRV para participar em várias competições de ciclismo/ BTT, de âmbito regional e nacional, na classe D (Deficiência Auditiva) da categoria de Paraciclismo. O sucesso foi praticamente imediato visto que, no ano de estreia, terminou a Taça de Portugal na terceira posição da sua classe. Tudo começou com uma brincadeira entre amigos. “Fui experimentar numa prova de BTT, o XCM Internacional de Vila do Conde, no ano de 2012, e a partir dai nasceu o meu gosto pela modalidade” - conta Ricardo Gomes, de 28 anos, que não mais largou a bicicleta. Aos poucos, o gosto começou a ser levado um pouco mais a sério, de tal forma que, este ano, o atleta juntou-se à equipa Castro Mozinho/Martos/BFour/HRV, que o levou a percorrer vários pontos

do país para participar em provas de BTT e ciclismo. Nesta última, terminou a Taça de Portugal da classe D na terceira posição, depois de ter fechado o pódio na derradeira prova da competição, que se disputou em Estarreja, no passado dia 10 de Junho. “Nas primeiras voltas arranquei nas calmas até me sentir preparado. Depois, fui aumentando o ritmo e mantive-o até ao fim, com a marcação do meu adversário. Na última volta, apenas fui batido na chegada ao sprint, por um segundo” - recorda o atleta. Fazendo um balanço à temporada de estreia enquanto federado, Ricardo Gomes refere que tem “obtido bons resultados, apesar

“Já caí em provas de estrada e também nas de BTT. Também já perdi mas nunca desisti” - sublinha Ricardo Gomes, atleta de ciclismo e BTT

de ter sido algo azarado durante a época”. Esses infortúnios não são, porém, suficientes para o corredor pensar sequer em desistir: “Já caí em provas de estrada e também nas de BTT. Também já perdi mas nunca desisti. Assim que caio, procuro logo levantar-me e recuperar posições para chegar o mais à frente possível. Felizmente consegui chegar ao pódio (da Taça de Portugal) e espero continuar a ter conquistas como esta”. O futuro é encarado com bastante optimismo pelo atleta, que espera continuar a evoluir e a conseguir resultados importantes. “Tenho como objectivo tentar fazer o meu melhor para ser um dos melhores atletas e, se possível, ser campeão nacional de Paraciclismo” - admite Ricardo Gomes, que sonha em vestir, um dia, as cores de Portugal. “Também tenho como objectivo a convocatória para representar Portugal nos Jogos Paralímpicos. Tenho um enorme prazer em ajudar o nosso país a conquistar os objectivos. É um sonho de qualquer atleta, mas para isso é preciso trabalhar muito” - explica Ricardo Gomes.

Hóquei em Patins // Nos escalões de Benjamins e de Escolares, respectivamente

Gulpilhares e Cenap vencem na Feira O Académico da Feira organizou este fim-de-semana um Torneio de hóquei em patins, nos escalões de Benjamins e Escolares, que se disputou no Pavilhão da Lavandeira em Santa Maria da Feira. O Gulpilhares em Benjamins e o Cenap de Cacia em Escolares foram os vencedores deste torneio. Resultados: Benjamins: Académico da Feira – Paço de Rei 1-1 (1-2 no desempate de grandes penalidades) e H.A. Cambra – Gul-

pilhares 2-11. Apuramento 3.º/4.º lugar: Académico da Feira – H.A. Cambra 13-1. Final: Gulpilhares – Paço de Rei 5-4. Escolares: Académico da Feira – Dragon Force 2-3 e Cenap – Gulpilhares 4-4, 6-5 após desempate g.p. Apuramento 3.º/4.º lugar: Académico da Feira – Gulpilhares 1-1, 2-1 após desempate g.p. Final: Cenap - Dragon Force 2-2 (4-2 após desempate após grandes penalidades). Entretanto, prosseguiram os torneios de encerramento da Asso-

ciação de Patinagem de Aveiro com os seguintes resultados: Torneio de Encerramento de Iniciados: Jogo em atraso da 5.ª Jornada: Académico da Feira – HC Viseu 2-3. 9.ª Jornada: Académico da Feira – HC Mealhada 0-4. Torneio de Encerramento de Infantis: 8.ª Jornada: H.A. Cambra - Académico da Feira 3-6. Entretanto, a equipa de infantis do Académico da Feira participa, no próximo fim-de-semana, no Torneio da Académica de Coimbra.

Académico da Feira e Dragon Force defrontaram-se em Escolares

Ganhou o gosto no XCM Internacional de Vila do Conde, no ano passado. Estreou-se, em 2013, em provas federadas e conseguiu alcançar o terceiro lugar na classe de D da Taça de Portugal de Paraciclismo. Aos 28 anos, Ricardo Gomes, residente em Santa Maria da Feira, pretende continuar a evoluir e, um dia, representar Portugal nos Jogos Paralímpicos. Um sonho que, para se realizar, vai exigir muito trabalho.


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Correio da Feira

01.JUL.2013

Ténis // Na 16.ª etapa do Circuito Smashtour

BTT // Experiência na Suíça foi boa, pese embora os azares vividos na corrida

Irmãos Oliveira em grande destaque entre o vasto contingente da ETCAF

Quedas condicionaram a estreia de João Santos num Campeonato da Europa

Escola de Ténis do Clube Académico da Feira participou na prova de S. João da Madeira com 5 atletas. Gonçalo Oliveira e Afonso Oliveira terminaram no 4.º lugar em Sub-9 e Sub-10, respectivamente. Decorreu, no passado fim-desemana de 22 e 23 de Junho, a 16.ª etapa do Circuito Smashtour, em S. João da Madeira, na qual participaram cinco atletas da Escola de Ténis do Clube Académico da Feira (ETCAF), divididos pelos escalões de Sub-9 e Sub-10, fazendo, assim, do clube academista um dos mais representados na prova. Em Sub-9, Miguel e Manuel Tavares estiveram em bom plano, naquele que foi o seu segundo torneio. Miguel Tavares conseguiu a sua primeira vitória na fase de grupos e o seu irmão, Manuel, ficou muito perto de conseguir o apuramento para a fase seguinte. Por seu turno, Gonçalo Oliveira, com apenas 7 anos, continua a encantar quem o vê jogar por esse país fora. Desta feita, o atleta da ETCAF conseguiu atingir as meias-finais do torneio, tendo terminado no 4.º lugar, após excelentes exibições frente a adversários um ou dois anos mais velhos. Já nos Sub-10, Afonso Oliveira e Vasco Cayolla mostraram as suas credenciais na fase de grupos. Afonso Oliveira apurou-se em primeiro lugar do grupo, com três vitórias indiscutíveis: 4-0 frente a Gonçalo Breda (CT Paços de Brandão); 4-0 frente a Manuel Serrano (CT Braga); e 4-2 frente a Luís Saraiva (CT Porto). Quanto a Vasco Cayolla, apenas perdeu com um dos melhores jogadores do circuito, José Kendall (ET Nuno Allegro), tendo vencido os dois restantes jogos por 4-0, frente a Tomás Francisco (CET Cantanhede) e João Oliveira (CT Paços Brandão).

DR

Quis o sorteio que os dois atletas da ETCAF se encontrassem nos quartos-de-final do torneio, após uma excelente vitória de Afonso Oliveira frente a um adversário difícil, Hugo Ferreira (CET Cantanhede), por 4-2, 0-4 e 4-0. Num jogo de nervos, a vitória acabou por sorrir a Afonso Oliveira, por 4-2 e 4-0. Nas meias-finais, Afonso acabou por sair derrotado frente ao futuro vencedor do torneio, Fernando Júlio (CT Porto), por 4-0 e 5-4. No encontro de atribuição do 3.º e 4.º lugar, Afonso apenas cedeu na terceira partida, frente ao seu antigo colega de treino, Henrique Petiz. Afonso Oliveira continua, assim, a provar, torneio após torneio, que está ao nível dos melhores jogadores da zona norte, demonstrando uma evolução fantástica ao longo dos últimos dois anos. Com este resultado, conseguiu, igualmente, garantir presença no Masters Interregional de Sub-10 do Circuito Smashtour, que se vai desenrolar em Novembro, e que era um dos grandes objectivos da época para os atletas academistas. “Além de realçar o mérito do Afonso e do Gonçalo, considero que colocar atletas diferentes, em dois anos consecutivos, no Masters Interregional Sub-10 do Smashtour, que reúne apenas os melhores jogadores da zona norte, é um feito tremendo para uma Escola de Ténis com a dimensão da ETCAF e um enorme incentivo para continuarmos a apostar na formação de jogadores de ténis” - referiu o responsável técnico do clube de Santa Maria da Feira, Pedro Castro.

Afonso Oliveira garantiu a presença no Masters Interregional de Sub-10 do Circuito Smashtour, que se vai desenrolar em Novembro

Atleta natural de Sanfins apontava a um lugar no Top 30 mas duas quedas atrasaram-no, fazendo com que terminasse na 55.ª posição. O próximo objectivo passa por lutar pelo título nacional. Rui Almeida Santos

rui.santos@correiodafeira.pt

Foi uma estreia atribulada em Campeonatos da Europa para João Santos. O atleta do ND Travanca/Bicicletas Andrade/Estofos Marques, de 18 anos de idade, terminou a prova de juniores, que se disputou em Berna, na 55.ª posição, com duas quedas pelo meio. João Santos apenas se sente desiludido pelos azares que sofreu, que o impediram de lutar pelo Top 30, objectivo a que se propôs quando partiu para a Suíça. A presente temporada tem sido, a nível interno, bastante positiva para João Santos. Já conquistou a Taça de Portugal XCO, em juniores, e continua a acalentar esperanças em sagrar-se campeão nacional no mesmo escalão. “É um título disputado em apenas uma prova. Quem a ganhar é campeão nacional. É um objectivo no qual aposto muito também” - refere o atleta. Os bons resultados a nível interno chamaram a atenção dos responsáveis da Federação Portuguesa de Ciclismo, que passaram a chamá-lo, assiduamente, para os seus trabalhos. Daí a vestir a camisola lusa em competições oficiais foi um pequeno passo. “A primeira prova foi em Navarra, Espanha. Foi uma nova experiên-

cia correr no estrangeiro. Estava à espera de ser convocado pela Selecção mas participar neste tipo de provas foi um bocado surpresa” - admite João Santos, que esta época já disputou a Taça do Mundo e, mais recentemente, o Campeonato da Europa, em representação do nosso país. “Acho que a qualidade da Taça do Mundo é superior à do Campeonato da Europa mas, mesmo assim, o Europeu está a um nível muito elevado, no que toca a atletas e a toda a estrutura. É outro ambiente, totalmente diferente daquele que se vive cá, em Portugal” - diz João Santos, que confessa que tinha como objectivo para a prova da Suíça “terminar no Top 30”. Porém, uma série de contratempos atrasaram o atleta natural de Sanfins, que acabou a prova na 55.ª posição, curiosamente, a mesma em que tinha iniciado

a corrida. “Logo após a partida envolvi-me numa queda, em que estiveram envolvidos vários atletas. Fiquei condicionado, porque fica difícil apanhar o grupo. Ainda assim, consegui aos poucos subir algumas posições mas, na terceira volta, tive outra queda, um bocado mais bruta mas sem consequências de maior. Perdi algum tempo e apenas consegui o lugar possível” - conta. Apesar de ter vivido “uma experiência boa” na Suíça, João Santos não esconde um sentimento de frustração devido aos muitos azares que teve durante a prova, que o impediram de alcançar uma melhor classificação: “Fiquei um pouco desiludido, não muito por ter acabado no 55.º lugar, mas devido às quedas. Se tivesse feito uma prova boa, sem quedas, tudo bem, não deu para mais. Mas sendo desta forma, afecta um bocado”.

BTT é paixão mas o futuro pode passar pela estrada João Santos prepara-se para encerrar um ciclo. Aos 18 anos, o atleta do Núcleo Desportivo de Travanca/Bicicletas Andrade/Estofos Marques está prestes a terminar o processo de formação e a dar o salto para Elite. O atleta é peremptório em afirmar que quer continuar ligado ao mundo das bicicletas mas não tem tantas certezas quanto à modalidade que irá seguir. “Quero continuar. Se calhar vai surgir a oportunidade de ir para uma equipa de estrada. Posso vir a ter propostas. Não é bem a minha “praia” mas,

como o BTT em Portugal não tem muita saída, se calhar vou optar pela estrada, sem nunca deixar o BTT” - explica. O rol de incertezas na mente do jovem, natural de Sanfins, aumenta quando se fala no futuro académico. João Santos está muito próximo de completar o 12.º ano de escolaridade, no qual frequentou o curso de Línguas e Humanidades. Porém, e mesmo estando muito próximo de iniciar um novo capítulo na sua vida, o jovem diz não ter ideia sobre que rumo irá dar aos estudos.


Correio da Feira

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Atletismo // Atleta da ACRDE vai defender Portugal no FOJE, na Holanda

Karting // Pilotos de Santa Maria da Feira

Paulo Neto chamado à Selecção Nacional

Irmãos Amaral com objectivos bem definidos para o Nacional DR

DR

Jorge Amaral procura, em Viana do Castelo, ganhar fôlego na luta pela segunda posição da classe X30, e João Amaral olha para o top 5. O atleta de Escapães, Paulo Neto (na foto), vai representar a Selecção Nacional portuguesa no FOJE (Festival Olímpico da Juventude Europeia) em Utrecht, Holanda, de 14 a 19 de Julho. O atleta parte para a cidade de Rio Maior no dia 12, para a cerimónia de apresentação da equipa, que partirá no sábado para a Holanda. Paulo Neto vai participar na prova de 400 metros barreiras, depois de ter sido campeão nacional nos 300 metros barreiras, em Guimarães. Antes da divulgação dos oito atletas que vão ao FOJE, foi feita uma préselecção, no início do mês, com 24 atletas, todos com possibilidades de integrar a Selecção Nacional. Após 18 selecções distritais para representar Aveiro em provas como

o Triatlo Técnico das Beiras e Nacional, Olímpico Jovem das Beiras e Nacional, salto em altura em sala e Atleta Completo das Beiras, Paulo Neto vai viver a sua primeira experiência na Selecção Nacional. De relembrar que Paulo Neto tem 16 anos e é juvenil de primeiro ano. Para acompanhar o desenrolar do FOJE, basta ir aceder ao encereço www.utrecht2013.com/en/sporten/ athletics.

13 pódios em Aveiro

Durante o passado fim-de-semana, a ACRDE esteve presente nos Campeonatos Distritais de benjamins e iniciados, em Aveiro, com 13 atletas, que subiram ao pódio por 13 vezes, duas delas em colectivos. Em benjamins A, Rafael Santos

foi 1.º no salto em comprimento, 2.º nos 50m e nos 50m barreiras. Em benjamins B, Hélder Almeida foi 1.º no salto em altura e 2.º nos 60m; Inês Santos foi 1.ª no salto em altura; e Carolina Oliveira 2.ª no arremesso de bola. Colectivamente, os benjamins masculinos subiram ao 3.º lugar. Em iniciados, Beatriz Santos (ainda infantil) foi 1.ª no lançamento de peso; Beatriz Monteiro (também infantil) foi 3.ª no lançamento de peso; e Beatriz Duarte 2.ª nos 80m e 3.ª no salto em comprimento. Colectivamente, as iniciadas ficaram em 3.º lugar. Ainda esteve presente, no Torneio do Marnoto, o atleta Paulo Neto, a estrear-se nos 400m. Assim a ACRDE conquistou mais quatro títulos.

Natação // No 4.º Torneio de Promoção de cadetes e no Interdistrital de infantis

Feirense em grande em duas provas O Feirense alcançou o 4.º lugar, por equipas, no 3.º Torneio de Promoção de cadetes, em Estarreja. De 63 novos recordes pessoais, salientam-se, no Grupo A, Sara Coelho nos 100m mariposa (1:56.21m); Ana Rita Correia nos 100m bruços (1:42.47m), 10.º lugar, Cláudia Oliveira nos 100m bruços, (1:45.41m), 13.º lugar; Daniel Dias nos 100m bruços (1:40.80m), 14.º lugar; Manuel

Maria Guerra nos 100m bruços (1:55.29m); Manuel Pinho nos 100m mariposa (1:32.39m) em 9º lugar; e José Pedro Silva nos 100m m bruços (1:52.78m). No Grupo B, Matilde Domingues nos 100m estilos (1:31.23m), 1.º lugar; Ema Silva nos 50m mariposa (42.53s), 2.º lugar; e André Pais nos 50m livres (34.86s), 4.º lugar. No grupo C, André Paiva nos 50m bruços (50.20s), 3.º lugar;

e Gabriel Pinho nos 50m bruços (49.97s) com o 2.º lugar. Já no Campeonato Interdistrital de Piscina Longa, em infantis, na cidade de Coimbra, os azuis contaram com cinco pódios. André Almeida, nos 100m bruços, foi 2.º le nos 200m bruços 3.º. Rúben Paiva conseguiu dois terceiros lugares (400m livres e 100m livres) e Sara Baptista foi terceira nos 200m mariposa fcom o tem.

Jorge Amaral e João Amaral vão disputar, nos dias 6 e 7 de Julho, no Kartódromo de Viana do Castelo, a terceira e penúltima prova do Campeonato de Portugal de Karting da categoria X30. Jorge Amaral ocupa o terceiro lugar e, na pista minhota, tudo irá fazer para rodar nos lugares cimeiros, tendo já traçado como objectivo final a conquista do vicecampeonato. João Amaral é oitavo classificado mas está a escassos pontos de integrar o top 5, pelo que vai continuar a lutar por esse objectivo, no ano de estreia na classe rainha do karting português. Face aos resultados alcançados nas duas primeiras provas, disputadas nas pistas de Bombarral e Leiria, Jorge Amaral já definiu o seu objectivo para o Campeonato de Portugal de Karting 2013, que passa pela conquista do vice-campeonato: “Tenho que ser realista. O primeiro classificado, Henrique Chaves, está a fazer uma época notável, pois venceu todas as mangas de qualificação e as finais até agora. Estou na terceira posição com uma desvantagem de 41 pontos, pelo que, não sendo impossível, é muito difícil chegar à liderança. Só se o Henrique tivesse mesmo muito azar nas duas provas que faltam disputar. Por isso vou concentrarme em tentar ser vice-campeão, dado que o Tomás Caeiro, que é o segundo classificado, tem apenas

mais 12 pontos do que eu e esta desvantagem pontual é perfeitamente possível de anular, dado que em cada prova estão sempre em discussão 70 pontos”, analisou Jorge Amaral, piloto de 18 anos que esta época corre ao volante de um kart equipado com chassis FA, preparado por Vítor Miranda. Por sua vez, João Amaral, de 14 anos, que faz a estreia na classe rainha, ocupa a oitava posição e ambiciona alcançar o top 5. “Na última prova, disputada em Leria, após as mangas de qualificação, fui quarto classificado, pelo que estava na luta por um lugar no pódio. Contudo, na Final, logo na partida, o piloto que seguia à minha frente fez um pião e eu tive de travar para o evitar e com isso vários pilotos embateram no meu kart. Se não fosse esse incidente que me obrigou a terminar a final no nono lugar e a perder vários pontos, podia estar melhor classificado. Mas vou continuar a dar o meu melhor para conseguir terminar o campeonato integrado no top 5, objectivo que tracei no início da temporada, por me estrear este ano a competir na classe rainha no karting nacional”, frisou João Amaral, que também corre com um kart equipado com chassis FA, reparado por Miguel Barroso.

Jorge Amaral continua a acalentar esperanças em chegar à segunda posição e o irmão, João, quer terminar o Nacional no top 5 da classe X30


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Correio da Feira 01.JUL.2013

Futebol

Sanguedo procura nova Direcção Depois de duas assembleias-gerais inconclusivas, o Sanguedo, 10.º classificado na última edição da Série A da 2.ª Divisão Distrital de Aveiro, continua à procura de uma solução directiva. A única certeza que existe neste momento é a de que José Cancela, que liderou os destinos do clube na época passada, não vai continuar no cargo, abrindo uma vaga que teima em ser ocupada. Os responsáveis pelo clube continuam a procurar uma solução, que pode surgir já na próxima sexta-feira, data em que os sócios se voltam a reunir para discutirem o futuro do Sanguedo. A assembleiageral tem início marcado para as 21.30h e terá lugar no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Sanguedo.

Desporto

Mosteirô FC dinamiza Julho Desportivo 2013 O Mosteirô FC leva a efeito, durante o mês de Julho, um conjunto de actividades que têm como principal finalidade colocar a população a mexer. Já hoje, no Polidesportivo da Pedreira, arranca o Torneio de Futsal, que termina dia 26. A manhã do próximo domingo será dedicada à Aeróbica, numa aula que será leccionada pelo professor Márcio Santos e que terá lugar, também, no Polidesportivo da Pedreira. Dia 14 de Julho decorrerá o primeiro passeio de BTT “Caminhos da Nossa Freguesia”, sendo que o local da concentração será a Rua da Murtosa. A 20 de Julho haverão joguinhos, no Polidesportivo da Pedreira, e no dia 27 decorre a 1.ª Milha de Atletismo, na Rua de Sto. Fonte. Por fim, no dia 28, decorrerá uma caminhada.

Futsal

Maratona de 2 a 4 de Agosto em Lourosa De 2 a 4 de Agosto, o Pavilhão Gimnodesportivo de Lourosa recebe uma Maratona de Futsal, competição organizada pelo N.A.L, que conta com o apoio da Junta de Freguesia de Lourosa, Herbalife e Remax. Está garantida música, animação e a instalação de um bar, que funcionará durante todo o torneio. O vencedor da competição terá direito a um prémio no valor de 1000 euros; o segundo classificado receberá 300 euros; e o terceiro colocado receberá 100 euros. Haverão ainda troféus para o Melhor Marcador, Melhor Guarda-Redes e Fair-Play. As inscrições encerram a 30 de Julho. Para mais informações contactar os números 915 619 449 ou 916 017 323.

Ciclismo // Ciclista da Efapel-Glassdrive somou 245 pontos, mais 24 do que o segundo classificado

Filipe Cardoso vence Taça de Portugal OJogo no escalão de Elites

DR

Ciclista sanjoanense foi 15.º na última corrida da competição mas conseguiu segurar a lideraça da geral. Efapel-Glassdrive teve dois ciclistas no pódio da Taça e venceu na geral por equipas. Filipe Cardoso (Efapel-Glassdrive) conquistou a Taça de Portugal OJogo. Na última corrida da competição, realizada ontem, que ligava Oliveira de Azeméis à Serra da Freita, Arouca, o ciclista, natural de S. João de Ver, terminou na 15.ª posição mas isso não o impediu de fechar a competição no topo da classificação, com 24 pontos à maior sobre o companheiro de equipa Arkaitz Durán, que, curiosamente, foi o vencedor da corrida de ontem. Numa tarde marcada pelo muito calor, tudo se decidiu na dureza da subida de 10 quilómetros até à linha da meta, instalada na Serra da Freita. O mais forte na escalada foi o espanhol Arkaitz Durán, da Efapel-Glassdrive, que completou os 118 quilómetros da etapa com o tempo de 3:13.46 horas. Seguiu-se João Pereira (Banco BIC-Carmim), a 11 segundos de vencedor, sendo que o pódio ficou completo com Ricardo Vilela (Efapel-Glassdrive), que cortou a linha da meta 48 segundos depois do vencedor. Ainda assim, a vitória na Taça de

Ciclismo concelhio volta a estar em festa, depois Filipe Cardoso ter vencido a Taça de Portugal OJogo, no escalão de Elites

Portugal OJogo ficou nas mãos de Filipe Cardoso, que foi o 15.º ciclista a chegar à Freita. O atleta sajoanense sagrou-se vencedor da competição depois de somar 245 pontos no conjunto das cinco provas que compõem a Taça. Com a vitória de ontem, Arkaitz Durán alcançou o segundo lugar, com 221 pontos. O pódio ficou fechado com Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Onda), que somou um total de 212 pontos, enquanto a Efapel-Glassdrive triunfou na geral por equipas. A difícil subida à Serra da Freita consagrou ainda Arkaitz Durán (Efapel-Glassdrive) como melhor trepador, João Matias (OFM-Quinta da Lixa) como vencedor das metas volantes e Samuel Caldeira (OFMQuinta da Lixa) como primeiro classificado na classificação dos sprints.

Frederico Figueiredo (Liberty) venceu competição de Sub-23 Já no escalão de Sub-23, a vitória sorriu a Frederico Figueiredo, ciclista que pertence aos quadros da Liberty Seguros-Santa Maria da FeiraKTM. Ainda assim, na etapa de ontem, Ruben Guerreiro (Liberty Seguros-Santa Maria da Feira-KTM) foi o primeiro atleta Sub-23 a cortar a linha da meta, tendo sido o quarto classificado da geral. Seguiram-se Hélder Ferreira (Maia/ Bicicletas Andrade) e Joaquim Silva (Anicolor), que fecharam o pódio do escalão. Quanto à geral da Taça de Portugal OJogo foi conquistada

por Frederico Figueiredo, que chegou ao final da competição com um total de 295 pontos, mais 30 do que Hélder Ferreira, que foi o segundo classificado. O terceiro colocado foi Carlos Ribeiro (Anicolor), a 65 pontos do vencedor. Na geral colectiva da Taça, em Sub-23, venceu a Anicolor. Com mais uma conquista de âmbito nacional, a Liberty Seguros-Santa Maria da Feira-KTM reforça a posição de relevo que tem no ciclismo português, mantendo-se, ano após ano, como uma das melhores equipas de formação do país.

Ténis de Mesa // Atleta da Juventude de Sanguedo fez par com João Brandão (Casa do Povo Oliveirinha)

Gonçalo Amorim sobe ao terceiro lugar na prova de pares do campeonato nacional de Sub-21 Gonçalo Amorim, atleta da Juventude de Sanguedo, terminou a prova de pares do campeonato nacional de Sub-21, que se realizou no Pavilhão Municipal de Vagos (Aveiro), na terceira posição. Na mesma ocasião disputou-se o campeonato nacional de cadetes. No total, participaram 189 atletas, 136 masculinos e 53 femininos. Em pares, na categoria de cadetes, competiram 35 pares no sector masculino, 18 no feminino e 38 em pares mistos. No escalão Sub-21, estiveram presentes 11 pares em masculinos, cinco

em femininos e nove em pares mistos. A Juventude de Sanguedo levou a esta prova oito dos seus atletas e seis pares. O destaque principal vai para Gonçalo Amorim que, na prova de pares, com João Brandão (Casa Povo Oliveirinha), obteve o 3.º lugar na prova de pares do escalão Sub-21. A nível individual, em Sub-21 masculinos, Gonçalo Amorim obteve o 10.º lugar e Xavier Rato a 16.ª posição da geral. Ambos os atletas venceram os seus grupos sem qualquer derrota.

DR


Correio da Feira

01.JUL.2013

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Correio da Feira 01.JUL.2013

Santa Maria da Feira // Calor fez com que muitos preferissem a praia

Aula de zumba foi o evento marcante da Feira de Saúde e Bem-Estar

Destinada a promover os serviços de saúde e bem-estar do Concelho, a Feira da Saúde e BemEstar, que se realizou pela primeira vez em Santa Maria da Feira, contou com seis stands a oferecerem aulas, experiências e conhecimento aos seus visitantes. A Feira da Saúde e Bem-Estar, organizada pela Associação Empresarial do Concelho de Santa Maria da Feira (AEFeira), levou muitos curiosos, no fim-de-semana passado, ao Rossio. Mas não tantos como se gostaria, porque o calor abrasador levou a que as pessoas

preferissem ir dar um pulinho até à praia. “As pessoas, com este calor, não saem tanto de casa para visitar uma exposição. O tempo condicionou um bocadinho” – adianta a vice-presidente da AEFeira, Ana Almeida. Ainda assim, os vários eventos planeados foram os que conseguiram mais entusiastas, especialmente a aula de zumba, que teve lugar no sábado à noite e que foi “um sucesso”. “Os eventos são onde se junta mais gente. Contribuíram para trazer mais pessoas para os stands” – diz Ana Almeida. Não só as aulas, mas também a caminhada e corrida de Verão, levadas a cabo ontem de manhã, acabaram por chamar a atenção das pessoas para a feira. “Relativamente ao meu stand, não me posso queixar. Ofereci muitos vouchers. Quanto aos outros, para

alguns valeu mais a pena, para para promover o serviço deles, a faoutros menos. Nós estamos aqui zer massagens e a divulgar os seus para angariar clientes e a maioria produtos” – revela Ana Almeida. conseguiu” – é o balanço geral que A vice-presidente da AEFeira conta a vice-presidente da AEFeira faz que muitos participantes procuradeste evento. A fase que contou ram informação sobre terapias que não conheciam com maior afluência de pessoe ficaram surpreEstava previsto os as foi a noite de endidos com a explicação que sábado, a partir stands fecharem às das 21h30. “Ao lhes foi dada. 22h, mas a quantidade “Não sabiam o fim-de-semana de visitantes no sábado há mais gente, que era a terafez com que ficassem pia da fala e que os bares têm estava inserida mais movimenabertos até depois da to. Além disso na estética facial, meia-noite. não conheciam havia folclore no castelo e, a partir alguns tipos de das 21h30, começaram a chegar massagens, não sabiam o que mais pessoas. Nós até estávamos a era a roncopatia e que podiam vir prever fechar os stands às 22h mas, fazer uma avaliação para diminuir com a quantidade de visitantes, o ressonar à noite…” – enumera só fechamos às 00h30. Os stands Ana Almeida. decidiram ficar abertos mais tempo A vice-presidente da AEFeira diz

que as pessoas levaram vouchers, fizeram sessões de reiki e shiatsu, entre outras, e “mostraram algum interesse em repetir as experiências”. “Não conheciam as clínicas e assim ficaram com mais esse conhecimento” – afirma. Segundo a vice-presidente da AEFeira, este evento é para repetir. “A organização tem que melhorar alguns aspectos mas é para repetir, com uma dinâmica diferente, maior divulgação e com mais tempo de antecedência” – diz Ana Almeida. Outra possibilidade, em vez da Feira da Saúde e Bem-Estar, é a realização de um congresso médico, uma iniciativa maior nesta temática. “O congresso médico ainda não está descartado. Até podemos fazer o congresso com as clínicas lá representadas” – remata a vicepresidente da AEFeira. Publicidade


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