TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Desde 11 de Abril de 1897
Ano CXVI
Semanário
Direcção: Sandra Moreno
22 Julho 2013
Nº 5825
Mérito Municipal 1972 1997
€0,60 (iva inc.)
“Não há nada pior para quem não se interessa por política do que ser governado por gente que se interessa por política” P. 04 e 05
(Re)descobrir
pág. 03
Mais um Mysterium da Juventude Inquieta que dinamizou as Caldas de São Jorge
Cultura Emanuel Bettencourt, candidato à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira pelo movimento cívico Somos Feira
Centro Social Paços de Brandão comemora 30 anos P. 16 e 17
Danças do Mundo atraíram muitos curiosos para uma viagem pelos diferentes países
Futebol S. João de Ver corre atrás da melhor classificação da história pág. 23 do clube
O balanço é positivo mas o centro vive, actualmente, tempos difíceis
pág. 22
Feirense apresentou-se aos adeptos com uma vitória, por 2-1, diante dos madeirenses do Marítimo
Ténis de Mesa
Francisco Baptista manifestou o desejo durante a apresentação do figurino do emblema sanjoanense para a temporada 2013/2014.
pág. 18
pág. 29
Daniel Monteiro e Leonardo Pereira, do Lourosa, vão disputar o Euro Mini Champions, em Estrasburgo
02
Correio da Feira 22.JUL.2013
O submarino do terror
A história que aqui vos exponho é acerca de uma viagem de submarino que nos foi proporcionada, com uma fatura exorbitante, pelo eterno indeciso Paulo Portas e pelo conhecido desqualificado Passos. Esta viagem que sistematicamente nos leva mais fundo no mar dos interesses económicos
e sucessivos negócios ruinosos levados a cabo por este governo PSD-CDS-PP, é o reflexo da linha politica e matriz ideológica deste governo e dos seus representantes. Estamos perante uma fatura que nos destrói a vida e compromete o nosso futuro. Assistimos há dois anos enquanto Portas, juntamente com Passos, consumam a sua lua-de-mel neste mesmo submarino. Tantas vezes com problemas matrimoniais e supostas discordâncias, como acontece em muitas relações. Pelos vistos Portas parecia estar farto desta relação e incomodado com a presença de uma nova companheira para Passos!
Mas depois de uma conversa e de uma visita ao conselheiro matrimonial, tudo parece estar resolvido e pelos vistos a lua-demel vai continuar no submarino. Submarino esse que continua, cada vez mais, a afundar-se levando o povo português como refém para o fundo deste mar poluído de corrupção e destruição. Parece que agora chegaram a um consenso, porque na minha opinião esta relação está mais que despedaçada e o amor já se esvaneceu nos sistemáticos orçamentos chumbados pelo tribunal constitucional e previsões falhadas. A coragem de Portas para dizer basta a esta viagem de
submarino e a este afundamento parece ter desaparecido numa questão de horas! E com a análise desta analogia o que podemos concluir é que estamos a ser governados por crianças imaturas e sem qualquer tipo de bom senso, que por demasiado tempo andam a brincar com a situação do país e com as nossas vidas neste monopólio da vida real. Estamos a ser liderados por irresponsáveis que não conhecem o significado da palavra democracia. Pessoas que têm sede de poder, de negócios e dos eternos tachos. Pessoas que continuam a desmantelar o estado social e tudo
em nome de uma relação de amor sem qualquer legitimidade. Eu recuso-me a ser um peão neste conflito amoroso que tanto nos destrói a vida e nos rouba a oportunidade de um futuro. E nós, portugueses, temos que dizer basta a esta relação ruinosa para o país. É a hora de nos erguermos para podermos ser nós a conduzir este país de volta à superfície, escapando assim ao lodo dos interesses económicos e da corrupção que tanto nos impede de alcançar a prosperidade. Pedro Alves, Santa Maria da Feira
O diálogo da psicologia ou psicologia do leitor
Porque sofremos em demasia?
Insistentemente procuramos recuperar memórias traumáticas, situações carregadas de dor e sofrimento que nos transportam para momentos de descompensação aguda. No entanto, evocamos, igualmente, e de forma constante situações positivas ou que nos causam alegria só que são situações que interpretamos, na maioria das vezes, como sendo quase obrigatórias a todos nós. Por conseguinte, não haverá a
completa valorização dessas situações, dessas memórias recuperadas o que não permite que consigamos «camuflar» as situações ou períodos da vida mais dolorosos. Assim sendo, muitos de nós persistem em recuperar as situações traumáticas, insistindo sempre na dor, no sofrimento, pois com isso conseguem reforçar o seu negativismo e fazer ver aos outros a quão nefasta é a sua vida. Mas recuperar as situações mais negativas é sinal de que não conseguimos fazer o luto desses traumas, dessa dor, desse sofrimento ou dessa perda e, em situações de maior fragilidade descompensamos sendo, esta descompensação, sempre diferente da anterior e sempre de maior dificuldade de resolução. É por isso, que a soma de situações negativas e a sua
não interpretação ou resolução faz com que cada situação seja diferente, o que irá motivar uma atenção diferente por parte da pessoa e uma explicação para a situação também ela bastante diferente. É por esta situação, que deveremos sempre encontrar alguma explicação ou uma interpretação para a ação mais negativa, pois só assim conseguiremos superar a adversidade. Embora nem sempre seja fácil o superar do momento negativo importa, que consigamos partilhá-lo com alguém ou que encontremos os mecanismos necessários para ultrapassá-lo. Esta superação faz com que possamos estar mais atentos ao que de positivo fazemos para que em situações de maior fragilidade consigamos ir buscar estes acontecimentos, que nos permitirão ajuizar a situação
dolorosa de uma outra forma. Quero com isto dizer, que se todos nós conseguirmos ter os momentos de alegria, os momentos recompensadores facilmente acessíveis e passíveis de os interpretarmos e ajustarmos ao nosso dia a dia, será, necessariamente, atribuído um significado de maior catalisação das nossas capacidades. Assim, todos nós poderemos ser um cristal, que quando se fragmenta não permitirá a total reconstrução, pois as suas partes jamais conseguirão unir-se na plenitude e isto poderá ser transposto para o ser humanos diante da dor e sofrimento. Neste sentido, nós vamos conseguindo criar um molde que nos permite ativar a nossa esfera de enfrentamento perante a dor e sofrimento, e nos coloca numa fase ou patamar distinto da pessoa que éramos
Uma causa que se chama Milheirós de Poiares
FICHA TÉCNICA
A política que é uma palavra com origem na Grécia Antiga denominada tantas vezes de berço da democracia dado que pressupõe a governação da coisa pública, tem sido insistentemente afastada dos cidadãos que são, ao fim e ao cabo, a razão de existir da própria política. Há 4 anos fui eleito presidente da Junta de Freguesia de Milheirós de Poiares com entusiasmo e uma convicção forte que Directora
Sandra Moreno
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Administração Jorge de Andrade
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Redacção Rui Almeida
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Albino Santos
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poderia, com a minha equipa, ser uma mais valia no desempenho de uma função que considero nobre e sob o slogan “Vamos Acordar Milheirós”. Passados que estão esses 4 anos, posso dizer que as dificuldades foram imensas na primeira metade do mandato mas que, com a arte e o engenho de todos os que se aliaram a este projeto e foram muitos, o grande objetivo foi alcançado sendo hoje Milheirós de Poiares uma freguesia “acordada”, dinâmica e com muito sentido crítico. As pessoas foram chamadas a participar com a força do seu trabalho, com a virtude do seu intelecto, com o entusiasmo da sua capacidade de mobilização e com criatividade, alegria e muita resiliência. Não conseguimos fazer tudo é certo,
mas fizemos muito e perdoemme a imodéstia mas considero que fizemos bem. Pautamos o desempenho das nossas funções pelo rigor técnico e financeiro e resolvemos problemas velhos com soluções novas, sempre numa perspetiva de médio e longo prazo. Acredito que mudamos o paradigma da governação pública. A freguesia é a unidade administrativa mais pequena em Portugal e como tal a mudança aconteceu a uma escala muito reduzida mas foi e é uma pequena grande mudança que permite que a economia funcione porque os pagamentos são feitos imediatamente após a conclusão dos trabalhos ou o fornecimento de bens e serviços, porque os problemas são encarados de
forma integrada que permita poupar tempo e dinheiro e resolver problemas definitivamente em vez de os adiar ou simplesmente maquilhar. Para esta mudança do modelo de governação também contribuiu e muito a capacidade de envolvimento das pessoas e de delegação de tarefas e responsabilidades porque é quando as pessoas se envolvem na construção ou realização de algo que sentem aquilo como seu e que promovem e zelam por essa construção e essa realização. Se isso não acontecer numa freguesia em que a maioria das pessoas se conhece onde será que vai acontecer? Novos problemas vão surgir e não há dúvida que é necessário fazer o que ainda não foi feito e isso é muito. Cá estaremos para
antes da presença de situações traumáticas. É lógico, que seremos a mesma pessoa, mas seremos diferentes na maneira de ajuizar as situações ou controlar o nosso próprio sofrimento, pois ele é passível de ser controlado ou educável se conseguirmos focar a nossa atenção de forma intensa nas situações transportadoras de alegria. Concluamos, que muitos de nós sofrem em demasia por revelarem uma total acomodação à dor e por serem inoperantes na acessibilidade dos momentos mais prazerosos. Estes momentos prazerosos não têm de ser situações de enorme emocionalidade, mas uma qualquer situação que nós consigamos superar ou resolver! Nuno Barata, psicólogo clínico
esse desafio diário de continuar a ter Milheirós de Poiares como a nossa causa. Foi-me lançado o repto para me recandidatar a presidente de Junta nas próximas eleições autárquicas de 29 de setembro de 2013. Após um período de reflexão e ponderação porque há pressupostos a cumprir para a aceitação de tamanho desafio decidi que devo continuar a tentar ser o elemento congregador de esforços, vontades, anseios e sonhos na minha terra. Milheirós de Poiares continuará a ser a minha causa, por isso, os milheiroenses podem contar comigo que eu continuarei a contar com os milheiroenses. Augusto de Pinho Santos, Milheirós de Poiares
Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Nacional - € 25 Paulo Sérgio Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50
Propriedade: Trazer Noticias, Lda. Registo na C.R.C.de S. M. Feira, n.º 507619269 Contribuinte n.º 507 619 269 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Trazer Noticias, Lda.
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Correio da Feira
22.JUL.2013
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Caldas de S. Jorge // Associação dinamiza jovens da freguesia
Juventude Inquieta atraiu muitos curiosos ao rio para verem o seu Mysterium Depois de “O Milagre das Rosas” e de “D. Afonso Henriques e a Châmoa”, a associação apresentou “H2Fish”, que levou os participantes de uma margem à outra do rio Uíma numa actuação com fogo, luzes coloridas e muita animação.
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
A envolvente do rio Uíma, junto ao café Zip Zip, nas Caldas de S. Jorge, encheu-se de gente, no passado dia 13 de Julho, para assistir a mais um Mysterium, organizado pela associação Juventude Inquieta. O espectáculo de teatro de rua, que se realiza de dois em dois anos, denominava-se desta vez “H2Fish”. Concebido em conjunto com o grupo de teatro Artelier, tinha como tema a água, o que despertou o interesse dos habitantes da freguesia e de pessoas de outras partes do Concelho. “Costumo vir todos os anos. Fazem espectáculos muito bonitos mesmo. Acho que, este ano, aproveitaram bem. Já era altura de fazerem um com água. Temos aqui o rio tão pertinho. Vai ser algo completamente diferente” – diz Susana Silva, que mora nas Caldas. A residente acredita que estes eventos são uma boa forma de reunir a população e deixar os jovens entretidos. “É um ambiente acolhedor. Toda a gente aqui da zona conhece o grupo, acabam por se juntar e passar aqui um bom bocado. É um grupo que faz muito bem aos jovens, ocupa-lhes o tempo e eles fazem coisas giras. Eu gosto muito de teatro de rua. Cada vez menos pessoas assistem ao teatro no geral e desta forma mais pessoas podem assistir” – afirma
Susana Silva. Já Alice Castanheira veio de Lourosa para assistir ao Mysterium. “É a primeira vez que venho. Parece-me um espectáculo bonito, muito interessante” – adianta. Frequentadora assídua das Caldas de S. Jorge, gosta de espectáculos deste género: “É um bom evento. Já assisti a outros deste tipo, como o Imaginarius, onde costumo ir e gosto muito”.
Rainhas más, bebés e animais
“A cultura deve estar na rua e hoje ela está” – irrompe uma voz que anuncia o início do espectáculo. Ao fundo do rio, avistam-se os habitantes da “aldeia de gente à beira-rio”. Vêem-se tendas e roupa a secar, num ambiente comum no seu dia-a-dia. Mas a paz aparente é subitamente interrompida pelo aumento de intensidade da música, os barulhos de abutres a rondar o espaço e a luz vermelha que cai sobre o rio. De lado, surgem três barcos, comandados por uma rainha vestida imperiosamente de vermelho. Ouvem-se gritos e na aldeia à beira-rio os habitantes tentam demarcar o seu território. Os invasores acendem as tochas e dirigem-se à aldeia. Quando finalmente os barcos dos invasores atracam na margem, o povo da aldeia entra neles e seguem todos viagem. Ao fazer o percurso inverso, a rainha acende um coração desenhado na água, um coração de fogo.
Outrora fria e poderosa, a rainha ergue-se agora como uma estátua. A ela junta-se um dos habitantes da aldeia. O rapaz, pintado de amarelo, e a rainha, pintada de vermelho, envolvem-se numa dança sensual em que a mistura das suas cores dá origem a um novo rebento. “O amor havia juntado as duas tribos. O filho dessa união estava por chegar”. Os futuros pais caminham então pelo rio, de mãos dadas e segurando a bola da concepção. Pouco depois de passarem a ponte, vem a rebolar pelo rio uma bola gigante e transparente. “Olha o bebé, já nasceu” – comenta um dos pequenos espectadores presentes, ao ver a criança vestida de branco dentro da bola. “O escolhido e esperado filho finalmente chega”. Anos mais tarde, a criança atravessa a ponte carregando uma jarra ao colo. Pára a meio caminho para deitar alguma água da jarra ao rio. “Mas a herança da mãe mantinha-se como uma maldição”. Chegam quatro atacantes que deitam o filho pródigo ao chão e lhe sacam a jarra das mãos. “O filho cai em desgraça”. Os indivíduos pegam nas suas bandeiras transparentes e erguem-nas sobre o rio num sinal de triunfo. O espectáculo acaba com a chegada do peixe sagrado. Vermelho e cheio de padrões, o peixe percorre o rio deitando fogo de artifício pelo nariz. “A tribo finalmente reunida em torno do peixe sagrado. Apa-
rece assim a verdadeira raça”. Na margem oposta vemos todos os personagens com máscaras de animais: ovelhas, lobos, raposas, porcos, peixes, carneiros. Por fim, a filosofia inerente: “Cada pessoa transporta dentro de si um animal”.
Espaço demasiado alargado do espectáculo dificultou a sua visualização
“Achei bonito. Têm que se fazer mais espectáculos destes aqui. Nunca tinha assistido a nada assim. Foi muito bom, e o peixe foi adorável”– afirma a visitante Anabela Reis, de Lobão. A popular garante que regressa para ver o próximo espectáculo. “Claro que volto. Vendo a gente depois vem” – promete. Outra visitante, Maria Oliveira, também gostou do espectáculo mas queixou-se do espaço demasiado alargado da actuação que dificultou a sua visualização. “Achei um bocadinho lento e, para os sítios onde estávamos colocados, foi difícil de ver. Fiquei na ponta e perdi muita coisa. Tinha de me esticar e, mesmo assim, não conseguia. De resto foi cinco estrelas. Gostei imenso da bola e teve partes muito engraçadas. Se não tivessem expandido tanto aqui para os cantos, tinham ganho mais” – afirma Maria Oliveira. Membro da Juventude Inquieta há sete anos e uma das participantes no evento, Liliana Fontes, que interpretava a criança do casal,
estava extasiada quando o espectáculo chegou ao fim e só tinha elogios para fazer à associação. “Não há palavras para descrever. É fantástica, sensacional, estamos sempre a fazer coisas novas, diferentes, não temos medo de arriscar. É bom para os jovens desanuviarem um bocadinho. Enquanto eles estão aqui, não estão noutros lados e os pais sentemse seguros. É fundamental que haja sempre pessoas a entrar na Juventude Inquieta porque só assim poderemos crescer” – afirma Liliana Fontes, que ainda se lembra de quando tudo começou. “Fui a primeira vez e quem prova Juventude Inquieta uma vez, quer provar duas ou três e depois nunca mais de lá sai” – conclui. O espectáculo Mysterium, que já se realiza há cerca de sete anos, é apenas um dos muitos eventos que a Juventude Inquieta organiza. Sob a alçada deles está também a Festa do Idoso, a Festa da Criança (em colaboração com a Junta) e o Festival Doce, que é o seu evento mais conhecido. Participam ainda na Viagem Medieval onde arrecadam grande parte dos fundos para a sua actividade. “Queremos levar os jovens a envolverem-se e a estarem disponíveis com as suas capacidades nas várias vertentes e aproveitar o melhor que cada um tem em benefício da comunidade” – diz o presidente da Juventude Inquieta, Paulo Valinho, sobre a associação.
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Correio da Feira 22.JUL.2013
Santa Maria da Feira // Emanuel Bettencourt, candidato à Câmara Municipal pelo movimento cívico Somos Feira
“Não há nada pior para quem não se interessa por política do que ser governado por gente que se interessa por política”
Com o objectivo de debater os assuntos do Concelho e de lançar propostas para o melhorar, o movimento cívico Somos Feira apresenta-se aos feirenses sem pensar em resultados eleitorais. Emanuel Bettencourt encabeça a lista à Câmara e explica o que quer trazer de novo a um município que, defende, está a ficar para trás relativamente aos seus vizinhos. O candidato diz-se ainda perplexo com a empatia criada entre o movimento e a população e acredita que o movimento de candidatos independentes está para ficar, devido a um distanciamento cada vez maior entre os cidadãos e os partidos. Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Por que decidiu avançar para a candidatura à Câmara neste momento? Temos a responsabilidade de sermos interventivos. Não faz sentido que nos andemos a lamuriar de que as coisas não estão bem ou que os políticos não nos representam convenientemente e demitirmo-nos de exercer os nossos direitos de cidadania. Estamos num limbo político complexo, que tem fonte nas políticas que vêm sido seguidas pelo Governo, com repercussões em diferentes patamares, e que interferem com o nosso quotidiano. Isso implica que possamos acrescentar algo de positivo ao debate político. Na medida em que os partidos criam constrangimentos ao exercício pleno da democracia, por via dos seus próprios regulamentos e pela forma como estão constituídos, resta, por exclusão de partes, a criação de movimentos cívicos, como o Somos Feira. Esta é a primeira incursão pelo mundo da política? A este nível sim. Estive ligado, há uns tempos não muito distantes, a uma candidatura, no âmbito da CPC do Partido Socialista, da doutora Margarida Gariso. Entendi que poderia congregar diferentes sensibilidades, políticas inclusivamente, no sentido de criar um elã que lhe permitisse assumir uma candidatura à Câmara da Feira. Isto permitiu-me conhecer um bocadinho melhor os meandros dos partidos políticos, que funcionam muito com os chamados sindicatos de voto. Ou seja, temos um número muito restrito de militantes que, em última análise, vão decidir em nome de 145 mil residentes no concelho da Feira. É uma das perversidades da democracia que é imposta pelas estruturas partidárias. Estando ao nosso alcance modificar esse estado de coisas, estamos disponíveis para o fazer. Na declaração de princípios fala que as estruturas partidárias têm favorecido o aparecimento de inócuas oligarquias que se vão perpetuando no poder. É o
retrato que faz do Concelho? Confesso que não conheço profundamente o que se passa em todos os partidos. Estou a avalizar-me por aquilo que é do conhecimento público e a forma como se processam as eleições internas nesses partidos. O Concelho tem sido governado ao longo dos últimos 37 anos pelo PSD, muito em torno daquilo que tem sido o carisma do presidente cessante, Alfredo Henriques. Se estabelecermos como termo de comparação aquilo que vai acontecendo em Concelhos limítrofes, em termos da dinâmica que imprimem e os patamares de desenvolvimento que têm atingido, diria que Santa Maria da Feira está a ficar para trás. Não tenho dúvidas de que as pessoas que estão na política e que estão integradas em estruturas partidárias ajam em consciência de que estão a fazer o melhor que podem. O que me parece é que não é suficiente para as nossas necessidades. Há sinais que indicam que muito mais podíamos estar a fazer em diferentes áreas e matérias. Penso que até os políticos envolvidos neste processo reconhecem que não é suficiente. Então, queremos que sejam criadas as condições para que seja suficiente e isso implica que nos tenhamos que constituir, nós próprios os cidadãos, num lobby de pressão para que possamos assacar responsabilidades aos governantes quando eles não desempenham as funções, para as quais foram eleitos, de forma conveniente. O facto de Alfredo Henriques não se poder recandidatar à liderança da Câmara pesou no lançamento da sua candidatura? Nem sequer foi equacionado. Não me parece que a ideia de uma figura carismática como Alfredo Henriques pudesse ser óbice ao que quer que seja. Estamos a discutir políticas e não pessoas. Neste momento particularmente difícil do Concelho e da política nacional, queremos assinalar que é cada vez mais fundamental valorizarmos o conteúdo e menos a forma. O que temos assistido nos
últimos anos é a criação de um folclore político em torno daquilo que é acessório, quando deveria ser essencial as propostas que cada um dos candidatos quer ver sufragadas. Que visão tem sobre o Concelho? Temos um problema incontornável, de uma diáspora crescente. Cada vez mais temos feirenses a procurar novas oportunidades lá fora, ainda que este fenómeno não seja exclusivo do Concelho. Há um número que ronda já os 10 mil desempregados, com todos os danos sociais que esta situação tem, porque implica que a autarquia tenha que gizar um plano rápido e eficaz para dar resposta social a todas estas famílias. O nosso atraso tem muito a ver com a impossibilidade de definir uma estratégia do Concelho que integre todas as vertentes essenciais ao seu próprio desenvolvimento. Por exemplo, fala-se de atractividade ao investimento, de forma a criarmos condições de empregabilidade, mas temos que dizer como o vamos fazer. Temos que ser objectivos, porque já estamos cheios de clichês e chavões. Defendo, em muitas matérias, a necessidade de se desenvolver um trabalho mais profícuo. Há algumas áreas em que a Câmara tem conseguido dar resposta às necessidades mais básicas, nomeadamente na área Social, sendo que ela depende muito de parcerias estabelecidas com entidades privadas. O problema é que isto é um organismo vivo e, diariamente, há sempre situações novas. A existência de um plano que permita acorrer em tempo útil a cada uma destas situações é também um sintoma de atraso do que poderia ser feito e não o está a ser em termos autárquicos. A política autárquica tem que saber interpretar os diagnósticos e perceber de que maneira, no seu município, consegue potenciá-los. Recordo-me da última reflexão do vereador José Manuel Oliveira sobre o PDM, em que se pretende duplicar as nossas áreas industriais, o que é um absurdo. Na ver-
dade, devíamos estar ocupados com taxas de ocupação efectiva das áreas industriais que já temos e em desenvolver políticas de apoio aos empresários que estão nessas zonas industriais e se debatem, diariamente, com dificuldades. Há também a questão do PERM. O investimento em causa é de cerca de 18 milhões de euros mas temos que perceber que há uma quebra significativa, no ano passado de cerca de 40%, de vendas no sector automóvel. Isso significa que, daqui a meia dúzia de anos, não vamos ter sucatas que garantam a sustentabilidade do PERM. Temos duas soluções: ou tornamos aquela zona extensiva a outras valências que não apenas as que se relacionam com as sucatas; ou tentar tirar partido das infraestruturas viárias que estão afectas ao aterro sanitário de Canedo, permitindo que elas sejam utilizadas pelos mesmos camiões que vão fazer o depósito dos resíduos urbanos ou das sucatas. Isso permitir que o centro do Concelho não estivesse condicionado com um parque de sucatas, que não mereceria estar nessa zona nobre. Também faz parte das nossas propostas lançar em definitivo o processo relacionado com o metro de superfície. Sabemos que o momento não é muito propício a investimentos desta envergadura. Sou defensor das Parcerias Público-Privadas, desde que estejam devidamente acautelados os interesses dos cidadãos. O seu programa eleitoral propõe a reabilitação do Europarque, transformando-o no mercado abastecedor da Área Metropolitana do Porto. Por exemplo, Caldas de S. Jorge beneficiou, por via dos quadros comunitários de apoio e pela mão da ADRITEM, em sete projectos de investimentos na casa dos 1,7 milhões de euros, com a expectativa de que fossem criados 19 postos de trabalho. A possibilidade de criarmos no Europarque o mercado abastecedor criaria, entre empregos directos e indirectos, cerca de 2 mil pos-
Correio da Feira 22.JUL.2013
tos de trabalho. Em termos de investimento, um único operador que se instalasse em Santa Maria da Feira, com um investimento muito próximo dos 300/400 mil euros, o preço de um pavilhão adaptado às suas necessidades, criaria de imediato 35 postos de trabalho. Estamos a falar de uma relação investimento-postos de trabalho que não tem nada a ver, por exemplo, nas Caldas de S. Jorge. O mercado abastecedor seria um espaço privilegiado de escoamento dos produtos que chegam do sector primário. Há ainda a questão da linha do Vouguinha. Os estudos indicam que o investimento previsto na requalificação da linha terá estorno por via dos preços dos bilhetes cobrados aos utentes, mas se tivermos no Europarque um mercado abastecedor, também podemos garantir a sustentabilidade da linha por via do transporte das mercadorias provenientes dos concelhos servidos por essa mesma linha. Agora, é uma medida arrojada. Ouvi, há alguns dias, alguém do PSD dizer “como é que é possível no Europarque, o maior centro de congressos do país”? Dá mesmo vontade de dizer que tem o tamanho exacto do elefante que lá está. Não nos interessa ter o maior centro de congressos do país se ele for completamente inútil. O que está previsto fazer-se no Europaque é o Estado avense a utilização do espaço pelo valor do seu custo anual, cerca de 350 mil euros, e poder aí organizar o que quiser. Mas continuaríamos a ter o mesmo problema. Continuaríamos a estar dependes do Estado no sentido de organizar eventos naquele recinto, e a ter um custo de manutenção daquele espaço na casa dos 350 mil euros. O que propomos aos senhores governantes que reflictam sobre esta questão. Não faço questão nenhuma que seja o movimento cívico Somos Feira a liderar este processo. Estamos para colaborar, não para ofuscar quem quer que seja. E como funcionaria o primeiro banco autárquico do país? Essa será a questão que poderá suscitar mais dúvidas e tenho ouvido alguns perfeitos disparates relativamente a esta ideia. Temos um sistema bancário que vem sendo apadrinhado pelos sucessivos governantes. Se houver um problema num banco, há uma tendência natural para que os dinheiros públicos sejam canalizados para ajudar a resolver esses problemas. A relação que os bancos têm com os seus clientes não é de todo clara, transparente e aberta. Muitos dos problemas que estamos a atravessar têm origem no sistema financeiro e bancário. Então, o banco autárquico surge neste contexto. Pretende dar a possibilidade de criarmos uma rede de protecção aos depositantes através de uma ferramenta com valências muito específicas. Permitiria que o feirense pudesse depositar no “Banco Feira” as suas economia, sendo certo que elas estariam protegidas de operações especulativas que são habituais no sistema bancário
tradicional. Estamos a falar de algo que substitua a actividade bancária tradicional. Um “Banco Feira” poderia englobar um conjunto de valências, perfeitamente definidas em termos jurisdicionais, e que teria a função de apoio à gestão autárquica. Agora, como é que tudo isto funciona e se concretiza não é de interpretação e explicação fácil. Daí o arrojo da iniciativa. É uma ideia que merece ser reflectida, porque tem um alcance social muito grande. O cidadão feirense estaria a apostar no seu próprio Concelho e tinha a certeza absoluta de que o seu dinheiro estaria acautelado. Esta não é uma ideia completamente original, até porque sabemos da existência das chamadas caixas de crédito espanholas, mas que num dado momento descambaram para instituições de crédito perfeitamente normais. Mas não é isso que se pretende aqui. Este banco não teria uma lógica de maximização de lucros mas sim uma lógica com uma componente social implícita. O cidadão tem a possibilidade, porque nada o impede, de continuar a ter a relação com a banca tradicional. Isto não é uma imposição. Apenas sabe que tem ali uma outra possibilidade, uma outra entidade, que terá que percorrer um longo caminho até que seja concretizável, sobretudo do ponto de vista da regulação e da regulamentação. Mas tem como pano de fundo a preocupação social e de salvaguarda dos pertences dos cidadãos, neste caso dos feirenses. Recordo que, em Itália, criaram um sistema alternativo de moedas ao Euro. Pergunto: o que é que esteve na base desta ideia? É algo que é comum ao que estamos a propor. É a necessidade de iniciarmos novos processos de abordagem política. O movimento cívico não pretende hostilizar ninguém. É uma atitude para manter até ao fim da campanha eleitoral? Há um ditado que diz que “quem não sente não é filho de boa gente”. Tenho vindo a assistir a alguns debates políticos nos últimos tempos e noto um denominador comum entre todos os intervenientes: primam pela elevação do discurso. Estou em crer que essa postura se irá manter ao longo de toda a campanha eleitoral e saberemos estar à altura desse facto. Queremos assumirmo-nos como um movimento independente verdadeiramente cívico que quer acrescentar qualidade e novas propostas. Não é natural do Concelho mas vive intensamente a realidade de Santa Maria da Feira. Porquê? A questão da naturalidade tem o peso que lhe quisermos dar. Sou de onde estou e de onde gosto de estar. Tenho uma afinidade muito grande com o Concelho da Feira de há largos anos. Tenho tido a possibilidade de me envolver em alguns eventos locais e fui ganhando esta afinidade com o Concelho. Identifico-me muito com as gentes de Santa Maria da Feira, a vários níveis.
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Nunca antes um movimento cívico venceu as eleições em Santa Maria da Feira. Sente que vai contrariar as estatísticas? Essa questão nunca foi por nós equacionada. Não estamos a pensar em resultados eleitorais. Entendemos que, ao colocar questões que nos parecem pertinentes e que possam ajudar o Concelho, já estamos a dar o nosso contributo. Também vamos ser sufragados pelos eleitores mas tentarei nunca cair na tentação de fazer o apelo ao voto. Considero que as pessoas têm condições de serem informadas e terão que votar em consciência. Se entenderem que devem votar no movimento cívico Somos Feira, estaremos à altura dessa responsabilidade. O movimento pretende apresentar candidatos a todas as Juntas de Freguesia? Podíamos apresentar listas em todas as freguesias. Temos pessoas que se disponibilizariam para liderarem esses processos mas não queremos estar representados apenas para fazer número. Não nos interessa lançar nomes que possam, eventualmente, não corresponder às expectativas das pessoas dessas freguesias. Como é que as pessoas têm reagido a esta candidatura? Fico perplexo com a empatia que vai sendo criada com as pessoas. Isto, por si só, é motivo de regozijo. As pessoas percebem que há uma outra possibilidade de abordagem da política, que há um caminho alternativo ao que tem sido proposto pelos partidos políticos. Um quarto dos candidatos às Câmaras, em todo o país, são independentes. É sinal da mudança de paradigma no mundo da política? Estou seguro que sim. Há um distanciamento cada vez maior entre os cidadãos e os partidos. Temos vindo a perceber, ao longo do tempo, que os partidos, por razões que são sobejamente conhecidas, não dão resposta real aos problemas dos cidadãos. Aproximam-se agora dos eleitores porque estamos em ambiente eleitoral e isso é politicamente correcto fazer-se, mas as pessoas já não estão muito sensíveis a isso. E, como consequência, ficam numa espécie de zona cinzenta, e isto cria espaço ao aparecimento de movimentos independentes. Eles têm proliferado por todo o país, alguns mais independentes do que outros. Não quereria em circunstância alguma que o movimento cívico Somos Feira fosse visto como um conjunto de cidadãos ressabiados com a política. Mas mesmo que houvesse, é legítimo, porque os cidadãos, em geral, estão ressabiados com a política. As pessoas que têm vindo a aderir ao movimento cívico Somos Feira acham que podem dar o seu contributo, de maneira positiva, para a política. Não há nada pior para quem não se interessa por política do que ser governado por gente que se interessa por política.
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Dialética
A recomendação
Na última Assembleia Municipal (28 de junho) a CDU (Coligação Democrática Unitária) apresentou uma recomendação que propunha a adoção de “mecanismos e instrumentos que visavam a qualificação dos trabalhos deste órgão”. Estes mecanismos e instrumentos assentavam essencialmente em quatro pontos, sendo eles:
• Gravação em formato vídeo e áudio com transmissão em direto da Assembleia Municipal; • Produção de índices estatísticos relativos à atividade dos partidos representados e aos eleitos na Assembleia Municipal; • Disponibilização online de todos os documentos apresentados pelos grupos municipais na Assembleia Municipal; • Melhoramento das condições de apoio à Assembleias Municipais. Com esta recomendação a CDU pretendia aproximar os cidadãos dos órgãos de decisão e que o trabalho dos eleitos fosse efetivamente mais transparente e mais próximo dos cidadãos. Esta recomendação surge num contexto de alheamento da
população na participação da atividade deste órgão, alheamento que poderia ser combatido com maior informação prestada à população. Presta-me ainda referir que esta prática é seguida noutros municípios e que tem vindo a manifestar resultados qualitativos interessantes. Esta recomendação, que no fundo visava democratizar mais a Assembleia Municipal, foi recusada pela maioria com a evasiva de se estar em final de mandato. Ora o que mais me espantou foi o facto de nesta mesma Assembleia Municipal terem sido aprovadas moções que pelo findar do mandato só terão efeito real no próximo mandato. O leitor padecerá certamente da mesma opinião de
que o argumento prestado para a recusa da referida recomendação não terá, na sua essência, validade ética. O “porquê” da recusa desta recomendação? Quererá a maioria coibir a população do acesso à informação? Deixando-a apenas para os circuitos partidários. Quererá a maioria encobrir o facto de serem os partidos com menor expressão os que mais atividade efetiva apresentam? Quererá a maioria esconder o facto de ter eleitos que se limitam a levantar o braço nas votações ou será simplesmente para paliar quais os eleitos que verdadeiramente defendem e representam a população feirense? Na verdade, a resposta mais
Próximas eleições autárquicas a realizar a 29 de Setembro Por calculismo eleitoralista e populista, a estratégia dos dirigentes do Partido Socialista da concelhia de Santa Maria da Feira, basearam-se no lamento hipócrita e demagógico por se terem agregado 15 freguesias em 5 uniões de freguesia, apesar de saberem que as freguesias que se agregaram manterão para sempre a sua identidade, embora em unidade, mesmo porque todas são Paróquias que eternizarão a identidade de cada uma. Curiosamente, talvez por desinformação obscurantista e retrógada, as freguesias com presidentes de junta eleitos pelo Partido Socialista é que criaram problemas à reorganização do poder local. É de estranhar a lamúria do presidente da concelhia de Santa Maria da Feira do Partido Socialista e outros dirigentes, que anteriormente se tinham mostrado tão liberalistas, a ponto de quererem desmantelar o Concelho. Queriam que fossem oferecidas uma quantas freguesias ao Concelho de S. João da Madeira e ao Concelho de Espinho, e até se permitiram, meter a foice em seara alheia, sugerindo que outros Concelhos limítrofes também o fizessem.
Quanto ao Candidato do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, por muitas visitas de charme e diplomacia que se faça por todo o Concelho, e por muito que se diga dos méritos ou deméritos do Candidato, não nos podemos esquecer da máxima: “diz-me com quem andas, direte-ei as manhas que tens”. Também a companhia do Partido Socialista nacional, não parece ser das mais aconselháveis, tendo em atenção a estratégia hipócrita e demagógica e o folclore político, procurando fugir às suas responsabilidades pela situação de bancarrota e desastrosa a que levaram Portugal, e aos compromissos assumidos perante a Troika, entre os quais, a colaboração com o Governo do País até à solução dos problemas que criaram, com o objectivo de conseguirem dividendos eleitorais nas futuras eleições, a começar nas próximas autárquicas. Ajudados por certos comentadores políticos, incluindo José Sócrates, especialista em deturpar as coisas e com tanta convicção que até parece verdade, desdobrando-se assim o PS em dois, de ataque ao
O Jornal Correio da Feira agradece à Junta de Freguesia de Argoncilhe a amabilidade em nos permitir a instalação de uma banca durante a última edição da Feira das Colectividades
Governo e ao Senhor Presidente da República, e com cooperação dos apresentadores ou moderadores e comunicação social afectos. Esquecem-se que o Senhor Presidente da República é o garante do regular funcionamento das Instituições Democráticas. Os socialistas andam eufóricos com a perspectiva de ganharem as próximas eleições autárquicas como plataforma para as outras futuras que se seguem. Mas esquecem-se que isso só pode acontecer se o Povo Português se deixar enganar mais uma vez pelo Partido Socialista e pelos outros partidos da oposição e pela CGTP, que age como se fosse um Partido Político, e ultimamente a UGT, que também passou a parecer um Partido Político. Não nos podemos esquecer que foi o Partido Socialista quem levou Portugal à bancarrota, que nos fez perder a soberania financeira e orçamental, pondo Portugal de joelhos com as mãos estendidas perante o mundo, e refém dos nossos credores. Também foi o Partido Socialista quem negociou o memorando com a Troika, mas intencionalmente
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mal, prejudicando Portugal em futuras negociações, porque baseadas em pressupostos errados e falsas informações do défice, da dívida pública soberana, das chamadas rendas das PPP, Scuts, Túneis, Swaps e várias outras dívidas ocultas que só foram detectadas no decorrer dos últimos dois anos pelo Governo actual, e talvez outras ainda que vão ser descobertas durante a Legislatura. Com o agravante de terem concedido benesses e compensações chorudas, a uns poucos nas chamadas rendas das PPP, etc… Havendo ainda as indemnizações (que terão de ser pagas?) dos contratos das negociatas assinados apressada e irresponsavelmente do TGV, da Nova Ponte sobre o Tejo e o Novo Aeroporto de Lisboa. Não serão levados à justiça os responsáveis? Ou são imunes como sempre? Serão as tais influências nefastas e corruptivas na justiça que já vêm dos governos de Mário Soares? E os fundos vindos da EU até Maio de 2011? Por causa dessa governação desastrosa e danosa, o Partido Socialista, condenou o Povo Português,
assertiva está do lado de quem recusou a recomendação da CDU, mas no meu entender essa mesma resposta engloba todos os aspetos acima mencionados. Como esta recomendação não foi aprovada o cidadão comum que quiser ter acesso à total atividade da Assembleia Municipal terá de integrar um partido que tenha representação na mesma ou então terá de se deslocar a Santa Maria da Feira para assistir a todas as Assembleias Municipais quando na realidade poderia estar tudo ao alcance de um computador com acesso à internet. Filipe T. Moreira, Membro da Comissão Concelhia do PCP de Stª Mª da Feira
aos sacrifícios, à austeridade, ao desemprego galopante, à espiral recessiva da economia e a todos os problemas que afectam a Sociedade Portuguesa na actualidade, e que infelizmente se prolongarão por muitos anos, seja com que Governo for. E o que é pior, não deixou perspectivas futuras de empregos produtivos, principalmente dos jovens. Por causa dessa governação desastrosa, tem sido posta em causa a capacidade organizativa e de trabalho do Povo Português. Haverá alguém que acredite que o Partido Socialista que tem usado de todas as manhas politiqueiras para enganar o Povo Português e para fugir às suas responsabilidades de ter levado Portugal à bancarrota e aos compromissos assumidos perante a Troika e o País, para mais com a débil, imatura, insensata e ingénua Liderança actual, seja capaz de resolver os problemas deixados como herança pelos Desgovernos PS/Sócrates, e sem sacrifícios e austeridade e desemprego? Continua no próximo número… Carlos Gomes Rodrigues Paços de Brandão
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Terra a terra
S. Paio de Oleiros Presépio da Cavalinho é ponto de referência na freguesia
"Os oleirenses são um povo alegre e dado a ajudar as pessoas"
Para definir S. Paio de Oleiros, o presidente da Junta, David Rodrigues, distingue três aspectos: a boa localização, o carácter da população e os serviços competentes. “Eu destacaria três pontos fortes. A nossa localização, estamos próximos de tudo, temos muito boas acessibilidades para o Porto, Espinho, Coimbra. Depois as próprias pessoas, a forma de ser e de estar dos oleirenses. São um povo alegre e dado a ajudar as pessoas. Não são conflituosos, convivem bem uns com os outros. E por fim temos facilidade de serviços. Há sítios onde as pessoas têm que ir longe, aqui temos tudo perto” – enumera David Rodrigues. Como local principal da freguesia, o presidente da Junta elege o Parque Nossa Senhora da Saúde, que tem sido alvo de requalificações nos últimos anos e, agora, encontra-se na sua fase final. “Tem ringue desportivo, tem parque infantil, tem café, tem várias coisas” – afirma David Rodrigues. Muitos dos eventos e encontros da população ocorrem naquele espaço, entre eles o Festival das Colectividades, a Festa de Elevação a Vila e, mais recentemente, as Merendinhas no Parque. “Envolvemos toda a população de Oleiros para este tipo de eventos. Damos a conhecer as nossas capacidades e forma de estar” – conta o
presidente da Junta.
Rede viária e falta de passeios são os maiores problemas
“Temos o mesmo problema que muitas freguesias do Concelho. A grande maioria das estradas está em muito mau estado” – começa por dizer David Rodrigues. A rede viária constitui um dos maiores obstáculos dos oleirenses, mas não é o único. “Os peões estão mal servidos. Estamos a fazer um grande esforço no sentido de convencer as pessoas a fazerem cedências nos seus terrenos de modo a que possamos fazer passeios, para que os peões possam circular com mais qualidade de vida. Essas pavimentações constituem uma grande necessidade em S. Paio de Oleiros” – aponta o presidente da Junta. Apesar disso, David Rodrigues acredita que a freguesia tem “evoluído substancialmente”. “Temos praticamente de tudo (pavilhão, farmácia, USF) e temos um movimento associativo enorme. São 22 colectividades de tudo e mais alguma coisa. Gente que aceitou desafios e que deixou Oleiros com uma dinâmica nova, diferente” – diz o presidente da Junta, que sublinha que associações como o Centro Cultural e Desportivo de S. Paio de Oleiros (CDC), no qual se integra o rancho e
o andebol, e a Associação Musical Oleirense (AMO) têm uma projecção nacional e internacional, e isso gera progresso para a freguesia. “As associações são grandes responsáveis por todo o desenvolvimento que tem havido” – salienta David Rodrigues. Provas da evolução da freguesia são, também, as obras realizadas. Para além do Parque Nossa Senhora da Saúde, o presidente da Junta realça a requalificação do cemitério, as intervenções na Rotunda do Bico do Valado, na Rua do Valado e na Rua dos Ameeiros, a requalificação da Casa da Cultura e da EB1 da Igreja, e as novas sedes da biblioteca e da AMO. “Temos muita obra feita. Mas a obra não é só nossa, tivemos o apoio de muita gente” – sublinha D a v i d R o d r i g u e s . Ou tr o motivo de orgulho, embora fruto da iniciativa privada, é o presépio da Cavalinho, que contribuiu para uma maior afluência a S. Paio de Oleiros. “É um dos pilares de S. Paio de Oleiros. No ano passado tivemos para cima de meio milhão de pessoas de vários países do mundo. É um gosto. Tem sido um ponto de referência e de exportação do nome de Oleiros” – comenta. A freguesia, que outrora vivia essencialmente da agricultura, hoje baseia a sua economia nas indústrias da cortiça, papel e metalomecânica. Com grande tradição na produção do papel, tem empresas muito antigas desse material. “Temos indústrias do papel centenárias e muito fortes na freguesia” – afirma David Rodrigues. A zona industrial é, aliás, outro dos pontos fortes de S. Paio de Oleiros. “Temos uma área industrial fantástica, o que faz com que não tenhamos um número muito elevado de desempregados” – adianta David Rodrigues. Talvez por isso, todos os anos S. Paio de Oleiros tem crescido em termos populacionais, o que origina mais alguns elogios por parte do presidente da Junta. “É uma freguesia pacata, sem sobressaltos, que cria alguma vontade e curiosidade” – remata.
31
32
1
Associação “Os Flechas”
2
Associação de Desenvolvimento de São Paio de Oleiros
3
Grupo Columbófilo de São Paio de Oleiros
4
Associação Musical Oleirense
5
Grupo Musical de São Paio de Oleiros
6
Centro Desportivo e Cultural de São Paio de Oleiros
7
Grupo Desportivoi de São Paio de Oleiros
8
Grupo Recreativo Amigos Teatro Oleirense (GRATO)
9
Escola de Ciclismo Fernando Carvalho
10
Associação de Alcoólicos Recuperados
11
Fundação Comendador Sá Couto
12
Movimento de Apoio Social de São Paio de Oleiros
13
Casa de Nossa Senhora do Sameiro
14
Pavilhão Desportivo de São Paio de Oleiros
15
Ringue Desportivo de São Paio de Oleiros
16
Biblioteca de São Paio de Oleiros
17
Habitação Social de S. Paio de Oleiros
18
Gabinete de Proximidade de São Paio de Oleiros
19
Edifício da Junta de Freguesia de São Paio de Oleiros
20
Posto dos CTT de São Paio de Oleiros
21
Biblioteca de São Paio de Oleiros
22
Unidade de Saúde Familiar Sem Fronteiras
23
Antigo Hospital de São Paio de Oleiros
24
Jardim de Infância da Quebrada
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Escola Básica do 1º Ciclo da Igreja
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Jardim de Infância da Lapa
27
Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares
28
Fundação Sanitus
29
Zona Industrial da Lapa
30
Zona Industrial do Valado
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Lar dos Condes de São João de Ver
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Igreja Matriz de São Paio de Oleiros
33
Capela do Sameiro
34
Capela de Nossa Senhora da Saúde
35
Capela de S. João Batista
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Fábrica de Papel da Lapa
37
Quinta do Candal
38
Quinta da Cardanha
26
37
23
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Correio da Feira
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Estatísticas demográficas de S. Paio de Oleiros Indicador Estatístico População Residente Área Densidade Populacional
4.069 3,91 1.040,66
Habitantes Km2 Hab / Km2
157 191 168 285 2.591 677
3,89 % 4,69 % 4,13 % 7,00 % 63,68 % 17,92 %
566 2.826 677
13,91 % 69,45 % 16,64 %
População Residente por Escalões Etários 0 – 4 Anos 5 – 9 Anos 10 – 13 Anos 14 – 19 Anos 20 – 64 Anos 65 e + Anos População Residente por Grandes Grupos Etários 0 – 14 Anos 15 – 64 Anos 65 e + Anos Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Idosos Índice de Dependência de Jovens
119,61 23,91 20,03
População Economicamente Activa Taxa de Atividade 58,64
Desempregada Total
Empregada
2.054
1.733
Total
Proc. 1.º Emprego
321
44
Novo Em- Taxa de Desemprego prego 277
1563
População Empregada por Setor de Atividade Setor Primário Indiv. 22
36
Setor Secundário
Setor Terciário
%
Indiv.
%
Indiv.
%
1,27
800
47,16
911
52,57
População Residente por Grau de Escolarização N/ sabe ler nem escrever 189 ind. Taxa de Analfabetismo 5,08 1.º Ciclo Ensino Básico Completo
1.150
A frequentar
173
2.º Ciclo Ensino Básico Completo
666
A frequentar
93
3.º Ciclo Ensino Básico
21
17
Completo
675
A frequentar
170
Ensino Secundário Completo
492
A frequentar
170
Ensino Pós-Secundário Completo
33
A frequentar
6
Ensino Superior Completo
306
A frequentar
123
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Terra a terra
S. Paio de Oleiros 46 24 25
14
5
Freguesia cresceu um por cento ao ano no período compreendido entre 1981 e 2011 Estabelecendo fronteira com os municípios vizinhos do litoral (Ovar e Espinho), São Paio de Oleiros é uma freguesia do município de Santa Maria da Feira que mais notoriedade tem conseguido alcançar. De acordo com os resultados definitivos dos Censos 2011, a população residente desta freguesia cifra-se em 4.069 habitantes, perfazendo uma densidade populacional de mais de 1.040 habitantes por quilómetro quadrado, o que integra São Paio de Oleiros no conjunto de freguesias do município com características eminentemente urbanas. De resto, este cariz de crescimento progressivamente urbano de São Paio de Oleiros marca a realidade de uma freguesia que registou, no período compreendido entre 1981 e 2011, um crescimento populacional médio de cerca de 1 por cento ao ano. Até há bem pouco tempo, o quotidiano de São Paio de Oleiros caracterizava-se por um ritmo marcadamente agrícola. No entanto, com o processo de industrialização registado no concelho, sobretudo no decurso da segunda metade do século passado, a freguesia adquiriu uma forte vertente industrial, destacando-se os subsectores da transformação da cortiça, da metalomecânica, da tapeçaria e da industrial do papel. Dispondo de excelentes condições de acessibilidade face a vias estruturantes (A1, A29, EN1, EN109-4), a freguesia de São Paio de Oleiros tem exercido uma forte capacidade de atracção sobre as freguesias e municípios vizinhos. O crescimento e modernização do parque habitacional da freguesia e o surgimento de um grande número de equipamentos públicos, aliado ao crescimento quase exponencial das actividades terciárias na freguesia, têm concorrido
para uma forte fixação de população. São Paio de Oleiros pertence ao concelho de Santa Maria da Feira desde antes da Restauração da Independência, tendo pertencido, entre 1926 e 1928 ao município de Espinho. De acordo com a tradição, o topónimo “Oleiros” decorrerá existência deste tipo de profissionais na região, devido à abundância de barro. No entanto, não será de desprezar a hipótese da toponímia provir de “olleiros”, antiga palavra castelhana e portuguesa que significa “olhos” ou “nascentes de água”, que os mais antigos na terra confirmam terem existido um pouco por toda a freguesia, e que ainda hoje rebentam em vários locais. A escolha de S. Paio, um jovem martirizado pelos Muçulmanos em 925, período da Reconquista Cristã da Península Ibérica para orago da freguesia deverá remontar ao tempo dos moçárabes que lhe prestavam grande devoção. Apesar das referências toponímicas que fazem remontar a primitiva ocupação humana da região da freguesia ao Calcolítico, (nomeadamente os lugares da Lapa de Cima e Lapa de Baixo, a meio caminho dos castros de Ovil e Murado, e o já desaparecido topónimo Mamoa, constante do Foral Novo de Manuel I de Portugal datado de 1514) e à época da Invasão romana da Península Ibérica (Vila Boa e Estrada), a primeira referência documental a S. Paio de Oleiros data de 1050, num inventário de bens pertencentes ao ricohomem Gonçalo Viegas e sua esposa, D. Flâmula (Doc. N.º 378 dos “Diplomata et Chartae”, do Mosteiro de Pedroso), o que, aliado ao brasão de armas dos Ataíde, comprova a existência de fidalguia em S. Paio de Oleiros desde épocas pré-
nacionais. A Real Fábrica de Nossa Senhora da Lapa, hoje conhecida como Engenho Velho foi a primeira fábrica de papel do concelho de Santa Maria da Feira, tendo sido fundada em 1708, pelo genovês José Maria Ottone, ou Ottom, de sociedade com Vicente Pedrossen, capitalista da cidade do Porto. Conhecedor da arte de fabricar papel, José Maria Ottone chegara a Portugal em finais do século XVII, tendo conseguido de Pedro II de Portugal um alvará real que lhe conferia a concessão de todo o fabrico de papel desde o Minho até ao Douro. Em 1811, Joaquim de Sá Couto inaugurou, no lugar do Candal, a que haveria de ser “uma das mais antigas e mais bem acreditadas fábricas de papel da Terra da Feira”, onde se fabricava papel de mortalha para tabaco e papel selado, que muitos asseveram ter sido o primero do país, embora o seu uso em Portugal pareça datar de 1660. Foram-lhe atribuídos vários prémios em exposições nacionais e internacionais. Destruída em 1854 e reedificada em 1859, a fábrica possuía motor hidráulico, empregava madeira como matéria-prima e facturava dezasseis contos de réis, dando emprego a 65 operários. Em 1855 inaugurava-se uma fábrica de fiação de algodão também premiada nacional e internacionalmente, a qual empregava 130 pessoas. Duas datas, pela sua enorme importância, marcam a história da freguesia e, ainda hoje, povoam no imaginário comum de São Paio de Oleiros: - Em 23 de Novembro de 1908, procedeu-se à inauguração da Linha Ferroviária do Vale do Vouga, com paragem do Rei D. Manuel II na estação de São Paio de Oleiros. - Em 06 de janeiro de 1909, foram inauguradas as insta-
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lações do Hospital - Asilo de Nossa Senhora da Saúde, evento que mereceu a primeira página no periódico “Primeiro de Janeiro” de 12 de Janeiro de 1909, obra que decorreria das disposições testamentárias de Joaquim de Sá Couto e a que a revista “A Medicina Moderna” chamou de “um monumento de caridade”. Durante décadas, e até à inauguração do Hospital S. Sebastião, este equipamento de saúde assegurou os cuidados médicos hospitalares à população de Santa Maria da Feira. Na actualidade, as instalações do Hospital - Asilo de Nossa Senhora da Saúde foram convertidas e reactivadas para prestação de cuidados continuados. Em termos culturais, São Paio de Oleiros orgulha-se do trabalho e reconhecimento alcançado pelo seu tecido associativo, nomeadamente pelo GRATO - Grupo Recreativo dos Amigos do Teatro de Oleiros, pelo Grupo Musical de São Paio de Oleiros, pela Associação Musical Oleirense. Digno de registo é ainda o Presépio Cavalinho, um dos maiores presépios de toda a Europa e que atrai milhares de visitantes a esta freguesia do município de Santa Maria da Feira. Em termos patrimoniais, destacam-se os edifícios da Igreja Matriz de São Paio de Oleiros, edificada em 1985, apresentando um bom altarmor em renascença D. João V e mais quatro altares laterais maiores e dois menores. Tem amplo coro, esmerado baptistério e duas excelentes e amplas sacristias. De igual modo, salientam-se as Quintas da Cardanha e do Candal, duas imponentes edificações, com inegável interesse arquitectónico e com enorme cariz histórico para a freguesia, para além das capelas do Sameiro, de Nossa Senhora da Saúde e de S. João Batista.
Correio da Feira
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Concelho // Iniciativa da ALPE e AEP
Empreendedores fizeram formação e apresentaram planos de negócio Depois de um percurso formativo de 300 horas, 17 empreendedores do concelho de Santa Maria da Feira apresentaram 14 planos de negócios em áreas diversas. Foi o culminar da iniciativa “Empreender em 5 passos”, da Associação Empresarial de Portugal (AEP), promovida pela Agência Local em Prol do Emprego (ALPE). Todos os participantes deste percurso formativo mostraram interesse em amadurecer uma ideia de negócio e compreender o seu potencial e viabilidade económica. No dia 17 de julho, na ALPE, deram a conhecer ao grupo as suas propostas em áreas diversas, como limpezas domésticas, agricultura biológica e hidroponia, produtos ecológicos, terapia energética, artigos vintage, comércio internacional na área alimentar, comércio de chá e produtos suplementares, soluções imobiliárias e alimentação ao domicílio. Agora, enquadrados no Centro de Apoio ao Empreendedorismo da ALPE, procurarão instrumentos para iniciar a sua atividade económica.
“Empreender em 5 passos”
As cinco fases essenciais do percurso formativo “Empreender em 5 passos” replicam de forma sintética os passos necessários que o empreendedor deve consolidar para encarar com maior possibilidade de sucesso a criação do negócio e projecto profissional. Este percurso permitiu aos potenciais empreendedores aumentar as capacidades de gestão, estimular o espírito criativo e crítico, e desenhar o plano de negócios com vista a iniciar uma atividade empresarial ou converter ativida-
S. João de Ver // Cruzamento da nacional 109 poderá ser de sentido único
Acessos para o Centro Escolar preocupam moradores “As viaturas têm que fazer quase dois quilómetros para voltar à frente das escolas, passando entre construções separadas por cinco metros e pelo perigosíssimo cruzamento da nacional 109 na imediação de Beire” – diz Manuel Sá Fernandes, um residente preocupado com os acessos ao centro escolar de S. João de Ver. “O estrangulamento da Rua das Caniças” e o estado das vias são problemas apontados por este morador.
Por ora, no centro escolar procede-se, segundo o vice-presidente da Câmara, Emídio Sousa, “à pavimentação de toda a parte da frente” do espaço. “Numa segunda fase vamos abrir um arruamento que permite contornar o centro escolar” – adianta o vice-presidente. Quanto ao cruzamento da nacional 109, Emídio Sousa acrescenta que irá ser feito um estudo para ver a possibilidade de aquela rua ser de sentido único.
Pigeiros // Padre Domingos Azevedo Moreira
Figura maior da cultura portuguesahomenageada pelo Município da Feira
des já iniciadas. Ao longo de 300 horas de formação, decorridas na ALPE, em parceria com a AEP, os formandos tiveram a oportunidade de consolidar a ideia de negócio e preparar a sua transformação num negócio que crie riqueza e valor. Refira-se que a ALPE tem apoiado diversas iniciativas de autoemprego. Desde o início do projecto, foram acompanhados pela ALPE 527 inscritos que exploraram a possibilidade de criação do próprio emprego, tendo sido criados e dinamizados até ao momento, através
desta estrutura, 69 negócios. No contexto actual, marcado pelo crescente desemprego e pela precariedade no trabalho, o apoio ao empreendedorismo e à transição para a vida ativa ganham um maior relevo. Por isso, a ALPE tem investido nesta vertente de apoio, contemplando iniciativas de base local que privilegiem sobretudo pessoas desempregadas, jovens à procura do primeiro emprego e ativos em risco de desemprego, bem como iniciativas de empreendedorismo feminino.
Fornos // Município quer diminuir o número de acidentes com a intervenção
Casas do Farinheiro demolidas Iniciaram-se na passada segundafeira as obras de demolição das casas situadas junto ao cruzamento do Farinheiro, em Fornos, que retiravam alguma visibilidade aos automobilistas. Sendo uma zona perigosa para o trânsito, pretende o município alterar a configuração da circulação automóvel, com vista a diminuir o número de acidentes naquele local. Após longo período de negociações com a proprietária do terreno, vai dar-se cumprimento à solução de ordenamento de trânsito encontrada para o efeito. O vice-presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, e o presidente da Junta de Freguesia de Fornos, Luís Santos, estiveram no local das obras. “Após a demolição será feita a reorganização do cruzamento do Farinheiro que irá
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melhorar a circulação automóvel e a acessibilidade aos centros das freguesias de Fornos e Escapães”, referiu o vice-presidente da autarquia feirense. O presidente da Junta de Fornos
congratulou-se por ver concretizado um dos grandes anseios da população de Fornos e das freguesias vizinhas, já que se trata de uma zona de atravessamento e acesso para muitas localidades.
Em reconhecimento do elevado valor humanista, altruísta e científico do Padre Domingos Azevedo Moreira, abade de Pigeiros durante 50 anos, falecido a 10 de janeiro de 2011, o Município de Santa Maria da Feira e a Junta de Freguesia de Pigeiros vão homenagear, no próximo sábado, esta figura maior da cultura portuguesa. Homem de elevada inteligência e cultura, com profundos conhecimentos das línguas clássicas e modernas, de história, de linguística, de filosofia e de teologia, participou em múltiplos congressos nacionais e internacionais e legou-nos uma vasta obra, de elevado valor científico, que lhe valeu o reconhecimento nacional e internacional. Pelas 10h30 realiza-se uma missa solene, na Igreja de Pigeiros, presidida por D. João Lavrador, seguida de descerramento de busto e romagem ao cemitério. À tarde, pelas 15h00, terá início a conferência “Padre Domingos Moreira: o homem e a obra”, no auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, cuja abertura estará a cargo do presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Alfredo Henriques. Serão oradores nesta conferência, com a presença de D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício para a Cultura no Vaticano, os professores catedráticos Cândido dos Santos, (“Os livros na
vida de um pároco de aldeia”), Luís Carlos Amaral, (“O percurso incomum de um historiador invulgar: em torno da obra historiográfica do Padre Domingos A. Moreira”) e Eugénio dos Santos (“Como o Padre Domingos Moreira era visto pelos amigos”). Celestino Portela, membro da Comissão Executiva da Liga dos Amigos da Feira (LAF) encerra o encontro. O programa da homenagem termina com a inauguração da exposição “A Biblioteca de Padre Domingos Azevedo Moreira”, pelas 17h00, na sala de exposições da Biblioteca. Nascido em 1933, em Romariz, Santa Maria da Feira, o Padre Domingos Azevedo Moreira foi, como gostava de referir, abade de Pigeiros durante 50 anos. De uma forma humilde, dedicou toda a sua vida aos seus paroquianos, família e ao estudo, buscando, permanentemente, o conhecimento. Detentor de uma expressiva biblioteca, constituída por cerca de 20 mil documentos e por uma coleção especial de 30 fac-símile, decidiu partilhá-la com a sua comunidade através de doação, por testamento, ao Município, definindo que a biblioteca geral deverá ficar depositada, em sala com o seu nome, em Pigeiros e a biblioteca especial, em cofre, com condições especiais de conservação, que, no caso, será na biblioteca municipal.
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Correio da Feira 22.JUL.2013
Feira // Cerca de 200 utentes atendidos no ano passado
Gabinete para Ostomizados pretende atenuar as dificuldades dos doentes
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Na passada quarta-feira, realizou-se um Encontro de Ostomizados organizado pelo Agrupamento de Centros de Saúde de Entre o Douro e Vouga - Feira/Arouca. Estes doentes, que foram submetidos a uma intervenção cirúrgica que os deixou com um orifício à superfície da pele, têm tendência a isolar-se e a não sair de casa. Nesse sentido foi criado este encontro, que teve lugar no Seminário dos Missionários Passionistas da Feira. “O facto de serem ostomizados não deve ser limitativo para estarem com outras pessoas. Estamos aqui para mostrar a nossa prática, mas também para pensarmos no futuro” – apresentou o enfermeiro José Leite, coordenador da Unidade de Cuidados à Comunidade, onde está inserido o Gabinete de Apoio ao Utente Ostomizado (GAUO), que existe desde 2003. Constituído apenas por enfermeiros, o GAUO nasceu da necessidade de formação para saber lidar com estes doentes. “Para além disso, havia pouca diversidade de materiais, a sala de atendimento era desajustada às nossas necessidades, os doentes nem sempre vinham e às vezes faziam-nos perguntas que nós não sabíamos responder. Não tínhamos resposta capaz” – realça a enfermeira Paula Leite. Alguns destes problemas ainda se mantêm hoje, mas o grande objectivo do GAUO é
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CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA DE AQUEDUTO PÚBLICO SUBTERRÂNEO PARA EXECUÇÃO DA OBRA “BACIAS AFLUENTES AO RIO DOURO— AFLUENTES EM BAIXA” — INDAQUAFFIRA-INDÚSTRIA DE ÁGUAS DE SANTA MARIA DA FEIRA, S.A. EDITAL Nos termos e para os efeitos previstos na parte final do n.º 1 e no n.º2 do artigo 17.0 do Código das Expropriações (Lei n.. 168/99, de 18 de setembro), ficam notificados os proprietários e demais interessados de que ‘o Senhor Secretário de Estado da Administração Local, por despacho de 23 de maio de 2013, publicado no Diário da República, 2.e série, nu 111, de 11 de junho de 2013, a pedido da INDAQUAFeira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A., determinou que: 1 — Os bens imóveis a onerar, com caráter de urgência, pela constituição de servidão administrativa de aqueduto público subterrâneo, necessária à execução dos trabalhos e infraestruturas de saneamento da obra “Bacias Afluentes ao Rio Douro—Afluentes em Baixa”, constam do seguinte mapa:
aproximar os doentes dos enfermeiros para que estes possam contar os seus medos e dificuldades, permitindo que sejam esclarecidos e tratados. O projecto “Viver bem com uma ostomia”, perpetrado pelo GAUO, consiste na prestação de cuidados personalizados, na sinalização de utentes, numa melhor articulação de cuidados e no controlo de custos com o material. “Estimulamos o auto-cuidado. É muito importante os doentes saberem o quanto antes cuidar de si próprios, senão estão sempre pendurados nos outros, o que é complicado” – explica Paula Leite. Os utentes presentes no encontro levantaram algumas questões relativamente às comparticipações dos medicamentos. “Qualquer ostomizado tem direito à comparticipação de material em 90 por cento do que gastou” – disse Paula Leite, ao que uma das doentes presentes respondeu que “em Arouca não é assim, está muito atrasado, nem sequer a pomada dão”. O GAUO funciona todas as sextas-feiras, das 9h às 12h, e conta com o apoio esporádico de médicos, psicólogos e nutricionistas. Fazem ainda visitas ao domicílio, na fase inicial da recuperação. Segundo dados estatísticos apresentados, em 2012 contabilizaram-se 222 utentes com ostomia. Esta doença é mais comum nos homens, sendo que a UCSP Escapães e a USF Famílias, em Lourosa, foram as que mais doentes receberam.
Vale // Na comemoração dos cem anos da Banda Marcial
Banda de Música de Zamora animou comemorações O concerto dado pela Banda de Música de Zamora no auditório de Louredo, no passado dia 12 de Julho, inserido nas comemorações do Centenário da Banda Marcial do Vale, esteve ao rubro. A Banda de Zamora, que foi fundada em meados do século XIX, transformou o serão das mais de duas centenas de pessoas que assistiram ao concerto notável, oferecido por um grupo de “artistas jovens” que bem podem orgulhar-se do momento inesquecível, fazendo o público levantar-se meia dúzia de vezes para aplaudir de pé. A banda já actuou por toda a região espanhola e fora dela, como na República Checa, na Itália, na Áustria, na Suíça, na França e em Vila Franca de Xira (Portugal). Com um repertório desde música clássica a contemporânea, numa noite acolhedora, a Banda de Música de Zamora fez vibrar o público, desde os mais jovens aos menos
jovens, proporcionando-lhes um verdadeiro momento de festa castelhana, ao ouvir Ayamonte de J. Amador, Agua, Azucarillos y aguardiente de F. Chueca, Song for Carolina de L.Pusceddo, Lord Tullamore de C. Wittrock, Sinatra en Concierto com Arr. J.Nowak, Leandro, Sentimiento torero de D. Rivas, Festa Paesana de J. de Hann, España Cañi de P. Marquina, entre outros seis “encore”, dirigida pelo Maestro David Ribas. O presidente da Banda Marcial do Vale, Mário Cadete, referiu nos agradecimentos que “Estamos muito gratos à Banda de Música de Zamora por nos presentear com um excelente concerto, reflectido na paixão do público que aplaudiu de pé várias vezes”. O Maestro David Ribas retribuiu dizendo que para a Banda de Zamora foi um enorme prazer participar em tão nobre comemoração do centenário da Banda Marcial do Vale.
2—A faixa de servidão apresenta uma área total de 4426 ins2, com 885,20 rn de comprimento e 5 ris de largura (2,50 na para cada lado do eixo longitudinal da conduta), e implica os seguintes encargos: _ Ocupação permanente do subsolo na zona de implantação da conduta; _Proibição de qualquer construção ou plantação de árvores a uma distância inferior a 2,5m para cada lado do eixo da conduta: _ Obrigação de ser respeitada e reconhecida, bens cotam a zona aérea ou subterrânea de incidência, e de abstenção de serem efetuadas escavações, de ser edificado qualquer tipo de construção duradoura ou precária, ou de serem plantadas árvores de qualquer espécie perene, de porte médio ou grande, ou cuja raiz atinja profundidades superiores a 0,80m; _ Obrigação de ser mantida livre a respetiva área e de ser consentido, sempre que necessário, o seu acesso e ocupação pelas entidades beneficiárias, nos termos e para os efeitos do preceituado nos artigos 1.2 e 2.0 do Decreto-Lei n.0 34021, de 11 de outubro de 1944. DIREÇÃO-GERAL DAS AUTARQUIAS LOCAIS (24/06 /2013) O Subdiretor-Geral, Eugénio Barata Correio da Feira, nº 5824 de 15/07/2013
Correio da Feira
22.JUL.2013
S. João de Ver // Jovem não estava à espera das distinções recebidas
António Carneiro brilha nas Olimpíadas da Física
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Santa Maria da Feira // Terrenos seriam cedidos pela Câmara ou Junta
BE defende a criação de hortas comunitárias para ajudar famílias
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
“Foi mesmo inesperado. Tinhame corrido muito mal a prova, já estava à espera para vir embora. Estava a ouvir os nomes e depois disseram o meu. Foi dos dias mais felizes, senti-me mesmo bem” – conta o jovem António Carneiro, de 17 anos, que participou recentemente nas Olimpíadas da Física, nas quais arrecadou o 3.º lugar a nível regional e uma menção honrosa a nível nacional. Esta não foi a primeira vez que participou nestas Olimpíadas. Estreou-se no 9.º ano mas foi nestas últimas que “chegou mais longe”. Participante assíduo destas iniciativas, António Carneiro já fez parte também das Olimpíadas da Matemática, Química e Biologia. “Gosto mesmo muito de Física. Achei que era um desafio interessante e que podia contribuir em grande escala para o meu futuro” – afirma o jovem, que, quando questionado sobre o que mais gosta na disciplina, fica sem conseguir escolher entre as várias matérias. “Tanta coisa. Gosto de movimentos, radiação, gosto muito de falar dos átomos, energias. Praticamente tudo me fascina na Física” – aponta António Carneiro, que já tem uma noção da área que quer seguir. “Penso seguir ou Física ou alguma coisa relacionada, como Engenharia Aeroespacial ou
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Aeronáutica” – adianta. Para António Carneiro, as Olimpíadas são boas iniciativas para os jovens apostarem no seu futuro. “É um bom ponto de partida para o futuro. As universidades ficam a conhecer-te melhor e ficas em vantagem em relação aos outros” – afirma o jovem, que diz que aprendeu muitas coisas com a participação nestes eventos, como a “socializar com pessoas que não conhecia” e a perceber que “nós não somos os melhores, há sempre alguém melhor do que nós”. Os pais e os professores da Escola Secundária da Feira ficaram
muito orgulhosos pela distinção e António Carneiro não se cansou de receber “parabéns”. “A minha professora de Físico-Química deu-me os parabéns. Disse que já estava à espera e que estava orgulhosa” – conta o jovem. As próximas competições já estão agendadas, entre elas as Olimpíadas Ibero-Americanas e Internacionais, que se realizam no próximo ano, mas primeiro António Carneiro tem que ser seleccionado. “Agora somos 20, depois vão 5 para um lado e 5 para o outro. Mas ainda falta muito para isso. Primeiro tenho a fase de selecção” – adianta o jovem.
Santa Maria da Feira // Regressam no início do próximo mês de Setembro
Rosto Solidário envia cinco voluntárias para missão de verão em Angola Partiu, na passada quinta-feira, mais uma remessa de jovens voluntárias da Rosto Solidário, desta feita rumo a Angola. Durante o último ano, cinco jovens juntaram-se ao grupo, bem mais alargado, do Voluntariado Passionista, preparando-se, em formações a nível interno e nacional, para seguir viagem rumo a terras angolanas. A missão de desenvolvimento, cujo financiamento foi obtido através de acções de angariação de fundos promovidas pelos próprios voluntários, tem, como em anos anteriores, uma duração prevista de dois meses. Fabiana, de Caldas de S. Jorge, Sara, de Valongo, e Helena, de Barcelos, assentarão arraiais nos Zangos, arredores de Luanda, trabalhando em estreita colaboração com as Irmãs Salesianas e contando com o apoio – e apoiando – a missão Passionista na zona do Calumbo. As três jovens promoverão, no Centro de Formação Profissional (CESA) da responsabilidade das referidas irmãs, actividades ligadas à
O Bloco de Esquerda (BE) apresentou, em comunicado, uma proposta que visa a criação de hortas comunitárias para ajudar na redução das despesas das famílias. “Neste momento, em Santa Maria da Feira, um significativo número de pessoas desejaria ter acesso a um pequeno lote de terreno onde pudesse fazer a sua própria horta e, assim, preencher algumas das suas necessidades alimentares. A possibilidade de algumas pessoas atingidas pelo desemprego, com o seu poder de compra diminuído, produzirem alguns bens alimentares proporciona também uma possibilidade de poupança nos rendimentos das famílias que não deve ser desvalorizada ou desaproveitada pela Câmara Municipal” – afirma o partido em comunicado. “Há pessoas que vêm falar connosco a dizer que existe uma série de terrenos da Câmara ou da Junta ao abandono, como por exemplo na Quinta do Areeiro. São terrenos do domínio público que estão a virar mato e nada mais. Não estão a servir nem para alimento nem para lazer. Os moradores gostariam de poder trabalhar essa terra” – diz o presidente da concelhia do BE, Moisés Ferreira. Os terrenos, segundo o presidente, poderiam ser cedidos pela Câmara ou pela Junta para as pessoas “cultivarem o que bem entenderem”. “Muitos desses terrenos teriam primeiro que ser limpos. Depois poderiam ser divididos em talhões de 100 metros
ou consoante o que as pessoas quisessem. Abrem-se candidaturas e a Câmara abre terreno para as pessoas cultivarem. Nunca deixariam de ser propriedade pública, seriam apenas cedidos” – sublinha Moisés Ferreira. Com a produção dos seus próprios alimentos, as famílias veriam a factura reduzir no final do mês. “Perante a grave crise social que se vive no país, ter mecanismos deste tipo pode ajudar as famílias a obter o que falta em muitas casas: o seu próprio alimento. Para além disso, existem muitos outros benefícios, como o facto de a agricultura biológica ser mais saudável e a própria alimentação das pessoas que, ao cultivarem os seus legumes, passam a incluilos com mais frequência na sua alimentação. Teria um impacto directo nas famílias, no ambiente e na saúde pública” – aponta Moisés Ferreira. Em comunicado, o partido afirma ainda que “as condições a reunir nestas pequenas explorações agrícolas urbanas devem garantir o fornecimento de águas para regas e a construção de um pequeno armazém colectivo para guardar ferramentas, alfaias, sementes, fertilizantes e outros objectos e produtos necessários ao bom cultivo das hortas”. “Para o BE, as hortas comunitárias fomentam práticas de consumo mais equilibradas, ampliam a biodiversidade, alicerçam a consciência da necessidade de um desenvolvimento sustentável e, potenciando a convivência familiar e comunitária, contribuem para uma melhor consciência ambiental”.
Lourosa // Intitulado de Super Avós e Netos
Zoo de Lourosa recria convívio de jogos de outros tempos alfabetização, formação relativa à sexualidade, higiene e cozinha, ensino de línguas estrangeiras, teatro, dança e catequização, actuando também junto das comunidades periodicamente visitadas pelos padres Passionistas. Ontem foi a vez de Umbelina, de Braga, e Teresa, de Viana do Castelo, rumarem ao norte de Angola, ao Uíge, onde, inseridas na Missão Passionista local, apoiarão, no Centro Cultural de Santa Cruz, a formação de formadores
e líderes de grupos juvenis, e os cursos de Inglês e informática, respectivamente. No princípio de Setembro esperase que todas estejam de regresso de uma viagem que certamente as marcará de muitas formas positivas. Por essa altura a Rosto Solidário estará já a preparar o envio de duas outras voluntárias, as primeiras que permanecerão em terra de missão pelo período de um ano, perfazendo um total de sete voluntárias.
No próximo dia 26 de Julho celebra-se a efeméride que festeja os Avós. Com este pretexto, o Zoo de Lourosa leva a cabo mais uma actividade, Super Avós e Netos, que pretende por à prova duas gerações – Avós e Netos. A iniciativa decorrerá no próximo domingo, entre as 14h30 e as 17h30. Numa verdadeira “arena de jogos” será feita uma viagem no tempo e dar-se-ão a conhecer aos mais novos as brincadeiras que faziam
parte dos dias dos patriarcas das suas famílias. O jogo do peão, o arco, o jogo das latas e muitos outros jogos tradicionais farão o grande desafio para os mais novos e a alegria dos mais velhos. São 13 jogos tradicionais que se assumem como um desafio para que os mais pequenos ponham à prova a sua destreza e que “vivam” por um dia sem jogos virtuais. A actividade é gratuita e está incluída no custo do bilhete de entrada no parque.
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Correio da Feira 22.JUL.2013
CDU // União de Freguesias de Feira, Espargo, Travanca e Sanfins
Ricardo Silva é o candidato à assembleia
Ricardo Silva é o candidato da CDU à Assembleia da União de Freguesias de Santa Maria da da Feira, Espargo, Travanca e Sanfins. Aos 33 anos, o técnico de sistemas na Brisa Auto Estradas, licenciado em Engenharia da Protecção Civil no ISEC,
volta a concorrer ao cargo, sendo que num âmbito mais alargado, visto que, em 2009, candidatou-se apenas à Assembleia da freguesia de Sanfins. Ricardo Silva foi igualmente candidato à Assembleia Municipal Santa Maria Feira em 2005 e 2009.
Não baixar os braços
Quem anda a tramar o PDM? O PDM- Plano Diretor Municipal caducou há mais de 10 anos!... apesar de o PDM ser o principal documento estratégico do município, espécie de Bíblia Urbanística do Município foi metido na gaveta! Desde o início do século que andam a prometer a sua revisão. Mas já são mais de dez anos em que os prejuízos decorrentes para o município e para os cidadãos são muito elevados… E isto, porque: As orientações para o desenvolvimento do concelho perderam no tempo a sua eficiência. Eternizar a sua atualização, adiar melhorias para o tornar mais eficaz é o melhor exemplo da mediocridade dos atuais responsáveis pelo planeamento e ordenamento do nosso território. Só uma gestão incompetente se explica este eterno adiamento da Revisão do PDM. Naturalmente quando o vereador do Urbanismo vem a público mentir repetidamente, lutando desesperadamente em luta pela sua sobrevivência profissional através da política - porque se perder as eleições perde o emprego – percebese melhor porque é que não hesita em recorrer a declarações repugnantes e vergonhosas contra o adversário. Sabemos das continuadas promessas não cumpridas da Revisão do PDM porque a este executivo sempre interessou criar dificuldades para vender facilidades. Percebemos os inúmeros interesses que estão por detrás destes negócios, em que dá jeito manter o PDM no actual estado, para facilitar aos amigos a engorda com jogadas do que se pode fazer antes e depois: - Antes, não se podia construir; depois, se der jeito aos amigos, já se pode; - Antes, o espaço valia 1Euro /m2; de-
pois, se der jeito aos amigos, passa a valer 40 Euros/m2; - Antes, passava uma estrada; Depois, já não passa porque o Vereador a mandou desviar; - Antes, era ilegal construir mais que 2 andares; Depois, se der jeito aos amigos, faz-se um estudo à maneira, para se poder construir 3 ou 4; - Antes, a Câmara Municipal previa no PDM a construção de um Parque Empresarial de Cortiça (PEC) e pagou mais de 2 milhões de euros por terrenos desadequados; Depois, meteu esse investimento na gaveta!... como no fracassado caso da Zona Industrial de Romariz/Pigeiros. Nuns casos e noutros, ninguém desta Câmara da Feira assume estes prejuízos no erário público. Pior, parece que esses (i)responsáveis vão merecer ser candidatos pelo PSD!... A incompetência no PSD é premiada!…Porém, quem paga esses descalabros financeiros são os feirenses. Mas está a chegar a hora de os cidadãos de todo o Concelho pedirem responsabilidades a quem tem andado a enganá-los na gestão da autarquia. Os feirenses têm de ser informados, para desmascarar os mentirosos que estão a arruinar o nosso concelho! Isto não pode continuar! Não é possível que as pessoas continuem a alhear-se! É preciso correr com os traidores que acabaram com as freguesias do nosso concelho. Quem prometeu há tantos anos fazer a revisão do PDM e volta a prometer agora, sem nada ter feito, não merece a confiança dos eleitores. Está na hora de mudar uma gestão falhada, viciada que enterrou as fi nanças municipais num poço sem fundo, à beira da falência. Aja na mudança …“Muda e Deus ajuda”. António Cardoso, 1º eleito na Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
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Correio da Feira
22.JUL.2013
PS // Cristina Pires candidata-se na freguesia oleirense e Alexandra Sousa na lamacense
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Da assembleia de freguesia de S. J. Ver
Partido Socialista de Santa Maria da Feira apresentou candidatas às Juntas de Freguesia de S. Paio de Oleiros e Santa Maria de Lamas Sampaio Maia No passado dia 12 de Julho, Cristina Pires apresentou a candidatura à Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros, reunindo dezenas de pessoas na sede do PS da freguesia. Na sua intervenção, Eduardo Cavaco valorizou o percurso académico e afirmou que a candidata é uma mulher determinada e que tem provas já dadas de serviço à comunidade oleirense. “Tenho muita confiança no seu projecto para Oleiros e acredito verdadeiramente que com ela iremos vencer as eleições nesta freguesia”, garantiu. Cristina Pires resumiu os problemas que afectam a sua freguesia. “Passam desde de infraestrututras, de requalificação urbana de algumas áreas em S. Paio de Oleiros, de melhoramento das estradas, lutar e forçar pela construção de outro tipo de infraestruturas que fazem falta na nossa terra mas mais importante que tudo isto, a limpeza das ruas, o embelezamento da terra, o ambiente no geral (tão mal tratado nos últimos anos) poderíamos enumerar uma lista de promessas que não foram cumpridas. Retomar o tão necessário apoio às colectividades e reforçar a animação cultural e dinâmica associativa. Pretendemos tornar a nossa vila num local de paragem e não de passagem”. Por fim, a candidata do PS à Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros ressalvou que é com a juventude que se constrói o futuro. Acrescentou ainda que “estamos numa época em que os políticos nos
mandam embora das nossas casas, terras, país”. “Vamos contrariar esta vontade em destruir o que é nosso e deixem-nos ficar, permitam que estes jovens vos mostrem a energia que nos têm mostrado; e deixemnos trabalhar, deixem-nos marcar a diferença” – concluiu. Já Alexandra Sousa anunciou a sua candidatura à Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas, pelo Partido Socialista, no dia 13 de Julho, no Parque da sua vila, rodeada de apoiantes. Eduardo Cavaco enalteceu “a forma séria e competente” como a autarca tem lutado pelos interesses dos lamacenses e salientou que é “conhecedora dos problemas da sua freguesia e tem as propostas correctas para que Lamas seja uma terra diferente e melhor.” No seu discurso de apresentação, Alexandra Sousa falou do “Projecto Lamas” que lidera e que abrange uma equipa jovem, dinâmica e responsável. Referiu que nele “há lugar para todos os lamacenses que pretendam desenvolver na sua terra, a qualidade de vida e o prestígio social a que temos direito”. Segundo a candidata, é necessário começar a trabalhar nos problemas que parecem mais básicos e simples. “A nossa vila merece que nos empenhemos ao máximo pelas pessoas, garantindo qualidade em serviços como o abastecimento de água, saneamento básico, limpeza das ruas e o melhoramento das estradas da nossa vila”, afirmou.
Cristina Pires
Fotos: DR
Alexandra Sousa
apresenta a demissão
Sampaio Maia vai abandonar o cargo que exercia na assembleia de freguesia de S. João de Ver. Ao que o Correio da Feira apurou, as razões para esta tomada de decisão prendem-se com algumas atitudes de gestão e quebras de compromisso do actual presidente da Junta de Freguesia sanjoanense, Amaro Bento Araújo. Sampaio Maia era uma das vozes mais respeitadas da assembleia de freguesia de S. João de Ver.
Para mais um mandato em Milheirós de Poiares PS indignado com declarações do PSD
A Comissão Política Concelhia do PS emitiu um comunicado, com oito pontos, no qual lamenta “as repugnantes declarações proferidas por um dos principais rostos da Câmara Municipal, o vereador do Urbanismo, José Manuel Oliveira, associadas a um alegado artigo de opinião que visa exclusivamente a vida pessoal e empresarial do candidato do PS”. O documento refere ainda que “as mentiras e falsidades proferidas atingem outros elementos do PS” e atinge ainda Ricardo Pinheiro, por uma rubrica publicada no Jornal Terras da Feira. Os socialistas finalizam o comunicado sublinhando que “Eduardo Cavaco foi e é, a única escolha do PS-Feira para liderar a candidatura do Partido Socialista” à Câmara e desafia José Manuel Oliveira a “provar o que afirma quantos às alegadas escolhas do PS-Feira, ou fica demonstrado que é o pesopesado dos mentirosos”. “O Secretariado do PS exige ser respeitado” - fecha o documento, que refere que “estará solidário com Eduardo Cavaco caso entenda proceder criminalmente contra os autores dessa ofensa contra a sua integridade moral, pessoal e profissional”.
Augusto Pinho Santos volta a candidatar-se A secção do Partido Socialista de Milheirós de Poiares informou que Augusto Pinho Santos aceitou recandidatar-se ao cargo de presidente da Junta de Freguesia. Em comunicado, os socialista referem que “a decisão foi aclamada pelo grupo alargado presente na reunião tida no passado dia 15 de Julho, que destacou o trabalho de gestão e organização da autarquia, bem como a aproximação criada entre a autarquia e os cidadãos”. Publicidade
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Correio da Feira 22.JUL.2013
Paços de Brandão // Centro Social é o quarto maior empreendedor na freguesia
“Com amor fazemos uma família e a instituição é uma família”
A comemorar 30 anos, o Centro Social de Paços de Brandão passa por tempos difíceis. Para além de ter de lidar com um “ratear de utentes” devido à realidade de crise em que vivemos, as novas regras da Segurança Social vieram piorar ainda mais a situação. Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Rosa Reis Amorim, de 95 anos, já frequenta o Centro Social de Paços de Brandão (CSPB) há quase dez anos. “Estou muito contente por estar aqui. Chega a segunda-feira e estou morta por vir para cá. Ao menos aqui tenho companhia, em casa não tenho. Gosto muito das doutoras. Se precisarmos de alguma coisa, elas estão sempre prontas para ir connosco” – conta. Também Álvaro Couto, de 94 anos, é um utente fiel ao CSPB há cerca de 15 anos. “Não há outro convívio senão este. Para as pessoas idosas, é bom. Se não fosse estas casas, seria muito pior” – afirma
Álvaro Couto. O antigo canalizador adora estar ocupado. “O que eu mais gosto aqui no centro é que me dêem trabalhos para passar o meu tempo. Sinto-me satisfeito em estar a fazer isto ou aquilo” – comenta.
Três espaços distintos para as diversas valências
São três os edifícios que constituem hoje o CSPB. Na Rua da Lavoura, onde se vislumbra a antiga casa da família Veríssimo, que foi onde tudo começou, encontra-se o Centro de Dia, o Serviço de Apoio ao Domicílio
(SAD) e o Atendimento e Acompanhamento Social, que dá resposta a pessoas em situações de emergência social. O ATL (1.º e 2.º Ciclo) e Pré-Escolar ficaram num complexo na Urbanização das Brévias e estão localizados perto da creche, que ficou com um espaço só para si, uns metros mais abaixo. Os terrenos em que se encontram os edifícios foram sendo doados por várias famílias da freguesia, sendo que as últimas obras realizadas foram em 2011, quando o segundo edifício, onde fica também a sede administrativa, foi ampliado para incluir o Pré-Escolar.
O CSPB alberga um total de 350 utentes nas várias valências. As crianças estão sob a alçada da directora técnica da infância, Vânia Oliveira. “O meu espírito enquanto educadora social é estar 24 sobre 24 horas para todos, principalmente para os pais. Temos que zelar pelo bem-estar dos meninos, ser o seu porto seguro” – afirma. As crianças têm um plano de actividades feito especialmente para si. “Temos agora uma fantástica ludoteca, com uma salinha de cinema, porque muitos deles queriam ir ao cinema” – conta Vânia Oliveira. Para além disso, realizam peddypapers e interagem
com as associações da freguesia. “Aproveitamos o clube de ténis, a Quinta do Engenho, o CIRAC, o jornal local, as indústrias, tudo o que tiver aqui na freguesia” – adianta Vânia Oliveira, que frisa a importância de gostar daquilo que se faz: “O maior valor desta instituição é o amor que diariamente proporcionamos às crianças. Com amor fazemos uma família e a instituição é uma família”. A coordenar as valências de Centro de Dia, SAD e Atendimento e Acompanhamento Social, o director técnico dos idosos, Filipe Sá, salienta que, para lidar com esta faixa etária, é necessário
Correio da Feira
22.JUL.2013
ajustarmo-nos à sua personalidade. “Temos que nos adaptar à maneira de ser deles. Uma pessoa com 60 anos sempre viveu assim, não imagina o que é viver de outra maneira. Temos que tentar enquadrá-la no grupo e não a isolar” – diz Filipe Sá. Actividades como ir aos fados, visitar a Santa Maria de Adelaide, a Festa da Fogaceira ou o Concurso do Ovo da Páscoa são importantes para a qualidade de vida dos seniores. “Qualquer coisa que surja, que seja do interesse deles, nós rapidamente organizamos no sentido de os poder levar lá” – refere Filipe Sá. Para além disso, têm uma animadora que os acompanha constantemente, “que lhes dá atenção e carinho e apoia em qualquer dificuldade que tenham”.
São 30 anos com balanço positivo mas a viver, agora, muitas dificuldades
“É um balanço muito positivo. Estamos a falar de uma instituição que é uma referência. É o quarto maior empreendedor na freguesia e é com algum orgulho que o digo. O CSPB afirmou-se e, hoje, é uma das instituições de maior relevo na freguesia. É uma instituição aberta à comunidade, que tem serviços e respostas de qualidade” – afirma Carlos Neves. Mas o centro vive tempos difíceis. Primeiro tem que lidar com o “ratear de utentes”, causado por factores como as muitas respostas sociais existentes para um número cada vez menor de crianças, o fenómeno da emigração, e, claro, a própria crise, que deixou muitos pais acumularem dívidas no centro. “Estamos a trabalhar abaixo da linha da água. Não temos hipótese. O ano passado
andávamos com as coisas muito equilibradas, nunca sobrou” – conta Carlos Neves. Tudo piorou agora, com as novas regras da Segurança Social, que vêm reestruturar os acordos de cooperação. “Temos um acordo para 66 crianças. Durante 20 anos tivemos sempre 66, 67, 68 crianças. Por termos a mais, nunca recebemos um cêntimo. Agora fomos chamados para nos dizerem o seguinte: “Os senhores têm um acordo de 66 crianças, que nós vamos avaliar durante quatro meses. Se só tiverem 50 de média, só vos vamos dar o valor pelas 50 e ao fim de quatro meses o acordo, que era de 66, reduz para 50. Se no mês seguinte já tivermos 52, 53 ou 54, só pagam por 50”” – explica Carlos Neves. Para o presidente da Direcção do CSPB, este novo modelo vai provocar um aumento do desemprego. “Não consigo manter com 50 crianças aquilo que mantinha com 66. Não tenho hipótese, vou ter que fazer a extinção de postos de trabalho. É uma morte anunciada para as instituições. Só vão ficar aquelas que têm muitos utentes” – afirma Carlos Neves. Mas o presidente da Direcção do CSPB não desanima e recorda o lema do centro. “Não estamos nunca satisfeitos e não nos posicionamos naquele papel de missão cumprida. O nosso slogan é “Inovar para Melhor Cuidar” e a inovação nunca pára. Tendo como missão melhor cuidar, nunca temos limites. É através da procura contínua desta melhoria que a evolução se vai fazendo. Olhando para trás, ficamos mais motivados para o futuro porque sabemos que ainda há muito por fazer” – aponta Carlos Neves.
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“Temos que ser, agora mais do que nunca, criativos”
Projectos para contrariar as dificuldades São grandes os obstáculos que se colocam ao Centro Social de Paços de Brandão nos dias que correm, mas nem por isso deixam de inovar e pensar em projectos que contrariem esta tendência. O grande projecto pensado para o Centro Social de Paços de Brandão (CSPB) é a única valência que lhe falta: o lar para idosos. “Falta-nos o lar. Paços de Brandão não tem lar e é a freguesia do município com o índice de velhice mais elevado. Percebemos que uma resposta de lar era essencial e fizemos, em 2010, a candidatura para o termos. Mas o projecto acabou por não ser aprovado, foi um processo muito complexo” – adianta o presidente da Direcção do Centro Social, Carlos Neves. O projecto pressupunha que todas as valências fossem congregadas no espaço onde hoje se encontra o ATL e Pré-Escolar, ficando apenas a creche no seu edifício, 50 metros mais abaixo. “Ficávamos aqui com tudo integrado” – sintetiza Carlos Neves. Apesar de não ter conseguido aprovação, o presidente do Centro Social salienta que o projecto não morreu, mas, hoje em dia, não é possível fazer investimentos desse tipo. “Não morreu de forma alguma mas com a realidade que hoje temos, não vou estar a dizer que é uma prioridade. Fazer um investimento dessa natureza, que seria o maior investimento
da associação, era comprometer a solvidade do projecto, das seis valências que possuímos. Temos os pés assentes na terra e sabemos perfeitamente quais as dificuldades que existem. Ao fazermos investimento será em prol do utente, criando serviços mais acessíveis, não descurando a qualidade. O projecto em que vamos apostar agora é o utente” – adianta Carlos Neves.
Banco de medicamentos, centro de estudos e serviço de reparações
Iniciativas mais comedidas, mas igualmente necessárias, surgiram igualmente nas cabeças da equipa do Centro Social. “As nossas valências terminam, no caso dos jovens, no 2.º ciclo. Queremos apostar nesse público. Estamos a pensar criar um centro de estudos com actividades extracurriculares que sejam enriquecedoras do ponto de vista do ensino” – acrescenta Carlos Neves. Mas não só os jovens são alvo de novas ideias. Para os idosos pensou-se num banco de medicamentos, já que é cada vez mais difícil assegurarem a
compra de toda a medicação que necessitam, e um serviço de reparações ao domicílio. “Temos a ideia de criar um projecto que vise pequenas reparações ao domicílio. Um serviço para os nossos utentes de SAD e Centro de Dia que, muitas vezes, precisam de intervenções nas suas residências e não têm como se deslocar. Percebemos que há aqui um mercado e é esse mercado que vamos procurar” – aponta. Todos estes projectos servem como mais uma forma para a associação se financiar. “Temos que criar alternativas que permitam à instituição rentabilizar as suas instalações e conseguir, com os serviços de proximidade junto das populações, encontrar uma outra fonte de receita. Com a necessidade, encontrarmos serviços que podem ser de valor acrescentado para os nossos utentes e, quem sabe, ganhar novos utentes. Temos que ser, agora mais do que nunca, criativos e, como diz o ditado, “quem não tem cão, caça com gato”. Estamos abertos a parcerias e a todo o tipo de iniciativas que visem a sustentabilidade da instituição” – conclui Carlos Neves.
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Fornos // Grupos estão alojados na EB 2, 3 de Argoncilhe
Gala de abertura das Danças do Mundo mostrou nove culturas diferentes
O espectáculo, que já se realiza há mais de uma década, voltou a atrair muitos curiosos à sua Gala de Abertura, que teve lugar em Fornos, na passada quinta-feira. “Os beneficiados deste evento são todos aqueles que assistem a este espectáculo. Devem ter orgulho neste evento, organizado pela Casa da Gaia, porque é um exemplo daquilo que de bem se faz no nosso Concelho em termos de cultura” – disse o presidente da Casa da Gaia – Centro de Cultura Desporto e Recreio de Argoncilhe, Domingos Florim, ao Correio da Feira. Este ano são nove os países participantes, entre eles Polónia, Sérvia, Espanha, Itália, Rússia, Porto Rico, México e claro Portugal. Podem ainda juntar-se mais tarde ao cartaz a Eslovénia e a
Bulgária. “O grande objectivo é trazermos ao concelho de Santa Maria da Feira, e não só, várias culturas dos diversos países que existem por esse Universo fora. O intercâmbio que existe, as amizades que se criam ao longo do evento e a troca de experiências são maravilhosos, fabulosos mesmo” – afirma Domingos Florim. Os grupos estão alojados na EB 2, 3 de Argoncilhe. A abrir o espectáculo esteve a Escola de Ballet da Casa da Gaia, com seis bailarinas a dançar ao som de “Chuva” da fadista Mariza. O presidente da Junta de Freguesia de Fornos, Luís Santos, entregou ainda algumas lembranças aos grupos participantes e ao presidente da Casa da Gaia. “Foi um desafio organizarmos um espectáculo desta envergadura mas
é de desafios que a gente vive, de alcançar metas. Esperamos que seja um sucesso para todos e que no próximo ano estejamos cá outra vez. Desfrutem e passem momentos agradáveis na companhia das outras culturas. Hoje Fornos é a capital do Concelho e do mundo de folclore” – referiu Luís Santos. Presentes também no evento estiveram os presidentes das Juntas de Argoncilhe, Milheirós, Rio Meão e Souto e a vereadora com o pelouro do Turismo, Biblioteca e Museus, Teresa Vieira. O evento prolonga-se por doze dias, terminando no próximo domingo. Com um total que ronda os 500 participantes, percorre cerca de 12 freguesias do município e um número razoável de concelhos vizinhos.
Caldas de S. Jorge // Defende que figura histórica deveria ser melhor estudada
Joaquim Magalhães Castro lança novo livro sobre Fernão Mendes Pinto “Na senda de Fernão Mendes Pinto” volta a falar sobre o aventureiro mas, desta vez, inclui o relato das experiências vividas por Joaquim Magalhães Castro a acompanhar as suas fotografias. O autor das Caldas de S. Jorge realça a importância desta personagem histórica que ainda não é estudada o suficiente no nosso país. “É uma figura que eu admiro muito. Fernão Mendes Pinto foi um dos maiores aventureiros de todos os tempos, numa época em que viajava muito pouca gente para a Ásia. Escreveu um livro, A Peregrinação, que devia ser uma referência e não é, devia ser obrigatório nas escolas e não é. Continua a ser uma figura mal estudada” – critica Joaquim Castro. O autor seguiu o percurso geográfico de Mendes Pinto e fez um
paralelo entre o antes e o agora. Para além de divulgar o aventureiro, o objectivo de Joaquim Castro passou também por desmistificar a ideia de que Mendes Pinto inventou o que escreveu. Presentes no lançamento do livro, na passada sexta-feira, nas Termas das Caldas de S. Jorge, estiveram a vereadora com o pelouro
do Turismo, Biblioteca e Museus, Teresa Vieira, e o médico e escritor Miguel Miranda. Com “muitos livros em carteira”, Joaquim Castro pretende continuar a fazer relatos de viagens, incluindo “os cheiros e os sabores”, com uma abordagem histórica, já que “a realidade é tão rica, assim como a passagem portuguesa pelo mundo”.
Santa Maria da Feira // De 1 a 11 de Agosto
17.ª edição da Viagem Medieval tem um orçamento de 900 mil euros
A 17.ª edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria decorrerá entre os dias 1 e 11 de Agosto e vai recriar episódios do reinado de D. Afonso II, o terceiro rei de Portugal. Durante onze dias, Santa Maria da Feira veste-se a rigor, oferecendo aos residentes e visitantes vivências singulares de memórias da época medieval, recriadas em ambientes históricos, sustentados pelo seu património arquitectónico e natural, onde reina a festa, a animação, o lazer e a gastronomia. Conhecer a Viagem Medieval é viver uma experiência cultural diferente. O rigor histórico, dimensão e envolvimento das gentes locais fazem deste evento um produto cultural amplo e abrangente para os vários tipos de públicos. É o maior evento de recriação medieval da Península Hispânica. Trocando esta ideia por números, estarão à disposição dos visitantes 31 áreas temáticas, dinamizadas pelas 78 entidades presentes. A organização do evento contará com 76 elementos, que terão o precioso apoio dos 390 voluntários. No total haverão 135 horas de animação, preenchidas por 312 espectáculos, protagonizados por 930 intervenientes directos. Haverão ainda 1400 performances de animação circulante. A Feira Franca – Artesãos, Artífices, Mercadores e Regatões será composta por 215 elementos. Diariamente estarão a trabalhar mais de 2000 pessoas.
O orçamento para a edição 2013 da Viagem Medieval está estimado em 900 mil euros, sendo que são esperados cerca de 500 mil visitantes no centro histórico de Santa Maria da Feira, durante os onze dias em que decorrerá o evento. Como principais destaques da maior recriação medieval da Península Hispânica, realce para as inúmeras recriações históricas, para os espectáculos diários e para a animação circulante, que contará com as performances de saltimbancos e outros artistas pelas ruas da cidade. Quanto às áreas alimentares, são compostas por quatro zonas de tabernas e sete restaurantes, cinco na zona do Rossio, um no Castelo e um outro, árabe, no Mercado Municipal. No total estarão presentes na 17.ª Viagem Medieval em Terra de Santa Maria 59 associações concelhias, 18 oriundas de vários pontos do país e duas espanholas. À semelhança do que vem acontecendo nos últimos anos, o acesso ao recinto está condicionado à compra de uma pulseira que, caso seja adquirida previamente, tem o custo de 3 euros. O preço sobe para 4 euros se a mesma for comprada durante o evento. O visitante pode ainda optar por comprar o bilhete diário, com o custo de 2 euros. No primeiro dia do evento a entrada é livre, tal como para crianças até 1,30 metros de altura.
Cidade “veste-se” para a Viagem Medieval Os moradores da cidade de Santa Maria da Feira são, mais uma vez, convidados a decorar as varandas e janelas das suas habitações com o pendão da Viagem Medieval, preferencialmente até 27 de julho, ajudando a criar um ambiente festivo e acolhedor durante o evento, que vai realizar-se entre 1 e 11 de agosto. A organização sugere aos moradores que recuperem o pendão utilizado em edições anteriores ou adquiram um na Loja Oficial do evento, na Casa do Moinho (junto à Piscina Municipal) ou no Posto de Turismo, e que o coloquem nas varandas ou janelas das habitações.
“A Viagem Medieval foi, recentemente, distinguida com os prémios “Melhor Evento Cultural 2012” e “Melhor Animação/ Performance em Evento Cultural 2012”, na Gala dos Eventos. Estes prémios são de todos nós, pois reconhecem e valorizam a forma como toda a comunidade se envolve neste projeto”, lê-se no flyer distribuído pelas caixas de correio das habitações da cidade. Refira-se que, na Loja Oficial, para além dos pendões, os visitantes poderão adquirir trajes medievais e toda a linha de merchandising do evento, bem como as pulseiras e os bilhetes de acesso ao recinto.
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Testes genéticos mais perto de si. Querendo estar sempre na linha da frente para inovação em cuidados de saúde, a Walk’in Clinics celebrou um acordo com a CGC Genetics, laboratórios genéticos líderes em qualidade e inovação. O foco na prevenção, indispensável para a melhoria de qualidade de vida, é a base dos testes actuais na genética. As novas metodologias de diagnóstico, como os microarrays – que permitem numa só amostra de ADN pesquisar um número elevado de marcadores genéticos e determinar o perfil genético do indivíduo – lançaram as bases para a medicina actual, individualizada e preventiva, cujo objectivo é prever e prevenir. Todos nós podemos ter uma alteração genética, pequena ou grande, ligeira ou grave. Por exemplo, uma alteração muito pequena poderá indicar que nós poderemos desenvolver um cancro, que temos risco de trombose e muitas outras doenças variadas. Dito de uma forma geral, vamos tendencialmente abandonar o estilo de medicina curativa, onde se trata a doença já instalada, e passar para uma medicina preventiva e preditiva onde identificamos, através da genética, os indivíduos susceptíveis a desenvolverem doenças. Este facto importante permite gerir a doença antes do seu aparecimento. Hoje em dia gastamos muitos recursos em medicamentos, e a genética diz-nos que muitos desses medicamentos não são eficientes para determinado indivíduo ou que a sua dosagem não está correcta, pois ela não está adequada ao perfil da pessoa. Uma das áreas emergentes na genética e que o CGC Genetics tem investido é a Farmacogenética. Existe variabilidade na forma como os indivíduos respondem aos fármacos ou no desenvolvimento de efeitos secundários e parte pode ser explicada por factores genéticos.
Novas metodologias de diagnóstico que permitem - numa só amostra de ADN - determinar o perfil genético do indivíduo, lançam as bases para a medicina actual, personalizada e preventiva.
Diabetes e Obesidade por painel de mutações CGC (130€): A Walk’in Clinics disponibiliza a primeira análise de rastreio dos fatores genéticos para Diabetes / Obesidade por Painel de Mutações CGC com fins preventivos. 1 em cada 3 portugueses sofre de diabetes ou pré-diabetes, e 36% da população maiores de 18 anos tem obesidade ou excesso de peso. São doenças metabólicas que afetam vários órgãos e sistemas, levando a uma perda progressiva da qualidade de vida. Como nas fases avançadas o seu tratamento é frequentemente ineficaz, a prevenção é o melhor método para evitar a diminuição da qualidade e esperança de vida associada a estas doenças. O teste genético para o risco de Diabetes / Obesidade pode ser o único indicador numa fase pré-clínica, ou seja, antes das lesões nos órgãos e do aparecimento de sintomas, identificando os indivíduos em que uma inter-
venção terapêutica precoce poderá evitar o desenvolvimento e evolução da doença. O teste, realizado por hibridização em microarray, analisa um total de 76 marcadores (38 polimorfismos em genes ou loci que estão associados a diabetes e 38 associados à obesidade).
Rastreio de Cancro do Cólon em sangue periférico (200€): Os programas de rastreio são uma ferramenta essencial para a detecção precoce do cancro. Quando detectado em fase precoce, o cancro do cólon e do recto é tratável com sucesso em aproximadamente 90% dos casos. A incidência do cancro do cólon e recto (CCR) em Portugal é de 7 mil novos casos por ano, sendo a segunda neoplasia mais frequente em ambos os sexos, e uma das principais causas de mortalidade por cancro no nosso País. A detecção precoce é crucial porque a sobrevida
depende da fase em que o tumor é detectado. Menos de 10% da população adulta participa em programas de rastreio para prevenção do CCR. O número de casos diagnosticados e o número de óbitos relacionados com esta neoplasia continuam a crescer anualmente. População em risco: homens e mulheres com mais de 50 anos de idade, aparentemente saudáveis, que não apresentam quaisquer sintomas. Se o CCR for detectado em estádios iniciais, é tratável com sucesso em aproximadamente 90% dos casos. Este teste de deteção precoce no sangue proporciona comodidade e facilidade, sendo um bom teste de rastreio de população.
Rastreio Pré-Natal (35€): Saber informações acerca do bebé o mais cedo possível, é o desejo de qualquer gestante. 2 a 3% dos bebés têm uma anomalia à nascença. Algumas destas anomalias podem
ser identificadas durante a gravidez através do Rastreio Pré-natal. O rastreio permite identificar as gravidezes com risco aumentado de Síndrome de Down (trissomia 21), Síndrome de Edwards (trissomia 18) e Defeitos Abertos do Tubo Neural. O nosso parceiro, CGC Genetics, foi o impulsionador desta iniciativa em Portugal e realiza o rastreio em cartão desde o ano 2000, tendo mais de uma década de experiência e mais de 180 000 rastreios realizados. A colheita do sangue em cartão, idealmente realizado às 9 - 10 semanas de gestação, tem permitido uma inigualável acessibilidade às grávidas, facilidade de colheita e transporte, com a garantia de uma elevada fiabilidade num resultado precoce. Este método foi recentemente certificado pela Fetal Medicine Foundation. Segurança, é saber mais sobre o seu bebé. Equipa Walk-In Clinics Mais Saúde, sempre do seu lado.
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O e-Learning e o e-Formador Tópicos: • Importância/benefícios do ensino à distância • Caracterização geral do ensino à distância e e-Learning • O e-Formador • Apresentação dos cursos da ZONAVERDE A formação a distância é atualmente uma modalidade em significativo desenvolvimento num mercado repleto de desafios e cada vez mais tecnológico e globalizado. Hoje, o desenvolvimento das tecnologias avançadas de informação e de comunicação impulsiona esta modalidade de formação, tornando-a cada vez mais interativa e num certo sentido mais exigente, do ponto de vista pedagógico, que a formação face-a-face, na medida em que se exige um maior esforço de organização, de gestão do próprio tempo e envolvimento de todos/as os/as intervenientes na formação (coordenaçãoformador/a-formando/a). Com efeito, a formação a distância não descarta o tempo, disponibilidade e custos que acarreta a formação contínua, quer para formandos/as, quer para formadores/as. Pressupondo que os/as profissionais dispõem de menos tempo no desenvolvimento e/ou reciclagem dos conhecimentos e competências, a formação e o ensino à distância afiguramse como uma solução eficaz, permitindo a aquisição de competências a cada participante (independentemente da sua localização geográfica), respeitando os seus interesses, o seu ritmo e estilo de aprendizagem, bem como a sua disponibilidade. O termo e-learning (electronic - learning) é um conceito genérico, que designa todos os processos de aprendizagem que têm por base a utilização do computador e/ou dos dispositivos móveis (mobile learning). Tem subjacente a utilização de diferentes metodologias e diversos suportes auxiliares, que podem incluir sites, materiais multimédia (som, vídeo CD-ROM,·), simulações, jogos, chats, fóruns de discussão, ou mesmo as tecnologias móveis, como os PDA e os leitores de MP3 e MP4. Associado à cultura digital, os pontos fortes do e-Learning
são múltiplos: fácil interactividade, rapidez na distribuição da informação, fácil acesso a conteúdos apelativos e com elevado potencial de valorização pessoal e profissional, o ritmo personalizado e a flexibilidade de horários e ainda, a redução e a racionalização dos recursos. Neste contexto emergem novas competências e desafios para todos/as os que se envolvem no processo formativo. Preparar os/as e-Formadores/as para desempenharem os seus papéis em contextos da formação online, é uma aposta da ZONAVERDE. Ser formador/a a distância implica conhecer um conjunto de métodos e ferramentas de formação específicas para a conceção e acompanhamento da formação e, ainda, conhecer o papel do/a e-formador/a para o sucesso deste tipo de formação/ensino. Assim, a ZONAVERDE desenvolve e ministra cursos direccionados para a preparação de profissionais da formação, nomeadamente os cursos de: Formadores/as para E-Learning, Recursos Didácticos para o Ensino e Formação à Distância
Plataformas de Ensino e Formação à Distância. Funcionando de forma complementar, permitem aos/às participantes adquirir conceitos e ferramentas fundamentais associadas ao e-Learning e ainda a concepção e elaboração de um curso na nossa plataforma, com recurso apenas a um computador com acesso à internet. A Formação à Distância afigurase como uma das melhores apostas para profissionais do ensino e da formação que pro-
curam o desenvolvimento dos seus conhecimentos e competências em prol de uma evolução quantitativa e qualitativa nas atividades que desempenham. É, também, uma forma de diferenciação que permite aos formadores/as a procura de outras oportunidades que existem no mercado da formação e do conhecimento. Testemunhos de alguns formandos “Boa qualidade e versatilidade dos conteúdos”
Bruno Leitão “Foi o 1º curso totalmente elearning que frequentei e achei a plataforma muito bem estruturada, muito fácil de navegar. Considero que o curso está muito bem estruturado e funcional, o que facilita e motiva muito para “principiantes” nestas matérias” Maria Paula Ribeiro Publicado por Frederico Marques e Lúcia Santos, Formação e Coordenação FPIF
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Maldivas, as ilhas paraíso do Indico Jorge de Andrade Nos nossos dias já todos ouvimos falar das ilhas Maldivas, lugar paradisíaco para umas férias inesquecíveis de praia e mar. Já passaram quase vinte anos quando o Operador QUADRANTE lançou pela primeira vez esta proposta de férias no mercado das viagens em Portugal. Eram tempos e condições diferentes. Para chegar a Malé a viagem só por si era já uma aventura, pois as propostas de voos eram praticamente inexistentes obrigando a várias escalas e em companhias pouco conceituadas. Nessa altura não havia mais que uma vintena de unidades hoteleiras entre os 3 e 5 estrelas. Podia-se dizer que as Maldivas eram um destino exclusivo. Devido à pouca oferta de transportadoras aéreas poucos se aventuravam a ir de férias para as Maldivas. Este destino começou a ser preferido com uma extensão de quem visitava a Índia, o Sri lanka ou alguns países no Médio Oriente que, por essa altura, davam também os primeiros passos na abertura ao turismo internacional. Foi com a melhoria da oferta das transportadoras aéreas que as Maldivas rapidamente se tornam conhecidas como destino de férias. Foi um longo trabalho de divulgação do destino, muitas horas de workshops junto dos agentes de viagens, vários artigos publicados
Hotel Vilu Reef nas mais conceituadas revistas de viagens existentes no nosso mercado e muitas viagens de promoção. Esse paraíso localizado no Oceano Indico a sudoeste do Sri lanka e Índia era já conhecido pelos portugueses no século XVI onde estabelecemos um pequena feitoria entre os anos 1558 a 1573. O feriado nacional mais importante nas Maldivas, comemora a libertação das ilhas do jugo português. São aproximadamente
Hotel Medhufushi
1990 ilhas divididas em 26 atóis espalhados por 90.000 quilómetros quadrados, fazendo deste pais insular o mais disperso do mundo. A sua capital é Malé, com mais de cem mil habitantes e que, na verdade, não apresenta nenhuma razão para visita-la. Começamos por ter um vislumbre do paraíso da nossa janela do avião. As diferentes tonalidades da cor da água junto às ilhas deixam os passageiros extasiados e com a primeira certeza que
acertaram no destino escolhido para desfrutarem das suas tão merecidas férias. Após aterrarmos no aeroporto internacional somos conduzidos para pequenos hidroaviões ou lanchas rápidas que nos levam à nossa ilhota-hotel. Quer a viagem de avião quer a de barco são duas experiencias interessantes, uma pela paisagem aérea que nos é dada a desfrutar e a outra pela tranquilidade que a imensidão do mar transmite. São sensações di-
ferentes, mas ambas as experienciais muito interessantes. As Maldivas põem à nossa disposição várias categorias de hotéis: Luxo, 5 Estrelas até ao mais básico, que não recomendo que desça do 3 Estrelas. Dependendo do hotel escolhido normalmente o serviço destas unidades hoteleiras caracteriza-se pela simpatia dos empregados e uma constante preocupação pelas necessidades dos seus hóspedes. Na sua grande
hotel beach house manufaru
maioria são oriundos do Sri Lanka, Índia e outros países vizinhos. Quem escolhe este destino para as suas férias tem que ser um amante incondicional de praia ou então um praticante de desportos aquáticos pois outra coisa não há para fazer nestas ilhas. Bem, não podemos esquecer os casais apaixonados e os que vão em viagem de lua-de-mel. Esses de certo arranjam outras opções para viverem os seus momentos neste paraíso.
Hotel Kanuhuraa
Israel
Kuwait Jordan Bahrain Qatar Pakistan West Egypt Bank Saudi Oman Arabia Eritrea Yemen United Arab Sudan Emirates Djibouti
Chad
Republic 11
Chegada de hidro-aviao ao hotel conrad maldives
Ethiopia Somalia Uganda Kenya Rwanda Burundi Tanzania
Maldivas
Seychelles
Nepal
Bhutan
Bangladesh India
Taiwan
Myanmar Laos Thailand Sri Lanka
Vietnam
Cambodia Singapore
Brunei Malaysia Indonesia
Philippines
Maldivas
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S. J. Ver procura melhor classificação de sempre
Carlos Fonseca vai cumprir um sonho
“Lamas Futsal vai lutar pelos lugares da frente”
Desejo foi manifestado pelo técnico, Francisco Baptista, durante a apresentação da equipa.
Presidente do Romariz vai dirigir a equipa na próxima época e diz que assume a cadeira de sonho.
Novo treinador do clube, Luís Alves, define os objectivos para a próxima temporada.
Futebol
Futebol
Futsal
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Final de carreira deixou Serginho orgulhoso
Dupla do Lourosa no Euro Mini Champions
Antigo capitão do Feirense disse adeus à carreira com a conquista da Taça e Supertaça de Aveiro.
Leonardo Pereira e Daniel Monteiro vão representar Portugal no escalão de infantis.
Futsal
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Feirense // Fogaceiros levaram de vencida o Marítimo, da 1.ª Liga, por 2-1, com golos dos ex-S. João de Ver
Ricardo Barros e Chapinha dão vitória no jogo de apresentação
Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Feirense terminou o jogo de apresentação, diante do Marítimo, com oito jogadores que passaram pela formação do clube
Hélder Rodrigues destacou-se no ataque do Feirense Miguel operou várias alterações. As mudanças acabaram por resultar, já que, aos 56 minutos, Ricardo Barros, solto ao segundo poste, desviou para o fundo da baliza um cruzamento milimétrico de Álvaro. 12 minutos depois foi a vez de Chapinha aproveitar uma desatenção do eixo defensivo do Marítimo para se isolar e bater o guardião Ricardo. Num ápice, o Feirense viu-se a vencer por 2-0, perante uns madeirenses sem chama. Pedro Martins percebeu isso mesmo, refrescou o ataque e recuperou o ascendente no encontro. Com o possante Fidélis no eixo do ataque, o Marítimo criou um par de boas ocasiões para reduzir, mas apenas o conseguiria fazer aos 86 minutos, por Héldon, na recarga a um remate à barra de Kukula. Em cima do minuto 90, o defesa central Fábio Santos, na sequência de um pontapé de canto, cabeceou a rasar o poste da baliza defendida por Paiva, que se estreou com a camisola do Feirense. Pouco depois chegava o apito final de um desafio em que os fogaceiros terminaram com oito atletas formados no clube, aos quais se juntam ainda Miguel, Carvalho, João Ricardo e Cris, que haviam saído entretanto.
vs
1
Árbitro: Sandra Bastos (Aveiro)
“Para mim, o mais importante nestes jogos não é o resultado mas sim ver o momento da equipa. Há muita juventude que precisa de experiência e espero que esta semana cheguem alguns reforços. Faltam-nos vários jogadores, para todos os sectores. Estamos muito longe de termos o plantel fechado. O Tonel é uma possibilidade entre outras mas precisamos de jogadores com a qualidade dele para fazermos um campeonato tranquilo” Pedro Miguel Treinador do Feirense
Canedo
José Ribeiro é o novo presidente da Comissão Administrativa que vai liderar os destinos do Canedo na próxima temporada. A decisão foi tomada durante a semana passada. Todo o elenco directivo da época anterior permanece no clube, incluindo o antigo presidente, Mário Cardoso, que irá assumir outro tipo de funções. Mal ficaram definidas as questões relativas à nova Direcção, os responsáveis do Canedo iniciaram um rol de contactos com vista à elaboração do plantel para a próxima temporada, na qual o clube irá disputar o campeonato da 2.ª Divisão Distrital de Aveiro. Existem já alguns atletas apalavrados e outros sinalizados mas, para já, reina o segredo em torno de nomes. A única certeza prendese com a continuidade do técnico João Paulo, que na parte final da época passada, quando assumiu o cargo, ficou perto de salvar o clube da descida de divisão, tendo terminado o campeonato a apenas dois pontos da manutenção.
U. Lamas
Estádio Marcolino Castro
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José Ribeiro assume a presidência
Vitória não esconde algumas fragilidades, sobretudo no sector mais recuado. Ricardo Barros e Chapinha marcaram os tentos do triunfo fogaceiro e Marco defendeu uma grande penalidade
O Feirense apresentou-se aos seus associados com uma vitória, por 2-1, diante do Marítimo, da 1.ª Liga. Os ex-S. João de Ver Ricardo Barros e Chapinha facturaram para os fogaceiros, tendo Heldon reduzido ao cair do pano. Com poucas soluções no eixo defensivo, Pedro Miguel viu-se forçado a apostar no trinco João Ricardo para fazer dupla de centrais com Carvalho, solução que ficou longe de convencer. Apesar de ter criado a primeira oportunidade de golo, num lance em que o guardião do Marítimo, Ricardo, saiu até ao meio-campo mas Marcelo Santiago foi incapaz de atirar para o fundo da baliza madeirense, os fogaceiros sentiram sempre bastantes dificuldades para travar o ataque visitante, que teve em Derley um homem de muito combate e capacidade técnica, mas sem grande pontaria. Aos 17 minutos, uma falta clara sobre Artur dentro da grande área fogaceira deu a Ruben Ferreira a oportunidade de inaugurar o marcador mas o lateral esquerdo permitiu a defesa a Marco. A primeira metade continuou a ser disputada a bom ritmo, ainda que com um certo ascendente dos madeirenses. Contudo, o nulo manteve-se até ao intervalo, altura em que Pedro
Ténis de Mesa
Feirense: Marco, André Santos, João Ricardo, Carvalho, Álvaro, Sténio, Cris, Zé Pedro, Hélder Rodrigues, Marcelo Santiago, Ricardo Valente Jogaram ainda: Miguel, Tiago Jogo, Edu, Chapinha, Ricardo Barros, Jacob, Fábio, Pedro Santos, Xavier, Paiva, Jonathan, Rena, Eduardo, Mica T: Pedro Miguel Marítimo: Ricardo, Briguel, Rozário, Igor Rossi, Ruben Ferreira, Marakis, Rodrigo, Artur, Derley, Ruben Brígido, Sami Jogaram ainda: João Luís, Luís Olim, Danilo Dias, Heldon, João Diogo, Gegé, Fábio Santos, Fidélis, Semedo, Kukula T: Pedro Martins Golos Ricardo Barros (56), Chapinha (68), Heldon (86)
Assembleia geral ordinária no sábado Os sócios do U. Lamas reúnemse, na manhã do próximo sábado (10h), numa assembleia geral ordinária que servirá para a apresentação do Relatório e Contas da época 2012/2013 e para a discussão de outros assuntos de interesse para o clube. A reunião realiza-se no pavilhão do emblema lamacense. “Finalmente, e com formalidade, chegou a hora de discutir o futuro deste grande clube. Para isso será necessário que toda a massa adepta possa estar presente para, com as opiniões, podermos formular um caminho, um rumo e finalmente poder clarificar com profundidade os reais problemas que o U. Lamas vive e aqueles que vai ter que enfrentar” - pode ler-se na convocatória da reunião, que termina com um repto aos adeptos: “Vamos todos, mesmo todos sem excepção, ao pavilhão”. Em termos desportivos, está previsto que a nova temporada arranque em meados do próximo mês de Agosto.
Correio da Feira
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Futebol // Devido às obras nos balneários do Estádio, o clube pode realizar os primeiros jogos oficiais da época no Ervedal
S. João de Ver apresentou-se com o objectivo de alcançar a melhor classificação de sempre Oito reforços certos mas deve chegar mais um avançado. Confiança numa boa época é partilhada por Direcção e equipa técnica. Primeiros jogos do campeonato podem ser realizados no Ervedal. Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Francisco Baptista, que vai cumprir a quinta temporada no comando do S. João de Ver, é peremptório a definir o objectivo para a temporada 2013/2014: “Queremos ficar, no mínimo, no quarto lugar”. A ideia é melhorar a melhor classificação de sempre do clube, o quinto posto obtido há duas épocas. Para cumprir esse propósito, foram recrutados oito reforços, sendo que ainda deve chegar mais um ponta-de-lança para suprir a ausência de última hora de Amílcar, que se vinculou ao Grijó. As linhas mestras do novo plantel sanjoanense já haviam sido dadas por Francisco Baptista em entrevista ao Correio da Feira e a apresentação do novo figurino da equipa, realizada na manhã de ontem, no Complexo Desportivo do Ervedal, confirmou-as. O grupo emagreceu para 23 atletas, aos quais se juntam, durante os trabalhos de pré-época, sete ex-juniores do clube. Grande parte do plantel da época transacta continua a vestir de encarnado, cumprindo-se o desejo da Direcção e da equipa técnica sanjoanense. A estes juntam-se o guarda-redes Hélio (ex-U. Lamas), os defesas Paulo Jorge (ex-Cesarense) e Vítor Hugo (ex-Anadia), os médios Castro e Xavi (ambos ex-U. Lamas) e os avançados Júlio, Quirino (ambos ex-U. Lamas) e Catarino (ex-Gondomar). Para que o plantel fique fechado falta apenas chegar um ponta-de-lança, para substituir Amílcar. Francisco Baptista define como objectivo para 2013/2014 “ganhar mais vezes do que perder” para, desse modo, almejar superar a melhor classificação de sempre do clube. Ainda assim, o técnico diz que “ainda é muito cedo para fazer previsões”, até porque vai aproveitar os primeiros treinos e jogos de preparação para aprofundar o conhecimento sobre alguns reforços. Já Cândido Costa espera, sobretudo, ajudar. “É para isso que cá estou. Podia ter ido para os Estados Unidos da América mas não se concretizou e, como tinha dado a palavra, fiquei com todo o prazer num clube de pessoas sérias” – refere o atleta, de 32 anos, que assegura estar “no mesmo patamar do que os restantes companheiros de equipa” e pretende “ajudar os mais jovens” com a sua experiência, “tal com o fiz quando tinha a idade deles”.
Presidente confiante
O sentimento de confiança numa época positiva é partilhado pelo presidente do clube, Virgílio Oliveira, que espera “ficar nos primeiros lugares” do campeonato, para além de acalentar esperanças numa boa campanha na Taça de Portugal: “Vamos vendo eliminatória a eliminatória mas queremos chegar o mais longe possível”. O orçamento é praticamente o mesmo da temporada passada e permitiu construir “um plantel muito bom”. O primeiro jogo-treino dos pupilos de Francisco Baptista está agendado para o próximo sábado, com a recepção ao Clube Desportivo Sobrado (10h). No dia 31 deste mês, os sanjoanenses recebem a equipa do Sindicato de Jogadores do norte (18h) e, a 3 de Agosto, o clube é anfitrião do Torneio de Santa Maria da Feira, no qual medirá forças com o Feirense e o Lusitânia de Lourosa. A 10 de Agosto, o S. João de Ver defronta os juniores A do Feirense (10h), no Complexo Desportivo dos fogaceiros; a 17 desloca-se a Milheirós de Poiares (10h); e a 22 de Agosto a Fiães (10.30h). Dia 25 de Agosto inicia-se o Campeonato Nacional de Seniores. Em virtude das obras nos balneários do Estádio do SC S. João de Ver, o clube pode ter que realizar os primeiros jogos em casa no Complexo Desportivo do Ervedal, tal como confirmou Virgílio Oliveira: “As obras nos balneários estão em bom andamento mas ainda há muito a fazer. Podemos ter que fazer os primeiros jogos no Complexo Desportivo do Ervedal”.
Plantel conta, até ao momento, com oito caras novas mas ainda deve chegar a S. João de Ver mais um homem para o ataque
Francisco Baptista volta a liderar os sanjoanense. A seu lado terá o professor Tozé, responsável pela parte física
Plantel Guarda-redes: Saul, Hélio (ex-U. Lamas) Defesas: Vitinha, Márcio, Rui Silva, Cancela, Paulo Jorge (ex-Cesarense), Vítor Hugo (exAnadia) Médios: Fredy, Rui Lopes, Ministro, João Pedro, Cláudio, Cândido Costa, Américo, Xavi (ex-U. Lamas), Castro (ex-U. Lamas) Avançados: Machadinho, Ruben Gomes, Rafa, Júlio (ex-U. Lamas), Quirino (ex-U. Lamas), Catarino (ex-Gondomar) Ex-juniores: Leo, Ruben Machado, Tiago Martins, Ricardo Guedes, Pedro, Xavier, Cardoso Equipa técnica Francisco Baptista (treinador), Prof. Tozé (preparador físico), Marco Paulo (treinador de guarda-redes), Américo Santos (massagista)
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Correio da Feira 22.JUL.2013
Futebol
Seis reforços confirmados no Mosteirô FC O Mosteirô FC já trabalha, de forma intensa, tendo em mente a próxima temporada. O clube, que vai disputar a 2.ª Divisão Distrital de Aveiro em 2013/2014, já confirmou seis reforços para o plantel que será orientado por José Julião. Do Caldas de S. Jorge chegam Guima e Rama, enquanto Carlos Mota deixou o Canedo, Marcelo a Ovarense, Alemão o Bustelo e Fábio Ferreira o Avanca. No campo das permanências estão confirmados os nomes de Bruno Silva, Jorge Brandão, Leitinho, Diogo Santos, Xavi, Diogo, Pedro Barros e Neca. Os responsáveis do Mosteirô FC apenas ainda não definiram datas para o arranque dos trabalhos tendo em vista a nova época, que se inicia a 22 de Agosto, com a primeira eliminatória da Taça de Aveiro.
Taça Fundação Inatel // Manuel Rodrigues, treinador da Lavandeira, fala num feito em que poucos acreditavam
“A união faz a força e chegámos à final nacional com muito mérito”
Futebol
Caldas S. Jorge mantém Torcato Moreira Ainda sem qualquer novidade no que toca ao plantel para a próxima temporada, os responsáveis pelo Caldas de S. Jorge, equipa que milita na 2.ª Divisão Distrital de Aveiro, confirmaram a continuidade de Torcato Moreira no comando técnico da equipa para a próxima época. De recordar que, na temporada passada, os caldenses ficaram às portas do playoff de promoção à 1.ª Divisão, tendo perdido essa possibilidade ao empatarem, na última jornada da Série A, na casa do Soutense, que dessa forma segurou a segunda posição na tabela classificativa. Em termos directivos, Manuel Grilo continua na liderança do clube. A única alteração no elenco directivo prende-se com a entrada de Henrique Leite para o cargo de vice-presidente.
Futsal
Feirense e Juventude de Fiães punidos Feirense e Juventude de Fiães foram punidos, pela Associação de Futebol de Aveiro (AFA), com um jogo à porta fechada e o pagamento de uma multa de 100 euros. No caso do Feirense, deliberação da AFA prende-se com os acontecimentos ocorridos no jogo diante do Atómicos, a 13 de Abril, sendo que no que se refere à Juventude de Fiães, os acontecimentos são referentes à partida frente ao Urrô, realizada no dia 1 de Maio, da qual resultou, ainda, a suspensão do jogador Luís Neto, do emblema fianense, por uma partida. Nota ainda para a interdição do Estádio da Ovarense por um jogo, em resultado dos desacatos ocorridos no encontro que ditou a subida de divisão do Soutense.
Contra quase todas as expectativas, a Lavandeira atingiu a final nacional da Taça Fundação Inatel, a qual perdeu, por 4-2, frente ao Biqueiras D’Aço, num jogo marcado por muita polémica. Rui Almeida Santos
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“Ninguém acreditava em nós. Se calhar, até alguns elementos da Direcção não acreditavam mas, com a nossa vontade e espírito de sacrifício, demonstrámos que tínhamos capacidade para chegar a Lisboa”. As palavras são de Manuel Rodrigues, técnico da Lavandeira, que aponta a crença inabalável dos seus atletas para a realização de uma fase nacional deveras positiva: “Acreditámos sempre. A união faz a força e chegámos à final nacional com muito mérito, porque não ficámos a dever nada a ninguém”. Para o técnico, de 57 anos, foi “a partir do apuramento para a segunda fase” que sentiu que a época podia ser coroada de êxito, até porque, segundo diz, a série em que está inserida a Lavandeira “é praticamente de campeões “. “Os campeões de Aveiro estão todos englobados na mesma série, ou seja, já estamos a disputar, praticamente, o título” - explica. Para que a temporada fosse perfeita, faltou vencer, na final nacional, o Biqueiras D’Aço, que se sagrou bicampeão da Taça Fundação Inatel. “O Biqueiras d’Aço tem excelentes jogadores, que já foram campeões nacionais e alguns de Selecção. Mas, por vezes, também é preciso um bocadinho de sorte para alcançarmos as metas que pretendemos” - começa por referir Manuel Rodrigues, para de seguida criticar
a actuação da equipa de arbitragem na final: “Também precisamos que as pessoas que vão apitar os jogos sejam honestas. Que não estejam a fazer favores a ninguém, porque o Biqueiras D’Aço não precisa de favores para ganhar”. O técnico defende ainda que “interessa a muita gente o Biqueiras D’Aço estar nas finais” e, para o justificar, lembra que o campeão “fez o apuramento todo em casa”. Manuel Rodrigues critica ainda o facto de a Lavandeira, “uma equipa 100% amadora, que pagou tudo do seu bolso, à excepção dos 250 euros que a Inatel atribuiu de subsídio, tivesse que ficar num quartel militar para poder fazer o jogo”, além de que, no final, “a Inatel não consegue ter medalhas para toda a gente”. Depois de uma temporada tão atribulada, o técnico defende que é altura de “recarregar as baterias” e de pensar no futuro, ainda que tenha “impressão que, depois do
que disse aqui, vou ser um alvo, durante toda a época, a abater, desde a Inatel a árbitros. Mas não sei o que se vai passar”.
Mensagem motivadora
Se Manuel Rodrigues comanda desde o banco, o seu filho, Vítor Hugo, é o líder da Lavandeira dentro das quatro linhas. O capitão da equipa sanjoanense garante que sempre acreditou numa época de sucesso e tem provas: “No primeiro jogo da fase nacional mandei uma mensagem aos meus colegas, que ainda guardo, a dizer que, com união, esforço, dedicação e sem amuos, podíamos lá chegar. E conseguimos”. Chegar a Lisboa foi um prémio para uma equipa que “passou por fases complicadas mas que conseguiu resolver as situações e fazer uma grande época”, defende o capitão que, com 35 anos, vai continuar a jogar em 2013/2014.
Pedro Trombatella representou Portugal nos Sub-17
O internacional da Lavandeira Pedro Trombatella foi uma das figuras da Lavandeira na fase nacional da Taça Fundação Inatel, tendo apontado alguns golos importantes para a caminhada da equipa rumo a Lisboa. O que talvez poucos sabem é que o médio, nas camadas jovens, representou Portugal por sete ocasiões, em Sub-17: “Não houve a progressão esperada mas fui uma mais-valia para a Lavandeira. Lembro-me de defrontar o Nasri (Manchester City) e o Ben Arfa (Newcastle). A minha equipa era o Bruno Gama (Deportivo da Corunha), Bruno Moreira (Nacional da Madeira), André Marques (Sion), Hélder Barbosa (Sp. Braga), entre outros. A maior parte dos jogadores joga na 2.ª Liga actualmente”.
Plantel Guarda-redes: Mouro, Luís Gonzaga, Hélio, Estrela, Telmo Defesas: Daniel, Alcides, Magno, Formiga, Tono Melo, Neiva, Joinha, Maia, Rui Sá Médios: Diogo, Ninja, Veiga, Carlinhos, Pedro Trombatella, Tomé, Quim Zé, Maradona, Dias Avançados: Vitor Hugo, Tiaguinho, Vitinha (Grilo), Isac, Manu, Ratana, Jorge Costa Equipa técnica Manuel Rodrigues (treinador), Hélder “Palhoça” (treinador adjunto), Tomás Sá, Raimundo, Emanuel, Carlos, Paulinho (todos directores)
Correio da Feira
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Entrevista // Carlos Fonseca vai sentar-se na sua “cadeira de sonho”
“A minha prioridade é cumprir o sonho de ser treinador do Romariz” Carlos Fonseca é presidente do Romariz mas não esconde que é no banco que se sente verdadeiramente realizado. O responsável pelo futebol sénior do clube critica a falta de apoio das instâncias oficiais e fala de um novo rumo para o Romariz, assente num maior ecletismo.
Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Porquê fazer regressar, esta época, a equipa sénior ao Romariz? Já há muito tempo que tinha pensado num projecto para este clube. Nasci e cresci a correr à volta deste terreno de jogo. Gostava que este clube fosse mais dinâmico. Somos uma das maiores freguesias do Concelho e, do ponto de vista cultural e desportivo, somos das mais estagnadas. Como treinador de futebol, também tinha a ambição de, um dia, poder, como dizia o outro, sentar-me na “cadeira de sonho”. Com um grupo de amigos, idealizamos o projecto e resolvemos pô-lo em prática. Na época passada já éramos para iniciar com futebol de formação mas começámos um bocadinho tarde. As coisas não correram da melhor maneira e tivemos que suspender a participação nos campeonatos. Este ano resolvemos, em vez de começarmos de baixo para cima, fazer ao contrário. Vamos começar com o futebol sénior e, depois, eventualmente, pensar nas camadas de formação. O presidente vai sentar-se na “cadeira de sonho”? É um problema que, do ponto de vista da organização, vamos ter que resolver. Do ponto de vista da legalidade, é impossível acumular os dois cargos, ou seja ser treinador e presidente do mesmo clube. A solução poderá passar pela escolha de alguém, dentro da Direcção, que possa assumir o cargo de presidente, do ponto de vista legal.
Portanto, a sua prioridade será o banco? A minha prioridade é cumprir o sonho de ser treinador do Romariz. Com que tipo de apoios é que avança para este projecto? Para já nenhuns. Vamos começar a fazer o trabalho de terreno. Vamos procurar as empresas que temos na terra e alguns empresário de cá que têm as suas empresas fora daqui e que, habitualmente, costumam colaborar connosco. Depois, é todo o outro processo normal que se costuma fazer, que são os pequenos peditórios, que vamos fazer ao longo da época para conseguirmos indo sobreviver às dificuldades. Durante o período que o clube este parado, percebeu que a freguesia sentiu falta dele? A população sim. Há muito que sente a necessidade de ter o clube de volta, fundamentalmente o futebol sénior. Agora, as instâncias não têm mostrado grande interesse em que o clube tenha outra dinâmica. Tem reunido com elas? Algumas vezes. Tenho tido grandes dificuldades em conseguir reunir com eles. Acho que não há grande disponibilidade de tempo para receber a Direcção do Romariz Futebol Clube. Não sei quais são as razões. Chegamos a uma determinada altura em que, nós próprios, começamos a pensar que se calhar nem vale a pena querer saber quais são as razões. O certo é que, no início da época passada, quando tomei conta da Direcção,
fui muito bem recebido pelas instâncias. Houve um bom apoio no imediato, ao nível das instalações, que precisavam de um pequeno tratamento. O terreno de jogo estava completamente coberto de erva. Mas, a partir do final desse ano civil, o apoio desapareceu completamente. Às vezes nem é preciso, pura e simplesmente, apoiar financeiramente. Ele também é preciso em questões de logística, e até isso faltou, infelizmente. Desportivamente, o que é que o Romariz pode almejar no regresso às competições oficiais? No primeiro treino de captações a média de idade deveria rondar, no máximo, os 20 anos. Estamos a falar de um plantel que, a guiarmonos por ali, será bastante jovem. Do ponto de vista desportivo, as ambições passam por conseguir uma classificação tranquila, a meio da tabela. Isto partindo do princípio que estamos a iniciar o projecto com um grupo de atletas bastante jovens e com alguma dificuldade ao nível de experiência no futebol sénior. Espera compor todo o plantel tendo como base as captações? Dos meus anos de treinador, já passei por vários clubes e há um ou outro jogador que me ficou, pelas suas qualidades, e que convidei para estar cá. Há sempre um ou outro que aceita o convite, até pela relação, muitas vezes pessoal, que se cria. Há ainda outros que sei que gostariam de vir mas, como já participaram no último campeonato
Nas celebrações do 37.º aniversário do clube foi decidido homenagear o antigo presidente Álvaro Moreira. Porquê? Álvaro Moreira, para quem não está dentro da realidade do clube, foi um dos homens que mais anos esteve, na frente ou por trás, como suporte, no Romariz. Permitiu que ele se mantivesse em funcionamento durante vários anos. Foi também presidente da Junta de Freguesia durante muito tempo e, nessa condição, foi sempre apoiando o futebol. É altura de o clube começar a reconhecer o trabalho que algumas pessoas foram fazendo. Há também outras pessoas que o merecem. Algumas delas ainda estão vivas e deram muito da sua vida a este clube. Com esta época quero também homenagear todos aqueles que já foram directores, fundadores, atletas e sócios deste clube. Este projecto de homenagens deve ter alguma continuidade e, ano após ano, vamos homenageando todos os que por aqui passaram e deram um bocadinho de si ao clube, para que ele, hoje, tenha aquilo que tem. E o que está pensado? Já pensamos num torneio de futebol de 7 e, mais próximo da data do 37.º aniversário, fazer um torneio quadrangular com algumas equipas vizinhas, para dar uma outra visibilidade à festividade.
por outras equipas, de certa forma sentem-se um bocado presos a esses clubes. Acredito que os convites que fiz, se os atletas tiverem disponibilidade, virão. Mas vamos, essencialmente, guiar-nos pelas captações. O clube vai também apostar noutro tipo de modalidades. De onde vem esse desejo? Este é um clube que tem muita história do ponto de vista distrital mas que, infelizmente, está colocado numa freguesia que alguém a chamou de rural. Porém, o facto de ser rural não quer dizer que seja morta. Temos umas instalações relativamente boas e precisamos de dar dinâmica ao clube. Daí subentende-se que isso também irá dar alguma vida à freguesia. Temos algumas pessoas que fazem parte do nosso grupo de sócios que vamos angariando que têm o gosto e a aptidão pelos matrecos. Foi logo pensada a possibilidade de participarmos no Campeonato Nacional, porque sabemos que são pessoas que nos dão algumas garantias do ponto de vista de resultados. Depois, há uma outra pessoa que se disponibilizou para inscrevermos o clube no kickboxing. Isto vai-nos trazer mais atletas e visibilidade, e vai dar uma outra dinâmica ao clube. O importante é não vivermos apenas à sombra do futebol, porque ele, hoje em dia, não é um desporto que atrai toda a gente. Há muitas pessoas que optariam por outro tipo de desporto se pudessem. Se temos essa possibilidade, vamos entrar por aí.
Correio da Feira Futsal // Garante o técnico, Luís Alves
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DR
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“Lamas Futsal vai lutar pelos lugares da frente” Novo treinador dos lamacenses mostra-se ambicioso para a nova temporada. Clube tem o plantel praticamente fechado. Rui Almeida Santos
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Com os olhos postos na subida à 2.ª Divisão Nacional, o Lamas Futsal tem o plantel praticamente definido para atacar a próxima temporada. As mudanças relativamente à época transacta são muitas, a começar pelo banco, onde se vai sentar Luís Alves, que substitui no cargo Sérgio Rocha. O técnico, de 36 anos, conta no seu currículo com uma passagem pela selecção nacional de Macau, em 2004, a qual orientou na fase de apuramento para o Campeonato do Mundo e na Copa Asiática. “Esse ano foi muito especial dado que Macau conseguiu a maior subida no ranking FIFA e acabei
por ser, em 2014, o 14.º melhor seleccionador segundo uma votação entre treinadores, jogadores e árbitros do conceituado site Futsal Planet” - conta o treinador, em entrevista ao Unidos ao Futsal, que recorda que “iria ocupar o cargo de treinador adjunto do experiente técnico brasileiro Danilo Martins mas, à última da hora, o Danilo soube que ia ser pai e recusou o convite”. “Quando pensei que já não iria para a Ásia, chega-me um contrato para treinador principal, o qual aceitei prontamente. Foi um acaso que acabou por correr lindamente” - concluiu. Na temporada passada, o técnico conduziu a Académica de Leça ao
Novo treinador do Lamas Futsal conta no currículo com uma passagem pela selecção nacional de Macau, corria o ano de 2004
4.º lugar da Série B da 3.ª Divisão Nacional, a mesma em que estava inserido o Lamas Futsal. Para a próxima temporada, o técnico lembra que “quem não luta para subir desce”, pelo que não precisa “de dizer mais nada em relação a esta questão”. Luís Alves garante que o Lamas Futsal “vai ser uma equipa que vai lutar pelos lugares da frente”, mas ressalva que, neste momento, é uma incógnita apontar candidatos à subida de divisão.
No que toca ao plantel, apenas quatro elementos transitam da temporada anterior. Ao guarda-redes Diogo juntam-se Miguel Ângelo, Ribas e Alejandro. De regresso ao clube está Pedro. No campo das contratações, o guarda-redes Telmo está de volta a Santa Maria de Lamas, depois de uma experiência na CRECOR. Também do conjunto de Cortegaça chega Feliciano, enquanto João Maio e Pedro Sousa deixaram o Cohemato e o
Boavista, respectivamente, para se juntaram ao plantel lamacense. Do Pasteleira chega uma das principais esperanças dos responsáveis do Lamas Futsal, Wilson, e ao “vizinho” ISPAB Futsal foi recrutado Kallon, uma das figuras dos brandoenses na última época. A equipa técnica, liderada por Luís Alves, contará ainda com Nuno Falcão. O arranque dos trabalhos para a nova época está agendado para o início de Setembro.
Final está marcada para o próximo sábado
Quartos-de-final do 1.º Grande Torneio de Futsal do Feirense arrancam amanhã Discussão pelos lugares de acesso à fase decisiva da competição foi bastante acesa e só na derradeira jornada as contas ficaram fechadas. Carlos Esperança (Grupo Bota Bota) foi o melhor marcador da fase regular da competição, com um total de 16 golos apontados. Está fechado o quadro de equipas apuradas para a próxima fase do 1.º Grande Torneio de Futsal do Feirense. No Grupo A, o Civitas Fortíssima terminou na primeira posição, depois de ter empatado, na última jornada, a um golo diante do MPF que, em virtude deste resultado, ficou afastado da competição. No segundo posto terminou o Restaurante Roda da Lage, enquanto o Cavalinho também se apurou, visto que foi o segundo melhor terceiro classificado da fase regular. No que toca o Grupo B, foi totalmente dominado pelo Restaurante Pedra Bela, que venceu todos os encontros que disputou. No segundo posto terminou o Grupo Bota Bota, que na última jornada do agrupamento goleou o Pé Lindo (11-1) e carimbou o apuramento. Por fim, no
Grupo C, o Stand Gicar foi o primeiro classificado, com o mesmo número de pontos do SKA Bar. Logo atrás surgiu a Padaria Central da Vergada que, à semelhança do Cavalinho, também se apurou como um dos melhores terceiros da fase de grupos. Seguem-se os quartos-de-final, que se jogam, na íntegra, amanhã, a partir das 20h. As meiasfinais estão agendadas para a próxima quinta-feira, sendo que a final se joga no sábado, a partir das 22h15. O melhor marcador da fase regular do torneio foi Carlos Esperança (Grupo Bota Bota), que apontou um total de 16 golos. Durante a noite de ontem disputaram-se as meias-finais da Taça. Dos jogos Padaria Central da Vergada-Civitas Fortíssima e Peladinha Gostosa-Cavalinho saíram os finalistas da prova.
Um empate diante do MPF bastou para o Civitas Fortíssima garantir o apuramento
Padaria do Arraial e Jornal Correio da Feira empataram, enquanto o SKA Bar bateu o Dentista IP
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Correio da Feira
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Futsal // Serginho capitaneou o Feirense nas duas últimas épocas e fechou a carreira com a conquista da Taça e da Supertaça de Aveiro
“Dificilmente nas minhas melhores previsões podia imaginar um final de carreira melhor”
Serginho teve um final de carreira para mais tarde recordar. Em duas semanas levantou a Taça e a Supertaça de Aveiro, ficando apenas “atravessado” o campeonato, perdido para o Azagães.
Serginho, rodeado pela família do futsal do Feirense, disse adeus à modalidade em grande estilo
Rui Almeida Santos
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“Terminei a carreira a levantar dois troféus. Dificilmente, nas minhas melhores previsões, podia imaginar um final melhor” - diz Serginho, de 35 anos, com um sorriso estampado no rosto. As conquistas tiveram redobrado sentimento por terem sido conseguidas com a camisola do Feirense, o clube que ama e que representou, no futebol, durante 12 anos. “Nunca esperei voltar a vestir aquela camisola. Talvez o destino assim o quisesse. É um grande orgulho” - confessa. A felicidade do final de época atira para segundo plano um ano atribulado, que não começou da melhor forma. “Houve trocas de treinadores, jogadores que saíram. Foi bastante atribulado” - lembra o capitão, que, “com a ajuda do Dani e da Direcção”, conseguiu “acalmar as coisas”. Depois de nove jornadas, em que apenas tinha vencido por duas vezes, e de dois treinadores, chega ao clube o técnico Joaquim Augusto e o rumo da época fogaceira mudou irremediavelmente. “Trouxe jogadores com muita qualidade e experientes, que vieram dar estabilidade à equipa” - começa por referir Serginho, que salienta ainda a “comunhão entre os adeptos e a equipa”. “Os Civitas Fortíssima nunca nos abandonaram mas, a partir da chegada dele e de que a equipa começou a ganhar, cada vez mais as pessoas voltaram a estar com a equipa. Sempre que jogávamos em casa, o pavilhão da Lavandeira registava assistências na ordem das 200 pessoas, e fora demos grandes exemplos da força do clube” - recorda o capitão. O primeiro jogo da era Joaquim Augusto até resultou numa derrota (6-5 contra o Casal) mas, a partir daí, o Feirense não mais perdeu até ao final da temporada. “Sabíamos que o primeiro jogo, em Casal, era crucial mas, infelizmente, perdemos. Se calhar, esses três pontos acabaram por fazer muita diferença no final” - diz Serginho, que fala num verdadeiro contrarelógio até ao fim do campeonato, na tentativa de aproximação aos lugares cimeiros. “Sempre acreditámos que era possível. Tínhamos que vencer e esperar que os adversários directos escorregassem, e a verdade é que chegamos ao jogo com o Azagães com possibilidades de
Nando? É entregarlhe a bola que ele faz o resto. É um jogador à parte, um talento puro. No balneário está sempre alegre. É acima da média. É o melhor jogador do distrito de Aveiro. A Taça e a Supertaça foram os dois primeiros troféus de Franclim Freitas enquanto presidente do Feirense. A Supertaça ainda mais significado teve, porque foi no dia do seu aniversário. (Supertaça) Foi um pouco o tira-teimas com o Azagães. Estávamos desejosos para provar que o que se passou no campeonato teve o seu “q” de injusto. Foi a melhor forma de terminar a época.
passar para a liderança” - conta Serginho, que, em Cesar, viveu o ponto mais negro da época. “Foi um jogo emotivamente muito forte, desde logo pelo que foi construído, nessa semana, em volta do jogo, com a novela dos bilhetes. Isso trouxe ainda mais tensão ao jogo. Dentro do campo, foi de loucos. Teve alternâncias constantes no marcador. Mandámos seis ou sete bolas ao poste e falhámos três ou quatro livres de 10 metros. As pessoas baseiamse um pouco nisso quando falam do lance a 21 segundos do fim, que toda a gente viu que foi mão e que decidiu o campeonato. Até podíamos ter falhado dez livres de dez metros. O lance é falta, que tinha que ser assinalada e dava um livre de 10 metros a nosso favor. Se calhar, agora estávamos a falar de um Feirense que ganhou as três competições. Preferia ser goleado do que ficar com a espinha na garganta de sentir que o campeonato se decidiu num lance com a mão” - conta. Seguiu-se “uma das semanas mais difíceis” desde que Serginho pratica desporto mas, a partir do empate em Esgueira, que devolveu o segundo lugar ao Feirense, seguiu-se um final de época perfeito, culminado com a conquista da Taça e da Supertaça. Segue-se uma nova etapa na vida de Serginho, que já foi confirmado como o novo director desportivo dos fogaceiros. De recordar que o conjunto de Santa Maria da Feira vai disputar, na próxima época, a 3.ª Divisão Nacional.
Segunda volta complicada dificultou
O Feirense fechou o campeonato com uma série de 20 jogos consecutivos sem sofrer qualquer desaire no campeonato. O registo, já de si impressionante, ganha outros contornos se atendermos ao facto de os fogaceiros, durante a segunda volta da 1.ª Divisão Distrital de Aveiro, terem visitado a casa dos sete primeiros classificados da competição. “Na segunda volta tínhamos que ir à casa dos sete primeiros. Não perdemos com ninguém mas também empatámos alguns jogos, como em Atómicos e Bairros, que tínhamos na mão. Eles custaram-nos caro mas não invalidam que fizemos uma grande recuperação” - recorda Serginho, capitão do emblema de Santa Maria da Feira.
“Claque desligou-se do futebol mas esteve sempre presente no futsal”
A claque Civitas Fortíssima coloriu, um pouco por todo o distrito, os pavilhões em apoio ao Feirense, em contraste do que aconteceu nos estádios de futebol, na época passada. “A claque divorciou-se um bocadinho do futebol mas no futsal esteve sempre presente. O futsal permitiu que a classe continuasse junta” - referiu Serginho, que recorda um episódio curioso vivido no fim da temporada transacta: “Fizemos um jogo contra os Civitas Fortíssima em que eles estavam a jogar e nós, de fora, a cantar. Invertemos os papéis”.
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Ténis de Mesa // Dupla de infantis lusitanista prepara participação na prova, que se realiza de 23 a 25 de Agosto, em Estrasburgo
Daniel Monteiro e Leonardo Pereira vão representar Portugal no Euro Mini Champions Jovens, de 11 anos, praticam a modalidade desde os 7, ao serviço do Lusitânia de Lourosa. António Rato, técnico do emblema lusitanista, acredita numa boa prestação da dupla. Rui Almeida Santos
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Aos 11 anos de idade, Daniel Monteiro e Leonardo Pereira estão prestes a cumprir o sonho de jogar o Campeonato da Europa no escalão de infantis, prova que se realiza de 23 a 25 de Agosto, em Estrasburgo, e que é organizada, em conjunto, pela França e a Alemanha. A dupla, natural de Lourosa, começou a praticar ténis de mesa há quatro anos. Porém, o primeiro contacto com a modalidade difere entre os dois atletas, como recorda o técnico António Rato: “O Leonardo começou nas Mini Olimpíadas. Trouxe a irmã e nunca mais pararam. Não falha um treino. O caso do Daniel é diferente. O irmão é que começou a jogar Ténis de Mesa e ele jogava futebol. Ao fim de um ano, o irmão deixou de jogar. A mãe ficou chateada porque tinha comprado uma raquete e ele não queria jogar, e o Daniel disse para lhe dar a raquete e que vinha dar umas “raquetadas”. Chegou cá e ao fim de dois treinos disse que não ia mais para o futebol, porque gostava mesmo era de ténis de mesa. E acertou em cheio”. A expressão não poderia ser mais correcta, visto que Daniel Monteiro é, actualmente, o número do ranking
nacional do escalão de infantis. “Ele nasceu para jogar ténis de mesa e, felizmente, descobriu-o já” - reforça António Rato. Nas próximas semanas prosseguirá a preparação para o Euro Mini Champions, que contemplará o reforço da vertente física e a presença de vários atletas de renome, para auxiliarem a jovem dupla. “Tivemos aqui um polaco a treinar durante duas semanas. Esteve cá o André Silva, jogador da selecção nacional, e o Tiago Apolónia, um dos melhores do mundo. Vamos também ter um nigeriano durante quinze dias. Vamos treinar sem férias” - diz o técnico lusitanista. Colocar dois atletas num Europeu é “um sonho, deles e meu, como treinador”, refere António Rato, que acredita numa boa prestação dos seus pupilos: “São muito versáteis, adaptam-se rapidamente a qualquer adversário. Acho que vão deixar uma boa imagem de Portugal”. Para que o sonho se pudesse concretizar, o clube recebeu a preciosa ajuda de várias entidades, para arcar com as despesas de deslocação e de estadia, visto que a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa paga apenas a inscrição e umas taxas. O valor necessário para a participação no Mini Euro Champions já está assegurado, fruto do apoio “da Junta de Freguesia, que colabora sempre; do nosso director Julião Ferreira; da Direcção do clube, que tem sido incansável; da Corticeira Monteiro, Lda; do Restaurante Central de Lourosa, dos Caracas; da Egitrom; da Araújo e Lino; do Grupo Amorim; de várias empresas de Lourosa; e da Associação de Ténis de Mesa de Aveiro” - enumera António Rato.
Esforcei-me para isto e confiei. Fui até finais, algumas ganhei outras perdi.Tomei conhecimento do ténis de mesa na vez na escola, nuns papéis para participar nas Mini Olimpíadas. Na primeira vez perdi tudo e agora estou sempre a ganhar. A minha expectativa (para o Euro) é ter um bom resultado. É a primeira vez que vou, não sei como vai ser Leonardo Pereira
Ciclismo // Cadetes da Liberty estiveram categóricos na Taça de Portugal
David Ribeiro histórico no Europeu Filipe Rocha não deu hipóteses à concorrência na última competição da Taça de Portugal, em Cadetes, realizada em Penafiel. “Nada se ganha sozinho. O ciclismo é especial pelo trabalho de equipa e tenho tanto orgulho nos meus colegas. Que grande trabalho fizeram para chegar a esta conquista, numa prova que todos querem vencer, por se tratar da Taça de Portugal. Dedico à minha família, tenho um pai que já foi corredor na Ruquita-Feirense” exclama Rocha. A armada de Arménio Silva venceu por equipas. Em Juniores, David Ribeiro conseguiu feito histórico no Europeu de Estrada. O corredor da Liberty Seguros-Feira-KTM foi 10.º na prova de fundo, realizada em Olomouc, República Checa. Ribeiro cortou a meta a 50 segundos do vencedor, o francês Frank Bonnamou (3:18.28h). “O David Ribeiro fez uma excelente corrida, sobretudo porque foi a primeira vez que
Ser o número um do ranking nacional? É uma sensação muito boa. Sinto-me orgulhoso mas não o conseguiria sem a ajuda do meu treinador. O Europeu vai ser uma coisa nova para mim mas vou dar o meu melhor. Não foi difícil largar o futebol pelo ténis de mesa. Compreendi que tinha mais jeito e sentia-me melhor a jogar ténis de mesa. Daniel Monteiro
Atletismo // Realizado no passado dia 14 de Julho
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Clube de Atletismo de Lamas em convívio Evento teve lugar no Parque da Várzea, em Pigeiros, e contou com vários jogos tradicionais.
teve a oportunidade de competir ao mais alto nível, num percurso muito difícil. Este 10.º lugar abre-lhe excelentes perspetivas para o futuro”, garante José Poeira, selecionador nacional. Já o Sub-23 Frederico Oliveira foi o melhor português na
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Leonardo Pereira, António Rato e Daniel Monteiro partem para Estrasburgo no próximo dia 22 de Agosto
prova de fundo (28.º). No 36.º Troféu Internacional Joaquim Agostinho, o 3.º lugar de David Rodrigues na classificação da Juventude não apagou a mágoa pela queda feia de Renato Avelar, em que partiu a clavícula.
“Há uns meses surgiu no seio do Clube de Atletismo de Lamas (CAL) a ideia de fazermos um convívio com o objectivo de juntar não só os atletas, mas também as respectivas famílias. Isto porque os atletas participam em muitas provas juntos, e nesse ambiente vão conhecendo os familiares de uns e outros, mas nunca existe verdadeiramente tempo para grandes conversas. Era preciso mudar isso”, referiu o atleta Carlos Cardoso no seu blogue pessoal. Nesse sentido realizou-se, no passado dia 14 de Julho, o primeiro convívio do CAL, o qual decorreu no Parque da Várzea em Pigeiros,
que não sendo grande em espaço, reúne as condições ideais para um convívio deste género. Em suma, é um local aprazível, que convida ao lazer e relaxamento. Para garantir o espaço e as mesas necessárias ao convívio, alguns atletas chegaram ao local por volta das 8h45. Para seu espanto, já havia quem estivesse a guardar outros espaços para o mesmo fim, sinal de que o local é bom e é nosso, é feirense. Com a bandeira do clube bem visível e a servir de guia, qual farol, os atletas e respectivas famílias iam chegando e acomodavam-se alegremente à volta do farnel que cada um trouxe para partilhar, com direito a parabéns e bolo de aniversário. Pela tarde foram realizados vários jogos tradicionais. Assim, e depois de tudo arrumado, ficou a promessa de manter este convívio para o futuro.
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Correio da Feira
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Voleibol
Arrifanense cria secção feminina Ao criar a secção de voleibol feminino, a nova Direcção do Arrifanense cumpre um dos objectivos a que se propôs. De recordar que, em entrevista concedida ao Jornal Correio da Feira, o presidente, Ricardo Costa, havia manifestado essa intenção, que agora ganha contornos oficiais. O início dos trabalhos da secção acontecerá nos primeiros dias do próximo mês de Setembro, com os treinos de captação, que decorrerão, semanalmente, no pavilhão da Escola Básica EB 2/3 de Arrifana, às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 21h. Numa primeira fase, o clube pretende concentrar a sua atenção no escalão feminino, com especial incidência nas atletas com idades compreendidas entre os 12 e 16 anos.
BTT
João Santos foi 9.º colocado no Nacional João Santos (Núcleo Desportivo de Travanca/Bicicletas Andrade) terminou a corrida de juniores do Campeonato Nacional de BTT, realizado em Vila do Conde no fim-de-semana de 13 e 14 de Julho, na 9.ª posição. O jovem atleta concelhio completou a prova em 1:09.01.508 horas. A competição foi ganha por João Cabral (S.U.Colarense/Ginásio Spald/ SintraBike), logo seguido de Bruno Machado (Seissa/A.C.R.Roriz/ Matias e Araújo/Frulact) e Luís Ferreira (Individual). João Santos falhou o objectivo do título de campeão nacional mas isso não apaga a excelente época que realizou, na qual conquistou a Taça de Portugal e representou a selecção na Taça do Mundo e no Campeonato da Europa.
Futsal
FCC Lourosa decide futuro até ao fim do mês O futuro do FCC Lourosa está prestes a decidir-se. Os responsáveis do clube lourosense continuam à procura de uma solução, sendo que todos os cenários estão em cima da mesa, desde a continuidade do projecto à sua extinção. Sem treinador nem qualquer jogador contratado, estão apenas acertadas as saídas de Vítor Ferreira, Igor, Miguel Armando, Tiago e Pedro Lucho, que se comprometeram todos com o ISPAB Futsal. Numa altura em que muitas formações têm tudo pronto para arrancar com os trabalhos de pré-temporada, o FCC Lourosa continua parado, em busca de uma solução. Até ao final do mês deverão surgir novidades mais concretas sobre que rumo irá tomar o clube.
Natação // Jovem nadador do Clube Colégio de Lamas subiu ao pódio nos 100 e 200m bruços
Infantil Alexandre Amorim alcança duas medalhas de bronze no Nacional
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Medalhas nos 100 e 200m bruços são o expoente máximo de uma excelente participação do Clube Colégio de Lamas na competição realizada em S. João da Madeira. Alexandre Amorim, nadador do Clube Colégio de Lamas, conquistou duas medalhas de bronze na edição 2013 do Campeonato Nacional de Infantis de Verão, realizado entre os dias 12 e 14 de Julho, em S. João da Madeira. Estiveram presentes 459 nadadores (220 masculinos e 239 femininos) em representação de 87 clubes. O Clube Colégio de Lamas esteve representado por nove nadadores e teve uma prestação brilhante, pois obteve, para além das duas medalhas de bronze, dois recordes do clube absolutos, onze marcas no Top 10 Nacional e 17 recordes pessoais. Os nadadores lamecenses estiveram sob a orientação técnica de Paulo Ferreira. Destaque para os pódios nacionais de Alexandre Amorim (infantil A) nos 200m bruços (2.41.95 minutos marca que é MAC, recorde do clube infantil e TAC Nacional para o ano, no escalão juvenil B) e nos 100m bruços (1.12.93 minutos que é simultaneamente MAC, recorde do clube infantil e também TAC Nacional para o escalão seguinte). Nos 200m estilos, o jovem nadador obteve também recorde pessoal e do clube infantil, com 2.27.15 minutos, ficando posicionado no 9.º
Comitiva lamacense, liderada por Paulo Ferreira, teve razões para sorrir no final da competição lugar com TAC nacional alcançado para o ano. Mariana Ribeiro (infantil B) alcançou recordes pessoais em todas as provas que nadou, assim como recorde do clube infantil, com destaque para os 100m livres (1.06.58 minutos), prova na qual ficou em 4.º lugar, a escassos centésimos do 2.º posto. Nos 100m mariposa e 200m estilos foi 6.ª nacional com TAC Nacional para o ano alcançado em todas estas três provas. Por fim, nos 400m livres, foi 9.ª nacional e nos 100m costas foi 14.ª. Tiago Barbosa alcançou dois recordes pessoais, nos 100 e 200m
Atletismo // Paulo Neto foi 6.º na Holanda
ACRDE conquistou 72 medalhas nas Mini Olimpíadas O Atletismo da ACRDE participou nas Mini Olimpíadas com 25 atletas nas mais variadas provas que compõem os três dias de provas. No fim do primeiro dia a ACRDE já contabilizava 27 medalhas e, no fim do segundo, somou mais 19, graças ao empenho e garra dos jovens atletas. Ontem foram as finais de velocidade, barreiras, salto em altura e a estafeta, onde os bravos atletas da ACRDE conquistaram mais 26 medalhas.No conjunto dos três dias, os atletas da ACRDE conquistaram 28 medalhas de ouro, 28 medalhas de prata e 16 medalhas de bronze. No proximo sábado, o atletismo da ACRDE terá o seu convívio anual na Serra da Freita, durante todo o dia, para o qual estão convidados os pais e familiares. O clube agradece o apoio Junta de Freguesia de Escapães, Restaurante Palmeira, Liberty Seguros, Agroescapães e Manuel Oliveira.
Paulo Neto na final dos 400m barreiras na Holanda
Paulo Neto foi 6.º classificado na final dos 400m barreiras do FOJE, com o tempo de 55.01s, depois de ter ficado em segundo na meiafinal, com 55.00s. Foi uma excelente participação do atleta da ACRD Escapães, que chegou à final de uma prova que só tinha feito uma vez em Portugal e com barreiras de 0,91, no Campeonto Nacional de Juniores, em Fátima. Acima de tudo está a ser uma boa experiência para Paulo Neto. “Não podemos deixar passar em claro o apoio que os colegas de Selecção Dirigentes e equipa técnica lhe deram durante as provas na sua primeira Selecção Nacional e também todos os que daqui de Portugal o felicitaram, apoiaram e deram todo o tipo de força durante a sua estadia em Utrecht na Holanda” afirmam os responsáveis do clube.
bruços, e ficou em 6.º lugar nacional nos 100m e 13.º nos 200m; e Gabriel Pereira (infantil A) obteve nos 100m costas o 14.º lugar nacional (com recorde do clube infantil), nos 100m livres foi 24.º (com recorde pessoal) e no primeiro percurso da estafeta dos 4x200m livres obteve recorde pessoal nos 200m livres, assim como recorde do clube infantil. Marcelo Rocha, Iris Sá, Mariana Lima, Cátia Pinheiro e Beatriz fontes integraram as estafetas de 4x200m livres, 4x100m estilos e 4x100m livres e estiveram em bom plano. Destaque para a estafeta dos
4x100m livres constituída por Alexandre Amorim, Tiago Barbosa, Gabriel Pereira e Marcelo Rocha, que alcançou recorde do clube absoluto e foi 5.ª classificada, enquanto as de 4x100m estilos e 4x20m0 livres obtiveram o 8.º e 9.º lugar, respectivamente. As estafetas femininas ficaram em 14.º e 17.º lugar. De referir ainda que a atleta Mariana Ribeiro foi premiada, pela FPN, pelo Torneio de Nadador Completo Nacional, na qual ficou posicionada no 8.º lugar. Finda assim, da melhor maneira, a época para o escalão de infantis do Clube Colégio de Lamas.
Correio da Feira
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Correio da Feira 22.JUL.2013
Caldas de S. Jorge // Cerca de 900 participantes nas 15 modalidades
“Há modalidades que temos de rever em relação ao próximo ano”
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
No fecho das 38.ª MiniOlimpíadas, o presidente da Comissão Olímpica, Hugo Lima, faz um balanço positivo do evento organizado pelo Orfeão da Feira e aponta os aspectos a melhorar para que o sucesso seja ainda maior. “O evento correu bem, atingimos
uns objectivos, outros não. Tivemos cerca de 900 miúdos no geral. Queríamos alcançar a meta dos 1000, mas este ano ainda não conseguimos” – começa por dizer o presidente da Comissão Olímpica, Hugo Lima, frisando que é necessário rever alguns aspectos em certas modalidades. “Há modalidades que temos de rever em relação ao próximo ano, devem ser melhoradas. Por exemplo, 80 a 90 por centro dos miúdos que estão inscritos no basquetebol pertencem ao GRIB. Tem de se tentar arranjar mais miúdos para os outros clubes. Se os miúdos já estiverem inscritos no GRIB, já não vão inscrever-se
noutros clubes. O andebol também, em que o Feirense joga uns miúdos contra os outros. Não há competição, é apenas um treino. Queríamos mudar essa situação porque há mais clubes” – explica Hugo Lima. O atletismo continuou “a modalidade rainha” com mais participantes, cerca de 215. “O atletismo é uma marca histórica. Vêm pais, avós, tios, treinadores, e isso deixa-nos orgulhosos, ter sempre a bancada cheia aqui nas Caldas” - aponta. Mas foi o fustal que teve a maior evolução e crescimento. “O futsal evoluiu quase 200 por cento. O ano passado tivemos entre 30 a
40 miúdos e este ano tivemos 180. Contribuiu muito para um bom desenvolvimento do futsal, que para mim é a modalidade que tem mais força” – afirma Hugo Lima. “A modalidade com menos participantes foi o xadrez. Tivemos apenas quatro participantes, com muita pena minha. O ano passado participaram cerca de 15 a 20. Sei que existem clubes de xadrez nas escolas da Feira, não sei porque motivo não quiseram participar” – lamenta Hugo Lima, que destaca também o triatlo que, embora tivesse apenas sete participantes, “é uma modalidade que tem muito espaço para evoluir”. O futebol foi
a única modalidade que ficou por realizar. “Os clubes estão cheios de torneios e não conseguimos arranjar meia dúzia de equipas para tentar organizar esse torneio” - adianta. “Para o Concelho é qualquer coisa de fantástico, é o evento para miúdos até aos 14 anos que tem mais participantes. Para os miúdos é o começar de uma meta para tentar chegar a campeões” – afirma Hugo Lima. A liderar pela primeira vez a Comissão Organizadora, considera esta “uma boa experiência” que quer repetir. “Para o próximo ano também estarei de certeza. Depois, desde que eu seja convidado, aceitarei com todo o gosto” – acrescenta. Publicidade