TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Desde 11 de Abril de 1897
Ano CXVI
Semanário
Direcção: Sandra Moreno
09 Setembro 2013
Nº 5829
Mérito Municipal 1972 1997
€0,60 (iva inc.)
Um arranque do ano lectivo atribulado P. 22 e 23 A colocação tardia dos professores e a gestão das AEC são a maior dor de cabeça das escolas. No geral, o número de alunos diminui.
(Re)descobrir
pág. 03
A Feira do Velho quer que as pessoas dêem mais importância às peças históricas
Terra a Terra
pág.08 a 10
“Lamas é um sítio sociável”, diz o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Camilo Liberty Seguros conquista a Volta a Portugal em Sub-23
pág. 30
Lourosa isolado na frente da Série D do CNS
Política
pág. 25
Última Assembleia Municipal preenchida com discursos de despedida e agradecimentos
Política
David Rodrigues venceu a geral da Juventude
Lusitanistas venceram o Cinfães (1-0) e são a única equipa apenas com vitórias no campeonato. Moisés e Rui Pedro foram as figuras do jogo
Na próxima quarta-feira, dia 11 de Setembro, o Correio da Feira organiza um debate com os candidatos à autarquia, no Auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira
pág. 13
PS e PSD apresentaram as listas para a Câmara e a Assembleia Municipal
Futebol
pág. 21
pág. 20
pág. 25
“Hat-trick” de Júlio insuficiente para o S. João de Ver bater o Lusitanos, num jogo que teve oito golos (4-4)
02
Correio da Feira 09.SET.2013
Bombeiros: A Minha Homenagem Quero com este pequenino texto homenagear os bombeiros, que anos após ano dão a sua vida pelo próximo (e este ano tem sido calamitoso), destacando um belo exemplo de dedicação à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Feira, e que se fosse vivo teria completado 100 anos em 23 de Abril do corrente ano, falamos de António Dias da Costa. Em 1 de Maio de 1986, um conjunto de cerimónias assina¬lou o 65.º aniversário da fundação da Associação Humanitária dos Bombei¬ros Voluntários de Santa Maria da Feira, destacando-se os 50 anos de serviço prestados por António Dias da Costa. Neste dia o Presidente da Câmara Municipal, Alfredo de Oliveira Henriques, saudou «os Bombeiros de Santa Maria da Fei¬ra por mais este aniversário», louvou e agradeceu, em nome do município, o esforço pendido em favor da segurança das pessoas e bens, e procedeu à entrega da Medalha de Praia de Mérito Municipal ao bombeiro António Dias da Costa, com mais de 50 anos de ser¬viço, que considerou um exemplo de dedicação e perseverança e um estímulo para os mais novos. O momento mais alto e signifi-
cativo das cerimónias come¬morativas, foi sem dúvida a imposição das medalhas aos voluntários, com especial relevo para o bombeiro António Dias da Cos¬ta, que contava mais de 50 anos de ser¬viço. Serafim Lopes escreveu na edição do Correio da Feira de 9 de Mio de 1986 o seguinte: “de baixa estatura, rosto tisnado pe¬lo sol de muitos anos de trabalho de pedreiro e do calor de inúmeros incên¬dios que combateu, rugas bem finca¬das de canto sofrimento que viveu e presenciou, mãos calejadas do martelo e das pedras (Mercado Municipal da Feira de Fernando Távora, cujos desenhos do então jovem Siza Vieira foram executados por ele) e do machado de voluntá¬rio, António Dias da Costa, teve, no dia 1 de Maio de 1986 no salão nobre do velho quartel, a sua pública e merecidíssima consagração, ao ser dis¬tinguido com as Medalhas de Ouro da Liga e dos Bombeiros e a Medalha de Prata
hora alta da sua vida, man¬teve-se humilde, quase envergonhado, por tantas palmas que ouviu, ele, que durante estas cinco décadas, em que prestou relevantes e inestimáveis ser¬viços, apenas procurou, e ainda procura, cumprir o melhor possível o seu dever. Nestes mais de 50 anos de voluntá¬rio» «durante os quais ficou bom vinca¬do o seu espírito de sacrifício e doação em prol do bem-estar do seu seme¬lhante», António Dias da Costa, agrade¬ce à sua mulher Júlia Pinto de Sousa todo o apoio dado, «ela também é bombeira, também so¬freu muito». Recorda, com naturalidade e mes¬mo, alguma nostalgia, os tempos difí¬ceis que passou, a falta de material, roupa, equipamento, etc., na corpora¬ção. «Tínhamos, apenas meia dúzia de jalecas e quando havia festa, eram au¬mentadas ou encolhidas no alfaiate, de acordo com o corpo dos bombeiros es¬calados. Calçado
de Mérito Municipal, entregues» respectivamente, pelo Presidente da Direcção, Prof. José Valente de Pinho Leão, 1.º Comandante Luís José Mar¬ques e Presidente da Câmara Munici¬pal, Alfredo de Oliveira Henriques. «Homenageado pela sua fidelidade ao voluntariado», como muito bem acentuou o Dr. Belchior Cardoso da Costa, este velho soldado da paz, mes¬mo nesta
também não existia, e uma semana depois de casar, queimei os meus ricos sapatos num incêndio em Paços de Brandão», Hoje, acrescenta, não falta nada, felizmente. Com 76 anos de idade, «nasci a 10», na situação de reformado, continuava a ser, segundo o seu Comandante Luís Marques, um bombeiro que não faltava ao serviço. Neste «homem anónimo, humilde», de corpo pequeno, que alberga um co¬ração incomensuravelmente grande, quantas privações, quantos actos de valentia, de generosidade, de serviço aos outros! Quanta «bondade permanente»! Que o seu nobre exemplo, possa ser imitado pelos jovens”. António Dias da Costa, de quem me orgulho ser neto, sem dúvida foi e continua a ser imitado pelos jovens, também ele próprio sofreu imenso com o desaparecimento de 14 companheiros em Armamar em 1985, quando combatiam um violento incêndio. Já não basta chorar a floresta que arde todos os anos; não queiramos continuar todos os Verões a chorar também os mortos. Roberto Carlos Reis
Não baixar os braços
Escândalo e insensibilidade social
FICHA TÉCNICA
Escândalo As corporações de Bombeiros do nosso concelho, as quais desde se saúda a sua postura abnegada, heróica como se entregam de corpo e alma na defesa de pessoas e bens, foram recentemente visitadas pelo responsável Municipal pela Proteção Civil, agora candidato do PSD à nossa Câmara Municipal. Ao oferecer apoio para um aumento da cobertura do seguro de vida dos bombeiros fê-lo de forma oportunista e deprimente para quem é Vereador há oito anos e só em vésperas de eleições se lembrou que a Câmara não estava a apoiar dignamente os bombeiros do seu município pelos riscos pessoais
Directora
Sandra Moreno
sandra.moreno@correiodafeira.pt
Administração Jorge de Andrade
administracao@correiodafeira.pt
Redacção Rui Almeida
rui.santos@correiodafeira.pt
Daniela Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Albino Santos
albino.santos@correiodafeira.pt
e profissionais que passam no exercício das suas missões de soldados da paz. Não vamos relembrar os dramáticos danos pessoais com bombeiros do nosso concelho, mas esta visita à última hora em cima das eleições é inaceitável… Haja respeito pelas pessoas e Instituições. Chegar a este vergonhoso “espectáculo terceiro mundista” só na Candidatura do Porto, onde o candidato do PSD dá esmolas para pagar medicamentos e outras necessidades, ou em Viseu onde líder dos Presidentes de Câmara dá cheques nas Igrejas à Comissões Fabriqueiras!...Mas a nossa Câmara também perdeu a vergonha ao entrar neste circo recuperando o pagamento de subsídios a Associações do ano de 2006!... Isto é comprar apoios com verbas do erário público. É a pouca vergonha institucionalizada!...é com estes exemplos e presumivelmente com outros compromissos escondidos no fundo da gaveta que desacreditam qualquer relatório de Contas que esta Câmara possa apre-
sentar. Ninguém acredita na seriedade das Contas que a Câmara apresenta. As surpresas de encargos por pagar são impressionantes!.. Com este estado de coisas nem com uma auditoria externa, credível e independente e superiormente testada pelo Tribunal de Contas consegue desfazer tanta trapalhada!...Os vícios são tantos o sistema está de tal forma bloqueado e impenetrável que se tornou impossível termos qualquer relatório de contas transparente. Só com novos protagonistas será possível sair deste pântano. Insensibilidade Social Somos um dos maiores municípios do país. Temos uma população superior a cento e cinquenta mil pessoas. Produzimos muita riqueza. As receitas municipais com impostos municipais são muito elevadas. Porém, desbaratamos muito dinheiro em obras de fachada e não conseguimos ter no nosso concelho um equipamento que possa acolher os feirenses portadores de doenças
mentais com necessidades de acompanhamento permanente. Tenho vergonha que isto esteja a acontecer no meu concelho. Conhecemos casos de familiares, amigos que vivem esta situação desesperante que não têm no nosso concelho uma resposta para este problema. “Precisamos urgentemente de um Centro de Alojamento com Acompanhamento Permanente destes cidadãos” . Estes não têm culpa de serem doentes!... São empurrados para longe da nossa terra quando conseguem esse acolhimento com grandes transtornos para os seus familiares e amigos!..São considerados um fardo na sociedade feirense. E nós, com o nosso egoísmo e insensibilidade social, assobiamos para o lado, mais preocupados em gastar dinheiro com pisos sintéticos de campos de futebol, em passadiços à beira rio, em Centro de Artes ou em muitos outros equipamentos de fachada…é inaceitável isto aconteça à nossa frente, com o nosso alheamento! A Câmara nunca foi sensível
para esta grave lacuna social no nosso concelho! É urgente dar prioridade na resolução deste problema. Contribuir para a construção de um equipamento de retaguarda hospitalar é uma obrigação social do Município. Chega de alheamento, de negligência ou de incompetência, vamos à obra começando por desafiar todos os candidatos à Presidência da Câmara Municipal que manifestem nos programas a resolução interesse em resolver este problema como obra de 1ª necessidade. Caso estejam preocupados em resolver esta carência basta aproveitar as “abandonadas instalações” do Antigo Hospital de Oleiros como uma boa solução. É desprestigiante para o nosso concelho e seus autarcas não ter uma resposta imediata para esta necessidade social quando se gastam rios de dinheiros em obras de show-off. António Cardoso, 1º eleito na Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Nacional - € 25 Paulo Sérgio Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50
Propriedade: Trazer Noticias, Lda. Registo na C.R.C.de S. M. Feira, n.º 507619269 Contribuinte n.º 507 619 269 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Trazer Noticias, Lda.
Registo de Empresa n.º 200537 Registo no N. R. O. C. S., N.º 100538 Depósito Legal n.º 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tirágem média) Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Preço Avulso: 0,60€
SEDE: Rua 1º de Maio, nº 221 A, Espargo - Santa Maria da Feira 4520 - 115 Espargo Telef. 256 36 22 86 - Fax 256 37 28 89 E-mail: geral@correiodafeira.pt
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando necessariamente a opinião da direcção)
Resto do Mundo - € 65
Cobrador:
Cobrador@correiodafeira.pt
Dep. Comercial:
Luis Guimarães comercial@correiodafeira.pt
Design e Paginação:
Pedro Almeida pedro.almeida@correiodafeira.pt
Correio da Feira
09.SET.2013
03
Santa Maria da Feira // Alguns feirantes têm peças com mais de 50 anos
Nem tudo o que é velho é tralha
A Feira do Velho, realizada no primeiro domingo de cada mês, ainda não tem nem um ano mas já se estabeleceu como uma feira de respeito no Rossio, Santa Maria da Feira. A organizadora, Maria Adelina Silva, gostava, no entanto, de ter mais apoios para a divulgação deste evento.
Falta de apoios compromete a Feira
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Maria Adelina Silva é feirante desde que se conhece. A vender as suas velharias pelas feiras do Porto a Aveiro, a feirante destaca a Feira das Airas, que, sendo realizada na sua freguesia natal de S. João de Ver, lhe chega perto do coração. Para além destas andanças, Adelina Silva decidiu ter um projecto só seu e trazer uma feira de antiguidades para a cidade de Santa Maria da Feira. “Dirigi-me à Câmara para que me deixasse fazer aqui a Feira do Velho. Disse que era a pessoa adequada para tomar conta da feira. Disse-lhes: “Confiem em mim e eu faço a feira honestamente, sem problemas, nem confusões”. Convoquei os feirantes que conhecia e iniciamos logo a feira com 60 feirantes. A partir daí foi sempre a crescer” – conta Adelina Silva. A Feira do Velho começou em Dezembro do ano passado e conta hoje com mais de 200 feirantes, que vêm de sítios tão longe como Porto, Vila do Conde, Gondomar ou Vale de Cambra para vender as suas peças. Trata-se de uma feira mensal, realizada no primeiro domingo de cada mês, e em que são apenas permitidas antiguidades e velharias. “Tem muita coisa aqui que vale a pena e coisas baratas” - diz Maria Eugénia Caprichoso, que costuma frequentar a feira. O principal objectivo da Feira do Velho é relembrar as pessoas para a importância da preservação daquelas peças históricas e, para isso, não há lugar melhor do que o Rossio. “O sítio é porreiro e não podia ser melhor para a história. De todas as feiras que eu faço, é um dos melhores sítios. Está-se bem aqui” – diz um dos feirantes
que vende na Feira do Velho desde o seu início, Manuel Rocha, das Caldas de S. Jorge. “É uma feira fresca, com bastante arvoredo, convidativa e o recinto é bom” – afirma Maria Fátima Silva, outra feirante, que vem do Porto.
Peças com mais de 50 anos
São muito diversos os tipos de peças que se encontram na Feira do Velho. “Há peças com 50 anos, dignas de se fotografar. Temos pessoas que têm mesmo aquelas bancas originais antigas” – salienta Adelina Silva. São louças, ferramentas, electrodomésticos ou roupas em segunda mão. É só escolher. “Tenho pratos com 80, 90 anos. Tenho uma tigela com 50 anos e diversas peças antigas como calçado,
camisas, cortinas. Tenho de tudo um bocadinho. Tenho peças que se calhar já não duramos tanto como elas” – enumera Maria Fátima Silva. Quem realmente dá valor a estas peças são os verdadeiros coleccionadores que, às vezes, pagam fortunas por uma peça única. “As velharias são importantes porque há pessoas que realmente lhes dão valor. Eu tive uma máquina de escrever, uma Royal Americana, que tinha muita procura. Era de 1936 e essa máquina foi vendida por 2000 euros” – conta o feirante António Tavares, de Rio Meão. Para a maioria das pessoas, no entanto, as peças antigas são apenas tralha e talvez por isso a maioria delas chegue às mãos dos feirantes através do falecimento de familiares. “Há pessoas que
a família vai falecendo e os filhos não querem guardar as peças. Também há certas peças que são de família mas a pessoa chega a um certo ponto em que não pode guardar tudo e vai vendendo algumas coisas” – conta Manuel Rocha, que acredita que “as velharias são importantes para se guardar o património que existe”. “Se as pessoas não começarem a cuidar do património, as coisas vão desaparecendo. Convém guardar algumas coisas do que foi feito” – afirma. Adelina Silva acrescenta que, para quem quiser comprar antiguidades, existe uma boa loja na Rua Sá Carneiro que vende “peças esmeradas antigas”. “O que não serve a uns pode servir a outros” – diz Alcide Queirós, uma das visitantes da feira.
Apesar de orgulhosa do seu projecto, Adelina Silva está muito desiludida com a Junta de Freguesia da Feira. “Estou muito triste com a Junta pela maneira como agiram. Puseram um senhor a ajudar-me mas sempre contra a Feira do Velho. Tentei fazer só antiguidades e velharias mas já tem pessoas que, através desse colega, colocaram produtos novos com etiquetas. Já quiseram vender aqui pássaros, plantas, até produtos alimentares. Tento ser o mais correcta possível. Se é antiguidades e velharias, só se vende antiguidades e velharias” – frisa Adelina Silva, que adianta que nem música a deixaram pôr para animar a feira. A feirante diz ainda que a falta de divulgação também compromete o sucesso da própria feira. “Prometeram-me que iam pôr publicidade da feira nos jornais, na rádio, e nada disso fizeram. Fui penalizada por isso. A nível da população, muita gente não conhece a feira porque não está divulgada. Só as pessoas que vão à igreja ou os próprios feirantes é que espalham a palavra” – afirma Adelina. Tão depressa a feirante não se compromete com outro projecto destes. “Não estou contente porque ninguém respeitou a minha ideia, o meu esforço. Gasto gasolina, o meu tempo, pago o meu espaço. Merecia um grande apoio pela minha iniciativa e não o tive. Estou nesta, estou desiludida e acho que não me quero meter noutra” - aponta. Apesar disso, a feirante vai comemorar o primeiro aniversário da feira, que se realiza em Dezembro, e promete um duo musical que vai preencher o Rossio.
04
Correio da Feira 09.SET.2013
Em defesa da Viagem Medieval
É inquestionável e consensual o crescimento da notoriedade do concelho na Região e no País. Santa Maria da Feira está no mapa… e na moda. A chancela de qualidade da capacidade de produção made in Santa Maria da Feira tem sido responsável pelo crescimento sustentado de eventos que se confundem com a própria identidade colectiva local. Exemplo maior desta realidade é a Viagem Medieval, evento que, ano após ano, tem conseguido reinventar-se e crescer continuadamente sem que tal represente perda da sua qualidade enquanto
evento cultural de referência. De resto, tudo isto tem vindo a ser reconhecido por insuspeitas instâncias e organismos que, ano após ano, têm vindo a agraciar o evento e o concelho com prémios e galardões no âmbito do turismo e da cultura, eixo estratégico de desenvolvimento da região e do país. Por tudo o que representa, pela força esmagadora dos números que é capaz de gerar e pela sua dimensão, considero a Viagem Medieval, a par do Hospital S. Sebastião, como a maior conquista de Santa Maria da Feira dos últimos 20 anos. Ora, por tudo isto, não deixa de me causar profunda estranheza quando escuto alguém desferir ataques à Viagem Medieval; especialmente se esses ataques forem subscritos por “alguém de dentro e sobretudo se feitos de forma injusta, como o fez o administrador do Correio da Feira, na última edição
do semanário. Ao invés de ter sublinhado o inequívoco sucesso (mais um) alcançado pelo evento ou referido a qualidade dos espectáculos que compunham a programação cultural do evento, Jorge Andrade optou, quanto a mim, por um caminho enviesado de ataque ao evento e à liberalização da cultura que o mesmo representa para os feirenses. Refere o administrador que “os feirenses mais críticos deste evento lúdico/cultural apelidam a Viagem Medieval de “Feira do Porco ou da Febra”, mas não refere que, mais uma vez, milhares de feirenses (e não só), adeririam em massa e esgotaram os espectáculos culturais idealizados, produzidos e protagonizados por associações feirenses. Alude o Administrador do jornal a “actos de todo o tipo de violência”, mas não refere concretamente que tipo de violência, alegadamen-
te, terá existido, qual a sua gravidade ou qual (quais) os motivos que terão estado para a alegada ocorrência dessa violência. Considera Jorge Andrade que esses momentos “deixaram este ano uma marca muito negativa” na já reconhecida maior edição de sempre do evento e que, estou certo disso, daqui a uns meses será igualmente reconhecida como a melhor edição de sempre, ainda que Jorge Andrade tema que “a prosseguir este caminho em breve será apelidada de Viagem à Bebedeira, ao Coma Alcoólico e à Incivilidade”, já que considera o abuso do álcool como outro factor negativo e que, segundo a sua opinião “tem vindo a acentuar-se de ano para ano”, relacionando esse facto ao aumento abusivo da venda de bebidas alcoólicas. Ora, para Jorge Andrade, a génese do problema do consumo de álcool não será uma manifestação sociológica, em que a
Educação desempenha um papel fundamental na prevenção de comportamentos de risco, mas sim porque a Viagem Medieval existe como existem também inúmeros cafés e bares no centro histórico de Santa Maria da Feira. Estes “alertas vermelhos” deixados por Jorge Andrade só poderão ser perceptíveis quando e se enquadrados num cenário de despeito em relação à Viagem Medieval. Apenas me resta a consolação de Jorge Andrade pertencer àquele grupo minoritário (e cada vez mais pequeno) de críticos em relação à da Viagem Medieval. Já há séculos, a pena de Luís de Camões superiormente ilustrava o sentimento latente na escrita de Jorge Andrade. Hoje, como naquele tempo, estou certo que a História se encarregará de enfraquecer a voz dos Velhos do Restelo. Ricardo Matos, São Paio de Oleiros
tes com os outros candidatos o candidato socialista procurasse confrontar o poder vigente com o sucesso ou o insucesso das políticas levadas a cabo no último mandato? Então, por que motivo opta Eduardo Cavaco por se esconder no silêncio? Não terá ele ideias para apresentar? Não terá ele um projecto para o concelho? Agora que estamos em pleno “período quente” da campanha eleitora, Eduardo Cavaco sabe que não pode mais escudar-se no silêncio. O candidato a socialista tem consciência de que tem que mostrar o que vale… e o que vale no debate. Eduardo Cavaco não pode mais esconder-se em comunicados de imprensa ou em artigos de opinião. Eduardo Cavaco não pode mais confiar na liderança
bicéfala da sua candidatura, sob pena do eleitorado perceber a acefalia dessa candidatura. Ora, por esse motivo, a candidatura de Eduardo Cavaco, conforme se pode ler na tal “nota” que me caiu na caixa do e-mail, “aceitou já participar no Debate que o prestigiado Semanário “Correio da Feira” se propõe organizar”. O que a “nota” não explica é o porquê de Eduardo Cavaco ter recusado idênticos convites formulados pelo Terras da Feira ou pela Rádio Clube da Feira, dando azo a que todos possamos especular sobre a ligação entre o assessor que subscreve a “nota”, Orlando Macedo, com o Correio da Feira, do qual foi Director, sendo igualmente cunhado de Jorge Andrade, Administrador do referido jornal, pormenores aparentemente de-
cisivos para que a candidatura socialista tenha aceitado integrar o debate promovido pelo Correio da Feira. É evidente o pouco à-vontade demonstrado por Eduardo Cavaco em relação ao debate e à entrevista, sendo que esse sentimento só pode ser entendido como uma fragilidade do candidato. A duas semanas das eleições subsistem-me uma dúvida e uma certeza. Dúvida: será fragilidade de Eduardo Cavaco em relação ao debate maior que a fragilidade das suas ideias? Certeza: Eduardo Cavaco está longe de se poder assumir como alternativa de poder em Santa Maria da Feira.
Debater… o debate Por motivos que nem eu sei muito bem como, veio parar-me à minha caixa de correio electrónico um documento intitulado tão-somente como “Nota”. O meu primeiro impulso foi eliminar a mensagem e arrastá-la de pronto para a lixeira, mas optei por abrir aquele anexo, talvez desafiado pela curiosidade própria de um… curioso. Ora, nessa tal “nota”, Eduardo Cavaco e António Cardoso, por intermédio de um assessor da campanha socialista, agradeciam e declinavam, por alegados motivos de disponibilidade de agenda ou falta dela, todos os convites formulados pela comunicação social local a participar nos debates políticos próprios de todo o período eleitoral. Aliás, nessa “nota” Eduardo Cavaco e António Cardoso apresentam
um conjunto cumulativo e, na minha opinião, ridículo de condições segundo as quais estariam disponíveis para participar num, e apenas um, debate político. Mas não foi a ridicularidade das tais condições impostas pela candidatura socialista que mais me espantou. Mas sim o porquê do aparentemente principal “oponente” de Emídio Sousa nas eleições de 29 de Setembro recusar o debate, o confronto, a opinião e a apresentação do seu programa político. Não seria óbvio que alguém que pretende conquistar o poder na Câmara Municipal de Santa Maria da Feira aproveitasse todos e quaisquer momentos disponibilizados pela comunicação social para se apresentarem à população? Não seria óbvio que, nos deba-
Frederico Lopes
Opção pelo novo Regime de IVA de Caixa da emissão da fatura.
Até ao dia 30 de Setembro de 2013, os empresários, que não tenham atingido no ano civil anterior um volume de negócios, superior a 500.000,00 €, poderão optar pelo novo Regime de IVA de Caixa (RIC), com efeitos a partir de 1 de Outubro de 2013. Em traços gerais, este novo regime, permite aos empresários entregarem o IVA ao Estado, aquando do recebimento parcial ou total da fatura. Ou seja, o IVA passa a ser exigível aquando do recebimento e não
Mas será este regime vantajoso para todos os empresários? Antes de mais, começo por referir que o empresário só entrega o IVA ao Estado aquando do recebimento da fatura do seu cliente, mas também só pode deduzir o IVA do seu fornecedor aquando do pagamento da fatura. Ou seja, se o empresário recebe mais rápido do seu cliente do que o tempo que demora a pagar aos seus fornecedores, então este regime não é vantajoso. Exemplo: um empresário comprou no mês de Outubro/2013 mercadorias a empresa “ABC” no valor de 1.000,00 € + IVA, e só vai pagar esta fatura em Janeiro/2014. Durante o mês de Outubro, vendeu estas mercadorias aos
seus clientes e recebeu a pronto. Este empresário terá que entregar o IVA da sua faturação ao Estado, sem poder deduzir o IVA da fatura do fornecedor. Só vai poder usufruir da dedução quando efetuar o pagamento da fatura ao fornecedor que seria em Janeiro de 2014. Concluindo, quando o Prazo Médio de Recebimento for inferior ao Prazo Médio de Pagamento , este regime não é vantajoso para o empresário. Outro fator a ter em conta é que o empresário só pode optar por este regime se tiver a sua situação tributária regularizada, ou seja, se não tiver dívidas em mora ao fisco. Caso o empresário opte pelo novo regime e por dificuldades financeiras decorrentes do mercado deixa de ter a sua situação regularizada, a cessação do regime será
efetuada oficiosamente pela Administração Tributária (AT). Uma das consequências imediatas da cessação deste regime, é que o IVA das faturas dos clientes que ainda não tenham sido pagas, é exigido no período seguinte a comunicação oficiosa da AT. Exemplo: um prestador de serviços, realizou vários serviços a clientes no montante de 100.000,00 € + IVA até junho de 2014. Como os clientes ainda não lhe tinham pago, o prestador também não entregou o IVA ao Estado. Contudo, “esqueceu” de pagar o imposto único de circulação do carro em Julho de 2014. Em Agosto de 2014, a AT comunica ao empresário que tem uma dívida as finanças e como tal deixa de poder estar no Regime de IVA de Caixa. No mês de Setembro de 2013, o IVA das faturas todas ainda por receber
dos clientes, independentemente das faturas ainda não terem sido recebidas vai ter que ser entregue ao Estado. Ora numa situação em que o mercado está incerto, e se o empresário prevê dificuldades de tesouraria, é preferível um pagamento contínuo do IVA que constam das faturas, do que de uma só vez o ter que entregar ao fisco. Por fim e não menos importante, é que a quem optar por este regime, a AT passa a aceder a todas as informações ou documentos bancários, independentemente do seu consentimento, para poder efetuar o controlo dos pagamentos aos fornecedores e recebimentos dos clientes. Pedro Lima Economista | TOC pnlima@pedrolima.pt
Correio da Feira
09.SET.2013
05
Vale // Mário Cadete, presidente da Banda Marcial
“Temos sido penalizados por estarmos no Nordeste”
Mário Cadete, 54 anos, lidera, desde 2007, os destinos da Banda Marcial do Vale, que cumpre, em 2013, o seu centenário de vida. As festividades têm decorrido a bom ritmo e o público tem aderido de forma muito positiva. O dirigente diz que a colectividade atravessa um momento sereno e, para o futuro, ambiciona a construção de uma sede própria. Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Que significado tem liderar uma colectividade que cumpre 100 anos de vida? Para já é um grande privilégio estar como presidente da Direcção. É uma data muito importante, que mexe com muita coisa. Com pessoas que passaram pela banda, com muita história. Esta é uma altura bastante importante. Como surgiu a oportunidade de liderar a Banda Marcial do Vale? Tenho raízes muito antigas em relação à banda. Tenho dois tios, com 70 anos, que fizeram parte da banda marcial. Desde sempre ouvi falar muito disto. Depois, o facto de vir para a Direcção é derivado a ter duas filhas a tocar. Começaram aqui, na escola de música, e quando a mais velha começou a fazer parte da Banda Marcial, senti-me na obrigação de dar um pouco de mim à associação. E o que encontrou quando assumiu o cargo? Não estava num momento difícil. Estava bem. Entrei em 2007, 2008 e 2009 acho que foram dos melhores momentos da banda. Como tem sido vivido este ano de festividades? Já anda a ser planeado há um ano. Começámos no mês de Janeiro e vai durar até Dezembro. Vamos ter vários eventos, como concerto com bandas, tunas, peças de teatro, cavaquinhos, concertinas… Como foi pensado o calendário das festividades? A nossa preocupação foi não olhar só para a música em si, mas colocar também espectáculos de teatro ou caminhadas. A Direcção tem-se queixado um pouco de que o público não tem aderido muito às comemorações do centenário. O que acha que falta? Acho que não. Se formos a ver o balanço, a média de pessoas é boa. Agora, claro que há certos espectáculos em que tivemos a infelicidade de coincidirem com certas coisas. Por exemplo, na altura da Páscoa houve cerimónias religiosas que coincidiram com a hora do espectáculo. Às vezes também há jogos de futebol muito importantes. Aí sim, a gente nota um bocadinho de menos público. Mas, por exemplo, tivemos a banda do exército, no auditório de Louredo, com uma média de 600 pessoas. A banda da força aérea, aqui no Vale, também teve muita gente. Na média, acho que está dentro das nossas expectativas. Até Dezembro, o que é que está ainda por apresentar? Ainda há muita coisa. Temos a 22
de Setembro a festa principal, a comemoração em si do centenário, na qual vai estar toda a comissão de honra e estamos a convidar todos os músicos que passaram pela banda, sendo que muitos estão no estrangeiro, desde Suíça, Espanha até ao Brasil e França. Temos cerca de 200 convites feitos só de músicos que passaram pela banda.
Em termos das instituições oficiais, têm apoiado as festividades? Têm. As Juntas de Freguesia de Louredo e do Vale, e a própria Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, têm ajudado. O apoio das Juntas tem sido monetário e também organizativo, tal como da Câmara.
Na sua génese, a banda tem uma história curiosa. Conhece-a? Sim, conheço. Ela parte de um grupo de músicos que faziam parte de uma banda que havia em Cabeçais. Eles decidiram juntar-se para formar uma pequena banda. Ela foi fundada numa freguesia de Louredo. Daí começou, com altos e baixos, em 1913, tendo com certeza grandes dificuldades. Um benemérito financiou a compra de instrumentos e nasceu um pouco assim.
A banda juvenil gravou recentemente o CD “100 sons”. Como foi a experiência? É uma banda que faz parte da nossa instituição e que é composta por jovens que frequentam a nossa escola de música, e outros que já fazem parte da banda marcial. Acho que a experiência foi óptima e ter coincidido com o centenário foi muito bom. E mesmo o nome do CD, “100 sons”, tem tudo a ver com o centenário. Curiosamente, a banda juvenil tem três CDs gravados, enquanto que a banda marcial tem um, gravado em 2008.
Hoje, sente que a banda ainda tem esse mesmo carinho por parte da população? Tem, sobretudo nas freguesias vizinhas de Vale, Louredo, Fermedo e outras freguesias vizinhas do concelho de Arouca. Pelo facto de estar a cumprir o centenário de existência, tem notado uma atenção especial por parte das associações? Sem dúvida. A prova está que, quando lançámos o convite a várias associações para fazerem parte dos eventos, tivemos uma adesão muito boa. Nem temos espaço para metermos todas as associações que queriam participar nos eventos. Todas as associações que se têm associado a nós têm actuado a custo zero, algo que agradecemos muito.
A juventude ainda encara este tipo de colectividades de forma positiva? Sim, e a prova está no número de crianças e adolescentes que temos na escola de música. Talvez isso seja um pouco graças ao facto de a música ter sido inserida no ensino básico e no secundário. Foi uma coisa boa. É uma ajuda para alguns pais que não tinham, se calhar, financeiramente, meios para os ter numa academia ou conservatório. Assim, a escola é uma ajuda e um trampolim para prosseguir no mundo da música. Com tantos anos de história, como perspectiva o futuro da banda? Para já estamos no bom caminho. É
verdade que estamos em crise mas se temos sobrevivido até agora, e se a instituição, há muitos anos, passou por fases muito mais difíceis e continuou sempre no activo, acho que é para continuar por mais cem anos, pelo menos. Ainda assim, que tipo de problemas a banda atravessa neste momento? Como em todas as associações, penso eu, são de tipo financeiro. Se formos a ver, é o principal. E isso tem condicionado muito a banda? Tem, por todas as despesas que uma associação destas tem, porque os músicos têm que ser pagos e, muitas vezes, não o são da forma que a gente queria. Sei que há músicos que poderiam ser melhor pagos mas na altura de crise em que estamos não podemos passar um certo patamar, porque, ao fazermos isso, não conseguimos fazer festas. O facto de estar sedeada no nordeste do Concelho tem sido penalizador para a banda marcial do Vale? Acho que temos sido penalizados por estarmos no Nordeste. Não só esta associação, como todas as outras. Somos sempre um bocadinho mais esquecidos. O poder está lá no centro do Concelho, e esquecem-se um bocadinho das necessidades que têm as pessoas do interior. Mas isto, se calhar, a todos os níveis. Mesmo até no próprio desenvolvimento de tudo. Somos sempre os últimos. Quando diz isso, sente-se discriminado em relação a outras associações?
Acho que o facto de estarmos aqui, mais num canto, leva as pessoas a não virem tanto. No caso de se organizar um espectáculo, se calhar se fosse no centro, em Santa Maria da Feira, tinha muito mais público do que, por exemplo, aqui. Embora, agora durante o centenário, temos publicitado bastante e temos tido bastante gente. Mas acho que falta mais qualquer coisa. Existem alguns planos de futuro já delineados? Não. Para já, o que nos tem preocupado mais este ano é a organização do centenário. Depois, existe, tanto meu como da associação, o sonho de ter uma sede própria. Não sei se será num futuro próximo, mas penso que isso um dia irá acontecer. O que falta para isso acontecer? Apenas dinheiro? Acho que não é só dinheiro. Falta também o poder político olhar um bocadinho para a Cultura e pensar que ela é muito importante. Não deve deixá-la esquecida, porque um povo sem Cultura não tem futuro. Pensa que o município não tem olhado com a devida importância a Cultura? Se calhar não o pode fazer como desejava. O Concelho de Santa Maria da Feira deve ser um dos que tem mais associações. Se calhar, se houvesse maior rigor em saber para que servem certas associações, poderiam reduzir um pouco esse número. Deveria centrar-se em associações que fazem alguma coisa e que têm futuro para continuar. E havendo menos associações, se calhar havia mais dinheiro para distribuir por aquelas que fazem alguma coisa. Esse seria o caminho a seguir.
06
Correio da Feira 09.SET.2013
Vale // Escola da Póvoa vai ser transformada
Jardim de Infância já não vai ser construído O projecto do Jardim de Infância do Vale já não vai para a frente devido ao insuficiente número de matrículas para a sua execução. O assunto foi abordado na última reunião do executivo municipal. “Era um projecto com fundos do Orçamento de Estado. Acabou por atrasar mais de um ano a assinatura do contrato e, com a evolução da situação, chegou-se à conclusão de que não há matrículas que justifiquem a sua construção” – disse o presidente da Câmara, Alfredo Henriques. A solução passa pela transformação da escola da Póvoa. “Vamos transformar a escola da Póvoa em centro escolar. Vai ser feita a ampliação da cantina e do recreio coberto” – adiantou Alfredo Henriques. Com 1.º Ciclo, Jardimde-Infância e Pré-Escolar, num total de cinco salas, vai assim resolver-se esta “necessidade do Vale”. “Lamento que só agora chegamos à
conclusão de que não era necessário fazer um novo, mas sim ampliar um já existente. A carta escolar laborada há dez anos não serviu para nada. Foi feita sem diagnóstico, em cima do joelho” – apontou, por sua vez, o vereador do PS, António Bastos. “A carta escolar foi feita e foi bem feita. Foi feita em 2005 pela Fundação Manuel Leão, que é, no
Norte, o gabinete que mais sabe sobre Educação” – respondeu Alfredo Henriques, acrescentando que “a realidade do Concelho, e no Vale, modificou-se nos últimos anos”. “É um acto de inteligência adaptarmonos à situação. Vamos resolver melhor os problemas das crianças do Vale e gastar menos dinheiro” – disse o presidente da Câmara.
Santa Maria da Feira // Baden Powell também já tem rua com o seu nome
Fundador do escutismo vai ter um memorial em sua homenagem “Era um projecto antigo que o Agrupamento solicitou à Câmara” – diz o chefe do Agrupamento dos Escuteiros de Santa Maria da Feira, Pedro Silva. Há cerca de dois anos foi atribuído o nome do fundador do escutismo, Baden Powell, a uma rua na cidade e, agora, este mentor dos escuteiros vai ter também um memorial em sua homenagem. “Trata-se de um bloco de pedra maciço de 1,80 metros com o busto de Baden Po-
well gravado a laser. Escolhemos a pedra porque é simples e é um símbolo de solidez. O processo de dinamizar e educar os jovens também é sólido. O escutismo é o maior movimento de jovens no mundo, que já dura há mais de 100 anos” – afirma Pedro Silva. O memorial será inaugurado este domingo, na Rua Baden Powell, junto ao AKI. O programa começa com um jogo interactivo, pelas 10h, em que os escuteiros construirão
um puzzle que tem, no centro, a figura de Baden Powell e nos cantos os desenhos feitos pelo fundador do escutismo. Segue-se a cerimónia de inauguração do memorial, pelas 11h. Nela estará presente o presidente da Câmara, Alfredo Henriques, que assinará um protocolo com o agrupamento para garantir a permanência dos escuteiros na sua sede na Quinta do Castelo. O programa termina com uma missa nos Passionistas pelas 12h.
Romariz // Cultivação de frutas, flores e ervas aromáticas será abordada
Debate sobre agricultura para quem quer cuidar da terra “Os Caminhos da Agricultura no Nordeste Feirense” é o tema do oitavo encontro temático VaP, promovido pela associação cultural Voltado a Poente, com o apoio da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM), Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e Junta de Freguesia de Romariz. Com este encontro pretende-se dar a conhecer aos agricultores formas de uso mais rentáveis das terras, mostrar aos jovens novas oportunidades de emprego neste sector e formas eficientes de organização da agricultura, numa perspectiva de combater o desemprego e aumentar o rendimento de quem trabalha a terra.
O encontro realiza-se este sábado, às 22h, no auditório de Romariz, com entrada livre. No primeiro painel, dedicado a experiências no terreno, serão oradores Filipe Costa, que abordará a cultura de kiwis e mirtilos; Carlos Ferreira, do projecto PROVE; Ricardo Lopes, que dará o seu testemunho sobre a cultura de cogumelos; Pedro Gonçalves e Glória Guimarães, que abordarão a cultura de flores; e António Dias, que falará sobre ervas aromáticas e extracção de essências. No segundo painel, denominado “A organização necessária ao sucesso”, será orador o engenheiro agrónomo José Martino. A sessão de abertura estará a cargo de António Grifo, director da ADRITEM.
Concelho // Programa Metropolitano de Emergência Social
Apoio excepcional a famílias carenciadas As famílias carenciadas do Concelho, em situação de emergência social grave, podem candidatar-se, até 31 de Dezembro, a um apoio financeiro excepcional e temporário, através do Programa Metropolitano de Emergência Social da Área Metropolitana do Porto. As pessoas que se candidatem têm de, cumulativamente, residir no Concelho e ter um rendimento per capita igual ou inferior ao valor da Pensão Social para
2013, 197,55 euros. A prioridade será dada aos agregados familiares com rendimentos mais baixos e os que apresentem, entre os seus elementos, crianças com menos de 16 anos ou pessoas com grau de incapacidade igual ou superior a 60% ou com mais de 65 anos. Os interessados devem dirigir-se às respetivas Juntas de Freguesia, IPSS locais ou à Divisão de Ação Social e Qualidade de Vida da Câmara.
Salão Nobre do Órfeão da Feira enche para apresentação de livro
Santa Maria da Feira // Inserido no Festival Mindelact
Imaginarius vai apresentar-se a Cabo Verde O Imaginarius foi convidado para o I Encontro de Programadores de Artes Cénicas, que começou no passado sábado na cidade do Mindelo, em Cabo Verde, e prolonga-se até quinta-feira. O diretor artístico do Imaginarius, Hugo Cruz, vai reunir-se com o ministro da Cultura cabo-verdiano e com agentes teatrais e programadores de todo mundo, e leva na bagagem algumas das
criações Imaginarius e projectos de estruturas artísticas locais para que possam circular noutros festivais. O I Encontro de Programadores de Artes Cénicas insere-se na programação do Festival Internacional de Teatro do Mindelo – Mindelact 2013, que decorre de 5 a 14 de Setembro, e visa promover um espaço de intercâmbio entre os programadores, com trocas
de experiências, proporcionando ainda a possibilidade de novas pontes com África, América Latina e países de Língua Portuguesa e de exportação das criações Imaginarius. O Mindelact é o principal evento teatral de Cabo Verde e, actualmente, o mais importante acontecimento teatral de toda a África Lusófona. Foi considerado, em 2005, o mais importante evento teatral do continente africano.
Cerca de cinco dezenas de pessoas presenciaram a apresentação do livro “Sou filho de pais separados...e agora?”, da autoria da psicóloga jurídica Daniela Caprichoso.
Correio da Feira
09.SET.2013
07
08
Correio da Feira 09.SET.2013
Terra a terra
Santa Maria de Lamas Presidente da Junta destaca Museu e Parque da freguesia
“É um sítio sociável e é procurado por essa razão” Lamas continua a ser uma freguesia muito associada à cortiça, apesar do pequeno comércio também existente. O Presidente da Junta, Francisco Camilo, destaca os importantes espaços da freguesia e aponta os melhoramentos na rede viária que têm de ser feitos.
Lamas é conhecida essencialmente por ser uma freguesia ligada à cortiça, situando-se inclusive no principal eixo industrial do concelho de Santa Maria da Feira, o denominado “Eixo das Cortiças”. A indústria de transformação da cortiça, com especial destaque para a produção de rolhas, assume um lugar de grande relevo na economia local. “É a indústria que mais peso tem” – afirma o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Camilo, que admite haver também “uma pequena quantidade de comércio”. “Infelizmente não temos terrenos para a agricultura. Um ou outro cultivam aquilo que podem, mas nada por aí além. E neste momento era muito preciso” – aponta Francisco Camilo. Quanto à freguesia, o presidente da Junta diz
que “é um sítio sociável e é procurado por essa razão”. “ Te m o s b a s i c a m e n t e tudo: centro social, igreja, toda a parte envolvente com equipamentos” – diz Francisco Camilo, que destaca a zona junto à igreja como o sítio “onde as pessoas mais se aglomeram”. “Também temos o Museu e o Parque que são muito importantes” – afirma o presidente da Junta. O Parque de Santa Maria de Lamas, a Igreja Matriz e o Museu constituem o centro da freguesia, em torno do qual a vida habitual dos residentes se desenvolve. Mas ainda “falta fazer muita coisa”, segundo Francisco Camilo, nomeadamente ao nível da rede viária, que precisa de ser melhorada, com pavimentações, assim como em todo o Concelho.
Requalificação do parque e da Rua Central são obras mais importantes “São 12 anos à frente desta freguesia. Veja tudo o que foi feito, toda a obra que cresceu…” – aponta Francisco Camilo sobre a evolução da freguesia. De obras feitas, o presidente destaca sobretudo a requalificação do Parque de Santa Maria de Lamas e da Rua Central. “O objectivo é sempre melhorar, para a população permanecer nos espaços” – diz o presidente da Junta. Mas
para o desenvolvimento da freguesia também tem contribuído a “população bairrista” que constitui as poucas mas boas associações da freguesia. “Infelizmente somos uma freguesia com poucas associações mas o trabalho que desenvolvem é importante para levar o nome da freguesia para outras localidades. A participação nelas faz com que as pessoas se aproximem” – afirma Francisco Camilo. Mas há que não esquecer também um dos espaços mais relevantes e mais falados de Santa Maria de Lamas: o Museu fundado pelo comendador Américo Amorim e vulgarmente conhecido como o “Museu da Cortiça”. “É um património que teve uma renovação recente. As pessoas, especialmente turistas, têm aparecido para o visitar e isso é fundamental” – afirma o presidente da Junta de Lamas. O Museu, em conjunto com o Liceu de Lamas, que é uma das principais referências na educação no país devido às suas excelentes condições físicas e humanas, constituem alguns dos espaços por que Santa Maria de Lamas é mais conhecida.
“São 12 anos à frente desta freguesia. Veja tudo o que foi feito, toda a obra que cresceu…”
1
União da Mata Futebol Clube
2
Grupo Motard Lamacense
3
Associação Cultural Recreativa e Desportiva “Lamas Movediças”
4
Lamas Jovem
5
Associação Desportiva do Lamas FutSal
6
Grupo Motard Lamacense
7
Clube de Futebol União de Lamas
8
Conferência de S. Vicente Paulo de Santa Maria de Lamas
9
Tuna Esperança de Santa Maria de Lamas
10
Associação Concelhia de Desenvolvimento Social
11
Clube Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
12
Fábrica da Igreja de Sta. Maria de Lamas
13
União Columbófila de Santa Maria de Lamas
14
Associação Portuguesa da Cortiça
15
Campo de Hoquei em Campo União de Lamas
16
Campo de Treinos do Clube de Futebol de União de Lamas
17
Campo de Jogos do Clube de Futebol União de Lamas
18
Piscina Coberta do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
19
Pavilhão Desportivo das Piscinas do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
20
Campo de Jogos do Colégio Liceal de Sta. Maria de Lamas
21
Pavilhão Desportivo do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
22
Pavilhão Desportivo do Clube de Futebol União de Lamas
23
Piscinas do Clube de Futebol União de Lamas
24
Habitação Social de Sta. Maria de Lamas (Valada)
25
Auditório da Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas
26
Habitação Social de Sta. Maria de Lamas (Salgueirinha)
27
Quartel da GNR de Sta. Maria de Lamas
28
Centro Tecnológico da Cortiça (CTCOR)
29
Cercilamas - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas
30
Auditório do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas
31
Posto de Turismo de Sta. Maria de Lamas
32
Unidade de Saúde Familiar Saúde Mais
33
Esplanada do Livro de Sta. Maria de Lamas
34
Centro Pneumológico de Santa Maria de Lamas
35
Associação Bem Estar Santa Maria de Lamas - Lar
36
Gabinete de Proximidade de Sta. Maria de Lamas
37
Museu de Santa Maria de Lamas - Museu Henrique Amorim
38
Junta de Freguesia de Sta. Maria de Lamas
39
Associação Bem Estar Santa Maria de Lamas - Centro Infantil
40
Jardim de Infância da Lagoínha
41
Escola Básica do 1º Ciclo Santa Maria de Lamas nº 3 (Chão do Monte)
42
Colégio Liceal de Sta. Maria de Lamas
43
Jardim de Infância nº 3
44
Escola Básica do 1º Ciclo nº1
45
Parque da Ponte da Valada
46
Parque de Lazer de Santa Maria da Lamas
47
Parque de Lazer do Broquista e Mini-Golf
48
Capela de Moure
49
Igreja Matriz de Santa Maria de Lamas
37
15
09
Correio da Feira
09.SET.2013
Estatísticas demográficas Santa Maria de Lamas
38
Indicador Estatístico População Residente Área Densidade Populacional
5.073 3,75 1.352,80
Habitantes Km2 Hab / Km2
188 235 213 391 3.264 782
3,71 % 4,63 % 4,20 % 7,71 % 64,34 % 15,41 %
708 3.589 782
13,96 % 70,75 % 15,41 %
População Residente por Escalões Etários 0 – 4 Anos 5 – 9 Anos 10 – 13 Anos 14 – 19 Anos 20 – 64 Anos 65 e + Anos População Residente por Grandes Grupos Etários 0 – 14 Anos 15 – 64 Anos 65 e + Anos Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Idosos Índice de Dependência de Jovens
110,45 21,79 19,73
População Economicamente Activa Taxa de Atividade 59,80
Desempregada Total
Empregada
2.614
2.141
Total
Proc. 1.º Emprego
473
79
Novo Em- Taxa de Desemprego prego 394
18,09
População Empregada por Setor de Atividade
49
Setor Primário Indiv. 11
Setor Secundário
Setor Terciário
%
Indiv.
%
Indiv.
%
0,51
1.200
56,05
930
43,44
População Residente por Grau de Escolarização N/ sabe ler nem escrever 171 ind. 3,68
Taxa de Analfabetismo
1.º Ciclo Ensino Básico Completo
1.464
A frequentar
227
2.º Ciclo Ensino Básico
19
Completo
813
A frequentar
126
3.º Ciclo Ensino Básico Completo
908
A frequentar
250
Ensino Secundário Completo
654
A frequentar
250
Ensino Pós-Secundário Completo
38
A frequentar
10
Ensino Superior Completo
418
A frequentar
171
10
Correio da Feira 09.SET.2013
Terra a terra
Santa Maria de Lamas 35
27
25
Empresas de média e grande dimensão potenciam a freguesia como pólo empregador do concelho Distando cerca de 10 quilómetros da cidade-sede do município, a freguesia de Santa Maria de Lamas é limitada, a norte, pelas freguesias de Mozelos, a nascente por Lourosa, a sul por Rio Meão e por São João de Ver e por Paços de Brandão a poente, integrando, por isso, o principal eixo industrial do concelho de Santa Maria da Feira: o denominado “Eixo das Cortiças”. Por força desta localização económica e geográfica, o tecido produtivo local, a organização territorial e a própria organização social de Santa Maria de Lamas dependem, fortemente, das actividades ligadas à indústria de transformação da cortiça. Hoje, Santa Maria de Lamas é uma freguesia desenvolvida em termos industriais, sendo que a indústria corticeira - com especial destaque para a produção de rolhas - assume um lugar de grande relevo na economia local. Esta actividade secular remonta aos tempos da implantação das primeiras caves do Vinho do Porto na região a Sul do Douro, assumindo-se Santa Maria de Lamas como um dos principais centros produtores de rolhas de cortiça do mundo acolhendo estruturas de relevo do sector como a Associação Portuguesa da Cortiça ou o Centro Tecnológico da Cortiça. O quotidiano da freguesia é pautado por uma intensa actividade económica. De acordo com os Censos 2011, cerca de 56,05 por cento da população activa da freguesia dedicava-se a actividades ligadas ao sector secundário, com especial relevo para a indústria transformadora da cortiça. No entanto, a economia local de Santa Maria de Lamas não se cinge
apenas e só às actividades secundárias. Ao longo dos últimos anos, com o crescimento dos espaços habitacionais e do parque urbano da freguesia, foi-se adensando a oferta de estabelecimentos de comércio e serviços, com especial relevo para actividades complementares à actividade industrial dominante, como a banca ou os seguros. Não obstante ser, do ponto de vista de área geográfica, uma das mais pequenas freguesias do concelho de Santa Maria da Feira, com 3,75 km2, Santa Maria de Lamas é, sem quaisquer dúvidas, uma das mais dinâmicas do ponto de vista económico e social. O espaço urbano da freguesia está devidamente hierarquizado do ponto de vista funcional, destacando-se o centro da freguesia, que se desenvolve em torno do Parque de Santa Maria de Lamas, da Igreja Matriz e do Museu. A existência de diversas empresas de média e grande dimensão em Santa Maria de Lamas potenciam a freguesia como um dos principais pólos empregadores do concelho, fazendo estender o seu raio de influência a diversas freguesias que lhe são confinantes. Por outro lado, o pulsar de Santa Maria de Lamas é marcado pela existência do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, estabelecimento de ensino que complementa a oferta educativa e formativa do quadrante norte do concelho e que se assume como uma das principais referências no sector em Portugal. Dispondo de condições físicas e humanas de excelência, pelo Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas passaram algumas das mais destacadas figuras
42
44
24
17
32
feirenses, facto que tem cimentando o prestígio da instituição. De destacar como lugares de particular interesse patrimonial, a Quinta dos Viscondes de Moure, o Parque de Santa Maria de Lamas e o Museu que nele se insere, fundado pelo comendador Henrique Amorim. Este Museu reúne um notável conjunto de peças de arte sacra, numismática
e cerâmica, merecendo um especial destaque a “Sala da Cortiça”, que contém um conjunto de objectos feitos com esse material. O orago da freguesia é, como o próprio topónimo indica, Santa Maria, homenageada anualmente a 8 de Setembro. Esta data marca a celebração do nascimento de Nossa Senhora, que é comemorado desde o início do Cristianismo, no Oriente,
e desde o século VII, no Ocidente. Historicamente, Santa Maria de Lamas beneficiou do foral da Feira e Terra de Santa Maria, concedido por D. Manuel I, em Lisboa, a 10 de Fevereiro de 1514, sendo que nesse documento consta com a designação “Lama”. Posteriormente, viria ainda a adoptar a designação de Lamas da Feira, que manteve até 19 de
Agosto de 1952, data em que por Decreto-Lei, passou a chamar-se Santa Maria de Lamas, em homenagem à sua padroeira. A 25 de Setembro de 1985, Santa Maria de Lamas foi elevada à categoria de Vila, pelo Decreto-Lei 58/85. Eclesiasticamente, e segundo a Estatística Paroquial de 1862, esta freguesia foi uma abadia da representação do Bispo ou do Pontífice.
11
Correio da Feira
09.SET.2013
Lourosa // Moradores estão “consternados” com situação
“Ninguém gostaria de acordar com o barulho de uma fábrica confinada com o seu quintal” Situação denunciada por Pedro Almeida, eleito pela CDU, na última Assembleia Municipal. Partido vai questionar o Ministério da Economia sobre o licenciamento da unidade.
Na última assembleia municipal, na passada quinta-feira, Pedro Almeida, eleito pela CDU, chamou a atenção para o “atentado urbanístico” na Rua da Tapadinha, em Lourosa. “Existe uma unidade industrial encastrada entre duas casas onde moram famílias, localizada a centenas de metros da Zona Industrial. Uma unidade que serve para armazenamento e não se sabe se também para transformação de cortiça. As famílias que nos chamaram vivem profundamente consternadas. Ninguém gostaria de acordar com o barulho de uma fábrica confinada com o seu quintal” – apontou Pedro Almeida. O candidato da CDU à assembleia municipal salientou os perigos desta situação. “Toda a gente
sabe o transtorno de ter uma fábrica com libertação de gases, barulho intenso, maus cheiros. Algumas até têm materiais potencialmente perigosos e explosivos. Não é realista os moradores conseguirem ter qualidade de vida com fábricas no seu quintal” – referiu Pedro Almeida, que disse que existem vários casos destes “atentados” de unidades industriais no centro das freguesias ou entre residências. “Isto é apenas um entre centenas no nosso município. Em qualquer rua que se visite, encontram-se atentados”
– afirmou Pedro Almeida. O presidente da Câmara, Alfredo Henriques, respondeu que não conhecia a rua em questão mas que “se a Câmara não tiver condições para indeferir, não pode indeferir”. “Se as pessoas cumprem os requisitos, a Câmara é obrigada a dar licenciamento. Os pavilhões até 700 metros podem ser construídos junto de residências” – explicou Alfredo Henriques. Pedro Almeida acrescentou que a CDU ia submeter ao Ministério da Economia uma pergunta sobre o licenciamento daquela unidade.
Santa Maria da Feira
Próximo encontro dedicado ao alcoolismo no feminino A Associação de Alcoólicos Recuperados do Concelho de Santa Maria da Feira vai promover o seu VIII Encontro de Alcoólicos Recuperados do concelho de Santa Maria Feira submetido ao tema “Alcoolismo - O seu Rosto no Feminino”. “No dia-a-dia, o alcoolismo feminino está a crescer devido às saídas à noite e à própria crise. Mulheres cada vez mais novas, completamente alcoolizadas. E o alcoolismo feminino é muito mais difícil de tratar” – explica o presidente da associação, António Martins. O encontro, que vai contar com uma série de oradores, terá palestras como “Alcoolismo
Feminino (prevalência, características do consumo, formas de tratamento)”, “Alcoolismo Feminino e Maternidade” e “Boas práticas na intervenção com mulheres alcoólicas”. Será ainda assinado um protocolo de parceria com a Câmara Municipal, para o qual estará presente o presidente da Câmara, Alfredo Henriques. No fim do encontro, serão entregues os diplomas de abstinência e ouvidos os testemunhos dos doentes. O encontro realiza-se no próximo domingo, com início pelas 9h, no auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira. Para mais informações, ligar para 256303253.
Publicidade
Avaliações / Louvações - Peritagens Heranças - Partilhas - Medições Demarcações - Reclamações
ÓSCAR MANUEL G. MAIA
Escritório: Rua Jornal Correio da Feira, 11 - 4º Dto. Sala 401 4520-234 Santa Maria da Feira Telm: 968 060 678
12
Correio da Feira 09.SET.2013
Santa Maria da Feira // Dívida de curto prazo é de seis milhões de euros
“Se a Câmara pagasse todas as suas facturas ainda ficava com saldo positivo de 992 mil euros” O presidente da Câmara, Alfredo Henriques, apresentou, na última reunião do executivo municipal, um resumo da situação financeira do Município, o que voltou a gerar discussão. Segundo o documento, no presente ano, a Câmara tem um total facturado de 56,5 milhões de euros, sendo que 47,6 milhões já foram pagos, deixando assim 8,9 milhões de euros por pagar. Quanto à dívida a curto prazo, essa situa-se nos seis milhões de euros, tendo a Câmara um saldo de tesouraria de sete milhões. “Se a Câmara pagasse todas as suas facturas até sexta-feira [dia 30 de Agosto] ficava com um saldo positivo de 992 mil euros” – disse Alfredo Henriques, acrescentando que “há três milhões de euros para receber de facturas que a Câmara já pagou”. “Vamos transitar de mandato com um saldo de quatro milhões de euros” – rematou o presidente da Câmara. Sobre estes números, recaíram as questões dos vereadores do PS. “Quem quer que venha para esta Câmara tem de fazer um ground zero, tem de fazer uma auditoria financeira” – frisou, logo à partida, Margarida Gariso, concentrandose de seguida no tão debatido Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). “A Câmara aderiu ao PAEL, a um empréstimo de 12,8 milhões de euros, porque tinha dívidas a curto prazo que não estava a conseguir cumprir. Se a Câmara fizesse uma boa gestão e pagasse os compromissos a tempo e horas não tinha de recorrer ao PAEL com juros e consequências negativas para a população” – apontou Margarida Gariso. Também sobre o PAEL falou o vereador Márcio Correia. “O motivo da diminuição da dívida a fornecedores e credores resulta do recurso ao PAEL, motivo também pelo qual os empréstimos aumentaram significativamente. A médio e longo prazo qual vai ser a situação do município? Quanto vai ficar a dever?” – questionou Márcio Correia.
A isto, Alfredo Henriques respondeu que “a dívida de longo prazo representa 3,9% ao ano (amortização e juros)”, sendo que no total a dívida da Câmara, que em Dezembro do ano passado era de 62 milhões de euros, se situa agora nos 55 milhões. “A dívida da Câmara não chega a 50% do orçamento e uma Câmara só entra em desequilíbrio estrutural aos 125%. Temos uma décollage em termos de endividamento que podíamos ir” - referiu. Alfredo Henriques acrescentou ainda que “a Câmara vai deixar todos os seus compromissos liquidados”. “Isso é ponto de honra” – afirmou, o que suscitou um comentário incrédulo de António Bastos. ”Não acredito nisso nem ninguém pode acreditar” – sublinhou o vereador do PS. “Se pagarmos todas as facturas ficamos com saldo positivo. Não é qualquer Câmara ou empresa que se pode gabar disso” – voltou a frisar Alfredo Henriques. Também a este respeito, o vereador com o pelouro da Administração, Finanças e Desenvolvimento Económico, Celestino Portela, afirmou que “a factura mais antiga que o município deve é de Maio deste ano”. “Com o PAEL, a Câmara tem uma situação financeira que não achei possível. Vamos entregar a Câmara com esta situação agradá-
vel e que dá orgulho. Só devido a leis cegas do país é que não podemos pagar logo tudo. Leis que não conhecem o impacto real que têm, não conhecem o país” – explicou Celestino Portela. O presidente da Câmara acrescentou que “só
quem não estiver atento ou quem não possa é que não aproveita as oportunidades do Governo como o PAEL”. “Eu também não acreditava que esta situação financeira fosse possível. Foi um esforço inaudito da nossa parte” – sublinhou Alfredo
Henriques. O presidente da Câmara disse ainda que se ia “executar mais de 90% do orçamento”, o que levou a um apontamento de Margarida Gariso: “Estamos em ano de eleições”. Alfredo Henriques logo contrariou este comentário, dizendo que tinha havido uma redução de 25 milhões de euros no orçamento de 2013 relativamente ao ano anterior. “Até se admiraram porque era ano de eleições” – salientou o presidente da Câmara. Mas Margarida Gariso voltou ao mesmo ponto. “Todos sabemos que, em ano de eleições, a execução dispara que é para enganar os eleitores” – afirmou, acrescentando que “as estradas que estão em muito mau estado, esventradas ou esburacadas”, vão certamente ser arranjadas. “Não acredito que chegue às eleições e não esteja tudo tapadinho. O povo tem memória recente” – referiu a vereadora do PS.
Oposição não acreditou nos números apresentados na assembleia A discussão também foi grande na última assembleia municipal devido ao documento em causa. “Infelizmente a situação financeira da Câmara não é tão risonha. São 8,9 milhões de euros de dívida futura do resgate. Nós cá estamos para abrir o melão e ver como está por dentro. Não acreditamos nos números que o presidente apresenta” – apontou António Cardoso, do PS. Pedro Almeida, da CDU, criticou o facto de que “a Câmara vir apresentar as suas facturas multibanco” e Pedro Filipe Soares, do BE, afirmou que “se contraiu mais dívida para pagar dívida que já existia”. Mas foi Rui Tavares, do CDS-PP, que mais efusivo foi. “Isto é tudo uma grande trapalhada. Os orçamentos todos os anos batem certo ao cêntimo – a receita e a despesa. A contabilida-
de da Câmara e das Juntas não faz sentido nenhum. Não é orçamento eleitoralista mas há muitas maneiras de matar pulgas com os pés” – apontou Rui Tavares. Do PSD, falou a este respeito Fernando Moreira que alertou para o facto de a oposição estar a “pôr em causa a seriedade dos funcionários” que elaboraram o documento. “Dizem que os funcionários são competentes e depois vêm aqui dizer que são aldrabões. Há uma desonestidade política na análise dos documentos” – afirmou Fernando Moreira. Do mesmo partido, também José Manuel Leão interviu para criticar a oposição e elogiar o executivo. “O PS mudou de agulha mas continua completamente desalinhado. Uma boa gestão possibilitou chegar ao fim deste mandato com a melhor
situação financeira desde 1996” – disse José Manuel Leão, que logo originou gritos da plateia que ecoavam “com resgate!”. Alfredo Henriques também frisou que “não estão a pôr em dúvida a seriedade do presidente da Câmara nem do vereador mas sim da técnica” e que alguns dos comentários foram de “uma grande leviandade”. “O Rui Tavares estava a matar pulgas com os pés mas toda a gente sabe que matar pulgas com os pés não mata nenhuma pulga. Faz esforço tão grande para criar confusão quando não há confusão nenhuma. É matemática pura, contas de somar e subtrair. Não vale a pena explicar a quem não quer perceber” – afirmou o presidente da Câmara. O ponto em questão acabou por ser aprovado.
S. Paio de Oleiros // Inscrições até amanhã
Passeio dos Idosos até Ponte de Lima e Vila Praia de Âncora A Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros organiza mais um passeio anual sénior na próxima sexta-feira. Desta vez, o destino será Ponte de Lima e Vila Praia de Âncora. A saída está prevista para as 8h, sendo que a eucaristia na Igreja Matriz de Ponte de Lima é a primeira paragem, às 11h. Segue-se um almoço na Quinta do Cruzeiro, em Vila Praia de Âncora, e, mais tarde, um convívio com animação musical ao vivo.
Às 17h30 os participantes lancham para uma hora mais tarde se porem a caminho de casa. As inscrições decorrem até amanhã, na Junta, entre as 16h e as 18h30. O custo é de 10 euros para os idosos com mais de 65 anos lá recenseados; e de 25 euros para os restantes. É obrigatório a apresentação do Bilhete de Identidade, sendo que os lugares no autocarro serão atribuídos por ordem de inscrição.
Correio da Feira
09.SET.2013
13
Santa Maria da Feira // Última assembleia municipal deste executivo
“Com esforço de cada um e com alguma habilidade superamos assembleias acaloradas” Assembleia teve discursos sentidos de Alfredo Henriques e Cardoso da Costa que deixam para trás a vida política. BE e PS apresentaram moção de louvor ao trabalho dos bombeiros e fezse 1 minuto de silêncio pelos soldados da paz perdidos.
Foi a última assembleia municipal deste executivo, realizada na passada quinta-feira. A próxima já não será presidida por Cardoso da Costa nem terá a mesa do executivo encabeçada por Alfredo Henriques, o que deu origem a discursos sentidos dos dois autarcas. “Sinto uma grande satisfação por ter estado nesta assembleia, apesar de alguma
discussão mais acesa. Podemos dizer que a assembleia cumpriu no essencial a sua missão e deu apoio político nos projectos mais importantes” – afirmou o presidente da Câmara. Já Cardoso da Costa foi mais alongado no seu discurso, agradecendo a todos os que marcaram presença neste seu mandato. “São oito anos que chegam ao fim. Exerci uma função que já não estava à espera de exercer, convidaram-me para a política com a idade que o meu pai saiu. Foram anos muitos gratos de serviço ao município e à terra à qual sempre me senti ligado e à qual continuarei ligado, vivendo as suas vitórias” – disse o presidente da assembleia municipal, relembrando que o seu segundo mandato foi mais difícil devido às “questões polémicas e complexas” que se levantaram. “Com esforço de cada um e com alguma habilidade superamos assembleias
Última reunião do Executivo deu origem a discursos sentidos acaloradas, que fazem parte da vida cívica e política” – rematou Cardoso da Costa.
Um minuto de silêncio pelos bombeiros que perdemos
O BE e o PS apresentaram ambos moções de louvor aos bombeiros pelo seu trabalho “abnegado em prol da sociedade”, pedindo o PS um minuto de silêncio pelos bombeiros que morreram nos últimos tempos no combate aos fogos por todo o país. Cardoso da Costa aprovou as duas moções, depois de consultar a assembleia, e todos se levantaram para prestar uma homenagem aos soldados da paz. “O voluntarismo dos bombeiros merece esta elevação” – afirmou depois Pedro Filipe Soares, do BE. Os bloquistas apresentaram ainda mais três moções. No seguimento do combate aos incêndios, o BE submeteu uma moção que visava
a aplicação de mais medidas na prevenção dos fogos. “Não faltou empenho no combate, faltou zelo na prevenção. As medidas que propomos são da competência da Câmara e não foram cumpridas como deviam ter sido. A prevenção é algo que se faz todos os dias” – afirmou Pedro Filipe Soares, do BE. Entre as medidas constavam a actualização da carta de risco de incêndio, a limpeza de terrenos junto a habitações e o combate dos depósitos ilegais de lixo, entre outras. Rui Tavares, do CDS-PP, concordou que “a Câmara podia ter um papel mais activo” e António Cardoso, do PS, acusou a Câmara de “falta de autoridade, apatia e alheamento” na prevenção. Do PSD, António Topa disse apenas que “a carta de risco está actualizada e a Câmara notifica muito as pessoas para limparem os terrenos”. A moção foi aprovada por maioria. As restantes moções, por sua vez,
não conseguiram aprovação. A moção de solidariedade aos juízes do Tribunal Constitucional, pela sua atitude de chumbo do diploma com as novas regras da mobilidade na Função Pública, sofreu duras críticas dos outros partidos, à excepção da CDU. “É ridículo trazer este assunto à assembleia. Não vamos discutir assuntos do Tribunal Constitucional” – disse Rui Tavares, do CDS-PP. Por último, o BE apresentou uma moção de melhoramento de qualidade de vida nos bairros sociais, propondo algumas medidas para o efeito. “Não estamos satisfeitos com o que tem sido feito e achamos que se pode ir mais longe” – apontou Pedro Filipe Soares, do BE. O PS concordou, enquanto o CDS-PP, na voz de de Rui Tavares, chamou à moção “verdades de La Palice”. O PSD, através de António Topa, discordou dizendo que “o trabalho na área social da Câmara é muito forte”. Publicidade
14
Correio da Feira 09.SET.2013
Discurso Directo Cumprindo um preceito que mergulha fundo nas raízes deste Jornal centenário, o CORREIO DA FEIRA vem dedicando atenção especial às eleições Autárquicas de 2013, assumindo o dever de, ao mesmo tempo, informar os nossos leitores, dando voz às diversas candidaturas.
Dando continuidade ao projecto informativo iniciado na última edição, criámos a nova secção “DISCURO DIRECTO”, que vamos publicar até à edição de 23 de Setembro, propondo um tema semanal, escolhido pelo Jornal, para ser desenvolvido pelas candidaturas, as quais foram todas convidadas a participar nos mesmos moldes e nas mesmas condições de publicação.
O segundo dos temas é: “Contrato entre a Câmara Municipal e a Indaqua”.
Por razões de organização da edição do CORREIO DA FEIRA. foi decidido que a publicação na paginação, será determinada pela ordem de chegada das respostas.
Contrato entre a Câmara M Nome: António Torres
Nome: Eduardo Cavaco
Partido: Bloco de Esquerda
Partido: PS
A água é um bem essencial e público - O Bloco de Esquerda defende o direito a serviços públicos de qualidade. Não aceitamos a privatização da água e dos serviços de saneamento e de recolha de resíduos. - A água é um direito fundamental. Para garantir o acesso universal a gestão da água deve ser pública e não dependente de interesses de privados. Não devem ser os privados a mandar naquilo que é indispensável à vida. A Indáqua não serve os interesses da população A exploração privada da distribuição de água no concelho pela Indáqua traduz-se: − No preço da água mais caro do país segundo o estudo realizado pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA); − Na cobrança de taxas de ligação ao saneamento absolutamente abusivas e indefensáveis, como prova decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga; − Na não aplicação do tarifário social previsto no contrato estabelecido com a Indáqua; − No estado caótico das estradas após a intervenções nas redes de água e saneamento. Como consequência do quadro existente, a posição do Bloco é objetiva e clara; é necessário resgatar a água para o espaço público, remunicipalizando a sua distribuição, libertando-a da exploração pelo lucro e assumindo a impossibilidade de qualquer renegociação contratual com a Indáqua. Só desta forma é possível baixar o preço da água e melhorar a sua qualidade. A escolha do Bloco permite uma água mais barata às famílias e o fim do abuso. A remunicipalização da água como condição de uma política social Para garantir a água como um bem universal essencial é necessário: − Extinguir a tarifa de disponibilidade, que encarece em muito a fatura da água sem nenhuma justificação. − Criar um tarifário social para clientes domésticos, reduzindo fortemente o preço aplicado sobre o consumo até a um limite de 10m3; − Que, em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e tendo em conta a atual crise económica, se estabeleça um mínimo vital gratuito de 50 litros de água por pessoa por dia para o consumo doméstico; − Proibir o corte de água a famílias com dificuldades financeiras; − Extinguir as taxas de ligação ao saneamento.
Ao longo dos anos temos ouvido recorrentemente que a rede pública de abastecimento de água e saneamento básico estaria em vias de conclusão. O certo é que no ano de 2013, em pleno Século XXI a realidade é bem diferente. Todos os anos, especialmente em anos eleitorais falam de percentagens de conclusão do saneamento e distribuição de água que ninguém já hoje acredita. A percentagem de cobertura de que falam continua bem longe da realidade. O certo é que a cobertura da rede de distribuição de água e saneamento não chega ainda a todos. A agravar esta situação a muitos em que chega é-lhes exigido o pagamento, para terem acesso a uma infraestrutura essencial para condições de vida básicas num país desenvolvido membro da União Europeia, de uma quantia que muitos não conseguem dispor e assim a realidade é: para uns não existe rede e para outros existindo, não têm como aceder à mesma. Durante décadas perdemos a oportunidade de fazer os investimentos que eram necessários para termos essa rede de água e saneamento ainda no século passado. Santa Maria da Feira não o fez e teve de recorrer já neste milénio a uma empresa privada para numa Parceria Público-Privada (PPP) com a INDAQUA para recuperar esse atraso estrutural em relação aos restantes municípios da região. O contrato inicial celebrado entre o município e a INDAQUA pressupunha obrigações de ambas as partes, por um lado o município e por outro a INDAQUA, nomeadamente investimentos. Ao longo dos anos a Câmara Municipal nunca cumpriu com a sua parte e a INDAQUA foi-se substituindo no investimento à autarquia. Alguém iria pagar a factura. Foram já efetuadas três renegociações com prejuízos sempre para os cidadãos. Por isso chegámos a uma situação em que de um contrato inicial de 35 anos de concessão, estamos hoje com uma concessão de 50 anos e temos hoje uma das águas mais caras da região e cobra-se aos munícipes uma taxa de ligação ao serviço público (Ramais) que já várias decisões judiciais determinaram como violadoras da Lei. A título de exemplo a INDAQUA é concessionária em vários outros municípios no país como a Trofa, Santo Tirso e Fafe e em nenhum deles é cobrado aos cidadãos a ligação à rede (ramais). Sabemos hoje que está em marcha nova renegociação (4º aditamento), derivado de novo incumprimento da autarquia no que diz respeito às suas obrigações contratuais. Essa renogociação está, mais uma vez, a ser feita às escondidas nas costas dos cidadãos, para entrar em vigor após as eleições autárquicas. O Partido Socialista antevendo novos aumentos de preços questionou a Câmara Municipal acerca de tal renegociação. Foi-nos respondido por escrito que a renegociação está praticamente concluída. Relativamente à cobrança de ramais apenas foi informado pelo actual executivo do PSD que estava em estudo a hipótese de não cobrar sabendo de antemão que não podem se cobrados. Foram ainda questionados, que caso deixem de ser cobrados os ramais se os cidadãos que já pagaram a ligação (ramais) iriam ser reembolsados desse valor, foi respondido que não. Não é eticamente correto estar em renegociação esse mesmo contrato de concessão a escassos dias das eleições autárquicas, gerando novas obrigações para o novo executivo que irá gerir o município nos próximos 4 anos, nem é correto imputar esses custos sempre aos cidadãos. Para que serve uma autarquia? Respeitando os compromissos assumidos pela autarquia o PS tudo fará para defender o interesse dos cidadãos e tudo fará por um sistema de água e saneamento acessível a todos e disponível para todos.
Correio da Feira
09.SET.2013
Municipal e a Indaqua Nome: Antero Resende
Nome: Alferes Pereira
Nome: Emídio Sousa
Partido: CDU
Partido: CDS-PP
Partido: PSD
Sendo a questão do acesso à água um problema global, ainda recentemente o secretário-geral das Nações Unidas dizia que “a falta de água está diretamente relacionada com a fome e a pobreza no mundo”. Como tal, a questão da concessão da água de consumo público à Indáqua Feira assume-se como um crime de lesa população, que em muitos casos não tem capacidade económica para aceder à água devidamente tratada para consumo. Este é um problema constantemente levantado pela CDU Feira enquanto oposição ao atual e anteriores executivos camarários. A Coligação Democrática Unitária sempre esteve por opção ideológica/filosófica na luta pelos serviços públicos que vão desde a educação aos transportes, passando pela água, pela energia e pela saúde. E estamos porque achamos convictamente que sendo sectores estratégicos para a qualidade de vida dos cidadãos, os mesmos não poderão nunca estar sujeitos a uma lógica mercantilista. Segundo as Nações Unidas, atualmente 1,1 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 80 por cento das doenças no mundo resultam dessa falta. Outros números da mesma organização revelam que metade das camas hospitalares nos países em vias de desenvolvimento estão ocupadas por vítimas da má qualidade da água. A ONU mostra igualmente que mais de 2,5 mil milhões de pessoas - quase metade da população mundial - irão enfrentar a falta de água em 2025, se o consumo atual se mantiver. A organização internacional WSSCC (Conselho Internacional para a Água e Saneamento) sustenta que cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a água e o saneamento básico não estivessem a ser negligenciados. Consciente desta problemática a Europa editou uma diretiva sobre a água na qual enuncia que “a água não é um bem comerciável como os outros, mas antes um património que é necessário proteger, tratar e defender como tal”. Assim foram criados diversos quadros de apoio económico para esse fim, estabeleceu-se que até 1992 todos os estados membros deveriam criar as infraestruturas para uma rede pública de água de consumo e estabeleceu-se igualmente a data de 1998 como limite para a construção das redes de águas residuais. Em 1986 Alfredo Henriques, à altura um neófito na política feirense, dizia à comunicação social que iria assumir a questão da água de consumo como prioritária. Em campanhas eleitorais sucessivas a água e o saneamento foram os baluartes da publicidade mentirosa que sistematicamente usaram para ganhar eleições. Esgotados quadros comunitários sucessivos sem se aceder aos mesmos, gastas as mentiras por tanto uso, e, incapazes de resolver o problema, viram na concessão um escape que de imediato agarraram. O PSD Feira ao concessionar a água por 50 anos a um monopólio privado, que como é óbvio só tem em mira dar lucro, virou as costas a mais de metade da população que bebe água imprópria por incapacidade económica para a beber tratada. O PSD feirense transformou cada um de nós em cliente de um vendedor do produto água, em detrimento dos nossos direitos enquanto utentes de um sistema de distribuição pública da mesma. Após décadas de sistemáticos adiamentos na implementação do sistema de distribuição de água potável ao domicílio em Santa Maria da Feira, os que se eternizam no poder do pós 25 de Abril tiraram um verdadeiro coelho da cartola, que foi a concessão do sistema a privados, contando para o efeito com o apoio do Partido Socialista e o voto contra da CDU. Tudo eram rosas, até que a prima-dona da “Indáqua” que nunca cumpriu com o contratualizado no que se refere à construção de uma sede, à constituição de um fundo de apoio social foi sucessivamente alegando prejuízos tendo a câmara de anualmente entrar com avultadas verbas para precaver a estabilidade económica da firma. Como se isso não bastasse, foram acontecendo pertenças negociações contratuais (ou exigências da Indáqua) sob os mais variados pretextos, que acabaram com o alargamento do contrato de concessão para os 50 anos. Para a CDU é óbvio que se os feirenses tivessem sido ouvidos nesta questão tão crucial para a sua qualidade de vida, a resposta seria “acabe-se com este contrato que é lesivo para os nossos interesses”. Faça-se uma auditoria ao contrato de concessão, tirem-se as ilações que dela se possam extrair, ponderem-se as alternativas possíveis e entre elas a rescisão de contrato. A ser possível devolvase assim este bem público à sua esfera de vantagens, pois não entendemos como é possível que nuns municípios o mesmo seja criador de lucros e mais-valias e noutros seja um problema.
As parcerias entre o público e o privado podem ser positivas. O problema são as parcerias mal planeadas em que o público fica sempre com o prejuízo, quando este existe e o privado fica sempre com o lucro, mesmo quando as coisas correm mal. O contracto entre a Indáqua e a Câmara Municipal é muito nebuloso. Sempre escondido, demonstra fragilidades há muito identificadas mas nunca aceites pelo poder. Outra matéria muito preocupante é o não cumprimento da Câmara das suas obrigações para com Indáqua, perdendo-se autoridade e poder de exigência junto desta. Antes de mais, há que descrever a realidade: • Somos um dos concelhos mais atrasados na conclusão do saneamento; • Somos um dos concelhos com a água mais cara do país; • Somos um dos concelhos com menor adesão à rede pública de água; • São cobrados aos cidadãos os custos dos ramais de ligação à rede pública; • O concelho tem muitas das ETAR´S em mau funcionamento; • As obras de requalificação demoram meses (até anos); São apenas alguns dos aspectos. Pede-se então medidas concretas e activas. É unânime (menos pelo poder laranja) que esta parceria tem de sofrer uma revisão profunda, para proteger o interesse público, da Câmara Municipal e dos feirenses, algo que todos admitimos não acontecer. Assim, a nossa candidatura defende uma renegociação do contrato com a Indáqua – mas uma renegociação clara, séria e pública. Pequenas alterações e outros tantos aditamentos não são solução. De resto, a única alteração considerada relevante foi o prazo da concessão, que acautela os interessas da concessionaria mas não o interesse publico. Quem ganhou nesse processo foi a Indáqua – Câmara Municipal e feirenses perderam. Entendemos que esta (re)negociação, tem de observar diversos aspectos que serão decisivos para o concelho e os feirenses. A saber: • Acabar de imediato com os custos para o cidadão dos ramais de ligação, uma autêntica usurpação que alguns tribunais já consideraram ilegal; • Nivelamento do preço da água pela média nacional – já não se pede que a Feira seja o concelho com água e saneamento mais baratos; • Criação da taxa social para famílias em dificuldades e IPSS’s, com processos simples e reservados; • Implementação da taxa família, com descontos para famílias numerosas; • Requalificação num máximo de um mês das áreas afectadas por obras do saneamento e água; Não será fácil pois a Indáqua protege os seus interesses mas a Câmara terá de demonstrar pulso forte e impor este “caderno de encargos”. Aliás, a médio prazo, a Indáqua acaba por beneficiar pois sendo certo que não encaixa de imediato os valores das ligações, terá uma taxa de adesão muito superior no futuro, com um maior encaixe financeiro no futuro. O poder político tem de se sobrepor ao poder económico, a lógica terá de ser essa… Os interesses dos feirenses (e naturalmente da Câmara) estão acima dos interesses da Indáqua ou qualquer outra empresa. O interesse público está acima do interesse privado…
15
A resolução do problema do abastecimento de água e do saneamento era um dos grandes desafios e prioridade estratégica do Município de Stª Mª da Feira, unanimemente reconhecido pelos Feirenses. Num território desenvolvido as questões ambientais são factor de competitividade e atractividade e nos países desenvolvidos, onde nos incluímos, o respeito pelo meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável é absolutamente fundamental. Com os investimentos efectuados estamos ao nível do que melhor se faz no mundo e atingimos as metas definidas pela União Europeia no Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais. O investimento realizado em infra-estruturas é superior a 150 milhões de euros, o qual seria impossível de realizar apenas com o orçamento municipal, daí que a Câmara tenha optado por concessionar o serviço e paralelamente captar o máximo de fundos comunitários possíveis. Presentemente temos cerca de 110 Km de condutas e 23 Reservatórios de Água, que nos asseguram água de qualidade permanentemente nas nossas torneiras. A taxa de cobertura do Concelho é de 97% e a adesão dos Feirenses é já de 73%. Quanto ao saneamento somos servidos por onze ETAR e 910 Km de rede colectora, que nos asseguram já uma taxa de cobertura de 80%, que atingirá os 90% até ao final do ano, sendo a taxa actual de adesão dos Feirenses de 50%. Todos estes investimentos e a adesão dos Feirenses ao saneamento, permite-nos cada vez mais ter os rios e ribeiras despoluídos e até já nos possibilitou ter em funcionamento uma praia fluvial certificada em Milheirós de Poiares, bem como a construção de um passadiço no Rio Uíma. O tempo acabou por demonstrar que esta solução, na altura pioneira no país, foi acertada e a prova disso é que hoje tem vindo a ser replicada em muitos Municípios por todo o país. Presentemente a Câmara Municipal está a negociar com a Indáqua para que os ramais de ligação deixem de ser cobrados aos Munícipes, a fim de facilitar e incentivar a adesão aos sistemas e promovermos cada vez mais a despoluição das linhas de água e dos lençóis freáticos.
16
Correio da Feira 09.SET.2013
Ideias Novas para Políticas Novas
Nome: Pedro Soares Idade: 34 anos Profissão: Matemático Partido: Bloco de Esquerda Por todo o país, há vários candidatos que dizem ter muita experiência: “As pessoas conhecem-nos”. Ao valorizar esta ideia como positiva, tenta-se fazer passar o seu contrário pela negativa: “Daqueles não sabemos bem o que esperar”. Como esse é um argumento que tem sido utilizado no nosso concelho, vale a pena ser analisado. O PSD utiliza a ideia da experiência como um dos valores positivos da sua candidatura. Ao ter como cabeça de lista à câmara municipal um atual vereador, utilizam esta argumentação como um ponto a favor. Mas, será mesmo algo positivo?! Afinal, o que tem Emídio Sousa para apresentar, qual a sua experiência? A resposta a esta pergunta é muito mais negativa para o PSD: a experiência é a de participar numa Câmara Municipal que se endividou sem mostrar a obra que o justifique; é a experiência de participar num executivo que leva muito dinheiro de IMI às famílias feirenses, para depois fazer isenções fiscais aos elefantes brancos como o Europarque; é a experiência de ser incapaz de cuidar da rede viária do concelho, deixando as ruas cheias de buracos; é a experiência de se lembrar das pessoas apenas de quatro em quatro anos, na altura das eleições, para fazer algumas obras em cima do joelho para a campanha eleitoral. Se esta é a experiência que defendem que Emídio Sousa tem, concluo que é bem melhor um candidato sem esta experiência. A política precisa de novas pes-
soas Já sabemos do que são capazes PSS, CDS e PS. Já todos estes partidos estiveram nos diversos governos e os resultados são aqueles que temos à vista. Não souberam criar soluções, apenas complicações. Criaram as clientelas partidárias, as negociatas, os compadrios. É necessário romper com este círculo vicioso. Precisamos de pessoas novas, que consigam trazer novas ideias e novas práticas. Mas, também, que rompam este círculo vicioso. É isso que vejo nas listas do Bloco de Esquerda: Pessoas que querem dar o melhor de si pela sua terra; Pessoas que não trazem os vícios daqueles que estiveram no poder e não conseguiram melhorar o nosso concelho. São pessoas que têm a experiência de vidas de trabalho, de dedicação a causas sociais, de intervenção no associativismo, de exemplos de cidadania. António Torres é um desses exemplos A candidatura de António Torres é um grito da cidadania. Quem o conhece sabe da certeza das suas convicções, da firmeza dos seus valores e da sua vida de dedicação a uma das causas mais nobres: a educação dos nossos jovens. A força da sua candidatura brota das raízes das suas intenções: dar o melhor de si ao concelho. É o exemplo de como é possível ter pessoas novas na política, pessoas que rompem com as clientelas partidárias, as negociatas e os compadrios. Pessoas que dão a cara para servir o concelho e não para se servir dele. Ouvi-o numa intervenção pública recentemente. Apresentava a lista à Assembleia de Freguesia de Fiães, numa sala a abarrotar. As suas palavras ficaram a ressoar na minha cabeça. Disse que o Bloco de Esquerda fazia o maior dos serviços em prol da Democracia, porque mostrava como estava viva a sociedade feirense; explicava como foi possível juntar tantos, jovens e menos jovens, com uma enorme qualidade. Refleti nestas palavras e concluí que já há uma primeira vitória nestas eleições: a da cidadania. É a vitória de envolver neste movimento de transformação do concelho muitos que querem ter voz em defesa da nossa terra. Genuinamente, sem segundas intenções. Dar o melhor de si, para podermos ter o melhor da nossa terra.
Nome: Pedro Almeida Idade: 25 anos Profissão: Estudante Universitário Partido: CDU Nos últimos tempos, têm os munícipes feirenses sido brindados com um lembrete da Indaqua em suas casas. Como nestas coisas já todos sabemos que ninguém nos dá cavaco a não ser para pedir alguma coisa, resta-nos confirmar que se trata, sob a aparência de uma comunicação cordial, de uma ameaça, desta vez de processos de contra-ordenação para quem não ligar à rede de água. Partilhando o espanto decerto sentido pelos feirenses, queremos aqui questionar seriamente a legitimidade da Indaqua para proceder a uma “campanha” tão pouco cordial. Um munícipe que cumpre com a lei, detém licença
de habitabilidade obtida através do cumprimento de todos e cada um dos critérios exigidos, terá que ver agora renegociados unilateralmente os termos da sua conformidade à lei, sem ser consultado, tido nem achado para isso? Se foram concedidas licenças é porque o cidadão cumpriu com a legalidade. Não consideramos que uma empresa privada tenha legitimidade para intimidar desta forma os munícipes. Trata-se de uma ameaça gratuita, e uma empresa, como a Indaqua, não pode ter esta vocação persecutória. Compreendemos que, por razões de saúde pública, a ligação à rede de saneamento seja tornada obrigatória. Mas não podem alegar saúde pública relativamente ao negócio de venda da água… E não nos podem obrigar a ligar para ficarmos eternamente à espera que o saneamento e o tratamento das águas residuais cheguem. Não aceitamos que se passe a ideia de que somos obrigados a comprar água à Indaqua, e não podemos tolerar que esta Câmara continue a patrocinar esta estratégia chantagista. Assim, cada euro que saia do bolso dos munícipes, é dinheiro que a Câmara o obriga a pagar por ter faltado aos seus compromissos e por ter privatizado a água. Não está bem que a Câmara da Feira sirva de embraiagem à sanha comercial de determinados interesses empresariais, tendo entregue de bandeja a uma empresa que rege pelo imperativo do lucro a gestão de um bem essencial à vida.
Nome: António Júlio de Castro Alves Moreira Idade: 40 anos Partido: CDS-PP Salazar esteve quarenta anos no poder. Era ditador. Não foram votos mas uma desconhecida cadeira, o princípio do fim. Mas fim houve. Fim, encerramento, final, liquidação, the end, kaputt. Houveram Lenine, Estaline, Krutchev, Brejnev, Gorbatchov (entre outras episódicas fumaças de poder – lembro-me de Andropov, o outro já não!) por cerca de setenta anos de ditadura. Mas fim houve. Fim, encerramento, final, the end, kaputt. Neste caso em particular, não houve muro em que ficasse pedra sobre pedra. Apenas uma múmia assinala tempos de matança (não há que dela ter medo, devorou todo o sangue!). No México o Partido Revolucionário Institucional ganhou todas as eleições para o executivo mexicano entre 1929 e 1982. Como é fácil imaginar houve, de igual modo, um fim. Não porque alguém tivesse caído abaixo de uma qualquer cadeira, mas porque não era já possível olfatar a tequilla de tão podre o sistema político se tornara. Vincent Fox trouxe o fim em 2000. Fim, encerramento, final, the end, kaputt, basura. Depois há este gosto pelo híbrido, pelo indefinível e que é, sem dúvida, muito português. Esta coisa meio, meio, nem carne ou peixe, que se enche de proclamações para que tudo fique por fazer, que permite perpetuações no poder insofismáveis, o exercício de funções públicas por tempos e tempos e tempos… Não é o voto, a apreciação política, o juízo sobre o deve e haver dos mandatos que nos salvará destas criaturas fofas, agora exímias naquela ca-
Correio da Feira
09.SET.2013
“Concelho Solidário” – uma marca pacidade marsupial e muito “down under” de se fazerem elevar do solo do poder local, para se fazerem cair num sítio redescoberto e apenas uns quilómetros distante de onde pularam politicamente; até Salazar gostaria de lhes poder oferecer uma cadeira (alguma lucidez haverá de ser creditada ao homem). No fundo, há agora em perspectiva a possibilidade superarem o próprio ditador no exercício do poder, o que implica, talvez, a necessidade de uma cadeira aonde disfrutem de momentos de repouso, tão interminável no tempo se tornará a sua actividade política… Contudo, há um espelho no qual todos nos devemos rever. Esse espelho é o gosto transversal pelo híbrido, pelo meio-meio, o não ser carne nem peixe e que a lei da “ilimitação” dos mandatos corporiza inteiramente. Há um ALÉM ao qual nunca se chega (nós, Portugueses!) porque, de uma forma geral, ele implica opções, clarificações, caminhos concretos, definições que trazem também a necessidade de deixar muito outra coisa para trás, de ter a coragem de assumir posições. Esse ALÉM não acontece porque sempre queremos manter todas as opções em aberto, por mais estúpidas que sejam, com a única justificação de não ir o diabo tecê-las! O AQUÉM é pois o nosso sítio perpétuo, aonde um simulacro colectivo acontece! Há, assim, um resquício inquisitorial adormecido na nossa consciência, na incapacidade que se revela de assumir posições e que tolera este jogo do faz-de-conta, que aproveita a uns poucos. Nunca há um compromisso claro, uma ideia cabalmente definida. Nunca há um caminho no qual estejamos dispostos a comprometer ideias e coerência, nunca um sentido límpido e honesto para as opções que propomos. Nunca cores distintas, nunca um posicionamento partidário franco que permita um juízo são… Há sempre tudo para que fiquemos sem coisa nenhuma. E muita gente que tira proveito disso! Para concluir que não há finais na velha Lusitânia. Fim, encerramento, final, the end, kaputt. Só uma elipse de remorsos e adiamentos contínuos. PS| noto que as apresentações para as juntas de freguesia se incrementaram nestes últimos dias e que no mais, haverá pompa e circunstância.
Nome: Licinio Loureiro Idade: 28 anos Profissão: Engenheiro do Ambiente Partido: PSD Se há áreas onde se impõe a prossecução da política assumida nos últimos anos pela Câmara Municipal, a acção social está no topo. A candidatura de Emídio Sousa assumirá a responsabilidade de levar por diante projectos que tão boa conta de si deram e que tantos elogios granjearam por todo o País, conferindo-lhe um cunho vanguardista, de permanente inovação. As melhorias a introduzir foram, já, alvo de debate com a população, do qual saíram propostas no sentido de vir a ser reforçada a rede social já de si grandiosa, que Santa Maria da Feira soube construir. O envolvimento de diversos parceiros – que chegam aos 110 –, numa rede activa e forte, é tarefa a manter, sempre na busca de novas janelas de oportunidade para melhorar. Estou certo de que um Executivo liderado por Emídio Sousa consolidará a marca “Concelho Solidário”, que tão justamente tem sido associada a Santa Maria da Feira. O actual momento de crise – que vamos paulatinamente vencendo – deverá merecer especial atenção, ganhando aqui grande preponderância a componente da empregabilidade.
Balanço da campanha
Impõe-se, e estou certo de que a Câmara Municipal o fará, um olhar atento aos campos do desenvolvimento económico e do emprego, promovendo um diagnóstico de necessidades, desenvolvendo iniciativas viradas para a formação para o mercado de trabalho e desafiando para o desenvolvimento do projeto de vida de cada um. A já referida rede social deverá constituir-se como fulcro da actividade municipal nesta área. Reforçar e articular a rede de equipamentos para optimizar a cobertura deverá estar, assim, entre as prioridades, sempre com os olhos postos no envelhecimento da população, no desemprego, nas famílias disfuncionais e crianças e jovens em risco, nos novos pobres, mas famílias monoparentais, nos fenómenos migratórios em especial de jovens qualificados e nas dependências. Os tempos modernos desafiam-nos permanentemente e trazem consigo problemáticas às quais devemos saber dar resposta. O concelho apelidado de “solidário”, deverá estar mais atento, interventivo e com responsabilidade social partilhada por todos, numa estratégia concertada para o combate eficaz à pobreza e exclusão social. Emídio Sousa, até pelo seu passado não relacionado com a actividade autárquica, reúne todas as condições para reforçar e melhorar o trabalho de excelência que o município vem desempenhando nesta área. A consolidação do conjunto de programas de acção social existentes em Santa Maria da Feira deve, pois, ser a “bandeira” da candidatura do PSD, que, no entanto, manterá a postura vanguardista nesta área, com as melhores propostas e as melhores soluções. A acção, estou certo, pautar-se-á, pela distinção através de uma aposta firme em infra-estruturas e rede de instituições de apoio social e pelos seus programas inovadores de apoio social que nos permitem falar de excelência.
®
Visite-nos em
www.facebook.com/correiodafeira
Nome: Henrique Ferreira Idade: 63 anos Profissão: Empresário Partido: PS 1 – A mentira tem perna curta Durante o período em que o Correio da Feira esteve fechado, em gozo de merecidas Férias, as campanhas dos partidos políticos (e não apenas a do Partido Socialista) estiveram todas num registo morno, de acordo com a época do ano. Por isso, acabou por não ser surpreendente que o assunto principal a circular na opinião pública, tenha sido o da pretensa sondagem publicada a 29 de Julho, pelo semanário “Terras da Feira” cujos resultados delirantes e anedóticos, acabaram por ser o mote de várias risadas ao longo do mês de Agosto. Claro que, mesmo não merecendo credibilidade, o assunto preocupou sobremaneira esta campanha, não pelos alegados resultados, mas pelo facto de o Terras da Feira ter aceitar publicá-los, sem questionar as evidentes fragilidades com que chegou às pessoas. Valeu então o facto de um administrador do Correio da Feira ter desmontado nestas páginas, criteriosamente a tal Sondagem, demonstrando claramente que não poderia ser levada a sério, através de um exercício claro de raciocínio lógico, que não deixou margem de credibilidade à Sondagem. Ora, como se isso não bastasse, aconteceu que aqui ao lado, no município de S. João da Madeira, e apenas três dias depois, também apareceu uma “Sondagem milagrosa” publicada pelo Semanário “O Regional”, sob a responsabilidade técnica da mesma empresa (IPOM) que tinha feito a de Santa Maria da Feira. E o que é que pudemos observar, analisando e comparando a Ficha Técnica? a) Para fazer a recolha de intenções de voto, na Feira (mais de 100 Mil Eleitores), a Empresa precisou de “apenas” 6 horas, em 24 e 25 de Julho; mas para fazer o mesmo num Município que tem pouco mais de 20.000 Eleitores (S. João da Madeira) necessitou de mais 50% do tempo!, em 26, 27 e 29 de Julho! b) Poderiam ter menos gente a trabalhar; mas não! Também indicaram
17
14 entrevistadores… c) Sem esmiuçar mais, aqui fica o registo da estranheza, recordando o velho ditado popular: “a mentira tem perna curta”. 2 – Uma Campanha que respeite as dificuldades dos cidadãos Em Portugal os tempos de campanhas eleitorais costumam ser alturas onde se gastam milhões de Euros. Santa Maria da Feira, um dos maiores concelhos do país tem por força do número de eleitores um limite de despesas por partido político de quase 300 mil euros. O Partido Socialista, no respeito pelas grandes dificuldades que a maioria da população atravessa, fruto da crise que o Governo do PSD instalou no país, não irá gastar esse valor. Aliás, basta ver pelo concelho para aferir a preocupação que houve em fazer uma campanha de esclarecimento e austera em respeito pel actual situação económica do país Poderemos dizer o mesmo de todos os partidos que concorrem nestas eleições em Santa Maria da Feira? Penso que não. Se estivermos atentos, basta ver que apenas um partido poliítico, por sinal o mesmo que governa o país e a Câmara Municipal, tem mais cartazes e de dimensões maiores que todos os restantes partidos juntos, apesar de ter sido publicada uma lei que apenas permite gastar 25% do valor da subvenção pública em cartazes e propaganda exterior. A par disso vemos a sumptuosidade de folhetos e até revistas que custam dezenas de milhares de euros. São opções. O Partido Socialista não irá, por causa disso, alterar a sua postura. Iremos com parcos recursos, mas numa política de proximidade com as pessoas, esclarecer e informar. Sem brindes exagerados, sem jantares e almoços grátis, que apenas servem para gastar o dinheiro dos contribuintes. Estes são momentos difíceis para muitas portuguesas e muitos portugueses. Os Partidos Políticos deverão dar o exemplo e usar os recursos financeiros disponibilizados pelos contribuintes para os partidos e campanhas eleitorais com parcimónia e usando o dinheiro naquilo que é verdadeiramente importante, apresentar as nossas ideiais para o concelho e os nossos candidatos. E quanto a isso, durante muito tempo tenho ouvido perguntar pelas propostas do PS. Pois bem o PS tem estado em todo o concelho a falar delas a apresentar as nossas propostas para o concelho e para as freguesias. Ainda não tive a oportunidade de ouvir foi qualquer proposta de quem nos governa à oito anos enquanto Vice-Presidente de Câmara e pretende continuar mais quatro anos, para além de prometer campos de futebol com relva sintética. Será este o programa de um mandato? Estará tudo o resto já feito? Basta olhar para a rede viária do concelho e para a rede de abastecimento de água e saneamento com a sua conclusão sempre adiada para ver que muitas outras prioridades são sempre esquecidas.
18
Correio da Feira 09.SET.2013
Entrevista // Henrique Ferreira, candidato pelo PS à Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
“O meu passado político permitirá uma experiência suficiente para dignificar os trabalhos da Assembleia”
Henrique Ferreira crê que a sua experiência na vida política pode ser importante para melhorar o funcionamento da Assembleia Municipal. Defende sessões mais curtas e produtivas, e propõe a descentralização do órgão, para o tornar mais acessível às pessoas. Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Depois de uma vida política tão activa, porque se candidata à Assembleia Municipal? Essencialmente por convicções políticas. A vida autárquica proporcionou-me uma experiência enriquecedora. Neste momento, o desafio a que me coloquei foi dar o meu contributo para a Assembleia Municipal, porque estou convencido que o meu passado político me permitirá uma experiência suficiente para vir a poder dignificar os trabalhos da Assembleia, exercer uma função fiscalizadora com eficiência e ter uma Assembleia Municipal com um cunho ideológico que vai acabar
por se identificar com aquilo que é a minha postura na vida política. Contrariamente àquilo que muitos defendem, vou ser um presidente da Assembleia Municipal que vai respeitar a lei fundamental mas não me vou esquecer que me candidato pelo PS nem me vou alhear de que, quem vota em mim, vota também no PS. Identifico-me com os ideais do partido e a Assembleia Municipal vai ter, em qualquer decisão, respeitando todos os princípios, a questão ideológica do partido pelo qual me candidato. Estarei ao lado dos princípios da fraternidade, igualdade e solidariedade. E mais: farei ponto de honra que toda a Assembleia Municipal tenha conhecimento de qual é o sentido de voto do presidente. Essa experiência adquirida o que pode trazer de novo à Assembleia Municipal? Verifico que a prática que a Assembleia tem tido nem sempre se identifica com aquilo que é a minha perspectiva. Há muitos anos que se diz que as pessoas que vão pedir a palavra na Assembleia Municipal devem intervir em primeiro lugar, e o que acontece é que, por razões que desconheço e não percebo, as pessoas têm que esperar até às 2 e 3h. Porquê? Não vejo razão para isso. Na minha opinião, as pessoas de-
vem ser ouvidas em primeiro lugar mas, mais do que isso, os membros da Assembleia Municipal devem pronunciar-se sobre o assunto que a pessoa colocou. Só que, normalmente, a pessoa chega lá, põe o problema, e poderá, ou não, levar uma resposta da Câmara Municipal. Mas se as pessoas quisessem ter uma resposta da Câmara, elas marcavam a sua intervenção para a Reunião de Câmara. Por outro lado, a Assembleia Municipal deve ter um espaço aberto para os orçamentos participativos. É uma ferramenta que está a ser usada cada vez mais, nas Câmaras e Assembleias Municipais, em que as pessoas podem colocar as suas ideias e sugestões, e podem ver inscritos no orçamento aquilo que para elas é importante para o seu Concelho. Mas se queremos as pessoas em primeiro lugar, por que razão é que a Assembleia Municipal não tem uma prática descentralizada? Quando houve a questão do aterro em Canedo, para que as pessoas pudessem vir (à Assembleia) foram necessários autocarros e uma série de meios que estavam fora daquilo que é normal de acesso às pessoas. Se a Assembleia Municipal fosse descentralizada, conheço muitos auditórios que podiam servir para a receber. É esta a prática que me permite dizer que posso acrescentar várias medidas que vão ao encontro das pessoas, sempre respeitando o regimento, que também tem assuntos que devem ser revistos. Um deles é a conferência de líderes que, neste momento, é uma prática quase zero. Hoje, meia hora antes da Assembleia Municipal, reúnem-se os líderes para trocarem umas impressões e uns ajustes de logística. Uma conferência de líderes não é isto. Exige reuniões prévias, onde é discutida a agenda com os líderes e se faz uma análise da documentação que foi entregue ou se existe a necessidade de mais documentação ou esclarecimentos. Para além disso, pode existir uma discussão prévia que permita um aprofundamento do debate e que, na Assembleia Municipal, ele seja mais profundo e profícuo. Assim, podemos encurtar, simplificar e fazer com que o nosso tempo possa ser muito mais útil e racionalizado, e podemos rentabilizar as Assembleias Municipais. O que pode fazer para tornar a Assembleia Municipal mais atractiva às pessoas? Desde que abra as portas a ser mais participativa, temos o primeiro capítulo. Depois, também propomos que se possam agendar assuntos que, na nossa opinião, são de interesse para a nossa população. Hoje, a agenda é a que a Câmara impõe. Será aquilo que interessa às pessoas? Com certeza que há muitos temas de interesse para as pessoas mas o PS, como partido, também tem as suas ideias para o Concelho. E os membros da Assembleia po-
derão agendar assuntos que têm a ver com a vida política do Município. Por outro lado, se tivermos uma Assembleia Municipal em que os assuntos são discutidos com maior profundidade, com sessões mais curtas e racionais, provavelmente a população começa a ter interesse em lá ir. Hoje, as Assembleias Municipais arrastam-se até às 2 ou 3h da madrugada, muitas vezes em discussões que não passam de faitdivers. Mas com uma assembleia de líderes que possa pôr cobro a isto, com certeza que isso não vai acontecer. Depois, no período antes da ordem do dia, os membros da Assembleia colocam questões, o presidente (da Câmara) responde e praticamente não dão a palavra para a réplica. Então, onde está a discussão? Mesmo no período da ordem do dia, o tempo é limitado. E porquê? Porque tudo se começa a alongar e, se não começam a cortar os tempos, em vez de terminarem às 2h da madrugada, terminavam às 5h. Defendo que, a partir do momento que as Assembleias têm cinco horas de funcionamento, já não é produtivo estar em discussões. Hoje em dia sabemos que se uma sessão for desdobrada, isso não tem custos. Portanto, se verificarmos que a discussão é rica e tem que ser prolongada para outra sessão, fazemo-lo. Que outras alterações, a nível regimental, pretende implementar? Divulgar e promover os trabalhos da Assembleia Municipal junto da população. Não existe um anúncio no jornal ou na rádio. Por outro lado, porque não são as actas de cada sessão publicadas no site da Câmara? Assim, a população, facilmente, poderia consulta-las. Depois, existem prazos concretos para entregar a documentação aos deputados. A Câmara envia uma documentação base dentro do limite mas, depois, nas vésperas da reunião, está a enviar mais documentação. Temos que exigir que ela seja entregue a tempo e horas, para que as pessoas se possam debruçar sobre isso. Outra questão é exigir à Câmara Municipal que as respostas que lhe são suscitadas pelos membros da Assembleia Municipal sejam entregues dentro dos prazos estabelecidos. Existem também questões mínimas que podem ser utilizadas para melhorar as condições de trabalho na Assembleia Municipal. Penso que é fácil fazer com que cada grupo partidário tenha um pequeno espaço onde o líder da Assembleia Municipal possa facilmente colocar alguma documentação ou consultar qualquer coisa. Já houve propostas dos vários partidos para alterar o regimento, mas não foram aceites. Penso que está na hora de melhorá-lo. Nomeadamente a forma da representatividade das comissões, como elas devem ser formadas, como as votações devem ser feitas, respeitando os princípios
democráticos e de proporcionalidade, mas definidos. E mais: defendo que membros da Assembleia façam parte de comissões específicas sem senhas pagas. Neste momento, os partidos, as pessoas ou o Governo acham que nós temos condições financeiras para poder dar resposta a todas as necessidades que temos? Francamente, penso que não. Acredita que a Assembleia Municipal se pode tornar mais representativa? A Assembleia Municipal tem cinco partidos representados. Julgo que eles representam praticamente a população. É evidente que, do ponto de vista democrático, temos que defender que quanto maior é a amplitude e a representatividade, melhor. Mas, por outro lado, também temos que ter em atenção a prática, as condições e a rentabilidade que se pode tirar disto. E julgo que, neste momento, a Assembleia Municipal está bem representada. Se me disser que poderíamos ter também um espaço em que estivessem representadas as pessoas que não fazem parte dos partidos, talvez, mas isso obriga a uma organização e orgânica em relação a essas pessoas que possa criar dificuldades. Francamente, julgo que o nosso problema número um não é propriamente a representatividade que temos mas sim no aspecto da logística e da prática que se faz, e de algumas leis e princípios que estão consagrados e que não se respeitam. Que opinião tem sobre os referendos? É um princípio correcto, que defendo e que é democrático. Mas não nos podemos alhear, de forma alguma, do grau cultural que as pessoas têm sobre os assuntos. Da experiência que temos tido em referendos, quais são os resultados? Praticamente, as pessoas seguem o caminho das decisões dos partidos políticos. Perde-se aqui, um pouco, a ideia de que o referendo deve ser aquilo que a pessoa pensa. Do ponto de vista de prática democrática, defendo totalmente o referendo. Julgo que, em Portugal, ele ainda está numa fase um pouco prematura. Em Portugal, temos necessidade que os referendos sejam acompanhados por uma informação muito mais pormenorizada e que tenham que ter uma preparação muito mais ampla. E também não é menos verdade que temos uma população que ainda não está sensibilizada para esses assuntos, o que faz com os referendos não tenham o efeito que pretendemos em democracia. Contudo, do mal o menos, mesmo com o referendo que está ligado um pouco aos partidos, isto pode ser a transição que podemos utilizar nas práticas para poder ir elucidando as pessoas de forma a que, no futuro próximo, possamos ter referendos com o espírito daquilo que pensamos que eles são.
Correio da Feira
09.SET.2013
19
Entrevista // Valter Amorim, candidato pelo CDS-PP à Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira
“Temos que mudar as posturas, os comportamentos e a responsabilidade”
Valter Amorim diz que as sucessivas maiorias têm condicionado a acção da Assembleia Municipal e defende que o órgão deve ser mais respeitado por quem o compõe. O candidato ressalva ainda que o referendo não deve ser um acto banal mas sim excepcional. Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Que motivações tem para se candidatar à Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira? O que me prende a esta candidatura é o facto de achar que, como cidadão, devo sempre participar o mais activamente possível naquilo que é o futuro das pessoas e, neste caso, do Concelho. Essa é a grande motivação que tenho. É chegado o momento de poder servir as pessoas de uma outra forma que não somente quando estão com algum problema ou maleita física. É necessário intervir mais e esta é, também, uma forma de cidadania. Pretendo demonstrar que as pes-
soas podem e devem fazer mais pelos outros, pelo Concelho e pelo seu futuro. O que é que a Assembleia Municipal pode fazer mais pelas pessoas? A Assembleia Municipal é um órgão muito importante no normal funcionamento da nossa democracia local. A verdade é que, no concelho da Feira, tem estado um pouco à míngua daquilo que seria expectável. O facto de termos uma Câmara com sucessivas maiorias implica determinados comportamentos e posturas da própria Assembleia, que estão claramente condicionados em relação àquilo que seria lícito e pertinente. Veja-se os Concelhos em que não existe essa maioria. Aí, a Assembleia Municipal desempenha um papel fundamental, para o controlo de várias coisas que acontecem, não só na Câmara como no Concelho em geral. Se a Assembleia Municipal fosse um órgão mais relevante, e se as pessoas o respeitassem um pouco mais, seria certamente um elo importante na democracia concelhia. É uma pecha relevante no nosso Concelho, que urge dar a volta. Caso vença esta corrida, haverá
muitas alterações no procedimento da Assembleia Municipal? Antes de mais é importante que a Assembleia, como órgão político e institucional que é, desempenhe correctamente as suas funções. Ela existe para fazer não só política mas também outro tipo de coisas, que são igualmente relevantes. É importante que a Assembleia Municipal seja também um órgão de participação das pessoas, através da sua palavra, porque a democracia não se extingue nas eleições e deve ser participativa. No entanto, a própria Assembleia deve ser participativa pelos próprios partidos políticos que a compõem e os elementos que foram eleitos pelas pessoas. É fundamental que, quem estiver na Assembleia Municipal, tenha a responsabilidade de assumir, perante quem os elegeu, uma outra postura. Neste caso sendo mais eloquente, mais participativo e fazendo mais obra. Não pode continuar a ser um órgão onde as pessoas vão e fazem aquilo que vemos: pouco ou nada. Aliás, é sintomático de verificar que a Assembleia não é publicitada, não é um órgão que as pessoas mensurem pertinência ou relevância. Está sonegada, desde logo porque os partidos que a compõem, em especial a maioria, não têm feito o que é necessário fazer, e o que muitas vezes transparece é que não querem que a Assembleia desempenhe eloquentemente as suas funções. Também é relevante que ela assuma, de uma vez por todas, aquilo que é a sua função, que é fiscalizar a Câmara Municipal, verificar até que ponto aquilo que é proposto e desenvolvido é feito de forma transparente. É fundamental que as pessoas saibam exactamente com que medidas é que podem contar com esta Câmara e que podem perceber que existe um contra-peso que possa racionalizar aquilo que, muitas vezes, não conseguimos perceber. Que saiba auscultar e inspecionar, por exemplo, contas e obras que, muitas vezes, são desenvolvidas sem rigor nem transparência. Diz que a população tem que intervir mais na Assembleia Municipal. Como a pensa tornar mais apetecível à população? Desde logo publicitar mais o evento. Não pode ser um evento que passe ao lado das pessoas, porque elas não têm a obrigação de saber se vai realizar, mas devem ser informadas disso. São questões completamente distintas. Se as pessoas não sabem, nada podem fazer, mas se souberem, aquelas que sintam que têm que fazer algum tipo de intervenção, de interesse pessoal ou colectivo, participam. Temos várias formas de publicitar a Assembleia. Hoje temos meios que não custam dinheiro, não lesam o erário público, e que permitem, facilmente, publicitar o evento. Desde logo a internet. É um meio facílimo. A
Câmara tem-se gratificado por ter, hoje, um sistema de informação actualizado mas a verdade é que ele não funciona. As pessoas têm também que perceber que não continuar a imiscuir-se da falta de conhecimento das situações para não aparecer. É fundamental que as pessoas percebam que a cidadania deve-se praticar na plenitude, e o que se discute, por exemplo, numas eleições não é só um acto eleitoral simples e puro. São condições que representam o futuro das pessoas. A elas compete decidir, participar e promover aquilo que são os seus interesses. Portanto, as pessoas também têm que ser mais pró-activas e têm que exigir a quem de direito, neste caso à própria Câmara e Assembleia Municipal, que encontre soluções e mecanismos para se apresentar mais facilmente às pessoas, para que possam participar e fazer algo, não só por elas mas também para o Concelho. Que outro tipo de alterações o CDS-PP pretende implementar na Assembleia Municipal? Tem sido discutido, pelos partidos da Oposição, o facto de ser pertinente que as intervenções das pessoas não sejam no horário em que, muitas vezes, são feitas. Uma Assembleia Municipal deve permitir que os assuntos sejam facilmente debatidos, perceptíveis a todos e que haja um timing que permita que todos os assuntos sejam discutidos. Ter Assembleias Municipais com durações perfeitamente impensáveis, a acabarem às tantas horas da manhã, é lógico que se mude esta situação. Se se perceber que existem muitos pontos para serem discutidos, deve-se ponderar porque não dividir a Assembleia em duas sessões. Era uma forma de facilitar uma discussão aberta e plena dos assuntos, e promover a possibilidade de todos poderem participar. Esta era uma forma de permitir às pessoas falar e de saberem quando podem intervir. A própria mesa da Assembleia tem que saber gerenciar estas situações e, em termos regimentais, deve ser um assunto que deve ser discutido por todos e ponderado, para terminarmos, de vez, com situações de os populares estarem à espera até às 2 ou 3h da madrugada para poderem intervir. É de todo irracional. Por outro lado, também poderia ser pensado modificar o timing em que as pessoas possam intervir. Tem sido falada a possibilidade de as pessoas falarem no início das sessões. É uma possibilidade e não me causa qualquer transtorno que possa acontecer dessa forma. Mas acho que são assuntos que devem ser discutidos na Assembleia, pelos seus elementos, para que se acabe com este tipo de postura menos regular daquilo que é o funcionamento, até agora, deste órgão. Acredita que este órgão pode
tornar-se ainda mais representativo? Tenho que acreditar que sim. É um órgão vital para a normal democracia do Concelho e das suas instituições. Ele só poderá desempenhar na plenitude as suas funções se não houver uma maioria e se o contrapeso poder ser realizado. Ou seja, o órgão poder ter uma atitude mais interventiva e pró-activa sobre a própria gestão e gerência da Câmara. Isso modificará completamente aquilo que é a Assembleia Municipal que, até hoje, temos conhecido. Se isso vier a acontecer, será mais simples a Assembleia, per si, poder ser um órgão que possa cabalmente desempenhar as funções que lhe estão instituídas, que lhe são incumbidas e que todos desejamos que possam ser uma realidade e não aquilo que tem sido. Desde logo também, é fundamental que esta maior visibilidade e pró-actividade seja fruto de uma postura mais responsável de quem a compõe. Não podemos continuar a assistir o que muitas vezes vemos, desde pessoas que, em vez de estarem num momento de intervenção, atenção e discussão de assuntos, aproveitam para descansar, discutir outras temáticas que não aquelas que lá estão a ser discutidas e que entrem e saiam do próprio órgão a horas menos próprias. Isto tem acontecido. Se isto não mudar, é evidente que não vamos estar a trazer nada de benéfico ou positivo para o próprio órgão. Temos que mudar as posturas, os comportamentos e a responsabilidade. Que opinião tem sobre o papel dos referendos dentro do âmbito da Assembleia Municipal? Tem-se discutido de que forma as intervenções das pessoas possam conduzir a outro tipo de auscultações. O referendo é, de facto, um mecanismo que pode ser perfeitamente utilizado, inclusivamente a nível municipal e concelhio, se assim as entidades o considerarem. Julgo que tudo aquilo que seja assuntos que digam respeito às pessoas, o órgão próprio para os apresentarem é a Assembleia Municipal. Daí que não diga que o referendo seja sempre o mecanismo que deva ser utilizado. Na minha opinião, só deve ser usado em situações extremas, em que a própria Assembleia Municipal tenha dúvidas, que possam conduzir à necessidade de auscultar os cidadãos sobre determinadas temáticas ou assuntos. O órgão que existe para promover esse tipo de discussões é a própria Assembleia Municipal. Na minha opinião, o referendo é algo de excepcional e que deve ser utilizado nessas mesmas situações, e não de forma banal. Não podemos cair na demagogia de tudo dever ser referendado e discutido com as pessoas, porque dessa forma se pode questionar até que ponto vai a responsabilidade que cada um aufere ao ser eleito.
20
Correio da Feira 09.SET.2013
PS // Acredita António José Seguro, secretário-geral do partido
“Eduardo Cavaco está disponível para servir o Concelho”
Cerca de 2.500 pessoas participaram, na noite do passado sábado, no jantar de apresentação dos candidatos do PS no concelho de Santa Maria da Feira, testemunhado por António José Seguro. Numa intervenção muito saudada, o secretário-geral do PS frisou que chegou o momento da mudança, o momento de gerir a autarquia feirense com rigor e respeito pelos eleitores: “O actual executivo não tem gerido de forma transparente os dinheiros públicos, preferindo satisfazer os seus próprios interesses e descuidando os interesses da população do Concelho” - afirmou, para realçar de seguida que “Eduardo Cavaco está disponível para a causa pública, para servir o Concelho”. Anteriormente, já Henrique Ferreira havia posto a tónica na necessidade de o “órgão deliberativo estar mais próximo das pessoas”, revelando-se “disponível e atento às problemáticas de cada freguesia e do Concelho”. O candidato à presidência da Assembleia Municipal (AM) apontou exemplos concrectos do que defendia, comprometendo-se a descentralizar a realização de sessões da AM para outras freguesias do Concelho e à salvaguarda da possibilidade de os cidadãos participarem mais directamente na gestão municipal, através do “orçamento participativo”.
PSD // Apresentação das listas à Câmara e Assembleia Municipal
DR
Pedro Nuno Santos, presidente da Federação Distrital de Aveiro, defendeu ser “urgente colocar o Concelho na posição que merece e devolver a Câmara Municipal ao povo”, apontando um sem-número de irregularidades e contra-sensos do actual executivo do PSD, à frente da Câmara da Feira. “Eduardo Cavaco é o rosto da mudança” - rematou.
Preparado para a mudança
Já Eduardo Cavaco, deu o mote do compromisso que assume: “Poderão contar comigo e com o PS para modernizar o Concelho, mudar as políticas e fazer o Concelho entrar em definitivo no século XXI”. O candidato à Câmara referiu que, hoje, “conhece bem a realidade triste do Concelho, depois de ter percorrido todas as freguesias, visitando centenas de instituições”. Eduadro Cavaco mostrou-se consciente dos problemas que o Concelho enfrenta, nomeadamente o desemprego jovem: “Quero um Concelho com oportunidades para os jovens, para o seu presente e para o seu futuro. Uma terra onde gostem de viver e que não vire a cara às vossas dificuldades e ao vosso esforço enquanto cidadãos”. A terminar, assumiu que, ele e a sua equipa, estão “preparados para, em nome de Santa Maria da Feira e dos feirenses, fazer do Concelho grande, um grande Concelho”. “Estamos preparados para uma mudança de políticas. Uma mudança com uma visão para o desenvolvimento. A mudança de que o Concelho precisa” - rematou.
No auditório da Junta de Freguesia fianense
“Apostamos em gente capaz e com provas dadas”
Emídio Sousa desafia feirenses a compararem candidaturas. Amadeu Albergaria fala numa lista com “ADN das Terras de Santa Maria” e Alfredo Henriques acredita que os candidatos do PSD são “pessoas empenhadas em trabalhar abnegadamente em prol do município”. O candidato do PSD à Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, desafiou os feirenses a ignorarem os partidos e a fazerem um exercício de comparação sobre as capacidades de cada uma das candidaturas. “Há muitas pessoas desiludidas, mas os políticos não são todos iguais. Por isso, tive uma grande preocupação em escolher esta equipa, composta por gente capaz e com provas dadas” - afirmou. “Não tenho qualquer dúvida de que será uma equipa vencedora. Vamos ter, naturalmente, uma grande responsabilidade e, dentro de quatro anos, esperamos estar aqui para prestar contas” - sublinhou. Emídio Sousa falava, esta sexta-feira, na sessão de apresentação das listas do PSD à Câmara e à Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, cerimónia que decorreu no auditório da Junta de Freguesia de Souto.
DR
O candidato social-democrata voltou a destacar que o novo ciclo de desenvolvimento proposto para o Concelho implica, na sua configuração, o envolvimento dos 140 mil habitantes do município, apontando que é precisamente para a melhoria da qualidade de vida da população feirense que vai direccionar a sua acção. “Já fizemos muito pelas pessoas, mas precisamos de fazer mais”, considerou. O presidente da concelhia, Amadeu Albergaria - também cabeça-de-lista à Assembleia Municipal - manifestou-se convicto de que o conjunto de candidatos do PSD compõe uma equipa “com todo o ADN das Terras de Santa Maria”. “Os homens e as mulheres que hoje apresentamos são os mais preparados e os mais capazes” - frisou, salientando que o nível de desenvolvimento concelhio tem todas as condições para continuar a crescer. “Precisamos de olhar para os rostos dos nossos filhos e termos a certeza de que não deixámos nada por fazer nesta comunidade para lhes assegurar um bom futuro”, concluiu Amadeu Albergaria. Coube ao mandatário da candidatura do PSD, Alfredo Henriques, abrir os trabalhos, confessando fazê-lo “com muita satisfação”. “Os nossos candidatos são pessoas empenhadas e que trabalham abnegadamente em prol do município”, disse o actual presidente da Câmara de Santa Maria da Feira.
Evento, que foi muito participado, realizou-se no Monte das Pedreiras
BE apresentou candidatura em Fiães CDU reuniu-se em convívio em Fiães O Bloco de Esquerda (BE) realizou a apresentação da lista candidata à Assembleia de Freguesia de Fiães. Estiveram presentes Antonio Torres e Moisés Ferreira, bem como o líder parlamentar Pedro Filipe Soares. A fianense Mafalda Mota afirmou que “a democracia só pode ser vivenciada se forem criados mecanismos que fomentem a participação dos cidadãos na vida autárquica”. Mafalda foi mais longe, ao afirmar: “Fiães é uma cidade com um povo trabalhador, honesto e com grande dinamismo, que merece mais e melhor trabalho por parte dos autarcas”. Pedro Leal, cabeça de Lista do BE à Assembleia de Freguesia, afirmou que “esta candidatura é uma aliança popular alargada, que alia a juventude de uns à experiência de outros, e que pretende trazer ao movimento politico novos actores, novas ideias e uma gestão responsável, rigorosa e participativa”. “Para nós, a Junta e o seu executivo
têm que ter um papel activo politicamente, papel este fundamental para dar voz aos fianenses, fazendo-se representar sempre tendo em conta os interesses de Fiães acima de todos os outros, funcionando junto da Câmara Municipal e do poder central como um agente de pressão, por forma a obter respostas e a ver solucionados alguns problemas, tais como a falta de passadeiras na N326, os postes de eletricidade e comunicação danificados, que colocam em risco os transeuntes, e ainda procurando solucções para acabar com as inúmeras barreiras arquitetónicas entre muitos outros”. O cabeça de lista à Câmara, António Torres, afirmou: “Vivemos tempos em que as escolhas são fundamentais para resgatar o Concelho de uma gestão autárquica moribunda e enterrada em dívidas. Devolver o Concelho aos feirenses é uma prioridade, como o combate à pobreza, à exclusão social e às assimetrias”.
O Convívio - Amigos da CDU realizou-se no passado dia 31 de Agosto, na cidade de Fiães, no Monte das Pedreiras. Nesta iniciativa muito participada, por amigos, militantes e interessados, intervieram os cabeças de lista à Câmara Municipal, Antero Resende (na foto), e à Assembleia de Freguesia de Fiães, Filipe Moreira. O evento foi abrilhantado com música am-
biente e contou com a animação cultural proporcionada por Pedro Piaf. Nas intervenções políticas, Filipe Moreira agradeceu a todos os envolvidos na construção do convívio, apresentou as linhas gerais do programa da CDU para a freguesia de Fiães e explanou ainda como poderão estas propostas ser realizáveis em quatro anos. Apresentou ainda o slogan da CDU para a freguesia - “Para uma cidade Melhor” - e salientou que o colectivo da CDU de Fiães compromete-se a desenvolver todo o seu trabalho sob o lema da CDU: “Trabalho, competência e honestidade”. Numa intervenção emotiva, Antero Resende referiu o seu desagrado para com as políticas que têm sido desenvolvidas no Concelho e apresentou algumas das propostas da CDU que constarão no programa da coligação. No decorrer do convívio foi ainda apresentada a lista da CDU para a Assembleia de Freguesia de Fiães.
Correio da Feira
09.SET.2013
21
22
Correio da Feira 09.SET.2013
Concelho // Número de alunos reduziu ligeiramente
Um arranque do ano lectivo atribulado com colocação tardia dos professores
Setembro é o mês das reuniões para preparar o novo ano lectivo. Os agrupamentos trabalham à velocidade máxima para ter tudo pronto no dia 16, apesar das habituais dificuldades. Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
“Está a correr dentro da normalidade” – diz a directora do Agrupamento Vertical das Escolas de Argoncilhe, Filomena Vieira. Como ela, muitos dos responsáveis das escolas encaram o processo habitual de arranque do ano lectivo. Mas para a Secundária da Feira e para a escola do Cavaco, que estão agregadas este ano pela primeira vez, as complicações sucedem-se. “O arranque está a
correr com muitas dificuldades. Estivemos 15 dias à espera que fosse autorizado o funcionamento das turmas e os professores só foram colocados na sexta-feira [30 de Agosto]. Os problemas são muitos, é tudo muito tarde, muito difícil. Vamos tentar por tudo abrir na segunda-feira mas ainda tenho que fazer horário para 99 turmas, do 5.º ao 12.º ano. Não sei se consigo” – desabafa a presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida, Lucinda Ferreira, claramente preocupada com a situação. No ano passado, foram os agrupamentos de Milheirós e Arrifana que se agregaram e também para eles não foi fácil. “O ano passado foi mais penoso, com novas orientações, novos métodos. No início custa sempre” – adianta Helena Oliveira, membro da Direcção do Agrupamento de Escolas de
Arrifana. Ultrapassada a primeira experiência, as coisas estão agora bem mais tranquilas. “Este ano está a correr bem, contamos ter tudo dentro dos prazos previstos” – afirma Helena Oliveira.
Colocação dos professores e AEC são dor de cabeça
“Tem sido um bocado atribulado. Acho que tem sido assim em todas as escolas. As colocações dos docentes foram tardias e todas de uma vez. Podíamos ter feito com alguma calma em Agosto. Toda a gente ao mesmo tempo é complicado” – afirma o director do Agrupamento de Escolas de Fiães, António Pedro Lima. Para além disso, também as AEC se têm revelado, todos os anos, uma constante dor de cabeça para as escolas. “Temos tido sempre dificuldades com as AEC e este ano não vai fugir à regra. Ainda por
cima desta vez são menos horas, o que torna tudo mais complicado. Não vai ser tarefa fácil” – comenta António Pedro Lima. “O que nos está a preocupar são as AEC. Temos todo o processo de escolha dos candidatos por encarar. Vão aparecer muitos à procura de emprego” – diz, por sua vez, a directora do Agrupamento de Escolas António Alves de Amorim, em Lourosa, Rosa Pais, que sublinha que “há professores que fazem 278 quilómetros por dia”. “São dramas que assolam muitos professores. Alguns até estão a pensar rescindir, porque não dá para a gasolina e têm que abandonar as suas famílias” – afirma Rosa Pais. Muitas escolas pretendem que os seus professores dêem as AEC, de modo a não terem de contratar mais docentes. “Neste momento estamos a ver se entregamos a professores daqui ou se requisi-
DR
tamos” – refere Helena Oliveira. “Dificilmente todos os professores das AEC estarão colocados no arranque do ano lectivo. Alguns professores nossos vão assumir as AEC e espero que na próxima semana o ministério coloque a meia dúzia de professores que nos faltam” – afirma, por seu lado, o director do Agrupamento de Escolas de Canedo, Paulo Dias.
Escolas pedem obras
A par destas preocupações, algumas escolas também necessitam de intervenções de forma a melhorar os seus equipamentos. “Tenho um problema que estou a tentar resolver. Quero melhorar o acesso ao pavilhão gimnodesportivo da Junta, que é onde os alunos fazem educação física. Os alunos têm que caminhar para lá, às vezes debaixo de chuva. Vou fazer uma entrada a norte em vez da entrada a sul para resolver
Câmara determina apoios para as famílias mais carenciadas Na última reunião do executivo municipal, foram discutidos vários pontos referentes à educação no Concelho. O primeiro contemplava a atribuição de bolsas de estudo no ensino superior para o ano lectivo de 2013/2014. Foram 21 os alunos contemplados, num universo de 123 candidatos, que vão ter direito a uma bolsa com valor médio de 1350 euros. A vereadora do PS, Margarida Gariso, criticou o atraso na atribuição das bolsas, lamentando que “não se paguem os apoios às pessoas carenciadas no início do ano civil”, o que pode “determinar a desistência de cursos devido à falta de poder financeiro”. A vereadora com o pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude,
Cristina Tenreiro, explicou que o atraso é do ensino superior porque “só quando saem todos os resultados é que se pode fazer as bolsas”. “Não conseguimos ter atempadamente respostas dos serviços das faculdades” – completou. Ainda sobre as ajudas atribuídas, foram também apresentados os apoios da Acção Social Escolar segundo os escalões da Segurança Social. Para o escalão A, no 1.º e 2.º anos, o apoio é de 27 euros nos livros e de 13 euros no material escolar; e para o 3.º e 4.º anos, de 33 euros nos livros e 13 euros no material escolar. O escalão B, que no ano passado, tinha apenas 50% de apoio, este ano fica com os mesmos apoios
do que o escalão A. Contemplado este ano pela primeira vez está o escalão C, com 50%. Para o 1.º e 2.º anos, são 13,5 euros nos livros e 6,5 euros no material escolar; e para o 3.º e 4.º anos de 16,5 euros nos livros e 6,5 euros no material escolar. “Contempla famílias que não eram contempladas, que estão na franja. A classe média baixa tem sido muito afectada pela crise” – disse Cristina Tenreiro. O PS elogiou esta atitude da Câmara de contemplar, desta vez, apoios para este escalão. Ainda quanto ao material escolar, os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente terão um reforço de 13 euros, já que necessitam, muitas vezes, de
material específico. Quanto às refeições escolares, para o escalão A são gratuitas e para o escalão B têm um custo de 0,73 cêntimos. Para todos os restantes alunos, as refeições terão o valor de 1,46 euros. O PS não concordou e achou que as refeições deviam ser gratuitas para o escalão A e B, já que a diferença entre os dois é muito reduzida. “O PS entende que face à situação económica do país e consequente degradação do orçamento das famílias, a Câmara poderia ter ido mais além no apoio da Acção Social Escolar em todos os escalões” – apontou Margarida Gariso que, em conjunto com António Bastos, Alcides Branco e Márcio Correia, votou contra neste
ponto. “Já fizemos um esforço e é nesse caminho que vamos seguir” – respondeu Cristina Tenreiro. O presidente da Câmara concordou, dizendo que “é uma proposta muito equilibrada”. Inserido nos apoios às famílias está o Banco de Livros Escolares Usados, levado a cabo pela Câmara da Feira. O objectivo é a recolha de manuais escolares utilizados no ano lectivo de 2012/2013 e material didáctico que, depois, possa ser distribuído pelas famílias mais carenciadas para atenuar as suas dificuldades. A campanha decorre até domingo e os materiais podem ser entregues em qualquer sede dos vários estabelecimentos de ensino, Juntas de Freguesia ou no Pelouro da Educação.
Correio da Feira
09.SET.2013
este problema” – adianta Rosa Pais. Mas a directora não fica por aí. “Esta é uma escola com 40 anos que nunca sofreu qualquer intervenção e merece uma obra de fundo e ampliação. Nasceu para um determinado número de alunos e hoje tem mais do que devia ter” – afirma Rosa Pais. Entre as intervenções necessárias, Rosa Pais refere o melhoramento do campo de futebol, a criação de uma sala para atender os pais e a ampliação da cantina, que daria lugar a bar, auditório e sala para alunos. “Não temos sala para alunos e é preciso um espaço para eles. Quando chove não têm onde se abrigar. São perto de 700 alunos” – diz Rosa Pais, e acrescenta: “Não quero muito, não quero Siza Vieira, nem grandes palácios. Quero apenas um espaço ajustado às necessidades para agradar aos alunos” – comenta a directora do Agrupamento de Escolas António Alves de Amorim. Mas não é a única a pedir intervenções. Em Arrifana querem reformular a entrada da escola para dar mais segurança aos alunos. “Estamos a contar fazer uma obra de alteração da entrada da escola. Vamos mudar o portão de entrada e o casulo do porteiro que está no lado esquerdo e queremos pôr no lado direito para que possa controlar melhor a entrada e saída dos alunos e das viaturas” – afirma Helena Oliveira. E se falarmos em espaços de cara
lavada, também há escolas que esperam por sítios renovados. “O JI da Igreja de Sanguedo está quase a terminar. Foram feitas obras de requalificação e vai ficar pronto agora no início do ano” – adianta Filomena Vieira. Ainda em construção, o director do Agrupamento de Canedo refere o novo Centro Escolar da freguesia, que incluirá pré-escola e 1.º Ciclo e que estará pronto no próximo ano lectivo 2014/2015; e o director do Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa, António Carneiro, refere que “estão à espera da nova escola EB 2,3 que terá 42 turmas”, para onde serão, depois, transferidos os alunos da Fernando Pessoa. Pronto a ser inaugurado está o Centro Escolar de S. João de Ver. “É uma grande e boa novidade. Tem excelentes condições, biblioteca, ginásio e refeitório” – descreve Lucinda Ferreira.
diminuiu de 1024 para 941; em Paços de Brandão de 1650 para 1570; em Arrifana e Milheirós de 1540 para 1385; e em Argoncilhe de 1460 para 1400. Em Fiães, o director apenas adiantou que houve uma redução no 1.º Ciclo e Secundário. Mas há escolas que contrariam este cenário. Na Fernando Pessoa, são 103 turmas no total,
sendo que a EB 2,3 aumentou em duas turmas. “Temos este ano 2380 alunos, aumentamos 100 relativamente ao ano passado” – diz António Carneiro. O agrupamento Professor Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida consegue, contudo, superar estes números. “Estamos completamente cheios. Não tenho vaga para ninguém. Não é por falta
23
de espaço, é porque o ministério não me deixa. Não temos mais porque não podemos. Temos alunos sempre a vir bater-nos à porta para se inscreverem e não os podemos aceitar. Somos muito procurados” – conta Lucinda Ferreira. Para a Secundária da Feira e Cavaco são 3250 alunos, da pré-escola ao 12.º ano, neste novo ano lectivo.
Redução de alunos na maioria das escolas
No geral, o número de alunos diminuiu nas várias escolas. “Pelas minhas contas, temos menos 30, 40 alunos. No ano passado tínhamos 1632 e este ano anda à volta de 1590” – conta Rosa Pais. Segundo a directora do Agrupamento de Escolas António Alves de Amorim, isto deve-se sobretudo aos filhos que acompanham os pais quando estes obtêm um novo emprego. Em Canedo, o número de alunos Publicidade
24
Correio da Feira 09.SET.2013
“Hat-trick” de Júlio só dá empate ao S. J. Ver
Feirense conquista vitória no Bessa XII
Académico da Feira apresentou-se
Equipa orientada por Francisco Baptista perdia por 4-2 aos 81 minutos mas salvou um ponto.
Um golo de Pedro Santos, central que vem treinando com a equipa sénior, bastou para bater o Boavista.
Equipa conta com novo treinador e vários reforços. Objectivo passa pela manutenção.
Futebol
Futebol Jovem
Hóquei em Patins
pág. 25
pág. 27
pág. 29
Liberty vence por equipas na Volta do Futuro
Lusitanistas levaram de vencida o Cinfães (1-0), num jogo em que brilharam Moisés e Rui Pedro.
Equipa sanjoanense triunfou na classe de Sub-23. David Rodrigues venceu geral da juventude.
Futebol
pág. 25
Ciclismo
pág. 30
cdfeirense.pt
2.ª Liga // Azuis somam novo desaire no campeonato, desta feita por 2-0
Lourosa vence e já é líder isolado da Série D
Feirense volta a pecar na finalização em Tondela Arquivo/CF
Estádio João Cardoso
TONDELA FEIRENSE
Árbitro: Luís Ferreira
Tondela: Cláudio, Pedrosa, Pica, Baiano, Fábio Pacheco (Tiago Barros, 83), Márcio Sousa (Piojo, 68), Boubacar, Evandro, Pedro Araújo, Dally, Tozé Marreco (Calé, 68) T: Vítor Paneira
Sténio desperdiçou uma boa chance para marcar
Fogaceiros tiveram uma mão cheia de boas oportunidades para marcar mas falharam na hora do remate. Primeiro golo do Tondela mexeu com o Feirense, que deixou de ser perigoso até final. O Feirense continua sem somar qualquer triunfo na 2.ª Liga. Em Tondela, os fogaceiros foram derrotados por 2-0, num encontro em que terminaram reduzidos a dez elementos, por expulsão de Barge. Nem a estreia de Porcellis, lançado na segunda metade, valeu aos fogaceiros, penúltimos classificados do campeonato, com apenas três pontos. Sem Cris e com Tiago Jogo no meio-campo, Pedro Miguel viu a sua equipa entrar melhor no encontro, mas a finalização continua a desiludir. Por duas vezes, aos 15 e aos 22 minutos, Chapinha ficou perto de marcar, mas não foi eficaz. O Feirense manteve um certo ascendente até aos últimos minutos da primeira metade. Aos 35 minutos, Tiago Jogo, de muito longe, quase surpreendia o guardião Cláudio. Na resposta, Márcio Sousa, também de longe, criou perigo para Marco sendo que, na recarga, Evandro atirou ao ferro. Os primeiros minutos da etapa complementar voltaram a mostrar um Feirense personalizado, com boa capacidade de posse de bola mas sempre com a pecha
2 0
Feirense: Marco, Barge, Carvalho (Marcelo, 85), Tonel, Túlio, Sténio, Tiago Jogo, Ricardo (Porcellis, 63), Zé Pedro, Jorge Gonçalves, Chapinha T: Pedro Miguel
na hora do remate. Ricardo Barros e Sténio ficaram muito perto do golo, que acabaria por surgir aos 56 minutos, por intermédio de Evandro, na sequência de um pontapé de canto. O golo tranquilizou a equipa da casa e inibiu o Feirense, que não foi mais a equipa personalizada e atrevida que vinha sendo até aí. Pedro Miguel ainda tentou mexer com o jogo ao lançar o experiente Rafael Porcellis mas, nessa altura, era o Tondela quem ditava as leis do jogo. Com Piojo e Calé, entretanto lançados por Vítor Paneira na partida, em plano de evidência, a equipa da casa deu a estocada no desafio já muito perto do minuto 90, precisamente por Calé, que concluiu com eficácia um lance de contra-ataque conduzido por Dally. O golo surgiu numa fase em que o Feirense já alinhava reduzido a dez elementos, por expulsão de Barge. No próximo sábado, o Feirense recebe a equipa B do Sp. Braga, com o objectivo de somar o primeiro triunfo da época, na 2.ª Liga. O jogo está agendado para as 16h.
Rafael Porcellis, último reforço do Feirense, foi lançado por Pedro Miguel aos 63 minutos, mas foi incapaz de mudar o rumo da partida
Amarelos: Carvalho (20), Barge (25 e 82), Marco (38), Boubacar (57), Jorge Gonçalves (73), Pedro Araújo (77) Golos: Evandro (56), Calé (86)
LIGA 2 CABOVISÃO
Resultado - 3.ª Jornada Santa Clara 1 0 Oliveirense Resultados - 7.ª Jornada Moreirense 2 1 Farense Leixões 1 0 Trofense Académ. Viseu 1 2 Chaves Tondela 2 0 Feirense Portimonense 18-Set Sporting B Santa Clara 18-Set Atlético CP Desportivo Aves 18-Set Benfica B Sp. Covilhã 18-Set União Madeira Penafiel 18-Set Beira-Mar Sp. Braga B 18-Set Oliveirense Marítimo B 18-Set F. C. Porto B Classificação J V E D F - C P Moreirense 6 4 1 1 14 - 4 13 Leixões 6 4 1 1 10 - 2 13 F. C. Porto B 5 4 1 0 7 - 3 13 Tondela 6 4 0 2 10 - 8 12 Chaves 6 4 0 2 8 - 11 12 Penafiel 5 3 2 0 5 - 1 11 Santa Clara 6 3 1 2 5 - 3 10 Sp. Covilhã 5 3 0 2 7 - 4 9 Sp. Braga B 5 3 0 2 7 - 6 9 Atlético CP 6 2 2 2 5 - 8 8 Portimonense 5 2 1 2 8 - 5 7 U. Madeira 5 2 1 2 5 - 5 7 Benfica B 5 1 3 1 8 - 6 6 Sporting B 5 2 0 3 4 - 7 6 Marítimo B 5 1 2 2 3 - 4 5 Desp. Aves 5 1 2 2 2 - 4 5 Acad. Viseu 6 1 1 4 4 - 8 4 Oliveirense 5 1 1 3 2 - 6 4 Beira-Mar 5 0 3 2 6 - 9 3 Trofense 6 0 3 3 3 - 6 3 Feirense 6 0 3 3 2 - 8 3 Farense 6 0 2 4 1 - 8 2 Próxima Jornada - 15 de Setembro Trofense - Penafiel Chaves - Sp. Covilhã Farense - Académico de Viseu Oliveirense - Tondela Feirense - Sp. Braga B, 16h União da Madeira - Marítimo B Beira-Mar - Portimonense Sporting B - Santa Clara Atlético CP - Desportivo das Aves Benfica B - Leixões F. C. Porto B - Moreirense
Feirense // Já foi internacional pelo Brasil em Sub-18
Porcellis cedido pelo Braga até final da época O ponta-de-lança brasileiro Porcellis, de 26 anos, é o goleador que a Direcção do clube fogaceiro ofereceu a Pedro Miguel no último suspiro do mercado de verão. O avançado chega a Santa Maria da Feira por empréstimo, até final da temporada, do Sp. Braga. Formado nas escolas do Internacional de Porto Alegre, Porcellis foi o melhor marcador do Campeonato Gaúcho em infantis (2002),
juvenis (2004) e juniores (2006), para além da Taça Nike (2002) e da Taça Santiago (2004). Com a camisola da selecção brasieira de Sub-18, foi o artilheiro do Torneio do Mediterrâneo, em Espanha, corrria o ano de 2005. Enquanto sénior, Porcellis representou o Internacional, o Helsingborgs, o Fátima e o Santa Clara, antes de se transferir para o Sp. Braga, que o cedeu ao Feirense.
Correio da Feira
09.SET.2013
Campeonato Nacional de Seniores // Triunfo deixa o Lusitânia de Lourosa isolado no primeiro lugar
Moisés entrou para marcar e Rui Pedro esteve imperial a segurar a vantagem Jogo emotivo e equilibrado foi decidido por Moisés, que havia entrado apenas quatro minutos antes. O guardião Rui Pedro fez o resto, guardando a magra vantagem até final.
Moisés foi um autêntico talismã na vitória do Lusitânia de Lourosa sobre o Cinfães. O experiente médio saltou do banco aos 53 minutos e, apenas quatro minutos depois, apontou o golo que valeu mais três pontos para o conjunto orientado por Joaquim Martelinho, que também pode agradecer a tarde inspirada do guardião Rui Pedro, que defendeu tudo o que havia para defender, mantendo a sua baliza inviolada durante todo o desafio. Num encontro muito equilibrado, com várias oportunidades de golo de parte a parte, os lusitanistas foram os primeiros a criar perigo. Contudo, golo estava reservado para a etapa complementar, da autoria do recém-entrado Moisés. A partir daqui entrou em cena o guardião Rui Pedro que, com cinco
Estádio do Lusitânia FC
LOUROSA CINFÃES
Árbitro: Luciano Maia (Braga)
1 0
Lourosa: Rui Pedro, Sanguedo, António, Vítor Fonseca, Ivo Oliveira, Nelson, Dino (Rui Jorge, 79), Tiaguinho (Moisés, 53) Baptista, Lima, Mauro (Xavi, 90) T: Martelinho Cinfães: Pedro Miguel, Eduardo, Carlos (Faneca, 86), Hélio, Miguel, Moreira, Pereira, Gomes, Joel, Ruizinho, Vieirinha T: João Manuel Pinto
Lusitânia de Lourosa só sabe vencer na época 2013/2014 defesas de elevado grau de dificuldade, segurou a magra vantagem até final, para satisfação do muito público presente nas bancadas do Estádio do Lusitânia FC, algo de normal por estas bandas. Os três pontos somados diante do Cinfães, orientado pelo antigo jogador do Benfica e do FC Porto, João Manuel Pinto, deixam os lusitanistas isolados na frente da Série D, visto que são a única equipa que soma por vitórias os dois jogos até agora disputados. Está a ser um início de tempora-
da de sonho para os pupilos de Joaquim Martelinho, que regressam, em 2013/2014, às provas nacionais. É que, para além dos sucessos no campeonato, os auri-negros também garantiram o apuramento para a segunda eliminatória da Taça de Portugal, depois da vitória, também pela margem mínima, na Lourinhã, diante do Lourinhanense. Como curiosidade, o Lusitânia de Lourosa soma três vitórias nos três encontros disputados, todas por 1-0.
Amarelos: Eduardo (60), António (71), Vítor Fonseca (72), Miguel (86), Baptista (89) Golos: Moisés (57)
Moisés entrou aos 53 minutos e, apenas quatro minutos depois, já festejava o golo que valeu o triunfo ao Lusitânia de Lourosa
Lusitano vencia por 4-2 à entrada dos últimos 10 minutos
Júlio salva um ponto para o S. João de Ver em jogo de loucos Sanjoanenses entraram a perder, deram a volta, voltaram a passar para a condição de derrotado até que, já para lá do minuto 90, Júlio fez o 4-4. Jogo de loucos em S. João de Ver, que terminou com uma igualdade a quatro golos entre os sanjoanenses e o Lusitano, equipa que se revelou uma bela surpresa, no que toca à organização e à capacidade ofensiva que evidenciou. Aos pupilos de Francisco Baptista valeu uma fé inabalável na recta final do desafio, já que os encarnados perdiam por 4-2 à entrada dos últimos 10 minutos. Quase se pode dizer que a difícil vitória para a Taça de Portugal, frente ao Ferreiras, serviu de aviso para o S. João de Ver, que voltou a sentir dificuldades, sobretudo em termos defensivos, diante do seu público. Num encontro de parada e resposta, marcou primeiro o Lusitano, por intermédio de Álvaro. O golo surgiu sensivelmente a meio da primeira metade, sendo que o empate apareceu já muito perto do
intervalo, por intermédio do pontade-lança Júlio, que arrancava para uma exibição memorável. A reviravolta no marcador foi consumada nos primeiros minutos da etapa complementar, obra do inevitável Júlio. O S. João de Ver parecia caminhar rumo ao segundo triunfo no campeonato mas a boa reacção do Lusitano apanhou os encarnados de surpresa. O empate, da autoria de Papi, intranquilizou a turma orientada por Francisco Baptista, que, a partir daí, cometeu erros grosseiros, que lhes valeram mais dois tentos sofridos. O primeiro aos 60 minutos, por Marcelo, que surgiu totalmente isolado perante Saul. À entrada dos últimos 10 minutos, Joni, de grande penalidade, apontou o 4-2.
Júlio, que trocou o U. Lamas pelo S. João de Ver, teve uma tarde de sonho. Completou um “hat-trick” e festejou o empate para lá da hora
Jogo entre S. João de Ver e Lusitano terminou com oito golos A história da partida parecia já estar contada mas, num último suspiro, o S. João de Ver conseguiu resgatar um ponto. O golo de Rui Silva, apenas dois minutos após o quarto tento forasteiro, deu a força motivacional que os encarnados precisavam para encararem os últimos instantes da partida com os olhos postos na baliza do intranquilo Maló. O S. João de Ver tanto procurou o empate que acabou mesmo por o alcançar, já para lá do minuto 90, por intermédio de Júlio, que assim completou o “hat-trick”. Sanjoanenses e viseenses confirmaram, na segunda jornada, que são equipas com a pontaria bem calibrada (somam ambas 7 golos apontados), mas necessitam de afinar as respectivas defesas, tendo já sofrido cinco golos em apenas duas jornadas.
Estádio do Ervedal
S. JOÃO DE VER LUSITANO
4 4
Árbitro: Diogo Pinto (V. Castelo)
S. João de Ver: Saul, Rui Silva, Xavier, Cancela (Xavi, 87), Vítor Hugo, Fredy (Rui Lopes, 77), Américo, João Correia (Quim Pedro, 64), Vitinha, Ruben Gomes, Júlio T: Francisco Baptista Lusitano: Maló, Madeira, João Paulo, Hugo (Marco Almeida, 61), Belo, Álvaro, Costa, Brás, Marcelo, Joni (Lay, 84), Papi (Luís, 67) T: Rui Cordeiro
Amarelos: Américo (22), Papi (22), Xavier (27), Belo (29) Golos: Álvaro (28), Júlio (40, 53 e 90+1), Papi (58), Marcelo (60), Joni (gp 81), Rui Silva (83)
25
Futebol
Só o Estarreja ainda não pontuou Cesarense bateu o Anadia em casa (4-2), enquanto Bustelo e Sp. Espinho empataram a um golo. Grijó derrotou o Estarreja, que é último. Com Lusitânia de Lourosa e S. João de Ver a ocuparem as duas primeiras posições da tabela classificativa, as atenções viram-se para o grupo perseguidor, que na ronda de ontem viu ganhar mais elementos. Grijó e Cesarense estrearam-se a vencer e colaramse a Cinfães e Anadia, que haviam ganho na ronda de abertura. Em Cesar, a equipa da casa entrou praticamente a vencer na recepção ao Anadia. Logo aos 30 segundos, Zé Mário abriu o marcador. Porém, aos 25 minutos, Hugo Amaro igualou, resultado que durou até aos 41 minutos, altura em que Alex recolocou o Cesarense na frente. Ainda antes do intervalo, o mesmo Alex ampliou a vantagem, que chegou ao 4-1 aos 52 minutos, pelo médio Hugo. O melhor que o Anadia conseguiu fazer foi reduzir, por intermédio de Branco. Quem também venceu foi o Grijó, na recepção ao Estarreja, por 3-1. Com mais este desaire, o segundo em dois jogos, a turma orientada por Sandro Botte é a única que ainda não somou qualquer ponto na prova. Por fim, Bustelo e Sp. Espinho empataram a um golo. O conjunto da casa foi o primeiro a marcar, obra do médio Diego, mas os tigres da Costa Verde lograram igualar o marcador, aos 77 minutos, por intermédio de Williams. Na próxima ronda, realce para a visita do S. João de Ver ao reduto do Bustelo e para a deslocação do Lusitânia de Lourosa à casa do Anadia.
CAMPEONATO NACIONAL SENIORES - Série D
Resultados - 2.ª Jornada Bustelo 1 1 Sp. Espinho São João de Ver 4 4 Lusitano FCV AD Grijó 3 1 Estarreja Cesarense 4 2 Anadia L. Lourosa 1 0 Cinfães Classificação J V E D F - C P L. Lourosa 2 2 0 0 2 - 0 6 S. J. de Ver 2 1 1 0 7 - 5 4 Lusitano FCV 2 1 1 0 7 - 5 4 Cinfães 2 1 0 1 2 - 1 3 AD Grijó 2 1 0 1 5 - 4 3 Cesarense 2 1 0 1 4 - 4 3 Anadia 2 1 0 1 5 - 6 3 Sp. Espinho 2 0 1 1 1 - 2 1 Bustelo 2 0 1 1 2 - 4 1 Estarreja 2 0 0 2 2 - 6 0 Próxima Jornada - 15 de Setembro Bustelo - São João de Ver, 17h Lusitano FCV - AD Grijó Estarreja - Cesarense Anadia - Lusitânia de Lourosa, 17h Sp. Espinho - Cinfães
26
Correio da Feira 09.SET.2013
Canedo // Plantel apresentou-se no passado sábado, com o Lourosa B
Futebol // Derrotou o Milheiroense na final, por 2-0
Lógica de jogo a jogo para garantir a manutenção
U. Lamas conquista o Torneio Quadrangular das Caldas S. Jorge
João Paulo, que se mantém no cargo de treinador, fala das dificuldades em construir o plantel e do próximo campeonato, que antevê como muito competitivo. A Taça é um objectivo para o técnico. Rui Almeida Santos
rui.santos@correiodafeira.pt
Com o objectivo de superar a classificação da temporada passada, o Canedo encara a nova época com optimismo. João Paulo, que continua no comando técnico, aponta à manutenção no principal escalão aveirense e recorda as dificuldades por que passou para construir o plantel, devido à indefinição sobre em que divisão iria competir em 2013/2104, desfeita no final de Julho, com a confirmação da desistência do U. Lamas. Quando a época passada terminou, o Canedo chorou a despromoção mas, devido a uma decisão administrativa, o clube acabou repescado para a 1.ª Divisão. A indefinição trouxe alguns problemas na construção do plantel, que ficou a cargo de João Paulo. “Levei muitas negas porque não podia prometer aos jogadores que iam jogar na 1.ª Divisão. Sempre que convidei alguém era com o objectivo de jogar na 2.ª Divisão. Depois, a hipótese de jogar na 1.ª Divisão surgiu mas a nível de condições financeiras, elas são as mesmas” - explica. O técnico encara a nova época numa lógica de jogo a jogo, com o
Plantel do Canedo para a temporada 2013/2014
Competição desenrolou-se na casa do Caldas de S. Jorge
objectivo da manutenção sob ponto de mira. “Vai ser um campeonato fortíssimo e importante para eu e o plantel, que é muito jovem, crescermos. Vai ser muito competitivo” - refere João Paulo, que perspectiva a Taça Distrito de Aveiro com grande expectativa: “Para mim é um objectivo. Venci-a como jogador, no Carregosense, e vou a todas as finais como espectador”. O plantel do Canedo, que ainda não está fechado, é composto por David (ex-U. Lamas), Carlos Mota, Pedro (ex-Fiães), Pedro Pais, André Valente, Joel, Bruno Joel, Fábio, Ronaldo (ex-Caldas S. Jorge), Dani (ex-Lobão), João (ex-Argoncilhe), Rafa (ex-S. João de Ver), Cláudio Resende (ex-S. João de Ver), Nuno Fruta (ex-Paivense), Fernando Jorge (ex-Paivense), Ruben (exCesarense), Marcinho, Carvalhinho, João Loureiro, Simão (ex-júnior), Xavier (ex-júnior), Daniel Vítor (exCaldas S. Jorge), Rui Costa e Fábio (ex-júnior).
O U. Lamas conquistou o Torneio Quandrangular das Caldas de S. Jorge, prova disputada durante o passado fim-de-semana, na vila termal. O conjunto lamacense, orientado por Jorge Lima e que vai disputar, na temporada 2013/2014, o segundo escalão aveirense, derrotou na final o Milheiroense, da 1.ª Divisão Distrital de Aveiro, por 2-0. Os golos do triunfo foram apontados por Fábio Raul e Samu. O pódio da competição ficou completou com o Rio Meão, que bateu, por 2-1, o conjunto da casa, na partida de atribuição do terceiro e quarto lugares. Joni deu vantagem ao Rio Meão, que seria anulada pouco depois. Porém, aos 70 minutos, Ruben decidiu o desafio, oferecendo o último lugar do pódio ao conjunto orientado por Miguel Rapinha. A equipa da casa, comandada por Torcato Moreira, fechou a classificação da prova.
Milheiroense-Soutense abre 1.ª Divisão Distrital de Aveiro
O dérbi concelhio entre Milheiroense e Soutense é a nota de maior destaque da primeira jornada da 1.ª Divisão aveirense, que se disputa no próximo dia 22 de Setembro. O Fiães inicia a prova na casa do Mourisquense e o Canedo desloca-se ao Gafanha. Na Série A da 2.ª Divisão, Sanguedo-Mosteirô FC, Caldas S. Jorge-Rio Meão e Lobão-Romariz são os dérbis feirenses reservados para a ronda inaugural, que se joga a 29 de Setembro. No restante, o Argoncilhe joga na casa do Real Nogueirense, o U. Lamas em S. Vicente Pereira, o Paços de Brandão no reduto do ACRD Mosteirô, e o Lourosa B recebe o Alvarenga.
Empate na apresentação O plantel sénior do Canedo apresentou-se aos seus associados e simpatizantes na tarde do último sábado, diante do Lourosa B, equipa que milita no escalão secundário de Aveiro. O encontro terminou com uma igualdade a zero. Num jogo típico de pré-temporada, a principal preocupação do técnico canedense, João Paulo, passou por dar oportunidade de jogar a todos os atletas que compõem o plantel. De relembrar que o campeonato da 1.ª Divisão Distrital de Aveiro arranca dia 22 de Setembro. Na primeira ronda, o Canedo desloca-se ao reduto do Gafanha. O primeiro jogo em casa será no dia 29, diante do Mourisquense.
Onze reforços para o Caldas André II, Sousa, João (todos ex-Lusitânia de Lourosa), Rafa (ex-Sanguedo), André III, Guedes (ambos ex-juniores do Fiães), Bruno (ex-Soutense), Joel (ex-júnior do Boavista) e Pedro (ex-S. João de Ver) são reforços do Cadas de S. Jorge para a próxima temporada. A estes juntam-se os ex-juniores do clube Nuno, Grilo e Cláudio. Permanecem desde a temporada transacta Javier, André, Jogo, Dani e Xavier. Actualmente com 17 elementos, devem ser confirmados mais nomes nas próxima semanas. A comandar o plantel caldense, que vai disputar a 2.ª Divisão Distrital de Aveiro, continua Torcato Moreira.
Jogo da Taça foi adiado
Um dérbi na 1.ª Quatro reforços ronda da Taça no Lobão
FUTEBOL FEMININO O jogo referente à primeira eliminatória da Taça de Portugal de futebol feminino, entre Fiães e Belenenses, inicialmente agendado para o passado domingo, foi adiado para o dia 20 de Outubro (14h). Deste modo, a temporada oficial do conjunto fianense arranca apenas a 6 de Outubro, com a partida diante do Canelas, a contar para a segunda jornada do Campeonato Nacional de Promoção, isto porque as fianenses ficaram isentas na ronda inaugural. De referir que a equipa principal do Fiães será orientada por Diogo Coutinho, enquanto a formação de Sub-19, que vai competir no Distrital de Aveiro, será comandada por Filipe Pádua.
DISTRITAIS A recepção do Caldas S. Jorge ao Argoncihe marca a primeira eliminatória da Taça Distrito de Aveiro, agendada para o próximo dia 22 de Setembro. Quanto aos restantes representantes concelhios, o U. Lamas desloca-se a Ovar, o Sanguedo recebe o Macieirense, o Rio Meão desloca-se à casa do ACRD Mosteirô, o Mosteirô FC joga no estádio do Santiais, o Romariz recebe o Palmaz, o Lobão actua em casa diante do Real Nogueirense e o Paços de Brandão recebe o S. Roque. Isento na Zona Norte ficou o Valecambrense, que está de volta às competições oficiais, depois de um ano de interregno. De recordar que, na primeira eliminatória da Taça, ainda não entram as equipas que militam no principal escalão de Aveiro.
DISTRITAIS O Lobão aposta forte na continuidade para a temporada 2013/2014. A equipa, que milita no segundo escalão de Aveiro, tem o plantel praticamente fechado, tendo confirmado as contratações de Eduardo e Hugo Pinho (ambos ex-Caldas S. Jorge), aos quais se juntam os ex-juniores Pires e David. Mantêm-se desde a temporada transacta Armando, Fernando Carvalhas, Patrício, Marcelo, Mário Pereira, Gusto, Crispim, Zé Carlos, Andrezinho, Ruben Brito, Pardal, Roberto, Marco Pinheiro, Luiz Felipe, Rui Antunes e Marão. No comando técnico continua Nelson Pereira, coadjuvado por Nelson Maia. A presidência do clube é assumida por Manuel Porto.
Correio da Feira
09.SET.2013
Juniores A // Três pontos conquistados dão a liderança isolada da Série B
Estreante Pedro Santos resolve na casa do Boavista Defesa central, que vinha sendo chamado para os encontros da equipa sénior, resolveu a partida. Organização dos fogaceiros foi preponderante para a conquista dos três pontos, que dão a liderança.
Um golo do defesa central Pedro Santos bastou para o Feirense derrotar, fora de portas, o Boavista (1-0) e assumir, de forma isolada, a liderança da Série B da 2.ª Divisão Nacional. A inclusão do defesa no onze inicial dos fogaceiros foi a grande surpresa na equipa de Nuno Santos, visto que o atleta vinha sendo chamado para os jogos da equipa principal do Feirense. Outra das novidades foi a chamada de Yeheven, por troca com Vasco. Os minutos iniciais do encontro mostraram um Feirense mandão, a assumir as despesas da partida, perante um Boavista que só a partir do primeiro quarto-de-hora conseguiu equilibrar a contenda. Os fogaceiros mantiveram-se organizados e, já muito perto do intervalo, foram recompensados com o golo, apontado por Pedro Santos, na sequência de um lance de bola parada. A vantagem deu mais confiança aos azuis, que reentraram muito bem na partida. Do outro lado, o Boavista carregou, sobretudo nos instantes finais, em busca do empate, mas o Feirense conseguiu segurar a magra vantagem até final. Nota ainda para uma grande penalidade que ficou por marcar a favor do Feirense, por carga do guardião
Arquivo/CF
André sobre o avançado Emanuel. Na próxima ronda, os fogaceiros recebem a “vizinha” Sanjoanense, que foi surpreendida na casa do Canidelo (4-3). Estádio do Bessa XXI
0 1
BOAVISTA FEIRENSE
Árbitro: Filipe Alves (Vila Real)
Boavista: André, José Maria, Marc, Renato, Ivo (Pinto, 45), Gouveia, Luís, Gomes (Evandro, 58), Ricardo, Dinando, Bruno T: Abílio Novais Feirense: Nuno, José Martins, Joca, Pedro Santos, Renato, João Santos, João Pereira, Sandro, Emanuel (Miguel, 90+1), Yorn (Ricardo Oliveira, 80), Yeheven (Vasco, 63) T: Nuno Santos
Amarelos: Gouveia (22), João Santos (33), Pedro Santos (34), Luís (48), João Pereira (65), José Maria (67), Emanuel (74) Golo: Pedro Santos (44)
NACIONAL DE JUNIORES II DIVISÃO - Série B
Resultados - 2.ª Jornada Boavista 0 1 Feirense Salgueiros 2 2 Penafiel Mesão Frio 3 1 Sp. Espinho Padroense 3 0 Torre Moncorvo Canidelo 4 3 AD Sanjoanense Classificação J V E D F - C P Feirense 2 2 0 0 3 - 1 6 Mesão Frio 2 1 1 0 3 - 1 4 Salgueiros 2 1 1 0 5 - 4 4 Boavista 2 1 0 1 4 - 1 3 Sanjoanense 2 1 0 1 5 - 4 3 Padroense 2 1 0 1 3 - 2 3 Canidelo 2 1 0 1 5 - 5 3 T. Moncorvo 2 0 1 1 0 - 3 1 Penafiel 2 0 1 1 2 - 6 1 Sp. Espinho 2 0 0 2 3 - 6 0 Próxima Jornada - 14 de Setembro Boavista - Sangueiros Penafiel - Mesão Frio Sp. Espinho - Padroense Torre Moncorvo - Canidelo Feirense - AD Sanjoanense, 17h
Feirense perdulário estreia-se a perder Campo de treinos do Rio Ave
RIO AVE FEIRENSE
1 0
Árbitro: Carlos Rodrigues (V. Real) Rio Ave João, David, Letras, Rodrigo, Tiago André, Ricardo, Manuel Lopes, Vitó, Sala, Pedro Matos (André Barreto, 80), Zé Miguel (Ivan, 62) T: Fábio Fernandes Feirense Leo, Dani, Antunes, Nuno, Leandro, João Santos (Henrique, 63), Igor (Diga, 57), Marcelo, Luís, Eduardo (Pedro Leite, 63) T: Tiago Oliveira
Amarelos Antunes (18), Luís (34) Golo Manuel Lopes (45)
Juniores C // Segunda vitória consecutiva dos azuis
Feirense vence na casa da Oliveirense com um golo tardio de Xavier Azuis venceram em Oliveira de Azeméis
Sandro voltou a ser aposta no meio-campo fogaceiro
Juniores B // Derrota por 1-0 na casa do líder da Série B, o Rio Ave
Um super eficaz Rio Ave levou de vencida o Feirense, por 1-0, que averbou o primeiro desaire da temporada no Nacional de juniores B. Na casa do líder, os fogaceiros entraram muito bem no encontro e estiveram perto de marcar por três ocasiões. Porém, a pontaria dos atacantes fogaceiros esteve longe estar afinada, ao contrário dos vilacondenses que, na primeira chance que dispuseram, inauguraram o marcador, no início da segunda metade. O Feirense acusou o golo e demorou cerca de 10 minutos a reagir. Nesse entretanto, o Rio Ave ficou muito perto do segundo. Na recta final do desafio, os fogaceiros carregaram em busca do empate mas viram o guardião vila-condense ser um obstáculo que se revelou intransponível. No final, vitória pela margem mínima para o Rio Ave, desfecho muito injusto para o que o Feirense produziu ao longo dos 80 minutos.
27
NACIONAL DE JUVENIS - Série B
Resultados - 4.ª Jornada Rio Ave 1 0 Feirense Padroense 2 1 Leixões Boavista 0 5 F. C. Porto Penafiel 2 1 AD Sanjoanense Gondomar 2 1 Varzim Classificação J V E D F - C P Rio Ave 4 3 1 0 8 - 3 10 Feirense 4 2 1 1 6 - 3 7 Varzim 4 2 1 1 6 - 4 7 F. C. Porto 3 2 0 1 10 - 2 6 Padroense 3 2 0 1 6 - 3 6 Boavista 4 1 2 1 6 - 10 5 Gondomar 4 1 1 2 7 - 9 4 Penafiel 4 1 1 2 3 - 6 4 Leixões 4 0 2 2 3 - 8 2 Sanjoanense 4 0 1 3 3 - 10 1 Próxima Jornada - 15 de Setembro Rio Ave - Padroense Leixões - Boavista F. C. Porto - Penafiel AD Sanjoanense - Gondomar Feirense - Varzim, 11h
Dérbi intenso foi decidido em cima da hora, com o golo de Xavier. Feirense soube aproveitar vantagem numérica para somar a segunda vitória consecutiva no campeonato. Num dérbi quentinho, entre duas equipas que haviam ganho na jornada inaugural da Série C do Nacional de juniores C, um golo de Xavier, ao cair do pano, foi suficiente para o Feirense derrotar a Oliveirense (1-0) e, desse modo, ascender ao segundo posto, em igualdade pontual com o Gondomar, que é líder. Depois da tranquila vitória diante do Repesenses, o Feirense sabia de antemão que iria experimentar outro tipo de dificuldades em Oliveira de Azeméis. Frente a uma equipa muito aguerrida, e que vendeu muito cara a derrota, os azuis tiveram, ao longo dos 70 minutos, as melhores oportunidades, mas faltava eficácia na hora de finalizar.
Xavier resolve perto do fim
A balança pendeu ainda mais para os fogaceiros a partir do minuto 64, quando Marcelo foi expulso, deixando a Oliveirense em inferioridade numérica para a recta final do encontro. O técnico do Feirense, Pedro Alves, procurou explorar a situação, lançou o avançado Gonçalo para o lugar do central Joel, e acabou por ser feliz no último minuto do desafio, com o golo de Xavier. Com os três pontos conquistados em Oliveira de Azeméis, o Feirense, juntamente com o Gondomar, distancia-se da concorrência, na luta por uma vaga para a próxima fase da competição. Na terceira jornada, que se disputa no próximo domingo, o Feirense volta a jogar fora de casa, desta feita em Avanca, que ontem somou os primeiros pontos da temporada, após ter vencido tranquilamente na deslocação ao Crasto, por 5-1.
Centro Formação Ápio Assunção
0
vs
1
Árbitro: Bruno Ventura (Coimbra) Oliveirense Alexandre (Gonçalo, 36), Pedro, Tiago, Nuno, Marcelo, Rafael, Xavier, Ruben (Zé, 36), Azevedo, Aguiar (Pisco, 36), Diogo T: Canana Feirense Roberto, Vítor, Joel (Gonçalo, 65), Leandro, Jorge, Padinha (Amorim, 55), Francisco, Xavier, Nuno, Daniel, Magalhães, Ruben (Afonso, 36) T: Pedro Alves Amarelos: Marcelo (35 e 64), Joel (40), Daniel (43) Vermelho: Marcelo (64) Golo Xavier (70)
NACIONAL DE INICIADOS - Série C Resultados - 2.ª Jornada O Crasto 1 5 Avanca AD Sanjoanense 0 1 Gondomar Taboeira 2 1 Acad. Viseu Repesenses 3 1 Lusitano FCV Oliveirense 0 1 Feirense Classificação J V E D F - C Gondomar 2 2 0 0 8 - 0 Feirense 2 2 0 0 4 - 1 Taboeira 2 2 0 0 3 - 1 Sanjoanense 2 1 0 1 4 - 1 Avanca 2 1 0 1 6 - 3 Oliveirense 2 1 0 1 2 - 2 Repesenses 2 1 0 1 4 - 4 Lusitano FCV 2 0 0 2 1 - 4 Acad. Viseu 2 0 0 2 1 - 6 O Crasto 2 0 0 2 1 - 12 Próxima Jornada - 15 de Setembro O Crasto - AD Sanjoanense Gondomar - Taboeira Académico de Viseu - Repesenses Lusitano FCV - Oliveirense Avanca - Feirense, 11h
P 6 6 6 3 3 3 3 0 0 0
28
Correio da Feira 09.SET.2013
Futsal // Feirense aposta forte para a temporada 2013/2014. Subir à 2.ª Divisão Nacional é o objectivo
“Depois de duas subidas consecutivas a expectativa é subirmos novamente” Joaquim Augusto, técnico do Feirense, acredita que os fogaceiros estão na linha da frente para lutar pela subida à 2.ª Divisão Nacional. “Temos equipa para lutar pelos primeiros três lugares. Esse é o objectivo de todo o grupo do futsal do Feirense”. As palavras são do técnico Joaquim Augusto e espelham a confiança com que os fogaceiros encaram a época de estreia nas provas nacionais. O alvo está bem definido: a 2.ª Divisão Nacional. “Depois de duas subidas consecutivas, a expectativa é subirmos novamente” – sublinha Joaquim Augusto, num ano complicado, em virtude da reestruturação das provas nacionais, que vai levar ao desaparecimento da 3.ª Divisão. O treinador dos azuis coloca o Feirense entre os principais candidatos à subida, juntamente com “o Sangemil, o Nelas e o Lamas Futsal que, como sempre, reforça-se com projectos de sonho, que depois não chegam a ser realizados, dada a sua estrutura ser bastante débil. Mas tem sempre jogadores de qualidade, tal como o técnico que foi para lá este ano”. Joaquim Augusto garante ter conhecimento da esmagadora maioria das equipas que compõem a Série B, à excepção do Nelas, que será adversário dos azuis na ronda inaugural do campeonato e “uma equipa potencialmente candidata à subida”. Olhando para dentro, o técnico fogaceiro diz que “o plantel nem está aberto nem está fechado”.
Opinião
Fomentar a prática do futsal feminino
Rufino Ferreira
“Digo aberto porque não queremos dispensar ninguém dos jogadores que têm contrato. Mas, se houver a oportunidade de vir um jogador que acrescente mais-valia ao grupo, poderá entrar” – explica, adiantando, porém, que vê como difícil a chegada de mais reforços, visto que “a grande maioria dos jogadores que poderiam interessar ao Feirense têm contracto noutros clubes, e mesmo tendo eles vontade em vir, está a ser um pouco difícil”. Contudo, o técnico não vê isso como muito preocupante, “porque gostamos muito do nosso grupo e penso que temos aqui atletas com bastante qualidade” – sublinha o treinador.
Fogaceiros venceram Leões Valboenses na apresentação Ontem, a apresentação do Feirense, que inicialmente tinha como convidado o primodivisionário Boavista mas que, devido à desistência à última da hora do clube do Bessa, levou a que o adversário fosse o Leões Valboenses, da 3.ª Divisão Nacional, terminou com uma vitória para os fogaceiros, por 6-3, com golos de Russo, Kaká (2), Teixeira (2) e Claudinei. Ainda em aberto, o plantel dos azuis conta neste momento com Dani,
Ruben, Hugo Lima, Pirata, Russo, Kaká, Fuka, Teixeira, Mesquita, Claudinei, Banana e Ivo. De saída está Né, por motivos profissionais. No próximo fim-de-semana disputa-se o Torneio Vive o Feirense. Nas meias-finais, que se jogam no sábado, os fogaceiros defrontam o ISPAB Futsal (16h), enquanto o ACR Vale de Cambra joga com o U. Pinheirense (18h). A final disputa-se às 18h de domingo, no Pavilhão da Lavandeira.
ISPAB Futsal renova com dois atletas e contrata Cancela
Novasemente GD/Cavalinho apresentou-se para 2013/2014
O ISPAB Futsal, que na próxima temporada será orientado por Pedro Ribeiro, confirmou as renovações de Ruben Rocha e Diogo Coutinho, para além da contratação de Bruno Cancela (na foto), atleta que na época passada representou a Juventude de Fiães. O trio juntase aos já confirmados Picareta, Reinaldo (ambos ex-JACA), Vítor Ferreira, Igor, Miguel Armando, Tiago, Pedro Lucho (todos ex-FCC Lourosa), Daniel Costa (ex-Juventude de Canedo), Bruno Barbosa e Pedrinha. O plantel deu o pontapé de saída para a nova temporada na passada segunda-feira
A Novasemente GD/Cavalinho apresentou o plantel de futsal sénior feminino para o primeiro campeonato nacional, que se inicia a 28 de Setembro. Com quatro caras novas, destaque para a internacional Catarina Pinheiro, oriunda do ADC Diogo Cão. Entraram ainda a guarda-redes Samanta Martins (ex-CD Portalegrense), Marisa Vilar (ex-Lusitânia de Lourosa) e Tatiana Martins (ex-Vilamaiorense). Num plantel com 14 atletas, há ainda a destacar as internacionais Sara Fatia e Cátia Morgado que transitam da época passada. A equipa será orientada por João Filipe Soares.
DR
DR
No que concerne ao futsal feminino, são inúmeras as novidades que nos prepara a temporada 2013/2014. Antes de mais, nota de destaque para a lourosense Cátia Balona, jovem de 24 anos, ex-Novasemente, que irá representar a equipa da ASD Portos, da Série A italiana. Presença habitual nos estágios da selecção nacional será um dos possíveis nomes para representar o nosso país, no IV Torneio Mundial de Futsal Feminino, que se realizará em Dezembro próximo na Venezuela. A acontecer será um enorme orgulho para todos os feirenses. Outro talento, Diana Carneiro, natural de Lobão, ex-Vilamaiorense, irá representar na próxima época o Sporting, emblema que fará a sua estreia na vertente feminina. Realizar-se-á também a 1.ª edição do campeonato nacional sénior feminino. Do nosso distrito marcarão presença as equipas do Novasemente de Espinho e do Veiros de Estarreja. Apesar de o nosso Concelho não possuir nenhuma equipa em prova, serão inúmeras as futsalistas feirenses a participar. Do Lusitânia de Lourosa rumaram ao Santa Lúzia, Diana Robalinho, Patrícia Marinheiro e a jovem Dani, de apenas 16 anos, a quem muitos auguram um futuro bastante risonho, sendo um verdadeiro diamante a lapidar. No Restauradores Avintenses, marcará presença Nancy Mercedes, jovem prodígio da modalidade formada no Vilamaiorense. Por fim, no Novasemente evoluem as feirenses, Rita Ribeiro, Cláudia Lobo, Fany e Marisa Vilar. Quanto ao campeonato distrital feminino, terá o seu início no dia 21 de Setembro e apenas contará esta temporada com duas equipas do nosso concelho, Lusitânia de Lourosa e Gião, num total de 12 em prova. Em Gião continuará o técnico António Queirós, que vê a sua equipa reforçada com várias futsalistas vindas na sua maioria da ACD Mindelo, equipa que milita na 2.ª Divisão portuense. Quanto ao Lusitânia de Lourosa, clube formador por natureza, tendo visto a maioria das suas atletas partir para o campeonato nacional, fará aquilo que melhor sabe fazer, formar novos talentos, agora sob a alçada técnica de Tozé. Alerto para a necessidade de se fomentar o número de praticantes desta modalidade, sendo notória a escassez de mulheres no nosso concelho a praticá-la. Com formação apenas temos o Lusitânia de Lourosa, que não tendo dinheiro para comprar “produto” já feito, trata de o produzir, sendo a este nível um exemplo a seguir.
Correio da Feira
09.SET.2013
Futsal Feminino // Devido a vários factores
Juventude de Fiães nem se chegou a inscrever nas provas oficiais de Aveiro Falta de estrutura humana e surgimento de alguns custos extras na base da tomada de decisão da Direcção do clube fianense, que apanhou de surpresa o plantel e a equipa técnica. O projecto de futsal feminino da Juventude de Fiães não chegou a passar do papel. Os responsáveis pelo clube fianense decidiram não inscrever a equipa no Campeonato distrital de Aveiro, tendo comunicado a decisão ao grupo de trabalho na passada segunda-feira. O surgimento de alguns custos extras e a falta de estrutura humana no clube são algumas das razões apontadas para a tomada de decisão. Anunciada desde o final da época passada, a nova equipa de futsal feminino da Juventude de Fiães já preparava a temporada 2013/2014 há cerca de um mês. Comandada pelo técnico Paulo Pereira, a formação fianense encarava a prova com um certo optimismo, em virtude de ter nos seus quadros várias atletas com larga experiência na modalidade, às quais acresciam algumas jovens com talento e grande margem de progressão. Porém, o projecto acabou por desabar antes mesmo do início do campeonato. A Direcção da Juventude de Fiães reuniu extraordinariamente no passado dia 31 de Agosto para discutir a situação da equipa feminina e chegou à conclusão de que o melhor seria não se inscrever no campeonato. A decisão foi comunicada ao grupo de trabalho no
Hóquei em Patins // Clube vai disputar a 2.ª Divisão Nacional em 2013/2014
Académico da Feira arranca para a nova época
dia 2 de Setembro, data em que se realizou o sorteio das provas distritais femininas, no qual já não surgiu o nome do emblema fianense. O grupo foi apanhado de surpresa, visto que não tinha, até aí, qualquer informação de que esse seria o rumo a adoptar por parte da Direcção do clube.
“Pensávamos que no feminino seria mais fácil”
Ao Correio da Feira, Tiago Correia, presidente da Juventude de Fiães, revelou que foram “vários os factores que levaram a Direcção a não avançar”. “Pensávamos que no feminino seria mais fácil mas é muito complexo e não conseguimos lidar com diversos factores. Depois, apareceram também alguns custos extras” conta o dirigente, que defendeu que “para acabar mal ou daqui a pouco tempo, foi preferível acabar agora”. Para Tiago Correia, a Juventude de Fiães “ainda não tem estrutura humana para abraçar um projecto de futsal feminino”. Por definir fica a situação das atletas que já se tinham comprometido com o emblema fianense, assim como do técnico Paulo Pereira, que não continuará no clube, visto que a estrutura, no que ao futsal masculino diz respeito, encontra-se fechada.
“Para acabar mal ou daqui a pouco tempo, foi preferível acabar agora” - defende o presidente da Juventude de Fiães, Tiago Correia
Foi igualmente sorteada a Taça Distrito de Aveiro
Gião e Lourosa iniciam campeonato em casa Gião e Lusitânia de Lourosa arrancam no Campeonato Distrital de futsal feminino em casa, diante de S. Pedro Castelões e Telhadela, respectivamente. A jornada inaugural da competição está agendada para o próximo dia 21 de Setembro. O único dérbi concelhio da prova está marcado para a 7.ª ronda, sendo que o Gião visita Lourosa na primeira volta do campeonato. De registar que, a edição 2013/2014 da competição, regista o regresso do Ossela, para além das estreias de Telhadela, Always Young e da Casa do Benfica de Aveiro. A prova será composta por 12 clubes, me-
29
nos dois do que na temporada transacta. Paralelamente ao sorteio do campeonato, ficou alinhavada a primeira eliminatória da Taça Distrito de Aveiro, que se joga a 5 de Outubro. Curiosamente, o Gião volta a receber o S. Pedro Castelões, enquanto o Lusitânia de Lourosa se desloca ao pavilhão do ARCA. Caso vença o seu encontro, o emblema gionense garante, desde logo, uma vaga na final four da Taça. Já as lusitanistas, se superarem o ARCA, terão de defrontar o vencedor da eliminatória entre CAP Alquerubim e Always Young.
Luís Filipe Higino Arrancou a nova época para a equipa principal do Académico da Feira que, como já foi divulgado, foi repescada para disputar o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Os academistas, agora treinados por Rui Tavares (ex-Cucujães), asseguraram a contratação de João Moreira (ex-Cucujães) e os regressos de João Teixeira (ex-Cucujães) e do guarda-redes Ricardo Fernandes “Ricky” (ex-Escola Livre). Luís Canavarro (ex-Académica de Coimbra e formado no Hóquei de Cambra) foi o guarda-redes escolhido para completar o plantel. Renovaram pelo clube Artur Couto, Tiago Pinto, David Sá, Pedro Silva e Marco Dias. Marcelo Dias (ex-júnior da AA Espinho e formado no Académico da Feira) está a efectuar a préépoca e é muito provável que venha a fazer parte do plantel. Entretanto, não se confirmou a contratação de João Teles, que continua em Cucujães.
O Académico da Feira vai participar no Torneio Cidade de S. João da Madeira, nos dias 13 e 14 de Setembro, juntamente com a AD Sanjoanense, o Sporting CP e o Sp. Tomar. A apresentação do Académico da Feira aos associados está agendada para o dia 29 de Setembro, no Pavilhão da Lavandeira, num jogo a realizar com o Valongo. No dia 5 de Outubro, o Académico da Feira recebe o Infante Sagres, a contar para a 1.ª jornada da 2.ª Divisão Nacional. De referir que a época
Com o regresso da equipa de juniores, o clube de Santa Maria da Feira vai competir, na próxima temporada, em todos os escalões etários
2013/2014 vai ser de transição, pois terá mais descidas de divisão, dado que, futuramente, o campeonato da 1.ª Divisão vai ser reduzido para 14 clubes, assim como ambas as zonas da 2.ª Divisão, que terão igualmente na época de 2014/2015 apenas 14 clubes. Rui Tavares vai acumular o cargo de treinador da equipa principal e da equipa de juniores, escalão que está de regresso ao clube. Fazem parte do plantel David Silva e Eduardo Xavier, que fizeram parte da equipa de seniores da época passada, bem como Miguel Pereira, Bruno Sá, João Pedro Fernandes, Simão Pinho, Avelino Amorim, João Araújo, João Fernando, Tiago Tavares, Nelson Silva e Carlos Silva. O Académico da Feira vai competir na nova época em todos os escalões etários da formação de hóquei em patins e terá como treinadores, para além de Rui Tavares, também Nani, Luís Pinto, Miguel Pereira, Pedro Silva, Artur Couto e Ricky.
Atletismo // Evento tem o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Escapães
Caminhada Tiago Sá realiza-se no domingo Inscrições podem ser feitas no próprio dia ou através do email: acrde@portugalmail.pt. No próximo domingo, dia 15 de Setembro, o Atletismo da ACRDE vai levar a cabo mais uma Caminhada Tiago Sá, que terá lugar no Parque do Eleito Local, pelas 10h, e terá um percurso de 8 quilómetros pelas ruas de Escapães. No programa da caminhada também está inserido dois rastreios de
saúde, medição e avaliação de tensão arterial (gratuito) e medição e avaliação de glicemia capilar (1 euro), como também aquecimento e relaxamento, a cargo da professora Mara, com o grupo de ginástica de Sanfins. As inscrições podem ser feitas no local a partir das 9h ou pelo email: acrde@portugalmail.pt. Ela tem um custo de 1 euro. A ACRDE conta com um alargado número de participantes e tem assegurado a entrega de um lanche e uma camisola do programa 2013 “Andar a Pé”, da Câmara Munici-
pal de Santa Maria da Feira, que sempre se aliou à caminhada de Escapães, tal como a Junta de Freguesia local. A ACRDE prevê apresentar a equipa de atletismo para a época 2013/2014 no final da caminhada. Para isso conta com todos os atletas e familiares nessa manhã de domingo. Quanto aos treinos, tiveram início no dia 2 de setembro, pelas 19h, no Pavilhão Gimnodesportivo de Escapães. As sessões estão abertas a todos que queiram iniciar a prática da modalidade.
30
Correio da Feira
09.SET.2013
Ciclismo // Formação sanjoanense venceu duas etapas por equipas, incluindo a tirada rainha, à frente dos profissionais
Liberty conquista Volta a Portugal em Sub-23 Fotos: DR
David Rodrigues (foto em baixo) venceu a camisola da juventude e o oleirense António Carvalho (LA Antarte) triunfou na geral individual, sucedendo a Rafael Silva na lista de vencedores. Em luta de David (Sub-23) contra Golias (Elites), Rodrigues foi nome de lutador até ao risco. O ciclista do S. João de Ver rubricou uma subida de grande nível à Carvoeira e vestiu a camisola branca, líder da Juventude, envergada pelo companheiro de equipa Frederico Oliveira durante os primeiros quatro dias de prova. Numa Volta de Elites, a Liberty Seguros-Feira-KTM esteve a nível elevado. Duas vitórias, por equipas, em etapas, incluindo a tirada rainha, à frente dos profissionais, e 2.º lugar final na geral colectiva. “Terminou a Volta a Portugal das Novas Oportunidades! Tal como prometido, demos luta em todas as etapas. Conseguimos o 2.º lugar, na geral final, David Rodrigues, vitória em Sub-23, através do Rodrigues e com o Frederico Oliveira em 3.º. Ficámos a 10 segundos da LA, que competiu com ciclistas que fizeram a 75.ª Volta a Portugal. Obrigado a todos, pelo incentivo que nos deram durante a prova. Obrigado aos patrocinadores” - agradece Manuel Correia, director desportivo. Natural de S. Paio de Oleiros, António Carvalho, profissional da LA, sucede a Rafael Silva, vencedor em 2012 pela Liberty Seguros-Feira. Fez a diferença na etapa rainha, ao percorrer 114,9 quilómetros,
3.º Memorial aos ciclistas de S. J. Ver no dia 22
Liberty Seguros-Feira-KTM venceu por equipas a geral do escalão de Sub-23 David Rodrigues (em baixo) triunfou na classificação da juventude entre as Caldas da Rainha e o Parque Eólico da Carvoeira, Torres Vedras. A vitória de Carvalho começou a ser construída a cerca de 80 quilómetros do final, quando o corredor integrou um grupo de 22 fugitivos. Paralelamente à Volta a Portugal do Futuro, correu-se a Volta a Portugal de juniores. A última etapa, disputada ontem, foi conquista por David Ribeiro (Liberty SegurosFeira-KTM), que se sagrou igualmente o rei da montanha. Na geral individual, Paulo Silva foi o melhor representante sanjoanense (3.º classificado), numa lista liderada por Pedro Seabra (Adrap-Escola de Ciclismo de Penafiel).
Andebol // Primeiros reforços da equipa oleirense devem chegar esta semana
CDC S. Paio de Oleiros sofre desaire no jogo de apresentação aos associados
Sousa Cardoso, Mário Sá, José Sousa Santos, Dinis Silva, Manuel Freitas, Fernando Almeida, Joaquim Almeida, Joaquim Sousa Santos, Armando Reis, Sousa Santos, Augusto Cardoso, Manuel dos Santos, Manuel Joaquim serão homenageados pelo Sport Ciclismo de S. João de Ver no 3.º GP Memorial aos ciclistas, que se realiza no dia 22 de Setembro, a partir das 9h. A concentração será na Rua da Estação, perto da Junta de Freguesia de S. João de Ver. A oferta de um bem alimentar, por parte dos atletas, reverterá para o Movimento Sócio Caritativo da vila de S. João de Ver, instituição que apoia quem mais precisa, numa das maiores freguesias da região de Terras de Santa Maria. Benjamins, Iniciados, Cadetes, Juniores, Sub 23 e Elites estarão em movimento, durante a tarde. Em simultâneo, sucede a festa de encerramento da temporada do Sport Ciclismo S. João de Ver, que contará com porco no espeto e muitas surpresas, de forma a envolver as famílias.
Ténis // Obra orçamentada em 25 mil euros
CT Paços de Brandão inaugura nova zona social
Equipa B do ABC bateu os oleirenses por 26-21. Plantel ainda não conta com qualquer reforço mas devem chegar duas caras novas esta semana. O CDC S. Paio de Oleiros apresentou-se, na tarde do passado sábado, com uma derrota, por 26-21, diante da equipa B dos bracarenses do ABC. A formação oleirense ainda não tem reforços confirmados, tendo-se mantido no plantel, comandado por Pedro Guedes, João Filipe (Guardaredes), Ivo Ferreira, Fernando Rodrigues, Mário Lopes, Hugo Oliveira, Nelson Nunes, Sérgio Gouveia, César Rodrigues, Tiago Teixeira, André Oliveira e Ricardo Diogo. Subiram da equipa júnior
os universais Rodrigo Gouveia e Afonso Gonçalves, bem como o guardião Ricardo Rocha. Segundo aquilo que o Correio da Feira
apurou, devem ser confirmados, no decorrer da presente semana, os dois primeiros reforços para a temporada 2013/2014.
O Clube de Ténis de Paços de Brandão inaugurou, na tarde do passado sábado, uma nova zona social, que contempla uma sala de convívio para os seus associados e o aumento dos balneários. A obra, orçamentada em 25 mil euros, totalmente suportados pelo clube, demorou três meses até ficar concluída. A inauguração chamou muitas pessoas à Quinta do Engenho Novo, entre elas Cristina Tenreiro, vereadora do pelouro do Desporto, Firmino Costa, presidente da Junta de Freguesia brandoense, e Rui Marques, presidente da Associação de Ténis de Mesa de Aveiro.
Correio da Feira
09.SET.2013
www.correiodafeira.pt
31
32
Correio da Feira 09.SET.2013
Lourosa // Segundo parto do bombeiro numa ambulância
Carlos Castanheira faz chegar a Matilde ao mundo Depois de várias horas a combater um incêndio em Vila Real, Carlos Castanheira, dos Bombeiros de Lourosa, ainda fez um parto em plena ambulância. Com a mãe já a entrar em trabalho de parto, o bombeiro viu-se obrigado a parar a ambulância a poucos metros do Hospital de S. João, no Porto, e a fazer chegar ao mundo a pequena Matilde, no passado dia 30 de Agosto. “Eu notei que as contracções cada vez eram mais curtas e que o parto estava iminente. Quando, já perto do Hospital de S. João, notámos que a mãe dá ali um grito muito forte, parámos a ambulância mesmo no meio da via. Saí a correr e quando entrei deparo-me com a mãe mesmo em trabalho de parto. Vi que a coroa cefálica já estava ali a aparecer. Peguei e, com a minha mão esquerda, tentei logo começar a segurar muito lentamente a cabecinha da bebé e, com o polegar direito, a parte perineal da mãe para que não ficasse muito lacerada” – contou Carlos Castanheira à RTP, assim como o pai da bebé, Jorge Oliveira, que ficou assustado quando viu a ambulância parar. “Entrei completamente em pâ-
Concelho
DR
Cursos de Inglês para bares e restaurantes
Os profissionais da hotelaria e restauração do Concelho vão poder frequentar um curso de Língua Inglesa, a iniciar em Outubro. A iniciativa é da Câmara, através do Gabinete de Apoio ao Empresário, em parceria com a Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e a Escola de Formação e Turismo de Aveiro. O objectivo é dotar estes profissionais de conhecimentos e competências que permitam melhorar o acolhimento ao turista. Inscrições limitadas e gratuitas.
Segurança nico. Vejo o hospital à frente e a ambulância pára. Saio pelo carro fora, entro na ambulância e está nesse exacto momento a Matilde a nascer” – descreveu. Já é o segundo parto numa ambulância para Carlos Castanheira, mas para o colega que seguia com ele, Alfredo Gomes, esta era uma experiência inédita. Aturdido, o bombeiro agiu da melhor forma que sabia. “A mãe apertava-me bastante e empurrava-me a cabeça para baixo. O transporte todo foi muito difícil para mim” – disse o bombeiro em declarações à RTP. A mãe
da bebé, Cristiana Oliveira, confirmou à mesma entidade essas dores de parto. “Foi um momento em que não tinha só dor física, mas uma dor emocional, medo, receio. Queria chegar ao hospital mas ao mesmo tempo não sabia se devia deixar a bebé nascer porque podia ficar com alguma lesão posterior por falta de oxigénio ou de algo que não corresse da melhor forma” – relembrou. No hospital, o trabalho de Carlos Castanheira foi reconhecido com as congratulações dadas pelos médicos por ter agido de forma profissional e ter feito “um parto
espectacular, em que a mãe da bebé nem sequer sofreu uma laceração”. O bombeiro nunca mais vai esquecer a pequena Matilde e fez questão de guardar o objecto que a fez respirar pela primeira vez. “No nosso kit de partos, uma das peças que faz parte é a perazinha que faz a limpeza da boca e das narinas da bebé, que é quando ela faz a respiração pela primeira vez. Vou guardar esta recordação para toda a vida, na qual vou gravar o nome da Matilde, a data de nascimento e a hora em que nasceu” – disse Carlos Castanheira, à RTP.
Cinco mulheres foram detidas por furto Cinco mulheres foram detidas pela PSP por suspeita de furto em estabelecimento comercial, no passado dia 2 de Setembro. As mulheres actuavam em grupo e de forma organizada, sendo que enquanto uma desbloqueava os artigos, as restantes procediam a manobras de distracção e posterior furto e passagem pelas caixas registadoras, até ao parque de estacionamento, onde uma delas as esperava num veículo automóvel.