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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Desde 11 de Abril de 1897

Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXVI

Semanário

Direcção: Sandra Moreno

30 Dezembro 2014

Nº 5845

€0,60 (iva inc.)

Natação

Simão Capitão sagra-se vice-campeão nos Nacionais de Juniores

Concelho

pág. 10

pág. 14

O atleta do Clube Colégio de Lamas subiu ao segundo lugar do pódio, na prova de 50m bruços, nos Nacionais de Juniores.

Arrifana

pág. 03

Centenas continuam a cumprir promessas na capela de Santo Estêvão

Mau tempo no Natal provocou inundações e várias quedas de árvores

Entrevista

P. 04 e 05

“Quero continuar a ter uma escola que, se estivesse no Porto, poderia rivalizar com os melhores colégios” Joana Vieira, directora do Colégio Liceal

Assembleia Municipal

P. 08 e 09

Orçamento municipal gera aceso debate entre os partidos com assento no órgão deliberativo


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Correio da Feira 30.DEZ.2013

Editorial Um novo ano está prestes a iniciarse e com ele crescem renovadas esperanças no futuro. É com este entusiasmo que o Correio da Feira, e toda a sua equipa, deseja a todos os seus assinantes, anunciantes e leitores um próspero 2014, repleto de boas notícias. Nesta última edição do ano de 2013, o Correio da Feira segue, excepcionalmente, para as bancas com um número de páginas inferior ao habitual, mas compromete-se a manter, em 2014, o ritmo noticioso a que habituou os seus leitores. Cumpriremos, com todo o rigor e isenção, a nobre missão de informar, para que os nossos leitores sejam os primeiros a conhecer as últimas novidades. Ao longo de 2013, o Correio da Feira foi introduzindo uma série de melhorias, de tal forma, que hoje apresenta-

se com uma página digital renovada (www.correiodafeira.pt), com uma presença dinâmica no Facebook (www. facebook.com/correiodafeira) e com ferramentas que permitem a qualquer leitor, em Portugal ou no estrangeiro, possa ler confortavelmente o Correio da Feira em formato e.book, através da nossa assinatura digital. No papel, colocamo-nos também na vanguarda e somos o único jornal do Concelho com uma impressão totalmente a cores. Em 2014, contamos poder continuar a corresponder a todas as expectativas que você que nos lê deposita, todas as semanas, nas nossas páginas. Feliz 2014 com muitas e boas notícias. Sandra Moreno, Directora e jornalista do Correio da Feira

Não baixar os braços

Orçamento da Câmara para 2014, continua com o mesmo “Pecado Original”

Em cima da data limite que a Lei permite para apreciar, debater e aprovar o Orçamento Municipal, a maioria PSD à pressão quis aprovar o “seu Orçamento”. “Seu Orçamento”, porque não permitiu que o mesmo fosse participado pelos seus munícipes. Além disso, não deu qualquer tolerância para que a oposição na Câmara tivesse tempo para a necessária e indispensável reflexão do Plano de Atividades e Orçamento para

2014. De forma apressada e “atabalhoada” sem dar atenção às sugestões dos Vereadores da oposição aprovou, isoladamente os documentos apresentados. Sendo a sua imagem de propaganda a sua principal preocupação. Ou seja, cai bem dizer que se vai apoiar os empresários na criação de postos de trabalho, mas quando se pede para baixar as taxas de urbanização e o preço dos lotes nas Zonas Industriais, aí esses responsáveis já não ouvem ninguém!...Vangloriam-se ainda ao dizer que nas linhas mestras do Plano de atividades para 2014, vão manter os programas festivos como a Terra dos Sonhos, o Imaginárius. Mostram uma enorme vaidade, quando insistem nos investimentos babilónicos com a Casa das Artes etc. Perante

estas atividades fantásticas os menos atentos ficam os seus olhos e ouvidos regalados com tanta animação. Porém, o “Pecado Original” mantém-se, o Orçamento de 2014 é uma cópia dos anteriores!...não há criatividade, não surgem ideias novas com substância… é “mais do mesmo”. É este o novo Ciclo? Fizeram acreditar aos feirenses que iríamos entrar num novo ciclo!...Nada mais falacioso!... Sendo um pouco generoso, compreendendo a dureza dos tempos que vivemos, até podia dar o benefício de dúvida a este Orçamento, mas há uma medida que o torna imperdoável!...é a insistência em cobrar taxas que rondam em média mil euros a cada fogo para ligar a água e o saneamento à rede pública. Como pode a Câmara Municipal

continuar a permitir que a Empresa Concessionária da água e saneamento continue com essa exploração, quando a mesma empresa nos municípios da Trofa, S.Tirso e Fafe não cobra um cêntimo de “taxa” pela ligação dos ramais? Já alguém se preocupou em avaliar as consequências ambientais no nosso subsolo quando milhares de munícipes não pedem a ligação da água e do saneamento, porque não têm dinheiro para pagar as taxas desses ramais? Será que os “estrategas” da Concessão ainda não calcularam o encaixe financeiro com os consumos de água e encargos com saneamento devido à entrada dessas milhares de ligações que estão por fazer? No mínimo davam cumprimento às recomendações da ERSAR

(entidade reguladora serviços de água e saneamento) e mostravam que eram amigos do Ambiente com os imensuráveis ganhos ambientais... Finalizo, perguntando aos responsáveis municipais: - porque insistem em manter o “Pecado Original” em não ouvir a sociedade feirense através das suas mais diversas Associações, Partidos políticos, oposições partidárias na Câmara, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia?...Não sejam autistas e promovam os valores de cidadania chamando os cidadãos a participarem ativamente nas grandes decisões para o presente e futuro do nosso concelho.

concretização dum determinado objetivo. Muitas das vezes procuramos justificar a não realização com fatores alheios ao próprio, mas o delineamento duma ação, o pensar sobre determinado objetivo, darnos-á uma maior segurança para que consigamos atingir com relativo sucesso aquilo que possamos pretender. Deveremos ter sempre a noção, que quando algo não é alcançado no preciso momento que desejamos ou que não é concretizado por determinada situação, não deveremos assumir uma reação de desespero ou frustração, mas um possível ensinamento e aprendizagem para que numa situação mais ou menos idêntica possamos atingir aquilo a que nos propusemos. Assim, o insu-

cesso não deverá ser sinónimo de derrotismo, mas sim duma evolução individual para que tenhamos outros recursos e outros meios para atingir mais facilmente o sucesso naquilo que pretendemos. É por isto, que nunca mas nunca deveremos tentar esquecer aquilo que de mau aconteceu no ano que findou, mas interpretar essas situações para que elas, eventualmente, não aconteçam ou que se acontecerem possamos ter outros recursos para que não nos sintamos tão frustrados, tão tristes ou tão pesarosos. Importa que partilhemos tudo aquilo que nos aconteceu com os outros, pois o guardar, o fechar esses acontecimentos, sejam eles positivos ou negativos, potenciarão conflitos intraindividuais com reflexo na rela-

ção interpessoal. Assumamos, que a maioria das situações que nos acontecem deverão ser comunicadas ao outro, pois funcionará como um escape que eliminará tudo aquilo que é nocivo ao indivíduo. A partilha e a comunicação deverão estar presentes em todos nós e este será um objetivo presente para o novo Ano, que permitirá eliminar tudo aquilo que nos incomoda diariamente, que nos tira o sono diariamente, pois uma voz amiga poderá dar uma outra significação às preocupações que possamos ter. A toda a equipa do Correio da Feira e a todos os leitores Votos de um Grande 2014!

António Cardoso, Deputado do Partido Socialista

O diálogo da psicologia ou psicologia do leitor

Novo Ano

FICHA TÉCNICA

Com o aproximar do novo ano, todos construímos votos para um grande ano onde a felicidade, a saúde, o amor e a partilha estejam presentes em todos nós. É sempre uma altura onde recordamos os bons e maus momentos e onde percecionamos tudo aquilo que fizemos, sempre preenchido com algum saudosismo nas recordações sobre os aconteDirectora Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt

Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt

Redacção André Costa andre.costa@correiodafeira.pt

Daniela Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

cimentos mais positivos que foram concretizados. Por conseguinte, é uma altura, na maioria das vezes, de alegria e euforia onde procuramos deitar para trás tudo aquilo que nos aconteceu de negativo ou aquilo que, eventualmente, não foi passível de ser alcançado. Assim sendo, desejamos ao longo das 12 badaladas que os nossos desejos possam concretizar-se no novo ano e que o mesmo possa repetir por mais vezes os melhores acontecimentos do ano que irá findar. No entanto, deveremos ter noção que as situações positivas e que nos recordamos com orgulho acontecem com o nosso investimento, com a nossa persistência para a

Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Nacional - € 25 Paulo Sérgio Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50

Propriedade: Trazer Noticias, Lda. Registo na C.R.C.de S. M. Feira, n.º 507619269 Contribuinte n.º 507 619 269 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Trazer Noticias, Lda.

Registo de Empresa n.º 200537 Registo no N. R. O. C. S., N.º 100538 Depósito Legal n.º 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tirágem média) Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Preço Avulso: 0,60€

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(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando necessariamente a opinião da direcção)

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Correio da Feira 30.DEZ.2013

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Arrifana // É das mais antigas do Concelho e foi elevada a património municipal

Capela de Santo Estevão recebe centenas de pessoas ao longo do ano para cumprirem promessas Datada de 1567, a Capela de Santo Estevão foi reconstruída em 1917 tal e qual a forma anterior, tirada a papel químico, e nela se celebra todos os anos no dia 26 de Dezembro a Festa de Santo Estevão. Recentemente foi construída uma nova capela junto da antiga para receber a missa em honra ao santo mártir, mas continua a ser à velha que as pessoas se dirigem para cumprir as suas promessas. A Capela de Santo Estevão, em Arrifana, uma das mais antigas no Concelho, é por esta altura visitada por centenas de pessoas vindas de vários locais para o cumprimento de promessas, sobretudo relacionadas com problemas psicológicos. Durante todo o ano é possível encontrar sempre alguém na Capela movido pela fé em Santo Estevão, quer a cumprir promessas, quer apenas para procurar conforto na figura a que são fiéis. Todos os anos, no dia 26 de Dezembro, celebra-se a festa de Santo Estevão e a capela torna-se pequena para tanta gente devota. A missa realiza-se na capela nova, devido ao seu espaço ser maior, mas é na antiga que as promessas são cumpridas pelos fiéis. Embora actualmente ainda muita gente se desloque a Arrifana para visitar a capela, antigamente organizavam-se romarias de fora do Concelho, não só na altura da festa como ao longo do resto do ano.

Capela de Santo Estevão elevada a património municipal A Capela de Santo Estevão foi, recentemente, em 1993, declarada património municipal e merece, sem dúvida, uma vista de olhos o conjunto composto pela velha e nova construções, a primeira de traça contemporânea muito recente, ostentando uma volumetria e linhas interessantes e de agradável efeito. O bairro tomou o nome do titular da capela que outrora se erguia isolada. Ocupa uma posição destacada em leve cabeço, no extremo norte da linha de cumeada. A Lápide no interior, solta, esclarece que, destruída por temporal a 23 de Dezembro de 1916, fora reconstruída no ano seguinte por subscrição pública. Na verdade, as fotografias confirmam a conservação das formas. Alçado de pequena altura, de plano circular, cobertura cónica exterior e interior, porta rectangular é uma obra modesta, que só a posição e a forma da cobertura destacam (forma talvez inspirada no remate das torres do castelo da Feira) sem cimalhas nem dentro nem fora. Só o pequeno remate, semelhando falso lanternim coroado de

pinha, elucida a época, o séc. XVI. Gravado nele há uma data: 1567. Tem sido equivocamente interpretada. O algarismo das centenas é de traçado absolutamente irregular. O próprio estilo do remate e a forma dos algarismos confirmam a nossa leitura; até mesmo se fora a data que anda divulgada seria dada por letras minúsculas do gótico angular. A primitiva escultura de St.º Estevão, pequena, de pedra ançanense, do séc. XVI, obra corrente da renascença coimbrã, representao vestido de diácono, palma na direita, na esquerda livro fechado e encostado ao peito. Um cruzeiro afasta-se para a extremidade sul do terreiro: cruz de tipo ovário, as duas frentes corridas de leve almofada, erguida em pequeno pedestal, cujas faces se decoram de ornatos comuns, assente em dois degraus. Foram encontrados nos escombros alguns azulejos em arestas, sevilhanos, do séc. XVI, conservando-se quatro emoldurados, no conjunto arqueológico da igreja. Deveriam ter servido ao frontal antigo do altar, todavia, já em 1697 não se encontravam nesse sítio ou estavam incompletos pois que o visitador ordenava que se fizesse um de azulejos.

Figura de Santo Estevão num altar ao centro da Capela

Envolto num altar moderno, figura a pequena estatueta policromada do patrono da capela. Todo o espaço tem absoluta correspondência no seu interior, sendo a cobertura suportada por uma barra transversal de ferro, ao estilo da engenharia renascentista. A iluminação faz-se pelo único vão rasgado em toda a construção, o portal rectangular que conduz ao interior. O único pormenor decorativo é o fecho exterior da cúpula, em pinha pousada num lanternim cego. Segundo reza a história, a capela terá sido construída no ano de 1567 no séc. XVI, data esculpida na base do coroamento e a reconstrução da mesma remonta para os nos de 1916 e 1917, após a destruição provocada por condições meteorológicas adversas. Em termos arquitectónicos é uma pequena capela popular devocional de planta circular e cobertura cónica. De tipologia próxima,

a Capela de S. Bartolomeu de 1568, em Aveiro e a Capela de São Simão, na Murtosa, embora os remates sejam semicirculares e não cónicos. O templete incluiria inicialmente, no espólio decorativo interior, azulejaria sevilhana quinhentista. A pequena estatueta de Santo Estevão é da oficina coimbrã renascentista, com repintes posteriores e o material utilizado foi o granito com reboco de cal.

Santo Estevão, o primeiro mártir Santo Estevão foi o primeiro mártir do Cristianismo, sendo considerado santo por algumas das denominações cristãs (católica, ortodoxa e a anglicana). É celebrado em 26 de Dezembro no Ocidente e em 27 de Dezembro no Oriente por tais denominações. A história de Estevão diz-nos muitas coisas. Por exemplo, ensinanos que nunca se deve separar o compromisso social da caridade do anúncio corajoso da fé. Era um dos sete que estava encarregado da caridade. Mas não era possível separar caridade e anúncio. Assim, com a caridade, anuncia Cristo crucificado, até ao ponto de aceitar também o martírio Chamado como “homem cheio de fé e do Espírito Santo, cheio de graça e fortaleza”, Estêvão foi um dos sete primeiros diáconos ordenados pelos apóstolos. Realizava muitas curas e milagres em nome de Jesus, mas, acusado injustamente de blasfémia, foi preso e condenado à morte. Deus manifestou-se de tal forma nele, pelo seu Espírito Santo, que o rosto de Estêvão pode ser visto tão radiante como o de um anjo, manifestando externamente o brilho da pureza e da entrega a Deus que já era completa no seu coração. Assim movido pelo Espírito, Estêvão anunciou ao Conselho o mistério da nossa Salvação, desde Abraão a Jesus Cristo, e a insensatez deles em não reconhecer em Jesus a realização das Promessas. O Conselho ficou completamente enfurecido com o discurso de Estêvão, o qual olhou para o céu e disse: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. Logo, então, Estêvão foi levado para fora da cidade e apedrejado

e, até mesmo nas suas palavras, quis assemelhar-se a Jesus, pois, antes de morrer, disse: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito; Senhor, não lhes leves em conta este pecado…”. Estêvão morreu aos pés de Saulo, aquele que, após o seu encontro com Jesus no caminho para Damasco, foi convertido e tornou-se apóstolo, anunciando aos pagãos o Evangelho de Nosso Senhor. Assim, Estêvão tornou-se o pri-

meiro mártir da Igreja Católica, morto por defender a sua fé, morto por proclamar a Salvação em nome de Jesus Cristo. Sobretudo, Santo Estêvão fala de Cristo, do Cristo crucificado e ressuscitado como centro da história e da vida. Pode compreender-se que a Cruz permanece sempre central na vida da Igreja e também na vida pessoal. Na história da Igreja nunca faltarão a paixão, a perseguição.


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Correio da Feira 30.DEZ.2013

Santa Maria de Lamas // Joana Vieira, directora do Colégio Liceal

“Quero continuar a ter uma escola que, se estivesse no Porto, poderia rivalizar com os melhores colégios” A directora do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, Joana Vieira, foca o seu discurso na liberdade de escolha no que toca à educação, frisando que é essencial preservar o direito dos pais de escolher a escola onde querem colocar os seus filhos. Salienta as excelentes condições que o Colégio de Lamas oferece, assim como a aposta na educação para os valores, incutindo desde cedo a importância das questões sociais aos alunos. Texto: Daniela Castro Soares Fotos: Albino Santos Como foi o arranque do ano lectivo? Foi perfeitamente calmo, dentro daquilo que é a nossa prática de muitos anos como escola bem organizada. Pomos no terreno as nossas boas rotinas e vamos aprendendo com a experiência. O princípio do ano é sempre muito tranquilo, com todo o corpo docente estabilizado e as turmas constituídas. O número de alunos mantevese? Há uma pequena quebra, mas nada de muito significativo. Apesar de tudo, conseguimos no 5.º ano aumentar uma turma, o que para nós foi muito bom. O ano passado tivemos oito turmas e este ano constituímos nove turmas. Ficamos, no total, com cerca de 2200 alunos. A quebra da natalidade está a reflectir-se nas salas de aula de todas as escolas, como é evidente. Mesmo assim, temos conseguido atrair pais, alunos, famílias, que continuam a confiar na nossa escola. A taxa de sucesso dos alunos é interessante? Sim, temos taxas de sucesso muito interessantes, em termos de anos lectivos, e uma boa taxa de conclusão. Os anos de exame são sempre mais críticos, como o 6.º, 9.º e 12.º, mas conseguimos, apesar de tudo, bons resultados, e estamos satisfeitos. As colocações no ensino superior também têm sido muito interessantes, em cursos muito bons, porque os alunos estão bem preparados. Portanto podemos dar-nos por satisfeitos, mas não completamente. É um trabalho que está continuamente a ser feito e procuramos sempre, em termos de critérios de avaliação, trabalho com os alunos, estratégias, melhorar os resultados. É esse o nosso objectivo, é para isso que nós trabalhamos, e é isso que os pais, famílias e os próprios alunos esperam de nós. Queremos ter uma escola em que se faz educação para os valores, mas também em que se procura que a parte académica seja bem trabalhada e que consigamos atingir as nossas metas. O facto de ser privado é uma mais-valia? Tem mais condi-

ções? É a minha escola, estou muito ligada a este mundo, de maneira que quero acreditar que sim. Nesse âmbito, há uma questão interessante, que vai estar muito na ordem do dia a partir do próximo ano. Nós temos uma escola de gestão privada mas que faz serviço público, ou seja, os nossos alunos podem escolher esta ou outra escola e perceberem as diferenças. Esta liberdade de escolha é um conceito muito importante para nós. A mais-valia da nossa escola, em termos do ensino privado, é que nós temos realmente uma gestão e uma organização muito próprias e proporcionamos aos nossos alunos experiências diferentes de outras escolas. E o nosso objectivo é mesmo marcar a diferença, sendo escola privada mas fazendo serviço público, com contrato de associação. Os nossos alunos frequentam uma escola privada, com a qualidade que isso representa, mas não pagam absolutamente mais nada por isso. É muito importante e a mais-valia tem a ver com essa liberdade de escolha: poder optar entre diferentes projectos educativos e não serem obrigados a ir para aquela escola porque é a escola que a rede pública, o Estado, lhes proporciona. É em defesa deste direito que nós aqui estamos.

“Queremos ter uma escola em que se faz educação para os valores” Recentemente passou na TVI uma reportagem sobre os colégios privados. Acha que faz algum sentido a polémica que se criou em volta das escolas privadas que recebem dinheiro do governo para alunos que podiam estar no ensino público? Claro que não. A reportagem foi uma situação absolutamente lamentável porque falhou aquilo que devia ser importante: informação isenta. Não houve informação isenta porque havia um objectivo claro de atingir determinadas questões, de maneira que, aquilo que era importante

dizer, não foi dito. No caso do Colégio de Lamas, fizemos aqui uma entrevista que demorou meia hora e na reportagem aparece apenas três segundos sobre uma questão irrelevante que era o facto de haver ou não piscina. O que importa dizer é que nós estamos, há mais de 40 anos, a fazer serviço público. Já estávamos aqui, neste território, muito antes das outras escolas aparecerem. Estamos a dar a oportunidade aos pais de terem liberdade de escolha. O Estado contrata connosco um serviço de educação e paga à escola por esse serviço, e muitas vezes as pessoas não entendem isso. A própria reportagem não esclareceu este facto. O contrato de associação serve para financiar uma escola que está num território a fazer serviço público quando não existe escola pública que o possa fazer. É claro que podem dizer “mas agora aqui à volta aparecem escolas públicas”, e eu repito “nós estávamos cá muito antes”. Não havia absolutamente nada nesta área, na altura, em termos de educação, a não ser o ensino primário. Fizemos durante muitos anos aquilo que o Estado não foi capaz de fazer. E, como existia este equipamento, o Estado não precisou de investir. Portanto, em tempos, o contrato de associação serviu para isso. Agora ele representa uma liberdade de escolha, ou seja, a possibilidade de se darem aos pais outras opções que não apenas a escola pública que o Estado decidiu oferecer, porque o Estado não tem a primazia sobre a educação das crianças. Quem tem essa primazia são os pais, que têm o dever e o direito de escolherem a educação que querem para os seus filhos. O Estado não pode dizer “este aluno vai para esta escola” porque não está a ser respeitado esse direito dos pais. O Estado não pode ter o monopólio da educação. Tem de possibilitar a livre concorrência porque a concorrência gera qualidade. Se nós tivermos muitas escolas diferentes (e não como as do Estado, que são todas iguais) com projectos educativos diferentes, os pais têm a liberdade de escolher. Também têm de ser apoiados financeiramente nessa escolha porque, mesmo as famílias com rendimentos que já podem escolher, têm de pagar uma propina muito alta para estar num colégio sem contrato

de associação. Isso não é livre escolha. A livre escolha é aquilo que nós fazemos com contrato de associação, que permite que o aluno frequente em regime gratuito uma escola da sua escolha. Isso é que é importante. Considera-se um concorrente das escolas públicas? Há concorrência, mas eu vejo a concorrência como saudável. E, como se vê em todos os sectores da vida económica, a concorrência gera qualidade. Se temos apenas um fornecedor de energia, de serviços, ou do que quer que seja, temos uma qualidade muito discutível. Se temos vários fornecedores, temos a

“Os nossos alunos frequentam uma escola privada, com a qualidade que isso representa, mas não pagam absolutamente mais nada por isso” procura da qualidade. Cada um quer competir e encontrar um público mais abrangente. Todas


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as escolas, sejam públicas ou privadas com contrato de associação, estão a concorrer para a melhor qualidade do ensino. As escolas públicas, se perceberem que têm de lutar pelos seus alunos, vão fazer um trabalho com mais qualidade, vão investir no trabalho pedagógico, diário, como nós fazemos. Têm a preocupação de adequar a oferta formativa às necessidades da zona onde estão inseridos? Claro, isso é fundamental. Cada vez mais temos essa preocupação porque o mundo do trabalho não pode estar dissociado daquilo que são as escolas. As escolas têm de estar atentas ao mundo empresarial, àquilo que se faz no terreno, e a oferta é sempre pensada nesse caminho. Temos estado a auscultar o mundo do trabalho para perceber quais são as grandes linhas de interesse. Há sempre essa articulação, que é essencial. Já foi o tempo em que a escola estava de costas voltadas para o que se passava lá fora e nós preparávamos os alunos sobretudo para a universidade. O ensino privado tem mais responsabilidades na oferta? Quem gere a escola sente mais essa carga de se diferenciar

dos outros? Eu penso que a responsabilidade é de todos, não é maior nem para uns, nem para outros. Cada um procura fazer o melhor pelos seus alunos. Ser mais competitivo, inovador, criativo, ter mais ideias e mais interessantes. A responsabilidade é nesse sentido e estou certa que todas as escolas procuram este trabalho. Eu vejo as pessoas muito entusiasmadas e decididas. Nós fazemos o nosso trabalho da melhor maneira possível para que os alunos tenham sucesso.

“Estamos a dar a oportunidade aos pais de terem liberdade de escolha” A escola sente o problema de turmas com um número excessivo de crianças? Sim, também sentimos isso. Como temos contrato de associação, estamos obrigados a cumprir as mesmas regras impostas à escola pública. É difícil, claro, porque nós gostaríamos muito de trabalhar com turmas com 24 alunos, e, neste momento, estamos a trabalhar com turmas com

28, 29 e 30 alunos. É uma carga excessiva para os professores e é uma dificuldade acrescida para o apoio individualizado ao aluno. O que tentamos fazer é colmatar essa dificuldade com outras actividades, como o apoio ao estudo e a coadjuvação. Vamos experimentado algumas práticas e implementando projectos. Também fazemos grupos de nível, para que o trabalho seja mais profícuo, pedagogicamente mais útil, para atenuar as dificuldades de trabalhar ao mesmo tempo com um número tão grande de alunos e todos eles muito diferentes. Os grupos de nível são interessantes porque, por exemplo, fazemos três grupos de alunos que têm as mesmas capacidades e eventualmente as mesmas dificuldades, o que torna as coisas mais fáceis. Procuramos assim, na nossa prática diária, minorar as dificuldades que nos são impostas. Em tempos de dificuldades financeiras, o que pode a escola fazer para ajudar os alunos? O projecto educativo do colégio fundamenta-se na educação para os valores, ou seja, preocupamonos com duas dimensões do aluno: a dimensão académica e a formação moral. Tentamos incutir nos alunos valores que nós, enquanto escola, consideramos

fundamentais para a formação da pessoa. Nós estamos aqui também para tornar os alunos mais sensíveis aos outros, àquilo que se passa à sua volta, às questões sociais. Este ano temos o projecto “Colégio Amigo”, que inclui uma série de acções pensadas para a solidariedade. Por exemplo, agora está a decorrer uma venda de Natal cuja receita vai reverter a favor dos alunos carenciados. Nós criamos um fundo, que vai crescendo aos pouquinhos, e que está destinado somente a esses alunos, para tudo aquilo que seja necessário. Nós acompanhamos os alunos e percebemos quem são aqueles com mais dificuldades. Muitas vezes eles próprios não são capazes de o dizer, mas nós vamos percebendo, há sinais, e vamos ajudando. A nossa cantina também tem um papel importante porque estamos a fornecer mais de 1000 refeições por dia e notamos que tem havido uma maior procura. Percebemos que, se calhar, para muitos alunos, aquela será uma das melhores refeições do dia e então procuramos incentivá-los a virem cá almoçar, mesmo que não tenham aulas. O que a escola tem feito no

“Nós estamos, há mais de 40 anos, a fazer serviço público”

que toca à inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)? Esse é um aspecto que nos tem sempre preocupado porque temos muitos alunos com NEE. Temos o nosso Departamento do Ensino Especial, com professoras especializadas, e temos o Gabinete de Psicologia, que também acompanha esses alunos. Queremos que esses alunos possam dar o melhor de si e procuramos também dar apoio aos pais, fazê-los entender quais são as melhores alternativas para os filhos. Realizamos um trabalho de muito carinho com essas crianças porque elas também estão na nossa escola, também fazem parte. Queremos que saiam da escola com o maior número de competências para que no futuro sejam capazes de exercer uma profissão.

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“As escolas públicas, se perceberem que têm de lutar pelos seus alunos, vão fazer um trabalho com mais qualidade”

O que falta fazer a nível da escola? Há sempre tantas ideias, tantas coisas novas para fazer. Em termos de actividades, investimos muito nas actividades de complemento curricular, ou seja, aquilo que damos aos alunos para lá das aulas. Se vir o nosso jornal, o Entrelinhas, passa a ideia de uma escola muito dinâmica porque procuramos fazer muita coisa. A escola está sempre em ebulição e eu adoro ver a escola com movimento, com alunos que vão e vêm a fazer coisas, seja danças, desporto escolar, ateliê de gravura, orquestra, grupos corais, flautas, clubes, associação de estudantes. É im por t ant e m ant er m os um a escola viva, onde os alunos se sintam bem, estejam felizes. O que falta fazer? Falta fazer isto tudo porque todos os anos é preciso quase começar de novo, com novos alunos, novas ideias, novos projectos, e crescer sempre um bocadinho mais. Em termos de infraestruturas e equipamentos, penso que a escola já cresceu o que tinha a crescer. Nós temos uma escola com boas condições para os alunos estarem e isso foi um investimento de décadas. Agora o que há a fazer é mesmo investir nos alunos, naquilo que podemos fazer com eles, e com os pais, porque a Associação de Pais (AP) também é muito importante. Nós temos uma excelente relação com a nossa AP, são pessoas muito colaborantes, interventivas, e temos todos o mesmo objectivo, que é trabalhar para os alunos, sempre mais e melhor. E todos os anos conseguirmos ir um bocadinho mais longe, termos novas ideias. Quero muito continuar a ter uma escola especial, diferente, que, se estivesse no Porto, poderia rivalizar com os melhores colégios.


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Correio da Feira 30.DEZ.2013

Santa Maria da Feira // Quatro placas por quatro semanas do advento

Passionistas deixam mensagens pela cidade para se reflectir sobre o verdadeiro sentido do Natal Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

As primeiras placas começaram a ser avistadas no início do mês de Dezembro com a mensagem “Já olhaste à tua volta?”. Colocadas por várias rotundas de Santa Maria da Feira, muitos foram os que as confundiram com as decorações da Terra dos Sonhos. No entanto, trata-se de uma iniciativa completamente diferente, da autoria da Catequese dos Passionistas de Santa Maria da Feira. “O objectivo era fazer com que as pessoas reflectissem sobre o verdadeiro sentido do Natal. Tentamos marcar ao máximo a cidade, colocando placas onde fossem bem visíveis para as pessoas, e só não pusemos mais porque a nossa logística não permitiu” – diz o padre João Paulo Silva, dos Missionários Passionistas. As mensagens

foram variando, sendo que pela cidade pôde também ler-se “Onde vais com tanta pressa?” e “Qual é a luz que te guia?”. A todas estas interrogações, veio a resposta com a última placa: “Jesus é a estrela da tua vida”. Foram quatro mensagens para quatro semanas do advento, colocadas pelas próprias catequistas, em cerca de 10 rotundas, desde o Cavaco a Espargo. “As pessoas tinham de ver até ao fim para perceberem o significado das perguntas. Queríamos que parassem, pensassem e se interrogassem” - afirma o padre João Paulo Silva, sublinhando que pretendiam apenas “questionar” e não fazer publicidade à igreja. De forma a melhor passar a mensagem pretendida, as frases foram seleccionadas entre todos os elementos da catequese, segundo o que achavam que era o Natal, e colocadas nas placas

sem qualquer enfeite. As letras negras sobre o fundo branco foram chamando a atenção dos locais, que depressam começaram a dar o seu feedback. “Uns acharam muito bem, outros questionaram-nos, não percebiam a razão das frases” – conta o padre. Para uma melhor compreensão, os responsáveis por esta acção deixam algumas notas. “Andamos sempre a correr para trás e para a frente, sempre apressados, sem tempo para nada. Para quê tanta pressa se de repente nada nos será preciso?” – salienta uma das catequistas dos Missionários Passionistas, Alexandra Ferreira. “Para nós, cristãos, a luz de Jesus Cristo é a luz do mundo. Para outros, haverá outras luzes” – acrescenta o padre João Paulo Silva. Todos os anos a catequese dos Passionistas leva a cabo uma iniciativa no âmbito da quadra

natalícia, mas esta foi a primeira a abranger todos os feirenses. “O tema da catequese este ano é “acolher e irradiar luz” e então decidimos ter uma dinâmica voltada para o exterior. O Papa Francisco também pediu para a igreja não se fechar e levar a mensagem a todos, e assim demos voz às nossas ideias e à nossa fé” – refere o padre João Paulo Silva. “É uma maneira de comunicarmos para o exterior a vivência da igreja. Achamos que as frases fariam pensar muita gente” – diz, por sua vez, Alexandra Ferreira. Para que esta iniciativa fosse possível, os materiais das placas foram oferecidos aos Missionários Passionistas. “Aproveitamos o que nos deram” – diz o sacerdote. Cada mensagem durou uma semana, mas a última permanecerá durante mais algum tempo devido ao significado latente. A par das placas, outras inicia-

tivas foram também realizadas. “Já que em Santa Maria da Feira não se via um presépio, achamos que poderíamos intervir nesse sentido. Então fizemos “Maria a caminho de Jerusalém”” – descreve Alexandra Ferreira. “São José e Nossa Senhora estão a percorrer algumas rotundas. Vamos ver onde vão parar” – acrescenta o padre João Paulo Silva. Uma corrente de luz e uma missa do galo (“a conclusão de todo o trabalho das quatro semanas do advento”) foram outras acções dos Missionários Passionistas neste Natal. “No futuro poderão vir a realizar-se outras iniciativas do género” – lança o padre. Já a mensagem é sempre a mesma. “Deus é a luz da nossa vida, a luz que nos guia, Deus é amor. No Natal, muito mais do que os bens materiais, nós queremos amor, união, paz, família, cumplicidade” – remata Alexandra Ferreira.

de ser conhecido em todo o país, tem origem francesa e terá surgido no tempo de Luís XIV, rei de França, para a festa do Ano-Novo e do dia de Reis, com o nome de” Gateau dês Rois “. Em 1789, com a Revolução Francesa, este bolo foi proibido. Mas os confeiteiros não podiam perder os bons negócios que faziam com ele, e passaram a chamar-lhe “Gateau dês sans-cullottes”, (o bolo dos sem abrigo). Em Portugal, depois da implantação da República, não chegou a ser proibido, mas andou lá perto. Do que se sabe, a primeira casa que vendeu bolo-rei em Portugal foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, que foi fundada em 1829 por Baltazar Rodrigues Castanheiro, o qual terá trazido de França a receita deste bolo. O bolo era feito por um tal mestre confeiteiro, o Gregório, que também terá vindo de Paris, onde aprendeu a fazêlo. Pouco a pouco, a receita do bolo-rei generalizou-se, e outras pastelarias passaram a fabricá-lo

em Lisboa. No Porto, foi posto à venda pela primeira vez em 1890, na Confeitaria de Cascais, fabricado segundo receita que o proprietário, Francisco Júlio Cascais, também trouxera de Paris. Inicialmente, era feito só na véspera do Dia de Reis, e a partir de 1920, era fabricado quase todos os dias. Depressa se tornou conhecido em todo o país, e há registos de que atravessou com êxito os reinados da Rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D. Luís, D. Carlos e D. Manuel II. Teve alguns problemas com a implantação da República, por causa da palavra Rei, mas depressa foram ultrapassados, e cada vez mais, o bolo-rei é mesmo o rei dos bolos, e é fabricado em algumas pastelarias, praticamente durante todo o ano. Se, o relacionamento da história do bolo-rei, com o nascimento de Jesus, nos pode causar certa admiração; uma outra lenda que passo a descrever, ainda é mais curiosa! Diz-nos a lenda que, os hábitos das

crianças dormirem com os brinquedos, vem da época do Menino Jesus. Como se aproximava o Natal e não havia brinquedos à venda para as crianças, e como S. José era carpinteiro, decidiu fazer uma carrocinha de madeira, para oferecer a Jesus, como prenda de Natal. E diz a lenda que o Menino dormia com a carrocinha, com medo que o diabo lha roubasse. Diz mesmo que o diabo se disfarçou com umas barbas brancas, para tentar roubar a carrocinha a Jesus. Mas, diga-se: - nem assim o diabo conseguiu roubar a carrocinha a Jesus. E agora, pergunta-se: - será que as barbas brancas do pai natal têm origem nesta história? Pois, a lenda diz que as barbas brancas vêm desta lenda da carrocinha do Menino Jesus. Agora … que, com mais ou menos lendas à volta do bolo-rei, ele é um bolo com todas as condições de ser rei … lá isso é!

O rei dos bolos (Um pouco da sua história em Portugal)

Não se pode falar da doçaria típica da época do Natal, sem se referi r o famoso bolo-rei, com toda aquela formosura em forma de coroa, de todos conhecida, com as frutas cristalizadas e os frutos secos, (nozes, amêndoas e pinhões), com o brinde e a fava, ou sem eles. Trata-se dum bolo com muita simbologia, que se conhece como um doce representativo dos presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. Há a indicação numa lenda, de que a parte exterior (a côdea) simboliza o ouro; as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra e o aroma que exala, representa o incenso. Consta que a história da fava no

interior do bolo tem origem numa lenda, segundo a qual, os três Reis Magos, ao verem a estrela de Belém, que lhes anunciava o nascimento de Jesus, disputavam entre si o direito de entregar os presentes ao Menino, e não chegavam a acordo. E então, diz a lenda que um padeiro lhes propôs fazer um bolo e meter uma fava no interior da massa. Cada um dos três Reis Magos pegaria numa fatia do bolo, e o que tivesse a sorte de lhe calhar a fava, ganharia o direito de entregar os presentes. A proposta foi aceite, e, embora não se saiba quem terá sido o contemplado, um dos três, Baltazar, Belchior ou Gaspar, foi com certeza. Note-se, que, (segundo a lenda), a fava que foi sorte para o Rei contemplado, nos tempos mais recentes, ela aparece como símbolo de azar. Pois, a quem calhar a fava, tem de comprar outro bolo-rei, ou pagar aquele, conforme o que for acordado entre os comensais. O bolo-rei, apesar de toda a popularidade de que goza entre nós, e

Alberto Gilde Santa Maria da Feira


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Moções rejeitadas, críticas ao poder vigente e discussão sobre os pontos na ordem do dia Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

A Assembleia Municipal, da passada sexta-feira, começou com um voto de pesar, proposto pela CDU, pelo falecimento de Nelson Mandela. Fez-se um minuto de silêncio por “uma das personalidades mais respeitadas em todo o mundo”. A moção visava ainda atribuir o seu nome a um espaço público e remeter o voto de pesar para a embaixada da África do Sul. Seguiu-se a apresentação de nove moções: duas da CDU, seis do BE e uma do PS. Todas foram rejeitadas. Entrou-se então no período antes da ordem do dia, onde os partidos subiram ao palanque para dizer de sua justiça. António Santos, do PS, foi o primeiro. “O próprio presidente constata que a rede viária está um caos e precisa de recuperação urgente” – apontou o socialista, que se mostrou preocupado com a possível criação de uma empresa público-privada para resolver a situação. António Santos deu como exemplos o mau estado das ruas de Gião e a avaria na sinalização luminosa na Corga, em Lobão, causada por obras da Indaqua, que “ninguém se preocupa” em reparar. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, admitiu ser

“necessário um bom investimento para recuperar a rede viária”, assegurando que ia averiguar as situações apresentadas, mas sossegou o socialista quanto à PPP. “Sou muito cauteloso” – referiu.

Bombeiros sem escada e agentes da PSP sem sítio para treinar “Vivemos num Concelho de faz de conta. Faz de conta que se faz e, se não se fizer, a propaganda resolve” – iniciou Filipe Moreira, da CDU. O deputado falou sobre assuntos badalados, como o tribunal e a falta de sanitários na Feira dos 20, na Feira, e alertou para outros, como o facto de os bombeiros não terem uma escada que lhes permita chegar ao último andar do hospital, no caso de incêndio, para resgatar eventuais vítimas; e da PSP não possuir um local onde possa treinar, apesar de ser exigido aos agentes “uma boa forma física para o desempenho das suas funções”. “Tinham acesso ao pavilhão da Lavandeira, de forma gratuita, o que não tinha custos de maior para o Município, e agora já não têm” – salientou, sugerindo que os agentes deviam ter acesso gratuito, ou com descontos especiais, aos ginásios da Feira Viva, em horas menos movimentadas. Emídio Sousa reiterou que o tribunal estava a cargo

do Ministério da Justiça e que “o secretário de Estado ia estudar uma reabilitação futura” e que havia “serviços suficientes de sanitários” na zona do Rossio e Biblioteca Municipal. “Não vamos ter mais custos quando já temos serviços perto” – salientou. O presidente da Câmara adiantou que a escada para os bombeiros custa “mais de meio milhão de euros, “estando o hospital “salvaguardado” pelos seus planos de evacuação, e que aos agentes da PSP começou a ser cobrada “uma verba simbólica” no pavilhão da Lavandeira, mas o espaço para treinarem é “um assunto da Administração Central”. O próximo a discursar foi Moisés Ferreira, do BE, que pediu esclarecimentos sobre o novo arruamento em S. João de Ver, que vai ligar a Avenida Francisco Sá Carneiro à Igreja Matriz. “Na campanha foi rasgado o curso do arruamento, puseram um outdoor, mas desde então não avançou mais. Será que só avança em campanha e vamos ter de esperar outros quatro anos?” – apontou Moisés Ferreira. O bloquista não esqueceu também “as fissuras nos equipamentos” do Bairro de Souto, em Fiães, que “a Câmara disse que ia arranjar em Setembro/Outubro”. “Seria deste ou do próximo ano? Porque ainda não

começaram” – frisou. Emídio Sousa referiu que no Bairro de Souto, em Fiães, o Campo de Jogos apresenta “grandes fissuras” mas está fechado e os prédios não comportam “qualquer risco”.

Terra dos Sonhos já ultrapassou as 50 mil entradas A última deputada a subir ao palanque foi Adriana Cardoso, do PSD, que fez um extenso elogio à qualidade e auto-sustentabilidade da Terra dos Sonhos, mostrando o seu repúdio por críticas da Oposição ao evento. “É lamentável que responsáveis políticos do Concelho se refiram à Terra dos Sonhos de forma insultuosa, ofendendo a equipa e as famílias que a visitam” – afirmou a socialdemocrata. Adriana Cardoso salientou que este é “o maior parque temático de Natal

do Norte”, com mais de 40 voluntários, que dinamizou a Quinta do Castelo, e já superou as 50 mil entradas do ano passado. “A Viagem Medieval, o Imaginarius e a Terra dos Sonhos injectam, todos os anos, mais de um milhão de euros no tecido associativo do Concelho” – sublinhou. No período da ordem do dia, foram discutidos vários assuntos já submetidos a reunião de Câmara. Sobre a atividade e situação financeira do Município, Moisés Ferreira, do BE, questionou a aquisição de oito mil bilhetes da Terra dos Sonhos, no valor de 35 mil euros, para as crianças. “É um financiamento indirecto à Feira Viva que põe em causa a teoria da auto-sustentabilidade. A Câmara financia a 100 por cento a Feira Viva, seria de esperar que os bilhetes não tivessem

custos. Daria para comprar o projector, que é quase o mesmo preço” – apontou. Emídio Sousa respondeu que se tratava de uma “tradição do município presentear as crianças com esta prenda simbólica”. “É uma boa política e o financiamento à Feira Viva não é de 100%, longe disso. A verba transferida é cerca de 1,800 milhões de euros. Eu prefiro ter crianças a praticar natação do que ter um projector, são opções estratégicas” – realçou o presidente da Câmara. A revogação do regulamento da Zona Industrial de Romariz também esteve em cima da mesa. Margarida Gariso, do PS, não se mostrou muito contente com a ideia, apelando à “transparência e igualdade”. “Venderam um lote desde 2008. Estiveram cinco anos sem fazer nada e sem qualquer preocupação

Nove moções rejeitadas Foram várias as moções apresentadas, mas nenhuma conseguiu votos suficientes para aprovação. A CDU propôs duas moções: uma sobre o orçamento de Estado para 2014, que apelidou de “insconstitucional, ilegal e prejudicial”, e outra sobre a privatização dos CTT. O partido apelou à antiguidade daquela instituição e alertou para o fecho de vários postos. “Os CTT são uma forma de unir o país e são uma instituição que dá lucro. A troika não queria a sua privatização e ela não faz sentido” – apontou Filipe Moreira. O PS e o BE votaram favoravelmente ambas as moções, ao contrário do PSD que foi bastante mais crítico. “Os CTT já estão privatizados, não sei porque vem agora este assunto, e o orçamento, podem dizer o que quiserem, está votado e vai entrar em vigor a 1 de Janeiro. Não vale a pena estar a perder tempo com

isto” – sublinhou José Manuel Leão. Filipe Moreira reforçou que o orçamento não era benéfico para o país e que o processo de privatização dos CTT devia ser suspenso. Já o BE, na voz de Moisés Ferreira, submeteu seis moções à assembleia. Duas foram de âmbito nacional, como a defesa da equidade fiscal (porque “há cada vez mais impostos sobre as pessoas singulares e mais isenções e benefícios fiscais para os grandes grupos económicos”) e a “A construção naval é necessária ao país” (em defesa dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo que são “importantes” para Portugal). A aquisição de um projetor digital para a Biblioteca (para o Cineclube poder continuar a programar “dignamente”) e a revogação/ não aplicação do aumento do horário de trabalho nos serviços municipais (porque “aumenta-se

o horário mas não o salário” e a maior produção é uma “falsa questão” já que o que interessa é “produzir bem”), assim como a criação de um horto municipal (para “reduzir substancialmente os custos e potenciar a produção própria”) e de um posto móvel para esterilizações e tratamentos (para “prevenir animais errantes e abates massivos”) foram outras propostas do BE. O PS votou favoravelmente todas as moções, contrariamente ao PSD, que demonstrou forte oposição. Na moção do projector, José Manuel Leão frisou que “a assembleia não pode obrigar a Câmara a comprar nada” e que o Cineclube tem tido todo o “carinho da Câmara”, sem o qual não teria conseguido “prestar bons serviços”. “A Câmara saberá administrar o assunto” – salientou. No caso do horto municipal, lembrou que a Câmara tem “um

espaço com árvores a crescer em Picalhos” e que um horto “custa dinheiro” porque precisa de pessoas a tratar dele. Por fim, referiu-se ao posto móvel. “Tem noção quanto custa um posto móvel a andar pelo Concelho com técnicos competentes?” – questionou José Manuel Leão, que foi peremptório a revelar-se “contra” todas as moções. Mais tarde Filipe Moreira, da CDU, diria: “Tanto tempo gasto para dizer que são do contra”. A última moção foi apresentada pelos socialistas, que se opunham ao plano de encerramento das repartições de Finanças no Concelho, nomeadamente em Lobão e Paços de Brandão. “É um precioso serviço de proximidade e que desempenha um papel fundamental na obtenção de receitas. Esta será uma medida centralizadora e destruidora de postos de trabalho que causará a perda de

eficiência dos serviços” – alertou Carla Pereira, do PS, acrescentando que o Concelho “não dispõe de uma rede de transportes que responda a essas lacunas”. O BE mostrou-se favorável a esta moção. “O encerramento é uma medida para poupar tostões mas que vai prejudicar muitas pessoas” – apontou Moisés Ferreira. José Manuel Leão, do PSD, voltou à carga. “Por mais ênfase que se possa dar à moção, ela em si é contraditória” – salientou, frisando que o PS ao mesmo tempo que queria o encerramento, queria também um estudo que justificasse esse encerramento. “O PSD não quer estudo nenhum, quer que não se encerre nenhuma repartição” – afirmou, acrescentando que foi o PS, em 2008, que negociou com a troika o fecho de 40% de repartições de Finanças. “Não faz sentido o PS armar-se em defensor” – rematou.


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em ter uma zona industrial vazia. Quem fez este regulamento criou problemas às empresas mas sem o regulamento fica um vazio. Estamos disponíveis para discutir uma alteração e não para passar cheques em branco” – apontou a socialista. Valter Amorim, do CDS-PP, elogiou a iniciativa, reforçando que “é fundamental dinamizar estas zonas”. Do PSD, José Carlos Pinto frisou que “as zonas industriais têm de ser pensadas de uma forma mais ligeira” e Emídio Sousa lembrou que “o PS concordou na Câmara porque viu que era preciso agilizar”. “Eu sabia que a Margarida Gariso não ia concordar porque quando lhe tiram o regulamento, ela não sabe funcionar” – afirmou. Um comentário que

não agradou nada à visada, que logo se fez ouvir. “Não sei funcionar é sem regras e sem transparência. Não vamos concordar que os lotes sejam vendidos a patacos sem garantias nenhumas. E o PS é um partido plural” – respondeu. Emídio Sousa retorquiu que “este executivo é extremamente transparente” e que “defende os interesses do Concelho com unhas e dentes”. “Vocês não têm o que apontar, deixaram é de ter o trunfo da zona industrial abandonada” - rematou. A revogação do regulamento foi aprovada com 32 votos a favor, 18 contra e 1 abstenção.

Sérgio Cirino propôs renegociação do contrato com

Indaqua A concessão do abastecimento de água e saneamento foi o último ponto a ser discutido. Debateu-se o tarifário para o próximo ano e Sérgio Cirino, do PS, apresentou uma proposta de renegociação do contrato com a Indaqua, começando por criticar a preponderância da mesma. “Este é um poder da Câmara, mas limitamo-nos a verificar se as contas estão certas. Passamos a ser meros contabilistas. Onde está a parte política de ajuda à população?” – apontou, propondo a implementação de um tarifário para as famílias numerosas e carenciadas, a isenção de pagamento para os primeiros 3m3 e a eliminação

dos ramais. “A Câmara e a Assembleia Municipal têm a obrigação de acautelar o interesse público na definição dos preços. Não é uns que ganham tudo e outros que perdem tudo” – frisou. A Oposição foi favorável a esta proposta. Valter Amorim, do CDSPP, abordou também os ramais. “Consideramos que os preços coíbem as pessoas de ligarem os ramais, o que tem implicações nas suas condições de salubridade. É preciso reequacionar essa situação. Não podemos pactuar com uma postura que impeça o livre acesso a toda a gente. Temos de sobrepor os interesses dos feirenses a qualquer negócio” – realçou. Moisés Ferreira, do BE, lembrou que Santa Maria da

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Feira estava no Top10 das águas mais caras, deixando algumas sugestões como a redução das tarifas para quem consome menos (e viceversa) e a eliminação da cobrança das taxas de ligação dos ramais, que se trata de um “subterfúgio para a Indaqua fazer lucro com aquilo que é de todos”. “A água é um bem público. Nós defendemos inclusive que o contrato seja revogado e a água municipalizada” – rematou o bloquista. Filipe Moreira, da CDU, concordou e propôs “inverter o processo de privatização”. “É um bem essencial que não pode estar sob monopólio de interesses privados” – apontou. “Estamos de acordo que a água é um bem vital e por isso concessionamos, já que era o único modo de a fazer chegar à casa das pessoas” – explicou Domingues Pereira, do PSD. O deputado frisou que não se podia “alterar as regras do jogo”, que os “contratos são para ser cumpridos” e que é preciso “garantir que a concessionária tem lucro”. “Esta é uma discussão enviesada” – frisou, acrescentando que, na proposta, devia estar escrito quanto custaria a renegociação ao Município e se esta punha em causa o acesso à água. “Está em curso um reequilíbrio financeiro da concessionária e não uma renegociação. Há um PS que acha que devemos cumprir contratos e outro que não acha” – afirmou Emídio Sousa. Sérgio Cirino foi o último a subir ao palanque para concluir este assunto. “Este é um contrato que só dá lucro a uma das partes. A Indaqua ganha sempre o mesmo, não dá nada e tira tudo. Concordo com o BE no sentido em que também sou contra a concessão, mas sou pragmático. Ajusto as velas e continuo” – rematou. A renegociação foi rejeitada com 30 votos contra, 20 a favor e uma abstenção.

Orçamento gera aceso debate Nas Opções do Plano e Orçamento Municipal para 2014, Emídio Sousa apresentou as linhas gerais, que causaram alguma discussão. A deputada Lia Ferreira, do PS, centrou a sua intervenção em questões de acessibilidade, mostrando inclusive algumas imagens de maus exemplos no Concelho, como a Rua do Outeirinho, em Lamas, ou o troço entre o Pingo Doce e o Balteiro, na Feira. “Há um não aproveitamento das candidaturas a fundos comunitários para projectos de acessibilidade” – criticou, apelando ao “novo ciclo com boas e novas práticas” e dando como exemplo a adesão da Câmara ao ColorADD. Chamou ainda ao orçamento “ambicioso e cheio de boas intenções mas carente de estratégias concretas”. Emídio Sousa respondeu que “não podiam transformar todas as ruas em pedonais” e que tinha de ser feito um “equilíbrio” entre circulação automóvel e pedonal. Filipe Moreira, da CDU, apelidou o orçamento de “objecto de Marketing” pois “peca

pela imprecisão”, não fazendo menção, por exemplo, às linhas de água poluídas em Rio Meão. Falou do saneamento, que “é mais uma obra de Santa Engrácia”. “Foi agora apontado para 2014. Já lá vão 30 anos. Se calhar devemos apontar para 2016” – criticou o deputado. Referiu ainda as “escolas que recorreram a fossas sépticas”, os pontos negros identificados, as pedreiras de Lourosa e os poucos transportes escolares como situações a resolver; e propôs o cadastro de todas as espécies arbóreas do Concelho, a concretização da revisão do PDM, a criação do já planeado centro de emprego concelhio e de um banco de material geriátrico que poderia ser cedido a famílias que dele necessitassem. O deputado terminou o seu discurso mencionando a crescente desigualdade entre pobres e ricos e o “preocupante silêncio em relação a alguns assuntos”. Emídio Sousa adiantou que “a requalificação ambiental das pedreiras de Lourosa

estava concluída” e que, no caso do PDM, estavam a aguardar a publicação da carta da reserva ecológica. Do PS, Carla Pinto pediu a remoção de telhados com fibrocimento e a actualização da Carta Educativa (que Emídio Sousa garantiu estar já em curso), e Daniel Gomes requisitou mais hortas urbanas no Concelho. Margarida Gariso, por seu lado, criticou o orçamento participativo, uma “miragem”, a falta de pagamento a tempo e horas e os ajustes directos. Emídio Sousa reiterou que a Câmara tem “um excelente orçamento participativo”. “Há rubricas sob as quais temos sérias dúvidas e este orçamento não responde às necessidades da população do Concelho” – apontou a socialista, que não esqueceu o Europarque. “Está ao abandono, sujeito a degradação e sem iluminação. Esperemos que não aconteça o mesmo que a Escola de Hotelaria” – reforçou. Margarida Gariso fez ainda menção à “política cega de contas e aumento de impostos” que “beneficiará uma parte da população

e arrastará a outra para as cantinas sociais”, deixando um país e um Concelho “sem oportunidades”. Já Moisés Ferreira, do BE, sublinhou que é preciso um “orçamento de emergência social” para atender, por exemplo, às famílias que continuam à espera de habitação social. Afirmou que se “manteve os impostos altos e não se fez redistribuição da riqueza” e que “eram possíveis pequenos ajustes/poupanças”. Emídio Sousa respondeu que “se quer mais receita e menos despesa, deve mesmo viver num mundo cor-de-rosa”. Valter Amorim, do CDS-PP, teceu elogios à forma como tinha sido transmitida a informação, que demonstrou uma “mudança de postura”, e ao próprio orçamento. O centrista sublinhou a importância de atender às dificuldades dos feirenses, especialmente dos idosos, de investir na diminuição da iliteracia, de encontrar alternativas às indústrias do calçado e cortiça (para o caso de estas sofrerem algum abatimento) e de

criar um centro incubador de microempresas. Do PSD, Fernando Moreira insurgiu-se sobre as críticas às Juntas de Freguesia. “Há sempre uma pedra no sapato no que toca às Juntas. Gostava que houvesse uma reunião para saber o que querem delas. Deixem que as Juntas tenham alguma autonomia, porque há pouco dinheiro e autonomia zero” – sublinhou

o social-democrata. José Carlos Pinto definiu o orçamento como “adequado aos nossos tempos”. “Com uma diminuição de despesas visível e eixos bem sustentados, temos um orçamento equilibrado” – disse o presidente da Junta de Mozelos. As Opções do Plano e Orçamento Municipal para 2014 foram aprovados com 32 votos a favor, dois contra e 19 abstenções. Publicidade


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Concelho // Apesar de alguns acidentes não se registaram feridos

Mau tempo no Natal provocou inundações e várias quedas de árvores O mau tempo que se fez sentir em todo o Concelho, nas últimas terça e quartafeira não deu descanso às corporações de bombeiros de Santa Maria da Feira, Lourosa e Arrifana. Há muito tempo que os soldados da paz não tinham um Natal com tantos pedidos de auxílio, na sequência do mau tempo que se fez sentir. Em todo o caso, não se registaram casos graves. De acordo com o comandante Manuel Neto, da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira, sucederam-se 12 ocorrências, ainda que sem gravidade. “Apesar do vento e da chuva que assolou o Concelho, não se verificaram grandes prejuízos. De registar ape-

nas algumas inundações e quedas de árvores” – diz o comandante. Joaquim Teixeira, comandante dos Bombeiros de Arrifana fala em algumas habitações inundadas e obstrução de estradas devido a queda de árvores. “Não houve ocorrências de maior gravidade, apenas fomos chamados para limpar algumas sarjetas devido a queda de árvores e deslizamentos de terras. De resto, não houve registos de feridos, embora tenham acontecido alguns acidentes devido ao piso molhado” – afirma. A corporação de Lourosa, comandada por José Carlos Batista, foi a que teve, ainda assim, mais trabalho. “No final do dia 24 tivemos bastantes ocorrências com

três equipas na rua para acudir a casos de inundações e quedas de árvores” – recorda o responsável. Algumas habitações também sofreram com o mau tempo, nomeadamente com telhas partidas. No entanto, a maior dor de cabeça para os bombeiros localizou-se na rua 31 de Janeiro, em Fiães, onde se verificou o desmoronamento de um muro. “Com a chuva intensa, e devido às obras que estão a decorrer na antiga escola primária, um dos muros acabou por ceder, afectando a estrada” – revela o comandante José Carlos Batista. “Com estas chuvas a tendência é para piorar e a terra acabar por ser arrastada pela água até às casas” – prossegue.

Iniciativa juntou cerca de 30 participantes

“Saída Aventura” junta utentes da Cercilamas, Cercifeira e Casa Ozanam Várias modalidades de desporto de aventura, nomeadamente o arvorismo, a escalada e um insuflável com obstáculos, foram colocados à disposição dos 30 participantes, vindos de três instituições concelhias – Cercilamas, Cercifeira e

Casa Ozanam –, através da realização da atividade “Saída Aventura”, no início deste mês. Com o intuito de estimular o espírito de grupo, intra e inter instituição, permitindo assim a diversão e a superação de limites dos

Lourosa

JSD visita Centro Social A JSD Lourosa visitou o Centro Social da cidade. A comitiva conversou com os seniores sobre o seu Natal e o funcionamento do centro. Houve ainda tempo para jogos,

lanche e entrega de uma lembrança. Esta actividade insere-se no plano dos novos órgãos eleitos em envolver-se com as associações pertencentes à comunidade.

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participantes, a iniciativa, promovida pela autarquia feirense e pela Provedoria Municipal para a Mobilidade de Santa Maria da Feira, encerrou o vasto programa de actividades do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Feliz Aniversário Rodrigo Valente Sousa 3/1/2011 Deus iluminou a nossa vida com a benção do teu nascimento. Feliz aniversário da toda a tua família.


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União de Lamas goleia Caldas S. Jorge (4-0)

Feirense empata e complica apuramento

Lamacences vencem dérbi concelhio e continuam sem dar hipóteses à concorrência.

Juvenis do Feirense empataram em casa com o Padroense e ficaram mais longe do segundo lugar.

Futebol

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2.ª Liga // Aproveita derrotas de Atlético e Oliveirense

Campeonato Nacional Seniores // Lourosa também perde no reduto do Bustelo

Feirense empata em casa do líder

São João de Ver derrotado em casa no dérbi diante do Cesarense

O Feirense foi ao reduto do Portimonense arrancar uma igualdade a uma bola, trazendo um importante e precioso ponto para Santa Maria da Feira. O técnico Pedro Miguel voltou a apostar no jovem Fábio para o meio-campo e deixou homens experientes como Zé Pedro e Cris no banco de suplentes. Na visita ao actual líder do campeonato, os “fogaceiros” até nem entraram da melhor maneira, permitindo ao Portimonense controlar e dominar a seu belo prazer. O golo de Luís Pedro aos vinte minutos de jogo fazia antever ainda maiores dificuldades para os forasteiros que vinham de um triunfo diante do Leixões. No entanto, após o golo dos algarvios, o Feirense despertou e começou a demonstrar atributos que até então tinham ficado escondidos. Subiu as linhas e passou a pressionar mais à frente, encurtando espaços e forçando o adversário a jogar mal. Apesar da boa reacção “fogaceira”, o resultado não se alterou até ao intervalo com o Portimonense a vencer, diga-se, justamente por 1-0, uma vez que foram aos homens liderados por Lázaro Oliveira a quem pertenceram as melhores ocasiões de golos em toda a pri-

Estádio Municipal de Portimão

vs 1

1

Árbitro: Duarta Gomes Portimonense: Márcio Ramos, Moreno (Mika, 62), Nicolau, Ricardo Pessoa, Anselmo, Fabrício, Luís Pedro, Zambujo (Quinaz, 69), Hugo Gomes (Nelsinho, 75), Semedo, Kanazaki T: Lázaro Oliveira Feirense: Paiva, Ícaro, Sténio (Cris, 69), Tiago Jogo, Tonel, Diogo, Jorge Gonçalves, Fábio (Xavier, 45), Barge, Valente (Zé Pedro, 86), Porcellis T: Pedro Miguel

Amarelos: Zambujo (44), Ícaro (54), Moreno (55), Luís Pedro (58), Hugo Gomes (61), Sténio (65), Tiago Jogo (67)

Golos: Luís Pedro (20) e Tiago Jogo (72)

meira parte. Para o segundo tempo, Pedro Miguel deixa no balneário o jovem Fábio e faz entrar para o seu lugar o criativo Xavier. O médio cedido pelo Braga mexeu com o jogo e trouxe mais criatividade ao centro do terreno do Feirense. A formação de Santa Maria da Feira foi em busca da igualdade que haveria de chegar por intermédio de Tiago Jogo, um dos melhores da equipa até ao momento esta temporada. Este ponto conquistado no terreno do comandante da prova acaba por ser precioso depois das derrotas da Oliveirense e do Atlético, que permite ao Feirense respirar melhor e longe dos lugares de despromoção que estão agora a seis pontos de distância.

LIGA 2 CABOVISÃO

Resultados - 23.ª Jornada Sp. Braga B 1 0 Acad. Viseu Marítimo B 4-Jan Tondela Portimonense 1 1 Feirense Santa Clara 1 0 União Madeira Trofense 1 1 F. C. Porto B Desportivo Aves 1 0 Oliveirense Leixões 1 2 Chaves Atlético CP 0 1 Benfica B Beira-Mar 8-Jan Sporting B Penafiel 8-Jan Farense Moreirense 0 0 Sp. Covilhã Classificação J V E D F - C P Portimonense 23 13 4 6 37 - 27 43 Moreirense 23 11 9 3 36 - 15 42 F. C. Porto B 23 12 5 6 28 - 21 41 Sporting B 22 12 2 8 35 - 29 38 Sp. Covilhã 23 11 4 8 26 - 21 37 Benfica B 23 10 7 6 49 - 32 37 Tondela 22 10 5 7 30 - 24 35 Chaves 23 10 4 9 28 - 36 34 Penafiel 22 8 10 4 20 - 14 34 Marítimo B 22 10 4 8 19 - 18 34 União Madeira 23 9 5 9 32 - 25 32 Desp. Aves 23 9 5 9 19 - 20 32 Leixões 23 9 5 9 25 - 28 32 Farense 22 8 7 7 25 - 18 31 Beira-Mar 22 7 7 8 23 - 24 28 Sp. Braga B 23 8 3 12 24 - 32 27 Santa Clara 23 7 3 13 18 - 24 24 Feirense 23 4 12 7 19 - 28 24 Trofense 23 5 8 10 20 - 25 23 Acad. Viseu 23 6 5 12 20 - 23 23 Atlético CP 23 4 6 13 12 - 31 18 Oliveirense 23 4 6 13 26 - 46 18 Próxima Jornada - 12 de Janeiro F. C. Porto B - Portimonense Oliveirense - Santa Clara Atlético CP - Trofense Feirense - Desportivo das Aves, 15h Farense - Leixões Benfica B - Beira-Mar Sporting B - Penafiel Chaves - Moreirense Sp. Covilhã - Tondela Académico de Viseu - Marítimo B União da Madeira - Sp. Braga B

mas voltam a demonstrar pouca eficácia na hora de atirar à baliza. Em desvantagem no placar, o téncico sanjoanense arrisca e passa a jogar com apenas três defesas, mas logo de seguidas às alterações e num lance rápido de contra-ataque, os forasteiros fazem o 0-2 por Alex, o que colocou desde logo um ponto final no resultado. Apesar da derrota o São João de Ver mantém-se líder e com larga vantagem para os seus perseguidores.

Lourosa perde em jogo muito polémico

A série imbatível do São João de Ver chegou ao fim no dérbi regional com o Cesarense. A turma de Franciso Batista perdeu por 0-2 e não foi capaz de continuar o bom momento que vinha atravessando. Sem os habituais titulares Fredy e Saul e ainda sem Quim Pedro, a formação sanjoanense até entrou melhor na partida, com maior domínio. No entanto, as oportunidades apenas surgiram nos últimos quinze minutos do primeiro tempo, com Júlio a desperdiçar três lances de golo iminente, algo pouco habitual no avançado que é

CAMPEONATO NACIONAL SENIORES - Série D

Estádio Sp. Clube São João de Ver

vs 0

o melhor marcador da equipa. A segunda parte terminou da exatamente como terminou a primeira, ou seja, com Júlio a falhar novo lance de golo junto da baliza do Cesarense. Quem não marca arrisca-se a sofrer e foi o que sucedeu ao São João de Ver. Na sequência de um canto, João Pinto acaba por inaugurar o marcador, practicamente na primeira vez que a turma de Oliveira de Azeméis chega com perigo à baliza de Hélio. Pouco depois os comandados de Francisco Batista dispõem de nova oportunidade para marcar,

O Lourosa foi a Bustelo perder por 2-0 num jogo envolto em muita polémica. Para além de duas grandes penalidades assinaladas contra a turma lusitanista, a expulsão de António também não caiu bem nos responsáveis lourosenses. Quanto ao jogo, foi uma primeira parte equilibrada, marcada pelas duas grandes penalidades contra o Lusitânia. Se na primeira, Renato atirou ao lado, perto do intervalo Marcelo não perdoou e fez o 1-0 para o Bustelo. Na segunda parte, a jogar com 10 elementos, o Lourosa tentou o empate mas foi de novo a formação da casa a chegar ao golo, por Miguel Bruno. A perder por 2-0 e reduzido a dez elementos, a turma de Martelinho não conseguiu alterar o resultado até final do encontro.

2

Árbitro: Henrique Paulo (Santarém)

São João de Ver: Hélio, João Correia (Vitinha, 77), avier, Cancela (Xavi, 79), Vítor Hugo, Quirino, Ruben, Cândido Costa (Léo, 60), Machadinho, Américo, Júlio T: Francisco Batista Cesarense: Marco, Américo, Tiago, Hugo (Nunes, 87), Marquitos, João Pinto, Paulo Ferreira, castro (Tó, 45), Alex, Diogo Mota (Oliveira, 76), Careca T: Luís Miguel Amarelos: Cancela (9), João Pinto (22), Paulo Ferreira (90+4)

Golos: João Pinto (60) e Alex (82)

Resultados - 15.ª Jornada Sp. Espinho 2 1 AD Grijó S. João de Ver 0 2 Cesarense Bustelo 2 0 Lusit. Lourosa Lusitano FCV 2 0 Cinfães Estarreja 1 2 Anadia Classificação J V E D F - C P S. J. de Ver 15 8 4 3 27 - 21 28 L. Lourosa 14 6 5 3 18 - 12 23 Cesarense 15 5 6 4 19 - 17 21 Bustelo 15 4 8 3 20 - 15 20 Cinfães 15 4 7 4 13 - 14 19 Anadia 14 4 7 3 24 - 25 19 AD Grijó 15 3 8 4 26 - 25 17 Lusitano FCV 15 4 5 6 19 - 27 17 Sp. Espinho 15 3 6 6 12 - 16 15 Estarreja 15 2 6 7 17 - 23 12 Próxima Jornada - 12 de Janeiro Cesarense - AD Grijó Lusitânia Lourosa - São João Ver, Cinfães - Bustelo Anadia - Lusitano FCV Estarreja - Sp. Espinho

Estádio Quinta do Côvo

vs 2

0

Árbitro: João Pinheiro (Braga)

Bustelo: Janita, Miguel Bruno, Almeida, Rafa, Dani (Aguiar, 89), Ayrton (Miguel, 89), Diego (Tiago, 72), Marcelo, Paivinha, Renato, Luís T: Miguel Oliveira

Lourosa: Hugo, Bino, Rui Jorge, Andrezinho (Hugo, 78), Lima, Mauro, Amtónio, Sanguedo (Hugo Brazuca, 86), Tiaguinho (Xavi, 53), Moisés, Batista T: Martelinho

Amarelos: Batista (17), Almeida (32), Andrezinho (39), Bino (54), Marcelo (66), Dani (69), Ayrton (73), Sanguedo (75), Aguiar (87) Vermelho: António (44)

Golos: Marcelo (40+2, g.p) e Miguel Bruno (55)


12

Correio da Feira 30.DEZ.2013

Jogo da Jornada // Resultado poderia ter sido mais dilatado para a equipa da casa

Juniores B // Desperdiçou vantagem de dois golos

União de Lamas goleia em dérbi diante do Caldas S. Jorge

O União de Lamas segue imparável na 2.ª divisão distrital. Desta feita levou de vencida a turma do Calda de São Jorge por claros 4-0. Líder já destacado do campeonato, a formação lamacense voltou a demonstrar a sua força caseira, goleando em dérbi concelhio o Caldas e controlando por completo toda a partida. Os visitantes nunca conseguiram contrariar o maior poderio rubronegro e o auto-golo do guardião Marco abriu o caminho à vitória lamacense. Kaka ampliou logo de seguida o marcador e levou o resultado para o intervalo em 2-0 a favor dos da casa. Na segunda parte o Caldas ainda tentou dar um ar da sua graça, mas o União de Lamas foi sempre mais forte e nos últimos dez minutos Maia bisou e fechou o placar em 4-0, mas que poderia perfeitamente ter sido mais dilatado, tais foram as oportunidades de golo desperdiçadas pelos pupilos de Jorge Lima. A derrota afunda ainda mais o Caldas na tabela e deixa os lamacenses cada vez mais líderes.

Empate justo numa partida sem sal do Feirense

II DIVISÃO DISTRITAL - Série A

Resultados - 13.ª Jornada Mansores 4 1 Romariz F. C. Alvarenga 1 1 Paços Brandão Rio Meão 2 2 ADC Lobão Lusit. Lourosa B 2 2 Macieirense Mosteirô F. C. 19-Jan AD Argoncilhe União de Lamas 4 0 Caldas S. Jorge S. Vic. Pereira 3 1 Real Nogueirense ACRD Mosteirô 2 1 Sanguedo Classificação J V E D F - C P União Lamas 13 11 1 1 30 - 4 34 P. Brandão 13 7 5 1 28 - 9 26 Mansores 13 8 2 3 37 - 19 26 Lourosa B 13 8 2 3 28 - 13 26 Macieirense 13 7 5 1 18 - 11 26 ADC Lobão 13 5 5 3 14 - 14 20 Rio Meão 13 5 4 4 21 - 23 19 Alvarenga 13 5 4 4 12 - 14 19 Mosteirô FC 12 5 2 5 21 - 19 17 Argoncilhe 12 4 3 5 13 - 17 15 C. S. Jorge 13 4 3 6 12 - 21 15 Sanguedo 13 3 4 6 10 - 15 13 ACRD Mosteirô 13 3 3 7 11 - 19 12 S. V. Pereira 13 2 2 9 17 - 30 8 Romariz FC 13 2 1 10 10 - 28 7 Real Nogueir. 13 0 2 11 9 - 35 2 Próxima Jornada - 04 e 05 de Janeiro ACRD Mosteirô -Romariz F. C. Paços de Brandão - Mansores ADC Lobão - Alvarenga Macieirense - Rio Meão Argoncilhe - Lusitânia de Lourosa B Caldas São Jorge - Mosteirô F. C. - 04/01 Real Nogueirense -União de Lamas - 04/01 Sanguedo - São Vicente Pereira

Estádio C.

F. U. L.

4

Comendador Henrique Amorim

vs

Árbitro: Pedro Oliveira

0

União de Lamas: Muller, Fábio Raul, Toninho, João Marques, Miguel Reis (Leandro, 45), Edu, Rochinha (Samu, 45), Ruizinho, Ministro, Kaka (80), Maia T: Jorge Lima Caldas S. Jorge: Marco, Sousa, Pereira, André, Bruno (Pedro, 78), Diogo (Xavier, 90), Dani, Javier, João Paulo, Russo (Joel, 70), Guedes T: Torcato Ferreira

Amarelos: Sousa (33) e André (59) Golos: Maraco (32, a.g), Kaka (35), Maia (80 e 90+1)

Distritais // Jornada de má memória para as equipas do coenlho na 2.ª divisão

Canedo vence Famalicão em jogo de loucos e Milheiroense bate em casa o Valonguense O Canedo protagonizou o jogo mais emotivo e mais espectacular deste fim de semana. Depois de estar a perder po 0-3 ao intervalo na recepção ao Famalicão, a turma de João Paulo protagonizou uma reviravolta épica e venceu por 4-3 com golos de Alex, João Loureiro e um bis de Samu. O Milheiroense também venceu em casa o Valonguense por 3-1 com golos de Bilinho, Ricardo Martins e Denis. Quem não teve a mesma sorte foi o Soutense que saiu derrotado na visita ao Esmoriz. O jogo do Fiães frente ao Águeda foi adiado para dia 15 de Janeiro.

Tarde negra para as equipas feirenses na 2.ª divisão Na segunda divisão distrital os resultados das equipas do Concelho não foram os melhores, onde

apenas o União de Lamas saiu vitorioso no dérbi com o Caldas São Jorge. O Romariz saiu goleado do terreno do Mansores por 4-1 e Paços de Brandão foi a Alvarenga empatar a uma bola graças a um auto golo de Fintinhas. No dérbi entre o Rio Meão e o Lobão registou-se uma igualdade a dois golos, com Guga e Carlos a marcarem para os da casa e Zé Eduardo e André Pinho a fazerem os golos do Lobão. Quem também empatou a duas bolas foi o Lourosa B na recepção ao Macieirense com Marroco e Justo a fazerem os tentos dos lusitanistas. No outro jogo com uma equipa do concelho envolvida foi o Mosteirô de Arouca diante do Sanguedo. A turma feirense perdeu por 2-1 com Tita a fazer o golo de honra da equipa. O dérbi entre o Mosteirô e o Argoncilhe foi adiado para o dia 19 de Janeiro.

O Feirense não conseguiu levar de vencida a equipa do Padroense que demonstrou mais futebol do que a pauta classificativa pode deixar antever. Entrou bem a turma de Tiago Oliveira, com Marcelo a fazer o 1-0 logo aos três minutos. A reacção dos visitantes não se fez esperar e aos sete surge o empate por Madi Queta. No entanto, os jovens “fogaceiros” voltaram a passar para a frente aos 11 minutos por Henrique e aos 18 já vencia por 3-1 com Marcelo a bisar na partida. Quando se esperava que o Feirense fosse para o descanso com dois golos de vantagem, o Padroense

reduz para 3-2 e deixa o jogo em aberto para a segunda metade. Na etapa complementar, o Padroense foi sempre mais incisivo na procura do empate e, através de lances de bola parada criava muitas dificuldades à defensiva feirense. Não foi com surpresa que a turma de Mário Silva chegou à igualdade a poucos minutos do final do encontro, colocando justiça no resultado. Com este empate o Feirense perdeu nova oportunidade para se aproximar do segundo classificado Rio Ave, encontrando-se agora a três pontos do grande objectivo da temporada.

Complexo Desportivo Clube Desportivo Feirense

NACIONAL DE JUVENIS - Série B

FEIRENSE PADROENSE

3 3

Árbitro: Albano Correia (Braga) Feirense: José Lino, Eusébio Ribeiro, Alex, Miguel Sousa, Pedro Leite, Leandro (Manuel Nunes, 72), Henrique, Diga, Marcelo, Luís Pinto (Igor Fontes, 56) Leandro Ribeiro (João Bernardo, 65) T: Tiago Oliveira Padroense: Tiago Martins, Diogo Casimiro, Pedro Marques (Rio, 80+3), Wilson Costa, Bruno Pereira, João Bola, Michael, João Tavares, Rui Pedro (Leandro Vieira, 76), Miguel Sousa, Madi Queta T: Mário Silva

I DIVISÃO DISTRITAL

Resultados - 14.ª Jornada Fiães 15-Jan Águeda Canedo 4 3 AC Famalicão Esmoriz 1 0 Soutense Gafanha 19-Jan Avanca Mourisquense 0 3 AD Sanjoanense Cucujães 0 6 Oliveira do Bairro Milheiroense 3 1 Valonguense Alba 1 2 Paivense Mealhada 0 0 Carregosense Classificação J V E D F - C P Sanjoanense 14 11 2 1 29 - 7 35 Oliv. Bairro 14 10 3 1 37 - 16 33 Gafanha 13 9 3 1 26 - 10 30 Alba 14 9 3 2 21 - 8 30 Esmoriz 14 9 1 4 17 - 15 28 Canedo 14 5 5 4 18 - 23 20 Fiães 13 4 7 2 23 - 17 19 Águeda 13 5 4 4 14 - 14 19 Avanca 13 5 3 5 24 - 20 18 Paivense 14 4 6 4 21 - 18 18 Carregosense 14 4 5 5 11 - 15 17 Milheiroense 14 2 8 4 13 - 17 14 Cucujães 14 4 1 9 13 - 28 13 Mealhada 14 2 6 6 13 - 19 12 Soutense 14 2 4 8 11 - 23 10 Mourisquense 14 2 2 10 16 - 25 8 AC Famalicão 14 1 5 8 11 - 22 8 Valonguense 14 1 2 11 11 - 36 5 Próxima Jornada - 05 de Janeiro Fiães - Canedo AC Famalicão - Esmoriz Soutense - Gafanha Avanca - Mourisquense AD Sanjoanense - Cucujães Oliveira do Bairro - Milheiroense Valonguense - Alba Paivense - Mealhada Águeda - Carregosense

Amarelos: José Lino (37), Diga (70), Bruno Pereira (78)

Golos: Marcelo (3 e 18), Madi Queta (7), Henrique (11), Michael (37) e (Pedro Leite, a.g. 64)

Resultado em atraso - 14.ª Jornada Penafiel 0 1 F. C. Porto Resultado em atraso - 15.ª Jornada Feirense 3 3 Padroense Classificação J V E D F - C P F. C. Porto 16 14 0 2 45 - 9 42 Rio Ave 16 10 3 3 29 - 12 33 Feirense 16 9 3 4 26 - 20 30 Boavista 16 7 2 7 25 - 29 23 Varzim 16 6 2 8 22 - 24 20 Penafiel 16 5 3 8 20 - 31 18 Padroense 16 4 4 8 20 - 28 16 Leixões 16 3 6 7 20 - 32 15 Sanjoanense 16 4 3 9 20 - 34 15 Gondomar 16 4 2 10 21 - 29 14 Penúltima Jornada - 05 de Janeiro Boavista - Feirense, 11h Padroense - Penafiel Rio Ave - Gondomar Leixões - Varzim F. C. Porto - AD Sanjoanense


Correio da Feira 30.DEZ.2013

Opinião

Selecções Nacionais de Sub 18 e Sub 16 nascem em 2014

Rufino Ferreira Ainda não assistimos à chegada de 2014 e as boas novidades já se fazem sentir. Assim surge a agradável surpresa por parte da Federação Portuguesa de Futebol da criação das selecções nacionais de Futsal sub-16 e sub-18. Aproveitando os torneios interassociações em ambos os escalões, a FPF terá a oportunidade de observar quais os jovens que mais se destacam nessas provas, promovendo de seguida a sua escolha, para as futuras selecções nacionais. Trata-se sem dúvida de uma excelente forma de aproveitar os eventos interassociações, e de capitalizar da melhor forma o investimento neles efectuados pela entidade que gere o Futsal Português. Em cada um dos escalões, serão seleccionados 20 atletas que irão ter a oportunidade de trabalhar com a chancela de qualidade da FPF. Depois de ter avançado com a criação do Campeonato Nacional Feminino, a direcção da FPF, parece não abrandar o ritmo, surpreendendo o mundo desportivo agora com esta medida, que já havia sido definida aquando da elaboração do plano de desenvolvimento estratégico para o Futsal, servindo este de orientação para o longo caminho a percorrer, até à afirmação de Portugal como uma das maiores potências mundiais da modalidade. Já estão definidas igualmente, as datas em que ocorrerão os estágios das referidas selecções, assim os sub-18 irão reunir-se de 10 a 12 de Fevereiro e os sub-16 de 13 a 16 de Abril. Pela negativa, o facto de não existirem por parte da UEFA e da FIFA, provas para ambos os escalões, algo que os responsáveis federativos tentam mudar junto dessas entidades, pois de nada valerá a nossa evolução interna, se os padrões internacionais organizativos se mantiverem baixos. De realçar por outro lado, que a nossa Selecção Nacional Sénior feminina, participou em Dezembro, no IV Torneio Mundial Feminino, tendo alcançado a 4º posição no evento. A sua pior qualificação de sempre, depois de ter perdido nas meias-finais com o Brasil, tetra campeão mundial e no jogo de 3º e 4º lugar, nova derrota, desta feita nas grandes penalidades perante as Russas. Apesar de não ser calamitoso, e em nada beliscar a qualidade das lusas, poderá este facto indiciar que as outras selecções também começam a trabalhar com qualidade, e os resultados isso indicam.

Futsal Feminino // Lusitanistas seguem em força

Futebol

Lourosa e Gião voltam a golear fora de portas Lourosa e Gião golearam nas visitas ao São Pedro Castelões e CAP Alquerubim, respectivamente. Depois de ter despachado de forma implacável o ARCA na última jornada, a formação lourosense voltou a vencer por números bem gordos. Juliana com um “hat-trick” acabou por ser a figura do encontro. Os restantes golos foram apontados por Fabiana, Viviana e um bis de Diana Paiva. Com este triunfo as lusitanistas seguem na perseguição aos líderes Ossela e ao segundo classificado, o Always Young.

DISTRITAL FEMININO

Encontro das gerações de ouro do Feirense

Gião regressa aos triunfos frente ao CAP Alquerubim Quanto ao Gião, o regresso aos triunfos não poderia ter sido melhor com uma goleada copiosa por 11-0 na recepção ao CAP Alquerubim, actualmente último colocado e a pior equipa da prova. Sérgia com três golos foi o maior destaque na turma feirense, com os outros tentos a s erem da autoria de Carina F., Marisa, Joana e com bis de Carina S, e Jeniffer. Pavilhão da Escola EB 2,3 de Vale Cambra

SP CASTELÕES Resultados - 14.ª Jornada GRC Telhadela 5 7 Casa do Benfica ARCA 1 3 Ossela S. Pedro Castelões 0 7 Lusitânia Lourosa PARC 6 1 AMUPB Futsal CAP Alquerubim 0 11 ACD Gião Always Young 4 2 NEGE Classificação J V E D F - C P Ossela 14 13 0 1 113 - 16 39 Always Young 14 12 0 2 98 - 12 36 Lusit. Lourosa 14 11 2 1 77 - 16 35 ACD Gião 14 11 1 2 78 - 25 34 PARC 14 7 2 5 54 - 33 23 S.P. Castelões 13 5 1 7 24 - 42 16 AMUPB Futsal 13 4 3 6 38 - 64 15 Casa do Benfica14 5 0 9 47 - 86 15 NEGE 14 4 1 9 42 - 57 13 ARCA 14 2 3 9 22 - 48 9 Telhadela 14 1 1 12 38 - 141 4 CAP Alquerub. 14 0 2 12 21 - 112 2 Próxima Jornada - 03 e 04 de Janeiro NEGE - GRC Telhadela Casa do Benfica em Aveiro - ARCA Ossela - S. Pedro Castelões- 03/01 Lusitânia de Lourosa - PARC, 17h AMUPB Futsal - CAP Alquerubim ACD Gião - Always Young, 21h

LOUROSA

0 7

SP Castelões: Lara, Daniela, Adriana, Verónica, Natália, Carla Soares, Marta Costa, Cátia Sousa, Daniela Rodrigues, Joana Tavares, Ana Portela Lourosa: Diana Almeida, Juliana (3), Piolho, Estela, Liliana, Dani Lopes, Diana Paiva (2), Fabiana (1), Cabral, Diana Cruz, Silvana, Viviana (1), Tânia Paiva T: António Pinto

Pavilhão Municipal da EB 2,3 da Corga

ALQUERUBIM ACD GIÃO

0 11

CAP Alquerubim: Susana, Anabela, Tânia, Ana, Inês, Nicole, Rute, Andreia ACD GIão: Ana, Carina F. (1), Carina S. (2), Corina (1), Marisa (1), Joana (1), Sónia, Sérgia (3), Jeniffer (2) T: António Queirós

1.ª Divisão Distrital

Juventude Fiães vence Silvalde em jogo referente à 4.ª jornada A Juventude de Fiães venceu na recepção ao Silvalde numa partida em atraso referente à 4.ª jornada da primeira divisão distrital. O encontro previamente marcado para dia 26 de Outubro tinha sido adiado devido à presença da turma fianense na Taça de Portugal. Com este triunfo, o Fiães recupera caminho para os líderes da prova, somando agora

23 pontos, igualdando a formação do Bairros e reduzindo para cinco a diferença pontual em relação ao Beira-Mar e Futsal Azeméis, actuais primeiros classificados. No entanto, a Juventude Fiães continua com um jogo por realizar frente ao Urrô em casa, podendo ficar somente a três pontos da liderança em caso de vitória. O encontro está agendado para dia 23 de Janeiro do próximo ano.

3.ª Divisão Nacional

Hugo Vasco e Hélio Brito são reforços do Lamas Futsal O Lamas Futsal aposta forte para o que resta da temporada, reforçando-se com dois novos elementos. Hugo Vasco, mais conhecido por “Bacalhau” era jogador do Rio Ave que actua no escalão máximo do futsal português e a partir de Janeiro vai vestir as cores do

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Lamas Futsal. O outro reforço da equipa rubronegra é Hélio Brito, ex-jogador do Cruzeiro Santana. A formação lamacense milita na 3.ª divisão nacional e ocupa os lugares da frente, com ambição da subida de escalão.

No passado dia 7 de Dezembro, reuniu-se mais uma vez a geração de ouro do Clube Desportivo Feirense, conforme caraterizou o historiador feirense Roberto Carlos, numa confraternização que já vem sendo habitual, e que este ano teve como novidade a integração das gerações mais recentes do clube, mormente da década de 70 e 80 no almoço de campeões. O encontro realizou-se no restaurante Sabores do Campo, reunindo nomes como, Henrique, Ramalho, Élito, Armando, Vasco, Eduardo, Leite, António Vasco, Brandão, Germano, Portela, José

Augusto, Machado, Acácio, Lopes, Barroca, Carlos, Ramiro, Leão e Jaime. Sintomática foi a expressão de Brandão, ao referir-se aos seus companheiros como amigos e irmãos, definindo assim o segredo da equipa fabulosa dos anos 60, que tão longe levou o nome do Feirense e da então Vila da Feira, abrindo as portas às equipas de 1976/1977, de 1988/1989 Foram recordadas histórias únicas daqueles tempos em que as dificuldades eram mais do que muitas, mas que esta geração fez jus ao espírito de conquista e de amizade.

Futebol

Paços de Brandão organiza convívio natalício com torneio para infantis A e B A Dragon Force / Vitalis, foi o clube vencedor nos dois escalões batendo na final a equipa da casa o CD Paços de Brandão em Infantis A por uns claros 6-1 e em Infantis B vitória tangencial por 2-1.

Nos Infantis A, o CF União de Lamas foi terceiro e o Lusitânia de Lourosa FC o quarto. Já nos Infantis B, o Lusitânia de Lourosa FC foi terceiro e o CF União Lamas o quarto

Futebol

Primeiro Seminário “Ideias de Futebol” em Argoncilhe foi um enorme sucesso Nélson Pinho era um homem feliz no final do primeiro seminário Ideias de Futebol realizado no passado dia 27 de Dezembro em Argoincilhe. “Desde muito novo assisti a eventos deste tipo e sempre sonhei com o “meu” Seminário. Como referi na cerimónia de encerramente e citando Fernando Pessoa: “o Homem sonha a obra nasce”. Hoje realizei um sonho” diz o grande mentor deste evento que juntou várias personalidades bastante conhecidas do futebol nacional. Quem também marcou presença neste seminário foi o Presidente

da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que também colaborou na organização do evento. Perante uma sala repleta de apaixonados pela modalidade e muitos aspirantes a uma vida profissional no mundo do futebol, partilharam as suas ideias personalidades distintas como Silvino Morais, Rui Quinta, Carlos Neto, Vitor Severino, entre outros. Para o final do dia ficou guardado o debate moderado por Bernardino Barros, com a participação de Carlos Secretário, Carlos Daniel, Manuel Cajuda e Pedro Correia.


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Correio da Feira 23.DEZ.2013

Natação // O Clube Colégio de Lamas esteve representado com mais 5 atletas

Hóquei Patins // Feirenses caem para penúltimo

Simão Capitão é vice Campeão Nacional Junior

Académico da Feira derrotado em Famalicão O Académico da Feira foi derrotado por 5-2 pelo Famalicense, em jogo a contar para a 13ª jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão, Zona Norte. A equipa da casa resolveu praticamente o jogo na primeira parte, ao conseguir obter três golos sem resposta, resultado que se verificava ao intervalo. Na segunda parte, o Académico da Feira melhorou a sua exibição, mas o Famalicense conseguiu gerir bem a sua vantageme venceu naturalmente o encontro por 5-2. Marcaram para o Famalicense, André Barbosa 3 golos, André Ferreira e Manuel Pinheiro. O Académico da Feira alinhou e marcou com Ricardo Fernandes, Artur Couto, Marco Dias, Tiago Pinto (1 golo) e David Sá – cinco inicial – João Moreira, Hugo Gonçalves (1 golo), Pedro Silva, Marcelo Dias e Sérgio Costa. Treinador: Rui Tavares.

Simão Capitão sagrou-se vice campeão Nacional aos 50 bruços com o magnifico tempo de 29.56. Nas restantes provas alcançou tac´s Nacionais e recordes do clube abs.: foi 4º aos 100 bruços com 1.04.79, 5º aos 200 bruços com 2.24.96; 8º aos 50 livres com 24.72; 100 estilos com 1.00.89 e 2.12.36 aos 200 estilos; Joana Silva com 1 RP e RC aos 50 bruços com 35.12 e João capitão com 3 RP e 3 Tac´s nacionais aos 50 (30.46) e 100 bruços (1.07.53) e 50 livres (24.79).

Decorreu nos passados dias 20,21 e 22 de Dezembro, mais uma edição do Campeonato Nacional Junior e Senior de Portugal de Piscina Curta. Estiveram presentes 441 nadadores (274 masc e 167 femininos) em representação de 69 clubes. O Clamas esteve representado pelos 6 atletas que obtiveram Tac´s para estes campeonatos dos escalões juniores e seniores sob orientação do técnico Paulo Ferreira. Destaque ainda para as estafetas

de 4x 50 livres e 4x 50 estilos que melhoraram os seus tempos obtendo Rclube abs em ambas com as boas prestaçoes de Joel peixoto, Daniel Coimbra e Daniel Magalhães. Brilhante maneira de encerrar este 1º macrociclo, para os seis atletas do Clamas que participaram nestes campeonatos com 11 tac´s nacionais, 9 Rec clube Abs e 12 Recordes pessoais, o que mostra o nivel elevado a que os atletas do Colegio de Lamas se têm exibido nesta época.

Camadas Jovens Regional de Juniores: 5ª Jornada: Pesseg. Vouga – Académico da Feira 4-8. Próxima Jornada: HC Mealhada – Académico da Feira, Domingo, dia 5, às 17 horas. Regional de Iniciados – Apuramento 7º/14º lugar: 4ª Jornada: Académico da Feira – Anadia 4-2. Próxima Jornada: Sanjoanense – Académico da Feira, Sábado, dia 4, às 11 horas. Regional de Infantis – Apuramento

II DIVISÃO NACIONAL - Zona Norte

Resultados - 13.ª Jornada CI Sagres 5 4 HC Paço de Rei CD Póvoa 4 3 AD Sanjoanense Juventude Pacense 11 1 CRPF Lavra Famalicense AC 5 2 Académico Feira GDC Fânzeres 3 3 CP Sobreira CAR Taipense 7 7 ACR Gulpilhares Riba D'Ave HC 5 0 HC Marco CD Cucujães 3 1 AA Espinho Classificação J V E D F - C P CD Póvoa 13 12 0 1 71 - 47 36 Sanjoanense 13 10 2 1 80 - 37 32 AA Espinho 13 8 3 2 59 - 38 27 Riba D'Ave HC 13 8 2 3 67 - 52 26 Famalicense 13 8 1 4 47 - 40 25 CI Sagres 13 7 0 6 75 - 65 21 Juvent. Pacense12 5 2 5 73 - 48 17 ACR Gulpilhares13 5 1 7 55 - 62 16 CAR Taipense 11 4 2 5 48 - 50 14 CRPF Lavra 13 4 2 7 54 - 61 14 HC Marco 13 4 2 7 41 - 57 14 GDC Fânzeres 13 4 1 8 44 - 64 13 CD Cucujães 12 4 1 7 41 - 62 13 CP Sobreira 13 2 4 7 59 - 67 10 Acad. Feira 13 3 1 9 55 - 86 10 HC Paço de Rei 13 1 2 10 49 - 82 5 Próxima Jornada - 04 de Janeiro CD Cucujães - HC Paço de Rei AD Sanjoanense - CI Sagres CRPF Lavra - CD Póvoa Académico da Feira - Juvent. Pacense, CP Sobreira - Famalicense AC ACR Gulpilhares - GDC Fânzeres HC Marco - CAR Taipense AA Espinho - Riba D'Ave HC

Campeão: 4ª Jornada: Oliveira do Hospital – Académico da Feira 6-0. Próxima Jornada: Académico da Feira – Cenap de Cacia, Domingo, 5, às 10 horas.

Atletismo // Cal na II Volta à cidade do Porto

Andebol // É torneio de referência nacional e internacional na época natalícia

Clube Atletismo de Lamas participa em Prova Solidária

Feira Handball Cup 2013 arrancou com cerca de 800 participantes José Carlos Macedo

O CAL – Clube Atletismo de Lamas, numa prova de companheirismo e solidariedade fez-se representar por 4 atletas, juntamente com cerca de outros 200 atletas que percorreram os 30Km estabelecidos para o perímetro da cidade do Porto, com partida e chegada no Parque da Cidade. Os atletas percorreram as várias artérias da cidade em ambiente alegre e solidário, procurando envolver a Renata e os seus Pais. Decorreu no passado dia 22 de Dezembro a prova “Volta à Cidade do Porto”, que se organiza pela segunda vez, em solidariedade para com Renata Tavares. Prova de corrida livre, com cerca de

30Km e caminhada de 6Km no parque. A Renata é uma criança de 12 anos, a quem foi diagnosticado Paralisia Cerebral por Encefalopatia Hipoxico-Isquémica, Insuficiência Respiratório Crónica, Epilepsia, Lesão de ambos os olhos e Surdez Neurossensorial. Devido aos graves problemas do sistema respiratório, tem de ser aspirada de hora a hora, faz quatro coughassist (máquina que ensina e obriga a tossir) por dia, alimentação e hidratação por sonda, entre muitos outros tratamentos como a administração da medicação que fazem parte da rotina de Renata e também da sua mãe.

São Pedro, nitidamente, não é adepto da modalidade. O guardião das chaves da porta para o céu, a par do calendário do evento Feira Handball Cup 2013, torneio de referência nacional e internacional na época natalícia, abriu as comportas e a chuva fustigou a cidade e o distrito todo o dia. O torneio, programado para seis gimnodesportivos sofreu contratempos que levaram a alguns jogos adiados e outros transferidos para outros recintos. Ainda assim, realizaram-se alguns jogos com os mais variados desfechos nos resultados.

Um clube espanhol entre os convidados de honra Este ano com um emblema espanhol entre as equipas convidadas, tal como as nacionais FC Porto – Dragon Force, FC Infesta, Xico Andebol, S.Bernardo, Alto do Moinho, Ismai e outros de igual peso e respeito, O CD Feirense Andebol promove um evento com cerca de 800 participantes, entre atletas, dirigentes, colaboradores

em geral e toda a comunidade do andebol feirense. O primeiro dia não foi fácil, com três dos seis pavilhões a meter água e a acumular humidade excessiva mas os organizadores, habituados a este tipo de empreitada, deram conta do recado. Para tal, contaram ainda com o fairplay das formações participantes no torneio, cuja compreensão foi fundamental para se ultrapassar tantos contratempos criados pela intempérie.

O evento conta com a participação de 38 equipas distribuídas por 3 escalões de competição: infantis com 9 equipas, iniciados com 16 equipas e juvenis com 13 equipas. Estes estão distribuídos por sete gimnodesportivos, quatro no concelho feirense, dois no concelho de Ovar e um no concelho de São João da Madeira. O torneio conta ainda com o importante contributo de 24 árbitros da Associação de Andebol de Aveiro.


Correio da Feira 30.DEZ.2013

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Paços de Brandão // Ao longo do seu percurso já acompanhou várias direcções e momentos mais difíceis do clube da sua terra

Américo Relvas é o líder da tesouraria e está ao serviço do clube há mais de doze anos Américo Relvas, de 67 anos, em doze serviu diversas direções e comissões administrativas, e sempre ligado à tesouraria do clube da sua terra. Nos anos 90 acompanhou o Presidente Fernando Monteiro, e após um descanso acompanhou desde 2003 até 2007 as Comissões Administrativas de Apolo Leite e Alexandrino Piloto, e já fazia parte também da Comissão de Obras, que entretanto se transformou nos diversos órgãos sociais do clube. Desde então fez sempre parte da Direção liderada pelo atual Presidente Januário Monteiro. Apenas com a quarta classe, nunca mexeu num computador, mas para ele é sagrado todos os pequenos documentos manuais, com todos os detalhes, estando bem claras, quer as receitas e despesas. Para ele, uma diferença de um cêntimo já lhe estraga toda a sua “contabilidade”. Além da responsabilidade das contas do clube, na altura das obras de toda a reformulação do Estádio D. Zulmira Sá e Silva, foram e continuam a ser muitas as horas e dias em que ao lado de alguns colegas deixou muito suor e sacrifício, por vezes em prejuízo

JUNIORES FEMININO FUTSAL

Resultados - 9.ª Jornada Ases Leça 1 10 Lusit. Lourosa SC Canidelo 2 2 Leões Tardariz PARC 0 9 Barranha Novasemente 1 1 Escola Gondomar Restaur. Avintenses 0 3 Ossela Classificação J V E D F - C P Ossela 9 8 1 0 73 - 3 25 Barranha 9 7 2 0 54 - 10 23 Rest. Avintenses 9 7 0 2 52 - 15 21 Lusit. Lourosa 9 5 0 4 28 - 18 15 Esc. Gondomar 9 3 3 3 29 - 16 12 SC Canidelo 9 3 3 3 20 - 22 12 Leões Tardariz 9 3 2 4 31 - 27 11 Novasemente 9 2 1 6 15 - 41 7 PARC 9 1 0 8 3 - 55 3 Ases Leça 9 0 0 9 2 - 100 0 Próxima Jornada - 04 e 05 de Janeiro Lusitânia de Lourosa - Leões Tardariz, 15h SC Canidelo - Barranha PARC - Escola Gondomar Novasemente - Ossela - 05/01 Ases Leça - Restauradores Avintenses - 05/01

da sua vida familiar. Podem ter a certeza que homens como estes já se contam pelos dedos “Logicamente todas as obras que o clube encetou, e foram concluídas no ano de 2008, foram um grande sonho. Ter a capacidade para oferecer as excelentes condições que o clube dispõe aos

atletas que por cá têm passado, é maravilhoso” - diz Américo Relvas quando se pede para destacar algum momento desde que está no clube. Relativamente à grande dificuldade de um clube como o Paço de Brandão angariar fundo, o tesoureiro é taxativo: “A vila de Paços de Brandão, a partir de

JUVENIS FUTSAL

INICIADOS FUTSAL Zona Norte

Resultados - 15.ª Jornada Ossela 30-Dez Atómicos Veiros 6 0 Beira-Mar GRC Telhadela 6 0 CD Feirense ACR Vale Cambra 4 2 Saavedra Guedes Juventude Fiães 2 2 CRECUS D. Sanjoanense 5 1 CD Escapães Folgou CP Esgueira Classificação J V E D F - C P D. Sanjoanen. 14 12 1 1 101 - 12 37 CD Escapães 14 11 1 2 64 - 29 34 Ossela 13 11 0 2 79 - 17 33 Atómicos 13 10 0 3 58 - 28 30 ACR V. Cambra 14 6 2 6 31 - 45 20 CRECUS 14 5 3 6 33 - 33 18 Beira-Mar 14 5 1 8 25 - 53 16 Telhadela 14 4 3 7 33 - 54 15 Juvent. Fiães 14 4 3 7 36 - 61 15 Saavedra Gued.14 4 2 8 27 - 59 14 Esgueira 13 3 4 6 44 - 54 13 Veiros 13 3 1 9 30 - 50 10 CD Feirense 14 0 1 13 20 - 86 1 Próxima Jornada - 04 de Janeiro Beira-Mar - CP Esgueira CD Feirense - Veiros, 15h Saavedra Guedes - GRC Telhadela CRECUS - ACR Vale Cambra CD Escapães - Juventude de Fiães, Dinamo Sanjoanense - Ossela Folga Atómicos

FUNERAIS * TRANSLADAÇÕES CREMAÇÕES * ARTIGOS RELIGIOSOS Avenida do Brasil, Loja nº472 | 3700-068 S. João da Madeira Telm: 910 426 948 | 964 753 988

Resultados - 15.ª Jornada Lusitânia Lourosa 1 4 GDC Lordelo PARC 8 2 ACR Vale Cambra CD Escapães 3 3 Saavedra Guedes Fundo de Vila 8 2 Juventude Fiães D. Sanjoanense 6 10 Ossela GDC Sanfins 1 6 CRECOR Classificação J V E D F - C P Fundo de Vila 15 15 0 0 151 - 27 45 Ossela 15 14 0 1 157 - 35 42 D. Sanjoanen. 15 10 0 5 112 - 50 30 CRECOR 15 10 0 5 66 - 36 30 GCD Sanfins 15 9 1 5 57 - 66 28 PARC 15 9 0 6 74 - 63 27 Juvent. Fiães 15 8 0 7 62 - 46 24 CD Escapães 15 6 2 7 38 - 42 20 Lordelo 15 4 0 11 56 - 73 12 Saavedra Gued.15 2 1 12 22 - 103 7 ACR V. Cambra 15 1 0 14 18 - 101 3 Lusit. Lourosa 15 0 0 15 10 - 181 0 Próxima Jornada - 04 e 05 de Janeiro ACR Vale de Cambra - GDC Lordelo Saavedra Guedes - PARC - 04/01 Juventude de Fiães - CD Escapães, 15h Ossela - Fundo de Vila - 04/01 CRECOR - Dinamo Sanjoanense GDC Sanfins - Lusit. Lourosa - 04/01,

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certa altura perdeu muitas das firmas que faziam parte do tecido empresarial, e eram importantes para a vida do clube e todas as colectividades da terra. Contribuíam razoavelmente, e agora nestes tempos mais recentes, tem sido um problema muito grave. Até os particulares que também ajuINFANTIS FUTSAL

Resultados - 13.ª Jornada AD Travassô 2 4 Novasemente PARC 6 4 GRC Telhadela ACR Vale Cambra 4 3 CD Escapães Fundo de Vila 3 2 ADREP CCR Maceda 2 6 CAP Alquerubim CC Barrô 5 4 CRECUS Din. Sanjoanense 4 6 Ossela Folgou CP Esgueira Classificação J V E D F - C P Ossela 12 10 2 0 87 - 29 32 CC Barrô 12 9 1 2 55 - 29 28 CAP Alquerub. 12 8 1 3 66 - 39 25 D. Sanjoanen. 12 8 0 4 78 - 42 24 PARC 12 6 3 3 64 - 40 21 Fundo de Vila 12 6 3 3 46 - 37 21 CRECUS 12 6 2 4 38 - 38 20 ADREP 12 5 2 5 52 - 35 17 CD Escapães 12 5 2 5 41 - 40 17 Novasemente 13 5 1 7 47 - 41 16 Telhadela 12 4 2 6 52 - 52 14 ACR V. Cambra 12 4 1 7 31 - 53 13 AD Travassô 13 4 0 9 40 - 86 12 CCR Maceda 12 1 0 11 25 - 87 3 CP Esgueira 12 0 0 12 15 - 89 0 Próxima Jornada - 04 e 05 de Janeiro Dinamo Sanjoanense- Novasemente GRC Telhadela - CP Esgueira CD Escapães - PARC - 04/01, 11,15h ADREP - ACR Vale de Cambra CAP Alquerubim - Fundo de Vila CRECUS - CCR Maceda Ossela - CC Barrô - 04/01 Folga AD Travassô

Boas

davam, agora muitos deles sem emprego a tarefa não é nada fácil. Por vezes dou comigo a pensar como é que vamos obter as verbas para honrar os compromissos de cada mês para a luz, o gás, a água, os ordenados de secretaria, rouparia, treinadores, e diversos encargos”. Recentemente o clube recebeu uma verba da transferência de Sérgio Oliveira para o FC Porto e Américo Relvas não esconde o alívio. “Esta foi uma dádiva do Céu, mas também a de Ricardo Barros de menor valor, aquando da sua passagem pelo Marítimo” - refere. Questionado quanto ao futuro do clube o tesoureiro está optimista. “Se a situação não se complicar muito mais, e depois do empréstimo regularizado ao Banco, talvez se possa pensar em levar o clube novamente à primeira divisão, porque para os Nacionais vai ser muito difícil lá chegar. A conjuntura dos próximos anos não vai ser nada fácil, e como atrás referi as pessoas e empresas cada vez apoiam menos. A Câmara deixou de apoiar a formação como até ao ano de 2010” - remata. BENJAMINS FUTSAL

Resultados - 13.ª Jornada GDC Lordelo 25 0 CAP Alquerubim CRECUS 2 6 PARC ADREP 5 0 CD Feirense Saavedra Guedes 5 10 CCR Maceda Belazaima 3 3 Din. Sanjoanense GCD Sanfins 6 5 ACR Vale Cambra CC Barrô 5 1 Novasemente Folgou GRC Telhadela Classificação J V E D F - C P GDC Lordelo 12 10 2 0 141 - 15 32 ADREP 12 10 2 0 127 - 21 32 CC Barrô 13 10 2 1 117 - 35 32 Telhadela 11 9 1 1 70 - 27 28 CCR Maceda 12 8 1 3 80 - 39 25 Belazaima 12 5 4 3 76 - 35 19 D. Sanjoanen. 11 5 2 4 72 - 52 17 PARC 12 5 2 5 65 - 59 17 GCD Sanfins 12 5 1 6 57 - 63 16 Novasemente 12 4 1 7 44 - 73 13 ACR V. Cambra 12 3 1 8 53 - 64 10 CD Feirense 12 3 1 8 27 - 61 10 CAP Alquerub. 13 2 0 11 19 - 162 6 Saavedra Gued.12 0 1 11 22 - 131 1 CRECUS 12 0 1 11 18 - 151 1 Próxima Jornada - 05 de Janeiro PARC - GDC Lordelo CD Feirense - CRECUS,10h CCR Maceda - ADREP Dinamo Sanjoanense - Saavedra Guedes ACR Vale de Cambra - Belazaima Novasemente - GCD Sanfins, 11h GRC Telhadela - CC Barrô Folga CAP Alquerubim

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Correio da Feira 30.DEZ.2013

Espargo // No dia 25 de Janeiro

Opinião

Kátia Guerreiro actua no Europarque e promete provar a famosa fogaça

O pintor António Joaquim homenageado no Estoril

A fadista Kátia Guerreiro vai encerrar, no próximo dia 25, o programa da Festa das Fogaceiras, com um concerto no Europarque, pelas 21h30. A fadista confessou ao “Correio da Feira” que tem curiosidade em provar a fogaça e promete um concerto inspirador. O palco de Santa Maria da Feira é-lhe de alguma forma especial? Claro que sim. Todos os palcos são especiais e é sempre com grande alegria que canto no meu país. Será a primeira vez que faço um espectáculo em Santa Maria da Feira e tendo a honra

de encerrar a grande e carismática Festa das Fogaceiras não poderia estar mais expectante em relação a este concerto. Conhece a região? Já estive em Santa Maria da Feira, inclusive no Europarque em Fevereiro de 2010, por ocasião da Cerimónia de Apresentação dos Resultados da Campanha “Portugal a Minha Primeira Escolha” , onde participei com o meu testemunho. Não conheço bem a cidade e acho que não haveria melhor altura (Festa das Fogaceiras) para conhecer as gentes, costumes e tradições de Santa Maria

da Feira. Vem actuar no âmbito da Festa das Fogaceiras. Já provou a fogaça? Tenciona fazê-lo? Ainda não provei e claro que tenciono fazê-lo! Já ouvi dizer maravilhas deste pão doce com um nome tão original. Uma iguaria, dizem-me os entendidos! O que pode o público esperar deste concerto? O público pode esperar a entrega e dedicação que sempre tenho em palco e em cada fado que canto. Sinto-me muito acarinhada pelo público do norte do país e isso é muito inspirador.

Santa Maria da Feira // Autor da escultura em cortiça criada para o Imaginarius

Vhils em destaque no Brasil Vhils, autor da escultura em cortiça “Diorama Cork Factory”, criada para o Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, tem o seu trabalho reconhecido no Brasil. A revista online LuxGood destaca-o como “o melhor na arte urbana…”. Nesta publicação brasileira, Vhils é retratado como o artista plástico da cortiça, dada a sua preferência por esta matéria-prima para a concretização das suas obras. Recorde-se que Vhils trabalhou a cortiça pela primeira vez a convite do festival Imaginarius, que

http://luxgood.blogspot.com.br o desafiou a esculpir uma peça que homenageasse a indústria corticeira da região. Assim, em 2013, o artista plástico apresentou uma escultura com sete metros de altura, 3,5 metros de comprimento e 80 centímetros

de profundidade durante o festival Imaginarius. A peça, de nome “Diorama Cork Factory”, ainda se encontra exposta numa parede exterior da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.

Santa Maria da Feira // “Jangada de Pedra”

Melhor espectáculo do ano estreou no Imaginarius O espectáculo “Jangada de Pedra” – adaptação teatral da obra de José Saramago pelo grupo de teatro O Bando, que estreou na 13ª edição do festival Imaginarius, em Santa Maria da Feira, na presença da mulher do escritor, Pilar del Rio – foi eleito o melhor do ano pela revista Time Out Lisboa. Depois da estreia absoluta no Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, em Maio deste ano, e da apresentação no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, esta coprodução Imaginarius, O Bando e São Luiz apresentou-se em Palmela, onde está sediado o grupo de teatro O Bando. “Jangada de Pedra” é uma encenação de João Brites e Rui Francisco com música de Jorge Salgueiro a partir da obra de José Saramago. Ao ar livre, suspensos,

os personagens partem para o mar, vendo ao longe esse rochedo fragmentado, essa Europa dividida entre tantos centros e outras tantas periferias. E com eles, todos nós

caminhamos, ouvindo os cânticos ancestrais de uma ibéria feita de mil povos cruzados e perguntando às populações, aos amigos, aos viajantes: Para onde vamos?

Foi em 1980. Alguém me telefonou a dizer que não deixasse de ir ao Palácio Foz, em Lisboa, ver uma exposição de um artista de Santa Maria da Feira, António Joaquim, acrescentando o meu interlocutor, tratar-se de um pintor figurativo, que dominava e domina, com igual mestria o óleo, o acrílico e a aguarela, o que de facto é muito raro no mundo artístico português. Ouvira já falar em António Joaquim, mas não o conhecia pessoalmente. Recordo-me de ter sido num sábado, que subi as escadarias do Palácio Foz, em Lisboa, e deparei, numa pequena sala, com uma exposição magnífica, paisagens e naturezas mortas de inegável qualidade, e o seu autor, ali presente, um homem simples, visivelmente magoado, porque, alguém, segundo me disse, da área da Cultura do Governo de Maria de Lurdes Pintassilgo, que pouco tempo antes assumira o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, tentara desmarcar a exposição, para a qual fôra convidado, meses antes, por motivos de que o pintor não foi informado. Foi uma longa conversa, que me levou a concluir estar em frente de um daqueles artistas, que atingiram o auge da sua carreira artística, tal era a qualidade dos trabalhos que ali estavam expostos. Poucos meses depois, António Joaquim estava a expor na Galeria de Arte do Casino Estoril, onde viria a ser distinguido com o 1º prémio, “Prémio José Teodoro dos Santos”, em 1980, no I Salão de Outono e o “Prémio Especial do Júri” no II Salão de Outono, em 1981, tendo realizado ainda nesta galeria, sete exposições individuais, respectivamente em 1980, 1982, 1986, 1996, 1997, 2010 e 2011, e participado em dezenas de colectivas, incluindo os 27 Salões de Outono até hoje realizados, tendo-se tornado em um dos artistas mais assíduos, juntamente com Nadir Afonso, outro grande nome da Arte, há dias desaparecido do rol dos vivos. António Joaquim foi e é um dos grandes pintores de temas da Cidade Invicta, a par de António Cruz e Jaime Isidoro. Paisagista de inegável mérito, os seus quadros da Ribeira são verdadeiras obras-primas, comparáveis a trabalhos de alguns dos nomes da Escola Naturalista. É um dos artistas, hoje presentes no XXVII Salão de Outono do Casino Estoril, tendo sido homenageado,

pelo facto de, no corrente ano, celebrar o cinquentenário da sua actividade artística, bem como pela altíssima qualidade da sua obra, não obstante se tratar de um autodidata, no sentido absoluto da palavra, o que nos tem levado a apontá-lo como exemplo a seguir pelos jovens, muitos dos quais tem ajudado a triunfar e lhe devem muito das suas carreiras. A propósito, não deixo de registar e lamentar que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia tenha cancelado, vai com alguns anos, o prémio de pintura, que tinha o seu nome, anualmente organizado pela Cooperativa dos Artistas de Gaia, do qual se realizaram cerca de uma dezena de edições, uma justa iniciativa de homenagem àquele grande pintor e muito útil para os artistas, na sua maioria jovens, residentes em Vila Nova de Gaia ou no Porto, e que participavam nessa exposição. Há erros, que são reparáveis e não se diga que não é o caso. Em Vila Nova de Gaia vivem numerosos artistas da Área das Artes Plásticas e prémios dos moldes por que era feito o que tinha o seu nome, são de grande qualidade, sobretudo para artistas jovens, por divulgar os prémios e os premiados, como também, dos participantes e das suas obras. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia: vamos a isto. Repare o erro do seu antecessor. Embora natural de Santa Maria da Feira, há longos anos que António Joaquim escolheu Vila Nova de Gaia para aí residir. A Galeria de Arte do Casino Estoril acaba de criar um Prémio, aquando da inauguração deste Salão, com o nome de António Joaquim, a atribuir por votação do público. Será uma excelente serigrafia do homenageado, editada por esta galeria, a entregar, em todos os próximos Salões de Outono, ao melhor trabalho presente nessa exposição anual. A instituição deste prémio foi anunciada na inauguração do presente Salão de Outono teve o aplauso das duas dezenas de artistas presentes. Este XXVII Salão de Outono, em cujo altar-mor (a parede do fundo), se encontram expostos três magníficos trabalhos de António Joaquim, estará patente ao público até ao próximo dia 22 de Janeiro. N.Lima de Carvalho


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