TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Desde 11 de Abril de 1897
Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXVIII
Semanário
Direcção: Sandra Moreno
21 Julho 2014
Habitações sociais continuam a ser o lar para os momentos difíceis da vida P. 14 e 15
Nº 5874
€0,60 (iva inc.)
Lourosa Câmara avança com processo litigioso de expropriação na rua fechada do “Casalinho” pág. 04
Escapães Vereadores do PS dizem que na freguesia há um vazio político e por isso os problemas ficam por resolver pág. 10
Mosteirô
// Santa Maria da Feira
Moradores do Cavaco ameaçam cortar estrada
pág. 05
// Santa Maria da Feira
Na Casa Plácido entram mais de 100 clientes por dia
pág. 03
Os habitantes da Rua dos Bombeiros Voluntários estão saturados dos buracos da via e, por isso, ameaçam cortar a estrada caso a Câmara Municipal não avance com a repavimentação do piso.
Na oficina de Pedro Pinhal “nascem” violinos, violas e violoncelos feitos à medida pág. 11
Cultura Este ano há transportes grátis desde o Porto a Santa Maria da Feira para a Viagem Medieval pág. 13
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Correio da Feira 21.JUL.2014
Hospital S. Sebastião: história com final feliz O Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, é um exlibris do concelho, pela qualidade das suas instalações e pelo profissionalismo e competência do seu quadro médico e de pessoal. Integrado agora no Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga, que abrange, ainda, os hospitais de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, a construção do Hospital de S. Sebastião deve-se a dois homens: Alfredo Henriques, então presidente
da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, e Aníbal Cavaco Silva, então primeiro-ministro de Portugal. Alfredo Henriques fez mesmo questão de recordar a construção do hospital como marco indelével dos seus mandatos à frente do Município feirense. Nos últimos tempos, com a forte redução de serviços públicos a que temos assistido, tanto na saúde, como na educação e na justiça, muitos davam como certo que o nosso hospital iria ver re-
duzidas as suas valências. Há poucos dias, fomos alertados para uma boa notícia (ainda há boas notícias em Portugal): o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, (e desde logo o Hospital de S. Sebastião), vai manter todas as actuais valências e ver reforçado o número de médicos em algumas delas. A decisão do Ministério da Saúde deveu-se ao eficiente trabalho de influência e às diversas reuniões que o actual Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria
da Feira, Emídio Sousa, manteve com os responsáveis governativos do Ministério da Saúde. Sem alaridos, mas com o sentido da responsabilidade que deve ter um líder autárquico nestas situações, Emídio Sousa conseguiu levar “a carta a Garcia”, que o mesmo é dizer que assegurou junto do Ministério da Saúde a manutenção das valências e o reforço do corpo médico do nosso hospital, nas valências de gastroenterologia, endocrinologia, reumatologia e
pedopsiquiatria. Tenho acompanhado o trabalho do novo Presidente da Câmara e confesso que estou agradavelmente surpreendido pela competência, capacidade de influência nos gabinetes governamentais, mobilização dos Feirenses, diplomacia económica internacional e combate ao desemprego. Sem grandes alaridos e com um grande sentido de responsabilidade. Parabéns. Fábio Maia
Não baixar os braços
Plano do município de combate à corrupção cheira a hipocrisia
Tudo o que seja feito para combater a corrupção deve ser aplaudido por todos que se norteiam por princípios de respeito e seriedade com os direitos dos cidadãos. Os valores de cidadania têm que ser praticados e não ficarem por palavras vãs. Essa promoção e valorização é uma contribuição essencial na construção de uma
sociedade mais justa e mais respeitada. Para se estabelecer um plano eficaz no combate à corrupção só através de medidas de combate feroz às clientelas existentes em muitos serviços municipais que dificultam o a eliminação desse flagelo social. Os interesses instalados, tudo fazem para manterem os seus privilégios recorrendo aos mais diversos processos de pressão psicológica sobre os munícipes mais frágeis levandoos a desistir de reclamar e aceitar forçadamente a influência e o compadrio. Muitos, para verem os seus problemas resolvidos, tornam-se corruptos passivos ao cederem às exigências dos
corruptos ativos. Quase invisível, este submundo criminoso tarda em ser anulado pois a sua capacidade no tráfico de influências é muito forte. Não adianta as boas intenções dos responsáveis pelos serviços municipais se fazem “orelhas moucas” quando são confrontados com factos geradores de corrupção. É do conhecimento público que a maior parte das reclamações apresentadas pelos munícipes não são atendidas, não merecem a devida resposta, bem como não há punição para os poluidores dos nossos rios e florestas…ninguém se incomoda com as situações em que a proteção de pessoas e bens
são postas em causa desde os incómodos com o ruído, ao perigo de incêndios por falta de limpeza de matas e silvados, passando pela insegurança dos peões que circulam na via pública. Enquanto estes vírus não forem eliminados, qualquer intenção de implementar um plano de combate à corrupção não passará de uma “fantasia romântica” pois as medidas apresentadas não serão para levar a sério. O combate à corrupção tem que começar de cima para baixo e de dentro para fora. Deve começar dos mais altos responsáveis políticos até ao mais humilde funcionário municipal!..Todos devem prestar contas. Todos sem exce-
ção, devem estar disponíveis para serem monitorizados por uma comissão de acompanhamento. Em nome da transparência, os resultados dessa monotorização devem estar acessíveis ao conhecimento público. Resumindo, enquanto não se combater o “clientelismo dos serviços municipais” e não for dada uma “resposta séria e célere às reclamações apresentadas pelos munícipes”, não haverá Plano que resulte no combate à corrupção por mais cosmética que o mesmo tenha!... António Cardoso, Deputado do PS na Assembleia da República
Evocação ao Beato Marcos Caldeira e aos Quarenta Mártires do Brasil Talvez pouco o saibam, mas Santa Maria da Feira tem um filho da terra beatificado. Marcos Caldeira, um jovem missionário jesuíta, nasceu no século XVI no ano de 1547 na antiga Vila da Feira. Segundo os registos era filho de Pedro Martins e de Isabel Caldeira. Entrou como estudante para a Companhia de Jesus em
NUMA BANCA PERTO DE SI
Évora em 1569 com 22 anos. Em 5 de Junho de 1570, o padre Inácio de Azevedo, natural do Porto, acompanhado de algumas dezenas de jesuítas que reuniu, entre os quais o noviço Marcos Caldeira, embarcaram em Lisboa na nau Santiago rumo ao Brasil e seguiram na frota do Governador do Brasil, D. Luiz de Vasconce-
los, com o objectivo de ajudar a cristianizar a Terra de Vera Cruz. Nesta viagem fizeram escala na Ilha da Madeira, onde estiveram algum tempo, na paróquia de Santo António do Funchal. Já a caminho do Brasil, em 15 de Julho de 1570, perto da Ilha da Palma, nas Ilhas Canárias, a nau Santiago, em que viajavam os
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jovens missionários jesuítas, foi atacada por barcos de piratas e corsários contrários à fé católica. Os quarenta missionários foram saqueados e martirizados com extrema crueldade e deitados ao mar. Entre estes estava o noviço Marcos Caldeira. Os Quarenta Mártires foram beatificados pelo papa Pio IX em 11 de Maio de
1854 e têm a sua festa anual liturgica no dia 17 de Julho. A Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira tem projectado a breve prazo a atribuição do nome de Marcos Caldeira a uma rua da nossa cidade. Luís Filipe Higino, Santa Maria da Feira
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Correio da Feira 21.JUL.2014
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Feira // Antigamente, era a maior mercearia do distrito de Aveiro
“ O meu negócio permite-me diariamente um banho de multidão sem o qual já não posso passar” Manuel Plácido, de 83 anos, gere a mercearia mais conhecida de Santa Maria da Feira. Vende um pouco de tudo, desde produtos alimentares, utilitários e decorativos até postais ilustrados por ele. Numa altura de crise, em que “todos se queixam” da quebra nas vendas, o proprietário da Casa Plácido não dá vazão aos clientes, mais de 100 por dia, que mantêm a tradição. Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
“A Casa Plácido foi fundada pelo meu bisavô, em 1875, e eu vim para cá em 1949. Portanto, já cá estou há muitos anos” – diz Manuel Plácido, que gere a mercearia mais conhecida de Santa Maria da Feira e, provavelmente, no início da actividade, a maior do distrito de Aveiro. “Lembro-me que era uma casa importante. Suponho que seria a maior mercearia do distrito de Aveiro porque ia desde a rua principal até ao fundo da rua das fogaceiras. Chegamos a ter 12 empregados, armazém de mercearia, moagem de café e até uma pequena fábrica de licores. Não conhecia outra mercearia maior no distrito” – afirma o comerciante. Já na altura, a Casa Plácido vendia de tudo um pouco. “Todos os estabelecimentos antigos vendiam praticamente de tudo, inclusive medicamentos. A razão porque tenho aqui tanta tralha é porque estou a dar continuidade, a tentar manter o mesmo ritmo, o que é complicado porque são milhares de artigos” – explica. Na loja, é difícil encontrar um espaço vazio tal é o manancial de artigos à disposição do cliente. Há produtos alimentares, como bebidas, doces, sementes ou comida para animais; de decoração, como pequenas estátuas, velas ou flores; entre muitos outros, como relógios, um ancinho, rádios, uma bola de futebol, tigelas de barro ou uma caixa de correio. Uma loja onde ainda se vendem produtos clássicos como as botijas de alumínio, “que têm quem as procure”, mas onde o que salta à vista são as balanças antigas, usadas nas feiras e mercearias de outros tempos. Grandes e vistosas, com os seus pratos dourados, as balanças não escapam aos mais atentos. “Um turista espanhol entra, perde a cabeça e compra uma para decoração” – conta Manuel Plácido, referindo que estas são balanças “para durar muito tempo” e que “funcionam bem” apesar de não terem as vantagens das modernas balanças electrónicas. Ainda assim, o comerciante continua a manter a tradição e, para as contas da mercearia, não dispensa a
sua antiga calculadora que emite, em papel, o valor que o cliente tem a pagar. Para além de todos os artigos a olho vivo, Manuel Plácido guarda muitos mais no armazém.
O comerciante acha, inclusive, que a cidade tem uma “lacuna” porque “há poucas recordações da Feira à venda”. “A Junta ou a Câmara deviam fazer ou arranjar uma série de artigos próprios para o turismo. Assim ganhavam dinheiro e proPostais ilustrados moviam a terra” – realça Manuel por Manuel Plácido Mas não se pode esquecer os pos- Plácido, enaltecendo Santa Maria tais, artigos únicos, ilustrados pelo da Feira. “A nossa terra é das mais próprio Manuel Plácido, apaixona- lindas de Portugal e tem um podo por fotografia. “Em 1948, com- tencial turístico muito grande. Vou vendendo os meus postais prei a primeira máquina a um preço módico e os fotográfica e foi uma turistas e emigrantes paixão imediata. “Chegatambém compram. Ainda tenho as mos a ter 12 emAlém dos postais, primeiras fopregados, armazém tenho vendido tografias que posters de grantirei do alto do de mercearia, moadimensões Castelo para a gem de café e até uma des com vistas da então vila da pequena fábrica de terra” – adianta Feira que, nesManuel Plácido, sa altura, era só licores” que tem feito algum uma rua e umas sucesso. “Recentecasitas no lugar do mente, tive uma alegria Montinho” – lembra muito grande porque vendi uns Manuel Plácido que, desde então, “tem continuado a metra- posters com vistas da Feira para lhar” todos os recantos da terra” ornamentar um café na Austrália. “Como me apercebi que a Feira Já tinha vendido para as outras tinha pouca variedade de postais quatro partes do mundo e nunca à venda para fornecer aos turistas, me passou pela cabeça que ia ter comecei a editar postais. Ao longo fotografias minhas penduradas nos da vida, já editei várias colecções cinco continentes, especialmente de postais que vou vendendo no porque a Austrália é um dos países meu estabelecimento” – refere mais longínquos em relação a PorManuel Plácido, para quem “uma tugal” – refere Manuel Plácido que, terra sem postais, turisticamente, a acrescentar à fotografia, também se aventura pela pintura. falta-lhe qualquer coisa”.
Mais de 100 clientes por dia
Quando falta alguma coisa na loja, Manuel Plácido apressa-se a arranjar. “Como tenho bastante experiência, e um número muito elevado de fornecedores, vou conseguindo. O país nunca esteve tão abastecido e tenho aqui produtos que vêm da Bélgica e da República Checa” – diz. O comerciante traz a maioria dos produtos do Porto, onde tem os seus fornecedores fiéis, de anos a fio, mas lamenta que os principais abastecedores tenham fechado portas recentemente. “É um desgosto para mim” – revela, adiantando, no entanto, que a Feira está a melhorar nesse sentido. “Começam a surgir Cash&Carry e armazéns grandinhos” – refere, não se assustando com a concorrência das grandes superfícies. “A terra está a crescer e vai dando para todos. Quando surgiu o Continente, ainda que nalguns artigos me faça concorrência, fiquei satisfeito porque veio valorizar a terra” – declara. Apesar da conjuntura de crise, o comerciante não se pode queixar. “As minhas vendas não têm diminuído e, portanto, numa altura em que toda a gente se queixa, eu posso considerar-me feliz” – afirma. Os clientes, de muitos anos, já são verdadeiros “amigos”. “So-
bretudo, tratando-se de pessoas de idade, suponho que conheço a esmagadora maioria da população do Concelho. Com os jovens, é um bocadinho diferente porque são emergentes” – afirma. O comerciante já não vive sem a convivência com as pessoas. “Uma das vantagens do meu negócio é que me permite diariamente um banho de multidão sem o qual agora já não posso passar” – salienta. Algumas pessoas, que vêm comprar um artigo, aproveitam para dar à língua. “Há pessoas de idade que vêm comprar um envelope e aproveitam para conversar meia hora. Por vezes, são pessoas que vivem sozinhas e vêm ao estabelecimento para ter dois dedos de conversa” – declara Manuel Plácido. O seu recorde de atendimento é de 200 pessoas por dia, um verdadeiro feito para o comércio local, sendo que, diariamente, recebe na sua mercearia mais de 100 clientes, alguns que acompanha desde sempre. “Tenho assistido à passagem de muitas gerações e tenho aqui clientes que quase assisti ao nascimento e que agora, tal como eu, são pessoas de idade” – conta, afirmando que o que distingue a sua loja é a “antiguidade”. Enquanto puder, Manuel Plácido, de 83 anos, vai continuar com a mercearia, onde trabalha “muitas horas por dia”. “Venho para aqui pouco depois das 7h30 e à noite levo o trabalho de escritório para fazer em casa. Se todos trabalhássemos e arregaçássemos as mangas, se calhar não tínhamos os problemas que temos e seríamos um país como a Finlândia” – comenta. O objectivo de Manuel Plácido é sempre “tentar que os clientes venham mais do que uma vez”. “No pouco tempo de vida que me resta, gostava de ter a sensação de ter tentado, muito embora de uma maneira modestíssima, dar um exemplo. Gostava que dissessem que procurei atender as pessoas o melhor possível e seguir sempre uma política de preços baixos” – declara, permanecendo sempre “bairrista”. “Procuro ser bairrista e comprar cá na terra. Já tenho estado quase a ficar sem gasolina no carro para abastecer em Santa Maria da Feira” – remata.
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Correio da Feira 21.JUL.2014
Lourosa // Rua fechada na Zona Industrial do Casalinho
Feira // Escritor de textos para a revista Villa da Feira
Câmara avança com processo litigioso de expropriação
Voto de pesar pelo falecimento de Anídio Casals d’Azevedo
Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Na última reunião do executivo municipal, o vereador do PS, António Bastos, mostrou-se preocupado com a situação do troço fechado na Zona Industrial do Casalinho, em Lourosa. “Já lá passamos todos e nem sabíamos que não era propriedade da Câmara. O tribunal decidiu que ninguém tem o direito de passar ali e a Câmara chegou à conclusão que tem de desencadear mecanismos para a expropriação legal do terreno. Já o podia ter feito há 15 anos e, por isso, lamento viver num Concelho com este tipo de atitudes, com as quais não concordo” – afirmou António Bastos. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, explicou que se trata de um processo “com algum tempo” e que a Câmara chegou, inclusive, a deliberar sobre a expropriação da “pequena parcela” de terreno na reunião de 27 de Maio do ano passado. ”Nessa data, o eng. Bastos absteve-se
porque tinha dúvidas e não sabia se esta era a melhor maneira de resolver o problema. A vereadora Margarida Gariso votou contra e os restantes vereadores do PS abstiveram-se” – recordou José Manuel Oliveira, concordando que “o problema já devia ter sido resolvido”.
“Para expropriar, temos de devolver o terreno”
Segundo o vereador com o pelouro do Planeamento, Urbanismo e Transportes, a Câmara precisava de uma passagem naquele local e o proprietário do terreno em questão, Cipriano Pinto da Silva, autorizou a construção, desde que lhe dessem uso do troço. “A Câmara considerou que o documento era suficiente, mas mais tarde o proprietário reclamou o caminho para si” – disse José Manuel Oliveira. Aí entrou o processo em tribunal para resolver “o problema da expropriação”. “Para expropriar, temos de devolver o terreno. Assim, vedamo-lo para o devolver ao proprietário, de forma a que pos-
samos continuar com o processo de expropriação” – explicou José Manuel Oliveira. Um acordo amigável está fora de questão. “Os valores e exigências do proprietário são de tal forma absurdos que temos de avançar com a expropriação” – afirmou José Manuel Oliveira, enumerando: “O terreno ficaria em área industrial, isento de todas as taxas, para poder construir o que quiser, e a Câmara teria de pagar 100 euros por metro quadrado”. “Quando o mesmo senhor comprou o lote à Câmara por 15 euros o metro quadrado. É inadmissível” – sublinhou o vice-presidente, que não vê outra saída. “Vamos proceder por via litigiosa” – declarou, lamentando que António Bastos “só agora se tenha preocupado”. “Há uns anos, desconhecia o processo. Chamei a atenção para o facto de serem 15 anos e, agora, talvez a Câmara tenha de pagar o terreno por 100 euros o metro quadrado” – lançou António Bastos. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, deu o assunto por terminado.
Fiães // Integrado no Programa Comenius RegioHealth4life
Alunos aprendem “Culinária Saudável”durante férias escolares Um ciclo de workshops de ‘Culinária Saudável’ marcou o início do período das férias escolares no Agrupamento de Escolas Coelho e Castro. Esta iniciativa, dirigida aos alunos inscritos nas férias escolares deste agrupamento, está inserida no programa europeu Comenius Regio Heath4life, que integra escolas e associações do Município de Santa Maria da Feira e que visa promover um estilo de vida saudável e o combate ao sedentarismo nos jovens. Os alunos do Agrupamento de Escolas Coelho e Castro, Fiães, participaram durante o mês de Junho em dois workshops sobre culinária saudável. O primeiro encontro, realizado a 19 e 20 de Junho, contou com a participação do Chef Bruno Silva, da Gertal – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação que confeccionou, juntamente com os alunos, uma sopa juliana, um bacalhau à Gomes de Sá, um creme de abóbora e uma feijoada de frango. De 26 a 30 de Junho, decorreu o segundo workshop, desta vez, voltado para a fruta e que incorporou uma componente lúdica, destacando-se
jogos sobre hábitos alimentares saudáveis. Através destas iniciativas, o programa europeu Comenius RegioHealth4life continua assim a promover um estilo de vida saudável e activo, combatendo o sedentarismo e incutindo hábitos alimentares saudáveis em crianças e jovens. Recorde-se que o Município de Santa Maria da Feira, juntamente
com o Agrupamento de Escolas Coelho e Castro e a Lourocoop, apresentaram, no âmbito deste programa europeu, uma parceria com a Turquia, mais concretamente com Kırıkkale Milli Eğitim Müdürlüğü, Gazi Teknik ve Endüstri Meslek Lisesi e Mehmet Varlıoğlu İlköğretim Okulu. Este programa, com a duração de dois anos, envolve mobilidade entre ambos os países.
Na última reunião do executivo municipal, o líder da Oposição, Eduardo Cavaco, propôs um voto de pesar pelo falecimento de Anídio Casals d’Azevedo. “Escreveu textos para a revista Villa Feira e é, talvez, a pessoa que mais sabe sobre o Castelo” – referiu Eduardo Cavaco. “Um apreciador de história”, Anídio Casals d’Azevedo pertenceu à
Comissão de Vigilância do Castelo e sempre lutou para “preservar este ex-líbris”. “Que o seu trabalho sirva de estímulo e faça do Castelo um lugar de eleição” – afirmou Eduardo Cavaco. Autor de “80 anos de história” (1989), Anídio Casals d’Avevedo, com casa em Arrifana, faleceu no passado dia 29 de Junho.
Política
JSD reúne com vereadores A Comissão Política da Juventude de Santa Maria da Feira está a realizar um ciclo de conversa com os vereadores do executivo da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Após a primeira reunião com o vereador Gil Ferreira, responsável pelos pelouros da Cultura, Turismo, Biblioteca e Museus, ocorreu nova reunião, desta vez, com o vereador Vítor Marques, responsável pelos pelouros das Obras Municipais, Protecção Civil, Ambiente e Saúde. A reunião realizou-se em Casaldaça, na sede do PSD/JSD, da
União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Este ciclo de conversas tem como principal objectivo perceber o que cada vereador está a fazer nas suas áreas de intervenção e os principais projectos de futuro. Após uma breve apresentação, a palavra passa para o lado dos jotas, que questionam os autarcas sobre algumas situações. A vereadora da Educação, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro, é a próxima convidada. A reunião está marcada para o próximo dia 29.
CIAC Informa
ERSE aprova alterações na mudança de comercializador de gás natural Os consumidores de gás natural vão poder trocar de fornecedor as vezes que entenderem, tal como já acontecia com a eletricidade. E será um processo que tem de ser concretizado no prazo máximo de três semanas, segundo a ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. A decisão tomada pela ERSE e divulgada a 10 de julho de 2014, em comunicado, dá conta de cinco pontos onde se resumem as principais alterações a ter em conta para a mudança de comercializador de gás natural: 1 - O prazo máximo para a concretização da mudança de comercializador pela plataforma é fixado em 3 semanas, de acordo com o estabelecido pela legislação europeia na Diretiva 2009/73/CE. 2 - Sem prejuízo de um tratamento dos pedidos de mudança no referido prazo máximo, os consumidores passam a poder designar uma data preferencial para a mudança de fornecedor (no máximo de 30 dias). Esta alteração permite, através da respetiva coordenação de datas pelo fornecedor, proceder à mudança de comercializador numa
mesma data para a eletricidade e para o gás natural. 3 - São reforçadas as obrigações de informação e de auditoria ao funcionamento da plataforma de mudança de comercializador, de modo a torná-la mais transparente e segura, designadamente para salvaguarda das escolhas dos consumidores e igualdade de tratamento entre operadores em mercado. 4 - É eliminado o número limite anual de 4 mudanças de comercializador por consumidor, à semelhança do que já foi feito para o setor elétrico. 5 - São clarificados outros detalhes operativos da plataforma, que, embora envolvendo diretamente os operadores de rede e os comercializadores, têm como propósito último tornar o processo de mudança de comercializador mais simples, transparente e eficaz, o que resulta em benefício dos consumidores. Pode consultar informação disponível em: www.erse.pt Para mais informações poderá contactar o CIAC – Centro de Informação Autárquico ao Consumidor através da linha verde 800203194 ou por email ciac@ cm-feira.pt
Correio da Feira 21.JUL.2014
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Santa Maria da Feira // Há dois meses que a via se encontra esventrada, na sequência da empreitada de saneamento
Moradores do Cavaco saturados do pó ponderam corte de estrada Os moradores da Rua dos Bombeiros Voluntários no Cavaco, em Santa Maria da Feira, estão a preparar um abaixo-assinado, para enviarem à Câmara Municipal como forma de protesto contra o estado da estrada, e encaram a possibilidade de virem a cortar a via. Há dois meses que o troço encontra-se esventrado na sequência das obras de saneamento básico, provocando grandes transtornos aos habitantes. O pó é intenso e obriga os populares a manterem as portas e as janelas das casas fechadas, e tem agravado o estado de saúde de alguns habitantes. “Não consigo abrir as janelas de casa” – aponta Orlando Campos que, há vários dias, não sai à rua sem uma máscara na boca. “Não podemos andar aqui com este pó” – salienta. Há dois meses que os moradores esperam pela conclusão das obras de pavimentação, na sequência das obras de saneamento. As valas não foram totalmente fechadas e o pó e as pedras acumulam-se. “O meu carro já tem o vidro picado, por causa das pedras que saltam da estrada”- aponta o morador. A seu lado, os vizinhos acenam a cabeça em sinal de concordância. Carlos Duarte explora o café da sede dos Amigos do Cavaco e diz-se cansado dos transtornos que o estado da via tem provocado no negócio. “São só prejuízos porque o pó entra pela porta a dentro” – refere. Por isso, não é de estranhar ver os moradores de mangueira na mão a atirarem água para a estrada e para os passeios. “Somos nós que temos de regar a estrada para podermos abrir as janelas de casa. Mas a água está cara e, para além de todos os transtornos, ainda temos de suportar o agravamento da factura da Indaqua ao final do mês” – aponta Maria Helena Silva. O abaixo-assinado está a ser preparado, mas os moradores não descartam a possibilidade de avançarem para uma manifestação. “Se a Câmara Municipal não resolver o problema, ponderamos cortar a estrada” – dizem os habitantes, temendo que, para os próximos dias, apenas esteja
nos planos da autarquia o arranjo da estrada principal, ou seja, a Avenida 5 Outubro. “Provavelmente, só vão avançar com as obras naquele troço por causa da Viagem Medieval e nós ficamos à espera até Outubro ou Novembro” – diz Orlando Campos, salientando que, se assim for, o povo vai mesmo sair à rua. “Isto é uma vergonha” – acusam Joaquim Ferreira e Maria Alzira Alves, lembrando os casos de vários vizinhos que têm sentido os seus problemas de saúde agravarem-se por causa dos problemas que o pó provoca, especialmente ao nível das vias respiratórias.
Obras no Cavaco vão “demorar mais do que o previsto”
Na última reunião do executivo municipal, o vereador do PS, António Bastos, mostrou-se preocupado com estas obras. “Há dias, passei lá e encontrei duas famílias a regar a estrada.
As pessoas que têm casas à trada velha que vai para Ovar”, face da rua não têm condições junto à Capela de Santo André, térmicas, então têm de deixar está a realizar-se “uma obra as janelas abertas durante a extremamente aborrecida” mas noite para aguentar o calor. necessária porque “vai ligar o Mas, como não podem respirar abastecimento de água ao resas camadas de pó que entram ervatório do Cavaco”. “O reserpela casa adentro, são obriga- vatório de Santo André é muito das a regar a rua à tarde antigo e está degradado para poderem descane a cidade corre o risco de ficar sem sar durante a noite” “Se a água” – disse – contou António Bastos, alertanCâmara Munici- Emídio Sousa. Quanto à do, ainda, para a pal não resolver proximidade da Avenida 5 de Viagem Medio problema, pon- Outubro, uma das principais eval. “A zona do deramos cortar a artérias da ciE.Leclerc é uma dade, o presidas portas de enestrada” trada da cidade e, dente da Câmara com as ruas da forma garantiu que iria fazer-se a “reposição como estão, com valas completa do piso”, já que abertas, nenhum turista que por ali passe vai dizer bem do é uma estrada “com muito moConcelho” – apontou, exigindo vimento”, mas que “vai demorar que se “repavimentem as ruas” mais do que o previsto”. “Pedimos uma reposição provisória em questão. O presidente da Câmara, Emí- por causa da Viagem” – adiandio Sousa, anuiu que “na es- tou, explicando, contudo, que a
passagem de vários camiões, que transportam mais de 20 toneladas de terra proveniente do aterro de Canedo, para ser colocada na Pedreira das Penas, vai provocar o desgaste dessa reposição. “Quando a obra estiver finalizada, faremos a pavimentação entre a rotunda do hospital e a rotunda do Cavaco e também do troço da Fonte da Levezinha, em S. João de Ver” – garantiu Emídio Sousa. O presidente declarou que era intenção da Câmara “pôr rapidamente o piso como novo” e accionou os mecanismos para prestar esclarecimentos sobre as obras à população residente naquela zona que, frisou Emídio Sousa, ainda passará por “alguns momentos de transtorno”. O líder da Oposição, Eduardo Cavaco, questionou se não se devia, pelo menos, regar a estrada, ao que Emídio Sousa respondeu: “Com este calor, seca logo”. “Mais uns meses e as estradas já estão em condições” – rematou.
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Correio da Feira 21.JUL.2014
CIAC: Informa
Utilização da expressão ofertas ‘ilimitadas’ nos serviços de comunicações eletrónicas Compete à Direção-Geral do Consumidor (adiante DGC) analisar e acompanhar a publicidade, comercial ou institucional, bem como os processos e técnicas de promoção de vendas e fiscalizar o cumprimento do Código da Publicidade e demais diplomas nesta matéria, instruindo e decidindo os processos de contraordenação em caso de infração àquele regime, aplicando coimas e sanções acessórias, se necessário, nos termos do seu diploma orgânico, o Decreto Regulamentar n.º 38/2012, de 10 de abril, que reforçou as suas competências nesta matéria. No que respeita à publicidade dos serviços de comunicações eletrónicas, verifica-se frequentemente o recurso a expressões como “tráfego ilimitado” e/ou “24 sobre 24”, existindo, em muitos casos, restrições a essas utilizações e que não são imediatamente percetíveis (não estão mencionadas na própria publicidade ou, quando o são, encontram-se anunciadas em tamanho de letra muito inferior ou estão relegadas para zonas ou seções específicas). Nesta sequência, em Outubro de 2013, a Direção-Geral do Consumidor emitiu um aviso público dirigido aos consumidores, alertando-os para as informações relativas às novas ofertas de conjuntos de serviços de comunicações eletrónicas ”pacotes de TV, Internet e voz” -, frequentemente incompletas e, como tal, suscetíveis de induzirem em erro os consumidores
nas suas escolhas. E instou, simultaneamente, os operadores económicos do setor a alterar as mensagens publicitárias contrárias à lei relativamente ao direito à informação e/ou que pudessem conter indícios da prática comercial desleal identificada na alínea b) do artigo 9.º do Regime das Práticas Comerciais Desleais (Decreto-Lei n.º 57/2008, atrás identificado). Dada a importância deste setor, a Direção-Geral do Consumidor desenvolveu em articulação com a ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações, a entidade reguladora do setor, uma iniciativa com o intuito de esclarecer os consumidores para o significado da utilização das expressões referidas e os alerte para as limitações inerentes, mas que também clarifique as obrigações dos operadores de comunicações eletrónicas que oferecem estes serviços quanto aos compromissos que as comunicações publicitárias devem respeitar nesta área. Como resultado desta iniciativa, a DGC, a 30 de Dezembro de 2013, emitiu uma recomendação dirigida aos operadores de comunicações eletrónicas de modo a que estes: i) Respeitem a legislação em vigor; ii) Adotem especial cuidado na comunicação com os consumidores, garantindo que as informações prestadas são claras, objetivas, adequadas e completas, contribuindo, assim, para uma correta formação da vontade negocial por parte dos
consumidores; iii) Incluam nas mensagens publicitárias os elementos essenciais dos serviços publicitados, entre os quais se destacam as condições aplicáveis aos preços promocionais, bem como a existência de períodos de fidelização aplicáveis; iv) Informem de modo claro e destacado nas mensagens publicitárias quais os limites a que os utilizadores dos serviços estão sujeitos quando aplicáveis; v) Emitam sempre um alerta aos utilizadores que subscrevem serviços limitados a informá-los de que se estão a aproximar do limite máximo de downloads estipulado pelo prestador de serviços; vi) Se abstenham de utilizar a expressão “ilimitado” sempre que estejam em causa produtos e serviços aos quais se apliquem restrições e/ou sobre os quais existam “políticas de utilização razoável”, i.e., sempre que haja condições, cláusulas e políticas de utilização que limitem, seja de que forma for, o tempo de utilização e/ou a quantidade, e/ou a qualidade, e/ou a acessibilidade e/ou a velocidade do serviço. Nesta sequência, a ANACOM aprovou, por deliberação de 19 de junho de 2014, a decisão final relativa à designação como ‘ilimitadas’ das ofertas de serviços de comunicações eletrónicas, reiterando assim as posições adotadas pela DGC, tendo as empresas que oferecem redes de comunicações públicas e
que prestam serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público que implementar as medidas necessárias ao cumprimento da decisão no prazo de 90 dias corridos a contar da sua notificação. A Direção-Geral do Consumidor tem atuado e continuará a atuar contra práticas alegadamente abusivas na publicidade dos serviços de comunicações eletrónicas, sendo necessário aguardar a conclusão de processos em curso, estando assim muito atenta a todas estas questões - algumas bastante complexas – e adotará, se necessário, coimas e outras medidas contra as empresas que infrinjam o Código da Publicidade. No seguimento da mensagem anterior junto se envia a Decisão final sobre a designação das ofertas ‘ilimitadas’ de serviços de comunicações eletrónicas da ANACOM, por deliberação de 19 de junho de 2014. A ANACOM estabeleceu que as empresas de prestação de serviços de telecomunicações, agora só poderão utilizar a expressão “tráfego ilimitado” ou “chamadas/SMS ilimitadas” para qualificar a oferta de serviços de comunicações eletrónicas que sejam efetivamente disponibilizados “sem limites” ou “sem restrições” ao longo de todo o período de duração do contrato. Estas mesmas empresas não podem qualificar como sendo de “tráfego ilimitado”, “chamadas/ SMS ilimitadas” ou com outra expressão análoga, em que
a utilização dos serviços seja restringida quando atingidos certos limites, exceto quando tal restrição seja determinada por circunstâncias excecionais em conformidade com o previsto na Lei das Comunicações Eletrónicas. As empresas devem disponibilizar nas condições de oferta ao consumidor, informação clara e transparente sobre eventuais medidas restritivas ou de condicionamento de tráfego que, com caráter excecional, possam vir a aplicar, indicando as suas repercussões na qualidade do serviço oferecido, nas ofertas de “tráfego ilimitado”, “chamadas/ SMS ilimitadas. Com esta deliberação as empresas só podem impor limitações do serviço quando sejam justificados por circunstâncias excecionais, inequivocamente caracterizadas e fundamentadas, com o objetivo de evitar que seja esgotada a capacidade num segmento de rede, conforme estabelecido nos artigos 47-A n.º 1, alínea d) e artigo 48.º, n.º 1, alínea c) da Lei das Telecomunicações Eletrónicas. As empresas têm agora 90 dias a contar da notificação da deliberação da ANACOM para implementar as medidas necessárias ao cumprimento desta decisão. Para mais informações poderá contactar o CIAC – Centro Informação Autárquico ao Consumidor através da linha verde 800203194 ou por email ciac@ cm-feira.pt
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Feira // Requalificação da Pedreira das Penas
Socialistas alertam para riscos das propostas com preços baixos Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Agendada na ordem do dia da reunião de Câmara da passada segunda-feira, estava a adjudicação da requalificação ambiental da Pedreira das Penas, na Feira, que motivou algum debate entre o executivo. A “proposta vencedora” foi a da empresa Manuel Fernandes Almeida, Lda., que apresentou o preço mais baixo, e o presidente da Câmara, Emídio Sousa, revelou que houve algumas reclamações de concorrentes mas que “o júri não deu razão aos reclamantes”. “Não tenho nada contra ou a favor da empresa, o que me interessa é que façam a obra” – afirmou. Os socialistas não ficaram confiantes. “Não quer dizer que a proposta mais baixa seja a melhor” – alertou António Bastos. “Também não sou muito adepto de propostas com o preço mais baixo, mas o júri considerou-a a melhor” – reiterou Emídio Sousa. O líder da Oposição, Eduardo Cavaco, mostrou-se apreensivo. “O valor base da proposta era de 1.218.817,00 milhão de euros e a adjudicação ficou por 731.290, 21 mil euros. Há aqui uma grande diferença. Os outros concorrentes apresentaram propostas de menos 100, 200 mil euros do valor base. Quem faz um preço tão baixo, qualquer coisa está errada, é preciso ter muito cuidado com a adjudicação” – sublinhou Eduardo Cavaco, lembrando o caso da Caixa das Artes. “Ainda há pouco tempo, tivemos uma obra com preço baixo que se teve de anular o concurso e que causou grandes transtornos e prejuízos” – apontou. Eduardo Cavaco adiantando, contudo, que a empresa a que ficou adjudicada a Pedreira das Penas é uma “empresa com muitos anos” e da qual ele próprio conhece, inclusive, os proprietários.
Travanca // Casa onde o carro da rapariga embateu já foi restaurada
PS sugere colocação de baia reflectora no local onde jovem faleceu “A edificação já está restaurada mas não há sinalização” – alertou o vereador do PS, António Bastos, na última reunião do executivo municipal, referindo-se ao acidente em Travanca que vitimou uma jovem de 20 anos a caminho de Arada. “Sugerimos que, median-
te autorização das Estradas de Portugal, a Câmara coloque uma baia reflectora para evitar outras fatalidades” – realçou o socialista, lembrando que “é Verão, as pessoas bebem mais uns copos de água e podem ter ali um acidente desastroso”.
Concelho // Causa de transtornos à população
Passadeiras esquecidas na reposição das estradas
“Não posso pactuar com uma empresa incumpridora de prazos”
“Mas estamos a entrar por um caminho muito mau porque ou os preços são muito baixos ou a obra está inflacionada. Sei que hoje as bases são muito baixas porque a conjuntura assim o exige, mas uma diferença tão grande preocupa-me” – revelou Eduardo Cavaco, apelando a que haja “sensibilidade na adjudicação das obras” e fiscalização por parte da Câmara sob pena de aparecerem “obras mal feitas”. Emídio Sousa garantiu que o projectista era “um homem muito especializado” até porque “a reabilitação de uma pedreira é algo complexo” e que o empreiteiro “sempre trabalhou bem” e tem “sede próxima” do local. “No caso da Caixa das Artes, não conhecíamos a empresa” – esclareceu Emídio Sousa. O presidente da Câmara realçou que “não tinham margem de manobra” porque era necessário “cumprir os critérios da adjudicação” e a empresa em questão trabalha “com várias Câmaras aqui à volta” e tem boas referências. “Não tenho nada contra a empresa, quero é que as do Concelho sejam as melhores do mundo, mas não posso pactuar
com uma empresa incumpridora de prazos porque todos estamos a sofrer as consequências do modo de trabalho desta empresa nas redes de saneamento do Concelho” – apontou. Emídio Sousa assegurou que “quando uma empresa trabalha mal, ela é a mais afectada” porque “o prejuízo é dela” e que a empresa irá “gradualmente refazer os pavimentos”. O PS, ainda assim, votou contra neste ponto. “A proposta nomeada como vencedora apresenta um valor anormalmente baixo comparado com as outras propostas que têm uma ordem de grandeza diferente. A opção é de elevado risco no que concerne ao escrupuloso cumprimento do caderno de encargos” – disse António Bastos na sua declaração de voto, referindo ainda que “as reclamações não mereceram a devida atenção”, que “a situação serve para alertar para situações futuras” e que “a empresa ao longo dos anos não cumpriu com os seus compromissos com a Câmara”, nomeadamente com os “prazos de execução física da obra” e o “respeito pelo caderno de encargos”. Emídio Sousa rematou o assunto apelando ao “respeito pela proposta seleccionada pelo júri do concurso” que fez uma “análise criteriosa”.
A vereadora do PS, Susana Correia, alertou para as passadeiras que têm sido esquecidas aquando das obras nas estradas. “A reposição das estradas ocupa sinalização muito importante, como as passadeiras. Não há qualquer cuidado para voltar a pintar as passadeiras, o que
causa alguns transtornos e mesmo atropelamentos” – avisou. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, confirmou que era necessário “repintar algumas passadeiras” e pediu ao vereador com o respectivo pelouro que estivesse atento a essas situações.
Espargo // Obras de saneamento danificaram estrada
Requalificação pedida para a EN223
O vereador do PS, António Bastos, voltou a chamar a atenção, na última reunião do executivo municipal, para a necessidade de se requalificar “o troço bastante complicado que vai do nó da auto-estrada até Ovar” na EN223. “Devia merecer uma requalificação desde o projecto à obra final com o acompanhamento das Estradas de Portu-
gal” – afirmou António Bastos, referindo-se a faixa de rodagem, passeios e estacionamentos prejudicados pelas obras de saneamento. “A via merece uma requalificação porque serve a zona industrial do Roligo que tem muitas empresas e comércio. Tem que se ter o cuidado de criar melhores condições de acesso” – sublinhou.
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Caldas de S. Jorge // Única candidata a concurso
Santa Maria da Feira // Festa tem 32 anos de tradição
Sociedade de Turismo novamente concessionária das Termas
Finalistas do Centro Infantil despedem-se do seu mundo de sonho
A Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira voltou a ganhar o concurso de concessão das Termas das Caldas de S. Jorge. “Como suspeitávamos, não apareceram mais concorrentes. As termas não despertam grande interesse do mercado mas, como é um serviço de interesse do Município, mantemos” – explicou o presidente da Câmara, Emídio Sousa, revelando que não foi um processo fácil e envolveu “vários meses”. O preço base do concurso era de 15 mil euros e a Sociedade de Turismo propôs 16 mil euros. “Nas
empreitadas, é abaixo da base. Este é um concurso de prestação de serviços, é diferente” – elucidou Emí-
dio Sousa perante dúvidas levantadas pelo PS. A concessão foi aprovada por unanimidade.
Feira // Helena Portela aborrecida com várias deslocações de António Bastos aos serviços de contabilidade
Vereadores socialistas devem dirigir-se aos serviços de apoio aos órgãos autárquicos para qualquer informação Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Na última reunião de Câmara, houve um desentendimento entre a vereadora com o pelouro da Administração e Finanças, Helena Portela, e o socialista António Bastos relativamente à utilização dos serviços municipais. “Pedi aos serviços da contabilidade um acordo de pagamento. Quando sei o que quero, vou à fonte e peço. O presidente e os vereadores têm de autorizar os serviços a dar essa informação para evitar prejudicar o desenvolvimento das tarefas dos funcionários” – realçou António Bastos, pedindo que “os documentos sejam fornecidos mal os solicitem”. “Tive de vir cá duas ou três vezes para levar cópias porque os funcionários não estavam autorizados. Imaginem a perda de tempo” – apontou o socialista, que acredita nas “regras da boa gestão autárquica”. “Considero-me um gestor desta autarquia, com direitos e responsabilidades, e quero que tudo se processe de forma aberta e transparente” – afirmou. Helena Portela reiterou a posição da autarquia. “Pensei que esta situação
já estivesse ultrapassada. Tudo o que os vereadores queiram deve ser solicitado aos serviços de apoio aos órgãos autárquicos, ou ao vereador do pelouro, porque senão é muito aborrecido para as pessoas” – sublinhou Helena Portela, dirigindo-se a António Bastos. “Esteve na contabilidade cinco, seis vezes. Concordo que foi uma perda de tempo. Se tivesse enviado um e-mail com o que pretendia, terlhe-íamos respondido com a informação” – elucidou Helena Portela, realçando que “sempre lhe deu esclarecimentos do que pediu”. “Agora, pediu informação do mesmo assunto a mim e à colega do serviço. Isto sim é uma gestão de tempo mal feita porque estamos duas pessoas a fazer o mesmo trabalho” – salientou a vereadora, lembrando que tinha ficado decidido em reunião de Câmara que os socialistas deveriam dirigir-se aos serviços de apoio aos órgãos autárquicos para esclarecimentos e, na altura, “ninguém contestou”. No fim da sua intervenção, Helena Portela entregou alguns documentos a António Bastos que tinham sido, previamente, solicitados pelo vereador.
António Bastos descontente com informação fornecida
“Fui, durante muitos anos, funcionário e sei a perturbação que causa quando um vereador chega aos serviços e pede um documento, ainda mais quando não está a chefia, até porque, muitas vezes, nem sabem onde está o documento” – explicou Emídio Sousa, reforçando que se deve recorrer aos serviços próprios para o efeito. “Temos serviços de apoio aos órgãos autárquicos que vos tratam disso, é para isso que eles estão cá” – reiterou, acrescentando que em um, dois dias chega a informação solicitada. “Isso é um problema para a Câmara, a mim têm de me facilitar o trabalho” – apontou António Bastos, insatisfeito com um dos documentos que lhe tinha sido fornecido por Helena Portela. “Pedi o auto de pagamento e não a ordem de pagamentos” – frisou o socialista. “Se estivesse escrito, não havia dúvidas de interpretação” – respondeu o vice-presidente, José Manuel Oliveira. Emídio Sousa pediu, então, a Helena Portela que trouxesse a informação requisitada por António Bastos na próxima reunião.
Com 32 anos de tradição e rituais muito próprios, a Festa de Finalistas do Centro Infantil da Feira é um dos acontecimentos mais marcantes da instituição e não deixa ninguém indiferente. Directora técnica, educadoras, auxiliares e famílias não contiveram a emoção, e as lágrimas, à passagem do cortejo dos meninos finalistas, ao som de uma imponente banda sonora. Manda a tradição que a escadaria interior de madeira da ala principal do edifício seja toda decorada com flores e tecidos acetinados. À entrada, as fotografias dos dois grupos de finalistas, expostas num grande painel envolvido por trajes académicos, dão as boas-vindas às famílias. As crianças descem a escadaria lentamente, trajadas a rigor, com as pastas coladas ao peito e uma postura de solenidade digna de registo. São finalistas de palmo e
meio que se despedem de um mundo de sonho, da “escolinha dos afectos junto ao castelo”, e se preparam para uma nova e importante etapa das suas vidas – a escola primária. Vão deixar a Quinta do Castelo, aquele espaço mágico onde viveram aventuras inesquecíveis. Nesta festa, tudo é pensado ao pormenor pela escola e pelos pais: o livro de finalistas, com os registos mais marcantes de cada grupo; os trajes negros, as cartolas e as bengalas; as
cores das fitas e das insígnias, ajustadas à profissão de sonho de cada menino; as letras das canções e as coreografias apresentadas; e o espaço da cerimónia, erguido num cenário natural de rara beleza. “Em momentos como este, contemplamos a dedicação, o mérito e o carinho dos nossos colaboradores, dos pais e da comunidade” - disse a directora técnica do Centro Infantil da Feira, Isabel Sá, visivelmente emocionada, na abertura da cerimónia.
Santa Maria da Feira // Com a participação de Kazuo Kon
“Um dia Pela Vida” promove conferência sobre cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro, através da Comissão Local de Um Dia Pela Vida em Santa Maria da Feira, vai promover, no próximo sábado, uma conferência sobre Cancro e Prevenção, na Biblioteca Municipal, com início marcado para as 15h00. Kazuo Kon é o convidado especial desta conferência. O professor estudou Xintoísmo e Budismo, praticou Judo e aprofundou igualmente o estudo da Bíblia, tudo na perspectiva de aprofundar o conhecimento
sobre o Ser Humano. Chegou a Portugal em 1974, integrado num programa de dinamização cultural do Ministério da Educação, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Aqui dedicou-se a revolucionar a saúde, com a convicção de que esta área é a chave para a reconstrução de uma país novo. Actualmente, aos 79 anos, dá consultas de norte a sul do país, faz Acupunctura, Massagem e Moxabustão, entre outras terapias, e dá aulas, com o objectivo de transmitir os
seus conhecimentos. Dá também palestras e orienta retiros periodicamente, quer em Portugal, quer no estrangeiro (já esteve na África do Sul, Brasil, Líbia e Estados Unidos, para conferências e consultas). No próximo sábado, na Biblioteca Municipal, o professor vai abordar temas como: Remédios Caseiros, Alimentação, Origem da Vida, Tratamentos Naturais, Porque Adoecemos, compatibilização dos Tratamentos Convencionais com os Tratamentos Naturais.
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Reunião de Câmara // António Bastos refere problemas na freguesia
Oposição aponta “vazio político” em Escapães que não permite “regularizar tudo o que é necessário” Daniela Castro Soares
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Na última reunião do executivo municipal, o vereador do PS, António Bastos, apontou diversos problemas existentes na freguesia de Escapães. “Depois de ter saído o antigo presidente, Escapães entrou num vazio político. A presidente da Junta de Freguesia não tem força, perante os autarcas da Câmara, para fazer justiça e regularizar tudo o que é necessário em Escapães” – realçou, começando pelas valas nas estradas. “As valas estão abertas há seis meses para a instalação do colector de saneamento e permanecem todas por repavimentar” – alertou António Bastos, referindo ruas como S. Martinho, Aldeia de Cima, Serafim José dos Reis, entre outras. “São ruas que servem crianças, atletas, associações e que estão intransitáveis” – apontou, lembrando ainda a falta de sinalização e os “montes de entulhos” em ruas como Barreiro, Vale Grande ou Vale do Vouga. “Estou farto de pertencer a este executivo com tanta incúria e desleixo. Está na hora da Câmara percorrer a freguesia para verificar o que se passa lá” – declarou, sublinhando que a empresa a que se adjudicaram as obras deve fazer as repavimentações a 30 dias e não a seis meses. Ainda no rol de situações, António Bastos não esqueceu o estaleiro do pavilhão gimnodesportivo que está “degradado”. “Devia estar fechado porque tem materiais cortantes e qualquer criança que lá entre pode ferir-se com facilidade. Não tem qualquer condição de segurança e o empreiteiro deve retirar tudo o que lá está rapidamente porque pode trazer sérios riscos de saúde pública” – avisou o socialista. António Bastos abordou, por fim, os
parques infantis de Escapães, nomeadamente o de Santo António e o do Eleito Local. “Foram construídos há 15, 16 anos e não reúnem o mínimo de condições de utilização. A Junta não tem capacidade financeira nem sensibilidade para averiguar este tipo de coisas” – realçou.
Parques “ineficientes” que “deviam estar fechados”
O vereador do PS alertou para as “peças metálicas oxidadas” que podem constituir perigo para as crianças. “Se se cortar numa dessas peças, e não estiver vacinada, isso pode acarretar riscos para a sua saúde” – apontou. António Bastos apelidou os parques de “ineficientes” e reiterou que “deviam estar fechados”, salienando que devido à “apatia dos autarcas” os pais das crianças podem “vir sobre o Município”. “Nunca passa por aqui [pela reunião] um relatório sobre os parques infantis do Concelho, com as necessidades dos mesmos, enquanto que noutro municípios apresenta-se todos os anos esse documento. Desconhecemos, em absoluto, o que se faz quanto aos parques” – afirmou, reforçando a necessidade de “a Câmara avançar com boas práticas na utilização dos parques” que são de “extrema relevância para os cidadãos”. “O presidente diz que somos um Concelho onde as pessoas gostam de viver mas certamente que não gostam destes espaços” – rematou. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, referiu que, quanto à pavimentação das valas, “têm feito um esforço muito grande” a “exigir do empreiteiro” as suas responsabilidades mas que o atraso também se deve a uma “alteração no sentido do escoamento”. “Está a substituir-se, mas continuamos a fazer pressão” – garantiu. No que toca aos
Travessa Aldeia de Cima
Parque infantil de Santo António parques, Emídio Sousa adiantou que são da competência das juntas de freguesia e que se mantem as vistorias anuais, apesar
da maior parte “estar fechada porque não têm segurança”. O vereador com o pelouro do Ambiente, Obras Municipais e
Protecção Civil, Vítor Marques, revelou que já tinha comunicado às juntas tudo o que era preciso solucionar nas freguesias.
“Temos de ir com calma e não para altos voos” A presidente da Junta de Freguesia de Escapães, Minervina Rocha, admitiu, ao Correio da Feira, que existem alguns problemas por resolver na freguesia. “Mas as minhas condições financeiras não permitem resolver todas as situações” – lamentou, revelando que “já tem algumas coisas feitas” mas que “não é de um momen-
to para o outro”. “Também não estou na junta há muito tempo” – lembra. Para Minervina Rocha, “primeiro há que ver com o que pode contar” sendo que este mandato “será para se ambientar em termos de burocracia”. “Temos de ir com calma e não para altos voos” – sublinha. Quanto às situações referidas por António Bastos,
Minervina Rocha garante estar a par delas. A necessidade de repavimentação das valas, de as sinalizar, de remover entulhos e de fechar o estaleiro “já foram comunicadas” aos respectivos responsáveis. “Estamos a aguardar” – adiantou. Já os parques infantis, frequentemente vistoriados, serão alvo de uma requalifica-
ção “a curto prazo” e o de Santo António contará, inclusive, com a ajuda da Assembleia de Crianças, a partir de Setembro. Uma intervenção já falada em Assembleia de Freguesia mas que estará dependente das “condições climatéricas” e do próprio investimento. “Já contactamos com o serralheiro e começamos o processo,
mas temos de ir por partes” – refere Minervina Rocha, limitada pelo orçamento da Junta. Por ora, o parque do Eleito Local está “fechado e protegido”. “Tapamos tudo, com rede e fitas” – assegura Minervina Rocha, que planeia fazer o mesmo, ainda durante esta semana, no de Santo António.
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Mosteirô // Jovem dedica-se a tempo inteiro à construção de instrumentos de cordas
Na oficina de Pedro Pinhal os violinos nascem do coração É a sua grande paixão. E descobriu-a quase por acaso. Pedro Gomes Pinhal vive em Mosteirô e é um dos poucos luthiers de cordofones friccionados na região. Na sua oficina, estão expostas algumas das muitas relíquias que, nos últimos anos, foi construindo. Os violinos são os seus preferidos. Fez da arte a sua profissão e os seus clientes são maioritariamente do Porto. “É isto que faço. É a minha paixão” – destaca Pedro Gomes Pinhal, olhando para as paredes da sua oficina, decoradas com ferramentas, violinos inacabados e outros prontos a serem tocados. O jovem descobriu a vocação quase por acaso, quando tocava guitarra e bateria. Sobre música, sabe muito pouco, mas o que aprendeu valeu-lhe o sonho que hoje vive. “Foi nessa altura que os amigos me pedirampara dar um jeito a uma das guitarras”. Não tardou a querer saber muito mais sobre a arte e partiu para o estrangeiro em busca da formação adequada para fazer como outros materiais como as da construção dos instrumentos colas. “São todas de origem animusicais uma profissão a tempo mal” – aponta. inteiro. A conjugação destes elementos “Faço o que gosto e isso é muito com a destreza das mãos, o cogratificante” – diz o luthier, garan- nhecimento e a paixão resultam tindo que na arte, mais do que em instrumentos que deliciam os aprender, é preciso nascer com ouvidos de quem os escuta. o dom. “É importante ter “Fazer um violino é um uma noção de músiorgulho” – ressalta ca, mas mais imo luthier. O tempo É imporportante do que de execução detante ter uma isso é sentir cá mora entre os dentro”. E, com três e os quatro noção de música, a expressão, meses, porque mas mais imporPedro Gomes o trabalho é miPinhal quer tante do que isso é nucioso. “Mas dizer sentir na vale bem o temsentir cá dentro alma o coração po dispendido” do instrumento. – diz, frisando: “é Por isso, o jovem fantástico quando o não tem dúvidas de que ouvimos tocar. É quase construir bons violinos não se como sentir que está ali um filho aprende, sente-se. “Não é difícil nosso”. construí-los”- aponta, mostran- Há vários anos que Pedro Godo os moldes de onde nascem mes Pinhal se dedica à construviolinos, violas e violoncelos. ção dos instrumentos musicais Os materiais para a utilização e dessa opção diz nunca se dos instrumentos são também ter arrependido. A maior parte importantes. Segundo Pedro Go- dos clientes é oriunda do Porto. mes Pinhal, as madeiras devem “Gostava de ter mais clientes do ser de grande qualidade, assim Concelho” – admite. O jovem,
contudo, não pensa em mudar a localização do seu negócio, porque reconhece as “qualidades” do concelho de Santa Maria da
Apaixonado por música clássica, é em Mosteirô que quer continuar o ofício de construir e reparar os instrumentos musicais que lhe
Recuperei-o e agora estou a pensar doá-lo ao Museu da Música. A razão está na história daquele violino. Feito por um português
Feira. “Já me deu tanto que que- enchem a alma. “A música faz ro retribuir e, por isso, é parte da minha vida”. Na aqui em Mosteirô que oficina, que baptizou quero permanecer” de “Loja do Mestre – diz. André”, guarda Pedro Gomes histórias de muiPinhal lembra tos sons. “Os Fazer um violino i n s t r u m e n t o s que o território feirense é fércontam históé um orgulho til em músicos. rias” - diz, apon“Temos muitos tando para um e bons músidos violinos que cos” – aponta. E comprou numa mais. Natural do loja na Alemanha. Porto, reconhece no Atraiu a assinatura do Concelho que o acolheu instrumento: “José Domina vivacidade cultural a todos os gos Brandão (1948 – Lisboa)”. níveis. “Estava em muito mau estado.
e tocado por uma violinista conceituada. Os seus violinos também contam histórias. Ainda guarda o primeiro que construiu. “Não está perfeito. Fui aperfeiçoando a técnica”. Ao lado, está o que construí para filha. Tem o nome dela gravado. “É especial. Muito especial”. E muitos outros estão pendurados nas paredes ou já nas mãos de quem os sabe manusear. “Também faço restauros. É um trabalho minucioso. Posso estar duas semanas só para descolar o tampo do violino” - diz. “E sou feliz, muito feliz a fazer isto” – remata.
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Santa Maria da Feira // InFocus promete regressar para mais sessões fotográficas
Mais de 50 fotógrafos e 30 modelos fizeram da cidade um palco de moda Mais de 50 fotógrafos e cerca de 30 modelos, provenientes de todo o país, realizaram sessões fotográficas em vários locais da cidade de Santa Maria da Feira. A escadaria da Igreja Matriz, o Convento dos Lóios e as grutas da Quinta do Castelo foram alguns dos spots escolhidos para a execução das sessões. Os modelos foram vestidos por cinco estilistas e lojas (Marias na Praça, Atelier Laçarote, Bibiana Grave, Arquitectura do Corpo e Noiva Lusa), sendo quatro delas de Santa Maria da Feira. O evento InFocus – organizado pela Bússula / Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural - encerrou com um desfile,
no Mercado Municipal de Santa Maria da Feira, apresentado pelo humorista feirense Joel Ricardo Santos. César Coriolano, um dos organizadores do evento, sente que as expectativas foram ultrapassadas, tanto quanto à adesão como quanto à satisfação dos participantes. Este será “apenas” o primeiro evento do género a realizar no concelho de Santa Maria da Feira. Bruno Teixeira e Elísio Cardoso, também ligados à organização, referem que o intuito primordial do próximo evento será acolher a participação de mais feirenses. Recordam que apenas 20% dos participantes deste primeiro even-
to eram do concelho de Santa Maria da Feira. A “InFocus” tem como intuito organizar eventos que promovem o networking entre as diversas áreas ligadas à moda - fotógrafos, modelos, estilistas, cabeleireiros, maquilhadoras, entre outros. Outro dos objectivos é tornar o resultado dos eventos - a fotografia - numa excelente ferramenta de divulgação do negócio/produto/serviço de todos os intervenientes. A organização contou com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira; Bússola - Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural; Restaurante Praceta; Museu Vivo da Fogaça e SBK Team.
Feira
Argoncilhe // Casa da Gaia vai levar o evento até Braga
Festival Internacional “Danças do Mundo” está de volta Academia promove
5.ª edição do Festival All About Dance
Turquia
Espectáculo de abertura
Ucrânia Chile
Croácia
Portugal - Casa da Gaia
Russia
O Europarque, em Espargo, foi o local escolhido para o pontapé de saída da 36.ª edição do Festival Internacional “Danças do Mundo”, organizado pela Casa da Gaia, de Argoncilhe. Estão representados grupos oriundos de Portugal, Ucrânia, Uruguai, Turquia, Chile, Índia, Rússia, Croácia e Espanha.
O festival prossegue esta segunda-feira, em Lousada, a partir das 21h30. Na quarta-feira, é a vez de Fornos acolher as danças com os grupos da Ucrânia, Turquia e Chile. A partir das 21h30, o parque Manuel S. Pinto enche-se de cor. Na quinta-feira, o festival divide-se entre Alcanena e Lousada, regressando ao Concelho, mais precisamente a
Uruguai Espargo, no dia seguinte. Os grupos da Rússia e Croácia vão juntar-se no Largo da Igreja Matriz. Na sexta-feira e sábado, o evento deslocase a Braga. Argoncilhe também acolhe o evento no sábado, com a Gala Nacional. O encerramento é também na freguesia da associação anfitriã, com a Gala das Nações.
A Academia All About Dance, de Santa Maria da Feira, vai promover a quinta edição do Festival All About Dance. O evento está dividido em dois momentos. O primeiro acontece já esta quinta e sexta-feira, com o “Pirata Capitão”, com sessões marcadas para as 21h30. O Pirata Capitão vê-se envolvido numa grande aventura quando decide entrar num concurso de piratas e tenta ganhar o prémio de Pirata do Ano. Sem saber bem como, vai parar a terras inglesas e deparase com uma rainha que odeia piratas e a situação agrava-se para este engenhoso Capitão que apenas quer é salvar a sua ave Poli. Esta aventura é levada a cabo pelos bailarinos mais jovens da academia – dos 3 aos 10 anos num total de 200 alunos. Um elenco principal de professores e alunos mais velhos assegura o enredo e os vários momentos da história são retratados pelas diferentes turmas através da dança. No sábado e domingo, também ás 21h30, sobe ao palco Danceclub. Trata-se de um espaço da acção onde o público é presenteado com as mais variadas estéticas da dança. A energia e a diversão são as duas componentes essenciais do espectáculo que mescla vários estilos: rock, disco, funk, hip hop, jazz, salsa, entre outros. O desafio foi lançado a dez coreógrafos da All About Dance para se reunirem e criarem peças curtas que reflectissem o prazer de dançar, com a máxima “Quem dança é mais feliz”. As sessões terão lugar na Casa da Criatividade em S. João da Madeira.
Correio da Feira 21.JUN.2014
Santa Maria da Feira // Na Casa do Moinho
Loja Oficial da Viagem Medieval promove oficinas para famílias
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S. Paio de Oleiros
Festival de folclore do C.D.C. é este sábado O parque Nossa Senhora da Saúde, em S. Paio de Oleiros, vai acolher o XXXIII Festival do Rancho Folclórico C.D.C. O evento está marcado para o próximo sábado, a partir das 21h00. Participam o Rancho Folclórico de S. Miguel de Milharado, em
Mafra; o Rancho Folclórico Alegria do Minho, da Amadora; Associação Cultural do Rancho de Arrentela, do Seixal; a Associação Cultural de Vila Real de Santo António, do Algarve. A abertura do espectáculo está a cargo do rancho anfitrião.
Lobão
Festa do Emigrante regressa no fim-de-semana
A Loja Oficial da Viagem Medieval abriu ao público ontem, domingo, na Casa do Moinho, em pleno recinto do evento. Neste espaço, os visitantes podem adquirir trajes medievais e toda a linha de merchandising da Viagem, bem como as pulseiras de acesso ao recinto. Pela primeira vez, a loja reserva um espaço para ateliês de pintura de azulejos e barro para as famílias que visitem o evento.
Organizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, empresa municipal Feira Viva e Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho, a 18.ª Viagem
Horário da Loja
19 a 25 de Julho, das 15h00 às 20h00 26 a 30 de Julho, das 17h00 às 22h00
Medieval realiza-se de 31 de Julho a 10 de agosto, no centro histórico de Santa Maria da Feira, e vai recriar o reinado de D. Sancho II, quarto rei de Portugal.
A Festa do Emigrante está de volta a Lobão. No próximo fim-desemana, o Largo do Eleito Local vai encher-se de música e animação. No sábado, durante a tarde, haverá música gravada e jogos tradicionais e, a partir das 21h45, decorrerá o XIX Festival Nacional do Rancho Regional da Vila de Lobão. No domingo, a música e os jogos tradicionais voltarão a animar o dia, sendo que, a partir
das 8h30, está marcada a Caminhada do Emigrante e, às 10h30, uma aula de Zumba. Por volta do meio-dia, está marcado o almoço e, pelas 15h30, sobe ao palco o Grupo de Concertinas de Romariz. As Danças do Mundo, da Casa da Gaia, preenchem o resto da tarde, sendo que, para o serão, está reservada a actuação do conjunto musical “Musibaile” e a realização de um sorteio de rifas.
Fotolegenda
31 de Julho a 10 de Agosto, das 14h00 às 00h30 (semana); 12h00 às 00h30 (fim de semana)
Feira // PS insiste no desconto de 50% para jovens nas entradas
PSD diz que “tem lutado para que a Viagem se torne sustentável” No seguimento da proposta apresentada, na anterior reunião de Câmara, pelo PS, na voz do vereador Mário Oliveira, a requerer um desconto de 50% no bilhete e pulseira da Viagem Medieval para os jovens portadores de cartão de estudante ou cartão jovem, o partido decidiu submeter um requerimento formal, na última reunião do executivo municipal, à comissão da organização da Viagem, que inclui a Câmara da Feira. “Os vereadores do PS estão preocupados com a actual situação económica do país e
consequentes dificuldades das famílias e, nomeadamente, dos jovens, na aquisição de bilhetes e pulseiras e, por isso, propomos que aos jovens seja dado este justo benefício” – insistiu Mário Oliveira. O PSD não cedeu e voltou a reprovar a sugestão. “Temos lutado para que a Viagem se torne sustentável e já atingiu essa sustentabilidade, através dos sponsors, das receitas das tabernas e, claro, da cobrança de entradas” – explicou Emídio Sousa, referindo que são cinco euros para os três dias
e dois euros por dia para entrar na Viagem Medieval. “Antes do início da Viagem, o preço é de quatro euros e, durante o evento, uma parte do dia é sempre gratuita. Se fossemos agora dar 50% de desconto aos jovens, iria desequilibrar e poríamos em causa a sustentabilidade do evento” – realçou Emídio Sousa, lembrando, ainda, a proximidade da Viagem Medieval, que começa a 31 de Julho. Como o tema não estava agendado na ordem do dia, a sua votação ficou para a próxima reunião de Câmara.
Santa Maria da Feira // Desde o Porto
Transfers gratuitos para a Viagem Medieval A Viagem Medieval em Terra de Santa Maria vai disponibilizar, de 1 a 10 de Agosto, um serviço gratuito de transfers Porto – Santa Maria da Feira, bastando apresentar o bilhete diário ou a pulseira de acesso ao recinto do evento, que poderão ser adquiridos no próprio
autocarro. Este serviço estará sujeito à lotação do autocarro. Os locais de
Horários
Porto » Santa Maria da Feira 15h00 e 17h00
paragem estarão brevemente disponíveis no site oficial do evento (www.viagemmedieval.com).
Santa Maria da Feira » Porto 23h00 e 01h00
A Juventude de Sanguedo promoveu o jantar de angariação de fundos e comemorativo dos 29 anos da associação, que se realizou no Restaurante “Cruzeiro de Fiães”. Neste jantar, estiveram presentes vários elementos da Câmara Municipal, nomeadamente, o seu presidente Emídio Sousa, que recebeu o voto de louvor entregue pela JDS à Câmara Municipal como agradecimento ao apoio que tem disponibilizado à colectividade ao longo destes 29 anos. Também se homenageou António Sousa, gerente da padaria “O Arraial”, pelo apoio que tem dado à JDS, tornando-o sócio benemérito.
BALCONISTA Precisa-se de Balconista para Materiais de Construção, para o conselho de Sta Maria da Feira. Responder para:
comercial@correiodafeira.pt
AUXÍLIAR DE ARMAZEM E MOTORISTA Precisa-se de Auxiliar de armazém e motorista, para o conselho de Sta. Maria da Feira. Responder para:
comercial@correiodafeira.pt
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Correio da Feira 21.JUL.2014
Concelho // No total, são 773 fogos espalhados pelo Município
Uma casa para os momentos difíceis da vida
São 19 freguesias no Concelho que dispõem de empreendimentos de habitação social. Grande parte dos fogos estão ocupados e, os que não estão, encontramse em obras para acolher, proximamente, novas famílias. A chefe da Divisão Social, Manuela Coelho, salienta que a habitação social não é a solução para todos os problemas mas é um bem que, muitas vezes, ajuda as pessoas a dar o salto que precisam. Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Em 1996, a Divisão Social fez um levantamento das carências habitacionais nas várias freguesias do Concelho e, em 2000, começaram os realojamentos, com a preocupação de “não se fazer grandes aglomerados de habitação social que dificilmente seriam geridos”. “Colocamos os moradores próximos ao local onde viviam, em pequenos núcleos, para permitir a inclusão social e proximidade à comunidade” – esclarece a chefe da Divisão Social, Manuela Coelho, garantindo que a comunidade à volta não mostrou qualquer resistência. “Muitas pessoas já conheciam e sabiam que aquelas famílias viviam em situações deficitárias, nomeadamente em caixotes da Toyota, em caves improvisadas em casa dos pais, em anexos pequeninos, em ilhas” – conta Manuela Coelho, lembrando a ilha do Guedes, em Argoncilhe, “onde havia famílias que viviam em compartimentos exíguos, quase numa favela, em habitações em cascata”. Houve, assim, o cuidado de, “em termos urbanísticos e sociais, ter uma taxa de cobertura razoável em todo o Concelho, que permita resolver situações de famílias a viver em más condições”, embora, salienta Manuela Coelho, a atribuição das casas é, sempre, um trabalho “complexo” e “discutido, partilhado e analisado”, caso a caso, pela rede social de parceiros, que envolve juntas de freguesia, centros sociais, Segurança Social, e que tem em conta mais do que as condições habitacionais das pessoas. “Damos prioridade às famílias monoparentais, vítimas de violência doméstica, situações da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, pessoas portadoras de deficiência… Para além dos rendimentos e condições habitacionais” – explica Manuela Coelho.
Focos quase todos ocupados
Pelo Concelho, são 19 as fre-
Ferradal, Fiães
guesias que possuem habitação – realça. habitações para processo de resocial, num total de 773 fogos. A alojamento” – esclarece Manuela maioria destas habitações está Habitação social com Coelho, que enaltece o trabalho ocupada, com uma média de carácter transitório dos gabinetes. “As assistentes três agregados familiares por O objectivo da habitação social é sociais conhecem muito bem as fogo, restando poucas vagas, dar apoio às famílias, numa altura famílias, tentam gerir os conflitos que se encontram em obras e já difícil das suas vidas, para que entre vizinhos e o espaço comum, com destino. “Em Agosto, vamos depois consigam reerguer-se e como a organização da limpeza realojar à volta de 15 famílias” dar continuidade à sua vida nou- da escada” – elucida, reforçando – adianta Manuela Coelho. As tro sítio. “Num determinado mo- que a Divisão Social tem de “eduobras são necessárias porque as mento, aquela habitação é a mais car, exigir, sensibilizar e formar” casas “por si só vão deteriorando” adequada, mas, ao fim de alguns para que os moradores participem e, por isso, torna-se necessário anos, vai-se para outro patamar” activamente na comunidade, por um programa de ma– elucida Manuela Coelho. exemplo cuidando das hortas nutenção. “Há situNos últimos anos, 153 ou jardins. “É um processo de “Aquelas ações que vamos famílias conseguiram cidadania. Têm de entender que resolvendo mas sair da habitação a habitação social foi um bem famílias viviam alguns prédios social. Destas, colocado com o contributo da coem situações defiprecisam de 70 entregaram munidade para que eles tivessem citárias, em caixotes intervenções voluntariamente uma habitação de acordo com as da Toyota, em caves de fundo que a habitação, 26 suas possibilidades e, da parte improvisadas em casa exigem recuremigraram e 9 deles, tem de haver a obrigação sos financeiros adquiriram habi- de cuidar daquele espaço, de dos pais, em anexos fortes e estatação própria. Mas pagar as rendas, de manter a pequeninos, em mos a equaciotambém há famílias boa convivência” – diz Manuela ilhas” nar a recuperação e que são obrigadas a Coelho, sublinhando: “Não é um manutenção do parque sair porque não cumprem bem exclusivo deles, é um bem habitacional através de um com as suas obrigações. “Não são de todos”. programa comunitário” – revela cumpridoras e temos de avançar Manuela Coelho. com acções de despejo” – afirma. Famílias têm A Divisão Social assegura, sem- O incumprimento contratual pode dificuldade em sair pre, uma bolsa de habitação passar pelo não pagamento da Este carácter temporário da social. “Temos habitações vagas renda, falta de cuidado com os habitação social nem sempre é para situações de emergência espaços ou conflitos entre vizi- conseguido. “Devia ser mais transocial, como vítimas de violência nhos. Para ajudar a resolver estas sitória do que o que é mas tem doméstica, crianças e jovens em situações, existem os gabinetes de se ter em atenção o mercado risco, ocorrência de catástrofes, de proximidade nas fregueprivado, onde é preciso que situações urbanísticas…” – enu- sias. “O gabinete faz um haja arrendamento mera. Quando a habitação social atendimento individuem número e de “A habinão pode dar resposta, ou não alizado, mas tamacordo com as tação não é, por é a opção mais indicada, esfor- bém serve para possibilidades magia, a resolução çam-se por tentar arranjar outra reuniões de condas pessoas” para todos os problemas solução. “Procuramos habitação domínio, apoio – refere Maporque, normalmente, as na freguesia e, muitas vezes, as jurídico, formanuela Coelho, famílias carenciadas têm famílias recebem apoio na renda ção” – explica sublinhando durante alguns meses” – explica Manuela Coelho. que “muitas um somatório de muitas Manuela Coelho, adiantando que Estes gabinetes famílias devulnerabilidades” “é preciso ver o que é melhor para são, em muitos cafrontam-se com que a família saia da situação em sos, partilhados com a dificuldade de, que se encontra” e frisando que a outras associações do no mercado privado, habitação social não resolve tudo. Concelho que também presconseguirem o arren“A habitação não é, por magia, a tam apoio aos moradores. damento adequado” e “daí ser resolução para todos os proble- Brevemente, no âmbito da cons- complicado não estarem na hamas até porque, normalmente, tituição dos fóruns sociais, os bitação social a vida inteira”. Em as famílias carenciadas têm um gabinetes ficarão nas juntas de tempos de crise, há situações de somatório de muitas vulnerabi- freguesia. “Os gabinetes fun- filhos que chegam a sair de casa lidades – desemprego, idosos, cionavam, alguns, nas próprias mas, mais tarde, acabam por rebaixa escolaridade – que a habi- habitações, mas agora vamos gressar. “Temos muitas famílias tação por si só não resolve. Tudo passar este trabalho para as que os filhos saem mas, depois, o resto tem de ser acompanhado” juntas, de forma a libertar as devido a desemprego, divórcio,
Balteiro, Feira doença, solicitam autorização para serem novamente acolhidos na habitação dos pais” – conta Manuela Coelho, revelando que, nestas situações, é dado um prazo ao requerente. “Há também os que pedem para acolher os pais que precisam de cuidados” – acrescenta, revelando que os idosos são aqueles que têm mais dificuldade em sair. Para que se cumpra a transição de habitação, as rendas são actualizadas anualmente. “A lei permite, quando há baixa/aumento de rendimentos, que as rendas sejam actualizadas” – afirma Manuela Coelho. O valor das rendas, que varia consoante os rendimentos das famílias, constitui “um esforço muito forte”. “O esforço entre o valor da renda técnica e a renda que paga o inquilino, que é significativo, é da Câmara” – diz Manuela Coelho, salientando: “Por isso também tem de haver um esforço das famílias para que melhorem as suas condições”. O trabalho da Divisão Social é, precisamente, nesse sentido. “Sempre que têm condições para sair, nós aconselhamos, senão chega uma altura em que pagam rendas iguais às do mercado privado” – refere Manuela Coelho, adiantando, contudo, que a média de rendimentos mensais de um morador da habitação social é “baixa”.
Pedidos de habitação social decresceram
Apesar da conjuntura, os pedidos para habitação social têm decrescido nos últimos anos. “Temos pedidos diferentes, de pessoas que têm dificuldades em pagar prestações ou rendas, porque houve baixa de rendimentos, desemprego ou doença. Mas não procuram habitação social, procuram apoio porque não querem perder a casa” – explica Manuela Coelho. A aumentar estão também as famílias de apenas um elemento. “Há cada vez mais pessoas a viver sozinhas” – diz a chefe da Divisão Social, acrescentando que “no Concelho não há uma cultura de mobilidade de
Correio da Feira 21.JUL.2014
Canedo habitação”. “Ainda há muito aquela ideia de termos uma habitação para toda a vida” – declara. No futuro, a Divisão Social quer continuar esta “procura da melhoria constante”. “Atentos à realidade social do Concelho, com uma preocupação de sensibilizar,
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Souto, Fiães incentivar e promover por parte dos cidadãos, e especialmente dos nossos inquilinos, que sejam parte integrante da solução para o que provocou a sua situação” – refere Manuela Coelho, que gostava que se quebrassem estereótipos. “Não podemos dizer
que só o facto de se viver numa habitação social já é sinónimo de problemas. Temos exemplos de famílias responsáveis que cumprem com as suas obrigações. Às vezes, há uma situação tão difícil que só olhamos para ela, não olhamos para todas as ou-
tras” – aponta. Manuela Coelho afirma que “cada habitação tem as suas especificidades” e que, quanto maior, mais complexa é a sua gestão. “Tem tudo a ver com a escala” – diz. A chefe da Divisão Social sublinha, contudo, que os problemas não existem apenas
nestes empreendimentos. “Muitos dos problemas das habitações sociais existem também fora delas, mas aqui há uma visibilidade maior porque são mais concentradas, e subsidiadas por todos nós, logo são mais escrutinadas” – remata.
“Felizes com as casas”, moradores só saem de lá “em quatro tábuas” Numa visita por alguns dos empreendimentos sociais do Concelho, denota-se o ambiente calmo e as cores sóbrias dos apartamentos. Em certos sítios, como Canedo, há churrasqueiras colectivas, que serão, em breve, requalificadas com a ajuda dos moradores, e ainda hortas que eles próprios cuidam. “Foi uma necessidade deles para ter alguma rentabilidade” – explica uma das assistentes sociais, acrescentando que estes moradores “vinham de famílias ligadas ao campo”. Carregadas de couves, abóboras e outros legumes, destacam-se nas hortas os “novos espantalhos”: CD’s que brilham e afastam os pássaros. Ainda a realçar, há os jardins que, em alguns casos, como no bairro de Souto, em Fiães, são muito bem cuidados. “É tudo assumido por eles e, de facto, estes jardins destacam-se porque os moradores sempre tiveram um grande zelo” – diz a assistente social. Também em Souto, há um espaço cheio de desenhos nas paredes, onde se realizam actividades como reuniões de condomínio, formação e eventos culturais, como o Dia do Vizinho. Para desfruto dos inquilinos, existe ainda um parque infantil e um campo de jogos. Sempre que avistam as assistentes sociais, em qualquer bairro, é garantido, pelos moradores, um aceno de mão, um “olá, como está, o que faz aqui?”, ou, mesmo, um desabafo, sobre qualquer assunto que os esteja a afligir.
Defender o Ferradal “com unhas e dentes”
Deolinda Reis, de 70 anos, foi uma das primeiras moradoras na habitação social do Ferradal.
Jardins de Souto, Fiães
Hortas em Canedo “Nascida e baptizada” em Fiães, chegou a viver com os sete filhos, mas, entretanto, a maior parte saiu e ficou apenas a cuidar de um deles, agora doente. Não dispensa o ritual de “ir todos dias tomar café”, mas gosta de estar no seu canto. “Há gente boa e gente ruim, mas não passo confiança” – afirma, admitindo a existência de alguns distúrbios. Realça que “não há melhor” do que as assistentes
sociais que “não ajudam só se não puderem”. “Vem muita gente ao gabinete, por causa das rendas, de desemprego, dos filhos” – refere Deolinda Reis, que cumpre a sua parte no que toca a cuidar dos espaços. “Trato do meu jardim com gosto porque tenho vergonha quando não está arranjado, parece mal” – revela. “Acostumada” à sua casinha, Deolinda Reis não quer mais sair do Ferradal. “Daqui vou
para o cemitério” – sublinha. Alzira Santos vive há 11 anos no Ferradal e chegou ao bairro depois de pedir ajuda para sair do sítio “abafado” onde morava. “Era um aidinho onde as paredes marejavam todas” – conta Alzira Santos que, com problemas pulmonares, e dois filhos a seu cargo, viu a habitação social como um grande apoio. “Deram-me uma casa a estrear” – conta, garantindo que cuida dela o melhor que pode. “Está igual desde aquela altura porque eu gosto de estimar as coisas. Há aqui alguns que destruíram tudo. Se soubessem quanto custa uma casa, estimavam-na” – comenta Alzira Santos. Este brio pela casa vê-se, aliás, pela sua entrada, que partilha com mais três pessoas, mas que acaba por “cuidar sozinha”. A fianense “habituou-se bem” ao bairro e conta que está muito melhor do que no início. “Já foi muito mau, mas desde que saíram algumas famílias, ficou mais calminho” – afirma, revelando que “já discutiu muito por causa do bairro”. “Defendo o meu bairro com unhas e dentes porque por um não pagam todos” – sublinha. As assistentes sociais admitem que o Ferradal teve um início difícil mas que a conotação que tem, de bairro problemático, já não corresponde à realidade, graças ao trabalho da acção social. “Até temos jovens licenciados cá, dois de famílias monoparentais, que fizeram um grande esforço” – adiantam.
Balteiro com população envelhecida
O Balteiro, na Feira, foi um dos primeiros empreendimentos de habitação social. Com uma popu-
lação envelhecida, cuja média de idades ronda os 60 anos, é visível, em todas as casas, a presença de um tanque para lavar a roupa. “As pessoas estavam muito habituadas a lavar neles” – conta uma das assistentes sociais. Entre os moradores no Balteiro, há duas Maria de Lurdes, vizinhas do mesmo andar. Maria de Lurdes Silva está no empreendimento há 14 anos e acha a casa “jeitosa”, especialmente depois de ter vindo de um sítio “sem água, luz e condições de segurança” em Espargo. Criou os cinco filhos e, de momento, mora com dois, todos fazendo parte da comunidade. “Dou-me com toda a gente” – revela, adiantando que “não se mete em confusões”. “No início, havia aqui sempre barulhos. Agora é mais sossegado”. Alzira Santos “está muito contente” com a casa. “Quero ficar cá e depois deixar para os meus filhos” – afirma. Já Maria de Lurdes Aguiar lembra os primeiros tempos no bairro com alguma angústia. “No início, era terrível, só pensava “ai o meu barraquinho na Remolha que falta me faz” – recorda. Ainda hoje, apesar de “não haver comparação”, a popular reclama dos barulhos durante a noite. “Às vezes não me deixam dormir e tenho problemas por causa do pouco descanso” – conta, revelando, contudo, que não usa muito o gabinete porque “não gosta de se queixar”. Ainda assim, garante estar “feliz com a casa” que tem “tudo o que é preciso”. Trabalhou durante muitos anos como doméstica, mas hoje cuida do marido e filho doentes. “Estou sempre em casa” – afirma, salientando: “Fico aqui até ir em quatro tábuas”.
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Correio da Feira 21.JUL.2014
Economia // Presidente do município feirense recebeu delegação
Reforçadas parcerias na área da juventude com Câmara de Lewisham A delegação da Câmara de Lewisham, no sudeste de Londres, que visitou na passada semana Santa Maria da Feira, partiu para Inglaterra com um conjunto de propostas - sobretudo dirigidas aos jovens - a planear em intercâmbio com o município português. “Entendemos que as políticas de juventude, designadamente aquelas que conduzam à plena integração dos jovens no mercado de trabalho, devem assumir-se como uma prioridade da nossa agenda” - afirmou o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa. “Queremos, nesse sentido, dar um contributo consistente para a empregabilidade dos jovens” - frisou. O autarca, que vê com “bons olhos” futuros projectos de cooperação entre os dois municípios, deu como exemplo a realização de estágios profissionais que podem ser “uma excelente oportunidade para os jovens dos dois países”. Abrir os caminhos para a empregabilidade foi, de resto, um dos temas fortes do encontro entre representantes dos dois municípios, que estudam agora o desenvolvimento de várias iniciativas conjuntas, onde mereceu atenção
a possibilidade de execução de um projecto transnacional de cariz social, podendo ser alargado, inclusive, a outros países europeus. As estruturas que promovem o exercício da cidadania - como a Assembleia de Crianças em Santa Maria da Feira e o Young Mayor em Lewisham – estiveram também em cima da mesa. A comitiva britânica aproveitou a
ocasião para elogiar as políticas levadas a cabo pela autarquia feirense na área da promoção do emprego, do empreendedorismo e no apoio à expansão ou criação de negócios. “É mais um reconhecimento internacional das boas práticas a favor do emprego e da política económica que o município tem vindo a desenvolver” - acrescentou Emídio Sousa.
Economia // Presidente da Câmara quer fortalecer relações com a França
Cônsules de Tours e Rouen prometem colaborar com o município na área da economia O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa afirmou, em recente encontro com os cônsules de Tours e Rouen, que a França é um dos maiores mercados para o escoamento dos produtos fabricados no concelho. “As relações entre os dois países são estáveis e, nessa perspectiva, os nossos empresários devem apostar claramente neste dinâmico mercado” - disse, salientando que “o esforço de diplomacia económica com a França é para fortalecer”, estando em curso o estabelecimento de um protocolo de cooperação entre o município e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa. Luís Palheta (Cônsul de Portugal em Tours) e José Stuart (Cônsul de Portugal em Rouen) vieram acompanhados por dois empresários a actuar em França na área dos serviços, que quiseram conhecer a realidade feirense. Na ocasião, Luís Palheta – tal como José Stuart - disponibilizou-
Concelho // Presidente do grupo parlamentar do PSD visitou empresas corticeiras
Luís Montenegro saúda “valor acrescentado” do sector corticeiro
O presidente do grupo parlamentar do PSD defendeu na última segunda-feira a importância que deve dar-se ao ciclo de financiamento aberto pelo novo quadro comunitário de apoio. Luís Montenegro falava no final de um conjunto de visitas de trabalho ao sector da cortiça, no concelho de Santa Maria da Feira, durante as quais tomou contacto com a realidade e auscultou os anseios dos empresários. “É relevante que a partir de visitas como esta saia uma ideia mais clara sobre que política de investimentos devemos assumir. Nada melhor do que auscultar quem trabalha directamente nos diversos sectores de actividade” – referiu Luís Montenegro, que tem levado a direcção do grupo parlamentar do PSD a visitar todos os círculos eleitorais do País. Luís Montenegro louvou o sector corticeiro como sendo responsável por um “produto com valor acrescentado único no País, com matérias-primas, tecnologia e produção portuguesas”, referindo-se ao facto de, por cada 1,00 euro produzido, 0,85 euros ficarem em Portugal. Após uma série de contactos com os empresários, Luís Montenegro salientou a importância de uma revisão da legislação europeia, a começar pela que regula a relação comercial da União Europeia com os Estados Unidos da América. “Este sector obriga-nos a pensar
seriamente diversas políticas, como a fiscal, a do ordenamento do território, a agrícola, a florestal ou a industrial” – garantiu o presidente do grupo parlamentar do PSD, saudando “a paz social vivida no sector”, que se prepara para equiparar salários de homens e mulheres já no próximo ano e que acaba de acordar com os parceiros um aumento salarial de 1,7 por cento. A comitiva social democrata – que integrava, também, a Direcção do Grupo Parlamentar, os deputados eleitos por Aveiro, dirigentes distritais e nacionais do partido, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e os presidentes das juntas de freguesia de Santa Maria de Lamas e de Mozelos – começou por reunir-se com a Direcção da Associação Portuguesa da Cortiça, em Santa Maria de Lamas, seguindo-se passagens pelas unidades industriais da “M. A. Silva” e da “Amorim Cork Composites”, ambas em Mozelos. A associação empresarial do sector, a APCor, conta 270 associados, 57 por cento dos quais representando micro empresas, a maioria das quais, 80 por cento, instaladas no distrito de Aveiro. A “Cortiça” emprega 8.500 trabalhadores, distribuídos por 600 empresas. Da sua produção – por exemplo, 40 milhões de rolhas por dia –, 64 por cento destina-se a exportações.
Precisamos se a colaborar com o esforço do município na promoção internacional do tecido empresarial, dando conta, desde já, de que as empresas feirenses da área da construção civil que pretendam participar no Salão Habitat - a decorrer em Tours no próximo ano - podem
contar com o seu apoio. O representante diplomático revelou ainda o seu empenho na divulgação do calçado de alta gama produzido em Santa Maria da Feira e na facilitação de contactos com agentes e distribuidores franceses.
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Correio da Feira 21.JUL.2014
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Calçado Infantil do deve ser preferencialmente de cordões, deve ter alguns milímetros a mais no comprimento e na altura do tacão (tacão/comprimento com cerca de 10mm). Não deve ter grandes reforços e deve possuir uma sola flexível; - Dos 4 aos 7 anos, o calçado deve ser constituído por contraforte estável, fixação alta, tacão (10mm) e sola flexível; - Dos 7 aos 14 anos, deve possuir contraforte estável, fixação alta, tacão (15mm), e sola flexível.
A escolha de um calçado apropriado, desde cedo, representa um factor importante no desenvolvimento músculo-esquelético da criança. Por sua vez, o uso de calçado inadequado durante a infância, pode promover e desencadear vários problemas, não só a nível do pé, mas também, a nível dos restantes segmentos corporais, como por exemplo, pode desencadear alterações no formato do pé, alterações essas, que a nível futuro, poderão influenciar e comprometer a funcionalidade de todo o organismo. A partir do momento em que a criança começa a caminhar, a utilização de um sapato adequado à fase de desenvolvimento em causa, revelase fundamental. Antes deste período, de uma forma geral, as crianças que ainda não caminham, podem substituir o sapato por meias (antiderrapantes de preferência), podendo mesmo até andar descalças, sempre que tal não constitua um perigo para a sua integridade física. É importante verificar com regularidade o tamanho do calçado da criança. No que ao comprimento diz respeito, é fundamental que existam sempre alguns milímetros a mais entre a ponta do dedo mais comprido e zona da frente do calçado, para que os dedos se possam movimentar à vontade e o normal processo de crescimento não seja comprometido.
Cuidados a ter em conta na hora de comprar o calçado infantil:
Características que o calçado infantil deve ter: De uma forma geral, o calçado para crianças deve possuir alguns requisitos indispensáveis, tais como: - Deve ser constituído fundamentalmente por materiais moles e suaves, que promovam a circulação de ar - calçado em pele, revela-se uma boa opção neste aspecto; - A sola e a região de quebra anterior (entre os metatarsos e os dedos) devem ser flexíveis para permitir e promover
mobilidade ao pé; - Deve ter alguns milímetros de espaço entre a ponta do dedo mais comprido e a zona da frente do sapato, para favorecer a mobilidade e não comprometer o ritmo normal de crescimento; - Nas etapas inicias do caminhar, o contraforte do calcanhar não deve ser muito rígido. A partir do momento que
a criança adquire uma marcha mais estável, o contraforte do calcanhar deve ser um pouco mais rígido, para proporcionar estabilidade ao pé; - Calçado com estabilizadores adicionais, como contrafortes, ou cunhas, não são benéficos, salvo por indicação do profissional de saúde que se encontra a fazer o acompanhamento.
O tipo de calçado associado à evolução do pé: - Até ao ano e meio - 2 anos de idade, o calçado deve ser leve e sem nenhum reforço. A sua função nesta fase limitase à protecção e aquecimento do pé, podendo mesmo ser substituído por meias; - Por volta dos 3 anos, o calça-
- A criança deve experimentar sempre os dois sapatos, e caminhar com eles ao longo da loja sempre durante alguns minutos; - Para saber se o calçado tem o comprimento adequado, deve verificar em ambos os sapatos se sobra espaço suficiente para colocar um dedo entre o calcanhar e a zona posterior do calçado; - Não deixe de comprar o tamanho correcto por parecer maior do que esperava. O comprimento é um aspecto fundamental no que ao calçado infantil diz respeito; - Não deve em circunstância alguma forçar o pé a caber dentro de um sapato; - Deve verificar e inspeccionar sempre cuidadosamente o interior do calçado antes de o comprar. A Walk’in Clinics tem à sua disposição uma equipa de Podologistas de excelente qualidade, preparada para tratar qualquer tipo de patologia associada aos pés. Se já tiver subscrito o nosso Plano de Saúde Walk’in, tem ainda uma redução especial no preço das consultas e um acesso aos cuidados de saúde totalmente personalizado e ainda mais facilitado.
Autor: Podologista, Miguel Carneiro - Responsável da área de Podologia - Walk’in Clinics
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Correio da Feira 21.JUL.2014
Volta a Portugal do Futuro sai às ruas
Nuno Pontes arrecadou medalha de prata
Januário Monteiro no último mandato
Segunda etapa da 22.ª edição da Volta a Portugal do Futuro arrancou no centro da cidade
Atleta paralímpico feirense pratica ténis de mesa e está a lutar pela presença nos Jogos OIímpicos
Apósasassembleia-geral,ossóciosdo CDPB votaram em Januário Monteiro naquele que será o último mandato
Modalidades
Reportagem
Futebol
pág. 19
págs. 20 e 21
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Equipa feirense vence rally em Amarante
Mini-olimpíadas encerraram com balões
A equipa cavalinho participou na prova de regularidade, em Amarante, e arrecadou o primeiro lugar
A 39.ª edição das Mini-olimpíadas concelhiasencerraram,nasCaldasde São Jorge, com balanço positivo
Modalidades
Modalidades
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Feirense // Equipa empatou dois jogos de preparação da época, perdeu o último e treinou na praia
Semana intensa culminou com jogo entre plantel e os sócios
A semana passada foi pautada por grande intensidade no Marcolino de Castro.Comdoisjogosrealizados,na manhãenatardedapassada quartafeira, o dia seguinte foi marcado por um treino dos fogaceiros, na praia de Esmoriz. A semana de trabalho culminou com o jogo de apresentação do plantel aossócios,numapartidarealizada,na noite de sexta-feira e que permitiu o frente a frente entre os fogaceiros e a equipa de simpatizantes do clube, comandadaporArturBrandãoeEduardo Soares.
e Armando Oliveira como capitão. O treinador foi Eduardo Soares, uma figura incontornável da história do CD Feirense.
Derrota no último jogo de preparação
Visitantes empatam no Marcolino de Castro
Na manhã do passado dia 16, o Feirense empatou com o Trofense, por um golo, em jogo de préépoca. Os azuis adiantaram-se no marcador, aos 33 minutos, por intermédio de João Santos, que marcou de cabeça após a cobrança de um livre. Aos 53 minutos, Leopold Njengo marcou, para o Trofense, e estabeleceu o resultado final. Já da parte da tarde, num jogo disputado com o Guimarães, o empate sem golos fez o fecho dos jogos de preparação desta semana. A primeira parte foi de grande equilíbrio, com oportunidades de golo repartidas e com os dois guardiães a terem de mostrar algum trabalho. Nestecapítulo,oguarda-redesPaiva foi quem mais brilhou, ao efectuar uma grande defesa, a um remate, à meia volta de Alex, e que levou o selo
de golo. Pelos azuis e brancos, Cafu e Gonçalo Abreu colocaram à prova os reflexos de Douglas que, com um par de intervenções vistosas negou o golo aos comandados de Pedro Miguel. Nasegundaparteotécnicofogaceiro fezentrarmuitosjogadores,oriundos da formação fogaceira, assim como alguns jogadores que estão à experiênciae,nestafasedojogo,osvimaranensestiverammaiorascendenteno jogo,dispondodasmelhoresocasiões paraabriromarcador.Noentanto,eà semelhançadaprimeirametade,Paiva mostrou todas as suas qualidades e segurou o nulo com duas excelentes intervenções. OFeirensealinhoucomPaiva,Barge,
Pedro Santos renova com cláusula de rescisão milionária Numa forte aposta nos jogadores da formação o CD Feirense renovou, ao longo desta semana, o contrato com o defesa Pedro Santos. O atleta, proveniente da formação fogaceira, veicula a sua ligação ao clube até 2019 com uma cláusula de rescisão de um milhão de euros. Pedro Santos é natural de Estarreja, tem 18 anos e iniciou carreira, em 2006/2007, no CB Estarreja. Mais tarde integrou o Beira-Mar e o Benfica, tendo chegado ao clube azul e branco no ano de 2011-2012.
Tonel, Pedro Santos, Igor, Cris, Fabinho, Rúben Oliveira, Hélder Rodrigues, Cafú e Gonçalo Abreu. Jogaram ainda Miguel Assunção, Joca, Renato Maia, Marcão, Tiago Jogo, Mica, Zé Mário, Zé Semedo, Yevan e Miguel Silva.
Jogo com os sócios vencido por 6-1
Após várias iniciativas de aproximação dos jogadores, à comunidade feirense, realizadas nos últimos dias, os trabalho desta semana culminaram com o jogo de apresentação da equipa de Pedro Miguel, aos sócios. Num evento que reuniu, pela primeira vez em campo, jogadores e sócios ao Estádio Marcolino de Castro acorreram, na noite de sexta-feira, cerca de mil adeptos, que não perderam a oportunidade de conviver com o plantel já formado. O encontro foi disputado tranquilamente e, entre peripécias divertidas da equipa de arbitragem, a noite foi ficando bastante animada. O resultado final, revelou-se na vitória da equipa profissional por 6-1, com golos de Fabinho (12), Hélder Rodrigues, (22), João Santos (37) e Diogo Fonseca (39, 43, 54). O golo da equipa dos sócios, foi marcado de grande penalidade por Germano Gomes, aos 50 minutos. A equipa dos sócios foi constituída por Hélder Mendes, João Machado,
Daniel de Sá, Joaquim Mota, José Cavaco,ManuelPetiz,AméricoSantos, Jonas de Sá, Tiago Heitor, José Sampaio,PedroPais,FilipeCampos, Hélder Resende, Gil Campos, Paulo Pereira, Ricardo Bastos, Fernando Gomes, Pedro Fernandes, António Oliveira,PauloPinto,AnaRitaPereira,
Ainda no passado Sábado, a equipa fogaceira deslocou-se a Anadia para disputarmaisumjogodepreparação, tendo como adversário a Académica de Coimbra. Pedro Miguel aproveitou, uma vez mais, para ver o “novo” Feirense em acção, diante de uma equipa que irá disputar a 1ª Liga, e a equipa respondeu bem mostrando muita garra e união. O encontro terminou com o empate a zero. Resultado amargo teveoencontrocomoTirsense,onde o Feirense perdeu por 1-3. Este foi o último desafio de preparação dos azuis, antes do primeiro jogo oficial, que se irá disputar no próximo fimde- semana, com o Feirense a deslocar-se a Aveiro para a primeira jornada da Taça da Liga onde irá defrontar o Beira-Mar.
Exposição superou os objectivos propostos pela organização
Decorreu, até ao passado dia 18 de Julho, na sala António Lino, no Estádio Marcolino de Castro, a exposição “Futebol e outras modalidades do Feirense”. Ao longo de cerca de três semanas, por este local passaram centenas de jovens que puderam conhecer a história do clube. Numa verdadeira iniciativa de aproximação da instituição à comunidade, as expectativas foram superadas tendo
a organização reunido mais de mil artefactos da história do clube, que foram devidamente identificados e catalogados. A ideia será mais tarde criar um espaço museológico. No final do ano será realizado um leilão, com objectos facultados por várias entidades ligadas ao futebol, de forma a angariar verbas para as diversas modalidades amadoras da instituição.
Correio da Feira 21.JUL.2014
Futebol
Januário Monteiro avança para o último mandato à frente do CDPB Realizou-se na semana passada, a assembleia geral do CD Paços de brandão, com fim a aprovar o orçamento e a eleger a nova direcção. Numa sessão pautada pelo, cada vez mais,desinteressedossóciosnodestino do clube, presentes estiveram cercade20pessoas,quatrodasquais não pertencentes aos órgãos sociais. Com uma única lista candidata a dar continuidade aos trabalhos do clube, a mesma, encabeçada por Januário Monteiro foi eleita, por unanimidade, para o biénio 2014/2016. Segundo o presidente, este será o seu último mandato, à frente do CDPB, o qual terá como principal objectivo a liquidação do empréstimo ao banco, que termina em Fevereiro de 2016. Talvez já a pensar no futuro, para o elenco directivo foram convidados alguns novos elementos que aceitaram o desafio. Para a
próxima semana está agendada uma reunião, para a tomada de posse dos novos órgãos sociais, onde vão ser distribuídos os lugares e acertados todos os pormenores no que diz respeito ao platel sénior que irá disputar o campeonato da segunda divisão distrital. A nova época adivinha-se ponderada, fase aos valores impostos pela associação, e à redução da receita alcançada até ao momento. CDPB - SORTEIO LOTARIA SÃO JOÃO - ANGARIAÇÃO FUNDO
Findo o prazo da venda dos bilhetes para angariação de fundos, os números sorteados foram os seguintes: 1º prémio 1823 2º prémio 6123 3º prémio 6868 Aos premiados, o clube agradece a procura do prémio, apresentando o respectivo bilhete.
Clube: CD Feirense
Clube: SC São João de Ver
Clube: LFC Lourosa
Treinador: Pedro Miguel
Treinador: Miguel Avelar
Treinador: Joaquim Martins
Entradas: Miguel Assunção (regresso de empréstimo), Mika (regresso de empréstimo), Joca (júniores), Miguel Silva (júniores), Renato Maia (júniores), Yorn (júniores), João Santos (júniores), Gonçalo Abreu, Zé Mário, Cafú, Diogo Fonseca Saídas: Carlos, Diogo Cunha, Pires, Rafa, Ludovic, Marcelo, Filipe Babo, Samir, Fonseca, Marcão, Williams, Luciano Permanências: Márcio Paiva, Carvalho, Tonel, Pedro Santos, Renato Andrade, Sérgio Barge, Cris, Fábio Carvalho, Ruben Oliveira, Tiago Jogo, Hélder Rodrigues, Vasco Rodrigues
Entradas: Cardoso (ex-Fiães), Sérginho (ex-Rio Meão), Henrique (exPigeiros),TiagoRibeiro(ex-Carregosa), Tiagão (ex-Junior), Freitas (ex-Junior), Mica (ex-Junior), Manu (ex-Junior), Miguel Leite (ex-Oliveirense)
Entradas: Por Definir
Saídas: Por Definir
Saídas:RuiLopes,JoãoPedro,Márcio, Vitor Hugo, Cancela, Vitinha, Júlio, Ruben Gomes, Xavi, Leonardo, Ruben Sousa, Élio, Cândido Costa Permanências: Por Definir
Permanências: Martini
Clube: LFC Lourosa
Clube: Arrifanense
Clube: AAA ISPAB
Treinador: Zé Mário
Treinador: José Pereira
Treinador: Por definir
Entradas: Miguel Pais, félix, Bruno Rodrigues, Hélder Reis (Fadu), Nelson Silva, Bruno Mendes, Vitor Ferreira, Tono, Márcio, Pedro Neves (Lucho), Fábio Pereira, Gusto
Saídas: Nao Aplicável
Entradas: Por definir
Entradas: Por definir
Saídas: Por definir
Saídas: Por definir
Permanências: Por definir
Permanências: Por definir
Permanências: Não Aplicável
Ciclismo
Volta a Portugal do Futuro encheu o centro histórico da cidade Arrancou, no passado dia 17 de Julho, a 22ª edição da Volta a Portugal do Futuro. Numa organização da Liberty Seguros, a primeira etapa foi vencida por prata da casa, tendo Samu arrecadado a camisola amarela, numa prova brilhante onde se manteve quase sempre isolado do restante grupo. A segunda etapa, teve início no centro da cidade da Feira e levou centenas àquele centro histórico que, rapidamente, se encheu de gente e muita cor. A prova, com término em Arouca, foi a mais curta deste ano, onde foram delineados 133,1 quilometros, com quatro contagens para o Prémio de Montanha, o último dos quais, de quarta categoria.
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Numa segunda tirada em que Samu não tirou a camisola, a prova entre Castelo Paiva e Montalegre teve diferentes contronos. À terceira etapa, numa prova de enorme dureza, Ruben Guerreiro respondeu, fulgurante, na exigente chegada à Serra do Larouco, Montalegre. O vencedor da Taça de Portugal agarrou o Futuro, com demonstração de classe e de garra, no presente. Apenas a cumprir o seu segundo ano, como sub 23, Guerreiro sucedeu ao colega de equipa,SamuelMagalhães,tendo-se tornado o novo camisola Amarela da 22.ª Volta a Portugal do Futuro Liberty Seguros.
Clube: Juventude Fiães
Clube: CD Feirense
Clube: Lamas Futsal
Treinador: António Teixeira
Treinador: António Augusto
Treinador: Tiago Moreira
Entradas: Ricardo Rodrigues (exCRECOR),Miguel(ex-Lamas),Picareta (ex-ISPAB),Mané(ex-Mirandela),Diogo (Ex-Custóias), Valeroots (ex-Invicta), Eurico (ex-JACA)
Entradas:Tasaka(ex-Modicus),Costinha(ex-Rio Ave),Milson (ex-Boavista), Diogo Silva (ex- ACR Vale Cambra), Bruno Moreira (ex-Gualtar)
Entradas: Por Definir
Saídas: Bubu
Saídas: Claudinei, Michael, Daniel, Cenoura
Saídas:PedroSousa,Feliciano,Telmo, Wilson, André Costa
Permanências: Fábio, Paulo, Bife, Bruno, Mix, Maric, Artur, Moisés
Permanências: Nuno Couto, Dani, Russo,Calão,Kaka,Fuka,Ivo,Teixeira, Mino, Banana
Permanências: Vitor Amorim, Miguel Ângelo, élio, João Maio, Ribas, Diogo
Clube: Juventude de Canedo Treinador: Por definir
Céu colorido por balões na sessão de encerramento das Mini-olimpíadas
Entradas: Hélder Conceição, Bruno Cancela (ex-ISPAB) e Miguel Armando (ex-FC Lourosa) Saídas: Márcio, Pedro Conceição, Bruno Rodrigues Permanências: Nuno Kassumov, Bernardo Soares, Marco Pinheiro, André Sousa, Roger Costa, Tiago Sampaio, Tiago Quelhas, José Fernando
Correio da Feira errou Porlapso,oCorreiodaFeirapublicou, na última edição, uma foto do treinador do Sporting Clube de S. João de Ver, Miguel Avelar, que entendemos inapropriada para ilustrar a peça jornalística. Pela falha, pedimos desculpa ao treinador e aos leitores.
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As XXXIX Mini-olimpíadas concelhias encerraram, no passado Domingo, com as provas finais de atletismo que decorreram no Estádio do Caldas São Jorge. Com cerca de 130 atletas presentes, o fim-desemana tornou-se numa enorme festa que culminou, com a largada de balões, por parte dos atletas e da organização. No final do evento Hugo Lima, responsável directivo mostrou-se satisfeito, tendo concluído que o evento fechou com um balanço positivo. Na próxima terça-feira, pelas 19h30, será ainda realizada a final da prova de ténis que foi adiada devido ao mau tempo.
Bem estar, sinta-se e viva melhor! Edifício Sol Nascente | Rua do Mocelo, n.º 189 | 4525-136 Canedo Tlm 919 213 486 | lucia_rocha@sapo.pt
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Correio da Feira 21.JUL. 2014
Reportagem // Nuno Pontes já jogou Ténis de Mesa no FC Porto e encontra-se actualmente a representar o Lourosa
Feirense poderá ser o único atleta a representar Portugal nos Jogos Olímpicos Sónia Sá Pinheiro desporto@correiodafeira.pt
campeão nacional, no ano passado; Diogo Carvalho, que este ano se sagrou campeão; e por um treinador amigo, Ricardo de São Cosme” - evoca o atleta, destacando que é necessário treinar, ao mais alto nível, visto que a competição PTT e a classe nova, à qual pertence, é muito dura. “Tenho uma prótese, mas jogo com atletas que têm duas pernas e que têm ligeiras deficiências no braço. Por isso, é fácil os adversários tentarem desiquilibrarme” – explica o jovem que, desta forma, se vale na táctica como elemento de competição. “Preparome de acordo com o adversário, porque cada jogador tem uma forma específica de agir e jogar. Há que estudar muito bem cada adversário” - conclui. O atleta de Lourosa compete, desde o ano passado, no campeonato regional e na II Divisão Nacional, uma vez que, a nível de provas de atletas portadores de deficiência, não existe qualquer competição e, por isso, Nuno Pontes é obrigado a jogar com pessoas sem qualquer dificuldade motora. “Era importante que Portugal tivesse campeonatos para paralímpicos. Há deficientes em Portugal para a modalidade mas não têm dinheiro para participar nos Opens” - explica o jovem, lembrando que há alguns anos realizavam-se os Jogos de Portugal, em Coimbra, e que contavam com um grande número de atletas. Entretanto, deixaram de ser realizados. “A modalidade já não é muito conhecida, e mais assim é na área de paralímpicos. É sempre complicado” - menciona o jovem, demonstrando a importância de ter trazido a medalha de prata da competição de Barcelona. “Deveria funcionar como um alerta. Temos bons atletas paralímpicos, mas não se fazem representar por falta de apoios” - refere, o que contrapõe com a realidade de outros países, a Inglaterra, a Alemanha e a Espanha, que se fazem representar por comitivas com cerca de 200 pessoas. Com o símbolo das quinas, “aparecem apenas dois gatos pingados”.
Nuno Pontes é natural de Lourosa, tem 39 anos e é, actualmente, o único atleta português na luta pela presença nos Jogos Olímpicos, a realizar na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, em 2016, na modalidade de Ténis de Mesa. Sem apoios financeiros, o lourosense paga, do seu bolso, todos os Opens em que marca presença e treina como atleta sem qualquer deficiência.
Regresso à modalidade fez recordar treinos no FCP É com o objectivo de representar Portugal, no Rio de Janeiro, em 2016, na modalidade de ténis de mesa paralímpico - PTT adaptado - que Nuno Pontes treina duas vezes por dia, dedicando, no total, quatro horas diárias do seu tempo à modalidade. O acidente de moto que sofreu em 1995 mudou-lhe totalmente o rumo da sua vida. Era até, então, jogador de futebol, modalidade que acabou por abandonar. Há dois anos, a paixão pelo desporto falou mais alto e Nuno Pontes decidiu apostar no ténis de mesa. A aposta valeu a pena. O atleta de Lourosa voltou a sentir as emoções que experimentara no período áureo de 1990, quando vestia a camisola do FC Porto. “Senti aquele clique e tive de voltar a praticar desporto” - refere o atleta, admitindo que, no ténis de mesa, quase tudo era uma novidade. “Tinha apenas algumas luzes sobre a modalidade e rapidamente percebi que muito tinha mudado. Antes, jogava-se a 21 pontos, agora só se joga a 11, o que exige mais táctica, mais estratégia e maior concentração” - diz. A verdade é que Nuno Pontes rapidamente se adaptou ao ténis de mesa e às suas mudanças. Integrado, oficialmente, no clube de Lourosa há sensivelmente um ano, o atleta realizou, no ano passado, quase todas as provas de apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, num grande esforço financeiro. “No ano passado fiz quase todos os circuitos de ITTF-PTT, à minha custa. Mas este ano não tenho mesmo hipótese e só consegui estar presente em um - em Barcelona - onde consegui a medalha de prata, a primeira a nível nacional de ténis de mesa adaptado” - recorda com orgulho o lourosense.
Objectivo é alcançar mais 1000 pontos
Actualmente em 60.º do ranking
mundial e em 20.º do ranking europeu, o atleta aspira chegar aos 20 primeiros do mundo, o que lhe dará o acesso à tão desejada prova. “Em Portugal sou o único paralímpico a praticar a modalidade e faltam, sensivelmente, 1000 pontos para o apuramento” - acrescenta o jovem, lamentando apenas a falta de apoios. “Sem apoios, é mais difícil concretizar esta tarefa” – desabafa, prosseguindo: “Sei que tenho
capacidade para concretizar a pontuação que necessito, mas é muito importante estar nas provas de França e Argentina para garantir, tranquilamente, o lugar no Rio”. Nuno Pontes pretende, por isso, iniciar em Dezembro uma campanha de angariação de cerca de 10 mil euros, valor que necessita para se fazer representar nas provas de apuramento.
Atleta realiza trabalho
físico específico
O pódio é o limite. É com base nesta ideia que o atleta feirense trabalha e treina, muitas vezes sozinho. “Treino várias horas por dia, ou com os colegas ou mesmo sozinho” - refere Nuno Pontes que confirma que sempre que se prepara para os opens internacionais, além do exercício em mesa, há também um trabalho físico específico. “Tenho tido a sorte de ser acompanhado por André Silva,
Os critérios do Ténis de Mesa Paralímpico
Integrado no nono escalão, o PTT é dividido em 11 classes. Da primeira à quinta, é jogado em cadeira de rodas; a classe seis já é jogada de pé, por pessoas com pouca locomoção; as classes 7 e 8 são destinadas a atletas sem braços e que usam uma prótese. Já na classe nove estão integrados atletas amputados abaixo dos joelhos ou com deficiência na
Correio da Feira 21.JUL.2014
mão; a classe 10 integra atletas praticamente sem qualquer tipo de incapacidade - basta não possuir um dedo para se integrar nesta classe. Finalmente, a classe 11 é destinada a deficientes intelectuais.
Medalha de prata alcançada em equipa
numa competição tão importante, é como chegar a uma final da FIFA ou da UEFA” - recorda o jovem, garantindo que estes resultados dão mais motivação e mais querer. “É o culminar de muito trabalho. É treinar de manhã e de tarde e ao final de alguns meses ganhar uma medalha. É fantástico. Dá para esquecer o dinheiro investido e tentar angariar” - conclui.
Em Barcelona, na classe 9, a competição era composta por 85 atletas. Depois de vários Colectividade jogos, Nuno Pontes entrou no mapa conta Para o jode 16 e, durante com 60 atleos últimos dois vem atleta arre- tas dias, jogou em Actualmente equipa. com 60 atletas, cadar a medalha Sem qualquer de Téde prata foi o cul- onisClube outro português de Mesa de representado, Lourosa surgiu minar de muitas o atleta de Louhá nove anos, horas de treirosa fez equipa por convite do accom colegas estual presidente da no trangeiros, neste caso Junta de Freguesia loespanhóis que já conhecia cal, Armando Teixeira. do ano passado. “Nos Opens, “Ganhei, em tempos, um torneio, a representar Portugal estamos na brincadeira, nos Bombeiros apenas eu e o meu treinador e, de Lourosa e o actual presidente por isso, quando chega à fase de da Junta desafiou-me a criar um equipas tento sempre aliar-me a clube” - recorda António Rato, accolegas que conheço, porque no tual treinador e preparador físico fundo, todos temos uma deficiên- dos jovens atletas do clube lourocia diferente e nunca treinamos sense. O convite foi então aceite juntos” - refere. Esta união levou- e levou à criação inicial de uma os a chegar à final, sem perderem equipa sénior. Contudo, rapidaum único set, e trouxeram uma mente o treinador se apercebeu medalha de prata. “Foi fantástico. que tinha uma queda especial Nunca tinha chegado ao pódio, para ensinar os mais novos. Foi
então investindo em cursos na área e iniciou funções na captação de jovens para a modalidade. “Foi assim que se criou a escola de ténis de mesa de Lourosa” indica António Rato, avançando
que a colectividade é frequentada por dezenas de atletas oriundos de todo o distrito. “Alguns até têm a modalidade na área de residência, mas optam por vir para cá. Outros estão inscritos noutros
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clubes mas pedem para treinar no nosso centro” - conclui o responsável, lembrando que a escola está sempre aberta a todos os jovens que queiram praticar a modalidade.
Infra-estrutura está bem equipada mas necessita de obras Criado, há pouco mais de três anos, o Centro de Treinos de Ténis de Mesa, em Lourosa, é uma referência a nível nacional. A nível de equipamento reune todas as condições desejadas contudo a infra-estrutura tem algumas falhas as quais prejudicam a actividade normal do clube. “O tecto é em fibrocimento - um material considerado prejudicial para a saúde - e leva a que o clube perca algumas horas de treino, em detrimento da segurança dos atletas” - referem os responsáveis do clube. “Precisamos de obras urgentes neste pavilhão porque, quando está calor, o espaço aquece muito e é quase impossível estar aqui dentro” - explicam os mesmos, acrescentando que “quando chove a humidade é tanta que o chão fica escorregadio, não permitindo a prática da modalidade, por questões de segurança” . Por este espaço já passaram
várias selecções estrangeiras, que aproveitaram para realizar os seus estágios, permitindo, a todo o concelho, crescer economicamente. “Já tivemos aqui várias selecções. Vinham comitivas grandes e fa-
ziam o comércio hoteleiro crescer. Ganhávamos todos.” - conclui um dos directores do clube, referindo que as selecções acabaram por desistir de ali realizar os estágios pelo actual estado da infra-estrutura.
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Rally // Cavalinho vence no Marão
Equipa Feirense vence Rally 500 Km Amarante Disputou-se, no passado dia 12 de Julho, o Rally de Regularidade 500 Km de Amarante, onde participaram a dupla Miguel Brito / Pedro Dias, em Toyota Celica 1.6 ST, da equipa Cavalinho. Esta equipe, que quase faltava à partida, devido a avaria eléctrica de última hora, solucionada localmente poucos minutos antes da partida, conseguiu uma brilhante vitória em território desconhecido, no meio de concorrentes locais bem conhecedores dos percursos onde decorreu a prova. No final da primeira secção, etapa da manhã, a dupla da Cavalinho liderava a classificação com uma pequena vantagem de dois segundos, não obstante a grande confusão da saída de Amarante, num final de manhã de um Sábado festivo. Durante a segunda secção, etapa da tarde, bastante mais extensa e disputada debaixo de temperatura bastante elevada e problemas nos travões, a equipa da Cavalinho perdeu a liderança e chegou ao final com um segundo de atraso para o novo lider da classificação, situação a que não terá sido alheia a imprecisão de localização de alguns controles, o que transformava um pouco em
lotaria o local exacto de tomada dos tempos.
Há terceira etapa tudo estava por decidir
Na partida para a terceira e última secção, etapa da noite, apenas com um segundo de diferença entre os dois primeiros classificados, estava tudo ainda por decidir. Esta secção, bastante mais dura que as anteriores, ditou um escalonamento melhor definido na classificação
geral e deu uma vitória inequívoca à equipe da Cavalinho que, com uma diferença final de 19 segundos, não deixou qualquer margem de dúvidas sobre o mérito da sua vitória . A prova, que no geral teve nota bastante positiva, foi encerrada com uma ceia no Clube de Golf de Amarante, que terminou perto das 2h do dia 13 e onde foram anunciadas as classificões e entregues os prémios.
Atletismo // ACRDE termina a época com a subida ao pódio do atleta júnior
Paulo Neto sagra-se campeão distrital de Absolutos No passado fim-de-semana a ACRDE esteve presente no Campeonato Distrital de Sub/23 e Absolutos, na Pista Municipal do Luso, com o atleta Paulo Neto que se sagrou campeão distrital. Ainda integrado no escalão de Juvenis, Paulo Neto fez-se representar nas provas de salto em comprimento, ao longo do passado Sábado, onde foi segundo classificado, no escalão de Sub/23 e Absolutos. No dia seguinte o mesmo atleta subiu ao pódio, desta vez como Campeão Distrital, nos 110M Barreiras 1,06 em Absolutos e Sub/23 com a excelente marca de 14.96 segundos, tendo em conta que é a primeira vez que o atleta faz barreiras de 1,06, depois de ter feito a marca de 14.88 segundos nas barreiras de 1.00 no escalão de Juniores. Também esteve presente no salto em altura onde arrecadou o segundo lugar, nos Sub/23 e terceira posição, nos Absolutos. Assim em termos de Campeonatos Distritais termina a época 2013/2014 para o Atletismo da ACRDE e com excelentes resultados, ao longo de toda a época, nos escalões de Benjamins, Infantis, Iniciados e Juvenis, assim como nos Juniores, Sub/23 e Seniores, onde a ACRDE se faz representar pelo atleta Paulo Neto.
Andebol
Juvenis do CD Feirense de regresso à I Divisão Nacional A época 2013/2014 ficará para sempre na história da secção de Andebol do CD Feirense. Depois dos iniciados conquistarem um inédito terceiro lugar, no campeonato nacional, os juvenis CD Feirense, liderados por Manuel Gregório, garantem o tão desejado regresso ao campeonato nacional da I divisão. Foi sem dúvida um merecido prémio para este grupo, que tantas vitórias tem dado ao CD Feirense. Naturalmente que não foi nada fácil alcançar este objectivo, tanto mais que a subida de divisão apenas estava assegurada para a equipa
vencedora de cada uma das quatro séries do campeonato nacional da II divisão. No entanto o CD Feirense, classificando-se em segundo lugar na sua série, onde esteve até à ultima jornada na disputa acesa pelo primeiro lugar, acaba por beneficiar da desistência da equipa de Resende, o CDR Juventude de Anreade. Este regresso ao campeonato nacional da I divisão de Juvenis, coloca o CD Feirense no lote de cinco clubes de Aveiro, que integram o escalão máximo deste escalão, juntamente com SC Espinho, Estarreja AC, CD S. Bernardo e Alavarium ACA.
Pedro Machado convocado para a selecção nacional de Juniores B O atleta feirense, Pedro Machado de 17 anos de idade, voltou a integrar a lista dos convocados pelo seleccionador nacional, Paulo Fidalgo, para disputar o Torneio Internacional de Andebol Scandibérico de Juniores B Masculinos. O evento será realizado de 31 de Julho a 2 de Agosto, numa organização conjunta dos concelhos de Meda, Pinhel e Figueira de Castelo Rodrigo. Confirmadas estão também as presenças das selecções nacionais de Espanha, Noruega e Suécia.
Estágio de preparação arranca a 23
O promissor atleta do CD Feirense,
presença assídua nas selecções distritais e nacionais, praticante da modalidade desde os 10 anos de idade, vai iniciar o estágio de preparação no próximo dia 23 e tem, como grande desafio, integrar a lista final dos 16 escolhidos pelo seleccionador nacional, para representar Portugal neste importante torneio internacional. Para além do atleta está também de parabéns a secção de Andebol do CD Feirense, pelo bom trabalho da sua formação. Pedro Machado é o único atleta de um clube pertencente à Associação de Andebol Aveiro a integrar esta convocatória para a selecção nacional de Juniores B.
Correio da Feira 21.JUL.2014
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Postos de Venda Espinho Papelaria Atlântico Norte (Av. 24) Papelaria Atlântico Norte (Rua 19) Esmoriz Bombas Freitas Transportes São Paio de Oleiros Confeitaria da Quebrada Papelaria PAPELÓPIA Paços de Brandão Papelaria Tulipa Papelaria Menezes Papelaria Monteiro Papelaria A. Santos Rio Meão Café Zé da Micas Quiosque Santo António Café Ponto de Encontro São João de Ver Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque São Bento Casa Silva Tabacaria dos 17 Caldas de São Jorge
Café São Jorge Fiães Café Avenida Bombas GALP Casa Gama 2 Papelaria Coelho Lourosa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Tabacaria Piscinas de Lourosa Quiosque C+S Quiosque da Feira dos Dez Bombas CEPSA Padaria/Pastelaria Caracas II Santa Maria de Lamas Café do Zinho Cork e Manias (INTERMARCHÉ) Café–Restaurante Parque Carmicópias Papelaria Silva Bombas REPSOL Mozelos Café do Murado Quiosque Santa Luzia Casa DANIBRUNO
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Correio da Feira 21.JUL.2014
Santa Maria da Feira // Os preparativos estão a avançar a todo o vapor
Cidade prepara-se para acolher a Viagem Medieval
Fotolegenda
São verdadeiras crateras que “decoram” a estrada da Rua do Centro Social, em Souto. A via pode ser perigosa para quem não circula com atenção e a reduzida velocidade.
Fotolegenda
A cidade de Santa Maria da Feira já está a ganhar novas cores. Faltam
duas semanas para o início do maior evento concelhio e as ruas do centro
histórico já “trajam a rigor”. A decoração da cidade está a olhos vistos.
Há vários meses que a rua de Casal Meão, em S. João de Ver, está esventrada. Os moradores, contudo, não se conformam com o estado do piso que tantos transtornos provoca a quem por ali circula