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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Desde 11 de Abril de 1897

Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXVIII

Semanário

Direcção: Sandra Moreno

28 Julho 2014

Nº 5875

€0,60 (iva inc.)

Viagem em duas rodas P. 12 e 13

(Re)descobrir A casa Saramita, de Mozelos, existe há 50 anos e é uma verdadeira mercearia à moda antiga São vários os grupos de motards espalhados pelo Concelho. A moto é um “vício” que só quem é motard consegue explicar. Em Fiães, Romariz, Lamas, Mozelos e Feira ‘moram’ muitos dos aficionados pelas viagens em duas rodas.

Viagem Medieval começa quinta-feira pág. 08

pág. 03

Argoncilhe Alunos do Colégio Terras de Santa Maria desenvolvem cosméticos que podem ser comercializados pág. 04

Sanguedo Rampa da Castanheira volta a ser palco do espectáculo dos carrinhos de rolamentos pág. 17


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Correio da Feira 28.JUL.2014

Em que condições acolhemos a Viagem Medieval?

Na próxima quinta-feira arranca o evento lúdico-cultural mais importante de Santa Maria da Feira. A Viagem Medieval - pela sua dimensão, pelos dias de permanência, pela envolvência dos feirenses, pelos visitantes que traz à cidade e pela projecção que alcançou - gostemos muito, pouco ou mesmo nada, a verdade é que destaca-se como o evento mais importante que a cidade oferece ao Concelho e a Portugal. Da antiga quinta dos Condes de Fijó, ao Rossio, às praças da Câmara ao Castelo e jardins do centro, tudo se traja para que os visitantes vivam momentos medievais. Que ninguém pense que a visita a estes espaços, só por si, é uma viagem medieval. Estes são os espaços lúdicos que, em determinados momentos, por acolherem alguns figurantes inseridos no ambiente, procissões ou cortejos tentam recriar breves momentos medievais. Os verdadeiros espaços culturais são os espectáculos. É frequente escutar a crítica de que a Viagem é um centro de comércio, restauração e mais nada. Costumo lançar a pergunta a quem profere essa afirmação: “A quantos espectáculos assististe?” Entendo que esses é que são os momentos de Viagem Medieval e confesso que lamento não ter oportunidade de os visitar a todos, porque ai é que decorre a verdadeira viagem, porque são recriados momentos da nossa história. Penso que, quer a dimensão a animação de rua quer os momentos teatrais, não podem ‘viver’ isolados, pois justificam-se e completam-se. A escolha como quer viver a Viagem Medieval vai depender do visitante e a sua opção vai, com certeza, qualificar a sua experiência. Se fizer dela a feira da febra é porque escolheu

deixar-se pela zona de restauração; se fizer dela a feira do comércio é porque visitou unicamente as zonas comerciais, preterindo os momentos culturais que a Viagem oferece que, só este ano, são mais de duzentos, incluindo os figurantes, cortejos e procissões. Este é, sem dúvida, um momento muito especial do nosso Concelho e merece ser vivido e apreciado. Pouco ou nada contra isso tenho a apresentar, antes pelo contrário, e notem que sou morador do Centro Histórico, ficando condicionado nos meus movimentos durante os dez dias do evento. Mas há um outro lado da Viagem Medieval. Por causa desse evento muitas das desgraças que grassam pela nossa cidade e Concelho são resolvidas ou, na pior das hipóteses, disfarçadas. Tal como nos momentos das campanhas eleitorais, o Poder Local por esta altura resolve, em breves dias, problemas que as populações vêm exigindo há muito à Câmara e que o Correio da Feira tem, por várias vezes, denunciado. Na grande maioria, a resolução é uma manobra de estética momentânea, sem carácter definitivo, uma lavagem para dar um ‘arzinho’ que somos uma cidade bem arranjada e bonitinha e que os Eleitos se preocupam com os seus Eleitores e com a sua qualidade de vida. Nada podia ser mais falso. Passada a Viagem Medieval, os jardins voltam a ser abandonados, sem manutenção nem uma gota de água; as ruas aluem; os passeios esburacam-se e a sua conservação ou reparação ficam nas calendas indecifráveis no tempo ou até a próxima Viagem Medieval… ou, no pior dos exemplos, aguarda-se até uma próxima campanha eleitoral. Assim se vive nesta cidade e no Concelho de Santa Maria da Feira. ‘Povão’ paga os impostos e não refiles porque eles são os iluminados. Votamos ou não votamos neles? A culpa é nossa, portanto, a factura paga-se e sem direito a reclamações, que não merecemos melhor do que o que temos. Muitos dos exemplos que trago neste artigo são testemunho do que afirmo,

FICHA TÉCNICA

Espargo A estrada foi sujeita a intervenção mas continua a ceder

Directora

Sandra Moreno

sandra.moreno@correiodafeira.pt

Administração Jorge de Andrade

administracao@correiodafeira.pt

Redacção

Daniela Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

Sónia Sá Pinheiro

desporto@correiodafeira.pt

como por exemplo, a rotunda da Bola, uma das portas mais movimentadas da nossa cidade. Esse espaço ajardinado e o do hospital estiveram em completo estado de abandono até ao início desta semana. São imensos os exemplos e per-

doem-me se não refiro todos com as imagens que vos deixo e que, espero, sirvam de reflexão para os nossos autarcas, pois, estejam certos que não nos enganam com as suas intervenções de última hora. A desconsideração a que somos

sujeitos, a falta de zelo pelo nosso Concelho e o débito de qualidade de vida a que nos sujeitam nos 365 dias por ano não cairá no esquecimento dos Feirenses. Jorge de Andrade, Santa Maria da Feira

Rua das Fogaceiras Um dos exemplos da falta de manuntenção

Avenida 5 de Outubro

Rua Ferreira de Castro São vários os exemplos dos pavimentos que estão a aluir mesmo no centro da cidade

Rua Dr. Eduardo Vaz

Rua Bombeiros Voluntários

Rotunda do Europarque abandono da zona ajardinada

Lago do lixo

Rotunda da Bola Um dos exemplos da manuntenção para o evento

Rotunda do Balteiro Além do péssimo piso da estrada o abandono do jardim salta à vista

Avenida do Monumento Melhor a Avenida dos buracos

Avenida 5 de Outubro

Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Nacional - € 25 Paulo Sérgio Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50

Propriedade: Efeito mensagem, lda Registo na C.R.C. de S. M. Feira, nº 513045856 Contribuinte n.º 513 045 856 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Efeito Mensagem, lda

Registo de Empresa n.º 200537 Registo no N. R. O. C. S., N.º 100538 Depósito Legal n.º 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tirágem média) Impressão: Gráfica Diário do Minho Preço Avulso: 0,60€

SEDE: Rua 1º de Maio, nº 221 A, Espargo - Santa Maria da Feira 4520 - 115 Espargo Telef. 256 36 22 86 - Fax 256 37 28 89 E-mail: geral@correiodafeira.pt secretaria@correiodafeira.pt

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando necessariamente a opinião da direcção)

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Correio da Feira 28.JUL.2014

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Mozelos // Em actividade há quase meio século

Uma mercearia à moda antiga que mantém a tradição

A Casa Saramita, em Mozelos, é gerida por Adelaide Ferreira que, desde que a mãe comprou o espaço, não mais deixou a sua pequena loja. A pouco tempo de completar 50 anos de actividade, esta é uma verdadeira mercearia à moda antiga, com relógios, balanças e até a figura do Zé Povinho a fazer lembrar outros tempos. Daniela Castro Soares

ou copo de vinho. “As bebidas ainda se vendem, agora de mercearia nada” – refere Adelaide Ferreira, revelando que há muita gente que também vem para conversar um pouco. Mais do que uma mercearia, a Casa Saramita é, para a sua proprietária, uma segunda casa. “É o meu trabalho” – diz, salientando que vai continuar até não mais poder. “Já sou velha, de caminho já embarco” – lança. Há alturas em que, quando a loja fica mais vazia, principalmente ao final da tarde, a comerciante fecha-a mais cedo. “Quando não está ninguém, fecha-se a porta. A partir das cinco, seis horas, já não vem quase ninguém” – conta, realçando, porém, que a sua mercearia é a mais antiga das redondezas. “De resto só há pequenos supermercados” – afirma.

daniela.soares@correiodafeira.pt

O leque de produtos é extenso e estes estão espalhados por toda a loja. Há caixas com pimentos, cebolas, couves, batatas, feijão verde e também maçãs, pêras, laranjas, bananas, pêssegos e melões. Mais à frente, estão novelos de lã, lençóis, toalhas e inúmeras peças de roupa por onde escolher. O tecto é preenchido com coloridos baldes e regadores e nas vitrinas destacam-se relógios, calculadoras, porta-moedas e muitas velas. Para além disto, há ovos, azeite, nozes, alguns vasos, tábuas de engomar, vassouras, e até kits de produtos de beleza, muitos detergentes, champôs, sabonetes. Os mais gulosos vão deliciar-se com a vasta gama de gomas, rebuçados e gelados à disposição e os que procuram peças únicas ficarão encantados com as pequenas estátuas que recebem, de sorriso aberto, quem entra na mercearia. A Casa Saramita, em Mozelos, é gerida por Adelaide Ferreira há quase meio século. “Já tomo conta da mercearia há 48 anos” – refere a mozelense. Desde cedo que se dedica ao negócio. “Nunca trabalhei em fábricas. Andava a vender nas feiras até a minha mãe comprar esta casa. Depois vim para cá tratar do negócio” – afirma, adiantando que o nome do espaço veio de família. “Saramita era o apelido dos meus avós” – diz. Apesar de ser ela, sozinha, a cuidar da mercearia, há sempre quem esteja disposto a ajudar. “Quando preciso, tenho quem ‘bote’ a mão. De resto, sou só eu que estou aqui” – conta. Os produtos vêm maioritariamente daquela zona. “Antigamente íamos à Macro ou vinham aqui os chamados “caixeiros”. Agora já não temos muito quem venha às portas. Compramos por aqui, mas em pouca quantidade” – revela Adelaide Ferreira, que chega a passar mais de oito horas por dia na mercearia.

Clientes diminuíram drasticamente

A proprietária da Casa Saramita lamenta, contudo, que os clientes tenham deixado de aparecer. “Antigamente tínhamos muitos,

Adelaide Ferreira mostra os livros do fiado

agora temos menos” sa” que isso provoca. – conta, adiantanOs únicos que vêm do que nem messão aqueles que mo os clientes precisam de Uma visita à fiéis permaalguma coisa Casa Saramita é neceram. “Foi no momento tudo embora. não querem uma visita ao pas- efazer Se antigamengrandes te tínhamos 30, deslocações. sado agora nem cin“Só as faltas e co” – refere, comesmo assim… mentando a “despeSão pessoas aqui

Preservar tradições

da beira que têm falta de qualquer coisa, então, dizem “vou levar daqui porque não quero estar a ir a outro lado”. De resto, vai tudo às grandes superfícies” – confessa Adelaide Ferreira, afirmando que são os mais velhos que vêm à mercearia porque “os novos não querem nada disto”. Ainda assim, há clientes na loja que não dispensam o seu café

Uma visita à Casa Saramita é uma visita ao passado. A balança antiga, pesada e cinzenta, ainda permanece no balcão. “Tenho-a há mais de 20 anos, comprei-a a um senhor que vendia portaa-porta” – lembra. Uma balança como as que se encontravam nas feiras e mercados e onde as comerciantes pesavam a fruta para os fregueses. Mas não só. Há imagens de Nossa Senhora de Fátima, calendários antigos e uma estátua tipicamente portuguesa de um Zé Povinho sem papas na língua que responde, de forma rude, aos clientes que pedem fiado. E Adelaide Ferreira chegou a vender fiado? “Ui, tenho três livros e, como ainda não cabia, também tenho papéis” – conta, mostrando, de seguida, as provas, perante gargalhada geral de todos no estabelecimento. A ilustrar esta realidade está um azulejo com a frase “Eu também vendia fiado” e um prato que diz “Nestas coisas de fiado, duas coisas acontecem, ficamos sem dinheiro e o freguês desaparece”. Por fim, Adelaide Ferreira preserva uma das suas mais queridas relíquias: um relógio de outros tempos. “Era da minha bisavó, veio da terra dela, tem mais de 150 anos. Está sempre ali” – afirma a comerciante, para quem as coisas antigas são “um verdadeiro prazer”.


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Correio da Feira 28.JUL.2014

Argoncilhe // Produtos foram feitos à base de mel e foram premiados pela “Fundação Ilídio Pinho Ciência na Escola”

Alunos desenvolvem cosmésticos que ganham prémio e podem ser comercializados “O Poder do Mel e da Própolis” venceu o prémio “Fundação Ilídio Pinho Ciência na Escola”, na categoria correspondente ao 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, no valor de 15.000€. O projecto foi desenvolvido no Colégio das Terras de Santa Maria, em Argoncilhe, e envolveu uma parceria inédita com a Universidade do Porto, a Quinta Ecológica da Moita e uma empresa que vende produtos relacionados com a actividade apícola. Depois de uma visita ao apiário pedagógico da Quinta Ecológica da Moita, situada em Aveiro, alunos e professores das diferentes turmas do 2.º e 3.º ciclos do Colégio analisaram as propriedades do mel, da cera de abelha e da própolis e produziram um conjunto de cosméticos (hidratante corporal, cera depilatória, batom hidratante, aftershave e creme para pés gretados) com base nestes três compostos. Os produtos vão ser licenciados junto do Infarmed e poderão vir a ser comercializados pela TimberBee, uma empresa de produtos e serviços relacionados com a apicultura que se associou ao projeto e demonstrou interesse nos mesmos. A divulgação desta iniciativa foi feita com a colaboração do Ciência 2.0, projeto da Universidade do Porto

UF Feira, Travanca, Sanfins e Espargo

João Cunha eleito presidente da JSD João Cunha foi eleito presidente da Comissão Política do recém-criado núcleo residencial da JSD da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo. Para presidir a Mesa do Plenário foi escolhido Oscar Pinto. A criação desta estrutura da Juventude Social Democrática visa dar resposta à reorganização administrativa operada no último

ano, pretendendo representar todos os jovens desta nova unidade territorial. Neste sentido, o novo núcleo levou a cabo, no dia 26, a sua primeira iniciativa. Em conjunto com a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Santa Maria da Feira, foi organizada uma recolha de sangue durante a manhã no salão da Junta de Freguesia.

UF Lobão, Louredo, Gião e Guizande

JP promove espectáculo solidário

que ajudou a desenvolver uma aplicação interactiva sobre o mel e a própolis, que foi já apresentada numa mostra de aprendizagens organizada pelo Colégio, no Europarque, em Santa Maria da Feira. Tratou-se de uma instalação artística multimédia de interface cinético, em que o movimento do participante o leva a optar pelo conteúdo que pretende ver. “Esta ligação à Universidade do Porto tem sido fundamental para os nossos alunos do ensino básico e secundário, que, assim, percebem,

através da implementação de projectos experimentais inovadores, a importância do conhecimento e do método científico nas suas atividades futuras” - refere Clarisse Pinão, membro da Direção Pedagógica do Colégio. “Esta parceria enquadra-se nos nossos objectivos de colaborar com uma rede alargada de actores na produção e divulgação de conhecimento científico e de promover um maior diálogo entre ciência e sociedade” - diz Susana Neves, produtora executiva do Ciência 2.0.

O Núcleo de Juventude Popular da União de Freguesias Lobão, Gião, Louredo e Guizande vai promover um evento de recolha de alimentos no próximo dia 15 de Agosto, no Centro Cultural de Lobão, pelas 21h00. Será apresentado um espectáculo de dança com desfile de moda à mistura. Ao espectador, pede-se apenas que contribua com dois alimentos ou produtos de

higiene, que revertem a favor de famílias carenciadas distribuídas por toda a união de freguesias. O presidente do núcleo da JP, Tiago Rodrigues, alerta para a necessidade de se promover mais iniciativas deste género e para a preocupação crescente de todos em ajudar quem mais carece, reforçando a necessidade de projectos de acção social.

Fotolegenda

Mozelos // Comemorações vão prosseguir

“Pelo Prazer de Viver” celebra 20 anos com a comunidade A Associação Pelo Prazer de Viver comemorou o seu 20.º aniversário, no passado dia 18 de Julho, na sua sede em Mozelos, com uma grande festa, aberta à comunidade. Do programa constaram as actuações dos seguintes grupos: Seniores do Programa Movimento e Bem Estar, as crianças e jovens dos CATLS e Campo de Férias, Orquestra Sempr’a Bombar, o grupo de hip-hop Strong Flow, Guitarristas e Fadistas de Mozelos, Quinteto de Guitarras e a actuação da cantora Daniela Silva acompanhada por Ricardo Andrade. A par destes momentos, realizouse um convívio com porco no espeto e outros petiscos, numa antecipação daquilo que será, mais uma vez, a sua participação na Viagem Medieval. Mais tarde e no final da festa, logo após a apresentação do Grupo de Fados, com o auditório totalmente lotado com a presença da comunidade, dos utentes, dos colaboradores e de autoridades, a cerimónia foi en-

cerrada com os parabéns e bolo, em comemoração dos 20 anos da Associação. O presidente da associação, Pedro Bastos, falou, agradecendo a presença de todos, e relembrando o percurso e as pessoas que desde a fundação se empenharam em fazer desta instituição um marco no trabalho social local. Fez uma retrospectiva das acções desenvolvidas pela associação na comunidade, as parcerias existentes e agradeceu aqueles que ao

longo do tempo têm colaborado com trabalho e dedicação para que a APPV fosse uma referência no concelho de Santa Maria da Feira. Destacou o contributo do padre Bernardino, que continua a ser um pilar fundamental no desenvolvimento do trabalho da associação. As comemorações prosseguirão no decorrer no segundo semestre, com a realização de mais alguns eventos que oportunamente serão anunciados.

É uma obra que já “vem do anterior mandato” mas que a Junta da União de Freguesias de Canedo, Vila Maior e Vale “está a dar continuidade”. O projecto é da Câmara e, “até Setembro”, esta rotunda na Rua da Ribeira, no Vale, estará “enquadrada” com “um elemento escultório com água” em pleno funcionamento. “Assim que deixar de estar pendente a ligação da EDP, a obra entrará em fase de conclusão” – adianta o presidente da Junta, Paulo Oliveira.

BALCONISTA Precisa-se de Balconista para Materiais de Construção, para o conselho de Sta Maria da Feira. Responder para:

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AUXÍLIAR DE ARMAZEM E MOTORISTA Precisa-se de Auxiliar de armazém e motorista, para o conselho de Sta. Maria da Feira. Responder para:

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Correio da Feira 28.JUL.2014

Mozelos // Está disposto a disponibilizar autocarros para levar assunto a Lisboa

PS receia fecho da unidade de saúde e diz-se disposto a sair para a rua com a população

Os membros do PS da Assembleia de Freguesia de Mozelos estão dispostos a disponibilizar autocarros para que a população possa deslocar-se ao Porto ou Lisboa para reivindicar, junto da Administração Regional de Saúde do Norte ou do Ministério da Saúde, o reforço dos médicos de família na Unidade de Saúde. António Nogueira, líder da bancada socialista no órgão deliberativo local, teme que, se nada for feito, a unidade de saúde corra riscos de vir a fechar portas. O povo já se insurgiu e uniu-se em manifestação, junto à unidade de saúde, para reclamar mais médicos de família. As acções, salienta o socialista, foram inteiramente da responsabilidade do povo, mas, na sua perspectiva, é chegado o momento de se tomarem novas medidas. Segundo António Nogueira, com a aposentação de dois clínicos, cerca de 2.500 mozelenses ficaram sem médico de família. A situação é, na sua perspectiva, grave, especialmente, quando não vê soluções de carácter permanente a serem adoptadas. “A situação, é certo, melhorou com a

integração de uma médica, mas a clínica tem um contrato a prazo, ou seja, nada nos garante que daqui a uma semma continue em Mozelos” - aponta. “Precisamente pelo tipo de contrato que mantém com o Ministério da Saúde, não pode assumir todos os processos, como o acompanhamento de grávidas, de crianças e outras situações”. O socialista receia que o futuro da unidade de saúde da sua freguesia passe pelo encerramento, tendo em conta alguns sinais que apontam nesse sentido. “A entidade que regula a saúde, em resposta a reclamações no Livro Amarelo efectuadas por populares, aconselha a que os utentes procurem médico de família noutras unidades de saúde vizinhas” – salienta. Na sua opinião, esta resposta não é mais do que um aviso sobre aquilo que pode vir a acontecer no futuro. “Ora, pareceme que o que pretendem é esvaziar o posto de saúde para depois terem todos os argumentos para poder fechar as portas, integrando a população de Mozelos na USF de Argoncilhe, cujo o edifício tem capacidade para acolher cerca

de 14 mil utentes, lotação que, neste momento, está longe de ser atingida”. É precisamente para evitar este cenário que António Nogueira pretende chamar a atenção dos populares e entidades competentes. “Temos de fazer alguma coisa e não me parece que a Junta de Freguesia esteja a colocar-se, efectivamente, ao lado do povo, lutando pela manutenção do posto de saúde”. O socialista lembra ainda que a população de Mozelos que mais precisa de cuidados de saúde é a idosa e que essa não dispõe dos meios necessários para se deslocar até Argoncilhe. “E não há transportes públicos” – frisa. Assim sendo, o líder da bancada socialista da Assembleia de Freguesia de Mozelos diz-se disposto a sair para a rua, reivindicando a manutenção da unidade de saúde. “Se for necessário, o PS disponibiliza autocarros para que a população possa marcar a sua posição junto das entidades competentes, seja em Lisboa, no Ministério da Saúde, ou no Porto, na Administração Regional de Saúde do Norte (ARS – Norte)”.

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Concelho // Esta segunda-feira

Mais de mil feirenses participam no Dia Metropolitano dos Avós

O município de Santa Maria da Feira vai estar presente com 1200 avós, oriundos de várias freguesias do Concelho, no Dia Metropolitano dos Avós, que terá lugar no Pavilhão Multiusos, em Gondomar, esta segunda-feira, a partir das 13h00. Vestidos de azul claro, os avós feirenses são a segunda maior representação concelhia da Área Metropolitana do Porto (AMP). O Dia Metropolitano dos Avós vai juntar 6281 avós, em representação de 16 municípios da AMP. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e representante do Conselho Metropolitano do Porto, dará as boasvindas a todos os que participam

nesta tarde de convívio, levada a cabo com o objectivo de destacar o papel dos avós e a sua experiência de vida, enquanto cidadãos activos e participativos. A animação estará a cargo do grupo Elemento C do CiRAC (Paços de Brandão), da Orquestra de Percussão da Associação Pelo Prazer de Viver (Mozelos), do grupo musical Trocopasso (do Entre Douro e Vouga), da Tuna da Universidade Sénior (Gondomar) e do grupo Dancingstars da Associação Valboense de Dança (Gondomar). O cantor de música ligeira Toy animará também esta tarde dedicada aos avós, estando a apresentação a cargo de Ricardo Couto, do Porto Canal.

UF Souto e Mosteirô // Victor Pais diz que em causa estão incompatibilidades com membros do partido

Líder do PSD renuncia ao cargo na Assembleia de Freguesia

// Fotolegenda As obras de repavimentação da estrada da Rua dos Bombeiros Voluntários, no Cavaco, em Santa Maria da Feira, já arrancaram. Há dois meses que a população reivindicava pelo avanço da empreitada, dados os transtornos provocados pelo imenso pó. Na última semana, os populares, em declarações à reportagem do Correio da Feira, chegaram mesmos a ameaçar cortar a estrada se a Câmara Municipal não avançasse com os trabalhos.

O líder da bancada do PSD na Assembleia de Freguesia da União de Freguesia de Souto e Mosteiro, Victor Pais, renunciou ao cargo. O social-democrata já havia pedido a suspensão do seu mandato, em 2013, tendo retomado funções há pouco tempo. Victor Pais justifica a sua atitude com o facto de “existirem divergências internas com alguns colegas da lista que, ultimamente, têm mostrado alguma resistência em aceitar o meu regresso” – escreveu o eleito em carta enviada ao órgão deliberativo, salientando não poder aceitar este tipo de comportamento para com aquele que foi o cabeça-de-

lista à Junta da União de Freguesias de Souto e Mosteiro. “Durante todo este tempo, procurei dar o melhor de mim mesmo no cumprimento das exigentes funções de membro da assembleia, que é de vital importância para o bom funcionamento da UF de Souto e Mosteiro” – refere o social-democrata, prosseguindo: “porém, neste momento, por razões de educação, respeito, honestidade e seriedade para quem confiou em mim, não estão reunidas as condições para um bom desempenho para o qual fui solicitado. Como tal sou forçado abandonar”.


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O CIAC informa:

Telecomunicações: custos ilegais A nova lei (Decreto Lei 24/2014 de 14 Fevereiro) que regula os contratos celebrados à distância e ao domicílio poderá levar a um aproveitamento das empresas de telecomunicações no sentido de cobrar aos consumidores custos de instalação entre 80 e 200 euros, caso estes queiram rescindir o contrato nos primeiros 14 dias. A nova lei vem estabelecer que caso o consumidor exerça o

direito de livre resolução dentro dos 14 dias após a celebração do contrato, poder-lhe-á ser cobrado um montante proporcional, calculado com base no preço total do contrato, ou seja, o valor da mensalidade dividido pelo número de dias em que o consumidor efetivamente usufruiu do serviço. No entanto, para além deste valor, as operadoras preparamse para cobrar os custos de

instalação o que, no entender desta associação, é ilegal e configura uma clara restrição de um direito fundamental dos consumidores – o direito de livre resolução - sempre que os contratos sejam celebrados à distância e ao domicílio. A DECO tem acompanhado esta situação junto dos operadores e apurou que a maioria das empresas poderá cobrar um valor que pode variar entre

os 80 e os 200 euros, custos esses que até agora nunca tinham sido sequer apresentados e cobrados aos consumidores. Tendo em conta a gravidade desta situação, a DECO já expressou a sua posição junto dos operadores, exigindo a estes o cumprimento da lei. A DECO também já demonstrou perante as autoridades competentes - ANACOM, ASAE

e Direção Geral do Consumidor, as suas preocupações, para que estas adoptem as medidas necessárias para impedir esta prática e proteger os interesses económicos dos consumidores. Para mais informações poderá contactar o CIAC – Centro de Informação Autárquico ao Consumidor através da linha verde 800203194 ou por e-mail ciac@ cm-feira.pt.

Não baixar os braços

A maior rotunda do Concelho está abandonada e esquecida...

A única estrada pavimentada que faz a ligação entre as freguesias de Pigeiros e Milheirós de Poiares é utilizada diariamente por centenas de pessoas que se deslocam a pé para o trabalho, incluindo alunos que frequentam a EB 2,3 de Milheirós de Poiares, etc. Tratandose de um situação normal não seria de esperar que viesse a ser notícia de interesse público. Porém, há cerca de três anos, esta via foi intersetada por uma via rápida de acesso à portagem da auto- estrada A32. Dessa

interseção resultou a construção da maior rotunda existente em Santa Maria da Feira, localizada na proximidade da portagem de saída da A32 para Feira e S. João da Madeira. O primeiro erro cometido foi a identificação dessa portagem a quem lhe foi atribuído o nome “nó de ligação FeiraMansores”…nome incorreto, que demora a ser corrigido pelas Estradas de Portugal. Como o analfabetismo ainda não foi erradicado em Portugal, temos que aceitar a estupidez do nome, pois o nome a dar à portagem devia ser “Pigeiros-Feira”. Todavia, não é este o problema que mais indigna as populações, mas os perigos que foram criados para os peões que têm que obrigatoriamente atravessar a via rápida de acesso ao nó da A32 quando se dirigem para Milheirós de Poiares e em sentido

contrário. É uma situação de alto risco para quem ali é obrigada a passar…coisa impressionante nos tempos de hoje!... Assim, os peões que utilizam essa via, indistintamente do sentido em que se deslocam, têm que atravessar uma via rápida sem qualquer proteção (passadeiras com semáforos, passagem desnivelada, etc.). Uns atravessam pelo meio da rotunda dadas as suas grandes dimensões. Os outros que contornam a rotunda também são obrigados a atravessar a via rápida. As pessoas andam preocupadas, protestaram junto da Junta de Freguesia e Câmara Municipal e Concessionária…. e ninguém dá solução ao problema. Será que estão à espera que se dê um acidente para tomarem as devidas medidas de segurança para os transeuntes? Já lá vão mais de três anos e tudo

continua inalterável!..A Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, a Concessionária e as Estradas de Portugal terão que ser responsabilizadas moralmente e criminalmente pelos danos que possam acontecer de eventuais acidentes por atropelamento de peões. Resumindo, a maior rotunda do Concelho está abandonada, parece não ter dono. O estado selvagem que apresenta não seria admitido se fosse à entrada de qualquer cidade ou vila … mas ali como parece ser terras do Demo!…. A maior rotunda do Concelho está esquecida, porque os responsáveis locais e da administração central não se preocupam com a segurança dos peões que diariamente são obrigados a atravessar uma via rápida visto não terem outra alternativa para se dirigirem de Pigeiros e Mi-

lheirós de Poiares e vice-versa. O interesse da Concessionária e das Estradas de Portugal é económico, mas devem saber que não foram as populações que pediram a construção da auto-estrada naquele local. Não estão contra a via rápida, mas exigem o mínimo de respeito e segurança para os peões que utilizam essa ligação. Muitas vozes se têm levantado para um corte de estrada, como medida de protesto. Mas, com o passar do tempo, esta forma de protesto ganha cada vez mais força e a situação pode explodir. Não vamos baixar os braços. Contem comigo ao lado destes descontentes apoiando os seus legítimos protestos. António Cardoso, Deputado do PS na Assembleia da República


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Correio da Feira 28.JUL.2014

Santa Maria da Feira // Cidade veste-se a rigor com os melhores trajes medievais

A maior viagem vai começar já esta quinta-feira A partir de quinta-feira e até 10 de Agosto, Santa Maria da Feira veste-se a rigor, oferecendo aos residentes e visitantes vivências singulares de memórias da época medieval, recriadas em ambientes históricos, sustentados pelo seu património arquitectónico e natural, onde reina a festa, a animação, o lazer e a gastronomia. Conhecer a Viagem Medieval é viver uma experiência cultural diferente. O rigor histórico, dimensão e envolvimento das gentes locais fazem deste evento um produto cultural amplo e abrangente para os vários tipos de públicos. É o maior evento de recriação medieval da Península Hispânica.

Contexto histórico

Com apenas 13 anos, D. Sancho II assume a pesada tarefa de governar um reino interdito e em perfeita desordem social. Daí, os primeiros actos governativos terem sido dedicados ao apaziguamento de conflitos sociais anteriores, fazendo acordos com suas tias, Teresa e Sancha, e com o arcebispo de Braga, Estevão Soares da Silva. Mas, no decorrer do reinado, os agravos e confrontos entre ricoshomens e membros da igreja tornam-se quase permanentes. A Santa Sé vai repreendendo o rei, exigindo que respeite os direitos e privilégios da Igreja, e este, por sua vez, vai parecendo submeterse. Mas as queixas contra o monarca continuam, mudando apenas os actores. Considerado por alguns digno continuador de seu bisavô Afonso Henriques, incentivando à Cruzada contra os infiéis em terras de Além Tejo e Algarve, o mesmo não se dirá do seu governo, com a situação a agravar-se na década de quarenta: um casamento com Mécia Lopes de Haro contestado por todos, um reino em perfeita anarquia e as intrigas de seu irmão Afonso junto do papa serão motivos determinantes para que, no Concílio de Lião, seja decidida a deposição de D. Sancho II, no governo e administração do reino, nomeando para o efeito o irmão, Afonso de Bolonha, como governador e regedor do reino. Este mandado papal provoca reacções adversas e desencadeia uma guerra civil, fustigada por inúmeras traições de nobres e alcaides. Em socorro de D. Sancho II virá o infante Afonso de Castela, futuro Afonso X, que consegue travar o adversário, mas el-rei reconhece que a sua derrota está próxima e decide exilar-se para o reino vizinho. Rei deposto, sem governo, amigo e esposo atraiçoado, será em Janeiro de 1248, na presença de muito poucos, que D. Sancho

II fará o seu último testamento, falecendo quase um mês depois, na cidade de Toledo.

Recriações históricas

“Vão as leis onde querem os reis - Quae vult rex fieri, sanctae sunt congrua legi” é o tema do espectáculo agendado para sexta-feira e sábado, a partir das 21h45, no Castelo. Decorria o ano de 1223. Teria D. Sancho 13 a 14 anos quando foi aclamado rei de Portugal, altura em que a nobreza se encontrava dividida e havia grande agitação social. Resolvidas estas questões relativas às discórdias com suas tias Teresa, Sancha e Mafalda, assim como com o arcebispo de Braga, D. Sancho II procura entregar-se às questões da administração do reino e inicia uma nova fase de expansão territorial que vai durar quase todo o seu governo. Em 1226 , inicia-se a campanha do Alentejo, através da conquista de Elvas. Esta empresa tornou-se mais difícil do que se esperava: o cerco foi longo e não foi possível conquistá-la. A derrota agrava as contradições entre os dois partidos, lançando a culpa uns sobre os outros. Depois deste acontecimento, a figura do rei quase desaparece e os conflitos entre ricos-homens e homens da igreja tornam-se permanentes, promovendo-se violências e assassinatos. O rei tenta intervir através dos seus oficiais, mas piora a situação. Em 1230, chega a Portugal o legado papal João Abbeville, que preside à cúria, ajudando ao reco-

nhecimento e autoridade d’el-rei. Faz um apelo à nova cruzada, exortando à reconquista cristã. No domingo, saem para a rua as Ordens Militares, em cortejo desde o tribunal até ao Castelo, a partir das 16h00. Portugal volta à senda da cruzada com a conquista de Elvas, numa altura em que a praça é abandonada por grande parte dos seus habitantes por receio dos avanços cristãos. São as hostes das ordens militares que têm um papel activo na conquista do território de Além Tejo e do Al-Gharb. O Castelo volta a ser o palco principal com “Em tempo de guerra reina a mentira – Multa in bellis inania” que será apresentado nos dias 4 e 5 de Agosto, a partir das 21h45. Surgem mais querelas com os prelados: o bispo do Porto faz queixa ao papa por el-rei não respeitar a sua jurisdição temporal. Também o bispo de Lisboa revolta-se contra o rei acusando-o de ofender as liberdades eclesiásticas. As rivalidades entre algumas famílias da nobreza continuam, surgindo autênticos bandos formados por filhos segundos, que sem dote e sem qualquer sustento formam uma camada social de nobres com poucos recursos económicos, que recusa viver do trabalho, continuando as violências entre eles e contra as igrejas e os mosteiros. Portugal vive um clima de vinganças privadas e abusos de poder. Após a morte de Afonso de Leão, este reino é unido ao de Caste-

la através de Fernando III. Há grande agitação nos senhores de Castela que procuram o apoio do rei português. Essas manobras culminam, em 1240, com o casamento de D. Sancho com Mécia de Haro, filha do grande senhor da Biscaia, que não é bem recebida pela maior parte da sociedade portuguesa. No dia seguinte, da programação destaca-se “A caminho de Gaia”. O cortejo está previsto para as 21h45, desde o Castelo até à igreja da Misericórdia. As rivalidades entre famílias continuam a ser evidentes, principalmente entre a família de Gonçalo Mendes de Sousa e Gil Vasques de Soverosa e seu filho Martim Gil. Contra estes estão Rodrigo Sanches (tio bastardo do rei) e Abril Pires de Lumiares. Esta oposição acaba em sangrentos confrontos, sendo o mais conhecido a lide de Gaia. No dia 7 de Agosto, mais um cortejo anima as ruas da cidade com o “Em auxílio do rei deposto”, desde a igreja da Misericórdia e Castelo até às margens do rio Cáster. O infante Afonso de Castela, futuro Afonso X, vem em auxílio de seu primo e entra no país pela fronteia da Beira. “Onde chega força maior, extingue-se a menor – Ubi major est, minor cedat” é o espectáculo proposto para 8 e 9 de Agosto, no Castelo, a partir das 21h45. Na década de quarenta cresce a luta pelo poder, sendo evidente a incapacidade política de D. Sancho. Sob a pressão de alguns barões portugueses, o

papa emite a bula de deposição de D. Sancho II, declarando-o incapaz de governar, e Afonso de Bolonha, seu irmão, é nomeado governador e defensor do reino. Esta bula causa grande perturbação em Portugal. No final de 1245/46, Afonso desembarca em Lisboa em plena guerra civil. D. Sancho está em Coimbra com a esposa D. Mécia. Por esta altura, dá-se o rapto da rainha, que será levada para o castelo de Ourém. D. Sancho ainda cerca aquele castelo, mas não consegue conquistá-lo. Muitos alcaides partidários do rei deposto continuam a defendêlo obstinadamente. Travam-se violentos combates em Coimbra e Leiria. Chegam as traições e el-rei D. Sancho sente-se abandonado pela maioria dos seus validos. Decide retirar-se para Toledo, acompanhando Afonso de Castela, quando as suas hostes se retiram de Portugal. No dia 10 de Agosto, “A donatária da Terra de Santa Maria” é conhecida. O cortejo realiza-se a partir das 16h00, entre o tribunal e o Castelo. El-rei D. Sancho II morre em Janeiro de 1248. Com a sua morte, a agitação social em Portugal ficará mais calma. A rainha Mafalda é donatária da Terra de Santa Maria. Para além dos espectáculos, o recinto enche-se de outros pontos de interesse. A animação é diversificada e atractiva para diferentes públicos. Ao longo de 11 dias, a cidade transforma-se e recua no tempo para uma viagem que chama milhares de viagens.


Correio da Feira 28.JUL.2014

Santa Maria da Feira // Pelo segundo consecutivo

Viagem Medieval promove programa para públicos com deficiência

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Santa Maria da Feira // Programa da SIC em directo no dia 10 de Agosto

“Portugal em Festa” viaja até à cidade-sede do Concelho “Portugal em Festa”, o programa dos domingos à tarde da SIC, vai estar em Santa Maria da Feira no dia 10 de Agosto. O programa tem, entretanto, candidaturas abertas para os interessados em participar na “Família Contra Família” ou na “Hora das Variedades”. No “Família contra Família”, duas famílias de quatro elementos sobem ao palco e fazem dois jogos simples e divertidos (exemplo: quantas peças de roupa vestem em um minuto), uma das famílias será vencedora e recebe o

troféu de Família de Santa Maria da Feira. Na “Hora das Variedades”, três pessoas alternadamente sobem ao palco e demonstram o seu talento (qualquer um, pode ser um instrumento, cantar, malabarismo, dança, qualquer coisa diferente). Um júri composto por três pessoas irá eleger o melhor. Qualquer família ou talento interessados em participar no programa da SIC, pode fazer inscrição através do email maria.freitas@ shineiberia.tv ou contactar o 96 245 86 86.

Santa Maria da Feira Pelo segundo ano consecutivo, a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria promove, em parceria com a Provedoria Municipal para a Mobilidade, um programa específico para públicos com deficiência auditiva, visual e motora. Durante todo o período da Viagem Medieval, vai estar patente, no Museu Convento dos Lóios, a exposição táctil Sentir e Apreciar, onde o visitante poderá tactear e conhecer a história das armas, ob-

jectos e vestuário em exposição. Nos dias 5 e 8 de Agosto, serão disponibilizadas visitas guiadas sensoriais pelo recinto do evento, sujeitas a inscrição prévia, através do e-mail provedor.mobilidade@ cm-feira.pt. Nos mesmos dias, haverá sessões em Língua Gestual Portuguesa nas áreas temáticas Treinos de Escudeiros e Pequenos Guerreiros, e no espetáculo D. Sancho II – O Último Luar, que será

apresentado no Museu Convento dos Lóios. Para as pessoas com mobilidade reduzida foi criado um roteiro acessível, com percursos recomendados, disponível nos Postos de Informação, Posto de Turismo e Bilheteiras da Viagem Medieval e site oficial. O circuito foi testado com voluntários do evento e técnicos da Autarquia, sob a orientação de Ana Garcia, da Rede Europeia de Turismo Acessível (ENAT).

“Alcoólicos Recuperados” alerta para peditórios fraudulentos A Associação Ser Mais PessoaAssociação de Alcoólicos Recuperados do Concelho de Santa Maria da Feira informa a toda a população que não se encontra a recolher qualquer tipo de donativo

ou a realizar qualquer peditório porta-a-porta, em nome desta entidade ou em nome de qualquer doente. Assim sendo, a associação alerta para a existência de algumas situações fraudulentas.

www.correiodafeira.pt


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Correio da Feira 28.JUL.2014

Espargo // Iniciativa do CiRAC está marcada para o próximo domingo

Festival Música Júnior encerra com canções de Hollywood no Europarque O Festival Música Júnior é, actualmente, uma das iniciativas artísticopedagógicas mais referenciadas no meio musical português e assume um papel incontornável na formação de jovens estudantes fora do contexto escolar. Vocacionado para uma faixa etária entre os 8 e os 21 anos de idade, o Estágio de Verão do Festival Música Júnior, promovido pelo Círculo de Recreio, Arte e Cultura (CiRAC), de Paços de Brandão, acolherá cerca de 200 estudantes, que ao longo de uma semana (entre 26 de Julho e 3 de Agosto) estarão em intensa actividade musical, acompanhados por um colectivo de 29 professores e três maestros. Os participantes irão, desta forma, adquirir experiência integrando o Coro, a Big Band, a Orquestra de Cordas ou a Orquestra Sinfónica, num ambiente musical único e com especial sabor de férias. A edição deste ano terá como título – Bandas Sonoras de Hollywood – em que Mário Augusto nos guiará por uma viagem comentada a algumas das mais marcantes músicas da Sétima Arte e com a participação especial de Sofia Escobar. O concerto de encerramento “Bandas Sonoras de Hollywood” acontece no próximo domingo, no Europarque, em Espargo, a partir das 18h30. O bilhete custa cinco

S.Paio de Oleiros

AMO faz concerto solidário A AMO - Associação Musical Oleirense – vai promover um concerto de angariação de fundos em parceria com o quinteto “Aquilo que vocês quiserem”. O espectáculo “Bandas Sonoras

de Bolso” (já apresentado na Casa da Música) vai subir ao palco da nova sede da AMO, situada no Complexo do Antigo Hospital, pelas 21h30. A entrada custa cinco euros.

Santa Maria da Feira // Para reforçar valores de identidade e pertença

Pendões decoram varandas e janelas durante a recriação histórica

euros. “Luzes! Câmara! Acção!” Será “quase” com esta expressão que neste ano, ao gesto da batuta do maestro, se dará início aos concertos de encerramento do Festival Música Júnior. Serão tocadas pelas formações do Estágio obras de compositores como John Williams, Danny Elfman, Hans Zimmer, Howard Shore, com projecção de cenas de filmes como O Senhor dos Anéis, Indiana Jones, Evita, entre outros. O concerto de Encerramento do Festival Música Júnior 2014 será deste modo um espectáculo imperdível para todos os apaixonados do cinema americano em que os am-

biente sonoros são um dos factores de encantamento das audiências. Tendo Montalegre como epicentro, a iniciativa estendeu pela primeira vez as suas actividades aos municípios de Boticas, Chaves, Ribeira da Pena e Valpaços, que acolherão vários concertos de descentralização em que os professores e os alunos do FMJ serão os principais artistas. Para descontrair após os ensaios, supervisionados por professores e sempre em segurança, haverá inúmeras actividades ao ar livre, jogos tradicionais, campeonatos de futebol, kayak, BTT, rappel, escalada, a piscina e banhos em cascatas naturais, entre tantas outras.

Os moradores da cidade de Santa Maria da Feira são, mais uma vez, convidados a decorar as varandas e janelas das suas habitações com o pendão da Viagem Medieval, ajudando a criar um ambiente festivo e acolhedor durante o evento, que vai realizar-se de 31 de Julho a 10 de agosto. A organização sugere aos moradores que recuperem o pendão utilizado em edições anteriores

ou adquiram um dos novos – disponíveis na Loja Oficial do evento, no Posto de Turismo e na Piscina Municipal de Santa Maria da Feira – e que o coloquem nas varandas ou janelas das habitações. Na Loja Oficial, para além dos pendões, os visitantes poderão adquirir trajes medievais e toda a linha de merchandising do evento, bem como, as pulseiras de acesso ao recinto.

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Santa Maria da Feira // Nos dias 6 e 8 de Agosto, na antiga estalagem

Ceias medievais no coração da cidade As ceias medievais regressam ao programa da Viagem Medieval, nos dias 6 e 8 de Agosto, pelas 20h30, escolhendo a antiga Estalagem da Feira, para receberem os mui nobres comensais, para uma noite inesquecível. Na edição deste ano, com a impossibilidade de as ceias medievais acontecerem no seu palco privilegiado, pela intensa programação do Castelo, durante o evento, estas terão lugar no coração da cidade, num edifício também muito emblemático – a antiga estalagem da Feira, que também foi Escola de Hotelaria. “El Rei D. Sancho Il faz saber que aos seis e aos oito dias do mês de Agosto, do Ano da Graça de dois mil e catorze, irá realizar-se um grande banquete real, na Estalagem da Feira. A todos os ilustres comensais da Corte de El’Rei D. Sancho ll manda-se apreciar as viandas que serão servidas, a folia dos saltimbancos, as melodias de música e os arremedilhos dos histriões”. Será assim, num verdadeiro banquete real, com abastança de comidas e bebidas, honras e cerimónias

que todos os comensais serão convidados a reviver as noites de folia da Corte real D. Sancho II! Após a ceia os ilustres comensais poderão continuar esta viagem no tempo, participando na restante programação do evento. Da ementa constam uma grande diversidade de petiscos salgados, um caldo de aves e viandas, como as bochechas de porco bísaro em vinho tinto e as espetadas de peixe, com acompanhamento de legumes, cogumelos e castanhas. Como manda a boa regra, as viandas serão regadas por um bom vinho, sangria e limonada. As frutas do pomar e os doces não faltaram como o leite-creme com frutos silvestres, sendo a Fogaça rainha da festa acompanhada com queijos curados e com Châmoa. A animação será também um prato forte, com diversos grupos a desfilarem no espaço, numa pequena mostra da, animação do evento. Teatro, música, dança, lutas de armas e muitas mais performances contagiarão os visitantes com muita animação.

As “Ceias medievais em Santa Maria da Feira” constituem um produto turístico do Concelho, que oferecem aos participantes momentos de história, cultura e lazer. Estas vão sendo realizadas ao longo do ano, para grupos organizados sob prévia marcação, no habitual cenário do Castelo da Feira. Ainda no passado mês de Junho, a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira organizou uma ceia, tipo volante, num contexto de casamento medieval. No âmbito da Viagem, as ceias medievais serão abertas ao público em geral, com inscrições abertas nas datas mencionadas, havendo ainda a possibilidade de outras datas, para grupos organizados, sociais ou empresariais. Para reserva ou mais informações, os interessados poderão consultar o web site do evento ou contactar a entidade organizadora, através do telefone 256375460. O ingresso da ceia medieval será de 55€, para adultos, e de 35€, para crianças, a partir dos quatro anos de idade, sendo as restantes gratuitas.


Correio da Feira 28.JUL.2014

Santa Maria da Feira // Seis versões diferentes que ilustram o período retratado pela Viagem Medieval

Pulseira Criança Segura ilustrada por… crianças

A Pulseira Criança Segura, que desde 2008 é disponibilizada às famílias nas entradas do recinto da Viagem Medieval, este ano tem ilustrações de crianças de escolas de Santa Maria da Feira. São seis as versões disponíveis, que ilustram o período histórico retratado. Esta foi mais uma acção de envolvimento das escolas do Concelho no espírito da Viagem Medieval. As crianças que frequentaram o Programa de Férias Escolares da Câmara Municipal tiveram a oportunidade de

ler o livro de Banda Desenhada alusivo a esta edição – cujas ilustrações são de alunos do secundário – e, no final, passaram para o papel os episódios que mais retiveram. Durante o evento, a pulseira será disponibilizada em seis versões, com diferentes ilustrações alusivas à mesma temática. Nas bilheteiras de acesso ao recinto, pórticos e postos de informação, voluntários da Viagem Medieval vão colocar as pulseiras identificativas nos visitantes de palmo e

meio, depois de devidamente preenchidas com o nome da criança e do responsável, bem como o respectivo contacto telefónico. Organizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, empresa municipal Feira Viva e Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho, a 18.ª Viagem Medieval realizase de 31 de Julho a 10 de Agosto, no centro histórico de Santa Maria da Feira, e vai recriar o reinado de D. Sancho II, quarto rei de Portugal.

UTAD

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Isenção de Propinas A UTAD concede cinco isenções de propinas para o 1º ano do curso de CIÊNCIAS FLORESTAIS a familiares e sócios de cada uma das seguintes entidades: Liga dos Bombeiros Portugueses; Corpo Nacional de Escutas; Federações de Produtores Florestais; Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais. Para mais esclarecimentos contactar: emil_ms@utad.pt

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Santa Maria da Feira // Termas de S. Jorge e Yonos viajam juntas no tempo

LUCI concede um novo brilho aos Banhos S. Jorge A partir de sexta-feira até 10 de Agosto, a LUCI – a singela lanterna solar – irá iluminar o cenário mágico da Quinta do Castelo e suas grutas artificiais, valorizando o ambiente e a cultura social nos Banhos S. Jorge, que estão abertos durante a Viagem Medieval. Numa época em que a iluminação eléctrica não existia, as lanternas solares envolvem-se na esfera medieval, harmonizando o espaço, à semelhança da luz das velas. O projecto pretende tornar o panorama ainda mais encantador, valorizando o contexto ambiental, de forma a respeitar e preservar toda a envolvente ecológica da quinta. Neste ambiente de tranquilidade e de harmonia, os visitantes são convidados a “banhos e unguentos” ao som de melodias de harpa, em momentos de repouso e relaxamento. As visitas podem ser realizadas das 15h00 às 24h00 e a entrada tem um custo de dois euros

por pessoa (entrada gratuita até aos três anos, inclusive) e inclui banho pulverizado nas pernas, chá e repouso, com melodias de harpa. Das 15h00 às 16h00, na compra de unguento, oferta do circuito dos banhos. Para além da preocupação ambiental, a LUCI também quer chegar às pessoas com acesso irregular à electricidade e que, por isso, contam com fontes perigosas e

dispendiosas de iluminação. Para metade da população mundial, o anoitecer representa, muitas vezes, o fim do trabalho, do estudo ou das actividades de lazer e o início das chamas, dos fumos tóxicos e do perigo. Assim, por cada lanterna solar comprada, outra é oferecida a alguém que viva em situação de pobreza energética. A LUCI pode ser adquirida em www. yonos.pt, por 15,99 euros. Publicidade


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Concelho // Grupos fazem passeios por várias cidades portuguesas

Uma paixão pela aventura e liberdade das duas rodas

Começaram como grupos de amigos que juntavam as motas e cruzavam o país. Hoje, são associações de motards, espalhadas um pouco por todo o Concelho, algumas com mais de uma centena de sócios, que não dispensam actividades como o convívio na sede ou a participação em concentrações. Gostavam de ter mais pessoas nos grupos, especialmente “gente jovem”, e sublinham que só quem anda de mota consegue explicar este “vício”. Daniela Castro Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

Sozinhos, em cima das motas, de fatos pretos, focados na estrada que têm pela frente, ou então juntos, em concentrações, onde o espírito de companheirismo é evidente. O que define um motard? “Ser motard é algo que não se explica, só quem é sabe”, dizem os entendidos. Um espírito associado a aventura e liberdade que só quem realmente vive consegue compreender. “Não tento explicar às pessoas porque ando de moto. Para as que compreendem, nenhuma explicação é necessária. Para as que não compreendem, nenhuma explicação é possível”. Ser motard não escolhe idade, profissão ou classe, o único denominador comum é o vício pela mota, que consideram parte de si. “É o chegar em vez de voltar, rolar e querer sempre mais. Ser motard vem no sangue, ninguém vira motard, nasce-se motard”. Um percurso cheio de desafios que faz da estrada uma lição de vida. “Nada é mais forte do que o coração de um motociclista porque ele é forjado no calor do asfalto, no frio do vento, na água da chuva e na saudade dos irmãos que perdemos”. A viagem é imperdível. “Acreditamos que a vida é o que se faz dela. Nós fazemos da nossa uma grande viagem”.

“Os passeios têm um objectivo cultural”

Pelo Concelho, predominam os trânsito, com os sentidos supegrupos de motards, a começar ralerta, faz com que chegue ao por Fiães. Fundados em 2000, fim com um cansaço acima da os Ulfilanis Motards já existiam norma” – refere. como grupo de amigos desde Durante a semana, os Ulfilanis 1995. Hoje, são 89 sócios, com Motards estão na sede e ao fimvários tipos de motas, algumas de-semana saem em passeio. tão antigas que “já não estão “Houve um tempo em que todos a rolar”. A sede, no Campo de os sábados saíamos mas a crise Futebol do Bolhão, é “bastante também nos afecta, nomeadafamiliar. “Fazemos lá almoços, mente o desemprego, emigrajantares e festas” – diz o presi- ção” – diz Manuel Castro. Ainda dente do grupo, Manuel Castro. assim, os passeios continuam As famílias “partilham o gosto” em sítios como Gerês, Braga, pelas motas. “As esposas e Arouca ou Viana do Castelo. filhos participam e ajudam nos “Os passeios têm sempre um eventos” – conta. Mas a preocu- objectivo cultural, cívico e, principação vem sempre ao de cima. palmente, gastronómico” – brinca “Há mulheres motard, mas é um Manuel Castro, frisando, contugosto maioritariamente masculi- do, que as saídas dependem do no, até porque elas casam, têm clima. “O ano passado tivemos filhos e o instinto maternal fala tempo agreste e houve poucos mais alto e retraem-se nas deslo- fins-de-semana que dessem cações” – explica, alertando que para passeios” – refere. Há ainda na mota “qualquer pequeno aci- eventos como feiras, exposições dente é grande” devido à e as famosas concentrapouca protecção. “Por ções. “O nosso proisso, o principal pagrama tem sempre “O principel do grupo de em consideração pal papel do grumotards passa o calendário de pela pedagogia concentrações po de motards pase chamada de nacionais” – sa pela chamada de atenção aos afirma. Aliado a atenção aos novos novos conduestas viagens e tores para os condutores para as ao “mundo das alertar para as motas”, há um ratoeiras nas ratoeiras nas esespírito de “desestradas” t r a d a s ” – a firma, contracção e leveza” lembrando o desgaste que se “reflecte depois associado. “Ando 1200 quina forma de vestir”. “A maior lómetros de carro e não me sinto parte das pessoas no dia-a-dia cansado. Ando metade de mota não se veste assim. Quando e a atenção com que é preciso veste o fato de motard é para estar a todos os pormenores do desfrutar da mota, do ambiente,

Papaquilómetros - Moto Clube de Romariz

Concetração de motards em S. Paio de Oleiros dos amigos. Faz parte do espírito” – reforça Manuel Castro. Sobre o futuro da associação, o presidente é claro. “Gostava de ter uma direcção com gente nova, ideias novas, para a associação continuar viva” – revela.

“O motard anda na lei e o motoqueiro anda fora da lei”

Fulgêncio Valente comprou a sua primeira mota aos 18 anos e guarda boas recordações desses tempos. “Na altura, não havia motas, era um meio de transporte avançado, e a que eu tinha

destacava-se. Chamavam-me “o man da mota amarela” – conta. Desde então, teve várias motas “ao longo da vida”, com as quais “correu” para “muitos lados”, como Gerês, Serra da Estrela e até Espanha. Para Fulgêncio Valente, a mota é como um “elemento da família”, uma paixão que “não dá para explicar” e que “aconselha a qualquer pessoa”, apesar de nem todos se poderem apelidar de motards. “Há por aí muitos motoqueiros. O motard anda na lei e o motoqueiro anda fora da lei” – explica Fulgêncio Valente, assegurando que é o

Grupo Motard XT Blue Mozelos Portugal


Correio da Feira 28.JUL.2014

tos como o Dia do Motociclista, quando se “juntam na missa mais 40 mil motards de todo o país de”, entre homens e mulheres. “Conheço mulheres que andam diariamente de mota. Não é só um gosto masculino” – refere Fulgêncio Valente.

“A confraternização não escolhe classes”

espírito, mais do que tudo, que define um motard. Em 2002, numa “conversa de café”, surge a ideia de criar um grupo. “Juntamo-nos meia dúzia numa ida ao Furadouro. Choveu bastante nesse dia. Paramos debaixo de uma ponte e ficamos à conversa” – lembra Fulgêncio Valente. Assim nasceu o Grupo Motard Lamacense que hoje é composto por cerca de 25 elementos, “tudo pessoal de Lamas”, embora apenas com poucas motas. “Alguns membros morreram, outros emigraram, e temos ainda o problema da falta

Grupo Motard Lamacense

“Já éramos motards, mas estávamos uns para cada lado” – diz o presidente do Papaquilómetros – Moto Clube de Romariz, Alexandrino Lopes. O grupo foi criado em 2010 e em pouco tempo alcançou os 110 sócios. Há motas clássicas, dos anos 50, e outras mais modernas numa verdadeira “panóplia de duas rodas”. “Funcionam porque estão bem recuperadas, são um orgulho” – afirma Alexandrino Lopes. Um motoclube com gente desde a Feira a Oliveira de Azeméis até Vila Nova de Gaia, mas que enfrenta a perda de alguns sócios devido à dificuldade destes em pagar as quotas mensais. Para os que permanecem, há encontros à quarta e sexta-feira, numa escola primária desactivada que agora é a sede, onde “conversam, jogam suas cartas e tomam café”. Há ainda idas a concentrações, à missa do motard e passeios de domingo que passam, frequentemente, pela zona da Freita, em Arouca, onde se fazem animados piqueniques. “Levo a esposa que também gosta e de sede. Estou a tentar reavivar” passamos um domingo fora de casa” – conta Alexandrino Lopes, – revela o presidente do para quem os eventos grupo. As famílias de motards não têm acompanham nos preço. “Há pessoas passeios ocasio“Conheço de diversas idades nais, nas idas a mulheres que e é um ambiente concentrações de brine nos enconandam diariamen- salutar, cadeira, em que tros em cafés p a s s a m os cote de mota, não pela freguenhecimentos aos sia. “Enquané só um gosto mais novos e fato tiver mota, zemos jogos para masculino” não vai acabar” passar o tempo. A – afirma Fulgêncio confraternização não Valente, adiantando escolhe classes, há um que este “vício” se torna intercâmbio, criam-se amizades ainda mais especial em evene é bom conhecer outras cul-

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cer, de liberdade, de aventura”. Na Feira, os Vagabundos do Castelo surgem em 2000, ligados pelo “vício da mota”, tendo atingido os 240 sócios activos. “Todos têm motas, antigas, todo-o-terreno, várias” – diz a presidente dos Vagabundos do Castelo, Olívia Santos, que tem a mota mais antiga, de 1925. Os sócios são na sua grande maioria do Concelho da Feira e encontram-se na sede da associação na Rua Dr. Elísio de Castro. Volta e meia, fazem passeios de mototurismo a locais como Tomar, Ferreira “Espírito de entreajuda, do Zêzere, Alentejo. “Temos ido mais para o sul” – afirma Olívia liberdade, aventura” Santos. As concentrações Também na lista dos são “mais caras” e, por mais recentes, está isso, “só vai quem o Grupo Motard “Há um quer”. O sítio mais XT Blue Mozelonge a que já folos Portugal. intercâmbio, ram foi a Jerez Criado em criam-se amizade la Frontera, 2010, é comem Espanha, que posto por um des e é bom cose junta a um rol grupo de cinnhecer outras de viagens em co amigos que que muitas vezes já saíam juntos culturas” “as famílias acommas decidiram panham nos carros”. “associar-se à zona Próximo na agenda, estão de Mozelos”. “Foi numa concentração em Góis que de- duas idas a Espanha, nos primeicidimos dar um nome” – diz o ros fins-de-semana de Setembro presidente do grupo, Sérgio e Outubro. Para Olívia Santos, Silva. São apenas duas motas a mota só tem vantagens. “Não mas eventos não faltam, como estamos em filas, é mais rápida, os almoços convívios de motar- o estacionamento é mais prático ds que têm realizado, sendo o e há um sentido de liberdade” – próximo no dia 21 de Setembro, comenta. no Parque do Coteiro. A mulher O Moto Clube Roda Livre, de Louacompanha-o nestas andanças rosa, chegou a ser casa de alguns até porque o grupo é “família” e motards mas, segundo a Junta vão juntos para sítios como Cha- de Freguesia, está, actualmente, ves, Mangualde, Gerês. “Vemos inactivo, embora haja a intenção, o calendário motard e combi- por parte dos seus membros, namos. A última concentração de reactivar a associação. No foi em Guimarães” – afirma. No passado fim-de-semana, houve, “mundo motard”, já se vê “muitas pela primeira vez, em S. Paio de mulheres” mas este continua a Oleiros, uma Concentração Moser, segundo Sérgio Silva, um tard, no Parque Nossa Senhora gosto predominantemente mas- da Saúde, organizado pelo Moto culino. Para o ano planeiam uma Clube de Maceda e Comissão “actividade em grande”, mas por de Festas de Nossa Senhora da enquanto desfrutam do espírito Saúde e Santo António, onde estimotard, não esquecendo os cole- veram presentes vários grupos de tes, e da convivência com várias motards do país, que desfrutaram pessoas. “Desde 2010, tenho de actividades como um passeio muitas histórias” – lança Sérgio pelas ruas da freguesia, jogos Silva, para quem “ser motard é o tradicionais de motards, zumba espírito de entreajuda, de conhe- infantil e actuações musicais.

turas” – comenta, frisando que “são um povo unido”. “Quando um tem problemas no percurso, há sempre alguém que acompanha” – refere. O presidente do Papaquilómetros – Moto Clube de Romariz diz que a mota traz um “andar diferente, de liberdade” e que “ajuda a reencontrar amigos”. No passado domingo, realizaram o convívio anual do grupo que incluiu uma volta pelas ruas da freguesia e um almoço confeccionado pelos próprios motards.

Ulfilanis Motards


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Correio da Feira 28.JUL.2014

Efeito das viaturas de turismo nos impostos a pagar pela sua empresa A Acountia é a mais recente marca de Contabilidade e Apoio à Gestão, constituindo uma imagem única de solidez e responsabilidade na área da contabilidade em Portugal, contando com 40 escritórios nacionais, 200 profissionais e uma carteira de mais de 3.000 clientes empresariais. A sua nossa missão é transformar o mundo dos negócios através de aconselhamento de gestão e desenvolvimento de líderes, contribuindo para a evolução da sociedade através do desenvolvimento das empresas. Este mês, trazemos o tema dos efeitos que as viaturas de turismo têm nos impostos a pagar pelas empresas, tal como regulamentado no Artigo

88º. do CIRC. São considerados gastos com viaturas ligeiras os gastos direta ou indiretamente suportados, nomeadamente: depreciações, combustíveis, manutenções e reparações, rendas ou alugueres, seguros, impostos, etc. No quadro seguinte, apresentamos o resumo das taxas de tributação autónoma que incidem sobre os encargos com viaturas ligeiras com a comparação do que eram em 2013 eo que acontece em 2014. Para melhor percebermos o efeito dos encargos com viaturas ligeiras no IRC a pagar nas contas de uma empresa, tomemos por exemplo 3 viaturas adquiridas em 2011, com diferentes custos de aquisição ou locação e depreciadas à taxa normal de 25% prevista no DR 2/2009. Como se verifica, embora existam uma série de encargos que estão sujeitos a taxa de tributação autónoma, é nos gastos com as viaturas ligeiras de passageiros que o Governo mais tem tentado aumentar a receita. No nosso entender, estas constantes alterações das taxas e dos montantes sujeitos não mais são

do que uma tentativa do Governo em fazer com que estes gastos passem a ser tributados na esfera pessoal dos utilizadores das viaturas através da tributação em IRS. As despesas com viaturas ligeiras de passageiros deixam de estar sujeitas a tributação autónoma, caso exista um acordo escrito entre a empresa e o utilizador da mesma, que implique a tributação em sede de IRS da utilização

pessoal da viatura. Assim caberá às empresas verificarem se devem continuar a suportar toda esta carga fiscal, ou se porventura não será mais vantajoso tributar a utilização pessoal das viaturas na esfera pessoal do colaborador. Quaisquer dúvidas ou sugestões nesta matéria devem ser encaminhadas para os nossos contactos, em particular para o emailsmfeira@acountia.pt.

smfeira@acountia.pt www.acountia.pt - www.acountia.com

Um membro independente da rede mundial Acountia Contabilidade | Apoio à Gestão | Outsourcing Rua Zona Industrial nº 252 Fracção F | 4520-115 Santa Maria da Feira Tel/FAX: +351 256336350 | TLM: +351 968109273


Correio da Feira 28.JUL.2014

Santa Maria da Feira // Abriu as portas há 10 anos e investe num estilo alternativo

Porta 13 – um bar sempre com boa música e onde todos se conhecem Abriu as portas há 10 anos e, desde essa altura, que o bar Porta 13 tem marcado posição na noite da cidade de Santa Maria da Feira. Márcio Poeira, proprietário do estabelecimento, assevera que o balanço é positivo, graças também à entrega e dedicação que tem depositado no seu negócio. “E quando se faz o que se gosta tudo fica mais fácil” - aponta. O ambiente familiar que caracteriza o Porta 13 é, na perspectiva do proprietário, o elemento que diferencia o Porta 13 dos restantes bares. “Até já tivemos visitantes da nossa cidade que entravam no Porta 13 e questionavam como era possível o bar estar cheio e toda a gente se conhecer” – refere Márcio Poeira. Quem entra no bar sabe o que encontra. O Porta 13 investe num estilo musical muito alternativo. “Investimos no Deep, no House e no Tech House. Sempre que temos oportunidade trazemos Djs de renome nestes estilos, não só nacionais mas também internacionais. Mantemo-nos fiéis a esta “cultura” e o público que nos visita já sabe com o que pode contar” – aponta Márcio Poeira que divide a gestão do bar com Tiago Varela.

Concentração de bares incentiva a dinâmica

Dada as características vincadas da casa que gere, Márcio Poeira acredita que a concorrência só beneficia o negócio. “A concentração de bares no centro histórico traz outra dinâmica à cidade. Existem várias casas para diversos gostos e preferências. Juntos conseguimos satisfazer diferentes públicos alvo e atrair um maior número de pessoas” – refere, destacando: “Para além disso, existe uma relação bastante saudável entre a gerência dos diferentes bares, um espírito de entreajuda que, muitas vezes, chega até a resultar em parcerias em eventos esporádicos”.

Porta 13 com animação garantida

Regular e com carácter de permanência é a animação do Porta 13

que vai continuar a ser pautada pela visita de dj´s internacionais ou de renome nacional. “Os nossos clientes estão à espera disso e não queremos desiludi-los”. Por isso, garantida está sempre uma movida que atrai feirenses e não só. “A noite feirense é multifacetada e diversificada. A animação que se vive nas ruas com os clientes a “saltar” de bar em bar torna o centro histórico um local único que agrada a quem frequenta e visita a nossa cidade” – diz Márcio Poeira a propósito do “clima” que se respira nas ruas da cidade. “A noite no Porta 13 é animada. Respirase festa, partilham-se sorrisos e sobretudo ouve-se boa música” – destaca, asseverando que, ali, no seu bar, os clientes podem sempre contar com ”simpatia, festa e, sobretudo, boa música”. Márcio Poeira, por enquanto, quer manter o nível de qualidade e diferenciação que o Porta 13 conquistou. “Queremos continuar a receber bons profissionais. Já tivemos algumas experiências de cruzar os estilos que trabalhamos com instrumentos tocados ao vivo e queremos investir mais nesse sentido” – aponta, acrescentando: “futuramente temos de começar a pensar em dar lugar aos mais novos. Embora, esta casa seja um gosto para nós, os anos vão passando e como já dizia o grande António Variações “O corpo é que paga””.

AEF é uma parceira essencial

No presente e no futuro, o responsável pelo bar de Santa Maria da Feira conta com a parceria da Associação Empresarial da Feira (AEF), entidade que, na sua perspectiva, “tem sido essencial para mediar relações a nível camarário e também com a comunidade. Também incentiva o relacionamento saudável com a concorrência. É através da associação que marcam as reuniões que são decisivas para o entendimento entre todos. Mostra-se sempre disponível para nos ouvir e orientar na melhor resolução de dificuldades que vão surgindo”- remata

II Mini Djs

31.07.14 Abertura Viagem Medieval Muralha Medieval

Porta 13 | Sideways | Rua Direita

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Milha Nocturna animou o centro de Mosteirô

XI Corrida Nocturna de Rolamentos

DAO realiza sarau com artes marciais e dança

Lourosa lança colecção de copos

Ricardo Sousa assinou contrato internacional

Dança do ventre, zumba e artes marciais fizeram as delícias do público no 30.º sarau da DAO brandoense

De Agosto a Maio de 2015, o clube terá disponível copos personalizados e coleccionáveis

Foi um dos pioneiros do ciclismo em São João de Ver e hoje é um massagista de referência na modalidade

Centenas de simpatizantes juntaramse na rua de Santo André para assistir à segunda edição da milha nocturna

Integrada no Campeonato Nacional Sanguedo realizou mais uma edição da corrida de carros de rolamentos

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Taça da Liga // Beira Mar foi um adversário de peso na primeira jornada

Feirense empata em casa no primeiro jogo da Taça da Liga

O Feirense estreou-se com uma igualdade a duas bolas em jogos oficiais na nova época, diante do Beira Mar, em jogo a contar para a primeira jornada da primeira fase da Taça da Liga, disputado no Estádio Marcolino Castro. Tonel, aos 22 minutos, e Cafu, aos 95, foram os autores dos golos dos fogaceiros.

Estádio Marcolino de Castro

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Feirense entrou bem em jogo

A equipa do Feirense entrou bem no jogo, procurando chegar rápido à baliza de Rui Rego, criando assim algumas jogadas de relativo perigo para a defesa auri-negra. Aos sete minutos, Tiago Jogo cruzou para a cabeça de Cafú, mas o ponta de lança fogaceiro não conseguiu desviar o esférico para a baliza. Na resposta, Embaló surgiu isolado no lado direito mas atirou para uma boa intervenção de Paiva. Os azuis iam crescendo no jogo à medida que o tempo ia passando e aos 22 minutos chegaram ao golo por intermédio de Tonel. Após uma jogada de insistência na área aveirense, Cafú cruzou “de régua e esquadro” para a cabeça do central fogaceiro que, ao segundo poste, só teve de encostar para o fundo das redes. A equipa de Pedro Miguel controlava o jogo, enquanto o Beira Mar só criava perigo em lances de bola. E, foi precisamente num desses lances, que a turma de Jorge Neves chegou à igualdade. Eduardo Silva, aos 38 minutos, na cobrança de um livre no lado esquerdo, rematou em arco para o canto superior esquerdo da baliza de Paiva, que nada podia fazer para evitar o golo dos visitantes. O intervalo chegou com o marcador a registar uma igualdade a uma bola.

Fogaceiros sentiram-se injustiçados

A segunda parte abriu com o Feirense a conseguir uma excelente oportunidade para voltar à vantagem. Zé Mário apareceu à entrada da área a rematar forte, mas

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Árbitro: Iancu Vasilica Assistentes: Bruno Pereira, Bruno Costa BEIRA MAR: Rui Rego, André Nogueira, Fábio Santos, André Santos, Bilal Sebaihi (António Oliveira, 89’), Rafael Cardoso, Pedro Moreira, Edivaldo Reis, Ricardo Dias, José Embaló (Patrick Edema, 60’) e Eduardo Silva (Bacar Baldé, 70’) T: Jorge Neves

a bola rechaçou na muralha defensiva auri-negra e sobrou para Cafú, que rematou para golo. Mas Rui Rego, com uma intervenção divina, desviou a bola para o poste e, na recarga, Tiago Jogo, rematou para a baliza, embora a defesa aveirense conseguisse aliviar o perigo. No minuto seguinte, o árbitro do encontro considerou falta de Tonel sobre um adversário na área fogaceira e assinalou a respectiva grande penalidade, que Billial se encarregou de transformar em golo. Os pupilos de Pedro Miguel sentiram-se injustiçados, com a desvantagem no marcador, e foram à procura de virar o rumo dos acontecimentos. E o golo da igualdade poderia ter surgido aos 50 minutos. Mas o cabeceamento de Hélder Rodrigues saiu a raspar no poste direito da baliza aveirense. Poucos minutos volvidos, numa jogada na área do Beira Mar, Fábio Santos derrubou Zé Mário, ficando os jogadores fogaceiros a reclamar uma possível grande penalidade que terá ficado por assinalar.

Equipa da casa sempre a ameaçar

A equipa do Feirense, sempre com a baliza adversária na mira, ia criando alguns calafrios ao sector mais recuado dos aveirenses que, com maior ou menor dificuldade, ia aliviando o perigo para longe da sua área. Aos 65 minutos, Tiago Jogo trabalhou bem, no lado esquerdo, mas cruzou com força a mais para Fabinho e este não chegou a tempo para cabecear para o golo. Três minutos depois, Barge cruzou para o desvio do recém-entrado Diogo Fonseca mas Rui Rego fez a defesa da tarde ao desviar por instinto o remate do ponta de lança fogaceiro. O Beira Mar poderia ter sentenciado o jogo, aos 77 minutos, quando Pedro Moreira, aproveitando um contra-ataque rápido da sua equipa, isolou-se na cara de Paiva e atirou com estrondo ao poste. Perto do minuto 90, Micael tentou fazer um chapéu a Rui Rego mas o guardião auri-negro mostrou bons reflexos e negou-lhe o golo. O Feirense aumentou a pressão sobre o adversário e, em cima do minuto 95, Bacar

Baldé derrubou Micael no interior da área com o árbitro a assinalar de pronto o castigo máximo. Na conversão, Cafú não desperdiçou e repôs a igualdade no marcador com que terminou o encontro. O jogo realizou-se no passado Sábado, 26 de Julho, no Estádio Marcolino de Castro, uma vez que não foi possível a realização do mesmo na cidade de Aveiro.

FEIRENSE: Paiva, Pedro Santos, Igor, Hélder Rodrigues (Micael, 75’), Tiago Jogo, Cafú, Fabinho, Tonel, Cris (Diogo Fonseca, 66’), Zé Mário (Rúben Oliveira, 79’) e Barge T: Pedro Miguel Amarelos: Tonel, Pedro Moreira, Micael, Barge e Bacar Baldé Golos: Tonel (22’), Eduardo Silva (39’), Billal Sebaihi (49’ g.p.) Cafu (94’ g.p.)

“Fomos claramente a melhor equipa” “Foi um jogo dentro do que perspetivavamos, com o Beira Mar a jogar no nosso erro. Mas nós entramos melhor, fizemos o 1-0, mas, do nada, o Beira Mar conseguiu o golo do empate. Na segunda parte voltamos a entrar bem, tivemos uma grande situação para fazer o 2-0 mas o guardaredes teve mérito e negou-nos o golo e na jogada seguinte, o adversário fez o segundo golo. Tivemos outras oportunidades, a equipa acreditou, lutou e conseguiu a igualdade. Fomos claramente a melhor equipa e temos de dar os parabéns ao guarda-redes do Beira Mar que fez um excelente jogo”


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Reportagem // XI Corrida Nocturna de Carrinhos de Rolamentos

Sanguedo abre portas à prova nocturna de rolamentos

Juventude de Sanguedo esteve em prova com três pilotos

Sónia Sá Pinheiro desporto@correiodafeira.pt As corridas de carros de rolamentos já são uma tradição na vila de Sanguedo. A capital da Fórmula Roll leva todos os anos centenas de adeptos da modalidade à Rampa da Castanheira, onde, há 34 anos, se realizam provas, algumas das quais elegíveis para o Campeonato Nacional. A noite do passado Sábado, 26 de Julho, levou ao rubro pilotos e adeptos. Na realização da 11.ª edição da prova nocturna, as três mangas realizadas levaram à euforia miúdos e graúdos que, ao longo de pouco mais de duas horas, aplaudiram e deliciaram-se com as mais ‘loucas’ infra-estruturas de rolamentos, tanto em madeira como em metal. Com hora de início prevista para as 20h30, a primeira prova, destinada à contagem de tempos, começou com um atraso de cerca de duas horas, em parte, provocado pelo atraso de alguns pilotos oriundos de fora do Concelho. O público mantinha-se, pela íngreme descida da Castanheira, a aguardar a descida dos primeiros carros que, após a passagem do motard – que sinaliza o arranque da prova – deslizaram abruptamente por aquela artéria. O público vibrava com a passagem dos pilotos numa noite de verdadeira animação e cheia de surpresas. Ao microfone mantevese sempre Pedro Silva, presidente da Juventude de Sanguedo, um dos membros da Roll Viva – entidade organizadora composta pela união de três associações: Frajovem, Pombal Roll e Juventude de Sanguedo – que ao longo de toda a noite foi dando a informação relativa às classificações. Com uma franca vantagem Tony, da Juventude de Sanguedo, partiu para a primeira manga, a referente ao Campeonato, liderando quase toda a descida.

Os últimos segundos foram cruciais numa prova onde o piloto sanguedense teve algumas dificuldades para ‘controlar’ a corrida. “Estive sempre à frente, mas confesso que durante toda a prova o carro fazia faísca por baixo porque está muito baixo e o asfalto é bastante irregular” - referiu Tony, no fim da prova. E esse factor poderá, de facto, estar na origem do resultado final. Remendos na estrada, irregularidades de piso e pequenas lombas são visíveis, a olho nú, na Castanheira, o que levou a alguns comentários por parte da organização, ao longo do ‘relato’ das provas. Pouco depois, arrancou a segunda manga, destinada a carrinhos

de madeira e que, embora numa velocidade mais reduzida, arrancaram muitas palmas. Visivelmente com menos corredores, que a manga anterior, o espectáculo foi grande, lembrando os “tempos de menino” da década de 80 e 90. O certame encerrou com a prova livre e uma prova extra, onde todos os pilotos presentes, cerca de 30, tiveram oportunidade de correr acompanhados. Com início em Maio, o Campeonato Nacional de Carrinhos de Rolamentos tem término a 8 de Dezembro, na chamada “Prova Mãe”, realizada também nesta vila feirense. Esta é a maior prova, trazendo até ao Concelho centenas de aficionados.

Em prova na manga do campeonato, a Juventude de Sanguedo teve três dos quatro pilotos que possui. Com um deles lesionado recentemente, na prova de Penafiel - Mário Castro, a Juventude apostava em António Santos, um possível candidato .ao título António Santos, mais conhecido por Tony, completou, no dia da corrida, 26 anos, e desde os 11 que se dedica à modalidade. Filho de pai corredor e com vários títulos arrecadados, tanto Tony como o irmão, cedo se dedicaram às corridas de carrinhos de rolamentos. A correr pela Juventude de Sanguedo, o jovem é Campeão Nacional 2013 e continua na corrida pelo primeiro lugar. Na prova deste fim-de-semana, a última antes das férias, o campeão alcançou o segundo lugar, numa corrida perdida nos últimos segundos .de prova É sempre bom. O campeonato“ é difícil, mas a nível de pontu-

ação é bom para mim consegui subir ao segundo lugar da classificação geral. Embora eu quisesse ter vencido em casa, frente ao meu público e com direito à meia libra de ouro. Como sou campeão, gosto de vencer. Mas tenho que dar os parabéns ao vencedor – o primeiro classificado. Não me posso desculpar de nada. Mas o segundo lugar dá-me mais motivação e mais garra. Na próxima prova vou estar mais forte e certos aspectos que nesta corrida não me ajudaram têm que ser corrigidos nas próximas. O campeonato é um pouco curto mas, enquanto houver possibilidade, não vou desistir e garanto que as minhas próximas prestações serão mais eficazes a nível de proveito para garantir o primeiro lugar. Posso não vencer mas o importante é ir roubando pontos. Agora vamos entrar de férias. Em Setembro, voltamos às provas e virei com força” - comentou o piloto no fim .da prova

Classificações Finais Campeonato

Madeira

1.º Daniel Correia (Pombal Roll) 2.º Tony Santos (Juv. Sanguedo) 3.º José Eduardo (Pombal Roll) 4.º Vitor Hugo (Frajovem) 5.º Ruben Correia (Pombal Roll)

1.º Daniel Silva 2.º Paulo Silva Livre 1.º Isaías Dias


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Futebol Clube: CD Feirense Treinador: Pedro Miguel Entradas: Miguel Assunção (regresso de empréstimo), Mika (regresso de empréstimo), Joca (júniores), Miguel Silva (júniores), Renato Maia (júniores), Yorn (júniores), João Santos (júniores), Gonçalo Abreu, Zé Mário, Cafú, Diogo Fonseca Saídas: Carlos, Diogo Cunha, Pires, Rafa, Ludovic, Marcelo, Filipe Babo, Samir, Fonseca, Marcão, Williams, Luciano Permanências: Márcio Paiva, Carvalho, Tonel, Pedro Santos, Renato Andrade, Sérgio Barge, Cris, Fábio Carvalho, Ruben Oliveira, Tiago Jogo, Hélder Rodrigues, Vasco Rodrigues

Clube: SC São João de Ver

Clube: LFC Lourosa Treinador: Joaquim Martins

Treinador: Miguel Avelar Entradas: Cardoso (ex-Fiães), Sérginho (ex-Rio Meão), Henrique (ex-Pigeiros), Tiago Ribeiro (ex-Carregosa), Tiagão (ex-Junior), Freitas (ex-Junior) , Manu (ex-Junior), Miguel Leite (ex-Oliveirense), Tiaguinho (ex-Junior), Rui Pedro (ex-Lourosa), Fábio (ex-Benfica Macau), Seninha (ex-Grijó), Fábio Cassama (exAvanca), Cláudio (ex-Canedo) Saídas: Rui Lopes, João Pedro, Márcio, Vitor Hugo, Cancela, Vitinha, Júlio, Ruben Gomes, Xavi, Leonardo, Ruben Sousa, Élio, Cândido Costa

Entradas: Por Definir

A.N.S. Saídas: Por Definir

Permanências: Por Definir

Permanências: Martini, Rui Silva

Clube: LFC Lourosa

Clube: Arrifanense

Clube: AAA ISPAB

Treinador: Zé Mário

Treinador: José Pereira

Treinador: Por definir

Entradas: Miguel Pais, félix, Bruno Rodrigues, Hélder Reis (Fadu), Nelson Silva, Bruno Mendes, Vitor Ferreira, Tono, Márcio, Pedro Neves (Lucho), Fábio Pereira, Gusto

Saídas: Nao Aplicável

Entradas: Por definir

Entradas: Por definir

Saídas: Por definir

Saídas: Por definir

Permanências: Por definir

Permanências: Por definir

Permanências: Não Aplicável

Clube: Juventude Fiães

Clube: CD Feirense

Clube: Lamas Futsal

Treinador: António Teixeira

Treinador: António Augusto

Treinador: Luís Alves

Entradas: Ricardo Rodrigues (exCRECOR), Miguel (ex-Lamas), Picareta (ex-ISPAB), Mané (ex-Mirandela), Diogo (Ex-Custóias), Valeroots (ex-Invicta), Eurico (ex-JACA)

Entradas: Tasaka (ex-Modicus), Costinha ( ex-Rio Ave), Milson ( ex- Boavista), Diogo Silva (ex- ACR Vale Cambra), Bruno Moreira (ex-Gualtar)

Entradas: Kukes (ex-Boavista), Teixeira (ex-ACR), Hugo (ex-ACR), Cereja (exACR), Paulinho (ex-Junior), Tiago (exFiães), Ceguinho (ex-CRECOR)

Saídas: Bubu

Saídas: Claudinei, Michael, Daniel, Cenoura

Saídas: Pedro Sousa, Feliciano, Telmo, Wilson, André Costa

Permanências: Fábio, Paulo, Bife, Bruno, Mix, Maric, Artur, Moisés

Permanências: Nuno Couto, Dani, Russo, Calão, Kaka, Fuka, Ivo, Teixeira, Mino, Banana

Permanências: Vitor Amorim, Miguel Ângelo, Élio, João Maio, Ribas, Diogo

Clube: Juventude de Canedo Treinador: Por definir

Luís Brandão mais um ano nos comandos directivos do Milheiroense

Entradas: Hélder Conceição, Bruno Cancela (ex-ISPAB) e Miguel Armando (ex-FC Lourosa) Saídas: Márcio, Pedro Conceição, Bruno Rodrigues Permanências: Nuno Kassumov, Bernardo Soares, Marco Pinheiro, André Sousa, Roger Costa, Tiago Sampaio, Tiago Quelhas, José Fernando

Pelo segundo ano consecutivo Luís Brandão assume a presidência do Milheiroense. A sessão de tomada de posse realizou-se na passada terça-feira. Os objectivos da direcção são fazer o melhor campeonato possível e não contrair dívidas.

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União de Lamas festeja Bodas de Ouro no título de campeão nacional

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No passado dia 12 de Julho, em Santa Maria de Lamas, completaram-se 50 anos - Bodas de Ouro da conquista, pelo União de Lamas, do título de Campeão Nacional de Futebol da 3.ª Divisão, que, no jogo da final disputado no Estádio de Tomar, venceu o almada por 2-1, jogo arbitrado pelo melhor árbitro português de então, o internacional Aníbal de Oliveira. No regresso, a comitiva lamacense composta por jogadores, comissão administrativa e acompanhantes, foi rebeciba na Câmara Municipal da Feira, pelo seu presidente, Domingos Coelho, cerca da meia-noite do dia da final. Entretanto e cerca de um mês antes, no dia 7 de Junho de 1964, o União tinha conseguido a subida à 2.ª Divisão Nacional, depois da eliminatória com o Académico de Viseu, em duas mãos, 2-3 em, Viseu e 7-3 em Santa Maria de Lamas, sendo o jogo em casa, realizado no Campo do Carrascal, no dia 7 de Junho de 1964, com a consequente subida, que originou a maior festa futebolística, até hoje havida nesta terra e um cortejo de mais de cinco mil pessoas, incluindo jogadores e assistentes, até ao arraial (desde o campo e no fim do jogo). A equipa, onde superava o amadorismo, era composta pelos seguintes atletas: Gonçalves, Ramim, João, Flávio, Pêra, Sá, Chico, Neca, Teixeira, Pinto Vieira (treinador e jogador), Ângelo, Moreira, Neto, Ramos, Manuel Romão e Carlos Silva. As dificuldades, durante o campeonato regional com vista ao apuramento para a 3.ª Divisão Nacional foram enormes e vencidas quási por milagre, ainda agravadas depois da derrota por 1-0, no Campo do Carrascal, com o Alba, principal adversário do União para o apuramento e a interdição do campo por vários jogos, depois deste encontro e abandono ou demissão da direcção. Sem directores e jogo no Do-

mingo seguinte, em Arrifana, dificilmente e após reunião aberta no Salão da Casa do Povo repleto, foi formada uma comissão de seis elementos, composta por Manuel Moreira, AntónioNogueira, César Tavares, António Soares, Custódio Alves e Américo Sapateiro, os quais iriam tentar dar vida nova ao clube, fundado em 1932. A derrota com o Arrifanense por 3-2, diminui ainda mais as possibilidades de apuramento para disputar a III Divisão e possibilidade de subir à 2.ª Divisão, devido aos adversários que iríamos encontrar, como União de Coimbra (resultados 0-2 e 4-0), Naval (2-2 e 4-0), Ovarense (3-0 e 1-3) e Viseu, clubes que mais tarde subiram para a 2.ª e 1.ª Divisão Nacional, onde jogaram várias épocas. Felizmente, tudo correu bem. Entretanto, é justo realçar que, o União de Lamas conquistou o segundo título de Campeão Nacional da 3.ª Divisão, no dia 18 de Maio de 1969, vencendo o Farense por 1-0, no Estádio do Restelo, em Lisboa, depois de terem empatado0-0, dois dias antes, no estádio Pina Manique, também na capital, sendo presidente do clube Joaquim Ferreira de Amorim. Será bom recordar que a subida à 2.ª Divisão, em 7/06/194 e a conquista do título nacional em 17/07/1964, em Tomar, foram a motivação que levaram o Comendador Henrique Amorim à construção do estádio e depois do entusiasmo dos adeptos e do próprio, no Cafe Nicola, na tarde da segunda-feira seguinte ao jogo de Tomar. Lembrar ainda que as obras do mesmo estádio arrancaram no dia 4 de Agosto de 1964 (mesmo ano), pelas 9 horas da manhã, com a entrada do tractor destinado à preparação dos terrenos, na presença do Comendador, dador dos mesmos terrenos e António Nogueira Sousa, presidente da Casa do Povo, à época. Por motivo imprevisto, o lunchconvívio, destas comemorações, será reralizado em Setembro próximo.

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Correio da Feira 28.JUL.2014

Artes Marciais

DAO realizou sarau com dança do ventre e muita animação A DAO- Associação Cultural e Desportiva, com sede em Paços de Brandão e actividade nos concelhos de Santa Maria da Feira e São João da Madeira, apresentou, na passada sexta-feira, no Auditório da Academia de Música de Paços de Brandão, o .30.º Sarau Anual Intercalando zumba com viet-vo-dao, dança do ventre e viet-tai-chi, o espectáculo, rico em cor e som, em que a dança alternada com a espectacularidade das Artes Marciais deliciou um vasto público que, maravilhado, entusiasticamente aplaudia .e pedia mais A dança do ventre abriu o certame, seguindo-se uma apresentação de zumba. A dança abriu caminho para a demonstração da classe infantil de VIET-VO-DAO, que realizou muitos jogos, quedas e enrolamentos, sequências sincronizadas

e aplicações de ataques e defesas. O espectáculo encerrou a espectacularidade do VIET-VO-DAO, executado ao mais alto nível. Foram apresentadas várias sequências e encadeamentos, simulando lutas com vários adversários, com armas (fa-

cas, paus curtos e longos, matracas e sabre), os testes de quebra, os pontapés saltados e as sempre aplaudi.das “tesouras” ao pescoço No final, os agradecimentos aos participantes, público e patrocinadores e as palavras de encorajamento do

autarca local, Firmino Costa, .bem como da edilidade Após o sarau, realizou-se o habitual convívio entre todos os participantes, confraternizando frente à “francesinha” e ao despique entre as várias peripécias ocorridas no .sarau

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Feirense arrecadou excelentes resultados em Loulé

Foi no passado fim-de-semana que se realizou nas Piscinas Municipais de Loulé, o Campeonato Nacional de Infantis. O Clube Desportivo Feirense esteve representado pelo atleta Manuel Pinho que , na prova de 100m livres, classificou-se em 11.° lugar, com o tempo 1m02s85; na prova de 100m costas, arrecadou o 10.º lugar, com 1m12s62; nos 200m costas ficou em oitavo, com o tempo de 2m36s70; e nos 200m estilos, em 22.º lugar, com o tempo de 2m39s91. Estes foram excelentes resultados no nacional, tendo sido o tempo das quatro provas, quatro recordes pessoais do atleta. A orientação técnica es.teve a cargo de Antero Almeida

Atletismo

Milha Nocturna juntou centenas em Mosteirô A freguesia de Mosteirô recebeu, ao longo deste fimde-semana, várias actividades desportivas, onde se destacou a segunda edição da Milha Nocturna. O evento, promovido pelo Mosteirô Futebol Clube, teve o apoio da autarquia feirense e do projecto Run For Feira, numa colaboração onde também a União de Freguesias de São Miguel Souto e Mosteirô não faltaram.

Adeptos aplaudiram os jovens atletas Foi uma noite animada no centro da freguesia onde centenas de simpatizantes da modalidade e equipas técnicas se juntaram para aplaudir os jovens atletas dos diversos escalões. A prova, que na totalidade abarcava o correspondente a 1609 metros (quatro voltas no percurso demarcado

na Rua de Santo André), foi realizada por jovens praticantes da modalidade, desde os Infantis aos Veteranos. Também os Benjamins marcaram presença, embora efectuando cerca de 400 metros de percurso. A prova foi apadrinhada pela atleta Fernanda Ribeiro.

C.A.O. 01:15 3 - Ana Almeida Villa Cesari 01:16 1 - Filipe S.M.S. João Madeira 01:12 2 - Tiago Andrade S.M.S. João Madeira 01:13 3 - Tiago Dias ACREFA 01:14

Classificações Benjamins A FEM/MASC 1- Lara Fonseca S.M.S.J Madeira 01:21 2 - Maria João Pimentel C.D. Marco 01:23 3 - Luna Miranda Villa Cesari 01:24 1- Rafael Santos ACRD Escapães 01:15 2 - Tomás Soares 01:17 3 - Marco Monteiro ACRD Escapães 01:18

Infantis FEM/MASC 1 - Ana Catarina C.A.O. 02:45 2 - Mariana Costa C.A.O. 02:49 3 - Mariana Pinto J.A. Mozelense 02:52 1 - Nelson Canedo C.D. Feirense 02:28 2 - Bruno Oliveira C.R. Estarreja 02:29 3 - Samuel Costa C.D. Feirense 02:31

Benjamins B FEM/MASC 1 - Margarida Oliveira Villa Cesari 01:14 2 - Sara Costa

Iniciados FEM/MASC 1 - Mara Resende AFIS 05:33 2 - Mariana Belinha

G.D. S. Paio Oleiros 05:51 3 - Liane Gomes U. Rossas 06:06 1 - Luis Oliveira C.D. Feirense 04:55 2 - Diogo Sousa C.D. Feirense 04:58 3 - Diogo Rocha C.A. Os 5 à Hora 05:02 Juniores FEM/MASC 1 - Bárbara Oliveira C.D. Feirense 05:51 2 - Patricia Monteiro C.C. S.J. Madeira 06:51 1 - David Silva C.C. S.J. Madeira 04:49 2 - João Almeida Villa Cesari 04:58 3 - Lázaro Costa C.D. Feirense 05:01 Juvenis FEM 1 - Maria Batista GRECAS 05:51 2 - Cátia Coelho C.D. Feirense 06:17 3 - Ana Reis C.D. Feirense 06:24

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Correio da Feira 28.JUL.2014

Atletismo // ACRDE fez convívio com atletas, amigos e família

ACRDE comemora final de época na Serra da Freita

O grupo da ACRDE juntou-se, no passado sábado, na Serra da Freitas, para marcar o encerramento do final de época, que foi patenteada por várias subidas ao pódio. Como tem vindo a ser hábito, aos atletas, e respectivo treinador, juntaram-se amigos e familiares que aproveitaram o dia para confraternizar e realizar algumas actividades. Num rol de cerca de 80 presenças, a manhã foi marcarda por uma caminhada no rio Paiva e pelo famoso banho. Após a caminhada, que deliciou os presentes, pelas belas paisagens naturais de Arouca, foi a vez do repasto tomar lugar. Arroz de feijão e fêveras na brasa foi o prato escolhido, que culminou com as famosas sobremesas caseiras, vindas das mãos das mães dos atletas. Seguiu-se o acesso ao café do Parque de Campismo o que deu o mote para a inauguração de mais uma edição dos jogos tradicionais, que colocaram, frente a frente, atletas, pais e respectiva direcção da ACRDE.

Convívio levou à atribuição de placas

O evento foi ainda aproveitado para entregar as placas aos melhores atletas do clube nas Miniolimpíadas 2014. A atleta Beatriz Monteiro foi a primeira contemplada, ao vencer

as provas femininas com 1.º lugar na velocidade, nas barreiras, no salto em comprimento, no salto em altura, lançamento de peso e estafeta. Ainda foi 2.ª posição, no meio fundo. Desta forma Beatriz Monteiro fez seis primeiros e um terceiro lugar. Nos masculinos, o atleta Hélder Almeida foi o melhor da colectividade, com sete primeiros lugares nas seguintes provas: velocidade, barreiras, meio fundo, salto em comprimento, salto em altura, arremesso de bola e peso. Também arrecadou um segundo lugar na estafeta. Depois de entregar, aos atletas, os respectivos troféus, a direcção do atletismo decidiu, também, entregar um prémio de empenho aos treinadores, Paulo Neto, Paulo Santos e Ana Brito. O desempenho do atleta juvenil Paulo Neto também não foi esquecido e por isso ao mesmo foi entregue um quadro, com fotos tiradas em pódios, a nível nacional. Aqui destacaramse, no decorrer da época, quatro primeiros lugares, com Héptatlo Masculinos Juniores, em pista coberta, Octatlo juvenil em pista ar livre, 110m barreiras e salto em comprimento, no Olímpico Jovem Nacional. Também de realçar um segundo lugar, no salto em altura, também no Olímpico Jovem Nacional, e uma terceira posição, nos 110m barreiras, do Campeonato

Lourosa recebeu maratona de 24 horas de futsal feminino O Lusitânia de Lourosa - secção de futsal - realizou, no passado fim-de-semana, o V Torneio de Futsal Feminino Lourosa, que contou com a participação de oito equipas. Numa maratona de 24 horas sem parar, saiu vitoriosa a equipa da Stagicar, numa final defrontada com a equipa da Cavalinho. O prémio final, no valor de 120 euros, foi entregue pelo presidente da junta de freguesia de Lourosa, Armando Teixeira.

Nacional de Juniores.

Colectividade aproveitou para agradecer à Junta

O Atletismo da ACRDE não pôde deixar de agradecer à Junta de Freguesia de Escapães pelo apoio que deu na participação dos atletas deste grupo nas Mini-Olimpíadas 2014. Este ano, a ACRDE participou com 20 atletas, onde foram ganhas 83 medalhas, a contar uma por estafeta, 28 em primeiro lugar, 28 em segundo e 27 em terceiro lugar. Todos os 20 atletas ganharam medalhas por mérito próprio. Segue-se a lista dos protagonistas: Marco Monteiro três medalhas Rafael Santos cinco medalhas Daniel Castro uma medalha Tomás Soares quatro medalhas Miguel Alves duas medalhas Fábio Pereira uma medalha Hélder Almeida oito medalhas Leonardo Silva seis medalhas Tiago Santos duas medalhas Rúben Rocha quatro medalhas Tomás Ferreira cinco medalhas Filipe Ferreira sete medalhas Francisca Oliveira cinco medalhas Daniela Silva cinco medalhas Inês Santos oito medalhas Carolina Oliveira oito medalhas Beatriz Monteiro sete medalhas Beatriz Melo sete medalhas Barbara Pessoa três medalhas Beatriz Santos seis medalhas

Ténis

ETCAF com vitórias em ambos os escalões nas Mini-Olimpíadas

Na passada terça-feira, realizaram-se as últimas provas das Mini-Olimpíadas 2014, destinadas à modalidade de Ténis. Numa tarde, e início de noite bastante agradável, a sede da ETCAF foi o local escolhido para as finais do torneio, organizado pelo Orfeão da Feira, em parceria com esta colectividade. Os atletas feirenses estiveram em excelente plano, com vitórias em ambos os escalões (SUB12 e SUB14) e muitas medalhas. De realçar as seguintes classificações: Pódio SUB12 Ouro - Francisco Tavares (ETCAF) Prata - Luís Guimarães (CTPB) Bronze - Luísa Baptista (ETCAF)

Pódio SUB14 Ouro - André Borges (ETCAF) Prata - Afonso Correia (ETCAF) Bronze - Diogo Teixeira (ETCAF) A direcção mostrou-se ainda satisfeita pela valorização que os atletas deram a este evento, que pretende promover o desporto e os valores olímpicos. “Ficámos muito satisfeitos por sentir que os nossos alunos valorizam as Mini-Olimpíadas, um evento com tradição na cidade e com um potencial fantástico para a promoção do desporto e dos valores olímpicos que também nos regem: “mais rápido, mais alto, mais forte”!” - referiu a direcção em comunicado nas redes sociais.

Lusitânia de Lourosa

Clube lança conjunto de copos personalizados e coleccionáveis O Lusitânia de Lourosa acaba de lançar uma edição de copos personalizados com os logótipos do clube. Num total de dez edições, a serem lançadas mensalmente, os copos são em policarbonato alimentar, um material para uso intensivo, que pode ser lavado a altas temperaturas e não parte. Actualmente, este tipo de copos é usado em bares e discotecas por não partirem e poderem ser reutilizados e lavados em máquinas de lavar.

A edição deste mês já está à venda, custa 5 euros e é referente aos copos de GIN. Com comercialização prevista ao longo de toda a época - Agosto de 2014 a Maio de 2015, esta gama é coleccionável e pretende ajudar na angariação de fundos para as diversas modalidades. Os mesmos estarão à venda no Pavilhão da Escola EB 23 de Lourosa, na sede do Clube, no Café O Desportivo, no Cantinho de Lourosa, no Bar Campo de Treinos e na Mentimpressa.


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Reportagem // Com um currículo invejável Ricardo Sousa assinou recentemente contrato com a Katusha Team

De pioneiro do ciclismo em São João de Ver a massagista internacional Sónia Sá Pinheiro desporto@correiodafeira.pt

Ricardo Sousa é massagista, tem 31 anos e assinou, recentemente, contrato com a Katusha Team, a equipa russa ligada ao ciclismo, cujo principal patrocinador é a Itera. Tendo sido um dos fundadores da modalidade, em São João de Ver, o jovem praticou a modalidade até aos 21 anos, atingindo agora a concretização de um sonho.

Um curriculum invejável na área de ciclismo

Praticante da modalidade desde os 12 anos, foi por intermédio do pai - um aficionado do ciclismo - que surgiu o primeiro grupo de atletas de ciclismo, na década de 90, tornando-se pioneiro daquela freguesia. “O Sport Ciclismo de São João de Ver nasce aqui na Lavandeira e nós fomos os pioneiros do clube” - recorda Ricardo Miguel, que lembra alguns dos colegas que o acompanharam nos primórdios do ciclismo san-joanense: “A primeira equipa nasce de uma união entre amigos do meu pai e juntou atletas como o Vasco Miguel - actualmente médico da Volta a Portugal - o Márcio e o Filipe Cardoso”. Com o passar dos anos, o amor à modalidade foi crescendo e, por considerar que nunca teve muita capacidade para o desporto, o jovem decidiu encontrar uma forma de se manter ligado ao ciclismo sem ser como atleta. Foi aí que deu início à sua formação, nas diversas áreas de desporto, tornando-se massagista profissional naquela que é a sua modalidade de eleição. Ao longo dos últimos anos, como profissional desta área, passou pelo Sport Ciclismo de São João de Ver, ano em que fez a Volta à Portugal pela Barbot. Passou ainda pela antiga equipa profissional da Liberty Seguros, a qual acabou por ser extinta, e ingressou ainda no ciclismo de Paredes, onde esteve quatro anos. Foi naquela equipa que viu um dos primeiros objectivos alcançados - ingressar numa equipa Pro Tour.

De Paredes para as equipas Pro-Tour

“Este ano apareceu, finalmente, aquilo que eu tanto procurei” confessa Ricardo Miguel, lembrando a assinatura do contrato com a Garmin-Sharp. Ao serviço desta equipa fez o primeiro calendário mundial, tendo participado em grandes voltas e nas clássicas internacionais.

mo, dizendo que “quando os portugueses lá chegam há que fazer mesmo um excelente trabalho, caso contrário acabam por ser dispensados”. Os motivos são claros: com base nos países de origem, cada profissional faz as deslocações para as diversas provas por um determinado período de tempo que ronda as três semanas. O facto de se estar no canto de Europa faz com que os profissionais portugueses se tornem mão de obra cara, tendo em atenção a localização das grandes provas: França, Itália e Espanha.

Uma profissão para conhecer novas culturas

“Fazer o calendário mundial é o que toda a gente ambiciona” - refere o massagista natural de Lourosa. Pela Garmin-Sharp, o profissional foi o terceiro elemento a representar Portugal. Ao longo desta temporada, o massagista, natural de Lourosa, teve ao seu lado o ciclista André Cardoso e o Jorge Queirós, um dos mecânicos principais da equipa e que também é natural de Santa Maria da Feira.

José Azevedo levou-o para a Katusha

E, porque o sonho comanda a vida, há pouco mais de dois meses Ricardo Sousa recebeu o convite de uma equipa russa, uma proposta que considera irrecusável. “Entretanto, estes meses surgiu uma oportunidade que eu não poderia recusar” - diz o lourosense, que assinou recentemente contrato com a Ka-

tusha Team. “É a realização de um sonho. Não posso dizer que é o meu maior sonho, porque esse foi o nascimento do meu filho, mas a nível profissional é o equiparado” - refere, emocionado, o jovem. Com contrato assinado até ao final do ano, foi por intermédio do português José Azevedo que esta oportunidade surgiu. “O José Azevedo também lá está e sempre me prometeu que, quando houvesse oportunidade, me iria levar com ele” - acrescenta. Sobre o futuro profissional, Ricardo Sousa diz ter concretizado o seu principal objectivo, tendo agora como anseio manter-se na equipa e fazer os grandes Tours. “Desde pequeno que falamos da Volta à França. E, por isso, nesta equipa sei que uma ou duas das grandes voltas eu vou fazer. E isso deixa-me muito satisfeito” - conclui.

Um meio restrito e de difícil acesso

Integrado numa equipa de cerca de 100 profissionais envolventes, onde apenas 28 são ciclistas, Ricardo diz ser um privilégio trabalhar numa equipa desta dimensão. Embora já tenha feito os mundiais com o ciclista Rui Costa, o profissional confessa não ser fácil a qualquer português a integração internacional. “Embora hoje seja mais fácil, para nós portugueses, conseguir uma vaga lá fora, porque os primeiros que foram fizeram um excelente trabalho e mostraram o nosso potencial, temos um grande entrave que é o facto de estarmos no canto da Europa” - conta o jovem. “O mundo do ciclismo era muito restrito a belgas, alemães, italianos e franceses, porque todas as equipas mundiais têm os recursos concentrados no centro da Europa” - acrescenta o mes-

Além de estar ligado ao desporto de que mais gosta, Ricardo Sousa não esconde que é completamente apaixonado pela profissão, em parte por permitir viajar muito, levando a conhecer novas culturas. Além disso, para o profissional ser massagista também permite fazer algum trabalho de psicologia, uma vez que se lida muito com as emoções. “Estamos muito ligados aos atletas. Se eles estão bem, nós também estamos bem e se algo os transtorna, isso também é vivido por nós, os profissionais que passam horas e horas com eles” - refere. Contudo, apesar do currículo invejável na área, Ricardo Miguel diz ainda ter muito a aprender com os colegas e as equipas além fronteiras. “Estar numa equipa desta dimensão é estar num mundo à parte” - acrescenta o jovem referindo que uma das principais dificuldades prende-se sempre com a língua. “As principais dificuldades prendem-se com a língua. Esforceime muito para aprender inglês rapidamente. Entre nós, vamos misturando um espanhol com um inglês e vamo-nos entendendo” - explica o massagista, embora realce que os portugueses têm uma enorme facilidade para se adaptar e tentar aprender diferentes línguas. “Não levamos muito as nossas raízes linguísticas lá para fora e talvez por isso seja fácil para nós adaptarmonos aos restantes idiodas” - conclui. Ainda sobre a dificuldade de adaptação, para o feirense os hábitos alimentares não são um entrave no seio desta equipa cosmopolita. “Há cozinheiros nas nossas equipas que nos acompanham. E, por isso, temos uma alimentação variada. É uma realidade muito além da vivida aqui em Portugal, onde não há orçamento para este tipo de estruturas” - remata.


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BTT // Segunda edição foi um sucesso e a próxima está já em preparação

Souto recebeu centenas em prova de BTT Saiu para a rua, no dia 20 de Julho, a segunda edição da Rota de Souto em BTT. Por terrenos sinuosos, íngremes, florestas, riachos, lamaçais, açudes, ribeiras, vales e estradas esta aventura foi exigente e os resultados comprovam-no. O grande vencedor foi João Silva, da Garagem Paciência Bike Team, percorrendo o trajecto em 1:42’05’’, menos 1’14’’ do que o segundo classificado e companheiro de toda a corrida, Rúben Almeida da Pedalsempre / Movenoticias / Solintellysys. A fechar o pódio, Bruno Rocha da Fullracing Team / Ripolins a 6’35’’ do vencedor.

Maior evento desportivo da vila de Souto A prova contou com a participação de 250 ciclistas de todo o país e estrangeiro neste que foi, talvez, o maior evento desportivo ocorrido em São Miguel de Souto até à data. A terceira edição está já em andamento.

Classificações:

Elites: 1.º João Silva, Garagem Paciência BikeTeam - 1:42’05 2.º Rúben Almeida, Pedalsempre / Movenoticias / Solintellysys - 1:14 3.º Bruno Rocha, FullracingTeam / Ripolins - 6’35’’ Masters: 1.º Valério Sá, FullracingTeam / Ripolins - 1:53’53’’ 2.º Carlos Oliveira, Garagem Paciência BikeTeam - 13’’ 3.º Ramiro Santos, Oiteameia - 6’56’’

Femininos: 1.º Marlene Silva, Garagem Paciência BikeTeam - 2:23’48’’ 2.º Cristina Marques, Núcleo Desportivo Travanca - 2’04’’ 3.º Anabelle Vaz, Individual - 28’31’’ Júniores 1.º João Fernandes, Turbobikes - 2:14’22’’ 2.ºJorge Machado, PreciousSpace/100Pedal a 8’05’’ 3.º Pedro Assis Valente, Andarrousse BTT Teama 34’55’’ O Prémio de Equipa foi atribuído à PreciousSpace/100Pedal

Natação

CLamas no Top 10 Nacional em Loulé Decorreu, nos passados dias 18, 19 e 20 de Julho, nas Piscinas Municipais de Loulé, a edição de 2014 dos Campeonatos Nacionais de Infantis. Presentes estiveram 426 nadadores - 221 masculinos e 205 femininos - em representação de 85 clubes, dos quais sete vestiram as camisolas do CLamas. Sob orientação do técnico Paulo Ferreira, pelos lamacenses destacou-se Mariana Ribeiro com o oitavo lugar nacional, aos 100 mariposa com RP. Foi também 9.º aos 200 mariposa, alcançou RP aos 200 estilos e 400 estilos sendo que, nesta última, apesar da melhoria de 4´´ foi desqualificada. Também Alfredo Coelho posicionou-se, nos melhores nacionais da sua idade, com o 10.º lugar aos 100 livres e RP aos 200 livres

e 400 livres e uma melhoria de 3´´ aos 200 estilos. A estafeta de 4x 100 livres, com Mariana Ribeiro, Sofia Pinto, Iris Sá e Inês Pinto, alcançou o 12º lugar nacional, com novo record absoluto e a estafeta de 4x 100 estilos, constituída por Mariana Pereira, Cátia Pinheiro,

André Miranda é campeão distrital de Sub 23

Sofia Pinto e Íris Sá bateram o seu recorde. Termina assim, da melhor maneira, a época competitiva do escalão infantil, mostrando, uma vez mais, que todos estes e outros nadadores do clube têm um largo futuro pela frente.

No passado dia 19 de Julho, o Clube Desportivo Feirense esteve presente na prova Distrital de Atletismo. De destacar a participação de André Miranda, campeão distrital Sub 23, na prova de 5 mil metros. A prova foi realizada no tempo de 15:17.

Campeonato Nacional de Ralis - Clássicos

Bernardes e Laurinda excelentes no Sprint de Famalicão

O Team Manaiacar efectuou mais uma excelente exibição em nova participação competitiva. A equipa de Lourosa, composta pela dupla Joaquim Bernardes e Laurinda Alves, revelou alto nível competitivo, no Rali Sprint Bombeiros Voluntários de Famalicão, prova pontuável para o Campeonato Inter-Municípios Norte (CIN), aos comandos do, cada vez mais competitivo, VW Golf GTi, dando um excelente passo em frente na preparação para o próximo desafio do Campeonato Nacional de Ralis – Clássicos, o Rali de Mortágua, que se disputa a 19 e 20 de Setembro. “Nesta prova, era quase impossível discutir um dos lugares do pódio,

já que a organização agrupou, na Divisão III, clássicos de diferentes épocas e inclusive viaturas com mecânicas alteradas em relação à sua ficha de homologação original. Mas, tal como já tinha referido, a nossa participação em provas do campeonato CIN não é feita com o intuito de lutar por qualquer título, mas sim para irmos testando os novos ‘up-grades’ mecânicos efectuados pela MCO Racing Team no nosso Golf, tendo em vista as próximas provas do Campeonato Nacional de Ralis – Clássicos,” referiu Joaquim Bernardes. Tendo concluído a prova na quinta posição da divisão III, o team Manaiacar estará de volta à competição em meados de Setembro.

Andebol

Atletas dos blues festejam o final de época com grande diversão Decorreu, no penúltimo fim-desemana de Julho, a festa de encerramento da época 2013-2014 da secção de andebol do CD Feirense. Habitualmente, esta festa era realizada um pouco mais cedo, aproveitando o período das festas dos Santos Populares, nomeadamente do S. João, no entanto, este ano, as competições desportivas decorreram até mais tarde devido, essencialmente, à presença da equipa de Iniciados deste clube na fase final do campeonato nacional e a presença das duas equipas de Minis, no Encontro Nacional, na Maia. A festa de encerramento da época de andebol do CDF decorreu na Escola Secundária e teve diversão para todas as idades. Presentes, estiveram atletas de todos os escalões de formação, familiares, amigos, directores, treinadores e até atletas

de equipas adversárias. Para os mais velhos, os jogos populares foram o prato forte e para os mais novos as actividades foram bem mais radicais. Encerrou, assim, mais uma época desportiva com bastante êxito, com destaque para o regresso da equipa de Juvenis do CD Feirense, ao Campeonato Nacional da I Divisão, e pelo terceiro lugar alcançado pela equipa de Iniciados, no Campeonato Nacional. Naturalmente que, com os resultados alcançados, as responsabilidades aumentam e a próxima época está já em preparação com evidente reforço da aposta nos diversos escalões de formação, todos eles com mais de uma equipa em competição. O CD Feirense terá portanto os diversos escalões em prova com equipa “A” e “B”, assegurando assim competição, regularmente, a todos os atletas.


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