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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Desde 11 de Abril de 1897

Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXVIII

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

23 Fevereiro 2015

Nº 5902

€0,60 (iva inc.)

CÂMARA ASSUME GESTÃO DO EUROPARQUE

Nos próximos 50 anos, o município feirense ficará responsável pela gestão daquele que é considerado o melhor centro de congressos do país. O Europarque deixou de ser propriedade da AEP, mediante um acordo em que o Estado recebeu o edifício e assumiu as dívidas - cerca de 30 milhões de euros - da associação.

ARRIFANA

CARNAVAL

FIÃES

Processo de despedimento de funcionárias do centro social ainda dá que falar. O BE questionou a tutela sobre a matéria.

Em Fornos, Feira, Caldas, Sanguedo e Paços de Brandão, os mascarados saíram à rua. A crítica social esteve em destaque

Pavilhão Municipal continua a dar que falar. Jorge Magalhães, presidente do CD Fiães, fala sobre o clube e dos problemas no novo pavilhão.

pág. 12

pág. 10 e 11

pág. 24 e 25

D. FLORENTINO O Pastor de Almas

pág. 16 à 19


LÁ VAMOS...

ELES COMEM TUDO… CARLOS FONTES

Há mais de 40 anos Zeca Afonso já avisava: «eles comem tudo e não deixam nada». Os «eles», nessa época, já eram alguns; hoje, são muitos mais. E comem, também, muito mais. Todos os dias somos confrontados com notícias de «desvios» de muitos milhões - sim, roubos são os praticados por um qualquer infeliz que subtrai de um «super» um pacote de leite ou uma lata de atum para matar a fome aos filhos --, e de fraudes praticadas por gente «grande», sempre com claro prejuízo do zé povinho. Finalmente apareceu um movimento que quer colocar em ordem as tão famosas SCUTs. As tais autoestradas, construídas sem custos para os utilizadores… e que o governo de Sócrates resolveu portajar, pois era necessário premiar ain-

da mais as empresas do regime. Aquelas que não arriscam um euro delas, mas que se servem dos dinheiros dos bancos, dinheiro que o zé povinho depois tem de pagar. As SCUTs são um «desvio». Pagamolas, pelo menos, duplamente. Pagamolas com os nossos impostos, e com o pagamento das portagens. E aqui o crime é maior. Como as empresas não contratam pessoal para o utente pagar no local próprio, como seria razoável, e deveria ser obrigatório num País onde o desemprego impera, lá temos nós, os utilizadores, de procurar uma estação de correios, ou uma pay-shop, para realizar o pagamento…com um custo acrescido de 30 cêntimos. Assim, uma portagem que nos custa 40 cêntimos, sai-nos por 70! Quase o dobro! Mas escândalo maior é quando a tal autoestrada foi construída em cima de uma estrada que já existia, e na qual

se podia circular sem pagar. Acontece em várias. Flagrante é o caso da A29. Cortaram a EN 109 em Miramar…para colocarem um pórtico na SCUT que nos leva a V.N. de Gaia. Isto é: «desviamnos» a estrada, e obrigam-nos a pagar na outra. Filipe Meneses, então presidente da Câmara Municipal de V.N. de Gaia prometeu resolver o assunto. Foi embora… e nada. Temos na Assembleia da República vários deputados que são da zona afetada. Nenhum aborda o «desvio» que fizeram. Luís Montenegro, António Cardoso, Amadeu Albergaria, e muitos mais, esqueceram-se que foram eleitos para defender os interesses do povo, e não os deles, e de algumas empresas…que, a avaliar pelas palavras de Maria José Morgado, em entrevista à TV, devem ser das tais que vivem «à mesa dos orçamentos do Estado». Enfim…lá vamos!

FICHA TÉCNICA

OPINIÃO

“SERVIÇOS PÚBLICOS DE PROXIMIDADE EM EXTINÇÃO”

Administração

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António Cardoso,

Deputado do Partido Socialista à Assembleia da República

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS O caso mais recente da azáfama liquidatária de serviços públicos de proximidade às pessoas que está a ser levado a efeito por este Governo, é o anunciado encerramento das Repartições de Finanças de Lobão e de Paços de Brandão. Nos últimos 4 anos, os feirenses foram confrontados com o encerramento de muitos serviços de proximidade nomeadamente, a Escola de Hotelaria, Escolas Primárias, Postos dos Correios, Centro de Férias dos trabalhadores- Inatel e ainda confrontados com o enfraquecimento dos Serviços dos Centros de Saúde e do Hospital. A extinção serviços de proximidade ou o enfraquecimento da qualidade da saúde ou dos transportes públicos, penaliza com maior gravidade as pessoas mais desfavorecidas e mais desprotegidas. A confirmar-se o inexplicável e aberrante encerramento da Repartição de Finanças de Lobão, os cidadãos aí pertencentes, vão ser obrigados a deslocar-se dos longínquos lugares de Parada, Rebordelo, Carvoeiro, a percorrer mais 10 a 15km, sem disporem das condições mínimas de transportes públicos, para cumprirem as suas obrigações tributárias.

Jorge de Andrade

administracao@correiodafeira.pt

Director

Orlando Macedo

direcao@correiodafeira.pt

Redacção

Sandra Moreno

sandra.moreno@correiodafeira.pt

Daniela Soares

daniela.soares@correiodafeira.pt

Nélson Costa

desporto@correiodafeira.pt

Ninguém entende que estas pessoas, do nordeste do nosso concelho, em especial as mais desfavorecidas, não tendo transporte próprio, tenham que perder uma manhã ou uma tarde para se deslocarem à sede do concelho para cumprirem as suas obrigações fiscais. Ninguém entende que a Repartição de Finanças de Lobão, com instalações próprias, não tendo custos com aluguer de instalações, o Estado as abandone e vá eventualmente pagar aluguer de instalações para atendimento das populações abrangidas por esse balcão. A ausência de uma forte contestação pública, mostra que não é dada a devida atenção a estas pessoas. Ninguém se preocupa com os problemas destas pessoas. Ninguém defende os seus direitos. Simultaneamente, enquanto isto acontece, os representantes dessas pessoas ficam silenciosos perante os ataques destrutivos, que este governo tem feito ao Estado Social, nomeadamente na Educação, na Justiça, na Saúde e Segurança Social. É tempo de dizer basta a tantos atropelos aos direitos dos cidadãos. É tempo de mostrar a nossa indignação perante a extinção de serviços públicos de proximidade como nunca visto. O governo está a destruir o Estado Social, enquanto os escândalos financeiros acontecem de forma assustadora ….isto não pode continuar!... Este processo de destruição

dos serviços públicos de proximidade, tem que se parado antes que leve as pessoas em desespero, a indignarem-se de forma desequilibrada provocando situações de consequências incontroláveis!... Os representantes das populações, particularmente os seus autarcas, têm que estar atentos a estas realidades importantes na vida das pessoas, os seus serviços públicos. Por outro lado as forças partidárias que defendem projetos de defesa dos direitos das pessoas, têm que manifestar o seu descontentamento, pois não podem ficar indiferentes ao que se passa à sua volta. Os anémicos sinais de protesto que vão sendo dados por alguns responsáveis políticos do nosso concelho, só fazem sentido se produzirem verdadeiros efeitos. Infelizmente para o nosso concelho, assistimos ao encerramento de serviços de proximidade muito importantes na vida dos feirenses designadamente na Educação, Turismo, Finanças, enfraquecimento da Saúde no nosso concelho e ainda ao abandono vergonhoso do edifício do Palácio da Justiça. A reação dos nossos autarcas, reduzem-se a dar uns “palpites” de circunstância, sem obterem qualquer resultado prático. Com esta passividade, assistimos a um recuo na qualidade de vida dos feirenses com o desaparecimento de serviços básicos de proximidade às pessoas!…

Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, André Pereira, Américo Azevedo, Ângelo Resende, Ângelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur Sá, Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, José Carlos Macedo, António Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Paulo Sérgio Nacional - € 25 Guimarães, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50

Propriedade: Efeito mensagem, lda Registo na C.R.C. de S. M. Feira, nº 513045856 Contribuinte n.º 513 045 856 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Efeito Mensagem, lda

Registo no N. R. O. C. S., N.º 100538 Depósito Legal n.º 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tirágem média) Impressão: Gráfica Diário do Minho Preço Avulso: 0,60€

SEDE: Rua 1º de Maio, nº 221 A, Espargo - Santa Maria da Feira 4520 - 115 Espargo Telef. 256 36 22 86 E-mail: geral@correiodafeira.pt secretaria@correiodafeira.pt

Resto do Mundo - € 65

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(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores, não vinculando necessariamente a opinião da direcção)

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Pedro Almeida pedro.almeida@correiodafeira.pt


DESTAQUE

CÂMARA ASSUME POR 50 ANOS GESTÃO DO EUROPARQUE ESPARGO O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, a passagem do Europarque para a gestão municipal. Com esta decisão, o Governo elege o município de Santa Maria da Feira como a “instituição com os melhores instrumentos e a vocação para gerir - de forma profissional e responsável - um equipamento com as potencialidades do Europarque”, o melhor Centro de Congressos de Portugal, localizado em Espargo. Este processo resultou de um período de negociação ao mais alto nível entre o presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, e o Governo, iniciado há mais de um ano com o primeiro-ministro e continuado, depois, no Ministério das Finanças, através da secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, que decorreu de forma elevada e altamente satisfatória. “O Europarque, sendo bem gerido, pode e deve ajudar a desenvolver e a estimular um tecido económico e industrial que é o mais exportador do País” - considera o presidente da Câmara, continuando: “Estamos a falar do melhor Centro de Congressos de Portugal. Tem enormes potencialidades e foi construído numa excelente localização. O que importa, agora, é rentabilizá-lo em favor da região e do País”. A cedência por 50 anos não terá encargos de arrendamento para o Município, ficando, por isso, totalmente livre para arrendar, ceder, contratar ou fazer as parcerias que entender. A expectativa do Município é envolver fortemente a Área Metropolitana do Porto no processo e transformar o equipamento na referência a Norte no sector. O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira pensa que o equipamento tem condições para gerar as receitas necessárias para a sua sustentabilidade e aposta numa segunda vida para o espaço, muito direccionado para os eventos empresariais, do Estado e para a internacionalização da economia.

Europarque nas mãos do Estado

O Europarque deixou, então, de ser propriedade da Associação Empresarial de Portugal (AEP), cujos associados aprovaram um plano de reestruturação que prevê a dação em pagamento, a favor

do Estado, do Centro de Congressos que possui em Espargo. O documento foi aprovado por unanimidade dos associados presentes, representativos de 95,21% do fundo social da associação, criada em Abril de 1992, por 43 associações empresariais e sete instituições bancárias, com o único fim de promover a construção e gerir o Europarque. A medida consta do acordo extra-judicial que a associação celebrará com o Ministério das Finanças, depois de as instituições que integram o sindicato bancário que viabilizou a construção, em 1995, do Centro de Congressos do Europarque terem executado o aval que o Estado então concedeu. Em causa está todo o complexo do Centro de Congressos, composto por seis imóveis independentes e respectivas áreas limítrofes, numa extensão total de 18,5 hectares. Para o efeito, foi feita uma avaliação independente, por entidade idónea, cujos resultados tanto a Europarque - Centro Económico e Cultural como o Estado aceitaram. Nos termos do plano de reestruturação aprovado na assembleia geral, a associação liquidará o remanescente da dívida ao Estado à medida que forem sendo transaccionados os terrenos adjacentes ao Centro de Congressos que ainda possui. O sentimento geral dos associados da Europarque - Centro Económico e Cultural é que o acordo extra-judicial a celebrar com o Estado acautela os interesses das diferentes partes envolvidas, viabilizando a manutenção em funcionamento de um equipamento que foi construído a pensar no desenvolvimento da região Norte, na competitividade das empresas portuguesas e na dinamização da actividade económica. Na assembleia geral, os representantes da AEP reiteraram a sua disponibilidade para apoiar, à luz da experiência acumulada ao longo dos últimos 19 anos, a entidade a quem o Estado entender entregar a gestão do Centro de Congressos, ou seja, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Na mesma reunião, a assembleia geral elegeu os membros dos corpos sociais da Europarque - Centro Económico e Cultural para o próximo triénio. Paulo Nunes de Almeida, indicado pela AEP, é o novo presidente da Direcção, ficando Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, na presidência da mesa www.correiodafeira.pt

da Assembleia Geral. António Júlio da Rocha e Silva, da APCOR - Associação Portuguesa de Cortiça, continuará a presidir ao Conselho Fiscal.

BE QUER EXPLICAÇÕES DA MINISTRA DAS FINANÇAS O Bloco de Esquerda apresentou um requerimento ao Ministério das Finanças exigindo explicações sobre o pagamento de mais de 30 milhões de euros públicos por dívidas contraídas pela AEP. “É inaceitável que o Estado diga que não há dinheiro para coisas essenciais como a Saúde ou a Educação e agora pague 30 milhões de euros para pagar a dívida dos patrões. A AEP - os patrões dos patrões - construiu o Europarque que se tornou um enorme elefante branco. Na altura, e de forma completamente injustificada, o Estado foi o fiador dos créditos que a AEP contraiu para a construção. Agora, a irresponsabilidade dos patrões bateu à porta do Estado e o governo paga esta dívida indevida” – acusa Pedro Filipe Soares, do BE. O deputado explicou que a actual ministra das Finanças “foi quem acompanhou” este processo ao longo de todo o mandato deste Governo. “Em primeiro lugar, enquanto secretária de estado poderia ter desvinculado o Estado da posição de fiador da AEP, depois, enquanto ministra das Finanças, cortou em salários e pensões para agora pagar as dívidas dos patrões” - aponta. Os bloquistas querem ouvir Maria Luís Albuquerque sobre os contornos do acordo extrajudicial alcançado entre a AEP e o Estado, considerando inaceitável que se equacione que a possibilidade de entregar o Europarque a uma nova entidade gestora, da qual a AEP faça parte. Pedro Filipe Soares diz que isso “seria entregar o ouro ao bandido”. Os bloquistas afirmam que este caso é mais um exemplo da irresponsabilidade dos diversos governos na defesa do interesse público e que demonstra “para onde foi o dinheiro, que acaba por ser gasto em obras faraónicas e sem interesse para as pessoas” – conclui. 23.FEV.2015

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avenidadasfogaceiras@gmail.com

AVENIDA DAS FOGACEIRAS

Textos: Orlando Macedo

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PASSADO (im)PERFEITO A espuma das notícias da semana que passou

Atalaia Deixar correr o marfim São deveras preocupantes as questão que têm rodeado o (anteriormente) anunciado encerramento das repartições de Finanças de Lobão e de Paços de Brandão. E nem as últimas notícias que vieram a público, admitindo a manutenção das mesmas (logo depois de ter sido comunicado a decisão de encerramento à CMFeira) disfarçam o mal-estar provocado pela denúncia de Margarida Gariso, sustentada (até prova en contrário) em actas da Assembleia Municipal: durante anos a fio, os nossos autarcas deixaram correr o marfim. À miopia social e económica revelada pelo governo, ter-se-á juntado a atitude contra-natura de autarcas locais, que ao mesmo tempo que juravam defender as suas freguesias, “por todos os meios ao seu alcance”, iam reprovando moções nesse sentido, em sucessivos episódios que deveriam relançar a discussão da responsabilidade dos eleitos perante os eleitores. Porque não é concebível, e ainda menos aceitável, que – em nome de ditames de alinhamento partidário – se possa enjeitar quaisquer nesgas de intervenção que possam acrescentar esforço à defesa do interesse comum. Venham elas de onde vierem... Trazer para a política a máxima futebolística de que “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”, não pode estar ao alcance de quem voluntariamente se oferece para defender os interesses dos seus concidadãos. Sob pena de continuar-se a alimentar o descrédito na classe e na prática políticas.

Segunda – feira

Porquê?!... - Nos últimos três anos, 211 portugueses renunciaram à nacionalidade de origem, registando-se no ano passado mais 33 pedidos do que em 2013. Mas porquê, como é possível?!... Só 211?!... Lógico - Uma notícia distribuída pela Lusa dava conta de que Portugal ficou fora dos 100 candidatos a colonizar Marte. Parece que já ultrapassámos os nossos coeficientes máximos de emigração…

Terça-Feira

E então?... – Uma notícia estranha dava conta de que cientistas australianos usam satélites para encontrar parasitas. Ora, nós por cá, vemo-los a olho-nu, a sugar a mama do estado… Parábola da coerência - Pondo em prática as recomendações do governo, as administrações local, regional e do próprio aparelho do Estado, têm vindo a conseguir por em prática a redução de pessoal. Agora, o ‘i’ acaba de apurar que o único órgão da administração pública que tem aumentado o número de efectivos… é o Governo. Frei Tomás tem fiéis no executivo…

Quarta-feira

Espécie em extinção – Em finais de 2014, o número se funcionários públicos quedava-se por 655 620. Dado que durante o ano de 2014 saíram da Função Pública mais 18.474 trabalhadores, é provável que estejamos perante uma ameaça de eswww.correiodafeira.pt

pécie em extinção, pelo que – fatalmente – o governo irá tomar medidas que não terão nada a ver com as próximas eleições legislativas… Cerzir o futuro - Acerca da transferência de competências para as câmaras, na Educação, o Conselho de Escolas veio acusar o governo de estar a criar “uma manta de retalhos de subsistemas educativos”. Espera-se a todo o momento uma nota do governo, a fazer a elegia das cerzideiras.

Quinta-feira

Confessionário - JeanClaude Juncker acaba de confessoar que a EU “pecou contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia e em Portugal” . Entretanto, enquanto Passos Coelho não for ao “Perdoa-me”, vamos continuar a penitência que nos foi imposta… A ver se a gente se entende - João Araújo, o advogado de Sócrates, alega possuir “informação vária de que fugas de informação são negociadas com quem as dá”, concluindo que “ninguém faz fretes a ninguém se não for por dinheiro, dinheirinho”. Bolas. Mas então não é por causa dessa convicção que a Acusação mantém José Sócrates está preso?...

Sexta-feira

Quem não deve… - O CM dá conta da “guerra”que grassa no Fisco por força da exigência da assinatura de uma “Declaração de Garantia de Imparcialidade” a todas as chefias e trabalhadores da Autoridade Tributária. Pelos vistos a maioria dos funcionários considera a exigência redundante porque “já está legalmente consagrada” no seu estatuto. Isto é, parece que no Fisco, os exageros, as redundâncias e as alcavalas, vão continuar a ser exclusivo da sobrecarga dos contribuintes. Lógica de La Palisse - O Bastonário da Ordem dos

Médicos disse que “os melhores [médicos] não querem ser directores clínicos”., o min talvez o ministério da Saúde investigue a correlação entre a revelação e a falta de qualidade de serviço nos hospitais. Quando parar de bocejar.

Sábado

Economia de plástico - Os comerciantes que tinham adquirido stocks de sacos de plástico de baixa espessura antes da Reforma da Fiscalidade Verde entrar em vigor, devem declará-los até sextafeira e têm 15 dias para pagar a taxa. Mas já descobriram que fica muito mais barato mandar destruí-los, a não ser que o ministro do Ambiente arranje maneira de taxar a destruição dos sacos... Das Tsipras coração – Segundo o ‘Jornal de Negócios’, houve um “ambiente de tensão entre Portugal e a Grécia na reunião dos ministros das Finanças do euro”. Ao que parece, os gregos não gostam de queixinhas…

Domingo

Política “hard-core”- O DN repercute informação publicada na Alemanha, onde o jornal Die Welt assevera “citar círculos informados”, para dizer que Maria Luís “terá pedido pessoalmente a Schäuble para se manter duro com a Grécia”. A ser verdade, o Marquês de Sade e Sacher-Masoch devem estar a rebolar-se de riso, na sepultura… Sortuda - O ‘Expresso’ noticiava que a portuguesa Isabelle Oliveira (38 anos) chegou ao cargo de vice-reitora da mítica universidade de Sorbonne (França). Pura sorte; é muito provável que se a professora não tivesse emigrado, estivesse agora sujeita a provas de avaliação em Portugal… Fontes: Diário Económico; Dinheiro Vivo; DN; Expresso; i; JN; Jornal de Negócios; Lusa; Portuguese Independent News; Público


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OPINIÃO POLÍTICA

O POVO PAGA BURACO DE 33 MILHÕES DE EUROS NO EUROPARQUE Joaquim Dias Bloco de Esquerda

Todos os utentes dos hospitais públicos conhecem o martírio de ter esperar horas a fio, quando têm de recorrer às urgências. Assente na narrativa que “temos de poupar”, vivemos tempos difíceis, em que os sacrifícios tocam a todos e são repartidos de igual forma. Este governo foi cortando inconsequentemente, sem contemplações e com critérios, no mínimo, nebulosos. As consequências são sentidas por todos nós. Por muito que se manipulem as estatísticas, a realidade é clara aos olhos de todos, morreram pessoas por falta de meios humanos e técnicos em vários hospitais.

A CPC do Partido Socialista emitiu um comunicado em que critica duramente os presidentes da Câmara e Juntas de Freguesia de Lobão e Paços de Brandão, a propósito do [então] anunciado encerramento das Repartições de Finanças daquelas freguesias. Os socialistas dizem estranhar “que o PSD venha agora dizer que vai fazer tudo para evitar tal encerramento, quando há vários anos que tem vindo a escarnecer dos avisos que lhe foram lançados pelo PS, reprovando todas

(direito de) RESPOSTA César Lamoso responde a artigo publicado no jornal Correio da Feira no dia 9 de Fevereiro de 2015, da autoria de Jorge Andrade, com o título “Terras da Feira e César Lamoso e as Inverdades sobre o cineteatro”. Ao contrário do referido artigo publicado no jornal Correio da Feira, a entrevista dada ao jornal Terras da Feira sobre a história do Cineteatro António Lamoso não apresentou quaisquer adulterações ou tentativas de branqueamento da história com o apagar de personagens daquele espaço cultural. A constituição do “esqueleto do que víria a ser o cineatro...” deu-se efectivamente pela mãos da cinco pessoas referidas na entrevista. No dia 13 de Julho de 1964 foi constituída a sociedade “Branco, Castro, Sá & companhia Lda” e tem a sua sede e estabelecimento industrial que se designará “Cine

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vida se um ser humano não vale nada? Será que quem paga impostos, não tem direito a usufruir dos serviços públicos com qualidade? Este é um governo constituído por ministros que adoram andar de volta das sotainas dos abades, mas que cortam milhões na saúde para premiar incompetentes, que fogem aos impostos, que levam empresas à falência, que escravizam os trabalhadores, enquanto vivem no total luxo. Morre-se nos hospitais à espera de médicos porque não há dinheiro, mas de repente surge 33 milhões de euros para pagar calote no Europarque. Definitivamente está explicado o verdadeiro motivo, para os rasgados elogios do governo fascista de Merkel e do SPD, ao governo de Passos e Portas.

PS ACUSA PSD DE FINGIMENTO

César Lamoso

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Há sempre uns intitulados “especialistas”, que há muito deixaram a ética esvair-se pelo cano de esgoto abaixo, que dão a cara na defesa destas políticas. Por muito que a realidade os desminta, estes abutres alimentam-se do saque que vitimiza as populações, adorando lamber as migalhas que caem do banquete dos pudorosos. Sentem-se orgulhosos de passarem uma vida de joelhos a servir os escravizadores, bajulando-os de forma continua. Haja paciência… para tanta vassalagem. Se não havia dinheiro para contratualizar médicos, enfermeiros, medicamentos e outros equipamentos, como se explica que, num autêntico golpe de magia, o governo pague 33 milhões euros das dívidas dos patrões no Europarque? Será que a

as Moções que foram apresentadas na Assembleia Municipal, à excepção da primeira, em que o Governo de Portugal ainda era do Partido Socialista”. Acusando Emídio Sousa de vir “agora ocupar as páginas dos jornais com lamentos quando sabe que esteve a dormir sobre o assunto e acordou tarde de mais”, os socialistas acusam igualmente os autarcas de Paços de Brandão e da UF de Lobão de terem ido “ainda mais longe, chegando ao ponto de votar contra as Moções que defen-

Teatro de Vila da Feira”. O capital social era de 100 contos assim repartido: Alcides Branco, Marcolino Castro e Amadeu Sá 30 contos cada; e António Lamoso e Luís Campos cinco contos cada. Apenas em 28 de Setembro de 1967, o capital social foi aumentado para 2.550 contos com a entrada de seis novos sócios: Antero Andrade e Silva, Domingos Silva Coelho, Belchior Cardoso da Costa, Manuel Correia Marques, Serafim Pinto Guimarães Júnior e José Relvas Coelho. Não se quastiona o teor do extracto do jornal Correio da Feira de 14 de Novembro de 1970, mas este dis respeito à inauguração do cineteatro pelas entidades oficiais. A iniciativa de criar um espaço cultural para a Vila da Feira, o esquetelo do viria a ser o cineteatro, teve ligar seis anos antes. A verdade é que a iniciativa partiu em 1964 pela mão das cinco pessoas referidas, que criaram o que viria a ser o cineteatro. Estes são os factos históricos. É o jornal Correio da Feira que revela desconhecimento da verdade histórica e desrespeito por todas as pessoas envolvidas.

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diam a continuidade das Repartições de Finanças nas suas Freguesias”. O PS-Feira refere ainda que “lutou sempre pela manutenção das Finanças no Concelho, mesmo quando o PS era governo”, ao contrário do PSD que “só o fez por uma única vez naquela altura. Mal o PSD chegou ao governo, o PSD-Feira mudou de opinião”, (…) prejudicando “os interesses do Concelho para não afrontar o governo de Passos Coelho”.

NOTA DA DIRECÇÃO A opinião de Jorge de Andrade (expressa ao abrigo do Estatuto Editorial do ‘CF’) só ao próprio vincula, pelo que se rejeita liminarmente a tentativa do senhor C. Castro no sentido de desrespeito óbvio pela verdade histórica, pelas pessoas que ao longo de 117 anos deram o melhor pelo título ‘Correio da Feira’, e pelo próprio jornal, enquanto instituição. Em tempo: Apesar de o autor da missiva não invocar o Direito de Resposta nos seus correctos termos (e, consequentemente, daí não recolher obrigatoriedade de publicação) o Correio da Feira, fiel à sua matriz pluralista – e pese embora as contradições expressas pelo autor da missiva – entendeu, ainda assim, publicar na íntegra o texto recebido, deixando para o autor do artigo pretextado o direito ao beneplácito da resposta. A Direcção


POLÍTICA

Emídio Sousa defende que água é um bem “não privatizável”

PSD ACUSA PS DE APROVEITAMENTO POLÍTICO NO PROCESSO DA VARIANTE À EN 223 ARRIFANA E ESCAPÃES Foi com “enorme espanto” que o grupo de deputados do PSD eleitos pelo círculo de Aveiro constatou a apresentação, pelo Partido Socialista, de um projecto de resolução que recomenda ao Governo a urgente requalificação da ligação viária IC2 (Arrifana/ Escapães) – Nó A1 (Santa Maria da Feira). Com efeito, a obra está inscrita no Plano de Proximidade 2015/2019, apresentado em Dezembro último pela Estradas de Portugal, que prevê o seu lançamento em 2015 e para a qual estão reservados mais de 1,2 milhões de euros. O grupo parlamentar social-democrata sublinha que tem, desde há anos, colocado a beneficiação deste troço da variante à EN 223 na agenda política, seja no contexto construção da via Feira/ Arouca, seja, mais recentemente, respeitando as posições das câmaras municipais envolvidas, segundo as quais esta última hipótese, muito mais barata, satisfaria as populações. “Santa Maria da Feira veria resolvido o “calvário” que são estes poucos quilómetros em hora de ponta, enquanto Arouca aproveitaria a ligação da A 32 ao nó de Arrifana do IC 2 para chegar, via EN 223, à A1 e à A29” – referem os deputados. “Esta iniciativa parlamentar do PS constituiu-se, pois, como um aproveitamento político inqualificável, não apenas porque, enquanto foi governo poderia ter

executado a obra, mas, e sobretudo, porque o PSD, tendo lutado tanto por ela, conseguiu que fosse considerada, como prova a inclusão no Plano de Proximidade da Estradas de Portugal e o seu lançamento agendado para este ano” – acusa o PSD, recordando que o grupo de deputados “laranja” eleitos pelo círculo de Aveiro “sempre teve a recuperação da variante à EN 223 como prioritária e defendeu-a em diversos fóruns e sob as mais diversas formas. É exemplo disso o seu esforço em sede do Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (IEVA), onde se dizia: “a requalificação na EN 223 entre o nó do IC2 de Arrifana e o IP1/A1 permite substituir parte assinalável do troço programado desta variante [Feira/Arouca], aproveitando a ligação do referido nó do IC2 ao nó da A32 a Nascente, onde desembocará o troço da variante Feira-Arouca com início em Mansores, com consequente redução do investimento inicialmente programado””. Desta forma, os sociais-democratas refere que “o PS pode apresentar os projectos de resolução que entender. Mas não pode esconder a falta de iniciativas em defesa do distrito de Aveiro com o aproveitamento político traduzido por este último, propondo uma obra que, afinal, tem lançamento marcado e dinheiro alocado, sob pena de a política sair, mais uma vez, desrespeitada”. www.correiodafeira.pt

O presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa, defendeu que a “água é um bem público essencial não privatizável”, manifestando a sua discordância relativamente ao plano de fusões em alta preconizado pelo Ministério do Ambiente. Emídio Sousa foi um dos oradores convidados pela ANMP (Associação Nacional dos Municípios Portugueses) para falar sobre “Os municípios, a reestruturação e o futuro modelo organizacional dos serviços de água e saneamento em Portugal”, que teve lugar na Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra. Perante uma plateia constituída por gestores e autarcas, Emídio Sousa elogiou o documento “PENSAAR 2020 – Uma nova Estratégia para o Sector de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais”, mas notou que é preciso apontar caminhos para o futuro. Defendendo que os autarcas têm que pugnar por um “serviço com a máxima qualidade e ao melhor preço possível”, seja sob gestão pública ou concessionada, o autarca disse que o que importa é a satisfação dos consumidores, famílias e empresas e a protecção do ambiente. Para o presidente, não é verdade que o Litoral tenha um tarifário inferior ao do Interior do País, contrariando, assim, um dos argumentos governativos, que refere a solidariedade municipal como pilar da reestruturação do sector. Referiu que basta comparar os valores pagos pelos consumidores finais nos diferentes municípios para se constatar o facto. Acrescentou ainda que é nas Áreas Metropolitanas que se concentram os maiores problemas de pobreza e de insuficiência de recursos das famílias, ao contrário da mensagem que se vem passando. “As Águas do Douro e Paiva são um sistema que funciona bem e que promoveu a solidariedade intermunicipal na região. É o projecto melhor concebido e executado pela Área Metropolitana do Porto e que verdadeiramente promoveu um espírito metropolitano” - lembrou Emídio Sousa, que elegeu a figura da empresa pública municipal ou intermunicipal como o melhor exemplo de entidade gestora dos sistemas em baixa, embora admitindo que em certas situações a concessão possa ser a solução, principalmente quando é necessário mobilizar grandes volumes de capital.

CDU regozija-se por trabalho feito em prol do cineteatro António Lamoso SANTA MARIA DA FEIRA A Comissão Coordenadora da CDU realça o seu agrado pela inauguração do renovado Cineteatro António Lamoso. Contrariamente a outras forças políticas, que no passado advogaram a demolição do anfiteatro, “a CDU sempre defendeu que a requalificação deste equipamento seria a melhor opção para preservar o passado projectando o futuro”. “Este cineteatro é símbolo da cidade de Santa Maria da Feira e um marco incontornável da cultura do município tendo um auditório cheio de história” – lê-se na nota enviada pela coligação, sublinhando que fica comprovado que “as medidas por si defendidas “manifestaramse, uma vez mais, como as mais sustentáveis e ajustadas às necessidades”. “Iremos, assim, continuar a pugnar por decisões que sejam verdadeiramente defensoras dos interesses da população feirense, lutando sempre contra projectos demagógicos, desmesurados e descontextualizados da realidade do município como o que pretendia o PSD realizar no António Lamoso”- frisa a coligação. 23.FEV.2015

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(re)DESCOBRIR

UMA FOGUEIRA QUE DEMOROU MAS QUEIMOU OS VELHOS

A tradição é antiga, mas continua a realizarse. Em Argoncilhe, o Carnaval comemora-se de forma diferente. A população enche a rua do Rancho Regional para ver os velhos a serem queimados no fogo pelos seus pecados.

O povo enchia a rua do Rancho Regional de Argoncilhe, de uma ponta à outra, na passada terça-feira, para assistir à queima. Os velhos estavam prontos, crucificados, à espera. O ritual iniciou com o soar do fogo-de-artifício. “Vamos assistir deliciados a este evento macabro. Alegraivos, meu povo, vai começar a leitura do testamento” – dizia o presidente do rancho, Afonso Jesus, lançando as adivinhas sobre a identidade dos bonecos. “Sou uma diva na vida, sou a rainha da televisão. Tenho um olho que vê tudo, tenho um grande irmão. Você pode ser mais um sortudo, que vai parar ao meu programa de televisão”. Enquanto as dúvidas se sucediam, chegava a resposta. “Tenho muitos meninos e meninas, sobrinhos sem igual. Sou conhecida como a Teresa, a tia de Portugal”. Era a vez do homem. “Cumpri todas as promessas, com a maior facilidade, tinha o dom de tornar a maior mentira, na mais pura verdade. Sou mentor da nossa educação, mas tirei o curso por correspondência”. Logo à partida, tudo indicava que se tratava de José Sócrates, mas as certezas vieram com “tornei-me Ministro do Ambiente para aprovar o caso Freeport” e depois “tornei-me primeiro-ministro”. Um homem que “oferecia a face mais visível e também a face oculta” até que foi parar à “maldita prisão”. “Vão assistir ao fim destes pobres coitados. São dois conhecidos, mas não há ninguém que os queira. Agora vão ser queimados pelas chamas desta fogueira” – declarava Afonso Jesus.

Público delira com a queima

Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt 08

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O fogo é ateado mas os bonecos permanecem intactos. “Os velhos estão muito altos” – ouvia-se, entre a multidão. As labaredas sobem mas não o suficiente. “Lembro-me de um ano em que não ardia” www.correiodafeira.pt

– recordava um senhor. Atentos à fogueira, “boa para assar castanhas”, os populares aproveitavam para aquecer-se na noite fria. “Já foi um sapato” – dizia um menino, entusiasmado com uma chama mais forte. O público acompanhava cada desenvolvimento desta espécie de vudu. Mas estava demorado. “Os velhos são rijos” – afirmavam. Foram precisas várias investidas, com gasóleo e ramos altos, para que as labaredas atingissem os bonecos. “As calças antigamente eram boas” – brincavam os populares, a desfrutar do espectáculo. O velho foi o primeiro a arder, mas foi a velha que mais rapidamente caiu aos pedaços. Um verdadeiro show que levou o público ao delírio até ao desfecho. “Estavam a ver-se aflitos”, “até que enfim” ou “aleluia” foram as palavras finais dos populares. Uma família, com um menino pequeno, dizia-lhe: “É a primeira vez que vês um velho. Muitos meninos não vêem isto”. Afonso Jesus explicava a origem desta celebração de “há muitos anos”. “Era a forma tradicional de o povo comemorar o Carnaval. Naquela época, a liberdade de expressão não era muita. Fazia-se esta rábula sem dizer abertamente quem eram os velhos” – conta Afonso Jesus. Queimavam-se duas figuras públicas, regionais ou locais, e o povo tentava adivinhar. A tradição continua – agora com maior aposta nas figuras nacionais da actualidade conhecidas de todos – com a mesma adesão. “É uma situação muito caricata. Temos vários eventos culturais (como o Festival de Teatro que decorre de 21 de Março a 25 de Abril) e, às vezes, é mais complicado atrair público para esses eventos, em que estão sentados confortavelmente, do que para ver uma fogueira a arder” – afirma, adiantando que “as pessoas vêm de muitos lados” para ver a Queima dos Velhos. “Tem a sua graça” – termina.


EX-VEREADOR DEFENDE CRIAÇÃO DE MINI LOJAS DO CIDADÃO NAS FREGUESIAS Márcio Correia, eleito da Assembleia Municipal, pelo PS, quer mini Lojas do Cidadão em várias freguesias do concelho de Santa Maria da Feira. O socialista propõe que o executivo da Feira instale e coloque em funcionamento várias mini lojas do cidadão em determinadas freguesias, inclusive para suprir o eventual fecho do Serviço de Finanças de Lobão e Paços de Brandão, pelo que entende que a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira deve reivindicar um protocolo com a Agência para a Modernização Administrativa. O ex-vereador considera que com esta descentralização de serviços, toda a população do Concelho será beneficiada, já

que as estruturas ajudarão a diminuir as assimetrias de acessos a serviços públicos actualmente existentes. “Convém também reforçar como argumento para a instalação destas lojas do cidadão, que temos uma Concelho vasto em termos de território e com uma rede de transportes públicos limitada” – salienta Márcio Correia. As mini Lojas do Cidadão permitiriam, assim, a todos os habitantes em várias freguesias o acesso a um atendimento digital assistido, com recurso à internet, através de um posto de atendimento do tipo balcão único e que agregaria a prestação de vários serviços, tais como pedir alteração de morada do Cartão de Cida-

dão; obter certidões de registo civil, predial e comercial navegação assistida aos serviços da ADSE Direta; obter o registo criminal; registar um contrato de trabalho (Ministério da Justiça); registro de propriedade intelectual (Inspecção Geral das Actividades Económicas); encaminhar para a rede de apoio ao consumidor endividado (Direcção-Geral do Consumidor); renovar uma autorização de residência (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras); revalidar a carta de condução (Instituto da Mobilidade e dos Transportes); efectuar pedidos à Segurança Social sobre pensões, reembolsos e complementos ou interagir com a Caixa Geral de Aposentações. Além destes serviços, Márcio

PROJECTO “FUTURO” DESAFIA CIDADÃOS A PLANTAR 100 MIL ÁRVORES “O FUTURO precisa de 100.000 árvores e nós precisamos de TI” é o mote da campanha que procura voluntários para as acções de plantação e manutenção de árvores, que decorrem pelos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto. Trata-se da mais recente campanha lançada pelo “FUTURO – Projecto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto”, iniciativa do CRE.PORTO, liderada pela Área Metropolitana do Porto e pela Universidade Católica - Porto. A acção visa a angariação de voluntários para integrar a Bolsa de Plantadores e, assim, participar na plantação e manutenção de árvores, potenciando a melhoria do território. A campanha – presente na rede de Metro do Porto, entidade que se assumiu como o mais recente parceiro da iniciativa – é protagonizada por cinco cidadãos que representam diferentes segmentos da sociedade, sublinhando que este projecto é de todos e para todos. Refira-se que os grandes objectivos da iniciativa são a diversificação e qualificação da paisagem metropolitana, a melhoria da qualidade do ar, o fomento da biodiversidade, o aumento a qualidade de vida dos cidadãos e a competitividade da região. Recorde-se que a iniciativa FUTURO arrancou em 2011, no seio do CRE.Porto, prolongando-se até 2016. O projecto, que resulta num esforço de várias organizações e cidadãos, tem como meta reflorestar cerca de 100 hectares de áreas ardidas, livres ou que necessitam de reconversão com cerca de 100.000

árvores de espécies nativas da região. A área de intervenção estende-se pelos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, sendo que, até ao momento, foram já plantadas mais de 42 mil árvores nativas (carvalhos, sobreiros, medronheiros, azevinhos, entre outras), que são cuidadas e monitorizadas regularmente, numa área total de cerca de 150 hectares. O projecto conta com o envolvimento de 37 instituições, mais de 6.500 participações voluntárias individuais e mais de 17.500 horas de voluntariado. O FUTURO é promovido pela Universidade Católica Portuguesa e pela Área Metropolitana do Porto e é cofinanciado no âmbito do QREN e do ON.2 – O Novo Norte (operação NORTE-09-0230-FEDER000124).

Correia propõe que as mini Lojas do Cidadão disponibilizem outros serviços, entre eles as queixas e denúncias laborais, a emissão da declaração de IRS ou a emissão de certidões paroquiais. Sugere ainda que, nestes espaços de atendimento a população possa também inscrever-se no centro de saúde, marcar uma consulta médica ou, no caso dos doentes crónicos, obter uma receita. O eleito do PS defende ainda que os mini Lojas de Cidadão sejam instalados na sede de juntas de freguesia, reforçando, deste modo, uma maior proximidade dos autarcas com a população, havendo um aproveitamento de recursos, sem necessidade de custos com renda.

“Encontro com a Indústria” no Europarque ESPARGO Amanhã, terça-feira, terá lugar no Europarque, a partir das 14h30, o workshop “Encontro com a Indústria”, promovido pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, em parceria com a ATEC – Academia de Formação. Este encontro visa essencialmente identificar as necessidades formativas das empresas e encontrar medidas que permitam desenvolver as competências dos seus colaboradores de modo a potenciar o sucesso das organizações e, consequentemente, o desenvolvimento do tecido Industrial da região. O workshop inicia-se, então, pelas 14h30. Meia hora mais tarde, Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, fará o enquadramento do evento. Pelas 15h10, será feita a apresentação ATEC e, pelas 15h30, iniciar-se-á a sessão de trabalho. O coffe break está marcado para as 15h00 e, meia hora mais tarde, serão feitas as considerações finais.

Plantações em Santa Maria da Feira

Em Santa Maria da Feira, a última acção realizada decorreu no dia 9 de Novembro de 2014, com a plantação de cerca de 320 árvores e arbustos de diversas espécies no Corredor Ecológico do Rio Uíma, para além da plantação, por estacaria, das cerca de 9000 árvores e arbustos, provenientes de espécies do mesmo local. A próxima ação de plantação terá, também, lugar no Parque das Ribeiras do Uíma, em Fiães/Lobão, durante o mês de Março. Para participar, os interessados devem registar-se em www.100milarvores.pt (menu PARTICIPAR). As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias. www.correiodafeira.pt

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AGRICULTURA, CRÍTICA E MUITOS MASCARADOS FECHAM O CARNAVAL

Daniela Castro Soares

CARNAVAL

daniela.soares@correiodafeira.pt

A festa regressou a Fornos, com muita crítica social, nomeadamente à degradação das estradas. Também nas Caldas se apontou o dedo, mas houve, sobretudo, referências à agricultura. Sanguedo homenageou os tempos medievais, as crianças deram vida a Santa Maria da Feira e Paços de Brandão recebeu, este ano, um Carnaval com menos participantes.

NATUREZA E BURACOS DAS “RUAS DA AMARGURA” EM FORNOS O Carnaval em Fornos regressou em peso, na passada terça-feira, depois de, em 2014, as colectividades não terem conseguido angariar fundos para fazer a festa. A Junta de Freguesia assumiu o comando e houve muitos mascarados, desde noivas a polícias, e uma preocupação com a agricultura, por parte da Associação de Pais da EB1 do Ribeiro. “Bons legumes, belas frutas, fazem-nos sorrir” – diziam, exibindo uma vasta horta, onde se avistavam limões, milho, abóboras e muita terra para semear. Ainda neste tema, as meninas vestiam saias com vistosas margaridas e carregavam cestos de flores, enquanto os homens não dispensavam o chapéu de palha, o macacão às riscas e o ancinho. O tractor fechava a passagem.

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Num tom mais sério, seguiam os homensbomba. Com trajes negros e cabeça tapada, a única cor que traziam era o vermelho da dinamite à cintura. No seu cartaz lia-se: “Tem problemas de dinheiro? Pergunte-nos como resolver”. Na rua ou à janela, a multidão assistia curiosa. Aí vinha a crítica social. O carro “tapa-buracos” anunciava um “Concelho de cultura mas com ruas de amargura”. Os homens das obras, de coletes reflectores e capacete, corriam à sua volta. “Bom Concelho para visitar, sem carro vai ficar” – alertavam. Os sinais de STOP, proibido circular e obras em curso estavam afixados e alguns trabalhadores levavam carrinhosde-mão e placas intituladas “Zona de Mergulho”, assim como etiquetas “Carro

maltratado” e “Buraco no bolso”. Já “Os Kikinhos” seguiam numa carruagem improvisada. Com trajes dos tempos medievais, não faltaram os vestidos ondulantes, os capacetes de romanos e espadas de madeira, enquanto os populares atiravam confetes e serpentinas pelo ar. As batas brancas vieram quebrar este ciclo de cor. O doente estava desesperado mas o médico descansava-o: “O helicóptero está a chegar”. Os céus, no entanto, continuavam limpos. O vermelho, que simulava o sangue, estava por todo o lado, principalmente na faca de serra, entretanto utilizada na operação. A natureza voltava depois com o Jardim Zoológico de Fornos, recheado de animais e muitas couves. A fechar o Carnaval, estava o rei, que exibia uma aparatosa coroa, e a rainha, de vestido encarnado.

POLÍCIAS E LADRÕES E MUITAS CRÍTICAS AO GOVERNO NAS CALDAS Os cogumelos da EB Cimo da Vila e da Associação Padre Osório já se avistavam, de longe, no Carnaval das Caldas de S. Jorge, lembrando um qualquer jogo do Super Mario. A seguir, vinha a AP da EB de Caldelas, com a tenda do índio. Os motivos, como o chapéu de penas, o machado ou o cavalo, preenchiam o carro alegórico. Atrás, estavam os pequenos índios, de caras pintadas, que dançavam alegremente nos seus fatos tribais castanhos, vermelhos e amarelos. A moda do Mickey e Minnie também se fez notar, com as famosas personagens da Disney a reunirem-se à volta de um carrinho de pipocas, habitual das feiras populares. As meninas predominavam, com o seu lacinho na cabeça, óculos de coração e vestidos às bolinhas. Já os rapazes envergavam as tradicionais orelhas pretas e laço ao pescoço.

Anos 20, Bombeiros e Corrupção 10

“Bom Concelho para visitar, sem carro vai ficar”

Estava na hora d’Os Associados, que homenageavam os Anos 20. As mulheres encantavam com os folhos e luvas pretas, cigarrilhas, ligas vermelhas e sapatos altos, enquanto os homens não dispensavam as golas e os suspensórios. Os próximos eram “Os Bombeiros das Horas Vagas”. Com um fofo urso a liderar, a corporação dançava de sorriso largo, na companhia de algumas enfermeiras. O mais caricato era um pequeno bombeiro que dava sinal de “ok” exibindo um farfalhudo bigode. A crítica social também não faltou nas Caldas, com uma guarda prisional que acompanhava, hasteando uma bandeira negra, o carro “Corrupção” da “Prisão de Évora”. “Descubra como se tornar milionário. Assim que entrar para a política, nós dizemos-lhe como” – lia-se. Uma frase embutida numa fotografia de Sócrates e Passos Coelho. Pelo carro, viam-se várias caricaturas com o slogan “Estamos a manter corruptos acima das nossas www.correiodafeira.pt

possibilidades”. A controlar os prisioneiros, no carro e a pé, estava uma polícia, com apito ao pescoço, estrela à lapela e pronta a usar as algemas encarnadas. O juiz era o último deste grupo, acompanhado do advogado. Num pagamento “por debaixo da mesa”, o advogado deu-lhe uma nota de 500 euros e fez-lhe sinal de silêncio. A crítica continuou com a Morte. “Temos um Governo Vanpiro” – anunciava. A ela, seguiam Paulo Portas e Angela Merkel. “Foi encontrado morto o Conde Drácula. Tinha vindo a Portugal chupar o sangue aos portugueses. O Governo tinha chegado primeiro” – brincavam, carregando o caixão da afamada personagem. O desfile foi ainda agraciado com um cão, numa animada viagem de mota, e com a presença de alguns Minions, de pele amarela, macacão azul e os seus peculiares óculos. A multidão assistia, entusiasmada, naquela terça-feira solarenga de Carnaval.


Carnaval da Feira

Carnaval de Sanguedo

A FESTA FOI DAS CRIANÇAS NA FEIRA

O júri estava a postos para avaliar os candidatos. Adiado na primeira data devido ao mau tempo, os foliões encontraram no passado sábado um dia solarengo para o Carnaval na Feira. Os bombos abriram o desfile, seguidos dos cogumelos da Associação Padre Osório, que iam acenando à multidão com os chapéus. O Centro Infantil da Feira veio atrás, com as fadas-madrinhas, de asas cor-derosa e varinha na mão, que protegiam o castelo. Dentro, estavam os duendes, de gorros verdes e corações vermelhos. O próximo foi o Centro Social e Paroquial da Feira, que contou a história do Capuchinho Vermelho. A casa da avó veio primeiro, enfeitada com um arco-íris de flores, e depois as pequenas Capuchinho. Os Lobos Maus seguiram e, finalmente, as divertidas avós, de touca na cabeça e xaile. O “João

Pé de Feijão” quebrava o vermelho e entrava com o verde no seu “centro de investigação”. À bata branca e óculos dos cientistas, adicionou-se muita cor nos laços, botões, bolsos e cabeleiras. Ao seu lado, uma das invenções mais queridas das crianças: os teletubbies. Como num verdadeiro laboratório, não faltaram ainda os tubos de ensaio, os químicos e as lupas, que os cientistas usaram para estudar os famosos bonecos.

Chamadas em linha, reciclagem e cavaleiros

O “Sonho da Criança” vinha a seguir com a chamada em linha. Um gigante telefone dos tempos antigos, pronto a marcar o número embutido, dizia “criação: nova rede telefónica”. A EB São Domingos apelava à reciclagem, com uma embalagem de óleo alimentar a poluir as águas, e a AP da Escola

Básica do Carvalhal lembrava a Viagem Medieval, com os cavaleiros a proteger os reis numa animada luta. No ar, voavam confetes. A EB/JI Aldriz apostou nas purpurinas, com cartolas, gravatas, fatos e pompons, e carregando brilhantes caixas com mensagens: liderança, dedicação, zelo. Quando pousadas no chão, as caixas transformavam-se em barraquinhas para uma peculiar feirinha. Mas a EB1 do Bairro e a EB1 do Outeiro também queriam desfilar homenageando as novas tecnologias e, principalmente, os smartphones. Alguns vinham vestidos à Youtube, outros à Skype, outros com o “like” do Facebook ou o pássaro do Twitter, e não faltou o Google+ e o Instagram. Seguiram-se Supermulheres, Mickeys e Minnies e as Pipis das Meias Altas, do JI do Candal. Com dois totós e perneiras às riscas,

aproveitaram os sacos do Continente para as saias rodadas. Ainda houve flores e abelhas (Milheirós, Feira), Minions e muitos smileys da “Felicidade” (JI Macieira, Souto) em trajes camuflados. A Orquestra Dó-Mi da Portela reutilizou materiais com trajes pretos e dourados a partir de sacos do lixo e guitarras de papel; a EB1/ JI do Cavaco enaltecia os doces, com coloridos cupcakes de vários sabores (laranja, morango, cereja) seguidos dos seus pasteleiros, que os cozinhavam no forno; e a EB de S. João de Ver mostrava a todos a sua Quinta Pedagógica com os Cogumelos dos Afectos. Já a EB do Farinheiro fazia referência a Willy Wonka e ao bilhete dourado da fábrica de chocolate e o JI do Ribeiro fechou a parada mostrando a importância da agricultura, com chapéus de palha, ancinhos e uma vasta horta.

CAVALEIROS, DAMAS E BOBOS DA CORTE EM SANGUEDO Os tempos medievais preencheram o Parque do Eleito Local em Sanguedo. Montados a cavalo, os cavaleiros seguiam com os trajes da Ordem da Juventude de Sanguedo. As bandeiras e os mantos dos cavalos traziam alguma cor ao dia cinzento de ontem. Seguiam os tocadores, com as gaitas-de-foles e os tambores, e depois as damas da corte. De vestidos ondulantes, havia para todos os gostos e de todas as cores: rosa, azul, amarelo, bege. Eram ainda comuns as coro-

as de flores, os véus e os lenços à cabeça. Em formato pequeno, as crianças envergavam os mesmos trajes, alguns com padrões de inspiração oriental. Destaque também para o cardeal que com o seu manto vermelho e elevado chapéu se distinguia da multidão. Entre outras personagens que faziam lembrar os tempos antigos, o Carnaval em Sanguedo foi saindo, uma festa diferente de todas as outras. Vestidos de negro, corcundas,

carcereiros, caçadores d’almas, mascarados em andas e a própria Morte, com a forca, assustavam o público. Num tom mais leve, veio o “burriquito” que conseguiu alguns sorrisos. Finalmente, os bobos da corte fizeram malabarismo e ilusões com fitas, as camponesas lembraram tempos volvidos e os tambores voltaram.

Queima do Velho

A par do Carnaval, realizou-

se, na passada terça-feira, a XII Edição da Queima do Velho, pelo Rancho Foclórico Santa Eulália de Sanguedo, com o apoio da Junta de Freguesia. Um evento com grande adesão da população, que não quis perder o espectáculo teatral “Lendas Medievais Bruxas de Sanganeto”, dos Medievos, com uma plateia de mais de duas mil pessoas. Também o passeio de figurantes e a animação durante a tarde fizeram as delícias dos populares.

Menos foliões participam no Carnaval de Paços Em Paços de Brandão, o Carnaval Saloio “à antiga portuguesa” teve menos afluência na passada terça-feira do que em anos anteriores, muito devido à dificuldade da organização em angariar participantes. Os convites foram

enviados a todas as associações brandoenses mas poucas aceitaram o pedido. Ainda assim, no largo da igreja, podiam avistar-se várias máscaras. Não faltaram as típicas bruxas, princesas e colegiais, mas também os esque-

letos, superhomens e mágicos. No mundo da fantasia, a presença da rainha de copas foi indispensável, assim como dos seus servos, que exibiam vistosos corações vermelhos na cara e nos fatos. Mas os outros naipes não

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ficaram de fora e também deixaram o seu marco. A crítica social veio com “Paços candidata-se ao Dakar. Com estradas assim, vamos ganhar”. Os reis fecharam o desfile, sentados confortavelmente na sua poltrona. 23.FEV.2015

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FREGUESIAS

BE QUESTIONA GOVERNO SOBRE PROCESSO DE DESPEDIMENTO NO CENTRO SOCIAL ARRIFANA O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e o Ministério da Economia sobre as suas posições relativamente ao processo de despedimento e readmissão de funcionárias no Centro Social e Paroquial de Arrifana. O BE recorda que, desde 2009, que três funcionárias do antigo ATL do Centro Social e Paroquial de Arrifana (CSPA) ”lutam pelo seu posto de trabalho e, desde 2009, que a direcção do Centro Social faz tudo por tudo para despedir ilegalmente estas trabalhadoras”. Em 2009, a direcção do CSPA decidiu fechar o ATL (uma das valências da instituição) alegando que o mesmo acumulava prejuízos, argumento que veio a ser rejeitado pelo próprio Tribunal. O que se verificava (e é do conhecimento do Governo e da ACT) era uma situação completamente distinta: na verdade, o ATL tinha uma grande ocupação, servindo mais de meia centena de crianças. A direcção do CSPA não queria, simplesmente, continuar com aquela valência e decidiu despedir as três funcionárias que ali trabalhavam. O Tribunal considerou o despedimento ilegal e obrigou à reintegração das três funcionárias. No entanto, o CSPA continuou a perseguição às trabalhadoras tendo avançado depois com um processo de despedimento colectivo. A perseguição dura há cinco anos. As trabalhadoras já foram alvo de três despedimentos e por três vezes foram proferidas sentenças que, considerando o despedimento ilegal, obrigaram à reintegração das mesmas. A última das sentenças foi proferida

23.FEV.2015

O Bloco de Esquerda considera esta situação “inadmissível”. “É vergonhoso que

uma instituição passe cinco anos a fazer a vida de três funcionárias num Inferno e que reincida em comportamentos ilegais e de abuso laboral”- sublinha, lembrando que a instituição é financiada com dinheiro público, em concreto pela Segurança Social, “pelo que o Governo deve agir, em defesa da legalidade e dos direitos laborais e pondo fim a quem pensa que o mercado de trabalho é a lei da selva e os funcionários são meros objectos”.

Centro Social rejeita acusações A Direcção do Centro Social e Paroquial de Arrifana rejeita a acusação de qualquer tentativa de impedir a reintegração das funcionárias. Questionado pelo Correio da Feira, o padre Sérigio Leal, lembra, contudo que este processo está ainda na Justiça, dado que a instituição recorreu da sentença do Tribunal que decretou a reintegração das trabalhadoras. O presidente salienta, no entanto, que está a ser cumprida a ordem do tribunal e que foram atribuídas funções às colaboradoras. “É, contudo, importante sublinhar que se trata de pessoal excedente, dado que as funcionárias ocupavam tarefas na área do ATL que foi extinto” – frisa o dirigente. Sérgio Leal refere ainda que, por isso mesmo, a reintegração das trabalhadores representa um “significativo prejuízo” para a instituição, dado que representa uma despesa com salários elevados.

PJ APREENDE CARROS DE LUXO E DETÉM SUSPEITOS DE FRAUDE SANTA MARIA DA FEIRA Dois Jaguares, um Aston Martin, um Bentley, um Porche 997 e duas Harley-Davidson. Estes são apenas alguns dos onze carros topo de gama e das duas motos apreendidas pela Polícia Judiciária (PJ) a um grupo de quatro pessoas detidas por suspeitas de vários crimes de burla qualificada na zona de Santa Maria da Feira. De acordo com o jornal Público, citando um comunicado da Directoria do Norte da PJ, o alvo das burlas seria uma instituição de crédito, onde trabalhava um dos detidos que terá causado ao banco um prejuízo de mais de um milhão de euros nos últimos cinco anos. O banco não é identificado na nota, mas

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em agosto de 2014, mas nem por isso a direcção do CSPA parece ter desistido de perseguir estas funcionárias. Ao que o Bloco de Esquerda sabe, o CSPA teria a obrigação de chamar as trabalhadoras ainda no mês de Agosto último, com vista à sua reintegração. Não o fez e no início de Setembro, quando pagou os salários, apresentou uma folha de vencimentos a estas trabalhadoras com 63 faltas injustificadas que descontadas lhes consumiam a totalidade do ordenado. A ACT foi chamada e obrigou a direcção do CSPA a pagar os salários devidos. Ainda assim, de acordo com o BE o CSPA continua hoje por pagar o subsídio de alimentação correspondente aos dias em que supostamente teriam ocorrido as tais faltas injustificadas. Segundo os bloquistas, ainda durante esse mês, foi efectuada uma reunião entre a Direcção e as trabalhadoras, na qual não lhes foi atribuída qualquer função nem posto de trabalho específico, “situação que se mantém até hoje, configurando um comportamento de assédio moral para com as trabalhadoras”. As funcionárias, de acordo com o BE, escreveram à Direcção em duas ocasiões distintas: uma, depois da reunião de Setembro, questionando sobre que funções e postos de trabalho iriam ocupar na instituição; outra, em Outubro, exigindo o pagamento dos subsídios de alimentação referentes ao mês de Agosto e que se encontram ainda em falta. “A resposta foi a instauração de um processo disciplinar por cada carta” – denunciam os bloquistas.

fonte ligada à investigação adianta que o funcionário bancário, um ex-gerente de um balcão, foi entretanto despedido. Entre os detidos está também um advogado, já suspenso pela Ordem dos Advogados e uma promotora bancária. Foi a instituição bancária que apresentou a queixa que esteve na origem desta investigação. “O grupo criminoso terá, desde o ano de 2010, angariado dezenas de empresas, muitas delas criadas na hora e com recurso a testas de ferro, que solicitavam financiamentos junto da entidade bancária onde trabalhava um dos suspeitos detido e que aprovava tais empréstimos, tendo lesado aquela em mais de um milhão de euros” - informa a polícia. www.correiodafeira.pt

Após a concessão dos empréstimos, as empresas criadas propositadamente para as burlas iam à falência, inviabilizando o banco de receber o dinheiro que adiantara. Os montantes eram divididos pelos suspeitos. Os suspeitos, três homens e uma mulher com idades compreendidas entre os 42 e os 65 anos, estão ainda indiciados pelos crimes de falsificação de documentos, associação criminosa, branqueamento de capitais e fraude para obtenção de crédito. Os detidos foram apresentadosna última quinta-feira no Tribunal de Santa Maria da Feira para o primeiro interrogatório judicial, mas não são conhecidas ainda as medidas de coacção.


LANÇADA 1ª PEDRA PARA A CONSTRUÇÃO DO PAVILHÃO DESPORTIVO S. João de Ver Foi lançada no passado sábado, a primeira pedra do Pavilhão Desportivo de S. João de Ver, a ser construído na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, mesmo junto ao campo de jogos do clube desportivo local. A obra agora iniciada terá um investimento total de cerca de 1,3 milhões de euros, sendo que 480 mil euros advêm de comparticipação comunitária. O prazo previsto para a conclusão da obre é de um ano. Coube ao presidente da Junta de Freguesia de S. João de Ver, Amaro Araújo, as honras de abertura da cerimónia de lançamento da primeira pedra do pavilhão. Na presença de vários sanjoanenses anónimos, instituições e associações da freguesia, do director regional do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude, José Cardoso, e de grande parte do executivo da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o presidente da Junta de Freguesia assumiu a “emoção e alegria não fosse este um momento ansiado durante

décadas, sonhado durante anos, trabalhado e idealizado durante meses”. Amaro Araújo aproveitou para agradecer ao presidente da Câmara e seus vereadores e, em particular, a Amadeu Albergaria, presidente da Assembleia Municipal da Feira a quem apelidou de “grande sanjoanense”, sublinhando que o pavilhão “vai permitir a todos os sanjoanenses praticar modalidades até aqui só possíveis noutras freguesias do Concelho”. Para finalizar apelou a que “obra cumpra todos os prazos de execução e que se desenrole dentro da normalidade para que possamos estar cá no próximo ano para a inauguração”. Por sua vez, Amadeu Albergaria admitiu ser um “dia muito feliz e muito emotivo (para ele)”. Até aqui foi uma história política, vai seguir-se o tempo da construção, mas a seguir vem o melhor tempo. Quando o pavilhão se abrir, virá o tempo da história das pessoas que frequentam o pavilhão e das vitórias - espero que sejam

a maioria - e derrotas” – afirmou, lembrando também o nome de Emídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto e Juventude, como fundamental para a aprovação da obra. Seguiu-se a leitura do auto de lançamento da primeira pedra, e respectivas assinaturas, a colocação do mesmo na pedra por Emídio Sousa e a cerimónia de bênção, a cargo do Padre Fernando Tavares (ecónomo) da Comunidade Passionista de Santa Maria da Feira. O encerramento da cerimónia ficou a cargo do presidente da Câmara Municipal da Feira. Emídio Sousa considerou que “o arranque desta obra vai ao encontro das expectativas da população da freguesia, que há muito reivindica este equipamento”. “No meu programa estava incluída a construção de dois pavilhões, o de S. João de Ver e o de Mozelos. Este já está a arrancar e o de Mozelos está para breve” - destacou. Entre os representantes de associações, esteve presente Albino

Maia (representava a Associação Cultural de S. João de Ver em futsal, a mais antiga do Concelho na modalidade) que também manifestou a satisfação pelo momento e o desejo de fazer regressar o futsal à freguesia. “Esta casa vai trazer mais facilidade. Podemos programar e projectar o regresso do futsal ou outras modalidades de pavilhão. Foi um desgosto muito grande quando tivemos de extinguir a modalidade. Tendo o pavilhão aqui vai ser diferente e acho que vamos conseguir regressar. É um objectivo” - garante. Sublinhe-se que o novo pavilhão terá uma área de jogo de 44m x 25m e vai ser construído numa parcela de terreno cedido pela Câmara Municipal. No piso zero vão ficar localizados os balneários, dois grupos duplos para atletas, duas unidades para técnicos e árbitros, gabinete médico, entre outros espaços de apoio. O piso 1 destina-se a áreas administrativas, salas polivalentes para reuniões e formação e acesso público às bancadas.

ROTARY PROMOVE CONCURSO PARA JOVENS ESTUDANTES

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SANTA MARIA DA FEIRA Tendo como finalidade fomentar a criatividade e a imaginação de jovens estudantes, o Rotary Clube da Feira estabeleceu em parceria com o Lancaster King’s School e a FAPFEIRA (Federação das Associações de Pais do Concelho da Feira), para a realização de um concurso aberto aos jovens estudantes que, no ano lectivo de 2014-15, frequentam os 10º, 11º e 12º anos do ensino regular e profissional dos diversos estabelecimentos de ensino públicos e privadas do território de Santa Maria da Feira, ao qual foi dada a designação de projecto “EurekaFEIRA!”. O concurso incidirá sobre as áreas de novos negócios e dos produtos tecnológicos ou industriais. Cada estabelecimento de ensino apenas poderá apresentar a concurso com três projectos em cada uma das áreas e terão de ser inteiramente originais. Os projectos terão ser apresentados até às 24 horas do dia 6 de Abril de, com

O Movimento de Assistência, Cultura e Urbanismo de Rio Meão (MACUR) arrecadou cerca de nome mil euros no seu jantar de beneficiência, promovido com o objectivo de adquirir uma carrinha para transporte de pessoas com mobilidade reduzida cujo custo ronda os 38 mil euros. A instituição agradece a todos os participaram na iniciativa. Os interessados podem contribuir com o seu o donativo através do NIB 0046 0180 0060 0016 6171 9.

referência ao carimbo dos CTT, no caso de envio postal e, o registo de e-mail no caso de correio electrónico. Os melhores trabalhos serão contemplados, com um 1º prémio no valor pecuniário de 500 euros e diploma ou frequência de dois anos lectivos do curso de inglês no Lancaster King’s School; com um 2º prémio no valor pecuniário de 350 euros e diploma ou frequência de um ano lectivo do curso de Inglês no Lancaster King’s School; e com um 3º prémio no valor pecuniário de 150 Euros e diploma ou frequência de um ano lectivo do curso de Inglês no Lancaster King’s School. O júri do concurso será composto por cinco elementos, a designar pelo promotor Lancaster King’s School, que apreciará os projectos apresentados a concurso, devendo o seu trabalho estar concluído até 30 de Abril 2015. Os concorrentes premiados serão informados por correio electrónico da decisão até 4 de Maio. www.correiodafeira.pt

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CULTURA

LAMPREIA PRONTA A DEGUSTAR NO PORTO CARVOEIRO CAENDO O Primavera HFA programa de actividades que animam os dias primaveris nas Aldeias de Portugal em terras de Santa Maria está de volta. A aldeia de Porto Carvoeiro, em Canedo, já tem o seu cartaz pronto a degustar. A lampreia volta a ser o prato de excelência da iniciativa “Almoce Connosco”, já no próximo dia 22 de Março. “Os dias cinzentos e o frio do Inverno não abnegam todos aqueles que têm participado activamente nas diferentes componentes do projecto Há Festa na Aldeia” - afirma a coordenadora da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM), Teresa Pouzada. “A ideia é manter uma dinâmica integrada, cvom espírito de grupo e de entreajuda, promovendo o

Primavera HFA, onde não faltam motivos de interesse para visitar o nosso território” - sublinha. Os progrmas de animação estendem-se aos concelhos de Vilarinho de S. Roque (Albergaria-a-Velha) e Ul (Oliveira de Azeméis) e em Areja (Gondomar). Em Vilarinho de S. Roque, no dia 12 de Abril, haverá um conjunto de iniciativas a ter em conta: “Almoce Connosco”, “Moinhos Abertos”, feirinha e animação, com uma desgarrada de concertinas. Em Ul, está previsto para o dia 9 de Maio uma acção de voluntariado, com oferta de almoço. A iniciativa “Almoce Connosco” - a decorrer dia 1 e 8 de Março em Areja - será um atractivo para deliciar a aldeia de Areja e apreciar uma das iguarias mais apreciadas da região: a lampreia.

LOUREDO E LOUROSA “TEATRO À RODA” ESTÁ DE VOLTA A Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho de Santa Maria da Feira promove, a partir do final deste mês, mais uma edição de Teatro-à-Roda através da qual se divulga o teatro que se faz nas terras feirenses. Grupos de Teatro do Concelho irão proporcionar em 11 freguesias a possibilidade de assistirem a bons espetáculos com acesso

livre e gratuito e que irão decorrer até ao final do mês de Março. Os primeiros espectáculos decorrem já no próximo sábado, em Louredo e Lourosa, com uma peça de teatro do grupo Teatramos, da Voltado Para Poente. Os espectáculos iniciam-se pelas 21h30, em Louredo, no multiusos, e, em Lourosa, no auditório da Junta de Freguesia.

JOÃO SEABRA ANIMA SERÃO DE SÁBADO NOGUEIRA DA REGEDOURA João Seabra vai animar o serão do próximo sábado, no Centro Luso Venezolano, com um espectáculo de stand up comedy. Os bilhetes encontram-se já à venda. A entrada simples, a partir das 22h00, tem o custo de 10 euros, mas para quem

preferir jantar, a partir das 20h00, pagará 25 euros. Os bilhetes podem ser adquiridos no Centro Luso-Venezolano, em Nogueira da Regedoura, na Confeitaria Tropicana, no Café Lausanne, na Tabaria do Mercado, e na Casa Vitó, em Espinho

VAP CELEBRA ANIVERSÁRIO ROMARIZ A Voltado a Poente (VaP), de Romariz, celebrou, no sábado, o seu 7º aniversário num jantar que reuniu na mesma sala o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, o presidente da Junta de Romariz, o representante do Jornal de Romariz e 87 associados e amigos , muitos dos quais ligados à dinâmica VaPiana. O repasto contou com muita 14

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animação, desde poesia popular (de uma associada), à música dos cavaquinhos VaP e da dança. Para culminar um ano cheio de iniciativas, foi dada a notícia há muito esperada: a Vap vai participar na promoção do Castro de Romariz, através da assinatura de um protocolo que será hoje, segunda-feira, discutido em reunião da Câmara Municipal. www.correiodafeira.pt

Museu do Papel sem exposição permanente PAÇOS DE BRANDÃO O Museu do Papel não realiza visitas à exposição permanente entre a próxima quarta-feira e domingo, devido à apresentação do espectáculo Expande, de Madalena Victorino e Pedro Salvador com a comunidade local, integrado na programação do Imaginarius 365.

Idosos apresentam “O Exame do Moitinha” ARRIFANA “O Exame do Moitinha” sobe ao palco na próxima sexta-feira, pelas 15h00, no auditório do Centro Social e Paroquial de Arrifana. O espectáculo é representado pelos idosos da Santa Casa da Misercórdia de S. João da Madeira e a entrada é gratuita.

“Sapatinhos Vermelhos” para os mais pequenos NOGUEIRA DA REGEDOURA “Sapatinhos Vermelhos” é a sugestão do Centro Luso Venezolano para a tarde do próximo domingo. O palco vai encher-se de sapatinhos e os pequenos artistas,. Dos agrupamentos de escolas da Feira e Espinho, terão de encontrar o seu par. Assim que que isso acontecer, terá sido descoberta a sua profissão. O teatro está marcado para as 16h00 e às entradas para crianças até aos 10 anos são gratuitas desde que acompanhadas por um adulto. Os bilhetes para os adultos custam seis euros. As reservas podem ser feitas através do telefone 934 101 224.

Sarau de Dança no Centro Cultura MILHEIRÓS DE POIARES O Centro Cultura de Milheirós de Poiares vai ser palco para um Sarau de Dança Gimnogândara, organizado pelo Ginásio de Cesár. Inicia-se pelas 21h30 e tem uma duração de duas horas. Os bilhetes estão à venda no Ginásio de Cesár. Entretanto, no domingo, realiza-se a habitual Feirinha Rural, na zona de lazer da freguesia.

Bilhetes à venda para Miguel 7Estacas NOGUEIRA DA REGEDOURA Miguel 7Estacas Stand Up Comedy é a proposta do Centro Luso-Venezolano para o próximo dia 28 de Março. Os bilhetes encontram-se já à venda. A entrada simples, a partir das 22h00, tem o custo de 10 euros, mas para quem preferir jantar, a partir das 20h00, pagará 25 euros. Os bilhetes podem ser adquiridos no Centro Luso-Venezolano, em Nogueira da Regedoura, na Confeitaria Tropicana, no Café Lausanne, na Tabaria do Mercado, e na Casa Vitó, em Espinho.

ALUGA-SE

Casa individual T2 c/ terreno em Fornos (perto de Café Andrade) 96 983 02 10


CULTURA

ESPECTÁCULO ORIGINAL HOMENAGEIA TRÊS SÉCULOS DE TRADIÇÃO PAPELEIRA PAÇOS DE BRANDÃO EXPANDE é a mais recente criação artística da coreógrafa Madalena Victorino e do músico Pedro Salvador para o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira. Inspirado na tradição papeleira de Paços de Brandão, e tendo como palco os espaços do Museu do Papel, o espectáculo estreia na próxima sexta-feira, às 21h30, integrando no elenco cerca de 40 pessoas da comunidade. Partindo das “fibras” da história e das gentes locais, EXPANDE explora o passado ligado ao fabrico do papel e cria dinâmicas de futuro, através do som, da música e das palavras, complementares ao desenho coreográfico. “Um momento inesquecível de som e movimento” - revela a coreógrafa Madalena Victorino, que pretende “transformar o Museu do Papel num teatro de vida, de trabalho, de imagens de sonho e da cultura do território”.

EXPANDE é o culminar de uma residência artística de Madalena Victorino com crianças, jovens e adultos de Paços de Brandão, contando ainda com a participação de ex-trabalhadores da indústria do papel com ligações ao território. O espectáculo cruza a expansão corporal e o movimento com a magia do Espande, local de secagem do papel, situado no último piso das antigas fábricas de papel. EXPANDE resulta de um convite do festival Imaginarius a Madalena Victorino, no âmbito da secção Imaginarius 365. Com música de Pedro Salvador, ritmos de Ruca Rebordão, luz de Joaquim Madaíl e energia coreográfica de Marta Coutinho, o espectáculo conta com a colaboração estreita com a DAO, CIRAC e Academia de Música de Paços de Brandão.

Som e movimento

“Sabia que na vila de Paços de Brandão há uma biblioteca com mais de trezentos

anos, que se compõe de livros muito grandes e cinzentos que aparentemente nada têm escrito? Sabia que esses documentos preciosos estão suspensos no tempo e no espaço da memória? Sabia que são feitos de fibra e de água” – lê-se na sinopse do espectáculo, continuando: “Ao ler estes livros, descobrimos de que é feita a fibra que corre nas veias do povo desta terra. Com ela quisemos construir um momento que se E X P A N D E ! para o futuro. Um momento inesquecível de som e movimento. Espande é também o nome do lugar onde esta biblioteca descansa e, por isso, o título de um espectáculo de dança e música que usa a fibra que se esconde nos músculos do corpo, do pensamento e do coração de um elenco que fomos descobrir entre a população desta região”. O espectáculo repete-se no sábado e domingo e a entrada é gratuita, mas com reserva obrigatória através do email pelouroctbm@cm-feira.pt

CARTÃO TURÍSTICO FEIRA CARD E BILHETE EXPERIÊNCIA APRESENTADOS NA BTL A apresentação do cartão turístico Feira Card e do Bilhete Experiência da Viagem Medieval são duas acções de promoção de Santa Maria da Feira na BTL – Feira Internacional de Turismo, que se realiza de quarta-feira a domingo, no Parque das Nações, em Lisboa. Integrado no stand do Turismo do Porto e Norte de Portugal, o município feirense vai promover os eventos e os equipamentos turísticos, o património natural e arquitectónico do território e a gastronomia local, com sessões de degustação gastronómica “Sabores Feirenses”, onde não vão faltar a Fogaça da Feira, os queijos da terra e o licor Chamoa. O Feira Card é apresentado no primeiro dia da BTL, na próxima quarta-feira, pelas 15h30, no stand do Porto e Norte. O vereador da Cultura, Turismo, Biblioteca e Museus, Gil Ferreira, dará a conhecer esta iniciativa da Câmara Municipal e de um conjunto de parceiros, que visa promover o destino Santa Maria da Feira enquanto Palco de Experiências. Os portadores deste novo cartão (turistas

e visitantes, nacionais e estrangeiros) passam a beneficiar do acesso gratuito, ou a tarifas competitivas, a diversos produtos e serviços turísticos disponíveis no território. “Com o Feira Card pretendemos estimular a visita a Santa Maria da Feira e possibilitar aos portadores do cartão a oportunidade de prolongarem a sua estadia, usufruindo das ofertas disponibilizadas, seja na visita aos principais equipamentos turísticos, seja na restauração, comércio local e programação cultural do Cineteatro António Lamoso” - adianta Gil Ferreira. “O grande objectivo é motivar ao regresso, fidelizando turistas e visitantes” - acrescenta o responsável. Na quinta-feira, às 15h00, Gil Ferreira apresenta os Bilhetes Experiência da Viagem Medieval aos operadores turísticos da BTL e convidados. Este produto turístico inovador permite aos visitantes da maior recriação histórica do País viver o evento de uma forma mais intensa e sensorial, permitindo, por exemplo, que participem de forma activa num combate

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medieval. “Dirigido aos verdadeiros aficionados por recriações históricas, o Bilhete Experiência visa a captação de novos segmentos de público e a qualificação da oferta aos turistas, permitindo que maximizem a sua experiência na Viagem Medieval” refere Gil Ferreira. Em 2014, ano de estreia deste novo produto turístico, as experiências mais procuradas pelos visitantes da Viagem Medieval foram a participação como guerreiro no espectáculo de grande formato e o jantar no Povoado. O fast pass de acesso às áreas temáticas e as visitas pelo recinto com guia também registaram uma adesão crescente ao longo dos 11 dias do evento” - recorda o vereador que tutela a pasta do Turismo. Até domingo, o Município de Santa Maria da Feira marca presença na maior feira de turismo de Portugal, integrado no stand do Porto e Norte de Portugal, onde estarão representados os principais produtos turísticos e eventos da região Porto e Norte de Portugal.

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Introdução

D. FLORENTINO

Paulo de Andrade e Silva

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No ano de 1955, foi criado o Pacto de Varsóvia; Peron é deposto na Argentina. Morrem James Dean, Carmen Miranda e Norton de Matos. Nascem Sarkozy, Baltazar Garzón e Rui Reininho. Em 1989, cai o Muro de Berlim; a Polónia tem eleições livres ganhas pelo Solidariedade; é anunciado o fim da Guerra-Fria. Morre Salvador Dali e nasce muita gente que vai desbravando o seu caminho na história. Entre estas duas balizas temporais (1955-1989) decorre a vida de D. Florentino de Andrade e Silva enquanto bispo. Foram anos de grandes mudanças no mundo, e também em Portugal, tendo cabido a D. Florentino viver e exercer o seu múnus episcopal em circunstâncias particularmente difíceis. E, curiosamente, difíceis desde dentro. Creio não disparatar, dizendo que os maiores escolhos que teve na sua vida de Bispo, provieram do interior da Igreja. Para me guiar por estes 34 anos, vou recorrer a palavras do próprio D. Florentino, que em síntese muito sincera, se referiu à sua vida de Bispo da seguinte forma: “Depois de um quadriénio doloroso, vivi no Porto um longo período de dez anos, que foi a parte mais significativa – Deus sabe se frutuosa – da minha vida. A seguir, foram três anos, também completos, em que se abandona um pobre bispo, habituado a intenso trabalho, à mais desumana inactividade”. Estas palavras, datadas de 19 de Abril de 1980, escreveuas ao Papa João Paulo II agradecendo a carta que este lhe dirigira para o felicitar pelo 25º aniversário da sua ordenação episcopal. Antes de avançar, convém fazer aqui uma declaração de interesse: sou sobrinho-neto de D. Florentino de Andrade e Silva; foi ele que me fez cristão e dele tenho as mais gratas recordações. Tentarei, todavia, ser o mais objectivo possível e, para esse efeito, vou aterme (sempre que possível) a factos que são verificáveis, públicos.

O PASTOR DE ALMAS 1 - OS ANOS DO PORTO

Relativamente ao “quadriénio doloroso”, isto é aos anos vividos como Bispo-auxiliar do Porto (1955/59), não creio que valha a pena dizer mais. O próprio D. Florentino, que era comedido, ponderado, nas palavras e nos actos, cunhou a expressão. Parafraseando o Evangelho: “Quem tiver ouvidos para ouvir, que oiça”. Em 1959, tendo o Bispo do Porto sido impedido de entrar em Portugal após gozo de férias, e tendo, portanto, a diocese ficado com um prelado impossibilitado de a governar, a Santa Sé nomeia, em Outubro, D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico sede plena da diocese do Porto, com todos os poderes de bispo residencial. É esse o “longo período de dez anos” que foi a parte mais significativa da sua vida. Reparemos que D. Florentino não diz, da sua vida enquanto bispo mas, pretende abarcar a totalidade da sua existência. Para quem, como

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ele, não falava sem pensar, é uma afirmação de extrema seriedade e importância. Tenha-se em conta, além do referido, que esta afirmação foi feita numa carta dirigida ao Papa e em 1980 quando, portanto, D. Florentino já estava retirado em Santo Tirso e se podia dedicar mais, como tanto gostava, à contemplação. Estamos sem dúvida na presença de palavras especialmente meditadas e sopesadas. Efectivamente aqueles dez anos como Administrador Apostólico foram repletos de actividades da maior importância para a diocese portucalense e, portanto, para a Igreja no seu conjunto. Felizmente, têm sido dados à estampa nos últimos anos, trabalhos de investigação aturada e fundamentada, sobre esse período, que iluminam de forma decisiva uma época ensombrada da história recente da Igreja em Portugal. Em todo o caso, e porque se trata de assinalar neste jornal o centenário do nascimento deste ilustre Bispo, é imperioso referir as suas principais reali-


zações enquanto Administrador Apostólico da Diocese do Porto e Bispo do Algarve.

Recepção a D. florentino nos Paços do Concelho

virá a abrir com a visita de Nossa Senhora de Fátima, e a encerrar com a Visita pastoral e Administração do Crisma”. Toda esta ingente actividade, que, alias, foi objecto de uma Carta Pastoral em 1965, culminou com a realização em 1969 da “Missão”, na cidade do Porto. Desta acção capilar no extenso território da diocese do Porto, resultou um melhor conhecimento dos problemas e anseios das várias regiões pastorais, que culminou, por exemplo, com a criação de novas paróquias e a construção de várias igrejas.

Obra das Vocações Sacerdotais, construção do Seminário do Bom Pastor D. Florentino - Benção da casa dos Cursos de Cristandade

O Secretariado Diocesano de Acção Social

Tendo começado informalmente a funcionar em 1963 e dotado de personalidade jurídica em 1966, estava-se perante “um trabalho organizado de acção social e apostólica (…) nos bairros pobres da cidade”, recorrendo à colaboração dos elementos da Acção Católica e dos Cursos de Cristandade. No fundo, tratava-se de tomar a seu cargo o trabalho de assistência social (era esta a expressão corrente na altura) aos moradores dos bairros mais carenciados. O trabalho tinha como ponto de apoio o chamado “Centro Social”, instalação física que começou a ser construída na década de 60 nos bairros camarários, com o apoio da própria edilidade que, desde o início, acarinhou a iniciativa. Assim nasceu, dentro do Secretariado, a Obra Diocesana de Promoção Social nos Bairros Camarários do Porto, a qual – para além de velar pelo bem espiritual das populações – preocupava-se, também, com situações bem concretas e materiais: instalação de telefone e marco do correio; instalação de um mercado, de posto de enfermagem e de creche. Este Secretariado foi extinto por D. António Ferreira Gomes, logo após o seu regresso à diocese.

A Missão Diocesana

D. Florentino em visita Pastoral ao Cerco do Porto Em 1964, o Administrador Apostólico da diocese do Porto, recebe um Bispo-auxiliar, D. Alberto Cosme do Amaral. (Segundo o próprio D. Florentino me referiu, quando pediu a nomeação de um bispo auxiliar à Santa Sé, apenas indicou esse nome, ao contrário do que era habitual). Com essa importante ajuda, o Administrador Apostólico acomete a grande tarefa de, na sequência do concílio Vaticano II, renovar pastoral, apostólica e espiritualmente a Diocese. Tal “plano de reavivamento religioso, terá por fulcro uma Missão Diocesana, coroada pela Visita Pastoral.” A diocese seria dividida em zonas pastorais “que serão percorridas, sucessivamente, (uma quinzena em cada freguesia), por equipas de sacerdotes bem treinados (…). A Missão

Cursos de Cristandade, Equipas de Nossa Senhora, Movimento para um Mundo Melhor

D. Florentino - Benção da primeira pedra do Semninário Bom Pastor Logo em 1961, D. Florentino de Andrade e Silva, pôs a funcionar a Obra das Vocações Sacerdotais que havia sido criada pelo Bispo da diocese em 1957 embora sem ter passado do papel. Esta obra pretendia fomentar o aumento das vocações sacerdotais, num contexto de escassez (e vetustez) do clero, numa Diocese com quase um milhão e meio de habitantes. Paralelamente, surge a necessidade de um novo seminário. E novo, não apenas nas paredes mas, sobretudo na abordagem pedagógica da qual os espaços seriam o natural reflexo. Tratava-se de implementar o sistema de internato ao ar-livre, considerado pioneiro. E assim, após inúmeras vicissitudes, estudos e trabalhos, abre as suas portas (sem que as obras estejam concluídas) o seminário do Bom Pastor no ano lectivo de 1968/69, cujo primeiro Director será o Padre João de Miranda Teixeira, mais tarde Bispo auxiliar do Porto. Muitos anos depois, ainda D. Florentino falava com visível satisfação desta obra; não pelo prazer de deixar obra feita mas antes pela convicção da sua necessidade e importância para a Igreja.

O Centro de Cultura Católica

Em Agosto de 1964, na iminência da chegada do Bispo-auxiliar, e revelando-se exíguas as instalações da Torre da Marca, passa o administrador Apostólico a residir no “verdadeiro Paço Episcopal da Diocese”. Esta mudança também foi operada por D. Florentino e, bem assim, o início das necessárias obras de restauro e conservação do Paço Episcopal que se encontrava em muito mau estado. Ficou, portanto, o conspícuo edifício da Torre da Marca, desocupado e carente de nova utilização. Por pouco tempo, no entanto, dado que, logo em Outubro de 1964, é convertido em Centro de Cultura Católica. Sob esta designação se abarca o Secretariado Diocesano da Educação Cristã (formação de catequistas) e, também, o Curso Superior de Cultura Religiosa e actividades de carácter pontual (exposições, conferências, etc.). www.correiodafeira.pt

Correndo risco de agrupar realidades (muito) diferentes, o que importa aqui destacar é a grande abertura sempre evidenciada por D. Florentino de Andrade e Silva relativamente a todos aqueles que procuravam servir o Evangelho. Exemplo disto, será o apoio que deu aos três movimentos referidos que conheceram, durante a sua Administração Apostólica, grande pujança na diocese do Porto. Idêntica afirmação se poderia fazer relativamente a Institutos Seculares e outras instituições de consagrados “Não tenho medo das pessoas consagradas” – disse-me D. Florentino algures nos anos 70 do século XX). Atitude sábia e de profunda humildade evangélica.

Participação no Concílio Vaticano II

D. Florentino - Concilio Vaticano II Logo em Maio de 1962, através de extensa carta pastoral intitulada “O Concílio Ecuménico no mundo de hoje”, o Administrador Apostólico da Diocese do Porto se dirige à sua porção do povo de Deus, alertando, para esta magna reunião e salientando a sua importância. Como Bispo, participou em todas as sessões do Concílio e logo em 1965, dando seguimento ao estipulado em algumas Constituições conciliares, nomeia a Comissão Litúrgica Diocesana e a Comissão Diocesana de Música Sacra. Em 1967 cria o Conselho Presbiteral, órgão consultivo dos prelados diocesanos, que se pretendia representativo dos sacerdotes da Diocese.

Comissão Episcopal de Liturgia

Na sequência das directivas emanadas do concílio Vaticano II (celebração sacramental em vernáculo, etc.) procedeu-se a uma completa reforma litúrgica no mundo católico. Em Portugal, a Comissão que, no âmbito da Conferência Episcopal, se encarregou desta tarefa, foi presidida por D. Florentino de Andrade e Silva.

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Preocupação com os (e)mi- Fim da Administração Aposgrantes, visita a Angola tólica de D. Florentino na diocese do Porto.

D. Florentino em visita à diocese de Sá da Bandeira Demonstração inequívoca da preocupação social e da atenção às características sociológicas do tempo em que D. Florentino viveu e foi bispo, foi a sua preocupação com o fenómeno da (e)migração, fosse sob a forma de êxodo rural e afluxo aos grandes centros, fosse enquanto deslocação a países estrangeiros. Na verdade, escreveu em Abril de 1967, uma carta Pastoral intitulada “Emigrantes nossos irmãos” que ainda hoje surpreende pela sua actualidade. Conceitos tão em voga no século XXI, como solidariedade e integração, são glosados e invocados por D. Florentino, no documento que atrás referi, sempre numa perspectiva apostólica, pastoral. Na mesma linha pastoral se insere a visita que D. Florentino realizou a Angola, no ano de 1968. O contexto político é conhecido mas o Bispo não se deixou condicionar, apenas tendo em mente acompanhar os inúmeros sacerdotes da diocese do Porto que se tinham deslocado para Angola, no exercício das suas funções. Foram dias intensos, em que visitou várias dioceses e os respectivos prelados e missões para ouvir testemunhos directos. Ao contrário do que alguns podem pensar e outros até disseram, D. Florentino não viveu numa torre de marfim, num confortável desconhecimento do mundo que o rodeava. Pelo contrário: “Nada do que era humano lhe era estranho”. Mais tarde, já resignatário nos anos 80 do século XX, aquela mesma solicitude pelos que estão longe da pátria, o levou a Newark, nos Estados Unidos da América, correspondendo a um convite da grande comunidade portuguesa aí radicada, para a pregação da Semana Santa. Regressou da América entusiasmado com a vitalidade dos lusodescendentes e desvanecido com a forma como o receberam e obsequiaram. Mesmo sem ter já a responsabilidade directa de qualquer diocese, é sempre o bispo atento e disponível.

D. Florentino em visita à Missão Caconda em Angola 18

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Em meados de 1969, termina – com o regresso de D. António Ferreira Gomes à sua Diocese – a Administração Apostólica de D. Florentino. Nesta circunstância, recebe uma carta subscricta pelo Papa Paulo VI, datada de 26 de Junho de 1969, elogiando o trabalho desenvolvido no Porto: “o bom trabalho realizado e a grata recordação que da sua pessoa e actividade irão conservar os sacerdotes e os fiéis da diocese do Porto” e expressando “a Nossa particular e paterna gratidão”. Mais adiante o Santo Padre, refere acompanhar com as suas orações e pensamento afectuoso “a actividade que, num futuro próximo, será chamado a desenvolver ao serviço da Santa Igreja”. D. Florentino despede-se da diocese do Porto num breve texto transparente, agradecido e conciliador, que envia à Voz do Pastor, órgão oficioso da diocese. Nessas breves palavras não deixa de expressar o seu sofrimento com a contenção que o caracterizava e que o momento impunha.

«Prestes a deixar o governo desta Diocese do Porto, desejo dirigir aos seus Diocesanos uma palavra de despedida”. Pouco direi do passado. Foram dez anos de trabalho em circunstâncias penosas. Procurei apenas servir. Preferi o silêncio, na medida em que também ele podia ser mensagem. Estive sempre com a Igreja. Estive sempre com o Papa. Nunca estive contra ninguém. Não alienei a consciência. Parto tranquilo e considero isto graça de Deus. Sobre o futuro, exprimirei um grande voto: que, em torno do seu Bispo, a Diocese se una, viva, cresça e prospere na caridade, na fé e na paz. Assim se edificará a Igreja e se dará testemunho da sua unidade. A quantos me deram a sua ajuda em colaboração leal e, tantas vezes, em dedicação sacrificada, estou muito reconhecido. Evocando com respeito a memória e o alto exemplo de Mons. Vigário Geral, devo prestar especial gratidão ao Senhor Bispo Auxiliar, cujo trabalho e virtude bem merecem da Diocese. Finalmente, para toda a Grei diocesana almejo as graças da Salvação e imploro a Benção de Deus”. Porto, Paço Episcopal, 1 de Julho de 1969. † Florentino, Adm. Apost. www.correiodafeira.pt

Ramalhete Espiritual com as armas episcopais

Os Três anos de Abandono

E começam, então, os “três anos,(…), em que se abandonou um pobre bispo, habituado a intenso trabalho, à mais desumana inactividade, não obstante a promessa em contrário de uma bondosa Carta autografada de Sua Santidade Paulo VI, que foi grande mártir sem sangue.(…) Compreendemos (…) que a chamada diplomacia Vaticana possa às vezes dar mostras de uma certa falta de memória, de coragem e até de justiça, deixando no olvido o que devia ser, ao menos em alguns momentos, lembrado com simplicidade. (…)”, anotou D. Florentino. Foram anos de grande solidão, passados na Vila da Feira, em casa do irmão Antero e no Porto, em casa da sobrinha Eulália. A saúde sofreu o seu primeiro grande revés, que deixou vestígios


D. Florentino em Monchique com toda a consequente convulsão política e social que é conhecida e que, como se sabe, muito afectou também a Igreja Católica. Mais uma vez, portanto, coube a D. Florentino ser bispo em circunstâncias difíceis e numa diocese muito carenciada. A nomeação foi entendida por alguns círculos familiares próximos, como uma espécie de ostracismo. D. Florentino, não partilhava dessa convicção, nem gostava de que o assunto fosse posto nesses termos. Pelo contrário, viu neste novo encargo pastoral a oportunidade tão desejada de voltar ao apostolado directo, de se entregar novamente à acção. Foi especialmente significativo o cuidado que teve com a defesa do património artístico da diocese, a cujo arrolamento mandou proceder. Mas, como é evidente, o fulcro da sua actuação foi eminentemente pastoral: visitou paróquias, dedicou especial atenção à catequese (também de adultos) tendo escrito, uma Carta Pastoral sobre o assunto. Nesses tempos, devido a escassez de vocações e de sacerdotes, D. Florentino convida várias Comunidades Religiosas para a Diocese do Algarve: Companhia de Jesus, (ausente havia 216 anos, resultado da politica de Marques de Pombal que os expulsa do Reino); os Padres Espiritanos; os Padres Claretianos. Mas convida também Congregações femininas: a Congregação da Divina Providência e Sagrada Família; a Congregação das Doroteias; as Carmelitas Descalças.

a nível da visão. Lembro-me de, miúdo ainda, o ir visitar com os meus Avós paternos. Usava uns óculos muito escuros e falava muito baixinho; sempre muito atencioso, perguntando pela restante família, pela escola… Hoje, ao pensar nesses dias, vêm-me à memória aqueles escritos dos místicos, em que falam das noites da alma.

2 - OS ANOS DO ALGARVE

Em Julho de 1971, chega ao fim, esse tempo de abandono, com a nomeação para Bispo do Algarve. Convém termos presente que durante os anos em que D. Florentino regeu a diocese do Algarve, ocorreu a revolução de Abril,

D. Florentino em visita Pastoral a Albufeira

3 – A RESIGNAÇÃO – OS ANOS FINAIS

Infelizmente, os anos do Porto, de intensa actividade, a que seguiu um triénio de abandono, produziram efeitos deletérios na sua saúde, pelo que no ano de 1977, entendeu apresentar a sua resignação. (Na verdade, em 1974, já novo revés de saúde havia voltado a deixar as suas marcas). Com 62 anos de idade era ainda um homem novo; no entanto, sentia-se desapossado www.correiodafeira.pt

do seu vigor e, eventualmente, incapaz de dar à Igreja aquilo de que ela precisava. E, mais uma vez, com coragem e frontalidade, decide pelo que considerava ser o melhor para o serviço das almas. Havia a convicção, nos mais próximos, de que, como bispo emérito, D. Florentino, terminaria os seus dias no Mosteiro Beneditino de Singeverga; e, efectivamente, a pedido de D. Florentino, tal hipótese foi analisada e, mesmo, votada favoravelmente por unanimidade pelo Capítulo da comunidade. Aquela busca da paz monástica, aquele desejo de dar primado à contemplação, já tinha surgido nos anos quarenta, tal como se referia no artigo publicado no mês anterior do Correio da Feira. Agora, porém, já não havia os impedimentos de outrora e tudo se inclinava nesse sentido. E assim foi; mas não em Singeverga. Os motivos da mudança foram de ordem prática: a instâncias dos mais próximos e também dos médicos, foi aconselhado a procurar uma alternativa que lhe permitisse maior facilidade nos cuidados clínicos, tendo surgido, como hipótese, a Casa das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Depois de ponderar as duas alternativas e de ouvir, como sempre fazia, os que o rodeavam deu entrada, em Setembro de 1977, na Quinta de S. José, em Fontiscos, Santo Tirso, Noviciado das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

D Florentino - Consagração das Terras de Santa Maria A Quinta de S. José era (é) um sítio muito aprazível e nela D. Florentino dispunha de aposentos cómodos, de acesso fácil pela entrada principal sem, portanto, perturbar a vida da Comunidade. Estava visivelmente feliz e em paz. As Irmãs Franciscanas eram inexcedivelmente carinhosas e solícitas. Os dias decorriam serenos. De quando em vez, ocorria uma visita de familiar ou amigo, que, se aparecia de manhã, era convidado para almoçar. Almoços simples, fraternos e simpáticos. Como fraterno e simpático era tudo o que o rodeava ali. Foi nesse ambiente de tranquilidade e oração, no dia 7 de Dezembro de 1989, nas vésperas do dia da Festa da Imaculada Conceição, que veio a falecer, indo ao encontro do Deus que sempre amou e serviu. As exéquias solenes tiveram lugar na Sé Catedral do Porto, diocese a que pretencia e se entregou incondicionalmente, presididas pelo Senhor Arcebispo-Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas na presença de todo o episcopado português, centenas de sacerdotes, familiares e todos os que quiseram prestar a ultima homenagem, àquele que foi o seu Bispo. De grande que é o templo da Catedral do Porto, tornou-se pequeno para acolher a imensa assembleia agradecida. O cotejo fúnebre seguiu para a sua Terra Natal, Mosteirô – acompanhado do Bispo do Porto e seus auxiliares e várias dezenas de sacerdotes – onde se celebrou nova cerimónia fúnebre. Foram a sepultar os seus restos mortais em jazigo de família. E ai espera a ressurreição prometida. No dia das suas exéquias, disse-me o Senhor D. José Augusto Pedreira: “Bela vida, a do seu Tio”. Assino por baixo. Da autoria de Dr. António Teixeira Fernandes duas grandes obras que dão a conhecer o ilustre Bispo 23.FEV.2015

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DESTAQUE

NOVO ADMINISTRADOR JÁ TRABALHA NO CHEDV

ECONOMISTA VILACONDENSE À FRENTE DO HOSPITAL DA FEIRA Orlando Macedo

Nomeado na semana passada em sessão de Conselho de Ministros, o novo presidente da administração do Centro Hospitalar de Entre –Douro e Vouga (CHEDV) já entrou em funções. Trata-se de Paiva e Costa, um economista licenciado pela Universidade do Porto, que foi vogal do conselho de administradores da Administração Regional de Saúde do Norte e nos últimos anos tem trabalhado na área de administração de saúde, factor a que não é alheio o a especialização académica em Administração Hospitalar e Gestão de Serviços de Saúde. No currículo profissional regista passagem pela administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, em Santo Tirso, em que – na qualidade de vogal com funções executivas – coordenou o respectivo Gabinete de Gestão de Risco e dos serviços de Recursos Humanos e Instalações e Equipamentos. O economista vila-condense também prestou consultoria especializada a empresas que actuam no ramo da Saúde, e até 2013 dirigiu uma unidade prestadora de cuidados de ambulatório com sede no Porto. De notar ainda que Paiva e Costa transita do Centro Hospitalar do Médio Ave, para que fora nomeado por Passos Coelho a 29 de Maio do anos passado,

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em regime de substituição de um dos anteriores vogais executivos.

Confiança do futuro

Ainda no final da semana passada o novo homem-forte da administração do CHEDV reconheceu à Lusa que o aguarda uma tarefa com “um certo grau de complexidade”, mas revelou optimismo, deixando um primeiro “recado” com destinatários internos: “Acredito nos nossos profissionais e no seu envolvimento e motivação, para fazer a diferença na garantia de um serviço de saúde com os mais elevados padrões de qualidade à população da nossa área de referência”, afirmou, acrescentando ainda acreditar em que é possível “superar as adversidades e alcançar para esta instituição o estatuto que sempre teve, de entidade reconhecida no país como uma referência na área hospitalar”. Pelo mesmo diapasão parece afinar Emídio Sousa que – entre elogios à administração cessante – disse acreditar em que “a nova administração também irá ter um excelente desempenho”, considerando a experiência profissional do novo administrador se traduz por “um bom sinal”. A acompanhar Paiva e Costa na administração do CHEDV estão Margarida Ornelas (mantém-se em funções) e Rita Moutinho, que chega do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa. A equipa integra www.correiodafeira.pt

JOSÉ MIGUEL DIAS PAIVA E COSTA nasceu e vive em Vila do Conde, onde é Presidente da Assembleia de Militantes do PSD e membro da autarquia. Foi cabeça de lista na candidatura do PSD à Câmara Municipal de Vila do Conde, nas últimas eleições autárquicas, que perdeu para a socialista Elisa Ferraz, que detém ali a maioria absoluta . Apesar de ter classificado aquela candidatura em 2013 como “um acaso” no contexto geral da sua carreira de gestor, o novo administrador do CHEDV mantém uma intensa actividade política, encabeçando a oposição laranja à maioria socialista na autarquia vila-condense. Segundo registos da candidatura, na sua candidatura à câmara de Vila do Conde, Paiva e Costa propunhase, dentre outras propostas, “baixar a tarifa da água”. ainda Paula Sarmento (confirmada no cargo de Directora do Hospital da Feira) e Sara Pereira, que já integravam o quadro do H. S. Sebastião.


Francisco Batista estreiase com um empate

Paços de Brandão de novo na liderança

Feirense empata com o Padroense (1-1)

Lamas Futsal ĂŠ vice-lĂ­der

O novo treinador do S. João de Ver, substituiu Miguel Avelar, alcançou o empate em S. João da Madeira (1-1).

VitĂłria sobre o Alvarenga (2-1) e folga do Mansores premitiu Ă equipa do Concelho regressar ao topo da tabela.

A equipa orientada por Nuno Manta empatou no arranque da 2.ª fase do Nacional - Promoção - Zona Norte.

VitĂłria sobre o Cohaemato (4-2) garante subida ao 2.Âş lugar a duas jornadas do fim da 1.ÂŞ fase.

Futebol

Futebol

Juniores

Futsal

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DESPORTO

FEIRENSE PERDE SEM CONTESTAĂ‡ĂƒO NĂŠlson Costa desporto@correiodafeira.pt

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Feirense - Portimonense

O Feirense perdeu de forma incontestĂĄvel em casa do Freamunde (2-0) em partida referente Ă 29.ÂŞ jornada da II Liga. Djim e Ansumane marcaram os golos da vitĂłria da equipa orientada por FilĂł. II LIGA Perante um Feirense a jogar atrĂĄs da linha da bola e a procurar explorar o contra-ataque, o Freamunde assumiu as despesas ofensivas do jogo e anulou praticamente qualquer lance de perigo junto da sua baliza. SĂł por uma vez (32’) o guarda-redes Jorge Batista foi chamado Ă acção, num cruzamento-remate de Paulo Grilo. Por outro lado, os locais jogavam em ataque organizado, privilegiando a circulação de bola e a largura no ataque. No entanto, inicialmente, sentiram algumas dificuldades para entrar no Ăşltimo terço do Feirense. AtĂŠ que Djim, avançado cedido pelo FC Porto, possante fisicamente e muito rĂĄpido, construiu em velocidade a jogada do golo inaugural (36’). O belga, com um forte remate, em plena pequena ĂĄrea fogaceira, bateu Paiva e inaugurou o

marcador. Na segunda parte o domĂ­nio continuou a pertencer ao Freamunde, sempre com Djim em particular destaque. Todavia foi Ansumane (67’) a dilatar a vantagem. O avançado dos visitados antecipou-se a Paiva, apĂłs cruzamento de Huguinho na esquerda, e finalizou com sucesso. Pouco depois (69’), Diogo Fonseca, que tinha entrado quatro minutos antes, viu o vermelho directo, deixando o Feirense a jogar com dez unidades, facilitando ainda mais a tarefa dos locais que, atĂŠ ao final do jogo, limitaram-se a gerir a vantagem. A meio da semana passada, na quarta-feira (18 de Fevereiro) realizou-se a 28.ÂŞ jornada da II Liga. O Feirense recebeu e venceu o Portimonense por 2-1 com golos Fabinho e Paulo Grilo.

NOVO EMPATE CONCEDIDO NA COMPENSAĂ‡ĂƒO O Lourosa deixou-se empatar em CinfĂŁes com um golo sofrido na compensação, em partida referente Ă 2.ÂŞ jornada da fase de manutenção da CNS.

CNS Tal como na semana passada, o Lourosa voltou a deixar fugir os trĂŞs pontos com um golo sofrido no perĂ­odo de compensação (93’), atravĂŠs de uma grande penalidade muito duvidosa, convertida por Eduardo. Os lusitanistas entraram muito bem na partida, a praticar bom futebol. Esteve a vencer por 2-0, primeiro com um golo de Lima, tambĂŠm numa grande penalidade a castigar falta que parece ter sido fora da ĂĄrea, e depois por Pedro Silva, jĂĄ na segunda parte e depois da

expulsĂŁo de NĂŠlson por duplo amarelo (o primeiro amarelo parece exagerado). Depois da expulsĂŁo o Lourosa viu-se obrigado a recuar no terreno, mas ia conseguindo segurar as investidas do CinfĂŁes. SĂł que, nos minutos finais, o ĂĄrbitro assinalou duas grandes penalidades, no mĂ­nimo, duvidosas. Antes do lance jĂĄ mencionado que resultou no empate, o CinfĂŁes reduziu a desvantagem numa grande penalidade onde nĂŁo parece haver qualquer falta sobre o jogador da casa. www.correiodafeira.pt

CinfĂŁes

2

Lourosa

2

EstĂĄdio Municipal Prof. Cerveira Pinto Ă rbitro: Pedro Rocha CinfĂŁes: Celso; Eduardo, Fabeta (Ruizinho, 71’), Diogo Vila, Ari, VĂ­tor Diogo, Serra, Alex, Jorginho, Lukinha (LuĂ­s Carvalho, 40’), JoĂŁo BeirĂŁo Treinador: Arlindo Gomes Lusitânia Lourosa: Marco; Tiago Ferreira, AntĂłnio, Ricardo Correia, Pedro SĂĄ, NĂŠlson, Joel Silva, Ricardo Gomes, Lima, Allan (Carvalho, 89’), Pedro Silva Treinador: Adolfo Teixeira Acção Disciplinar: CartĂŁo amarelo a Ricardo Correia (10’), Tiago Ferreira (12’), Ari (26’), Fabeta (31’), Lukinha (39’), NĂŠlson (45’+1’ e 46’), JoĂŁo BeirĂŁo (52’), Jorginho (63’), Alex (64’), Joel Silva (75’), Pedro Silva (92’). CartĂŁo vermelho, por acumulação de amarelos, a NĂŠlson (46’)

Freamunde 2 Feirense

0

Complexo Desportivo do SC Freamunde Ă rbitro: JoĂŁo Malheiro Freamunde: Jorge Baptista; Tiago Mesquita, Rocha, LuĂ­s Pedro, Huguinho, Pedrinho (Rui RaĂ­nho, 79’), Barbosa, Robson, Fausto Lourenço (Leandrinho, 68’), Djim (Dally, 89’), Ansumane Treinador: FilĂł Feirense: MĂĄrcio Paiva; Barge, Henrique (Ryan Hirooka, 88’), Pedro Santos, Paulo Grilo, Jefferson, Fabinho, Ruben Oliveira, Ouattara (Diogo Fonseca, 65’), CafĂş, Gonçalo Abreu Treinador: Pedro Miguel Acção Disciplinar: CartĂŁo Amarelo a Ouattara (15’), Barge (21’), CafĂş (43’), Pedrinho (43’), Barbosa (48’), Jefferson (59’), Rocha (61’), Henrique (78’), LuĂ­s Pedro (82’), HĂŠlder Rodrigues (83’) e Gonçalo Abreu (90’+3’). CartĂŁo vermelho directo a Diogo Fonseca (69’) Golos: Djim (36’), Ansumane (67’)

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Golos: Lima (27’ g.p.), Pedro Silva (50’), Eduardo (83’ e 93’, ambos de g.p.)

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futebol

FRANCISCO BATISTA SUBSTITUI MIGUEL AVELAR NO S. JOĂƒO DE VER Diogo Rosa

O último classificado da sÊrie D do Campeonato Nacional de Seniores, o S. J. Ver dispensou, recentemente, o seu tÊcnico Miguel Avelar, que foi substituído por Francisco Batista, tÊcnico que conhece bem a equipa. O seu carinho pela vila e pelo clube dão esperança a António Coelho, presidente do S. J. Ver, que espera conseguir a manutenção.

Francisco Batista, treinador que substituiu Miguel Avelar no comando tÊcnico do S. J. Ver, darå uma entrevista ao Correio da Feira, onde explicarå a sua opção e as suas expectativas para o que resta da temporada, que sairå na próxima .edição do jornal

NOVO TREINADOR O S. J. Ver estĂĄ a atravessar um perĂ­odo difĂ­cil na sua histĂłria. Uma grave crise desportiva e financeira sĂŁo dois motivos que deixam o clube no Ăşltimo lugar na sĂŠrie D do Campeonato Nacional de Seniores. Devido aos maus resultados, Miguel Avelar, tĂŠcnico que iniciou a ĂŠpoca, foi dispensado. AntĂłnio Coelho, presidente do clube, explica que os resultados negativos foram o Ăşnico motivo para a dispensa do tĂŠcnico. “DispensĂĄmos o Miguel Avelar Ăşnica e exclusivamente pelos maus resultadosâ€? – afirmou o presidente do S. J. Ver. Os treinadores vivem dos resultados e Miguel Avelar nĂŁo resistiu a tantos desaires. Apesar desta prestação aquĂŠm das expectativas, o seu trabalho foi elogiado pelo presidente do S. J. Ver, que agradeceu a “dedicação e empenhoâ€? do tĂŠcnico ao longo do tempo que passou no clube. No entanto, Miguel Avelar nĂŁo agradou a todos. SĂłcios e adeptos do clube consideraram que o tĂŠcnico passou tempo demais no comando da equipa, nĂŁo compreendendo o porquĂŞ de sĂł ter saĂ­do na 1.ÂŞ jornada da 2.ÂŞ Fase e nĂŁo na Ăşltima jornada da 1.ÂŞ Fase. AntĂłnio Coelho explicou a sua decisĂŁo, considerando-a tar-

dia. “PensĂĄmos em mudar no final da 1.ÂŞ fase mas acreditĂĄvamos que as coisas podiam mudar na 2.ÂŞ fase. Nada mudou e mais vale tarde do que nuncaâ€? – concluiu o presidente, acrescentado ainda que esta foi uma medida para evitar a descida. ApĂłs a dispensa de Miguel Avelar, Francisco Batista foi o homem escolhido para o seu lugar. O novo tĂŠcnico do clube regressou a uma casa que bem conhece, uma vez que jĂĄ treinou a equipa. O presidente do S. J. Ver explicou a sua opção com base no historial do novo treinador. “O Francisco ĂŠ um homem com um grande historial. Para alĂŠm disso, ele gosta do clube e isso ĂŠ muito importanteâ€? – confessou AntĂłnio Coelho. Apesar de ter um novo treinador, o S. J. Ver nĂŁo vai contar com reforços, uma vez que nĂŁo hĂĄ orçamento para isso. Com a mesma equipa mas com novo treinador, o Presidente do S. J. Ver acredita que a manutenção serĂĄ possĂ­vel. “Vamos conseguir a manutenção! Esse ĂŠ o nosso objectivo. Quando o conseguirmos, serĂĄ como termos conquistado um tĂ­tuloâ€? – afirmou AntĂłnio Coelho.

EMPATE ENTRE SANJOANENSES O S. João de Ver empatou na deslocação a S. João da Madeira (1-1), na estreia de Francisco Batista como treinador da equipa do Concelho, em jogo referente à 2.ª jornada da 2.ª fase da sÊrie D do CNS. % &'(%)' (% *'(%+ ,(*'!& "# - . ! " # $ !" $ &' # " !" # " $ % &' !"

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CNS No jogo de estreia de Francisco Batista aos comandos do S. JoĂŁo de Ver (na verdade um regresso pois o tĂŠcnico jĂĄ esteve no clube), em substituição de Miguel Avelar, mesmo que ainda nĂŁo tenha podido se sentar no banco, a equipa do Concelho da Feira apareceu personalizada no EstĂĄdio Conde Dias Garcia, em S. JoĂŁo da Madeira. Os sanjoanenses da Feira conseguiram uns bons 20 minutos iniciais, colocando problemas aos sanjoanenses orientados por Pepa. No entanto, foi a formação da casa a marcar primeiro, na sequĂŞncia de um canto e na primeira vez que foi Ă baliza contrĂĄria, atravĂŠs de Edgar (24’). O S. JoĂŁo de Ver tentou responder, mas a equipa estava retraĂ­da ofensivamente, notava-se que faltava algo.

Francisco Batista percebeu isso e, ao intervalo, trocou Cardoso, o elemento mais recuado do trio do meio-campo, por Manu, um avançado, arriscando mais no ataque. A substituição teve resultados prĂĄticos e o S. JoĂŁo de Ver chegou ao empate por intermĂŠdio do ponta de lança AmĂ­lcar (66’) que regressou assim, finalmente, aos golos. A partir daqui o S. JoĂŁo de Ver passou por algumas dificuldades, adensadas depois com a expulsĂŁo do mĂŠdio Rui Silva (75’), mas, com maior ou menor dificuldade, conseguiu segurar um ponto importante para o objectivo da manutenção. Todavia, com este empate, o S. JoĂŁo de Ver continua em Ăşltimo na sĂŠrie D da 2.ÂŞ fase (descidas/manutenção) do Campeonato Nacional de Seniores.

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Sanjoanense

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S. JoĂŁo Ver

1

EstĂĄdio Conde Dias Garcia Ă rbitro: JosĂŠ Pereira Sanjoanense: Diogo; Pardal, JoĂŁo Pinto, Edgar, Bino, Letz, Muxa, ZĂŠ MĂĄrio (Catarino, 65’), MĂĄrio (Jonathan, 65’), Gian (Ruizinho, 54’), Alex Treinador: Pepa S. JoĂŁo Ver: Rui Pedro; Seminha, Rui Silva, JoĂŁo Pedro, Xavier, Miguel Silva, Ministro, Cardoso (Manu, int.), NĂŠlson Diogo (CassamĂĄ, 60’), Vasco, AmĂ­lcar (Jorge Abreu, 77’) Treinador: Francisco Batista Acção Disciplinar: CartĂŁo amarelo a Cardoso (4’), Gian (29’), Rui Silva (60’ e 75’), Bino (75’), Alex (77’), Manu (80’), JoĂŁo Pedro (83’)

Golos: Edgar (24’), Amílcar (66’)


CANEDO E SOUTENSE EMPATAM NO DÉRBI Canedo e Soutense empataram (0-0) em mais um dÊrbi e foram as únicas equipas do Concelho a não vencer. Milheiroense, Fiães e Lamas venceram os seus respectivos jogos. + ,+-+ ./ ,+ 0"+01

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I DISTRITAL Canedo e Soutense disputaram mais um dÊrbi entre equipas do Concelho da Feira. A partida começou com ambas as equipas a tentar o golo, atacando sempre que possível sem nunca arriscar demasiado. As oportunidades iam aparecendo para ambas as equipas, que nunca as conseguiram aproveitar. AtÊ à meia hora a partida foi equilibrada, algo que mudou com a expulsão de Alexandre. A jogar com dez elementos, o Soutense entregou o domínio do jogo ao adversårio, e apostava em manter-se coeso defensivamente, sempre à espreita de uma oportunidade para contra-atacar. Por sua vez, o Canedo trocava a bola a seu belo prazer mas muito dificilmente conseguia entrar na muralha defensiva que o adversårio montou. Ainda assim, a equipa da casa ia conseguin-

do criar algumas situaçþes de perigo, assim como o Soutense. No entanto, o resultado não se alterou e o empate acabou por se aceitar. Nota ainda para a equipa de arbitragem, que foi muito contestada pelo Soutense, uma vez que, segundo a equipa, lhes anulou um golo limpo e não assinalou uma grande penalidade clara. Quanto as restantes equipas do Concelho, todas elas venceram. O Milheiroense deslocou-se a Esmoriz para bater a equipa local por 3-0, com golos de JosÊ António, Toninho e Gui. Quem tambÊm venceu (3-1), mas desta feita em casa, foi o Fiães. Roberto, Almeida e Tiago fizeram os golos que derrotaram o Cucujães. TambÊm em casa, Joka e Edu fizeram os golos da vitória (2-0) do União de Lamas sobre o Esmoriz.

PAÇOS DE BRANDĂƒO VOLTA Ă€ LIDERANÇA

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Com a vitória (2-1) sobre o Alvarenga, o Paços de Brandão regressou à liderança da 2.ª Distrital. Mosteirô, Argoncilhe e Sanguedo tambÊm venceram. II DISTRITAL O fim-de-semana passado teve dois dÊrbis entre equipas do Concelho. Mosteirô e Arrifanense disputaram um deles, com a vitória a sorrir para a equipa da casa. Este resultado permitiu à equipa do Concelho igualar o Mansores, que esta jornada folgou. Por sua vez, o Arrifanense perdeu uma boa oportunidade de se aproximar dos três primeiros lugares. O segundo dÊrbi da tarde foi entre Lobão e Sanguedo. A equipa visitante, com golos de Bruno, Chå e ZÊ venceu o 13.º classificado da 2.ª Distrital e ultrapassou o Arrifanense na classificação, estando agora em 4.º lugar. Quem tambÊm venceu (2-1) foi o Paços de Brandão. Samu e Justo fizeram os golos que derrotaram o Alvarenga e valeram o regresso ao primeiro lugar à equipa do Concelho, embora à condição, uma vez que tem mais um jogo que o Mansores. Outra equipa do Concelho a vencer foi o Argoncilhe. A jogar em casa, a equipa bateu o São Martinho por duas bolas a uma, com Ribeiro e Luís Sousa a fazerem os golos. Por sua vez, a equipa do Rio Meão não foi alÊm do empate a um golo, em casa, frente ao Macieirense. Soares fez o golo da equipa do Concelho. Pior sorte teve o Caldas S. Jorge. A equipa do Concelho deslocou-se a Arouca, para defrontar o Mosteirô, e perdeu por duas bolas a uma, com Cadete a fazer o golo de honra. Com este resultado, a equipa mantÊm a penúltimo lugar da classificação com sete pontos. Sem pontuar continuar o Romariz, que perdeu (5-0) frente ao Nogueirense. www.correiodafeira.pt

Soutense

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à rbitro: Nelson Cardoso Canedo: David; Manu, João, Pedrinho, Clåudio, Canedo, DÊnis, Bolas (Samu, 52’), Luís, Paulinho, Tono (Alex, 62’) Treinador: João Paulo

Soutense: Pedro, Neves, Nuno Pinho, Churra, Leandro, Rui Silva (Huguinho, 91’), Motinha (Fernando, 88’), Mauro, Dani (Marroco, 62’), Alexandre, Roma Treinador: JosĂŠ Borges Acção Disciplinar: CartĂŁo amarelo a Pedrinho (65’), Samu (80’); Alexandre (3’, 28’), Churra (25’), Roma (30’), Motinha (49’), Pedro (90’) CartĂŁo vermelho a Alexandre (29’)

INATEL No grupo A, no que ao Apuramento de CampeĂŁo diz respeito, o Pousadela, com um golo de Dani, venceu (1-0) o RĂŞgo e mantĂŠm o primeiro lugar. O Pigeirense, apesar de ter folgado esta semana, beneficiou do empate a dois entre a ADRAV e o FC Mozelos, e ĂŠ segundo classificado. No grupo B, Os LeĂľes do Monte conquistaram o seu primeiro ponto depois de terem empatado (1-1) com a equipa do Lavandeira. Marco Cunha fez o golo da equipa do Concelho, que ĂŠ segunda classificada. O primeiro posto deste grupo pertence ao Travanca, que se deslocou ao terreno do Carqueijo para vencer a equipa local por 3-1. Nelson, Vitinha e Paulo fizeram os golos da equipa, que soma agora seis pontos.

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Campo das Valadas

Pousadela e Travanca lideram respectivas sĂŠries

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Canedo

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ENTREVISTA

“FOI DOS PIORES MOMENTOS QUE VIVI EM FIÃES”

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Jorge Magalhães chegou ao voleibol do CD Fiães há três anos. Reestruturou o clube financeiramente e para esta época, em paralelo, com a inauguração do novo pavilhão, apostou na subida da equipa sénior à 1.ª Divisão Nacional. Os resultados desportivos ainda são alcançáveis, mas os problemas do pavilhão não têm ajudado e levam ao desânimo do presidente do Fiães. Quantos escalões e atletas tem o clube? Quando fizemos a reestruturação financeira tivemos também que mandar alguns treinadores, que levaram com eles alguns atletas formação. No entanto, neste momento temos seniores A, B, temos cadetes masculinos, infantis femininas e temos minis A e B masculino e feminino. Temos cerca de 100 atletas, na formação cerca de 80. A nossa preocupação é realmente evoluirmos na formação. Vamos começar esta semana uma captação pelas escolas do Concelho, com os nossos treinadores, para captarmos atletas para o clube. O objectivo dos seniores é a subida? Sem dúvidas. Desde o princípio da época, tantos os jogadores como a equipa técnica e direcção assumimos a subida como grande objectivo. Penso que era importante o Fiães subir de divisão. Já há três ou quatro anos que o Fiães tendo vindo a disputar a fase da subida de divisão e eu achei que, com estas excelentes condições para a prática de voleibol, estava na hora de dar o salto para a primeira divisão, até porque isso depois ia-se reflectir na formação. Fazia com que nos trouxesse mais jovens. Depois estar na 1.ª divisão ou na 2.ª divisão, pouco se vai reflectir em termos de mais custos económicos, não há uma grande diferença. Assim, colocamos este objectivo. Se calhar elevamos a fasquia em demasia, mas eu confio nos meus jogadores, na equipa técnica. Temos equipa para subir. O que foi feito de diferente esta época para subir? A questão do pavilhão é importante? O pavilhão ajuda e muito. O plantel era praticamente todo formado em Fiães. Jogadores muito bons, mas ao assumirmos a candidatura do título, tínhamos que fazer algo mais. Contratamos na 1.ª fase um distribuidor. Para a 2.ª fase contratámos mais três jogadores para ficarmos mais competitivos. Tudo jogadores da 1.ª divisão. Atletas que vieram reforçar a equipa, em três pontos onde necessitávamos de reforço. A equipa

está bem composta e neste momento temos tudo para lutar pelo título. No entanto o primeiro jogo não correu muito bem… Não nos correu bem e se calhar tenho de fazer mea culpa, porque talvez colocado demasiada pressão na equipa, nós direcção e a equipa técnica. Não há dúvida que a primeira deslocação à Madeira foi um desastre. Não só pela derrota em si, foi um desastre autêntico. Os jogadores sentiram bastante a derrota. Então retirei alguma pressão nos jogadores, dizendo-lhes que confiava neles. Eles responderam com um trabalho fantástico nos treinos para o jogo seguinte, em casa. Era o primeiro jogo em casa da 2.ª série e nós tínhamos que o vencer. Tinha a certeza que o íamos conseguir pela forma como os atletas se prepararam. Depois chega as 17:00, hora do jogo, e não há jogo porque chove no pavilhão. Foi muito difícil Resumindo, o Fiães fez tudo para entrar no caminho das vitórias e da subida, mas por motivos alheios acabou por, desportivamente e financeiramente, ter prejuízos? Não é positivo, nós fizemos tudo, os jogadores sabiam das responsabilidades que tinham, trabalharam imenso, chegando a sábado com o pensamento de vitória. Eu tinha a certeza que aquele jogo era nosso, aquele jogo era para ganhar. Foi frustrante para mim. Os jogadores olhavam-me e eu sem poder fazer nada. Eles queriam jogar e ganhar o jogo para dedicar aos sócios e à direcção. Foi dos piores momentos que vivi em Fiães. Durante a semana fizemos um apelo nas redes sociais para que viesse o maior público possível. Estavam, no mínimo, duas centenas de pessoas no pavilhão para assistir ao jogo e ele não se realiza. Os jogadores completamente destroçados e eu sem poder fazer nada. Neste momento sinto-me débil e quase sem ânimo. Ainda acredita que é possível subir? Eu acredito e vou acreditar até ao fim. As equipas nesta 2.ª fase são muito iguais, www.correiodafeira.pt

portanto o factor casa vai ser preponderante para as vitórias. Se não conseguirmos a vitória neste 3.º jogo (acabaram por perder, ver mais informação na página 28), só vamos ter o 4.º jogo em casa. Já quase a meio do campeonato. E se nada mudar, como é que se motiva a equipa? Como é que se concentra jogadores que não sabem se vão jogar caso chova? Sinceramente não sei, estou completamente sem saber o que fazer. Neste momento sinto-me atado de pés e mãos, não sei o que fazer. Sinceramente é frustrante dizer isto, mas eu não sou empreiteiro, eu sou presidente do clube. Tenho a consciência limpa, fiz uma boa equipa, tenho uma equipa técnica competente, fizemos tudo, temos público para ver os jogos, tínhamos tudo, o resto não consigo controlar. Umas das bandeiras deste pavilhão, era promover a modalidade. Pode-se promover modalidades desta forma? As pessoas que estavam na bancada ficaram desiludidas como eu. Vieram para ver um excelente jogo de voleibol e iam tê-lo de certeza absoluta, mas ele não aconteceu. Não foi certamente a melhor das propagandas. Qual foi a reacção das pessoas na bancada, o que dizem os fianenses? Tenho ouvido muito feedback que a culpa é da Câmara, ou deste ou daquele. Não posso, nem quero, culpar ninguém. A minha função é dirigir o clube e nada mais. Eu penso que a Câmara está doada de excelentes técnicos e se eles acharam que este era o melhor sitio para o pavilhão, quem sou eu para dizer o contrário. Certo é que temos vindo a encontrar problemas no pavilhão, isso é público. Nada mais tenho a acrescentar e não quero alongar-me mais nesta polémica. Apenas quero dizer que a Câmara é um dos melhores parceiros do Fiães e eu costumo dizer que não fui habituado a “cuspir no prato onde como”. Quantas vezes é que alertaram a Câ-


Prevêem-se novas intervenções no decorrer da semana O Pavilhão de Fiães esteve no centro da discussão ao longo de toda a semana passada. O BE da Feira publicou um comunicado onde dá conta da sua insatisfação com mais este problema, lembrando que já tinha alertado para a situação. “Recentemente o jogo de voleibol entre o CD Fiães e o VC Viana teve de ser adiado por falta de condições do Pavilhão de Fiães. O pavilhão continua a nos surpreender pela negativa” – podese ler no comunicado do BE. Entretanto, ocorreram intervenções no pavilhão, mas sem resultados definitivos, prevendo-se novas intervenções no decorrer desta semana. “Na quarta e quinta-feira (18 e 19 de Fevereiro) andaram operários a tentar resolver as infiltrações na cobertura. Pensava-se que tinham resolvido o problema. Mas não. Na sexta (20 de Fevereiro) choveu e ainda entrou mais água. Quero ver o que acontece no próximo sábado quando recebermos o CV de Oeiras. Se chover não vai haver jogo. Será o 2º a ser adiado, e nunca se sabe se não o perderemos por falta de comparência. Assim mais vale desistir” - lamenta, Jorge Magalhães, presidente do CD Fiães.

mara desta situação? Nós temos alertado a Câmara várias vezes. Sempre que o fizemos vem pessoal da empresa construtora reparar o pavilhão. Só que, sempre que cá vêm fica pior do que estava. Sabemos que a Câmara Municipal não foi quem construiu o pavilhão, mas também sei que, como presidente do clube, isto trouxe consequências. Deve-se apurar responsabilidades.

Nuno Neves Treinador CD Fiães

Gil Amorim Capitão CD Fiães

“É obvio que toda esta situação torna mais difícil a concretização dos nossos objectivos. Por exemplo, antes do jogo contra o Marítimo, estávamos a contar treinar a semana toda e só o conseguimos fazer na sexta-feira. Não é justificação, mas coincidiu. No entanto, ainda acredito na subida. Não é fácil, mas também não é impossível. Temos uma equipa muito forte, mas os nossos adversários também. A direcção tem garantido tudo aquilo que nós (equipa técnica) temos pedido. Tudo tem sido cumprido pela direcção através de muito esforço. Agora temos de querer todos, não pode ser só a direcção”.

“Tentamos ficar à margem do problema, mas nem sempre é possível. Sabemos que a direcção tudo tem feito para resolver a questão. Esta situação do pavilhão prejudica porque causa instabilidade emocional. Sentimos, acima de tudo, frustração de saber que precisamos de treinar e não podemos. Mas temos feito o que nos compete e o clube também não nos falta com nada, pelo contrário. Apesar destas peripécias com o pavilhão (humidade, água no piso, falta de electricidade) nós estamos prontos para jogar. Podemos ser campeões e subir de divisão”.

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Quais foram as consequências? Desportivamente temos de conseguir chagar a acordo com o Viana para encontrar nova data para se realizar o jogo. Financeiramente vamos ter de pagar aos árbitros novamente e vamos ter de pagar à Federação. Mas o maior receio é que venha a ter consequências desportivas no que aos nossos objectivos diz respeito. Depois do que aconteceu no sábado já veio alguém da Câmara ao pavilhão? Estiveram cá durante a semana a reparar, mais uma vez, o pavilhão. O problema é que já estiveram aqui a reparar umas quatro ou cinco vezes e nada ficou reparado. Um dos rumores que surgiu é que o presidente poderia estar a ponderar abandonar o clube. É verdade? Neste momento estou desiludido. Apareceram estes problemas que nos fizeram desmotivar. Estou sem forças, nem sei a palavra indicada para exprimir o que sinto, para continuar. Vou tentar acabar a época da melhor forma possível. Vamos continuar a tentar a subida de divisão. Vamos ver, mas é quase impossível continuar. Já disse e é publico, nós vamos marcar eleições para o princípio de Maio e será muito difícil o Jorge Magalhães continuar no cube. E se subir? Se subir ficarei. Penso que será minha responsabilidade continuar e, se não for mais nada, deixar o clube organizado na 1ª divisão. Essa decisão relacionada essencialmente com estes problemas no pavilhão? Tem muito a ver com esses problemas, porque são problemas que eu não posso resolver. Sente que lhe foram prometidas coisas que não estão a acontecer? Foi-nos dado um pavilhão novo e quando é novo esperase não ter problemas. O único problema que poderia ter é não termos equipa para lutar pela 1ª divisão. Eu tenho consciência que tenho equipa para lutar pela 1ª divisão. Como disse há pouco, sou o presidente do clube, organizei o clube e preparei o clube para a subida de divisão e estes contratempos vieram atrapalhar muito este sonho. www.correiodafeira.pt

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FEIRENSE ESTREIA-SE COM EMPATE

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JUNIORES A equipa júnior do Feirense estreou-se com um empate, em casa, contra o Padroense, na fase de promoção para a 1.ª Divisão Nacional. O Padroense deslocou-se à Feira com o objectivo de não perder, jogando com as linhas muito recuadas e explorando, sempre que possível, o contra-ataque. A partida foi só de um sentido, com a equipa do Concelho sempre por cima do adversårio, que não conseguia sair da sua årea. Foram-se criando algumas oportunidades de golo, entretanto desperdiçadas, o que deixou a equipa do Feirense mais ansiosa e nervosa. A primeira parte terminou empatada a zero. O segundo tempo foi mais do mesmo, com o Feirense a tentar o golo e o Padroense a de-

fender como podia. Como quem não marca sofre, foi a equipa visitante a chegar ao golo no único remate que fez à baliza. Na marcação de um livre, HÊlder fez passar a bola por debaixo da barreira e inaugurou, com um grande golo, o marcador. No minuto a seguir o Feirense chegou à igualdade, por intermÊdio de Pinheiro e com meia hora para jogar tentou o golo, que não chegou. A partida terminou empatada a um, resultado injusto para a equipa do Concelho. A equipa do Lourosa, que disputa a fase de manutenção, venceu (3-0) o Vila Real e saiu dos lugares que dão direito à descida. No entanto, a equipa do Concelho tem mais um jogo que o Gondomar.

Dupla derrota do Feirense INICIADOS Feirense teve uma semana muito complicada no nacional de iniciados com uma dupla derrota. Primeiro, na terça-feira passada, foi goleado pelo FC Porto (5-0), no Olival. JĂĄ no domingo passado, recebeu e perdeu com o Rio Ave (2-0). O Feirense estĂĄ muito longe dos dois primeiros lugares, em 5.Âş lugar. Frente ao Rio Ave, o Feirense entrou praticamente a perder, numa desatenção da sua defensiva. A partir daĂ­ o Feirense dominou a partida por completo, mas a mĂĄ pontaria dos avançados ou o guarda-redes contrĂĄrio evitaram sempre o golo da equipa fogaceira. No Ăşltimo minuto da partida, numa altura em que a equipa da casa estava toda balanceada para o ataque, o Rio Ave fez o segundo e fechou a contagem. Derrota injusta para a equipa do Concelho. O FiĂŁes teve uma derrota (na terçafeira passada frente ao Gafanha) e uma vitĂłria (ontem frente ao BeiraMar), ambas em casa, subindo ao primeiro lugar da 2.ÂŞ fase – manutenção. No jogo de domingo os fianenses entraram a dominar o jogo e a criar boas oportunidades de golo, mas a falhar na finalização. O golo surge atravĂŠs de uma grande penalidade, convertida por Gonçalo. Perto do intervalo, Tiago marca o segundo golo, mas o ĂĄrbitro anulou, decisĂŁo muito contestada. Na 2.ÂŞ parte, a equipa da casa continuou a dominar e a ter oportunidades para ampliar a vantagem, apenas nos descontos o Beira-Mar criou perigo, mas Telmo mostrou-se atento. VitĂłria justa, mas escassa do FiĂŁes. 26

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Feirense

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FiĂŁes

Rio Ave

2

Beira-Mar

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Campo de Treinos FiĂŁes SC

Complexo Desp. CD Feirense Ă rbitro: VĂ­tor Pereira

Ă rbitro: JoĂŁo Pinho

Feirense: Alex; Vasco Coelho (Shneider, 65’), Vicente, Henrique, Filipe Guerra, Kiko, Nuno Oliveira, Costa, Henrique Afonso, Vieira (Chico, 50’), Rui Silva Treinador: JosÊ Carlos

FiĂŁes: Telmo; JoĂŁo, Rui Filipe, Duarte, Rui, Gonçalo, Ribeiro, Pimenta (PrĂ­ncipe, 68’), Couto, AndrĂŠ (Gabi, 35’), Tiago (Tavares, 60’) Treinador: NĂŠlson Pinho

Rio Ave: Xavier; Dani, Pedro Nuno, Adriano, João Monteiro, Rodrigo, Oliveira (Miguel Silva, 47’), Celso, Vítor Francisco (Bernardo, 67’), Rafa, Didi Treinador: Luís Silva

Beira-Mar: à lvaro; Alain, Pires, Vieira, Tomås (Almeida, 34’), Simão (Rúben, 46’), Jorge, Samuel, Diogo, Faustino, Rafael (Danilo, 35’) Treinador: Paulo Barros

Acção Disciplinar: CartĂŁo amarelo a Adriano (55’)

Acção Disciplinar: Nada a assinalar. Golos: Gonçalo (26’ g.p.)

Golos: Oliveira (4’), Rafa (70’)

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Feirense

1

Padroense

1

Complexo Desportivo C. D. Feirense Ă rbitro: AntĂłnio Alves Feirense: Ima; ZĂŠ Martins, Leandro Almeida, Alex, Nandinho, Duarte, Igor (JoĂŁo Bernardo, 68’), JĂşnior (Ă“scar, 80’), Vieira, Pinheiro, Yehvan (LuĂ­s Couto, 85’) Treinador: Nuno Manta Padroense: Leo; Cardoso, Pedro, CĂŠsar, Taipa, Renato, AndrĂŠ (David, 68’), HĂŠlder, Pereira (Mesquita, 90’), Nuno, Chico (Diogo, 75’) Treinador: AntĂłnio LuĂ­s Acção Disciplinar: CartĂŁo amarelo a Vieira (60’); Cardoso (26’), HĂŠlder (28’, 70’), Renato (60’) CartĂŁo vermelho directo a HĂŠlder (71’) Golos: HĂŠlder (58); Pinheiro (59’)

Feirense empata e perde liderança JUVENIS A equipa juvenil do Feirense recebeu o LeixĂľes num jogo a contar para a fase de manutenção da 2.ÂŞ Nacional. As equipas entraram em campo com o objectivo de nĂŁo perder pontos e isso reflectiu-se no espectĂĄculo. A partida foi muito disputada a meio campo, com muitos passes errados parte a parte e poucas oportunidades de golo. A primeira equipa a marcar foi o Feirense, no primeiro minuto da segunda parte. ApĂłs um canto que a defensiva do LeixĂľes afastou para fora da sua ĂĄrea, Maia, na segunda bola, rematou forte e colocado para o fundo das redes. A partir daqui a turma do LeixĂľes atacou mais e causou algumas dificuldades ao Feirense. Ă€ passagem do minuto 65, o LeixĂľes acabou por marcar o golo do empate atravĂŠs de FĂĄbio. O golo nasceu de um erro defensivo da equipa do Concelho, pois apĂłs o guarda-redes adversĂĄrio ter batido a bola para a frente, o central do Feirense deixou a bola bater no chĂŁo, perdendo o lance para FĂĄbio que, sozinho, nĂŁo deu hipĂłtese ao guardiĂŁo da casa. O resultado nĂŁo mais se alterou, aceitandose face Ă quilo que as equipas jogaram. Com este empate, o Feirense perdeu o primeiro lugar para o Boavista, que venceu, fora de casa, o AcadĂŠmico de Viseu por trĂŞs bolas a uma.

Feirense

1

LeixĂľes

1

Complexo Desportivo C. D. Feirense à rbitro: Luciano Maia Feirense: AndrÊ; Vitinha (Rodrigo Cabral, 70’), Fred, Jorge, Valente, Manuel, Francisco Ferreira, Maia, Xavi (Batistuta, 50’), Miccoli, Dani (João Costeira, 64’) Treinador: Vasco Coelho

LeixĂľes: Pedro; Miguel, Dias, Tiago, Leandro, Vasco, Daniel (LuĂ­s, 65’), Gonçalo, FĂĄbio, AntĂłnio (SĂŠrgio, 80’), JoĂŁo Pedro (MalĂł, 50’) Treinador: JosĂŠ Maria Acção Disciplinar: CartĂŁo Amarelo a Miccoli (80’), Fred (82’); MalĂł (63’), FĂĄbio (64’) Golos: Maia (41’), FĂĄbio (65’)

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futsal

LAMAS FUTSAL ISOLADO NA VICELIDERANÇA

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II NACIONAL A partida disputada no PavilhĂŁo Comendador Henrique Amorim atĂŠ nem começou bem para o Lamas Futsal. A formação lamacense ficou em desvantagem no marcador logo aos 5 minutos, golo de Diogo e, pouco depois, decorridos sete minutos sofreu o segundo, por intermĂŠdio de Tiago Leite. A perder por dois a equipa orientada por LuĂ­s Alves reagiu e conseguiu reduzir, ainda antes do intervalo, por JoĂŁo Maio (14’). A segunda parte foi totalmente diferente. O Lamas esteve bem melhor e a Cohaemato esteve muito nervosa, com duas expulsĂľes que resultaram em outros tantos golos para os visitados. Primeiro foi Teixeira a fazer o 2-2, no mesmo momento em que Dinho foi expulso (quando faltavam 11’ para jogar), 20 segundos depois JoĂŁo Maio bisou e fez o 3-2. Finalmente, a quatro segundos do fim, jĂĄ depois da expulsĂŁo de Tiago Leite, Kukes fez o 4-2 final. Com duas jornadas por disputar na

1.ª fase, o Lamas estå cada vez mais perto de se apurar para a fase da subida à 1.ª divisão nacional. Por outro lado, o Feirense perdeu na difícil deslocação ao pavilhão do Arsenal Parada, terceiro classificado, por 3-1. A equipa fogaceira entrou bem no jogo, conseguindo equilibrar o jogo, obrigando a equipa da casa a cometer muitas faltas (chegaram às cinco nos oito primeiros minutos). No entanto, atÊ ao intervalo o årbitro não assinalou mais nenhuma, verificava-se o resultado de 2-1 para os da casa. Na 2.ª parte, o cariz da partida não se alterou, o Feirense tentou reagir e ir à procura do empate e o Arsenal Parada tentou ampliar o resultado, com oportunidades de golo para ambos os lados. O Feirense só se pode queixar de si próprio, desperdiçando vårias oportunidades, algumas delas flagrantes, e como quem não marca sofre o Arsenal Parada iria sentenciar a partida no último segundo.

ARRIFANENSE DE GALA VENCE JUVENTUDE CANEDO I DISTRITAL Arrifanense e Juv. Canedo proporcionaram o dĂŠrbi da semana na 1.ÂŞ DivisĂŁo Distrital. Num jogo bem disputado, foi o Canedo a entrar melhor. A equipa visitante conseguiu tomar conta dos instantes iniciais e chegou mesmo ao golo, atravĂŠs de Tiago Quelhas. A partir desse momento, sĂł deu Arrifanenese. O clube de Arrifana acordou, levou o jogo atĂŠ ao meio campo adversĂĄrio e conseguiu criar algumas oportunidades de golo. Fruto da sua eficĂĄcia, a equipa da casa chegou ao intervalo a vencer por 4-1. A segunda metade da partida voltou a ter um Canedo mais forte, mas sem conseguir marcar. Por sua vez, o Arrifanense em tarde inspirada, voltou a fazer mais dois golos, elevando o marcador para 6-1.

Vitória na recepção à Cohaemato (4-2) e empate do Jaca leva equipa de Lamas para o 2.º lugar isolado. O Feirense perdeu frente ao Arsenal Parada (3-1) Lamas Futsal

4

Arsenal Parada

Cohaemato

2

Feirense

3 1

PavilhĂŁo Comendador Henrique Amorim

PavilhĂŁo Municipal Formigueiro

Ă rbitro: Filipe Almeida e Ricardo Casal

Ă rbitro: Bruno Rocha e Bartolomeu Franco

Lamas Futsal: Cinco Inicial: Pistolas; Hugo, Teixeira, Cereja, Kukes Suplentes: Rocha; VĂ­tor Amorim, DĂŠrcio, JoĂŁo Maio, HĂŠlio, Miguel Ă‚ngelo, KĂŠkĂŠ Treinador: LuĂ­s Alves

Arsenal Parada: Cinco inicial: JoĂŁo Nunes; Nuno Neves, Saul, Barros, FĂĄbio Faria Suplentes: Paulinho; Ricardo Ferreira, Serginho, Pedrinho, AndrĂŠ Pessoa, Dani, Emanuel Treinador: Maranho Neves

Cohaemato: Cinco inicial: Beto; Shoias, Dinho, Diogo, Jorginho Suplentes: Leandro e Paulo; Faleiro, Koeman, Tiago Leite, Moura, Cruz Treinador: JoĂŁo Campos e Tiago Madureira

Feirense: Cinco Inicial: Nuno Couto; Fuka, Bruno Preto, Russo, Ivo Suplentes: Dani; Pedro BaiĂŁo, Nando, Michael, Tiago Sampaio, Bruno Santos, Paulinho Treinador: LuĂ­s Almeida

Golos: Diogo (0-1), Tiago Leite (0-2), JoĂŁo Maio (1-2), Teixeira (2-2), JoĂŁo Maio (3-2), Kukes (4-2)

Golos: Dani, Pedrinho, FĂĄbio Faria; Russo

Lourosa Feminino ganha e ĂŠ terceiro I DISTRITAL FEMININO

AtÊ ao final, o melhor que o Canedo conseguiu fazer foi reduzir para 6-2. Nos restantes jogos que envolvem equipas do Concelho, o ISPAB foi derrotado, em casa, pelo Sporting de Silvalde, por 4-2. Com esta derrota, a equipa de Paços de Brandão jå leva quatro jogos sem conhecer o sabor da vitória. Ainda assim, o ISPAB ocupa o dÊcimo lugar, com mais sete pontos que o antepenúltimo classificado, o Dínamo Sanjoanense. Num dos jogos grandes da jornada, o Juv. Fiães deslocou-se atÊ ao terreno do Saavedra Guedes, 4.º e 3.º classificado, respectivamente. Acabou por levar a melhor a equipa do Saavedra, que perante os seus adeptos derrotou a equipa do Concelho por 2-1.

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A equipa feminina de futsal do Lourosa deslocou-se ao terreno do último classificado, o Alguerubim, e venceu por 4-0. O Lourosa apresentou a sua qualidade habitual, mantendo-se fiel ao seu estilo de jogo, tendo alcançado uma vitória fåcil. A diferença de qualidade entre as duas equipas Ê muito grande e o resultado pecou por escasso face àquilo que se passou em campo. Na próxima jornada, última do campeonato, a equipa do Concelho receberå a Casa do Benfica de Aveiro e terå que alcançar o mesmo resultado que o PARC para garantir o terceiro lugar. Noutro campo, o Vieiros venceu, em casa, o Telhadela e sagrou-se campeão Distrital. Quem tambÊm ven-

ceu foram os seniores masculinos. A equipa do Lourosa bateu o Beira-Ria, por 5-1, tendo-os ultrapassado na classificação, estando agora em segundo lugar, com os mesmos pontos que a equipa e com mais um jogo para disputar. )*+, *,- './*0*01 . % + / $% % 0! !1 2 $% , - . % & "3 4 ' ) & *!+ $% !"# * # ! (

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MODALIDADES

Juvenis do Feirense vencem Sporting

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ANDEBOL Depois de uma amarga derrota, na primeira jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, 2.ª Fase, frente ao Benfica, o Feirense tinha uma missão tão ou mais complicada pela frente, uma vez que defrontou, fora de casa, o Sporting. A equipa do Concelho apresentou-se tranquila, determinada e confiante, tendo realizado uma bela exibição. A primeira parte foi bastante

equilibrada. A equipa da casa chegou a estar a vencer por três golos de diferença, mas os forasteiros responderam bem e chegaram ao intervalo a vencer por um golo. No segundo tempo o Sporting voltou a entrar melhor, virou o resultado e voltou a estar a vencer por uma margem minimamente confortável. No entanto, o Feirense nunca se deu por vencido e conseguiram, num

DESPORTIVO DE FIÃES SOMA 2ª DERROTA VOLEIBOL O Clube Desportivo de Fiães averbou a 2ª derrota, e de novo por 0-3, no Campeonato Nacional da 2ª Divisão (fase final). A formação fianense perdeu na sua deslocação ao Pavilhão da Académica de São Mamede, para a 3ª jornada da competição, repetindo o resultado verificado na deslocação ao Marítimo, em jogo da ronda inaugural. Neste momento, com um jogo a menos – o que deveria ter disputado no passado dia 14 com o VC de Viana, adiado devido à chuva que caía no pavilhão – o CD de Fiães ocupa a última posição na tabela classificativa e começa

a ver “por um canudo” a subida ao escalão maior do voleibol nacional. “Não conseguimos receber bem e isso foi-nos fatal. Sem recepção não é possível atacarmos” - disse, ao Correio da Feira, Luís Sousa, capitão da equipa. Desde o início da temporada que a recepção tem sido um dos problemas da equipa orientada por Nuno Neves. Mais uma vez quem esteve muito bem foi a equipa feminina de infantis que venceu em Fiães (por acaso não choveu) a do Anreade, de Resende, por 3-0, repetindo o resultado alcançado na situação de equipa visitante.

Infantis do Académico da Feira derrotados pelo FC Porto HÓQUEI EM PATINS Os infantis do Académico da Feira foram derrotados pelo FC Porto, em mais uma jornada do Nacional, por 7-2. O resultado é enganador, uma vez que a equipa do Concelho bateu-se muito bem frente a um rival muito forte fisicamente e tecnicamente. Prova disso é o resultado que se verificava ao intervalo: 3-2 a favor do FC Porto. Nota ainda para o regresso da 3.ª Divisão Nacional de Seniores, no próximo domingo, 1 de Março, com o Académico da Feira a receber o Oliveira do Hospital, às 18H30, no Pavilhão da Lavandeira.

Restantes resultados das camadas jovens: Taça de Aveiro, Juvenis 1ª Jornada: Académico da Feira – H.A. Cambra 4-3. Taça de Aveiro, Iniciados 2ª Jornada: Académico da Feira – Anadia 9-1. Encontros de Escolares 12ª Jornada: Académico da Feira – Sanjoanense 14-1. Encontros de Benjamins 12ª Jornada: Académico da Feira – Sanjoanense 17-1. www.correiodafeira.pt

final de partida emocionante, dar a volta ao marcador e vencer a partida por 31-29. Pelo CD Feirense alinharam: Rui Leite, Nuno Reis (3), Guilherme, César (2), Rui Cunha (3), João Cardoso (9), António Oliveira, Heitor (4), Miguel, Carlos (8), Oleksandr, Nuno Alves (2), Capitão, Gonçalo e Marcelo Cunha. Treinador: Manuel Gregório

Play-off de acesso à 1.ª Divisão no horizonte do Sanguedo T]ENIS DE MESA O Juventude de Sanguedo deslocou-se, no passado sábado, a Gondomar, para defrontar a equipa do Ala Nuno Álvares, actual 4.º classificado da 2.ª Divisão de Honra de ténis de mesa. A equipa do Concelho venceu por 4-1, numa partida fácil frente a uma equipa que, na passada ronda, derrotou o Sanguedo em casa. O Juv. Sanguedo tem realizado uma segunda ronda excelente, somando por vitórias os jogos realizados. Na próxima jornada, a equipa do Concelho recebe, em casa, o líder, o Ginásio Valbom. Em caso de vitória, a equipa pode sonhar com o play-off que dá acesso à 1.ª Divisão Nacional. Por sua vez, a equipa B recebeu o Ala Gondomar B e perdeu por 4-2.

S. Paio Oleiros derrotado pelo Avanca ANDEBOL Em jogo da 19.ª Jornada, a Artística de Avanca deslocou-se a S. Paio de Oleiros para vencer a equipa da casa, de forma bastante categórica, por 31-16. A partida foi disputada a um ritmo muito elevado, com um nível artístico muito grande por parte de ambas as equipas e o equilíbrio foi, durante pouco tempo, notório no pavilhão. No entanto, a equipa da casa começou a perder a eficácia, a acumular erros e chegou ao intervalo a perder 14-7. A segunda metade foi mais do mesmo, com a equipa de Oleiros a jogar mal e a acabar por ser derrotada por uns fortes 31-16.

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