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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Mérito Municipal 1972 1997

Desde 11 de Abril de 1897

Ano CXVIII

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

PAÇOS DE BRANDÃO SAGRA-SE CAMPEÃO PÁG. 24

22 Junho 2015

Nº 5919

€0,60 (iva inc.)

ESPARGO “Andorinhas” celebram 50 anos e esperam voltar a conquistar a atenção do povo. pág. 2 e 3

MOZELOS Tuna Musical Mozelense há 125 anos que mora no coração das gentes da freguesia. pág. 20

SAÚDE Deputados do PSD pedem ao Governo que mantenha aberta unidade de Saúde de Mozelos. pág. 9

FUTEBOL Empate chegou para garantir o primeiro título da II Divisão Distrital à formação brandoense.

Assembleia Geral do Feirense inconclusiva. Ainda não há candidatos à presidência do clube. pág. 25


REPORTAGEM 02

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“AndorinhAs” celebrAm 50 Anos com esperAnçA de voltAr A “cAsAr” com o povo

Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt

O Grupo Cultural e Recreativo “As Andorinhas de Espargo” celebra hoje, segunda-feira, 50 anos. A colectividade nasceu do folclore, mas estendeu, nos últimos anos, a sua actividade. Mora agora na antiga escola primária de Espargo, onde decorrem obras para tornar o espaço aberto ao povo.

Espargo Os registos são parcos, mas apontam para o ano de 1940. Teria sido nessa altura que um grupo de esparguenses, pela primeira vez, subia ao palco, envergando trajes de cor preta e branca. Nascia, então, o grupo de folclore Andorinhas de Espargo que, 25 anos mais tarde, em 1965, seria formalmente constituído, pela mão de duas mulheres – tia Maria da Quinta e Maria Anita de Cortinhal, como eram conhecidas -, cujo retrato merece lugar de destaque na sede do agora Grupo Cultural e Recreativo Andorinhas de Espargo, assim renomeado, em 1982, quando a Direcção da altura decidiu alargar a sua actividade para além do folclore. A efeméride é comemorada hoje, segunda-feira, num jantar que reúne os associados. O brinde aos 50 anos acontece já na nova sede, a antiga escola primária de Espargo, fundada pelo Governo da Ditadura Nacional. Ali, a actual Direcção espera vir a reconquistar o coração e o entusiasmo das gentes de Espargo. Assim que, na primeira aparição, num dia de Primavera, os dançarinos e tocadores surgiram de trajes brancos e negros, rodopiando no palco, a associação foi clara para o povo. Pareciam andorinhas. O baptismo aconteceu e as “Andorinhas de Espargo” sobreviveram até hoje. Ao longo deste tempo, foram muitas as mudanças na terra, nas gentes e no grupo recreativo e cultural. A colectividade deixou a cave do antigo edifício da Junta de Freguesia e tomou pouso na antiga escola primária, cedida, entretanto, pela Câmara Municipal, depois da construção do novo polo escolar, instalado a poucos metros de distância. O antigo edifício escolar, construído em 1931, pelo regime de António Oliveira Salazar e onde grande parte da população adulta de www.correiodafeira.pt

Espargo aprendeu a ler e escrever, está a ser remodelado. As salas que outrora eram ocupadas por crianças são agora salões da associação. Um destinado aos ensaios e outro transformado em bar. “Foi todo construído por nós” – diz, orgulhoso, o presidente do grupo cultural e recreativo. Lá fora, no recreio, nasceu um palco e o chão ganhou um novo tapete, bem lusitano. A terra batida deu lugar à velhinha e muito tradicional calçada portuguesa. Falta agora o povo reconciliar-se com as “Andorinhas”. Jorge Pintassilgo tomou conta da associação em 2004 e admite que, nessa altura, a colectividade estava perdida”. Preparouse para o cargo que assumiu. Tirou um curso de fiscalidade e colocou todas as contas em dia. “Impus determinadas regras e resolvi a nossa única herança, ou seja, um dívida de 10 mil euros. “Quando cá chegamos nem um prato tínhamos, apenas essa dívida. Hoje temos louça para dar de comer a 200 pessoas sentadas, ou seja, de faca e garfo” – atira, num ímpeto, a tesoureira, enquanto ultima os preparativos para a festa de aniversário que hoje anima a nova sede das “Andorinhas”. “Impedimos que as chaves fossem entregues à Junta de Freguesia como planeava fazer a Direcção que nos antecedeu” – refere Jorge Pintassilgo. Desde então, as “Andorinhas” vivem com as contas em dia e com variadas actividades. Ao folclore, juntou-se a pesca, o bullshooter, os jogos tradicionais, o futsal, a arte e a moda.

Currículo que orgulha

No bullshooter, as “Andorinhas foram longe. Ganharam todos os campeonatos e foram apuradas para uma competição na China. Mas nunca fizeram a viagem.


na sua perspectiva, fazer a diferença na vida de alguns esparguenses. Nem todos. Jorge Pintassilgo assume-o. Aliás, não tem dúvidas de que o povo está divorciado da associação. “Em 2004, encontrei a colectividade perdida, cheia de dívidas e com as chaves prontas para serem entregues à, então, Junta de Freguesia de Espargo”. Arregaçou as mangas e tomou decisões. “Tirei um curso de fiscalidade, organizei a contabilidade, resolvemos as dívidas e impus algumas regras”. As mudanças provocaram mossas. “É verdade, as pessoas estão divorciadas da associação, viraram-lhes as costas e acredito que seja tudo por coisas antigas” – refere. E essa mentalidade ainda não mudou. “E é uma pena. As Andorinhas não são minhas e esta escola, que é agora a nossa casa, não é a minha escola” – aponta. Reconhece que a sua figura está, muitas vezes, no centro da discórdia. “Nem sequer sou de cá, mas não quero deixar isto morrer e acho que era importante não deixarem esmorecer o que de melhor existe em cada terra. Isto não é meu, já nem sequer moro em Espargo e não levarei nada comigo, nem sabão para lavar a roupa” – prossegue. O dirigente está ciente de que muitos o vêem com maus olhos, “mas limito-me a cumprir o estatuto e o regulamento”. Por isso, frisa, “ando sempre de cabeça erguida, bem levantada, porque temos de prestar contas a muitas entidades e elas estão lá, bem claras. Isto já não é como antigamente, com contas apresentadas em papel mata-borrão”.

Futuro incerto

Ficava demasiado cara. Fica, contudo, o orgulho de terem conquistado a possibilidade de subir a um pódium internacional. Já, na pesca, a associação esparguense foi, outrora, a organizadora da maior prova que decorria na Ria de Aveiro, desde 1985. Mas, o aumento das licenças de cada pescador, de 30 para 250 euros, tornou o concurso incomportável. Os jogos tradicionais, por sua vez, garantem a presença, desde 2006, na Viagem Medieval, com uma tasquinha. “Recebemos sempre uma óptima pontuação na avaliação realizada pela Comissão Executiva da Viagem Medieval, quer pela confecção dos alimentos quer pela recriação histórica” – nota o presidente. Jorge Pintassilgo admite que esta presença, que se repete desde 2006, no evento que chama milhares a Santa Maria da

Feira é uma fonte importante de receita para garantir a sobrevivência da colectividade ao longo de todo o ano. “Temos as contas todas pagas” – diz, reiterando que a única herança que recebeu da Direcção que o antecedeu foram dívidas. Jorge Pintassilgo e a sua equipa lideram o Grupo Cultural e Recreativo desde 2004. “Pagamos todas as dívidas e hoje vivemos a nossa vida e levamos bem longe, inclusive ao estrangeiro, o nome de Santa Maria da Feira e Espargo”.

Um povo de costas voltadas

Recorda que, desde 2009, não recebe qualquer subsídio da Câmara Municipal, mas isso não tem impedido a colectividade de realizar as suas actividades e,

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O presidente acha mesmo que não terá seguidores na sua sucessão. “Vou recandidatarme por um mais um mandato, porque quero terminar a remodelação da escola. Não quero deixar nada a meio”. As obras são feitas por voluntários e os materiais foram cedidos pela Câmara Municipal e Junta de Freguesia. “Não pedimos dinheiro. Se tivermos os materiais, a obra aparece”. E vai nascendo. O bar funciona todos os dias e garante uma receita mensal de cerca de 300 euros. E essa é uma verba importante para a sobrevivência da associação que, regularmente, tem agendados espectáculos com o grupo de folclore, constituído, na maioria, por jovens. Mas Jorge Pintassilgo adverte: “As Andorinhas não só o folclore, como ainda julga o povo”. Assim que celebrado o aniversário, as obras na antiga escola vão prosseguir. “Faltanos ainda construir uma sala para receber condignamente os nossos convidados e construir uma cobertura para o palco” – diz. E conserva a esperança de que, num futuro breve, “voltemos a casar com a população”. “As pessoas ficam, vá lá, muito aborrecidas, por terem alguém que não é de Espargo a liderar uma colectividade, mas quando entenderem que faço isto porque gosto, porque me preocupo, talvez as coisas mudem. Quando a escola estiver pronta, não será minha, será da terra, de toda a gente. E, por isso, estará sempre de portas abertas. Basta querer entrar” – conclui.

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ve sÓ este gaceira sidade o a F n a s a m s Na se a Ò Avenida d a nece alquer de um a m qu o passad a. Tratou-se c a er e ad e ocorr sent‰ n encerr ‹ o-con li‡ s Ð a ter d b li c a d o n , a n repenti vio o qual, a M E N T E p u erras rŽ IA ÒT Aviso p B R IG A T O R erido colega O qu uindo a Ð s e r ia as do nosso m-tom e seg o in b g nas p‡ o Ž de . aÓ , com pela C‰ mara osso sincero da Feir ta on s o s p o m im ta o n • ‹ o. tradi• ‹ aprese interrup itores, a pela lp Aos Le u c s e de d pedido

Post-it

AVENIDA DAS FOGACEIRAS

avenidadasfogaceiras@gmail.com

Textos: Orlando Macedo

PASSADO (im)PERFEITO A espuma das notícias da semana que passou

Atalaia Segunda – feira

Nem ai, nem ui… Ribau Esteves, presidente da câmara de Aveiro, e da CIRA, disse que a ligação Aveiro – Espinho (Linha do Vouga) é inviável; e que “todos os esforços de modernização deverão ser concentrados no troço Aveiro- Águeda”. Acrescentou ainda que tal “inviabilidade”, assenta em estudos feitos pela REFER e no Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas (PETI) através do qual o Governo estima um investimento 6.067 milhões de euros em 59 projectos, com a maior fatia reservada para a ferrovia: são 2.639 milhões de euros, dos quais o troço Espinho – Águeda do ‘Vouguinha’ não vai ver nem 1 cêntimo, apesar de o governo incluir no mesmo plano a intenção de acrescentar mais 153 quilómetros de linha ferroviária à rede, até 2020. Ou seja, para o Quadro Comunitário de Apoio que agora arranca, a previsão de investimento na linha, entre Espinho e Águeda é um rotiundo zero. O mais estranho, é que já passaram três semanas desde que Ribau Esteves trouxe a público o dislate, e não há notícia de que da parte de responsáveis dos outros municípios naturalmente interessados tenha havido reação… Isto é, nem ai, nem ui. Pelo andar da carruagem, os municípios de Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira (que com Castro Almeida encetou uma requalificação autónoma), Oliveira de Azeméis e Albergaria-aVelha continuam entretidos nas (contra)curvas do Vouguinha, mesmo quando já todos perceberam que a ferrovia é mesmo a “linha do futuro” sustentável. Em finais dos anos 80, já o então presidente da CM S. J. Madeira, Manuel Cambra lutava pelo “Metro de Superfície do Entre-Douro e Vouga”. Era um visionário a clamar no deserto, quando ainda nem se falava do Metro do Porto; mas a ‘brigada do reumático’ preferiu desdenhar, como é apanágio de quem tem do futuro o alcance de visão de um peixinho vermelho.

Especialidade(s) – Começámos a semana sabendo que o Governo quer dificultar o recurso às providências cautelares. É mais uma especialidade do executivo governamental, apoiada na alteração de uma simples letrinha: afinal, há já três anos que o governo anda a dificultar o recurso à previdência… social. Errar, é humano – “Extinção dos tribunais é um erro”, disse o ex-PGR Pinto Monteiro, ao ‘Económico’. Mas errar é humano; e errar muitas vezes… também. Agora, errar quase sempre, é que parece um hábito exclusivo da ministra da Justiça.

vista ao ‘Publico’, António Costa prometeu acabar com assessorias privadas no Estado. Ou seja; se a gente percebeu bem, nem mais mama, nem mais tacho… Então e agora? Que fazer aos milhares de tubarões-rosa (e carapaus) que já andavam a afiar o dente?... Escolhas - O ‘JN’ revelou que os “Call Centers empregam mais de 40 mil pessoas”, na sua maioria jovens até 30 anos, recebendo formação básica e salários baixos. Quase 50% são licenciados, que tiveram a quem foi dado a oportunidade de escolha: emigrar ou vender frigideiras por telefone…

Quinta-feira

Terça-Feira

Portentos – Um estudo do INE revela que Portugal “perdeu” 200 mil pessoas em cinco anos; isto, fora o número de emigrantes temporários, que só em 2014 ultrapassou os 85 mil. Se cruzarmos tal realidade com o aumento de remessas financeiras dos nossos emigrantes, temos de nos curvar perante a sapiência portentosa do governo, em termos de política juvenil: sem criar trabalho, baixou o número de desempregados; baixou a taxa de natalidade; baixou o número de candidatos a vagas em callcenters; deixou de pagar bolsas de estudo; deixou de pagar subsídios de desemprego e de renda da casa… e ainda enche os cofres com divisas! A nação curva-se. Elegia dos malandros Um inquérito sobre fraude e corrupção em 38 países, coloca Portugal na 5ª posição dos mais corruptos. A nação… verga-se.

Oportunidade - Após laboriosas negociações, está iminente a instalação de um ninho de espiões na Base das Lajes. Só falta o bom do Barak Obama fazer um “like” e a coisa está feita. Bolas; será que ainda iríamos a tempo de disponibilizar uns pavilhõezitos, ali no Europarque?... Gandapedra! - A ministra das Finanças sublinhou, terça-feira, que “o pedregulho” que Portugal tem às costas é “bem mais pesado do que antes” e que vai demorar a resolver, porque o país tem muita dívida pública, privada e externa. Se o primeiro-ministro tiver juízo, entrega-lhe já a pasta das Obras Públicas! Mas antes, deve encomendar um frasquinho de elixir mágico a Panoramix…

Sexta-feira

Quarta-feira

Afiar-o-dente - Em entreFontes: Correio da Manhã; D. Económico; DN; JN; Lusa; Negócios; O Diabo; Público; RTP 04

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Incendiário – Um membro da direcção do Partido Socialista desafiou o PCP e o BE a “fazerem uma coligação”. Parece que em vez de combater o incêndio que grassa nas traseiras, o PS tenta atear fogos nas casas dos vizinhos… Enxurrada – O juiz do Tribunal da Relação de Lisboa que votou, vencido, a favor da libertação de José Sócrates, classificou o inquérito ao ex-primeiroministro como uma “enxurrada” de factos “desgarrada e difusa”. A alegoria tem tanto de reveladora como de irónica; é que – depois das enxurradas – o que fica… é a lama.

Sábado

Ilhas e ilhéus - João Araújo disse que « a justiça hoje, é uma ilha autogovernada». O advogado de José Sócrates, que falava sobre “O estado dos Direitos”, integrado no colóquio “Refundar a República”, preferiu não por o nome aos ilhéus, não vá o diabo tecê-las e acabar deportado... para uma ilha sem tribunais nem comunicação social. Esturros - Em entrevista ao ‘Económico’ o ministro Poiares confessou que cozinhar o “ajuda a desligar-se mentalmente”. Está finalmente revelada a razão de alguns esturros na política nacional…

Domingo

Do camandro!... – O semanário ‘o Diabo’ reve l o u q u e “cada cruzinha de voto [nas Legislativas] vale mais de 12 euros para os partidos escolhidos. Mas só conta a partir de 50.000 votos... Como diriam o Belchior Baptista e o Túlio Gonzaga (‘Filmes Paraíso’), os nossos deputados são do camandro!, quando toca a defender os mais elevados valores democráticos, dos ataques dos perigosos cidadãos independentes...


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Até semPre, Dr. VIeIrA

OPINIÃO

Margarida Rocha Gariso

Política no Feminino O Dr. António Joaquim Vieira, deixou-nos a 13 de Junho, mas o seu legado permanece testemunhado no Colégio de Lamas, uma obra intemporal, que conheço intimamente graças aos seis anos em que ali estudei na qualidade de trabalhadora-estudante, do 7.º ao 12.º ano. Foi um tempo marcante na vida da jovem trabalhadora-estudante que então era, aceitando o tremendo esforço que significava (e ainda hoje significa para muitos) rumar todos os dias à Escola, depois de duras jornadas de trabalho numa fábrica de artigos de cortiça. Mas feitas as contas, não trocaria por nada aquela experiência, em que aliava ao prazer da aquisição de conhecimento e requalificação pessoal, o compromisso de contribuir para a sobrevivência de um agregado familiar que, então, contava com catorze elementos. E se tenho o enorme orgulho de ver o meu nome na lista de “notáveis” do Colégio de Lamas, resulta de ali me ter sido dada a oportunidade de me transformar pelo conhecimento e pelos valores e saberes adquiridos. O Dr. Vieira não era natural de Santa Maria de Lamas, mas cedo se transformou em lamacence de direito. Aqui foi

capaz de desenvolver um projeto de vida dedicado à terra que o acolheu e adotou, contribuindo decisivamente para o seu desenvolvimento e crescimento. Era um espírito aberto e visionário, sempre voltado para o futuro. Como pedagogo, tinha a perceção que especial que lhe permitia potenciar as capacidades de cada um em contexto pessoal e coletivo. No sentido nobre que gosto de dar à definição de política, o Dr. Vieira era um político exímio, com uma capacidade enorme de criar pontes, incentivar convergências e fomentar o pensamento democrático. Tinha o condão de transformar a vida das pessoas, evidenciando-lhe as qualidades, muito para além do saber ler ou escrever, incutindo-lhes características que marcaram para sempre quem frequentou o Colégio de Lamas. O Dr. António Joaquim Vieira é um desses grandes Homens cujo percurso deixa marcas. No seu caso particular, por tudo aquilo que fez para elevar a qualidade da Educação, do Ensino e da Cultura em Santa Maria de Lamas e na região. A partir de um simples projeto de telescola, foi capaz de fazer do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, um dos maiores e mais bem qualificados estabelecimentos de ensino, a nível nacional, como re-

sultado da sua visão e determinação, transformando a realidade social da freguesia e da região. Tendo ficado a seu cargo a gestão e manutenção de todo o património e legado que deixaram à freguesia, nomeadamente o Museu de Santa Maria de Lamas, as instalações do complexo desportivo do Clube de Futebol União de Lamas e todo o património edificado, propriedade da casa do Povo de Santa Maria de Lamas, bem como o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, o Dr. Vieira assegurou a continuidade de diversos projectos iniciados na década de 50 e 60 do século XX, por ilustres lamacenses, como o Comendador Henrique Amorim, Dr. Henrique Veiga de Macedo e do Padre Zé. Neste momento de despedida, agradeço como lamacence e cidadã feirense com responsabilidades públicas, o seu enorme contributo para transformar as nossas vidas, incutindo-nos os valores verdadeiros que fizeram de nós as pessoas que somos. Espero agora que a minha freguesia e o meu município saibam perpetuar a memória de uma personalidade tão marcante na terra, no concelho e na região, perpetuando a sua memória com a atribuição do seu nome a um espaço público, condigno, de Santa Maria de Lamas.

DIzem os eNteNDIDos que NA sAúDe tuDo é PerFeIto Daniel Santos Partido da Terra de Santa Maria da Feira

“Aqui em Santa Maria da Feira é anunciado pelo PSD que na saúde tudo é perfeito. O hospital de São Sebastião, que é sede do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, responsável pela prestação de cuidados de saúde a uma população que ronda os 340.000 habitantes, residente nos concelhos de Santa Maria da Feira, Arouca, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Ovar e Castelo de Paiva (algumas freguesias), dizem entendidos que é um paraíso. Tive,infelizmente, a oportunidade de verificar o sistema de funcionamento do hospital de São Sebastião. Depois de uma

triagem, até que bem feita, fui enviado para a zona da Ortopedia e Pequena Cirurgia. Montes de gente: pulseiras amarelas, pulseiras verdes, crianças, idosos, válidos, inválidos, uns a sangrar, outros a descansar, outros a gritar, outros a dormir, gente a queixar-se, gente a conversar, muitos a desesperar, mas todos em cima uns dos outros. Do outro lado da porta, uns a atender, outros a trabalhar, alguns a entender a situação dos doentes e dois a passear. Ao meu lado queixava- se um indivíduo de pulseira verde que estava ali desde as três da tarde. Olhei para o relógio e eram 9 da noite. - Desculpe, podia-me colocar outra compressa que esta já está cheia de sangue? - Claro, venha cá - enquanto substitui a compressa, continuou a compreensiva

enfermeira - sabe, já devia ter sido atendido, mas não temos aqui nenhum médico disponível. Não foi muito: esperei 3 horas para ser atendido. Depois, já lá dentro, seguiu-se um rápido exame: Primeiro médico: - Pode estar partido. Dez minutos depois: Segundo Médico: - Enfermeira coloque Betadine e uma gaze gorda. - Mas este senhor não tirou raio X? Não é melhor suturar? Parece partido. - Não, isso é um pouco profundo, mas basta uma gaze. No final: 18 euros de taxa moderadora. Depois desta, saí dali com o dedo feito num oito, vou tirar um raio x fora do Hospital e dar razão ao senhor PSD da Assembleia Municipal, que dá o Hospital de São Sebastião como um paraíso.”

FICHA TÉCNICA

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Administração Director

Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, AndrŽ Pereira, AmŽ rico Azevedo, å ngelo Resende, å ngelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur S‡ , Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, JosŽ Carlos Macedo, Ant— nio Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Paulo SŽ rgio Nacional - € 25 Guimar‹ es, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50

Orlando Macedo

Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes e Margarida Gariso

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Resto do Mundo - € 65

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PERM - INFRAESTRUTURAS DE LUXO MERECEM MELHOR USO António Cardoso,

Deputado do Partido Socialista à Assembleia da República

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS As infraestruturas para a implantação do PERM- Parque de Reciclagem de Materiais Metálicos custaram milhões de euros na compra de terrenos, construção de arruamentos, redes de eletricidade, saneamento e abastecimento de água. Situado na Quinta da Laje, na freguesia de Pigeiros, (no passado destinada a Equipamento Turístico), tem uma localização privilegiada que lhe dá excelentes potencialidades para os mais diversos ramos de negócios. Estando na fase de conclusão, exige dos responsáveis pela gestão deste parque os maiores cuidados com o tipo de indústrias que ali se podem instalar. Perante a elevada qualidade das infraestruturas realizadas será muito perigoso autorizar a instalação de qualquer tipo de indústria nomeadamente daquelas caraterizadas com produções poluentes facilitadoras

de elevados perigos de poluição para região. A excelência das infraestruturas criadas são prometedoras de investimentos de mais- valia para a economia local, nomeadamente nas áreas da ciência, investigação e inovação e novas tecnologias etc. Estas expectativas criadas com as potencialidades do PERM não podem ser desvalorizadas pela ânsia de encher o Parque com qualquer tipo de indústrias. Que a pressa“ não mate a galinhas dos ovos de ouro”!..É óbvio, que a instalação de indústrias tóxicas produtoras e emissoras de fluidos poluentes em nada contribuem para incentivar e promover a presença de investimentos geradores de empregos de qualidade. Além disso é posta em causa a saúde pública das populações envolventes. Os milhões de euros investidos no Parque não podem ser desbaratados com indústrias de baixa qualidade sem rentabilidade e futuro para a economia local quer a nível de empregos que de promoção de

indústrias onde predominam as novas tecnologias. Ao não ser acautelado cuidados ambientais, os investidores na aquisição de lotes do PERM, vêm os seus investimentos a perder qualidade e consequentemente a serem desvalorizados. O mesmo efeito é sentido para quem quer investir no PERM com a compra de lotes pois há uma perda de confiança dado que “ lotes de luxo passam para lotes de lixo”! A Câmara Municipal tem que dar mais atenção a um equipamento pese embora seja intermunicipal (pertence aos municípios do Entre Douro e Vouga) vai funcionar no seu concelho e na qualidade de principal parceiro do PERM, tem que ouvir as preocupações dos cidadãos e defender os interesses das populações. As recentes incertezas nas respostas dadas pela Câmara Municipal de S. Maria da Feira quanto ao tipo de empresas que lá se vão instalar, bem como à ausência de um “Regulamento exigente em termos ambientais”, são sinais

perigosos de quem tem um “diamante na mão e não sabe como o lapidar”! Apela-se a um debate reflexivo sobre o futuro do maior equipamento que se e encontra na fase de conclusão e brevemente entrará em funcionamento. No presente tudo pode ser possível: - permitir a instalação anárquica de investimentos de qualquer forma e feitio ou permitir a instalação de indústrias com critérios estratégicos de rigor dada a excelência que o PERM possui. A dimensão do PERM e a sua qualidade é impressionante para quem o visita, mas não pode ser abandonado à sua sorte. Tem que ter um acompanhamento permanente. Apela-se à constituição de uma Comissão de Acompanhamento ao seu funcionamento devidamente representativa!...o que de momento se desconhece. Porém, se esse cuidado não for acautelado, garantidamente que o PERM terá vigilantes permanentes informais que estarão atentos a qualquer atropelo ambiental!

PORQUE INSISTE O PCP EM NÃO ESQUECER FERREIRA SOARES Filipe Moreira Eleito da CDU na Assembleia Municipal

Ferreira Soares foi daqueles homens que vivem guiados pelos seus ideais, que optam pela justiça em detrimento, muitas vezes, do seu próprio bem-estar económico e até físico. A verdade é que este homem, médico de formação e filho de juiz, tinha as condições reunidas para ter uma vida confortável, mesmo com o regime salazarista, não fosse um indivíduo de carácter e de valores, inconformado com a injustiça que o tornariam num exemplo para as gerações seguintes. Sobre esta personagem histórica do concelho e da região nenhuma descrição definiria melhor o seu perfil do que as palavras de Manuela Silva em 2009: “Ferreira Soares, a sua vida, a sua obra, o seu exemplo representam um património inestimável do partido comunista português, que ao longo dos 48 anos do fascismo resistiu e organizou a resistência (...) Ferreira Soares ajudou a escrever não só uma das páginas heroicas da história do PCP, mas também uma das páginas heroicas da história de Nogueira da Regedoura, do concelho de Stª Mª da Feira, e do próprio país (…) Ferreira Soares, o “Dr. Prata”, o profissional abnegado, o homem de letras, o humanista tomou,

desde muito jovem, uma opção de vida que determinou a sua morte, era militante e foi dirigente do PCP, por isso teve de viver em semiclandestinidade, por isso foi apoiado pelo povo da sua terra que o protegia das incursões da polícia fascista, por isso foi assassinado.” Este herói da resistência antifascista seria assassinado pela PVDE (posteriormente PIDE e a partir de 1969, DGS) em 1942 com 39 anos. Sobre o seu assassinato pode ler-se no jornal “Avante!” nº 14 da 1ª quinzena de Agosto de 1942: “O conhecido médico de Espinho, Dr. António Ferreira Soares, filho do juiz Dr. Soares, militante do PCP não escondia o seu ódio pela política traidora do governo de Salazar. Tanto bastou para que estes, servindo-se de uma mulher, lhe armassem uma cilada no seu consultório, na residência familiar deste nosso camarada. Seis polícias entraram em seguida à falsa doente e alvejaram a tiros de pistola-metralhadora a António Ferreira Soares. Depois levaram-no ferido e inanimado para o automóvel, e como se mexesse esfacelaram-lhe as pernas de novas rajadas. Na casa de saúde de Espinho, onde chegou já morto, foram encontradas no corpo 14 balas! Defronte à casa de saúde juntaram-se centenas de pessoas pro-

testando contra mais este crime do salazarismo. Apesar das ameaças da polícia o funeral deste nosso militante fez juntar alguns milhares de pessoas que assim silenciosamente manifestaram a sua repulsa pelos malsins do fascismo e mais este assassinato legal do governo de Salazar.” Importa salientar, para aqueles que continuam a afirmar que a polícia política não matava, o caso “Humberto Delgado”, a torturas mortais nas prisões e ainda as incursões em África que esta “confraria” sediada na altura na Rua António Maria Cardoso no Chiado realizou de 1945 a 1975. Ainda relativamente ao seu assassinato, refira-se que a mulher mencionada no texto do jornal “Avante!” mais não era do que um agente da PVDE disfarçado de grávida e que se fazia acompanhar do suposto companheiro. Este médico-comunista viveu refugiado em Nogueira da Regedoura de 1936 até à sua morte assistida in loco pela sua irmã que escapou por pouco. A vivência junto das gentes desta terra valeu-lhe algumas alcunhas, sendo uma, e talvez a mais célebre, a de “médico dos pobres” dado o seu altruísmo, pois foram muitos e muitos os pacientes que examinou e prescreveu sem se fazer remunerar, para além de oferecer

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ou custear os medicamentos. Nesse mesmo ano, em setembro, redigira uma carta a Câmara Reys onde aponta o rumo da sua vida: “Rumei à esquerda…para mais perto do possível convívio e organização das massas populares”. Para além das alcunhas fraternas, com a sua morte, a sua história passou a estar envolta em algumas deturpações e até alguns acontecimentos caricatos mais ou menos verdadeiros como a história supostamente ocorrida na barbearia. Mais recentemente, no ano de 2009, a sua hombridade viria a ser reconhecida por todas as forças políticas com assento na Assembleia Municipal, tendo sido aprovada uma moção apresentada pela CDU cujo objetivo foi prestar homenagem a este comunista que integrou o Comité Regional do Douro do PCP. Os comunistas não deixam esquecer Ferreira Soares porque este representa os valores que devem estar presentes na política, o ideal de uma vida melhor para todos, a igualdade, a incorruptibilidade. Se os governantes de hoje tivessem mais desta fibra não seriam constantes os casos mediáticos que surgem nos órgãos de comunicação social e teríamos certamente um país melhor. Tombou o homem, mas que não tombe o seu ideal. 22.JUN.2015

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GESTÃO AUTÁRQUICA 08

22.JUN.2015

OpOsiçãO exige fiscalizaçãO permanente nas Obras Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

A abertura do procedimento para a pavimentação de alguns arruamentos do Concelho – 1.ª fase – contou com chamadas de atenção por parte da Oposição, na última reunião da Câmara Municipal. “O que se pede é que haja uma fiscalização rigorosa. As estradas têm de ser para 10/15 anos, como se fazia antigamente. Esta é uma preocupação muito grande” – frisou o independente Eduardo Cavaco. O vereador já tinha alertado para as problemáticas decorrentes dos preços baixos apresentados pelas empresas. “A empresa tem de cumprir com o que está no caderno de encargos. No Cavaco, as valas foram muito mal tapadas, o material não foi compactado devidamente por camadas. Colocar tapete é uma responsabilidade muito grande. Se não for bem colocado, não vai durar os anos da garantia” – avisou, salientando que a Câmara fica, nesse caso, “com o ónus da questão”. “Não há tanto dinheiro para fazer estradas como havia. As estradas têm de se reparar de uma só vez. O preço pode não ser o mais importante porque se for mal construída ficamos a perder” – realçou. Com a autarquia a “pagar a tempo e horas”, não há desculpas. “Quem trabalha aqui sabe que recebe bem e, por isso, as empresas não podem pensar que há facilitismo” – declarou, novamente alertando: “40% abaixo da proposta quer dizer que alguma coisa vai ficar mal. Quem vai ficar prejudicado somos todos nós”. Uma “situação que lhe custa bastante” e por isso pede “atenção”. “Para que quem concorrer saiba que vai haver um controlo e uma fiscalização rigorosas nestas obras” – sublinhou.

Responsabilidade da Suldouro

O PS concorda que estas são “obras necessárias há vários anos” mas que “perdem pelo tempo que passou”. “As viaturas já sofreram os danos” – apontou António Bastos. O vereador questionou a autarquia porque não estava incluída naquele plano a EN223. “A obra é da responsabilidade da EP ou da Câmara?” – perguntou. “Acho que é da nossa competência” – respondeu o presidente da Câmara, Emídio

Sousa, adiantando que a EN223 é “uma das obras que irá ser incluída em próximos procedimentos”. “Temos um problema, temos de tratar das águas pluviais, há lá uns olhos de água” – afirmou. “Espero que este ano venha o projecto para que possamos analisar e aprovar” – disse António Bastos. O socialista falou, ainda, da Rua dos Moinhos, em Canedo, danificada devido ao tráfego dos camiões que vêm do aterro, e que devia ser da “responsabilidade da Suldouro e não da Câmara”. “Vai sair dos nossos cofres quando é a empresa que está a executar o aterro” – frisou. O vereador deseja que “as ruas fiquem como estavam há 15 anos” e, anuindo as palavras de Eduardo Cavaco, salientou que “a fiscalização deve ser eficaz”. “Não devemos permitir que a empresa faça e desfaça e receba o dinheiro sem dar satisfações. Queremos ter uma obra com tempo de vida útil de 15 anos” – declarou. Emídio Sousa recordou que o transporte de terras pela Rua dos Moinhos é para a Pedreira das Penas. “É uma empreitada nossa, o transporte é nosso, e como não proibimos a passagem de pesados naquela rua, que já estava degradada antes, vamos ser nós a arranjá-la” – esclareceu. O autarca tem “confiança na fiscalização” e nos “bons” técnicos da autarquia. “Chamei a atenção aos projectistas para os materiais e penso que essa parte estará bem” – realçou. Mais uma vez, Emídio Sousa lembrou que “não têm direito legal de escolher o candidato a concurso” público e têm de “respeitar” as propostas que aparecem. “Senão íamos para tribunal e perdíamos. O que podemos fazer é exigir o cumprimento do caderno de encargos” – frisou.

Sei como as coisas se fazem

Eduardo Cavaco sabe que “a lei é clara” mas também sabe “como as coisas se fazem”. “Quando há preços muito baixos, temos de desconfiar. Já se costuma dizer, quando a esmola é grande, o pobre desconfia” – disse. A Câmara e o empreiteiro são parceiros num negócio que “tem de ser bom para as duas partes”. “Não quero ficar prejudicado julgando que estou a fazer um grande negócio e depois vem o facilitismo” – avisou o independente que espera que, no “futuro”, se pense: “Cuidado que na Câmara da Feira agora as coisas www.correiodafeira.pt

alteraram-se, a fiscalização é rigorosa”. “E garanto que, se assim for, já não vão vir com o mesmo preço” – afirmou. “Ninguém põe em causa o mérito, idoneidade e desempenho dos técnicos” – frisou António Bastos, continuando: “Mas é preciso que a Câmara, de uma vez por todas, coloque em actividade a fiscalização permanente das obras”. Não basta visitar a obra de três em três dias. “Não é com dificuldade que conseguem fazer um bom trabalho, é com facilidade. Os transportes têm de ser facultados e tem de se responsabilizar os técnicos para a obra ser fiscalizada eficazmente” – sublinhou. Emídio Sousa disse que instituiu uma viatura por cada fiscal, assim como um telemóvel e um computador, além do gabinete para trabalhar. “Cada engenheiro tem mais do que uma obra, era impensável ser um por obra. Se cada um tiver cinco, seis, obras, não dá para durante o dia visitar todas” – explicou, reiterando que em termos de “ferramentas de trabalho estão muito bem equipados”. “Quero estar pela primeira vez na assinatura dos contratos com os empreiteiros para exigirmos ao mais ínfimo pormenor” – afirmou. Lembrou que “todo o país sofreu com os empreiteiros que faziam preços baixos” e conhece “colegas desesperados que não vão conseguir acabar obras porque as empresas foram à falência”. A abertura do procedimento foi aprovada por unanimidade.

Ruas a requalificar O procedimento, com o custo de 1,221.935 milhões de euros, envolverá quase duas dezenas de estradas: Rua Afonso de Albuquerque, Rua Aliança Futebol Clube, Rua Aninhas do Fidalgo, Rua Antero Andrade Silva, Rua Autarca Eleito do Pereiro Gaiate, Rua Burgo de Ryfana, Rua Centro Social (Canedo), Rua Centro Social (Souto), Rua Corga da Moura, Rua D. Afonso Henriques, Rua das Escolas, Rua de S. Miguel, Rua dos Moinhos, Rua Felicidade – Rua S. Domingos, Rua Nossa Senhora 4 Caminhos, Rua Portela – Rua Joaquim Pinho e Rua S. Vicente – Rua 25 de Abril (Louredo-Guizande). “Até ao final do ano, temos a intenção de avançar com mais um concurso” – revelou Emídio Sousa.


usF inauguraDa mas só Funcional a 1 De Julho

FREGUESIAS

Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

ARGONCILHE “Um novo edifício ao serviço da saúde” – começou o presidente do Conselho Directivo da ARS-Norte, Álvaro Almeida, na inauguração da nova Unidade de Saúde Familiar, na passada sexta-feira. Um “investimento de mais de um milhão de euros em plena crise”. “Fizemos um esforço para construir a unidade, dedicando-lhe parte dos escassos recursos, e mostrando a importância que atribuímos aos cuidados de saúde primários” – frisou. Deu-se “condições de trabalho aos profissionais, aumentando a satisfação e alojando novas equipas”. “Com este edifício estão criadas as condições para a USF de Argoncilhe, que iniciará funções a 1 de Julho” – adiantou. A USF n.º 16 da região Norte que se junta às muitas outras existentes. “Lançamos concurso para mais quatro unidades no país” – disse Álvaro Almeida, num investimento que supera os cinco milhões de euros. Mas não fica por aqui. A ARS-Norte tem, na gaveta, um projecto para mais 25 unidades de cuidados de saúde primários, que espera por fundos comunitários. “Entre as quais duas neste Concelho, em Canedo e Milheirós de Poiares” – afirmou. O objectivo é “garantir aos cidadãos mais e melhores cuidados”. “Acredito que seremos bem-sucedidos” – afirmou Álvaro Almeida, enaltecendo as vantagens da USF que permitirá “aumentar o número de consultas”.

Mãos à obra

Emídio Sousa só tinha elogios para a obra

do arquitecto Nuno Sampaio. “Uma obra de excelência, que vai ser falada no país e no mundo inteiro” – salientou. Lembrou que “rapidamente a Feira conseguiu ser o Concelho com mais unidades de saúde” e que agregando duas freguesias se conseguiu “ganhar escala”. Dirigiu-se, então, a Álvaro Almeida. “Já vi que é um homem de acção, espero que as duas próximas unidades se concretizem, mas tenho uma terceira debaixo de olho” – lançou. A terceira é Oleiros/Nogueira da Regedoura. “Vamos estudar uma solução, trabalhar de forma bem pensada, com extrema preocupação com os custos” – referiu. Elogiou o trabalho do Ministro das Saúde, Paulo Macedo, que tem a seu cargo “um dos sectores mais difíceis”, mas que “tem gerido com equilíbrio”, e voltou à USF de Argoncilhe, uma obra “sem trabalhos a mais” e com “alguns custos a menos”. “Mas o edifício não será nada se vocês [profissionais] não fizerem um bom trabalho” – salientou, anuindo que no início há sempre alguma apreensão da população mas depois todos aderem. “Espero que mais tarde digam “isto é que é”, como aconteceu em todas as USF” – referiu. Haja “confiança”. “Mãos à obra” – terminou.

SNS fundamental

“São estas infraestruturas que mudam a vida das localidades” – frisou Paulo Macedo, exaltando o “investimento ao serviço dos cidadãos” que ficará “por várias dé-

cadas”. “Vamos servir melhor as pessoas com este investimento em tempos de dificuldades” – declarou. Em anos de sacrifício, o Ministro garantiu que “nenhum cidadão foi abandonado ou tratado com menos qualidade” na saúde. “O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi fundamental para reiniciar o crescimento. Se nada tivesse sido feito, os portugueses deixariam de poder usufruir do SNS” – salientou. O objectivo é “manter o elevado nível de qualidade” e isso está a ser feito pois pela primeira vez “mais de 100 unidades” estão a pedir acreditação. “Ninguém acha que está tudo resolvido, mas continuaremos a assegurar o acesso a cuidados de saúde” – realçou. Houve uma “melhoria na generalidade dos indicadores de saúde” e a meta final é passar dos 97% para os 99% na cobertura dos utentes com médico de família. “Estamos a contratar todos os médicos que acabam a especialidade e sejam necessários” – acautelou. A nova USF de Argoncilhe foi dimensionada para a prestação de serviços da carteira básica e adequada à população que serve com: Medicina Geral, Saúde da Mulher, Saúde do Recém-nascido, da Criança e do Adolescente; Saúde do Adulto e do Idoso; Cuidados em situação de Doença Aguda; Acompanhamento clínico das situações de doença crónica e patologia múltipla; Cuidados no domicílio e integração e colaboração em rede com outros serviços, sectores e níveis de diferenciação, numa perspetiva de “gestor de saúde” do cidadão.

DeputaDos Do psD querem manutenção Da uniDaDe De saúDe

MOZELOS O Grupo Parlamentar do PSD apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a manutenção da Unidade de Saúde de Mozelos, Santa Maria da Feira, e a contratação dos dois médicos em falta. O documento alude à dimensão da freguesia que a extensão de saúde serve e será discutido e votado na próxima semana. O projecto de resolução propõe ao governo duas vertentes de intervenção – que garanta a manutenção, em funcionamento pleno, da Unidade de Saúde de Mozelos e que preencha, com urgência, o quadro médico, contratando dois médicos em regime efetivo, substituindo os que se aposentaram em 2014. “A vila de Mozelos tem cerca de 8.000 habitantes e o número de utentes só tem vindo a diminuir devido à recusa de novas inscrições desde há algum tempo, precisamente pela situação precária em que se encontra a unidade de saúde em termos de quadros médicos” – lê-se no texto que suporta a iniciativa parlamentar. Os parlamentares social democratas lem-

bram que a Unidade de Saúde de Mozelos perdeu dois dos seus três médicos, que no segundo trimestre de 2014 deixaram o serviço, por aposentação. Desde aí, “tem sido com grande dificuldade que presta serviço aos utentes, que, no lugar de encontrarem acolhimento são confrontados com um aviso aconselhando-os a procurar a unidade de saúde mais próxima” – relatam no projecto de resolução. “Em bom rigor, foram colocados dois médicos nesta Unidade de Saúde em regime de prestação de serviços, o que não satisfaz plenamente a população e os órgãos autárquicos, não apenas pela insegurança que origina, mas, sobretudo, porque não estão a ser aceites inscrições de novos utentes” – defendem os deputados do PSD, lembrando que “o eventual encerramento da extensão de saúde de Mozelos levaria os utentes locais para a Unidade de Saúde Familiar de Argoncilhe, numa deslocação entre as duas freguesias particularmente difícil, com a agravante de existir uma “barreira” entre ambas – a Estrada Nacional 1”. www.correiodafeira.pt

Para o PSD, Mozelos, “para além de densamente povoada, está no centro de um dos mais importantes pólos industriais do país, com uma população esmagadoramente dedicada ao setor secundário, justificando, por isso, cuidados de saúde adequados.” O projecto de resolução lembra que a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira dirigiu uma carta ao presidente da ARS Norte, cuja resposta foi no sentido de “informar que este Conselho Directivo não tem prevista qualquer alteração ao funcionamento da Unidade de Saúde de Mozelos”. “Não obstante a resposta da ARS Norte, é entendimento do Grupo Parlamentar do PSD e do CDS-PP, fazer a presente recomendação como forma de apoio e reforço da vontade da população local e de todos os órgãos autárquicos do Município de Santa Maria da Feira em rapidamente verem esta situação resolvida: - a unidade de saúde em pleno funcionamento e os dois médicos contratados efectivamente” – conclui o texto da iniciativa parlamentar. 22.JUN.2015

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Gerador do europarque avariado há mais de cinco anos Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

ESPARGO A Câmara vai proceder à reparação do gerador de apoio à rede do Europarque numa operação com um custo que ronda os 16 mil euros. “No início, achei muito dinheiro para a reparação de um gerador, mas depois vi que está avariado há cinco, seis, anos. É de uma irresponsabilidade da Associação Empresarial de Portugal (AEP), é uma coisa fantástica…” – afirmou o independente Eduardo Cavaco, na última reunião do executivo camarário. O vereador compreende a necessidade de arranjar o gerador pois “não é possível aquela infraestrutura estar sem gerador”. “Não pode estar avariado pois é uma parte fundamental da energia eléctrica” – frisou, adiantando que para um gerador destes, com um motor “de 350/400 cavalos”, que “foi mesmo às últimas”, “é preciso este dinheiro”. Eduardo Cavaco sabe do que fala pois já teve “dezenas de geradores, que ele próprio comprava”. “É

importante pôr a funcionar pois corremos o risco, em qualquer evento de vulto, de a energia ir abaixo, e caímos no descrédito” – alertou, criticando novamente a AEP. “Esteve muito mal. Quando as coisas se deixam ir, custa mais dinheiro” – atirou. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, garantiu que “quando perceberam que o gerador não estava operacional, trataram de o arranjar”. “Temos tido uma dinâmica de procura interessante do Europarque, que superou as expectativas. Com as notícias que saíam do elefante branco, muita gente pensava que estava fechado. Agora, com a informação da cedência do Europarque, tem potenciado eventos” – referiu, falando da Assembleia-Geral da Liga de Futebol, que decorreu na passada sexta-feira. “Custou a trazer, mas conseguimos” – declarou. Toda a “promoção” serve para “as pessoas perceberem que o Europarque está disponível”. “Espero

que comece a passar a imagem que a coisa está a funcionar bem, mas agora não pode falhar” – salientou.

Coberturas de cobre furtadas

António Bastos apontou a falta de um “inventário” com “as necessidades de investimento”. “Nunca ninguém nos soube dizer. Tomamos posse do Europarque “à Lagardère”. Vamos pagar a factura do que o Estado e a AEP deviam assumir” – realçou o socialista. “Toda a gente concordou em assumirmos a gestão, conscientes dos investimentos a fazer. O objectivo é que a receita permita cobrir os custos” – frisou. E “vão aparecer outras situações”. “Já roubaram coberturas de cobre do restaurante junto ao lago. Agora não vamos pôr em cobre, vamos pôr um material menos valioso” – revelou, lamentando que “mesmo

com segurança” isto aconteça. Já Mário Oliveira, também do PS, estava contra a reparação por ser mais um ajuste directo a apenas uma empresa. “Dizem que se trata de uma empresa com conhecimento técnico histórico do equipamento. Cinco anos sem trabalhar… Quase que era precisa uma equipa de arqueólogos para arranjar o equipamento. A justificação para o ajuste directo não é justificativa por si só” – salientou o socialista. Eduardo Cavaco mostrou-se “a favor” da reparação. “Quando são equipamentos que uma empresa faz a gestão, não se deve mudar. Não beneficia em nada a Câmara ter outro fornecedor que não aquele que tem o histórico. Não é um equipamento qualquer, é um equipamento sensível” – realçou. “O interesse público do serviço está claramente explicitado” – declarou Emídio Sousa. A reparação foi aprovada com três votos contra do PS.

bombeiros salvam homem em operação de cinco horas S. JOãO dE VER Depois de cinco horas numa operação complexa, os bombeiros da Feira salvaram um homem, em S. João de Ver, que estava soterrado. O alerta foi dado pelas 17h45 da última quinta-feira, quando um desmoronamento de terras soterrou um homem que estava a fazer

trabalhos de manutenção numa mina de água. De acordo com o comandante dos bombeiros, Manuel Neto, a operação de socorro, “de grande complexidade” demorou cerca de cinco horas, mas terminou com o salvamento do indivíduo que só apresentou ferimentos ligeiros.

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centro social cria horta biolóGica SOutO O Centro Social de Souto, no âmbito do seu projecto sócio-educativo “Abraçar a Terra, a Biodiversidade” está a promover, junto dos seniores e das crianças, a criação e manutenção de uma Horta Biológica intergeracional. Numa fase inicial, com o apoio de Manuela Almeida, engenheira, a instituição aumentou os seus conhecimentos sobre a biodiversidade e sobre a agricultura. As 10

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crianças elaboraram sementeiras que, após muito zelo e cuidado, cresceram e, mais tarde, foram transplantadas para a terra. “Agora que a nossa horta já dá alimentos, é possível conhecer qual a origem de alguns vegetais e depois saboreá-los. A terra tem muito para nos oferecer basta nos dedicarmos um pouco a ela” – referem as crianças e idosos do Centro Social de Souto. www.correiodafeira.pt


Passadeiras sem tinta na rede viária FEIRA A socialista Susana Correia chamou a atenção para as passadeiras sem tinta na cidade de Santa Maria da Feira. “Falta pintura na rede viária, nas passadeiras, linhas contínuas, a

corrida urbana nocturna Passa Por locais emblemáticos da cidade sAntA MARIA dA FEIRA Estão abertas as inscrições para a Corrida Urbana Terras de Santa Maria, que na sua segunda edição é já considerada o maior evento desportivo do distrito de Aveiro. As ruas, avenidas e edifícios emblemáticos da cidade de Santa Maria da Feira serão palco desta prova, que alia o desporto ao ar livre a uma forte componente cultural. As inscrições são limitadas e estão abertas até 8 de Julho. Parte das receitas reverte a favor da Obra do Frei Gil – Lobão. A correr ou a caminhar, os participantes terão a oportunidade de passar pelo interior do Castelo da Feira, claustro do Convento dos Lóios, grutas da Quinta do Castelo, Mercado Municipal, Câmara Municipal, Academia de Música e estádio do Clube Desportivo Feirense, e percorrer ruas e avenidas do centro histórico, entre outros locais. A corrida é de cariz competitivo e o valor da inscrição inclui uma t-shirt técnica reflectora, uma luz frontal

(corrida) ou lanterna (caminhada), um saco e abastecimentos. Há ainda prémios monetários (em cartão Pingo Doce) para os primeiros classificados (femininos e masculinos) e surpresas no dia da prova. Os interessados em participar podem inscrever-se em HYPERLINK “http://corridaurbana.com/” corridaurbana.com ou nos balcões do Posto de Turismo de Santa Maria da Feira, Piscina Municipal de Santa Maria da Feira e Ginásio Premium Health Club de Esmoriz. A Corrida Urbana Terras de Santa Maria é patrocinada por Premium Health Club – Esmoriz, PNB, Pblegio, Web3, Sage, Grupo Fontes, Freitas Irmãos Lda, Pingo Doce, Tiago Duarte, Geral Silva e Rádio Top FM. Conta com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, APCOR e Termas S. Jorge. Viatura oficial: Nasamotor Smart. A triatleta olímpica do Benfica Vanessa Fernandes e o ciclista da Efapel Filipe Cardoso apadrinham este evento.

visibilidade é má” – apontou a vereadora. A Câmara remeteu o assunto para o vereador com o pelouro do Ambiente, Obras Municipais e Protecção Civil, Vítor Marques.

inaugurado novo Posto de gás no Picoto MozElos Os presidentes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes, e da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, inauguraram, no sábado, o novo posto de enchimento público de Gás Natural Comprimido (GNC) e Gás Natural Líquido (GNL), no Picoto, em Mozelos. Este é o quinto posto público da rede dourogás natural, e o terceiro da rede europeia «Blue Corridor», e corresponde a um investimento de 1,5 milhões de euros. O novo posto vai permitir abastecer a Gás Natural Líquido (GNL) e a Gás Natural Comprimido (GNC) e serve fundamentalmente a principal via logística do norte do país a partir do Picoto, que é um ponto estratégico de abasteci-

mento de algumas das maiores empresas portuguesas de distribuição. É o caso da HAVI Logistics e da Sonae, empresas que já reconverteram parte da sua frota para este novo combustível. O posto do Picoto serve, também, os autocarros da empresa de transportes públicos de Santa Maria da Feira. A rede de postos de GNV da Dourogás conta, também, com mais dois postos em regime de exploração: o posto da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), no Porto, e o da Carris, em Lisboa. A Dourogás pretende continuar a expandir a rede de abastecimento de GNV. No inicio do próximo ano, será também aberto ao público o posto do Caia, junto da fronteira de Elvas.

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contrato Pouco “transParente” não convence socialistas louRosA O PS votou contra o Contrato-Promessa de Compra e Venda entre o Município e Lídia Maria Teixeira Gomes Couto e Carlos Fernando Neves Couto. “A primeira vez abstivemo-nos, e o vereador Mário Oliveira votou contra, porque achávamos que a avaliação do perito não estava bem feita” – comentou a socialista Susana Correia. O contrato refere-se à venda de alguns prédios na zona da Telhada, em Lourosa, por um valor total de 40 mil euros. No contrato, a autarquia explica que “os prédios, por si só, não têm autonomia, capacidade construtiva ou valor de mercado

significativo”, sendo que se destinam a “ser anexados ao prédio confinante, propriedade dos segundos outorgantes” para uma ampliação. “Com a alteração do Plano Director Municipal, achamos que está sobreavaliado. A avaliação devia ser feita tendo em conta o novo PDM. Continuamos a achar que as coisas não estão muito transparentes” – apontou a vereadora do PS, adiantando que, no início, ainda se fazia referência a uma ampliação de empresa, mas “agora nada diz sobre isso”. “Uma vez que as coisas não ficaram claras, votamos contra” – explicou Susana Correia. www.correiodafeira.pt

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PS CRITICA TRABALHOS A MAIS DE 23 MIL EUROS NA EN109-4 Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

é tão subjectivo. Eu tenho família ali ao lado, passava pela obra duas, três, vezes por dia. Não sei onde foram aplicadas as 400 toneladas de binder” – afirmou o vereador, cujos “cálculos” são bem diferentes. “Pelo que vi, no máximo foram aplicadas 50 a 80 toneladas. Não posso concordar com esta sobrefactura” – salientou. Para António Bastos, 400 toneladas dão para uma extensão de 3520 m2 e o troço em questão tem pouco mais de 200 m2. “Há aqui qualquer coisa que sai fora daquilo que foi executado” – realçou.

No âmbito da empreitada “Construção do sistema de drenagem de águas residuais da Bacia B2 – Laje Montante”, e na sequência dos trabalhos de pavimentação na EN109-4, entre Fornos e Mosteirô, as Estradas de Portugal exigiram a instalação de um colector de águas pluviais e o reperfilamento da estrada entre o km 16,7 e 16,9, de modo a serem restabelecidas as adequadas condições de escoamento no local. Não contemplados na empreitada original, os trabalhos a mais são de 23,692,95 mil euros, e os socialistas não concordaram. “Isto era previsível aquando do lançamento a concurso” – atirou António Bastos, “chateado” com a proposta que incluía uma “obra pronta” que “faz parte do passado”, o Centro Escolar de Mosteirô. “Isto

Centro escolar alterou condições

Um dos engenheiros da autarquia, presente na última reunião de Câmara, explicou ao socialista

que “quando foi feito o concurso, o centro escolar não estava lá”. “Com a construção do centro, alteraram-se as condições no local, a nível das águas pluviais” – esclareceu. O problema do “acumular” das águas teve de ser definido à posteriori. “Não foi só reposição/ pavimentação, houve um reperfilamento da estrada, pois havia um desnível entre a estrada e o centro escolar” – apontou. Tratou-se de um “enchimento adicional”, que não é habitual, e por isso o técnico não conseguiu, naquele momento, precisar as quantidades, até porque a fiscalização está a cargo da empresa Coba. António Bastos sublinhou ter “a maior confiança no técnico” presente mas que se trata de “uma situação irregular”. “Proponho que

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o assunto seja adiado e venha à próxima reunião para ver se está ou não correcto” – sugeriu, devido às “diferenças anormais”. “Não vale a pena estar a discutir o sexo dos anjos, do ponto de vista técnico é preocupante” – referiu. Pela “rápida necessidade de fechar a empreitada”, Emídio Sousa propôs que se aprovasse a proposta e que o esclarecimento das quantidades ficasse para depois, de forma a “não atrasar o processo 15 dias”. “As candidaturas para os fundos comunitários terminam em Julho” – afirmou. “Perante isto, temos de votar contra. Se as coisas estivessem claras, teríamos outro sentido de voto” – referiu António Bastos. Os trabalhos a mais foram aprovados com três votos contra do PS.

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“Os velhOs nãO pOdem parar” Mimi Alvim é uma força da natureza. Com 92 anos, ocupa os seus dias entre a Universidade Sénior, os trabalhos manuais e a pequena horta. Vai para todo o lado, sem precisar de ajuda, e é uma verdadeira inspiração para os mais novos. Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

Emília Alvim, ou “Mimi”, como todos a conhecem, é a aluna mais velha da Universidade Sénior, com 92 anos. “Já tenho tantas matrículas…” – diz. Inscreveu-se há 17 anos por achar o projecto “interessante”. “Gosto de todas as disciplinas. Só informática é que… Não vale a pena perder tempo” – revela. Aprecia as aulas de Português pois a professora é “muitíssimo boa”. “Estou a viver o que aprendi em nova” – afirma Mimi Alvim, que ainda é a aluna mais velha viva da sua antiga escola, o Colégio S. Luís, em Espinho. Entre tantas outras disciplinas – História, Culinária, Danças de Salão – a menina dos seus olhos é a Astronomia. “A única coisa em que queria trabalhar quando era pequena” – conta. Estava no 7.º ano quando lhe perguntaram “o que queria fazer”. “Aqui não havia Astronomia, só em Inglaterra, e naquela altura era pecado uma menina ir para Inglaterra. Então eu disse “se não for Astronomia, não quero mais nada”. Fui mulher de médico” – brinca Mimi Alvim, viúva do reconhecido Dr. Horácio Alvim, “uma grande alma”, que atendia qualquer pessoa que estivesse doente e a precisar de ajuda. A paixão pela Astronomia ficou adormecida mas a Universidade conseguiu resgatá-la. “Acabei de pintar uma galáxia” – diz, orgulhosa. Faz galáxias, faz presépios (que acrescenta à colecção da filha, detentora de mais de dois mil presépios) mas também pinta cerâmicas, quadros e até ovos de avestruz, o

mais recente projecto de Arte Aplicada. “Gosto muito de Arte, tenho uma colcha de Castelo Branco toda bordada por mim” – diz.

Casa parece museu

A casa onde vive facilmente se confundiria com um museu tal é o número de peças que preenchem as paredes. “Este é o quadro mais recente, a Menina do Mar” – mostra, levando-o debaixo do braço, em mais uma das suas viagens para a Universidade Sénior. Os projectos sucedem-se mas Mimi Alvim preocupava-se com um em específico. “Vamos actuar na sextafeira no Lamoso” – dizia. Uma peça de teatro da Universidade Sénior intitulada “Às Portas da História” que contava com Mimi Alvim no seu elenco. Não é estranho ver a nonagenária imbuída em actividades pela cidade, como aconteceu no evento “Sabores das Terras de Santa Maria”, onde Mimi Alvim tocou o seu cavaquinho. “Estou sempre à frente” – refere. A “genica” que a caracteriza não é de agora. Em pequena, gostava de subir às árvores e acompanhar o pai nas lides do futebol. “Gosto muito de futebol. Se estiver a dar um jogo na televisão, fico a ver” – revela Mimi Alvim. Mas foi nos tempos de casada que mais desfrutou do convívio social. “Esta era uma casa onde, quando o meu marido era vivo, todos os dias havia festa. Ele tocava guitarra e, como precisava de quem o acompanhasse, eu tocava viola” – afirma a nonagenária, que também sabe tocar xilofone e chegou a integrar o canto coral. Uma vida a acumular histórias, como a do marido, que era www.correiodafeira.pt

de sangue azul, descendente de Nuno Álvares Pereira, ou da própria Mimi, que quando se casou “nem sabia estrelar um ovo”. “A minha sogra uma vez mandou-me fazer uma maionese. Talhou uma, duas, três vezes… Não consegui fazer” – recorda, divertida.

Vida santa

O que importa, para Mimi Alvim, é não parar. “Parar é morrer. Eu não estou parada, nunca. Se estou sentada, começo logo a dizer “já estou a malandrar” e vou fazer alguma coisa. Ando sempre de baixo para cima, mesmo aqui em casa. Vou cuidar da minha horta e, quando estou a ver televisão, estou a fazer croché ao mesmo tempo” – salienta, apelando a que os “velhos” saiam de casa. “Saia, pegue num jornal, ponha debaixo do braço. O cérebro tem de estar sempre a funcionar, só ir ao hospital fazer fisioterapia não adianta. Os velhos não podem parar” – realça, enaltecendo os benefícios da Universidade Sénior. “Estamos ocupados, damo-nos todos bem, é uma vida santa. Cada um toma conta de si” – frisa. E é este espírito de carpe diem que quer transmitir às duas netas e aos quatro bisnetos. “Um dos meus bisnetos tem seis anos e toca violino que é uma maravilha” – conta. Mimi Alvim já foi “da Barra a Aveiro de bicicleta” e agora, com 92 anos, mesmo com alguns percalços de saúde e “sem estômago”, continua a desfrutar da vida em pleno, com a ocasional sardinha frita e “um bocado de broa”. “Ainda não penso em morrer” – afirma Mimi Alvim, que quer ver crescer os pequenos da família. 22.JUN.2015

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D. FLORENTINO

‘IN MEMORIAM’

Introdução A passagem do Senhor D. Florentino de Andrade e Silva pela Diocese de Faro como Bispo Residencial foi breve, apenas cinco anos, ocorrida em momentos conturbados política e socialmente. Os testemunhos de dois sacerdotes que conheceram e com D. Florentino trabalharam nessa Diocese ajudam-nos a conhecer melhor esses momentos da vida do ilustre Bispo Feirense.

Domingos Monteiro da Costa Nascido a 15 de Março de 1940 ordenado sacerdote a 30 de Julho de 1972 Pároco da Mexilhoeira Grande e Nossa Senhora do Amparo de Portimão 14

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Pouco antes do Verão de 1973, encontrava-me eu, já ordenado Sacerdote, a concluir o 4.º ano de Teologia, em Frankfurt, Alemanha, onde fui visitado pelo P. Agostinho Ferraz que, na altura, era o director de estudos dos jovens jesuítas portugueses, que se encontravam no estrangeiro a estudar teologia. Uma das suas funções era saber das inclinações dos que se encontravam no fim da formação académica, em ordem ao destino a receber, após o regresso a Portugal. Quando abordámos o assunto, manifestei-lhe o desejo de trabalhar na Pastoral directa. - Pode ir para o Algarve, onde o Sr. Bispo deseja a presença da Companhia de Jesus! – disse-me ele. O Bispo de quem ele falava era, pelos vistos, o Sr. D. Florentino de Andrade e Silva, recentemente nomeado Bispo desta Diocese (a 1 de Julho de 1972). Aceitei logo e propus-lhe contactar dois possíveis colegas: o P. Arsénio Castro da Silva e o P. Manuel Malvar Fonseca. Disse-lhe ainda que gostaria, se possível, de estudar Sociologia. - Não há inconveniente! – respondeu. Será o tempo de esperarem uns pelos outros. O P. Manuel Malvar Fonseca já se tinha decidido por Santo André, na Diocese de Beja. O P. Arsénio estava já nomeado capelão militar, em Moçambique, para onde partiu, ainda nesse ano. Eu fui para o Instituto Católico de Paris estudar Ciências Sociais. Entretanto deu-se o 25 de Abril e o fim da guerra colonial em Moçambique, razão pela qual o P. Arsénio regressou a Portugal mais cedo do que previsto. Isso levou-me também a deixar Paris um ano mais cedo (1975). No dia 21 de Setembro de 1975, o Provincial avisou o Sr. Bispo da nossa disponibilidade em partir para o Algarve e pediu-nos para lhe telefonarmos, o que fizemos, após o almoço desse mesmo dia, na Cúria Provincial. A resposta foi a de que fôssemos ter ao Paço Episcopal. Era um Domingo, aquele dia. O Reino dos Algarves era para nós, naquele tempo, praticamente, o desconhecido: era como ir pelo mundo, sem destino concreto, às ordens de Jesus Cristo; ou, para nós, Jesuítas, como ir às Índias… Vínhamos confiados ao Bispo, que, de certeza, se nos tinha pedido, saberia para onde nos enviar e o que, concretamente, esperava de nós. Se não trazíamos destino certo, muito mais surpreendidos ficámos quando ele, ao jantar, nos disse que não sabia para onde nos havia de enviar. Sugeriu hipóteses como Olhão, Tavira… Para nós, o desconhecido. Habitava-o um desejo, a cidade de Portimão, onde um nosso colega – o P. Esteves – tinha passado um ano a ver da possibilidade e da viabilidade da fundação de uma comunidade de Jesuítas, coisa que desconhecíamos. Segundo ele, a cidade estava a desenvolver-se muito e, nela, tinha a Companhia de Jesus tido, outrora, um Colégio, de 1660 a 1759, data em que foram encerrados, dada a expulsão da Companhia, de Portugal, às ordens do Marquês de Pombal. Mas – disse ele – “o Pároco local não simpatizava com a ideia, defendendo que o Algarve devia ser evangelizado por algarvios. Mas, onde estão os algarvios”? – perguntava.

D. Florentino Entrada Solene na Diocése do Algarve Depois do jantar, despediu-se, dizendo-nos que ia consultar o travesseiro. No dia seguinte, durante o almoço, comunicou-nos que iríamos para Portimão. Pediu ao seu secretário que telefonasse ao pároco de Portimão e lhe dissesse que o Bispo o visitaria às 15h00 horas, na igreja. O Sr. D. Florentino parecia, todo ele, de outro mundo: um asceta, um místico. A diocese do Algarve, que lhe coube pastorear em tempos tão difíceis, deve ter constituído para ele um martírio. Eram os tempos quentes da Revolução e do Verão quente, em que estávamos. Ele tinha substituído, em 1972, o Sr. D. Júlio Tavares Rebimbas, um bispo jovem, que deixara imensas saudades na Diocese do Algarve, sobretudo entre os padres mais novos; ele vinha da Diocese do Porto, que tinha “governado” como Administrador, em tempos terríveis, como foram os dos 10 anos de exílio do Sr. D. António Ferreira Gomes e daí que a sua vinda para o Algarve não fosse bem aceite por uma parte do clero, conotado que ele era de bispo “fascista”. Politicamente era a convulsão, que se seguiu ao 25 de Abril, visível nas perseguições à Igreja, numa ou noutra Paróquia da diocese: como foi a ocupação selvagem de parte do passal, em Odiáxere (Lagos), para a construção de uma farmácia; ou o julgamento em tribunal po-

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pular do pároco, seguida de prisão domiciliária, durante uma semana, na Mexilhoeira Grande. Religiosamente, era a “convulsão” que se seguiu ao Concílio Vaticano II que levou ao encerramento de alguns seminários e à deserção de um ou outro padre. Na altura, havia, liderado por alguns padres mais novos, o grupo CARAS; o nome e, muito mais, o significado pretendido – Cristãos Algarvios em Reflexão e Acção Social – até era simpático, mas a realidade era outra, como o pudemos comprovar numa reunião, em Armação de Pêra, para que fomos convidados, em fins de 1975. No fundo, o que movia o grupo, que já encontrámos em dissolução, não era nem a reflexão nem a acção social a partir do Evangelho, mas a contestação do Bispo. Daí que não tenha feito história nem tenha deixado marcas. Eu, acabado de chegar ao Algarve, fui o “beneficiado” desta convulsão, pois fui convidado pelo Sr. D. Florentino de Andrade e Silva a substituir o pároco da Mexilhoeira Grande. E foi como pároco dela que tive a oportunidade de o conhecer melhor e de apreciar a estima que ele tinha por mim e pela Companhia de Jesus. O Sr. D. Florentino era um homem humilde, como só os Santos o sabem ser. Humanamente vivia num “deserto”: uma diocese descristianizada, sem vocações, com pouco clero, muito dele não originário do Algarve, e sem grande formação académica. Quando, no dia 2 de Outubro de 1975, me confiou a Paróquia da Mexilhoeira Grande, fê-lo forçado pela “prisão domiciliária” do pároco, liderada por um grupo de cidadãos, apoiados por forças ditas de esquerda, que manipulou a população, e pelo facto de não ter encontrado solução entre o clero da Vigararia de Portimão, onde a procurou. Por isso, disse-me que seria por dois meses “até encontrar substituto”. De facto, nem a Companhia de Jesus nos tinha enviado para curar Paróquias, nem ele a convidara para isso, mas para actividades que estivessem de acordo com o nosso carisma, como seria o dar Exercícios Espirituais, a pastoral de Jovens e a formação de Leigos. Aqui ficam duas pequenas histórias que revelam a sua humildade. De-

corridos dois meses, pediu-me para continuar. Pouco depois, convidei-o a visitar as sete escolas primárias da freguesia. Combinado o dia, pedilhe que falasse em cada sala 10 a 15 minutos. A princípio manteve-se bastante fiel… Depois começou a alongar-se chegando a falar mais de meia hora, numa ou noutra sala, a ponto de as crianças adormecerem, como aconteceu na escola da Senhora do Verde, o que o levou a perguntar-me: - Eu estou a falar de mais, não acha?

um com o outro. Em 16 de Maio de 1976, houve Crismas na Paróquia. Dado o que se tinha passado com a expulsão do meu antecessor e dada a perseguição que, na altura, me era feita, escrevi-lhe antes e enviei-lhe os textos para a Liturgia da Palavra da Missa, propondo-lhe que, na homilia, apelasse para a comunhão entre todos os Paroquianos e destes com o Pároco Quando chegou, perguntei-lhe se tinha recebido os textos e se tinha preparado a homilia, de acordo com a minha recomendação. Com uma

certa ironia, diz-me ele: - Há tantos anos que sou Bispo e nunca nenhum Padre se atreveu a dar-me sugestões para as homilias! - Mas, nesta freguesia, tendo acontecido o que aconteceu, é de toda a conveniência, Sr. Bispo! Outra pobreza desta Diocese era a escassez de Comunidades de Vida Consagrada. No curto espaço de tempo em que foi Bispo – de 1972 a

1977 – conseguiu trazer para o Algarve seis Comunidades religiosas: os Padres Jesuítas (1975); os Padres Espiritanos (1975); os Padres Claretianos (1976); e quanto a Congregações femininas: a Congregação da Divina Providência e Sagrada Família (1975); a Congregação das Doroteias (1975); as Carmelitas Descalças (1976). Ele tinha, de facto, um grande apreço pela Vida Consagrada, concretamente pela vida contemplativa, como o demonstra a fundação e a construção do Mosteiro do Carmelo do Patacão, creio que totalmente subsidiada pela Diocese católica alemã de Colónia. Era de uma atenção espantosa para com estas Comunidades, visitandoas ou deixando um cartão debaixo da porta, sempre que visitava ou passava pelas terras onde elas se encontravam. Fazia-o, pelo menos, connosco, Jesuítas, e com as Irmãs Doroteias, em Portimão. Não tendo nós, Jesuítas, na altura, grande possibilidade de sobrevivência a nível económico, o meu colega P. Arsénio Castro da Silva empregou-se na lota, como descarregador de peixe. Quando o Sr. Bispo o soube, não esperou muito tempo para o visitar na própria lota, passando a visitá-lo, sempre que passava por Portimão, para espanto de trabalhadores e patrões, ainda que, interiormente, pudesse não estar muito de acordo com a decisão do meu colega. Depois de deixar o Algarve – em 1977, com apenas 62 anos de idade e cinco de presença na diocese – recolheu-se às Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, em Fontiscos, Santo Tirso, onde o visitei, pouco tempo depois de ele ter deixado o Algarve. Recebeu-me com grande amabilidade e muito se alegrou com o que lhe contei da transformação que estava a ocorrer na Paróquia, depois das turbulências por que ela tinha passado e pelas passas que lhe tinha feito passar a ele – e a mim. É com saudade que recordo o Sr. D. Florentino de Andrade e Silva, no 1.º centenário do seu nascimento! Para além de ter sido o primeiro Bispo que conheci na diocese, é a ele que se fica a dever o regresso da Companhia de Jesus ao Algarve, depois de um longo “exílio” de 216 anos.

nessa altura no seminário) falamos com o novo bispo, e a minha ordenação ficou agendada para Silves, minha terra natal, para o dia 29 de Outubro de 1972. Nesse ano, ainda fiquei a trabalhar no seminário, mas no ano seguinte fui nomeado para pároco do Algoz. Era homem afável e de nobreza de trato com os sacerdotes e as demais pessoas, mas permaneceu sempre longe e distante dos padres. Creio que nunca se adaptou a esta Igreja do sul nem às realidades do Algarve, e carregou sempre consigo todos os problemas trazidos da diocese do Porto. Também os dois sacerdotes trazidos do Porto, sobretudo o P. Cardoso, contribuíram muito para o seu isolamento e afastamento dos padres e do comum das pessoas.

Acresce que passado um ano, e pouco depois de vir para o Algarve, aconteceu o 25 de Abril, tornando mais difícil a sua estadia por cá. Foi tempo de muita contestação e no seu governo fechou o seminário de Faro. Com a saída de D. Júlio, saiu também o P. Virgílio, seu secretário, e o P. Carrilho, vigário para a pastoral, e que presentemente é o Bispo do Funchal. Os dois eram os grandes impulsionadores da renovação da Igreja do Algarve, após o Concílio Vaticano II. Com todas estas condicionantes, o seu governo foi discreto, de estagnação e de certo modo de transição. Foram anos difíceis os anos de governo de D. Florentino no Algarve.

D. Florentino - Cumprimentos das autoridades ao novo Bispo

D. Florentino em Monchique - Está, Sr. Bispo! Eu recomendei-lhe que falasse apenas 10 a 15 minutos em cada sala! - Tem razão, Sr. Dr. Domingos!... – Era por “doutor”, que me tratava, por mais que eu protestasse. Depois da volta à freguesia, despediu-se com estas palavras: - “Como é que você, em tão pouco tempo, descobriu a África, no Algarve?” Aqui fica outro caso que manifesta a naturalidade com que lidávamos

Dom Florentino no Algarve

José Manuel Fernandes Águas Nascido a 14 de Agosto de 1944, ordenado sacerdote a 29 de Outubro de 1972 Pároco de Monchique, Alferce e Marmelete

No final de Junho de 1972, fora eu ordenado de diácono por D. Júlio Tavares Rebimbas. Entretanto, D. Júlio é nomeado para Lisboa como arcebispo de Mitilene e auxiliar do patriarcado. Ao Porto, onde D. Florentino Andrade e Silva era administrador apostólico, chega do exílio o bispo residencial D. António Ferreira Gomes. Ora estando a diocese do Algarve sem bispo, a solução encontrada foi nomear D. Florentino para o Algarve. Deste modo se proveu a diocese de bispo e, ao mesmo tempo, foi dada a possibilidade de D. Florentino ser bispo residencial. Como todo o processo da minha ordenação de presbítero já estava aprontado, após a entrada de D. Florentino, eu e os padres do seminário de Faro (trabalhava eu

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SOCIEDADE

iV Mosaico social reúne especialistas e dezenas de instituições

Lourosa O Município de Santa Maria da Feira convocou todas as organizações locais da economia social para reflectir sobre os novos desafios do terceiro sector e debater estratégicas de acção partilhadas para promover a sustentabilidade financeira destas organizações e aumentar a empregabilidade no território. O IV Mosaico Social realiza-se entre quinta-feira e domingo, na freguesia de Lourosa, contando com uma mostra de 150 instituições locais, conferências, tertúlias, workshops, Gala Concelho Solidário, bazar social e um extenso programa cultural. “As nossas IPSS têm feito um excelente trabalho, mas a inovação no terceiro sector é cada vez mais uma exigência, sobretudo ao nível da gestão dos serviços prestados, que se pretende cada vez mais organizada e racional” - considera Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, entidade que organiza o IV Mosaico Social, através da Rede Social Concelhia, em parceria com a Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM). “Esta edição do Mosaico Social pretende uma mudança de atitude das IPSS con-

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Especialistas de renome e projectos inovadores

A conferência inaugural, dedicada à Coesão Social e Empregabilidade (25 de Julho, 10h00, auditório da Junta de Freguesia de Lourosa), vai contar com a participação de quatro especialistas de renome nacional: Américo Mendes (Universidade Católica do Porto), Rogério Roque Amaro (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa), Rui Pedroto (Fundação Manuel António da Mota / GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial) e Carlos Azevedo (IES – SBS: Inovação e Empreendedorismo Social – Social Business School). Nesta conferência pretende-se reflectir sobre estratégias de inovação social e de

capacitação do terceiro sector para actuar em parceria com o mercado, nomeadamente através da criação de empresas sociais sustentáveis e financeiramente autossuficientes, ou através da criação de marcas próprias. Da teoria à prática, serão apresentados, na secção Mosaico Talks, dez projectos inovadores na área social, considerados casos de sucesso a nível nacional, intencionalmente externos ao concelho de Santa Maria da Feira, como o conhecido e premiado Doctor Gummy, a fundação infantil Ronald McDonald, a ONG Mundo a Sorrir, a Missão Pijama, a SocialShop e o Hostel Cruz Vermelha. Nesta edição do Mosaico Social será ainda prestado um tributo ao cuidador, integrado na Gala Concelho Solidário. Uma homenagem a todos os cuidadores formais e informais que todos os dias contribuem para que as pessoas dependentes e com necessidade de acompanhamento contínuo mantenham qualidade de vida. O programa completo do IV Mosaico Social pode ser consultado em HYPERLINK “http://rede-social.cm-feira.pt/” http:// rede-social.cm-feira.pt e na página do facebook do evento.

Fundação Manuel da Mota na conFerência inaugural do Mosaico social Lourosa “Coesão Social e Empregabilidade” é o tema da conferência inaugural do IV Mosaico Social, que contará com a participação de Rui Pedroto, em representação da Fundação Manuel António da Mota no GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial. A conferência realiza-se, na quintafeira, às 10h00, no auditório da Junta de Freguesia de Lourosa. Este encontro destina-se a reflectir sobre o tema da inovação social e a capacitação do Terceiro Sector para actuar em parceria no mercado, nomeadamente através da criação de empresas sociais sustentáveis e financeiramente autossuficientes ou de marcas próprias. A Fundação Manuel António da Mota assume como objectivo estratégico o desenvolvimento social, dado que exerce a política de responsabilidade

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celhias relativamente a novos caminhos que apontam para a inevitabilidade de uma gestão mais empresarial destas instituições, assente na sustentabilidade programática e financeira, na qualificação dos quadros dirigentes, profissionais e voluntários, na criação de marcas sociais para projectar a economia social e na cooperação entre instituições” - reforça o autarca.

social do grupo Mota-Engil, privilegiando o investimento na comunidade, em favor dos grupos sociais vulneráveis e mais desfavorecidos. Através dos seus apoios nas áreas da solidariedade social, deficiência, saúde, habitação e desporto, entre outras, esta fundação pretende contribuir para o fortalecimento e a sustentabilidade do Terceiro Sector, apoiando projectos de reconhecida relevância e impactos sociais. O GRACE foi fundado no ano 2000 por um conjunto de empresas empenhadas em aprofundar o papel do sector empresarial no desenvolvimento social, exclusivamente dedicado à promoção da responsabilidade social corporativa. Esta conferência inaugural conta ainda com a participação de Roque Amaro, do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que falará sobre governança partilhada, www.correiodafeira.pt

relevando a importância da comunidade local para o desenvolvimento económico, exequível pela união e actuação em rede, no exercício da cidadania activa e democracia participativa. Américo Mendes, Universidade Católica do Porto, introduzirá o tema da coesão social e empregabilidade, abordando a economia social, os seus actores e o tipo de acções exercidas pelas instituições. O IV Mosaico Social é um encontro bienal organizado pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, através da Rede Social Concelhia, em parceria com a Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM). As inscrições para a conferência podem ser feitas em HYPERLINK “https://goo. gl/haQPtK” https://goo.gl/haQPtK.


Municípios da aMp contra fusão das águas Os municípios de Arouca, Espinho, Oliveira de Azeméis, Matosinhos, Paredes, Porto, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Vila Nova de Gaia e Valongo adoptaram, em comum, uma estratégia de contestação judicial à criação do sistema Águas do Norte, S.A., que tem como intenção a fusão de vários sistemas pré-existentes, numa reorganização do sector de abastecimento de água e saneamento. Entre esses sistemas, destaca-se a Águas do Douro e Paiva, S.A., empresa que os Municípios referidos integram como accionistas. A tentativa de fusão, lançada unilateralmente pelo Estado Central, contra a vontade unânime dos Municípios, detentores de 49% do capital da empresa, não cumpre nenhum dos objectivos enunciados pois, dizem os Municípios, “é falso o pressuposto invocado de que a nova empresa poderia criar sinergias que levassem à poupança de dinheiros públicos e à redução futura de tarifas”. “Na verdade, pela análise já realizada dos documentos, concluiu-se, sem margem para dúvidas, que os Municípios integrados na Águas de Douro e Paiva pagarão para o sistema global mais 38M€ do que actualmente (mais 40%), só nos próximos cinco anos, ao passo que os ganhos para os restantes municípios não ultrapassam os 24,5M€” – lê-se, no comunicado. Ou seja, o novo sistema, em lugar de criar sinergias e poupança, “implicará, em cinco anos, o desperdício de 13,5M€, que serão subtraídos directamente aos Municípios e, logo, em última análise, com reflexos negativos inevitáveis na factura dos consumidores”. Por outro lado, é também claro, para os Municípios, que esta tentativa de fusão não cumpriria qualquer princípio de solidariedade. “É com efeito falsa a ideia de que a água seja mais barata nos municípios do litoral ou nos municípios integrados no sistema de Águas do Douro e Paiva (onde se incluem concelhos do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, além da Grande Área Metropolitana do Porto). E é também falsa porque a reposição de défices tarifários no interior apenas poderá resultar em aumentos significativos do valor da factura para todos os municípios e, logo, para os municípios do interior do país” – referem, dando o exemplo de Trás-os-Montes, onde uma família paga actualmente, por m3 de água e esgoto tratado, cerca de metade do que paga uma família do Grande Porto. Há, também, “razões políticas e de princípio” em causa na contestação a esta tentativa de fusão

que o Estado Central pretende impor aos municípios: “Por ser um processo unilateral, decidido sem e contra o Poder Local; Por ser contra a tão propagandeada descentralização de competências; Por violar a Lei das Sociedades Comerciais, que o Estado Central impõe aos cidadãos e empresas mas que, aparentemente, decide não cumprir; Por ser uma inaceitável forma de penalizar o mérito que estes e outros municípios tiveram na criação e desenvolvimento da empresa Águas do Douro e Paiva, S.A.; Por ignorar os enormes investimentos e esforços levados a cabo, ao longo de décadas, por um conjunto de municípios; E por violar, de forma grosseira, os fundamentos da utilidade e do serviço público” – enumeram. Este processo que o Estado Central pretende levar a cabo, representa, salientam, “uma traição a compromissos políticos assumidos no passado em relação a um conjunto significativo de municípios, fazendolhes crer que poderiam investir com segurança e de boa-fé na sua empresa de distribuição de água, vindo agora, por decreto e a partir do Terreiro do Paço, querer esbulhálos de património, conhecimento, valor e autonomia”. “Em troca, o que “oferece”? “Oferece” água mais cara, um sistema mais pesado para ser pago e a diluição do poder de decisão de cada um dos concelhos através da tentativa de criação de uma megaempresa cuja gestão não controlarão e cujo futuro não conhecemos” – apontam, lembrando que o que está em causa é a extinção dos sistemas multimunicipais actuais e as respectivas sociedades gestoras e a “junção” de sociedades que apresentam resultados deficitários e são titulares de dívidas significativas com sociedades que apresentam resultados positivos e cuja gestão se tem pautado por critérios rigorosos de planeamento e execução dos investimentos necessários, não detendo dívidas resultantes da gestão e exploração dos sistemas. A tentativa de fusão é, por tudo isto, “um atentado ao poder local, mas também ao mérito, ao investimento e aos munícipes, cuja factura da água irá sofrer brutais agravamentos, na ordem dos 40%, mesmo para aqueles que habitam em concelhos que não contribuíram no passado para as más contas do sistema global. Que fique, aliás, bem claro: nenhum consumidor final lucrará com o processo de fusão lançado pelo Governo, viva no interior ou no litoral. Todos pagarão a sua água mais cara” – frisam. Os municípios identificados, que em comum e

de forma concertada decidiram avançar para uma luta judicial “até às últimas consequências”, não serão, com certeza, os únicos a contestarem o processo de fusão em curso. “Haverá outros, que, por outras formas, com outras armas e

outros meios, o estarão a fazer ou poderão vir a fazê-lo. Vemos esses outros processos com bons olhos. Isto, ao contrário desta traição do Estado Central, que prossegue um fim injusto e despesista” – terminam.

ps e independentes apoiam decisão A decisão dos Municípios de contestar, através da instauração de providências cautelares e/ou acções judiciais, a criação de sistemas multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento foi comunicada na última reunião de Câmara pelo presidente feirense Emídio Sousa. “Vamos avançar para tribunal, em conjunto com os outros nove municípios, contra a fusão dos sistemas de água. Vamos contratar um gabinete de advogados e a despesa será dividida entre todos de forma igual” – adiantou. O PS e os vereadores independentes mostraram-se favoráveis a esta atitude. “Estamos de acordo, já apresentamos uma moção na Assembleia Municipal nesse sentido” – realçou o socialista António Bastos. “Não faz sentido numa altura destas haver um aumento tão grande da água” – anuiu o independente Eduardo Cavaco. A proposta foi aprovada por unanimidade.

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Município da Feira estreia-se na expocidades

Viagem medieval - Imagem oficial de 2015 Pela primeira vez, o Município de Santa Maria da Feira participou na Mostra de Turismo das Cidades do Eixo Atlântico – Expocidades, cuja terceira edição teve lugar no Centro Cultural de Viana do Castelo, em pleno centro da cidade, no último fim-de-semana, onde uma ampla representação das cidades galegas e portuguesas integradas no Eixo Atlântico mostraram o potencial do turismo de proximidade. A plataforma de negócios Bizfeira e o Europarque estiveram em destaque no stand promocional do município feirense logo no pri-

meiro dia, na última sexta-feira; o segundo dia, sábado, foi dedicado à Viagem Medieval em Terra de Santa Maria e o terceiro, domingo, ao parque temático Perlim – Uma Quinta de Sonhos e Imaginarius. Os sabores feirenses também marcaram presença nesta mostra, com fogaça para degustação, acompanhada com queijos MAF e vinho Chamoa. Com a presença de 31 cidades, duas regiões e 29 stands, esta feira mostrou as possibilidades turísticas das cidades participantes. Uma oferta focada no turismo de proximidade, dada a relativa

distância que existe entre as cidades galegas e as portuguesas, e a variedade de ofertas turísticas para o visitante. A Expocidades é o maior escaparate do potencial turístico das cidades que integram o Eixo Atlântico. Criada há mais de 23 anos, a entidade transfronteiriça é uma das principais referências do que acontece na Eurorregião GalizaNorte de Portugal, que agrupa as 38 principais cidades e entidades da Galiza e do Norte de Portugal, metade galegas e metade portuguesas. Paralelamente ao desenvolvimen-

to da feira tiveram lugar outras actividades, como degustações de produtos típicos das cidades, actuações musicais e teatrais, exposição de aves, projecção de documentários das cidades e encontros turísticos entre profissionais do sector. Nesta terceira edição, depois de ter passado por Lugo e Pontevedra, que teve mais de 10.000 visitantes em três dias, a conceptualização da feira também se ajustou aos padrões de sustentabilidade, através da utilização de materiais reutilizáveis, da separação dos resíduos, entre outros. Emprego

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“Abraçar” homenageia Ruy Höfle de Araújo Moreira

CULTURA

Milheirós de Poiares A Associação Abraçar Milheirós de Poiares promove, na próxima sexta-feira, a sessão de encerramento da segunda edição do Concurso Conhecer Milheirós de Poiares. O tema-base deste ano centrou-se na figura da destacada personalidade milheiroense, Ruy Höfle de Araújo Moreira. Do evento constam depoimentos sobre a vida e obra do homenageado (entre os quais as presenças e intervenções de Tomás Moreira e Rui Moreira, actual presidente da Câmara Municipal do Porto), a entrega de prémios deste concurso de escrita e fotografia e momentos musicais da Orquestra Milheiroense e de alunos da Escola EB 1 da Igreja. A sessão tem início às 21h30, no auditório do Centro Cultural de Milheirós de Poiares.

Juventude festeja 30 anos

AplAusos pARA pRiMeiRo espectáculo dos “AMigos dAs ARtes” Integrado no Festival das Colectividades da freguesia de Arrifana, o grupo de teatro (Via Teatral) dos Amigos das Artes de Arrifana, subiu ao palco do Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários para apresentar a peça “À Volta de Abril”, da autoria de Alcides Costa e encenada por Tereza Costa e visitantes. O público que acorreu ao espectáculo não regateou aplausos e saudou com carinho os intervenientes.

Este grupo participou, ainda, no certame com uma exposição colectiva em acrílico e a óleo ”Diferente Melodia de Cores” de Paula Tavares e Jorge Ferreira e cadernos românticos ilustrados de Marta Matos e Mário Costa que esteve patente no Salão da Junta de freguesia de Arrifana. Os mentores Mário Costa e Pedro Resende agradecem o bom acolhimento por parte dos arrifanenses.

i ciclo de MúsicA sAcRA eM seis igReJAs do concelHo Fiães O Colégio de Música de Fiães está a organizar, até ao dia 12 de Julho, a primeira edição do I Ciclo de Música Sacra em Terras de Santa Maria. Dado o elevado número de igrejas com valor histórico e contemporâneo que existe no Concelho, o Colégio de Fiães entendeu descentralizar o ciclo de música, pelo que estão marcados seis concertos. Trata-se de um evento inédito que junta o nome de “Terras de Santa Maria” à música Sacra. Devido à figura de Maria, em todos os concertos haverá motetes e peças dedicadas a esta figura. Assim sendo, o primeiro concerto decorreu, no último sábado, na igreja de Santa Maria da Feira

com a participação do Coro do Mosteiro de Grijó. No próximo sábado, pelas 21h00, a igreja matriz de Mosteirô recebe o Coro de Câmara de S. João da Madeira. No domingo, é a vez da igreja matriz do Vale acolher, pelas 17h00, o concerto do Coro do Curso de Música Litúrgica que, aliás, actua, no dia 4 de Julho, pelas 21h30, na igreja matriz de Paços de Brandão. No dia 5 de Maio, pelas 18h00, a igreja matriz de S. Paio de Oleiros, acolhe o concerto do Coro da Paróquia da Senhora da Conceição. O ciclo termina na igreja matriz de Santa Maria da Feira, com o Quarteto Vocal “Gaudium Vocius”, pelas 19h00. www.correiodafeira.pt

sanguedo A Juventude de Sanguedo comemora, noa dia 4 de Julho, o 30º aniversário. A efeméride será assinalada com um jantar de angariação de fundos, a ter lugar no restaurante “Casa das Laceiras”, em Sandim. O jantar tem um custo de 10 euros para crianças com idades compreendidas entre os três e os 10 anos, e de 20 euros para os adultos e crianças com mais de 10 anos. Entretanto, no dia 5 de Julho, será celebrada uma missa em sufrágio dos sócios falecidos e familiares.

Adiado para Julho workshop de maquilhagem e caracterização santa Maria da Feira A Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho de Santa Maria da Feira adiou para os dias 11, 12, 18 e 19 de Julho, o Workshop de maquilhagem e caracterização, destinada a técnicos da equipa de apoio de animação e dos grupos de teatro das associações culturais do Concelho de Santa Maria da Feira. Esta acção que terá como objectivo abordar a maquilhagem de embelezamento e caracterização para teatro decorrerá, na sede da federação, aos fins-de-semana nos seguintes horários: sábados das 10h00 às 18h00 e domingos das 14h00 às 17h00. Serão abordados conteúdos como teoria da cor; fisionomia do rosto; produtos existentes no mercado; maquilhagem de embelezamento; maquilhagem de dia; maquilhagem de noite; estrutura de rosto e olhos e suas correcções; maquilhagem de fantasia; produtos e sua aplicação; criação de trabalhos de face painting; caracterização; aplicação de barbas; envelhecimentos de teatro; criação de pisaduras, hematomas, cortes e feridas.

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Coloridos e evergando diferentes indumentárias. São assim os espantalhos que estão em exposição no centro de Milheirós de Poiares. A segunda edição desta mostra volta a espicaçar o olhar dos curiosos. 22.JUN.2015

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Tuna Musical há 125 anos que mora no coração do povo A Tuna Musical Mozelense está a celebrar o 125º aniversário e são muitos os motivos para festejar. A associação mora no coração de todos os mozelenses, ministra um ensino de qualidade e tem saúde financeira. Eusébio Amorim, presidente da Direcção, mostra-se assim satisfeito e convicto de que o futuro da tuna está assegurado, por muitos e bons anos. Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt

Mozelos São 125 anos de música e história. A Tuna Musical Mozelense é uma das associações mais antigas do concelho de Santa Maria da Feira e, apesar do peso da sua idade, continua de espírito bem jovem, graças à juventude que, todos os dias, faz vibrar as cordas dos instrumentos que ali se aprende a tocar. Eusébio Amorim, presidente da colectividade há 14 anos, tem, por isso, certeza de que o futuro da tuna de todos os mozelenses está mais do que assegurado. No total, a Tuna Mozelense recebe quase diariamente 150 pessoas, na maioria jovens com idades compreendidas entre os oito e os 30 anos. Ali se faz música. Aprendem-se valores. A qualidade do ensino – diz o presidente – é o que tem mantido viva e de boa saúde uma colectividade com mais de cem anos de história e a qual, durante muitas décadas, foi a única da freguesia. Hoje, a realidade é diferente. Mozelos cresceu, mas não esmoreceu o carinho que o povo demonstra pela sua tuna. É, aliás, graças a ele que a Tuna vai conseguindo manter as suas contas em dia e assegurando 20

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actividades para os jovens da freguesia, e não só, com a garantia de uma qualidade que tem fama em todo o Concelho e nos vizinhos. O nosso corpo docente, incluindo da dança, tem qualidade e chama gente de longe” – refere Eusébio Amorim. A isto aliam-se os custos reduzidos das propinas que atraem jovens de todo o lado. “No fundo, congregamos aqui alunos que querem mesmo seguir música e que se aplicam diariamente e outros que utilizam a associação para ocupar os seus tempos livres. No fundo, para muitos pais, somos uma espécie de ATL, com a vantagem de ensinarmos música, uma disciplina importante para o desenvolvimento do ser humano” – explica o presidente. O sucesso da tuna é, por isso, a sua juventude, a sua capacidade de dar resposta à população. “E isso reflecte-se todos os dias. Sentimos, como todos, as dificuldades que a crise acrescentou no dia-a-dia das pessoas, mas não podemos queixarnos. Não aumentamos as propinas e, é sobretudo, os donativos do povo que permitem esta saúde financeira”. Eusébio Amorim sentese, por isso, satisfeito. “É uma associação de que todos gostam, que mora no coração de todos os mozelenses”. Dentro de portas, as coisas não são muito diferentes. “Somos uma

família. Temos os nossos atritos, mas o nosso espírito é no sentido de valorizarmos o que somos”. O resultado são 150 anos de música e muitos músicos. “Acredito no futuro da Tuna” – sentencia o dirigente, confidenciando que ainda não sabe se levará o seu manadato até ao fim. “Vamos a ver,. Já há muito tempo que ando a dizer que está na altura da mudança”. A sua partida, contudo, será “tranquila”. “Temos gente para tomar conta da associação” – aponta. Até lá, a colectividade vai continuar a mexer. O aniversário celebrase esta semana. Na sexta-feira, realiza-se o jantar, pelas 20h00, no restaurante Ripolins, em Grijó, aberto a todos os sócios e amigos que se queiram inscrever, com a apresentação do novo CD e homenagem aos sócios com mais de 25 anos e entrega da chave de ouro do auditório ao sócio Silvestre Oliveira Santos. No dia seguinte, será apresentado o musical “Fantasma da Ópera”, no auditório da Tuna, a partir das 21h30. No domingo, será celebrada uma missa por sufrágio dos sócios já falecidos, na igreja matriz de Mozelos, pelas 10h30, seguida de romagem ao cemitério. Entretanto, no dia 4 de Julho, integrado nas comemorações da elevação de Mozelos a Vila, no monte do Coteiro, a Tuna apresentará publicamente o

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espectáculo com 125 executantes (coro e orquestra), com os temas gravados no nosso novo CD e com participação especial de Olavo Bilac. E, no dia 10 de Outubro, tem lugar o encontro de Tunas, também no auditório da colectividade, e apresentação pública do livro de memórias dos 125 anos da Tuna Musical Mozelense. Os festejos culminam com a tradicional festa de Natal. Outras novidades serão também conhecidas ainda este ano. No próximo ano lectivo, a Tuna Musical vai integrar um novo sistema de ensino, usado já nos Estados Unidos da América e que Eusébio Amorim acredita que vai tornar a Feira um Concelho ainda com mais musicalidade. Trata-se de um método de ensino em grupo que permite baixar os valor das propinas e os alunos serem dispensados de terem que adquirir o instrumento. “Desta forma, quase toda a gente poderá ter acesso à música. É a verdadeira democratrização do ensino desta disciplina” – avança, empolgado, o presidente, acreditando que, num prazo de três anos, a Tuna triplicará o número de alunos. “No fundo, vai permitir-nos chegar às classes sociais mais desfavorecidas, aos jovens e até aos reformados” – nota, salientando estar crente de que poderá, finalmente, criar uma classe de seniores.


SAÚDE

STRESS, O INIMIGO DO SEU DIA-A-DIA! O stress define-se como a resposta psicológica e fisiológica a uma série de estímulos emocionais e físicos. Faz parte do nosso quotidiano e ao longo da nossa vida deparamo-nos com novas situações e exigências, às quais temos que responder e por vezes não nos sentimos capazes de dar uma resposta eficaz e automática. O stress, é assim, uma resposta necessária para fazer frente a exigências e desafios não habituais e que, em certa medida, possibilita o nosso melhor desempenho. No entanto, quando esta reacção é excessiva, pode tornar-se lesiva. Os factores que desencadeiam o stress, podem ser: estímulos biológicos, físicos, químicos, sociais, de desenvolvimento, culturais ou mesmo psicológicos. São vários os sinais de stress que nos devem deixar alerta, sendo eles: alterações repentinas de humor, roer as unhas, agitação motora, agressividade, aumento do consumo de álcool e tabaco, consumo excessivo de determinados alimentos, entre outros. Os principais sintomas manifestados pelo stress, podem ser reacções emocionais como a irritabilidade, ansiedade, perturbações

do sono, depressão e problemas com as relações familiares, reacções cognitivas como a dificuldade de concentração, memória, aprendizagem e de decisão, e por último as reacções fisiológicas como problemas lombares, cardíacos, gástricos e hipertensão arterial. Existem algumas estratégias que o podem ajudar no controlo do stress. Evitar o stress desnecessário, assim aprender a dizer “não” é o primeiro passo, pois é importante saber os seus limites e não aceitar responsabilidades para as quais não está preparado. Estabeleça prioridades para o seu dia-a-dia nas tarefas que tem a realizar, deixando para último as menos importantes. Alterar a situação geradora de stress. Quando não puder evitar uma situação de stress, tente alterá-la, alterando as suas expectativas e atitudes, expresse aquilo que sente, seja assertivo e aproveite melhor o seu tempo. Tente mudar-se a si próprio. Olhe para um problema de forma positiva em vez de se irritar e veja-o de várias perspectivas, analisando se vale a pena ou não perder mais tempo com ele ou seguir em frente.

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Aceite o que não pode ser mudado. Existem factores de stress, como a morte ou uma doença grave que não consegue impedir, nestes casos a melhor forma de lidar com o stress é aceitar, sendo difícil, mas a longo prazo torna-se mais fácil. Pode recorrer à partilha de sentimentos para atenuar a situação de stress. Arranje tempo para a diversão e relaxamento. Torna-se imprescindível dispensar algum do seu tempo diário para relaxar, estar com quem gosta e divertir-se. Adopte um estilo de vida saudável. A prática regular de exercício físico, uma alimentação saudável, evitar o consumo excessivo de álcool, tabaco, drogas, cafeína, açúcar e dormir diariamente o suficiente melhoram a sua qualidade de vida e o seu stress. A Walk’in Clinics tem profissionais direccionados para o ajudar, para qualquer esclarecimento não hesite em contactar-nos sempre que necessitar, será atendido por um Enfermeiro, que o pode direccionar para aconselhamento com os nossos Psicólogos, todos os dias das 10h às 22h. Enfermeira Tânia Salgueiro, Walk’in Clinics Aveiro

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PUBLIREPORTAGEM 22

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“YASMINAILS” É O NOVO ESPAÇO DE BELEZA NA FEIRA “Yasminails” é o novo gabinete de estética de Santa Maria da Feira. Aberto desde o dia 13 de Junho, o novo espaço situado na Rua Antero Andrade e Silva, nº81, junto ao Seminário dos Passionistas, na zona da Cruz, oferece uma vasta gama de serviços para realçar a beleza de homens e mulheres. Com uma decoração acolhedora e confortável o gabinete de estética Yasminails tem à disposição dos clientes Manicure, Pedicure, Verniz de Gel, Unhas de Gel, Depilação a Laser, Extensão de Pestanas, Foto Rejuvenescimento, Rádio Frequência, Cavitação

e Branqueamento Dentário. Daniela Rocha, proprietária do estabelecimento, salienta que, em todos os serviços são usadas e aplicadas as mais inovadoras técnicas, por forma a garantir resultados de plena eficácia e segurança. Dá como exemplo, o sistema usado na depilação permanente. “A Laser System utiliza uma tecnologia exclusiva e que é uma revolução no mundo da estética. Vai alterar o seu conceito de depilação com luz. Com AFT/SHR não é mais necessário sujeitar-se aos riscos de queimadura ao tentar eliminar o pêlo” – aponta Daniela Rocha, acrescentando que este sistema

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pode ser usado em todo o tipo de peles, incluindo as escuras e bronzeadas e é completamente indolor. No que se refere à área da manicure, a proprietária salienta que o gabinete é especializado em nail art. Entretanto, e como forma de dar as boas vindas aos clientes, Daniela Rocha está a preparar novas campanhas promocionais. No dia 2 de Julho, os clientes poderão usufruir de 50 por cento de desconto em radiofrequência e em cavitação. Já no dia 16 de Julho, é a vez da depilação a laser merecer um desconto também de 50 por cento.


AUTOMUNDO

Cavalinho Rally Team ConquisTa o minho No dia de Santo António, o Clube Automóvel Antigo e Clássico de Vila Nova de Famalicão, levou para a estrada o Rally Volta ao Minho a contar para o Troféu ACAAN/ Miguel Oliveira. Os participantes em número de 14, foram chegando para as verificações técnicas e documentais. Dada a partida que levaria os concorrentes até Castelo do Neiva, os mesmos tinham que disputar durante o percurso, 3 provas de regularidade hectométricas com 12 controlos no total. OTeam Cavalinho composto por Miguel Brito/ Jorge Santos Silva, em substituição do navegador habitual Pedro Dias em Ford Escort 1.3 GT/HC, Carlos Seara Cardoso/ Ricardo Seara Cardoso em Lancia Fúlvia HF 1600, Jorge Coelho/Francisco Fonseca em Peugeot 205 GTI e João Plácido/Joana Lima em Mazda 818,inicia a conquista dos lugares cimeiros. 1ª Prova - Goios, Carlos Seara Cardoso/ Ricardo Seara Cardoso vencem com 1 segundo de penalização, tendo Jorge Coelho/Francisco Fonseca sido 2º com 4 segundos 2ª Prova - Barqueiros, Jorge Coelho/Francisco Fonseca vencem com 1 segundo de penalização, tendo Carlos Seara Cardoso/ Ricardo Seara Cardoso e Miguel Brito/ Jorge Santos Silva sido 3º com 4 segundos 3ª Prova - Corvos, Miguel Brito/ Jorge Santos Silva vencem com 2 segundo de penalização, tendo Jorge Coelho/Francisco Fonseca e sido 3º com 4 segundos. A luta entre eles à hora de almoço estava ao rubro sendo 1º da geral Jorge Coelho/ Francisco Fonseca com 9 segundos de penalização, 2º da geral Carlos Seara Cardoso/ Ricardo Seara Cardoso com 11 segundos e 3º da geral Miguel Brito/ Jorge Santos Silva com 12 segundos, assim a diferença entre 1º e 3º era de apenas 3 segundos, estando assim tudo em aberto para a tarde. Pelas 16,00 horas era dada a partida para a etapa da tarde que iria levar os concorrentes novamente até Vila Nova de Famalicão para terminar no Museu Automóvel.

Mais 5 provas de regularidade hectométricas com 15 controlos no total. 4ª Prova - Barroselas 1, Carlos Seara Cardoso/Ricardo Seara Cardoso e Jorge Coelho/ Francisco Fonseca vencem com 0 segundo de penalização, tendo Miguel Brito/ Jorge Santos Silva sido 11º com 3 segundos de penalização. 5ª Prova - Barroselas 2, Jorge Coelho/ Francisco Fonseca vencem com 4 segundo de penalização, tendo Miguel Brito/ Jorge Santos Silva e Carlos Seara Cardoso/Ricardo Seara Cardoso sido 3º com 6 segundos de penalização. 6ª Prova -Calvelo, Miguel Brito/ Jorge Santos Silva vencem com 0 segundo de penalização, tendo Carlos Seara Cardoso/Ricardo Seara Cardoso sido 2º com 1 segundo de penalização. 7ª Prova - Vila Verde, Miguel Brito/ Jorge Santos Silva vencem com 2 segundos de penalização, tendo Carlos Seara Cardoso/ www.correiodafeira.pt

Ricardo Seara Cardoso eJorge Coelho/ Francisco Fonseca sido 2º com 3 segundos de penalização. 8ª Prova – Falperra, Carlos Seara Cardoso/ Ricardo Seara Cardoso vencem com 3 segundos de penalização, tendo Miguel Brito/ Jorge Santos Silva e Jorge Coelho/ Francisco Fonseca sido 2º com 4 segundos de penalização. Terminado o rally, Jorge Coelho/Francisco Fonseca vencem a geral e a categoria H com o total de 21 segundos de penalização, Carlos Seara Cardoso/Ricardo Seara Cardoso são 2º a geral e 1º a categoria G com o total de 25 segundos, sendo o último lugar do podium ocupado por Miguel Brito/ Jorge Santos Silva e 2º categoria G com o total de 27 segundos. Após o jantar de distribuição de prémios eram horas de regressar a casa pois o tempo de chuva não é muito compatível com a idade dos carros. 22.JUN.2015

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Arrifanense projecta o futuro

II Torneio Internacional Iniciados Cup 2015

Europarque recebe AG da Liga de Clubes

ACRDE brilha em Aveiro

Conheça o projecto de arrevelmento sintético do campo n.º 2 do clube de Arrifana que visa potenciar a formação.

Paços de Brandão venceu o torneio em casa do vizinho S. João de Ver. O Vilamaiorense ficou em quinto.

Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa estiveram presentes na sessão da manhã - Conselho de Presidentes.

O clube de atletismo de Escapães conquistou 15 pódios no Campeonato Distrital de Infantis

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DESPORTO

O Paços de Brandão empatou com o Valonguense (2-2), resultado suficiente para garantir o título de campeão da II Divisão Distrital. Fausto (38’) e Pedro Sá (53’) fizeram os golos dos brandoenses. Nélson Costa

desporto@correiodafeira.pt

PAÇOS DE BRANDÃO SAGRA-SE CAMPEÃO

Paços de Brandão

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Valonguense

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Estádio Dona Zulmira Sá e Silva Árbitro: Augusto Costa Paços de Brandão: José Manuel (Pedro Moreira, int); Rúben Silva, Batista, Dani, Pedro Sá, Carlitos, Feiteira, Samu, Justo, Fausto (Zé Américo, 73’), Paulo Sá (Candeias, 89’) Treinador: Hélder Neto Valonguense: Flávio; Hugo Bastos, Gonçalo, Ricardo Silva (Kaká, 73’), Fabito (David, 53’), Rocha, Huguito (Chinês, 63’), Carrero, Cunha, Ricardo Dias, Zamorano Treinador: Paulo Alexandre Sousa Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Dani, Samu, Fausto, Pedro Moreira; Rocha, Huguito, Ricardo Dias. Cartão vermelho a Rocha e Ricardo Dias. Golos: Huguito (31’), Fausto (38’), Hugo Bastos (40’), Pedro Sá (53’)

II DISTRITAL O Paços de Brandão conquistou o seu primeiro título da II Divisão Distrital depois do empate conseguido ontem frente ao Valonguense (2-2), em jogo referente à 6.ª e última jornada do play-off de apuramento do campeão, disputado no Estádio Dona Zulmira Sá e Silva. Numa partida disputada ao final de uma tarde de muito calor, com muito público nas bancadas, o Paços de Brandão foi a melhor equipa a entrar em campo. Apesar de um ponto chegar para alcançar o título, os brandoenses entraram acutilantes no ataque, criando, nos primeiros vinte minutos, quatro ou cinco boas oportunidades de golo, algumas das quais flagrantes. No entanto, não conseguiram concretizar nenhuma e o Valonguense, na primeira vez que chegou à baliza contrária chegou à vantagem. Numa jogada de contra-ataque a bola chega à grande área dos visitados e Huguito, num remate sem preparação, atira para o fundo da baliza, inaugurando o marcador (31’). Remate indefensável para o guarda-redes José Manuel. O Paços de Brandão não acusou a injustiça no resultado e reagiu de imediato. Sete minutos depois do golo sofrido, os da casa viriam a chegar ao empate numa jogada corrida, concluída com um remate cruzado do jovem atacante Fausto (38’). Mas durou pouco a igualdade a um. Praticamente a seguir, num pontapé de canto os visitantes recolocam-se novamente em vantagem. Desta vez foi o central Hugo Bastos

II DIVISÃO DISTRITAL Resultado - 6.ª e Última Jornada Paços de Brandão 2 2 AD Valonguense Folgou AC Famalicão Classificação P J V E D GM - GS 1. Paços Brandão 7 4 2 1 1 9 - 8 2. AD Valonguense 5 4 1 2 1 7 - 6 3. AC Famalicão 4 4 1 1 2 5 - 7 O Paços de Brandão sagrou-se Campeão

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(Treinador)

“Foi uma autêntica final. O empate chegava, mas fizemos tudo para ganhar. Fomos sempre superiores e o resultado é injusto, mas chegou. Os jogadores foram gigantes e são a chave do sucesso, juntamente com o trabalho e o espírito de equipa” a finalizar e a bola a entrar junto ao poste da baliza brandoense (40’). Na segunda parte o Paços de Brandão volta a entrar muito bem, “caindo” novamente em cima do adversário. O domínio dos homens comandados pelo técnico Hélder Neto era cada vez mais intenso e viria a ter, rapidamente, resultados práticos. Novamente numa jogada corrida, a bola é metida pela esquerda na área onde aparece Pedro Sá a finalizar com êxito (53’). Estava restabelecido o empate, resultado que chegava para o Paços se sagrar campeão. Com o decorrer dos minutos a partida foi ficando mais repartida, mas os brandoenses souberam sempre controlar o adversário que, na parte final do encontro, apostou nas bolas ”bombeadas” para a área, mas sem sucesso. O período de descontos ficou, ainda, marcado por alguma confusão, com dois atletas do Valonguense, Rocha e Ricardo Dias, a ver a cartolina vermelha e respectiva ordem de expulsão dada pelo árbitro da partida Augusto Costa. O resultado acaba por ser injusto para o Paços de Brandão, mas foi suficiente para garantir mais uma taça para a sala de troféus do histórico clube do Concelho.

O Paços de Brandão, treinado por Hélder Neto, conquistou o seu primeiro título da II Divisão Distrital.

Apuramento de Campeão

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Hélder Neto


AssembleiA GerAl inconclusivA Assembleia Geral do Feirense sem candidatos à presidência. Nova reunião magna agendada para sextafeira, tendo, novamente, como ponto principal a apresentação de listas candidatas. bleia Geral, agendou uma nova sessão, que decorrerá no dia 26 de Junho, pelas 21:00, no mesmo local, para a continuação dos trabalhos, esperando-se que surjam listas candidatas aos órgãos sociais. Assim, a principal nota de destaque da Assembleia Geral foi a aprovação de um voto de louvor aos dirigentes que representaram o Feirense na época desportiva transacta, futebol e modalidades amado-

Foto: Winner Sport Project

futebol

FEIRENSE Decorreu na sexta-feira a Assembleia Geral do Clube Desportivo Feirense, na Sala António Lino do Estádio Marcolino Castro com o principal propósito de se apresentarem as listas para a futura direcção do clube, para o biénio 2015/2017. No entanto, a sessão revelou-se inconclusiva pois não apareceram listas candidatas à presidência. Deste modo, Celestino Portela, presidente da mesa da Assem-

ras, nomeadamente ao (ainda) presidente fernando Costa pelo “esforço ao assumir os destinos do clube” – referiu Celestino Portela. Apesar de ainda não haver candidatos a presidência, o presidente da mesa da Assembleia Geral garantiu que “o Feirense não vai cair num vazio directivo”, aguardando-se novidades nos próximos dias.

ii caminhada Jacinto nogueira UNIÃO DA MATA Santa Maria de Lamas vai receber novamente, no dia 12 de Julho, pelas 14:30, a II Caminhada Jacinto Nogueira, organizada pelo união da Mata Futebol Clube, que participa na Taça Fundação Inatel de Aveiro. As verbas angariadas na inscrição revertem a favor do IPO Porto, com o objectivo principal de adquirir uma viatura para tratamentos oncológicos ao domicílio.

sétimo Festival da Francesinha PAços de brAndão conquistA torneio de s. João de ver FORMAÇÃO O Paços de Brandão foi o vencedor do II Torneio Internacional Iniciados Cup 2015, realizado nos dias 19, 20 e 21 de Junho, no Estádio do S. João de Ver. O torneio contou ainda com a presença da equipa da casa (2.º lugar), Silvalde (3.º), San Pedro – equipa da vizinha Espanha (4.º) e Vilamaiorense. Um fim-de-semana intenso para o clube, pois decorreu igualmente o V Torneio Os Joãozinhos Cup 2015, nos dias 20 e 21, com a

presença de quatro equipas do escalão de traquinas e quinze de benjamins. Nesta caso os jogos realizaram-se no Complexo Desportivo do Ervedal. O S. João de Ver foi o vencedor em benjamins A e traquinas B. Cucujães venceu em benjamins B. Em ambos os torneios a formação do S. João de Ver contou com a colaboração da Winner Sport Project, empresa do Concelho especializada na organização de eventos desportivos.

JUVENTUDE FIÃES Realiza-se nos dias 24, 25 e 26, no parque das piscinas de Fiães, o 7.º Festival da Francesinha, organizado pela Associação Juventude Fiães, formação que participa na 1.ª Divisão Distrital de Futsal. O evento conta com o apoio da Junta de Freguesia de Fiães.

Arraial de s. João da Palhota PALHOTA A Associação Reguenga da Palhota organiza no dia 28 de Junho o Arraial de S. João, no Lugar da Reguenga, em Romariz. O arraial começa com um almoço. Haverá também torneio de malhas, música popular e as indispensáveis largadas de balões e sardinhada.

fotolegenda O Lavandeira realizou na sua sede, no sábado, o jantar de final de época, juntamente da entrega de prémios aos atletas que mais se destacaram ao longo da temporada, bem como um agradecimento aos patrocinadores do clube. Vitinha foi o principal destaque da noite ao ser distinguido como melhor jogador e melhor marcador do Lavandeira. www.correiodafeira.pt

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REPORTAGEM

Construir o futuro Com base na formação

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O início dos trabalhos no futuro relvado sintético do campo n.º 2 do Arrifanense significam um “virar de página” para o clube. A formação de Arrifana pretende com o projecto, não só criar alicerces para o futuro, potenciando jovens atletas para os seniores, através de condições de excelência, como “abrir as portas” do clube a toda a comunidade. ARRIFANENSE “Queremos que as pessoas do Arrifanense - dirigentes, treinadores, atletas, pais, sócios e simpatizantes - se sintam felizes com o clube. Que vivam o Arrifana” – assim define Nuno Heitor, assessor do presidente, o projecto de arrelvamento sintético, e construção de três novos balneários, do campo n.º 2 do Arrifanense. Esta é a ideia chave dos responsáveis do clube, que projectaram para o futuro uma equipa sénior formada no Arrifanense, com qualidade para honrar os 94 anos de história do clube. Mas o Arrifanense quer ir mais além e este projecto visa, também, servir a comunidade, através de apoio aos pais na educação dos seus atletas (com a criação de um ATL no clube), acolhimento de atletas de famílias carenciadas sem custos para as mesmas e abrindo as portas para todas as associações integrantes da freguesia. Prova disso é que, além do relvado sintético no campo n.º 2, o Arrifanense tem igualmente projectado outro campo de relva sintética – futebol 7 - no anterior rinque, onde “também vamos fazer balneários novos de apoio a esse novo campo” – refere Luís Guimarães, prosseguindo “vamos inverter a posição do campo, senão não teria as medidas oficiais para o futebol de 7. Ou seja, além do arrelvamento do capo sintético número dois, iremos dinamizar a parte do futebol de 7 com este campo. É, por assim dizer, a cereja no topo de bolo, embora sejam projectos completamente autónomos”. “Mais uma vez, neste caso, mostrámos a vontade de virar de página, criando melhores condições para o clube, mas de forma sustentável” – afirma Nuno Heitor, completado por Pedro Santos, treinador dos seniores e coordenador da formação. “Do que eu conheço, depois de terminado o projecto, o Arrifanense vai ficar com condições ímpares ao nível do Concelho”. O Arrifanense prevê desta forma um aumento do número de atletas e da qualidade dos mesmos, equiparada à qualidade das futuras infra-estruturas. Enquanto responsável pela coordenação da formação, Pedro Santos vai mais longe e acredita que este projecto será a salvação do clube, pois como estava até aqui, o caminho seria a extinção. “No futuro, se não tivéssemos o campo sintético, dificilmente teríamos no Arrifanense atletas com uma qualidade suficiente para potenciar, além de que iríamos ter cada vez menos atletas, ou seja, o clube iria fechar. O Arrifanense não ia sobreviver de outra forma. O clube para ser sustentável tem de ter atletas da formação na equipa sénior, mas

para isso é preciso condições para os formar, para trabalhar nos escalões de formação” – afirma, passando a explicar como vai passar a funcionar o clube e que tipo de recursos humanos procura para o projecto. “Temos de encontrar pessoas, treinadores, que queiram vir para cá potenciar o clube e não para ganhar dinheiro. Queremos que as pessoas que estejam cá venham servir o clube e não servir-se dele. Estamos a começar a formar essa equipa. Eu, além de treinador dos seniores, vou ser o coordenador máximo da formação e reportar ao presidente. Depois temos um coordenador do futebol (iniciados, juvenis e juniores) e outro do futebol de 7, que reportam a mim” – diz Pedro Santos, sublinhando que os três trabalharão por objectivos sendo cada um responsável pelos mesmos. “Se queremos que o clube cresça temos de trabalhar por objectivos, com pessoas ambiciosas no cumprimento dos mesmos. Queremos pessoas especializadas e orientadas para cada etapa de formação, não podemos tratar um miúdo das escolinhas como um pequeno sénior. Se as coisas funcionarem com qualidade, vamos competir com os melhores” – justifica o técnico. Os trabalhos no campo n.º 2 já arrancaram e estarão prontos em poucos meses. “Os topógrafos já estiveram no terreno e dentro de dias as obras vão começar em força. No máximo, até final de Agosto, pelo menos, o campo n.º 2 sintético tem de estar pronto. A empresa Safina, que instalará a relva sintética, garante isso” – diz Luís Guimarães que aproveitou para explicar que a obra foi avalizada por ele e pelo vice-presidente Manuel Oliveira. “A gestão do clube não tem nada a ver com o projecto do sintético. Este projecto está alicerçado de forma a não colocar em causa a gestão do clube e está garantido por duas pessoas: eu e o Manuel Oliveira (vice-presidente). Avalizamos financeiramente o projecto” – afirma o presidente, prosseguindo, “não posso deixar de me referir a, pelo menos, mais duas pessoas. O Nuno Heitor e pelo Renato, treinador do futebol de 7. Em conjunto fizeram um trabalho espectacular. Todo o projecto inicial, burocracias, por exemplo, foi tratado por essas duas pessoas”.

Potenciar as qualidades de cada atleta da formação para futura integração na equipa sénior, mais e melhores jogadores e incremento da vertente social no clube são os grandes objectos do .projecto

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Críticas ao anterior presidente

Apesar de viver um momento importante da sua história, justificada por todo o investimento no arrelvamento sintético do campo n.º 2 e da reconversão do anterior rinque no campo de futebol de 7 de relva sintética e respectivos balneários, onde a união de todos os arrifanenses é fulcral, o clube não vive dias


de consenso. Em vésperas da Assembleia Geral (dia 28 de Junho no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Arrifana, pelas nove horas) onde ocorrerá a eleição de corpos gerentes para a próxima época, Luís Guimarães tece duras críticas ao anterior presidente Carlos Rodrigues, quer pela sua gestão quer pela falta de solidariedade para com a actual direcção, preconizada pela alegada recolha de assinaturas de contestação à mesma. “Eu

gostaria de questionar como é que a pessoa que está a angariar assinaturas se diz Arrifanense se, numa altura em que estamos com este projecto em andamento, vem agora pedir o pagamento de uma dívida ao clube que ele próprio contraiu” – diz o presidente, explicando de seguida a situação em causa. “Era uma dívida a um anterior treinador do clube e que o ex-presidente do Arrifanense Carlos Rodrigues se esqueceu de responder

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a um recurso apresentado, já depois de o clube ter ganho o caso no Tribunal da Feira. Em oito anos na direcção do clube ele não resolveu a questão. Mesmo assim, tentei chegar a acordo com o Carlos Rodrigues para pagar a dívida do clube em prestações, mas ele rejeitou. Não acho que isto seja gostar do clube. É fazer mal ao Arrifanense” – afirma de forma veemente. Mas as críticas não se ficam por aqui e até se estendem para outros anteriores dirigentes do clube. “Na primeira vez que a direcção falou neste projecto, estiveram reunidas quatro pessoas. E um dirigente, que já não está no Arrifanense, apresentou um orçamento de 200 mil euros da mesma empresa que agora está à frente do projecto por 149 mil euros. Não sei para quem seria a comissão, mas vou tentar saber na Assembleia Geral” – acusa, finalizando de seguida com novas críticas e elogios à sua equipa. “Nesta direcção não é só uma pessoa a pensar. Ouve-se a opinião dos treinadores e outros dirigentes. A formação está a funcionar muito melhor, os resultados falam por si. Este é um projecto de toda a direcção, todos eles são importantes. Não é como na anterior direcção”. Polémicas à parte, o Arrifanense prepara-se para reunir condições óptimas para os seus atletas e treinadores com um projecto assente em dois grandes pólos: potenciação das qualidades dos atletas da formação para servirem de base à equipa sénior e uma vertente social direccionada para toda a comunidade da Arrifana e redondezas.

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Feira junta Luís FiLipe Vieira e pinto da Costa

modalidades

FUTEBOL O Europarque, em Santa Maria da Feira, recebeu na sexta-feira o Conselho de Presidentes da Liga, da parte da manhã, e a Assembleia Geral da Liga de Clubes, da parte da tarde. Uma reunião que teve o condão de juntar à mesa para o almoço, e a convite da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa. Bruno de Carvalho não compareceu, sendo o Sporting representado pelo vice-presidente Bruno Mascarenhas. O repasto decorreu no restaurante Pedra Bela, junto ao centro de congressos. Uma vez que a Assembleia Geral, onde os

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dois líderes de dois dos principais clubes do país já não estiveram presentes – ainda que os clubes tenham estado representados, se prolongou para lá do previsto, dada a extensa ordem de trabalhos, a sessão foi interrompida e apenas será retomada no próximo dia 29 de Junho, às 14:30 horas, também no Europarque, onde será votada e discutida a proposta do Sporting relativa ao sorteio dos árbitros para a próxima época, último ponto da sessão. Paulo Sérgio Pais, presidente da Feira Viva, mostrou-se “satisfeito por receber as sessões da Liga no Europarque” e garantiu que “ao

contrário do que se diz, o Europarque tem a agenda preenchida para todos os fins-de-semana, até final de Julho”. No Conselho de Presidentes estiveram presentes ao todo 12 clubes da I Liga presentes nesta reunião. Da II Liga apenas quatro clubes não se fizeram representar. Fernando Costa, presidente do Feirense marcou, naturalmente, presença em representação do clube do Concelho. Já na Assembleia Geral apenas duas ausências foram notadas, o Beira-Mar, a atravessar uma profunda crise directiva, e o Trofense, que desceu ao CNS. Entre

as propostas apresentadas e aprovadas destaca-se a medida que delibera a redução do número de equipas da II Liga para 22 na época 2016/2017, em vez dos 24 do formato actual. Regista-se também outras medidas aprovadas: os clubes só poderão emprestar, no máximo, três jogadores a outra equipa que participe na mesma competição e que estes não poderão defrontar o clube de origem, os clubes passam a poder inscrever mais três jogadores no plantel (também com efeito imediato) e, a partir de 2017/2018, os jogos terão de ser todos realizados em relvados naturais.

tiago Ferreira VenCeu o próLogo e terminou em 16º na geraL do gp jornaL de notiCias CICLISMO Tiago Ferreira da Moreira Congelados-Feira-KTM venceu o prólogo em sub-23 e foi 5° na geral, a dois segundos do primeiro profissional, do GP Jornal de Noticias. Já na 1ª etapa, em dia de muitos azares, Tiago Ferreira perdeu a camisola branca e Venceslau Fernandes foi vítima de queda que o arredou dos lugares cimeiros. Na 2ª etapa Tiago Ferreira e Fábio Oliveira estiveram ao ataque nos momentos cruciais da corrida, mas a faltar três kms para o final mais um contratempo com queda e consequente afastamento dos lugares cimeiros da geral de Ricardo Teixeira. Na geral por equipa de ciclismo de S. João Ver ficou em sétimo lugar entre as 15 equipas participantes. A vencedora do GP Jornal de Notícias foi a Efapel.

Tiago Ferreira é terceiro na Geral da Taça de Portugal

Dia 13 de Junho, no Troféu Concelhio

de Oliveira de Azeméis, os ares da Serra da Freita revelaram a capacidade colectiva da equipa Sub-23 da Moreira Congelados-Feira-KTM e o excelente momento de Tiago Ferreira. O ciclista fechou a segunda prova da Taça de Portugal no 3.º lugar. Fábio Oliveira foi 12.º e Ricardo Teixeira 13.º. O triunfo pertenceu ao elite, natural de S. João de Ver, Filipe Cardoso. O profissional da Efapel foi formado no Sport Ciclismo de S. João de Ver e ainda hoje permanece como vice-presidente do emblema fundado em 1995. Filipe Cardoso que é primo de Venceslau Fernandes, Sub-23 de primeiro ano, ele que integra a equipa liderada por Joaquim Andrade. No dia seguinte, houve momento de grande emoção, no Memorial Bruno Neves, na conquista, pelo segundo ano consecutivo, de César Fonte, Rádio Popular - Boavista, também ele antigo corredor do S. João de Ver. www.correiodafeira.pt

Tiago Ferreira voltou a estar entre os melhores Sub-23 e, com a 5.ª posição conseguida, “trepou” ao 3.º lugar da Geral da Taça de Portugal, agora liderada por Rui Carvalho, da Anicolor. “A ajuda dos colegas de equipa foi fundamental para a excelente prestação do Tiago, ao longo dos dois dias. Ainda no Memorial, o Ricardo Teixeira teve que ceder a sua roda, após um furo do Tiago, abdicando, assim, das suas ambições individuais em prol do colectivo. Isto diz bem da força colectiva desta equipa, o que me deixa profundamente satisfeito, antes de provas determinantes, como o Campeonato Nacional de Estrada e a Volta a Portugal do Futuro” - elogia o director desportivo da Moreira Congelados-Feira-KTM, Joaquim Andrade. Já nos dias 19, 20 e 21 de Junho a formação de S. João de Ver esteve no Grande Prémio Jornal de Notícias.


Feirense conquistou o 16.º lugar no encontro nacional de infantis ANDEBOL Encerrou este domingo o Encontro Nacional de Infantis que decorreu de 18 a 20 de Junho em Leiria, competição que se disputou pela primeira vez em simultâneo para Femininos (24 equipas) e Masculinos (32 equipas). Foram cerca de 1200 atletas em competição que ficaram alojados no Estádio Municipal de Leiria em ambiente perfeito de festa e convívio entre atletas, treinadores, dirigentes e público em geral. A prova foi disputada em duas fases. Numa primeira fase de grupos a uma volta em que todos jogavam contra todos e depois numa 2.ª fase a eliminar para apuramento da classificação final. A formação do Feirense entrou muito bem na fase de grupos ao vencer com autoridade o primeiro jogo contra a equipa da casa, o SIR 1º Maio, por 2310. No segundo defrontou a poderosa formação do Águas Santas (que acabou a prova em 2.º lugar da geral) e os azuis não resistiram ao maior poderio do adversário, foram derrotados por 12-26. No 3.º encontro da 1.ª fase a formação do Feirense voltou rubricar uma excelente exibição e superiorizou-se à sempre difícil equipa do Alto do Moinho por números esclarecedores, 23-16. Com esta excelente vitória o Feirense terminou esta 1.ª fase em 2.º lugar, que lhe permitiu ir disputar um lugar dentro

do Top 16 nacional. Na 2.ª fase a eliminar os infantis do Feirense não foram tão felizes, iniciaram o primeiro jogo de apuramento do 9º ao 16º contra o ABC Braga, uma das maiores escolas de formação do Andebol Nacional, estiveram sempre na luta pela vitória, mas acabaram por ceder já perto do final e apesar de realizar uma das suas melhores partidas dente Encontro Nacional foram derrotados por 15-18. Seguiram-se depois dois jogos contra o Barrosas, primeiro classificado na fase de apuramento em Braga, mas não era dia do Feirense e sofreram uma derrota por números algo exagerados 12-25. Para o final ficou mais um a partida muito renhida contra uma equipa que viajou do Algarve, o Vela Tavira, ao intervalo os azuis estavam em vantagem mas os rapazes do Tavira conseguiram dar a volta na 2ª parte, vencendo por 15-17, terminando assim o Feirense num honroso 16.º Lugar Nacional. O Sporting foi o vencedor derrotando na final o Águas Santas pela margem mínima, 20-19. Em terceiro lugar terminou a formação do Espinho que se superiorizou ao Póvoa. A equipa do S. Paio de Oleiros, Campeão Nacional em título, terminou em 5.º lugar.

CLamas aLCança Vitória no torneio de estarreja NATAÇÃO Decorreu no passado dia 10 de Junho, nas Piscinas Municipais de Estarreja (p25m) a 26.ª edição do Torneio Cidade Estarreja, prova organizada pelo Clube Desportivo Estarreja (CDE). Estiveram presentes 230 nadadores (110 masculinos e 120 femininos) em representação de 18 Clubes. Por equipas o grande vencedor foi o Clamas com 209 pontos, seguido do CNMAIA com 183 e do CDE. O Clamas alcançou a vitória colectiva com 11 pódios, seis de ouro, três de prata e dois de bronze, com seis recordes do clube absolutos, um recorde júnior da ANNP e sete recordes pessoais. A melhor performance desta competição foi para Simão Capitão (Clamas) nos 100B com 1:02.63 (700p), vencendo a prova e alcançando recorde pessoal, recorde do clube absoluto e o recorde júnior da ANNP, nos 100 metros (m) livres alcançou novo recorde pessoal e recorde do clube absoluto, com o tempo de 53.33. Filipa Andrade alcan-

çou a vitória na prova de 100 m costas com o excelente tempo de 1.08.99, que constitui novo recorde do clube absoluto, assim como conseguiu a marca de 32.82 que é novo recorde do clube absoluto, Beatriz Cardoso alcançou a prata nos 50 m livres com 28.65, que é novo recorde do clube absoluto, João Paulo Capitão alcançou a vitória nos 50 m livres com 25.25, Luís Soares alcançou a prata nos 100 m costas (1.02.19) e bronze nos 100 mariposa (59.32), Mariana Ribeiro alcançou a prata nos 100 m mariposa com 1.10.53 que é novo recorde pessoal, Alexandre Amorim alcançou o bronze nos 200 m estilos, Sofia Pinto foi 6.ª com novo recorde pessoal aos 200 m estilos e Joana silva foi 7.ª aos 100 m bruços. As estafetas de 4x 100 livres masculina e feminina alcançaram recordes do clube absoluto, tendo registado as duas vitorias inequívocas, assim como a estafeta de 4x 50 estilos mista que venceu a prova.

Ligação inédita ao aLentejo na mira da Costa ViCentina CICLOTURISMO A secção de cicloturismo do Feirense fez algumas alterações no percurso da ligação ao Alentejo. Os atletas azuis galgaram mais de 500 kms entre Santa Maria da Feira e Almograve. Os cicloturistas presentes neste evento foram: Orlando Soares, António Monteiro, Joaquim Coelho, Manuel Rocha, Antonino Araújo, Eduardo Sá, José Sá, José Teixeira, Pedro Santos e Luís Pereira. A prova foi dividida por três etapas, a 1.ª teve como local de partida o Marcolino de Castro e caracterizou-se como a mais longa, teve o seu final em Aljubarrota – Alcobaça com a distância de 199 kms.

Já no dia seguinte, os atletas feirenses depois de retemperar as forças, na 2.ª etapa, percorreram 165 kms fazendo a ligação Aljubarrota a Vendas Novas, confirmando a sua boa preparação em provas de longa distância. A 3.ª etapa, e ligação final, teve como percurso a ligação entre Vendas Novas a Almograve, aldeia pitoresca, que fica 11kms a sul de Vila Nova de Milfontes, com cerca de 160 kms, onde os cicloturistas tiveram o privilégio de desfrutar a bela paisagem da Costa Vicentina um cenário simplesmente maravilhoso. No final, os atletas feirenses prometeram repetir este tipo de eventos. www.correiodafeira.pt

aCrde conquista 15 pódios em aveiro

TABELAS CLASSIFICATIVAS

INFANTIS INFANTIS B - Grupo 2 - Premium

ATLETISMO A ACRDE esteve presente em Aveiro, no Campeonato Distrital de Infantis, com seis atletas, duas femininas e quatro masculinos - três deles ainda atletas benjamins B, num fim-de-semana de muito calor. Os atletas da associação de Escapães subiram por 15 vezes ao pódio, cinco em 1.º lugar, sete em 2.º lugar e três em 3.º lugar. Colectivamente os masculinos ficaram em 2.º lugar e em femininos ficaram em 3.º lugar. Individualmente os 12 pódios fo r a m d i v i d i d o s p o r H é l d e r Almeida, com o pleno nas três provas em que participou, foi campeão distrital nos 60m, no salto em altura e no salto em comprimento, Inês Santos que foi campeã distrital no salto em altura e nos 60m barreiras, Carolina Oliveira foi 2.ª classificada no lançamento de peso, salto em altura e no lançamento de disco, Rafael Santos foi 2.º nos 60m barreiras e no lançamento de dardo e 3.º no salto em comprimento, Marco Monteiro que foi 2.º no salto em altura e Fábio Pereira que foi 3.º no lançamento de disco, de salientar que os três últimos atletas mencionados são ainda atletas benjamins. Os atletas foram acompanhados pelos treinadores Paulo Miguel Santos e Ana Brito.

académico da Feira goleou o já promovido taipense HÓQUEI PATINS O Académico da Feira goleou por 9-4 a equipa do Taipense, em jogo a contar para 6ª jornada da Liguilha de acesso à 2ª Divisão Nacional, realizado no Pavilhão da Lavandeira em Santa Maria da Feira. Ao intervalo a equipa da casa vencia por 4-0. O Académico da Feira alinhou e marcou com: Sérgio Costa, Pedro Silva (3 golos), Bruno Sousa, Avelino Amorim (3 golos) e David Sá (2 golos) – cinco inicial – Marco Dias, Tiago Pinto (1 golo), Artur Couto, João Moreira e Diogo Costa. Treinador: Alexandre Fernandes. Num jogo só para cumprir calendário, o Académico da F e i r a ve nce u cl ara m e nt e o Taipense, equipa que já tinha garantido a subida de divisão. O Académico da Feira realizou uma boa exibição e ficou a ideia que poderia ter ido mais longe nesta época. No entanto, objectivamente não conseguiu a desejada subida de divisão, em duas ocasiões e sempre por um ponto de desvantagem. Na próxima época fará logicamente nova tentativa para subir de divisão.

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Resultados - 17.ª e Penúltima Jornada Arada 4 2 Oiã Silvalde 1 6 Bustelo NEGE 1 1 FIDEC CB Aveiro 4 5 União de Lamas Valecambrense 1 1 LAAC Classificação P J V E D GM - GS União de Lamas 46 17 15 1 1 100 - 19 LAAC 35 17 11 2 4 79 - 20 Bustelo 35 16 11 2 3 61 - 23 Valecambrense 33 17 10 3 4 78 - 29 Arada 30 17 10 0 7 44 - 39 C. Benfica Aveiro 21 17 6 3 8 51 - 45 Oiã 21 17 7 0 10 46 - 49 Silvalde 15 17 5 0 12 38 - 96 NEGE 7 16 2 1 13 22 - 112 FIDEC 2 17 0 2 15 11 - 98 Última Jornada - 27 de Junho Oiã - Valecambrense Bustelo - Arada FIDEC - Silvalde União de Lamas - NEGE LAAC - Casa Benfica em Aveiro

INFANTIS B - Grupo 2 - Gold A

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Resultados - 17.ª e Penúltima Jornada Feirense 5 1 Anta Estarreja 4 2 Avanca Gafanha 1 2 Oliveirense Taboeira 2 5 AD Sanjoanense Anadia 5 0 Vilamaiorense Classificação P J V E D GM - GS Feirense 48 17 16 0 1 73 - 14 Avanca 38 17 12 2 3 59 - 31 Anadia 33 17 10 3 4 43 - 27 Taboeira 28 17 9 1 7 61 - 40 Gafanha 27 17 8 3 6 38 - 27 AD Sanjoanense 27 17 8 3 6 39 - 45 Oliveirense 16 17 5 1 11 40 - 50 Vilamaiorense 12 17 3 3 11 28 - 50 Estarreja 10 17 3 1 13 31 - 74 Anta 7 17 2 1 14 20 - 74 Última Jornada - 27 de Junho Anta - Anadia Avanca - Feirense Oliveirense - Estarreja AD Sanjoanense - Gafanha Vilamaiorense - Taboeira

VETERANOS CAMPEONATO VETERANOS

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Resultados - 34.ª e Última Jornada Pigeiros 1 3 Lusitânia Lourosa Canelas 1 1 Serzedo Cucujães 2 1 Arrifanense Lobão 0 2 D. Sandinenses Canedo 4 2 São Roque São João de Ver 0 2 União de Lamas Carregosense 4 2 Argoncilhe Guisande 6 0 Valecambrense Folgou Fiães Classificação P J V E D GM - GS União Lamas 89 32 29 2 1 112 - 31 Lourosa 71 32 22 5 5 57 - 30 S. J. de Ver 70 31 22 4 5 100 - 41 Canelas 60 31 19 3 9 80 - 47 Serzedo 60 31 18 6 7 64 - 37 Guisande 58 33 17 7 9 80 - 54 Carregosense 55 30 17 4 9 90 - 54 Cucujães 48 30 14 6 10 76 - 62 Argoncilhe 45 32 13 6 13 60 - 60 Valecambren. 40 30 12 4 14 55 - 64 D. Sandinen. 34 32 9 7 16 50 - 64 Pigeiros 32 32 9 5 18 46 - 77 Canedo 26 32 7 5 20 39 - 83 Fiães 23 31 3 14 14 34 - 56 Arrifanense 18 32 5 3 24 31 - 70 São Roque 14 31 3 5 23 48 - 132 Lobão 13 32 3 4 25 38 - 98 O União de Lamas sagrou-se Campeão

LIGA DE FUTEBOL POPULAR DO MUNICÍPIO DE OVAR

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Resultados - 30.ª e Última Jornada Real C. Recarei 0 0 G. D. Fajões U. C. Cruzeiro 1 3 Canários B. F. C. Sanguedo CVP 3 2 Aguiar Sousa. Com M. Movéis 0 2 Laborim BFC G. D. J. Pedroso 5 0 ADR Quintas F. C. Padrão 1 1 Cabomonte Ases C.F.C. 3 1 F. C. Cadinha F. C. JotaEme 1 0 STOP FC Classificação P J V E D GM - GS Laborim BFC 65 29 20 5 4 77 - 29 GDJ Pedroso 64 30 19 7 4 81 - 29 STOP FC 62 30 19 5 6 62 - 30 Ases CFC 59 30 18 5 7 95 - 45 M. Móveis 58 30 17 7 6 60 - 33 Real Recarei 54 30 16 6 8 68 - 33 Canários BFC 51 30 16 3 11 55 - 51 FC Cadinha 43 30 12 7 11 40 - 41 GD Fajões 42 29 12 6 11 45 - 57 FC JotaEme 41 30 11 8 11 48 - 41 ADR Quintas 38 27 11 5 11 46 - 39 Sanguedo CVP 23 30 6 5 19 50 - 83 Cabomonte 19 29 4 7 18 33 - 73 Aguiar Sousa 17 30 4 5 21 32 - 94 UC Cruzeiro 15 29 4 3 22 36 - 90 FC Padrão 13 29 3 4 22 40 - 100 O Laborim B. F. C. sagrou-se Campeão

HÓQUEI III DIVISÃO NACIONAL Liguilha Promoção

Resultados - 6.ª e Última Jornada Académico Feira 9 4 CAR Taipense Folga Parede FC Classificação P J V E D GM 1. CAR Taipense 7 4 2 1 1 23 2. Académ. Feira 6 4 2 0 2 22 3. Parede FC 4 4 1 1 2 21 -

GS 21 19 26

O CAR Taipense sobe à II Divisão Nacional

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RESULTADOS COLUMBÓFILIA ZONA MAR GRUPO COLUMBÓFILO DE ARADA Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º André Fernandes Pereira - 1.237,5969 (Média) 2.º Nelson Pereira Dias - 1.234,8560 3.º José Barros & Filho - 1.223,3542 4.º Letícia Selene Silva Marques - 1.222,1855 5.º José Valente Fernandes Leite - 1.220,8585 6.º António Ferreira Oliveira - 1.203,9900 7.º José Valente Fernandes Leite - 1.191,1352 8.º Óscar Pereira Ferreira Pacheco - 1.185,6286 9.º José Barros & Filho - 1.167,9940 10.º Luís Rodrigues Sousa - 1.150,4529 Classificação Geral 1.º José Valente Fernandes Leite - 6361 Pontos 2.º José Barros & Filho - 6214 3.º José Cruz Ribeiro - 6183

ZONA CENTRO SOCIEDADE COLUMBÓFILA REC. CULTURAL DE TRAVANCA

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Manuel António Pinto Silva - 1.289,3263 (Média) 2.º António Silva Vilar - 1.273,5125 3.º Loja do Canário SAD - 1.253,7420 4.º Hernani Brandão Pereira - 1.249,4220 5.º Armando Santos & Gaspar Santos - 1.241,7887 6.º Loja do Canário SAD - 1.228,5152 7.º Hernani Brandão Pereira - 1.221,5897 8.º Francisco Silva Pereira - 1.209,3063 9.º José Carlos Aguiar Moura - 1.194,0225 10.º Armando Santos & Gaspar Santos Classificação Geral 1.º Loja do Canário SAD - 5349 Pontos 2.º Joaquim Silva Santos - 5099 3.º Armando Santos & Gaspar Santos - 5095

SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE SANTA MARIA DA FEIRA

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Martins & Resende - 1.261,6164 (Média) 2.º Martins & Resende - 1.258,1094 3.º Loja do Canário SAD - 1.253,7420 4.º Armando Santos & Gaspar Santos - 1.241,7851 5.º Rogério Santos - 1.231,5567 6.º Loja do Canário SAD - 1.228,5152 7.º Arnaldo Dias Pais - 1.227,2877 8.º Nuno Ferreira Silva Andrade - 1.223,6432 9.º Rogério Santos - 1.215,7914 10.º Vítor Manuel Pereira G Costa - 1.205,8813 Classificação Geral 1.º Vítor Manuel Pereira G Costa - 6043 Pontos 2.º Loja do Canário SAD - 5940 3.º António Pinho & André Pinho - 5662

SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE SANFINS

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Adelino Silva - 1.204,76 (Média) 2.º Valdemar Cardoso - 1.160,22 3.º Adelino Silva - 1.127,85 4.º Adelino Silva - 1.120,18 5.º Adelino Silva - 1.17,57 6.º Valdemar Cardoso - 963,97 7.º Adelino Silva - 954,43 8.º Joaquim Petiz - 926,18 9.º Joaquim Petiz - 900,82 10.º Adelino Silva - 860,55 Classificação Geral 1.º Adelino Silva - 1319 Pontos 2.º Joaquim Petiz - 1295 3.º Os Pereiras - 1257

CENTRO COLUMBÓFILO DE SÃO JOÃO DA MADEIRA

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Rufino Neto & Joel - 1.277,2539 (Média) 2.º Rufino Neto & Joel - 1.255,7441 3.º Fernando José Dias Castro - 1.194,7555 4.º Fernando José Dias Castro - 1.186,8425 5.º Fernando José Dias Castro - 1.172,0289 6.º Valdemar Silva Xara - 1.156,3255 7.º Luís Marques Assunção - 1.125,7376 8.º Luís Marques Assunção - 1.119,3794 9.º António José Silva Costa - 1.076,1296 10.º Armando Augusto C Ferreira - 1.046,9619 Classificação Geral 1.º Rufino Neto & Joel - 3919 Pontos 2.º Armando Augusto C Ferreira - 3802 3.º Fernando José Dias Castro - 3773 30

22.JUN.2015

ASSOCIAÇÃO RECREATIVA COLUMBÓFILA DE ESCAPÃES

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º António Moutinho Silva - 1.322,3872 (Média) 2.º António Dias Marques - 1.297,5232 3.º Adrião Gomes Silva - 1.285,8127 4.º Martins & Resende - 1.261,6804 5.º Martins & Resende - 1.258,1731 6.º António Dias Marques - 1.249,8965 7.º Armando Santos & Gaspar Santos - 1.241,9703 8.º Fabio Mota Silva - 1.193,9805 9.º Armando Santos & Gaspar Santos - 1.192,9415 10.º António Gomes Costa - 1.186,7026 Classificação Geral 1.º António Gomes Costa (Toni) - 4416 Pontos 2.º Armando Augusto C Ferreira - 4400 3.º Adrião Gomes Silva - 4312

ZONA NORTE UNIÃO COLUMBÓFILA DE SANTA MARIA DE LAMAS

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Ruben Pinto Gomes Ferreira- 1.282,9535 2.º Lourenço Joaquim B Ricardo- 1.279,7714 3.º Ruben Pinto Gomes Ferreira- 1.271,6303 4.º Manuel Pinto Coelho Rocha- 1.257,1214 5.º Manuel Pinto Coelho Rocha- 1.224,8283 6.º Américo Alves Pinho - 1.224,3760 7.º Lourenço Joaquim B Ricardo- 1.209,4592 8.º Manuel Pinto Coelho Rocha- 1.209,2454 9.º Lourenço Joaquim B Ricardo- 1.170,9314 10.º José Melo Oliveira- 1.169,2899 Classificação Geral 1.º Joaquim Ferreira Silva- 6311 Pontos 2.º Lourenço Joaquim B Ricardo- 6009 3.º José Augusto Sousa Coelho - 6002

UNIÃO COLUMBÓFILA DE SANGUEDO

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º José Rodrigues Cardoso - 1.329,6937 (Média) 2.º António Coelho Lemos- 1.306,4633 3.º Fernando Lopes Silva - 1.272,0099 4.º F R P Xico Moreira- 1.259,9232 5.º João Manuel Gomes O Prata- 1.257,2703 6.º Vitor M G Marques Silva- 1.254,7155 7.º Manuel Pereira Silva- 1.249,2977 8.º Irmãos Tavares - 1.239,4426 9.º Vítor M G Marques Silva- 1.228,0282 10.º Daniel Fernando Alves Moreira- 1.222,6316 Classificação Geral 1.º Manuel Pereira Silva- 9892 Pontos 2.º Joaquim Manuel Barros Almeida- 9836 3.º Ruben Helder Ribeiro Carneiro- 9737

SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE SANTA MARIA DO VALE

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Pinho Paulo SAD- 1.282,1300 (Média) 2.º Paulo Pinho- 1.273,3635 3.º Pinho Paulo SAD- 1.265,1794 4.º Paulo Pinho- 1.214,4671 5.º Mario Santos - 1.183,8196 6.º Floro Pinho- 1.178,2501 7.º Paulo Pinho- 1.176,7406 8.º Antero Oliveira - 1.199,3304 9.º Mario Santos - 1.091,0462 10.º Floro Pinho- 1.068,1508 Classificação Geral 1.º Paulo Pinho- 2629 Pontos 2.º Pinho Paulo SAD- 2559 3.º Fernando Paulo- 2553

SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE ROMARIZ

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Serafim Dias Castro - 1.280,0457 (Média) 2.º Alberto Gonçalves Almeida - 1.233,5931 3.º Antero Jesus Rocha - 1.226,9902 4.º Antero Jesus Rocha - 1.205,5521 5.º Serafim Dias Castro - 1.180,6380 6.º Alberto Gomes Oliveira - 1.171,7318 7.º Serafim Dias Castro - 1.139,2030 8.º Fernando Paulo Paiva Fonseca- 1.066,8943 9.º Serafim Dias Castro - 996,9864 10.º Serafim Dias Castro - 992,1735 Classificação Geral 1.º Antero Jesus Rocha - 2864 Pontos 2.º Álvaro Alves Valente - 2834 3.º Serafim Dias Castro - 2803

UNIÃO COLUMBÓFILA DAS QUINTÃS

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Manuel Silva Ferreira Carneiro- 1.267,8098 (Média) 2.º Manuel Silva Ferreira Carneiro- 1.237,7550 3.º Ramiro André Vilar Coelho- 1.231,1998 4.º José Ferreira Lopes - 1.207,1185 5.º António Dias - 1.203,8057 6.º Ramiro André Vilar Coelho- 1.202,8912 7.º José Ferreira Lopes - 1.186,0659 8.º Manuel Silva Ferreira Carneiro- 1.133,8286 9.º António Manuel Costa Ferreira- 1.128,5631 10.º Maria Fernanda L T Santos- 1.098,3799 Classificação Geral 1.º Manuel Silva Ferreira Carneiro- 6260 Pontos 2.º António Dias - 6019 3.º Ramiro André Vilar Coelho- 5934

SOCIEDADE COLUMBÓFILA PÁTRIA

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Rufino Neto & Joel - 1.277,1967 (Média) 2.º Manuel Almeida Costa- 1.272,3640 3.º Rufino Neto & Joel - 1.255,6892 4.º Fernando Costa Lima- 1.206,0145 5.º Arménio Jesus Oliveira - 1.203,4443 6.º Arménio Jesus Oliveira - 1.197,7439 7.º Fernando Costa Lima- 1.178,8059 8.º Joaquim Domingos G Ferreira- 1.177,6307 9.º Carlos Alberto Dias Castro - 1.167,0517 10.º Joaquim Domingos G Ferreira- 1.144,3307 Classificação Geral 1.º Rufino Neto & Joel - 4840 Pontos 2.º Arménio Jesus Oliveira - 4807 3.º Joaquim Domingos G Ferreira- 4587

SOCIEDADE COLUMBÓFILA SANTIAGO DE LOBÃO

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º António Batista Melo - 1.291,0315 (Média) 2.º Paulo Baptista& Leonel Santos - 1.288,9376 3.º Pinho & Paulo SAD- 1.282,1300 4.º Américo Santos Freitas - 1.274,1093 5.º Fernando Paulo Serralva Pinho- 1.273,3411 6.º Floro Henriques Pinho- 1.272,8775 7.º Paulo Baptista& Leonel Santos - 1.270,4929 8.º Pinho & Paulo SAD- 1.265,1794 9.º Américo Mota Silva - 1.263,3691 10.º M G SAD - 1.241,0024 Classificação Geral 1.º Elísio Manuel Ribeiro Silva- 10150 Pontos 2.º M G SAD - 10145 3.º José Manuel Silva Lopes- 9823

SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE LOUROSA

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Rufino Gomes Silva- 1.272,1200 (Média) 2.º Abel Costa Pinto Rocha- 1.261,8659 3.º Mário António A Conceição - 1.261,6679 4.º Abel Costa Pinto Rocha- 1.250,2727 5.º Mário António A Conceição - 1.247,1452 6.º Américo Gomes Silva - 1.237,8561 7.º Fernando Henriques Silva- 1.235,7510 8.º Manuel Silva Oliveira- 1.235,3476 9.º Américo Gomes Silva - 1.234,2413 10.º Fernando Gomes Costa- 1.225,7449 Classificação Geral 1.º Manuel Silva Oliveira- 7854 Pontos 2.º Abel Costa Pinto Rocha- 7852 3.º Rufino Gomes Silva- 7670

GRUPO COLUMBÓFILO "OS VILAVERDENSES"

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Mário Maradona- 1.261,6932 (Média) 2.º José António Jesus - 1.259,6987 3.º Fernando Oliveira Jesus - 1.259,6880 4.º José António Jesus - 1.255,7730 5.º Mário Maradona- 1.247,1700 6.º Fernando Oliveira Jesus - 1.212,5993 7.º Fernando Oliveira Jesus - 1.175,8224 8.º Francisco Marques e Marco Neves - 1.169,4542 9.º Fernando Oliveira Jesus - 1.156,8031 10.º Francisco Marques e Marco Neves Classificação Geral 1.º José António Jesus - 3950 Pontos 2.º Fernando Oliveira Jesus - 3800 3.º Francisco Marques e Marco Neves - 3622

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GRUPO COLUMBÓFILO DE MOZELOS

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º Luís Manuel Silva Santos- 1.262,0478 (Média) 2.º Cândido Pereira Alves - 1.129,0352 3.º Américo Gomes Oliveira- 1.005,8369 4.º Luís Manuel Silva Santos- 859,9731 5.º Márcia Andreia Oliveira Vaz - 858,8513 6.º Paulo Jorge Silva Sousa- 854,3728 7.º Domingos José Silva Pereira- 850,0992 8.º Américo Gomes Oliveira- 847,7983 9.º Luís Manuel Silva Santos- 832,6082 10.º Henrique Silva Sousa- 814,8077 Classificação Geral 1.º Américo Gomes Oliveira- 4792 Pontos 2.º Paulo Jorge Silva Sousa- 4707 3.º Rogélio Alves Pinho- 4330

ASSOCIAÇÃO REC. COLUMBÓFILA DE SÃO JOÃO DE VER

Resultados - Prova de Fundo (Valencia del Cid) 1.º António Firmnino P G Costa- 1.246,8702 (Média) 2.º António & Roberto - 1.231,9368 3.º Vítor Manuel Rocha Coelho- 1.228,5752 4.º Vítor Manuel Pereira G Costa- 1.205,8285 5.º Vítor Manuel Pereira G Costa- 1.170,6945 6.º Américo Ribeiro Lopes - 1.167,0075 7.º Vítor Manuel Rocha Coelho- 1.074,1808 8.º Vítor Manuel Pereira G Costa- 1.068,4061 9.º Serafim Gaspar Mendes - 1.059,7297 10.º Jorge Manuel Oliveira Gomes- 1.055,9776 Classificação Geral 1.º Euclides Vieira Leite - 4915 Pontos 2.º Vítor Manuel Pereira G Costa- 4773 3.º Jorge Manuel Oliveira Gomes- 4664


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