TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Desde 11 de Abril de 1897
Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXVIII
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
20 Julho 2015
Nº 5923
€0,60 (iva inc.)
FEIRA // Natação Adaptada
RÚBEN LINHARES TRAZ OURO DO EUROPEU PÁG. 29
O atleta da Feira Viva Natação Adaptada chegou, viu e venceu. Na primeira prova arrecadou uma medalha de bronze e na segunda ganhou a medalha de ouro para Portugal.
Pedreira das Penas no centro da polémica entre PS e PSD. pág. 02 e 03
ENTREVISTA “Era uma prioridade ajudar os clubes a melhorar os seus equipamentos”, Cristina Tenreiro, vereadora do pelouro do Desporto, Juventude e Educação. pág. 16 e 17
ENTREVISTA “Seremos uma equipa organizada e agressiva. São duas identidades que se juntam, não só com características do próprio clube, mas também da minha imagem”, Pepa, novo treinador do Feirense pág. 24 e 25
DESTAQUE
Pedreira das Penas é um Projecto “falseado à nascença”
Uma obra que parecia consensual até à última reunião de Câmara. Os socialistas insurgiram-se contra as alterações ao projecto e apontaram, sobretudo, a diferença de material nas telas. O PSD defende os técnicos da autarquia e pede cuidado nas palavras.
Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt 02
20.JUL.2015
Santa Maria da Feira A Pedreira das Penas, em Santa Maria da Feira, foi o tema quente da reunião de Câmara da passada segunda-feira. O projecto foi apresentado, a pedido dos vereadores da Oposição, pelos técnicos da autarquia. Uma antiga “cratera” transformada em parque de lazer, com espelho de água, caminho pedonal e zonas de descanso. “Está a ser feito o arranjo paisagístico final, com a plantação de árvores, arbustos, sementeira” – adiantou o técnico, acrescentando que a rega será feita aproveitando a água de quatro poços. “O lago não era para ser mais fundo?” – questionou o independente Eduardo Cavaco. “Sim, mas o parecer da CCDR-N [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte] limitou a altura” – respondeu a equipa técnica. “E a bombagem será feita a partir de apenas dois poços?” – perguntou o vereador. “A afluência da água dos poços não foi a imaginada, por isso tivemos de alterar o projecto, e a bombagem será feita a partir de dois poços, interligando com os outros” – esclareceram. Eduardo Cavaco acompanhou a obra desde o princípio. “Houve algumas falhas na bombagem, no início, mas no geral a empresa fez um óptimo trabalho, os materiais são bons” – referiu. Para o vereador, falta apenas “uma via de ligação para quem vem das escolas” para que “a obra seja integrada www.correiodafeira.pt
na cidade”. “Resolvemos um problema complicado e vamos ficar com uma boa obra no centro” – salientou.
“Desrespeito” pelo projecto
“O que está a ser executado é algo completamente diferente do que foi aprovado aqui” – atirou o socialista António Bastos, referindo-se a “quotas e materiais”. “O projecto foi alterado sem que a Câmara aprovasse. Esta obra foi alvo de concurso. Quem lhe deu autorização para fazer este projecto, que não o adjudicado?” – questionou o vereador ao técnico presente. “Não precisa de responder” – afirmou o presidente da Câmara, Emídio Sousa. “É incorrecto para o executivo, aprovamos um projecto e está a ser feito outro” – continuou António Bastos. Um projecto “executado em Novembro de 2014” mas que “só passados nove meses veio à Câmara”. “Têm medo de apresentar o projecto? Vão ser responsáveis pelo que está a acontecer” – apontou. Um “desrespeito pelo projecto” e um “desvirtuamento do concurso e das regras da concorrência”. “Porque razão, tendo conhecimento, em 2012, dos pareceres da CCDR-N e da APA [Agência Portuguesa do Ambiente], de que o lago devia ter 0,8m e não 1,5m, não incluíram logo essa alteração? Só quando a obra se iniciou fisicamente é que se alterou. O que andaram a fazer
políticos” – declarou, referindo: “Trata-se de um material completamente diferente. Isto é respeitar o caderno de encargos? Estamos a falar do erário público, é gestão danosa da Câmara” – sublinhou. Vítor Marques voltou a chamar “tendencioso” ao socialista. “Estão aqui 46 mil euros a menos de liner” – referiu, atirando: “Ponho em causa a honestidade de quem possa ter telhados de vidro”. “Não vou discutir se as telas são de facto aquelas ou não, mas ao ser afirmado aqui que o material é diferente, é muito grave” – lembrou Eduardo Cavaco, que “gostaria de saber se é verdade ou não”. “Já as alterações ao projecto… Toda a vida houve alterações. E é preferível ter um espelho de água de 0,8m, senão uma criança que lá caísse podia afogar-se. A alteração é para melhor, beneficia a obra” – reforçou Eduardo Cavaco.
“Faz jeito a alguém”
O socialista Mário Oliveira começou por elogiar a obra. “A solução é adequada e vai de encontro ao que as pessoas pretendem” – afirmou, prosseguindo: “O que nos perturba é os timings. Porque foi colocado a concurso um procedimento que à partida saberíamos que tínhamos de mudar? A solução que se preconizava só foi colocada aquando da adjudicação da empreitada”. Mário Oliveira até aceitaria se as alterações fossem por alguma razão geológica. “Mas é na parte do paisagismo que vamos ter imprevisibilidade? Quando em 2012 já sabíamos? Isto é que nos deixa perplexos. Onde está a chancela do projectista?” – questionou. Um projecto dividido em duas fases: enchimento da pedreira e paisagismo. “Só esta última é que sofreu todas as alterações. Chegamos ao fim da obra e lembramo-nos que o lago tem de ter menos 40% de área” – afirmou. Os socialistas não concordam com estes procedimentos. “É óbvio que estão a ser retirados 40 mil euros de telas. No campo das suposições, faz jeito a alguém” – atirou, terminando: “Temos dúvidas sobre aquilo que nos chega e enquanto não obtivermos um esclarecimento cabal, não podemos votar favoravelmente”.
Técnicos “magoados” com acusações os serviços de 2012 a 2014?” – questionou. Um “projecto mal elaborado”. “Foi erro de quem? De quem gere a Câmara? Do vereador do pelouro?” – atirou. O engenheiro da autarquia explicou que não houve uma alteração substancial ao projecto mas sim “algumas nuances” justificadas. “O projecto foi modificado” – voltou à carga António Bastos. Já Eduardo Cavaco frisou que este tipo de projecto sofre sempre alterações. “Seria o primeiro sem alteração” – referiu. “Por isso é que o legislador previu trabalhos a mais e a menos. Um buraco com seis metros de profundidade… Não era possível ver o que lá se encontrava” – salientou Emídio Sousa.
“Hábil e tendencioso”
“O eng. Bastos é hábil e tendencioso a tentar adulterar os dados” – iniciou o vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, explicando que houve uma “necessidade de reajustamento” no projecto devido aos pareceres, o que teve “implicações nos trabalhos a mais e a menos”. “Não sou hábil a levantar falsos testemunhos, sou hábil a querer justificar procedimentos que não são claros nem transparentes” – retorquiu António Bastos, lembrando novamente os pareceres. “Foi em 2012, vai dizer que não é do seu tempo, mas o presidente da Câmara era vereador do seu pelouro, na altura, e também não era nada com ele” – atirou. O lago tinha 1,5m de profundidade mas “deveria ter”
0,8m. “Porque razão o projecto não foi lançado a concurso com 0,8m? A culpa é dos vereadores da Oposição? Não, é dos vereadores do PSD” – apontou. “Hábil a verificar problemas” numa “obra mal planeada”. “Quais eram os objectivos? Não sabemos, deve ser apurado. Vou submeter o processo às entidades competentes” – afirmou António Bastos. O vereador não contradiz que a obra vai ficar bonita e que será uma “mais-valia”, mas há questões a ter em conta. “É um projecto falseado à nascença. Estavam previstos 12 mil m2 de tela e estão lá 2800m2. Qual a justificação? Olhamos para as telas e são pretas, ninguém discute a sua cor, mas sim a sua qualidade. Não foram aquelas que foram adjudicadas” – frisou.
Pensar antes de falar
“Está a fazer afirmações falsas, a tela é a que foi adjudicada. Não há nada a apontar ao técnico, está a pôr em causa a honestidade das pessoas e a fiscalização da empreitada. Pense antes de falar” – salientou Emídio Sousa. “Não acuso os técnicos, acuso os procedimentos frágeis” – respondeu António Bastos. O socialista realçou que as telas deveriam ser em borracha técnica, com a durabilidade de 50 anos, mas as que foram colocadas são de polietileno e têm uma durabilidade estimada em 15 anos. “Em vez de custarem 6,5€ custaram 2,5€. 2/3 do valor. Quem sai beneficiado com isto? Não acuso os engenheiros, acuso os www.correiodafeira.pt
Emídio Sousa reforçou a “confiança” nos técnicos. “No caderno de encargos, estão telas com estas características ou equivalentes. Se não for assim, o Tribunal de Contas chumba e a União Europeia não aprova o financiamento” – explicou, lembrando que conseguiram transformar um “enorme passivo ambiental” num “projecto de excelência para a cidade”. “Estamos a minorar uma obra de excelência, que vai concluir-se. Quem quiser fazer queixa, que faça. Estamos à vontade” – declarou. Trabalhos a mais de 81 mil euros e a menos de 66 mil euros numa “obra boa para os feirenses”. “Espero que o empreiteiro acabe rapidamente para os feirenses poderem usufruir” – referiu. “O que foi aqui dito magoou-nos, foi bastante grave” – salientou um dos engenheiros da obra. Reiterou que, nas telas, “o empreiteiro pode apresentar um material equivalente”. “E foi o que foi apresentado” – concluiu. António Bastos não ficou convencido. “Quero ver o assunto devidamente clarificado nas próximas reuniões com relatórios contundentes” – frisou. O PS votou contra por ter “dúvidas quanto aos procedimentos”, repetindo que “os visados não são os técnicos mas sim os políticos”, e “reconhecendo a importância da obra para a cidade”. Eduardo Cavaco e Isabel Machado votaram favoravelmente pois “o empreiteiro está a fazer um bom trabalho” e trata-se de uma obra “bem fiscalizada” e “sem nada a apontar”. “O procedimento político é decidir fazer a obra, tudo o resto é decisão técnica. Tenho confiança na honestidade dos nosso técnicos e a desconfiança para com eles merece o meu repúdio” – rematou Emídio Sousa. 20.JUL.2015
03
AVENIDA DAS FOGACEIRAS
avenidadasfogaceiras@gmail.com
Textos: Orlando Macedo
PASSADO (im)PERFEITO
Atalaia Acefalia militante Na reta final da actual legislatura e numa altura em que a data para a realização das Eleições Legislativas deste ano ainda não está definida, começa a subir de tom o “ruído de fundo” partidário, não só no que toca a pistas para o que deverá ser o Programa de acção de cada força política mas, e principalmente, à volta das opções para a definição das Listas. Dentre o que se vai respigando, há dois factos, de diferente orientação, a chamar para já, a atenção: 1 – No distrito de Aveiro, o Partido Socialista conseguiu definir um rol de candidatos exclusivamente aveirenses [Distrito] mesmo observando a quota imposta pelo Secretariado Nacional do partido. Não é tudo, mas é um sinal positivo a ter em conta; 2 – É dos órgão nacionais do PSD, que chega uma notícia perturbante, dando conta de que, em nome da disciplina partidária, é exigido aos candidatos a deputados pelo partido, que subscrevam um “compromisso de honra” visando matérias tão sensíveis como o “programa do governo”, “moções de censura e/ou de confiança” e o “orçamento do Estado”, entre outras. O “compromisso” exige que os futuros deputados “laranja” acatem a orientação da direção do grupo parlamentar, salvaguardando que caso se venha a observar “uma persistente divergência com as orientações gerais do grupo parlamentar” os deputados devem “comprometer-se a renunciar ao mandato”. O que ali perturba, não é tanto o teor da notícia; o PSD, afinal, está “apenas” a transcrever para contrato, um prática transversal a todos os partidos com assento em S. Bento; Não, o que perturba, é o despudor com que o assunto é tratado, com reflexos de desprezo indirectos pelo que em Abril se conquistou e pela confiança que o povo deposita em tais personagens, quando vota. Trata-se da instituição formal da acefalia militante, enquanto se afiam facas para ensaiar um Círculo Nacional; e isto, numa altura em que a necessidade de reposição da credibilidade democrática, recomendaria exactamente o contrário. Ou seja a criação de Listas Abertas, em que se aplica o voto nominal, como vai acontecendo cada vez mais pela Europa; mas a essa matéria, as direcções partidárias fogem, como o diabo da cruz. Mas um dia, a casa vem abaixo…
A espuma das notícias da semana que passou sou
Segunda – feira
É justo - O JN fez as contas e chegou à conclusão de que Deputados do PSD, PS e CDS, faltaram, em média, um mês durante a legislatura. O jornal não sabe o que é que eles andaram a fazer, nesse tempo, mas devem ter-se cansado tanto, coitaditos, que no final desta semana vão já para 2 meses de Férias… Pronto-a-despir - Diz o mesmo jornal que “Vara terá partilhado luvas com Sócrates”. Depois do episódio das pantufas… as luvas. A seguir há-de vir uma notícia sobre os suspensórios; e depois sobre as ceroulas…
Terça-Feira
Ca(d)troga - “As contas do memorando estavam mal feitas e não fui eu q u e a s f i z ” , a s s e ve r o u Passos Coelho, em entrevista televisiva, com o Catroga rir-se em fundo. Mas se tivesse sido, era a mesma coisa; basta ver as contas que ele faz com os números do Desemprego… Narcisista – As redes sociais quase entupiram e o povo ficou varado com as declarações de Passos Coelho, no final da Cimeira da Zona Euro: “a soluçã o que a cabou por desbloquear o último problema que estava em aberto [com a Grécia] partiu de uma ideia que eu próprio sugeri”, disse ele carregadinho de modéstia narcisista. O país corou de vergonha…
Quarta-feira
Graça – A notícia do dia, referia que, apelando a uma maioria absoluta, “Passos defende ‘ganhador inequívoco’ nas legisl a t i va s ” . A c e n d e r a m - s e logo milhares de velas a caminho de Fátima, para pedir uma graça suprema: que, em boa-hora, a administração da Tecnoforma o reintegre nos seus quadros... Trivial –Em mais um escândalo trivial entre nós, um gestor do Grupo Lena foi indiciado em fraude de 15 milhões com fundos europeus. Glosando a imensa sabedoria popular: “os milhões são é fogo; a oportunidade, e s t o p a ; ve m o d i a b o e sopra…”
Quinta-feira
“Dumping” - O candidato à presidência da República, Paulo Morais declarou que “um conjunto de grupos económicos, essencialmente europeus, vieram a Portugal aos saldos e Passos Coelho foi o caseiro que vendeu a retalho o pouco que restava no Estado português”. Até aí, ainda vá que não vá. O problema é o raio da mania de vender tudo em “dumping”… Casamento perfeito – A lusa distribuiu uma nota dando conta de que a Alemanha quer enfermeiros e médicos portugueses. Como diz o povo, junta-se a fome com a vontade de comer. E no fim, quem ri, é Mota Soares.
Sexta-feira
Pavor a injecções - Milhares de enfermeiros em fuga do país, diz o JN. E de que fogem?, poderia ter-se perguntado na reportagem. Pelos vistos, têm medo das injecções… de optimismo do governo.
Fontes: Correio da Manhã; DN; Económico; Facebook; JN; Lusa; Público; Sol; TVI 04
20.JUL.2015
0, Em 23 AS DOIS N h‡ APE que nundos ta u p e d sesram ˆ s ca falta ssembleia A s› es da ca: Carlos bli œ p e R da (BE). s re a ipe So a normalidail F ro d er . Pe SD) e.. que deveria s Silva (P o! ue o ‹ • q p Ž e , c a A piad pela ex ot’ ciaÉ de, Ž n
Post-it
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Docinho – “Salgado agiu de boa-fé. Foi o BdP que fez gestão ruinosa”, dizem os gozões que estão à frente da doce defes a d e S a l g a d o . A p a rte amarga fica para os contribuintes e para os lesados em papel comercial…
Sábado
Compulsão - Donald Tusk disse que “por acaso a ideia para o fundo de privatizações da Grécia, foi do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte”. Ora, o bom do primeiroministro português, havia-se gabado de a ideia ter sido sua. Bolas… Por solidariedade patriótica, preferíamos acreditar em Passos; o problema é o teor compulsivo das suas declarações… Cofre Democrático – O Tribunal de Contas disse que “o aumento da taxa de desconto [aos funcionários públicos] para 3,5%, foi excessivo”. Mas a Maria Luís já fez saber que o enchimento dos cofres não se comove com excessos…
Domingo
Ou há moralidade… – O DN revela que Pires de Lima também entrou na febre das “nomeações estranhas”, nomeando directores sem formação específica para a Autoridade de Aviação Civil. E não pode??!! Porque é que não há-de ter as mesmas prerrogativas dos seus colegas de governo? Fauna – A notícia de que os “Elefantes no Rio Lima dividem opiniões”, acaba por ter piada, mas começa a ser perigosa. Há por aí quem prefira ver tubarões em S. Bento…
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20.JUL.2015
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aFINal EM QuE FICaMos? Carlos Fontes
OPINIÃO
Lá vamos… No passado dia 11, quase em segredo, foi inaugurado um novo relvado sintético no Estádio do Bolhão, em Fiães. Diz quem esteve presente no evento, que estava muita pouca gente a assistir. Emídio de Sousa, presidente da Câmara Municipal e fianense, parece que não deixou de constatar o facto, tanto mais que só inscritos na Associação de Futebol de Aveiro o Fiães Sport Clube, utilizador do espaço, tem quase de quatro centenas de atletas. Pelos vistos estaria presente à cerimónia cerca 10% desse número. Pergunta-se: quem foi que organizou a cerimónia que teve, além das presenças do presidente da Câmara da Feira e do presidente da Junta de Freguesia de Fiães, o secretário de Estado do Desporto, Emídio Guerreiro?
Terão sido os mesmos que aquando da inauguração do Pavilhão Municipal de Fiães se esqueceram de convidar o Clube Desportivo de Fiães? Talvez esteja aí a justificação para a escassa presença de fianenses a uma inauguração que pode contribuir para o aumento de praticantes no clube mas que, sobretudo, melhora substancialmente as condições de que passam a dispor muitos jovens da terra. Mas se a falta de publicidade de que muitos de queixam – eu, por exemplo, só soube da inauguração no dia seguinte – pode ter sido um lapso de quem a organizou, também pode ser entendida como uma forma cautelar para evitar que os seus responsáveis de sejam acusados de promover «uma clara manobra de propaganda eleitoral». Isto porque, com eleições à vista, vão suceder-se «inaugurações» por tudo quanto é lado. Pelo menos ninguém pode acusar os res-
ponsáveis pela inauguração do novo sintético do Estádio do Bolhão de estarem a fazer «propaganda eleitoral. Acontecerá o mesmo noutras bandas? Já que estamos a falar de Fiães – que por acaso pertence ao Concelho da Feira, mesmo que alguns se esqueçam disso – aproveitamos para lembrar os responsáveis autárquicos (Câmara Municipal e Junta de Freguesia) para o estado de abandono em que se encontra o Monte da Pedreira, a tal sala de visita da freguesia/cidade. É inadmissível que se tenha deixado, por falta de rega, secar a relva do jardim. Depois, o lixo acumulasse em vários locais do recinto, situação que, aliás, é do conhecimento dos responsáveis autárquicos. Poder-se-á dizer que o Monte da Pedreira está «votado aos bichos». Felizmente que faço parte deles… e dos que lamentam o ostracismo a que está votado um dos locais mais belos de todo o Concelho da Feira.
EvoCação ao BEato MarCos CalDEIra E aos QuarENta MártIrEs Do BrasIl Luís Filipe Higino, Santa Maria da Feira
Em 5 de Junho de 1570, o padre Inácio de Azevedo, natural do Porto, acompanhado de algumas dezenas de jesuítas que reuniu, entre os quais um noviço de nome Marcos Caldeira, embarcaram em Lisboa na nau Santiago rumo ao Brasil e seguiram na frota do Governador do Brasil, D. Luiz de Vasconcelos, com o objectivo de ajudar a cristianizar a Terra de Vera Cruz. Marcos Caldeira era um jovem missionário jesuíta nascido no ano de 1547 na Vila da Feira. Segundo os registos, era filho de Pedro Martins e de Isabel Caldeira e entrara como estudante para a Companhia de Jesus em Évora em 1569 com 22 anos. Voltando à viagem, os jesuítas fizeram uma escala na Ilha da Madeira, onde estiveram algum tempo na paróquia de Santo António do Funchal. Já a caminho do Brasil, em 15 de Julho de 1570, perto da Ilha da Palma, nas Ilhas Canárias, a nau Santiago em que viajavam os missionários jesuítas foi atacada por barcos de piratas e corsários contrários à fé católica. Os quarenta missionários foram saqueados e martirizados com extrema crueldade e deitados ao mar. Entre estes estava o noviço Marcos Caldeira. Os Quarenta Mártires, entre os quais Marcos Caldeira, foram beatificados pelo papa Pio IX em 11 de Maio de 1854 e têm a sua festa anual liturgica no dia 17 de Julho. A Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira tem projectado a atribuição do nome do Beato Marcos Caldeira a uma rua da nossa cidade.
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Orlando Macedo
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CÂMARA CONTINUA A FUGIR ÀS SUAS RESPONSABILIDADES EM SANGUEDO Margarida Rocha Gariso
POLÍTICA NO FEMININO Já se passaram de três meses desde que o Agrupamento de Centros de Saúde de Feira/Arouca (ACES) abandonou pela calada da noite o Posto Médico de Sanguedo, e quase dois meses sem que o Sr. Presidente da Câmara Municipal tenha cumprido a deliberação aprovada pela Assembleia Municipal (AM), no sentido de se promover uma sessão de esclarecimento junto da população daquela Freguesia. Recordo que a Moção apresentada à AM pelo PS na sessão de 30 de Abril, recomendava essa sessão, de “forma a esclarecer as pessoas quanto às alterações resultantes na prestação de cuidados de saú-
de e apresentando alternativas, nomeadamente de transportes, para a deslocação dos cidadãos de Sanguedo para a nova Unidade Saúde Familiar”. Mas até hoje, nem a Câmara deu provimento à decisão da Assembleia Municipal, nem o ACES se dignou esclarecer o procedimento, ou devolver as chaves do espaço que a Junta de Freguesia lhe tinha cedido a custo “ZERO”. Quer a atitude da Câmara, quer do ACES, demonstram bem a desconsideração que dedicam às pessoas de Sanguedo e à sua autarquia local. A mim, o que mais me incomoda, é que o Presidente da Câmara, Emídio Sousa, que tem responsabilidades diretas no processo, de cada vez que se apanha na frente das máquinas fotográficas junto do Ministro da Saúde e dos técni-
cos da Administração Regional de Saúde – Norte, de que faz parte o ACES, não poupa elogios à sua atuação, nem perde a oportunidade de gabar-se do excelente relacionamento que há entre a Câmara e aqueles organismos. Mas nem assim consegue que devolvam as chaves das instalações abandonadas, à Junta de Freguesia de Sanguedo e se prestem a esclarecer a população em sessão pública a realizar para o efeito. Temos, portanto, uma Câmara Municipal que nem cumpre as decisões da Assembleia Municipal, nem respeita os seus cidadãos. Neste caso, Emídio Sousa não tem forma de fugir às suas responsabilidades no desprezo a que estão a ser votados os cidadãos de Sanguedo, pois há
documentos emitidos pela Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, demonstrando que a decisão do ACES de encerrar o Posto Médico de Sanguedo, tem sido articulado e apoiado pela própria Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Fica provado que quando a Câmara, a 23 de Abril dizia que desconhecia a situação, não estava a dizer a verdade, o que já não espanta ninguém. Tal como também ficou provado que o presidente Emídio Sousa ficou muito satisfeito pelo encerramento do Posto Médico de Sanguedo, quando elogiou a decisão durante a cerimónia de inauguração da Unidade de Saúde de Argoncilhe, afirmando que assim se “conseguiu ganhar escala”.
O EXERCÍCÍO DE CARGOS POLÍTICOS EXIGE NOBREZA E HUMILDADE DE COMPORTAMENTOS António Cardoso,
Deputado do Partido Socialista à Assembleia da República
NÃO BAIXAR OS BRAÇOS É recorrente acusar os políticos de dizerem uma coisa e fazerem outra e daí. Daí ser vulgar dizer-se: ”bem prega o Frei Tomás: olhem para o que ele diz e não para o que ele faz”. Aliás, é frequente assistirmos a grandes intervenções políticas com propostas eleitorais, onde demagogicamente se promete resolver todos os problemas dos cidadãos, o que leva à descredibilização dos políticos. Este paradigma de prometer “tudo a todos” já não resulta, pois quando a “esmola é grande o povo desconfia”. Os políticos têm que serem sérios nas promessas que fazem sob pena de desprestigiar a sua classe. Além da seriedade das suas propostas com o devido realismo é-lhes exigido exemplares comportamentos de ética política.
O exercício de cargos ou funções públicas resultante de eleições tem a legitimidade de representar os cidadãos eleitores, como tal não devem ser exercidos em termos pessoais, mas sim ao serviço da comunidade que representa. Ao se disporem para servirem a “coisa pública”, os políticos têm que possuir uma forte consciência cívica de humildade para servir com consistência…onde os valores da fraternidade, da solidariedade e de despreendimento material, não podem ser palavras vãs!... Infelizmente, assistimos ao aparecimento de cidadãos que procuram fazer política dominados por comportamentos egoístas, sem carácter que os leva à cegueira comportamental na ânsia de obter o poder a qualquer preço. Obcecados pelo poder e de forma obstinada não ouvem ninguém, pisam tudo o que lhes aparece pela frente. Obstinados por objetivos de carreira pessoal, são impacientes, fecham o meio com sistemas blindados com a
estratégia de secar tudo o pode crescer à sua volta. Orquestrando métodos maquiavélicos, esfaqueiam que segue à sua frente no sentido de tomar a dianteira da corrida porque sendo medíocres é a única forma de vencer… Dada a sua mediocridade procuram mostrar valores e capacidades que não têm. Pedem aos amigos que os valorizem na praça pública…enfim, têm um ego muito grande de parecer o que não são. Alguns deles, até mostram capacidade e competência para o trabalho político, mas a falta de nobreza, humildade e de respeito pelo património político dos seus pares é a autodestruição para as ambições pessoais desses protagonistas. Acresce a esta falta de estrutura intelectual, a pressa em exercerem cargos de notoriedade política sem que tenham percorrido os caminhos que os legitimam para o exercício dessas funções. Uns querem ser Vereadores, outros membros da Assembleia Municipal,
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outros querem ser Deputados etc. nunca disponíveis em servir nas Assembleias de Freguesia ou nas Junta de freguesia!...Em linguagem Militar, querem ser Generais sem terem feito a recruta!.. Resumindo, assistimos a uma notória a falta de valores de solidariedade, respeito e humildade na vida política de quem anseia exercer cargos políticos. Acresce, uma quota de responsabilidade muito grande, ao modelo educacional seguido pelo Ministério da Educação, ao desvalorizar a formação cívica na escola, tornando deficiente o incontornável desenvolvimento dos valores de cidadania. É preciso valorizar a nobreza do exercício de cargos públicos sob pena de estarmos a construir uma “sociedade selvagem” desumana. A ausência desses valores, provoca o crescimento de egoísmos individuais muito perigosos na vida dos cidadãos, pois quem não respeita o passado dos seus antecessores não é merecedor do futuro que vai receber.
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Gião é uma freGuesia “ameaçada”
FREGUESIAS
Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
Em visita a Gião, os vereadores socialistas apontaram várias situações a precisar de intervenção. “A freguesia está ameaçada, deixou de existir” – frisa António Bastos, preocupado com “a falta de apoio da Câmara”. “Se calhar teve muito apoio durante anos e agora está à mercê da sorte” – atira. Começando pela Igreja. “A Câmara atribuiu subsídio para a sua construção, no valor de 300 mil euros, há dois, três anos, e hoje a obra existe fisicamente mas nada lá foi feito” – salienta. O polidesportivo foi o próximo. “A Câmara atribuiu bastantes subsídios, também para a construção do polidesportivo de Gião. Hoje o edifício está entregue a ninguém. Uma obra por concluir, degradada, é um flagelo olhar para aquilo, um verda-
Polidesportivo
deiro perigo” – alerta. Nenhum clube o utiliza, mas podem utilizá-lo os cidadãos. “Mesmo sem condições, os miúdos podem ir para lá jogar à bola” – lembra.
Urbanizações por concluir
Mas há mais. “A Urbanização da Beira, próxima da Igreja, teve início mas não tem fim. Até se diz que tem obras clandestinas. Não tem alvará de construção, os lotes não estão registados, são problemas graves” – realça António Bastos, declarando: “Há que defender as pessoas”. O vereador aponta ainda outra urbanização, junto à Igreja, e um loteamento em frente ao Campo de Jogos de Lobão. “Uma urbanização nunca concluída” – atira. António Bastos não esquece também a
urbanização próxima da EB 2,3 e os subsídios para o pavilhão gimnodesportivo. “Subsídios de apoio à construção do pavilhão e de um parque de estacionamento, que não existe” – refere. O vereador do PS requisitou à autarquia, na última reunião de Câmara, todos os documentos relativos a estas situações, nomeadamente atribuição de subsídios, alvarás, plantas urbanísticas e propriedade dos terrenos. Ao Correio da Feira, o presidente da Junta da União de Freguesias de Lobão, Louredo, Gião e Guizande adianta que “estão a aguardar uma situação melhor” para concluir as obras. “Está nas nossas intenções, mas não para o imediato, dada a situação financeira da UF” – afirma José Henriques.
obras de saneamenTo Causam TransTornos SOUTO As obras dos ramais de saneamento, a decorrer junto à Capela de Tarei, estão a provocar transtornos a quem lá passa. “Não sei se ocorreram acidentes no fim-de-semana, mas se ocorreram, não digam que a responsabilidade é do proprietário da viatura, é da Câmara” – aponta o vereador socialista António Bas-
tos, criticando a sinalização. “É do pior que existe. Um triângulo no chão, sem visibilidade… Não se admirem se surgirem reclamações” – salienta. O Correio da Feira tentou contactar a presidente da Junta da União de Freguesias Souto/Mosteirô, Manuela Teixeira, mas até ao momento do fecho da edição não foi possível.
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ROMARIZ A vereadora socialista Susana Correia chama a atenção para os “grandes taludes” em “perigo de queda” na Rua de Goim e na Rua do Fafião. “Não têm qualquer protecção de segurança” – alerta, lembrando ainda que a sinalização no local é “deficitária”. O Correio da Feira tentou contactar o presidente da Junta, Manuel Moreira, mas até ao fecho desta edição não foi possível.
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Taludes em risco de queda
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acesso ao Porto Carvoeiro requalificado
CANEDO A requalificação do Porto Carvoeiro está em curso. “O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos está a fazer o projecto para o novo cais. É uma negociação dura” – adianta o presidente da Câmara, Emídio Sousa. A cargo da Câmara ficou o projecto para o arruamento de acesso ao cais. “Para que os autocarros possam manobrar” – diz o autarca. O PS ficou satisfeito. “Temos todo o gosto em votar favoravelmente e congratulamos o facto de ter sido consultada mais de uma entidade no procedimento de ajuste directo” – afirma o vereador Mário Oliveira. 08
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Obras nO CavaCO alvO de CrítiCas
FEIRA O vereador independente Eduardo Cavaco volta a chamar a atenção para as obras a decorrer na zona do Cavaco, em Santa Maria da Feira. “Em frente ao E.leclerc, e à linha de caminhos-de-ferro, as obras mantêm-se na mesma, está um pandemónio. O empreiteiro tem a obrigação de regar ou colocar um bocado de bander, para que
deixe de levantar pó” – frisa. Uma situação que se prolonga há mais de 15 dias na “estrada principal de acesso à cidade”. “Não fica nada bem, e os sinais estão manhosos. Encostados ao poste, não têm visibilidade” – salienta, chamando a atenção dos serviços da autarquia e do empreiteiro “para que não pense que vale tudo”.
“O presidente da Junta intentou uma acção contra o empreiteiro. Há algum desconforto, esta é a empresa que vai fazer todo aquele trabalho” – alerta. As covas são “mais de muitas” e o traçado “uma coisa assustadora”. “As pessoas têm de perceber que para trabalhar para esta Câmara têm de trabalhar devidamente. Ali algo
Mulher MOrre esMagada pOr fardO de papel ARgONCIlhE Uma funcionária da empresa de reciclagem Seraical, de Argoncilhe, morreu esmagada por um fardo de papel com 400 quilos. O acidente ocorreu, na última quarta-feira, e o filho, de 19 anos, que trabalha na mesma empresa, assistiu a tudo. Alexandra Manart, de 40 anos, estava a trabalhar com dois colegas. Por razões desconhecidas, o fardo de papel moído e já compactado caiu em cima da funcionária. “Ouvi gritos. Um rapaz dizia: ‘A minha mãe morreu’. Vieram
aqui pedir o número dos bombeiros. E depois vi o socorro chegar” - disse uma vizinha, em declarações ao Correio da Manhã. Os Bombeiros de Lourosa tinham sido alertados para uma queda “com alguma gravidade”. Quando chegaram ao local, a empresa já tinha retirado o fardo de papel de cima da vítima. “O filho está a receber acompanhamento psicológico” - referiu uma familiar. A vítima, de Ovar, trabalhava ali há ano e meio com o filho. Deixa mais duas filhas menores.
corre mal” – aponta. O vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, adianta que o piso será “todo levantado” e serão colocadas “novas camadas”. “Queríamos agendar antes do final do mês, mas não é possível. Mas já foram dadas ordens para reporem o bander e regularizarem no entretanto” – afirma.
Centro escolar abre em setembro CANEDO O Centro Escolar de Canedo está quase pronto. Na última reunião de Câmara, foram aprovados os trabalhos a mais, na ordem dos 13 mil euros, e a menos, na ordem dos 43 mil euros, que se prenderam com questões de segurança e “situações não previstas no projecto”. O PS questionou se o centro estaria pronto em Setembro, para o início do próximo ano lectivo. “Tem de estar pronto” – respondeu a vereadora com o pelouro da Educação, Cristina Tenreiro. O PS absteve-se na aprovação destes trabalhos.
Centro social é “herança difícil”
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ROMARIZ Um edifício foi cedido à Junta de Freguesia com a intenção de se construir um Centro Social. “Passaram meia dúzia de anos e nada foi feito” – aponta a socialista Susana Correia. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, explica que se trata de uma “casa velha em ruínas”. “Há heranças extremamente difíceis. É um custo avultado transformar aquilo num lar. Não me parece fácil” – confessa. O Correio da Feira tentou contactar o presidente da Junta, Manuel Moreira, mas até ao fecho desta edição não foi possível.
ALUGO
O Jardim das Oliveiras, em Vila Maior, tem nova cara. O espaço foi requalificado e inaugurado no início deste mês pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa. O presidente da Junta de Freguesia de Canedo, Vale e Vila Maior, Paulo Oliveira, estava naturalmente satisfeito pela “requalificação de um espaço para uso de toda a comunidade”. www.correiodafeira.pt
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VISITAS GUIADAS EM MANDARIM NA VIAGEM MEDIEVAL SANTA MARIA DA FEIRA A Viagem Medieval vai disponibilizar, pela primeira vez em 19 edições, visitas guiadas ao recinto com tradução em cinco línguas, entre elas o Mandarim, perspectivando a internacionalização e a captação de um novo nicho de público estrangeiro – turistas e residentes em Portugal – que cada vez mais procura eventos culturais qualificados e diferenciadores. “A comunidade chinesa é cada vez mais expressiva em Portugal e o número de turistas chineses que visitam o Porto e Norte justificam esta nossa aposta, com a aproximação cultural do evento a este novo nicho de público através da língua” - considera o vereador do Turismo e Cultura, Gil Ferreira. “Sendo Portugal um destino cada vez mais presente na rota do turismo internacional e a Viagem Medieval assumidamente um dos grandes acontecimentos nacionais, reunimos condições ímpares para a internacionalização deste produto cultural, visando a captação de mais turistas estrangeiros. Não temos dúvidas de que ao projectarmos este evento além-fronteiras estamos a contribuir para promoção internacional do destino Santa Maria da Feira e do Norte de Portugal” - reforça o presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa.
Mandarim a par de quatro
línguas europeias
Resultado de uma parceria com o Instituto Portuense de Línguas – Santa Maria da Feira, serão disponibilizadas, para além do Mandarim, visitas guiadas com tradução em Inglês, Francês, Espanhol e Alemão. “Temos notado que há cada vez mais estrangeiros a visitar a cidade e os eventos de Santa Maria da Feira ao longo de todo o ano, razão pela qual acreditamos que a nossa participação será uma mais-valia neste projecto” - consideram Christine Lima e Nancy Couto, do Instituto Portuense de Línguas – Santa Maria da Feira. As visitas guiadas ao recinto fazem parte do pacote Bilhete Experiência, que proporciona experiências exclusivas aos visitantes que querem viver o evento de forma mais intensa e sensorial. A esta juntam-se as experiências “Guerreiro por um dia”, “Visitas guiadas com personagens históricas”, “Repasto no Povoado” e “Almoço com História”. A 19ª Viagem Medieval em Terra de Santa Maria realiza-se de 29 de Julho a 9 de Agosto, no centro histórico de Santa Maria da Feira, e vai recriar o reinado de D. Afonso III, Rei de Portugal e do Algarve. O evento é organizado pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, empresa municipal Feira Viva e Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho.
Espectáculo solidário para angariar fundos para a menina Solange No próximo sábado, pelas 21h30, o Grupo Musical Cultura em Cordas de Paços de Brandão realiza um espectáculo solidário para a menina Solange que sofre de paralisia cerebral. O espectáculo terá lugar na Academia de Música de Paços de Brandão de forma angariar fundos para o tratamento que a menina carece.
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Está a renascer a curiosidade pela Festa em Honra da Nossa Senhora da Piedade, em Santa Maria da Feira. A romaria decorreu no último fim-de-semana. O palco encheu-se de música e voltaram os tapetes de pétalas de flores que encantaram quem por ali passou.
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MAIORIA EXPRESSA DOS SOCIALISTAS FEIRENSES DÁ AVAL À CONTINUIDADE
ANTÓNIO CARDOSO É O ESCOLHIDO Texto: Orlando Macedo
LEGISLATIVAS.2015
Já é conhecida a composição da lista de candidatos por Aveiro que o Partido Socialista escolheu para as eleições legislativas deste ano. Para este ano, ocorrem duas situações inusitadas: o processo de escolha, em que a Federação Distrital de Aveiro (FDA) surpreendeu, substituindo o habitual processo de escrutínio por uma proposta de continuidade dos actuais deputados, com a junção de outros nomes (saiu Sérgio Sousa Pinto); e a aposta em figuras do distrito, mesmo no caso em que se acolhe a quota dependente da Comissão Política Nacional. Outra nota de realce, é a de que o conhecido “segurismo” de António Cardoso, não constituiu óbice à sua continuidade. A lista ”rosa”
1 – Pedro Nuno Santos Seguindo o usual, o atual Presidente da Federação de Aveiro do PS, Pedro Nuno Santos, irá liderar a lista de candidatos a deputados do PS pelo círculo eleitoral de Aveiro. O jovem economista de S. João da Madeira que tem vindo a destacar-se nos últimos tempos, como vice-Presidente do Grupo Parlamentar, consolida uma posição ganha a-pulso, depois de ter sido Secretário-Geral da JS entre 2004 e 2008. Na última legislatura ganhou maior visibilidade com o seu trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES e algumas intervenções nos debates na Assembleia da
República (AR). 2 – Fernando Rocha Andrade O jurista (é professor de Direito na Universidade de Coimbra) integra o Secretariado Nacional do PS, chefiado por António Costa, com quem já havia trabalhado num governo do PS, quando o actual líder socialista era Ministro da Justiça. Foi subsecretário de Estado da Administração Interna. 3 – Rosa Maria Albernaz Detentora de um extenso e impressionante currículo político, a professora de Espinho é uma das figuras incontornáveis dos socialistas na AR, em que tem desempenhado vários cargos e integrado numerosa Comissões de trabalho, ao longo de nada menos que nove legislaturas. A veterania parlamentar e consequente conhecimento intrínseco do funcionamento da AR – em que é Secretária da Mesa, na XII Legislatura – aliado ao seu extenso rol de contactos nacionais e internacionais, fazem de Rosa Maria Albernaz uma mais-valia indispensável para os socialistas. 4 – Filipe Neto Brandão O jurista aveirense, que foi o penúltimo (último socialista)
Governador Civil de Aveiro, antecedendo José Manuel Leão, integra a Comissão Política Nacional do PS, como efectivo. Apesar de cultivar a discrição, é considerado por muitos dos seus pares, um dos mais promissores políticos da nova geração. Nesta legislatura, tem-se destacado no trabalho desenvolvido principalmente no seio das Comissão Parlamentar e de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e no Grupo de Trabalho e Acompanhamento da Aplicação das Medidas Políticas e Legislativas de Combate à Corrupção. 5 – Porfírio Silva Reconhecido pelos seus pares como “um espírito livre”, o investigador no Instituto de Sistemas e Robótica é tido como um dos mais influentes conselheiros políticos de António Costa. É-lhe vaticinado uma função governativa de destaque, caso o PS forme governo. 6 – Carla Tavares A actual presidente das Mulheres Socialistas de Avei-
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2-Esperava melhor colocação nos lugares da Lista? AC – Fazendo uma análise desapaixonada, dificilmente a Feira poderia pedir mais: o Pedro Nuno Santos tem feito um trabalho extraordinário e é o líder da Comissão Política Distrital; a Rosa Maria Albernaz – que é uma histórica do partido – e a Carla Tavares ocupam a quota feminina; e o Rocha Andrade e o Porfírio Silva preenchem a quota da Comissão Política Nacional. Depois, o Filipe Neto Brandão tem já um peso e prestígio considerável no partido e na Assembleia da República… 3 – Acabou por ganhar o “braço-de-ferro” com Márcio Correia, na disputa da nomeação… AC – O método de escolha, este ano foi diferente. Quando a CP Distrital decidiu propor às CP Concelhias a continuidade dos actuais deputados, grupo em que me incluo, pus como condição o voto de confiança dos meus camaradas do concelho. Portanto o que se votou, foi a proposta da CP Distrital. Não fui a votos contra ninguém, nem ganhei a ninguém, porque não houve vencidos nesta decisão…
7 - António Cardoso O engenheiro mecânico de Santa Maria da Feira, que abraçou a política no fim de uma interessante carreira futebolística, viu a aprovação do seu nome sufragada no seio da C. P. Concelhia, por 29 votos a favor, 25 contra e duas abstenções. Em teoria, a sua entrada directa no grupo dos 230 deputados da próxima Legislatura, está intimamente dependente de uma difícil conjunção de factores, como a subida exponencial da votação no PS, com recuperação moderada de votos oriundos das franjas da CDU e do BE; e, claro, a forte descida da votação na Coligação. Em todo o caso – se o PS for governo – o deputado de Pigeiros deverá voltar ao hemiciclo, dado que Rocha Andrade e Porfírio Silva estão na calha para integrar equipas ministeriais do governo de António Costa.
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3 perguntas a António Cardoso 1 – Contava voltar a ser candidato? AC - Sinceramente, sim. São já 40 anos ininterruptos de vida activa na política partidária, sempre com total dedicação às funções a que fui chamado, quer no partido, quer em cargos públicos.
ro, Carla Tavares pontificou na Assembleia Municipal de Águeda. É-lhe apontado conhecimento dos dossiês relacionados com a problemática da condição feminina.
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POLÍTICA
aMaDEU albErgaria iNDiCaDO Para DEPUTaDO DO PsD
A Comissão Política de Secção do PSD de Santa Maria da Feira aprovou, por unanimidade, a indigitação de Amadeu Albergaria como candidato a deputado nas próximas eleições legislativas. Por outro lado, numa carta dirigida ao presidente da Comissão Política Distrital, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e 16 (todos os 15 do PSD e Amaro Araújo, independente, de São João de Ver, freguesia do indigitado candidato) dos 21 presidentes de junta relembram “a importância” de o deputado feirense “continuar a exercer as funções parlamentares”. “É reconhecido por todos como principal mentor da estratégia política que nos levou a uma vitória por maioria absoluta, nas difíceis eleições autárquicas de 2013, promovendo a substituição de um presidente de câmara eleito em sete mandatos consecutivos” – notam, referindo-se a Amadeu Albergaria, os subscritores da carta dirigida à Distrital, o presidente da Câmara, Emídio Sousa, e todos os presidentes de junta eleitos pelo PSD, além do autarca de S. João de Ver, Amaro Araújo. No referido documento, os subscritores atribuem ao actual presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira “um grande
capital político no Distrito e no Concelho”, lembrando que aposta “num contacto permanente com as pessoas, o que o torna querido das nossas gentes, e estas reveem-se em Amadeu Albergaria para os representar como deputado”. Amadeu Albergaria é actual vicepresidente da Bancada Parlamentar do PSD, ocupando lugar na Comissão de Educação, Ciência e Cultura. A sua intervenção na Assembleia da República tem privilegiado as questões relacionadas com a Educação, cabendo-lhe com regularidade a intervenção de fundo do partido nessa matéria. Licenciado em direito, Amadeu Albergaria, de 38 anos, é presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, para além de membro do Conselho Fiscal do Centro Social “O Abrigo”, de S. João de Ver, e do Conselho Geral da Comissão de Vigilância do Castelo da Feira. Antes de ser deputado, foi vereador do Pelouro da Cultura, Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e administrador da empresa municipal “Feira Viva”. Em termos partidários, liderou as Concelhia e Distrital da estrutura jovem do PSD, é actual presidente da secção feirense e vice-presidente da Comissão Política Distrital.
Concelhia socialista visita Câmara de gondomar Dando continuidade às visitas a outras autarquias pelas suas boas práticas, Margarida Gariso, Manuel Santos e outros dois elementos do grupo de trabalho da Comissão Política Concelhia do PS da Feira, tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido, na área da protecção civil, pela Câmara Municipal de Gondomar. No encontro estiveram presentes o presidente da autarquia de Gondomar, Marco Martins, e o comandante operacional municipal, Artur Teixeira, que explicaram os objectivos fundamentais e os domínios da Protecção Civil Municipal. Segundo Marco Martins, o sucesso do plano de acção passou, entre outros pontos importantes, por desenhar um plano e um novo organograma, a criação de um plano operacional de acção anual com conhecimento nos órgãos autárquicos e definição de metas nos planeamentos e avaliação dos resultados obtidos e a aposta na prestação de contas e fiscalização. Margarida Gariso, surpreendida pela positiva, comparou o trabalho desenvolvido em Gondomar com o realizado pelo PSD/ Feira. ”Em Santa Maria da Feira não existe uma política de prevenção e sensibilização evidenciado pela elevada percentagem de ignições que ocorre no concelho.” Salientou ainda que “ a autarquia de Gondomar cumpre a lei e desenvolve uma politica efectiva de protecção civil apresentando anualmente documentos operacionais e mostrando resultados, contrariamente à governação praticada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.” O PS/Feira identificou uma série de conceitos e estratégias que permitirão convergir os caminhos políticos do nosso concelho para uma melhor gestão em prol dos feirenses, trazendo-lhes segurança e confiança no seu dia-a-dia. Publicidade
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(re)DESCOBRIR
“O fOlclOre nO ÓrfeãO nãO está a mOrrer, está a rejuvenescer Santa Maria da Feira É uma data histórica. O Grupo de Danças e Cantares Regionais do Órfeão da Feira está a completar 40 anos. São quatro décadas dedicadas ao folclore e às tradições da região que a Direcção de uma das mais prestigiantes associações concelhias não quis deixar em branco. Fábio Pinto, responsável pela secção da colectividade de Santa Maria da Feira, salienta a juventude do grupo e o empenho e dedicação que os seus elementos depositam na procura e preservação das tradições do povo feirense. Fábio Pinto não tem dúvidas de que o folclore não está morto. Antes pelo contrário. São cada vez mais os jovens que se interessam por esta vertente da cultura popular portuguesa e isso acontece, sobretudo, porque longe vão os tempos em que um grupo folclórico se limitava apenas a subir ao palco, dançar e cantar. “Hoje, uma secção de folclore é muito mais do que isso” – aponta. E o grande desafio que se coloca aos jovens é a investigação e a atribuição de responsabilidades. “Essa é a fórmula para os prender e cativar” – diz. Por isso, no Órfeão da Feira, desde 2008, que se tem aprimorado o tipo de investimento com o o grupo de danças e cantares. “Apostamos nos trajes, no reportório e nas recolhas. E é com satisfação que o Órfeão faz este tipo de investimento na etnografia, um tipo de cultura que tem que ser mais valorizada e respeitada” – aponta Márcio Correia, presidente da associação. E dessa aposta têm
resultado muitas alegrias. “É de louvar o companheirismo, o espírito de equipa e o amor que os lementos deste grupo transmitem sempre que representam o Órfeão da Feira” – frisa. O Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira é composto, na sua maioria, por jovens que, “cada vez mais, demonstram interesse em continuar a defender as raízes e história dos nossos antepassados”. Segundo Fábio Pinto, o grupo tem notado uma grande evolução desde 2004, altura que que participou numa viagem ao Brasil. Nessa altura, despertou o interesse pelo folclore e o Órfeão da Feira agarrou essa curiosidade. “Dançar apenas não agrada a ninguém. Mas já o campo da investigação e a respresentação são factores de interesse” – explica. Por isso, os ensaios são muito mais do que canto e dança, “até porque não inventámos danças novas. Mas fazemos imensas representações, ou seja, reconstituições etnográficas”. A última aconteceu há cerca de um mês. O Grupo de Danças e Cantares do Órfeão da Feira andou, num terreno na Piedade, com uma junta de vacas a semear. “Isso é estimulante para os elementos do grupo”. Por isso, para Fábio Pinto é fácil de perceber que o folclore é muito mais do que subir ao palco e dançar. “É aprender sobre os hábitos e costumes de antigamente, sobre o património material e imaterial de um povo. Defendê-lo e transmiti-lo aos outros”. Actualmente, a secção tem 42 elemenwww.correiodafeira.pt
tos, um número que Fábio Pinto entende ser razoável. “Mas se tivéssemos mais 15 elementos, permitia-nos ter um trajado, em palco, bem mais diversificado”. A procura de novos elementos, no entanto, não é uma prioridade para o Órfeão. “Prioridade é fazemos as coisas bem feitas e isso dá-nos satisfação”. E a certeza de que tudo é planeado e executado com rigor, dá-lhe a confiança suficiente para afirmar que “os próximos 40 anos, certamente, que serão de renovação dos elementos e da competência e do trabalho que tem sido feito na última década” – diz. “Serão, com certeza, anos recheados de sucessos” – acrescenta. “De facto, o folclore não está a morrer, está a rejuvenescer, está caminhar para a autencidade” – reforça Márcio Correia. E a prova, salienta, é a própria juventude dos dirigentes. Fábio Pinto, por exemplo, tem 25 anos. “Estou no grupo de folclore desde os 12”. E o que aprendeu? “Tanta coisa. Mas, essencialmente, os valores do respeito e do trabalho em equipa”. Aos 15, era já responsável pela secção e isso “faz a diferença”. “É a prova de que valorizamos os jovens, que lhes atribuímos responsabilidades. É a prova de que acreditamos neles. Esse é o grande marco do Orfeão da Feira, que apesar de se tratar de uma associação centenária, valoriza e incentiva a participação dos jovens” – refere o presidente. Márcio Correia salienta, por isso, a vitalidade da instituição que consegue apresentar “sempre novos desafios capazes atrair a juventude”. 20.JUL.2015
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CSM ABRE PROCESSO DISCIPLINAR A JUIZ DO TRIBUNAL FEIRENSE
SOCIEDADE
SANTA MARIA DA FEIRA O Conselho Superior da Magistratura (CSM) deliberou, na última terçafeira, instaurar um processo disciplinar ao juiz de Santa Maria da Feira António Alberto Pinho, que alegadamente fugiu do local onde teve um acidente de viação, tendo sido interceptado pela GNR. Contudo, contra o magistrado já existia antes outro processo disciplinar, quando foi acusado de agredir um casal numa discussão de trânsito em 2010. “O CSM, na sessão plenária, deliberou instaurar processo disciplinar contra o juiz” - revelou o órgão de gestão e disciplina dos juízes, acrescentando que em relação ao primeiro processo disciplinar ainda não há “decisão transitada em julgado” e que o juiz está “suspenso de funções desde 7 de Março de 2015”. O Correio da Manhã noticiou no domingo que o juiz de instrução criminal provocou um acidente de viação, abandonou as duas vítimas e fugiu depois à GNR, só tendo sido interceptado pelos militares porque um pneu se desfez, já depois de ter conduzido de forma descontrolada durante oito quilómetros na Feira. Após ser interceptado, o juiz, segundo o CM, terá negado à
GNR os factos imputados. Em Abril de 2013, o então presidente do Círculo Judicial de Oliveira de Azeméis, foi mesmo condenado pelo Tribunal da Relação do Porto a uma multa de quatro mil euros. Ficou provado que cometeu dois crimes de ofensa à integridade física simples em 2010. O CSM abriu então um processo disciplinar logo que teve conhecimento da acusação do Ministério Público e o seu desfecho aguardava pela decisão final do processo judicial. Fonte judicial confirmou que o caso foi até ao Supremo que manteve a condenação. Estava em causa uma contenda após um acidente que envolveu o carro do juiz e o veículo em que seguia um casal, também na Feira. O TRP salientou que o magistrado “desferiu uma pancada no pulso e na face” da mulher quando esta telefonava à GNR. No seguimento da agressão, o companheiro da jovem agarrou o juiz e foi também agredido com “murros no peito”, segundo o TRP. O tribunal sublinhou a falta de credibilidade do depoimento do juiz e condenou-o a pagar, solidariamente com os outros condenados, 5600 euros de indemnização. O casal exigia 50 mil euros.
CÂMARA DA FEIRA ESTREITA LIGAÇÃO COM O INESC TEP Promover e estimular a ligação entre as empresas e a Universidade é uma das prioridades da estratégia de gestão autárquica do presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, com o objectivo de potenciar a empregabilidade do tecido económico e empresarial feirense e dotá-lo de mais-valias que permitam valorizar o produto nos mercados internacionais. Este foi o desígnio que mot i vo u a C â m a r a a o r g a n i za r reuniões de trabalho envolvendo o INESC TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (instituição que faz a ligação entre a investigação universitária e as empresas, no sentido de acrescentar valor aos produtos) e empresas de vários sectores de actividade de Santa Maria da Feira. Numa
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dessas sessões, onde participaram 11 empresas feirenses, Emídio Sousa desafiou o INESC TEC a manter uma ligação mais estreita com as empresas de Santa Maria da Feira, e desafiou as empresas a trabalharem com o INESCTEC para desenvolverem os seus processos de fabrico, qualidade dos produtos e a investirem na inovação e internacionalização. “A maior competitividade das empresas alemãs não é devido à maior produtividade ou horas de trabalho dos trabalhadores germânico, mas ao facto das suas empresas incorporarem mais tecnologia nos seus produtos. É isso que queremos incutir nas nossas empresas para serem cada vez mais agressivas nos mercados externos” disse o presidente da Câmara da Feira aos empresários e aos responsáveis do INESC TEP www.correiodafeira.pt
Antigos presidentes da Casa da Vila da Feira condecorados A Câmara atribuiu, na última reunião do executivo, distinções honoríficas a Adão Ribeiro dos Santos, Hermenegildo Martins dos Santos e António Simões da Conceição, ex-presidentes da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria. Uma proposta de Mérito Municipal que veio do Rio de Janeiro e foi aprovada por unanimidade, em voto secreto.
Santa Maria da Feira une-se a Moçambique As cidades de Santa Maria da Feira e Pemba, Moçambique, vão passar a estar germinadas. “Moçambique está em grande crescimento” – diz o presidente da Câmara, Emídio Sousa. A iniciativa partiu do vereador independente Eduardo Cavaco. “Destaco o seu grande papel, tem conhecimentos em Moçambique e fez o contacto inicial para a geminação” – afirma Emídio Sousa. Trata-se de um “intercâmbio cultural e económico” e algumas empresas feirenses já estão a operar naquele mercado. “Visitamos Moçambique há dois anos e tem mercados com algum interesse” – refere o autarca. Um país com “perspectivas de crescimento” devido aos seus “recursos naturais”. “Um investimento moderado que poderá ter retorno para o território” – frisa. Pemba fica no Norte de Moçambique e é “uma das cidades que está a crescer mais”.
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Canedo voltou a encher-se de gente que não quis perder a animação e os petiscos do Encontro de Colectividades que voltou à freguesia.
pediatria do hospitaL está mais aLegre graças aos irmãos paiva
Santa Maria da Feira Foi em 2008, que dois irmãos, naturais de Romariz, decidiram percorrer 1900 quilómteros de bicicleta. O percurso foi traçado entre Suiça e Portugal, com o objectivo de angariar dinheiro para pintar as paredes do serviço de Pediatria do Hospital S. Sebastião, em Santa Maria da Feira. A promessa foi cumprida sete anos depois. A Fundação “Paint a Smile”, devido a reestruturações internas, atrasou os seus projectos, mas não os esqueceu. Flávio Paiva, um dos irmãos, esteve, na última semana, no hospital, para ver o resultado da sua longa corrida entre Suiça e Portugal. Fizeram-no por iniciativa própria. Flávio Paiva recorda que a ideia foi do seu irmão, José Paiva, e logo a agarrou. Tomada a decisão, surgiu outra ideia. Por que não angariar dinheiro para a Fundação Paint a Smile alegrar as paredes do serviço de Pediatria do hospital da Feira? A resposta foi um sim imediato.
Fizeram-se à estrada e cumpriram o seu desiderato. Reuniram dinheiro suficiente para tornar aquele serviço mais bonito. “Demorou a obra a nascer, mas não faz mal. O importante é que está agora feita” – aponta, com enorme satisfação Flávio Paiva, o único dos irmãos que esteve na cerimónia de inauguração da pintura. O sorriso fez sempre parte do seu semblante. “Estou muito satisfeito” – referia. As feições não traíam as suas palavras. Olhava para as paredes com um brilho especial nos olhos e dizia: “Valeu a pena”. Ainda hoje percorre quilómetros de bicicleta, sempre na companhia do seu irmão. Entre 2008 até agora, já voltaram a repetir o feito dos 1900 quilómetros, desta feita, para ajudar um orfanato em Vila Nova de Gaia. “E quem faz duas, faz três” – atira. Vão voltar a correr por solidariedade? “Quem sabe…”. Para já, o que conta neste momento, para Flávio Paiva, são as
paredes pintadas do Hospital S. Sebastião. Vive, tal como o seu irmão, na Suiça, há vários anos, mas está sempre de olhos postos na sua terra. “É muito bom ajudar alguém”. E não custa fazer tantos quilómetros? “Quem corre por gosto, não cansa”. Flávio Pais não se importa com a demora na concretização do seu objectivo. A Fundação foi obrigada a realizar reestruturações internas e todos os projectos acabaram por ficar em atraso. “Mas não ficou esquecido” – garante Marie Hadacek, uma das pintoras da “Paint a Smile”. A oportunidade de voltar a Portugal surgiu agora e as paredes do serviço de Pediatria estão agora mais bonitas. Os desenhos, feitos pela pintora francesa e por Sara Malta, retratam aquilo que também é a história do Concelho. Não falta o castelo, os reis e a fogaça e até uma história de invenções voadoras, inspirada no Visionarium. “De facto, estas pintoras têm uma for-
Banco de Leite apeLa à doação de Bens aLimentares e outros para crianças O Banco de Leite iniciou a sua actividade com uma Recolha de Bens nos dias 4 e 5 de Julho em várias superfícies comerciais nos concelhos de S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis. Este projecto, que pretende abranger todo o território nacional e S. Tomé e Príncipe, surgiu pela evidente escassez de recursos no âmbito infantil, reflectido pelo fato do risco de pobreza de famílias com crianças dependentes ter vindo a aumentar em Portugal nos últimos anos, assim como, as dificuldades em que algumas instituições, que realizam o seu trabalho na prestação de serviços nesta área, se viram envolvidas, pondo em causa o seu equilíbrio financeiro, logo, o seu funcionamento. A ajuda é efectuada através de instituições sem fins lucrativos, que demonstrem efectiva necessidade dos bens recolhidos. O Banco de Leite necessita de bens alimentares como o leite em pó, leite substitutivo de leite materno, farinhas lácteas, papas, fraldas e outros produtos para crianças até aos seis anos de idade. Também recolhe artigos usados, tal como,
carrinhos de bebé, cadeiras de automóvel, alcofas, berços, cadeiras de papa/mesa, parques e andarilhos, brinquedos, jogos didácticos, material escolar, vestuário e calçado. Neste momento, segundo a organização, “urge” encontrar uma solução relativamente ao espaço necessário para guardar os bens recolhidos – alimentares e artigos usados. “Os contactos efectuados, até ao momento, com a Câmara Municipal da Feira e com a Câmara Municipal de S. João da Madeira revelaram-se improdutivos” – le-se na nota enviada pelo Banco de Leite. “Apenas foi possível começar a trabalhar graças ao extraordinário apoio de Helena Couto – Junta de Freguesia de S. João da Madeira, e pela boa vontade da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira que nos cedeu um espaço para a sede e para armazém dos bens alimentares – temporário”. Em ternos de doações, o Banco do Tempo mostra-se satisfeito com os resultados. “O balanço destes poucos dias de trabalho é fantástico. As pessoas são, de modo geral, extremamente solidárias com quem está a passar dificuldades”. www.correiodafeira.pt
ma muito particular de trabalhar e demonstram grande preocupação pela humanização dos serviços hospitalares” – refere Sara Malta, que venceu o concurso de voluntários portugueses lançado pela Fundação Paint a Smile. Marie Hadacek está certa de que o seu trabalho faz a diferença para quem visita o hospital, neste caso as crianças. “É importante para elas, é importante para os pais”. Flávio Paiva acredita também. “Estou muito feliz”. “Este é um daqueles momentos bons que temos na nossa actividade” – apontou Miguel Paiva, presidente da Administração do S. Sebastião. O responsável mostrou-se satisfeito com a iniciativa dos irmãos José e Flávio Paiva que deixou as paredes do serviço de Pedatrira recheadas de carinho. “Estas acções enchem-nos o coração e dão sentido à missão que aqui temos, que é a de servir a população de forma humanizada”.
fotolegenda
As “Danças do Mundo”, organizadas pela associação argoncilhence Casa da Gaia, arrancaram na última semana e estão, de novo, a encantar o público. No sábado, voltam ao palco, em Argoncilhe, com a Gala Nacional, a partir das 21h30.
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ENTREVISTA
“Era uma prioridadE ajudar os clubEs a mElhorar os sEus EquipamEntos” Numa altura em que arranca a colocação dos sintéticos, a vereadora com o pelouro do Desporto, Educação e Juventude, Cristina Tenreiro, fala sobre os apoios da autarquia às associações e da importância da prática desportiva para os cidadãos. O ano lectivo terminou e o balanço é positivo, mas ainda há fibrocimento por remover e problemas em algumas escolas.
Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
Os sintéticos foram uma das grandes bandeiras do PSD na campanha eleitoral. Eram realmente uma necessidade? Muita gente contesta a decisão mas foi uma promessa do presidente, Emídio Sousa, e estamos a cumprir. É uma necessidade. Olhando à volta, para os municípios vizinhos, em termos de campos de relva sintética, estão todos devidamente equipados. Nós temos milhares de jovens a praticar futebol, regra geral, em campos de pó de pedra. Muitos dizem “no meu tempo era pó de pedra” mas hoje o pó de pedra é diferente. Basta ir ar um jogo na Primavera/Verão, é uma coisa terrível, vê-se mais pó do que jogadores, o que tem consequências ao nível da saúde. Era uma prioridade ajudar os clubes a melhorar os seus equipamentos para proporcionarem as melhores condições de treino aos jovens. Esse foi o nosso objectivo principal. Cinco associações recebem o apoio da Câmara já este ano. Quais os critérios para a selecção? Todos apresentaram o projecto e garantias como tinham a capacidade de suportar a verba não comparticipada. Sempre dissemos que o financiamento era de 50% até ao limite máximo de 100 mil euros, e tiveram de provar que tinham condições, para não corrermos o risco de começarem a construir e ficar a meio. A escolha foi com base no número de escalões, de atletas, esse foi o critério que mais distinguiu. Esse critério não acaba por aumentar a desproporção entre os clubes? Os clubes maiores têm mais atletas e nós queríamos, com esta medida, abarcar o maior número de jovens. E essa questão é uma falácia porque muitas vezes os mais pequenos até conseguem proporcionar melhores condições. Por exemplo, a Escolinha Rui Dolores, em Travanca, é pequena, mas está a levar a cabo todos os procedimentos para este ano colocar o relvado sintético. Isso para nós é motivo de orgulho. Hoje em dia, tem de haver cada vez mais rigor e as associações
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têm de trabalhar para a sustentabilidade. Antes bastava pedir. Hoje, toda a gente arregaça as mangas e pergunta: “O que posso fazer?”. Obrigar os clubes a assegurar os outros 50% obriga a que haja um esforço deles para proporcionar as melhores condições. Uma das críticas que se fez foi que eram poucos os clubes que se conseguiriam candidatar, o que ficou provado que não correspondia à realidade. Tivemos dez candidaturas, o que significa que, quando se acredita, consegue-se. O Programa de Apoio ao Desporto (PAD) foi recentemente aprovado. Foi uma necessidade de regularizar os apoios ou foi impelido pelas constantes chamadas de atenção do PS? Não foi consequência disso porque, desde há uns anos, tem estado a ser elaborado. Primeiro tínhamos de arrumar o PAD antigo, o que só aconteceu em finais de 2013, quando pagamos todos os compromissos. A partir desse momento, começamos a preparar o novo regulamento, em que procuramos aglutinar todos os apoios, consolidá-los. Não é ainda o regulamento que gostaríamos de ter, queríamos apoiar muito mais, mas é um regulamento adequado à realidade do Concelho e à capacidade financeira da autarquia. Foi devidamente analisado, discutido com os parceiros e acreditamos que irá tornar mais transparente e equitativo o apoio ao desporto. Sabe-se as regras, os períodos, irá gerar mais organização. A estrutura traz algo de novo? Mantivemos os mesmos apoios. Há uma ou outra novidade, que será aberta ou fechada consoante a necessidade. A aposta é muito direccionada à formação, à cedência de espaços municipais para treino, ao apoio a eventos que promovam a cultura desportiva. Abre ainda espaço para o apoio feminino, que é reforçado, e para eventos de âmbito internacional, para uma maior projecção das modalidades. E temos também os contratos-programa de desenvolvimento desportivo, que esperamos abrir a mais uma ou duas modalidades. www.correiodafeira.pt
O Concelho tem perdido algumas modalidades. No futsal, houve uma diminuição de equipas. Isso preocupa-a? Não me preocupa muito. Ainda que tenhamos menos jovens no Concelho, menos alunos, tem havido um aumento da prática desportiva. Temos mais praticantes e as modalidades vão aparecendo. Há um aumento no ténis e ténis de mesa, no andebol houve um boom muito grande, o voleibol mantém-se... O futebol continua o desporto rei e por isso temos contratosprograma com outras modalidades em que é mais complicado angariar atletas. O hóquei em patins, por exemplo, está com dificuldades de implementação. No futsal, houve uma moda e, como qualquer moda, teve um pico e agora está a normalizar. Em qualquer actividade, há um crescimento, numa fase inicial, motivado por um conjunto de factores – no futsal foi essencialmente marketing, muitos jogos na televisão, uma grande divulgação, uma fuga dos campos de pó de pedra para os pavilhões. Alguns clubes empolgam-se, têm um crescimento muito rápido, mas sem a devida sustentabilidade, e depois há uma reorganização, é o ciclo da vida. Alguns pavilhões são constantemente alvo de críticas, como o Pavilhão de Fiães, uma obra nova que teve inundações e falhas de luz. Não corresponde à realidade, o Pavilhão de Fiães não teve propriamente uma inundação. Tivemos foi um Inverno complicado e verificaram-se problemas na cobertura. Ainda estava na garantia e chamamos o empreiteiro, que a reparou. Todos já tivemos obras e sabemos que, regra geral, no primeiro ano é quando se detectam as anomalias, acontece em todos os equipamentos novos. O Pavilhão de Fiães foi muito extrapolado. Houve de facto problemas de construção, mas foi sempre contactado o empreiteiro, que acabou por resolver. Não houve qualquer situação em que se tivesse de encerrar o pavilhão. Há garantia que no próximo Inverno não voltará a acontecer?
jardins-de-infância, sete com essa cobertura, mas não há contacto directo com as crianças, não há perigosidade. É uma das questões que queremos ver resolvidas até 2017 e vamos conseguir. Foi um ano marcado pelo fecho de algumas escolas. Está previsto mais algum encerramento? A indicação que temos é que não está previsto qualquer encerramento. Face à diminuição da natalidade, ano a ano perdemos alunos, é capaz de haver diminuição de turmas, porque não deve haver número suficiente para formar todas as turmas. Mas está a começar a estabilizar, o mercado começa a abrir-se. Acredito que vamos reequilibrar a nossa sociedade porque precisamos de gente nova, crianças, sinal de vida e crescimento. Em sentido contrário, houve a abertura de uma nova escola, a Eb 2,3 Fernando Pessoa. Mais uma obra nova com problemas. Ainda se registam falhas no gás, que impedem os alunos de tomar banho depois das aulas de Educação Física? A antiga Fernando Pessoa precisava de ser requalificada e o estudo que se fez mostrou que o custo de uma intervenção era elevado e que era preferível construir uma escola de raiz. No início, houve alguns problemas na electricidade. Desligava automaticamente e, como são mecanismos novos, que não são simples, houve dificuldade em tornar a activar. Actualmente, não tenho tido feedback. Pode ser alguma dificuldade em assimilar os procedimentos necessários para normalizar os diferentes sistemas, mas tenho de averiguar. Não posso garantir isso, mas a reparação da cobertura está concluída. O que ainda não está completamente resolvido é a climatização do pavilhão. Em dias de muita humidade, há condensação e o chão fica escorregadio, o que também acontece nas nossas casas. Está uma equipa técnica especializada a tentar encontrar uma solução. O Pavilhão de Lobão também apresenta alguns problemas, como o piso levantado e condições degradadas. Para quando a intervenção? É uma realidade, é o pavilhão que, neste momento, nos oferece mais constrangimentos. Está disponível, mas não nas melhores condições. Estamos a fazer intervenções pontuais, reparamos os locais com problemas, mas não houve a substituição de todo o piso. Fez-se reparações nos balneários, mas são intervenções de remediação. Estamos a prever para o ano fazer uma intervenção mais profunda. Este ano, ainda, vamos tentar pintá-lo. Em construção, estão outros dois pavilhões, Mozelos e S. João de Ver. São um desejo antigo destas freguesias mas são uma necessidade? Um desejo com mais de 20 anos e uma necessidade no Concelho, que tem muita população e características específicas. Ao construir só aqui na cidade, não consigo dar resposta a mais de 50% da população. Muitos dizem que a cidade precisava de um grande pavilhão, a cidade já tem pavilhões suficientes para a população que tem. Mozelos e S. João de Ver eram as zonas mais desprotegidas e necessitadas de equipamentos desportivos e por isso era essencial a sua construção. Outro projecto já com alguns anos é a requalificação do Complexo Desportivo de Sanfins. Não é da Câmara, é da Junta. As associações com atletismo reuniram-se e apresentaram à autarquia a melhor localização para um equipamento adequado à prática do atletismo para provas a nível nacional e internacional, porque para treinos já temos a pista de Lourosa. Apresentaram uma
grande maturidade porque não é fácil as associações despirem-se dos seus egos. Acordaram, por unanimidade, que o melhor sítio era Sanfins. Neste momento, o campo não está a ser utilizado. Estamos a fazer o projecto, já reunimos com a Associação de Atletismo de Aveiro, que nos deu as orientações do que é necessário, e estamos a aguardar. Mal haja a possibilidade de candidaturas, será um dos equipamentos a ter em conta. O Concelho é muito grande e há outras prioridades. Quando o dinheiro não é muito, temos de priorizar. Na Educação, acabou mais um ano lectivo. Qual o balanço? O balanço é extremamente positivo. Se há área de que nos devemos orgulhar é a Educação. Todos os anos, temos aumentado os índices e diminuído o insucesso e abandono escolar. Temos conseguido, de uma forma sustentada, caminhar para as grandes metas, mas claro que queremos sempre mais. Houve uma valorização muito grande da escola, hoje é vista como uma mais-valia para o projecto de vida das pessoas, dandolhes mais possibilidades de integração. Apesar do elevado desemprego nos licenciados, são os que estão menos tempo desempregados. Quanto mais formação, mais probabilidade têm de encontrar um emprego que responda às suas expectativas. Há esse reconhecimento da capacitação, que é o caminho para o enriquecimento pessoal. Hoje verifica-se um aumento das qualificações dos santamarianos e essa é uma vitória de todos. O trabalho das nossas escolas é fundamental, tendo sempre a preocupação do crescimento da pessoa como um todo, de complementar o saber fazer com o saber ser, incutindo um conjunto de valores de cidadania. Isso é muito bom, as escolas abrem-se à comunidade. Está a trabalhar-se bem e isso vê-se nos resultados finais. Ainda há algumas escolas com fibrocimento. Para quando a remoção total? Ainda temos algumas mas é residual. Este ano, removemos duas e estamos a ver se conseguimos mais duas. Só temos nos www.correiodafeira.pt
Como está o projecto para o terreno da antiga Fernando Pessoa, que inclui o centro escolar da Feira e a esquadra da PSP? Não há previsões. As coisas estão paradas porque acabou o quadro comunitário. Estamos a aguardar. As nossas prioridades foram enviadas para serem contempladas no novo quadro: o centro escolar da Feira e o de Fornos. Nas Eb 2,3, que não são da nossa competência, temos pressionado para a requalificação de Fiães e Lourosa. Há uma escola com um problema de sobrelotação: a Secundária da Feira. Os alunos chegam atrasados às aulas da tarde devido às grandes filas no refeitório. Como se resolve este problema? Não pode dizer que tem sobrelotação. Nenhuma escola está sobrelotada, em nenhuma temos falta de salas. Tudo depende da gestão da distribuição dos alunos. Nos vários pelouros a seu cargo – Desporto, Educação e Juventude – quais as prioridades para este mandato? No Desporto, é a promoção. Na nossa sociedade, um dos grandes problemas é a obesidade e o sendentarismo. Daí o conjunto de actividades para incentivar a prática desportiva, que aumenta a qualidade de vida. Tivemos iniciativas como Andar a Pé, BTT, FeiraMove, e no ano passado tivemos um boom de caminheiros, 18 mil, o que, por sua vez, aumentou as corridas. Continuamos com o apoio às associações e vamos intervindo, de acordo com as nossas necessidades, nos equipamentos. Na Educação, queremos continuar a proporcionar as melhores condições de aprendizagem e crescimento, seja em equipamentos, em projectos em colaboração com os agrupamentos ou na acção social, para tornar mais equitativo o acesso. Na Juventude, que é transversal, a grande aposta é informar os jovens de acções/produtos que existem e que eles muitas vezes não conhecem – workshops, interacção escola/emprego, orientação vocacional, actividades lúdicas e culturais… Complementar as iniciativas e torná-las o mais diversificadas possível. Nos últimos anos, houve um reconhecimento do nosso trabalho, com o projecto Jovem Autarca e a distinção “Cidade Amiga da Juventude”, e isso dá-nos força, diznos que estamos no bom caminho. Mas a melhor parte é ver os sorrisos, o brilho nos olhos dos atletas, que compensa as críticas. 20.JUL.2015
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PUBLIREPORTAGEM
MJ RESTAURANTE APRESENTA-SE RENOVADO E COM UMA COZINHA DE QUALIDADE Quem vê por fora, não imagina que dentro daquelas paredes está um restaurante com uma decoração moderna e elegante e que prima por servir refeições de qualidade. O MJ Restaurante, em Canedo, propõe ementas diversificadas, com destaque para o Polvo à Lagareiro e Bacalhau à Braga. CANEDO Apresenta-se com uma decoração moderna e elegante, com a predominância das cores preto e vermelho. O antigo MJ Café, em Canedo, é agora restaurante e oferece aos clientes uma diversidade de ementas, sendo que as especialidades são Bacalhau à Braga, Polvo à Lagareiro e Francesinha em Pão Saloio. José Sousa e Marina da Conceição, proprietários do restaurante, salientam a qualidade prestada pelo seu estabelecimento, onde nada é deixado ao acaso. Dirigida a um segmento de clientes de classe média e alta, o renovado MJ Restaurante está aberto todos os dias da semana, oferecendo almoços e jantares. Os pratos são confeccionados pelo Chef Alfredo, “cozinheiro credenciado”, que os prepara à vista do clientes, dado que a cozinha
é totalmente visível. “Não temos nada a esconder e esta abertura reforça a nossa qualidade e a confiança que os clientes podem ter na nossa oferta” – aponta José Sousa, acrescentando: ”Temos qualidade e vaidade naquilo que servimos”. José Sousa equaciona, em Agosto, abrir o restaurante também à tarde e, para aguçar o apetite dos clientes, vai apresentar uma variedade de marisco e caracóis do Oeste. “Sou eu mesmo que os preparo” – diz. Estes petiscos juntar-se-ão às ementas servidas diariamente pelo restaurante. “De facto, os nossos pratos principais são únicos nesta zona. Por exemplo, a francesinha tem tamanho XXL e dá para duas pessoas. No Inverno, tenciona introduzir os assados ao domingo e outros pratos típicos regionais. “Confeccionados, sob
encomenda e para grupos, o MJ restaurante oferece também Arroz de Cabidela e Lampreia. O restaurante tem capacidade para 45 pessoas na sala principal, mas pode ainda acolher mais 20 clientes que serão instalados numa sala, também remodelada, mas de estilo rústica. “Estamos preparados para receber comunhões, aniversários, grupos” – refere, salientando também a facilidade de acesso ao restaurante. “Estamos a 15, 20 minutos do Porto, estamos no caminho para a praia da Lomba e muito próximo de Santa Maria da Feira, dadas as boas acessibilidades”. Ao nível da garrafeira, José Sousa vinca a qualidade e sortido dos vinhos. “Temos também serviço de bar, com destaque para a nossa gama de gins” – refere.
R E STAURANT E CH U R R A S Q U E I R A
ESPECIALIDADE DA CASA Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Braga Francesinha em pão Saloio
Rua do Centro Social 194 | 4525-117 - Canedo - Santa Maria da Feira GPS:41.012045, -9463667 T.: 227 650 027 | M.: 910 491 024 18
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CULTURA
Sol, mar e areia vão juntar-Se no viSionarium Espargo Até 16 de Agosto, o Visionarium – Centro de Ciência do Europarque, em Espargo, propõe “Safari na Praia”, um conjunto de actividades lúdico-pedagógicas que têm a ver com sol, mar e areia. Entre numerosas coisas, os participantes cuja idade deverá situar-se entre os seis e 12 anos, vão conceber um medidor de exposição solar, para saberem quais os horários mais convenientes de uma permanência segura e protegida na praia. De igual modo, e também dentro deste contexto solar, poderão dedicar-se à construção de um relógio de sol, bem como explorar “o cosmos aquático” que existe em simples poças de maré. Na verdade, trata-se de poças especiais. São denominadas por poças de
maré, pois são habitats de criaturas singulares: um universo de animais e plantas como algas, lapas, mexilhões, anémonas, ouriços-do-mar e pequenos peixes para descobrir. E que mundo enigmático se esconde nas areias de uma praia? Aqueles que se inscreverem nesta aventura vão saber que animais visitam a praia à procura de alimento e fazem os seus ninhos nas dunas. Os elementos que integram o Safari poderão vir a ser apelidados de ‘coleccionadores’, tantas são as coisas que vão ser recolhidas na areia pelas mãos de quem participa. Estimular o raciocínio de forma divertida é outro exercício com o qual se poderão deleitar os inscritos, naquele que será conhecido por “Trivial na Praia”. E
segredo dos segredos, também o mistério da transformação da água salgada em água doce prepara-se para ser desvendado aos olhos dos pequenos exploradores que integram o Safari. Como se não bastasse, sobra tempo para um concurso de castelos de areia, uma fantasia sem idades para qualquer escultor que se preze. Para que a obra tenha ‘melhores alicerces’, vão ser fornecidos conhecimentos técnicos e materiais para prolongar a existência do castelo dos participantes. Para saber todas as condições, preços, horários e contactos, bem como informação adicional respeitante à actividade, os interessados deverão consultar a página http://www.visionarium.pt/ PDFs/safari_na_praia%202015.pdf
“vamoS Pintar com luz” revelou-Se um SuceSSo EscapãEs Integrada no 10º Encontro de Colectividades de Escapães, foi levada a cabo a primeira iniciativa organizada pelo Fórum Social da Freguesia de Escapães: Concurso de Fotografia “Vamos Pintar Com Luz dos 12 aos 24 Anos”. O concurso considerou a participação de jovens fotógrafos amadores, residentes no concelho de Santa Maria da Feira, independentemente do género ou nacionalidade, procurando aproximá-los da comunidade local. Obtiveram-se, segundo a organização, “brilhantes perspectivas do
património sócio-cultural, natural e criativo/ industrial”. Na categoria dos 12 aos 16 anos, o primeiro prémio foi atribuído a Marta Milheiro Pinto Ferreira; na categoria dos 17 aos 24 anos, o primeiro prémio foi atribuído a Diana Alexandra Santos Campo e Sousa. Foram ainda atribuídas as seguintes menções honrosas: Ana Rita Costa (Natureza), Marta Milheiro (Criatividade) e Jorge Nogueira (Indústria). Todos os trabalhos estiveram expostos durante o 10º Encontro de Colectividades de Escapães.
Dia dos avós festejado no zoo LoUrosa Para celebrar um data tão ternurenta – o Dia dos Avós o Zoo de Lourosa preparou uma festa com os ingredientes ideias para toda a família. É já no próximo domingo que se assinala uma das datas mais importantes do ano: o Dia dos Avós. O Zoo de Lourosa preparou uma tarde de festa e diversão para as famílias mais ternurentas do mundo, na companhia das aves mais charmosas do planeta. A viagem no tempo terá partida às 14h30
e termina às 17h00, e estão todos convidados a participar. Mas a “arena dos jogos” terá os avós como protagonistas, com brincadeiras como o jogo do pião, o arco, o jogo das latas, o jogo do burro, as damas e muitos outros jogos tradicionais. Tudo para levar os mais novos ao tempo da meninice dos mestres da brincadeira. A actividade é gratuita, estando incluída no custo de entrada no parque, de acordo com o tarifário em vigor.
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alceu valença anima cineteatro antónio lamoso FEIRA Uma personalidade “mundialmente conhecida da música popular brasileira” que abrilhantou, na passada segunda-feira, o Cineteatro António Lamoso. O espaço recebeu, assim, o primeiro concerto de uma figura internacional e o público presente pôde desfrutar de algumas horas de intercâmbio entre Portugal e o Brasil, “países ligados pela língua e história”. Depois do “roteiro de nomes importantes da criação artística”, Alceu Valença segue agora na sua tour pela Europa.
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CONCERTO COMGAITADE FOLES FAZ ARRANQUE DA VIAGEM MEDIEVAL SANTA MARIA DA FEIRA Pela primeira vez, a Banda Sinfónica de Jovens do Concelho de Santa Maria da Feira vai integrar num dos seus concertos um solista com Gaita de Foles. O espanhol José Luís Represas vai juntar-se aos 60 músicos da Banda que, na próxima sexta-feira, às 21h45, vão executar um reportório medieval e renascentista, na Praça de Armas do Castelo de Santa Maria da Feira. O concerto, que antecipa a abertura da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, é dirigido pelo maestro Paulo Martins e tem entrada livre. Apesar de ser um instrumento pouco usual em destaque numa formação sinfónica, a Gaita de Foles de José Luís Represas vai trazer outras sonoridades que, juntamen-
“Estágio Gulbenkian” é o penúltimo concerto do FIMUV
te com instrumentos actuais, vai transportar o público para a época medieval e renascentista.
Reportório “Fantasia Popular para Gaita de Foles” – Ernesto Campos “Renaissance Suite” – Franco Cesarini “Scenes From Louvre” – Gordon Jacob “Mamadona” – Carlos Marques “Alborada Galega para Gaita de Foles e Banda” – Pascual Veiga “Terpsícore” – Bob Margollis
PAÇOS DE BRANDÃO No próximo domingo, pelas 18h00, no Grande Auditório do Europarque, em Espargo, terá lugar o penúltimo concerto da 38º edição do Festival Internacional de Música de Verão | Paços de Brandão. Desta vez, receber-se-á na sala mais emblemática de Santa Maria da Feira uma actividade pedagógica de grande qualidade artística, o Estágio Gulbenkian. A entrada terá um custo simbólico de 5,00 €. Lançado em Julho de 2013, o Estágio Gulbenkian para Orquestra, sob a direcção artística da maestrina Joana Carneiro, é um projecto que promove a experiência orquestral de elevado nível técnico-artístico entre a comunidade de jovens instrumentistas portugueses ou residentes em Portugal e facilita a transição entre a fase final da vida académica e a sua entrada no mundo das orquestras profissionais. Cerca de 80 músicos, com idades compreendidas entre os 17 e os 26 anos, são escolhidos através de rigorosas provas de selecção realizadas anualmente em vários locais do País, preparando obras do repertório sinfónico sob a orientação de tutores especializados e de maestros com alargada experiência neste domínio. Em 2014, no seu curto mas intenso percurso, os elementos desta orquestra de jovens tiveram oportunidade de, ao lado da Orquestra Gulbenkian, participar nos concertos de reabertura do Grande Auditório Gulbenkian, realizando igualmente concertos no âmbito do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, do Festival das Artes de Coimbra e do Festival Jovens Músicos. Nas palavras de Joana Carneiro “é uma grande alegria participar num projecto que tem a ver com a juventude portuguesa que dedica o seu tempo à música. (…) É um espaço pré-profissional de crescimento”. O presente concerto, com obras chave do repertório sinfónico, é resultado de mais uma edição deste projecto.
Pendões decoram varandas e janelas
“CORES/SONS” PARA VER NA BIBLIOTECA MUNICIPAL SANTA MARIA DA FEIRA A partir de sábado e até 31de Agosto, a Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira vai ter patente uma exposição de pintura do artista plástico Hélder Bandarra. “Cores/ Sons” explora a correspondência precisa entre as capacidades cromática e sonora. A entrada é livre. “Hélder Bandarra procura, no elemento artístico puro e eterno que é a arte, tesouros insondáveis de redenção. A arte é assim elemento salvífico porque produto elevado do espírito. O gesto criativo, como outrora o do grupo do Cavaleiro Azul, não resulta do prolongamento da mão na tela, outrossim das suas convicções místicas configuradas na emancipação das cores e das formas perfeitas reveladoras da es20
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piritualidade que as motivou”, escreveu a professora catedrática Isabel Ponce Leão, no catálogo da exposição. A mostra de Hélder Bandarra faz parte da programação anual da Biblioteca Municipal, que tem apostado na promoção e fruição da criação artística, seja na literatura, música, cinema, teatro ou artes plásticas. “Há muito que a Biblioteca Municipal deixou de ser um armazém de livros para desenvolver um enorme esforço para que não seja apenas uma sala de estar, mas sim um espaço interactivo, de permuta de experiências, onde a obra do criador se encontra com os seus públicos” - refere o vereador da Cultura, Turismo, Bibliotecas e Museus, Gil Ferreira. www.correiodafeira.pt
SANTA MARIA DA FEIRA Os moradores de Santa Maria da Feira são, mais uma vez, convidados a decorar as varandas e janelas das suas habitações com o pendão da Viagem Medieval, ajudando a criar um ambiente festivo e acolhedor durante o evento, que vai realizar-se de 29 de Julho a 9 de Agosto. A organização sugere aos moradores que recuperem o pendão utilizado em edições anteriores ou adquiram um dos novos – disponíveis na Loja Oficial do evento, na Loja Interactiva de Turismo e nas piscinas municipais de Santa Maria da Feira, Lourosa e Fiães – e que o coloquem nas varandas ou janelas das habitações, já a partir de 19 de julho.
SAÚDE
ANSIEDADE: DE UM MECANISMO DE SOBREVIVÊNCIA À PATOLOGIA FRANCA Essência
“Estou sempre tenso, aflito, inquieto. Sinto-me incapaz de relaxar. Estou sempre preocupado com alguma coisa, com saúde, dinheiro, família ou trabalho e tenho dificuldade em controlar estes pensamentos. Tenho a sensação constante de que algo de mal vai acontecer, estou sempre em estado de alerta.” A ansiedade (ânsia, nervosismo) é uma característica biológica do ser humano e faz parte da vida psicológica normal do indivíduo, na medida em que o prepara para lidar com situações de perigo real ou imaginário, potencialmente nefastas. Todos os indivíduos podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada actual. A ansiedade torna-se assim uma constante na vida de muitas pessoas mas dependendo do grau, da frequência e da duração, pode tornar-se patológica e acarretar muitos problemas posteriores. Entende-se por ansiedade normal aquela que é razoável, compreensível, apropriada e proporcionada ao quotidiano do indivíduo. Enquanto que ansiedade patológica é aquela que atinge uma proporção excessiva e inexplicável, acompanhada de sentimentos de apreensão, de tensão muscular e psíquica de tal forma intensos que se torna disfuncionante para o indivíduo, interferindo na sua vida profissional, pessoal e social. Há autores que definem a era moderna como a Idade da Ansiedade, associando a esta resposta emocional a agitada dinâmica existencial da modernidade, da sociedade industrial de competitividade
e consumismo desenfreado. As perturbações de ansiedade constituem assim um problema sério de saúde pública tanto pela sua prevalência na população geral (14.6% ao longo da vida) como pela morbilidade que causam.
Causas
Tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha. Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na infância possam ser importantes causas desta patologia, bem como história familiar de perturbação ansiosa. Além disso, podem também existir causas biológicas como alterações químicas no cérebro ou alterações hormonais.
Sintomas
As pessoas ansiosas têm um vasto número de sintomas, principalmente sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito. A preocupação exagerada faz-se então acompanhar por sensações desagradáveis, tais como uma inquietação, cansaço fácil, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, dores, insónia, hipersudorese, náuseas, vómitos, diarreia, boca seca, sensação de falta de ar, sensação de “nó” na garganta ou no estômago, sensação de aperto no peito.
Prevenção
Alguns hábitos diários podem ajudar na prevenção da ansiedade:
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1) Aprenda a relaxar, a sentir-se calmo e sereno; 2) Procure respirar profundamente ao longo do dia; 3) Pratique um desporto ou simplesmente faça caminhadas; 4) Evite bebidas e produtos que contenham estimulantes (café, álcool, tabaco); 5) Tire 15 minutos do seu dia para actividades que lhe sejam prazerosas como alongar, meditar, pintar, fazer jardinagem, ouvir música, apanhar sol, conviver com outras pessoas; 6) Identifique os seus pensamentos e direccione-os para que sejam agradáveis e tranquilizantes; 7) Procure ter bons hábitos de sono, para que este seja regulado e reparador.
Tratamento
O tratamento envolve, geralmente, uma abordagem combinada entre estratégias farmacológicas e psicológicas. A maior parte das pessoas começa a sentir-se melhor após o início do tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento adequado, são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos a longo prazo. Na Walk in Clinics de Santa Maria da Feira e Aveiro poderá encontrar o apoio que precisa por parte dos nossos Psicólogos e Psiquiatras. Contacte-nos e venha saber mais! Médica Psiquiatra, Dr.ª Carina Mendonça
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AUTOMUNDO
MAZDA2 DESIGN KODO LIDERA ROTURA COM O PASSADO
Detentor do tĂtulo de “Carro do Ano Mundialâ€? em 2008, o Mazda2 nasce da decisĂŁo da Mazda em apagar todas as noçþes associadas a este segmento de veĂculos, tendo mesmo deitado fora o livro de regras para o segmento B. Em resultado disso, desenvolveu um globalmente Novo Mazda2 que, sob a pele de um novo citadino, se traduz, de um modo simplista, num automĂłvel que representa mais em tudo, excepto no peso. Na verdade, o Novo Mazda2 parece um automĂłvel maior, de um segmento superior, em termos de conforto, ergonomia e tecnologia, adoptando diversos conteĂşdos interiores, como o head-up display (estreia na classe), o sistema MZD Connect de conectividade via smartphone, o interface homem-mĂĄquina de fĂĄcil acesso ao ecrĂŁ tĂĄctil de sete polegadas, colocado no topo do painel central, ou ao comando rotativo na consola central. Sob o capot, o Novo Mazda2 contarĂĄ, nesta fase inicial de lançamento, apenas com o bloco SKYACTIV-G 1.5 a gasolina, com trĂŞs nĂveis de potĂŞncia – 75, 90 e 115 cv – e direccionados a tipos especĂficos de clientes, os quais operam em conjunto com inovadoras propostas SKYACTIV
em termos de transmissĂľes, chassis e carroçarias de baixo peso. Destaca-se, ainda, a inclusĂŁo de diferentes sistemas de segurança activa, tais como o Blind Spot Monitoring (BSM) com Rear Cross Traffic Alert (RCTA). No decurso do segundo semestre, o modelo passarĂĄ, tambĂŠm, a contar com um novo motor diesel limpo de baixa cilindrada – o SKYACTIV-D 1.5 – que proporciona nĂveis de economia semelhantes a um modelo hĂbrido. Sobre este bloco serĂŁo dadas informaçþes adicionais em devido tempo. O novo Mazda2 apresenta-se num design KODO que combina brilhantemente forma e função, num pacote mais leve mas mais aguerrido, com diversos reforços de segurança, mas sempre com a maneabilidade soberba de um modelo subcompacto, sempre de acordo com a filosofia Jinba Ittai, de condutor-e-viatura-como-umtodo, patenteada pela Mazda. Para Portugal e em termos de estrutura de gama, a Mazda volta a adoptar trĂŞs nĂveis – Essence como patamar de entrada para a variante de 75 cv, Evolve com conteĂşdos intermĂŠdios para o motor de 90 cv e Excellence no topo da gama,
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associado ao bloco mais potente, de 115 cv – todos eles a poderem ser complementados com os tambÊm habituais packs Navi (sistema de navegação) e High Safety (BSM - Blind Spot Monitoring, High Beam Control, Chave Inteligente, luzes de LED, luzes diurnas LED e ADD Active Drive Display), individualmente ou em conjunto. A gama de preços inicia-se nos 13.430,35 euros da variante Mazda2 1.5 SKYACTIV-G (75 cv) Essence, com pintura sólida, atÊ aos 20.411,81 euros do Mazda2 1.5 SKYACTIV-G (115 cv) Excellence com os Packs High Safety, Navi e Pintura Metalizada.
EntrevistaaPepa,onovo treinador do Feirense
Um sonho... uma realidade...
Paços de Brandão tem novo treinador
Mercado de Transferências
“Sei que vamos estar muito melhores daqui a uns meses do que nos primeiros quatro jogos” - garante Pepa.
Travanca e Rui Dolores uniram forças para a colocação de um relvado sintético no campo do Travanca.
Tomé, histórico treinador do clube brandoense, substitui Hélder Neto aos comandos da equipa sénior.
Acompanhe as últimas novidades - futebol e futsal - dos clubes do concelho da Feira.
Entrevista
Reportagem
Futebol
Futebol / Futsal
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Feirense averba uma derrota pesada e uma vitória prometedora
DESPORTO
Na quarta-feira o Feirense foi goleado, em casa, pelo Varzim (5-0). No sábado venceu a Académica, do primeiro escalão, em Quiaios (1-0). Nélson Costa
desporto@correiodafeira.pt
II LIGA O Feirense realizou mais dois jogos treino no âmbito da preparação par a época 2015/16. O saldo redundou numa derrota pesada, em casa, frente ao Varzim (5-0), equipa do mesmo escalão, e uma vitória moralizadora frente à Académica (1-0), em Quiaios – onde os estudantes estão a estagiar, formação que milita no principal escalão. Frente ao Varzim, Pepa organizou duas equipas distintas para cada parte do jogo. Na primeira parte, com os jogadores mais “rodados” do plantel, o Feirense sentiu muitas dificuldades em ganhar a
“batalha” do meio-campo. Ao intervalo os poveiros já venciam por 2-0, com golos de Rui Costa (19’) e Nelsinho (23’). Na segunda parte, após muitas alterações de parte a parte, o Feirense apresentou uma equipa ainda mais jovem e voltou a sentir dificuldades. O Varzim viria a marcar mais três golos, por Nélson Agra (66’), Stanley (81’) e Sá (89’), completando a goleada. Destaque, nesta partida, para as estreias, no Feirense, de Otávio, Gralak e Wei. No entanto, no sábado, os sinais foram bem mais positivos. O Feirense já demonstrou maior entrosamento e, ainda na primeira parte, marcou o único golo do encontro, garantindo a vitória.
“o objectivo é a manutenção, mas o principaL mesmo é potenciar atLetas para os seniores” JUNIORES Depois de conseguir a subida à I Divisão Nacional pelo Feirense, Nuno Santos mantém-se como treinador principal dos juniores, acumulando o cargo com o apoio a Pepa nos seniores, como treinador adjunto. Os trabalhos já arrancaram e Nuno Santos tem uma dupla função: “O objectivo é a manutenção, mas o principal mesmo é potenciar atletas para os seniores. Criar condições ideias para que haja cada vez mais jogadores a chegar aos seniores” – refere. Duas tarefas que foram transmitidas ao técnico pela direcção, ainda antes do convite para os seniores. “Por isso é que, também, passei para a estrutura técnica dos seniores, para fazer uma ligação mais directa” – explica, mostrandose satisfeito com os projectos que lhe foram propostos. “A ambição nunca pode acabar, mas estes dois projectos que surgiram motivam-me bastante” – garante Nuno Santos. Sendo sua ambição treinar os juniores na I Divisão Nacional, o técnico está
ciente das dificuldades, mas, simultaneamente, confiante no cumprimento dos objectivos. “Quando temos a oportunidade de treinar no escalão máximo da categoria/patamar logo a baixo aos seniores, com as equipas todas da I Liga, é óbvio que é um desafio aliciante tanto para a equipa técnica como para os jogadores. É um desafio muito importante tanto para o clube como para mim pessoalmente” – refere, prosseguindo, “a cultura do Feirense é ganhar todos os jogos, independentemente do adversário, mas o que queremos é a manutenção. É preciso ver que os nossos adversários são quase todos profissionais”. O plantel terá entre 40 a 42 atletas e ainda não está fechado, podendo haver entradas e saídas. “Temos alguns novos que estão a treinar connosco a título experimental. O que vier de fora tem de ser uma maisvalia” – explica Nuno Santos. Entre eles dois vêm do Sporting – Leonardo Almeida e Luís Esteves – e um do Porto – Leandro Vieira. www.correiodafeira.pt
andré teixeira já trabalha com os juvenis do Feirense JUVENIS A equipa de juvenis do Feirense, que vai disputar a I Divisão Nacional da categoria, já trabalha no complexo desportivo, com vista ao cumprimento dos objectivos delineados para a época 2015/16. O treinador André Teixeira é agora o novo timoneiro principal dos juvenis, substitui Vasco Coelho de quem era adjunto, e parte com para a nova época com expectativas de “passar à fase seguinte”.” Nos últimos três anos não conseguimos e ficamos sempre “às portas” desse objectivo. É difícil, mas acreditamos que vamos conseguir” – refere. Na época passada o Feirense só perdeu dois jogos, ambos fora de casa, e não conseguiu o objectivo o que atesta a dificuldade da tarefa. “É um campeonato muito competitivo, com o Porto “à cabeça”. Sobra, em condições normais, um lugar de apuramento para cinco ou seis candidatos” - explica. O objectivo pode ser difícil, mas uma coisa é certa, será uma equipa “à Feirense”. André Teixeira tem 21 anos de casa e promete uma “equipa agressiva, com bastante alma a jogar e organizada com e sem bola”. O jovem treinador, licenciado em Educação Física e com quatro títulos distritais no currículo (pelo Feirense), tem, para já, ao seu dispor 28 atletas, dois quais “75% transita da época passada, os restantes são atletas que vêm de fora e que acreditamos que podem trazer coisas que os nossos não tinham. Também transita um jogador dos iniciados (Kiko), podendo, ainda, vir a subir mais algum” – conta o treinador. O plantel ainda poderá sofrer alterações, mas para já os reforços são: “Serginho ex-S. João de Ver, mas que já jogou no Porto e é internacional. Gustavo e o Gonçalo Freixinho ex-Paços de Brandão, Hugo Sousa, um central ex-Sousense, Nuno Soares, ainda sub-16, que recrutamos à Sanjoanense e João Bernardo, uma ala, ex-Fiães”.
Lourosa de Frederico oliveira arranca hoje CNS O Lusitânia Lourosa arranca hoje com os trabalhos para a próxima época desportiva 2015-2016, com a apresentação da equipa de seniores, no estádio do Lusitânia FC, agora liderada pelo treinador Frederico Oliveira. A equipa apresenta várias caras novas no plantel, onde se realça a presença de sete atletas que faziam parte da equipa de Juniores na época anterior. Por sua vez, a equipa de juniores, liderada pelo treinador José Carlos Monteiro, que irá participar no Campeonato da II Divisão Nacional de juniores, pelo segundo ano consecutivo, inicia também os trabalhos esta semana, a decorrer provisoriamente, a partir do dia 21 de Julho, no Complexo Desportivo de Paramos, pelas 20 horas. 20.JUL.2015
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ENTREVISTA
“Há mil treinadores que gostavam de estar no meu lugar” Pepa conhece a sua primeira experiência nos nacionais aos 34 anos. O novo treinador do Feirense dá conta das primeiras impressões do clube e do que pretende implementar para a época 2015/16. Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt O que o levou a aceitar o convite do Feirense? Aceitei por tudo. Para já pelo clube que é. Eu não sou natural de Aveiro, mas casei e a minha mulher é de Aveiro e acabei por ir conhecendo e tendo a percepção, ainda que de forma externa, da grandeza do clube. Neste momento, haverá mil treinadores que gostavam de estar no meu lugar. Portanto, o facto e ser uma liga profissional, clube profissional e o clube que é nem foi preciso pensar muito para aceitar. Quais as primeiras impressões do clube e sua estrutura? Muito agradado. É um clube com organização, agora há sempre que olhar para a frente. Há sempre coisas para melhorar, como em tudo na vida. Mas sinto que é um clube que, para além de tudo o que já tem, continua com uma margem de potencial de crescimento em vários sentidos. Acredito que é possível ainda crescer mais. Temos de ser exigentes, a perfeição não existe, mas temos de a procurar. Às vezes ter treinadores ou pessoas com outras ideias, outro passado – não é a questão de ser melhor nem pior, mas diferente – é assim que as organizações/ estruturas tem o seu funcionamento, e o mais importante é o clube manter a sua identidade e depois, quem vem, como é óbvio, melhora alguns pormenores, dá o seu “cunho pessoal”, as suas ideias que depois comungam com o clube. Penso que neste aspecto o clube, ainda, tem margem para continuar a crescer. É a sua primeira experiência nos nacionais. Acompanhava a II Liga? Qual o conhecimento da mesma? Arrisco-me a dizer que é o campeonato mais competitivo do mundo. Isto pode assustar, mas quem conhece a realidade, se calhar, vai partilhar esta ideia. São 24 equipas, logo aí, é de uma exigência tremenda, são 46 jogo mais a Taça da Liga e a Taça de Portugal. Estamos a falar de uma época com, seguramente, mais de 50 jogos. Além do nível competitivo ser muito elevado. Qualquer equipa pode ganhar a qualquer equipa, seja em casa ou fora, basta olhar para os últimos campeonato para saber disso. Tudo isto torna a II Liga muito peculiar e especial. É uma competição difícil, competitiva e desgastante.
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Entra num clube que lutou pela subida de divisão até à última jornada pela subida. Apesar deste atraso na preparação, os adeptos devem estar à espera de igual ou melhor. Quais os objectivos para a época 2015/16 e como vai lidar com as naturais expectativas dos adeptos? Vou lidar com naturalidade. Sei a responsabilidade que tenho ou melhor que temos, pois estamos todos no mesmo “barco”. Em relação à preparação, o planeamento, os atrasos, etc., não é prefeito. Todos temos noção disso. O ideal é ter tudo preparado atempadamente em termos de plantel e planeamento, apesar de alguns jogos já estarem agendados com antecedência. A prova é o que temos tido em termos de matéria-prima para trabalhar. Não vou esconder que não é fácil, mas também se fosse fácil depois também não ia dar o gozo que eu tenho a certeza que vai dar no final. É que não tenho dúvidas disso. Sei que é preciso um esforço grande de todos. Começou-se tarde por vários factores. Eleições, a questão do treinador e depois a composição do plantel. Se formos a ver saíram sete jogadores dos dez que foram mais utilizados ao longo da época passada. É um número muito elevado e assusta muita gente, mas a mim não me assusta nada porque acredito no trabalho, no fim vai valer a pena. Foi o que confidenciou ao Quim Berto (treinador do Varzim) no final do jogo treino de quarta? Sim, por acaso foi. O que lhe disse exactamente é que lhe ia “roubar” seis pontos no campeonato. Não é uma provocação, é confiança. Temos noção que começamos com dificuldades, é sabido e público. Também sabemos que nem todos conseguem ver e perceber essas coisas, mas nós sabemos da realidade. Não podemos fugir da realidade. Temos é de “arrepiar caminho”. Não vale a pena nos lamentar. É agarrarmo-nos ao que temos, está identificado o que precisamos, e continuar a trabalhar com muito afinco, com organização e exigência e depois, cada um na sua área e em prol do mesmo, colmatar as carências do plantel. Nesse sentido, não foi um risco o jogo de quarta-feira (derrota, em casa, www.correiodafeira.pt
frente ao Varzim por 5-0), em casa e à porta aberta? Era um risco se fossemos medrosos. Jogávamos com a porta fechada e dávamos 60 ou 70 minutos a quem está mais habituado/rodado. Jogávamos “à defesa” e preocupávamo-nos com a imagem que passava para fora, só que íamos estar a estragar o trabalho e a colocar a integridade física dos jogadores em causa. Não nos podemos desviar do nosso plano de trabalho. Sabíamos do risco que corríamos contra uma equipa que está junta há um ano, com um andamento completamente diferente, mas não podia ser irresponsável. Agora no sábado, com duas semanas de trabalho (vitória por 1-0 frente à Académica, em Quiaios), já conseguimos dar 60/70 minutos a alguns jogadores, mas porque já está planeado e não pelo que aconteceu na quarta-feira. É crescer de forma sustentada e dentro do que está planeado. Agora claro que é difícil perder daquela forma, em casa. É horrível. Custa, é difícil, mas, no contexto que foi, não me assusta em nada. Que balanço faz das primeiras duas semanas de trabalho? Muito bom. Em termos de trabalho e aplicação, magnífico de todos. Há uma fase normal de adaptação a um treinador novo com as suas dinâmicas, ideias, orgânica. Sinto que a própria qualidade de trabalho vai aumentar consoante a entrada de jogadores com outra competência. O nível do treino e competitividade da equipa vai subir quando o plantel estiver fechado. Quais são as necessidades mais prementes do plantel? É público, e sabido, as posições precisas “para ontem”. Os alvos estão identificados, agora, cada um na sua área e deveres/ competências, tentar resolver o quanto antes esse assunto. O timing não é o prefeito, não foi possível, agora é “arrepiar caminho”. Mesmo em termos de ideias de jogo, atrasa sempre um pouco, mas é a realidade que temos. Não vale a pena lamentar. É “pegar de frente”. Tem indicações de que possam chegar reforços nos próximos dias? Sim, está a ser trabalhado por quem de direito. Os alvos e posições estão identificados, mas é um processo que pode demorar uma semana ou só um dia. De-
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Pepa
“A II Liga é muito peculiar e especial. É uma competição difícil, competitiva e desgastante”.
“Temos noção que começamos com dificuldades, mas não podemos fugir da realidade. Não vale a pena lamentar. É agarrarmo-nos ao que temos e continuar a trabalhar com muito afinco, com organização e exigência”. ”Daqui a 15 dias, frente ao Covilhã (para a Taça da Liga) a identidade que nós vamos ter já estará bem definida. Uma equipa organizada e agressiva”. pende. Estamos a falar de jogadores que eu conheço. Dos jogadores que estão a treinar à experiência, juniores ou ex-juniores incluído, algum vai ficar? Já tem alguma decisão tomada? Ainda estamos a avaliar e a trabalhar. Mas todo o tipo de decisão vai ser sempre comunicada em primeiro lugar aos jogadores. Tenho as ideias claras, mas ainda não há uma decisão final. Os juniores é igual, mas depende deles e da sua resiliência. Agora é uma realidade completamente diferente. A 15 dias do primeiro jogo oficial (dois de Agosto frente ao Covilhã para a Taça da Liga) que Feirense pode prometer? A identidade que nós vamos ter já estará bem definida. Uma equipa organizada e agressiva. São duas identidades que se juntam, não só com características do próprio clube, mas também da minha imagem. Agressiva no bom sentido da palavra – que dispute cada bola como se fosse a última, que não vire a cara à luta – mas com organização. Para quem não conhece o Pepa como treinador, quais são as suas ideias de jogo? O que pretende implementar no Feirense? Gosto de uma equipa com muita mobilidade, uma boa relação entre o ala e o lateral, ter dois sistemas bem identificados e bem trabalhados, mas, como é óbvio, nesta fase
identificar o sistema que vamos iniciar nos jogos oficiais e tê-lo bem trabalho, porque com esta dificuldade de tempo e de jogadores, é importante ter isso definido. Mas também ter um segundo sistema bem trabalhador porque temos um campo com características muito próprias. Não é grande em relação a outros. É um campo em que a equipa da casa tem de forçosamente caprichar e tirar proveito das bolas paradas. É uma coisa que se trabalha, dá trabalho, mas também pode dar frutos. Temos de nos adaptar também aquilo que temos. Dentro das características do nosso campo, temos de ser uma equipa muito agressiva, muito forte nas bolas paradas, uma equipa que sabe também defender e muito organizada. Gosto também de um jogo com largura, com muita envolvência pelos corredores. Eu costumo dizer que a partir de Outubro a equipa “joga de olhos fechados”, mas, muitas vezes, os treinadores não têm tanto tempo, mas também sei que não me vou desviar. Sei que vamos estar muito melhores daqui a uns meses do que nos primeiros quatro jogos. É perfeitamente normal por todo o contexto. Tenho a certeza absoluta que vamos ter essa identidade, organização e dinâmica a que eu chamo de estrutura móvel (relação ala/interior e lateral de ambos corredores). E como é o Pepa no seu relacionamento com os jogadores? Aquando da sua saída recebeu vastos elogios de alguns jogadores da Sanjoanense, entre eles
Análise dos reforços Otávio e Gralak – É prematura ou injusto fazer já uma avaliação a cada um deles. Precisam de um período de adaptação. Houve há tempos um central no Feirense, o Luciano, que teve uma adaptação difícil e depois se tornou uma referência do clube. Não estou a fazer comparações, mas não podemos ser precipitados a dizer que são os melhores do mundo, nem o contrário, É preciso dar tempo ao tempo, mas são jogadores em que depositamos muitas esperanças. Ícaro Silva – É um central de características diferentes relativamente ao Gralak. Não é tão alto, mas é rápido e agressivo. É um jogador que encaixa perfeitamente
nas nossas ideias, tem características que nós também precisávamos. Bem essencialmente para central, mas a sua polivalência também é importante. Sérgio Semedo – Quase dispensa apresentações. É sobejamente conhecida a sua qualidade. Vem para jogar na posição seis (médio centro) e não para interior. Shiaho Wei – É um jogador rápido, que nos juniores mostrou argumentos muito fortes e ficou “debaixo de olho” na altura. O ano passado não jogou muito na I Liga, mas temos grandes esperanças nele. É muito disciplinado em termos de trabalho e disponível para aprender. www.correiodafeira.pt
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do capitão Pedro Justo, é um treinador que mantém um relacionamento próximo com os jogadores? A proximidade surge com naturalidade. Eu sou o que sou, “olhos nos olhos”. Só peço aquilo que trabalho. Agora há coisas primárias que tenho de exigir a um jogador profissional. Mas também se sentir que ele não as sabe (seja qual for o motivo), não há problema, vamos ensiná-lo, vamos trabalhar, seja por sector, individual, etc. Eu vejo as coisas da seguinte forma: eu para exigir de um grupo, de uma equipa, tenho de lhes dar as ferramentas, acima de tudo em termos de informação (verbal, quadro, vídeos, etc.) e depois temos de fazer o transfere para o campo. Temos de conjugar esses dois aspectos (campo/teórico) para a equipa crescer dentro dessa ideia de jogo. Agora dentro do processo, se tiver que dar uma “dura” em alguém, não interessa se tem 18 ou 30 anos, se tem um minuto ou 1000, se tem um golo ou 20. Dentro do campo todos têm de ser tratados por igual. Depois há aquela sensibilidade que eu penso que todo o treinador tem de ter. Como é óbvio, falar com um atleta de 30 anos não é o mesmo que falar com um de 18. Temos de perceber a sensibilidade e o perfil de cada um. Não são máquinas que estão daquele lado. Cada pessoa é um caso. Antes de um amigo, isso vem com o tempo, vem a competência e a liderança. Vejo a liderança de uma forma natural, há alturas para tudo, nem muito rígido nem muito à vontade. Numa das últimas entrevistas que deu, após a saída da Sanjoanense, dizia que o presidente Luís Vargas nem sempre estava próximo da equipa. O Rodrigo Nunes é conhecido exactamente pelo contrário, por uma grande proximidade e igual exigência. Como tem sido o relacionamento com o presidente? Eu fui acusado na Sanjoanense de ser demasiado exigente, mas em Janeiro entrou para chefe do departamento de futebol uma pessoa, Sr. Maia, que também o era e correu bem. Doume bem com a exigência. Aqui o presidente é muito exigente e vive o clube como poucos, isso tenho a certeza, então só pode correr bem. Há frontalidade e abertura para falar de tudo com o presidente. Ele está dentro da realidade, com as hierarquias bem definidas. É importante este tipo de proximidade, é uma relação de trabalho e tem de ser assim. Cada um na sua área, mas todos em prol do clube. Sinceramente, nestes 15 dias, estou satisfeito. 20.JUL.2015
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REPORTAGEM
Travanca e Geração rui Dolores junTos pelo mesmo sonho
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A união faz a força. O chavão parece servir de mote para o Real Clube Travanca e para a Escola de Futebol Geração Rui Dolores que prolongaram uma parceria antiga, para um sonho comum: a colocação do relvado sintético.
O Campo de Futebol de Travanca vai ter em breve um relvado sintético, fruto da junção de forças de duas instituições, o Real Clube Travanca e a Escola de Futebol Geração Rui Dolores. A parceria dura já há algum tempo e tem-se mostrado proveitosa, quer para os clubes, quer para o campo de jogos. O Travanca, apenas com uma equipa sénior a disputar a Taça Distrital INATEL, cede o campo para a escola de futebol treinar, bem como um espaço para ser explorado. Os balneários também são partilhados. A escola de futebol de Rui Dolores, além de trazer uma “nova vida” a Travanca, com várias crianças a treinar regularmente no espaço, dá apoio ao conjunto de Travanca, visível, mais recentemente, na construção de uma bancada no estádio. Mas o objectivo maior, e igualmente comum, está agora a começar e é a colocação de relvado sintético no estádio. Fora do âmbito do programa de apoio para este tipo de projecto, promovido pela Câmara da Feira (pensam candidatar-se no próximo ano), por “falta de informação e incapacidade para cumprir alguns requisitos” – confirma Norberto Reis, tesoureiro do Travanca, o projecto vai custar 135 mil euros, sendo que as duas formações já conseguiram parte dessa quantia que serviu de entrada para a empresa responsável pela colocação do relvado sintético, a Safina, sedeada em Cortegaça. Rui Dolores, responsável pela escola de futebol, explica como tudo começou. “Nós tínhamos falado que se tivéssemos um relvado sintético para o Travanca e para a minha escola seria uma mais-valia. Falamos muitas vezes, até porque os meus treinos coincidiam com o horário dos treinos do Real Clube Travanca. Falávamos muitas vezes, até que decidimos juntar-nos. Pensamos em tentar pedir fundos a ver qual a possibilidade e disponibilidade das pessoas nos ajudarem e vimos que havia muita gente disponível em colaborar e avançamos” –
explica. “As pessoas estão interessadas e entusiasmadas, mesmo aqueles que nós achávamos que não tinham tantas possibilidades financeiras, ou até que não ligavam tanto, surpreenderamnos ao mostrarem disponibilidade para contribuir de alguma forma” – completa Norberto Reis. As pessoas de Travanca e outras ligadas às duas instituições envolveram-se tanto com o projecto que “ao contrário de outros clubes, nós já demos uma entrada à Safina. Tivemos de batalhar muito para conseguir esse valor e agora temos de continuar a batalhar para pagar o restante, mas vamos conseguir” – garante o ex-futebolista. Para breve estão previstas novas iniciativas de angariação de fundos para a colocação do relvado sintético, realizadas por ambos os clubes. “Nós trabalhamos separadamente, mas com o mesmo objectivo, ou seja ter as melhores condições para todos” – afirma Rui Dolores.
Obras arrancaram no início do mês As obras no Campo de Futebol de Travanca começaram a 7 de Julho e já se está a “preparar a caixa, que é a base do campo. Estamos a meter os tubos, depois temos de colocar uma camada de pó pelo campo todo e nivelar com as máquinas. Depois será molhado, com bastante água e compactado com um cilindro. Aqui tem de ficar bastante compactado para não haver abatimentos e depois é que leva a relva por cima” – explica o dirigente do Travanca. Um processo ainda no início e que deverá estar concluído nos finais de Agosto, inícios de Setembro, ou seja, deverá estar pronto para o início das provas oficiais em que o Travanca e a Geração Rui Dolores estão envolvidos. Um sonho para ambos os clubes que ainda agora deixa Rui Dolores e Norberto Reis emocionados. “Tanto eu como o Norberto, quando assinamos o
Real Clube Travanca e Geração Rui Dolores uniram esforços para a realização do projecto de colocação do relvado sintético no campo do Travanca.
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frente” – afirma Norberto Reis. “Temos quase a certeza que o presidente da Junta nos vai ajudar de alguma forma, pois tem estado sempre disponível para nos apoiar. Já passou por cá diversas vezes e mostrou-se sempre disponível para o fazer” – completa Rui Dolores.
Efeitos já se fazem sentir com incremento de atletas na Escola de Futebol Geração Rui Dolores
acordo, estávamos bastante emocionados porque é uma obra difícil, mas devagarinho nós conseguimos” – diz Rui Dolores, completado, de seguida, por Norberto Reis. “Ninguém estava à espera que nos lançássemos nesta aventura, isto é uma aventura e um
sonho a tornar-se realidade”. O projecto do Travanca e Geração Rui Dolores poderá ainda vir a ter apoio da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Espargo e Sanfins, presidida por Fernando Leão. “A junta poderá dar-nos algum apoio mais à
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A colocação do relvado sintético ainda vai no seu início, mas os frutos já começam a surgir. A Escola de Futebol Geração Rui Dolores tem actualmente 57 atletas – distribuídos pelos escalões de infantis B, benjamins A e B, traquinas A e B e petizes - “mas com o lançamento deste projecto já tenho mais 14/15 miúdos que se vêm inscrever, ou seja, já falaram comigo. Tenho a certeza que vamos ter mais miúdos, sendo o campo sintético. A tendência é aumentar. Este ano tive mais um ou dois atletas a serem observados por outros clubes, mas agora com as condições que vamos ter, já não é fácil tirarem os miúdos daqui. Vamos ter outras condições de treino, já não vão chegar ao fim do treino todos carregados de lama” – explica Rui Dolores, prosseguindo com outro objectivo. “Com o relvado sintético, em termos de condições, são poucas as equipas que têm condições equiparadas às nossas. Temos balneários novos, uma bancada nova - só falta meter as cadeiras e facilidade de estacionamento” – garante. Condições mais do que suficientes para realizar, já no próximo ano, “ o I Torneio Internacional Rui Dolores” – aponta o responsável pela escola de futebol. Quem pretender contribuir para este projecto pode fazê-lo através de um donativo, directamente na sede do Travanca ou através do NIB 0033 0000 5013 3002 1790 5.
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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS
EQUIPA TREINARDOR
ENTRADAS PERMANÊNCIAS FUTEBOL
SAÍDAS
Treinador: Pepa Início dos trabalhos: 6 de Julho
Renato Maia (Espinho), Rena (Cesarense), Joca (Espinho), Vieirinha (juniores), Otávio e Alexandre Gralak (Grêmio Anápolis), Ícaro Silva (Chaves), Sérgio Semedo (G. Vicente), Wei Shihao (Boavista)
Makaridze; Barge, Pedro Santos, A. Carvalho, Cris, Tiago Jogo, Rúben, Fabinho, Micael Freire
Tonel (Belenenses), Henrique (Boavista), Cafu e Paulo Grilo (Freamunde), Luiz Phellype (Estoril), Ryan (Leixões), Paiva, Jefferson, Hélder Rodrigues, Hélder Castro, Moreira, Igor Rocha (Santa Clara), Gonçalo Abreu (Penafiel), Ouattara (Ermis Aradippou/Chp)
Treinador: Frederico Oliveira Início dos trabalhos: 20 de Julho
João Pinto (ADS), Seminha (S.J. Ver), Alex (Sp. Espinho), Tiago Penantes (O. Douro), Rui Silva; Vítor Sá, Jonas, Bruno, Viditos, Max, Ramos (Juniores), Samu (Freamunde), Nélson (Penafiel)
Marco, Hugo; António, Correia, Ivo, Moisés, Andrezinho, Fernando, Pedro Silva, Pedro Rodrigues, Xavi, Tiago Ferreira, Joel
Rui Jorge, Ricardo Gomes (U.Lamas), Lima
Feirense
Lourosa
Nélson Diogo (S.J. Ver), Saul, Américo, Xavier (U. Lamas), Rui Pedro, Rui Silva e Ministro (Espinho)
Treinador: Início dos trabalhos: Por definir
S. João de Ver
C.
F. U. L.
Treinador: António Remelgado Início dos trabalhos: 17 de Agosto
Saul, Américo, Xavier (S.J. Ver), Maia (Infesta), Tintim e Pena (Carregosense), Chiquinho (Argoncilhe), Luís Moreira (Canedo), Ricardo Gomes (Lourosa), Pirata (Mansores)
Hélio, Marcelo, Américo Rocha, Joel, João Marques, Ameriquinho, Vitinha, Fábio Raul, Edu, Xavi, Joca, Fábio Queirós, Toninho, Rochinha
Muller, Resende, Márcio, Kaká, Gito, Castro, Hugo Bazuca
Treinador: Miguel Oliveira Início dos trabalhos: 10 de Agosto
Nélson Diogo (S.J. Ver), Nuno Oliveira (Grijó), Cabel e Tiago Charneca (Milheiroense), Rui Jorge (Lourosa), Bino (ADS), Álvaro Sousa (Sanguedo), Rui Magalhães (P. Brandão), Miguel Silva (S.J.Ver)
Zé Carlos, Vasco, Ginho, Sousa, Bruno Chaves, Bruno Tiago, Andrezinho, Samu, Neves, Jaiminho, Joel, Tiaguinho
Nando (abandonou), Zé Pedro, Badolas, Renato (Avintes), Almeida (ADS), Paulo Ferraz
Treinador: Miguel Sousa Início dos trabalhos: Por 12 de Agosto
Paulinho; Bruno André, Fábio Miguel e Cerqueira (Furadouro), Xurra (Soutense), Maia, Marcelo e Bruno Jardel (Carregosense), Pedro Sousa, Tozé e Pedro Nuno (juniores), João Luís (Feirense – juniores)
Gitto; Alfredo, Filipe Moreira, André, Sandro, Gui, Ricardo Martins, Zé António
Toninho (fim de carreira), Filipe (fim de carreira), Cabel e Tiago Charneca (Fiães), Scoré (abandonou), João Silva
Lamas
Fiães
Milheiroense
Zé Américo (fim de carreira)
Treinador: Tomé Início dos trabalhos: 17 de Agosto Paços Brandão
FUTSAL Cereja (Futsal Azeméis), Miguel Ângelo, Kukes e Hélio (Póvoa), Ribas
Treinador: Luís Alves Início dos trabalhos: 18 de Agosto
Nuno Couto (Feirense), Banana (Ossela), Diogo Amorim (Boavista), Diogo Fonseca (Silvalde, sub-20), Carlitos (Sangemil)
Vítor Amorim, Dércio, Teixeira, Hugo, Kéké, André, Rafa
Treinador: Joel Santos Início dos trabalhos: 25 de Agosto
João Cadete, Miguel Santos (juniores), Cafú (Juv. Gaia)
Fábio, Pikareta; Paulo Russo, Moisés, Artur, Maric, Bubu, Mix, Bruninho, Ricardo Rodrigues, Miguel Ribeiro
Treinador: Jorge Pereira Início dos trabalhos: 28 de Julho (Apresentação à direcção)
China (ACR), Quirino (ISPAB), Luís Andorinha (Dínamo Sanjoanense), Rúben (sem clube)
Show, Cardoso, Marco; João Oliveira, Rui Rodrigues, Francês, Ramires, Rui Tripeiro, Tiago Pinto, Marcelo, Valter, Bruno Cardoso
Paulo Tavares, Fábio (Azagães), Rafa
Treinador: Início dos trabalhos: 1 de Setembro
Pedro Pimenta (Casa Porto Lourosa), Nuno Rodrigues, Pedro Lucho, Nélson Silva, Bruno Mendes (Lourosa)
Rui Jorge, Nuno Duarte, Rui Barbosa, Bruno Gomes, Marco Pinheiro, Sérgio Ribeiro, Jorge Silva
Carlos Filipe (Jaca), Roger
Treinador: Zé Paulo Almeida Início dos trabalhos: Por definir
Sara Cruz (Rest. Avintenses)
Renata Sona, Ticha, Estela, Diana Cruz, Soraia, Cabral
Joana Coelho (Rest. Avintenses), Piolho, Fabiana Pereira
Lamas Futsal
Juv. Fiães
Arrifanense
Juv. Canedo
Lourosa Feminino
Tomé é o novo treinador do Paços de Brandão I DISTRITAL Volta-face no comando técnico do Paços de Brandão. Hélder Neto, que subiu o Paços de Brandão à I Distrital, não renova e é substituído por Tomé. Contrariando as primeiras previsões e de forma surpreendente (ou talvez não dado o arrastar da situação de renovação com Hélder Neto), a direcção brandoense anunciou o regresso de António Oliveira, conhecido no mundo de futebol por Tomé, aos comandos da equipa sénior do clube, ele que está ligado a duas subidas aos nacionais do Paços de Brandão aos nacionais, uma subida à I Distrital e uma Taça Distrital de Aveiro. O técnico de 61 anos estava sem exercer há alguns anos – o seu último clube foi o Arouca – e regressa a Paços de Brandão para fazer uma época tranquila. “Quando recebi o convite não podia recusar, pois é um clube que me diz muito e onde alcancei os meus principais êxitos desportivos. Apesar das dificuldades que o clube atravessa, vamos tentar fazer um campeonato sossegado” – refere, em exclusivo, ao Jornal Correio da Feira. Uma ideia que se coaduna com a da direcção que já fez saber que para a próxima época, último ano do seu mandato, vai manter o “rigor em termos de orçamento” e que os objectivos desportivos passam por “ficar na primeira metade da tabela 28
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classificativa” contando, “para isso com a maior parte dos atletas que tão brilhantemente conquistou o título de campeão distrital da segunda divisão. O critério dos prémios por vitória a atribuir aos atletas, certamente que vão sofrer uma melhoria” – refere a direcção em comunicado, onde se refere, também a continuidade de todo o corpo clínico, composto por Eva Teixeira, Nuno Avelar e Ruben Oliveira. “Liquidar o empréstimo ao Banco, que finaliza em Fevereiro de 2016; fazer aprovar os novos estatutos na próxima Assembleia Geral, a realizar no mês de Setembro; executar o túnel de acesso aos dois campos, que a Câmara Municipal prometeu em devido tempo e marcar eleições para o biénio 2016/17, a realizar entre Abril e Maio de 2016”, são os restantes objectivos da direcção para a próxima época. Entretanto, já são conhecidos os treinadores da formação para 2015/16, que arrancam a 17 de Agosto. Os juniores serão comandados pela dupla João Sousa e Robinho, os juvenis por Marco Rocha e Marco Rodrigues e os iniciados por Zé Américo e Henrique Pereira. Os horários dos treinos da pré-época serão divulgados oportunamente. Os restantes escalões de formação começam a 1 de Setembro.
modalidades
futebol
FEIRENSE VENCE AFA BEACH SOCCER 2015 FUTEBOL PRAIA O Feirense venceu o AFA Beach Soccer 2015, realizado pela Associação de Futebol de Aveiro, em parceria com a FIFA e a FPF, no âmbito do campeonato do Mundo de futebol de praia que está a ser realizado em Espinho. O evento serviu de divulgação e promoção da modalidade. Uma equipa constituída por ex-atletas com ligações ao Feirense sagrou-se campeã, mostrando que a experiência ainda dita regras. Os fogaceiros sofreram apenas uma derrota ao longo do torneio. Na primeira fase registou vitórias sobre o Fiães B (10-2), sobre a ADE Rui Dolores (3-0) e sobre o Santiais (8-2), registando apenas uma derrota com
o Esmoriz (2-3). Com estes resultados a equipa classificou-se em 1.º lugar no grupo. Nas meias-finais defrontou o melhor 2º classificado de todos os grupos, ditando novo jogo contra a ADE Rui Dolores e nova vitória desta feita por 3-2. Na final assistiu-se a um grande jogo, num dérbi entre Feirense e Lourosa, a emoção e a incerteza no resultado esteve sempre presente, no final do tempo regulamentar o resultado era de 4-4, e foi já no prolongamento que o Feirense acabou por sentenciar a partida e conquistar vitória. O prémio monetário a que a equipa teve direito, a ser obrigatoriamente entregue a IPSS’s, vai ser divido pela CERCI Lamas e pela CERCI Feira.
fotolegenda No sábado decorreu o XXII Torneio Terras de Santa Maria em veteranos. O triangular contou com a presença das equipas do Feirense, Oliveirense e Valecambrense, respectivamente, terceiro, segundo e primeiro classificado. Resultados: Feirense, 0 – Oliveirense, 0; Oliveirense, 0 – Valecambrense, 0; Feirense, 0 – Valecambrense, 2.
Captações no Caldas S. Jorge II DISTRITAL O Caldas S. Jorge, décimo quarto classificado da II Divisão Distrital na época passada, está a realizar treinos de captações para a sua equipa sénior, com vista ao reforço do plantel que “atacará” a época desportiva 2015/16. Os treinos começam já hoje e decorrem durante todos os dias da semana, pelas 19.30, no Parque Desportivo de Caldas S. Jorge, sob a orientação do treinador Torcato, que se mantém aos comandos da formação do concelho de Santa Maria da Feira.
Feirense apresenta proposta para futura SAD AG O Clube Desportivo Feirense realiza no sábado uma Assembleia Geral, que terá lugar na Sala António Lino do Estádio Marcolino Castro, em Santa Maria da Feira, pelas 11 horas, com o objectivo de proceder à “apresentação da proposta de alienação de 70% da futura Sociedade Anónima Desportiva, cuja constituição foi aprovada na Assembleia Geral de 2 de Outubro de 2014”. Será assim dado o primeiro passo rumo à constituição da SAD do Feirense, em substituição da actual SDUQ - Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas. A AG servirá também para discutir “outros assuntos de interesse para o clube”.
RÚBEN LINHARES TRAZ OURO DO EUROPEU NATAÇÃO ADAPTADA Rúben Linhares, atleta da Feira Viva chegou, viu e venceu nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2015. Na primeira prova trouxe uma medalha de bronze e na segunda ganhou a medalha de ouro para Portugal. Os Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2015 que se realizam em Varazdin, na Croácia, estão a correr de feição a Rúben Linhares. O atleta da Feira Viva ganhou a medalha de bronze nos 50 metros livres com o tempo 30,36. Na prova de 100 metros costas, Rúben Linhares trouxe a medalha de ouro para Portugal com o tempo 1:22.25. O atleta alcançou dois recordes pessoais da época na competição europeia.
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Competição entre os melhores em Glasgow
Os atletas da Feira Viva Natação Adaptada, Amadeu Cruz e Ivo Rocha, continuam a competir entre os melhores do mundo, no Campeonato do Mundo de Natação do International Paralympic Committée (IPC), que se realiza em Glasgow, conseguindo alcançar alguns dos objetivos traçados. No dia 14 de Julho, Amadeu Cruz representou a seleção nacional nos 400 metros Livres e alcançou o recorde nacional com o tempo 6:12.60, apurando-se para a final.
Estafeta masculina faz história
A estafeta masculina de 4x100L masculina constituída por Ivo F. Rocha, Gino Caetano, David Carreira e David Grachat conseguiu mínimos para o Rio 2016. Sendo que esta é a primeira vez que uma estafeta consegue a proeza. www.correiodafeira.pt
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Feirense PromoVe andebol nas Férias desPorTiVas ANDEBOL O Clube Desportivo Feirense realizou na quinta-feira uma acção de divulgação e promoção do clube e andebol, na Escola Fernando Pessoa de Santa Maria da Feira, no âmbito das Férias Desportivas, que contam com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da FAP da Feira. Uma mega-promoção que começou às 15 horas e se prolongou até as 17.30, com a participação de 80 crianças e perto de 35 elementos do staff do Feirense, entre eles os mais recentes reforçosv Luís Sousa, novo treinador dos iniciados, e Carla Barbosa, que tem a missão de coordenar e promover o ande-
bol feminino no clube. O evento consistiu numa compilação de diversos jogos lúdicos, divididos por duas partes (uma no interior do pavilhão e outra na parte exterior) que demonstraram o jogo de equipa e as técnicas necessárias para a prática desta modalidade. Em período de férias lectivas, foi uma tarde divertida para os jovens participantes que rapidamente se deixaram envolver pela modalidade. Luís Adrego, de Santa Maria da Feira, foi um dos jovens presentes. “Estou a gostar muito, está a ser divertido. Vou experimentar os trei-
ConVíVio aCrde junTou 80 Pessoas na serra da FreiTa
ATLETISMO Decorreu no sábado dia, na Serra da Freita, o habitual convívio do a Atletismo da ACRDE, que precede as Mini Olimpíadas Concelhias. Estiveram presentes 80 pessoas. Como tem acontecido todos os anos, o ACRDE convidou os atletas, pais e seus familiares para um dia na Serra da Freita, preenchido com uma caminhada até ao rio, almoço, foto da praxe e a entrega das placas de reconhecimento aos atletas com mais medalhas de 1.º lugar. Foi preciso recorrer ao 2.º e 3.º lugar para desempatar, tanto nos masculinos como femininos. Nos masculinos foi entregue a placa a Rafael Santos com sete medalhas de 1.º lugar. Já em femininos a placa de re-
nos no Feirense” – disse. Já Tiago Dias, um dos elementos do staff do Feirense – atleta dos infantis/iniciados do clube, afirmou que estes eventos “são muito importantes para evoluir e chamar pessoas para a modalidade e para o feirense crescer”. Convidado a descrever o andebol do clube, Tiago Dias afirma que “é um mundo completamente diferente. Nos outros clubes o objectivo é ganhar, aqui é evoluir”. Por sua vez, Manuel Gregório, coordenador do andebol do Feirense, faz um “balanço excelente da iniciativa. Vamos fazer novas iniciativas em breve” – conclui.
Tiago Ferreira brilha na última etapa da Volta a Portugal do Futuro
conhecimento foi entregue a Inês Santos com seis medalhas em 1.º lugar. As placas foram entregues pela treinadora Ana Brito pelo presidente da ACRDE Paulo Sá a Inês Santos. Também foram entregues placas de agradecimento pela época 2014/2015 aos treinadores Paulo Neto, Ana Brito e Paulo Miguel Santos. A tarde prosseguiu com jogos tradicionais e mais uma ida ao rio. Quanto às Mini Olimpíadas, os atletas da ACRDE, 26 atletas no total, conquistaram 112 medalhas: 54 de 1.º lugar, 33 de 2.º lugar e 25 de 3.º lugar. Assim, foram ganhas 130 medalhas pelos atletas da ACRDE (112 se for apenas contabilizada uma medalha nas estafetas).
CICLISMO Terminou ontem a 23.ª edição da Volta a Portugal do Futuro. A prova que iniciou na quinta-feira, contou com um pelotão internacional de grande qualidade. Quatro dias de acesa competição para as equipas, Sub-23 e Cadetes, com a Fábio Oliveira “Russo” a ser o melhor na Moreira Congelados-Feira-KTM, terminando a Volta a Portugal no 16.º lugar. O vencedor foi o basco Julen Amezqueta, da equipa Cafés Baqué. Na Moreira Congelados-Feira-KTM destaque, ainda, para o espectacular ataque do Tiago Ferreira na última etapa. “Demonstrou, uma vez mais ser um dos melhores Sub-23 portugueses. Na 3.ª tirada, na chegada à Serra de S. Macário, montanha de primeira categoria, ficou com o Fábio Oliveira, que fechou entre os 16 melhores, o que diz bem do espírito de grupo da equipa. Coletivo sempre acima do individual. Mexemos sempre com a Volta, faço um balanço positivo, atendendo à juventude da equipa” - elogia o director desportivo Joaquim Andrade. Já o destaque da formação de S. João de Ver na 8.ª Volta a Portugal de Cadetes vai para Diogo Barbosa, filho de Cândido Barbosa, que fechou entre os 27 melhores da competição, conquistada por Gonçalo Ferreira, de Alcobaça, da equipa Acreditar-UDO-Malveira.
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Ontem foi dia do III BTT Rota do Souto que decorreu na Vila de S. Miguel do Souto, com a participação de cerca de 300 ciclistas. Os vencedores foram: Geral Masculina e Elites- Daniel Bastos; Geral Feminina – Cidália Valente; Masters – João L. Teixeira; Sub-23 – Marco Borges e Juniores – Leonardo da Rocha. 30
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Na sexta-feira, no Anfiteatro da Academia de Música de Paços de Brandão, às 22 horas, decorreu o 31.º Sarau anual da DAO - Associação Cultural e Desportiva, que juntou artes marciais e dança - VIET-VO-DAO, Hip Hop e Dança Contemporânea. A DAO tem classes em Santa Maria da Feira (Paços de Brandão e Santa Maria da Feira), S. João da Madeira e Aveiro.
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Postos de Venda Espinho Papelaria Atl‰ ntico Norte (Av. 24) Papelaria Atl‰ ntico Norte (Rua 19) Esmoriz Bombas Freitas Transportes S‹ o Paio de Oleiros Confeitaria da Quebrada Papelaria PAPELî PIA Pa• os de Brand‹ o Papelaria Tulipa Papelaria Menezes Papelaria Monteiro Papelaria A. Santos Rio Me‹ o CafŽ ZŽ da Micas Quiosque Santo Ant— nio CafŽ Ponto de Encontro S‹ o Jo‹ o de Ver Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque S‹ o Bento Casa Silva Tabacaria dos 17 Caldas de S‹ o Jorge CafŽ S‹ o Jorge Fi‹ es CafŽ Avenida
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Bombas GALP Casa Gama 2 Papelaria Coelho Lourosa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Tabacaria Piscinas de Lourosa Quiosque C+S Quiosque da Feira dos Dez Bombas CEPSA Padaria/Pastelaria Caracas II Santa Maria de Lamas CafŽ do Zinho Cork e Manias (INTERMARCHƒ ) CafŽ Ð Restaurante Parque Carmic— pias Papelaria Silva Bombas REPSOL Mozelos CafŽ do Murado Quiosque Santa Luzia Casa DANIBRUNO Argoncilhe Papelaria GIFT Pereira & Avelar Restaurante Mena CafŽ Vergada
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