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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Mérito Municipal 1972 1997

Desde 11 de Abril de 1897

Ano CXVIII

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

27 Julho 2015

LEGISLATIVAS.2015 A dois meses de ir a votos, há quatro “mosqueteiros da Feira” a lutar por um lugar na AR pág. 2 e 3

Nº 5924

€0,60 (iva inc.)

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ENTREVISTA “A próxima etapa são as áreas de reabilitação urbana”, José Manuel Oliveira, vereador do Urbanismo, Planeamento e Transportes. pág. 08 e 09

CULTURA Aula viva de História arranca esta quarta-feira. A Viagem Medieval está de volta para 12 dias de recriações.

Hoje apresentamos a lista do BE, liderada por Moisés Ferreira o psicólogo que quer dar continuidade ao trabalho de Pedro Filipe Soares

pág. 20 e 21

FUTEBOL Paços de Brandão está de luto pelo falecimento do seu presidente Januário Monteiro. pág. 24

ENTREVISTA “Adoro quando consigo que a nossa bandeira seja hasteada ao mais alto nível. É um grande orgulho”, Joana Cunha, medalha de prata nas Universíadas pág. 26 e 27


MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

A administração do Correio da Feira, presta as mais sentidas condolências à família do Sr. Januário Monteiro e ao Clube Desportivo de Paços de Brandão no qual exercia funções de Presidente.

LEGISLATIVAS.2015

NOTA EDITORIAL

Tendo iniciado a cobertura das Eleições Autárquicas, na edição anterior (em que apresentámos a Lista que o PS-Aveiro vai propor para escrutínio distrital), damos hoje sequência ao trabalho, com a apresentação da Lista do BE, a que se seguirá – na próxima edição – a das congéneres da CDU e do PSD. No respeitante ao círculo eleitoral do Distrito de Aveiro, para dar cobertura adequada às legislativas marcadas para 4 de Outubro, as Administração, Direc-

ção e Redacção do CORREIO DA FEIRA tomaram a decisão unânime de proporcionar às principais forças políticas, em presença, a utilização de espaços editoriais idênticos, a partir da edição de 7 de Setembro, próximo, sem prejuízo da cobertura noticiosa que entender se realizar. Tal decisão conjunta pretende corresponder aos critérios de isenção apartidária por que este semanário se rege, sem prejuízo da discricionaridade

Os Candidatos fogaceiros

4 FOGAÇAS E 1 ALMENDRADO Orlando Macedo avenidadasfogaceiras@gmail.com

Amadeu Albergaria

Antero Resende

António Cardoso

António Topa

Moisés Ferreira

Amadeu Albergaria – O (promitente) advogado que deu lugar ao político carismático, em quem Alfredo Henriques chegou a cogitar para lhe suceder na Câmara Municipal da Feira, está a cumprir um percurso ascendente imparável, não só no seio do seu partido, como dos seus pares. Se a intenção de o enviar para a AR era a de proporcionar-lhe experiência e aura, para depois voltar à Feira para ocupar o cadeirão presidencial da CMF, então… o PSD local vai ter de (continuar) a esperar. O jovem de S. João de Ver tem vindo a demonstrar que está preparado para voos mais altos e – caso o PSD venha a ser governo – não espantaria que abraçasse uma pasta governamental na área da Educação. Por isso, quando Emídio Sousa diz que “quer” Amadeu Albergaria em lugar elegível nas listas da PAF, é o mesmo que exigir que a água do mar seja salgada… Antero Resende (CDU) – O ecologista de Fornos, é uma espécie de “aguadeiro” da política, sempre disponível para acorrer ao que a coligação de esquerda entender, aceitando protagonizar campanhas eleitorais, em lutas em que a correlação de forças não lhe deixa margem para almejar vitórias, como aconteceu recentemente nas eleições autárquicas de 2013. Comentador numa rádio local, faz gala de um estilo de crítica nem sempre assertiva, quase sempre mordaz, mas de grande fervor combativo. Grande parte das possibilidades da CDU em Aveiro, joga-se no pecúlio de votos que Antero Resende possa vir a obter na Feira. António Cardoso (PS) – Tal como já aqui se referiu na semana passada,

António Cardoso depende de vários factores – por si só, ou interligados – para regressar, por direito próprio, à AR, o que poderá acontecer caso o PS atinja a maioria absoluta. O cenário também lhe é favorável, caso o PS venha a ser governo, já que Rocha Andrade e Porfírio Silva deverão integrar o governo de António Costa. Muitos apontam a solução encontrada pelo Secretariado Distrital de Aveiro para a elaboração da lista de candidatos, como “o” factor de “sorte” que sufragou o político de Pigeiros, em detrimento de outra opção (Márcio Correia); mas a votação secreta no seio da CPC, confere-lhe legitimidade suficiente para o lugar. Fica apenas o amargo-de-boca para os socialistas feirenses, de o seu lugar na lista não reflectir a força eleitoral do círculo concelhio. António Topa (PSD) – O político de Vila Maior sempre pautou a sua actuação pela discrição, de forma quase obsessiva. Há muitos anos atrás, perdeu o timing de afirmação, quando – sendo o mais qualificado candidato que o PSD poderia ter apresentado para a Câmara da Feira – preferiu dar o palco a Alfredo Henriques. Sem se colocar em bicosde-pés, é uma das mais preclaras e respeitadas vozes do PSD a nível distrital; mas a nível nacional, a sua opinião também é respeitada, principalmente desde que desempenhou funções nos órgãos máximos do PSD. A sua saída extemporânea da CM Feira, em nome de um sacrifício maior, poderá ter-lhe prejudicado o “timing” de afirmação política. Não fora a circunstância de o seu nome ter sido indicado pela concelhia de CPC de

Os nossos mosqueteiros Na obra de Alexandre Dumas, na verdade, “os três mosqueteiros”, são… quatro, cabendo a dissintonia numeral à chegada de um elemento inusitado. No caso dos “nossos mosqueteiros”, o cenário está montado para que, com maior ou menor dificuldade, quase todos atinjam a ribalta. Na distribuição dos papéis, só falta saber quem vai ser o “d’artagnan”…

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económica do espaço disponível, face ao cenário real em que se desenrola, já, o processo eleitoral em curso. O foco de interesse assumido, é o de relação de proximidade, entendido face aos universos de Santa Maria da Feira e do Distrito de Aveiro, por essa ordem. Para além do que concerne às forças políticas, em termos de conteúdos, a escolha da temática dos trabalhos será definida pelo CORREIO DA FEIRA. OM

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Ovar (??!!), a possibilidade de agora vir a ser candidato em lugar elegível, teria de ser entendida à luz da importância eleitoral do círculo concelhio da Feira. Mas a inclusão do seu nome, poderá significar uma “fractura exposta”, no PSD. Moisés Ferreira (BE) – Aos 29 anos de idade, o jovem psicólogo feirense chega a um momento nevrálgico da sua (ainda) curta carreira política; Outubro vai ditar a velocidade de afirmação (inquestionável) de um político que promete e sobre o qual recaem fundadas expectativas. Cai sobre ele a dupla e difícil tarefa de manter a representatividade aveirense do Bloco de Esquerda na AR; e de “substituir” Pedro F. Soares, que em quatro anos passou de (passível) epifenómeno político, à afirmação de capacidades de liderança, no seio do BE. Moisés Ferreira herda pois, uma pesada herança, em termos de prestígio, admitindo-se no entanto, que a performance do seu antecessor possa jogar reflectir-se positivamente na continuidade. A seu favor, é seguro afirmar que, caso os eleitores distritais conhecessem a qualidade das suas intervenções na Assembleia Municipal da Feira… a sua eleição seria um dado adquirido. a e CDS a List PSD ertam c a a aind

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Santa Maria da Feira mantém forte presença na Lista do BE

MOISÉS FERREIRA SUCEDE A PEDRO FILIPE SOARES

O Bloco de Esquerda aprovou no sábado a composição da lista de candidatos que vai apresentar, por Aveiro, às eleições legislativas deste ano. Da composição ressaltam, de imediato, dois factores: o significativo “peso feirense” que, de formas directa e indirecta, se observa na composição da lista (o que corresponde à escala de importância que o círculo eleitoral da Feira representa, no todo distrital); e à estratificação sócio-profissional dos candidatos, traduzida num leque pouco abrangente, enquanto amostra representativa. A (aparente) pecha, é compensada pela elevada craveira académica dos candidatos. 1. Moisés Ferreira O jovem político feirense (29 anos), é licenciado em Psicologia e desenvolveu competências profissionais no âmbito das IPSS. A pósgraduação em Psicologia da Formação Profissional, pela FPCE da Universidade do Porto, permitiu-lhe coordenar e ministrar formação a públicos em situação de exclusão social. Aderente desde muito cedo ao BE, é agora Coordenador da Concelhia do partido em Santa Maria da Feira e membro da Distrital de Aveiro, da Mesa Nacional e da Comissão Política do Bloco de Esquerda, por cujas listas foi eleito deputado municipal nas últimas eleições autárquicas. O trabalho de assessoria parlamentar para as áreas de Economia e Finanças, que desenvolve na Assembleia da República, em apoio ao grupo parlamentar do BE, obriga a uma pausa na carreira profissional do psicólogo, que em S. Bento trabalha directamente com Pedro Filipe Soares e Mariana Mortágua. 2. Nelson Peralta O biólogo, vareiro de gema (Ovar) apresenta no currículo profissional a participação em projetos de investigação científica na área de recursos marinhos no CESAM (Universidade de Aveiro), no CIIMAR (Universidade do Porto) e no Laboratório de Oceanografia de Arcachon, ao que acrescenta experiência prática na área dos recursos aquáticos no Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade. Foi coordenador da Concelhia do Bloco de Esquerda de Aveiro, órgão de que ainda faz parte e é ainda membro da Coordenadora Distrital de Aveiro, da Mesa Nacional e da Comissão Política do BE. Tal como a Moisés Ferreira, o Bloco chamou-o para funções de assessoria parlamentar na Assembleia da República, nas áreas de política ambiental, ordenamento do território, poder local, agricultura e mar.

3. Cláudia Ribeiro A bloquista de Águeda é licenciada em Línguas e Relações Internacionais pela Universidade do Porto e concluiu o Mestrado em Investigação e Ciência Política na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. No percurso profissional e académico, merece realce as funções de Assistente de Investigação na Universidade de Konstanz, na Alemanha. Actualmente trabalha como técnica de investigação na Associação A3S, . A3S - Associação para o Empreendedorismo Social e a Sustentabilidade do Terceiro Sector, uma “organização não lucrativa”, com sede no Porto. Na área de actuação política, apesar de muito jovem (24 anos) apresenta no currículo funções de coordenação do departamento académico da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e foi vice-presidente do Núcleo de Estudantes de Relações Internacionais. 4. António Torres O professor de V.N. Gaia, que se radicou em Santa Maria da Feira onde dá aulas de Filosofia na Escola Secundária, assume-se como um activista social na defesa da Escola Pública, tendo sido dirigente estudantil nos tempos de faculdade e, mais tarde, delegado e dirigente sindical. No currículo de intervenção na área social, conta com uma experiência prática adquirida no Centro Juvenil de Campanhã. Como figura política, chegou ao conhecimento do grande público em 2013, ao encabeçar a lista do Bloco de Esquerda candidata à Câmara da Feira, nas eleições autárquicas desse ano. 5. Ana Luzia Cruz A professora de Inglês e Francês na Escola Secundária da Mealhada, é activista sindical, atualmente envolvida na luta contra a municipalização do ensino. 6. Álvaro Faria Professor de História na Escola Secundária

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da Feira, foi dirigente estudantil nos tempos de faculdade. É deputado municipal na AM de Ovar, pelo Bloco de Esquerda. 7. Carla Lima, 45 anos Professora de História e deputada municipal do BE na Assembleia Municipal de Ílhavo. Na lista do Bloco de Esquerda, o concelho da Feira conta ainda com Ana Maria Pereira (14ª posição) , Educadora de Infância, de Lourosa; e com Filipe Silva, nº 2 da lista de suplentes, que trabalha na Empresa Municipal Feira Viva e é dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local.

3 Perguntas a Moisés Ferreira 1 – Esperava ser cabeça-de-lista? MF - Não tinha nenhuma expectativa a esse respeito, mas encaro-o da mesma forma como sempre encarei a minha participação noutras listas, noutras circunstâncias. Neste caso, o BE achou que seria essa a melhor opção para conseguirmos promover as roturas necessárias com as políticas em curso, no Distrito de Aveiro e agradeço a confiança manifestada… 2 – A sua escolha foi pacífica, no seio do BE- Aveiro? MF – Sim, foi. No Bloco de Esquerda temos uma forma de aprovação de candidaturas que passa por vários níveis de avaliação, em termos distritais: primeiro, o assunto é discutido no Secretariado Distrital; de seguida, a Comissão Coordenadora, após análise da proposta, direciona-a para a Assembleia Distrital, que é o órgão máximo local, em que se procede à decisão de escolha por voto secreto. Os nomes aprovados são depois apresentados à Mesa Nacional, para ratificação. Em todos os casos, obtive larga maioria de aprovação. 3 – Herda uma grande responsabilidade, ao substituir Pedro Filipe Soares. Acha que vai conseguir ser eleito? MF – Os objectivos do BE, entroncam na necessidade de inverter as políticas desastrosas que estão a penalizar fortemente os portugueses; e para isso, queremos mobilizar todas as forças de esquerda, para que o Bloco de Esquerda tenha uma força significativa na Assembleia da República. O próximo governo e o próximo Parlamento, têm de revogar grande parte das leis e de decisões tomadas por este governo contra os portugueses. E para isso, é necessário a intervenção de uma força no parlamento como o Bloco de Esquerda. À esquerda do “centrão”, (CDS, PSD e PS) o BE é o único dos partidos que elegem no distrito de Aveiro, que não assinou o memorando nem está comprometido com a troika… Na verdade, sim; acho que o Bloco de Esquerda vai conseguir eleger representação pelo círculo de Aveiro, para conseguir ter mais força no Parlamento…

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AVENIDA DAS FOGACEIRAS

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Textos: Orlando Macedo

PASSADO (im)PERFEITO Atalaia Razão minoritária Há, dos respigos da última reunião de câmara, uma matéria a um tempo surpreendente e inquietante, no que respeita à obra da Pedreira das Penas. Dizem os relatos públicos, que o vereador (PS) António Bastos se insurgiu contra desvios no processo que levou à execução do projecto e ali, onde lhe é legítimo, quis ser esclarecido. Li também, que o presidente da Câmara ordenou ao técnico da autarquia (que ali se encontrava a explicar o projecto e respectivas alterações) que não respondesse ao vereador eleito, mesmo estando, alegadamente, em causa o interesse e os dinheiros públicos da autarquia. Ora a ser verdade o que António Bastos argumenta (e não se lê desmentido, em tais relatos) o vereador da Oposição questionou, exercendo um direito legítimo, correspondendo à função para que foi mandatado. Mas Emídio Sousa parece ter percebido, antes, que o vereador (tão eleito, quanto os seus pares) estava a intrometer-se na gestão de uma… coisa, em que não pode meter-se; uma espécie de sociedade-por-quotas, em que a administração não reconhece legitimidade aos sócios minoritários para questionar responsabilidades e/ou, tão-pouco, alertar para a eminência de prejuízos futuros. Isto, é, em súmula, o inquietante. O preocupante, no mínimo, é a eventualidade de o vereador do PS ter razão, ao apontar, por exemplo um tempo de vida útil de apenas 15 anos para um material isolante que a câmara consente que venha a substituir o que, alegadamente, ali deveria ser colocado, passível de uma duração de 50 anos. Se António Bastos não estiver errado, quem é que paga a substituição do materiais em 2030? Ou estamos perante a política do “quem vier a seguir, feche a porta”?... Qualquer gestor interessado em rentabilizar meios e defender a sua tesouraria, agradeceria a chamada de atenção e exigiria não só a observância da qualidade dos materiais contratuados, como a responsabilização de quem não velou pelas melhores condições de fornecimento de serviço. Ou não? Em tempo: 1 – A não ser que os relatos transcritos nos dois semanários de Santa Maria da Feira não façam jus ao que se passou em tal reunião de Câmara, não é possível perscrutar ofensas do vereador ao técnico camarário; 2 – Ao impedir que o mesmo técnico prestasse o esclarecimento solicitado, o presidente da câmara expôs o técnico à opinião pública; e expôs a tutela camarária à suspeição de que tal impedimento possa ter sido em seu encobrimento.

A espuma das notícias da semana que passou

Segunda – feira

Louvor – A directora de uma IPSS de Oeiras, impediu a admissão de uma criança na sua creche, por o pai ostentar várias tatuagens no corpo. Ainda não há notícia, mas é muito provável que Mota Soares promova um louvor… à directora. Alívio - Já está provado que a notícia do JN referindo que piratas informáticos “atacaram site de infidelidade e revelaram dados” não tem nada a ver com partidos políticos. Passos e Portas suspiram de alívio…

Terça-Feira

Polvo – O JN revela que as ligações de Lula a Portugal podem ficar na m i r a d a PJ , n o â m b i t o do escândalo “lava-jato”. Lula?... Parece mais coisa de polvo… Sempre a descer – O Económico escreve que o IMT não vai, afinal, descer em 2016. O que vai (continuar) a descer, em 2016 e nos anos vindouros, é a confiança nos políticos de promessa fácil, poderia ter-se acrescentado na notícia.

Pois… – O ‘Público’refere que as administrações hospitalares falam em 40% de casos de falsasurgências em 2014. Analisando o assunto friamente, talvez se pudesse acrescentar que 100% desses 40%, correspondem à inexistência de serviços de saúde de rectaguarda.

Estamos conversados - Leitão Amaro e Emídio Guerreiro (PSD), Hortense Martins e Sérgio Sousa Pinto (PS) e Manuel Isaac (CDS) têm algo peculiar em comum: estão-se marimbando para o regime de exclusividade que assinaram com a AR (e recebem subsídio por isso) mas arrecadaram remunerações por desempenho de (outras) funções profissionais, cá fora. Se nos lembramos de que em Março PSD, CDS, e PS chumbaram a proposta do BE, que obrigava à exclusividade no exercício das funções de deputado… estamos conversados. (nem) Tudo o que vem à rede… - O ‘Público’ revelou que António Costa teve de ‘repescar’ nomes que não tinham sido escolhidos para entrar nas listas do PS, para as Legislativas. É no que dá, ir à pesca sem estar de maré…

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Gozar a vida - Os tipos da BBC, lembraram-se de perguntar “para onde foram os jovens portugueses?”, focando-se nas centenas de milhar de jovens que corresponderam aos apelos do primeiro-ministro, para emigrar. Não tarda, está aí uma nota do secretário de Estado da Juventude a explicar que uns estão de férias, outros a gozar os rendimentos na diáspora… Poupança – O ‘Público’ revelou que “Ministério Público não queria prisão domiciliária de Ricardo Salgado”, ficando-se pela proibição de o arguido se ausentar do país e de falar com determinadas pessoas. A pretensão poderá ser entendida à luz de uma comovente medida ec on om i cis ta , q ue vi sa poupar uns tostões com pulseiras electrónicas…

Domingo

Sexta-feira

Silogismos - A respeito de Portugal se ter ou não oposto a que um alívio da dívida pública grega fosse discutido antes das [nossas]eleições legisl a t i va s , P a s s o s C o e l h o respondeu: “Digamos que há uma meia-verdade e um meio-mal-entendido”. Traduzindo: há ali uma meia-mentira e um completo bem-entendido… Mentira – Primeiro-minis-

Fontes: Correio da Manhã; DN; Económico; JN; Lusa; Negócios; Público; Sol; TVI 04

Sábado

Quinta-feira

Quarta-feira

Sempre a subir – O Banco de Portugal revelou que a dívida pública aumentou quase 4.000 milhões de euros, desde o final de 2014. Estamos no bom caminho; e o governo está de parabéns, no seu esforço de evitar a syrização da nossa economia...

tro disse em entrevista na TVI que está de consciência tranquila porque fez tudo ao seu alcance “para que Portugal feche esta página negra da sua história”. Mentira. Ainda está em funções…

Intercâmbio – O ‘Negócios’ surpreendeu com a notícia de que “Portugal já está a bordo da missão espacial chinesa”. “Trocámos 10 vistos-gold por um visto-de-alumínio, revelou u m a fo n t e a n ó n i m a d o Ministério dos Negócios Estrangeiros…” Última-hora – Parece que o Tribunal Constitucional decide sobre enriquecimento injustificado até terça-feira, data limite para o fazer. Quem estiver interessado, só tem até segunda-feira para fazer mais umas maldadezinhas…


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OPINIÃO

URGE DESTRUIR OS MUROS DA VERGONHA QUE PRETENDEM COMBATER UMA (I)MIGRAÇÃO DESUMANA!... António Cardoso,

Deputado do Partido Socialista à Assembleia da República

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS A recente construção de um muro entre a Hungria e a Sérvia, traz recordações tristes do muro da vergonha construído para dividir a Alemanha, criando durante dezenas de anos uma linha de divisão da Europa entre Leste e Oeste. A felicidade dos europeus aquando do derrube desse muro e a consequente unificação da Alemanha foi uma marca civilizacional de progresso marcante na história europeia no final do século XX. Porém, a decisão da construir um muro entre as fronteiras externas da União Europeia, parece ser ignorada pela União Europeia com o mesmo alheamento que existe Marrocos e a Espanha que não sendo física a existência de um muro há uma separação real. São cada vez mais os muros que nos separam e iludem, territórios continentes e quase todos por uma única razão: “ para impedir a circulação de pessoas indesejadas os (i)migrantes”. Parece que a generalidade das pessoas ainda não acordou para uma realidade que infelizmente se tem vindo a impor já há algum tempo. Parece que encolhem os ombros em relação ao fenómeno migratório, deixando um espaço vazio para uma minoria que teima em não assumir que no domínio das migrações o mundo está a adiar as decisões corretas ao nível das políticas públicas adequadas para a desumanização na (i)migração. É pois urgente que as opiniões públicas

não se alheiem da vergonhosa existência em pleno século XXI, o século da comunicação e circulação dos povos, sucessor do século da primavera da emancipação dos povos, o século XX, de cada vez mais muros a separar-nos. O alheamento em relação ao fenómeno migratório alimenta todos quantos têm uma atitude fechada, securitária, desconforme com a realidade, no que diz respeito à desumana (i)migração, alimentando assim sentimentos e decisões que em cada vez mais regiões, países, territórios e continentes desembocam na vergonha da construção de cada vez mais muros. E que nos levam a um mundo de muros quase sempre só para as pessoas, mas não para os capitais, as armas e as empresas. Não destacando diferenças e semelhanças e motivações para a sua edificação. Seja entre Israel e a Jordânia, seja entre a Tunísia e a Líbia ou entre Marrocos e a Mauritânia, ou entre os EUA e o México, ou entre a Índia e o Bangladesh, ou entre a Turquia e a Bulgária, ou entre o Zimbabué e o Botsuana. Muros com muitas diferenças em relação à Muralha da China e ao ex-Muro de Berlim. Estes muros são o exemplo de como já nem as verdadeiras democracias conseguem lidar com o fenómeno migratório com base em princípios e valores de vida que sustentam os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Infelizmente, são mais um exemplo do estado da nossa democracia, que vive muito prisioneira da ortodoxia dos números e pouco interessada em inspirar-se em valores de vida humanistas, que devem ser

a sua marca identitária. Isto não pode continuar, tem que mudar. Não é possível continuarmos a alimentar tantos muros que nos dividem. Estes muros não são a solução, bem pelo contrário, só adiam, e mal, os problemas. Este tipo de desnorte e de manifestação gratuita de força, que tem estado na base das decisões da edificação destes muros, são um a somar a outros exemplos de como não existe uma capacidade de resposta coerente para os desafios que as migrações estão a apresentar a países de vários continentes. De má-fé muitas vezes utilizam-se quer o desemprego, quer o terrorismo, como pretextos destas decisões. É um erro fazê-lo, porquanto as migrações não são um problema, mas sim uma oportunidade, no domínio da demografia, do desenvolvimento, da democracia e da segurança. Nós, na Europa, esquecemos que está provado que em nome da sustentabilidade económica e social da União Europeia, a imigração é necessária para a Europa e para o seu futuro em termos económicos e sociais. Não nos esqueçamos que do ponto de vista cultural, religioso e político, que a Europa se construiu de baixo para cima com base em valores de vida assentes na nossaherança judaico-cristã. Perante os erros que vão sendo cometidos nestas matérias, não resta outra solução que não seja seguir um caminho completamente diferente. Construir ilusoriamente muros como solução para tratar a desumana (i)migração não vai resultar. Se outras soluções não forem encontradas, mais cedo ou mais tarde isto vai ter que acabar a bem ou a mal. Emprego

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Orlando Macedo

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“com vinagRe se afastam moscas” Ana Isabel Sampaio Espargo

Os ditos antigos, as tradições ultrapassadas que não mais convencem, mas que são tão verdadeiras…. Afastamo-nos das nossas referências esquecendo que a vida é como um automóvel. Tem para-brisas e retrovisor. Que devem ter um tamanho adequado. Não pode ser um retrovisor muito grande para não vivermos presos ao passado. Nem um para-brisas exagerado para evitar olhar excessivamente o futuro. Sem referências ao passado, que é o futuro em construção, pois não há garantias da correta construção deste. Muito menos é garantia de que se viva o presente de forma adequada. O interessante é que por muitas gerações que passem, ouvimos sempre dizer que no meu tempo era melhor. Havia uma coisa que cada vez existe menos: união, humanismo, convívio. Havia uma existência mais comunitária, que eu na minha quarta década ainda me recordo.

Outra coisa que também ainda me lembro era da leveza com que se vivia. Os mais velhos do que eu trabalhavam muito, mas trabalhavam duma forma mais leve e tranquila. Havia alegria. De tal forma que a jornada de trabalho não pesava tanto ao final do dia. Geralmente quem trabalhava por conta de outrem ao final do dia estava em casa, tendo tempo para si e para cuidar dos seus. Quando eu frequentava o ensino primário tinha tempo para brincar muito. E da minha geração saíram grandes profissionais. Os meus filhos são pressionados a serem os melhores, a excederem as expectativas. A serem pequenos adultos geniais em corpos e mentes de criança. E quando me dizem se não os coloco nas atividades “XPTO” e “YZHT”, que estão na moda e os enriquecem muitíssimo, preparando-os para as altas exigências da vida quotidiana e dos mercados de trabalho extremamente competitivos, eu respondo que quero lá saber. Que não lhes falte afeto, nem acesso à melhor educação, alimentação e cuidados de saúde. Isto vai acabar qualquer dia num esgotamento coletivo e num regresso

às raízes. A intensidade com se vive o quotidiano, vai matando o homem aos poucos. Se me apresentarem um artigo sobre formas de me tornar mais competitiva no mercado de trabalho, só peço que me deixem em paz. Por minha iniciativa dou o melhor de mim em tudo o que faço e estudo continuamente sobre as mais variadas matérias. Concluo que o que falta nas pessoas é tempo para pensar e desenvolver estratégias de vida adequadas. Além dum aprofundamento maior da filosofia nas escolas. O conhecimento desta ensina-nos a pensar, porque para tudo é necessário método e disciplina. Uma coisa é usarmos o cérebro para respondermos às exigências quotidianas. Outra coisa é racionalizarmos a informação e a processarmos de forma correta no cérebro, evitando desequilíbrios. Desequilíbrios esses que acometem a saúde mental mas também a saúde física do individuo. Muitas doenças orgânicas germinam em corpos cujas mentes não os sabem guiar no sentido da razão. Sendo a vida tão curta, não a de-

vemos tornar pequena. E muitas vezes, mais do que pão para alimentar o corpo, necessitamos de alimentar a alma. Não com livros de auto ajuda com certeza, que são uma “chachada” incongruente e ridícula. Mas com amor e carinho. E isso não se consegue sem envolvência emocional. Envolvência essa que deve excluir as redes sociais. Invenção boa para quem ficou afortunado á custa delas. Mas um ridículo caso de estudo, face à quantidade de acontecimentos pequenos e mesquinhos que nelas assistimos. Amigos reias são aqueles que acompanhamos a vida inteira e nos acompanham a nós. Conhecemo-lo extremamente bem e entre nós não existem silêncios incómodos. Exigem dedicação, envolvimento de proximidade e desenvolvimento de afetos fortes e positivos. Geralmente o perfil das criaturas facebookianas são pessoas que enfiados nas suas tocas, convivem muito virtualmente, mas são incapazes de muito convívio de proximidade. Porque este gera conflitos e gerir conflitos não é para todos. Aliás, quando alimentados podem gerar grandes tragédias….

RepoR a veRdade históRica dos factos António Manuel da Cunha Nogueira

“Quem não se sente não é filho de boa gente” por isso faço este texto para fazer justiça a um ilustre Mozelense nascido no ano de 1920 no lugar de Seitela, de seu nome Américo Pinto de Fontes mais conhecido pela alcunha de “Américo Lourosa”. Foi um bom marido, bom pai de 11 filhos e para todos era um exemplo a seguir pela sua conduta de homem íntegro, honesto, trabalhador incansável e que fazia da palavra a honra do seu carater. Este ilustre Mozelense tinha pela sua terra um grande amor mas, o maior, sem sombra de dúvida era a Tuna Musical Mozelense da qual era um executante assíduo e sem nunca ter cobrado um tostão por o fazer. Decorria o ano de 1975 do

século passado tendo a nossa ilustre Tuna 85 anos de idade. A Tuna passou por um período menos fácil por falta de elementos diretivos e de executantes. Foi aqui que se destacou o “Sr. Américo Lourosa” tendo abraçado a direção da Tuna Musical Mozelense como seu presidente e com uma equipa de trabalho, em que destaco o Sr. Arménio Costa, Sr. Salvador Mota, Sr. José Beto entre outros. Partindo praticamente do zero, puseram mãos à obra no final do ano, pela primeira vez a Tuna percorreu todos os lugares da Freguesia a dar as boas festas e, nesse ano, ficaram com um saldo de 96 mil escudos. E para que ninguém se esqueça, foi com na sua presidência que a Tuna Musical Mozelense foi registada e passou a ser oficial. F o i também da sua responsabilidade a compra do terreno aonde

se encontra a sua sede social e auditório, tendo o terreno sido comprado à Casa do Povo por 50 mil escudos. Foi também o Sr. Américo Pinto de Fontes e a sua equipa que fizeram os primeiros estatutos da Tuna que deram início às obras. Para que o presente faça sentido e o futuro seja construído na verdade, não se pode esquecer o passado e nem se podem esquecer homens como estes que em prol da cultura local e de toda uma população que ama a Tuna estiveram na construção de uma parte muito importante da história da Tuna Musical Mozelense nestes 125 anos. O Senhor Presidente da direção tem tido com este ilustre Mozelense uma atitude inqualificável de desrespeito em várias situações. No seu falecimento o cortejo fúnebre não foi acompanhado pelos executantes da tuna como

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é prática corrente. No descerramento da foto dos executantes na galaria foram precisos dois anos para o fazer. Nas comemorações dos 125 anos seria de toda a justiça que a sua fotografia fosse colocada na Alameda Alfredo Henriques, como acontece com os demais membros que se destacaram na Historia desta grande instituição. As atitudes ficam com quem a pratica, mesmo depois de ter conhecimento da injustiça cometida o Senhor Presidente nada fez para a retificar. O Sr. Américo Pinto de Fontes não sendo uma pessoa rica, era uma rica pessoa pelos valores que tinha como princípio da justiça, humildade, amizade, e o respeito pelos outros e pela palavra que era a honra do seu carater. Com este relato quero apenas e só repor a verdade e a justiça a este ilustre Mozelense, e a todos os que o ajudaram nesta tarefa!

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ENTREVISTA

“A próximA etApA são As áreAs de reAbilitAção urbAnA”

O novo Plano Director Municipal foi aprovado e começa agora a consolidar-se na vida dos feirenses. O vereador com o pelouro do Urbanismo, Planeamento e Transportes, José Manuel Oliveira, está satisfeito com o resultado final: um plano que aumenta as áreas económicas e defende as zonas verdes. A reabilitação urbana é o próximo passo, mas o desejado Túnel da Cruz não avança, devido ao elevado custo da obra.

Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

Durante muito tempo, falou-se no Plano Director Municipal (PDM) fechado na gaveta. Qual era a necessidade desta actualização? O Plano Director Municipal da Feira já tinha vários anos. Estava num processo de revisão, tínhamos alguns problemas burocráticos para resolver, mas finalmente chegou ao fim. A necessidade foi a de adequar um instrumento de gestão territorial às reais necessidades do Município e adequá-lo também às dinâmicas territoriais que hoje se verificam, nomeadamente na área do desenvolvimento económico. A demora prendeu-se com a complexidade do processo? O que levou à demora foi a burocracia inerente à elaboração destes planos de gestão territorial, não tanto a complexidade. Temos uma equipa capaz de elaborar os documentos, só que esbarrávamos frequentemente com várias interpretações difusas dos vários organismos. Os próprios organismos não se entendiam quanto àquilo que pretendiam. A grande dificuldade foi harmonizar as várias sensibilidades das instituições que teríamos de consultar. Muitos acusaram a falta de transparência. Mas este processo esteve permanentemente disponível, correcto? Não sei como se podem fazer esse tipo de acusações quando tivemos todas as versões que iam sendo desenhadas disponíveis para consulta na Internet na página do Município. Até à última hora, o processo foi transparente, com todas as dúvidas tiradas pela equipa. Se há processo que foi transparente foi o PDM, que esteve disponível a todos a toda a hora. Um PDM que teve uma grande participação. As pessoas perceberam a importância deste processo para as

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suas vidas? Foi um dos PDM mais participados do país porque a Câmara teve o cuidado de anunciar que ia fazer uma revisão. Normalmente, é deliberado em Câmara e Assembleia Municipal e a maior parte da população não sabe. Nós fizemos, na altura, uma carta a todas as casas a anunciar. A partir daí, foi amplamente divulgado. Esteve sempre disponível na Internet, na comunicação social, todas as tramitações das fases foram devidamente publicitadas. Foi um processo extremamente transparente e fomos até elogiados por várias pessoas de fora do Concelho pela forma como desenvolvemos o processo. Os esclarecimentos ajudaram a que as pessoas finalmente compreendessem o que é o PDM? A participação deve-se ao facto de as pessoas compreenderem a importância deste documento e de como pode afectar as suas vidas. O primeiro plano, um plano de primeira geração, era uma coisa nova, as pessoas não sabiam as implicações que ia trazer. Este plano, por sua vez, fez com que as pessoas percebessem qual era o impacto que podia trazer no ordenamento do território e no seu dia-a-dia. Que alterações mais significativas traz este novo PDM? É um plano mais regulador e menos proibitivo, que tenta regular e enquadrar algumas pretensões dos nossos munícipes. Foi feito a pensar nas pessoas, para as ajudar a concretizar as suas ambições. É bastante mais flexível no licenciamento de zonas industriais, duplica as áreas industriais disponíveis no Concelho e permite uma legalização mais simples de tudo o que foi construído no território e estava por licenciar. Um plano que vai mais ao encontro das pessoas, extremamente conciso, concreto, com zonas mais defiwww.correiodafeira.pt

nidas. Tínhamos índices definidos para a freguesia, neste momento temos índices definidos à zona. Há zonas mais densas, menos densas, variam consoante as características do território, o que no plano anterior não acontecia. É um plano mais adequado à nossa realidade e define uma estratégia de desenvolvimento para o Concelho a médio e longo prazo. A duplicação das áreas económicas vai, de facto, ter um impacto no investimento e emprego? Vai ter impacto porque coloca mais solo disponível para actividades económicas e permite que os nossos empresários possam investir, o que vai levar a que os solos não subam tanto de preço e eventualmente possamos conter a especulação. Por outro lado, aumentando a oferta, estamos a possibilitar a captação de grandes empresas, que por vezes pretendem grandes áreas, que não tínhamos disponíveis no Concelho. Conseguimos com isto dar uma abrangência maior às necessidades das empresas. Ainda, flexibilizamos o investimento. Até hoje, o investimento nas zonas industriais tinha de ser investimento municipal, era só a Câmara que desenvolvia as zonas industriais. A partir de agora, qualquer investidor, qualquer privado, poderá pegar numa grande parcela de terreno no nosso território e fazer um grande loteamento industrial. As áreas verdes também foram ampliadas? As áreas verdes, reservas ecológicas e florestais, aumentaram porque defendemos muito o ambiente. Todos os cursos de água que não estavam defendidos no anterior plano estão identificados neste plano como zonas de não construção. Até aqui, havia algumas em que se ia construindo porque o PDM assim o permitia, mas neste momento somos muito mais


Disseram-nos que há outras formas de o fazer. Se há, digam-nos quais. Não fechamos a porta a qualquer solução. Vamos continuar a defender o Túnel, mas se nos convencerem que há outra solução que resolve o problema também estaremos cá para analisar. Ainda há muito a fazer no que toca às acessibilidades para pessoas com mobilidade condicionada. Qual tem sido a resposta da Câmara? Foram feitos vários estudos, diagnósticos, apontadas algumas lacunas e, paulatinamente, vamos resolvendo as questões. Acima de tudo, impusemos, e já demos essa indicação aos serviços, que a partir de hoje não queremos mais problemas de acessibilidades. Ao construir uma estrada, um passeio, temos de pensar nelas. Tudo o que se fizer de novo tem de responder às acessibilidades. Os problemas que existem estão elencados e, pontualmente, vamos resolvendo, porque não temos capacidade financeira para, de um momento para o outro, resolver todos. Daqui para a frente, não queremos cometer erros. No entanto, acho que a nova legislação, que remete para a responsabilidade dos técnicos autores dos projectos o cumprimento da lei das acessibilidades, é um passo atrás. A Câmara não pode, neste momento, indeferir um processo porque verifica que não cumpre as acessibilidades no interior da habitação. É da responsabilidade do técnico, não é motivo para indeferimento. Continuamos a analisar os processos, a dizer que não cumpre a legislação, mas a responsabilidade é do técnico.

rigorosos. As zonas estão perfeitamente identificadas, salvaguardando os recursos naturais do Concelho. Temos um conhecimento mais eficaz do território porque os meios tecnológicos de que dispomos são melhores. Portanto, é um plano que faz mais do que “regularizar o desordenamento”, como lhe chamou a Oposição? Não regulariza o desordenamento. Temos um Concelho onde as pessoas gostam de viver. Temos de conhecer o que temos, tentar ordenar e melhorar. Não queremos deitar tudo abaixo, queremos consolidar o existente e traçar metas para novos projectos, novas requalificações, a partir do que temos. Não concorda quando se diz que o atraso do PDM levou a uma “malha desfragmentada”? Não. O PDM aparece em 1993. É revisto agora mas é um plano que esteve em vigor durante 20 anos. Não temos um Concelho desfragmentado, temos sim um Concelho disperso, com uma construção dispersa, que não está toda concentrada em grandes núcleos, vai-se dispersando ao longo das vias. Isto já acontecia antes do PDM. O nosso Concelho já é assim há muitos anos, é a realidade de várias décadas de desenvolvimento, e o PDM provavelmente não contrariou esta tendência. Devia ter tentado contrariar, mas não contrariou. Eram planos de primeira geração, era o que se fazia na altura, os especialistas indicavam aquele tipo de solução. Este novo PDM contraria, um pouco, a dispersão, fomentando e definindo mais centralidades, zonas residenciais, zonas rurais. Na Assembleia Municipal em que foi aprovado o PDM, o Bloco de Esquerda perguntou: Onde estão as zonas pedonais e as ciclovias? O PDM não tem de definir esse tipo de si-

tuações, mas estamos a tratá-las ao nível do Planeamento. Há vários projectos nesse sentido. Estamos a espreitar candidaturas para conseguir concretizar algumas ciclovias e zonas de circulação de modos suaves (bicicleta, patins, skate). Mas tem de ser em zonas perfeitamente definidas. Não acredito numa grande ciclovia para levar as pessoas a trabalhar de bicicleta, acredito mais numa ciclovia numa zona de lazer, até porque a nossa topografia não é plana, o nosso território tem algum relevo. Temos de atender a essas especificidades. Estamos a programar algumas ciclovias, zonas de lazer, que vão ter esse tipo de valência. O PDM está fechado, mas há questões que continuam a surgir, como o Túnel da Cruz. Como está o projecto? O Túnel da Cruz é uma obra que a Câmara da Feira tem vindo a reivindicar há longos anos, está em vários documentos enviados à Secretaria de Estado e ao Ministério, para requalificação da via Feira-Arouca. Entretanto, chegamos à conclusão que o projecto inicial não seria viável e introduzimos algumas alterações, como rotundas, abandonando o traçado novo que passaria por trás do Cash & Carry e iria até à A32. Deixamos cair esse troço em troca de uma reabilitação da actual via, que vai entrar em obras ainda este ano. Continuamos a bater-nos pelo Túnel da Cruz porque achamos que é a melhor solução. Os últimos contactos junto da Secretaria de Estado e da IP (Infra-estruturas de Portugal) dizem-nos que é uma obra muito cara e que, neste momento, não há disponibilidade. Vão avançar com a restante requalificação da via, mas o Túnel não avança nesta fase por falta de disponibilidade de verba. A IP apelou a que apontássemos soluções diferentes, mas continuamos a dizer que o Túnel para nós é essencial, queremos ligar as duas margens da cidade e achamos que só o conseguimos fazer através do Túnel. www.correiodafeira.pt

Os poucos transportes no Concelho continuam a ser um problema para a população. Como se resolve? As operadoras de transportes têm concessões dadas pelo IMTT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes]. Temos feito um acompanhamento e fizemos um levantamento de todas as carreiras. Estamos, neste momento, a inserir essas carreiras numa plataforma informática, o Move-me, disponível na Área Metropolitana do Porto (AMP), para que as pessoas, quando querem deslocar-se da Feira para o Porto, por exemplo, possam inserir o sítio onde estão e o destino, através de um tablet ou smartphone, e possam rapidamente perceber quais as carreiras que podem apanhar e quais os horários. Estamos a construir essa plataforma e estamos expectantes quanto ao plano de transportes que vai ser desenvolvido pela AMP. A competência da gestão de transportes passa para a AMP, que vai fazer um plano, e nós estamos a participar e vamos tentar que as operadoras do Concelho cubram de forma mais eficaz as necessidades das pessoas. Mas temos de ter noção de que a Câmara não pode, de um momento para o outro, acabar com as concessionárias e assumir uma rede de transportes municipal. Isso seria o descalabro, um prejuízo para o Município que nunca mais conseguiríamos controlar. Junto da AMP, estamos a desenvolver esse projecto e vamos ver o que conseguimos montar de acordo com as necessidades do nosso território. E o projecto do centro de transportes? Continuamos com o projecto de dois centros coordenadores: um em Santa Maria da Feira e outro na confluência de Fiães e Lourosa, para servir a população da zona norte. Apresentamos a ficha junto da AMP, identificamos essas duas necessidades, para ver a possibilidade de candidatura, e estamos a aguardar que haja verbas disponíveis. Só conseguimos fazer estes investimentos se tivermos fundos comunitários. Quais são as prioridades ao nível do Planeamento e Urbanismo para este mandato? Consolidar o que está desenhado no PDM, fazer alguns planos de pormenor e regeneração urbana para alguns centros de freguesia e definir áreas de reabilitação urbana no Concelho, para que possamos elaborar o nosso plano estratégico de desenvolvimento urbano e candidatarmos algumas obras aos quadros comunitários. Estamos a tentar acompanhar os fundos e a desenvolver estratégias para que possamos captar investimento. A próxima etapa são as áreas de reabilitação urbana e depois o desenvolvimento do plano estratégico, que tem de estar pronto até Setembro. 27.JUL.2015

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FREGUESIAS

CCAP muda-se para a Casa da Cultura

MPT CRITICA PREPARATIVOS DA VIAGEM MEDIEVAL SANTA MARIA DA FEIRA O MPTPartido da Terra de Santa Maria da Feira critica a forma como está a ser preparada a instalação eléctrica em todo o recinto da Viagem Medieval. “Foi com extrema revolta que o Partido da Terra constatou a forma como os cabos eléctricos, as caixas de tomadas e iluminação, são fixados às árvores” – aponta Daniel Santos, representante da estrutura partidária, continuando: “Em vez de

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Multibanco já serve população PIGEIROS A Junta da União de Freguesias das Caldas de S. Jorge e Pigeiros, em parceria com o Banco Popular, mais concretamente o Balcão de Mozelos, celebrou um protocolo para a colocação de uma caixa multibanco em Pigeiros. A estrutura já está instalada, estando já ao serviço da população. A Junta da UF salienta que a colocação de uma caixa multibanco é uma pretensão antiga da população. Publicidade

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TERMAS PRESENTEIAM AVÓS COM VALES DE DESCONTOS CALDAS DE S. JORGE Para assinalar o “Dia Mundial dos Avós”, as Termas S. Jorge propõem a acção “Porque a saúde não escolhe idades”, proporcionando benefícios financeiros aos avós e seus netos. Ao estarem representadas no evento “Dia metropolitano dos Avós”, que terá lugar hoje, segunda-feira, no Europarque, as termas vão também premiar seniores com um vale de desconto para a realização de uma terapêutica termal. É desta forma que as Termas S. Jorge, nas Caldas de S. Jorge, assinalam a data do “Dia Mundial

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toda a instalação ser fixada com cintas à volta das árvores, pregaram cabos eléctricos, tomadas e iluminação ás árvores. Quando falamos de pregar é com autênticas “talochas” e parafusos de dimensões assinaláveis”. O MPT salienta que esta situação tem sido recorrente ao longo dos anos, “mas parece que ninguém aprende, ninguém quer saber do atentado ás árvores recinto da Viagem Medieval”.

GIÃO O Centro Coordenador de Apoio Parental da FAPFeira está a funcionar temporariamente na Casa da Cultura de Gião, na Travessa do Calvário, no Lugar do Outeiro. Os pais/encarregados de educação e instituições que durante esse período necessitem dos serviços do CCAP, em particular de contribuir ou consultar a Bolsa de Manuais Escolares do Concelho, devem fazê-lo nas naquelas instalações. O CCAP está a funcionar das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. A FAPFEIRA, através do seu Centro Coordenador de Apoio Parental, disponibiliza aos vários agentes educativos do concelho, muito particularmente aos pais e encarregados de educação, vários serviços tais como serviços informativos sobre a rede educativa, redes sociais de apoio à parentalidade, direitos e deveres dos pais, dos educadores e dos filhos e oferta formativa; formações dirigidas à parentalidade, psicologia, entre outras.

dos Avós”, premiando-os com uma campanha promocional: um desconto de 15% na realização de uma série de 15 dias de tratamentos, em inscrições até sexta-feira. Os netos poderão também beneficiar das mesmas condições. Em norma, entre os meses de Agosto e Setembro, as Termas S. Jorge recebem um grande número de termalistas infantis, que antes do seu regresso escolar, efectuam uma terapêutica termal para prevenir os problemas respiratórios que mais se acentuam no Outono e Inverno. www.correiodafeira.pt

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Colégio reCusa aCusação de disCriminação de alunos

Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt

Santa Maria de LaMaS A mãe de um aluno de 11 anos, com diagnóstico de hiperactividade, acusa do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas de “discriminação de estudantes”. Em causa, está o facto de o seu filho não ter sido seleccionado pela instituição privada, segundo a mãe, por apresentar “dificuldades em cumprir regras”. A directora pedagógica do Colégio Liceal, Joana Vieira, refuta liminarmente a acusação. Isabel Faria é mãe de um menino de 11 anos que sofre de hiperactividade e que, actualmente, está a estudar na EB2,3 de Lourosa. “Por se tratar de um criança com dificuldades de aprendidagem e até com alguns comportamentos de risco, entendi que deveria inscrevê-lo noutra escola, por forma, a afastá-lo de elementos que podem prejudicar o seu percurso”, Ao ler uma brochura do Colégio de Santa Maria de Lamas percebeu que seria a opção ideal. “No mesmo dia, fui ao estabelecimento e efectuei a inscrição”. Dias depois, soube que o aluno não tinha sido aceite. “Quis saber a razão e foi com espanto que o funcionário dos serviços administrativos me respondeu que não foi aceite porque se tratava de um aluno com “dificuldades de aceitar regras” – relata a mãe. Um argumento que Isabel Faria não aceita e, por isso, apresentou queixa junto da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares ( DGEstE). “A seleccionar assim os estudantes, então sim, tenho de admitir que a eventual boa fama do colégio é feita logo na selecção dos estudantes que lá andam”.

Na sequência da queixa apresentada, o Colégio terá explicado, junto da DGEstE que o aluno em causa não foi aceite pelo facto de não se enquadrar no perfil de aluno com necessidades educativas especiais permanentes, conforme terá a mãe assinalado na sua ficha de inscrição. “Após verificação, concluiu-se que o aluno não se enquadra neste perfil e, por isso, não foi seleccionado” – explica Joana Vieira. A directora pedagógica salienta ainda que o colégio “não faz nem nunca fez qualqyer tipo de selecção discriminatória de alunos”. “Estamos sempre de portas abertas. Queremos alunos e vivemos para os alunos” – refere, explicando ainda que a hiperactividade “hoje em dia é um diagnóstico comum”. “Hoje, quase todos os alunos são hiperactivos. Temos imensos aqui no colégio” – diz, para evidenciar que esse nunca seria motivo para um aluno ficar do lado de fora dos portões da colégio. “Acho que há aqui um grande equívoco” – lamenta. A mãe, contudo, contesta a explicação da escola, salientando que apenas assinalou a prioridade 1, ou seja, “alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente”, por conselho do funcionário. “Sei muito bem o que são necessidades educativas especiais e sei que o meu filho não se enquadra”. A tese é também rejeitada por Joana Vieira e pelo funcionário. “Estamos muito tristes com esta acusação, porque,de facto, só quem não conhece o colégio é que

pode pensar que há aqui qualquer tipo de discriminação. Nós somos o oposto às escolas elitistas do Porto. Por isso, não estamos no topo dos rankings, porque aceitamos todos os alunos. Esta é uma

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escola da vida e entendemos que no convívio com a diversidade, com a diferença é que está a riqueza. Estamos aqui há quase 50 anos e nunca tivemos uma queixa desta natureza” – conclui Joana Vieira. Publicidade

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POLÍTICA

AMADEU ALBERGARIA CONGRATULA-SE COM DIA NACIONAL DO FOLCLORE PORTUGUÊS

O deputado do PSD Amadeu Albergaria congratula-se com a aprovação do projecto de resolução que institui o Dia Nacional do Folclore Português, do qual é subscritor. De acordo com a deliberação da Assembleia da República, o último domingo do mês de Maio será dedicado ao foclore. “Foi com particular agrado que subscrevi este projecto de resolução e, ainda mais, que o vi aprovado, atendendo à relevância que o folclore tem no movimento associativo do concelho de Santa Maria da Feira” – comentou o deputado feirense Amadeu Albergaria, para quem “o número de pessoas, incluindo muitos jovens, que dinamizam o folclore no concelho, pelo seu esforço de manter a tradição, merecia

este reconhecimento”. O texto aprovado sublinha que “o folclore representa conhecimento transformado em cultura de origem popular, constituída pelos costumes, lendas e tradições, e celebrada em festas populares, que passam de geração em geração”. E sustenta a tese: “Tradicional, porque passa de pais para filhos; oral, porque acessível a todos; anónimo, porque não tem autor mas é de todos; funcional, porque aproxima a comunidade e fortalece os laços entre os seus membros; espontâneo, porque é culturalmente dinâmico e não pode ser institucionalizado. Por todas estas características, o folclore é, de certo modo, o veículo através do qual a herança dos nossos antepassados

chega até nós”. “O saber do povo português está, em grande parte, guardado no folclore. É, aliás, essa mesma a raiz da palavra ‘folclore’, que liga dois termos ingleses - ‘folk’ e ‘lore’ - que significam, respectivamente, ‘povo’ e ‘saber’. Ou seja, enquanto expressão do saber tradicional de um povo, o folclore tem um valor inestimável de identidade nacional e deve, como tal, ser preservado” – lê-se no projetco de resolução aprovado. Ao explicar a instituição do Dia Nacional do Folclore Português sublinha que “assinalar a sua importância não se limita a apreciar o folclore enquanto género cultural, mas sobretudo a celebrar o que nos define como portugueses”.

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Projectos de resolução em defesa da unidade de saúde de mozelos e do Gasj aProvados

Os projectos de resolução em defesa da Unidade de Saúde de Mozelos e do Gabinete de Atendimento à Saúde Juvenil (GASJ) de Santa Maria da Feira foram aprovados na Assembleia da República. As iniciativas dos grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP recomendam ao Governo a manutenção da extensão de saúde e que avalie a reabertura do GASJ. No caso da unidade de saúde, o projecto de resolução recomenda a contratação dos dois médicos em falta, atendendo à dimensão da freguesia que serve. O documento aprovado propõe ao governo duas vertentes de intervenção – que garanta a manutenção, em funcionamento pleno e que preencha, com urgência, o quadro médico, contratando dois médicos em regime efectivo, substituindo os que se aposentaram em 2014.

“A vila de Mozelos tem cerca de 8.000 habitantes e o número de utentes só tem vindo a diminuir devido à recusa de novas inscrições desde há algum tempo, precisamente pela situação precária em que se encontra a unidade de saúde em termos de quadros médicos” – lê-se no texto que suporta a iniciativa parlamentar. Recorde-se que a Unidade de Saúde de Mozelos perdeu dois dos seus três médicos, que no segundo trimestre de 2014 deixaram o serviço, por aposentação. Desde aí, “tem sido com grande dificuldade que presta serviço aos utentes, que, no lugar de encontrarem acolhimento são confrontados com um aviso aconselhando-os a procurar a unidade de saúde mais próxima” – relatam os deputados no projecto de resolução. Quanto ao GASJ, os grupos par-

lamentares do PSD e do CDS-PP reconhecem a “importância deste Gabinete de Atendimento à Saúde Juvenil e sabem da vontade da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira em manter a parceria que concretiza a existência deste serviço”. O projecto de resolução recomenda ao Governo que, num contexto de diálogo e parceria entre o Município e o ACES Feira/Arouca, avalie a reabertura do serviço. O GASJ vinha funcionando desde 2005 no Agrupamento de Centros de Saúde de Santa Maria da Feira e Arouca (ACES), tendo sido encerrado a 31 de março deste ano. Os adolescentes servidos pelo GASJ foram, então, encaminhados para as unidades de saúde que servem as suas localidades, para orientação. Por outro lado, os parlamentares subscritores da iniciativa defendem

um estudo do “modo de funcionamento no sentido de melhorar ainda mais o serviço que vinha prestando aos jovens” e que seja “reaberto o GASJ e, em parceria com a Câmara Municipal, proceda a uma campanha de divulgação da sua reabertura e dos serviços que presta, em particular junto das escolas”. De acordo com o protocolo celebrado em 2005 entre a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e a Administração Regional de Saúde, aquela garantia o espaço para funcionamento do GASJ, enquanto esta disponibilizava os meios, humanos e materiais. O GASJ atendia, de forma confidencial, gratuita e desburocratizada adolescentes e jovens, nomeadamente em questões como a sexualidade, a promoção de comportamentos e atitudes na área da saúde. Publicidade

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MORADORES DE SANTO ANDRÉ RECLAMAM INTERVENÇÃO PARA REDUZIR ACIDENTES Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt

SANTA MARIA DA FEIRA Os moradores do lugar de Santo André, em Santa Maria da Feira, dizemse indignados com a inércia das entidades competentes perante o número de acidentes que acontece, por ano, no cruzamento, junto à capela. Na última sexta-feira, dois veículos embateram. Os bombeiros da Feira foram chamados ao local e tiveram de usar o carro de desencarceramento para retirar um dos feridos. Os moradores reclamam alterações na postura de trânsito, mas a Câmara vai avisando que aquela é uma via da responsabilidade da Estradas de Portugal.

“Há 16 anos que acontecem aqui acidentes. São uma média de 20 por ano” – salienta João Andrade. O morador residente mesmo junto ao cruzamento, e tal como aconteceu neste acidente, conta que são poucos os embates em que os carros não venham a colidir com o muro da sua casa. “Não me preocupa tanto os estragos, preocupa-me as centenas de vidas que aqui já estiveram em perigo” – salienta. João Andrade diz-se inconformado com a “inércia da Câmara Muncipal que, conhecedora da situação, nada faz para salvar vidas”. “Porque é

disso que se trata aqui. Ainda há pouco tempo, uma senhora com um bebé de meses envolveu-se também num acidente. Cheguei a levá-la para dentro da minha casa, tal era o seu estado de pânico” – relata. João Andrade diz ter já escrito dezenas de cartas quer ao município feirense quer à Estradas de Portugal. “Apenas recebo respostas irónicas, vazias. Deve ser porque não passo de um cidadão, não sou alguém importante” – reage. O muro da sua casa, entretanto, conserva muitas das marcas dos embates que tem sofrido. “Os

JSD ao lado de Amadeu Albergaria

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A primeira edição do Lamas Sound Fest, organizado pela Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas revelou-se um sucesso. O recinto estava cheio para ver passar nomes importantes da música portuguesa.

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O folclore, a romaria e as associações animaram o último fim-de-semana em Espargo. O bom tempo ajudou à festa e foram muitas as pessoas que saíram à rua para se juntarem aos festejos da terra. 14

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meus netos estão proibidos de brincar na parte da frente da casa. Mas, a verdade, é que tenho direito a usar toda a minha residência” – aponta. Vitor Marques, vereador responsável pela Rede Viária, admite que o cruzamento peca por “alguma falta de visibilidade”, mas realça que “são muitos os condutores que não obedecem ao Stop”. “Em todo o caso, poderemos ver junto das Estradas de Portugal se se há possibilidade de alguma intervenção, visto que a Câmara não pode ter ali qualquer acção sem a autorização daquele instituto”- conclui.

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A Comissão Política de Secção da JSD de Santa Maria da Feira deliberou, em reunião, o apoio a Amadeu Albergaria como candidato a deputado nas próximas eleições legislativas. Este apoio, segundo a JSD, surge na proximidade que “sempre demonstrou com a população feirense e em especial com a juventude”. Além disso, “enquanto deputado teve um papel exemplar na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, assim como como vice-presidente da Bancada Parlamentar do PSD”. A JSD salienta ainda a estratégia que implementou enquanto presidente da Secção do PSD de Santa Maria da Feira “que permitiu ao PSD vencer com maioria absoluta as eleições autárquicas de 2013”.


(re)DESCOBRIR

Mercearia Ti Lourosa abre as porTas aos carenciados

Inovadora no Concelho, a mercearia social quer dar mais dignidade aos que passam dificuldades económicas, deixando-os fazerem a sua própria lista de compras. Abriu a 28 de Junho e, graças aos donativos angariados, apoia, neste momento, 80 famílias.

LOUROSA As prateleiras estão cheias. Há leite, cereais, arroz, azeite, óleo, manteiga. Destacam-se, sobretudo, a variedade de conservas: milho, feijão, atum, tomate. Menos essenciais, mas apelativos pelo seu doce sabor, a gelatina, o chocolate em pó ou os sumos também não faltam, assim como a taça de rebuçados que saúda quem entra no espaço. Todos juntos, compõem a Mercearia Ti Lourosa, a primeira mercearia social no concelho de Santa Maria da Feira. “Surgiu na sequência do Fórum Social, que trabalha os problemas da freguesia. Visitamos uma mercearia social em Carcavelos e achamos que reuníamos as condições necessárias para implementar a ideia aqui em Lourosa” – diz uma das responsáveis pelo projecto, Márcia Domingues. Aproveitando as instalações do Centro de Actividades Sociais e Associativas (CASA), em frente ao estádio de futebol, a mercearia social abriu no dia 28 de Junho, aquando do Mosaico Social. O valor angariado no evento permitiu encher o stock e a população aderiu logo à ideia. “Acham muito interessante e alguns já vieram cá” – conta Márcia Domingues. A cargo da gestão da mercearia, estão o Centro Social e o Grupo Sócio-Caritativo, as duas instituições que dão apoio em bens alimentares. Em conjunto, ajudam 80 famílias. E como funciona a mercearia? “Cada família tem um cartão com x créditos, de acordo com os critérios da acção social. Ao género alimentício correspondem x créditos. Quando compram o produto, descontamos os créditos” – explica Márcia Domingues. Uma forma de “responsabilizar” as famílias pela sua gestão doméstica. “É mais digno se vierem ao espaço e decidirem o que necessitam, em vez de nós impormos” – afirma a técnica, acrescentando que “ao ser atribuído um valor ao alimento é como se fossem comprar ao supermercado”.

Programa de gestão lourosense Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

A gestão é feita com base num programa informático idealizado por dois jovens lourosenses. “Facilita a gestão pois permite o cruzamento de dados. Podemos ver a constituição do agregado familiar, as idades, é muito interessante” – refere. As famílias, www.correiodafeira.pt

que já eram apoiadas, continuam a receber a ajuda, mas de uma forma diferente. Os bens alimentares, esses, têm de se continuar a angariar. “Com iniciativas de recolha” – diz. Mais fáceis de conseguir são os enlatados e mais difíceis os congelados. “Precisamos também de produtos de higiene, para bebés e lacticínios” – acrescenta. Quem quiser ajudar, pode deixar o seu donativo na Junta de Freguesia ou no Grupo Sócio-Caritativo. Uma nova hipótese para conseguir alimentos está em cima da mesa. “Com as hortas de Lourosa, estamos a estudar a possibilidade de uma troca de produtos. Por exemplo, a família que cuida da horta precisa de arroz, nós damos arroz e, em troca, eles dão-nos o que cultivam, por exemplo, couves” – especifica. Uma mercearia que ainda “não está a 100%” mas, assegura Márcia Domingues, está nos “últimos acertos”. “Estamos a finalizar o programa informático” – adianta. A técnica fala de uma realidade cada vez mais difícil. “Muitas famílias da classe média vêm ter connosco com situações graves e nem sempre podemos dar a resposta adequada” – lamenta. A pobreza envergonhada continua. “Tentamos sensibilizar, dizer que é só uma fase que estão a passar” – afirma. O presidente da Junta, Armando Teixeira, não esconde a satisfação com a Merceria Ti Lourosa. “Tenho orgulho na freguesia por abraçar esta ideia” – refere, adiantando que até o espaço onde se encontra é emblemático pois, antigamente, “no tempo do Estado Novo”, servia de cantina. “Era a casa dos pobres. Estamos a honrar o espaço” – diz. O autarca, que preside o Fórum Social, está a tentar, junto dos empresários locais, ver a possibilidade de apoios para este projecto que tem pernas para andar. Além da mercearia social, Lourosa tem outras respostas sociais, como as hortas sociais (no total de 18, já todas ocupadas), o projecto educativo (voluntários que dão apoio a crianças com dificuldades na escola) e as residências partilhadas, que arrancam assim que possível (dando resposta na habitação social a famílias unipessoais). A Cidade Capital da Cortiça é a primeira a receber uma mercearia social, mas outras podem seguir-lhe, em breve, como Canedo e S. Paio de Oleiros, que estão “em fase embrionária”. 27.JUL.2015

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SOCIEDADE 16

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Risos e muitos afectos nas festas dos centRos infantis Os dois Centros Infantis geridos pela A Mutualidade de Santa Maria assinalaram o final do ano lectivo, mostrando que o talento não tem idade. Houve música, dança e muitos sorrisos, num fim-de-semana em que as crianças foram o centro de todas as atenções. No Centro Infantil de Lourosa, a festa fez-se ao final da tarde do dia 17 de julho, com a actuação das várias classes, desde a Creche ao Centro de Actividades de Tempos Livres (CATL), passando pelos Finalistas do Ensino Préescolar, e os mais pequenos puderam dar provas do trabalho desenvolvido ao longo do ano não só com as equipas educativas mas também nas actividades extracurriculares (AEC) de Inglês, Dança ou Expressão Corporal. A directora técnica, Susana Correia, disse que este é um momento para o Centro Infantil mostrar o que foi feito durante todo um ano lectivo, nas diferentes salas (Creche, Pré-escolar e CATL), e ao nível das diversas AEC. Um dos aspectos que destacou do ano que agora termina foi o início de um projecto, implementado

em parceria com o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), destinado a promover a integração e a autonomia de crianças com limitações cognitivas ou funcionais. “Temos tido uma procura crescente, e o projecto de apoio a meninos com necessidades especiais é particularmente desafiante. Estou muito satisfeita com o que foi desenvolvido, e o desejo é continuar a cativar e a ter a confiança dos pais, e a trabalhar na integração destas crianças” - diz. “Uma casa cheia é a prova de que o trabalho desta instituição e deste projeto, em particular, com respostas no domínio da fisioterapia, tem agradado a miúdos e graúdos” - acrescenta.

Centro Infantil da Feira

Sábado à tarde foi a vez da pequenada do Centro Infantil de Santa Maria da Feira se reunir, mostrar os seus talentos e, em alguns casos, despedir-se, agora que irão entrar numa nova etapa. Isabel Sá, Diretora Técnica, defendeu que a

moRte de tRabalhadoR vai a julgamento Fornos O Juiz de Instrução Criminal da Feira pronunciou uma empresa de construção civil e dois funcionários por um crime de infracção das regras de segurança, no caso de um operário que morreu soterrado quando trabalhava numa vala. O acidente ocorreu a 27 de Agosto de 2010, em Fornos, durante a obra de execução dos interceptores da Lage e do Caster, adjudicada pela SIMRIA - Saneamento Integrado dos Municípios da Ria. Segundo o despacho de pronúncia, citado pela agência Lusa, os arguidos são o encarregado da obra e o chefe da equipa, além da própria empresa de construção civil contratada para realizar a empreitada. A vítima estava a trabalhar no período nocturno com alguns colegas na operação de aterro e retirada de entivações de uma vala que tinha cerca de três metros de altura, quando ocorreu um desabamento de terras que a soterrou completamente.

O despacho de pronúncia refere que a operação “era de risco especial pelo que impendia sob a entidade empregadora a obrigação de desenvolver um plano de segurança no sentido de adoptar procedimentos de modo a mitigar aqueles riscos”, o que não aconteceu. “Os arguidos sabiam que a execução dos trabalhos naquele horário violaria os limites correspondentes ao período normal de trabalho dos operários em causa, conformandose com o cansaço dos trabalhadores envolvidos bem como com um deficiente cumprimento das regras de segurança, o que poderia colocar em risco a vida dos trabalhadores” - acrescenta o documento. O coordenador e o director da obra também foram acusados pelo Ministério Público pelo mesmo crime, mas o juiz de instrução decidiu não pronunciá-los, considerando que não foram recolhidos indícios suficientes para os levar a julgamento. www.correiodafeira.pt

festa final é o culminar de um percurso muito importante na vida das crianças, marcado pelos afectos, carinho, dedicação e entrega das educadoras, mas também dos pais. O objectivo é continuar a dar a resposta que as pessoas esperam e ter a preferência dos pais. Para isso, aposta numa equipa pedagógica de excelência e espera uma requalificação de um espaço que tem mais de 40 anos, que não está totalmente adaptado às necessidades de um Centro Infantil. “Gostaria de ver uma obra profunda de requalificação dos edifícios, mas mantendo o mesmo nível e qualidade de ensino, e a equipa que está nesta casa. Precisamos de outro tipo de infraestruturas, para que possamos ter, cada vez mais, um serviço de excelência”. Entre as actuações, a animação das famílias, a presença dos amigos e os projectos para o futuro destes talentos de palmo e meio, ficou a certeza de que os pais querem continuar a ligação para o próximo ano.

mais de seis mil avós juntam-se hoje no europarque Espargo O Europarque, em Espargo, acolhe hoje, segunda-feira, das 13h00 às 17h00, a 9ª edição do Dia Metropolitano dos Avós, organizada pela Área Metropolitana do Porto (AMP). A iniciativa vai juntar mais de 6000 avós dos municípios da AMP no concelho de Santa Maria da Feira, assim como os presidentes de câmara e vereadores de Acção Social. Hermínio Loureiro, presidente do Conselho Metropolitano do Porto, e Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, serão os anfitriões. O Dia Metropolitano dos Avós pretende chamar a atenção para o papel dos avós na família e na sociedade e tem como objectivos valorizar o seu papel, enquanto cidadãos activos e participativos nas dinâmicas comunitárias; valorizar o trabalho desenvolvido com a população sénior pelos diversos grupos e associações de voluntariado local e promover a interculturalidade e intermunicipalidade, enquanto pressupostos de coesão territorial. O evento terá diversas actividades. Contará com a participação de grupos locais de animação e música e terá a presença do cantor Quim Barrreiros.


Campanha dos afeCtos quer reduzir Casos de maus tratos nos idosos Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt

Abandono, negligência, violência psicológica e até física, cada vez mais, fazem parte do dia-a-dia dos idosos. É esta a conclusão de um estudo realizado, durante quase um ano, pelo Fórum Sénior de Santa Maria da Feira. Horácio Sá, responsável pelo fórum, salienta que a temática dos idosos merece, por isso, cada vez mais a atenção de todos e, nessa perspectiva, juntamente com os seus pares, está já a preparar uma campanha de sensibilização que visa, sobretudo, a prevenção. A solução está, segundo Horácio Sá, nos afectos. “O amor pode mudar muita coisa”. O Fórum Sénior foi criado em 2012 e é dos poucos, senão o único, do país que é constituído por um grupo informal de cidadãos, portanto, não está sob a acção directa do município. “Isso tem-nos permitido ganhos muito positivos. Não temos dinheiro, não somos um órgão executivo, mas ganhamos em liberdade para apontarmos tudo o que está mal e o que está bem” – diz o presidente. O fórum, que conta com a colaboração da PSP, GNR, ACES (Centro de Saúde), Segurança Social, Divisão Social do Município, e um grupo de técnicas, tem como missão manter o contacto estreito com os idosos, ouvi-los

e perceber, de facto, quais são as suas necessidades. “Ouvimos também quem com eles trabalha e, através desta acção, ajudamos o município a criar iniciativas e políticas que conduzam à resolução efectiva de problemas. Somos, portanto, um grupo de influência” – explica Horácio Sá. O presidente do fórum realça que os resultados do estudo levado a cabo mostram uma realidade concelhia preocupante no que toca aos idosos. A violência psicológica, o abandono, a negligência e até alguma violência física são realidades bem presentes na vida de muitos idosos. “É urgente tomar medidas, mas medidas de prevenção. Os idosos que estão nesta situação, estão sinalizados e estão já a ser acompanhados pelas instituições. Preocupa-me é os seniores. E é por eles e com eles que temos de agir”. O primeiro passo será o lançamento de uma campanha de sensibilização que visa a prevenção. “Vamos fazer uma campanha pela positiva, mostrando que os afectos são o mais importante. Acho que esta é a via para o sucesso”. Vamos juntar gerações, vamos mostrar que os afectos são importantes, vamos envolver as escolas, envolver a comunidade e todas as instuições que trabalham com os seniores”. Mas há muito mais trabalho pela frente. A campanha é um primeiro passo para aquilo que, segundo

Horácio Sá, deveria ser feito em matéria de políticas concelhias dirigidas para os mais velhos. “É importante olharmos para os centros de dia e percebermos que já não estão a responder eficazmente. Ou seja, os centros de dias, fruto das circunstâncias do país, da falta de dinheiro, estão cheios de idosos, de gente com grande falta de mobilidade. São como que estações de espera da morte ou de ir para o andar de cima, os lares. Portanto, deixaram de responder à função primeira para que foram criados, ou seja, de serem espaços de convívio, de lazer, de saberes, de aprendizagens. Já não são atractivos para os seniores, pois já lá não encontram nada que os atraia” – avança. Na perspectiva do responsável, perante este facto, é urgente e importante criar um projecto que envolva todas estas pessoas que, embora já não se encontrem a trabalhar, estão activas e podem ter papéis predominantes na sociedade. “Temos pelo nosso concelho imensas universidades e bibliotecas ambulantes, homens e mulheres que podem dar muito, mas não temos sinergias que aproveitem isso” – evidencia. Por isso, considera que deveria ser estudado um projecto global que colocasse “todo este saber” ao serviço da sociedade, permitindo, ao mesmo tempo, a valorização dos mais velhos. “Ainda não temos trabalho para mostrar, mas é nisso

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que estamos concentrados. Este é o caminho” – aponta, dando como exemplo, a Orquestra de Música de Papelão, existente na América Latina, e que é dinamizada por professores e músicos reformados que, assim, de forma voluntária, ensinam música aos mais novos. “Este projecto é um sucesso e como este poderíamos ter muitos. Deve ser algo bem organizado e estruturado, que se prolongue no tempo. Não basta chamar, de vez em quando, um sénior a uma escola para falar sobre a sua experiência de vida”. No fundo, “não queremos que os nossos idosos assistam somente à peça de teatro, queremos que subam ao palco e que sejam actores”. Horácio Sá considera que a base de qualquer projecto deve assentar no afecto, na recuperação do papel que o avô e a avó tinham na família, na sociedade. Se conseguirmos isto, temos grande parte da conquista feita. E não custa dinheiro, não são precisos fundos comunitários. Urge apostar nas pessoas”. E isso inclui também saber ouvir os mais velhos, perceber o que querem. “E nesse aspecto também o fórum tem de aprimorar os seu métodos de auscultação. Admitimos que ouvimos muito quem cuida dos idosos. Precisamos de ouvi-los mais para que as nossas respostas possam pôr fim a esta chaga que é a falta de amor para com quem tem mais idade”. 27.JUL.2015

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D. FLORENTINO

MeMórias de uM enriquecedor convívio Gil Pereira Moreira dos Santos É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa em 19 de Julho de 1962. Ingressa na Magistratura em 30 de Agosto de 1962.

Eliminado que fui, por Ele, numa sessão de um Congresso Eucarístico, nos meus verdes 10 anos, “vinguei-me”, 17 anos depois, casando com uma Sobrinha Sua. Consequentemente, foi após 1968, que comecei a conhecer de perto Aquele que era Administrador Apostólico da Diocese do Porto, em público, e um discreto cidadão, em família. Apercebi-me da singeleza no trato, na formação pelo exemplo, sendo essencial o carinho dos e para com os familiares, d’Ele, que preconizava que a família deveria ter um “sadio ambiente, em que as personalidades desabrochem com naturalidade e confiança e se forme no justo sentido da liberdade e da responsabilidade, sob o calor de um afecto sincero, temperado de respeito e autoridade”. Este pensamento era a tradução do amor extremoso que, pelo que Lhe ouvi e a minha Mulher, recebera da Mãe. A Sua Mãe, como a Nossa Senhora, votava veneração, dela realçando a ternura, a inteligência e o sacrifício, que, como os demais Filhos (16, ao todo, e 10 sobrevivos, dos quais ainda conheci 7, tendo presidido ao enterro de quase todos e da Mãe), d’Ela recebera ao longo da vida. Esta ligação – com origem no amor da Mãe, cujas qualidades, aliás, sempre vi exaltadas nas gerações da Família com que privei e ainda hoje privo – fazia com que a casa de Mosteirô, fosse por isso, como é ainda hoje, razão de saudade, local de desejado encontro quase semanal entre eles, levando a sedimentar a procura e a oferta do convívio com os Irmãos, que sempre O acolheram nas alturas em que necessitou de repouso, assistência ou amparo psicológico ou ainda hospedagem que, todavia, repudiou quando percebeu que tal iria deixar de ser transitório. Com a abertura que nem sempre souberam reconhecer-Lhe, mediou confrontos de gerações, em que à irreverência dos comentários de Sobrinhos, sobre momentos e figuras ligados à religião e à Igreja – uns relacionados com estabelecimentos que frequentaram – outros no uso de expressões com cunho histórico, se contrapunha a religiosidade extrema dos ascendentes destes, altura em que, apontando o exagero das expressões, fazia acompanhar de um sorriso, a interjeição “ tchhh!”, a indicar que o assunto não merecia ter relevância, antes compreensão pela irreverência. Isso correspondia àquele juízo que tinha sobre a juventude, que, já então, sendo apodada de “indócil ou irreverente [quando] age em repúdio de tudo quanto seja expressão da ordem estabelecida, de senso comum, de tradição aceite e respeitada…[o faz] em acusação, insurge – se em represália contra um mundo materializado, roído de egoísmos …mundo enoitado sobre o qual não se vê brilhar as estrelas”. Mesmo em momentos litúrgicos a que presidiu, parecendo terse esquecido de uma dada frase do texto respectivo, estava a respeitar a liberdade de opções subjacentes às declarações que cada Um (a) devesse assumir, desde que isso não representasse a lesão da essência e a solenidade do sacramento – o que n’Ele nunca seria possível. Mantendo, em família, um coloquiar sereno, sempre ocultou – mesmo após a sua resignação e retiro em S. Tirso – o muito que, em termos de informação bibliográfica e serviço às Dioceses,

praticou e veio a deixar, quando as abandonou como Pastor e responsável, e de que Outros puderam assumir-se. O exemplo discreto de grandeza cristã e de concretização da doutrina do Concílio em que participou, recordo-o, quando, no momento em que deixava o governo da diocese do Porto, fez pública exortação à unidade da mesma “em torno do seu bispo”, que regressava, o mesmo, aliás, que O confirmara para Bispo. Se é certo que não me recordo de qualquer reciprocidade, nem qualquer alusão à obra que deixava, e que não se podia ocultar, tenho, todavia, a certeza de nunca ter ouvido qualquer alusão a essa omissão do parte do “Tio Tino”, como era familiarmente tratado. Aquele que era considerado como uma personalidade distante, era figura que gostava de um convívio aberto, como presenciei, na “barra” de um snack-bar em Grândola, nos anos do PREC, numa viagem, em período de férias, de Faro para São João da Madeira, em que, diante a uma caneca de cerveja, que fez questão de pagar, e uma garrafa de águas, respectivamente, um grandolense, defensor das conquistas da reforma agrária, discutiu, durante meia hora, com um cidadão de preto, de cabeção, sobre os “malefícios” da “padralhada” e da Igreja. Aquilo que, para Ele, era a noção de dever e função, revelou-o quando, após um acidente cerebral que reduziu em cerca de metade o campo visual, aceitou assumir o governo de uma diocese, em vez de resignar e retomar o desígnio inicial para a sua vocação, afirmando a Seus familiares que, porque “escolhido” por Deus e para servir, era “preferível viver 5 anos a 100%, que 10 a 50%”. O período em Fontiscos foi o de reencontro com a Sua biblioteca particular, a partilha de ensinamentos e salutar convívio com quem O procurasse e a permanente disposição para ajudar os demais por obras e pela oração.

Cerimonia Religiosa de Homenagem a D. Florentino de Andrade e Silva No ano em que se comemora os Cem Anos de Nascimento do Senhor D. Florentino de Andrade e Silva, a Paroquia de Mosteirô irá celebrar, no dia 12 de Agosto, uma cerimónia religiosa presidida por Sua Exa. Reverendíssima o Senhor D. António Francisco dos Santos, Bispo da nossa Diocese. Após a cerimónia irá decorrer um jantar convívio junto da igreja de Mosteirô. Para os interessados em participar neste jantar convívio, solicita-se a inscrição na secretaria da mesma igreja. 18

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CULTURA

GRUPO CORAL E LITÚRGICO CONVIDADO PARA CONCERTO EM ROMA MILHEIRÓS DE POIARES O Grupo Coral Litúrgico de Milheirós de Poiares foi convidado pelo IPSAR - Instituto Português de Santo António de Roma para um concerto que decorrerá no dia 7 de Dezembro e para animar o coral na missa no dia seguinte (8 de Dezembro). Os concertos integram-se nas celebrações da Festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal, que acontecerá na Igreja de Santo António dos Portugueses em Roma, Itália. O grupo diz-se orgulhoso com o convite e está, por isso, a angariar fundos para custear a viagem, apelando, por isso, à

generosidade da população. O Grupo Coral Litúrgico de Milheirós de Poiares foi fundado em 1972, tendo como objetivo principal a participação nas celebrações litúrgicas da paróquia. É composto, actualmente, por 30 elementos, em que metade dos quais são jovens que frequentaram o Coro Infantil e Juvenil da paróquia. Tem um ensaio semanal de duas horas. Já participou em vários Encontros de Coros na região, bem como nas datas mais significativas do Coro da Sé Catedral do Porto: Concerto Comemorativo do 10º Aniversário, com “Benedicite” de Praetorius, no 100º Concerto

e no Concerto de Encerramento do 25º Aniversário, com a Cantata “ O Paraíso”, do Rev. mo Cón. Ferreira dos Santos. Participou ainda nos sábados de “Silêncio, Canto e Oração” realizados na Sé Catedral do Porto. Integrou-se na recepção feita a Sua Santidade o Papa João Paulo II, quando este visitou o Porto e esteve presente na inauguração do grande Órgão de Tubos da Sé Catedral. Em 1991 participou no Jubileu Episcopal de D. Júlio Tavares Rebimbas, Arcebispo-Bispo do Porto, no “Cântico da Criação”, Cantata do Revº. Cón. Ferreira dos Santos. Apresentou a Cantata “ O Bom Pastor”, da autoria do Cón. Fer-

Roberto Vaz de Oliveira evocado na “Fogaça com Palavras” SANTA MARIA DA FEIRA A Confraria da Fogaça promoveu mais um dos seus jantares temáticos “Fogaça com Palavras”. O evento realizou-se num dos restaurantes da cidade de Santa Maria da Feira em que a ementa, desde a entrada ao prato principal e sobremesa, teve como presença obrigatória a Fogaça. Para complementar esta experiência dos novos sabores degustados, a confreira Joana Vaz de Oliveira falou sobre a vida e a obra do advogado, Roberto Vaz de Oliveira. Foi um momento especial, já que a confreira Joana é neta

desta personalidade feirense. Com emoção e conhecimento, a confreira Joana exprimiu as várias vertentes da vida de Roberto Vaz de Oliveira: profissional, política e familiar. Foi, no entanto, a parte familiar que a Joana referiu com maior relevância. A mestrança agradece a todos os que aceitaram o convite para este evento e, “de forma muito especial” à confreira Joana Vaz de Oliveira “que com a sua disponibilidade e simpatia partilhou com todos os presentes, momentos da vida do seu avô, Roberto Vaz de Oliveira”.

reira dos Santos com outros Coros da região, nas comemorações do seu 20º Aniversário e, no Grande Auditório de Vilar, nas Bodas de Ouro Sacerdotais do Rev.mo Senhor Arcebispo, Bispo do Porto. Esteve presente na 1ª Assembleia Diocesana de Coros, na Nave Desportiva de Espinho. Fundou o Coro Infantil e Juvenil que, neste momento, está a proporcionar a todos os seus elementos formação musical, litúrgica e espiritual. Os dois coros participam em conjunto na Celebração da Eucaristia Dominical e nas principais festas litúrgicas da paróquia. É dirigido desde 1976 por Clarinda Perestrelo L. Ferreira.

Inscrições abertas na Tuna MOZELOS A Tuna Musical Mozelense mantém abertas as inscrições de novos alunos, bem como, a renovação de matrículas para o ano lectivo 2015/2016. Os interessados deverão dirigirse à secretaria, das 18h00 à 19h30, de segunda a sexta-feira, ou contactar os telemóveis 969 800 216 ou 965 331 104. A associação oferece uma nova dinâmica de ensino da música que é a Class Band, mantendose a anterior e tradicional.

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O parque de lazer do Outeiro, em Milheirós de Poiares, ganhou nova vida, com a quarta edição do “Outeiro conVida” que decorreu no último fim-de-semana. As actividades de lazer estiveram em destaque com gaivotas no rio, jogos tradicionais, ensaio aberto d´A TRuPe- Animação, Teatro de Rua e Percussão. Houve ainda tempo para conversas informais e um espetáculo de humor intitulado “Isto Pode Não Ter Piada Nenhuma!”, pela dupla de humoristas Sousa & Ruela. www.correiodafeira.pt

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AulA vivA de históriA ArrAncA estA quArtAfeirA com A viAgem medievAl

A partir de quarta-feira e até 9 de Agosto, Santa Maria da Feira e o seu castelo medieval recuam ao século XIII e ao reinado de D. Afonso III, Rei de Portugal e do Algarve, para a 19ª edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. Passaporte para uma viagem única pelas vivências da Idade Média, a Viagem Medieval proporciona uma completa aula viva de História, onde o visitante também pode participar nos grandes momentos de animação e recriação. Cruzando história, património, animação e gastronomia, a Viagem Medieval oferece produtos turísticos inovadores, como o Bilhete Experiência, que proporciona momentos únicos a quem quer viver o evento de forma mais intensa e sensorial. Considerada o maior evento de recriação histórica medieval da Península Ibérica, a Viagem Medieval estende-se por 12 dias consecutivos, no centro histórico de Santa Maria da Feira.

É o passaporte para uma viagem no tempo que jamais se esquece. Acontece em Santa Maria da Feira, todos os anos. A Viagem Medieval já começa a ganhar forma. Os preparativos estão a decorreu no centro histórico da cidade que a partir de quartafeira recua até ao século XIII, ao reinado de Afonso III, Rei de Portugal e do Algarve.

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Contexto histórico

A viagem pelo tempo propõe, em 2015, conhecer o reinado de D. Afonso III – rei de Portugal e do Algarve. Enquanto filho segundo, o jovem Afonso, sem pretensões ao trono, decide viver na corte de sua tia D. Branca, em França, colocando-se ao serviço do primo Luís IX. Adquire o título de conde, pelo casamento com Matilde de Bolonha, e transforma-se num grande cavaleiro e num verdadeiro senhor feudal. Em 1246, o reino português encontra-se em completa anarquia, obrigando a Santa Sé a intervir. O papa retira a governação a D. Sancho II e nomeia governador e defensor

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do reino o seu irmão, conde de Bolonha, que recebe a coroa em 1248, após a morte do rei. A vontade de D. Afonso III, o Bolonhês, é, desde cedo, muito clara no que respeita à expulsão dos infiéis do território, à reposição da ordem pública e social e à administração do reino. Aplacados os conflitos, D. Afonso III investe na conquista do Algarve e com alguma facilidade expulsa os mouros do território. Mais difíceis seriam as batalhas políticas e diplomáticas travadas com seu primo, Afonso X de Castela, que só terminam em 1267, com a assinatura do Tratado de Badajoz, reconhecendo a D. Afonso III o domínio de todo o Algarve. É a partir de 1268 que D. Afonso III se intitula Rei de Portugal e do Algarve. Em termos de política interna, toma uma série de medidas que vão reforçar a autoridade régia e favorecer o caminho para a centralização do poder e a consolidação da monarquia feudal. Promulga, em 1251, o primeiro decreto régio contra roubos e violências, protege a actividade mercantil e manda fazer inquirições por todo o reino. Em 1254, convoca as Cortes, chamando pela primeira vez os representantes dos concelhos, pois entende que as ordenações, para serem recebidas por todos, também devem ser deliberadas por todos os da Cúria Régia: “faz tudo com conselho e nunca te arrependerás”. É também um homem das artes, que absorveu o que de melhor se fazia em França, fazendo da sua Corte um centro cultural de relevo, estimulando a produção da canção trovadoresca e fomentando os romances de cavalaria.


Nos últimos anos da sua vida, apesar de doente, resiste aos dissabores fomentados pelos seus bispos, tendo a virtude de partilhar a administração do reino com o seu sucessor e primogénito, o futuro rei D. Dinis.

Espectáculos e recriações

Ao longo dos 12 dias da Viagem Medieval, o centro histórico da cidade transforma-se para acolher vários espectáculos de recriações históricos que prometem levar os visitantes a verdadeiras viagens no tempo. “O Último Reduto”, um espectáculo de grande formato, abre a Viagem. “Faro, uma cidade bem-sucedida e bem defendida. É intenção de D. Afonso III conquistar o último importante reduto muçulmano do reino do Gharb. A el-rei juntam-se os seus fiéis cavaleiros, os oficiais da casa real, os cavaleiros das ordens militares de Santiago e de Avis, alguns clérigos e homens de lei. Sob o desígnio d’el-rei, encontram-se em Salir e combinam a estratégia do ataque”. O espectáculo usa como cenário as margens do rio Cáster e repete-se, todos os dias, pelas 23h30. “Feito Conde, Fez-se Rei” é outra das propostas. Aclamado rei em 1248, após a morte de seu irmão, D. Afonso III repõe a ordem pública, decide investir na conquista do Algarve e com alguma facilidade expulsa os mouros do território. Mais difíceis serão as batalhas políticas e diplomáticas travadas com seu primo Afonso X de Castela, que reclama os direitos sobre aquele território. Quanto às questões internas, D. Afonso III toma uma série de medidas que vão reforçar a autoridade régia e favorecer o caminho para a centralização do poder, retomando as inquirições, em 1251, na Terra de Santa Maria, sendo donatária a rainha D. Mafalda. Para ver entre quinta-feira e domingo, no Castelo, a partir das 21h30. A programação prossegue com “Esponsais em Chaves”. Trata-se de um cortejo que decorrerá no domingo, a partir das 16h30, entre o tribunal e o castelo. Reza a história que a 20 de Maio de 1253, D. Afonso III celebra os seus esponsais com Beatriz, filha natural de Afonso X, na sequência das tentativas de resolução e tomada de posse do reino do Algarve. A cerimónia real tem lugar na praça de Chaves. “Velhos Males, Novos Remédios”, para apreciar entre 2 e 4 de Agosto, no castelo, a partir das 21h30. “Em 1254, D. Afonso III convoca as Cortes e chama pela primeira vez os representantes dos concelhos, pois entende que as ordenações, para serem recebidas por todos, também têm que ser deliberadas por todos. Um dos assuntos mais polémicos ali

abordado é a “quebra da moeda”. Matilde de Bolonha, primeira mulher de D. Afonso III, toma conhecimento dos esponsais com D. Beatriz e apresenta queixa ao papa por bigamia. Alexandre IV lança interdito sobre Portugal, pois D. Afonso III não segue as suas recomendações. Em 1255, Martim Afonso Telo é alcaide do castelo de Santa Maria. Em 1261, nasce o primeiro filho varão d’el-rei, o infante D. Dinis. Segue-se mais um cortejo – a “Hoste do Infante”.”Em 1260, é alcaide do Castelo de Santa Maria Nuno Peres Barbosa. Por ocasião da revolta dos mudéjares da Andaluzia, ajudados pelo rei de Granada, Afonso X teve de reunir um grande exército e terá pedido ajuda a Portugal. D. Afonso III aproveita a ocasião para reverter a situação em seu proveito, nomeadamente com a questão do Algarve. Em 1265, envia para Castela uma hoste militar em nome de seu filho de 4 anos, o infante D. Dinis”. Para acompanhar no dia 5 de Agosto, desde o castelo até às margens do rio Cáster, a partir das 21h30. Nos dias 6, 7 e 8 de Agosto, “A Consciência Embaraça a Governação” tem como palco o castelo, a partir das 21h30. Após a assinatura do tratado de Badajoz, D. Afonso III toma posse do Algarve e passa a intitular-se Rei de Portugal e do Algarve. Em 1271, Rodrigo Afonso Ribeiro é alcaide do Castelo de Santa Maria. À medida que el-rei promulga medidas que

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levam à centralização do poder, são vários os conflitos entre o clero e a coroa. Alguns prelados partem para Roma, queixando-se dos abusos de poder. São várias as tentativas de conciliação, quer nas cortes de Santarém, quer quando João XXI, o papa português, envia um legado em 1277. D. Afonso III fará o juramento de submissão à Santa Sé, em 1279, perto da sua morte. No domingo, 9 de Agosto, “Arreal, Arreal por ElRei de Portugal”. O cortejo parte do tribunal em direcção ao castelo, a partir das 16h30. Nos últimos anos de vida, já com pouca saúde, D. Afonso III manda organizar a casa de seu do Infante D. Dinis e confia-lhe a governação, ficando de imediato preparado para assumir a coroa. Logo após a morte de seu pai, D. Dinis é aclamado rei em Lisboa. Aos espectáculos aliam-se uma imensidão de áreas temáticas que se espalham por todo o perímetro da Viagem Medieval. Cerca de 25 espaços temáticos que traduzem as vivências, hábitos e costumes da época e recheados de actividades que não deixam ninguém de fora. A Feira Franca, o Shuk, o Lago dos Feitiços, o castelo d’El rei Afonso, Subida às Ameias, Sentir o Guerreiro, Pequenos Artistas, Banhos de S. Jorge, Pequenos Guerreiros, Jardim da Viagem, Convento, Moinho de Papel em Terras de Santa Maria, Quadros da Vida Medieval, Povoado, Granja dos Animais, Ordens Militares, Gharb Al-Andalus, Cetraria, Estrebaria, Liça e Albergue do Cavaleiro são as áreas temáticas disponíveis. Em todas elas, a organização promete animação e espectáculos constantes para que a viagem fique na memória.

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SENSAÇÕES SEM FRONTEIRAS 22

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Tbilisi a CapiTal da GeórGia Vachthang I no século V da nossa era, tornando-se capital no século VI. A cidadela construída no ponto mais alto da cidade vai testemunhando o crescimento e desenvolvimento da capital ao longo dos séculos e oferece um dos melhores pontos fotográficos de Tbilisi.

A Geórgia é um país pequeno estrategicamente localizado entre a Europa e a Ásia. A sua Capital, Tbilisi, situada nas margens do Rio Kura tem uma área aproximadamente de 730Km2 e uma população de 1.200.000 habitantes e é o principal centro financeiro, cooperativo e cultural do país. Predomina, como em todo o país, a religião Crista Ortodoxa, contudo coabitam pacificamente nesta pequena capital outras religiões como a Islâmica, Judaica e a Católica Romana. A sinagoga e a mesquita, localizadas bem no centro histórico da cidade, são um marco de orgulho na tolerância religiosa dos Georgianos. A Capital respira juventude e o centro histórico oferece todo o tipo de divertimento nocturno até altas horas da madrugada, é por isso muito procurado pelos turistas residentes. A oferta de restaurantes é variadíssima e muitos estão excelentemente localizados com uma vista panorâmica sobre a cidade e o Rio Kura. Há para todos os gostos. Os que se dedicam à cozinha local ou mais ocidental passando pela oferta de pratos asiáticos aos mais extravagantes. Os mais procurados pelos turistas oferecem espectáculos de danças e músicas tradicionais. Esta cidade foi fundada pelo monarca

A Catedral da Santíssima Trindade, mais conhecida por Sameba, é uma moderna e majestosa construção. Iniciada a sua construção em 1994 e finalizada em 2004. É a terceira maior Catedral Ortodoxa do mundo e pretende comemorar a independência da Igreja Ortodoxa Georgiana e os 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo.

No centro da cidade, no lado oriental, encontra-se a impressionante Praça da Vitoria guardada pela estátua de São Jorge o Santo Padroeiro do País. Nesta bonita Praça encontra-se a Câmara Municipal e outros belíssimos edifícios como o Banco da Geórgia e Hotel Marriot, um dos mais luxuosos hotéis da capital. Voltando ao Centro Histórico, com as suas ruas estreitas e casario decorado de lindas varandas a oferta de visitas é interminável. As igrejas são facilmente localizáveis devido as suas altas e belas torres. www.correiodafeira.pt

A visita imperdível é certamente a bonita e inclinada Torre do Relógio de Tbilisi na Praça de Puppets. Ao bater das horas um desfilar de belíssimos bonecos talhados em madeira aglomeram imensos espectadores na pequena Praça. Tbilisi não é só belíssimos monumentos antigos é também uma cidade de belíssimas construções modernas que em nada chocam com a sua arquitectura tradicional e histórica. Três desses exemplos são o Palácio Pre-

sidencial o Centro de Exposições e Teatro e a Ponte da Paz. Estas modernas e impressionantes construções coabitam harmoniosamente com os mais antigos e históricos edifícios de uma antiga capital europeia que contribui desta forma para uma belíssima e atrevida arquitectura moderna. Para mais informações sobre este destino ou para organizar a sua viagem consulte o Operador Quadrante e peça o catálogo para a Arménia, Geórgia, Irão e Uzbequistão. Jorge de Andrade


DECORAÇÃO

Se acha que a Sua cozinha preciSa de uma mudança, Siga aS noSSaS dicaS A cozinha de hoje é um espaço que ganhou expressão na habitação contemporânea. O conceito de Cozinha moderna mudou e já não é mais um espaço isolado, mas sim um elemento de ligação com os restantes espaços da casa. Se está a pensar em reformular a sua cozinha tenha em linha de atenção os seguintes aspetos: Projeto – Quer seja um profissional da área – neste caso um Arquiteto – ou se for você mesma a idealizar e desenhar o espaço, pense sempre na sua ergonomia, funcionalidade e permanência neste espaço, bem como a estrutura do próprio edifício, pois pode partir paredes que podem afetar a estrutura. Além destes aspetos, é necessário identificar todos os pontos de luz, gás e água de maneira a não por em causa a sua acessibilidade. Área útil de trabalho – É muito importan-

te ter uma noção de espaço necessário para organizar e manter por perto o lavaloiça, frigorífico e fogão, utilizados com bastante regularidade. Também deve pensar num bom posicionamento para a luminosidade das zonas de trabalho e espaço livre entre móveis, paralelamente – 80 cm no mínimo, mas se estiver constantemente mais que uma pessoa, 1,20 m. Mobiliário – O desenho do mobiliário deve ter em linha de atenção alguns aspetos essenciais: que não se torne num espaço desconfortável para a confeção de alimentos e que também possa ser utilizado como espaço de refeições. Escolher um mobiliário adequado às suas medidas, com muita arrumação, onde as gavetas de cima possam ser acessíveis e onde não existam muitos espaços vazios, de maneira a não ganharem sujidade, são aspetos a ter em linha de conta. O tipo de material a utilizar deve ser bastante resistente. Revestimentos – Existem inúmeras soluções alternativas aos antigos azulejos e de fácil manutenção e limpeza. As cozinhas acumulam bastante água em certos pontos, por esse motivo deve investir em cerâmicos que ofereçam si-

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multaneamente diversas texturas e materiais bastante quentes. Quanto mais juntas e nervuras, pior será a eliminação de sujidade e gorduras. Decoração – As novas vivências nas cozinhas levaram a que este espaço seja também ele decorado, passando a ser um espaço de receção de pessoas nas suas casas. A utilização de cores mais claras para dar maior amplitude aos espaços é uma boa prática, bem como uma boa iluminação nos espaços afetos às refeições. Candeeiros com luz direta de teto ou de chão, podem ser um elemento diferenciador. Uma boa mesa ou uma banqueta são muito utilizados nas cozinhas modernas e a escolha de cadeiras confortáveis é um fator essencial. Ponha as mãos à obra e faça uma mudança na sua cozinha, torne-a mais sociável e surpreenda os seus convidados. Consulte a MELOM Organik e peça um orçamento grátis. Em qualquer dos casos, peça-nos uma visita, os profissionais MELOM podem ajudá-la. MELOM Organik – Os Queridos Somos Nós!

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Feirense vence Lourosa (3-1)

Juniores do Lourosa já trabalham

Mercado de Transferências

Matilde Domingues alcança ouro Nacional

Tr i u n fo d a fo r m a ç ã o orientada por Pepa, sobre o rival Lourosa, garante o XXV Torneio da Feira.

José Monteiro, novo treinador dos juniores do Lourosa, afirma que o objectivo é a “manuntenção nos nacionais”.

Paços de Brandão começa a “arrumar a casa”. Acompanhe as últimas novidades futebol e futsal.

A atleta, agora a treinar no CLamas, sagrou-se campeã (Infantil B) nos Campeonatos Nacionais de Infantis.

Futebol

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DESPORTO

FAleceu JAnuário Monteiro O Clube Desportivo Paços de Brandão está de luto pelo falecimento do seu presidente Januário Monteiro FUTEBOL Paços de Brandão, o concelho de Santa Maria da Feira e o futebol ficaram mais pobres. Januário Monteiro, 81 anos, faleceu ontem, dia 26 de Julho, no Hospital S. Sebastião, vítima de AVC. O histórico dirigente do Paços de Brandão, dedicou perto de metade dos 55 anos de existência do clube ao emblema da sua terra, onde era presidente desde a época 1984/85 – homem com mais anos de presidência no clube – e fica indelevelmente ligado aos principais êxitos desportivos dos brandoenses, nomeadamente à subida aos nacionais, Taça Distrito de Aveiro e às obras de melhoramento do Estádio Zulmira Sá e Silva. No final da época que agora findou, Januário Monteiro voltou a festejar com o

Homenagem a Januário Monteiro título de campeão da II Divisão Distrital conquistado pelo Paços de Brandão. O presidente foi mesmo a figura mais saudada na entrega das faixas e taça de campeão, pelo presidente da Associação de Futebol de Aveiro (AFA), Arménio Pinho. A 10 de Junho de 2014 Januário Monteiro recebeu uma merecida homenagem pelo trabalho à frente do clube. O corpo de Januário Monteiro está em câmara ardente na Igreja Matriz de Paços de Brandão. O funeral é hoje, pelas 18 horas e 30 minutos. A redacção do Jornal Correio da Feira apresenta a todos os brandoenses, em particular, à família enlutada, os sentimentos com profundo pesar e as mais sinceras condolências.

Faixa de campeão da II Divisão Distrital 2014/15

novidades poderão surgir”. Pepa referiu, também, que “a parte mais importante do clube é a equipa, que tudo vai fazer para trazer a paixão ao estádio. Essa vai ser a nossa tarefa, trazendo paixão ao jogo para alcançarmos vitórias”. Já o presidente do clube, Rodrigo Nunes, não deixou de vincar a ambição do Feirense para a próxima época.

“Tenho a certeza que vamos ganhar mais vezes, mantendo a nossa ambição e a referência ganhadora a que temos habituado quem nos apoia”. O evento visava, igualmente, a aproximação do plantel aos sócios e simpatizantes do clube e no final da apresentação os adeptos puderam conviver com os atletas e registar alguns momentos fotográficos.

ApreSentAção Do plAntel Do FeirenSe nA prAçA GASpAr MoreirA

II LIGA O Feirense apresentou, no sábado, na Praça Gaspar Moreira, em Santa Maria da Feira, o plantel e novos equipamentos para a época 2015/16. Num evento denominado pela primeira vez de “Feirense na Praça”, a formação fogaceira apresentou 23 jogadores às ordens do treinador Pepa, perante os olhares de cerca de 500 pessoas. No entanto, o técnico admitiu que “mais

Aprovada proposta de venda de 70 por cento da SAD II LIGA Os sócios do Feirense aprovaram por unanimidade em Assembleia Geral, no sábado de manhã, no Estádio Marcolino de Castro, na Feira, a alienação de 70% da futura Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Numa 24

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sessão que decorreu à porta fechada, os cerca de 50 sócios presentes aprovaram a venda da futura SAD a um grupo investidor da Nigéria. Para já desconhece-se o nome do grupo investidor que será detentor de 70% www.correiodafeira.pt

do capital da SAD. Estão igualmente por conhecer os valores oficiais da alienação. Recorde-se que a constituição da SAD foi aprovada em Assembleia Geral de 2 de Outubro do ano passado.


FEIRENSE VENCE XXV TORNEIO DE SANTA MARIA DA FEIRA Feirense

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Lourosa

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O Feirense derrotou, no sábado, o Lusitânia de Lourosa (3-1), em jogo a contar para o XXV Torneio de Santa Maria da Feira.

Estádio Marcolino de Castro Árbitro: Cláudio Pereira Feirense: Makaridze; Barge, Pedro Santos, Agostinho Carvalho, Nandinho, Sérgio Semedo, Rúben Oliveira, Fabinho, Tiago Jogo, Erivaldo, Platiny Jogaram ainda: Otávio; Rena, Ícaro Silva, Alexandre Gralak, Serginho, Mika, Cris, Vieirinha, Micael Freire, Emma, Camará, Wei Treinador: Pepa Lourosa: Marco Sá; Tiago Ferreira, António, Correia, Ivo Oliveira, João Pinto, André, Joel, Alex, Pedro Silva, Tiago Penantes Jogaram ainda: Hugo; Seminha, Fernando, Bruno, Samú, Moisés, Viditos, Pedro Rodrigues, Xavi, Nélson, Max Treinador: Frederico Oliveira Acção Disciplinar: Cartão Amarelo a André (40’) Golos: Pedro Santos (23’), Erivaldo (25’), Tiago Penantes (48’), Platiny (62’)

TORNEIO DA FEIRA Num jogo que serviu, igualmente, de apresentação aos sócios e simpatizantes do Feirense, a formação orientada por Pepa venceu o rival Lourosa, no Estádio Marcolino de Castro, por 3-1, com golos de Pedro Santos (23’), Erivaldo (25’) e Platiny (62’), para os visitados, e de Tiago Penantes (48’), para os lusitanistas, garantindo o triunfo no XXV Torneio de Santa Maria da Feira. Perante um adversário mais atrasado na preparação – o Lourosa completou a primeira semana de pré-época - a primeira parte foi, pra-

ticamente, de domínio total do Feirense. Os fogaceiros praticavam bom futebol, com muita posse de bola e boas triangulações nos dois corredores. Na sequência de um canto apontado por Barge, Pedro Santos saltou mais alto que os defensores contrários e atirou para o fundo da baliza defendida por Marco, inaugurando o marcador. No minuto seguinte, Tiago jogo, a menos de um metro da baliza, atira à barra, mas praticamente a seguir, numa grande jogada de envolvimento ofensivo, Erivaldo respondeu da melhor forma à jogada de Platiny e Rúben Oliveira.

Na segunda parte Pepa estreou o reforço Serginho (ex- Dinamo Bucaresti), um regresso ao clube, mas foi o Lourosa a começar melhor. Perda de bola em zona proibida de Semedo e Penantes aproveita para reduzir a desvantagem. O jogo entrou depois no (habitual) período de alterações e perdeu ritmo. Ainda assim, o Feirense chegou ao 3-1 final por Platiny, assistido por Emma a partir da esquerda. Vitória justa e boas indicações do Feirense. Já o Lourosa ainda está numa fase inicial da preparação, com os jogadores a assimilar as ideia do técnico Frederico Oliveira.

“O LOUROSA É UM CLUBE ESPECIAL E ENVOLVE MUITA MASSA HUMANA”

José Carlos Monteiro será o treinador do Lusitânia de Lourosa no Nacional de Juniores, época 2015/16. JUNIORES José Carlos Monteiro, de 30 anos, é o novo treinador dos juniores do Lourosa, formação que milita na 2.ª Divisão Nacional da categoria. O técnico - treinador há seis anos - estava a época passada nos juvenis dos lusitanistas e tem agora a responsabilidade de substituir Frederico Oliveira, que assumiu os comandos da equipa principal depois de garantir, na época transacta, a manutenção dos juniores no nacional. Apesar de jovem, José Carlos Monteiro é um treinador que conhece bem o clube (dos seis anos em que foi técnico, quatro foram em Lourosa), é ambicioso e confia nas suas capacidades para alcançar os objectivos. Além disso, confessa conhecimento da realidade que vai encontrar. “Tenho objectivos de carreira, em chegar o mais longe possível como treinador e estar nos nacionais é outra visibilidade e é uma oportunidade para eu mostrar o meu trabalho. É um

projecto muito aliciante” – começa por afirmar o treinador instado a comentar as razões que o levaram a aceitar o convite. Relativamente aos objectivos do clube passam, novamente, por alcançar a manutenção, ainda que tenha o plantel muito indefinido – treinam, actualmente, 50 jogadores. “O objectivo é o mesmo, a manutenção, até porque neste momento ainda há um desconhecimento daquilo que é a nossa equipa porque o plantel ainda está indefinido e também porque ainda desconhecemos o que serão as outras equipas e o campeonato” – afirma, salientando, no entanto, ter conhecimento do campeonato pelos jogos que assistiu da época passada. Para atingir os objectivos delineados, José Monteiro conta com os sempre apaixonados adeptos do Lourosa, rejeitando qualquer tipo de pressão extra por esse facto. “Quem quer ser treinador tem de estar habituado à pressão e tem de estar habituado à pressão construtiva www.correiodafeira.pt

e destrutiva, à crítica” – refere, prosseguindo. “Este clube é especial e envolve muita massa humana para onde quer que vá porque as pessoas aqui são bairristas, gostam mesmo do clube. Para eles primeiro está o Lourosa e só depois é que vem o Benfica, o Porto ou o Sporting”. Sobre o futuro como treinador, José Monteiro mostra determinação em chegar longe. “Eu digo aos meus jogadores na brincadeira, mas penso um bocado nisso, que aos 40 anos gostava de estar na Liga Inglesa. Podem dizer que eu sou este ou aquele, mas eu sou uma pessoa humilde que tem ambições, mas não passo por cima de ninguém, não faz parte dos meus princípios. Sou uma pessoa focada naquilo que quero para mim, tenho os meus objectivos” – conclui José Monteiro. Os juniores do Lourosa estão a trabalhar desde 21 de Julho, provisoriamente no Complexo Desportivo de Paramos. 27.JUL.2015

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“A JoAnA CunhA tem tudo pArA ser A melhor do mundo”

Joana Cunha com a medalha de prata das Universíadas

ENTREVISTA

Joana Cunha tem 20 anos, é da Nogueira da Regedoura, e já fez história no Taekwondo Nacional, na categoria -57kg. É a primeira atleta nacional feminina a entrar num projecto olímpico, foi campeão europeia sub-21 e, mais recentemente, trouxe a prata das Universíadas. O sonho da atleta, treinada por Mário Trigo no Clube Lobos Negros, é agora os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e nem o diferendo entre a Federação e o seu treinador lhe tira o foco.

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt Como começaste o teu percurso no Taekwondo? JC - Comecei a treinar cá no ginásio. Vinha para cá e via o professor Mário Trigo a dar as aulas, enquanto eu estava nas máquinas de cardio e musculação. Achava piada e um dia o professor convidou-me a experimentar. Vim e gostei. Nasceu aí a paixão pelo Taekwondo. Foi há seis anos, tinha eu 14. Como foi o início do percurso? JC - No início não foi fácil. As vitórias só começaram a aparecer após alguns tempos. Ver a treinar é completamente diferente de andar na modalidade e competir. Percebeu logo que a Joana Cunha tinha potencial? MT - O Taekwondo moderno tem determinado tipo de características, nomeadamente os atletas com segmentos longilíneos têm uma maior vantagem para a prática da modalidade. Eu na altura quando olhei para a Joana, ela não era como é hoje, era muito magrinha e já era muito alta. Eu via-a a andar e achei que ela tinha um andar muito peculiar e que tinha características muito específicas para a modalidade. Braços extremamente compridos, tronco ligeiramente pequeno e pernas muito longas. Isso ajuda porque quanto maior for o segmento, maior a distância que conseguimos atingir, mantendo, também, de certa forma, a distância para o adversário. Ela tinha isso tudo. Começou a treinar com uma equipa de competição que eu tinha no ginásio. No início sofreu um bocadinho, mas começou a desenvolver bem a parte motora, ela é uma miúda muito inteligente, muito coordenada e tudo se começou a desenvolver muito rapidamente. De repente foi uma aposta que foi feita. Eu já tinha um projecto olímpico com dois atletas, a Elisabete e o Tadeu. A partir do momento que a Elisabete estava em final de carreira disse-me que era altura de apostar na Joana. Eu na altura até nem queria muito porque não a queria “por ao barulho” em provas muito duras, porque sabia que a realidade era dura. Mas avançamos. Levei-a a Paris na primeira vez. Chorou de saudades da mãe. Quando começaram as vitórias mais importantes? JC - O ano passado. Tive a primeira medalha num open internacional, que conta para o ranking, em Abril – Open de Espanha G1. Foi o primeiro pódio numa prova a contar para o ranking. Depois, em Setembro, fui campeã europeia em sub-21, em Innsbruck, na Áustria, e desde aí os resultados foram aparecendo. Em 2015, os resultados positivos têm-se acumulado… JC - Sim, mas também tem sido extremamente cansativo porque temos ido a muitas provas. Todas as semanas estávamos fora do país. Fomos ao Egipto, Bósnia, Rússia, corremos o mundo inteiro. Desde África, Europa, Ásia, todo o lado. Também consegui uma Medalha de Ouro na Índia Jogos da Lusofonia Goa 2014 – que também foi uma vitória importante. MT - Depois no Europeu sénior ficou em 5.º lugar que foi o que fez a grande diferença. Marcou história. Entrou aí no

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projecto olímpico, sendo a primeira mulher a consegui-lo. Foi aí que conseguimos aquilo que efectivamente pretendíamos. Em termos práticos, o que trouxe de benéfico a entrada no projecto olímpico? MT – Permite ter verbas para poder ir às provas. Ela passa a ter uma verba a rondar os 900 euros e eu, como treinador, também recebo uma verba para a acompanhar. Depois recebemos um apoio denominado complementar de 30 mil euros. Serve para as viagens, para nos deslocar pelo mundo inteiro. É absolutamente decisivo. Ela fez algo histórico, algo que ninguém tinha conseguido. Ascender do zero pontos até a uma tabela classificatória de 13.º lugar no ranking mundial. Foi extraordinário. Conseguiu sete pódios consecutivos, que culminou com a Medalha de Ouro em Paris, exactamente onde tinha começado. Antes da entrada no projecto olímpico, andámos a vender rifas por festas, e outras coisas, para conseguir um mínimo de provas para ter pontuação suficiente e garantir presença num Europeu. Ao estarmos no Europeu, lutámos pelo 5.º lugar. Conseguimos e entramos no projecto olímpico, o que nos permitiu “voar”. Também permite competir com as melhores… JC - Sim, o que me fez evoluir imenso. Cresci muito como atleta e como pessoa ao longo desse ano. Fale-nos da experiência nos primeiros Jogos Europeus. JC - Foi fantástico, até porque foi o primeiro. É um ambiente fantástico com todas as modalidades. Todos nos apoiamos, independentemente da modalidade em causa. Infelizmente a mim não me correu tão bem e perdi a três segundos do fim (1-0) e fiquei em nono. Falhou o meu bloqueio. Quis arriscar nos últimos cinco segundos, pensei que ia ser eu a marcar, mas foi a sueca que o fez. A faltar três segundos já não deu para dar a volta ao resultado. Mas ainda assim foi uma experiência muito gratificante. Resultado bem diferente o conseguido agora nas Universíadas… JC - Muito melhor. Até senti que não entrei muito bem no primeiro combate. Fiz aqueles erros típicos que costumo fazer e que, às vezes, me custam derrotas, tais como recuar e não estar tão focada. Contudo, combate a combate fuime focando mais no meu jogo, estive mais objectiva e concentrada. Foi isso que me fez chegar até à final. Na final não consegui manter o meu jogo e a coreana foi superior. MT – O cansaço também teve influência… o jet lag, um clima extremamente húmido, com níveis de saturação altíssimos. E influenciou. Mas mesmo assim foi um bom resultado. Ganhou a duas atletas que a tinham derrotado no Mundial e Jogos Europeus. Mas também é o dia, é o momento. É estar tudo conjugado para ganhar.

“Somos filhos de um Deus menor”

Campeã Europeia sub-21 MT – Ela já falhou duas provas importantes, precisamente pelo facto de não estarmos no projecto olímpico – estamos na fase de standby, de integração novamente porque não pontuou em algumas provas, precisamente as que não foi acompanhada pelo treinador. Estamos a procurar a reintegração e para isso vamos estar uma semana em Madrid, a treinar com a Eva Calvo – n.º 1 do Mundo, a convite dela. Vai ser importante para a Joana trabalhar com a melhor, mas também será para a Eva que irá treinar com uma das melhores do mundo, que é a Joana Cunha. Não tenho dúvidas nenhumas disso. Depois faremos Polónia e ficamos na expectativa à espera do Grand Prix, na Rússia. Esperando que, desta vez, eu possa estar com ela. É muito importante para ela e para mim. Qual é o objectivo maior nesta altura? MT – É precisamente a 1.ª serie do Grand Prix da Rússia. É a Liga Profissional e onde já existe Prize Money de 10/15 mil euros e um grupo restrito de atletas, as melhores do mundo. E a Joana Cunha vai lá estar. Temos em Portugal uma atleta que é das melhores do mundo. Para mim a Joana já é uma das melhores do mundo e tem tudo para rapidamente, em menos de um ano, ser a melhor do mundo. Como define a Joana Cunha como pessoa? MT – Sou suspeito para falar. Sou muito apegado à Joana, é como se fosse uma filha. Às vezes até a protejo demais. A Joana é uma menina única. Tem uma personalidade bem vincada, extremamente inteligente, muito sociável e uma grande trabalhadora. É humilde o quanto baste, mas também tem a sua altivez quando é necessário, até para me contrariar o que é bom para me fazer pensar. Consegue reunir tudo o que é necessário para uma atleta de alta competição.

Joana Cunha trouxe, recentemente, a Medalha de Prata das Universíadas, que decorreram na Coreia do Sul

Qual a sensação de estar num pódio numa competição desta natureza? JC - Foi muito bom. Adoro quando consigo que a nossa bandeira seja hasteada ao mais alto nível. É um grande orgulho. Daqui para a frente o que segue? JC - Primeiro tenho o Open da Polónia para ver se subo mais uns pontos e depois o Grand Prix. MT – Nós agora temos de jogar muito estrategicamente e com duas ideias chave. A falta de dinheiro e o querer que ela suba mais uns pontos, já a pensar na 2.ª Edição do Grande Prix. JC – Nesta edição já devo conseguir estar. Mas também tenho de conseguir um bom resultado para me apurar para o seguinte.

E como atleta, o que ainda tem de melhorar? MT – Como atleta a nível fisiológico estamos sempre a trabalhá-la. Em termos técnicotácticos ela tem um jogo muito especial, um jogo que eu criei para ela tendo em conta as características dela. E ela é exímia. Não há ninguém no mundo que faça igual a ela. Agora precisa de rodagem e sorte em determinados momentos. E claro, alguns upgrades. Há uma ligação muito grande. Qual é a importância do professor Mário Trigo na tua carreira? JC - É muito importante. Comecei com ele e todo o taekwondo que eu sei foi através dele. Estou-lhe muito agradecida por me ter levado até este patamar. E ainda podemos ir mais longe, claro. E a faculdade, tens conseguido conciliar? JC - Este ano tem sido mais difícil. Estive cá pouco tempo. Estou no segundo ano de Engenharia de Computação e Instrumentação Médica, no ISEP. Gosta do taekwondo e de estudar, por isso vou tentando conciliar da melhor forma que consigo. www.correiodafeira.pt

A curta carreira de Joana Cunha está repleta de medalhas, mas também de episódios com contornos quase surreais. Apesar do talento indiscutível e da história já alcançada no Taekwondo nacional, a atleta, nas provas importantes mais recentes, não tem sido acompanhada pelo seu treinador por decisão federativa. Por exemplo, nos primeiros Jogos Europeus, Joana Cunha foi a única atleta que não contou com a presença do seu treinador Mário Trigo. Ele que intitula estas decisões da Federação como um “ataque pessoal do próprio presidente da Federação porque preferi ser honesto e transparente e lutar contra o sistema corrupto do que ficar calado”. Mário Trigo dá voz à sua revolta e explica como tudo começou. “Para começar, eu sou vice-presidente da Associação de Treinadores de Taekwondo em Portugal. Desde o princípio que a Associação de Treinadores, que tem voto e assento na Assembleia Geral (AG), se pautou por uma postura de transparência e honestidade” – afirma, prosseguindo, “num determinado momento, enquanto vice-presidente e com assento da AG eu e os meus pares começamos a verificar algumas situações menos claras por parte da federação, nomeadamente alguns desvios de dinheiro, contas mal explicadas e falta de informação. Começamos então, como era nosso dever, a colocar em causa as situações. A partir daí deu-se um “guerra aberta” com o elo mais fraco a ser eu e, por consequência, a Joana Cunha que estava num projecto olímpico”. Mário Trigo foi denunciando as situações, votando contra o presidente na AG. “Ele não gostou e chegou ao ponto de proceder a este tipo de acções, impedindo que eu estivesse com a minha atleta em provas como os Campeonatos de Europa e do Mundo e Jogos Europeus. Não quer dizer que as pessoas que estavam com ela não eram competentes, mas como não há trabalhos de selecção, nunca trabalharam com ela. Daí os melhores resultados terem sido feitos com a minha presença. Eram provas fundamentais para ela se conseguir manter no projecto olímpico” – explica o treinador. A história tem-se arrastado e levou Mário Trigo a divulgar, na comunicação social nacional, um artigo intitulado “Ponta do Iceberg” onde denúncia várias situações “pouco claras” por parte do presidente da Federação. “Sempre na defesa dos interesses da modalidade e da Joana Cunha. Não quero que ela seja prejudicada” – refere. ”Abdicamos, eu e ela, da vida pessoal em prol de um objectivo e não admito que ninguém, de uma forma incorrecta, ponha isso em causa. As pessoas não imaginam o que sofremos, em Portugal, para poder chegar aos Jogos Olímpicos. As horas de sacrifício, as vezes nem dinheiro tínhamos para comer, mas claro que também temos momentos únicos que ficam para sempre. É a descrição de um desporto filho de um Deus menor” – conclui Mário Trigo que acredita que tudo terminará em breve.” O presidente da AG, Mário Fernandes, enviou um email, com conhecimento do IPDJ, afirmando que o presidente da Federação faltou à verdade nas últimas assembleias. Pelo que está a acontecer, as fraudes estão a ser descobertas pelo presidente da AG da Federação, eu acredito que isto se vai resolver”.

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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS

EQUIPA

TREINADOR

ENTRADAS

Rena (Cesarense), Vieirinha, Nandinho e Ima (juniores), Otávio e Alexandre Gralak (Grêmio Anápolis), Ícaro Silva (Chaves), Sérgio Semedo (G. Vicente), Wei Shihao (Boavista), Sunday Emmanuel (Grödig), Erivaldo (Sp. Braga B), Platiny (Aves), Serginho (D. Bucaresti)

Treinador: Frederico Oliveira Início dos trabalhos: 20 de Julho

João Pinto (ADS), Seminha (S.J. Ver), Alex (Sp. Espinho), Tiago Penantes (O. Douro), Rui Silva; Vítor Sá, Jonas, Bruno, Viditos, Max, Ramos (Juniores), Samu (Freamunde), Nélson (Penafiel), Djibril (Gondomar)

Feirense

Lourosa

SAÍDAS

Makaridze; Barge, Pedro Santos, A. Carvalho, Tonel (Belenenses), Henrique (Boavista), Luiz Phellype (Estoril), Ryan (Leixões), Paiva (U. Leiria), Cris, Tiago Jogo, Rúben, Fabinho, Micael Jefferson (Hajduk Split), Hélder Rodrigues Freire, Mika Figueiredo (Lus. Vildemoinhos), Hélder Castro, Moreira, Igor Rocha (Santa Clara), Paulo Grilo e Cafú (Freamunde), Gonçalo Abreu (Penafiel), Ouattara (Ermis Aradippou/Chp), Diogo Fonseca (Ac. Viseu) Marco, Hugo; António, Correia, Ivo, Moisés, Andrezinho, Fernando, Pedro Silva, Pedro Rodrigues, Xavi, Tiago Ferreira, Joel

Rui Jorge, Ricardo Gomes (U.Lamas), Lima, Márcio Santos, Rui Jorge (Fiães), Fabiano, Ricardo Carvalho, Nélson Santos, Allan Júnior (Fafe), Pedro Sá (Grijó), Fábio Zola (Leixões)

Nélson Diogo (S.J. Ver), Saul, Américo, Xavier (U. Lamas), Rui Pedro, Rui Silva e Ministro (Espinho)

Treinador: Início dos trabalhos: Por definir

S. João de Ver

C.

F. U. L.

Treinador: António Remelgado Início dos trabalhos: 17 de Agosto

Saul, Américo, Xavier (S.J. Ver), Maia (Infesta), Tintim e Pena (Carregosense), Chiquinho (Argoncilhe), Luís Moreira (Canedo), Ricardo Gomes (Lourosa), Pirata (Mansores)

Hélio, Marcelo, Américo Rocha, Joel, João Marques, Ameriquinho, Vitinha, Fábio Raul, Edu, Xavi, Joca, Fábio Queirós, Toninho, Rochinha

Muller, Resende, Márcio, Kaká, Gito, Castro, Hugo Bazuca

Treinador: Miguel Oliveira Início dos trabalhos: 10 de Agosto

Nélson Diogo (S.J. Ver), Nuno Oliveira (Grijó), Cabel e Tiago Charneca (Milheiroense), Rui Jorge (Lourosa), Bino (ADS), Álvaro Sousa (Sanguedo), Rui Magalhães (P. Brandão), Miguel Silva (S.J.Ver)

Zé Carlos, Vasco, Ginho, Sousa, Bruno Chaves, Bruno Tiago, Andrezinho, Samu, Neves, Jaiminho, Joel, Tiaguinho

Nando (abandonou), Zé Pedro, Badolas, Renato (Avintes), Almeida (ADS), Paulo Ferraz

Treinador: Miguel Sousa Início dos trabalhos: Por 12 de Agosto

Paulinho; Bruno André, Fábio Miguel e Cerqueira (Furadouro), Xurra (Soutense), Maia, Marcelo e Bruno Jardel (Carregosense), Pedro Sousa, Tozé e Pedro Nuno (juniores), João Luís (Feirense – juniores), Temo (Esmoriz)

Gitto; Alfredo, Filipe Moreira, André, Sandro, Gui, Ricardo Martins, Zé António, Joel Amaral, Serginho

Toninho (fim de carreira), Filipe (fim de carreira), Cabel e Tiago Charneca (Fiães), Scoré (abandonou), João Silva

Treinador: Tomé Início dos trabalhos: 17 de Agosto

Elson (Argoncilhe), Manu (Canedo)

Fausto, Justo, Nandinho, Paulo Sá, Pedro Moreira, Pedro Pinto Sá, Rui Ribeiro, Rúben Silva

Zé Américo e Feiteira (fim de carreira), Diogo Pais, Fábio Ferreira, Magalhães

Treinador: Luís Alves Início dos trabalhos: 18 de Agosto

Nuno Couto (Feirense), Banana (Ossela), Diogo Amorim (Boavista), Diogo Fonseca (Silvalde, sub-20), Carlitos (Sangemil)

Vítor Amorim, Dércio, Teixeira, Hugo, Kéké, André, Rafa

Treinador: Joel Santos Início dos trabalhos: 25 de Agosto

João Cadete, Miguel Santos (juniores), Cafú (Juv. Gaia)

Fábio, Pikareta; Paulo Russo, Moisés, Artur, Maric, Bubu, Mix, Bruninho, Ricardo Rodrigues, Miguel Ribeiro

Treinador: Jorge Pereira Início dos trabalhos: 28 de Julho (Apresentação à direcção)

China (ACR), Quirino (ISPAB), Luís Andorinha (Dínamo Sanjoanense), Rúben (sem clube), Nando Costa (Feirense)

Show, Bruno Cardoso, Marco Leite; Valter Melo, João Oliveira, Ramirez, Marcelo Fiães, Tiago Pinho, Tripeiro, Rui Rodrigues e Francês

Paulo Tavares, Fábio (Azagães), Rafa

Treinador: Augusto Costa Início dos trabalhos: 1 de Setembro

Pedro Pimenta (Casa Porto Lourosa), Bruno Rodrigues, Pedro Lucho, Nélson Silva, Bruno Mendes (Lourosa)

Rui Jorge, Nuno Duarte, Rui Barbosa, Bruno Gomes, Marco Pinheiro, Sérgio Ribeiro, Jorge Silva

Carlos Filipe (Jaca), Roger

Treinador: Zé Paulo Almeida Início dos trabalhos: Por definir

Sara Cruz (Rest. Avintenses)

Renata Sona, Ticha, Estela, Diana Cruz, Soraia, Cabral

Joana Coelho (Rest. Avintenses), Piolho, Fabiana Pereira, Diana Rosadas (Novasemente)

Lamas

Fiães

Milheiroense

Paços Brandão

FUTSAL Cereja (Futsal Azeméis), Miguel Ângelo, Kukes e Hélio (Póvoa), Ribas

Lamas Futsal

Juv. Fiães

Arrifanense

Juv. Canedo

Lourosa Feminino

II DISTRITAL Passaram duas semanas desde a Assembleia Geral do Arrifanense que ditou a eleição de Luís Guimarães como presidente do clube, mas o assunto continua na ribalta. Agora foi a vez de Nuno Gonçalves, presidente da Assembleia do Clube Desportivo Arrifanense, em nota de esclarecimento oficial, vir a terreiro garantir a total validade do acto eleitoral bem como o cumprimento de todos os requisitos legais. Recorde-se que a polémica sessão de 12 de Julho, onde estava previsto entrar em corrida duas listas, mas uma – liderada por Manuel Oliveira – não chegou a ser apresentada, ficou marcada pelo abandono da sala por parte dos elementos da mencionada lista que impugnaram as eleições porque “tudo foi feito à revelia dos sócios” – referiu na altura Manuel Oliveira. Já Luís Guimarães, que liderava a Comissão Administrativa e foi eleito presidente do Arrifanense na controversa assembleia, declinou as críticas da outra lista. Apesar da controvérsia, o Arrifanense está, assim, de regresso a um regime de corpos gerentes completos, deixando para trás dez anos de comissões administrativas. 27.JUL.2015

FUTEBOL

Treinador: Pepa Início dos trabalhos: 6 de Julho

Eleições no Arrifanense continuam na ribalta

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PERMANÊNCIAS

fotolegenda

Realizou-se ontem, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Santa Maria de lamas, a apresentação do Livro do Clube de Futebol União de Lamas - 81 anos de História – da autoria de José Santos, que contou com a colaboração de Carlos Silva. O autor mostrou-se “satisfeito com a apresentação do livro e adesão do público. “Correu bem. Também estou satisfeito com a aceitação. O livro tem vendido bem” – referiu José Santos. Arménio Pinho, presidente da AFA, foi uma das presenças mais notadas. www.correiodafeira.pt


João AmaraI sofre acidente aparatoso em Viana do Castelo

modalidades

MATILDE DOMINGUES ALCANÇA OURO NACIONAL NATAÇÃO Matilde Domingues, atleta individual ANNP, sagrou-se campeã nacional infantil B nos Campeonatos Nacionais de infantis, na cidade de Lisboa, mais concretamente no Complexo do Jamor. A prova decorreu nos dias 17, 18 e 19 de Julho e contou com a presença de 416 nadadores (210 masculinos e 206 femininos) em representação de 92 Clubes. Foi nos 100 metros bruços, com a excelente marca de 1.22.72 - que é MAC (Marca de Apoio ao Clube) e recorde pessoal da atleta - que a atleta, agora a treinar no Colégio de Lamas, alcançou o brilhante feito. No entanto, Matilde Domingues não se ficou por aqui. A atleta foi, também, vice-campeã nacional aos 200 metros bruços, com 3.00.37, marca que é MAC e recorde pessoal por larga margem, ficando a escassos centésimos do primeiro lugar e foi, ainda, bronze nacional aos 200 metros estilos, com 2.42.59, marca que é também MAC e recorde pessoal. Já nos 100 metros mariposa, Matilde Domingues foi 5.ª classificada com recorde pessoal.

Xavier Cerdeirinha foi 4.º nacional nos 200 bruços

Xavier Cerdeirinha, atletas do Colégio de Lamas, também esteve em destaque no Campeonato Nacional de Infantis. O nadador lamacense alcançou o 4,º lugar aos 200 metros bruços, com a excelente marca de 2.47. 76, marca pessoal melhorada em oito segundos. Nos 200 metros estilos foi 5.º lugar nacional, com 2.33.89, marca pessoal melhorada em sete segundos. Finalmente, nos 100 metros livres fez 1.03. 53, com recorde pessoal, e nos 100 metros bruços foi 4.º nacional, com 1.16.24, mas foi desqualificado.

KARTING João Amaral sofreu a 19 de Julho um aparatoso acidente na quarta e penúltima jornada dupla do Campeonato Nacional de Karting (CNK) da categoria X30 Sénior, disputada no Kartódromo de Viana do Castelo. Devido a um kart que ficou praticamente imobilizado em pista depois de sofrer um toque de outro, o piloto de Santa Maria da Feira não teve espaço nem tempo para se desviar e acabou por embater no kart o que o fez capotar, dando várias “cambalhotas” até ficar imobilizado nas barreiras de protecção. O jovem piloto de 16 anos de idade foi assistido no local e depois levado ao hospital, mas felizmente, como é óbvio, ficou apenas com algumas escoriações no pescoço, ombro e joelho. O susto foi valente e o desfecho poderia ter sido muito pior. O piloto está, no entanto, afastado da luta pela título. A quinta e última prova está agendada para os dias 19 e 20 de Setembro para o KIRO-Kartódromo do Oeste, no Bombarral, mas João Amaral, dada a impossibilidade de lutar agora pelo título, poderá esta época conquistar a Taça de Portugal, em que também é apontado como um dos principais favoritos, estando marcada para os dias 3 e 4 de Outubro e realizarse-á no Kartódromo dos Milagres, em Leiria.

Académico da Feira prepara a nova época HÓQUEI PATINS Depois de duas assembleias-gerais do Clube Académico da Feira se terem revelado inconclusivas, Amadeu Pinto, presidente da direcção desde 2006, está em princípio disponível para apresentar a sua candidatura por mais um ano na presidência do clube. Assim, na próxima assembleia-geral, ainda sem data agendada, Amadeu Pinto deverá apresentar a sua disponibilidade para continuar por mais um ano à frente da direcção do Académico da Feira. Já na vertente desportiva, a equipa principal de hóquei em patins do Académico da Feira, que falhou por muito pouco o regresso à 2.ª Divisão Nacional, vai na próxima época competir novamente na 3.ª Divisão Nacional. Quanto ao plantel, que ainda não está completo, já renovaram o guarda-redes Sérgio Costa e ainda Artur Couto, Pedro Silva, João Moreira, Avelino Amorim, Marco Dias e Bruno Sousa. O ex-júnior Eduardo Xavier foi promovido à equipa principal e David Silva ainda não confirmou a sua continuidade por motivos profissionais, mas é uma possibilidade. O regresso de João Teixeira também é uma possibilidade. Saíram os guarda-redes Diogo Costa e André Maia e também Hugo Gonçalves, Tiago Pinto e David Sá, que vai representar a Escola Livre. Alexandre Fernandes continua como treinador da equipa pelo segundo ano consecutivo. Quanto às camadas jovens, apesar de algumas indefinições, estão asseguradas a manutenção dos escalões de juniores, juvenis, iniciados, infantis, escolares, benjamins e também a iniciação à patinagem. Publicidade

Feirense apresentou-se com cinco atletas nos nacionais NATAÇÃO No fim-de-semana de 17, 18 e 19 de Julho realizou-se o Campeonato Nacional de Infantis, nas Piscinas do complexo Desportivo do Jamor. O Clube Desportivo Feirense esteve representado por cinco atletas, sob orientação técnica e Antero Almeida. Manuel Pinho com cinco provas individuais, destacando-se no 4.º lugar nacional nos 100m costas, Ema Silva com duas provas individuais, 100 e 200m costas e Rodrigo Coelho com mais duas provas individuais, 100 e 200m mariposa. Bernardo Tavares e Gabriel Carvalho representaram em conjunto com os outros dois atletas as equipas de estafetas de 4x100m livres e estilos. Uma trajectória crescente comparativamente à época passada, quando o clube foi representado só por um atleta. Esta época juntaram-se mais quatro ao atleta Manuel Pinho para representar a formação fogaceira. www.correiodafeira.pt

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Clube Feira ViVa insiste em rio 2016

A equipa da Feira Viva Natação Adaptada queria melhores resultados no Mundial, mas considera a prestação de Rúben Linhares no Europeu de “excelente”. NATAÇÃO ADAPTADA Foi uma semana em cheio para os atletas da Feira Viva Natação Adaptada que estiveram presentes em Glasgow, no Campeonato do Mundo de Natação do International Paralympic Committée (IPC), em representação da selecção nacional. Carla Cardoso, responsável técnica da equipa Feira Viva Natação Adaptada faz um balanço da participação de Ivo Rocha e Amadeu Cruz. “Os resultados individuais foram bons, mas não excelentes. Ficaram um pouco aquém das nossas expectativas” - afirma.

alcançar o mínimo para participação nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016 nos 4x100 metros Livres foi um momento histórico para a selecção de Portugal pois, anteriormente nunca tinham conseguido tal feito”. Quanto a Ivo Rocha, a responsável adianta que “está muito motivado, no caminho certo contudo este mínimo não é o passaporte para os Jogos Paralímpicos do Rio. Temos até maio de 2016 para conseguir mais mínimos e ficar à espera que o número de cotas destinadas ao nosso pequeno país dê a oportunidade para o Ivo nos representar no Rio de Janeiro” - adianta.

classe do Amadeu decidiram não realizar os 100 metros Mariposa. Se formos analisar o ranking mundial no site do IPCSWIMMING, à data, ele encontra-se na 11.ª posição do ranking mundial nesta prova”. Carla Cardoso destaca as capacidades do atleta: “o Amadeu é um nadador com apenas 17 anos, com muito talento, inteligente mas precisa de traçar os seus objectivos competitivos e trabalhar para eles. Da parte da equipa técnica as metas são muito aliciantes porém, necessitamos que o nadador se dedique e queira nadar ‘mais longe, mais alto e mais forte!’”.

Ivo continua a trabalhar Resultado de Rúben é para o Rio 2016 Amadeu quer chegar Ivo Rocha nadou os 100 metros “excelente” Bruços com o tempo 1:50.29, parti- “mais longe, mais alto Também Rúben Linhares esteve cipou na Estafeta de 4x100 Livres presente numa prova internacioe mais forte!” passou aos 50 metros Livres com nal. O atleta da Feira Viva Natação o tempo 40,70 e aos 100 metros Livres com a marca de 1:25.40 no total dos 4 nadadores o tempo obtido foi de 4:27.90, sendo que nos 4x100 Estilos fizeram 5:08.49. Carla Cardoso explica que “o Ivo foi seleccionado para as duas únicas estafetas de Portugal, os 4x100 metros Livres e os 4x100 metros Estilos. A equipa ter conseguido

Já Amadeu Cruz, obteve o tempo de 6:12.60 nos 400 metros Livres, nos 100 metros Costas alcançou o tempo de 1:31.91, nos 200 metros Estilos obteve 3:20.81 e nos 100 metros Mariposa terminou com o tempo 1:25.70. A responsável técnica sublinha que “nesta competição o Amadeu alcançou a 6ª melhor posição. Alguns dos melhores nadadores do mundo da

Adaptada participou nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2015, que se realizaram em Varazdin, na Croácia, e trouxe para casa duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Nos 50 metros Livres alcançou o tempo de 30,36, nos 100 metros Costas conseguiu 1:22.25, nos 50 metros Costas 38,62 e nos 100 metros

Livres terminou com o tempo de 1:06.37. Carla Cardoso considera a prestação de Rúben Linhares “excelente”, e adianta que “o próximo objectivo para o Rúben é conseguir mínimos de participação para Europeu/Open do IPC Swimming que irá realizar-se no Funchal na próxima primavera (30-abril a 7 de maio)”. Apesar do sentimento de dever cumprido, a equipa da Feira Viva já está a pensar em próximas provas: “os objectivos imediatos são aproveitar umas boas férias, depois preparar os nadadores com Síndrome Down para o Europeu da DSISO porque esperamos ansiosamente a divulgação dos convocados para a selecção. Este Europeu vai realizar-se em Novembro na cidade de Loano, em Itália; Ao mesmo tempo vamos trabalhar para que o maior número de nadadores do Feira Viva consigam alcançar os mínimos de participação no Campeonato Europeu/ Open de Natação do IPC no Funchal, que devem ser divulgados em meados de Agosto, sem nunca deixar de pensar em conseguir alcançar mais mínimos para os Jogos Paralímpicos do próximo ano” - explica Carla Cardoso.

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Decorre entre os dias 24, 25, 26 e 27 de Julho o 7.ª Festival da Francesinha, organizado pelo Juventude de Fiães, no Parque das Piscinas de Fiães. Ao longo dos três dias a animação foi presença constante. Como vem sendo habitual, o evento conta com uma vasta adesão. 30

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No sábado, pelas 20 horas, realizou-se a 3.ª Milha Noturna do Mosteirô Futebol Clube. A prova organizada pelo clube da freguesia de Mosteirô, que contou, entre outros, com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, atribuiu prémios monetários aos primeiros cinco classificados. Em competição estiveram atletas seniores e juniores (masculinos e femininos), veteranos femininos (maiores de 35 anos) e veteranos masculinos em duas categorias distintas (dos 35 aos 49 anos e maiores que 50 anos). www.correiodafeira.pt


Postos de Venda Espinho Papelaria Atl‰ ntico Norte (Av. 24) Papelaria Atl‰ ntico Norte (Rua 19) Esmoriz Bombas Freitas Transportes S‹ o Paio de Oleiros Confeitaria da Quebrada Papelaria PAPELî PIA Pa• os de Brand‹ o Papelaria Tulipa Papelaria Menezes Papelaria Monteiro Papelaria A. Santos Rio Me‹ o CafŽ ZŽ da Micas Quiosque Santo Ant— nio CafŽ Ponto de Encontro S‹ o Jo‹ o de Ver

Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque S‹ o Bento Casa Silva Tabacaria dos 17 Caldas de S‹ o Jorge CafŽ S‹ o Jorge Fi‹ es CafŽ Avenida Bombas GALP Casa Gama 2 Papelaria Coelho Lourosa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Tabacaria Piscinas de Lourosa Quiosque C+S Quiosque da Feira dos Dez Bombas CEPSA

Padaria/Pastelaria Caracas II Santa Maria de Lamas CafŽ do Zinho Cork e Manias (INTERMARCHƒ ) CafŽ Ð Restaurante Parque Carmic— pias Papelaria Silva Bombas REPSOL Mozelos CafŽ do Murado Quiosque Santa Luzia Casa DANIBRUNO Argoncilhe Papelaria GIFT Pereira & Avelar Restaurante Mena CafŽ Vergada Sanguedo CafŽ Melo www.correiodafeira.pt

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Venha conhecer a América… Outras sugestões Quadrante ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Paisagens da Califórnia e Nevada

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ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Route 66 - Fly and Drive

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www.correiodafeira.pt


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