TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Desde 11 de Abril de 1897
Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXVIII
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
03 Agosto 2015
Nº 5925
€0,60 (iva inc.)
VIAGEM MEDIEVAL: LUGAR DE SURPRESAS E DE ENCONTRO DE MILHARES PÁG. 24 A 27
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
LEGISLATIVAS.2015
PÁG. 6 E 7
SURPRESA: ANTÓNIO TOPA É O 2.º DA LISTA DA PAF PARA AVEIRO
As vozes que aproximam a Feira de Lisboa. Fomos ter com elas à Assembleia da República. pág. 2 a 4
ASSEMBLEIA MUNICIPAL
As vozes que AproximAm A FeirA de LisboA
Amadeu Albergaria
“No primeiro dia na Assembleia da República (AR), a sensação foi semelhante à de entrar pela primeira vez na Universidade de Coimbra. Era tudo bastante grande, confuso, não sabia onde ficavam as salas e tinha sempre o receio de não estar a fazer o que devia” – confessa o deputado de S. João de Ver, Amadeu Albergaria. Da Feira, vieram muitas pessoas assistir à tomada de posse. “Família, pessoas ligadas ao PSD. Acompanharam-me nesse dia, foi bastante especial. Recordo o momento em que entrei na sala, sentei-me na cadeira de deputado e o primeiro acto: eleger o presidente da AR” – lembra. Iniciou-se, assim, a vida de deputado. “Temos uma função legislativa e uma função fiscalizadora, esta última mais visível neste enquadramento político, a de fiscalizar as acções do Governo. Depois há outras funções, como as de representação” – explica Amadeu Albergaria. Grande parte do trabalho faz-se nos bastidores. “Muito do trabalho que não é visto é o trabalho nas comissões. São 12 comissões permanentes que focam nos principais temas do país. A minha principal comissão é a de Educação, Ciência, Cultura, Desporto e Juventude” – afirma.
triunfos. “Pequenas vitórias que conseguimos que nos enchem de orgulho, como o financiamento da candidatura do pavilhão do S. João de Ver e de alguns campos sintéticos, ou o facto de termos mantido a importância do Tribunal ou de o Hospital não ter perdido valências…” – enumera. Mas, frisa o deputado, “há muito mais dificuldades do que vitórias”. “Muitas vezes tratar de assuntos são testes de insistência. E, por vezes, os interlocutores, fruto das dinâmicas políticas, mudam, e é preciso recontar novamente a história, explicar as necessidades. Nós sentimos essas necessidades mas as pessoas olham para o nosso Concelho como completamente infraestruturado, industrializado. Tento explicar que continuamos a ter as nossas preocupações e estamos a fazer um trabalho muito forte” – garante o social-democrata. Num Concelho com 140 mil habitantes, “as pessoas querem sempre mais e os problemas estão sempre a surgir”. “Sou permanentemente solicitado e comprometo-me a trabalhar para algo que há muito tempo é um desejo da população, a fazer requerimentos e pressão positiva e indicar ao Ministro que há este ou aquele problema” – conta Amadeu Albergaria. E é por isso que ter uma voz na AR é fundamental. “Não tenho dúvidas de que é muito importante ter um deputado em Lisboa, ligado a Santa Maria da Feira, que conheça profundamente os dossiers e esteja sintonizado com a Câmara Municipal” – afirma, não excluindo, contudo, outras cores. “Se houver diferentes partidos, tanto melhor, desde que todos estejam sintonizados pelos interesses do Concelho” – refere.
terça-feira, mas há um motivo. “A segundafeira está definida no regimento como o dia dedicado ao círculo eleitoral, em que devemos estar junto das pessoas que nos elegeram, a ouvir e acompanhar os problemas” – salienta. As capacidades demonstradas permitiramlhe progredir na carreira, tornando-se vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, e conseguiu alcançar algumas vitórias. “Na Educação, um dos momentos que me deu maior satisfação foi quando propusemos a universalidade do pré-escolar. Primeiro para as crianças dos quatro anos e depois, nos próximos anos, até aos três anos” – recorda Amadeu Albergaria, adiantando: “Deu-me um gosto pessoal porque fui eu que propus, ajudei a redigir e, quando vi que tinha conseguido o consenso entre todos os partidos, senti que a minha passagem por aqui tinha deixado uma marca”.
doso, de Pigeiros, ao seu primeiro dia na AR. “Conhecer o gabinete, as pessoas, encontrar tudo, desenvolver relações…” – lembra o deputado do PS, que hoje já se ambientou e leva uma vida intensa. “Entro às 9h00, tomo o pequeno-almoço no bar e depois vou para as comissões, para os plenários, para o gabinete. Ando aqui dentro, às vezes, nem vejo o sol. Às 20h00 vou jantar” – descreve. De vez em quando, sai em representação do seu partido. Mas nem todos trabalham da mesma forma. “Há duas possibilidades. Um deputado pode entrar e sair sem fazer absolutamente nada. Vai à reunião, assina a folha de presença, está lá um bocado e depois, se quiser, vai para o café, passear, fazer outras coisas que não o trabalho de deputado. Se realmente acompanhar a AR, o trabalho aparece, as pessoas têm de se disponibilizar para ele” – refere. Especialmente nas comissões, como a de Assuntos Europeus, em que está presente. “Se acompanhar as ordens de trabalho, tem muitos relatórios” – afirma.
Três deputados. Três partidos. Três oportunidades para Santa Maria da Feira S e g u n d a - f e i r a é p a r a o chegar ao Parlamento. povo Amadeu Albergaria O trabalho começa à terça-feira. “Reunimopara ver a agenda do dia e decidimos (PSD), António Cardoso nos que posições vamos assumir, quem vai in(PS) e Pedro Filipe tervir” – afirma. À quarta-feira, “estuda-se trabalha-se os dossiers” e “prepara-se as Soares (BE) defendem eintervenções” para as sessões plenárias, o Concelho e tentam, que iniciam nesse dia e terminam na sextano seu dia-a-dia, dar feira. “O Parlamento impõe, por força do seu E n t r a r e s a i r s e m f a ze r regimento, um conjunto de rotinas” – refere voz às ânsias dos Amadeu Albergaria. Muitos estranham que nada feirenses. a semana dos deputados arranque só à Uma viagem no tempo leva António Car-
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Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
Testes de insistência
Mas também para o concelho da Feira há www.correiodafeira.pt
António Cardoso
Partidos pequenos com mais trabalho
Para António Cardoso, houve vários momentos marcantes. “Os momentos de intervenção no plenário são muito expostos, estamos sujeitos a pressão, pois têm efeitos mediáticos. Um dos momentos que ficou foi quando tive uma intervenção de 10 minutos sobre a alteração das ordens profissionais. O PS deu-me a liderança desse processo e falei uma vez lá de cima” – recorda. Nas comissões, o trabalho é mais “burocrático”. “Faço relatórios, tenho algumas deslocações ao estrangeiro. Nos Assuntos Europeus, discutimos assuntos desde as ordens profissionais ao subsídio de desemprego, passando pela crise da demografia” – diz. Dispostas consoante a representatividade dos partidos, as comissões são mais trabalhosas para alguns deputados do que outros. “Os partidos pequenos têm dificuldade. Um partido com 10 deputados para 12 comissões não vai um para cada, têm de se desdobrar” – refere. Grande parte desse trabalho é “procurar consensos”. “Sem consenso, não vale a pena pois, se queremos construir, não vale a pena defender pontos de vista extremistas e exageradamente pessoais pois sabemos que a maioria não aceita” – elucida. Quando algum assunto chega a bom porto, o socialista sente-se satisfeito. “Dá sempre uma satisfação pessoal ter participado em coisas que dizem respeito às pessoas” – adianta. Mas António Cardoso lamenta que, muitas vezes, façam orelhas moucas. “Posso pedir, recomendar, sugerir mas o Governo faz o que lhe apetece. Eu alerto para os problemas, mas a execução concreta não vislumbrei. Chateei por causa da ligação de Arrifana à Feira e eles dizem que vai agora em Julho. Ainda não se viu nada. Chateei por causa do Tribunal. A Ministra ficou espantada, desconhecia a realidade” – critica, salientando: “Gostava de ver no Orçamento de Estado de 2015 uma verba para o Tribunal. A altura ideal para arrancar com o projecto era agora para termos o problema resolvido até 2017, já que o contrato de arrendamento acaba em 2018” – alerta.
Investir nas USF no Concelho
Esta e outras questões preocupam o deputado, como a rede de cuidados de saúde primários. “A rede de USF tem de ser concretizada, nomeadamente o centro de saúde de Canedo, Milheirós de Poiares e um outro que sirva Nogueira, Mozelos e S. Paio de Oleiros” – diz António Cardoso, sugerindo: “É melhor investir nas USF do que estar a fazer
Pedro Filipe Soares
obras no centro de Mozelos, que é uma coisa horrorosa, com paredes sujas, sem arejamento, escuro, aquilo é uma ilusão. O próprio Ministério da Saúde diz que Mozelos é para acabar. Mozelos está rodeado de centros de saúde por isso não nos podemos dar ao luxo de criar mais uma unidade ali, mas vamos, sim, potenciar uma forte para servir três freguesias”. António Cardoso já tratou de “assuntos que vão da reabertura de uma loja de jogos até pedir obras no Tribunal ou fazer pressão para que o Europarque tivesse resposta”. “Esse foi um dos dossiers que pedi ao Ministro da Economia e, coincidência ou não, passados dois meses, avançou” – salienta o deputado, dando outro exemplo. “O posto da polícia foi das primeiras coisas que pedi ao Ministério da Justiça, era uma coisa simples. Mexi, deu o que deu” – refere. Pequenas vitórias, segundo o socialista, que enchem a alma. “É gratificante, tenho uma vida muito intensa, fruto do meu envolvimento” – realça.
AR é uma “casa grande”
Nascido em Castelo de Paiva, Pedro Filipe Soares viu o seu nome ligado a Santa Maria da Feira pelo cargo que desempenhou, entre 2007 e 2009, como coordenador da concelhia do BE. Nesse último ano, deixou o Concelho e rumou a Lisboa. “Lembro-me perfeitamente do primeiro dia. Vim no dia anterior e recordo-me de entrar, da confusão, das pessoas carregando folhas com as fotografias dos deputados, para nos poderem direccionar para os serviços” – conta Pedro Filipe Soares. Para ficar inteirado dos procedimentos, o deputado teve quase de tirar um “curso”. “Fui indicado como secretário da mesa, o que significa que, além das funções de deputado, havia toda uma vertente do processo legislativo e do funcionamento da AR que eu tinha de estar a par. A primeira semana foi um curso intensivo de como funciona, como é o regimento, quais as funções” – adianta Pedro Filipe Soares, confessando: “Utilizei aqueles dias iniciais para essa aprendizagem e perceber como se andava nesta casa grande em que, nas primeiras semanas, não é fácil não nos perdermos”. De Santa Maria da Feira para Lisboa, a mudança foi grande. “Uma coisa é termos opiniões políticas, conhecermos leis, sabermos que alterações quereríamos fazer, outra coisa é percebermos como é feito, todo o processo legislativo, como se enquadra no funcionamento da AR, quais as exigências que cada deputado tem de suprir. Entrar numa máquina com uma dimensão considerável foi exigente” – revela.
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Grândola, Vila Morena
No seu percurso, que o levou a líder da bancada do BE, houve vários destaques. “O momento mais marcante nem foi de debate político, foi quando, nesta legislatura, um conjunto de pessoas nas galerias se levantou e começou a cantar o Grândola, Vila Morena. Foi simbólico, estávamos no pico da política de austeridade” – recorda. Mas o trabalho não pára. “Não há memória de uma legislatura com tanta produção de leis na AR” – afirma o deputado, apontando algumas matérias importantes pelas quais o BE se bateu. “O primeiro pedido de fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional. O BE tomou a iniciativa, em 2012, relativamente ao Orçamento de Estado, que cortou salários e pensões. Dissemos que o íamos levar ao Tribunal Constitucional (TC). Foi um início de uma nova forma de fazer luta a este Governo” – diz Pedro Filipe Soares, salientando: “Conseguimos uma vitória. Não a que queríamos (devolver os salários às pessoas) mas pelo menos uma vitória para respeitar quem descontou durante a vida”. Houve, no entanto, outros assuntos que ficaram pelo caminho. “Como questões laborais relativas aos direitos dos trabalhadores. Temos um conjunto de propostas para casais desempregados, uma delas de diminuição do tempo para aceder ao subsídio de desemprego. Só pode aceder ao subsídio quem tenha descontado. Neste momento, é um ano. Com a precariedade, as pessoas não conseguem ter os 365 dias e queríamos que fosse feita uma redução para os nove meses” – explica, prosseguindo: “A proposta parecia-nos fundamental, mas o Governo não entendeu”. O BE, porém, não desiste. “A política também se faz nas lutas constantes” – sublinha.
Ligar local ao nacional
Lutando e nunca esquecendo o Concelho. “Ainda recentemente a actuação do BE trouxe a Feira a ser debatida na AR, nomeadamente a saúde” – diz. O importante é não esquecer o povo. “Tentamos estar próximos das pessoas porque percebemos que há matérias que as pessoas não conseguem calar. Basta andar pelas ruas do Concelho e a primeira coisa que falam é de alguém que teve a pensão cortada ou não ganha suficiente para pagar as contas” – refere. É por isso, diz Pedro Filipe Soares, que é essencial ligar o local e o nacional. “Há problemas que não se responde localmente. Há três semanas, fizemos uma visita ao Tribunal. Perguntamos: “E se o Tribunal fosse para os terrenos do Europarque? Poupava-se dinheiro”. A resposta do juiz foi: “É possível, mas como é que as pessoas vão para lá?” O Tribunal é uma matéria local com ligações nacionais, os transportes idem” – aponta Pedro Filipe Soares. À AR, vão desde questões nacionais como o desemprego a questões específicas como uma fábrica que fecha. “Só não fazemos mais se não tivermos forças” – termina o deputado do BE. 03.AGO.2015
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Um olhar sobre a assembleia da república Nélson Costa
Amadeu Albergaria (PSD), António Cardoso (PS) e Pedro Filipe Soares (BE), deputados “feirenses” eleitos pelo círculo de Aveiro, acompanharam o Correio da Feira numa visita à Assembleia da República, no dia da última sessão plenária da legislatura. Dia 22 de Julho realizou-se a última sessão legislativa da XII Legislatura e o Correio da Feira esteve presente naquele que é, habitualmente, um dia de intensa activada legislativa – não fugiu à máxima, tornando-se numa longa “maratona” de quase cinco horas de votações. Mas antes visitou os corredores e salas principais do Parlamento de Portugal, constituído por uma única Câmara, designada Assembleia da República, acompanhado por cada um dos três representantes da Feira na “casa da democracia”. À chegada, sensivelmente a meio da manhã, encontrámos um significativo dispositivo policial justificado por uma manifestação da CGTP-IN a decorrer no Largo de São Bento, mesmo em frente à Assembleia da República, que juntou trabalhadores do sector público e privado. A entrada deu-se por uma porta lateral onde fomos recebidos, como combinado, por Amadeu Albergaria, natural de S. João de Ver e deputado do PSD por Aveiro. O deputado que faz parte da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência, Ética, Sociedade e Cultura, foi o nosso primeiro cicerone, mostrando-nos boa parte da Assembleia da República. A visita iniciou-se pelo Átrio Principal do Palácio de S. Bento onde decorria a exposição “Portugal Eusébio”. Uma invocação a alguns dos momentos mais marcantes do atleta e homem, recentemente transladado para o Panteão Nacional. Sobre o espaço, Amadeu Albergaria sublinha que é um dos “poucos que ainda guarda memórias do antigo convento de S. Bento”. A referência seguinte vai para a estátua de D. Carlos I. “Um símbolo da monarquia na casa da República” – sintetiza o deputado. Seguiram-se as traseiras do edifício 04
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principal onde se encontra os Jardins de S. Bento – o sobreiro, “árvore nacional”, é nota dominante – e a frota automóvel dos deputados. “Nada de extraordinariamente exuberante como muitos pensam” – refere Amadeu Albergaria. Das traseiras vê-se, igualmente, o Palacete de S. Bento, residência oficial do primeiroministro, ainda que nem sempre os que ocupam essa função optem por lá habitar. A paragem seguinte deu-se na Escadaria Nobre que dá acesso à Sala das Sessões e Sala do Senado. O deputado recorda, como curiosidade, que este tipo de escadas era tradição nos palácios e servia para “impressionar quem visitava”. E impressiona. Particularmente o imponente candeeiro que tem uma história recente. “O Governo actual decidiu dotar o candeeiro de lâmpadas economizadoras. Uma medida para poupar como outras que ocorreram. Após a austeridade o Governo baixou o orçamento da Assembleia da República” – explica Amadeu Albergaria. A Sala do Senado, com várias inspirações monárquicas (o retrato de D. Luís ainda por lá se mantém, por cima da mesa da presidência), impressiona pela beleza. No entanto, a sua utilização actual circunscreve-se “a conferências nacionais e internacionais, audições públicas entre outros. O PSD reúne-se aqui de 15 em 15 dias. É uma tradição” – menciona. Ao sair da Sala do Senado, seguimos em direcção à Sala dos Passos Perdidos, onde se realizam as declarações políticas à imprensa (existe uma sala independente para as conferências de imprensa). A decoração da Sala dos Passos Perdidos deveu-se a Columbano Bordalo Pinheiro, que evocou alguns dos mais ilustres estadistas nacionais. Entre eles José Estevão de Magalhães, com “ligação ao Distrito de Aveiro, onde nasceu” – refere o deputado. Mesmo não sendo dos mais mediáticos, José Estevão de Magalhães destacou-se no período que se seguiu à Revolução Liberal de 1820 e à institucionalização do parlamentarismo por ser um “excelente orador”. Mas não só de salas imponentes se
faz a história da Assembleia da República. Talvez de desconhecimento do exterior, os corredores da “casa da democracia” são “invadidos”, todos os dias, por centenas de funcionários, bem longe do plenário e dos holofotes mediáticos, que fazem funcionar a Assembleia da República. Um verdadeiro corrupio que, juntamente com os inúmeros visitantes, faz com que passem, “diariamente, cerca de mil pessoas por cá” – sublinha o deputado do PSD. A última paragem da nossa visita guiada com Amadeu Albergaria ocorre na Sala das Sessões ou do Plenário, “a maior do edifício”. O deputado explica que “até as intervenções estão sujeitas a um protocolo”. Como destaque a “bancada do Governo ao meio, bancadas laterais para diplomatas e ex-ministros, uma tribuna destinada à Comunicação Social, nos primeiro e segundo pisos as galerias destinadas ao público e, claro está as bancadas dos deputados, viradas para a tribuna da presidência” – resume. A “viagem” seguiu em direcção, novamente, ao ponto de partida onde nos esperava António Cardoso, deputado do PS, que pertence à Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus. A faltar 15 minutos para as 13 horas, o deputado guiou-nos pelos corredores do edifício novo da Assembleia da República onde se encontra o seu gabinete. Um edifício moderno e necessariamente muito diferente do Palácio S. Bento. No entanto, o corrupio não é muito inferior. Pelos corredores cruzam-se várias figuras das forças políticas nacionais, mas menos visitantes. A conversa com António Cardoso decorreu no Anfiteatro do novo edifício. “É um edifício menos formal onde se fazem, por exemplo, reuniões preparatórias dos partidos” – refere. Seguiu-se o almoço, ainda na companhia de António Cardoso. Às 13 horas, o Correio da Feira juntava-se à mesa com deputados de vários partidos. A conversa com António Cardoso foi um “excelente aperitivo”. Falou-se de política, desporto (outra das suas paixões) e cultura e terminou no bar, onde nos encontramos com Pedro Filipe Soares, deputado do BE e nosso último anfitrião “representan-
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te feirense” (ainda que, neste caso, não natural do Concelho). O líder do Grupo Parlamentar do BE levou-nos, igualmente, ao seu gabinete onde se pode ver um quadro de Miguel Portas, o saudoso e mítico político do partido. Já bem perto das 15 horas, a poucos minutos do início da última sessão plenária da legislatura, o deputado do BE ainda nos deu a conhecer outro foco de interesse na Assembleia da República, a Biblioteca. “Um espaço com referenciais anglo-saxónicos” – refere. A sessão plenária aproximava-se e Pedro Filipe Soares guiou-nos até às portas das galerias do público, onde aguardámos a permissão para a entrada. Ouviu-se o sinal de entrada dos deputados e pouco depois, pelas 15h30, as portas abriram-se. Entre a “maratona” de votações, quatro se destacaram: o voto de louvor à Selecção Nacional de Futebol de Praia (tinha-se sagrado campeã mundial poucos dias antes) por ter sido a primeira, a aprovação do projecto de resolução em defesa da Unidade de Saúde de Mozelos e do Gabinete de Atendimento à Saúde Juvenil (GASJ) de Santa Maria da Feira, por estar directamente ligada ao Concelho, a instituição do Dia Nacional do Folclore, do qual Amadeu Albergaria foi subscritor, e a aprovação das alterações à lei do aborto, por ter causado a maior troca de acusações e palavras de protesto na sala. O dia dos deputados acabou com um concerto do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e por solistas, na Escadaria Principal do Palácio de São Bento, a assinalar o encerramento da XII Legislatura.
Agradecimento Vimos por este meio agradecer a disponibilidade e amabilidade dos três deputados que nos receberam na Assembleia da República – Amadeu Albergaria, António Cardoso e Pedro Filipe Soares – pois sem eles esta grande reportagem na capital não teria sido possível. Daniela Soares, Nelson Costa e Albino Santos
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CDU DE AVEIRO ESTÁ À PORTA DO PARLAMENTO. E QUER ENTRAR
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A Lista da CDU traz-nos uma surpresa acrescida, com a presença de mais um feirense (ainda que por adopção) em 2º lugar. Trata-se de um rio-meanense, que depois de ter encabeçado uma candidatura à Junta de Freguesia de Rio Meão, tem vindo a protagonizar idênticas situações, em Arouca, mas para a Câmara Municipal local. A frieza dos números não esconde que as possibilidades reais de Francisco Gonçalves chegar a S. Bento, estão mais dependentes da continuidade de Miguel Viegas no Parlamento Europeu, que do voto dos aveirenses. De todo o modo, não é possível deixar de se sublinhar a perspectiva palpável de a CDU-Aveiro regressar a S. Bento, e com Francisco Gonçalves a substituir, naturalmente, Miguel Viegas que deverá regressar a Estrasburgo, para completar o mandato europeu. Se a subida da intenção de voto na coligação de esquerda, se mantiver no sentido exponenciado nos últimos meses, é bem provável que o desiderato que a CDU esteve quase a atingir há 4 anos (em que ficou, literalmente à porta do Parlamento, por falta de uma mão-cheia de votos) possa ser alcançado a 4 de Outubro. 1 - Miguel Viegas O cabeça de lista da CDU no distrito de Aveiro, nasceu em Paris, tendo vindo para Portugal com 10 anos de idade. Fixou-se em Ovar, para cuja Assembleia Municipal foi eleito em 2011, mas ocupa actualmente, uma cadeira no Parlamento Europeu. Aos 45 anos, o professor universitário que vai tentar recuperar a representação aveirense da CDU na Assembleia da República, apresenta um currículo técnico assinalável: cedo licenciado em medicina veterinária pela Universidade Técnica de Lisboa, expandiu depois a sua procura de conhecimentos para outras áreas, tendo-se licenciado em Economia pela Universidade do Aveiro, obtendo depois o doutoramento na mesma área pela Universidade do Porto. É Mestre em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade de Aveiro (2013) e como investigador, tem-se debruçado sobre temas como a macroeconomia e a política orçamental. Noutro âmbito, Miguel Viegas é também fundador e dirigente do Clube de Canoagem de Ovar, por cujo emblema obteve vários títulos nacionais em remo e regionais em canoagem. Foi dirigente estudantil na Faculdade de Medicina Veterinária e é-o no Sindicato dos Professores da Região Centro, função que acumula com as de membro da Concelhia de Aveiro, da Direção Regional de Aveiro do PCP e do seu Executivo. 2 - Francisco Gonçalves O segundo nome da CDU no distrito de Aveiro, apresenta mais um… feirense por adopção. Francisco Gonçalves é minhoto, mas reside desde 2003 em Rio Meão, a cuja Junta de Freguesia encabeçou a candidatura da CDU nas eleições Autárquicas de 2005. Tem 44 anos de idade e é professor em Arouca, concelho em que coordena o PCP e onde protagonizou em 2009 e 2013 as candidaturas da CDU à Câmara Municipal local. Dirigente sindical, está profundamente envolvido nas temáticas do Ambiente e Recursos Naturais, factor que, aliás, se apresentava em grande destaque no caderno de intenções da sua última candidatura à autarquia arouquense. 3- Andrea Araújo Activista reconhecida em movimentos de defesa de direitos e temas sociais, como os do direito à saúde ou contra o aumento do IMI, a 3ª da lista da CDU no distrito de Aveiro tem 43 anos. Recentemente bateu-se pela criação de um Observatório da Pobreza e da Exclusão Social no distrito de Aveiro; e de uma Rede Pública de Combate à Pobreza, às Desigualdades e à Exclusão Social, defendendo a integração de diversos parceiros sociais.
4- Antero Resende O nº 4 da lista da CDU no distrito de Aveiro, é um professor e dirigente sindical de Fornos, de 54 anos, dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes”. Tem sido presença assídua da CDU em todos os actos eleitorais da última década, com realce para a candidatura à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, que encabeçou pelas cores da CDU. Na altura ficou célebre a sua declaração de que se candidatava para “acabar com o império do PSD e de Alfredo Henriques”. Crítico contundente da gestão do PSD à frente da autarquia feirense, tem sido uma das vozes mais insistentes na oposição ao negócio das águas, que a CM Feira assinou com a Indaqua. 5 - Renata Costa Trata-se de uma jovem jurista, de 27 anos, membro da Comissão Política da JCP. Tem estado envolvida em acções de contacto directo com lojistas e trabalhadores sectoriais afectos em Aveiro, apoiada na distribuição de um boletim dirigido aos trabalhadores do sector (o “Frente de Loja”). 6 - Filipe Moreira O fianense que tem vindo a destacar-se em intervenções na Assembleia Municipal da Feira, tem 29 anos e é um dos mais promissores políticos da nova geração comunista do distrito. É atualmente colaborador da Global Research Centre for Globalization (Centro de Investigação sobre a Globalização, com sede em Montreal, Canadá e fundado em 2001 por Michael Chossudovsky, com o objectivo de “conter a maré da globalização e desarmar a nova ordem mundial”). Foi militar no exército português, tendo estado destacado numa missão no Líbano como “capacete azul”, mas também teve uma experiência como operário metalúrgico. Jogou voleibol no Fiães SC e foi membro da Direção Nacional da JCP e de outros órgãos daquela organização juvenil comunista. Actualmente é membro das DORAV e da Comissão Concelhia do PCP-Feira e encabeçou a lista da CDU candidata à JF Fiães nas últimas eleições autárquicas. www.correiodafeira.pt
3 Perguntas a Francisco Gonçalves 1 – Contava integrar a lista da CDU por Aveiro? FG – O funcionamento do PCP, leva a que as nomeações sejam decididas colectivamente. O meu nome acabou por surgir naturalmente e aceitei a tarefa como tenho aceite outras paras quais poderia disponibilizar-me. A minha profissão é a de Professor (sou também sindicalista) e em termos políticos dou o meu contributo como militante do PCP. 2 – Com que expectativas parte para esta eleição? FG – Com a expectativa fundada de voltarmos [CDU] a ter representatividade na Assembleia da República, o que já não acontece desde meados dos anos 80. Temos vindo a registar um crescimento contínuo, pelo que a expectaiva é fundamentada. Só não está em causa o número de lugares, porque o mais importante é mesmo voltarmos a ter representação da CDU-Aveiro na AR. 3 – Acha que o peso do eleitorado feirense no cômputo distrital, pode ser decisivo para a eleição de um deputado da CDU por Aveiro? FG – Pode. O concelho da Feira tem a maior massa eleitoral do distrito de Aveiro, portanto com um peso significativo nos resultados das eleições. Mas nós não temos preocupações centralizadas neste ou naquele concelho. Vamos aonde houver povo e trabalhadores para levar as nossas propostas. A nível local, cabe às organizações concelhias organizar as actividades.
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ior anter a n o d tiaflora em figura já ia g v ua ha e as mo se endo à ling ralelo entr eo c l a T orr pa e a ch o, rec s um ediçã belecemo squeteiros entido, s o ta va, es dos três m No mesmo ribuição . t s o t is a quar figur iria o à “d quem a, de um relaçã gada ia que, em ia saber-se eg er ar ue ch se q lo ise ref éis” só falt e hama . Mas ap dos p ’artagnan” ila Maior. C e cena, d V “d boca ser o mente de ou a es. t m a o o t f t c a e holo dire p s o o T r a io Antón sem reclam o m s me
A COLIGAÇÃO EM SEUS MEANDROS Independentemente do enquadramento que se queira atribuir-lhe, a indigitação para o segundo lugar da Lista da PAF por Aveiro, vem abrir uma ferida no seio do PSD. E o principal factor, acaba por residir – não na indicação pessoal do presidente do partido, Passos Coelho – mas num pormenor desestabilizador: a indicação de António Topa pela CPC de Ovar do PSD. Não que lhe falte legitimidade e/ou justeza; mas porque não se consegue disfarçar ali a “bofetada de luva-branca” com que o PSD vareiro parece ter querido afrontar o congénere fogaceiro. No cômputo geral, a soma dos votos obtidos em 2011 pelo PSD e pelo CDS, valeriam 10 lugares à coligação “Portugal À Frente”. O que quer dizer que, em teoria, Amadeu Albergaria deverá regressar a S. Bento. Mas está nitidamente exposto às performances da coligação e… do Partido Socialista. A ironia, é que – tal como nestas páginas se vem defendendo – a pujança eleitoral do círculo da Feira deveria ser argumento mais que suficiente para que se impusesse dois nomes em lugar confortavelmente elegível. Mas há demasiados santos para tão poucas capelinhas… 1 - Luís Montenegro Aos 42 anos, o advogado espinhense está em pleno processo de consolidação de uma posição que – um tanto surpreendentemente – tem vindo a protagonizar no seio do PSD, desde 2011, altura em que foi eleito líder parlamentar do PSD (de que já havia sido vice-presidente na anterior legislatura). Contrariando os que viam na sua ascenção meteórica a influência da Maçonaria (de cuja Loja Mozart é alegado membro) tem vindo a ganhar influência crescente no seio do PSD a ponto de ser hoje uma figura incontornável na nomenclatura “laranja”. Em 2005 encabeçou a lista do PSD candidata à Câmara Municipal de Espinho (de cuja Assembleia Municipal é hoje presidente, acumulando com o lugar de deputado na Assembleia Metropolitana do Porto), tendo perdido a eleição para José Mota (PS). Dois anos depois ganhava lugar no hemiciclo de S. Bento e preponderância nos órgãos nacionais do partido. O presidente do Grupo Parlamentar do PSD tem desempenhado vários cargos na AR, em que coordena o Grupo de Deputados de Aveiro do PSD. Foi membro de diversas Delegações e Comissões Parlamentares, com destaque para as da Revisão Constitucional, do Poder Local, Ordenamento do Território e Ambiente, Obras Públicas, Transportes e Comunicações e Eventual para a Reforma do Sistema Político.
atendendo a pedido expresso de Passos Coelho, que para além de reconhecer-lhe as capacidades que fazem dele uma das mais respeitadas figuras do PSD distrital, também não esqueceu o seu envolvimento determinante, aquando da luta interna que levou o actual primeiro-ministro à liderança do PSD, há cinco anos. Apesar de cultor do “low-profile”, como já aqui se referiu, o engenheiro de Vila Maior, tem estado permanentemente activo nos órgãos internos do PSD, de cuja Comissão Política Nacional é membro, acumulando com o cargo de Presidente da Assembleia Distrital do PSD de Aveiro. O registo cronológico refere-nos a estreia de António Topa nas actividades políticas representativas em 1979, altura em que assumiu lugares na Assembleia de Freguesia de Vila Maior e na Comissão Política da Secção do PSD de Santa Maria da Feira. Três anos depois, chegava à CM Feira, assumindo o Pelouro do Planeamento e Urbanismo, funções que desempenhou até 1997. Nesse período, foi também membro da Comissão do Poder Local da Associação Nacional de Municípios Portugueses e Conselheiro Nacional do PSD. Entre 2002 e 2005 assumiu a presidência da CP do PSD-Feira; e em 2006, chegou ao cargo de Presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Aveiro e foi eleito Conselheiro Nacional do PPD/PSD. Dele se diz que poderia ter sido presidente da câmara da Feira ou deputado quando quisesse. Recusou sempre. Até agora…
2 – António Topa O protagonista da surpresa maior registada na elaboração da lista da coligação Portugal À Frente, por Aveiro, é, reconhecidamente, um fautor de consensos. Depois de muitos anos a refugiarse na prática quase-sigilosa da actividade política, que em boa verdade, nunca abandonou, António Topa regressa agora à ribalta,
3. Regina Bastos A advogada de Estarreja que despontou no PSD a partir da altura em que aceitou secretariar Gilberto Madaíl no então Governo Civil de Aveiro, tem no seu currículo passagens pela Assembleia da República, mas é reconhecida, sobretudo, pelo seu desempenho enquanto deputada ao Parlamento Europeu, em que ingressou para dois mandatos distintos. No final do
primeiro, em 2004, regressou para abraçar a pasta de Secretária de Estado da Saúde, no governo de Santana Lopes, tendo voltado ao PE em 2009. Nos dois mandatos na EU integrou diversas comissões, como as dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros e Emprego e dos Assuntos Sociais. 4 -João Almeida O jurista lisboeta surge nas listas de Aveiro, em representação do CDS, transitando do círculo do Porto, pelo qual havia sido eleito para a presente legislatura. É Secretário de Estado da Administração Interna. Especialista em Ciências Jurídico-Económicas, surpreendeu há 3 anos quando surgiu a liderar a direcção do clube de futebol “Os Belenenses. 5. Ulisses Pereira O economista licenciado em Finanças, é um apaixonado pelo Andebol, assumindo actualmente a presidência da respectiva Federação Nacional e o cargo de Auditor Interno da IHF (International Handball Federation). É actualmente o presidente da Comissão Política Distrital do PSD. 6 - Helga Correia É o preenchimento da obrigatória quota feminina das listas de candidatos, que alcandora a Contabilista oliveirense à sexta posição da lista da PAF. É Segunda-Secretária da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis. 7. Amadeu Albergaria Uma surpreendente conjugação de factores, está na origem da (aparente) “despromoção” do orgulhoso “malapeiro” de 38 anos. O “notável” pelo Colégio de Lamas, que tem protagonizado um percurso ascendente no aparelho do PSD, vê a sua posição prejudicada por três factores indirectos e incontornáveis: a) A observância da quota da responsabilidade dos órgãos nacionais, que colocou António Topa no segundo lugar da Lista da PAF; b) O preenchimento da quota feminina, que obrigou à inclusão, de última-hora, do nome de Helga Correia; c) O acolhimento de João Almeida, por força do acordo de coligação celebrado com o PSD. Há uma larga fatia do universo laranja aveirense, que ainda não aceitou de bom grado a “despromoção” de Amadeu Albergaria, não obstante as exigências públicas de Emídio Sousa e, até, a posição ocupada (5ª) na lista do PSD nas eleições de 2011.
3 Perguntas a Francisco Gonçalves 1–Mesmoanívelnacional,protagonizaumadasmaiores surpresas das listas do PSD. Estava a contar ser o nº 2 da Lista por Aveiro? AT – Não tinha qualquer tipo de expectativa, mas recebi um telefonemadeumapessoaaquemnãopoderiadizerquenão. Portanto, sou o nº 2 por indicação expressa do presidente do Partido [Passos Coelho], mas também sou uma pessoa que conhece extremamente bem um distrito onde as pessoas também me conhecem bem. 2 – O seu nome surge por iniciativa da CPC de Ovar. Porque é que não foi a de Santa Maria da Feira a indicá-lo? AT – Não tinha de ser. Acho que a indicação da Feira [Amadeu Albergaria]foibemfeita.Temosumdeputadoquetemfeitoum excelente trabalho e merece continuar. Mas Ovar entendeu que deveria indicar o meu nome e sinto-me muito honrado. www.correiodafeira.pt
Tenho recebido telefonemas de apoio de pessoas de todo o distrito. Mas atenção que não há deputados da Feira, deputados de Ovar, etc.; há deputados nacionais, eleitos por círculos distritais. Hoje, é cada vez menos importante essa questão; mas estou a recordar-me por exemplo, que a candidata indicada por S. João da Madeira [Nº 9, Susana Lamas] até é de Lourosa… 3 – A sua candidatura não vem provocar fraturas a nível interno do PSD- Feira? AT – Não, acho que não. Pelo menos por mim, não. E volto a recordar que estou na lista por indicação do presidente do partido, logo em quota nacional. O que é importante é que o concelho da Feira vai bem representado e há um pormenor especial a destacar: pela primeira vez, a lista de Aveiro só tem nomes do Distrito… 03.AGO.2015
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AVENIDA DAS FOGACEIRAS
avenidadasfogaceiras@gmail.com
Textos: Orlando Macedo
NOTA DA DIRECÇÃO Acredite-se ou não, também nós estamos a necessitar de umas Férias retemperadoras. Por isso – e correspondendo a uma prática de mais de um século – o CORREIO DA FEIRA suspende hoje a sua publicação com a promessa de que voltaremos ao convívio dos Leitores em 7 de Setembro. Até lá, subscrevemo-nos com votos de Boas Férias
Atalaia
Renovação Tranquila Que têm em comum Amadeu Albergaria (PSD), António Cardoso (PS), António Topa (PSD) Francisco Gonçalves (PCP) e Moisés Ferreira (BE)? Muito mais do que parece; e muito mais do que eles próprios admitem. São candidatos à Assembleia da República com ambições diferentes, visões políticas e sociais diferentes, defendendo forças partidárias diferentes que cobrem as sensibilidades essenciais do nosso espectro político. Mas há um traço comum indelével: todos são oriundos de Santa Maria da Feira. A eles deveriam (e poderiam) juntar-se os nomes de mais feirenses, em representação legítima da força eleitoral deste concelho, que acolhe o maior número de eleitores do distrito de Aveiro, numa correspondência lógica à sua densidade demográfica. Mas enquanto não for promovida a reforma política – que já tarda – hão-de continuar a ser outras, que não as da verdadeira representatividade popular, as vontades que escolherão os nomes. Não tenho da política a visão naiff que lobriga amanhãs que cantam, com gente de todo o espectro partidário dando as mãos, enquanto calcorreia alegremente os trilhos desenvolvimento. Mas também tenho testemunhado (temos todos, afinal) a ligeireza com que se lança mão de alegadas utopias para promover barreiras e inventar incompatibilidades, para justificar o injustificável, mesmo quando estão causa valores nacionais. Mas sobrevém a percepção que com ou sem “Podemos” e “Siryzas”, a chamada ‘sociedade civil’ está a dar sinal de intolerância ao modus operandi da generalidade dos nossos partidos, ciente que se a Democracia não pode viver sem eles, também neles não se esgota. Que venha, então a renovação tranquila…
PASSADO (im)PERFEITO A espuma das notícias da semana que passou
Segunda – feira
Patinagem artística – Há por aí empresas portuguesas a exportar para Espanha e Itália calçado produzido na China. São cerca de dez milhões de pares de sapatos, no valor de 18 milhões de euros, com o preço de alguns pares abaixo de 1 Euro. Estamos a calçar a europa com calçado chinês; mas com artistas destes, a seguir, somos nós a calçar os patins… Coma - O ‘Correio da Manhã’ referia-se à subida de 36% da dívida pública, referindo que a mesma “dispara 59,8 mil milhões com a troika”. Não se sabe se o disparo é fatal, mas a economia portuguesa está em coma assistido, ligada às máquinas…
Terça-Feira
Pão-nosso-de-cadadia – A nomeação de um
irmão do antigo líder distrital do PSD na Guarda para o topo da Segurança Social, sem ter experiência, está a causar indignação naquele distrito, coisa que não se percebe. Afinal, nomeações de gente sem experiência para funções do Estado, tem sido o pãonosso de-cada-dia… Mobilidade – Depois de, na Segurança Social, já ter calçado os patins a centenas de milhares de desempregados, o Governo quer agora funcionários de bicicleta. Mota Soares parou de roer as unhas: quem tiver scooter fica isento.
Quarta-feira
All aboard!… – Até quart a - fe i r a , o G ove r n o fe z mais 14 nomeações para altos cargos no Estado,
depois da marcação de Post-it eleições. A Oposição diz que é ilegal, mas valha os ealgarvi a verdade que ninguém s o varam il b a que apro s a mais s pode acusar os contem- N re o d s verea e apartamento em de plados de estarem a ufeira, o d rd Em Alb a constru• ‹ o prir a o agora m cum abandonar o navio. Bem te galmen io e não fizera tribunal, foram bolso lo ifíc pelo contrário!... rio tada pe num ed do pr— p ‹ o decre ar €25 por dia, ns nabos; po• Parque Jurássico – O li o m e d ou pag ‹ o simixo. S‹ ados a ‘i’ faz manchete com o conden prŽ dio v‡ aba sco uma solu• Plano o o n “adeus de 11 dinossauros atŽ que prendido con provava-se um a . ra ao Parlamento”. A chadiam te z e funcional: s retroactivos o a it c fi fe e e , tice será se eles vierem s ple com enorÉ cá para fora montar um de Porm parque jurássico, com cobrança de entradas… Quinta-feira
Sábado
Ó ó … - Edite Estrela disse que “os discursos de Portas e Passos são contos para crianças”. Ora aí está! Uma explicação tão simples, para se perceber porque é que no PS anda tudo a dormir… Frangueiro – Escreve o JN que, na apresentação do programa da PAF, Passos Coelho disse ter sido o guardião do Estado Social. Pois, mas é bom que tenha consciência de que não há adeptos que aguentem um guardião tão frangueiro…
Frenesim - … e de repente, o frenesim governamental: Bónus salariais para médicos; dezenas de novas ambulâncias; contratação de milhares de novos funcionários para as escolas; 22 milhões para hospitais públicos combaterem listas de espera; 125 milhões para consultas e cirurgias nas Misericórdias… Não, não é a “silly season”. (E 4 de Outubro é já ali…) Bananas - No dia em que voltou a dizer que o governo da coligação está “viciado na mentira”, António Costa comparou com Passos Coelho: “Não sou um melão”, disse ele. ‘Tá bem, mas o povo está farto é de bananas…
Sexta-feira
Domingo Aguenta! - A notícia de que Fernando Ulrich levou para casa um total de 1,1 milhões de euros em 2014, entre salário fixo e outras mordomias pagas pelo BPI, provocou um frémito de emoção entre os portugueses, com a dúvida sobre se ele aguentará tamanho peso financeiro. Mas ele… ai aguenta, aguenta! O silêncio dos inocentes – O Parlamento gastou ilegalmente 8,3 milhões de euros, valor 50% acima do orçamento autorizado (5,8 milhões). Mas como todos os partidos foram beneficiados, por estes dias ecoam nas galerias de S. Bento os doces trinados dos assobios que os deputados lançam para o ar…
Fontes: Correio da Manhã; DN; Económico; i; JN; Lusa; Negócios; Público; SoI 08
03.AGO.2015
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Halloween - A gestora de
sucesso Isabel Vaz, faz capa no ‘Jornal de Negócios’ com a afirmação de que “Passos Coelho assusta muita gente”. Pudera! Já vamos em 4 anos de halloween, carambas… Dorminhoco – O inefável Rui Machete disse numa entrevista ao ‘Público’ que “não se reforma o Estado apenas fazendo fusões entre instituições”. ‘Ganda’ dorminhoco; dormiu que se fartou o tempo todo e lembra-se de acordar… a dois meses das Eleições!...
Mais do MesMo...ou necessidade de solidez Ana Isabel Sampaio Espargo
OPINIÃO
Como vamos viver nós neste contexto de sobressaltos económicos e financeiros? Nesta Europa de contrastes que teoricamente defende a igualdade entre os povos dentro dum espaço comum que ainda são 19 países. Nos países do norte da europa vive-se bem, já nos países do sul a diferença é grande. Causas, são muitas, não importa explora-las neste momento. Enquanto uns vivem felizes e tranquilos em países cujos Estados têm governado bem as suas nações. Outros vivem num contexto inverso e sem grandes culpas, sofrem os danos causados pelas estratégias governativas erradas adotadas por anos a fio. Neste momento, até os governantes depositam em algo tão pouco sólido como a fé, as expectativas de crescimento económico do país. País esse, cujos cofres estão cheios de dinheiro emprestado. Ricos meninos que mereceram esta benesse com o seu trabalho árduo… numa governação dura. E aqui não uso ponta de ironia. Empréstimos em cima de empréstimos, juros em cima de juros e uma produtividade fatalmente baixa. Uma balança comercial nada favorável a quem necessita sustentar-se a si próprio. Uma amálgama de situações que não vão permitir tão cedo, alguém viver com tranquilidade sem tanto imposto e cortes orçamentais em coisas tão básicas como a saúde, a educação, a justiça e a segurança. Tudo obrigações do Estado, caso o mesmo as possa prover em troco das contribuições que o povo faz. O
problema é que os serviços são em regra, caros para a qualidade dos mesmos. As taxas de esforço das famílias são elevadas, muitas vezes insuportáveis. O ordenado mínimo é baixo para quem recebe e alto para quem o paga. O que os portugueses têm de bom é que vão aceitando passivamente as contrariedades. Agora, não há muito mais a fazer, estamos a colher os erros semeados. Mantermo-nos no fio da navalha, não será muito mau por ora. Isto numa altura em são precisas pinças diplomáticas bem oleadas para contornar tão delicada situação. Ao mesmo tempo exige-se discernimento dos governantes nacionais em definir estratégias sólidas de recuperação da economia do país. A fé pode mover montanhas mas não garante a sustentação duma nação e do seu povo. Povo esse a quem não têm sido dadas as justas oportunidades, sobretudo ao nível da formação que lhes permitiria ter maior capacidade para discernir e ter uma visão mais alargada. Quanto maior o grau de literacia e cultura dum povo, maior o grau de desenvolvimento da sua nação. A tolerância que deve existir e o respeito pelo ser humano, independentemente das suas diferenças, gera-se no coração do homem. Mas para isso deve existir tranquilidade e meios para educar as sociedades. São necessárias famílias bem estruturadas e determinadas em formar bons seres humanos. No contexto que vivemos, o homem não tem a sua identidade bem definida. Do seu trabalho depende a salvação das nações e a manutenção dos sistemas que sustentam as sociedades atuais, e pouco mais. Às famílias, pedem-se
filhos também para garantir a sustentação económica das mesmas nações. Aos pais pede-se cada vez mais dedicação, esforço e tempo despendido no trabalho. O problema é que conciliar as duas tarefas é impossível em muitos casos. Não se pode ter filhos sem meios económicos. Mas também não é possível ter filhos sem tempo para os criar. A conciliação da maternidade com o trabalho tem que ser algo efetivo. Feito com logica. País onde é permitido às entidades empregadoras obrigarem as mamãs a espremerem os peitos para provarem que aleitam, é uma insanidade cruel. Patrões que despedem mulheres por estarem grávidas, prova bem a má formação do ser humano e a sua falta de ética e valores. Não tiveram uma família que lhos indicasse, com certeza. Uma mulher é feita para ser mãe, e ao sê-lo criam-se vínculos afetivos que são essenciais na construção de bons cidadãos. Serão com certeza estes que construirão sociedades mais justas e corretas. Os erros que têm sido cometidos, provaram que não é assim que uma nação cresce. É inadmissível o grau de competitividade que se instalou no mercado de trabalho, a insegurança, o medo, as injustiças, etc. etc. etc. As pessoas não estão felizes em grande parte dos casos. É inadmissível o grau de destruição da família, célula base da sociedade. Assim como o grau de destruição do ser humano. Muitas sociedades extremamente evoluídas em tempos idos, se esgotaram a si mesmas. Será que o mesmo não acontecerá com as nossas?
“TransTorno Medieval” Jorge Paulo Soares, Santa Maria da Feira
Caros leitores, permitam-me esta ousadia, primeiro, em tentar escrever para uma publicação e em segundo, por expressar a minha modesta opinião na qual provavelmente ninguém está interessado, mas aqui fica. Quero falar sobre a Viagem Medieval. Estranho não é? Não se ouve contestação….será que toda a gente calada concorda? Será que um evento que altera as nossas vidas duran-
te mais de duas semanas é inquestionável? Será que a duração do evento não é exagerada? Será que meia-dúzia de decisores têm o direito de limitar a nossa liberdade durante este período de tempo sem nos ser perguntado se queremos? Será que os objectivos originais da Feira Medieval se mantêm? Será que há outros motivos? Será que a dimensão crescente é necessária ou significa que se perdeu o controlo? Será que a Feira tem na realidade um centro histórico com monumentos, casas senhoriais ou não antigas e conservadas, digno de tal nome? Será que a moda da feiras medievais não
passa? Será que queremos uma terrinha que viva do passado em vez de querer ser reconhecida pela sua modernidade, pela sua indústria mas uma indústria de mais-valias e não de mão-de-obra barata, pelos seus bons serviços e equipamentos sociais, pelas suas boas estradas? Será que é razoável obrigarem os feirenses a levarem com uma enxurrada de 500.000 pessoas em 12 dias ininterruptos?Será que isto é História? Será que os Feirenses querem isto? E é só isto…. No fundo acho que tenho vergonha…não de ser Feirense mas da Feira!”
FICHA TÉCNICA
dados Bancários do correio da Feira: Banco BPi, niB: 0010 0000 51061450001 94 Administração Director
Colaboradores: Alberto Soares, Luís Higino, Roberto Carlos, Serafim Lopes Desporto: Paulo Ferreira, AndrŽ Pereira, AmŽ rico Azevedo, å ngelo Resende, å ngelo Pedrosa, Preço Assinaturas: Artur S‡ , Carlos Melo, Jorge Costa, Manuel Silva, Armandino Silva, JosŽ Carlos Macedo, Ant— nio Santos, Bruno Godinho, Dinis Silva, Filipe Freixo, Jorge Silva, Paulo SŽ rgio Nacional - € 25 Guimar‹ es, Orlando Soares, Orlando Bernadino Silva, Paulo Neto, Pedro Castro, Maria Celeste Rato Europa - € 50
Orlando Macedo
Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes e Margarida Gariso
Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt
Resto do Mundo - € 65
Informa• › es Banc‡ rias: Banco BPI NIB: 0010 0000 51061450001 94
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BARRALHAR PARA DAR O MESMO… Carlos Fontes
Lá vamos… Está marcado para 4 de outubro o próximo ato eleitoral. Já se sabe, no entanto, quais vão ser os nossos representantes na Assembleia da República na próxima legislatura. As eleições já foram! Uns poucos, cabeças bem pensantes, os «manda-chuva» dos partidos, já determinaram quais os deputados que os vão servir. O que não é o mesmo de servir o País, como deveria ser a sua tarefa, se neste País imperasse realmente uma verdadeira democracia. Já sabemos quem vão ser «os paus-mandados» de Passos, Portas e Costa. O tal «arco do poder» – se na última palavra mudássemos a primeira letra a coisa estaria melhor, pois é isso que esse «arco do poder» tem andado a fazer ao povo português nos últimos 40 anos – escolheu um lote de grandes cabeças. Claro, como
em tudo, e para ser justo, devo acrescentar que esta regra também contém exceções. Porque está em causa o nosso distrito, antes de tudo o nosso concelho, vamos lá falar nos que vão passar a ser os nossos representantes na AR, aqueles que têm (deveriam ter) por missão defender os nossos interesses – o dos portugueses em geral, e dos feirenses (e aveirenses) em particular. A coligação que nos tem governado, quanto a mim mal, mas apesar de tudo, não tão mal como foi a governação de Sócrates e Cª, apresenta, sem surpresa, um espinhense como «chefe de fila». Não vou discutir a valia da escolha. O que discuto, discordo mesmo, é que o Concelho da Feira não conte na lista dos escolhidos com um seu representante na 2ª ou 3ª posição. Pior, aqui com foros de escândalo, é a lista do Partido Socialista. O Concelho da Feira passalhe ao lado. O primeiro candidato aparece na 7ª posição. Será eleito? Mas, António Cardoso, o escolhido, considera uma «excelente posi-
ção»! Desculpa lá engenheiro, mas com essa tua afirmação só confirmas aquilo que sempre pensei de ti: és, como diz o nosso povo, «um gajo porreiro», e, eu acrescento, foste muito melhor guarda-redes de futebol que agora és político. Mas ridícula é a presença, na 3ª posição da lista do Partido Socialista, de uma deputada que vem «da Idade da Pedra», como alguém, com algum humor, mas com perfeita propriedade, afirma. Esta malta do PS anda a brincar com o «zé pagode». Apesar de tudo, quando se constata que na lista dos candidatos do PSD pelo Porto aparece em 2º lugar um «autêntico artista», um marco de oportunismo, esta e outras «habilidades» do PS não passam de pequenos lapsos. Lá vamos…cantando e rindo, levados, levados, sim… Mas não é isso o que merecemos, quando se sabe que nos últimos 40 anos, escolhemos sempre os mesmos? Os tais do «arco do poder…com f».
PLANEAMENTO URBANÍSTICO DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA FEIRA….PRECISA DE UMA NOVA VISÃO ESTRATÉGICA! António Cardoso,
Deputado do Partido Socialista à Assembleia da República
NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Urbanístico Municipal, merecem destaque as seguintes considerações: “Túnel da Cruz, obra que a Câmara tem vindo a reivindicar há longos anos. Vários documentos foram enviados à Secretaria de Estado e ao Ministério. Entretanto, chegaram à conclusão que o projeto inicial não era viável e introduziram algumas alterações com rotundas abandonando o traçado que passaria por detrás do Cash & Carry e que iria até à A32……Deixamos cair esse troço em troca de uma reabilitação da atual via, que vai entrar em obras ainda este ano. Vão avançar com a restante requalificação da via, mas o Túnel não avança por falta de disponibilidade de verba. A EP apelou que apontássemos soluções diferentes, mas continuamos a dizer que o Túnel para nós é essencial, queremos ligar as duas margens da cidade e achamos que só conseguimos fazer através do Túnel. Disseram-nos que há outras formas de o fazer. Se há, digam quais? Não fechamos a porta a qualquer solução. Vamos continuar a defender o Túnel da Cruz, mas se nos convencerem que há outra solução que resolva o problema também cá estamos para a analisar” Nada de extraordinário se conclui que não ser
que a Câmara dá-se por vencida. Os Feirenses não podem aceitar este desfecho. Não podem continuar esperar eternamente pelo Túnel da Cruz, ficando impedidos de uma ligação acessível entre a Zona urbana da Cruz e os Passionistas / Stº André. Se nada for feito, vão continuar eternamente à espera do Túnel!.. Perante este constrangimento, perguntase: 1- Não é possível construir uma rotunda frente ao Hotel Nova Cruz ou logo a seguir aos Passionistas no sentido poente- nascente para permitir a ligação entre as margens da via rápida? E, quando houver dinheiro far-se-á uma passagem desnivelada, coisa vulgar em cidades com elevados índices de tráfego!... por outras palavras, a obra não pode ser faseada? 2- Já que estamos na requalificação da N223 (entre o Nó A1 na Cruz- Arrifana), será que a ligação da saída do hospital de S. Sebastião de acesso à variante não pode ser feita diretamente sem ter que atravessar a via que vem de Espinho? A solução viária é tão simples que ninguém compreende que este melhoramento possa ficar adiado? 3- Seguindo em direção a Arrifana, perguntase a zona de Picalhos vai continuar a ficar separada do centro da cidade pela variante? Não será possível construir uma rotunda que ligue as duas margens? Será que vamos continuar a ficar com uma “reduzida viela”
transitável de forma alternada, que liga as duas margens? Durante muito tempo a desculpa era que a solução estava dependia da ligação à A32!Esta tornada inviável…agora a divergência recai no túnel da Cruz! Chega de desculpas para eternos adiamentos. É preciso uma nova visão estratégica no planeamento Urbanístico do concelho que seja ativa e pragmática. Esperamos que as sugestões acima colocadas possam ser apreciadas na sua viabilização. Os Feirenses estão ansiosos pela realização da requalificação/reabilitação deste eixo (nó da A1 até Arrifana) importantíssima nas ligações aos municípios vizinhos especialmente S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis. Esta requalificação prometida recentemente pelos deputados do PSD/CDS de Aveiro infelizmente tarda em iniciar. Não é necessário fundamentar a importância das obras de requalificação da EN223. É do conhecimento público os inúmeros os transtornos, a falta de segurança e as demoras a que são obrigados os automobilistas quando percorrem o troço da EN223 entre o nó da A1 Nó na Feira até Arrifana. Por último, espera-se que a clareza e simplicidade dos exemplos acima apresentados não necessitem que se faça um desenho para que os responsáveis pelo Planeamento Urbanístico do Município os possam entender melhor. Emprego
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03.AGO.2015
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Aterro junto ao pavilhão desportivo GIÃO A freguesia de Gião continua a estar na mira dos socialistas. Desta feita, António Bastos aponta um “propriedade grande”, junto ao pavilhão gimnodesportivo, “transformada em aterro sanitário de materiais”. “É um terreno da Câmara. Para onde são transportados os materiais?” – questiona o vereador do PS. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, garantiu que iria averiguar a situação.
FREGUESIAS
Passeios requalificados no Roligo
“CRATERAS” NA TRAVESSA DA COOPERATIVA MOZELOS A Travessa da Cooperativa tem “autênticas crateras”, aponta o vereador socialista António Bastos, sobre a via próxima à habitação social, “junto às caixas de águas pluviais”. “A Câmara fez um trabalho extremamente mal feito. Esqueceu-se dos estudos geológicos, como é habitual. Só os faz quando há trabalhos a mais” – critica. Uma obra com constrangimentos. “Passado um, dois, anos, a obra está neste estado, com minas
que inundam a zona. É preciso uma intervenção urgente e rápida. É até perigoso para uma criança que lá passe. O Município terá de arcar com as responsabilidades do que lá aconteça” – salienta António Bastos. O vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, informou que tinha ocorrido “uma série de aluimentos” em “diferentes sítios” e que o procedimento de reparação já está a ser elaborado.
ESPARGO O estado da Zona Industrial do Roligo, em Espargo, volta a ser questionado. “Como está a situação?” – pergunta a vereadora socialista Susana Correia. O vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, garante que têm alertado a Junta de Freguesia para a necessidade de limpeza. “E quanto à situação das árvores que esventram os passeios, já estamos a proceder à requalificação dos passeios” – salienta.
Separador continua a causar transtornos a ambulâncias FEIRA O separador junto ao Hospital S. Sebastião continua a gerar chamadas de atenção dos socialistas pelos “constrangimentos de trânsito” que provoca. “Há dois anos que alertamos para esta questão. Disseram que estava a ser feito um estudo para a variante S. João da Madeira-Ovar. Já está feito? Andam há dois anos em estudos, até hoje não vimos nada” – atira António Bastos. Além dos “acidentes graves” na via, há um separador que causa “constrangimentos” à passagem das ambulâncias. “O INEM vem a toda a velocidade e as viaturas estorvam. O separador não faz sentido, é um condicionalismo ao trânsito” – salienta o vereador, explicando que “pinturas no pavimento” seriam uma boa alternativa que ninguém “iria contrariar”. “O executivo permanente tem feito orelhas moucas aos nossos alertas” – afirma António Bastos.
Cerimónia Religiosa de Homenagem a D. Florentino de Andrade e Silva
PS SUGERE PARQUE DE LAZER NA TABUAÇA LOBÃO O Partido Socialista sugeriu, na última reunião de Câmara, que o parque de lazer previsto para Lobão se localizasse na zona da Tabuaça, próximo da Rua da Nossa Senhora da Livração. “Há a necessidade de se desenvolver ali um parque de lazer, na envolvente da sede do Rancho Folclórico de Lobão. É um espaço aprazível, com linha de água, que reúne as condições, sem ser preciso grande investimento. Tem árvores, pode fazer-se caminhos 12
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e até ligar ao passadiço do Uíma” – referiu António Bastos. Um espaço num “terreno da Câmara” que proporcionaria “mais qualidade de vida aos habitantes”. O PS considera esta uma melhor opção, que evitaria que o parque se localizasse numa “zona inundada”, submersa no Inverno pelas águas do Uíma. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, disse que o projecto estava em aberto e que iriam “analisar a sugestão”. www.correiodafeira.pt
A Paroquia de Mosteirô irá celebrar, no dia 12 de Agosto, uma cerimónia religiosa presidida por Sua Exa. Reverendíssima o Senhor D. António Francisco dos Santos, Bispo da nossa Diocese. Após a cerimónia irá decorrer um jantar convívio junto da igreja de Mosteirô. Para os interessados em participar neste jantar convívio, solicita-se a inscrição na secretaria da mesma igreja.
EMPREITADA EM CASALDAÇA CONTINUA A GERAR DISCÓRDIA GUIZANDE O pedido de prorrogação da construção de infraestruturas em Casaldaça/ Gândara, até ao dia 19 de Setembro, não convenceu os socialistas, na última reunião de Câmara, que já anteriormente tinham votado contra a adjudicação da obra. António Bastos começou por fazer uma viagem ao passado, falando nos custos da empreitada, mas logo cessou. “O tempo falará sobre isto” – salientou, preferindo concentrar-se no presente. “Uma obra adjudicada há 17 meses e parada há 17 meses. De um momento para o outro, aparece aqui” – afirmou. O motivo invocado pela Paviazeméis – Pavimentações de Azeméis não é suficiente, diz o PS, para uma prorrogação. “Falta de elementos tipográficos? Como se lança uma obra a concurso sem estes elementos, que são a base de um projecto? 17
meses para fazer isto, quando hoje em dia exigimos um mapa para qualquer obra particular?” – questionou António Bastos, apontando: “O que está mal são os políticos à frente da Câmara”. Não ajudou a ausência do topógrafo. “O topógrafo ausentou-se para o estrangeiro. A Câmara não tinha outro topógrafo? Tanto topógrafo a precisar de trabalho… A Câmara parou a obra… Isto é irritante, demonstra muita coisa” – atirou, terminando: “Não podemos concordar com estes procedimentos”. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, que conduzia a reunião em lugar do presidente, Emídio Sousa, escolheu não se pronunciar sobre o assunto e remeteu à votação. A prorrogação foi aprovada com três votos contra dos socialistas António Bastos, Susana Correia e Bruno Mota (em substituição de Mário Oliveira).
Processo no Ministério Público O processo remonta a 2008 e acabou por ir parar ao Ministério Público (MP), pela mão de Emídio Sousa e José Manuel Oliveira, que se insurgiram contra as acusações de António Bastos, em reunião de Câmara do ano passado. O socialista mostrou-se, aquando da adjudicação, indignado com um investimento que, dizia, “podia chegar aos 400 mil euros”, sem arrecadação de taxas para a Câmara. Alegou “existir promiscuidade interna e favorecimento” e pediu que tudo fosse anulado. Emídio Sousa esclareceu que o valor não chegava aos 11 euros, ao ano, por m2, e que o projecto “resolve problemas”: execução de um Centro Social e incentivar o desenvolvimento de Guizande, que não teria terrenos para construção. José Manuel Oliveira acrescentou que,
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pela relutância dos proprietários em vender os terrenos, “a única solução foi fazer permuta”, com o “compromisso da autarquia executar infraestruturas de água, saneamento, iluminação, arruamentos e arranjos exteriores”. “Não admitindo que se desconfie das pessoas”, Emídio Sousa remeteu o processo para o MP. António Cardoso e Eduardo Cavaco, então vereadores do PS, pediram moderação e realçaram não haver necessidade de recorrer ao Tribunal. Emídio Sousa tentou que António Bastos retirasse as suas palavras, mas o socialista não acedeu e repetiu que “havia fortes indícios de situações irregulares”. A participação ao MP foi para a frente. O PS votou contra a adjudicação e Emídio Sousa reiterou que era um “compromisso” do “maior interesse para os guizandenses”.
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Passadeira necessária à entrada do Lamoso FEIRA A necessidade de uma passadeira em frente ao Cineteatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira, voltou a estar em cima da mesa. “As pessoas têm de atravessar, há aqui uma necessidade, principalmente em dias de espectáculo. Várias pessoas têm feito queixa” – frisou o vereador independente Eduardo Cavaco. O assunto, exposto em reunião de Câmara, foi remetido, pelo vice-presidente, José Manuel Oliveira, para os serviços autárquicos para análise.
PaViLhão com obras Paradas E atErros dEsconhEcidos MOZELOS Os socialistas estão preocupados com o Pavilhão de Mozelos. Uma “obra de interesse” que poderá potenciar o “desenvolvimento desportivo” mas que se encontra em suspenso. “Há dias a Câmara tinha cabimento para um estudo geológico, mas as obras continuam paradas” – aponta o vereador António Bastos, questionando: “A Câmara anda a fazer lá um aterro de terras, não sabemos porquê. Se a obra está adjudicada à empresa CIP – Construção, quem anda a fazer os aterros?”. António Bastos critica o “pó sobre pó”. “Tanta poeira, isto causa dissabores às populações vizinhas” – salienta. O vereador diz que “desconhece em absoluto qualquer projecto de aterro”. “Andam a fazer aterros a título de quê? Certamente
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com ordem de alguém. Não é o empreiteiro a quem foi adjudicada a obra. Vão dizer-me que é a Junta, a Junta não tem nada a ver com isto. Deixa-nos dúvidas” – refere. Um “projecto mal aprovado” e “elaborado com deficiências”. “Não foi feito estudo geológico na altura, passado um mês vem o estudo geológico. Agora, a obra está parada e temos uma empresa a fazer aterros. Sou surpreendido com este tipo de atitudes e condução das acções” – afirma António Bastos, não admitindo que a autarquia descarte responsabilidades. “Vão dizer que a responsabilidade é dos técnicos, mas os técnicos fazem o que os políticos mandam fazer. Não duvidamos do que eles fazem, mas sim das directrizes dos políticos, que podem fazer com que eles desempenhem mal as suas funções” – realça.
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Via Espargo-Paços sem iluminação e sinalização Os vereadores do PS alertam para a necessidade de intervenção na via estruturante que liga as freguesias de Espargo e Paços de Brandão. “É utilizada por um grande número de utentes e falta iluminação e marcação na estrada. A sinalização não está visível” – diz Susana Correia. O vicepresidente, José Manuel Oliveira, adianta que a autarquia está a par da situação e reconhece que é preciso proceder à marcação da estrada. “Mas a necessidade de iluminação é pontual. Trata-se de uma via bastante extensa. Numa altura de austeridade, não faria sentido iluminar de um lado ao outro” – refere. O vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, acrescenta que “além da marcação e iluminação, há uma lomba que já está sinalizada” para ser corrigida. Publicidade
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Rua desafectada apesaR das queixas dos populaRes Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
PAÇOS DE BRANDÃO A Câmara já tinha deliberado sobre a desafectação do domínio público municipal de uma parcela de terreno, na Calçada da Ponte Nova, em Paços de Brandão, mas na reunião da passada segundafeira foram apresentadas três queixas de populares, residentes na zona. Os reclamantes pertencem ao mesmo agregado familiar e invocam motivos vários para a não desafectação, como “a inexistência de uma justificação válida”, o facto de “a desafectação comprometer a instalação de saneamento no local” ou de se tratar de um caminho sem saída em que a parcela a desafectar serve para os veículos fazerem manobras de inversão. Invocam ainda “o benefício de um particular em prejuízo da colectividade”, referindo-se ao proprietário de instalações fabris contíguas à parcela, que beneficia desta desafectação para aumentar o seu edifício. A Câmara não considerou as reclamações válidas. “Não se encontra prevista a implementação de qualquer emissário de águas residuais” e, mesmo que estivesse prevista, a alteração de dominialidade não põe em causa
a execução de qualquer infraestrutura. Não se percepciona, ainda, a causalidade existente entre “os eventuais malefícios decorrentes do exercício da actividade industrial e a proposta de desafectação da parcela”, pois a actividade está sujeita a regras. Por fim, a dificuldade de efectuar manobras “inexiste” pois a largura da Calçada é “muito maior” do que a largura da parcela. A autarquia conclui: “São os reclamantes que pretendem ver acautelado o seu interesse particular e não a referida desafectação que visa a prossecução de interesses particulares”. Atenta a sua “localização, dimensão diminuta e a não confrontação com qualquer edifício”, a parcela “não elege qualquer interesse público”. Além disso, a não desafectação implicaria que continuassem a cargo do Município os custos de conservação e reparação. A desafectação surge, assim, numa óptica de eficiência e racionalização de recursos.
PS vota contra
O Partido Socialista mostrou-se, desde o início, contra o processo, considerando “infundada” a
desafectação e desvalorizando “os custos da Câmara para limpar um bocadinho de rua (145m)”. “Não tem significado em termos de custos. Isto só pode servir interesses de terceiros pois não se justifica a necessidade da desafectação” – sublinhou António Bastos. Enalteceu a “coragem” da família em mostrar desacordo e incitou a que se “criassem infraestruturas para melhorar o acesso” ao local. “Têm a necessidade de circular livre e rapidamente, sem precisar de fazer manobras” – realçou, sugerindo uma pequena rotunda para que os veículos “possam sair da via”. Falou, ainda, do risco de inundações, pois a parcela situa-se numa zona mais baixa. “Para onde vão as águas pluviais? Os vizinhos vão ser prejudicados” – alertou. São precisos “pequenos investimentos” num local onde também as “viaturas pesadas vão causar constrangimentos”. “Hoje não se sente, mas vão sentir. É um mau trabalho o que a Câmara está a fazer, desafectar um bocadinho de terreno, não acautela os interesses das populações, que têm direito a um acesso capaz” – afirmou António Bastos.
Não obstruir desenvolvimento
O vereador independente Eduardo Cavaco não concordou. “É um troço fechado que acaba por não servir ninguém” – salientou. O vereador vai de encontro à política da autarquia de apoiar as empresas em prol do desenvolvimento do Concelho. “Percebo que isto não agrade a toda a gente, mas temos de ver o que é mais positivo. Não devemos obstruir o desenvolvimento. Há muitas situações destas no Concelho que devem ser resolvidas” – frisou. O vice-presidente, José Manuel Oliveira (que presidia a reunião em substituição do presidente da Câmara Emídio Sousa) sublinhou que “nunca poriam em causa a honestidade dos reclamantes” pois estão “convencidos que é o melhor para eles”. “Independentemente disso, não lhes posso dar razão, porque a razão aqui não lhes assiste” – referiu. A desafectação foi aprovada com três votos contra dos socialistas António Bastos, Susana Correia e Bruno Mota (em substituição de Mário Oliveira).
“estou de consciência tRanquila” FEIRA A Pedreira das Penas fez estalar o verniz, em anterior reunião de Câmara, com o Partido Socialista a apontar irregularidades na obra, nomeadamente alterações tardias ao projecto, na área do lago, e uma adulteração do material d a s t e l a s , q u e d eve r i a m s e r em borracha técnica, mas são, segundo o PS, em polietileno, o que diminui em 35 anos a durabilidade prevista. O vereador com o pelouro das O b r a s M u n i c i p a i s , V í t o r M a rques, garante ao Correio da Feira que tudo não passa de fogo de vista. “Às vezes, acho que é utilizado como arma de arremesso político, pura e simplesmente. Estou de consciência tranquila, aquilo que foi feito, foi mediante o projectista e os técnicos, que avaliaram a situação. Estaria fora de hipótese 16
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um político decidir que tipo de material é que iria ser utilizado, se não fossem os técnicos a validar esse material” – salienta Vítor Marques.
Telas submetidas ao projectista
O autarca realça que o material das telas “foi submetido à apreciação do projectista” e foi “dada anuência para que aquel a s t e l a s fo s s e m a p l i c a d a s ” . “ Te c n i c a m e n t e , n ã o e s t o u à altura de dizer [se têm a durabilidade prevista], mas, depois da avaliação feita, por quem tem conhecimentos e fez diligências em relação à durabilidade, se foi dada anuência, é por isso que a tela foi lá colocada” – reforça. A polémica surgiu, diz Vítor Marques, devido aos “trabalhos a mais e a menos”. “Eram 49
mil euros a menos, no valor da tela e na dimensão, porque o lago foi diminuído em área pois entendeu-se que, em termos de segurança, seria benéfico, dada a perigosidade para crianças que eventualmente podiam cair no lago” – explica, assegurando que não há qualquer risco para a Câmara. “Em termos de contas, não é prejudicado o erário público. Foi tido em conta tudo aquilo que são mais-valias e menos valias em relação ao que estava previsto no caderno de encargos” – frisa.
Não há alteração
Vítor Marques diz ainda que “não há uma alteração de proj e c t o ” . “A m e n s a g e m q u e s e quer passar é que houve uma alteração ao projecto e uma discriminação positiva em rela-
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ção ao empreiteiro. Mas todos concorreram em igualdade de circunstâncias. Se outro emp r e i t e i r o t i ve s s e c o n c o r r i d o , estaria na mesma sob essa suspeição” – salienta. Questionado sobre a razão de a autarquia não ter diminuído, logo em 2012, a área do lago, quando recebeu os pareceres da CCDR-N e da APA, e só ter feito essa alteração ao projecto aquando da adjudicação, no ano passado, o vereador confessa o seu desconhecimento. “É um problema que até a mim me passou despercebido porque nessa altura nem sequer estava cá. Mas não há qualquer tipo de problema porque aquilo que acusaram foi que havia favorecimento do empreiteiro e isso não existe porque concorreram todos em igualdade de circunstâncias” – repetiu.
CINCORK ENTREGA DIPLOMAS DE QUALIFICAÇÃO
S A N TA M A R I A D E L A M A S O Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça (CINCORK) promoveu, na semana passada, nas suas instalações em Santa Maria de Lamas, uma cerimónia de entrega de 15 Diplomas de Qualificação aos formandos que frequentaram, com sucesso, o curso de Educação e Formação de Adultos de Técnico/a de Gestão da Produção da Indústria de Cortiça. Na cerimónia estiveram presentes, entre outras individualidades, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas, Óscar Neves, o vice-presidente da
APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça, Pedro Borges, o subdelegado Regional Norte do IEFP, João Sarmento, e a presidente do Conselho de Administração do CINCORK, Amélia Tavares, num espírito de cooperação significativo. A formação profissional constitui uma importante alavanca para a competitividade empresarial da Fileira da Cortiça, assumindo-se o Cincork como o principal impulsionador do desenvolvimento de qualificações profissionais nesta indústria, que se têm revelado adequadas e com elevada taxa de empregabilidade. A prová-lo
está o curso de Técnico/a de Gestão da Produção da Indústria de Cortiça, saída profissional a que se referem as certificações em referência, e que foi desenvolvida na modalidade de Educação e Formação de Adultos, conferindo equivalência ao 12º ano de escolaridade e uma qualificação profissional de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações e que tem como principal objectivo conferir competências para programar, coordenar e distribuir as actividades das áreas da preparação, da transformação, da granulação e da aglomeração de cortiça.
Estes cursos contemplam uma forte componente prática, quer em contexto oficinal, quer em contexto real de trabalho, elemento motivador para uma aprendizagem direccionada para o saber fazer através do contacto com as tecnologias, os processos e as técnicas actuais usadas na indústria. Por outro lado, proporcionam uma oportunidade de aplicação dos conhecimentos adquiridos a actividades concretas em contexto real de trabalho, possibilitando um maior conhecimento da organização empresarial, factor facilitador da integração dos formandos no mercado de trabalho.
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reiterada manutenção de todas as instâncias no tribunal da Feira SANtA MARIA DA FEIRA O Ministério da Justiça diz que a manutenção do Tribunal de Família em Santa Maria da Feira só acontecerá mediante a concretização de uma de duas hipóteses: ou se transfere o Tribunal de Trabalho para Espinho ou se fazem obras nas instalações dos notários no antigo edifício do Tribunal, o que implica um compromisso de ajuda por parte da Câmara Municipal. O esclarecimento surge na sequência de uma pergunta colocada pelo grupo parlamentar do PS, da qual faz parte o feirense António Cardoso, à tutela. A Câmara Municipal garante que o Tribunal de Família manter-se-á em Santa Maria da Feira, pelo que já está em concurso o projecto para a obra no antigo edifício do Tribunal Judicial, onde funcionaram os notários. “Equacionámos, durante o tempo de execução da obra, arrendar um espaço para instalar provisoriamente os serviços” – explica Emídio Souswa, presidente do executivo. O édil admite, contudo, que alguns dos juízos poderão, de facto, serem transferidos para Espinho, mas por período transitório e apenas, por causa do tempo que levará até a
obra no tribunal esteja pronta. Segundo o Ministério da Justiça, o problema das actuais instalações, arrendadas, das instâncias judiciais sediadas em Santa Maria da Feira é a falta de espaço que não permite um funcionamento adequado, em particular, pela falta de salas de audiência. A solução, segundo a resposta da tutela, para este problema passa por novas instalações, com maior área, que permitam alojar todas as instâncias de forma adequada. “O antigo Palácio da Justiça para voltar a ser utilizado, terá de ser objecto de uma intervenção de grande vulto, compreendendo a sua recuperação estrutural e ampliação, até atingir a área actualmente necessária para os tribunais, criação de acessibilidades, nova cobertura, AVAC, instalação eléctrica, e outras obras de conservação”. A este respeito refirase que o edifício do antigo Palácio da Justiça tern 4.500 m2 de área bruta, enquanto que o actual edificio tern 6.496 m2, sendo 1.449 m2 abaixo do solo, ao que acrescem 1.920 m2 de estacionamento. “Seria uma obra de grande vulto, implicando a construção de, pelo
menos, mais 2.000 m2, com custo superior a 5.000.000 euros e com prazo de execução demorado, na ordem dos três a quatro anos, de acordo com as regras da contratação pública Assim, tal solução não pode ser concretizada em curto espaço de tempo” – lê-se na resposta enviada aos deputados do PS. Por outro lado – explica ainda a tutela - o actual contrato de arrendamento, herdado do Governo anterior, tern um prazo contratual inicial de 15 anos, que termina apenas em 2023, “não podendo ser denunciado antes dessa data sem significativo prejuízo financeiro, por implicar sempre o pagamento das rendas até final do prazo”. Deste modo, a tutela conclui que “as soluções viáveis a curto prazo para a falta de espaço passarão sempre por reinstalar apenas uma das actuais instâncias noutro local, designadamente a instância de Trabalho”. As duas hipóteses em estudo para este objectivo são: a reinstalação da instância no Palácio de Justiça de Espinho, que tern espaço disponivel e se localiza a curta distância da Feira,
com acessos rápidos. Esta solução seria de implementação rápida e com custos reduzidos; ou a reinstalação em parte do antigo Palácio da Justiça, onde funcionaram os Registos e Notariado, com 800 m2, um corpo térreo separado do restante e, como tal, sem problemas estruturais. Foi elaborado um estudo e colocada esta hipótese à Câmara Municipal, proprietária do edifício, e que se tinha disponibilizado para apoiar uma solução. Implica uma obra com custo da ordem dos 500.000 euros e 20 meses de execução (projecto, concurso para a obra e a sua execução), tendo em conta as regras de contratação pública, e se o projecto for executado internamente. De acordo com o Ministério da Justiça, a hipótese de recorrer a um novo arrendamento não foi considerada, por implicar um aumento de encargos de exploração, que já hoje são elevados (62.464 euros mensais) por um extenso período de tempo, e em virtude das formalidades legaos para concretizar um arrendamento para o Estado serem também demoradas, na ordem dos seis meses, pelo menos.
Habitação social “ao desleixo” GUIZANDE A habitação social na freguesia de Guizande está “ao desleixo”. Quem o diz é o vereador socialista António Bastos. “O proprietário é a Câmara que deveria intervir nas fachadas. Está ao desleixo, tudo a cair. Causa sustos e constrangimentos aos residentes” – salienta, acrescentando que também “os arranjos exteriores estão ao desmazelo”. “Compete-vos reparar” – atira. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, admite que “existem alguns edifícios com estes problemas” mas que estão a ser realizados “pequenos procedimentos” para repor as condições.
estudo Para minorar acidentes em santo andré FEIRA O cruzamento de Santo André, notícia no Correio da Feira, na semana passada, devido a um aparatoso acidente, já está debaixo de olho da autarquia. Uma solução está em estudo para aquele “cruzamento complicado”. “Tivemos uma reunião com a IP [Infra-estruturas de Portugal] e essa foi uma das questões que aventamos. O que propuseram foi que a autarquia assumisse a desqualificação de parte da via, entre o cruzamento do Calvário e o Matadouro, que passa no centro da cidade. A desqualificação facilitaria uma intervenção” – explica o vice-presidente, José Manuel Oliveira. Há, ainda, a possibilidade de “uma rotunda no cruzamento”. “Coloquei essa hipótese” – diz José Manuel Oliveira, salientando que facilitaria “os momentos de entrada e saída na variante”. “Mas qualquer proposta tem de ter a concordância da IP. É sempre difícil” – afirma. A Câmara vai analisar a 18
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desqualificação do troço, que permitiria intervir sem a anuência da IP. “Às vezes, não são tão sensíveis em questões do trânsito local” – refere. O assunto foi previamente abordado pelo vereador independente Eduardo Cavaco. “É um cruzamento complexo, passo lá todos os dias. O trânsito é muito, as pessoas vêm de Milheirós (Feira), de S. João de Ver…” – alerta o vereador. É preciso “colocar sinalização, bander”. “As pessoas ficam mesmo em cima do cruzamento para terem visibilidade. Uma pessoa com menos experiência tem dificuldade. No último acidente, tiveram de desencarcerar as pessoas” – lembra Eduardo Cavaco, sublinhando: “A Câmara podia fazer qualquer coisa”. É precisa uma solução para este “problema gravíssimo”. “As pessoas vêm com muita velocidade, mesmo em horas de ponta. Pode morrer alguém” – avisa. www.correiodafeira.pt
Passeios construídos sem ter em conta acessibilidades LOBÃO Os passeios que estão a ser construídos na Rua Vasco da Gama, em Lobão, preocupam os socialistas. “Provam que não são passeios para pessoas com mobilidade reduzida, nem para crianças. São para pessoas bem preparadas fisicamente” – ironiza António Bastos, referindo que “há cuidado em alguns sítios mas não em todos”. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, disse desconhecer a situação, mas garantiu que iria “averiguar”, pois “a Câmara costuma indeferir” esses casos.
rua da mata em “mau estado”
Câmara e SUma alertam para “eSqUeCidoS & aChadoS” na praia da mámoa Milheirós de Poiares Alertar os veraneantes para os pequenos lixos “esquecidos” na praia foi o principal objectivo da mais recente campanha de sensibilização ambiental para a época balnear, “Esquecidos & Achados”, desenvolvida, ontem, domingo, pela Câmara de Santa Maria da Feira e pela SUMA, na praia fluvial da Mámoa, em Milheirós de Poiares. Utilizar a pressão e exclusão social por comportamento de desrespeito pelos espaços comuns é a estratégia utilizada, que se apropria do generalizado conceito de “perdidos e achados”, mas com valor diametralmente oposto. Se é certo que a perda de um objecto de valor pode provocar inquietação ao proprietário, é igualmente verdade que o abandono deliberado de algo desprovido de interesse provoca inquietação em todos os demais, por serem obrigados a conviver com a ausência de urbanidade e
de salubridade pública em espaços que também lhes pertencem. Estimulando os utilizadores a insurgirem-se contra comportamentos negligentes, a campanha visou criar repulsa pela quantidade de resíduos esquecidos e achados nas acções de limpeza das praias, com especial incidência sobre as beatas de cigarro. Constituindo-se como o lixo mais comum do mundo – em Portugal, a cada minuto, cerca de 7 mil beatas vão parar ao chão -, esta tipologia de resíduo é altamente contaminante das águas e perigosa para crianças e animais, levando 20 meses para se decompor na natureza. Numa abordagem persecutória – embora apelando para um perfil empático -, a praia fluvial foi intervencionada por uma beata ambulante, que entregará aos seus utilizadores um cinzeiro de praia, para prolongar o efeito da mensagem deixada.
“A Rua da Mata, na confluência entre Santa Maria de Lamas e Paços de Brandão, está em mau estado de conservação. Os utentes reclamam o número de buracos” – alerta a vereadora do PS Susana Correia. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, adianta que é uma “prioridade do Município” e que “a curto prazo” será intervencionada.
Fogo consome armazém de antiga fábrica de tintas Fiães Um incêndio destruiu, na madrugada da passada de sexta-feira, , um pavilhão de uma antiga fábrica de tintas, em Fiães. O alerta aos bombeiros foi dado dado cerca das 23h30 e o incêndio industrial foi dado como extinto pelas 03h40. “Quando chegámos ao local, o pavilhão afectado estava totalmente controlado pelas chamas” - disse o comandante José Carlos, em declarações à agência Lusa. Os bombeiros conseguiram limitar a propagação do fogo aos outros pavilhões contíguos. O comandante adiantou que a empresa não estava a laborar, explicando que no pavilhão atingido pelas chamas estavam depositados “alguns resíduos de produção de tintas e materiais de limpeza”. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio. Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro, o fogo foi combatido por cerca de 60 bombeiros, com a ajuda de 23 viaturas, das corporações de Lourosa, Esmoriz, Santa Maria da Feira, Ovar, São João da Madeira, Espinho e Arrifana. Publicidade
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O Comandante Nacional Operacional (CONAC) visitou, na última semana, o quartel dos Bombeiros Voluntários de Arrifana. Foi a primeira vez que a corporação arrifanense recebeu o mais alto responsável pelos soldados da paz. www.correiodafeira.pt
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amériCo amorim Continua o maiS riCo Do PaíS
SOCIEDADE
Mozelos A lista anual com as 25 personalidades mais ricas do país, feita pela revista Exame, continua a ter Américo Amorim no topo. Segundo a revista, o empresário de Mozelos tem uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões, mas «está mais pobre pelo segundo ano consecutivo», segundo um comunicado do grupo. Perdeu quase mil milhões de euros devido à cotação da Galp e ao desinvestimento na banca, depois da venda de 35% do Banco BIC. O empresário viu aproximarem-se os rivais Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo. O líder da Jerónimo Martins viu a sua fortuna aumentar 100 milhões de euros, para quase 1,8 mil milhões, graças à valorização das acções da dona do Pingo Doce. Belmiro
aparece em terceiro lugar, com uma subida também de 100 milhões, para quase 1,4 mil milhões de euros. Segundo os cálculos da revista, o património conjunto dos mais ricos de Portugal aumentou. As 25 maiores fortunas em Portugal somam 14,7 mil milhões de euros em 2015, um ligeiro acréscimo face ao ano anterior, quando tinham 14,3 mil milhões.O total das 25 maiores fortunas equivale a 8,5% do PIB nacional. António Mota e as irmãs foram os milionários que mais decresceram este ano, devido à queda da cotação da MotaEngil. Deixam o sexto lugar do ranking do ano passado para 17.º este ano. Já Dionísio Pestana, com uma fortuna de 506,6 milhões de euros, teve uma entrada directa no top 10 de 2015.
PSD e CDS Chumbam requalifiCação Da linha Do Vouga maS be Promete não DeSiStir
“A 22 de Julho de 2015, PSD e CDS rejeitaram a requalificação e modernização da Linha do Vouga proposta pelo Bloco de Esquerda. O PS absteve-se. Estes três partidos impediram a melhoria do transporte público no distrito”. A informação está plasmada nunm cartaz que o Bloco de Esquerda colou, na última semana, nas estações de caminhos-de-ferro. Com esta iniciativa, o Bloco “pretende lembrar a população sobre quem são os partidos que lutam pelos seus interesses e quem são os partidos que bloqueiam os projectos necessários”. O projecto do Bloco de Esquerda para a requalificação e modernização da Linha do Vouga foi rejeitado na Assembleia da República com os votos contra do PSD e do CDS e com a abstenção do PS. O Bloco de Esquerda “pretendia dar uma nova vida à Linha do Vouga, requalificando a linha no seu traçado entre Espinho e Aveiro, procedendo à dotação de verbas necessária para a mudança de via (de via estreita para via larga), à sua electrificação, à sua correcção de traçado, à melhoria de material circulante e à sinalização em toda a linha”. Segundo o BE, estas alterações permitiriam que a viagem no Vouguinha se tornasse muito mais rápida e segura e, por isso, uma alternativa viável enquanto transporte.
“A Linha do Vouga é importantíssima para diversos concelhos do distrito de Aveiro e um transporte público que pode servir muito melhor as populações. Para isso necessita de se requalificar, de adaptar os horários às necessidades das pessoas, de reduzir os tempos de viagem e de investir em material circulante” – destacam os bloquistas, dando como exemplo a Linha de Guimarães. “Esta linha sofria dos mesmos problemas de que padece a linha do Vouga; depois da requalificação da linha, passou de 200 mil para mais de dois milhões de passageiros por ano”. Neste sentido, o Bloco de Esquerda considera que o “PSD e o CDS ignoraram as necessidades das populações do distrito de Aveiro e recusaram a melhoria deste transporte. Estes dois partidos não quiseram a requalificação da linha porque, na verdade, o seu verdadeiro intuito sempre foi o seu encerramento”. Contudo, o Bloco de Esquerda assume que não vai desistir da requalificação da Linha do Vouga e assume o compromisso como uma das suas prioridades para as eleições legislativas. “No próximo mandato, o Bloco de Esquerda continuará a bater-se por esta obra necessária e fundamental para o distrito e não descansaremos até que ela seja uma realidade” – promete o BE. www.correiodafeira.pt
Ranking dos 10 mais ricos 1. Américo Amorim: 2484,2 milhões de euros 2. Alexandre Soares dos Santos: 1763,2 milhões de euros 3. Belmiro de Azevedo: 1382,5 milhões de 4. Família Guimarães de Mello: 1189,4 milhões de euros 5. António da Silva Rodrigues: 967 milhões de euros 6. Família Alves Ribeiro: 663 milhões de euros 7. Fernando Campos Nunes: 539,2 milhões de euros 8. Dionísio Pestana: 506,6 milhões de euros 9. Maria Isabel dos Santos: 448 milhões de euros 10. Fernando Figueiredo dos Santos: 448 milhões de euros
ajuste directo no processo da reestruturação das águas A Câmara aprovou, na última reunião do executivo municipal, um procedimento de assessoria jurídica para desencadear os meios judiciais adequados contra o processo de reestruturação do sector das águas. O Partido Socialista, embora favorável ao processo em si, não concordou com o ajuste directo com consulta de apenas uma entidade. “Vamos ser coerentes e votar contra. Consultaram apenas um candidato e poderia haver mais interessados” – salientou António Bastos. O vereador independente Eduardo Cavaco não concordou. “São os melhores dentro da área e estão mais preparados para defender as causas. Não faz sentido ser de outra forma, ainda por cima com o valor em causa, não estamos a falar de 200 mil euros, mas de 20 mil” – afirmou. O executivo permanente, por sua vez, questionou a “coerência” do PS que, previamente, tinha votado contra um concurso público. O procedimento foi, então, aprovado com três votos contra dos socialistas António Bastos, Susana Correia e Bruno Mota (em substituição de Mário Oliveira). “Concordamos com a assessoria e com o fim mas discordamos com a forma” – explicou Susana Correia. “Foi escolhido o escritório porque entendeu-se que era o melhor” – disse Eduardo Cavaco. “Este é o escritório que está a assessorar outros municípios. Estamos a cumprir a lei e a aplicar a melhor solução para o Concelho para atingir os objectivos pretendidos” – concluiu o vice-presidente José Manuel Oliveira.
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(re)DESCOBRIR
Igreja matrIz mostra a sua hIstórIa durante a VIagem medIeVal
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A Paróquia de Santa Maria da Feira, liderada pelo padre Eleutério Ferreira Pais, tem vindo a levar a efeito um conjunto de intervenções tendo como objectivo o restauro e a conservação do seu património. Até ao momento foram já concluídas a recuperação do Altarmor e do Sagrado Coração de Jesus e os retábulos de S. Francisco (a imagem é do século XVII), tendo sido intervencionados os do Santo António e de Nossa Senhora de Lurdes (capelas da nave), num investimento próprio de mais de 200 mil euros.
Roberto Carlos
Igreja e Convento construída por D. Diogo Forjaz
Foi o quarto Conde da Feira, D. Diogo Forjaz e a sua mulher D. Ana de Meneses, que mandaram construir a actual Igreja Matriz, cuja primeira pedra foi lançada em 1560, no local onde existiu uma outra, dedicada ao Espírito Santo. Parece ter demorado a sua constru¬ção, aproximadamente seis anos, dado que foi inaugurada em 1566. O Santíssimo Sacramento foi solenemente transportado para esta nova igreja a 27 de Dezembro de 1566. Não devemos deixar de lembrar que ela (igreja) não ficou logo totalmente pronta, como hoje a conhecemos pois, passou por sucessivas obras, de com-plemento e de alteração, ao longo dos tempos. As obras foram-se fazendo, e de alteração em altera¬ção, de acrescento em acrescento, foi ganhando forma, ou pelo menos a actual, assim por exemplo, durante o reinado do rei D. Pedro II, no final do século XVII, deverá ter ficado concluí¬do, não só o corpo da igreja, bem como a fachada e as torres.
Recuperação põe a descoberto pintura do século XIX
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A paróquia, consciente da responsabilidade que lhe cabe na preservação destes bens valiosos, tantas vezes insuspeitados, dispersos e até em risco de conservação, sabe que tem no património um lugar de memória das comunidades cristãs e um factor importante de cultura para a nova evangelização. Assim, para além das intervenções já efectuadas há uns anos na pintura que retrata o Sermão de Santo António aos Peixes, registou-se recentemente uma importante fundamental intervenção nos retábulos. Curiosamente na de Sagrado Coração de Jesus foi descoberta uma pintura que estava oculta, do século XIX e com motivos florais. Fruto destas obras, os paroquianos ou visitantes também poderão confirmar que no Altar-mor têm assento as imagens recuperadas do Bispo São Nicolau, de São João Evangelista, de Santo Elói bispo e primeiro patriarca da cidade de Veneza e de São Lourenço Justiniano. A grande imagem de S. Nicolau, vestido de bispo a abençoar, obra sóbria do séc. XVII de agradável lançamento, representa o padroeiro da freguesia. Outra, ainda do tipo seiscentista, é a do patriarca S. Lourenço Justiniano, valiosa por documentar o hábito dos frades loios: veste hábito azul, túnica ou roquete branco, que desce abaixo dos joelhos, murça azul, presa só por
um botão e aberta na frente. No altar-Mor, têm assento duas outras imagens mais pequenas, do séc. XVIII, a de S. João Baptista e a de um bispo de pluvial, St.º Elói. Na Igreja Matriz existem mais quatro, dois em cada ramo do transepto. Estilisticamente estes retábulos pertencem à época de D. Pedro II típica, na transição dos sécs. XVII ao XVIII, mas de execução já do começo deste, dum tempo de renovação geral da igreja.
Últimas intervenções
As últimas recuperações das esculturas de barro inseridas nos oito nichos da nave, de tamanho corrente, do séc. XVIII representam os quatro dos Evangelis-
tas, as dos St.º Pedro e Paulo e de dois bispos. O tempo tem-nas danificado, estando perdida a de S. Lucas.
Rotas do Património Religioso
No âmbito do projecto Rotas do Património Religioso - Visita à Igreja Matriz de Santa Maria da Feira, a paróquia de Santa Maria da Feira dispõe de quatro guias preparados para efectuarem visitas à Igreja Matriz em Português, Inglês, Francês e Espanhol, durante a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. Este projecto é coordenado pelo historiador santamariano Roberto Carlos Reis.
Foram criados personagens como D. Gonçalo Pereira; D. Diogo Pereira Luísa de Gusmão, D Leoniz Pereira; Bispo D. Rodrigo da Madre de Deus; vice-rei D. João Pereira; Reitor Jorge de S. Paulo; Santo Elói; São Lourenço justiniano; S. Nicolau e João de castro corte real, que vão mostrar aos visitantes o rico património da Matriz de Santa Maria da Feira, que possui nove belos altares: altar-mor, na capela do mesmo nome; quatro no transepto, (sendo dois de cada lado) e - quatro no corpo da igreja (igual-mente distribuídos — dois de cada la¬do). No altar mor têm assento as imagens do padroeiro da cidade, Bispo São Nicolau, de São João Evangelista, de Santo Elói bispo e primeiro patriarca da cidade de Veneza e de São Lourenço Justiniano. Os altares do corpo da igreja, estão assim distribuídos: À direita — consagrados a São Francisco de Assis e ao Sagrado Coração de Jesus; à esquerda — consagrados a Santo António a Nossa Senhora de Lourdes. No transepto, os altares da direita, estão consagrados a Nossa Senhora da Graças acompanhado pela Nossa senhora de Fátima, e ao Calvário com as imagens de Nossa Senhora das Dores, Santa Madalena e de São João; à esquerda, estão consagrados os Altares de Nossa Senhora do Rosário, acompanhada da imagem do Mártir S. Sebastião e do Santíssimo Sacramento. Estão sepultados os diversos condes da Feira, de que destacam o fundador D. Diogo Pereira, D. João Forjaz Pereira de Menezes, quinto Conde da Feira e Vice-Rei da India. Foi capitão de Ormuz e Malaca, na índia, e conselheiro do Rei. Morreu quando regressava à Índia pela segunda vez, como Vice-rei. Foi sepultado no convento de Xabregas e, depois, trasladado para aqui. Ao longo da visita serão ainda coreografados pelo Grupo Gólgota duas quintilhas dedicadas aos Pereiras de João Rodrigues de Sá, que é um dos poetas incluídos por Garcia de Resende no Cancioneiro Geral e de um soneto e de uma estrofe de Camões. Os visitante serão conduzidos ao Coro Alto e as Torres Sineiras da Matriz e ainda a outros recantos deste espaço religioso do século XVI. Esta iniciativa está assente na premissa de que património (material e imaterial) ser inquestionavelmente um legado das gerações passadas, que deve ser gerir de modo responsável e coerente, assegurando assim uma eficaz passagem aos vindouros. Por isso, os bens culturais da Igreja constituem, sem dúvida, a história continuada, e a mais real prova, da vida religiosa e social do país.
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VIAGEM MEDIEVAL
Viagem medieVal continua a surpreender e a conquistar mundo
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Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt
É uma viagem de tons, cheiros, cores e melodias. É uma viagem pela história da História. Um lugar de magia e encantos. Um sítio de encontro para milhares. É a Viagem Medieval em Terras de Santa Maria. Arrancou na última quarta-feira e pela frente tem mais sete dias de pura recriação histórica. Na cidade de Santa Maria da Feira vive-se agora o reinado de D. Afonso III. O evento repete-se há 19 anos, mas continua a surpreender. Em todos os cantos há histórias para contar, recriações históricas que quase podemos experimentar e muitas emoções. São 33 hetares de recinto de pura magia, de história viva e de encantos para descobrir. É a mais mediática Viagem de todos os tempos. E espera-se que seja também a mais visitada. A XIX Viagem Medieval tem estado na boca do mundo, com lugares de destaque na imprensa e televisão. Em Espanha, uma publicação de Vigo rotulou-a como o melhor evento de recriação histórica do Mundo. Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal, admite que o rótulo até pode ser exagerado, mas “se calhar andamos lá perto”. Paulo Sérgio Pais, da Comissão Executiva da Viagem Medieval, reconhece que o desconhecimento do que se faz por esse mundo fora não permite confirmar a avaliação, mas não esconde o orgulho no elogio. “Foi uma surpresa para nós, uma boa surpresa e que nos responsabiliza muito” – refere. “Podemos até nem ser o melhor do mundo, mas somos os melhores na Europa. Disso não há dúvidas” – evidencia. Os números ajudam nessa avaliação. A Viagem em Terras de Santa Maria estende-se por 33 hectares de recinto histórico, transformando grande parte da cidade num cenário de história viva, onde todos os dias acontecem espectáculos. Diariamente 46 espectáculos animam as 27 áreas temáticas. Quase todos são estreias absolutas, feitos à medida para uma viagem que os feirenses oferecem ao mundo. E para que isso aconteça, quase duas mil pessoas estão envolvidas num evento que começou confinado às muralhas do castelo e que, nos últimos anos, tem sido responsável por trazer a Santa Maria da Feira meio milhão de visitanwww.correiodafeira.pt
tes.
Novos recordes espreitam
E a meta parece que vai bater novo recorde. Ao final do quatro dias de evento, os números mostram que a pré-venda de bilhetes – as famosas pulseiras - ultrapassou todas as expectativas. A organização espera atingir a média diária de 50 mil visitantes e, desta feita, assinalar mais um marco na história da Viagem Medieval e preparar terreno para edição de 2016, altura em que se celebrarão os 20 anos do evento. E o que se planeia fazer? “Teremos uma viagem com actividades que se estendem por todo o ano” – avança Paulo Sérgio Pais. Mas voltemos a esta Viagem, à de 2015. Está tudo a acontecer e o factor surpresa continua a ser o ingrediente do sucesso. Desengane-se quem pensa que, ao fim de 19 anos, a Viagem já não espanta. “Essa é a chave do sucesso” – reforça Paulo Sérgio Pais. ”A evolução acontece por aí, pela qualidade e inovação das recriações históricas, pela qualidade dos conteúdos e dos espectáculos. E isso, está à vista quando olhamos para o programa e dizemos, estreia, estreia, estreia…” – acrescenta. Os conteúdos são preparados ao pormenor. “Todos os anos procuramos os factos mais relevantes da história que retratamos e mostramo-los com conteúdos inéditos” – aponta Gil Ferreira, vereador da Cultura. Por isso, todos os anos “vale a pena visitar os 33 hectares de reriação histórica, pois, em cada edição, apresenta um dinamismo e carácter únicos” – refere. De salientar ainda os protagonistas. Ou seja, os feirenses. A Viagem Medieval é cada vez mais uma recriação histórica de tamanho gigante, construída graças às gentes do Concelho. “Mais de 30 por cento de todos os conteúdos da Viagem Medieval são construídos por entidades locais” – frisa o vereador. E essa cartacterística, no entender de Paulo Sérgio Pais, transforma o evento em algo “de muito especial”. “É o tal sentimento de pertença, de que isto é nosso, faz parte de nós e nos orgulha. É um verdadeiro projecto de integração da comunidade”. E de uma comunidade que, ao cabo de 19 anos, não está confinada aos feirenses de gema, mas também àqueles que durante os 12 dias de viagem adoptam o espírito feirense. Vírgilio Castro há 10 anos que monta tenda na Viagem Medieval das Terras de Santa Maria. Vende sabonetes artesanais para todos os efeitos e gostos. Durante o ano percorre as feiras medievais em toda a Europa, mas confessa que é a de Santa
Maria da Feira a que gosta mais. “Esta é especial” – diz o espanhol. Conquistou-lhe o coração e, por isso, já não se imagina um ano sem pisar terras feirenses e ter o castelo como pano de fundo para uma viagem que diz ser única em toda a Europa. Por isso, faz questão de trazer a família, porque, “a Viagem é mais do que um lugar para o negócio”. E esse, salienta, até lhe corre bem.”Todos os anos, faço mais clientes. A verdade é que aqui tenho uma família muito grande”. Por isso, quando se fala em evolução da Viagem Medieval, Virgílio Castro é peremptório: “evoluir, para quê? É a melhor feira da Europa. Tem tudo e tudo muito bem feito”.
Internacionalizar um evento único
Para a organização da Viagem Medieval a evolução tem um nome: internacionalização. Por isso, vai disponibilizar, pela primeira vez em 19 edições, visitas guiadas ao recinto com tradução em cinco línguas, entre elas o Mandarim, perspectivando a internacionalização e a captação de um novo nicho de público estrangeiro – turistas e residentes em Portugal – que cada vez mais procura eventos culturais qualificados e diferenciadores. “Já não estamos apenas a trabalhar para o turismo de proximidade, ou seja, para a Galiza” – afirma Gil Ferreira. “Sendo Portugal um destino cada vez mais presente na rota do turismo internacional e a Viagem Medieval assumidamente um dos grandes acontecimentos nacionais, reunimos condições ímpares para a internacionalização deste produto cultural, visando a captação de mais turistas estrangeiros. Não temos dúvidas de que ao projectarmos este evento alémfronteiras estamos a contribuir para promoção internacional do destino Santa Maria da Feira e do Norte de Portugal” - reforça o presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, que, por estes dias, deu a conhecer o maior evento de recriação histórica da Península Ibérica ao embaixador do México. “Estivemos numa empresa de construção civil em Arrifana, com o intuito de abrirmos portas para essa economia gigante da América Latina, e aproveitamos para mostrarmos também o que fazemos ao nível da Cultura”. Emídio Sousa garante que
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a Viagem Medieval tem todas as condições para se internacionalizar e a prova está no entusiasmo que os visitantes demonstram quando a conhecem. “O embaixador e a sua mulher estão a adorar a Viagem, estão encantados e até já se trajaram a rigor para sentirem ainda mais este espírito verdadeiramente medieval”. Os trajes foram escolhidos na Loja Oficial de Trajes Medievais. E há muito por onde escolher se se imaginar que só o guarda roupa oficial da Viagem Medieval dispõe de 8.500 peças – vestuário, calçado e acessórios diversos – na sua maioria utilizadas por actores e figurantes durante os 12 dias do evento. Caso para dizer, “somos, cada vez melhores, connosco próprios, E isso é sentido por aqueles que nos visitam” – evidencia Paulo Sérgio Pais.
A Viagem dos apaixonados
O cenário, esse, está feito. Rende-se aos pés do imponente castelo que por esta altura abre as portas para receber guerreiros e soldados, reis e donzelas. Das torres avista-se o território, o de D. Afonso III que se desdobra em lutas e conquistas para “roubar” dos mouros o que aos lusitanos pertence. Na capela, as vozes gregorianas enchem os ouvidos, falam com a alma. E, pelo meio, um sem fim de outras histórias para desvendar, descobrir e aprender. Tudo se mistura numa combinação quase perfeita de tons, cheiros, sons e sabores. “Quem não se espanta com o ambiente dos finais de tarde. Tudo isto se torna místico” – aponta Paulo Sérgio Pais. E até romântico. No ano passado, a Viagem Medieval foi lugar para pedidos de casamento. Aconteceu durante um torneio. Este ano, os Banhos Públicos serão cenário para mais um pedido. “Se me casasse agora, também o faria aqui” – brinca o responsável, confessando ser precisamente aquele canto do recinto o seu predilecto. “É um lugar muito especial”. “De dia, realça a frescura, à noite, transformase num cenário idílio” – acrescenta Teresa Vieira, responsável pela gestão das Termas de S. Jorge que, por estes dias, ocupa a Quinta do Castelo. Publicidade
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Os lugares de uma história e de muitas Outras
Sandra Moreno sandra.moreno@correiodafeira.pt
Mas de muitos lugares se faz a Viagem Medieval. Nesta 19.ª edição, vive-se o reinado de D. Afonso III, rei de Portugal e do Algarve. Enquanto filho segundo, o jovem Afonso, sem pretensões ao trono, decide viver na corte de sua tia D. Branca, em França, colocando-se ao serviço do primo Luís IX. Adquire o título de conde, pelo casamento com Matilde de Bolonha, e transforma-se num grande cavaleiro e num verdadeiro senhor feudal. Em 1246, o reino português encontra-se em completa anarquia, obrigando a Santa Sé a intervir. O papa retira a governação a D. Sancho II e nomeia governador e defensor do reino o seu irmão, conde de Bolonha, que recebe a coroa em 1248, 26
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após a morte do rei. A vontade de D. Afonso III, o Bolonhês, é, desde cedo, muito clara no que respeita à expulsão dos infiéis do território, à reposição da ordem pública e social e à administração do reino. Aplacados os conflitos, D. Afonso III investe na conquista do Algarve e com alguma facilidade expulsa os mouros do território. Mais difíceis seriam as batalhas políticas e diplomáticas travadas com seu primo, Afonso X de Castela, que só terminam em 1267, com a assinatura do Tratado de Badajoz, reconhecendo a D. Afonso III o domínio de todo o Algarve. É a partir de 1268 que D. Afonso III se intitula Rei de Portugal e do Algarve. Em termos de política interna, toma uma série de medidas que vão reforçar a autoridade régia e favorecer o caminho para a centra-
lização do poder e a consolidação da monarquia feudal. Promulga, em 1251, o primeiro decreto régio contra roubos e violências, protege a atividade mercantil e manda fazer inquirições por todo o reino. Em 1254, convoca as Cortes, chamando pela primeira vez os representantes dos concelhos, pois entende que as ordenações, para serem recebidas por todos, também devem ser deliberadas por todos os da Cúria Régia: “faz tudo com conselho e nunca te arrependerás”. É também um homem das artes, que absorveu o que de melhor se fazia em França, fazendo da sua Corte um centro cultural de relevo, estimulando a produção da canção trovadoresca e fomentando os romances de cavalaria. Nos últimos anos da sua vida, apesar de doente, resiste aos dissabores fomentados pelos seus bispos, tendo a virtude de partilhar a administração do reino com o seu sucessor e primogénito, o futuro rei D. Dinis. Encontramo-lo, ao rei, na Viagem Medieval. É quase um filho deste evento que, salienta, tem sido a sua casa ao longo dos últimos dez anos. Afonso III chama-se Isidro Oliveira, é natural de Paços de Brandão e um dos actores das Milícias de Santa Maria. Por estes dias, encontramo-lo todos os dias no seu reino, onde até, confessa, pernoita. “Somos uma família, uma irmandade. Já não me imagino sem estes dias na Viagem Medieval, esta que é a nossa casa”. Ao longo do ano, Isidro Oliveira percorre o país, com o seu grupo, para representações em feiras medievais, “mas nenhuma como a da Feira”. Por isso, desde os 15 anos, altura em que integrou a associação, organiza o seu trabalho, as suas férias, o seu Verão em função dos 12 dias de recriação histórica. E muda-se de armas e bagagens para os terrenos de sua majestade. É a primeira vez que assume o rosto principal da Viagem Medieval, mas curiosamente, no ano passado, integrava o cartaz. “Era o irmão do rei”. Este ano, tomou-lhe o lugar, tal e qual como na História. “Resolvi participar no casting e escolheram-me, até porque, de facto, já era o irmão do rei”. A fotografia da campanha foi tirada já no ano passado, depois dos espectáculos e no último dia da viagem. “Estava vestido de guerreiro, porque era figurante no espectáculo, e tinha já um ar totalmente cansado, o ideal para personificar Afonso III, o rei que conquistou o Algarve aos mouros”.
Uma cidade que se transforma
E da História vive esta Viagem. Mais. Vive de muitas histórias que são contadas, vividas e experimentadas a cada passo. Aos pés do castelo, uma cidade se mostra. Na Feira Franca vende-se de tudo um pouco. Reza a história que , naqueles tempo, logo ao amanhecer,
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as ruas e praças apinhavam-se de gentes e, num ambiente de boa disposição, eram invadidas pelo regatear do povo que comprava e vendia, que apreciava o jogo dos acrobatas, os sons dos músicos ou os cantares das soldadeiras. Estes lugares eram espaços de negócios privilegiados e protegidos pelo ambiente de paz da feira. Por todo o recinto, há olares e pulseias, anís de todas as ores, pedras da sorte e de outras sortes, másateas, bugigangas de todos os feitio, usos e cores, espadas e coroas. E se forem de flores, tanto melhor. No lago do Feitiço, homens e mulhres ligados às artes divinatórias, à Astrologia ou à Física adivinham o futuro, apontam camimhos, ajudam nas deisões. Mesmo ao lado, o Sentir do Guerreiro. É lugar da aventura, para miúdos e graúdos. Os desafios de um verdaeiro guerreiro são postos à prova. Os artistas também têm poiso e são desafiados a criar. No convento, aprende-se história. As exposições fazem o gosto ao olhar e os cantos nos claustros aguçam os sentidos. A viagem prossegue. E bem nas margens do rio Cáster encontra-se o Povoado. Os povoados nasciam e cresciam nas proximidades de mosteiros e fortificações militares, protegendo-se de grupos armados, principalmente em zonas de terras de fronteira. Prosperando à sombra destas grandes estruturas, as populações de artesãos e camponeses organizavam-se de maneira a garantir a sua continuidade e sobrevivência nestas terras, muitas vezes devastadas por guerras feitas pelos grandes senhores da nobreza, queimando as culturas e provocando as fomes das populações. Tempos difíceis estes que se viveram. Ali, recuase verdadeiramente no tempo. Conhecem-se as artes, ofícios e os costumes. Não falta a animação e os animais do campo. Burros, ovelhas, cabras, gansos, patos e galinhas…E a historia continua. As Ordens Militares estão à vista. As ordens militares com maior significado em Portugal são, neste período de meados do séc. XIII, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, a Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém, a Ordem de Santiago da Espada e a Ordem Militar de Avis. Estas duas últimas milícias tiveram um papel preponderante na reconquista do Gharb al-Ândalus, tendo ajudado D. Afonso III na tomada das últimas praças que ainda estavam sob o domínio dos sarracenos.
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Luísa Soares solicitadora Rua Nova do Ferral, 322 Ferral - Souto 4520-706 Santa Maria da Feira T: 916 074 413 E: 6764@solicitador.net www.lusoaresolicitadora.com
Na Cetraria aprende-se sobre a arte de criar, cuidar e treinar falcões e outras aves de rapina utilizadas para a caça. A cetraria ou falcoaria era uma ocupação própria da nobreza. Houve, por isso, a preocupação de registar em vários tratados os procedimentos e práticas a serem usadas para cada uma das várias espécies de aves de caça, desde o modo de tratamento e domesticação até aos seus hábitos, costumes e doenças. Não faltam também os arqueiros d’El rei e o treino de escudeiros. A estrebaria guarda os melhores cavalos e na Liça está tudo a postos para os torneios. Por altura de festas e romarias, seria aí que se realizavam as justas e torneios, servindo de entretenimento e de exercício da nobreza guerreira para as batalhas reais. Nestes jogos de destreza, a multidão acotovelava-se para aplaudir os seus cavaleiros preferidos, que combatiam a pé ou a cavalo. Muitas vezes, estes jogos eram de tal modo agressivos que se transformavam em autênticas batalhas. E para fazer jús ao paladar, as tabernas e os restaurantes com as melhores iguarias da época.
As grandes emoções
Mais há muito mais para ver. Em cada esquina, uma recriação, uma história para contar. Para todos. E é díficil esconder as pequenas e grandes emoções. Paulo Sérgio Pais aconselha três grandes espectáculos. “Em Nome de Portugal”, “al-Harum” e o “Último Reduto”. São as recriações das grandes emoções e conquistas. Em “Em Nome de Portugal”, Afonso III, filho segundo, viajou pelo reino, atribuiu forais, criou novos cargos administrativos, reuniu as cortes, organizou e tudo fez com termos e consequências por e em nome de Portugal. Tem como palco o exterior do Museu Convento dos Lóios e acontece, todos os dias, pelas 22h30, e é gratuito. O “al-Harum” decorre nas margens do Rio Cáster, pelas 18h00, e é também gratuito. “Apesar da proximidade do inimigo cristão, a cidade de Harum continua a sua vida diária de progresso e vitalidade. No final de um dia de trabalho e preocupações, os habitantes saboreiam a frescura de um belo crepúsculo, aproveitando os momentos de ócio e lazer para descansarem e divertirem-se, pois acreditam que se o inimigo ali chegar o conseguem rechaçar com o apoio de seus irmãos de Marrocos”. “Faro, uma cidade bem-sucedida e bem defendida. É intenção de D. Afonso III conquistar o último importante reduto muçul-
Atos Judiciais Apoio ao emigrante •Obtenção de Certidões e Reconhecimento Consular / Registo Criminal •Representação nos Órgãos Públicos e Privados •Legalização de Viaturas Estrangeiras •Registo de nascimento •Transcrição de Casamento •Averbamento de Divórcio Estrangeiro •Homologação e Revisão de Sentenças Estrangeiras •Aquisição de Nacionalidade Portuguesa •Vistos / Golden Visa •Avaliação e Vendas de Imóveis
mano do reino do Gharb. A el-rei juntam-se os seus fiéis cavaleiros, os oficiais da casa real, os cavaleiros das ordens militares de Santiago e de Avis, alguns clérigos e homens de lei. Sob o desígnio d’el-rei, encontram-se em Salir e combinam a estratégia do ataque. É o “Último Reduto”. A recriação acontece, todos os dias, junto às margens do Rio Cáster, pelas 23h30, e é gratuito. Confie-nos as suas viagens de lazer ou de negócios, e também passará a fazer parte da nossa lista de Clientes Satisfeitos
Quando o que é simples, é mágico
A juntar a estes, muitos outros. E há uns que são especiais. Concebidos para os mais pequenos, mas que atraem cada vez mais os adultos. São os responsáveis pelos grande sorrisos, pelos risos espontâneos, pelos sonhos e pela magia. Contam histórias e contam a nossa História. A de hoje e a de outros tempos. Na aldeia mais fantástica e divertida de que há memória, reinam a barafunda e a confusão… Assarapantado, o Mestre Silvestre perdeu o segredo que garantia a ordem e a harmonia entre todos os Guimbritos. A doce e sedutora Estevaninha tenta ajudar o Mestre Silvestre a encontrar o segredo perdido, mas… será que existe algo mais por descobrir? Que estranho segredo guardará este bosque? É o “Estranho segredo da Floresta” que se propõe descobrir. O cenário são as Guimbas e parte da magia já lá mora. O resto vem dos pequenos habitantes que ali se descobrem. Personagens leves, de sorriso fácil que levam ao riso rasgado. Encantam os miúdos com as suas cores nas vestes, com as suas faces brihantes e com um colorido nas palavras que… deslumbra os adultos. A história é simples e, como tudo o que é simples, vale a pena. “Olá, olá, olá! Estávamos mesmo à vossa espera. Venham ver a nossa aldeia”. A descoberta faz brilhar os olhos e o segredo, esse, deve-se “guardar no coração e praticá-lo todo o dia”. E se a palavra é encanto, então, vale também a pena espreitar “Era uma vez… D. Afonso III. E começa assim: “Era uma vez, um reino; Era uma vez, um monarca português; Era uma vez, um rei chamado D. Afonso, o terceiro de nome; Era uma vez, um rei, o de Portugal e do Algarve; Era uma vez, cinco contadoras de histórias, que nas suas andanças a história deste reinado vão contar; Era uma vez, a história de um rei e de um reino; Era uma vez, um rei, o Bolonhês. A história é feita à medida das crianças, mas são os adultos que enchem a bancada.
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CULTURA
CONCERTO DE RICARDO AZEVEDO NO EUROPARQUE GERA POLÉMICA FEIRA Um artista feirense que incluiu o Europarque na sua tournée de comemoração dos 15 anos de carreira. A Câmara congratula-se e apoia, mas o Partido Socialista não compreende. “É um artista da cidade assim como muitos outros. Porquê o Ricardo Azevedo e não o Paulo Ferreira ou os Drive? E porque razão os 15 anos? E não os 25 ou os 50?” – questionou António Bastos, atirando: “Trata-se de um subsídio encapotado. Não falamos do valor da pessoa, mas dos procedimentos. 15 anos, é a primeira vez que ouço isto. Não vamos misturar interesses obscuros com Cultura”. “Não pactuando com este tipo de situações”, o PS indignou-se contra “procedimentos discriminatórios com outros artistas”. “Devem ter a mesma oportunidade de apresentar projectos” – afirmou António
Bastos, não entendendo o apoio de sete mil euros e a cedência do Europarque por parte da autarquia. “Sem possibilidade de abertura a outras áreas e sem razão para abrir este precedente, é um acto isolado e avulso” – frisou Susana Correia.
Ser humano que merece respeito
O vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, explicou que se tratava de uma “tournée internacional” e que o artista “propôs ao Município, de onde é natural, a realização do concerto”. “O Município entende associar-se a este evento de um artista com mérito comprovado, responsável por levar o nome de Santa Maria da Feira além fronteiras. É um ser humano que
PS RECLAMA MAIS APOIO PARA O CONSERVATÓRIO DE MÚSICA FORNOS O Partido Socialista pede mais apoio para a Academia de Música de Fornos. “A cultura é importante e muitas vezes é desprezada, neste caso, as associações são desprezadas. O Conservatório de Música de Fornos dignifica a cultura, tem 600 e tal alunos. 600 alunos é obra. Temos de enaltecer a força viva desta instituição” – sublinha António Bastos, deixando o alerta à autarquia. “Esquecemo-nos destes assuntos elementares para a nossa identidade. Trata-se de um edifício construído há 10 anos que ainda hoje não tem licença de utilização e construção” – refere. “Ninguém é proprietário” do terreno onde a escola se encontra. “Não estou aqui para fazer politiquice, mas sim para chamar a
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atenção. A instituição precisa de apoios comunitários e está impedida de poder concorrer para os fundos destinados à cultura por causa disso. A Câmara comprometeu-se” – lembra, apelando a que a autarquia “faça alguma coisa pela instituição”. “Por esta e por outras. Até parece que temos alguma coisa contra elas. Chegou a altura de repararmos o mal que andamos a fazer” – atira. A vereadora com o pelouro da Educação, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro – que no anterior mandato era responsável pela Cultura – diz que “a instituição sempre foi apoiada, quase de imediato, sem qualquer problema”. “E tem 600 alunos muito graças ao financiamento europeu” – adianta.
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merece todo o nosso respeito e não deve ser objecto de extrapolações” – salientou Gil Ferreira, reforçando os benefícios do evento para promoção do Concelho. “Se outros apresentarem propostas, a Câmara analisará e tudo fará para aceitar” – garantiu Gil Ferreira, realçando, ainda, que o apoio “nada tem a ver com o PAPC” [Projecto de Apoio aos Projectos Culturais]. “Não vamos misturar alhos com bugalhos” – sublinhou. O PS votou contra. “É um artista que muito nos orgulha de pertencer à Feira mas, tendo em conta as dificuldades do Município e os cortes às associações, não entendemos como prioritário abrir este precedente” – explicou Susana Correia, terminando: “Podiam-se contemplar artistas nas mais variadas áreas, mas não acontece”.
Paulo Ferreira é “o Cristiano Ronaldo da ópera” O trabalho do tenor Paulo Ferreira tem ganho cada vez mais reconhecimento, nacional e internacionalmente. “É um bom exemplo da diáspora feirense no mundo” – diz o vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira. Um artista que começou o seu percurso na Academia de Música de Santa Maria da Feira, instituição que comemorou recentemente 50 anos de actividade. “Um tenor com um trabalho meritório que leva o nome de Santa Maria da Feira ao mais alto nível” – sublinha Gil Ferreira, acrescentando que já chamam ao artista “o Cristiano Ronaldo da ópera”.
SAÚDE
DESPORTO E SAÚDE (1) A noção de Desporto não se restringe à competição, pois engloba tudo o que seja exercício físico orientado. Desporto é a prática metódica de jogos ou de qualquer actividade que implique exercícios físicos e perícia, podendo ou não ter como objectivos a competição. A educação física deve compreender graus de exercício adequados à idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Ao falar de Desporto e Saúde, não podemos esquecer a Saúde Mental, ou saúde do espírito e atendermos unicamente à saúde física, até porque qualquer delas mutuamente se influencia. Na realidade o Desporto dirige-se não só ao desenvolvimento físico, mas também ao desenvolvimento espiritual, ou seja, ao desenvolvimento integral do Homem, inserido na sua
Comunidade, podendo ser um factor muito importante na diminuição do stressbio-psico-social. Hoje em dia, quer os conflitos nos locais de trabalho, quer na Família e Sociedade, têm na actividade física e no Desporto, alguns dos melhores medicamentos anti-strees existentes. Actualmente só cerca de 1/4 dos adultos praticam a quantidade recomendada de exercício físico (trinta minutos de actividade moderada, cinco a seis vezes por semana). E cerca de um terço dos adultos são totalmente sedentários. No Desporto, em geral, a Medicina é fundamentalmente preventiva, já que se devem analisar previamente as capacidades de cada um para o d e s p o r t o q u e d e s e j a p r a t i c a r, controlando as repercussões desse desporto no desenvolvimento global da Pessoa em causa. Quem deseja apenas fazer exercício moderado e não verdadeiramente
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competitivo, bastará que o seu Médico Assistente lhe reconheça ausência de doença e normalidade funcional e física. Quem estiver i n t e g r a d o n o d e s p o r t o fe d e r a d o , deverá ser avaliado por Médico diplomado em Medicina Desportiva. Este exame, inicialmente existia para prevenir a morte súbita e restrições na prática da modalidade. Hoje serve, também, para prevenir lesões e aconselhamento clínico adequado. N a Wa l k i n C l i n i c s , p a r a a l é m d a consulta de medicina desportiva a título individual temos também consultas para grupos com preços mais competitivos. A Walk’in Clinics, em Santa Maria da Feira e Aveiro, dispõe de profissionais habilitados para estas funções, independentemente do contexto e tipo de actividade física. Joaquim Barbosa, Médico na Walk in Clinics Santa Maria da Feira
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NOVA TENDÊNCIA: FÉRIAS COM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Dica da Enfermeira Sara
Um estudo recentemente publicado indica que, na Europa, mais de metade dos donos de cães (54%) leva os seus animais de férias, assim como um quarto dos donos de gatos (26%). De a co r d o co m o e s t u d o, o s p o r t u g u e s e s e s t ã o entr e os que mais se preocupam em escolher um destino de fé r i a s p a r a o n d e p o s s a m levar os seus animais de companhia. O siteHomeAway ,respons áve l p e l a p u b l i c a ç ã o d o estudo, indica que passar férias com os animais de estimação é uma tendência em crescimento: um em cada quatro donos de cães e gatos (26%) na Europa escolhe o local de férias na condição de poder levar os animais de estimação. O inquérito foi realizado a 3 002 donos de animais na Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal e Reino
Unido e revelou que um em cada cinco inquiridos defende que é hoje mais fácil que nunca fazer férias com os animais de estimação. Os portugueses são os que mais consideram os animais como parte da família (59%), seguidos de perto pelos espanhóis (56%). Além disso, 37% dos portugueses refere que escolhe o destino de férias com base no facto de poder ou não levar os animais. “A reduzida oferta de alojamentos que autorizem a permanência de animais é vista pelos donos de animais portugueses (61%) como o maior impedimento para umas férias complet a s , c o m “ t o d a a fa m í l i a ” reunida”. O e s t u d o r eve l a t a m b é m que encontrar alojamentos que aceitem animais é a principal barreira para quase metade dos donos de cães e gatos (48%), assim
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como questões logísticas como período de quarentena (33%) para quem viaja para fora e custos proibitivos das viagens com animais (25%).
Jovens e idosos são os maiores adeptos da tendência
O grupo etário dos 18 aos 24 é o que sente mais culpa em deixar os animais para trás (37%). Este grupo é ainda o que tem maior probabilidade de cancelar uma viagem de férias se não puder levar o animal. Esta tendência também se verificou junto dos inquiridos mais velhos, com 22% das pessoas com mais de 65 anos a afirmar que não conseguem aproveitar uma viagem em pleno sem o seu animal de estimação.
Alguns cuidados com os nossos amigos patudos em férias. -Escolha sítios de preferência com espaços verdes privados, sossegados e com água e sombras á disposição. -Cuidado com piscinas e tanques. -Leve sempre agua consigo e bebedouro portátil -Leve um brinquedo ou biscoitos para entreter o seu amigo numa situação em que seja necessário distrai-lo. - Sempre com trela, amigos com cheiros novos podem ser um pouco desobedientes. Leve sempre saquinhos para apanhar as prendas. Por fim não menos importante, nunca deixe o seu amigo patudo no carro. Boas Ferias.
PUBLIREPORTAGEM
Escola dE condução novo EngEnho aposta na qualidadE dE Ensino Paços de Brandão ganhou uma escola de condução, uma lacuna da freguesia e freguesias limítrofes. A Escola de Condução Novo Engenho abriu a 11 de Abril, é dirigida por Paulo Pinto, instrutor com uma experiência de perto de dez anos no ensino de condução, e está situada mesmo na artéria principal da freguesia (Avenida Monte de Cima). O director e instrutor decidiu abrir negócio próprio depois de efectuar “um estudo de viabilidade económica e um estudo no terreno de onde é que poderia abrir a escola de condução. Paços de Brandão é uma freguesia bastante dinâmica no que diz respeito a associações de jovens que é o nosso público-alvo. A localização também é boa, estamos perto de tudo. Tem aqui perto o comboio (Vouguinha), estamos na avenida principal da freguesia - que foi recentemente requalificada - os autocarros também passam cá, isso também pesou na minha decisão de vir para cá. Também, se for necessário, vamos buscar a casa” – refere, prosseguindo, “foi algo muito bem ponderado. A ideia foi também a de fazer algo diferente, que acrescente algum tipo de valor relativamente às inúmeras escolas de condução que já existem”. Assim, Paulo Pinto direccionou a Escola de Condução Novo Engenho para três pilares
fundamentais que pretendem ser factor de diferenciação: qualidade de ensino, educação dirigida para a condução ecológica/ económica e boa relação qualidade/preço. “Primeiro a qualidade de ensino. Em três meses de trabalho temos, até agora, 100% de aprovações. Segundo pilar são as questões ambientais. Ao entrar na nossa escola, percebe que tivemos esse cuidado na execução das instalações (material reciclável). Tentamos fazer todo um trabalho direccionado para o meio ambiente, condução sustentável e preocupação na compra do carro para as aulas – que fosse de mobilidade inteligente – pois compramos um com muito baixa emissão de CO2. Finalmente, oferecemos um serviço com uma relação qualidade/preço muito boa. Temos preços muito competitivos relativamente à nossa concorrência directa” – explica Paulo Pinto. Outro factor que distingue a Novo Engenho das restantes escolas de condução é possuir um carro a gasolina. Para o instrutor os benefícios na aprendizagem dos alunos são claros e podem reduzir os riscos de acidentes. “Conduzir um carro a gasolina, logo de início, dá outras ferramentas ao aluno que depois serão úteis para o dia-a-dia. Evita alguns problemas. Todos sabemos que os primeiros tempos dentro de um carro a ga-
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solina, depois de tirar a carta, são sempre problemáticos. Acho que um aluno que já conduza, desde a primeira aula, um carro a gasolina é meio caminho andado para ser um bom condutor, saem daqui muito melhor preparadas do que se conduzissem um carro a gasóleo. O ensino sai a ganhar” - explica. Os primeiros meses de “vida” têm superado as expectativas e a equipa da Novo Engenho, até aqui composta por dois elementos, deverá aumentar em breve, bem como o número de veículos, para responder aos alunos que chegam, igualmente, de freguesias e concelhos vizinhos. Os serviços disponíveis são a carta de condução de ligeiros e motas (categorias A, A1, A2 e B); serviços de agência (revalidação da carta, alteração da morada, substituição, 2.ª via, novos averbamentos, Licença Internacional de Condução - LIC); aulas particulares para quem já possui habilitação; aulas de actualização de conhecimentos dos condutores e aulas de ecodriving (condução ecológica/económica que lhe vai ensinar vários truques para poupar dinheiro). A Escola de Condução Novo Engenho tem neste momento a decorrer uma campanha de Verão que garante uma “redução do preço da carta em 50 euros”. Pode obter mais informações no site da escola de condução: www.novoengenho.pt/.
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Entrevista a Jorge Pereira
Relvado sintético do União de Lamas
Dificuldades no vólei fianense
Adolfo Teixeira é o novo treinador do S. João de Ver. Acompanhe as últimas novidades.
“O meu maior desejo é colocar o Arrifanense nos Nacionais”.
Na próxima semana arrancam as obras de arrelvamento do campo n.º 2 do União de Lamas.
O Clube Desportivo de Fiães prepara a próxima temporada com dificuldades orçamentais.
Futebol / Futsal
Futsal
Reportagem
Vólei
DESPORTO
Mercado de Transferências
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Erivaldo foi rEi Em TErras dE sanTa maria
Feirense
2
Covilhã
1
Estádio Marcolino de Castro Árbitro: Pedro Campos feirense: Makaridze; Barge, Pedro Santos, Agostinho Carvalho, Nandinho, Sérgio Semedo, Rúben Oliveira (Cris, 75’), Fabinho, Tiago Jogo (Emma, int.), Erivaldo (Micael Freire, 80’), Platiny Treinador: Pepa sp. covilhã: Taborda; Tiago Moreira, Vítor Carvalho, Edgar, Agostinho Soares, Nana K (Victor Massaia, 66’), Gilberto (Elton, 78’), Flávio (Joel, int.), Zé Tiago, Bilel, Mailó Treinador: Francisco Chaló acção disciplinar: Cartão Amarelo a Gilberto (14’), Rúben Oliveira (39’), Tiago Moreira (51’), Emma (90’+3’), Joel (90’+4’). Cartão vermelho directo a Agostinho Soares (45’) Golos: Mailó (8’), Erivaldo (57’, 72’)
O Feirense recebeu e venceu o Covilhã (2-1), com dois golos do reforço Erivaldo, e segue para a 2.ª eliminatória da Taça CTT. TAÇA CTT Estreia prometedora, em jogos oficiais, do Feirense 2015/16 sob o comando de Pepa. Em jogo a contar para a 1.ª eliminatória da Taça CTT (nova denominação da Taça da Liga), disputado no Estádio Marcolino de Castro, o Feirense venceu o Covilhã e passa em frente na prova. Mailó marcou primeiro para os serranos (8’), mas Erivaldo bisou (57’ e 72’) e garantiu o triunfo para os fogaceiros. Até entrou melhor na partida a formação do Covilhã, a ganhar faltas junto à área fogaceira. É precisamente na sequência de um livre lateral que nasce o golo inaugural. O canhoto Zé Tiago cruza da direita e Mailó aparece, na área a saltar, mais alto que a defensiva do Feirense (8’). A partir dos 20 minutos, o Feirense começa a assentar o seu jogo, com boas triangulações e mais posse de bola. Aos 24 minutos Platiny aparece isolado frente a Taborda, mas atira ao lado. Apesar do domínio, o Feirense só
vasco coElho sEm clubE pEla primEira vEz FUTEBOL Ao fim de 24 anos com uma carreira ligada ao futebol, e ao treino, Vasco Coelho, natural de Sanguedo, está pela primeira vez sem clube, depois de na época passada ter orientado os juvenis do Feirense no nacional da categoria. É comum afirmar-se, na gíria do futebol, que “um treinador tem sempre as malas à porta”. Vasco Coelho leva uma carreira longa e sempre conseguiu escapar a essa máxima, até hoje. Como treinador adjunto ou principal, o treinador passou por vários clubes com destaque para a Sanjoanense, P. Brandão, Arouca, Canedo, Lourosa, Fiães e como treinador de formação no Boavista e Feirense, último clube representado. Vasco Coelho faz um balanço positivo da última época “pois numa primeira fase do campeonato, obtive apenas duas derrotas no Porto e no Padroense, ambas pela margem mínima e obtivemos o terceiro lugar exaequo com o Boavista”. Mesmo assim, o Feirense não conseguiu passar à 2.ª fase. No entanto, a manutenção nos nacionais nunca esteve em causa. No final da época, Vasco Coelho admite que foi convidado a continuar nos fogaceiros, para o mesmo cargo, mas decidiu recusar. “Achei que para bem de ambas as partes, esta era a decisão correcta. Não tenho qualquer problema de dizer que gostava de treinar a equipa de juniores (Feirense), mas também sou da opinião que o clube escolheu um treinador que tem toda a legitimidade de treinar a referida equipa porque foi ele que a subiu de divisão.
volta a criar perigo no último minuto do primeiro tempo. Nandinho cruza da esquerda e Fabinho, no coração da área, atira para defesa incompleta de Taborda. Quando Fabinho se preparava para a recarga é carregado, na área, por Agostinho Soares. Penalti e cartão vermelho para o defesa dos forasteiros. Contudo, na marca dos 11 metros, Fabinho permite a defesa de Taborda. Na segunda parte, o Feirense entra a dominar, aproveitando a superioridade numérica. Com naturalidade, os comandados de Pepa chegam à igualdade por Erivaldo (57’), que apareceu isolado na cara de Taborda. O Feirense continua a dominar e 15 minutos depois, novamente Erivaldo, depois de excelente assistência da esquerda de Nandinho (muito bem na partida o ex-júnior do Feirense), aparece na área para garantir o triunfo para a equipa da casa. Até ao final o Covilhã apostou no jogo directo, mas sem resultados.
Último adeus a Januário monteiro PAÇOS DE BRANDÃO Um “mar de gente” acorreu ao último adeus de Januário Monteiro. Representante da Assembleia da República, da Federação Portuguesa de Futebol, Associação Futebol de Aveiro, Núcleo Treinadores de Aveiro, Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Junta de Freguesia de Paços de Brandão, muitos clubes do nosso distrito e de distritos vizinhos marcaram presença. Também chegaram condolências via correio electrónico por parte de diversos clubes, inclusive da vizinha Espanha (Corunha). Colectividades de Paços de Brandão e de freguesias vizinhas. Os atletas da formação do C.D.P aços de Brandão também prestaram a última homenagem ao presidente Januário Monteiro. “Foi arrepiante passar por entre os nossos atletas da formação, que tão dignamente se comportaram na passagem do nosso residente para a sua última morada” – refere Armandino, dirigente do clube.
Voto de pesar para Januário Monteiro
A autarquia decidiu, na reunião de Câmara da passada segunda-feira, atribuir um voto de pesar pela morte www.correiodafeira.pt
do presidente do Clube Desportivo de Paços de Brandão, Januário Monteiro. “Pelo homem que foi e pela importância que teve na freguesia. Qualquer organismo em Paços, tem uma referência a Januário Monteiro” – afirmou a vereadora com o pelouro do Desporto, Cristina Tenreiro. Um homem que “ao longo da vida trabalhou em prol dos outros”. “É uma perda para Santa Maria da Feira” – disse a autarca, adiantando, porém, que Januário Monteiro “teve a felicidade de ser homenageado em vida”. O vereador independente Eduardo Cavaco também quis deixar algumas palavras. “Fez muito por Paços de Brandão. A vida dele era nas associações, tem um mérito muito grande. Esteve de corpo e alma na freguesia até falecer” – salientou.
MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS
EQUIPA
TREINADOR Treinador: Pepa Início dos trabalhos: 6 de Julho
Feirense
Treinador: Frederico Oliveira Início dos trabalhos: 20 de Julho Lourosa
ENTRADAS
PERMANÊNCIAS
SAÍDAS
FUTEBOL
Makaridze; Barge, Pedro Santos, A. Carvalho, Tonel (Belenenses), Henrique (Boavista), Luiz Phellype (Estoril), Ryan (Leixões), Paiva (U. Leiria), Cris, Tiago Jogo, Rúben, Fabinho, Micael Jefferson (Hajduk Split), Hélder Rodrigues Freire, Mika Figueiredo (Lus. Vildemoinhos), Hélder Castro, Moreira, Igor Rocha (Santa Clara), Paulo Grilo e Cafú (Freamunde), Gonçalo Abreu (Penafiel), Ouattara (Ermis Aradippou/Chp), Diogo Fonseca (Ac. Viseu)
Rena (Cesarense), Vieirinha, Nandinho e Ima (juniores), Otávio e A. Gralak (G. Anápolis), Ícaro Silva (Chaves), Semedo (G. Vicente), Wei e Douglas Abner (Boavista), Emma (Grödig), Erivaldo (Sp. Braga B), Platiny (Aves), Serginho (D. Bucaresti), Camará (Operário)
João Pinto (ADS), Seminha (S.J. Ver), Alex (Sp. Espinho), Tiago Penantes (O. Douro), Rui Silva; Vítor Sá, Jonas, Bruno, Viditos, Max, Ramos (Juniores), Samu (Freamunde), Nélson (Penafiel), Djibril (Gondomar)
Marco, Hugo; António, Correia, Ivo, Moisés, Andrezinho, Fernando, Pedro Silva, Pedro Rodrigues, Xavi, Tiago Ferreira, Joel
Gomes (U.Lamas), Lima, Márcio Santos, Rui Jorge (Fiães), Fabiano e Rui Gonçalves (Canedo), Ricardo Carvalho (P. Brandão), Nélson Santos, Allan Júnior (Fafe), Pedro Sá (Grijó), Fábio Zola (Leixões) Nélson Diogo (S.J. Ver), Saul, Américo, Xavier (U. Lamas), Rui Pedro, Rui Silva e Ministro (Espinho)
Treinador: Adolfo Teixeira Início dos trabalhos: Por definir S. João de Ver
C.
F. U. L.
Treinador: António Remelgado Início dos trabalhos: 17 de Agosto
Saul, Américo, Xavier (S.J. Ver), Maia (Infesta), Tintim e Pena (Carregosense), Chiquinho (Argoncilhe), Luís Moreira (Canedo), Ricardo Gomes (Lourosa), Pirata (Mansores)
Hélio, Marcelo, Américo Rocha, Joel, João Marques, Ameriquinho, Vitinha, Fábio Raul, Edu, Xavi, Joca, Fábio Queirós, Toninho, Rochinha
Muller, Resende, Márcio, Kaká, Gito, Castro, Hugo Bazuca (Canedo), Joca
Treinador: Miguel Oliveira Início dos trabalhos: 10 de Agosto
Nélson Diogo (S.J. Ver), Nuno Oliveira (Grijó), Cabel e Tiago Charneca (Milheiroense), Rui Jorge (Lourosa), Bino (ADS), Álvaro Sousa (Sanguedo), Rui Magalhães (P. Brandão), Miguel Silva (S.J.Ver)
Zé Carlos, Vasco, Ginho, Sousa, Bruno Chaves, Bruno Tiago, Andrezinho, Samu, Neves, Jaiminho, Joel, Tiaguinho
Saídas: Nando (abandonou), Zé Pedro, Renato (Avintes), Almeida (ADS), Paulo Ferraz e Badolas (Canedo)
Treinador: Miguel Sousa Início dos trabalhos: Por 12 de Agosto
Paulinho; Bruno André, Fábio Miguel e Cerqueira (Furadouro), Xurra (Soutense), Maia, Marcelo e Bruno Jardel (Carregosense), Pedro Sousa, Tozé e Pedro Nuno (juniores), João Luís (Feirense – juniores), Temo (Esmoriz)
Gitto; Alfredo, Filipe Moreira, André, Sandro, Gui, Ricardo Martins, Zé António, Joel Amaral, Serginho
Toninho (fim de carreira), Filipe (fim de carreira), Cabel e Tiago Charneca (Fiães), Scoré (abandonou), João Silva
Treinador: Tomé Início dos trabalhos: 17 de Agosto
Elson (Argoncilhe), Manu (Canedo), Joel Oliveira (Candal), Ramalho (S. Félix Marinha), Ricardo Carvalho (Lourosa)
Pedro Moreira, Zé Manel, Fausto, Ruben Silva, Candeias, Samu, Rui Ribeiro, Pedro Pinto de Sá, Nandinho, Justo, Paulo Sá, Carlitos, Daniel e Pedro Sá
Zé Américo (treinador-adjunto), Feiteira (fim de carreira), Diogo Pais, Fábio Ferreira, Magalhães (Fiães)
Treinador: Luís Alves Início dos trabalhos: 18 de Agosto
Nuno Couto (Feirense), Banana (Ossela), Diogo Amorim (Boavista), Diogo Fonseca (Silvalde, sub-20), Carlitos (Sangemil)
Lamas
Fiães
Milheiroense
Paços Brandão
FUTSAL Vítor Amorim, Dércio, Teixeira, Hugo, Kéké, André, Rafa
Cereja (Futsal Azeméis), Miguel Ângelo, Kukes e Hélio (Póvoa), Ribas
Lamas Futsal
Treinador: Paulo Lim a Início dos trabalhos: 31 de Agosto
Yann Lopes (regresso)
Dani; Michael Pinto
Nuno Couto (Lamas Futsal); Nando Costa (Arrifanense), Fuka (Boavista), Ivo (Póvoa Futsal)
Feirense
Treinador: Joel Santos Início dos trabalhos: 25 de Agosto
João Cadete, Miguel Santos (juniores), Cafú (Juv. Gaia)
Fábio, Pikareta; Paulo Russo, Moisés, Artur, Maric, Bubu, Mix, Bruninho, Ricardo Rodrigues, Miguel Ribeiro
Treinador: Jorge Pereira Início dos trabalhos: 28 de Julho (Apresentação à direcção)
China (ACR), Quirino (ISPAB), Luís Andorinha (Dínamo Sanjoanense), Rúben (sem clube), Nando Costa (Feirense)
Show, Bruno Cardoso, Marco Leite; Valter Melo, João Oliveira, Ramirez, Marcelo Fiães, Tiago Pinho, Tripeiro, Rui Rodrigues e Francês
Paulo Tavares, Fábio (Azagães), Rafa
Treinador: Augusto Costa Início dos trabalhos: 1 de Setembro
Pedro Pimenta (Casa Porto Lourosa), Bruno Rodrigues, Pedro Lucho, Nélson Silva, Bruno Mendes, Gusto, Miguel Pais (Lourosa)
Rui Jorge, Nuno Duarte, Rui Barbosa, Bruno Gomes, Marquitos, Serginho, Jorge Silva
Carlos Filipe (Jaca), Roger
Treinador: Zé Paulo Almeida Início dos trabalhos: Por definir
Sara Cruz (Rest. Avintenses)
Renata Sona, Ticha, Estela, Diana Cruz, Soraia, Cabral
Joana Coelho (Rest. Avintenses), Piolho, Fabiana Pereira, Diana Rosadas (Novasemente)
Juv. Fiães
Arrifanense
Juv. Canedo
Lourosa Feminino
Apresentação dos equipamentos do Canedo II DISTRITAL O Canedo Futebol Clube apresentou os equipamentos de jogo da equipa sénior, assim como de todos os escalões de formação, no sábado, 25 de Julho. Com a realização da apresentação dos equipamentos na Praceta 4 de Julho, bem no centro da Vila de Canedo, a direcção teve como principal objectivo aproximar o Canedo Futebol Clube, aos canedenses, que responderam em peso. O evento contou, ainda com animação e insufláveis para as crianças. Para o residente do Canedo, José Ribeiro, recentemente empossado, “o objectivo foi conseguindo com enorme sucesso, pois foi enorme a adesão dos sócios e simpatizantes” - refere. “Com o objectivo de aproximar cada vez mais o clube aos canedenses em
geral, mais iniciativas como estas serão para realizar ao longo do mandato que agora se iniciou” -conclui. Desportivamente, o Canedo, que na próxima época vai disputar a II Divisão Distrital, depois da descida na época passada, já conta com 18 jogadores e equipa técnica formada, que será liderada, novamente, por João Paulo. Mantêm-se no plantel, relativamente à época passada, Carlos; Pedrinho, Canedo, Mário Bolas, João, Diogo, Cláudio e Álvaro. Para a época 2015/16 estão confirmadas as contratações de Rui Gonçalves e Fabiano (ex-Lusitânia Lourosa), Ferraz, Porto e Badolas (exFiães), Mosca e Vilar (ex-Mansores), Ruizinho (ex-Arrifanense), Sérgio Ramos (ex-Soutense) e Hugo Teixeira (ex-U. Lamas). www.correiodafeira.pt
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ENTREVISTA
“O meu maiOr desejO é cOlOcar O arrifanense nOs naciOnais” Com 49 anos de idade, cerca de metade dos quais dedicado ao futsal (e ao futebol de salão seu procedente), Jorge Pereira conhece bem os meandros da modalidade. Mas se o futsal para ele já não tem segredos, a ambição essa não esmoreceu. O técnico do Arrifanense pretende levar o clube aos nacionais.
Qual o seu percurso como jogador e treinador? Como atleta, joguei 11 anos futebol de salão (uma das modalidades de onde derivou o futsal) sempre na mesma equipa, a TCR de S. João da Madeira. Entrei quando a modalidade se iniciou. Começamos no distrital, fomos campeões e chegamos rapidamente à 1.ª divisão e sempre a lutar pelos primeiros lugares porque era uma equipa muito forte. Cheguei a fazer a transição para o futsal, mas a minha condição profissional não permitiu continuar. Também cheguei a jogar futebol de 5, mas meio a brincar. Quando o meu filho chegou aos oito/nove anos quis ir experimentar o futsal e levei-o ao Dínamo Sanjoanense, que tinha escolinhas. Numa das vezes que levava o meu filho para os treinos, os responsáveis do Dínamo convidaram-me a ser lá treinador, dada a experiência que eu tinha. Comecei a treinar os infantis e fui campeão distrital duas vezes. Estive no Dínamo dez anos. No Arrifanense vou entrar na terceira época. Na primeira garantimos a subida à 1.ª Distrital e o ano passado ficámos em sétimos. Como vê todo o percurso ascendente do futsal? Do ponto de vista técnico/táctico não vejo grandes diferenças porque tive a sorte de ser treinado pelo Virgílio Gomes (já falecido e que jogou futebol no Sporting e esteve envolvido na criação do futsal em Portugal) que ia constantemente acompanhar a selecção do Brasil nos mundiais. A maior evolução está nos métodos e condições de trabalho, além do público. Em termos tácticos há evolução, mas eu não senti muito. Depois da subida no 1.º ano com o Arrifanense, na época que agora terminou voltou a cumprir o objectivo que era ficar entre os oito primeiros (7.º classificado). Que balanço faz destes dois anos? Quando apareceu o projecto do Arrifanense eu disse logo que sim, desde que fosse algo sério. O objectivo era, em quatro anos, chegar aos nacionais. O primeiro ano correu bem. Tinha dois anos para subir à 1.ª Distrital e subimos logo no primeiro. Faltou só a Taça, onde até eliminamos o campeão da 1.ª Divisão (Beira-Mar). Foi um ano magnífico. Na segunda, sinceramente, como trei-
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Nélson Costa nador estava à espera de mais. Se não tivéssemos perdido jogadores no início da época por “meia dúzia de tostões” e as lesões que tivemos, mais um castigado por minha opção, as coisas podiam ter sido diferentes, mas ainda assim estava à espera de mais. Esperava fazer mais pontos, mas a nossa 1.ª volta não foi positiva. Oxalá na próxima época não tenha tantos problemas com lesões. Mas o balanço não deixa de ser positivo porque cumprimos com os objectivos delineados. A Taça também era um objectivo, mas fomos eliminados na 1.ª eliminatória. Tivemos azar de calhar logo num dos pavilhões mais difíceis (Bairros). Quais foram os pontos-chave para o sucesso? O principal factor foram os jogadores. Além da qualidade, é um grupo unido. Conseguimos um balneário excelente no primeiro ano e no segundo, depois de fechar o balneário e conversar com eles, o balneário também esteve unido. Na última época os reforços de Inverno, Rui Tripeira e João O l i ve i r a , t a m b é m a c r e s c e n t a r a m qualidade para atingirmos os objectivos. O nosso trunfo, também, foi a humildade dos atletas e o trabalho diário. Depois temos uma estrutura muito forte à qual faço aqui a minha homenagem. São seis directores que dão muito ao Arrifanense, do melhor que há. Não faltam com nada. São o nosso suporte. Os atletas só têm de se preocupar em jogar futsal. Para a época 2015/16 já entraram cinco jogadores e estão confirmadas três saídas, porquê o aumento do número de jogadores? Como avalia o plantel? Aumentamos o número de jogadores no plantel porque três ainda estão a recuperar de lesões. O plantel é exactamente aquele que queria, embora nunca se possa dizer que está fechado. Mas o que quero mesmo é o regresso dos três que foram operados (Show, Marcelo e Valter). É um plantel muito completo que foi reforçado com cinco atletas de qualidade. Está, sem dúvida, mais forte do que o da época passada. Objectivos e expectativas para a próxima temporada? Melhorar o 7.º lugar, mas com os “pés bem assentes no chão”. O objectivo principal é estabilizar, fazer melhor www.correiodafeira.pt
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Jorge Pereira
“ (Na época 2014/15) esperava fazer mais pontos, mas a nossa 1.ª volta não foi positiva. Oxalá na próxima época não tenha tantos problemas com lesões”.
“O objectivo principal (na próxima época) é fazer melhor que o ano passado e “morder os calcanhares” aos três primeiros. Sabemos que o campeonato vai ser muito forte e equilibrado. Não acredito que haja alguma equipa a “disparar” como na época passada aconteceu com o Futsal Azeméis”. “Desde o meu primeiro ano, uma das situações que falei com a direcção foi que precisávamos de uma base. Não bastava só a equipa sénior. A base para sustentar um clube é a formação”.
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vai ter formação. Qual a importância da criação de escalão de juniores no clube? Teve influência na decisão? Desde o meu primeiro ano, uma das situações que falei com a direcção foi que precisávamos de uma base. Não bastava só a equipa sénior. Chegámos à conclusão de criar, já para próxima época, uma equipa de formação e começar com os juniores. Estamos a procurar miúdos de primeiro ano de júnior ou até ainda com idade de juvenil para fazerem, no mínimo, três anos de formação. Assim, já podem adquirir uma capacidade de entendimento do jogo que lhes permita chegar aos seniores. A base para sustentar um clube é a formação. Fui eu que escolhi o treinador. É uma pessoa da minha confiança e vai fazer um bom trabalho. É nosso objectivo, no ano seguinte, fazer o mesmo no escalão de juvenis, mas é preciso apoios (Câmara e Junta de Freguesia). Acho que o Arrifanense vai ter o mesmo apoio que os outros clubes. Como se define enquanto treinador e qual a sua filosofia de jogo? A minha filosofia passa pela experiência que tive como atleta e treinador. Assenta no trabalho, no rigor e disciplina. Eu era assim como jogador e tento incutir isso nos meus atletas. Mas dentro do meu plano de jogo dou liberdade aos jogadores. E sou muito interventivo nos treinos e jogos. Vale o que vale, mas a época passada muito gente dizia que éramos a equipa que melhor jogava. Principais referências (treinadores) na modalidade? Virgílio Gomes e Paulo Tavares (treinador do SC Braga-AAUM) que é o meu ídolo e referência, neste momento. É uma pessoa com quem falo quase todas as semanas. Sempre que posso vou assistir a jogos e treinos do Braga. Quais os seus objectivos de futuro como treinador? O meu maior desejo é colocar o Arrifanense nos nacionais, depois se verá…
que o ano passado e “morder os calcanhares” aos três primeiros. Sabemos que o campeonato vai ser muito forte e equilibrado. Basta olhar para a classificação da época passada para saber que o Saavedra Guedes, Bairros, Azagães e Juventude Fiães são candidatos. Depois ainda há o Covão Lobo que desceu dos nacionais e a ADREP que não ficou bem classificada na época passada, mas contratou quatro jogadores do extinto Beira-Mar (também era dos nacionais). Os Atómicos também dizem que tem uma equipa fabulosa. Há um grupo de sete/oito equipas fortes que vão andar ali a lutar pelos primeiros lugares. Não acredito que haja alguma equipa a “disparar” como na época passada aconteceu com o Futsal Azeméis. As diferenças vão ser menores. Vão ficar três/quatro a disputar até ao fim a subida e eu gostava de estar nesse grupo. Basta fazer um campeonato inteiro como a 2.ª volta da época anterior. Se nos derem uma abertura nós não vamos enjeitar. Uma coisa é certa, vamos entrar em todos os jogos para ganhar.
Perfil dos cinco reforços
Como define o projecto do Arrifanense Futsal? É um projecto autónomo dentro do clube, embora o presidente seja o mesmo, Luís Guimaraes, mas ele deu autonomia à direcção da secção. São, como disse, seis pessoas que trabalham diariamente connosco. Depois temos os patrocinadores que são mesmo muitos.
“O China (ex-ACR) também dispensa comentários. Segura muito bem a bola, tem experiência de nacional e é um esquerdino. Precisávamos de pelo menos um e fomos buscar dois”.
O Arrifanense, na próxima época, www.correiodafeira.pt
“O Rúben Santos é um guarda-redes experiente que já defendeu no Azagães. Esteve um ano parado, depois de uma operação, terá de perder algum peso, mas eu tenho confiança nele”. “O Quirino (ex-ISPAB) toda a gente sabe as qualidades que ele tem. Eu acho que lhe “lavei” a cabeça. Fizemos tudo por ele. Foi eu que o castiguei e mandei embora a época passada e fui eu que o fui buscar outra vez. Foi a primeira aquisição. Disse-lhe que era a última oportunidade que dava. Em termos técnicos e tácticos, quando está bem, é um jogador acima da média”. “O Luís Andorinha (ex-Dínamo) é um jogador de nacional. Foi meu jogador na formação no Dínamo, também tem muita experiência. Quando está bem fisicamente é um jogador acima da média. É um jogador que conheço e gosto. É uma mais-valia para o clube e um grande atleta”.
“O Nando (ex-Feirense) também é esquerdino e também vem do nacional. Também o conhecia do meu tempo da formação do Dínamo. Vem acrescentar muita qualidade à equipa”. 03.AGO.2015
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REPORTAGEM
“O Lamas vOLtará a ser das maiOres pOtências dO cOnceLhO na fOrmaçãO”
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“Os nossos jovens sonham e o relvado sintético nasce” é o slogan do União de Lamas para as obras de arrelvamento do campo n.º 2, que servirá a formação do clube. Uma frase que preconiza bem as expectativas dos lamacenses para obra. O objectivo é claro: voltar a ser uma referência da formação no Concelho. REPORTAGEM O final do século XX, início do século XXI deu a conhecer algumas das melhores equipas da história do União de Lamas. Paulo Sousa (ex-Boavista) ou Manuel José (Paços Ferreira) foram alguns nomes que passaram por Santa Maria de Lamas, mas é de nomes como Pedro Magalhães, Carlos Filipe ou Zé Américo, entre outros, que mais lamacenses suspiram. Porquê? Porque são formados em Lamas e representaram o clube na II Liga. O tempo pode não voltar atrás, mas em Lamas acredita-se que o arrelvamento do campo n.º 2, cujas obras se iniciam a 10 do presente mês, juntamente com o trabalho de coordenação e restante trabalho que já vem sendo executado pela direcção actual, presidida por José Alves, pode bem ser o princípio de uma nova era em que o União de Lamas é referência na formação. “O Lamas carece de relvado sintético no campo n.º 2 porque, no concelho da Feira, sempre foi uma equipa formadora, sempre fez bons jogadores” - diz Fausto Sá, presidente da assembleia geral do clube.
riores presidentes da junta (António Ferreira Alves e Francisco Camilo) e o actual presidente (Óscar Neves), três pessoas apaixonadas pelo clube, a tratar de angariar fundos para cobrir a nossa parte. Irá junto das empresas tentar garantir fundos para suportar as despesas com o relvado sintético. A própria direcção também vai tentar garantir fundos privados” – refere Fausto Sá. “É importante realçar o papel dessas três pessoas na história do clube, particularmente o António Ferreira Alves. É a ele que se deve, quando foi presidente da Junta de Freguesia de Lamas, o relvado no campo principal, o campo do hóquei campo e o campo n.º 2 (que agora vai ser sintético). Lamas deve-lhe muito” – complementa José Alves, presidente do U. Lamas. Pelo peso e empenho destas “três forças vivas de Lamas” se percebe que os dirigentes lamacenses estão verdadeiramente comprometidos com a causa e acreditam que a população virá atrás. “. As pessoas de Lamas se virem que o trabalho está a ser bem feito, elas contribuem” – menciona Fausto Sá.
“Os nossos jovens sonham e o relvado sintético nasce” é o slogan utilizado pelo União de Lamas
Comissão com três nomes importantes de Lamas
No âmbito do “Programa de Apoio à Construção ou Renovação de Campos de Relvado Sintético em Instalações Desportivas” da Câmara da Feira, o União de Lamas receberá cerca de metade do financiamento para a colocação de relvado sintético no campo n.º 2, para uso (quase exclusivo) da sua formação. A verba camarária está disponível no próximo ano civil, mas a formação de Lamas, juntamente com a colaboração da empresa de Cortegaça Safina (responsável pela execução do projecto) e uma comissão, decidiu arrancar as obras já neste Verão. “Temos uma comissão forte, com dois ante-
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Relvado sintético como complemento de trabalho
Já António Soares, coordenador da formação, sublinha que o relvado sintético é mais um elemento para ressaltar o que de bom se tem feito com os jovens do clube e não o único factor para o sucesso. “O relvado sintético é um pormenor de melhores condições de utilização do campo para os nossos atletas. Mas o fundamental é o trabalho desenvolvido pela direcção, treinadores e directores. Esse é o ponto fundamental. O relvado sintético, isoladamente, não significa melhor formação. O sintético vai acrescentar instalações para que se treine com melhores condições. O Clube Futebol União de Lamas recusa-se a fazer do sintético a principal causa de uma formação” – acentua, reforçando a ideia de seguida. “O sintético representa tanto como ter bons materiais de treino, equipamentos e restantes necessidades. O que é fundamental para a formação de atletas de futebol é o trabalho que é desenvolvido com eles. É aí que nós estamos a querer marcar a diferença, até porque estamos a integrar os miúdos no clube em todas as vertentes que interessa na vida deles. Vertente escolar, desportiva, alimentar e social. Penso que este aspecto é o mais importante na formação”. É nesta paradigma que se enquadra a “Academia União”, com abertura prevista para 1 de Setembro, onde os atletas do Lamas poderão encontrar e conciliar o apoio escolar ao futebol. O U. Lamas terminou a época passada com 150 atletas na formação. António Soares prevê que na próxima o clube chegue aos “180 atletas”. Um nú-
mero bastante positivo para quem passou por dificuldades no passado mais recente. Contudo, desengane-se quem pensa que em Lamas, depois do relvado sintético, os resultados e êxitos serão a prioridade. “Na coordenação da formação de futebol juvenil a meta que existe é, principalmente, formar atletas. Estamos concentrados na formação, a competição acontecerá naturalmente. Se os atletas forem bem formados, desde o escalão de petizes, os êxitos desportivos vão
acontecer, mas sabemos que leva tempo, temos de ser ponderados. Temos de nos focar é no atleta” – acredita António Soares. Isto porque, no clube sonha-se, novamente, com uma equipa made in U. Lamas nos seniores. “Um dos objectivos do União de Lamas é colocar mais atletas da formação nos seniores. Recordo-me que quando andávamos na Liga de Honra tínhamos oito/ nove atletas da formação a jogar a titular. Queremos novamente isso. Daí estarmos a
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criar condições com o relvado sintético para depois tirar dividendos. Quantos mais conseguirmos melhor, mais nos enche de alegria e mais pessoas traz aos jogos” – sublinha Fausto Sá. Daí não se estranhar que o clube, nos últimos anos, tudo tenha feito para recuperar alguns dos atletas lá formados que estavam noutras equipas. “Quando entramos no clube (direcção), um dos nossos objectivos, foi trazer atletas que já tinham passado por esta casa. Na época 2014/15 já tínhamos 70% de atletas cá formadas” – diz o presidente da Assembleia, reforçado pelo presidente da direcção. “Não é por acaso que já fomos buscar, para a próxima época, o Xavier e o Saul (ambos ex-S. João de Ver) que também foram da nossa formação. Está no ADN do clube ter jogadores nos seniores formados no União de Lamas. Se pudéssemos ainda tínhamos mais. É um dos objectivos do clube”. As obras de arrelvamento sintético no campo n.º 2 do União de Lamas deverão estar prontas “no final de Setembro, início de Outubro” o que significa que os jovens lamacenses não poderão aí disputar as primeiras jornadas dos respectivos campeonatos, mas uma solução já foi encontrada. “Os escalões de formação do União de Lamas vão jogar no Estádio do Pousadela, com quem celebramos um protocolo, até as obras estarem concluídas. Aliás gostava de sublinhar a forma como o Pousadela nos recebeu, disponibilizando-se para nos receber em treinos e jogos. Foram extraordinários” – refere o coordenador da formação. Os dados parecem lançados para que o U. Lamas volte a ser um clube reconhecido pela sua formação. Os responsáveis do clube assim acreditam e esperam agregar todos os lamacenses. “Esperamos o apoio de todos os lamacenses porque é uma causa muito importante para o clube” – conclui Fausto Sá. Assim que concluídas as obras do relvado sintético, a direcção do clube espera voltar-se para novo projecto de melhoramento das suas instalações com a execução de “bancadas, com balneários por baixo, no campo n.º 2 e no recinto do hóquei em campo” – menciona o presidente José Alves para terminar.
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ORÇAMENTO IMPEDE EQUIPA DE TOPO
modalidades
VOLEIBOL A pouco mais de um mês do início dos treinos para a nova temporada o Clube Desportivo de Fiães continua no mercado à procura de dois ou três jogadores que, juntamente com os que transitaram da época passada, possam alcançar o grande objectivo que os seus dirigentes perseguem: a subida ao escalão maior do voleibol nacional. Neste momento há dois jogadores de grande nível que estão ma mira dos fianenses: Fabrício Silva «Kibinho», internacional que foi campeão nacional na última temporada ao serviço do Benfica, e Ubirajara Pereira «Bira», ex-internacional que jogou a época passada no Sporting de Espinho. Ambos já foram contactados por Jorge Magalhães, presidente da direcção, mas as dificuldades na sua contratação são
enormes, não obstante qualquer deles, podemos afirmá-lo, veja com bons olhos a sua ida para Fiães. “Como se sabe, e contrariamente aquilo que sempre pensamos, foinos negada a presença na Viagem Medieval. Era aí que conseguíamos, com muito esforço, uma receita que nos possibilitaria não enfrentarmos muitas dificuldades orçamentais. Assim, sem essa receita, as coisas são muito mais difíceis. Estamos empenhados em chegar à 1.ª Divisão, mas não vamos cometer loucuras” - garante, Jorge Magalhães. Com alguma surpresa, Nuno Neves, que na temporada passada se tinha demitido de treinador, será de novo o técnico da equipa sénior, formação que não vai contar com Gil Amorim, jogador que aos 35 anos deixa a modalidade.
SIMÃO CAPITÃO ALCANÇA BRONZE NATAÇÃO Simão Capitão, atleta do Colégio de Lamas (Clamas), alcançou o 2.º lugar na final B dos 100 metros (m) bruços no Campeonato Nacional de Juvenis e Absolutos de Verão/Open de Portugal, que decorreram entre 23 e 26 de Julho, no Complexo Olímpico de Piscinas de Coimbra (p50m). Colectivamente o Clamas, também, esteve em destaque ao alcançar, além da medalha de bronze de Simão Capitão, mais dez finais, das quais três A, três B e cinco finais C, formam batidos três recorde de clube absolutos (RAC) e cinco recordes pessoais (RP). Estiveram presentes em prova 692 nadadores (415 masculinos e 277 femininos) em representação de 113 Clubes. Realce, igualmente, para a presença de nadadores de Espanha, França, Arménia, Dinamarca, Holanda, Polónia, Suíça, Irlanda, Finlândia e Reino Unido. O Clamas esteve representado por seis nadadores, (dois juvenis, três juniores e um sénior) sob orientação do seu técnico Paulo Ferreira. Destaque para os restantes atletas que obtiveram finais: Simão Capitão
alcançou, ainda, a final A aos 50 m bruços ficando em 8.º lugar, 5.º português absoluto e na final B dos 200 m bruços também obteve final, mas não participou por opção técnica; Alexandre Amorim obteve um pódio de bronze na final C dos 100 m bruços, na final C dos 200 m bruços alcançou o 4.º lugar nacional e nos 200 m estilos obteve o 7.º lugar na final C com RP; João Capitão alcançou a final B dos 50 m bruços com RP e nos 50 m livres alcançou novo RAC; Tiago Barbosa alcançou duas finais C nos 100 m bruços, foi 8.º nacional e nos 200 m bruços alcançou RP nas eliminatórias e depois na final com o 8.º lugar; Luís Soares foi 8.º nacional júnior nos 100 m mariposa e nadou próximo aos seus máximos pessoais aos 200 m estilos e 200 m costas; a estafeta absoluta nos 4x100 m estilos ficou em 12.º lugar, enquanto a estafeta absoluta dos 4x50 m estilos ficou em 13.º nacional com Rodrigo Silva (em bom plano), João Capitão, Simão Capitão e Alexandre Amorim. Termina desta forma muito positiva mais uma época do Clamas.
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A Feira ganhou mais um campo de relva sintética. O Balizas, situado na Rua do Viaduto, em Rio Meão, abriu na sexta-feira com um campo, que serve a escola de futebol e aluguer, e dois balneários. O espaço está, também, preparado para receber festas de aniversário. 38
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II Caminhada Jacinto Nogueira a favor do IPO-Porto DESPORTO SOLIDÁRIO A União da Mata Futebol Clube, associação organizadora da II Caminhada Jacinto Nogueira, já entregou a totalidade do valor angariado com o evento ao Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto). No total foram entregues mais de 19 mil euros, sendo que 18 mil serviram para a aquisição de viatura para efectuar tratamentos oncológicos ao domicílio. O valor restante reverteu para a aquisição de 11 cadeiras de rodas. Foram ainda entregues mil euros para ajudar a menina Solange Soares, da freguesia de Paços De Brandão, que sofre de paralisia cerebral (pagamento de quatro meses de fisioterapia e 22 consultas médicas). Estiveram presentes na cerimónia de entrega da angariação de fundos decorrentes da II Caminhada Jacinto Nogueira a directora clínica do IPO-Porto, Rosa Begonha, e vários elementos da organização. Recorde-se que a II Caminhada Jacinto Nogueira, que decorreu no dia 12 de Julho, contou com a presença de cerca de 2000 pessoas.
Louvor à natação adaptada NATAÇÃO ADAPTADA Um voto de louvor aos atletas da natação adaptada do Concelho foi aprovado na última reunião de Câmara. A sugestão foi da vereadora do PS, Susana Correia, pelos bons resultados alcançados, e o executivo votou favoravelmente. “Tiveram um desempenho excelente. Representaram Portugal e arrecadaram medalhas de ouro e bronze. São os nossos heróis, mostram a sua raça, e são um exemplo para muitos jovens” – afirmou a vereadora com o pelouro do Desporto, Cristina Tenreiro.
Postos de Venda Espinho Papelaria Atl‰ ntico Norte (Av. 24) Papelaria Atl‰ ntico Norte (Rua 19) Esmoriz Bombas Freitas Transportes S‹ o Paio de Oleiros Confeitaria da Quebrada Papelaria PAPELî PIA Pa• os de Brand‹ o Papelaria Tulipa Papelaria Menezes Papelaria Monteiro Papelaria A. Santos Rio Me‹ o CafŽ ZŽ da Micas Quiosque Santo Ant— nio CafŽ Ponto de Encontro S‹ o Jo‹ o de Ver Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque S‹ o Bento Casa Silva Tabacaria dos 17 Caldas de S‹ o Jorge CafŽ S‹ o Jorge Fi‹ es CafŽ Avenida Bombas GALP Casa Gama 2 Papelaria Coelho Lourosa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Tabacaria Piscinas de Lourosa Quiosque C+S Quiosque da Feira dos Dez Bombas CEPSA Padaria/Pastelaria Caracas II
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Santa Maria de Lamas CafŽ do Zinho Cork e Manias (INTERMARCHƒ ) CafŽ Ð Restaurante Parque Carmic— pias Papelaria Silva Bombas REPSOL Mozelos CafŽ do Murado Quiosque Santa Luzia Casa DANIBRUNO Argoncilhe Papelaria GIFT Pereira & Avelar Restaurante Mena CafŽ Vergada Sanguedo CafŽ Melo CafŽ Danœ bio Lob‹ o Padaria Jardim II Papelaria Liperl‡ s Casa Gama CafŽ Grilo Guisande Bombas Cruz de Ferro Gi‹ o Bombas BP Fiaverde Canedo Kioske INTERMARCHƒ Papelaria GIFT M. J. CafŽ Papelaria Heleoan CafŽ Suldouro Louredo Bombas REPSOL Romariz Quiosque de Romariz Milheir— s de Poiares Papelaria Milheiroense
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