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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Mérito Municipal 1972 1997

Desde 11 de Abril de 1897

Semanário

Ano CXIX

Direcção: Orlando Macedo

11 Julho 2016

Nº 5970

€0,60 (iva inc.)

Património Feirense em Seus Labirintos.3

HÁ (MUITOS) ANOS O PODER INSTITUCIONAL ARRANHOU A CROSTA DO CASTRO DE FIÃES. HOJE, A ESTAÇÃO ARQUEOLÓGIVCA JAZ ABANDONADA SOB UM MANTO DE SILÊNCIO...

pág. 2

Antiga Estalagem ganha nova vida

pág. 04 e 05

CONHECER

Conceição Alvim e Miguel Ferraz pág. 15 a 17

SOCIEDADE Zona Industrial do Roligo começa a ser intervencionada. Fernando Leão promete melhorar estradas, passeios, limpeza e iluminação. pág. 11

Juntas de Freguesia avançam para os tribunais para tentar travar o corte de financiamento ao Colégio de Lamas. pág. 12

FUTEBOL “O Lourosa é um grande de Aveiro e ambiciona subir aos nacionais”. Entrevista com Miguel Oliveira, técnico que trocou o Fiães pelo Lusitânia de Lourosa. pág. 24 e 25


avenidadasfogaceiras@gmail.com

AVENIDA DAS FOGACEIRAS FICHA TÉCNICA 02

O Património Feirense Em Seus Labirintos

Textos: Orlando Macedo

EM BUSCA DA LANCÓBRIGA PERDIDA (I)

Atalaia

Não contem com o meu silêncio… …para evitar (mais) um erro crasso. Não resistindo à glosa da última afirmação com que o deputado António Cardoso (AC) encerrou, neste jornal, a sua crónica da semana passada [‘Não Baixar os Braços’], também não poderia deixar de vir aqui contestar o que AC defende. Porque, ao contrário de AC, entendo que não “está na hora de estabelecer o regime para reposição de Freguesias” em que o nosso distinto representante na Assembleia da República e comentador-residente, defende o regresso à anterior configuração do mapa autárquico. E desde logo, porque AC labora num erro, aliás, muito comum: é que na prática, na (apesar de tudo tímida) Reforma da Administração Local (RAL) que o governo de Passos Coelho promoveu, não houve supressão de Freguesias. O que houve, foi supressão de cerca de mil Juntas de Freguesia, o que não é a mesma coisa. Ou seja, o que se suprimiu (timidamente, insisto) foi, tão só, cerca de um milhar de executivos de freguesia, órgãos de governação local, se preferido. As Freguesias, essas, continuam lá, dentro dos seus limites (tantas vezes confundidos com “fronteiras”) e podem e devem pugnar pela preservação dos seus valores comunitários, não transigindo na afirmação das suas identidades culturais autónomas, ainda que, em termos de gestão autárquica, estejam integradas num órgão colectivo. Se há crítica que faço à RAL promovida por Passos Coelho e Miguel Relvas, é a da falta de coragem que revelaram para ir mais longe, tendo perdido, assim, uma oportunidade de ouro para encetar uma verdadeira Reforma, em termos de Administração Local. Por isso, este país há-continuar a pagar os custos escusados de excesso de órgãos executivos, tantas vezes actuando em sobreposição, em atropelos mútuos e em confrontações, às vezes, patéticas. Mas Passos Coelho e Miguel Relvas ficaram-se pelas ‘entradas de leão e saídas de sendeiro’, como ficou patente na falta de coragem manifestada para eliminar alguns Municípios (não confundir com Concelhos). Há que reconhecer, no entanto, que a pecha vem de trás, mergulhando profundamente nos idos de 1998, ano em que uma plêiade de ‘iluminados’ – principalmente militando nas fileiras do PSD e do CDS – pugnaram pela velha ordem carunchosa, levando o Zé Povinho a votar maioritariamente “contra”, no Referendo sobre a Regionalização que então havia aberto um lampejo de esperança e de bom-senso. Em suma, não se pode silenciar que continuamos a ter (JUNTAS DE) Freguesia e Municípios a mais, para o dinheiro que temos…

Administração Jorge de Andrade

Na sequência de uma descoberta acidental, há (muitos) anos o Poder institucional arranhou a crosta do CASTRO DE FIÃES. Hoje, para quem manda, o assunto não passa de uma chatice. Permanentemente adiada… Texto: Orlando Macedo c/: Débora Andrade (Patrimonióloga)

Há um estranho manto de silêncio a cobrir o Castro de Fiães. Quase como se fosse melhor que não existisse, o que só se compreende pela manifesta incapacidade em lidar com o assunto que a Câmara Municipal vem revelando ao longo das últimas décadas. Mas também o site da Junta de Freguesia, por exemplo, na cronologia ‘Apontamentos da História de Fiães’ refere o primeiro achado (objecto de registo) datado de 1883: um machado de bronze; mas deixa passar em claro não só as descobertas ocorridas ao longo dos anos, como a importância das campanhas arqueológicas que ali decorreram no início dos anos 70. Foi em 1924 que o assunto deu brado, quando trabalhadores em faina agrícola na base do Monte de Santa Maria (Monte Redondo), encontraram paredes de habitações ancestrais, artefactos, cacos de cerâmica, moedas, etc. Houve, primeiro, o espanto; depois a curiosidade e a expansão da noviadade, na comunicação social de antanho. Seguiu-se a ganância e a devassa, que levaram a que “muita gente do povo se apoderasse de moedas e objectos que eram encontrados no local” (…) como se denunciava, então. Graças à intervenção sequente e organizada que ocorreu depois, sob a direcção de Mendes Corrêa, fundador do Instituto de Antropologia da Universidade do Porto, conseguiu-se “isolar e reconstituir, em grande parte, as paredes de dois recintos quási quadrados (…)”, bem como percepcionar, “minimamente”, os limites do Castro. Em 1940, em descrição assinada por Carlos Teixeira em “Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia,” referia-se que o conceituado arqueólogo Alberto Souto sustentava que “ali existira um Castro pré-Romano, com muralhas (bem reconhecíveis) calçada, galeria subterrânea de acesso ao rio, etc” (…). Hoje, sabe-se que há uma parte significativa do Castro sob o adro e a Capela de Nossa Senhora da Conceição. Mas o grande impulso registou-se no início dos anos 70 do século passado, com a intervenção criteriosa efectuada (em três temporadas distribuídas por 1971, 1972 e 1973) num sector do Castro, dirigida pelo professor, historiador de Arte, etnógrafo, arqueólogo e antropólogo feirense (nasceu em 1934, em Vila Maior) Carlos Alberto Ferreira de Almeida (CAFA), que considerava que “Fiães, ao lado de Guifões e de Braga,

revela-se como uma das mais importantes estações [arqueológicas) do Norte de Portugal”. Os subsequentes relatórios produzidos, registaram a presença de vestígios de estruturas “de aspecto tardio” e o achado de artefactos relacionados com o período de ocupação romana (ver apoio).

Décadas de incúria

Há 20 anos, o extinto jornal de Fiães “O Activo” publicava uma extensa reportagem, focando o Castro de Fiães como “Património Adiado”, em que citava uma notícia publicada 13 anos antes (em 1983) pelo então jornal diário “O Primeiro de Janeiro”, com o título ‘Castro de Fiães votado ao esquecimento”. Falando em ‘grito de alerta’, o artigo referia que «Situada no Monte de Santa Maria, e estação [arqueológica] luso-romana de Fiães tem estado votada a um esquecimento quase completo. Não obstante, o executivo camarário “pregou” aos quatros ventos que tinha elaborado em projecto de preservação dos Castros de Romariz e Fiães. A verdade é que, pelo menos no que concerne a este último, nada foi feito para a sua protecção» (…). “O Activo” rematava que «Curiosamente, se a notícia tivesse a data de ontem [Novembro de 1996] não teria perdido actualidade; porque mais de 13 anos passados sobre esse alerta, nada foi feito para preservar o Castro. Pelo contrário» (…) A ironia é que, hoje, em Julho de 2016, a situação só não se mantém... porque piorou. Durante os últimos quase 35 anos (curiosamente, coincidindo com os mandatos de Alfredo Henriques) foi implantada uma regra aberrante e dificilmente sustentável: decidiram os nossos ‘crânios’ que ‘é melhor não fazer nada, para preservar o lugar’. Mas não se pode dizer que, à inércia de actuação em termos de ‘preservação, tenha correspondido um mínimo de preocupação em conservar intactas as possibilidades de – a qualquer tempo – se poder intervir criteriosamente na recuperação do espólio (móvel e imóvel) de modo a constituir uma mais-valia de valor social, cultural e económica para a cidade de Fiães e para o concelho. Em 1989, Alfredo Henriques declarou o seu apoio à pretensão de Bernardino Ribeiro de avançar para a “aquisição de terrenos no local, limpeza, vedação e protecção do perímetro do Castro”. Mas ao longo dos anos a Câmara permitiu, incentivou e prota-

Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Filipe Dias, Filipe Freixo, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Roberto Carlos, Serafim Lopes, Vasco Coelho

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Redacção Daniela Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

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Marcelo Brito

11.JUL.2016

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gonizou, até, a edificação de um sem número de construções, no perímetro admissível do Castro, desde casas de particulares às Piscinas locais. Mais tarde, já em 1996, o então presidente da JF de Fiães, Bernardino Ribeiro, exigia que a avançarse para “a recuperação do Castro, tem de ser feito de forma séria”, revelando que já houvera um projecto que “por não ser o mais correcto, a Junta não quis levar à prática. (…) O plano de recuperação tem de ser estudado por arqueólogos; não podem ser leigos na matéria a coordenar os trabalhos”, considerou, admitindo, no entanto que “via com bons-olhos a possi-

bilidade de aquela zona poder vir a ser um dos pontos de atracção turística da freguesia”. Por sua vez, o então IPPAR (actual IPC – Instituto Português do Património Cultural) sustentava naquela altura que “medidas especiais de protecção” só se justificariam caso a CM Feira, as introduzisse, “através do PDM, conjuntamente com medidas de sensibilização da população local” (…) Mais inquietante, foi a revelação de que “relativamente ao processo de classificação que havia sido iniciado em 1987 (ver: ‘cronologia’) não teve seguimento” (??!...) Isto é, o processo foi deixado deserto…

Algo não bate certo…

Em tudo isto, o que não bate certo, é a aparente ignorância com que os sucessivos executivos municipais têm não-tratado a matéria, mais parecendo que a permanentemente adiada classificação do Castro como Imóvel de Interesse Público, em vez de alvo de incúria, tem sido, antes, ferramenta de não-obstaculização à instalação, ali (e no que seria a sua ZEP – Zona Especial de Protecção) das referidas construções e das que lhe seguiram. Caso que aparenta não ser único no concelho... Em Julho de 2016, prevalece a sensação de que os que defendiam que primeiro deve “terminar-se os traba-

lhos no Castro de Romariz e só depois avançar-se para o de Fiães”, continua a fazer regra, tal é a cortina de silêncio que pesa sobre o aglomerado castrejo fianense. Mas tudo poderia (e deveria) ter sido diferente, se, em 2012, os então presidente Alfredo Henriques e vereadora Teresa Vieira, não tivessem desprezado uma oportunidade soberana de relançar os trabalhos no Castro de Fiães, e de proporcionar àquela Freguesia a possibilidade de albergar ali o “laboratório in situ” de uma prestigiadíssima instituição de Ensino Superior, um Centro de Interpretação da Cultura Castreja e um Núcleo Museológico, como iremos revelar, na próxima edição.

(do) Acervo

Foco

Lancóbriga

Breve enquadramento

Generalizadamente, os investigadores que têm publicado acerca do Castro de Fiães, apontam o século II a.C. (ainda na Idade do Ferro) como a altura mais provável de construção inicial da estrutura povoada. Mas é a prevalência de elevado número de artefactos relacionados com a ocupação romana que lhe empresta a “grande importância” que alguns investigadores (como Carlos Alberto Ferreira de Almeida) lhe atribuíram. Lancóbriga terá sido povoado de referência na via romana que ligava Olissipo (Lisboa), Ierabriga (Vila Franca de Xira?), Scallabis (Santarém), Seilium (Tomar), Conímbriga, Aeminium (Coimbra) Talábriga (Marnel, Águeda?), Langóbriga, Calem (Gaia), a Bracara Augusta (Braga), permitindo ligação sequente a Lucus (Lugo, Galiza). Trata-se de estabelecer os pontos de ligação mais importantes do “Itinerário [XVI] de Antonino”, que, relativamente ao percurso que ligava Bracara Augusta a

Castro de Fiães

Cronologia ligeira século II a.C. – Altura provável de construção inicial da estrutura povoada Ano 465/68 – Eventual destruição do povoado, às mãos do Suevos (bárbaros do Norte) século I – Altura provável de ocupação pelos Romanos; Fundação de Lancóbriga (Langóbrica). século III – Identificação de ‘Lancobriga’ no ‘Itinerário [XVI] de Antonino’. século IV – Altura comumente apontada (com base na amostra de espólio do recolhido) como de apogeu do povoado. século V - Altura provável de ocupação por povos bárbaros, chefiados por Ulfila (de que poderá ter derivado a designação Ulfilanis). século XVIII – Destruição da Necrópole de Oppidium. 1883 – Achado de um machado de bronze. 1924 - Trabalhadores em faina agrícola, encontraram paredes de habitações ancestrais, artefactos, cacos de cerâmica e moedas, na base do Monte de Santa Maria (Monte Redondo). 1925 – Mendes Correia, fundador do Instituto de Antropologia da Universidade do Porto, leva a cabo a primeira campanha científica conseguiu-se “isolar e reconstituir, em grande parte, as paredes

Olissipo (Lisboa), referia explicitamente a existência de Lancóbriga, entre Talábriga (Águeda) e Cale. Dentre inscrições gravadas, contas de vidro colorido, fragmentos variados de cerâmica (recipientes, utensílios e telhas de cobertura) moedas, bronzes, objectos de uso pessoal, passando por louça pintada e esmaltada a ferramentas, mós, lucernas e tesouros monetários, há um importante número de artefactos que jaz, quase todo, nos armazéns da Universidade do Porto (Instituto de Antropologia da Faculdade de Letras). Não se confirmou ainda se – como se alvitrou em 1996 – algumas peças teriam sido desviadas para o Museu Britânico; mas confirmase que também existem acervo retirado do Castro de Fiães a enriquecer o acervo dos Museus de Antrologia (da mesma universidade) e dos Lóios (Feira), destacando-se neste último a Ara romana dedicada a Júpiter.

de dois recintos quási quadrados (…) 1940 – O conceituado arqueólogo Alberto Souto sustentava que “ali existira um Castro pré-Romano, com muralhas (bem reconhecíveis) calçada, galeria subterrânea de acesso ao rio, etc” (…). Hoje, sabe-se que há uma parte significativa do Castro sob o adro e a Capela de Nossa Senhora da Conceição. 1964 – Encontrada uma Ara romana dedicada a Júpiter (em exibição no Museu dos Lóis). 1971 – 1973 – Campanha de prospecção arqueológica dirigida por Carlos Alberto Ferreira de Almeida (coadjuvado por Eugénio Santos). 1973 e 1974 – Achados tesouros ‘tardoromanos’ (hoje expostos no Museu dos Lóios). 1975 – O IPPAR registava o Castro de Fiães como “Imóvel em Vias de Classificação, com despacho de homologação como IIP, de 19 -11 -1975”. 1980 – Os arqueólogos Armando Coelho e Rui Centeno (FLUP) retomaram as escavações no local, tendo recolhido espólio que ainda hoje se encontra no Museu de Arqueologia da FLUP. • Realização de Sondagens que permitiram localizar um troço da muralha (imagem acima) erguida na primeira fase de ocupação do sítio, correspondente, precisamente, à Idade do Ferro.

1983 - O estado de abandono do Castro e as intervenções invasivas (construções) que a câmara da Feira ia permitindo no local, faziam eco na imprensa nacional. 1986 – O estudioso local Serafim Fontes, dava – com o apoio da fianense CDPAC (Comissão de de Defesa do Património e Acção Cultural – reiniciava o processo de classificação de Imóvel de Interesse público, junto do IPPC (Instituto Português do Património Cultural. 1987 – Os serviços de Arqueologia do (então) IPPC, remetiam informação sustentada, dando parecer favorável à pretensão de classificação. 1989 – Elementos dos Serviços de Arqueologia (IPPC), acompanhados pelo presidentes da CM Feira e da Junta de Freguesia de Fiães, respectivamente Alfredo Henriques e Bernardino Ribeiro e de uma técnica da autarquia, visitaram o local para avaliar as possibilidades de intervenção preventiva. 1996 – Serafim Fontes, a personalidade que mais se bateu pelo reconhecimento da importância do Castro, referia que para além do espólio que “está no Museu da FLUP, já se ventilou até que algumas peças podem estar no Museu Britânico” (…) • O então vereador da Cultura, José Ma-

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nuel Leão, sustentava que era “de todo interesse que o espólio [do Castro] fosse transferido para o Museu Municipal” revelando que havia “disponibilidade por parte da Faculdade de Letras [do Porto] para ceder tal espólio ao Museu Municipal” (quando este estivesse pronto). • Bernardino Ribeiro defendia que “o mato e as silvas são uma protecção natural, a melhor que pode existir”, acrescentando que “já foram para lá jovens de faculdades e outras pessoas que não estavam devidamente preparadas e danificaram-no bastante”. • O (então) IPPAR – que substituíra o IPPC – lamentava “o lento abandono e degradação, com a construção de várias habitações em cerca de 2/3 da área deste povoado” [castro]. 2012 – Câmara da Feira perde oportunidade de reabrir a estação arqueológica do Castro de Fiães; e de potenciar maisvalias adstritas, em Fiães. 2016 – O IPC continua a não registar alterações no processo de classificação do Castro de Fiães.

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(re)DESCOBRIR

A ESTALAGEM QUE QUER VOLTAR A SER O CARTÃO-DEVISITA DA CIDADE Texto: Daniela Castro Soares Fotos: Albino Santos

Um edifício emblemático de Santa Maria da Feira, com uma sala nobre que chegou a receber altas figuras do Estado, mas que entretanto caiu no esquecimento. Agora, Tomás Veloso, o proprietário, avançou com um projecto, inovador no conceito, mas sem esquecer a história do espaço. FEIRA O visionário foi Antero Andrade e Silva que, sempre pensando no desenvolvimento da sua terra, Santa Maria da Feira, iniciou a construção da primeira estalagem do lugar. Estávamos em finais dos anos 40 e a construção foi feita por fases. Primeiro a garagem, que serviria de estacionamento para os clientes da estalagem e também de oficina automóvel, acompanhada das bombas de gasolina, depois o edifício em si. Visitando hoje, é possível ver os traços do tempo: os azulejos, as madeiras, os quartos pequenos, a ala dos criados. A inauguração da Estalagem de Santa Maria deu-se no dia 12 de Julho de 1953 com uma grande festa, o casamento de Nuno Andrade e Silva, o filho do proprietário, com Maria Alice Coimbra Almeida e Silva. A bênção ficou a cargo do irmão de Antero Andrade e Silva, D. Florentino Andrade e Silva. A estalagem foi, a partir daí, dada à concessão a diversos “inquilinos” mas permaneceu sempre o lugar de eleição para as festas de família. Os Andrade e Silva recordam bem os casamentos e baptizados lá realizados e as pessoas que estiveram presentes nesses momentos importantes. “O meu pai gostava muito de ir lá almoçar”, conta uma das antigas proprietárias, Maria Emília Andrade e Silva. Era o “ponto de encontro”.

Do Brasil e da Venezuela para a Estalagem

A estalagem foi ganhando nome e “vinham pessoas de fora” para se hospedarem. “Tinha mais funcionamento de Verão, vinham muitas pessoas do Brasil, da Venezuela. Vinham de férias para visitar a família e ficavam cá alojados”, conta o irmão e antigo proprietário, Fausto Andrade e Silva, acrescentando que “chegaram a receber algumas pessoas em casa como agradecimento pela hospedagem”. “A Condessa dos Condes de Fijô vinha passar férias e trazia o neto que brincava connosco”, recorda Maria Emília Andrade e Silva. A sala nobre da estalagem era a mais apreciada. “Era a sala de visitas da Feira. Os grandes empresários, quando tinham clientes de fora, recebiam-nos lá. Não havia nada assim na Feira”, diz Fausto Andrade e Silva. A estalagem voltou a ser explorada pela família, pelos netos de Antero Andrade e Silva, nos anos 70, mas eis que surge um problema: para que o edifício pudesse continuar a funcionar como estalagem, era preciso “aumentar o número de quartos e renovar a cozinha”. “Não tínhamos possibilidade de realizar a obra e, como não tivemos apoio, vendemos a estalagem”, lamenta Fausto Andrade e Silva, apontando o dedo à autarquia. “A Câmara não se movimentou para

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ajudar a que o projecto fosse para a frente”, afirma. A perda da estalagem foi um “grande sofrimento”. “Deixa muitas saudades”, revelam. Já depois de venderem o edifício, e ele ser transformado na Escola de Hotelaria de Santa Maria da Feira, chegou a realizar-se uma homenagem a Antero Andrade e Silva no espaço no âmbito do centenário do seu nascimento.

Escola de Hotelaria ocupou sem fazer manutenção

Tomás Veloso é o neto do comprador da estalagem. “O proprietário propôs ao meu avô, em 1975, comprar o edifício e o meu avô colocou o coração à frente da razão e comprou”, refere Tomás Veloso. Em conjunto com a irmã, tomaram conta do edifício e entregaram-no ao Turismo de Portugal, que lá instalou a Escola de Hotelaria. “Durante 20 anos as coisas correram lindamente, mas nunca houve um grande cuidado na manutenção do edifício”, aponta Tomás Veloso. Entretanto, “tiraram o núcleo de Santa Maria da Feira e levaramno para o Porto” e, para o actual proprietário da estalagem, isso foi “verdadeiramente penoso”. “Quer para mim, quer para a Feira. Era uma escola antiga que, apesar não ter as condições que eles queriam, tinha uma taxa de sucesso brutal e uma procura acima da média, na casa dos 120%. Não


de o tirar porque obrigava a criação de caderno de encargos, concurso público… Durante quase um ano fui forçado a cobrar renda porque não me entregaram o edifício”, frisa.

Projecto de bar/ restaurante e coworking

havia razão matematicamente fundamentada para dizer “isto não é rentável”. Havia era uma escola no Porto grande e vazia”, refere. Neste processo, “ficou muita coisa por resolver”. “Nomeadamente quase 200 mil euros que o Turismo de Portugal me ficou a dever. Eles iam abrir o ano lectivo em Setembro e achavam que pegavam na chave e entregavam. Mas havia obras brutais a fazer, nomeadamente um edifício pré-fabricado que tinham construído, que não era meu, foram eles que o fizeram para dar apoio a duas/três salas de aula, e depois esqueceram-se

O espaço esteve “parado” durante muitos anos. “Eu disponibilizava pontualmente à autarquia ou à Feira Viva para eventos, como a Viagem Medieval, Imaginarius, um ano para o Halloween”, enumera. Mas chegou a altura de “olhar para isto a sério”. “Custa muito dinheiro por ano manter este edifício e fui “aliciado” para pegar nele, por um parceiro de S. João da Madeira, para criar um equipamento que conjugue bar/restaurante e coworking”, adianta. Um edifício com 1600 m2 composto por uma sala nobre, que leva 100 pessoas sentadas, e muitas salinhas, algumas com casas-de-banho, que correspondiam aos quartos da estalagem. “A adaptação é cara e complexa. Qualquer obra que se faça no edifício é caríssima porque é muito grande e antigo”, admite Tomás Veloso, que está a gastar, nesta primeira fase, 80 mil euros. “Mas pode ir até três vezes este valor para reabilitar o edifício hoje mantendo a morfologia”, explica, frisando que quer preservar ao máximo a história. “A traça exterior será mantida mas vou utilizar outros materiais que na altura não havia, nomeadamente térmicos, para as janelas e vidros”, refere. Tudo igual mas “adaptado ao século XXI”. O bar/restaurante no rés-do-chão acolherá “eventos em Santa Maria da Feira, como recepções da Câmara Municipal”. “Quando Cavaco Silva era Presidente da República, foi recebido cá; quando a Câmara tinha convidados estrangeiros, utilizava a sala nobre para os jantares. Por isso, vou querer manter aquela sala tal e qual como estava, para a eventualidade de servir um banquete, fazer um jantar temático, uma ceia medieval”, revela. No exterior, será montada uma esplanada. Na parte de cima, funcionará o coworking. “Mas será um coworking diferente. O

edifício manter-se-á como está, com as salinhas pequeninas, e vou oferecer a oportunidade a, por exemplo, uma professora que quer dar explicações, um advogado que não tem escritório, de terem um espaço só deles”, esclarece. Alugam a sala, pagam uma quantia por mês e têm um serviço administrativo partilhado. “Têm o bar cá em baixo para tomar o pequeno-almoço ou o café e lá em cima têm a administrativa para, se for preciso, fazer recados, como ir ao banco, aos correios, assim como alguns equipamentos. Esta é a ideia que eu tenho”, afirma. Tomás Veloso está aberto a sugestões. Se alguma das pessoas interessadas quiser transformar a sala, ampliar, pintar de outra cor, criar ligação entre espaços, ele avaliará as propostas. “Há uma panóplia de soluções e tentarei criar o espaço de acordo com necessidade do interessado. Tudo é moldável”, refere. Pensada, está ainda uma sala de jogo, com matrecos, snooker e mesa de pingue-pongue, que poderá servir para “torneios inter-empresas”. “É fundamental esta interacção, é benéfica, traz vantagens aos negócios”, declara, explicando o objectivo: “Queria que as pessoas depois de entrarem ali fizessem parte da família estalagem e não saíssem mais”.

Abrir antes da Viagem Medieval

O objectivo é abrir o espaço antes da Viagem Medieval para aproveitar o evento e o Verão. “Vamos manter a cooperação com a Feira Viva, disponibilizar a área do edifício para os camarins. É algo que todos os anos nos pedem”, afirma. Durante o evento, vai ainda ser estabelecida uma parceria com ex-alunos da Escola de Hotelaria. “Conhecem o edifício melhor do que eu e serão eles os responsáveis

pela parte da alimentação do projecto. À posteriori, quero criar uma ligação com eles para sempre que houver necessidade de disponibilizar a sala para jantares formais”, revela, adiantando que vai tentar estabelecer outras parcerias com instituições feirenses. Quatro salas já estão reabilitadas e serão aproveitadas na Viagem Medieval, as restantes serão intervencionadas gradualmente. “Quem quiser reservar estas salas durante uma, duas horas, ao estilo camarote, pode apreciar a vista fantástica para o recinto da Viagem”, salienta. Até hoje, Tomás Veloso já tinha recebido “dezenas de interessados no edifício”. “Para tudo e mais alguma coisa: escolas de formação, lojas, hostels, projectos de geriatria, um queria criar uma fábrica…”, enumera, confessando que “tem alguma dificuldade em entregar o edifício a quem quer que seja”. “Sempre olhei para ele com muito carinho”, afirma, confiante na reabilitação que está a levar a cabo. “Ainda que seja um edifício com 70 anos, vamos entrar lá dentro e sentir que é um edifício moderno. Não há concorrência para isto porque é diferente”, garante. A responsabilidade é grande porque é um “edifício extremamente querido para a Feira”. “Estamos a caminhar sobre um pedaço de história”, diz, enquanto mostra a evolução das obras. Os antigos proprietários também estão satisfeitos por ver “a sua estalagem” ganhar vida novamente. “Acho preferível elevá-la do que estar às moscas”, diz Maria Emília Andrade e Silva. “O que mais nos custava era estar a degradar-se ou a servir apenas de armazém”, confessa Fausto Andrade e Silva. Esperam que se mantenham os traços originais e que seja, novamente, um espaço “activo na cidade”. Publicidade

Deus quis, um Homem sonhou e a Obra nasceu... João de Andrade Há 70 anos foi criada esta unidade hoteleira, o centro mais cosmopolita de todo o concelho. Abrir portas à cultura (edifício do cinema), ao turismo (edifício da Estalagem), ao mundo empresarial (edifício dos correios, mercado municipal, edifício do Trovador,etc) possibilitando novas oportunidades à população local, foram factores determinantes para Antero Andrade e Silva levar a cabo as obras mais emblemáticas, que perduram no tempo pela qualidade e pela sua demolidora força de espírito, sem igual. Serviu o município como vereador e simultaneamente filho da terra, deu à então Vila da Feira, uma sala de estar – a Estalagem de Santa Maria – edificada sobre um terreno que havia adquirido por 250 contos. Vejamos, proporcionalmente no tempo, hoje, compraria a cidade inteira mas não fora por ganância mas sim, por afecto a esta terra-mãe, ver no sopé do castelo a maior sala de estar do mundo. Trata-se de um um projecto de elevada qualidade arquitectónica, tendo registos dos grandes artífices feirenses visíveis no trabalho das fachadas em cantaria, na azulejeria portuguesa, primando pelo melhor

que se fazia na época. Detém uma arquitectura tradicional portuguesa, um dos exemplares mais ricos das artes decorativas portuguesas, fazendo jus ao movimento arquitectónico da época, apresentando-se como conceito oposto ao Mercado Municipal, seu contemporâneo. Ambas as obras, de correntes diferentes e genuinamente portuguesas, são patrocinadas por Antero Andrade e Silva que via o mundo pelas diferenças, a sincronia temporal destes exemplares arquitectónicos, representam um passo de gigante para a cultura e revelam o seu espírito visionário, voltado para o futuro. Ao reabrirem este espaço, haja sensibilidade e bom senso pelo Homem e por todo o legado artístico, singular e irrepetível que este edifício alberga... atenção à azulejaria, à serralharia e não mal tratem as cantarias e a sua honorável memória. Que este novo espaço a abrir, represente o renascer da Estalagem de Santa Maria, preservando e fazendo crescer a qualidade da obra que o mestre Antero Andrade e Silva deixou a todos NÓS. Votos de grande sucesso e felicidades. www.correiodafeira.pt

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REDE VIÁRIA: GESTÃO A “OLHÓMETRO”

António Cardoso, Deputado do Partido Socialista na Assembleia da República

OPINIÃO

Margarida Rocha Gariso, Líder do Grupo Municipal do PS POLÍTICA NO FEMININO Perdoem-me os leitores que volte ao assunto da requalificação da Rede Viária concelhia, mas infelizmente não perdeu atualidade, principalmente pelos prejuízos financeiros e em vidas humanas que continua a custar às Famílias feirenses e ao próprio Município. Uma estimativa oficiosa indica-nos a existência de cerca de 500Km de ruas e de estradas no nosso Concelho, sem condições técnicas de segurança para o trânsito de veículos automóveis, potenciando assim as condições que podem redundar em acidentes que afetam tanto as pessoas que seguem nas viaturas envolvidas, como os peões, bem como os bens patrimoniais públicos e privados. No nosso Concelho, suspendem-se obras que esventram estradas e passeios, por tempo indeterminado, porque só a meio do processo é que os responsáveis se lembram que seria importante negociar com o proprietário de um terreno e recuar um muro. É só um exemplo que mostra que não se trata apenas de incapacidade de planeamento, é também um exemplo claro de total desconsideração pelos feirenses, revelado pelo executivo camarário, que continua a gerir a rede viária da forma que sempre o fez: reagindo caso a caso, em vez de agir com planificação adequada. Ao circular diariamente pela rede viária do nosso Concelho, percebemos que não há estratégia, não há planeamento, nem gestão competente e as intervenções continuam a ser controladas a “olhómetro”. E o cidadão que se amanhe. Se tiver prejuízos nos veículos, a autarquia foge às responsabilidades e manda reclamar junto do empreiteiro, porque o dono da obra, que é a Câmara Municipal, não tem tempo para se incomodar com os cidadãos e as suas aflições e prejuízos, o que é inaceitável em termos de boa governação e respeito pelos cidadãos e pelo seu dinheiro. Perante isto, a pergunta que se faz ao Sr. Presidente da Câmara, é: se não está a governar para o povo que o elegeu, está a governar para quem? Será que o nosso Concelho não tem direito a uma rede viária decente que designadamente inclua ciclovias e passeios? Será que não temos direito a uma rede de transportes públicos, como os concelhos vizinhos? Será que não merecemos melhor do que o que temos? Claro que merecemos, mas ainda não temos! Como se pode falar em desenvolvimento e empreendedorismo com a desordenação urbanística e descuido das Zonas Industriais, que nem direito a acessos e sinalética decente têm? Será que no nosso território, a forma como ele é planeado, organizado e gerido não deveria ser uma determinante para a atratividade de investimento e consequente criação de emprego? Será que os que nos governam na Câmara, ainda não perceberam isso? Há muito que defendo e vou continuar a defender que é necessário planear antes de executar. Mas planear com sentido estratégico, avaliando custos, viabilidades e consequências, porque o dinheiro que se investe, nomeadamente, na rede viária, não é dos partidos, não é da Câmara, nem é do Presidente; é dos Munícipes. E por isso é que continuo a defender uma regra de ouro na administração e gestão pública: transparência de processos, assunção pública das responsabilidades e respeito pelas pessoas.

DEBATE DO ESTADO DA NAÇÃO NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Este governo assumiu funções com três propósitos fundamentais. Primeiro, constituir uma maioria parlamentar que correspondesse à vontade de mudança manifestada pela maioria dos portugueses nas eleições de 4 de outubro. Segundo, virar a página da austeridade, iniciando a recuperação do rendimento das famílias, criando condições para o investimento das empresas e honrando os nossos compromissos com a União Europeia. Terceiro, pôr termo a um modelo de competitividade assente na destruição de direitos e em baixos salários e desenhar um novo modelo de desenvolvimento assente na qualificação, na inovação e na modernização. O Governo cumpriu: na recuperação do rendimento das famílias. Eliminou a sobretaxa do IRS, baixámos a taxa máxima do IMI e reintroduzimos a sua cláusula de salvaguarda, pôs fim à penhora das casas de morada de família, repusemos os mínimos sociais (o CSI, o RSI e o Abono de Família), reduzimos as taxas moderadoras na saúde e alargámos a tarifa social da energia. E no início do próximo ano letivo os manuais do 1.º ano do 1.º ciclo serão gratuitos para todas as famílias. O Governo cumpriu: no respeito pelos direitos dos pensionistas. Rejeitou o corte de 600 ME nas pensões com que o anterior governo se tinha comprometido, acabou com a contribuição extraordinária de solidariedade e atualizámos as pensões de reforma. O Governo cumpriu: na valorização do trabalho. Aumentou o salário mínimo nacional, eliminou os cortes dos vencimentos dos funcionários públicos, pôs fim à alteração unilateral e sem compensação do tempo de trabalho, seja dos funcionários públicos, seja restabelecendo para todos os trabalhadores os feriados nacionais que tinham sido suspensos. E cumpriu muito mais. Cumpriu com a municipalização dos transportes de Lisboa e Porto à redução do IVA da restauração. Da revisão do mapa judiciário à criação da Unidade de Missão para o Interior. Prometeu e cumpriu. Muitos podem discordar de algumas dessas medidas; alguns podem até discordar de todas as nossas medidas; mas o que ninguém poderá dizer é que foram adotadas quaisquer medidas contrárias ao que foi prometido e que qualquer destas medidas não é a execu-

ção dos compromissos assumidos com os portugueses. Este Governo não ignora as dificuldades do país. Não ignora nem esconde as dificuldades. O elevado nível de pobreza, o elevado nível de desemprego, a dependência das nossas empresas face ao endividamento. Os problemas não se escondem, os problemas enfrentam-se para poderem ser revolvidos. Como se viu na ocultação dos problemas do sistema financeiro para a encenação da saída limpa, os problemas, como a verdade, vêm sempre ao de cima. Não há hoje novos problemas no sistema financeiro, o que há de novo é a verdade com que os problemas que existiam são assumidos e enfrentados. Nós reconhecemos que os problemas existem, e estamos cá para os resolver. Por isso recuperou o Simplex. Para diminuir os custos de contexto e criar um ambiente favorável ao investimento. Por isso eliminou limitações para as autarquias poderem investir. E o que procura é precisamente construir um país onde os portugueses todos vivam melhor. Um país que assegure melhores condições de vida, onde os portugueses têm um lugar central e onde os seus interesses correspondem às verdadeiras prioridades do Governo. Um país onde os jovens vêem reconhecido o direito de aqui viver, de ter trabalho de qualidade, de ter projetos de vida, de criar e ver crescer a sua família. A visão que tem é por isso de médio e de longo prazo, que se concretiza no nosso programa nacional de reformas. Um programa que se ancora em seis pilares fundamentais. - O das qualificações, da universalização do pré-escolar a partir dos três anos à educação de adultos; - O da inovação, do fim da precariedade do emprego científico, à Iniciativa Indústria 4.0; - O da modernização do estado, do Simplex, à descentralização. - O da valorização do território, da economia circular à eficiência energética. - O da capitalização das empresas, com o Programa Capitalizar. - O do combate à erradicação da pobreza e redução das desigualdades, da prestação única da deficiência ao investimento na rede de cuidados continuados. Só enfrentando os bloqueios estruturais é que o Governo consegue mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade. Publicidade

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CANEDO, VALE E VILA MAIOR – FESTA DAS COLETIVIDADES Licínio Loureiro Canedo, Vale e Vila Maior

A vida contemporânea, caraterizada muitas vezes pelo distanciamento humano e desvalorização do passado, tem vindo a dar provas, especialmente nas áreas mais rurais da crescente dinamização local, através do movimento associativo e cultural. Trata-se de um processo construtivo e cooperativo na promoção da integração das populações na vida local, no qual as coletividades, associações, têm unido esforços para que a população se apaixone novamente pelas suas

raízes, tradições e costumes. Muitas vezes, senão na totalidade, as coletividades ressurgem das cinzas precisamente para fazerem ouvir a voz do povo, os seus costumes, tradições, implementando dinâmicas culturais, sociais, que despertam consciências na valorização do nosso património, onde a sabedoria dos seniores une-se à garra da juventude. Caros amigos e conterrâneos, deixemme dizer-vos que na União de Freguesias de Canedo, Vale e Vila Maior, o ce-

nário não é diferente, o futuro projetase audacioso e consciente de que este é o caminho para uma comunidade forte, capaz, unida e orgulhosa daquilo que tem vindo a conquistar a palmo ao longo de muito e muitos anos. Desde 2014 que temos vindo a promover a Festa das Coletividades em conjunto (Canedo, Vale e Vila Maior) e tem sido um sucesso. Podemos assistir a representações culturais, desportivas, recreativas e outros géneros artísticos, numa grande festa popular

aberta a todos e para todos, onde está patente a importância de cada pessoa que trabalha durante todo o ano para a “sua” coletividade de forma voluntária e apaixonada. Numa nova realidade do nosso território, as nossas Coletividades deram uma resposta inequívoca, aceitando desde logo a nova União de Freguesias. Hoje temos coletividades representativas de Canedo, Vale e Vila Maior com um sentimento de unidade e trabalho em prol de uma nova realidade.

REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Rui Tavares Gabinete de comunicação CDS Feira

A reorganização administrativa promovida em 2013 pelo governo liderado pelo PSD e CDS-PP foi tudo menos consensual. Estávamos no início de um processo de resgate, que condicionou e ainda condiciona as políticas do país. Havia um memorando a cumprir. Abriu-se pois uma oportunidade, na minha perspectiva, de corrigir problemas de uma construção autárquica que foi, durante muitos anos, ao sabor das amizades e dos favores políticos e ou interesses eleitorais. Os concelhos de uma freguesia só podiam agora crescer, ou desaparecer. Os concelhos com 60 freguesias podiam ser reestruturados. Muitos enclaves, e demais situações, territorialmente “anormais” podiam ser corrigidas. Contudo um processo com esta abrangência e magnitude não podia ser feito sem ampla discussão e debate. Mas tempo era o que o governo de então não tinha, e optou por uma solução de régua e esquadro, associado a uma fórmula de Excel que ainda por cima só contemplou

as freguesias. No que toca ao nosso Concelho, tivemos um pouco de tudo. Apesar de termos tido a frieza de não deixar a solução para a comissão técnica, que traria males maiores com certeza, a solução encontrada não foi a ideal, tão pouco a melhor e com a traição final de Louredo, a coisa ficou sem explicação. Eu, que na altura representava o CDS-PP na Assembleia Municipal e que pertencia à comissão criada para elaborar a proposta, fiz sempre questão de frisar que esta era uma oportunidade para harmonizar o Concelho territorialmente, conferindolhe uma melhor distribuição do território, permitindo uma melhor gestão do mesmo. O caso dos enclaves entre Louredo e Vale era um dos mais flagrantes e que teria a meu ver uma solução muito fácil. Uma espécie de golpe palaciano, na última hora da última reunião, fez com que a reorganização administrativa na Feira fosse mais uma guerra política como tantas outras. Afinal Vale ficaria na

“megasuper” freguesia de Canedo e suas agregadas e surgia a “super fina e longa” freguesia de Lobão e suas agregadas. E como é óbvio, os enclaves lá continuam entre a União de Freguesias de Canedo, Vila Maior e Vale e a União de Freguesias de Lobão, Gião, Guisande e Louredo. Desta tremenda trapalhada resultou na realidade uma diminuição considerável dos autarcas de freguesia no país sem que se prove até ao momento que tenha contribuído para uma real diminuição da despesa pública. Contudo, este assunto, só não é um não assunto porque os Senhores de esquerda que governam este país lembraram-se de trazer o tema para a Assembleia da República. Foram apresentados pelo PCP e pelo BE projetos no sentido de alterar a “desorganização” administrativa. Até aqui tudo bem, e mais satisfeito fiquei quando não ouvi falar de reversão. A reversão desta organização só poderia resultar no óbvio e em nada benéfico retrocesso de três anos.

A pressão de algumas freguesias fez com que estes projetos avançassem. Temos um caso no concelho vizinho de V.N. Gaia em que foi constituída uma comissão para reclamar a reposição da freguesia de Sandim. Não tardarão a aparecer outros casos para alimentar uma fogueira que pode tomar proporções incontroláveis. O que era importante neste momento é que o Governo de Esquerda, que tem o tempo todo do mundo para fazer uma reforma a sério, não tenha pressa de satisfazer o seu eleitorado. Tanto quanto julgo saber, está mais ou menos definido que este assunto só terá novos episódios depois das eleições autárquicas do próximo ano, o que me perece no mínimo razoável, a não ser que alguma febre mais alta passe pela cabeça de um dos líderes dos partidos mais à esquerda. O país perde oportunidades atrás de oportunidades. Parece que os anos passam e nada muda. Não se retiram lições, nada se aprende. Que futuro para um país assim?

a troco de dinheiro. A esta violência era costume atribuir o nome de trabalho, e os trabalhadores são aqueles que a exercem. Hoje está em voga o termo colaborador. E porque é que oficialmente as instituições se referem aos trabalhadores como colaboradores? Porque nos querem fazer crer, impingir as máximas fascistas do corporativismo, que fazemos todos parte (ainda que uns ganhem o salário mínimo e outros 40 mil euros / ainda que uns tenham contratos precários de 6 meses e outros sem termo) e contribuímos (ainda que uns limpem as retretes e outros administrem) para o sucesso de uma empresa que precisa de competir num feroz mercado

global (e por isso nunca se podem fazer aumentos porque o futuro é imprevisível, dizem sempre), em suma: somos pequenos capitalistas que investimos o nosso amor no negócio, e o salário são os dividendos de sermos acionistas empresariais; e se somos acionistas e capitalistas, porque haveríamos de nos revoltar? Afinal já não existem patrões e operários, agora todos colaboramos. No Animal Farm, George Orwell ficcionou sobre porcos no poder que reescrevem as regras para seu benefício, e que revelam a sua messiânica doutrina: Bem-aventurados sejam os celestes consumidores, empreendedores e coproprietários do mundo livre!

UNIDADE NA COLMEIA Joaquim Pedro da Silva Rodrigues Mestre em Filosofia São João de Ver

METACORTEX Em Assim Falou Zaratustra, Nietzsche já nos tinha avisado: “Não enterreis a cabeça na areia das coisas celestes”. Como sabem, muitos são os homens que padecem das intoxicações que todos os dias nos entram via TV no domicílio: é o acordo ortográfico, é o destino do país que está no regaço da seleção nacional de futebol, é a morte de um qualquer actor, é o rapto de uma criança, é a traição de Costa a Seguro; temáticas que se renovam incessantemente, e que são apresentadas por gente engravatada e espetalhoca que frequentou universidades e que são agora pagas a soldo pelos lá de cima para mover os cordéis das marionetas em direção

à ilusão do poder, do conhecimento, da singularidade, da liberdade… Quando em Portugal se instituiu a Primeira República, os republicanos desataram a atribuir nomes dos seus heróis a ruas e praças, tal como mais tarde a outrora Ponte Salazar passou a Ponte 25 de Abril. Os poderes instituídos estendem os seus tentáculos e reescrevem a história com o intuito de legitimar e fazer crer como natural e eterna determinada sociedade. Deserdados e sem meios para garantir a sua subsistência, a grande maioria dos jovens vende a sua inteligência, força, tempo livre, criatividade, liberdade, sanidade… a uma entidade privada ou estatal

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11.JUL.2016

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CDS alerta

POLÍTICA

CDS aponta problemas na vila

indaqua obriga feirenses a consumir mais para atingir metas financeiras

Lixo a céu aberto, vias por asfaLtar e “maus acessos” S. JOÃO DE VER O Núcleo do CDS de São João de Ver iniciou um périplo de visitas aos vários lugares da vila. Começaram pela Lavandeira, a pedido de alguns moradores, e foram confrontados com os problemas apresentados, “muito para além dos maus acessos e ruas estreitas deste lugar”, afirma o Núcleo, em comunicado. “Ficamos perplexos com a Rua da Alegria (que mais parece a “Rua da Tristeza”), com piso degradado, sem asfalto, apenas terra e pedras soltas, e onde não existe escoamento das águas pluviais e reinam as correntes de lama nos dias de chuva e o pó nos dias de sol. A via está intransitável para os moradores e empresários locais, sendo que é uma importante ligação entre a zona industrial do Casalinho (Lourosa) com São João de Ver e demais freguesias confrontantes”, salientam, acrescentando que apesar das visitas por parte de técnicos camarários, “já lá vão mais de 365 dias e nada feito”.

“Tão ou mais grave ainda é a rua aberta a partir da infraestrutura viária chamada Eixo da Cortiça (já moribundo e abandonado) para a Zona Industrial do Casalinho ter sido só asfaltada até metade, ficando o resto da rua em terra batida e pedras soltas, sendo um local onde se pratica um verdadeiro atentado ambiental e até de saúde pública, devido à elevada deposição de lixos industriais, como ácidos, sacos de detritos industriais da cortiça, entulho e demais lixos”, alertam, garantindo que vão enviar “uma comunicação urgente à Delegação de Saúde concelhia, à Presidência da Câmara Municipal, à Presidência da Junta de Freguesia e ao corpo do SEPNA da GNR, para assumirem as suas competências neste crime público”. Não querendo que “São João de Ver seja um depósito do lixo”, o CDS exige “a repavimentação imediata da via e melhores acessos para a população do lugar da Lavandeira”.

BE alerta

comboios na Linha do vouga com atrasos de uma hora O Bloco de Esquerda teve conhecimento que actualmente os comboios que circulam na linha do Vouga, entre Oliveira de Azeméis e Espinho, não estão a cumprir os horários, chegando a atrasos de cerca de uma hora e, não raras vezes, as viagens são suprimidas. A situação está a criar muitos transtornos juntos dos passageiros, alerta o partido. “Sabemos que actualmente há comboios que não têm carruagens suficientes para transportar todos os passageiros, tendo os comboios ficado lotados em vários horários, deixando inclusivamente passageiros nos apeadeiros e nas estações. Esta situação é no mínimo estranha, quase bizarra, e bastante reveladora da forma laxista como esta linha está a ser gerida. Numa altura em que as pessoas procuram as praias, estranha-se o incumprimento nos horários e a falta de carruagens”, salientam os bloquistas, em comunicado. O troço entre Espinho e Oliveira de

Azeméis “revela-se lento (demorando mais de uma hora para percorrer cerca de 30km de linha) e agora, bastante menos atractivo, uma vez que a viagem termina antes da chegada à estação ferroviária de Espinho, consequência das obras de enterramento da linha e da construção da nova estação”. Para o BE, a Linha do Vouga é “importantíssima para diversos concelhos do distrito de Aveiro e um transporte público que pode servir muito melhor as populações”. “Para isso necessita de se requalificar, de adaptar os horários às necessidades das pessoas, de reduzir os tempos de viagem e de investir em material circulante”, frisam, apontando “a falta de manutenção da linha, a existência de material circulante desgastado, a presença de inúmeras passagens de nível ao longo do traçado, assim como o traçado sinuoso, de curvas com raio bastante apertado” como causas da demora na viagem entre Espinho e Oliveira de Azeméis. www.correiodafeira.pt

A Comissão Política Concelhia do CDS de Santa Maria da Feira denuncia, mais uma vez, a pressão da Indaqua aos feirenses. “Falamos de novas ameaças, num clima de verdadeiro terror, planeado e executado ao pormenor, pela concessionária das águas e saneamento, no sentido de assustar os feirenses, levando-os a executar ligações das redes à força e à pressa, nuns casos, ou obrigando os clientes a consumir mais água de que necessitam, noutros casos”, salienta o partido, em comunicado. A freguesia mais “flagelada” nas últimas semanas parece ter sido Sanguedo, “fustigada com reles cartas ameaçadoras, intimidando os moradores que se não fizerem o que vem nas ditas cartas, serão vítimas de pesadas coimas ou multas”. “Mas, infelizmente, acontece um pouco por todo o Concelho”, acrescentam, alertando que a empresa quer “obrigar os moradores que têm contrato com a Indaqua a consumir uma determinada quantidade de metros cúbicos de água, para assim atingirem – pasme-se – as metas definidas pela Indaqua”. “Já não foi suficiente terem pago a ligação dos ramais de água e saneamento injustamente?”, questionam. Para o CDS Feira, esta atitude da Indaqua “é inaceitável e criminosa” e deixam um apelo: “Senhor presidente da Câmara, os feirenses não são mercadoria nem números! Respeite-os e obrigue a Indaqua a respeitá-los!”.

Presidência da AMP

emídio sousa contra eleição directa Vários autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP) criticaram a proposta do Governo para um modelo de eleição directa do presidente daquele órgão autárquico. Em reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), discutindo um documento do Governo sobre “Autarquias Metropolitanas – soluções a considerar”, Rui Moreira (Porto), Emídio Sousa (Santa Maria da Feira), Bragança Fernandes (Maia) e Celso Ferreira (Paredes) afirmaram estar contra o modelo de eleição deste órgão deliberativo por sufrágio directo e universal. Posição diferente foi manifestada pelas autarquias de Valongo e Santo Tirso (PS), cujo presidente e vice-presidente, respectivamente, afirmaram claramente defender a eleição directa do presidente da AMP. Emídio Sousa afirmou à Lusa que “o país não precisa de mais Estado e a criação de uma nova entidade metropolitana eleita significa a menorização do papel dos municípios e um novo conjunto de despesa pública”. Contudo, se o Governo decidir avançar com este modelo, o CmP tem que fixar que não haverá “quaisquer transferências dos municípios para a nova entidade”, que os municípios receberão novas competências, que o financiamento dessa entidade metropolitana será garantido pelo Estado e que não serão criados novos impostos.

Acção de divulgação em Lourosa

pcp promove festa do avante

LOUROSA A Feira dos Dez, em Lourosa, recebeu uma acção de promoção e divulgação da edição este ano da Festa do Avante, nos dias 2, 3 e 4 de Setembro, “a maior iniciativa político-cultural realizada no nosso país”, segundo o PCP, em comunicado. A acção teve por base a venda especial do jornal Avante, órgão central do PCP, com um suplemento dedicado à sua 40.ª Festa que, a par de outras novidades, alargou o espaço tradicional à Quinta do Cabo, recentemente adquirida pelo Partido, através de uma grande campanha de fundos junto dos seus militantes e amigos. A Festa de 2016 tem um vasto programa de espectáculos em 10 palcos onde vão passar centenas de artistas de Blues, Jazz, Rock, Hip-Hop, Fado, Cante Alentejano, música tradicional e outros. Mas a Festa é também Teatro, Cinema, Artes Plásticas, Desporto, Ciência, Exposições, Gastronomia, Animação de Rua, Artesanato, Debates, Espaço Criança, Festa do Livro e do Disco e Espaço Internacional. “Um universo a descobrir em três dias de alegria, convívio e solidariedade”. 11.JUL.2016

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Hospital S. Sebastião

Land Rover 4x4 in schools

prémio identidade para a equipa cincork

SOCIEDADE

Urgências com projecto de reqUalificação de 2,2 me

Na sequência da submissão da candidatura do Projecto de Requalificação e Beneficiação do Serviço de Urgência da Unidade Hospitalar de Santa Maria da Feira (Hospital de São Sebastião) ao NORTE 2020, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga foi notificado, pela Comissão Directiva, da decisão de aprovação do Projecto com um investimento total de 2.230.793,51 euros, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no montante de 510.425 euros. O projecto deverá iniciar-se em Setembro, prevendo-se que seja concluído até Agosto de 2018. Enquadrado no processo de reestruturação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico da Unidade Hospitalar de Santa Maria da Feira (que constitui referência para mais de 300 mil habitantes e é responsável pela realização de aproximadamente 146 mil atendimentos por ano), o Projecto visa a requalificação e modernização das infraestruturas que suportam o funcionamento do Serviço de Urgência, criando as condições que permitam proporcionar uma melhor resposta à satisfação das necessidades da população, em termos de cuidados de saúde de urgência e emergência, através da melhoria dos cuidados de saúde prestados aos utentes e da redução dos respectivos tempos de atendimento. Constituem objectivos específicos do Projecto: a melhoria ao nível da acessibilidade dos utentes (com particular enfoque na redução dos tempos de espera no atendimento e de permanência no Serviço de Urgência); a me-

lhoria da organização e das condições de segurança, qualidade e conforto do espaço destinado ao atendimento dos utentes do Serviço de Urgência; a melhoria do atendimento, humanismo e qualidade dos serviços prestados; a redução dos níveis de desperdício e o aumento da produtividade e eficiência dos recursos; o aumento do grau de satisfação dos utentes e dos profissionais da Instituição.

PS no CHEDV

O PS reuniu-se, no dia 1 de Julho, com a Administração do CHEDV, visando avaliar os cuidados de saúde prestados na área de influência daquele Centro Hospitalar. A comitiva - composta por membros do Secretariado Distrital do PS e Concelhias da Feira, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Vale de Cambra e Arouca - deu voz às preocupações das populações servidas pelo CHEDV e recolheu informações sobre o plano de actividades e investimentos para 2016, a prestação de cuidados de saúde nos diversos equipamentos que compõem o Centro Hospitalar, bem como as concretas valências, actuais e futuras, que todos estes equipamentos poderão ter. O PS, atento à “importância fulcral desta matéria”, garante, em comunicado, que “continuará a acompanhar, com proximidade e rigor, o desenvolvimento e implementação do plano de actividades e investimento daquele Centro Hospitalar na prestação de cuidados de saúde”.

A equipa Cincork arrecadou o prémio “Team Identity Award” na Final Mundial do desafio Land Rover 4x4 in Schools 2016, que decorreu no passado dia 5 de Julho na Ricoh Arena em Coventry, Inglaterra. A distinção por parte do colectivo de juízes ingleses enalteceu o trabalho desenvolvido pelos “6 jovens engenheiros” no projecto “Cork Rover 4x4” (carro feito em cortiça), o qual se tinha sagrado campeão nacional 2016, no passado mês de Maio, em Famalicão. Com 21 equipas em concurso, representativas de 13 países, a Equipa Cincork distinguiu-se por apresentar um projecto inovador e singular, promotor da cortiça, matéria-prima 100% reciclável e que constituiu parte significativa do “Cork Rover 4x4”. Na verdade, a utilização de materiais recicláveis foi, para a equipa, condição fundamental no processo de planeamento e desenvolvimento do “Cork Rover 4x4”, associado à aplicação das tecnologias disponíveis no Fablab do Cincork. No evento, participaram ainda outras duas equipas portuguesas: a equipa Rover K (Ponte de Lima) classificou-se em 3.º lugar, arrecadando ainda o “Best Trailer Team Award”, e a equipa Limitless 4x4 (Fátima) venceu o “Best Track Team Award”. Nos dois primeiros lugares absolutos, ficaram duas equipas australianas, os Wombat Warriors e os Runners Up. O evento tem lugar todos os anos em Coventry, cidade sede da marca Jaguar Land Rover, principal sponsor da iniciativa.

novo posto de transformação para melhoria do serviço ESCAPÃES Para melhoria da qualidade de serviço e redução de algumas assimetrias existentes na rede de distribuição de eletricidade do concelho de Santa Maria da Feira, a EDP Distribuição construiu e ligou à rede um novo Posto de Transformação (PT) na freguesia de Escapães. Esta obra, além da construção de um novo PT localizado no lugar da Ganja, também contemplou a montagem de um troço de linha de Média Tensão (MT) e outros dois de Baixa Tensão (BT) com a extensão de 0,7 e de 1,2 km, respectivamente. Garantir a continuidade do serviço e melhorar os actuais níveis de tensão serão os principais benefícios destas intervenções cujo custo global ascendeu a cerca de 30 mil euros.

sessão “prestar contas aos portugueses” FEIRA O Secretariado Nacional em colaboração com a Federação de Aveiro do Partido Socialista promove, hoje, às 21h00, uma sessão de esclarecimento que conta com a presença da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, na Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira.

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dois homens detidos por sUspeita de roUbo A GNR deteve dois homens, de 31 e 34 anos, em Santa Maria da Feira, por suspeita de roubos com um punhal em estabelecimentos em Vila Nova de Gaia. Um dos suspeitos ficou em prisão preventiva e o outro com apresentações diárias no posto policial da área de residência. Segundo a GNR, os roubos seriam feitos com um punhal e, enquanto 10

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um deles vigiava as lojas, o outro entrava, só quando lá estavam mulheres, ameaçava e coagia-as a entregar-lhe dinheiro. Os militares do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Gaia realizaram duas buscas domiciliárias e uma não domiciliária, nas quais apreenderam diverso material utilizado na realização dos crimes e uma arma branca (punhal). www.correiodafeira.pt

FEIRA O Núcleo da JSD da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo realizou mais uma edição do Fórum da Juventude, este ano dedicado ao sector cultural, na vertente de criação de riqueza e geração de emprego. O evento teve lugar na passada sexta-feira no Salão Nobre do Orfeão da Feira com a presença de Carlos Martins, antigo vereador da Cultura da Câmara Municipal, João Aidos, Director-Geral das Artes entre 2010 e 2011, e Gil Ferreira, vereador da Câmara Municipal.


Obras já avançaram na Zona Industrial do Roligo

“A JUNTA TRABALHA ONDE AS ANTERIORES NUNCA METERAM PREGO” Fernando Leão, presidente da União de Freguesias da Feira, Travanca, Espargo e Sanfins, enumera as intervenções projectadas mas está ciente dos custos elevados provocados em parte pela limitação de recursos humanos. Marcelo Brito

ESPARGO A Zona Industrial do Roligo, em Espargo, vai ser alvo de uma requalificação numa obra conjunta entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. O presidente da UF da Feira, Travanca, Espargo e Sanfins, Fernando Leão, mostra-se ambicioso e convicto das obras projectadas, mas sempre ciente dos elevados custos, em parte provocados pela falta de recursos humanos. “Esta Junta trabalha onde as anteriores nunca meteram prego. Só no nosso mandato é que a ZI do Roligo começou a sofrer alterações”, aponta, deixando claro que as todas as obras “vão naturalmente ficar concluídas”. Relativamente às intervenções projectadas, Fernando Leão clarifica que “as estradas vão ser todas arranjadas, simultaneamente com os passeios”. Com o objectivo de asfaltar toda a ZI, o presidente da Junta vê na “falta de dinheiro” o principal entrave. “Queríamos tirar todo o paralelo, mas é uma área tão grande que não há dinheiro. Seria uma fortuna e, além disso, o paralelo dura mais 100 anos, desde que haja manutenção”, afirma, garantindo que o actual piso vai ser requalificado, mas por fases. “É uma zona que felizmente tem muito emprego, logo as obras têm que ser feitas com cuidado para não perturbar o dia-a-dia das empresas. Têm que ser realizadas por fases e com calma. Melhoramos uma faixa de rodagem e de seguida a outra para não causar transtorno às pessoas que lá trabalham e vivem”, afirma.

Limpeza, iluminação e estacionamento

O desleixo, no que toca à limpeza das estradas, de que a ZI do Roligo foi e é alvo incomoda trabalhadores e moradores. Fernando Leão refere que existe uma razão para a acumulação de lixo temporária. “Quando a Junta vai limpar, tem que limpar ao sábado porque não consegue fazer limpeza durante a semana”, devido à agitada movimentação durante os dias úteis. “Os carros estão estacionados e é impossível limpar. Para o fazer tínhamos que interditar uma rua inteira e não podemos fazê-lo”, explica. A limpeza até poderia ser feita mas há ainda outra limitação: o número de funcionários da Junta. “Neste momento, a Junta tem nove funcionários e eu não posso destacá-los porque tenho mais três freguesias para gerir. Não existe moldura humana suficiente”,

adianta. Assim, a Junta é obrigada a requisitar serviços de brigadas de limpeza especializadas, algo que não se enquadra no orçamento existente. “Ao encargo da Junta, existem 72 mil metros para limpar dentro dos quais oito escolas, e damos prioridade às crianças”, avança, antes de garantir que, “com muito esforço financeiro”, nas próximas semanas, “uma brigada de 12 elementos irá actuar em Espargo”. “Estamos a falar de valores a rondar os dois e três mil euros e a Junta não tem orçamento que aguente isso para sempre”, afirma. Fernando Leão revela ainda outra limitação: o facto de não poder pagar horas extraordinárias aos funcionários da Junta, estipulado por lei. “É ridículo, mas é verdade. O que podíamos fazer por 300 euros, fica por 2000”, sublinha. O que também vai sofrer alterações é a (pouca) iluminação da ZI de Espargo. “Queremos e vamos acender todos os postes, mas isso é entre a Câmara Municipal e a EDP”, revela Fernando Leão. Relativamente aos poucos espaços destinados ao estacionamento, o autarca informa que “nesta fase não está prevista qualquer actuação”, mas revela uma estratégia que poderia ser adoptada não fossem as complicações jurídicas que envolve a alteração obrigatória do alvará de loteamento, algo que compete à Câmara realizar. “Podíamos retirar cerca de dois metros aos jardins envolventes aos armazéns que albergam empresas, como a BMW, e fazer um estacionamento longitudinal, acrescido de um passeio, algo que não existe e é necessário”, opina, esclarecendo que só não avança com esta acção pois “a Junta tem que respeitar o que foi acordado”.

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“Vamos ter uma Zona Industrial com dignidade”

Além das alterações mencionadas, Fernando Leão garantiu que arranjar-se-ão, “por fases”, as valas das estradas em frente ao edifício Lércio Pinto; os passeios envolventes à EDP, “impróprios para consumo”; todos os problemas no piso da Zona Industrial serão reestruturados, de forma a melhorar a circulação de carros e peões; serão plantadas árvores, mas de pequeno porte e a pintura de uma faixa amarela que proíbe o estacionamento indevido nas curvas dos passeios. “Posso garantir que vamos ter uma Zona Industrial com dignidade”, prometeu Fernando Leão.

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Fim do contrato de associação do Colégio de Lamas

Juntas recorrem à Justiça para travar medida do Governo Os autarcas de Santa Maria de Lamas, Mozelos e Nogueira da Regedoura decidiram, em conjunto, avançar com uma acção popular contra os cortes nos contratos associação das escolas privadas, que afeta o Colégio de Santa Maria de Lamas. O processo está em andamento e os presidentes esperam, assim, travar a aplicação da medida do Governo e defender os interesses da comunidade no que diz respeito à continuidade do projeto educativo que envolve 2100 alunos do Concelho. “A Junta de Freguesia acompanhou o crescimento do colégio. Lamas também cresceu à sombra da instituição”, refere Óscar Neves, que vai mais longe ao afirmar que a “a freguesia vai sofrer um retrocesso com este golpe”. O autarca não tem dúvidas que este corte perpetrado pelo Ministério da Educação vai afectar o comércio local. O autarca de Mozelos também está contra a medida, pois a freguesia que representa “vai ser

uma das mais afectadas”, já que tem 474 alunos que frequentam a instituição de ensino. “Mozelos tem sido fustigada com o desemprego e vai haver famílias que vão ter de separar os seus filhos, uns vão estar em Lamas e os outros não se sabe...”, sublinhou José Carlos da Silva, que tem estado em contacto com vários encarregados de educação e revela que estes se sentem “perdidos” e “injustiçados”. Nogueira da Regedoura é outra das freguesias visadas, por isso Rui Rios não esconde as suas preocupações: “Não há rede de transportes para as crianças frequentarem as escolas sugeridas pelo ministério (Espinho ou Grijó). Quem toma uma decisão destas mostra ignorância sobre a região”, afirmou. O presidente da Junta aproveita para fazer um convite aos governantes “para visitarem o Concelho” e conhecerem a realidade. Os autarcas prometem lutar “até ao fim” pelo colégio.

Termas com ofertas especiais

termalFit&Form para desFrutar do verão CALDAS DE S. JORGE A pensar na época de Verão, as Termas S. Jorge desenham programas e condições para os diferentes públicos que procuram saúde e bem-estar. As férias convidam a uma pausa do ritmo de trabalho e o termalismo poderá ser “uma alternativa para retemperar forças, carregar energias e relaxar”. Como novidade, a tabela de preços não sofre oscilações neste período, que habitualmente era afecto à chamada “época alta”, resultando numa vantagem para os residentes que habitualmente aguardam pelo Outono para virem às termas. A pensar nos turistas, que se deslocam a Santa Maria da Feira para realizarem a sua terapêutica termal, foi criada a facilidade de transfer gratuito entre as unidades de alojamento associadas e o balneário termal, bem como um desconto de 10% em tratamentos (mediante um n.º mínimo de dias). Para além dos programas terapêuticos, há o “Termalfit&form”, desenvolvido a pensar neste período do ano pois com a chegada do Verão a preocupação com a imagem e alimentação saudável ganham outra dimensão. O “Termalfit&form” avalia o estado físico e nutricional, orientando para um plano correcto de exercícios, que irá acompanhar a escalada dos seguintes passos: desintoxicar, drenar, reduzir e tonificar. O programa combina o benefício das águas sulfúreas com as técnicas termais, promovendo a estimulação do sistema venoso, 12

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o reforço muscular e a activação celular essencialmente a nível da pele.

Encontro científico dedicado ao termalismo Com o objectivo de aliar o conhecimento científico à experiência prática, as Termas e a Escola Superior de Enfermagem levaram a cabo algumas acções, tais como a organização conjunta de um encontro científico e a realização de visitas técnicas ao balneário, dirigidas a professores e alunos, deste estabelecimento de ensino. No encontro científico, que decorreu na passada quinta e sexta-feira, a temática escolhida teve enfoque directo no termalismo: “Promoção da Saúde e Bem-estar: uma abordagem multidisciplinar”, tendo como pretensão a sensibilização dos alunos para a importância da ciência da hidrologia médica, nas suas vertentes prevenção, reabilitação e promoção da saúde. A escolha da temática apresentou novas abordagens clínicas, dando a conhecer o potencial da aplicação das águas minerais naturais, as instalações, equipamentos e a diversidade da oferta termal. Aproveitando o encontro, foi também formalizada a assinatura de um protocolo de colaboração entre as entidades. www.correiodafeira.pt

rotary comemora 32 anos com muitos apoios atribuídos Em ambiente de festa, amizade e convívio, comemorou o Rotary Clube da Feira o 32.º aniversário e efectuou a tomada de posse do novo Conselho Director presidido por Filipe Leite de Sousa, tendo cessado o mandato Sérgio Vaz. O evento contou com cerca de 70 pessoas e várias intervenções, como a de Joel Reis, bolseiro patrocinado pelo clube e que foi distinguido pela Fundação Rotária Portuguesa como o melhor Bolseiro de Portugal, tendo terminado o curso de Medicina com 19.13 valores. Também Luis Roque da Casa Ozanam agradeceu o apoio do Rotary Clube da Feira de 5000€, referindo ter sido de grande importância para os utentes e, na mesma linha, Farias da Silva e Rocco di Benardo, respectivamente presidente da Direcção e Director da Cercifeira, enalteceram a organização pelo Rotary Clube da Feira do concerto de Miguel Araújo, tendo sido destinados à Cercifeira cerca de 1640€, estando o Rotary Clube da Feira a organizar um processo de Subsídio Distrital, que poderá quadruplicar este valor. Carlos Castanheira, do comando dos Bombeiros Voluntários de Lourosa agradeceu os 900€ atribuídos à corporação. João Emílio Almeida, em representação de António Vaz, Governador do Distrito Rotário 1970, entregou um certificado de Reconhecimento de Mérito ao Rotary Clube da Feira e Emídio Sousa, presidente da Câmara da Feira, elogiou o vasto trabalho do Rotary Clube da Feira.

Reunião com Secretária de Estado da Educação foi “positiva”

centro escolar da Feira vai avançar Com o objectivo de agilizar e acelerar o projecto de construção do novo Centro Escolar da Feira, a edificar nos terrenos da antiga EB 2,3 Fernando Pessoa, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira esteve reunido, em Lisboa, com a Secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão. Na ocasião, Emídio Sousa recebeu por parte da governante a garantia de que este projecto, que envolve a necessidade de uma permuta de terrenos, “é para avançar e rapidamente”, segundo a Secretária de Estado. Acompanhado da vereadora da Educação, Cristina Tenreiro, o presidente da Câmara defendeu junto de Alexandra Leitão a necessidade de apoios financeiros, a nível comunitário, para a rede escolar pública da Feira, tendo estado sobre a mesa da reunião os dossiers das escolas EB 2,3 de Fiães e EB 2,3 de Paços de Brandão. Durante a reunião, que durou mais de uma hora e decorreu no gabinete da governante, Emídio Sousa não deixou de debater a situação do Colégio de Lamas, inserindo-o na rede pública escolar de Santa Maria da Feira. “Sou um defensor da escola pública e só tenho elogios para a nossa rede escolar pública de Santa Maria da Feira”, salientou.

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LOUROSA Os Bombeiros Voluntários de Lourosa receberam, no passado sábado, a visita do Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.


“A Rua’Da Júnior” com 20 alunos

leão que é rei enche tuna MOZELOS O musical “O Leão que é Rei”, da autoria de José Américo Belinha, subiu ao palco da Tuna Musical Mozelense no passado sábado.

CULTURA

Aos 5 Anos vão estreAr-se nA viAgem medievAl “A Rua’Da Júnior” é o primeiro grupo de percussões do concelho de Santa Maria da Feira constituído exclusivamente por crianças e terá a sua estreia na 20.ª Viagem Medieval, que decorre de 27 de Julho a 7 de Agosto, em Santa Maria da Feira. Dinis Rocha, 5 anos feitos em Abril, é o elemento mais novo da escola, mas acompanha com o amigo Eurico Costa, apenas uma semana mais velho, o ritmo e a técnica dos 18 colegas. Para este petiz, que tem o mesmo nome do rei protagonista desta edição, a estreia nesta Viagem Medieval terá um significado especial. A escola de percussões “A Rua’Da Júnior”, criada em Maio de 2015, é um exemplo vivo do efeito mobilizador que a Viagem Medieval tem na comunidade local, em particular nas novas gerações. Victor Sismeiro, dirigente da associação Fórum Ambiente e Cidadania, de Mosteirô, é o responsável pelo projecto. Apresentou a proposta à direcção e implementou-a. É ele quem prepara as aulas e ensaia as crianças todas as sextas-feiras, das 18h30 às 19h30, na sede da associação. Ao todo, são 20 percussionistas de palmo e meio, entre os 5 e os 11 anos, que rapidamente assimilaram os ritmos tradicionais dos bombos e evidenciam, a cada ensaio

que passa, “uma grande evolução técnica”. “Esta escola de percussões é um efeito directo da Viagem Medieval. As crianças crescem a ver os grupos a actuar e a desfilar no evento e ficam apaixonadas”, refere Victor Sismeiro, que mobilizou esforços para dar resposta a um apelo da comunidade, lançado através do Fórum Social: ocupar as crianças de forma salutar e pedagógica e concretizar o seu gosto pela percussão, em particular pelos bombos. O projeto entusiasmou as crianças, oriundas de várias freguesias do Concelho e de municípios limítrofes, mas também os pais. Alguns deles acabaram por integrar o grupo sénior da “A Rua’Da”. A primeira apresentação pública do grupo júnior será na 20.ª Viagem Medieval na área temática infantil “Pequenos Guerreiros”. Pontualmente, as crianças acompanharão o grupo sénior nas suas atuações pelo recinto do evento. “É uma novidade no Concelho termos crianças que começaram a tocar bombo com apenas 4 anos e que, muito provavelmente, vão integrar o grupo sénior no futuro”, refere Victor Sismeiro, que elogia este projecto que nasceu do fascínio dos mais novos pela Viagem Medieval.

1.º FestivAl de stAnd up Comedy CANEDO O 1.º Festival Stand Up Comedy acontece esta quinta-feira, às 21h00, na Junta de Freguesia de Canedo. Uma iniciativa da Associação Desportiva e Cultural da Juventude de Canedo com o apoio

da Junta de Freguesia de Canedo, Vale e Vila Maior. Os convidados são dois feirenses com credenciais na área da Comédia: Joel Ricardo Santos e Carlos Lima. As pulseiras custam 2,5 euros.

livro “o António quer Bater-me” apresentado MILHEIRÓS DE POIARES Depois de “Voo da Joaninha”, Maria Antónia Azevedo lançou, no passado sábado, “O António quer bater-me”, mais um livro infantil com a chancela da Chiado Editora. A apresentação esteve a cargo de Carla Almeida na Biblioteca Escolar da Escola Básica 1 da Igreja, em Milheirós de Poiares.

“Bem-querer” de elizabeth leite na Biblioteca municipal

FEIRA Até 27 de agosto, a Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira tem patente a exposição de pintura “Bem-querer” de Elizabeth Leite, artista plástica que integrou o projeto PortuGart Exhibition 2016, em Londres. Na sala polivalente, a artista apresenta um registo técnico de cenas de um quotidiano onde habita gente normal, num realismo quase fantástico e imagens estilísticas aconchegadas pela cor, que convidam a descodificar e a questionar. “Corpos deselegantes, mesmo obesos, rostos sem graça, imperfeitos, defeituosos e igualmente defeituosos os corpos… iluminam-se milagrosamente tornando visível a felicidade da vida mais comum, mais vulgar, mais banal, aureolando as mais apagadas criaturas, fazendo-as luz para os nossos olhos e especialmente, para as nossas almas”, lê-se na sinopse da exposição. Elizabeth Leite nasceu na Venezuela em 1982, é licenciada em Pintura pela ARCA | EUAC e mestre em Comunicação Estética.

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31.º Aniversário Juventude de sAnguedo SANGUEDO A Juventude de Sanguedo comemorou 31 anos, no passado sábado, com um Jantar de Angariação de Fundos na Casa das Laceiras em Sandim. Este domingo, pelas 10h00,

há missa em sufrágio dos sócios falecidos e familiares na Igreja Paroquial de Sanguedo com a participação da Escola de Música e do Grupo Coral da JDS. www.correiodafeira.pt

S. JOÃO DE VER A exposição da escola de pintura da ACDL teve lugar, no primeiro fim-de-semana do mês, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de São João de Ver, realizada pelos alunos da escola. 11.JUL.2016

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All About DAnce reúne os mAiores vilões em pAlco FEIRA O novo espectáculo dos All About Dance, a ter lugar no Cineteatro António Lamoso, reúne os maiores vilões em palco. “O amor tem uma dupla personalidade, é herói e vilão, é alegria e dor, é esperança e ilusão. Por vezes basta um simples toque para a máscara ir ao chão, e sua verdadeira face se revelar. Os Vilões são figuras ardilosas e insanas que utilizam as suas habilidades com o objectivo de prejudicar o próximo e/ ou de conseguirem alcançar algo de forma pouco ortodoxa. Por outro lado, ser vilão nem sempre é querer o mal mas sim ter um pensamento diferente dos que acham estar a praticar o bem”, explica a companhia. Neste espectáculo, os vilões da ficção são apre-

sentados em peças curtas “repletas de energia, surpresa e diversão”, resultantes de uma mescla pludidisciplinar de várias linguagens, estéticas, formas e estilos de dança. Brutus, Cruela de Vil, Jaffar, Madrasta da Branca de Neve, Drácula, Darth Vader, Arlequina, Samara, Irmãos Metralha, Cisne Negro, Úrsula e Homem Sombra foram os doze vilões escolhidos para fazerem parte desta aventura. “No entanto uma dúvida persiste. Será que para cada vilão, existirá um herói?”, questionam os All About Dance. As sessões têm lugar nos próximos dias 23 de Julho, pelas 21h30, e 24 de Julho, às 16h30 e 21h30. Os bilhetes para a primeira plateia custam 8€, para a segunda plateia 9€ e para a tribuna 7€.

Musical jovem da Academia de Música de Vilar do Paraíso

“serei o melhor” recorDA FAme FEIRA “Serei o Melhor” é o próximo espectáculo a subir ao palco do Cineteatro António Lamoso. Um musical jovem com a participação de mais de 30 novos talentos que tem lugar este sábado. Inspirado no musical Fame, “Serei o Melhor” é um espetáculo sobre o sonho de se tornar um artista de relevância na área da música, do teatro e da dança. Ao longo da história, viajamos pela realidade de estudar numa escola de artes performativas, desde a candidatura

Xiv mostra de Artesanato exibe o melhor das tradições LOBÃO O Rancho de S. Tiago de Lobão levou a cabo, no passado fim-de-semana, a XIV Mostra de Artesanato, na sede do Rancho, com várias actuações, desde cantares ao desafio a arruada de bombos, tendo ainda lugar o XXXII Festival de Folclore Concelhio, aulas de aeróbica e Zumba e a passagem de prova BTT no recinto.

FreeDance promete “festa inesquecível”

aos mais elaborados percalços. Os desejos e ambições dos alunos seleccionados para frequentar a escola são confrontados com a dura realidade de que para vingar no meio artístico e alcançar a fama é necessário mais do que talento, é preciso muito trabalho e dedicação. O espectáculo, que contará com mais de 30 alunos dos três ciclos da Academia de Música de Vilar do Paraíso, terá duas sessões, uma às 17h00 e outra às 21h30.

LOBÃO O grupo FreeDance anuncia uma “festa inesquecível”, na sua página de Facebook, para o dia 3 de Setembro, na envolvente da Junta de Freguesia de Lobão. Muita música e dança são esperadas.

loJA DA viAgem meDievAl Já Abriu Instalada na Casa do Moinho, a Loja Oficial contém os produtos comemorativos das 20 edições da Viagem Medieval (pack prenda, moeda, bolsa Rufel, colar, magnéticos, t-shirts), bem como toda a restante linha de merchandising do evento, trajes medievais e pulseiras de acesso ao recinto. São

mais de 400 os produtos disponíveis, alguns em exclusivo, sendo apostas desta edição brincos, bolsas, trajes, canecas, colares, produtos em cortiça, magnéticos, moeda, canetas, lápis, paper toys do Rei D. Dinis e da Rainha D. Isabel e os tradicionais brinquedos com o selo do evento.

Jovens AutArcAs visitArAm A AssembleiA DA repúblicA A equipa do projecto Jovem Autarca de Santa Maria da Feira foi recebida pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, no decurso de uma visita dos jovens à casa da democracia, guiada pelo deputado e presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, Amadeu Albergaria. Os jovens autarcas encontraram-se ainda com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, e visitaram dois projectos de intervenção comunitária de referência: o CoWork Lisboa e o Lx Factory. Com esta visita à capital, promovida pela Câmara Municipal e Assembleia Municipal, pretendeu-se mostrar aos jovens autarcas novos espaços, conceitos e contextos onde se pratica a cidadania activa e promover o contacto com novas formas de trabalhar competências de comunicação, relações interpessoais e trabalho em equipa, relevantes para a construção 14

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de projectos de vida e de intervenção comunitária. A reunião com o responsável pelo CoWork Lisboa revelou-se enriquecedora em matéria de reforço de capacitação transversal para integração no mercado de trabalho. Foram ainda estabelecidas pontes para possíveis parcerias entre o Município de Santa Maria da Feira e o projecto. Na Assembleia da República, os jovens conheceram os espaços mais emblemáticos, numa visita guiada e contextualizada por Amadeu Albergaria. Ferro Rodrigues ficou a conhecer em detalhe o projecto pioneiro e, no final do encontro, felicitou a iniciativa e enfatizou a importância da sua disseminação noutros municípios do país. Apesar da agenda preenchida, os jovens autarcas ainda tiveram tempo para uma visita aos pontos turísticos de referência da capital. www.correiodafeira.pt

40 anos de escuteiros na Feira FEIRA O Agrupamento 640 - Santa Maria da Feira do Corpo Nacional de Escutas comemora 40 anos de existência. Compostos por 120 escuteiros, com idades entre os 6 e os 22 anos, “mantêm uma vivência positiva dos ideais de Baden Powell”. Do programa de comemorações constou um acampamento que decorreu na semana passada e, ontem, uma sessão solene com a presença do Chefe Nacional, Norberto Correia, e do Presidente do Comité Mundial da Organização Mundial do Movimento Escutista, João Armando Gonçalves.

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LOUROSA A via estruturante de Lourosa recebeu, no passado fim-de-semana, o Concurso e Festival de Estrelas.


CONHECER

O amOr é a palavra de Ordem nesta casa Nome Maria da Conceição Machado Alvim Ferraz Nascimento 17 de Fevereiro de 1947, Santa Maria da Feira Idade 69 anos Profissão Professora universitária

Nome José Miguel de Oliveira Macedo Ferraz Nascimento 2 de Dezembro de 1941, Soutelo Idade 75 anos Profissão Médico

Cúmplices há mais de 40 anos, Conceição Alvim e Miguel Ferraz são um dos casais mais conhecidos da sociedade feirense. Ela professora universitária, hoje líder da Comissão de Vigilância do Castelo, ele médico e provedor da Santa Casa da Misericórdia há mais de três décadas. São de palavra fácil, e sorriso também, e continuam atarefados e apaixonados pela vida e, claro, pela família que construíram. Texto Daniela Castro Soares Fotos Albino Santos

A casa de Conceição Alvim e Miguel Ferraz faz sombra a muitos museus. “Nota-se que gostamos de coisas que nos lembrem sítios e pessoas”, confessa o médico. São louças, jarros, quadros e as mais variadas peças de uma vida a colecionar memórias. “Nasci aqui e hoje é o nosso ninho”, afirma Conceição. Da infância, recorda com saudade o padrinho Trincão. “Uma

pessoa que me marcou muito. Acho que tenho um fascínio por homens com óculos com lentes de fundo de garrafa porque ele tinha uns óculos assim. Via muito mal, às vezes apanhávamo-lo a cumprimentar os casacos pendurados porque pensava que eram pessoas”, conta. Um “homem muito divertido” que “fazia rábulas e teatros por tudo quanto era motivo”. “Era adwww.correiodafeira.pt

vogado e conservador do registo civil e quando um juiz chegava ele já tinha uma versalhada preparada”, afirma. Naquele tempo, pouco havia do ponto de vista cultural, logo quando algo “fora do normal” acontecia, a festa era garantida. “A chegada dos circos era marcante. Instalavam-se em frente à casa do meu padrinho e passados dois dias estava toda a gente a comer em casa 11.JUL.2016

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dele. Lembro-me dele no palco e do meu pai ao lado a tocar guitarra”, recorda. Tempos em que se brincava e dançava com os amigos, mas também se aprendia piano. “Curiosamente, recordo-me mais da Academia de Música de Santa Maria da Feira do que da escola. E do Salão Nobre da Câmara, onde se faziam as audições, eram ocasiões muito especiais”, refere.

Avó cativou bichinho da Medicina

Miguel Ferraz nasceu e cresceu no Minho. Natural de Soutelo, Vila Verde, lembra com carinho, além dos pais e professores, a avó materna. “Era uma pessoa extraordinária. Interessava-se por cultura, literatura, era uma defensora acérrima da família e teve alguma influência no curso que escolhi porque tinha uma admiração muito grande pelos médicos e desejava que um dos netos seguisse esse caminho”, revela. Ensinou-lhe catequese, letras mas ensinou-lhe sobretudo sobre a vida. “Teve uma vida dura e mostrou-me como se ultrapassavam as dificuldades”, refere. Uma infância passada a jogar à bola no meio da rua. “Quando aparecia um carro, parávamos, deixávamos passar e depois retomávamos. Haviam poucos carros naquela altura”, diz Miguel Ferraz, que também gostava muito de andar de bicicleta naquela “aldeia do Minho remota”. Na escola, a História era a disciplina que mais o cativava. “Ainda hoje gosto”, confessa. Já Conceição sempre foi mais das Ciências Exactas. “Preferia a Matemática, a Química…”, afirma. Uma “vocação” que a fez seguir Engenharia Química, um curso que, já naquela altura, “ia tendo algumas mulheres”. “Éramos rainhas. Nunca senti qualquer tipo de discriminação. Às vezes, encontro alguns homens do meu tempo de faculdade e lembram-se bem de mim e eu não me lembro deles”, admite. Miguel Ferraz também chegou a ponderar engenharia. “Na altura, no 9.º ano, ainda hesitei entre medicina e engenharia”, diz. Conceição olha-o com espanto. “Não sabia disso. Não tinhas perfil para engenharia, tens mais perfil para médico”, contrapõe. Risos. E médico se tornou Miguel Ferraz que acredita ter a “humanização” necessária para a profissão. “Sentia um apelo forte para ajudar as pessoas”, refere. Mas não foi fácil chegar lá. “Foi muito duro. Se fizer as contas, até tirar a especialidade, foram 13 anos”, diz. Uma década a estudar sobretudo com rapazes. “Em Medicina, não havia muitas mulheres. Éramos 84 e só havia 13 raparigas”, afirma.

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Tudo começou com boa conversa

Foi nessa altura que os caminhos de Conceição Alvim e Miguel Ferraz se cruzaram. “Conhecemo-nos estava eu no 6.º ano de faculdade, vivia no Porto, numa casa com estudantes de vários cursos, e um deles era daqui de Santa Maria da Feira e convidou-me para a festa de anos da irmã em Souto”, conta Miguel. E esse dia, 31 de Março de 1968, ficará sempre marcado na memória do casal. “Lembro-me que não havia transportes, eu não tinha carro, então fui de comboio até Ovar e os meus amigos foram lá buscar-me”, diz. Um “primeiro encontro” recordado sobretudo pela “boa conversa”. Mas ainda demorou algum tempo até o namoro ser oficial. Conceição estava em Coimbra e passou cerca de um ano até voltarem a estar juntos. “Não tivemos um namoro muito formal, segundo aqueles cânones tradicionais”, diz Conceição Alvim. “As coisas foram acontecendo naturalmente”, acrescenta Miguel Ferraz. E o pedido de casamento? Olham um para um outro. “Nunca me deste um anel de noivado, estás a dever-me isso”, brinca Conceição. Não houve anel, mas houve cerimónia, “só com as pessoas mais chegadas”, na capela do Castelo, no dia 10 de Fevereiro de 1972. Uma “quinta-feira chuvosa” em que não faltaram peripécias. “O Miguel esqueceu-se dos sapatos para usar no dia do casamento”, diz Conceição Alvim. “Tiveram de me mandar os sapatos de camioneta”, acrescenta o marido. E já vão 44 anos. “Tem de se gostar, se não se gostar, não resiste”, diz Miguel Ferraz. É preciso “compromissos, cedências e paciência”. “É importante as pessoas serem amigas. Sem amizade, é impossível aguentar porque os atritos surgem e, não havendo uma amizade profunda, começam a valorizar-se os defeitos, e toda a gente tem defeitos”, frisa Conceição Alvim. Mas eles “entendem-se bem”. “Ainda ontem barafustei contigo”, brinca, falando para o marido. Mas é uma zanga “momentânea, sem significado”. “É importante que os casais se admirem. É fundamental a compreensão e o perdão”, concordam.

A doença que quase o levou

Ela professora na Faculdade de Engenharia do Porto, ele médico no Centro de Saúde da Feira, recebem a primeira filha 22 meses depois do casamento e a segunda filha 22 meses depois da primeira. “Não foi planeado”, garante Miguel Ferraz. Uma altura em que as licenças de parto duravam apenas um mês mas isso não afectava Conceição Alvim, que se manteve activa. “Na antevéspera de Natal, estivemos a acabar o presépio até à meia-noite e às 3h estava a ir com ela para o Porto”, conta o marido. Apesar de não ter “anca parideira”, os partos foram tranquilos. O mais difícil viria depois. “Eu não sou nada dada a depressões mas quando a Maria Pia nasceu, senti uma responsabilidade tão grande… Como se a vida fosse maior, pois tinha alguém para cuidar”, afirma. Uma depressão pósparto que não era comum na época. “Já passámos por problemas muito grandes mas aquela foi a única vez que me senti perturbada pela responsabilidade”, revela. As filhas foram “muito desejadas” e “aprofundaram os sentimentos”. Falar de Maria Pia e Catarina é falar de sorriso no rosto. Um sorriso de orgulho, sobretudo, por estarem sempre presentes, mesmo nos momentos difíceis. “São mais as atitudes do que as palavras

Uma das muitas viagens: Heidelberg (1986)

O amor ao piano que não se perde que nos dizem”, diz Miguel Ferraz, contando que enfrentou, há alguns anos, um cancro intestinal que quase lhe roubou a vida. “Nunca me deixaram sozinho”, refere. E como foi para um médico enfrentar um problema destes? “A reacção é igual à de qualquer outra pessoa: um murro no estômago”, responde. A única diferença é que um médico está “por dentro do estado em que está”. “É uma janela aberta”, afirma. “Mas tu conseguiste espreitar sempre pela janela, mesmo que ela estivesse apertada”, elogia Conceição, e aí reparamos nas lágrimas que se formam. “Estive lá com ele, no quarto, e não tinha condições, porque não era suposto estar ali, não tinha espaço para guardar as coisas. Mas eu só dei conta da falta de condições… no dia em que viemos embora”, recorda, acrescentando: “Não era importante”. Momentos em que “o mundo caiu sobre as suas cabeças”. “O médico, vendo que eu não estava a ficar aflita e pensando que eu não compreendia a dimensão da realidade, disse-me: “O seu marido está entre a vida e a morte”. Fiquei tão zangada. Respondi-lhe: “Mas ele não vai morrer”. E não morreu”, diz Conceição. “É preciso um conjunto de sortes: diagnóstico, tratamento… E a esperança, faz muito bem ter fé”, afirma Miguel, recordando que em quatro décadas a praticar medicina já viu “pessoas com fé que a perderam e sem fé que a ganharam”.

Religião, Santa Casa e Igreja da Misericórdia A religião é fulcral na vida do casal. “Sou católica e tenho uma fé esclarecida que me ajuda muito e será sempre a minha estrutura”, refere Conceição, adiantando que “muitas atitudes da sua vida se baseiam na fé”. Miguel partilha esta visão e por isso o convite

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para ser provedor da Santa Casa da Misericórdia da Feira tenha surgido naturalmente. “A determinada altura, houve necessidade de fazer eleições, devido ao falecimento de dois provedores, e foi-me feita uma abordagem. Assim como na minha profissão, também ali há uma vertente de humanismo, de praticar o bem”, afirma. E já são quase 40 anos à frente de uma das instituições mais importantes da cidade, composta pelo Lar S. Nicolau e pela Igreja da Misericórdia. “É a segunda mais antiga do distrito, foi criada há 411 anos, mas tem pouco património. Há Santas Casas mais recentes com mais património”, diz Miguel Ferraz. Hoje o Lar S. Nicolau tem três valências (lar, centro de dia e apoio domiciliário), mas demorou muito até ficar pronto. “Fomos fazendo a obra à medida que tínhamos dinheiro. Investimos cerca de 2,5ME. Sempre tivemos muito poucos donativos e tivemos de realizar várias iniciativas para angariar fundos”, refere. Só o Lar dá receitas à Santa Casa e por isso é “uma fonte de preocupação” e tem de ser gerido com muito “cuidado” e “ao cêntimo”. “Mas é saudável financeiramente e não devemos nada a ninguém”, garante. Mais uma “responsabilidade para acrescentar” à vida atarefada de Miguel Ferraz. Não menos atarefada é Conceição Alvim que, a somar aos artigos científicos publicados, tem sob a sua alçada o projecto de reabilitação da Igreja da Misericórdia. “Já submetemos a candidatura e vamos rezar para que seja aprovada. Se for, teremos um equipamento fantástico”, acredita. Dando sempre prioridade ao culto católico, a novidade está em “aproveitar os espaços envolventes para abrir a igreja à comunidade”. “Teremos um espaço museológico com peças valiosas, formação na área do turismo,


“É importante as pessoas serem amigas. Sem amizade, é impossível aguentar”

gastronomia e restauro e queremos integrar mais intensamente a Feira nos roteiros”, enumera. Uma ambição que já contou com uma “grande ajuda” da autarquia que investiu 65 mil euros no desenho dos projectos para a candidatura. “Vai gerar postos de trabalho e dar vida à igreja”, explica. Se não for concedido “tudo o que pediram”, começarão pelas obras “prioritárias”, pois “a Santa Casa não tem possibilidade de arranjar 1ME”. Os resultados são conhecidos no próximo dia 10 de Agosto. É aguardar “luz verde”.

Pioneira na Comissão de Vigilância do Castelo

Mas o currículo de Conceição Alvim continua a crescer. Em Abril, tornou-se a primeira mulher presidente da Comissão de Vigilância do Castelo. “Queremos dar um impulso ao Castelo para que possa expandir-se daquelas paredes”, afirma. Há sempre o “problema de gerar dinheiro”, será preciso “reduzir nas despesas”, mas o objectivo é promover acções, como a Loja do Castelo, onde as pessoas podem encontrar peças que dizem respeito àquele monumento, e que abrirá já durante a Viagem Medieval. “Vou pedir a artesãos para fazerem algumas figuras”,

diz. Ainda, uma candidatura em conjunto com a Câmara Municipal, que está a ser preparada para tornar visível o fosso que rodeia o Castelo (“poucos castelos têm”) e a estrutura arqueológica entre o Castelo e a Quinta do Castelo. E com uma agenda tão preenchida, há tempos livres? “Poucos”, confirmam. Mas quando podem, gostam de “viajar”. “Aquelas viagens de aventura, organizadas por nós, nunca fomos em viagens organizadas por agências”, refere Conceição Alvim. Já “conheceram muita coisa”. “As viagens e a leitura são uma riqueza que ninguém nos rouba”, afirma Miguel Ferraz. “Temos recordações óptimas, de estar no meio do mundo à espera de um autocarro que não sabíamos se chegava”, diz Conceição. Momentos e lugares que não se esquecem. “Três meses depois de ter sido operado, fomos à Lapónia (Finlândia). Eu ainda estava debilitado mas fomos em safaris na neve, até às quatro da manhã, com temperaturas de menos 30º, à espera de encontrar uma aurora boreal. Fazíamos o que nos vinha à cabeça”, conta. Falam “do branco da neve quase azul e do azul do céu quase branco” numa “beleza fantástica” que se encontra naquele lugar com “pouco tempo de luz” que fica muito próximo do Pólo Norte. No extremo oposto, lembram a Suécia e o solstício de Verão. “Fizemos a travessia Estocolmo-Helsínquia e, do barco, vimos o sol a pôr-se e o sol a aparecer, desenhando um “v” no céu, às quatro da manhã”, explica, atirando: “Somos uns velhos pouco convencionais”.

Os presépios do mundo

Na sequência das viagens, e querendo preservar as boas memórias, começa a surgir uma colecção de presépios e mais uma paixão partilhada. Actualmente, são mais de 2200, e ocupam uma divisão

da casa: uns comprados, outros oferecidos, alguns encomendados e ainda um ou outro construído por Conceição Alvim ou pela mãe. “Sempre que vínhamos de viagem, lá vinha um presépio. Quando fomos ao México, havia muito artesanato, então tivemos de comprar uma mala para trazer todos os presépios”, refere Miguel Ferraz. Hoje a colecção está catalogada e inclui presépios de todos os tamanhos e feitios e muitos alusivos a Santa Maria da Feira. E espaço? “Vai-se arranjando, com dificuldade”, diz Conceição. O fascínio pelos presépios, e pelas culturas do mundo, levou ao lançamento de um livro, “Nós nos Presépios”, por Conceição Alvim. “Sou muito organizada. No catálogo, tínhamos o autor, a origem, o material e colocava um pouco da história. Mas depois comecei a contactar com os artesãos e a informação era tão rica, sobre a inculturação do nascimento de Cristo, que tive necessidade de torná-la pública”, esclarece. Era uma “lição de cultura, história, geografia, gastronomia”. “Por exemplo, as frutas que têm no país muitas vezes são as oferendas ao Menino. Há presépios que, no que toca aos animais, em vez da vaca e do burro têm focas e peixes. No México, o Menino está deitado numa rede porque as crianças

quando nascem vão para as redes e não para o berço”, enumera.

“As viagens e a leitura são uma riqueza que ninguém nos rouba”

CONCEIÇÃO Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez Suécia Água a correr numa fonte Doutor Jivago Verde Maracujá Nocturne In, Chopin Caras de bacalhau cozidas Ténis de Mesa Cão Piano

“O dia precisava de ter 36h”, diz Miguel Ferraz, para se fazer tudo o que se gostava de fazer. Há viagens que ficaram, como a Machu Picchu, e muito para alcançar mas o essencial é “ver os descendentes felizes” com “um futuro para agarrar”. “Hoje à noite [quartafeira] vêm ver o futebol connosc o . N ã o v ã o ve r c o m o s a m i g o s porque dizem que dá sorte ver aqui. São estes momentos que, esperamos, os façam recordar de nós”, afirmam, cada palavra, um olhar encontrado, são cúmplices da vida. MIGUEL

Um Livro Uma Viagem Um Som Um Filme Uma Cor Um Cheiro Uma Música Um Prato Um Desporto Um Animal Um Objecto

Servidão Humana, Somerset Maugham Lapónia Neve a cair Exodus Azul Cravo 5.ª Sinfonia de Beethoven Sarrabulho à moda do Minho Hóquei em patins Cão Estetoscópio

RESPOSTA RÁPIDA O que o/a motiva? Conceição Alvim (CA) Viver feliz. Miguel Ferraz (MF) Viver a vida todos os dias.

por vezes o cansaço.

O que o/a preocupa? CA O futuro dos meus descendentes. MF A pobreza global.

Quais os seus vícios? CA/MF Não temos vícios.

Naqueles dias em que tudo parece correr mal, qual é o seu refúgio? CA/MF Estar em casa é a terapêutica. O que mais gosta de fazer? CA Chegar ao fim das tarefas e sentar no sofá. MF Principalmente no Inverno à beira do fogão. O que menos gosta de fazer? CA Repetir o que fiz porque outras pessoas estragaram. MF Não gosto de coisas mal feitas. Se pudesse mudar uma coisa em si, o que mudava? CA Quando me irrito, irrito-me muito, gostaria de me irritar menos, ser mais racional nesse sentido. MF Não me acontece muito, mas

Não sai de casa sem… CA/MF Nos cumprimentarmos.

O que para si é insuportável? CA Injustiça. MF Mentira. A sua palavra favorita é… CA Miguel. MF A palavra mais importante numa família é amor.

Presépio com a Igreja da Misericórdia e o Castelo

Qual a figura da história com que mais se identifica? CA Nelson Mandela, um homem excelente. MF Infante D. Henrique, um visionário.

perfeito? CA Chegar ao fim do dia e não haver qualquer amargo de boca. MF Chegar ao fim do dia e não haver qualquer ponto negativo.

Quem são os seus heróis da vida real? CA O meu herói é o Miguel. MF E ela a minha heroína.

Que conselho lhe deram que nunca esqueceu? CA Dizer sempre a verdade e não falar do que não convém. MF Respeito e consideração pelos outros.

Que qualidade mais aprecia numa pessoa? CA Sobriedade. MF Honestidade. Como é para si um dia

Se pudesse voltar atrás, a que ano regressaria? CA 1974, o ano do 25 de Abril. MF Regressava à década de 60, quando surgiu a grande música,

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Beatles, Rolling Stones, e houve momentos de transformação. O seu lema de vida é… CA Estar feliz e fazer os outros felizes. MF Trabalhar, lutar e amar. O que é urgente o mundo perceber? CA Nós somos importantes mas os outros também são importantes. Se as pessoas percebessem isto, resolveria muita coisa. MF A sociedade, se fosse menos materialista, haveriam menos conflitos. 11.JUL.2016

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ECONOMIA

Amorim desenvolve tecnologiA pArA AumentAr quAlidAde do vinho A Corticeira Amorim desenvolveu uma tecnologia que vai “revolucionar” a qualidade do vinho. “NDTech é uma tecnologia de ponta que introduz pela primeira vez uma triagem individual nas linhas de produção das rolhas de cortiça, baseada em cromatografia gasosa, uma das análises químicas mais sofisticadas do mundo”, adianta a empresa. Tradicionalmente, cada análise de cromatografia gasosa demora cerca de 14 minutos, mas com este desenvolvimento – em parceria com uma empresa internacional especializada – a Corticeira Amorim “conseguiu reduzir o tempo da análise para cerca de 20 segundos, viabilizando a sua integração numa escala industrial”. Como resultado, passou a disponibilizar no mercado “rolhas de cortiça natural com garantia de TCA não detectável” que garantem “um controlo sensorial irrepreensível”. De acordo com o grupo, a tecnologia NDTech assegura “uma precisão incrível”, sendo capaz de detectar “qualquer rolha de cortiça que apresente mais de 0,5 nanogramas/litro (partes por trilião) de TCA, removendo-a automaticamente da linha de produção”. “Este nível de precisão

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Prémios Inovação na Construção 2016

Amorim Revestimentos distinguida Três empresas do distrito de Aveiro foram distinguidas na 3.ª Edição dos Prémios “Inovação na Construção 2016, somando quatro troféus conquistados entre as três áreas existentes: Empresas, Equipamentos e Produtos. Entre elas, a Amorim Revestimentos que arrecadou um galardão na área de Produtos, com o modelo Hydrocork, referente à categoria de Pavimentos. A iniciativa organizada pelo Jornal Construir, em parceria com o Projectista. pt e a Revista Anteprojectos, reuniu em Lisboa 400 profissionais de Arquitectura, Engenharia e Construção, distinguindo a excelência e inovação dos projectos apresentados ao sector.

edv tAlKs esclarece sobre acesso aos fundos comunitários

Bni reuniu umA centenA de empresários ESPARGO Os Directores Executivos da região BNI Aveiro, Hugo Mendes e Susana Mendes, organizaram, no passado dia 2 de Julho, um jantar de Gala para homenagear os empresários do BNI no distrito de Aveiro. Estiveram presentes 140 pessoas e foram entregues prémios aos empresários que mais oportunidades de negócio passaram aos seus colegas do grupo e ao empresário que mais negócio deu a ganhar aos seus colegas. O homem da noite foi Alexandre Pinto, construtor da Empresa Contralex, que deu a ganhar, aos seus colegas do grupo de Santa Maria da Feira, nos últimos 12 meses, 389.424€. A filosofia chama-se “Givers Gain”, ou seja, “se eu der negócio aos meus colegas empresários eles vão querer dar-me negócio a mim e sem qualquer comissão em troca”, explica a organização da BNI. Uma cerimónia no Europarque que

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numa escala industrial é surpreendente, tendo em conta que o limiar de detecção de 0,5 nanogramas/litro pode ser o equivalente a uma gota de água em 800 piscinas olímpicas”. A nova tecnologia será inicialmente aplicada à gama de rolhas naturais premium da corticeira que são utilizadas “por algumas das marcas de vinho mais importantes do mundo”. “O desenvolvimento de NDTech é o culminar de um conjunto de medidas que visam um controlo sensorial irrepreensível da rolha de cortiça natural”, diz a empresa. A “aposta contínua” no reforço da qualidade das rolhas de cortiça tem sido “determinante” na consolidação da liderança na indústria e no aumento, nos últimos cinco anos, das vendas de 3 mil milhões de rolhas para um número recorde de 4,2 mil milhões em 2015. Um crescimento que “resulta, em parte, de uma maior percepção generalizada das vantagens técnicas e de sustentabilidade da rolha de cortiça, assim como da capacidade que esta tem de aportar valor ao vinho. A NDTech permitiu tornar melhor aquele que já é o melhor vedante para vinho”, afirmam.

contou com a presença do humorista Paulo Baldaia e do cantor Lean Cruz e foi revelado que o objectivo para a região BNI Aveiro é que cada grupo de 30 empresários consiga três milhões de euros em negócios para as suas empresas todos os anos. O BNI – Business Networking International é “a maior organização de “Networking” profissional de negócios e referenciação do mundo”. Está representado em 72 países, totalizando mais de 8000 grupos em que 180 mil empresários partilham esta ferramenta de Marketing Pessoal. Em Portugal, são mais de 2200 Empresários, que com o BNI “contribuem para o crescimento da economia portuguesa, com mais de 105 milhões de euros negociados entre os empresários nos últimos 12 meses”. A região BNI Aveiro conta com três Grupos BNI em pleno funcionamento, sendo o de Santa Maria da Feira o “BNI Titular”, e mais 10 grupos que se estão a formar. www.correiodafeira.pt

Numa altura em que os fundos comunitários são vistos como complexos, escassos e tardios, o Entre-Douro-e-Vouga toma a iniciativa de promover conversas com os responsáveis técnicos e políticos, procurando uma maior compreensão dos instrumentos postos à disposição do território para o seu desenvolvimento integrado. Na sequência das apresentações já realizadas sobre as temáticas da Sustentabilidade e Emprego, o EntreDouro-e-Vouga realiza três sessões consecutivas, em que são apresentados os restantes dois programas operacionais nacionais que mobilizam um significativo conjunto de instrumentos de apoio à reabilitação e revitalização dos centros urbanos. Este objectivo é fundamental para a criação de condições de contexto favoráveis, designadamente no que concerne à fixação de recursos humanos na envolvente desta região. A primeira sessão aconteceu na passada sexta-feira no Europarque.

nahja conquista Alemanha Daniela Sá apresentou a Najha, no final de Junho, na Alemanha no Ethical Fashion Show. A vasta gama da marca estava disponível e “um dos pontos altos da participação” foi com “um dos outfits [coordenados] mais procurados... a camisa de manga curta com a bota de cano alto”, conta Daniela Sá, em comunicado. Conseguiu “sentir-se a Magia que Najha levou” até aos palcos onde foi “bastante acarinhada”.


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Publinformação

A PODOLOGIA NAS CRIANÇAS: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO POSTURAL

SAÚDE

O Podologista, no âmbito das ciências da saúde, é o profissional responsável pela saúde dos pés. Dos mais novos aos mais idosos, contribui na resolução dos vários problemas que afectam a região, mas também, em inúmeros casos, na prevenção do aparecimento de outros tantos problemas que afectam outras regiões do corpo, particularmente alterações posturais.

“De pequenino se alinha o pezinho’’ O acompanhamento da evolução postural da criança, por parte do podologista, ao longo da idade pediátrica, revela-se de extrema importância. Em podologia, o tratamento postural é efectuado a partir do pé com recurso a palmilhas confeccionadas à medida. Este tipo de

tratamento tem como objectivo alinhar a estrutura do pé de forma a que os restantes segmentos do corpo não sejam influenciados negativamente pela posição incorreta de contacto do pé com o solo. Este tratamento tem capacidade corretiva em idade pediátrica, sendo por isso muito importante uma avaliação podológica estrutural e funcional às crianças, normalmente a partir dos 3 anos de idade.

A forma mais adequada Com as pernas alinhadas com o tronco:

A Podologia, para além da sua vertente de tratamento postural na criança, apresenta como principais áreas de intervenção a podologia desportiva, a consulta de pé diabético, a reprogramação postural e a dermatologia podológica. Autor: A equipa de Podologia Walk’in

Já reparou na forma como se senta o seu filho?! FormasIncorrectas Em ‘’W’’

Em ‘’X’’

Ambas as formas apresentadas revelamse incorretas na medida que influenciam negativamente a posição das ancas. Esse estímulo negativo persistindo ao longo do tempo poderá desencadear alterações estruturais na região que irão, provavelmente, condicionar a postura da criança em idade adulta.

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culinária

Creme Diplomata Renata Monteiro Sabe aquele bolo maravilhoso que fez antes de ontem mas que agora já não parece tão apetitoso? Pois é, reciclar é a palavra de ordem! Mas veja bem, estamos falando de um bolo com dois ou três dias somente. Reciclar, e não ressuscitar ok?! E o melhor de tudo é o fato dele receber uma “cara nova”, talvez mais requintada do que a sua forma original. Pois bem, essa é uma daquelas receitas que deveria ser sussurrado ao pé do ouvido. Sim, é uma receita secreta que pode transformar um bolinho esquecido um sofisticado doce chamado Creme Diplomata. Fique tranquilo, os seus convidados nunca saberão que a maravilhosa e charmosa sobremesa que oferece nasceu de um resto de um bolo rejeitado e desdenhado. Será o nosso segredo!

Ingredientes para 4 porções: 200 g de bolo piado aos cubos 2 ovos 2 gemas 150 g de açúcar 1 laranja suco e raspas 500 ml de leite 20 g de manteiga 1 maçã picada aos cubos Passas Canela Ingredientes para o chantilly: 100 ml de creme de leite fresco 1 colher de chá de sumo de limão 4 colheres de sopa de açúcar

Modo de preparo:

• Untar 4 recipientes com manteiga (utilizei vidros de geleia); • Nm recipiente juntar os ovos, as gemas e o açúcar e misturar bem. • Adicionar a este preparado o sumo, as raspas de laranja e o leite. Misturar até que fique homogénea e reservar;

• Pré aquecer o forno a 180°C. • Encher 2/3 dos recipientes com os cubos de bolo, maçã picada e passas; • Verter o praparado de ovos e leite em cada recipiente (não ultrapassar 2/3 pois no forno este creme ganhará volume); • Colocar os vidros de doce em uma forma retangular e encher de água até atingir a altura

do doce; • Levar ao forno por 40 minutos apoximadamente. • Bater o creme de leite com o sumo de limão e açúcar até obter uma consistência de chantilly (cuide para não bater em excesso). • Após os doces estarem completamente frios, cobrir com chantilly, canela e fatias de maçã. Publicidade

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SENSAÇÕES SEM FRONTEIRAS

SEYCHELLES ALGURES ENTRE ÁFRICA E O PARAÍSO Texto de Marco C. Pereira Fotos de Marco C. Pereira e Sara Wong

A mais pequena das nações africanas mede uns meros 455 km2. E, no entanto, as suas ilhas luxuriantes e graníticas perdidas um pouco abaixo do equador, no oeste de um oceano Índico que as banha a azul-turquesa, formam um dos recreios tropicais mais sedutores à face da Terra. Pouco tempo após aterrarmos no aeroporto de Mahé, a ilha principal do arquipélago, a mensagem de que a capital Vitoria – baptizada em nome da monarca britânica – era ínfima, uma das cidades mais diminutas do mundo, foi-nos transmitida uma série de vezes. E, se à primeira vista assim parece, Vitoria não tarda a revelar-se mais complexa do que se podia pensar. Um fascinante conglomerado histórico e étnico de como o arquipélago que preside passou pelos séculos. A capital acolhe 25.300 habitantes, um terço da população da nação. Por norma, o trânsito de hora de ponta demora uns meros 10 minutos a desfazer-se. Vitoria não preenche todos os critérios de um verdadeiro refúgio tropical mas, ainda assim, guarda os seus encantos. Na azáfama e nas cores do mercado, nos jardins botânicos, na mão cheia de edifícios coloniais alternados com outros modernos e com centros comerciais que dela fazem o principal foco político e económico das Seychelles. A ilha em redor, Mahé, é a maior e mais desenvolvida do arquipélago, com 90% da sua população. Dela se projectampicos graníticos de que se destaca Morne Seychellois (905m), o mais imponente. No sopé de alguns deles, em baías arredondadas, o oceano Índico desfazse numa palete de verdes e azuis que se repete, com as devidas variantes, em tantas outras ilhas e ilhéus do Parque Nacional Marinho Sante Anne, ao largo e que são facilmente

visitáveis a partir da capital. Alguns dos melhores resorts do mundo não demoraram a responder ao apelo e instalaramse junto a estas baías privilegiadas. Foi o caso do elegante Constance Ephelia que optou pela costa oposta a Vitoria e aproveitou a proximidade do cenário deslumbrante do parque marinho PortLaunay. Praslin, a segunda maior ilha das Seychelles fica a uns meros 45 km para nordeste de Mahé. Pode parecer irónico, mas não é raro ouvir-se seus habitantes justificarem a mudança de Mahé, porque preferiram deixar para trás a vida mais stressante que levavam nailha-mãe. Praslin é pequena (12km por 5km) mas tranquilizante e encantadora. Habitam-na umas meras 5500 almas anfitriãs acostumadas a partilhar com os forasteiros algumas das das melhores praias do mundo, casos de AnseLazio, de AnseVolbertou GrandAnse, qualquer uma delas com a sua dose de areia coralífera de pó de talco, mar turquesa e rochedos graníticos que o cair do sol sobre o horizonte vai rosando. Em Praslin, se por acaso os litorais imaculados começarem a fartar, o coração frondoso da ilha prova-se uma alternativa à altura. Esta ilha abriga a reserva natural Vallée de Mai, listada pela UNESCO como Património Mundial e um dos dois únicos lugares à face da Terra onde se podem avistar, no seu estado natural, as raras palmeiras do coco-do-mar, a maior

semente do mundo que, durante séculos, alimentou mitos e imaginários afrodisíacos entre os marinheiros e nas cortes de diversos reinos. A terceira das ilhas incontornáveis das Seychelles é a ainda mais pequena La Digue. La Digue dista apenas 5km da Baia de Ste Anne de Praslin. É o pequeno éden tropical perfeito por excelência, com mar de jade a banhar baías aninhadas contra enormes rochedos graníticos, por sua vez ajustados aos caprichos de uma selva que, na costa leste virada ao grande Índico pode ser tão húmida quanto densa. Bem menos urbanizada e explorada pelo turismo que Mahé e Pralin, La Digue revela-se um refúgio ainda mais acolhedor, onde praticamente não circulam carros convencionais, em vez deles, inúmeras bicicletas e um ou outro carrinho de golf ou até de bois. Em La Digue, como na ilha “secundária” Curieuse ao largo de Praslin, podem encontrar-se as famosas tartarugas gigantes das Seychelles que o ex-presidente Mário Soares popularizou em Portugal quando foram divulgadas imagens suas a cavalo de um espécime durante uma visita de 1995, realizada a convite do chefe de estado de então, France Albert René. Para mais informações sobre o destino ou para organizar a sua viagem, consulte o Operador Quadrante. www.quadranteviagens.pt

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Armandino Silva deixa P. Brandão

Pousadela vai disputar a II Distrital

Lumas Futsal reforça-se

Diogo Santos no campeonato do mundo

Após 24 anos de ligação ao clube, o histórico dirigente brandoense deixa o Paços de Brandão.

Clube de Nogueira da Regedoura deixa o Inatel e passa para os Distritais de Aveiro.

Formação lamacense contratou cinco novos elementos e espera mais dois com objectivo de chegar à fase de subida.

Atleta do Feira-Viva veste as cores da selecção nacional no Campeonato do Mundo de Síndrome de Down.

Futebol

II Distrital

Futsal

Natação Adaptada

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pág. 30

Foto: CD Feirense

Alampasu Peçanha Ivo Carvalho Ícaro

Luís Rocha Paulo Monteiro

Barge Micael Freire

Vítor Bruno

Cris Semedo Ricardo Dias

Rúben Oliveira Tiago Jogo Luís Aurélio

Fabinho Vieirinha João Tavares

Etebo David

Platiny Lane

ENTRADAS Clube

Nome Tiago Jogo

Farense (regresso)

Peçanha

Viitorul

Vítor Bruno

Cluj

Luís Aurélio

Nacional

Luís Rocha

A BOLA JÁ ROLA NO FEIRENSE

Freamunde

Paulo Monteiro

União da Madeira

Ricardo Dias

Belenenses (emp.)

SAÍDAS Clube

Nome Makaridze

O Feirense regressou aos trabalhos, com vista à preparação da próxima época, na semana passada. Estágio de pré-temporada arranca hoje, em Seia. Seguiram viagem 24 jogadores.

Moreirense

Luís Ribeiro

Estoril

Alex Kakuba

Estoril (regressa)

Vasco Rocha

P. Ferreira (regressa)

Alí Meza

D. Táchira (regressa)

Kukula

Marítimo (regressa)

João Vieira

Moreirense (regressa)

Kizito

Rio Ave (regressa)

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt I LIGA Está dado o ‘tiro de partida’ do Clube Desportivo Feirense versão 2016/17. De regresso ao escalão máximo do futebol nacional, os ‘fogaceiros’ regressaram aos trabalhos, na segunda-feira (4 de Julho), com a realização dos habituais exames médicos, executados no Centro Médico da Praça. No dia seguinte, o plantel às ordens do técnico José Mota realizou dois aprontos, ambos no Complexo Desportivo Feirense. Na sessão da tarde a bola rolou pela primeira vez. A semana ficou igualmente marcada por novidades no que à constituição do plantel diz respeito. Os principais destaques vão para as renovações do central Ícaro e do avançado Platiny (segundo melhor marcador da II Liga) por mais uma temporada e para a contratação de Ricardo dias (ex-Belenenses). Os dois brasileiros

foram peças fulcrais na caminhada rumo à subida e estarão novamente às ordens de José Mota na próxima época. Quanto a Ricardo Dias ingressa no emblema de ‘castelo ao peito’ por empréstimo da formação de Belém. Na sua carreira o médio defensivo de 25 anos, natural de Aveiro, representou ainda o FC Porto (conquistou uma Taça de Portugal com idade de júnior) e o Beira-Mar (entre outros), tendo várias passagens pelas selecções nacionais mais jovens (vice-campeão do Mundo Sub-20, em 2011). Em sentido contrário, os defesas Rena, Pedro Santos e Nandinho não fazem parte dos planos de José Mota para a próxima época e vão ser emprestados. O lateral-direito Rena deverá ingressar no Cesarense, do Campeonato de Portugal. O destino dos outros dois jovens formados em

Foto: CD Feirense

DESPORTO

Luís Machado

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Santa Maria da Feira é, para já, ainda desconhecido.

DÚVIDAS

Arranca hoje o estágio em Seia

Diogo, Hélder Castro, Porcellis,

O Feirense parte hoje, pelas 09h00, em viagem para Seia onde vai realizar o estágio de pré-temporada. Durante a permanência na Serra da Estrela, os comandados de José Mota têm previsto dois aprontos. O primeiro, logo na quarta-feira (13 de Julho), frente ao AC. Viseu, pelas 17h00, e o segundo no derradeiro dia de estágio (sábado) contra o Tourizense, às 10h00, ambos no Estádio Municipal de Seia. Na comitiva que segue viagem, destaque para a presença de Peter Etebo (regressou da Nigéria no final da semana anterior, mas só treinará até ao dia 24 de Julho, antes de ingressar na selecção da Nigéria que irá participar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro) e dos (ex.-) juniores Lane, David, João Tavares e Ivo. Para esta semana de trabalho ‘fora de portas’, o técnico do Feirense terá ao seu dispor os seguintes 24 atletas: Dele Alampasu, Peçanha, Ícaro Silva, Paulo Monteiro, Sérgio Barge, Vítor Bruno, Carvalho, Micael Freire, Luís Rocha, Rúben Oliveira, Vieirinha, Fabinho, Tiago Jogo, Luís Aurélio, Ricardo Dias, Sérgio Semedo, Cris, Luís Machado, Platiny, Peter Etebo, Lane (ex-júnior), David (ex-júnior), João Tavares (júnior) e ainda o jovem guardaredes Ivo, chamado a integrar os trabalhos da equipa principal.

Entradas: Victor Rangel (América) Saídas: Mika, Serginho, Nuno Magique, Emma

EMPRÉSTIMOS Clube

Nome Rena

Cesarense

Pedro Santos

-

Nandinho

-

CALENDÁRIO PRÉ-ÉPOCA 11-17/07: Estágio | Seia 13/07: AC Viseu x CD Feirense | 10h00 | Seia 16/07: CD Feirense x Tourizense | 10h00 | Seia 20/07: AC Coimbra x CD Feirense | 18h00 | Coimbra 22 /07: CD Feirense x SP Gijon | 18h30 | Arcos de Valdevez 27 /07: CD Feirense x Penafiel FC | 17h00 | Santa Maria da Feira 30 /07: Jogo realizado em Santa Maria da Feira | Adversário e horário ainda por definir 03/08: CD Feirense x Cesarense | horário a definir | Cesar 06/08: Jogo de Apresentação – CD Feirense x Dep. Coruña | 20h00 | Estádio Marcolino Castro

EQUIPA TÉCNICA

Treinador: José Mota Treinador adjunto: Paulo Sousa Treinador adjunto: Nuno Manta Treinador de Guarda-Redes: Paulo Santos

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Entrevista com Miguel Oliveira, treinador do Lusitânia Lourosa

“A subidA é um objectivo Assumido do LourosA” O treinador Miguel Oliveira proporcionou uma das transferências mais ‘quentes’ do defeso do distrital de Aveiro ao trocar o Fiães pelo ‘vizinho’ e rival Lusitânia de Lourosa. Sem fugir às razões da saída de Fiães, Miguel Oliveira fala sobre o futuro e garante que o objectivo para a próxima temporada é colocar o Lourosa a jogar futebol ofensivo e de regresso aos nacionais.

ENTREVISTA

Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

O que o fez mudar de Fiães para Lourosa, dois clubes ‘vizinhos’ e rivais? Como surgiu o convite do Lusitânia Lourosa? Foi tudo muito rápido. É verdade que eu já me considerava treinador no Fiães para a nova época porque já tinha ocorrido uma abordagem do anterior presidente, Lino Moreira. Mas depois ele demitiu-se e transmitiu-me que o que estava planeado deixava de fazer sentido. O clube iria entrar em eleições e não se sabia qual seria a nova estrutura directiva. Disseram-me que o melhor seria eu tratar do meu futuro porque o que estava projectado já não estava em ‘cima da mesa’. Nesse momento fiquei sem clube, procurei saber se haveria clubes interessados e surgiu o Lourosa. Depois foi tudo muito rápido, nem hesitei em aceitar a proposta do Lourosa porque já era um clube que me interessava, que eu considero um grande do distrital de Aveiro. Qualquer treinador ambiciona treinar o Lourosa e eu não fugo à regra. Da região é dos clubes que envolve mais massa adepta, com excelente estrutura e que dá gozo treinar, sem menosprezar qualquer outro clube por onde passei, mas o Lourosa é um grande e que ambiciona subir. Quando chegou ao Fiães falou-se que o objectivo era subir o que não veio a acontecer. Sente que ficou algo por fazer em Fiães? Não. Quando fui para o Fiães era para subir aos nacionais. Eu revi-me no projecto. O Fiães tinha acabado de criar um sintético, tinha boas condições e senti que estava a crescer. Na primeira época, o projecto passava pela estabilidade, apostar na formação [subiram sete atletas da formação], crescer e no segundo ano apostar um pouco mais. Assim foi. Eu considero a época passada do Fiães de sucesso. Nós, equipa técnica, internamente propusemo-nos a colocar o Fiães nos nacionais e até ao final da 1.ª volta estávamos a um ou dois pontos do 1.º lugar [Águeda]. Jogávamos bom futebol, ganhávamos às equipas da frente da tabela, mas sentíamos que faltava um pouco mais. Faltava reforçar um sector ou outro como fizeram todas as outras equipas. Falei com a direcção sobre essa necessidade e, se o tivéssemos conseguido, tenho a certeza que poderíamos subir ou, pelo menos, lutar até ao fim pela subida. No entanto, o Fiães fez o esforço que podia fazer, mas não conseguiu reforçar a equipa em Dezembro, não pôde ir mais além. Das equipas que estavam nos primeiros lugares, fomos os únicos que não nos reforçamos. Depois apareceram algumas lesões, desgaste físico e mental e o plantel começou a ficar curto. Faltou-nos alguns argumentos para disputar com o Águeda e o Espinho que ficaram

ainda mais fortes na 2.ª volta. Mas em termos de competência e trabalho executado pela equipa técnica, jogadores e mesmo da direcção, que fez um excelente trabalho mesmo não podendo ir além das suas capacidades financeiras, nada pode ser apontado. Por todas estas razões (classificação alcançada e motivos da saída), espera ser bem recebido pelo fianenses num futuro confronto? A minha saída de Fiães tomou proporções que eu não estava minimamente à espera. Ganhei grandes amizades em Fiães (adeptos, dirigentes e jogadores). Foi pena a saída, que não foi provocada por mim. Não tinha a noção da dimensão da rivalidade entre o Fiães e o Lourosa. Surgiu o convite do Lourosa e eu não pensei em rivalidades. Pensei que era um excelente projecto para mim e não olhei para trás. Só depois é que me apercebi que em Fiães não se importavam que eu saísse para qualquer clube, menos para o Lourosa. Deixou-lhes uma grande mágoa e acredito que algumas pessoas possam estar magoadas, mas penso que isso vai ser ultrapassado. Eu vou fazer o meu trabalho no Lourosa e espero ser bem recebido em Fiães, até porque, no fundo, eu acredito que as pessoas perceberam a minha saída e vão compreender. Que primeiras impressões tira do Lusitânia Lourosa? Excelentes. É realmente um clube grande. É verdade que, em termos directivos, só tenho estado directamente em contacto com o presidente [Julião Paulo Ferreira] e com mais dois directores, mas noto uma grande facilidade de diálogo. Pelo que vi, reconheço competência, que o Lourosa está a trabalhar bem, percebesse que tem uma estrutura directiva bem organizada. São boas as primeiras impressões. Já me reconheço nesta forma de trabalhar e espero que dê frutos. Quais as principais diferenças entre o Lourosa e o Fiães? Sem entrar em comparações, porque não o devo fazer, foi excelente o trabalho realizado em Fiães. Foi um trabalho incansável por parte dos dirigentes do Fiães, designadamente do presidente Lino Moreira. Um presidente excelente, sempre disponível, a quem reconheço muita competência e desejo os maiores sucessos, pessoais e desportivos. Em Fiães fizeram tudo o que podiam e dou-lhes os parabéns. Relativamente ao Lourosa, estou agora a começar a perceber o trabalho que está a ser realizado e

Percurso desportivo de Miguel Oliveira Miguel Oliveira começou a treinar bem cedo, chegando a treinador principal do Cucujães aos 27 anos (depois de dois anos como adjunto), numa dupla técnica em conjunto com José Manuel Barros. Para trás ficou uma carreira de futebolista com formação na Sanjoanense e que terminou aos 25 anos, por causa de uma lesão, precisamente no Cucujães. Do Cucujães, Miguel Oliveira ingressou em Bustelo, novamente para adjunto e durante duas épocas. Aos 29 anos assumiu o lugar de treinador principal do Bustelo durante três épocas e conquistou a subida à CNS (actual Campeonato de Portugal). Seguiram-se duas épocas no Fiães, com um sexto lugar na primeira e um terceiro na seguinte. Em 2016/17 começará a aventura no ‘vizinho’ e rival Lusitânia de Lourosa. estou, igualmente, agradado. Reconheço que o Lourosa também está muito bem ‘equipado’ em termos directivos. É inevitável não falar na subida num clube como o Lourosa. Num campeonato que se adivinha muito competitivo e que conta com outros clubes históricos a subida é o único objectivo? Para esta época, o Lourosa assenta em três princípios: contínua aposta na formação, já o ano passado o trabalho desempenhado pelo ex-treinador, Frederico Oliveira, foi muito meritório neste campo; alguma contenção orçamental, tal como noutros clubes e o Lourosa não vai fugir à regra; e naturalmente o Lourosa, como histórico que é, que esteve na última década mais vezes nos nacionais que nos distritais, que tem a massa adepta que tem, a estrutura directiva e infra-estruturas que tem é um clube que tem necessariamente de lutar pela subida. As duas primeiras premissas podem tornar o caminho para esse objectivo mais difícil, mas vamos lutar pela subida. A subida é um objectivo assumido. O Lourosa é um candidato natural. Mas sabemos que é um caminho muito complicado. Aconteceram muitas saídas importantes no plantel, mas vamos tentar juntar uma equipa forte, misturada de juventude e experiência. É difícil com estas condicionantes subir, mas ainda vai dar mais gozo se o conseguirmos e eu estou

Miguel Oliveira Bruno Miguel Santos Oliveira Naturalidade: S. João Madeira. Data de Nascimento 23/01/1980 (36 anos) Clubes: Cucujães, Bustelo, Fiães e Lusitânia Lourosa. 24

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Miguel Oliveira quer um Lourosa focado na baliza contrária www.correiodafeira.pt


convencido que nós vamos conseguir, até porque reconheço qualidade e competência na formação. Qual é a ideia de jogo que o Miguel Oliveira quer implementar em Lourosa? Idêntica à de Fiães com uma defesa muito forte e uma dupla atacante? O plantel está a ser formado com uma ideia de jogo bem definida, mas é lógico que preciso de conhecer melhor os jogadores do Lourosa que transitam da época passado. Preciso de perceber se eles conseguem fazer determinadas posições ou não. Só com a pré-época é que possa tirar todas as ilações. Mas é verdade que eu tenho uma preferência por um modelo de jogo que assenta num sistema táctico de 4-4-2, quer seja em losango ou mais clássico. Tenho preferência por ter dois homens mais mexidos na frente, é assim que eu tenho trabalhado. Contudo, eu não sou daqueles treinadores que diz que não altera a forma de trabalhar e que os outros é que têm de se adaptar a mim. Se eu sentir que a equipa pode tirar mais rendimento em 4-3-3, não tenho qualquer problema em mudar. Mas é verdade que penso conseguir tirar mais rentabilidade em 4-4-2 pela dinâmica que dá à equipa. A meio da pré-época já saberei como vamos jogar. Independentemente do sistema táctico que adoptar, que dinâmicas pretende incutir? O adepto lourosense que é muito exigente vai moldar o estilo de jogo que preconiza? Não. O treinador não pode mudar o seu modelo de jogo em função do que os adeptos idealizam. Tenho de ser eu a definir a minha maneira de pensar e se ela não trouxer resultados ou se as pessoas não ficarem agradadas com essa forma de pensar ou com o meu modelo de jogo então terão de arranjar outro treinador que vá de encontro a essas ideias. Não vou alterar a minha ideia em função dos adeptos. E o meu modelo de jogo assenta numa equipa que tente comandar o jogo, na posse de bola, que

“A minha saída de Fiães tomou proporções que eu não estava minimamente à espera. Acredito que algumas pessoas possam estar magoadas.” tenha uma mentalidade ofensiva e não num futebol directo, de transição ou defensivo. No entanto, o campeonato é que me vai dizer se vou ter plantel para jogar dessa forma. A minha ideia é ter um Lourosa autoritário e com mais bola. Eu sei que muitos adeptos querem é ver a bola rapidamente na área do adversário, mas “depressa e bem há pouco quem” e eu não me revejo nessa forma de jogar. Que tipo de liderança prefere? Revejo-me no tipo de treinador que consegue ser líder de forma natural, sem ser demasiado autoritário com os jogadores. Espero que os jogadores fiquem rendidos à minha maneira de pensar e jogar, mas que também percebam que há regras, momentos para trabalhar e outros para descontrair. Também há uma coisa que não abdico: gosto de uma equipa com regras, que respeite o adversário, responsável, disciplinada, mas ambiciosa. O Lourosa já garantiu seis reforços (Nuno, Chaves, Sousa e Ginho, exFiães, Inverno, ex-Bustelo, e Eduardo, ex-Paivense). Pretende mais reforços? O plantel não está fechado. Pretendemos um defesa central (só temos três e precisamos de quatro), um lateral direito (para concorrer, eventualmente, com o

“O Lourosa vai assentar em três princípios: aposta contínua na formação; contenção orçamental; e naturalmente, como histórico que é, lutar pela subida.” Max e até Eduardo que podem também jogar no meio-campo) e um médio ala que possa abrir o jogo, mas, ao mesmo tempo, possa fazer jogo interior. São as três posições que estão mais deficitárias. Nas últimas épocas, o Lourosa tem sofrido alguns problemas no sector central da defesa com lesões e castigos. Pretende um ‘reforço de peso’ para a posição? Reconheço que os centrais que o Lourosa tem, neste momento, são excelentes e que dão garantias para fazer uma grande época. No entanto, só temos três e precisámos de mais um. O que trazem de mais-valia os reforços já garantidos? São essencialmente jogadores experientes, que eu conheço bem e que têm qualidades humanas, ou seja, podem-me dar um bom balneário. O Nuno é guardaredes muito experiente, o Chaves é um médio defensivo que me dá a agressividade que eu preciso no meio-campo, o Ginho e o Sousa são dois avançados que conheço muito bem e se complementam, o Inverno também já tinha trabalhado com ele, em Bustelo, e garante sempre muitos golos e o Eduardo que é um jogador todo-terreno, já tem alguma idade, mas pode fazer várias posições.

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Já afirmou que a aposta na formação é para continuar. Tem ideia de quantos ex-juniores vão integrar o plantel sénior na próxima temporada? Pelo estudo que já fizemos, penso que existem três ou quatro ex-juniores que poderão encaixar neste plantel, mas só a pré-época é que vai dizer se realmente estão aptos ou não para o fazer. O próximo campeonato da I Distrital de Aveiro contará com vários históricos. Vão estar muitos holofotes virados para a prova. O que espera da competição? Ainda numa recente conversa com um empresário falei disso. Há muitos atletas a preferir jogar na Distrital de Aveiro do que noutra distrital (como o Porto, por exemplo) ou até no Campeonato de Portugal porque a visibilidade é muito grande, especialmente através da AFATV. Depois o campeonato está tão interessante, com equipas com uma história enorme. Vai ser um campeonato muito competitivo e equilibrado. Falar em candidatos é até perigoso. Reconheço que o Espinho se destaca pelo que fez na época anterior (ficou a um pequeno passo da subida) e porque mantém praticamente todo o plantel, mas depois há, pelo menos, mais sete candidatos (Lourosa, Fiães, Beira-Mar, Alvarenga, S. João de Ver, U. Lamas e Bustelo). E ainda é preciso contar com o Alba, Oliveira do Bairro e até Avanca que se está a reforçar bem com atletas vindos da distrital do Porto. Como vai ser composta a equipa técnica do Lourosa? O Miguel Cereja é o treinador-adjunto e está a trabalhar comigo desde os tempos do Bustelo. Depois temos o João Silva (Juca) que é preparador físico. Já o conhecia, mas é a primeira vez que trabalha comigo. Há ainda o Zé Miguel que será o treinador de guarda-redes. Estava a trabalhar na Escola de guardaredes Josef Fischer. Finalmente, o Tiago Costa que já estava no Lourosa e fará a parte da observação. 11.JUL.2016

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TELMO CUNHA É O NOVO DIRECTOR-DESPORTIVO DO FIÃES

União da Mata termina no pódio

Marcelo Brito

futebol

I DISTRITAL Paulo Lima tomará, apenas nesta segundafeira, posse como presidente do Fiães, mas o clube já anunciou Telmo Cunha como o novo director-desportivo. Assim, Telmo Cunha irá trabalhar com o futebol sénior e coordenar simultaneamente o futebol de 11 da formação do clube. Conta no currículo com passagens pela Escola da Academia ‘Os Panterinhas’ do Boavista; foi administrador desportivo da Escola AC Milan em Portugal; coordenador do Clube de Futebol Formação da Madeira; supervisor departamental de observação do FC Porto e, mais recentemente, foi team-manager do Olhanense. Com a sua chegada, Paulo Lima traz consigo um novo

paradigma para o clube e pretende já na próxima temporada a criação de uma equipa ‘B’. Esta será constituída maioritariamente por atletas fianenses que já estavam no clube ou que já passaram por Fiães. O Fiães anunciou também a chegada aos quadros do clube da professora Mara Vieira, com o objectivo de coordenar o futebol de 7 e o feminino. Mara Vieira é ainda seleccionadora de futebol feminino da AF Porto. Paulo Santos é o homem escolhido para orientar os Juvenis A. Com o nível três de treinador, Paulo Santos conta com passagens pelo Candal, União de Lamas e Vitória de Guimarães ‘B’. Em Fiães, vai simultaneamente orientar a equipa de Benjamins A1 – nascidos em 2006.

II DISTRITAL Depois de 24 anos a servir o Paços de Brandão, Armandino Silva anunciou a sua saída da direcção do clube. Com passagens como jogador dos brandoenses de 1972 a 1974, Armandino Silva integrou os órgãos sociais do clube no ano de 1989. Anunciou, através de um comunicado, a sua saída. “É o fim de um ciclo de dedicação e ligação ao clube, cumprindo a promessa que fiz ao nosso presidente, Januário Monteiro, que só sairia com as contas do clube regularizadas”, lê-se num comunicado recheado de lembranças do antigo dirigente.

Assembleia Geral marcada para sexta-feira

O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Paços de Brandão, João Brito, convocou um Sessão Ordinária para a próxima sexta-feira, pelas 21 horas nas instalações do clube. Será discutida a

EQUIPA TREINADOR

Lourosa

MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS PERMANÊNCIAS ENTRADAS

O GDJ Pedroso sagrou-se Campeão

SAÍDAS

AGENDA

Rui; Vítor Sá, Viditos, Bruno, Max, Moisés, Jó, Fernando, António, Ivo Oliveira, Andrezinho, Pedro Silva.

Nuno, Chaves, Sousa e Ginho (Fiães), Inverno (Bustelo), Eduardo (Paivense), Afonso, Tomaz, Drula, Rocha e Edu (Juniores).

João Pinto (Estarreja), Joel, Hugo, Djibril (estrangeiro), Correia (Esmoriz), Marco Sá, Nélson, Penantes (Gondomar).

Início dos trabalhos a 8 de Agosto.

Fabiano, Samu, Magalhães, Neves, Bruno Tiago, Jaiminho, Dani, Tiaguinho, Nélson Diogo, Joel.

Jonny Mota (Argoncilhe) e Nuno Gomes (Leverense); Mário Pereira (Cesarense), Seminha (Espinho), Xavi (U. Lamas), Dani (Esmoriz), Diogo Barbosa, Edu, Gonçalo Pereira, Luís Filipe, Loris (Juniores).

Nuno, Chaves, Sousa e Ginho (Lusitânia Lourosa), Bino (S. João ver).

Início dos Trabalhos a 8 de Agosto.

Magolo, Yorn, Manu, Leo, Cardoso, Martini.

Saúl (U. Lamas); Bruno Costa (Sanjoanense); Vitinha e Ricardo Gomes (U. Lamas), João Pedro, Luís Belo, Machadinho (Estarreja), Bino (Fiães), Pedro Sá (Paços Brandão), Marco Ribeiro (Tirsense), Igor, Rui Lima, Samu e Fonseca (Juniores).

Pedro Justo e Tiago Ribeiro (U. Lamas).

Início dos Trabalhos a 6 de Agosto.

Hélio Malta, Kiko; Marcelo, Ameriquinho, Joel, João Marques, Toninho, Luís, Américo, Bruno Faria, Tintim, Fábio Raul.

Pedro Justo e Tiago Ribeiro (S. João Ver), Leandro (Gafanha), Óscar Beirão (Oliveiro do Douro), Manu (Cesarense), Flecha (Paivense), Mauro, Paulinho e Tiago Melo (Juniores).

Saúl (S. João de Ver); Xavier (Milheiroense), Fábio Queirós, Vitinha, Xavi e Ricardo Gomes (S. João de Ver), Pena, Mamadou.

Início dos trabalhos a 8 de Agosto.

Rui; Cerqueira, Pedro Nuno, André, Serginho, Marcelo, Martins, Maia, Jekas, Joãozinho, Zé António, João Luís, Pedro Sousa.

Xavier (U. Lamas), Barbosa e Miguel (Carregosense), Bruno (juniores).

Roscoff (Sanjoanense); Chinês (Macieirense), Churra (terminou a carreira), Telmo (Cucujães), Sandro.

Torneio de Milheirós (03/09) com o Romariz e Arrifanense. Jogo de apresentação frente ao rio Ave (data a definir).

Cristiano; Huguito, Julinho, Leitinho, Cadete, Abel.

Marcelo (Rio Meão).

Ricardo Maia

F. U. L.

Luís Miguel Martins

Milheiroense

Helder Pinho

Romariz José Borges

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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17.

Resultados - Última Jornada Canários BFC 0 1 Laborim BFC U. C. Cruzeiro 2 3 Sanguedo CVPT F. C. Padrão 1 3 F. C. Cadinha Ases FC 6 4 STOP FC Aguiar de Sousa 3 6 F. C. JotaEme Real C. Recarei 1 0 GD Fajões M. Móveis 1 1 União da Mata ADR Quintas 2 3 GDJ Pedroso Folgou Cabomonte Classificação P J V E D GM - GS GDJ Pedroso 73 32 22 7 3 108 - 26 Ases FC 68 32 20 8 4 94 - 45 União da Mata 68 32 20 8 4 77 - 34 Real C. Recarei 65 32 20 5 7 74 - 38 F. C. JotaEme 56 32 16 8 8 65 - 36 M. Móveis 53 32 13 14 5 77 - 38 Laborim BFC 53 32 17 2 13 81 - 53 STOP F.C. 48 32 14 6 12 47 - 44 ADR Quintas 45 31 12 9 10 62 - 51 GD Fajões 43 32 11 10 11 51 - 50 Canários BFC 37 32 11 4 17 50 - 59 F. C. Cadinha 37 32 10 7 15 36 - 57 U. C. Cruzeiro 31 32 9 4 19 35 - 69 Sanguedo CVPT 29 31 8 5 18 47 - 65 Aguiar de Sousa 25 32 6 7 19 45 - 107 Cabomonte 15 32 4 3 25 28 - 111 F. C. Padrão 11 32 2 5 25 32 - 126

Adolfo Teixeira

S. João de Ver

União de Lamas

aprovação do relatório de actividades e contas da direcção cessante e a eleição para os órgãos sociais do clube para 2016/17. Refira-se que o Paços de Brandão e a Associação Musical Oleirense irão homenagear, através de uma missa de primeiro aniversário lutuoso (terça-feira, 26 de Julho), o antigo presidente dos brandoenses, Januário Monteiro, na Capela Nossa Senhora da Saúde, em S. Paio de Oleiros.

LIGA DE FUTEBOL POPULAR DO MUNICÍPIO DE OVAR

Miguel Oliveira

Fiães

C.

Foto: Smarteam

Armandino Silva deixa Paços de Brandão

FUTEBOL POPULAR Terminou a Liga de Futebol Popular do Município de Ovar, depois de concluída a jornada em atraso. Conquistada pela Juventus de Pedroso, o melhor clube concelhio em prova foi o estreante União da Mata, que conseguiu um prestigioso pódio. No sentido contrário, o último posto da Liga Popular, ficou atribuído aos concelhios, FC Padrão. Recordamos que o JotaEme conquistou a Taça Cidade de Esmoriz.

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Início dos trabalhos a 8 de Agosto.


Pousadela ‘cansa-se’ do Inatel e ruma aos dIstrItaIs É um desejo de décadas, agora cumprido. O Centro Popular de Trabalhadores de Pousadela vai abandonar o campeonato Inatel, disputando já em 2016/2017, a segunda divisão distrital da Associação de Futebol de Aveiro. Integrado na Série A, o objectivo do clube de Nogueira da Regedoura é “pôr a bicicleta a andar”. Marcelo Brito

II DISTRITAL O clube de futebol do Centro Popular de Trabalhadores de Pousadela irá, em 2016/2017, disputar a Série A da segunda divisão distrital da AFAveiro, abandonando assim o campeonato amador Inatel, divisão onde vincaram ao longo dos anos, a sua forte e assídua presença. Esta foi uma decisão tomada no término da época transacta, levada a cabo pelo acumular de alguns factores. Entre eles está o descontentamento com a própria Fundação Inatel e a ambição antiga de disputar os campeonatos distritais. Fernando Campos, presidente do clube de Nogueira da Regedoura, propôs, em Assembleia Geral, a mudança de paradigma e os sócios deram sinal verde. O comando técnico da equipa nogueirense ficará ao encargo do avançado Dany Amorim, que assume assim dois papéis no clube: jogador e treinador. Para os menos atentos, Dany Amorim, conta um currículo de se ‘tirar o chapéu’. Com passagens marcantes por clubes como União de Lamas, Sanjoanense, Lourosa e Águeda onde conquistou por diversas vezes o título de melhor marcador, desde que abandonou o futebol federado, rumou ao CPT Pousadela, onde se tornou uma referência. A convite,

aceitou os dois cargos e já traçou os objectivos. “Esta época é para pôr a ‘bicicleta a andar’. Não seremos certamente os coitadinhos, até porque fazíamos jogos de treino com clubes da distrital e ganhávamos. Agora queremos ver como os atletas vão reagir a um nível de competitividade mais elevado e se as pessoas da terra se aproximam do clube”, conta a Correio da Feira. Apesar de ter as metas traçadas, Dany Amorim, também conhecido como ‘Klose de Aveiro’, assume que “os objectivos podem ser reformulados, mediante a prestação da equipa durante a época”. “Para já é entrar e competir”, afirma. O CPT Pousadela não encontrou grandes entraves à mudança para a Associação de Futebol de Aveiro. Tanto a nível burocrático como a nível de infraestruturas. Mas naturalmente que algumas obras serão feitas. “Temos condições que poucos terão melhor que nós, mas naturalmente que vamos ter que intervir em alguns aspectos”, conta Dany Amorim. Assim, serão construídas bilheteiras no Campo CPT Pousadela ou Campo Joaquim Maia, como também é conhecido. A colocação de um sintético também passa pelos objectivos, mas num futuro mais longínquo dos dirigentes do clube.

Dany Amorim, treinador-jogador do Pousadela

“Têm-me ligado todos os dias para virem para cá”

Apesar da mudança de paradigma, a direcção do clube definiu manter a base da equipa que em 2015/16 disputou o Inatel. “Cerca de 80% do plantel é o do ano passado. Temos quatro ou cinco reforços e outras tantas vagas por preencher. Têm-me ligado todos os dias para virem para cá”, revela Dany Amorim que mostra-se convencido que o plantel realizará uma boa época. A subida de patamar que o Pousadela está a dar envolve custos, mas desengane-se quem pensar que o clube de Nogueira da Regedoura abunda em dinheiro. “No Pousadela,

os jogadores jogam por amor à camisola, algo que não é muito diferente do que acontece actualmente com as outras equipas da distrital”, afirma o técnico Dany Amorim, que assumiu também a difícil tarefa de (re)estruturar um clube que não está habituado a estas andanças. O presidente Fernando Campos mantém-se à frente do clube e a acompanhar Dany Amorim, estarão os treinadores-adjuntos Zé Perâs e o ex-capitão de equipa na temporada transacta, Pedro Rocha. O trabalho específico de guarda-redes estará ao encargo de Rúben Nabiça. Já Raúl Amorim assume o cargo de director-geral do CPT Pousadela e Franklin e Nando preenchem as vagas do Departamento de Futebol.

Geração Rui Dolores segue pisadas

O Correio da Feira sabe que a Geração Rui Dolores tem também como objectivo criar uma equipa sénior para participar nos campeonatos distritais já na temporada que se avizinha. Ao contrário do Pousadela, a Geração Rui Dolores iniciará a sua equipa sénior do zero. Segundo fonte próxima do clube, a decisão só ainda não foi oficializada por questões de logística. Recordamos que a Geração Rui Dolores partilha o Campo de Futebol de Travanca com o…Travanca. A oficialização está presa apenas por alguns detalhes que, durante a corrente semana, serão resolvidos pelas direcções e AFA. A confirmar-se a presença da Geração Rui Dolores na II Divisão Distrital, juntamente com o Pousadela, a prova ganhará, pelo menos, mais duas equipas concelhias. Certa está, para já, a inscrição de uma equipa de futebol feminino da Geração Rui Dolores, em 2016/2017.

Campo de Futebol do Pousadela www.correiodafeira.pt

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futsal

UM LAMAS FUTSAL AMBICIOSO PARA A PRÓXIMA ÉPOCA Nélson Costa

II NACIONAL “O Lamas Futsal está a formar um plantel no sentido de chegar à fase de subida”. É com esta frase determinada que o técnico Luís Alves — vai para a terceira época consecutiva ao serviço dos lamacenses — define os objectivos do clube para a próxima época. Depois de nas duas épocas anteriores ter ficado muito perto desse objectivo, o Lamas Futsal pretende dar um salto na época que se avizinha e conta com cinco reforços, dois deles de ‘peso’: o regresso do ala/pivô Cereja (exFutsal Azeméis) e a contratação do ala Tito (ex-Boavista). De regresso está também o ala João Maio (ex-Boavista/Académica de Leça). Completam o lote de transferências o jovem guarda-redes Leonel Monteiro, que brilhou no Nacional de Sub-20 pelo Boavista; e o universal Zé Paulo (também conhecido por Zezinho), que transita do Barranha, formação que disputou a I Divisão Distrital da A.F. Porto conseguindo a subida. Da época passada mantêm-se o guarda-redes Nuno Couto, e os jogadores de campo Vítor

EQUIPA TREINADOR

Lourosa Feminino

Lamas Futsal

Amorim, Diogo Amorim e Keké. Os juniores Miguel (guarda-redes), Diogo Fonseca e Dani também vão fazer parte do plantel. O futuro do também ex-júnior Rafael será definido na pré-época podendo passar pela integração no plantel ou a cedência a outro clube. De saída do Lamas Futsal estão: João Paulo (passa a treinador dos guarda-redes), Hugo, Kanika, Alicante (Arsenal Parada) e Ricardo (Silvalde). O treinador Luís Alves ainda espera por mais duas caras novas para fechar o plantel. “Há duas vagas no plantel que estão a ser negociadas. Pretendemos um jogador de características defensivas (fixo) e um jogador rápido, forte no um para um, nas transições e com capacidade finalizadora”, explica o técnico.

MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS PERMANÊNCIAS ENTRADAS

Homenagens ao Lusitânia Lourosa Marcelo Brito

FEMININO A Associação de Futebol de Aveiro prestou, na passada terça-feira, uma homenagem à equipa do Lusitânia de Lourosa, recém-promovido ao principal escalão da modalidade, com a conquista do título de campeã distrital. Arménio Pinho, presidente da AFA, enfatizou “a época fantástica” das lusitanistas e mostrou-se convencido que as atletas “irão representar condignamente o distrito na primeira divisão”. O clube lusitanista também realizou, no sábado, um jantar de encerramento da época transacta, com a entrega da taça e faixas às atletas, no restaurante Violante, em Lourosa.

SAÍDAS

AGENDA

Renata Sona; Madalena Pereira, Juliana Rodrigues, Estela Conceição, Ticha, Diana Cruz, Sara Cruz, Patrícia Soares.

Andreia (Always Young).

Rita Líbano (abandonou o futsal), Erika (Rio Ave).

Início dos trabalhos a 1 de Setembro.

Nuno Couto; Vítor Amorim, Diogo Amorim, Keké.

Leonel Monteiro (Boavista Sub-20), Miguel (Juniores); Cereja (Futsal Azeméis), Tito (Boavista), Zé Paulo (Barranha), João Maio (Académica de Leça), Dani e Diogo Fonseca (Juniores).

Ricardo Leite (Silvalde), Kanika, Hugo, João Paulo, Alicante (Arsenal Parada).

Início dos trabalhos a 17 de Agosto.

João Cadete, Fábio; Paulo Russo, Moisés, Bubu, Maric, Miguel , Mix.

Nelson (ex-júnior); Pichel (ex-Silvalde), Cafu (ex-Granja), Mika (ex-júnior), Emídio (exjúnior), Tiago Dias (ex-júnior) e Pedro Pinho (ex-júnior).

Marco Pinheiro.

Pedro Castro (sem clube), André Guedes (Juniores do futebol Feirense), Filipe Lemos (Modicus Sub-20), Paulo Magalhães (Lourosa).

Bruno Rodrigues (retirado), Bruno Gomes (Silvalde).

Início dos trabalhos a 5 de Setembro.

Marco Leite; Rui Rodrigues.

Tiago (Dínamo Sanjoanense).

Nando Costa (Saavedra Guedes), Tiago Pinho e Quirino (Dínamo Sanjoanense).

Início dos trabalhos a 5 de Setembro.

Zé Paulo Almeida

Luís Alves Diogo Santos, Ricardo e Artur.

Juv. Fiães

Juv. Canedo

Arrifanense

Joel Santos Emprego

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modalidades

Mini OliMpíadas COnCelhias pertO dO fiM Das 14 modalidades presentes no 41º aniversário das Mini Olimpíadas, faltam apenas realizar-se o Futsal e a Natação, ambos datados para dia 30. A modalidade que mais desiludiu foi o BTT, que não se realizou devido ao reduzido número de participantes. Organizadas pelo Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, as Mini Olimpíadas de Santa Maria da Feira continuam multidisciplinares. A ‘Modalidade Rainha’, o Atletismo, realizou-se durante o último fim-de-semana e juntou diversos participantes. As provas, distribuídas pelo sábado e domingo, realizaram-se no Estádio do Caldas de São Jorge Sport Clube. Disputouse o Salto em Comprimento, Lançamento do

Dardo, Lançamento do Peso e ainda provas de Barreiras, Velocidade e Estafetas. Muitos participantes também se juntaram na prova de danças. Estas decorreram no Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. Ao invés do que se previa, a prova de BTT, que deveria terse realizado no domingo, dia 10, foi cancelada devido ao reduzido número de inscrições. A prova realizar-se-ia junto às Piscinas Munici-

VítOr OliVeira VenCe COrrida Urbana ATLETISMO A terceira edição da Corrida Urbana Terras de Santa Maria voltou a juntar centenas de participantes, entre a corrida e a caminhada solidária. A prova que é já considerada o maior evento desportivo do distrito de Aveiro, foi vencida por Vítor Oliveira (Maia AC/CRIOBABY), cumprindo a prova em 32 minutos e 13 segundos. O ‘veterano’ Artur Rodrigues (G.D.C. Guilhovai) ficou na segunda posição e Vítor Santos (Individual) fechou o pódio. Entre as senhoras, Daniela Gregório (Individual) foi a primeira a cortar a meta. As ruas, avenidas e edifícios emble-

máticos da cidade de Santa Maria da Feira foram palco desta prova, que alia o desporto ao ar livre a uma forte componente cultural. A correr ou a caminhar, os participantes tiveram a oportunidade de passar pelo interior do Castelo da Feira, claustro do Convento dos Lóios, grutas da Quinta do Castelo, Mercado Municipal, Câmara Municipal, Academia de Música e estádio do Clube Desportivo Feirense, e percorrer ruas e avenidas do centro histórico, entre outros locais. Parte das receitas da Corrida Urbana Terras de Santa Maria reverteram a favor da Obra do Frei Gil – Lobão.

ac. feira vence torneio de veteranos HÓQUEI PATINS Realizou-se no passado sábado, no Pavilhão da Lavandeira, em Santa Maria da Feira, mais um Torneio de Veteranos do Clube Académico da Feira. A equipa do Académico da Feira/A foi a grande vencedora do Torneio superando a Académica de Coimbra, a Sanjoanense e a equipa B

dos feirenses. Resultados Ac. Feira/A – Académica de Coimbra 9-4, Ac. Feira/B – Sanjoanense 3-3, (4-5 em g.p.). 3/4.º lugar: Académica de Coimbra – Ac. Feira/B 2-1. Final: Ac. Feira/A – Sanjoanense 4-4 (7-5 em g.p.).

luís Oliveira vice-campeão nacional ATLETISMO O atleta Luís Oliveira, em representação do CD Feirense, ficou no segundo lugar dos 3000 metros no Campeonato Nacional

de Juniores de Atletismo, disputado em Viseu. Atleta tem ainda idade juvenil e é treinado por Carlos Silva. www.correiodafeira.pt

pais de Santa Maria da Feira. As Mini Olimpíadas juntaram, no seu 41º aniversário, as seguintes modalidades: Andebol, Atletismo, Badminton, Basquetebol, Boccia, BTT, Dança, Futebol, Mini-Voleibol, Ténis, Ténis de Mesa e Xadrez. Faltam ainda disputar-se, no dia 30 do presente mês, o Futsal (na Escola Básica António Alves Amorim, Lourosa) e a Natação (local ainda por definir).

aCrde conquista títulos distritais ATLETISMO A ACRDE esteve presente com cinco atletas no Campeonato Distrital de Infantis, em Aveiro, disputado no fim-d- semana de 2 e 3 de Julho. A equipa de Escapães conquistou sete títulos distritais, um dos quais o colectivo nos masculinos, com dois atletas infantis e dois benjamins. Os títulos individuais foram conquistados pelos atletas Hélder Almeida, que foi campeão distrital por quatro vezes (60 metros planos, salto em comprimento, salto em altura e nos 150m planos), Rafael Santos, atleta benjamim, que foi campeão distrital nos 60m barreiras e no lançamento de dardo e 3.º no salto em altura. Também com bons resultados estiveram presentes os seguintes atletas: Fábio Pereira, Marco Monteiro e Mariana Pinto. Extracompetição esteve a juvenil Barbara Pessoa nos 110m barreiras e no salto em comprimento. Os atletas foram acompanhados pela treinadora Joana Pessoa e pela atleta Fabiana Ferreira.

ACRDE no Campeonato Nacional de Juvenis

Simultaneamente ACRDE esteve presente no Campeonato Nacional de Juvenis, em Lagos, no Algarve, com três atletas em várias disciplinas. Os atletas, todos de 1.º ano de juvenis. Estiveram presentes em prova: Beatriz Santos no Heptatlo, onde fez recorde pessoal e conseguiu o brilhante 5.º lugar ao fim dos dois dias de competição e com vários recordes pessoais nas provas que compõem a disciplina; Tomás Ferreira que esteve presente nos 110m barreiras onde foi à final e ficou em 6.º lugar; e Filipe Ferreira presente no salto em altura e no triplo salto. Os atletas foram acompanhados pelos treinadores Paulo Neto e Paulo Miguel Santos. 11.JUL.2016

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Atleta do Feira Viva veste as cores da Selecção Nacional em Florença

DIOGO SANTOS NO CAMPEONATO DO MUNDO DE SÍNDROME DE DOWN

B0LA NAS REDES

Quase em final de época, os atletas da Feira Viva Natação Adaptada continuam a cumprir calendário de provas internacionais para que são convocados.

/RafaelPorcelis “Na última quintafeira, encerrou oficialmente o meu contrato com o Clube Desportivo Feirense. Mesmo estando no Brasil de férias, gostaria de enviar essa mensagem de agradecimento a todos que contribuíram nesta temporada que terminou da melhor forma possível. MUITO OBRIGADO.” Porcelis não esquece a marcante passagem pelo Feirense e despediuse, através do seu facebook, de todos os feirense.

/LeoGomide

“Situação do América é difícil e ainda pode complicar: atacante Victor Rangel está acertando a saída para o Feirense de Portugal”

O repórter desportivo brasileiro da Rádio Inconfidência, Leo Gomide, especula sobre a eventual vinda do avançado do América Mineiro, Victor Rangel, para reforçar o ataque do Feirense.

/AFAveiro “AFA passa a adoptar Adidas!” A Associação de Futebol de Aveiro decidiu utilizar, em parceria com a Pcode01 e com a Adidas Portugal, a partir de 2016/17 em todas as competições de futebol e futsal, a bola oficial “Euro 2016”.

NATAÇÃO ADAPTADA Diogo Santos, um dos nomes de maior referência nacional nas competições em que a equipa feirense se faz representar, terminou a preparação neste fim-desemana em Coimbra e segue para estágio. Este decorrerá no Centro de Estágios de Rio Maior, com todos os atletas em preparação para o Campeonato do Mundo de Natação da DSISO. O atleta junta-se à Selecção Nacional a 12 de Julho e seguirá para

Florença com a comitiva portuguesa a 15 de Julho. Este 8.º Campeonato do Mundo da DSISO (Down Syndrome International Swimming Organisation) tem a particularidade de ser a primeira prova internacional para nadadores com trissomia em piscina longa (50m). A Natação, como disciplina, será uma das 6 que compõem a 1.ª edição dos Trisomy Games, juntando-se-lhe o Atletismo, o Ténis de Mesa, a Ginás-

ALEXANDRE AMORIM SAGRA-SE CAMPEÃO REGIONAL ABSOLUTO NATAÇÃO O nadador Alexandre Amorim, do Clamas, sagrou-se campeão regional absoluto na prova de 50 metros bruços da edição de 2016 dos Campeonatos Regionais de Juvenis, Absolutos e Clubes. Esta prova, organizada pela Associação de Natação do Norte de Portugal (ANNP), decorreu nas Piscinas Municipais da Póvoa de Varzim. O Clamas participou com 20 nadadores sob orientação técnica de Paulo Ferreira. O clube esteve entre os melhores da ANNP e conquistou cinco pódios, três absolutos e dois juvenis, dois novos recordes do clube absolutos,

24 recordes pessoais e o nono lugar no regional de clubes. Além do consagração como campeão regional absoluto de 50 metros bruços, Alexandre Amorim foi segundo nos 50 livres júnior e terceiro nos 100 livres júnior; Beatriz Cardoso obteve bronze regional absoluto na prova de 200 livres, foi quarta nos 400 livres e quinta nos 50 e 800 livres; Sofia Pinto alcançou o recorde do clube absoluto nos 400 estilos e foi medalhada de bronze juvenil nos 200 costas; Mariana Ribeiro foi bronze juvenil nos 200 mariposa e quinta nos 100 mariposa; Rodrigo Silva foi terceiro júnior nos

JUNIORES DO FEIRENSE CONQUISTAM GARCICUP ANDEBOL Os Juniores do Clube Desportivo Feirense encerraram a época 2016/17 com mais um troféu, desta feita, ao vencer o Garcicup (Torneio Internacional de Andebol que decorreu em Estarreja). Na final, bateram a formação da casa, o Estarreja AC, por números contundentes. 30-22 foi o resultado final. A formação azul viveu esta época de sonho, ao garantir atempadamente a subida à primeira divisão, para de seguida assegurar o título de campeão nacional da segunda divisão, numa final realizada em duas mãos perante os algarvios do Lagoa AC, a quem

venceram os dois jogos. Pelo meio, conquistaram o torneiro HandeGaia, que curiosamente venceram na final a mesma formação do Estarreja AC, da primeira divisão. O Feirense saiu na liderança logo no início do encontro e ganhou vantagem de 3-0, vantagem esta que seguiu até ao intervalo. No segundo tempo, a supremacia da formação azul foi-se acentuando. Voltaram a entrar bem e alargaram a vantagem para seis golos. Nos últimos minutos, mesmo perante uma defesa individual em todo o campo, a formação da casa não conseguiu dar a ideia que podia discutir a vitória.

“Paulo Magalhães é o quarto reforço da Juventude de Canedo. Um atleta ex-Lourosa” A Juventude Canedo anunciou Paulo Magalhães como a quarta contratação para a próxima época. 11.JUL.2016

100 costas; Tiago Barbosa foi terceiro júnior nos 50, 100 e 200 bruços; a estafeta feminina de 4x 200 livres foi medalhada de bronze absoluto e a de 4x 50 livres feminina alcançou novo recorde do clube absoluto. Alfredo Coelho, Beatriz fontes, Cátia Pinheiro, Davis Silva, Filipa Andrade, Inês Pinto, Iris Sá, Joana silva, João Guedes, Mariana Pinto, Nuno Feiteira, Ricardo Pereira, Rita Lima e Tomas Domingues obtiveram vários recordes pessoais e contribuíram para o conjunto de resultados que permitiu colocar a equipa entre as melhores da ANNP.

Esta formação do Feirense vai quase na sua totalidade disputar, na próxima época, o Campeonato Nacional da Primeira Divisão. Apenas o atleta Pedro Machado despediu-se dos escalões de formação e teve mesmo o privilégio de marcar o último golo da partida, tendo direito a uma calorosa saudação dos companheiros no final da partida. Pelo CD Feirense alinharam: Pedro Ribeiro, Nuno Reis, João Cardoso, Pedro Capitão, Pedro Machado, Carlos Madureira, Cesar Macedo, Miguel Costa, Alex Podolskyi, Rui Cunha e Rui Leite. Treinador: Manuel Gregório Publicidade

/Futsaljuventudedecanedo

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tica, o Judo e o Futsal. O atleta da Feira Viva irá participar nos quatro dias de competição, de 17 a 21 de Julho, sendo o dia 19 de descanso, em Florença - Itália, estando presente em seis provas. Nos primeiros Trisomy Games está prevista a participação de 700 atletas com trissomia, vindos dos 5 continentes. O regresso a Portugal da comitiva nacional está previsto para o dia 22 de Julho.

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