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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Desde 11 de Abril de 1897

Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXIX

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

18 Julho 2016

Nº 5971

€0,60 (iva inc.)

CHAMAS DESTROEM PRESÉPIO DA CAVALINHO pág. 12

CULTURA

O Maior Presépio do Mundo em Movimento ficou reduzido a cinzas em menos de uma hora devido às altas temperaturas que se fizeram sentir. Gil Ferreira em Entrevista A Viagem Medieval está quase aí e o vereador desvaloriza as queixas sobre o aumento de preços das entradas.

“O VALOR, PARA AQUILO QUE OFERECE, NÃO É ELEVADO” pág. 02 e 03

Cineteatro com programação definida para a segunda temporada. Pedro Piaf, Clapton Addition, Sampladélicos e Linda Martini atuam na Feira. pág. 13

Casa da Gaia volta a organizar mais um festival Danças do Mundo. Da Costa do Marfim à Nova Zelândia, os grupos percorrem o Concelho. pág. 14

FUTEBOL “Um clube como o União de Lamas tem de andar sempre nos primeiros lugares”. Entrevista com Luís Miguel Martins, treinador do União de Lamas. pág. 17


ENTREVISTA FICHA TÉCNICA 02

“A expectAtivA é que o público continue A ser surpreendido e seduzido pelA diferençA” A Viagem Medieval começa já na próxima semana e o vereador da Cultura, Gil Ferreira, não tem mãos a medir. É a 20.ª edição de um evento reconhecido e acarinhado por todos que exige muito da organização que aposta na constante inovação e melhoria da qualidade. O estaleiro naval já avançou, há o dobro dos espectáculos de grande formato e a “maior participação de sempre” do tecido associativo. É altura de homenagear D. Dinis e D. Isabel de Aragão. Texto: Daniela Castro Soares Fotos: Albino Santos

Que Viagem faremos este ano? Faremos uma Viagem muito especial. Primeiro, porque se assinalam as 20 edições de Viagem Medieval e depois porque entramos num período da nossa história muito rico, o reinado de D. Dinis, o “plantador de naus a haver”. Neste reinado, iniciam-se uma série de acções que se revelaram fundamentais para a hegemonia de Portugal no mundo e para a afirmação do nosso país que partiu em conquista de novas rotas e povos durante a grande odisseia dos Descobrimentos. Será uma edição em que teremos a mais expressiva participação do tecido associativo de sempre, o maior investimento em propostas e projectos de animação circulante, e uma retrospectiva de 20 anos em Viagem com agentes da Terra de Santa Maria e todos os que nos visitam para conhecer aquela que é a nossa melhor narrativa, a História. Os reis são as personagens fulcrais. Quais são os critérios para a escolha dos monarcas? De algumas edições a esta parte, tem sido promovido um casting que visa seleccionar aqueles personagens que reúnem as melhores condições para representar os elementos centrais do reinado, neste caso D. Dinis e D. Isabel de Aragão. Tem a ver com o traço físico e a personalidade, que ligação têm ao território, o que releva na sua formação para o projecto, uma mistura de todos estes elementos. É com muita satisfação que no final do processo constatamos que os dois elementos centrais desta edição da Viagem são elementos que têm uma profunda ligação ao território.

Administração Jorge de Andrade

A novidade deste ano, o estaleiro naval, já avançou? Já avançou, será a primeira edição deste estaleiro, que continuará em construção até chegarmos aos Descobrimentos. Será certamente uma das particularidades mais diferenciadoras desta 20.ª edição que abre novas rotas ao projecto. A Loja Oficial conta com mais de 400 produtos comemorativos. A adesão do público a este espaço tem-se evidenciado? A nossa experiência no contexto geral dos eventos em Santa Maria da Feira é que os elementos de merchandising que estão associados aos eventos têm vindo a ter muito sucesso entre o público que nos visita, sobretudo os relacionados com a Viagem Medieval, porque representam um período riquíssimo da nossa história (Idade Média), quer em ícones pictográficos, quer em objectos que são de uma abrangência intergeracional. Desde a criança que se apaixona por uma espada, uma miniatura ou um guerreiro, até ao adulto que se pode apaixonar por um elemento de vestuário, há uma abrangência muito grande da oferta e é uma resposta à procura. E esta resposta pode ser em permanência? Uma das falhas que se aponta à cidade é que não existe um sítio onde um turista, ao domingo, possa levar uma recordação de Santa Maria da Feira. É naturalmente com o intuito de suprir essa lacuna e perpetuar no tempo os produtos que são distintivos do território. Sem dúvida que os produtos associados a esta recriação histórica reconhecida por todo o país, e agora também

na Europa, são um elemento a prolongar não só na Viagem, mas fora dela com a sua venda. Uma venda que se fará na Loja Interactiva do Turismo? Sim, acolherá estes e outros elementos de merchandising dos nossos activos distintivos. Que espectáculos mais se destacam no programa desta edição? Em termos de espectáculos, nesta 20.ª edição, o número será maior. Os espectáculos de animação circulante serão em maior número e, na zona do rio, naquele que chamamos o grande palco da Viagem, passaremos de dois para quatro espectáculos de grande formato. Às 18h30, “Em Nome de Isabel”; às 21h15, “Dinis e Isabel”; às 23h00, “A Conspiração”; e para o encerramento “O Legado”. Este último uma retrospectiva dos principais momentos das 20 edições num espectáculo de construção colaborativa e base associativa com entidades que simbolizam e representam o legado da Viagem na capacitação do território e nas competências que desenvolveram nestas duas décadas. Pelo simbolismo da data e importância do próprio reinado, as expectativas estão altas? As expectativas são sempre altas. É difícil que não sejam quando falamos de algo que é nosso, algo que tem uma ligação afectiva e emocional grande, como a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. A expectativa é que o público continue a ser surpreendido e seduzido pela diferença que encontra nesta recriação histórica. Em termos estratégicos,

Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Filipe Dias, Filipe Freixo, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Roberto Carlos, Serafim Lopes, Vasco Coelho

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Director Orlando Macedo direcao@correiodafeira.pt

Redacção Daniela Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt

Marcelo Brito

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Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes, Margarida Gariso e Pedro Rodrigues

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há trabalhos distintos, de formação de públicos, através do veicular de conteúdos de elevada qualidade, pois tudo o que apresentarmos na Viagem são conteúdos inéditos que construímos em parceria com as nossas associações, criativos e agentes culturais locais. Com esta capacitação e formação de públicos que se promove num conjunto de áreas temáticas – desde o público infantil, ao juvenil e ao adulto – procuramos ensinar a nossa história. Ainda, fizemos uma aposta estratégica no desenvolvimento do evento, enquanto atractivo distintivo turístico, nomeadamente com a promoção no mercado de proximidade da Galiza, que esperemos que traga bons frutos. O facto de ser um dos eventos mais acarinhados está relacionado com o envolvimento da comunidade na sua concretização? Quando o feirense se envolve, e já se envolve há um número significativo de edições, através do enfeitar das fachadas de suas casas ou do trajar para a Viagem, é significado deste sentimento de pertença que o evento gerou e gera na comunidade. E só é possível porque as pessoas aceitam tudo o que comporta realizar um evento que se estende 12 dias consecutivos, que interfere na vida das pessoas, sobretudo as que estão no Centro Histórico, pois também elas fazem parte do evento. E por fazerem parte do evento é que ele tem a cor e a tolerância que é evidente. São 12 dias… Começamos no dia 27 e terminamos a 7 de Agosto. Mas chegou a ponderar-se mais um dia? A voz popular falou sobre isso. Ouviramse rumores, entre os populares, de que a Viagem teria mais um dia. Naquilo que

diz respeito à Comissão Executiva da Viagem Medieval, da qual faço parte enquanto representante do Município, nunca se abordou esse tema, nunca se falou nos 13 dias. Poderá ser um objectivo a longo prazo? Poderá ser um objectivo mas é um objectivo que depende de todos os que fazem a Viagem, terá de ser um objectivo colectivo, e que será naturalmente analisado na pertinência que um objectivo colectivo tem. Como se tem processado a venda de entradas? As pessoas adquirem mais a pulseira ou o bilhete diário? Já há um número significativo de públicos que adquirem a pulseira porque é mais vantajoso, nomeadamente para o público das proximidades, que vem mais do que um dia, e para o público que pernoita no território. A pulseira tem vindo a descrever uma trajectória ascendente e há cada vez mais a opção pela pulseira em detrimento do bilhete diário. Qual a inspiração por detrás da pulseira desta edição? A inspiração deste ano reside no momento dos 20 anos. Os elementos simbólicos que encontramos na pulseira são elementos evocativos destas duas décadas de edições do evento. Ouvem-se queixas sobre a subida de preço. Têm esta preocupação em mente, já pensaram em soluções alternativas, como a pulseira contemplar alguns produtos? O valor, para aquilo que oferece em termos de fruição de espectáculos de música, teatro, teatro de marionetas, experiências variadas em áreas temáticas e pela riqueza da recriação em si, não me parece que seja elevado.

Aliás, o bilhete diário, com o objectivo de cativar públicos para dias que tendencialmente são mais fracos – se bem que não há dias fracos na Viagem Medieval – é mais barato, e mais barato do que no ano anterior. Não ponderamos uma descida de valores. A única coisa que ponderamos permanentemente é o acrescentar de valor à Viagem, de diferença e qualidade, e uma política de preços que permita apostar e investir na qualificação do projecto em termos de infra-estruturas e espaço, por exemplo no aumento dos parques de estacionamento instalados, na melhoria das condições de higiene, limpeza e segurança, essas sim são as nossas preocupações. Acredito que estão garantidas as condições de acesso a um grande número de públicos que podem seleccionar os dias com diferenciação no valor do acesso. 20 edições depois, é difícil continuar a renovar um evento com nome estabelecido no mercado? Sim, é uma tarefa muito exigente a permanente procura do novo e da inovação, mas essa é a nossa missão. Ajuda ver o trabalho reconhecido, com vários prémios e menções em publicações internacionais? A Viagem tem sido citada como referência de evento de boas práticas, que são depois replicadas noutros eventos, e esse reconhecimento demonstra a consistência de um projecto que cruza gerações e se mantém de pé em permanente procura da regeneração. Como apresenta a Viagem a quem não a conhece? É um evento que tem um brilho distinto, associa o património natural ao património cultural material e imaterial, e é já um ícone da Terra de Santa Maria.

Um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, a antiga Estalagem, está a ser recuperada. Poderá ser um local de eventos culturais futuros? Julgo que a antiga Estalagem de Santa Maria tem todas as condições para ser um equipamento destinado a valorizar a nossa oferta turística. Tem um enquadramento fabuloso, uma grande janela que é o bonito parque da cidade e a encosta que se ergue até ao Castelo. Espero que a requalificação deste espaço permita a sua devolução à comunidade e a todos os que nos possam visitar. Fico muito satisfeito por saber que está em curso um processo de requalificação do espaço.

Viagem em números Dias de animação e recriações históricas 12 Áreas temáticas 28 Área Alimentar 23 tabernas | 8 restaurantes Grupos de animação 60 Espectáculos inéditos 16 [260 apresentações em 12 dias] Performances de animação circulante 1500 Horas de animação e recriações históricas 144 Feira franca [Artesãos, Mercadores e Regatões] 240 Voluntários 350 Pessoas a trabalhar diariamente Mais de 2 mil Área do evento 33 ha Visitantes 600 mil

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avenidadasfogaceiras@gmail.com

AVENIDA DAS FOGACEIRAS

Textos: Orlando Macedo

DIREITO DE RESPOSTA Atalaia

2 Tons 1 – Ontem, (Domingo) o JN noticiava que “os Metros de Lisboa e do Porto terão 500 milhões de euros para crescer, mais 100 milhões do que a verba inscrita no Plano Nacional de Reformas”. A distribuição do pacote financeiro deverá contemplar Lisboa com cerca de 200 milhões e o Porto com a verba restante. No que respeita à capital, sabe-se que cerca de 160 milhões são destinadas “a ligar a Linha de Cascais diretamente ao eixo central (ligação que já existe, mas obriga a dois transbordos que complicam a vida às pessoas e retiram procura ao Metro” como explicou o ministro do Ambiente ao diário portuense. Já no que respeita aos cerca de 300 milhões reservados ao Metro do Porto, sabe-se, que a Linha da Trofa não será construída, nem há sinal de intenção de expansão a sul (em direcção a Santa Maria da Feira, cidade que – por acaso está mais perto do Porto que Cascais está de Lisboa) e cuja ligação à rede de Metro nem sequer é ponderada. Ora a ‘coisa’, soma-se ao ‘investimento Zero’ destinado à reconversão da Linha do Vale do Vouga, no que toca ao percurso Espinho – Oliveira de Azeméis, apesar de, no ano passado, Passos Coelho ter premiado o troço Aveiro – Águeda com 5 milhões de euros, sem que os nossos tugissem, nem mugissem. Ou seja, fica demonstrado que, (também) no respeitante à políticas de transportes urbana, a Feira não ‘risca nada’ na AMP… Aqui chegados, valerá a pena relembrar que, quando no início da década de 90, o presidente da câmara sanjoanense, Manuel Cambra, se abalançou no ambicioso projecto de substituição da decrépita Linha do Vale do Vouga por um ‘Metro de Superfície’, nem sequer estava adiantado ao seu tempo; os que escarneceram (como o fizeram os autarcas da Feira) é que continuavam amarrados a uma mentalidade retrógrada e passadista, que ainda hoje penaliza o nosso Concelho e as suas gentes. 2 - Um grupo de cidadãos independentes criou, no dia 10 de julho, uma petição pública pela integração de Milheirós de Poiares no concelho de S. João da Madeira (ver, noutra página). Aqui está mais um exemplo da razão pela qual Miguel Relvas e Passos Coelho deveriam ser responsabilizados pela tíbia Reforma da Admistração Local que encenaram. E vá alguém dizer aos nossos conterrâneos milheiroenses que a realidade não se compadece com atrasos gestionários de circunstância. Por mim, nada tenho a opor à pretensão dos milheiroenses que tal anseiam, desde que o minúsculo concelho de S. João da Madeira seja integrado no de Santa Maria da Feira; ou regresse ao território Oliveirense…

Direito de resposta ao artigo “INDAQUA OBRIGA FEIRENSES A CONSUMIR MAIS PARA ATINGIR METAS FINANCEIRAS” de 11 de julho de 2016 Em notícia publicada na edição de 11 de julho do Jornal CORREIO DA FEIRA, foi a INDAQUA Feira acusada de assustar os feirenses “levando-os a executar ligações das redes à força e à pressa”, “obrigando os clientes a consumir mais água de que necessitam” e de “obrigar os moradores que têm contrato com a INDAQUA a consumir uma determinada quantidade de metros cúbicos de água, para assim atingirem – pasme-se – as metas definidas pela INDAQUA”. Tais informações, para além de serem falsas, afetam a reputação da INDAQUA Feira. A INDAQUA Feira, no cumprimento das suas obrigações contratuais, fez um apreciável esforço financeiro para garantir a cobertura das redes de abastecimento de água e de saneamento a todo o Concelho. No início da Concessão, apenas 25% da população dispunha do serviço de abastecimento de água. Atualmente, mais de 97% do Concelho tem esse serviço disponível à sua porta. A cobertura da rede de saneamento passou de 15% para 90%. A obrigatoriedade de ligação aos sistemas públicos de abastecimento de água e saneamento, quando estes se encontrem disponíveis, está expressamente consagrada na legislação em vigor (Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto). Para garantia da qualidade da água distribuída, os sistemas prediais alimentados pela rede pública devem ser independentes dos sistemas de distribuição de água com origens próprias (artigo 82.º do Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto). Esta disposição pretende garantir que a água utilizada para consumo humano tem como origem exclusiva a rede pública e que não existem contaminações, tanto na rede predial como eventualmente na própria rede pública (resultante da entrada de água da origem privada na rede pública). E se é certo que o consumo de água da rede pública ou de captações privativas é uma opção do Utilizador (ainda que

optando por esta última possa incorrer em riscos para a sua saúde), também é certo que a Entidade Gestora não está obrigada a prestar o serviço de recolha e drenagem de águas residuais sem que cobre as tarifas contratualmente estipuladas. Ora, inexistindo consumos de água que permitam aferir o volume de águas residuais drenado pela água consumida, defende a Entidade Reguladora do Setor, na sua Recomendação Tarifária n.º 1/2009 que, sempre que o Utilizador comprovadamente produza águas residuais a partir de origens próprias e as descarregue para a rede pública, a Entidade Gestora deve estimar o respetivo consumo em função do consumo médio dos utilizadores com características similares, no âmbito do território municipal, verificado no ano anterior. No entanto, a INDAQUA Feira permite que os Utilizadores, mediante a realização de uma vistoria pelos técnicos da Concessionária, comprovem a conformidade das suas redes prediais ou a não utilização da sua habitação. Desta forma, enquanto entidade que presta um serviço público de um bem essencial, a INDAQUA Feira não pode deixar de clarificar que, num setor devidamente regulado, cumpre escrupulosamente a legislação em vigor. Por último, a INDAQUA Feira informa que a sua política de atuação pautase pelo respeito e zelo de todos os seus clientes, privilegiando sempre a qualidade dos serviços prestados, independentemente dos resultados económicos que possa atingir. Assim, face à gravidade das acusações de que a INDAQUA Feira foi alvo na nota de imprensa da Comissão Política Concelhia do CDS de Santa Maria da Feira, nomeadamente a da prática de atividades “criminosas” e de criação de um “clima de terror” sobre os Feirenses, a INDAQUA Feira pondera recorrer à via judicial, de modo a repor a verdade dos factos e dos danos causados à sua imagem e reputação.

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Jorge de Andrade

António Cardoso, Deputado do Partido Socialista na Assembleia da República

“NARRATIVAS” DO CASTRO DE FIÃES E DA REPOSIÇÃO DE FREGUESIAS

Li com atenção a entrevista que o Sr. Presidente da União de Juntas da Feira, Travanca, Espargo e Sanfins concedeu ao Correio da Feira e nesse seguimento não posso deixar de fazer algumas observações ao que se apresenta na entrevista. Diz o Sr. Presidente que “A Junta trabalha onde as anteriores nunca meteram prego.” No que refere a Zona Industrial do Roligo era importante que nos informasse onde foram pregados os pregos! Desde que foi eleito, há mais de 3 anos, o único movimento significativo que observámos, foi o abate das arvores existentes ao logo dos passeios. Como sabe, e bem o afirma na sua entrevista, nem a limpeza obrigatória e necessária é efectuada naquele Parque Industrial, excluindo a que foi realizada logo após um primeiro artigo de desespero e revolta publicado nas páginas deste jornal. Coincidência ou não, a requalificação das ruas e passeios também teve início após publicação de um segundo artigo, que denunciava o sistemático abandono desta Zona Industrial. E não tem mais que duas ou três semanas. Para quem está em fim de mandato, não lhe parece que ficaram muitos pregos por pregar numa zona tão carenciada de marteladas? Não vou debruçar-me sobre o custo para asfaltar as ruas. O que lhe pedimos é que se faça a manutenção das mesmas, quer estejam asfaltadas ou em paralelos. Estou tão certo de ser um direito dos eleitores, como certo é o dever do Poder Autárquico de proceder à limpeza regular. A desculpa da falta de verbas ou de efectivos, não acolhe da nossa parte mais compreensão. Não se justifica que haja zonas da cidade que mereçam diariamente a vossa atenção e as zonas industriais completo desprezo durante anos a fio, aparecendo as brigadas de limpeza somente quando alguém se insurge contra o nojo a que se assiste diariamente nessas zonas, que como sabe, também são residenciais. Todos os anos continuamos a pagar impostos e esses não diminuem em resultado da vossa ineficácia. Pelo contrário, só têm aumentado, apesar de termos menos serviços e com qualidade mais duvidosa. No que refere a Iluminação Pública, começa por dizer que quer e vai acender todos os postes, concluindo logo depois que isso é entre a Câmara e a EDP. Afinal, em que ficamos? Lamentavelmente, não refere nada sobre outra falha que tantas contrariedades tem provocado às empresas instaladas no Roligo, que é a da sinalética, uma promessa já de longa data. Vão ou não as nossas empresas merecer sinalização da sua localização nas entradas na Zona Industrial, facilitando dessa forma os visitantes a encontrarem as nossas empresas, e evitando assim a proliferação de inúmeras placas colocadas abusivamente na via pública? No que se refere ao estacionamento, outra necessidade premente da Zona Industrial do Roligo, ficámos a saber que vamos ficar um pouco pior. Não só pelo que fica por fazer, devido às muitas complicações jurídicas inerentes a processos, que aponta o Sr. Presidente, como ainda se vai exigir aos trabalhadores e visitantes o estacionamento nos lugares “devidos”, mesmo que não os haja em número suficiente, como reconhece. Conclui o Presidente da União de Freguesias que: “vamos ter uma Zona Industrial com dignidade.” Com essa afirmação, reconhece, em 2016, as nossas queixas: Não há, nem nunca houve, condições dignas de funcionamento na Zona Industrial do Roligo. Por onde é que tem andado senhor presidente da Junta, nestes anos todos?

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS “CASTRO DE FIÃES Em Portugal estão identificados cerca de duas centenas de Castros. No Distrito de Aveiro, existe registro de 7 Castros, a saber: Castro Covil – Espinho; Castro Monte Valinhas-S. Eulália – Arouca; Castro de Ossela e Castro de Calbo – Cesar, Oliveira de Azeméis; Castro de Fiães e Castro de Romariz, Santa Maria da Feira. O Castro de Fiães é um povoado fortificado castrejo. Possui uma longa cronologia de ocupação que abarca o período proto-histórico à ocupação romana. Localizado na freguesia de Fiães, o Castro de Fiães apresenta um núcleo mais antigo que teria terminado em meados do Século I, que evoluiu para um outro que teve grande desenvolvimento, sobretudo nos séculos IV e V. Pensa-se que este castro possa ter sido a mítica povoação de Lancóbriga conforme referência no traçado romano da via que ligava Braga a Lisboa. Segundo o itinerário antonino, a distância que ligava Cale (Gaia) a Lancóbriga era aproximadamente a que separa Gaia de Fiães. Infelizmente não foram ainda encontradas quaisquer referências toponímicas ou epigráficas que confirmem a tese. Apesar de ter permanecido incólume durante séculos o património arqueológico do Castro de Fiães não resistiu ao crescimento desordenado e atroz de fim do século XX. Hoje, o Castro encontra-se severamente destruído na sua quase totalidade em consequência da atividade exercida numa pedreira situada nas imediações, pela edificação de uma moradia justamente no centro do monte em que se ergue o povoado, assim como a edificação de um complexo de piscinas. O outro Castro, do concelho de S. Maria da Feira, o Castro Romariz encontra-se bem preservado e como tal mereceu ser o único Castro do distrito de Aveiro a pertencer à Rede de Castros do Noroeste Peninsular. A Rede de Castros do Noroeste visa promover a divulgação e salvaguarda deste conjunto de sítios arqueológicos, conhecidos como Castros, Cividades ou Citânias, que constituem expressões materiais particularmente relevantes do conjunto de povos que ocupou esta região da Península Ibérica, em particular no período anterior à chegada dos romanos. Deste modo, o Castro de Fiães nunca

OPINIÃO

ENTREVISTA AO SENHOR PRESIDENTE DA UNIÃO DE JUNTAS FERNANDO LEÃO

foi ignorado pelo articulista residente neste jornal, tendo circunstancialmente dado o justo destaque ao Castro de Romariz, visto ser o único a sul do rio Douro integrado na Rede Noroeste de Castros pelo que se espera o devido reconhecimento desse Estatuto pela Comunidade Europeia.

REPOSIÇÃO DE FREGUESIAS

A RAT – Reforma Administrativa do Território extinguiu mais de 1000 Juntas de freguesia. Esta extinção feita na maior parte dos casos, sem pés nem cabeça, de forma apressada e irracional não pode merecer a aprovação de quem conhece e sente os efeitos dessa aberrante Reforma. Defender a reposição dessas juntas de Freguesia nos seus anteriores limites territoriais é uma decisão racional se as populações assim o desejarem. Devem ser as populações perante as experiências vividas a decidir o caminho que querem seguir. A alteração à força de usos e costumes que caracterizam essas gentes na sua cultura e história, a falta de representação dessas populações nos centros de decisão, o afastamento dos serviços da autarquia, são alguns dos inconvenientes gerados com esta forçada Reforma. Para explicar com mais clareza da forma errada da RAT no concelho da Feira basta atentar no seguinte exemplo: - Agregar Canedo (27,81Km2 - 5782 habitantes) com Vale (9.01Km2 - 1903 habitantes) e ainda Vila Maior (2,71 Km2 - 1511 habitantes) que resulta numa Mega-Freguesia com 39,63Km2 e 9 196 habitantes e manter freguesias como a de Fornos com 3,63 Km2 e 3397 habitantes!... é uma decisão simplesmente injustificável como tal irracional e aberrante. Considerar esta e muitas outras situações semelhantes como reformistas, só de alguém que está recolhido nos gabinetes do Terreiro do Paço ou julga que agregar freguesias em Lisboa é a mesma coisa que agregar freguesias nas zonas rurais. Para que não fique qualquer espécie de dúvidas, a reposição de freguesias deve ser decidida pelos habitantes de cada freguesia que foi agregada! Se for decretada contra a vontade das populações no mínimo que seja racional!.... Urge eliminar os erros e injustiças cometidas!.. Publicidade

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PS reforça

Zonas industriais precisam de atenção

Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

POLÍTICA

O Partido Socialista volta novamente a trazer para cima da mesa, da última reunião de Câmara, o tema das zonas industriais do Concelho. “É algo que nos aflige e certamente também aflige os empreendedores e quem trabalha ou visita essas zonas”, iniciou António Bastos, enumerando as zonas industriais a necessitar de atenção: Roligo (Espargo), Casalinho (Lourosa), Mosteirô, Monte Grande (Fiães), Paços de Brandão e Rio Meão. “Os acessos são precários e o tratamento dos espaços verdes arrasta-se há longos anos. Ninguém se preocupa”, apontou, acrescentando que “a Câmara atira as responsabilidades para os protocolos com as juntas e as juntas dizem que não têm capacidade para fazer todas as intervenções”. “O presidente da UF da Feira diz que o Roligo agora vai ter a dignidade que merece. Se em 2017 vai ter dignidade, preocupa-me o que a Câmara andou a fazer durante 20 anos”, frisou.

Junta “não tem capacidade”

António Bastos “não acredita que a Junta tenha capacidade para fazer as obras de repavimentação” e salienta que são necessários “profissionais vocacionados para essa tarefa”. “Não tem acontecido. O funcionário da junta tapa o buraco da forma como sabe”, explicou, pedindo para “olharmos para Gaia, Ovar, S. João da Madeira ou Oliveira de Azeméis” como bons exemplos nesta matéria. “Devemos olhar para os nossos vizinhos e tirar ilações sobre o nosso comportamento e fazer melhor”,

realçou. O socialista falou ainda da “falta de respeito para com os munícipes” no que toca à recolha do lixo. “Os lixos amontoam-se junto aos ecopontos às vezes durante três semanas. Vão dizerme que é falta de civismo, mas é preciso chamar a atenção dos prevaricadores e dos serviços competentes”, declarou, pedindo que “procurem remediar estas questões fundamentais para o desenvolvimento e qualidade de vida” de uma região. O vereador com o pelouro das Obras Municipais e Ambiente, Vítor Marques, garantiu que já tinha sido feito um levantamento das necessidades nas zonas industriais “caso a caso” e perguntou a António Bastos como se “controla os prevaricadores”. “Já pediram intervenção à PSP?”, sugeriu o socialista. “Acha que a PSP vai estar junto aos ecopontos?”, ironizou Vítor Marques. “Não, mas a Câmara deve solicitar o apoio da PSP e da GNR”, reforçou António Bastos. O vereador do Ambiente informou que já tinha sido “admoestados” e “levantadas contraordenações” a algumas pessoas. “Não é fácil controlar, cabe a todos nós. Há um departamento específico na GNR para esta matéria”, afirmou o presidente da Câmara, Emídio Sousa. Falou-se ainda dos lixos a céu aberto em S. João de Ver e Emídio Sousa revelou que “já estavam a tratar disso” mas “limpa-se uns dias e volta a acontecer”. “São zonas mais isoladas. O que me custa a entender é como é que alguém prefere carregar um sofá e deitá-lo no monte do que fazer um telefonema e alguém vai buscá-lo”, realçou.

Socialistas propõem

traçado alternativo para a conclusão da a32 Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro (Filipe Neto Brandão, Rosa Maria Albernaz, Porfírio Silva, António Cardoso e Inês Lamego) promovem um projecto de resolução do PS que recomenda ao Governo que proceda ao estudo de um traçado alternativo para a conclusão da auto-estrada A32. Recordando que ainda não foi concluída, os deputados referem que aquela auto-estrada tem como objectivo criar uma via alternativa à Estrada Nacional 1 / IC 2, com características de radial externa ao centro da Área Metropolitana do Porto, para a sua região sudeste. Com um perfil de 2x2 vias e 2x3 vias, atravessa os concelhos de Vila Nova de Gaia, Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis, e está igualmente próxima dos concelhos de São João da Madeira, Vale de Cambra e Arouca. Inicialmente pensada como via rápida, alternativa à Estrada Nacional 1 no trajecto entre os Carvalhos e São João

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da Madeira, veio a ser construída como auto-estrada, dizem os socialistas em comunicado, verificando-se, contudo, que existiram no seu traçado original constrangimentos vários à mobilidade, considerando que colocava em causa o ordenamento do território de alguns concelhos da região. Face à actividade industrial dos concelhos que beneficiam directamente da A32 e as necessidades de mobilidade das populações, e de modo a ir ao encontro dos anseios dos autarcas, os deputados aveirenses defendem que seria importante proceder à avaliação de uma nova solução para o traçado que ainda se encontra por concluir e para o prolongamento da A32. Assim, os deputados propõem que a Assembleia da República resolva recomendar ao Governo que efectue a avaliação de um traçado alternativo ao prolongamento da A32, articulando essas alterações com os autarcas e outras entidades regionais. www.correiodafeira.pt

pedreira das penas: obra suspensa? FEIRA O PS interrogou a autarquia, na última reunião de Câmara, sobre a obra da Pedreira das Penas. “A recepção provisória já foi feita ou não?”, questionou António Bastos, dizendo que “a obra parece estar suspensa”. “A iluminação está a funcionar? E o espelho de água? Os espaços verdes estão extremamente maltratados e os acessos começaram há um ano e nunca mais terminam”, enumerou. Os socialistas estão preocupados pois “não se vislumbra o dia em que a obra vai terminar”. “O planeamento não foi eficaz, há falta de rigor na gestão dos trabalhos”, apontou, falando de um espaço que é “interesse comum de todos os feirenses”. O vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, remeteu o assunto para melhores esclarecimentos na próxima reunião, mas adiantou que “se os acessos não estão feitos é precisamente por haver rigor”.

A favor da moção do PSD sobre os contratos de associação

ps não se conforma com voto de armando teixeira Mais uma sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de Lourosa decorreu no passado dia 30 de Junho. Agendada com o propósito de discutir e aprovar a revisão orçamental para 2016 e a revisão aos contratos de delegação de competência assinados entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, ambos os pontos foram “aprovados por maioria, com a abstenção dos membros eleitos pelo Partido Socialista”, dizem estes últimos, em comunicado, revelando-se “cépticos” em relação às rubricas reforçadas, “nomeadamente os combustíveis que mais do que duplicaram ao longo deste mandato”. No segundo ponto, o PS questionou o grau de execução dos contratos de delegação de competência e se a antecipação das verbas não colocaria em causa a prossecução do contrato, relembrando que na altura da discussão chamaram a atenção para “os parcos recursos face às obrigações, pelo que a Junta de Freguesia deveria reduzir o âmbito dos contratos ou negociar um valor mais elevado”. “O presidente de Junta concordou com o facto de a verba ser escassa”, informam. Durante a discussão dos “outros assuntos”, foram elencadas um conjunto de sugestões pelos membros da Oposição, tendo ainda o PSD e o PS questionado algumas acções que o executivo tem desenvolvido. O presidente enalteceu a Escola Pública e apelou a todos os presentes que apoiassem a escola na angariação de novos alunos. “O PS questionou, então, a razão da votação favorável da Moção, por parte do presidente de Junta, na Assembleia Municipal, indo contra os interesses da EB 2,3 de Lourosa e da freguesia, relembrando que a presença do presidente de Junta na AM é por inerência do cargo que ocupa, e como tal deveria representar os interesses da freguesia e não qualquer outro movimento ou partido”, frisam os socialistas, prosseguindo: “Em resposta, Armando Teixeira disse que votou em consciência e que por vezes os interesses do Município estão à frente dos da freguesia”.

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Sessão de esclarecimento promovida pelo PS

“EspEro quE o Estado faça invEstimEntos para mantEr uma Escola pública dE qualidadE” A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, salientou a mudança de paradigma que se vive dentro do Partido Socialista. Marcelo Brito

FEIRA O edifício da Junta de Freguesia da Feira acolheu, na segunda-feira, uma sessão de esclarecimento promovida pelo Secretariado Nacional, com a colaboração da Federação de Aveiro do Partido Socialista, que contou com a presença da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques. “Falar em círculo fechado é uma tentação. Para todos nós, é importante analisar, debater e não fechar mentalidades”, iniciou. Em seguida, referindo-se ao slogan dos socialistas (“Prometemos, Cumprimos”), aproveitou para criticar a “ilusão do Governo anterior em torno do crescimento que não parava”. “Não é verdade e é nesse contexto que temos de cumprir o que prometemos porque ao cumprir estamos a criar confiança”, afirmou. Sobre o actual Governo de António Costa (do qual faz parte) atirou que “apenas o PSD não percebe que existe um Governo que governa com “olhos de ver” e confiança”. E “sem ignorar as dificuldades”, apontou o caminho a seguir. “Pretendemos

conseguir mais fundos comunitários, com a nova meta estabelecida em 400 milhões [de euros]”. Voltou a salientar a confiança dos portugueses no PS, antes de desvalorizar a questão das sanções e de revelar que o Programa Nacional de Reformas “será brevemente anunciado”.

“Farto-me de alertar a Câmara, mas eles fazem ouvidos moucos”

Do público, interveio o presidente da Junta de Freguesia de Sanguedo, Valdemar Silva, revelando a “tremenda dificuldade em presidir”. “Estou a ficar de “saco cheio”. Estou a ter uma batalha muito difícil pois tenho uma freguesia da qual 7% da população é de etnia cigana e para eles tenho seis pólos habitacionais que eu próprio classifico como lixo. Não têm quaisquer condições. Farto-me de alertar a Câmara, mas ele fazem ouvidos moucos”, atirou. Quase como um desabafo, o socialista ironizou a questão das (más) estradas de Sanguedo, afirmando que vai “colocar proibição

de circular carros, deixando apenas permissão para circularem cavalos”. Levantou ainda outra questão, alusiva ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI): “Recebo [a JF de Sanguedo] dois mil euros por ano… como é que essas contas são feitas?”. Uma intervenção que arrecadou imensos aplausos do público, inclusive, de Maria Manuel Leitão Marques, que “tirou o chapéu” a Valdemar Silva. “O presidente de Junta é aquele que menos dinheiro tem, mas que ouve mais queixas. Para as Juntas, vão 100% do IMI Rural e 1% do IMI Urbano. Neste caso, é necessário que verifique o cumprimento destes valores”, esclareceu. António Silva, representante da Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados do Trabalho (ANDST), interveio sobre a “soberania das administrações”. “Não sou militante, mas revejo-me no programa do PS. O que eu pretendo é que as administrações cumpram e não “chutem para canto” questões de importante relevo. Os cidadãos querem ver os seus direitos cumpridos e as ad-

ministrações fazem uma violação clara da Constituição”, apontou, referindo-se ao prazo de resposta (e não resposta) das administrações, públicas ou privadas. Maria Manuel Leitão Marques revelou estar “plenamente de acordo” com o visado e que “se há algo que o Simplex [programa de simplificação administrativa e legislativa] quer mudar, é essa questão”. Numa das últimas inscrições, Cristiano Santos lançou do público os contratos de associação que englobam o Colégio de Lamas para cima da mesa, falando mesmo em “casos de corrupção”. “Acham que é justo prejudicar famílias sem receber nada em troca? Casos de corrupção? Investigue-se e prenda-se”, opinou. A este, a ministra Maria Manuel Leitão Marques respondeu afirmando “não ser possível ao Estado pagar dois serviços [público e privado] na mesma localidade”. “Como cidadã, o que espero é que o Estado faça investimentos para manter uma escola pública de qualidade e, para isso, há que fazer opções”, concluiu.

Emídio Sousa afirma

novas qualificaçõEs são factor dE compEtitividadE “A competitividade de um território assenta principalmente no investimento que se faz nas competências e qualificações das pessoas”, disse Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal, durante o seminário “Tecnologia Educativa”, promovido pela Microsoft, que decorreu no Europarque. Perante os Agrupamentos de Escolas, Colégios e Institutos Superiores do Concelho e Empresários ligados à novas tecnologias de informação e comunicação, Emídio Sousa defendeu que a Educação é o factor estratégico mais importante de um território. “Temos provado ao longo dos anos, e ainda recentemente, que somos tão bons ou melhores que os melhores da Europa e do Mundo. Por isso, não concebo que Portugal não tenha capacidade para fixar os nossos jovens, as nossas mais qualificadas gerações. A emigração dos nossos talentos e dos nossos cérebros tem de ser travada. São as novas qualificações e as novas competências que adquirimos na escola que vão inverter esta tendência. Vamos ser bons aqui, contribuindo para a nossa economia e a nossa competitividade”, referiu. O seminário visou mostrar experiências educativas de sucesso com a integração no ambiente escolar das novas tecnologias, como computadores, telemóveis, robôs. Uma dessas

luís montenegro em conferência

experiências foi o projecto da “Escola Global” e outro foi do Agrupamento de Escolas do Freixo, no município de Ponte de Lima. Para o presidente da Câmara da Feira, o investimento na educação vai permitir, também, dar novas ferramentas para os mais jovens acederem com mais facilidade ao mercado de trabalho. “Tenho sempre defendido que deve haver um relacionamento estreito entre a escola e as empresas, que facilite a entrada no mercado de trabalho”, afirmou Emídio Sousa. www.correiodafeira.pt

S. JOÃO DE VER O núcleo do PSD de São João de Ver realizou o seu primeiro evento “Uma Conversa com Luís Montenegro” no dia 9 de Julho. O líder da bancada parlamentar do PSD deslocou-se à Junta de Freguesia de São João de Ver e, “com uma sala completamente cheia”, discutiu o estado do país com os sanjoanenses, com uma conversa centrada nas funções do Estado, na análise aos primeiros meses do novo Governo e no papel das autarquias no desenvolvimento do país, diz o partido, em comunicado. Luís Montenegro manifestou ainda o seu “contentamento” pelo renascimento do Núcleo do PSD desta freguesia que considera como “histórico”, destacando ainda a “capacidade de trabalho, inteligência e liderança” do presidente do Núcleo, Nuno Albergaria, com quem já teve a oportunidade de trabalhar de perto em campanhas eleitorais anteriores. 18.JUL.2016

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No período de consulta pública

PAPC Com APenAs umA PronúnCiA Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

O vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, informou, na última reunião de Câmara, que o Projecto de Apoio aos Projectos Culturais (PAPC) teve apenas uma pronúncia no período de consulta pública. “O PS auscultou as associações e estou espantada como é que houve apenas uma pronúncia face às várias vozes que mostraram sentir-se injustiçadas por este regulamento que continua a ser elitista. As medidas contemplam unicamente os grandes espectáculos e não apoiam efectivamente no terreno”, comentou a vereadora socialista Susana Correia. Gil Ferreira “defendeu a política cultural que não é uma página isolada mas sim parte integrante de um grande livro alinhado com as directrizes à escala europeia”. “Não apoia só os grandes eventos, mas sim o acesso democrático a todas as associações através de propostas de actividades culturais”, frisou, não admitindo que chamassem elitista ao programa. “Não corresponde à verdade pois valoriza extraordinariamente a cultura popular, a tradição oral e a difusão do património material e imaterial”, afirmou.

PS anda “desatento”

Acusou o PS de andar “desatento” pois “as candidaturas têm chegado” e o “número de associações que submeteram projectos de carácter popular” tem crescido. “Os munícipes merecem que seja transmitida a verdade”, declarou. “Mas o programa continua a deixar muitas associações de fora”, contrapôs Susana Correia. “É o progresso das ideias que traz as reformas, já dizia Alexandre Herculano. Não podemos limitarnos a dizer o que todos querem ouvir, isso é

mera demagogia”, salientou Gil Ferreira. O vereador do PS Mário Oliveira criticou a “política quase ditatorial” numa “apologia como se algo de nobre se tratasse”. “Reforço o elitismo do programa contra as associações que fazem um serviço social. Trata-se de uma postura altamente presunçosa que consegue até ferir as associações, deixá-las ainda mais magoadas e abandonadas. Podem chamar-nos o que quiserem, vamos continuar a defender as associações”, salientou. “Têm alguma alteração a propor?”, questionou o presidente da Câmara, Emídio Sousa. “O presidente sabe muito bem que a nossa proposta era um regulamento completamente novo”, respondeu Mário Oliveira. “Não há proposta, compreendemos os vossos soundbytes”, atirou Emídio Sousa, esclarecendo: “A associação que se pronunciou queixa-se da burocracia. Somos uma entidade pública e temos de ser rigorosos”, afirmou, lembrando que “desde 2008 que a autarquia não atribuía apoios a projectos culturais” e que têm promovido acções de formação para as associações. “Só não é apoiado quem não quiser pois a Câmara criou todas as condições”, salientou. O PS votou contra. “O programa tem uma base exclusiva e não inclusiva e presta um péssimo serviço ao tecido associativo”, leram os socialistas, na sua declaração de voto. “O PAPC é um instrumento de desenvolvimento para associações com actividade comprovada no território e visa uma oferta cultural criativa, inclusiva e desencentralizada que proporcione a elevação do consumo de bens culturais”, declarou Gil Ferreira.

Em visita à XIV Mostra de Artesanato de Lobão

CentristAs APelAm à melhoriA Dos esPAços verDes DA uF O Núcleo do CDS da União de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, no passado dia 9, esteve presente na XIV Mostra de Artesanato em Lobão. Apesar de verem “com grande satisfação os valores da vila e suas gentes” foi “com enorme angústia que verificaram que toda a área envolvente, incluído o local onde aconteceu a feira, se encontrava sem qualquer tipo de preservação”. “Poderia (e deveria) este espaço verde ser considerado um equipamento para a zona circundante à sede do Rancho Folclórico de Lobão, já terminada e sendo uma mais-valia da vila. No entanto, tem estado sem qualquer manutenção e conservação para que

possa ser desfrutado por todos os cidadãos”, apontam, em comunicado. Apelam à Junta de Freguesia para que o espaço verde seja “efectivamente conservado e embelezado, servindo até para melhor dignificar a sede do Rancho, podendo para o efeito contar com um parque de lazer, por exemplo”. “O espaço deve ser tratado e conservado como a vila merece e que, até à presente data, se deixou ficar no derradeiro esquecimento. Este apelo estende-se, naturalmente, aos restantes espaços verdes da vila e da União, muito desprezados ou até abandonados”, lembram, “atentos ao pulsar da União”.

CDs promove colóquio sobre ensino superior A Comissão Política Concelhia do CDS de Santa Maria da Feira está “apreensiva com o estado de incerteza do ensino no nosso país e, naturalmente, no nosso Concelho”. “Três razões destacam-se desde logo: a diminuição de alunos, consequência da baixa natalidade, a saturação profissional na maioria das áreas e a inconstância de atitude e acção do poder político, do governo em concreto”, apontam, em comunicado. Santa Maria da Feira tem dois institutos de ensino superior, Isvouga e Ispab, mas, questiona o partido, “mediante o actual cenário catastrófico no ensino superior, terão estes dois estabelecimentos argumentos suficientes para se manterem de pé, com a qualidade conhecida e reconhecida?”. Nesse sentido, o CDS leva a cabo, este sábado, um colóquio com o mote “Ensino Superior em Santa Maria da Feira – Que Futuro?”, em que se pretende esmiuçar e discutir o presente, pensar e perspectivar o futuro. Para o efeito, convida três oradores: Ana Rita Bessa, Deputada da Assembleia da República, Coordenadora da Comissão Educação e Ciência e Porta-Voz do CDS na área da Educação; Délio M. Carquejo, presidente do ISPAB, Director Pedagógico Profissional de Paços de Brandão; António Cortez, assessor de Direcção, Responsável pelo Gabinete de Responsabilidade Apoio ao Estudante. O colóquio tem início às 20h30 na sede Concelhia do CDS na rua Jornal Correio da Feira, n.º 12.

JP disponibiliza-se a esclarecer dúvidas dos jovens No mesmo dia, A Juventude Popular realiza uma sessão de esclarecimento intitulada “Tens Dúvidas quanto ao teu Futuro?” para ajudar os jovens no seu ingresso no ensino superior ou profissional. “ Aparece entre as 10h00 e as 13h00 na sede do CDS-PP de Santa Maria da Feira”, incentivam.

Milheirós de Poiares volta a insistir

Petição criada para integração em s. João da madeira

Um grupo de cidadãos independentes criou, no dia 10 de julho, uma petição pública pela integração de Milheirós de Poiares no concelho de S. João da Madeira. O objectivo é que o assunto seja “discutido pelos deputados das diferentes forças políticas na Assembleia da República”. Um “sonho antigo” da freguesia e do seu presidente, Augusto Santos, que não desiste da luta. Neste momento, a petição – que apresenta os benefícios geográficos, demográficos, económicos e sociológicos, planeamento estratégico e democráticos desta integração – conta com 141 assinaturas. Os cidadãos de Milheirós de Poiares participaram num referendo local sobre a integração da freguesia em S. João da Madeira a 16 de Setembro de 2012. À pergunta “Concorda com a integração da freguesia de Milheirós de Poiares no concelho de S. João da Madeira?” 81% votaram favoravelmente numa taxa de participação superior a 50%. A votação viria a ser travada pela Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira. Emprego

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SOCIEDADE

EscutEiros ajudam os jovEns a tornarEmsE mElhorEs cidadãos Carla Adriana Pinto, chefe dos Escuteiros de Santa Maria da Feira, fez um balanço dos 40 anos do Agrupamento 640. A cerimónia celebrou-se no passado dia 10 e contou com a presença, entre outros, do presidente do Comité Mundial do Movimento Escutista, João Armando Gonçalves. Marcelo Brito

FEIRA O Agrupamento 640 – Santa Maria da Feira do Corpo Nacional de Escutas celebrou, no passado dia 10, o seu 40.º aniversário. A chefe do Agrupamento, Carla Adriana Pinto, foi uma das primeiras mulheres a integrar o Agrupamento. Decorria o ano de 1982 – seis anos após a sua criação – e uma colega decidiu formar um grupo feminino. “Falámos e formámos a primeira patrulha feminina. Fizemos a promessa da Patrulha Pantera. Deveria ter uns 15 ou 16 anos”, recorda Carla Adriana Pinto. A chefe do Agrupamento da Feira gostou de pertencer ao grupo e permaneceu até aos seus 20 anos. Usou lenço azul (actuais pioneiros), lenço vermelho (caminheiros) e apenas não continuou devido ao facto de ter ingressado na faculdade. Mas a sua história com o escutismo não fica por aqui. “Mais tarde, casei, tive as minhas filhas e achei que seria interessante elas integrarem o Agrupamento. Vieram, experimentaram e ficaram. E depois fui convidada a colaborar”, conta. Tudo isto aconteceu decorria o ano de 2009 e Carla Adriana Pinto teve, inclusive, de fazer formação e estágio para poder ser dirigente. “São necessário adultos que acompanhem os cerca de 120 jovens que temos. Mas nós não somos nenhum ATL [Actividades de Tempos Livres]. Temos um projecto educativo e uma filosofia do nosso criador, Baden Powell, que levamos a sério. Para tal, temos que ter formação”, explica. O escutismo e Carla Adriana Pinto mantiveram sempre uma forte ligação e, mais tarde, ela assumiu o cargo de Chefe de Agrupamento. “Todos nós temos que dar o nosso contributo. Trabalhamos como uma equipa, de outra maneira não faria sentido”, diz. Aceitar a nomeação para chefe do Agrupamento 640 constituiu, para Carla Adriana Pinto, que adora desafios, mais um. “O chefe acaba por ter sempre mais responsabilidade. Embora tenha uma equipa maravilhosa, qualquer problema sou eu que sou chamada”, afirma, antes de destacar o papel de António Espassandim.

disponível”, diz. Se quisermos saber da história do Escutismo na cidade da Feira, a enciclopédia chama-se ‘chefe Espassandim’ – tal como era cumprimentado pelos pequenos escuteiros que por ele passavam durante a entrevista. Ele recorda as centenas de escuteiros que já passaram pelo Agrupamento 640. “Por nós, já passaram 750 pessoas”, conta. Para o chefe Espassandim, “uma pessoa que atingiu o grau da magistratura não é mais importante do que quem trabalha numa fábrica”. “Essencialmente, pretendemos formar cidadãos. O que um escuteiro aprende aqui é lealdade, integração na sociedade e principalmente, saber respeitar as leis do país”, afirma.

O que distingue um jovem escuteiro?

A resposta foi imediata. “Saber meter a mão na massa. Literalmente. Seja cozinhar, pregar um prego, montar uma tenda, limpar uma casa de banho, prestar serviço à comunidade, pintar paredes, saber falar em público e respeitar uma hierarquia [estão organizados em patrulhas]. Há um guia que eles elegem e têm que saber respeitar isso”, enumera Carla Adriana Pinto. Para a chefe do Agrupamento 640, estas são “competências actualmente bastante valorizadas, mesmo para quem está à procura de emprego”. “O que nos distingue é um bocadinho este know-how extra que muita gente não tem”, afirma. O Agrupamento 640 celebrou 40 anos e o balanço feito por Carla Adriana Pinto é “muito positivo”. O “serviço à comunidade, as actividades regulares e a própria sede” são alguns dos principais motivos de orgulho. Para uma associação cujo “objectivo não é o lucro”, a intervenção na Viagem Medieval é fulcral. Actualmente, os escuteiros da Feira abrem todos os anos o seu espaço, na própria sede, situada na Quinta do Castelo. “A nossa filosofia consiste nos jovens terem as

ideias e executá-las. Os caminheiros [jovens mais velhos] decidiram fazer a Viagem Medieval na sede e nós estamos apenas a acompanhá-los e a dar alguma ajuda. Admito que ‘lá em baixo’ dava mais lucro, mas nós não nos movemos pelo dinheiro. Temos um serviço diferenciado e mais calmo”, revela. Assim, são os jovens escuteiros a tratar de tudo, o que evidencia a pedagogia do Escutismo. “Vão à Câmara, tiram as licenças, vão às Finanças, entre outros. Essas são competências que eles também adquirem”, afirma. Relativamente aos lucros, Carla Adriana Pinto revela que está tudo estipulado. “50% funciona como um fundo de maneio, que envolve as despesas, para o Agrupamento. 25% são para as actividades internacionais [realizadas de quatro em quatro anos] que gostamos de proporcionar. Os restantes 25% destinam-se a outras associações do Concelho, de cariz solidário”, refere. A cerimónia de celebração dos 40 anos, realizada na sede, contou com a presença do presidente do Comité Mundial do Movimento Escutista, João Armando Gonçalves; do Chefe Nacional, Norberto Correia; e do Chefe Regional, Hugo Carvalho. Ao Correio da Feira, João Armando Gonçalves destaca “a conjugação de experiências e actividades que o escutismo desenvolve nos jovens”. “O nosso intuito é ajudar os jovens a crescer, serem saudáveis e que possam ser cidadãos interventivos e felizes”, afirma. Sobre a própria celebração, o chefe mundial enalteceu “a excelente dinâmica do Agrupamento de Santa Maria da Feira”. “Sabem fazer as coisas e fazemnas bem. Excelente ambiente de aprendizagem”, termina. Já Norberto Correia, Chefe Nacional, afirmou ser “uma honra estar presente”. “Um momento que recordou o volume de generosidade existente nos escuteiros”, diz, destacando ainda António Espassandim, “elemento fundador e importante na formação dos jovens feirenses”, que foi homenageado durante a cerimónia com o colar de Nuno Álvares.

Espassandim, sinónimo de pioneirismo

É a António Espassandim que se deve, em grande parte, a criação do Agrupamento 640. Natural do Porto e antigo professor, mudou-se há muitos anos para a Feira, onde já deixou a sua marca. Foi chefe durante 30 anos e, apesar de já estar aposentado, não se desliga do escutismo. É uma paixão que continua a alimentar. Carla Adriana Pinto assume que, ainda hoje, recorre ao seu “primeiro chefe”. “[António Espassandim] está sempre presente, até para me substituir quando não eu posso estar”, revela. E exemplificou. “Recebemos muitos agrupamentos de fora que procuram o nosso espaço para acampar. É preciso recebê-los, abrir portas e mostrar como as coisas funcionam por cá e, quando não posso, o chefe Espassandim tem o tempo, a dedicação, o amor ao nosso Agrupamento e está sempre

Carla Adriana Pinto www.correiodafeira.pt

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missão empresarial moçambicana visita o cincork

preSépio da cavalinho deStruído em incêndio S. PAIO DE OLEIROS Nada sobrou do conhecido Presépio da Cavalinho, o Maior do Mundo em Movimento, depois do incêndio na passada sextafeira que atingiu o pavilhão onde estava instalado. Em menos de uma hora, todas as peças foram consumidas pelas chamas e o trabalho de anos desapareceu. O empresário responsável, Manuel Jacinto Azevedo, não fala em valores mas garante que “não há seguro que pague o que se perdeu” pois eram peças exclusivas, algumas feitas por artesãos que já “não estão cá” para as repetir. O incêndio foi combatido por 83 bombeiros e 24 viaturas das corporações de Espinho, Esmoriz, Ovar, Feira, S. João da Madeira, Fajões e Lourosa. As elevadas temperaturas registadas durante a tarde foram o “suficiente” para arruinar aquela obra-prima “dada a grande carga térmica dentro do pavilhão” num recinto de 4000 metros quadrados. Para o incêndio, contribuiu ainda o teor altamente inflamável dos materiais dos cenários e áreas temáticas, constituídos na maioria por madeiras,

tecidos, flores artificiais, pequenos brinquedos e peças de artesanato. O presépio mecânico surgiu em 2004 e no Natal passado terá recebido cerca de 750 mil visitantes para verem as mais de 10 mil peças de “um património irrecuperável”. “A única consolação é saber que ninguém se aleijou. Além do mais, se fosse a fábrica [de carteiras, calçado e marroquinaria] a arder, ia ser muito pior, porque dela está muita gente dependente”, disse Manuel Jacinto, em declarações à Lusa.

Canedo sob fogo

Também Canedo foi afectado pelo calor. Várias corporações do distrito deslocaram-se, no passado sábado, à freguesia para controlar o incêndio que despoletou e evitar que ele se alastrasse às habitações nas redondezas. Um trabalho que envolveu 178 bombeiros, 49 viaturas terrestres, entre as quais uma máquinas de rasto, e seis meios aéreos.

Actuou sob o efeito de álcool e fármacos

Supremo confirma apoSentação de juiz O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a aposentação de um juiz de instrução criminal de Santa Maria da Feira que dirigiu actos processuais em moldes que o Conselho Superior da Magistratura reprovou pois aparentava estar alcoolizado ou sob influência de medicamentos. O arguido foi alvo de um processo disciplinar que culminou com a sua aposentação pela prática de uma infracção aos deveres de correcção, prossecução do interesse público, imparcialidade, lealdade e dos deveres deontológicos, impostos pela função de juiz. Na avaliação do órgão de gestão e disciplina dos juízes, os comportamentos do magistrado judicial em causa aparentam terem sido induzidos pela ingestão de bebidas alcoólicas e/ou fármacos, tendo o próprio confirmado estar submetido a medicação receitada pelo médico psiquiatra e, ao almoço, ingerir uísque e outras bebidas brancas. O magistrado, que chegou a concorrer ao cargo de juiz presidente das comarcas de Aveiro e do Porto, recorreu da decisão para a secção de Contencioso do Supremo Tribunal de Justiça, mas sem êxito. “A gravidade da violação dos deveres funcionais do recorrente, atenta, nomeadamente, a reiteração ou a natureza de execução continuada da con-

duta do recorrente, faz-nos facilmente concluir que não se trata de um episódio esporádico, mas de uma maneira de ser e de estar que denota incapacidade para alterar o seu comportamento”, lê-se no acórdão. Antes disto, o magistrado esteve 180 dias afastado dos tribunais, sanção devida à prática de agressões, na sequência de um acidente de viação em 2010, e de diversificadas atitudes assumidas publicamente, entre 2010 e 2014, devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Em 2010, o juiz agrediu um casal, após um acidente rodoviário em Gião, e o caso seguiu para o Tribunal da Relação do Porto que o condenou ao pagamento de uma multa de quatro mil euros por dois crimes de ofensa à integridade física simples. O juiz, com mais de 22 anos de experiência, é ainda suspeito de ter provocado um acidente, há cerca de um ano, numa rua das Caldas de São Jorge. Na altura, o Correio da Manhã noticiou que o juiz abandonou as duas vítimas no local e fugiu depois à GNR, tendo sido interceptado pelos militares quando o pneu se desfez, depois de ter conduzido de forma descontrolada durante 8km, entre as Caldas de São Jorge e Lobão.

jdS organiza fim-de-Semana de actividadeS SANGUEDO A Juventude de Sanguedo organiza, no próximo fim-de-semana, um conjunto de actividades. Na sexta-feira, há, pelas 21h00, Trail Running em parceria com o Clube BTT Sanguedo. No sábado, às 17h00, há workshop de Kizomba e às 21h00 actuam os Juv a Percutir, 12

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os Pequenos Músicos, Classe Conjunto Juvenil e Grupo Coral Adulto da JDS. No domingo, às 9h30 há caminhada e às 11h30 mega aula de Zumba. As actividades decorrem na sede da JDS e as inscrições para o Trail e Caminhada são gratuitas. www.correiodafeira.pt

LAMAS Uma missão empresarial moçambicana, de visita ao nosso país, esteve no Cincork, no passado dia 13 de Julho, no âmbito do projecto “Visita de Compradores”, promovido pela AIMMP – Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal, com o objectivo de promover relações e oportunidades de negócios entre Portugal e Moçambique, através da identificação e divulgação de oportunidades de negócios, estabelecimento de contactos de parceria, troca de informação e ideias, sendo no caso concreto sobre o sector corticeiro. A missão teve a oportunidade de se inteirar, ao visitar a nave oficinal do Cincork, da importância e da potencialidade da cortiça, nomeadamente nos processos de transformação em rolhas e discos, bem como no desenvolvimento de outras aplicações ao visitarem o Fablab deste centro. Este momento foi ainda aproveitado para que os seis jovens formandos do Cincork, que recentemente participaram nas finais mundiais do Land Rover 4x4 in schools, obtendo o 8.º lugar absoluto e o “Prémio Identidade”, fossem homenageados pelo Conselho de Administração do Cincork, recebendo os certificados de participação.

festival da francesinha em fiães FIÃES A Associação da Juventude de Fiães organiza, no próximo fim-de-semana, o 8.º Festival da Francesinha. O evento que começa no sábado e termina na segunda, 25, decorre no Parque das Piscinas de Fiães, com abertura às 19h00. Há animação, espectáculos diários e diversões para as crianças.

paróquia de louredo recebe 20 mil euros LOUREDO Um apoio de 20 mil euros foi aprovado por unanimidade, na última reunião do executivo municipal, para a Paróquia de Louredo avançar com obras de conservação e recuperação no exterior da Igreja Matriz.

escolas de fiães e lourosa serão intervencionadas Aquando da reunião de Emídio Sousa com a Secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, o presidente da Câmara informou, na última reunião do executivo municipal, que estão previstas intervenções a curto prazo na Eb 2,3 e Secundária de Fiães e na Eb 2,3 de Lourosa. “Serão intervencionadas ainda este ano”, garantiu Emídio Sousa. O autarca lamentou, contudo, que tenha de ser a Câmara a “assumir a gestão e candidatura da obra”. “Apesar de não ser uma infra-estrutura da nossa responsabilidade, o Governo quer que assumamos 50% dos custos. Com pouco agrado, temos de aceitar, dada a necessidade”, explicou, criticando “Lisboa por sacar aos municípios algumas centenas de milhares de euros para uma obra que deveria ser da sua responsabilidade”, uma situação que está a acontecer por todo o país. O foco da reunião era, porém, o futuro Centro Escolar da Feira, que enfrenta alguns “entraves burocráticos”. “O centro tem de avançar mas sem o terreno é difícil”, afirmou.


Cineteatro António Lamoso

Programação fechada Para a segunda temPorada Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

CULTURA

De Setembro a Novembro, o equipamento municipal recebe nomes como Pedro Piaf, Clapton Addiction, Sampladélicos e Linda Martini, entre muitos outros espectáculos de teatro, comédia e arte pura. FEIRA A segunda temporada do Cineteatro António Lamoso foi revelada na passada quarta-feira ao estilo “sunset”. No exterior do equipamento, havia bancos coloridos, bar aberto e um palco com árvore e luz vermelha de fundo. O vereador da Cultura, Gil Ferreira, mostrou-se feliz por “dar uma nova abordagem aos objectos artísticos” já que era o primeiro evento no exterior do CTAL. “O Cineteatro prometeu ser um espaço de identidade, território, encontros de pessoas diferentes e proporcionamos exactamente isso”, afirmou.

Música, novo circo e poesia erótica

De Setembro a Novembro, haverá teatro, marionetas, música, novo circo, comédia e até poesia erótica. A programação abre com um concerto da Orquestra e Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, a 9 de Setembro, em comemoração do seu 20.º aniversário. Segue-se outro “momento sinfónico”, a 17 de Setembro, com a Art’ Orchestra Ensemble e o pianista japonês Tomohiro Hatta. O Cineteatro recebe depois, a 24 de Setembro, “Mar Aberto”, o conjunto do Brasil que integra um “filho da terra”, Roberto Leão. Depois desta estreia, tempo para ver Joaquim Monchique encarnar Deus no seu novo espectáculo “God” que chega à Feira a 30 de

Setembro. Outubro arranca, no dia 8, com as Marionetas da Feira e a Jigsaw num espectáculo de “extraordinária beleza” inspirado numa lenda medieval e num conto renascentista. Um “bom momento para unir a família” que contará ainda com um workshop na Biblioteca Municipal. Segue-se, a 12 de Outubro, Pedro Piaf, “um talento local que dará um concerto no palco”. Os Clapton Addiction regressam, a 14 de Outubro, num espectáculo solidário cuja receita integral irá para o projecto Cuidar de Quem Cuida. A 19 de Outubro, há “8 aos 80” com a banda Naipes que vai “percorrer um conjunto de canções” contando a sua história que começou na Associação Musical Oleirense. O Grupo Gólgota realiza o seu 1.º Festival de Teatro, de 21 a 23 de Outubro, com workshops, exposição e apresentação para o público infantil. Próxima no palco, estará a Tertúlia Poética da Biblioteca de Oleiros, a 26 de Outubro, com um espectáculo de poesia erótica intitulado “Eros”. O mês fecha, a 29 de Outubro, com “In a Manner of Speaking”, do Ballet Contemporâneo do Norte, que se propõe a “reinventar novas formas de cidadania”.

Ri com mais dias de festival

Novembro começa com a segunda edição do “Ri – Festival Nacional de Comédia” que conta com

nomes como Joca, Zé Pedro, João Seabra, Joel Ricardo Santos, Francisco Menezes e “outros que serão anunciados brevemente”. A novidade é o número alargado de dias, entre 2 a 5 de Novembro, e a presença de Constantino Soares, que trará uma “personagem surpresa”. Duas noites de stand-up e uma de cinema, e uma exposição de cartoons cedida pelo Museu Nacional da Imprensa. A 12 de Novembro, juntam-se em palco Minta & The Brook Trout e You Can’t Win, Charlie Brown numa viagem “country, folk e electrónica”; e a 16 de Novembro, tocam os Sampladélicos, projecto do criador da Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, Tiago Pereira, que procura “paisagens sonoras”. A 19 de Novembro, há “estreia absoluta” com “A Velha”, espectáculo de clown da companhia Cão à Chuva, criada pelo artista feirense Rui Paixão. A programação encerra com Linda Martini, a 26 de Novembro, e actuações das bandas internacionais Caméra e M.E.S.S., a 30 de Novembro. A apresentação deu lugar à música com Time For T. Tiago Saga elogiou a francesinha da Adega Monhé e o Castelo da Feira, conjugou o português e o inglês, com melodias que falavam da preguiça, da crise e dos “dias escuros”, mas também da cidade de Ronda, no Sul de Espanha, pela qual se “apaixonou”. A noite terminou com DJ VonX.

Outro musical, Annie, também foi apresentado

ViVer Para semPre com as músicas e danças que todos conhecemos Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

A Academia de Música de Vilar do Paraíso levou, no passado sábado, ao Cineteatro António Lamoso uma adaptação da acarinhada série Fame. Duas sessões, uma com casa cheia, que encantaram os espectadores pelo profissionalismo na sua execução. A sessão da tarde tinha sido promissora mas nada que antevisse a quantidade de pessoas que se deslocaram ao Cineteatro António Lamoso, no passado sábado, para assistirem ao musical “Serei o Melhor”, uma adaptação da conhecida série Fame, levado a cabo pela Academia de Música de Vilar do Paraíso. Assim que as cadeiras do auditório se encheram, as cortinas abriram, mas não para o espectáculo em cartaz. Apresentava-se, primeiro, outro musical, excertos da história da pequena órfã Annie, interpretados pelo Teatro Musical Júnior. Actores de palmo e meio que provavam que a idade é só um número, encantando com a sua performance e canções como “Talvez”, “Amanhã” ou “Nunca estás Vestido sem um Sorriso”.

Encontrar o seu lugar

Mas o espectáculo principal não tardaria a chegar e logo ficamos a conhecer os promissores alunos da Escola de Artes Performativas. Alguns mais estudiosos, outros iludidos, ainda os engraçados e os que só procuravam a fama, havia espaço

para todos. Começaram a cantar sobre a alegria de terem entrado na escola dos seus sonhos e o caminho a percorrer para “encontrar o seu lugar”. A directora avisa, contudo, que não vai ser fácil e que só os melhores se tornarão “grandes estrelas”. A escola acolhe teatro, dança e música e as artes competem, em coro, umas contra as outras para determinarem qual é “mais difícil de entender”. Os alunos ensaiam, três formam uma banda pouco convencional e vão aprendendo mas também ensinando às professoras que há mais além da técnica. “Quando um actor pergunta “E se?” passa do real para o imaginário”, explicam. Há músicas que ficam no ouvido como “Fazer Magia”, “Uma Cena de Amor” ou “Pensa em Meryl Streep”, mas a que rouba a cena é aquela cantada pela personagem principal, Carmen Diaz, uma aluna que quer vencer no mundo mas que acaba por deixá-lo demasiado cedo, intitulada “Estou tão só”.

A Nutella supera a dança

Mas também há momentos de pura diversão, nowww.correiodafeira.pt

meadamente os que envolvem as personagens Mariana Vasconcelos e José Vegas. A primeira, uma “alma esfomeada”, numa luta constante contra a balança para poder ser bailarina, e que acaba por preterir a dança em função do desejado pote de Nutella; e o segundo, um típico adolescente “excitado”, que não pode ver um rabo de saias que logo desata a gritar “só quero desbundar”. Há segredos revelados, arrufos de namorados e uma amizade que se constrói pela colaboração colectiva, que acaba por dar origem ao espectáculo de final de ano em que todos se reúnem em palco numa bonita homenagem a Carmen Diaz de quem “irão sempre recordar o nome”. O público aplaudiu efusivamente e vibrou com o último mimo dos actores: a interpretação da música original “Fame, I’m gonna live forever”. A noite acabou com a directora da Academia a agradecer o “trabalho, empenho e dedicação” de todos e a entrega dos diplomas aos alunos que, na vida real, concluíam o seu percurso escolar e partiam para voos maiores. 18.JUL.2016

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Feira nos roteiros turísticos da Euroregião do Eixo Atlântico

BiBliotEcA MunicipAl AcolhEu concuRso nAcionAl DE lEituRA Marcelo Brito

FEIRA O auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira acolheu, na passada quarta-feira, a terceira e fase final da 10.ª Edição do Concurso Nacional de Leitura. Promovido pelo programa Ler+, integrado no Plano Nacional de Leitura, abrangeu alunos do 3.º ciclo e ensino secundário. Num programa divido em duas fases, parte do evento foi coberto, em directo, pela RTP1, com José Carlos Malato como anfitrião. Pela tarde, o júri juntou-se para avaliar os cinco finalistas de cada ciclo. Apresentados pelo comissário do Plano Nacional de Leitura, Fernando Pinto Amaral, dos jurados faziam parte: Maria de Fátima Mendes, do Instituto Camões; Márcia Cruz, da Biblioteca da Feira; Luís Filipe Santos, bibliotecário; Paula Teixeira, do Ministério de Educação; Maria Clara, da Rede de Bibliotecas Escolares, e José Carlos Malato. A todos os finalistas vindos de vários cantos do país, distribuídos pelos dois ciclos, foram concedidos

certificados de presença e livros. A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira também brindou os jovens leitores. Já o Plano Nacional de Leitura premiou os vencedores com tablets. Do 3.º ciclo, Lourenço Pires Miguel, da Escola Santa Maria do Olival, Tomar, arrecadou o 1.º lugar. Relativamente ao Ensino Secundário, o 1.º posto foi conquistado por Carolina Isabel Duarte Ramos, da Escola Secundária Santa Isabel, Estremoz. Ao Correio da Feira, Elisabete Carvalho, CIBE (Cadastro e Inventário dos Bens do Estado) de escolas afectas à DSRN (Direcção de Serviços da Região Norte) da área Entre Douro e Vouga e membro da organização, fez o balanço do Concurso. “Foi extremamente positivo. Os alunos foram excepcionais, com óptimas prestações. Foi um grande dia para a festa do livro e da leitura. Em termos organizacionais, correu tudo muito bem e dentro do previsto”, afirmou.

RotARy oRgAnizA REpAsto no povoADo O jantar do Rotary Clube da Feira, intitulado “Repasto no Povoado”, tem lugar no dia 4 de Agosto, durante a Viagem Medieval. “O pão era o alimento base da Idade Média. Os caldos eram o prato forte da refeição, à base de hortaliças e legumes secos, enriquecidos com um naco de carne ou toucinho. As brasas da fogueira cozinham a carne ou peixe, temperados com ervas aromáticas e as frutas e o vinho comple-

mentam a refeição. No Repasto poderá provar os hábitos alimentares do povo, propondo-se uma ementa simples, acompanhada de muita animação e entretenimento”, garante o Rotary. O evento tem início às 20h15 e as inscrições serão aceites por ordem de chegada, até ao dia 26 de Julho, com um limite de 40 pessoas. O ponto de encontro para o Repasto é a ponte levadiça nas margens do Rio Cáster.

EvocAção Ao BEAto MARcos cAlDEiRA E Aos QuAREntA MáRtiREs Do BRAsil Luís Filipe Higino

O Beato Marcos Caldeira, natural de Santa Maria da Feira, já tem uma rua com o seu nome na nossa cidade, mais concretamente no lugar de Milheirós. Marcos Caldeira foi um jovem missionário jesuíta nascido no ano de 1547. Segundo os registos, era filho de Pedro Martins e de Isabel Caldeira e entrara como estudante para a Companhia de Jesus em Évora em 1569 com 22 anos. Em 5 de Junho de 1570, o padre Inácio de Azevedo, natural do Porto, acompanhado de algumas dezenas de jesuítas que reuniu, entre os quais um noviço de nome Marcos Caldeira, embarcaram em Lisboa na nau Santiago rumo ao Brasil e seguiram na frota do Governador do Brasil, D. Luiz de Vasconcelos, com o objectivo de ajudar 14

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a cristianizar a Terra de Vera Cruz. Os missionários jesuítas fizeram uma escala na Ilha da Madeira, onde estiveram algum tempo na paróquia de Santo António do Funchal. Já a caminho do Brasil, em 15 de Julho de 1570, perto da Ilha da Palma, nas Ilhas Canárias, a nau Santiago em que viajavam foi atacada por barcos de piratas e corsários contrários à fé católica. Os quarenta missionários foram saqueados e martirizados com extrema crueldade e deitados ao mar. Entre estes estava o noviço Marcos Caldeira. Os Quarenta Mártires, entre os quais Marcos Caldeira, foram beatificados pelo papa Pio IX em 11 de Maio de 1854 e têm a sua festa anual litúrgica no dia 17 de Julho. www.correiodafeira.pt

Acaba de ser lançado o novo guia dos roteiros turísticos da terceira maior euroregião, a Eixo Atlântico, e Santa Maria da Feira está presente. “É proveitoso fazer parte da rede para nos promovermos no mundo”, disse o vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, na última reunião do executivo municipal. No guia, estão incluídos o Castelo, o Museu Convento dos Lóios, as Termas de S. Jorge e o Castro de Romariz, objecto de candidatura recente num “projecto ambicioso de requalificação do espaço”. O guia está disponível em três línguas (português, inglês e espanhol) e será distribuído em toda a euroregião. “Posteriormente, acompanhará os maiores periódicos de Portugal e Espanha e será inteiramente financiado por programas comunitários”, informou Gil Ferreira, acrescentando que o guia vai “dar a conhecer a narrativa, história e património” do Concelho.

Danças do Mundo com grupos de oito países Este ano o Danças do Mundo comemora o sua 38.ª Edição e durante duas semanas percorre várias freguesias de Santa Maria da Feira, assim como vários concelhos de Norte a Sul de Portugal. A Casa da Gaia, organizadora do evento, compromete-se a proporcionar um espectáculo “inesquecível” com várias culturas do Mundo. Os Grupos Internacionais são oriundos da Costa do Marfim (Anouaze-G.A), Espanha (Coros e Danzas Lola Torres), Índia (Shilpagya Índia), México (Ensamble Folclorico Mexicano), Nova Zelândia (Whitireia Performing Arts), Portugal (Grupo Folclórico das Terras da Feira - Casa da Gaia), Rússia (The Free Steppe) e Ucrânia (“Yunist Donbass”). Os Grupos Nacionais são o Grupo Etnográfico Danças e Cantares do Minho (Lisboa), Grupo Folclórico de Crastovães – Trofa (Águeda), Grupo Típico De Ançã (Coimbra) e Rancho Folclórico da Casa do Povo de Maiorca (Figueira da Foz). Danças do Mundo começa na quinta-feira, com a Gala de Abertura às 21h30, na Zona de Lazer do Outeiro, em Milheirós de Poiares. Segue, no domingo, para Canedo, às 15h00, no Parque Nossa Senhora da Piedade. No mesmo dia, às 21h30, dança-se em Souto, no Largo do Eleito Local. No dia 30 de Julho, há Gala Nacional, às 21h30, junto à Igreja Matriz de Argoncilhe; e no dia 31 de Julho, o encerramento, às 21h30, no mesmo local.

Festa das colectividades em canedo A Festa das Colectividades de Canedo, Vale e Vila Maior realiza-se no próximo fim-de-semana, entre quinta e domingo, com abertura às 20h00, no Parque Nossa Senhora da Piedade.

Festas de s. tiago animam Espargo ESPARGO As festas de S. Tiago comemoram-se este fim-de-semana. Começa na sexta-feira, pelas 21h30, com a Festa de Final de Ano das Classes de Dança, organizada pela UF Feira, Travanca, Sanfins e Espargo. No sábado, decorre, à mesma hora, o XXVII Festival Folclórico, organizado pelas Andorinhas de Espargo, que conta com o Rancho Folclórico Ecos de Montemuro “Beato” Lisboa, Rancho Foclórico Danças e Cantares do Furadouro (Torres Vedras) e Rancho Folclórico Estrelas Brancas de Arriana. No domingo, às 8h00, há Salva 21 tiros, às 16h00, missa solene ao Padroeiro S. Tiago; às 17h30, sai a procissão acompanhada pela Filarmónica Vaguense e o Grupo de Bombos Vale-Tudo. À noite, às 21h30, entram em palco “Os Verticais”, às 23h00 há fogo-de-artifício, seguido da actuação de Vira-Milho e suas bailarinas. A festa termina na segunda, 25. Às 20h30, há missa solene, seguida de actuações de Gimnodance, Tiago Teixeira (beatbox) e do humorista Fernando Rocha.


Publinformação

SAÚDE

Dr.ª Sara Pereira, Coordenadora da Unidade de Medicina Dentária do Hospital Privado de Gaia e Hospital Privado da Trofa e Médica Dentista no Hospital Privado de Gaia, Hospital Privado da Trofa e Hospital de Dia de Famalicão, Grupo Trofa Saúde.

Dr. João Coimbra, Médico Dentista no Hospital Privado de Gaia, Grupo Trofa Saúde.

MEDICINA DENTÁRIA DE ALTA DIFERENCIAÇÃO NO HOSPITAL PRIVADO DE GAIA Cada vez mais a saúde oral é essencial não só a nível estético, mas também como fator de bem-estar e conforto para as pessoas. Dentro desta perspetiva cabe à medicina dentária prevenir, prolongar e melhorar a saúde oral, através de tratamento, posicionamento ou reabilitação da mesma. No Hospital Privado de Gaia dispomos de uma equipa multidisciplinar, com larga experiência, com capacidade de resolução dos mais diversificados problemas. Temos a capacidade de tratamento em ambiente de consultório ou em bloco operatório com anestesia geral. Estamos ao dispor todos os dias, sendo que de segunda a sexta temos atendimento pós laboral. Temos ao dispor consulta de medicina dentária, consulta de implantologia/cirurgia oral, consulta de ortodontia, consulta de odontopediatria, consulta de endodontia mecanizada. A implantologia, dentro desta área, promove a reabilitação, quer fixa quer removível, através da aplicação de raízes artificiais de titânio no osso. Os implantes dentários são a melhor solução para a reabilitação oral, uma vez que

se apresentam como a solução mais duradoura e similar com a natureza. Após a sua colocação estão sujeitos a um período de osteointegração, ou seja, o período necessário para a cicatrização do implante no osso, para posteriormente realizarmos a reabilitação que pode ser através de coroas cerâmicas ou próteses acrílicas. Hoje em dia, podemos colocar implantes de carga imediata, isto é, coroas fixas logo após cirurgia, sendo esta uma decisão que cabe ao médico dentista mediante a avaliação do caso clínico. A Ortodontia é a especialidade da Odontologia relacionada com o estudo, prevenção e tratamento dos problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da face, dos arcos dentários e da oclusão, ou seja, disfunções dento-faciais. Várias causas podem ser responsáveis por problemas no desenvolvimento gerando a “má-oclusão”, que basicamente significa uma relação de contacto incorreta entre os dentes superiores e inferiores. Os dentes mal posicionados dificultam a higienização, favorecem a inflamação gengival, o aparecimento de cáries,

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acumulação de tártaro, o desenvolvimento de dores musculares e problemas articulares, além de, em muitos casos, comprometer a estética. Dentes bem posicionados previnem os problemas descritos, melhorando a estética, o sorriso, a mastigação e a fonação. No Hospital Privado de Gaia realizamos todos estes tratamentos com a experiência e qualidade que nos é reconhecida e, aliás, como é apanágio da nossa Instituição.

Corpo Clínico de Medicina Dentária: Dr.ª Alexandra Silva Dr. Diogo Rocha Dr.ª Joana Maia Dr. João Coimbra Dr.ª Rita Barroso Dr.ª Sara Pereira Dr.ª Sofia Simões Alves Consultas todos os dias da semana

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Geração Rui Dolores na II DIstrital

Mercado de Transferência

O Trail Running chegou a Sanguedo

André Fernandes nos Jogos da CPLP

Formação de Santa Maria da Feira vai criar equipa sénior na temporada 2016/17.

Acompanhe as movimentações de mercado das equipas concelhias a disputar a I Divisão Distrital de Futebol e Futsal.

Clube de BTT de Sanguedo abriu secção destinada exclusivamente ao fenómeno do trail running,

O atleta do Clube Jovens D’Ouro vai representar Portugal na 10.ª edição da competição.

Futebol

Futebol e Futsal

Reportagem

Taekwondo

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DESPORTO

Foto: CD Feirense

DUAS VITÓRIAS E UMA ‘CHUVA’ DE GOLOS

Alampasu Peçanha Ivo Carvalho Ícaro

Luís Rocha Paulo Monteiro

Barge Micael Freire

Vítor Bruno Alex Kakuba

Cris Semedo Ricardo Dias

Rúben Oliveira Tiago Jogo Luís Aurélio

Fabinho Vieirinha Tiago Silva

Luís Machado João Tavares

Estágio do Feirense, realizado em Seia, terminou com duas vitórias e 11 golos apontados, nos dois jogos de treino efectuados, frente a Académico de Viseu (5-4) e Tourizense (6-0).

Etebo David

Platiny Lane

ENTRADAS Clube

Nome Tiago Jogo

Farense (regresso)

Peçanha

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt I LIGA O estágio de uma semana, realizado em Seia, pelo Clube Desportivo Feirense deixou boas indicações para a época que se avizinha. Além de várias e intensas sessões de trabalho, os ‘fogaceiros’ realizaram dois jogos treino, averbando outras tantas vitórias. Destaque ainda para o elevado número de golos apontado, 11 no total, a deixar ‘agua na boca’ aos sócios e simpatizantes do Feirense. No primeiro apronto, realizado na terça-feira, frente ao Académico de Viseu (II Liga), a formação orientada por José Mota venceu por 5-4. Na primeira parte, os ‘fogaceiros’ venciam por 2-0, fruto do bis do goleador brasileiro, Platiny (35 e 44 minutos). Na segunda parte, a partida foi mais equilibrada, mas o Feirense mantevese sempre na frente do marcador. Na etapa complementar, os golos dos

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azuis foram apontados por Luís Machado (64’ e 75’) e Luís Aurélio (69’). O segundo teste aos pupilos de José Mota foi bem mais tranquilo, terminando com uma goleada. Em partida realizada no sábado, frente ao Tourizense (Campeonato de Portugal), o Feirense manteve pontaria no ataque e não deu veleidades na defesa, vencendo por expressivos 6-0. Ao fim dos primeiros 45 minutos, o Feirense já vencia por 4-0. Na segunda parte, o Feirense abrandou ligeiramente o ritmo, mas, ainda assim, conseguiu dilatar a vantagem até à meia dúzia. Os golos da formação de ‘castelo ao peito’ foram da autoria de Etebo (18 e 33 minutos), Tiago Silva (26’), Paulo Monteiro (39’), Platiny (56’) e Luís Aurélio (80’). Em ambos os jogos, José Mota apresentou duas equipas distintas nas duas partes dando

‘rodagem’ a todos os elementos do plantel disponíveis. Destaque, ainda, para a presença das duas mais recentes ‘caras novas’ do plantel: o lateral esquerdo Alex Kakuba (ex-Estoril) e o médio Tiago Silva (exBelenenses), ambos por empréstimo (uma e duas época, respectivamente). O ugandês de 25 anos regressa a Santa Maria da Feira, depois de já ter estado, na segunda metade da época passada, emprestado ao Feirense. Já o internacional português Sub-21, de 23 anos, esteve sempre em Belém, enquanto sénior. No entanto, Tiago Silva não estará presente no início do campeonato, pois é um dos 18 convocados do seleccionador Rui Jorge para representar Portugal nos Jogos Olímpicos. Recorde-se que o nigeriano Etebo também estará presente na prova.

Viitorul

Vítor Bruno

Cluj

Luís Aurélio

Nacional

Luís Rocha

Freamunde

Paulo Monteiro

União da Madeira

Ricardo Dias

Belenenses (emp.)

Tiago Silva

Belenenses (emp.)

Alex Kakuba

Estoril (emp.)

SAÍDAS Nome

Clube

Makaridze

Moreirense

Luís Ribeiro

Estoril

Vasco Rocha

P. Ferreira (regressa)

Alí Meza

D. Táchira (regressa)

Kukula

Marítimo (regressa)

João Vieira

Moreirense (regressa)

Kizito

Rio Ave (regressa)

Rena

Cesarense

DÚVIDAS Entradas: Thiago Santos (Bragantino) Saídas: Mika, Serginho, Nuno Diogo, Hélder Castro, Porcellis, Magique, Emma

EMPRÉSTIMOS Nome

Clube

Pedro Santos

-

Nandinho

-

CALENDÁRIO PRÉ-ÉPOCA 16 Julho: CD Feirense x GD Tourizense | 10h00 | Seia 20 Julho: Ac. Coimbra x CD Feirense | 20h00 | Coimbra (Jogo de apresentação da Académica de Coimbra) 22 Julho: CD Feirense x Sp. Gijon | 18h30 | Arcos de Valdevez 27 Julho: CD Feirense x Penafiel FC | 17h00 |

FEIRENSE COMEÇA NO TERRENO DO ESTORIL Sorteio da Liga NOS, realizado no Europarque, ditou que o Feirense se estreie na prova em casa do Estoril-Praia. A Liga de Portugal realizou, no final de tarde de sexta-feira, o sorteio da Liga NOS, Ledman LigaPRO e Taça CTT para a época 2016/17. O evento, a que a organização deu o nome de ‘Kick-Off 2016-2017’ decorreu no grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira. A jornada inaugural está marcada para o fim-de-semana de 14 de Agosto e o Feirense começa a prova em casa do Estoril-Praia. Na 16

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2.ª jornada, o Marcolino de Castro marca o regresso à I Liga com a recepção ao Moreirense de Pepa (ex-treinador dos ‘fogaceiros’). O Feirense termina o campeonato em casa do Vitória de Guimarães, no fim-de-semana de 21 de Maio. O primeiro ‘grande’ a visitar o Marcolino de Castro será o FC Porto, na 13.ª jornada (11 de Dezembro). O Benfica visita a Feira no fimde-semana de 05 de Março (24.ª jornada) e o Sporting no de 14 de www.correiodafeira.pt

Maio (33.ª e penúltima jornada). No sorteio relativo à Taça CTT, a sorte ditou que o Feirense receba o Tondela, para a segunda fase da competição que irá decorrer no dia 26 de Outubro. A sessão serviu também para homenagear os melhores do futebol português na época transacta e a Liga Portuguesa de Futebol considerou o ex-Feirense Makardize, como o melhor guarda-redes da Ledman Liga Pro.

Santa Maria da Feira 30 Julho: Adversário e horário ainda por definir | Jogo realizado em Santa Maria da Feira 3 Agosto: CD Feirense x FC Cesarense | 17h00 | César 6 Agosto: Jogo de Apresentação – CD Feirense x Dep. Coruña | 20h00 | Estádio Marcolino Castro

EQUIPA TÉCNICA

Treinador: José Mota Treinador adjunto: Paulo Sousa Treinador adjunto: Nuno Manta Treinador de Guarda-Redes: Paulo Santos


futebol

União de Lamas ‘puxa dos galões’ no ‘campeonato’ dos candidatos à subida

C.

F. F F

U. L.

Plantel 2016/17 Hélio Malta kiko Pedro Justo Joel

João Marques Toninho

Marcelo Leandro

Tiago Ribeiro Ameriquinho Oscar Beirão

Luís Manecas

Américo Mauro

Fábio Raul Flecha

Luís Miguel Martins

“Se for pela hiStória doS clubeS, eu aponto trêS candidatoS: u. lamaS, eSpinho e beira-mar”

Tintim Paulinho

Manu Bruno Faria

Luís Miguel Martins, treinador do União de Lamas, discorda de quem se auto-intitula candidato à subida, mas quando lhe falam de históricos não tem dúvidas: os lamacenses, o Espinho e o BeiraMar são os principais pois são únicos que estiveram nos campeonatos profissionais.

Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt I DISTRITAL A época 2015/16 terminou com o U. Lamas bem longe dos objectivos definidos, que passavam pela subida. Os lamacenses findaram a época num modesto oitavo lugar, mas a direcção do clube mantém a confiança no treinador Luís Miguel Martins (assumiu o cargo a meio da temporada já com a equipa arredada dos lugares cimeiros), acreditando que é o homem certo para retomar o U. Lamas aos dias de glória. Subir não é um objectivo assumido, mas andar nos lugares cimeiros é uma obrigação. Fausto Sá, elemento da direcção, explica porque Luís Miguel Martins — “homem da casa” — é o escolhido para atacar a época que se avizinha. “Quando contratámos o Luís Miguel, a meio da época passada, já lhe tínhamos transmitido que o objectivo era terminar a época e começar a preparar a seguinte. Ele sabia que não ia ter tarefa fácil na época passada, nós sabíamos que tínhamos problemas, mas era importante que ele pegasse logo na equipa para conhecer os atletas que tinha à disposição e fazer as escolhas dele para a época que se aproxima”, afirma Fausto Sá. Com a possibilidade de construir uma equipa de início e ‘à sua imagem’, Luís Miguel (fazia parte da equipa campeã do Mundo Sub-20 de 1991, em Portugal) aponta os erros do passado como uma aprendizagem para a nova época. “Quando cheguei pareceu-me que alguns jogadores sentiram muito a perda, tão cedo, dos objectivos. Senti isso no balneário, senti que alguns jogadores estavam desmoralizados. Depois perdemos o Pirata, que fez muita falta porque o U. Lamas não tinha mais nenhum ponta-de-lança, aliado ao facto de alguns jogadores estarem acomodados ao clube”, aponta Luís Miguel, sem receios, completando: “senti uma equipa pouco ambiciosa e não só porque estava afastada dos objectivos. São públicos os problemas disciplinares que tivemos. Foram vários factores. Foi o ano que senti mais dificuldades em treinar, o único que não tive sucesso.

“Vou tentar recuperar a mística deste clube.” Mas também tenho culpas, se calhar não consegui que a minha mensagem fosse passada para o plantel”, explica. O técnico admite que quis passar a mística que o clube tinha nos tempos em que foi jogador dos rubro-negros, nos nacionais. “Aprendi no futebol a jogar sempre para ganhar. O U. Lamas é uma instituição com muito nome e os jogadores deviam saber isso. Têm de dar ‘mais que o máximo’. Foi o que tentei transmitir aos jogadores. Já fui atleta do clube na II Liga e, mesmo com orçamentos mais baixos, tínhamos uma mística muito forte. O meu objectivo passava por incutir um espírito idêntico no clube, com um grupo muito forte e unido. Voltar à mística antiga, mas não consegui. Penitencio-me por isso. Foi uma época atípica. Mas serviu para conhecer o plantel e as pessoas da direcção para tentar melhorar na próxima época”, finaliza Luís Miguel.

“Esta instituição tem sempre de lutar pelos primeiros lugares”

O treinador dos lamacenses espera agora conseguir criar “um balneário forte”. “Se conseguirmos, vamos ser uma equipa muito forte. Vai ser muito difícil vencer o U. Lamas. Vou tentar recuperar a mística deste clube”, refere Luís Miguel, acreditando que esta será a base fundamental para conseguir os objectivos que passam…pelos lugares cimeiros. “Um clube como o U. Lamas, com as condições de treino que tem, a vontade que a direcção tem em dar o melhor aos atletas e aos treinadores, pela sua história, pelos associados, é uma instituição que tem de andar sempre nos primeiros lugares”, garante o técnico de Santa Maria de Lamas. Quanto a candidatos, Luís Miguel hesita em apontar os

Luís Miguel Martins e Fausto Sá principais, mas acredita “que vão existir, pelo menos, 12 equipas muito fortes”, apontando o dedo àqueles que se autointitulam candidatos: “existem equipas a dizerem-se candidatas, treinadores que nem conhecem o campeonato…não sei com que fundamento dizem isso. Vou para a sexta época que treino na I Divisão Distrital de Aveiro e todos anos aparece muita gente a dizer-se candidata a subir, mas eu não concordo com essa postura”. Onde Luís Miguel não tem dúvidas é em responder aos que recorrem à história para legitimar aspirações. “Se for pela história dos clubes, eu aponto três candidatos: U. Lamas, Espinho e Beira-Mar. Foram os únicos clubes que estiveram nos campeonatos profissionais. Mas também não quero ir por ai. Conheço muitas equipas de qualidade e não podemos diferenciá-las”, afirma, apontando a “capacidade mental” para aguentar eventuais maus resultados como ‘chave’ para o sucesso. Sem deixar de ser ambicioso, o U. Lamas não vai, contudo, ultrapassar os seus limites orçamentais, mesmo que isso traga ‘dissabores’ na constituição do plantel. “Estamos com os ‘pés bem assentes na terra’, não vamos entrar em loucuras, mas

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“Todos os anos aparece muita gente a dizer-se candidata a subir.” vamos tentar dar o máximo possível ao treinador Luís Miguel. Temos um limite e o treinador tem consciência disso”, refere Fausto Sá, completado pelo técnico Luís Miguel: “Há equipas que o ano passado e há dois anos tiveram grandes problemas financeiros e estão a apostar muito esta época. O U. Lamas perdeu alguns jogadores para essas equipas porque não ultrapassa os seus limites”. “Satisfeito com a base já criada”, o treinador do U. Lamas espera, no entanto, mais dois ou três reforços para fechar o plantel. “Precisámos talvez de mais um ponta-delança, um defesa central e alguém para o meio-campo”, finaliza. A equipa técnica do U. Lamas foi também reforçada com o treinador-adjunto/preparador físico Luís Luís — o “melhor reforço do U. Lamas”, segundo Luís Miguel —, que se junta a Alfredo, treinador dos guarda-redes, e Rafael Magalhães, na observação. 18.JUL.2016

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Nasce uma nova equipa de futebol sénior no Concelho de Santa Maria da Feira. A Geração Rui Dolores, outrora dedicada em exclusivo aos escalões de formação, vai, já na época que se avizinha, competir na segunda divisão distrital da Associação de Futebol de Aveiro.

Geração rui Dolores cria equipa sénior Marcelo Brito

II DISTRITAL Depois de conhecida a inscrição do Pousadela nas competições distritais, a Geração Rui Dolores – nome que vai adoptar – vai estrear uma equipa sénior no segundo escalão do futebol aveirense, como anteriormente anunciado pelo Correio da Feira. Rui Dolores, ex-jogador profissional e actual presidente do clube concelhio, revelou que esta ideia “já se arrasta há algum tempo”. “Sempre tive em mente criar uma equipa sénior e agora vamos finalmente concretizá-lo”, iniciou. A criação de um escalão sénior pode indiciar uma mudança de paradigma dentro da Escola de Formação Rui Dolores, algo que, segundo o próprio, “não está em causa”. “A ‘Escolinha’ é para a formação. O futebol sénior surge porque entendo que motiva aqueles que jogam nas camadas jovens. Até os próprios pais olham de forma diferente para este projecto. Queremos potenciar os talentos que temos na Escola”, revelou. Actualmente, a Escola de Formação Rui Dolores conta com cerca de 120 atletas espalhados pelos seguintes escalões: Petizes; Traquinas (B e A); Benjamins (B e A); Infantis (B e A); Iniciados e Feminino de Sub-18, um “verdadeiro motivo de satisfação” para Rui Dolores.

“Queremos terminar nos cinco primeiros”

Apesar de ser “um ano de experiência”, Rui Dolores aponta os cinco lugares cimeiros como objectivo. “Partimos do zero, mas por tudo aquilo que temos vindo a fazer, acredito que estamos no bom caminho para fazer um bom campeonato e tentar terminar nos cincos primeiros”, objectivou. Isto, porque os cinco primeiros classificados de cada série da segunda divisão conseguirão a manutenção directa, devido à criação, em 2017/18, de uma terceira divisão. Ao Correio da Feira, Arménio Pinho, presidente da AF Aveiro, confirmou essa decisão. “A próxima época [16/17] vai ser uma época de transição para a reestruturação dos campeonatos, algo que já foi aprovado”, disse. Assim, existirá, em 2017/18, a divisão Pro Nacional, que para Arménio Pinho será “para as equipas com ‘arcaboiço’ atacarem o Campeonato de Portugal”, seguida de uma primeira divisão que considera “intermédia”. Com esta reestruturação, a divisão que se criará passará a denominar-se de segunda divisão.

“Queremos envolver toda a cidade neste projecto”

Filipe Leão, responsável pelo futebol sénior e director-desportivo, quer cativar o maior número possível de

apoiantes para a Geração Rui Dolores. “A nossa perspectiva é envolver toda a cidade neste projecto. Além do facto do Rui [Dolores] já ter uma base criada no que toca à formação, pensamos no futebol sénior como algo que possa envolver a cidade e o Concelho. Queremos dar uma imagem mais adulta à Geração RD”, disse. Sobre o plantel, as inscrições estão praticamente fechadas, havendo apenas “três ou quatro vagas por preencher”. “Todos os jogadores têm algum nível de relação com o clube”, esclareceu, antes de divulgar alguns nomes já garantidos. São eles: Nakata, ex-Soutense, Pedro Abelha e Higuita, ex-Arrifanense, Gui e Pedro Nunes. O comando técnico do clube ficará entregue a José Manuel que na época anterior orientou o Reguenga Palhota, da Inatel. O início dos trabalhos aponta para a primeira semana de Agosto. Já Rui Dolores esclareceu o que a muitos despertava curiosidade. Apesar de ter jogado, no início da época anterior, ao serviço do Beira-Mar, o antigo jogador profissional pretende colocar um ponto final na carreira. “Não tenciono integrar a equipa sénior. Jogar em competições oficiais está fora de questão. Não é por não ter capacidade, mas pela indisponibilidade. O crescimento da minha Escola tem sido gradual e isso já acarreta muita responsabilidade”, esclareceu.

Rui Dolores

“Acredito que estamos no bom caminho para fazer um bom campeonato e tentar terminar nos cincos primeiros.”

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Fiães anuncia equipa ‘B’ O Fiães Sport Clube anunciou através de um comunicado, na passada quintafeira, dia 14, a criação de uma equipa ‘B’ sénior masculina. Paulo Lima, presidente do clube fianense, vinca “o crescimento para o futuro” como principal razão da criação desta equipa que militará, na época que se avizinha, na segunda divisão distrital da Associação de Futebol de Aveiro. “A direcção vai fazer uma aposta firme, com futuro, na formação, com vista a reduzir a distância que ainda existe actualmente na potenciação dos seus talentos. A criação de uma equipa ‘B’ irá possibilitar acompanhar mais de perto, jovens atletas que estão ou que já passaram pela nossa formação”, lê-se. Com esta forte afluência, o segundo escalão do futebol aveirense contará (para já) com 13 (!) equipas concelhias: Paços de Brandão, Canedo, Soutense, Rio Meão, Arrifanense, Mosteirô, Lobão, Argoncilhe, Sanguedo, Caldas de São Jorge, Geração Rui Dolores, Pousadela e Fiães ‘B’.


EQUIPA TREINADOR

Lourosa

Fiães

S. João de Ver

C.

AGENDA

Nuno, Chaves, Sousa e Ginho (Fiães), Inverno (Bustelo), Eduardo (Paivense), Afonso, Tomaz, Drula, Rocha e Edu (Juniores).

João Pinto (Estarreja), Joel, Hugo, Djibril (estrangeiro), Correia (Esmoriz), Marco Sá, Nélson, Penantes (Gondomar).

Início dos trabalhos a 8 de Agosto.

Fabiano, Samu, Magalhães, Neves, Bruno Tiago, Jaiminho, Dani, Tiaguinho, Nélson Diogo, Joel.

Jonny Mota (Argoncilhe) e Nuno Gomes (Leverense); Mário Pereira (Cesarense), Seminha (Espinho), Xavi (U. Lamas), Dani (Esmoriz), Diogo Barbosa, Edu, Gonçalo Pereira, Luís Filipe, Loris (Juniores), Andrezinho (Sanguedo).

Nuno, Chaves, Sousa e Ginho (Lusitânia Lourosa), Bino (S. João ver).

Início dos Trabalhos a 8 de Agosto.

Magolo, Yorn, Manu, Leo, Cardoso, Martini.

Saúl (U. Lamas); Bruno Costa (Sanjoanense); Vitinha e Ricardo Gomes (U. Lamas), João Pedro, Luís Belo, Machadinho (Estarreja), Bino (Fiães), Pedro Sá (Paços Brandão), Marco Ribeiro (Tirsense), Igor, Rui Lima, Samu e Fonseca (Juniores).

Pedro Justo e Tiago Ribeiro (U. Lamas).

Início dos Trabalhos a 6 de Agosto.

Hélio Malta, Kiko; Marcelo, Ameriquinho, Joel, João Marques, Toninho, Luís, Américo, Bruno Faria, Tintim, Fábio Raul.

Pedro Justo e Tiago Ribeiro (S. João Ver), Leandro (Gafanha), Óscar Beirão (Oliveiro do Douro), Manu (Cesarense), Flecha (Paivense), Mauro, Paulinho e Tiago Melo (Juniores).

Saúl (S. João de Ver); Xavier (Milheiroense), Fábio Queirós, Vitinha, Xavi e Ricardo Gomes (S. João de Ver), Pena, Mamadou.

Início dos trabalhos a 8 de Agosto.

Rui; Cerqueira, Pedro Nuno, André, Mendes, Jardel, Serginho, Marcelo, Martins, Maia, Jekas, Joãozinho, Zé António, João Luís, Pedro Sousa.

Xavier (U. Lamas), Barbosa e Miguel (Carregosense), Bruno (juniores), Pedro Moreira (Alvarenga), Castro (Paivense).

Roscoff (Sanjoanense); Chinês (Macieirense), Churra (terminou a carreira), Telmo (Cucujães), Sandro.

Início dos trabalhos a 6 de Agosto. Torneio de Milheirós (03/09) com o Macieirense, Romariz e Arrifanense. Jogo de apresentação frente ao Rio Ave (data a definir).

Cristiano; Huguito, Julinho, Leitinho, Cadete, Abel.

Marcelo (Rio Meão).

Adolfo Teixeira

Ricardo Maia

U. L.

Milheiroense

SAÍDAS

Rui; Vítor Sá, Viditos, Bruno, Max, Moisés, Jó, Fernando, António, Ivo Oliveira, Andrezinho, Pedro Silva.

Miguel Oliveira

F.

União de Lamas

MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS FUTEBOL PERMANÊNCIAS ENTRADAS

Luís Miguel Martins

Helder Pinho

Início dos trabalhos a 8 de Agosto.

Romariz José Borges

Lourosa Feminino

Lamas Futsal

FUTSAL Renata Sona; Madalena Pereira, Juliana Rodrigues, Estela Conceição, Ticha, Diana Cruz, Sara Cruz, Patrícia Soares, Diana Robalinho.

Andreia (Always Young).

Rita Líbano (abandonou o futsal), Erika (Rio Ave).

Início dos trabalhos a 1 de Setembro.

Nuno Couto; Vítor Amorim, Diogo Amorim, Keké.

Leonel Monteiro (Boavista Sub-20), Miguel (Juniores); Cereja (Futsal Azeméis), Tito (Boavista), Zé Paulo (Barranha), João Maio (Académica de Leça), Dani e Diogo Fonseca (Juniores).

Ricardo Leite (Silvalde), Kanika (Boavista), Hugo, João Paulo (passa a treinador de guarda-redes do Lamas Futsal), Alicante (Arsenal Parada).

Início dos trabalhos a 17 de Agosto.

João Cadete, Fábio; Paulo Russo, Moisés, Bubu, Maric, Miguel , Mix.

Nelson (juniores); Pichel (Silvalde), Cafu (Granja), Mika (juniores), Emídio (juniores), Tiago Dias (juniores) e Pedro Pinho (juniores).

Marco Pinheiro.

Pedro Castro (sem clube), André Guedes (Juniores do futebol Feirense), Filipe Lemos (Modicus Sub-20), Paulo Magalhães (Lourosa).

Bruno Rodrigues (retirado), Bruno Gomes (Silvalde), Carlos Filipe e Nuno Duarte.

Início dos trabalhos a 5 de Setembro.

Marco Leite; Rui Rodrigues.

Tiago (Dínamo Sanjoanense), Fábio Ferreira (Azagães).

Nando Costa (Saavedra Guedes), Tiago Pinho e Quirino (Dínamo Sanjoanense), Válter Melo (passa a treinador-adjunto do Arrifanense Futsal).

Início dos trabalhos a 5 de Setembro.

Zé Paulo Almeida

Luís Alves Diogo Santos, Ricardo e Artur.

Juv. Fiães

Juv. Canedo

Arrifanense

Joel Santos

CURTAS FORMAÇÃO O S. João de Ver vai realizar captações para os seus escalões de formação. Em futebol de 7, os treinos de Infantis, Benjamins e Traquinas decorrem aos sábados de manhã, dos dias 23 e 30 de Julho. Já em Iniciados, Juvenis e Juniores, os treinos decorem de 25 a 29 de Julhos (das 19h às 21h20).

II DISTRITAL Em comunicado, o CD Paços Brandão anunciou que a “crise directiva do clube está a poucos dias de ser ultrapassada”. Após mais uma Assembleia-Geral Extraordinária, a solução para o clube brandoense deverá surgir na próxima semana, através de uma Comissão Administrativa formada por um grupo de sócios.

II DISTRITAL O treinador Vasco Coelho vai continuar, na próxima época, no comando do Canedo Futebol Clube. O técnico, natural de Sanguedo, substituiu a meio da época transacta João Paulo, acabando a época no quarto lugar, a doze pontos do primeiro lugar e a dez do segundo, que dava o apuramento para o play-off de promoção.

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FUTSAL Diana Robalinho vai continuar ao serviço do Lusitânia Lourosa Futsal. A craque lusitanista, que fez parte da equipa que garantiu o título distrital e da subida aos nacionais, além de ser nomeada para o cinco do ano (para a AFA), vai continuar a vestir de aurinegro na próxima temporada. 18.JUL.2016

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REPORTAGEM

Fenómeno do Trail running chegou a Sanguedo para Ficar

O Trail Running é a nova moda do mundo desportivo e vai-se afirmando ‘de pedra e cal’. Santa Maria da Feira não fugiu à tendência e o Clube de BTT de Sanguedo teve, inclusive, de criar uma secção de Trail Running para dar resposta à afluência. Marcelo Brito

TRAIL RUNNING Trilhos quase inacessíveis, zonas montanhosas, enormes declives, subir e descer riachos e ultrapassar terrenos acidentados são alguns dos desafios que um atleta tem que estar preparado para superar uma prova de Trail Running. Parece-lhe difícil? É, mas as pessoas estão a aderir de tal forma que esta modalidade está a tornar-se num verdadeiro fenómeno por todo o mundo. Portugal não foge à regra e Santa Maria da Feira não quis ficar de fora. Prova disso é o facto do Clube de BTT de Sanguedo ter que abrir uma secção destinada exclusivamente ao Trail Running. Os grandes culpados são Richard Nogueira, sanguedense, e o gaiense Hugo Silva, que habita em São João de Ver. As provas de BTT surgiram na Vila de Sanguedo por volta de 2004. “Éramos quatro ou cinco e corríamos por carolice e desporto, mas o grupo foi aumentando e decidimos entrar em provas. Há três anos, começámos a ganhar o gosto pela corrida. Realizávamos provas de Estrada e Trail, mas foi este último que mais me fascinou. Talvez por ter a vertente do BTT”, revela Richard Nogueira, vicepresidente do Clube. Richard e Hugo cruzaram-se há cerca de dois anos numa prova de BTT, mas a indisponibilidade de frequentar ginásios e a necessidade de ganhar resistência, levou-os a arrumarem a bicicleta para canto e começarem a correr. Este ano, a direcção do Clube de BTT de Sanguedo mudou – com Américo Arada a substituir Fernando Correia na presidência – e decidiram então, criar a secção de Trail Running. Verificou-se uma mudança de paradigma. “O Trail absorveu uma boa parte dos atletas que praticavam BTT. Ficamos com um núcleo duro de seis pessoas. Inicialmente, não funcionávamos como equipa nem tínhamos esse objectivo”, conta Hugo Silva, que descobriu no Trail uma nova pai-

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xão. Assim, este grupo de amigos, “depois de experimentarem e gostarem”, acabaram por aceitar o convite para participarem no primeiro Trail. Foi em Paredes, no Trail da Serra do Muro. “Foi aí que percebemos o porquê do Trail ser uma modalidade em ascensão”, revela Hugo, antigo praticante de triatlo. Para Hugo Silva, “a criação da secção de Trail Running não surge com o objectivo de rivalizar”. “O Clube teve que se adaptar à evolução. Criámos esta secção para nos actualizarmos a um fenómeno desportivo que está em ascensão. As actividades não são muito dispendiosas e as pessoas podem aderir com facilidade, promovendo em simultâneo, o convívio”, esclarece.

Três treinos semanais

Apesar de tudo ter começado voluntariamente e sem compromisso, a criação de uma secção oficial de Trail Running, obrigou os responsáveis do Clube de BTT de Sanguedo a uma melhor organização e planificação dos treinos. Inicialmente, com treinos às quartas e sextas-feiras, os de quarta estavam destinados à corrida em Estrada e os de sexta para o Trail. A grande afluência obrigou Richard e Hugo a abrirem uma sessão de treinos à segunda-feira. “Essen-

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cialmente, para eles ganharem ritmo”, justifica o primeiro. O Trail Nocturno de Sanguedo, à sextafeira, está aberto a todas as outras equipas que pretendam comparecer e correr. “De repente, já nos estavam a pedir para fazermos caminhadas. Podemos dizer que, neste momento, somos o grupo mais polivalente. Temos corrida em Estrada, temos Caminhada e Trail, tudo no mesmo dia”, revela. Assim, podemos constatar o porquê da grande afluência ao sector de Trail Running do Clube de BTT de Sanguedo. Têm tudo planificado e preparado. Chegam, inclusive, a reunirem-se aos domingos de manhã para preparem o percurso de… sexta-feira. Hugo Silva destaca “o facto de tudo ter começado por ser um grupo de amigos que se iam juntando para realizar provas”. “Juntámos a motivação, incorporando-a numa actividade regular todas as sextasfeiras. Foi uma enorme evolução”, diz. Para Hugo, “é uma grande responsabilidade moderar o grupo”. “Já somos muito requisitados. Temos pessoas oriundas de vários locais, nomeadamente Maia, Gondomar, Oliveira de Azeméis e Porto, a virem ter connosco”, revela. Isto deve-se, em grande parte, à utilização de Marketing Digital e claro… das redes sociais mais em voga.

I Trail Rosa do Adro

O Trail Rosa do Adro é a grande aposta do Trail Running de Sanguedo. Realizar-se-á nos próximos dias 14 e 15 de Agosto e as perspectivas são altas. Para Hugo Silva, “o I Trail Rosa do Adro é a consagração de todo o trabalho feito ao longo dos últimos dois anos”. Hugo Silva prossegue, afirmando que toda a equipa “está preparada para oferecer uma organização quase excelente”. “Queremos mostrar todo o nosso trabalho, mas o objectivo é melhorar edição atrás de edição”, aponta. Já Richard Nogueira, recorda a organização da terceira etapa do Circuito de Trail de Santa Maria da Feira, organizado pelo próprio Município, como ponto-chave para a realização do I Trail Rosa do Adro. “Correu muito bem e isso despertou curiosidade para verificarmos a nossa capacidade em organizar este grande evento”, disse. O grande objectivo é que este evento se afirme e comece a realizar-se anualmente. “Queremos mostrar que, mesmo dentro de um ambiente rural no interior do Concelho da Feira, conseguimos dinamizar uma actividade desportiva muito enriquecedora”, afirma Hugo Silva. A primeira edição do Trail Rosa do Adro iniciar-se-á a 14 de Agosto, domingo, com o Kids Trail. Este é, segundo os organizadores, “uma competição simbólica” que terá uma distância compreendida entre os 800 e os 1000 metros para idades entre os oito e os dez anos. Na segunda-feira, dia 15, realiza-se a Caminhada – circuito misto – com um percurso de 10 quilómetros, seguido pelo Trail. Este, divido em duas provas: 15 e 32 quilómetros, com o início do percurso marcado na Capela de São Bartolomeu (Sanguedo), passando por Vila Maior, Canedo, Lobão, Sandim e Porto Carvoeiro e… voltar.


modalidades

Jovens d’ouro com pódios no Luxemburgo

III CamInhada JaCInto nogueIra O União da Mata Futebol Clube voltou a organizar a Caminhada Solidária Jacinto Nogueira (terceira edição), no domingo, cujos lucros reverteram a favor do Fórum Social de Santa Maria de Lamas, com o objectivo de ajudar as famílias mais carenciadas. Este evento, que contou com o apoio

da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, da Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas e da Associação Recreativa do CIRAC (Círculo de Recreio, Arte e Cultura), juntou centenas de pessoas e um valor de 1,119,50 euros para o Fórum Social de Lamas.

andré Fernandes nos Jogos da CPLP

TAEKWONDO André Fernandes, atleta do Clube Jovens D’Ouro — equipa sedeada em Gião, Santa Maria da Feira —, foi seleccionado para representar Portugal na décima edição dos Jogos da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), que arrancaram ontem na ilha caboverdiana do Sal com a participação de

mais de 500 atletas oriundos de oito dos nove países da comunidade. O atleta (57-61kg) é ainda primeiro ano de júnior, mas já venceu várias provas nacionais e internacionais. Além de taekwondo, os atletas vão competir nas modalidades de futebol, atletismo, andebol, basquetebol, natação e voleibol de praia.

TAEKWONDO Diogo Costa e Renata Morgado, atletas do Jovens D’Ouro, conquistaram, respectivamente, um segundo e terceiro lugar no Open do Luxemburgo G1 que decorreu, nos dias 10 e 11, no Complexo Desportivo D’Coque. Com Maria Fardilha e Raquel Morgado a conquistarem uma quinta posição, os atletas do Jovens D’Ouro apuram-se para o Campeonato Europeu que realizarse-á em Setembro, na Roménia. Em comunicado, os responsáveis pelo Jovens D’Ouro, afirmaram que “fica no sentimento uma sensação de missão cumprida, objectivos alcançados e resultado satisfatório”, com “duas medalhas e muitos sonhos em ascensão”.

minis do Feirense brilham na régua ANDEBOL O Feirense marcou presença no Encontro Nacional de Minis, Régua, torneio que premeia apenas a participação dos clubes, com resultados positivos em masculinos e femininos. Quarenta atletas feirenses, distribuídos por três equipas masculinas e uma feminina, regressaram a casa com medalhas de participação, mas deixaram a marca fogaceira no torneio. As três masculinas somaram 16 vitórias, um empate e uma derrota. A feminina, regressou a Santa Maria da Feira com três vitórias e duas derrotas. Publicidade

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B0LA NAS REDES /valter.melo.52

cadetes do clamas batem 42 recordes no torregri 3 NATAÇÃO Os cadetes A e B do Colégio de Lamas conquistaram, no fim-de-semana de 9 e 10, 42 novos recordes pessoas no Torregri 3, torneio realizado pelo Clube Fluvial Portuense. Individualmente, Guilherme Fontes classificouse no 21º lugar da classificação final masculina da sua idade, sendo convocado pela Associação de Natação do Norte de Portugal para o estágio de capacitação técnica destinada aos melhores cadetes A. Gonçalo Alves foi 11º nos 100m Costas e 12º nos 100m Mariposa. Roberto Freitas estabeleceu as suas melhores marcas nos 100m Costas e 100m Mariposa. Quanto aos cadetes B, Vasco Ribeiro foi quinto nos 100m Bruços e sexto nos 200m Livres. Diogo Ferreira foi 13º nos 100m bruços e 18º nos 100m Costas. Alexandre Gonçalves fez recorde pessoal em todas as provas em que esteve inserido e ficou em 15º nos 100m Bruços e 18º nos 200m Livres. Martim Bastos estreou-se pelo clube

nesta prova contribuindo para o sexto e sétimo lugares das estafetas de 4x100m Estilos e 4x100m Livres de cadetes B masculinos. No sector feminino Bruna Rodrigues classificou-se em 8º lugar nos 100m Bruços, numa prova onde também Beatriz Melo (11ª) e Carolina Fontes (15ª) estiveram em óptimo plano. Nicole Silva traduziu em melhores marcas todas as suas provas. Mafalda Tavares fê-lo nas provas de 100m Livres e 100m Costas. Ana Rocha também fez recordes pessoais nas provas de 100m Bruços e 200m Estilos. Em cadetes B, Clara Santos teve um excelente desempenho nos 100m Bruços, classificando-se em 2º lugar. Mariana Fernandes destacou-se nos 100m Costas em 4º lugar. Ana Santos foi 7ª nos 50m Mariposa. Cristina Gonçalves melhorou os seus tempos em todas as provas nadadas. Destaque também para a estafeta composta por estas 4 atletas que foi bronze nos 4x100m Estilos.

cadetes do Feirense encerram época no interdistrital NATAÇÃO A equipa de Cadetes A do Feirense participou, no fim-de-semana de 9 e 10, no Torneio Interdistrital do escalão, realizado na Mealhada pela Associação de Natação Centro Norte de Portugal e pela Associação de Natação de Coimbra. Do lado dos ‘fogaceiros’, o destaque vai para os atletas Tiago Marques, sétimo lugar nos

“Uma nova etapa na minha vida, em que vou encarar com tudo como fiz quando jogava.. Obrigado Joel Santos tenho a certeza que vou ajudar e aprender muito!! Força CDA”

Depois de várias épocas como jogador e capitão, Valter Melo abandonou a prática desportiva, passando a ajudar Joel Santos no comando técnico da equipa de Futsal do Arrifanense.

/lusitaniadelourosafc

“A Campanha Lixo Zero já chegou ao Complexo Desportivo do LLFC, Academia Forte Paixão”

O Lusitânia de Lourosa, depois de inaugurar a Academia Forte Paixão, preocupouse com o meio ambiente e equipou-a com vários caixotes do lixo, com o objectivo de a manter limpa.

/CDFeirense “Obrigado pela hospitalidade, Seia! #CDFeirense #ForçaBillas.”

200 metros livres e oitavo nos 200 estilos e para Maria João Ribeiro, sétimo lugar nos 200 livres. Representaram ainda as cores feirenses: Catarina Castro, Afonso Lomba, Gonçalo Lopes, Bárbara Mota, Gonçalo Silva, Diogo Tavares e Rui Tavares, que contribuíram para o oitavo lugar da classificação final nesta prova. DR

DR

O Feirense terminou o estágio de préépoca, em Seia, e agradeceu a hospitalidade recebida.

/restaurante.lusovenezolano “Já depois do almoço”

Voto de congratulação para atletas portugueses O “momento de alegria” vivido, no passado dia 10 de Julho, quando Portugal se tornou Campeão Europeu traduziu-se, em Santa Maria da Feira, num voto de congratulação pela Câmara Municipal. “Proponho um voto de congratulação pela magnífica vitória da selecção que até fez vir as lágrimas aos olhos”, confessou o presidente da autarquia, Emídio Sousa, na última reunião do executivo municipal. 22

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Ainda, homenagem aos atletas olímpicos Dulce Félix, Jéssica Augusto, Patrícia Mamona, Sara Moreira e Tsanko Arnaudov, e ao paraciclista Ricardo Gomes da Moreira Congelados/Feira/ Bicicletas Andrade que venceu a 16.ª Volta a Albergaria em Paraciclismo. “Portugal está de parabéns no desporto. Foi uma semana, um mês, um ano histórico”, afirmou Emídio Sousa. www.correiodafeira.pt

Depois de vencerem o Campeonato da Europa em Oliveira de Azeméis, os hoquistas portugueses almoçaram, no domingo, no Restaurante Luso Venezolano, Nogueira da Regedoura.


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