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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Mérito Municipal 1972 1997 (Prata)

Desde 11 de Abril de 1897

Ano CXIX

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

26 Dezembro 2016

Nº 5990

(Ouro)

€0,60 (iva inc.)



TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Mérito Municipal 1972 1997 (Prata)

Desde 11 de Abril de 1897

Ano CXIX

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

26 Dezembro 2016

Nº 5990

(Ouro)

€0,60 (iva inc.)

TRAIÇÃO!... PÁG. 02 E 03

No lançamento da Moção com que pretende travar o processo de transferência de Milheirós de Poiares para S. João da Madeira, Emídio Sousa foi parco em argumentos, mas não poupou nos adjectivos

2016 EM REVISTA

SOCIEDADE

CULTURA

FUTEBOL

O ano está a acabar e o CF recorda os principais acontecimentos que marcaram a vida dos feirenses.

Colégio Terras de Santa Maria fica em primeiro lugar no ranking, a nível nacional, no exame de Matemática A.

All About Dance comemorou 15 anos reunindo em palco o que de melhor se faz na dança, entre nós.

Entrevista com Marisa Gomes, canadense e treinadora nacional de futebol feminino (adjunta, nas seniores, e principal, nas Sub-17).

pág. 12 a 15

pág. 09

pág. 28

pág. 21 a 23


porquE assiNou a pETição? Valdemar Silva Presidente da Junta de Freguesia de Sanguedo (PS)

Na minha opinião, as freguesias do Concelho de Santa Maria da Feira devem manter-se conforme estão. Não obstante, entendo perfeitamente a posição das populações.

Manuela Teixeira Presidente da União de Freguesias de Souto e Mosteirô (PS)

DESTAQUE

Ainda não assinei, mas vou assinar. Sou feirense e acho que temos que olhar pelos interesses do nosso Concelho e pelo nosso Património. Nada tenho contra Milheirós de Poiares, respeito a opinião das pessoas, mas sempre defenderei o Concelho. Acho que Milheirós deve manter-se no Concelho.

Salomé Tavares Directora do Zoo de Lourosa

O que me motivou a assinar a petição foi tudo o que o presidente [da Câmara] disse. A questão da unificação. Juntos somos mais fortes. Sou a favor de mantermos o Concelho como está.

Amaro Araújo Presidente da Junta de Freguesia de São João de Ver (independente)

Estou de acordo com o que foi dito no Salão Nobre da Câmara Municipal pelas pessoas que estão mais chateadas. E não é caso para menos pelo facto de São João da Madeira tomar a atitude que tomou sem contactar o homólogo de Santa Maria da Feira. [Sair do Concelho] é uma pretensão que Milheirós de Poiares tem, mas continuo a dizer que não sei se eles vão lucrar com isso. Neste momento, eu, pela forma como tudo foi conduzido, sou a favor que não se retalhe o Concelho.

Alcides Branco Ex-candidato do PS à Câmara Municipal

Acho que os interesses do concelho de Santa Maria da Feira devem ultrapassar tudo. Uma freguesia que está ligada há mais de 500 anos, que tem tido todo o apoio, entendo que isto é inoportuno. É uma verdadeira caixa de Pandora com consequências imprevisíveis para o Concelho. Isto não é uma alteração nacional, é local e de uma freguesia apenas. Não é a altura de se dialogar sobre isto. Espero que o Concelho da Feira responda massivamente pelo ‘Não’. 02

26.DEZ.2016

Márcio Correia Deputado do PS na Assembleia Municipal

Acima de tudo porque sou a favor da unidade do Concelho nas suas 31 freguesias. Entendo que neste momento é uma questão suprapartidária em que numa primeira fase todos os partidos deverão estar unidos na defesa e manutenção das 31 freguesias, porque, a acontecer alguma mudança na organização territorial de Portugal, tem que haver uma lei específica para tal. O povo de Milheirós merece ser ouvido e respeitado na sua decisão, mas deverá aguardar uma alteração a nível nacional.

Conceição Alvim Presidente da Comissão de Vigilância do Castelo

Acho que alienar aquilo que é nosso é algo que deve sempre pôr as pessoas em alerta. Depois, não pondo em questão que as pessoas que vivem lá [Milheirós de Poiares] possam ter a sua opinião e demonstrar a sua vontade, as coisas não se devem decidir apenas pelos próprios. O que a mim me repugna é a atitude da Câmara de São João da Madeira. Foi uma autêntica traição. Não deveria ter sido tomada sem existir conversação com Santa Maria da Feira

Fernando Sampaio Maia Ex-vereador da Câmara Municipal

Assinei a petição porque o Concelho de Santa Maria da Feira deve manterse unido, com todas as freguesias. Não estou de acordo com a forma como o processo foi feito. Não foi um processo muito correcto e a outra petição foi entregue de uma maneira covarde”

Ana José Oliveira Directora do Museu Convento dos Lóios

Ainda não assinei a Petição, mas tenho intenções de o fazer. Milheirós de Poiares faz parte do concelho de Santa Maria da Feira há bastantes séculos e, ao fim ao cabo, faz parte da história da nossa terra. Sem Milheirós de Poiares não conseguimos contar a nossa história

Antero Resende Conselheiro Nacional d’Os Verdes

Assinei a petição porque é uma situação que não pode ser decidida unilateralmente. A população da Feira e de S. João também têm de ser consultadas. Não se está a ter em atenção que são 1000 cidadãos (Milheirós) que tomam uma decisão em relação a 140 mil (Concelho) www.correiodafeira.pt

salão nobre cheio pela permanência de milheirós de poiares

“Não poDEmos pErmiTir quE Nos TirEm NEm um mETro” Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt (com Marcelo Brito)

FEIRA Depois de a Câmara de S. João da Madeira ter deliberado por unanimidade o apoio à anexação da freguesia de Milheirós, a Câmara da Feira apresentou a petição pública “NÃO à desanexação de Milheirós de Poiares do concelho de Santa Maria da Feira – Pela defesa da unidade do concelho de Santa Maria da Feira”, na passada terça-feira, perante um Salão Nobre completamente cheio de personalidades das mais diversas áreas. Os eleitos do PSD estavam em clara maioria, mas também marcaram presença o líder do CDS concelhio, Ângelo Santos, e elementos do Partido Socialista, como Alcides Branco, Costa Amorim ou Márcio Correia. Ladeado pelo presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Hermínio Loureiro, e os ex-presidentes da Câmara, Aurélio Pinheiro e Alfredo Henriques, Emídio Sousa discursou. “Sintome muito emocionado por vos ver aqui a todos”, começou por afirmar o presidente da Autarquia, exaltando a presença de outras cores políticas. “Acima dos interesses partidários, está a defesa do Concelho”, salientou, especialmente num “momento importante para a terra”. “Prefiro morrer a combater do que a fugir do combate. Senti que estávamos a ser cobardemente atacados, pelas costas, mas agora estamos de frente, sou mais de combater pela frente”, atirou Emídio Sousa.

Traição imperdoável

O autarca esclareceu que a outra petição (“Pela integração da freguesia de Milheirós de Poiares no concelho de S. João da Madeira”), promovida por algumas pessoas, entre as quais o presidente da Junta de Milheirós de Poiares, Augusto Santos, deu entrada na Assembleia da República, em Setembro, com 5600 assinaturas. “São quatro vezes mais pessoas do que votaram no referendo a favor da mudança. Naquela altura, votaram 1400 pessoas, num universo de 3000 eleitores. Não é 80%, como dizem, é 43%. É falso quando querem dar a ideia de uma quase unanimidade”, criticou. Emídio Sousa não perdoa a “traição” do vizinho sanjoanese. “Sei as motivações de Augusto Santos; mas o que me deixou fora de mim foi a traição da Câmara de S. João da Madeira”, confessou, lembrando: “Sou presidente da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria há um ano e tenho lutado pela união desta região, que já resultou na integração de mais


nos nossos bares. Mas não aceito a posição dos seus órgãos eleitos. Não podemos permitir que nos tirem nem um metro”, declarou.

Argumentos só para rir

um município, Espinho. Tenho lutado pela reabilitação da linha do Vouga, pela via Feira-Arouca, sempre em articulação com os meus colegas, em unanimidade, por vezes prescindindo de pormenores, para consensualizar”. Já S. João da Madeira, acredita Emídio Sousa, não partilha esta filosofia. “Apelo a todos os partidos que façam chegar o seu repúdio ao Parlamento [relativamente à petição pela desagregação]. Pretendem ludibriar-nos. O próprio presidente de S. João disse ‘queremos expandir o território e vamos anexar Milheirós’. Se 1.400 votaram a favor da mudança, é no mínimo estranho que agora tenham conseguido 5.600 assinaturas. Há aqui um trabalho claro de S. João a favor deste processo”, sublinhou, não confundindo os sanjoanenses com os seus eleitos. “É um bom povo, tenho amigos em S. João, quero continuar a ir lá tomar café, e quero que eles continuem a vir cá à Viagem Medieval, ao Perlim, a tomar um copo

Emídio Sousa procedeu, então, à análise da petição apresentada por alguns milheiroenses, comentando que “não tem qualquer argumento; e se aquilo são argumentos, é para nos rirmos”, iniciou. Quando dizem que distam 2km do centro de S. João, é “mentira”. “Se fosse por isso, todas as freguesias que tivessem a sede do concelho mais longe, teriam de mudar”, contrapôs. Mas há um “argumento irrefutável: o amor”. “Eu tenho amor à minha terra, a Fiães, onde nasci. O meu pai nasceu e morreu na minha terra, a minha avó que me criou, também. Há pessoas que nasceram e morreram em Milheirós, Feira, e agora querem que passem a ser mortos de S. João. Eles quereriam isso? São os nossos antepassados”, referiu, lembrando que ainda há pouco tempo esteve presente numa cerimónia em Milheirós de Poiares que celebrava os 500 anos da menção do burgo Poiares no foral da Feira. “São 500 anos. E querem-nos tirar este legado, por amor? Que raio de amor é este?”, questionou, reiterando: “Não vamos aceitar, vamos lutar”. O presidente da Câmara garantiu que já se tinha, previamente, reunido com os representantes das forças políticas concelhias. “Quero que esta defesa da nossa terra seja suprapartidária”, realçou, tendo convidado todos para estar presentes naquele dia. “O CDS disse que era a favor da unidade do Concelho e que estaria comigo até ao fim; o PCP afirmou que não concordava com mudanças à la carte, apenas numa perspectiva de reformulação global do território; o BE seria favorável ao resultado do referendo e à pretensão de Milheirós, pois colocam-se sempre ao lado da vontade do povo; e o PS, numa reunião com Margarida Gariso, Henrique Ferreira, Mário Oliveira e Susana Correia, transmitiram-me que eram a favor de Milheirós e da sua saída porque o processo já estava adiantado e iam inclusive promover um projecto de lei para que Milheirós vá para S. João”, afirmou.

Reunião com Presidente e Primeiro-Ministro

Agora que “sabe com o que conta”, Emídio Sousa já pediu reunião também com os líderes dos grupos parlamentares e enviou um e-mail à Comissão de Petições, que se preparava para “fazer um relatório final sobre o assunto sem falar com o presidente da Câmara da Feira; preparavam-se para nos retirar território sem nos ouvir”, acusou o autarca. E para “explicar as razões e a tempestade que está a ser provocada”, também quer reunir-se com o Presidente da República e com o Primeiro-Ministro. “Não nos vamos calar e, caso isto avance, não vamos aceitar na nossa terra ninguém que nos tenha tratado mal”, acrescentou. A apresentação terminou com Emídio Sousa a apelar a todos que assinassem a petição. “Queremos recolher milhares de assinaturas, de gentes da Feira de todas as freguesias. Ainda hoje estive em Lourosa e muita gente assinou e pediu para levar papéis para amigos e família. Empenhem-se, não deixem para o outro. Temos 15 dias, vamos mostrar união. Vamos superar as invejas e afirmar a nossa posição enquanto feirenses de alma e coração”, rematou, tornando-se, de seguida, o 1.º subscritor da petição “NÃO à desanexação de Milheirós de Poiares do concelho de Santa Maria da Feira – Pela defesa da unidade do concelho de Santa Maria da Feira”.

Forças partidárias pronunciam-se

Em comunicado enviado às redacções, o CDS e o PCP pronunciaram-se sobre a matéria. Os centristas apoiam “toda e qualquer iniciativa que vise a unidade do Concelho” e registam com agrado a petição levada a cabo pela Câmara Municipal”, aconselhando “a sua assinatura por parte de todos os feirenses”. Ainda assim, os centristas não esquecem “a responsabilidade dos diversos executivos da Câmara Municipal no arrastar e até evolução desta disputa, absolutamente deplorável e perfeitamente escusada. A inabilidade política das sucessivas câmaras do nosso Concelho, esquecendo não só Milheirós de

Poiares mas também as outras 30 freguesias, levou a um descontentamento geral do eleitorado feirense. São muitos anos de grandes e sucessivas injustiças e desprezos”, lembram. Mas não só a Câmara merece críticas. “Nesta questão, não poderíamos esquecer os diversos executivos da Junta de Milheirós de Poiares, também eles grandes responsáveis pelo marasmo e enfraquecimento a que a freguesia se viu votada. Aqui, PSD e PS são iguais responsáveis”, acusam, continuando “sem entender as razões que levam Milheirós de Poiares a querer passar para São João da Madeira”. “Não é das freguesias do Concelho com piores infraestruturas, sendo que a maioria está em situação bem mais precária e com mais razões de queixa”, realçam. O problema não se resolve saindo do Concelho: “A solução consiste em mudar o poder da “cova” e o seu paradigma”. O PCP concorda neste ponto. “Tal como afirmámos, aquando do referendo em 2012, a falta de respostas aos problemas locais, sentidos pelas populações, nesta freguesia como noutras, não resultam da divisão administrativa do País, mas acima de tudo de sucessivas gestões do PSD e do PS, que são responsáveis, também aqui, pelo atraso e ineficácia na resolução desses mesmos problemas”, salientam. Quanto às petições, o partido prefere “distanciar-se”. “Compreendendo e solidarizando-nos com a insatisfação dos habitantes de Milheirós de Poiares, pela incúria e abandono a que a maioria PSD do Executivo Municipal os tem votado, e que aliás nem é exclusivo da sua freguesia, pensamos, no entanto, que ambas as petições mais não visam do que desviar as atenções do essencial: as efectivas responsabilidades destes partidos no conjunto evidente de tantas carências, e no fundo instrumentalizá-las como acções eleitoralistas, que denunciamos e de que nos demarcamos claramente”, salientam, lembrando que “processos legislativos de transferências de freguesias carecem e exigem o apoio das populações e órgãos autárquicos envolvidos, o que não acontece manifestamente no caso vertente, pelo que tudo aponta para uma nova oportunidade perdida”.

CONTRAPONTO

Henrique Ferreira Presidente da CPC do Partido Socialista

A Câmara diz que é uma caixa de Pandora que se está a abrir. Mas quem abriu a caixa? A “lei Relvas” permitiu que qualquer freguesia fizesse um referendo para ter autonomia para mudar de concelho. A posição do PS é que respeita a opinião dos milheiroenses que livremente, de forma secreta, correcta, constitucional, fizeram esta opção. Não cabe aos partidos ou às freguesias contrariar o que os milheiroenses têm toda a legitimidade para fazer. A Câmara fala de unidade do Concelho. Mas a unidade faz-se por imposição? Não, faz-se no dia-a-dia. O PSD não tomou a mesma posição na agregação de freguesias. Quando as freguesias tiveram de se agregar, o PSD aceitou pacificamente, contrariamente à vontade das populações. Onde está a coerência? O partido não respeita a opinião das freguesias. O PS não pensa assim. A liberdade tem de ser respeitada. Está nas mãos da Assembleia da República decidir sobre a anexação.

Margarida Gariso Candidata pelo PS à Câmara Municipal

Não conheço o conteúdo da petição, tenho de a analisar e depois tomarei uma decisão sobre a matéria. Conheço a outra petição, que tem por suporte o referendo de 2012, que o PS defendeu na altura, e mantém-se coerente. No Referendo, mais de 80% votaram sim à passagem de Milheirós de Poiares para o concelho de S. João da Madeira. O PS esteve ao lado das populações, ao contrário do PSD. Nós respeitamos a vontade dos milheiroenses, não somos de oportunismos políticos; a posição que eu antes defendia é a que agora defendo. O assunto será discutido ao nível da Assembleia da República que tem competências próprias. O presidente da Câmara de repente achou que a saída de Milheirós era uma ofensa ao Concelho. O que andou a fazer? Andou distraído? O que fez para mudar? Assobiou para o lado e agora anda a correr atrás do prejuízo. Só quando a casa começou a arder é que se apercebeu. A unidade faz-se no dia-a-dia e não em meras proclamações. Temos de tratar as freguesias por igual. Como candidata à Câmara, tudo farei para que não haja razões para que as freguesias lutem para sair. Quero dar efectividade à palavra união. www.correiodafeira.pt

Moisés Ferreira Deputado do BE na Assembleia da República

O Bloco de Esquerda não tem como proposta política que Milheirós pertença a um ou outro concelho. Não cabe aos partidos terem este tipo de propostas. Os partidos devem reconhecer o resultado do Referendo. Façam democracia, respeitem a vontade popular neste acto expressivo. Porque é que a população de Milheirós não se sente reconhecida? O PSD tem culpas na matéria. A freguesia não se sente bem tratada pelos políticos. Não basta apelar a uma suposta unidade do Concelho. O PSD tem promovido a fragmentação social com as suas políticas. Respeitem a vontade do povo de Milheirós, vão ao encontro dos seus interesses, e não façam da freguesia um instrumento de arremesso político. A população das freguesias é que sabe o que é melhor para si. O respeito pela população não põe em causa a unidade.

26.DEZ.2016

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Texto: Orlando Macedo

Atalaia

OPINIÃO

Só “amor”… não chega

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26.DEZ.2016

Pela narrativa da reunião magna (ver, pág.2) promovida pelo presidente da Câmara, para tentar levantar uma vaga de apoio à posição que defende para Milheirós de Poiares, percebe-se que, obviamente, Emídio Sousa não esteve nos ‘seus dias’. Em toda a intervenção, houve muito mais “coração” do que “razão”. O primeiro exemplo surgiu logo na constituição da ‘Mesa’, que o autarca ‘coloriu’ de exclusivo laranja-intenso, ao mesmo tempo exaltando que “acima dos interesses partidários, está a defesa do Concelho”. Tratou-se de uma ‘gaffe’ com laivos de amadorismo protocolar dispensável, porque havia na assistência convidados como Ângelo Santos (líder do CDS), pelo que se perdeu, assim, a oportunidade soberana de se passar uma mensagem (imagem) de unicidade, realmente “acima dos interesses partidários’. [Também caberia aqui o estafado exemplo da ‘mulher de César’, mas enfim…). Mas é a análise ao argumentário que surpreende. A problemática milheiroense já tem 20 anos, vem do consulado de Alfredo Henriques, que relativamente à ameaça sempre assobiou para o lado; o famoso Referendo, foi realizado há mais de 4 anos (Setembro de 2012); e a Moção que espanta Emídio Sousa, por se ter “conseguido 5.600 assinaturas” havendo ali “um trabalho claro de S. João a favor deste processo”, é do Verão passado. Ou seja, em Santa Maria da Feira, onde tem havido demasiada gente demasiado sossegada por demasiado tempo, foi necessário chegar-se a vésperas de Natal de 2016, para se reagir… Salva-se que Emídio Sousa está agora a travar uma luta carregadinha de razões que o coração também não desconhece. À cabeça, estão a identidade cultural, inserta na complexidade histórica do território; a míngua de motivos pragmáticos que assistam aos secessionistas; e – principalmente – a necessidade de centrar-se esforços numa verdadeira reforma da Administração Local (em que, havendo coragem, se há-de reduzir o número de concelhos, não sobrando, por essa via, lugar para micro-municípios). Ou seja, as ‘guerras de alecrim e manjerona’ servirão apenas para argumento teatral. Mas, vá lá, que o presidente da CM S. João da Madeira deu o flanco, ao justificar-se com assinatura de muitos sanjoanenses, na prenuncia de acolhimento a Milheirós de Poiares. Com isso abriu o precedente que, enquanto cidadão feirense, me permite reclamar o privilégio de também poder pronunciar-me sobre o assunto. E não prescindo. Nota pessoal: Por mais que me custe confessar que não recolho qualquer tipo de satisfação desta escrita, não há como contornar o essencial; em 2016, em pleno crescimento da designada ‘era da globalização’, o argumentário exige mais substância. E… só ‘amor’, não chega. Boas-Festas

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Jorge de Andrade Paulo Fonseca

Esta é a última edição do ano em que completámos 119 de publicações do jornal Correio da Feira. Em dia de júbilo, desejamos recordar com os nossos leitores as belas e eternas palavras do Anjo que anunciou aos pastores o nascimento do Salvador. “Eu vos dou a Boa Nova de uma grande alegria: nasceu-vos hoje o Salvador” “Gloria a Deus nas alturas e na terra paz aos homens que Ele ama” (Luc. 2, 10-14)

A próxima edição do jornal estará nas bancas e na casa dos Leitores já em 2017, um ano de referência na história do Correio da Feira e do Concelho da Feira, com especial significado não só para toda a vasta equipa que semanalmente pugna para manter este título em actividade, mas também para a Imprensa Regional e para os nossos Leitores, já que o jornal irá completar o seu 120º aniversário já em Abril próximo. Para comemorar aquela belíssima data, que atesta a longa vida deste semanário regional, está a ser elaborado um Programa multifacetado, com que se pretende assinalar condignamente a importância da efeméride. A coordenação do Programa foi confiada ao Director, Orlando

Macedo, havendo já parcerias activas do CF com varias instituições e entidades feirenses, como a celebrada com o ISVOUGA, que referimos na edição da semana passada. No início do próximo ano, o Director do Jornal e Coordenador das Comemorações irá dar conta aos leitores de aspectos do extenso programa em que a empresa pretende envolver a Região, no geral e os feirenses em particular. Ciente da importância do momento que se vive, esta Administração apela a todos os feirenses que se unam ao seu semanário regional, celebrando este aniversário conscientes da importância do testemunho de Património Imaterial que o Correio da Feira representa para o nosso Concelho e da importância que assume no contexto da imprensa nacional. Não queremos terminar esta nossa mensagem sem umas breves palavras em defesa da unidade cultural, social e territorial do nosso Concelho de apoio incondicional que desejamos transmitir ao Sr. Presidente da Câmara. Desejamos a todos os Feirenses um Excelente Ano de 2017 e que o Menino nascido em Belém a todos Abençoe e Ilumine.

OS PRESENTES DE NATAL E DE ANO NOVO Margarida Rocha Gariso, Líder do Grupo Municipal do PS

POLÍTICA NO FEMININO Escrevo-vos hoje sobre uma época do ano que sempre me agradou: o Natal, cheio de vida e bons sentimentos. O espírito natalício sempre me preencheu o coração: é tão inspirador assistir à união e à confraternização das pessoas, em festas, jantares, nas ruas e em tantos outros locais onde o Natal se manifesta. É uma época cheia de magia e positivismo, durante a qual nos preocupamos com todos os pormenores: em enfeitar a casa, com a tradicional árvore, cheia de luminosos adereços e complementada com o presépio, em ouvir atentamente todas as clássicas músicas cheias de espírito natalício, em encher a casa com os cheiros dos nossos tão apetitosos doces tradicionais. É, sem sombra de dúvida, uma das minhas épocas favoritas do ano, durante a qual nos enchemos de sonhos, dando asas à nossa imaginação para criarmos um mundo cada vez melhor, mais fraterno e mais unido. O Natal antecede também o início de mais um ano das nossas vidas. 2017 está quase à porta, um ano que certamente trará muitas mudanças e oportunidades, sendo www.correiodafeira.pt

uma das mais significativas, as eleições autárquicas. Falo em oportunidades e em mudanças porque, como todos sabem, em 40 anos de poder local, a presidência da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira sempre foi de um único partido, o PSD. Um facto que precisa de deixar de ser uma marca do nosso Concelho, porque todos sabemos que a mudança é necessária para promover um novo dinamismo, uma renovada energia. Todos temos o livre arbítrio, temos o direito ao voto, por isso podemos apoiar percursos alternativos de governação. Neste momento de reflexão sobre as oportunidades de mudança, desejo a todos um Natal cheio de sonhos que se realizem. E aproveito ainda para vos oferecer uma prenda para o Ano Novo de 2017: a mudança na liderança da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira com a garantia de que podem confiar em mim, na equipa que me acompanha e nesta nova esperança para o nosso Concelho, que queremos mais solidário, mais humano e com uma governação municipal mais próxima das pessoas.


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António Cardoso, Deputado do Partido Socialista na Assembleia da República NÃO BAIXAR OS BRAÇOS “Hoje as guerras não têm vencedores”. Todos perdem… disse António Guterres depois de ter jurado perante a Carta das Nações Unidas na sua tomada de posse. Fez um balanço terrível do mundo do pós-Guerra Fria e prometeu empenho pessoal para ajudar a resolver os conflitos que hoje assolam o mundo. António Guterres reconhece que nos últimos 20 anos o mundo teve melhoras em muitos indicadores sociais e de desenvolvimento tecnológico, mas nos restantes indicadores, a situação é caótica. Aprofundaram-se as desigualdades, instalaram-se as desconfianças e sobretudo criou-se um fosso entre representantes e representados. Citando os mais graves conflitos mundiais como a crise na Síria, no Sudão Sul, o conflito israelo-palestiniano, A. Guterres afirmou que a resolução desses problemas precisam de mediação, arbitragem e diplomacia criativa. Pretende envolver-se pessoalmente dos seus bons ofícios na resolução dos conflitos considerando o papel primordial dos estados membros das Nações Unidas. As preocupações de António Guterres pela liberdade e justiça começaram quando foi estudante universitário quando liderou o Centro de Ação Social Universitária (CASU) e na companhia de outros estudantes andou a apoiar bairros pobres da cidade de Lisboa. Trabalhava em prol dos mais necessitados tendo sido promotor de muitas iniciativas de luta contra a pobreza. Mais tarde, após ter sido Deputado, foi eleito PrimeiroMinistro, tendo governado o país durante seis anos. Em 2001, demitiu-se do cargo após derrota do PS nas eleições autárquicas. Passados quatro anos, em 2005 assumiu o cargo de Alto comissário das Nações unidas para os Refugiados, que exerceu até dezembro de 2015. Em 2016, contra todas as probabilidades, é escolhido para um dos cargos políticos e diplomáticos mais importantes do mundo, Secretáriogeral das Nações Unidas.

Na hora dos agradecimentos, António Guterres exprimiu a sua profunda gratidão com o seu país, não esquecendo os exemplos dos portugueses de solidariedade, tolerância e diálogo que recebeu ao longo da vida, destacando a unidade política nacional à volta da sua campanha. Esta unidade dos portugueses e do seu sistema político é simbólica do tipo de unidade que gostava de ver na comunidade internacional. Sobre Portugal, referiu a dureza das disputas das recentes eleições legislativas e presidenciais onde destacou que nenhuma força partidária recorreu ao medo e ao ódio para ganhar votos. Orgulha-se de que em Portugal todos os partidos políticos de direita ou de esquerda tenham sido capazes de expressar as suas opiniões sem usar bodes expiatórios, como o caso dos imigrantes. Estes valores de solidariedade, diálogo, tolerância ensinados pelo povo português que conseguiu preservar foram a base do seu discurso após ter sido empossado como Secretário-geral da ONU. Fez questão de mencionar um tópico muito sensível: a religião, realçando que todas as grandes religiões defendem a paz, a segurança, respeito, direitos humanos, tolerância e solidariedade. Porém, não deixou de lembrar as ameaças que pairam sobre estes valores baseadas no medo e na chantagem. Militante católico, fervoroso humanista por vocação, dialogante por convicção, procurou transmitir na sua governação um choque de modernidade à sociedade portuguesa, tendo projetado o país a nível europeu e internacional. Guterres vai receber da ONU um quadro organizativo complexo e exigente exclusivo dos grandes homens disponíveis para os grandes desafios. É público que tem para o problema da Síria uma perspetiva semelhante à da União Europeia, o que se adianta como um sinal tranquilizador. Assim, estando na época natalícia, faço votos que António Guterres consiga a Paz que necessita para resolver os problemas da guerra… que atormentam o mundo.

DIREITO DE RESPOSTA Ivo Gomes Partido Socialista de Fiães

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26.DEZ.2016

oficial do projeto de requalificação do centro de Fiães, sendo que foi apenas apresentado um esboço para discussão de alguns pontos referentes ao mesmo. Importante referir que no final da reunião ficou acordado entre os presentes que o projeto de requalificação seria levado a discussão pública com o fim de ouvir a população antes de este ser colocado à votação nas entidades competentes. Salientamos que nenhum dos subscritores desta nota de imprensa é contra o projeto em causa, uma vez que consideramos que o mesmo é uma mais valia para a nossa cidade, no entanto não podemos compactuar com a notícia que saiu na imprensa local, uma vez que a mesma não reflete o espírito do que se passou na reunião. Subscrevem esta nota de imprensa os eleitos do Movimento Independente de Fiães e o eleito do Partido Socialista, que esteve na dita reunião. Publicidade

Os eleitos pelo Movimento Independente por Fiães (MIF) e o eleito do Partido Socialista à assembleia de freguesia de Fiães, que estiveram presentes na reunião de apresentação do esboçado do projeto de requalificação do centro da cidade de Fiães, vêm por este meio fazer os seguintes reparos à notícia divulgada neste jornal no dia 19 de Dezembro de 2016. A referida reunião teve carácter informal e foi inserida no âmbito das comemorações do aniversário de elevação de Fiães a cidade. Dos 13 membros da assembleia de freguesia, apenas estiveram presentes na mesma os seguintes elementos: Joaquim Ferreira, eleito pelo PSD e presidente da assembleia de freguesia de Fiães; Ivo Gomes, pelo PS, Jorge Pedro, Samanta Maia, Alberto Oliveira e Ângelo Mota pelo MIF, o presidente da Junta de Freguesia de Fiães, a secretária e um vogal do executivo local, o vereador do urbanismo e obras públicas e técnicos da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Ao contrário do noticiado, não houve nenhuma votação

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O MEU PEDIDO AO PAI NATAL: “DAI A ANTÓNIO GUTERRES A PAZ QUE ELE NECESSITA PARA RESOLVER OS CONFLITOS DA GUERRA”


PSD acusa Governo de ser “avesso à transparência”

POLÍTICA

ALbErGArIA DIZ quE bonS rESuLtADoS ESCoLArES São “SAPo DIfíCIL DE EnGoLIr” O deputado do PSD Amadeu Albergaria classificou os resultados do maior estudo que testa a literacia junto dos alunos de 72 países e regiões (PISA) como um “sapo” difícil de “engolir” para o ministro da Educação. Intervindo na Comissão de Educação e Ciência numa audição ao governante, o social-democrata acusou o governo de desvalorizar os resultados de 2015 da escola pública. “O que os resultados mostram é que retomámos o crescimento, após um abrandamento em 2012, nos três domínios de desempenho avaliados. Temos de agradecer às escolas, aos alunos, aos professores, aos directores, aos técnicos, aos funcionários, às autarquias, às famílias. O sistema educativo português melhorou sem margem para

dúvida”, referiu. Sublinhando que os resultados alcançados pelos alunos no TIMSS (avaliação internacional do desempenho dos alunos do 4.º e do 8.º anos em Matemática e Ciências) e no PISA foram uma grande notícia para o país, o deputado feirense lamentou que “para o senhor ministro e para os desorientados partidos da esquerda, estes resultados devem-se a todos menos ao anterior governo”. Amadeu Albergaria tem uma explicação: “Percebe-se a desorientação. Para quem andou quatro anos a anunciar que estávamos a destruir a escola pública, estes resultados são um sapo muito grande que não conseguem engolir”. A outro nível, Albergaria referiu-se à falta de funcionários nas escolas e ao estrangulamento

financeiro destas que o Governo nega. “Todos o desmentem. Até os partidos que o suportam. Até o senhor se contradiz! Na mesma declaração onde afirma que não faltam funcionários diz que vai contratar mais. Então… faltam ou não faltam?! Com todo o respeito, deixe de dar toques na bola e chute à baliza a ver se resolve o problema que criou”, atirou Amadeu Albergaria, dirigindo-se ao governante. O deputado terminou entregando uma listagem com 50 perguntas regimentais a que o ministro não respondeu no prazo legal, o que, para Amadeu Albergaria, “revela falta de respeito pelo Parlamento e um padrão de comportamento deste Governo avesso à transparência, à avaliação e ao escrutínio”.

Permitiria descongestionar o S. Sebastião

bE quer reforçar a urgência do hospital de oliveira de Azeméis “O Serviço de Urgência do Hospital S. Miguel, em Oliveira de Azeméis, é fundamental para o Centro Hospital de Entre o Douro e Vouga, tendo em conta que o serviço de urgências de Santa Maria da Feira está regularmente sobrelotado e com tempos de espera elevados”, aponta o Bloco de Esquerda, em comunicado. A existência de um SUB na proximidade – em Oliveira de Azeméis e futuramente em S. João da Madeira – pode “descongestionar os serviços em Santa Maria da

Feira, garantindo um atendimento mais célere aos doentes”, acredita o partido. O Bloco de Esquerda salienta, por isso, que é “necessário preservar e reforçar este Serviço, assim como toda a capacidade assistencial do Hospital de Oliveira de Azeméis”. “Nesse sentido, é importante a existência de uma equipa dedicada às Urgências 24h por dia, como já acontece, mas seria também importante a existência de um médico internista também

24h por dia no hospital que dê apoio ao SUB. A sua presença poderia dar a possibilidade de internar alguns doentes no Hospital para prestação dos cuidados necessários, evitando-se transferências e deslocações para o Serviço de Urgências do Hospital S. Sebastião. É ainda importante esclarecer quando será aberta a ambulância de Suporte Imediato de Vida que já foi anunciada, mas que nunca chegou a entrar em funcionamento”, afirmam.

ECONOMIA

Cimeira da CPLP

EmíDIo SouSA DEStACA “CAmInho LADo A LADo” Com “bEnEfíCIoS rECíProCoS”

ESPARGO O Europarque fez mais uma vez jus ao título de “Cidade dos Eventos”, ao receber, nos dias 16 e 17 de Dezembro, uma cimeira de Exportadores e personalidades institucionais e políticas da CPLP. Governantes e empresários dos nove destinos da Comunidade de Países de Expressão Portuguesa fizeram de Santa Maria da Feira, durante dois dias, a capital económica, política e cultural da CPLP. No seu discurso, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, manifestou-se “orgulhoso por ver o caminho de sucesso que o Município da Feira, os feirenses, as empresas e os empresários feirenses trilharam para chegarmos aqui e acolhermos este evento de grande dimensão internacional”. “Olho para esta imensa plateia de empresários, governantes, personalidades da lusofonia e vejo que o imenso oceano que nos separa não consegue separar-nos do nosso caminho comum. Um caminho lado a lado, com benefícios recíprocos para ambas as economias e para ambos os tecidos empresariais e industriais”, sublinhou. Emídio Sousa considera que “os países de língua oficial portuguesa, que representam um mercado de mais de 300 milhões de pessoas, são um mercado natural para as empresas feirenses”.

“Somos irmãos, falamos a mesma língua, conhecemo-nos há muitos anos”, afirmou. O autarca lembrou ainda que “Santa Maria da Feira é um mercado natural e privilegiado para que queiram aqui investir e realizar eventos, como este, neste magnífico espaço que é o Europarque”. Na sua intervenção perante mais de 500 pessoas que enchiam uma das salas do equipamento municipal, Emídio Sousa recordou que quando tomou posse, há três anos, como presidente de Câmara de Santa Maria da Feira, elegeu o desenvolvimento económico como prioridade máxima. “Não estou arrependido desta estratégia. A realidade demonstra que estamos no caminho certo”, frisou, reiterando que “os números do desemprego, em Santa Maria da Feira, baixaram mais de 30% e potenciou-se a dinâmica exportadora e de internacionalização das empresas feirenses e da economia local, assim como a captação de investimento estrangeiro”. Exemplo disso foi a recente atracção para o Concelho do investimento da Amy´s Kitchen, de quase 60 milhões de euros e que prevê a criação de mais de 600 postos de trabalho. Assim como a criação da zona industrial do Lusopark, que vai acolher indústrias de ponta nas áreas tecnológicas. www.correiodafeira.pt

Apoio de 25 mil euros para Intercork III

Apcor elogia Emídio Sousa por priorizar desenvolvimento económico FEIRA A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e a APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça assinaram um protocolo de cooperação cujo objectivo é apoiar as empresas corticeiras no seu potencial de internacionalização e expansão para os mercados internacionais. Na assinatura do protocolo, estiveram presentes o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, e o presidente da APCOR, João Rui Ferreira. Emídio Sousa afirmou que o sector da cortiça é um ex libris não só de Santa Maria da Feira mas de todo o país. “Este sector é um dos nossos principais motores de desenvolvimento económico, de internacionalização empresarial e de empregabilidade. Sempre defendi que a melhor política social que uma autarquia pode implementar e apoiar é defender e promover o emprego”, referiu. João Rui Ferreira afirmou, por seu lado, que sempre viu no presidente da Câmara um autarca que dá prioridade ao desenvolvimento económico e ao apoio e estímulo às empresas e à sua internacionalização porque só assim se pode criar emprego. A Autarquia aprovou, anteriormente, em reunião de câmara um apoio financeiro de 25 mil euros à APCOR para valorizar a defesa da fileira da cortiça portuguesa nos mercados internacionais, em cuja estratégia o Projecto Intercork III – Campanha Internacional da Cortiça é parte fundamental. 26.DEZ.2016

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Fugiu da prisão há cinco meses

APANHADO PELA GNR QUANDO IA TOMAR O PEQUENO-ALMOÇO

SOCIEDADE

LOBÃO Jorge Castilho, de 34 anos, cumprindo uma pena de quatro anos e meio por furtos, entre outros crimes, tinha fugido do Estabelecimento Prisional de Custoias em Julho deste ano. Durante os meses seguintes, tentou passar despercebido. Achando que as autoridades já tinham desistido de o procurar, começou a sair de casa e a regressar à sua vida normal. Na passada segunda-feira, a GNR, que acreditava que ele estivesse escondido na zona, esperava-o na pastelaria, em Lobão, onde o fugitivo ia tomar o pequeno-almoço. Jorge Castilho não ofereceu resistência e foi levado de

volta para a cadeia, onde irá cumprir o restante da pena. O indivíduo escapou da prisão a 20 de Julho aproveitando uma distracção da empresária que explora o bar do estabelecimento. A mulher deixou a chave na ignição da carrinha, uma Peugeot 508, e o recluso pôs-se em fuga. A carrinha foi mais tarde recuperada em Lourosa. Segundo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, nada fazia supor que o recluso tentasse fugir, uma vez que já tinha usufruído de seis precárias e sempre regressara à prisão. Na altura foi aberto um processo de inquérito sobre a evasão.

Projecto da Fapfeira

“O CRESCER DO LER” AJUDA A MINORAR DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

O projecto “O CRESCER DO LER – Literacia Emergente”, que está a ser implementado nos Jardins de Infância da rede pública do concelho de Santa Maria da Feira, visa prevenir e minimizar precocemente as dificuldades inerentes ao processo de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de competências de literacia emergente, numa iniciativa da FAPFEIRA, em colaboração com a Câmara Municipal e Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Investigações têm vindo a demonstrar que o desenvolvimento de competências de literacia em idades precoces desempenham um papel importante e decisivo no posterior processo de aprendizagem e de aquisição da leitura e da escrita e é nesse assimilar de competências, conhecimentos e experiências precoces sobre a linguagem oral e escrita por parte da criança que se focaliza e se alicerça “O CRESCER DO LER”. Neste âmbito, cerca de 800 crianças finalistas do Ensino Pré-escolar integradas em 57 Jardins de Infância beneficiam deste projecto, resultado de uma parceria entre FPCEUP, os psicólogos dos Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) e os Professo-

res do Ensino Pré-Escolar de todos os Agrupamentos de Escolas, que contam com a colaboração de nove psicólogos para identificar e detectar precocemente dificuldades nos domínios da literacia emergente, de modo a se proceder, posteriormente, a uma intervenção mais dirigida e intensificada às características específicas de cada grupo e/ou criança. A fase inicial do projecto, em curso, visa a caracterização de cada grupo/ turma no domínio da literacia emergente, que orientará a planificação da intervenção a implementar pela educadora, em consultadoria com o psicólogo do SPO do Agrupamento, através da definição de objectivos e de estratégias específicas, visando a prevenção das dificuldades de aprendizagem, por meio da garantia de adequação do currículo e instruções fornecidas. Os resultados desta intervenção serão reavaliados no final do ano lectivo, sendo que os dados obtidos serão uma medida útil e adicional à educadora, aquando da formação de turmas e da transição da criança para o 1.º ano de escolaridade, assim como na comunicação com os pais e encarregados de educação.

COLISÃO FRONTAL FAZ TRÊS FERIDOS VALE Dois automóveis embateram, na passada quinta-feira, pelas 14h45, na EN326, no Vale. A colisão frontal provocou três feridos, um deles com maior gravidade. Todas as vítimas

foram hospitalizadas. Ao local, acorreram os Bombeiros de Arrifana, Santa Maria da Feira e Lourosa, assim como equipas do INEM do Hospital da Feira. A GNR de Canedo foi chamada.

CONCERTO DE ANO NOVO DA CASA DA GAIA O Grupo Coral da Casa da Gaia, em parceria com a Banda Juvenil do Vale, realiza, na sexta-feira, na Igreja do Vale, pelas 21h30, um Concerto de Ano Novo. A entrada é livre. No pas08

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sado dia 17 de Dezembro, teve lugar na Igreja de Argoncilhe o Concerto de Natal que, diz a organização, “contou com uma enorme afluência de público, lotando a Igreja”. www.correiodafeira.pt

Secundária da Feira

Marcelo Andrade é o novo presidente da Associação de Estudantes FEIRA As eleições para a Associação de Estudantes da Escola Secundária de Santa Maria da Feira decorreram no passado dia 15 de Dezembro. Com 1096 votantes, a lista C reuniu 570 votos, a lista D 310 votos e a lista I 186 votos. 29 votos foram considerados nulos e em branco contou-se 1. A lista C saiu, assim, vencedora. Presidida por Marcelo Sá Andrade, a lista C conta com “uma equipa capaz, interactiva e inovadora, com vontade de se destacar dos restantes mandatos. Cooperação, cidadania e confiança é o lema da lista eleita. Com uma vasta lista de objectivos a cumprir, os elementos entraram em funções no dia das eleições”, informa o presidente da AE, em comunicado. Entre as metas a atingir, a prioridade é a legalização da associação, permitindo assim “uma melhor e mais organizada gestão”. “A associação já foi legalizada, mas devido à má gestão de um mandato anterior foi retirada a licença. É um longo ano, para o qual a AE se apresenta como uma lista em que os alunos podem confiar, oferecendo sempre as melhores condições que permitam a evolução do único órgão de representação dos alunos”, comenta Marcelo Andrade.

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LOUROSA A Junta de Freguesia de Lourosa levou a efeito, no passado dia 4 de Dezembro, no pavilhão gimnodesportivo, a Christmas Party. O evento foi de carácter social com a angariação de apoios para a Mercearia Social “Ti Lourosa”. Estiveram presentes oito professores e cerca de uma centena de praticantes de zumba. Publicidade

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TEnTATivA DE AssAlTo ColoCA EM risCo viDA Dos FunCionários FEIRA Dois homens armados tentaram assaltar o posto de combustível do supermercado Eleclerc, em Santa Maria da Feira, no final da noite da passada quarta-feira. Os assaltantes saíram da viatura e deslocaramse até junto de uma cabine de pagamento exigindo a entrega do

homicida do dono do café Melo

Matemática A no 12.º ano

Colégio DAs TErrAs DE sAnTA MAriA é o MElhor Do pAís ARGONCILHE Nos rankings das escolas do PÚBLICO/Católica Porto Business School, divulgados no passado dia 17 de Dezembro, o Colégio das Terras de Santa Maria (Argoncilhe) alcançou o primeiro lugar no exame nacional de Matemática A (12.º ano), com uma classificação média de 16,38 valores. Para além de distinguido como a melhor escola do país nesta prova, o colégio alcançou ainda um 8.º lugar no Ensino Secundário, primeiro quando referente ao distrito de Aveiro. No ranking dos percursos directos de sucesso, que o Ministério da Educação também fornece para cada escola, o colégio alcançou o 6.º lugar. Este ranking alternativo analisa a percentagem de percursos de sucesso na escola face à

dinheiro em caixa. A funcionária e o segurança tentaram esconderam-se na casa-de-banho e os assaltantes dispararam na sua direcção. A bala furou o vidro da cabine de pagamento. Os dois homens acabaram por se colocar em fuga sem levar qualquer quantia.

percentagem de percursos de sucesso dos alunos do resto do país que ingressaram no secundário com um nível de conhecimentos semelhante. Na média nacional de exames do Ensino Básico, o Colégio das Terras de Santa Maria alcançou o 37.º lugar, o melhor do Concelho. O grupo escolaglobal® resulta da gestão comum de dois estabelecimentos de ensino privado: Externato Paraíso dos Pequeninos, com as valências de creche, educação pré-escolar e 1.º ciclo, e o Colégio das Terras de Santa Maria, que engloba o 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e secundário. Mais uma vez no topo dos rankings, o colégio é o melhor do país a Matemática A e o melhor do distrito no Ensino Secundário.

suprEMo rEDuZ pEnA DE 20 pArA 18 Anos SANGUEDO O indivíduo que matou a tiro, em Janeiro de 2014, Augusto Melo, dono do café Melo, em Sanguedo, aquando de uma tentativa de assalto em que foi surpreendido, viu o Supremo Tribunal de Justiça reduzir a sua pena de 20 para 18 anos. Também a mãe de Augusto Melo ficou ferida

nesse dia. Ricardo Oliveira foi condenado por dois homicídios, um deles na forma tentada, posse de arma proibida, furto qualificado na forma tentada e falsificação de documento. O indivíduo beneficiou de uma análise jurídica dos crimes para a redução da pena.

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CiAC inForMA De forma a alcançar um nível cada vez mais elevado de proteção da saúde dos consumidores e de garantir o seu direito à informação, em finais do ano de 2011 a Comissão Europeia publicou o Regulamento n.º 1169/2011, relativo à informação aos consumidores sobre géneros alimentícios. Desta forma, a rotulagem dos géneros alimentícios passou a fornecer todo um conjunto de elementos que poderão ser muito relevantes para os consumidores, no sentido de possibilitar escolhas cada vez mais informadas. O regulamento entrou em vigor a 13 de dezembro de 2014, mas previa um regime transitório, que agora termina. Assim, embora alguns géneros alimentares já estejam adaptados às novas regras desde 2014, só a partir de 13 de dezembro de 2016 é que se torna obrigatória a rotulagem sobre a informação nutricional. Os elementos a declarar de forma obrigatória serão: - Valor energético; - Lípidos; hidratos de carbono; açúcares; proteínas; sal; ácidos gordos saturados; - País de origem; - Origem vegetal específica, para os óleos

ou gorduras vegetais; - Indicação da data de congelação de carne para os produtos à base de carne e produtos de pesca congelados. As novas regras de rotulagem nutricional exigem maior visibilidade nos rótulos e mais informação sobre alergénios, como soja, frutos secos, glúten ou lactose. Além de mais legível, a informação tem ser clara e uniforme. No tocante aos alimentos não pré-embalados, o conteúdo da declaração nutricional pode limitar-se apenas ao valor energético ou a este valor juntamente com as quantidades de lípidos, ácidos gordos saturados, açúcares e sal. Se detetar um produto sem a rotulagem nutricional obrigatória, reclame. Para isso, use o livro de reclamações. Pode ainda recorrer à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Para mais informações, consulte a página da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) www.dgv.min-agricultura.pt e/ ou CIAC – Centro de informação Autárquico ao Consumidor através da linha verde 800203194 ou do e-mail ciac@cm-feira.pt.

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Concerto de Natal do Orfeão com art’Ensemble Este ano o concerto de Natal do Coro do Orfeão da Feira vai realizar-se na paróquia de São João de Ver. A noite do dia 30 de Dezembro será marcada pela partilha de momentos musicais com o Coro do Orfeão, Coro Litúrgico de São João Baptista e Grupo Coral J. C. (S. João de Ver). O concerto terá início às 21h30 e será dirigido pelo maestro Hélder Tavares. A entrada é gratuita.

Bailado clássico interpretado pelo Centro de Dança do Porto

QuEBra-NOZEs lEva a magia NatalíCia aO EurOParQuE Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

CULTURA

ESPARGO “Era véspera de Natal… uma sucessão de acontecimentos dão origem a uma viagem fantástica pelo país das guloseimas e pelo reino das neves. Pelo palco, passam soldadinhos de chumbo, o rei dos ratos e o seu exército, a rainha das neves e várias outras personagens acompanhadas por Clara e o seu boneco Quebra-Nozes, que através da dança nos transportam a lugares longínquos onde a magia e o encanto não têm limites”. Esta era a sinopse da adaptação do bailado clássico “Quebra-Nozes” que o Centro de Dança do Porto levou ao Europarque, na passada terça-feira. O cenário retratava uma casa no Natal, com a árvore branca, recheada de prendinhas, e muitas crianças e adultos reunidos para uma noite em família. Para os rapazes, os embrulhos escondiam espadas e cavalos de madeira e para as raparigas bonecos enternecedores. Cla-

ra, a protagonista, recebeu um QuebraNozes. Dançando no quarto com o seu novo brinquedo, a menina foi transportada para um lugar de aventuras com o qual só as princesas podem sonhar. Os vestidos, fluidos, engrandeciam a dança e prendiam o olhar, assim como a diversidade que se fazia sentir na peça. Colheu-se inspiração das danças da corte, do paso doble, dos países nórdicos, e muito mais. Entre pliés, arabesques e piruetas, as bailarinas impressionaram com a mestria da sua arte, uma elegância evidente, visível na postura de pontas, nas pernas esticadas e nos braços que aparentavam leveza. A cena do vestido massivo que escondia os pequenos bailarinos; as danças sob a ‘neve’; e todos os pas-de-deux que criaram uma bonita história de amor, ao som das músicas que celebrizaram o Quebra-Nozes, sobressaíram no bailado que preencheu a sala.

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grande Concerto de ano Novo pela Orquestra Filarmónica Portuguesa ESPARGO A Orquestra Filarmónica Portuguesa celebra, dia 8 de Janeiro, às 17h00, no Europarque, os grandes compositores e as suas obras no Grande Concerto de Ano Novo, pelas mãos de 60 músicos de excelência, dirigidos pelo maestro Osvaldo Ferreira. Um concerto que promete marcar o arranque do novo ano e o programa cultural da Festa das Fogaceiras. Fundada em Maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica Portuguesa – projecto de dimensão nacional – integra um conjunto de músicos de elevado padrão técnico e artístico. Músicos premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-integrantes da Orquestra Jovem da União Europeia e músicos estrangeiros residentes em Portugal reúnem-se neste projecto com o objectivo de criar uma orquestra que seja uma referência e símbolo de qualidade, com actuações em todo o território nacional.

Concurso “O Nosso Presépio 2016”

Ji/EB1 de Prime e EB 2/3 de argoncilhe premiados

CiNEtEatrO aPrEsENta PrOgramaçãO Para 2017 FEIRA A apresentação da programação do primeiro trimestre de 2017, nos passados dias 13 e 14, aconteceu fora de portas. O Cineteatro foi ao encontro dos seus diversos públicos, proporcionando momentos de fruição conjunta. O “roadshow” contemplou locais tão diversificados quanto uma loja, um instituto superior, um hospital e um zoo. Num tom descontraído, José Cardoso, enquanto programador, apresentou a proposta cultural, destacando o equilíbrio entre as disciplinas artísticas e o diálogo entre a identidade com o território e a aposta na diversidade de conteúdos. Rodrigo Leão e Scott Matthew, David Fonseca e Sérgio Godinho são os destaques musicais. A dança continua a assumir um papel preponderante, como disciplina artística e como mote para acções de mediação. Na dramaturgia renova-se o diálogo de proximidade com o associativismo local, acolhendo as produções do CCR Orfeão da Feira, da Associação Cultural e Artística da

Dia 8 de Janeiro no Europarque

Lourocoop e do grupo Teatramos. O À4Há continua a possibilitar a expressão de artistas e projectos jovens, com ousadia e dinamismo. A oferta foi recebida com interesse pelos ouvintes, que assistiram e se envolveram na dinâmica. Entre as surpresas esteve um quiz que deu a conhecer produtos e serviços como o espaço de babysitting, disponibilizado gratuitamente uma vez por mês, e o Pack DTM, um pack promocional para os espectáculos de dança, teatro e música do mês de Fevereiro. Novas iniciativas como o + CTAL, programa de extensão da acessibilidade física à acessibilidade de conteúdos, e o programa de acolhimento Novas Gerações Novos Talentos CTAL foram também alvo de atenção. A apresentação da programação fora de portas evidencia a vontade de aproximar o Cineteatro da comunidade, levando-o ao encontro dos públicos e das comunidades, numa abordagem de “vizinhança”, de pessoa para pessoa. www.correiodafeira.pt

LAMAS A Biblioteca do Cincork acolheu, no passado dia 20 de Dezembro, a entrega dos Prémios e Certificados de Participação do concurso “O Nosso Presépio 2016”, integrado no Programa Educativo do Cincork e em parceria com a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e a Federação das Associações de Pais de Santa Maria da Feira. Concorreram presépios oriundos de sete estabelecimentos de ensino do Concelho de Santa Maria da Feira, divididos em duas categorias: Jardim-de-infância / 1.º Ciclo e 2.º/3.º Ciclo: JI/EB1 de Prime de Mozelos, JI Santo António de Escapães, JI de Milheirós – Santa Maria da Feira, JI de Igreja – Sanguedo, EB1 da Vergada, Mozelos, Agrupamento de Escolas Coelho e Castro de Fiães e EB 2/3 de Argoncilhe. Os presépios premiados foram, na categoria Jardim-deinfância / 1.º Ciclo, o JI/EB1 de Prime de Mozelos, enquanto na categoria de 2.º/3.º Ciclo a escolha do júri recaiu no presépio da EB 2/3 de Argoncilhe. Foram ainda atribuídas Menções Honrosas aos presépios da EB1 de Igreja de Sanguedo (na categoria JI/EB1) e Agrupamento de Escolas Coelho e Castro de Fiães (na categoria 2.º/3.º ciclo) O Cincork tem procurado, através do seu Programa Educativo, promover actividades que visam a promoção da cortiça como material plenamente ecológico, de reutilização ou reciclagem variada e 100% português junto da sua comunidade formativa e da população em geral. Os presépios estarão em exposição na Biblioteca do Cincork até ao próximo dia 9 de Janeiro de 2017 durante o horário de expediente do Centro.


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2016, vamos rEcorDar? O ano está a acabar e é altura de rever os acontecimentos que marcaram 2016. Desde os inúmeros espectáculos que esgotaram o Cineteatro António Lamoso, às candidaturas já apresentadas para as próximas Autárquicas, até às conquistas na área desportiva, todos foram temas de destaque no ano que agora finda, mas nada como a recente guerra aberta entre a Feira e S. João da Madeira, devido à mudança de Milheirós de Poiares de concelho, que abalou as estruturas feirenses.

JaN

FEv Dia 13 e 14: Pedro Abrunhosa esgota Cineteatro O cantor português de 55 anos esgotou, nas duas datas marcadas, o Cineteatro António Lamoso. No meio da habitual emoção que envolve os seus concertos, houve um pedido de casamento de um espectador. Além do cantor, outros nomes do mundo do entretenimento esgotaram a plateia do Cineteatro durante todo o ano. São os casos dos Aurora, António Raminhos, Deolinda, Miguel Araújo e António Zambujo.

Dia 4: Requalificação da Avenida 5 de Outubro Nos primórdios do ano, a Avenida 5 de Outubro foi intervencionada. Uma das principais artérias da cidade ficou de cara lavada, mas os passeios à mesma quota da estrada não geraram consenso entre o Executivo. Os estacionamentos indevidos multiplicaram-se e obrigaram à posterior pintura dos passeios de uma cor diferente. Dia 20: Fogaceiras A Festa das Fogaceiras iniciou-se com mau tempo, mas este não prejudicou a cerimónia. As atenções recaíram, como habitual, nas fogaceiras provenientes de todo o Concelho que levam as fogaças à cabeça, percorrendo o centro histórico concelhio. Das muitas personalidades presentes, destacaram-se o Duque de Bragança, D. Duarte Pio de Bragança, e o delegado pontifício do conselho da cultura, D. Carlos Azevedo.

Dia 19: Cineteatro inaugura serviço de babysitting O Cineteatro António Lamoso disponibilizou, para os eventos de maior dimensão, um espaço de babysitting durante os espectáculos. O objectivo é que os pais usufruam do espectáculo descansados, sabendo que as crianças estão seguras.

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Dia 6: Margarida Gariso apresenta candidatura à Câmara Municipal Margarida Gariso foi a primeira a apresentar a candidatura às autárquicas da Feira depois de uma inédita iniciativa da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista – propôs aos seus militantes um processo de consulta sobre qual o candidato melhor perfilado para o cargo. Depois de análise e sufrágio, a socialista oficializou a candidatura.

Dia 1: Correio da Feira integra a Associação Nacional de Imprensa Regional Juntamente com outros 16 órgãos de comunicação, o Correio da Feira outorgou o protocolo, no Museu Nacional da Imprensa, para a constituição da Associação Nacional de Imprensa Regional (ANIR). Dos 17 meios, estão os jornais mais representativos e prestigiados que pugnam por soluções que contribuam para a manutenção e crescimento da Imprensa Regional.

Dia 14: Feirense ascende à Primeira Divisão O empate a um no Municipal de Chaves frente aos locais – com a promoção já garantida – foi o último capítulo na história da escalada do Feirense à elite do futebol nacional. Quatro anos depois, o Feirense conseguiu finalmente alcançar o desejado objectivo, apesar de algumas contrariedades durante a temporada, nomeadamente a troca de treinador (José Mota substituiu Pepa).

Dia 11: 119 anos de Correio da Feira O jornal mais antigo do Concelho assinalou os seus 119 anos. Em 1897, primeira edição, este deixava já a sua “jura [de] fidelidade aos eternos princípios de justiça e da verdade”.

Dia 20 e 21: Imaginarius O centro histórico de Santa Maria da Feira acolheu a 16.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Rua, Imaginarius. Muitos foram os que não quiseram perder pitada dos 42 espectáculos, intervenções artísticas e workshops.

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Dia 23: Colégio de Lamas perde financiamento do Estado Um dos temas que mais tinta fez correr durante 2016: o fim do contrato de associação entre o Estado e o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. Na base da decisão, esteve um relatório da Direcção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) entregue ao Ministério da Educação. Com este corte, que visa os inícios de ciclo (5.º, 7.º e 10.º anos), o Colégio de Lamas terá perdido cerca de 600 alunos e 30 professores.

Dia 3: Emídio Sousa eleito presidente da Associação de Municípios O edil camarário foi eleito presidente da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria (AMTSM) para um mandato de dois anos. Esta associação tem três décadas de existência e o entendimento entre diferentes partidos é a chave do sucesso. Emídio Sousa traçou como prioridades a via Feira-Arouca, a Linha do Vouga e a internacionalização do Europarque. A AMTSM é composta pelos concelhos da região de Entre Douro e Vouga: Arouca, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira e Espinho.

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Dia 24: Falece Eugénio Campos, o ‘senhor Cineteatro’ Com uma ligação de mais de 30 anos ao Cineteatro António Lamoso, Eugénio Campos acompanhou de perto as obras de requalificação e, com um currículo preenchido em termos associativos, o público foi sempre a sua maior preocupação. Foram várias as entidades concelhias a prestar-lhe homenagem. Dia 28: Inauguração da Academia Forte Paixão Foi inaugurado oficialmente o novo Complexo Desportivo do Lusitânia de Lourosa, baptizado ‘Academia Forte Paixão’, localizado na zona das antigas pedreiras. Esta obra de grande envergadura surge após 20 anos de anseio dos lourosenses e visa potenciar a formação do clube. A Academia dispõe de um campo de futebol de onze de relva sintética, dois campos de futebol de sete, dez balneários, uma sala de estudo, ginásio, sala de troféus, recepção/secretariado, sala de reuniões técnicas, lavandaria, bar, camarote e uma bancada para cerca de 500 pessoas.

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Dia 14: Certificação da Fogaça da Feira A Fogaça da Feira foi incluída pela Comissão Europeia na lista de produtos com denominação “Indicação Geográfica Protegida (IGP)”, etapa que culmina o longo processo de certificação deste pão doce secular. A IGP é uma certificação oficial, atribuída a produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionalmente produzidos numa região que determina assim que a Fogaça da Feira passa a ser produzida exclusivamente dentro dos limites territoriais de Santa Maria da Feira.

SET

Dia 15: Populares tapam buracos com couves

A (falta de e longa demora da) intervenção e requalificação da rede viária no Concelho foi, durante 2016, um dos tópicos mais contestados pelos populares. Os moradores da freguesia de Escapães protestaram de forma original, colocando terra e couves nas mazelas das suas estradas numa iniciativa muito apreciada por todos os contestadores do Concelho.

De 5: Quinta prorrogação do pavilhão de São João de Ver A construção do pavilhão de São João de Ver, iniciada em Fevereiro de 2015, sofreu prorrogações sucessivas. Em reunião de Câmara, ficou conhecida a quinta que se estendeu até o dia 30 de Setembro. Emídio Sousa admitiu que “a obra durou mais do que desejavam”.

AGO

JUL

De 27 de Julho a 7 de Agosto: Viagem Medieval O centro histórico da Feira acolheu a 20.ª edição da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria que proporcionou a mais de 600 mil visitantes 12 dias de animação e recriações históricas dedicadas ao reinado de D. Dinis e D. Isabel de Aragão.

Dia 4: Romariz ascende à primeira divisão distrital Depois de uma época para esquecer em 2014/15, a temporada de 2015/16 foi histórica para os romarizenses. Nesta data, o Romariz ultrapassou Mourisquense e Anadia B no playoff, alcançando a elite do futebol aveirense

OUT Dia 15: Presépio da Cavalinho destruído pelas chamas Durante o pico dos incêndios, nada sobrou do Presépio da Cavalinho, o Maior do Mundo em Movimento, depois do fogo que atingiu o pavilhão onde estava instalado. Em menos de uma hora, todas as peças foram consumidas apesar dos 83 bombeiros e 24 viaturas presentes no combate às chamas. De 31: Passagens de nível sem guarda serão encerradas A Infra-Estruturas de Portugal anunciou que investirá, no próximo ano, cerca de 3,5 milhões numa segunda fase de automatização das passagens de nível na Linha do Vouga. Serão 35 as passagens de nível a automatizar, com ou sem guarda. Esta medida surge após as reivindicações da população contra os sinistros registados. No Concelho, São Paio de Oleiros e Paços de Brandão são exemplos de acidentes resultantes da falta de segurança. Uma passagem de nível, junto ao antigo Hospital de Oleiros, já foi, inclusivamente, encerrada.

Dia 25: Amy’s Kitchen instalar-se-á em Santa Maria da Feira O Concelho ficou a saber que a empresa norteamericana do sector alimentar, Amy’s Kitchen, vai instalar-se em Santa Maria da Feira, num investimento que ronda os 60 milhões de euros e criará cerca de 600 postos de trabalho. A obra será concretizada ao longo de cinco anos e a empresa já adquiriu um terreno de 80 mil metros quadrados do Lusopark, junto ao Europarque. Estima-se que a fábrica comece a laborar em pleno em 2018. 14

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NOV

DEZ

D e 1 4: A pr e se n ta d a e d eb at i d a a ‘nova’ Praça da República O M u s e u C o n ve n t o d o s L ó i o s r e c e beu a apresentação e o debate, entre Executivo e população, do projecto de requalificação da Praça da República. O foco para o novo espaço é um maior condicionamento do trânsito, a melhoria das acessibilidades e a criação de espaços verdes. A vontade do Executivo é concluir os trabalhos antes da Festa das Fogaceiras do próximo ano.

De 1: PNR apresenta Anselmo Oliveira como candidato à Câmara da Feira O Partido Nacional Renovador celebrou o 1.º de Dezembro em Santa Maria da Feira aproveitando para oficializar a candidatura de Anselmo Oliveira às eleições autárquicas, naquela que será a primeira participação do partido na Autarquia.

Dia 27: Morre Manuel Azevedo Durante a madrugada, falece o reconhecido fotógrafo feirense Manuel Azevedo. As diversas entidades concelhias, mas não só, mostraram os votos de pesar em sua homenagem.

De 1 a 30: Perlim Um mês completo de espírito natalício na Quinta do Castelo em Santa Maria da Feira onde predominam os inúmeros espectáculos, ateliers e música. No dia 8, o evento atingiu o limite de visitantes num só dia. O Maior Parque Temático de Natal do Norte do País acolheu sete mil pessoas, o que obrigou a organização a fechar portas uma hora depois do parque ter aberto.

Dia 29: Europarque com nova imagem Um ano volvido desde a cedência do Europarque pelo Estado ao Município feirense, a Câmara apresentou a nova imagem do equipamento municipal. O designer Paulo Marcelo foi o responsável pelo logotipo, desdobrado em quatro ícones, representando o dinamismo e versatilidade; a centralidade e a proximidade; a história; e a natureza. O objectivo era “rejuvenescer” o Europarque e solidificar o “novo ciclo”.

Dia 6: Mariana Almeida é a nova Jovem Autarca Mariana Almeida é eleita para suceder a Margarida Sá como jovem presidente de Câmara do

Município feirense. É o terceiro ano consecutivo que uma aluna da Secundária de Santa Maria da Feira atinge o topo da lista. Dos 6231 eleitores, apenas 3566 votaram, resultando numa abstenção de 42,77%. Mariana Almeida arrecadou 961 votos contra os 405 de Eduardo Couto e os 340 de Filipa Martins, primeiro e segundo vereadores. Dia 12: Religação das iluminárias após quatro anos O Executivo decidiu avançar para um significativo investimento na iluminação pública com tecnologia LED e simultaneamente proceder à religação das iluminárias, desligadas há quatro anos.

Dia 13: São João da Madeira aprova anexação de Milheirós de Poiares O executivo de São João da Madeira aprovou por unanimidade o apoio à integração da freguesia de Milheirós de Poiares no seu concelho, o que originou, pela Autarquia feirense, duras críticas e uma petição pela permanência da freguesia na Feira.

Dia 15: Requalificação da ligação Argoncilhe-Olival Tornou-se oficial o desejo de há muitos anos dos argoncilhenses. O Acordo de Agrupamento de Entidades Adjudicantes foi assinado pelo edil feirense Emídio Sousa e pelo edil gaiense Eduardo Vítor Rodrigues. Serão requalificadas as ruas que ligam a freguesia de Olival a Argoncilhe.

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Publinformação

SAÚDE

DEPRESSÃO E ANSIEDADE NA GRAVIDEZ E NO PÓSPARTO: DESMISTIFICAR O PAPEL DO PSIQUIATRA O tema da doença mental na gravidez e no pós-parto tem sido cada vez mais objeto de estudo por ser gerador de interesse, desafio e controvérsia, pois ao contrário do que se imagina muitas mulheres experienciam tristeza ou ansiedade nesta fase das suas vidas, de forma tão intensa e disfuncional, que torna a vivência da maternidade um verdadeiro sofrimento. A literatura científica identifica o período da gestação e do puerpério como o período de maior vulnerabilidade para o início de uma perturbação mental, ou recaída de uma condição psiquiátrica pré-existente na mulher, principalmente no primeiro e no terceiro trimestre de gravidez e nos primeiros 30 dias de pós-parto. A gravidez e o pós-parto são certamente períodos peculiares na vida da mulher que devem ser avaliados com especial atenção, pois envolvem múltiplas alterações físicas, hormonais, psicológicas e sociais, que vão refletir-se diretamente na sua saúde mental.

Depressão e Ansiedade na Gravidez

Vários são os fatores que se podem correlacionar com uma patologia depressiva ou ansiosa durante a gestação, nomeadamente dificuldades financeiras, gestação na adolescência, falta de suporte social e familiar, eventos de vida negativos/stressantes, relacionamento conjugal conflituoso, história familiar de doença psiquiátrica, características de personalidade da mulher, padrões de cognição negativos, baixa autoestima, porém, aquele que parece ter maior influência é a existência prévia de depressão ou ansiedade. Atualmente já existem estudos que evidenciam a relação entre a depressão na gravidez e um risco aumentado de parto pré-termo, de baixo peso à nascença, ou mesmo de alteração dos padrões de desenvolvimento do cérebro do bebé, tendo assim, eles próprios, um risco acrescido para vir a sofrer de depressão. Por conseguinte, a existência de sintomas depressivos durante a gestação constitui também um fator de risco para depressão no pós-parto, comprometendo a relação de vinculação entre a mãe e o seu bebé. Mulheres com depressão pós-parto não tratadas adequadamente podem levar a prejuízos do desenvolvimento cognitivo e da linguagem do bebé.

Depressão e Ansiedade no Pós-Parto

No puerpério para além das bruscas mudanças nos níveis hormonais, a transição para a maternidade é marcada por mudanças psicológicas e sociais. Há a necessidade de reorganização social e adaptação a um novo papel, a mulher tem um súbito aumento de responsabilidade por se tornar a referência de um bebé, sofre privação de sono e

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isolamento social. Além disso, é importante não esquecer a reestruturação da vida do casal e da sexualidade, bem como da imagem corporal da mulher e da sua identidade feminina. Por sua vez são considerados fatores de proteção o otimismo, a autoestima, a boa relação conjugal, o suporte social adequado e a preparação física e psicológica para as mudanças advindas com a maternidade. Imediatamente após o parto existe uma fase denominada Blues pós-parto ou Baby Blues. Esta é uma fase de maior labilidade emocional, contudo se os sintomas não desaparecerem após algumas semanas ou inclusivamente se se intensificarem, poderemos estar presente uma depressão pós-parto. Este estado patológico pode interferir com a capacidade da mãe para cuidar do bebé, causando repercussões negativas na qualidade de vida, na dinâmica familiar e no estabelecimento de um vínculo mãe-bebé saudável. Não bastando a própria sintomatologia depressiva que condiciona a qualidade de vida, qualquer mãe sente-se desiludida, frustrada e profundamente culpabilizada por não estar a usufruir da felicidade de ter o seu bebé. A partir do corte do cordão umbilical, termina uma ligação física muito íntima à mãe e inicia-se uma ligação emocional e afetiva, cuja qualidade terá forte impacto na adaptação do bebé ao meio. A interação da díade mãe-bebé é a primeira forma de socialização, a mãe representa então o elemento central do universo afectivo e social da criança e aquele com o qual, habitualmente, estabelece uma vinculação forte, que lhe permitirá construir a base da confiança que o ser humano estabelece com o mundo. Nos casos de depressão pós-parto, e outras perturbações emocionais comuns neste período, o vínculo nem sempre se desenvolve de forma satisfatória, pois mães deprimidas estão menos disponíveis para interagir e responder às solicitações dos seus bebés, ou seja, passam menos tempo a olhar, tocar, embalar e a falar com os seus bebés, são menos afetivas na interação e apresentam mais expressões negativas. As mães deprimidas podem interromper a amamentação mais precocemente e lidar com os seus bebés de forma insegura, pouco afetuosa e confusa por lhes faltar as habilidades de resolução de problemas. Os bebés são muito sensíveis e vulneráveis ao impacto da depressão materna, porque dependem da qualidade dos cuidados e da responsividade emocional da mãe. Bebés de mães deprimidas exibem dificuldades no desenvolvimento da sua comunicação e interação com o mundo externo, verificando-se menos afeto positivo, menor desenvolvimento motor, menos vocalizações, menos expressões de interesse em explorar o meio, distanciam o olhar, mais expressões de tristeza, pouca reciprocidade com as suas mães, são mais irritáveis e choram mais, têm mais proble-

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mas de alimentação e de sono.

Avaliação e Tratamento

Sabe-se que é a avaliação criteriosa que permite detetar a existência de quadros psicopatológicos agudos, que, quando tratados atempadamente, poderão evitar ou mesmo diminuir o risco de consequências negativas tanto para a mãe, como para o bebé. Neste sentido, é fundamental privilegiar o trabalho multidisciplinar e de articulação entre profissionais de saúde nesta fase tão sensível da vida da mulher. E tendo em conta a correlação existente entre a depressão materna e a predisposição genética do bebé para depressão, estaremos também a agir numa ótica de saúde pública e de promoção para a saúde mental. O acompanhamento psiquiátrico nestas fases torna-se assim primordial, tanto na avaliação como na orientação e acompanhamento das mães, devolvendo-lhe a confiança no seu papel maternal. A intervenção deverá ser integrada, através da associação entre a psicoterapia e a psicofarmacologia. O uso de medicação antidepressiva constitui a primeira linha no tratamento da depressão e da ansiedade, e visa reequilibrar as substâncias químicas no cérebro. A intervenção psicológica tem como objetivo prevenir o adoecer psíquico e restaurar um equilíbrio saudável. Dos vários modelos de intervenção psicoterapêutica, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem sido largamente estudada e apresenta evidência científica tanto na prevenção quanto no tratamento de estados ansiosos e depressivos. Uma particularidade, que habitualmente suscita muitas dúvidas, diz respeito ao aleitamento materno e sua compatibilidade com o tratamento farmacológico. A maioria dos fármacos é excretada no leite materno e, por questões éticas, não existem muitos estudos controlados avaliando a exposição do recém-nascido. Todavia, os realizados e a clínica revelam poucos riscos ou efeitos colaterais nos lactentes expostos a antidepressivos da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS), uma vez que a quantidade do fármaco e do seu metabolito no leite materno e no sangue do bebé são tão diminuídos. Uma avaliação cuidadosa permite frequentemente compatibilizar o tratamento medicamentoso com a amamentação. Existe assim uma forte relação entre as nossas experiências enquanto bebés e a nossa saúde mental enquanto adultos, neste sentido é urgente tratar as mães para que possam viver a maternidade de forma plena e segura, acolhendo as necessidades dos seus bebés, sem angústia ou sofrimento patológico, para que estes se tornem crianças felizes, adultos saudáveis.


Hoje tomei a liberdade de escrever sobre a passagem do tempo. Como conta o tempo na sua vida? Há muitos anos ouvi dizer: “Esse maravilhoso último minuto nunca mais se repetirá, passou, acabou como um suspiro. E tu, soubeste aproveitá-lo da melhor maneira possível?”. Por algum motivo, esta frase esteve muito presente na minha vida no último ano. Não quero mais “tempo perdido”, não quero mais que os dias passem só por passar, quero deitar-me à noite e pensar que dei todos os beijos e abraços às minhas filhas, que compartilhei os melhores sonhos, planos e risadas do meu marido. Quero saber sim: que eu amei cada dia mais, que chorei só de felicidade, que fui tolerante, que tive tempo de olhar para a rua só para ver o pôr do sol. Hoje trago uma receita que representa tudo aquilo que desejo para o seu próximo ano: um pão levemente doce, muito recheado com um creme intenso e inesquecível, polvilhado com o mais puro dos açúcares e sem esquecer uma alegre e inesperada crocância. Acredito que a vida deva ser assim sempre “suave, intensa e inesquecível”. Venha 2017! Estamos prontos para devorar-lhe e fazer de cada minuto seu uma degustação deliciosa!

Renata Monteiro

POLVO À LAGAREIRO Ingredientes: 800 g de polvo congelado 5 dentes de alho esmagados 2 folhas de louro Alecrim q.b Coentreo q.b

1 cebola sem casca 100 ml de vinho branco 8 Batatas para assar Sal Pimenta preta

culinária

Modo de preparo: • Numa panela coloque água (suficiente para cobrir o polvo), louro, o vinho tinto e a cebola. • Espere que a água ferva e junte o polvo ainda congelado. Deixe que cozinhe em lume médio por 40 – 50minutos. • Num recipiente, junte o azeite e o alecrim e deixe parar por pelo menos 30 minutos. • Cozinhe as batatas em água com sal e reserve. • Após o polvo estar pronto, corte em pedaços, junte as batatas e regue com o azeite temperado, e leve ao forno por 15 minutos a 200°C (pré-aquecido).

PARIS BREST Ingredientes para a massa choux: 150 g de farinha de trigo 80 g de manteiga 120 ml de leite gordo 80 m de água 4 ovos 1 colher de sopa de açúcar 1 pitada de sal 1 pau de canela 1 casca de limão Ingredientes doce de abacaxi: 1 chávena de ananás picado em cubinhos 2 ½ chávenas de água 4 colheres de sopa de

açúcar (pode precisar mais, dependerá da acidez da fruta) Sumo de meia laranja 1 pau de canela Folhas de hortelã a gosto 50 ml de vinho branco (opcional) Ingredientes chantilly: 200 ml de natas para bater 3 colheres de sopa de açúcar

Modo de preparo:

Num tacho, colocar água, leite, manteiga, pau de canela e casca de limão e deixar ferver. Remover do lume e adicionar a farinha. Misturar vigorosamente. Recolocar a panela em lume baixo e mexer por alguns minutos. Colocar esta massa num recipiente e deixar que arrefeça por completo. Adicionar os ovos (um de cada vez) e misturar bem. Forrar um tabuleiro com papel vegetal e pré aquecer o forno a 160°C. Com auxílio de um são pasteleiro, faça os círculos do tamanho desejado (fiz círculos com 10 cm de diâmetro) e leve ao forno por 35 minutos (pode precisar ficar mais 10 minutos, dependerá do seu forno). Num tacho pequeno, colocar a água, o pau de canela e o açúcar. Deixar que ferva por 10 min em fogo médio. Juntar o ananás e deixar ferver mais 10 minutos. Adicionar o sumo de laranja, a hortelã e ferver por mais 5 min. Desligar o lume e adicionar o vinho branco (opcional). Na batedeira, colocar a nata com o açúcar e bater até obter consistência de chantilly. Abrir o pão ao meio e recheá-lo com uma camada generosa de doce de abacaxi e por cima muito chantilly. Publicidade

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SENSAÇÕES SEM FRONTEIRAS 18

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JERUSALÉM ÚLTIMA VIAGEM QUADRANTE 2016

Maria e Santa Is abel

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Jardim da s Oliveira s


AUTOMUNDO

MINI ClubMaN CoopEr D o Elo quE faltava! Texto e Fotos: Joaquim Oliveira

Há já algum tempo que não tínhamos oportunidade de andar de MINI, ou melhor, há tanto tempo que ele entretanto mudou de proprietário e de forma. Longe vão os tempos em que tive a grata oportunidade de conduzir diversas variantes deste famoso modelo, Austin ou Morris, tais como os ‘850’, os ‘1000’, ‘1000 Cooper’, ‘1275 GT’, os famosíssimos ‘Cooper S’ e a peculiar ‘MINI Ima’. Hoje, a realidade é bem distinta da dos anos 60 ou 70, já que após a aquisição da marca pela BMW no início do Século XXI os MINI começaram a crescer, numa primeira fase (2007), mais 56cms que o original, dimensões às quais se acrescentam mais 29,5cms nesta terceira geração, na qual viemos agora encontrar a ‘nova’ MINI Clubman. Utilizando a plataforma UKL2, esta vertente familiar do MINI apresenta-se 27cms mais comprida e 9cms mais larga que a versão automóvel, permitindo assim que facilmente se possam acomodar quatro adultos de forma absolutamente confortável e mesmo um terceiro passageiro no banco traseiro, tal como tivemos oportunidade de verificar durante este breve teste que nos foi gentilmente proporcionado pela Baviera Caetano de Sta. Maria da Feira/ Vila Nova de Gaia à ‘nova’ MINI Clubman Cooper D. Exteriormente, o “MINI Clubman” revela um design bastante apelativo, atraente e moderno, onde a sua maior distância entre eixos lhe confere ainda maior elegância, sendo de destacar a grelha dianteira hexagonal tradicional dos ‘Mini’ e os distintos faróis amplos e redondos na dianteira, enquanto na secção traseira se destaca a conhecida ‘Splitdoor’, agora envolvida por uma ampla linha de ombros e luzes horizontais de tendência desportiva, e, na zona traseira do alongado tejadilho, uma antena tipo barbatana de tubarão iluminada. De fora para dentro, foi com grato prazer que verificámos que o aumento das dimensões do “MINI Clubman” foi explorado ao máximo, de forma a conferir-lhe um amplo espaço interior, com bancos de excelente design desportivo e bastante confortáveis, um destaque partilhado com a ampla consola central, na qual está incorporado o travão de mão eléctrico, a alavanca de velocidades e o comando a partir da qual se pode aceder ao painel central. Com todos os instrumentos de orientação e verificação muito bem colocados, o destaque vai para volante desportivo em pele com sistema multifunções e onde se apresenta também o ‘cruise control’, bem como para o mostrador central

de grandes dimensões a partir do qual se pode aceder à central multimédia, ao GPS, ao rádio MINI Visual Boost 6,5”, ao sistema Bluetooth, ao ar condicionado e a diversos outros ajustes da viatura e através do qual nos é passada a informação dos sensores de estacionamento traseiros, por sinal de excelente qualidade, tudo isto delimitado por um aro luminoso que muda de cor de acordo com os diversos sistemas acionados. A distinta série de detalhes existentes no interior do habitáculo é mais visível à noite, quando melhor podemos apreciar o logotipo da marca “MINI” projectada por luz ao solo quando se abre a porta do condutor e pela iluminação, não só dos aros das portas, mas principalmente de todo o habitáculo graças à opção que nos permite escolher entre 225 tonalidades de cor e 12 definições de luz ambiente. Através da ‘Splitdoor’ acedemos a uma bagageira de excelentes dimensões (360lts) mesmo com as mãos ocupadas, graças ao sistema ‘Smart Opener’ disponível a partir do controlo remoto da chave da viatura ou simplesmente através de um movimento rápido com o pé sob o párachoques traseiro. Se na harmonia de linhas, habitualidade e conforto ficamos bastante agradados, também ao nível de motorização este MINI Clubman deixou boas marcas. A suspensão não é realmente confortável, mas isso faz parte da verdadeira essência de tradição dos MINI, a sensação ‘GoKart’, através da qual o fabricante pretende uma maior interligação entre a estrada, a viatura e o condutor, que tem ao seu dispor uma caixa de seis velocidades bem escalonada para os 150cv de potência do motor turbo-diesel de 1499cc que equipa este “MINI Clubman Cooper D”. Com três tipos de condução disponíveis, ‘Green’, ‘Mid’ e ‘Sport’, podemos optar por outras tantas variantes de condução. Na versão mais económica (Green) baixamos um pouco ao consumo, mas é na versão desportiva (Sport) que vemos a verdadeira alma deste grupo propulsor. Boas recuperações de potência e boas acelerações, tornando mais fácil aquela ultrapassagem mais ‘apertada’, tudo sempre dentro de um nível de consumo que, no teste efectuado, não ultrapassou uma média de 6,5lts/100kms. Várias décadas depois, foi com enorme agrado que travámos conhecimento com a versão em falta no elo da nossa história com os MINI, o Clubman... agora devidamente readaptado aos nossos dias e numa agradável versão familiar. www.correiodafeira.pt

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Lourenço Pinto chamado à selecção

Feirense marca passo em juniores

Feira Handball Cup 2016

Campeões da AJM homenageados

Defesa-central dos iniciados do Feirense foi convocado para estágio de observação da Selecção Nacional Sub-15.

Empate caseiro, sem golos, na recepção ao Moreirense atrasa fogaceiros na luta pelo play-off.

A edição de 2016 incia-se amanhã (27 de Dezembro), e estende-se até sexta-feira (30 de Dezembro).

J.F. Nogueira da Regedoura promoveu uma cerimónia de homenagem aos campeões nacionais da AJM.

Iniciados

Juniores

Andebol

Voleibol

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DESPORTO

MANtA AquEcE NAtAl Do FEiRENSE

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt

Feirense regressou às vitórias frente ao Paços Ferreira LIGA NOS

O treinador (interino) Nuno Manta estreou-se aos comandos do Feirense com uma vitória sobre o Paços Ferreira (2-0). Com o triunfo conquistado, os fogaceiros saem da zona de despromoção.

I LIGA Mais de três meses depois, o Feirense regressou às vitórias na Liga NOS. Na estreia de Nuno Manta como técnico interino do Feirense, os fogaceiros venceram, em casa, o Paços Ferreira por 2-0, em partida referente à 15.ª jornada do campeonato, com dois golos da marca dos 11 metros. Fabinho, aos 37 minutos, e Platiny, aos 63, marcaram os golos do triunfo do Feirense, que deixam o clube fora da zona de despromoção. É caso para dizer que Nuno Manta veio ‘aquecer’ o Natal de todos os feirenses. Nuno Manta apresentou algumas novidades no 11 inicial do Feirense, nomeadamente com a entrada de Cris e Fabinho (e até Luís Machado), atletas que sentem o clube como poucos. Talvez por isso, o Feirense entrou em campo com muita vontade de colocar um ponto final na ‘série negra’ de resultados (nove jogos sem vencer e cinco derrotas consecutivas na I Liga). No entanto, inicialmente faltou algum discernimento aos fogaceiros, aproveitado pelos castores, em contra-ataques, para chegar com perigo à baliza defendida por Vaná. Valeu, nesse período, o guardião brasileiro para manter

o nulo. Contudo, numa jogada rápida, Luís Machado entrou na área e sofreu um toque de Bruno Santos que o árbitro João Capela considerou suficiente para marcar penálti. Na marca dos 11 metros, Fabinho colocou o Feirense em vantagem. O golo tranquilizou a equipa fogaceira que passou a controlar melhor a partida. Na 2.ª parte o Paços Ferreira entrou mais forte, no entanto, voltou a esbarrar nas mãos de Vaná (grande exibição) que, com uma grande defesa, impediu um autogolo que daria o empate (53’). Mas o fulgor dos castores não durou mais que 15 minutos da etapa complementar. Aos 60 minutos, Pedro Monteiro e Rafael Defendi não se entendem e Platiny quase faz o segundo. Uma ameaça para o que viria a seguir. Platiny fugiu, já dentro da área, a Pedro Monteiro e foi derrubado pelo defesa dos castores (penálti indiscutível). O mesmo Platiny encarregouse de apontar a grande penalidade e fazer o segundo para o Feirense. A partida ficou sentenciada e até ao final o Feirense manteve tranquilamente a vantagem e conquistar tês pontos que permitem um Natal fora da zona de despromoção.

Feirense

2

Paços Ferreira

0

Estádio Marcolino Castro Árbitro: João Capela (AF Lisboa) Feirense: Vaná; Barge (Jean Sony, 52’), Luís Rocha, Flávio Ramos, Vítor Bruno; Semedo, Cris, Fabinho (Luís Aurélio, 79’); Luís Machado (Ícaro Silva, 90’), Platiny, Etebo Treinador: Nuno Manta Santos Paços Ferreira: Rafael Defendi; Bruno Santos, Ricardo, Pedro Monteiro, Filipe Ferreira; Mateus Silva (Leandro Silva, 79’), Pedrinho; Andrezinho (Minhoca, 64’), Ricardo Valente (Gleison, 79’), Ivo Rodrigues; Welthon Treinador: Vasco Seabra Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Bruno Santos (36’), Vítor Bruno (45’), Mateus Silva (46’), Pedro Monteiro (62’) e Luís Rocha (73’). Golos: Fabinho (37’, g.p.), Platiny (63’, g.p.)

E AgoRA, quEM SubStitui JoSé MotA? Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt

O lugar de José Mota há muito que era contestado pelos adeptos que não gostaram de ver a equipa cair, à 14.ª jornada, para os lugares da despromoção. Após a sua saída, anunciada na terça-feira, os sócios mantêm-se divididos em relação ao novo técnico. Muitos são os que pedem a continuidade do interino Nuno Manta que, depois de vencer o Paços de Ferreira, por 2-0, deixou o clube acima da linha de água. Dificilmente será Nuno Manta a continuar no leme do clube, apesar de evidenciar vontade. “É evidente que gostava de ficar neste compromisso. Se for isso que me pedirem, muito bem, se for outra coisa, estou aqui para servir o clube”, disse após o último jogo. Caso a SAD decida contratar um homem de fora, Rui Quinta é um dos nomes mais bem cotados dentro do clube para assumir o cargo. Na última experiência na Primeira Liga, ao serviço do Penafiel, em 2014/15, foi despedido à 25.ª ronda e o clube acabaria por descer de divisão. O Vizela juntou-se ao Feirense na luta pelos serviços do técnico. Muitos adeptos e sócios do clube pedem ainda o regresso de Pepa à equipa, hipótese descartada pela SAD. 20

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Resultados - 15.ª Jornada F. C. Porto 2 1 Marítimo 0 Rio Ave FC Benfica 2 2 Boavista FC CD Nacional 0 Sp. Braga 2 1 Moreirense FC CD Feirense 2 0 Paços de Ferreira Os Belenenses 0 1 Sporting GD Chaves 1 0 Estoril Praia V. Setúbal 3 0 CD Tondela FC Arouca 0 1 V. Guimarães Classificação P J V E D GM - GS Benfica 38 15 12 2 1 32 - 8 F. C. Porto 34 15 10 4 1 28 - 7 Sporting 30 15 9 3 3 25 - 13 V. Guimarães 30 15 9 3 3 27 - 17 Sp. Braga 29 15 9 2 4 23 - 17 Rio Ave FC 23 15 7 2 6 19 - 19 GD Chaves 22 15 5 7 3 15 - 13 Marítimo 20 15 6 2 7 11 - 13 V. Setúbal 19 15 5 4 6 16 - 16 Boavista FC 17 15 4 5 6 16 - 18 Os Belenenses 17 15 4 5 6 10 - 15 FC Arouca 17 15 5 2 8 13 - 19 Paços Ferreira 16 15 4 4 7 16 - 23 Estoril Praia 15 15 4 3 8 11 - 18 CD Feirense 14 15 4 2 9 12 - 30 CD Nacional 11 15 3 2 10 14 - 25 Moreirense FC 11 15 3 2 10 14 - 26 CD Tondela 10 15 2 4 9 12 - 25 Próxima Jornada - 08 de Janeiro Boavista FC - V. Setúbal Estoril Praia - Marítimo Paços de Ferreira - F. C. Porto CD Tondela - FC Arouca Moreirense FC - Os Belenenses V. Guimarães - Benfica CD Nacional - Sp. Braga Rio Ave FC - GD Chaves Sporting - CD Feirense, 16h

DEStAquES Vaná O guarda-redes brasileiro foi decisivo para o triunfo do Feirense com defesas incríveis, como aquela em que evitou um autogolo (53’).

Platiny Nuno Manta Santos “É sempre importante vencer. A dedicação, a entrega, o empenho estiveram lá e os jogadores foram tremendos. É evidente que eu gostava de ficar neste compromisso, mas também estou sempre disposto a servir o clube conforme este o entenda.”

A pressão que fez na primeira fase de construção dos castores (‘obrigando’ ao erro) foi fulcral para o triunfo. E ainda marcou.

Luís Machado Uma das novidades no 11, justificou a aposta com velocidade, garra e qualidade técnica. Traz imprevisibilidade aos corredores laterais.


ENTREVISTA

Marisa GoMEs, uM rosto Do sucEsso Do futEbol nacional fEMinino

Texto: Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt Fotos: Federação Portuguesa de Futebol (FPF)

Como surgiu o convite da FPF? O convite da FPF foi-me dirigido pela professora Mónica Jorge, que agora é directora no futebol feminino da FPF, no sentido de auxiliar o professor José Paisana no futebol feminino. Eu não tinha ligação ao futebol feminino, comecei pelo futsal, no entanto, a professora Mónica disse que isso não seria nenhum entrave. Inicialmente o objectivo era perceber se ia dar certo. Correu muito bem, foi o ano em que fomos com as Sub-19 ao Europeu, na

Os recentes êxitos das selecções nacionais femininas de futebol têm ‘mão’ de uma canedense. Marisa Gomes é a treinadora adjunta da selecção nacional feminina e treinadora principal das Sub-17. O seu percurso começou no futsal, onde também jogou pelo Vilamaiorense, mas, como treinadora, o seu caminho rapidamente se cruzou com o futebol. Passou pela formação do FC Porto, Sporting e FC Foz até chegar à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), onde é um dos principais rostos da evolução do futebol feminino nacional. Turquia. A partir daí acabo por estar mais envolvida no que são os projectos da FPF para o futebol feminino e a minha ligação nos últimos anos tem sido focado no futebol feminino. Que importância teve a qualificação da Selecção Nacional feminina para o Campeonato da Europa 2017? A importância deste feito deve-se, sobretudo, no fazer acreditar as pessoas no trabalho que têm vindo a ser desenvolvido ao longo de www.correiodafeira.pt

muitos anos. As pessoas do futebol feminino têm uma característica muito particular, que é a paixão naquilo que fazem e isso é uma mais-valia. Mas, o facto de irmos ao Campeonato da Europa, é uma conquista de todos, começa desde o plano estratégico que a FPF desenvolveu há quatro anos, o qual fiz parte e ajudei naquilo que pude na elaboração do mesmo, juntamente com a direcção, procurando sempre que o futebol feminino siga um caminho com o objectivo de estar sempre 26.DEZ.2016

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difícil. A Inglaterra e a Espanha irão, com certeza, jogar para jogar a final e são sempre equipas muito competitivas. Cada minuto é jogado como se fosse o último e isso vai exigir de nós um crescimento muito rápido relativamente ao que tem sido o nosso desempenho. No entanto, eu penso que isso é fruto das conquistas que vamos fazendo, mas também acredito que o que temos vindo a conquistar não foi só sorte. Acho que o grupo cresceu muito, as jogadoras passaram a ter uma mentalidade um bocadinho diferente de ir para os jogos e pensar que era mais um. Agora não, cada jogo é para ser levado a sério e no final logo se vê. É isso mesmo que vamos fazer, como temos feito até agora que é jogar todos os jogos dando o máximo e aí estaremos sempre mais perto de ganhar.

perto das grandes equipas. Foi esse o nosso grande objectivo, quer na formação, quer na equipa sénior. Claro que sabemos que a competitividade da equipa sénior é muito diferente daquela que é a formação. Mas sentimos na formação — está cada vez é mais presente — a mensagem do presidente que é “formar para ganhar”. O objectivo é sempre procurar fazer melhor e procurar estar nos melhores resultados possíveis. A qualificação é mais produto da paixão ou do plano estratégico que tem vindo a ser aplicado há quatro anos? No âmbito do plano estratégico — realizado pela FPF juntamente com a Escola Superior de Rio Maior—, foi feita uma análise de contexto nacional e reconheceu-se os pontos onde se deveria estrategicamente incidir. Eu penso que tem sido bastante visível a diferença e as melhorias no futebol feminino, desde notoriedade, mediatismo, melhoria técnica, qualidade de todas as pessoas ligadas ao futebol feminino e imagem. Esse plano estratégico foi o motor que direccionou e orientou as pessoas todas no mesmo sentido, foi um ponto crucial. A paixão é algo que….Quem está no feminino se não tiver paixão não aguenta porque as mulheres têm uma particularidade, elas sentem-se muito umas às outras e as pessoas que estão à volta delas. Quando as pessoas estão por paixão, dá-lhes um prazer que não conseguem ter noutras coisas da vida delas. Quando as pessoas à volta delas não têm essa paixão, a ligação não é a mesma. Portanto,

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eu penso que essa paixão é inerente à actividade antes do plano e depois do plano. Se pudesse escolher um momento decisivo para a qualificação, escolheria qual? O momento decisivo foi o jogo com a Finlândia, em casa. Era jornada dupla e nós tínhamos que ganhar os dois jogos, esperando, claramente, que a Espanha ganhasse o último jogo com a Finlândia. Matematicamente era possível, se estas condições se reunissem. Com a Finlândia estivemos a perder 2-0. Foi um jogo de tudo ou nada e penso que termos virado o jogo foi decisivo. A partir dali o grupo passou a acreditar mais, passou a “tem de ser e é desta que vai ser”. Depois fomos à Irlanda, num jogo um bocadinho sofrido ao nível da precipitação, da fadiga, penso que já com a cabeça “é desta que vamos fazer”, e conseguimos. Já são conhecidos os adversários de Portugal no Europeu (Inglaterra, Espanha e Escócia). Que análise faz ao grupo e que expectativas podemos ter em relação à prestação de Portugal? O grupo é difícil, mas numa fase final de um europeu todos os grupos são difíceis. O que eu acredito é que estaremos em melhores condições para disputar este tipo de competitividade porque vamos ter jogos particulares, vamos ter o Mundialito, que é sempre um torneio muito exigente para nós, e vamos fazer a preparação conscientes que a fase final será sempre muito

Como próximo passo, podemos pensar no mundial? É diferente. O que eu acredito é que nesta fase final do europeu o grupo vai continuar a crescer, vai continuar a ser exigente e uma das coisas que nós fizemos na qualificação foi jogar jogo a jogo e isso é algo que as grandes equipas têm, não pensando em nenhum jogo em particular e jogam todos da mesma forma. Essa mentalidade vai continuar a existir, ou vamos fazer tudo para que continue a existir, até porque se assim não for vai ser muito difícil ter bons resultados, seja contra quem for, o contexto internacional é muito exigente. Mas penso que chegar ao Mundial é o passo natural. Está perto, é esse o nosso objectivo.

O momento decisivo [no apuramento para o Campeonato da Europa] foi o jogo com a Finlândia, em casa.

Outro feito importante foi a qualificação para a Ronda de Elite pelas Sub-17, onde é treinadora principal… Há dois anos consecutivos que as Sub-17 não passavam à Ronda de Elite. Voltámos a conseguir esse feito e em primeiro lugar do grupo, o que é inédito. É positivo porque vínhamos de duas épocas onde não tínhamos atingido os objectivos. O nosso objectivo é, pelo menos, chegar à Ronda de Elite, depois aí só passa uma equipa. É um grupo muito complicado [Espanha, Suécia e Islândia], mas o nosso primeiro grupo também não era fácil [Itália, Finlândia e Geórgia]. No ano passado, no Torneio de Desenvolvimento (Sub16) jogámos contra a Espanha e conseguimos ter sucesso, jogámos com

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a Bélgica e conseguimos ter sucesso e conseguimos ganhar o torneio. Vencemos a Bélgica, a Espanha e a Turquia. Não quer dizer nada mas, o que passou, passou, mas significa que tudo é possível e queremos fomentar esse espírito nas miúdas. Queremos que elas estejam predispostas para fazer tudo aquilo que nós entendemos que é a forma mais fácil para ganhar a essas equipas e depois logo veremos. Vamos dar o nosso melhor e tentar fazer aquilo que para nós é importante, que foi o que fizemos neste primeiro apuramento, apesar do grupo ser muito difícil nós lutamos até ao fim e felizmente conseguimos o primeiro lugar. Acredita que o apuramento para a fase final é possível? O objectivo é sempre passar, como já era neste primeiro apuramento. O objectivo em todas as rondas de Elite é passar, sabendo sempre que o grau de dificuldade é muito elevado. Mas vamos trabalhar mais e melhor para conseguir chegar à fase final, é esse o nosso lema. Os resultados em Sub-16 e Sub-17 são indicativos de que o sucesso em seniores não será efémero? O trabalho não está a ser focado apenas na Selecção A. Há alguns anos que tem sido feito um investimento na formação. Tem sido algo que permite que as jogadoras estejam em contexto internacional o mais cedo possível. Quando chegam aos Sub-19 ou Selecção A já têm ‘bagagem’ internacional, o que é muito importante. O contexto internacional tem particularidades que são, muitas vezes, difíceis de ultrapassar pelas miúdas. Por exemplo, em muitos casos, as melhores atletas nos clubes chegam à selecção e não conseguem ter bola. Elas continuam a ter qualidade, mas são contextos onde elas não conseguem sobressair. Como são períodos de preparação muitos curtos, é difícil mudar na selecção toda esta mentalidade e características das jogadoras. São aspectos e particularidades do nosso trabalho que nós tentamos contrariar na selecção que fazemos e no trabalho que realizamos. As características que as meninas precisam para ir a contexto de selecção é uma grande capacidade de adaptação e de aprendizagem, num espaço muito curto de tempo. O pouco tempo de trabalho com as jogadoras dificulta a implementação das ideias de jogo? Sim, mas nós temo-nos centrado naquilo que elas podem fazer. Isto é, muitas vezes temos objectivos bem definidos, mas depois focámo-nos naquilo que realmente conseguimos fazer porque, em quatro dias de trabalho, consegue-se preparar um jogo de acordo com aquilo que são as nossas orientações, mas não dá para fazer com que a equipa jogue como se fosse num clube, não há tempo de assimilação. Temos atletas a jogar em Inglaterra, Alemanha, Suécia, Portugal, umas jogam para não descer,


outras para serem campeãs, ou seja, toda uma cultura de clube que depois, em dois dias, elas têm de estar aptas para receber a mensagem em contexto de selecção. Felizmente temos conseguido.

Ao longo dos seus mandatos, o futebol feminino foi sempre uma aposta do presidente Fernando Gomes.

Ainda assim é possível identificar um fio condutor entre as selecções femininas de formação e as seniores? Sim, nós temos trabalhado bastante naquilo que é o modelo de jogo das selecções nacionais femininas. Temos procurado trabalhar na análise das características da jogadora portuguesa e procurado jogar um futebol onde essas características se possam evidenciar. Criámos um modelo de jogo onde as nossas jogadoras consigam ser melhores. Temos feito um estudo aprofundado sobre esta ideia para perceber o perfil da jogadora portuguesa e ter sucesso. Fernando Gomes (presidente da FPF) falou recentemente num “contexto de grande desenvolvimento do futebol feminino”. Como está de facto o futebol feminino e

o que foi feito para chegar a esta evolução? O fundamental foi a intenção clara da Federação em querer perceber como estava o futebol feminino. Houve um estudo aprofundado de todos os elementos envolvidos no processo. Houve um processamento de toda a informação e a coragem de perceber os pontos fracos e onde se tinha de investir para melhorar. Não procurámos só as coisas boas, foi decisivo perceber para onde olhar. Juntamente com os clubes e associações tem-se feito um trabalho comum. Juntámo-nos para transmitir o que procuramos nas jogadoras, da mesma maneira que tentámos trabalhar com as instituições, todos no mesmo sentido. Penso que isso foi muito importante porque ninguém consegue grandes feitos sozinhos.

Foi um ponto-chave. E estruturalmente, o que foi feito pela FPF? A Federação investiu em vários aspectos. Ao longo dos seus mandatos, o futebol feminino foi sempre uma aposta do presidente Fernado Gomes. Visibilidade, investimento para dar condições à estrutura técnica e restantes pessoas. Maior proximidade da estrutura directiva da Federação com os clubes e associações e o departamento técnico das selecções. Percebemos sempre que o projecto tinha de ser comum a todos. Estes foram os grandes aspectos trabalhados pela FPF. Um esforço não só em termos financeiros, mas também em termos estruturais e de apoio. A Cidade do Futebol já tem influência nos recentes sucessos? Sim, nós já fizemos as nossas preparações lá. O primeiro jogo oficial realizado na Cidade do Futebol foi inclusive das Sub-17 femininas. A ‘casa das selecções’ passou a ser o nosso ponto de referência na preparação. Passámos a saber para onde ir, uma zona de conforto com condições de trabalho óptimas. É a nossa casa. Este último ano foi sempre realizado na Cidade do Futebol e sempre com igualdade de tratamento relativamente aos masculinos. É até um aspecto que e v i dencia o investimento da FPF.

O Campeonato Nacional Feminino recebeu alguns dos principais clubes nacionais, como o Sp. Braga e o Sporting. É uma consequência do investimento da FPF? É uma das consequências do plano estratégico. O objectivo era dar mais visibilidade e competitividade e promover uma restruturação da nossa liga feminina para as equipas terem outro tipo de condições para oferecer às nossas jogadoras. Foi conseguido com a entrada dessas equipas que treinam mais tempo e promovem maior mediatismo porque, por exemplo, os jogos do Sporting passam no Sporting TV. Traz maior visibilidade para as jogadoras e treinadores. O que ainda há a fazer no futebol feminino? Temos de promover muito a prática. Temos de continuar a trabalhar na imagem do futebol feminino porque ainda existem muitas meninas com jeito, mas os pais acham que o futebol é só para rapazes. Ainda há esse estigma. Temos que procurar que as meninas comecem a jogar o mais cedo possível, sabemos que há dificuldades em criar equipas femininas de base, mas procuramos que elas joguem com os rapazes e que, sobretudo, joguem. Temos jogadoras nas camadas jovens com juvenis e iniciados rapazes e são muito competentes. É o percurso que queremos seguir porque pensamos que é importante para continuar a evoluir. Temos o Cristiano Ronaldo no futebol, o Ricardinho no futsal, e o Madjer no futebol de praia como os melhores (ou dos melhores) jogadores do mundo. E no feminino podemos ter, num futuro próximo, uma das melhores jogadoras do mundo? Penso que sim. Nós temos jogadoras com muita qualidade. Temos algumas

mais jovens em Portugal e outras, mais experientes, no estrangeiro e a ‘dar cartas’. Os clubes começam a perceber que as jogadoras portuguesas têm coisas que as outras não conseguem ter. Qualidade técnica, gosto pela bola e a capacidade de aprendizagem são características muito presentes na jogadora portuguesa. Aliadas a um grande espírito de sacrifício e uma vontade de melhorar todos os dias. A jogadora de topo portuguesa é assim. Temos jogadoras com muita qualidade, mas também sabemos que nenhuma jogadora irá ser nomeada para nada se colectivamente não estiverem nos grandes palcos. Por isso, o nosso trabalho é fomentado com a seguinte ideia: primeiro a equipa para que a individualidade se consiga evidenciar. Se não estivermos nas fases finais, dificilmente vamos ter jogadoras de

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destaque. Assim como o contrário, mas é uma dialéctica que tem de começar sempre pelo colectivo.

Qualidade técnica, gosto pela bola e capacidade de aprendizagem são características muito presentes na jogadora portuguesa.

Como é o dia-a-dia de uma treinadora da selecção nacional? É um dia-a-dia com muito futebol, onde trabalhamos muita na observação das jogadoras, numa base de dados desde as camadas mais jovens. Procurámos também conhecer os padrões dos adversários, ou seja, muito scouting interno e externo. Depois também trabalhamos muito ao nível de planeamento para antecipação de problemas. Planeamento técnico e de organização. Finalmente, muita comunicação entre treinadores, jogadores, coordenadores técnicos e com a estrutura da Federação. A estrutura do futebol feminino da FPF é muito ambiciosa, gosta do que faz, unida e muito autocrítica. Confiamos muito uns nos outros e temos evoluído bastante.

O que espera do futuro profissional? Vê-se, por exemplo, a treinar um clube? As minhas perspectivas são muito claras: procurar ser feliz onde estou, e tenho sido bastante feliz no meu trabalho na Federação. O nível de exigência é muito elevado o que implica estar sempre no limite, mas quando falhámos, falhámos todos, por isso temos de garantir que as coisas correm sempre bem. É um nível de exigência que me deixa muito satisfeita. O facto de jogar em contexto internacional aproxima-nos do topo do futebol feminino, o que é apelativo. Mantém alguma ligação ao Concelho? Eu sou de Canedo e a minha ligação à freguesia e ao Concelho é grande. Foi aqui que cresci, vivi cá. Agora não passo tanto tempo cá, mas os meus pais e a minha família vivem cá e, portanto, tenho sempre uma grande ligação à terra. Adoro perceber que vão surgindo algumas coisas novas, sobretudo em termos culturais. Sempre achei que era onde tínhamos mais condições para evoluir. Muitas vezes penso que ficámos ainda aquém daquilo que podíamos fazer, mas também não é a minha área. Deixo esse trabalho para as pessoas ligadas às mesmas. Mas Canedo e o Concelho serão sempre a minha terra. A ligação será sempre especial.

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futebol

LOURENÇO PINTO CHAMADO À SELECÇÃO NACIONAL A boa performance do defesa-central Lourenço Pinto ao serviço dos iniciados do Feirense proporcionou-lhe a convocatória à Selecção Nacional. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt INICIADOS É impossível ver um jogo dos iniciados do Feirense e não repararmos em Lourenço Pinto. Com apenas 14 anos, o mais de metro e oitenta que tem, proporciona-lhe destaque. Mas não é apenas a sua forte envergadura nem o elevado porte físico que o levou à Selecção Nacional de Sub-15. A facilidade em sair a jogar de trás para a frente com a bola nos pés, o bom pé-esquerdo, juntamente com as boas exibições ao longo da presente temporada, premiaram-no com uma chamada a um estágio realizado na Cidade do Futebol. “Foi a primeira vez que fui chamado. Fiquei muito contente porque não estava à espera. Depois de ter sido expulso no jogo com o Leixões, nunca pensei na chamada”, conta Lourenço que iniciou a sua carreira no Grijó com apenas seis anos. Seguiu-se o FC Porto, Anta, Benfica e finalmente Feirense. Lourenço realizou o primeiro treino na segundafeira, dia 26, à tarde e um treino bidiários na terça. A integração não custou visto que o defesacentral afirma que “já conhecia todos os atletas do Benfica e FC Porto” que foram convocados.

“Fui bem acolhido”, afirma. Presente no estágio estavam 38 atletas, mas apenas um lote restrito de 25 é que será repetidamente chamado para novo estágio a realizarse no fim de Janeiro próximo.

Manuel Teixeira: “É um dos jogadores com maior potencial no Feirense”

O técnico dos iniciados do clube fogaceiro, Manuel Teixeira, desfez-se em elogios ao seu pupilo, sem esquecer o grupo de trabalho. “É dos jogadores com maior potencial no Feirense, na posição dele, mas precisa de crescer e melhorar muito”, inicia. Sair a jogar com a bola nos pés “é uma das suas grandes qualidades”. “Desequilibra muito de trás para a frente, tem um bom pé esquerdo e a envergadura física fala por si”, aponta. Para Manuel Teixeira, “a chamada à Selecção é fruto do trabalho que tem vindo a fazer, alienado ao potencial da equipa que também o fez crescer”. “O potencial que ele tem vai fazer com que vá chegar lá cima, se tiver um bocadinho de cabeça”, objectiva.

JOÃO TAVARES NÃO CHEGOU PARA DESBLOQUEAR O MARCADOR Feirense

0

Moreirense

0

Complexo Desportivo do CD Feirense Árbitro: João Lamares (AF Porto) Feirense: Ivo; Diga, Pinto, Cavadas, Jacques; Rúben, Miccoli (Azevedo, 51’), João Tavares, Leandro Vieira, Valente (Rúben Fonseca, 51’), Madueke (Zé Leite, 73’) Treinador: Tiago Conde

Moreirense: Macedo; João Pedro, João Paulo, Rui Fernandes, Kiko, Fábio (Zé, 77’), Diogo Ferreira, André, Armando (Pupa, 70’), Serginho (Pedro Leite, 70’), Pedro Mendes Treinador: Armindo Cunha

Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Rúben (23’), João Paulo (32’), Diogo Ferreira (44’), Pedro Leite (86’).

Lus. Lourosa Alfenense

NACIONAL DE JUNIORES I Divisão - 1.ª Fase - Zona Norte

0 1

Academia Forte Paixão Árbitro: Albano Correia (AF Braga)

Lus. Lourosa: Leo; Sales, Maia, Pina, Dinis, Graça, Amorim (Rato, 68’), Marques (Lopes, 75’), Marcelo, João Carvalho (Edgar, 60’), Cardoso Treinador: Zé Carlos Monteiro

Alfenense: Rui; Bernardo, Geraldes, João, Teixeira, Aveiro, Bruce, Paulo, Rúben, Ruizinho (João), Rafa Treinador: Litos Boaventura

Golo: João (75’)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.

Numa tarde desinspirada colectivamente, o Feirense não foi além do nulo na recepção ao Moreirense. Na II Nacional, Lusitânia Lourosa averba segunda derrota consecutiva. JUNIORES João Tavares bem tentou contrariar o marasmo geral, mas o Feirense não conseguiu desbloquear o marcador, em casa, frente ao Moreirense, em jogo a contar para a 18.ª jornada da I Nacional, Zona Norte, marcando passo na luta pelo acesso ao play-off. A 1.ª parte teve poucos motivos de interesse, com o Feirense desinspirado e o Moreirense nada ameaçador no seu jogo mais directo. A 2.ª parte foi melhor. O Moreirense

até foi a 1.ª equipa a criar perigo, mas Cavadas afastou o perigo em cima da linha de golo (52’). Aos poucos, o Feirense foi-se acercando da baliza contrária e Leandro Vieira, de cabeça (75’), e João Tavares (nos descontos), num remate à meia-volta, quase marcaram. Já na II Nacional, Série B, o Lourosa perdeu surpreendentemente na recepção ao Alfenense (0-1), penúltimo classificado.

Resultados - 18.ª Jornada F. C. Porto 3 0 Rio Ave Oliveirense 1 2 Sp. Braga Padroense 1 3 V. Guimarães Paços de Ferreira 1 2 GD Chaves Gil Vicente 1 1 Leixões CD Feirense 0 0 Moreirense Classificação P J V E D GM F. C. Porto 53 19 17 2 0 48 Sp. Braga 38 19 11 5 3 31 V. Guimarães 36 18 11 3 4 40 Rio Ave 25 18 5 10 3 35 GD Chaves 25 18 7 4 7 29 Paços Ferreira 22 18 5 7 6 22 CD Feirense 22 18 6 4 8 19 Leixões 18 18 5 3 10 22 Oliveirense 16 18 4 4 10 17 Gil Vicente 15 18 2 9 7 14 Padroense 15 18 4 3 11 19 Moreirense 12 18 2 6 10 18 Próxima Jornada - 28 e 29 de Dezembro Sp. Braga - F. C. Porto, 1-1 Leixões - Paços de Ferreira - 28/12 GD Chaves - CD Feirense, 15h V. Guimarães - Gil Vicente Rio Ave - Padroense Moreirense - Oliveirense

GS 13 19 18 24 30 23 27 30 40 20 34 36

NACIONAL DE JUNIORES II Divisão - 1.ª Fase - Série B

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

Resultados - 14.ª Jornada Lusitânia Lourosa 0 1 Atlético Alfenense AD Sanjoanense 2 2 FC Arouca UD Sousense 3 2 FC Penafiel FC Cesarense 3 1 Salgueiros 08 Boavista FC 4 0 SC Freamunde Classificação P J V E D GM - GS Boavista FC 42 14 14 0 0 44 - 4 FC Arouca 27 14 8 3 3 28 - 24 FC Cesarense 26 14 8 2 4 28 - 16 UD Sousense 24 14 7 3 4 32 - 28 SC Freamunde 23 14 7 2 5 20 - 16 AD Sanjoanense 17 14 4 5 5 21 - 25 FC Penafiel 15 14 4 3 7 26 - 25 Lusit. Lourosa 13 14 4 1 9 19 - 32 Atlético Alfenense 10 14 2 4 8 14 - 27 Salgueiros 08 1 14 0 1 13 8 - 43 Próxima Jornada - 29 de Dezembro FC Penafiel -Lusitânia de Lourosa, 11h SC Freamunde - UD Sousense Salgueiros 08 - AD Sanjoanense FC Arouca - Boavista FC Atlético Alfenense - FC Cesarense

fotolegenda Diversas gerações de ouro do Clube Desportivo Feirense reuniramse, no Europarque, para confraternizar, no dia 8 de Dezembro. O encontro integrou representantes de gerações mais recentes, da década de 70 e 80. O presidente da direcção clube fogaceiro, Rodrigo Nunes, fez questão de marcar presença. 24

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Dirigentes e treinadores de todos os escalões de formação do Clube Desportivo Feirense realizaram um jantar de Natal para fechar o ano civil de 2016 no Complexo do clube. O jantar reuniu, precisamente, 62 pessoas.


A edição de 2016 do Feira Handball Cup voltará a contar com as melhores e mais conceituadas equipas do andebol nacional. Prova decorre de 27 a 30 de Dezembro. Nélson Costa nelson.costa @correiodafeira.pt

modalidades

FEira HanDball Cup volta a rECEbEr os mElHorEs

FHC’16 Que caia o pano sobre o ‘Palco das Emoções’ porque o espectáculo do Feira Handball Cup 2016 — FHC’16 vai começar. Durante quatro dias, Santa Maria da Feira vai voltar a ser a capital do andebol jovem, recebendo as melhores e mais carismáticas formações da modalidade (masculinas e femininas). Manuel Gregório, coordenador técnico de todo o andebol do Clube Desportivo Feirense, aponta a edição de 2016 do FHC como a da “confirmação e sustentação da condição de maior torneio nacional de Inverno de andebol, em escalões de formação, para que, no próximo ano, consigamos crescer ainda mais com vista a três grandes objectivos: realizar o FHC no Europarque; conjugá-lo com acções de formação com a presença de treinadores de renome; e participação de equipas internacionais, nomeadamente escandinavas, francesas e/ou alemãs”. Como vem sendo habitual, o FHC’16 contará com equipas nacionais dos minis até aos juvenis, em masculinos, e infantis e iniciadas, em femininos. Os juniores masculinos continuam a não estar contemplados no torneio porque “são fundamentais no apoio à organização”, conforme admite Manuel Gregório. ABC de Braga, Benfica, FC Porto e Sporting, entre os rapazes, Maia Stars e Leões Porto Salvo, entre as meninas, por exemplo, são presença garantida o que, juntamente com a equipa da casa e o também concelhio S. Paio de Oleiros, entre muitos outros, promete andebol da melhor qualidade e emoções ao rubro. “A competitividade do torneio continuará a ser a nossa principal imagem”, refere o coordenador técnico dos fogaceiros, apontando, ainda, o evento como

veículo fundamental “nas observações para as selecções nacionais e distritais”, ele que é, igualmente, treinador e seleccionador da Associação de Andebol de Aveiro. Manuel Gregório estima que cerca de “5000 pessoas estarão envolvidas no FHC”. “O torneio tem indiscutivelmente um grande impacto no Concelho, mesmo que as pessoas às vezes não o percebam porque o Perlim acaba por ‘abafar’ essa mesma importância”, garante. A Escola Secundária da Feira volta a ser o quartelgeneral do FHC, onde se encontra grande parte da logística do torneio. Outra das imagens de marca do FHC é a comunicação e a edição de 2016 promete não defraudar as altas expectativas. “Vamos continuar a ter uma forte presença nas redes sociais e a transmitir cerca de vinte jogos por dia, por via de dois streamings”, confirma o treinador e coordenador fogaceiro, lamentando, ainda assim, “que não tenham conseguido criar o site do FHC a tempo desta edição”. “É já uma necessidade”, afirma. No que concerne a novidades, o FHC’16 ganha um pavilhão, mas perde outro…o Pavilhão do GRIB, em Paços Brandão, é mais um ‘Palco dos Sonhos’, enquanto o Pavilhão de Canedo, “por questões de logística”, não vai este ano receber jogos do torneio. O FHC’16 inicia-se a 27 de Dezembro. O jogo de abertura será, à semelhança da edição transacta, entre equipas femininas, no pavilhão da Escola EB 2,3 Fernando Pessoa, na Feira. As finais realizam-se no pavilhão da Escola EB 2,3 da Arrifana, a 30 de Dezembro. Tiago Rocha, pivô da selecção nacional e dos polacos do Wisla Plock, volta a apadrinhar o evento.

Eram, até ao fecho desta edição, 29 as equipas com participação confirmada na edição de 2016 do Feira Handball Cup (FHC): ‘Os Bastinhos’, Águeda Andebol Clube, Avanca, Estrela Vigorosa, Fermentões, CPN, Gaia, Modicus, Académico, Sismaria, Carvalhos, Maia Stars, Lagoa, Lamego, Ginásio do Sul, São Paio de Oleiros, Samora Correia, Sporting, FC Porto, Xico Andebol, Benfica, Bartolomeu Perestrelo, Porto Salvo, CALE, Sanjoanense, Monte, São Bernardo, Santo Tirso e ABC. A presença dos ‘três grandes’ do desporto nacional, Sporting, Benfica e FC Porto é um dado adquirido assim como a do emblemático e histórico clube ABC, actual campeão nacional em seniores. O actual plantel de Juvenis do Sporting que, em 2015/16 sagraram-se, em Iniciados, campeões da FHC e vice-campeões nacionais tentarão novamente marcar passo em Santa Maria da Feira. Em 2014, o título de campeão de Juvenis da FHC foi arrecadado pelo clube de Alvalade. O Benfica, campeão de Juvenis da FHC no ano transacto, tentará levar novamente o troféu para Lisboa. Do Concelho, marcará presença o São Paio de Oleiros que, em 2014 venceram a FHC e o Campeonato Nacional no escalão de Infantis. O Samora Correia vai tentar defender o título de Minis que venceu em 2015. Já a equipa dos Carvalhos tentará recuperar o troféu do FHC em Juvenis, conquistado em 2013. O Estrela Vigorosa, que em 2014 venceu em Minis, volta a competir na FHC. O CPN, que em 2011 arrecadou o troféu em Infantis, aposta em recuperar o troféu. Já os campeões nacionais de Iniciados em 13/14, o Académico FC, não faltará à FHC.

fotolegenda

aCaDEmia José morEira HomEnagEia CampEõEs naCionais VOLEIBOL A Academia José Moreira, com sede em Nogueira da Regedoura, homenageou, no dia 22 de Dezembro, todos aqueles que se sagraram campeões nacionais na temporada de 2015/16.

A cerimónia decorreu no auditório da Junta de Freguesia de Nogueira da Regedoura onde os atletas dos escalões de Juvenis masculinos, Cadetes masculinos e Iniciados femininos foram galardoados. www.correiodafeira.pt

Em época natalícia, as Irmãs Passionistas receberam uma prenda: um cheque no valor de 194 euros, sendo que cada euro representa uma inscrição na Caminhada Professor Baltazar Oliveira, organizada pela FullSport. 26.DEZ.2016

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TEAM MANAIACAR CONSAGRADO NO ESTORIL Joaquim Oliveira

AUTOMOBILISMO A equipa de Lourosa / Santa Maria da Feira, composta por Joaquim Bernardes e Laurinda Alves, deslocou-se ao Centro de Congressos do Estoril, no dia 17 de Dezembro (sábado), para participar da “GALA dos CAMPEÕES FPAK” e receber os respectivos Troféus de Consagração referentes à temporada desportiva de 2016. JOAQUIM BERNARDES (Piloto) _Campeão Nacional de Clássicos de Ralis – Grupo A _3º classificado na geral absoluta do Campeonato Nacional de Clássicos de Ralis LAURINDA ALVES (Navegadora) _Campeã Nacional de Clássicos de Ralis – Grupo A _3º classificada na Geral absoluta do Campeonato Nacional de Clássicos de Ralis “Foi com grande orgulho e sensação de dever cumprido que viemos à Gala dos Campeões FPAK 2016 para recebemos os Troféus correspondentes aos títulos

de Campeões Nacionais conquistados esta temporada!”, começou por referir Joaquim Bernardes. “Este é o meu sétimo título no desporto automóvel Nacional e o quarto da Laurinda, pelo que, só podemos estar satisfeitos com os resultados que temos vindo a alcançar. Após a vitória alcançada na jornada inaugural da temporada (Rali Castelo Branco), tivemos alguns percalços que não nos permitiram continuar na luta pela discussão dos títulos absolutos, o qual ficou muito bem entregue ao Cipriano Antunes e ao Mário Feio! Queremos aproveitar a oportunidade para enviar os nossos agradecimentos a TODOS os envolvidos no nosso projecto desportivo, por nos terem dado esta grata oportunidade de voltar a subir ao pódio final da temporada, e, ao mesmo tempo, desejar a TODOS, família, equipa, parceiros e colegas dos Clássicos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!”, concluiu Joaquim Bernardes.

FEIRENSE COM TRÊS ATLETAS NO ESTÁGIO DA FPN NATAÇÃO Os nadadores feirenses Daniel Santos, Bárbara Pinto e Maria João Paiva foram convocados para estarem presentes, no próximo dia 27, terça-feira, no Estágio de Capacitação Técnica da Federação Portuguesa de Natação A convocatória é exclusiva para o escalão de Cadetes

A, ministrado pela Associação de Natação do Centro Norte de Portugal. Os atletas serão acompanhados pela treinadora Sara Ferreira. Este estágio tem como propósito avaliar a técnica de nado, de viragens e de partidas dos nadadores, bem como a filmagem das mesmas.

Este ano, com uma das maiores participações de sempre em Ovar com 12 atletas e no Porto com 34 elementos, sendo que 29 atletas realizaram a Corrida de dez quilómetros e a Caminhada de cinco. Os tempos obtidos em ambas as provas foram, na sua maioria, entre os 39 e os 50 minutos.

Na origem da decisão está uma mensagem enviada ao Pedro Lamas – gestor das páginas – por um funcionário do clube, pondo em causa do seu trabalho.

“Acabou hoje a minha ligação ao Lusitânia de Lourosa. A todos aqueles que acreditaram na minha pessoa, o meu muito obrigado. Novos projectos aparecerão”

Bruno Chaves anunciou a sua saída do Lusitânia de Lourosa, pouco tempo depois do treinador Miguel Oliveira também abandonar o clube.

/cdfeirense

“Parabéns pelos teus 22 anos, Fabinho! #CDFeirense” O Clube Desportivo Feirense parabenizou o médio criativo Fabinho pelo seu 22.º aniversário.

ARTES MARCIAIS Os V H Te a m F i g h t e r s , equipa sedeada na freguesia de Canedo, participaram no campeonato nacional de Kickboxing e Muay Thai com seis atletas, arrecadando quatro medalhas. Ricardo Costa conquistou o Ouro em seniores -57 quilos; Filipe Silva a Prata e, iniciados -32 quilos; Sandro Gonçalves o Bronze em juvenis -52 quilos; e Miguel Pinto em seniores -74 quilos. Todos os atletas que participaram neste campeonato foram apurados no Campeonato Regional, onde atingiram no pódio. 26.DEZ.2016

“A Direção Demissionária vem por este meio dar conhecimento aos sócios, simpatizantes e a todos os quais seguiram as páginas OFICIAIS (Facebook e Instagram) do Lusitânia de Lourosa Futebol Clube a razão pela qual se deu termo às mesmas”

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VH Team Fighters com quatro medalhas no nacional de Kickboxing e Muay Thai

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/lusitaniadelourosafc

/bruno.chaves.16

CAL NA SÃO SILVESTRE DO PORTO E OVAR ATLETISMO O Clube Atletismo de Lamas (CAL) esteve em acção no fim-de-semana de 17 e 18 de Dezembro, marcando presença em duas São Silvestre: A 3.ª de Ovar e a 23.ª do Porto. Em ambas, os atletas do CAL estiveram em excelente forma, cumprindo uma vez mais a tradição, participando em várias provas no final de ano.

B0LA NAS REDES

/ajfiaes2003 “Gabi Oliveira, fixo/ala do nosso plantel de juniores, operado hoje à rotura total de ligamento cruzado anterior do joelho direito”

A Juventude Fiães desejou as “rápidas melhoras e recuperação” a Gabi Oliveira, fixo do escalão de Juniores do clube que foi operado ao joelho direito. www.correiodafeira.pt


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15 anos de all about Dance

ÚLTIMA

“PErDiDo é o Dia EM quE não sE Dança nEM uMa vEZ” Texto Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt Fotos: Albino Santos albino.santos@correiodafeira.pt

FEIRA A Academia All About Dance celebrou os seus 15 anos de actividade reunindo, no Cineteatro António Lamoso, alguns dos melhores momentos deste percurso. Com o auditório quase repleto, como é habitual nos seus espectáculos, o entusiasmo do público era grande pelo que estava por vir. Em vídeo, os elementos responsáveis pelos All About Dance, à volta de uma mesa, recordavam o que foi feito e levantavam o véu para a cena que seria, de seguida, levada a palco. O tema que arrancou este “On Stage” foi o desgaste do trabalho, com os bailarinos a imitar máquinas de escrever frenéticas, e uma funcionária particularmente ‘stressada’, que corria de um lado para o outro de pasta na mão. “Choose life”, clamava o narrador, e a rapariga pegava numas ‘mágicas’ sapatilhas que a transportavam para a liberdade. O palco vira festa, num mar incrível de cores, como aliás aconteceu durante todo o ‘show’.

Turbante, vilões e expressão artística Ao próximo momento, exaltando o melhor das danças urbanas ao som de “Everybody Dance Now”, seguiu-se o “remake” do “Turbante”, em que, com foco naquele acessório, deu-se uma

“vertente oriental” ao espectáculo. Disfarçadas de odaliscas, as bailarinas utilizaram os seus trajes e lenços azuis para uma dança hipnotizante, misturando passos de ballet, com coreografias de Bollywood e movimentos de anca de dança do ventre. A academia não esqueceu, também, o espectáculo mais recente, “Vilões”, em que um conjunto de diferentes personagens perguntava “Who’s gonna save the world tonight?”. A primeira cena em que Vítor Fontes, fundador dos All About Dance, participou e mostrou, mais uma vez, o seu talento inegável. “Querencia” dava um “espaço de representação a alunos e ex-alunos”, através do contemporâneo, com o palco escuro e os bailarinos sob focos de luz. Também destinado à expressão dos pupilos, “Persona” foi um dos momentos altos. Num banco de jardim, os alunos sentavam-se e, no fundo, ouviam-se os seus pensamentos sobre a dança. “Celebramos o corpo e a mente através da dança. A voz não consegue acompanhar a velocidade do pensamento, por isso resta-me dançar. Perdido é o dia em que não se dança nem uma vez”, eram as palavras de um dos bailarinos, que as expressou, depois, num impressionante solo de popping.

Música e cinema como inspiração

Ainda, algumas homenagens. “Almodôvar” recriou o mundo do conhecido realizador espanhol, com os corpos dos bailarinos dando a ilusão de nudez, e remetendo para o seu filme “A Pele onde eu Vivo”. “Mozart” colocou o compositor em palco a tocar num gigante piano, feito de bailarinos, as músicas que todos conhecemos. O tributo a Madonna teve “bolinha vermelha” pois focou-se no erotismo da cantora. Os All About Dance levaram ainda a palco a irreverência da banda-desenhada “Mafalda”, com a pequena a fazer comentários incisivos como “a capacidade de triunfar ou fracassar é hereditária”; e “Cabaret”, que mostrou tanto a alegria como a nostalgia de um “bom cabaré”, enaltecido, claro, pela famosa canção de Liza Minelli. Um espectáculo recheado de bons momentos, como o divertido “Fitnessextravaganza”, em que se simulava uma aula de aeróbica, com meias brancas até ao joelho, collants brilhantes e fitas no cabelo, ao som de “Call on Me” e “Sexy and I Know It”. Os agradecimentos, no fim, não faltaram, “a todos os que durante estes 15 anos estiveram presentes e contribuíram para que tudo fosse possível”. Publicidade

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