TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Mérito Municipal 1972 1997 (Prata)
Desde 11 de Abril de 1897
Ano CXIX
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
02 Janeiro 2017
OS COMBOIOS TAMBÉM SE ABATEM...
Nº 5991
(Ouro)
€0,60 (iva inc.)
pág. 02 e 03
24h - 365 DIAS
...mas apesar do desprezo a que tem sido votado, aos 108 anos de vida o Vouguinha ainda teima em demonstrar que tem rodas para chegar ao futuro.
R. António Martins Soares Leite, nº 42 4520-190 Santa Maria da Feira Telf. 256 378 074
REUNIÃO DE CÂMARA A mudança de Milheirós para São João continua a fazer correr tinta, desta feita em Reunião de Câmara. Ainda, uma proposta do município vizinho que condicionaria o desenvolvimento de várias freguesias feirenses. pág. 08 e 09
SOCIEDADE CHEDV e ACES da região reuniramse num apelo à população para privilegiar os centros de saúde, e não o Hospital, aos primeiros sintomas de gripe.
CONHECER
EMÍDIO SOUSA O presidente da Câmara recorda os banhos no Rio Uíma, os tempos de jogador da bola e os desafios da carreira, não esquecendo os desejos para 2017. pág. 13 a 15
pág. 10
CULTURA Orquestra Filarmónica Portuguesa promete concerto de “altíssimo nível” no Grande Auditório do Europarque este domingo. pág. 12
FUTEBOL Feirense empata com o FC Porto (1-1), no Estádio do Dragão, para a Taça da Liga. Nuno Manta anunciado oficialmente como treinador principal dos fogaceiros. pág. 17
REPORTAGEM
108 ANos dE FuNcioNAmENto ‘ExigEm’ modErNizAção O comboio da Linha do Vale do Vouga, comummente denominado Vouguinha, continua a realizar os rotineiros itinerários com os minutos de atraso, a reduzida velocidade e o desconforto que têm vindo a caracterizá-lo. O troço que liga Espinho a Oliveira de Azeméis – atravessando Santa Maria da Feira – foi inaugurado há 108 anos e carece de modernização.
Texto Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt Fotos Albino Santos albino.santos@correiodafeira.pt
FICHA TÉCNICA
A 23 de Novembro de 1908, a então Villa da Feira recebeu o Rei D. Manuel II, que parou na terra das fogaças durante o percurso inaugural do troço que liga Espinho a Oliveira de Azeméis. Reportando o acontecimento para a posteridade, o Correio da Feira escrevia que “cerca de 20 mil pessoas acorreram à Villa da Feira para aplaudir El Rei D. Manuel II”, com a recepção apoteótica a sua majestade a dar início a uma história que já conta 108 anos. Na altura, a construção da Linha do Vale do Vouga foi considerada o investimento mais importante da região, quer a nível social quer económico, justificado por abranger 16 concelhos e 336.578 habitantes, segundo o recenseamento de 1890. Foi, à época, uma autêntica revolução para a mobilidade dos cidadãos e transporte de mercadorias. As dificuldades na construção, principalmente a nível geográfico – a Linha apresenta um perfil acidentado e sinuoso –, valeu-lhe o epíteto
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Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt
Director Orlando Macedo (CP 3235) direcao@correiodafeira.pt
Redacção Daniela Soares (CP 10037) daniela.soares@correiodafeira.pt
Nélson Costa (CP 10382) nelson.costa@correiodafeira.pt
Marcelo Brito (TP-2391) marcelo.brito@correiodafeira.pt
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de ‘Linha do Vale das Voltas’. O seu troço, de bitola métrica – largura não superior a um metro e 43,5 centímetros –, estreito como mais nenhum em funcionamento, ligava Espinho a Aveiro (com ligação a Viseu, a partir de Macinhata do Vouga) servindo 44 estações e apeadeiros e com uma extensão de 96 quilómetros. De toda a rede da Linha do Vale do Vouga, a circulação do comboio apelidado ‘Vouguinha’ entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga encontra-se actualmente suspensa, bem como a sequente a Águeda/Aveiro. Não é de agora que a linha do Vouga e o seu comboio, Vouguinha, são alvo de críticas por parte dos utentes, daqueles que não a usam e das forças partidárias que, através de inúmeros comunicados, têm apontado para a necessidade de se proceder à sua modernização. Para corroborar ou destoar com as muitas críticas, a equipa do nosso jornal iniciou a viagem em Santa Maria da Feira e terminou em Espinho.
‘Vila da Feira’ – Espinho
Quarta-feira, 28 de Dezembro. Entrámos, na estação da ‘Vila da Feira’, na composição das 15h06, a qual, como já era expectável, chegou atrasada (às 15h11). Apenas mais duas pessoas subiram às carruagens. Todo o trajecto até Espinho, que custa €2,05 para adulto, demorou 34 minutos, menos dois do que o estipulado no horário fornecido pela CP. O facto parece surpreendente, mas existe uma explicação. Das 10 estações e apeadeiros compreendidos entre a de Vila da Feira e a de Espinho, o Vouguinha não fez paragem em três: Sanfins, São João de Ver e Rio Meão. E porque não parou? Não havia passageiros ou carga para entrar ou sair nas estações visadas. Chegados a Espinho, tempo apenas para o maquinista trocar de carruagem e encetar a viagem em sentido contrário. À partida, eram 29 as pessoas que se dividiram pelos lugares das duas carruagens. O regresso a Santa Maria da Feira iniciou-se com dois minutos de atraso e demorou cerca de 39
Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Filipe Dias, Filipe Freixo, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Serafim Lopes, Vasco Coelho
Informa• › es Banc‡ rias: Banco BPI NIB: 0010 0000 51061450001 94 Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes, Margarida Gariso, Paula Quintas e Pedro Rodrigues Registo no N. R. O. C. S., N.¼ 100538 SEDE: Rua 1¼ de Maio, n¼ 221 A, Espargo - Santa Propriedade: Efeito Mensagem, lda Dep— sito Legal n.¼ 154511/00 Registo na C.R.C. de S. M. Feira, n¼ 513045856 Maria da Feira 4520 - 115 Espargo Tiragem: 5.000 exemplares (Tir‡ gem mŽ dia) Contribuinte n.¼ 513 045 856 Telef. 256 36 22 86 Impress‹ o: Coraze - Oliveira de AzemŽ is Capital Social 5.000 Euros E-mail: geral@correiodafeira.pt Pre• o Avulso: 0,60€ Detentores de mais de 10% do Capital Social secretaria@correiodafeira.pt Efeito Mensagem, lda
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minutos, com o aumento do tempo de viagem, em comparação com a ida, a justificar-se por o comboio, dessa vez, ter parado em todas as estações e apeadeiros. Mesmo assim, o atraso ficou-se por apenas quatro minutos além do horário estipulado. No conjunto das duas viagens que a equipa de reportagem efectuou, contámos cerca de 70 utentes, de várias faixas etárias, usufruindo dos serviços do Vouguinha. Propositadamente, evitámos fazer as viagens à segunda-feira (dia de Feira de Espinho, em que o Vouguinha, regra-geral, regista picos de utilização) e a experiência ajudou-nos a desmistificar o boato de que ‘apenas duas ou três pessoas usam o Vouguinha’, apesar de a experiência ter sido realizada num período compreendido entre as festividades do Natal e Ano Novo, em que a afluência a bens e serviços tende a aumentar.
Barulhos, solavancos, desconforto e… vandalismo
Antes de iniciarmos a viagem, deparámo-nos com o facto da estação da ‘Vila da Feira’ encontrar-se completamente vandalizada e repleta de ‘graffitis’ a que não podemos chamar ‘obras de arte’. Não fosse sinalização recentemente colocada e o cenário seria de abandono total. Mas o cenário repete-se em todo o percurso, dado que à sua semelhança, estão quase todas as outras estações e apeadeiros até Espinho, salvando-se apenas a de São Paio de Oleiros e de S. João de Ver. Não deixa de ter ‘graffitis’, poucos, mas encontra-se de ‘cara lavada’. Como a maioria das estações e apeadeiros, o próprio Vouguinha encontra-se completamente preenchido de desenhos que cobrem até as janelas e consequentemente prejudicam a visibilidade para o exterior. O tempo era solarento, mas com chuva ou frio e com as janelas fechadas prevalece a sensação de estarmos a viajar dentro de um marcador de muitas cores misturadas. Não está bonito... Depois da viagem, é muito fácil anotar defeitos e imperfeições ao Vouguinha. Após estar sentado e preparado para apontar as primeiras notas, os constantes e incomodativos solavancos nem uma boa escrita permitiram. O barulho é a prata da casa e os abanões são tantos que, em acentuadas curvas, a imaginação quase que nos remete para um cenário de descarrilamento. Já as cortinas pareciam ter vida própria, sendo que, a cada tentativa de as usar, recolhem de imediato à posição original. De louvar, o cuidadoso manuseamento do maquinista que, à aproximação de passagens de nível sem guarda, não hesita em abrandar, obrigando o Vouguinha a circular a uma velocidade quase nula, como que a de um caracol. Apesar da falta de condições, a viagem de Vouguinha proporciona uma vista merecedora de realce. Na maioria do trajecto, as carruagens atravessam matos, campos e, à chegada ao Monte de Paramos, é possível avistar o Oceano Atlântico. Mais à frente, na zona de Silvalde, é fantástica a sensação de estar a entrar pelo ‘quintal adentro’ das moradias existentes, quase em cima da linha. Balanceando a falta de comodidade e condições com uma agradável viagem ocular, não pode passar impune o facto do Vouguinha demorar, em média, 35 minutos a percorrer 16 quilómetros o que nos leva a questionar a viabilidade e a utilidade de um comboio antigo, lento, vandalizado, ruidoso e incómodo.
Infraestruturas de Portugal com planos definidos
No âmbito dos 108 anos, a Infraestruturas de Portugal (IP) planeou e definiu intervenções ao longo da Linha do Vouga. Questionada pelo nosso jornal, a instituição revelou que está a ser desenvolvida uma acção que visa a substituição dos abrigos existentes ao longo do percurso, onde as condições de trabalho e de habitabilidade não se mostram adequadas. Os pré-fabricados serão reabilitados, aproveitando alguns da construção do Túnel do Marão; as instalações eléctricas serão reformuladas e alguns espaços dotados de equipamentos de ar condicionado; serão criados e reabilitados os logradouros e anexos; quanto aos abrigos serão, na sua totalidade, demolidos e substituídos. A obra, da responsabilidade do Centro Operacional de Manutenção Norte, da Direcção de Gestão da Rede Ferroviária, objectiva um custo total de 85 mil euros; quanto a passagens-de-nível, e dentro do território fogaceiro, apenas a de São Paio de Oleiros será alvo de reformas, mas a IP prevê que, ainda em 2018, mais 35 passagens de nível sejam automatizadas. Actualmente, das 140 existentes, 18 são guardadas, 54 automatizadas, 53 sem guarda, 9 exclusivas para tráfego pedonal e 6 de uso particular. A segurança é um pilar que a IP prevê reforçar na Linha do Vouga, que será alvo de investimento do PETI3+ (Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas), que visa melhorar os níveis de segurança da exploração ferroviária, aumentar a fiabilidade e a qualidade do serviço, no dizer daquela empresa pública. Assim, além das 35 passagens de nível que serão alvo de automatização, três obras objectivam conclusão até 2018 em Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga… justamente as extremidades do troço cujo transporte de passageiros encontra-se actualmente suspenso.
sofreram uma forte redução, com a execução da primeira fase do investimento – que ascendeu aos 4,2 milhões de euros – na supressão e melhoria das condições de atravessamento nas passagens de nível da Linha do Vouga. Aquele investimento permitiu a supressão de 19 passagens de nível para as quais foram criadas alternativas de atravessamento com maior segurança para os peões. Pelos dados revelados pela IP, na ocorrência de acidentes entre 2006 e 2015, registou-se uma vítima mortal (em 2008), 12 feridos graves e 22 feridos ligeiros. A segunda fase do investimento, que previa a automatização das 35 passagens-de-nível atrás referidas, havia sido suspensa em 2012, por força da indefinição do futuro da Linha do Vouga. Actualmente, a IP retomou a segunda fase para a qual se prevê o investimento de 3,5 milhões de euros. A conclusão da obra, já lançada a concurso público, apenas se projecta para… 2019. Publicidade
Forte investimento provocou diminuição de sinistros
Segundo a IP, a partir de 2008, os acidentes ocorridos
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JOGO DE ESPELHOS
(como se fora) Humor
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SONHO DE UMA NOITE DE INVERNO Às vezes, também me acontece sonhar, vejam lá… E não é que sonhei que era o Primeiro-Subscrictor da Moção “VBRAL” (“Vamos Brincar às Reformas da Administração Local”)?...
Texto: Fortunato K. Pralinné Politólogo licenciado pela U.Travanca Conselheiro de El-Rei de Nuestros Hermanos Gran-Cavaleiro da Ordem dos Munícipes Alapardados
Sonhei, pois!... E saibam vocelências que no meu sonho ocorreram verdadeiros prodígios de engenharia social (e política, olaré….) a partir de um balão de ensaio que ‘tava mesmo a pedir sopa, assim: 1 – Como a rapaziada de Nogueira da Regedoura e de S. Paio de Oleiros mora mesmo ali ao pé de Espinho, terrinha com feira, praia, comboio e tudo… arranjou-se uma moçãozita e passaram-se todos para os vareiros da Costa Verde; 2 – Idem para a malta de Souto, que mal acaba de escorregar pela EN 327, já está nos braços dos ovarenses (outra vez os vareiros…); 3 – Já o bom povo de Sanguedo e Argoncilhe, decidiu ajuntar-se a Vila Nova de Gaia, por causa do Metro de Superfície que tinha estação na Praceta do Eleito Local, com interface para a Capital da Fórmula Roll. 4 – Em Canedo, a população de Porto Carvoeiro, farta de esperar pelos barcos carregadinhos de turistas que faziam a birra de nunca ali parar, pediu a anexação a Gondomar. (Parece que o boato de que o Major ia voltar a distribuir torradeiras e micro-ondas, também ajudou um bocadinho…) 5 – Assim a modos que surpreendente, foi a forma engenhosa que o presidente da câmara de SJ Madeira encontrou para anexar Caldas de S. Jorge e Pigeiros: mandou instalar um teleférico entre as Termas e o Parque América. Esperto c’móalho! Mas parece que os custos derraparam por ter-se visto obrigado a fazer um apeadeiro junto ao Hotel Pedra Bela, por exigência de Teresa Vieira. 6 – Como isto a sonhar é um ‘vê-se-te-avias’, Arrifana e Romariz também se passaram para o município sanjoanense, graças à promessa de Ricardo Figueiredo de construir ali mais algumas rotundas e um matadouro (olha… nem sei porque é que entra aqui um matadouro, mas pronto, já está e dá um jeitaço à prosa…) 7 – Claro que Escapães… não escapou. Alegando razões do coração, um imensa mole populacional, com Alfredo Henriques à cabeça, foi cantar as Janeiras à porta de Castro Almeida, o qual, muito sensibilizado, anuiu em meter uma cunha a Ricardo Figueiredo para acolher os escapanenses no regaço unhasnegrense. (Ufa!... Ainda bem que era um sonho, porque só quando o Vouguinha apitou três vezes é que me apercebi de que Alfredo Henriques, afinal, não tinha nada a ver com aquilo, nem nunca se apercebeu do que se estava a passar. Estava no sonho errado à hora errada…) 8- A sudeste, a coisa também não ia fina. Ludgero de Castro mandou rasgar uma avenida desde a Cifial ao Europarque, de onde inflectia para Ovar, com passagem pelo ‘DeBorla’. Quem inaugurou a autovia, foi Salvador Malheiro, que no dia da anexação de Rio Meão ao município vareiro, viajou na limusina de António Topa.
9 – Por causa destas (e doutras, que a gente sabe) Amadeu Albergaria telefonou a Armando Teixeira, a combinar a desanexação de S. João de Ver e Lourosa do território feirense. Ainda o sonho não ia a meio e já eles tinham proclamado o ELML (Enclave-livre MalapoLourosense…) 10 – No Vale e aproveitando a confusão, o Elísio ajustou finalmente contas com os laranjas-alfredistas da cova e tratou de filiar a Freguesia em Arouca, levando Vila Maior por arrasto. 11- Com o sonho já a resvalar para pesadelo, eis que Mozelos e Paços de Brandão decidem unir forças, território e coragem, para organizar uma romaria ao santuário da Rua das Meladas, onde foram pedir a bênção (e uns carcanhóis) ao Ti Américo, para organizar um êxodo qualquer (desde que não ficassem na Feira, tudo servia). Consta que, mesmo sem desligar a calculadora, o titular do lugar de culto os mandou esperar, enquanto decidia se vendia a Galp ou comprava a Chevron mais a Repsol… 12 - Em Guizande e Pigeiros a coisa estava tão preta (o que, num sonho a cores, é obra!...) que o povo aceitava qualquer destino, desde que não os chateassem com projectos da Adritem… 13 - Estava mesmo a vogar sobre Louredo e Gião, quando apareceu o Baptista Cardoso a dar cabo do argumento, afirmando que ia “telefonar ao Alfredo” a perguntar para que lado é que elas (as Freguesias, claro) haveriam de votar… (Quando despertei do sonho, ainda ele estava à espera que o dito cujo atendesse o telefone…) 14 – Por sua vez, Lobão havia terminado o referendo de anexação a S. João da Madeira, com 100% de votos favoráveis (dos 7 eleitores que se apresentaram às urnas, ainda houve um voto em “branco” mas foi anulado porque alguém espirrou para cima do boletim e os perdigotos havia-se espalhado por todo lado… Enfim; uma porcaria pegada…). A explicação para a transferência, foi a promessa do inefável Ricardo em construir ali o futuro ‘Aeroporto de S. João do Pau’. 15 – Mas, épico, verdadeiramente épico, foi a proeza que o bravo presidente da Junta de Fiães conseguiu. Amuado e cansado de esperar por um lugar na câmara que, à última hora, era sempre desviado para um jotinha contestatário (ou com melhores cunhas), Valdemar abriu um precedente notável: a anexação da Freguesia de Fiães ao Município de Carrazeda de Ansiães. Ora, é preciso referir que, por essa altura, já Nogueira do Cravo, S. Roque, Macieira de Sarnes, Cesar, Fajões, Pindelo, Carregosa, Couto de Cucujães, Ossela e Mosteirô, (sim, Mosteirô, aquele lugar enclavado a sul do território fogaceiro, paredes-meias com Oliveira de www.correiodafeira.pt
Azeméis, Ovar e… S. João da Madeira) também já se haviam passado para o município sanjoanense, graças à política de transportes que redundou na criação do famoso ‘Metro de S. João’, que tinha linhas para todas as direcções e estações em tudo o que era canto e esquina naquelas freguesias. A de Milheirós, então, batizada de ‘Gare do Sudeste’, causava inveja à do Calatrava… Não percebi lá muito bem os contornos (‘tava tudo desfocado e durante o sonho esqueci-me de pôr os óculos…), mas parece que a criação do dédalo ferroviário com plataforma central na ‘Praça do Pirilau’, fora uma ideia de Ricardo Figueiredo, que – vendose sem tachos suficientes para distribuir ao pessoal das colagens territoriais – criou vários lugares de Chefe de Estação, começando por nomear o primeiro-subscritor da moção de Milheirós, que queria ser vereador, mas não havia vaga, prontos... (Mas isto sou eu a sonhar, claro…). Pronto; para abreviar, que tenho de ir jantar e o Pêpê quer mandar o jornal prá rotativa, digo-vos que sonhei que a coisa acabava mal, com a Feira reduzida ao território da “Bila”, mais Sanfins, mais Travanca e mais Espargo (que resistiam graças à perspicácia politico-administrativa de Fernando Leão). Um feito valoroso, dado que se enfrentava a voragem do município vizinho de S. João da Madeira, então um colosso regional, onde o recém-entronizado Ricardo I, às quintas-feiras distribuía tremoços e lentilhas aos novos munícipes e às sextas e segundas exigia a extinção do novo micro-município de Vila da Feira. (Aos domingos, o sapiente autarca tinha de descansar, por causa das cãibras com que ficava na mão com que atirava os tremoços e as lentilhas…) Digo-vos já, que sonhei isto tudo e mais umas coisas que agora não posso dizer. Mas confesso que este sonho só foi possível, porque aquela malta aproveitou o facto de Emídio Sousa estar ausente no estrangeiro, chefiando mais uma missão empresarial. Estivesse ele por ali… e nem havia sonho, nem havia este texto, nem nada!.. E mais; aquela gente toda ainda teria de se haver com um pesadelo pior do que o de Elm Street, ora bem… Última hora! No exacto momento em que havia acabado de fechar o envelope que protegeu este texto até chegar à mão do senhor Director, chegoume a informação de que Santa Maria de Lamas também estava a tramitar a anexação a Coimbra. Tudo graças aos bons serviços da administração do Colégio de Lamas junto da reitoria da Universidade coimbrã. Era para fazer um comentário a este respeito, mas como já tinha fechado o envelope, não pude alterar o texto. Fica prá próxima… (se entretanto não for despedido…)
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A NossA (futurA) uLs Antónioo José Giro, Enfermeiro Presidente do Núcleo do CDS/Feira
Carlos Fontes
DesANexAção: sim ou Não
OPINIÃO
Lá vamos… Manter a freguesia de Milheirós de Poiares no Concelho da Feira é, neste momento, a grande aposta dos autarcas que detêm o poder no Município santa-mariano. Porque sempre defendi que quem não respeita o passado não merece o futuro, sou pela continuação da freguesia no mapa do Concelho da Feira. Como defenderia, no início do século passado, por exemplo, a manutenção de Espinho. Neste caso, mais que constatar a opinião, quase geral, dos feirenses contra a desanexação de Milheirós de Poiares, anoto alguma falta de argumentos daqueles que pensam o contrário. Afinal quem quer a desanexação? Há anos que se fala no interesse da freguesia em mudarse para São João da Madeira. Mas a verdade é que da parte da sua população o interesse nunca foi avassalador. Ouvem-se algumas vozes, sobretudo de alguns que por motivos vários estão mais ligados ao município vizinho, mas, excetuando o «tal» referendo, que até não teve um resultado convincente, antes pelo contrário, pouco ou nada os interessados na desanexação fizeram para nos convencer da justeza da sua luta. Mas agora, porque no governo da Nação está alguém que «poderá dar uma ajuda», eis que surge novo ataque à integridade territorial do Concelho da Feira. E isso parece ferir as pretensões dos defensores da desanexação. Porque, mais que uma pretensão, que se for legitimada por um referendo sério, e no qual a participação da população seja avassaladora, merece ser satisfeita, parece haver uma «jogada política», para dar louros a algum político que aspira a mais altos voos. Milheirós de Poiares deve integrar o Concelho de São João da Madeira? Quem deve responder a essa questão serão os seus filhos. Os seus eleitores. Eu, como feirense, sou contra à desanexação. Mas quem sou eu para contrariar a vontade daqueles que vivem na terra? Em democracia, dizem (eu sempre duvidei) que «quem mais ordena é o povo». Cumpra-se, então, a vontade do povo. Mesmo assim a questão não líquida. Porque pode questionar-se: então os munícipes do Concelho da Feira não devem ser ouvidos? Será que eu, feirense, não devo ser ouvido quando alguém pretende tirar-me parte do meu território? Se bem, que neste caso, Milheirós de Poiares pareça não ter muitas razões de queixa, uma vez que ao longo dos anos a Câmara Municipal da Feira não esqueceu a freguesia, dotando-a de algumas infraestruturas, a verdade é que os responsáveis pela gestão autárquica (atuais e anteriores) devem pensar se não será deles a culpa destes movimentos. Lembro que há anos chegou a ensaiar-se em Fiães e em Lourosa um movimento que preconizava a desanexação das duas freguesias, e a consequente criação de um novo concelho. Que razões eram invocadas? Talvez as mesmas que agora Milheirós de Poiares invoca. Pouca atenção dos poderes sediados na sede do Município para com as freguesias. Fica muito bem aos autarcas feirenses defenderem a integridade territorial do Concelho. Mas essa defesa começa por defenderem uma distribuição mais justa dos dinheiros municipais. Será isso que tem acontecido ao longo destes mais de 40 anos de democracia? Só quem anda distraído é que não sabe responder. Agora é Milheirós de Poiares que se quer mudar. Não faltará muito, porque na verdade continuam a ser esquecidas pelos poderes instalados na cidade/sede, serão as freguesias de Nogueira da Regedoura e São Paio de Oleiros. E em qualquer dos casos, como acontece com São João da Madeira em relação a Milheirós de Poiares, Espinho lá está para as receber de abraços abertos. Não estejam atentos, e depois façam «petições públicas».
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Vai sendo notícia a intenção deste governo em criar uma ULS (Unidade Local de Saúde) que junte os Hospitais e os ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) dos concelhos da Feira, Ovar, Arouca, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Vale de Cambra e algumas freguesias do concelho de Castelo de Paiva. Uma breve consulta às páginas eletrónicas destes municípios revela um absoluto silêncio no que a este tema diz respeito. Por isso e por ser um assunto demasiado sério e com consequências a curto, médio e a longo prazo na saúde a na qualidade de vida das populações, trazemo-lo hoje à discussão. O que é uma ULS? Consultado o documento da Entidade Reguladora de Saúde “ESTUDO SOBRE O DESEMPENHO DAS UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE”, publicado em fevereiro de 2015 e que é um dos dois estudos conhecidos sobre o desempenho destas estruturas, “podemos designar as ULS como uma entidade que sendo única, é responsável pelo estado de saúde de uma determinada população e, por isso, visa garantir uma prestação integrada de cuidados de saúde, com elevado grau de eficiência, qualidade e satisfação do utente, através da gestão dos vários níveis de prestação de cuidados (designadamente, cuidados primários e cuidados hospitalares) e da coordenação em rede de todos elementos, aqui considerados, os prestadores, que dela fazem parte”. Portanto uma ULS junta Cuidados de Saúde Primários e Cuidados Diferenciados com o objetivo de integrar com elevado grau de eficiência (processo),
qualidade e satisfação do Utente (resultado). Mas tanto neste como no outro estudo conhecido (da IASIST), constata-se que não há nenhuma evidência concreta que nos permita concluir que o modelo ULS tenha trazido qualquer vantagem relativamente ao modelo Hospitais/Centros Hospitalares e ACES, quer financeiramente quer em ganhos em saúde para as populações. Mais, tanto no que diz respeito aos indicadores de eficiência, qualidade e desempenho económico-financeiro, como nos indicadores assistenciais (hospitalizações desnecessárias superior ao que se verifica em hospitais não ULS, rácio de urgências face ao número de consultas externas que não baixa o que não acontece nos outros hospitais e mesmo um aumento do número de consultas de urgência muito superiores nos hospitais ULS se comparado com os outros), as ULS estudadas não são uma mais-valia. É também da responsabilidade das autarquias procurar saber quais são os modelos assistências que melhor garantem o apoio às populações tanto ao nível da promoção da saúde e da prevenção da doença (Cuidados de Saúde Primários) como da intervenção diferenciada (Cuidados Hospitalares), garantindo o melhor cuidado da forma mais eficiente. Com os dados já conhecidos, é possível decidir politicamente com base na evidência e não em “palpites”. E a solução ULS pode de facto não ser a melhor, por não salvaguardar o interesse nem da população, nem da boa gestão dos recursos públicos. Publicidade
COMUNICADO “O Partido Socialista de Santa Maria da Feira teve conhecimento que está em adiantado processo de análise na Assembleia da República uma petição popular que defende a integração da freguesia de Milheirós de Poiares no concelho de São João da Madeira, freguesia que sempre pertenceu ao concelho. Face a tão adiantadas circunstâncias, o Partido Socialista de Santa Maria da Feira apenas pode demonstrar a sua tristeza perante o culminar desta situação. De facto, num concelho onde apenas o PSD foi poder, é fácil apurar as responsabilidades da situação que hoje se vive. Porém, a petição em causa é baseada no único referendo popular deste género que teve lugar em Portugal após o 25 de abril. Tal referendo apenas foi possível em virtude da “Lei Relvas”, tendo sido validado de forma inédita pelo Tribunal Constitucional. O resultado foi de 81% a favor da integração de Milheirós de Poiares em São João da Madeira. Foi isso que a democracia ditou. Foi essa a vontade do povo, devidamente validada pelas instituições competentes. Ao longo dos últimos anos, e mais concretamente desde a publicação da “Lei Relvas”, o PSD de Santa Maria da Feira, na pessoa do atual Presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, nunca defendeu as freguesias de Santa Maria da Feira. Não respeitou a vontade das populações nos processos de agregação de freguesias, nem sequer ousou promover a coesão do território. Ao longo destes anos, Emídio Sousa nada fez e justamente agora, que o processo está fora do controlo das instituições municipais, vem publicamente defender de forma populista uma unidade do concelho com a qual nunca se preocupou. Agora será a Assembleia da República a decidir, o que significa que a passagem de Milheirós de Poiares para São João da Madeira deixou de estar nas mãos das instituições locais e dos feirenses. O PS de Santa Maria da Feira, apesar do profundo sentimento de perda que a situação provoca, não ignora que as pessoas são o fundamento da existência dos partidos políticos. Por isso, entendemos que a identidade e unidade do concelho devem materializar-se num sentimento global da população. Neste caso concreto, não é possível desconsiderar o resultado do processo democrático que teve lugar, por isso devemos assumir a sua responsabilidade no sentido de respeitar a vontade do povo e os processos legais do nosso Estado de Direito. O PS de Santa Maria da Feira compromete-se com todos os feirenses a trabalhar diariamente para que possa apresentar as melhores propostas e assim merecer a confiança para transformar o concelho num território coeso, onde todas as freguesias sintam pertença e orgulho. Este é o nosso compromisso.”
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Santa Maria da Feira, 27 de Dezembro de 2016 O Presidente da CPC do Partido Socialista – Feira Henrique Pereira Ferreira
gNr defende-se das críticas do Be
“Não eStAMoS DireCCioNADoS pArA A CAçA à MultA NeM eStAMoS A lutAr por póDioS” Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
POLÍTICA
Em comunicado enviado às redacções, o Bloco de Esquerda acusa a GNR de Aveiro de “obrigar os seus militares a realizarem caça à multa”. “Chegou ao conhecimento do BE que o comando distrital da GNR de Aveiro faz das operações STOP o centro da sua acção, com o objectivo de ser o distrito do país com mais multas passadas aos cidadãos. Têm surgido notícias, nos últimos meses, sobre o autêntico ‘vendaval’ que é a caça à multa em vários postos da GNR no distrito de Aveiro. O comando direcciona todos os recursos para operações STOP, desguarnecendo os postos da GNR e descurando outras operações”, aponta o partido. Como exemplo, referem uma “recente ocorrência no concelho de Ílhavo, onde houve troca de tiros, e a chegada da GNR foi demorada porque teve que ser accionada uma patrulha do concelho de Albergaria-a-Velha, uma vez que os militares de Ílhavo e dos postos vizinhos tinham sido destacados para operações STOP”. “O papel da GNR enquanto força de proximidade foi definitivamente abandonado para concentrar todos os recursos na caça à multa. Esta inversão de prioridades causa enorme mal-estar entre os militares pela pressão que é exercida para a multa e porque
contraria aquilo que devem ser os seus deveres. Causa também enorme mal-estar na população, provocando perturbação social e desprotegendo bens e pessoas”, frisam. Contactado pelo CF, o Oficial de Comunicação e Relações Públicas do Comando Territorial de Aveiro, Tiago Meireles, explica que o “Comando tem a sua preocupação centrada na segurança de pessoas e bens” e nesse âmbito são realizadas diversas “acções de fiscalização”. “As operações nunca têm o objectivo de caçar multas mas sim de reduzir a sinistralidade. Estamos num distrito com valores de sinistralidade que nos preocupam”, esclarece, adiantando que além da fiscalização levam a cabo acções de sensibilização na sequência de uma estratégia concertada de fiscalização e prevenção. “Não estamos direccionados para a caça à multa nem estamos a lutar por pódios”, salienta. O tenente adianta que “a fiscalização é feita com o efectivo que conseguem ter disponível nos postos” mas “nunca descurando a segurança de pessoas e bens para obter resultados”. “O nosso objectivo e a nossa missão é a segurança de pessoas e bens. Esse é o nosso espírito, que contraria o que é noticiado pelo Bloco de Esquerda”, remata.
Dois eleitos da Concelhia de Santa Maria da Feira
JS elege NovoS órgãoS No XX CoNgreSSo NACioNAl A Concelhia de Santa Maria da Feira da Juventude Socialista participou no XX Congresso Nacional da JS que decorreu na Póvoa de Varzim. Para além da renovação dos órgãos nacionais, para os quais foram eleitos dois membros da Concelhia da JS, foram também renovadas as motivações e prioridades dos jovens socialistas. Para Henrique Portela, presidente da Concelhia de Santa Maria da Feira da Juventude Socialista, “este é o reconhecimento, uma vez mais, da qualidade dos quadros políticos de que a Concelhia de Santa Maria da Feira dispõe” mas é, sobretudo, “um comprometimento da Concelhia em dar o seu contributo nos desígnios da JS como um todo, agora liderada pelo Ivan Gonçalves”. O XX Congresso da JS elegeu Ivan Gonçalves como Secretário-geral da
Juventude Socialista, subscritor da moção “Do Lado Certo da História – Por um Futuro com Direitos”. Natural de Setúbal, Ivan Gonçalves sucede assim a João Torres, que mantém a sua vida política activa enquanto deputado na Assembleia da República. Henrique Portela foi eleito inerente da JS à Comissão Nacional do PS e Cristiano Marinheiro membro suplente da Comissão Nacional da Juventude Socialista. Em breve, a Comissão Nacional da JS irá reunir e eleger o novo Secretariado Nacional, o Director do Jovem Socialista, o Coordenador do Gabinete de Estudos e Formação e os representantes da JS à Comissão Política Nacional do PS, todos sob proposta do Secretário-geral da JS, informa a Juventude Socialista, em comunicado. www.correiodafeira.pt
CDS aponta “falta de visão” do executivo da Junta Os últimos três anos de mandato do executivo PS, liderado por Manuela Teixeira, confirmam, para o CDS, “as piores expectativas”. “A União das Freguesias de Souto e Mosteirô continua a estagnação parcial ou total, faltando uma verdadeira estratégia que olhe o futuro nos olhos e não apenas para fins eleitorais”, iniciam, em comunicado. A última Assembleia de Freguesia de 2016, em que o executivo propôs, para aprovação, uma série de obras para o último ano de mandato, foi, para os centristas, “o espelho da incapacidade e da falta de visão” realçando que “os cidadãos do lugar da Gesteira foram o exemplo vivo das atitudes manipuladoras deste executivo”. “A presidente da Junta deu-se ao trabalho de ir ao lugar da Gesteira propor a execução dessa obra mas em troca de algo. Esse ‘algo’ era uma reivindicação legítima e antiga dos moradores, sentindo-se estes lesados pela anterior Junta de Freguesia. Ora, a chantagem não funcionou, porque os moradores da Gesteira, tal como os Soutenses e Mosteiroenses em geral, não cedem a pressões ou a compadrios”, salienta o CDS. O partido aponta a “falta de talento e estratégia do actual elenco da Junta de Freguesia para proporcionar o desenvolvimento e progresso que estas terras tanto merecem”.
projecto de resolução apresentado na Assembleia da república
Albergaria defende universalidade do pré-escolar aos três anos Os últimos três anos de mandato do executivo PS, liderado por Manuela Teixeira, confirmam, para o CDS, “as piores expectativas”. “A União das Freguesias de Souto e Mosteirô continua a estagnação parcial ou total, faltando uma verdadeira estratégia que olhe o futuro nos olhos e não apenas para fins eleitorais”, iniciam, em comunicado. A última Assembleia de Freguesia de 2016, em que o executivo propôs, para aprovação, uma série de obras para o último ano de mandato, foi, para os centristas, “o espelho da incapacidade e da falta de visão” realçando que “os cidadãos do lugar da Gesteira foram o exemplo vivo das atitudes manipuladoras deste executivo”. “A presidente da Junta deu-se ao trabalho de ir ao lugar da Gesteira propor a execução dessa obra mas em troca de algo. Esse ‘algo’ era uma reivindicação legítima e antiga dos moradores, sentindo-se estes lesados pela anterior Junta de Freguesia. Ora, a chantagem não funcionou, porque os moradores da Gesteira, tal como os Soutenses e Mosteiroenses em geral, não cedem a pressões ou a compadrios”, salienta o CDS. O partido aponta a “falta de taleeu-se ao trabalho de ir ao lugar da Gesteira propor a execução dessa obra mas em troca de algo. Esse ‘algo’ era uma reivindicação legítima e antiga dos moradores, sentindo-se estes lesados pela anterior Junta de Freguesia. Ora, a chantagem não funcionou, porque os moradores da Gesteira, tal como os Soutenses e Mosteiroenses em geral, não cedem a pressões ou a compadrios”, salienta o CDS. O partido aponta a “falta de talento e estratégia do actual elenco da Junta de Freguesia para proporcionar o desenvolvimento e progresso que estas Publicidade
87.º Aniversário Natalício
Joaquim Dias Pinto No próximo dia 04 de Janeiro, o Senhor Joaquim Dias Pinto, sócio e fundador da empresa Cromagem Santa Maria em Santa Maria de Lamas, completará 87 anos de vida! A ele, um bem haja por toda a coragem e dedicação demonstradas ao longo da sua vida, quer pessoal quer profissionalmente. Seus filhos, netos, bisnetos e restante família felicitamno fazendo votos de muita saúde, paz e amor, na companhia daqueles que lhe são mais queridos.
Parabéns!!!! 02.JAN.2017
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REUNIÃO DE CÂMARA
Socialistas seguem disciplina partidária, à excepção de Bastos
PSD gArANte que lutA Por MilheiróS “Não eStá PerDiDA” Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
A petição “NÃO à desanexação de Milheirós de Poiares do concelho de Santa Maria da Feira – Pela defesa da unidade do concelho de Santa Maria da Feira” marcou a última reunião de Câmara. O presidente da Autarquia, Emídio Sousa, recordou todo o processo e de como o apoio sanjoanese lhe “suscitou grande preocupação e uma imediata reacção”. “Estava a acompanhar e aguardava que a AR nos chamasse para sermos ouvidos. Mas não pude esperar mais. Estava a tomar um rumo definitivo”, salientou, afirmando que a petição da Câmara se encontra a “circular em vários sítios” e há um gabinete junto ao Museu Convento dos Lóios de tratamento administrativo. Emídio Sousa vai ainda comunicar a posição da Feira à Câmara de S. João da Madeira, assim como ao Primeiro-Ministro e ao Presidente da República.
outras freguesias podem seguir exemplo
“Sou a favor da defesa da unidade do Concelho e assinarei o que for preciso. Se ouviram as pessoas de Milheirós, porque não ouviram o Concelho todo? O Concelho deve pronunciarse sobre qualquer saída”, frisou o vereador independente Eduardo Cavaco, salientando que a saída de uma freguesia é uma “caixa de Pandora”. “A seguir vai Nogueira, Argoncilhe, há várias freguesias a paredes-meias com outros concelhos. Antes isto eram as Terras de Santa Maria. Porque é que S. João não é anexado pela Feira? É uma aldeia à nossa beira. Temos muito mais tradição do que as vilas ou cidades à nossa volta”, realçou Eduardo Cavaco. António Bastos começou perguntando: “O que andamos a fazer durante tantos anos?”. Para o socialista, o referendo de Milheirós “espelhou a vontade das pessoas” que “não estão interessadas na Câmara da Feira”. “Isso deve-se ao PSD ter andado descansado demais. O presidente durante 11 anos não deu importância ao assunto e hoje corre atrás daquilo que é iminente”, sublinhou, lembrando que a “lei Relvas” tornou possível que Milheirós fizesse um referendo sem autorização do Município e hoje “o assunto anda nos corredores da AR”. “Respeito a decisão dos milheiroenses, mas o Concelho não pode ser desmembrado”, salientou, concordando que “podem aparecer outras freguesias interessadas”. “O assunto, porém, já não está nas mãos da Câmara”, atirou, comentando que “o PSD devia ter realizado, logo de seguida ao referendo de Milheirós, um referendo a nível do Concelho para tomar o pulso”. “O Concelho deve pronunciar-se e não apenas uma freguesia. Independentemente da proximidade e ligações a S. João, a Feira tem feito muito por Milheirós”, realçou António Bastos, para quem “algo está mal no EDV”. “Já
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tinha sentido os olhares dos representantes de S. João, na assembleia da EDV, e fiquei extremamente preocupado”, confessou, afirmando que “não se respeita ninguém” pois “S. João não devia tomar decisões nas costas dos feirenses”. “Não é uma batalha política nem de armas, mas sim de objectivos que espero não sejam concretizados por S. João”, declarou, revelando que, na sua “opinião pessoal”, “as razões por que há quatro anos Milheirós não devia ser integrado em S. João mantêm-se”.
PS ao lado do povo de Milheirós
A vereadora do PS Susana Correia confessou que, aquando do lançamento da petição municipal, “sentiu tudo menos que fosse uma questão apartidária”. “O presidente disse que o PS era a favor da saída de Milheirós mas o que nós dissemos foi o mesmo que o Bloco de Esquerda disse: estamos com a vontade do povo”, esclareceu. Susana Correia disse que “atirar os problemas para as outras freguesias que depois podem também querer sair” é indicativo de que “essas freguesias não estão a ser bem tratadas” e lembrou o processo de extinção das freguesias, que acompanhou de perto enquanto ex-presidente da Junta de Espargo, em que “ninguém quis ouvir a vontade do povo”. “Eu comungo da opinião do PS e estou do lado da vontade legítima do povo de Milheirós”, frisou. O vereador com o pelouro do Ambiente, Protecção Civil e Obras Municipais, Vítor Marques, também quis dar a sua opinião. “Fazia sentido pronunciarem-se todos os feirenses e não só os milheiroenses”, salientou, elucidando que a lei Relvas indicava que a alteração dos limites territoriais poderia ser feita “mediante acordo”. “Recrimino a atitude do município de S. João que se ingeriu nos assuntos internos do concelho da Feira”, comentou, acrescentando que “muitas pessoas que votaram no referendo foram instrumentalizadas”. “Não acredito que os milheiroenses não tenham orgulho na sua terra e nas suas origens”, afirmou. O vereador socialista Mário Oliveira lembrou que o referendo de Milheirós foi “único e inédito a nível nacional com poder vinculativo”. “É perigoso os ditos democratas descurarem a decisão do povo só porque não lhes é favorável”, atirou. A petição está “nas mãos da AR” porque “alguém andou a dormir durante todo este tempo”. “Agora, do dia para a noite, de forma mediática e populista, a Câmara está extremamente preocupada. Aquando da extinção das freguesias, não vimos o PSD preocupado. Nem o PSD nacional nem o local lutaram pelas freguesias”, lembrou, acrescentando que “reverter à pressa e de forma eleitoralista é extemporâneo”. O PS está “triste com a possibilidade de Milheirós sair da circunscrição da Feira” mas “é a Democracia e www.correiodafeira.pt
o Estado de Direito a funcionar”. “Este é um assunto tão importante, não podemos baixar os braços. O que eu ouço é que não há nada a fazer, que o povo é soberano, mas o Concelho não se pronunciou”, afirmou, por sua vez, Eduardo Cavaco.
Milheirós nada ganha com a saída
“Acima de tudo, quero que seja uma questão suprapartidária”, sublinhou Emídio Sousa, que embora “respeite as opções de cada um, não deixa de considerar estranho dizer que estão tristes e depois perder a oportunidade de se pronunciar no órgão respectivo”. “Tenho muitos socialistas feirenses comigo mas gostava de ter o PS ao meu lado”, revelou. Emídio Sousa lembrou que a lei Relvas foi uma “resposta ao memorando assinado pelo PS na sequência da exigência da troika para a diminuição de autarquias”. “Já na altura considerei que era errado e sempre me manifestei contra, mas fomos obrigados”, referiu. A mudança de Milheirós para S. João já tinha sido anteriormente apreciada em Assembleia Municipal e “rejeitada”. “Nessa altura, para mim, o assunto ficou decidido. Foi ressuscitado agora”, afirmou. Emídio Sousa continua sem compreender de onde vieram 5000 assinaturas se a população de Milheirós não ultrapassa os 3000 eleitores. “Não sejamos ingénuos, há um trabalho claro de S. João”, declarou. Repetiu que os milheiroenses subscritores não apresentam “argumentos válidos” e enumerou os vários investimentos municipais em Milheirós, como a Escola, o Centro Social, o Centro Cultural, a Praia da Mámoa (única do país em zona urbana). “Foi um esforço do Município e Milheirós tem-se afirmado como um dos centros da Feira. No dia em que tiverem a percepção que não ganham nada [com a saída], não vão querer sair”, salientou, garantindo que “não dá o assunto por encerrado”. “Enquanto houver vida, há esperança”, rematou Emídio Sousa. O PS absteve-se na votação da petição. “Votamos com um profundo sentimento de perda, mas a unidade deve materializar-se no sentimento geral da população. O referendo foi expressivo e o PSD é o único responsável pela incompetência de manter a coesão territorial. As últimas diligências do presidente são apenas um apressado número político”, declarou Mário Oliveira. “Aqui não entram partidos, mas sim a unidade do Concelho. Não houve auscultação a todo o Concelho”, contrapôs Eduardo Cavaco, que votou favoravelmente à petição. “Independentemente das manobras diversas, o que está em causa é a unidade do Concelho, é o voto pelo Concelho ou contra o Concelho. Apelo a todos os feirenses que se juntem nesta luta que não está perdida”, fechou Emídio Sousa.
rua João Paulo ii volta a gerar discussão
Centro Cívico não reúne condições
EsPólio Do PADrE DomiNgos morEirA vAi PArA ANTigA JuNTA Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
PIGEIROS Na última reunião, o vereador da Cultura, Gil Ferreira, confirmou que “o grande acervo do padre Domingos Moreira”, doado ao Município, ficará alojado na antiga sede da Junta de Freguesia de Pigeiros, que sofrerá “as obras necessárias” para o acolher. O “importante fundo documental” com mais de 20 mil documentos, “alguns únicos em Portugal”, terá “acompanhamento técnico permanente”. O PS não se fez rogado nas críticas. “Foram feitas obras de raiz e comparticipadas com fundos comunitários e agora a obra [Centro Cívico] não satisfaz as necessidades do acervo. Prova mais uma vez que andamos muito distraídos nos procedimentos. Os assuntos são conduzidos de forma não responsável por quem dirige os destinos destas questões. É uma triste realidade”, apontou António Bastos, atirando que “o assunto arrasta-se há cinco anos”. “Os documentos estão guardados à espera de melhor destino. Lamento profundamente que hoje tenhamos de voltar a fazer obras”, afirmou.
Feliciano Pereira é o responsável
Gil Ferreira estava completamente de acordo, excepto na “transmissão de responsabilidades”. “Quando este assunto chegou à tutela da Cultura, em Fevereiro deste ano, foram feitas todas as diligências”, frisou o vereador, apontando o dedo. “O único responsável pela desarticulação e falta de resposta é o Sr. Feliciano Martins Pereira. O projecto foi monitorizado por ele e, segundo os familiares do Padre Domingos Moreira, esteve sempre presente na obra. Contudo, não foi salvaguardado um espaço com dimensões e condições para o acolhimento do fundo documental”, explicou Gil Ferreira. No testamento do Padre Domingos Moreira, o pigeirense cede a sua biblioteca ao Município e pede que uma parte seja acondicionada em caixa forte e “a restante alojada
em salas próprias com o nome do doador na porta no pólo de Pigeiros”. “Expresso a minha desilusão por nem este intento do Padre ter sido mantido. Aliás, o nome do Centro Cívico não é Padre Domingos Moreira”, lembrou o vereador. O que a tutela propõe agora é que “se criem condições de dignidade e técnicas para que se possa estabelecer protocolos com o ensino superior para dar a conhecer a obra do Padre e a freguesia de Pigeiros”. “É um homem íntegro e ímpar que deu um importante contributo para o acesso ao conhecimento por força da obra que nos lega”, afirmou Gil Ferreira. No projecto de recuperação da antiga Junta de Pigeiros foram “acauteladas todas as necessidades”. “O fundo documental já foi tratado pela Biblioteca Municipal e foi dada formação específica à pessoa que ficará responsável”, informou. A Câmara não pode, por isso, “arcar com as responsabilidades quando está a dar solução a algo que estava condenado à falta de dignidade”.
Técnicos apenas seguiram dono da obra
António Bastos fez votos para que “o projecto seja conseguido o mais depressa possível e o espólio seja exposto”. “Mas não foi o ex-presidente da Junta que fez o projecto [do Centro Cívico]. A Câmara é responsável. Não atire pedras para não levar com elas”, avisou António Bastos. “O dono da obra que se vai realizar agora é a Câmara. Sob ela penderão todas as responsabilidades. A realidade é bem distinta quando a Câmara é apenas responsável pela elaboração do projecto. A Divisão faz apenas o que o dono da obra manda. Se ele [ex-presidente da Junta] estava mais preocupado em arranjar espaço para acolher associações… Não sei porque é que a Câmara é responsável pelas opções tomadas”, declarou o vereador da Cultura. O PS absteve-se neste ponto.
Delimitação dos perímetros de protecção das captações de água
LOUROSA Ainda que já se tenham “pronunciado” antes sobre a matéria, o Partido Socialista voltou à carga no que à Rua João Paulo II diz respeito. “Duas adjudicações antes desta… Os recursos da Câmara não são os mais correctos”, atirou António Bastos, lembrando que “as populações têm consciência dos problemas e constrangimentos” pois estão “desgastadas”. “Deve ser um procedimento definitivo e não uma acumulação de adjudicações para a mesma obra. Ainda por cima o empreiteiro [Construções Carlos Pinho] é o mesmo das adjudicações anteriores”, salientou o vereador do PS, que não pode concordar com esta “soberania” do PSD. “Vejo com muito agrado este concurso público que teve seis concorrentes”, disse o presidente da Autarquia, Emídio Sousa. A proposta mais baixa foi a vencedora, de 150 mil, sendo que a mais alta rondava os 240 mil euros. “Trata-se de uma rua com muito movimento que precisa rapidamente de ser repavimentada”, referiu, lamentando a demora porque “muitas vezes só quando se inicia a obra é que as pessoas dão autorização para alargar”. “O importante é que avance”, reiterou. Eduardo Cavaco votou favoravelmente mas não se esqueceu de alertar para os preços praticados. “Acho bem adjudicar aos preços mais baixos, mas é preciso algum cuidado. A fiscalização deve ser competente”, frisou. Emídio Sousa adiantou que os preços das empreitadas têm baixado. “Os empreiteiros lutam pela Câmara da Feira porque pagamos bem”, salientou. O PS votou contra. “O PS defende há muito a requalificação dos arruamentos em mau estado, como este, mas todo este processo mostrou um desrespeito pelas gentes de Lourosa com intervenções fraccionadas e um processo atabalhoado. As sucessivas adjudicações ao mesmo empreiteiro tornam esta uma situação escandalosa”, declarou a vereadora socialista Susana Correia.
rua Albano rodrigues de Andrade e rua Armando Pinto Assunção
Ps exige intervenção nos arruamentos Na aprovação da 5.ª fase de pavimentação de arruamentos do Concelho, o vereador socialista António Bastos pediu que se incluíssem duas ruas que necessitam de intervenção urgente. “A Rua Albano Rodrigues de Andrade, em Mosteirô, liga o interior da freguesia e encontra-se em estado precário”, apontou. A outra estrada é a Rua Armando Pinto Assunção, em Fornos. “Está uma lástima. Liga o Sul do Concelho ao centro da cidade e está completamente degradada. É preciso uma intervenção rápida naquela rua, quem passa lá sofre as consequências”, salientou. O vereador com o pelouro das Obras Municipais, Vítor Marques, informou que esta última fazia parte do pacote da rotunda 109-4, na ligação Farinheiro-EN, mas como houve alguns entraves ao projecto, vão tentar avançar apenas com a requalificação da rua. Quanto à estrada em Mosteirô, o vereador prometeu tentar incluí-la ou na sexta fase ou numa próxima.
ProPosTA DE s. João TrAriA “grAvíssimAs CoNsEquêNCiAs” PArA A FEirA
loja interactiva do Turismo passa a abrir mais tarde
São João da Madeira apresentou uma proposta à Câmara feirense para delimitação dos perímetros de protecção das captações de água subterrânea. “Trata-se de um pedido das Águas e do Município de S. João com o intuito de licenciarem os furos no seu território mas que traria implicações complexas para o nosso território, especialmente para Milheirós de Poiares”, afirmou o presidente da Autarquia da Feira, Emídio Sousa. Entre as “gravíssimas consequências”, estão o condicionamento de construção de ETAR, de cemitério, da utilização de fertilizantes, de fossas sépticas, da laboração de indústrias que usem produtos químicos, e muito mais. O perímetro alargado que S. João quer impor
FEIRA A Loja Interactiva do Turismo vai passar a abrir mais tarde uma hora. Não se justificando a abertura às 9h00 dada a pouca afluência de pessoas naquele horário, a Câmara decidiu adiar a abertura uma hora (10h00) e aproveitar a hora anterior para “tarefas internas”. Assim, a loja passará a estar aberta ininterruptamente das 10h00-18h00 em dias úteis e das 10h00-17h00 aos sábados. “Tendo em conta a actividade cultural da cidade, não será pertinente estar aberta aos domingos e feriados?”, questionou a vereadora socialista Susana Correia. “Esteve aberta em Dezembro e estará aberta durante os grandes fluxos de público”, adiantou o vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira. O PS absteve-se neste ponto.
implicaria a totalidade de Milheirós de Poiares, de Arrifana, de Mosteirô e parte de Escapães e Fornos. “Condicionava o desenvolvimento económico de uma região. Qualquer oficina de automóveis, estação de serviço, estaria proibida. As fábricas, por exemplo, de tinta teriam de fechar”, alertou Emídio Sousa, acrescentando que “Milheirós ficaria uma reserva verde para S. João poder ter reservas de água”. “Daremos um parecer desfavorável”, afirmou Emídio Sousa. “[Esta proposta] parece-me Chico-espertice”, afirmou o vereador independente Eduardo Cavaco. “Não há discussão possível”, disse, por sua vez, o socialista António Bastos. O parecer desfavorável foi aprovado por unanimidade. www.correiodafeira.pt
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Um deles já estava morto
Cães recolhidos por suspeita de maus-tratos
médicos apelam
CUiDADos DE sAúDE primários DEvEm sEr A primEirA rEspostA
SOCIEDADE
Para evitar um elevado afluxo de pessoas às Urgências, os profissionais do CHEDV e dos ACES da região reuniram-se, numa “resposta integrada”, para pedir à população que faça dos centros de saúde, e não do Hospital, a “preferencial porta de entrada no SNS”, em caso de sintomas gripais. Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
Este ano o surto de gripe começou mais cedo, e prova disso é o aumento da afluência de pessoas aos serviços de Urgência do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga. Embora o acréscimo de procura “não seja muito significativo” (15%), os casos são “de maior complexidade e gravidade”, informaram os profissionais do CHEDV e Agrupamentos de Centros de Saúde Feira-Arouca e Aveiro-Norte, que se reuniram, na passada sexta-feira, no Hospital S. Sebastião, para “transmitir à população a resposta do Serviço Nacional de Saúde existente no EDV para situações de urgência associadas ao aumento da actividade gripal”, mostrando a “articulação entre as unidades de saúde”. Os doentes urgentes e muito urgentes aumentaram (sendo entre 75-80% aqueles que receberam pulseira amarela, laranja ou vermelha na triagem), o que implica muitas vezes internamento hospitalar (mais 200 internamentos do que em Dezembro de 2015). De forma a poder prestar o melhor serviço e alocar os recursos necessários ao tratamento destes doentes, o CHEDV, que se encontra “desde cedo” a aplicar o seu plano de contingência, apela aos residentes no EDV que procurem, primeiro, os seus centros de saúde, em detrimento das Urgências do Hospital (a taxa de cobertura de médicos de família
é de quase 100%). Até porque, garante o presidente do Conselho de Administração, Miguel Paiva, são só vantagens: os médicos de família têm um conhecimento do doente que as equipas hospitalares não têm, e assim se poupa tempo e dinheiro em exames desnecessários, o que pode “fazer a diferença”; os doentes que forem referenciados para o hospital têm “atendimento prioritário” quando lá chegarem relativamente a doentes em igual circunstância; e sendo referenciados, não pagam taxas moderadoras. “Nos cuidados primários também são atendidos no mesmo dia, não é só na Urgência”, frisou, alertando ainda que “o ambiente hospitalar comporta sempre mais perigos e as pessoas devem resguardar-se até ser indispensável”. Os responsáveis dos ACES garantiram que “ninguém poderá dizer que foi ao centro de saúde e não foi atendido” pois “os serviços estarão abertos o tempo que for necessário e com os profissionais necessários” para atender todos os utentes. “Os cuidados primários devem ser privilegiados pelos doentes para podermos melhorar os cuidados e agilizar o atendimento”, referiu a directora do serviço de Urgência, Julieta Vieira. “Temos tido capacidade de resposta e, se aumentar a procura, queremos continuar a ter”, acrescentou Miguel Paiva.
LOUREDO Militares do Núcleo de Protecção Ambiental de Santa Maria da Feira recolheram, no passado dia 22 de Dezembro, nove canídeos, por suspeita de maus-tratos, em Louredo. No âmbito de uma denúncia, foi fiscalizada uma propriedade, com o apoio dos serviços veterinários da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, onde foi verificada a falta de condições de alojamento e desnutrição dos animais, tendo inclusive sido recolhido do local um cão já sem vida. Os suspeitos, um homem de 68 anos e uma mulher de 46 anos, foram constituídos arguidos. Os cães foram recolhidos para o Canil Municipal de Santa Maria da Feira.
EN327 será intervencionada para minorar acidentes O troço de cerca de 3km, entre a rotunda da Estrada Nacional 327 na confluência com a EN109 e o viaduto da A29, foi já local de inúmeros acidentes. Por essa razão, o presidente da Câmara de Ovar, Salvador Malheiro, anunciou uma intervenção na estrada. “Está em causa uma via estruturante onde se vinham verificando acidentes com regularidade. A obra deve arrancar em Janeiro”, adiantou. Os trabalhos de requalificação estão orçados em 450 mil euros. A EN327, que atravessa vários concelhos, é uma das principais vias de ligação entre Ovar e Santa Maria de Feira e não tem marcações, tem dezenas de buracos e falhas na sinalização, entre outros problemas.
Detidos por assalto à mão armada na via pública LOUROSA Três jovens, com idades de 18 e 19 anos, foram detidos, numa via pública em Lourosa, por suspeita de roubo com arma de fogo. Os indivíduos terão ameaçado e assaltado dois jovens, recorrendo a uma espingarda caçadeira e a bastões metálicos. Os três suspeitos residem em Vila Nova de Gaia e um quarto elemento, da mesma cidade, continua a monte.Foi ainda localizada a viatura usada na altura do crime. Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
DEDO NA FERIDA
E mais hectares de sobreiros
ApCor prEvê CiClos proDUtivos mAis CUrtos
Os ciclos de produção nacional de sobreiros devem reduzir-se já em 2017, anuncia a Associação Portuguesa da Cortiça, na semana em que se comemora o 5.º aniversário do sobreiro enquanto Árvore Nacional de Portugal. A Apcor define como grande desafio do sector, nos próximos cinco anos, uma mudança do ponto de vista da floresta, onde se espera que haja uma maior proximidade entre indústria e produtores para que, com novas técnicas, hajam ciclos de produção mais curtos e mais sobreiros por hectare. As novas técnicas florestais de fertilização e irrigação vão ajudar a encurtar o prazo inicial dos habituais 25 anos para a primeira extracção de cortiça, podendo reduzir este período para oito a dez anos. “A separação entre a floresta e a indústria é, cada vez mais, reduzida. Temos vindo a assistir a uma relação contínua e 10
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plurianual, com a indústria a intensificar a investigação e a inovação nas práticas florestais”, afirma o presidente da Apcor, João Rui Ferreira. O sobreiro foi considerado símbolo nacional em 2002, por unanimidade da Assembleia da República, tendo em conta a sua importância económica, social e ambiental. “O sobreiro é a árvore de todos os portugueses e um forte símbolo do país, reconhecido pela inigualável importância na economia nacional. Neste sentido, é indiscutível que a nossa atenção com as questões florestais seja reforçada”, sublinha João Rui Ferreira. Recorde-se que Portugal tem a maior mancha de montado de sobro do mundo e que 23% da área florestal em Portugal é representada por sobreiros, o que contribui para a luta contra a desertificação social e para a diversificação da biodiversidade. www.correiodafeira.pt
ROMARIZ Os muitos acidentes que ocorrem há vários anos na Rua de Fafião, em Romariz, levaram a que fossem “colocadas, por habitantes, fitas e luzes reflectoras ao longo da estrada”, informou um leitor do CF. Esta acção serviu como “uma tentativa de alertar todos os automobilistas para a perigosidade desta estrada e sobretudo para tentar elucidar os mesmos para os 30Km/h de velocidade máxima permitida”. Para além disso, a acção quis também “chamar a atenção dos decisores políticos da freguesia de Romariz e do concelho de Santa Maria da Feira para a necessidade de colocação de rails de protecção rodoviária, que constituem um pequeno investimento financeiro, e que aumentarão a segurança dos automobilistas, podendo evitar mais acidentes”. Os acidentes ocorridos provocaram grandes danos materiais em viaturas de habitantes locais, uma das quais ficou “totalmente destruída e foi enviada para a sucata”.
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sElECCioNAdAs duAs ProPostAs dE AgENtEs CriAtiVos loCAis
CULTURA
AR-TI-FÍ-CIO, de Maria de Melo Falcão e Vítor Fontes, e EZ SUB, do Projecto EZ, foram as duas criações seleccionadas pelo júri da Call de Apoio à Criação Local, lançada pelo Município de Santa Maria da Feira em Outubro passado. Responderam a esta chamada pública para artistas e companhias locais 10 agentes criativos do território. O júri, composto pela direcção artística do festival Imaginarius, seleccionou duas – uma fixa e outra deambulante – de acordo com as normas do regulamento. Ambos os projectos serão criados ao longo dos próximos meses, incluindo uma residência no Matadouro (Pólo 1 da Caixa das Artes), estando a antestreia agendada para 25 de Maio e a apresentação nos dois dias do festival Imaginarius, 26 e 27 de Maio. Estes projectos terão ainda destaque no âmbito da programação complementar do FRESH STREET#2 e na sessão de showcase do Imaginarius PRO. AR-TI-FÍ-CIO é um espectáculo de
dança e música, que envolve quatro intérpretes – Maria de Melo Falcão, Vítor Fontes, Rui Lima e Sérgio Martins – que formam um grupo multidisciplinar, que dará dimensão a um discurso musico-dançado. EZ SUB será mais uma máquina cénica única do Projecto EZ, com uma estética especial, que vai interagir com o público, dando vida a ideias “impossíveis”. As duas propostas seleccionadas são criações originais, focadas na interacção com o espaço público e aptas para apresentação em qualquer estrutura de apoio cénico, tendo em vista a sua difusão nas rotas nacionais e internacionais de festivais congéneres, sempre com a referência “Criação Imaginarius”. As propostas foram avaliadas com base na originalidade, interacção com o público/espaço público, multidisciplinaridade dos colectivos artísticos, capacidade de circulação nas rotas de difusão nacionais e internacionais, e cumprimento das normas de participação.
Convento dos lóios
Banda Marcial do Vale realiza Concerto de ano Novo FEIRA A direcção da Banda Marcial do Vale decidiu este ano descentralizar a realização do Concerto de Ano Novo para o centro histórico da cidade de Santa Maria da Feira. O espectáculo está agendado para o próximo domingo, às 15h30, no Convento dos Lóios, com entrada livre.
Cantinho da Fogaceira já recebeu primeira doação Cândida Tavares, 58 anos, Santa Maria da Feira, foi a primeira doadora de vestidos brancos ao Cantinho da Fogaceira. Ouviu na rádio uma notícia sobre este espaço de empréstimo e doação de trajes de fogaceira e, de imediato, lembrou-se dos vestidos que tinha guardados há vários anos no armário, que as duas filhas usaram em criança quando foram fogaceiras. Estes vestidos vão agora juntar-se ao espólio de trajes de fogaceira (vestidos e sapatos) que o Município dispõe para empréstimo às meninas que deles necessitem para o dia 20 de Janeiro. Refira-se que o Cantinho da Fogaceira – que já no ano passado recebeu as primeiras doações de sapatos brancos – tem as portas abertas na Loja Interactiva de Turismo de Santa Maria da Feira.
Partilha de conhecimento e incentivo à criação
À CoNVErsA CoM o rEAlizAdor guilhErME hENriquEs FEIRA Natural de Santa Maria da Feira, Guilherme Henriques conta com uma longa experiência profissional na área da produção audiovisual, publicidade e artes do espectáculo. No próximo sábado, pelas 21h30, o realizador reconhecido pelos seus videoclipes de bandas metal vai ao Cineteatro António Lamoso para uma conversa informal e relaxada, em que partilhará o que aprendeu ao longo deste ano, reforçando o incentivo à criação. Licenciado em Comunicação Audiovi-
sual e Multimédia na Universidade Lusófona do Porto, investiu no seu nome como artista visual e realizador. A procura constante de informação e conhecimentos levou-o a desenvolver imagens com uma linguagem bastante requisitada por bandas dos mais variados géneros de Metal Rock. Em menos de um ano viajou um pouco por todo o mundo a trabalho, fazendo quase tudo sozinho. Trabalha desde a ideia ao guião, da organização gráfica da história à realização com as bandas, das filmagens à edição final.
PErliM rECEBE VisitANtE NúMEro 100 000 FEIRA A chegar muito perto dos 100 000 “Sonhadores”, Perlim recebeu em festa, na passada quarta-feira, um visitante particularmente desejado. Contando em 2016 a sua 9.ª edição,
o Maior Parque Temático de Natal do país, ao fim de 20 dias de funcionamento, assinalou um número histórico de visitantes, em Santa Maria da Feira, com o ingresso 100 000. www.correiodafeira.pt
Encontro de gerações da Banda de Arrifana Mais um encontro das velhas guardas da Banda de Música de Arrifana decorreu no dia 26 de Dezembro. Foi no Restaurante Concorde, em Escapães, que compareceram à chamada muitos dos ex-executantes, assim como alguns ainda no activo, para compartilhar memórias de outros tempos. “No seio do grupo, aqui ou ali ouviam-se peripécias passadas, que davam em gargalhadas, tal era a alegria de mais um ano estarem em convívio”, informa a banda, em comunicado. Neste encontro, também foram lembrados executantes e Maestros que por esta Banda passaram, e já não se encontram entre nós, mas que estão vivos na memória de todos, de salientar Roberto Nunes de Azevedo, pessoa marcante na colectividade. O encontro de gerações marca um passado histórico da Banda de Música de Arrifana, que conta com 214 anos ao serviço da cultura sem qualquer interrupção. “Estas velhas guardas apelam aos responsáveis da actualidade que lutem pelo engrandecimento desta prestigiosa Banda de Música, que tem levado o nome de Arrifana a terras longínquas no nosso país”, diz a Banda, em comunicado. 02.JAN.2017
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OrquestrA FilArmóNicA POrtuguesA PrOmete cONcertO de “AltíssimO Nível” O Europarque acolhe, no próximo domingo, o Grande Concerto de Ano Novo proporcionado pela Orquestra Filarmónica Portuguesa, projecto fundado em Maio do ano passado pelo maestro Osvaldo Ferreira, natural de Santa Maria da Feira, e pelo violinista espinhense, Augusto Trindade. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
No próximo dia 8 de Janeiro, domingo, o Grande Auditório do Europarque acolhe o Grande Concerto de Ano Novo da Orquestra Filarmónica Portuguesa que, apesar de ter sido fundada com este nome, em Maio último, já dá cartas no mundo do música clássica e, além dos cerca de 60 músicos que a integram, os louros têm que ser divididos entre o maestro Osvaldo Ferreira e o violinista Augusto Trindade, com vastos e consolidados currículos. Tudo começou após o Festival Internacional de Música de Paços de Brandão do qual Augusto Trindade, natural de Espinho, mas com residência em Nogueira da Regedoura, é director artístico. “Eu e o maestro Osvaldo Ferreira decidimos, para acompanhar os solistas internacionais presentes no Festival, criar uma Orquestra. Ela nasceu com o nome ‘Orquestra Euro-Atlântica’, mantém a mesma estrutura e direcção, apenas mudou o nome [para Orquestra Filarmónica Portuguesa]. É um projecto há muito idealizado. Surgiu e o sucesso foi imediato”, conta Augusto Trindade. Osvaldo Ferreira explica que “há uma coluna vertebral da Orquestra formada pelos solistas” que “não são músicos quaisquer”. “Não queríamos que lhes acontecesse o mesmo que a outros tantos. As orquestras nacionais têm os lugares ocupados e, quando abre uma vaga, aparecem centenas de candidatos de toda a Europa e EUA à procura de emprego. Os músicos acabam por se integrar no Ensino e transformam-se em professores para o resto da vida”, relata, esmorecido. Assim, o maestro esclarece que, quando falamos dos elementos da Orquestra Filarmónica Portuguesa (OFP), “estamos a falar de músicos com padrão igual ou superior aos que existem na Alemanha ou EUA”, por exemplo. “São músicos com altíssima qualidade e competência”, afirma. O projecto da Orquestra Filarmónica Portuguesa foi idealizado de forma pormenorizada e com ideias e metas definidas desde o seu primórdio. “A Orquestra, nas vertentes executiva, organizativa e comunicativa, pertence a um projecto de altíssimo padrão e com uma dinâmica semelhante à de uma empresa moderna. Desde a direcção executiva, à artística, à comunicação e à imagem da Orquestra, estamos a construir algo que seja vendável e 12
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Osvaldo Ferreira atractivo pela sua qualidade. É uma orquestra que toca muito bem e que vai estar ligada às principais salas do país”, relata Osvaldo Ferreira. A OFP estreou-se, esgotando, nada mais, nada menos do que a Sala Tejo do Meo Arena no Concerto de Natal.
um concerto de “altíssimo nível”
A OFP marcará agora presença no Europarque e tudo surgiu após conversa com o Executivo da Câmara. “Mostrámos que tínhamos o concerto no Meo Arena, que o programa que tocámos está relacionado com a época do Natal e Ano Novo e que encaixaria muito bem a Norte. A ideia foi bem acolhida”, relata Osvaldo Ferreira. O maestro não aceita que a Orquestra baixe o nível e, para tal, não podem existir cedências. “Se queremos um solista, não vai ser um solista qualquer. Tem que ser de um padrão internacional com carreira muito bem estabelecida. Se não formos por aí, o projecto vai perder, não vai marcar diferença e não faz sentido existir”, aponta. Assim, Osvaldo Ferreira garante que “as pessoas vão ter a oportunidade de assistir a um concerto de altíssimo nível”. “Vão poder orgulhar-se de uma instituição que tem nos seus quadros uma esmagadora maioria de músicas da região de Santa Maria da Feira e Área Metropolitana do Porto”, diz. O Europarque foi alvo de muitos elogios por parte quer de Osvaldo Ferreira, quer de Augusto Trindade. “Acusticamente, é o melhor auditório do país onde vale mesmo a pena ouvir música clássica. Tem uma aparelhagem de alta fidelidade”, afirma Augusto Ferreira. Já o maestro compara o Grande Auditório do Europarque a… um Ferrari das salas de espectáculos. “É uma sala que posso definir, a nível internacional, como um Ferrari. É boa em qualquer lugar do mundo. A acústica para a apresentação de uma orquestra é incrível, fantástica e do melhor que há. As pessoas é que, muitas vezes, não têm consciência disso”, opina. Augusto Trindade deixou a promessa de “transportar as pessoas para uma sala de Viena, para um ambiente completamente diferente”. “O objectivo é chegarem e sentirem-se noutro espaço. Vamos dar tudo o que temos, vai ser um grande concerto e tenho a certeza que as pessoas vão gostar”, conclui. www.correiodafeira.pt
Em Portugal, foi director artístico da Orquestra do Algarve e do Festival Internacional de Música do Algarve e ainda director e administrador do Teatro Municipal do Faro. No seu percurso, destaque para o trabalho à frente de importantes orquestras, tais como: a Filarmónica de São Petersburgo; a Sinfónica Brasileira, de Roma e de Nuremberga; a Gulbenkian, a Nacional do Porto, a de Praga, a da Catalunha, a do Festival de Aspen e a da Venezuela; e ainda Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a do Mozarteum de São Petersburgo e da North Shore Orchestra de Chicago. No seu percurso académico, Osvaldo Ferreira frequentou o Mestrado em Direcção de Orquestra em Chicago e pós-graduação no Conservatório de São Petersburgo. Actualmente, é director artístico da Orquestra Filarmónica Portuguesa e da Orquestra da Sociedade de Concertos de Brasília (Brasil). Na qualidade de director convidado, em 2017, apresentar-se-á com a Orquestra Filarmónica de São Petersburgo, com a Orquestra do Luxemburgo, com a Orquestra Gulbenkian, com a Orquestra Sinfónica de Nuremberga, com a Orquestra Sinfónica da Venezuela e com a Orquestra do Estado Russo. Irá ainda ministrar aulas de direcção de orquestra no Conservatório de São Petersburgo, no Conservatório do Luxemburgo e no Conservatório de Música de Castelo Branco.
Augusto Trindade Iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música de Espinho tendo-os seguido na Academia de Música de Paços de Brandão. Concluiu o Curso Superior de Violino na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto. Enquanto bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura Portuguesa, obteve o grau de Mestre de Artes em Música no Conservatório Estatal Rimsky-Korsakov de São Petersburgo. Actualmente, faz parte da Orquestra Filarmónica Portuguesa e da Camerata Nov’Art. Gravou para a Editora Numérica, para a RDP, RTP e SIC, TV Brasil, TVC, TV Globo e TV Bandeirantes, do Brasil. É professor de violino na Academia de Música de Paços de Brandão e na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde é coordenador e membro da comissão científica do Mestrado em Música. Acumula ainda funções como director do Festival Internacional de Música de Verão de Paços de Brandão.
CONHECER
Nome Emídio Ferreira dos Santos Sousa Nascimento 30 de Setembro de 1960, Fiães Idade 56 anos Estado Civil Casado Ocupação Presidente da Câmara da Feira Partido PSD Clube Benfica Filhos 3 Animais Coelho
DE JOGADOR DA BOLA A PRESIDENTE DA CÂMARA Texto Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt Fotos Albino Santos albino.santos@correiodafeira.pt
Emídio Sousa nasceu e cresceu em Fiães. Tomou muitos banhos no Rio Uíma, passou dias com os amigos a jogar bilhar no Café Monte Carlo e jogou à bola com apenas duas pedras a fazer de baliza. Trabalhou desde cedo, em empregos tão diversos como a apanha da maçã ou a entrega de encomendas, até que o bichinho da Administração Autárquica o ‘mordeu’ e o levou num caminho que culminaria na liderança dos destinos do Concelho. Para 2017, deseja aos feirenses sobretudo “emprego” e que cada um concretize os seus projectos.
Em Fiães, são muitos os lugares que preencheram a infância de Emídio Sousa: a Escola da Avenida, onde estudou; o campo de futebol de Gavinhos, que não era nada mais do que “um campo agrícola onde jogavam à bola aos sábados” ou o arraial da Igreja em que bastavam “duas pedras para fazer a baliza”; o monte da Pedreira, onde se iniciou no voleibol, com 13 anos. Mas nenhum deles o marcou tanto como o Rio Uíma. “No Verão, era a nossa piscina, o nosso espaço de brincadeiras, de corridas e tropelias”, lembra. Um contacto com a Natureza que lhe concedeu uma sensibilidade única. “A minha área de formação não é a engenharia mas quando fui nomeado como responsável da reabilitação
das ribeiras em Gaia, toda a gente pensava que eu era engenheiro devido a esta sensibilidade especial que eu tinha e que veio da minha infância, de brincar no rio, no meio do monte. É um conhecimento que me ajudou muito”, revela Emídio Sousa, falando do projecto que desenvolveu, a técnica de reabilitação de margens com vegetação. “Era o que os nossos avós faziam: plantar nas margens do rio árvores (choupos, amieiros, videiras) que seguravam a margem. Quando vinham as enxurradas, não levava a terra. Mesmo que o rio transbordasse, as margens ficavam bem definidas”, explica. E Emídio Sousa, “que não percebia nada de engenharia”, deu por si em 2003 a dar uma palestra na Faculdade www.correiodafeira.pt
de Engenharia da Universidade do Porto sobre reabilitação de margens de rios com vegetação. “Foi essa experiência de infância e adolescência, essa perfeita harmonia que a minha geração tinha com o rio, onde aprendi a nadar e a pescar, que me deu essa sensibilidade ambiental”, refere. O rio foi segunda casa até aos anos 80 quando “se começou a pressentir os primeiros efeitos da poluição”. “Recordo-me que uma vez andava lá a tomar banho e saí todo vermelho, cheio de borbulhas. A partir daí deixei de tomar banho no rio. Mas antes até bebíamos água de lá”, conta. Uma mudança que lamenta pois a realidade que viveu não pôde ser replicada com os filhos. “Tenho 02.JAN.2017
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Tempos de treinador
Emídio com o compasso muita pena. Gostava de um dia dar um mergulho com eles lá. Não sei se será possível. O rio hoje já apresenta melhor aspecto, mas não recomendo a ninguém que tome banho porque atravessa muitas zonas industriais e, apesar de termos saneamento em funcionamento, há sempre uma ou outra situação de descargas não controladas. Mas gostava de tomar lá um banho outra vez”, confessa.
Uma casa cheia de livros
Um “aluno médio” na escola, Emídio Sousa gostava das aulas, mas gostava ainda mais de ler, o que lhe permitia “safar-se a Português”. “Tinha uma paixão. Desde os seis anos, lia o jornal todos os dias na mercearia. Levantava-me cedo e, antes de ir para a escola, passava lá para ler o jornal. Na altura, queria ver as notícias de desporto, a banda-desenhada”, recorda. Além do jornal, fazia bom uso da Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. “Era viciado em livros. Ainda hoje sou. Acabei de comprar mais um”, admite Emídio Sousa, que se perde nas livrarias e lojas onde os livros são protagonistas e por isso tem a sua própria biblioteca em casa. Um gosto que vem da mãe. “Está sempre a ler”, garante. A mãe foi uma grande influência, mas “a mulher da sua vida” foi sem dúvida a avó. “Os meus pais emigraram para França, tinha eu seis anos, e fiquei com a minha avó. Foi quem me criou até eu casar. Era uma mulher extraordinária, que me deu todos os princípios de trabalho, de seriedade, de esforço, de capacidade de desenrasque, porque foi mãe solteira, teve de fazer pela vida. É uma mulher que merecia uma estátua”, diz Emídio Sousa, de sorriso no rosto. Os pais vinham apenas nas férias grandes, “era uma festa”, e Emídio Sousa foi a França várias vezes. “Enquanto estudante fui para França apanhar maçãs e cheguei a andar em Paris 15 dias a trabalhar como ajudante de trolha. É muito pesado, mas faz-nos dar mais valor às coisas”, afirma. Todos os jovens, para Emídio Sousa, deveriam ter experiências de trabalho desde cedo. “Trabalhei em cafés, trabalhei como motorista, entregava encomendas de uma fábrica de cartonagem. Essas experiências, a dureza do trabalho, preparou-me para a vida. Hoje compreendo as preocupações, as desilusões, o cansaço dos trabalhadores”, salienta. Mas os trabalhos também lhe deram pequenas vitórias. “Com 18 anos tirei carta com o meu dinheiro e com 19 comprei uma mota 125cc, tudo com dinheiro ganho com estes pequenos trabalhos”, refere. Uma lição que transmitiu aos filhos. “A partir dos 18 anos, todos foram trabalhar nas férias, aprenderam o valor do dinheiro. Quando temos de ganhar dinheiro, percebemos o quanto custa ganhá-lo. Ganhar 500 euros é difícil, é um mês de trabalho, muitas horas, mas gastá-lo, às vezes é um instante”, declara. 14
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Vólei e futebol – um percurso desportivo
Na adolescência, o desporto ganha uma maior importância. “A certa altura, o Fiães lançou uma equipa jovem de voleibol e o meu grupo de amigos foi. Quando não tinham jogadores suficientes, chamavam-me. Uma vez estava a jogar futebol no tal campo em Gavinhos e veio um amigo pedir-me para ir jogar, só tinham cinco jogadores. Eu nem sequer estava inscrito. Arranjaram maneira e eu joguei. Muitas vezes fui jogar para completar os seis. Joguei voleibol até aos 17 anos”, recorda. O voleibol continua a ser uma modalidade muito querida para Emídio Sousa, mas foi no futebol que passou grande parte da sua vida. “O meu primeiro ano de seniores foi no Futebol Clube de Pigeiros, depois vim para o Fiães, durante 7/8 anos, e terminei no Caldas de S. Jorge”, enumera. É aí que surge um novo desafio. “Já era capitão e, como tinha tirado o curso de treinador naquele ano, a direcção convidou-me para treinador. Era uma equipa jovem, com muitos miúdos, foi bastante interessante, uma experiência muito boa”, garante. No ano seguinte, foi para o Fiães, que treinou durante dois anos.
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Foi um desafio tremendo, construir centenas de quilómetros de condutas, 15/16 reservatórios, mas correu bem.
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Mas o futebol não estava no seu futuro. “O meu pai achava que eu devia ter uma função melhor e queria que eu tirasse um curso. Na altura, falou com um amigo que trabalhava no Registo Civil e ele recomendou que eu fosse para Coimbra tirar um curso novo que estava a ser lançado”, revela. O Curso de Administração Autárquica tinha a duração de dois anos e era único no
país. “O objectivo do curso era formar os futuros dirigentes das autarquias numa altura em que o poder local começava a ganhar ímpeto. Concorreram 1000 pessoas para 25 vagas e eu fiquei em 2.º lugar nas provas nacionais. No final do curso, fui o melhor aluno”, conta Emídio Sousa, que “despertou” para a política. “Comecei a pensar tecnicamente nas autarquias, a perceber os mecanismos, a legislação, as finanças locais. Comecei a ter uma perspectiva de integração no poder local. Na altura, nem estava ligado a qualquer partido, não tinha vocação política, mas despertou-me a curiosidade”, confessa.
Subida na escada do PSD
Colocado em Mesão Frio, trabalhou perto do Rio Douro durante quatro meses, até abrir um concurso para as SMAS em Gaia. “Era mais perto, concorri e acabei por ficar”, afirma. Na mesma cidade, no IspGaya, vestiu a batina de professor, durante quatro anos, ao leccionar a cadeira de Ciências da Administração. “Foi uma experiência muito enriquecedora. A docência no ensino superior obriga-nos a estudar permanentemente, temos de estar sempre actualizados, eu investigava muito. Além, claro, do desafio de termos adultos a discutir connosco, a esgrimir argumentos. Gostei muito”, refere. Entretanto, o PSD começou a lançar o seu charme. “Sou convidado pelo Salvador Soares da Silva para integrar a lista de candidatos a Fiães. No mandato a seguir, fui o terceiro da lista. Sempre numa perspectiva de Assembleia de Freguesia, eu sabia que não tínhamos hipótese de ganhar. Na terceira vez, fui eu o candidato, Alfredo Henriques desafiou-me e eu – apesar de na altura nem viver em Fiães, vivia em Lourosa – acabei por aceitar. Perdi as eleições, mas como a lista de independentes, liderada por Bernardino Ribeiro, perdeu a maioria, fizemos um acordo com ele para viabilizar o executivo e eu fiquei a presidente da Assembleia”, enumera. O importante era “representar a freguesia”. Da Assembleia de Fiães passou para a Assembleia Municipal e daí para a Comissão Política Concelhia, a convite de António Topa. “Estive quatro anos com ele e, no final, Alfredo Henriques
Piquenique em família www.correiodafeira.pt
Em casa dos pais
convida-me para fazer parte da sua equipa. Nesse período, eu tinha feito um trabalho interessante no saneamento e águas em Gaia, e como Alfredo Henriques estava no grande investimento do saneamento e água, entendeu, dada a minha experiência, que eu podia ser uma mais-valia para a gestão desse processo. Foi um desafio tremendo, construir centenas de quilómetros de condutas, 15/16 reservatórios, e ainda os centros escolares. Mas correu bem”, declara. Correu tão bem que, em 2009, quando Alfredo Henriques se recandidata, Emídio Sousa fica a número 2. “Aí já ficou um sinal de que o meu nome poderia vir a ser escolhido [para a presidência]”, confirma.
Desafios constantes
A completar quatro anos de mandato na liderança da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa garante que “para um presidente, todos os momentos são difíceis e todos são recompensadores”. “Temos desafios todos os dias e de toda a ordem. O momento mais difícil foi a crise económicofinanceira de 2013. Foi um ano brutal porque o país estava sob intervenção da troika, não havia dinheiro para nada, o desemprego estava altíssimo. Era dramático, todos os dias nos pediam ajuda, emprego, e custa muito ver as pessoas a passar necessidades e não haver soluções”, lembra.
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Quem me conhece sabe que sou extremamente impulsivo. Acho que a Oposição, a certo momento, percebeu que me poderia fazer perder a calma e eu aprendi a controlar os meus impulsos
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Com as reivindicações das pessoas, Emídio Sousa “lida bem”, mas com os ataques da Oposição… “Os ataques são mais difíceis porque quem me conhece
Com os três filhos em Fátima
A mota era uma das suas paixões sabe que sou extremamente impulsivo. Acho que a Oposição, a certo momento, percebeu que me poderia fazer perder a calma e eu aprendi a controlar os meus impulsos. Hoje procuro ser calmo, não responder à letra, mesmo que me apeteça”, afirma. Emídio Sousa acredita que, mais do que o partido, são as pessoas que conquistam. “Nem é uma questão de PSD, é de pessoas e lideranças. O PSD ganhou as primeiras eleições num contexto revolucionário, depois teve uma liderança carismática, Alfredo Henriques, que era muito querido pelas pessoas e teve sucessivas vitórias. Um momento-chave foi a transição”, diz, explicando: “Eu sou sucessor de Alfredo Henriques e o trabalho do PSD foi bem feito. Estive oito anos a vereador antes de ser candidato a presidente de Câmara, houve toda uma preparação e uma análise de trabalho e de perfil que fez com que o PSD apostasse em mim. Não fui um candidato que surgiu de um momento para o outro. É quase impossível um candidato que chegue à Câmara sem conhecer nada de gestão pública ter um bom desempenho, porque a gestão pública tem condicionalismos fortes. Fui preparado durante oito anos, tinha a experiência e estive à prova, provas duras, e as coisas correram bem”. Emídio Sousa crê que “as pessoas não sentiram uma quebra”. “Sentiram diferença porque os problemas são diferentes, a maneira de ser e pensar é diferente, mas a transição foi tranquila. O PSD teve a capacidade de escolher pessoas, de renovar, de fazer equipas adequadas em cada momento. Mas não
Na Venezuela pelas Fogaceiras
é só o PSD, porque eu tenho a certeza que em mim votam pessoas do PS, PCP, BE, há muita gente com outras simpatias partidárias que vota em mim. Na eleição para as autarquias, é muito mais as pessoas do que o partido”, reafirma.
Tempo para os amigos e família
Emídio Sousa, garante, mantém-se o mesmo, com ou sem capa de presidente. “Mantive a minha postura. As pessoas estavam à espera de uma mudança da minha parte, mas eu não mudei, sou exactamente o mesmo, cumprimento as mesmas pessoas, tomo café com as mesmas pessoas, continuo a encontrar-me com os meus amigos de infância no Café Monte Carlo, o meu café preferido”, revela, até porque o Monte Carlo é ‘de sempre e para sempre’. “Tomar o meu café, ler o jornal e, antigamente, jogar umas partidas de bilhar, é um ritual. Agora vou menos vezes, tenho menos tempo, mas ainda hoje é o sítio onde, sempre que posso, vou tomar café”, diz. Locais da juventude que não se esquecem. “Tínhamos tempo para tudo. Durante a semana, íamos ao café e jogávamos à bola. O sábado à noite era no Twitter, a discoteca da malta daqui da zona, Fiães, Lourosa. Foi lá que conheci e comecei a namorar com a minha mulher. A discoteca onde muitos da minha geração (hoje com 50 anos) conheceram os respectivos pares”, adianta. No tempo livre, a música é um grande passatempo. “Não sou especialista, mas adoro música, de todo o tipo,
Ida à AR pela elevação de Fiães a cidade
especialmente fado. Gosto de ouvir Amália, Mariza, Ana Moura, mas também bandas como os Dire Straits e os Queen”, enumera. O desporto acabou por ficar para trás mas, sempre que lhe é possível, “faz umas caminhadas junto ao rio ou ao mar”. Há menos piqueniques, até porque os miúdos estão crescidos, mas não dispensa as reuniões e festas de família. “Volta e meia juntamo-nos todos e fazemos uma churrascada, uma sardinhada, é frequente juntarmo-nos em casa de um e outro”, garante Emídio Sousa, que é muitas vezes o animador da festa. Para o fianense, é essencial guardar tempo para a família que sai muitas vezes “sacrificada” com as obrigações da função de presidente da Câmara. “Queixam-se, mas compreendem que a missão que eu tenho exige este sacrifício da parte deles. É duro, muitas vezes precisavam da minha presença e eu não estou, mas eu só entrei na política já com os filhos grandes. O mais velho tinha 19 e a mais nova 15. Tinham passado a fase crítica da adolescência e não sentiram tanto a falta”, afirma. Os três filhos, hoje já adultos, trouxeram consigo a “responsabilidade e a preocupação”. “É brutal, deixamos de ser filhos, de dependermos de alguém e estarmos à espera que os pais nos amparem, e passamos a ser nós a ter de amparar o outro. Há uma preocupação constante, com o êxito deles, com os estudos, para que tomem o rumo certo, para que as coisas corram bem, em ajudá-los a ultrapassar as fases mais complicadas”, confessa, mostrando-se orgulhoso dos rebentos. “São muito competentes, têm
uma personalidade muito forte. Desde pequenos foram habituados a ter opinião própria e discutem comigo com veemência. Foram sempre preparados para serem capazes de se desenrascar sozinhos”, garante. E que sonhos faltam cumprir a Emídio Sousa? “Daqui por 10 anos, espero ser avô”, brinca. Não confirma a sua recandidatura à Câmara da Feira nas eleições autárquicas a realizar-se em Outubro, há que aguardar pela próxima reunião do PSD que terá lugar até Março, mas levanta a ponta do véu. “Agora quero concluir o meu programa eleitoral, penso que está bem encaminhado, e preparar o próximo…. Se vier a ser candidato, é possível, precisamos de pensar bem no futuro”, declara. Para os feirenses, em 2017, deseja “o máximo de emprego para todos”. “O emprego é a melhor medida de apoio social. E espero que cada um consiga concretizar aquilo que ambiciona ter ou ser”, remata.
almoçar, trabalhar, jantar e dormir. Um dia normal.
Aos meus 18 anos, é uma idade fantástica.
Que conselho lhe deram que nunca esqueceu? Sermos trabalhadores e competentes.
O seu lema de vida é… Fazer bem.
Um Livro O Estranho Mundo de Garp, John Irving Uma Viagem Moçambique Um Som Flauta transversal Um Filme Voando Sobre um Ninho de Cucos Uma Cor Azul-escuro Um Cheiro Alecrim Uma Música Brothers In Arms, Dire Straits Um Prato Cozido à Portuguesa Um Desporto Voleibol Um Animal Cão Um Objecto Caneta Uma Frase O trabalho engrandece a pessoa
RESPOSTA RÁPIDA O que o motiva? Acrescentar algo à sociedade. O que o preocupa? A pobreza. Naqueles dias em que tudo parece correr mal, qual é o seu refúgio? Tomar um café. Do que se arrepende? Nada. O que mais gosta de fazer? Ler. O que menos gosta de fazer? Arrumar a casa. Se pudesse mudar uma coisa em si, o que mudava? Estou contente com o que tenho e sou. Não sai de casa sem… Telemóvel.
Quais os seus vícios? O meu vício é ler. Antes era o tabaco. O que para si é insuportável? Muito barulho. A sua palavra favorita é… Mãe. Qual a figura da história com que mais se identifica? Winston Churchill. Quem são os seus heróis da vida real? A minha avó. Que qualidade mais aprecia numa pessoa? Responsabilidade. Como é para si um dia perfeito? Levantar cedo, tomar o pequeno-almoço, trabalhar,
Se pudesse voltar atrás, a que ano regressaria?
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O que é urgente o mundo perceber? O significado do amor. 02.JAN.2017
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Publinformação
MELHORES AMIGOS 16
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ANO NOVO VIDA NOVA
Esta semana abordamos o tema dos animais que passeiam soltos ou sozinhos.
Pontos a considerar! 1-É muito provável que um animal não esterilizado que passeia sozinho acabe por se reproduzir repetidamente com animais na rua. Já pensou que um macho não esterilizado pode engravidar várias fêmeas num único mês? Uma das vítimas pode ser aquela gatinha que vive nos quintais vizinhos e vai sobrevivendo à custa dos restos que lhe vão dando ou aquela cadelita tímida que apareceu no terreno baldio do quarteirão e lá tem vivido escondida… 2-Entre outros perigos sempre à espreita, ao passear sem supervisão, o seu animal está sujeito a ser mortalmente atropelado ou envenenado, fica susceptível a contrair doenças (incluindo doenças sexualmente transmissíveis ou infecto-contagiosas graves, como FIV, FeLV ou PIF nos gatos), corre o risco de cair ou entrar num local de onde não conseguirá sair sozinho (poço, tanque, casa
desabitada), pode ser ferido por outros animais, fica exposto a todo o tipo de maus-tratos por parte de pessoas intolerantes ou mal-intencionadas.
e ficam expostos aos perigos da rua e a lutas com outros machos quando a sua cadela/gata passeia sozinha no cio?
3-Infelizmente, são demasiado frequentes os casos em que gatos de rua são mortos por cães que estavam simplesmente a “dar a sua voltinha”. A conveniência de deixar o seu animal passear sozinho justifica a morte de outros animais? Por outro lado, quando se trata de uma fêmea no cio que passeia sozinha, é garantida comoção por onde quer que ela passe. Sabia que um gato pode detectar as feromonas produzidas por uma gata no cio até cerca de 1,5 km e que um cão pode detectar uma cadela no cio até cerca de 5 km?! Reagindo aos seus instintos de procriação, os machos particularmente não medem esforços para chegar a uma fêmea no cio, inclusive saltando de janelas, cavando túneis, arrombando portas e avançando portões ou altas vedações. Já imaginou a quantidade de cães/gatos que fogem
5-Imagine que dedica grande parte do seu tempo livre a cuidar do seu estimado jardim, mas que a gata dos vizinhos de cima insiste em esburacar a terra para fazer as necessidades diárias. Ou imagine que se preza por ter um pátio limpo e bem cuidado, mas que o gato do vizinho do lado insiste em marcar religiosamente as paredes do pátio com o terrível odor da sua urina. Imagine ainda que o cão de uma vizinha do fundo da rua teima em urinar no seu portão porque sente o cheiro dos seus cães. Vale a pena sujeitar o seu animal à ira (compreensível) dos seus vizinhos? 6-Acabe com essas saídas pela salubridade das ruas e pela tolerância da sociedade! Há ruas e jardins que parecem autênticos campos armadilhados de tantas fezes que têm. Já assistiu à desolação de uma criança ou de um invisual quando é “apanhado” numa dessas desagradáveis armadilhas? Não contribua para fomentar a intolerância para com os cães em geral e para com quem tem cães (inclusive aqueles que cumprem as regras do civismo). Acompanhe o seu animal e apanhe responsavelmente os dejectos dele. Acabe com essas saídas pela segurança rodoviária! Já alguma vez teve de se desviar em desespero de um animal que se atravessou à sua frente na estrada? Como se sentiria se soubesse que o seu animal provocou um acidente mortal enquanto “dava a sua voltinha”? Não permita que o seu animal se sujeite a ele e a outros a tamanho perigo.
Dica da Enfermeira Sara
As festas estão no final, que tal dar uns passeios valentes e fazê-lo em conjunto com os seus patudinhos? Faz-lhes bem a eles e a nós para queimar as gordurinhas acumuladas nesta quadra. Que bem que souberam, agora força, pegue no seu amigo passeie e disfrutem do novo ano começando da melhor maneira. Bom Ano!
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DESPORTO
QUANDO TANTO SABE A TÃO POUCO
O Feirense empatou frente ao FC Porto (1-1), no Estádio do Dragão, em jogo da 2.ª jornada da Taça da Liga. Nuno Manta, agora oficialmente treinador principal, continua sem conhecer o amargo sabor da derrota ao leme do Feirense. Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt
TAÇA CTT O Feirense foi ao Dragão empatar com o FC Porto (1-1), colocando os portistas em ‘maus-lençóis’ na luta pelo apuramento. Ambos os golos foram apontados de cabeça e por defesas centrais. A formação da casa marcou primeiro, por Marcano (49’), fruto do maior ascendente que apresentava até aí, período em que apenas Vaná mantinha os fogaceiros na discussão do resultado. Pelo Feirense marcou Flávio Ramos (74’). Depois do golo, o Feirense cresceu e até podia ter conseguido uma surpresa maior, mas aí foi a vez de brilhar José Sá. O treinador (entertanto anunciado, em comunicado oficial, como treinador principal) Nuno Manta continua sem perder em jogos oficiais pela equipa principal do Feirense. Começou melhor (início muito forte) o FC Porto e ameaçou as redes da baliza do Feirense logo aos cinco minutos. Grande jogada individual de Brahimi, tabela com Depoitre, e remate do argelino ao poste. A partir daí, assistiuse a um verdadeiro festival de Vaná (a excepção foi uma tentativa de chapéu de Platiny que saiu ao lado, aos 14 minutos). Em três ocasiões o guardião brasileiro do Feirense evitou o golo dos portistas. Na primeira a defender um remate exterior de João Carlos Teixeira (26’), na segunda a evitar que Herrera fizesse o gosto ao pé esquerdo (29’), e na última, já em período de descontos (45+2’), a evitar o remate de Rúben Ne-
ves, seguido da recarga de Marcano. Gigante o guarda-redes do Feirense a manter o nulo até ao intervalo. Na 2.ª parte, o FC Porto volta a entrar melhor e desta feita nem Vaná consegue segurar o ímpeto dos dragões. Cruzamento da esquerda, por Herrera, com Marcano a cabecear para o fundo da baliza (49’). O Feirense tentou reagir à desvantagem e contou com o adormecimento da equipa da casa, à sombra da curta vantagem. O primeiro sinal de perigo do Feirense surgiu na sequência de um livre lateral da esquerda, com Platiny, de cabeça, a obrigar José Sá a uma boa defesa (64’). Um aviso para o que aconteceria depois. Lance idêntico, mas na direita do ataque fogaceiro, e Flávio Ramos a saltar mais alto que toda a defensiva do FC Porto e a restabelecer o empate (73’). Nos minutos que faltavam para jogar o FC Porto procurou chegar à vitória, mas pouco ou nenhum perigo criou, enquanto o Feirense esteve muito perto de o conseguir. Primeiro num remate de Platiny desviado na mão de Boly (os fogaceiros ficaram a reclamar penálti), aos 82 minutos, e depois num livre directo exemplarmente marcado por Etebo que José Sá evitou com uma espectacular defesa (86’). Com este resultado, o Feirense está afastado da final four da Taça da Liga, enquanto o FC Porto fica obrigado a vencer o Moreirense, na última jornada, em Moreira de Cónegos.
Nuno Manta Santos
FC Porto
1
Feirense
1
Estádio do Dragão Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)
“Os jogadores cumpriram na perfeição o que foi trabalhado. Conseguimos contrariar o FC Porto e fomos premiados com um golo de bola parada. Era fundamental manter a organização, pois o FC Porto é muito forte nas transições. Estamos satisfeitos por termos empatado na casa de um adversário muito forte.”
FC Porto: José Sá; Maxi Pereira, Boly, Marcano, Alex Telles; Rúben Neves, Herrera (Óliver Torres, 79’), João Carlos Teixeira (Rui Pedro, 79’); Corona, Brahimi, Depoitre Treinador: Nuno Espírito Santo Feirense: Vaná; Barge, Luís Rocha, Flávio Ramos, Vítor Bruno; Cris, Semedo (Ricardo Dias, 69’), Fabinho (Paulo Monteiro, 90+2’); Luís Machado (Jean Sony, 81’), Etebo, Platiny Treinador: Nuno Manta Santos Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Semedo (37’), Rúben Neves (45+5’), Boly (53’), Vítor Bruno (65’), Maxi Pereira (73’), Vaná (77’), Brahimi (85’), Ricardo Dias (85’) e Cris (87’).
Nuno Espírito Santo
Golos: Marcano (49’), Flávio Ramos (74’)
“Um jogo não muito conseguido. Uma boa primeira parte, algumas oportunidades, mas após o golo estivemos menos bem. Devíamos ter continuado com a pressão, não conseguimos. Empate deixa as contas em aberto, dependemos de nós, temos que preparar já o próximo jogo.”
TAÇA CTT Fase 3
1. 2. 3. 4.
Resultados - 2.ª Jornada Moreirense FC 3 3 Os Belenenses F. C. Porto 1 1 CD Feirense Classificação P J V E D GM - GS Moreirense FC 4 2 1 1 0 5 - 4 Os Belenenses 2 2 0 2 0 3 - 3 F. C. Porto 2 2 0 2 0 1 - 1 CD Feirense 1 2 0 1 1 2 - 3 Próxima Jornada - 03 de Janeiro Moreirense FC - F. C. Porto Os Belenenses - CD Feirense, 21h15
Destaques Vaná
Flávio Ramos
Herrera
José Sá
Esteve enorme na 1.ª parte e seguro na segunda. Com ‘mãos de ferro’ evitou, pelo menos, três golos claros dos portistas.
Marcar no Dragão é sempre motivo de destaque, mas esteve em evidência também nos aspectos defensivos a fazer uma boa dupla de centrais com Luís Rocha.
Foi o mais perigoso na 1.ª parte, com vários remates perigosos, mas não conseguiu marcar. Assistiu Marcano no golo do FC Porto.
Numa 1.ª parte descansada, foi um ‘espectador privilegiado’. Mas, na 2.ª parte, acabou por ser ele a evitar a derrota, numa enorme defesa a livre directo de Etebo.
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JOCA É SINÓNIMO DE GOLO Texto: Nélson Costa nelson.costa @correiodafeira.pt
CAMPEONATO SAFINA Jonatas Veríssimo Santos, ou Joca como gosta que lhe chamem, é um nome que se confunde com o golo, tal a facilidade com que o ponta-de-lança brasileiro faz balançar as redes das balizas contrárias. Que o digam as equipas concelhias. Lourosa, Fiães, Milheiroense e Romariz, estes dois últimos por duas vezes, foram vítimas da fome insaciável de Joca pelo golo. No total, em apenas doze jogos disputados (ficou três de fora devido a castigo), já apontou nove golos, ocupando o quatro lugar da lista de melhores marcadores do Campeonato Safina, mas apenas a dois do líder Tica (Alba). Em 2014/2015, época em que também representou os lamacenses, depois de um ano sem competir (foi para a Turquia assessorar a adaptação do amigo e guarda-redes Fabiano Freitas, no Fenerbahçe), foram 23 os golos apontados só no campeonato. Joca faz um balanço positivo do trabalho realizado na temporada, mas não se dá por satisfeito. “A época tem corrido bem. Mas eu tenho um pensamento de vida, que transporto para o futebol, que passa por estar melhor ano após ano. Se eu fiz 23 golos na primeira passagem pelo U. Lamas, então esta época tenho de fazer, pelo menos, 24. É o meu objectivo, mesmo tendo estado um ano parado”, refere o goleador que fez formação num dos grandes do futebol brasileiro, Corinthians. Uma ambição que Joca transporta, também, para os objectivos colectivos. “Acredito que esta equipa tem capacidade suficiente para recolocar o U. Lamas nos nacionais. Estamos em segundos, a quatro pontos do primeiro,
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Joca joga no U. Lamas e é um dos maiores pesadelos dos guarda-redes das equipas do Distrital de Aveiro. Nove golos, em 12 jogos, no Campeonato Safina, seis dos quais em dérbis concelhios, fazem dele o quarto melhor marcador da prova, a dois de igualar o máximo goleador. A área adversária é o seu habitat natural e o golo a sua presa. mas ainda há muito campeonato pela frente”, aponta Joca, sustentando a ideia nos jogos já disputados frente às restantes equipas do topo da tabela. “É um campeonato competitivo, mas temos demonstrado o nosso valor, mas os outros é que assumiram a subida de divisão, nós vamos correndo por fora”, afirma. O lado menos positivo da época resultou do castigo de três jogos aplicado na sequência de uma expulsão, em Bustelo, que ainda hoje tem “dificuldade de entender”. “Acho que foi uma pena demasiado pesada. Depois de ficar um ano sem jogar, ficar suspenso esse tempo, e logo no início da época, não é fácil, mas está superado”, garante.
‘Terror’ das equipas do Concelho e “sabor especial em marcar ao Lourosa”
Esta época, Joca tem sido particularmente eficaz nos dérbis concelhios. Marcou o golo da vitória frente ao Lourosa, dois ao Romariz e Milheiroense, e um contra o Fiães, ou seja, marcou em todos os dérbis disputados, até ao momento, e o jogo frente ao S. João de Ver é já daqui a duas jornadas. No entanto, o goleador lamacense não assume particular gosto em marcar nos dérbis. “Tenho um gosto especial por marcar em todos os jogos”, diz, mas assume que o golo apontado frente ao Lourosa “teve um sabor ainda mais especial, pela rivalidade que existe”. “Foi o jogo mais emocionante que disputei em Portugal. As pessoas vivem o dérbi, está toda a gente à espera que chegue, por isso teve um gosto especial”, explica Joca, admitindo, ainda, que “olhar
para as bancadas e ver a claque e adeptos [do U. Lamas] lotarem o estádio do Lourosa aumenta a motivação”. Ainda assim, Joca não se sente na pele de herói dos rubro-negros. “[Por marcar o golo da vitória] não me sinto herói, sinto-me um felizardo por poder ajudar os companheiros”, afirma. O golo que apontou e valeu o triunfo em Lourosa foi o culminar de um final de ano civil de sonho, com uma sequência de cinco golos apontados nos últimos quatro jogos disputados. O melhor momento da época, em termos individuais, conforme admite: “Comecei bem a época, depois tive a quebra com a expulsão e tive de aguardar oportunidade. Agora tive esta sequência maior de jogos e estar a marcar é fantástico. É o que eu mais gosto de fazer. Marcar é uma coisa fantástica”, assevera, manifestando o desejo de continuar a marcar “já contra o Alvarenga e depois com o S. João de Ver”. Contudo, sem descurar essa hipótese, afirma não ter no objectivo de ser o melhor marcador do campeonato uma obsessão. “Não estou obcecado por ser o melhor marcador. O meu primeiro objectivo é ser campeão, mas se ainda acrescentar um prémio de melhor marcador, fantástico”, aponta.
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Romário como ídolo maior
Como a maioria dos atletas, Joca tem algumas referências no futebol, sendo Romário (ex-avançado internacional brasileiro) a maior delas todas. “É um ídolo mesmo para mim”, assegura, admitindo passar horas a ver vídeos de alguns dos melhores goleadores do futebol mundial. “Gosto particularmente de ver as movimentações deles e a forma como finalizam”, explica Joca. Quando instigado a fazer um autoretrato das suas características enquanto jogador, aponta o faro pelo golo e a técnica como principais armas. “Sou um ponta-de-lança que gosta de estar perto da área, perto da baliza. Tenho facilidade de finalizar com os dois pés e com a cabeça. Aliás, esta época já fiz golos das três formas. Considero-me um ponta-de-lança muito técnico. Não sou muito forte fisicamente, mas sou muito tecnicista”, concretiza. Para o futuro, o avançado brasileiro não avança grandes cenários, até porque se diz sentir “muito bem” em Lamas. “O meu futuro, neste momento, passa pelo U. Lamas. Quero fazer uma época excelente e tentar marcar golos. O U. Lamas é a minha casa, onde me sinto bem e acarinhado. Para mim, isso tem muito valor”, finaliza o atacante que, brevemente, receberá mais um incentivo ao prolongar do seu bom momento, com a chegada a Portugal da esposa.
As escolhas do Correio da Feira, até ao momento, das equipas concelhias
ONZE IDEAL DO CAMPEONATO SAFINA I DISTRITAL A equipa de desporto do CF escolheu o seu 11 ideal, até ao momento, de jogadores a actuar em equipas do Concelho no Campeonato Safina (I Divisão Distrital). Trata-se de uma escolha pessoal, e por isso subjectiva e discutível. No entanto, baseando-nos nos dados estatísticos e nível exibicional, procurou-se salientar os principais destaques (concelhios) individuais e colectivos no campeonato. Assim, 1 não se estranha a presença de três lusitanistas na defesa Nuno (melhor defesa da prova), um meio-campo com elementos das duas equipas do Concelho melhor classificadas, e a presença dos três melhores marcadores concelhios (um deles, Filipe Leite, presença no meio-campo). A escolha do treinador vai, também, para o técnico da equipa em melhor posição na tabela. Muitos outros ficaram de fora e mereciam destaque, mas esta foi a escolha final do CF.
TREINADOR
5
8
Ivo Oliveira
Filipe Leite
10
4
Osório
Marco Ribeiro
11 Joca
3
6
9
Joel
João Pedro
Zé António
2
7
Tiago Ferreira
Flecha
Chaves
2
Feirense
1
Foto Arquivo CF
FEIRENSE E LUSITÂNIA LOUROSA DERROTADOS Penafiel
2
Lus. Lourosa
0
Estádio da Portelinha, Pedras Salgadas
Campo de Treinos n.º 1 de Penafiel
Árbitro: Fernando Lopes (AF Bragança)
Árbitro: António Castro (AF Bragança)
Chaves: Francisco; Ricardo Cá (Rui, 77’), Hélder Almeida, Simão, Leandro Machado, Rafa, Afonso, Edu (Alaji, 60’), Canina, Vianna, Filipe (Nuno, 62’) Treinador: Carlos Guerra Feirense: Ivo; Diga, Pinto, Cavadas, Jacques; Rúben, Azevedo (Vasco, int.), João Tavares, Leandro Vieira, Miguel Henriques (Gustavo, 82’), André (Marcelo, 65’) Treinador: Tiago Conde
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Hélder Almeida (35’), Vasco (67’) e Canina (87’).
Golos: Afonso (35’, g.p.), Vasco (52’), Simão (73’)
Luís Miguel (U. Lamas)
Penafiel: Kiko; Queirós, Leandro Teixeira, Mário, André Pimenta, Saraiva, Luís Duarte (João Mendes, 78’), Nuno, Márcio Machado (Calica, 73’), Diogo Cardoso, Amílcar (Cláudio Garcia, 88’) Treinador: Hugo Neto Lus. Lourosa: Chico Costa; Tavares, Dinis (Hugo Rodrigues, 65’), Maia, Pina, Rato (Lopes, 73’), Graça, Chico Marques, Cardoso, João Marcelo, Edgar Reis (Cardoso, 82’) Treinador: José Carlos Monteiro Acção disciplinar: Cartão amarelo a Amílcar (30’) e Queirós (82’). Golos: Amílcar (60’), Calica (88’)
NACIONAL DE JUNIORES I Divisão - 1.ª Fase - Zona Norte
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.
Quinta-feira ‘negra’ para as equipas juniores do Concelho a disputar os nacionais. Feirense e Lourosa derrotados, fora de casa, por Chaves (2-1) e Penafiel (2-0), respectivamente. JUNIORES Na I Nacional, Zona Norte, o Feirense perdeu em Pedras Salgadas, frente ao Chaves e complicou seriamente o apuramento para o play-off de campeão. O Feirense entrou a tentar mandar no jogo, enquanto os flavienses eram mais calculistas e apostavam nas transições. Deu-se melhor com a estratégia a equipa da casa e chegou à vantagem, através de um penálti (aparentemente inexistente) apontado por Afonso (35’). A partir daí o Feirense tomou definitivamente conta do jogo. No
entanto, o empate só apareceu na 2.ª parte, por intermédio do recém-entrado Vasco (52’). Os fogaceiros continuaram a carregar e ficaram a reclamar uma grande penalidade a favor, negada pelo árbitro da partida. Na sequência de um lançamento lateral, o Chaves chegou ao triunfo (injusto) por Simão (73’). Na II Nacional, Série B, o Lourosa averbou, em Penafiel, a terceira derrota consecutiva (2-0). Os golos dos durienses surgiram na 2.ª parte, por Amílcar (60’) e Calica (88’).
Resultados - 19.ª Jornada Sp. Braga 1 1 F. C. Porto Leixões 1 0 Paços de Ferreira GD Chaves 2 1 CD Feirense V. Guimarães 3 1 Gil Vicente Rio Ave 2 1 Padroense Moreirense 2 0 Oliveirense Classificação P J V E D GM - GS F. C. Porto 53 19 17 2 0 48 - 13 V. Guimarães 39 19 12 3 4 43 - 19 Sp. Braga 38 19 11 5 3 31 - 19 Rio Ave 28 19 6 10 3 37 - 25 GD Chaves 28 19 8 4 7 31 - 31 Paços Ferreira 22 19 5 7 7 22 - 24 CD Feirense 22 19 6 4 9 20 - 29 Leixões 21 19 6 3 10 23 - 30 Oliveirense 16 19 4 4 11 17 - 42 Gil Vicente 15 19 2 9 8 15 - 23 Padroense 15 19 4 3 12 20 - 36 Moreirense 15 19 3 6 10 20 - 36 Próxima Jornada - 07 de Janeiro CD Feirense - Paços de Ferreira, 15h V. Guimarães - Leixões F. C. Porto - Moreirense Gil Vicente - Rio Ave FC Padroense - Sp. Braga Oliveirense - GD Chaves
NACIONAL DE JUNIORES II Divisão - 1.ª Fase - Série B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 15.ª Jornada FC Penafiel 2 0 Lusitânia Lourosa SC Freamunde 2 1 UD Sousense Salgueiros 08 0 1 AD Sanjoanense FC Arouca 0 3 Boavista FC Atlético Alfenense 0 2 FC Cesarense Classificação P J V E D GM - GS Boavista FC 45 15 15 0 0 47 - 4 FC Cesarense 29 15 9 2 4 30 - 16 FC Arouca 27 15 8 3 4 28 - 27 SC Freamunde 26 15 8 2 5 22 - 17 UD Sousense 24 15 7 3 5 33 - 30 AD Sanjoanense 20 15 5 5 5 22 - 25 FC Penafiel 18 15 5 3 7 28 - 25 Lusit. Lourosa 13 15 4 1 10 19 - 34 Atlético Alfenense 10 15 2 4 9 14 - 29 Salgueiros 08 1 15 0 1 14 8 - 44 Próxima Jornada - 07 de Janeiro Boavista FC - AD Sanjoanense UD Sousense - FC Arouca FC Cesarense - FC Penafiel Atlético Alfenense - Salgueiros 08 Lusitânia de Lourosa - SC Freamunde,15h
CARTÃO HISTÓRICO PREMEIA ACTO DE GRANDE FAIR-PLAY Texto: AFA Fotografia: Diogo Pereira
O árbitro de futsal, José Pinto, e a fisioterapeuta do Beira-Mar, Sara Janela, viram, no passado fim-de-semana, um Cartão Branco, atribuído pela Associação de Futebol de Aveiro (AFA), pelo auxílio que prestaram ao atleta dos juniores do Belazaima José Rodrigues, que ficou inconsciente após um embate violento com a cara no chão. José Pinto confessa que ficou “sem palavras” com a atitude da AFA, que considera “marcante” na sua carreira. Por sua vez, Sara Janela acha justa a atribuição “do cartão aos dois”, confessando que “não estava à espera” de tamanha homenagem, até porque agiu “de acordo com a ética profissional”. A história remonta ao dia 3 de dezembro. José Pinto, árbitro de Ovar e ao serviço da AFA há quatro anos, dirigia o encontro entre as equipas juniores de futsal do Belazaima e o Beira-Mar, quando um atleta da equipa do Belazaima se desequilibrou e caiu desamparado no chão com a face. Confrontado com a situação, José Pinto resolveu deixar o apito e vestir a pele de socorrista. Segundo o árbitro, “a violência do embate e a falta de reação do atleta
após a queda deram indícios que algo de grave se estava a passar”. “Instintivamente, decidi atuar devido à formação e treino que tive como bombeiro, pois o atleta encontrava-se prostrado no solo e sem reacção. Verifiquei que estava inconsciente. Avaliei os sinais vitais e posicionei o atleta na Posição Lateral de Segurança, com permeabilização da via aérea”, conta o juiz, que de imediato verificou que “as pupilas estavam assimétricas, o que era sinal revelador da existência de um Traumatismo Crânio-Encefálico, e que o atleta tinha uma hemorragia ativa proveniente de um corte profundo no queixo do atleta”. José Pinto controlou a hemorragia e evitou a movimentação da cabeça do atleta até à chegada dos meios de socorro externos, “de forma a evitar o agravamento de possíveis lesões internas”. O árbitro realça, ainda, a prestimosa ajuda que teve da fisioterapeuta do Beira-Mar, que estava no local e deu uma valiosa colaboração. Sara Janela confessou que fez “o que o instinto ditou no momento”, deixando a sua convicção de que “outros profissionais o fariam também na mesma situação”. “Tentámos, eu e o árbitro José Pinto, controlar a situação com os recursos que
tínhamos disponíveis na altura e tudo correu pelo melhor, que é o mais importante”, salientou. Por seu turno, José Rodrigues agradeceu ao árbitro do jogo “pela prontidão e competência” com que o socorreu, assim como à fisioterapeuta do Beira-Mar. “Agradeço também a preocupação de ambas as equipas com o meu estado de saúde”, concluiu. De referir que o Cartão Branco foi adoptado esta temporada pela AFA, a única associação do país que o implementou em
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todos os escalões etários. Segundo dados oficiais do organismo que tutela o futebol e o futsal do distrito, até ao passado dia 5 de dezembro haviam sido exibidos doze Cartões Brancos, a esmagadora maioria dos quais a atletas, mas também houve adeptos, treinadores e equipas completas a serem distinguidas pelo seu comportamento exemplar durante os respetivos desafios. O melhor Cartão Branco da temporada será premiado na Gala Anual da AFA, que marca o fim de cada temporada. 02.JAN.2017
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DANI
DE VENTO EM POPA Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
I DISTRITAL FUTSAL Natural do Porto, Daniel Ferreira, ou Dani para o mundo do futsal, chegou esta temporada à Vila de Arrifana para representar a equipa local e prontamente atraiu o protagonismo. Não só pelos 21 golos marcados em apenas dez jornadas – que traduz uma média superior a dois golos por jogo –, mas também pelo rigor táctico e pela elevada qualidade técnica que tornam o jovem de 22 anos num ala muito completo. Para Dani, “nunca houve interesse pelo futsal, mas sim por jogar à bola”. Este, com apenas dez anos já partilhava os rinques do bairro com amigos mais velhos que, como jogavam no Miramar, decidiram levá-lo a treinar. “Gostavam da maneira como jogava e eu fui, a um escalão diferente [Escolinhas], e aí sim, nasceu a paixão”, recorda. Esteve grande parte da sua formação no Miramar (AF Porto) e relembra, com orgulho, o habitual “terceiro ou quarto lugar” num campeonato que incluía “um Caxinas e Boavista muito fortes”. Enquanto júnior, vestiu ainda a camisola dos Leões Valboenses (AF Porto). Como sénior, o Arrifanense é o segundo projecto que integra, visto que no ano transacto representou as cores do extinto Feirense, onde acabaria por descer de divisão. Sobre essa despromoção, Dani rapidamente aponta o dedo ao primeiro treinador da época, Paulo Lima. “O que correu mal? Primeiro, foi o mister. Entrei à sétima jornada, tinha o clube um ponto. Até ao mister ir embora, tínhamos dois pontos e faltavam cerca de duas jornadas para acabar a primeira volta. Depois veio o novo mister [Vitor Coelho] e na segunda volta acabámos por fazer 30 e tal pontos e ficámos acima da linha de água”, relata, mas o facto do ACR Vale de Cambra ter caído dos nacionais, levou o Feirense ao segundo escalão do futsal distrital e… à sua extinção.
Não há como não comparar o desempenho do, até então, máximo goleador da primeira divisão distrital Dani a um navio que mareja calmo, mas veloz, quando a vibração do ar sopra na sua popa (parte posterior). ano passado, também esteve comigo no Feirense e como 90% da equipa é do Porto, conhecemo-nos muito bem uns aos outros. Sabia que ia ter sempre uma boa relação com os meus companheiros”, explica. Apesar de toda a amizade entre o plantel, a persistência do treinador Joel Santos foi um factor determinante para rubricar contracto com o Arrifanense. “Motivou-me o facto do mister já me querer. Já me queria no ano passado na Juventude Fiães e este ano queria-me no Arrifanense. Era sinal que queria apostar em mim”, desvenda Dani, mostrando-se ainda agradado com a estrutura directiva do clube. “O presidente pareceu-me de confiança. Nunca pareceu ser uma pessoa que faltasse com a sua palavra”. Para Dani, o facto de o clube não poder subir de divisão, mesmo que alcance o primeiro lugar, não afectará o desempenho do plantel, mas poderá desmoralizar e interferir com o seu rendimento pessoal. “É um projecto novo, ambicioso e queremos chegar à segunda divisão nacional o mais rápido possível. É isso
que eu quero. A motivação do grupo [sobre o facto do clube não poder subir já esta época] não perde força, mas a nível pessoal talvez um pouco. Talvez esteja a precisar de patamares um bocadinho mais elevados”, afirma. Para Dani, o título é algo pelo qual o Arrifanense, actual quarto classificado a quatro pontos da liderança partilhada por Covão Lobo e Dínamo Sanjoanense, vai lutar até ao fim. “Queremos ser campeões, mas o objectivo estipulado no início da época não foi esse embora tenhamos de o ajustar à nossa valia colectiva e individual. Se tivermos a possibilidade de sermos campeões, sem dúvida que vamos tentar sê-lo”, objectiva Dani que estipulou a marca dos 30 golos como objectivo pessoal para a presente temporada. Se à décima jornada leva 21… é melhor o artilheiro definir uma nova meta num campeonato que considera “um bocado mais competitivo” em comparação com o ano transacto. “O Covão [Lobo] e o Saavedra [Guedes] destacavam-se dos demais. Via-se claramente que era um campeonato a dois. Este ano acho
Joel Santos com papel principal na sua chegada
Dani partilha o balneário com muitos jogadores a quem chama de amigo. A amizade e a cumplicidade são longas, dentro e fora das quatro linhas. “Já tinha jogado com mais de 50% da equipa. No Miramar, já tinha jogado com o André Sousa, com o Luís Cruz, com o Pedro Guimarães e com o Dioguinho que, no 20
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que vai ser diferente. Há quatro ou cinco equipas que podem fazer frente umas às outras”, opina. Dani só pensa em “chegar à Liga SportZone” onde, apesar de gostar de muitos jogadores, não se identifica com nenhum. “Há jogadores que gosto, mas não quer dizer que me identifique com eles. Gosto muito do Merlim, Chaguinha, Elisandro, João Matos, Márcio, mas ainda não me consigo identificar com eles. Tenho que crescer”, diz.
Ex-treinadores rendidos à sua qualidade
Pedro Alves treinou Dani enquanto júnior nos Leões Valboenses em 2012/13 e, apesar de mostrar-se rendido à sua qualidade, apontou o dedo à sua “pouca humildade”. “O Dani tem um pé esquerdo muito bom, tecnicamente evoluído que o torna num jogador excepcional, mas o problema do Dani, na altura, era ser pouco humilde, o que não quer dizer que não tenha mudado”, afirma. Ainda assim, Pedro Alves escolheria Dani para um lote restrito de jogadores. “Não diria que foi o melhor, mas foi dos melhores jogadores que treinei. Se pudesse escolher cinco, do ponto de vista técnico, sem dúvidas que estava nesse top”, revela. Já Jorge Alves, actual treinador do Arcozelo (AF Porto), trabalhou com Dani nos juvenis do Miramar e não se admira do protagonismo que está a alcançar. “Pessoalmente, não tinha dúvidas da qualidade dele. É acima da média e resolve jogos de um momento para o outro. Não me admira que ele seja o melhor marcador”, avança. Jorge Alves aponta que quando treinou Dani, este já “era um jogador com uma qualidade individual superior”. “O Dani sempre foi um miúdo que deu aquilo que tinha em prol do grupo. Ele dizia o que tinha a dizer, era frontal demais e até podia-se prejudicar com isso, mas ele é uma pessoa calma e pacífica que gosta de sentir que todo o grupo, direcção inclusive, está com ele”, esclarece. Por sua vez, Vitor Coelho, que trabalhou com Dani durante cinco meses no Feirense, refere que este “é um miúdo que quer sempre mais”. “Está sempre disposto para aprender. É um miúdo de trabalho e por isso é que está a ter o sucesso que está a ter”, afirma.
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Tiago Rocha
Manuel Gregório
Cristina Tenreiro
Filipe Rita
É um torneio que está muito bem organizado. O crescimento tem sido gradual ano após ano e é muito importante para os jovens andebolistas se desenvolverem.
É mais um pequeno crescimento do torneio, não só a nível de atletas, mas no que respeita à competitividade. O próximo passo é a internacionalização.
Acolhemos a nata do andebol nacional. É muito importante, pois alavanca o andebol no Concelho e os resultados estão à vista com as prestações do Feirense e Oleiros.
É um torneio muito competitivo. Em Lisboa jogamos sempre com as mesmas equipas e cá temos a oportunidade de jogar com as equipas do Norte, com outro ritmo, o que é muito bom.
‘Padrinho’ do FHC
Coordenador do Feirense
Vereadora do Desporto
Treinador dos Infantis do Sporting
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FeireNse AlcANçA três FiNAis No Fhc
Feirense - Minis
Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
FHC’16
Santa Maria da Feira tornou-se a capital portuguesa do Andebol ao realizar, novamente, o Feira Handball Cup, entre os dias 27 e 30 de Dezembro. O Feirense conseguiu alcançar três finais, das quais ganhou uma (Minis). O Sporting foi o clube que mais escalões venceu (Infantis e Juvenis). Terminou o Feira Handball Cup. O torneio que cimenta-se, cada vez mais, como um dos mais importantes para a modalidade em Portugal, teve a duração de quatro dias de puro e intenso espectáculo. Foram 32 equipas, nos escalões de Minis, Infantis – masculinos e femininos –, Iniciados – masculinos e femininos – e Juvenis que disputaram entre si o título de campeão, das quais fizeram questão de marcar presença os gigantes do andebol nacional: ABC, Benfica, FC Porto e Sporting. O grande destaque vai para a inédita presença do Feirense em três finais (Minis, Infantis femininos e Juvenis). O único clube a igualar o feito dos fogaceiros foi o Sporting (Minis, Infantis masculinos e… Juvenis). Os fogaceiros e os leões defrontaram-se, na final, em Minis, com os azuis a levarem a melhor e por números expressivos (28-13). No escalão de Juvenis, a vitória sorriu para os leões por 24-18. No total, o Feirense conseguiu um troféu (Minis) e o Sporting dois (Infantis masculinos e Juvenis), classificando-se como a turma mais titulada na edição de 2016 do Feira Handball Cup. Além do organizador Feirense, também o São Paio de Oleiros marcou presença no FHC. Em Minis, os oleirenses terminaram a sua participação no décimo posto; em Juvenis masculinos, na 18.ª posição; e em Iniciados masculinos, posicionaramse em 20.º.
“o próximo passo é a vinda de clubes escandinavos, franceses e alemães”
O coordenador do andebol do Feirense, Manuel Gregório, apontou o caminho a seguir para as próximas edições do Feira Handball Cup. “O próximo passo passa por retomar a internacionalização com a vinda de clubes escandinavos, franceses e alemães”, apontou, antes de enaltecer o “surgimento da vertente feminina”, a qual objectiva aumentar. Outro objectivo passa por cimentar, cada vez mais a reputação e a competitividade do torneio. Já o responsável pela comunicação do andebol fogaceiro, Armando Melo, destacou o Feira Handball Cup como “um evento de referência nacional”. “Estão cá os melhores clubes e a história conta que quem vence o FHC, sagra-se campeão nacional”, referiu. Para o futuro, aponta, também, para “o crescimento feminino” na competição.
Pavilhão de Arrifana encheu-se para as finais
No dia 30, sexta-feira, o Pavilhão de Arrifana tornou-se no ‘Palco das Emoções’ prometido e acolheu as seis finais a disputar. Para aqueles que não puderam deslocar-se, a organização disponibilizou a transmissão online das mesmas, por stream. A primeira, no escalão de Minis, foi conquistada pela equipa ‘A’ do Feirense que goleou o ‘gigante’ da modalidade Sporting por 28-13. De seguida, disputou-se a final de Infantis masculinos entre Sporting e Samora Correia com a vitória a sorrir ao clube de Alvalade por 21-17. Ainda no mesmo escalão, mas em femininos, o Feirense ‘A’ foi derrotado pelo Maiastars ‘A’ por 24-11. Em Iniciados masculinos, a equipa vinda directamente do Arquipélago da Madeira, Bartolomeu Perestrelo, venceu pela margem mínima (18-17) a formação dos Carvalhos, num jogo emotivo do primeiro ao último minuto. Também em Iniciados, mas femininos, avalanche de golos do Porto Salvo frente ao Maiastars. Vitória para as lisboetas por 30-16. No jogo grande da tarde, com as bancadas completamente cheias – incluindo as duas amovíveis colocadas pela organização –, o Feirense aplicou, nos minutos iniciais, réplica ao forte plantel do Sporting, colocando-se na frente do marcador. A diferença de ritmo entre os dois clubes e o desgaste proporcionado pelos muitos jogos disputados em pouco espaço de tempo acabou por redundar na derrota fogaceira por números expressivos. Depois de passarem para a liderança do marcador, os leões não mais a largaram e terminaram o encontra com uma vitória folgada (24-18).
Emídio Sousa, presidente da Câmara, na entrega dos troféus
Final Juvenis: Feirense x Sporting
Final Infantis: Feirense x Maiastars
Quadro dos Vencedores do Feira Handball Cup’16 JUVENIS
INFANTIS
INICIADOS
INFANTIS
Sporting
Porto Salvo
INICIADOS
B. Perestrelo www.correiodafeira.pt
Maiastars Sporting
MINIS
Feirense ‘A’
Minis: Feirense x S. Paio Oleiros 02.JAN.2017
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B0LA NAS REDES /orgulhofeirense1918
“Sérgio Oliveira na mira do Feirense e Chaves”
modalidades
CS Jorge iNiCiou NovA époCA Com Dezembro em grANDe Artur Jorge Valente
ATLETISMO A nova época de competições começou e o Caldas S. Jorge Sport Clube continua com resultados de realce tal como finalizou a anterior. Em Lourosa, no passado dia 10, realizou-se na pista de atletismo, o Torneio Saúl Fernandes. A representar o CS Jorge estiveram três atletas da “formação” com bons resultados. Os jovens que estiveram presentes foram: 1.ª Lara Rodrigues e 5.ª Magali Melo, nos 60 Metros Planos, em Infantis Femininos no conjunto de todas as séries. E no Lançamento do Peso 3kg, no mesmo escalão, a Patrícia Rodrigues que obteve o 1.º lugar. No mesmo dia, a 19.ª S. Silvestre de S. Tirso, teve a presença de quatro atletas veteranos, com desempenho individual e colectivo positivo. Os atletas que participaram foram: 22.º José Carvalho e 24.º Mário Costa, no escalão de Veteranos M45 Masculinos, 23.º João Pinto e 28.º Manuel Grilo, no escalão de Veteranos M50 Masculinos. Já no dia 11 de Dezembro, em Oliveira do Bairro, realizou-se o XV GP da Palhaça e, em simultâneo, o Campeonato Distrital de Estrada, de Juniores a Veteranos. Os resultados ao nível das camadas jovens foram excelentes, com destaque para os dois pódios individuais: o 2.º lugar da Beatriz Valente, na prova de Infantis Femininas, e o 3.º de Simão Silva, nos Benjamins A Masculi-
nos. Por equipas os escalões de Benjamins B Femininas (6.ª Mara Rodrigues, 11.ª Iris Silva e 17.ª Gabriela Santos), Infantis Femininas (2.ª Beatriz Valente, 13.ª Lara Rodrigues, 17.ª Magali Melo, 19.ª Inês Silva e 35.ª Jéssyca Jesus) e Iniciados Femininas (4.ª Ana Oliveira, 7.ª Maria Oliveira e 22.ª Patrícia Rodrigues), obtiveram três 3º lugares. Resta citar os resultados de mais três jovens:12.ª Débora Gonçalves Benjamins A, 8.º Tomás Leite no mesmo escalão e o 6.º lugar de Rui Pinto em Infantis Masculinos. Ao nível de Juniores a Veteranos, a representação esteve ao cargo de cinco atletas no GP, com destaque para o 5.º lugar de Arlindo Santos no escalão de veteranos V50. Os resultados dos outros atletas foram: 11.º Ricardo Rodrigues em Juniores, 16.º Armando Bastos em Veteranos V40, 24.º Vítor Silva em Veteranos V45 e 10.º Manuel Valente Veteranos V50. No passado dia 14, realizou-se na Escola Coelho e Castro, em Fiães, mais um corta-mato escolar, onde participaram mais cinco atletas da formação do Caldas. O saldo foi mais uma vez positivo. Foram quatro os atletas apurados para o corta-mato regional escolar, a realizar-se em sede do Concelho, no início do próximo ano, por terem ficado nos seis primeiros lugares. Iris e Inês Silva foram primeiras nos seus escalões, Rui Pinto 4.º e Gabriel Santos 5.º.
CADeteS Do CCLAmAS termiNAm o ANo 2016 em ALto NíveL NATAÇÃO O CCLamas fez-se representar por 14 atletas (oito masculinos e seis femininos), orientados pelos técnicos André Figueiredo e Inês Santos (técnicaadjunta), o Torneio Regional de Grupos de Idade para o escalão de cadetes AB (o Torregri 1), realizado, nos dias 17 e 18 de Dezembro, na Piscina Municipal de Paços de Ferreira. A competição, última do corrente ano civil, contou com a participação — no total — de 280 nadadores, oriundos de 22 clubes inscritos. Uma vez mais, os jovens nadadores lamacenses elevaram o nome do clube, atingindo importantes resultados individuais e colectivos. Vasco Ribeiro (4.º na classificação final do torneio – cadetes A), juntamente com Mariana Fernandes e Clara Santos (5.ª e 7.ª, respectivamente, na mesma classificação do lado feminino) foram os três apurados para o Estágio de Capacitação Técnica destinado aos 20 melhores nadadores (as) cadetes A do
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torneio. Mas os destaques não se ficam por aqui. Inês Almeida foi 1.ª classificada nos 50 metros (m) Bruços/Livres, 3.ª nos 50m Mariposa/Costas e 4.ª nos 50m Costas/Bruços. Catarina Morais alcançou a sua melhor classificação com um 8.º lugar nos 50m Mr/Ct, entre 49 participantes. Ana Santos foi 15.ª classificada nos 100m Mr/Ct. Rómulo Pinto atingiu o 14.º posto nos 50m Costas/ Bruços e Biagio Tona posicionou-se em 16.º lugar nos 50m Br/Lv. Já Afonso Mota traduziu em recordes pessoais todas as provas em que participou, enquanto Diogo Ferreira, Pedro Bastos e Gonçalo Cardoso fizeram o mesmo em duas das três provas em que participaram. Finalmente, Martim Bastos fez a sua 2.ª prova da sua ainda curta carreira e voltou a dar excelentes indicadores, tal como Beatriz Pereira, que iniciou este ano o seu percurso na competição, e teve nesta competição a sua estreia em provas oficiais. www.correiodafeira.pt
A página de apoio ao Clube Desportivo Feirense, Orgulho Feirense, apontou que o médio Sérgio Oliveira, tapado no FC Porto, interessa ao clube fogaceiro e aos flavienses.
/nucleotreinadoresaveiro1997 “Manuel Sousa foi reeleito como presidente do Núcleo de Treinadores de Futebol de Aveiro (NTFA)” No passado dia 16 de Dezembro, Manuel Sousa arrecadou 100% dos votos registados e foi reeleito como presidente do Núcleo de Treinadores de Futebol de Aveiro.
/CDFeirense
“O treino de hoje contou com uma presença muito especial”
Um grupo de jovens com idades compreendidas entre os seis e os doze anos do Centro Social de Paços de Brandão tiveram a oportunidade de assistir ao treino matinal do Feirense de terça-feira, 27. Uma prenda do clube em época de festividade.
/Fiães-SC-Página-Oficial178693365521658
“Pai Natal traz dois reforços”
Fernando, defesacentral e Sousa, avançado regressam ao Fiães Sport Clube. Ambos voltou a uma casa que bem conhecem depois de representarem o Lusitânia de Lourosa.
Errata Na notícia publicada, na edição de 26 de Dezembro, com o título ‘E agora, quem substitui José Mota?’, lê-se que “muitos adeptos e sócios do clube pedem ainda o regresso de Pepa”. Embora existam, nas redes sociais, adeptos e/ou sócios a insistir no retorno de Pepa ao Feirense, para o cargo deixado em vago por José Mota, a palavra ‘muitos’ pode induzir à maioria dos apaixonados pelo clube, algo que não se verifica.
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