TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Ano CXX
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
11 Abril 2017
Nº 6005
€0,60 (iva inc.)
GRANDE ENTREVISTA
EMÍDIO SOUSA
EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO
QUER
RECONVERTER O PEC
PÁG. 26
ALFERES PEREIRA “Temos tropas,
mas não temos
generais. É o que se passa com o CDS”
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL
FUTEBOL
APRESENTAÇÃO DE CANEDO SOBE DE CONTAS DE 2016 DIVISÃO E QUER O EM TOM TÍTULO DE CAMPEÃO PRÉ-ELEITORAL pág. 08 pág. 47 CULTURA
AMBIÇÃO
CAMINHADA PARA REDESCOBRIR AS CAPELAS DA FEIRA
HUGO MENDES QUER LEVAR O LUSITÂNIA A PATAMARES PROFISSIONAIS pág. 44
pág. 16
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ENTREVISTA
“A riquezA do pArtido são os militAntes e eles têm de ser trAtAdos com respeito” depois de a bolha ter rebentado no cds-pp, um dos protagonistas da polémica, Alferes pereira, vem finalmente a terreiro explicar o que aconteceu. Aponta o dedo ao líder da concelhia, Ângelo santos, e à “agressividade e falta de respeito para com os militantes” do partido. e diz que embora veja com “tristeza” as demissões sucessivas, ainda se mostra “esperançado” num bom resultado nas urnas para o partido.
Texto Daniela Castro Soares Fotos Albino Santos
12 demissões em menos de um mês. O que se está a passar no CDS-PP? Uma sequência de tristes episódios e práticas, que têm levado a que algumas pessoas não tenham confiança na Comissão Política Concelhia e sobretudo na sua liderança. Um desses episódios refere-se à escolha do candidato para a Assembleia Municipal (AM)… Foi a gota que fez transbordar o copo, mas em bom rigor houve uma série de situações em diversas freguesias que levaram a um descontentamento geral dos militantes com o partido, não com questões políticas de fundo, mas com a forma de estar e uma certa vaidade pessoal de alguns dirigentes que praticam a filosofia do “quero, posso e mando”. O partido não é isto, a riqueza do partido são os militantes e eles têm de ser tratados com respeito; desde o mais histórico até àquele que assinou a filiação ontem, são todos importantes. Há mesmo um “reinado absolutista”, como se tem dito, em que só se ouve as vozes de apoio e se cala as vozes dissonantes? Não se trata de vozes de apoio e vozes dissonantes, trata-se de não respeitar os estatutos e os regulamentos internos. Tirando meia-dúzia de pessoas que são da oposição há alguns anos, e pouco ou nada contam para este cenário, há neste momento quatro pessoas que decidem por todo o partido. Não há reuniões da CPC para decidir coisas; o candidato à Câmara, por exemplo, não foi votado na CPC, foi dado como um facto consumado, e não é assim que se faz. O candidato à AM foi apresentado na hora e depois fez-se uma reunião à pressa porque alguém superior o exigiu. A maioria votou a favor do actual candidato, ainda que com fortes críticas, porque já era público, como é que iam fazer? Houve uma série de questões que levam a que as pessoas estejam revoltadas e tristes. Revelou-se surpreendido, ‘in loco’, com o “desafio” de Rui Tavares a Ângelo Santos para ser candidato à AM… O Rui Tavares sabia que o Ângelo me tinha feito o convite e sabia que eu tinha aceitado. Sabia ele e sabiam outras pessoas. Quando o Ângelo sobe ao palanque, foi a maior humilhação da minha vida. Encolhi-me o mais que pude, saí cabisbaixo, e os dirigentes nacionais e distritais aperceberam-se que alguma coisa se passava. Os próprios elementos da Concelhia ficaram perplexos, porque a questão nunca tinha sido colocada e debatida dentro da CPC, muito menos votada. Quando surgiu o convite para o Alferes ser candidato? O convite foi feito pelo Ângelo numa viagem de regresso da sede do CDS-PP de Lisboa. Na viagem, ele perguntou-me se eu queria ser candidato à AM e eu respondi que aceitava o desafio. Então, ele disse-me “ficas como candidato à AM”; e eu perguntei “qual vai ser o teu papel?”, ao que ele me respondeu “depois encaixo-me nalgum lado”. Ficou assim a conversa e estávamos todos à espera da apresentação do candidato à Câmara. Depois aconteceu aquilo… Continuo sem palavras para descrever a cena que mais parecia de um qualquer filme negro francês. Aí, afastou-se definitivamente? Já havia alguns problemas porque já se sabia de quezílias com Freguesias, já havia ameaças de alguns
militantes e de um ou outro dirigente da Concelhia de bater com a porta, mas as coisas iam andando. Pensei que se aguentaria até às Autárquicas, mas não foi possível. A partir da altura em que ele [Ângelo Santos] assume a candidatura à AM, a asneira está feita e não há forma de solucionar o problema. A questão mais importante é que a CPC não foi tida nem achada sobre esta matéria, o nome não foi apresentado, discutido nem votado, e daí a reunião à posteriori para fazer uma acta para mostrar a Lisboa que houve uma votação. É ridículo… Nos pedidos de demissão apresentados, há quem argumente que esta CPC não tem espírito democrata-cristão... Há valores e princípios que o CDS Feira sempre teve, mesmo nas suas maiores crises, e neste momento foram postos em causa. Como ex-líder da CPC, como vê esta crise no CDS-PP? Vejo de forma muito triste, não havia necessidade disto. Havia um projecto bonito, o projecto desta CPC foi muito bem pensado pelos líderes, em conjunto, aproveitando o que de bom tinha ficado da anterior CPC. Em 2009, quando peguei no partido, fiz uma concelhia de 5 elementos, demorei uma semana a fazer essa concelhia, não tínhamos ninguém, tínhamos duas freguesias com representantes. Em 2015, quando deixei o partido, tinha uma concelhia com 20 elementos, estávamos na maior parte das freguesias, e esta CPC ia dar o passo seguinte. Começou bem, o problema foi quando a dada altura começam a surgir núcleos feitos à pressa para mostrar números a Lisboa e Aveiro, quando se começa a querer fazer grandes eventos com a líder do partido e outros dirigentes em que se tinha de ter gente à força, viessem eles de onde viessem, para mostrar uma pujança que mais não era que autopromoção de três ou quatro elementos. Um partido não cresce assim, o actual projecto é completamente diferente do projecto inicial. É um projecto de agenda pessoal, e não de agenda política. Porque diz isso? O projecto inicial era excelente, mas o jantar de Nogueira de Regedoura terá marcado definitivamente a viragem na postura de algumas pessoas e consequentemente o fim do período bom. A estrutura foi até às últimas, para conseguir aquele número [de pessoas]. Exigiu-se demasiado dos militantes, com uma agressividade nunca vista. Algumas pessoas das freguesias não perdoaram o excesso de linguagem, a pressão, porque também têm a sua vida, trabalho, família. Para alguns, a política é tudo, para outros não. Fala em “mostrar números”, mas não foi também com esse intuito que se investiu no aumento da militância? O aumento da militância é positivo, aí nada a dizer, mas o ideal é que seja uma militância activa, com espírito crítico. Mas fala-se de uma “militância à força”, em que as pessoas nem tinham bem a noção do que faziam… Não é uma militância à força, é uma militância às paletes. Falta militância com conhecimentos políticos apurados. Nalgumas freguesias, há muita militância, mas falta gente para comandar. Temos tropas, mas não temos generais, e é isso que se passa com o
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ENTREVISTA
Temos tropas, mas não temos generais, e é isso que se passa com o CDS
CDS. Temos tropas na maior parte das freguesias, gente muito boa, mas falta meia dúzia de generais em condições na sede para liderar este exército. Com esta crise, acha que o CDS ainda tem hipóteses de obter um bom resultado nas próximas Autárquicas? Os eleitores é que são soberanos. Na CM e na AM, eu vou votar no CDS, primeiro porque é CDS, depois porque acredito que o Rui Tavares irá mudar a sua estratégia e maneira de estar na política, deixando de ser guerrilheiro e passando a ser mais abrangente e pacificador. Também estou convencido de que o Ângelo Santos não viverá só para a fotografia e irá preocupar-se em aprender os dossiers do nosso Concelho, que é para isso que se estará na AM. Fico à espera para ver o que vai acontecer na minha Junta de Freguesia [Caldas de S. Jorge e Pigeiros] depois da demissão do meu Núcleo. Se houver lista e se ela tiver o espírito do partido, apoiarei. Muita gente tem-me telefonado a pedir apoio para as listas de freguesia, vários candidatos já me pediram ajuda e algumas concelhias vizinhas também. Vou estar empenhado no que o partido entender e onde eu for desejado. Como tem visto a evolução e crescimento do CDS ao longo dos anos? Parece um partido que se afirma apenas em anos de eleições… O CDS teve dois períodos complicados. O mais recente foi em 2009, quando o partido bateu no fundo, estivemos sem Concelhia durante vários meses, nem água e luz tínhamos na sede. Aceitei o desafio de um dirigente distrital e fiz alguns contactos, sabendo que ia ser extremamente difícil, porque estávamos nas vésperas das eleições de 2009. Foi um erro, porque algumas candidaturas ficaram marcadas, nomeadamente a minha, para 2013. Quando há um mau resultado inicial, recuperar para um bom resultado é complicado. Mas reconstruímos o partido, que estava em crescendo. Esta CPC veio dar uma nova dinâmica e frescura e até certo momento, podemos apontar o trabalho como positivo. O problema foi que as coisas viraram inexplicavelmente e chegaram a um ponto de total desrespeito para com toda a gente. O Alferes afastou-se desta CPC mas
não se afastou do CDS? Não me afastei do CDS, mas não sei se irei abandonar a política. Para já, vou estar algum tempo afastado, dando apenas ajuda a estas listas e núcleos, de forma discreta. Ando muito triste com a política, não só por causa do CDS Feira, mas também por causa de outras concelhias do CDS que também são casos problemáticos, e da própria política no geral. Vejo um grande desinteresse das pessoas com a política, especialmente a malta nova. E por falar em juventude, esta situação que o CDS está a viver, não começou justamente com a JP? Não, a demissão na JP foi dos tais membros da oposição que já o eram quando eu estava na Concelhia. Houve sempre uma relação conflituosa entre o CDS e a JP, nunca percebi porquê. Agora a jota está numa nova etapa, que eu ajudei a criar, sem nunca interferir no que estão a fazer, isso é sagrado. Sei que nem toda a gente faz isso no CDS actualmente, há quem interfira, e de que maneira, mas eles vão seguindo a vida deles, às turras, aos tropeções, é como as crianças quando aprendem a caminhar. Às vezes, tem de correr mal para perceberem como as coisas são. Nalgumas matérias, a actual Concelhia tem razão, nomeadamente em relação ao deputado municipal, mas perde a razão quando tem o género de respostas que tem tido. Dizer que alguém é uma “nulidade” não é uma resposta que um presidente de Concelhia de um partido democrata-cristão deva ter em público, ainda mais em ano de eleições. Houve um desnorte completo quando eu me afastei da Concelhia, porque eu dava alguma ‘consultoria’. Das 160 notas de imprensa que foram feitas até há dois/três meses, 150 saíram do meu computador. Pediram-me essa ajuda, e eu ajudei. Na criação dos núcleos, metade deles têm a minha mão. Fazia isso porque adoro o CDS, os militantes de base, que com esta crise sentem-se desonrados e despidos de dignidade. E se não há mais demissões é porque estamos em ano de Autárquicas. Há muita gente descontente com a liderança do partido na Feira, a sua assessora e o candidato à Câmara, por algumas atitudes e pos-
turas que têm, mas não se demitem porque sabem que podem prejudicar o partido. Outros batem com a porta, porque acham que ainda falta tempo e há possibilidade de resolver uma série de situações. Quando afirma que a actual Concelhia tem razão de queixa sobre Valter Amorim, o que quer dizer? Tem sido difícil trabalhar com o Valter Amorim, já na minha Concelhia isso acontecia. Há uma certa descoordenação, uma falta de tempo da parte dele, porque tem vários empregos e afazeres. O Valter Amorim, nalgumas matérias, não tem estado como o partido precisaria e exigiria, mas eu fui fazendo um esforço, como presidente de Concelhia, para que as coisas fossem andando; não foram andando muito bem, mas foram andando. Com esta Concelhia, o problema era o mesmo e a partir de dada altura as coisas extremaram-se e houve retirada de confiança política da CPC ao deputado municipal. Ficou dentro do partido, por sugestão minha, mas alguns queriam logo vir dizer isto para os jornais, pôr outdoors a anunciar a grande medida, não percebendo que guerra traz guerra, e quem tem a perder neste momento é a Concelhia. Com tudo o que está a acontecer, como vê o futuro do CDS? Um militante disse-me há dias “Alferes, não desanimes, em 2021 há eleições autárquicas outra vez”. Não quero pensar assim, estou esperançado que, apesar de tudo, o CDS consiga uma grande votação, não tanto pelas candidaturas à CM e AM, mas pelas Freguesias, que vão ser determinantes. Olho para quatro ou cinco Freguesias e dá gosto vê-los trabalhar. Das candidaturas anunciadas, algumas estão a trabalhar bem, outras com algumas dificuldades naturais de quem está a começar. Há candidaturas em que não vejo grande futuro, porque vão ser impostas pela Concelhia ou são escolhas de amigos da Concelhia, vai correr mal. Mas as que são saídas dos Núcleos e dos militantes de base, podem fazer um excelente trabalho. Temos uma dúzia de listas que podem ter um excelente resultado e ajudar o CDS a sair desta crise. É isso que eu espero. Mesmo que a onda de demissões
continue? Quando temos problemas em casa, os assuntos resolvem-se sempre dentro de casa, mas foi o presidente da Concelhia que trouxe isto cá para fora numa entrevista à rádio e eu entendi que devia responder. Agradeço a todos os militantes e simpatizantes que têm demonstrado um espírito de solidariedade para comigo e deixo uma palavra de compreensão para os demissionários, sei que lhes tem custado muito, e ainda uma palavra de amizade para o meu Núcleo de Freguesia. À JP, digo que voem e que não se deixem amarrar. O futuro é vosso.
Duas novas demissões Alferes Pereira anunciou, em entrevista ao CF, que o Núcleo do CDS-PP de Caldas de S. Jorge e Pigeiros se tinha demitido na passada semana, mas anteriormente já duas militantes, de Argoncilhe, tinham comunicado, através de e-mail enviado às redacções, a sua demissão da CPC do partido. Paula Cristina Pereira dos Santos e Maria Emília Pereira dos Santos apresentam as mesmas razões para a sua demissão, apontando “um conjunto de atitudes e práticas da actual Concelhia, nomeadamente do seu presidente e de mais alguns elementos, com as quais não concordam nem pode ser coniventes”. “São demasiadas as situações incompreensíveis e intoleráveis, desde o total atropelo aos Estatutos e Regulamentos na escolha dos candidatos à Câmara e Assembleia Municipal bem como o público desrespeito por estruturas e militantes que muito deram e continuam a dar ao partido e ao Concelho”, afirmam, lembrando o “recente episódio com Alferes Pereira”. “É apenas um de muitos, pelo que há que dizer basta. Não é uma decisão fácil, mas é necessária”, referem. Continuam, contudo, como militantes do CDS e apoiantes da candidatura de Ana Celeste Martins a Argoncilhe.
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AVENIDA DAS FOGACEIRAS Visualização online: Março 2017
ESTATUDO EDITORIAL 1 - O Correio da Feira (CF) é um jornal centenário e assume-se na qualidade de órgão de informação de referência regional, generalista e plural na sua abrangência noticiosa, apresentando-se em suporte papel e em plataforma digital na defesa e promoção dos valores regionais, primacialmente os do universo Feirense. 2 - O CF assume e cumpre integralmente os objectivos presentes no espírito e na letra do Artigo 2º do Estatuto de Imprensa Regional e observa os ditames da Lei de Imprensa. 3 - O CF Defende, respeita e cultiva os direitos e deveres da liberdade de expressão, objectivando o direito dos Leitores a serem informados com isenção e rigor, enquadrando a sua actividade de informação em conformidade com a Constituição da República Portuguesa e no respeito da Declaração Universal dos Direitos do Homem. 4 - Numa perspectiva de transparência plena, o CF define claramente as diferenças entre matéria noticiosa, opinião, crónica, ficção, análise e informação de índole institucional e outros modos de intervenção editorial. 5 - O CF incentiva a prática das regras inscritas no Código Deontológico dos Jornalistas, assumindo independência crítica e noticiosa face
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Nota da Direcção: Só para que conste...
(Todos os dias, menos quinta-feira)
Embora um jornal diário se tenha aproveitado da nossa investigação para avançar a notícia, acerca de uma sentença do Tribunal de Felgueiras que permite ao Estado “lucrar” 253 mil euros com prostituição, a RP foi mais longe, apurando consequências que podem vir a custar-nos caro. O nosso correspondente na União Europeia, sabe que o incansável Djsselbloem anda a completar uma caderneta para oferecer ao Schäuble, com recortes de imprensa referentes ao mulherame da noite, e cromos dos estudantes portugueses expulsos de hotel por bebedeira e desacatos…
O nosso repórter infiltrado conseguiu apurar que a DCIAP está a investigar o ‘apagão’ nas operações de transferências para offshore de quase 10.000 milhões, mas debate-se com dificuldades inesperadas. “Está tudo às escuras. Alguém andou a provocar curtocircuitos selectivos” queixou-se um inspector, enquanto tentava reparar um fusível chamuscado. Também conseguimos ouvir um ex-deputado, que é primo afastado do Tino de Rans e electricista político nas horas vagas: “Connosco isso não aconteceria; era só mudar os carburadores aos computadores e pronto!...”
Tínhamos um rigoroso exclusivo acerca dos peritos judiciais que vão ser julgados por avaliar 17,2m2 por 2,1 milhões de euros, mas como quisemos ser simpáticos em vésperas de aniversário, cedemos a manchete ao nosso querido colega JN. Ainda assim, não desistimos de entrevistar o secretário-geral da APPP&OCAG Associação dos Peritos em Peritar Peritagens & Outras Cenas Assim do Género, que mesmo sem se alongar, não escondeu a sua indignação: “Trata-se de gente indigna da profissão. Podiam ter arredondado aos 20m2, caramba!...”
Texto: Fortunato K.Pralinné Ilustração: Débora Pax
Maria Antónia Palla disse a um nosso colega da capital, que nunca havia imaginado o seu filho, António Costa, como primeiro-ministro. Contrariando a ideia-geral gerada à esquerda da geringonça, em que se acusa a emblemática ex-jornalista de falta de imaginação, levantou-se um coro de louvaminhas, à direita, com o senhor Coelho, ex-CEO do conglomerado Céu Azul & Terra Laranja, ACE, a reclamar que a culpa do actual estado da coisa, é todinha do ministro da Educação. “É no que dá a falta de orientação. Já nem se respeita as convicções das Mães…”
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OPINIÃO
António Cardoso, Deputado do Partido Socialista na Assembleia da República
Ana Isabel Sampaio
A MATURIDADE OU A FALTA DELA, NESTE MILÉNIO
NÃO BAIXAR OS BRAÇOS No passado dia 27, realizou-se na Sala do Senado da Assembleia da República uma conferência/debate sob o tema da “Energia”. Quem teve a oportunidade de assistir às jornadas, pôde percecionar melhor a importância da energia nas nossas vidas e a interdependência que deve haver entre a Economia, a Energia e Ecologia do nosso país. Dada a oportunidade, a Assembleia da República discutiu o tema em Plenário, onde tive oportunidade de intervir sobre três projetos de Resolução do Partido Socialista que dominaram a sessão, em que mereceram destaque as principais preocupações que tinham dominado as jornadas sobre Energia. Os projetos em discussão tiveram em consideração os principais temas que dominaram o debate: 1- PR 771 – que faz o pedido ao Governo que avalie a regulação dos mercados de energia nos últimos 10 anos. 2- PR 772 – aprecia a situação da energia no presente, recomendando ao governo que defina o tipo de apostas a levar a efeito nomeadamente a opção de energia solar no sul do país, o reaproveitamento da produção de energia elétrica nas centrais hídricas no norte, sem descurar a consolidação da apostada produção de energia elétrica nas centrais de biomassa. 3- PR 773 – solicita ao governo que priorize os investimentos no setor das energias renováveis preparando no futuro em especial o mercado energético europeu com interligação ao norte de África. Os projetos em apreciação podem geometricamente expressar a relação entre a Economia, a Energia e a Ecologia através de um triângulo equilátero (três lados e três ângulos iguais), tendo em um dos vértices o “E” de Economia, no outro o “E” de Energia e no terceiro o “E” de Ecologia. Esta figura explica por si só a importância do crescimento simultâneo das três atividades. A Eficiência Energética das atividades desenvolvidas na qualidade de vida dos cidadãos é a variável que assegura de forma automática mais e melhor Ecologia e uma Economia saudável com recurso a energias limpas. Portugal tem sido inovador na área da energia tendo feitos elevados investimentos na produção de energia elétrica apostando nas energias eólica e solar. Mesmo assim, tem ainda muitos caminhos a desenvolver e melhorar, até porque a qualidade de vida que desejamos para todos(as) exige que: - se garanta o fornecimento de energia de boa qualidade e de forma ininterrupta (evitando os chamados “apagões”), portanto produzir, transportar, distribuir com a melhor eficiência energética. De diversas formas de eficiência energética destaco: - Medidas de Apoio à instalação de todo e qualquer equipamento que comprovadamente garanta poupanças de consumos energéticos no consumo de energia elétrica em especial na iluminação e na força motriz nas indústrias e ainda na rede pública de iluminação. - Reforço das medidas de apoio existentes em obras de melhoria de isolamento do parque residencial, nomeadamente das paredes, coberturas e envidraçados…onde os apoios atribuídos têm sido escassos, não chegando a cobrir o valor do IVA das obras realizadas!...Concluindo, urge valorizar a eficiência energética na defesa de um futuro sustentável.
O século passado e o início deste têm sido marcados pelo avanço dos processos tecnológicos. Este início de milénio tem que ser marcado pela modificação dos “processos humanos”. A evolução foi surpreendentemente benéfica para o ser humano mas trouxe consigo alguns percalços. E quem mais saiu prejudicado? A natureza e o ser humano. A sustentabilidade é a palavrachave para que possamos garantir não só o nosso futuro, assim como o das gerações posteriores. Os recursos naturais esgotam-se rapidamente e a poluição causa efeitos devastadores que afetam todos os ecossistemas. E nós não somos mais do que uma espécie que os integram. Por todo o lado existe uma desumanização das sociedades. O egocentrismo tomou conta do ser humano. Um exemplo, se alguém te disser: - Estou com dor de cabeça; logo respondes: - E então eu? Sinto-me a enlouquecer.... O diálogo deu origem ao silêncio, à introspeção. A vida comunitária deixou quase de existir nas sociedades modernas. Os valores e a ética, a moral e os bons costumes vêm-se extinguindo rapidamente, dando origem a um facilitismo e a uma aceitação da lascívia quase surreal. As crises de valores resultam em gente que nem sabe bem o que anda aqui a fazer. A família, célula base da sociedade, foi surpreendentemente abalada na sua essência. As crianças de hoje em dia crescem tantas e tantas vezes sem um nú cleo f amiliar h armonioso e equilibrado, que lhes dê estabilidade e as ajude a construir sólidos alicerces. São crianças e jovens tantas vezes extra mimados, cheios de bens materiais e vivendo num vazio interior, sem ter quem lhes faça boas sementeiras. Acompanhando o
FICHA TÉCNICA
ENERGIA NA AGENDA POLÍTICA
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Director Orlando Macedo (CP 3235) direcao@correiodafeira.pt
Redacção Daniela Soares (CP 10037) daniela.soares@correiodafeira.pt
Nélson Costa (CP 10382) nelson.costa@correiodafeira.pt
Marcelo Brito (TP-2391) marcelo.brito@correiodafeira.pt
seu crescimento cuidadosa e carinhosamente. O mercado de trabalho é tantas vezes um bicho papão. Altamente redutor da essência humana. Onde quase ninguém pode ser quem é, e muitas vezes se retorna, não literalmente, mas de forma abstrata ao taylorismo, repetitivo, incongruente, massacrante. Não sou filósofa, mas o futuro da humanidade preocupa-me, já que não me considero egoísta. Por isso teimo em não aceitar tanta coisa neste sistema. Apesar de considerar que o balanço foi muito positivo com esta evolução, existindo muitos homens e mulheres bem estruturados, que se fossem mais ouvidos poderiam fazer muito bem à humanidade. É por este motivo que, apesar da minha nada longa participação nos círculos políticos nacionais e da desilusão nesta participação, encontrei pessoas que lutam por ideias verdadeiras. E quis incluir-me nestes últimos. Porque muitas outras pessoas que têm passagem por este mundo político, acabam por desistir devido à quantidade de grupos de interesse que estão envolvidos e a uma falta de lucidez absurda. Tão absurda que nos vemos envolvidos em circunstâncias que não muito nos favorecem sobretudo na área económica. Acredito fortemente na formação partidária que abracei porque nela revejo tudo aquilo em que acredito e também creio ser ela capaz duma renovação que se exige. Renovação essa que, na minha opinião, não passa por uma rutura com o passado, mas sim com construção de uma ponte entre o passado, o presente e o futuro. Afinal só podemos evitar os erros cometidos se tivermos bem noção deles, além de que tudo aquilo que foi positivo, pode ser copiado e melhorado.
Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Filipe Dias, Filipe Freixo, Jo‹ o Pedro Gomes, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Serafim Lopes
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OPINIÃO
Joaquim Dias
Paraíso ao virar da esquina A gestão PSD com Emídio Sousa aprofundou ainda mais o clientelismo, agora ancorado numa matriz mais conservadora, abençoada com laivos beatíficos, num notório infantilismo, incompreensível à luz da modernidade e da racionalidade do século XXI. A diplomacia económica tornouse o centro de acção do executivo PSD. Esta doutrina foi importada para Portugal por Paulo Portas, tendo em Emídio Sousa um fiel discípulo. Em nome desta santa doutrina, o PSD propõe regalias e isenções fiscais para as maiores empresas que se venham a instalar no Concelho. Na prática, querem transformar o concelho num paraíso fiscal. Toda a gestão laranja gira em torno de um receituário ideológico ultra-conservador cimentado no
empreendedorismo e na meritocracia. O empreendedorismo transformou-se na nova religião do homem moderno (individualista). Materialista e secular, ele substituiu os Santos do seu altar por fotografias de homens “bem-sucedidos”; os seus Evangelhos são livros como “O sonho grande” e “A força do Hábito”. O empreendedorismo construiu um fenómeno mais recente: o empreendedor de palco. Peça de teatro levada à cena até à exaustão neste Concelho. A falácia chamada “meritocracia” serve para concretizar dois objectivos: 1.º - Inchar o ego dos privilegiados, que acreditam ter essa posição por merecimento, quando na verdade só estão onde estão por uma construção histórica de
opressão e exclusão das minorias. Ou seja, ninguém merece nada do que tem, em detrimento do outro por conquista própria, apenas tem tais privilégios por pertencer ao grupo dominante. 2.º- Incutir nos excluídos o sentimento de culpa e vergonha por terem falhado, quando, na verdade, nem sequer chegaram perto de ter os direitos e oportunidades do grupo dominante. Trocando por miúdos, faz o pobre, por exemplo, acreditar ser inferior por culpa própria e não por efeito colateral de um sistema cruel que o exclui. O resultado deste modelo de governação é evidente no que toca à criação de emprego. A larga maioria das empresas que se instalam no Concelho apenas o fazem para terem mão-de-obra pouco qualificada e barata (o salário mínimo,
cargas horárias elevadas e isenções fiscais). Quando o problema é a pobreza e a exclusão social, a Autarquia é incapaz de dar respostas sociais adequadas, dignas de uma sociedade moderna e civilizada. O assistencialismo é a resposta dada no concelho de Santa Maria da Feira, tal como nos tempos da inquisição. Estes novos inquisidores vestem o fardamento do bairrismo e do fanatismo beatífico, tal como nos tempos do feudalismo. Para a fogueira, os adversários. Para a seita, todos os lugares. O inferno é para o povo e o paraíso para a casta. Para o povo tornou-se quase impossível sequer apagar a fogueira do Inferno, já que até o preço da água se tornou proibitivo.
animais Paula Quintas Coordenadora do Curso de Solicitadoria do ISVOUGA
AD JURIS A Lei n.º 8/2017, de 03.03., aprovou o novo estatuto jurídico dos animais, reconhecendo a sua natureza de seres vivos dotados de sensibilidade (seres sencientes). A Lei citada surge no seguimento da Lei n.º 69/2014, de 29.08. que procedeu à alteração da legislação penal em matéria de maus-tratos a animais de companhia, definidos como “qualquer animal detido ou destinado a ser detido por seres humanos, designadamente no seu lar, para seu entretenimento e companhia” (artigo 389.º, n.º 1, do CP). Assim, a Lei n.º 8/2017 alterou o CPC (aditando a al. g) no art.
736º, sobre bens absoluta ou totalmente impenhoráveis no que respeita especialmente aos animais de companhia), o CP e vários preceitos do CC. Deste último são de destacar: - Uma nova classificação dos animais (art. 201º-B), reconhecidos como “seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção jurídica em virtude da sua natureza”; - Quanto ao objeto de propriedade (art. 1302º), a eliminação da equiparação dos animais às coisas; aditando um novo regime de propriedade (art. 1305º-A), inserindo vários deveres dos proprietários e garantias para
os animais; - A inserção do animal como bem incomunicável no regime de bens do casamento (aditamento da al. h), ao nº 1, do art. 1733º); - A indicação do acordo sobre o destino dos animais de companhia, na instrução do requerimento de divórcio por mútuo consentimento (aditamento da al. f), ao nº 1, do art. 1775º); - A consagração de uma indemnização específica dos proprietários em caso de lesão ou morte do animal (aditamento do art. 493º-A); - A inserção de um regime próprio aplicável aos “animais
de companhia” no regime do divórcio (aditamento do art. 1793º-A); - A revogação do artigo 1321.º (que permitia a destruição ou o abate de animais ferozes fugidios). Este avanço histórico é, no entanto, ainda tributário da propriedade dos animais, continuando a ser admitido o uso dos mesmos para efeitos de tração (Código da Estrada), criação e abate para fins de consumo (ex. indústrias de agropecuária e bovinicultura), experimentação científica e atividades lúdicas (como circenses e tauromáquicas).
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL Eleições Autárquicas em fundo
“No diA 1 dE outubro, os ‘juízEs’ vão dizEr quE Estão sAtisfEitos…” Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
O Auditório da Biblioteca Municipal voltou a acolher na sexta-feira uma sessão ordinária da Assembleia Municipal, com destaque para os documentos de Prestação de Contas do Município referentes a 2016 que muita contestação gerou. Destaque ainda para o pedido de esclarecimento da presidente da União de Freguesias de Souto e Mosteirô, Manuela Teixeira, deputada do Partido Socialista, aos vereadores… do mesmo partido. Antes do período da Ordem do Dia, CDU e BE apresentaram moções e recomendações, pelas vozes de Filipe Moreira e Moisés Ferreira, respectivamente. A CDU apresentou três moções saudando a célebre data do 25 de Abril; as portuguesas que participaram na Marcha Nacional das Mulheres, no dia 11 de Março; e ainda o Dia Internacional do Trabalhador que se assinala a 1 de Maio. Como recomendações, o partido propôs um reforço à educação ambiental, devido à “falta de formação das pessoas” e “do papel de fiscalização não cumprido pela Câmara Municipal”; e, ainda, uma segunda recomendação visando a requalificação da Quinta do Castelo cuja gestão foi transferida para o Executivo em 2013. Todas as moções e recomendações foram aprovadas por unanimidade, embora o PSD, na pessoa de José Manuel Leão, referisse que a “Câmara já tem preparada a intervenção para a Quinta do Castelo”, com o presidente da Câmara, Emídio Sousa, a corroborar, desvendando que a obra vai custar dois milhões de euros. Três, foram também as moções que o Bloco apresentou. A primeira reclamava a “necessária e urgente requalificação dos bairros sociais”; a segunda, propunha “medidas para eliminar as lixeiras” e ainda o “reforço do sistema de recolha de lixo doméstico”; por fim, Moisés Ferreira levou novamente à discussão a requalificação de equipamentos desportivos. As recomendações dos bloquistas foram todas chumbadas. José Manuel Leão referiu que a Câmara já tem os concursos lançados para intervir em dois bairros sociais, justificando que os subsídios “só aparecem quando
A afirmação é do chefe do Executivo, Emídio sousa, que, perante as duras críticas da oposição referentes à prestação de Contas do Município, mostrou-se tranquilo e confiante na reeleição no próximo mês de outubro aquando das eleições Autárquicas. o bairro tem mais de 15 anos de idade”, defendendo, em relação aos equipamentos desportivos, que “a Câmara tem executado uma intervenção exemplar”. Sobre as lixeiras, Emídio Sousa foi taxativo: “O Concelho não tem lixeiras. Temos montureiras que vamos limpando conforme a necessidade”, disse.
Oposição interroga Câmara Municipal
Depois, Filipe Moreira, da CDU, questionou o executivo municipal acerca da situação do Castro de Fiães; sobre o transporte público escolar, que, muitas vezes, circula “sobrelotado”; e ainda acerca da candidatura de Santa Maria da Feira a Cidade Amiga das Crianças. O presidente da Câmara respondeu que “o Castro de Fiães está qualificado”; que “os transportes escolares cumprem” a procura”; e que está a ser produzido o Plano de Acção para a candidatura ‘Cidade Amiga das Crianças’. Já Manuel Amorim Duarte, do PS, recordou que em 2015, a Assembleia Municipal aprovou a construção da Rotunda do Picoto e que, até então, nada foi feito. O edil justificou dizendo que não existe viabilidade para avançar com o projecto, o que causou de imediato um coro de protestos, com Emídio Sousa a ser acusado de não dar cumprimento às deliberações da Assembleia. Também do Partido Socialista, Sérgio Cirino quis saber se o recentemente apresentado Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo (PEMT) inclui a potencialização da margem do Rio Douro em Canedo. Emídio Sousa desvendou que existe um projecto para o alargamento do Cais de Chegada em Porto Carvoeiro, mas que existem entraves. “As várias soluções que nos apresentaram não contemplam a plataforma e se não a alargarmos, deixa de fazer sentido”, referiu. Do BE, Moisés Ferreira, voltou a pedir justificações à Câmara em relação ao abandono e degradação de rinques desportivos em Nogueira da Regedoura, Lourosa e Lamas. O chefe do Executivo adiantou que vai realizar um levantamento sobre essas questões, mas que “tem que
haver uma política de alguém tomar conta” para justificar a intervenção e não deixar que aquelas estruturas caiam, novamente, no abandono.
Prestação de Contas aquece os ânimos
Já na Ordem do Dia, os documentos de Prestação de Contas do Município de 2016 causaram a discórdia e a contestação da Oposição, em contraste com o resumo apresentado por Emídio Sousa, que considerou o desempenho como “excelente”. “Na área financeira, temos um prazo de pagamento de 12 dias e uma dívida que diminuiu mais de 20 milhões de euros. O Município paga a tempo e horas e tem capacidade de investimento. Um dos maiores desafios que encontrámos ao longo dos quatro anos, foi a diminuição do desemprego. Conseguimos baixar a taxa de desemprego para menos de 9%, o que significa mais de quatro mil postos de trabalhos espalhados pelo território. As nossas empresas revelam boa saúde e dinâmica de mercado”, adiantou. O chefe do Executivo referiu-se concrectamente a dois parques empresariais do território – PERM e Lusopark – apontando que o primeiro conta com “dez projectos aprovados e algumas fábricas em construção”; já o Lusopark, situado a norte do Europarque, “está em fase final de infra-estruturação e vão ser instaladas ali várias empresas”. Emídio Sousa revelou que, para além da Amy’s Kitchen, e apesar de ainda não ser garantido, o Lusopark deverá acolher uma “grande empresa multinacional suíça, a par de empresas nacionais”. Mais adiante, considerou que “no desporto, revolucionámos [a Câmara] as infra-estrututras para a prática do futebol; temos 17 campos sintéticos. O pavilhão de S. João de Ver está concluído e será inaugurado a 22 de Abril para acolher as Mini Olimpíadas; e o pavilhão de Mozelos está em construção, estimando-se a sua inauguração no próximo ano”, enumerou. No que toca à Educação, Emídio Sousa revelou que foi assinado um “contrato com o Ministério da Educação para a requalificação da
Escola Secundária de Fiães” e que a Câmara tem ainda candidatura apresentada para o Centro Escolar de Fornos. Também o Centro Escolar da Feira é outro grande projecto, mas está dependente que o Ministério da Educação faça a permuta da antiga Fernando Pessoa”, revelou. Na área Social, a acção foi “notável”. “Constituímos 21 fóruns de freguesia. Temos, em todas as freguesias, um espaço de solidariedade envolvendo todas as instituições. Já a terceira idade é algo que nos preocupa. Temos múltiplas actividades porque tentamos que as pessoas pratiquem exercício físico e façam passeios dentro e fora da nossa terra. Assim, temos em curso o Plano Estratégico para a Terceira Idade e projectos próprios para combater a violência doméstica”, disse.
“A boa gestão financeira permite a religação de toda a luz pública” Sobre os Transportes, Emídio Sousa revelou que o Município triplicou “o número de carreiras autorizadas e o número de quilómetros cobertos”. “De 55 linhas, em 2015, correspondentes a 1.209 quilómetros, passámos a ter 122 linhas a 3.275 quilómetros. Já a rede viária foi “o maior investimento e desafio à reabilitação”. Segundo o edil, “neste momento, temos quatro empreitadas em curso. São oito milhões em obra e, no próximo ano, serão mais oito. É um grande investimento”,
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL
deve viver no mesmo Concelho que ele. Margarida Gariso nunca vê nada do que se faz”, criticou, provocando sorrisos entre a bancada socialista. O edil camarário disse ainda sentir-se tranquilo e “confia na palavra do povo” que há-de “avaliar a gestão realizada nos últimos quatro anos de forma positiva. No dia 1 de Outubro [data das eleições autárquicas], os ‘juízes’ vão dizer que estão satisfeitos. Estou preparado para esse veredicto”, rematou.
PS pede esclarecimentos ao… PS
classificou. Sobre a política ambiental, apontou a recuperação de “dois grandes passivos ambientais”, a Pedreira das Penas e a Pedreira de Lourosa; e no que à Cultura diz respeito, destacou os prémios internacionais que o ‘Imaginarius’ e a ‘Viagem Medieval’ arrecadaram. Falando sobre o Turismo, destacou o aumento do número de dormidas, “em cerca de 30%” e da procura na Loja de Turismo. Não esqueceu o Europarque: “Há dois anos que o assumimos e, sem ousadia, seria um enorme passivo do Concelho”, referiu, revelando que a Câmara objectiva uma “modernização do Visionarium”. Por fim, apontou que “a boa gestão financeira permite a religação de toda a luz pública”, que, alegadamente, havia sido “desligada pelo aumento substancial do IVA e a factura subiu em 400 mil euros. Neste momento, há condições para religar. A aposta na iluminação LED vai continuar”, garantiu.
PS e Bloco duros nas críticas ao Executivo
Em contraponto, esteve a Oposição. Valter Amorim (CDS) referiu que “tudo o que foi conseguido foi importante, mas nem tudo foi perfeito. A verdade é que evoluiu-se em relação ao que era Santa Maria da Feira. O que se verifica actualmente é completamente diferente do que há quatro anos. Houve responsabilidade”, classificou. Margarida Gariso (PS) não poupou críticas à gestão da Câmara Municipal. “Há quase quatro anos, o presi-
dente da Câmara apontou três eixos para o seu mandato: a Rede Viária, a Coesão Social e o Desenvolvimento Económico e Desemprego. Começando pela Rede Viária, consta que estão adjudicados ou em processo de adjudicação mais de 100 quilómetros de estrada. Mas foram prometidos 500. Prometeu o Eixo das Cortiças e não o fez, assim como a conclusão da via FeiraNogueira. E quanto aos transportes,
“Há aposta nos campos relvados, mas um dia vamos perceber quem está a ganhar com isso” onde estão os prometidos dois Centros Coordenadores?”, questionou. Rebatendo ponto por ponto a comunicação de Emídio Sousa, a socialista apontou, relativamente ao Desenvolvimento Económico e Emprego, que “no Concelho, os valores do desemprego acompanham os valores nacionais” e que “não se verifica acção directa da Câmara” para atingir os resultados apresentados. Criticou também o “abandono do Parque Empresarial da Cortiça”, anotando que “nada foi feito para requalificar as Zonas Industriais”. Margarida Gariso fez ainda referência ao facto da Câmara ter descido “36 lugares no Índice da Transparência Municipal” e que “a diminuição da dívida municipal e dos prazos de pagamento é apenas justificável pelos cortes sucessivos no investimento”. Por sua vez, Filipe Moreira apon-
tou que “o desemprego diminuiu, mas o trabalho precário aumentou” e que “algo ficou por fazer nos Castros de Romariz e Fiães, assim como no Mercado Municipal”. Para o eleito da CDU, os “graves problemas ambientais”, provocados por “descargas poluentes”, originam-se pela “deficitária fiscalização municipal”; e aproveitou para aconselhar o Executivo a apostar numa frota automóvel “mais sustentável” através de viaturas eléctricas. Já o bloquista Moisés Ferreira afirmou que na Feira “está tudo na mesma. A execução orçamental para funções sociais é extremamente baixa; [no desporto] há aposta nos campos relvados, mas um dia vamos perceber quem está a ganhar com isso; quanto aos transportes, “só temos a Transfeira e o alargamento para outras freguesias não foi acatado; sobre a requalificação da rede viária, “não é só pôr tapete por cima”, enumerou. A concluir a sua intervenção, o eleito do Bloco de Esquerda referiu que “a Câmara faz gáudio de, em 2016, ter alcançado a recuperação de 20 milhões; mas, num Concelho que tem tantas pessoas a necessitar, [o Executivo] decide guardar e não investir…”, estranhou.
Presidente responde às críticas
Emídio Sousa começou por parabenizar Valter Amorim pela “excelente análise” aos documentos. A Margarida Gariso explicou que “nunca disse que iria intervir em 500 quilómetros de Rede Viária, comentado haver ali “gente que não
Seguidamente, debateu-se a Revisão Orçamental com a presidente da União de Freguesias de Souto e Mosteirô, a socialista Manuel Teixeira, a subir ao palanque para pedir satisfações de uma votação desfavorável dos vereadores socialistas, em reunião de Câmara. “Estou aqui como presidente da UF e não vou embora sem questionar e me explicarem a parte da Revisão do Orçamento, referente à requalificação do Largo Inácio Monteiro, em Souto, a qual foi votada a favor, menos pelos vereadores Susana Correia, António Bastos e Mário Oliveira. Fico muito triste com esta votação uma vez que estamos todos a trabalhar para a UF. Gostava que justificassem”, pediu. O presidente da Câmara afirmou que, na acta da Reunião de Câmara, “não existe qualquer declaração de voto” e negou a oportunidade dos vereadores se explicarem. “Se me derem a palavra, respondo à questão”, pediu Susana Correia, mas o edil feirense voltou a negar. A decisão gerou contestação na bancada socialista que pediu o uso da Defesa da Honra, negada por Amadeu Albergaria. “Só o presidente da Câmara pode autorizar que os vereadores falem. Se não autoriza, não podem usar da palavra. Manifestamente, não pode haver Defesa da Honra por causa de uma votação que consta na acta. As regras da Assembleia são claras”, considerou. Por fim, Emídio Sousa, apontou que “teria toda a satisfação em dar a palavra se tivesse havido alguma declaração de voto. Esteja descansada que a obra avança”, disse, dirigindo-se a Manuel Teixeira.
Amy’s Kitchen terá benefícios fiscais
Foi aprovada a atribuição de benefícios fiscais à empresa norte-americana que está em fase de instalação no Lusopark. Em discussão estavam cerca de 180 mil euros de prejuízo directo à Câmara, por perda de receita, justificados por Fernando Leão. “Diluir-se-ão com os impostos. São 180 mil euros facilmente atingíveis”. Emídio Sousa explicou que é “uma situação excepcional” e que o Concelho “não podia perder este negócio absolutamente estruturante para o país”. A proposta foi aprovada com apenas dois votos contra.
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reunião de câmara Em época de balanços, antónio bastos atira a Emídio sousa
“EspEro bEm quE não passE a dinossauro”
Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
A aprovação do último Relatório e Contas do Município, durante este mandato, foi mote para balanços e despedidas. “Iniciámos em 2013 com desafios tremendos, sendo o maior deles a taxa de desemprego. Passámos de mais de 10 mil desempregados para 6000”, referiu o presidente da Câmara, Emídio Sousa. Falou do “bom desempenho financeiro” e do “prazo médio de pagamento a 12 dias”, além da redução da dívida em 20M€ “sem pôr em causa os principais investimentos”. Os “grandes parques empresariais” são dois: o PERM e o Lusopark, que “já está em fase de conclusão”. A plataforma Bizfeira “envolve todos estes sectores” e ganhou o 1.º prémio do IAPMEI na categoria Apoio à Internacionalização de Empresas. Na área social, os 21 fóruns de freguesia estão instituídos e Santa Maria da Feira é uma “referência” no incentivo a uma melhor qualidade de vida da população idosa. Na Educação, as candidaturas estão feitas para a Secundária Coelho e Castro e a EB Chão-do-Rio, em Fiães, além dos centros escolares da Feira e de Fornos. “Lançámos há dois anos as aulas de programação informática que vai ser o futuro da empregabilidade”, afirmou Emídio Sousa. No Desporto, passou-se de 2 para 17 campos sintéticos, com novas candidaturas já abertas, e o Pavilhão de S. João de Ver está prestes a ser inaugurado. O de Mozelos já arrancou novamente. As Pedreiras de Lourosa e das Penas são hoje “agradáveis espaços” de lazer e a reabilitação da rede viária está a decorrer com “um investimento total superior a 8M€”. Abriu-se concurso para sinalética horizontal e substituiu-se o reservatório de água antigo do Calvário pelo de Vila Nova, que permite uma “cobertura
o último relatório e Contas foi aprovado e muito do que foi feito e não foi feito constou das intervenções de psd, ps e independentes. de 48h”. No ano passado, começou “de forma experimental” a recolha selectiva porta a porta e pensa-se “alargar a todo o território”. Na área cultural, “deu-se um salto” com as gentes da terra e os grandes eventos “reconhecidos nacional e internacionalmente”, além da “aposta na nova dimensão das Fogaceiras”. “Era muito centrado no dia 20 e desenvolvemos toda uma programação durante o mês de Janeiro”, frisou. O efeito no Turismo foi notório com acréscimos de 69% de visitantes nas lojas, 33,8% nos equipamentos turísticos e 30% nas dormidas no Concelho. “Precisamos agora de um novo equipamento hoteleiro de qualidade, 4/5 estrelas, porque este público procura alojamento nos hotéis vizinhos”, apontou. O Europarque, agora sob gestão municipal, recebeu 209 eventos, e tem “nova vida” com “uma área de lazer e exercício muito forte”. “E o seu restaurante, em 5 meses, é uma referência na zona”, referiu. Ainda, a “dinâmica” em torno do Europarque”, com a Lenitudes, “um dos melhores equipamentos de tratamento do cancro”, a construção do colégio privado da Escolaglobal que entra em funcionamento em Setembro e o Feirpark que estava “moribundo e neste momento está lotado”. Não esquecendo a iluminação pública, uma das grandes “queixas”, que “vai ser religada”. “O território começa a ser atractivo, o emprego uma realidade, estamos todos muito contentes com o trabalho”, declarou.
Bastos rejeita glórias alheias
E se Emídio Sousa falou do que tinha feito, o socialista António Bastos falou do que “ficou por fazer”. “Tudo o que corre bem devemos louvar – como os bons
feitos das associações e do tecido empresarial e, claro, da Câmara – mas há coisas que não correram tão bem”, afirmou, falando sobretudo do “não investimento”. “No orçamento, 73% foi executado, mas 27% ficou por realizar”, referiu, dando o exemplo das zonas industriais. “As zonas industriais apresentam-se de forma degradante”, declarou, apontando “desleixo e incúria” nos arruamentos e espaços verdes. “Assim não saem da cepa torta”, realçou, convidando Emídio Sousa a visitar Grijó, S. Félix da Marinha ou Ovar para ver “bons exemplos”. Na Acção Social, “a promessa da requalificação das habitações sociais” ficou por fazer e os centros escolares estão a cargo do Estado, mas poderiam estar a cargo do Município. “Entenderam que deviam desinvestir nesta área”, criticou. Outras promessas que ficaram pelo caminho foram a USF Nogueira da Regedoura/S. Paio de Oleiros, as Piscinas de Canedo, o Eixo da Cortiça, assim como as ciclovias e os centros coordenadores de transportes de Lourosa e Fiães. “Além do saneamento básico que ainda tanta gente reclama”, acrescentou. A rede viária tem 5M€ de investimento mas “devia ser 25M€” em “todas as freguesias”, não só em pavimentações, mas também em passeios pois “em 7000km, só 2000km é que estão em condições para circular uma cadeira de rodas”. O plano geral de centralidade de Lourosa foi feito em “4/5 meses” mas o de Fiães “continua na gaveta há 5/6 anos”. “Espero bem que [Emídio Sousa] não passe a dinossauro. As mudanças são sempre positivas”, rematou António Bastos, pedindo ao presidente que faça uso da “situação privilegiada” na AMP para “trazer o metro para a Feira”.
“Alugue um autocarro e vá às freguesias”
O independente Eduardo Cavaco enalteceu o pagamento a 12 dias e a redução da dívida que permitiu à Autarquia “ter poder financeiro”, assim como as “políticas de aproximação aos empresários”. “Congratulo este mandato e a forma como se trabalhou. Já se sabe que nunca se consegue fazer tudo”, afirmou. Isabel Machado elogiou, por sua vez, a cada vez melhor apresentação dos documentos e a “gestão cautelosa”, mas deixou um recado a Emídio Sousa. “Se for reeleito, envolva-se mais no restante território. Alugue um autocarro e leve os turistas ao resto das freguesias. A Feira não é só o centro. Os feirenses gostam de ser visitados e não só próximo das eleições”, salientou. Emídio Sousa respondeu: sobre o “desinvestimento”, explicou que, com a lei de compromissos, os investimentos tinham de estar todos no orçamento como salvaguarda mesmo que “soubessem que não iam avançar agora”; sobre as zonas industriais, lembrou que não faz sentido comparar zonas industriais recentes com as que foram construídas há 30/40 anos e que, mesmo assim, “não têm um lote disponível, fruto da dinâmica que a Câmara incutiu no território”; a habitação social tem “9 candidaturas aprovadas e 2 já vão arrancar (Milheirós e Paços)”; as USF apenas esperam luz verde do Governo; e a obra do centro urbano de Fiães será lançada a concurso nos próximos meses. “Conseguimos alterar muita coisa, animar as pessoas, dar confiança às empresas, estamos todos de parabéns”, concluiu. O PS votou contra e Isabel Machado absteve-se “por não ter tido o tempo necessário” para uma análise criteriosa.
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REUNIÃO DE CÂMARA
executivo preocupado com proibição de abates nos canis
Horários e transbordos disponíveis em plataforma electrónica
Mais transportes e uMa rede articulada coM a aMp O serviço público de transporte de passageiros de Santa Maria da Feira está a ser revisto pelo Município. A Câmara Municipal da Feira, assim como a de Vila Nova de Gaia, estão a proceder ao levantamento de redes e à georeferenciação de paragens, num projecto conjunto com a Área Metropolitana do Porto. “Estamos a negociar novas redes. Em 2015, tínhamos 53 linhas autorizadas e em 2017 temos 122, mais as 9 que estão em autorização”, informou o vice-presidente e vereador com o pelouro dos Transportes, José Manuel Oliveira. De 1209km passou-se para uma rede autorizada de 3274km. O trabalho de georeferenciação, que abrange 1200 paragens, será um “grande acrescento” para o serviço público de transporte de passageiros, diz José Manuel Oliveira. “São 9200km por dia efectuados por transportes num valor total de 2,128 M€ de quilómetros percorridos no Concelho. É um movimento muito forte”, afirmou o vice-presidente. A intenção é que a Feira adira, a médio prazo, ao sistema Andante. “É um trabalho em curso. Rejeitámos a primeira proposta porque os custos penalizariam os utentes. Há uma nova proposta que está a ser negociada”, adiantou. Todos os horários dos autocarros estarão disponíveis para consulta na “plataforma electrónica que mostra as carreiras e os transbordos” e o mapa tem “uma cobertura substancial” devido às “redes que se intercruzam”. “A AMP ficou de
desenvolver um sistema. Já aumentámos a rede e a oferta, agora falta a procura”, declarou José Manuel Oliveira.
Dependentes dos outros municípios
O vereador socialista António Bastos pediu prazos para a “implementação” mas o vice-presidente não os tinha. “Não há perspectiva porque não depende de nós”, afirmou. Os técnicos da Autarquia presentes na reunião esclareceram que a plataforma informática que está a ser desenvolvida pela AMP, com georeferenciação de paragens, ainda só conta com as Câmaras da Feira e Gaia. “É um processo comum à AMP mas os outros 15 municípios estão atrasados. Estamos dependentes da boa-vontade deles”, referiu um dos técnicos. “Se estivermos à espera de todos para avançar…”, atirou António Bastos, e José Manuel Oliveira explicou que esta é uma “visão macro” e não uma rede interna. “Só funciona se articularmos. Vamos carregando dados mas não ficará completo se não tivermos tudo”, salientou o vice-presidente. A vereadora do PS Susana Correia questionou ainda o Executivo sobre as sugestões das Juntas de Freguesia e José Manuel Oliveira garantiu que “grande parte das sugestões foram acolhidas” e as que não foram é porque “não faziam sentido”. “Não podemos pôr a circular onde não há utentes”, sublinhou.
Bombeiros de lourosa compraram equipamento
Município teM finalMente autoescada ao seu dispor Depois de tantos anos a falar-se na necessidade de uma autoescada para acorrer a emergências, que nunca tinha sido adquirida devido ao custo “elevado” da mesma (500 mil euros), os Bombeiros de Lourosa chegaram-se à frente e encontraram uma solução para o problema. “Encontrámos uma alternativa e comprámos uma autoescada usada”, informa o comandante dos Bombeiros de Lourosa, José Carlos Pinto. A compra da autoescada usada, com um custo de 50 mil euros, contou um subsídio de 10 mil euros da Câmara Municipal, aprovado na última reunião de Câmara. “[Os Bombeiros] fizeram um bom trabalho, compraram uma autoescada usada mas em bom estado”, afirmou o presidente da Câmara, Emídio Sousa. Esta é a
Em conversa (entre o Executivo) sobre os animais no Canil Municipal e Intermunicipal, Emídio Sousa confessou estar preocupado com a recente alteração à legislação que proíbe o abate de animais nos canis. “Será um grande desafio para as autarquias. Já fizemos alguns contactos com associações e outros municípios, mas ninguém sabe como resolver. A adopção não resolve porque metade são adoptados, e a outra metade?”, apontou Emídio Sousa, alertando: “Ficará rapidamente lotado”. O legislador terá de “encontrar alternativas viáveis” para “um espaço que recebe semanalmente dezenas de animais”.
única autoescada do Concelho, e pertence aos Bombeiros de Lourosa, mas “deve dar resposta a todas as outras corporações e à Protecção Civil”, disse o Executivo. “Está ao serviço sempre que seja necessária intervenção”, confirma o comandante dos Bombeiros de Lourosa. José Carlos Pinto sublinha, contudo, que, embora o equipamento esteja “em condições para operar em qualquer situação dando resposta às características do Município”, é uma solução “temporária”. “O objectivo futuro passa sempre pela compra de uma autoescada nova pois o Município com a maior área do distrito merece. A Câmara deve ir colaborando, seja qual for a corporação, não deveriam ser os Bombeiros a adquirir”, diz José Carlos Pinto, lembrando as “dificuldades” das corporações.
antónio Bastos imaginarius
“lamento que o psd tenha transformado esta questão num drama de suspeição” Depois de ter levantado algumas questões sobre o orçamento do Imaginarius, o vereador socialista António Bastos viu o seu pedido atendido com a entrega dos respectivos documentos. O vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, frisou que sobre ele apenas “pende a decisão estratégica das linhas gerais de acção e programação” do evento. “Além das informações que requereu, acrescentei outras. Houve um lapso, as viagens que aqui estão não se reportam ao Imaginarius, mas sim ao Fresh Street. Aqui tem a listagem das viagens com os nomes dos oradores”, referiu. António Bastos agradeceu a documentação mas não deixou de atirar: “Lamento que o PSD local tenha transformado esta questão num drama de suspeição. Não estava a pôr em causa o evento, só fiz pedidos para saber como era desenvolvido o Imaginarius e como eram distribuídos os 250 mil euros”, explicou, acrescentando que “nunca pôs em causa a honestidade do vereador”. “Como vereador, compete-me a análise exaustiva mas somos a favor do evento e que se faça cada vez melhor e com menos recursos. Não sei o porquê de tanta celeuma sobre esta questão e o que deixa as pessoas tão nervosas”, apontou, pedindo que “não levantassem problemas onde eles não existem”. “Ninguém está a lançar suspeições. Agrada-me o orçamento com que conseguimos fazer o evento, que é 1/4 do orçamento inicial, prova de que conseguimos consolidar o evento”, disse, por sua vez, o presidente da Câmara, Emídio Sousa, lembrando que “a mais-valia e importância do Imaginarius passa pelo intercâmbio internacional: internacionalização da nossa gente e trazendo ao território artistas de renome internacional”. “Não ficamos fechados no nosso espaço”, afirmou.
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AUTÁRQUICAS.2017
Be apresenta iniciativa para a requalificação da linha do Vouga avenida Dr. francisco sá carneiro
requalificação entrou na fase final S. JOÃO DE VER Com a entrada em plena fase de conclusão da empreitada de requalificação da Avenida Dr. Francisco Sá Caneiro, e numa altura em que se perspectivam já os resultados finais desta intervenção a cargo da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Nuno Albergaria, candidato do PSD à Junta de Freguesia, mostra, em comunicado, a sua “satisfação” pela intervenção em curso: “A concretização do projecto de requalificação da Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro é uma grande notícia para S. João de Ver e para todos os sanjoanenses”. De acordo com o candidato social-democrata, esta intervenção “há muito reivindicada por todos, virá dotar uma das mais importantes ligações rodoviárias de S. João de Ver de mais e melhores condições para a circulação automóvel, mas também para peões com a construção e melhoramento de passeios e de zonas de atravessamento”, acredita Nuno Albergaria, que salienta
também “a introdução das plataformas para redução da velocidade que irão produzir efeitos ao nível da necessária diminuição da sinistralidade automóvel”. De acordo com o candidato do PSD à Junta de Freguesia de São João de Ver, “a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira está de parabéns pela execução deste projecto”, considerando que “o resultado final, que está à vista de todos, concorre para o melhoramento do ambiente urbano que se deseja para S. João de Ver”. Lembrando a importância que a Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro desempenha para a orgânica funcional de S. João de Ver, “um dos principais eixos viários da freguesia”, Nuno Albergaria destaca “a necessidade de intervenção desta natureza em mais ruas da freguesia”, fazendo questão de sublinhar que, caso vença as eleições autárquicas de 1 de Outubro, “essa será uma das prioridades da acção do novo executivo”.
Henrique Portela eleito Para a anJas O presidente da Concelhia da Juventude Socialista Henrique Portela foi eleito, no Fórum das Organizações Autónomas da JS que decorreu em Peniche a 1 e 2 de Abril, como membro da Direcção da Associação Nacional de Jovens Autarcas Socialistas (ANJAS). “A ANJAS assume-se como uma estrutura fundamental para a definição da política autárquica da Juventude Socialista, nomeadamente no que respeita à formação e ao apoio político aos jovens autarcas eleitos nas listas do PS”, diz a JS, em comunicado.
Com esta eleição, diz a estrutura, “os órgãos concelhios da Juventude Socialista ficam mais capacitados para enfrentar a 1 de Outubro as eleições autárquicas, ao qual lutará de lado a lado com o PS para a conquista da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira”. Para além de ser presidente da Juventude Socialista da Concelhia de Santa Maria da Feira, Henrique Portela acumula os cargos de membro da Comissão Nacional do Partido Socialista, membro do Secretariado Distrital e agora membro da direcção nacional da ANJAS.
O Bloco de Esquerda esteve nas estações de comboio de Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis e constatou “a degradação e abandono a que se votou a Linha do Vale do Vouga”, diz o partido, em comunicado. Este é um “problema muito antigo e que foi agravado durante o último Governo PSD/CDS”. “Deitaram a linha ao abandono, numa estratégia de deixar degradar para depois conseguir impor o encerramento. Foi, aliás, durante esse mesmo Governo do PSD e do CDS que o Vouguinha deixou de fazer toda a linha. Neste momento, o comboio já não vai além de Oliveira de Azeméis, sendo impossível chegar até Albergaria-a-Velha ou Sernada do Vouga, por exemplo”, afirmam. A degradação da Linha reflecte-se no estado das estações e do próprio material circulante. “São poucos os comboios que circulam pela linha, são lentos e chegam constantemente atrasados. Com condições assim, a Linha do Vouga, tal como está, não serve as necessidades das pessoas nem dos concelhos que por ela são servidos”, apontam. Porque a linha do Vale do Vouga pode e deve ser um “meio de transporte útil para a população”, o Bloco de Esquerda apresentou uma iniciativa legislativa na Assembleia da República para a requalificação da Linha do Vouga. Nesse projecto, considera que “a Linha do Vale do Vouga deve beneficiar de investimento e requalificação, de forma a afirmar-se como um instrumento de desenvolvimento económico e social e de coesão territorial, melhorando a qualidade de vida da população da região e aumentando a sua mobilidade dentro e para fora da região”. Nesse sentido, propõem que: “se inclua no Plano Nacional de Investimentos na Ferrovia 2016-2020 a requalificação e modernização da linha do Vouga no seu traçado entre Espinho e Aveiro; se calendarize as intervenções a realizar na linha, por troço e por tipo de intervenção; sejam contempladas as seguintes intervenções na Linha do Vouga: ligação à linha do Norte, alteração de via estreita para via larga, correcção do traçado nos locais onde ele é mais sinuoso, melhoria de sinalização e segurança em toda a linha, electrificação da linha em todo o seu traçado, substituição do material circulante, requalificação das estações”.
fotolegenda
LOUROSA Francisco Louçã esteve presente, no passado sábado, no Bar Taska Ilegal, em Lourosa, na tertúlia “Tudo o que queres saber sobre o Bloco”. O objectivo era esclarecer as dúvidas sobre o Bloco e como é a sua actividade no dia-a-dia.
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AUTÁRQUICAS.2017
piscinas de s. João de ver
correios de Mozelos
cds aponta dedo à gestão da Feira viva
cds preocupado com acessibilidade das novas instalações
Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
S. JOÃO DE VER O CDS de Santa Maria da Feira divulgou, na semana transacta, um comunicado em que alerta para o “mau estado das piscinas de S. João de Ver”, apontando o dedo à empresa responsável pela sua gestão e manutenção, Feira Viva. Os centristas revelam a recepção de inúmeras queixas referentes ao “avançado estado de degradação” dos balneários e de toda a zona envolvente do tanque, queixas essas que não são caso único. “Junta-se agora o problema de azulejos partidos dentro da própria piscina. Esta situação já provocou, inclusive, ferimentos nos utilizadores”, lê-se. Para o CDS, “toda esta situação é ainda mais grave” tendo em conta que “a piscina é a base de treino de duas equipas: a equipa de natação do Clube Desportivo Feirense e a equipa de Natação Adaptada do Feira Viva”. As duas formações referidas utilizam as instalações sanjoanenses durante o Inverno, sendo que a piscina “é coberta com uma lona especial”. “A água é aquecida e tratada segundo os parâmetros definidos pela empresa municipal. A este nível, também têm surgido queixas em relação à temperatura da água e à percentagem de cloro. As elevadas variações destes dois factores têm levado à anulação
de treinos”, refere a nota de imprensa. A Comissão Política do CDS afirma ainda que as instalações em causa são “o pato feio das piscinas municipais” pois “o serviço prestado pela Feira Viva na Piscina de S. João de Ver não é o mesmo que é prestado nas restantes do Concelho”. “Os defeitos na grelha envolvente ao tanque são uma permanente ameaça à integridade física dos atletas. O desinvestimento está aos olhos de todos. Por tudo isto, é urgente realizar obras de requalificação e melhoramento de toda a infraestrutura da Piscina de S. João de Ver. Esta não é uma obra de fundo, mas sim um investimento de manutenção”, apontam. Contactado pelo Correio da Feira, o administrador executivo da empresa municipal Feira Viva, Paulo Sérgio Pais, explicou que as “piscinas estão afectas à competição” e que “as questões de mobilidade estão adaptadas para essa realidade”. “Estamos constantemente a intervir no cais da piscina e no próprio tanque. [A piscina] será alvo de uma reestruturação mais profunda quando retirarmos a cobertura para dar início à época balnear”, adianta Paulo Sérgio Pais, não deixando de referir que “ao longo de 10 anos, a Feira Viva tem aproveitado um espaço que estava esquecido”.
MOZELOS O CDS mostra-se, em comunicado, preocupado com a acessibilidade na freguesia de Mozelos. “Os correios, que se situavam à face da Estrada Nacional 114 – um local não muito seguro devido à falta de estacionamento e ao perigo do constante trânsito – foram encerrados e deslocados para uma papelaria na Rua do Gesto. Até aí tudo bem, é uma rua um pouco mais segura e com melhor e mais estacionamento, mas passou-se de uns correios para todos os cidadãos para correios só para alguns, como eu, que não possuem qualquer problema físico. E os restantes cidadãos com mobilidade reduzida? Idosos, cidadãos em cadeiras de rodas e cidadãos invisuais? Têm direitos que não podem ser negados”, critica o CDS. O partido aponta os degraus, as caixas de correios e armários junto à entrada a impedir a passagem e até a falta de qualquer apoio (corrimão) para o cidadão se apoiar. “E mais grave ainda, em caso de alguma emergência, será muito mau para quem lá estiver devido à localização dos correios bem no fundo da loja e com imensos obstáculos, desde estantes, bancadas entre outros objectos que a livraria possui no interior e impede a livre circulação do cidadão”, acrescentam.
be aponta o dedo à Junta de Freguesia
Lixeira a céu aberto repLeta de invóLucros de veLas MOZELOS O BE tem visitado “lixeiras a descoberto”, diz o partido, em comunicado. “Por um lado, são espaços acessíveis para a deposição de resíduos e, por outro lado, são locais baldios e inóspitos que revelam já ser usados há bastante tempo por quem prevarica e sem qualquer tratamento devido por parte da Autarquia, uma vez que a natureza dos lixos é diversa e se vai acumulando em estratos”, referem. Recentemente, o BE visitou um destes locais na Avenida do Casal, em Mozelos, perto de uma estação elevatória de água, equipamento municipal, e deparou-se com “centenas ou mesmo milhares de invólucros de velas, normalmente usadas nos cemitérios”. “O BE desconhece se a deposição deste tipo de resíduos naquele local estará relacionado com a constituição de algum novo local de culto no Concelho ou se é mesmo um ritual que é perpetrado pela própria Junta de Freguesia de Mozelos que à falta de melhor critério cívico resolveu constituir ali mesmo a sua lixeira particular. O BE lembra que é da estrita competência das juntas de freguesia o tratamento dos resíduos provenientes dos cemitérios pelo que a origem de tão inusitado número de invólucros plásticos de velas só pode ter tido origem num cemitério”, apontam. O Bloco urge que a Autarquia feirense “enfrente este problema das lixeiras a céu aberto”. “Além do impacto ambiental, dão uma imagem vergonhosa de um Concelho
atolado em lixo”, afirmam, sugerindo “acções de sensibilização junto dos cidadãos, nomeadamente com informação relativa aos ecocentros onde devem ser depositados determinados tipos de resíduos”. “Mas é necessário igualmente que existam acções de esclarecimento junto dos presidentes de Junta que de forma confessa não sabem o que fazer aos resíduos que estão sob a sua responsabilidade”, acrescentam. É ainda necessária, para o partido, “a criação de um novo ecocentro que dê resposta ao Norte do Concelho que é fortemente industrializado, uma vez que os dois que actualmente existem estão bastante deslocalizados e é fácil constatar que muitas destas lixeiras estão repletas de lixos de proveniência industrial”. “Em alternativa poderiam ser criados pequenos centros de deposição destes resíduos que obedecessem a determinados critérios e sempre sob a orientação das juntas de freguesia que por sua vez encaminhariam depois os detritos para os ecocentros. O BE considera esta opção mais viável do que tentar fiscalizar e multar quem prevarica isto sem prejuízo de todos estes casos de crime ambiental serem passíveis de denúncia às brigadas ambientais da GNR”, referem, acreditando que “o investimento seria compensado pela melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e ainda pela redução de custos que a limpeza destes espaços acarreta para o orçamento municipal e das freguesias”.
pcp solidário
trabalhadoras da Huber tricot querem melhores salários A Comissão Concelhia do PCP de Santa Maria da Feira expressa a sua solidariedade, em comunicado, com as trabalhadoras da Huber Tricot que realizaram uma greve, na passada sexta-feira, por melhores salários. Marcou presença nesta acção de luta uma delegação desta Comissão constituída por Filipe Moreira, Luís Quintino e Joaquim Santos. “Não é compreensível, nem aceitável que uma empresa que tenha gerado lucros e apresentado crescimento ao longo dos anos continue a praticar uma política de salários baixos. Foi possível constatar que apesar de algumas das cerca de 260 trabalhadoras estarem ao serviço da empresa há 30 anos auferem 3 euros mais do que o salário mínimo nacional, o que motiva a mais viva revolta e indignação junto das trabalhadoras desta empresa face a tamanha injustiça”, aponta o PCP. Estas trabalhadoras são profissionais “com especialização na área e com reconhecimento da sua qualidade por todo o Grupo, onde, aliás, laboram com ritmos extremamente intensos e desgastantes”, diz o partido, não aceitando “nem a política de baixos salários, nem o recurso a trabalho precário para satisfazer necessidades de laboração permanente, como aqui também continua a ser recorrente”.
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SOCIEDADE olimpíadas da Matemática
região norte
TIago Mourão ganhou MEdalha dE ouro
Tiago Duarte Mourão, em representação da EB 2,3 Fernando Pessoa de Santa Maria da Feira, ganhou, no passado sábado, uma medalha de ouro na final nacional das Olimpíadas Portuguesas de Matemática (na categoria júnior do 6.º e 7.º anos). As provas decorreram na quinta e na sexta na Escola Emídio Navarro em Viseu. A final contou com a presença de 90 seleccionados em duas eliminatórias e divididos em 3
Cuidados de saúde primários reforçados com psicólogos Clínicos
categorias. Na 1.ª eliminatória, decorrida em 9 de Novembro de 2016, participaram 40000 alunos de escolas de todo o país. A cerimónia de entrega das medalhas contou, entre outros, com a presença do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e do presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) que organiza as provas, em colaboração com a Universidade de Coimbra, Jorge Buescu.
Isvouga fEz doIs opEn day FEIRA Os dias 30 e 31 de Março foram dedicados à apresentação do Instituto de Entre Douro e Vouga e sua oferta formativa, ao nível de licenciaturas: Contabilidade, Engenharia de Produção industrial, Gestão de Empresas, Marketing, Publicidade e Relações Públicas e Solicitadoria, às Escolas Secundárias do Concelho e Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, acompanhados por professores e psicólogos das respectivas instituições, mas não só. Nestes dias, o Isvouga acolheu igualmente todos os que se inscreveram individualmente no site da instituição, jovens e indivíduos já no activo, encarregados de educação, etc. Depois de uma breve apresentação, docentes e estudantes explicaram aos presentes como
é estar no Isvouga e destacou-se o “excelente ambiente professor-aluno e entre alunos, bem como a empregabilidade dos cursos, dado o seu carácter aplicado e o estreito contacto estabelecido pelo instituto com o mercado de trabalho”, diz o Isvouga, em comunicado. Após uma visita rápida aos diferentes espaços da instituição, “os alunos tiveram um contacto mais aplicado no âmbito do curso e o ambiente de boa-disposição foi uma constante até ao fim”. Oportunamente, outro Open Day se realizará para apresentação dos novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais, conferentes de nível IV e diploma profissional de Técnico Superior Profissional nas áreas correspondentes.
Um dos compromissos assumidos pela actual Tutela do Ministério da Saúde, a par dos investimentos já efectuados e outros a efectuar, visava dotar todos os Agrupamentos de Centros de Saúde com Psicólogos Clínicos. Considerando que “os problemas de saúde mental constituem actualmente a principal causa de incapacidade e uma das mais importantes causas de morbilidade nas nossas sociedades” sendo responsável por muitas incapacidades e uma das principais causas de morbilidade, a ARS Norte tem-lhes atribuído uma cada vez maior importância. Neste sentido, tem havido a preocupação de dotar os serviços de profissionais de saúde nesta área, de forma a contribuírem, em articulação com outras profissões, para que estas pessoas possam levar uma vida normal, mesmo num ambiente adverso. Assim, o balanço efectuado nesta data permite afirmar que a Região de Saúde vai passar a dispor de 157 Psicólogos – mais 18 do que os verificados em 2016, ou seja: todos os Agrupamentos de Centros de Saúde da Região (interior e litoral) passaram a contar com esta especialidade ao nível dos Cuidados de Saúde Primários. “De realçar que esta realidade, também por si, representa não só o investimento, de forma sustentada, que o Governo está a efectuar no Serviço Nacional de Saúde – tornando-o mais atractivo e disponível aos cidadãos – como, por outro lado e não menos importante, permite atrair a captação de recursos humanos devidamente especializados na área em questão”, diz a ARSN, em comunicado.
CEo na Central de lobão
roTary hoMEnagEIa EMprEsárIo alMErIndo sIlva O Rotary Clube da Feira, em reunião festiva de jantar, reconhece o mérito profissional a Almerindo Silva, CEO na Central de Lobão, S.A. O Rotary International é “uma organização de pessoas de negócios e profissionais que prestam serviços humanitários, fomentam elevados padrões de ética em todas as acções e ajudam a estabelecer a Paz e a boa vontade no Mundo”, com um segundo objectivo de “reconhecer o
mérito de toda a ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional”. Neste âmbito, o Rotary Clube da Feira elegeu Almerindo Silva como a personalidade a reconhecer este ano. A homenagem tem lugar na Escola Secundária de Santa Maria da Feira, no dia 29 de Abril, pelas 20h00. O custo do jantar é 20€ e as inscrições podem ser feitas, até dia 21, através do e-mail rotary.club.feira@gmail.com.
Celestino portela em visita ao ChEdv FEIRA O CHEDV recebeu, na passada quarta-feira, a visita do presidente da Liga dos Amigos da Feira, Celestino Portela. Na qualidade de director da Revista “Vila da Feira – Terras de Santa Maria”, Celestino Portela deslocou-se ao Hospital de S. Sebastião para oferecer alguns exemplares da última edição da revista, na qual foi publicado um trabalho da autoria de Alfredo Henriques, que aborda todo o processo que levou à decisão da construção do Hospital de S. Sebastião. Esse texto, de interesse histórico para a instituição hospitalar e, certamente, para o concelho de Santa Maria da Feira, relata vários aspectos pouco conhecidos de um longo e controverso processo, reproduzindo a palestra proferida pelo autor em 22 de Setembro do 2016, num evento organizado pela Confraria da Fogaça. Recebido por todos os elementos do Conselho de Administração, o presidente Miguel Paiva sublinhou “a importância que a instituição e os seus profissionais atribuem à ligação com a comunidade feirense”.
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CULTURA Santa Maria da Feira
APRESENTADO PLANO ESTRATÉGICO E DE MARKETING PARA O TURISMO
Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
FEIRA A Biblioteca Municipal acolheu, na última terça-feira, a 1.ª Conferência Internacional do Turismo onde foi apresentado o novo Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo no concelho de Santa Maria da Feira. O primeiro painel da Conferência, centrado nas temáticas Território, Tecnologia e Turismo, contou com Carlos Martins, director executivo da OPIUM – empresa dedicada ao planeamento cultural, territorial e económico – enquanto moderador da conversa entre Adolfo Neira, sócio consultor da EOSA e responsável pela Secretaria Técnica do Cluster de Turismo da Galiza, e Miguel Condesso, fundador da Symbion e responsável pela área da Inovação e Gestão de Projectos da Artshare. Pela tarde, debateu-se a Diáspora como Motor de Desenvolvimento Turístico. Em representação da Câmara Municipal, Roberto Carlos Reis moderou o painel que contou com a presença de Norberto Santos, da Universidade de Coimbra, e, via Skype, de Rossana Neves Santos do Instituto Superior de Administração e Línguas da Madeira.
O Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo
No terceiro painel, que abordou as Estratégias de Desenvolvimento e Promoção Turística no Concelho, foi, por fim, apresentado o novo Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo (PEMT) de Santa Maria da Feira por António Jorge Costa do IPDT – Instituto de Turismo. Todo o processo divide-se em cinco etapas: Diagnóstico, Estratégia, Marketing, Plano de Acção e Monitorização. António Jorge Costa começou por revelar que foi feito “um extenso rol de estudos” entre Outubro e Dezembro do ano transacto com recolha de dados, reali-
Foi apresentado, durante a semana passada, o Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo de Santa Maria da Feira. A exibição foi incluída durante a 1.ª Conferência Internacional do Turismo. Emídio Sousa afirmou que o PEMT “fixa as metas e objectivos” da Câmara Municipal e apelou ao envolvimento dos presidentes de Junta. zação de entrevistas e inquéritos e ainda sondagens aos hoteleiros, ao Instituto Nacional de Estatística, ao Município e a outras fontes internacionais. Para 2021, as metas do PEMT fixam-se em 145 mil dormidas, numa taxa de ocupação por cama de 41%, numa taxa de sazonalidade de 31,5% e em 250 mil visitas nas atracções turísticas. Dos muitos dados recolhidos e divulgados durante a fase de Diagnóstico, destaque para o volume de visitantes nas atracções turísticas de Santa Maria da Feira que cresceu, entre 2012 e 2016, de 98 para 156 mil. O Castelo da Feira foi a atracção que mais visitantes recebeu – 67 mil –, seguido do Museu Convento dos Lóios – 43 – e do Zoo de Lourosa – 18, com base no ano de 2016. Foi durante o mês de Agosto do ano transacto que Santa Maria da Feira registou o maior número de visitantes. O PEMT estratega que o Município se transforme no mais prestigiado palco de eventos do binómio cultura – negócios e, para tal, projecta a promoção do desenvolvimento social, económico e ambiental através do Turismo. Assim, o foco vira-se para toda a Dinâmica Cultural e para o Profissionalismo e Experiência dos utentes através de ferramentas como o Europarque, a Fogaça, o Castelo e a Cortiça e o Papel. É então objectivo do Plano melhorar a oferta do destino e a experiência dos visitantes. Os produtos turísticos subdividemse, no PEMT, em três categorias: Produto Estratégico, que engloba Cultura e Património; Produtos Secundários (Saúde e Bem-Estar, MICE – cluster na área da Saúde – e Gastronomia e Vinhos); e ainda Produtos Emergentes como o Turismo de Natureza e Turismo Industrial. Assim como os produtos turísticos, também os mercados estabelecemse em ordem de importância. Como
objectivo prioritário, o PEMT pretende atingir o público português e espanhol; em desenvolvimento, está o público de França e Reino Unido; e em diversificação, países como Alemanha, Itália, Holanda, Estados Unidos da América, Brasil e Bélgica. Alusivamente aos custos, António Jorge Costa referiu que “o Município não deve definir preços, mas referir o que parece mais adequado” com a estratégia a assentar nas práticas da concorrência. A médio e longo prazo, será instituída uma “lógica premium de preço elevado que reflecte a qualidade da experiência, mas com bom senso”. Sobre o Plano de Acção delineado, este subdividir-se-á na Qualificação, Promoção e Comunicação do destino e na Monitorização – programa que objectiva obter informação ao realizar estudos aos visitantes e residentes. A estrutura da monitorização contempla a criação de duas equipas de trabalho que serão supervisionadas pelo Pelouro da Cultura, Turismo, Bibliotecas e Mu-
seus chefiado por Gil Ferreira.
“Um Plano que fixa as nossas metas e objectivos”
O presidente da Câmara Emídio Sousa definiu o PEMT como uma “ferramenta de gestão” e de “monitorização para atingir os objectivos”. “Para sermos atractivos, temos que preservar o nosso território. Há um trabalho de toda a comunidade que começa a ser reconhecido”, disse, referindo-se aos prémios arrecadados em Janeiro nas cidades de Lisboa, com o galardão de Melhor Evento Cultural e Artístico de 2016 para o Imaginarius; e Dublin com duas distinções: Melhor Evento Cultural e o segundo prémio no Grand Prix Best Event para a Viagem Medieval. “Isto é mérito dos feirenses. Queremos ser a região dos eventos”, objectivou Emídio Sousa, antes de terminar o seu discurso referindo-se ao PEMT como um “plano que fixa as nossas [da Câmara] metas e objectivos”, apelando, por fim, a todo o envolvimento dos presidentes de Junta de Freguesia do Concelho. Pub.
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CULTURA
Em Semana Santa
Caminhar pEla hiStória daS CapElinhaS Este foi o primeiro ano que a iniciativa “Correr as Capelinhas” se apresentou aos feirenses e muitos, mais de 60, não quiseram perder a oportunidade de ficar a conhecer melhor o património religioso de Santa maria da Feira.
Texto: Daniela Castro Soares Fotos: Albino Santos
igrEja matriz
FEIRA A iniciativa chamava-se “Correr as Capelinhas” e consistia numa caminhada de 5km por 7 capelas da cidade de Santa Maria da Feira. Inscritos estavam mais de 60 participantes que num dia de sol e calor preteriram uma ida à praia por uma (re)descoberta do património religioso. O percurso iniciou-se pelas 9h30, na Igreja Matriz, e o guia era o historiador, e técnico municipal, Roberto Carlos Reis, que pelo “exlibris” da cidade-sede foi mostrando elementos como o cruzeiro, com o brasão de família dos Condes de Fijô, e a obra que nos ‘saúda’ à entrada, da autoria de “um dos grandes escultores” José Aurélio. “Era para ter ficado no templo do Calvário, que nunca chegou a ser construído porque era um investimento dos 14 municípios das Terras de Santa Maria, então ficou aqui, no templo mais importante da cidade”, adiantou o guia. Roberto Carlos Reis enalteceu o “grande investimento da paróquia” na conservação do espaço, que “estava em risco de ruína” depois de séculos sem qualquer intervenção de fundo, e à medida que ia contando a história, fazia perguntas à sua ‘audiência’. “Qual destas figuras é mais antiga?”, questionava. “O menino Jesus?”, lançava um dos presentes, indeciso porque era difícil apontar diferenças no estado das peças.
CapEla do CaStElo
De altar em altar fomos conhecendo as várias figuras religiosas que compõem a Igreja Matriz e a própria “planta triangular” do espaço que se dispõe em forma de Cruz. A imponência da talha dourada salta à vista, mas também os motivos florais e um sem número de pormenores que exigem um olhar atento. Roberto Carlos ia revelando ‘segredos’, como uma pintura “escondida” porque o fogo das velas a tinha danificado. “Foi aqui que se sepultou o primeiro Conde Corte-Real”, informou, adiantando que “até nas sepulturas há hierarquias”, e prova disso é que as dos fundadores da Igreja, D. Diogo Forjaz Pereira e a mulher, estão no lugar mais importante, a ladear o altar-mor. “Estas varandas para que servem? Para pôr a roupa a secar?”, pergunta Roberto Carlos, e todos riem. Não, serviam para as “pregações” num tempo em que as missas ainda eram celebradas com o padre de costas voltadas para o povo e recitando em latim. Na igreja, há azulejos com um “valor patrimonial e artístico elevado” e, entre tantas outras, figuras dos frades Lóios, que rezavam de “três em três horas” e tinham “celas muito simples com um estrado e uma enxerga”; de S. Sebastião, “uma imagem que diz muito à Terra de Santa Maria”; e do padroeiro de Santa Maria da Feira, S. Nicolau.
Ainda na Matriz, podemos ver um quadro retratando o “Sermão de Santo António aos Peixes”, do Padre António Vieira, antes de passarmos aos claustros, um local incontornável de fotografias de comunhão e casamento em Santa Maria da Feira. “Todos têm uma fotografia aqui”, diz Roberto Carlos, evocando um espaço que faz parte da “memória dos feirenses”.
Subidas pela Natureza
Chega a hora de dar ao pedal e começa a subida para o Castelo para ver uma “Capelinha mandada construir pela única mulher condessa de Santa Maria da Feira”. A subida é custosa mas todos vão, desde crianças, a jovens até uma grávida que se lançou, determinada, ao percurso. Os carros passavam pelos caminhantes e alguns perguntavam entre si “vamos pedir boleia?”, mas era só brincadeira para desanuviar o esforço. A equipa da Feira Viva ia orientando peões e automóveis, como fez em todo percurso, numa aposta bem conseguida na segurança. Ao entrar na Capela, já se ouvia Roberto Carlos dizer que foi desenhada em plano hexagonal por ordem de D. Joana Forjaz Pereira, “uma das grandes mulheres da história feirense”, e mostrou um altar “pouco comum” com duas imagens da mesma santa, Santa Luzia. E porque estávamos no Castelo, falou-se nas
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grutas artificiais, outro local para a “foto da praxe” das festas, e mais uma vez nos pusemos ao caminho, desta feito por trilhos no meio da Natureza. As subidas e descidas eram acentuadas – “isto é violento”, dizia uma jovem – mas pelo caminho avistavam-se diferentes flores, sobretudo glicinias, arroxeadas e de cacho pendente lembravam paisagens das histórias de encantar. O sol fazia-se sentir cada vez mais e por isso os chapéus saíram das malas e juntaram-se aos fatos-detreino e sapatilhas, que a maioria dos presentes envergava. Os caminhantes andam em fila indiana, sob o olhar atento dos condutores que passam ou dos donos das casas que espreitam, mas também dos cães que os anunciam a viva ‘voz’. Para mais tarde recordar, quem caminha não esquece, volta e meia, de ‘sacar’ uma fotografia.
Pequena, mas grande em beleza
“Mais uma subida, ninguém merece”, ouvia-se, e a organização brincava: “Estamos a concorrer ao Prémio Montanha”. Chegávamos, então, ao Monte da Piedade. “Chama-se Piedade porque quando chegamos cá acima clamamos ‘piedade, piedade’”, dizia, em tom jocoso, uma das participantes, ainda não refeita da subida. Uma subida, aliás, mais concorrida em
Julho, na altura da festa da Senhora da Piedade, com emigrantes que vêm de férias ao país natal e não se esquecem de cumprir a “promessa” para “agradecer o ano que correu bem”. A capela do século XVIII, sem culto permanente “porque não há padre”, é pequena, mas a predominância do branco, com toques pontuais de dourado, concedem-lhe uma beleza fora de série. Destaca-se o altar de cortiça, imponente e original. Uma magnificência que, ao contrário da Matriz que conquista pelo seu tamanho e diversidade, prende pela simplicidade e sobriedade. Voltamos para trás, “a descer todos os santos ajudam”, e por caminhos estreitos vamos encontrando muitas margaridas e algumas Alminhas, até chegar à “malfadada casa” onde nasceu Pero Coelho, um dos executores de Inês de Castro. “D. Pedro nunca lhe perdoou e não só lhe arrancou o coração pelas costas como ainda o mastigou. Por isso é chamado D. Pedro, o Cruel ou o Cru”, afirma Roberto Carlos. Hoje em dia a casa nada mais é do que um “palacete abandonado” que preserva, ainda, a beleza de tempos passados, evidente sobretudo na extensa ramada. “Costumava existir aqui a Capela de Todos os Santos, mas foi transformada em tudo menos em Capela”, comenta o guia. Nesta mesma casa, nasceu o bisavô e avô do Marquês de Pom-
igreja da misericórdia
bal. “Deviam pôr isto à exploração”, sugeria um dos participantes. “Quando quiserem pegar nisto, vão ter de investir muito”, realçava Roberto Carlos. Uma passagem rápida pela Igreja da Misericórdia que está em “risco de ruína” e por isso Roberto Carlos espera que a candidatura que a Santa Casa da Misericórdia submeteu a fundos comunitários seja aprovada. A caminhada já vai longa e por isso seguimos – com passagem pela recentemente requalificada Pedreira das Penas – para a merecida pausa, que acontece no Renascer, com o mais recente produto promovido pelo Município de Santa Maria da Feira, a regueifa doce, acompanhada de vinho do Porto e queijo da Lactimaf. “A regueifa tradicional doce marca a região e o Concelho”, diz Roberto Carlos, e o proprietário da casa levanta a ponta do véu sobre a confeição do doce, enumerando ingredientes.
Capelas já extintas mas que são História
Houve ainda tempo para a Capela de Campos, “a mais antiga do Concelho”, dote da Rainha Santa Isabel no casamento com D. Dinis. Por se encontrar “em ruínas” foi reconstruída na década de 80 por iniciativa do presidente da Junta e do pároco, sendo propriedade da Paróquia da Feira. Lá dentro, há uma imagem de Nossa Senhora em
capela de campos
madeira, cujo vestido em renda vai mudando consoante as oferendas que as fiéis fazem como cumprimento de promessa. “Vamos passar para outra capela”, dizia Roberto Carlos. “Outra?”, perguntavam os participantes, as pernas já cediam e o calor apertava. “Só mais um bocadinho”, incentivava a organização. “Correr as Capelinhas” acabou na Academia de Música de Santa Maria da Feira onde, até ao século IX, existiu a Capela de S. Miguel. Roberto Carlos enalteceu a “ousadia e coragem” da fundadora da Academia, Gilberta Paiva, que trouxe para a “província” a primeira academia privada de música do país. Para terminar, uma curiosidade: onde hoje é o Orfeão da Feira era o palácio dos Condes de Fijô. “Também teve uma Capela privada, a Capela de S. Bento, que infelizmente foi demolida”, acrescentou o guia. O grupo estava cansado mas visivelmente satisfeito. “Achei muito interessante a nível cultural, saber a história de cada igreja, conjugado com uma actividade da moda como a caminhada, mas poder-se-ia ter aprofundado a componente religiosa, já que estamos na Semana Santa”, disse uma das participantes, Joana Lima, que fez a caminhada com as duas irmãs. “Estava bem organizado e gostei do convívio e da regueifa. Deviam repetir a iniciativa”, rematou.
academia de música
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CULTURA
e comemora dia internacional dos Monumentos e sítios
Museu dos Lóios promove oficina de cerâmica FEIRA Até quinta-feira, o Museu Convento dos Lóios promove uma oficina de cerâmica. “Nestas férias da Páscoa, a partir das nossas colecções de cerâmica, vamos criar também objectos em barro relacionados com esta época festiva”, diz o Museu. Já no dia 18 de Abril comemora-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. “O Museu associa-se às comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, este ano com o tema Património Cultural e Turismo Sustentável, promovendo diversas actividades: visitas orientadas ao Castro de Romariz e ao Museu Convento dos Lóios e uma oficina pedagógica de pintura à mão de azulejo”.
“animismo Urgente de Futuro”
Obras inéditas de MáriO Vitória na bM FEIRA A Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira tem patente, até ao dia 3 de Junho, a exposição de pintura “Animismo Urgente de Futuro”, de Mário Vitória, que apresenta um conjunto de obras inéditas que o artista plástico portuense criou para esta mostra, integrada na programação regular de Artes Plásticas. “Manchas e traços como superação da própria realidade, lugares de transformação e delírio onde o sonho assume-se como alternativa aos estilhaços diários de um mundo caótico e violento”. É desta forma que Mário Vitória apresenta as suas obras de “Animismo Urgente de Futuro”, no catálogo da exposição, que integra ainda a análise do escritor Gonçalo M. Tavares à arte interventiva do pintor. “É preciso, por isso, olhar para os quadros
de Mário Vitória como indícios de crimes, faltas, catástrofes, cores exuberantes que se exibem para distrair o olho do problema, daquilo que nos incomoda, da falta, do rapto”, escreve Gonçalo M. Tavares. “Bicicletas e asas; aparições, visitações, mão que pinta a mão que pinta, paisagens que não têm cores deste mundo e cores que parecem ocupar coisas que não são desta realidade”, descreve o escritor, no catálogo da exposição. Mário Vitória elege e associa o termo “Mistagógico” aos trabalhos que apresenta nesta exposição, retendo o carácter de mistério e de revelação. Para o artista plástico, “a arte torna-se urgente para futuro, das poucas ferramentas que nos restam para o enfrentar, já que o inventámos na sua previsibilidade de ser poluente e violento”.
“bodas de sangue” de Federico Garcia Lorca
Orfeão leva a cena triângulo amoroso FEIRA Inserido no PAPC da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o Grupo de Teatro Experimental do Orfeão vai apresentar a peça “Bodas de Sangue”, de Federico Garcia Lorca, no próximo dia 13 de Maio, às 22h00. Inspirada em factos reais, esta é a história de uma noiva que foge no dia do seu casamento, provocando uma tragédia em duas famílias – a do noivo e a do amante. “Tudo começa com a paixão entre dois jovens, que desde logo é proibida por ambas as famílias. Mais tarde, a rapariga prepara-se para casar com um noivo arranjado pela sua família. Tudo estava preparado para a cerimónia, quando, no dia da boda aparece Leonardo, o seu ex-namorado para a reconquistar. No meio de todos os preparativos, a noiva acaba por fugir com Leonardo, desencadeando uma série de perseguições por uma floresta negra. A peça fala-nos sobre a vida, a morte, a paixão e o encontro entre os dois rivais que desejam a mesma mulher. Como terminará este triângulo amoroso?”.
e oficina para o dia da mãe
expOsiçãO de crUzes e crUciFixOs este Mês nO MUseU de LaMas LAMAS O Museu de Lamas apresenta a exposição temporária “Lignum Vitae” (A “Árvore da Vida / Árvore da Cruz”) – Cruzes, Crucifixos e a iconografia de Cristo Crucificado nos diferentes segmentos da colecção de Arte Sacra que está patente este mês. “Foi a duplicidade reflexiva (de Material & Imaterial, de Conceito & Forma, de Culto & Arte) que marcou todo o percurso existencial da Colecção de Cruzes, Crucifixos e representações iconográficas de Cristo Crucificado que integram o património religioso do Museu de Santa Maria de Lamas, desde a retirada da sua função pristina até à sua devida incorporação e exposição neste complexo museológico, “patrocinada” por Henrique Amorim (1902 - 1977), a partir dos anos (19) 50”, diz o Museu, em comunicado. É nesta subcolecção do acervo de Arte Sacra do MSML que a exposição temá-
tica “Lignum Vitae” (A “Árvore da Vida / Árvore da Cruz”) se centra, tendo como evidência estética e artística uma selecção de elementos de Imaginária religiosa de vulto pleno. Relevando Cruzes, Crucifixos e representações de Cristo crucificado de formatos e directrizes estéticas distintas entre si, expondo visualmente alguns dos caracteres morfológicos e plásticos que demarcam a Iconografia Cristológica na escultura portuguesa de seiscentos e setecentos (de sécs. XVII e XVIII).
Flor de cortiça
A partir do dia 19 de Abril, o Museu promove a visita e oficina de expressão plástica “Uma flor em cortiça para a mãe”. “O Museu de Santa Maria de Lamas celebra o Dia da Mãe, até ao dia 5 de Maio, com visitas e oficinas de expres-
são plástica muito especiais. Ao longo da exposição permanente do Museu, desafiamos os participantes a observar e a identificar algumas das flores integradas em esculturas religiosas alusivas a Maria – Mãe de Deus – e a descobrir e conhecer a sua simbologia. Para finalizar, na oficina de expressão
plástica todos são convidados a elaborar uma flor em cortiça para oferecer à mãe no dia que lhe é especialmente dedicado”, diz o Museu. Para mais informações e marcações, contactar o Museu através de 22 744 74 68, 91 664 76 85 e geral@museudelamas.pt.
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CULTURA
IMAGInArIus MAIs AcessíveL eM 2017
O Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira vai alargar a sua oferta cultural e artística a todos os públicos de forma integrada e numa perspectiva de continuidade. O projecto “Imaginarius Acessível” tem como base a política estratégica do Município para a melhoria permanente das condições de acesso físico, social e intelectual à oferta cultural. No âmbito deste projecto, financiado pelo Turismo de Portugal, o festival vai reforçar algumas das ferramentas já utilizadas em edições anteriores e implementar outras ainda pouco utilizadas em eventos no espaço público, seja ao nível dos conteúdos seja de barreiras físicas. Para garantir a acessibilidade à programação e ao recinto, o festival vai reforçar os conteúdos disponíveis em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e alargar os suportes disponíveis em braille. A introdução de audiodescriação em alguns dos espectáculos, a promoção de actividades com interpretação LGP e a definição de áreas de visibilidade preferencial para público com mobilidade condicionada em cerca de 30% da programação do festival são algumas das acções a implementar nesta edição, para além do reforço das condições de acessibilidade do recinto. Com a implementação deste projecto – que se pretende que tenha continuidade e seja transversal a outros eventos do Município – o Imaginarius será cada vez mais um espaço privilegiado de acesso a conteúdos no domínio das artes de rua em Portugal, com uma garantia integrada de acessibilidade. Na base do projecto “Imaginarius Acessível” esteve a conferência “Acessibilidade em Festivais Artísticos”, organizada pelo Município de Santa Maria da Feira, no âmbito do Imaginarius 365, que debateu boas práticas de acessibilidade nos festivais e grandes eventos e a experiência adquirida ao nível da LGP nas últimas edições do festival.
Imaginarius reforça parceria com FiraTàrrega Em Maio, estreia no Imaginarius uma copro-
Arquivo
Audiodescrição, áreas de visibilidade preferencial, LGP e braille
dução Imaginarius – FiraTàrrega, que será destaque no maior festival de rua espanhol, considerado a referência europeia na criação artística contemporânea. Do trabalho conjunto de seis artistas portugueses e catalães nasce “Ferida”, uma cocriação inspirada nas feridas da memória de cada um, intimamente ligadas à história dos dois países. A perfomer Alba Torres (ES), a bailarina Catarina Campos (PT), o acrobata Quim Giron (ES), o encenador Pau Masaló Llorà (ES) e o clown Rui Paixão (PT) são os cinco protagonistas de “Ferida”, coordenados pela encenadora portuguesa Julieta Aurora Santos. O espectáculo terá a participação do Grupo Coral da Casa da Gaia. Esta performance multidisciplinar parte do conceito inicial de Memória como o eixo temático articulador de um projecto pensado como uma oportunidade de diálogo entre dois países vizinhos. “Ferida” é um lugar de sombra, oculto, latente, amordaçado. Um latejar contínuo sob a pele, cicatriz por sarar, um profundo poço no espelho. A memória, enquanto espaço fragmentado, contém feridas que o tempo parece não curar, recordações que nos perseguem como fantasmas, que pedem, gritando, que as deixemos emergir e as acolhamos como parte das nossas vidas, para podermos prosseguir. É preciso trazer à luz dos dias a nossa fragilidade, identificar o que nos consome e nos limita. Visar a cura como um acto de amor a si mesmo e aos outros. Curar a memória e libertar a sua carga destrutiva, enfrentar os medos que nos conduzem ao imobilismo, é voltar a encontrar a capacidade de existir de acordo com o próprio ser e a consciência mais profunda. A coprodução, como eixo de desenvolvimento artístico e económico, coloca, mais uma vez, artistas locais em contacto directo com congéneres de outros países, desenvolvendo oportunidades de participação e difusão internacional, sendo esta parceria uma oportunidade única de experimentação. O Imaginarius realiza-se nos dias 25, 26 e 27 de Maio de 2017 no centro histórico de Santa Maria da Feira.
Inscrições abertas até 30 de Abril
voluntariado para a viagem Medieval Encontram-se abertas, até 30 de Abril, as inscrições para o voluntariado da XXI Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. Ter no mínimo 16 anos e espírito de equipa, ser responsável, dedicado, flexível, proativo e alegre são alguns dos requisitos para ser voluntário do maior evento de recriação histórica do País. Os voluntários seleccionados darão o seu contributo em áreas diversas, nomeadamente postos de informação, bilheteiras, produção e animação, montagens/desmontagens, apoio à segurança, acolhimento, entre outras. As fichas de inscrição encontram-se disponíveis no site da Viagem Medieval, em www.viagemmedieval.com, bem como na sede da Federação das Colectividades, empresa municipal Feira Viva (Europarque), piscinas municipais de Santa Maria da Feira, Fiães e Lourosa e Loja Interactiva de Turismo. Para qualquer esclarecimento, os interessados deverão contactar a equipa de coordenação do voluntariado, através e-mail voluntariado@viagemmedieval.com. A XXI Viagem Medieval realiza-se de 2 a 13 de Agosto de 2017, no centro histórico de Santa Maria da Feira, e vai recriar o reinado de D. Afonso IV.
Queima do Judas em Milheirós e Mozelos A tradição ainda é o que era e a Queima do Judas prolifera pelas freguesias do Concelho. Em Milheirós de Poiares, a Queima do Judas volta este ano às origens (devido às obras que decorrem neste momento na praia fluvial) para exorcizar “JUDAS A_NÚNCIO OFFSHORE!”. A carga satírica e reflexiva de um tema actual promete mais uma vez surpreender num espectáculo que conjuga música, teatro, animação de rua e pirotecnia, na Praça S. Miguel, no próximo sábado, a partir das 23h30. A organização está a cargo do grupo de coordenação Queima do Judas 2017, com os apoios da Associação Abraçar Milheirós de Poiares e da Junta de Freguesia de Milheirós de Poiares. A Tuna Musical Mozelense promove a sua Queima do Judas no dia 24 de Abril, com início às 21h00, com cortejo do Parque do Murado até ao arraial da Igreja de Mozelos. A representação deste ano traz a palco os temas da actualidade através de um teatro de revista original a partir de temas conhecidos do grande público. Cantado ao vivo e com orquestra, promete uma “envolvência multidisciplinar e de várias associações da freguesia”.
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ESPARGO O Europarque recebeu, na passada sexta e sábado, o espectáculo Aladino e a Lâmpada Mágica, pelo Centro de Dança do Porto.
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FREGUESIAS
discussão em café faz três feridos
Moinho de lourosa
dia nacional dos Moinhos
Moinhos abertos ao público O Dia Nacional dos Moinhos comemorouse na passada sexta-feira e foram várias as freguesias que abriram estes espaços à população. A Junta de Freguesia de Lourosa, em colaboração com o Dia LL, organizou, na sexta-feira, visitas guiadas seguidas de workshop sobre o processo de fabrico e cozedura do pão, incorporando objectos utilizados em tempos remotos. Os moinhos de Chão do Rio, em Rio Meão, e do Casqueira, em Lobão, estiveram abertos no domingo para visitas guiadas e demonstração de funcionamento, no âmbito da iniciativa nacional “Moinhos Abertos 2017”, que pretende chamar a atenção para o valor patrimonial dos moinhos tradicionais portugueses de forma a motivar e a coordenar vontades e esforços dos proprietários, moleiros, organizações associativas, autarquias, museus, investigadores, molinólogos, entusiastas, amigos dos moinhos e população em geral. Por todo o país, centenas de moinhos abriram as suas portas para celebrar o Dia Nacional dos Moinhos, dinamizando várias actividades durante o fim-de-semana. A ini-
Moinho do casQueira
Moinho de chÃo do rio ciativa é organizada pela Rede Portuguesa de Moinhos e Sociedade Internacional de Molinologia.
isabel Machado continua à frente da fedespab PAÇOS DE BRANDÃO A nova Direcção da Fedespab foi eleita, no passado dia 30 de Março, para o triénio de 2017/2019. Composta por sete pessoas, dela fazem parte a presidente (Isabel Machado), o vice-presidente (Joaquim Guerra), a secretária (Maria Goreti Sousa) e quatro vogais: Samuel Reis, José Machado, Éder Moreira e a representante da Junta de Freguesia Rita Marques. A Assembleia Geral é constituída pelo presidente (Pedro Nuno Santos), vice-presidente (Filipe Leite Sousa) e secretária (Vânia Tavares). Foram também apresentados novos associados, por deliberação da Direcção e, na sua maioria, por indicação da Junta de Freguesia.
A Fedespab é uma estrutura organizacional, sem fins lucrativos, vocacionada para promover o desenvolvimento social, cultural, científico e tecnológico da população de Paços de Brandão. A sua actuação envolve o patrocínio de actividades de ensino, educação, cultura, investigação e formação profissional. A cargo desta Direcção está a gestão da Escola Profissional de Paços de Brandão (EPPB) e do Instituto Superior de Paços de Brandão (ISPAB). Estes dois estabelecimentos têm vindo a actuar em prol do enriquecimento do tecido empresarial do Concelho, formando profissionais altamente qualificados, em sectores relacionados com a Gestão de Empresas, Marketing, Comunicação e Imagem.
ARRIFANA Uma discussão no café Doce Ribeiro, em Arrifana, provocou, no dia 3 de Abril, três feridos ligeiros na sequência do uso de uma arma branca. Segundo o Porto Canal, as vítimas foram o proprietário do estabelecimento, o filho do proprietário e o agressor. Durante a discussão foi usada uma arma branca, o que causou ferimentos ligeiros nos três envolvidos. Os feridos foram transportados para o Hospital S. Sebastião para observação. O alerta foi dado às 1h20 e no local estiveram os Bombeiros Voluntários da Arrifana, a Guarda Nacional Republicana (GNR) de Canedo e uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de S. Sebastião.
assaltantes apanhados em flagrante
assaltos a cafés em lourosa e Milheirós de poiares Um trio de assaltantes foi apanhado, na passada terça-feira, pela GNR de Santa Maria da Feira, em flagrante delito, quando tentava furtar a máquina de tabaco do café Ovni em Milheirós de Poiares. Os suspeitos já tinham, anteriormente, atacado o Nebraska Bar, em Lourosa, por volta das 3h00, onde se apropriaram da máquina de tabaco e da caixa registadora. Um homem viu a carrinha dos assaltantes passar com a mala aberta e a máquina do tabaco. Pelas 4h00, atacaram em Fiães, arrombando as portas de vidro do café 100 comentários. Tentaram, novamente, furtar a máquina do tabaco, mas esta estava bem presa à parede. A GNR foi alertada e montou uma operação de buscas, dando com o trio em Milheirós de Poiares. Os assaltantes resistiram à ordem de detenção dos dois militares, e houve troca de tiros. Dois dos elementos do grupo foram detidos no local, tendo sido presentes a tribunal, um terceiro conseguiu escapar e encontra-se a monte. O grupo tinha furtado um Opel Corsa, que usou e foi recuperado em Milheirós de Poiares, e a máquina de tabaco e caixa registadora do Nebraska Bar foram encontradas em Gondomar. São indivíduos com cadastro por crimes contra o património. Alguns já estiveram presos e pelo menos um deles fazia parte do gangue do Multibanco que actuou, entre outros locais, em Oliveira de Azeméis.
DIREITO DE RESPOSTA A Junta de Freguesia de Argoncilhe, ao abrigo da Lei de Imprensa – Lei N.º 2/99, de 13 de Janeiro, vem exercer o Direito de Resposta e de Rectificação. Na edição n.º 6004 de 3/4/2017, o Correio da Feira publicou na página 7 um artigo com a denominação “BE denuncia lixeira a céu aberto em Argoncilhe”. Ora, na realidade, esse local identificado no referido artigo não pertence à freguesia de Argoncilhe, mas a uma freguesia vizinha. Manuel Coimbra Presidente da Junta de Freguesia de Argoncilhe
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SAÚDE
Publinformação
O MéDicO WAlk’in rESpOnDE àS SuAS quEStõES O que é a Gastroenterite Aguda? A gastroenterite aguda é a irritação/inflamação do estômago ou intestino, caracterizada por diarreia e/ ou vómitos. Pode ser de origem viral, bacteriana ou parasitária, sendo a primeira a mais frequente. Continua a ser uma causa comum de morbilidade e mortalidade a nível mundial, sendo a segunda causa de mortalidade por causa infecciosa em crianças até aos 5 anos. Encontra-se subestimada na população adulta pois por vezes as queixas não são suficientes para procurar assistência médica. A transmissão faz-se por via fecal-oral, através de água ou alimentos contaminados. Quais os tipos de Gastroenterite? A gastroenterite aguda viral, a mais frequente, aparece em três situações distintas: a gastroenterite aguda esporádica infantil, mais frequentemente causada por Rotavírus; a gastroenterite aguda epidémica, que acontece em contextos de férias, lares, cruzeiros ou hotéis e o microorganismo responsável é, na maioria dos casos, o Norovírus; e a gastroenterite esporádica do adulto, que pode ser causada por Norovírus, Rotavírus, Astrovírus e Adenovírus. Já a gastroenterite aguda bacteriana pode ser causada por microorganismos como
a Salmonella, Shigella ou Campylobacter spp. Quais os sintomas? Devemos suspeitar de gastroenterite aguda quando o doente apresenta vários dos sintomas: diarreia, febre, dor abdominal, vómitos, náuseas, mialgias, cefaleias ou mal-estar geral. O sintoma mais importante é a desidratação, que pode variar de ligeira a grave, sendo que no último caso pode ser necessário o internamento para reposição de fluidos. Como se trata? A base do tratamento consiste na hidratação, que pode ser oral, com água e bebidas com electrólitos, ou endovenosa em casos mais extremos. A alimentação deve ser reiniciada precocemente, através da dieta BRAT (banana, rice, apple sauce, toast) e carnes magras. Podem ser também introduzidos probióticos, como o UL250, e no caso de diarreia intensa no adulto, um antidiarreico. Como se previne? Como medidas preventivas, existem actualmente duas vacinas contra o Rotavírus, RotateQ e Rotarix, que estão indicadas para todas as crianças saudáveis e podem ser iniciadas a partir das 6 semanas e devem estar concluídas até aos 6 meses. As medidas de higiene, lavagem das mãos, confecção adequada dos alimentos e o consumo de água engarrafada em países endémicos são
excelentes medidas preventivas que devem ser tomadas sempre que possível. A Walk´in Clinics tem uma equipa multidisciplinar que reúne médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, nutricionistas e podologistas disponíveis para acompanhar e
aconselhar ao longo do ciclo de vida. Mude a forma como cuida de si. walkinclinics.pt 808 20 20 80 Dr. António Pedro, Director Clínico da Walk’in Clinics
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SUBSCREVER A HISTÓRIA
120 Anos Ao serviço dA informAção Jorge de Andrade e Paulo Fonseca, A Administração Uma história de existência com 120 anos na qual ate à data compete-nos apenas seis à frente da administração do Correio da Feira. Não foram anos fáceis e se nos lembramos que durante esses anos atravessamos uma das maiores crises que o país viveu desde que este regime chamado democrático plantou raízes neste nosso Portugal, poderíamos com toda a certeza afirmar que o contributo do Correio da Feira na nossa vida empresarial foi e certamente continuará a ser uma grande e enriquecedora experiência. Orgulhamo-nos da longevidade do Correio da Feira, da sua história e da sua total independência face aos vários Poderes que se foram instalando no país e no Concelho.
Somos guardiães de um jornal com tradição, com história, respeitamos todos os seus capítulos, absorvendo os ensinamentos que deles naturalmente advêm, mas não nos curvamos perante nenhum. A historia do Correio da Feira constrói-se diariamente e com os olhos no futuro. O respeito que nos merece essa história centenária do Correio da Feira não nos amarra a um passado e muito menos a ideais onde não nos revemos nem hoje fazem qualquer sentido porque alicerçados se encontram mantendo-se firmes e verdadeiramente enquadrados na época em que vivemos como se deseja a uma empresa que se quer moderna e actualizada. Com a nossa jovem mas profissional equipa pretendemos dar um contributo para enrique-
cer os anais do património imaterial que é o Jornal Correio da Feira, pertença de todos os Feirenses e que se encontra ao serviço da informação e do nosso querido Concelho. No propósito de dar continuidade a um projecto nascido há 120 anos desejamos reafirmar perante os nossos assinantes, leitores, anunciantes e todos os feirenses o nosso leal compromisso á nobre tarefa que é a Informação. Foram muitas as mensagens que recebemos de vários quadrantes da nossa sociedade feirense felicitando-nos pelo aniversário do Jornal Correio da Feira. A todos queremos deixar o nosso agradecimento e apelar a que se unam com orgulho a este vosso jornal regional para que outras datas sejam festejadas pelas sucessoras gerações.
para justificar o respeito que a provecta idade merece e reclama, foram primeiro, o pendor interventivo – embora politicamente alinhado, reconheça-se – e, mormente nos últimos anos, o reposicionamento no plano democrático (logo, pluralista) que mais abonam ao título. Aos 120 anos, todos, no Correio da Feira, acreditamos que vale a pena lutar por objectivos pragmáticos, na difícil missão de informar. Para nós, trata-se da assunção de uma carta de compromisso plasmada num Estatuto Editorial que entendemos balizador e em cujos valores nos revemos. Hoje, assumimos a herança de um trajecto ímpar, com os olhos postos na modernidade. Aceitamos a s obrigações e compromissos que
impendem sobre o desempenho da profissão; mas reclamamos o respeito que, indubitavelmente, merecemos. Nota final: As intervenções dos Directores (e Directora) que me precederam à frente da informação deste Jornal – e que a seguir se reproduz – mostram bem até que ponto este sortilégio de assumir a Informação, a emissão de Opinião sustentada, constituem modo de intervenção social que a todos nos vincula, independentemente dos índoles pessoais. Para os Serafim Lopes, Albino Santos, Salomão Rodrigues, Paulo Noguês e para a Sandra Moreno, deixo aqui um testemunho de gratidão pelo que deram, não só ao Correio da Feira, mas a toda uma comunidade.
sortilégio Orlando Macedo, Director 1 - Quiseram o destino, ou a fortuna do acaso, reservar-me a honra de dirigir o vetusto ‘Correio da Feira’ no justo momento em que se assinala uma data prodigiosa, neste dia 11 de Abril de 2017. São 120 anos plasmados em mais de 6 mil edições semanais, diluídos em noticiário profuso, em crónicas sociais, em debate político, em confrontação de ideias que hoje se nos afiguram risíveis… No erário sentimental do titulo, há lugar para poemas ingénuos lado-a-lado com ‘mimos’ publicitários que espelham épocas de transição. Pleitos de vontades ou meros testemunhos socias, de valor probatório 2 - No entanto, apesar de um percurso de 120 anos de edição ‘ininterrupta’, bastar por si só
120 Anos de vidA! Serafim Lopes, Director adjunto de Manuel Tavares Em 13 de Maio de 1963 – já lá vão quase 54 anos! – comecei a escrever para o “Correio da Feira”, como correspondente de Escapães. Tinha, então, 18 anos de idade. Bons tempos! Guardo, com respeito e carinho, o cartão de identificação, assinado pela senhora D. Maria Luísa Soares de Sá Braga, administradora do jornal. Daí em diante, “Correio da Feira”, que já conhecia pela leitura semanal, em casa – meu pai, era assinante – passou a fazer, crescentemente, parte da minha vida. A ampla e velhinha escada em madeira de acesso à Redação, passou a ser o meu caminho durante décadas. As senhoras D. Brízida Monte Santos Soares Alvão, Directora, e D. Maria Luísa Soares de Sá Braga, Administradora, herdaram de seu pai, José Soares de Sá, um acrisolado amor ao jornal e à sua Vila da Feira, E souberam respeitar, com muita dignidade, apesar de tantas dificuldades passadas, tão nobres valores.Com residência no Porto, passavam, alternadamente, uma semana na sua casa paterna da Praça da República, para dirigirem
a vida e feitura do seu “Correio”, composto e impresso no rés-do-chão deste grandioso imóvel, onde, hoje, se situa o moderno “Hostel da Praça”. “Correio da Feira”, fundado em 11 de Abril de 1897, era, então, um jornal tipo familiar. Alimentava-se, significativamente, das notícias dos correspondentes espalhados pelas freguesias, e vivia – e vive - para a comunidade feirense, com particular carinho para os emigrantes, prestando um serviço de inestimável valor. A primeira página albergava artigos de opinião de excelentes colaboradores, e outros de defesa de grandes causas feirenses, como, por exemplo, a intensa e perseverante luta desenvolvida para a construção do Hospital. Não será exagero afirmar que “Correio da Feira” é sinónimo de defesa acérrima dos superiores interesses do Concelho. Aliás, as distinções honorificas concedidas pela Câmara Municipal, e a atribuição dos nomes de José Soares de Sá e do jornal a duas ruas centrais da cidade – a minha freguesia, também, deu o nome de “Jornal Correio da Feira”, a um arruamento – são exemplos desse
justo reconhecimento público. Muitos e ilustres colaboradores enriqueceram ao longo do tempo as páginas deste secular hebdomadário, um exemplo raro de longevidade na comunicação social. Sem desprimor para todos eles, seja-me permitido, neste momento de celebração, evocar um bom Amigo, distinto articulista, e esclarecido Director, de seu nome Manuel Tavares, prematuramente desaparecido do nosso convívio, perante cuja memória me curvo reverentemente. Nos últimos tempos, tem sido notório o esforço de sucessivas equipas directivas de procederem a compreensivas alterações tendentes a melhorar a qualidade do jornal, sempre no respeito pelo seu muito honroso passado. Esforço esse que é prosseguido e dinamizado, com reconhecida competência e dedicação, pelo actual Administrador, Jorge de Andrade, Director, Orlando Macedo, e demais colaboradores, que estão a desenvolver um trabalho de inegável mérito, merecedor dos maiores encómios. Neste dia de jubiloso aniversário, parabéns “Correio da Feira”!
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EspEcial 120
120 de Jornal / 42 anos de vida Albino Santos, Director (Janeiro 2003 a Janeiro 2004) Ao dar o meu testemunho sobre a importância do Correio da Feira na minha vida, gostaria de relembrar José Soares de Sá, que apenas com 25 anos, assumiu a direcção e a adminis¬tração do jornal «Correio da Feira». Quase ininterruptamente manteve-se à frente da direcção e administração durante 68 anos. Em 1961, dado o seu combalido estado físico, delegou nas suas filhas e minhas madrinhas Brízida e Maria Luísa (Bica e Lú, respectivamente no seio familiar) tal encargo. De 11 de junho de 1966 até 1997, o jornal teve como directora e editora D. Brízida e como administradora a sua irmã D. Maria Luísa. Tive o privilégio de ter nascido na casa do Correio da Feira, e de ter crescido no seio do Jornal, cujas
diversas fases de produção tive de aprender, desde a impressão a chumbo, ao offset. Foi nesta casa, em que nasci eu e a minha irmã Luisa, e onde os meus pais Alípio e Andelina, foram durante décadas dedicados colaboradores das ‘Senhoras do Correio da Feira’, as minhas saudosas Madrinhas. Nesta casa a par das minhas brincadeiras de infância com os meus amigos, amizades que ainda perduram, assisti, para além da execução, da paginação e da impressão de inúmeras edições do jornal, à visita de imensa gente oriunda de diversos setores da sociedade, chegados de várias paragens. O ano do falecimento das minhas madrinhas (1997), foi a altura em que passámos a imprimir a 4 cores e curiosamente a “Bica” ainda assistiu à primeira qua-
dricromia produzida já na nova máquina. Após os falecimentos de ambas, (Brízida em Abril e Luísa, em Novembro de 1997), a Direcção do jornal foi confiada a Manuel Tavares e Serafim Lopes, aos quais sucedi no dia 3 de Janeiro de 2003, na qualidade de Director Interino do Correio da Feira. Nesse período, pude contar com a importante colaboração do amigo de infância Roberto Carlos Reis e de Salomão Rodrigues, que viria a ser diretor do Jornal. Enalteço o esforço das diversas administrações na manutenção do Jornal, destacando-se claro está, a actual liderada por Jorge Andrade e Silva e Paulo Fonseca, perspetivando um futuro estável e risonho para o nosso Jornal Correio da Feira, do qual me orgulho de ainda fazer parte.
Paixão e resiliência Salomão Rodrigues, Director (Janeiro 2004 a Setembro 2006) Já todos temos, ou deveríamos ter, a consciência da importância de um jornal com 120 anos de existência como o Correio da Feira. Ele é a própria expressão da municipalidade feirense e, não menos importante, do pluralismo de opiniões. É quase uma redundância, mas nunca é de mais lembrar o seu legado, a sua relevância na preservação da história do próprio município, suas gentes e costumes. O que talvez já não seja de conhecimento comum são as batalhas semanais que a Imprensa, Correio da Feira incluído, trava para se manter ativa e atual.
São muitos os exemplos dos que, apesar de terem profícua idade, têm ficado pelo caminho. Um jornal com 120 anos não pode mendigar caridade. Deve ter o reconhecimento natural dos seus leitores, pelo seu valor atestado em cada edição. Já das instituições públicas, não basta que lhe reconheçam a sua importância. Deve ser respeitado e apoiado de forma desinteressada, de forma proporcional ao seu legado e contributo presente. Mas nos 120 anos do Correio da Feira quero particularmente realçar o contributo dos administradores e seus colaboradores. Eles são o esteio que sustenta
este nosso jornal em tempos verdadeiramente difíceis para a Imprensa. São a primeira linha que diariamente debela problemas e se lança em novos desafios. Eu sei, eu conheço as vossas angústias. Os dias sem horários, a ansiedade e desafios e até as afrontas. Mas também conheço a fibra de que muitos de vocês são feitos. Neste tempo contemporâneo só os mais determinados teimam em se manter de pé perante um horizonte onde o lucro ou simples recompensa digna são uma miragem. Resta-lhes a paixão e a resiliência.
cumPrir o desígnio Paulo Noguês, Director (Outubro 2006 a Setembro 2011) Associo-me, com satisfação, ao aniversário do Correio da Feira, respondendo ao amável convite de Orlando Macedo. Num tempo tão rápido como o actual, 120 anos é uma celebração digna de nota. O Correio atravessou três séculos, viveu momentos políticos muito diversos e assistiu a uma evolução económica e social assinalável e o segredo da sua longevidade tem de ser encontrado na sua vocação para interagir com a comunidade que serve e que o lê. A discussão sobre as novas tecnologias de informação na comunicação social não é de hoje, mas quando
um jornal regional em papel chega a esta extraordinária idade, temos de reflectir sobre a importância da proximidade. Um jornal é um elo de ligação entre as pessoas de uma comunidade quer ela esteja confinada a um território bem definido ou espalhada nas sete partidas do mundo. O Correio cumpriu e cumpre esse desígnio aproximando o que está longínquo, levando e trazendo afectos. A cultura, no seu registo mais abrangente, é uma alavanca para fazer girar o mundo e parece-me justo, neste aniversário, salientar o papel do Correio para
reforçar a identidade cultural das gentes da Feira. Um jornal com 120 anos só pode aspirar a uma longa vida se projectar permanentemente o futuro. Como organizador das expectativas difusas dos seus leitores , um jornal é uma janela de esperança que se abre para o desconhecido. Estou certo de que reforçando os laços com os seus leitores e com a comunidade, o Correio da Feira se tornará num farol que nos orientará por muitos e muitos anos. Muitos parabéns !
o mérito dos 120 anos Sandra Moreno, Director (Fevereiro 2012 a Dezembro 2014) 120 anos não é coisa pouca e o Correio da Feira tem motivos para se sentir orgulho. Alcançar este número na imprensa regional é um mérito gigante que merece ser assinalado. E, nesta viagem centenária, as pessoas são certamente o que mais contam. !20 anos de gente que manteve o jornal vivo e que o fez
chegar de forma ininterrupta a casa dos leitores. Por isso, são 120 anos de uma causa que, acredito, estar assente numa grande paixão. Pelo concelho. Pelo jornalismo. Manter a chama acesa e fazê-la brilhar não é uma tarefa fácil. O Correio da Feira, ao longo, dos seus muitos anos de vida, conseguiu o feito, com persis-
tência e vontade. Entre muitos recuos e avanços, o jornal venceu sempre e espero que continue assim. Afinal, os jornais são isto mesmo, o garante da liberdade de um povo, feito por um punhado de jornalistas que se entrega a esta nobre missão de informar. Que continue a ser esse o desígnio do Correio da Feira, da imprensa regional. Pub.
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Emídio Sousa passa certidão de óbito
O prOjEctO cOmO ESta idEalizadO nãO faz SEn Como é que um ex-treinador de futebol e actual líder da Câmara Municipal está a preparar a última época deste mandato? A nossa época é o orçamento e plano de actividades que apresentámos no ano passado. Temos, neste momento, em curso muitas situações que faziam parte do nosso programa eleitoral, uma delas é a reabilitação da rede viária. Hoje estão no terreno, três ou quatro grandes empreitadas de pavimentação de arruamentos, estamos a falar de um investimento que já superará os cinco milhões de euros, está neste momento em curso, feito ou prestes a ser concluído. Temos um sexto procedimento para lançar ainda este ano. Penso que a concretização deste plano de reabilitação da rede viária, que aponta para um total de oito milhões de euros de investimento é o grande trabalho, porque é sempre um trabalho que exige muito cuidado porque interfere com a vida das pessoas, por vezes temos aquele processo de alargamento para se poder fazer uma requalificação melhor, por isso este é o ano de concluir algumas dessas obras. No demais, as coisas estão feitas ou quase concluídas. Fala, principalmente, de requalificação, em vez obra nova. Foi uma opção centrar todo o esforço financeiro e trabalho na reabilitação? Não, não foi. Nós fizemos um programa para quatro anos. Mas recordo que nós temos muito o hábito de apenas valorizar a obra física e não prestar a devida atenção à obra imaterial, que é muito mais difícil. Eu costumo dizer e estou convicto disso, porque já são muitos anos de gestão pública, a obra física é a mais fácil de fazer e a obra imaterial de mobilizar pessoas, mobilizar vontades, criar dinâmicas de território, de solidariedade, de interacção social, de comunidade, diria que isso é a grande dificuldade, mas também o grande desafio e quando conseguimos ficamos muito conten-
tes. Eu acho que nesse aspecto conseguimos, estamos a conseguir alterar, significativamente, o território. Mesmo em obra física. Um exemplo, nós tínhamos apostado numa profunda reabilitação dos campos de futebol, porque é, claramente, a modalidade que mobiliza por larga margem todas as outras modalidades. Passámos de um território que tinha dois ou três campos sintéticos para um território que neste momento tem 17. A aposta vai manter-se? Vai manter-se. Este ano temos um novo concurso, até penso que está a decorrer o prazo para apresentação de candidaturas, porque havia três freguesias que não tinham avançado com candidaturas numa primeira fase, mas que, entretanto, mobilizaram vontades, uma delas é Lobão. O presidente da Junta (acho que é justo destacar porque o clube tinha uma crise directiva muito grande) andou a mobilizar vontades e já apresentou candidatura. Portanto Lobão é certamente uma das freguesias que vai ter sintético por força da actuação do presidente da Junta. Ainda há dias estive no aniversário do clube e prometi dar uma pequena contribuição pessoal para esta obra. Pessoal, não da Câmara. Porque, de facto, tinha muita pena que uma freguesia da dimensão da freguesia de Lobão, absolutamente estratégica na parte norte e nordeste do interior, não tivesse um campo de futebol sintético, nem tivessem melhores condições para a prática da modalidade. Fiquei muito contente, fui incentivando o presidente da Junta e parece-me que, ainda este ano, vamos ter o campo em Lobão. A par desse, Paços de Brandão também falou na eventualidade do campo de treinos e há mais um outro clube, cuja intenção iremos ver. Neste momento tenho 300 mil euros no orçamento municipal para pelo menos três candidaturas, mas já disse que se aparecer quatro também teremos sempre as
condições para a aprovar. Qual a comparticipação da Câmara? A comparticipação da Câmara é de 50% até um máximo de 100 mil euros e um campo por freguesia. Tem noção de um retorno palpável desse investimento? Claramente, porque nós somos uma terra muito virada para a prática desportiva, e ainda bem, principalmente nos mais jovens e havia um certo desconforto nas famílias dos miúdos estarem a jogar futebol com pó. Se isso era comum, no meu tempo de jovem, hoje as famílias já não aceitam isso e compreende-se porque nós evoluímos. Como havia um certo desconforto, os nossos clubes começavam a perder alguma atractividade para municípios vizinhos que já tinham relvados sintéticos. Portanto, neste momento dá-se o fenómeno contrário, todos os clubes estão, hoje, com boas condições. Alguns, fruto destas obras, foram incentivados a fazer melhorias nos balneários. Portanto, hoje, acho que temos, a nível de infraestruturas, óptimas condições para além dos relvados naturais temos também os sintéticos. Ao nível de pavilhões, temos o pavilhão de S. João de Ver, que está pronto.
Não precisamos de um grande Pavilhão
A esse nível, não acha que o Concelho precisava de um grande pavilhão, como têm os concelhos limítrofes? Tenho uma perspectiva diferente. Temos um Concelho com 31 freguesias, policêntrico. Temos uma cidade-sede central, mas temos algumas freguesias com uma população e competitividade idêntica à cidade-sede. Entre a opção de um grande pavilhão, como a Nave de Espinho, equipamentos megalómanos e muitas vezes subaproveitados, e com o mesmo dinheiro fazer dez pavilhões, eu prefiro a se-
gunda opção. Claramente, não precisamos de um grande pavilhão que nos vai custar muito dinheiro para fazer um evento esporadicamente. Prefiro dez pavilhões, para todo o ano, todas as associações e todas as modalidades, disponível para toda a população. Aliás, a nossa opção tem passado por aí. Até os pavilhões escolares estão abertos à população, fora do horário lectivo. Mas também é importante referir, se nós quisermos temos um grande pavilhão, maior que os dos concelhos limítrofes, temos, que é o Europarque. Realizou-se lá o Campeonato Nacional de Ténis de Mesa que ocupou apenas um terço do pavilhão. Ao contrário do que se pensa, na Feira temos o maior complexo coberto do país, que permite ter três ou quatro grandes pavilhões dentro, por exemplo, para a prática desportiva. Dou outro exemplo, o piso do pavilhão de Fiães é melhor para a prática de voleibol que a Nave de Espinho. A nossa política de equipamentos desportivos está certa. Não há um défice desses equipamentos na cidade-sede? Não. Temos o pavilhão da Lavandeira, temos os das escolas. A cidade tem uma oferta adequada, e mesmo nos arredores. Na Feira, ainda não estamos habituados a pensar como uma cidade. Um quilómetro ou dois parece muito longe. Vamos às grandes cidades nacionais ou europeias e andamos meia hora a pé para fazer dois quilómetros. Não é nada de extraordinário numa cidade. O sentir cidade-sede ainda é pequeno. A cidade-sede está a crescer muito, e vai crescer ainda mais. Este conceito urbano — espero chegar, nos próximos anos, aos 30 mil habitantes— tem de crescer. Estamos ainda a passar a dimensão semi-rural urbana para a dimensão urbana. A cidade da Feira já o é, mas vai ser ainda mais, vai ter uma expansão natural. Hoje, a cidade da Feira é muito procurada, não há um apartamento
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o empreendimento
O pEc, ava O, ntidO... para vender, o arrendamento é quase impossível. Isto diz bem da dinâmica dos últimos anos. Como vê a pretensão de o Feirense criar um complexo que ligue o Complexo Desportivo ao Estádio de Sanfins, em que se inclui a construção de um pavilhão? O Feirense tem feito um trabalho extraordinário ao nível desportivo, que deve ser enaltecido. Estamos na melhor época de sempre do Feirense. Há uma nova ambição em Santa Maria da Feira, também traduzida pelo clube, mas não só no Feirense. Ao nível de formação e modalidades, o Feirense também tem vindo a crescer muito. Dou os parabéns ao clube. Vou reunir muito em breve com o presidente, estou inteiramente ao lado do clube nos projectos que queiram apresentar e na colaboração que pretendam. Estou totalmente aberto a uma solução para um pavilhão gimnodesportivo para o Feirense. O clube precisa mesmo. Tem crescido muito. Para o campo de Sanfins, fruto do seu isolamento, é algo fácil de vandalismo e qualquer investimento que lá façamos implica condições para o preservarmos. Já aconteceu antes. Precisa de alguma protecção, vigilância ou então vai ser vandalizado. Se o Feirense fizer uma proposta para o espaço, estou disponível para analisar e eventualmente viabilizá-la. A minha visão da política desportiva municipal passa muito pela parceria com os clubes. O mes-
mo com as associações. Temos uma riqueza associativa única no país, que é própria dos portugueses e dos feirenses. Há muita gente que ainda não o percebe, mas quando temos um clube de futebol, um rancho folclórico, um clube de música ou uma IPSS — praticamente todas as freguesias o têm —, estamos a falar de todo um conjunto de infra-estruturas ao nosso dispor, e de trabalho de pessoas da Terra, não com ambição de ganhar dinheiro, mas sim com amor à arte e um sentido de comunidade que é um ‘tesouro’. Não nos devemos substituir a essas instituições, mas sim estar ao lado delas. Isto é desenvolver uma sociedade civil. A saúde de uma Terra de um país vê-se pela força da sua sociedade civil. Quando a força está demasiado concentrada no Estado, seja o Estado Central, seja o Estado Local, as instituições e a sua dinâmica social perdem força. Vejo muito da sociedade civil no nosso movimento associativo. Temos de perceber como somos, que não se confunda com ‘parolice’. Muitas pessoas pensam que a tradição portuguesa de querer comer uma sardinha assada e de dançar no rancho folclórico é parola, mas não é. É cultura, é tradição, é fantástico. Os estrangeiros têm inveja de nós por causa disto. Acredita que há condições para surgir no Concelho uma outra referência nacional, para além do Feirense? O Feirense, fruto de um trabalho bem executado ao longo dos anos, conseguiu consolidar uma posição de primeiro lugar no Concelho. Há condições, especialmente a parte Norte do Concelho que sempre foi forte, particularmente no futebol, para surgir uma outra referência. Por exemplo, os adeptos do Lourosa são verdadeiramente apaixonados. Mesmo estando em escalões inferiores, talvez ainda seja o clube que mais adeptos mobiliza. Há um potencial enorme motivado por essa paixão. É um leão adormecido que a qualquer momento pode despertar. E há vontade para isso, veja-se a construção da Academia [Forte Paixão]. Depois há o União de Lamas, que também está a recuperar. A norte, entre o Lourosa e o Lamas, penso que são duas terras que a qualquer momento podem ter projectos que os voltem a colocar em escalões superiores.
O PEC terminou há oito anos…
Havia expectativas elevadas relativamente ao Parque Empresarial de Recuperação de Materiais (PERM)
e o Parque Empresarial da Cortiça (PEC)… O PERM está em pleno. Aliás. Devemos ter mais de dez projectos no PERM aprovados. Alguns em obra e penso que uma até já tem licença de utilização. Está em plena actividade e com muitas áreas de actividades. Mais uns meses e vamos ter muitas pessoas a trabalhar ali. E então se arrancar o investimento da multinacional espanhola que comprou um terreno de 10 mil metros, da área de calçado — um dos maiores fabricantes do mundo de calçado de luxo…eles compraram o terreno, agora começar a construir é uma opção deles. O PEC terminou há oito anos. Na altura, no estudo que fiz, entendi que não era viável do ponto de vista económicofinanceiro. Segundo, o PEC para além dessa dificuldade tinha um grande problema de obra. Um dos lados onde se previa a construção — lado norte —, tinha zonas de aterro com 20 metros de altura. A componente técnica de uma obra destas preocupou-me imenso. Fazer um aterro com mais de 20 metros de altura faz-se, mas pode ter consequências. O projecto PEC como estava idealizado não faz sentido. Mas não o abandonámos, talvez tenha é outro nome. Temos uma via infra-estruturante importante, que faz parte da via Feira-Nogueira, e temos, espero que a Câmara o faça nos próximos anos, a ligação do CINCORK, na Zona Industrial da Valada. Todos aqueles arruamentos, confinantes com o Eixo das Cortiças, não serão um parque empresarial, como o PERM, mas será uma zona onde será possível desenvolver unidades industriais com uma grande via estruturante que já lá está construída. A Cork Supply está a ampliar o complexo. Está ali a crescer um complexo de cortiça brutal. Temos ali ‘PEC’, não será com o mesmo investimento maciço, mas com uma filosofia diferente. Logo que consigamos fazer o Eixo das Cortiças, fizemos uma candidatura, cuja aprovação é difícil porque o Governo diz que não há fundos para estradas. Já dissemos que é muito mais que uma estrada, é a ligação a uma série de zonas industriais. Temos de o fazer de uma forma faseada. Que se passa na relação com as Infraestruturas de Portugal relativamente à EN 223? Muito simples. O Estado Central português não tem dinheiro. A opção deste Governo foi aumentar salários e diminuir os horários. Para cumprir as metas do défice só há uma solução. Uns denominam de cortes no investimento, outros de cativar despesa. Fui falar com o Secretário de Estado, em
Novembro, porque a obra era suposto arrancar em Outubro de 2016. Durou dez minutos a conversa. A resposta foi que a despesa está cativa. Mas o país está todo assim. O país está, neste momento, a adiar investimentos fundamentais, até na manutenção e reparação. Os nós de Sanfins e do Complexo Desportivo são críticos. É uma das estradas mais saturadas do país e não conseguimos resolver o problema. Sinto que o país está a adiar despesa, lamentavelmente. Que se passa com ao Centro Coordenador dos Transportes? Ainda não está previsto. O Centro Coordenador dos Transportes (CCT) é uma ideia que está presente, e temos um terreno reservado, junto às bombas de gasolina, na Cruz. Ainda não avançamos com o projecto, mas estamos também a ver como fica a questão do Vouguinha. Faria sentido que tivesse uma relação com o Vouguinha. Na minha opinião, como a questão do Vouguinha deverá demorar algum tempo, nós vamos ter de avançar e não aguardar. Mas a localização do CCT também está a gerar discussão. Temos reservado o espaço, junto ao Pingo Doce, mas há quem defenda que seja na Zona dos Pinheiros, mas penso que não devemos mexer naquela mata. Se não houver grandes mudanças, deverá acabar por ser no tal terreno que está reservado. A localização é boa. Sobre o Vouguinha, não há movimentações? Estou a tentar colocar Vouguinha na agenda da Área Metropolitana do Porto, por consequência, da CP e da REFER. A única coisa que podemos fazer é pressão política. Já me disseram que vão fazer um estudo de viabilidade do equipamento. Deve estar quase concluído. Prometeram que, ainda este ano, teríamos o estudo de viabilidade para eventualmente avançar para o projecto de execução. Tenho tratado do assunto como presidente do Conselho Metropolitanos do Porto (CMdP) e como presidente da Câmara da Feira. Estamos sintonizados com os restantes concelhos. Uma das minhas ambições, enquanto presidente do CMdP, era que todos os munícipes pudessem ter acesso, por comboio até ao aeroporto. E a extensão do Metro do Porto… O Metro obriga a muita procura para ser rentável. Mais do que uma rede de Metro, gostava de ter uma linha ferroviária que nos ligasse ou a Campanhã, ou às Devesas, ou até à estação de Metro que vai ser construída em Vila D’Este, em Gaia. Não me preocupa que seja metro. Admito que seja uma ligação a Espinho, mas gostava que Pub.
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fosse ao Porto.
Milheirós de Poiares: a luta segue dentro de momentos…
Qual é ponto da situação relativamente à questão de Milheirós de Poiares? Teve uma reunião na Assembleia da República na sextafeira. As duas petições subiram ao Plenário em simultâneo e não houve iniciativa legislativa. Todos os partidos deram o seu parecer, com o PSD, CDS, PCP e Verdes a colocarem-se ao lado da não desanexação de Milheirós de Poiares. O PS e o BE ficaram a favor da desanexação, mas não apresentaram proposta legislativa, porque perceberam que não conseguiriam maioria no Parlamento. O resultado é bom para as nossas pretensões, e a favor da maioria dos milheiroenses que querem ficar no Concelho. Estou contente. Espero que o assunto esteja terminado, mas temos de estar atentos porque em política nunca se sabe. O BE disse que iria apresentar, mais à frente, talvez depois das eleições autárquicas, uma proposta de lei para a desanexação. Temos de estar atentos, mas congratulo-me com o resultado. Vi com tristeza toda esta tentativa de dividir o nosso Concelho. Lutarei com todas as forças para manter o Concelho. A dinâmica que se sente no Concelho não está a ser bem compreendida, e alguns não gostam disso. A hora é de união e não de disputas. As Terras de Santa Maria devem crescer, trabalhar em conjunto. É público o que tenho feito para que assim seja e vejo com mágoa esta mancha no processo de unidade que estamos a construir nas Terras de Santa Maria. Mas julgo que no futuro não passará de uma pequena memória histórica porque os milheiroense vão continuar em Santa Maria da Feira e digo-o com verdadeiro apreço, amor e admiração pelas pessoas de Milheirós de Poiares. Os milheiroenses de longa data, na sua generalidade, querem continuar em Santa Maria da Feira, como mostra a petição da Câmara. E não foram pressionadas, como é óbvio. Quero, sinceramente, que as pessoas de Milheirós se sintam confortáveis e realizadas no concelho de Santa Maria da Feira. Mantém a aposta no Europarque? O Europarque estava moribundo. Caminhava a passos largos para uma ‘morte’ desonrosa. Se não fosse a nossa acção, seria hoje um grave problema para Santa Maria da Feira. Seria vandalizado, um local onde ninguém se atreveria a entrar. Hoje,
o Europarque fervilha de actividade. Está a recuperar. Em dois anos, só vai fazer em Maio, já se nota a diferença. A parte de eventos, a parte cultural e congressos está a funcionar razoavelmente. Ainda não está como gostaria, mas já tivemos mais de 200 eventos em 2016. Ainda temos um défice da exploração da rentabilidade do espaço (obra/despesa), mas está dentro do espectável. E temos o exterior do Europarque que hoje é claramente um parque da cidade. Está sempre com muitas pessoas a praticar desporto. Ao fim-de-semana são milhares de pessoas. Ao domingo de manhã, temos uma série de actividades monitorizadas. Tornou-se num grande parque de lazer da região, e não apenas da Feira, porque é seguro e agradável. Abrimos um restaurante que é um factor de atracção. O lago é um atractivo. Os caminhos estão limpos, os relvados tratados. Se não tinha grandes dúvidas que ia colocar o Europarque a funcionar melhor, hoje não tenho dúvidas nenhumas. O Europarque vai ser o grande polo de desenvolvimento do Concelho nos próximos anos, como centro de congressos, como zona de lazer, como actividade de saúde (clínica e colégio que lá estão). O próprio Visionarium está neste momento num processo negocial muito avançado para uma nova entidade exploradora, que vai ser uma surpresa muito boa para o território. Gente da região, mas com um projecto muito avançado, e o próprio espaço comercial do Europarque vai receber a Associação das Empresas de Tecnologias de Informação e Comunicação Electrónica. Vão lá ficar instalados. É liderada por um feirense, tem mais de 50 associados de todo o país, vamos lá tê-los nos próximos dois anos sem pagar renda para promover e captar pessoas (altos quadros) numa área que será o futuro. E mais se seguirão. Vamos ter ali um polo vasto. E a norte do Europarque, onde estão instalados os norte-americanos (Amy’s Kitchen), temos um parque empresarial em plena infra-estruturação, concluído em cerca de dois meses. O próprio Feira Park está cheio de actividade. Recentemente foi apresentado uma nova versão do Parque da Cidade (Cáster)… Temos duas componentes. A Quinta do Castelo, que temos um projecto já candidatado a fundos comunitários, cerca de dois milhões de euros de obra. Devemos avançar com concurso ainda este ano. E temos a Zona das Ribeiras do Cáster, que também tem projecto. Tem como base o projecto do professor Costa Lobo. Estamos na fase de negociação de terrenos e nou-
tros casos estamos a comprar directamente, quando o preço o justifica. Os terrenos não têm aptidão construtiva, têm um valor muito residual. Gerimos o dinheiro como se fosse nosso.
CF: Visão acertada
O Correio da Feira faz hoje 120 anos. Como vê a comunicação social no Concelho? Prezo muito que a comunicação social funcione bem. Espero que continue a existir. Sinto que a maioria tem grandes dificuldades porque a concorrência da comunicação digital e das redes sociais é enorme. Os novos leitores não estão disponíveis para comprar. Eu ainda sou de uma geração que gosta de ler, de comprar, de sentir e mexer na folha. Isto associado à crise nas empresas, há grande dificuldade em investir em publicidade local, faz com que a maioria se debata com muitas dificuldades. Do que conheço, temos uma comunicação social aberta à população, independente, onde qualquer partido faz a sua presença com total à vontade. Penso que a nossa comunicação social também não terá grandes razões de queixa da Câmara. Há um perfeito respeito pela comunicação social, e espero que se possa manter, apesar das dificuldades. O Correio da Feira teve uma visão acertada de se modernizar. Apostaram nas redes sociais, no digital, foi bem pensado. Só falta o vídeo. Vamos ver se o mercado publicitário também melhora. Acredito que sim. Tenho um conceito de democracia que não passa apenas pelo voto. A democracia é o voto, mas também passa pelo movimento associativo e pela comunicação social independente. Concorda que um jornal regional deverá ser entendido como um parceiro de desenvolvimento regional? Sim. Normalmente, é. Uma terra que tem um jornal eficiente, que interage com o tecido empresarial, que obtém a sua receita da publicidade que faz, indica que é uma sociedade que está a funcionar. O Alexis de Tocqueville [escritor político, historiador, pensador político e da democracia], um dos maiores pensadores da liberdade, dizia que uma das coisas que mais o impressionou na América foi exactamente a imprensa livre nos Estados Unidos. [no séc. XIX] Qualquer terra tinha um jornal. Isso é fundamental. O PSD reuniu a sua Comissão e confirmou cerca de 160 nomes de candidatos às Autárquicas. O nome de Emídio Sousa é um deles? Julgo que não. Sei que o PSD Feira já reuniu e convidou-me. Ainda não respondi, vou fazê-lo oportunamente.
Estar a dizê-lo agora é prematuro. Hoje, é tudo muito imediato, mas primeiro tenho de comunicar a decisão ao partido. O partido reuniu e convidou-me. Foi consensualizado. O presidente da Concelhia deu-me nota da sua vontade, e da do partido, de eu ser o candidato. Entretanto, eu vou responder ao partido e depois será tornado público. Em Maio, teremos informação. Partindo do princípio que será candidato, como avalia os candidatos já conhecidos? Prefiro fazê-lo já depois de ser candidato... Mas a campanha já está em andamento… Sim, há quem esteja há um ano a fazer campanha. O trabalho da Câmara é tão absorvente e as campanhas exigem muito esforço dos candidatos. Eu estou de tal forma empenhado no meu trabalho na Câmara…Não acontece nada se não trabalharmos. Toda a dinâmica que se assiste na Feira resulta de muito trabalho e de muitas pessoas. Por exemplo, tenho investido muito do meu tempo na captação de um investimento de uma multinacional suíça, na área da alta relojoaria, que é importantíssimo. Uma empresa que trabalha para a Cartier, por exemplo. Representa investimento de horas. É um empreendimento muito interessante para a região. Vai de encontro à ideia de passarmos de uma empregabilidade de baixos salários para salários/procura de competências melhor remuneradas. Tem de ser o próximo passo. Estancámos e diminuímos a questão do desemprego. Agora é altura de trabalho qualificado, para os jovens licenciados. Ou conseguimos investimento nacional e estrangeiro que segure estes jovens cá ou eles saem. As germinações têm algum contributo para a questão da captação de investimento? Muito contributo. Foi através das germinações que abrimos portas. Nós temos um recurso fabuloso que são os nossos emigrantes, a nossa diáspora. Há um português, um feirense, em cada esquina. Não perceber este extraordinário recurso, que fala a nossa língua, é desperdiçar oportunidades. Temos uma capacidade para crescer tremenda. Por isso, entrar já em campanha é ter de dividir o meu tempo com o trabalho da Câmara. Não o quero fazer porque as oportunidades estão aí e não as podemos perder. A campanha tem de ser feita, mas, se se vier a confirmar a minha candidatura, só será efectuada o mais tarde possível. Neste momento, há muito trabalho para fazer na Câmara. Pub.
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TESTEMUNHOS
Amadeu Soares Albergaria, Deputado (AR), presidente da Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira Assinalam-se os 120 anos de vida do Correio da Feira, um dos mais antigos, respeitados e prestigiados títulos da Comunicação Social local em Portugal. Ao longo da nossa História enquanto Comunidade, soubemos, não raras vezes, reinventarmo-nos. Foi, é assim, na nossa economia, na educação, no associativismo ou na construção do nosso modelo urbano. O tecido produtivo local, as nossas associações culturais e desportivas e as gentes de Santa Maria da Feira são reconhecidos pelas suas ímpares capacidades de trabalho, de resiliência, de reinvenção e de inovação, predicados, aliás, tão bem patentes na própria existência do Correio da Feira.
A história do Correio da Feira remonta aos longínquos tempos da Monarquia. Viveu por dentro a Implantação da República no nosso país. Sentiu os ecos de dois conflitos mundiais. Resistiu ao Estado Novo em Portugal. Festejou com todos os seus fiéis leitores a Liberdade do 25 de Abril. Testemunhou a materialização do notável projeto de desenvolvimento do nosso município. O Correio da Feira é, pois, verdadeiro e vivo documento histórico da nossa comunidade. A construção da identidade das comunidades depende muito da forma como soubermos lembrar, respeitar e perpetuar as nossas memórias coletivas. Nesse sentido, é inestimável o papel que a Comunicação Social Local, e o Correio da Feira em particular, desempenha na permanente constru-
ção da identidade de Santa Maria da Feira. Mais de 6.000 edições do Correio da Feira trouxeram até nós, leitores, um sem-número de notícias e factos, a exaltação de heróis locais e um amplo e plural espaço de encontro e debate de opiniões. A data que agora assinalamos constitui genuíno e autêntico motivo de orgulho para Santa Maria da Feira, pelo que todos os profissionais do Correio da Feira, de hoje ou ontem, todos os seus Diretores ou Administradores, são credores do máximo respeito e reconhecimento da parte de todos os feirenses. Acredito que, apesar dos seus respeitáveis 120 anos de vida, O “Correio da Feira” não tem idade… mas sim memória, e conserva todo um jovial vigor, entusiamo e paixão pelo jornalismo.
Muitos terão sido os obstáculos ao longo de 120 anos de vida…mas a capacidade de resistência dos seus fundadores eseguidores, conseguiram produzir de forma ininterrupta as notícias da nossa terra e fazê-las chegar aos Quatro cantos do Mundo. Para estes, as primeiras felicitações pelo presente aniversário. Além do simbolismo pela sua bonita idade sublinhe-se o seu percurso marcado como uma referência invejável de Santa Maria da Feira na informação regional, nacional e além fronteiras pela sua independência, verticalidade e rigor, sem abdicar de um estilo próprio
de produzir informação assente no princípio republicano de servir com equidade os seus leitores. Soube viver 120 anos de forma exemplar, como poucos jornais da imprensa regional, o sabem fazer… Na presente oportunidade, quero testemunhar o carinho muito especial que os Feirenses têm pelo Jornal Correio da Feira, porque marcou as suas vidas. Parabéns por ser assim. O Correio da Feira merece este dia e muitos mais. Feliz aniversário!
António Cardoso, Deputado à Assmbleia da República
120º Aniversário do Semanário Correio da Feira Ao comemorar o seu 120º aniversário o Semanário Correio da Feira merece antes de mais sublinhar a resiliência e a determinação como tem exercido a nobre missão de servir a comunicação social dirigida em especial para os cidadãos Feirenses.
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António Topa, Deputado à Assembleia da República Exmo. Sr. Director do Jornal Correio da Feira Tenho 62 anos. Desde os meus 5 anos que conheço o vosso Jornal. Fazia parte da do dia a dia da minha família. O meu Pai, emigrante na Venezuela, assinou o Jornal em 1960, mal retornou para viver definitivamente em Portugal. Lá em casa era uma guerra quando o Jornal chegava. Todos queriam lê-lo em primeiro lugar. Liamos as notícias da nossa freguesia, das outras freguesias e do concelho. Não havia um bocadinho que ficasse por ler. O meu pai faleceu em 1992. Fui o herdeiro da assinatura. Continuo a receber o Jornal em minha casa. Os anos passaram. Durante os anos, muitas vezes discordei dos editoriais, dos articulistas. Algumas vezes até me enervei, porque, a independência e isenção do Jornal estavam em causa. O Jornal, hoje, já não é o Jornal dos meus tempos de criança. É diferente. Tem mais artigos de opinião, mais notícias dos movimentos da sociedade, mais informações e comentários de natureza política e do movimento associativo, ou seja, acompanhou a evolução dos tempos, a sociedade de informação global. Quero aqui expressar a minha homenagem ao Sr. Manuel Sá, que durante muitos anos dava as notícias da minha terra, Vila Maior. Tem hoje 92 anos. Depois de tudo, continuo a ser assinante do Jornal. A ler praticamente todas as notícias. O jornal faz parte das minhas memórias. Lá em casa o Jornal faz parte da família. Os meus parabéns ao Jornal Correio da Feira pelos seus 120 anos de vida.
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ESPECIAL 120
Roberto Carlos Reis Desafiado a dar o meu testemunho sobre a importância do Jornal Correio da Feira na minha vida, gostaria de sublinhar que a minha colaboração começou aos 12 anos com uma rubrica assinada por mim e pelo Biná, designada de Coluna Jovem. Nesta apontávamos a existência de um buraco por tapar, de uma carreira por limpar, do mau acondicionamento do lixo, de uma árvore caída e de outras situações, culminando sempre com uma anedota.. e queos leitores gostavam e apreciavam! Era uma forma de motivação para a escrita que as Senhoras do Correio d Feira, D. Brizida e D. Luísa, faziam junto de adolescentes. Era o tempo de o Sr. Alípio, tipógrafo durante décadas, compor o jornal a chumbo…passávamos horas a observá-lo, teclando,fazendo lembrar um pianista, as notícias em chumbo, que depois iam para a Rotativa Heidelberg…. tendo sempre a prestimosa esposa D. Andelina por perto a intercalar, a dobrar e a expedir para os CTT, tarefas essas em que por vezes colaborávamos. Mais tarde, veio a era do comutador e do off-set, que sem dúvida viria facilitar o trabalho de todos, podendo-se inserir fotografias….e ter mais umas
páginas a cores Ao mesmo tempo as senhoras do Correio da Feira, pediam apoio para a leitura das provas do jornal que serviam para detatr gralhas e erros orográficos, antes da composição final, a troco de uma notita de 100 ou de 500 escudos, dependia sempre…. Que saudade dos escritos do Sr. Lamoso, do Sr. Bálio dos Reis, do Manuel Tavares, do Orimar da Fina, do Ignotus, do José Vale, do Serafim Lopes e tantos outros que deixaram marcadas a letras de ouro as páginas do Correio da Feira, que consubstanciam em si a História dos últimos 120 anos desta região. Relembro aqui as correrias, os jogos de cowboys, e outras tantas as brincadeiras pelo palacete imponente, que hoje deu lugar a um equipamento de excelência na área da hotelaria, o Hostel da Praça Este percurso fez com que na época de estudante, fosse convidado para trabalhar noutros órgãos de comunicação: Rádio Águia Azul, Terras da Feira, Radio Clube da Feira, Informedia Rádio, Radio regional Sanjoanense, Rádio Clube da Feira, Comercio do Porto, Jornal de Noticias, Jornal Record e Jornal O Jogo. E sempre com as Senhoras a incentivar o Curso
Superior, recordado que o jornal fez notícia da minha Licenciatura! Esta gratidão enorme para a família Correio da Feira, fez com mais tarde, ajudássemos a encontrar a solução para a direção do jornal, num período difícil do mesmo, mas que felizmente veio a reerguer-se, culminando com as celebrações dos 115 anos e agora dos 120 anos. Claramente que houve uma fase, em que a conotação e o ferrete partidário foram uma constante, mas o velhinho Correio foi sobrevivendo até chegar a esta Administração liderada pelo Jorge de Andrade e Silva, que na minha opinião está a levar o jornal a um bom porto, transformando-o numa referência entre os seus pares: pluralista e independente. E como sublinha Miguel Torga no seu Diário de 1942 “Cada época é definida pelo que apresenta de novo, de especificamente seu. Pode não ser um alto pensamento filosófico, uma grande reforma moral, uma arte requintada, uma ciência generosa. Mas há-de ser a dádiva de qualquer uma dessas manifestações humanas, ou todas, numa concepção inteiramente inédita, original, inconcebível noutro tempo da história”.
Correio da Feira Comemora 120 anos Ao comemorar hoje o seu 120.º aniversário, vamos apresentar uma pequena resenha, baseados na Imprensa Periódica da Vila e do Concelho da Feira (Roberto Vaz de Oliveira) e Imprensa Periódica de Santa Maria da Feira ( Etelvina Araújo e Márcia Cruz) do que foi e do que é o jornal Correio da Feira, que já percorreu três séculos: O “Correio da Feira “, foi fundado em 11 de Abril de 1897, com o objectivo de defender a política do partido regenerador, com o auxílio e apoio dos vultos do partido no concelho: Foram fundadores do “Correio” os vultos proeminentes da política regeneradora da Feira: Dr. António de Castro Pereira Corte Real (mais tarde e sucessivamente, visconde e conde de Fijô), deputado pela Feira em diversas legislaturas e presidente da Câmara Municipal da Feira, nos exercícios de 1882-1885 e 1886; Dr. Vitorino Joaquim Correia de Sá, distinto advogado, que foi presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal da Feira, nos exercícios 1914 –1917 e 1918, da qual já havia sido vice-presidente em 1912; Dr. Manuel Batista Camossa Nunes Saldanha (visconde de Albergaria de Souto Redondo), que foi presidente da mesma Câmara Municipal, nos exercícios de 1890-92, 1893-97; Joaquim José Pinto Valente, ao tempo proprietário da casa chamada dos Leões, no Rossio. No artigo de fundo do seu número um dizia: “O nosso Semanário - Na hoste gloriosa da imprensa vem alistar-se mais um combatente. Jura fidelidade aos eternos princípios da justiça e da verdade, e nas pugnas incruentas em que vai lidar, defenderá com honra e denodo o partido regenerador sem esquecer o respeito devido aos adversários, que enfileirados sob outra signa pelejam connosco pela pátria e pela liberdade...” concluindo “E assim norteados combateremos todas as injustiças e arbitrariedades,
reclamaremos direitos sem descuidar os deveres correlativos e especialmente propugnaremos com todo o zelo as necessidades locaes “. No número 22 de 5 de Setembro de 1897, já inscrevia, ao lado do seu título - “O Correio da Feira é o órgão do partido regenerador local” e no número 53 de 10 de Abril de 1898, em destaque e por baixo do seu título, “Órgão do partido regenerador do concelho da Feira “. A partir do número 117 de 1 de julho de 1899, altera para “Órgão do partido regenerador e dos interesses do concelho da Feira “esta modificação resultou, por certo, da luta que, então, se travava entre a Feira e Espinho, devido à elevação desta vila a concelho. Desavenças políticas surgiram entre José Soares de Sá, por um lado e Pinto Valente e o Dr. Henrique Vaz Ferreira, por outro lado, em resultado de dissidências que se deram no partido regenerador após a morte do conselheiro Hintze Ribeiro, em I908. Delas resultou o “Correio da Feira “ acatar a chefia do conselheiro Júlio de Vilhena, ao contrário daqueles outros dois: daí este jornal, no seu número 589 de 18 de Julho desse ano, ter anunciado com grandes letras, que passava a ser composto sem qualquer ingerência dos mesmos, afirmando que “prosseguirá enfileirado entre os seus colegas ortodoxos da Imprensa do partido regenerador defendendo-lhe as ideias e os interesses”. Comentando esta atitude, o Diário Popular, jornal em que directamente superintendia o conselheiro Júlio de Vilhena, refere no seu número de 22 do mesmo mês de Julho.- “Apesar do Sr. Vaz Ferreira se ter separado do Correio da Feira este jornal nosso prezado colega continua sendo genuinamente regenerador e continuara assim abertamente ao lado do prestigioso chefe do
partido regenerador”. Em razão de tais divergências, em 23 de Novembro de 1908, aparece um novo jornal “Gazeta Feirense”, propriedade do Dr. Vaz Ferreira e direcção de Pinto Valente. No número 691 de 9 de Julho de 1910, apoda as seguintes afirmações feitas pelo conselheiro Campos Henriques; “Somos os que fomos sempre: monarchicos firmes, quer nas horas de fortuna quer nas de adversidade. E assim que se afirmou em todas as circunstâncias o partido regenerador”. Isto visava directamente os dissidentes Dr. Henrique Vaz Ferreira e Pinto Valente, pois José Soares de Sá, em suplemento ao número 696, com data de 16 de Agosto de 1910, em folha volante de pequeno formato e para agastar aquele, anunciava (como director e administrador do “Correio da Feira “) que o governo demitira o Dr. Vaz Ferreira de Governador Civil de Aveiro. No número 697 de 20 de Agosto de 1910, declara-se fiel à chefia do partido por parte daquele conselheiro Campos Henriques, que a facção da direita deste partido elegeu em sucessão do conselheiro Júlio de Vilhena. Pouco tempo durou esta filiação partidária porque, no dia 8 de Outubro seguinte, o “Correio da Feira”, no seu número 704, intitula-se semanário político e abraça o regime republicano. A seguir ao número 727 de 18 de Marco de 1911 e com data de 22 deste mês, foi distribuída, em pequeno formato, outra folha volante assinada pelo “Editor José Soares de Sá “, comunicando aos assinantes, anunciantes, colegas e amigos que o jornal tinha sido suspenso pelo administrador do concelho, Ernesto Belesa de Andrade, lavrando o seu protesto contra a falta de liberdade de Imprensa, declarando que lhe era imposta a suspensão da sua publicação.
Em 1 de julho de 1911, com o seu número 728, recomeça a sua publicação normal. Em artigo de fundo, dirigido aos seus leitores, diz que a suspensão, que tivera lugar em 22 de Março, fora levantada em 9 de Maio, lavrando o seu protesto, dizendo que não curou de averiguar o que motivou ou fundamentou essa suspensão e que não solicitara a “graça de continuar a publicar o semanário”. A partir do número 729 de 8 de julho de 1911, passou a denominar-se “Semanário Republicano” e no número 756 de 13 de Janeiro de 1912, intitula-se “Órgão do partido Republicano do Concelho”, publicando, nesse número e nos seguintes (757 e 758), a respectiva comunicação datada de 10 desse mês, feita pelo Dr. António Ferreira Pinto da Mota, como presidente da “Comissão Política Municipal do Partido Republicano “. Manteve esta representação ate ao número 832 de 5 de julho de 1913. No seguinte de 12 de julho de 1913, começa a designar-se “Órgão Filiado no Partido Republicano Português”. A partir do número 907 de 5 de Dezembro de 1914, já se intitula “Semanário Republicano Evolucionista “, para, desde o número 1156 de 11 de Outubro de 1919, se inculcar “Semanário Republicano Liberal”, designação que ainda se mantinha no número 1255 de 15 de Outubro de 1921. No seguinte de 22 de Outubro e, assim, depois da morte do Dr. António Granjo, orientador daquele partido liberal, passou a denominar-se “Semanário Republicano”. Desde o número 1373 de 26 de Janeiro de 1924 “Semanário Republi¬cano Independente” e assim ate ao número 1420 de 27 de Dezembro de 1924; a partir do seguinte de 3de Janeiro de 1925, “Semanário Republicano Independente” e desde o 1679 de 26 de julho de 1930,
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Amaro Araújo Presidente da Junta de Freguesia de S. João de Ver O Correio da Feira na sua longa e bonita história, que agora perfaz 120 anos, assumiu-se pelo seu rigor e independência como uma referência na informação regional. Desempenhou um papel fundamental na promoção de Santa Maria da Feira, suas freguesias, associações e gentes, sendo hoje mais do que um jornal,
“Semanário Republicano Independente — Regionalista “. A partir do número 2267 de 10 de Janeiro de 1942, até ao 3438 de 6 de Fevereiro de 1965, acresce “Fundado em 11 de Abril de 1897”. Desde o número 2456 de 24 de Novembro de 1945, passa a “Semanário Republicano Regionalista”. O “Correio da Feira “, além dos já referidos suplementos ao número 696 e ao que se seguiu ao 727, publicou: um ao número 100, em 6 de Março de 1899, intitulando-se órgão regenerador, dedicado ao comício que, no referido Real Teatro D. Fernando II, desta Vila da Feira teve lugar, na véspera, a favor da integridade do concelho; outro ao 344 de 7 de Novem¬bro de 1903, sobre publicações literárias; outro ao numero 467 de 19 de Marco de 1906, anunciando a queda do governo progressista e que fora encarregado de formar governo, o conselheiro Hintze Ribeiro; outro ao n.º 1596 de 9 de Junho de 1928 com artigo do Dr. Aguiar Cardoso. Este jornal teve, além de outros, os seguintes colaboradores: Dr. António Augusto Aguiar Cardoso, Dr. Henrique Vaz Ferreira, Dr. Eduardo Vaz de Oliveira, Dr. António Ferreira Soares, Dr. Vitorino Joaquim Correia de Sá, Conde de Fijô (Dr. António de Castro Pereira Corte Real), D. Fernando Tavares e Távora, Joaquim José Pinto Valente, Dr. Paulo de Sá, Francisco Vicente da Costa Neves, Manuel José Lopes Pereira, José Correia de Sá, D. Maria da Luz Albuquerque, Alberto Ferreira Monte Santos, Capitão Alípio de Oliveira, Albino Alvão, Hugo Rocha,
é a historia impressa em papel. Devemos reconhecer os méritos de quem o fundou, e a abnegação de quem o manteve e mantém vivo, trabalhadores, administradores, jornalistas e correspondentes, todos eles estão de parabéns. Foram vários os Sanjoanenses que tiverem forte ligação ao Correio da Feira, desde jornalistas a correspondentes, que de forma empenhada e
Joaquim Batista de Freitas, Ferreira da Rocha, Vicente Reis e Dr. Manuel de Paiva, Padre José de Pinho, Padre Albano Alferes, entre outros. Depois de uma vida exaustiva de trabalho, quando já tinha cerca de 90 anos, José Soares abandonou a direcção e a editoria do “Correio da Feira “ (número 3240 de 15 de Abril de 1961), ficando como directora e editora sua filha D. Brizida Monte Santos Soares Alvão e, como proprietários e administradores, ele e seus filhos. Desde o número 3509 de 11 de junho de 1966 até 1997, apresenta-se como directora e editora D. Brizida e como administradora sua irmã D. Maria Luísa. Em 1997, a Direcção do jornal foi confiada a Manuel Tavares, e desde o dia 3 de Janeiro de 2003, é Albino Santos o Director Interino do Correio da Feira. De 2 Janeiro de 2004 a 2 de Setembro de 2006), o director foi Salomão Rodrigues. De 5 de Outubro de 2006 a 5 Setembro de 2011, o director foi Paulo Noguês. A partir de 29 de Junho de 2006), a propriedade é da “Trazer Notícias, Lda.”, conhecendo-se como directores do Correio da Feira: de 12 Setembro de 2011 a 6 Fevereiro de 2012, Orlando Macedo. Posteriormente desde 13 Fevereiro de 2012 ao final de 2014, Sandra Moreno assumiu a função de diretora. Desde 5 Janeiro de 2015), que Orlando Macedo reassumiu as funções de Director.
12 capas – 120 anos de História do Correio da Feira
dedicada também contribuíram para esta longa história, dos quais destaco o saudoso e amigo Manuel Tavares. O Presidente da Junta de Freguesia de São João de Ver dá os parabéns ao Correio da Feira pelo seu centésimo vigésimo aniversário, desejando as maiores felicidades e sucesso para os próximos 120 anos.
Nestas celebrações foi me efetuado o convite para escolher 12 capas do jornal Correio da Feira, que de alguma forma pudesse ilustrar os 120 anos do Jornal em cerca de 6000 edições, mas como devem de imaginar é uma tarefa hercúlea, no entanto aceitei este desafio, embora considerando, que existirão outras capas de edições que tenham mais importância. O critério de escolha, foram os factos internacionais e nacionais que de alguma forma tiveram uma enorme influência na história local de Santa Maria da Feira:
Azeméis foi inaugurado em 23 de Novembro de 1908, pelo jovem Rei D. Manuel II (que poucos meses antes tinha assistido ao assassinato do seu pai e do Príncipe herdeiro)) sendo considerado na altura um factor preponderante para a aproximação dos núcleos urbanos que englobam Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira e Santa Maria da Feira. Segundo o “Correio da Feira”, de 28 de Novembro de 1908, “cerca de 20.000 pessoas acorreram à Vila da Feira para aplaudir El-Rei D. Manuel II, na inauguração do troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis, da Linha do Vale do Vouga”. “Sua Majestade tinha saído de Espinho, sob um sol escaldante e cerca das 12:30 horas, depois de um almoço festivo no salão Nobre da Assembleia de Espinho”.
2. Implantação da República
1. Visita de sua Majestade o Rei D. Manuel II
O troço entre Espinho e Oliveira de
A implantação da República em 5 de Outubro de 1910 teve também os seus impactos no nosso Concelho, contribuindo para a construção da identidade do Concelho e das Terras de Santa Maria. Deste acontecimento histórico destacaram-se Republicanos oriundos de Santa Maria da Feira como o fundador do Partido Republicano Português, Francisco Sousa Brandão; o Presidente do Tribunal da Relação do Porto; Abel de Pinho, o Presidente da Câmara e deputado à Aseembeia Constituinte Elísio de Castro; o deputado, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Ministro Ângelo Sampaio Maia; o Reitor da Universidade de Coimbra e Ministro da Pub.
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Arménio Pinho Presidente da AFA A Associação de Futebol de Aveiro não poderia ficar de fora desta efeméride, que são os 120 anos do jornal Correio da Feira. Os jornais e empresas de comunicação regional são imprescindíveis para a divulgação do desporto distrital. Como atento leitor semanal do jornal Correio da Feira, é com agrado que observo um número
Justiça; Roberto Alves, deputado, Presidente da Câmara Municipal e professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, entre outros.
3. Conflagração Europeia Início da 1.ª Guerra
Quando estalou a guerra entre as potências da Europa e a mesma entrou em erupção no Verão de 1914, Portugal permaneceu oficialmente neutro. Numa primeira etapa, Portugal participou, militarmente, na guerra com o envio de tropas para a defesa das colónias ameaçadas pela Alemanha. A 25 de Agosto de 1914, os militares alemães fizeram uma incursão no Norte de Moçambique e em 11 Setembro de 1914, Portugal envia a primeira expedição militar para as colónias. No final de 1914, Portugal estava em guerra não declarada com a Alemanha no Sul de Angola e no Norte de Moçambique. Aliado de longa data da Grã-Bretanha, Portugal estava ansioso por participar na I Grande Guerra, esperando ganhar alguma influência e lucrar com uma parte dos despojos e indemnizações de guerra, que viriam a amenizar a grave situação financeira que o país atravessava, na expectativa
cada vez maior de páginas dedicadas ao desporto e nomeadamente ao futebol e futsal Aveirense. A AFA está grata ao jornal Correio da Feira por todo o trabalho realizado em prol do futebol e futsal distrital ao longo dos seus 120 anos de existência. Para entendermos a importância deste aniversário, basta percebermos que a duração média das em-
de uma vitória rápida do conflito. No entanto, os britânicos duvidavam da prontidão do seu velho aliado para a guerra, com alguns britânicos a chegarem ao ponto de declararem o português como “aliados inúteis”. No entanto, as coisas alteraram-se 1916 quando Portugal, obedecendo às exigências da Grã-Bretanha apreendeu 36 navios mercantes alemães e austríacos no porto de Lisboa. Considerando a apreensão uma violação das regras de neutralidade, a Alemanha declarou guerra a Portugal em 9 de Março de 1916. O fervor nacionalista varreu Portugal e o governo de Lisboa preparou imediatamente uma força expedicionária para enviar para a frente ocidental. À então Câmara da Vila da Feira presidida pelo Dr. Vitorino de Sá, esta situação não foi indiferente. Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal da Feira de 11 de Abril de 1916 presidida pelo Vice-Presidente, Saul Eduardo Valente estiveram presentes os vereadores António da Costa Monteiro, Manuel Alves da Silva, Manuel Alves Ribeiro Tavares, Manuel Ferreira Pinto, Custódio António de Pinho, António Domingos de Andrade, Manuel da Costa Dias, Manuel Pereira
presas em Portugal situam-se entre os 11 e os 13 anos, e apenas 1172 destas entidades ultrapassam a fasquia dos 100 anos de existência. A Associação de Futebol de Aveiro espera continuar a festejar por muitos e longos anos os sucessos do Jornal Correio da Feira e, juntos, festejar os sucessos dos clubes de futebol, futsal e futebol de praia do nosso distrito.
Granja, Domingos de Almeida e José Joaquim Silva e o próprio Presidente Dr. Vitorino de Sá. Da participação na primeira guerra, sabemos que participaram 174 jovens oriundos do Concelho, tedno morido 31. No entanto também tivemos heróis na Prieira Guerra Mundial: Dr. José Santos Carneiro, que integrou o Corpo Expedicionário Português, em França, como tenente miliciano, e após a célebre batalha de 9 de Abril de 1918 (batalha de La Lys) , foi feito prisioneiro dos alemães até ao Armistício, e dado como desaparecido, uma vez que não tinha sido encontrado pela família, muito embora os vários esforços efectuados nesse sentido. Conseguindo fugir, andou meses por França e Espanha, aparecendo um dia em casa do pai, como um mendigo desconhecido. Como militar, foi na Grande Guer¬ra, um valoroso e intrépido oficial, cu¬jo mérito foi sempre reconhecido pelos seus superiores hierárquicos, tendolhe sido concedida a Cruz de Guerra de 2.ª classe, além das medalhas de Bom Comportamento, Campanha de França e da Vitória. Dr. António Sampaio Maia, foi outor militar de renome, tendo sido tenente médico miliciano no Corpo Expedicionário Português na Grande Guerra em França entre 1916 e 1918 e aí foi condecorado pelo Governo Francês com a Medalha de Honra das Epidemias como testemunho da dedicação excepcional de que deu provas durante diversas epidemias.
4. Movimento Militar de 1926
Os políticos republicanos não tiveram capacidade para resolver os problemas do país, motivou que os militares desferissem um golpe que levou à implementação do Estado Novo. Greves e outras manifestações de insatisfação explodiram no último período da 1ª República em Portugal, e assim os militares preparam e dirigiram golpes contra a república, sem grandes resultados até que, em 28 de Maio de 1926,
a maioria das unidades militares do país sublevaram-se e os partidos republicanos foram afastados do poder. Nos anos seguintes, entre alguma instabilidade, este golpe militar levou um civil até ao poder. António de Oliveira Salazar que começou por ocupar a pasta das finanças, mas depressa chegou à Presidência do Conselho de Ministros. Implementou um novo regime com características ditatoriais, o Estado Novo que só foi derrubado em 1975. Emergiram nesta época figuras importantes: Dr. Domingos Caetano de Sousa, Roberto Vaz de Oliveira, Domingos Coelho, Henrique Veiga de Macedo e outros.
5. Câmara Municipal reassume a organização Fogaceiras
A 15 de Junho de 1939 a Câmara deliberou voltar a assumir a responsabilidade pela realização da secular tradição, que permanece até hoje. A deliberação que pode ser consultada no Livro de Actas da Câmara Municipal n.º 48, fl. 193, diz o seguinte:
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José Manuel Leão Considero o jornal O CORREIO DA FEIRA é uma peça fundamental do património do concelho de Santa Maria da Feira.Participei activamente aquando da celebração do centenário e agora vinte anos volvidos curvo-me perante
«Pelo Senhor Presidente foi apresentada
o estoicismo das senhoras Dª.Brisida e Dª Luísa em conseguirem manter vivo durante períodos difíceis este nosso jornal.Nestes anos mais recentes saliento a coragem e a capacidade dos proprietários que têm inovado e modernizado o jornal.Queria home-
nagear os colaboradores do correio da feira que tanto têm contribuido para o seu êxito ao longo do tempo, na pessoa do saudoso Manuel Tavares Parabéns,muita sorte e que o Correio da Feira perdure por muitos e bons anos
a seguinte proposta: a) Atendendo a que a festa das Fogaceiras, que se realiza nesta vila em 20 de Janeiro de cada ano, tem uma longa tradição histórica. b) Atendendo a que o dia 20 de Janeiro foi o escolhido para o feriado municipal. c) Atendendo a que até 1910 foi essa festa feita por iniciativa e a expensas da Câmara, com representação oficial da mesma. d) Atendendo a que se deve reatar essa tradição em 1940, ano em que se vão comemorar os centenários da fundação e restauração de Portugal,
feita por iniciativa e a expensas da Câmara, com representação oficial por parte desta. 3.º - Que a festa tenha lugar de modo a respeitar-se, com a maior fidelidade possível, a sua tradição. 4.º - Que desde já se organize uma comissão formada pelo Senhor Presidente da Câmara, Delegado Policial e Vereador do Pelouro da Cultura e Turismo, para organizarem o programa das festas, com direito a agregar as pessoas que julgarem convenientes. A proposta foi aprovada por unanimidade.
Tenho a honra de propor:
A 18 de Novembro, o Presidente informava a Câmara que, «para dar mais luzimento não só às festas a realizar no dia 20 de Janeiro do próximo ano, mas principalmente aos melhoramentos a inaugurar nessa data, ia pessoalmente convidar o Senhor Ministro do Interior, Governador Civil do Distrito e Bispo
1.º - Que a festa das Fogaceiras, em honra do Mártir S. Sebastião, que se realiza nesta vila, anualmente, no dia 20 de Janeiro, seja considerada festa do concelho. 2.º - Que a partir de 1940 a festa seja
da Diocese a assistirem a esses actos festivos.» (Ibid., fl. 40). A 2 de Dezembro, comunicava já que assegurara a presença do Ministro do Interior e do Governador Civil do Distrito e, por deliberação de 23 do mesmo mês, era autorizado «a fazer convites e contratos (…), providenciando tudo que necessário for para que essas festas decorram com o brilho que as deva caracterizar. (Ibid., fl. 52.)» Dias antes das Fogaceiras, o Presidente da edilidade, num gesto inabitual, faz a proclamação pública dos festejos, saúda os munícipes e convida todos os feirenses a associarem-se às comemorações centenárias e às festividades. Nestes termos:
«FEIRENSES
A Câmara da Feira deliberou, em sessão de 15 de Julho do ano findo, fazer a suas expensas e sob a sua direcção, a festa Pub.
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Margarida Rocha Gariso Líder do GM/PS e candidata do PS à Câmara Municipal 120 anos de vida! Foi no já longínquo ano de 1897 que nasceu em Santa Maria da Feira pela mão de José Soares Sá um órgão de comunicação social que nos apresenta uma história longa e recheada de acontecimentos que também têm espaço na própria história de Portugal. Assinalamos o 120º aniversário do jornal Correio da Feira. Parabéns a todos (sem exceção) quantos fizeram e fazem das Fogaceiras que se realiza nesta Vila em 20 de Janeiro, considerando-a oficialmente «a festa do concelho», do mesmo modo que esse dia foi, a partir de 1912, declarado feriado municipal. A Câmara assim não só reatou uma antiquíssima tradição, chamando a si o encargo de tal festividade, interrompido desde 1910, mas testemunhou o carinho que vota a todo o povo do concelho, associando-o às comemorações do seu melhor dia, estreitando, deste modo, os laços que unem indestrutivelmente a sede às demais freguesias do concelho. A festa das Fogaceiras é feita com o brilho de outros tempos, com a assistência de representantes do Governo da Nação e de Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo do Porto, que, juntamente com a Câmara, Conselho Municipal e autoridades civis e religiosas se incorporam na grandiosa procissão que se realiza em cumprimento do voto que os antigos Condes e o povo da Feira fizeram em acção de graças, ao mártir S. Sebastião por os ter libertado da peste que então flagelou as Terras de Santa Maria. A deliberação da Câmara reatando tão velha tradição foi oportuna e tem um alto significado. Neste ano de 1940 em que se comemoram, com intenso fervor patriótico, os centenários da independência e da restauração, não podia a Feira, cuja história está ligada à da fundação da nacionalidade, deixar de reatar a tradição chamando a si, de novo, o cumprimento do voto ao mártir S. Sebastião, como o fez o município ininterruptamente desde 1753 a 1910, substituindo-se, agora, ao esforço do povo desta vila que desde 1910 até 1939 cumpriu tão piedoso voto. Mantém-se, assim, a continuidade daquele voto com um significado mais lato abrangendo a designação do «povo da Feira» não só o da vila, mas o de todo o concelho: assim, foram chamadas a representar-se todas as freguesias com igual número de fogaceiras, com seus párocos, suas cruzes paroquiais
parte desta importante instituição do nosso concelho. Sei que o jornal nasceu para ser imparcial e independente. É essa linha editorial que o notabiliza desde 1897 e lhe garante o respeito, porque é essa forma o jornal Correio da Feira cumpre com a missão para o qual foi criado: a missão de bem informar fruto de um jornalismo sério e fruto de um conteúdo diverso e sempre atualizado.
e estandartes, vigários das varas e as autoridades civis acompanhadas pelos tradicionais cabos. Confiado no amor que tendes à terra que vos viu nascer, e que a muitos viu crescer, solicito-vos — feirenses — onde quer que vos encontreis, que no dia 20 de Janeiro façais uma romagem a esta vila em preito de homenagem à nossa terra, coroada pelo seu altivo Castelo, a memória dos nossos maiores que tão grandes foram e como afirmação da decisão inabalável, de nós todos, de a defendermos e engrandecermos através de todas as vicissi¬tudes. Na certeza de que o vosso bairrismo tem paralelo com os esforços e os sacrifícios de todos quantos têm trabalhado com denodo para o progresso moral e material deste conce¬lho, saúdo-vos enternecidamente, em nome da Câmara a que tenho a honra de presidir, orgulhoso por comungar com vós no mesmo sentimento de amor e ternura pela Feira. E assim se inauguram, neste concelho, as festas do ano de 1940. O Presidente da Câmara - Roberto Vaz de Oliveira»
6. Início da 2.ª Guerra Mundial
Neste painel evocamos a Segunda Guerra Mundial que decorreu entre 1939 e 1945 sendo conflito armado de maior escala na história da humanidade até os dias de hoje. A Guerra envolveu as maiores potências da época que empenharam toda sua economia e política no mesmo, onde se usaram armas nucleares dizimando cerca de 70 milhões de pessoas entre soldados e civis, constituindo-se no conflito mais sangrento ahistória. Um grupo de países formou uma aliança denominada Eixo, que foi liderada por Alemanha, Itália e Japão. A Alemanha liderada por Hitler pretendia impor uma nova ordem na Europa disseminando a ideologia nazi e a imposição da raça alemã e exclusão total das minorias como negros, homossexuais, judeus, ciganos e a perseguição de regimes comunistas e socialistas. A Itália e o Japão estavam
Vivemos tempos difíceis, mas precisamos de uma comunicação social forte e plural, condimentos com os quais se identifica o Correio da Feira. Quero ainda aqui transmitir o quanto honrada me sinto em fazer parte deste momento tão especial e, por isso, deixo, desde já, um desafio à Administração, Direccao, Redação e colaboradores: a perseverança por mais 120 anos de vida! Muitos parabéns, Correio da Feira inteiras e a vida de milhares de cidadãos. No final da guerra foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha o propósito de manter a paz entre as nações resolvendo os conflitos de forma pacífica e ajudar as vítimas da Segunda Guerra. A posição portuguesa foi a de defesa da nossa independência em relação ao conflito. Neste contexto, Portugal procurou definir a sua posição no conflito: se, ideologicamente, o Portugal autoritário, antidemocrático e antiliberal parece mais perto da Alemanha e da Itália, por outro, o perigo da anexação que existe na Espanha franquista (apoiada pelo Eixo) faz prever um alinhamento ao lado dos aliados. Nesta perspectiva, qualquer inclinação pode trazer perigos e por em causa o regime, pelo que se procura manter Portugal fora da guerra, adoptando uma posição neutral no conflito.
interessados também na expansão territorial. O facto que marcou o início da Guerra foi a invasão da Polónia pela Alemanha nazi em 1939 tendo como reação imediata as declarações de guerra à Alemanha pela França e Inglaterra. Para contrapor o Eixo outra aliança foi formada, a dos Aliados, liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Após um longo período de combates, a Segunda Guerra chegou ao fim apenas em 1945 quando Itália e Alemanha se renderam. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição sofreu um ataque nuclear lançado pelos Estados Unidos onde as bombas atómicas explodiram em Hiroxima e Nagasáqui dizimando um grande número de cidadãos japoneses inocentes. O regime nazi foi responsável pela morte de cerca de 2 milhões de polacos, 4 milhões de pessoas com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e de 6 milhões de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os danos materiais também foram muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e outras envolvidas destruindo cidades
7. Nomeação do Bispo D. Sebastiao Soares de Resende
Este capa (relembra a sagração Dom Sebastião Soares de Resende e que este ano se assinalam os 50 anos da morte do primeiro Bispo da Beira). evoca as diversas nomeações episcopais do Concelho de Santa Maria da Feira, que já conheceu 4 Bispos que desenvolveram importante actividade: Gonçalo Pereira (Arcebispo de Braga (1326-1349). Era o filho mais velho de D. Gonçalo Peres de Pereira e de D. Urraca Vasques Pimentel, mas foi educado no paço de D. Dinis. Seguiu a carreira clerical e, em 1288, foi ordenado diácono pelo bispo da Guarda. Exerceu as funções de prior em S. Nicolau da Feira e, em 1296, ascendeu a deão da Sé do Porto. Bispo de Évora (1321); Bispo de Lisboa (1322 - 1326); Bispo do Porto. Em 1326, vagando a Sé de Braga, foi nomeado pelo Papa João XXII arcebispo primaz, cargo que ocupou até 1348, quando morreu. Combateu ao lado do rei D. Afonso IV na Batalha do Salado. Em Braga, mandou construir a cidadela em torno da Torre de Menagem, no sécuPub.
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Filipe Moreira Eleito da CDU na Assembleia Municipa Acompanho o Correio da Feira há mais de 20 anos. Numa primeira fase (iniciada em criança) como leitor. Posteriormente, já adulto, como político que recorre ao jornal para divulgar e emitir as suas opiniões. E uma terceira fase, enquanto professor e aficionado por História, como acervo de memória da região A longevidade, orientação e permanente ligação ao município feirense tornaram o Correio da Feira num dos principais acervos históricos de toda a região. Podendo ser consultado, desde a
lo XIV. A fortificação foi complementada por D. Lourenço Vicente. Na Sé de Braga, mandou construir a sua capela tumular, conhecida como Capela da Glória. Foi no seu tempo como arcebispo que grassou em Portugal e no resto da Europa a célebre Peste Negra. Moisés Alves de Pinho Nasceu na freguesia de Fiães, concelho da Feira, a 17 de Julho de 1883. Era filho de António Alves de Pinho Júnior e de D. Teresa Ribeiro de Castro, filha mais nova de Diogo Ribeiro de Castro, da Casa da Cancela. Matriculou-se na
sua primeira edição, através da Biblioteca de Stª Mª da Feira que o tem disponibilizado em versão digitalizada e online. É desta forma que me tenho socorrido do Correio da Feira em ordem a efetuar estudos diversos, relacionados com a Educação e as Crianças no município. Estas pesquisas, permitiram compreender, entre outros, como era percecionada a criança na sociedade de Stª Mª da Feira nos primeiros anos da Ditadura de Salazar ou como foi a transição da Monarquia para a República no município (que não foi tão pacífica como se
Congregação do Espírito Santo onde fez preparatórios. Foi em seguida para França, a fazer o noviciado, em Chevilly de 1904 a 1905, realizando a sua profissão na Congregação do Espírito Santo em 2 de Outubro de 1905. Neste mesmo ano foi enviado para Roma para frequentar a Universidade Gregoriana, onde se doutorou em Filosofia Teológica. Em 19 de Dezembro recebeu a ordenação de presbítero conferida pelo Cardeal Vigário, Respighi, na Basílica de S. João de Latrão. Em 1910 começou em Carnide a ministrar o curso de Teologia aos seus alunos da Missões e quando rebentou a Revolução do 5 de Outubro foi levado para a prisão do quartel de Artilharia 1 e depois para Caxias juntamente com os seus alunos. Partiu depois para França, onde ensinou Teologia em Paris e Chevilly. Após o Decreto de Rodrigues Gaspar, de 24 de Dezembro de 1919, regressou a Portugal onde trabalhou como Provincial. Em 1920 já tinha reconstruído uma residência em Braga, que mais tarde se transformou numa casa de formação mista de Clérigos e missionários auxiliares, em Fraião, nos arredores de Braga. Em 1921 fundou a casa de Godim, Régua; em 1922, a casa de Viana do Castelo onde funciona o Seminário Maior do Escolasticado e a casa do Porto, destinada às vocações tardias. Embarcou como visitador às Missões de Angola em 1 de Novembro de 1931 e regressou em 23 de Março de 1932. A7
julga). De forma indireta, estas buscas de conhecimento permitiram também perceber como o jornal se foi adaptando às diversas circunstâncias do país, passando por fases de maior progressismo (assumindo-se mesmo como jornal republicano) e outras de maior conservadorismo marcado pela censura. Bem-haja a todos os que contribuíram e contribuem para a existência deste jornal, com os desejos de que continue a ser uma leitura informativa estimulante de debate para memória futura.
de Abril de 1932 foi escolhido pela Santa Sé para Bispo de Angola e Congo, tendo partido para aquela província ultramarina a 12 de Outubro de 1932. Em Luanda reorganizou o antigo extinto Seminário Diocesano, fez visitas pastorais em quase todo o território de Angola, visitas bem pormenorizadas no seu livro de «Memórias» que publicou mais tarde, em 1979, criou novas missões, fundou o jornal «O Apostolado» e a Rádio Eclesia. Esteve durante 34 anos à frente da Diocese de Angola e Congo e é ele mesmo que enumera os acontecimentos que considerou mais relevantes: o Sínodo Diocesano realizado em 1950, reuniões episcopais de Angola e Moçambique, a visita do senhor Cardeal Cerejeira, a visita do senhor Núncio Apostólico e o primeiro Bispo Auxiliar para Luanda Foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã Cruz de Cristo Faleceu com 96 anos em 1980. Dom Sebastião Soares de Resende, Primeiro Bispo da Beira Dom Sebastião Soares de Resende, primeiro Bispo da Diocese da Beira, nasceu a 14 de Junho de 1906 na Freguesia de Milheiros de Poiares, Município de Santa Maria da Feira, Portugal. De 1923-1924 frequentou os estudos Propedêuticos no Seminário de Vilar na cidade do Porto, e em 1926 matriculou-se em Teologia no Seminário Maior do Porto, concluindo os estudos em 1928. No dia 21 de Outubro de 1928 foi ordenado Presbítero.
Em Novembro de 1928 foi enviado para Itália para concluir o Doutoramento em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, seguido de curso de especialização em Teologia. Ainda na Itália obteve a graduação em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais de Bérgamo. Durante a sua estadia em Roma assistiu, ainda, à assinatura do Tratado de Latrão entre o Cardeal Pietro Gasparri e Benito Mussolini, e, terminados os estudos regressou à cidade do Porto. A partir de 1933, foi sucessivamente Professor de Filosofia e teologia sacramental no Seminário Maior do Porto e Vice-Reitor. Em 1935 foi eleito Cónego e membro do cabido da catedral do Porto. A 4 de Setembro de 1940, através da Bula Solemnibus conventionibus, o Papa Pio XII criou a Diocese da Beira e designou em 21 de Abril de 1943 Dom Sebastião Soares de Resende o seu primeiro Bispo, tendo sido sagrado Bispo na cidade do Porto, a 15 de Agosto de 1943. Depois da sagração episcopal, Dom Sebastião Soares de Resende partiu de Portugal, tendo chegado a Moçambique a 30 de Novembro de 1943. Tomou posse como primeiro Bispo da Beira a 8 de Dezembro do mesmo ano (1943). Na Diocese da Beira, durante o exercício do seu múnus episcopal, Dom Sebastião Soares de Resende criou várias infraestruturas para a evangelização, concretamente, Paróquias e missões, Pub.
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Manuel Joaquim Alves de Sá, 92 anos, Vila Maior Manuel Joaquim Alves de Sá, 92 anos, Vila Maior “Tenho uma relação com o jornal desde 1957/58. Foi quando comecei a assinar o jornal. Fui correspondente e, durante aproximadamente 40 anos, mandava os meus textos para o jornal. Lembro-me de subir as escadas do Correio da Feira e ver a Dona Brizida e a Dona Luísa [Brizida e Luísa, antigas proprietárias do jornal] ao
e introduziu pela primeira vez na Diocese da Beira o ensino secundário geral. Igualmente, fundou o Instituto D. Gonçalo de Silveira, actual Faculdade de Ciências Medicas da UCM, o Colégio Nossa Senhora dos Anjos actual Faculdade de Economia e Gestão só para citar alguns exemplos. No que concerne as infraestruturas sociais, Dom Sebastião mandou construir os hospitais Dona Amelia actual hospital da Ponta-Gêa e o Hospital de Macúti. Quanto aos meios de comunicação social, Dom Sebastião Soares de Resende criou a “revista Economia”, o “Diário de Moçambique” e foi o Pai do semanário “A voz Africana”. Uma carta pastoral de 1951, indica que Dom Sebastião Soares de Resende foi o primeiro Prelado a lançar a ideia da criação de uma Universidade na África Oriental com o cunho profundamente local e não transplantada, e que teria sede em Moçambique, para facilitar o acolhimento de estudantes tanto do oriente como do ocidente. A 10 de Setembro de 1949, Dom Sebastião Soares de Resende fundou o Seminário “S. João de Brito” no Zóbue, Tete, destinado à formação do clero e entregue aos Padres Brancos, cuja obra, viria a ordenar os dois primeiros sacerdotes moçambicanos negros, na Paróquia de Macúti, a 15 de Agosto de 1964: o Rev. Pe. Mateus Pinho Guengere e Rev. Pe. Sabudu Mucauro. A nível nacional, elaborou várias cartas Pastorais, sendo muitas delas, a favor da autodeterminação dos Moçambicanos. A nível internacional Dom Sebastião correu o mundo defendendo a causa de Moçambique, sendo de destacar algumas viagens pelos continentes Americano e Europeu. Em 1966, Dom Sebastião foi convidado para participar no Concilio Vaticano II e contribuiu na fase de preparação do concilio, respondendo em de 30 de Agosto de 1959, o pedido de sugestões acerca dos pontos mais relevantes a tratar. Foi um dos Bispos mais interventivos em todo o Concilio Vaticano II. Pouco antes de ter regressado do concílio, a 20 de Janeiro de 1966, os médicos diagnosticam-lhe um tumor maligno. No mesmo mês foi observado pelos médicos confirmando-se o pior, tendo os médicos decidido por lhe operar. No dia 11 de Fevereiro 1966, Dom Sebastião redigiu o seu testamento espiritual e ecuménico, e no dia 13 regressou para a Diocese da Beira. Da cidade da Beira viajou ainda no dia 23 de Fevereiro para Alemanha para tratamento. Depois de tratamento médico, os médicos aconselharam-no a repousar junto da família em Portugal, mas Dom Sebastião decidiu
balcão. Eu tinha um negócio – uma Serralharia e mais tarde uma Drogaria – e parava a camioneta ou a carrinha de caixa aberta e subia a correr para entregar as notícias. Sempre que tivesse notícias alusivas à freguesia de Vila Maior, ia entregá-las. Só escrevia coisas que visse com os meus próprios olhos. Diziam-me: ‘Mas porque é que escreveste isso?’ ou ‘Porque não escreves o que te digo?’ e eu respondia: ‘Só escrevo se for ao local ver’. Mandava muitas notícias alusivas
regressar para Beira embora com uma paragem, de novo, em Roma. Já na cidade da Beira e dada a gravidade do estado da saúde, no dia 22 de Novembro de 1966, na capela do Paço Episcopal e na presença de todo clero e do Pároco da catedral, Dom Sebastião, de joelhos, recebeu a santa unção dos enfermos e pediu perdão ao clero, às irmãs e aos irmãos. Três semanas antes de morrer, Dom Sebastião Soares de Resende, viajou para Estocolmo, Suécia, de novo para tratamentos médicos, tendo regressado definitivamente à Beira a 13 de Janeiro de 1967. Aquando do seu regresso a Beira, para além dos sacerdotes da Diocese, aguardava o Bispo no aeroporto, o Director do hospital o Dr. Lacerda Escobar com uma ambulância. Saiu em maca do avião para a ambulância. Ao ser perguntado se queria ir para o Paço episcopal ou para o hospital, Dom Sebastião Soares de Resende apressou-se a responder. “ Vamos para casa”. “Um Bispo morre na sua casa”. Os dias seguintes, foram de agonia e o estado de saúde do Bispo agravava-se. Enquanto agonizava, as comunidades hindus, muçulmanas e ortodoxas rezavam em diferentes templos da cidade, pela saúde do primeiro Bispo católico. No dia 25 de Janeiro de 1967 pelas 10 horas e 45 minutos, Dom Sebastião Soares de Resende morre no Paço episcopal. No dia 27 de Janeiro foram realizadas as exéquias fúnebres dirigidas por Arcebispo de Lourenço Marques, fim de quais, Dom Sebastião foi sepultado no cemitério Santa Isabel na Beira. No seu testamento Dom Sebastião Soares de Resende deixou expresso o seguinte: “Agradeço a Deus, Trindade Santa”; “ Peço perdão aos irmãos em Cristo e a todos os colaboradores e habitantes da Diocese, cristãos e não cristãos ”; “Quantos aos bens materiais nada tenho a dispor, porque nada possuo”. “ Gostaria que em algum trajecto para a minha sepultura, os cristãos africanos pegassem no meu caixão ”. “O enterro deve ser simplicíssimo”. “ Gostaria que fosse sepultado em simples campa rasa para que seja mais calcado pelos visitantes ”. “ Sobre a campa, uma pequena pedra por cima escrito, Dom Sebastião Soares de Resende primeiro Bispo da Beira ”. “ Aí ficarei e aí esperarei a ressurreição da carne para o juízo final ”.
Florentino de Andrade e Silva
Nasceu na freguesia de Mosteiro, concelho da Feira, a 9 de Abril de 1915. Era filho de Josefino da Silva Bento e de D.
à Igreja e outras, mas nunca ganhei inimigos. O Correio da Feira é um jornal que aprecio desde sempre. Aprendi sempre muito com o que os outros escreviam e certamente eles também aprendiam comigo. Estive presente nas comemorações dos 100 anos pois nunca deixei de estar presente nos momentos comemorativos do jornal. Queria deixar um pedido ao Senhor para ter em conta todos os que trabalharam comigo no Correio da Feira e às ‘senhoras’”.
Maria Andrade de Jesus. Foi baptizado no dia 12 de Agosto do mesmo ano, sendo padrinhos dois irmãos mais velhos, Manuel de Andrade e Silva e Luciana de Andrade e Silva. Frequentou a escola primária da sua terra aprendendo também com seu irmão Manuel que era padre e chegou a paroquiar a Vila de Gondomar, onde um outro irmão, Porfírio, licenciado em Medicina, foi presidente da Câmara Municipal. Em 1927 entra no Seminário de Vilar onde faz os estudos preparatórios e filosóficos, seguindo depois, em 1934, para o Seminário Maior, à Sé, onde foi ordenado sacerdote em 31 de Outubro de 1937. A partir desta data exerceu a actividade docente no Colégio dos Carvalhos, onde esteve pouco tempo, pois o bispo do Porto, D. António Augusto de Castro Meireles, transferiu-o para o Seminário de Vilar, para exercer os cargos de professor e de prefeito. «A vida contemplativa exerceu sobre ele uma enorme atracção», daí ter contactado, em 16 de Julho de 1941, com a Abadia cisterciense de San Isidro de Dueñas, em Venda de Baños, Palência, Espanha para entrar naquela instituição. Teve resposta afirmativa, mas os seus superiores nunca o deixaram ir. Em 1944 foi nomeado director espiritual do Seminário de Vilar. Desempenhou ainda os cargos de assistente diocesano da JEC, de professor de Religião e Moral no Liceu D. Manuel II e de director nacional da Associação dos Padres Adoradores. A 5 de Janeiro de 1955 foi nomeado pelo Papa Bispo Titular de Heliosebaste e Auxiliar do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. O novo bispo escolheu como armas de fé o seguinte brasão: Escudo - de azul, um arco-íris de oiro, vermelho, verde e prata em faixa, acompanhado de um meio sol de oiro, movente de chefe, carregado de tetragrama de negro, e, em ponta, de um globo de prata arqueado e cruzado de vermelho, rematado por um crisma de oiro brocante. Ornatos externos Cruz de oiro ladeada de uma mitra de prata ornada de pedras de cor e de um báculo de oiro. Chapéu eclesiástico de negro, forrado de verde, com seis borlas pendentes a cada lado. Listei de prata forrado de azul com a divisa «Clarifica nomen tuum». A partir dessa data foi viver para a «Torre da Marca» (Porto). «Em virtude da grave conjuntura eclesiásticapolítica então criada e vivida na diocese do Porto, (exílio do Bispo D. António Ferreira Gomes por ordem de Oliveira Salazar), o bispo D. Florentino de Andrade e Silva foi nomeado, em 12 de Outubro de 1959, pela Sagrada Congregação Consistorial como Administrador Apostólico do Porto. De 1959 a 1969 fez
grandes realizações: procedeu à construção do Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde, cujo decreto foi assinado em meados de Setembro de 1968, instituiu a Fraternidade Sacerdotal, para formação de candidatos ao sacerdócio e do clero, foram criadas comissões do clero diocesano, desenvolveu actividade pastoral, com relevância para a Missão Diocesana provida em toda a diocese, incentivou os movimentos de Apostolado, introduziu os Cursos de Cristandade e as Equipas de Nossa Senhora e o Movimento para um Mundo Melhor, instituiu o Secretariado Diocesano de Acção Social e a Obra Diocesana de Promoção Social nos Bairros Camarários do Porto «para ir em socorro dos mais carenciados, e aplicou as directrizes do Concílio Vaticano II, do Papa João XXII. A convite da Conferência Episcopal de Angola e da Acção Católica da arquidiocese de Luanda, deslocou-se ali e percorreu algumas das dioceses, de a 31 de Maio de 1968, onde visitou missões e contactou com o clero e religiosos apreciando o trabalho pastoral ali desenvolvido. Foi um acérrimo defensor da criação da Diocese de Viana do Castelo. No dia 6 de Julho de 1972 foi nomeado Bispo de Faro ao mesmo tempo que era designado Assistente ao Sólio Pontifício. Esteve aqui até 1977, ano em que pede a sua resignação por motivos de saúde. De regresso ao Porto, em 23 de Maio de 1977, com 62 anos de idade e doente, estabeleceu a sua morada na Quinta de S. José, Fontiscos, Santo Tirso, casa religiosa do Noviciado das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, onde veio a falecer em de Dezembro de 1989. Carlos A. Moreira Azevedo Nascido em 1953, em Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira), doutorouse, em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana – Roma. É Membro da Academia Portuguesa da História, desde 1998. Presidiu ao Centro de Estudos de História Religiosa (1992-2001). Dirigiu a obra Dicionário e História religiosa de Portugal, em 7 volumes. Presidiu à Comissão Científica da Documentação crítica de Fátima (1999-2008). Coordenou, com Dr. Luciano Cristino a Enciclopédia de Fátima, 2007, traduzida em italiano. Foi professor e Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa (2000-2004). Ordenado bispo em 2005, é Delegado do Conselho Pontifício da Cultura (desde 11-11-2011), coordenando o Departamento dos bens culturais, e Membro da Comissão Pontifícia de Arqueologia sacra (2015). Tem mais de uma centena de trabalhos publicados em livros e
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Moises Ferreira Não é todos os dias que se faz 120 anos. Só por isso o Correio da Feira mereceria os mais profundos Parabéns. Mas o Correio da Feira não se limitou a existir, apenas e só; não se limitou a ir sobrevivendo. Inovou no seu design, melhorou a cobertura noticiosa e a distribuição junto da população, entrou na era digital com o seu site e nas redes sociais.
revistas. D. Carlos Azevedo, é o autor do livro ‘Fátima - das Visões dos Pastorinhos à Visão Cristã’, e que tem “informação inédita” do Arquivo Secreto do Vaticano, que vai ser apresentado pelo diretor-adjunto da Faculdade de Teologia – Porto, da Universidade Católica Portuguesa, o padre Adélio Abreu, a partir das 18h30, de 18 de abril, no auditório da igreja de Nossa Senhora da Conceição, na cidade do Porto. O bispo português natural do nosso Concelho revela em ‘Fátima - das Visões dos Pastorinhos à Visão Cristã’ o “processo da escolha do primeiro bispo da diocese de Leiria” e apresenta “novos dados” sobre a política portuguesa entre 1917 e 1930. A nova publicação é uma “releitura crítica” sobre o fenómeno das aparições na Cova da Iria, de que se celebram 100 anos nos próximos 12 e 13 de maio, a partir da situação sociocultural de Portugal e da Europa e da “realidade familiar e psicológica das personalidades envolvidas”. A obra agora publicada é proposta de
Tudo passos muito importantes para concretizar o seu objetivo: transmitir informação e fazer com que ela esteja disponível a todas as pessoas, de forma cada vez mais rápida, eficaz e transmitidas de forma imparcial e com pluralidade de opinião. Sem jornais e jornalistas como o dos Correio da Feira não há uma verdadeira democracia. A comunicação social, em particular a local, é um pilar fundamental para combater o pen-
samento único, promover a pluralidade e o debate. E nós bem sabemos que só do debate livre de opiniões garante a democracia e o desenvolvimento das sociedades. Esperamos que a estes 120 anos se juntem outros 120 e mais ainda. E que em todos esses anos o Correio da Feira continue a ser o que é: informação, inovação, imparcialidade. Parabéns.
“sucessivamente apropriado e relido, reinterpretado ao compasso da história e sempre aberto no horizonte do futuro”, explica a Esfera dos Livros.
8. Guerra Colonial
leitura que “une o conhecimento das fontes com uma visão cristã” de um fenómeno religioso de origem popular,
Esta capa remete-nos para o início a eclosão da Guerra Colonial, com início em Angola nos começos de 1961, inscrevendo-se num processo que abrangeu todos os impérios coloniais europeus, a partir da Segunda Guerra Mundial, tocando, numa primeira fase, os territórios da Ásia e, desde meados da década de 1950, os do continente africano, que, na grande maioria, se tornaram independentes durante a vaga de descolonização entre 1957 a 1962. Em começos de 1961, desenrolou-se na Baixa de Cassange, em Angola, uma ampla revolta antiportuguesa, reprimida pelo Exército, com o apoio de bombardeamentos aéreos. A 4 de fevereiro, deu-se o assalto às prisões de Luanda, com o intuito de libertar os presos políticos. Finalmente, a 15 de março, teve início no Noroeste de Angola a sublevação
camponesa, promovida pela União das Populações de Angola (UPA), que é geralmente considerada como o começo da Guerra Colonial. Pub.
S. Nicolau
Pão-de-ló Ovar Pão-de-ló Regueifa Doce Bolo de Amêndoa Torta de Noz Rolos de Chocolate Rolos de Creme Bolo de Chocolate Folar Tartes Variadas
Encomendas:
936 957 298 ou 256 303 116 R. Dr. Elisio de Castro | 4520-213 Santa Maria da Feira
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Valter Amorim “Qualquer instituição que atinja os 120 anos de existência, no caso, com uma vasta e relevante intervenção na comunidade, merece ser parabenizado. Indiscutivelmente, quem por missão, têm de promover o dever de transpor para o cidadão, o direito há informação, para que este possa estar munido das devidas con-
Mas a guerra continuou, estendendose à Guiné, em 1963, e a Moçambique, em 1964. Sabemos como terminou, provocando o fim do Estado Novo – e abrindo traumas de identidade nacional que só um longo trabalho da memória (no qual a escrita e o ensino da História deverão ter um papel central) poderá vir a sarar. Nela participaram milhares de feirenses, sendo que o registo de mortos no exército foram de 62 em 13 anos de conflito
9. Feirense na 1.ª Divisão
A subida à primeira divisão em 1961/62, surpreendeu todo o País. Uma equipa que foi campeã distrital, subiu à 3.ª Divisão, à 2.ª e depois à primeira, surpreendendo tudo e todos: recorde-se que na segunda divisão participavam
dições, para melhor decidir e interagir, com o que o rodeia e é de seu interesse, deve ser enaltecido. Não é tarefa fácil ou simples, mas é vital. Ao longo do seu percurso, passou por diferentes e conturbados períodos da nossa história, soube adaptar-se e de forma resiliente evoluir. Bem hajam por todo o trabalho desenvolvido, pelo
o Boavista, o Braga, o Marinhense que tinha uma equipa fabulosa. Em 1961/62, depois de se afirmar como revelação do Campeonato Nacional da 2.a Divisão, o Feirense arrancou para uma vitória sensacional na Zona Norte, deixando o Sporting de Braga a um ponto, no segundo lugar, e o Boavista no quinto lugar. Nos 26 jogos realizados, o Feirense venceu 18, empatou três e foi derrotado em cinco jogos. Na última jornada, no jogo decisivo e da consagração, disputado ainda no Campo do Montinho, que registou a maior assistência de sempre, o Feirense venceu a Oliveirense por 2-1. Alinharam pelo Feirense: Martin, Dinis, Aurélio, Oliveira, Lopes, Campanhã, Carlos, Brandão, Rui Maia, Ramiro e Eduardo. Os golos foram marcados por Campanhã e Brandão.
esforço e dedicação tidos, quer da instituição quer dos profissionais, que o possam continuar a efetuar, em beneficio de todos, em especial da comunidade que serve. Muitos Parabéns a todos, aos que trabalham ou trabalharam no Correio da Feira, bem como a quem têm a responsabilidade de gerir tão nobre organização.
No final do jogo, os jogadores foram abraçados por muitos adeptos do Feirense, tendo em seguida dado uma volta ao campo com o treinador Rui Araújo. Depois, levaram em triunfo o treinador e também o jogador Ramalho. 0 Feirense, com uma ascensão meteórica, acabara de ingressar na 1a Divisão Nacional.
Festejos da subida
Na sua residência o vice- presidente do Clube Desportivo Feirense, Amadeu de Sá Oliveira num gesto de perfeita camaradagem ofereceu aos seus colegas de Direcção, atletas e treinador um requintado copo de água. Aos brindes falou em primeiro lugar o atleta Rui Maia, que em nome dos seus colegas agradeceu ao anfitrião o gesto de trazer a sua casa umas dezenas de Feirenses que representavam ali uma
unidade juntamente com os atletas que no dia 27 de Maio tinham conquistado aquilo que muitos clubes cobiçam já alguns anos e que só foi possível à custa de sacrifício, unidade, disciplina e camaradagem. Depois do repasto todos os convidados dirigiram-se ao Circo Popular instalado na então Vila da Feira. No intervalo, a direcção do Circo homenageou o Feirense, nas pessoas do dirigente Ângelo Cardoso e o capitão Ramalho entregando-lhes um troféu. No dia 3 de Junho a equipa do Feirense foi recebida por uma multidão de simpatizantes no cruzamento da Estrada Nacional, formando-se um cortejo de automóveis atravessando o Cavaco, percorrendo as principais ruas da Vila. No dia 4, um vasto programa de actividades marcaram as festividades para
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No dia 11 realizou-se na Estalagem Santa Maria um jantar de homenagem aos directores, treinador e atletas do Feirense, numa iniciativa da Câmara Municipal da Feira, presidida por Domingos Coelho. Neste jantar estiveram presentes 180 pessoas, que pagaram cada uma 45$00. No dia 19 de Junho foi lançada a primeira pedra para a construção do parque de Jogos do C.D. Feirense. O Correio da Feira promoveu a “Campanha do Cimento”, , campanha essa que permitia a aquisição de sacos de cimento para serem utilizados na construção do novo Estádio.
celebrar a subida de divisão: exibição de ranchos folclóricos do concelho e barracas de caldo verde e petiscos. No dia 7, continuaram a exibir- se os ranchos Folclóricos no Campo do Montinho. No dia 9 houve uma imponente Marcha Luminosa com carros alegóricos, bandas de música e ranchos. A concentração fez-se no Castelo terminando depois de percorrer as principais ruas da vila, no Campo do Montinho. No dia 10 uma grande concentração de associados juntando-se num piquenique.
Em 16 de Setembro de 1962, foi inaugurado o Estádio Marcolino de Castro na Vila da Feira, com dois jogos a abrilhantar a festa. 0 Sp. Espinho venceu a Sanjoanense por 3-1 e o Feirense empatou com o Beira Mar, sem golos.
10. Visita de Marcelo Américo Tomás
Desde a visita de D. Manuel II, que a então Vila da Feira não conhecia qualquer visita de um Chefe de Estado, que se consumou a 14 de Setembro de 1970, com o seguinte programa: Recepção em Lourosa, seguida de visi¬ta às fábricas CINCA (em Fiães) FACOL (em Louro¬sa) e INACOR (em Argoncilhe);Recepção no Largo do Castelo de Vila da Feira, seguida de
almoço no Castelo, oferecido pela Câmara Municipal; Visita à Colônia de Férias do Institu¬to de Obras Sociais, em Vila da Feira; Visita à fábrica CIFIAL e ao Centro Comum de Aprendizagem, em Riomeão; Inauguração da sede do Sindicato Na¬cional dos Operários Manufactores de Papel do Dis¬trito de Aveiro, em Paços de Brandão; Santa Maria de Lamas:Visita ao Infantário do Instituto de Obras Sociais e à Casa do Povo; inauguração da nova Estrada Municipal de Santa Maria de Lamas a S. João de Ver, do Pavilhão Gimno-Desportivo e do Abastecimento domiciliário de água-, visita à fábrica AMORIM &IRMÃOS; Visita ao Bairro de Casas de Renda Econômica, construído em Meladas — Moselos, pela Firma CORTICEIRA AMORIM, L.DA, para os seus operários e Beberete na Quinta de Meladas, em Moselos, oferecido pela Firma Amorim & Irmãos, L.da. Foi o último Presidente da República a ser escolhido por Oliveira Salazar, cumpriria, à semelhança de Carmona e ao contrário de Craveiro Lopes, mandatos sucessivos. Teve de proceder à substituição de Salazar, decidindo-se por Marcelo Caetano. Nos últimos anos da Ditadura, Américo Tomás não assume um papel meramente “decorativo”, mas constituiu o garante da prossecução da política ultramarina do regime e do esforço de guerra. Seria destituído do cargo pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
Afastada a possibilidade da recandidatura de Craveiro Lopes, a Comissão Executiva da União Nacional convida Américo Tomás para ser o candidato do regime nas eleições de 1958. O então ministro da Marinha oferece garantias de vir a ser um chefe do Estado consonante com a orientação política do regime e o facto de pertencer à Marinha permite uma alternância no interior do poder militar. No dia 28 de Abril de 1958, Salazar convida formalmente Américo Tomás a apresentar-se como candidato à Presidência da República. Américo Tomás vence as eleições presidenciais mais concorridas do Estado Novo, com 75% dos votos contra 25% do candidato da oposição, general Humberto Delgado. Como Presidente da República, Américo Tomás inaugura várias obras públicas, mas também exposições, congressos, feiras, tendo visitado várias localidades do país. Recebe altos dignitários em visita a Portugal, entre os quais Sukarno, da Indonésia (1960), Hailé-Selassié, da Etiópia (1959), Kubitschek de Oliveira, presidente do Brasil (1960), Dwight Eisenhower, presidente dos Estados Unidos da América (1960), e o Papa Paulo VI, que visita Portugal por ocasião do 50.º aniversário das aparições de Fátima (1967). A Guerra Colonial, que se inicia em Angola em 1961, e que se estende posteriormente a Moçambique e à Guiné, Pub.
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bem como a perda dos territórios portugueses na Índia, assombram a política portuguesa desde os primeiros anos da presidência de Américo Tomás. Durante os cerca de 16 anos em que desempenha o cargo de mais alto dignitário da nação, destacam-se dois momentos em que a sua intervenção é decisiva: a “Abrilada” de 1961 e a substituição de Salazar por Caetano, em 1968. Américo Tomás e Marcelo Caetano asseguram os últimos anos de vida do regime, ainda que as suas relações conheçam momentos de grande tensão. Passada a “primavera marcelista”, período durante o qual o regime parecia caminhar para uma liberalização, Américo Tomás acabará por impor a Marcelo Caetano o respeito pela política ultramarina. A não resolução da questão colonial e a manutenção do esforço de guerra conduzem o regime a um “beco sem saída”. No dia 26 de Abril, é-lhe fixada residência na Madeira, para onde parte na manhã desse dia, instalando-se no Palácio de S. Lourenço, no Funchal. Três dias depois, juntam-se-lhe na Madeira a mulher e uma das filhas, partindo para o exílio no Rio de Janeiro, a 20 de Maio de 1974. Em Maio de 1978 é permitido o seu regresso a Portugal e são descongeladas as suas contas bancárias. Regressando a Portugal em Julho do mesmo ano, publica em Dezembro de 1980, o primeiro volume das Últimas Décadas de Portugal. Morreu em Cascais, a 18 de Setembro de 1987, contava 92 anos.
11. 25 de Abril
Nesta caoa o Correio da Feira (Semanário) aborda os impactos do 25 de Abril na
sociedade portuguesa e na sociedade da então Vila da Feira. Reforçado com a publicação a 11 de Maio de 1974, sobre a grande manifestação ocorrifda 1.º de Maio, e que relatava o seguinte: “Um grupo de elementos do Movimento Democrático da Vila da Feira, promoveu no dia 1.º de Maio, uma manifestação cívica para saudar a Junta de Salvação Nacional por haver destituído do poder um governo ditatorial, que há quase meio século oprimia os democratas portugueses cerceando-lhes todas as liberdades cívicas e sujeitando-os às mais cruéis violências da polícia denominada PIDE - D.G.S.. A concentração efectuou-se na Praça do Dr. Gaspar Moreira, frente à Redacção deste jornal, e assim, a essa hora o povo desta vila e das diversas freguesias do concelho, acedendo a um convite feito pelo referido movimento Democrático, principiou a concentrar-se em grande número, enchendo por completo o Largo que se encontrava engalanado. O espectáculo era grandioso. As varandas dos Paços do Concelho serviram de tribuna para os oradores. Diversos dísticos sublinhavam as aspirações dos manifestantes e nos seus rostos denotava-se uma alegria que não era fictícia, corroborada pela esperança do fim da guerra em África, onde muitos jovens portugueses têm perdido a vida e outros têm regressado doentes e estropiados. Pouco depois dava entrada nos Paços do Concelho, o ilustre comandante da Carreira Militar de Espinho Coronel Amílcar Alves, que foi recebido com vibrantes aclamações ao exercício, à Junta Governativa, general Spínola, à República e à Liberdade. Seguidamente falou o membro do movimento, Luís Resende, que em palavras calorosas saudou o exército português na pessoa daquele oficial, por ter restituído ao país a Liberdade, acabando com todas as opressões e violências políticas. Seguiram no uso da palavra João Encarnação, pelos presos políticos da PIDE; Carlos Candal, membro da Comissão Democrática de Aveiro que num brilhante improviso recebeu fortes aplausos da assistência; o jovem médico Manuel Afonso Strecht Monteiro, que como o orador anterior foi freneticamente ovacionado; Vítor Resende, de Mozelos; Óscar Maia, pelos comerciantes; Vasco Noronha Fernandes, estudante universitário; pelo «Correio da Feira», Ferreira da Rocha; Alcides Monteiro, que em palavras eloquentes arrancou constantes e vibrantes aplausos da enorme assistência pelo desassombro e sinceridade como encarou o movimento de 25 de Abril, que restituído ao País as liberdades
públicas, a justiça e a igualdade para todos os cidadãos. Finalmente o coronel Amílcar Alves, agradeceu as saudações dirigidas à Junta de Salvação Nacional e também evocou o movimento de “25 de Abril” concluindo por desejar que Portugal viva num clima de Paz, Liberdade e Justiça. Toda a multidão aclamou com calor e entusiasmo as palavras do ilustre oficial, assim como dos oradores que o antecederam. Depois foi em cortejo compacto para o Rossio, entoando o Hino Nacional. Ao cair da tarde a imensa mole humana, depois de ter vivido com entusiasmo a fé e inolvidável data do 1.º de Maio dispersou em ordem e paz, com a consciência tranquila do dever cumprido”.
12. Hospital
Durante mais de trinta anos, o Hospital da Feira foi, sem dúvida, a grande aspiração dos Feirenses. Nos anos sessenta, as trinta e uma freguesias do Concelho uniram-se em torno de um projecto comum e, através de um cortejo de oferendas, conseguiram o dinheiro necessário para a compra do terreno onde hoje está construído o Hospital. A Santa Casa da Misericórdia ficou fiel depositária e concretizou a aquisição do terreno. Foram três décadas de luta por um objectivo comum, com inúmeros avanços e recuos, até ao início da obra que hoje nos orgulha. Apesar dos responsáveis das Construções Hospitalares defenderem outra solução, que passava por uma ampliação do Hospital de São João da Madeira, o processo avançou graças à determinação das gentes da Feira, com o empenhamento
da Comissão do Hospital e da Direcção da Santa Casa da Misericórdia. E se o acompanhamento dos sucessivos presidentes de Câmara foi uma constante, a verdade é que, sempre que havia mudança de Governo, o processo retrocedia, por influência dos técnicos e responsáveis das Construções Hospitalares, mas também por influência de alguns feirenses que não concordavam com a localização escolhida. Ao longo dos anos, muitas foram as peripécias registadas nas sucessivas viagens, reuniões e audiências realizadas em Lisboa. Por isso, impõe-se referir os momentos mais marcantes desde que Afredo Henriques comçou a acompanhar o processo, primeiro como Vereador e depois como Presidente de Câmara: 1960: Aprovado o terreno para a implantação do Hospital, no lugar do Pontão; 1964 Aprovado o “Estudo Prévio” pelas Construções Hospitalares;Aprovada a planta do terreno previsto;Cortejo para angariação de fundos destinados ao novo Hospital; Ministro da Saúde aprova “Programa do Hospital” com 265 camas;Telegrama informa que o Ministro da Saúde autorizou a construção do Hospital, por fases; Lançamento da primeira pedra do Hospital, no terreno do Pontão, pelo Ministro das Obras Públicas; Direcção das Construções Hospitalares envia maqueta do futuro Hospital da Feira; 1974: Conselho Superior das Obras Públicas aprova ante¬projecto do Hospital; Comissão “ad hoc” da Secretaria de Estado da Saúde suspende a construção do Hospital; Eleita a Comissão Pró-Hospital; Criada “Comissão Paritária’’ para elaboração de “Programa Hospitalar” para a região; Criado, por decreto regulamentar, o “Centro Hospitalar Aveiro-Norte”; -Despacho do Secretário de Estado da Saúde cancela construção do Hospital, mas novo despacho do mesmo governante anula a anterior decisão; Secretário de Estado da Saúde aprova o programa do Centro Hospitalar Aveiro-Norte e do novo Hospital da Feira; Secretário de Estado da Saúde aprova programa do Hospital Distrital de Vila da Feira, com 230 camas; Comissão de Avaliação Prévia aprova “Estudo Prévio” do novo Hospital; Secretaria de Estado do Equipamento Social aprovou os limites do terreno necessário à construção do Hospital; Decreto regulamentar publica a “expropriação urgente por utilidade pública” de terrenos necessários ao Hospital; Ministério do Equipamento Social suspende expropriação; Ministério da Saúde revoga despacho anterior e informa estar já na Assembleia da República um plano de construções hospitalares
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que inclui o Hospital da Feira; Ministro Rosado Correia disponibiliza-se para suspender despacho, desde que a Santa Casa da Misericórdia assegure o pagamento das expropriações do terreno necessário ao Hospital; Santa Casa da Misericórdia pede autorização para pagamento da expropriação do terreno; Santa Casa da Misericórdia deposita na CGD as guias de pagamento de seis parcelas expropriadas (6.605.057 escudos); 1986: Constituição de grupo para apresentar estudo sobre a necessidade de equipamentos hospitalares nos concelhos de Entre Douro e Vouga;Despacho suspende expropriação dos terrenos; 1987: Despacho levanta suspensão da expropriação das parcelas 1,3,4,5 e 6 do terreno e desafecta parcela 2; 1989: Reunião no Governo Civil de Aveiro deixa transparecer que a construção do Hospital não é objectivo do Governo, embora possa ser realização de iniciativa privada; Câmara reúne-se com “Seguros Real” e “Philips” para apurar interesse na construção do Hospital por privados;
Primeiro-Ministro garante, na Câmara Municipal, a construção do Hospital; Aberto concurso público internacional para execução do projecto e obra do Hospital; 1993 Em visita ao Concelho de Santa Maria da Feira, o Primeiro-Ministro Cavaco Silva vê a maqueta do Hospital e recebe a Medalha de Ouro do Município; Após auscultação das estruturas cívicas e religiosas, a Câmara Municipal indica o nome escolhido para o Hospital: “São Sebastião”; Despacho nomeia Comissão Instaladora do Hospital, presidida por Manuel Afonso Strecht Monteiro, que teve um importante papel na fase de instalação e na legislação criada para dar suporte à gestão empresarial do Hospital; 1999: Hospital entra em funcionamento. De facto, foram muitos os avanços e recuos que marcaram um percurso de três décadas de luta dos Feirenses pelo nosso Hospital. No entanto, é indiscutível que o momento que marcou a concretização desta velha aspiração foi a visita do Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva a
Santa Maria da Feira, em 1991. Na cerimónia de recepção, realizada nos Paços do Concelho, O Presidnte das Câmara Municipal, Alfredo Henriques, teve a ocasião de fazer uma apresentação do Município, abordando a sua real grandeza e potencial económico. E, ao falar das carências e necessidades do Concelho, centrou a intervenção na luta de dezenas de anos pelo Hospital, salientando o empenhamento dos Feirenses, que se organizaram e uniram para comprar o terreno, e os avanços e recuos do processo. No encerramento da sessão solene, o Primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva fez uma afirmação determinante: “Sr. Presidente, pode pôr as barbas de molho porque o Hospital vai-se fazer, não de imediato, mas vai ser feito”. A partir desse momento, ficou acautelada a construção deste importante equipamento, há muito reivindicado. E a verdade é que, passados alguns dias, realizou-se uma nova reunião da Comissão do Hospital e da Santa Casa
da Misericórdia - que Alfredo Henriques acompanhou na qualidade de Presidente de Câmara - com o Sr. Secretário de Estado da Saúde, durante a qual este insistia que não se justificava a construção de um hospital na Feira, para, passados alguns minutos, concluir que o Sr. Primeiro-Ministro tinha afirmado que este se ia fazer e que, portanto, tinha que ser feito. Apesar do longo caminho que teve de ser percorrido para que este equipamento se tornasse uma realidade, o momento decisivo e crucial para a existência do Hospital S. Sebastião foi a afirmação proferida pelo Professor Cavaco Silva em Santa Maria da Feira: “O Hospital vai-se fazer”. Pelo papel determinante que teve na concretização deste projecto, a Câmara Municipal atribuiu, em 1993, a Medalha de Ouro ao Primeiro-Ministro. Hoje, o Hospital S. Sebastião - nome escolhido numa consulta popular - é, indiscutivelmente, uma referência a nível nacional, nas áreas da Saúde e da Gestão. Pub.
Publireportagem
a maria norte pretende ser a loja de moda de Criança Com os melhores produtos A Maria Norte, loja de roupa situada na Rua Dr. Alfredo Valente da Silva Terra e que tem um públicoalvo jovem, abriu portas para, segundo as proprietárias Odete Moreira e Joana Machado, colmatar uma lacuna existente no concelho de Santa Maria da Feira.
A Maria Norte
A Maria Norte pretende ser a loja de moda de criança com os melhores produtos de marcas portuguesas e internacionais, atendendo às expectativas de alta qualidade dos nossos clientes.
Porquê Santa Maria da Feira?
Notamos que havia uma lacuna no que respeita a vestuário e calçado casual chic em Santa Maria da Feira. Normalmente, as pessoas teriam que deslocar-se ao Porto quando procuravam peças de qualidade superior. Agora, isso já não acontece. A Maria Norte vem precisamente oferecer esse serviço de qualidade.
O que é que os clientes
podem esperar da Maria Norte?
Satisfação total, atendimento com excelência profissional, melhores produtos a preços justos, ética, conforto… amor!
Quais as principais marcas e produtos?
Neste momento, apresentamos a Tous Baby, Miguel Vieira, Y-Clú, Cóndor, Pikitri, Chubby Angel e Bugatti. Porém, a breve prazo, poderemos apresentar outras marcas bem conhecidas do público, mas ainda não podemos revelar…
O feedback tem sido positivo?
Sim, fantástico! O conceito que introduzimos espelha fielmente aquilo que somos. Criámos um espaço amplo, clean, mas elegante. As pessoas de facto têm transmitido uma ideia muito positiva sobre a Maria Norte e recomendam a loja.
O futuro
Construir a marca Maria Norte
como a loja de referência, sendo reconhecida no mercado como a loja que oferece a melhor qualidade de produtos.
Horário
A Maria Norte funciona, de terçafeira a sábado, das 10 horas às 13h e das 14h às 19h.
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Discurso (in)Directo mais lídimos agentes de desenvolvimento regional. Espécie de floresta que a árvore tapa… Desse documento, singelamente intitulado “A Imprensa Local e Regional em Portugal? Aqui se respiga, com a devida vénia, algumas passagens do texto de apresentação:
2010. Azeredo Lopes, à época presidente da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, apresentava a mais completa ‘radiografia’ alguma vez produzida no estudo do fenómeno da Comunicação Social dita ‘Local’ e ‘Regional’. Trata-se de um documento exaustivo, em que se trata um perfil nu e cru do universo dos ‘jornais da província’, em que, sem condescender, também se reconhece o papel ímpar desempenhado por aqueles que são – porventura – os
(…) A imprensa local e regional representa uma realidade das mais peculiares, até do ponto de vista das competências de regulação e supervisão cometidas à ERC. (…) Não foi também incomum (…) ouvir menções à Imprensa regional e local como “típica” (uma espécie de folclore ultrapassado da página impressa), anacrónica, subsídiodependente (vindo sempre à liça a questão do porte pago), nada preparada para a evolução, sujeita às mais variadas influências e alegados caciquismos – e, até, destinada a uma extinção certa, sem poder resistir às maravilhas tecnológicas e às novas plataformas, como dinossauro comunicacional que apenas ficaria na memória dos menos novos. Sabendo como temos a língua afiada e o verbo crítico fácil – muitas vezes, em relação ao que de todo desconhecemos – nunca atribuí excessiva importância a diagnósti-
co tão sombrio. O certo, porém, é que não conseguia resposta (…) a algumas questões fundamentais: o que é hoje, entrados que estamos uma década no séc. XXI, a imprensa regional e local portuguesa? Que especificidades tem, se é que as tem, relativamente à Imprensa generalista de expansão nacional? (…) deslocámo-nos aos diferentes distritos do Continente, e reunimos em cada um com os títulos (…) e desse périplo viemos com a noção do muito que faltava fazer e, também, da grande complexidade que se albergava sob a designação, aparentemente inócua, de “Imprensa regional e local”. Regressámos, também, com um forte sentimento de admiração por muitos dos projectos de imprensa que nos foram sendo apresentados, muitos pelo profissionalismo, alguns outros porque se mantinham à superfície apenas devido à enorme dedicação, sacrifício e doação pessoal dos que neles estavam envolvidos. (…) Decantados os números, percebe-se a existência de várias “realidades”, de uma grande variedade de casos, e, em termos globais, de uma situação de dificuldade generalizada.
desempenha um papel notável de reforço de um conceito rico de cidadania. Cultiva a proximidade, é útil para quem a lê, estimula ou, pelo menos, conserva, laços identitários, culturais e históricos da maior importância – e muitos exemplos concretos conheci. Acarinha o particular, numa altura em que só se prega o global. Cultiva a língua portuguesa, num plano cada vez mais raro na Imprensa em geral. É, por isso e não só por isso, fascinante, e justifica, plenamente, que, sempre que possível, os poderes públicos – na ponderação de decisões – tenham estes aspectos presentes, a pesar favoravelmente num dos pratos da balança. Espero que o estudo que se segue contribua para o reforço deste diagnóstico. J. A. Azeredo Lopes – foi Presidente Entidade Reguladora para a Comunicação Social (2006-2011). É o actual Ministro da Defesa do Governo de António Costa.
(…) A imprensa regional, pude comprová-lo se dúvidas tivesse, Pub.
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DESPORTO Fiães perde com o líder, Sporting de Espinho
Lourosa despromovido aos distritais
Juventude de Fiães goleia o Juventude de Canedo
Campeonato Europeu de Taekwondo Sub-21
Fianenses chegaram ao intervalo a vencer, mas os Tigres da Costa Verde conseguiram a reviravolta na segunda parte (1-3).
Formação de Futsal Feminino perdeu em Chaves e confirmou o regresso aos campeonatos distritais.
Em duelo de juventudes, os fianenses foram claramente superiores e venceram o ‘lanternavermelha’ (10-1).
Carlos Brito e Diogo Gomes, atletas do Clube Fúrio de Canedo, alcançaram o nono lugar no Europeu Sub-21.
I Distrital
Futsal Feminino
Futsal
Taewkondo
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FEIRENSE PERDE EM CASA FRENTE AO SPORTING DE BRAGA Depois de três vitórias consecutivas, o Feirense perdeu no Marcolino Castro frente ao Sporting de Braga (0-1). Peter Etebo falhou uma grande penalidade, aos 73 minutos, que poderia ter dado o empate. Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt
I LIGA O Feirense perdeu, em casa, frente ao Sporting de Braga por 1-0, no jogo que abriu a 28.ª jornada da Liga NOS. Fede Cartabia, aos 41 minutos, marcou o único golo da partida. Peter Etebo, aos 73 minutos, desperdiçou soberana ocasião para mudar o jogo, mas, no penálti, não conseguiu enganar Marafona. Regresso aos desaires dos fogaceiros, depois de três vitórias consecutivas. Uma derrota que não coloca em risco a permanência do Feirense na I Liga. Com o Marcolino Castro a registar uma exce-
28.ª Jornada
0
lente casa, as duas equipas proporcionaram um bom espectáculo, com muita entrega e ambas a procurarem chegar à vitória. O Feirense entrou bem na partida, mas pertenceu ao Braga a primeira grande oportunidade do jogo. Aos 30 minutos, na sequência de um canto, após saída em falso de Vaná, valeu Flávio Ramos a evitar o golo dos bracarenses em cima da linha de baliza. Depois foi vez de os pontas-de-lança das duas equipas desperdiçarem ocasiões de golo. Também na sequência de um canto, Karamanos, em
Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco)
boa posição, remata enrolado (36’), e Rui Fonte, com um remate à meia-volta, atirou ligeiramente ao lado (39’). O golo do Braga surge pouco depois. Battaglia remata em zona perigosa, Vaná defende, mas a bola sobra para Fede Cartabia inaugurar o marcador (41’). Na segunda parte, Nuno Manta passa de 4-3-3 para 4-4-2, com Peter Etebo a fazer companhia a Karamanos no ataque fogaceiro. O Feirense demora a acertar, mas quando o consegue começa a criar perigo junto da
Estádio Marcolino Castro
90 95
Vítor Bruno 5
91
Peter Etebo
Battaglia 44
Paulo Monteiro
Vaná
17
9
17
Karamanos
Rui Fonte
Flávio Ramos
João Gamboa
Marafona
24 Ricardo Ferreira
10 Fabinho
35
28
Artur Jorge
84
Cris
32
1
Baiano
5
Fede Cartabia
Babanco
37
07 ABR - 20h30
15
11
baliza defendida por Marafona, particularmente através da velocidade do atacante nigeriano. No entanto, ‘no melhor pano cai a nódoa’. Peter Etebo é derrubado na área, por Fede Cartabia, mas da marca dos 11 metros, permite a defesa a Marafona (73’). Até ao final, o Feirense ainda tentou chegar ao empate (passou a jogar com três defesas), mas esbarrou na boa organização defensiva do Braga, que também dispôs de alguns lances de perigos, mas também sem resultados práticos.
7
21
Luís Machado
Ricardo Horta
35 Vukcevic
16
Barge
Djavan
Treinadores Nuno Manta Santos
Jorge Simão
Substituições Barge (Edson Farias, 70’), Fabinho (Tiago Silva, 70’) e Peter Etebo (Hugo Seco, 87’)
Djavan (Marcelo Goiano, 87’), Fede Cartabia (Alan, 90+1’) e Ricardo Horta (Pedro Santos, 62’)
Acção Disciplinar Cartão amarelo a Vítor Bruno (28’), Luís Machado (73’), Hugo Seco (90’), e, Edson Farias (depois do apito final).
Cartão amarelo a Ricardo Ferreira (34’), Fede Cartabia (53’), Artur Jorge (90+4’) e João Gamboa (depois do apito final).
Fede Cartabia (41’)
ESTATÍSTICAS
MOMENTO DO JOGO
Posse de bola
Nuno Manta Santos “O momento do penálti, quando temos oportunidade de fazer o golo do empate, foi decisivo. Podia ter sido um momento de viragem. Hoje, faltou-nos decidir melhor em alguns momentos do jogo.”
49 % Remates
7
13 Remates à baliza
4
3 Cantos
5
4 Faltas cometidas
21
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
CD Tondela - Rio Ave FC Sp. Braga - F. C. Porto CD Nacional - Moreirense FC - 17/04
Golo
51 %
LIGA NOS
Resultados - 28.ª Jornada CD Feirense 0 1 Sp. Braga 1 FC Arouca Paços de Ferreira 1 0 Os Belenenses F. C. Porto 3 Sporting 4 0 Boavista FC Estoril Praia 0 1 CD Nacional Rio Ave FC 0 0 V. Setúbal V. Guimarães 2 1 CD Tondela 1 Benfica Moreirense FC 0 1 GD Chaves Marítimo 2 Classificação P J V E D GM - GS Benfica 68 28 21 5 2 58 - 14 F. C. Porto 67 28 20 7 1 62 - 13 Sporting 60 28 18 6 4 55 - 27 Sp. Braga 50 28 14 8 6 42 - 25 V. Guimarães 50 28 14 8 6 42 - 31 Marítimo 44 28 12 8 8 28 - 25 Rio Ave FC 39 28 11 6 11 31 - 34 GD Chaves 36 28 8 12 8 29 - 29 V. Setúbal 35 28 9 8 11 27 - 27 CD Feirense 35 28 10 5 13 25 - 41 Boavista FC 34 28 8 10 10 27 - 30 Os Belenenses 32 28 8 8 12 21 - 33 Paços Ferreira 28 28 6 10 12 26 - 38 FC Arouca 28 28 8 4 16 26 - 45 Estoril Praia 25 28 6 7 15 22 - 35 Moreirense FC 21 28 5 6 17 24 - 43 CD Nacional 20 28 4 8 16 19 - 45 CD Tondela 71 28 3 8 17 19 - 48 Próxima Jornada - 14, 15 e 17 de Abril Os Belenenses - Estoril Praia - 14/04 Boavista FC - Paços de Ferreira - 14/04 Benfica - Marítimo - 14/04 V. Guimarães - Sporting - 14/04 FC Arouca - CD Feirense, 16h GD Chaves - V. Guimarães
22
Jorge Simão “Esta é uma vitória muito importante que permite continuar dentro do que é a nossa luta e os nossos objetivos. Estamos na luta e estamos vivos.Vimos aqui 11 guerreiros em campo. A vitória assenta perfeitamente.”
73’
Etebo, um dos melhores do lado do Feirense, desperdiçou uma grande penalidade (a castigar falta de Fede Cartabia sobre o atacante nigeriano) que podia ter dado o empate.
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ENTREVISTA
“Quero levar o lusitânia de lourosa aos campeonatos profissionais” Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
Porque se candidata à presidência do Lusitânia de Lourosa? Candidato-me porque o Lourosa é um clube que me diz bastante, pelo clube que é e essencialmente pela massa associativa que tem. Acompanho o clube desde os meus quatro anos. O meu pai era adepto do Lourosa e eu acompanhava-o. Depois o Lourosa é um clube que me diz muito pela dimensão que tem, uma dimensão grandiosa. Também me candidato porque o lugar do Lourosa não é o lugar em que está. Tenho a convicção de que vou colocar o Lourosa no lugar que ele merece, que não é a Primeira Divisão Distrital. Como começou a sua ligação ao Lourosa? Fui acompanhando o Lourosa desde muito jovem. Como sou empresário desde os 19 anos (tenho 34 anos), o meu nível de acompanhamento foi diminuindo, mas estando sempre atento ao clube. Até aos 19 anos acompanhei bastante o clube. Agora chegou uma altura em que penso estar no momento certo para assumir a presidência do Lourosa e colocar o clube no seu devido lugar. É um clube grandioso, nem vale a pena entrar na discussão se é o clube maior do Concelho, mas o que posso afirmar é que, na minha opinião, a nível nacional, dos 20, é o que tem mais massa associativa, e que efectivamente acompanha ou quer acompanhar o clube. O Lourosa é como todos os clubes, se ganhar os adeptos aparecem, se perder os adeptos ficam em casa. Tenho a certeza que se ganharmos vamos ter grandes molduras humanas no estádio. Como acompanhou o passado mais recente do Lourosa que culminou na descida aos distritais, na temporada transacta, e na não subida, esta época? Quem está no Lourosa faz sempre o melhor pelo clube. Sabemos que as divisões são competitivas, tudo é um desafio, mas fiquei triste pela descida, e no último jogo e ao minuto que foi ainda pior. Mas, de certa forma, ainda me entusiasmou mais a querer assumir o comando do Lourosa. O Lourosa nos
Hugo mendes, director-Geral da empresa mestre da cor (Grupo mestre), é candidato à presidência do lusitânia de lourosa. o empresário mostra-se ambicioso e garante que o objectivo passa por levar o lourosa até aos campeonatos profissionais do futebol nacional. nacionais tem de estar sempre, garantidamente. O Lourosa não é um clube de distrital. Fico triste que tenha descido, mas o patamar que estava — Campeonato de Portugal (CP) — também não me contenta, ambiciono mais. Quero fazer o Lourosa subir mais. Então o objectivo passa por chegar aos denominados campeonatos profissionais? Sim, o objectivo é chegar aos campeonatos profissionais. Tenho essa convicção e o meu projecto vai nesse sentido, até porque temos uma data emblemática — 2024 —, em que o clube faz 100 anos e nessa data, garantidamente, o clube tem de estar nos campeonatos profissionais. Assumo essa ambição, não assumo o Lourosa simplesmente para levar o clube dos distritais para o CP. O CP não é o campeonato do Lourosa também, não é o patamar do clube. O Lourosa é acima do CP. A sua candidatura tem alguma ligação (continuidade) com a anterior direcção ou actual Comissão Administrativa? Como analisa o trabalho dos anteriores responsáveis do clube? Não há nenhuma ligação. Não vou estar a dar grandes opiniões. Com certeza fizeram o seu melhor. Sei que fizeram muito esforço para comandar o Lourosa porque é um desafio. Mas não posso dizer se fizeram um bom ou mau trabalho. Mas concorda, por exemplo, que uma Comissão Administrativa dispense cerca de uma dezena de atletas e mude duas vezes de equipa técnica? Efectivamente isso não ajuda nada o futebol. Quando se faz tantas alterações a meio da época…o resultado está à vista na classificação. É uma situação que deveria ter sido ponderada de outra forma, mas eles terão as suas razões, o que os levou a terem essas atitudes, e cada um faz a gestão à sua imagem. O que eu estou focado é na gestão que eu posso colocar no clube. Eu estou preparado e confio na minha gestão para não voltar a acontecer o que aconteceu ao Lourosa. Primeiro foi a descida de divisão, depois esta época
os objectivos passavam pela subida de divisão e de um momento para o outro desmoronou-se tudo aquilo que estava estruturado e o Lourosa deverá ficar nos cinco primeiros, mas isso para o clube que é o Lourosa é muito pouco. O Lourosa estando numa distrital, tem de lutar sempre para subir. Assumindo o Lourosa, o objectivo claro é a subida. A verdade é que eu tenho uma equipa à minha imagem, já com cerca de dez elementos escolhidos por mim, conheço as pessoas que vão estar comigo. Mesmo assim será um desafio, mas o objectivo será subir logo no primeiro ano. Quais são os restantes objectivos? Tem alguma noção do que poderá encontrar em termos financeiros? Há outros projectos, como a Academia Forte Paixão, uma obra emblemática, mas que ainda não está concluída. Será um dos objectivos da sua candidatura? Sim, é um dos objectivos. A formação é um pilar do Lourosa e eu quero fortalecer ainda mais esse pilar. A Academia está bem encaminhada, está brilhante. As pessoas que estiveram ligadas a este projecto fizeram um excelente trabalho, mas ainda há coisas a melhorar e eu quero abraçar esse projecto. Quero dar continuidade a esse projecto. Relativamente ao plantel, o Tonel é o actual treinador. Pretende mantê-lo? O Tonel está a fazer um excelente trabalho. Desde que assumiu a equipa ainda não perdeu, mas a verdade é que, neste momento, o Tonel não faz parte da minha equipa. Mas não fecho as portas ao Tonel. Não posso dizer, claramente, que o Tonel está colocado de lado. É importante vincar que, na altura que iniciei este projecto, o Tonel nunca se tinha assumido como treinador. Como devem imaginar, eu não decidi candidatar-me ontem, eu decidi isto já há algum tempo. Há mais de um mês. Já estava a formar a minha equipa e, na altura, o Tonel era director desportivo. Nunca olhei para ele como um treinador e automaticamente avancei para outras opções que estão apalavradas. Já tem outro treinador apalavrado?
Sim, tenho. Esse treinador já lhe falou em possíveis reforços para o plantel? Já tem alguma ideia sobre isso? É muito habitual nos distritais os treinadores trazerem jogadores. O treinador que tenho apalavrado pode eventualmente trazer um jogador, no máximo dois. Mas não será como aconteceu no início da época do Lourosa, que veio um treinador do Fiães [Miguel Oliveira] e trouxe uma série de jogadores. O objectivo não é esse. O projecto está bem claro para o treinador e ele está motivado para encarar esse projecto. Agora sobre trazer atletas do clube onde está, como disse no máximo serão dois. O nosso director desportivo e eu já estamos a trabalhar nessa matéria. É um treinador que está no activo? Sim, é um treinador que está no activo. Por isso, não posso estar a revelar o seu nome. A sua equipa está satisfeita com o plantel actual? Estamos. O plantel do Lourosa é bom, por isso não queremos fazer muitas alterações ao plantel actual. Não estamos com o intuito de chegar ao Lourosa e dizer que está tudo mal, porque o plantel tem valor e queremos reforçar o plantel, mantendo a sua estrutura actual. O anterior presidente do Lourosa dizia, na altura da saída, que o clube obrigava a despender muito tempo. Se vier a ser presidente, já pensou como vai gerir a vida de empresário com a presidência do clube? Tenho várias empresas com alguma dimensão. O sucesso de um líder está na equipa que tem por trás. É preciso muitas horas, e estando o Lourosa onde está e querendo colocá-lo onde quero colocar, é preciso muita dedicação ao clube, mas tenho uma equipa em que acredito e que está disponível para me ajudar neste projecto. É uma equipa bem composta, que se vai dedicar ao clube, que têm paixão pelo clube, são pessoas da minha confiança e que na sua maioria vai trabalhar sem remunerações. As minhas empresas, até à data, são empresas de sucesso pelo
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ENTREVISTA
“Quero deixar bem claro que este projecto é do Hugo Mendes para o Lusitânia Lourosa, não é do Mestre da Cor.”
que não tinha necessidade de me estar a candidatar a presidente do Lourosa, mas isto é uma paixão. A minha paixão, em primeiro lugar, é o futebol e depois é o Lourosa. É um clube de referência para mim, diz-me muito. Tive convites para ser presidente de dois clubes da II Liga, mas não me diziam nada. Estou a candidatar-me na pior altura, os adeptos estão desanimados, o clube está nos distritais, mas faço-o com satisfação. Como referiu, os adeptos do Lourosa são conhecidos por serem ferverosos. Não teme que esta ligação que tem a outros clubes, como patrocinador do Feirense, por exemplo, lhe possa trazer problemas? Efectivamente existe essa questão, mas eu já estou a falar com as pessoas. Eu andava no futebol de uma forma superficial e quando eu me assumo como candidato a presidente de outro clube, os clubes rivais olham-me de outra forma, mas quero ficar de bem com todas as pessoas, sei que vai ser um desafio. Posso dizer que sim, o maior desafio é o Feirense, porque a minha empresa é patrocinadora da equipa e tem uma ligação actual com o Feirense, mesmo quando não era patrocinador já tinha uma ligação e quero mantê-la da mesma forma. Não quero criar qualquer tipo de barreiras com as pessoas que me dava bem, quero continuar com essa ligação. Mas a ligação patrocinador poderá ter de terminar por causa desta questão da presidência? Não, quero deixar bem claro que este projecto é do Hugo Mendes para o Lourosa, não é do Mestre da Cor. Ouvi rumores de naming e que o Mestre da Cor ia comprar o Lourosa, mas isso é impensável. Isto é um projecto Hugo Mendes, o Mestre da Cor não tem relação nenhuma com este projecto. Primeiro, como presidente não quero um naming a acrescentar ao do Lourosa. O Lourosa é o Lourosa e é uma marca demasiadamente forte para se estar a acrescentar outra ao lado. Não está no meu projecto, nem imagino que isso algum dia aconteça. A Mestre da Cor investir no Lourosa, só se for como patrocinador, como faz noutros clubes, isso pode acontecer.
É uma ligação pessoal e não profissional? Exatamente. É uma ligação 100% pessoal e nada profissional. Como sabe, a minha ligação profissional é tudo em clubes da I Liga, não patrocino clubes da II Liga, nem CP, nem distrital. Apoio clubes na distrital, rivais do Lourosa, não quer dizer que deixe de o fazer. Quando falo em apoio é ao nível de ajudas que esses clubes precisam, mas isso é Mestre da Cor. Aquilo que eu sei é que o Hugo Mendes quer assumir a presidência do Lourosa como projecto pessoal. Se a Mestre da Cor vai apoiar o Lourosa, com certeza que vai ajudar. Pode ser o principal patrocinador? Pode não ser, provavelmente não o vai ser. Já tenho patrocinadores, inclusive para a frente das camisolas e não é Mestre da Cor. O trabalho que eu estou a fazer é muito intenso, até posso perder, mas não me arrependo do trabalho que fiz. Porque a minha equipa toda sabe o que nos pode acontecer e estão dispostos a estar comigo quer ganhe ou perca. Já estamos a trabalhar em patrocínios, no reforço do plantel, já tempos treinador, já temos tudo montado porque o campeonato está a terminar. As eleições estão previstas para Junho ou Julho, se houver eleições. Há estatutos do clube que se tem de respeitar e eu só posso ser candidato em Junho/Julho, foi aquilo que me informaram no clube e eu vou respeitar isso. No entanto, já estou a trabalhar, já reuni com uma série de empresários para apoiar o clube, e há outros que ainda vou reunir. Da sua equipa fazem parte elementos das anteriores direcções? Tem. Na direcção actual há pessoas que eu quero que estejam comigo e já falei com elas. O meu intuito não é chegar ao Lourosa e varrer com as pessoas todas. Queremos reforçar a equipa porque sentimos essa necessidade e também porque a equipa ficou mais fragilizada com a alteração que houve a meio da época. Da parte administrativa também há pessoas que nós queremos que estejam connosco, são pessoas que podem acrescentar valor à minha equipa e é isso que nós queremos, acrescentar valores à equipa deles e à nossa. Da estrutura da formação e modali-
dades também? Sim. Aí não queremos mexer muito porque está bem entregue. As modalidades que o Lourosa tem, neste momento, são para continuar? É para manter todas as que temos actualmente e quero acrescentar mais. Há perspectiva de entrada de mais modalidades? Já foram dados passos nesse sentido? Já temos um projecto para uma nova modalidade, mas não quero revelar para já. Será também uma estrutura vencedora. Nas modalidades as ambições também vão ser altas? Quem conhece o Hugo Mendes sabe que onde se coloca é para vencer. Não consigo estar num projecto que não seja para vencer. Tenho um peso em cima de mim que é o Lourosa, o clube merece muito respeito. Apesar do patamar máximo do clube ter sido o CP, para mim o que ficou marcado em toda a história foram as meias-finais da Taça de Portugal contra o Sporting. Acompanhei essa época em pleno, não faltei a nenhum jogo, nem em casa nem fora. Para mim o Lourosa não é um clube qualquer, tem o peso de um clube grande no futebol português e é assim que eu encaro este projecto. Tenho este peso às costas porque quero colocar o clube onde acho que merece estar. No que diz respeito aos sócios, eles são exigentes, mas eu gosto de trabalhar com pessoas exigentes. Ter uma massa associativa como a do Lourosa é um privilégio, não é um desafio. Quanto à critica, nós estamos cá para melhorar. Sou uma pessoa que gosta de ouvir os outros, gosta de trabalhar em equipa. A grande vantagem é saber aquilo que quero, saber os passos que quero dar, sei qual é a visão e a missão para o clube. Quando se assume o comando temos de saber aquilo que queremos, não é ser presidente só porque quero ser presidente do Lourosa. Sei o caminho a percorrer, a minha equipa sabe que vai para o nacional e o que vai fazer a seguir. Já temos um planeamento e as opções B, para o caso de não correr como estávamos à espera. Aquilo que assumo perante a massa associativa é
“Em 2024, ano em que o Lourosa faz 100 anos, garantidamente, o clube tem de estar nos campeonatos profissionais.” muita responsabilidade porque estou a assumir que somos um candidato à subida, vamos trabalhar para isso e a minha equipa vai fazer o seu melhor. Queremos assentar os pés no nacional e logo depois trabalhar para o nosso próximo objectivo. Não é ficar no CP, claramente não é. Não queremos estabilizar ali. Da actual Comissão administrativa, gostaria de contar com algum elemento? Sim. Há nomes que quero contar, mas ainda não falei com eles. Quero respeitar o trabalho deles, o campeonato está a decorrer. Sou uma pessoa com ética. Não há um único jogador que possa dizer que entrei em contacto com ele, não há um director da estrutura que tenha falado, porque tenho de respeitar quem está lá. Agora, jogadores ou dirigentes de outros clubes que eu tenha interesse, esses sim estou a contactar. Porque senão seria tarde, outros clubes podem antecipar-se e aí eu ficaria atrás. Dentro do Lourosa, estou a respeitá-lo, não me quero meter dentro da actual estrutura. Tem conhecimento da possibilidade de existirem outros candidatos à presidência do Lourosa? Não sei, mas existe a actual comissão administrativa que poderá ter uma posição ao nível de nomes a apresentar. Enquanto candidato o que pode prometer aos adeptos do Lourosa? Como referi, quero colocar o Lourosa no topo nacional, colocá-lo junto dos melhores clubes nacionais. Quero colocar o Lourosa onde é o seu lugar. A dimensão de um clube é a sua massa associativa e há clubes na I Liga, como por exemplo o Moreirense ou o Arouca, que não têm a massa associativa do Lourosa. Com a massa associativa que o Lourosa dispõe, tem de estar numa liga profissional e é para isso que eu vou trabalhar.
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FUTEBOL
CAMPEONATO SAFINA
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
FIÃES X ESPINHO
FIÃES NÃO SEGURA O LÍDER ESPINHO O Fiães marcou primeiro, mas uma grande segunda parte permitiu ao Espinho distanciar-se, ainda mais, na liderança, aproveitando a derrota do Esmoriz que perdeu frente ao S. João Ver. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt Fiães Espinho
1 3
Estádio do Bolhão
C.
F. F F
U. L.
O. Bairro
1
U. Lamas
0
Estádio Municipal de Oliveira do Bairro
Árbitro: Renato Oliveira
Árbitro: João Pinho
Fiães: Fernando Pais; Seminha, Carlos André, Fernando, Fabiano, Xavi, Dany Pereira (Jaiminho, 56’), Napoleão (Luccas, 79’), Filipe Leite, (Rúben Barbosa, 71’), Nélson Diogo, Sousa Treinador: Adolfo Teixeira
O. Bairro: Marcelo; Miguel Campos, Luís, Leandro Duarte, Zé Alves (Diogo Alves, 67’), Andrii Koka, Berna, Sérgio Conceição, Diogo André, Nélson Rato (Tojó, 67’), Luís Barreto (Miguel Oliveira, 82’) Treinador: Carmindo Dias
Espinho: Bruno Silva; Sanguedo (Bruno Gomes, 79’), João Pinto, Rui Silva, Rui Lopes, Carela, Carlos Manuel, Ministro, Joel (Rui João, 30’), Van Zeller (Lima, 83’), Carlitos Treinador: Carlos Manuel Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Van Zeller (27’), Dany Pereira (35’), Ministro (52’), Carlos André (58’), Fernando (58’), Sousa (58’), Carela (70’), Bruno Silva (71’), Sanguedo (78’), Rui João (90+1’) e Jaiminho (92’). Golos: Seminha (19’), Carlos Manuel (59’, g.p.), Carela (70’), Carlitos (90+3’)
Entrada forte do Fiães que dispôs de duas boas oportunidades de golo, não aproveitadas por Sousa. Aos 19 minutos, numa boa combinação entre Filipe Leite e Seminha, o Fiães chegou à vantagem. Ao intervalo, o resultado aceitava-se. No entanto, na segunda parte o espinho mostrou porque é líder isolado. Numa verdadeira avalanche ofensiva, os forasteiros conseguiram a reviravolta. Carlos Manuel, de penálti, empatou (59’), e Carela, numa jogada de insistência fez o 1-2. Carlitos, nos descontos, fechou a contagem.
U. Lamas: Pedro Justo; Fábio Raúl, Joel, João Marques, Tiago Ribeiro, Óscar Beirão, Luís (Américo, 64’), Pinheiro, Flecha (Manú, 80’), Bruno Anciães, Bruno Faria (João Dias, 69’) Treinador: Luís Miguel Martins Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Pedro Justo (57’), Fábio Raúl (59’), Zé Alves (59’), Américo (72’), Diogo André (75’), Bruno Anciães (83’) e Diogo Alves (89’). Golo: Diogo André (75’)
O U. Lamas voltou a perder com o O. Bairro (já tinha sido assim na primeira volta). Desta feita fora de casa, os lamacenses não conseguiram contrariar a boa exibição do O. Bairro. Numa partida bem disputada, mas com toada mais ofensiva dos da casa, o único golo da partida foi apontado aos 75 minutos, por Diogo André, num remate surpresa e de longe, descaído para a esquerda. Antes, aos 57 minutos, já Luís Barreto tinha falhado uma grande penalidade para o O. Bairro.
CAMPEONATO SAFINA O Sporting de Espinho continua imparável na Primeira Divisão Distrital de Aveiro (não perde desde a 4.ª jornada) e é cada vez mais líder. Em jogo referente à jornada 27, o Espinho foi ao Bolhão vencer o Fiães por 3-1. Os da casa ainda chegaram ao intervalo a vencer, mas, na segunda parte, o Espinho conseguiu a reviravolta e aproveitou a derrota do vice-líder, Esmoriz, na recepção ao S. João de Ver (2-4) para aumentar a vantagem no topo da prova. Já Esmoriz
2
Avanca
S. João Ver
4
Lus. Lourosa
Estádio da Barrinha
0 1
Parque Desportivo da AA Avanca
Resultados - 27.ª Jornada SC Alba 3 1 Romariz FC AA Avanca 0 1 Lusitânia Lourosa GD Milheiroense 2 4 Alvarenga SC Esmoriz 2 4 São João de Ver Oliveira do Bairro 1 0 União de Lamas SC Beira Mar 3 0 GD Mealhada Carregosense 1 2 SC Bustelo Fiães SC 1 3 Sp. Espinho Cucujães 1 0 SC Paivense Classificação P J V E D GM - GS Sp. Espinho 64 27 19 7 1 56 - 18 SC Esmoriz 56 27 17 5 5 55 - 34 S. João de Ver 53 27 15 8 4 52 - 30 União de Lamas 52 27 15 7 5 50 - 21 SC Beira Mar 51 27 14 9 4 43 - 31 SC Bustelo 48 27 14 6 7 48 - 35 Lusit. Lourosa 48 27 13 9 5 31 - 18 SC Alba 38 27 9 11 7 44 - 39 Fiães SC 38 27 11 5 11 34 - 38 Alvarenga 34 27 8 10 9 40 - 35 AA Avanca 34 27 9 7 11 33 - 29 Carregosense 34 27 9 7 11 24 - 26 SC Paivense 31 27 8 7 12 39 - 42 Oliveira do Bairro 30 27 7 9 11 30 - 33 Cucujães 22 27 5 7 15 25 - 49 Romariz FC 13 27 3 4 20 14 - 48 GD Milheiroense 12 27 2 6 19 24 - 60 GD Mealhada 7 27 1 4 22 18 - 74 Próxima Jornada - 23 de Abril Lusitânia de Lourosa - Romariz FC Alvarenga - AA Avanca São João de Ver - GD Milheiroense União de Lamas - SC Esmoriz GD Mealhada - Oliveira do Bairro SC Bustelo - SC Beira Mar Sp. Espinho - Carregosense SC Paivense -Fiães SC Cucujães - Alba
a formação do S. João de Ver chegou ao último lugar do pódio, ultrapassando o União de Lamas que foi derrotado em Oliveira do Bairro (1-0). A atravessar um grande momento está também o Lusitânia Lourosa, que venceu em casa do Avanca (1-0). O Lourosa continua sem perder e sem sofrer golos desde que Tonel assumiu os comandos da equipa. Em sentido contrário mantêm-se Romariz e Milheiroense. Mais duas derrotas e a manutenção cada vez mais difícil. Alba Romariz
3 1
Estádio Municipal António Augusto Martins Pereira
Milheiroense
2
Alvarenga
4
Complexo Desportivo Milheirós de Poiares
Árbitro: Leonardo Marques
Árbitro: Marco Pereira
Árbitro: Renato Oliveira
Árbitro: Ricardo Salvador
Esmoriz: Ricardo Pinto; Tiago Ferreira, Joel Alves, Ricardo Correia, Luis Roberto Seijas, Pedro Godinho, Bruno Batista, Júlio Coronel (Martin Chibambo, 65’), Jeff (Couto, 90’), Fred (Gonçalo, 85’), Koneh Treinador: Narciso Ratinho S. João Ver: Bruno Costa; Diogo Relvas, Magolo, Marco Ribeiro, Bino, Cardoso, Yorn (Vitinha 75’), Gouveia (João Tavares, 90’), Machadinho, Leo, Manú (Osório, 60’) Treinador: Ricardo Maia
Avanca: Rui Pedro; Bruninho, Márcio, Tiago Amaral, Hugo Antunes, Temudo, Bruno, Cabilhas (Pesquina, 69’), Carlitos (Diego, 82’), Miguel Ângelo (Vítor Hugo, 72’), Horácio Treinador: André Silva
Alba: Carvalheira; Miguel, Resende, Adélio Melo, Coutinho, Dani, Tiago Gomes (Simão, 55’), Aidos (João Pedro, int.), Tica, Hélder, Fábio Simões (Bruno Leite, 55’) Treinador: Hugo Oliveira
Milheiroense: Bruno; Joãozinho (Pedro Soares, 66’), Mendes, André, Bernardo, Castro, Ricardo Martins, Tiaguinho, Jekas (Marcelo Silva, 75’), Leandro (Filipe, 66’), Miguel Soares Treinador: Marco Abreu
Lus. Lourosa: Marco Sá; António Alves, Vítor Fonseca, Vítor Sá, Ivo Oliveira, Samuel Teles, Fredy, Xavi (Viditos, 24’), Pedro Silva, Mauro (Jó, 88’), Inverno (Fabrice, 33’) Treinador: Tonel
Romariz: Cristiano; Miguel Ferreira, Xurra, Leitinho, Cadete, Xurras (Ricardo, 65’), Huguito, Julinho (Abel, int.), Tiago Silva (Marcelo, 70’), Rui, Dani Treinador: José Borges
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Diogo Relvas (65’), Machadinho (68’), Pedro Godinho (83’) e Bruno Costa (90+4’). Cartão vermelho directo a Bruno Batista (89’) e Marco Ribeiro (89’). Golos: Pedro Godinho (39’, g.p.), Machadinho (53’), Ricardo Correia (66’), Bino (69’), Osório (84’), Leo (90+2’)
Jogo electrizante na Barrinha. O Esmoriz foi para o intervalo a vencer, mercê do golo, de penálti, de Pedro Godinho (39’). O S. J. Ver chegou ao empate por Machadinho, numa bola colocada nas costas da defesa (53’). Na sequência de um canto, Correia voltou a colocar o Esmoriz em vantagem (66’), mas, três minutos depois, Bino, de livre directo, restabeleceu o empate. Nos minutos finais, em duas jogadas de contra-ataque, o S. J. Ver sentenciou o jogo, com golos de Osório e Leo.
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Vítor Fonseca (61’) e Fredy (80’). Cartão vermelho a Bruno.
Golos: Mauro (66’)
Jogo muito equilibrado, muito jogado a meiocampo e com poucas oportunidades de golo. A primeira parte foi azarada para o Lourosa, com Tonel a ter de fazer duas substituições forçadas (Xavi e Inverno saíram lesionados). Já na segunda parte, num remate cruzado da direita, Mauro marcou o golo solitário do encontro (66’). Na parte final, o Avanca apostou no jogo directo, mas sem criar grande perigo junto da baliza defendida por Marco Sá.
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Resende; Xurras (15’), Tiago Silva (30’), Abel (75’) e Huguito (80’). Cartão vermelho directo a Miguel (90+3’). Golo: Tica (37’), Dani (47’), João Pedro (65’), Bruno Leite (90+2’)
Entrou melhor o Alba e inaugurou o marcador, aos 37 minutos, pelo goleador Tica, depois de lançado em profundidade. O Romariz entrou bem na segunda parte e surpreendeu o adversário. Num belo golo, Dani restabeleceu o empate (47’). Com o empate, o Alba foi atrás da vitória, conseguida através de dois golos ‘vindos do banco’, por João Pedro (65’) e Bruno Leite (90+2’), isto numa altura em que o Romariz se encontrava todo balanceado para o ataque.
Alvarenga: Rafa; Luiz Demathê, Lucas Passari, Guaxupé, Rui Cardoso, Adilson (Diego, 64’), Kaique, Letz (Bruno Martins, 80’), Ayrton (Periquito, 73’), Mateus, Ricardo Treinador: Pedro Costa
Golos: Letz (4’), Mendes (30’), Rui Cardoso (62’), Ayrton (71’), Ricardo (81’), Ricardo Martins (87’)
Está cada vez mais afundado na tabela o Milheiroense, que está na penúltima posição e não vence desde a jornada 17 (quarta derrota consecutiva). O Alvarenga entrou praticamente a ganhar com um golo de Letz. O Milheiroense respondeu, ainda na primeira parte, por Mendes (30’). No entanto, o Alvarenga esteve bem melhor na segunda parte e com três golos, separados por cerca de dez minutos, sentenciou o vencedor do encontro. Já perto do fim, Ricardo Martins reduziu para 2-4.
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FREGUESIAS FUTEBOL
CANEDO ALCANÇA PROMOÇÃO AO PRO-NACIONAL Objectivo cumprido. O Canedo ascende à elite do futebol distrital depois de golear, nas Valadas, o ACRD Mosteirô por 4-1. Os forasteiros ainda assustaram ao colocarem-se na frente do marcador, mas os canedenses conseguiram a remontada. Marcelo Brito marcelo.brito @correiodafeira.pt
II DISTRITAL O Canedo é a mais recente novidade na Pro-Nacional, divisão que estrear-se-á na próxima temporada. A formação orientada por Vasco Coelho triunfou, nas Valadas, frente ao ACDR Mosteirô por 4-1 e, a uma jornada do fim, garantiu o triunfo da Série A. Geração Rui Dolores e Fiães ‘B’ proporcionaram um dos dérbis concelhios com o triunfo, por
Canedo
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Mosteirô Arouca 1 Campo das Valadas Árbitro: André Castro Canedo: Zé Nino; Fabri (Eduardo, 90’), Neves, Ferraz, Sérgio Ramos, Paiva, Badolas (Gil, 85’), Fruta (Diogo, 70’), Paulinho, Fernando Jorge, Vilar Treinador: Vasco Coelho
Mosteirô Arouca: Resende; Marco, Zé Carlos, Xavi, Mica, Tiago (Filipe, 65’), Bruno, Dani, Rui Silva (Jorge Neves, 75’), Toninho, João Marques Treinador: António Matos
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Ferraz (65’).
Golos: Zé Carlos (15’), Fernando Jorge (30’; 90’), Sérgio Ramos (60’), Badolas (80’)
1-0, a sorrir à formação orientada por Leonel Castro. Os três pontos permitem à Geração RD subir ao terceiro lugar. O tento solitário da partida foi apontado por André Dolores, de canto directo. Noutro dérbi do Concelho, o Paços de Brandão venceu no reduto do Argoncilhe, também pela margem mínima. Valeu o golo de Paulo Sá à passagem
Jogo de risco para o Canedo que se viu surpreendido aos 15 minutos da partida quando os forasteiros se adiantaram no marcador por intermédio de Zé Carlos. A correr atrás do prejuízo, a turma orientada por Vasco Coelho chegou ao empate à meia hora de jogo. Livre cobrado por Fernando Jorge que só acabou no fundo das redes. Culpas no cartório para o guardião arouquense. Na etapa complementar, e novamente na sequência de um livre, uma verdadeira obra de arte de Sérgio Ramos adiantou os canedenses no marcador. Aos 80’, foi Badolas a fazer o 3-1 e, em cima do minuto 90, na sequência de um rápido contra-ataque, novamente Fernando Jorge a fazer jus ao apelido de goleador, fechando o placard em 4-1. O Canedo vai agora disputar o título de campeão da II Divisão juntamente com Vista Alegre, Ovarense e Famalicão.
pelo minuto 59. Brandoenses e argoncilhenses ocupam as duas últimas posições, quinto e sexto lugar respectivamente, que dão acesso à futura primeira divisão distrital. No último dérbi feirense, Lobão e Caldas de São Jorge igualaram-se a um. No Campo de São Tiago, os caseiros inauguraram o marcador aos 47 minutos por intermédio de Marcelo, mas em cima do
Geração RD Fiães B
último minuto de compensação, Maia, de livre directo, empatou a partida. Nos restantes jogos da Série A, destaque para a derrota do Sanguedo, no reduto do São Martinho por 2-0. O Pousadela folgou. Na série B, o Arrifanense perdeu no reduto do Pinheirense, por 2-0, e vê afastada a possibilidade de juntar-se à primeira divisão do distrito. O Mosteirô folgou.
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Argoncilhe
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0
P. Brandão
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Campo de Futebol de Travanca
Campo Centro Social de Argoncilhe
Árbitro: Carlos Novais
Árbitro: Carlos Mendes
Geração RD: Higuita; André Dolores, Oliveira, Nakata (José Cavaco, 82’), Bernardo, Picas, Amorim, Abelha, Pedro Coutinho, Gui (Gaúcho, 70’), Miguel (Tiago Godinho, 70’) Treinador: Leonel Castro
Argoncilhe: Inácio; Rogério, João, Luís, Manel (Russo, 77’), Pedro Oliveira, Catota (Jaime, 85’), Joel, Pedro Teixeira, Rui Sousa, Filipe (Ramiro, 65’) Treinador: Tiago Freitas
Fiães B: Tiago; Magalhães, Jonas, Neves (Jorge, 82’), Samu, Pedro Miguel (Gonçalo, int.), Joel, Henrique, Tiago Couto, Alcides (Ramalho, 65’), Edu Treinador: Carlos Coelho Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Oliveira, Nakata, Picas e Miguel; Jonas, Joel, Alcides, Edu e Gonçalo.
Golo: André Dolores (25’)
P. Brandão: Zé Manel; Carvalho, FF, Mota, Pedro Ribeiro, Fausto, Rui, Rúben (Justo, 68’), Paulo Sá (Robinho, 68’), Daniel, Nélson (Pedro Sá, int.) Treinador: Joaquim Batista Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Filipe (8’), Daniel (11’), Nélson (32’), Manel (39’), Carvalho (78’), Pedro Sá (82’) e FF (90+3’ e 90+8’). Cartão vermelho por acumulação a FF (90+8’). Golo: Paulo Sá (59’)
Vasco Coelho “Foi uma luta árdua, titânica e difícil, mas conseguimos o nosso objectivo que é o corolário de muito trabalho, muito espírito de sacrifício e muita determinação de todo o grupo. Atribuo esta subida aos meus jogadores. Queria ainda dar os parabéns a todos os adversários pela competitividade apresentada na Série A. Vem enaltecer ainda mais o conseguido do nosso objectivo.”
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1
Caldas S. Jorge
1
Parque de Jogos de Santo André
Lobão: Caça; Rochinha, Marcelo, Mendes (Pedro, 80’), Diogo, Cadete, Hugo, Roberto, Serginho, Ricardo (Marco Dias, 64’), Marão (Zé Luís, 64’) Treinador: André Pinho
Caldas S. Jorge: Bruno; Isidro (Bruno, 65’), João Paulo, Marco, Dário, Filipe, Cristophe, Brunito, João, Maia, Moutinho (Vasco, 75’) Treinador: Torcato Moreira
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Roberto; Bruno.
Golos: Marcelo (47’), Maia (90+4’)
II DIVISÃO DISTRITAL - Série A
Resultados - 25.ª e Penúltima Jornada Esc. Rui Dolores 1 0 Fiães B Canedo 4 1 ACRD Mosteirô São Martinho 2 0 Sanguedo Lobão 1 1 Caldas São Jorge Mansores 2 0 AC Sabariz Argoncilhe 0 1 Paços de Brandão Folgou Pousadela Classificação P J V E D GM - GS Canedo 60 23 19 3 1 70 - 9 Mansores 55 23 17 4 2 44 - 14 Esc. Rui Dolores 47 23 14 5 4 33 - 17 ACRD Mosteirô 46 23 15 1 7 59 - 27 Paços Brandão 39 23 12 3 850 - 28 Argoncilhe 39 23 11 6 6 33 - 25 Sanguedo 37 23 11 4 832 - 31 Fiães B 27 23 7 6 10 24 - 33 Pousadela 20 23 5 5 13 30 - 42 Lobão 17 23 3 812 16 - 41 São Martinho 14 24 3 5 16 21 - 57 Caldas S. Jorge 12 23 2 6 15 13 - 52 AC Sabariz 8 23 2 2 19 18 - 67 Última Jornada - 23 de Abril ACRD Mosteirô -Escolinha Rui Dolores Sanguedo - Canedo Caldas de São Jorge - Pousadela AC Sabariz - Lobão Paços de Brandão - Mansores Fiães B - Argoncilhe Folga São Martinho
Lobão
II DIVISÃO DISTRITAL - Série B
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Resultados - 25.ª e Penúltima Jornada S. Vicente Pereira 0 0 Furadouro AD Santiais 0 3 Valecambrense FC Pinheirense 2 0 Arrifanense Macieirense 2 3 Macieira Cambra Ovarense 3 1 São Roque Cesarense B 8 0 Válega Folgou Mosteirô F. C. Classificação P J V E D GM - GS Ovarense 61 23 20 1 2 69 - 22 São Vic. Pereira 52 23 15 7 1 61 - 23 Mosteirô F. C. 45 23 14 3 6 44 - 21 Macieirense 4 1 23 11 8 4 4 8 - 29 Valecambrense 36 22 9 9 443 - 29 Cesarense B 33 23 9 6 8 38 - 28 Arrifanense 31 22 10 1 11 28 - 32 Macieira Cambra 29 23 8 5 10 29 - 40 FC Pinheirense 27 23 7 6 10 4 1 - 39 Furadouro 20 23 48 11 27 - 36 São Roque 18 23 5 3 15 26 - 4 3 Válega 16 23 4 4 15 28 - 62 AD Santiais 4 22 1 1 20 9 - 87 Última Jornada - 23 de Abril Furadouro - Mosteirô F. C. Valecambrense - São Vicente Pereira Arrifanense - AD Santiais Macieira de Cambra - FC Pinheirense São Roque - Macieirense Válega - Ovarense Folga Cesarense B
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11.ABR.2017
FUTEBOL
NACIONAL DE JUNIORES - I Divisão II Fase - Zona Norte - Manut./Descida
Resultados - 7.ª Jornada Moreirense FC 0 0 Gil Vicente FC CD Feirense 0 0 Leixões Padroense FC 3 3 Oliveirense Paços de Ferreira 0 0 GD Chaves Classificação P J V E D GM Paços de Ferreira 27 7 4 2 1 7 GD Chaves 23 7 1 5 1 8 Moreirense FC 21 7 3 3 1 11 Oliveirense 20 7 3 2 2 12 CD Feirense 20 7 1 3 3 3 Gil Vicente 19 7 3 1 3 12 Padroense FC 18 7 2 3 2 8 Leixões 14 7 1 1 5 3 Próxima Jornada - 15 de Abril CD Feirense - Paços de Ferreira, 16h Padroense FC - Leixões Moreirense FC - Oliveirense Gil Vicente FC - GD Chaves
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Juniores do Feirense não vencem há um mês Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
FORMAÇÃO A disputar a manutenção na Série B da Primeira Divisão Nacional, os juniores do Feirense não conseguem vencer há um mês, tendo empatado no passado fim-de-semana, sem golos, com o Leixões, em jogo da 7.ª jornada. A última vitória aconteceu a 11 de Março, frente ao Gil Vicente (1-0). Os pupilos de Tiago Conde mantêm-se um ponto acima da despromoção, aproveitando o empate do Gil Vicente em Moreira de Cónegos. Na Segunda Divisão Nacional, ‘lufada de ar fresco’ para o Lusitânia de Lourosa. Os comandados de Joel Rodrigues triunfaram no
reduto do Alfenense, por 1-2 (André e Cardoso marcaram os golos dos lusitanistas), não deixando escapar a Sanjoanense – que também venceu, por 6-0, o Salgueiros. Mantém-se a chama acesa pela manutenção. Relativamente ao escalão de Iniciados, o Feirense empatou, a dois, em casa do ‘lanterna-vermelha’, Vila Real. O já despromovido Fiães viu-se derrotado, no seu reduto e por 1-3, frente ao aflito Espinho que, com este triunfo, ultrapassou o Gondomar (perdeu pela margem mínima em Freamunde). O tento de honra dos fianenses foi apontado pelo avançado João Pedro.
GS 3 7 6 11 6 10 10 11
NACIONAL DE JUNIORES - II Divisão II Fase - Manutenção/Descida - Série B
Resultados - 8.ª Jornada Salgueiros 08 0 6 AD Sanjoanense FC Arouca 2 1 FC Penafiel Atlético Alfenense 1 2 Lusitânia Lourosa UD Sousense 0 2 SC Freamunde Classificação P J V E D GM - GS SC Freamunde 29 8 3 3 2 10 - 7 FC Arouca 28 8 41 3 15 - 18 UD Sousense 26 8 41 3 17 - 12 FC Penafiel 25 8 42 2 16 - 10 AD Sanjoanense 22 8 3 1 419 - 11 Lusit. Lourosa 20 8 3 4 1 15 - 14 Atlético Alfenense 18 8 3 2 2 14 - 9 Salgueiros 08 3 8 0 2 6 6 - 31 Próxima Jornada - 15 de Abril FC Penafiel - Atlético Alfenense AD Sanjoanense - FC Arouca Lusitânia de Lourosa - UD Sousense,16h SC Freamunde - Salgueiros 08
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NACIONAL DE INICIADOS II Fase - Manutenção/Descida - Série B
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Resultados - 13.ª e Penúltima Jornada SC Vila Real 2 2 CD Feirense SC Freamunde 1 0 Gondomar SC Dragon Force FC 2 2 Sp. Coimbrões Fiães SC 1 3 Sp. Espinho Classificação P J V E D GM - GS CD Feirense 36 13 7 6 0 20 9 Dragon Force FC 35 13 7 4 2 27 - 7 Sp. Coimbrões 32 13 7 3 3 22 - 12 SC Freamunde 25 13 5 3 5 19 - 13 Sp. Espinho 23 13 6 1 6 17 - 16 Gondomar Sc 22 13 5 0 8 16 - 22 Fiães SC 13 13 3 2 8 9 - 25 SC Vila Real 7 13 1 3 9 13 - 38 Última Jornada - 16 de Abril CD Feirense - Dragon Force FC,0-1 Gondomar SC -Fiães SC, 11h Sp. Coimbrões - SC Freamunde Sp. Espinho - SC Vila Real
TAÇA FUNDAÇÃO INATEL Grupo A
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Pigeirense x Arrifanenses
Pigeirense aumenta vantagem no toPo INATEL O líder isolado, Pigeirense recebeu e venceu Os Arrifanenses (segundo classificado) por 2-0, em jogo a contar para a 20.ª jornada do Grupo A da Taça Fundação Inatel de Aveiro, e aumentou, ainda mais, a vantagem no topo da tabela. Vitinha e Rafa marcaram os golos da equipa de Pigeiros. Em mais um dérbi feirense, o Pessegueiro venceu no terreno do Mozelos (0-2), com golos de Damien e Russo. O Fornos não foi além de um empate no terreno do NEGE (2-2), mas, ainda assim, colou-se aos Arrifanenses no segundo lugar, com 36 pontos (mas
com mais dois jogos disputados). O Travanca também empatou a um, mas no terreno do Salreu. No Grupo B também há um líder incontestado, Nadais. Desta feita, a ‘vítima’ foi o Nariz (0-4). Pombos, com um ‘hat-trick’, esteve em particular destaque. Motinha também marcou para o Nadais. A luta pelo segundo lugar está ao rubro com o Hippyes a vencer, em casa, o Reguenga Palhota por 1-0. Diogo, numa jogada de insistência pela direita, marcou o golo solitário da partida. Finalmente, o Manhôce empatou no terreno da ADRAV (2-2). NC
B0LA NAS REDES
Resultados - 20.ª Jornada Pigeirense 2 0 Os Arrifanenses 1 RC Travanca Salreu 1 FC Mozelos 0 2 Pessegueiro NEGE 2 2 DC Fornos Folgaram CRC Vale e Leões do Monte Classificação P J V E D GM - GS Pigeirense 52 19 16 2 1 55 - 8 Os Arrifanenses 36 16 11 1 4 24 - 16 DC Fornos 36 18 10 4 4 24 - 18 RC Travanca 31 18 9 4 5 35 - 23 Leões do Monte 27 17 8 3 6 30 - 24 Pessegueiro 26 18 7 3 8 20 - 24 Carqueijo 21 17 5 6 6 18 - 24 Salreu 19 18 5 4 9 19 - 23 CRC Vale 13 18 3 2 13 16 - 35 NEGE 12 17 2 6 9 25 - 43 FC Mozelos 9 18 2 3 13 21 - 49 Próxima Jornada - 22 de Abril RC Travanca - Leões do Monte Os Arrifanenses - CRC Vale Pessegueiro - Salreu DC Fornos - FC Mozelos Folgam Pigeirense e NEGE
TAÇA FUNDAÇÃO INATEL Grupo B
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Resultados - 20.ª Jornada Rêgo 5 0 Paraíso 2 Real da Praça Perrães 4 ADRA Visconde 2 2 Manhôce Real 15-Abr Lavandeira Hippyes FC 1 0 Reguenga Palhota ACD Nariz 0 4 Nadais Classificação P J V E D GM - GS Nadais 51 20 16 3 1 50 - 3 Reguenga Palhota 40 20 12 4 4 47 - 22 Hippyes FC 38 20 11 5 4 35 - 18 Lavandeira 36 19 10 6 3 26 - 12 ADRA Visconde 36 20 10 6 4 31 - 20 Rêgo 33 20 9 6 5 47 - 29 Real da Praça 24 19 6 6 7 33 - 31 Paraíso 19 19 5 4 10 15 - 33 Manhôce 15 20 2 9 9 18 - 36 Perrães 13 20 4 1 15 25 - 49 ACD Nariz 11 20 3 2 15 22 - 61 Real 10 19 2 4 13 18 - 53 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Perrães - Rêgo - 23/04 ADRA Visconde - Paraíso Real da Praça - Real Reguenga Palhota - Manhôce Lavandeira - ACD Nariz - 23/04 Nadais - Hippyes FC
/Fiães-S-C-178693365521658 “Conforme prometido, encontram-se a decorrer as obras para a construção da bancada do Campo de Treinos Sintético em colaboração com a Junta de Freguesia de Fiães” Continuam em curso as obras para a construção da bancada no Campo de Treinos do Fiães Sport Clube.
@visaomercado “Pedro Martins, treinador do Vitória, solicitou a dispensa de uma adepta do clube para que esta possa ir hoje a Chaves para o jogo da Taça” O timoneiro do Vitória Sport Clube, natural de Santa Maria da Feira, Pedro Martins, solicitou a dispensa do trabalho de uma feroz adepta do clube vimaranense para marcar presença no embate frente ao Chaves a contar para a Taça de Portugal.
/tenisdemesadelourosa “8 de Abril de 2017. Uma data que fica para a história do Lusitânia de Lourosa FC. Uma jovem equipa de ténis de mesa garantiu a subida” O Lusitânia de Lourosa, com uma equipa constituída por Leonardo Pereira (Cadete), Daniel Monteiro (Júnior) e Jorge Sá (Sénior) – orientados por António Rato –, garantiram a subida à Divisão de Honra do Campeonato Nacional de Equipas Seniores Masculinos.
11.ABR.2017
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FUTSAL
Lamas Futsal
2
CD Aves
3
Lusitânia Lourosa despromovido aos distritais Depois de perder no Pavilhão Municipal de Chaves, a formação lusitanista vê-se despromovida aos campeonatos distritais.
Pavilhão Comendador Henrique Amorim Árbitros: Ricardo Casal e Francisco Costa (AF Viseu)
LAMAS FUTSAL AVERBA SEGUNDA DERROTA CONSECUTIVA O Lamas Futsal perdeu na recepção ao Desportivo das Aves, líder da 2.ª Fase – Apuramento Campeão, Zona Norte (2-3). II NACIONAL O Lamas Futsal averbou a segunda derrota consecutiva na 2.ª Fase – Apuramento Subida, Zona Norte. Os lamacenses perderam na recepção ao Desp. Aves, líder isolado, em partida a contar para a 5.ª jornada. Numa grande partida de futsal, o equilíbrio foi a nota dominante. O Lamas começou melhor e inaugurou o marcador, por Cereja (5’). O Aves reagiu bem, foi crescendo de rendimento, e assumiu o jogo na segunda metade da 1.ª parte, chegando à igualdade, num penálti (contestado pelos lamacenses), apontado por Tiago Pinto (15’), resultado que se manteve até ao intervalo. A pausa fez bem ao Lamas, que entrou na 2.ª parte determinado a virar o resultado, criando várias situações de perigo. No entanto, foi o Aves a fazer o 2-1. Ainda assim, também de penálti, Kéké restabeleceu o empate (Zé Rui foi expulso na sequência do lance). O Aves acusou o golo, passou por dificuldades, mas o Lamas não aproveitou para dilatar a vantagem. Com o empate a persistir, resultado que colocaria o Lamas em maus lençóis no que respeitava à subida de divisão, Luís Alves arriscou o 5x4, mas foi o Aves a marcar, por Ismael. O empate seria o resultado mais justo. NC
Lamas Futsal: Nuno Couto; Vítor Amorim, Vitinha, Cereja, Gonçalo Suplentes: Leo; Rafael, Diogo Amorim, Zé Paulo, Kéké Treinador: Luís Alves CD Aves: Cláudio Carvalho; Mário Faria, Zé Rui, Alex, Ismael Suplentes: Mion; Rasteiro, Paulo Khan, Vitó, Tiago Pinto, Guedes, Fred Treinador: Hugo Oliveira
CAMPEONATO NACIONAL FEMININO A duas jornadas do fim já é conhecido o destino do Lusitânia de Lourosa. Era imprescindível vencer em Chaves para manter o sonho da manutenção vivo, mas, ao invés, a turma lusitanista saiu derrotada e vê-se agora despromovida aos campeonatos distritais. As caseiras assumiram o controlo do jogo e prontamente adiantaramse no marcador. As concelhias corrigiram aspectos tácticos menos conseguidos e reduziram antes do intervalo, por Sara Cruz. Na etapa complementar, foi a turma orientada por Zé Paulo Almeida a entrar melhor, atrás do prejuízo, mas pecou na finalização. Uma falha defensiva permitiu às flavienses aumentarem a vantagem. A arriscar no 5x4 o Lourosa acabou por consentir mais um golo. Com a soma dos três pontos, o Chaves alcança a manutenção e, ao invés, o Lourosa vê-se relegado. MB
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Vitinha (15’), Gonçalo (18’), Tiago Pinto (25’), Guedes (29’), Ismael (30’), Cereja (32’) e Kéké (34’). Cartão vermelho directo a Zé Rui (29’). Golos: Cereja (4’), Tiago Pinto (15’, g.p.), Guedes (25’), Kéké (29’, g.p.), Ismael (39’)
II DIVISÃO NACIONAL 2.ª Fase - Apuramento Subida - Zona Norte
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Resultados - 5.ª Jornada Lamas Futsal 2 3 CD Aves AM Granja 2 5 Caxinas Viseu 2001 6 5 Póvoa Futsal Classificação P J V E D GM CD Aves 13 5 4 1 0 20 Póvoa Futsal 8 5 2 2 1 17 Viseu 2001 7 5 2 1 2 15 Caxinas 6 5 2 0 3 13 Lamas Futsal 5 5 1 2 2 14 AM Granja 3 5 1 0 4 12 Próxima Jornada - 15 de Abril Póvoa Futsal - CD Aves Viseu 2001 - Caxinas AM Granja - Lamas Futsal, 17h30
GS 9 16 17 14 15 20
GD Chaves
4
Lus. Lourosa
1
Pavilhão Municipal de Chaves Árbitros: Hélder Leal (AF Porto) e Sérgio Arcas (AF Porto)
GD Chaves: Milene Carneiro; Ana Batista, Olga David, Ana Melo, Maria Pinto Suplentes: Jéssica Figueiras; Sara Marques, Rute Marques, Marlene Lopes, Catarina Silva, Raquel Matos, Carina Luís Treinador: Regina Seixas Lus. Lourosa: Andreia; Daniela, Madalena, Robalinho, Ju Suplentes: Marisa, Estela, Ticha, Pisca, Marta, Diana Cruz, Sara Cruz, Renata Treinador: Zé Paulo Almeida Acção disciplinar: Cartão amarelo a Ana Melo (23’) e Pisca (33’). Golos: Ana Melo (11’), Mariana Pinto (12’), Sara Cruz (18’), Ana Batista (31’), Marlene Lopes (38’)
I DIVISÃO NACIONAL 2.ª Fase - Manutenção/Descida - Zona Norte
1. 2. 3. 4.
Resultados - 4.ª Jornada GD Chaves 4 1 Lusitânia Lourosa Santa Luzia FC 3 1 Sp. Canidelo Classificação P J V E D GM - GS Santa Luzia FC 19 4 3 1 0 9 - 5 GD Chaves 13 4 2 0 2 15 - 11 Sp. Canidelo 6 4 1 1 2 10 - 16 Lusit. Lourosa 5 4 1 0 3 10 - 12 Penúltima Jornada - 15 de Abril Sp. Canidelo - GD Chaves Lusitânia de Lourosa - Santa Luzia FC,16h
FIÃES GOLEIA NO DUELO DE JUVENTUDES Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
I DISTRITAL A jornada 20 ficou marcada pelo dérbi concelhio entre Juventude Fiães e Juventude Canedo. Os fianenses levaram a melhor ao vencerem por uns expressivos 10-1. Este triunfo permite à formação de António Teixeira aproximar-se do quarto lugar. Estão agora a seis pontos do Arrifanense e Dínamo Sanjoanense. Juv. Fiães Juv. Canedo
10 1
Pavilhão da EB2/3 da Corga Gião Árbitros: João Dias
Mário Santiago e
Juv. Fiães: Cadete; Paulo Russo, Cafu, Bubu, Miguel Suplentes: Emídio, Tiaguinho, Mica, Maric, Mix Treinador: António Teixeira
Juv. Canedo: Hélder Conceição; Filipe Lemos, Rui Jorge, Pedro Castro, André Brito Suplentes: João Silva, João Loureiro, Paulinho, Luís Paiva, Gui Treinador: Augusto Costa Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Cafu (33’) e Maric (34’). Golos: Paulo Russo (9’; 27’), Cafu (10’; 24’), Maric (13’; 40’), Mix (17’; 35’), João Loureiro (17’), Emído (30’), Bubu (36’)
Os canedenses seguem últimos. Já o Arrifanense deslocou-se a Pindelo, Oliveira de Azeméis, onde goleou o PARC por 2-8. Triunfo que permite ao comandados de Joel Santos atingirem o pódio em igualdade pontual com o Dínamo. Dani, melhor marcador dos arrifanenses, voltou a ser a figura ao apontar um ‘hat-trick’.
Dérbi de Juventudes com o Fiães a sair vencedor. Os comandados de António Teixeira não tardaram em mostrar na quadra a teórica superioridade e prontamente colocaram-se na frente do marcador. Os canedenses tentaram reagir, mas não conseguiram suster o caudal ofensivo fianense. Ao intervalo, vantagem de 4-1 para os verdes e amarelos. Na etapa complementar, os esforços canedenses voltaram a não surtir efeito e a Juventude Fiães, de forma natural, ia aumentando a vantagem. Num verdadeiro ‘dia não’ para os pupilos de Augusto Costa, o placard acabou em goleada. Paulo Russo (9’ e 27’), Cafu (10’ e 24’), Maric (13’ e 40’), Mix (17’ e 35’), Emídio (30’) e Bubu (36’) fizeram os golos para a Juventude Fiães, tendo João Loureiro (17’) apontado o tento de honra.
PARC
2
Arrifanense
8
Pavilhão da PARC Pindelo Árbitros: Árbitros: Luís Costa e Vítor Alves PARC: Miguel; Hermínio, Álvaro, Daniel, Diogo Suplentes: Ricardo, João Pedro, Marco Daniel, Joel André, Tiago Alexandre, Jorge Rafael, Tiago Miguel Treinador: António Nunes Arrifanense: Marco Leite; Olho, Dani, André Sousa, Sílvio Suplentes: Pedro Guimarães, Rúben; Becas, Luís Cruz, Miguel, Dioguinho Treinador: Joel Santos Acção Disciplinar: Cartão amarelo a João Pedro e Joel André. Golos: Marco Daniel, Tiago Miguel; Dani (3), Pedro Guimarães, Olho, André Sousa, Miguel, Dioguinho
Em Pindelo, Oliveira de Azeméis, os locais tentaram equilibrar a partida frente a um Arrifanense pouco perdulário. Os comandados de Joel Santos superiorizaram-se aos pupilos de António Nunes e chegaram à vantagem com tranquilidade. O grande destaque vai, mais uma vez, para o artilheiro Dani que apontou um ‘hat-trick’. Pedro Guimarães, Olho, André Sousa e Miguel apontaram os restantes tentos dos concelhios. Para o PARC, Marco Daniel e Tiago Miguel fizeram o gosto ao pé. Com este triunfo, e aproveitando o empate a quatro entre Dínamo Sanjoanense e Arouca, o Arrifanse ascende ao terceiro lugar em igualdade pontual com os sanjoanenses. Na próxima jornada, o Arrifana recebe a traiçoeira formação do Esgueira que já roubou pontos ao líder Silvalde.
I DIVISÃO DISTRITAL
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Resultados - 21.ª Jornada ARCA 4 1 Atlético do Luso 6 Sp. Silvalde ADREP 0 2 ACD Azagães CP Esgueira 1 PARC 2 8 CD Arrifanense Juventude Fiães 10 1 Juventude Canedo Din. Sanjoanense 4 4 FC Arouca ADC Bairros 0 4 Covão do Lobo Classificação P J V E D GM - GS Sp. Silvalde 52 21 17 1 3 110 - 54 Covão do Lobo 51 21 16 3 2 93 - 46 CD Arrifanense 43 21 13 4 4 114 - 61 D. Sanjoanense 43 21 13 4 4 9 0 - 65 Juventude Fiães 37 21 11 4 6 86 - 68 ACD Azagães 33 21 10 3 8 78 - 58 FC Arouca 30 21 93 977 - 65 ARCA 28 20 8 4 8 68 - 81 CP Esgueira 26 21 7 5 9 55 - 68 PARC 21 20 6 3 11 57 - 71 ADREP 19 21 5 4 12 48 - 81 Atlético do Luso 16 21 5 1 15 62 - 98 ADC Bairros 15 21 4 3 14 54 - 85 Juvent. Canedo 3 21 1 0 20 24 - 115 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Sp. Silvalde - Atlético do Luso ACD Azagães - ADREP CD Arrifanense - CP Esgueira,17h Juventude de Canedo - PARC, 17h45 FC Arouca - Juventude de Fiães - 23/04, 18h Covão do Lobo - Dinamo Sanjoanense ADC Bairros - ARCA
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11.ABR.2017
Modalidades
desportivo de Fiães reprova em Coimbra
afinal a descida é possível! Carlos Fontes
CCLamas de aLto níveL nos Campeonatos naCionais NATAÇÃO Decorreu nos passados dias 30, 31 de Março e 1 e 2 de Abril, no Complexo Olímpico de Piscinas de Coimbra, o Campeonato Nacional de Juvenis, Juniores e Seniores. Estiveram presentes 668 nadadores (339 masculinos e 329 femininos) em representação de 108 Clubes. O Clube Colégio de Lamas fez-se representar por quatro nadadores masculinos (Alexandre Amorim, Simão Capitão, Tiago Barbosa e Xavier Cerdeirinha) e duas nadadoras femininas (Maria Peres e Matilde Domingues), com representação técnica de Telmo Santos e Paulo Ferreira. Alexandre Amorim alcançou dois títulos de vice-campeão nacional Júnior nas provas de 50 Bruços e 100 Bruços e um quinto lugar Júnior aos 200 bruços. Obteu também três recordes do clube Júnior e Absoluto nas provas de 100, 200 bruços e 200 estilos. Nas provas de 50 e 100 bruços realizou as duas melhores marcas nacionais Juniores do ano tendo ganho a final B em ambas, apesar de ter realizado as melhores marcas não se sagrou campeão nacional devido às regras do regulamento que impossibilitam que um nadador presente na final B ganhe a outro do mesmo escalão que se tenha apurado para a final A. Realçar também que na prova de 100 bruços o atleta encontra-se agora a menos de 1 segundo do mínimo de acesso ao Campeonato Europeu de Juniores. Simão Capitão voltou a aproximar-se das suas
marcas que já lhe possibilitaram ser Campeão Nacional no passado nas provas de 50 e 100 bruços tendo apurando-se, em ambas, para a final A e inclusive obtido um terceiro lugar na prova dos 50 bruços na Categoria Sénior e Absolutos. Na prova dos 100 bruços, Simão conquistou o nono lugar nacional; Matilde Domingues, no escalão Juvenil B, ficou às portas do pódio nacional na prova dos 100 mariposa tendo conquistado o quarto lugar e aos 100 bruços ficou também muito perto tendo-se quedado pelo sexto lugar nacional. Não menos importante, a atleta obteu um novo recorde do clube absoluto na prova dos 200 estilos; Tiago Barbosa, do escalão Júnior, apurou-se para a final B nas provas de 50 e 100 bruços tendo realizado recorde pessoal e sétimo lugar nacional em ambas as provas; Xavier Cerdeirinha, também do escalão Juvenil B, obteu o nono lugar nacional nos 100 bruços e o décimo lugar nacional nos 200 bruços tendo também obtido novo recorde pessoal em ambas as provas; Maria Peres, do escalão Juvenil A, não chegou a esta prova nas melhores condições e obteu apenas o 32º lugar nacional. Findados estes Campeonatos, o saldo geral é positivo, pois os atletas do CCLamas conseguiram três pódios nacionais, quatro novos recordes do clube absolutos e nove recordes pessoais.
antiga direCção do Cd Fiães responde… à aCtuaL VOLEIBOL Na semana transacta, a actual direcção do Clube Desportivo Fiães, encabeçada por Álvaro Mota, emitiu um comunicado a justificar a não inscrição do plantel júnior nos campeonatos nacionais, apontando o dedo à anterior direcção. Esta, que contava com Jorge Magalhães como presidente, já respondeu, acusando os actuais dirigentes fianenses de “jantar e gastar” uma quantia pertencente ao clube, originária da secção de BTT, também ela anteriormente dirigida por Álvaro Mota. A direcção cessante, dirigida por Jorge Magalhães, assinou um comunicado afirmando que os actuais dirigentes não podem “tomar decisões de não inscrever uma equipa num campeonato nacional sem primeiro ouvir quem de direito, seja pais e jogadores”. “Estamos a falar da prova mais importante do voleibol disputada a nível nacional. Trata-se de uma equipa júnior masculina cujo percurso a nível da formação está a terminar”, lê-se. Seguidamente, a anterior direcção demarca-se das acusações da actual que afirmou ter encontrado o clube “numa situação financeira débil”. “Acusam a direcção cessante de ter deixado dívidas. Esta é uma
acusação muito grave e que põe em causa o bom nome de todos os elementos que dela fizeram parte. Quando a actual direcção tomou posse, já todas as inscrições da época 2016/2017 estavam feitas, quer do clube, jogadores e equipas. Inscrições essas que seriam pagas no decorrer da época. Os ordenados de Setembro também estavam pagos. Ficaram em caixa cerca de dois mil euros, mais o valor das inscrições da época anterior e o valor do protocolo da Câmara que pertencia à direcção cessante, que perfazia um valor de cerca de 14 500 euros. A dívida que existia a um ex-presidente, já existia muito antes de esta direcção tomar posse”, contrapuseram. Assim, a direcção cessante acusa a actual de “não ter visão na angariação de patrocínios para o clube” e continua a criticar. “A actual direcção já tinha estado no clube com a secção de BTT que durou cerca de um ano e meio e quando apresentou as contas numa folha A4, havia uma quantia que restaria e que teria de ser entregue ao clube, mas acharam por bem irem jantar e gastar a mesma quantia”, acusam.
VOLEIBOL A equipa sénior do Desportivo de Fiães perdeu em Coimbra frente à Académica, por 3-1 (2025,25-21, 25-16 e 25-19), e com essa derrota agrava cada vez mais a sua situação na tabela classificativa do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão (Série dos Últimos). A formação fianense, que desta vez apresentou oito jogadores, começou bem, vencendo categoricamente o primeiro parcial, mas os estudantes, agora reforçados com três novos jogadores, reagiram e triunfaram nos três seguintes com alguma facilidade. Esta derrota, e contrariamente ao que havia sido noticiado, que apontava para não haver descidas esta temporada, pode comprometer a presença da equipa de Fiães no escalão secundário. A duas jornadas do final do campeonato, resta ao C.D. de Fiães vencer pelo menos um jogo e esperar que o C.V. de Lisboa, que recebe os fianenses na última jornada, não triunfe em nenhum. “Estivemos mal. A equipa da Académica está reforçada e foi mais forte. Milagres não é comigo. Desde que cheguei ao clube apenas prometi trabalho. É o que tenho feito”, garante, o professor Fernando Luís, técnico da equipa. Na próxima quinta-feira (20,45h) o Desportivo de Fiães recebe no seu pavilhão o Famalicense. Na Série dos Primeiros, o Vilacondense venceu (3-2) o Nacional de Ginástica e já assegurou a presença na final do campeonato, na qual vai disputar com o Clube K, dos Açores, o acesso à 1.ª Divisão. Nos outros jogos, o C.V. de Espinho perdeu em Oeiras (3-0), enquanto a A.J. Moreira foi derrotada (2-3) pelo Ginásio de Santo Tirso.
Distrações...ou falta de memória
A direção do C.D. Fiães emitiu um comunicado, publicado neste semanário, em que justificava a não inscrição da equipa júnior no campeonato nacional da categoria. Lamentava-se da situação financeira em que encontrara o clube, aquando a sua tomada de posse. Esqueceu-se que os seus elementos tinham aprovado as contas--por sinal contas que indicavam uma excelente gestão -- e, mais ainda, tinham aprovado um voto de louvor aos dirigentes que os antecederam. Lamentam, ainda, os atuais dirigentes, que algumas “pessoas que já ocuparam cargos diretivos, promovam a desconfiança e insegurança através de factos noticiosos deturpados”. Desconfiança e segurança é, sem dúvida, o sentimento que reina neste momento no clube. Basta falar com atletas, treinadores, pais dos atletas e, em suma, com os associados, que sentem como ninguém a situação de um clube com uma grande história no voleibol nacional.
fotolegenda
FOTOLEGENDA Carlos Petiz, ciclista da Moreira Congelados/Feira/Bicicletas Andrade, participou no domingo, 9 de Abril, no Prix de Fleurreville, em Varennes Vauzelles, França, tendo alcançado o 10.º lugar.
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MODALIDADES
Carlos Brito e Diogo gomes em Bom plano no europeu suB-21 TAEKWONDO Os atletas Carlos Brito e Diogo Gomes, do Clube Fúrio de Canedo, exibiramse em bom plano e alcançaram o nono lugar na estreia em campeonatos da Europa, nas duas categorias mais fortes da prova e com mais atletas, 38 e 42 respetivamente. Carlos Brito ganhou dois combates, o primeiro frente à Suécia por 15-4, e o segundo
por 11-2, perdendo contra o atleta da Alemanha por 13-18, que viria a ficar em terceiro lugar, alcançado assim o 9.º lugar. Diogo Gomes ganhou o primeiro combate contra o atleta do Kosovo por 10-9, perdendo de seguida com o atleta da Hungria no ponto de ouro, alcançando assim também o 9.º lugar na categoria.
s. paio De oleiros perDe em gaia ANDEBOL No Municipal das Pedras, o FC Gaia recebeu e venceu o S. Paio Oleiros por 32-22. Os parciais alcançados na primeira parte pelos gaienses praticamente garantiram a vitória no jogo. A jogarem um andebol maduro e no ritmo que se sentem confortáveis no ataque (não muito elevado nas transições atacantes, mas velozes a circularem a bola), e com um tipo de defesa que conseguiu limitar a acção dos atacantes na zona das pontas, o FC Gaia dominou claramente a 1.ª parte que terminou com 18-8. O S. Paio Oleiros tinha dificuldades em
encontrar soluções eficazes no ataque e na defesa a coesão do bloco defensivo estava a ter brechas que normalmente não existem. Com o inicio da segunda parte a ser um continuar da tendência do jogo o FC Gaia aumentava para 14 a vantagem, mas perdeu o controlo que tinha da velocidade de jogo. O jogo tornou-se mais rápido e o S. Paio de Oleiros, que preferencialmente se sente confortável nestes ritmos, nesta fase conseguiu melhorar o seu jogo com o pivot e deu equilíbrio ao parcial da segunda parte (14-14).
Feirense não foi feliz no regresso à cidade dos estudantes ANDEBOL Em jogo da quinta ronda da fase de subida à 2ª divisão nacional de seniores masculinos, a formação do Feirense viajou até Coimbra, por inversão de jornada, pois o encontro frente à Académica estava inicialmente marcado para o pavilhão da Lavandeira. Os azuis não conseguiram vencer e complicaram as contas da subida (29-25). Sob o comando de Manuel Gregório, a jovem formação azul apresentou-se consciente que a vitória era o único resultado que pretendiam levar de Coimbra, mas não entraram bem no jogo e a formação da casa conquistou uma vantagem confortável durante os primeiros 30 minutos de quatro golos (14-10). Depois do intervalo o Feirense surgiu bem melhor, retificou posições e ainda ameaçou a Académica que acabou por conseguir segurar um triunfo importante que coloca a formação de Coimbra na corrida e compromete as aspirações fogaceiras. Pelo CD Feirense alinharam e marcaram: Marcelo, Cardoso (5), Nuno Reis, Miguel Borges (2), Fábio (6), Miguel Costa (1), Pedro Capitão, Tó-Zé (1), Mário (2), Ivo Ferreira (5), Nuno Alves (3), Tiago Leite e Rui Leite. Treinador: Manuel Gregório. Pub.
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MODALIDADES
Juniores do ac Feira Fecham nacional com vitória HÓQUEI PATINS O Académico da Feira venceu o dérbi distrital, em casa, com o Cucujães com uma bela exibição e fixou-se no 4.º lugar da sua série do Nacional. O Ac. Feira alinhou com Tiago Duarte, Bernardo Santos (4 golos), Álvaro Leite (3 golos), João Pereira e Francisco Maia (2 golos), no cinco inicial. Suplentes: Leandro Trindade (1 golo), Tiago Penedos, Luís Pereira, Diogo Ferreira e Pedro Pinho. A Sanjoanense terminou a série em primeiro e apurou-se, juntamente com o Infante Sagres (segundo classificado), para a segunda fase.
Torneio Internacional da Páscoa do Académico da Feira
O Clube Académico da Feira, a Federação de Inglaterra de Roller Hockey e a Câmara Municipal da Feira vão organizar mais uma edição do Torneio Internacional de Páscoa de hóquei em patins, nos próximos dias 13, 14 e 15 de Abril, no Pavilhão da Lavandeira. O Torneio tem a participação de 24 equipas distribuídas pelos escalões de Benjamins, Escolares, Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores. O Torneio vai também homenagear o saudoso António Ferreira Lino, presidente do Clube Académico da Feira no período de 1991 a 1993.
segundo torneio de Primavera no cincork Inserido nas atividades do Dia do Ensino Profissional, que se celebrou no passado dia 3 abril, decorreu no recinto desportivo do Cincork, o 2.º Torneio de Primavera em futebol de cinco, dando sequência ao desenvolvimento e dinamização de projetos de elevado interesse pedagógico que o Cincork tem vindo a levar a cabo. A 2.ª edição deste torneio contou com quatro equipas representativas de ações de formação nas modalidades de Aprendizagem (Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica (0115TMI e 0116TMI)) e Educação e Formação de Adultos (Técnico/a Industrial
de Rolas de Cortiça (Dupla Certificação – 0117TIR e Profissional – 0217TIR). Refira-se que durante o torneio foi utilizada, mais uma vez, a bola de futebol em cortiça natural, gentilmente cedida pela SEDACOR - JPS Cork Group, responsável pelo desenvolvimento deste produto. Esta foi uma oportunidade para a comunidade formativa do Cincork contactar mais de perto com este novo produto e poder aferir o enorme potencial que a matéria-prima cortiça mantém quer na fabricação de produtos tradicionais quer no desenvolvimento de novas aplicações.
caF titulado em coimbra TÉNIS Foram longos os três dias de competição para os nove atletas (Ana Giro, Catarina Godinho, Joana Sousa, Luísa Baptista, Maria Vilaça, Vasco Cayolla, Carlos Esteves, Francisco Tavares e Afonso Correia) do Clube Ténis da Feira – CTF, que estiveram em prova nos Torneios I e II da Páscoa, nas mais variadas vertentes: Singulares Masculinos, Singulares Femininos, Pares Masculinos, Pares Femininos e Pares Mistos nos escalões de Sub-14, Sub-16 e Sub-18, realizados no Clube Ténis de Coimbra entre os dias 5 a 7 de Abril. Num Torneio que contou com a presença de 90 atletas dos mais variados pontos do país, foi em Sub-18 Feminino, Sub-18 Pares Mistos e Sub-16 Pares Femininos que o CTF esteve em destaque. Em Sub-18 Feminino o CTF conseguiu colocar três atletas nas meias-finais,
Joana Sousa, Catarina Godinho e Ana Giro, esta última que veio a conseguir conquistar o titulo de vice-campeã do Torneio na vertente singulares femininos depois de perder na final com a Bárbara Castro do CT Coimbra. Nos singulares masculinos, destaque para o Francisco Tavares que conseguiu chegar aos quartos-finais depois de derrotar Rodrigo Mendes do CT Coimbra por 0/6, 7/5, 7/6(4). Ainda nesta prova, Afonso Correia e Carlos Esteves não conseguiram passar a primeira ronda. Em Sub-14, Vasco Cayolla conseguiu chegar também aos quartos-finais do torneio derrotando Duarte Palmares do CT Estoril. Ainda no escalão Sub-18, em pares mistos, Catarina Godinho, que fez par com Armando Júnior do CT Coimbra, sagrou-se vice-campeã do Torneio.
Xii copa internacional cidade da corunha TAEKWONDO O Clube Taekwondo Lince participou na XII Copa Internacional Cidade da Corunha, disputada no sábado, prova com cerca de 550 atletas inscritos, com excelente organização e um espaço excelente para a prática desportiva.
Os linces apresentaram-se em prova com nove atletas inscritos, sete foram medalhados, com cinco bronzes, uma prata e um ouro. Dada a dimensão da prova os atletas concelhios tiveram que realizar vários combates, para conseguirem atingir tais objetivos.
CLASSIFICAÇÕES CPP CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO Manutenção/Descida - Série C
Resultados - 9.ª Jornada Sp. Coimbrões 2 1 Acad. Coimbra 0 AD Sanjoanense AD Nogueirense 1 1 CD Cinfães UD Sousense 1 GD Tourizense 3 1 FC Pampilhosa Classificação P J V E D GM - GS AD Sanjoanense 27 9 6 1 2 14 - 8 AD Nogueirense 25 9 6 2 1 10 - 4 CD Cinfães 25 9 5 3 1 10 - 10 Sp. Coimbrões 17 9 3 0 6 10 - 10 UD Sousense 15 9 2 3 4 7 - 10 GD Tourizense 15 9 3 1 5 12 - 15 FC Pampilhosa 15 9 3 2 4 8 - 13 Acad. Coimbra 7 9 1 2 6 8 - 13 Próxima Jornada - 15 de Abril AD Sanjoanense - CD Cinfães Sp. Coimbrões . UD Sousense FC Pampilhosa - AD Nogueirense Académica de Coimbra - GD Tourizense
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
JUNIORES DISTRITAL DE JUNIORES I Divisão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
Resultados - 27.ª Jornada Águeda 14-Abr Calvão Sp. Espinho 11 1 Cucujães 1 Fiães Vista Alegre 1 Paivense 1 1 Argoncilhe Estarreja 2 3 Lusitânia Lourosa Avanca 3 0 Alba Feirense 5 0 Arrifanense 2 Oliveira do Bairro Uniaõ de Lamas 2 Gafanha 1 0 São João de Ver Classificação P J V E D GM - GS Gafanha 71 27 23 2 2 85 - 15 Feirense 68 27 22 2 3 99 - 27 Sp. Espinho 67 27 22 1 4 81 - 25 Águeda 51 26 16 3 7 54 - 30 Oliveira do Bairro 43 27 12 7 8 49 - 42 Fiães 41 27 12 5 10 60 - 46 Estarreja 40 27 11 7 9 56 - 49 União de Lamas 39 27 12 3 12 56 - 64 Calvão 38 26 11 5 10 49 - 58 Lusit. Lourosa 37 27 11 4 12 36 - 34 Alba 36 27 11 3 13 52 - 58 Avanca 34 27 8 10 9 32 - 29 Paivense 31 27 8 7 12 28 - 33 São João de Ver 28 27 7 7 13 40 - 45 Cucujães 21 27 6 3 18 31 - 80 Argoncilhe 15 27 3 6 18 17 - 79 Vista e Alegr 14 27 3 5 19 22 - 72 Arrifanense 11 27 3 2 22 19 - 80 Próxima Jornada - 22 de Abril Cucujães - Calvão Fiães - Sp. Espinho Argoncilhe - Vista Alegre Lusitânia de Lourosa - Paivense Alba - Estarreja Arrifanense - Avanca Oliveira do Bairro - Feirense São João de Ver - União de Lamas Gafanha - Águeda
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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
Resultados - 25.ª Jornada Macieirense 6 1 Válega Milheiroense 25-Abr AD Sanjoanense 5 Cucujães Unidos de Rossas 3 Feirense 12 1 Mosteirô F. C. Cesarense 3 1 Valecambrense Vilamaiorense 6 1 Arrifanense Tarei 3 1 Ovarense Folgou São Vicente Pereira Classificação P J V E D GM - GS Feirense 67 24 22 1 1 186 - 13 Macieirense 54 23 17 3 3 97 - 32 Cesarense 53 24 17 2 5 75 - 25 Cucujães 48 23 14 6 3 60 - 31 AD Sanjoanense 43 22 13 4 5 71 - 29 São Vic. Pereira 41 23 12 5 6 55 - 40 Unidos Rossas 37 24 12 1 11 51 - 68 Valecambrense 33 23 9 6 8 38 - 47 Arrifanense 29 23 8 5 10 51 - 46 Vilamaiorense 28 24 9 1 14 35 - 68 Ovarense 18 23 5 3 15 31 - 81 Válega 15 23 4 3 16 33 - 110 Milheiroense 14 23 4 2 17 19 - 79 Tarei 9 23 1 6 16 21 - 66 Mosteirô F. C. 7 23 1 4 18 16 - 104 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril AD Sanjoanense - Válega - 22/04 Cucujães - Milheiroense Mosteirô F. C. - Unidos de Rossas Valecambrense - Feirense Arrifanense - Cesarense Ovarense - São Vicente Pereira Tarei - Macieirense Folga Vilamaiorense
Resultados - 25.ª Jornada Arrifanense 4 3 S. M. Murtoense 10 Gafanha NEGE 0 1 C. Benfica Aveiro Vista Alegre 1 Loureiro 2 1 Avanca Pessegueirense 1 1 Bom-Sucesso Soutelo 2 0 Macinhatense Taboeira 13 0 Oliveirinha 0 Valonguense Mouriquense 1 Classificação P J V E D GM - GS Gafanha 69 25 23 0 2 99 - 13 Taboeira 67 25 22 1 2 142 - 16 Soutelo 60 25 20 0 5 71 - 22 Mourisquense 57 25 18 3 4 92 - 19 Loureiro 52 24 17 1 6 103 - 36 Avanca 46 25 15 1 9 75 - 36 Vista Alegre 45 25 14 3 8 61 - 44 Macinhatense 34 25 11 1 13 41 - 68 Oliveirinha 28 24 9 1 14 50 - 56 Casa B. Aveiro 28 25 9 1 15 35 - 55 Pessegueirense 28 25 8 4 13 29 - 56 Bom-Sucesso 24 25 7 3 15 49 - 85 NEGE 15 25 5 0 20 29 - 108 Valonguense 13 25 4 1 20 16 - 59 S. M. Murtoense 13 25 4 1 20 32 - 114 Arrifanense 4 23 1 1 21 16 - 153 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Gafanha - S. M. Murtoense Casa Benfica em Aveiro - NEGE Avanca - Vista Alegre - 22/04 Bom-Sucesso - Loureiro Macinhatense - Pessegueirense Oliveirinha - Soutelo Valonguense - Taboeira Mourisquense - Arrifanense
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
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Resultados - 21.ª Jornada Sanguedo 1 1 Tarei Fiães 10 1 Cesarense Arrifanense 7 0 AD Sanjoanense Unidos de Rossas 2 10 Sp. Espinho Feirense 8 0 Milheiroense Vilamaiorense 0 2 Carregosense Mosteirô F. C. 1 2 Arada Classificação P J V E D GM - GS Feirense 55 21 18 1 2 104 - 15 Arrifanense 53 21 17 2 2 84 - 13 Sp. Espinho 53 21 17 2 2 79 - 18 Fiães 47 21 15 2 4 84 - 23 Carregosense 42 21 13 3 5 34 - 26 Milheiroense 30 21 9 3 9 43 - 38 Unidos de Rossas 28 21 8 4 9 41 - 55 AD Sanjoanense 27 21 8 3 10 35 - 45 Arada 25 21 7 4 10 27 - 40 Vilamaiorense 19 21 5 4 12 25 - 54 Mosteirô F. C. 17 21 5 2 14 30 - 51 Cesarense 12 21 3 3 15 17 - 84 Tarei 9 21 2 3 16 14 - 80 Sanguedo 5 21 1 2 18 9 - 84 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Cesarense - Tarei - 22/04 AD Sanjoanense - Fiães Sp. Espinho -Arrifanense Milheiroense - Unidos de Rossas Carregosense - Feirense Arada - Vilamaiorense Mosteirô F. C. - Sanguedo
DISTRITAL DE INICIADOS II Divisão - Série C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
Resultados - 21.ª Jornada Arrifanense 5 0 Cesarense Estarreja 1 0 Avanca Cucujães 2 0 S. Vicente Pereira AD Sanjoanense 7 1 Ovarense Folgaram Valecambrense, Oliveirense e Loureiro Classificação P J V E D GM - GS AD Sanjoanense 39 16 12 3 1 58 - 13 Cucujães 38 17 12 2 3 56 - 19 Oliveirense 29 15 8 5 2 57 - 19 Valecambrense 23 15 7 2 6 50 - 31 Avanca 22 15 7 1 7 35 - 23 Estarreja 21 16 5 6 5 49 - 29 São Vic. Pereira 21 15 6 3 6 41 - 27 Loureiro 21 16 6 3 7 38 - 39 Arrifanense 14 15 4 2 9 28 - 37 Ovarense 13 15 3 4 8 24 - 33 Cesarense 1 17 0 1 16 3 - 169 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Cesarense - Valecambrense Avanca - Arrifanense - 22/04 São Vicente Pereira - Estarreja Ovarense - Cucujães - 22/04 Oliveirense - AD Sanjoanense Folga Loureiro
INFANTIS
DISTRITAL DE INICIADOS I Divisão
Resultados - 27.ª Jornada Taboeira 9 0 Mealhada 2 Arouca AD Sanjoanense 4 1 Anta Gafanha 5 Anadia 2 0 Águeda Oliveirense 1 0 Estarreja Paços de Brandão 0 4 Cesarense Vaguense 0 1 Feirense 1 0 Oliveira do Bairro União de Lamas Mourisquense 3 1 Lusitânia Lourosa Classificação P J V E D GM - GS Oliveirense 71 27 23 2 2 95 - 9 AD Sanjoanense 60 27 18 6 3 60 - 22 Mourisquense 59 27 18 5 4 64 - 27 Lusit. Lourosa 51 27 15 6 6 46 - 20 Feirense 47 27 13 8 6 58 - 27 Anta 44 6 2 14 2 10 39 - 35 Anadia 42 27 13 3 11 55 - 44 Águeda 39 27 11 6 10 34 - 35 Gafanha 37 27 11 4 12 49 - 38 Taboeira 36 27 10 6 11 56 - 38 União de Lamas 36 27 11 3 13 38 - 34 Cesarense 36 27 11 3 13 38 - 40 Vaguense 35 27 10 5 12 39 - 43 Estarreja 34 27 10 4 13 37 - 36 Arouca 29 27 9 2 16 56 - 6 8 Oliveira do Bairro 28 27 7 7 13 26 - 38 Paços Brandão 6 26 2 0 24 17 - 103 Mealhada 0 27 0 0 27 7 - 157 Próxima Jornada - 23 de Abril Arouca - Mealhada Anta - AD Sanjoanense Águeda - Gafanha Estarreja - Anadia Cesarense - Oliveirense Feirense - Paços de Brandão Oliveira do Bairro - Vaguense Lusitânia de Lourosa - União de Lamas Mourisquense - Taboeira
Resultados - 21.ª Jornada União de Lamas 0 3 Lusitânia Lourosa Argoncilhe 0 4 Vilamaiorense Paivense 6 0 Esc. Rui Dolores Canedo 0 2 São João de Ver Sp. Espinho 2 1 Sanguedo CRC Vale 5 0 Anta Cortegaça 5 1 Fiães Classificação P J V E D GM - GS Cortegaça 53 21 17 2 2 78 - 19 Paivense 51 21 16 3 2 47 - 11 Sanguedo 46 21 15 1 5 88 - 30 Lusit. Lourosa 45 20 15 0 5 61 - 23 S. João de Ver 45 21 15 0 6 56 - 26 Vilamaiorense 40 21 13 1 7 57 - 35 Sp. Espinho 39 21 13 0 8 61 - 30 CRC Vale 23 21 7 2 12 40 - 39 Canedo 20 21 6 2 13 27 - 41 Fiães 19 20 6 1 13 27 - 59 Esc. Rui Dolores 19 21 6 1 14 19 - 88 Anta 13 21 3 4 14 25 - 58 União de Lamas 9 21 2 3 16 17 - 67 Argoncilhe 5 21 1 2 18 5 - 82 Próxima Jornada - 23 de Abril Vilamaiorense - Lusitânia de Lourosa Escolinha Rui Dolores - Argoncilhe São João de Ver - Paivense Sanguedo - Canedo Anta - Sp. Espinho Fiães - CRC Vale Cortegaça - União de Lamas
DISTRITAL DE INICIADOS II Divisão - Série B
INICIADOS
DISTRITAL DE JUVENIS I Divisão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
DISTRITAL DE JUVENIS II Divisão - Série C
JUVENIS
Resultados - 27.ª Jornada Sp. Espinho 4 0 Estarreja 2 AD Sanjoanense Anta 0 Arouca 1 1 Mealhada Feirense 7 0 Águeda Cesarense 4 2 Avanca Beira-Mar 2 1 Oliveirense Fiães 0 3 Alba União de Lamas 1 0 Anadia Gafanha 6 1 Lusitânia Lourosa Classificação P J V E D GM - GS Feirense 77 27 25 2 0 105 - 14 Cesarense 71 27 23 2 2 80 - 14 Gafanha 61 27 19 4 4 84 - 23 Avanca 47 27 14 5 8 52 - 5 0 Sp. Espinho 46 27 13 7 7 53 - 40 Anadia 54 27 14 3 10 42 - 28 AD Sanjoanense 39 27 11 6 10 38 - 32 União de Lamas 38 27 11 5 11 35 - 35 Oliveirense 33 27 9 6 12 41 - 48 Alba 33 27 10 3 14 42 - 57 Beira Mar 33 27 9 6 12 24 - 49 Lusit. Lourosa 30 27 8 6 13 34 - 57 Águeda 28 27 7 7 13 31 - 5 0 Arouca 28 27 7 7 13 30 - 5 0 Mealhada 24 27 7 3 17 30 - 67 Anta 22 27 6 4 17 27 - 52 Fiães 21 27 6 3 18 18 - 60 Estarreja 12 27 2 6 19 16 - 5 6 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril AD Sanjoanense - Estarreja Mealhada - Anta Águeda - Arouca - 22/04 Avanca - Feirense Oliveirense - Cesarense - 22/04 Alba - Beira Mar Anadia - Fiães Lusitânia de Lourosa - União de Lamas Gafanha - Sp. Espinho - 22/04
Resultados - 25.ª Jornada Rio Meão 3 9 Fermedo 0 Anta Canedo 1 2 4 Paços de Brandão Lusitânia Lourosa Fiães 13-Abr Sp. Espinho Esmoriz 0 4 Sanguedo São João de Ver 5 1 Vilamaiorense Paivense 2 1 Paramos 1 Argoncilhe União de Lamas 3 Classificação P J V E D GM - GS Fiães 62 24 20 2 2 91 - 21 Paços Brandão 58 25 18 4 3 70 - 28 Paivense 57 25 18 3 4 69 - 21 Argoncilhe 54 25 17 3 5 90 - 29 São João de Ver 53 25 17 2 6 78 - 28 Paramos 49 25 15 4 6 59 - 30 Sp. Espinho 41 23 13 2 8 67 - 40 Canedo 39 25 12 3 10 69 - 66 Sanguedo 30 25 8 6 11 55 - 58 União de Lamas 26 25 7 5 13 43 - 43 Anta 25 24 7 4 13 52 - 68 Fermedo 24 25 7 3 15 49 - 77 Vilamaiorense 20 25 6 2 17 42 - 71 Esmoriz 13 24 3 4 17 19 - 85 Lusit. Lourosa 12 25 3 3 19 24 - 87 Rio Meão 2 24 0 2 22 11 - 136 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Anta - Fermedo Paços de Brandão - Canedo Sp. Espinho -Lusitânia de Lourosa - 22/04 Sanguedo - Fiães Vilamaiorense - Esmoriz Paramos - São João de Ver - 22/04 Argoncilhe - Paivense União de Lamas - Rio Meão - 22/04
DISTRITAL DE JUVENIS II Divisão - Série B
DISTRITAL DE JUNIORES II Divisão - Série A
Resultados - 24.ª Jornada Cesarense 5 0 Canedo São Martinho 25-Abr Rio Meão Fermedo 2 2 Milheiroense Relâmpago Nogueir. 25-Abr Paços de Brandão Carregosense 0 3 Esmoriz Anta 1 2 S. Vicente Pereira Folgaram Mosteirô F. C. e Tarei Classificação P J V E D GM - GS 1. Cesarense 56 20 18 2 0 114 - 14 2. Tarei 47 20 14 5 1 54 - 13 3. Canedo 40 20 12 4 4 63 - 27 4. Paços Brandão 37 20 11 4 5 48 - 33 5. Anta 35 22 11 2 9 54 - 50 6. Carregosense 34 22 10 4 8 55 - 39 7. Milheiroense 31 20 8 7 5 45 - 35 8. São Vic. Pereira 30 21 9 3 9 41 - 32 9. Fermedo 27 19 8 3 8 50 - 39 10. Mosteirô F. C. 16 18 5 1 12 18 - 63 11. Esmoriz 15 20 4 3 13 38 - 66 12. São Martinho 14 19 3 5 11 31 - 58 13. Rio Meão 10 18 2 4 12 20 - 53 14. Relâmpago Nog. 1 19 0 1 18 5 - 114 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril São Vicente Pereira - Cesarense Canedo - São Martinho Rio Meão - Fermedo Milheiroense - Mosteirô F. C. Paços de Brandão - Tarei Esmoriz - Anta - 23/04 Folgam Relâmpago Nogueirense e
DISTRITAL DE INICIADOS II Divisão - Série A
DISTRITAL DE JUVENIS II Divisão - Série A
INFANTIS A - Grupo 1 - Premium
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 7.ª Jornada Lusitânia Lourosa 2 2 Fiães 1 Oliveira do Bairro Anadia 3 4 Feirense Oliveirense 0 Gafanha 1 3 Taboeira Classificação P J V E D GM - GS Feirense 16 7 5 1 1 23 - 4 Taboeira 14 7 4 2 1 16 - 8 Anadia 14 7 4 2 1 16 - 10 Fiães 13 7 4 1 2 14 - 13 Oliveirense 9 7 3 0 4 11 - 12 Gafanha 9 7 3 0 4 13 - 17 Oliveira do Bairro 2 7 0 2 5 8 - 22 Lusit. Lourosa 2 7 0 2 5 9 - 24 Próxima Jornada - 22 de Abril Fiães - Oliveira do Bairro Anadia - Feirense Oliveirense - Taboeira Lusitânia de Lourosa - Gafanha
INFANTIS A - Grupo 1 - Gold A
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 7.ª Jornada Arada 1 10 Sp. Espinho 6 AD Sanjoanense Paivense 1 2 Vilamaiorense Cesarense 1 Anta 7 2 Milheiroense Classificação P J V E D GM - GS AD Sanjoanense 19 7 6 1 0 53 - 7 Sp. Espinho 15 7 5 0 2 30 - 13 Vilamaiorense 12 7 4 0 3 18 - 13 Anta 10 7 3 1 3 25 - 15 Cesarense 10 7 3 1 3 24 - 20 Milheiroense 9 7 3 0 4 29 - 32 Paivense 7 7 2 1 4 20 - 22 Arada 0 7 0 0 7 6 - 83 Próxima Jornada - 22 de Abril Sp. Espinho - AD Sanjoanense Paivense - Vilamaiorense Cesarense - Milheiroense Arada - Anta
11.ABR.2017
53
CLASSIFICAÇÕES
CLASSIFICAÇÕES INFANTIS A - Grupo 1 - Gold B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 7.ª Jornada Canedo 1 11 Arrifanense 6 São João de Ver Esc. Rui Dolores 3 0 Avanca Cortegaça 3 Salesianos 0 4 União de Lamas Classificação P J V E D GM - GS Arrifanense 21 7 7 0 0 58 - 9 União de Lamas 15 7 5 0 2 18 - 13 Cortegaça 13 7 4 1 2 21 - 22 Avanca 10 7 3 1 3 31 - 19 São João de Ver 10 7 3 1 3 17 - 23 Salesianos 9 7 2 3 2 20 - 20 Esc. Rui Dolores 3 7 1 0 6 16 - 48 Canedo 0 7 0 0 7 14 - 41 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Arrifanense - São João de Ver Escolinha Rui Dolores - Avanca - 23/04 Cortegaça - União de Lamas Canedo - Salesianos
INFANTIS B - Grupo 2 - Premium
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
INFANTIS A - Grupo 2 - Premium
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 11.ª Jornada Sanguedo 1 4 Valonguense Barroca 1 4 Esmoriz FIDEC 2 2 AC Marfoot Silvalde Rio Meão 0 7 Macieira de Cambra Cucujães 10 2 FC Bom-Sucesso Classificação P J V E D GM - GS Macieira Cambra 28 10 9 1 0 68 - 12 Esmoriz 28 11 9 1 1 65 - 23 Valonguense 32 11 7 2 2 47 - 26 Cucujães 22 10 7 1 2 56 - 17 FIDEC 16 11 5 1 5 3 5 - 26 AC Mar. Silvalde 31 11 34 4 19 - 28 FC Bom-Sucesso 10 10 31 6 34 - 40 Sanguedo 7 11 2 1 8 26 - 44 Barroca 3 9 1 0 8 15 - 64 Rio Meão 0 10 0 0 10 7 - 92 Próxima Jornada - 22 de Abril Valonguense - FIDEC Barroca - Sanguedo AC Marfoot Silvalde -Rio Meão Macieira de Cambra - Cucujães FC Bom-Sucesso - Esmoriz
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 10.ª Jornada Cortegaça 3 5 Arada Fermedo 6 3 Esc. Rui Dolores Unidos de Rossas 2 7 Anta Folgou Esmoriz Classificação P J V E D GM - GS Fermedo 24 8 8 0 0 37 - 11 Esmoriz 14 7 4 2 1 27 - 17 Cortegaça 13 9 4 1 4 23 - 23 Unidos Rossas 11 9 3 2 4 34 - 30 Anta 10 8 3 1 4 25 - 23 Arada 9 8 3 0 5 18 - 34 Esc. Rui Dolores 2 9 0 2 7 15 - 41 Próxima Jornada - 22 de Abril Anta - Cortegaça Arada - Fermedo Esmoriz - Unidos de Rossas Folga Escolinha Rui Dolores
TRAQUINAS A - Série Premium
BENJAMINS A - Gold E
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
P J V E D Tarei 24 9 8 0 1 Ovarense 24 9 8 0 1 S. Vicente Pereira 15 9 5 0 4 Cesarense 13 8 4 1 3 Valecambrense 7 8 2 1 5 Arrifanense 3 8 1 0 7 Válega 2 9 0 2 7 Próxima Jornada - 22 de Abril Cesarense - Ovarense Tarei - Valecambrense Arrifanense - Válega Folga São Vicente Pereira
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 10.ª Jornada Salesianos 6 3 Paramos 2 Lusitânia Lourosa União de Lamas 5 4 Anta Vilamaiorense 2 Arrifanense 7 3 AC Marfoot Silvalde Classificação P J V E D GM - GS AC M. Silvalde 24 10 8 0 2 54 - 28 Arrifanense 21 10 7 0 3 43 - 23 União de Lamas 21 10 7 0 3 33 - 21 Salesianos 18 10 6 0 4 48 - 24 Anta 16 10 5 1 4 38 - 31 Paramos 7 10 2 1 7 26 - 49 Vilamaiorense 6 10 2 0 8 20 - 38 Lusit. Lourosa 6 10 2 0 8 21 - 69 Próxima Jornada - 22 de Abril Anta - Salesianos Paramos - União de Lamas AC Marfoot Silvalde -Lusitânia de Lourosa Arrifanense - Vilamaiorense
GM 66 43 41 31 14 10 13 -
GS 13 20 28 22 25 57 53
Resultados - 10.ª Jornada Feirense 5 2 C. Benfica Aveiro Lusitânia Lourosa 6 1 Anadia Estarreja 1 2 Gafanha Salesianos 4 1 Taboeira Oliveira do Bairro 2 2 Anta Classificação P J V E D GM - GS Gafanha 25 10 8 1 1 38 - 15 Feirense 24 10 7 3 0 40 - 10 Lusit. Lourosa 23 10 7 2 1 41 - 17 Estarreja 16 10 5 1 4 20 - 26 Oliveira do Bairro 12 10 3 3 4 21 - 25 C. Benfica Aveiro 10 10 3 1 6 20 - 31 Taboeira 9 10 2 3 5 15 - 19 Salesianos 8 10 2 2 6 23 - 36 Anadia 7 10 1 4 5 15 - 41 Anta 4 10 0 4 6 11 - 24 Próxima Jornada - 22 de Abril Anadia - Feirense Casa Benfica em Aveiro - Oliveira do Bairro Gafanha - Lusitânia de Lourosa Taboeira - Estarreja Anta - Salesianos
BENJAMINS B - Gold A
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 10.ª Jornada Fiães 5 4 São João de Ver AD Sanjoanense 15 2 Arrifanense Vilamaiorense 3 5 Feirense Folgou AC Marfoot Silvalde Classificação P J V E D GM - GS Feirense 22 8 7 1 0 50 - 4 AD Sanjoanense 17 8 5 2 1 50 - 14 Fiães 17 9 5 2 2 55 - 23 Vilamaiorense 16 9 5 1 3 35 - 22 São João de Ver 9 9 3 0 6 19 - 49 AC M. Silvalde 3 8 1 0 7 17 - 37 Arrifanense 3 9 1 0 8 11 - 88 Próxima Jornada - 22 de Abril Feirense - Fiães São João de Ver - AD Sanjoanense AC Marfoot Silvalde -Vilamaiorense Folga Arrifanense
BENJAMINS A - Gold B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
BENJAMINS B - Gold B
GS 17 19 21 18 31 37 30 65
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
BENJAMINS A - Gold C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 10.ª Jornada São João de Ver 4 1 Paivense Fiães 1 4 Paços de Brandão Sp. Espinho 1 1 Canedo Folgou Escolinha Rui Dolores Classificação P J V E D GM - GS Paivense 24 9 8 0 1 43 - 12 São João de Ver 18 9 6 0 3 34 - 19 Paços Brandão 9 8 3 0 5 14 - 21 Canedo 8 7 2 2 3 12 - 14 Sp. Espinho 8 8 2 2 4 14 - 28 Esc. Rui Dolores 7 7 2 1 4 18 - 25 Fiães 7 8 2 1 5 15 - 31 Próxima Jornada - 22 de Abril Canedo - São João de Ver Paivense - Fiães Escolinha Rui Dolores - Sp. Espinho Folga Paços de Brandão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 10.ª Jornada União de Lamas 1 3 Argoncilhe Cortegaça 2 5 Lusitânia Lourosa Paços de Brandão 2 2 Anta Furadouro 5 0 Arada Classificação P J V E D GM - GS Cortegaça 22 10 7 1 2 49 - 20 Lusit. Lourosa 22 10 7 1 2 43 - 29 Paços Brandão 18 10 5 3 2 40 - 20 Argoncilh e 16 10 5 1 4 28 - 24 Furadouro 16 10 5 1 4 32 - 32 Anta 13 10 4 1 5 26 - 26 União de Lamas 6 10 2 0 8 19 - 42 Arada 3 10 1 0 9 13 - 57 Próxima Jornada - 22 de Abril Anta - União de Lamas Argoncilhe - Cortegaça Arada - Lusitânia de Lourosa Furadouro - Paços de Brandão Resultados - 10.ª Jornada AD Sanjoanense 8 4 Sanguedo Esc. Rui Dolores 0 5 Mosteirô F. C. Cesarense 4 1 Fiães Folgou Fermedo Classificação P J V E D GM Fermedo 24 8 8 0 0 49 AD Sanjoanense 21 9 7 0 2 56 Cesarense 21 9 7 0 2 34 Mosteirô F. C. 13 9 4 1 4 18 Fiães 6 8 2 0 6 13 Sanguedo 4 9 1 1 7 18 Esc. Rui Dolores 0 8 0 0 8 8 Próxima Jornada - 22 de Abril Fiães - AD Sanjoanense Sanguedo - Escolinha Rui Dolores Fermedo - Cesarense Folga Mosteirô F. C.
Resultados - 10.ª Jornada Feirense 2 3 Oliveirense 0 Juveforce Águeda 2 6 AD Sanjoanense Oliveira do Bairro 4 Cortegaça 2 1 Taboeira Lusitânia Lourosa 4 3 Anta Classificação P J V E D GM - GS Feirense 25 10 8 1 1 74 - 12 Oliveirense 25 10 8 1 1 35 - 16 Cortegaça 22 10 7 1 2 32 - 16 AD Sanjoanense 19 10 6 1 3 37 - 21 Águeda 13 10 4 1 5 17 - 23 Juveforce 11 10 3 2 5 20 - 26 Taboeira 10 10 3 1 6 25 - 29 Anta 10 10 3 1 6 22 - 33 Oliveira do Bairro 7 10 2 1 7 19 - 26 Lusit. Lourosa 3 10 1 0 9 14 - 53 Próxima Jornada - 22 de Abril Juveforce - Feirense Oliveirense - Lusitânia de Lourosa AD Sanjoanense - Águeda Taboeira - Oliveira do Bairro Anta - Cortegaça
TRAQUINAS A - Gold A
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 10.ª Jornada Vilamaiorense 6 7 Paramos Fiães 25-Abr Paços de Brandão 1 Anta Fermedo 5 Folgou AC Marfoot Silvalde Classificação P J V E D GM - GS Fermedo 22 9 7 1 1 46 - 22 Fiães 21 7 7 0 0 33 - 3 AC M. Silvalde 18 8 6 0 2 36 - 20 Paços Brandão 11 8 3 2 3 21 - 22 Paramos 10 9 3 1 5 30 - 51 Vilamaiorense 3 9 1 0 8 17 - 35 Anta 0 80 0 8 10 - 40 Próxima Jornada - 22 de Abril Anta - Vilamaiorense Paramos - Fiães AC Marfoot Silvalde - Fermedo Folga Paços de Brandão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 10.ª Jornada Vilamaiorense 2 3 São João de Ver 5 1 Canedo Milheiroense 4 GD Fajões Sp. Espinho 2 Arrifanense 9 0 Esmoriz Classificação P J V E D GM - GS Arrifanense 26 10 8 2 0 51 - 13 Milheiroense 25 10 8 1 1 52 - 8 Canedo 19 10 6 1 3 42 - 22 São João de Ver 18 10 5 3 2 24 - 14 Fajões 17 10 5 2 3 30 - 27 Vilamaiorense 6 10 2 0 8 14 - 44 Sp. Espinho 4 10 1 1 8 17 - 36 Esmoriz 0 10 0 0 10 6 - 72 Próxima Jornada - 22 de Abril GD Fajões -Vilamaiorense São João de Ver - Milheiroense Esmoriz - Canedo Arrifanense - Sp. Espinho
TRAQUINAS A - Gold C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 10.ª Jornada AD Sanjoanense 5 0 Esc. Rui Dolores 3 Alba Salesianos 3 1 Feirense Oliveirense 0 Folgou Avanca Classificação P J V E D GM - GS AD Sanjoanense 27 9 9 0 0 49 - 11 Avanca 16 8 5 1 2 28 - 31 Salesianos 13 8 4 1 3 26 - 26 Feirense 9 8 2 3 3 21 - 20 Oliveirense 7 9 2 1 6 23 - 30 Esc. Rui Dolores 7 9 2 1 6 23 - 39 Alba 6 9 1 3 5 26 - 39 Próxima Jornada - 08 de Abril AD Sanjoanense - Escolinha Rui Dolores Salesianos - Alba Oliveirense - Feirense Folga Avanca
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
GS 12 14 15 15 42 45 53
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
-
GS 8 11 10 13 20 22 44
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.
Resultados - 24.ª Jornada Valecambrense 7 0 União de Lamas 0 Argoncilhe São João de Ver 4 0 Lusitânia Lourosa Fiães 1 D. Sandinenses 2 1 Lobão Canedo 0 1 Serzedo São Roque 1 5 Guisande Arrifanense 3 4 Cucujães Folgou Carregosense Classificação P J V E D GM - GS São João de Ver 61 21 20 1 0 88 - 17 Lusit. Lourosa 43 21 13 4 4 42 - 20 União de Lamas 42 21 12 6 3 54 - 34 Cucujães 40 22 11 7 4 41 - 31 Argoncilhe 38 21 11 5 5 39 - 29 Arrifanense 32 22 8 8 6 35 - 37 Serzedo 31 21 9 4 8 19 - 21 Carregosense 31 22 10 1 11 37 - 46 Guisande 28 22 9 1 12 42 - 44 D. Sandinenses 28 22 7 7 8 40 - 43 Valecambrense 23 22 6 5 11 36 - 44 Fiães 22 21 5 7 9 20 - 27 Canedo 17 22 5 2 15 23 - 41 Lobão 14 22 3 5 14 29 - 46 São Roque 3 22 0 3 19 21 - 86 Próxima Jornada - 22 de Abril União de Lamas - São João de Ver Argoncilhe - Fiães Lusitânia de Lourosa - D. Sandinenses Lobão - Canedo, 1-3 Serzedo - São Roque Guisande - Arrifanense Cucujães - Carregosense Folga Valecambrense
FUT. POPULAR
1.ª Fase - Zona Norte - Série B
1. 2. 3. 4.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
Resultados - 4.ª Jornada Atitudes Traquinas 2 11 FCU Pinheirense 4 Juventude Fiães Contacto FC 2 Classificação P J V E D GM - GS FCU Pinheirense 9 4 3 0 1 30 - 12 Juventude Fiães 7 4 2 1 1 14 - 19 Atitudes Traquinas 4 4 1 1 2 14 - 26 Contacto FC 3 4 1 0 3 16 - 17 Penúltima Jornada - 15 e 16 de Abril FCU Pinheirense - Contacto FC - 15/04 - Juventude de Fiães - Atitudes Traquinas, 15h
HÓQUEI PATINS III DIVISÃO NACIONAL - Zona B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
FUTEBOL POPULAR DE ESPINHO 1.ª Divisão
Resultados - 19.ª Jornada Quinta de Paramos 3 3 Magos de Anta 1 GD Ronda Novasemente 4 0 Assoc. Esmojães Leões Bairristas 3 Corga de Silvalde 2 0 Rio Largo Águias de Anta 1 1 Águias de Paramos Estrelas Ponte Anta 1 3 GD Outeiros Império de Anta 1 2 Desp. Ponte Anta Classificação P J V E D GM - GS Corga Silvalde 42 19 13 3 3 39 - 19 Leões Bairristas 38 19 11 5 3 47 - 19 GD Outeiros 37 19 10 7 2 34 - 19 Novasemente 35 19 10 5 4 37 - 24 GD Ronda 31 19 9 4 6 34 - 24 Quinta Paramos 29 19 8 5 6 43 - 32 Águias de Anta 25 19 5 10 4 21 - 16 Águias de Paramos 25 19 7 4 8 26 - 28 Desp. Ponte Anta 25 19 7 4 8 32 - 34 Rio Largo 25 19 7 4 8 24 - 35 Magos de Anta 21 19 5 6 8 35 - 32 Império Anta 21 19 5 6 8 19 - 25 Assoc. Esmojães 7 19 2 1 16 15 - 48 Estrelas Ponte Anta 5 19 1 2 16 13 - 64 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Rio Largo - Estrelas Ponte de Anta Desportivo Ponte de Anta - GD Ronda Águias de Anta - Império de Anta Leões Bairristas - Quinta de Paramos GD Outeiros - Magos de Anta Associação Esmojães - Águias de Paramos Novasemente - Corga de Silvalde - 23/04
Resultados - 28.ª Jornada GRC Telhadela 3 8 CD Escapães 7 Novasemente CCR Maceda 9 ADREP 19 1 AD Travassô AJ Angeja 2 8 Din. Sanjoanense PARC 3 2 CAP Alquerubim GDC Lordelo 2 0 FC Barcouço CRP Belazaima 1 10 CC Barrô Folgou ACR Vale de Cambra Classificação P J V E D GM - GS PARC 75 26 25 0 1 215 - 35 D. Sanjoanense 73 26 24 1 1 282 - 52 CC Barrô 64 27 21 1 5 216 - 49 CAP Alquerubim 63 26 20 3 3 247 - 43 CD Escapães 58 26 19 1 6 172 - 71 ADREP 43 26 13 4 9 158 - 89 Novasemente 40 26 13 1 12 118 - 123 GRC Telhadela 38 27 12 2 13 145 - 141 CCR Maceda 37 26 12 1 13 113 - 125 AJ Angeja 24 26 7 3 16 104 - 177 CRP Belazaima 22 26 7 1 18 62 - 168 GDC Lordelo 16 26 5 1 20 45 - 203 AD Travassô 16 26 5 1 20 56 - 258 ACR V. Cambra 6 26 2 0 24 65 - 282 FC Barcouço 3 26 1 0 25 38 - 220 Penúltima Jornada - 14 de Abril CD Escapães - CCR Maceda,15h Novasemente - ADREP AD Travassô - AJ Angeja Dinamo Sanjoanense - PARC CAP Alquerubim - GDC Lordelo FC Barcouço - CRP Belazaima CC Barrô - ACR Vale de Cambra Folga GRC Telhadela
TAÇA NACIONAL DE JUVENIS
CAMPEONATO VETERANOS
Resultados - 19.ª Jornada 3 HC Mealhada A Acad. Coimbra 9 FC Oliveira Hospital 4 5 CD Cucujães Infante Sagres "B" 14-Abr FC Bom-Sucesso 8 HC Paço de Rei Núcleo Sport. IT 4 ACD Vila Boa Bispo 4 3 Boavista FC Folgou Académico da Feira Classificação P J V E D GM - GS HC Mealhada 49 18 16 1 1 111 - 50 A Acad. Coimbra 48 17 16 0 1 149 - 37 CD Cucujães 42 17 14 0 3 99 - 45 Académico da Feira 33 17 11 0 6 76 - 44 HC Paço de Rei 27 17 8 3 6 80 - 78 FC Oliveira Hospital 24 17 8 0 9 75 - 63 ACD Vila Boa Bispo 23 18 7 2 9 56 - 89 Infante Sagres "B" 12 16 4 0 12 61 - 89 FC Bom-Sucesso 12 16 3 3 10 43 - 94 Boavista FC 6 17 2 0 15 34 - 105 Núcleo Sport. IT 1 18 0 1 17 43 - 133 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril HC Mealhada -Académico da Feira, 18h CD Cucujães - A. Acad. Coimbra FC Bom-Sucesso - FC Oliveira do Hospital HC Paço de Rei - Infante Sagres "B" Boavista FC - Núcleo Sport. IT - 22/04 Folga ACD Vila Boa do Bispo
ANDEBOL III DIVISÃO NACIONAL 2.ª Fase - Zona 1
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 5.ª Jornada A AC Coimbra 29 25 CD Feirense AA Póvoa Lanhoso 38 29 CDC Santana Académico FC 25 22 CP Natação CA Póvoa Varzim 34 38 Alavarium AC Classificação P J V E D GM A AC Coimbra 11 5 3 0 2 153 CP Natação 11 5 3 0 2 119 Académico FC 11 5 2 2 1 106 CA Póvoa Varzim 10 5 2 1 2 143 AA Póvoa Lanhoso 10 5 2 1 2 143 CDC Santana 10 5 2 1 2 118 Alavarium AC 9 5 2 0 3 126 CD Feirense 8 5 1 1 3 123 Próxima Jornada - 15 de Abril A AC Coimbra - CDC Santana CD Feirense - Académico FC, 16h Alavarium AC - AA Póvoa Lanhoso CP Natação - CA Póvoa Varzim
FUTEBOL POPULAR DE ESPINHO 2.ª Divisão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
Resultados - 16.ª Jornada Estrelas Divisão 0 1 Bairro Ponte Anta 3 Cruzeiro de Silvalde GD Idanha 1 2 Cantinho Ramboia Morgados Paramos 0 Lomba de Paramos 1 2 Desport. Regresso Estrelas Vermelhas 1 1 Juventude Estrada Folgou AD Guetim Classificação P J V E D GM - GS Cantinho Ramboia 43 15 14 1 0 60 - 10 Desp. Regresso 31 15 10 1 4 31 - 21 Bairro Ponte Anta 24 14 7 3 4 21 - 21 Morgados Paramos 23 15 7 2 6 22 - 26 AD Guetim 22 14 6 4 4 25 - 21 Juventude Estrada 21 14 6 3 5 27 - 23 Cruzeiro Silvalde 17 15 5 2 8 26 - 34 Estrelas Divisão 15 14 4 3 7 16 - 22 Estrelas Vermelhas 10 14 2 4 8 11 - 20 GD Idanha 10 15 1 7 7 16 - 31 Lomba Paramos 7 15 1 4 10 12 - 38 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril AD Guetim - Estrelas Vermelhas - 22/04 Juventude Estrada - Bairro Ponte Anta - 22/04 Estrelas Divisão - Cruzeiro de Silvalde Lomba de Paramos - GD Idanha Desportivo Regresso - Morgados de Paramos Folga Cantinho da Ramboia
GS 138 110 100 145 147 128 134 129
II DIVISÃO NACIONAL 2.ª Fase - Grupo B - Zona 1
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Resultados - 2.ª Jornada FC Gaia 32 22 CD S. Paio Oleiros F. C. Porto B 30 22 CCR Fermentões CS Maritimo 25 20 AD Modicus Gondomar Cultural 30 32 Boavista FC Classificação P J V E D GM - GS FC Gaia 27 2 2 0 0 63 - 52 F. C. Porto B 26 2 1 0 1 60 - 53 CS Maritimo 25 3 1 0 2 72 - 71 CD S. Paio Oleiros 24 3 1 1 1 71 - 79 CCR Fermentões 22 2 1 0 1 48 - 49 Boavista FC 20 2 2 0 0 58 - 54 AD Modicus 15 2 0 1 1 44 - 49 Gondomar Cultural 15 2 0 0 2 49 - 58 Próxima Jornada - 14 e 15 de Abril CCR Fermentões - FC Gaia CD S. Paio Oleiros - CS Maritimo,25-23 Boavista FC - F. C. Porto B - 15/04 AD Modicus - Gondomar Cultural
VOLEIBOL
TRAQUINAS B - 2.ª Fase - Série B
Resultados - 7.ª Jornada São João de Ver 3 4 Esc. Rui Dolores Salesianos adiado União de Lamas 6 Fiães Anta 3 Folgou Sanguedo Classificação P J V E D GM - GS Esc. Rui Dolores 18 6 6 0 0 40 - 8 São João de Ver 15 6 5 0 1 36 - 6 Fiães 12 6 4 0 2 24 - 17 Anta 9 6 3 0 3 21 - 19 Salesianos 3 5 1 0 4 7 - 24 União de Lamas 3 5 1 0 4 6 - 27 Sanguedo 0 6 0 0 6 0 - 33 Próxima Jornada - 22 de Abril Sanguedo - Escolinha Rui Dolores São João de Ver - União de Lamas Salesianos - Fiães Folga Anta
Resultados - 7.ª Jornada AD Sanjoanense 7 1 Feirense 5 Salesianos Ovarense 2 2 Loureiro Macieirense 6 Folgou Valonguense Classificação P J V E D GM Salesianos 15 6 5 0 1 34 Feirense 13 6 4 1 1 29 AD Sanjoanense 12 6 4 0 2 26 Ovarense 8 6 2 2 2 14 Macieirense 7 6 2 1 3 16 Loureiro 2 5 0 2 3 8 Valonguense 0 5 0 0 5 1 Próxima Jornada - 22 de Abril Valonguense - Feirense AD Sanjoanense - Salesianos Ovarense - Loureiro Folga Macieirense
BENJAMINS FUTSAL
VETENAROS
TRAQUINAS B - 2.ª Fase - Série A
Resultados - 7.ª Jornada Vilamaiorense 0 10 Paços de Brandão 4 Lusitânia Lourosa Cortegaça 3 0 AC Marfoot Silvalde Anta 20 Folgou Feirense Classificação P J V E D GM - GS Feirense 15 6 5 0 1 38 - 9 Paços Brandão 15 6 5 0 1 32 - 11 Anta 12 5 4 0 1 38 - 5 Lusit. Lourosa 9 6 3 0 3 24 - 15 Vilamaiorense 6 5 2 0 3 15 - 29 Cortegaça 3 6 1 0 5 15 - 22 AC M. Silvalde 0 6 0 0 6 2 - 73 Próxima Jornada - 22 e 23 de Abril Feirense - Paços de Brandão Vilamaiorense - Lusitânia de Lourosa - 23/04 Cortegaça - AC Marfoot Silvalde Folga Anta
Resultados - 7.ª Jornada Avanca 7 3 AD Sanjoanense 1 Arrifanense São Vic. Pereira 1 5 Oliveirense Estarreja 0 Folgou SC Beira Mar Classificação P J V E D GM - GS Oliveirense 16 6 5 1 0 34 - 9 Estarreja 12 6 4 0 2 25 - 17 AD Sanjoanense 10 6 3 1 2 33 - 20 Avanca 10 6 3 1 2 30 - 20 SC Beira Mar 9 6 3 0 3 22 - 19 Arrifanense 2 6 0 2 4 7 - 23 São Vic. Pereira 1 6 0 1 5 4 - 47 Próxima Jornada - 22 de Abril SC Beira Mar - AD Sanjoanense Avanca - Arrifanense São Vicente Pereira - Oliveirense Folga Estarreja
TRAQUINAS B - 2.ª Fase - Série D
TRAQUINAS A - Gold B
BENJAMINS B - Gold C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
GS 15 26 28 19 27 45 30
TRAQUINAS
BENJAMINS B - Série Premium
Resultados - 10.ª Jornada Feirense 0 5 C. Benfica Estarreja 3 AD Sanjoanense Lusitânia Lourosa 2 5 Gafanha Oliveira do Bairro 1 Sp. Espinho 1 6 C. Benfica Aveiro Fiães 2 2 Taboeira Classificação P J V E D GM - GS C. B. Estarreja 23 9 7 2 0 51 - 10 AD Sanjoanense 23 10 7 2 1 37 - 18 Gafanha 21 9 6 3 0 35 - 10 Taboeira 18 10 4 6 0 39 - 16 C. Benfica Aveiro 16 10 5 1 4 40 - 39 Lusit. Lourosa 9 10 2 3 5 22 - 27 Feirense 8 9 2 2 5 17 - 26 Oliveira do Bairro 8 10 2 2 6 15 - 37 Fiães 7 10 2 1 7 20 - 55 Sp. Espinho 0 9 0 0 9 14 - 52 Próxima Jornada - 22 de Abril AD Sanjoanense - Feirense Casa Benfica em Estarreja -Fiães Gafanha - Lusitânia de Lourosa Casa Benfica em Aveiro - Oliveira do Bairro Taboeira - Sp. Espinho
Resultados - 10.ª Jornada Cesarense 4 1 Loureiro Macieira Cambra 2 11 Oliveirense Cucujães 3 2 Feirense AD Sanjoanense 3 1 Estarreja Classificação P J V E D GM Oliveirense 27 10 9 0 1 53 AD Sanjoanense 24 10 8 0 2 37 Cucujães 21 10 7 0 3 37 Feirense 21 10 7 0 3 28 Cesarense 9 10 3 0 7 26 Estarreja 9 10 3 0 7 25 Loureiro 6 10 2 0 813 Macieira Cambra 3 10 1 0 9 19 Próxima Jornada - 22 de Abril Feirense - Cesarense Loureiro - Macieira de Cambra Estarreja - Oliveirense AD Sanjoanense - Cucujães
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 10.ª Jornada Alba 3 2 Tarei Valecambrense 0 12 Cucujães 1 Severfintas Esc. Rui Dolores 2 Folgou Oliveirense Classificação P J V E D GM Oliveirense 18 8 6 0 2 30 Alba 18 9 6 0 3 41 Esc. Rui Dolores 18 9 6 0 3 23 Severfintas 13 8 4 1 3 24 Cucujães 10 9 3 1 5 34 Valecambrense 6 8 2 0 6 19 Tarei 5 9 1 2 6 19 Próxima Jornada - 22 de Abril Severfintas - Alba Tarei - Valecambrense Oliveirense - Escolinha Rui Dolores Folga Cucujães
FUTSAL
TRAQUINAS B - 2.ª Fase - Série C
BENJAMINS B - Gold E
Resultados - 10.ª Jornada Ovarense 4 3 Tarei Valecambrense 1 3 S. Vicente Pereira Válega 2 6 Cesarense Folgou Arrifanense
BENJAMINS A - Gold A
INFANTIS B - Grupo 1 - Gold B
Resultados - 7.ª Jornada Cortegaça 1 7 Estarreja 5 Sp. Espinho Avanca 2 Esmoriz 1 11 Cesarense Arrifanense 2 1 São João de Ver Classificação P J V E D GM - GS Cesarense 16 7 5 1 1 26 - 12 Arrifanense 15 7 5 0 2 30 - 15 Estarreja 15 7 5 0 2 29 - 14 Avanca 12 7 4 0 3 28 - 17 Sp. Espinho 10 7 3 1 3 24 - 22 São João de Ver 9 7 3 0 4 10 - 18 Cortegaça 3 7 0 3 4 10 - 25 Esmoriz 1 7 0 1 6 9 - 43 Próxima Jornada - 22 de Abril Estarreja - Sp. Espinho Avanca - Cesarense Esmoriz - São João de Ver Cortegaça - Arrifanense
Resultados - 11.ª Jornada Fermedo 1 0 Avanca 5 AD Sanjoanense Oliveirense 5 Feirense 17 0 Lusitânia Lourosa Anta 4 2 Milheiroense Folgou Fiães Classificação P J V E D GM - GS Feirense 28 10 9 1 0 65 - 5 Avanca 21 10 7 0 3 39 - 18 Oliveirense 20 10 6 2 2 41 - 24 Fermedo 20 10 6 2 2 31 - 22 AD Sanjoanense 17 10 5 2 3 33 - 20 Fiães 9 9 3 0 6 25 - 31 Anta 9 9 3 0 6 14 - 34 Lusit. Lourosa 3 10 1 0 9 7 - 55 Milheiroense 1 10 0 1 9 11 - 57 Próxima Jornada - 22 de Abril Avanca - Oliveirense Fiães - Fermedo AD Sanjoanense - Feirense Lusitânia de Lourosa - Anta Folga Milheiroense
BENJAMINS A - Série Premium
INFANTIS B - Grupo 1 - Gold A
Resultados - 7.ª Jornada Cucujães 3 2 Paços de Brandão 5 AD Sanjoanense União de Lamas 3 1 Lusitânia Lourosa Salesianos 2 Vilamaiorense 1 10 Oliveirense Classificação P J V E D GM - GS Oliveirense 21 7 7 0 0 42 - 9 AD Sanjoanense 18 7 6 0 1 52 - 15 Salesianos 12 7 4 0 3 22 - 25 Cucujães 12 7 4 0 3 20 - 23 Paços Brandão 9 7 3 0 4 25 - 15 Lusit. Lourosa 6 7 2 0 5 8 - 18 União de Lamas 4 7 1 1 5 11 - 32 Vilamaiorense 1 7 0 1 6 8 - 51 Próxima Jornada - 22 de Abril Paços de Brandão - AD Sanjoanense União de Lamas - Lusitânia de Lourosa Salesianos - Oliveirense Cucujães - Vilamaiorense
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
BENJAMINS
INFANTIS B - Grupo 1 - Premium
Resultados - 7.ª Jornada Anta 2 1 Fiães 0 Oliveira do Bairro Anadia 5 0 C. Benf. Estarreja Feirense 5 Taboeira 10 2 C. Benfica Aveiro Classificação P J V E D GM - GS Feirense 17 7 5 2 0 29 - 11 Anadia 14 7 4 2 1 31 - 9 C. Benf. Estarreja 13 7 4 1 2 34 - 17 Anta 11 7 3 2 2 13 - 18 Fiães 7 7 2 1 4 19 - 19 Oliveira do Bairro 6 7 1 3 3 12 - 27 Taboeira 5 7 1 2 4 21 - 31 C. Benfica Aveiro 4 7 1 1 5 14 - 41 Próxima Jornada - 22 de Abril Fiães - Oliveira do Bairro Anadia - Casa Benfica em Estarreja Feirense - Casa Benfica em Aveiro Anta - Taboeira
Resultados - 11.ª Jornada Valecambrense 3 1 Furadouro 3 Argoncilhe Calvão 6 4 FC Bom-Sucesso Loureiro 3 Poutena 7 2 NEGE AC Famalicão 01-Mai Esc. Rui Dolores Classificação P J V E D GM - GS FC Bom-Sucesso 30 11 10 0 1 50 - 16 Loureiro 25 11 8 1 2 50 - 18 Esc. Rui Dolores 24 10 8 0 2 57 - 22 AC Famalicão 21 9 7 0 2 29 - 15 Valecambrense 19 11 6 1 4 44 - 27 Calvão 15 10 5 0 5 40 - 29 Poutena 8 11 2 2 7 26 - 49 Furadouro 7 11 2 1 8 33 - 51 Argoncilhe 7 11 2 1 8 26 - 73 NEGE 0 11 0 0 11 13 - 68 Próxima Jornada - 22 de Abril Furadouro - Loureiro Calvão - Valecambrense FC Bom-Sucesso - Poutena NEGE - AC Famalicão Escolinha Rui Dolores - Argoncilhe
INFANTIS B - Grupo 2 - Gold A
INFANTIS A - Grupo 2 - Gold A
Resultados - 11.ª Jornada São Martinho 5 4 Vilamaiorense 0 Paivense Unidos de Rossas 2 0 União de Lamas Feirense 5 Anta 4 3 Fiães Folgou AD Sanjoanense Classificação P J V E D GM - GS Feirense 30 10 10 0 0 49 - 8 Anta 22 9 7 1 1 37 - 13 AD Sanjoanense 19 9 6 1 2 36 - 20 União de Lamas 18 10 6 0 4 53 - 32 Fiães 13 10 4 1 5 50 - 25 Vilamaiorense 10 10 3 1 6 36 - 40 São Martinho 9 10 3 0 7 16 - 50 Unidos de Rossas 6 10 2 0 8 13 - 59 Paivense 3 10 1 0 9 12 - 55 Próxima Jornada - 22 de Abril Vilamaiorense - Unidos de Rossas AD Sanjoanense - São Martinho Paivense - Feirense União de Lamas - Anta Folga Fiães
BENJAMINS A - Gold D
II DIVISÃO NACIONAL
II DIVISÃO NACIONAL
2.ª Fase - Série dos Últimos
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 9.ª Jornada AA Coimbra 3 1 CD Fiães 0 Ala Nun'Álvares Famalicense AC 3 CV Lisboa 0 3 CS Marítimo Folgou GDC Gueifães Classificação P J V D Sets + - Sets Famalicense AC 21 8 7 1 21 3 CS Marítimo 20 8 7 1 21 6 Ala Nun'Álvares 15 8 5 3 17 13 GDC Gueifães 10 7 4 3 13 15 AA Coimbra 8 8 2 6 10 20 CD Fiães 7 8 2 6 11 19 CV Lisboa 0 7 0 7 4 21 Próxima Jornada - 13 e 15 de Abril CD Fiães - Famalicense AC - 13/04, 20h45 GDC Gueifães - AA Coimbra Ala Nun'Álvares Gondomar - CV Lisboa Folga CS Marítimo
2.ª Fase - Série dos Primeiros
1. 2. 3. 4. 5. 6.
Resultados - 9.ª e Penúltima Jornada GC Vilacondense 3 2 CN Ginástica 2 3 GC Santo Tirso AA José Moreira CV Oeiras 3 0 CV Espinho Classificação P J V D Sets + - Sets GC Vilacondense 21 9 8 1 24 - 11 CN Ginástica 18 9 5 4 23 - 15 CV Oeiras 17 9 6 3 23 - 15 GC Santo Tirso 13 9 5 4 20 - 20 AA José Moreira 7 9 1 8 12 - 24 CV Espinho 5 9 2 7 7 - 24 Última Jornada - 22 de Abril CN Ginástica - CV Oeiras GC Santo Tirso - GC Vilacondense CV Espinho - AA José Moreira, 17h
54
11.ABR.2017
CLASSIFICAÇÕES
UNIÃO COLUMBÓFILA DE SANTA MARIA DE LAMAS Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.506,6799 (Média) 2.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.499,3049 3.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.490,2378 4.º Joaquim Silva Martins - 1.488,2683 5.º Américo Alves Dias Cruz - 1.479,7624 6.º Arlindo Alves Martins - 1.473,5108 7.º Davide & Filho Perry SAD - 1.471,5233 8.º Joaquim Silva Martins - 1.465,1173 9.º Arlindo Alves Martins - 1.464,1893 10.º Américo Alves Pinho - 1.451,0222 Classificação Geral 1.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1644 Pontos 2.º Manuel Pinto Coelho Rocha - 1619 3.º Joaquim Silva Martins - 1556
SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE CORTEGAÇA
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º António Fernando O M Santos - 1.510,4735 2.º António José Silva Rios - 1.505,0262 3.º António Fernando O M Santos - 1.485,4871 4.º António Fernando O M Santos - 1.484,9502 5.º Vicente Rodrigues Oliveira - 1.484,8185 6.º Manuel Pereira Silva Costa - 1.483,8624 7.º Manuel Pereira Silva Costa - 1.457,7870 8.º Manuel Silva Pereira - 1.451,3224 9.º Flávio Daniel Pinho Oliveira - 1.439,8999 10.º António Fernando O M Santos - 1.435,2149 Classificação Geral 1.º Irmãos Felisbertos - 1674 Pontos 2.º Valdemar Gomes Oliveira - 1598 3.º Américo Jesus Costa Almeida - 1563
GRUPO COLUMBÓFILO DE SILVALDE SOCIEDADE COLUMBÓFILA REC. CULTURAL DE TRAVANCA
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Armando Santos & Gaspar Santos - 1.523,9413 2.º Fernando Silva Pereira Andrade - 1.511,8919 3.º António Dias Marques - 1.482,6208 4.º Joaquim Silva Santos - 1.457,3541 5.º Loja do Canário SAD - 1.451,0198 6.º Manuel Coelho Oliveira Barbosa - 1.449,7304 7.º Luis Miguel Soares F Maia - 1.449,5132 8.º António Pinho & André Pinho - 1.448,7448 9.º Luís Eduardo Dias Resende - 1.446,1846 10.º José Ribeiro Santos - 1.442,2328 Classificação Geral 1.º Armando Santos & Gaspar Santos - 2050 2.º Luís Eduardo Dias Resende - 2026 3.º Augusto Silva Pinho - 1940
SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE SANTA MARIA DA FEIRA
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Fernando José Dias Castro - 1.525,7390 (Média) 2.º Os Pereiras - 1.504,7400 3.º Adelino Moreira Silva - 1.499,3879 4.º António Gomes Costa - 1.493,5945 5.º Os Pereiras - 1.492,9210 6.º José Manuel Andrade P Assunção - 1.488,2317 7.º Vitor Manuel Pereira Costa - 1.485,6382 8.º António Marques Santos Cavaco - 1.485,6290 9.º Vitor Manuel Pereira Costa - 1.485,3004 10.º Óscar Silva Sá - 1.483,9925 Classificação Geral 1.º Adelino Moreira Silva - 2740 Pontos 2.º Ramiro Valente & Carlos Santos - 2636 3.º Os Pereiras - 2594
SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE PARAMOS
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º António Alves Pimenta - 1.499,5814 (Média) 2.º Claudino Marques Reis - 1.496,2287 3.º Luis Silva Varandas - 1.482,8685 4.º David Silva Carvalho - 1.450,5655 5.º Claudino Marques Reis - 1.447,3143 6.º Manuel António Correia Barbosa - 1.441,2950 7.º David Silva Carvalho - 1.425,2282 8.º Luis Silva Varandas - 1.416,0664 9.º António Oliveira Dias - 1.406,1051 10.º Claudino Marques Reis - 1.386,1035 Classificação Geral 1.º Claudino Marques Reis - 1214 Pontos 2.º Luis Silva Varandas - 1149 3.º BTT - Racing Pigeons - 1080
SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE LOUROSA
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º António Dias Rocha - 1.527,1136 (Média) 2º Manuel Pereira Oliveira - 1.492,6724 3º José Carlos R Guimarães - 1.491,1010 4.º BTT - Racing Pigeons - 1.480,0086 5.º BTT - Racing Pigeons - 1.457,3621 6.º José Silva Alves Pereira - 1.455,7475 7.º BTT - Racing Pigeons - 1.446,9318 8.º António Dias Rocha - 1.442,9252 9.º Diogo Pinto Sabugueiro Dias - 1.438,5179 10.º Augusto Dias F Castro & Filho - 1.427,4903 Classificação Geral 1.º António Dias Rocha - 1468 Pontos 2.º BTT - Racing Pigeons - 1414 3.º Manuel Pereira Oliveira - 1381
GRUPO COLUMBÓFILO DE OLEIROS
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.506,8030 2.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.499,4268 3.º José Carlos Soares Santos - 1.490,7239 4.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.490,3584 5.º Paulo Carlos Dias Silva - 1.483,4407 6.º José Carlos Soares Santos - 1.472,8049 7.º Paulo Carlos Dias Silva - 1.455,1460 8.º José Carlos Soares Santos - 1.451,0999 9.º Américo Gomes Oliveira - 1.445,2007 10.º Paulo Carlos Dias Silva - 1.412,6868 Classificação Geral 1.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 940 Pontos 2.º José Carlos Soares Santos - 904 3.º Américo Gomes Oliveira - 815
GRUPO COLUMBÓFILO DE NOGUEIRA DA REGEDOURA Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Abel Costa Pinto Rocha - 1.509,4164 (Média) 2.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.506,9308 3.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.499,5535 4.º Joaquim Loureiro Costa & Filho - 1.499,2985 5.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1.490,4837 6.º Abel Costa Pinto Rocha - 1.484,3998 7.º Joaquim Loureiro Costa & Filho - 1.477,9486 8.º Joaquim Loureiro Costa & Filho - 1.471,5165 9.º Joaquim Loureiro Costa & Filho - 1.471,3184 10.º Joaquim Loureiro Costa & Filho - 1.469,7360 Classificação Geral 1.º Abel Costa Pinto Rocha - 1468 Pontos 2.º Lourenço Joaquim B Ricardo - 1452 3.º António Carvalho Sousa Castro - 1410
GRUPO COLUMBÓFILO DE MOZELOS
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Soares & Silva - 1.546,0504 (Média) 2.º Abel Costa Pinto Rocha - 1.509,2850 3.º Rúben Hélder Ribeiro Carneiro - 1.488,1282 4.º António Manuel Silva Oliveira - 1.484,6525 5.º Abel Costa Pinto Rocha - 1.484,2724 6.º António Manuel Silva Oliveira - 1.483,6348 7.º Camilo Fontes Santiago Silva - 1.483,0372 8.º José Fernando Jesus Soares - 1.479,6585 9.º Rufino Gomes Silva - 1.479,0630 10.º Floriano Silva Gomes - 1.479,0192 Classificação Geral 1.º Abel Costa Pinto Rocha - 2787 Pontos 2.º Rúben Hélder Ribeiro Carneiro - 2773 3.º António Manuel Silva Oliveira - 2765
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º José Rodrigues Cardoso - 1.487,5208 (Média) 2.º Manuel Silva Oliveira - 1.483,8358 3.º Francisco Fernando A Marques - 1.480,2280 4.º António Alberto O Relvas - 1.464,3266 5.º José Rodrigues Cardoso - 1.463,5534 6.º Américo Gomes Oliveira - 1.445,0793 7.º Fernando Pereira Amorim - 1.439,3406 8.º Manuel Moisés Pinto Bastos - 1.436,0138 9.º Francisco Fernando A Marques - 1.425,7507 10.º José Carlos Soares Santos - 1.417,2157 Classificação Geral 1.º António Manuel Silva Oliveira - 1964 Pontos 2.º Manuel Silva Oliveira - 1882 3.º José Rodrigues Cardoso - 1869
SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE CUCUJÃES
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA COLUMBÓFILA DE S. JOÃO DE VER
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Danilo Costa Resende/B - 1.516,3721 (Média) 2.º Jorge Miguel Santos Silva - 1.513,1726 3.º Alberto Manuel Neto G Pereira - 1.510,7438 4.º Pereira & Pinhos - 1.508,7799 5.º Os Marques - 1.502,7258 6.º Augusto Moreira Aires - 1.495,6618 7.º Serafim Lopes Santos Coelho - 1.492,1436 8.º António Joaquim Almeida - 1.491,6654 9.º José Moreira Pereira - 1.486,7340 10.º Paulo Ricardo Gomes Silva - 1.484,6055 Classificação Geral 1.º Alberto Manuel Neto G Pereira - 3048 Pontos 2.º José Moreira Pereira - 3016 3.º Pereira & Pinhos - 2917
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º David Ferreira Pais - 1.493,5241 (Média) 2.º David Ferreira Pais - 1.489,7716 3.º Fernando Manuel Oliveira Jesus - 1.483,5680 4.º Fernando Manuel Oliveira Jesus - 1.476,3489 5.º Flávio Reis Henriques - 1.471,7648 6.º Fernando Manuel Oliveira Jesus - 1.471,7307 7.º Fernando Manuel Oliveira Jesus - 1.465,0227 8.º Manuel Pinho Inocêncio - 1.458,6911 9.º Euclides Vieira Leite - 1.458,3318 10.º António Firmino P G Costa - 1.451,4533 Classificação Geral 1.º Fernando Manuel Oliveira Jesus - 2180 Pontos 2.º Marco Paulo Araújo Pinto - 1962 3.º Jorge Manuel Oliveira Gomes - 1941
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA COLUMBÓFILA DE ESCAPÃES
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Armando Santos & Gaspar Santos 2.º Os Pereiras - 1.504,7400 3.º Maurício Martins Leite - 1.501,2131 4.º António Gomes Costa - 1.493,5944 5.º Os Pereiras - 1.492,9210 6.º António Dias Marques - 1.482,6208 7.º Maurício Martins Leite - 1.482,4658 8.º Maurício Martins Leite - 1.481,8535 9.º Fábio Mota Silva - 1.438,4442 10.º Maurício Martins Leite - 1.435,6666 Classificação Geral 1.º José Fernandes Santos - 1369 Pontos 2.º Miguel Ângelo Santos Silva - 1361 3.º António Gomes Costa - 1333
CENTRO COLUMBÓFILO DE SÃO JOÃO DA MADEIRA
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Fernando José Dias Castro - 1.525,6815(Média) 2.º Paulo Sérgio Loureiro Ferreira - 1.516,4952 3.º Baltazar & Hugo - 1.511,1660 4.º Paulo Sérgio Loureiro Ferreira - 1.508,5422 5.º Manuel Augusto Leite - 1.505,0573 6.º Valdemar Silva Xará - 1.502,4205 7.º Valdemar Silva Xará - 1.496,9398 8.º Paulo Sérgio Loureiro Ferreira - 1.494,0016 9.º António José Silva Costa - 1.481,2926 10.º Rufino Neto & Joel - 1.465,1841 Classificação Geral 1.º Rufino Neto & Joel - 1594 Pontos 2.º Luís Marques Assunção - 1578 3.º Baltazar & Hugo - 1544
ZONA 2 UNIÃO COLUMBÓFILA DE SANGUEDO
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Olavo Marcelino Gomes Silva - 1.492,7153 (Média) 2.º Joaquim Ferreira Alves - 1.487,0169 3.º Vitor Manuel Pereira Costa - 1.485,6382 4.º Vitor Manuel Pereira Costa - 1.485,3004 5.º Olavo Marcelino Gomes Silva - 1.480,4136 6.º Manuel Ribeiro Oliveira - 1.479,9157 7.º Manuel Ribeiro Oliveira - 1.479,9157 8.º Porfirio Gomes Silva - 1.479,4248 9.º Rúben Hélder Ribeiro Carneiro - 1.479,3805 10.º João Manuel Gomes O Prata - 1.471,5510 Classificação Geral 1.º Paulo Joaquim Batista Oliveira - 3029 Pontos 2.º Sérgio Manuel Borges Tavares - 3008 3.º António Lopes Baptista - 2916
UNIÃO COLUMBÓFILA DAS QUINTÃS
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Soares & Silva - 1.494,0332 (Média) 2.º José António Costa Baptista - 1.494,0332 3.º Custódio Augusto Cruz Guedes - 1.483,3099 4.º Paulo Joaquim Batista Oliveira - 1.481,4493 5.º José António Costa Baptista - 1.479,0192 6.º Pedro Vitor Santos Freitas - 1.456,9152 7.º Ramiro André Vilar Coelho - 1.453,8263 8.º Joaquim Silva Vieira - 1.441,5240 9.º Manuel Silva Ferreira Carneiro - 1.437,7922 10.º Hermenegildo Sousa Santos - 1.436,3431 Classificação Geral 1.º Manuel Silva Ferreira Carneiro - 2574 Pontos 2.º Adriano Oliveira Alves - 2566 3.º Custódio Augusto Cruz Guedes - 2561
SOCIEDADE COLUMBÓFILA SANTIAGO DE LOBÃO
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Joaquim José G Cunha - 1.494,7763 (Média) 2.º Jorge Manuel Jesus Pereira - 1.492,9396 3.º José Manuel Silva Lopes - 1.483,7079 4.º MG SAD/B - 1.471,0480 5.º Valdemar Santos Pinheiro - 1.470,0684 6.º Jorge Manuel Jesus Pereira - 1.469,6286 7.º Manuel Marques Mota - 1.462,8160 8.º Pinho & Paulo SAD - 1.462,6987 9.º José Manuel Silva Lopes - 1.459,0093 10.º Pinho & Paulo SAD - 1.457,8213 Classificação Geral 1.º Jorge Manuel Jesus Pereira - 2083 Pontos 2.º MG SAD - 2013 3.º José Manuel Silva Lopes - 1940
SOCIEDADE COLUMBÓFILA DE ROMARIZ
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Serafim Dias Castro - 1.493,2563(Média) 2.º Armando Magalhães Batista - 1.432,1009 3.º Guilherme Ferreira Paiva - 1.421,8200 4.º Serafim Dias Castro - 1.415,1267 5.º Armando Jesus Alves - 1.410,1767 6.º Álvaro Alves Valente - 1.407,4125 7.º Serafim Dias Castro - 1.401,9639 8.º Alexandre Moreira Rodrigues - 1.396,5323 9.º Serafim Dias Castro - 1.391,1504 10.º Antero Jesus Rocha - 1.388,0053 Classificação Geral 1.º Serafim Dias Castro - 1324 Pontos 2.º Álvaro Alves Valente - 1306 3.º Nélson Filipe Gomes Ribeiro - 1245
GRUPO COLUMBÓFILO ARRIFANA
Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Manuel Campos Oliveira Martins - 1.512,2187 2.º Paulo & Max - 1.504,8754 3.º Adelino Moreira Silva - 1.499,5729 4.º Adelino Moreira Silva - 1.479,4178 5.º Jaime Oliveira Pinho - 1.474,2690 6.º Manuel Campos Oliveira Martins - 1.460,1560 7.º Manuel Campos Oliveira Martins - 1.452,0547 8.º Adelino Moreira Silva - 1.446,6800 9.º Jaime Oliveira Pinho - 1.444,9833 10.º Adelino Moreira Silva - 1.434,3683 Classificação Geral 1.º Paulo & Max - 1143 Pontos 2.º Manuel Luis Cunha Ferreira - 1061 3.º Jaime Oliveira Pinho - 1037
Pub.
ZONA 1
CENTRO COLUMBÓFILO DE ARGONCILHE Resultados - Prova de Fundo (Villarobledo) 1.º Orlando José Azevedo Costa - 1.493,6665(Média) 2.º José Carlos Soares Santos - 1.490,7166 3.º Bento Júlio Martins - 1.484,0642 4.º Joaquim Fernando Sá Neves - 1.474,6219 5.º José Carlos Soares Santos - 1.472,7978 6.ºJoaquim Alves Sousa Guedes - 1.468,8032 7.º António Gomes Carvalho - 1.468,6484 8.º Bento Júlio Martins - 1.466,0065 9.º Manuel Fernando Alves Sousa - 1.462,6290 10.º Manuel Fernando Alves Sousa - 1.452,3962 Classificação Geral 1.º António Gomes Carvalho - 1879 Pontos 2.º Manuel Fernando Alves Sousa - 1877 3.º José Carlos Soares Santos - 1794
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DIVERSOS
A Administração do Operador Quadrante e do Jornal Correio da Feira apresentam as sentidas condolências aos Familiares e Amigos do Senhor Manuel da Silva Marques. Neste momento de dor, solidarizamonos em especial, com o nosso Amigo e Colega Richard Oliveira. “Morrer não é acabar, é a suprema manha” (Victor Hugo)
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11.ABR.2017
ÚTLIMA