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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Ano CXXI

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

03 Julho 2017

Nº 6017

€0,60 (iva inc.)

TOURADAS PROIBIDAS EM TERRITÓRIO 24h - 365 DIAS FEIRENSE Proposta do Bloco de Esquerda é aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal.

pág. 08

R. António Martins Soares Leite, nº 42 4520-190 Santa Maria da Feira Telf. 256 378 074

INICIATIVA INÉDITA Correio da Feira promoveu Debate em pré-campanha

CANDIDATOS SEM PAPAS-NA-LÍNGUA

Do “traseiro-à-mostra” a “enganos manhosos”, com passagem por “iluminados”, “polvo de interesses” e “tachos para meninos assessores”. Tudo, de permeio com esquiços programáticos… REUNIÃO DE CÂMARA

ANDEBOL

PSD ACUSA: PRESIDENTE DA JUNTA DE MILHEIRÓS NÃO TEM TEMPO PARA IR À CÂMARA RESOLVER ASSUNTOS pág. 10 DA FREGUESIA

CARLA BARBOSA: “O PROJECTO DO FEIRENSE, NA SUA GLOBALIDADE, É FORMIDÁVEL” pág. 20

NOVE PROJECTOS APROVADOS PARA A HABITAÇÃO SOCIAL pág. 11

ATLETISMO

PAULO NETO SAGRA-SE CAMPEÃO NACIONAL E GARANTE EUROPEU DE SUB-23 pág. 21

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COMEMORAÇÕES 120 ANOS CF

CONCERTO DE ARANJUEZ NA PRAÇA DE ARMAS DO CASTELO ESTE SÁBADO


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DEBATE Texto: Orlando Macedo

Atalaia

O Debate No lançamento do Debate de terçafeira, escrevíamos, que “também nós assumíamos a responsabilidade de promover (e ajudar a descodificar) a enorme quantidade de informação (propaganda, assuma-se) que já por aí circula, travestida de mil-e-uma formas de comunicação que os Candidatos e suas candidaturas utilizam para ‘passar mensagem’”. E que não valia a pena “assobiar para o lado, porque as ‘campanhas’ já estão no terreno”. Ora, apesar da transmissão do concerto solidário para com as vítimas do incêndio de Pedrógão – que todas as estações televisivas e cadeias de Rádio transmitiam em uníssono à mesma hora – não poderemos ser acusados de exagero, se afirmarmos que o Debate se saldou por um enorme sucesso, extravasando mesmo as melhores expectativas. Os Candidatos souberam estar à altura. O Público foi excepcional, e mostrou que – mesmo professando opiniões políticas diferentes, ou simpatias alinhadas – o civismo não é palavra (nem conceito) vão em democracia. Para nós, tratou-se do culminar de um processo, em que estava em jogo o sucesso de uma iniciativa inusitada, apesar da ausência (ainda assim muito menos notada do que seria de esperar) do candidato do PSD, Emídio Sousa, o qual, obviamente, foi atempadamente convidado à participação. Prevaleceu, no entanto, a justificação de última-hora, em que a Candidatura apontou dificuldades de agenda, face a compromissos anteriormente assumidos. É a vida… Mas foi pena, porque com isso, perdemos todos: o público presente; os Leitores; os Candidatos presentes… E o Candidato ausente.

Agradecimento: As Administração e Direcção do Correio da Feira, vêm expressar público agradecimento a todos quantos contribuíram para o êxito do Debate que, na terça-feira passada, levou cerca de 130 pessoas ao anfiteatro da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira. Nesse sentido, agradecemos aos Participantes e ao Público, pela postura com que souberam encarar o evento; à Direcção da Biblioteca, pela(s) disponibilidade(s) desde sempre manifestada(s); e aos zelosos Funcionários da Biblioteca – Mónica e Rui – que souberam, sempre, aliar à competência a simpatia extrema. Obrigados

A TRANSPARÊNCIA QUE TODOS EXIGEM NUM DEBATE A CINCO VOZES

O Correio da Feira organizou o primeiro debate destas Autárquicas.17, colocando frente a frente cinco dos candidatos à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. A ausência laranja, do candidato do PSD e presidente da Autarquia, foi sentida (e apontada) por todos, numa troca de ideias, argumentos e acusações perante um auditório quase cheio. Uma aposta ganha, numa noite em que a concorrência televisiva apertava. Texto Daniela Castro Soares Fotos Diana Santos

A campanha já arrancou (ainda que não oficialmente) e os candidatos encontram-se no terreno a recolher opiniões e a preparar o seu programa eleitoral. O Correio da Feira decidiu que era altura de os sentar à mesma mesa para que dissessem ao povo ao que vêm nesta corrida eleitoral com meta temporal apontada para o próximo dia 1 de Outubro. Cinco aceitaram o desafio, um recusou. Nas antevésperas, Emídio Sousa, candidato do PSD e actual presidente da Autarquia, alegou indisponibilidade de agenda para o dia e hora indicados, já quando os convites estavam impressos e em curso a promoção ao debate. O director do CF, Orlando Macedo, abriu a sessão, exaltando “os 120 anos de comunicação ininterrupta de um semanário que já foi pujante e está a voltar a ser”, e explicando as regras, nomeadamente a reunião preparatória em que se sorteou a composição da Mesa e o arranque do Debate com quatro minutos para cada candidato dizer “ao que vem”. Anselmo Oliveira, do Partido Nacional Renovador, foi o primeiro, começando por “lamentar a ausência do actual presidente” [o candidato do PSD, Emídio Sousa]. “Quando não se quer um debate democrático, dá nisto”, comentou. Também Margarida Gariso, do PS, e Luís Miguel Sá, do BE, iniciariam o seu discurso criticando a ausência de Emídio Sousa, com a socialista a apontar a “sistemática fuga à prestação de contas e ao debate” e o bloquista a dizer que “a ausência do

PSD revela a sua matriz de prepotência”. “Tem medo da democracia, por isso foge ao debate como o Diabo foge da Cruz”, afirmou.

Em nome da mudança Anselmo Oliveira garantiu ser “uma alternativa aos partidos do sistema” pois não está sujeito a “interesses e lobbies”, defendendo que “o trabalho do executivo deve ser constante. Espero que um pouco de alcatrão não faça as pessoas esquecer isso”, afirmou. Como propostas, apresentou a isenção do IMI para habitação própria e a preferência dos trabalhadores e empresas portuguesas nos ajustes directos. Para o PNR, é preciso “manter a coesão do território”, ter um “plano devidamente elaborado de requalificação dos arruamentos” e fazer uma “gestão prática sem ilusionismos”, criticando a prática excessiva [da Autarquia] no recurso a ajustes directos. Margarida Gariso, do PS, parabenizou o CF pelos seus 120 anos e pela “iniciativa reveladora do objectivo do jornal” que é “promover o debate”. E revelou: “Candidato-me em nome de uma mudança. Tenho percorrido o Concelho de uma ponta à outra, falado com dezenas de colectividades e empresas, e sinto a necessidade de uma transformação política”. A candidata socialista apontou os “problemas estruturantes por resolver” no Concelho: zonas industriais, com “fábricas no meio de residências e zonas por infraestruturar que prejudicam as

empresas”; mobilidade e transportes, com a necessária construção de vias estruturantes como Feira-Nogueira, Espargo-Paços e o Eixo da Cortiça, para “escoar o grande tráfego”; saneamento e água, pois ainda “há feirenses sem rede ligada às suas casas”; e a falta de uma “gestão transparente, rigorosa e planeada”, sublinhando que Santa Maria da Feira está no 214.º lugar do Índice de Transparência Municipal, entre 308 municípios. Antero Resende posicionou a CDU como “uma força que debate e questiona” e coloca “todos em pé de igualdade”. Com a crítica na ponta da língua, disse que “em Santa Maria da Feira não se celebra a história; terraplana-se a história”, e apontou os “especialistas que tomam conta de cargos e fazem deles a sua coutada”, mostrando-se satisfeito por estarem presentes no auditório da Biblioteca Municipal, quase cheio, muito mais cidadãos do que os que assistiram à última Assembleia Municipal. Já Rui Tavares, do CDS-PP, lembrou que naquele dia, terça-feira, era transmitido um concerto solidário pelas vítimas de Pedrógão Grande, e congratulou o CF pela promoção de um confronto de ideias. “Na minha experiência, estes debates costumam ficar a meio, porque algumas forças se negam a participar. Parabéns ao jornal, porque teve a coragem de o levar avante. Não devemos ser privados de apresentar ideias por causa da pouca vontade de outros em discutilas”, afirmou, numa alusão clara ao


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candidato socia-democrata, anunciando, de seguida, que o CDS-PP focará o seu programa em cinco pilares: Rede Viária, Europarque, Associativismo, Unidade [Concelhia] e Indaqua. Luís Miguel Sá, do BE, também felicitou o CF e disse que “a democracia é determinante para a vida autárquica e a discussão essencial para informar os cidadãos”. Falou da “nuvem negra que paira sobre os ajustes directos” e das “sérias propostas do BE para uma gestão mais transparente”. “Não há planos de emergência nalgumas escolas, não há bocas-de-incêndio nas zonas industriais, a Protecção Civil tem dois funcionários, ou seja, desvaloriza-se a protecção de todos nós”, apontou. A Autarquia “usa e abusa do Marketing” mas “não existem

políticas sociais adequadas para a população”. E apontou um exemplo: “Se existem populações que não querem fazer parte do Concelho, isso deve-se à gestão PSD”. Lembrou, ainda, o “dinheiro mal gasto” com os “flops” do PEC e do PERM e os 600 mil euros “desperdiçados” em software quando há alternativas, como o software livre.

“Ilusão de Milheirós do que poderia ser” De Milheirós de Poiares muito se falou, um assunto incontornável desta campanha. “S. João [da Madeira] quer expandirse, mas se crescer não vai poder assistir da mesma maneira”, afirmou Anselmo Oliveira, apontando o dedo à Câmara PSD, que “deixou andar o assunto Milheirós”.

“Temos de chegar a todos os cantos, todos são importantes”, frisou. Para Margarida Gariso, a pergunta do moderador foi mais incisiva: “Sente que Milheirós é o ponto fraco da sua candidatura?”. “Defendo a coesão e fico triste por haver freguesias que querem sair”, respondeu a socialista, dizendo que “quem governa, é que tem de responder” por esta situação. “As pessoas sentem que não são tratadas de forma equitativa. Queremos freguesias vizinhas a quererem vir para o nosso Concelho e não o inverso”, frisou a candidata, prometendo de seguida que, se for presidente da Câmara, terá “postos de atendimento ao cidadão em todas as freguesias” e irá descentralizar as reuniões de Câmara. “O meu único interesse é servir os munícipes”, afirmou. Orlando Macedo insistiu: “Mas vai lutar para manter a freguesia no concelho da Feira ou aceita a vontade expressa no referendo dos milheiroenses?”. “Temos de trazer as pessoas para o debate e encontrar soluções. A unidade não é uma ckecklist de investimentos. Irei fazer o que me compete em diálogo com eles, para resolver os problemas”, declarou Margarida Gariso. Ao lado, Antero Resende partiu para o ataque: “O PS não tem sido coerente. Não podemos ter chuva no nabal e sol na eira, com discursos evasivos”. Para o cabeça-de-lista da CDU, “Milheirós não foi maltratado”. Pelo contrário. “Em muitas situações, foi privilegiado em detrimento de outras freguesias, tem serviços que não há noutros lugares. Fincavam o pé, faziam birra e recebiam mais um privilégio”, salientou, lembrando os “dois parques urbanos numa microfreguesia” e a praia fluvial e “a escola básica que nunca deveria ter sido construída” pois “deixou Arrifana sem ensino secundário”. Antero Resende apontou ainda as consequências de uma eventual saída de Milheirós do concelho da Feira: “a escola tornar-se-ia inviável sem massa humana para abrir e o centro de saúde também, porque ficaria sem Romariz e Pigeiros”. Sobre o mesmo assunto, Luís Miguel Sá defendeu que “o BE sempre foi coeso” dizendo que “respeitava o resultado do referendo”. “Não podemos brincar com a democracia”, justificou, lembrando que “o PSD tem duas posições diferentes: uma

em Milheirós, onde [em Assembleia de Freguesia] votou a favor da saída para S. João, e outra na Câmara [em que votou contra]”. “Só os interessados e quem vai viver essa alteração é que têm de decidir o que querem para o seu futuro”, considerou. Do CDS-PP, Rui Tavares falou de “uma situação que não resolveria nada”. “A questão deve ser encarada no âmbito de uma reforma a sério. Não nos causa confusão que haja mudanças nos concelhos, causa-nos confusão a excepção e a oportunidade de se abrir um precedente para outras freguesias”, alertou, sugerindo “um referendo em todo o Concelho” e apontando a “ilusão de Milheirós do que poderia ser, pertencendo a S. João”. “Se houver políticas correctas, as pessoas sentem-se próximas”, afirmou.

Troca de galhardetes Sobre as Uniões de Freguesia, Antero Resende falou das vozes que chegam agora à Assembleia da República, das freguesias ‘anexadas’ que reclamam ‘independência’, e da voz tardia do “eterno ausente, como o seu antecessor [Alfredo Henriques]”. “Se Emídio Sousa diz que concorda com a reanálise do mapa das freguesias, então que se debata”, atirou, lembrando a luta da CDU por Fornos, a “única freguesia” que resistiu, porque o partido [PCP] “tomou uma posição de força”. “Quando se discutiu a reforma autárquica [na Assembleia Municipal], houve presidentes de Junta que entraram mudos e saíram calados, de ambos os ‘coloridos’ [PS e PSD]. Muitos dizem que têm a freguesia no coração, mas têm é submissão ao poder PSD”, criticou. Rui Tavares contrapôs Antero Resende. “Eu estive na comissão que preparou a reforma e conheço os documentos. Fornos nunca esteve para ser agregado”, revelou. Também Margarida Gariso quis defender os socialistas: “Houve presidentes de Junta do PS que, na altura, se manifestaram, nomeadamente de Pigeiros, Espargo e Mosteirô”. Por sua vez, Luís Miguel Sá acrescentou que, enquanto eleito do BE em Mosteirô, apresentou uma moção contra a Reforma seis meses antes de ela ser discutida. “Tudo foi esquecido, o PSD fez como queria”, afirmou, recordando que “o BE chegou a propor recentemente Pub.


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DEBATE

uma reorganização do mapa, mas foi rejeitada com votos contra do PSD, PS e CDS, na Assembleia Municipal. “Não é em ano de Autárquicas que se faz uma reforma dessas”, contrapôs Margarida Gariso. Passando-se para a temática da gestão autárquica, veio à baila os ajustes directos, e falou-se sobretudo de “transparência”, a palavra eleita, aliás, por Orlando Macedo, no final do debate, como “a mais utilizada e a que melhor sintetizava o debate”. Margarida Gariso referiu que “mais de 40% dos ajustes directos são com consulta a apenas um empreiteiro” e que “a opacidade, neste domínio, é grande”. Anselmo Oliveira apontou um exemplo, abordando o contrato da Câmara com a ‘P Parques’ na concessão do estacionamento público na cidade. “Dizem que não podem denunciar [o contrato], sob pena de ter de se devolver o valor do investimento. O que estava a fazer o executivo? Provavelmente assinou de cruz”, criticou, dizendo que esta atitude ou revela “incompetência ou jogo de interesses”. “Diariamente se levanta suspeição sobre políticos, muitos dão para este peditório”, afirmou, por sua vez, Antero Resende, descrevendo o assunto dos parcómetros como um “golpe de sacristia” que andará nos tribunais até “a dívida prescrever”, em vez de ser resolvido com uma providência cautelar. Falou de ‘negociatas’, como os desvios de autoestradas por caminhos que davam jeito a alguém, e garantiu, em comparação, ter as “mãos limpas” pois “tudo o que tem, é fruto do seu trabalho”.

Emídio Sousa num próximo debate: “uma promessa”? Com as críticas ao PSD a subirem de frequência, Orlando Macedo esclareceu que o candidato Emídio Sousa tinha assumido o compromisso de participar num próximo debate a realizar em Setembro. “É uma promessa?...”, atirou Rui Tavares, despertando risos na audiência. Luís Miguel Sá voltou ao tópico dos ajustes directos “em cima do joelho” e com “contratações dúbias” de um executivo que está “mais do que habituado a não gerir”. “A Câmara deve ser mais do que transparente”, frisou, atirando que “40 anos não ensinaram nada ao PSD”. Rui Tavares acrescentou que “as contas municipais são extremamente complexas e nada fáceis de perceber” e falou da sua experiência como deputado municipal, em que chegou a levar uma “mesa de campismo” para a sala, porque não tinha onde colocar o “maço de folhas” [do Orçamento Municipal] que lhe era entregue. Criticou, ainda, a Lei Eleitoral que permite aos presidentes de Junta darem representatividade ao PSD na AM. “Um presidente de Junta está condicionado, porque sabe as represálias de que pode ser alvo; então, porque se continua a permitir isto? Se os feirenses votassem diferente, podia ser que a AM fizesse um verdadeiro escrutínio e houvesse pluralidade na representação dos órgãos”, salientou, acrescentando que “com dois partidos na vereação o resultado não tem sido bom”. “Uma terceira força política abriria outras ideias”, lançou. Ao piscar-de-olhos, Margarida Gariso contrapôs que “o que tem mudar é a maioria PSD e não os vereadores do PS”. Da parte da CDU, a observação foi mais cáustica: “Quem ouve o Rui, parece que o partido que mais vezes vota colado ao PSD não é o CDS”, atirou Antero Resende, falando também das contas

camarárias e das juntas de freguesias, que incluem “pneus do carro do presidente da Junta” e em que se “perdem os originais [facturas] e só há cópias”. Rui Tavares concordou que há “contratos estranhos”. “A Câmara tem-se vergado a tudo e quanto mais se verga, mais se vê. Alguém anda com o traseiro à mostra na Câmara da Feira”, afirmou, dizendo que “os parcómetros são a cereja no topo do bolo”. Esclareceu, ainda, que “não simpatiza com o actual deputado do CDS-PP” que “toma posições que não reflectem” as ideias actuais do partido, e passou a batata-quente para o PS, em que já viu a “triste imagem” do conflito entre a bancada socialista e os vereadores do mesmo partido. Sem se deter, Rui Tavares abordou, então, o Plano de Pormenor para o Centro da Freguesia de Lourosa, uma “habilidade política” que a Câmara usou, alterando a quota de construção de um prédio, de forma a “contornar a lei” e não ter de cumprir a sentença judicial que obrigava a demolir o lote. “Os vereadores do PS aprovaram e não viram isto, nem antes nem depois da reunião, e o único elemento do CDS-PP… viu”, criticou. Margarida Gariso ofendeu-se. “Fomos enganados manhosamente. Não podíamos ver a má-fé. Não matem o mensageiro, a responsabilidade é de quem nos governa”, frisou a socialista. Anselmo Oliveira cansou-se: “Estão com acusações mútuas e não se chega a conclusão nenhuma”.

Polvo de interesses ‘laranja’ Antero Resende voltou a falar do “polvo de interesses que circula à volta do poder laranja”, apontando o “crime cometido contra o PDM na Cruz”, a transferência da PSP para um prédio privado ou a construção do Europarque, que “dava um filme”. Para ele, poderia ser centralizado, neste equipamento, agora sob a gestão municipal, o que está “disperso” na zona histórica, assim como o prometido Centro Coordenador de Transportes. “Mas eles querem isso? Não; querem concertos e feiras. A ocupação tem de ser maior, senão dá prejuízo, como já está a dar”, acusou. Luís Miguel Sá falou de uma necessária “articulação dos transportes públicos” e apontou “quatro décadas de laxismo na política” em que o “PSD não presta contas e não esclarece”. “É necessário mudar o paradigma e a relação de forças dos partidos na Câmara e Assembleia Municipal”, sublinhou, falando da água e da necessidade de remunicipalização, concretizada com “sucesso” em cidades como Barcelona, Paris ou Berlim. Antero Resende lembrou a falta de “tarifa social” numa concessão que anda de “aditamento em aditamento” há 50 anos e que é agora controlada por uma “entidade israelita”. “Estão sempre a subir [os preços ao consumidor] porque dizem que o preço da água subiu. É falso. É um saque para privilegiar o privado”, apontou, dizendo que “os municípios da CDU conseguiram baixar o preço da água e saneamento”. “Os interesses do Município devem estar dentro da Câmara e não em qualquer escritório”, lançou. Margarida Gariso falou do “contrato ruinoso” com a Indaqua, sobre o qual o PS foi “sempre contra”. “O PS reclamou um referendo à população e a avaliação de outras soluções. Saímos a perder. Nunca ouvi o presidente da Câmara a defender os feirenses. Está na hora de dizer quem manda no Concelho”, salientou. Anselmo Oliveira voltou à temática da Mobilidade, abordando a necessidade

de “reestruturar” a Linha do Vouga num plano intermunicipal. “É preciso S. João da Madeira, com quem a Câmara anda em guerra”, apontou. Luís Miguel Sá afirmou ser essencial “integrar novos troços para a Linha ser mais dinâmica”, como por exemplo a passagem pelo Europarque. À pergunta do moderador “Se fosse presidente, não queria ter um assessor?” Anselmo Oliveira respondeu prontamente: “Não. O assessor é o menino que acompanha e que consegue o tacho. Porque é que se há-de contratar [assessores] se temos na Câmara técnicos? É dinheiro público, todos os gastos têm de ser equacionados; até o gasto com uma folha de papel tem de ser equacionado”, realçou.

(em tons de) Água-forte

Anselmo Oliveira, PNR

É dinheiro público, todos os gastos têm de ser equacionados, até o gasto com uma folha de papel tem de ser equacionado.

Imaginarius pelas freguesias Falando de política cultural, Rui Tavares lembrou as associações instaladas em espaços com cobertura de fibrocimento; a possibilidade de descentralizar o Imaginarius, que “não exige uma infraestrutura física” e “pode ser realizado em qualquer freguesia”; e a falta de valorização do Castro de Romariz, “um dos grandes ex-libris do Concelho”. Sugeriu, ainda, que se desse “acesso privilegiado nos equipamentos municipais e descontos no IMI” aos voluntários nas associações, de forma a “chamar pessoas” [ao movimento associativo]. Anselmo Oliveira apontou situações da rede viária, como os buracos tapados com “um bocado de tapete” e as lombas na Avenida Sá Carneiro feitas por “um qualquer iluminado”. “Junto à Igreja de Fiães há um buraco há mais de meio ano aberto. A Indaqua devia ir repará-lo”, frisou, lembrando também o edifício da Malaposta, que visitou. “É um Imóvel de Interesse Público. Já viram o estado em que está? A cair, serve para tudo e mais alguma coisa”, salientou.

Alegações finais O candidato do PNR tinha ainda bastante tempo à sua disposição, enquanto os outros candidatos já quase tinham esgotado o que lhes fora equitativamente atribuído, pelo que Anselmo Oliveira cedeu, por iniciativa própria, um minuto do seu tempo a cada um dos seus ‘oponentes’, para alegações finais. Margarida Gariso prometeu estar “atenta, sensível e com uma atitude política diferente” para que “as pessoas sintam que vale a pena acreditar na política”. Antero Resende falou do abate das tílias centenárias e de um engenheiro camarário que “não sabe medir, não sabe calcular densidades, é burro”. Rui Tavares salientou que deveria haver “limitação de mandatos” também para os vereadores para evitar “criar pequenos impérios dentro da Câmara” e falou da Viagem Medieval, arrancando gargalhadas da assistência. “O lema este ano é ‘Fome, Peste e Guerra’. Os feirenses merecem mais”, atirou. Luís Miguel Sá garantiu que este era “o Bloco em que as pessoas podem confiar e que sabem que as defenderá”. “Queremos um Município mais moderno que seja o orgulho dos feirenses”, afirmou. Anselmo Oliveira encerrou, elogiando a comunicação social local, face à nacional, que “boicota constantemente” o PNR. “Movemos uma queixa-crime contra esta censura”, adiantou. O próximo debate realizar-se-á em Setembro, em data a definir, pouco antes das eleições Autárquicas, marcadas para 1 de Outubro.

Antero Resende, CDU

Muitos presidentes de Junta dizem que têm a freguesia no coração mas o que têm é submissão ao poder PSD.

Luís Miguel Sá, BE

O PSD tem medo da democracia e por isso foge ao debate como o Diabo foge da Cruz.

Margarida Gariso, PS

Apresento uma candidatura atenta, sensível e com uma atitude diferente para que as pessoas sintam que vale a pena acreditar na política.

Rui Tavares, CDS-PP

A Câmara tem-se vergado a tudo e quanto mais se verga, mais se vê. Alguém anda com o traseiro à mostra na Câmara da Feira.


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OPINIÃO

XANAX SEM AJUSTE DIRETO Joaquim Dias, Dirigente do Bloco de Esquerda

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Enquanto o povo se exaspera com falta de qualidade de muitas das obras públicas e de algumas outras que ainda ninguém sequer percebeu a sua utilidade, o poder instalado foi acordado de forma abrupta da sesta que dormia no famoso colchão tapeado de relva sintética. Segundo a imprensa, os maços de notas saltitavam, como pardalitos de mão

em mão. Tudo bons rapazes, sempre defensores das populações, estão na política porque amam a sua terra e as suas gentes. Fazem inúmeros sacrifícios em prol do bem público. Vão a todas as missas e procissões, nunca faltam aos jogos de futebol, assistem a todos os espetáculos dos ranchos folclóricos, vão também a todas as inaugurações, vestem sempre fato e gravata (a farda de um homem de

bem), alguns ainda têm tempo, imaginese, para serem dirigentes desportivos e associativos. Estes profetas afirmam que trabalham 24h por dia, sem sequer ter tempo para dormir, apenas e só para, imagine-se, defender o povo. Quando os amigos são literalmente arrecadados para jogarem umas partidas de xadrez nos calaboiços da PJ, o mundo desaba sobre eles, ficam atordoados, nervosos, o medo toma conta das suas

vidas. Vai daí, já nem sequer é necessário um ajuste direto ou um concurso público para a aquisição do tão famoso xanax. Os papagaios metem o rabo entre as pernas, já nem fazem “postagens” nas redes sociais a queixarem-se, quando são desmascarados. Decididamente as alterações climáticas provocaram profundas alterações, agora até os citrinos tomam xanax.

NESTE MANDATO VOU-ME EMPENHAR… José Pinto da Silva

Todos se lembrarão e, não lembrando, fácil será compulsar papéis onde ficaram escritas declarações, que o actual e ainda presidente da União (desunida quantum satis) das freguesias C.S.Jorge/Pigeiros declarou altaneiramente que o grande objectivo do mandato que iniciava (e está a acabar) era ver concretizada a construção do hotel que teria como empreendedor um da vizinha Lobão. Empenhar-se-ia, inclusive, o autarca na colaboração intensa para o rápido deferimento dos projectos de arquitectura e especialidades. Na sanha de andar rápido, nem se apercebeu de

que o projecto, não cabendo no terreno posto em hasta, ao invés de encolher o projecto, estendeu-o por terreno alheio. E porque era a sua bandeira que hasteou alto, de modo escondido, enrolou-a e não fala mais nisso. Neste processo haverá algumas questões a ser respondidas, sendo que a primeira é a certificação de se houve, alguma vez, intenção de se erigir ali um hotel de 4 estrelas. Será só para a lavra do investidor, mas é de perguntar se chegou a haver estudo económico para aquilatação da viabilidade. Ou era sabida a inércia da

Câmara e pensou-se tão somente em conseguir um terreno em zona nobre ao preço de inóspito? Que garantias deu a Câmara em relação à remoção da Fabruima e da casa contígua a nascente? Havia projecto definido para a acessibilidade ao empreendimento? Tendo-se constatado que o terreno contratado era curto, havia a garantia de cedência de mais? Mais quanto e a que preço? Como eu gostaria de ver aquelas casas restauradas e repostas integralmente com o seu aspecto exterior! Para a campanha que se avizinha, esta bandeira está rota e ver-se-á se ainda há

pano para bandeiras. E vai daí quem sabe nos venha indicar a que emissário estão ligados os esgotos das habitações da rua Rio Uíma e também o destino dos efluentes sujos saídos das Termas. E tentar saber se com os esgotos a cair directamente no rio, há lugar a pagamento de taxa de esgotos. É claro que um presidente de Junta nada tem a ver com os esgotos, mas tem o dever de conhecer a rede e denunciar, publicamente, quando tudo vai cair ao emissário de céu aberto e que devia ser limpo e bem limpo. Não seria uma bandeira, mas poderia assumir-se como um pendão.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 2017 ARRIFANA Zulmiro Familiar

No passado dia 24 de junho, em Arrifana, compareceram na Casa da Juventude desta Vila 66 eleitores para exercer o seu direito de voto, referente a este Orçamento Participativo. Foram sufragadas duas propostas apresentadas. A primeira do Boletim de votos, por Manuel Augusto Almeida Rocha, uma “Área de Serviço para Autocaravanas” e a segunda,

por mim, Zulmiro Ferreira Familiar, um “Ginásio de Manutenção Física ao Ar Livre” no espaço junto ao Jardim de Infância de Manhouce. Venceu a minha proposta com 43 votos contra 23 da primeira. Congratulo-me pelo resultado e agradeço a todos os eleitores que nela votaram. Desta forma verificaram que era uma proposta com mais in-

teresse público, em que o tema saúde surge como principal argumento da mesma. Como sabemos, hoje mais do que nunca, a atividade física é parte integrante para o bem estar no dia a dia. Lamento a pouca informação acerca deste tema em que num universo de cerca de três mil eleitores, só compareceram o número acima referido

(66). Mal vai a política nesta terra onde os eleitores se alheiam dos casos de interesse para a Vila, como é o Orçamento Participativo, em que qualquer cidadão pode apresentar a sua proposta para que seja apreciada e votada. Espero que no futuro surjam mais propostas, de forma a enriquecer o “património” de Arrifana.

para já, poucas ou nenhumas. Numa altura em que se exige o reordenamento da nossa floresta, um novo reordenamento do território, a energia verde, o transporte eléctrico, o repensar do sistema de reciclagem, as ciclovias, o combater da poluição das nossas ribeiras e dos nossos rios, a preservação dos habitats e dos ecossistemas; num tempo em que é preciso diminuir a pegada ecológica, apostar na reabilitação

do parque edificado para uma maior eficiência energética, apostar na economia circular e no uso sustentável da água… em Santa Maria da Feira não se passa nada. Pelo que li de alguns candidatos, felizmente não todos – reforço não todos – o topo da ecologia na Feira são os passadiços ou um protesto em frente da praça de toiros em Lourosa. Pouco, muito pouco nos dias de hoje.

PROPOSTAS AMBIENTAIS Daniel João Santos, MPT – Parido da Terra de Santa Maria da Feira

FICHA TÉCNICA

Deixo, de 2005, as afirmações de Gonçalo Ribeiro Telles, o grande arquitecto ambiental português, sobre a floresta portuguesa: «A política florestal tem sido desastrosa», e nenhum Governo, desde a década 30, conseguiu ter consciência das necessidades do País. «É preciso iniciar imediatamente um verdadeiro ordenamento do território, o que demoraria menos de uma geração». «A árvore está a ser perdida todos os Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt

Director Orlando Macedo (CP 3235) direcao@correiodafeira.pt

Redacção Daniela Soares (CP 10037) daniela.soares@correiodafeira.pt

Nélson Costa (CP 10382) nelson.costa@correiodafeira.pt

Marcelo Brito (TP-2391) marcelo.brito@correiodafeira.pt

dias. Se a árvore deixa de estar na mata, na sebe, nos pomares, no montado, na cidade, o que temos é uma cultura artificial que pode dar muito dinheiro durante um curto intervalo de tempo a alguns mas que pode acabar com o País», conclui, ao lamentar ainda a inexistência do Programa Nacional de Ordenamento do Território» Em Santa Maria da Feira, a discussão ambiental e propostas nesse âmbito são,

Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Diana Santos, Filipe Dias, Filipe Freixo, Jo‹ o Pedro Gomes, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Serafim Lopes

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AUTÁRQUICAS

Coligação CDS-PP e MPT em Escapães

Apresentação pública da candidatura União de Freguesias de São Miguel de Souto e Mosteirô

CELINA SANTOS APRESENTA-SE COMO CANDIDATA INDEPENDENTE Celina Santos é o próximo nome a candidatar-se à União de Freguesias de Souto e Mosteirô. A candidata independente pretende dar voz a um Movimento de Cidadãos. “Cada um de nós tem o seu partido, a sua fé, o seu clube desportivo, mas acima de tudo o que nos une é ‘Fazer por Souto e por Mosteirô’, tendo consciência que apesar de serem duas freguesias muito próximas em várias esferas, são distintas”, diz a candidata, em nota de imprensa. Como prioridades, traça a limpeza, as condições básicas, a coesão social, a economia e a cultura da UF. “O nosso trabalho será pautado pelo respeito ao dinheiro dos contribuintes, pela competência, transparência e rigor”, frisa, garantindo ainda que será seu propósito “zelar pelos mais carenciados, ajudando-os a combater as causas que os enca-

minharam à situação de necessidade”. “A nossa União de Freguesias é dotada de beleza natural, história, património arquitetónico e fundamentalmente imbuída de um associativismo fervilhante e diversificado. Uma cultura musical vincada e invejável. Em todas as áreas culturais e desportivas conseguimos ter soutenses e mosteiroenses a levarem o nome da nossa União de Freguesias além-fronteiras. Esta grandeza, todo este potencial da nossa União, tem de ser realçado e desta forma propiciar mais notoriedade, força e desenvolvimento económico, à semelhança de outras freguesias do Concelho. Pretendemos com esta Candidatura valorizar os Nossos e o que é Nosso”, diz Celina Santos, lançando o mote: ‘Vamos ser mais Bairristas e Fazer da Nossa União a União’.

PS LANÇA PEDRO NUNO SANTOS A LAMAS LAMAS Pedro Nuno Santos é a escolha do Partido Socialista para a Assembleia de Freguesia de Santa Maria de Lamas. Aos 44 anos, o lamacense diz-se “motivado para fazer crescer” a vila e promete “unir as instituições e forças vivas sob a égide do orgulho lamacense”. Nesse sentido, garante que aproveitará todos os meios para “criar sinergias”. O candidato do PS defende a requalificação das instalações da USF Saúde Mais de Santa Maria de Lamas; a criação de um plano de intervenção e requalificação do Parque de Santa Maria de Lamas; a dinamização do Desporto através da requalificação das infraestruturas desportivas existentes; o aumento da oferta cultural, apoiando e dinamizando a organização de eventos culturais na freguesia; e a criação de um evento abrangente ligado à indústria tradicional de Santa Maria de Lamas. Pedro Nuno Santos aponta igualmente baterias a outras áreas: apoiar o associativismo cultural e desportivo; preservar o património cultural e religioso; reformular o modo de funcionamento e actuação do Fórum Social. Sendo eleito presidente de Junta, encetará esforços, em conjunto com a Associação Bem-Estar, para garantir junto das instituições competentes soluções de financiamento para terminar a construção do Lar de Idosos e Centro de Dia. Licenciado em Relações Públicas e Internacionais (ISPAB), com pós-graduação em Ciências da Comunicação – Cultura, Património e Ciência (FLUP) e em Gestão de Projectos e Organizações Culturais (IPIAGET), Pedro Nuno Santos já exerceu diferentes

ESCAPÃES Ricardo Alexandre Leite de Oliveira (CDSPP) e Joaquim Oliveira Castro (MPT) são os rostos de lista da coligação CDS-PP/MPT “Escapães Merece Mais” com vista a concorrer à Junta de Freguesia de Escapães nas próximas eleições autárquicas. A apresentação acontece na próxima sexta-feira, pelas 21h00, no salão nobre da Junta de Freguesia de Escapães.

Rolando Sousa é o cabeçade-lista da CDU em Fiães FIÃES Rolando Jorge Alves de Sousa, empresário do sector automóvel, com 46 anos, casado e pai de duas filhas, nasceu no lugar do Grandal, residindo actualmente no Regato, e é o candidato da CDU à Assembleia de Freguesia de Fiães. É cofundador e membro da direcção da Associação de Trampolins de Fiães, tendo participado em diversas actividades do movimento associativo da freguesia e Município. É ainda dirigente do Futebol Clube Cadinha, tendo sido treinador do referido clube. Desempenha funções de Dirigente Distrital da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas e é ‘destacado’ dirigente comunista com lugar na Comissão de Freguesia e Concelhia do PCP, assim como na Direcção da Organização Regional de Aveiro. Integrou as listas da CDU nas últimas eleições autárquicas. Pub.

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(agregado familiar) funções em associações, entre as quais o Clube de Futebol União de Lamas; Conselho Paroquial da Pastoral de Santa Maria de Lamas; Fundação e Ensino e Desenvolvimento de Paços de Brandão (ISPAB), Associação de Antigos Estudantes do ISPAB e CiRAC de Paços de Brandão. Foi director de Comunicação e responsável pelas candidaturas ao financiamento do Festival Internacional de Música de Verão de Paços de Brandão. Pedro Nuno Santos exerceu ainda diferentes funções na Assembleia de Freguesia de Santa Maria de Lamas de 2005 até ao presente.

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OPINIÃO


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ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Município declara-se livre de touradas Texto Marcelo Brito Foto Diana Santos

a assembleia Municipal de santa Maria da Feira aprovou por unanimidade, na semana passada, uma moção apresentada pelo Bloco de esquerda que declara a intenção do Município não voltar a receber qualquer evento tauromáquico no futuro. Foi ainda atribuído apoio, financeiro, a sete Juntas e a uma união de Freguesias do concelho.

FEIRA A última sessão da Assembleia Municipal, realizada segunda-feira, dia 26, no Auditório da Biblioteca de Santa Maria da Feira, iniciou-se com o voto de pesar solidário – proposto pela CDU, mas assumido por todos os membros constituintes da AM – para com as vítimas e familiares do incêndio de Pedrógão Grande, concelho de Leiria. Toda a Assembleia, de pé, homenageou o momento com um minuto de silêncio. O período antes da Ordem do Dia iniciou-se com Filipe Moreira, da CDU, que subiu ao púlpito para apresentar uma recomendação que propunha a isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para bombeiros voluntários em funções há, no mínimo, três anos; uma redução de 50% nas taxas municipais de construção, reparação e amplia-

ção de habitações; um desconto de 50% no uso de infraestruturas municipais; e um reforço do Seguro Social do Bombeiro. A recomendação foi rejeitada. José Manuel Leão, do PSD, admitiu que a proposta “faria todo o sentido”, mas justificou a ‘nega’ da bancada laranja com o facto de a Câmara já estar a “ultimar o Regulamento do Voluntariado da Feira”. “Votaríamos favoravelmente, mas esse trabalho já está a ser feito”, justificou. Seguiu-se Moisés Ferreira, em representação do Bloco de Esquerda, que apresentou três recomendações: Alteração do regulamento de utilização da marca ‘Good Makers Santa Maria da Feira, Portugal’ com vista a “promover as melhores práticas laborais”; aplicação de um Tarifário Social da Água para que “a Câmara passe a apoiar 8742 agre-

gados familiares em vez de apenas 24”; e a disponibilização de documentação alusiva à contratação pública pela Autarquia como “as propostas, o caderno de encargos, o júri e os relatórios”. O bloquista deu a conhecer ainda duas moções: A primeira requisitava à Assembleia para que esta declarasse o Município livre de touradas e, com a segunda, pretendiam a criação de uma Comissão para a elaboração do Regulamento Municipal do BemEstar Animal. A Assembleia apenas aprovou uma proposta do Bloco e por unanimidade. O Município está agora, oficialmente, livre de qualquer evento tauromáquico. Todas as outras foram rejeitadas. De referir que todas as recomendações e moções apresentadas na Assembleia, quer pelo BE, quer pela CDU, contaram

com o apoio do Partido Socialista. Sobre a proposta de alteração do regulamento da marca Good Makers, José Manuel Leão afirmou que “o BE só quer denegrir uma iniciativa louvável, aplaudida e com êxito”. Relativamente ao Tarifário Social da Água, o mesmo referiu que “a Câmara tem sido exemplar a nível social”, justificando que “os fóruns de freguesia detectam e actuam em função das necessidades de cada família”. A moção foi rejeitada. Sobre a disponibilização de documentação para uma maior transparência, o presidente da Autarquia Emídio Sousa referiu que “no site da Câmara existe uma ligação que redirecciona o utilizador para a plataforma de contratação pública”. Por fim, sobre a criação de uma Comissão para redigir o Regulamento do Bem-Estar animal,


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o edil referiu que o Governo central já definiu as regras, não existindo necessidade para a criação da mesma. O Partido Socialista propôs aos deputados a aprovação de um voto de louvor à equipa de Hóquei em Campo do União de Lamas que conquistou, recentemente, o EuroHockey Club Challenge II em Gibraltar. Aprovado por unanimidade.

Filipe Moreira questiona negócio entre Câmara e P Parques Filipe Moreira, da CDU, interrogou o porquê da Câmara Municipal ainda não ter entrado com uma Providência Cautelar contra a P Parques, empresa que explora os parques de estacionamento do Concelho. “A empresa [P Parques] deve 600 mil euros à Câmara, valor que representa 40% do lucro da mesma em sete anos. A Câmara não avança com uma Providência Cautelar para congelar o contrato e é benevolente com uma empresa que tem esta dívida há sete anos. A empresa vai a Tribunal, pede insolvência e a Câmara nunca receberá o dinheiro”, projecta, desvendando que “a CDU teve acesso a um documento que prova que a empresa, que se diz em insolvência, tentou comprar o extinto Terras da Feira por 52 mil euros em Outubro do ano transacto” e descrevendo o contrato entre a Autarquia e a P Parques como “uma parceria público-privada falhada”. O edil camarário, Emídio Sousa, retorquiu afirmando que “não há parceria público-privada” e que entraram de imediato para os cofres da Câmara, aquando da assinatura do contrato, 2,6M€. Sobre a acção da Autarquia, o presidente

apontou a “estratégia jurídica” no processo.

Prestação de Contas Consolidadas aprovada Na Ordem de trabalhos, foi debatida a Prestação de Contas referentes ao exercício camarário no ano transacto. Valter Amorim, em representação do CDS, elogiou o trabalho da Câmara, enumerando o aumento do capital activo e a diminuição do passivo. “As contas estão mais credíveis. Existe uma melhoria significativa”, disse. O socialista Daniel Gomes, pelo contrário, aproveitou para enumerar alguns pontos que, segundo o mesmo, descredibilizam a acção do Executivo, como “a elevada arrecadação de impostos face à qualidade dos serviços prestada, a pouca requalificação das estradas, as muitas barreiras arquitectónicas que ficaram por eliminar, o aumento das provisões do saneamento e a inexistência dos Centros Coordenadores de Transportes”. “Ficaram por cumprir e por fazer tantas e tantas coisas que seriam importantes para a qualidade de vida dos feirenses”, afirmou. Moisés Ferreira, do Bloco, quis destacar o que está “por trás do documento” das Contas Consolidadas. Evidenciou que o Município cumpriu uma minoria da percentagem em programas como o Cuidar de Quem Cuida, o Cartão Feira Sénior, o Concelho Solidário e a Conservação e Recuperação de Parque Habitacional. “Votaremos contra esta Consolidação de Contas porque tem, claramente, rumo estratégico, mas não é o rumo que o Concelho e as pessoas precisam”, declarou. Por sua vez, Filipe Moreira referiu que iria votar a favor das Contas

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pois “não foi encontrada qualquer anomalia”, embora tenha referido que “a redução da dívida resulta das alterações da legislação” a nível nacional. Contudo, não retirou mérito à Câmara. Emídio Sousa respondeu aos comentários da Oposição, começando por elogiar Valter Amorim pela “correcta interpretação dos documentos”. Dirigindo-se a Daniel Gomes, apenas afirmou que este “cumpriu o seu papel quando não falou das contas”. Às críticas de Moisés Ferreira, reiterou que “a política social da Câmara é de parceria com as associações e instituições” do Concelho. Ao comentário de Filipe Moreira, enalteceu “a redução da dívida” e referiu que o sucesso dos documentos baseia-se em “cumprir com rigor e pagar a tempo e horas”. As Contas Consolidadas foram aprovadas com 37 votos a favor e 14 contra.

Sete Juntas e uma União de Freguesias apoiadas A Assembleia decidiu ainda, de forma unânime, apoiar as Juntas de Freguesia de Nogueira da Regedoura, Paços de Brandão, Lourosa, S. Paio de Oleiros, Mozelos, Rio Meão e ainda a União das Freguesias da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo. O apoio à Junta de Romariz, para obras de beneficiação do Polidesportivo, foi igualmente aprovado, mas com o voto desfavorável do Bloco. Moisés Ferreira justificou a votação contra os “27 704 euros de relva sintética para um campo de futebol de cinco”. “A empreitada foi adjudicada à empresa Safina sobre a qual temos as maiores reservas. Votámos contra porque não está claro o procedimento da sua contratação”, explicou. Pub.


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REUNIÃO DE CÂMARA na zona industrial do Cavaco

aberto concurso para Centro Veterinário municipal A Câmara abriu um concurso público, com preço base de 157 mil euros, para construção do Centro Veterinário Municipal. “A intenção é construir um novo centro na Zona Industrial do Cavaco”, afirmou o presidente da Autarquia, Emídio Sousa. O procedimento foi aprovado por unanimidade.

ampliação do cemitério e parque de estacionamento

Capela mortuária terá melhores condições Em resposta às acusações socialistas de falta de apoio

PSD Diz quE PrESiDEntE Da Junta “não tEm tEmPo” DE ir à Câmara Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

MILHEIRÓS DE POIARES “Tivemos a oportunidade de visitar Milheirós. O PSD tem feito orelhas moucas. A Junta de Freguesia tem enviado e-mails e as respostas têm sido zero”, apontou o socialista António Bastos, dizendo que “perante este cenário, é óbvio que as pessoas se sentem afastadas”. O vereador do PS “lamenta” que “a Junta tenha de andar a pedinchar” e enumerou os vários e-mails enviados, desde 2015, a Emídio Sousa, José Manuel Oliveira e Vítor Marques, relativos, por exemplo, a ruas como Outeiro, Dentazes ou D. Sebastião Soares de Resende, esta última “uma rua principal, que une vários lugares, mas não tem passeios e obriga os peões a circular na faixa de rodagem”. António Bastos falou ainda dos limites entre Milheirós de Poiares e S. João da Madeira, que denotam “a diferença entre concelhos e o interesse dos milheiroenses em afastarem-se da Feira”. E-mails enviados relativamente à rede viária “sem resposta concludente”. “Se tivéssemos um plano eficaz, certamente que saberíamos responder”, salientou.

“Não pôr a política à frente das terras” O vereador independente Eduardo Cavaco exaltou-se com a menção a S. João da Madeira. “Milheirós de Poiares é de Santa Maria da Feira. S. João é S. João, Feira é Feira. Dizer ‘lá é melhor’, é muito baixo. Temos de defender os interesses da Feira. Ou está com a Feira ou está contra a Feira”, sublinhou, lembrando, porém, que “o nosso Concelho é muito maior, S. João é pequenino”. “A Câmara não pode dar tudo a Milheirós, tem de ser distribuído. Sou feirense e gosto da Feira. Não se pode pôr a política à frente das terras”, frisou, terminando: “Sou pela unidade do Concelho”. António Bastos explicou-se: “Sou pela Feira. Gosto de S. João, mas gosto muito mais do meu Concelho. Falei apenas dos limites Milheirós/S. João que são os limites entre um concelho de primeiro mundo e um de terceiro”. “Isto dos e-mails é contagiante, agora toda a gente fala dos e-mails”, começou por lançar o presidente da Câmara, Emídio Sousa, atirando: “Era bom era que o PS fosse claro na sua posição relativamente a Milheirós de Poiares”.

O autarca explicou que “os e-mails não são uma forma comum de lidar com estas situações [pedidos de apoios]” e que “lhe apraz de sobremaneira o trabalho que a Câmara tem feito em Milheirós”.“Serão dois/três meses de muita propaganda política, uma tentativa de sobressair aspectos não resolvidos. Eu gostava mais que as campanhas fossem feitas na rua, mas serão feitas nas reuniões”, declarou.

“Condena sem direito ao contraditório” O vereador com o pelouro das Obras Municipais também se quis pronunciar sobre a matéria: “Você [António Bastos] condena toda a gente sem direito ao contraditório ignorando o funcionamento de uma Junta e de uma Câmara. Aqui ninguém discrimina ninguém”. Vítor Marques atirou que “as coisas não se resolvem apenas pela vontade do presidente da Junta de Milheirós” que “não tem tempo de vir à Câmara”. “A iluminação à volta da capela está feita, os alargamentos já se propôs uma série de situações mas precisamos que o presidente da Junta venha à Câmara e traga as autorizações dos proprietários dos terrenos”, frisou. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, acrescentou que o executivo de Milheirós de Poiares pediu, inclusive, um estudo, sobre a rua entre o Centro Social e a Igreja, que “já tem mais de nove anos” e foi na altura “entregue em mãos”. “As questões são elaboradas porque ninguém as procura”, apontou, garantindo que “olham para Milheirós da mesma forma que olham para outras freguesias, até se calhar com mais carinho”. “Os elementos do executivo de Milheirós não têm razão de queixa da edilidade, temos ido ao seu encontro. O problema é que o presidente da Junta pede mas depois não faz o que lhe é dito”, afirmou Vítor Marques. “Mas respondem aos e-mails?”, perguntou António Bastos, prosseguindo: “O que está em causa é a falta de resposta aos e-mails, um meio de comunicação usual nos dias de hoje”. Emídio Sousa terminou reiterando: “Os e-mails não é a forma normal. As Juntas têm os telefones dos vereadores. Nenhuma Junta se queixa que não os recebemos”.

CALDAS DE S. JORGE A Câmara Municipal comprou um terreno, nas Caldas de S. Jorge, junto à Igreja, para “dar melhores condições à Capela Mortuária”. “A actual é exígua, há dificuldade nas manobras para retirar o corpo”, explicou o vice-presidente, José Manuel Oliveira. A Autarquia quer ampliar o cemitério e fazer um parque de estacionamento de apoio. “A Junta veio cá várias vezes, não enviou e-mail”, atirou o presidente da Câmara, Emídio Sousa, em resposta às críticas do PS sobre os pedidos da Junta de Freguesia de Milheirós que vieram por esse meio de comunicação. “É o beija-mão como vocês gostam”, respondeu o socialista Mário Oliveira. “Não, isso acontece no PS”, contrapôs Emídio Sousa, reforçando que “todos os presidentes de Junta têm um tratamento igual” e a Autarquia “apoia ou não projectos sejam de que partido forem”.

rESPiGoS Na sequência das solicitações de António Bastos, Gil Ferreira entregou os relatórios relativos às edições de 2014, 2015 e 2016 do Imaginarius. Mas o vereador do PS tinha pedido o relatório de… 2017. “2017 ainda não é possível, encontra-se em pagamento um conjunto de despesas”, informou Gil Ferreira. António Bastos agradeceu a entrega dos documentos mas lançou: “Grato pelo que foi apresentado, mas ficarei mais grato com o relatório de 2017”. O vice-presidente, José Manuel Oliveira, informou que – ao contrário das acusações de António Bastos em anterior reunião sobre a não publicação dos editais relativos à fábrica Luís Leal & Filhos – tinha sido feita uma consulta pública – “em que não houve sugestões” – e foi dada execução ao pedido de afixação dos editais nos sítios mais visitados pela população local. António Bastos relembrou o seu pedido de documentação relativa ao muro na Rua Cónego Ferreira Pinto e à rotunda de Casaldaça, em Guizande. “Há dias, estive nos serviços, solicitei a documentação, mas o processo continha apenas o projecto. O que nos interessa não foi apresentado. Faço votos para que nos seja entregue nos próximos dias”, referiu. Na ordem de trabalhos, no ponto “Comunicação da celebração de contratos de aquisição de serviços”, Emídio Sousa revelou que a Autarquia tinha encomendado um estudo para apurar a “viabilidade económica das Termas de S. Jorge”. “Está a dar prejuízo, queremos saber a viabilidade e as medidas a tomar”, declarou. O ponto “Requalificação da Escola Básica Feira Centro” estava agendado para a reunião da passada segunda-feira, mas a Câmara retirou-o e agendou-o para a próxima reunião. António Bastos aproveitou para perguntar sobre o ponto de situação do novo centro escolar da cidade-sede, a localizar-se no terreno da antiga Eb 2,3 Fernando Pessoa, e Emídio Sousa adiantou que estavam “em conversações” com o Governo e que esperavam alcançar o objectivo, frisando, contudo, que se trata de um compromisso assumido e que “não nos estão a fazer nenhum favor”. “Esperemos fazer a obra no próximo mandato”, afirmou.


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REUNIÃO DE CÂMARA

E mais dois a caminho

NovE apoios aprovados para habitação social Nove projectos para a reabilitação de empreendimentos de habitação social, nas freguesias de Arrifana, Caldas de S. Jorge, Canedo, Escapães, Fiães, Guizande, Lourosa e Souto, foram aprovados na última reunião de Câmara. O presidente, Emídio Sousa, mostrou a sua “satisfação em avançar com as obras” e adiantou que no total são 11 projectos. “Os edifícios estão razoáveis mas estamos preocupados com os mais antigos. Estamos a aprovar os projectos de execução para depois ir a concurso. Trata-se de um investimento muito significativo”, frisou. “Agora é que se propõem a fazer…. Nos pró xi mo s meses” , l ançou o soci al i sta António Bastos. O presidente da Autarquia contrariou, lembrando o trabalho envolvido. “Vocês é que nos obrigam a fazer este tipo de comentários”, afirmou António Bastos, garantindo que “se o PS for Câmara, as obras serão executadas em dois anos”. “Vamos requalificar o edificado. Agora não têm condições térmicas, mas vão ter. Não acredito que com o PSD se fará isso”, apontou. Emídio Sousa acusou-o de estar a fazer “propaganda política”. “Está a lutar por

um lugar na vereação”, atirou, reiterando que estes processos exigiram “muita preparação” e negociação de fundos comunitários. José Manuel Oliveira adiantou, ainda, que um dos próximos empreendimentos será em… Milheirós de Poiares. Os apoios foram aprovados por unanimidade. “Espero que nos próximos meses tenhamos obra no terreno”, declarou Emídio Sousa.

Apoios para Bombeiros de Arrifana e Igreja de Louredo Outros dois apoios foram aprovados. Um para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arrifana, na ordem dos 12 mil euros, para ajuda no projecto de remodelação do Quartel, orçamentado em cerca de 14 mil euros; e outro para a Fábrica da Igreja Paroquial de S. Vicente de Louredo, na ordem dos 15 mil euros, para ajuda na demolição do muro de suporte de terras – que “ameaça ruir colocando em perigo a construção existente no terreno bem como pessoas e veículos que diariamente circulam na Rua da Capela” – e edificação de novo muro, com um valor estimado em 22 mil euros.

ps quer que se avance com construção do hotel CALDAS DE S. JORGE O Partido Socialista questionou o executivo sobre “a tão protocolada construção do hotel [nas Caldas de S. Jorge] que não teve desenvolvimentos”. “Sabemos que o promotor esteve extremamente doente, o que atrasou o processo, mas há um segundo interessado na aquisição dos terrenos para construir o hotel”, lançou António Bastos, pedindo que se reanalise o processo. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, esclareceu que só houve um concorrente na altura mas pediu a António Bastos que lhe indicasse o interessado. “Se o conhecer, ele que venha ter connosco, estamos dispostos a ouvir”, afirmou.

Francisco oliveira pede apoio camarário

o distrito de aveiro em 21 livros O escritor e pintor de S. João de Ver Francisco Oliveira levou a sua obra sobre o distrito de Aveiro, dividida em 21 livros, à última reunião da Autarquia, requisitando apoio camarário para a sua publicação. Uma obra que completou em 2014 e sobre a qual, na altura, falou em entrevista ao CF, resultado de um trabalho de pesquisa, entre bibliotecas, Livros de Forais, Memórias Paroquiais, Torre do Tombo, Arquivo Distrital de Aveiro, que durou quatro anos. O vereador da Cultura, Gil Ferreira, adiantou que já se tinha reunido com Francisco Oliveira e que a sua obra “será analisada pelos técnicos do pelouro” que “normalmente analisam estas propostas”. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, alertou, contudo, que “a Autarquia recebe com muita frequência propostas de livros e de autores que os querem editar” e não os pode publicar a todos. Francisco Oliveira requisitou, ainda, à Câmara que “resguardasse” algumas das suas telas, pintadas a óleo, que “retratam a vida do Concelho”. Pub.


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SOCIEDADE avaliada em 1800 euros

dois jovens furtam bicicleta FEIRA Dois jovens, um de 19 anos e outro de 16 anos, foram identificados, no dia 17 de Junho, por suspeita de furto. Alegadamente, furtaram, no passado dia 14 de Junho, uma bicicleta, avaliada em 1800 euros e puseram-na à venda na Internet. A bicicleta foi recuperada e os suspeitos constituídos arguidos.

75.º aniversário do assassinato de ferreira soares

acIdEntE dEIxa duas PEssoas fErIdas CALDAS DE S. JORGE Um acidente nas Caldas de S. Jorge, no corte da EN223, provocou ferimentos em duas pessoas, que tiveram de ser desencarceradas. O acidente ocorreu junto

NOGUEIRA DA REGEDOURA O 75.º aniversário do assassinato de Ferreira Soares assinala-se amanhã, pelas 18h00, com romagem ao cemitério de Nogueira da Regedoura. A efeméride contará com a participação do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

fotolegenda

ao lugar de Arcozelo, numa zona de curva, e envolveu duas viaturas ligeiras. Ao local acorreram os Bombeiros de Arrifana, VMER da Feira e GNR.

Inscrições abertas

Programa dE VoluntarIado JoVEm – VErão 2017 Estão abertas, até quinta-feira, as inscrições para o Programa de Voluntariado Jovem – Verão 2017, dirigido a jovens que já completaram 16 anos, interessados em fazer voluntariado numa instituição do concelho de Santa Maria da Feira, nas áreas de apoio a seniores e infância, saúde e apoio aos animais. Através deste programa, a decorrer nas férias de Verão, nos meses de Julho e Agosto, pretende-se que os jovens intervenham de forma activa na comunidade, adquiram no-

vas competências e valorizem o seu tempo. O Programa de Voluntariado Jovem é uma resposta da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, através do Banco Local de Voluntariado, Rede Social de Santa Maria da Feira e Plano Municipal para a Igualdade de Género de Santa Maria da Feira, em estreita parceria com a Casa dos Choupos – Cooperativa Multissectorial de Solidariedade Social, CRL. Para mais informações e esclarecimentos, os interessados devem contactar através do e-mail banco.voluntariado@cm-feira.pt.

Entre douro e Vouga

Encontro IntErconcElhIo dE BIBlIotEcas EscolarEs Hoje, decorre o Encontro Interconcelhio de Bibliotecas Escolares de Entre Douro e Vouga, denominado “O Valor da Argumentação na Promoção de Competências”, no auditório da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis. Com uma organização conjunta da RBE (Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação), Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Centro de Formação AVCOA e o Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, envolverá temáticas diversificadas ligadas à temática da Argumentação. Para além da exploração deste tema, neste encontro de Bibliotecas Escolares estará presente o Secretário de Estado da Educação, João Costa,

que estará na sessão de encerramento e assistirá ainda à assinatura das Cartas de Compromisso das Redes de Bibliotecas Escolares dos concelhos de Arouca, Vale de Cambra, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Espinho. Assinarão esta Carta de Compromisso os Presidentes de Câmaras Municipais dos seis concelhos envolvidos, bem como os Directores de todos os Agrupamentos da Área de Entre Douro e Vouga. Participarão neste encontro Professores Bibliotecários, bibliotecários municipais, Directores de escolas e Docentes de todos os níveis de ensino, Assistentes Operacionais e Docentes das Equipas das Bibliotecas Escolares entre outros participantes.

32.º anIVErsárIo da JuVEntudE dE sanguEdo A Juventude de Sanguedo comemora o seu 32.º aniversário, no próximo sábado, com um jantar de angariação de fundos que assinala a efeméride mas também os 30 anos da Escola de Música da JDS. O evento tem início

às 20h00 no Restaurante Monte das Oliveiras, em S. João de Ver. No dia 16 de Julho, há missa em sufrágio dos sócios falecidos e familiares, pelas 10h00, na Igreja Paroquial de Sanguedo.

O CHEDV inaugurou, na passada quarta-feira, uma exposição das obras criadas na Oficina de Artes Visuais, frequentada pelos seus utentes, que estará patente até ao dia 12 de Julho no Núcleo de Arte da Oliva, em S. João da Madeira. O projecto ‘Normativos? Talvez… não!” decorreu durante cerca de meio ano e tinha como objectivo utilizar a arte como ferramenta para promover a reabilitação de pessoas com problemas de saúde mental grave, visando a sua reinserção social. “A Oficina foi vivida com grande satisfação pelos utentes e técnicos envolvidos, com evidente melhoria do quadro clínico, pelo que retomará a sua realização em Setembro”, informa o CHEDV, em comunicado.

DEDO NA FERIDA

S. JOÃO DE VER Um leitor do CF e habitante na Quinta do Areeiro, em S. João de Ver, expressa o seu “desagrado” relativamente à manutenção do local. “A limpeza da via pública deixa muito a desejar, os passeios parecem autênticos matagais, carecem de intervenção dos responsáveis”, aponta, referindo as “centenas de pessoas” que frequentam a zona para “fazer caminhadas” “Em vez de as fazerem pelos passeios, fazem pela via de circulação dos veículos, pois os passeios encontram-se invadidos por ervas e silvas”, afirma, alertando ainda para o “perigo de queda” nos buracos originados pela “falta de tampas de saneamento”.


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CULTURA

Xii Festival das colectividades em Argoncilhe

Bela “Adormecida”

Um conto clássico no cineteAtro António lAmoso FEIRA A Academia de Música e Artes de Rio Meão e o Ninho das Artes juntam-se para apresentar ‘Adormecida’, uma versão única do lendário conto da bela princesa enfeitiçada. São 80 os alunos que, com idades compreendidas entre os 18 meses e os 40 anos, se reúnem em palco para nos encantar com esta bela história. O conto d’A Bela Adormecida, que faz parte do imaginário colectivo, foi inicialmente adaptado para bailado no século XIX por Tchaikovsky e, já no século XX, foi popularizada pela animação da Disney. Esta apresentação une referências

das duas abordagens num espectáculo que cruza as linguagens da dança, música e multimédia. Ballet Clássico, dança contemporânea, dança do ventre e danças urbanas alimentam-se da rica musicalidade, misturando-se e ganhando profundidade com a projecção multimédia. O espectáculo conta ainda com a participação especial da turma de música para bebés, que farão figuração. Para ver no próximo sábado, pelas 21h30, no Cineteatro António Lamoso, com bilhete a 7,5 euros.

Xii congresso internAcionAl HistóriA do PAPel nA PenínsUlA iBéricA O passado fim-de-semana foi marcante para o território. Portugal, e Santa Maria da Feira, recebeu, pela primeira vez, o XII Congresso Internacional História do Papel na Península Ibérica, que decorreu na Biblioteca Municipal. Uma parceria da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira com a Associación Hispánica de Historiadores del Papel. O congresso foi dirigido aos interessados no estudo do papel nas suas mais diversas vertentes, contando com a participação de congressistas da Argentina, Áustria, Brasil, Dinamarca, Espa-

ARGONCILHE São cinco dias de Festival das Colectividades em Argoncilhe com muita animação. Quintafeira, às 21h30, há actuação do Rancho Regional de Argoncilhe Infantil e Adulto e Rancho da Casa da Gaia; sexta, actua a Orquestra Juvenil e Banda Sinfónica do Grupo Musical Estrela de Argoncilhe; e sábado, às 15h00 realiza-se o X Encontro de Auto Clássicos, às 16h00 tocam os Bombos – Vale Tudo, e às 21h30 saem as Marchas S. Joaninas de S. João Pereira. No domingo, às 10h00 há Mini Torneio Infantil – ADA e Concentração de 2 Rodas – CACUA; às 15h30, Danças Contemporâneas da Casa da Gaia; às 18h30, actua o Grupo de A.M. de Lourosa e às 19h30 as Danças de Salão da Casa da Gaia. À noite, às 21h30, há Teatro de Aldriz com a peça “O Alto da Traição”, seguido de actuação do Grupo de Danças “The Movement”. O Festival fecha na próxima segunda-feira com o conhecido cantor Quim Barreiros.

concurso nacional de música gilberta Paiva adiado FEIRA Por motivo de condições meteorológicas adversas, o Concerto de Abertura do III Concurso Nacional de Música Gilberta Paiva foi adiado para o dia 15 de Julho, às 21h30, no espaço exterior do Museu/ Convento dos Lóios, em Santa Maria da Feira.

encontro de coros do orfeão FEIRA No próximo sábado, há Encontro de Coros, organizado pelo Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, na Biblioteca Municipal. O encontro tem início marcado para as 18h30 e conta com a participação do Coro do Orfeão e com dois coros convidados: Coral Honra e Dever, de Vila do Conde e o Orfeão de Paços de Ferreira. O Encontro de Coros, organizado pelo Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, acontece desde 1987, contando com a participação de coros nacionais e internacionais. Estes encontros têm como objectivo estimular e desenvolver a prática e gosto pelo canto coral em Santa Maria da Feira.

iX Festa das tasquinhas de rio meão nha e Portugal. Dos vários temas em análise, destaque para a História do Papel em Portugal, a importância das marcas de água, o papel hispano-árabe, o papel ibérico na América Latina, a arqueologia industrial do papel e a conservação e restauro de papel. Um encontro bienal, que se realiza desde 1995 em diferentes cidades de Espanha e que, nesta edição, alargou o seu âmbito geográfico e temático à Península Ibérica, nomeadamente às Terras de Santa Maria, que têm a arte de fazer papel gravada na sua identidade.

RIO MEÃO A freguesia de Rio Meão junta-se, de 6 a 9 de Julho, na IX Festa das Tasquinhas de Rio Meão, no Largo do Pavilhão das Colectividades, na Zona Industrial de Rio Meão. A abertura é na quinta-feira, às 20h00, com o Grupo Cultural e Recreativo de Bombos “Os Vale Tudo”, seguido pelo duo Mário e Hermínio. Na sexta, às 21h30, actua o grupo Raízes ao Cubo; e no sábado, às 21h30, há Noite de Folclore, organizada pelo Rancho Folclórico Etnográfico das Terras de Santa Maria – Rio Meão e Rancho Folclórico e Recreativo “As Florinhas de Rio Meão”. Finalmente, no domingo, há, às 15h30, espectáculo de dança com vários grupos do Concelho e, às 21h30, actuação da banda Clapton Addiction. Um evento com gastronomia, artesanato e animação.

fotolegenda

exposição de pintura e escultura “luz Y sombra”

oBrAs de AlBAno rUelA e José oliveirA nA cAsA dA cUltUrA LOUROSA A Junta de Freguesia de Lourosa, dando uma vez mais “ênfase à sua dinâmica cultural”, organizou uma exposição “Luz y Sombra” de pintura e escultura dos artistas

Albano Ruela e José Oliveira. Inaugurada no passado sábado, pelas 17h00 na Casa da Cultura, em Lourosa, estará patente até ao dia 31 de Julho.

S. JOÃO DE VER Os alunos de pintura da ACDL inauguraram uma exposição com os seus trabalhos, no passado sábado, na Junta de Freguesia, que esteve patente até ontem.


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26.JUN.2017

CULTURA

“ESTOU CONVICTO QUE SERÁ UM MOMENTO INIGUALÁVEL” Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt Foto: Marta Cabral

No âmbito das comemorações dos 120 anos do Correio da Feira, o Concerto de Aranjuez, datado para o próximo sábado na Praça de Armas do Castelo da Feira, contará com a presença do guitarrista clássico solista, natural de Angra do Heroísmo, Rúben Bettencourt. Este projecta um concerto incomparável e desfaz-se em elogios à gestão da vereação da Cultura dirigida por Gil Ferreira. Pub.

Como surge a oportunidade de juntar-se à Orquestra de Jovens de Santa Maria no Concerto de Aranjuez? O convite parte do vereador da Cultura, Turismo, Biblioteca e Museus da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, António Gil Ferreira, pessoa pela qual tenho a maior consideração já de longa data, e pelo trajecto de mérito e profissionalismo que tem sido constante ao longo de já vários anos. Considera um desafio aliciante? Porquê? O ‘Concierto de Aranjuez’ de Joaquín Rodrigo é a obra mais mediática e desafiante para um guitarrista clássico solista. Juntar esta possibilidade de estrear-me numa obra tão determinante no repertório do instrumento e fazê-lo num concerto que será executado pela primeira vez num dos espaços míticos da cidade é ‘ouro sobre azul’. Uma obra espanhola de reputação internacional. Quais as expectativas? Muito suor tem sido colocado na preparação deste concerto. Qualquer músico de alta competição serve-se de uma intensidade de treino diário acima de média, sendo factor determinante ao executar obras deste dinamismo. Espero que o público adira em massa ao assistir a um concerto que será unicamente mítico, assim como pelo espaço onde irá decorrer.

Considera a Praça de Armas do Castelo o local ideal? Porquê? O Castelo de Santa Maria da Feira é um ícone de património nacional. Com um passado rico de História, uma localização única e célebre, estou certo que a Praça de Armas do Castelo não poderia ser melhor escolha para executar este concerto. O ‘Concierto de Aranjuez’, inspirado nos jardins do Palácio Real de Aranjuez em Espanha, foi concebido com o conceito em mente de invocar as sonoridades musicais com a envolvência da natureza. Assim sendo, esta ligação do espaço livre da Praça de Armas é como uma comunicação própria e única com as gentes, cidade e património de Santa Maria da Feira. Estou convicto que será um momento inigualável. Uma efeméride distinguida agora pela música. Como interpreta a realização deste evento no âmbito das comemorações dos 120 anos do Correio da Feira? Poder comemorar um momento tão marcante como 120 anos de bom jornalismo é verdadeiramente um prestígio. Juntar a possibilidade desta celebração ao comungar história com um concerto num espaço único, será certamente um momento jamais esquecido. Os meus votos de muito sucesso ao jornal e que continuem no caminho árduo de expressar as várias linhas que tão bem sabem fazer.

Julga necessário dinamizar concertos de música clássica no Concelho? A cidade de Santa Maria da Feira, e na pessoa particular do vereador António Gil Ferreira, tem sido reconhecida com prémios e galardões nas maiores montras nacionais e internacionais. Distinções de ‘Melhor Evento Cultural de 2016’ – Imaginarius –, e ‘Personalidade de Eventos 2016’, não são conquistadas sem um planeamento particular, inteligente e eficaz. Tem sido ao abrigo de uma visão alternativa e determinante na elevação da cidade ao longo deste mandato que a crítica internacional reconhece, de forma permanente, os feitos conseguidos. Eventos de maior diversidade e abrangência a todos os públicos são uma estratégia não só bem conseguida, mas de uma satisfação a todo um povo residente e turista. Estou certo que a oferta cultural da cidade de Santa Maria da Feira tem sido gerida de forma ímpar como um ponto principal, pelo que este concerto é a prova viva que não são necessários orçamentos absurdos para praticar-se eventos de excelência. Congratulo e termino dizendo que é minha convicção absoluta que com esta atitude activa, resolução simples e acção certeira, Santa Maria da Feira continuará a escrever o bom nome como uma das melhores cidades de Portugal.

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FREGUESIAS


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03.JUL.2017

SAÚDE

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DESPORTO

RodRigo NuNes Reeleito

BRunO naScimEnTO

FeiReNse gARANte quAtRo ReFoRços o clube fogaceiro apresentou, durante a semana transacta, quatro caras novas para atacar a próxima edição da liga Nos. do omonia, Chipre, chega Bruno Nascimento; do Figueirense, Brasil, gustavo ermel; do gil Vicente, Alphonse; e ainda vinculado ao FC Porto, o jovem Zé Pedro. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt Fotos: CD Feirense

LIGA NOS Pouco a pouco, o plantel do Feirense começa a ganhar forma. Depois de Kiki, chegam agora Bruno Nascimento, Gustavo Ermel, Alphonse e Zé Pedro. O primeiro, defesa-central, chega proveniente do Omonia, Chipre, para lutar por um lugar numa posição ainda deficitária e que o técnico Nuno Manta quer ver reforçada. Já Ermel, extremo-esquerdo conotado de promessa do futebol brasileiro, chega por empréstimo do Figueirense. Por sua vez, Alphonse, um médio polivalente que actua na posição ‘6’ e ‘8’, transferese do Gil Vicente. Finalmente, o avançado Zé Pedro desvinculou-se em definitivo do FC Porto para representar o azul fogaceiro. Bruno Nascimento, defesacent r al , c o n t a c o m du a s passagens por Portugal. Na segunda época a representar o Estoril, o brasileiro ajudou os canarinhos e ascenderem

GuSTaVO ERmEL

ao principal escalão nacional. Foi ainda campeão da segunda divisão da Bundesliga ao serviço do Colónia. O também brasileiro Ermel chega com a conotação de jovem promessa, depois de destacar-se na Série B do futebol brasileiro ao serviço do Figueirense. Para o meiocampo chega Alphonse, médio polivalente que no ano transacto jogou por 43 vezes com as cores do Gil Vicente. O último reforço anunciado é Zé Pedro, jovem de 20 anos bicampeão nacional de Juniores ao serviço do FC Porto. Na última época representou Sanjoanense e Gafanha, duas equipas do Campeonato Portugal Prio apontando um total de cinco golos.

Três juniores à ordem de Nuno Manta Santos No início dos trabalhos para a temporada que se avizinha, os jogadores já confirmados

aLPhOnSE

no plantel fogaceiro realizaram, na quarta-feira, dia 28, exames médicos. Da temporada transacta, Vaná, Barge, Luís Rocha, Cris, Luís Aurélio, Tiago Silva, Edson Farias, Hugo Seco, Luís Machado, David, Flávio, Tchuameni e Kakuba marcaram presença. A estes juntaram-se Ibrahim, Diga e João Tavares – exjuniores. Ausentes, devido a trabalhos internacionais com as respectivas selecções, esteve o nigeriano Etebo e o caboverdiano Babanco. O haitiano Jean Sony também não marcou presença, estando no país natal a ultimar questões pessoais.

Rúben Oliveira ruma a Guimarães O médio não entra nas contas de Nuno Manta para a época que se avizinha. Rúben Oliveira vai representar as cores do Vitória, clube da cidade de Guimarães.

Zé PEDRO

Candidato único para o próximo biénio, Rodrigo Nunes foi reeleito na presidência do Clube Desportivo Feirense em Assembleia Geral realizada na quinta-feira, dia 29 de Junho, com cerca de 62 votos a favor e nenhum nulo ou branco. Será o oitavo mandato na liderança do clube. O principal objectivo do líder fogaceiro passa por concluir o Complexo Desportivo.

João Pedro Gomes, Marketeer Souto — Tarei

A seguNdA BolA FUTEBOL VISTO POR DENTRO O futebol é, cada vez mais, alvo das mais variadas análises, mais ou menos profundas, do seu cariz tático/técnico. A verdade é que este é um desporto em que sobressai quem consegue, com mais regularidade, decidir melhor e mais rapidamente. Reparemos que, sem oposição, quase todos conseguem executar aqueles que são os fundamentos do futebol. O segredo está em saber transportar estes princípios para um contexto competitivo, onde existe uma panóplia de fatores que deve estar presente na mente do jogador e, muita vezes, num curto espaço de tempo. Se repararmos bem, o futebol pode ser jogado por altos, baixos, magros, gordos, etc. Isto já não acontece, pelo menos de forma tão fincada, noutro qualquer desporto. É isto que torna esta modalidade tão especial, pois independentemente do atleticismo do jogador, a qualidade deste não é proporcional a esse fator. Até porque, conseguir decidir rapidamente é, maioritariamente, uma questão mental. Não é o suficiente, uma vez que a componente física está, obviamente relacionada com o movimento executado, mas é sobretudo no cérebro que está capacidade de decisão. Grandes equipas são várias vezes desconstruídas por uma execução rápida ou uma decisão brilhante. Observemos a final entre a Juventus e o Real Madrid, onde, no contexto estratégico, os italianos se sobrepuseram aos madrilenos. No entanto, a maior capacidade individual e intensidade dos espanhóis foi mais que suficiente para derrotar uma das equipas mais bem montadas dos últimos anos no futebol europeu. Isto porque, os jogadores do Real Madrid estão mais e melhor habituados a decidir num contexto de pressão e, grande parte dos mesmos, já habituados a jogar várias finais, onde a decisão tem de ser mais pragmática. Não basta criar uma grande equipa, o futebol fazse de momentos e ganha, normalmente, quem os souber aproveitar melhor. Ser intenso e rápido a decidir, independentemente da circunstância, é uma ‘super’ mais-valia na obtenção do tão desejado resultado. Portanto, deve-se trabalhar uma equipa em vários sentidos e reforçar, regularmente, a inteligência de execução do jogador, integrando o seu trabalho num contexto mais próximo do real possível. Nota: O autor opta por escrever com o Acordo Ortográfico.


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03.JUL.2017

ENTREVISTA

“TENHO PENA DE NÃO PODER ANDAR MAIS 22 ANOS NA ARBITRAGEM”

Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

O que é que o fascinou na arbitragem? Nunca pensei ser árbitro. Entrei nos CTT em 1995, e um colega, Joaquim Pinheiro da Silva, que na altura estava a acabar na arbitragem, veio cativar novos árbitros porque eram poucos e convidou-me a tirar o curso. A primeira reacção foi dizer que não, que não percebia nada de arbitragem. O que eu gostava era de jogar à bola nos torneios, gostava de futebol, mas como adepto. Ele retorquiu, dizendo que tirava o curso e ao menos tinha um cartão para ir ver jogos de futebol grátis. E, sinceramente foi o que me cativou. Ele foi insistindo e eu acabei por tirar o curso. Eramos só cinco e apenas três chegaram a exame. Na altura, o Carlos Moreira da Silva, também exárbitro (da Feira), queria que eu começasse a arbitragem, mas estávamos no final da época e disse-lhe para voltar a falar comigo em Setembro. Assim foi e entrei no futebol. Vinte e dois anos depois, alguma vez se arrependeu da decisão? Não, tenho pena é de não poder andar

Depois de 22 anos de arbitragem, António Augusto Silva Costa, por imposição de idade, deu o seu último apito e terminou a carreira de árbitro. Para trás ficam muitas histórias e a mágoa de não poder continuar a arbitrar. No entanto, aos 46 anos, Augusto Costa – como é conhecido no mundo do futebol –, supervisor dos CTT de Santa Maria da Feira e fundador do Núcleo de Árbitros de Futebol de São João da Madeira (NAFSJM), quer continuar ligado à arbitragem. mais 22 anos. O seu último jogo foi um decisivo dérbi concelhio, em Lamas, que colocou frente-a-frente o U. Lamas e o S. João de Ver. O que sentiu depois do apito final? Sinceramente pensava que ainda ia fazer mais algum jogo. Aliás, na altura, o Pedro Justo [guarda-redes do U. Lamas] pediu-me a camisola, eu deilha, mas disse-lhe que podia ainda vir a precisar dela, pois o Campeonato de Portugal ainda estava a decorrer. Mas, não só neste jogo como nos anteriores, sentia que era a despedida. Já não era a mesma alegria. Senti tristeza porque sabia que ia terminar. Sentia-me cabisbaixo. Que balanço faz dos 22 anos de arbitragem? Muito positivo, apesar dos altos e baixos. Mas houve mais altos que baixos. Estive dois anos como árbitro assistente e dois anos como chefe de equipa nos nacionais, que era o mínimo. No primeiro ano não subi porque o regulamento não permitia.

Estive três anos na antiga III Divisão Nacional. Subi ao terceiro ano, atrás do Artur Soares Dias [árbitro internacional], ou seja, fiquei em segundo a nível nacional. Andei seis anos na II Divisão Nacional, sempre no top-10 e na expectativa de subir à I Liga. O meu nome era sempre constado, mas só ao fim do sexto ano, já com 36 anos, no limite de idade, subi. Não subi antes também por culpa própria, mas isto também é como os jogadores: há o remate que entra e o que vai à barra. O método de avaliação também tem as suas particularidades.

não quero nomear, mais na distrital do que no nacional. Aqueles jogadores em final de carreira eram difíceis.

Melhor e pior momento

Por exemplo… Não quero entrar em grandes pormenores, mas tive um jogo, ainda era árbitro assistente do Moreira da Silva [ex-árbitro], entre o Fiães e o Feirense, em juniores, e foi um ambiente muito difícil porque decidia quem subia de divisão. Ainda o ano passado estive em Espinho, perante 10 mil pessoas, no jogo frente ao Oliveira do Bairro que impediu a subida do Espinho. Ninguém questionou a equipa de arbitragem, até me disseram que eu fiz bem o meu trabalho e que eles [Espinho] é que não fizeram o deles. Tive muitos jogos decisivos de subidas e descidas, sem problemas de maior. Fiz muitos Porto – Benfica em juniores, jogos que se diziam atribulados e correram muito bem.

Qual foi o momento que mais o marcou na arbitragem? Tive algumas promoções, mas o melhor momento foi um particular entre Portugal e a Rússia, no Municipal de Águeda. Ouvir o hino é marcante. E o pior momento? Reprovar num teste na I Liga. Chega-se à I Liga cheio de ilusões e, em Julho, faço um estágio de uma semana, em Melgaço, com as expectativas altas – já formei mais de 300 árbitros –, sabia do meu valor, acabo o teste convencido que ia ter uma boa nota, apesar de o método de teste ter mudado e ter passado de texto manuscrito para escolha múltipla, mas para meu espanto, o Vítor Pereira [ex-presidente do Conselho de Arbitragem], que me deixou — e bem— fazer o curso todo, no último dia, diz-me que tinha reprovado, apesar de reconhecer que eu sabia. E naquele tempo não é como agora, a percentagem era muito mais penalizante. Foi uma das causas da minha descida da I Liga, entrei logo com o ‘pé esquerdo’. Mesmo assim fiquei em antepenúltimo, a 19 milésimas do Pedro Henriques [ex-árbitro e actual comentador desportivo]. Qual o jogador mais difícil de arbitrar? Tive alguns difíceis de arbitrar, mas

Jogo mais complicado… Tive jogos difíceis. Nos últimos dez ou quinze anos tenho feito muitos jogos com subidas e/ou descidas. Muitos subiram, não por minha causa, mas por mérito dos clubes, e alguns desceram, também não por minha causa, mas por demérito dos clubes. Felizmente, passados uns anos, voltei a arbitrar essas equipas sem problemas. Mas há campos mais difíceis que outros…

Alguma vez sentiu receio num jogo? Não, se tivesse receio nem entrava no campo. Mas como isto está, sem policiamento, não vou dizer que sou um herói. É perigoso.

“Nos seniores devia ser obrigatório policiamento em todos os jogos” Que opinião tem da não obrigatoriedade de policiamento? Muito negativa, até porque não é só perigoso para os árbitros, também é para os restantes intervenientes do


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ENTREVISTA

jogo (dirigentes, jogadores…). Um dirigente ou árbitro pode ser agredido e não há provas, quem é que vai identificar um indivíduo que me agrediu? Não estou a querer fazer uma crítica à Associação de Futebol de Aveiro (AFA), mas, pelo menos nos seniores, devia ser obrigatório policiamento em todos os jogos. Como vê todas estas novas polémicas, como o ‘caso dos emails’, em torno da arbitragem? Surpreende-o? Não me surpreende nada. Sem querer particularizar, não me surpreende porque os árbitros já estão habituados a isto. Infelizmente, nesses programas que passam nas televisões fala-se mais de arbitragem do que de futebol. Já estamos vacinados. Mas as pessoas podem acreditar nos árbitros? Sim. Como em todas as áreas, há os sérios e os menos sérios, mas, no geral, penso que as pessoas podem confiar nos árbitros, que quando vão para dentro do campo, não fazem de prepósito para errar.

Tentativa de aliciamento num dérbi concelhio Alguma vez sentiu que estava a ser aliciado ou pressionado por algum clube? Já. Não vou referir clubes, mas tive um dérbi concelhio [de Santa Maria da Feira], em seniores, antes do jogo – duas horas –, que tinham falado com A, B, C e D, mas desmarquei-me logo. Disse-lhes, na altura, “ando aqui há 18 anos e nunca tive esse tive de abordagens… joguem a bola. E acabaram por perder o jogo”. Aquilo que digo aos meus formandos é que quem se deixa cair na esparrela uma vez nunca mais tem hipótese. Tudo se fala, e nunca mais saem da ‘cepa torta’. Tive muitos jogos decisivos, mas felizmente, apenas tive essa situação. Pensava que me iam cumprimentar, mas vinham é com ‘palavrinhas’ para me aliciar. Mas tem conhecimento de algum caso de influências? Só o que se fala nas televisões. As histórias contam-se, agora provas não tenho. Felizmente, tudo se sabe e as histórias chegam às associações e à Federação e o árbitro em causa não tem hipótese. Mesmo nos cursos da FPF eles transmitem para não seguir os maus exemplos. Essas pessoas, envolvidas nas histórias, são punidas? Se calhar, directamente não, mas indirectamente sim. Se chegar ao Conselho de Arbitragem ou a uma Associação que se deixam influenciar, eles vão estar atentos e vigiar essas pessoas. Depois tem reflexos nas classificações. Agora também não tenho provas para saber se essas histórias têm alguma veracidade, mas pode acontecer.

Artur Soares Dias, amigo e referência Como avalia o estado da arbitragem em Aveiro e a nível nacional? Na AFA, do conhecimento que tenho, dito pelo José Pereira [presidente do Conselho de Arbitragem da AFA], correu acima das expectativas. Foi um campeonato competitivo e as queixas foram reduzidas. Se calhar, as queixas que houveram foram mais para o ‘show off’ porque, na maioria dos casos, depois de se ver as imagens na AFATV percebe-se que a razão está do lado do árbitro. O problema, muitas vezes, é que as pessoas criticam, mas depois não vêem as imagens. A nível nacional, perdemos grandes valores, mas temos outros que estão a aparecer, só que demoram, fruto de poucos jogos de I Liga. Mas com a política de rejuvenescimento, a arbitragem está no bom caminho. Temos valores como o Fábio Veríssimo, o Tiago Martins, o Jorge Sousa e o Artur Soares Dias, que não precisa de apresentações e, além de amigo, é a minha principal referência na arbitragem. Concorda com o profissionalismo na arbitragem? Concordo plenamente, mas também penso que deveria haver uma classificação à parte para os profissionais. Se não me falha a memória, o leque de profissionais é de dez, é muito fechado. Deviam ter uma classificação à parte, não se admite, por exemplo, o Marco Ferreira, árbitro internacional, ficar em segundo num ano e no seguinte descer. Está-se a investir num árbitro profissional para ser o futuro da arbitragem e de um momento para o outro desce logo para a segunda categoria nacional. Na minha opinião eram dez árbitros profissionais e o pior classificado ficava sem as insígnias, mas mantinha-se no quadro nacional. Assim também ia rodando mais. Durante muitos anos não foi renovado. Não se pode gastar uma fortuna nos árbitros profissionais para depois, por causa de uma época que correu menos bem, deitar tudo fora. Deviam passar para o quadro da Federação e a seguir se voltassem a descer é que iam para a segunda categoria. Havia de existir um outro degrau intermédio. Por exemplo, quem desce dos profissionais ia para o quadro dos restantes 14 [são 24 o número de árbitros de primeira categoria] da primeira categoria.

Meios tecnológicos na arbitragem Concorda com os meios tecnológicos na arbitragem? A mais recente introdução foi a do vídeo-árbitro, não se está a correr o risco de apenas se estar a transferir as críticas para estes? Sim, tudo o que seja para melhor as

decisões dos árbitros eu concordo, mas é verdade que agora, provavelmente, vai-se falar cada vez mais dos vídeo-árbitro. Mas está lá o facto nas imagens e não estou a ver um vídeo-árbitro intervir se não tiver 100% certeza. Além disso, o árbitro é sempre soberano. Há quem afirme que o vídeo-árbitro pode prejudicar o espectáculo por quebrar o ritmo do jogo… Não me parece. Na maioria das vezes vai ser rápido. Mas vai gerar alguma controvérsia. Por exemplo, o que acontece quando um árbitro assistente marca, erradamente, forade-jogo e o jogador pára quando podia fazer golo? Fica a questão. São situações mais difíceis de analisar, vamos ver o que acontece. Como não tive formação em vídeo-árbitro não sei se esta situação e outras estão previstas. Quando for o curso dos árbitros de início de época deve ser debatido. Quais são as situações em que o vídeo-árbitro pode intervir? São quatro: grandes penalidades, foras-de-jogo, agressões e

situações de cartão vermelho (jogador indevidamente advertido ou expulso). Parar o jogo só nestas quatro situações. Vai continuar ligado à arbitragem? Estou e vou continuar ligado à formação por via do Núcleo de Árbitros de Futebol de São João da Madeira. Estou ligado ao Núcleo há 18 anos, fui um dos fundadores e presidente durante dois mandatos. Agora sou vice-presidente, assumindo a área da formação. Trata-se de um grupo criado por árbitros, há vários em Portugal e dois em Aveiro. Temos instalações próprias, damos formação aos árbitros e preparamos os árbitros na parte física, com as condições que temos. Somos também solicitados pelas Associações para dar acções de formação. Os cursos são dados pelas Associações. Também há a possibilidade de continuar ligado à arbitragem como observador ou assessor. Com 22 anos de arbitragem dever ter muitas histórias curiosas para contar. Quer partilhar alguma? Tive algumas. Por exemplo, tive uma que quando cheguei ao

campo o jogo já estava a decorrer. Foi numa partida de juniores marcado para as 14 horas. Não verifiquei e estava convencido que o jogo estava marcado para as 15:30. Quando lá cheguei, os clubes queriam que eu fizesse o que faltava do jogo, mas os regulamentos não o permitem. Só os assistentes é que podem entrar a meio, o árbitro não. Teve de continuar a pessoa da assistência que começou a partida [risos]. Que conselho dá a quem entrou recentemente ou está a pensar entrar na arbitragem? Que venha para a arbitragem cedo. Eu formei-me tarde, aos 24 anos. Hoje é impensável um árbitro que queira fazer carreira começar aos 24. Deve começar aos 18 ou 19 anos, até porque, se não estou em erro e contra a maioria dos árbitros, agora aos 25 anos já se pode ir aos nacionais. Finalmente deve apostar na formação. Actualmente, um árbitro para chegar ao top tem de ter pelo menos o 12.º ano e saber línguas.


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REPORTAGEM

“O prOjectO dO Feirense, na sua glObalidade, é FOrmidável” carla barbosa, técnica que garantiu o primeiro título feminino do andebol do Feirense com o escalão de infantis – numa temporada na qual traduziu a totalidade dos jogos disputados por triunfos –, trocou espinho por santa maria da Feira e em nada se arrepende da decisão. diz ter encontrado uma família, não só na modalidade cujo projecto encarcerou-a ao Feirense, mas em todo o clube. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt Foto: Diana Santos

ANDEBOL Com apenas dois anos de Clube Desportivo Feirense, a espinhense Carla Barbosa já conseguiu o primeiro título – e nacional – da história feminina da secção. A equipa feminina de Infantis arrecadou, na semana transacta, o título de campeã nacional em Albufeira, algo que não entrava nos objectivos da técnica nem do clube para a temporada 2016/17. “Não estava traçado”, salienta, referindo que “o objectivo passava por captar o maior número de atletas, aumentar e consolidar uma boa base de trabalho”. Há duas épocas de Castelo ao peito – a quando da criação de equipas femininas –, Carla Barbosa admite que, em tão pouco tempo, “era impensável projectarem-se títulos regionais ou nacionais”. Ao invés do previsto, os títulos aparecem já na segunda época. “Os jogos começaram a correr bem e as vitórias começaram a aparecer. Fomos campeãs regionais e o campeonato nacional acaba também ele por aparecer”, revela, explicando de seguida o segredo: “Dando o melhor em cada jogo com a perspectiva de evolução”. Relativamente à época desportiva das Infantis do Feirense, em 25 jogos oficiais, 25 triunfos. Carla Barbosa admite que, a nível regional, não houve muita competitividade para a

qualidade de jogo das suas discípulas o que permitiu com que todas jogassem com muita rotatividade. Recorda a evolução da equipa referindo o primeiro triunfo, escaço, frente à Sanjoanense, comparando-o de seguida com o segundo jogo frente às de São João da Madeira que terminou em goleada, com vantagem de 12 golos para o Feirense. “A cada jogo, as atletas evoluíram mais e mais. Mesmo na segunda fase, a rodar a equipa, conseguimos resultados absolutamente fantásticos. Havia uma melhoria progressiva abismal”, refere, mudando de seguida o cenário relativamente ao Encontro Nacional. “Foi mais complexo. Apanhámos boas formações como o CALE, ABC e Colégio de Gaia. Foram jogos complicados”, admite. Ainda assim, percurso 100% vitorioso que deve-se ao empenho de treinadora e jogadoras. “As atletas trabalham muito. Só têm uma folga semanal. Fazemos quatro treinos durante a semana e dois jogos ao fim-de-semana, enquanto as equipas com quem jogámos têm três treinos semanais e um jogo. Ao fim de uma época, nota-se. O segredo está aí”, aponta. A espinhense de 26 anos que é também professora de História, não esconde a felicidade em ter conquistado o troféu que compensou os “sete dias que trabalha em prol do Feirense. “Vivo para

As atletas Infantis, a respectiva equipa técnica e directores do clube – vencedoras do Encontro Nacional – foram homenageadas, na quinta-feira, dia 29, pelo Clube Desportivo Feirense na sala António Lino do Estádio Marcolino de Castro. Além da presença do presidente Rodrigo Nunes e do vice-presidente para as modalidades Eugénio Almeida, marcou também presença a vereadora do pelouro do Desporto, Cristina Tenreiro.

o Andebol e quem se dedica procura sempre chegar ao topo. Ambicionava um título, não tão cedo, mas confirmou-se”, orgulha-se.

O projecto, o papel de Manuel Gregório e a família Feirense Carla Barbosa largou a quadra enquanto jogadora devido a duas graves lesões sofridas nos ligamentos cruzados de ambos os joelhos e rapidamente encontrou na função de treinadora uma forma de manter-se ligada à modalidade. Autocaracterizase como “apaixonada por andebol” e assume que o projecto apresentado por Manuel Gregório, coordenador do Feirense para a modalidade, aliciou-a desde início. “O projecto do Feirense, na sua globalidade, é formidável. Baseia-se em formar jogadores da casa para jogarem nos seniores e serem activos no clube enquanto jogadores, treinadores ou directores. É um projecto muito bom porque, primeiramente, tenta trazer as pessoas para dentro do clube e, depois, mantê-las por muitos anos”, avança. Assim, Carla Barbosa identifica-se plenamente com o projecto do Feirense. “Sinto-me muito bem por estar num clube que se dedica com amor à modalidade. Sinto-me em casa. Fui acolhida de uma forma absolutamente fantástica por toda a gente e isso fezme ser feirense logo desde o início”, confessa. Mas afinal, quem convenceu a Carla Barbosa a ajudar a construir, do zero, o andebol feminino do Feirense? Foi Manuel Gregório, coordenador, quem endereçou o convite. Mais um

nos muitos que a espinhense diz ter recebido, na altura, de “clubes com o feminino já consolidado”. “Quando o Manuel Gregório me fez o convite, gostei imenso. Pensei que seria uma boa aposta começar do zero. Toda a gente estava motivada e não seria a única. Fiquei muito interessada. O segredo é que o Feirense envolveu-me em todas as actividades desde muito cedo. Somos o andebol do Feirense e não o feminino do andebol do Feirense. Há união. Enquanto as meninas vão apoiar os jogos dos rapazes, estes dão outras valências às meninas como a exigência e a qualidade desportiva. O presidente Armando Castro e o coordenador Manuel Gregório conseguiram criar um grupo muito coeso e de sucesso”, afirma.

Nova temporada, nova equipa Sendo que o projecto do Feirense consiste em abrir equipas femininas em todos os escalões da formação e, a longo prazo, uma equipa sénior, o clube vai avançar, já na próxima época, com a criação da equipa de Juvenis, segundo avança Carla Barbosa. A técnica coloca, sem hesitar, a formação do Feirense entre as dez melhores nacionais. “Temos um clube com os Juniores, os Juvenis e os Iniciados na primeira divisão. Os Infantis são campeões regionais e os Minis tricampeões regionais. Ao nível da formação, estamos entre o top nacional. Não temos os Seniores na primeira ou segunda divisão, mas apenas porque começaram a competição há dois anos. Somos um grande na formação”, conclui.


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MODALIDADES

Simão Silva e ana oliveira destacam-se em Rio meão

DR

Paulo Neto GaRaNte CamPeoNato euRoPeu de Sub-23

ATLETISMO Na 3.ª Corrida de S. Tiago, protagonizada em Rio Meão a 25 de Junho, o Caldas de S. Jorge viu dois atletas da formação, Simão Silva, Benjamim A e Ana Oliveira, Juvenil, a ultrapassarem toda a concorrência. Na mesma competição, a também juvenil Maria Oliveira ficou na sombra de Ana Oliveira, conquistando assim a segunda posição. Em Benjamins B, Guilherme Tavares fechou o pódio com o terceiro posto.

ATLETISMO O atleta natural de Escapães, Paulo Neto disputou o Campeonato Nacional de Esperanças, em Pombal, onde sagrou-se campeão nacional de Sub-23 nos 110 metros barreiras. O atleta que representa as cores da Associação Cultural e Desportiva Jardim da Serra, equipa da Madeira, garantiu assim a qualificação para o Campeonato Europeu de Sub-23 que realizar-se-á em Bydgoszcz, Polónia.

Bruno Vidinha alcança quinto posto em Gondomar No mesmo dia da prova referida em cima, o atleta do Caldas de S. Jorge Bruno Vidinha arrecadou o quinto lugar, em seniores, na 4.ª Meia Maratona D’Ouro Run realizada em Gondomar.

tozé Castro sagra-se campeão distrital ATLETISMO Tozé Castro, atleta da recente criada secção de atletismo do Fiães Sport Clube, sagrou-se campeão distrital no escalão de Veteranos M35, no último sábado, dia 1, em Vagos, Aveiro.

Cátia Coelho e luíS oliveiRa SaGRam-Se CamPeõeS diStRitaiS ATLETISMO O Clube Desportivo Feirense marcou presença no Campeonato Distrital de Juniores, realizado na Pista de Vagos durante 1 e 2 de Julho, e arrecadou dois títulos. Cátia Coelho sagrou-se campeã distrital nos 1500 metros, tendo Luís Oliveira seguido as suas pisadas nos 3000m.

Feirense arrecada primeiro lugar colectivo em Oleiros O clube fogaceiro marcou presença no Grande Prémio S. Paio de Oleiros, tendo conquistado o primeiro lugar do prémio colectivo jovem. Destacaram-se, individualmente com o primeiro lugar: Mariana Neves, Benjamim A; Ana Marques e Ricardo Alves, Benjamins B; Margarida Oliveira, Infantil; e Jorge Santos, Iniciado. Com a prata ficou Ana Santos, Benjamim B; Filipa Neves, Infantil; Francisco Reis, Iniciado; e Telma Pinho e Diogo Pinho, Juvenis. Com o último lugar do pódio: Érica Silva, Infantil e

Filipe Luz, Juvenil. No escalão sénior, Juliana Silva também fechou o pódio. Já Ricardo Marques ficou-se pelo oitavo posto.

Nuno Alves em sétimo no Tetratlo Nacional O atleta do Feirense, Nuno Alves – em representação da Associação de Atletismo de Aveiro – marcou presença no Tetratlo Nacional, em Torres Vedras, onde arrecadou o sétimo lugar. Por equipas, a selecção distrital aveirense garantiu o quarto posto.

Campeonato Nacional de Sub-23 Por fim, o Feirense marcou ainda presença no Campeonato Nacional de Sub-23, em Pombal, através das participações de Bárbara Oliveira e Luís Oliveira. O ainda atleta júnior fogaceiro ficou-se pelo sétimo lugar nos 5000 metros. A sua irmã, Bárbara Oliveira, garantiu o oitavo posto nos 3000.

fotolegenda

Paços de brandão com novo sintético e… túnel FUTEBOL O Paços de Brandão vai ter um novo sintético. O CF sabe que o clube brandoense já procedeu à candidatura junto da Câmara Municipal para adquirir um novo piso relvado para o Dona Zulmira Sá e Silva. O actual relvado, também ele sintético, mostra-se desgastado, mas será aproveitado pelos dirigentes do clube ao ser colocado no actual campo de treinos adjacente ao Estádio. O clube brandoense viu, no início da semana transacta, o arranque das obras para a realização de um túnel que ligará os dois campos. As obras, prometidas durante o mandato de Alfredo Henriques enquanto presidente do Município ao antigo presidente Januário Monteiro, estarão ao encargo da Câmara.

fotolegenda O União da Mata Futebol Clube comemorou a conquista do título de campeão da Liga de Futebol Popular de Ovar, no sábado, dia 1 com um jantar no Restaurante Bairradino dos Leitões em S. João de Ver. Esta conquista representa o primeiro troféu da história do clube.

A Associação Juventude de Fiães assinalou o décimo aniversário e realizou a Gala de final de época num jantar comemorativo realizado no dia 1, no Restaurante Flor do Bolhão, Fiães. Os Juvenis receberam as faixas de campeões distritais – o primeiro título da história do escalão.


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MODALIDADES

anCnP convoca três nadadores do Feirense NATAÇÃO A Associação de Natação do Centro Norte de Portugal (ANCNP) convocou três atletas do Clube Desportivo Feirense – Daniel Santos, Bárbara Pinto e Maria João Paiva – para disputarem o Encontro Nacional do Jovem Nadador para Cadetes, prova organizada pela Federação Portuguesa de Natação que realizar-se-á em Condeixa entre 8 e 9 de Julho. Foram convocados os 24 nadadores com as melhores pontuações no conjunto de provadas efectuadas no III Torregri.

GCD De Mozelos DistinGue Rúben neves No ano em que Mozelos comemora o 28.º aniversário de elevação a Vila, o Grupo de Dinamização Cultural local decidiu distinguir o ainda jogador do FC do Porto, da Selecção Nacional de Sub-21 e natural do sítio, Rúben Neves com o Prémio Manuel Laranjeira 2017 “pela sua capacidade desportiva”. A cerimónia ocorreu ontem, dia 2, no Encontro das

Colectividades no Monte do Coteiro numa parceria com a Junta de Freguesia de Mozelos e com o Instituto Português do Desporto e Juventude. O médio português confirmou, durante a cerimónia, que está de partida para Inglaterra. Ao que tudo indica, vai vestir as cores do Wolverhampton, da segunda divisão, clube treinado por Nuno Espírito Santo.

Juvenis Do FeiRense venCeM seleCção naCional FeMinina De JunioRes ANDEBOL O escalão de Juvenis do Feirense disputou um jogo de treino com a Selecção Nacional Feminina de Juniores, no encerramento do estágio de preparação para o Campeonato Europeu de Sub-19 que realizar-se-á entre 27 de Julho e 8 de Agosto em Portugal. O encontro decorreu a um ritmo muito alto, com alternância no marcador, acabando a formação azul por se impor apenas nos minutos finais,

conquistando uma vantagem de três golos. No final, o placard assinalava 34-37 a favor do Feirense. Pelo Feirense alinharam: David Macedo, Tiago Hervazyuk, Guilherme Coutinho, João Lima, Gustavo Oliveira, Tiago Dias, Américo Silva, Fábio Silva, Tiago Tavares, José Carlos, Nuno Reis, João Oliveira, Ricardo Silva e Eduardo Rocha. Treinador: Manuel Gregório.

Gonçalo santos eM nono no naCional De estRaDa sub-23 CICLISMO O ciclista da Moreira Congelados/ Feira/Bicicletas Andrade, Gonçalo Santos arrecadou o nono lugar do Campeonato

Nacional de Estrada Sub-23 disputado no fim-de-semana de 23 e 24 de Junho no Europarque.

fotolegenda

O Feirense organizou uma festa de encerramento de época para os escalões vitoriosos na época transacta. O Complexo Desportivo do clube acolheu os seis escalões – Traquinas A, Benjamins B, Infantis B, Iniciados C e as duas equipas de Juvenis, A e B – que sagraramse campeões distritais. Marcaram presença, entre outros, a vereadora do Desporto, Cristina Tenreiro e o presidente do Feirense, Rodrigo Nunes.

bárbara Coelho sobe ao pódio em Famalicão NATAÇÃO A atleta do Clube Colégio de Lamas, Bárbara Coelho, classificou-se na terceira posição aos 100 e 200 metros livres no Regional de Infantis de Piscina Longa, disputado em Famalicão durante 24 e 25 de Junho. Já Bruna Rodrigues garantiu os mínimos de acesso para os campeonatos zonais e nacionais da próxima época com o quinto lugar aos 100 metros bruços, tendo ainda ficado em sétimo lugar aos 200m bruços; Gonçalo Alves conquistou o quinto lugar aos 100m mariposa e sexto aos 100m livres e 200m costas; Beatriz Melo com o sexto lugar aos 100m bruços; e Guilherme Fontes, quinto lugar aos 100m livres. Os atletas em cima mencionados irão marcar presença no Campeonato Nacional de Infantis nos próximos dias 14, 15 e 16 de Julho em Loulé.

aCRDe, Feirense e lusitânia de lourosa

votos de congratulação por feitos desportivos A Autarquia aprovou, na última reunião de Câmara, três votos de congratulação por feitos desportivos. O primeiro voto foi para Tomás Ferreira, atleta da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Escapães, por se ter sagrado campeão nacional dos 110m barreiras; outro voto de louvor para as campeãs nacionais de Infantis do Andebol do Clube Desportivo Feirense; e um último para a subida à Segunda Divisão da equipa ‘B’ do Ténis de Mesa do Lusitânia de Lourosa Futebol Clube. “O desporto continua, a nível concelhio, a dar-nos motivos de orgulho e a consolidar a aposta na formação”, afirmou a vereadora com o pelouro do Desporto, Cristina Tenreiro.

fotolegenda Está oficialmente inaugurado o novo Pavilhão Municipal de S. João de Ver. No sábado, primeiro dia do mês, o presidente da Junta de Freguesia, Amaro Araújo, encetou a cerimónia de abertura do novo equipamento desportivo situado na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, completada pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.


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DIVERSOS

POSTOS DE VENDA Papelaria Atlântico Norte (Centro) – Espinho Papelaria Bessa – Espinho Papelaria Papelópia – São Paio de Oleiros Padaria da Quebrada – São Paio de Oleiros Papelaria Menezes – Paços de Brandão Papelaria A. Santos – Paços de Brandão Café Zé das Micas – Rio Meão Quiosque Santo António – Rio Meão Café Ponto de Encontro – Rio Meão Bombas REPSOL – São João de Ver Quiosque Suil Park – São João de Ver Quiosque São Bento – São João de Ver Casa Silva – São João de Ver Quiosque dos 17 - São João de Ver Café São Jorge – Caldas de São Jorge Café Avenida – Fiães Bombas GALP – Fiães Papelaria Coelho – Fiães Casa Gama II - Fiães Quiosque Pimok – Lourosa Quiosque da Igreja – Lourosa Papelaria Europa – Lourosa Bombas CEPSA / ELF – Lourosa C + S - Lourosa Feira dos Dez – Lourosa Padaria/Pastelaria Caracas II – Lourosa Tabacaria Piscinas de Lourosa A. M. Informática - Lourosa Café–Restaurante Parque – S. M. Lamas Café do Zinho – S. M. Lamas Corks e Manias (INTERMARCHÉ) – S. M. Lamas Carnicópias – S. M. Lamas Papelaria Silva – S. M. Lamas Bombas REPSOL – S. M. Lamas Papelaria Silva – S. M. Lamas Quiosque Santa Luzia – Mozelos Café do Murado – Mozelos Quiosque da Igreja – Argoncilhe Pereira & Avelar - Argoncilhe Café Vergada – Vergada Casa Danibruno - Mozelos Café Melo – Sanguedo

Café Danúbio - Sanguedo A. M. Informática - Sanguedo Padaria Jardim 2 – Lobão Papelaria Liperlás – Lobão Casa Gama – Lobão Café Grilo – Lobão Bombas BP – Guisande Bombas FIAVERDE – Gião Kiosque INTERMARCHÉ Canedo Livraria /Papelaria GIFT – Canedo Café Suldouro – Canedo Papelaria Heleoan – Canedo Bombas de Louredo – Louredo Quiosque de Romariz – Romariz Papelaria ABC – Milheirós de Poiares Papelaria Milheiroense – Milheirós de Poiares Kiosque INTERMARCHÉ – Arrifana Quiosque Hábitos – Arrifana Padaria Seara – Arrifana Café Zubel – Arrifana Bombas BP - Arrifanav Bombas PETROVAZ - Arrifana Palavras e Cigarros (Pingo Doce) – Arrifana Bazar Marlú – Escapães Café Afri-Bar – Escapães Café Primavera - Sanfins Café Andrade – Fornos Café Angélica – Fornos Papeçaria Nova Ideia – Fornos Padaria Espaço Doce - Mosteirô Bpmbas CEPSA - Cucujães Papelaria Brandão - Souto Bombas GALP - Souto Casa Guidita - Souto Padaria do Troncal – Travanca Papelaria Vício das Letras – S. M. Feira Palavras e Cigarros (FEIRA NOVA) – S. M. Feira T. P. C. - S. M. Feira Quiosque do Tribunal – S. M. Feira Quiosque do Rossio – S. M. Feira Quiosque/Bazar Nova Cruz – S. M. Feira Papelaria Alimá – S. M. Feira Kiosque E’LECLERC – S. M. Feira Bombas REPSOL - S. M. Feira Supermercado Passerelle - S. M. Feira Pretexto - São João da Ma-


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ÚLTIMA

Linha do Vouga integrará andante entre Setembro e outubro Texto Marcelo Brito Foto Diana Santos

AMP Em reunião do CmP, cujo início atrasou-se em cerca de uma hora devido à falta de quórum até então, ficou-se a conhecer o ponto de situação relativamente à integração da CP – Comboios de Portugal – no sistema Andante, destinado aos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto (AMP). A Linha do Vouga será, segundo as previsões, abrangida entre Setembro e Outubro.

o Conselho metropolitano do Porto (CmP) projecta que, entre Setembro e outubro, o sistema de mobilidade andante abranja o troço da Linha do Vouga entre espinho e oliveira de azeméis – que atravessa Santa maria da Feira – numa operação que beneficiará cerca de 200 mil passageiros ao ano. O secretário da Comissão Executiva da AMP, Avelino Oliveira, revelou que, na sequência de uma reunião com a CP, a Infraestruturas de Portugal (IP) e os Transportes Intermodais do Porto (TIP), levantaram-se algumas questões e dúvidas sobre a bitola métrica da Linha do Vouga, o material circulante e as estações. Ainda assim, para o CmP, “a integração da Linha do Vouga no Andan-

te é, em termos técnicos, fundamental para alguns municípios”. A integração do Vouginha no Andante, a confirmar-se entre Setembro e Outubro como está projectado, beneficiará cerca de 200 mil passageiros por ano. Como vantagem, os usuários apenas precisarão de utilizar um passe intermodal que também traduz benefícios económicos. A aprovação, agora, já não depende da

AMP, mas sim da administração da CP – que se encontra em reformulações e pode atrasar o processo – e do Ministério do Planeamento e Infraestruturas. As máquinas de emissão e leitura de títulos de viagem terão que ser adaptadas. A mudança do algoritmo deverá atrasar o início, em cerca de um mês e meio, da revolução intermodal que o Município de Santa Maria da Feira também irá sofrer. Pub.


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