TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Ano CXXI
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
17 Julho 2017
Nº 6019
€0,60 (iva inc.)
AMÉRICO AMORIM 1934 - 2017
O CONCELHO E O PAÍS ESTÃO MAIS POBRES
CORREIO DA FEIRA ENTRE OS ‘CENTENÁRIOS’ EM BRUXELAS pág. 02
24h - 365 DIAS R. António Martins Soares Leite, nº 42 4520-190 Santa Maria da Feira Telf. 256 378 074
EMÍDIO SOUSA CASA CHEIA NA APRESENTAÇÃO DO CANDIDATO pág. 08 FUTEBOL
VANÁ ALVES (EXFEIRENSE) ASSINA PELO FUTEBOL CLUBE pág. 17 DO PORTO FUTEBOL
O Parlamento Europeu (Bruxelas) recebeu na semana passada a exposição “Publicações Centenárias Portuguesas”. O Correio da Feira não faltou à chamada.
ENTREVISTAS COM ANTÓNIO CAETANO (LOUROSA) E CARLOS SANTOS (FIÃES) pág. 18 e 19
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REPORTAGEM exposição ‘publicações Centenárias portuguesas’
“A imprensA regionAl informA-nos e AproximA-nos” os jornais centenários de portugal reuniram-se, na passada semana, no parlamento europeu, em Bruxelas, para uma exposição que pretendia mostrar um património tão importante como a “Torre de Belém”. marcando presença e tomando o seu lugar na história, o Correio da feira, com os seus 120 anos, integrou os 31 participantes.
Texto e Fotos Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
A exposição ‘Publicações Centenárias Portuguesas’ já estava patente desde terça-feira, mas foi no dia seguinte, quarta-feira, com a presença dos representantes dos 31 jornais nacionais e regionais com um século de publicação ininterrupta, que se procedeu à inauguração. Um projecto da Associação Nacional de Imprensa (APImprensa) e Associação de Imprensa de Inspiração Cristã que tem como objectivo o reconhecimento da UNESCO como Património Cultural Imaterial. A exposição é a segunda iniciativa de um programa que também incluiu, no dia 25 de Abril, uma cerimónia no Palácio de Belém, onde Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a APImprensa com a Ordem de Mérito.
Alma e coração de um país “Estes jornais representam a alma e coração de um país”, afirmou o eurodeputado José Manuel Fernandes, ‘entusiasta’ do projecto das Publicações Centenárias. “Estamos aqui a prestar homenagem às mulheres e homens que dão o melhor de si para que a liberdade seja transmitida”, referiu, lembrando que os jornais “circulam por todo o mundo”. “É através da imprensa que conhecemos as forças do território e o valor acrescentado. A im-
prensa regional informa-nos e aproximanos”, declarou José Manuel Fernandes, congratulando os jornais integrantes da exposição pelos seus “100 anos de resistência e resiliência”. “Divulgam os seus territórios e contribuem para o sucesso da União Europeia”, acredita. O presidente da APImprensa, João Palmeiro, começou por lembrar que estes jornais mostram o “pluralismo dos media portugueses”. “Os jornais centenários devem ser tomados como património imaterial da humanidade. Mostram a maneira portuguesa de fazer jornalismo e têm 100 anos de credibilidade para atestar”, referiu, apontando que “encontramos neles as mais variadas situações que traduzem a história das comunidades”. Em 2018, João Palmeiro completará 50 anos de andança “nestas lides”. “São apenas estas coisas que eu deixo. Espero que, daqui a 50 anos, porque hoje estivemos aqui, muitos destes jornais ainda saiam para as bancas”, declarou. Agradeceu os apoios de quem tornou possível a exposição e lançou o repto: “Daqui a 100 anos, onde estiverem, conto convosco para olharmos para o mundo da edição portuguesa”. Cada representante constatou com orgulho o espaço do seu jornal na exposição, muitos posando para a fotografia da
praxe, mas também não deixaram de analisar os outros jornais presentes, que variavam no estilo, nos conteúdos, no estatuto editorial, na força das imagens ou na abrangência da cobertura. O mais antigo, o ‘Açoriano Oriental’, exibe uns respeitosos 182 anos, mas a sua aparência é moderna. Um de três jornais açorianos patentes (‘Diário dos Açores’ e ‘A Crença’) que, acompanhado pelo ‘Diário de Notícias da Madeira’, mostra que a tradição está bem presente nas ilhas. O Correio da Feira ocupa o 16.º lugar, entre os 31, no que toca à idade, aliando a história dos seus 120 anos à inovação dos tempos que correm. O mais jovem, tendo completado 100 anos em 2017, é o semanário ‘O Despertar’ (Coimbra). Os eurodeputados iam passando, a caminho dos seus afazeres, e alguns paravam para conhecer os ‘Centenários’, como foi o caso de Marisa Matias e Marinho e Pinto.
um almoço com a eurodeputada Sofia Ribeiro, que nos recebeu com um sorriso e o seu característico sotaque açoriano, seguimos para o Parlamento Europeu. Por causa dos recentes atentados terroristas, Bruxelas estava em “alerta amarelo”, e os dispositivos de segurança instalados eram apertados. Acreditações, vistoria de malas, passagem pelos detectores de metais… um frenesim constante que não nos deixava esquecer que estávamos no centro das grandes decisões. Esperava-nos José Manuel Fernandes que, com simplicidade e algum humor, nos apresentou a ‘casa’ onde trabalha, mas não sem antes lembrar que tem em mãos, há três anos, um projecto-piloto na área da imprensa regional. “Seria interessantíssimo podermos apresentar um projecto para a sua sustentabilidade e desenvolvimento e para que pudesse em termos europeus contribuir para os nossos valores”, referiu.
Programa preenchido
Vida de eurodeputado
O foco da visita a Bruxelas, promovida pelo Parlamento Europeu, foi a inauguração da exposição ‘Publicações Centenárias Portuguesas’, mas os 31 representantes das publicações tiveram direito a um programa bem recheado. Depois de
José Manuel Fernandes passa três semanas em Bruxelas e uma semana em Estrasburgo por mês. “Os deputados apenas estão todos juntos no momento da votação”, explicou, falando sobre a famosa sala do plenário, onde cada intervenção
Visita à sala do Plenário
Inauguração ‘Publicações Centenárias Portuguesas’
Em Bruxelas...
Parlamento Europeu
Sessão de informação com José Manuel Fernandes
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REPORTAGEM
João Palmeiro
Presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API) Como surgiu esta iniciativa? Surgiu de tantas vezes vir ao Parlamento Europeu e falar dos jornais centenários portugueses e as pessoas dizerem ‘Mas há? São tantos? Não sabíamos’. Então eu disse ‘não acreditam, fazemos uma exposição’. Foi assim que nasceu a ideia. Nasceu também porque o eurodeputado José Manuel Fernandes, desde há três anos, tem vindo a conversar connosco para o ajudarmos a lançar um projecto do Parlamento Europeu sobre os jornais europeus. Se lançarmos este projecto sobre os jornais centenários, se calhar vamos descobrir que somos quem tem mais porque, além dos 31 que estão aqui, nos próximos anos há mais 3/4 que vão chegar a centenário.
tem a duração média de 1 minuto e a maioria dos deputados fala na sua língua-mãe. “Eu falo em português. O meu francês é muito bom, o meu inglês muito mau”, ri-se. Já houve sessões bastante extensas, uma delas que durou 12 horas seguidas. “Mas é uma adrenalina tal que ninguém se cansa”, garante José Manuel Fernandes. O eurodeputado encontra-se, actualmente, a trabalhar no próximo quadro financeiro e lembrou que Portugal é o segundo país mais dependente da União Europeia (UE), a seguir à Croácia, sendo que 70% do investimento público realizado entre 2015 e 2017 foi feito à custa de fundos europeus. Não acredita na “uniformização”, mas sim na “harmonização” para que “a UE preserve a sua diversidade”; nem em sanções. “Acho que os estadosmembros que cumprem devem ser recompensados”, afirmou. No quadro que se aproxima, além do emprego, a prioridade será a segurança e a defesa. “Só poderemos vencer o terrorismo se partilharmos informação. Só poderemos vencer as alterações climáticas,
Eurodeputados visitam a exposição
se actuarmos em conjunto”, frisou, desmistificando a ideia geral sobre as economias mundiais. “Sabem qual é a maior economia do mundo? Todos dizem os Estados Unidos da América, mas é a União Europeia”, salientou. Somos 500 milhões, representamos 21% do PIB, e investimos 50% em despesas sociais. “Há anos em que a ajuda humanitária ultrapassa os 66%”, referiu. O grande problema? “Somos mais velhos. A baixa natalidade é elevada”, apontou.
Refugiados e o Brexit Um dos temas aos quais é impossível passar ao lado é a crise dos refugiados. “Nunca mais fui o mesmo desde que visitei a Turquia. No campo de refugiados, impressionou-me estarem a viver em tendas, sob temperaturas extremas e no entanto estavam felizes porque se sentiam seguros, e falavam de quem estava a morrer na Síria. Pediam por quem não estava lá”, contou José Manuel Fernandes, reportando que apenas 10% dos refugiados estão em campos. “A Turquia tem feito uma boa
Visita ao CESE com Gonçalo Lobo Xavier
inserção, mas não a pode fazer sozinha. Na UE, quando temos sucessos têm de ser partilhados, mas quando temos problemas também. Não é justo que a Itália ou a Grécia fiquem sobrecarregadas, temos de ajudar”, alertou. Chateia-o, sobretudo, a falta de valorização da UE. “Há um problema grave: o que é bom, é nacional; o que é mau, é europeu. Há que mudar esta percepção”, realçou, lembrando que “a diversidade é uma força”. “Dizer que são os refugiados que provocam os atentados é um disparate até porque, como se tem visto, os atentados têm sido levados a cabo por europeus, que residem nos países há vários anos”, frisou, lamentando que entre as pessoas “tenha triunfado o egoísmo”. E uma prova disso é o Brexit. “O Brexit é o resultado do ódio e do egoísmo. É fácil fazer discursos populistas. Tenho bastante receio que cada um comece a trabalhar para o ‘orgulhosamente sós’ esquecendo-se que o grande desafio que temos não é económico, é da natalidade”, reiterou. Para o eurodeputado, a “solida-
Conferência de imprensa
Qual a relevância do projecto? Há uma coisa que este projecto já trouxe: a Biblioteca Nacional, dos 31 que aqui estão, não tinha pelo menos o n.º 1 de 3, e hoje já tem na sua colecção. Não tinha o n.º 1, por exemplo, do Jornal de Notícias, e passou a ter por causa deste nosso projecto. A relevância é dizer que há uma maneira portuguesa de fazer jornalismo, uma maneira portuguesa de fazer jornais e que essa maneira não está confinada ao continente português mas está espalhada por todo o mundo. Estes jornais centenários são distribuídos em mais de metade do mundo, é fantástico. Até quando estará patente a exposição? Até ao fim da semana [passada] porque é uma regra do Parlamento Europeu (PE) que as exposições não podem durar mais do que uma semana. Ela foi inaugurada hoje [quarta-feira]. Para a semana, o PE reúne-se em Estrasburgo, não haverá praticamente ninguém aqui e depois os deputados vão para férias, não ganhávamos nada em tê-la cá mais tempo. A seguir ao PE, a exposição irá para Lisboa e daí esperamos que para Paris, e depois novamente para Bruxelas, porque a comunidade portuguesa já pediu para voltarmos. E que tal passar pela terra de origem de cada jornal? Se cada jornal quiser… A API não fará em cada terra porque, em cada uma, o rei é quem lá está, é cada jornal que tem de fazer. Mas estamos dispostos a organizar. Haverá um momento do reconhecimento deste processo de património imaterial em que vai ser muito importante a adesão das populações.
Jornais presentes: Açoriano Oriental, Aurora do Lima, Diário de Notícias, Diário dos Açores, Mensageiro do Coração de Jesus, Diário de Notícias da Madeira, O Penafidelense, Soberania do Povo, A Voz do Operário, Jornal de Santo Tirso, Jornal de Estarreja, O Comércio de Guimarães, Maria da Fonte, Jornal de Notícias, Correio do Ribatejo, Correio da Feira, Jornal de Abrantes, A Comarca de Arganil, O Concelho de Estarreja, Boletim Salesiano, A Guarda, Folha de Tondela, Cardeal Saraiva, Notícias da Covilhã, A Ordem, João Semana, Notícias de Gouveia, Folha do Domingo, A Crença, O Amigo do Povo, O Despertar
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REPORTAGEM
riedade não se apregoa, pratica-se” e “os refugiados não são os culpados, são as vítimas”. José Manuel Fernandes acredita no poder da UE. “Há muito esta coisa do ‘nós mandamos no nosso país’ mas ‘a Europa tem de fazer mais’. Não faz sentido”, afirmou, lembrando que “em cada 100€, Portugal põe 1,3% e recebe o dobro ou o triplo”. Se o Reino Unido (RU) sempre sair da União, perdemos nós (UE) habitantes e dinheiro (e deixamos de ser a maior economia mundial), mas perdem eles também algumas ‘benesses’. “O RU para estar no mercado interno vai ter de pagar e já vieram dizer que há programas em que querem continuar… vamos lá ver”, diz José Manuel Fernandes, expectante.
Entrevista exclusiva | Representante da comunidade portuguesa na Bélgica
“Reduzimos a distância ao estarmos informados” Pedro Rupio foi um dos oradores no cocktail que teve lugar na Embaixada de Portugal na Bélgica e, para ele, os jornais são um excelennte meio para aproximar os emigrantes do país que deixaram para trás. “Saber que pintaram a igreja da minha aldeia em Portugal ou que estão a lançar algum projecto, para mim é importante, como também é importante constatar que algumas coisas não estão a correr tão bem. As comunidades portuguesas estão preocupadas e querem saber o que está a acontecer na sua terra de origem”, referiu, em entrevista exclusiva ao Correio da Feira. É não só uma forma de se inteirar da “evolução do município natal” mas também um “um momento de evasão”. “Podemos estar no espaço de alguns minutos em Portugal, matar as saudades e reduzir aquela distância ao estarmos informados”, afirmou. Hoje em dia, é fácil aceder à informação, mas nem sempre foi assim. “Há alguns anos, era muito difícil ter informações sobre o país de origem, e para aqueles que estão no Brasil, Argentina, África do Sul é óbvio que a imprensa regional tinha um papel fundamental. Continua a ter, só que se consegue ter acesso à informação de forma mais fácil”, explica Pedro Rupio. Sobre a exposição ‘Publicações Centenárias Portuguesas’, o representante da comunidade portuguesa considera “uma excelente iniciativa” e faz um apelo. “Aproveito sempre que encontro um representante de uma publicação regional/nacional para fazer o meu lobbying pessoal enquanto representante da comunidade porque nós necessitamos de ter mais visibilidade em Portugal. Muitas vezes se fala de nós quando há um acidente ou um atentado, mas há outras questões que também são importantes, ligadas ao ensino do português no estrangeiro, aos direitos cívicos e políticos”, alerta Pedro Rupio, chamando a atenção da necessidade de visibilidade para que possam “sensibilizar a opinião pública”. “Somos portugueses, juntos podemos fazer com que Portugal seja mais forte e isso passa por ajudar-nos a ter mais espaço na sociedade civil portuguesa”, salienta.
Composição do PE Acabada a explicação, o eurodeputado saiu para uma reunião e deixou a comitiva com o guia de visitas do PE, António Vala, que mostrou vários gráficos sobre a distribuição de mandatos no PE. Quando mais habitantes tem um país, mais deputados consegue eleger. No total são 751 deputados, capacidade máxima do PE, de 28 países, sendo que a Alemanha ocupa o topo da lista (96) e Malta o último lugar (6). Portugal tem 15 deputados eleitos. “O que vai acontecer aos 73 do RU? Não sei, os novos números terão de ser aprovados pelo Conselho, sendo que, se houver redistribuição de deputados, a Alemanha não pode ficar com mais”, referiu. Os deputados estão organizados por grupo político, e não por nacionalidade, e integram-se no partido que “partilha mais ou menos o seu tipo de ideias”. O grupo decide uma orientação de voto – luz verde para aprovação, luz vermelha para rejeição – mas cada deputado é livre para votar segundo a sua consciência. Alguns grupos vão aparecendo e desaparecendo pois é “frequente” ver deputados a trocar de grupo político. Os grupos dividem-se em: Partido Popular Europeu; Socialistas e Democratas; Conservadores e Reformistas; Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa; Esquerda Unitária Europeia; Verdes; Europa da Liberdade e da Democracia Directa; e Europa das Nações e da Liberdade. Portugal tem deputados em 4 dos 8 grupos (PPE, S&D, ALDE e Esquerda), e um deles mudou nesta legislatura da ALDE para o PPE. Todos os assuntos começam com uma negociação dentro do próprio grupo, que depois elege um deputado para liderar a negociação com os outros grupos. “Qualquer decisão exige negociação e compromisso”, frisou António Vala. É um “trabalho cooperativo” em que “as pessoas têm de chegar a pontos comuns”. Quando há perspectivas de aprovação, é levado ao Plenário, onde o presidente se senta ao centro e os deputados nas laterais, dispostos consoante a sua orientação política. “Há uma lista de oradores, cada deputado por norma intervém apenas uma vez, mas têm em sua posse um cartão azul que lhes dá tempo de palavra em situações exepcionais”, elucidou. Há 24 línguas oficiais e tudo o que é dito é traduzido, em simultâneo, pelos intérpretes que se escondem nas cabines localizadas em cima nas laterais. “É um grande desafio pois, além de os deputados falarem rápido, tratam muitas vezes de vocabulário altamente especializado, não esquecendo as expressões típicas de cada país que são impossíveis de reproduzir”, afirmou António Vala, e mostrou um vídeo de José Manuel Fernandes falando de segurança alimentar e citando exemplos da gastronomia portuguesa como o “pica no chão”. Quando
são línguas não muito comuns, como o maltês, a maioria dos intérpretes espera pela tradução da língua que consegue compreender, por exemplo o inglês, para traduzir, o que provoca, muitas vezes, “reacções aos soluços”. “Se o maltês contar uma piada, primeiro riem-se os malteses, depois os ingleses e depois os portugueses”, exemplifica. Ainda no primeiro dia de visita, e já depois da inauguração da exposição, terminámos com um cocktail na Embaixada de Portugal, decorada com alguns dos jornais centenários. Ouviu-se o representante da comunidade portuguesa na Bélgica, Pedro Rupio, dizer que “a imprensa regional é fundamental” para “matar saudades e ficar próximo de Portugal por alguns minutos”. “Aos representantes, parabéns, e votos de sucesso para que consigamos sempre estar perto de Portugal”, desejou. Falou, também, o responsável pelo “projecto inovador” Lusojornal, Carlos Pereira, que apresentou o seu jornal, criado em 2004, com vista a “falar apenas dos portugueses de França e das outras comunidades lusófonas nesse país, assim como das relações entre os nossos países e a França”. Especializado em matérias relacionadas com Comunidades e Emigração, possui agora também uma plataforma online.
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Queremos acreditar que aqui está o espelho da sociedade e que temos alguma influência para melhorar a legislação. Gonçalo Lobo Xavier
CESE – o que é? O segundo dia incluiu uma visita ao Comité Económico e Social Europeu (CESE) com as boas-vindas pelo vice-presidente da Comunicação, Gonçalo Lobo Xavier. “Acho extraordinária esta iniciativa. A minha mãe assina ‘A Ordem’ e eu nasci em Arganil, que também está aqui representado”, afirmou. Gonçalo Lobo Xavier trabalha em Bruxelas há três anos e representa a indústria portuguesa. “Represento o sector industrial mais exportador, alguém sabe qual é?”, questionou. A cada resposta – calçado, cortiça – o profissional abanava a cabeça. “Não, é a metalurgia e metalomecânica. Exporta 14,6 mil milhões de euros”, frisou. O CESE é um órgão consultivo da UE em que Portugal tem 12 membros. “12 homens, é preciso mudar isto”, atirou. Preparam opiniões sobre determinadas matérias que o PE está a legislar. “Damos pareceres não vinculativos sobre economia, mercado interno, transportes, relações externas, agricultura e sociedade”, enumerou. Cargos que “não são pagos”. “Não recebemos salário, apenas despesas de viagem, já que eu não vivo em Bruxelas”, referiu. Tudo na base da “vontade de servir e representar os cidadãos” num organismo dividido em 3 grupos: Empregadores, Trabalhadores e Interesses Diversos. “Queremos acreditar que aqui está o espelho da sociedade e que temos alguma influência para melhorar a legislação”, afirmou.
Assim como José Manuel Fernandes, o vice-presidente da Comunicação do CESE fez questão de lembrar que “Bruxelas tem um peso bastante grande na vida de Portugal” e que “não é um bicho-papão” a quem se pode atribuir apenas as culpas do que corre mal. “Bruxelas tem feito muito pela vida dos estados-membros”, salientou. O método de trabalho de Gonçalo Lobo Xavier inclui preparar um parecer sobre determinado assunto que depois será discutido e votado numa das 9 sessões plenárias que acontecem todos os anos. O seu mandato acaba no próximo ano - os membros do CESE são nomeados pelo Conselho por um mandato de 5 anos – mas, avança Gonçalo Lobo Xavier, há eleições em Outubro e ele candidatar-se-á à presidência do CESE.
Lobbies O vice-presidente da Comunicação lamenta que a função do CESE ainda seja desconhecida para a maioria das pessoas mas confessa que ele próprio, quando lhe foi oferecido o cargo, não sabia para o que vinha. Hoje está satisfeito por saber que “é possível ter uma intervenção na sociedade e com valor”. “O CESE é uma espécie de lobby. Sei que tem uma conotação negativa, mas lobby é uma actividade de informação. No meu caso, defendo os interesses da indústria, e não recebo robalos nem frango assado por isso”, atirou, salientando que deveria haver “regulamentação para o lobby”. Em Bruxelas, os envelopes financeiros são sempre na ordem dos milhões e daí a necessidade de gerar “consensos” que muitas vezes resultam de “grandes discussões”. A diversidade é importante porque nestes documentos estão assuntos com “impacto na vida das pessoas”. O CESE é composto por vários especialistas nas matérias sobre as quais dá pareceres, sendo que há assuntos em que “dezenas de pessoas querem ser redactoras”. Gonçalo Lobo Xavier foca-se em três áreas: Inovação, Indústria e Energia. E para que o seu trabalho, e do CESE, passe para fora daquelas quatro paredes, apelou aos jornais presentes, “órgãos fundamentais” para divulgar o Comité junto das comunidades regionais. A última paragem em Bruxelas foi na Comissão Europeia, onde Alfredo Sousa, responsável pela imprensa no gabinete do Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação Carlos Moedas, falou do edifício que albergava 3000 funcionários e onde todos os comissários estão concentrados com as suas “equipas reduzidas”. “As equipas têm de ser compostas por pessoas de várias nacionalidades e algumas que já conheçam a casa”, referiu, sendo que no caso de Carlos Moedas a equipa inclui cinco nacionalidades. Um dos membros da equipa tem a seu cargo a Comunicação e acompanha o Comissário nas conferências de imprensa. E para que pudéssemos verdadeiramente integrar-nos no ambiente europeu, dirigimo-nos à sala de imprensa onde decorria uma das conferências que se realizam todos os dias às 12h00. Por breves minutos, assistimos a perguntas acutilantes e a respostas evasivas, assim como a muitos comentários paralelos que são o prato do dia neste cenário. Por fim, João Palmeiro quis deixar algumas palavras aos ‘Centenários’. “Vocês são muito mais do que um negócio, são o património de uma nação. Um destes jornais acabar, é como arrasar com um monumento da terra de qualquer um, como uma Igreja Matriz, ou a própria Torre de Belém”, rematou. Bruxelas foi só a primeira paragem, os ‘Centenários’ vão correr o mundo que já é deles.
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PRESTAR CONTAS EM POLÍTICA António Cardoso, Deputado do Partido Socialista na Assembleia da República
NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Perante o mediático assalto de armamento no quartel de Tancos, o governante responsável pelo ministério da Defesa disse ao país que considerava gravíssimo o que tinha acontecido e assumia toda a responsabilidade política, dando a conhecer a sua posição sobre o roubo das armas. Serenamente preocupado perante um crime tão grave ocorrido num local de alta segurança, quartel militar, mostrou e transmitiu tranquilidade e segurança aos portugueses. Reagindo com bom senso e com a prudência que lhe é exigida, comprovou a determinação, determinação essa que já tinha provado perante os acidentes com a morte de recrutas ocorridos na instrução do curso de comandos, em 2016. Com gravidades diferentes, num houve perda de vidas humanas, no caso presente registou-se prejuízos materiais cuja relevância material não é muito expressiva, mas os efeitos nefastos na segurança do país têm que ser rapidamente eliminados. Prestar contas em política é um dever de qualquer político e no respeito por esse princípio tivemos o Ministro da Defesa a assumir as suas responsabilidades.
Também na área da segurança de pessoas e bens, a ministra da Administração Interna, perante a catástrofe do incêndio de Pedrógão e das 64 vítimas mortais, de forma determinada, respondeu sem hesitar que seria mais fácil demitir-se. Disse ainda que o dever de um governante é proceder ao apuramento dos factos, determinar as falhas, identificar a complexidade dos problemas para encontrar as soluções adequadas. A postura desta governante rejeitou a pressão irresponsável da Oposição negando as exigências de demissão. Porém, transmitiu a sua sensibilidade humana de solidariedade, transmitindo serenidade e conforto em horas de dor profunda. Por outras palavras, à semelhança da postura do Ministro da Defesa, prestou contas, atitude fundamental em política. Prestar contas passa por colocar nos pratos da balança: a responsabilidade num prato e a confiança no outro. Quem recebe um mandato com espírito de missão para cumprir um determinado cargo público tem que prestar contas do que faz a quem nele delega esse poder. No essencial, a responsabilidade
política consuma-se através do sufrágio eleitoral e nas relações entre os órgãos de soberania. O Governo é politicamente responsável perante a Assembleia da República que o pode derrubar, retirando-lhe a sua confiança. O primeiro-ministro responde perante o Presidente e os ministros perante o primeiro-ministro. Em circunstâncias extraordinárias, pode também o Presidente da República demitir o Governo e dissolver o Parlamento, convocando eleições antecipadas. O afastamento do cargo, porém, é sempre uma situação limite: os deputados e o Governo não estão acima da lei e até o Presidente da República é destituído e impedido de se recandidatar, caso o Supremo Tribunal de Justiça o condene por crime praticado no exercício das suas funções. A responsabilidade versus confiança pode expressar-se nas mais diversas formas – responsabilidade civil, disciplinar, criminal, política. O Estado Novo desconhecia a “responsabilidade política” porque era dirigido por soberanos absolutos. Os regimes democráticos exigem dos seus governantes posturas de res-
ponsabilidade. Depois da Revolução Industrial, a governação dos estados com democracias modernas vinculam constitucionalmente os seus governantes ao dever de prestação de contas aos seus cidadãos. Os casos mediáticos que fazem a atual agenda política do país (incêndios de Pedrógão Grande e o assalto de armas no quartel de Tancos) têm em comum a distribuição da responsabilidade dos danos pela Proteção Civil, Bombeiros, Serviço de Informações, (SIREP), Comandantes do quartel de Tancos, Chefes de Estado-maior do Exército e das Forças Armadas, Ministros, Governo e, por último, o Comandante Supremo das Forças Armadas, o Presidente da República. Portanto, deve apurar-se todos os factos e as falhas havidas, refletir sobre as mesmas, aprender com os erros cometidos, reordenar corretamente a floresta para repensar as modalidades de combate aos incêndios, para adequar os dispositivos militares às missões que hoje são chamados a cumprir. É isso o que se espera dos políticos, governantes e do nosso Chefe de Estado. Estão em causa questões de soberania do Estado.
Procura-se aqui uma resposta aos anseios económicos de Milheirós de Poiares. Então, e os interesses das restantes partes interessadas neste processo? Foi ouvida a população sanjoanense no sentido de se consumar esta desvinculação? E a restante população do município feirense não é aqui parte interessada? Não somos favoráveis à integração de Milheirós de Poiares em S. J. da Madeira nos moldes em que a estão a pretender levar a efeito, isto é, sem a consulta e posterior posição favorável das Assembleias dos dois municípios mais a da freguesia de Milheirós. No meio deste folhetim que já tem novos episódios prometidos no futuro, não conseguimos vislumbrar qual é a ideologia política do PSD que num município tem uma posição e no outro tem uma oposta 180º. Igualmente não entendemos a posição do Partido Socialista feirense que apesar de ser o principal apoiante e sustentáculo no movimento na freguesia em questão, quanto chamado a tomar posição nos
órgãos autárquicos feirenses optou por se abster numa estratégia ou incoerência política que parece pretender agradar a deus e ao diabo. Fala-se, inclusive, no interesse do Partido Socialista sanjoanense, em arregimentar por este modo umas largas centenas de votantes indefectíveis que seriam cruciais para tomar as rédeas autárquicas em S. J. da Madeira. A consumar-se esta desvinculação de uma freguesia à revelia dos órgãos autárquicos está-se a abrir um precedente que levará ao retalhar do município da Feira pois são latentes outros movimentos com idênticas filosofias que levarão à intenção de saída das freguesias de Nogueira da Regedoura e S. Paio de Oleiros para o município de Espinho, de Arrifana igualmente para S. João da Madeira, etc. Seria em nossa opinião um despertar epidémico que levaria a um retalhar e remendar do mapa nacional para o qual não conseguimos vislumbrar um fim, e não serve os interesses das populações.
Por quem sois! Antero Resende, Dirigente de ‘Os Verdes’
FICHA TÉCNICA
Perde-se no tempo as referências históricas à terra de Santa Maria e à Vila da Feira sendo que muitas das freguesias bem como a própria vila são coevas da fundação da nacionalidade. Regista o Foral dado a 10 de fevereiro de 1514 por D. Manuel I à Vila da Feira, a existência de referências a Milheirós de Poiares logo a seguir a Pindelo, hoje freguesia do município de Oliveira de Azeméis e antes de Gaiate, nos dias de hoje, um lugar da própria freguesia de Milheirós. A criação de Milheirós de Poiares radica em mais de 500 anos de história, história essa sempre vivida e comungada num contexto de unidade de um Município, o de Santa Maria da Feira. A configuração territorial do município de Santa Maria da Feira permanece inalterada desde os Censos de 1930, no VII recenseamento geral da população, não se verificando, desde então, qualquer justificação, de natureza histórica, cultural, geográfica, económico-financeira ou outra que tenha suportado ou sustentado a amputação
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do formato do seu território. Não deixa, no entanto, de ser caso único que o tema em apreço surja, não só na Feira como um pouco por todo o país invariavelmente, na proximidade de atos eleitorais, pelo que a instrumentalização política surge-nos logo no pensamento. Neste caso particular da Vila de Milheirós de Poiares, freguesia pertencente ao município de Santa Maria da Feira, foi a nefasta “Lei Relvas” que fez despertar do adormecimento a pretensão da vila de Milheirós de Poiares em saltar das fronteiras do concelho de Santa Maria da Feira para o lado do vizinho S. João da Madeira, município de freguesia única. Num país de desequilíbrios onde o que urge é proceder a uma verdadeira regionalização, esta é a cidade município, um verdadeiro “principado de Mónaco” na região centro Norte do país que com o seu PIB nitidamente superior aos municípios circundantes gera este interesse inusitado, mas não de todo impossível de entender.
Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Diana Santos, Filipe Dias, Filipe Freixo, Jo‹ o Pedro Gomes, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Serafim Lopes
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OPINIÃO
AI COMO ESTÁ ESSA MEMÓRIA, SENHOR PRESIDENTE! Moisés Ferreira, Bloco de Esquerda
Na última Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, o Bloco de Esquerda apresentou inúmeras propostas e levantou muitas questões sobre a gestão municipal do PSD. Curiosamente – ou não – o Presidente da Câmara foi acometido de episódios de amnésia ou desconhecimento primário. Este artigo pretende ajudar o Sr. Presidente e o PSD a recuperarem alguma da memória perdida. O desconhecimento sobre o concurso para bombeiros sapadores O Bloco de Esquerda quis saber por que razão a Autarquia não apresentou nenhuma candidatura para a constituição de uma equipa de bombeiros sapadores em Santa Maria da Feira. Fazia todo o sentido que o Concelho tivesse essa
equipa, uma vez que tem uma grande mancha de floresta, que é o Concelho do distrito de Aveiro com mais ignições e que ainda no ano passado foi vítima de grandes incêndios. A resposta do Presidente da Câmara foi desconcertante: não tinham conhecimento de nenhum concurso. A verdade é que esse concurso existiu, o período de candidaturas esteve aberto, os municípios podiam concorrer e Santa Maria da Feira não o fez. Por culpa da Câmara Municipal. Fica aqui, para seu conhecimento, o link com toda a informação sobre este concurso: http://www.icnf.pt/portal/ icnf/noticias/gloablnews/sapadoresflorestais O desconhecimento sobre a exploração
laboral promovida pela Autarquia Questionámos também a abertura de um concurso para contratação de professores e monitores para campos de férias, oferecendo-se 2,19€ por hora. Qualquer coisa como 600€ por sete semanas de trabalho; ou seja, muito abaixo do salário mínimo nacional. Ou seja, uma exploração abjeta. Disse-nos o Presidente que esse concurso não tinha nada a ver com a Câmara, tentando assim sacudir a água do capote. Deve andar distraído o senhor presidente, porque o anúncio de contratação está exatamente no site da Câmara Municipal (deixo-lhe aqui o site, para o caso de também se ter esquecido dele: https:// www.cm-feira.pt/portal/site/cm-feira/
educacao/) e poderá constatar que até se diz no anúncio “para mais informações, os interessados podem contactar a Divisão da Educação”. A amnésia sobre quanto já gastou em relvados sintéticos Começa já a ser um clássico. Sempre que questionado sobre quanto é que a Câmara Municipal já esbanjou em relvados sintéticos, o Presidente da Câmara é acometido de amnésia. Não se lembra. Deixe-me esclarecê-lo: só em 2016, ao abrigo do Programa de Apoio à Construção ou Renovação de Campos Relvados, a Autarquia gastou 586.801€. Só é estranho que o Presidente da Câmara não se lembre de uma verba tão avultada. O que dirá isso do rigor que empreende na administração pública?
quias. Há autarcas sérios que não podem ser confundidos por uma minoria de xicos espertos que vão delapidando as finanças públicas com ajustes directos e outras artes de bem usar a porta do cavalo. É um fenómeno que tem assolado autarcas do chamado centrão, mas o PSD parece levar a bandeira. A aprovação da limitação de mandatos foi uma medida que ajudará a diminuir os casos de corrupção, mas está longe de ser panaceia para o fenómeno. Enquanto não houver transparência nas contas e orçamentos, e verdadeiro escrutínio público, a “coisa” tenderá a manter-se. Ainda assim, quando ouvimos dizer que são 100 mil euros que estão por justificar - logo “tostões” - é de desconfiar ser mais um caso que vai dar em águas de bacalhau.
A PJ investigou, o Ministério Público agiu. Até aqui tudo bem. Esperemos que a Justiça funcione neste e noutros casos. E que o processo não prescreva, como aconteceu com as acusações pendentes sobre Dias Loureiro, que lhe deu o direito de se achar indignado com essas mesmas acusações. Tão “sérios” que eles são. Mas está provado que não basta bater no peito jurando inocência, ou ter cara de abade para se passar por gente séria. Uma coisa que causa estranheza, e possívelmente a muitas outras pessoas, é que o Ministério Público não tenha agido depois do parecer que o Tribunal de Contas emitiu sobre o contrato de concessão da exploração da rede de águas e saneamento no concelho da Feira. O que
é que Hermínio Loureiro fez de tão diferente do que foi feito no Município da Feira? Fez também uma concessão com a Indaqua. Terá beneficiado, de acordo com as notícias, várias empresas, e pelo menos uma delas também fez obras no concelho da Feira. Era da mais elementar lógica que, seguindo o rasto das empresas supostamente beneficiadas, se investigassem também os contratos com outras autarquias. Das duas uma: ou o Ministério Público anda distraído, ou a Autarquia Feirense tem de facto um peso político tão grande que impede que se investigue também uma das concessões mais ruinosas feitas no país no âmbito da água e saneamento. Esperemos que se faça justiça. De preferência sentados. Palpita-me que vai levar muito tempo.
QUEM VÊ CARAS.... Paulo Alves, Milheirós de Poiares A notícia da detenção do Ex Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro, deixou algumas almas muito admiradas. Ainda há pessoas distraídas e crédulas. A mim, não causou surpresa, nem à maioria das pessoas que não comem sono e estão atentas àquilo que as rodeia. Estamos fartos de saber no que resulta este triângulo de Autarquias, Futebol e negócios. Acaba por maioria de regra no lamaçal da corrupção. Foi assim com os frigoríficos em Gondomar dados na véspera das eleições, foi assim com o Autarca de Oeiras que tinha um sobrinho na Suíça que lhe punha dinheiro na conta sem ele saber. Foi assim na Câmara de Gaia, na de Barcelos e em tantas outras. É sabido que a corrupção não é prática da larga maioria das Autar-
FICA PARA OS OUTROS ASSUMIR ERROS E FALHAS Henrique Ferreira, Presidente da Comissão Política Concelhia de Santa Maria da Feira do Partido Socialista Assumir responsabilidades faz parte de quem gere a causa pública. Quando se é eleito para um cargo político, presta-se contas do trabalho efectuado. Um político é eleito pelo povo e para o povo deve governar e, por isso, está sempre em avaliação. Sempre prestei contas, porque aprendi como exercer política. Sempre assumi responsabilidades, porque nunca deixei para os outros a explicação de erros e omissões e, acrescento, nunca deixei para os outros a explicação da incapacidade. Vem isto a propósito de uma entrevista do vereador Vítor Marques ao jornal Correio da Feira, publicada há poucas semanas, e na qual o responsável pelos pelouros do Ambiente, Protecção Civil e Obras confessa erros e desrespeito pelos procedimentos concursais, entre outras falhas. Aliás, diz mesmo, e cito, “qualquer pessoa deve admitir falhas”. Aceito este testemunho como verdadeiro e puro por parte de um cidadão que, todavia, - e friso - não merecia esta exposição pública. O vereador admite falhas em algumas matérias de vários sectores da sua área de intervenção, mas essas falhas não são da sua responsabilidade. Eu diria que esta entrevista deveria ter sido concedida pelo actual presidente de
Câmara. Nesse caso, eu teria feito duas alterações à entrevista: teria colocado a foto de Emídio Sousa e, inevitavelmente, seria Emídio Sousa o entrevistado e nunca Vítor Marques. Os erros expostos nesta entrevista foram por diversas ocasiões apontados em sucessivas reuniões de Câmara e da Assembleia Municipal pelos eleitos do Partido Socialista. Mas o PSD sempre fugiu a prestar esclarecimentos e sempre os refutou. Quer na Câmara quer na Assembleia. O que, aliás, não constitui surpresa alguma essa postura do PSD. Lamento, agora, que Vítor Marques tenha tido esta exposição pública, assumindo erros que, sublinho de novo, não são da sua responsabilidade. Nesta entrevista – que deveria ter sido dada pelo actual presidente de Câmara - são admitidas falhas e são apontados procedimentos concursais que ferem indelevelmente a legalidade. A gravidade dos factos começa no mandato anterior (2009/2013), quando Emídio Sousa respondia pelos pelouros da Protecção Civil e Obras. Foi, recorde-se, vice-presidente de Câmara nesse período. Por isso, cabe a Emídio Sousa prestar contas. O actual presidente de Câmara tem que prestar explicações aos feirenses, enun-
ciando as falhas cometidas em áreas tão importantes como as Obras e Ambiente. Os casos expostos revelam incapacidade (ou incompetência) da Câmara Municipal por si presidida desde 2013. “Posso dizer que, neste momento, andamos a ultimar as terceira e quarta fases. Ou seja, pedi ao empreiteiro que ganhou o concurso para que, enquanto anda pelas freguesias com várias equipas, faça em simultâneo as terceira e quarta fases dos arruamentos” - aqui está explanada a forma como se desrespeitam procedimentos concursais. Um outro exemplo gritante da incapacidade do actual executivo camarário reside na rede viária. “Os acessos a Santa Maria da Feira eram uma vergonha” em 2013. Nessa ocasião, Emídio Sousa era o responsável pelas Obras. Como candidato, prometeu requalificar 500 quilómetros de estradas e nem 100 quilómetros conseguiu recuperar de 2013 até ao presente. Do actual executivo, sabemos ainda que a colocação de tapete betuminoso coincide com as eleições, mas, diz o não entrevistado Emídio Sousa que “não tem nada a ver”. Mas há mais. “Foi pedido a todos os presidentes de Junta que indicassem as ruas em mau estado. À medida que as
obras foram avançando, alguns presidentes de Junta pediram para aguentarmos algum tempo porque precisavam de fazer passeios”. Ou seja, a Câmara Municipal PSD liderada por Emídio Sousa avança com uma obra e suspende-a de seguida, o que configura um nítido mau exemplo de...planeamento. Os erros que se conhecem do executivo PSD configuram uma clara prova de incompetência. Após esta entrevista, não se vislumbrou qualquer posição por parte do PSD. Mas esse silêncio não é estranho. Aliás, basta reparar na ausência do seu candidato ao debate promovido pelo jornal Correio da Feira a propósito das próximas eleições autárquicas. Foi o único candidato que faltou. O actual presidente de Câmara tem inequivocamente de se explicar aos feirenses. Sabemos, porém, que não o fará. Emídio Sousa desrespeita decisões da Assembleia Municipal e nem sequer cumpre com as inúmeras promessas que traçou há quatro anos. Nesse sentido, é fácil concluir que se o presidente não acata com deliberações da Assembleia e ilude os feirenses com números que nem ele próprio sabe sustentar, é fácil concluir que não vai assumir as falhas e os erros cometidos. Isso fica para os outros.
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AUTÁRQUICAS
Manuel Tavares candidato do CDS-PP à Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas
MARGARIDA ROCHA GARISO PROMOVE FÓRUM SOBRE FEIRA DESPORTO 2020 O Europarque acolheu a apresentação, com direito a jantar, de todos os candidatos social-democratas às Juntas e Uniões de Freguesia do Concelho. A grande novidade recai sobre Manuela Teixeira, autarca que se recandidata à União de Freguesias Souto/ Mosteirô, agora, pelo Partido Social Democrata depois de ter vencido as últimas autárquicas com as cores do Partido Socialista. Cerca de quatro mil pessoas fizeram questão de marcar presença na cerimónia de apresentação da equipa laranja às próximas autárquicas. O presidente do partido, Pedro
Passos Coelho destacou o papel do Concelho a nível nacional e o edil feirense. “Emídio Sousa é uma referência para todos os presidentes da Área Metropolitana do Porto. Não faltou liderança ao presidente da Câmara e é de louvar a sua atitude”, disse.
“Não sou candidato por aquilo que fiz. Sou por aquilo que quero fazer” Emídio Sousa, depois de fazer o balanço do presente mandato, projectou o futuro concelhio destacando os postos de emprego que serão criados. “Vamos atingir o pleno do
emprego entre um a dois anos. A ambição é passarmos do emprego assente em salários baixos, para emprego melhor remunerado”, atirou, desvendando os grandes objectivos para, caso vença as eleições, executar no próximo mandato. “A educação e a qualificação serão uma das nossas principais bandeiras, pois com elas teremos um território mais competitivo”, evidenciou. Por fim, o edil destacou a razão pela qual diz ser (re) candidato à chefia do Município. “Não sou candidato por aquilo que fiz. Sou candidato por aquilo que quero fazer”.
COLIGAÇÃO CDS-PP E MPT PREOCUPADA COM DESLEIXO DAS INFRAESTRUTURAS ESCAPÃES “Juntos por Escapães” é o mote da campanha da coligação CDS-PP/MPT para a Junta de Freguesia de Escapães nas Autárquicas 2017, encabeçadas por Ricardo Oliveira (CDS) e Joaquim Castro (MPT). A apresentação teve a presença do deputado do CDS João Almeida, do presidente do MPT José Inácio
Fária, do presidente da Distrital do CDS Jorge Pato, do candidato à Câmara Municipal Rui Tavares e do candidato à Assembleia Municipal Ângelo Santos. As vozes da coligação apresentaram “o preocupante estado de abandono na Rua António Correia Alves”, “o perigo ambiental e de saúde pública
que a Junta de Freguesia nos coloca ao depositar resíduos e equipamentos nessa área, e o “desleixo a que chegaram os equipamentos públicos, nomeadamente o parque junto às escolas” como alguns dos problemas mais prementes que pretende resolver, diz o CDS em comunicado.
CDU CONCELHIA APONTA ABANDONO DOS EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS EM FORNOS FORNOS Em comunicado de imprensa, os elementos que compõem a Coligação Democrática Unitária da freguesia de Fornos apontam o dedo ao “estado de abandono dos equipamentos desportivos que são património da freguesia”, nomeadamente “o que está implantado no lugar do ‘Boco’ paredes meias com o campo de futebol de onze, para lá de estar de portas abertas ao vandalismo, de ser em piso ab-
sorvente que já começa a ficar ‘relvado de ervas daninhas’, só tem uma baliza destruída que coloca em risco quem ali brinca ou joga”. A CDU afirma também que o campo de futebol de onze está “igualmente a ser tomado por ervas, silvas, salgueiros e outras infestantes, tendo a ferrugem começado a ‘roer’ tudo o que são materiais ferrosos”, e que “se fosse noutra freguesia já es-
taria relvado com relva sintética da ‘Safina’”. O comunicado da CDU – Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira aponta ainda carências nas “vias de circulação da freguesia, passeios, fontanários, tanques públicos, paragens de autocarros, ecopontos, espaços ajardinados”, mas saúdam “o abandono da utilização de herbicidas por parte da Junta de Freguesia de Fornos”.
LAMAS Vânia Oliveira, presidente do núcleo do CDS-PP de Santa Maria de Lamas, e a sua equipa definiram para candidato à Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas, Manuel Tavares, nascido em Paços de Brandão, mas residente em Lamas desde tenra idade. A nota de imprensa do partido dá conta de um homem “presente em momentos importantes para a freguesia de Santa Maria de Lamas, tanto no aspecto desportivo como cultural”. “O seu percurso pessoal e profissional encontra-se solidificado pela simplicidade, lealdade, honestidade, cooperação e humanismo e é após esta notável vivência que considerou chegado o momento de colocar a sua experiência ao serviço de Santa Maria de Lamas”, refere ainda a nota de imprensa.
Candidato do CDS
Apresentação pública de António Luís Brito no sábado MOZELOS António Luís Brito, com o slogan “Nós estamos atentos”, é o candidato do CDS-PP à Junta de Freguesia de Mozelos nas próximas eleições autárquicas 2017, cuja apresentação pública será realizada no próximo sábado, dia 22 de Julho, pelas 16 horas, no Parque do Morado, em Mozelos, e contará com a presença de individualidades de ambos os partidos.
António Torres mandatário da candidatura do Bloco na Feira António Torres, professor de filosofia, de 57 anos, é o mandatário da candidatura do Bloco de Esquerda, em Santa Maria da Feira, às autárquicas marcadas para 1 de Outubro, informa o BE em comunicado. “António Torres foi sempre um cidadão com participação activa na luta social, nos protestos contra a ‘troika’, austeridade e na defesa da escola pública. Dirigente da IPSS, Centro Juvenil de Campanhã, o professor de Filosofia dá aulas na Escola Secundária de Santa Maria da Feira”. António Torres assume, com esta candidatura, as seguintes propostas: “romper com o negocismo e devolver a transparência à gestão autárquica; responder efectivamente aos reais problemas das pessoas, acabando com as operações de marketing que apenas servem para esbanjar o dinheiro dos nossos impostos, aumentando de 1% para 5% as verbas do orçamento para acção social; remunicipalizar a água assim a factura e o saneamento, baixando ao fim do mês aos feirenses; dotar todas as escolas de planos de emergência; criar o regulamento municipal de bem-estar animal; e a revisão urgente do Regulamento do Programa de Apoio a Projectos Culturais, no sentido da sua desburocratização”.
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AUTÁRQUICAS
MARGARIDA ROCHA GARISO PROMOVE FÓRUM SOBRE FEIRA DESPORTO 2020 A candidatura de Margarida Rocha Gariso vai promover um fórum sobre Santa Maria da Feira – Cidade Europeia do Desporto 2020, a realizar-se na sexta-feira, 21 de Julho. O encontro decorrerá no auditório do ISPAB, com início pelas 21h00, e contará com a presença, entre outros, de Amadeu Portilha, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães. “Tornar o concelho de Santa Maria da Feira Cidade Europeia do Desporto 2020 será a melhor resposta da próxima Câmara Municipal às exigências do tempo que vivemos. Santa
Maria da Feira deve reforçar a sua dimensão internacional no Desporto. Desbravaremos o caminho que nos guiará até esse propósito”, diz a candidata. Neste fórum, pretende-se reunir as pessoas do Concelho – dirigentes, treinadores, praticantes e todos quantos têm ligação directa à prática desportiva – e ainda os clubes, as associações e as colectividades que desenvolvem actividades em diversas modalidades desportivas. Serão recolhidos testemunhos e experiências para fundamentar a candidatura do Concelho a Cidade Europeia do
Desporto. Santa Maria da Feira - Desporto 2020, acrescenta a candidatura, significará um incisivo clique na promoção turística e de atracção de visitantes. Na próxima sexta-feira, dia 21, discutir-se-á o projecto concelho de Santa Maria da Feira Cidade Europeia do Desporto com a presença de diferentes personalidades e clubes/associações. Amadeu Portilha, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que desenhou a candidatura vitoriosa de Guimarães a Cidade Europeia do Desporto em 2013, dará o seu contributo.
SÉRGIO SILVA CANDIDATO DO PS À UNIÃO DE FREGUESIAS DE S. M. DA FEIRA, TRAVANCA, SANFINS E ESPARGO Sérgio Silva, de 52 anos, natural de Santa Maria da Feira e residente em Travanca que foi presidente da Junta de Freguesia de Travanca, entre 2009 e 2013, e é actualmente membro da Assembleia de Freguesia de Santa Maria da Feira pelo Partido Socialista, é o candidato do PS à União de Freguesias de
Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo. Com um percurso profissional no sector do calçado e dos colchões (chefe de armazém e distribuição), tem integrado vários movimentos associativos, nas vertentes desportiva, cultural e social. No comunicado de impren-
sa da candidatura de Sérgio Silva, são apontados como principais motivos da mesma o “valorizar as pessoas, aproximar os territórios e construir comunidades inclusivas e fazer da União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo um lugar melhor para viver”.
FRANCISCO ANDRADE CANDIDATO DO PS À UNIÃO DE FREGUESIA DE S. MIGUEL DE SOUTO E MOSTEIRÔ Francisco Andrade, advogado, de 39 anos, actual membro da Assembleia da União de Freguesias de S. Miguel de Souto e Mosteirô, apresentou a sua candidatura à presidência da mesma União de Freguesias, pelo Partido Socialista, para as próximas eleições autárquicas. A sua candidatura surge num contexto que conhece, uma vez que participa activamente nas decisões políticas que envolvem a União de Freguesias de S. Miguel de Souto e Mosteirô desde a sua reorganização e que, anteriormente, presidiu, durante oito anos, a Assembleia de Freguesia de S. Miguel de Souto.
Em comunicado de imprensa, o candidato referiu ter respondido aos apelos que recebeu para encabeçar a lista com muito sentido de responsabilidade e assumiu que, mais do que um dever, trata-se de um compromisso de motivar e envolver todos no mesmo objectivo comum – desenvolver as freguesias de S. Miguel de Souto e Mosteirô: “Encaro este projecto como uma grande missão, sinto-me entusiasmado pela oportunidade de continuar a servir esta União de Freguesias, num programa novo que será apresentado a seu tempo, mas que apostará num maior apoio à Educação; no incentivo à fixação da população nas fregue-
sias; na defesa do ambiente; na manutenção e reabilitação da rede viária, espaços públicos e de lazer; e numa reorganização e rentabilização dos serviços de limpeza e dos serviços administrativos”.
cilhe. Actualmente, Diogo Jesus é lojista em Design de Interiores, mas foi também formador no âmbito das artes visuais no contexto pedagógico e social em actividades do
Margarida Rocha Gariso reuniu com representantes do MPT- Partido da Terra de Santa Maria da Feira. A candidata do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira apresentou ideias e projectos que defende para o Concelho em várias áreas. Deste encontro resultou uma clara aproximação de pontos de vista da candidatura de Margarida Rocha Gariso com o MPT em muitas matérias, em concreto nos sectores do Ambiente e Protecção Civil, Sociedade e Economia, sectores aos quais o MPT confere grande importância. O MPT subscreve ainda as ideias que constam do denominado governo de proximidade da candidata do PS, considerando importante a criação de postos de atendimento nas 31 freguesias do Concelho e a reversão do mapa das freguesias. Margarida Rocha Gariso reuniu com Daniel João Santos, Alexandre Pinho e Joaquim Castro na sede do PS em Santa Maria da Feira.
Tatiana Reis cabeça de lista do Bloco à Junta de Freguesia de Paços de Brandão P. BRANDÃO Tatiana Reis, 26 anos, natural de Paços de Brandão, apresenta-se como a candidata à Assembleia de Freguesia de Paços de Brandão, pelo Bloco de Esquerda. Licenciada em História da Arte e mestrada em História da Arte Portuguesa, em 2015, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, levou a cabo trabalhos de investigação na área da História da Fotografia e Inventariação do Património Cultural e Artístico, tendo em 2016 obtido o Certificado de Competências Pedagógicas. Simpatizante desde cedo do Bloco de Esquerda, aderiu ao partido em 2013, fez parte da candidatura à Assembleia de Freguesia de Paços de Brandão há 4 anos. É actualmente dirigente da Concelhia de Santa Maria da Feira e integra o seu Secretariado. Segundo o comunicado de imprensa do Bloco de Esquerda, Tatiana Reis “defende políticas de igualdade social e defesa dos serviços públicos de saúde e educação. Luta pelo respeito dos direitos dos trabalhadores e contra a precariedade no trabalho, para uma maior justiça laboral”.
José Inácio Faria do MPT visita Aanifeira
‘CABEÇA DE LISTA’ DA CDU EM ARGONCILHE É DIOGO JESUS ARGONCILHE A CDU apresentou Diogo André Soares Jesus, natural de Argoncilhe, com 31 anos e licenciado em Artes Plásticas, como candidato à Junta de Freguesia de Argon-
Margarida Gariso reúne com representantes do MPT da Feira
movimento associativo. Diogo Jesus é membro da Comissão Concelhia do PCP e integrou as listas da CDU nas últimas eleições autárquicas.
O eurodeputado e presidente do MPT- Partido da Terra, José Inácio Faria, visitou as instalações da Aanifeira – Associação de Animais da Feira, a convite desta. Segundo o comunicado de imprensa do partido, juntamente com o Presidente da Concelhia do MPT – Feira, Daniel Santos, José Inácio Faria constatou a realidade da Aanifeira, associação instalada em Mosteirô, sendo informado das dificuldades de uma associação de defesa dos animais, verificou a existência de coberturas de amianto no local e constatou o problema de não existir ligação à rede de esgotos. José Inácio Faria anotou os problemas e ponderou possíveis soluções.
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REUNIÃO DE CÂMARA
ESCOLA BÁSICA CHÃO DO RIO NÃO TERÁ PLATAFORMA ELEVATÓRIA FIÃES O projecto inicialmente delineado para a Escola Básica Chão do Rio, que consiste na requalificação e ampliação daquele espaço escolar destinado a alunos do primeiro ciclo, sofreu alterações e já não contará com a plataforma elevatória destinada a pessoas com mobilidade reduzida. O vereador socialista António Bastos lamentou a situação. “O projecto foi concebido com uma plataforma elevatória. Não sei por que razão, durante a execução física, nunca aconteceu nenhuma alteração. Lembraram-se de retirar uma plataforma que custava 19 mil euros e como solução, uma rampa. Como se resolvesse a questão”, disse. Palavras que não agradaram ao vereador das Obras Municipais, Vítor Marques. “A rampa já existe. Vá ver antes de falar”. O vereador socialista
voltou à carga”. O projecto foi feito com determinada concepção. Qualquer alteração deve passar sempre pela Câmara para esta ter o devido conhecimento e decidir se aceita ou não a proposta apresentada. Não trouxeram à Câmara no tempo devido”, continuou. Já o também vereador socialista Mário Oliveira interrogou o porquê desta decisão. Emídio Sousa utilizou a “conservação” e a “manutenção” como justificativos. A vereadora da Educação Cristina Tenreiro referiu que “são as próprias pessoas com mobilidade reduzida que preferem rampa a plataforma”. Embora a não implementação da plataforma elevatória poupe aos cofres da Câmara cerca de 19 mil euros por ‘trabalhos a menos’, esta terá que desembolsar cerca de 16 mil para ‘trabalhos a mais’.
Três obras com recurso a verbas camarárias extraordinárias A ‘repavimentação e ordenamento viário em arruamentos de Lourosa’ terá um apoio, destinado a ‘trabalhos a mais’, fixado nos 7.995 euros. O mesmo acontece na ‘pavimentação e infraestruturas da Avenida da Igreja em S. João de Ver’, com um valor muito semelhante: 7.953€. O valor aumenta, significativamente, para a ‘pavimentação em betão betuminoso de arruamentos do Concelho – 3.ª Fase’. Para trabalhos a mais serão dados 39.799,77€. As críticas não tardaram. Mário Oliveira atirou-se a Emídio Sousa afirmando que “o planeamento não é o seu forte”. “O planeamento tem sido o calcanhar de Aquiles desta Câmara. Não há confiança neste Executivo”, criticou. Estas
EXECUTIVO APROVA REQUALIFICAÇÕES EM LOUROSA E OLEIROS Foi determinado aberto o concurso público para uma obra que auxiliará a requalificação urbana da área central da cidade de Lourosa. Segundo o vice-presidente do Município, José Manuel Oliveira, trata-se de um espaço cedido por um particular que permitirá criar mais de 100 lugares de estacionamento junto à Igreja de Lourosa. Em Oleiros, foi aprovada a requalificação da Rua da Igre-
ja. O valor base do contrato a celebrar – entre Município e o vencedor do concurso público – fixa-se nos 472 mil euros e permitirá melhorar o arruamento, criar baías de estacionamento e alguns muros. O vereador socialista António Bastos não deixou de ‘alfinetar’ os parceiros executivos do Partido Social Democrata, afirmando que esta “é uma obra que deveria estar concluída há dois anos”. O edil camarário Emídio
Sousa retorquiu, salientando a importância de uma obra estruturante junto à Zona Industrial local. “Tivemos o cuidado de fazer um projecto que contemplasse, dentro do possível, o alargamento da rua. Foi um processo conduzido pela Junta de Freguesia de Oleiros que a determinado momento pediu à Câmara para tomar conta do assunto. É uma obra que vai resolver um grande problema”, disse.
CASTIIS USUFRUIRÁ DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE FIÃES A Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, uma ratificação no protocolo celebrado entre o Município e o Centro de Assistência Social à Terceira Idade e Infância de Sanguedo (CASTIIS). Em causa está a cedência do Pavilhão Municipal de Fiães.
A vereadora Cristina Tenreiro referiu que o CASTIIS “vai abrir o segundo ciclo do Ensino Básico”, pretendendo assim a “cedência de algumas horas” naquela infra-estrutura desportiva. Isto porque é necessário, à instituição sanguedense, entregar na
Direcção-Geral da Educação a ratificação, “a fim de puderem cumprir com o funcionamento do 2.º Ciclo”, afirma a vereadora. A tarifa estipulada no acórdão será apresentada na próxima Reunião de Câmara.
Ciclo de Fado e Festival de Danças Urbanas no Cineteatro CULTURA No âmbito da programação para o próximo quadrimestre, o Cineteatro António Lamoso receberá, além de 23 novas actividades – das quais 13 serão produzidas por agentes culturais e criativos locais – o Ciclo de Fado e o Festival de Danças Urbanas, informação avançada pelo vereador do pe-
louro da Cultura, Gil Ferreira. O Ciclo de Fado iniciar-se-á a 14 de Setembro com o workshop ‘Novas Tendências do Fado’. Segue-se, a 15, o concerto do fadista Ricardo Ribeiro. No último dia, tempo para as actuações da fadista Celeste Rodrigues, irmã da icónica Amália Rodrigues, e dos feirenses David Xavier e
Mafalda Campos Leite. Foi também revelado que o Cineteatro António Lamoso acolherá o Festival de Danças Urbanas. O espaço será ainda integrado na Noite Europeia dos Teatros. A aposta na Música, Teatro e Dança manter-se-á em parceria com a iniciativa À4HÁ.
palavras não agradaram ao vereador independente Eduardo Cavaco que rapidamente interveio. “A gestão do presidente Emídio Sousa tem sido rigorosa e cautelosa. Os números falam por si. Faz mais trabalho com menos dinheiro”, disse. O visado, Emídio Sousa, afirmou compreender “a indignação do Partido Socialista”. “Há muita obra. Muitos milhões em obra. Quando surgir a necessidade de fazer alguma pequena alteração, faremos essa rectificação. O trabalho final servirá, bem, as pessoas. Vamos continuar a fazer obra”, esclareceu. Estes três tópicos para discussão da Ordem do Dia foram aprovados com oito votos a favor, seis social-democratas e dois independentes, e dois contra – António Bastos e Mário Oliveira, socialistas.
Imaginarius mais caro devido a “erro de cabimentação” Em reunião de Câmara, o vereador da Cultura, Gil Ferreira, entregou à Oposição o Relatório Orçamental e Financeiro de Despesa do Imaginarius. A edição de 2017 custou mais 3.896,50 euros do que o previsto – e afirmado pelo vereador – em Maio que justificou agora parte do valor como “erro de cabimentação pelo serviço de consultadoria à Direcção Artística”. Gil Ferreira começou por afirmar que o projecto Imaginarius “tinha uma dotação inicial total de 282.946,50€”, contrariando os 279.050,00€ afirmados em Reunião de Câmara em Maio. A diferença, 3.806,50€, não foi justificada. Apenas 1.309,02€. “Refere-se a um erro de cabimentação. Cabimentaram o serviço de consultadoria referente à Direcção Artística de dois anos num só. O valor da despesa, que teríamos durante 2017 e 2018, cabimentou-se em 2017. Erro ao qual sou completamente alheio. A execução desta edição [do Imaginarius] ficou em 1.309,02€ acima do previsto”, esclareceu.
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ADMINRÁVEL MUNDO NOVO Aldeia Global
ANTIVÍRUS PARA TELEMÓVEIS ANDROID Alecsander Pereira
O telemóvel, além de efetuar ligações e enviar SMS, pode ter instaladas diversas aplicações e tornar-se, assim, uma excelente ferramenta. Entretanto estes mesmos telemóveis, por conterem muitas informações preciosas, são o principal alvo de criminosos virtuais. Os telemóveis Android são os mais vulneráveis devido a infinita quantidade de aplicações existentes. Como prevenir é o melhor remédio, listamos alguns antivírus existentes no Google Play Store. Lembre-se sempre que nenhum sistema é completamente infalível e que deverá ter a certeza antes de instalar alguma aplicação, seja ela qual for.
360 Security
O antivírus 360 Security é uma aplicação gratuita que disponibiliza as opções básicas para a segurança do seu Android. Faz a varredura completa, ou seja, verifica os ficheiros de tal forma a encontrar (e eliminar) vírus ou malware. E ainda dá dicas de segurança no dia-a-dia.
AntiVírus
É uma das melhores aplicações para manter a segurança de dispositivos Android. Conta com um sistema antirroubo, o qual poderá ser acedido através de comandos enviados por SMS. Está disponível nas versões gratuita e paga.
Avast Mobile Security
amigável.
CM Security
disponíveis em: www.meiobyte.pt/correiodafeira
O CM Security oferece tanto as opções básicas contra vírus, malware e tudo o que já citamos antes na lista, como tem algumas funcionalidades avançadas de forma completamente gratuita. É considerada uma das aplicações mais eficientes para encontrar ficheiros maliciosos. Não utiliza muito recurso do dispositivo pois é bem leve e rápida.
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AGÊNCIA PINTO
Eset Mobile Security
O Eset Mobile Security é um dos melhores antivírus do Android, mas não oferece tantas opções na versão gratuita, o que obriga aos utilizadores a optarem pela versão paga.
Kaspersky Antivirus & Security
Por exigir um pouco mais do seu aparelho, o Kaspersky para Android é uma opção para quem tem telemóveis mais potentes, assim como para quem não tem problema em realmente pagar pela segurança, pois a versão gratuita deixa a desejar.
Lookout
Tem ótimas opções na versão gratuita, e oferece backup e proteção contra roubo. Tem um dos melhores preços para quem quiser adquirir a versão paga. Vem instalado de fábrica em diversos dispositivos Android.
O Avast também tem as versões gratuita e paga. Esta última vem com mais opções do que a maioria das outras aplicações apresentadas aqui. Ambas as versões sempre permanecem vigiando possíveis ameaças e informa-o de forma periódica que deve realizar a varredura.
McAfee Mobile Security
AVG Antivirus Security
Outro velho conhecido dos antivírus. É um dos únicos antivírus do Android que oferece praticamente tudo o que poderia imaginar completamente de graça. Uma função diferente dos outros, é que desativa o aparelho caso um ladrão tente desinstalá-lo.
O AVG tem uma ótima aplicação para Android. A versão gratuita disponibiliza as opções básicas contra vírus, malware, phishing e roubo de aparelho, mas a paga oferece algumas ferramentas bem avançadas. O ponto fraco é o design pouco intuitivo e a interface nada
Trust Go Antivirus & Mobile Security
Além de ser gratuita, é uma aplicação mais simples do que as outras, mas também conta com algumas opções antirroubo. Os links para fazer o download destas aplicações estão
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17.JUL.2017
SOCIEDADE
ConCerto Comemorativo dos 120 anos do Correio da Feira Ainda mal-esgotados os ecos da jornada formidável que se viveu na Praça de Armas do Castelo da Feira, deixamos, nesta página, alguns momentos desta magnífica jornada musical de uma noite de Verão inesquecível.
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SOCIEDADE (Fontes consultadas: Lusa; Negócios: Sábado; Económico; TVI)
Foto original: dinheirovivo.pt
(do) TRIÂNGULO AFECTIVO AMÉRICO AMORIM 1934 – 2017 Texto Orlando Macedo Ainda que – por força da sua acção empreendedora, se tenha transformado em cidadão do mundo, o homem que defendia que “Paços de Brandão é que é a melhor freguesia da Vila da Feira, para se viver”, nutria uma afectividade especial por três santuários: Mozelos, onde sempre teve o seu gabinete de trabalho e a ‘sala do consulado’ (da Hungia ); a Herdade do Peral (que adquiriu em 1987 a Jorge de Mello) e a casa da Granja, a ‘base’ do clã, e residência quotidiana, para onde reservava os domingos à Família. O historial oficial de Américo Amorim, fala-nos do quinto filho de Albertina e Américo Amorim, nascido em Mozelos em 21 de Julho de 1934. Imperando a modéstia como filosofia de vida, não seria de estranhar que o ´miúdo Américo’ não escapasse à lógica de poupança que lhe reservava, para uso, as roupas que haviam deixado de servir aos irmãos mais velhos, havendo relatos que referiam a ida para a escola calçando tamancos de madeira, que só seriam substituídos por sapatos, na altura de entrada do menino para 4.ª classe. Mais assentadamente, é dado adquirido que Américo Amorim fez o ‘Curso Comercial’ e estudou inglês na Escola Académica do Porto, o que o não impediu de, aos 18 anos, ingressar na
Amorim & Irmãos, a fábrica de transformação de cortiça onde ganhou o seu primeiro ordenado: 500 escudos (€ 2,5) mensais, ainda assim um valor acima da média para o somatório da ‘féria’ de um operário, à época. Apesar de não viver uma vida ‘de rico’, o desafogo do dia-a-dia de Américo Amorim, traduziu-se com algum realismo pela oportunidade de que usufruiu no início dos anos 50, quando – juntamente com os irmãos – se aventurou na primeira viagem pela Europa, visitando países como Espanha, Itália, França, Suíça e Holanda. Sete anos mais tarde, numa demonstração prática de uma visão avassaladora e inconformista, ficou conhecido a nível nacional quando pediu que lhe fosse entregue um “passaporte para todo o mundo”, não se quedando pelos países com que Portugal mantinha relações diplomáticas. Numa altura em que admitir quaisquer tipos de relação com os países do ‘Bloco de Leste’ era quase blasfémia, Américo Amorim transpunha a ‘Cortina de Ferro’ para vender cortiça à Hungria, à (então) Checoslováquia e à Rússia, daí resultando a dinâmica imparável que levou à constituição da segunda empresa do grupo familiar: a ‘Corticeira Amorim’. Ainda assim, os paradigmas sociais com que se deparou
além-fronteiras, não foram razão suficiente para alterar o percurso multi-etapas com que haveria de pontuar o seu caminho até ao topo: já os ‘Beatles’ cantavam ‘Love Me Do’, quando se decidiu por comprar a bicicleta com que passou a cobrir o percurso de cerca de 2 quilómetros que tinha de percorrer entre a casa e a fábrica, em Mozelos. E já a prodigiosa década de 60 ia a meio, quando Américo Amorim se ‘atreveu’ a comprar um carro. Em segunda-mão. Tratava-se de um Volkswagen que utilizava, parcimoniosamente, aos fins-de-semana e que aguentou até finais da década, altura em que se decidiu por um Rover novo, mais de acordo com o seu estatuto de recém-casado. De notar que o empresário Américo Amorim não só nunca escondeu as dificuldades que teve de vencer, em início de vida, como fazia disso alarde, não perdendo ocasião de – mesmo em ocasiões públicas – traçar paralelo entre a bicicleta com que ia “ver as raparigas a Fiães, ao fim-de-semana, ou à praia de Espinho” e os BMW em que, entretanto, se deslocavam as três filhas “para ir às compras”.
Visão e estratégia Foi na correcta percepção do mercado internacional que Américo Amorim fundou a
sua visão panorâmica, com o mundo da cortiça (cujo controlo mundial já lhe pertencia) a ser trampolim para outros investimentos. Em meados dos anos 80, criava a ‘SottoMar’, empresa que, em apenas dois anos, alcançou forte posição no mercado imobiliário nacional; e avançava para a Hotelaria, através da criação da rede de Hotéis Novotel e IBIS (inaugurando assim o conceito de hotelaria ‘low-cost’ em Portugal); ainda na década de 80, diversificou interesses para a área das telecomunicações e ‘atreveuse’ no mundo da banca, como co-fundador do BPI e do BCP, a que se seguiu a fundação do então BNC – Banco Nacional de Crédito Imobiliário. Conta-se que, o homem que se negava a ficar “dependente de telemóveis e computadores”, e não admitia interferências na sua vida privada, abriu um precedente, em 2005, na Patagónia, para atender o telefonema que lhe deu entrada no negócio da Galp. A partir daí, associando a valorização vertiginosa da petrolífera nacional ao êxito da multiplicidade de empreendimentos que supervisionava, anotou-se a subida gradual nas tabelas de receitas do empreendedorismo, com Américo Amorim – para quem, alegadamente, os compromissos celebrados com aperto de mão, eram sagrados – a
alcandorar-se ao título de “homem mais rico de Portugal” (epíteto que dizia desprezar) e enfileirando entre os “mais ricos do mundo”, segundo a prestigiada “Forbes”, revista americana especializada em assuntos financeiros. Mesmo assim, preferia que o reconhecessem como “trabalhador”, em vez de “rico”.
Final Há mais de um ano debatendose com problemas de coração, que o levaram a submeter-se a seis intervenções cirúrgicas, Américo Amorim não resistiu à derradeira crise e finou-se na última quinta-feira, deixando uma fortuna avaliada em quase 4,5 mil milhões de euros. Era Comendador agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em 2006; Cônsul-geral honorário da Hungria em Portugal (ficoulhe o afecto, das primeiras viagens aos países de Leste); Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial - Classe Industrial, desde 1983; Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense (Figueira da Foz). A sua mais significativa posição política, era a garantia de que nunca quis saber… da política. Morreu o Senhor Américo Amorim Morreu um SENHOR.
TESTEMUNHOS ESPONTÂNEOS António Cardoso Estamos perante o desaparecimento de uma figura marcante em termos sociais e empresariais. Toda a sua obra, enquanto empreendedor, prestigia o país, e, particularmente, o concelho da Feira. Os portugueses e em particular os feirenses, devem-lhe muito. Independentemente de se gostar ou não, a obra que ele deixa representa um orgulho para os portugueses. A nossa terra deve-lhe muito; é um grande feirense que desaparece.
Artur Dias Américo Amorim, um Homem da nossa terra, um Filho, um Empresário de Santa Maria da Feira! A Associação Empresarial do Concelho de Santa Maria da Feira, presta homenagem ao Homem e Empresário que foi, e que hoje se constitui como uma das maiores referências ao espírito empresarial e ao empreendedorismo, no nosso Concelho, em Portugal e no Mundo. Ao conterrâneo de quem muito nos orgulhamos, Obrigado
Emídio Sousa Foi um dos maiores, senão o maior, industrial em Portugal. Mas nunca fez gala de uma riqueza ostentatória, bem pelo contrário: deu sempre mostras de ter uma riqueza assente em valores de trabalho. Nunca o vimos em revistas ‘cor-de-rosa’ em cenários de luxo ou ostentação. E é essa imagem que eu acho que os feirenses devem guardar dele: alguém que soube criar riqueza produtiva, acrescentando valor e emprego todos os dias, a tudo o que fazia como empresário.
Margarida Gariso Lamento o desenlace, apresentando à Família as mais sentidas condolências. Com a morte do senhor Américo Amorim, desapareceu não só, um vizinho, como um dos feirenses mais notáveis de sempre; alguém que soube sempre acrescentar mais-valias ao tecido industrial e social do nosso concelho, criando riqueza e emprego. E por isso, o nosso concelho – e o país – devem estar-lhe reconhecidos. E falo com conhecimento de causa, pois eu própria fui trabalhadora numa das suas industriais. Desapareceu um ilustre feirense, de enorme visão e capacidade empreendedora…
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17.JUL.2017
SOCIEDADE
PERM COM 60% DA ÁREA VENDIDA APÓS RECUO DA (MOLA)FLEX O Parque Empresarial de Recuperações de Materiais (PERM), sito em Pigeiros, já conta com 60% da área total vendida. O recuo da Molaflex, empresa pertencente ao grupo espanhol Flex, deixou por preencher cerca de 52 mil metros do Parque. Espaço que será, provavelmente, colmatado por uma empresa alemã do ramo da Metalomecânica. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
PIGEIROS Depois das acusações, maioritariamente socialistas, relativas à ocupação e utilização do PERM, o presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, esteve com a comunicação social no referido Parque Empresarial, durante a última quarta-feira, para esclarecer os números. O PERM, propriedade, em 51%, da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria (AMTSM), dividida por cinco municípios (Arouca, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Vale de Cambra e Santa Maria da Feira) já conta com 60% da área total vendida. O número desceu face ao esperado depois da Molaflex, empresa do grupo
espanhol Flex do ramo dos colchões, ter recuado na decisão de construir no sector E, cuja extensão define-se em 52 mil metros quadrados. “Houve um pequeno contratempo. Havia contrato-promessa de compra e venda para a Molaflex, mas entretanto desistiram do negócio”, esclarece o edil feirense. Agora, segundo Emídio Sousa, existem negociações com uma empresa alemã, da indústria metalomecânica, cuja administração já visitou, inclusive, o Parque Empresarial com vista a ocupar o espaço deixado pela Molaflex. As áreas de actividade do PERM consistirão em Madeiras, Betão, Reci-
clagem de Papel, Colchões, Sucata e ainda Calçado. Actualmente, apesar da maioria do espaço total estar vendido e comprometido à laboração, apenas duas fábricas encontram-se, já, em actividade. Outra está pronta para dar início aos trabalhos e três em processo de construção. Existem ainda sete empresas cujos projectos encontram-se em fase de análise. Os potenciais investidores interessados em adquirir os lotes ainda disponíveis para venda, cerca de 12 mil metros quadrados, não desfrutarão do desconto, de cinco euros por metro quadrado, que o PERM ofereceu inicialmente.
CAPERM O CAPERM (Centro de Acolhimento do Parque Empresarial de Recuperação de Materiais), localizado na entrada do Parque, contará com equipamento de apoio às empresas. Conta com uma Sala de Reuniões, um Auditório, Escritórios e está ainda preparado para acolher um restaurante. O objectivo é que as empresas, quando iniciarem a laboração, possam usufruir deste espaço, mediante aluguer. “Só terá aproveitamento quando as fábricas laborarem em pleno. Creio que haverá procura”, disse Emídio Sousa.
Embalagem prestígio para ofertas
PACK EDIÇÃO ESPECIAL VIAGEM MEDIEVAL Já está disponível o Pack Edição Especial Viagem Medieval que contém as pulseiras de acesso ao recinto e voucher de entrada no Castelo d’Afonso, numa embalagem prestígio, criada para ofertas personalizadas, pessoais ou institucionais. Mais do que um passaporte de acesso aos 12 dias do evento, a pulseira da Viagem Medieval é para muitos visitantes um objecto de oferta e de colecção. Nesta edição, a pulseira tem representadas 32 cruzes que simbolizam os anos de governação de D. Afonso IV e apresenta um contraste de cores que remete para a dicotomia trevas/luz que caracterizou o reinado de “O Bravo”, marcado por um longo período de fome, peste e guerra, mas também pela prosperidade e conquista. O Pack Edição Especial Viagem Medieval é composto por quatro pulseiras e um voucher de acesso
ao Castelo da Feira, válido para quatro pessoas, com entrada em simultâneo. A compra antecipada permitirá economizar 6 euros. Assim, até 2 de Agosto, o pack tem o custo de 29 euros e, de 3 a 13 de Agosto, terá o custo de 35 euros. Este produto encontra-se disponível na Loja Interativa de Turismo de Santa Maria da Feira, Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira e BOL – Bilheteira OnLine
(www.bol.pt). A partir de 19 de Julho, poderá ser adquirido na Loja Oficial – SaintMaryStore, na Casa do Moinho, e SaintMaryStore Loja On-Line (www.saintmarystore.com). Para mais informações, os interessados devem contactar a Loja Interativa de Turismo (gab.turismo@cm-feira.pt e 256 370 802) ou Loja SaintMaryStore (info@ saintmarystore.pt). A 21.ª edição da Viagem Medieval realiza-se no centro histórico de Santa Maria da Feira de 2 a 13 de Agosto de 2017, numa organização conjunta da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, empresa municipal Feira Viva e Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho. Ao longo de 12 dias serão recriados episódios do reinado de D. Afonso IV, tendo como mote a “trilogia dos horrores” – Fome, Peste e Guerra.
TROFA SAÚDE HOSPITAL APRESENTA PROJECTO PARA ABERTURA DE NOVA UNIDADE EM AVEIRO O Trofa Saúde Hospital, a maior rede privada de hospitais no norte do país, vai aumentar a sua rede de unidades com a abertura do Trofa Saúde Hospital em Aveiro, cuja sessão de apresentação se realizará amanhã, dia 18
de Julho, às 11h00, no Meliá Ria Hotel & Spa. Com mais de 15.000 m2 divididos por 9 pisos, o novo hospital irá nascer próximo da estação ferroviária de Aveiro. Esta nova unidade estará ao
serviço da população da região de Aveiro e contará com um corpo clínico altamente qualificado e especializado, dispondo de cerca de 40 especialidades e um elevado grau de interacção e multidisciplinariedade.
Data Faustosa
Rodeado da sua desvelada Família, excelsa Esposa e muito extremosas Filhas, completou Cinquenta risonhas primaveras o Excelentíssimo Senhor Doutor Paulo Jorge Araújo, cujas qualidades, enquanto destacado Membro da sociedade santamariana e Jurista brilhante, o alcandoraram aos mais altos patamares das consideração e admiração, por parte dos seus pares. A acompanhá-lo no repasto comemorativo, esteve a plêiada de seus dilectos Amigos, que irmanados nas fímbrias da mais sã Amizade, cometeram ao Aniversariante os mais-lídimos Votos de Sucesso pessoal e profissional. Os Colegas do Correio da Feira, associam-se à efeméride.
Acidente com cadeira de tração eléctrica provoca ferido grave OLEIROS Consequência de um acidente de viação, ocorrido na quinta-feira, em S. Paio de Oleiros, Rufino Reis, utente de 65 anos do Lar da Fundação Comendador Joaquim de Sá Couto, que se deslocava numa cadeira de tração eléctrica em direcção à loja de conveniência de uma estação de serviço, foi colhido por uma viatura ligeira na Rua Sá Couto, ficando gravemente ferido. A vítima foi assistida no local pelos Bombeiros de Lourosa e uma equipa da VMER da Feira, sendo posteriormente transferido, ainda em estado grave, para o Hospital S. Sebastião.
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CULTURA
noite de Fados em Fiães A Junta de Freguesia de Fiães vai levar a cabo a organização de uma “Noite de Fados”, a decorrer no dia 22 de Julho, sábado, pelas 21h30, no Arraial da Igreja Paroquial de Fiães. Oportunidade para ver e ouvir a fadista Raquel Sousa, na voz, José António, na guitarra portuguesa, e Ramiro Valente, na viola de fado.
dia 20 de Julho, gala de abertura
danças do mundo na pedreira das penas A requalificada Pedreira das Penas, situada nas traseiras do Cineteatro António Lamoso, será palco da Gala de Abertura do festival Danças do Mundo, organizado pela Casa da Gaia. No dia 20 de Julho, às 21h30, grupos do Canadá, Chile, Colômbia, Lituânia, México e Portugal vão protagonizar um momento multicultural, que marcará a abertura de dez dias de actuações, dentro e fora do Concelho. A Gala de Abertura do festival Danças do Mundo – 39.º Festival Internacional de Folclore nas Terras da Feira será o primeiro espectáculo a apresentar ao público neste renovado espaço ao ar livre,
que durante vários anos esteve ao abandono. A Pedreira das Penas foi requalificada ao abrigo de uma candidatura a fundos comunitários, que contemplou ainda a requalificação do Cineteatro António Lamoso e do antigo Matadouro Municipal, agora convertido no Imaginarius Centro de Criação, perspectivando a promoção e a dinamização integrada de espectáculos de rua e ao ar livre. O festival Danças do Mundo, que abre em Santa Maria da Feira, traduz-se em 10 dias de festival, 8 países representados, 6 galas pelo Concelho e um histórico de 39 edições a promover o melhor do folclore
nacional e mundial. Este evento é reconhecido pelo CIOFF – Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e Artes Tradicionais, organização internacional que mantém relações consultivas formais com a UNESCO. Sobre este evento, Gil Ferreira, vereador da Cultura, destaca “o valor artístico da programação, as oportunidades de promoção do diálogo multicultural no Concelho, o impacto social nas comunidades por onde passa, assim como o contributo que dá para o objectivo da política cultural municipal de garantir uma oferta descentralizada no Concelho”.
Livro de Bd da viagem medievaL nas mãos de aLunas de topo Ana Brito, Clara Torres, Inês Martins e Rosa Oliveira são as jovens criadoras do quinto livro de Banda Desenhada da Viagem Medieval, consideradas alunas de “topo, metódicas, focadas nos seus objectivos e atentas às oportunidades que os projectos culturais do seu concelho proporcionam aos jovens”, pois “mesmo em época de exames nacionais, aceitaram o desafio e vão deixar a sua marca num evento de referência internacional”. Para estas quatro jovens
de 16 e 17 anos, alunas do 11.º ano de Artes Visuais da Escola Secundária de Santa Maria da Feira, este desafio lançado pela Câmara Municipal permite participar num projecto cultural de dimensão internacional, depois da sua participação no projecto “Manifesto” do festival Imaginarius. As alunas receberam um guião com os momentos mais marcantes do reinado de D. Afonso IV e da trilogia “Fome, Peste e Guerra”, e estão a criar as pranchas, tendo
como foco o público infantil. Querem passar às crianças uma imagem clara, ligeira e descontraída deste capítulo da história de Portugal, recorrendo a uma linguagem simples, ao humor e mesmo à caricatura para aligeirar os episódios mais sombrios. À semelhança das edições anteriores, o quinto livro de BD terá uma versão a cores e outra para colorir – mil exemplares de cada –, estando disponível para oferta no espaço “Pequenos Guerreiros” durante a Viagem Medieval.
viagem medieval apoia produção de filme inspirado no amor trágico de pedro e inês Uma parte significativa do material de cenografia do filme “A Trança de Inês”, do realizador António Ferreira, cuja rodagem decorre em Coimbra até 15 de Julho, pertence ao espólio da Viagem Medieval, que também apoiou a produção na composição decorativa, rigor histórico e concepção artística. Com estreia marcada para 2018, o filme terá uma sessão especial de exibição em Santa Maria da Feira, no Verão do próximo ano, com a presença do realizador e actores. Inspirado na obra “A Trança de Inês” da romancista Rosa Lobato Faria, o filme é protagonizado por Diogo Amaral, no papel de Pedro, e Joana de Verona, no papel de Inês, apresentando três tempos distintos para o amor trágico de Pedro e Inês: na época medieval, na actualidade e num futuro distópico. “A Viagem Medieval, dada a sua experiência e rigor na concretização de projectos de elevada envergadura, revelou-se num elemento fulcral para a composição decorativa, na aproximação a um rigor histórico presente nos seus objectos e adereços, bem como na concepção da imagem artística do filme do período medieval retratado. Por via disto, fica aqui o nosso agradecimento”, refere o realizador, António Ferreira. Este apoio da Viagem Medieval à produção do filme “A Trança de Inês” foi formalizado através de um protocolo de colaboração entre a empresa municipal Feira Viva, a Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho, a Sociedade de Turismo de Santa Maria da Feira e a produtora Diálogos Atómicos. A sessão especial de exibição do filme “A Trança de Inês” em Santa Maria da Feira, no verão de 2018, coincidirá com a temática da Viagem Medieval do próximo ano, que será centrada no reinado de D. Pedro I, dando continuidade à temática deste ano – o reinado de D. Afonso IV.
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17.JUL.2017
SAÚDE
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Medina dentária O seu sOrrisO priMeirO Consulta a seu médico dentista com regularidade? O médico dentista é o primeiro a quem recorrer de forma precoce para diagnosticar, prevenir e tratar os problemas que afetam a saúde oral. Na Walk’in Clinics reunimos profissionais multidisciplinares e com experiência que intervém nas áreas: • Odontopediatria – Saúde oral Infantil Desde o dente de leite. A primeira visita deve acontecer antes de completar o primeiro ano de vida. Consultar o dentista desde pequeno ajuda a prevenir situações mais complicadas em adulto. • Periodontologia É uma área da Medicina Dentária que trata as infeções crónicas que afeta os tecidos em volta do dente (periodonto): gengiva, osso e ligamento periodontal. As periodontites são a principal causa para a perda de dentes sãos e por isso a atuação precoce é crucial. • Implantologia Área da Medicina Dentária que se dedica a substituir dentes perdidos através de implante sobre os quais se colocam coroas, pontes ou próteses. • Cirurgia Oral Especialidade que opera nos tecidos da boca e lábios intervindo na remoção
de lesões suspeitas ou modificações (plastias) que beneficiam o estado de saúde oral e geral do paciente. • Ortodontia A área que se dedica a diagnosticar, prevenir e tratar os problemas causados pela má posição dos dentes e maxilares, garantindo melhor acesso à higiene oral e contribuindo para melhorar a estética, a fonética e a autoestima. • Endodontia Tratamento dos canais dentários (desvitalização). • Prostodontia Realização de próteses com características fixas ou removíveis (com recurso a diversos materiais). • Dentisteria Recuperação estética e funcional de cada dente (restaurações dentárias). Já ouviu falar em implantes dentários? Os implantes dentários são raizes artificiais do dente utilizadas para substituir os dentes ausentes ou perdidos devido a uma lesão ou doença periodontal, com o objectivo de suportar uma coroa e/ou prótese. São a opção ideal para pessoas que tenham boa saúde oral geral. A grande vantagem de um implante é permitir a reabilitação oral que mais se apro-
xima da dentição natural em termos fisiológicos e de conforto. De entre os vários tratamentos para perdas de dentes, tais como próteses fixas ou removíveis, os impantes são os que têm maior taxa de sucesso. Com os recentes avanços tecnológicos, a durabilidade expectável de um implante é sempre superior a 15 anos, e, no caso das próteses apoiadas em implantes, o tempo mínimo aceitável é de 10 anos. Para fazer um implante dentário é necessário que as gengivas estejam saudáveis, bem como os ossos para segurar o implante. Fumadores, pessoas que sofrem de doenças crónicas não controladas - tais como diabetes ou doenças do coração - ou pessoas que fizeram terapia de radiação para a região da cabeça / pescoço precisam ser avaliados numa base individual. Vantagens do Implante Dentário: Melhoram a aparência - Por estarem ligados ao osso, os implantes têm uma aparência natural. São confortáveis e mantêm a estética do rosto; São fixos - Os implantes dentários permitem que fale sem a preocupação que os dentes saiam da sua posição, como por vezes pode acontecer com as próteses removíveis; Melhoram a mastigação - As dentadu-
ras removíveis tornam o processo de mastigação difícil. Há sempre o medo que elas se movam da posição correta. Como os implantes funcionam como seus próprios dentes, permitem que possa mastigar todos os alimentos com confiança; Auto-estima - um novo sorriso ajuda a sentir-se melhor e aumenta os níveis de confiança. Melhoria da saúde oral - os implantes dentários não prejudicam os outros dentes próximos, pois não é necessário apoiar o implante num deles. Não é um tratamento doloroso. Na Walk’in Clinics, pode ter acesso a uma linha de crédito sem juros, disponibilizada pela Cofidis, para tratamentos em Medicina Dentária, em pagamentos acima de 300€. Exemplo: “Financiamento de 1.200€, com uma TAEG de 0% e um prazo de reembolso de 12 meses, ao que corresponde uma mensalidade fixa de 100€.” Agente de crédito não exclusivo/ exclusivo a título acessório. Crédito coligado sujeito a aprovação Cofidis. Estamos disponíveis, 7 dias por semana, das 10h às 22h. Ligue 808 20 20 80. A equipa Walk’in
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Alampasu Ivo Eichman Flávio Ramos Briseño Barge Jean Sony Diga
Luís Rocha Bruno Nascimento Kiki Kakuba
Foto CD Feirense
DESPORTO
Cris Alphonse Babanco
Luís Aurélio João Tavares
Tiago Silva Edson Farias
Luís Machado Hugo Seco Ermel
Etebo David Zé Pedro
Luís Henrique José Valencia Ibrahim
ENTRADAS Nome Alampasu
Clube Cesarense (regressa)
Briseño
Veracruz
Bruno Nascimento
Omonia
Kiki
Olhanense
Diga
Juniores
Alphonse Ermel
Gil Vicente Figueirense (emp.)
José Valencia
Santa Fé
Luís Henrique
At. Paranaense
Ibrahim
Juniores
Zé Pedro
Gafanha
SAÍDAS Nome
Clube
Vaná
FC Porto
Peçanha Ricardo Dias
Ac. Viseu Belenenses (regressa)
Vítor Bruno Rúben Oliveira
Boavista Vitória Guimarães
Platiny
Chaves
Pelé
Rio Ave
Tchuameni
VANÁ ALVES REFORÇA FC PORTO
Sønderjyske?
Tasos Karamanos
Rio Ave
DÚVIDAS Entradas: Saídas: Paulo Monteiro, Ícaro Silva, Wellington, Micael Freire, Fabinho
Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt
O guarda-redes brasileiro, Vaná Alves deixa o Feirense e assina contrato para as próximas quatro temporadas com o FC Porto. Balanço do estágio do Feirense, em Seia, termina com uma vitória, sobre o Covilhã, e um empate, com o Académico de Viseu.
I LIGA Vaná Alves vai ser ‘dragão’ e é baixa de peso no Feirense versão 2017/18. O guardaredes brasileiro vai representar o FC Porto nas próximas quatro temporadas. Aos 26 anos, o guardião Vaná Alves, com apenas uma época a jogar na Europa, por via das cores do Feirense (no Brasil representou o Coritiba e o ABC, por empréstimo do Coritiba), dá o assalto para um grande do futebol nacional e vai competir pela baliza azul e branca com o Iker Casillas e José Sá, se nenhum dos dois acabar por abandonar o plantel do FC Porto. O guarda-redes já integra a comitiva portista que vai marcar presença no México, para disputar a SuperCopa Tecate. Recorde-se que Vaná Alves foi um dos destaques da época histórica que o Feirense realizou em 2016/17. O guarda-redes até começou a época na sombra do experiente Peçanha, mas depois agarrou a titularidade, dando nas vistas com exibições de gala, uma das mais mediáticas precisamente frente ao FC Porto, no Dragão, terminando a temporada como um dos destaques do campeonato no seu posto específico.
Estágio em Seia termina com um empate
EMPRÉSTIMOS Nome
Clube
Pedro Santos
Águeda
CALENDÁRIO PRÉ-ÉPOCA 18 Jul - Feirense x Boavista 19 Jul - Feirense x Vitória Guimarães
EQUIPA TÉCNICA
Treinador: Nuno Manta Santos Treinador-adjunto: Samuel Correia Treinador de Guarda-Redes: Paulo Santos Preparador físico: João Peralta Recuperador: Mário Cardoso
O estágio de pré-temporada do Feirense, em Seia, chegou ao fim e no derradeiro jogo-treino os comandados de Nuno Manta Santos não foram além de um empate a uma bola diante do Académico de Viseu, numa partida disputada sob um sol abrasador, com a temperatura a rondar os 30 graus às 10 horas da manhã, disputado no relvado do Municipal de Seia. Os fogaceiros acusaram algum desgaste, depois de uma semana de intenso trabalho, e começaram a partida praticamente a perder. João Mário, logo aos sete minutos, colocou os viseenses (com Peçanha, ex-Feirense, na baliza) em vantagem, após erro defensivo do Feirense. O Feirense, com um onze totalmente renovado, entrou melhor na segunda parte e restabeleceu o empate logo aos 51 minutos, por intermédio do reforço Zé Pedro (ex-Gafanha). Frente ao Académico de Viseu o Feirense alinhou de início com: Ivo, Barge, Flávio, Rocha, Babanco, Luís Aurélio, Cris, Tiago Silva, Edson Farias, Ermel e Luís Henrique. Na segunda parte jogaram Alampasu, Jean Sony, Bruno Nascimento, Briseño, Kakuba, João Tavares, Alphonse, Zé Pedro, David, Valencia e Ibrahim.
Condicionados, não participaram no apronto Hugo Seco, Etebo, Diga, Kiki e Luís Machado. No final, Nuno Manta Santos fez um balanço bastante positivo de uma semana de trabalho que classificou de “fundamental para conseguirmos
alcançar os nossos objectivos”. Antes, na quarta-feira, ainda em Seia, o Feirense venceu o Covilhã por 2-0, com golos do avançado colombiano José Valencia, que realizou o seu primeiro jogo, aos 35 minutos, e Babanco, em cima do minuto 90. Pub.
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FUTEBOL
“O nOssO ObjectivO passa claramente pela subida de divisãO” Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
Porque aceitou o convite para treinar o Lusitânia de Lourosa? O projecto ambicioso do presidente Hugo Mendes de colocar o clube nos campeonatos profissionais foi decisivo? Claro. Quando me foi apresentado este projecto ambicioso, com um objectivo de subida, isso pesou na minha decisão. Tenho alguns anos de experiência como treinador. A forma simples e objectiva como o presidente me apresentou este projecto foi decisivo na minha vinda para o Lourosa. É um objectivo ambicioso, mas também com algum risco… Evidentemente, qualquer objectivo que seja ambicioso tem uma dose de risco associado, mas por que não assumi-lo de forma categórica? Se as pessoas pretendem e estão a criar condições no clube para cumprir esse objectivo por que não assumi-lo sem medo… o nosso objectivo passa claramente pela subida de divisão. Sabemos que não somos os únicos com esse objectivo. Vamos respeitar todos os adversários. Estamos a tentar construir uma equipa condizente com a ambição do clube, condizente com a paixão dos associados por este clube, para domingo a domingo vendermos bem a imagem do clube e fazer com que os sócios nos apoiem. Tenho a certeza que se a equipa estiver à altura da ambição – e o recrutamento de atletas tem tido isso em consideração, com o compromisso que eles querem ter com o clube –, se nós treinadores conseguirmos incutir essa ambição e compromisso com o clube, e se domingo após domingo representarmos bem o clube dentro de campo, tenho a certeza absoluta que não haverá clube no Distrito a colocar mais adeptos nas bancadas que o Lourosa, seja em casa ou fora. Se o conseguirmos, teremos sempre ‘mais um jogador’. Está satisfeito com os reforços até agora anunciados? O que trazem de mais-valia para o Lourosa? Tenho a certeza que vão trazer mais qualidade à equipa, vão trazer um nível de competitividade elevado ao plantel – que é, na minha opinião, uma das características das grandes equipas. Tenho a certeza que esta época jogar no Lourosa vai ser muito mais difícil do que era na época passada. O plantel vai ser equilibrado e
antónio caetano foi o técnico escolhido por Hugo mendes, presidente do lusitânia de lourosa, para colocar o clube lourosense novamente nos campeonatos nacionais. ciente das dificuldades, o treinador não foge à responsabilidade e assume abertamente a candidatura à subida. competitivo e jogarão os jogadores que se apresentarem melhor durante a semana. Na certeza de que quem estiver a jogar tem de trabalhar muito para conservar o lugar. Quem não estiver a jogar tem de trabalhar muito para conquistar o lugar. Ao analisar o actual plantel parece ter sido objectivo dotar a equipa com, pelo menos, dois jogadores de igual valia por posição… É verdade. É a tal competitividade que falei. Tenho uma boa experiência como atleta [particularmente no Boavista] e sei bem o que é competir com um elemento da mesma categoria, para o mesmo lugar. Obriga a trabalhar mais, a estar mais concentrado, a dar sempre tudo e a não haver distrações. É assim que se fazem, na minha opinião, os grandes plantéis. O Leo (ex-S. João de ver) foi anunciado como reforço do Lourosa, mas tem estado a treinar à experiência na Oliveirense (Segunda Liga). O Leo jogará no Lourosa na próxima época? O Leo é nosso jogador. Tem compromisso assinado com o Lusitânia de Lourosa. É um jogador que toda a gente que acompanha o fenómeno do futebol, principalmente no Concelho, sabe que é bom jogador e não é de agora. É um jogador com qualidade. Que posições ainda precisam ser reforçadas? Continuamos no mercado a procurar os jogadores que pretendemos. Penso que o conceito de elaboração dos plantéis mudou um bocado. Há uns anos fechava-se o plantel, agora as equipas não fecham os plantéis à espera de ver o que o mercado pode trazer. Nós estamos atentos ao mercado. O plantel não está fechado e estamos a tentar contratar jogadores com determinadas características, sobretudo a qualidade e o compromisso com o clube. Quem vier para o Lourosa tem de ter prazer em vir para cá. Não pode pensar vir para aqui a pensar na saída ou outra coisa qualquer. Qual o número de atletas com que pretende trabalhar no plantel? O plantel andará à volta dos 26 jogadores. Mas os plantéis estão sempre abertos a saídas e entradas e nós não fugimos à regra.
Existe alguma posição por reforçar que o preocupe particularmente? Não. É evidente que ainda não contratamos toda a gente que pretendemos, mas isso não é sinal de preocupação. É claro que há posições que temos prioritárias, mas não me preocupa. Ainda temos situações por definir. Haverá novidades de reforços nos próximos dias? Luizinho (ex-Alvarenga), por exemplo, interessa? Interessou até determinada altura, mas optou por outra situação. Não gosto de individualizar, mas há jogadores que contactámos, mas, por um ou outro motivo, não vieram. Que ideia de jogo pretende implementar no Lourosa? A ideia fundamental é jogar bem. Nós, treinadores, temos sempre uma forma de jogar preferida, mas depois o plantel e a qualidade dos jogadores é que vai definir se é possível ou não jogar dessa forma. Depende das características dos jogadores. Por exemplo, em função de determinadas características dos jogadores poderei ter de adaptar a forma de jogar da equipa. Mas a principal preocupação é tentar jogar bem, praticar um futebol que provoque prazer de as pessoas irem ao estádio. Se jogarmos bem, estaremos mais próximos de ganhar. Quero divulgar o clube de forma positiva e conquistar o máximo de pontos possíveis. Penso que a mística e o envolvimento dos jogadores com os sócios e com a Cidade andará mais próximo se ganharmos. A vitória é a grande mística dos clubes. Não conheço nenhum clube perdedor com mística. O clube deverá ser o que arrasta mais sócios do Distrito de Aveiro, provavelmente estarei a trabalhar no clube mais grandioso do Distrito de Aveiro. Até por isso, receia que as altas expectativas possam ter um efeito contrário, por exemplo, se tiverem um início de campeonato menos positivo? Temos de estar preparados para tudo. Não quero sequer pensar em começar mal o campeonato. O nosso objectivo é claramente subir, se começarmos bem o campeonato se calhar conseguimos de uma forma mais rápida envolver toda a gente, mas prefiro este tipo de pressão do que não ter adeptos no estádio, do
que a Cidade estar alheada da equipa. Um dos grandes objectivos que tenho é tentar transmitir aos jogadores que estão a representar um clube que é diferente, muito representativo do Distrito – talvez o que tem maior envolvimento do Distrito de Aveiro –, e também conseguir colocar a equipa a jogar com uma grande moldura humana a assistir. Dos dados que tem, que tipo de campeonato espera encontrar? Penso que será ainda mais competitivo em relação ao ano passado. Há muitas equipas a prepararem-se para alcançar o objectivo. Umas, como é o caso do Lourosa, vão assumir o objectivo de subida, outras utilizarão a máxima do ‘gato escondido com rabo de fora’. Haverá sempre um ou outro outsider. Penso que será mais competitivo e mais difícil do que foi o ano passado e, se calhar, estaremos a falar do campeonato mais competitivo ao nível associativo que há em Portugal. A Associação Futebol de Aveiro (AFA) está a trabalhar muito bem. Esta nova direcção da AFA, que eu tenho acompanhado, está a criar condições e a divulgar bem o campeonato – com a AFATV e a revista. As pessoas que estão à frente da AFA estão de parabéns. As equipas também se estão a apetrechar bem o que é excelente para o tipo de campeonato que disputamos. Faz com que possa haver um futebol de melhor qualidade e possa trazer mais pessoas para os estádios. Estamos numa região de Portugal onde, reconhecidamente por todos os clubes grandes de Portugal, há bons jogadores. Principalmente de Aveiro Norte saem muitos talentos para o futebol nacional e a aposta do Lourosa também passa por olhar para os nossos jogadores. Fez-se uma Academia com excelentes condições e com capacidade para ser ampliada, temos também no plantel uma quantidade interessante de jogadores formados no Lourosa e passa, na minha opinião e já falei com o presidente sobre isso, por olharmos de uma forma vincada para as nossas equipas jovens e tentar criar um modelo de jogador que será utilizado no futuro pelo clube. A aposta na formação é uma conversa habitual, mas nem sempre tem transfere para a realidade, mas o Lourosa terá de produzir, com as condições que tem, bons elementos para o futebol sénior.
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“QueremOS Fazer uma épOCa melhOr e maiS tranQuila Que a DO anO paSSaDO” Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt Quais as razões para aceitar continuar aos comandos do Fiães? Acima de tudo porque vejo o Fiães a crescer, não só pela estrutura que tem, penso que são pessoas capazes e dinâmicas, mas também pelo plantel que me dá garantias de fazer um bom trabalho. O mês que orientei a equipa [Carlos Santos assumiu o Fiães na parte final da época, em substituição de Adolfo Teixeira] foi de análise e cheguei à conclusão de que me sentia bem aqui e que tinha pessoas envolvidas no mesmo espírito que eu, ou seja, com intenção de fazer crescer o clube. Quais os objectivos para a temporada 2017/18? Nós sabemos que o campeonato aumentou muito de qualidade. Vai ser um campeonato extremamente exigente e o nosso objectivo fundamental é fazer 43 pontos. O ano passado fizemos 42, este ano queremos fazer melhor. Quando fizermos 43 pontos podemos definir novos objectivos. É uma meta que queremos atingir o mais rápido possível, depende de nós quando o vamos conseguir, se mais cedo ou mais tarde. Nesta primeira fase não podemos pensar em muito mais do que isto. Sabemos que existem clubes com outras capacidades financeiras. No Fiães existe uma cultura de formação, conseguimos aumentar o número de praticantes no clube. Segundo o que me foi dito, o Fiães foi o clube com mais jogadores inscritos na Associação de Futebol de Aveiro (AFA). Vamos também definir outro objectivo específico, além dos 43 pontos, que é aproximar os jovens da equipa sénior. Queremos que eles se revejam no que está a ser feito nos seniores e que apareçam e tenham gosto de ao domingo vir ver os nossos jogos. Se temos mais de 200 jovens na formação, temos de ter, no mínimo, 150 a ver os nossos jogos em casa. É um trabalho que vamos tentar fazer. Com o passar dos anos, o aumento do número de atletas também vai resultar num acréscimo de qualidade e sabemos que o futuro do clube também passa muito pela formação. É importante aumentar a qualidade na formação para depois os miúdos serem capazes de estar na equipa sénior. Temos também, direcção e equipa técnica, de ser capazes de cativar os miúdos, que eles tenham o objectivo, no final da formação, de jogar na equipa sénior do Fiães. Pode-se então afirmar que o objectivo do Fiães é a manutenção? Claramente. O último terço do campeonato do Fiães na época passada foi muito mau. Identificámos as razões e não vamos voltar a cometer os mesmos erros. Sabemos que estamos inseridos num campeonato que mudou radicalmente nos últimos anos. Já não existem equipas de
Carlos Santos assumiu o comando técnico do Fiães no último mês de competição da época passada, numa altura em que a equipa vinha de uma série de maus resultados, e vai continuar ao serviço dos fianenses na temporada 2017/18. O objectivo passa pela manutenção. menor valia como há dois ou três anos. As equipas estão todas a reforçar-se bem e a tornar o campeonato muito competitivo. A palavra de ordem é ganhar. Vamos fazer tudo por isso. Queremos que os nossos jogadores percebam que é importante ganhar, mas que o objectivo fundamental é fazer os tais 43 pontos. Além dessa meta, queremos fazer uma época melhor e mais tranquila que o ano passado. Já foram anunciadas várias renovações no plantel e cinco reforços. Está satisfeito com os reforços garantidos e com o actual plantel? Os treinadores nunca estão totalmente satisfeitos, queremos sempre mais. Mas temos de perceber onde estamos inseridos. Dentro dessa ideia, estou satisfeito com o empenho da direcção, no sentido de fazer com que a equipa seja mais forte. Ao longo deste último mês, temos trabalhado para ter os melhores jogadores possíveis dentro do nosso contexto. Nesse sentido, estou satisfeito. Logicamente que queremos sempre mais, o plantel ainda não está fechado. Ainda vamos ter, pelo menos, mais duas entradas, mas não temos pressa. Temos de identificar e seleccionar bem porque penso que este também é um dos momentos mais importantes da época, escolher bem os jogadores. Não só jogadores com qualidade, mas também com compromisso, com atitude competitiva, o que já existia, por isso é que mantivemos a maior parte do plantel da época passada, apesar do último terço não ter sido bom. Sentimos que temos jogadores com uma atitude competitiva muito boa e com um compromisso grande com o clube, juntando a esses os que vão entrar, que espero que acrescentem qualidade, podemos fazer uma equipa bastante interessante. O que trazem à equipa os reforços? Várias coisas. Para além da atitude competitiva e compromisso e das características em termos pessoais – são jogadores com espírito de equipa e de grupo –, trazem alguma experiência e outros alguma irreverência e vontade de crescer, porque há um misto de juventude e experiência nos reforços. Esse misto de experiência e juventude foi uma preocupação nossa. Pode haver mais renovações? Do Filipe Leite, por exemplo… Sim, dentro dos dois jogadores que falei para completar o plantel pode passar por renovações, e o Filipe Leite é um dos casos que ainda não está definido. É um jogador que nos interessa. Penso que vamos conseguir que o Filipe fique cá e depois acrescentar com mais um jogador que nos falta. Que posições estão mais carenciadas?
Precisamos de um jogador para jogar nos corredores, neste caso a posição que jogou o Filipe Leite a época toda. Se não ficar o Filipe, de certeza absoluta que iremos contratar outra com a mesma qualidade, e precisamos de um jogador para o meio-campo – para a denominada posição 8. Mas terão de ser jogadores para acrescentar, que não podem deixar dúvidas. Estamos a tentar, há várias soluções, mas não temos pressa, como disse. Sabemos que o mercado está muito agitado, mas depois vai parar um pouco e podemos conseguir os jogadores que pretendemos. Qual o número de atletas que pretende ter no plantel? Vamos trabalhar com um grupo de 24 jogadores, depois há a possibilidade de recrutar os miúdos da equipa B e alguns deles até podem fazer já o início de época connosco e ficar no plantel principal. Temos essa sorte de ter equipa B, podemos recrutar miúdos que estão a fazer o seu processo de crescimento lá. Qual é a ideia de jogo que pretende implementar no Fiães versão 2017/18? Acima de tudo as minhas equipas valorizam sempre o jogo e os jogadores, mas também não podemos deixar de pensar que temos de ganhar. Vamos ter uma equipa a assumir o jogo em todos os momentos e em todos os campos, ainda que reconhecendo as capacidades que todos os adversários têm. Acredito que vamos ser uma equipa com futebol agradável, não vamos ser uma equipa a jogar essencialmente no erro do adversário, as minhas equipas nunca o fizeram. Vamos ser uma equipa proactiva e não uma equipa à espera para ver o que o jogo dá. Vamos tentar que os jogadores percebam o contexto onde estamos, a equipa que somos, que reconheçam que os adversários são fortes, mas vamos tentar impor o nosso jogo em todos os campos. Ainda mais importante: temos de perceber o que temos e acima de tudo potenciar as capacidades individuais dos nossos jogadores. Quanto mais fortes forem individualmente, mais fortes seremos em termos colectivos, depois juntar – dentro do nosso jogo – os jogadores que se relacionam melhor. Se o conseguirmos fazer, conseguimos depois no todo construir uma boa equipa. Muitas vezes a ideia é partir do todo para as partes, mas as coisas não são bem assim. Ao longo dos anos, fui mudando um pouco a forma de pensar estas questões. O importante é potenciar individualmente e depois juntar para construir um grupo forte. É claro que nós temos ideias do que pretendemos em termos estruturais – normalmente as minhas equipas alternam entre um 4-4-2 e o 4-3-3 e vão ser essas as estruturas bases que vamos
trabalhar –, mas preocupa-me mais as microestruturas. É importante olhar para o todo, saber onde queremos chegar, mas para mim, daquilo que fui aprendendo ao longo dos anos, essas microestruturas são fundamentais. Mas temos ideias de um todo, duas estruturas de ponto de partida, dinâmicas bem definidas, sabemos o que queremos que os jogadores façam nos diferentes momentos do jogo, mas depois temos de dar liberdade e criatividade aos jogadores. Que tipo de campeonato está à espera? Já o ano passado tínhamos a ideia que o campeonato ia ser muito mais competitivo e depois, no final, ganhou a equipa que tinha melhores jogadores, que foi melhor e mais regular ao longo da época. Este ano entram sete ou oito equipas com ambições de subida, muitas delas até o escondem, e o Fiães parte abaixo dessas equipas. O que sinto é que vai ser um campeonato bastante competitivo na primeira volta. Depois acredito que se podem destacar duas ou três equipas. Temos o Lourosa, o Beira-Mar, o Esmoriz, O S. João de Ver, o U. Lamas, o Pampilhosa, o Estarreja, tudo equipas que partem à frente do Fiães. Não sei se vão ficar ou não, isso é outra história, mas tudo equipas com ambição. O que é textual é que algumas delas vão ficar bem longe do objectivo que têm, e por isso é que temos de perceber onde estamos e definimos esse objectivo, que não deixa de ser ambicioso. Não quero que passe a imagem de que só quero fazer 43 pontos. Esse é o objectivo principal, a partir daí vamos ver. A fase da época que o conseguimos é que vai determinar se podemos ir mais longe. Algumas equipas estão com investimentos bastante fortes, mas não vai dar para todas, algumas vão ter que ficar em sétimo ou oitavo. O Fiães vai ser uma equipa humilde deste campeonato, que vai tentar ganhar todos os jogos. Essa é mensagem que vou passar aos meus jogadores: ganhar, ganhar ao fim-de-semana, ganhar no treino. Quero incutir um espírito de vitória diariamente, o jogador tem de ficar chateado no treino porque perdeu no exercício que fez. O treino para mim é fundamental. Adoro o treino, é aí que podemos interferir nos comportamentos da nossa equipa e muito do treino vai passar por estes conceitos de ganhar, ser melhor todos os dias, de chegar primeiro à bola, para depois passar para o jogo. Resumindo, vai ser um campeonato competitivo, com visibilidade – e ainda bem –, as equipas todas com ambição, jogos intensos, não sei se vão ser sempre bem jogados, mas vamos tentar que o Fiães seja uma das equipas a praticar bom futebol. Sei que estou numa estrutura forte e prevejo uma época tranquila e interessante para o Fiães.
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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS
EQUIPA TREINADOR C.
PERMANÊNCIAS
ENTRADAS
Pedro Justo, Hélio, Kiko; Marcelo, Tiago Ribeiro, Joel, João Marques, Rodrigo, Óscar Beirão, Luís, Pinheiro, Mauro, Chiquinho, João Dias, Flecha, Bruno Faria, Manú, Joca
F. U. L.
União de Lamas
DIVISÃO PRO-NACIONAL Vasco (Júnior); Duarte Alves (Estarreja), Tó Frangolho (Cesarense), Tintim (FC Bulle, Suíça), Paulinho (Sanguedo), João Beirão (Gondomar)
Lus. Lourosa
Fiães
Canedo
AGENDA Início dos trabalhos a 2 de Agosto
Saúl (retirado), Tiago; Cardoso, Zé Semedo, Eduardo, Osório, Vitinha (Fiães), Leo (Lourosa), Manú (Fiães)
Início dos trabalhos a 16 de Agosto
Luís Miguel Martins Bruno Costa, Igor, Rui; Relvas, Fonseca, Luís Belo, Magolo, Marco Ribeiro, Bino, Samu, Gouveia, João Tavares, Martini, Yorn, Machadinho, Manuel Pinto
S. João de Ver
SAÍDAS Ameriquinho, Toninho, Américo, Manecas, Fábio Raul, Bruno Anciães
Ricardo Maia Marco Sá, Rui Silva; António Alves, Vítor Sá, Ivo Oliveira, Jó, Bruno Silva, Fredy, Max, Xavi, Pedro Silva
João Borges (Esmoriz); Rena (Cesarense), Ricardo Correia (Esmoriz), Joca (Esmoriz), Edu (Cesarense), Bruninho (Pedroso), Leo (S. João de Ver), Pirata (Beira-Mar), Ricardo Gomes (S. João de Ver), Edu Silva (Penafiel)
Viditos (Fiães), Mauro, Vítor Fonseca, Marcus, Samuel Teles, N. Vieira, Fabrice e Inverno
Início dos trabalhos a 18 de Agosto
Fernando Pais; Dany, Carlos André, Samu, Jaiminho, João Ramos, Magalhães, Fernando, Seminha, Nélson Diogo, Bruno Tiago, Tiago Castro, Xavi, Fabiano, Rúben Barbosa, Andrezinho
Janita (Carregosense); Viditos (Lus. Lourosa), Vitinha e Manú (S. João de Ver), Inverno (Lus. Lourosa)
Nuno Oliveira; Napoleão, Sousa, Tiaguinho (Canedo), Filipe Leite
Início dos trabalhos a 14 de Agosto
Zé Carlos, Rui; Sérgio Ramos, Porto, Fabri, Gaído, Neves, Paulo Ferraz, Dioguinho, Badolas, Nuno Fruta, Fernando Jorge, Paulinho, Gil
Pedro Rodrigues (Argoncilhe), Tiaguinho (Fiães), Joel (Sanguedo)
António Caetano
Carlos Santos Vilar (Mansores)
Início dos trabalhos entre 12 a 15 de Agosto
Vasco Coelho
I DIVISÃO DISTRITAL Cerqueira, Maia, André, Joãozinho, Marcelo, Martins
Milheiroense
Rui (Cesarense ‘B’), Balona (Romariz), João Marques (ex-Cesarense ‘B’), Lima (júnior)
Rui (Macieirense), Xavier, Jardel, Castro, Miguel Soares, Pedro Sousa, Joel, João Marcelo, Pedro Nuno, Ricardo Martins, João Luís, Tiaguinho, Pena, Leo Quirino, Miguel
Vítor Moreira
Início dos trabalhos a 7 de Agosto. Jogo treino vs Crestuma (12 de Agosto) e Perosinho (19 de Agosto)
Huguito (Macieirense), Dani (Macieirense), Cris (Macieirense), Roma (Macieirense), Leitinho (Macieirense), Abel (Macieirense), Victor Rocha (Geração Rui Dolores) Romariz
Mosteirô
Geração RD
Paços Brandão
Diogo Alves, Guima, Vasquinho, Vitinha, Ricardo Santos, Sérgio, Alex, Zé Pedro, Vasco, João Tavares, Zidane, Fábio, Barbosa, Pedro, Talheiro
Miguel Santos (Júnior), Gonçalo Cunha (Júnior), Leonardo (Ovarense), Jorge Neves (ACRD Mosteirô), João Marques (ACRD Mosteirô), Arménio
Gil, Nuno, David, Marcelo
Início dos trabalhos a 21 de Agosto
Higuita, Hélder, André, Bernardo, André Dolores, Ricardo, Picas, Abelha, Amorim, Coutinho, Zé, Tiago, Gaúcho, Gui
tinha (Cucujães), Vítor Rocha (Romariz), Luxo (Nadais), Bruno (Cesarense ‘B’)
Yann (retirado), Godinho (retirado)
Início dos trabalhos a 7 de Agosto. Jogo treino vs Anadia (7 de Setembro)
Zé Manel, Carvalho, FF, Fausto, Saxe, Pedro Sá, Mota, Marco, Daniel, Robinho, Ruizinho, Rúben Silva, Pedro Ribeiro, Justo
Pedro Nuno (júnior do Fiães), Élson (Argoncilhe)
Aurélio Fonseca
Leonel Castro Início dos trabalhos a 16 de Agosto
Miguel Rapinha
Rumores
Zé António e Nuno Oliveira perto de reforçar S. João de Ver PRO-NACIONAL Ao que tudo indica, o avançado Zé António e o guardião Nuno Oliveira estão próximos de reforçar o S. João de Ver na temporada que se avizinha. Zé António, que começou a época transacta com as cores do Milheiroense – onde sagrou-se melhor marcador do Campeonato Safina em 2015/16 com 27 golos – irá abandonar o Anadia, clube que compete no Campeonato de Portugal Prio. Já Nuno Oliveira, guardião que actuou, na época anterior, no Lourosa e no Fiães, também deverá representar os sanjoanenses.
Lourosa assina parceria com Florgrade e sagra-se campeão ibérico A equipa de futebol de sete, Florgrade, fundiu-se com a equipa concelhia e já garantiu, para as vitrinas lusitanistas um título ibérico. MINIFOOTBALL O Lusitânia de Lourosa deu mais um passo em frente no que toca ao eclectismo do clube. Assinou, durante a semana transacta, uma parceria com a Florgrade, equipa que compete na Associação Portuguesa de MiniFootball e já colheu os frutos. O Lourosa/Florgrade conquistou a primeira edição da Copa Ibérica, de futebol de sete,
que disputou-se entre 14 e 16 de Julho. A grande final, disputada em Quiaios, colocou frente-a-frente a equipa lusitanista e a turma espanhola Telmo Peluqueros. Os portugueses marcaram na primeira metade, por Edu e no segundo tempo foi Endri Soares a ampliar a vantagem. Já perto do fim, a equipa oriunda ainda conseguiu reduzir Vigo reduziu.
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MODALIDADES
CiClista da Moreira Congelados Morre após aCidente
dragon force abre escola em rio Meão
CICLISMO Jorge Alves, jovem atleta da Moreira Congelados/Feira/Bicicletas Andrade, morreu na última terça-feira, dia 11, após colisão com um veículo junto da Estrada Nacional 101-3, perto Felgueiras, naturalidade do ciclista. Com apenas 18 anos, ‘Triginho’ – como era apelidado no mundo do ciclismo – saía para o habitual treino diário junto à sua habitação em Regilde, Felgueiras, quando embateu com um veículo. Os vizinhos, ao chegar ao local, encontraram o jovem ciclista da equipa de S. João de Ver já inanimado. No local, os Bombeiros de Felgueiras, quando se depararam com o jovem em paragem respiratória, iniciaram de imediato as manobras de reanimação, mas sem sucesso. O corpo foi transportado para o hospital de Guimarães. O Núcleo de Investigação Criminal a Acidentes de Viação da Guarda Nacional
Juventude atlética de rio Meão inaugura sintético
FORMAÇÃO De uma parceria entre a Juventude Atlética de Rio Meão e a Dragon Force nasce a mais uma Escola de Futebol Dragon Force. A Escola de Futebol Dragon Force Rio Meão irá realizar Jornadas de Captação com treinadores do FC Porto no Com-
FUTEBOL No Estádio Padre Joaquim Sousa Lamas, casa da Juventude Atlética de Rio Meão será inaugurado o novo piso, sintético, no próximo sábado, dia 22. O programa iniciarse-á pela manhã com Dia Aberto da Dragon Force seguido de uma ho-
plexo da JAR nos dias 12, 14, 17 e 19 de julho: das 18h15 às 19h30, para escalões Sub-9 (nascidos em 2009/2010) e Sub-11 (nascidos em 2007/2008); das 19h30 às 20h40, para escalões Sub-13 (nascidos em 2005/2006) e Sub-15 (nascidos em 2003/2004).
menagem aos antigos presidentes da JAR. Pela tarde, será assinado o protocolo entre o clube concelhio e a Dragon Force FC Porto e o escalão de veteranos do Rio Meão jogará frente aos veteranos do FC Porto.
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Republicana investiga, agora, os contornos do acidente. O funeral realizou-se na quinta-feira, dia 13, em Regilde.
O Complexo Desportivo do Colégio de Lamas acolheu, no dia 1 de Julho, o Festival Lúdico de Natação 2017. Estiveram presentes cerca de 350 ‘pequenos’ participantes. O Complexo contou com insufláveis exteriores e aquáticos, canoas e outros divertimentos. Pub.
BárBara oliveira e riCardo Marques venCeM CaMpeonato distrital ATLETISMO Os atletas do Feirense, Bárbara Oliveira e Ricardo Marques venceram, na categoria de Sub-23, o Campeonato Distrital Absoluto e Sub-23 realizado na Pista de Vagos, Aveiro. A atleta arrecadou o primeiro posto nos 5000 metros no escalão Sub-23 e ainda o segundo lugar, em seniores, na mesma distância. Arrecadou ainda o último lugar do pódio nos 300 metros. Já Ricardo Marques, venceu os 3000 metros obstáculos
também em Sub-23. Já Juliana Silva fez segundo lugar nos 5000m (Sub-23) e terceiro lugar sénior; Mariana Silva, terceira nos 5000m (Sub-23); Cátia Coelho, terceira nos 400m (Sub-23) e quarto lugar sénior; Luís Oliveira, segundo nos 3000m (Sub23 e sénior); e David Duarte, terceiro lugar nos 800m (Sub-23). A estafeta 4x100 metros, composta por Bárbara, Mariana, Juliana e Cátia, arrecadou o segundo lugar Sub-23 e Sénior.
iniCiados feMininos do Caldas sagraM-se viCe-CaMpeões distritais ATLETISMO A equipa feminina de Iniciados do Caldas de S. Jorge sagrou-se vice-campeã do Campeonato Distrital do escalão disputado no Estádio Municipal de Vagos, durante 8 e 9 de Julho. Ajudaram a conquistar a medalha de prata: Beatriz Valente, Lara Rodrigues, Magali Melo, Patrícia Silva, Ana Castro e as quatro ainda infantis Inês Oliveira, Mara Rodrigues, Joana Santos e Gabriela Santos. A equipa masculina, composta por Rui Pinto, Bruno Rodrigues e Gabriel Santos conquistaram o sétimo posto.
Armando Bastos e José Silva destacam-se em Lamas O atleta veterano do Caldas, Armando Bastos, arrecadou o primeiro posto, na categoria M40, no 3.º Grande Prémio Santa Maria de Lamas. Apesar do primeiro lugar na sua categoria, Armando Bastos classificou-se em quinto da geral. Já José Silva, no escalão M55, também selou o primeiro posto. Renato Silva foi terceiro em M45. Em veteranos femininos, Goretti Cardoso foi quarta em F45. Em seniores, Arlete Santos foi quinta. Colectivamente, o clube das Caldas arrecadou a prata.
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MODALIDADES
AlexAndre Amorim AlcAnçA bronze Ao serviço dA selecção nAcionAl
B0LA NAS REDES
NATAÇÃO Alexandre Amorim, atleta do Clube Colégio de Lamas, foi convocado para representar a selecção nacional na 27.ª edição do Campeonato da Andaluzia que realizou-se no fim-de-semana transacto em Espanha, tendo arrecadado a medalha de bronze nos 50 metros bruços.
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“Liga dos Campeões Africana – CAF. Zamalek vs Ali Trippoli. Ambiente fantástico no estádio Egypcian Army” João Alves, ex-adjunto do Lourosa e actual adjunto de Augusto Inácio no Zamalek, destacou o ambiente vivido na sexta jornada da CAF no Estádio Egypcian Army.
André bAstos sAgrA-se vice-cAmpeão nAcionAl NATAÇÃO O atleta do Feirense, André Bastos sagrou-se vice-campeão nacional, do escalão B na prova de 50 metros costas, no Campeonato Nacional Masters de Verão realizado nas Piscinas Municipais de Famalicão. Já Fernando Diogo Duarte, no escalão G, conquistou o bronze nacional na prova de 800 metros livres, o quinto aos 400 livres e o sétimo aos 100 livres.
Já Rosa Jesus (escalão G) fez quinto lugar aos 50m costas e sexto aos 50m bruços; Regina Azevedo (escalão G), sétimo lugar aos 50m costas e nono aos 50m bruços; Vânia Cardoso (escalão C), oitavo lugar aos 50m costas e décimo lugar aos 50m bruços; e Daniel Oliveira (escalão C), oitavo lugar aos 200m bruços. A estafeta feminina, composta por Carla Gomes, Isabel Guimarães, Maria Conceição Oliveira e Yolanda Pinho conquistou o sexto lugar.
Feirense conquistA prAtA no interdistritAl de Juvenis e Absolutos NATAÇÃO O Feirense, por Manuel Pinho, conquistou a medalha de prata – nos 100 metros livres – no Campeonato Interdistrital de Juvenis e Absolutos, prova que teve lugar nas Piscinas Olímpicas de Coimbra, organizada pela Associação de Natação de Coimbra, Leiria e Centro Norte
Sávio, antigo jogador do Real Madrid, esteve hospedado no Hostel da Praça que não deixou fugir a oportunidade para registar o momento fotograficamente. “Conquista do Campeonato e da Taça de Macau”
de Portugal. Além da prata, Manuel Pinho arrecadou o bronze nos 100 metros costas. Rodrigo Coelho, juvenil, fez terceiro aos 200m mariposa e quarto lugar aos 100m costas, com TAC Nacional e Job Silva, sénior foi terceiro aos 50m costas.
O técnico feirense Henrique Nunes conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o Campeonato ao serviço do Benfica de Macau. Esta época fez a ‘dobradinha’.
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equipa sénior. Em comunicado, o clube afirma que “voltará a competir com uma equipa sénior masculina na divisão CNB2”. O GRIB afirma ainda que “gostaria de estabelecer parcerias com as melhores empresas da região” para potenciar a competitividade.
Juventude de sanguedo promove 14.ª corrida de carros de rolamentos A Juventude de Sanguedo vai promover, no próximo dia 22 de Julho, pelas 21 horas, a 14.ª Corrida
“O Hostel da Praça teve o prazer de receber um hóspede muito especial, de quem somos fãs, Sávio Bortolini”
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grib volta a competir com escalão sénior masculino BASQUETEBOL O Grupo Recreativo Independente Brandoense (GRIB), exclusivamente dedicado à prática de basquetebol, reconhecido pela Federação Portuguesa da modalidade como ‘Clube Formador’ e detentor de três títulos nacionais e seis distritais vai voltar a competir com uma
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de Carros de Rolamentos. A prova realizar-se-á na Rua Central da freguesia.
“O Nadais chora a morte do sócio nº1 e fundador Manuel Luís Dias da Mota” Os vice-campeões nacionais mostraram luto perante o falecimento do fundador e sócio número um, Luís Mota.
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DIVERSOS
AGRADECIMENTO Vimos desta forma prestar um agradecimento público aos agentes do Grupo de Intervenção Cinotécnico da GNR, agentes da GNR de Lourosa e Oliveira de Azeméis, elementos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, envolvidos nas buscas do nosso pai que esteve desaparecido no passado fim-de-semana. Ao Jornal Terras Notícias – Isabel Machado, Jornal Correio da Feira – Orlando Macedo, Jornal Correio da Manhã – Anna Monteiro, Rádio Regional Sanjoanense – Dinis Silva, Sintonia Feirense – Filipe Dias, o nosso reconhecimento pela pronta divulgação do desaparecimento. Aos familiares, amigos e a todos os demais que ajudaram no terreno e através das redes sociais a nossa gratidão e um eterno obrigado. Alexandra e Piedade Costa.
POSTOS DE VENDA Papelaria Atlântico Norte (Centro) – Espinho Papelaria Bessa – Espinho Papelaria Papelópia – São Paio de Oleiros Padaria da Quebrada – São Paio de Oleiros Papelaria Menezes – Paços de Brandão Papelaria A. Santos – Paços de Brandão Café Zé das Micas – Rio Meão Quiosque Santo António – Rio Meão Café Ponto de Encontro – Rio Meão Bombas REPSOL – São João de Ver Quiosque Suil Park – São João de Ver Quiosque São Bento – São João de Ver Casa Silva – São João de Ver Quiosque dos 17 - São João de Ver Café São Jorge – Caldas de São Jorge Café Avenida – Fiães Bombas GALP – Fiães Papelaria Coelho – Fiães Casa Gama II - Fiães Quiosque Pimok – Lourosa Quiosque da Igreja – Lourosa Papelaria Europa – Lourosa Bombas CEPSA / ELF – Lourosa C + S - Lourosa Feira dos Dez – Lourosa Padaria/Pastelaria Caracas II – Lourosa Tabacaria Piscinas de Lourosa A. M. Informática - Lourosa Café–Restaurante Parque – S. M. Lamas Café do Zinho – S. M. Lamas Corks e Manias (INTERMARCHÉ) – S. M. Lamas Carnicópias – S. M. Lamas Papelaria Silva – S. M. Lamas
RECRUTAMENTO COMERCIAIS M/F
ACQUAROBOT, empresa de tratamentos de água, líder no mercado nacional, encontra-se a recrutar comercias proactivos e ambiciosos integrar um equipa de sucesso REQUISITOS: - Boa Aparência - Forte Capacidade de Comunicação e Argumentação - Organizado e Responsavel - Carta de Condução Oferece: - Ordenado Base + Comissões - Formação Continua - Carteira de Clientes Enviar Cv: rh.feira.impt@gmail.com
Bombas REPSOL – S. M. Lamas Papelaria Silva – S. M. Lamas Quiosque Santa Luzia – Mozelos Café do Murado – Mozelos Quiosque da Igreja – Argoncilhe Pereira & Avelar - Argoncilhe Café Vergada – Vergada Casa Danibruno - Mozelos Café Melo – Sanguedo Café Danúbio - Sanguedo A. M. Informática - Sanguedo Padaria Jardim 2 – Lobão Papelaria Liperlás – Lobão Casa Gama – Lobão Café Grilo – Lobão Bombas BP – Guisande Bombas FIAVERDE – Gião Kiosque INTERMARCHÉ - Canedo Livraria /Papelaria GIFT – Canedo Café Suldouro – Canedo Papelaria Heleoan – Canedo Bombas de Louredo – Louredo Quiosque de Romariz – Romariz Papelaria ABC – Milheirós de Poiares Papelaria Milheiroense – Milheirós de Poiares Kiosque INTERMARCHÉ – Arrifana Quiosque Hábitos – Arrifana Padaria Seara – Arrifana Café Zubel – Arrifana Bombas BP - Arrifanav Bombas PETROVAZ - Arrifana Palavras e Cigarros (Pingo Doce) – Arrifana Bazar Marlú – Escapães Café Afri-Bar – Escapães
Café Primavera - Sanfins Café Andrade – Fornos Café Angélica – Fornos Papeçaria Nova Ideia – Fornos Padaria Espaço Doce - Mosteirô Bpmbas CEPSA - Cucujães Papelaria Brandão - Souto Bombas GALP - Souto Casa Guidita - Souto Padaria do Troncal – Travanca Papelaria Vício das Letras – S. M. Feira Palavras e Cigarros (FEIRA NOVA) – S. M. Feira T. P. C. - S. M. Feira Quiosque do Tribunal – S. M. Feira Quiosque do Rossio – S. M. Feira Quiosque/Bazar Nova Cruz – S. M. Feira Papelaria Alimá – S. M. Feira Kiosque E’LECLERC – S. M. Feira Bombas REPSOL - S. M. Feira Supermercado Passerelle - S. M. Feira Pretexto - São João da Madeira Bombas GALP - São João da Madeira Bombas REPSOL - Z. I. Travessas - S. J. Madeira Bombas Petro Zona - São João da Madeira Banco da Sorte - São João da Madeira Bombas BP - São João da Madeira Bombas REPSOL - São João da Madeira Tabacaria Nina - São João da Madeira Agência de Jornais Ferreira - São João da Madeira Tabacaria Glória - São João da Madeira Papelaria Lusíada - São João da Madeira
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ÚLTIMA
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