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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Ano CXXI

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

31 Julho 2017

Nº 6021

ESPECIAL LOUROSA

CONCEITO INÉDITO NO CONCELHO

CRIADO UM NOVO REFÚGIO PARA OS FÃS DE eSPORTS

€0,60 (iva inc.)

Suplemento de 8 páginas

pág. 08

ADMINISTRAÇÃO LOCAL

HÁ HISTÓRIA(S) POR QUE VALE A PENA LUTAR pág. 02

FEIRA É UM DOS MUNICÍPIOS COM MAIOR EFICIÊNCIA FINANCEIRA CULTURA

pág. 14

VIAGEM MEDIEVAL TRAZ “FOME, PESTE E GUERRA” A PARTIR DE QUARTA-FEIRA FUTEBOL

pág. 17 e 18

ENTREVISTA COM LUÍS MIGUEL MARTINS (U. LAMAS) E VASCO COELHO (CANEDO)

O empresário feirense João Andrade e Silva está a recuperar habitações na pequena aldeia de Felgueiras, em Alfândega da Fé, para combater a desertificação do interior.

COZINHAS E CASAS DE BANHO t. 256 811 301 | geral@macovitor.pt

pág. 13


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REPORTAGEM

“É a beleza que nos salva” João andrade e silva é um empresário feirense com um grande projecto em mãos: revitalizar a aldeia de Felgueiras, em alfândega da Fé. Desafiado por uma grande amiga, que nasceu na pequena aldeia, redecorou a sua propriedade e comprou, ele próprio, alguns terrenos, com o objectivo de aumentar a população de apenas nove habitantes e evitar que pedaços de história se percam no tempo.

Texto Daniela Castro Soares Fotos Diana Santos

Quase duas horas de caminho, de Santa Maria da Feira até Alfândega da Fé, entre curvas e contracurvas e paisagens de tirar o fôlego, chegámos à pequena aldeia de Felgueiras, parada no tempo. Há ruas em que mal passa um carro, rebanhos e burros, e vê-se poucas pessoas. Não admira, pois esta aldeia, que já chegou a ter 600 habitantes, hoje sobrevive com apenas nove. É um dos exemplos da desertificação do interior, que vê os seus naturais fugirem para as grandes cidades. Mas nas grandes cidades não há isto, este silêncio, este verde de perder de vista, esta tradição com raízes centenárias. “Tem um íman próprio, uma energia própria, está vivo”, diz João Andrade e Silva, um defensor acérrimo do respeito e amor pela Natureza. “Acordas com esta vista e sentes a tua importância cósmica”, afirma.

A arte máxima Foi a sua “comadre”, Maria José Azevedo, natural de Felgueiras, que o puxou para a terra. Vendo o que estavam a planear fazer com a sua propriedade, “um projecto de turismo de habitação tenebroso de quartos sem janelas”, telefonou a João Andrade e Silva e pediu ajuda. O escultor, que “não é designer, é autodidacta, põe alma nas coisas”, correu em seu auxílio e transformou a propriedade no que hoje é a Felgueiras Country House. “Ouvi as pessoas e reinterpretei as vivências. Identifiquei ponto por ponto a casa e transformei-a, não perdendo as suas características”, refere. A pedra

castanha da fachada é pontuada, em certos sítios, com azulejos; as varandas são restos das antigas camas de ferro transmontanas; a esplanada tem mesas de pavões e borboletas; a ponte branca foi desenhada para parecer “uma nuvem” e dar a ideia de “movimento e flutuação”; e o magnífico miradouro tem arcos que “iam para o lixo” de um “palácio que estava a cair”. “Arcos que demoraram mais de quatro meses a serem feitos. Isto sim é arte. Para mim, artistas são pessoas como Leonardo da Vinci ou Michelangelo, que demorou três anos a esculpir David. Os outros são apenas obreiros”, refere João Andrade e Silva, que já teve o reconhecimento do seu trabalho pelas “pessoas mais importantes”, os pedreiros da obra, que o ajudaram a concretizar a sua visão. “A obra é desta gente, o sorriso deles… São pessoas com a 3.ª e 4.ª classe que percebem o sentido artístico”, afirma, feliz. O exterior já deslumbra, mas é no interior que encontramos a “memória” de Trás-os-Montes. Uma bicicleta pendurada no tecto representa os carteiros que traziam a correspondência; os animais da zona - coelhos, veados, burros, cães – saúdam-nos em cada divisão; há candeeiros com fios de lã e tantos outros ‘tesouros’, como baús de viagem, formas de sapatos e ferros de engomar, rodas de carros de bois e pratos temáticos, que contam a história da terra. Há mais detalhes do que o olho consegue captar e imensas fotografias espalhadas, algumas do século XIX, recordações

CAMAs dE fERRO sãO AGORA vARAndAs

A POnTE “nuvEM”

de transmontanos eternizadas no tempo. “Quero que as pessoas se lembrem do que era o mundo”, diz o decorador. As fotografias, ou pinturas, quando conjugadas, compõem instalações que, mesmo com elementos tão distintos, se complementam, e aí reside o talento do decorador que “vive da intuição e experimentação”. Nada está a mais, nem a menos, e o espaço é extremamente acolhedor. João Andrade e Silva consegue ver a beleza mesmo naquilo que os outros consideram lixo. Uma tábua de madeira, desgastada, colocada por trás de uma pintura, dá-lhe um

toque especial. Três pedras, afixadas na parede, formam um anjo que abençoa a propriedade. “Pequena a casa, que importam / Riquezas que noutras há / Temos paz, amor / E a graça que Deus nos dá”, lê-se, numa parede. Antes de subirmos aos pisos superiores, descobrimos ainda um espaço a meia-luz, todo em pedra, uma ‘caverna’ destinada a ser o refúgio dos mais pequenos.

Portas em tecido, provocações e chuveiros únicos Os quartos estão numerados com os naipes das cartas e, embora em

Os ARCOs dO PAláCiO

AzulEjO


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REPORTAGEM

capacidade para acolher 22 pessoas, a Felgueiras Country House já está aberta ao público, mas não a encontram nas plataformas habituais, como o Booking. “O conceito é anti-turismo. Não estou interessado no turismo, estou interessado na vida da aldeia. Cada pessoa não é um mero hóspede, é parte da aldeia. Quero criar vínculos”, diz João Andrade e Silva, sobre um espaço onde é fácil fazer uma visita guiada pois cada olhar nos apresenta algo de novo. Como o magnífico quadrado de renda que Maria José Azevedo ofereceu ao marido, no 25.º aniversário de casamento, tecido com “a vida de recordações” do casal.

“Queremos fixar pessoas”

harmonia uns com os outros, são compostos por pormenores únicos: portas em tecido, lençóis bordados, copos com andorinhas, tapeçarias arco-íris e vários candeeiros exuberantes, um deles em forma de ananás. Ainda, uma casa-de-banho com imagens de favela para “provocar pensamento”. “Estamos no meio do campo, tranquilos, mas aqui somos recordados da realidade do mundo. É um contraste provocador”, refere. O que prende, contudo, são os chuveiros. Com frinchas que dão vista para o quarto, bastante espaçosos e com arrumação, surpreendem pela decoração ora de inspiração árabe,

ora africana, com natureza, realeza e até religiosidade nestas singulares obras de arte que bem poderiam estar em qualquer Museu. M a s nã o é u m Mu s e u qu e J o ã o Andrade e Silva ali pretende, pelo contrário. “Não quero ser saudosista, quero exaltar o passado dandolhe contemporaneidade”, afirma. E por isso, apesar de vermos história em cada parede, móvel ou peça – até os puxadores dos armários da cozinha são bússolas e asas – a casa disponibiliza secretárias para os computadores, ar condicionado em todos os 11 quartos e uma imponente piscina exterior. Com

‘cAvERnA’, EsPAçO infAnTil

O grande objectivo do projecto é trazer pessoas que conheçam, gostem e regressem, deixando à porta tudo o que as aflige e entrando de vez na vida da aldeia. “Queremos fixar pessoas”, propõe-se João Andrade e Silva, que já comprou, ele próprio, algumas parcelas com o intuito de recuperar as casas. Um investimento de mais de 1M€ que terá várias etapas. “Este é um projecto construído ao dia, à hora, ao minuto. Uma obra é um processo contínuo de exploração e cada casa é uma porta de oportunidades”, diz. Muitas são as ideias que fervilham: percursos pedonais para ligar a aldeia a outras localidades; música ao vivo, exposições de pintura ou desfiles de moda; zonas de “conforto e conversas nocturnas” para recuperar os convívios nas praças; e muros aromáticos – este último já aprovado pela Câmara Municipal. O mais importante, para o decorador, é que os seus projectos “tenham uma narrativa”. “Quero que façam as pessoas sentir, que sejam um poema. Não é arquitectura, não é design, é história”, afirma João Andrade e Silva, que quer que as pessoas “voltem a viver com a Natureza”. Rosa Braz compreende esta visão de uma “construção afectiva”. Natural de S. Paulo (Brasil), passa actualmente mais tempo na aldeia de Felgueiras do que na terra-natal. “Amo isto de paixão, é tão tranquilo. Por mim, já estaria aqui”, diz. O marido nasceu na aldeia e a brasileira visitou-a pela primeira vez em 1963. Foi amor à primeira vista. Tem estado, também ela, empenhada na revitalização da aldeia e este ano trouxe os quatro netos – de 13, 17, 18 e 19 anos – para incutir-lhes o ‘bichinho’. “Ficaram encantados”, garante, esperando poder mudar a

PuxAdOREs dOs ARMáRiOs

família para Felgueiras assim que possível. Satisfeita com os progressos de uma aldeia que está a seu cargo, está a presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes, que desde a primeira hora apoiou a ideia. “As aldeias estão a morrer e eu sempre me perguntei como poderíamos dinamizá-las. Esta pareceu-me uma boa solução”, diz a autarca, que não concorda com a recuperação por si só, como aconteceu nas Aldeias do Xisto, que estão “bem reconstruídas” mas sem gente. “Dei a volta pela aldeia e perguntei: o que é que isto acrescenta? A aldeia não teve vida nova”, frisou. Quando João Andrade e Silva lhe falou no projecto e em “envolver” os locais, Berta Nunes concordou. “Queremos que as pessoas venham e vivam o projecto com quem cá está. Queremos que seja um local onde tenham experiências diferentes, um projecto com valores e cultura”, afirma a autarca, que já investiu em proporcionar às crianças das aldeias o transporte e refeições gratuitas nas escolas. “Este projecto é uma ceia, é construído com todos. Só é possível assim”, afirma João Andrade e Silva. Também o arquitecto municipal, Daniel Fernando Antunes, não poupa elogios: “A obra é um bom exemplo de reinterpretação do antigo com uma visão moderna, ultrapassa a mera reabilitação”.

Memórias para guardar e partilhar Maria José Azevedo quer ver Felgueiras “renascer” e lembra os seus tempos de criança e os avós que a marcaram. Memórias como o andar descalça para sentir “o coração da terra”; o brincar com os feijões e as leguminosas guardados nas arcas; o bem receber com a frase “entre, quem é?”; ou a mesa posta com um bom pão, queijo, azeitonas e vinho são trazidas à conversa com a esperança de poderem agora ser passadas a quem vier (e ficar) pela aldeia. Sentados numa das salas da Felgueiras Country House, anfitriões e convidados falam sobre quintas biológicas, queijaria de cabras, música pelas praças e céus estrelados, partilhando ideias para um mesmo sonho sobre uma aldeia que não querem ver esquecida. “A beleza é o que nos faz viver e avançar. É a beleza que nos salva”, realça Maria José Avezedo, feliz pelo trabalho e pelos comentários que vai recebendo, como o de um visitante que, depois de uma volta à casa, lançou: “… e ainda dizem que não há céu na Terra”.

TAPEçARiA nuM dOs quARTOs


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OPINIÃO Texto: Orlando Macedo

O TRABALHO SOLIDÁRIO MERECE MAIS Rui Tavares, Candidato à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira

Atalaia Saint Mary Store

(n)A montra do kitch pindérico A coisa está a ficar séria. Está em curso um programa de avacalhamento de uma das línguas mais eruditas (completas) que o mundo até hoje conheceu: a Língua Portuguesa. Troca-se ‘seminário’por ‘bootcamp’, ou ´pôr-do-sol’ por ‘sunset’ – dentre tantos anglicismos deploráveis, a esmo. Agora, a rapaziada que anda a brincar com a gestão da imagem cultural da Feira, inventou a ‘Saint Mary Store’, denominação já a raiar o bacoquismo kitch, marcante de (mais) um momento deprimente no historial cultural da terra. O Município deu-lhe cobertura. E abriu (abre) os cordões à bolsa. Espanta a candura com que o vereador da cultura (que preferiu um ‘souvenir’ a uma ‘lembrança’) e o presidente da câmara, que defende que “temos de aproveitar o que temos de bom”, pulverizaram uma denominação cultural contingente quase-milenar (‘Santa Maria da Feira’) trocando-a por uma pepineira anglicista, que não só nada (nos) acrescenta, como – e antes – (nos) vulgariza, diluindo a identidade cultural única e legítima, na amálgama denominatória comercial. A iniciativa é boa e celebra-se; mas havia necessidade de avacalhar o retrato cultural do município? De genuflexar a outras identidades culturais… concorrentes? De nos colocar na montra do kitch pindérico?... Têm vergonha do gentílico ‘Santa Maria da Feira’?... (alguns) Apontamentos mesmo parvos 1 - No Youtube, estão disponíveis dezenas de versões do tema ‘Santa Maria da Feira’, com que o músico Devendra Banhart homenageou a cidade e o concelho porque se apaixonou. Da harpa ao ukulele e ao trompete, é só escolher entre versões, que, no seu todo, chegam a quase 10 milhões de visualizações! Mas é uma pena, porque bem poderiam ser 20 ou 30, ou 40 (80, eu sei lá) milhões, se o rapaz Banhart, antes de por a coisa a rolar, tivesse pedido ajuda aos marketeers da Câmara e da Feira Viva, que num passe chico-espertote, haveriam de o convencer (ao Devendra, claro) a chamar à cantiga… ‘Saint Mary’s Fair’, que é muito menos parolo (ou muito mais in, dependente do ponto-de-vista) e muito mais british, you see?... 2 - Não tarda, recebemos no CF uma ‘nota de imprensa’ (um press-realize, ‘tão a ver?) assinado por António Bastos, a dar conta da mudança de nome da sua colectividade para ‘Sunset Association of Mosteirô Town’. 3 - Por último, façam lá o favor de imaginar a Volkswagen a alinhar pela cartilha dos nossos especialistas em venda de imagem a retalho: era chegar a Londres e rebatizar logo o veículo para People’sCar. Um fartote de ridicularia. Por favor “não me obriguem a vir para rua gritar / que é já tempo d’embalar a trouxa / e zarpar / tiriririri buririririri / tiriririri paraburibaie” (José Afonso – ‘Venham Mais Cinco’ |1973)

O trabalho social a favor da comunidade deve ser a base de uma sociedade moderna. Num mundo cada vez mais global, todos conseguem comunicar com todos, mas por outro lado cada vez parece mais difícil o contacto entre pessoas que estão fisicamente muito próximas. Este é um fenómeno reconhecido por todos, e que se agrava à medida que uma nova geração vai “impondo” os seus hábitos e forma de comunicar. Há um enorme trabalho a fazer no sentido de reverter este percurso que levará a sociedade para um caminho cada vez mais egoísta e egocêntrico. Procurar formas de pôr as pessoas em contacto, de humanizar um mundo cuja base é cada vez mais das pequenas máquinas, deve ser o projeto de todos aqueles que se preocupam com o futuro próximo. Tendo em conta esta preocupação, o CDS desenvolveu uma ideia para aproximar as pessoas e para que possam perceber os benefícios do trabalho solidário. Entendase bem que o benefício não é

só para aquele que usufrui, mas também para aquele que pratica a caridade. Valores humanistas que devemos pouco a pouco incutir nos mais jovens, naqueles cuja personalidade se está a formar. Ser solidário não é colocar um like numa publicação de Facebook sobre os Bombeiros. Ser solidário não é perguntar a um amigo se está melhor depois de uma prolongada estadia no hospital. Estes são gestos que devemos continuar a fazer, mas que devem ter uma sequência no voluntariado. Mais do que fazer um like, é importante estar lá a combater o fogo como voluntário. Mais do que a pancada nas costas do nosso amigo recuperado, é importante apoiar todos aqueles que numa cama de hospital não têm quem os visite. Mais do que mostrar tristeza com as imagens arrepiantes dos meninos africanos, é importante acompanhar os jovens institucionalizados na praia ou noutros locais de atividade para se sentirem em família. Mais do que mostrar

o nosso espanto pela morte de um idoso solitário em sua casa, é importante fazer visitas regulares aos mais velhos. E nós candidatos, o que podemos fazer para aumentar e potenciar este enriquecimento das relações humanas e interpessoais? Podemos dar uma pequena recompensa a todos aqueles que estejam dispostos a abdicar do seu tempo egoísta a favor da comunidade. Mas como trabalho solidário é trabalho mas não remunerado, achamos que essa compensação deve ser um acesso privilegiado aos equipamentos da Câmara Municipal. Outro incentivo pode passar por um desconto no IMI, ou mesmo em acordos no âmbito da saúde. É urgente avançar de uma vez por todas com um regulamento claro e inequívoco sobre o trabalho voluntário social. Não é possível continuar a adiar, a empurrar com a barriga como tem feito a Câmara Municipal, algo tão importante e delicado como este tema. É o nosso futuro que está em causa.

AI SENHORES CANDIDATOS AUTÁRQUICOS... O QUE VOS TRAZ DE VERDADE POR CÁ? Ana Isabel Sampaio Peço desculpa pela minha voz crítica perante estas campanhas eleitorais porque pode parecer hipocrisia da minha parte. Afinal eu já participei neste “teatro político”. Mas talvez por este mesmo motivo deixo aqui esta reflexão. A única vez que participei, andava muito a reboque do fervoroso momento, não concordando com uma data de coisas. Não entrei nela por outro motivo que não fosse um convite dos altos membros da concelhia. Mas se a vida é um livro aberto, algumas páginas interessantes foram escritas com estas experiências. Voltando ao cerne deste “teatro” cíclico, não acredito que a maior parte dos candidatos que se apresentam o façam pelos lindos olhos dos feirenses. São quase sempre motivados por interesses pessoais, vaidades dum poder apetecível ou interesses partidários. Quantas pessoas assim conheço por esse Portugal afora... muitos candidatos desterram-se nas campanhas, a não ser que estejam ligados aos grandes partidos políticos. A falta de fundos de campanha exige muita imaginação e disponibilidade financeira dos mesmos e suas equipas. Pergunto-me para quê? Muitos não têm qualquer formação au-

tárquica e nos tempos que correm esta é essencial para o bom desempenho das funções inerentes a estes cargos. Em certas alturas, no meia desta febre de campanha, perguntava-me, e sobretudo ao nível dos candidatos à Câmara e Assembleia Municipal, o que alguns deles, sem preparação ou qualquer formação, poderiam lá fazer... Nestes casos, as listas serviam mais para encher chouriços!!! Os jogos de poder que existem nos bastidores são tantas vezes assustadores e neles não existe um genuíno interesse pelos eleitores. Coitados destes se fossem representados por muitos destes candidatos... No caso da Feira, nomeadamente ao nível do edil camarário e até da equipa da nossa União de Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, não nos podemos queixar. Podem existir falhas, velhos vícios, situações menos bem resolvidas – a necessitar duma reformulação – mas nada transcendente. Aliás somos um Concelho interessante ao nível nacional e que tem evoluído positivamente em muitas áreas. Ao nível da União de Freguesias, que foi uma novidade, correu muitíssimo bem. O Sr. Presidente e toda a equipa esforçaram-se para que as populações fossem

bem servidas (Refiro-me só a esta área do Concelho, porque é onde pertenço e só aqui conheço e reconheço trabalho efetuado). Com um pouco de receio deixo esta minha opinião bem pessoal, pode transparecer a ideia que quero agradar a alguém. No entanto, quem me conhece sabe bem que sou extremamente genuína e que não tenho receio de expor aquilo que penso. Critico muitas vezes a classe política porque pela minha experiência, conheci pessoas que me enriqueceram pela negativa... Conheci também pessoas maravilhosas. Muitas destas desistem de tentar mudar certos cenários, pois os lobbies são muito mais fortes. Outras continuam e estas são as que possuem ideologias verdadeiras. Os Mandelas da vida! Sou acérrima defensora da democracia, mas uma coisa que considero, aliás não só eu, é que haja cuidado nas escolhas dos candidatos, porque nós votamos em quem os partidos das nossas ideologias nos apresentam. E neste tipo de eleições locais, votamos também na competência dos candidatos que nos são apresentados, porque os conhecemos. Daí reforço a ideia que acima defendi. Além da qualidade dos serviços prestados, passa pela competência e capacidades destas últimas pessoas.


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OPINIÃO


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Educação

Erasmus+ DR

Das Escolas Da Europa para a FEira No âmbito de projectos inseridos no Erasmus+, comitivas das escolas do concelho vão conhecer as boas práticas europeias para as adaptar à realidade feirense. regressam com ideias novas, mas também de ‘coração cheio’ porque afinal também “somos muito bons”. Hafnarfjörður, município da Islândia, recebeu a segunda e a mais recente mobilidade de comitivas feirenses no âmbito do Programa Erasmus+, projecto financiado pela União Europeia, mais concretamente ao abrigo da ‘Da escola que temos à escola que queremos’, a decorrer de 2016 a Maio de 2018, da denominada Acção Chave 1 (KA1) no setor do Ensino Escolar do Programa Erasmus+. Trata-se de mobilidades para fins de aprendizagem, coordenadas pelo Município de Santa Maria da Feira, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Arrifana (AE Arrifana) e do Agrupamento de Escolas da Corga de Lobão (AE Corga de Lobão). A comitiva composta pelas docentes da AE Corga de Lobão, Raquel Marques e Amélia Pinho, e ainda a chefe de divisão da educação da Câmara, Andreia Santos (na qualidade de membro do conselho geral do AE), e do AE Arrifana, a directora Guiomar Silva, a docente da educação pré-escolar, Margarida Silva, e ainda a vereadora Cristina Tenreiro (na qualidade de membro do conselho geral do AE) foi para a Islândia com um objectivo “orientado para a prática e aulas com recurso às novas tecnologias de informação e comunicação, para nos dar orientações que para eles são do quotidiano e nós poderemos adaptar e ajustar às nossas escolas”, refere Andreia Santos. Trouxeram aprendizagens e novas abordagens, mas também “orgulho” e a certeza de que algumas das práticas só têm aplicabilidade na realidade portuguesa, e feirense em particular, com as

devidas adaptações. “Quando nós vamos às mobilidades é com o pensamento do que podemos fazer melhor, como posso utilizar esta aprendizagem na nossa escola porque nem tudo o que se vê serve a nossa escola. Estes projectos não se esgotam nas mobilidades, o que importa é que as aprendizagens sejam potenciadas, não no sentido da replicação, mas no sentido do que podemos fazer com elas”, sublinha a directora do AE de Arrifana, Guiomar Silva, desenvolvendo a ideia: “As aprendizagens passaram para todos os técnicos e departamentos no sentido de fazermos na escola, por exemplo, uma melhor distribuição de serviços. É um projecto que corresponde às nossas necessidades porque, ao mesmo tempo, temos no AE da Arrifana um projecto que é o ‘Learn+’, no âmbito da Acção Chave 1, que visa a formação de docentes, em vários países da Europa, com vista à melhoria do sucesso educativo dos alunos”. Este projecto do AE de Arrifana coloca o inglês em contexto de aula de outras disciplinas e vice-versa. No entanto, Guiomar Silva dá outro exemplo da dificuldade de aplicabilidade. “Fomos a uma escola em que a Câmara disponibilizou cerca de 30 milhões de coroas para comprar um tablet para cada aluno e instalaram 26 routers na escola para as coisas funcionarem bem. Nós temos uma Internet do Ministério que é muito lenta, ou seja, nem com 26 routers resolvíamos o problema porque ele está na origem. Mas podemos ir adaptando, o que é que dali serve na nossa escola”, conclui.

Alunos a “brincar com paus e pedras” Amélia Pinho, docente da AE Corga de Lobão, partilha da mesma opinião de Guiomar Silva, acrescentando alguns dados à questão, nomeadamente ao apontar a falta de liberdade das crianças para brincar e a falta de contacto com a natureza como alguns dos principais problemas do ensino em Portugal. “Não podemos transpor tudo na íntegra, mas há coisas bastante interessantes”, começa por referir a docente da AE Corga de Lobão para depois apontar diferenças que devem ser consideradas. “As crianças lá, nos jardins, brincam com paus, com lama, com pedras, os recreios não são cercados, nós não o podemos fazer por causa das directrizes de segurança que temos de cumprir. Há uma grande co-responsabilização e interacção entre os pais e a escola, até porque ninguém é reprovado até ao nono ano, por isso se o pai quer que o filho tenha sucesso também tem de se empenhar”, refere. O mote foi dado por Amélia Pinho, mas completado pelas restantes docentes. “Temos estado a perder o que é contacto físico, contacto com a natureza, o brincar. Estamos a formatar as crianças todas iguais. Estamos a certificar as inteligências cognitivas, mas todas as outras inteligências estão a ser descuradas, que são fundamentais numa sociedade. Estes países do Norte tem uma relação com a natureza espectacular, qualquer motivo é bom para sair de casa e não têm as condições climatéricas que nós temos”, refere Guiomar Silva. “Nós temos um clima muito bom. É a brincar

que as crianças aprendem. Brincar é um dos direitos das crianças, mas elas não têm tempo para ter esse direito”, acrescenta Margarida Silva, também do AE de Arrifana. O descurar do contacto com a natureza e o tempo para brincar parecem, segundo a opinião das docentes, aspectos a melhorar no ensino português, que podem estar relacionados com a não adaptação do mesmo às novas sociedades, uma realidade que a Islândia, e os restantes países escandinavos, procuram perceber. “Os jardins-de-infância funcionam com imenso pessoal, por exemplo, para 16 crianças, um educador e três auxiliares. Os meninos têm uma grande liberdade, cultivando-lhes valores para a nova sociedade, que ninguém sabe como será, mas estará relacionada com os conhecimentos dos cérebros, como a criatividade, a autonomia, a independência, a comunicação, a interacção e todo esse ensino é feito desde o pré. Os meninos escolhem o que pretendem, mas sempre supervisionados. Como têm pessoas ao lado deles são apoiados e sabem o que vão escolher”, explica Amélia Pinho, apontando também os entraves às escolas portuguesas para adaptar essa mesma postura. “Para nós, que estamos habituados a uma sociedade mais orientada pelo adulto, não é fácil transpor tudo e nem podemos, não é possível organizarmo-nos daquela forma com 25 alunos para um educador e um auxiliar (…), mas achei realmente interessante toda a organização do ensino em função da nova sociedade que vamos encontrar


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e que ainda não sabemos bem qual será. Tudo isto não é replicável na íntegra, mas, por exemplo, podemos criar obstáculos nos nossos recreios, não se admite que os nossos recreios não tenham praticamente nada, só têm umas balizas porque se faz desporto”, aponta.

“Fiquei orgulhosa” Margarida Silva aponta igualmente a melhoria da relação com o espaço exterior, nomeadamente nos recreios, como um aspecto a melhorar e a aprender com os islandeses, mas saiu do país escandinavo com sentimento de “orgulho”. “Nós já vamos modificar o espaço exterior do jardim-de-infância. Já tinha essa intenção desde uma acção de intercâmbio com o Canadá. A ida à Islândia reforçou essa intenção. Mas também reparei que o método que eles utilizam, já nós trabalhamos com ele há 30 anos. Nós até estamos mais avançados que eles, que não trabalham a nível de consciência fonológica e divisão silábica das palavras. Fiquei orgulhosa porque afinal somos muito bons, só não temos é voz. Agora na relação com o espaço exterior temos de melhorar”, afirma Margarida Silva, apontando o AE de Arrifana como um bom exemplo: “no nosso jardiminfantil construímos uma horta biológica com as crianças e vamos mesmo para a terra. Mas ainda vamos mudar mais o espaço exterior para que eles possam experienciar outras coisas, como trabalhar com madeira ou um cantinho da ciência”, refere. A primeira mobilidade decorreu na Letónia, em Novembro de 2016. De-

Testemunho

Uma visita calorosa de Portugal De 15 a 19 de Maio de 2017, seis funcionários educacionais de Santa Maria de Feira visitaram Hafnarfjordur, um dos seis municípios da área capital da Islândia, no âmbito de uma bolsa Erasmus +, para uma visita de estudo / aprendizagem através de observação do trabalho (shadowing work). O objectivo da visita foi perceber como o município de Hafnarfjordur (www. hafnarfjordur.is) tem organizado o seu sistema escolar (pré-escolas, dos 2 aos 5 anos, e escolaridade obrigatória, alunos dos 6 aos 15 anos) e visitar as escolas para assistir ao trabalho em acção. A comitiva de Portugal, durante a estadia em Hafnarfjordur, também visitou instituições e organizações de cultura (escola de música, museu / centro de arte, museu / centro cultural) e clubes de lazer / desporto. Como anfitriões da visita de estudo é um desafio encontrar exemplos de ensino interessantes que serviam de aprendizagem a visitantes que não conhecemos pessoalmente, nem a sua situação (por exemplo, o seu sistema escolar e estratégias administrativas). A visita foi organizada de forma a que os nossos visitantes de Portugal vissem diferentes funciona-

mentos escolares e de tempos livres no Município, que os introduzisse no nosso sistema, os seus pontos fortes e desafios, no início da sociedade digital do século XXI. Assim, a visita continha a visualização de aulas com recurso às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), momentos de lazer após o dia escolar, métodos didácticos e actividades curriculares com diferentes alunos e outros trabalhos culturais no Município. Os nossos convidados portugueses mostraram interesse nas diferentes visitas e estavam ansiosos para aprender sobre as formas islandesas de trabalhar em escolas e organizações culturais. No final, ficámos a perceber que fazemos parte de dois países europeus que acreditam que uma boa educação para todas as crianças é a base para uma vida feliz numa sociedade democrática. Pelo que entendi dos relatos da comitiva portuguesa, o sistema educacional dos dois países é similar em alguns aspectos e diferente noutros (tanto nos conteúdos como na administração), mas podemos aprender uns com os outros. Assim, talvez possamos ir um dia da Islândia para Portugal para aprender sobre o vosso

sistema escolar (se conseguirmos a concessão da Erasmus+ porque as visitas de estudo, inicialmente são unidireccionais, mas a cooperação é, em algum momento, possível durante o processo). Hafnarfjordur é o terceiro maior Município da Islândia, com cerca de 28.000 habitantes (maiores apenas a capital da Islândia, Reykjavik, com cerca de 120.000 habitantes, e Kopavogur, com cerca de 35.000 habitantes. A população total da Islândia é de cerca de 330.000 pessoas). Há 15 pré-escolas públicas e 2 privadas em Hafnarfjordur, com cerca de 1.800 crianças, (80 a 160 crianças em cada escola). Existem 9 escolas de ensino obrigatório, 7 públicas (400 a 900 alunos em cada escola) e 2 privadas (35 e 95 alunos). Em conjunto têm cerca de 4.000 alunos. Na escola de música há cerca de 600 alunos, principalmente crianças dos 5 aos 15 anos. No fim, esperamos que nossos amigáveis convidados de Portugal tenham tido uma visita agradável e enriquecedora a Hafnarfjordur.

pois da Islândia haverá ainda mais três mobilidades, “a próxima será na Lituânia, sempre uma delegação composta por seis elementos, depois Bulgária e a quinta na Turquia, todas

com o mesmo objectivo, mas com enfoques diferentes consoante o país”, como explica Andreia Santos. Ainda no âmbito do Erasmus+, a Câmara tem em andamento um outro

projecto KA1 (‘IOS – Improving Our Skills’) e projectos inseridos na Acção Chave 2 (KA2), que são parcerias estratégicas e de intercâmbio de práticas de inovação.

Vigfus Hallgrimsson, administrador do sistema de ensino obrigatório de Hafnarfjordur.

Pub.


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ECONOMIA

Gaming, desporto, amigos e cerveja

GODLike, A nOvA CASA DOS eSpOrTS Texto Marcelo Brito Foto Diana Santos

FEIRA Junto ao coração de Santa Maria da Feira, mais especificamente na Praça Professor Leão, existe um espaço pouco comum no país e até… no mundo. O GodLike – eSports Bar, projectado pelo jovem feirense Luís Seixas, abriu portas há pouco mais de um mês e trouxe consigo um conceito inovador. “A ideia foi surgindo. Sempre fui ligado aos desportos electrónicos, algo que em Portugal nunca pensei ter pernas para andar, mas comecei a reparar que a faixa etária é cada vez mais abrangente. Assim, tive a ideia de abrir um eSports Bar. Da mesma forma que as pessoas vêem o futebol, vêem os jogos electrónicos”, adianta Luís Seixas, referindo que, obviamente, os clientes podem também usufruir do espaço para “ver a bola”. Considerando que é um projecto “pioneiro”, o empresário feirense, apesar de afirmar que ainda não é possível em Portugal viver-se dos jogos electrónicos, pretende retirar “algum proveito da indústria”. Assim, Luís Seixas resume o mote do negócio em quatro palavras: gaming, desporto, amigos e cerveja. “É o meu slogan. O cliente pode esperar um espaço de convívio e encontrar quem gosta de eSports, gaming, futebol e de beber e comer algo. O que faz em casa, os jogos que vê, as streams que assiste, pode fazê-lo juntamente com outros que também gostam de o fazer”, avança, fazendo uma analogia. “É como estar a ver o clube de futebol favorito em casa ou no café. Podemos não conhecer as pessoas, mas o golo vai ser vivido de outra forma. Essa é a proposta e tenho fé que resulte”, continua.

Feedback “muito positivo” em apenas um mês Apesar de ter aberto portas há sensivelmente um mês, o feedback “tem sido bastante positivo”. “Ainda não tenho um mar de gente, mas os clientes que vou tendo, vêm por gosto, perguntam quando vai haver eventos, e se transmitirei torneios. A ideia não é só transmitir os Majors [torneios de grande formato] de Counter Strike ou os campeonatos do mundo de League of Legends. Costumo brincar com alguns

Há um novo espaço em Santa Maria da Feira, focado nos desportos electrónicos, comummente designados eSports. É assídua a transmissão dos grandes torneios de jogos como Counter-Strike: Global Offensive, League of Legends e DOTA 2, mas também há tempo e espaço, muito, para desportos como Futebol, Basquetebol, Ténis ou outros. clientes. Se quiserem ver o campeonato do mundo de berlinde, eu ponho a dar na televisão, não há problema”, brinca, reiterando que “o foco são os eSports”. Isto porque Luís Seixas também vende material informático no GodLike. “Alguns periféricos para os jogadores. Desde gráfica, teclado, rato, entre outros”, enumera. E para aqueles que não têm por hábito assistir a desportos electrónicos, o gosto parece entrosar-se. “Alguns clientes vêm porque são meus amigos e nem gostam de eSports, mas já começam a ver o Counter-Strike: Global Offensive, por exemplo. Ainda noutro dia estavam entusiasmadíssimos…”, adianta.

Consola para dinamizar torneios de futebol e luta Um dos objectivos inicialmente estipulados por Luís Seixas passa pela instalação de uma consola para albergar torneios de FIFA e PES, dois dos simuladores electrónicos de futebol mais praticados em todo o mundo. Ainda assim, diz-se adepto de jogos de computador. “As consolas são um mundo um pouco separado. Normalmente, é um contra um e a expressão mediática não é tão grande. O FIFA e o PES conseguem atingir níveis de exposição muito significativos porque são simulações do desporto-rei, mas sou mais ligado ao Counter-Strike, ao LoL e ao DOTA. A evolução que vejo no FIFA é o facto de já existir Primeira Liga e Segunda Liga. No GodLike, para fazer algo com estes dois jogos, interessame ter uma consola e promover uns torneios. Não é algo que crie tanto mediatismo. As pessoas não assistem aos jogos de FIFA como outros jogos de eSports”, opina. Assim, o objectivo passa, também, pela implementação de uma PlayStation para ter “jogos de luta como o Street Fighter e Tekken”.

A longo prazo: criar a comunidade GodLike Ainda que em fase embrionária, o projecto de Luís Seixas é bastante ambicioso. Numa primeira fase, “conseguir solidificar a casa” e, de seguida, “criar uma pequena comunidade”. “Se

conseguir, há uma segunda fase que passa pela organização de torneios locais e tentar inseri-los no panorama nacional. Mais tarde, o GodLike ser uma organização, ter uma equipa de Counter-Strike e, numa terceira fase, conseguir, quem sabe, um espaço maior com mesas de computadores”, almeja.

Engane-se quem pensa que verá a GodLike Lan-House. “Quero ter os computadores apenas disponíveis para torneios. Por uma razão muito simples: adoro Lan-Houses, mas não são rentáveis. Os torneios sim. Eu vendo o material para agradar ao cliente e também para criar parcerias com as marcas para os torneios”, termina. Pub.


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REUNIÃO DE CÂMARA Parques infantis

“ATÉ HOJE, A CÂMARA NÃO FOI NOTIFICADA DE QUALQUER CONTRAORDENAÇÃO” Ainda sobre as contraordenações impostas a alguns parques infantis concelhios, depois de uma fiscalização da ASAE divulgada pela CDU, o vereador socialista António Bastos voltou a questionar a Autarquia sobre a matéria. “Já questionei mas não obtive resposta. Existe ou não um livro de inspecções? Os parques têm seguro de responsabilidade ci-

vil?”, perguntou António Bastos, salientando que se trata de um assunto “de extrema importância para a comunidade”. “Até hoje, a Câmara não foi notificada de qualquer contraordenação”, respondeu a vereadora com o pelouro da Educação, Cristina Tenreiro, confirmando, contudo, a fiscalização levada a cabo pela ASAE, que apenas

“pediu a colaboração da Câmara na disponibilização de alguns documentos relativos a parques que não eram propriedade da Autarquia”. “Fizemos as diligências junto dos proprietários e providenciámos os documentos em falta”, afirmou Cristina Tenreiro, acrescentando que há, sim, seguro e livro de inspecções relativos aos parques camarários.

Santa Maria da Feira

COMISSÃO NA EB N.º 1 PARA MONITORIZAR REFEIÇÕES O Projecto de Regulamento Municipal de Acesso e Funcionamento do Serviço de Refeições Escolares foi aprovado na última reunião com três abstenções dos vereadores do PS, que exigiram um projecto novo que contemplasse resposta para as “várias reclamações sobre a qualidade das refeições fornecidas pela empresa que a Câmara contratou”. “Gostaríamos que

houvesse a possibilidade de os encarregados de educação assistirem a uma refeição”, disse Susana Correia, receando que “não estejam a ser fiscalizadores”. A vereadora com o pelouro da Educação, Cristina Tenreiro, informou que o objectivo do regulamento que estava a ser aprovado era unicamente a gestão técnica do serviço e

que a “gestão do refeitório terá de ser feita em parceria com os Agrupamentos de Escolas pois interfere na gestão da própria escola”. A vereadora acrescentou que “tem havido fiscalização e ida dos encarregados de educação nas horas das refeições” e que na EB N.º1, na Feira, está a ser constituída uma comissão para ir monitorizando as refeições.

APOIOS PARA RANCHO REGIONAL E GMEA ARGONCILHE O Rancho Regional de Argoncilhe e o Grupo Estrela Musical de Argoncilhe receberam, cada um, 20 mil euros de apoio para obras diversas. “Lamento que só agora se tenham lembrado que estas obras eram neces-

sárias, quando já são reclamadas há tanto tempo por instituições que muito têm feito pela cultura e educação dos jovens”, apontou o socialista António Bastos, acusando Emídio Sousa de fazer campanha. “A minha campanha

começou no dia em que fui eleito, que foi fazer o melhor pelos feirenses”, contrapôs o presidente da Autarquia, informando que os pedidos de apoio das instituições argoncilhenses deram entrada a 7 de Junho de 2016.

Ex-funcionário da Câmara Municipal queixa-se

FALTA DE LIMPEZA DOS TERRENOS É UM “RISCO” “A Câmara esquece-se de notificar as pessoas para limpar os terrenos”, afirmou o munícipe Duarte Pinho, na última reunião de Câmara, falando dos ‘silvados’ e da ‘colecção de ervas secas’ pela cidade. “Os terrenos estão ali ao abandono, a criar bicharada, junto às casas das pessoas…”, apontou. O munícipe garante que se nada for feito, vai promover uma petição. O vereador com o pelouro do Ambiente e Obras Municipais,

Vítor Marques, informou que algumas situações já eram conhecidas do executivo e outras “não são da responsabilidade da Câmara”. Acrescentou ainda que “os munícipes podem, eles próprios, fazer a limpeza” e depois exigir o retorno dessa despesa e – visto que Duarte Pinho é ex-funcionário municipal – sublinhou: “Se calhar se estivesse ao serviço, isto já estaria feito”. O socialista Mário Oliveira mostrou-se indignado. “Su-

bentendi o estereótipo de trabalhador do Município. Um munícipe é um munícipe. Quando vem expor um assunto, está na qualidade de munícipe. É muito desagradável que se coloquem rótulos nas pessoas quando a legislação dá-lhes direitos plenos”, declarou. O presidente da Autarquia, Emídio Sousa, respondeu que não foram postos em causa os direitos do cidadão que são evidentemente legítimos.

RESPIGOS O escritor Francisco Oliveira tinha pedido, em anterior reunião de Câmara, apoio para a publicação da sua obra sobre o distrito de Aveiro. O vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, informou que tinha remetido o assunto para “análise técnica pela chefe da Divisão do Património Cultural, Ana José Oliveira, que tem a competência para dar pareceres sobre estas matérias”. Um voto de pesar, pelo falecimento do empresário da cortiça Américo Amorim, foi aprovado por unanimidade. António Bastos alertou para o facto do site da Autarquia não estar a funcionar nos períodos de fim de tarde e fim-de-semana. “Não permite a consulta de certos documentos, como as actas da reunião de Câmara. Não é por acaso que o Município tem uma classificação não honrosa no Índice de Transparência Municipal”, atirou. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, respondeu que deveria ser “qualquer problema informático”. “O site está sempre operacional mas às vezes acontece ficar em baixo”, disse. Depois dos “excessos” das últimas reuniões, na utilização dos tempos, Emídio Sousa pediu “parcimónia”. “Pedia aos vereadores para serem o mais sucintos possível. Temos 1 hora no período antes da ordem do dia para todos, dá cerca de 5 minutos a cada um”, referiu. Os elementos do Partido Socialista cumpriram, mas não sem ironia. Susana Correia “usou os seus 5 minutos” para chamar a atenção para “a falta de limpeza e degradação” da Rua Visconde de Santa Maria, em Arrifana, na zona onde está instalada a habitação social. A reunião tinha 27 pontos para aprovação, mas apenas dois – Contrato entre Município, Margarida Gomes, Cristina Macedo e Corina Rocha, e a Freguesia de Paços de Brandão; e Projecto de Regulamento Municipal de Acesso e Funcionamento do Serviço de Refeições Escolares – receberam a abstenção do PS. Todos os outros, apesar dos vários esclarecimentos e críticas dos socialistas, foram aprovados por unanimidade. O Regulamento de Funcionamento, Cedência e Utilização de Pavilhões Desportivos Municipais contemplava que “a Câmara ou o vereador poderia determinar um desconto se considerar a actividade de interesse para o Concelho ou com base noutros factores que considere relevantes”. O PS não concordou com este critério vago (“que desconto? que factores?”) e frisou que “não deve ser o vereador A ou B a decidir, mas sim a Autarquia”. Emídio Sousa anuiu e definiu-se que “os descontos ou isenções seriam alvo de análise da Câmara”, exceptuando quando os pedidos são recebidos “em cima do acontecimento” e seja necessária alguma “agilidade”. O Regulamento foi aprovado Um protocolo, entre a Câmara Municipal e a Fundação da Juventude, foi celebrado no âmbito do Programa de Bolsas de Investigação na área da Cidade e da Arquitectura 2017. Três empreitadas foram aprovadas. A Requalificação do Largo Inácio Monteiro (Souto) foi entregue à Paviazeméis por 167.680 mil euros; a Requalificação da Rua Armando Pinto Assunção (Feira) à mesma empresa por 222.810 mil euros; e a Ampliação da Zona Industrial de Arrifana à Carlos Pinho Construções por 316.058,1 mil euros. Pub.


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AUTÁRQUICAS

Teresa Ferreira promete novo olhar para Sanguedo

Para desenvolvimento da região

MARGARIDA ROCHA GARISO ASSINA COMPROMISSO METROPOLITANO Margarida Rocha Gariso juntase a outros candidatos do Partido Socialista da Área Metropolitana do Porto (AMP) num compromisso metropolitano inédito que prevê a cooperação entre os diversos municípios em áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento local. A candidata do PS à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira marcou presença no evento que decorreu no Palácio do Freixo, no Porto. Legitimidade eleitoral e competências nas áreas da governação económica, social, mobilidade e ambiente são os grandes objectivos do documento, que prevê a cooperação integral dos municípios da AMP. Margarida Gariso salientou a importância deste

acordo pela sua originalidade. “A integração de políticas e de territórios traz mais-valias para a região, potenciando os recursos, quer a nível nacional, quer da União Europeia”, referiu. O documento prevê a cooperação intermunicipal em cinco áreas de acção prioritárias: Governação e Defesa da Região, Desenvolvimento Económico e Atracção de Investimento, Mobilidade e Transportes, Ambiente e Ecossistema Social. O principal objectivo deste compromisso é o de “Descentralizar e Regionalizar”, criando autarquias metropolitanas “com legitimidade eleitoral própria”. Outro dos pontos prevê estratégias de captação de investimento, promoção das novas tecnolo-

gias ao serviço da inovação e internacionalização. Esta é uma das áreas com maior relevância para Margarida Gariso pela sua “capacidade de gerar emprego”. No sector da Mobilidade e Transportes, a candidata quer “capitalizar os recursos de cada município, criando sinergias entre toda a AMP”. “Há que criar modelos de transporte e novas formas de mobilidade adequados às necessidades de todos”, refere. O quarto compromisso prevê a afirmação da AMP como um espaço distinto na salvaguarda ambiental. Depois, este compromisso centra atenções na área social. “A inclusão é um factor essencial neste compromisso”, destaca Margarida Gariso.

Candidatos a Milheirós e Sanguedo

CDU APRESENTA ANTÓNIO ALMEIDA E MARIA ALBERTINA MOTA A CDU apresentou, em comunicado, os seus candidatos à União de Freguesias Caldas/Pigeiros e freguesias de Milheirós de Poiares e Sanguedo. Joaquim Ribeiro da Silva Maia, de 66 anos, técnico de montagem e manutenção de elevadores e ex-membro da Junta de Freguesia das Caldas de S.

Jorge no mandato 1979/1982 é o primeiro candidato da lista da CDU à Assembleia de Freguesia de Caldas de S. Jorge/Pigeiros. Para Milheirós de Poiares, a CDU lança António Augusto Lopes de Almeida, de 54 anos, metalúrgico, delegado sindical na sua empresa e dirigente sindical, “a par de uma intervenção constante

e empenhada na resolução dos problemas locais”. Já Maria Albertina da Silva Mota, residente em Sanguedo, 51 anos, casada, uma filha, empregada doméstica, militante do PCP e membro da respectiva Comissão Concelhia de Santa Maria da Feira é a candidata a Sanguedo.

SANGUEDO Teresa Ferreira, de 47 anos, é a cabeçade-lista do CDS nas próximas eleições Autárquicas para a equipa da Junta de Freguesia de Sanguedo. “Conhecedora da sua freguesia, estando ligada a várias actividades da sua paróquia, olha para estas eleições como um novo rumo para Sanguedo”, diz o CDS, em comunicado. Caracterizada pelo seu “forte espírito de empreendedorismo e dinamismo, está sempre disponível para colaborar com a sua terra com o intuito de melhorar e desenvolver Sanguedo”. A equipa é constituída por “um misto de experiência e de juventude” e marcará “pela proximidade e disponibilidade”. “Gente que gosta da sua terra e não aceita que Sanguedo, seja tratado como uma freguesia menor”, diz o CDS-PP.

Lobão e Nogueira da Regedoura

Apresentação pública dos candidatos do CDS Domingos Manuel da Silva Correia é o cabeça-delista do CDS à União de Freguesias Lobão/Louredo/ Gião/Guisande. Com 46 anos, empresário duma empresa que trabalha com o mercado nacional e internacional, é um “elemento muito activo nas actividades paroquiais da sua terra, participa em vários movimentos da Diocese do Porto, possuindo também o curso de Teologia da Universidade Católica Portuguesa”, informa o CDS-PP, em comunicado. Pretende dar um “novo rumo” à UF estando sempre “atento às dificuldades do seu povo, especialmente os mais idosos e jovens, que muito o incentivaram a ser o cabeça-de-lista desta candidatura”. A apresentação pública tem lugar no sábado, pelas 21h00, no Centro de Incentivo Cultural de Lobão. O cabeça-de-lista a Nogueira da Regedoura é Augusto Duarte, de 48 anos, casado, três filhos, empresário há 28 anos no ramo automóvel e também imobiliário. Desempenhou, ainda, funções de Vice-presidente, Presidente e Secretário da Associação de Pais Pré e Eb1 do Souto durante sete anos. A apresentação da sua candidatura acontece na sexta-feira, pelas 21h00, no auditório da Junta de Freguesia. “Com Augusto Duarte, Nogueira da Regedoura terá MAIS”, garante o CDS.

fotolegenda

BE alerta

Hidrantes sem pressão suficiente para carros dos bombeiros O Bloco de Esquerda diz, em comunicado, que “a grande a maioria dos hidrantes instalados no Concelho não tem a pressão suficiente para alimentar os carros dos bombeiros em caso de necessidade”. “Todos os anos o problema é detectado e a Câmara Municipal de Santa

Maria da Feira é informada, mas estranhamente não obriga a Indaqua a cumprir com o que está estipulado legalmente”, afirma o BE, alertando que “a situação coloca em risco a segurança de empresas, habitações e de todos os cidadãos”. “A falta de coragem do presidente da

Câmara está a colocar em risco o nosso território. Esperava-se que pelo menos tivesse audácia para defender os feirenses. A situação demonstra um servilismo estranho por parte do executivo da Autarquia perante a Indaqua, que é inaceitável”, salientam.

S. JOÃO DE VER O Movimento Independente por S. João de Ver realizou, na passada sexta-feira, um jantar em homenagem ao actual presidente de Junta, Amaro Araújo. “Mais de duas centenas de pessoas juntaram-se para homenagear Amaro Araújo pelos serviços prestados à freguesia nos seus três mandatos”, diz o MISJV, em comunicado. Amaro Araújo mostrou-se “comovido” e garantiu que a caminhada não ficaria por ali pois “vai estar sempre ao lado do Filipe [candidato do MISJV à Junta] e da equipa, como eles estiveram do seu”.


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AUTÁRQUICAS

E Ana Cristina Pires recandidata-se a Oleiros

PS apresenta candidatos para Mozelos e Argoncilhe Avenida Papa Francisco

CDU DENUNCIA IRREGULARIDADES NA OBRA S. JOÃO DE VER A CDU aponta, em comunicado, algumas irregularidades na obra em curso na avenida que fará ligação da zona da igreja de S. João de Ver à Avenida Sá Carneiro. “Tudo indica que terá o nome do Papa Francisco. Estima-se que finalmente se vai concretizar. O hiato de tempo é tal que até, entretanto, o mundo mudou de Papa”, diz a CDU. O partido – alertado por mora-

dores do lugar, que já “denunciaram o problema à Câmara Municipal sem que tenha sido efectivada qualquer diligência” – salienta irregularidades como o aumento de cota de mais de 4 metros junto a terrenos privados, “o que causará dificuldade no normal escoamento de águas que até então se faziam para essa zona”; e a movimentação de terras junto a um muro de propriedade privada, que era

de vedação e não de sustentação de terras, o que levou à “danificação do mesmo sem que, até ao momento, se tenha verificado a sua reposição”. “Ressalva-se que para o aumento de cota da referida parcela se procedeu à deposição de entulhos com asfalto e outros inertes, tratando-se aqui de uma irregularidade que trespassa para o crime ambiental”, criticam.

Pedro Leal e Amadeu Oliveira

BE LANÇA NOMES PARA FIÃES E LAMAS Pedro Leal, 34 anos, natural e residente em Fiães, com Curso de Marketing no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto e profissão ligada à área comercial, é o nome proposto pelo BE para a Junta de Fiães. Com uma participação social activa, é aderente do Bloco de Esquerda desde 2013 e é actualmente Vice-Presidente do Clube Desportivo de Fiães. “Chegou a hora de dar o nosso contributo aos fianenses. Apresentamos uma equipa de pessoas capazes e qualificadas em diversas áreas, sendo que pretendemos ter uma participação com especial enfoque na área social, desenvolvendo uma acção transparente e de proximidade, bem como desempenhando um papel próactivo na procura de novos investimentos e na captação de mais e melhores serviços para

a cidade. Queremos recuperar Fiães da estagnação em que se encontra. Queremos que seja Cidade na verdadeira ascensão da palavra com infraestruturas e serviços condizentes, organizada e atractiva, capaz de fixar pessoas e investimento”, dizem, em comunicado. Já Amadeu Oliveira, corticeiro de profissão, apresenta-se a Santa Maria de Lamas prometendo “rigor e transparência na gestão da freguesia” e “incremento da qualidade de vida dos cidadãos”. “Para o BE a transparência e o rigor na gestão dos dinheiros públicos são pilares fundamentais. Infelizmente, hoje existe um certo distanciamento entre os órgãos eleitos e a população e, prova disso, é a pouca participação cívica e de cidadania que existe nas assembleias de freguesia. Isto deve-se à estratégia dos sucessivos executivos em não tornar

de forma pública, transparente e acessível toda a informação relevante sobre os actos de gestão da junta”, apontam, criticando as obras que “custaram milhares de euros” e hoje estão num “estado deplorável de abandono, degradação e falta de limpeza”. “Os exemplos mais gritantes são o parque de mini-golfe, a zona de lazer e desportiva junto do auditório, o parque da vila, o moinho de água e de um modo geral todos os espaços verdes e ajardinados” que “deveriam ser os principais catalisadores da qualidade de vida das populações e são, pelo contrário, expoentes máximos de desleixo e incúria”. “É contra este desperdício que o BE se apresenta aos eleitores de Santa Maria de Lamas, para romper com este ciclo vicioso de marasmo e ausência total de planeamento estratégico e desenvolvimento”, prometem.

Minervina Rocha recandidata-se

PSD apresenta candidaturas a Escapães e Oleiros A candidatura do PSD à Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros inaugurou no passado sábado a sua sede de campanha. O cabeça-de-lista, Maximino Costa, apresentou a sua equipa constituída por pessoas “com grande capacidade de trabalho, empreendedoras, sérias e com um denominador comum, o seu amor pela terra”. “É uma equipa constituída por pessoas com provas dadas na sua atividade profissional bem como na vida social na nossa terra, nomeadamente pela sua participação no tecido associativo”, vincou Maximino Costa, que quer que

a sede seja um “espaço de partilha de todos, um ponto de encontro de amigos unidos por um só propósito: vencer as eleições no dia 1 de Outubro e dar uma nova vida a S. Paio de Oleiros”. Já Minervina Rocha recandidatase a Escapães para “trabalhar com ambição”. O Largo Dona Rosária recebeu também no passado sábado a apresentação da recandidatura de Minervina Rocha à Junta de Freguesia com a actual autarca a dizer ter aceitado o desafio de apresentar-se de novo a sufrágio “pelo amor” que sente pela terra e “pelo mui-

to que ainda há a fazer por ela”. “O trabalho que fomos capazes de desenvolver enche-nos de satisfação. Contrariando um contexto económico e financeiro particularmente difícil, conseguimos alcançar a realização de um conjunto de obras e de iniciativas que melhoraram as condições de vida da nossa comunidade”, revelou Minervina Rocha ao apresentar-se para mais um mandato, segundo nota de imprensa do PSD. Promete “uma equipa renovada” para continuar “a trabalhar com ambição” para o desenvolvimento de Escapães.

António Nogueira é o candidato do PS para a Junta de Freguesia de Mozelos e lança-se com o mote “Vamos transformar Mozelos”. “Mozelos não tem tudo, como diz o actual presidente de Junta. Nós teremos um executivo que responda às necessidades das pessoas”, garante, em comunicado. Sobre as queixas da população relativas aos horários da farmácia, acessos à estação dos CTT, estado vergonhoso do wc do arraial, o candidato assegurou uma “acção eficaz” e defendeu ainda: o acompanhamento psicológico a crianças do 1.º ciclo e pais depois de sinalizadas pelos professores; a aquisição de uma viatura adaptada para transporte de pessoas doentes ou com dificuldades de mobilidade e sociais; e a estreita parceria com o Instituto de Emprego para uma bolsa mais adequada aos desempregados residentes em Mozelos. “Governaremos às claras”, rematou o candidato do PS.

Armando Pereira quer “gestão transparente” Armando Pereira concorre a Argoncilhe. Sendo eleito presidente da Junta, “dará início a uma gestão clara, com total transparência na adjudicação de obras, e pela alteração da ordem de trabalhos das assembleias de freguesia”. O candidato do PS sugere que o período reservado ao público ocorra no início das reuniões. Armando Pereira criará, ainda, um sítio de Internet que permitirá à população o acesso a todo o tipo de informação e a agilização de documentos. O candidato terá igualmente atenções centradas na limpeza das ruas e nos parques de lazer e, por isso, criará acessos dignos ao centro da vila e ainda ao parque de lazer, instalando iluminação pública e wcs adequados ao parque. O candidato implementará um orçamento participativo e “não deixará cair no esquecimento a construção de uma rotunda no Picôto”, cuja moção foi aprovada pela Assembleia Municipal, não obstante o actual presidente de Câmara já ter dito publicamente que não dará seguimento à deliberação. Armando Pereira defende também um plano estratégico para as associações, identificando as suas necessidades e encontrando soluções.

Ana Cristina Pires recandidata-se a Oleiros Ana Cristina Pires, actual presidente da Junta de Freguesia de S. Paio de Oleiros, apresenta-se de novo a sufrágio, agora sob o lema “No rumo certo”. A candidata do Partido Socialista garante querer “prosseguir o caminho e a paixão por S. Paio de Oleiros”. A autarca defende proximidade e acção e apresenta à população a obra feita. “Com Ana Cristina Pires na presidência da Junta de Freguesia, S. Paio de Oleiros foi a primeira freguesia do Concelho a formar o Fórum Social. O executivo da candidata do PS fez o parque das merendas nas Oliveiras, requalificou a Rua do Lameiro e revelou sempre uma grande preocupação pela periferia”, diz o PS, em comunicado. Na última sexta-feira, Ana Cristina Pires inaugurou a sua sede de campanha na Rua do Eleito Local, em Oleiros. “Estamos próximos das pessoas e estaremos sempre próximos. Amadurecemos ao longo destes quatro anos e acreditem que faremos ainda mais e melhor pela nossa terra”, assegurou. Nesta sessão, Margarida Rocha Gariso, candidata do PS à Câmara, elogiou o trabalho feito por Ana Cristina Pires em prol de S. Paio de Oleiros.

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CULTURA olimpíada internacional de física

NuNo Campos reCebe meNção hoNrosa A equipa portuguesa regressou com cinco menções honrosas na mala depois da mais importante competição de Física para jovens do ensino secundário. Entre os participantes, e galardoado, está um estudante feirense, Nuno Miguel Ferreira Campos, da Escola Secundária de Santa Maria da Feira. A Olimpíada Internacional de Física decorreu em Yogyakarta, Indonésia, de 16 a 24 de Julho e nela participaram 395 jovens de 86 países. A Olimpíada, que já vai na 48.ª edição e cuja organização no próximo ano está a cargo de Portugal, consiste em duas provas: um longo e difícil exame teórico e uma desafiante

prova experimental. Ambas exigem um nível de conhecimentos e competências muito superior ao dos programas do ensino secundário, exigindo por parte dos estudantes grande esforço e dedicação na preparação para o evento. O vencedor absoluto desta olimpíada, que obteve a melhor classificação no conjunto dos dois testes, foi um estudante do Japão, Akihiro Watanabe. Os professores que acompanharam a delegação a Yogyakarta, Rui Travasso e João Carvalho, fazem um balanço positivo da prestação portuguesa: “A prestação global da nossa equipa foi boa, e todos os seus elementos obtiveram um merecido prémio”. Os

docentes da Universidade de Coimbra salientam que “a fraca exposição dos alunos à prática laboratorial no nosso ensino é uma desvantagem face a muitos países, exigindo um esforço adicional dos alunos na sua preparação”. As Olimpíadas de Física são promovidas pela Sociedade Portuguesa de Física com o patrocínio do Ministério da Educação, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Agência Ciência Viva. O treino da equipa decorreu no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, integrado nas actividades da escola Quark! de Física para jovens.

bombeiros fazem parto em casa FIÃES “Já não tínhamos tempo para a transportar e tivemos de fazer ali o parto. Vivemos momentos stressantes quando percebemos que a criança estava com o cordão umbilical à volta do pescoço”, disse a adjunto do comando dos Bombeiros de Lourosa, Claude Baptista, ao Correio da Manhã, depois de ajudar a dar luz à pequena Yara, em casa dos pais, em Fiães, às 2h30. O parto foi feito por dois bombeiros da corporação e mãe e filha acabaram por ser transportadas para o hospital, encontrandose bem de saúde. A mãe tinha estado no hospital duas horas antes, mas como não tinha contracções, voltou para casa.

DEDO NA FERIDA

apresentação do novo elenco directivo

LioNs Com LideraNça femiNiNa Os Lions Clube de Santa Maria da Feira apresentaram o elenco directivo para o novo ano na passada sexta-feira num jantar convívio. “Com a presença massiva da quase totalidade dos seus associados”, a novidade foi a “liderança executiva, exclusivamente, feminina, pormenor de excepcional relevância no Movimento”, dizem os Lions, em comunicado. O programa de actividades já iniciou com um donativo à Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários da Feira de 1000 garrafas de água e 500 pacotes de leite, assinalando a época de incêndios que atormenta o país. Seguese, a 9 de Outubro, às 19h00, uma Celebração Eucarística na Igreja da Congregação Passionista para comemoração do Centenário do Lionismo e, concomitantemente, em memória dos companheiros(as) já falecidos. A 15 de Outubro, às 9h00, há Caminhada Caritativa “Charity Walk”, Rota

do Castelo, percurso urbano, com início na Loja Interactiva do Turismo e com inscrição no valor de 5€, a reverter a favor da Obra do Frei Gil (Lobão). Ainda, a 9 de Dezembro, pelas 11h00, a celebração, na sede social, do 37.° aniversário do Clube. “O Lions Clube da Feira, continuará a sua longa função filantrópica, num exercício quase anónimo, mas dedicada e empenhadamente firme”, garantem os Lions.

deCo iNforma

perdeu o controlo a fazer a curva

idoso eNtra por fábriCa adeNtro Com o Carro LAMAS Um casal de idosos ficou ferido, na passada segunda-feira, depois de um acidente de viação em Santa Maria de Lamas. O casal, o homem de 71 anos e a mulher de 69 anos, seguiam na Rua

de Moure quando numa curva o condutor perdeu o controlo do carro. O veículo foi contra o portão de uma fábrica de cortiça – que caiu de imediato – e entrou nas instalações, onde só parou de-

pois de bater contra uma parede interior. O casal foi assistido pelos Bombeiros de Lourosa e da Feira, assim como a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), e transportado para o Hospital S. Sebastião.

apanhado pela GNr

300 doses de haxixe esCoNdidas Nos boxers A GNR de Lourosa apanhou um h o me m, de 4 1 a no s, com 386 doses de haxixe na sua posse, que planeava vender. O indivíduo estava próximo das bombas de combustível de Fiães e começou a ficar inquieto quando se apercebeu

da presença da GNR na zona. Entrou num café e, quando viu a patrulha abandonar o local, começou a correr em direcção à sua residência. Os guardas interceptaramno e encontraram na sua posse 386 doses individuais de haxixe, escondidas em

PAÇOS DE BRANDÃO Um leitor do CF alerta para o “abandono total da estação de caminhos-de-ferro em Paços de Brandão”. “Uma estação que nos anos 60/70 ganhou prémios de estação mais florida de Portugal, era um exemplo de beleza e um local bem apetecível para se conviver, hoje está totalmente abandonada, é um local cheio de lixo, silvas, ervas, tudo um pouco”, afirma o leitor.

maços de tabaco que trazia guardados nos boxers. O homem já estava referenciado pelo crime de tráfico de droga e havia suspeitas de que ele vendia naquela área. A GNR apreendeu a droga, 180 euros em dinheiro e o telemóvel do traficante.

a viagem não está a correr como planeado? saiba como agir Comprou um pacote de férias a uma agência de viagens? Ou seja, combinou pelo menos dois serviços, como alojamento e transporte com tudo incluído no preço? Conheça os seus direitos. Qualquer problema durante a viagem nos serviços de alojamento ou de transporte implica sempre o contacto com a agência de viagens. Quando o programa não é cumprido, a agência deve assegurar serviços equivalentes aos contratados sem qualquer aumento de preço. Caso não seja possível a continuação da viagem, a agência deve fornecer um meio de transporte equivalente que possibilite o regresso ao local de partida ou a outro local acordado. Pode ainda reclamar uma indemnização, invocando o “dano de férias estragadas”, a menos que as alterações ao programa se devam a motivos de força maior. Saiba que quando não compra um pacote de férias, mas serviços avulsos como hotel ou excursões, a agência deverá apenas assegurar a correta emissão dos vouchers ou bilhetes. Caso ocorra algum problema durante estas atividades, deve contactar diretamente os operadores turísticos responsáveis. Para mais informações, visite www.appytourist.pt e descarregue a aplicação móvel appytourist onde poderá encontrar informação sobre os seus direitos como consumidor e turista. Para mais informações contacte info@appytourist.pt.


Especial Lourosa

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ENTREVISTA

“Gostar tanto de Lourosa como eu, aceito, mas Gostar mais não aceito” Texto Marcelo Brito Foto Diana Santos

o presidente da Junta de Freguesia de Lourosa, Armando Teixeira, garante que muito foi feito durante o presente mandato, mas prefere focar-se em tudo o que ficou por fazer para aprimorar nos próximos quatro anos. deseja o início e a conclusão do estruturante eixo das cortiças e vê na contínua requalificação e manutenção dos espaços da cidade o mote para, caso seja reeleito, o seguinte mandato.

Que balanço faz deste último mandato? O mandato está a terminar e ainda existem situações por finalizar. Por natureza, sou um presidente que nunca está satisfeito, sou um crítico, mas vou à luta, dou a cara e sou persistente no que toca a lutar por Lourosa. Gostar tanto de Lourosa como eu, aceito, mas gostar mais não aceito. Houve várias obras que marcaram e vão marcar o futuro de Lourosa, nomeadamente as zonas verdes e de lazer. Lourosa é das maiores freguesias do Concelho do ponto de vista das zonas verdes, com uma área de parques com mais de 150 mil metros quadrados. O Parque da Cidade é, neste momento, constituído por três jardins. A zona desportiva é um dos melhores projectos do distrito de Aveiro. Tem condições fabulosas e está numa zona fantástica. O povo de Lourosa tem sido extraordinariamente participativo. Du-

rante estes quatro anos, foram dezenas de protocolos assinados com vontade do povo que cedeu terrenos à Autarquia. Há uma outra questão que não foi possível neste mandato: a requalificação da Feira dos Dez. A última intervenção foi em 2017 e é necessário fazer algumas rectificações nas infraestruturas. Ficou adiado, mas é importante perceber que não há muito dinheiro para as Juntas. Tem de se perceber a necessidade de criar condições para fazer uma boa manutenção do que já existe. Lourosa tem muitos equipamentos e a aposta é fazer a manutenção com cuidado e de forma contínua. O cemitério de Lourosa tinha um regulamento de 1969… já pedi projectos porque há necessidade de alargar o cemitério. Não é fácil porque faltam terrenos. Quero que o aumento seja uma realidade até porque já não existe qualquer sepultura por vender. Queremos, também, melhorar a Capela

Mortuária. Ainda sobre o Urbanismo, existem nove estradas já adjudicadas para melhoramentos. Outra questão importante é a da iluminação pública. Através da persistência e da recuperação financeira da Câmara, foram repostas as luminárias e o investimento fraccionado de colocar luzes LED. Foi uma promessa cumprida. Temos apostado fortemente em requalificar, alargar e criar passeios, mas é claro que faltam alguns. Em suma, sobre o mandato, dentro de poucos meses o povo de Lourosa vai expressar-se nas mesas de voto e acredito piamente na minha candidatura. Nestes quatros anos, foram feitas obras de grande qualidade e, acima de tudo, os lourosenses sabem de antemão quem vai à luta, com experiência e com a capacidade de exigir. Lourosa está bem servida de equipamentos? Está, mas falta uma Loja de Cidadão.

As metas delineadas no início estão cumpridas? As essenciais foram cumpridas. Apostámos fortemente na zona desportiva e na requalificação das Pedreiras. Vai marcar, durante muitos anos, Lourosa. É uma obra de grande importância. Há outras, como a requalificação urbana. Têm sido feitos alargamentos nas ruas. Um dos problemas de Lourosa são as ruas apertadíssimas. Resumidamente, três pontos fundamentais: Rede Viária, Ambiente/Lazer e Acção Social. Foi em Lourosa que se criou um dos primeiros Fóruns Sociais. É um projecto que conta com 17 parceiros, uma Mercearia – a primeira no Concelho da Feira – e uma Horta Social. Parceiros como o Centro Social de Lourosa que apoia cerca de 40 famílias. Temos dinamizado iniciativas como caminhadas – na última, angariámos mais de 200 quilos de alimentação que reverteram a favor da Mercearia Social.


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ENTREVISTA

trial de Lourosa. Estará Lourosa preparada para tanto tráfego e afluência? Sim. Já vi o esboço do projecto. A execução do Eixo das Cortiças alargará a Zona Industrial. Existirá um aumento de terrenos para oferta aos empresários. Acredito que, com estas ligações, Lourosa ficará tão atractiva como S. João de Ver com o novo pólo industrial, que é fantástico. É uma obra com grande importância e manterá Lourosa na ribalta. Como vê a forte aposta do Lusitânia em atingir patamares futebolísticos de índole nacional? Lourosa tem uma força enorme, incomparável com qualquer outra do Concelho. O Lusitânia é um clube ecléctico e torna-se atractivo. Apareceu um jovem empresário de sucesso [Hugo Mendes, actual presidente do Lusitânia de Lourosa] que, com todas as condições e atracções e com os sócios, pode potenciar o clube. Tem um projecto extremamente ambicioso. Espero que tudo corra bem. O Lourosa é a associação mais antiga da freguesia e desejo toda a sorte. Acredito que ele faça um excelente trabalho. Vai ser um campeonato extremamente interessante. Temos Beira-Mar, Estarreja, Pampilhosa, União de Lamas, Bustelo e até S. João de Ver que são equipas muito competitivas. Espero que o Lusitânia alcance os objectivos.

Há que ressalvar a reforma administrativa da Junta de Freguesia. Quem procura os serviços não leva um não. Pode não encontrar a solução ideal, mas são atendidos de forma exemplar. Este atendimento personalizado é uma valência. Aproxima a população. Foi também lançado um boletim informativo destinado à população. É com estas iniciativas que conseguimos aproximar a população. O que ficou por fazer? O Eixo da Cortiça terá uma importância fundamental para a criação de novos empregos. Lourosa ficará no meio de uma malha viária gigante. Teremos auto-estradas a Este – caso da A1 e A29 –, a Nordeste a A32, a Norte o IC24 e a A41 e o Eixo da Cortiça fará a ligação desde Rio Meão a Fiães. Lourosa ficará no meio e não ficará dividido. Ficará com condições fabulosas do ponto de vista logístico. Queremos ainda requalificar a Zona Indus-

Quais os obstáculos à dinamização da Pista de Atletismo? A prova ‘12 Horas em Movimento’ é já um sinal de promoção da mesma? Primeiramente, tenho que dar os parabéns ao Paulo Fernandes pela iniciativa ‘12 Horas em Movimento’. É fundamental criar dinâmicas ao espaço. A pista de atletismo estava sob a alçada da Feira Viva e, há cerca de dois anos, passou para a gestão da autarquia local. Estive na Pista há relativamente pouco tempo e andam a ultimar obras. Já foram pintados os contentores, estão a remodelar o piso de tartan, a mudar a meta para o sentido oposto e será posta uma cobertura, junto aos contentores, para o Inverno. Vamos inserir um outro contentor para o funcionamento pleno de um ginásio. Em suma, a pista renovou-se. O atletismo do Lourocoop, pelo que soube recentemente, tem ideia de reforçar-se e mostrar-se mais competitivo. Houve uma crise, mas conseguiu sobreviver e está, neste momento, numa fase de reformulação. Já têm campeões distritais, inclusive.

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A Lourocoop usufruirá da Pista de Atletismo? Sim. É algo inalterável. A Lourocoop teve um papel fundamental para que a pista existisse pelo Sr. Saúl Fernandes que, a título de curiosidade, ainda no sábado e com 78 anos, esteve a correr. O filho, Paulo Fernandes, está a seguir-lhe as pisadas. Acredito que a Pista de Atletismo, com as melhorias, vai receber mais gente. São seis ou sete equipas – uma de fora do Concelho – que treina na Pista de Atletismo. Sinto que está no caminho certo. Valeu a pena apostar. Uma palavra de apreço à Câmara e à vereadora do Desporto, Cristina Tenreiro, que cumpriu e está a cumprir o prometido. Quando tomámos conta da pista, disse-me que iria ajudar a melhorar as condições. A Pista estava degradada e não tinha dinâmica. Espero também que o Paulo Fernandes continue a dar seguimento ao projecto. E como classifica o restante tecido desportivo da freguesia? Há uns anos, tínhamos um défice do ponto de vista estrutural. Tínhamos o Estádio e pouco mais. Começou-se a criar campos desportivos mais pequenos como os exemplos junto às Piscinas e à Feira dos Dez. Temos a Academia Forte Paixão, temos o campo de treinos e um clube amador de Lourosa [FC Cadinha] que quer usufruir desse espaço. Lourosa melhorou em termos de condições desportivas. Há um pavilhão que continua a ser muito utilizado. Tenho plena consciência que é o que dá menos prejuízo à Câmara. É gerido de forma rigorosa. Temos a secção de Futsal do Lusitânia de Lourosa que apresentou um projecto megalómano e ainda o Rollar Hóquei. Cerca de 40 horas semanais são ocupadas por entidades desportivas federadas. A Junta está a prestar apoio a esses clubes. Temos ainda o Ténis de Mesa, do Lusitânia de Lourosa, que está no segundo patamar nacional da modalidade e que é um dos melhores do país em termos de formação. Gostávamos de ter mais meios financeiros, mas em termos logísticos somos excelentes. Existirá uma cobertura nova no Pavilhão destinada ao Ténis de Mesa. Temos também a sede da Sociedade Columbófila de Lourosa, onde estão a acabar as obras. Estamos a apostar no Grupo Columbófilo Os Vilaverdenses que não teve actividade no último ano, mas quer voltar. Da parte desportiva, devo dizer que as condições e os resultados têm melhorado. Já me convidaram, inclusive, para trazer para a freguesia outras actividades desportivas, mas não há espaço,

Parabéns

o que é lamentável. Há uma dinâmica fortíssima em Lourosa. A nível associativo, Lourosa dispõe de um abastado leque de colectividades. É algo imprescindível para o desenvolvimento da freguesia? Todas são imprescindíveis, fazem trabalhos fantásticos. Todas as associações de pais têm uma dinâmica fabulosa. A Festa das Colectividades traz um grau de exigência acima da média. A própria Casa da Cultura nunca teve tanta actividade como actualmente. Em suma, o associativismo de Lourosa é fortíssimo. Como projecta as eleições e o futuro da freguesia? O mandato está a terminar, mas ainda há situações por finalizar e, como tal, vou recandidatar-me. Queremos mais valências de estudo em Lourosa. É o futuro. Temos um projecto aliciante que é o Trilho Pedonal. Começará no Parque Rio Maior, parte baixa de Lourosa, irá fazer o circuito da linha de água, sobe a encosta denominada de ‘Pulmão de Lourosa’ e vai até ao cimo, onde passará pela zona desportiva. Terá várias entradas. Acredito que é um projecto que estará finalizado durante o próximo mandato. Juntar a zona baixa com a zona alta da cidade é um dos sonhos que tenho. Já foi, inclusive, feita uma candidatura para criar o Lar de Idosos. Uma obra que será uma realidade nos próximos quatro anos. É uma necessidade de primeira linha. Há ainda um projecto que apenas não arrancou por estar em concurso público. Queremos requalificar o Arraial, perto da Igreja, e queremos criar cerca de 120 estacionamentos. Acredito que dentro de um, dois meses, a obra seja adjudicada e comece. Já tinha este projecto desde 2013. Estamos a falar de uma obra que custará perto de 800 mil euros, mas já demos o pontapé de saída. No Moinho, teremos um Canastro e uma Eira. Sobre as Autárquicas, quem parte em vantagem na corrida à Câmara Municipal? Quem parte em vantagem é, normalmente, quem está no poder, mas há excepções à regra. Essas excepções aplicam-se ao caso de Santa Maria da Feira? Não. Na Feira, não acredito que haja alternativas. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, tem feito um trabalho visível do ponto de vista do empreendedorismo e da empregabilidade – tem sido a forte aposta. Devemos ter a perspectiva que, se houver mais emprego, mais qualidade de vida existirá no Concelho. Não é por acaso que a Feira está abaixo do nível médio de desemprego. São factores preponderantes. Acredito na continuidade do presidente da Câmara.

O Sr. Américo dos Santos Ferreira e a Sra. Alice Reis de Oliveira completaram 65 anos de casamento. Os familiares felicitam o jovem casal por este longo percurso percorrido e desejam-lhes muita saúde, felicidades e ainda muitos bons momentos juntos. Rio Meão, 19 de Julho 2017

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Especial Lourosa

EM LOUROSA...

Vista panorâmica da Junta de Freguesia sobre a cidade de Lourosa

Rua João Paulo II após a requalificação. Um dos exemplos das intervenções nas estradas lourosenses

Vista para o Moinho, onde será criado o trilho pedonal, de cerca de 3km, que ligará a zona baixa com a zona alta de Lourosa

Rotunda que limita geograficamente a cidade. A prensa, na imagem, com finalidade para o fabrico de cortiça há mais de 150 anos

Panorâmica sobre o recentemente requalificado jardim da Pedreira, muito procurado para a prática desportiva e de lazer

O recentemente concluído Complexo Desportivo de Lourosa, denominado Academia Forte Paixão, espaço utilizado pelo Lusitânia de Lourosa

Futura casa da Sociedade Columbófila de Lourosa

Avenida das Cruzes, também conhecida como Calvário

Interior da Casa da Cultura de Lourosa [Foto de Paulo Silva e Rui Sousa]


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EspEcial lourosa

“Lourosa tem perfiL para se fazer grandes eventos” o lourosa summer Market preencheu, ontem, o parque da Cidade de Lourosa, com muita moda e animação. o Cf foi falar com uma das organizadoras, ana Carina santos, sobre o evento. Como surgiu a ideia para o Lourosa Summer Market? Surgiu numa conversa informal de duas amigas, eu e a Estefânia Santos, a outra organizadora do evento. Ambas gostamos e estamos ligadas à área. É inspirado noutros eventos do género? É uma ideia inovadora cá no Concelho, no entanto em Lisboa é um evento muito frequente. Como decorreu a selecção dos lojistas? Primeiro, tentamos convidar diversas lojas e diversos segmentos, depois tivemos de fechar inscrições, pois definimos prazos, mas houve procura posterior. Qual era o objectivo máximo deste

Estefânia santos

evento? Lourosa tem perfil para se fazer grandes eventos, tem infraestruturas fantásticas, lugares privilegiados como o Parque da Cidade e a Casa da Cultura, e temos uma Junta de Freguesia que gosta de promover os nossos recursos e a cidade Lourosa, e desde o primeiro momento em que apresentei o conceito apoiaram, sobretudo para valorizarem o comércio tradicional, e para as pessoas perceberem que têm grandes lojas na sua terra e não precisam de se deslocar aos centros comerciais. Enquanto organizadora de eventos, pretendo dinamizar eventos ligados à moda pois é a minha área de actuação; e enquanto empresária e proprietária de uma das lojas, pretendo promover a minha loja, as minhas marcas e que passem para conhecer o meu espaço. Penso que esse foi o

ana carina santos

objectivo de todos os lojistas. A ideia de conjugar um mercado com um Sunset é para proporcionar um ambiente descontraído? Sim, a ideia do Sunset é criar um ambiente mais descontraído para que as pessoas aproveitem a boa música ao vivo e se deliciem com um pôr do sol fantástico no nosso parque. O Parque da Cidade de Lourosa foi o local ideal para o evento? Tanto eu como a outra organizadora somos apaixonadas pelo Parque da Cidade, e para o conceito de mercado de Verão que idealizamos, era o espaço perfeito.

Acha que estes eventos ajudam a reaproximar as pessoas do mercado tradicional? Sim, sem dúvida, ajudam a promover as pessoas, pois hoje em dia vendemos primeiro a nossa imagem. Para conseguir fidelizar um cliente, temos de ser amáveis e ter um serviço personalizado, de modo a que voltem. É importante conhecermos quem está por trás do balcão e ter confiança nas marcas que cada loja representa. Lourosa foi, ontem, a ‘capital’ da moda? Teve muita moda mas… assegurolhe que em Setembro sim, Lourosa será a capital da moda...

lojas presentes: Yasmin | Hangare | maria romão | pratika | infinito Lingerie | tchutchuco | urban style | teresa oliveira sC Lingerie | i9 viagens | teiki time | Body Workout | diamond store | Cabeleireiros Canedo | Belle ´ss |Cruz Credo mary Kay conselheiras de beleza independentes | Cão ou sem Casa Pub.


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sensações sem fronteiras

Ilhas Cook – RaRotonga De paraíso em paraíso o Operador Quadrante acaba de realizar mais uma viagem de inspecção a um destino da sua vasta programação. O minucioso trabalho de inspecção, efectuado por Sónia Morais, do departamento de reservas do Operador e gestora da programação na área geográfica entre a Polinésia e as ilhas das Caraíbas, resultou em aprovação do destino. Com distinção.

viagem via Londres com destino a Avarua. São 23 horas de viagem, mas para quem não queira fazer um voo de tantas horas há sugestões para escalas muito interessantes, proporcionando visitas a Los Angeles, Tóquio, Auckland, Tahiti destinos fáceis de harmonizar com a vantagem de nos garantirem voos directos às Cook. A opção da Sonia Morais foi Los Angeles, mas a verdadeira razão da nossa colega já era ‘perder-se nas compras’, passear em Beverly Hills e, claro, ver o Passeio da Fama. Visitada a cidade embarcamos para o nosso destino final, onde nos aguarda um dos Paraísos na Terra. A ilha apresenta uma paisagem magnífica, idílica, bem justificando a definição de ‘destino de sonho’, principalmente para quem não abdique de um merecido descanso, em estreito relacionamento com a natureza, entre montanha e mar.

sónia morais As Ilhas Cook encontram-se no centro do triângulo polinésio do Pacifico Sul. Formam um arquipélago composto por 15 ilhas, que se dividem em dois grupos distintos: A norte, encontramos seis pequenos atóis de origem coralina; e a sul oito ilhas de origem vulcânica. Rarotonga localizada no grupo sul é a maior e a mais populosa, com cerca de 15.000 habitantes e a sua cidade principal, Avarua é também a capital daquele país autónomo. Por desfrutarem de um clima tropical, as ilhas são aprazíveis durante todo o ano. Dado que os meses de Junho a Outubro são os mais secos, apresentam-se como melhores datas para desfrutar da beleza do arquipélago, para quem não queira correr o ‘risco’ de ser surpreendido por uma chuvinha refrescante.

Como ir Habitualmente, iniciamos a nossa

te manga O Te Manga é o ponto mais alto, com 652 metros acima do nível do mar. Coroa a ilha e apresenta um manto natural composto por uma floresta verde e densa, que contrasta com a brancura da areia numa lagoa de águas azul-turquesa que circunda toda a ilha como que a protegen-

do dos mistérios escondidos nas profundezas do Oceano Pacifico, fechado por uma tonalidade de azulescuro.

Kia Orana Mal desembarcamos somos presenteados com o sorriso e a boa disposição que são atributos naturais das gentes locais, que sabem tão bem receber quem os visita, com a famosa frase: “kia Orana” (bem-vindo) no dialecto local. De seguida, somos presenteados colares de flores perfumadas e uma bebida bem fresquinha, servida ao natural, num fruto típico daquelas paragens, o coco.

Desengane-se quem pense que se trata de um destino exclusivo ou reservado a casais, ou para luas-de-mel. A diversidade hoteleira é garantia de excelente acolhimento para todo o tipo de clientes: o turista à procura do seu pedaço do paraíso; casais em Lua-demel; Famílias…, todos vão encontrar um cantinho delicioso nas Ilhas Cook e viver umas férias inesquecíveis.

Rarotonga Não faltará na vertente cultural visitas e momentos que nos proporcionam conhecimento sobre a ancestralidade daquele povo que tem origem na cultura polinésio-maori. Para o apreciador da natureza, Rarortonga

oferece uma densa floresta onde se escondem belos lagos de água fresca onde nos podemos refrescar durante ou após um passeio, garantindo-nos um contacto próximo com a fauna e a flora local. Sempre próximo e assediando-nos para mergulhar e explorarmos as suas águas, o mar oferece-nos um sem-fim de actividades desportivas e divertimentos. Inesquecíveis, são os passeios que nos levam próximos desses grandiosos seres que são as baleias, que por ali não são raridade. Para quem goste de explorar o fundo do mar, o mergulho com botija ou o simples snorkeling, dá-nos a possibilidade de conhecer a fauna marinha, sempre ricamente colorida e apresentando variados tipos de corais.

Os dias passam depressa e o adeus a Rarotonga acaba por aproximar-se mais rápido do que desejávamos. Em discussão, o nosso próximo destino: que ilha das Cook vamos visitar? Descubra num ‘Sensações sem Fronteiras’! BOAS FÉRIAS. Para mais informações sobre este destino, ou organizar a sua viagem de sonho contacte o Operador Quadrante. www.quandranteviagens.pt Jorge de Andrade


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SOCIEDADE

segundo o anuário Financeiro dos municípios

Feira é um dos municípios com maior eFiciência Financeira Santa Maria da Feira é uma das câmaras com maior eficiência financeira do país, informa a Autarquia, em comunicado, divulgando os resultados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2016. O documento, que analisa o desempenho financeiro e económico dos 308 municípios portugueses, coloca Santa Maria da Feira no 6.º lugar entre os 12 maiores municípios nacionais, ou seja com mais de 100 mil habitantes. A Feira, que em 2015 ocupava o 10.º lugar, sobe 4 lugares, registando “a maior subida entre os 12 maiores municípios portugueses”. Acresce ainda o facto de o Concelho só ser suplantado pelo Porto,

neste critério, entre os 17 municípios que compõem a Área Metropolitana do Porto. “Esta classificação é o resultado de uma gestão financeira rigorosa, com uma preocupação constante em gerir bem o dinheiro público, tendo como único objectivo a melhoria da qualidade de vida das populações”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa. Também noutros itens a Câmara da Feira regista uma evolução positiva. Pela primeira vez, Santa Maria da Feira aparece como uma das câmaras eleitas para integrar o ranking global dos municípios com maior equilíbrio orçamental. Para Emídio Sousa, “este é

mais um dado que confirma a capacidade de gestão que se traduziu, também, na diminuição dos prazos médios de pagamentos aos fornecedores, que passou de 66 dias para 11 dias, e na redução do passivo municipal em mais de 20 milhões de euros”. Segundo o Anuário, a Câmara da Feira reduziu, também, de 2015 para 2016, a despesa com o pessoal e na aquisição de bens e serviços. “Procuramos implementar uma gestão que privilegiasse as despesas de investimento em detrimento das despesas correntes. É isso que os munícipes esperam de nós, uma gestão virada para a defesa do interesse público”, refere Emídio Sousa.

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PAÇOS DE BRANDÃO A DAO – Associação Cultural e Desportiva, com sede em Paços de Brandão, apresentou na passada sexta-feira, no Auditório da Academia de Música de Paços de Brandão, o seu 33.º Sarau Anual. Intercalando Hip-hop, com Viêt Võ Dao e Danças Latino-Americanas, o espectáculo “rico em cor e som deliciou um público”. Após o sarau, houve o habitual convívio entre todos os participantes.

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eurovisão

santa maria da Feira perde Festival para lisboa Várias cidades de norte a sul do país lançaram-se para receber o Festival Eurovisão da Canção mas foi Lisboa que saiu vencedora. O MEO Arena é apontado como o local que acolherá o festival no dia 12 de Maio. Na corrida estavam as cidades de Espinho, Matosinhos, Santa Maria da Feira, Guimarães e

Portimão. A escolha do MEO Arena vai de encontro à preferência da União Europeia de Radiodifusão que considera que “o espaço reúne as condições necessárias”, com capacidade para 2000 espectadores, pois é o único em Portugal “capaz de suportar uma montagem na ordem das 800 toneladas”, estimativa feita para o evento.

20 países já confirmaram presença. Directamente apurados para a final, para além do país anfitrião, estão a Alemanha, a França, a Itália, a Espanha e o Reino Unido. A final, por norma, reúne 26 países e atrai milhares de fãs. A anteceder a Eurovisão, o Festival RTP da Canção realizar-se-á em Guimarães.

MILHEIRÓS A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e a Suma promoveram uma acção de sensibilização na Praia Fluvial da Mamoa, em Milheirós de Poiares, para incutir nos utilizadores o espírito de vigilância e protecção daquela zona balnear. Um domingo repleto de actividades lúdico-pedagógicas para miúdos e graúdos e de conversas informais com os veraneantes sobre cidadania activa. A iniciativa “De olho na praia – estar atento para preservar” contou com a participação do vereador do Pelouro das Obras Municipais, Protecção Civil, Ambiente e Saúde, Vítor Marques. Pub.


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CULTURA 40 espectáculos inéditos entre 448 apresentações

VIAgem medIeVAl começA nA quArtA-FeIrA FEIRA São 12 dias consecutivos a recuar ao passado, a decalcar episódios históricos, a criar conteúdos, a transformar a cidade num palco de momentos marcantes da História de Portugal. Na Viagem Medieval, os visitantes podem fazer parte dos grandes momentos de animação e recriação, este ano centrados no reinado de D. Afonso IV. Deambular pelo burgo trajado a rigor, vestir a pele de um guerreiro e entrar no campo de batalha ou degustar as iguarias da época são algumas das experiências disponíveis. Este ano, participam no evento 72 entidades (56 de Santa Maria da Feira), 355 voluntários e 3580 pessoas a trabalhar diariamente nas 25 áreas temáticas. O espaço de 33 hectares albergará 23 tabernas, 6 restaurantes e 240 espaços de feira franca (artesãos, mercadores e regatões). O programa divide-se em 40 espectáculos inéditos, num total de 448 apresentações, e 1500 performances de animação circulante desfrutadas por uma média que ronda os 600 mil visitantes para os 12 dias. “A Viagem Medieval é um evento para experienciar,

viver e sentir”, diz a organização do evento que arranca esta quarta-feira e prolonga-se até 13 de Agosto.

Museu de Lamas promove ‘Pequenos Artistas’ O Museu de Santa Maria de Lamas apresenta, pelo 6.º ano consecutivo, a área temática ‘Pequenos Artistas’ na Viagem Medieval, localizada na subida para o Castelo. Sensibilizando para a arte do período medieval, o Serviço Educativo do Museu promove oficinas de expressão plástica em que as crianças poderão criar acessórios como espadas, escudos, coroas, grinaldas ou jóias em cortiça. Há, ainda, a exposição táctil ‘Arte Medieval’. Um núcleo expositivo que integra réplicas, em aglomerado de cortiça e de escala elevada, de três esculturas de cronologia medieval integradas no espólio de arte sacra do Museu. Visualmente ou através do toque, os visitantes são convidados a contemplar os volumes e as linhas destes exemplares. A exposição culminará com a apresentação de uma réplica do Castelo de Santa Maria da Feira – também modelada em aglomerado de cortiça – onde

funcionará a loja na qual o visitante poderá adquirir uma linha de objectos em cortiça especificamente associados à temática da Viagem Medieval e totalmente idealizados e manufacturados no Museu.

Serviço de babysitting – Infantaria dos Choupinhos A Infantaria dos Choupinhos, serviço promovido pela Casa dos Choupos – Cooperativa Multissectorial de Solidariedade Social, será um espaço de babysitting junto a uma das entradas do recinto da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria. “Em momentos de maior afluência, ou em que pretenda assistir a um espectáculo que não seja direccionado para o público infantil, poderá confiar as suas crianças a uma equipa multidisciplinar, profissional e entusiasta num espaço calmo e seguro – mas simultaneamente animado e com diversas actividades diferenciadas”, diz a Casa dos Choupos, em comunicado. O espaço Infantaria dos Choupinhos combinará a magia da História com o conforto e a segurança necessários ao bem-estar de cada visitante.

PAÇOS DE BRANDÃO A Academia de Música de Paços de Brandão recebe, amanhã, um ‘Recital de Clarinete e Piano’ por Samuel Marques e Dana Radu, pelas 19h00, no grande Auditório da Academia. Samuel Marques iniciou os seus estudos de clarinete com Nelson Aguiar, sendo depois aluno de António Saiote, Stanley Drucker e Pascual Martínez-Forteza (NYU - Nova Iorque). Desde 2010, tem sido convidado a colaborar com várias orquestras, como a National Repertory Orchestra (EUA), Orquestra XXI, Academia de Verão Remix Ensemble Casa da Música (Portugal), International Mahler Orchestra, Neue Philharmonie München e Internationale Junge Orchesterakademie (Alemanha), entre outras. Em 2014, teve a oportunidade de tocar com a aclamada mezzo-soprano Joyce DiDonato e foi o vencedor do concurso ‘II Joven Artista Iberoamericano’. Este ano, foi galardoado com o 2.º Prémio no Concurso de Clarinete do 1.º Festival de Clarinete do Algarve. Dana Radu é natural da Roménia e formou-se como solista na Universidade de Música de Bucareste, sob orientação dos professores Viniciu Moroianu e Viorica Radoi. Em 1993, obteve a primeira colocação no Concurso de Música Romena de Bucareste. Recebeu os Prémios “Ludmila Popisteanu” e “Olga Szel” pelo piano solo no concurso “Mihail Jora”, 1997. Gravou diversos programas para a Rádio e TV de Bucareste e foi convidada a participar em festivais como ‘Martian Negrea’, Festival Internacional de Câmara de Brasov, Festival de Música de S. José do Rio Preto, Festival de Música de Londrina, Festival Amazonas de Ópera, Festival de Música de Petrópolis e Festival Internacional de Campos do Jordão. Actuou como solista com a Orquestra Sinfónica de Ploiesti, Orquestra Filarmónica de São Bernardo de Campo e Orquestra Sinfónica de Santos. Com Emmanuele Baldini gravou ‘Sonatas de Camargo Guarnieri’ e juntos participaram na gravação do CD ‘Cage +’, em 2013. Actualmente exerce actividade como pianista da Fundação Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo.

europarque recebe espectáculo ao vivo

tour da patrulha pata começa em santa maria da Feira

Joaquim marques e José Ferreira

FIAnenses com gosto pelA escrItA

Carlos Fontes

Dois fianenses, Joaquim Marques e José Ferreira, um através da poesia, outro da prosa, vão estar em destaque no próximo sábado. Joaquim Marques, há anos radicado no Algarve, mas fianense por nascimento, apresenta, pelas 21h30, no Salão Paroquial, mais um livro de poesia da sua autoria. Depois de ter sido funcionário público nos serviços municipalizados da Feira, emigrou para a África do Sul, onde viveu e trabalhou no sector imobiliário, durante vários anos, antes de regressar a Portugal, e se ter radicado no

recital de piano e clarinete na AmpB

Algarve. Já bastante tarde, enveredou pela poesia. Brinda-nos agora com mais uma obra de poesia, desta vez intitulada «Mundo do Sonhador». Em Fiães, de onde emigrou com cerca de 40 anos, foi elemento destacado do movimento católico – Juventude Operária Católica – e dirigente do Clube Desportivo de Fiães. Por sua vez, José Ferreira, para os fianenses o «Zé Nicolau», radicado em Crestuma, que também tomou o gosto pela escrita, e que já no final do ano passado tinha apresentado o seu livro «Memórias Boas da

Minha Guerra», apresenta no próximo sábado, pelas 17h30, na sede da Junta de Freguesia de Crestuma – «lá para Outubro conto fazer o mesmo em Fiães», referiu – o II volume da obra. Estórias vividas no tempo da guerra colonial, mais concretamente a sua vivência na GuinéBissau, são ali retratadas em 265 páginas deste II volume, e tal como aconteceu no primeiro, bem pode José Ferreira orgulhar-se daquilo que escreveu, pois é certo que todas serão avidamente lidas pelos leitores, companheiros de armas, ou não.

ESPARGO A série de animação que deixa os miúdos colados ao ecrã já tem a sua primeira tour agendada. Com início em Santa Maria da Feira, “Patrulha Pata Ao Vivo! Entrar em Acção” tem lugar no dia 2 de Setembro no Europarque e nela participam personagens como Ryder, Chase, Marshall, Rocky, Rubble, Zuma, Skye e Everest. A tour segue depois para Guimarães, Faro e Évora, terminando em Lisboa. O espectáculo inclui música enérgica e o cenário é o de um teatro clássico, mas com bastante tecnologia à mistura para levar as famílias para o verdadeiro ambiente da Patrulha Pata, como a Baía da Aventura, a Base, a Ilha das Focas, a quinta da Sra. Yumi e a Montanha do Jake. Com componente interactiva, o público vai ter de resolver pistas com os cães, seguir a Presidente Goodway e muito mais. O espectáculo tem a duração de 1h20 (com intervalo) e há duas sessões disponíveis: uma às 11h e outra às 15h.

Avaliada em 1800 euros

Festival de Folclore Internacional ARGONCILHE O Rancho Regional de Argoncilhe apresenta, no domingo, o seu Festival de Folclore Internacional – Argoncilhe 2017, que tem lugar pelas 21h30, inserido nas festas em honra da Nossa Senhora das Neves, em Argoncilhe. O evento começa com Sessão Solene, na sede do Rancho, pelas 18h00, seguida de um jantar na EB 2,3 Argoncilhe, pelas 18h30.


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PUBLIREPORTAGEM

Procure o que Procurar, encontra-o na rodber o conceito é inovador, não só em Santa Maria da Feira, mas também no país. a rodber, situada em Fiães, surge pela mão do jovem empresário bernardo bernardes, embora conte com a ajuda, conhecimento e experiência do seu pai e avó. compra e vende todo o tipo de produtos a preços mais baixos comparativamente ao mercado. FIÃES Há um novo conceito no Concelho. Na Rua Eça de Queirós, n.º 85, o jovem de apenas 19 anos e estudante de Gestão de Desporto, Bernardo Bernardes, lançou a Rodber, que está em funcionamento há um ano. “A Rodber nasce de uma viagem aos Estados Unidos onde encontrei um conceito inovador. Fiquei interessado e tentei perceber como poderia adaptá-lo ao mercado português. Com a ajuda dos meus pais e avós, estamos a implementá-lo e a aceitação tem sido positiva”, contextualiza o jovem empreendedor. As primeiras letras do nome Rodber surgem das iniciais de Rodrigo Bernardes, irmão de Bernardo Bernardes, este que dá as últimas três letras à marca. Existem empresas dedicadas a um produto específico, mas o conceito da Rodber abrange, em suma, todas as áreas. Mas, afinal, qual é o conceito? “Compra e venda de tudo o que pode imaginar, sejam produtos novos ou usados. Desde uma peça a um cêntimo a uma peça de um milhão. Temos de tudo, de qualquer tipo de mercado”, avança, referindo que este conceito “em nada está relacionado com o preço do produto em causa, mas sim com a aquisição do mesmo”. “Não importa que uma televisão custe 500 euros no mercado. Se compramos por 100, vendemos por uma margem pouco significativa de lucro. O objectivo é o preço de compra, não o de venda. O preço da compra faz o preço da venda. Neste conceito, somos pioneiros”, esclarece. O slogan, apesar de curioso, “acaba por ser a imagem de marca da Rodber”: ‘Não temos, mas vai vir’. “É característico”, diz Bernardo, para quem “o processo de implementar o conceito deve-se ao esforço da equipa de trabalho, composta por funcionários competentes e profissionais”.

Todo o tipo de produtos “O ponto forte baseia-se em electrodomésticos, produtos hoteleiros, mobiliário, ferramentas, artigos para casa e tecnologia, etc.”, diz Bernardo. O jovem feirense afirma que, inclusive, já adquiriu produtos em leilões estrangeiros. “Já importámos e continuamos a importar artigos provenientes do estrangeiro. As pessoas, na Rodber, encontram produtos do mercado externo e de marcas que não são comercializadas com facilidade em Portugal. Hoje podemos vender um carro, amanhã podemos comprar uma bicicleta. Compramos muita coisa e fazemos trocas. Imaginemos que um cliente tem uma televisão para vender, mas precisa de um frigorífico. Pode deslocar-se à Rodber e negociamos. E pode trazer um produto que, sem qualquer troca, compramos, desde que nos interesse”, explica. A Rodber conta com um leque de produtos provenientes de países como Itália, Inglaterra, Hungria, Alemanha, França e EUA, etc. Existem ainda artigos provenientes de marcas internacionalmente reconhecidas com pequenos riscos ou defeitos de embalamento. “Têm um preço mais atractivo e o defeito é exclusivamente mínimo e estético”, continua. Muitos dos produtos comprados por Bernardo surgem de leilões, penhoras, insolvências e bancos, etc.

Clientes de todo o país Apesar de estar aberto ao público há sensivelmente um ano, a Rodber já conta com um leque de clientes espalhados por Portugal e, inclusive, no estrangeiro. “Vêm à Rodber clientes de todo o lado do país. Lisboa, Algarve, Porto, por exemplo. Já estamos a vender para todas as zonas do país. O cliente estrangeiro pode aguardar que a encomenda é entregue na sua residência. Vendemos para vários mercados, nomeadamente África e, em média, em 48 horas o produto é entregue”, desven-

da. No mercado português, a entrega ao domicílio é também uma realidade criada pela Rodber. A Rodber promove, mensalmente, uma mega promoção. No primeiro sábado de cada mês, existe “uma campanha de preços excepcional”. Os produtos podem ser adquiridos pelo potencial cliente na loja física, localizada em

Fiães, ou na loja online (http://rodberartigos.com/shop/). Bernardo Bernardes vê na plataforma social Facebook uma forma de fácil comunicação na qual promove todos os novos artigos da loja por si chefiada. Pode consultálos através do seguinte link: https:// www.facebook.com/Rodber-Artigos479272635613704/.


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DESPORTO Do abismo ao céu, do céu à extinção

Feirense deve descer à II Nacional

Mercado de transferências

Fernando Luís mantém-se nos seniores

Romariz: Depois de uma época sem vitórias, seguiu-se um subida e agora extinção do futebol sénior.

Ainda que sem confirmação oficial, o Feirense deve ver recusada a queixa junto da Federação Portuguesa de Futebol contra o Leixões.

Acompanhe as movimentações de mercado das equipas concelhias a disputar a Divisão ProNacional e a I Divisão Distrital.

Experiente técnico já está a preparar a próxima temporada do Clube Desportivo de Fiães

Futebol

Juniores

Futebol

Voleibol

Alampasu Ivo Eichman Flávio Ramos Briseño Barge Jean Sony Diga

Luís Rocha Bruno Nascimento

pág. 19

pág. 20

pág. 21

Arquivo CF

pág. 19

Kiki Alex Kakuba Cris Alphonse Babanco

Luís Aurélio João Tavares

Tiago Silva Edson Farias

Luís Machado Hugo Seco Ermel

Etebo David Zé Pedro

Luís Henrique José Valencia Ibrahim

ENTRADAS Nome Alampasu

Clube Cesarense (regressa)

Briseño

Veracruz

Bruno Nascimento

Omonia

Kiki

Olhanense

Diga

Juniores

Alphonse Ermel

Gil Vicente Figueirense (emp.)

José Valencia

Santa Fé

Luís Henrique

At. Paranaense

Ibrahim

Juniores

Zé Pedro

Gafanha

Etebo apontou o único golo da vitória sobre o Varzim SAÍDAS Nome

Clube

Vaná

FC Porto

Peçanha

Ac. Viseu

Paulo Monteiro

---

Ícaro Silva

---

Micael Freire

---

Ricardo Dias

Belenenses (regressa)

Vítor Bruno Rúben Oliveira

SABOR DA VITÓRIA REGRESSOU COM GOLO MADRUGADOR

Boavista Vitória Guimarães

Platiny

Chaves

Pelé

Rio Ave

Tchuameni

Sønderjyske

Tasos Karamanos

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt

O Feirense regressou às vitórias em jogos de pré-temporada ao vencer o Varzim (1-0), naquele que foi o segundo jogo-treino disputado na passada semana, ambos realizados à porta fechada.

Rio Ave

Wellington

---

DÚVIDAS Entradas: Murilo Prates (Oeste) Saídas: Fabinho (Arouca)

EMPRÉSTIMOS Nome

Clube

Pedro Santos

Águeda

AGENDA 07 Ago - Feirense x Tondela - 1.ª Jornada 12 Ago - Moreirense x Feirense - 2.ª Jornada

EQUIPA TÉCNICA

Treinador: Nuno Manta Santos Treinador-adjunto: Samuel Correia Treinador de Guarda-Redes: Paulo Santos Preparador físico: João Peralta Recuperador: Mário Cardoso

I LIGA Um empate e uma vitória, frente a Vilaverdense (2-2), do Campeonato de Portugal, e Varzim (1-0), respectivamente, foi o pecúlio de mais dois jogostreino realizados pelo Clube Desportivo Feirense. Assim, depois de três derrotas consecutivas (frente a equipas também do primeiro escalão), os fogaceiros regressam às vitórias. As duas partidas foram disputadas à porta fechada. A primeira, na terça-feira (25 de Julho), frente ao Vilaverdense, disputou-se no Complexo Desportivo Feirense, enquanto a segunda, na sexta-feira (28 de Julho), contra o Varzim, ocorreu no Estádio Marcolino Castro. A vitória frente ao Varzim por 1-0 deu por encerrada mais uma semana de trabalhos. O jogo começou logo da melhor maneira para os fogaceiros que, aos dois minutos, na sequência de um canto, marcaram o golo da vitória, por Etebo. Uma partida que teve uma primeira parte dominada completamente pela equipa de Santa Maria da Feira, com o Varzim a ter muitas dificuldades em sair a jogar, e com o Feirense a chegar muitas vezes com

perigo à baliza poveira. Na segunda-parte, o jogo foi mais dividido, mas sempre com os homens comandados por Nuno Manta Santos a assumir mais o jogo.

Golos de Zé Pedro e Luís Machado evitam nova derrota Antes, na terça-feira e a menos de 15 dias da estreia na Liga NOS, o Feirense defrontou a equipa do Vilaverdense, do Campeonato de Portugal, e não foi além de um empate a duas bolas. O Feirense até foi a primeira equipa a adiantar-se no marcador, por intermédio de Zé Pedro, mas a formação de Vila Verde – Braga, orientada pelo jovem técnico António Barbosa, deu a volta ao resultado, na sequência de dois cantos. Os fogaceiros viriam a empatar a partida através de um grande remate de fora da área, executado por Luís Machado. O plantel principal do CD Feirense regressa aos trabalhos na próxima segundafeira.

Plantel sem novidades A semana de trabalho não trouxe novi-

dades no que à constituição do plantel do Feirense diz respeito. O guardaredes Murilo Prates chegou a ser dado, pela imprensa desportiva nacional, como certo por duas temporadas, mas as mais recentes notícias dão conta que o guardião brasileiro continua à experiência, sendo de esperar uma decisão para breve. Mesmo que Murilo Prates seja reforço, é de esperar que o Feirense vá procurar mais uma solução para a baliza. Na defesa, Nuno Manta continua à espera de um lateral-esquerdo que faça esquecer Vítor Bruno (titular indiscutível na época passada e que se transferiu para o Boavista). O meiocampo também deverá receber um ou dois reforços (o médio egípcio Obama, que chegou a ser apontado como reforço, está descartado). Os próximos dias também deverão trazer novidades relativamente à lista de dispensas, com David e os ex-juniores Diga, Ibrahim, Ivo Eichmann e até João Tavares (tem estado em destaque na pré-época) na linha da frente para poderem ser emprestados.


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ENTREVISTA

“O U. Lamas tem ObrigaçãO de LUtar sempre peLOs primeirOs LUgares”

Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

depois do segundo lugar na época passada, Luís miguel martins mantém-se ao leme do União de Lamas, mas não se assume como candidato à subida. No entanto, promete um Lamas nos lugares cimeiros e a lutar pelos três pontos em todos os jogos.

Que razões o levaram a aceitar a renovação com o U. Lamas? Como toda a gente sabe, o U. Lamas é o clube do coração, é o clube da minha Terra e que aprendi a gostar desde cedo. Depois porque acredito no projecto que passa por estabilizar o clube, que passou, como é sabido, por alguns problemas. Cheguei cá no final da época 2015/16 e foi-me pedido para devolver a mística ao clube, dos tempos antigos, em que eu também era jogador. Foi esse o trabalho que tentámos fazer o ano passado e penso que foi conseguido. Conseguimos trazer mais gente ao estádio, envolver a Terra ao clube. Foi-me proposta a continuidade do projecto, como provam as renovações da maioria do plantel, e é um projecto aliciante, mas sustentado. É um clube que está a renascer e que dá mais do que o mínimo de condições. Em termos de materiais é espectacular, está ao nível de clubes profissionais. E é um clube que também me dá projecção, é um histórico. Acredito nas pessoas que aqui estão e que vamos voltar a fazer um bom trabalho.

será importante saber lidar com isso. Vai ser importante saber ultrapassar os momentos menos bons. Objectivamente, o U. Lamas tem obrigação de lutar sempre pelos primeiros lugares.

Depois do segundo lugar na época transacta, o objectivo tem de passar pela subida? Não. É lógico que se pudermos ser primeiros não vamos ser segundos. O objectivo do U. Lamas é ser sempre melhor, de jogo para jogo. Sempre com o olhar nos três pontos, foi o que fizemos na época passada. Sentimos evolução da equipa ao longo da temporada e, este ano, o discurso vai ser o mesmo. Pela história, o U. Lamas tem de andar sempre a lutar pelos primeiros lugares e é isso que vamos tentar, para isso mantivemos a base do ano passado e contratámos alguns reforços. Mas sabemos que este campeonato está cada vez mais competitivo, muito acima do que eram as 3.as Divisões Nacionais. Vamos ter um Pampilhosa, que está há 20 anos nos campeonatos nacionais, um Estarreja, que na época 2015/16 lutou para chegar à Segunda Liga, um histórico como o Beira-Mar, clube da capital do Distrito, um Lourosa, com a entrada de um investidor. Vai haver muita competitividade, toda a gente vai perder e

Está satisfeito com o plantel até agora construído? Aconteceram, pelo menos, três saídas importantes (Fábio Raúl, Américo e Bruno Anciães) … há ainda algum lugar por preencher? Totalmente satisfeitos nunca estamos. Temos o plantel possível. Dentro do orçamento disponível, estou muito contente com o plantel. A entrar será um lateral, preferencialmente que possa jogar pelos dois lados. Este ano, vamos também ter equipa B, pode ser que encontremos a solução dentro de casa. Mas estou muito feliz com a equipa que tenho, penso que está mais equilibrada.

Ao longo da temporada passada foi crítico em relação a algumas arbitragens. Acredita que podiam ter ido mais longe com outras arbitragens? Os jogos são todos transmitidos pela AFA TV. Não digo que o U. Lamas foi mais ou menos prejudicado que outros. Sei que tivemos um Espinho que teve 13 grandes penalidades na segunda volta, e o U. Lamas, S. João de Ver, Beira-Mar tiveram três ou quatro. Aconteciam lances idênticos para estas equipas aos que eram marcados a favor do Espinho. Penso que o Espinho foi a melhor equipa do campeonato, com a melhor estrutura, não digo que foi beneficiada, mas que foi um pouco protegida. O Espinho ia ser campeão na mesma, mas o fosso não ia ser tão grande. Mas não quero com isto dizer que o Espinho não foi um justo vencedor, porque, na minha opinião, foi.

Que trazem à equipa os novos reforços? O Paulinho é um regresso. É um jovem ponta-de-lança, foi para o Sanguedo para jogar. Fez uma boa temporada no Sanguedo e regressa. O João Beirão vem substituir o Bruno Anciães. Foi uma opção técnica. O Fábio Raúl saiu por opção dele, porque eu e a direcção queríamos que ele continuasse. Mas ele é uma pes-

soa da casa e quis experimentar outras coisas. Eu compreendo. Colmatámos essa saída com a entrada do Tó Frangolho, que já tinha sido meu jogador em Cesar. Além disso temos também o Luís, que esteve a época passada praticamente toda lesionado. Penso que vai ser um dos melhores ‘reforços’ do U. Lamas. O Tintim também já tinha sido meu jogador no Cesarense e também regressa ao U. Lamas. Também é uma mais-valia. O Duarte é também um jogador que eu conheço. Vem para jogar nas posições 6 ou 8. Tentamos ter um equilíbrio em todas as posições. Praticamente as contratações foram posição por posição e quase todos já tinham sido meus atletas. Falta um lateral. Temos de encontrar soluções, ou fora ou cá dentro. Ainda o ano passado o Manú, que é pontade-lança (embora tenha jogado a lateraldireito nos iniciados do FC Porto), jogou muito tempo a lateral-direito. Vai manter a ideia de jogo ou podemos esperar algumas alterações? O modelo de jogo vai ser idêntico. Quanto ao sistema de jogo eu tenho um que prefiro, mas nem foi esse que utilizámos na época passada. É uma vantagem conhecer a maior parte dos jogadores, mas depois a pré-época também vai ditar algumas coisas. Eu gosto que as minhas equipas saibam o que é o jogo, o momento que o jogo dá. Queremos que os nossos atletas compreendam o momento do jogo. Primeiro, temos de jogar como equipa, os jogadores às vezes têm de se sacrificar em prol da equipa. Vou dar o exemplo do Joca que fez uma época fantástica, depois de um ano sem jogar. Por necessidade da equipa, nos últimos jogos jogou no meiocampo. Até fico arrepiado ao falar disto, no dia anterior à última jornada [jogo decisivo para o segundo lugar, frente ao S. João de Ver], sabendo dos problemas de lesões e castigos que tínhamos, o Joca ligou-me a dizer que jogava onde fosse preciso e que iam fazer tudo pela equipa. Ter o melhor marcador da equipa a dizer estas palavras… eu dou mais valor a um jogador que joga pela equipa e é isso que tento incutir nos jogadores do U. Lamas. A ideia é a equipa, trabalhar em prol da equipa. O ano passado usámos

mais o sistema 4-2-3-1, mas o jogo é que vai ditar. Depois vamos ter sempre um plano B. O meu sistema preferido é o 4-3-3 tradicional, mas depois depende dos jogadores que temos.

“O Beira-Mar é o principal candidato” Que Divisão Pro-Nacional está à espera? Quem aponta como candidatos? O ano passado, havia duas ou três equipas que se falavam que eram mais fortes. Dessas três, duas ficaram atrás do U. Lamas. Por isso, os candidatos vão ser uns sete… depois há outras boas equipas à espreita. Na minha opinião, o Beira-Mar é o principal candidato, depois há um lote de seis ou sete equipas. O ano passado ninguém dava nada pelo S. João de Ver e U. Lamas e andámos até ao fim a lutar pelo segundo lugar. Foram duas excelentes equipas do campeonato e esta época são equipas que têm obrigação de começar melhor. São equipas que mantêm as equipas técnicas, e isso é uma vantagem no início. Mas o Beira-Mar foi contratar jogadores que estavam numa divisão acima e que jogavam, eram peças preponderantes nas equipas que estavam. Têm um grande lote de jogadores, vamos ver se fazem uma grande equipa. Estou a contar com um campeonato muito equilibrado e competitivo. Há cada vez menos equipas desequilibradas neste campeonato. Quais são as expectativas para a participação na Taça de Portugal? É o ‘regresso’ aos nacionais do U. Lamas. Logicamente que não é para ganhar [risos], quem me dera que fôssemos ao Jamor. Para já, temos de ter sorte no sorteio porque há equipas melhor preparadas, do Campeonato de Portugal, que entram mais cedo em competição. Mas será um jogo em que não temos nada a perder, é a festa da Taça, por vezes há surpresas. De certeza que vamos ser competitivos. Claro que pensamos em passar algumas eliminatórias para apanhar uma equipa grande, era muito bom e o U. Lamas merecia voltar a esses grandes jogos, mas estamos é a trabalhar essencialmente para o campeonato.


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ENTREVISTA

“Vai ser uma luta titânica para conquistar a manutenção” Vasco coelho conquistou, a época passada, o vicetítulo da 2.ª Divisão Distrital e o direito de recolocar o canedo Futebol clube no patamar máximo das distritais de aveiro. agora, na pro-nacional, o experiente técnico reconhece maiores dificuldades, mas aposta na ambição dos seus jogadores para alcançar a manutenção. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

O que o motivou a continuar no Canedo? Foram vários factores. As pessoas que estão à frente do clube, o próprio plantel, senti que havia simbiose entre equipa técnica e jogadores, depois o projecto e, finalmente, o campeonato que o Canedo vai disputar, que é aliciante, competitivo e motiva qualquer jogador ou treinador. Depois de uma época de sucesso (subida e vice-campeão), qual é o objectivo do Canedo para a próxima temporada? O objectivo passa simplesmente pela manutenção. Sabemos que não será fácil num campeonato com estas características, em que existem equipas com pergaminhos e outros argumentos. Mas, pela experiência que tenho no futebol, nada disso ganha jogos ou campeonatos. É preciso ter uma equipa, no verdadeiro sentido da palavra, e eu e a estrutura do Canedo sentimos que vamos ter dificuldades, mas não vamos disputar o campeonato inferiorizados. Temos um clube com estruturas físicas invejáveis, já o disse anteriormente e sublinho, a roçar a excelência, um clube bairrista e sério, que cumpre com as suas obrigações. Isso também é motivante para mim e para os meus jogadores. Podemos não ter na teoria os argumentos que outras equipas têm, mas temos ambição. Para a manutenção temos também de equacionar as eventuais descidas dos nacionais, como aconteceu este ano. Assim, o nosso objectivo é fazer 42 ou 43 pontos que acredito que seja o suficiente para não descer de divisão. Vamos pensar jogo a jogo. Penso que vamos conseguir o nosso objectivo, que o Canedo reúne condições para o fazer, até porque a maior valência que temos é ter conseguido a base do ano passado. Uma equipa competitiva e ganhadora. O ano passado, na primeira fase, só perdemos um jogo. Sabemos que pode não acontecer o mesmo neste campeonato, temos de nos preparar porque estamos num campeonato diferente.

Plantel com vagas por preencher Embora o Canedo tenha assegurado a base do ano passado, o plantel parece ainda curto. Está satisfeito com o plantel que tem ao dispor ou ainda precisa de reforços?

O primeiro objectivo foi manter a base, depois senti que é de extrema importância reforçar a equipa nalguns pontos críticos. No entanto, temos tido alguma dificuldade a esse nível em função dos valores que os jogadores que contactámos nos têm pedido. O Canedo é um clube humilde, de gente honesta, e vive com um orçamento rigoroso. Quer cumprir com o orçamento. O que nos leva a alterar um pouco a mentalidade nas contratações. Estou a procurar contratar jogadores que acredito terem potencial para se exprimirem neste campeonato e dar um salto qualitativo. Que reúnam condições para ajudar o clube e que possam se projectar a curto/médio prazo. Contratámos jogadores jovens. Resumindo, estamos a fazer aquisições dentro das nossas possibilidades e não vamos entrar em euforias, nem orçamentos megalómanos. Mas estamos a ter dificuldades porque estamos numa situação geográfica em que os outros clubes estão com orçamentos muito superiores. Pretendo um plantel de 25 jogadores, por isso, precisamos de mais cinco ou seis jogadores. Neste momento, o mais urgente é um ponta-de-lança, um médio centro (um 8), um central e um lateral-direito. Para fechar a baliza estamos em negociações para a renovação do Ricardo Mota. Que trazem à equipa os reforços já confirmados? O Fábio Arantes é um jogador jovem, com qualidade. Tem algumas vivências de campeonatos nacionais. Jogava na equipa B do Gondomar. Tenho boa relação com o treinador do Gondomar e ele deu-me boas indicações. O Joel [ex-Sanguedo] e o Pedro Rodrigues [exArgoncilhe] também são jovens e sei que vêm com ambição desmesurada. Foram atletas que me chamaram à atenção na época passada [na 2.ª Divisão Distrital]. O Mário Bolas [ex-Cucujães] é um atleta que já esteve no clube e tem afinidades com o clube e com a massa associativa. Já conhece bem a casa e que vai ser interessante para a equipa. O Tiaguinho [ex-Fiães] foi meu jogador no Fiães, não ficou lá e vai tentar no Canedo dar um salto porque tem capacidades. A ideia de jogo vai-se manter ou a subida de divisão implica mudanças? A ideia de jogo vai ser a mesma. Essa

ideia de ambição, de vencer tem de ser a mesma. Aliás, podemos não ter capacidade igual em orçamento, mas temos de ter outras capacidades ao nível das outras equipas, senão estamos antecipadamente derrotados. Não dou grande valor aos sistemas tácticos. Poderei jogar em duas variantes, 4-4-2 e 4-3-3, embora prefira este último. Mas acredito mais na estratégia. O sistema táctico é algo rígido, acredito mais na estratégia e naquilo que os jogadores têm de fazer em função de um adversário, para o contrariar e maximizar determinados aspectos que possamos colocar em jogo para entrar em desequilíbrio. Para mim, uma equipa evoluída, em termos estratégico-tácticos, é uma equipa que durante um jogo consegue passar por diferentes variantes tácticas e sistemas. Uma equipa que no momento defensivo sabe como defender, no momento ofensivo sabe como atacar, sempre numa base do equilíbrio. Esta é a minha grande ideia de jogo, a capacidade de metamorfose das minhas equipas em termos estratégico-tácticos e a capacidade de equilíbrio. Gosto de manter sempre o equilíbrio, não são equipas de se expor muito. Gosto de equipas equilibradas, por isso é que as minhas equipas sofrem sempre poucos golos. A nossa dinâmica de treino também vai ser trabalhada em função do adversário que vamos encontrar, do que queremos para o jogo. Mas não vamos ser apenas uma equipa reactiva, vamos ser uma equipa activa, quer no momento ofensivo, quer no defensivo, quer nas transições.

Que tipo de campeonato está à espera de encontrar? Um campeonato extremamente competitivo, mais difícil que o ano passado. Este campeonato vai ser mais complicado, mais complexo. Vai ser uma luta titânica para um conjunto de equipas subir de divisão. Penso nos projectos de subido e fico com oito a dez equipas na mente. Depois vai ser uma luta titânica entre todas as outras para conquistar a manutenção. Não vai descer quem se pautar pela regularidade e pela capacidade de resistência psicológica, as equipas que tenham autodomínio a esse nível. Vai ser dificílimo e aproveito para dar os parabéns à Associação de Futebol de Aveiro e à AFA TV. É curioso, tenho muitos anos de futebol e passei por várias equipas da Associação de Futebol do Porto e, na altura, os jogadores do Porto não queriam jogar em Aveiro. Eu saí do Rio Tinto e vim para o S. Roque, na 3.ª Divisão Nacional [3.º lugar na Série C] e trouxe três ou quatro jogadores do Porto, mas eles não queriam vir. Agora é ao contrário, são os jogadores do Porto a querer jogar em Aveiro porque este campeonato é constituído por um lote de equipas de excelência, com tradições – até nacionais –, e está com uma visibilidade e capacidade organizativa suprema, quer a nível de associação, quer a nível de Conselho de Arbitragem. Sinto que os árbitros são cada vez mais competentes. Vai ser um campeonato muito bom e competitivo, disputado palmo a palmo.


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FUTEBOL A ESTRUTURAÇÃO DA PRÉ-ÉPOCA João Pedro Gomes, Marketeer Souto — Tarei

ROMARIZ DE FORA DO CAMPEONATO NA PRÓXIMA ÉPOCA Depois de realizadas três assembleias gerais, não surgiu qualquer interessado em assumir as rédeas da direcção do Romariz. Assim, devido à indisponibilidade pessoal do ainda presidente Álvaro Relvas, a equipa concelhia não participará nas provas da Associação de Futebol de Aveiro na temporada 2017/18. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt

I DISTRITAL O rumor crescia a cada semana e o CF consegue garantir que o Romariz não participará nas provas da Associação de Futebol de Aveiro na próxima temporada. O presidente, Álvaro Relvas, afirma que, devido à incompatibilidade da sua vida profissional, não continuará à frente da direcção do clube. Por tal, não havendo qualquer interessado em ocupar o lugar e os prazos de inscrição dos clubes junto da AFA terminar hoje, segunda-feira, a equipa romarizense não entra em acção em 2017/18. Durante a última semana, o CF falou com Álvaro Relvas tendo este desvendado a realização de três Assembleias, mas que não existe ninguém disponível para assumir o clube. “Fiquei disposto a

ajudar, mas como presidente não posso continuar. Se aparecer alguém que assuma o clube enquanto presidente, disponho-me a ficar na direcção e ajudar. Há umas quatro ou cinco pessoas interessadas, mas vamos ver”, afirmou na quarta-feira, dia 26. As pesadas e frequentes sanções aplicadas pelo Conselho de Disciplina da AFA na época transacta causou impacto na estrutura romarizense. “A Associação, em algumas situações foi justa, mas noutras foi injusta. Há uma situação, num dos últimos jogos do campeonato, e o árbitro afirmou que o Borges [antigo treinador] o tratou mal, mas o Borges nem sequer esteve nos balneários ou no banco de suplentes. Mesmo assim, a Associação tomou a decisão

de aplicar uma multa e prejudicou o clube. Isso não ajuda, mas não é por aí. Não seria a Associação que deitaria o clube abaixo. Os romarizenses querem que alguém assuma, mas não vejo ninguém para assumir. Isso é mau”, disse. Ainda assim, depois das três reuniões entre direcção e associados, o CF sabe da realização de uma quarta reunião, na sexta-feira, dia 28, para ultimar e decidir, definitivamente, o futuro do clube. O presidente confirmou, no sábado, a não participação do Romariz no campeonato, pelo menos, na temporada que se avizinha. A cessação de funções de Álvaro Relvas obrigará o clube a reestruturar-se e, aos futuros dirigentes, elaborar um novo projecto.

ESPERANÇA REDUZIDA NA MANUTENÇÃO DO FEIRENSE JUNIORES O Clube Desportivo Feirense deverá jogar na segunda divisão nacional na próxima temporada. Na última jornada do campeonato da época transacta, os pupilos treinados por Tiago Conde viram-se despromovidos após perder com o Leixões pela margem mínima, mas o

Feirense apresentou queixa junto da Federação Portuguesa de Futebol porque Ricardo Malafaia, treinador da equipa de Matosinhos, viu-se expulso minutos antes enquanto delegado dos seniores do clube. Assim, os fogaceiros pediam pena de derrota ao Leixões e, com esse resultado, a conse-

quente despromoção. Contactado pelo CF, Manuel Teixeira, responsável pelo Departamento de Formação azul e branco, afirmou que o Feirense não recebeu qualquer documento oficioso da FPF a confirmar a descida. Caso aconteça, garante que o clube vai recorrer.

FUTEBOL VISTO POR DENTRO Numa fase de préépoca é importante estabelecer os níveis de preparação pretendidos para a época que se avizinha, tanto coletiva como individualmente. O primeiro aspeto a definir, quando reunidas as tropas para o início dos treinos, são os objetivos da época: • Objetivo/estilo de jogo; • Objetivo/resultado. Assim que é transmitida esta mensagem, o treinador deve passar ao trabalho, focando-se em estabelecer um plano adequado que vise exercitar, positivamente, as várias vertentes individuais e de grupo: estado físico, psicológico, técnico, tático. Tudo isto deve ser trabalhado tendo em conta a forma de jogar, portanto, o treinador deve ser capaz de adaptar os trabalhos aos fundamentos que pretende ver aplicados. A meu ver, é fundamental que o técnico reúna, dentro das suas possibilidades, um grupo de atletas que, em primeiro lugar, disponha das condições mentais mais adequadas às pretensões da equipa e ao modelo estabelecido. É na pré-época que toda esta informação é canalizada para os jogadores, objetivando-se a união do grupo em torno de uma única meta e uma compreensão empática do modelo de jogo a seguir. Só o treinador pode compreender e saber quais os jogadores que pode contar para manter a homogeneidade das suas ideias. Podemos observar, com a preparação dos clubes profissionais numa fase mais avançada, a importância dos trabalhos na definição da sua forma de jogar e nos consequentes resultados. Embora ainda estejamos numa altura relativamente precoce, começam já a emergir aspetos vincados da personalidade dos grupos, que dão a entender aquilo que pode ser a regularidade da temporada, com mais ou menos precisão. Obviamente que existem milhentos fatores que terão de ser tidos em conta ao longo das jornadas, mas é agora que se faz de um conjunto de jogadores uma equipa, mentalizada daquele que é o caminho a percorrer. Nota: O autor opta por escrever com o Acordo Ortográfico. Pub.

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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS

EQUIPA TREINADOR C.

F. U. L.

União de Lamas

S. João de Ver

Lus. Lourosa

Fiães

Canedo

DIVISÃO PRO-NACIONAL

PERMANÊNCIAS

ENTRADAS

AGENDA

Vasco (Júnior); Duarte Alves (Estarreja), Tó Frangolho (Cesarense), Tintim (FC Bulle, Suíça), Paulinho (Sanguedo), João Beirão (Gondomar)

Ameriquinho, Toninho, Américo, Manecas, Fábio Raul (Bustelo), Bruno Anciães

Início dos trabalhos a 2 de Agosto

Bruno Costa, Igor, Relvas, Fonseca, Luís Belo, Magolo, Marco Ribeiro, Bino, Samu, Gouveia, João Tavares, Martini, Yorn, Machadinho, Manuel Pinto

Nuno Oliveira (Fiães); Gabriel (Gafanha Sub19), Rúben Gomes (Cesarense), Alex Brandão (Estarreja), Vítor Neto (Avanca), Pedro Magolo (Júnior), Zé António (Anadia), Leo (Lourosa Sub-19)

Saúl (retirado), Tiago; Cardoso, Zé Semedo, Eduardo, Osório, Vitinha (Fiães), Leo (Lourosa), Manú (Fiães)

Início dos trabalhos a 16 de Agosto

Marco Sá; António Alves, Vítor Sá, Ivo Oliveira, Jó, Bruno Silva, Max, Xavi, Pedro Silva

João Borges (Esmoriz), Francisco Costa (Júnior); Rena (Cesarense), Ricardo Correia (Esmoriz), Joca (Esmoriz), Edu (Cesarense), Bruninho (Pedroso), Leo (S. João de Ver), Pirata (Beira-Mar), Ricardo Gomes (S. João de Ver), Edu Silva (Penafiel), Diogo Belinha (Estarreja), Koneh (Esmoriz)

Rui Silva (Arcozelo); Viditos (Fiães), Mauro, Vítor Fonseca, Marcus, Samuel Teles, N. Vieira, Fabrice, Inverno, Fredy (Pampilhosa)

Início dos trabalhos a 12 de Agosto

Fernando Pais; Dany, Carlos André, Samu, Jaiminho, João Ramos, Magalhães, Fernando, Seminha, Nélson Diogo, Bruno Tiago, Tiago Castro, Xavi, Fabiano, Rúben Barbosa, Andrezinho

Janita (Carregosense); Viditos (Lus. Lourosa), Vitinha e Manú (S. João de Ver), Inverno (Lus. Lourosa)

Nuno Oliveira (S. João de Ver); Napoleão (Bustelo), Sousa (Bustelo), Tiaguinho (Canedo), Filipe Leite (Esmoriz), Joel (Milheiroense)

Início dos trabalhos a 14 de Agosto

Zé Carlos, Rui, Ricardo Mota; Sérgio Ramos, Porto, Fabri, Gaído, Neves, Paulo Ferraz, Dioguinho, Badolas, Nuno Fruta, Fernando Jorge, Paulinho, Gil

Pedro Rodrigues (Argoncilhe), Tiaguinho (Fiães), Joel (Sanguedo), Mário Bolas (Cucujães), Fábio Arantes (Gondomar B), Rui Rocha (Cesarense B), Xavi (Cesarense), Eusébio (Anadia), Hugo Teixeira (Argoncilhe)

Luís Miguel Martins

Ricardo Maia

António Caetano

Carlos Santos Vilar (Mansores)

Início dos trabalhos entre 12 a 15 de Agosto

Vasco Coelho

I DIVISÃO DISTRITAL

Cerqueira, Maia, André, Joãozinho, Marcelo, Martins, Mendes

Milheiroense

SAÍDAS

Pedro Justo, Hélio, Kiko; Marcelo, Tiago Ribeiro, Joel, João Marques, Rodrigo, Óscar Beirão, Luís, Pinheiro, Mauro, Chiquinho, João Dias, Flecha, Bruno Faria, Manú, Joca

Rui (Cesarense ‘B’), Balona (Romariz), João Marques (ex-Cesarense ‘B’), Lima (júnior), Toninho (S. Vicente Pereira), Óscar (S. Vicente Pereira), Joel Sousa (Fiães), Henrique (Dragões Sandinenses), Joel Cardoso (Argoncilhe)

Rui (Macieirense), Xavier, Jardel, Castro, Miguel Soares, Pedro Sousa, Joel, João Marcelo, Pedro Nuno, Ricardo Martins, João Luís, Tiaguinho, Pena, Leo Quirino, Miguel

Vítor Moreira

Início dos trabalhos a 7 de Agosto. Jogo treino vs Crestuma (12 de Agosto), ARC S. Lourenço Douro (19 de Agosto), Esmoriz (24 de Agosto), Canedo (29 de Agosto), Lobão (2 de Setembro)

Huguito (Macieirense), Dani (Macieirense), Cris (Macieirense), Roma (Macieirense), Leitinho (Macieirense), Abel (Macieirense), Victor Rocha (Geração Rui Dolores) Romariz

Mosteirô

Geração RD

Paços Brandão

Diogo Alves, Guima, Vasquinho, Vitinha, Ricardo Santos, Sérgio, Alex, Zé Pedro, Vasco, João Tavares, Zidane, Fábio, Barbosa, Pedro e Talheiro, Daniel Dbouk

Miguel Santos (Júnior), Gonçalo Cunha (Júnior), Leonardo (Ovarense), Jorge Neves (ACRD Mosteirô), João Marques (ACRD Mosteirô), Arménio

Gil, Nuno, David, Marcelo

Início dos trabalhos a 21 de Agosto. Jogo de treino vs. Santiais (26 de Agosto), Lobão (10 de Setembro)

Higuita, Hélder, André, Bernardo, André Dolores, Ricardo, Picas, Abelha, Amorim, Coutinho, Zé, Tiago, Gaúcho, Gui

Vitinha (Cucujães), Victor Rocha (Romariz), Luxo (Nadais), Bruno (Cesarense ‘B’), Toninho (U. Lamas)

Yann (retirado), Godinho (retirado)

Início dos trabalhos a 7 de Agosto. Jogo treino vs Anadia (7 de Setembro)

Zé Manel, Carvalho, FF, Fausto, Saxe, Pedro Sá, Mota, Marco, Daniel, Robinho, Ruizinho, Rúben Silva, Pedro Ribeiro, Justo, Candeias, Nélson

Pedro Nuno (Fiães Sub-19), Élson (Argoncilhe)

Aurélio Fonseca

Leonel Castro

Miguel Rapinha

CANEDO ANUNCIA CINCO CARAS NOVAS PRO-NACIONAL O plantel do Canedo Futebol Clube, orientado por Vasco Coelho, começa a ganhar forma, depois de um atraso no início do planeamento da temporada 2017/18, em virtude das eleições no clube. No decorrer na semana passada, o Canedo chegou à acordo com mais cinco atletas para reforçar o plantel na próxima temporada. Eusébio, lateral-direito ex-Anadia, Fábio Arantes, ex-Gondomar B, que pode jogar a trinco ou a defesa-central, o avançado/ extremo Hugo Teixeira, ex-Argoncilhe, e os

pontas-de-lança Rui Rocha e Xavi, ambos ex-Cesarense, são os cinco mais recentes reforços do clube canedense. Por definir no plantel continua a situação do guarda-redes Ricardo Mota. A confirmar-se a sua permanência, como é desejo da direcção e equipa técnica, o lote de guarda-redes fica fechado (juntamente com as também manutenções de Zé Carlos e Rui), ficando apenas a faltar a contratação de um defesacentral e de um médio-centro para fechar o plantel.

Paulo

Início dos trabalhos a 16 de Agosto. Jogo treino vs Serzedo (23 de Agosto), S. João de Ver (24 de Agosto).

Lobão projecta implementação de relvado sintético II DISTRITAL A Associação Desportiva e Cultural de Lobão, que está a realizar obras com vista ao melhoramento dos equipamentos desportivos do Estádio São Tiago, quer substituir o actual piso por um relvado sintético. Em nota de imprensa, o clube afirma estar “perto de alcançar o impensável” e diz que irá proceder à realização de um “peditório com o intuito de angariação de fundos”. Na página do clube na rede social Facebook, é possível ver o projecto para as infra-estruturas.


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MODALIDADES

CÁTIA COELHO VENCE CORRIDA DE FELGUEIRAS

Desportivo de Fiães começa a trabalhar

FERNANDO LUÍS MANTÉM-SE NOS SENIORES Carlos Fontes

VOLEIBOL A um mês do início da nova temporada do voleibol nacional os clubes já têm quase definidas as equipas que vão disputar as provas nacionais, que se iniciam em outubro. Na divisão maior, a grande novidade chama-se Sporting Clube de Portugal. Os leões regressam à modalidade após cerca de duas décadas de ausência, curiosamente depois de terem conquistado o título máximo durante três temporadas consecutivas – 1991/92, 1992/93 e 1993/94. Tudo indica, portanto, que na época que está prestes a iniciar-se, o Benfica, tricampeão nacional vai ter como maior adversário a formação leonina (na 1.ª jornada vamos ter um Sporting-Benfica), comandada por Miguel Maia, que deixa o ‘seu’ Sporting de Espinho para regressar a um clube no qual conquistou três dos seus 15 títulos com que conta o seu palmarés. Além do Sporting, que vai fazer a sua preparação de segunda-feira a quinta-feira, no pavilhão municipal de Fiães – embora sem confirmação oficial, fala-se num acordo de três anos para a utilização do recinto – o Benfica terá, ainda, de se preocupar com as formações da Fonte do Bastardo (muito reforçada), do ‘crónico’, e mais titulado (18 títulos) Sporting de Espinho, treinado pelo fianense, Rui Pedro, e Castêlo da Maia. Por cá, continua a incerteza quanto à inscrição, ou não, da equipa da Academia José Moreira, na 2.ª Divisão. Os ‘moreiras’ perderam alguns seniores que rumaram ao Sporting de Espinho e FAC- Famalicense, viram,

também, a saída de alguns atletas juniores para os tigres e, por isso, ainda não tomaram uma decisão. Uma decisão que interessa ao Clube Desportivo de Fiães, que caso a AJ Moreira não se inscreva, ocupará o seu lugar no Nacional da 2.ª Divisão, e não irá disputar o Nacional da 3.ª Divisão. “Certa, certa é a presença da nossa equipa sénior feminina nos nacionais. Já está formada, já tem treinador e, portanto, aqui, ao contrário da masculina, não há dúvidas”, afirma, José Magalhães, dirigente da Academia José Moreira, sediada em Nogueira da Regedoura. Os dirigentes fianenses, que estão neste momento apenas focados na presença na Viagem Medieval, estão atentos, mas para já apenas há uma certeza. O professor Fernando Luís vai continuar a dirigir a equipa sénior masculina – “não sei com que jogadores, mas também não estou preocupado, pois ainda não é tarde”, afirma – enquanto, Nuno Neves, que fez um excelente trabalho na temporada passada ao comando da formação júnior, vai ser o responsável pela equipa feminina, que regressa à competição, da qual estava ausente desde 1967. Entretanto, Rui Mota, que na temporada passada teve um acidente de viação que o retirou da equipa sénior, e cuja ausência foi determinante para a descida de divisão, está a recuperar, fazendo fisioterapia nas piscinas de Fiães. “Espero estar completamente recuperado no início dos campeonatos”, confessa o atleta, um dos mais promissores voleibolistas nortenhos.

Gabriela Coelho conquista Torneio de Voleibol de Praia em Cabo Verde VOLEIBOL PRAIA A feirense Gabriela Coelho, que faz dupla com Marta Hurst, conquistou a primeira edição do Torneio de Voleibol de Praia – AFVPL, disputado na Ilha do Sal, Cabo Verde. A dupla Hurst/Coelho não deu hipó-

teses à concorrência cabo-verdiana, angolana ou moçambicana e trouxe para Portugal o primeiro lugar sem qualquer derrota ou set sofrido. Esta dupla tinha já conquistado o Campeonato Nacional Universitário da modalidade em 2015/16.

ATLETISMO A atleta do Feirense, Cátia Coelho, conquistou o primeiro lugar do escalão júnior na prova principal – dez quilómetros – da Corrida de Felgueiras, prova pertencente à Associação de Atletismo do Porto. Juliana Silva fez quinto lugar em seniores. Dos restantes atletas em prova, destacase o segundo lugar de Ricardo Alves, Benjamin B e os terceiros lugares de Alexandra Canedo, em iniciados, e de Ana Correia e David Duarte em juvenis.

Feirense conquista 5.ª Milha Nocturna de Mosteirô O clube concelhio arrecadou o primeiro lugar colectivo da 5.ª Milha de

Mosteirô, prova realizada no sábado, dia 29. Estes foram os resultados individuais: em primeiro lugar: Mariana Neves, benjamin A; Ana Marques, benjamin B; Afonso Oliveira, benjamin, B; Margarida Oliveira, infantil; Sofia Fernandes, iniciada; Ana Correia, juvenil David Duarte, juvenil; Luís Oliveira, júnior; Samuel Costa, iniciado; em segundo lugar: Ana Santos, benjamin B; João Bastos, benjamin B; Filipa Neves, infantil; Jorge Santos, iniciado; Diogo Pinho, juvenil; Juliana Silva, sénior; em terceiro lugar: Matilde Monteiro, infantil; Francisco Reis, iniciado; Telma Pinho, juvenil; Filipe Luz, juvenil; e Cátia Coelho – júnior.

CALDAS COM SEIS PÓDIOS NAS 12 HORAS EM MOVIMENTO ATLETISMO A Pista de Atletismo de Lourosa acolheu no sábado, dia 22, as 12 Horas em Movimento prova na qual o Caldas de S. Jorge arrecadou seis pódios. No escalão de Benjamins, foram oito os atletas que participaram no Triatlo Infantil. Nos escalões de Infantis a Veteranos, o Caldas esteve representado por 15

atletas, destacando-se no contrarelógio de 1000 metros. Os seis pódios surgem do primeiro lugar de Lídia Ferreira em seniores e os terceiros lugares de Joana Santos e Bruno Rodrigues em Infantis, Beatriz Valente em Iniciados, Bruno Couto em Seniores e Arlete Santos em Veteranas V35. Pub.


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MODALIDADES

B0LA NAS REDES Feirense alcança quarto lugar do nacional de Juvenis NATAÇÃO O Clube Desportivo Feirense arrecadou o quarto lugar do Campeonato Nacional de Juvenis, Absolutos e Open de Portugal, em Oeiras, entre 20 e 23 de Julho. No escalão de Juvenis (nascidos em 2001 e 2002), os nadadores Feirenses tiveram como ponto alto o quarto lugar nacional de Manuel Pinho. O nadador da turma fogaceira alcançou ainda o sexto lugar nos 100m mariposa, nono nos 100m costas, posição que também garantiu nos 200 livres. Individualmente, o Feirense garantiu ainda o 17.º lugar de Rodrigo Coelho na prova dos 200m mariposa; o 19.º de Rodrigo Coelho na prova dos 100m costas; e o 42.º de Rodrigo Coelho na prova dos 200m costas. A estafeta de 4x100m estilos, composta por Rodrigo Coelho, costas, Gabriel Carvalho, bruços, Manuel Pinho, mariposa, e Bernardo Tavares, crol, garantiu o 16.º lugar. No escalão Absoluto (Juniores e Seniores) e Open (com inclusão de atletas estrangeiros), o

nadador Job Silva, conquistou a quinta posição da Final B (Open) dos 200m costas. O mesmo atleta garantiu ainda a nona posição na final B (Open) dos 50m costas e o 17.º lugar absoluta nos 100m costas. O Feirense encerra assim a época 2016/17.

Alexandre Amorim campeão nacional de 50 metros bruços Também no Campeonato Nacional de Juvenis e Absolutos, mas em representação do Clube Colégio de Lamas, Alexandre Amorim destacou-se com uma final A aos 50 metros bruços e duas finais B aos 100 bruços e 50 livres. Nas respectivas provas, o nadador classificou-se, no escalão Júnior, em primeiro lugar aos 50 bruços, segundo lugar aos 100 bruços e terceiro lugar aos 50 livres. Já Simão Capitão alcançou duas finais A nas provas de 50 e 100 bruços e alcançou, no escalão Sénior, dois quintos lugares; Sofia Pinto alcançou um novo recorde absoluto do clube na prova dos 50 metros mariposa

e classificou-se no oitavo lugar Júnior; Manuel Oliveira, Matilde Domingues e Xavier Cerdeirinha, todos do escalão Juvenil B, alcançaram novos recordes pessoais nas provas de 100 livres, 400 estilos e 100 mariposa, respectivamente; Tiago Barbosa nadou as provas de 50 e 100 bruços e, apesar de não ter obtido novos recordes pessoais, ficou às portas da final B em ambas as provas; Rodrigo Silva alcançou novo recorde pessoal aos 50 costas e realizou o melhor tempo da época na prova dos 100 costas tendo assim ajudado a estafeta absoluta do clube a obter duas boas classificações e a ficar perto dos recordes absolutos do clube; Luís Pereira, Marcos Martins e Samuel Martins, todos do escalão Juvenil B, participaram pela primeira vez num campeonato desta dimensão, à semelhança dos seus colegas acima, e não comprometeram, tendo realizado, nas suas provas (100 bruços, 100 costas e 100 mariposa respectivamente), tempos aproximados aos seus recordes pessoais.

alexandre amorim destaca-se em andaluzia NATAÇÃO As Piscinas Olímpicas de Mairena de Aljarage, Sevilha, acolheram o Campeonato de Andaluzia onde, em representação da Federação Portuguesa de Nata-

ção, Alexandre Amorim garantiu três presenças em pódios. O nadador do Clube Colégio de Lamas alcançou o primeiro lugar Júnior e terceiro Absoluto nos

50 metros bruços; venceu os 100m bruços do escalão júnior e garantiu ainda o segundo lugar, também júnior, nos 200m estilos.

João santos e gonçalo santos no top-10 do nacional de xco CICLISMO As equipas de Juniores e Sub-23 do Sport Ciclismo S. João de Ver marcaram presença, a 23 Julho, em SobradoValongo, no Campeonato Nacional de Cross Country Olímpico (XCO). Apesar de todas as condicionantes inerentes ao facto de estes ciclistas praticarem a modalidade de estrada e não terem feito qualquer preparação específica para a prova, alcançaram lugares de destaque, tendo para isso contribuído a experiência de João Santos e Gonçalo Santos que fizeram parte da sua formação ciclista no XCO e

no XCM. João Santos esteve na luta pelas medalhas até metade da prova, mas viria a ter uma quebra física, fruto do esforço feito para chegar às primeiras posições que o impossibilitou de um melhor resultado. A prova foi vencida por João Rocha da Rodabike/ACRG/Gondomar, tendo João Santos arrecadado o sétimo posto e Gonçalo Santos o nono.

Mariana Almeida, Ana Costa e Diana Marques no pódio em Penafiel Disputou-se, na mesma

data, o 28.º Prémio de Ciclismo S. Pedro ADRAP, com a presença das escolinhas, cadetes e juniores do Sport Ciclismo S. João de Ver. Mariana Almeida, no escalão de cadetes, garantiu o segundo lugar. Prova vencida por Beatriz Martins da Maiatos. Em juniores, Ana Costa repetiu o lugar de Beatriz Martins numa prova conquistada por Jéssica Ribeiro da Milharado e na qual Diana Marques, da equipa concelhia, fez terceiro.

/ADC-Lobão-Veteranos “Projecto dos novos balneários” O Lobão trabalha nas infraestruturas para melhorar as condições dos seus atletas.

/humbertoxavier74

“Hoje foi mais um dia para desfrutar da Bike em Águeda” Natural de Santa Maria da Feira, Humberto Xavier, apelidado de Tubarão, arrecadou a prata na Águeda Gold Race.

@Sporting_CP “Tiago Rocha é mais um reforço para o #AndebolSCP!” O Sporting, campeão nacional de Andebol, oficializou a contratação do feirense Tiago Rocha, atleta que servia as cores do Wisla Plock.

/lusitaniadelourosafc

“Lourosa FC/Florgrade torna-se o novo Campeão Nacional de Futebol 7” Depois de sagrar-se campeão ibérico, o Lourosa/Florgrade venceu o Campeonato Nacional de Futebol 7 ao vencer, por 1-0, a ARCOV.


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DIVERSOS


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ÚLTIMA Aldeia Global

SURFACE WEB, DEEP WEB E D ARK WEB Alecsander Pereira

A Internet é muito mais do que os motores de busca, como o Google e o Bing, por exemplo, podem mostrar.

Surface Web A chamada “Surface Web” significa literalmente “Superfície da Internet”. Fazendo a analogia com um iceberg, seria apenas a ponta superficial. É nesta camada que a Internet é indexada (ordenada, organizada) e as páginas (sites) podem ser encontradas pelos motores de busca. Os sites do Correio da Feira e do Facebook, por exemplo, estão na “Surface Web”.

Deep Web Já a “Deep Web” é a parte submersa do iceberg, ou seja, a “Internet Profunda”. Neste caso é uma zona da Internet que não pode ser detetada facilmente pelos tradicionais motores de busca, pois não está

indexada. A “Deep Web” possui um tamanho muito superior ao da “Surface Web”. Existe muito conteúdo legítimo disponível na “Deep Web”, pois nela estão, por exemplo, sites com conteúdo pessoal não indexado, e-mails, mensagens do WhatsApp, grupos fechados do Facebook, entre outros. Mas, também, existem locais para a troca de conteúdo ilícito: a “Dark Web”.

Dark Web A “Dark Web” está dentro da “Deep Web” e consiste em sites localizados em redes anónimas. Para que possam ser acedidos, necessitam de aplicações especiais como o TOR. E por necessitarem de aplicações especiais, tornam-se mais lentas que o acesso pela Internet tradicional. O TOR, ou The Onion Routing, foi desenvolvido pelo Laboratório de

Pesquisas da Marinha do Estados Unidos para tratar de propostas de pesquisas e análises, utilizando um sistema anónimo de comunicação sobre a Internet. Como é necessário atravessar várias camadas para se chegar ao conteúdo desejado, foi dado o nome Onion, que, em inglês, significa cebola. Os endereços também são diferentes dos convencionais. O Facebook, por exemplo, tem um acesso na “Dark Web”, cujo endereço é https://facebookcorewwwi.onion. O propósito é permitir que as pessoas possam aceder sem indicar o seu IP ou a sua localização. Para tanto, é necessário ter o TOR Browser. Quando é efetuado um acesso normal à Internet, o computador conecta um servidor que consegue identificar o seu IP (ou Internet Protocol), uma identificação única para cada com-

putador conectado a uma rede. Por fornecer mecanismos de anonimato, a “Dark Web” é atraente para os criminosos virtuais, para pessoas que buscam compartilhar conteúdo que foi censurado, como ativistas políticos, meio anónimo para acesso à web comum, pois ela pode ser usada para burlar bloqueios de rede (como os que existem na China). Existem, também, lojas virtuais de mercadorias proibidas, ou de difícil acesso, que incluem armas e drogas ilícitas e até mesmo lícitas. As ações efetuadas por instituições, como o FBI, estão a fazer com que, infelizmente, parte desse conteúdo migre e passe a ser disponibilizado pela “Dark Web”, o que torna mais difícil a deteção e detenção destes criminosos, visto que as técnicas exigem certos recursos tecnológicos avançados e, às vezes, um pouco de sorte. Pub.

FICHA TÉCNICA

Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt

Director Orlando Macedo (CP 3235) direcao@correiodafeira.pt

Redacção Daniela Soares (CP 10037) daniela.soares@correiodafeira.pt

Nélson Costa (CP 10382) nelson.costa@correiodafeira.pt

Marcelo Brito (CP-10596) marcelo.brito@correiodafeira.pt

Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Diana Santos, Filipe Dias, Filipe Freixo, Jo‹ o Pedro Gomes, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Serafim Lopes

Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes, Margarida Gariso, Paula Quintas e Pedro Rodrigues

Informa• › es Banc‡ rias: Banco BPI NIB: 0010 0000 51061450001 94

Preço Assinaturas:

Nacional - € 27,50 Europa - € 52,50 Resto do Mundo - € 67,50

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