4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
TAXA PAGA
Semanário
Ano CXXII
Direcção: Orlando Macedo
06 Agosto 2018
Nº 6070
€0,80 (iva inc.)
FEIRA EM RISCO DE PERDER MILHEIRÓS AINDA ESTE ANO
24h - 365 DIAS
Especial 12 páginas
R. António Martins Soares Leite, nº 42 4520-190 Santa Maria da Feira Telf. 256 378 074
VIAJAR ATÉ À ÉPOCA MEDIEVAL
Centrais
Vida de Rei, Conhecer, Doces, Montras e até um cheirinho do próximo Rei é o que preparamos para si neste Especial Viagem Medieval SOCIEDADE
pág. 09
Centro Cívico de Guisande pode fechar portas se não tiver apoio
FUTEBOL
pág. 14
Entrevista com Ricardo Suíço, o novo treinador do União de Lamas
FUTEBOL
pág. 12
Rafinha (ex-Vitória FC) foi a novidade na apresentação do Lourosa com o Leixões (3-2)
O Correio da Feira vai de Férias e regressa dia 10 de setembro
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REUNIÃO DE CÂMARA Arquivo
breves Voto de gratidão a José Manuel Oliveira O Município feirense aprovou um voto de gratidão ao falecido vice-presidente e vereador do Urbanismo José Manuel Oliveira. Nas palavras de Emídio Sousa,o lourosense“deixou a sua marca indelével”no percurso autárquico perpetuada em projectos como ‘Nortear’ e ‘Mirante’, na obra da habitação social, na eliminação de construções abarracadas,na disponibilização de casas a jovens a custos controlados, no desenvolvimento de grandes parques industriais, entre outros “exemplos do seu legado” e “prova inequívoca da sua visão”. Fez-se um minuto de silêncio em sua memória.
Emídio Sousa
“FAz TODO O SENTIDO O PAíS APOSTAR NA POLíTICA DE IMIGRAçãO” Em resposta às acusações “incríveis” de Lia Ferreira, Emídio Sousa alertou para o défice de natalidade em Portugal e mostrou-se em conctraciclo com o próprio partido na estratégia para o futuro. Em anterior reunião, a socialista Lia Ferreira tinha acusado Emídio Sousa de preterir os estrangeiros aos feirenses, preocupando-se com o acolhimento dos primeiros e não com a qualidade de vida dos segundos. No último encontro do executivo municipal, a vereadora aproveitou para voltar ao assunto, questionando: “Está previsto algum benefício para os que vivem cá ou só vamos dar emprego aos de fora?”. O presidente da Câmara Emídio Sousa respondeu às afirmações “incríveis” da vereadora, relatando a sua recente viagem a terras de Vera Cruz. “Estive no Rio de Janeiro a convite da Casa da Vila da Feira, é tradição, todos os anos vai uma personalidade da Feira. Este ano, como faziam 65 anos e era o primeiro ano de mandato
após a reeleição, fazia sentido”. O autarca enalteceu a “ligação com a comunidade no estrangeiro”, nomeadamente com o Brasil e Venezuela, esta última que já não visitam por “razões de segurança. No Brasil, enquanto houver condições, vamos”. Aproveitando a ida ao Brasil para a comemoração do aniversário da Casa da Vila da Feira, Emídio Sousa promoveu o investimento e os eventos do território, no Rio de Janeiro e em S. Paulo, e ficou “favoravelmente surpreendido com o acolhimento. Já recebi duas visitas na semana passada, um empresário e um casal com filhos jovens; e tenho reuniões agendadas com mais dois investidores”. Comentou que as afirmações de Lia Ferreira “não foram felizes” e explicou: “Caminhamos para o
pleno emprego, alguns sectores já têm falta de pessoas. A política do Município é procurar o máximo de empregabilidade”. Em matéria de imigração, Emídio Sousa diz que está em desacordo com o seu partido:“O Governo disse que queria apostar na imigração para aumentar a natalidade e o PSD preferiu as políticas para a natalidade. Mas o défice é tão grande que isto já não vai lá com políticas para a natalidade, nem sei se as novas gerações estão predispostas a isso. Concordo com António Costa, Portugal só recuperará se não tiver uma política de imigração adequada e acho mais adequado acolher pessoas do Brasil e da Venezuela dada a proximidade da cultura e da língua”. Para o autarca, “faz todo o sentido apostar na política de imigração”.
Ruído incomoda moradores
“MELhORáMOS MUITO MAS é DIFíCIL CONTROLAR TODOS OS EVENTOS” A líder da Oposição Margarida Gariso recebeu queixas sobre o volume do som cada vez mais alto em festas concelhias. “Aquilo que é prazer para uns não pode constituir desprazer para quem sofre com o volume exacerbado do aparelho de som”, alertou. Falava, especificamente, do parque da cidade da Feira onde decorrem com frequência eventos que duram todo o dia. “O volume é muito elevado para quem habita naquelas zonas…”, referiu. Mas não só. “Na cidade e nas freguesias onde estas festas se realizam. é festa para uns mas perturbação
do sossego para outros”. Apelou, assim, pela “qualidade de vida dos feirenses” e, durante a Viagem Medieval que começou, para que se “perturbe o menos possível os moradores” do centro histórico. O presidente da Autarquia, Emídio Sousa, garantiu que esta é uma “situação que os preocupa. Temos vindo a tentar diminuir e nos grandes eventos temos a compreensão dos moradores. As queixas são relativas a outros eventos. Pontualmente, acredito que os moradores têm razão”, comentou. Reiterou que “estão a tentar mi-
nimizar” o impacto dos eventos e deu o exemplo da Queima das Fitas do Isvouga, que entretanto mudou de sítio, das Piscinas para o Europarque. “A vereadora que licencia os eventos que produzem ruído está atenta mas há espectáculos de casas que não carecem de licenciamento. Não conseguimos evitar tudo. Melhorámos muito mas é difícil conseguir controlar todos os eventos”, declarou, revelando que, por exemplo, nos eventos de ginástica, tem pedido aos professores para evitarem o uso da música para incentivar os participantes.
Viagem Medieval sem Marcelo e sem percurso acessível Em telefonema para Emídio Sousa, o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa cancelou a sua visita à Viagem Medieval devido ao falecimento de José Manuel Oliveira. “Dado o momento de luto, achou inadequado participar nas festividades. Virá noutra altura”, informou o edil feirense. Sobre a Viagem Medieval, falou também Lia Ferreira, elogiando o “bonito” marketing do evento, que “como feirense a deixa orgulhosa”, mas questionando: “Onde estão os percursos acessíveis?”. O vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, explicou que a sugestão da vereadora já chegou tarde mas que será analisada para uma próxima edição. A socialista pediu, então, uma redução no preço do bilhete para os utilizadores com mobilidade condicionada visto que não podem usufruir de “mais de metade da oferta”. Alertou, ainda, para a venda subversiva de pulseiras através do Facebook por terceiros; e pediu que as rotundas “que estão a ser vestidas a preceito” tenham o mesmo zelo nos restantes 365 dias do ano. Reformados na Ceia de Natal e mais lugares para deficientes O delegado da Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados no Trabalho para o distrito de Aveiro, António Silva, pediu, na última reunião, para que os trabalhadores municipais reformados sejam fossem convidados para a Ceia de Natal organizada pela Autarquia, sugestão que Emídio Sousa considerou “pertinente e passível de ser acolhida”. O feirense aproveitou,ainda,para apontar a necessidade de mais lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada, nomeadamente na Pedreira das Penas e Capela Mortuária (onde faltam estes estacionamentos). Sobre os cestos de lixo que estão a ser introduzidos nos passeios, alertou:“Alguns passeios nem 80cm têm”. Arruamento paralelo ao Largo Inácio Monteiro será requalificado O vereador socialista António Bastos chamou a atenção para a “necessidade de intervenção imediata no arruamento paralelo ao Largo Inácio Monteiro,em Souto,que se encontra degradado”. O vereador das Obras Municipais, António Topa Gomes,revelou que está prevista nova empreitada mas está sujeita,claro,aos trâmites do procedimento de concurso público. Cruzamento em Fornos estreito para diminuir velocidade Sobre as obras na Rua Armando Pinto de Assunção, a líder da Oposição, Margarida Gariso, apontou a “via muito estrangulada” que provoca dificuldade nas manobras dos camiões. O PSD explicou que o estreitamento foi “propositado” para reduzir a velocidade dos condutores. Acidente em demolição de casa em Fiães António Bastos pôs em causa a postura do presidente da Junta, António Valdemar Ribeiro, que “se retirou imediatamente” aquando do acidente que aconteceu durante a obra de demolição de uma casa em Fiães, no Largo Senhora das Neves, em que uma idosa foi colhida por uma das máquinas no local, acabando por falecer.Emídio Sousa mostrou-se estupefacto com as palavras do vereador, apenas dizendo que foi um acidente trágico e que há intervenções que “nem merecem comentário”. Parques infantis sem segurança fechados O socialista Délio Carquejo, vendo o novo ano lectivo a aproximar-se, questionou a Autarquia acerca do plano de intervenção nos parques infantis concelhios para que “as crianças possam divertir-se sem acidentes”. Emídio Sousa garantiu que o assunto estava a ser trabalhado.“Se não tiver condições de segurança, o parque fecha-se”. Município passa a ouvir Sindicatos nos alargamentos de horários A insistência do Partido Socialista deu frutos e na aprovação dos alargamentos de horários de estabelecimentos privados, passaram agora a ser ouvidos, além de entidades como a PSP e a GNR, os sindicatos da respectiva área laboral.
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REUNIÃO DE CÂMARA
Ji DAS FONTAíNhAS
Ji DE MANhOuCE
Cristina Tenreiro acusa
RuMORES DE ENCERRAMENTO DE ESCOlAS Só PARA “iNCENDiAR” PS lançou que Ji das Fontaínhas poderia estar em risco de fechar. A vereadora recusou terminantemente a hipótese. ARRIFANA Ausente na última reunião de Câmara, por se encontrar de férias, a vereadora com o pelouro da Educação, Cristina Tenreiro, não teve oportunidade de esclarecer os vereadores do Partido Socialista que questionaram o Executivo sobre o possível encerramento do Jardimde-infância das Fontaínhas, em Arrifana. O vereador do PS Délio Carquejo voltou a trazer o assunto para
cima da mesa, perguntando sobre o ponto de situação. Firme nas palavras, Cristina Tenreiro declarou que “nunca esteve em causa o encerramento de qualquer um dos jardins-de-infância citados – Fontaínhas ou Manhouce. O que acontece é que muitas vezes não funcionam por não terem matrículas, mas não se verificou, por isso continuam os dois em funcionamento”. O socialista atirou: “Não há fumo
sem fogo, houve até um abaixoassinado…”. Mas a vereadora não desvaneceu: “Em Santa Maria da Feira, não houve propostas de encerramento. O abaixo-assinado é um aproveitamento político, onde não há alunos, só para incendiar”. Nem a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) nem a Câmara Municipal tiveram intenção de propor o encerramento dos jardins-de-infância de Fontaínhas ou Manhouce”.
Escultura será instalada em Fiães
Obra de San Damon doada ao Município O reconhecido artista francês San Damon, criador de um novo estilo fotográfico, o ‘oniroscopisme’, tendo realizado várias obras, expostas em espaços de prestígio nacionais e internacionais, vai ter em breve uma das suas obras em pleno Município feirense. ‘Danonaselo’ é o nome da escultura de três metros que ocupará o jardim entre a Rua Principal e a Rua Castelo Branco, em Fiães, a partir de 14 de Setembro, data da sua instalação. O autor San Damon tem “uma forte ligação afectiva a Santa Maria da Feira decorrente de nela ter passado longos períodos de tempo durante a sua juventude”, diz o contrato entre Autarquia e mecenas. O Município “assegurará os custos com a manutenção da escultura e limpeza do local por forma a garantir os padrões de qualidade artística e visibilidade condizentes com o valor artístico da obra”. Pub.
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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Caros Leitores Jorge de Andrade Administração É tempo de Férias e para a Equipa que semanalmente vos leva as notícias do nosso Concelho com profissionalismo e isenção necessários, é um momento esperado com algum anseio. Antes do “Até já”, pretendemos recordarvos algumas situações importantes, não só para os nossos Assinantes, mas também para o Correio da Feira. - Distribuição do Jornal Como referimos na última edição, a distribuição do jornal vai sofrer alterações. As mesmas foram exigidas ao Correio da Feira pelos CTT, facto que na altura própria demos conta aos nossos Leitores. Recordamos que – pese embora os nossos veementes protestos – os CTT passam a distribuir o jornal à terça-feira e não no
primeiro dia útil da semana, como vinha sendo prática há muitos anos. Apesar de ainda estarmos muito dependentes desta empresa, que outrora merecia a confiança e a consideração dos portugueses, fazendo honra às cores nacionais, para passar a ser a empresa portuguesa com mais reclamações apresentadas, a Administração do Jornal encontra-se a estudar outras soluções para a distribuição do Correio da Feira. Mas até lá, é imperativo que os nossos assinantes nos informem de eventuais atrasos na recepção do Correio da Feira nos seus endereços. - Liquidação da Anuidade (Assinatura) Para a liquidação da anuidade, a empresa coloca ao dispor dos Assinantes várias
opções: -Transferência bancária - Multibanco - PayPal. -Na secretaria do jornal - Recordamos que para os assinantes mais idosos e/ou com dificuldade de mobilidade, a empresa sempre se disponibilizou a fazer a cobrança localmente. No entanto, apesar de todas estas facilidades para liquidação da anuidade, não tem sido fácil receber os pagamentos devidos de um significativo número dos nossos Assinantes, de tal forma que nos vimos obrigados a solicitar a dois colaboradores da empresa (José Carlos Macedo e Albino Santos) o favor de recolherem os valores em falta. Tendo a empresa colocado as mais
moder nas f ormas de pagamento à disposição dos Assinantes, ter de recorrer a serviços de cobrança porta a porta, implica uma despesa suplementar incompreensível e injusta para a nossa empresa. Por essa razão solicitamos a todos os senhores Assinantes o favor de liquidarem com a maior brevidade a anuidade. A vossa prestimosa colaboração é indispensável para uma boa gestão da empresa que todas as semanas vos leva a casa a mais credível informação sobre a realidade do nosso Concelho. De Férias ou em trabalho, desejamos a todos os Feirenses um Excelente mês de Agosto. Estaremos de volta com as notícias do nosso Concelho no próximo dia 10 de Setembro.
OPINIÃO
REPENSAR O PERÍMETRO DA VIAGEM MEDIEVAL PARA MINIMIZAR O INFERNO DOS SEUS RESIDENTES António Cardoso Membro da Comissão Política Concelhia e Distrital do Partido Socialista
não é nada agradável ser obrigado a suportar cheiros de porco assado acompanhados de enxames de moscas, que fluem para as zonas habitacionais e comerciais aí situadas. Por outro lado, a “organização” pede aos residentes, comerciantes, prestadores de serviços que “a” ajudemos a vestir a cidade com a colocação de pendões nas suas varandas ou janelas apelando ao “orgulho de ser feirense, num reforço de pertença pela sua cidade e pelo seu Concelho”. Ora, quando se quer o envolvimento das gentes da nossa terra será bom ouvi-las e atender às suas justas reclamações. Reagindo a este pedido e na qualidade de Feirense e de Profissional com escritório situado na envolvente da Viagem Medieval, lamento não corresponder a este apelo e faço-o como forma de protesto pela falta de respeito como são tratados os seus residentes e profissionais. A Viagem Medieval é um evento marcante a nível nacional com grande projeção a nível europeu. Dada a sua importância para Santa
FICHA TÉCNICA
Repórteres Fotográficos:
Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt
Direcção
Maria da Feira, os responsáveis pela Viagem Medieval devem repensar os critérios para atribuição da localização de“tendas conflituosas” como os assadores de carne, a circulação das pessoas que trabalham e têm a sua vida profissional situada nas zonas abrangidas. Concretizando,existem soluções para minorar esses transtornos, basta deslocar o perímetro daViagem Medieval e de imediato são reduzidas as zonas de serviços e de residência afectadas.Outras sugestões podem ser adiantadas, designadamente a alternância da localização das entradas para o recinto da Viagem Medieval. Assim, das 15 às 19 horas, as entradas para o recinto estariam ao fundo da rua Direita e ao fundo da rua dos Descobrimantos, junto à antiga Estalagem!... A partir das 19 horas as entradas passavam para o perímetro inicial. Queremos que os Feirenses que cá residem não fujam das suas habitações durante o período deste evento, queremos que estejam presentes e participem no evento. Para que isso aconteça é preciso que as presentes reclamações, sobejamente conhecidas pelos
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Diana Santos Albino Santos
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responsáveis da organização, sejam aceites. Ao corrigir o Lay Out e as barreiras de acesso ao espaço da Viagem, será garantido mais sossego, menos constrangimentos no acesso aos serviços e menos incómodos com cheiros e outras más companhias para quem reside e trabalha na zona envolvente ao recinto. A minimização destes inevitáveis transtornos será a melhor campanha que a organização pode promover para incutir nos residentes e nos que cá trabalham“o orgulho de ser Feirense e de pertença na Viagem Medieval”. Caso se mantenha a atual situação, o sentimento que ela provoca na vida desses cidadãos é de indignação com os “12 dias de inferno medieval”!... 22 edições da Viagem Medieval são manifestações suficientes para que não se repitam sucessivamente os mesmos erros...Haja humildade para aceitar sugestões e agir de forma a que os Feirenses trabalhadores e residentes na zona da Viagem Medieval tenham orgulho, estejam presentes e participem nesta grande manifestação concelhia!...
Propriedade: Efeito Mensagem, lda Registo na C.R.C. de S. M. Feira, n¼ 513045856 Contribuinte n.¼ 513 045 856 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Efeito Mensagem, lda Registo no N. R. O. C. S., N.¼ 100538 Dep— sito Legal n.¼ 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tiragem mŽ dia) Impress‹ o: Coraze - Oliveira de AzemŽ is Pre• o Avulso: € 0,80 (IVA incluido)
Mérito Municipal 1972 1997 (Ouro)
(Ouro)
(Membro fundador)
Prémio Gazeta 2017
NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Todos os cidadãos têm o direito à recreação, à diversão e ao lazer,de forma animada,desde que não prejudiquem ou perturbem a normalidade da vida daqueles que privilegiam a tranquilidade. Estando a decorrer a XXII Viagem Medieval, evento marcante na vida dos Feirenses, onde são exteriorizadas manifestações festivas através de muitas diversões, como tal será oportuno repensar a forma de reduzir os “incontornáveis transtornos” que esta provoca para quem vive e trabalha na zona abrangida pelo evento. Aos que residem na parte abrangida, e que não participam naViagem,deve ser respeitado o direito ao seu descanso. Para os que aí trabalham, não podem sofrer constrangimentos nas suas deslocações profissionais a Serviços Públicos da Câmara Municipal, Estação e Balcão dos Correios ou a outros serviços de interesse público, caso não sejam portadores de uma pulseira de livre trânsito. Esta exigência é absurda e incompreensível e atenta aos direitos e liberdades dos cidadãos.Além disso,
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POLÍTICA
A FEiRA ESTá MESMO EM RiSCO DE PERDER MiLhEiRóS…
Texto: Orlando Macedo direcao@correiodafeira.pt
Apesar de o socialista sanjoanense Pedro Nuno Santos (secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares) ser apontado como o principal apoio da secessão milheiroense para S. João da Madeira, o Correio da Feira sabe que também os deputados eleitos pelo círculo de Aveiro João Almeida (CDS) e Susana Lamas (PSD) estão fortemente envolvidos no processo. A eles junta-se ainda o presidente do Município de S. João da Madeira, Jorge Sequeira, que não esconde a pretensão de aumentar o território do seu minúsculo concelho, à custa do vizinho feirense, sem que haja eco de reacção fogaceira... Sabendo-se que o Bloco de Esquerda ainda que, por via indirecta (a pretexto do respeito devido ao resultado do famigerado Referendo de 16 de Setembro de 2012) também apoia a pretensão, a última esperança de integridade territorial do concelho feirense pode residir agora na posição de irredutibilidade que o PCP tem vindo a demonstrar sobre a matéria. Recorde-se que, tal como já aqui havíamos feito referência, os comunistas têm manifestado sérias dúvidas face a alguma facetas do processo, nomeadamente no que concerne à representatividade dos votantes naquele referendo. Um dos argumentos, tem sido o de que não cabe apenas aos milheiroenses pronunciar-se sobre o fracionamento do território feirense. Por agora, tanto quanto é possível perceber-se, nem o PS nem o PSD estão receptivos a arriscar uma ‘nega’ parlamentar ao processo de secessão, caso se mantenha a posição de irredutibilidade por parte do PCP…
Uma fonte altamente credível confirmou esta semana ao Correio da Feira que há na Assembleia da República uma concertação de deputados, pluripartidária, a acentuar a pressão sobre a Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e habitação, no sentido da transferência da freguesia de Milheirós para S. João da Madeira. Pigeiros à espera…
Entretanto, o nosso jornal apurou que, ainda antes de encerrar para Férias, os serviços da Assembleia da República notificaram a comissão promotora da “reposição” da freguesia de Pigeiros, dando conta de que a ‘Petição’ reivindicativa da reposição da Freguesia de Pigeiros” já está formalmente na posse daquela Comissão Parlamentar. Tal como o CF noticiou, em meados de Junho uma delegação de feirenses – encabeçada por António Cardoso – deslocou-se à AR para entregar, em mão, aquele documento, assinado por mais de 4.200 cidadãos, na expectativa de que ainda durante a actual legislatura, a situação de Pigeiros (e do Vale e Guisande) possa ser revertida, no sentido da autonomia administrativa do território daquelas freguesias feirenses. O assunto passa agora a ser gerido no âmbito da Comissão – a que preside Pedro Soares, do Bloco de Esquerda – sendo de admitir que a solução acabe por vir a ser integrada na expectável reformulação da ‘Lei Relvas’, de que se tem vindo a falar cada vez mais insistentemente. Outra das hipóteses dilatórias, passa pelo enquadramento no processo de Descentralização (alegadamente) em curso, solução politicamente quase-perfeita para quem não queira arcar com o(s) ónus da resolução final. Seja qual for o desfecho, o que não parece exequível é que, em vésperas de eleições, quer o governo, quer os partidos, na sua generalidade, se disponham a viabilizar soluções-avulso.
Até lá, fica Pigeiros à espera… com Vale e Guizande particularmente atentos. Pub.
EMPREGO INDISOL, SA, empresa industrial sediada em Estarreja , recruta operadores fabris, para trabalhar por turnos fixos de segunda a sexta-feira . Perfil do candidato : - Habilitações mínimas ao nível do 9.º ano (condição preferencial 12.º ano); - Disponibilidade imediata; - Experiência anterior em fábrica, armazém ou linha montagem; - Responsável. Envie o seu curriculum vitae para geral@indisol.pt ou contacte-nos para o 234 844 494.
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PUBLIREPORTAGEM
“O CRESCIMENTO FOI UMA CONSTANTE E SUPEROU TODAS AS NOSSAS ExPECTATIVAS” Um ano depois, a Fortius Clinic, em Santa Maria da Feira, continua a primar pela qualidade e inovação e o Director Clínico, Dr Alexandre Brandão, Cirurgião Ortopedista, mostra-se satisfeito com as metas cumpridas. Como descreve a Fortius? A Fortius Clinic é uma unidade de alta diferenciação em cuidados de saúde, criada à nossa imagem, mantendo os valores em que sempre acreditamos. Mais do que números... Pessoas! A nossa filosofia de trabalho não se baseia em estatísticas ou em cuidar em massa numa perspectiva economicista da medicina. Na Fortius, cuidamos como gostamos de ser cuidados ou que cuidem dos nossos familiares quando estes recorrem a serviços de saúde por necessidade. Uma realidade diferenciadora, preparada em cada detalhe para cuidarmos de quem servimos como cada um merece. Um ambiente de equipa sentido por todos como salutar e enriquecedor, com médicos especialistas e técnicos de saúde de alta qualidade, em que com a integração de todos os profissionais, fazemos questão de sermos Fortius juntos, uma verdadeira Equipa dedicada a prestar cuidados de saúde mais diferenciados e personalizados. Toda a Equipa foi escolhida de forma minuciosa, com o rigor e a qualidade que queremos disponibilizar à população, de um profissionalismo excelente, com qualidade técnica e científica, mas sobretudo com excelente carácter capaz de aliviar o sofrimento do outro, numa vertente humanista da Medicina que tem vindo a ser revelado pelos nossos doentes como um diferenciador notável da Fortius Clinic. Quais eram os objectivos traçados aquando da abertura da clínica? O nosso objetivo foi criar um espaço de cuidados personalizados e integrados, com forte ligação entre as especialidades médicas e cirúrgicas, com constantes sinergias com as valências técnicas de psicologia, fisioterapia, enfermagem, nutrição, terapia da fala, entre outros, que permitissem uma globalidade de cuidados individualizados desde a preconcepção ao término da vida. Proporcionarmos à população cuidados e tratamentos inovadores, que foram aprendidos em estágios internacionais e em actualizações sistemáticas com o rigor científico que a medicina exige, foi sempre o foco da nossa atenção. Somos apaixonados pela ciência, avanços técnicos e tecnológicos na medicina, para conseguirmos prestar aos nossos utentes o que de melhor se faz no mundo. Qual o balanço deste primeiro ano? Os objectivos foram mais do que ultrapassados, crescemos muito mais rápido do que imaginávamos, tivemos de colmatar e ultrapassar obstáculos que foram surgindo, mas o crescimento foi uma constante e superou todas as nossas expectativas. Mantemo-nos fiéis aos nossos princípios como médicos e como pessoas. Trabalhamos com pessoas que tenham o espírito Fortius como nós. Continuamos a limar arestas e com planos para crescer mais e de forma sustentada sem perdermos o acolhimento e humanismo que nos caracteriza. Rodeamo-nos de pessoas, profissionais, que comunguem dos mesmos valores e que gostem de ser profissionais de saúde como nós e de cuidarem dos outros sobre as mesmas premissas: qualidade científica e técnica, mas sobretudo humana, indiscutíveis e diferenciadoras
911 912 301
fortiusclinic
rologia; Ginecologia/Obstetrícia; Neurocirurgia; Neurologia; Otorrinolaringologia; Psiquiatria; Pedopsiquiatria; Urologia; Imunoalergologia; Medicina Estética; Pediatria; Cirurgia Plástica e Reconstrutiva; Pneumologia; e ainda Fisioterapia Personalizada; Psicologia Clínica; Nutrição e Nutricoach; Podologia; Medicina Laboratorial – Análises Clínicas; Tratamentos de Enfermagem; Pilates Clínico.
dos grandes grupos de saúde. Quais as especialidades mais requisitadas? Temos vindo a destacar-nos sobretudo pela qualidade e diferenciação dos nossos profissionais na área músculo esquelética e na área da medicina regenerativa e estética. Temos uma equipa multidisciplinar de alta diferenciação em doenças ósseas e musculares, integrando diagnóstico pormenorizado, tratamento médico e a cirurgia ortopédica com programas de reabilitação personalizados. A Fortius Clinic já tem ao seu dispor consultas nas seguintes especialidades: Ortopedia/Cirurgia Ortopédica; Ortopedia Infantil; Traumatologia e Medicina Desportiva; Medicina Geral e Familiar/Clínica Geral; Ger iatr ia; Cirurgia Vascular; Medicina Inter na; Endocrinologia e Nutrição; Dermatologia e Vene-
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Que bons momentos destaca? No fundo, a abertura surgiu como uma necessidade pessoal e profissional de avançar para a realização deste sonho, que se tornou finalmente realidade, com a esperança de criarmos bons frutos para todos, colocando o nosso cuidado ao vosso serviço, e de toda a comunidade que nos procura. Os bons momentos surgem diariamente à medida que a clínica cresce e que se denota a satisfação geral, nos profissionais e nos pacientes que nos procuram. O facto de proporcionarmos terapias inovadoras, como as aplicações Fatores de Crescimento autólogos, Viscosuplementação Articular, Infiltrações guiadas por Ecografia e ainda uma forte aliança entre Medicina Estética e a Cirurgia plástica com os mais avançados tratamentos, tornam uma mais-valia excecional nos cuidados prestados pela nossa clínica, para além de outros projectos a serem desenvolvidos a médio prazo que estamos a preparar e que não queremos revelar ainda. Os momentos de Team Building vividos com os profissionais da clínica, com a ida aos Current Concepts nos Estados Unidos para mais formação e atualizações foram também momentos óptimos vividos como uma lufada de ar fresco científico e cultural para toda a equipa. “Citius, Altius, Fortius”, expressão latina que significa “mais rápido, mais alto, mais forte”, inspira-nos a todos enquanto equipa de cuidados médicos. Com este mesmo espírito forte, de esforço crescente e contínuo, companheirismo, fidelidade e amizade, assim cresceu a nossa clínica durante este primeiro ano! Alguns ficaram pelo caminho, porque a Fortius é um projecto em que a excelência e a dedicação têm de ser constantes, só assim conseguimos manter a qualidade desejada. Um espaço onde quem vem, volta sempre, porque se sentiu em casa e cuidada como merece, com o requinte e a qualidade que gostamos de ter, quando cuidam de nós ou da nossa família. Quais as metas para o futuro? Fortius serão os momentos que continuaremos a dedicar, cuidando e oferecendo serviços médicos e cirúrgicos de qualidade a todos os que nos procurem, que sejam reconhecidos como tal por todos e alargados a quem ainda não nos conhece. Já fomos visitados por muitos doentes residentes no Norte, Centro e Sul de Portugal, dispomos já de consultas por videochamada com doentes residentes fora de Portugal, pretendemos reforçar a nossa presença como unidade saúde de alta qualidade, reconhecida em Portugal e fora do nosso país. Estamos a crescer e em breve teremos grandes novidades para servirmos cada vez melhor.
R. Com. António Martins, N.1 | 4520-190 SM.Feira
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SOCIEDADE
CHEDV REFORÇADO COM MAIS 23 MÉDICOS O Governo abriu concurso para contratar mais 1234 médicos que terminaram a especialidade nas áreas hospitalar, de medicina geral e familiar e de saúde pública. Para os hospitais vão abrir 839 vagas, para a medicina geral e familiar 378 e para a saúde pública 17.
INFORMA A sua bagagem foi extraviada no aeroporto? A DECO esclarece sobre os seus direitos.
Neste âmbito, o CHEDV vai contar com 23 novos médicos de diferentes especialidades: Anestesiologia, Cirurgia Geral, Endocr inologia e Nutr ição, Gastrenterologia, Ginecologia/ Obstetrícia, Medicina Física e de Reabilitação, Medicina Interna, Neurologia, Oftalmo-
logia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Reumatologia e Urologia. A Medicina Interna será a especialidade com mais vagas disponibilizadas, cinco em 23.
UN Rolhas foi a que mais cresceu
AMORIM COM VENDAS DE 400M€ NO PRIMEIRO SEMESTRE A Corticeira Amorim encerrou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 41,2M€ e vendas a atingir os 399,99M€, uma subida para a qual contribuíram “o crescimento da actividade e integração da Bourrassé e Elfverson”, diz a empresa, em comunicado. Todas as Unidades de Negócio registaram um crescimento de vendas no segundo trimestre, com a excepção da UN Revestimentos (57,4M€), que teve um decréscimo de 7,9% face ao primeiro semestre de 2017. O ritmo foi inferior ao verificado no primeiro trimestre do corrente exercício. A rentabilidade foi afectada pelo
registo de imparidades de clientes e pela pressão da principal matéria-prima (cortiça). Foram registados gastos não recorrentes de 0,9M€ referentes a medidas de reestruturação adicionais. “Estima-se que o lançamento de novos produtos e de novas propostas de valor, previsto para o final do ano, venha a possibilitar o regresso ao crescimento da actividade e rentabilidade da UN”. Já a UN Rolhas foi a que mais cresceu, 18% face ao primeiro semestre de 2017, com vendas a atingir os 282,5M€. O crescimento registou-me em “praticamente todas as geografias e segmentos, destacando-se o desempenho
das rolhas para bebidas espirituosas”. Num contexto de maior pressão sobre a margem bruta, foi particularmente “importante ter obtido ganhos de eficiência operacional associados a um rigoroso controlo dos custos e uma redução das imparidades”. No final do semestre, os encargos financeiros totais registaram um ligeiro acréscimo, resultando no aumento do endividamento médio, que se deveu essencialmente ao valor pago pelas recentes aquisições (Bourassé, Sodiliège e Elfverson) e à consolidação da respectiva dívida no balanço da Corticeira Amorim. A autonomia financeira atingiu os 51%.
Vou de férias para um país fora da UE, os EUA, e pretendo arranjar divisas desse país. Como o poderei fazer? O Gabinete de Proteção Financeira-GPF da DECO informa: Quando alguém vai viajar é sempre conveniente fazerse acompanhar da moeda do país destino, pelo que se trata de um aspeto importante do planeamento das férias. Uma das vantagens de pertencer à União Europeia é a da existência de uma moeda única, aceite em quase todos os países deste espaço. No caso dos EUA deverá comprar dólares, a moeda deste país. Os custos da troca de moedas de euros pela divisa do outro país são, em regra, mais baixos se a troca for feita em Portugal, mesmo considerando as comissões a cobrar. Para trocar moeda estrangeira, poderá dirigir-se a uma instituição de crédito ou a uma agência de câmbio registada no Banco de Portugal, cuja lista poderá ser consultada no respetivo endereço eletrónico. Poderá utilizar o conversor do Banco de Portugal em www.bportugal.pt/conversor-moeda se pretender saber quantos dólares poderá obter pelos euros que pretende vender. Mas, atenção, o resultado é apenas uma referência, pois as entidades podem fixar livremente as taxas de câmbio e comissões associadas. Ao regressar de viagem, se pretender comprar euros em troca dos dólares que lhe sobrarem, a cotação da taxa de câmbio a utilizar será outra, certamente mais desfavorável, motivo pelo qual existem duas taxas de câmbio (a cotação de venda é superior à cotação de compra). Deixamos aqui o alerta para quem for de férias para fora da zona euro: pesquise os melhores câmbios do mercado, compare condições e, mais importante, recorra a instituições habilitadas e confiáveis. E faça-o com antecedência, pois nem todas as instituições dispõem de moeda estrangeira em caixa, principalmente quando se trata de divisas menos utilizadas. Não hesite em contactar o Gabinete de Proteção Financeira da DECO (www.gasdeco.net) ou o CIAC da CM de Santa Maria da Feira, na loja 04 do Mercado Municipal, ou através da linha verde 800 203 194 ou do endereço ciac@cm-feira.pt. A DECO tem um protocolo de colaboração com o Município de Santa Maria da Feira e presta apoio presencial no Concelho. Pub.
DEDO NA FERIDA
Admissão de Chefe de Produção LAMAS Um mês depois do nosso leitor Joaquim Coelho alertar para a lixeira a céu aberto em frente às instalações da Cork Supply, eis que o caso… piorou. “Como podem ver já começa a entrar na via pública. Incrível!”, diz, incrédulo. Uma situação também comentada, na última reunião, pelo presidente da Câmara Emídio Sousa:“A situação deixa-me indignado. Já foi limpo não sei quantas vezes e está sempre igual. No outro dia, vi lá sofás. Não compreendo, especialmente quando o Município tem um serviço de monos e vai buscá-los a casa das pessoas. Dá mais trabalho carregar o sofá para o monte do que fazer um telefonema!”.
fotolegenda FEIRA O auditório da Biblioteca Municipal acolheu a iniciativa ‘Conversas sem Segredos’ promovida pela equipa do projecto Jovem Autarca. “Um momento de partilha e um quebrar de preconceitos acerca da comunidade LGTB”, diz a Autarquia, em comunicado.
Tipo de Contrato: Tempo Inteiro Zona: Santa Maria da Feira Categoria da Oferta: Industria / Produ• ‹ o
Funções: Planeamento e controle dos processos da produ• ‹ o; Controlo do cumprimento dos prazos de produ• ‹ o; Interpretação de fichas técnicas; Gestão de tempos e métodos de produção; Otimiza• ‹ o dos recursos da produ• ‹ o.
Perfl: Preferencialmente com experi• ncia no planeamento e controlo de produ• ‹ o; Conhecimentos ao nível do controle de qualidade; Conhecimento de métodos e tempos; Apetência para tecnologia e conhecimentos inform‡ ticos (excel); Organizado / Proativo. Conhecimentos de Metodologia Lean é uma vantagem. Caso tenha interesse na oferta, deverá enviar o seu CV devidamente atualizado para Ò recrutamento.prod2018@gmail.comÓ .
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SOCIEDADE
CENTRO CíVICO DE GuISANDE CORRE RISCO DE FEChAR JOAqUIm SANtOS
Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt
GUISANDE O Centro Cívico de Guisande foi concluído em março de 2015, mas o objetivo para a freguesia era a criação de um Centro Social, “uma instituição que foi criada, mas que a determinada altura parou, sem qualquer possibilidade de continuar”. O atual presidente do primeiro equipamento de apoio social da localidade, Joaquim Santos, recordou a história envolvente à não edificação do pretendido Centro Social.“Foi constituído por um conjunto de elementos. Procuraram arranjar terrenos para a construção do edifício, o que nunca aconteceu. Nunca existiu essa possibilidade. Ninguém cedeu terrenos. Em 2007, uma das maiores preocupações enquanto autarca foi conseguir parcelas de terrenos para construção”, não do Centro Social, mas de espaços para habitação. “Muitas pessoas da freguesia queriam construir e não tinham parcelas. Fugiam para o exterior, mas gostavam de ficar em Guisande”. Surge então um protocolo com um proprietário de terrenos e a Câmara da Feira. Foi feito um loteamento e, em contrapartida, a Autarquia ficou com um terreno “para a construção do Centro Social, de uma nova sede para a Junta e de um polo escolar”. Seguiu-se uma candidatura à Segurança Social (SS) que “foi aprovada sem dotação orçamental”. O valor, conta Joaquim Santos, rondava os €500.000, mas existia um apoio de 90%, independentemente do montante total da obra. “Esse programa de apoio caiu e ficámos a aguardar. Entretanto, apareceu o PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural], mas que estabelecia um apoio máximo de 75% do limite máximo fixado nos €200.000. Não havia hipótese”. Para um novo contratempo, uma nova solução. “Guisande não tinha alunos para continuar com a Escola [do Viso] e falei com a Câmara para a possibilidade do edifício ser cedido para a construção de um Centro Social. Disseram que sim, propus uma ampliação e aceitaram”. Foi feita a proposta à SS para a substituição do terreno inicialmente identificado pelo terreno da Escola e a obra arrancou. Iniciouse em fevereiro de 2014 e concluiu-se em março de 2015.
Centro Social que virou… Centro Cívico
O plano inicial, a construção de um Centro Social para Guisande, teve alterações, com a ajuda da SS, e formalizou-se o Centro Cívico. “A intenção era criar um Centro Social no qual existisse Centro de Dia e Apoio Domiciliário. Conversámos com o então diretor da SS e fomos aconselhados a construir um Centro, mas não com essas valências porque seria impossível sustentar-se, as dívidas iam acumular-se e não conseguiríamos aguentar as despe-
“Se o Acordo de Cooperação [com a Segurança Social] não chegar, temos de fechar”, diz Joaquim Santos, antigo presidente da Junta de Freguesia de Guisande e atual presidente do Centro Cívico daquela localidade, equipamento localizado nas instalações, agora recuperadas e ampliadas, da antiga Escola do Viso. sas. Aconselhou a criação de um Centro Cívico em que teríamos apenas duas funcionárias. Com Centro de Dia e Apoio Domiciliário, teríamos de contar com 12 pessoas fixas. E disse-nos que podíamos ter essas duas valências, apenas com o Centro Cívico, mas com a formalização de parcerias com Gião, Lobão ou Louredo, por exemplo. Resumidamente, um Centro Cívico, de convívio, que pode funcionar como Centro de Dia e Apoio Domiciliário”, contextualiza Joaquim Santos. O Centro Cívico recebe, da SS, cerca de €53 por utente inscrito. “É vantajoso. Inscrevemos as pessoas e, querendo estar o dia todo, estão. Querem almoçar, não há problema. Não haveria outra forma de sustentabilidade. Ter 12 pessoas, com remuneração, mais o valor a pagar à SS todos os meses… são dezenas de milhares de euros. Com duas, ao enviarem €50 por utente, já conseguimos obter uma quantia que dá para pagar às duas funcionárias e com os eventos dinamizados, conseguimos verbas para ajudar a sustentar o Centro”. Joaquim Santos não hesita em afirmar que a construção do Centro Cívico teve um impacto significativo na localidade. “Não havia nada em Guisande. A freguesia estava despida de qualquer equipamento social. Foi o primeiro a ser construído. Reclamava-se que Guisande não tinha nada, mas as pessoas que estão a servir-se do Centro estão encantadas. Por exemplo, um senhor com 96 anos diz que foi a melhor coisa que podia ter acontecido e que estava há muito tempo à espera disto”.
O Acordo de Cooperação com a SS
O Centro Cívico dispõe de uma capacidade para 50 utentes, mas apenas 12 inscreveram-se. “Não estamos preocupados em inscrever mais porque ainda não temos o Acordo de Cooperação, embora já tenho sido despachado pelo diretor da SS. Despachou-o numa semana, mas na seguinte saiu de funções e a nova direção enviou uma carta a informar que o processo foi arquivado. Temos de voltar a formalizar a candidatura”. A direção tem de repetir o processo até ao dia 11 do mês corrente. “O Centro Cívico foi despachado pelo antigo diretor da SS em fevereiro de 2016 e para 50 vagas. Em maio de 2017, falámos com o novo diretor, este consultou o processo e encontrou o despacho aprovado. Disse que iria mandar prosseguir, mas não o fez”, diz Joaquim Santos. O Acordo de Cooperação entre o Centro Cívico de Guisande e a Segurança Social pode, caso não seja aprovado, hipotecar o futuro do equipamento e levar, inclusive, ao fecho de portas. “Não vou inscrever 40 ou 50 pessoas e daqui a nove meses fechar as portas e mandá-las embora. Se o
Acordo de Cooperação não chegar, temos de fechar. Este é um meio social que serve para ajudar pessoas que estão sozinhas e isoladas em casa. Tenho receio de trazê-las para o Centro e daqui a oito ou nove meses mandá-las para casa”.
Os números e as dívidas
O edifício é público, pertence à Câmara, e o Centro apenas detém o direito de superfície por 51 anos. Joaquim Santos esclarece todos os números envolventes à requalificação do edificado da Escola do Viso. “Do PRODER chegaram €153.000, mas foi gasto para cima de €350.000, ou seja, mais de €200.000 foram, ou estão a ser, angariados. Pedimos um empréstimo ao Montepio de €150.000, o qual pagamos €1.000 por mês. E ainda devemos ao empreiteiro à volta de €30.000 e temos de pagar tudo. Foi feita
uma hipoteca do direito de superfície, a única garantia do banco”. O presidente do Centro Cívico queixase ainda da falta de apoios aos eventos dinamizados. “A população local não dá. Em alguns sítios, faz-se um jantar e vai buscar-se €15.000 ou €20.000. Aqui, vamos buscar €300 ou €400 porque temos de comprar tudo. Nos outros locais, oferecem. Dizem-me que não compram um único alimento para um jantar, por exemplo, e ainda recebem apoios das empresas”. Em Guisande, o equipamento social detém atividades de “informática, danças de salão, ginástica – através do Movimento e Bem-Estar de Santa Maria da Feira – e aulas de cavaquinho e guitarra”, entre outras. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico Pub.
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Especial
Viagem Medieval
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Especial
Viagem Medieval Alferes Pereira encarna O Justiceiro
VIDA DE REI Acompanhámos Alferes Pereira, o pigeirense que veste o papel de D. Pedro I, durante o primeiro dia da Viagem Medieval e podemos garantir que ser El-Rei não é fácil. É preciso conjugar a vida pessoal e profissional com a nova experiência de ator. 08h: É a esta hora que Alferes Pereira acorda todos os dias. A primeira tarefa é descer as escadas e abrir a porta para Baltazar, o seu cão, fazer o seu passeio matinal.
08h30: Tempo para a primeira refeição do dia. 09h: Por questões físicas, não houve alternativa e o pigeirense teve de adquirir uma joelheira para combater o desgaste dos próximos 11 dias. 09h15: Alferes senta-se a verificar o correio eletrónico, a fazer alguns telefonemas pendentes e a tratar de questões profissionais.
10h: Com tudo resolvido, o foco vira-se, na íntegra, para a Viagem Medieval. Altura de ler e reler textos até à exaustão.
12h30: Embora a viagem até à cidade da Feira seja feita, na maioria das vezes, de autocarro, no primeiro dia de Viagem, Alferes foi à boleia.
12h50: Segunda refeição do dia. 13h30: Ainda que com alguma antecedência, o pigeirense desloca-se à Casa do Moinho, já dentro do recinto, e os preparativos iniciam-se para a primeira tarde de representação. Tempo para falar e acertar pormenores com toda a equipa. 14h15: Alferes Pereira inicia o processo de transformação para D. Pedro I. O stress e o nervosismo começam a acumular-se.
14h35: Ainda com 25 minutos para o início da 22.ª edição da Viagem Medieval, ElRei está pronto para a primeira aparição pública em Santa Maria da Feira.
14h50: D. Pedro I, O Justiceiro, vê Garoto aproximar-se. O cavalo do Rei está pronto a
ser montado. Os figurantes alinham-se, Alferes incluído, e aguardam que o presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa, dê o arranque oficial da Viagem.
15h: Começa a cavalgada até à Nau e El-Rei fala ao povo que estará hospedado em Santa Maria da Feira durante todos os dias do evento. 15h20: A cerimónia de abertura encerra e D. Pedro I, em cortejo pelas Tabernas, dirige-se à zona cavaleiriça.
16h: Disfarçado de monge, sem coroa e manto, regressa à Casa do Moinho para destrajar e vestir-se à civil. Pelo recinto, Alferes cruzou-se com amigos até encontrar a Comunicação Social. O Jornal de Notícias quis uma entrevista com o homem que encarna D. Pedro I, assim como a Rádio Clube da Feira. 18h30: Por esta altura, Alferes decidiu visitar Tabernas de amigos e conhecidos, mas não conseguiu marcar presença em todas as que desejava. 20h: Terceira refeição à séria do dia. Já no espaço do Grupo Gólgota, aproveitou também para ultimar detalhes para a peça que iria realizar-se pela noite. 20h30: Ainda à civil, desloca-se até ao Castelo da Feira. Encontra os figurantes, cumprimentando-os. Todos preparados, interrogam-se o porquê de El-Rei ainda estar vestido… à Alferes Pereira. 21h10: Desloca-se ao ‘quartel-general’, o Museu Convento dos Lóios, para, mais uma vez, vestir o traje respectivo. 21h40: Nova subida, ao encontro dos seus soldados, até ao Castelo. Agrupam-se e descem para a Igreja Matriz. Inicia-se o primeiro quadro de atuação. Em Cortejo fúnebre, vão até à Nau. 23h30: Desmobilização atrás das Piscinas Municipais. Tempo para reunir e falar da atuação. A opinião é unânime, correu bem, mas há sempre Pub. espaço para melhorar. 00h30: Reunião com os encenadores Zé
Carlos e Filipe Dias.
01h: Mais uma refeição. Desta vez, não faltam as
papas. Tempo também para trocar algumas notas com membros da organização e confraternizar com amigos. Ficha técnica Direcção Orlando Macedo Coordenação Daniela Castro Soares Redacção Daniela Castro Soares, Marcelo Brito e Nélson Costa Fotografia Albino Santos Paginação Pedro Almeida
02h15: Já sem transporte para regressar a
casa, Alferes Pereira, El-Rei D. Pedro I, apanhou boleia. A exaustão era notória.
PROCURO COM URGÊNCIA T2 ou T3 (apartamento ou vivenda) na zona da Cruz em Santa Maria da Feira. Contacto – 914063014 (Dª Adelina Santos)
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Viagem Medieval CONHECER
DE TRAGÉDIA EM TRAGÉDIA ATÉ À COROAÇÃO
Nome Manuel José Alferes Pereira Nascimento Pigeiros, 19 de Outubro de 1970 Idade 47 anos Profissão Agente imobiliário Partido CDS-PP Clube FCP Animais Baltazar (cão)
Texto Daniela Castro Soares Fotos Albino Santos
As fotografias são raras. Da comunhão, aliás, apenas tem uma. “A máquina encravou. Quando eu estava a receber o Senhor, o meu pai fez sinal ao fotógrafo, mas ele só conseguiu tirar uma fotografia, o rolo queimou”. Uma ‘tragédia’ num rol extenso que Alferes Pereira enumera à medida que conta a sua história. “Em princípios de 80, perco a minha irmã, morreu na Noite de Reis no Hospital de Oleiros, não havia médicos disponíveis e a parteira estava alcoolizada. O meu pai, a caminho, passa na linha do comboio, entra-lhe um ferro pelo carro adentro e fica bloqueado. A minha mãe já tinha problemas graves de saúde, a partir daí caiu a pique e acabou por morrer poucos dias depois de eu fazer 10 anos. A minha vida é composta de tragédias”. A perda da mãe, vítima de um cancro pro-
As vidas de D. Pedro I e Alferes Pereira não são assim tão diferentes. O primeiro é conhecido por ter sido cruel, o segundo por ter ‘cara de mau’. O primeiro tinha um amor de caixão à cova por Inês de Castro, o segundo tem uma dívida de gratidão para com a esposa Celeste. Ambos têm coroa, D. Pedro I há séculos atrás, Alferes Pereira até ao final desta semana, não fosse ele o XXII Rei da Viagem Medieval. longado, fez com que procurasse conforto nos mais próximos. “Durante muitos anos, senti falta dessa presença feminina. Tinha a minha tia, irmã gémea da minha mãe, e uma vizinha, a Sra. Micas, que foi quase uma mãe, que me deram muito apoio; e a infância foi-se construindo com outras referências”. A família já era pequena mas o falecimento da mãe “fechou ainda mais” o núcleo. Alferes aprendeu, desde cedo, a desenrascar-se sozinho. “O meu pai saía de manhã e chegava de madrugada. Eu comia quando calhava, muitas vezes em casa de vizinhos, algumas vezes sozinho e assim aprendi a cozinhar”.
Brincadeiras e traquinices
Ainda assim, houve tempo para as normais traquinices de criança. “Morava junto à escola de Pigeiros, na casa onde nasci
construída pelo meu pai, mas era sempre o último a chegar, eu e outro vizinho de cima, o Paulo, levávamos cada reguada…”, conta. Passava tanto tempo no recreio da escola que muitas vezes até se esquecia de regressar a casa. “Às vezes, era preciso ir buscar-me pelas orelhas e com a chibata, uns paus compridos das macieiras, que servia para ‘conduzir’ a malta”. Alferes brincava com carrinhos mas era muito mais de jogar à bola. “Jogávamos à bola, não jogávamos futebol, são coisas diferentes. O Cristiano Ronaldo e o Messi jogam à bola; os outros são jogadores de futebol. A diferença está na vontade. Nós jogávamos com uma alegria imensa”. Os jogos faziam-se na estrada principal de Pigeiros – “impensável nos dias de hoje” – e quando vinha um carro, “havia sempre um desgraçado que ficava a arrumar as
balizas, feitas com duas pedras”. A bola era a brincadeira principal, mas também brincavam “ao pião, aos países, à macaca, que era mais para as meninas mas também servia para nos metermos com elas”. Alferes lembra-se de receber, com 8 anos, um jogo da Majora e chamar toda a gente para sua casa. “Nem sabíamos muito bem como jogar aquilo. Pouco tempo depois, voltamos à bola, à cabra cega, às caçadas, às escondidas… às brincadeiras típicas da época”. E as subidas às árvores? “Ui… Valeram-me uns valentes tabefes do meu pai. Quando éramos miúdos, fazíamos cabanas em cima das árvores para podermos ir para lá fumar tabaco roubado”, diz, sorrindo. Andou na escola primária em Pigeiros e, depois do falecimento da mãe, foi, como interno, para o Colégio dos Carvalhos.
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Especial
Viagem Medieval RESPOSTA RÁPIDA
O que o motiva? A vida. O que o preocupa? Morrer sem fazer o que quero. Naqueles dias em que tudo parece correr mal, qual é o seu refúgio? Ir caminhando. O que mais gosta de fazer? Ouvir música. O que menos gosta de fazer? Aturar gente estúpida, mesquinha e ignorante. Se pudesse mudar uma coisa em si, o que mudava? Não teria cometido alguns erros. Não sai de casa sem… Às vezes saio sem telemóvel, sem os documentos… Não tenho nada que não me deixe sair de casa. O que para si é insuportável? A dor de uma criança. A sua palavra favorita é… Amor. Qual a figura da história que mais admira? Além de D. Pedro I (risos), D. Afonso Henriques porque foi ele que começou isto tudo. Quem são os seus heróis da vida real? O meu pai e a minha esposa Celeste. Que qualidade mais aprecia numa pessoa? Visão de futuro, coisa tão escassa. Como é para si um dia perfeito? Um dia de felicidade dos que me rodeiam. Que conselho lhe deram que nunca esqueceu? Não te esqueças de tirar o curso superior; conselho que não segui e bem me arrependo. Se pudesse voltar atrás, a que ano regressaria? Não quero voltar atrás. O que está feito, está feito, temos de olhar para o futuro. O seu lema de vida é… Tenta ser feliz hoje porque amanhã não se sabe o que acontece. O que é urgente o mundo perceber? Que precisamos de paz e que somos todos iguais.
“Foi uma altura complicadíssima, o meu pai estava completamente falido, a doença da minha mãe consumiu tudo o que tínhamos e não tínhamos, começaram a ir os anéis e depois alguns dedos, uma situação desesperante, e ele coloca-me a interno porque tem noção que eu preciso de uma educação diferente, uma educação que ele próprio terá dificuldade em dar-me, e também para me afastar de tudo o que de mau acontecia na família”. Uma criança de 10 anos compreende esta decisão? “Admito que tenha sido cruel, mas aceitei”. Ajudou muito, na altura, a “dinâmica” proporcionada pelo Colégio. “Havia um slogan que dizia ‘no Colégio dos Carvalhos dás homem; se não deres homem aqui, não dás em mais lado nenhum’. Vou para lá com aquela carga toda e o Colégio ajudava nisso, miúdos com problemas acrescidos, que sofreram perdas recentes, com problemas em casa, problemas de insubordinação, de pequena criminalidade, acabavam por superá-los e integrar-se”. A estrutura da escola era “muito intensa. Tínhamos semanas dedicadas às artes, à cultura, tínhamos trabalhos manuais, torneios de futebol, basquetebol, andebol, voleibol. O meu gosto por cinema e teatro vem do Colégio dos Carvalhos. Tínhamos sessões de cinema, em que as fitas eram cuidadosamente analisadas pelo padre, que de vez em quando deixava passar uma coisa ou outra”, revela, entre risos. Nos intervalos, permaneciam dentro do recinto,“só se pulássemos o muro mas às vezes corria mal, porque estava um padre do outro lado à nossa espera”. A ida para o Colégio foi “muito boa porque, além da responsabilidade e de uma série de coisas que me ensinou, que são a base do que sou hoje, permitiu que avançasse aquela fase da minha vida, que não foi fácil”. As idas a casa, lembra, eram “custosas. Via o meu pai a tentar refazer a vida. Era emigrante na Venezuela, fez umas casas, arrendou-as, veio o 25 de Abril e bloqueou-lhe as rendas, ficaram congeladas 20 e tal anos, teve de se desfazer das coisas como pôde”.
Evolução de mau para bom aluno
Aplicou-se no Colégio e fez um percurso notável. “Comecei mau aluno, acabei o primeiro ano como bom aluno e depois fui um dos melhores alunos da turma até ao 9.º ano. Comecei a ganhar método de trabalho, interessar-me pelas coisas. No 10.º ano, esbarrei-me”, diz. O que aconteceu? “Mudo de edifício, de professores e, talvez o mais importante, a entrada das meninas no Colégio. Foi uma tragédia para muita gente”, diz, rindo. As disciplinas preferidas eram História, Francês, Geografia e, mais tarde, Sociologia. O objectivo era seguir História, a paixão que ficou, mas… “Era um desejo proibido. Já havia um desemprego medonho na área. Tanto me desviaram que fui para a área económica. Quando temos 15 anos, sonhamos ser grandes empresários e ter montes de dinheiro. Se não podia seguir História, apostei em ser um grande empresário. Mas depois chega-se à faculdade e vê-se que não é bem assim”. Entra para o Instituto Superior de Administração e Gestão, curso de Contabilidade e Gestão, com a Ges-
tão Financeira em vista, mas a tropa meteu-se no caminho. “Não consegui adiar mais e fui à tropa. Ganhei amigos e responsabilidade. Algumas coisas que se aprende na tropa, eu já as sabia, por ter sido interno no Colégio. Mas retiro da experiência a camaradagem, o saber reconhecer que somos todos diferentes mas, com a farda vestida, estamos numa situação em que somos todos iguais”. A tropa, contudo,“foi um ano parado. Foi deixar o comboio passar, estar à espera de outro e depois não ter pedalada para o apanhar porque muita coisa já estava esquecida e não tinha aquela dinâmica de faculdade. Chego, já não sou caloiro, por isso não sou praxado, senti-me isolado e tive alguma dificuldade em encaixar-me. Fui andando, mas muito cedo desliguei-me, vi que não era aquilo que queria”. Desistiu e foi estudando algumas matérias que lhe despertavam interesse. Um convite de uma amiga acabou por levá-lo para a área imobiliária. “Fui-me aperfeiçoando, estou como freelancer e trabalho ao meu ritmo. Vivemos épocas douradas em termos de negócio, é um trabalho estimulante mas desgastante. Quem quiser ganhar dinheiro a sério nesta área, ganha”. No ramo há cerca de oito anos, inscreveu-se agora no curso de Gestão Imobiliária na Escola Superior de Actividades Imobiliárias, em Lisboa. “Este semestre foi todo para o tecto por causa da Viagem Medieval, mas isto acabando, vou-me enfiar dentro de casa para os exames de Setembro”, garante. Uma área que se tornou uma paixão mas que em nada se compara à História. “Um dia, enquanto reformado, se tiver disponibilidade física e financeira, hei-de tirar um curso de História, nem que seja só para pôr em cima da lareira”.
El-Rei D. Pedro I
O mais recente desafio permitiu-lhe extravasar este gosto. “Quando fui escolhido para Rei da Viagem Medieval, já tinha na ponta da língua este reinado e depois devorei, em pouco tempo, tudo o que havia sobre D. Pedro I”, garante. Quando se candidatou, às 23h00 do último dia, “nunca pensou ser escolhido”. Mas a verdade é que “o perfil pedido encaixava que nem uma luva. As expressões faciais contam muito e uma das razões para ter sido escolhido foi por causa da cara de mau que muita gente diz que eu tenho, embora seja a pessoa mais doce do mundo”, diz, sorrindo. Um “abanão completo” na rotina do dia-a-dia que já lhe valeu alguns sustos. “A Valentina [égua] atirou-me ao chão. Uma pequena distracção, a égua assustou-se e eu caí. No dia seguinte, ainda montei, mas dois dias depois senti dores fortes, fui ao hospital e vi que tinha uma costela fracturada. Já estou melhor, basta algum cuidado, são ossos do ofício”, afirma. A experiência está “a correr lindamente” e só tem elogios para a equipa que lhe dá “almofada e aconchego para que possa levar a sério este papel”. A mediatização da personagem no concelho da Feira, garante, “foi arrasadora. No país todo, na verdade, porque o cartaz é bom, a imagem é forte, graças à grande qualidade do fotógrafo Frederico Martins e equipa, mas aqui na Feira, toda a gente conhece o Alferes Pereira como figura do mundo associativo e político”.
Um brilhozinho nos olhos… político
E de política não poderíamos deixar de falar. “Com quatro, cinco anos, assisti ao período quente da revolução. Lembro-me de estar fixado a olhar para a televisão e a minha mãe comentar ‘ele está sempre a ver coisas de política’”, recorda. Um bichinho que já estava dentro dele mas que foi potenciado pelo pai que fez parte do Executivo da Junta de Freguesia de Pigeiros, entre 79-82, como tesoureiro. “O meu pai foi uma pessoa da política mas nunca gostou de se envolver demasiado na política, era a terra, Pigeiros, que lhe importava. Uma vez, teve um convite para ir para uma Distrital de Aveiro, mas não quis”. Foi acompanhando o pai, via os debates com ele e lembra-se de “comícios do CDS extremamente complicados. Uma vez, em Vale de Cambra, tivemos de nos enfiar debaixo de camiões e carros por causa das bombas”. Ainda recorda, vividamente, o dia em que recebeu “a comunicação da morte de Sá Carneiro e Amaro da Costa na televisão. Comecei a chorar e fui acordar o meu pai com a notícia”. Alferes participou na Aliança Democrática e fugiu do Colégio, em 1985, para seguir Freitas do Amaral, na altura da sua candidatura contra Mário Soares. “Fugi eu e muitos, para o seguirmos, porque sentimos que, pela primeira vez, poderíamos ter um presidente de Direita”. À medida que o tempo ia passando, mais ele se ia envolvendo na política.“Começa a ficar sério com os meus 16 anos. Espicaçaram-me para ir para a Juventude Centrista. Com os nossos contactos, ressuscitámos a JC, que tinha tido uma série de concelhias mas tinha acabado, e formou-se um grupo de amizades que perduram até hoje”. Embora adeptos da mesma ideologia, ele o pai, “os dois teimosos”, tinham grandes discussões sobre a forma como esta deveria ser defendida. “Tínhamos ideias um pouco diferentes sobre o que devia ser o CDS. O meu
ALFERES COM OS PAIS
GUARDA-ROUPA DA VIAGEM MEDIE
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Viagem Medieval pai era institucionalista, uma lógica conservadora, e eu mais liberal, em termos económicos, e mais democrata-cristã. A Esquerda diz que a área social é deles mas não é, o CDS tem na sua génese essa característica”. Alferes gosta muito de ‘arreliar a malta da Esquerda’. “Já cheguei a mandar e-mails a dizer ‘camaradas’. Em algumas matérias, sou progressista, há quem me diga ‘tu devias era ser de Esquerda’, mas não, o que eu não sou é quadrado”. Quando Manuel Monteiro aparece e “abana” o partido, o pigeirense “deixa tudo para se dedicar à política”, inclusive os estudos. “Se calhar foi o maior erro da minha vida. Dediquei-me à política, com alguns trabalhos pontuais para me ir desenrascando, porque… Os grandes amores não se explicam”. O objectivo era “mudar o mundo. A maior parte dos jovens andava na política de forma séria e acreditava naquilo que fazia; alguns já andavam a ver como podiam subir para chegar a algum lado. Naquela altura, eram alguns, hoje a maioria anda nas ‘jotas’ para subir na hierarquia, e alguns andam por convicção. E estou convencido que quanto mais perto do poder estão as ‘jotas’, menos jovens há com essa inocência de pensamento e atitude”. E conseguiu mudar o mundo? “Não consegui, mas consegui mudar alguma coisa. Fizemos coisas fantásticas na Feira, éramos quase uma associação cultural; não era como agora que as ‘jotas’ só fazem comunicados para os jor nais”. Chegaram a realizar “torneios de futebol, provas de atletismo, rally papers, peddy-papers, provas de perícia, festas em discotecas e bares” e havia muita discussão salutar. “Hoje em dia, não se discute nada, e depois quando as coisas já estão consolidadas é que vêm dizer que está mal. As pessoas têm de se habituar a discutir. Quando está aprovado, devemos estar na linha
da frente”. Durante muito tempo, foi o rosto mais visível do CDS-PP feirense, com candidaturas a vários órgãos políticos, suportado por equipas “o mais abrangentes possível, inclusive com pessoas que tinham dúvidas e criticavam o seu projecto e práticas. Se o CDS teve uma série de pessoas que saíram para a montra, deve-se a esse trabalho começado em 2009, porque quando pegámos no partido, era um desastre absoluto, para formar uma concelhia de cinco pessoas estivemos uma semana, ninguém queria dar a cara pelo partido. Quando eu deixo o partido, deixo-o com muitas figuras conhecidas no Concelho; é sinal que o trabalho foi bem feito”. Depois de desavenças com os actuais líderes da Concelhia feirense, afastou-se e candidatou-se a presidente da Concelhia Nacional, mandato que entretanto terminou. Continua como “militante de base” e vai “acompanhando, analisando, sem grandes interferências, a vida do partido. Acompanho, sobretudo, os núcleos de freguesia. Um núcleo de freguesia é mais estimulante que a Assembleia da República porque é estar junto das pessoas, discutemse os problemas reais. Na AR é tudo muito vago, a malta vai pura e vem cheia de vícios”.
Curtas-metragens e piri-piri
Presença constante no mundo associativo, foi dirigente da Associação Ambientalista e Cultural dos Amigos do Uíma, durante muitos anos, e fez parte do Grupo de Carnaval das Caldas de S. Jorge quando o evento era “enorme” e apenas tinha concorrência em Mosteirô e Paços de Brandão. “Hoje há Carnaval em todo o lado, é mais difícil, a associação vive dias complicados”. Acompanhou os Persona “para trás e para a frente” e não perde, apesar das noites mal-dormidas e do
A ESPOSA CELESTE
BALTAZAR O “HERDEIRO”
Um Livro O Novíssimo Príncipe, Adriano Moreira Uma Viagem Pólo Norte e Pólo Sul Um Som O ladrar do meu cão Um Filme Cinema Paraíso Uma Cor Preto Um Cheiro Mar Um Lugar Um lugar ao sol Uma Música Decades, Joy Divison Um Prato Cabrito assado Um Animal Cão Um Objecto Telemóvel Uma Frase “Eu bem te avisei” trabalho envolvido, um Festival de Cinema Luso-Brasileiro. “Sou activo no Festival, adoro. É uma semana extremamente desgastante, dormese três horas, não se come direito, ganha-se uns quilos…”. O gosto pela área é tão grande que já pensou em estudar Cinema e, no currículo, conta com teatro amador e algumas participações em filmes, como figurante, e um papel de vilão na curta-metragem ‘Haikai Diamante’, do realizador brasileiro André Francioli, em que interpretou o “chefe do bando que andava à procura do protagonista para recuperar um diamante. O André estava a passar uma curta no Festival e andava a analisar-me. Explicou-me o projecto, aceitei e gravámos nas Guimbras. Calhou numa altura complicada, eu andava rouco e tinha de gritar, era só pastilhas de mentol, doía-me os ouvidos, mas lá se conseguiu. Foi uma experiência diferente”. Algo que, garante, gostaria de explorar mais a fundo. “Se um dia mais tarde aparecer alguma coisa na área que me interesse, vou”. A viver na casa do pai em Pigeiros com a esposa Celeste – “quero deixar-lhe uma palavra porque, com a política, tem sido uma sacrificada” – e o ‘herdeiro’, o cão Baltazar, Alferes, quando questionado sobre o futuro, vai buscar o tradicional provérbio. “Dizem que antes de morrer se deve plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. O filho já será difícil. Tenho meio livro escrito sobre a juventude na política mas não quis levar para a frente, para já, porque desmistificava e tornava público algumas questões. E ainda há dias plantei o meu quintal todo de novo, além de que nos Amigos do Uíma fartei-me de plantar árvores, sempre com a certeza de que, onde elas eram plantadas, ficavam; não é como nas inaugurações em que se planta uma árvore, tira-se a foto e passados dois meses a árvore já não está lá ou secou porque ninguém cuidou dela”. Com 47 anos, mantém o espírito “provocador. A vida tem de ter pimenta, ou piri-piri, é irrelevante, desde que pique”.
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Especial Viagem Medieval
12 140 67 140 1692 24 DIAS DE ANIMAÇÃO E RECRIAÇÃO HISTÓRICA
HORAS DE ANIMAÇÃO DURANTE O EVENTO
ESPETÁCULOS DIÁRIOS
APRESENTAÇÕES DIÁRIAS
APRESENTAÇÕES NOS 12 DIAS
ARTESÃOS, MERC E REGATÕES
SEJAM BEM-VINDOS AO REINADO D’O JUSTICEIRO Iniciou-se mais uma edição, a 22.ª, da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria… da Feira. São 12 dias de recriação histórica do Reinado de D. Pedro I, O Justiceiro. O centro da cidade volta a acolher milhares de comerciantes, visitantes e atores de vários cantos do país e do estrangeiro. Os espetáculos são o ex-libris da máquina do tempo que é esta viagem ao século XIV. E 76% são produzidos, na íntegra, por associações e companhias feirenses. Texto Marcelo Brito Fotos Albino Santos
FEIRA Dia 1. A azáfama é grande. Os últimos preparativos concluem-se e tudo é acelerado quando o relógio aproxima-se das 15 horas. Dá-se o início da 22.ª edição daquela que é uma das maiores recriações histórias de Portugal e da Europa. Acompanhado pela Corte e Escudeiros, El-Rei D. Pedro I desmonta o seu cavalo e fala à população.Rapidamente vêemse mendigos a pedir, comerciantes a vender, guerreiros a treinar e cavaleiros a montar. A música da época predomina,mas ainda que por breves segundos pareça que estamos no século XIV, não estamos. Corre o ano de 2018 e também vemos centenas de visitantes, curiosos, portugueses e estrangeiros e de telemóvel na mão a registarem os vários momentos. As primeiras honras foram proferidas pelo representante máximo do Município. “Eu, Emídio Sousa, pela graça do povo, s a ú d o - vo s . Mandamos que se faça, e se possa fazer no dito lugar da Feira, de hoje em diante até aos 12 dias de agosto do ano de Cristo de
2018, a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria”. De seguida, El-Rei intervém. “Eu, Pedro, pela graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve, ao serviço da Justiça e da boa governança de meus reinos e meus povos,estarei hospedado em Terra de Santa Maria”.As palavras foram contempladas com dança e música até O Justiceiro, de cognome, retirar-se.
Beneficiação da circulação
Depois da cerimónia de abertura da Viagem Medieval de 2018, grande parte do tecido político e social concelhio acompanhou o edil feirense, Emídio Sousa, e o presidente da FeiraViva,Paulo Sérgio,numa espécie de visita guiada pelo recinto. O representante máximo da empresa responsável pela dinamização do evento, Paulo Sérgio, aproveitou para justificar algumas alterações. “As Tabernas saíram da Praça da Nau. O objetivo passa por reduzir o fluxo de pessoas, ou seja, que haja uma diminuição da pressão populacional e consequentemente uma maior fluidez, assim como melhores condições de segurança. A implementação de uma nova bancada, nas Guimbras, é para melhorar a qualidade do usufruto do visitante – já que alguns espetáculos são mais extensos – e o acesso é gratuito”. O presidente do Feira Viva adiantou ainda que 76% dos espetáculos são produzidos, na íntegra, por associações sedeadas em Santa Maria da Feira. Já dentro dos Banhos de S. Jorge, Emídio Sousa garantiu que a recuperação do espaço tem como objetivo “a preservação das árvores, das espécies e dos caminhos pedestres”.
Diversão diurna e noturna
Os sorrisos dos agentes organizadores e promotores da Viagem Medieval são inevitáveis, mas também aqueles que querem usufruir deste evento não escondem a alegria de marcarem presença em mais uma edição. E o movimento não é apenas diurno. O povo da Feira vê, também noite dentro, chegarem pessoas de todos os cantos do povoado que são as Terras de Santa Maria – e não só. O Anfiteatro da Praça Gaspar Moreira, por exemplo, não tem um espaço livre. As animações garantem a continuidade dos visitantes que não prescindem de fazerem-se acompanhar do icónico copo do estilo medieval. As ruas, repletas de trânsito humano, comprovam a adesão, em massa, ao evento. As mesas da zona destinada às Tabernas não têm tréguas. Os grupos juntam-se, comem, bebem, desfrutam.
D. Pedro I, O Justiceiro
A edição de 2018 da Viagem retrata a vida de D. Pedro I, O Justiceiro, uma figura, como tantas outras, icónicas e eternas da história de Portugal. É representado pelo pigeirense Alferes Pereira. O infante desde cedo acompanhou seu pai na governação. Ao ser aclamado Rei de Portugal e do Algarve, D. Pedro I já detinha um conhecimento abastado do território nacional. Percorreu-o de lés-a-lés, levando consigo a justiça que o caracterizava, por vezes com excessiva dureza e pouco rigor.O povo sentia-se protegido, a Nobreza temia-o e respeitava-o e o Clero mostrava empatia.O Estado começava a afirmar-se perante a Igreja. Promoveu leis que fomentaram o comércio marítimo, criou
novos concelhos, fomentou a agricul- t u r a e conseguiu manter estagnadas as desavenças com Castela. Reinou durante 10 anos e conseguiu a prosperidade financeira para Portugal. Mas há um capítulo identitário na história de D. Pedro I e de Portugal. O Justiceiro viveu um amor proibido com Inês de Castro, dama de companhia da sua mulher, D. Constança Manuel. Os Jardins da Quinta das Lágrimas eram o local dos encontros românticos secretos, mas depois da morte de Constança, Pedro e Inês passaram a viver juntos em Coimbra com os seus três filhos. O pai de Pedro, D. Afonso IV, reprovava a relação e mandou assassinar Inês. O infante reagiu e liderou uma revolta contra o pai. Mais tarde, afirmando ter-se casado com Inês, impôs o seu reconhecimento enquanto Rainha do Reino de Portugal. ‘No dia em que eu for Rei, tu serás a minha Rainha’, esta é a frase inscrita nas pulseiras da Viagem.
Agenda cultural preenchida
Os olhares estão virados para os espetáculos de grande formato. São a grande montra da recriação e retrocesso ao século XIV, mas também há tempo e espaço para cortejos. ‘De amada a Rainha’, que inicia-se no Castelo e termina na Praça da Nau, retrata o momento em que D.Pedro,após ser coroado Rei,manda desenterrar Inês de Castro e coroa-a Rainha, obrigando os fidalgos a beijarem-lhe a mão. ‘Justiceiro e Cruel’,da Misericórdia ao Povoado,demonstra a crueldade de El-Rei. ‘AVingança’e‘Momentos daVida D’El-Rei’são
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Especial Viagem Medieval
42 350 2000 33 700 11
CADORES
mil
VOLUNTÁRIOS
PESSOAS A TRABALHAR DIARIAMENTE
HECTARES DE ÁREA
VISITANTES ESPERADOS
PRÉMIOS E DISTINÇÕES
Portuense e gaiense dão nó ‘não oficial’
Há casamento na Viagem… de Pedro e Inês
episódios daquela época medieval. O primeiro mostra que D. Pedro I não desiste de vingar a morte de Inês. Fá-lo da forma mais impiedosa que idealizou. O segundo, como indica o nome, traz aos visitantes a oportunidade de ficarem com o conhecimento de como era a vida de um Rei de Portugal. Voltemos aos espetáculos de grande formato que decorrem no Terreiro das Guimbras. A peça ‘Folguedos de D. Pedro I’ retrata as festas e os arraiais imprescindíveis quando El-Rei marcava presença. ‘Amor Até ao Infinito’ espelha a sede por justiça e vingança de D. Pedro I. Já ‘Sangue de Portugal’ mostra o início da retaliação do Rei após a morte de Inês de Castro, não olhando aos meios, iniciando inclusive uma guerra contra o próprio pai, D. Afonso IV. Três espetáculos diferentes, autónomos, mas com uma sequência. Episódios da governação de D. Pedro I. Junto ao Castelo. Muitas são as experiências que o visitante pode vivenciar, tais como Tiro com Lanças, Corrida de Sacos, Tiro com Catapultas, Luta de Gladiadores, Lançamento da Ferradura, Corridas com Barrote de Madeira, Corrida com Pés Grandes, Equilíbrio em Traves de Madeira, Equilibrismo, Pêndulo e Pontaria com Fisga.
Mas não são apenas estes teatros que embeleza todo o evento.Os detalhes mostram a meticulosidade com que esta Viagem até o século XIV está preparada.Pelas ruas vêem-se mendigos, enfermos, Nobreza e Clero. A Viagem Medieval conta com a participação de 52 entidades de Santa Maria da Feira e 18 sedeadas no resto do território nacional e espanhol.
A História conta que D. Pedro e Inês de Castro, então dama de companhia da mulher do Rei, Constança Manuel, mantinham encontros românticos nos Jardins da Quinta das Lágrimas. Depois da morte de Constança Manuel, Pedro e Inês viveram em Coimbra com os seus três filhos. Uma história de um amor não consensual e oculto. Agora, em 2018 e em plena Viagem Medieval, assistiremos a outro casamento – não oficial – entre… o portuense Pedro e a gaiense Inês. Nasceram em lados opostos do Rio Douro, mas vão dar o nó matrimonial, em plena Viagem Medieval, no dia 12, de forma simbólica. “Encontrei o meu D. Pedro em contexto profissional. Trabalhamos para a mesma entidade”, recorda Inês. A ideia de unirem e celebrarem votos em Santa Maria da Feira, numa das maiores recriações históricas de Portugal e da Europa, foi consensual. “A Inês encontrou uma referência na página da Viagem Medieval. Concordei que seria giro. Adoro as recreações da época e no tempo livre de que dispomos, gostamos muito de viajar
pelo património histórico medieval”, conta Pedro. Já Inês explica o processo:“Enviámos um e-mail, só a pedir informações, na brincadeira, e quando a organização respondeu, percebemos que teríamos hipótese de participar. O gosto pelas cores, sabores, cheiros e sons não deixou outra alternativa que não aceitarmos”. É impossível ainda não ter reparado na coincidência dos nomes, mas Pedro, o nortenho que irá ‘casar’ na Viagem Medieval, reitera que “a história de D. Pedro e Inês de Castro” teve influência. “Íamos à Feira de qualquer forma, mas assim podemos fazer de conta que somos parte da mais bela história de amor”. A gaiense Inês conta que “é usual” ouvirem o trocadilho alusivo à história do ex-Rei de Portugal, algo que “reveste tudo de um maior significado. Quando soube do tema deste ano, sabia que tínhamos de fazer parte. Foi isso que levou-me a pesquisar e a encontrar o casamento”. Apesar de admitirem estar ‘à nora’ com o que podem encontrar no seu próprio casamento medieval, Inês garante que “vai ser espetacular. Um sonho perfeito”.
fotolegenda O Museu Convento dos Lóios conta com uma exposição temporária que recria momentos do filme ‘Pedro e Inês’ do realizador António Ferreira e que estreará em outubro. A película inspirada no romance ‘A Trança de Inês’, de Rosa Lobato Faria, conta com Diogo Amaral, Joana de Verona,Vera Kolodzig, Cristóvão Campos, Custódia Gallego, João Lagarto, entre outros nomes do cinema português. O apoio da Viagem Medieval ao filme foi protocolado entre a Feira Viva, a Federação das Coletividades, a Sociedade de Turismo e a produtora Diálogos Atómicos.
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Especial
Viagem Medieval Vital Santos mostra-se crítico
“É MAIOR A PREOCUPAÇÃO ECONÓMICA DO QUE CULTURAL” São palavras do presidente da Voltado a Poente, a associação integrada na Federação das Coletividades que há menos tempo participa na Viagem Medieval, algo que “não acarreta maior responsabilidade”.Vital Santos afirma que a VaP promove e atua em atividades itinerantes por opção da associação. A Associação Cultural Voltado a Poente (VaP) é a coletividade que há menos tempo participa na Viagem Medieval. Foi em 2014, há quatro edições, que começou a desempenhar um papel ativo naquela que é uma das mais emblemáticas reproduções históricas nacionais. “A VaP foi fundada em 2008 e os objetivos, culturais, integravam, entre outras, duas grandes áreas: o teatro e a preservação do património. Como associados da Federação das Coletividades, começámos a receber informações relativas à Viagem Medieval. Vendo que era um evento de grande relevância económico-cultural, após experiências muito reduzidas em 2012 e 2013, foi, em 2014, decidido aceitar o convite do responsável pela animação âncora para abraçar esta área temática de forma profunda e liderante”, contextualiza o presidente da Associação, Vital Santos. A VaP mantém a preocupação em não desviar-se dos seus objetivos, optando assim pela participação na vertente cul-
ASSOCIAÇÃO CULTURAL VOLTADO A POENTE
tural. “Em 2012 e 2013, a VaP integrou o povoado com um grupo de associados e participou com atores de forma avulsa na animação âncora, mas desde 2014, até à data, tem participado de forma organizada e como grupo liderante no teatro da animação âncora. Propôs uma nova área temática – Estaleiro Naval – que liderou durante um ano e que teve um grande impacto, mas que em breve foi desvirtuada e, de alguma forma, abandonada pela organização. Desde 2015, passou também a participar com um grupo de dança e, desde 2016, colaborou com um grupo de teatro deambulante”. O facto de ser a associação com menos tempo ‘de casa’, não acarreta, segundo Vital Santos, uma maior responsabilidade. “É sempre a mesma. Nas apresentações públicas, temos sempre a consciência que faz sentido fazer o melhor possível, independentemente da quantidade e qualidade de quem temos à nossa frente. Diria que maiores são as dificuldades
porque quem já está no processo há longo tempo não percebe que quem acaba de chegar precisa de esclarecimentos e informações que, para esses, são situações óbvias”. O presidente da VaP considera a Viagem Medieval “o maior evento cultural do Concelho” da Feira e “um dos maiores e de maior qualidade” de Portugal. “No entanto, tem havido um afastamento da genuinidade que deve ter uma recriação histórica. Parece que é maior a preocupação económica do que a cultural. Acho que seria muito mais interessante haver recantos ou espaços onde os visitantes fossem ‘surpreendidos’ por situações do quotidiano da época do que a grande aposta ou investimento nos grandes formatos, na ‘espetacularidade’. Nada contra este tipo de atividades, mas não neste contexto cultural”. A VaP não está situada num local fixo, mas promove e atua em atividades itinerantes. Esta é uma opção da associação. “Não so-
mos tão itinerantes quanto desejamos. Somos demasiado espartilhados”. A vertente económica é vantajosa,“mas apenas positiva porque os associados fazem tudo de forma totalmente gratuita, recebendo uma senha de refeição, retirada da receita da VaP. Inclusive, há atividades que só não dão prejuízo direto à associação porque são cobertas por receitas de outra origem”, explica Vital Santos. Para desempenhar as funções assumidas na Viagem Medieval, o presidente afirma que são precisas mobilizar entre 50 a 80 pessoas. Sobre o futuro da associação, Vital Santos afirma que a VaP “quer continuar a impor-se no panorama cultural regional. A grande aposta vai continuar a ser a sua genuinidade revelada no teatro, na música e na defesa do património, com ênfase especial para o Castro de Romariz. A sua luta vai continuar a pautar-se pela defesa da descentralização da ação cultural. Não aceitamos o esquecimento a que está votado o nordeste concelhio”.
Adriano Costa destaca responsabilidade
“TEMOS DE DAR O EXEMPLO”
O presidente do Rancho Folclórico ‘As Florinhas’ das Caldas de S. Jorge, Adriano Costa, não esconde que o facto de serem uma das duas associações mais antigas a participar na Viagem Medieval acarreta responsabilidade. O Rancho Folclórico ‘As Florinhas’ das Caldas de S. Jorge é uma das duas associações, integradas na Federação das Coletividas, que há mais tempo participam na Viagem Medieval. A primeira vez que apresentaram as suas valências neste evento cultural foi em 2002. Nas 16 edições que participou, o Rancho já experiênciou e dinamizou várias atividades. “Desenvolvemos uma Taberna medieval, participámos no Assalto ao Castelo, estivemos presentes no Auto de Fé e
RANCHO FOLCLÓRICO ‘AS FLORINHAS’ DAS CALDAS DE S. JORGE
nos Jogos Medievais, nos quais ganhámos às equipas participantes. Inclusive, como prémio, fomos jogar a Castro Marim. Vários elementos do grupo já participaram na representação medieval, no Povoado, e também nos diversos Cortejos medievais”, enumera o presidente Adriano Costa. O facto de serem uma das associações mais antigas, o que representa longevidade e estabilidade edição após edição, acarreta uma maior responsabilidade. “Ao sermos
dos primeiros grupos a participarem na Viagem Medieval, temos de dar o exemplo aos novos para que o evento cresça cada vez mais”. Presidente há quatro anos, Adriano Costa destaca a preocupação dos agentes dinamizadores do evento. “A preocupação com o valor histórico é cada vez mais maior para que os visitantes sintam-se na época representada”. O Rancho Folclórico mantém o seu espaço aberto, desde 2002, na Praça Gaspar Moreira “com uma ementa variada e
respeitando a época”. O presidente não esconde que a vertente económica da Viagem Medieval “é uma boa fonte de rendimento para a associação”. Para que toda a logística esteja bem definida e haja o menor número de sobressaltos possível, o Rancho conta com a ajuda de 35 colaboradores. Para o futuro, Adriano Costa, que já desempenhou as funções de presidente entre 2005 e 2007, aponta “dar continuidade aos 59 anos de existência do grupo”.
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Viagem Medieval Cristina Soares destaca evolução do evento
“TODO O AMBIENTE QUE RODEIA A VIAGEM É RIGOROSO” Há 19 anos que participa na Viagem Medieval. O Rancho Folclórico Recreativo e Cultural ‘As Florinhas’ de Rio Meão é das associações que há mais tempo contribui para a evolução do evento. A presidente há cinco anos, Cristina Soares, destaca o rigor daquela que é das maiores recriações históricas do país. O Rancho Folclórico Recreativo e Cultural ‘As Florinhas’ de Rio Meão participa na Viagem Medieval há 19 anos. A primeira intervenção registou-se em 1999.“Começámos dentro das muralhas do Castelo a convite da Federação das Coletividades da Feira. Os primeiros anos eram feitos por ‘amor à camisola’. Nunca imaginámos que estávamos a começar um grande projeto”, contextualiza a presidente Cristina Soares. Durante quase duas décadas de participações, muitas foram as atividades desenvolvidas. “Durante os primeiros anos participámos em recriações históricas como o Assalto ao Castelo, nos Cortejos, entre outros. Estávamos sempre disponíveis para colaborar. O evento foi crescendo e fomos adaptando. Começámos com um grupo de danças medievais, com cerca de 30 jovens, que tem-se prolongado até os dias atuais e ainda outro de adufeiras. E vamos sempre participando em parceria com outras associações que precisam de elementos
RANCHO FOLCLÓRICO RECREATIVO E CULTURAL ‘AS FLORINHAS’ DE RIO MEÃO
para dança ou figuração. Não interessa se é a associação A ou B que está a fazer a dinamização, interessa participar, aprender, partilhar experiências e manter os meninos ocupados”. A longevidade d’As Florinhas de Rio Meão é algo que permite aos responsáveis do Rancho não cometerem erros. “Não digo que somos um exemplo porque era estar a ser demasiado ambicioso. Não queremos isso, mas é lógico que toda a experiência torna possível o facto de não cometermos tantos erros como as associações que estão a iniciar a sua jornada na Viagem Medieval.Há que ter atenção ao valor histórico e à segurança e higiene alimentar. Temos de ser rigorosos e de querer crescer mais com projetos culturais”. A evolução do evento é algo que não passa despercebida a Cristina Soares.“Sinceramente, nunca imaginei que a Viagem ia crescer tanto como cresceu. Acreditava que era um projeto com pernas para andar, porque era diferente, não havia nada parecido na área
medieval. A organização conseguiu fazer crescer muito o evento e com prestígio. A aposta nas recriações foi um sucesso. Aproveitaram as associações do Concelho da Feira ao envolverem-nas.Todos os fatores ajudaram a Viagem Medieval a crescer. É no rigor que tem-se conseguido manter o sucesso do evento.Todo o ambiente que rodeia a Viagem é rigoroso”. Todos os anos é possívelencontrar a Taberna do Rancho em locais diferentes. “Já percorremos praticamente todos os espaços que existem porque não é o Rancho que escolhe, todas as associações submetem-se a sorteio. Nunca sabemos onde vamos estar”. O fator financeiro é crucial para as contas e bem-vindo para dar seguimento à construção da Sede. “Estaria a mentir ao dizer que não temos algum retorno económico. As contas são públicas,mas não é o dinheiro que move o Rancho para aViagem.É lógico que ajuda e vai ajudar porque temos uma Sede em construção e precisamos. Queremos dar seguimento a
projetos culturais e envolver os jovens e a comunidade. Rio Meão começa a estar cada vez mais envolvido com as suas associações. Isso é imporante”. Presidente há cinco anos,Cristina Soares conta com a colaboração de 35 pessoas em probono na Taberna. Sobre o Rancho Folclórico Recreativo e Cultural ‘As Florinhas’ de Rio Meão,espera uma rápida conclusão das obras na Sede e objetiva continuar a crescer no setor cultural.“Não estamos parados,mas atualmente estamos um pouco limitados em alguns projetos que queríamos desenvolver porque não temos espaço físico.O existente está muito degradado e ainda em remodelação. A ideia é continuar a crescer, apostar nos jovens, dar seguimento às tradições, mas sem esquecer a modernidade. Temos atividades de Dança e Teatro, mas queremos crescer mais a nível Cultural.Não devemos esquecer a parte social até porque fazemos parte do Fórum Social de Rio Meão. No fundo, o objetivo é trabalhar em prol e para a comunidade”, aponta. Pub.
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Viagem Medieval Os melhores dos melhores
DOCES IMPERDÍVEIS DA VIAGEM Queríamos escolher apenas os três melhores mas dada a variedade – e qualidade – foi impossível e, à semelhança do ano passado, apresentámos seis (dos) melhores doces desta Viagem Medieval.
TORTA DE CENOURA
TOUCINHO DO CÉU
BOM BOCADO DE AMÊNDOA
Renascer O toucinho do céu do Renascer já foi eleito no ano passado e volta a figurar na nossa lista em 2018 por uma simples razão… é divinal. Alguns vão torcer o nariz. “Toucinho do céu? Deve ser enjoativo”. Não é. A chila corta o doce. “Chila? Não gosto”. Pois, eu também não, mas a questão é que… apenas a consistência denota a chila, no sabor… nem se sente. Mesmo, podem confiar. A fatia é generosa mas come-se bem, deixa satisfeitos os que comem pouco e com barriga para mais os que, como eu, guardam sempre espaço para mais uma sobremesa. O toucinho do céu encontra-se com facilidade pelas barraquinhas da Viagem Medieval mas como este… não há igual.
Delícias do Castelo Mais um doce comum mas que, feito da forma certa, garante entrada para a lista dos melhores exemplares. O bom bocado de amêndoa nada mais é que um doce com farinha, ovos, manteiga, açúcar, amêndoa e… um ingrediente secreto. A fatia é bem grande, chega e sobra para ficarmos saciados, mas vale a pena pelo sabor diferente, provavelmente devido ao tal ingrediente que lhe dá um toque especial. Ajuda, muito, que a amêndoa seja bastante triturada, ao ponto de não se destacar do bolo, mas fazer parte dele, não constituindo, como em tantos outros, aquele elemento duro e acessório que enfeita o bolo. Nas Delícias, recomendamos ainda a excepcional regueifa doce.
BOLA DE BERLIM
SANTIAGO
PÃO-DE-LÓ DE OVAR
Doces D’El Rei As queijadas são a especialidade desta casa, mas olhando para a montra foi a torta de cenoura que nos despertou a atenção. Um doce menos comum que este ano leva o troféu pelas cinco estrelas em todos os critérios. A massa é húmida, recheada de creme de ovos, e com uma textura tão suave que se desfaz nas mãos e na boca. O sabor denuncia a cenoura e é doce no ponto certo, apesar da fatia generosa, não se torna enjoativo. Há quem procure fitas e pães-de-ló de Ovar, e os fãs fazem muito bem, mas se fosse a vocês espreitava também a torta de cenoura. Satisfação garantida.
Krapfen Conhecemos Aurélia Cavaco pelo salão de chá, Mr. Tea, do qual é detentora em Santa Maria da Feira, e pelos bolos caseiros que tem sempre expostos na montra. Agora, ficamos a conhecer também as suas maravilhosas bolas de Berlim. Diferentes das que se encontram por aí nas pastelarias portuguesas, a massa é tão fofa e doce que nem precisa de recheio, embora haja muitos à escolha. Como uma nuvem que nos é dada para saborear.
Gula dos Anjos Um almendrado de côco. A montra da pastelaria é recheada, olhamos e é difícil escolher, mas de repente vemos um bolo peculiar. “O que é o Santiago?”, pergunto. “É um almendrado de côco”, responde a simpática menina da Gula dos Anjos. É esse mesmo e… em cheio na mouche. O bolo leva farinha de amêndoa, côco, açúcar e claras de ovo, e a combinação da amêndoa com o côco resulta na perfeição. Haja gula para experimentar o resto.
Vários É difícil errar o pão-de-ló de Ovar e por isso não destacamos uma casa específica mas prestamos homenagem a todas as que disponibilizam este clássico doce na Viagem Medieval. Alguns mais queimados, outros mais claros, o importante, para os verdadeiros apreciadores de ovo moles, é que esteja bem cremoso, quase líquido, a escorrer pela colher. Já dizia alguém, não é para os fracos de vesícula, mas é daqueles… imperdíveis.
CERCIFEIRA TEM A MELHOR MONTRA MEDIEVAL De 87 espaços, três levaram o troféu no habitual concurso de montras municipal intitulado ‘Estabelecimento Medieval Oficial’ do Projecto Envolver, que visa envolver o comércio e serviços de Santa Maria da Feira no espírito da Viagem Medieval. Cercifeira, Café Ideal e Sexyline ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.
CERCIFEIRA
CAFÉ IDEAL
SEXYLINE
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Especial
Viagem Medieval O rei da próxima Viagem Medieval
D. FERNANDO I: O SENHOR QUE SE SEGUE Na próxima edição, a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria terá como protagonista D. Fernando I “O Formoso”, filho de D. Pedro I e nono rei de Portugal – último da Primeira Dinastia –, que reinou entre 1367 e 1383. Em paralelo com a ordem cronológica da História dos Reis de Portugal, D. Fernando I, cognominado “O Formoso”, mas também de “O Belo” e “O Inconstante”, sucede a D. Pedro I como o protagonista da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria 2019. Assim, a próxima edição reproduzirá momentos e costumes dos anos compreendidos entre 1367 e 1383, do Século XIV. D. Fernando I foi o nono rei de Portugal, último da Primeira Dinastia (Afonsina) e o último monarca português da Casa de Borgonha. Era filho de D. Pedro I e da Rainha D. Constança Manuel. Nascido a 31 de outubro de 1345, o reinado de D. Fernando I durou cerca de 16 anos (1367 – 1383), até à sua morte, altura em que ocorreu a Crise de 1383-1385 em Portugal, que vai culminar com a subida ao poder de D. João I, Mestre de Avis (início da Segunda Dinastia). O reinado de D. Fernando I, que terá ascendido ao trono com 22 anos, ficou marcado por vários conflitos, quer pela política externa (tentou várias vezes obter o trono castelhano), quer pelo casamento com D. Leonor Teles Menezes, como também por não ter deixado
descendentes masculinos.
Conflito com Castela
Aquando da subida ao trono de D. Fernando I, a monarquia de Castela estava envolvida em lutas fratricidas, entre D. Pedro, filho legítimo de Afonso X, e Henrique de Trastamara, um dos muitos bastardos do falecido rei com D. Leonor de Gusmão. Após D. Pedro ser assassinado (1369), D. Fernando, como bisneto de D. Sancho IV de Castela (mas mais ainda pela rivalidade comercial e marítima entre Lisboa e Sevilha), abandonou a sua neutralidade e declarou-se herdeiro do trono, envolvendo-se em três conflitos com Castela, saindo, no entanto, sempre derrotado. Foi também durante o reinado de D. Fernando I que se promulgou a Lei das Sesmarias (baseava-se no princípio de expropriação da propriedade caso a terra não estivesse aproveitada) e que nasceu a aliança luso-britânica.
Casamento com D. Leonor de Teles
O casamento entre D. Fernando I e D. Leonor Teles aconteceu no Mosteiro
de Leça de Balio, em 1372, numa cerimónia praticamente em segredo, pois a união desencadeou forte contestação interna, especialmente da nobreza portuguesa. Isto porque infringia um acordo com Castela que implicava o casamento de D. Fernando I com uma das filhas de Henrique II, e porque a nova Rainha já fora casada com João Lourenço da Cunha, algo pouco comum e que não era bem visto na altura. Ignorando as consequências, D. Fernando I, após conseguir a anulação do anterior casamento de D. Leonor Teles, seguiu com um matrimónio que nunca agradou à Nação. Do casamento com D. Leonor Teles nasceram três filhos, dois que morreram de tenra idade, e D. Beatriz, que casou, em 1383, com D. João I, rei de Castela, morrendo naquele reino depois de 1409. Sem descendentes masculinos, a morte de D. Fernando I deu origem a um período de forte instabilidade dinástica. Desencadeando-se o que ficaria conhecido como a Crise de 1383-1385, que viria a culminar com a subida ao poder de D. João I, Mestre de Avis, dando-se início à dinastia de Avis. Pub.
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DESPORTO Mercado de Transferências
“Candidato à subida? Não é o caso”
Paços de Brandão aponta à manutenção
Conheça os Bravos & Bravitas Run
Acompanhe as mais recentes novidades das equipas concelhias a disputar desde a I Liga até à I Distrital.
José Neves, novo treinador do Canedo não assume a candidatura à subida de divisão.
O treinador dos brandoenses, Kaká, quer alcançar, o mais rápido possível, a manutenção para o P. Brandão.
O novo grupo de running de Caldas S. Jorge que realiza treinos de caminhadas, trails e corridas de estrada.
Futebol
I Distrital
I Distrital
Running
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Derrota frente à Académica de Coimbra
FEIRENSE REPROVA NO ÚLTIMO TESTE
Clube Desportivo Feirense Caio Secco Bruno Brigido Alampasu Flávio Ramos Briseño B. Nascimento
A equipa de Nuno Manta Santos perdeu frente à Académica de Coimbra por 2-0, num jogo disputado no Estádio Marcolino Castro, à porta fechada.
Diga T. Mesquita
Tiago Gomes Vítor Bruno Kiki
Cris Marco Soares
Babanco Alphonse
Tiago Silva Crivellaro J. Tavares
Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt
I LIGA O Feirense perdeu no sábado de manhã, no Marcolino Castro, à porta fechada, frente à equipa da Académica (2-0), da Segunda Liga, naquele que terá sido o último jogo de preparação antes da estreia na Liga NOS 2018/19. Na quarta-feira, pelo mesmo resultado, mas no Complexo Desportivo Feirense, os fogaceiros venceram o SC Espinho, do Campeonato de Portugal. O camaronês Djoussé, com dois golos apontados ainda na primeira parte (42’ e 45’), foi a grande figura da Académica na vitória de sábado diante do Feirense, por 2-0. O teste diante dos estudantes não correu bem à equipa de Nuno Manta Santos, particularmente no capítulo da finalização. Ainda antes dos golos da Académica, o Feirense dispôs de várias ocasiões para inaugurar o marcador. Nota ainda, para o facto do Feirense ter iniciado o jogo com duplo
pivô defensivo (Marco Soares e Babaco), Mesquita a lateral direito e Edson Farias à sua frente. Na segunda parte, com Sturgeon nas costas de Edinho, os fogaceiros acentuaram a pressão para reduzir a desvantagem, tiveram boas oportunidades de golo, mas Briseño, Flávio Ramos e Tiago Silva desperdiçaram. O Feirense iniciou a partida com Caio Secco;
Mesquita, Bruno Nascimento, Briseño, Vítor Bruno; Marco Soares, Babanco, Crivellaro; Edson Farias, João Silva e Zé Pedro. Jogaram ainda: Bruno Brígido; Diga, Flávio Ramos, Tiago Gomes, Kiki, Cris, João Tavares, Alphonse, Tiago Silva, Luís Machado, Sturgeon, Tosin (estreou-se), Valencia e Edinho. Na quarta-feira, no Complexo Desportivo, em mais um teste de
pré-época, o Feirense venceu o SC Espinho por 2-0, com golos de Tiago Silva (39’) e de Valencia (80’). Os fogaceiros iniciaram o encontro com: Bruno Brígido; Edson Farias, Bruno Nascimento, Briseño, Vítor Bruno; Babanco, Tiago Silva, Crivellaro;Valencia, Edinho e Sturgeon. Na segunda parte, Nuno Manta Santos aproveitou para testar um sistema com três centrais (com Kiki a acompanhar Bruno Nascimento e Briseño), Edson Farias e Vítor Bruno a fazerem os corredores, e Sturgeon e Valencia no ataque.
Estreia na Liga no domingo
O Feirense estreia-se na Liga NOS já no próximo domingo (12 de agosto), às 16 horas, no Estádio Marcolino Castro, frente ao Rio Ave. Nuno Manta deverá ter todo o plantel à disposição para o encontro diante dos vilacondenses.
TIAGO CONDE É O TREINADOR DOS SUB23 DO FEIRENSE LIGA REVELAÇÃO Tiago Conde,de 33 anos,é o treinador da recém-formada equipa de Sub-23 do Feirense, que esta época vai disputar a Liga Revelação, a nova prova do quadro competitivo nacional, que contará no ano de estreia com a presença de 14 equipas,nomeadamente o SL Benfica,Sporting CP, SC Braga e V. Guimarães, entre outras. Tiago Conde transita dos Sub-19 (sagrou-se, na época passada, vice-campeão da 2.ª Divisão Nacional, garantindo a subida à 1.ª Divisão do escalão) e conta com Jean Amarante como adjunto, Nélson Quintas como preparador físico e Diogo Oliveira como treinador de guarda-redes.O treinador promoveu vários jogadores da sua equipa da época transata – casos do guarda-redes Sérgio Alves, dos defesas Tiago Cavadas e Azevedo,dos médios Rúben Ramos,Shefiu,Akiode,e dos avançados Gadelho e Anthony – aos quais se junta o regressado Nathaniel. Para a defesa chegou o lateral Roger (ex-FC Paços de Ferreira), o meio-campo recebeu dois reforços nigerianos – Bruno e Ibrahim –,enquanto para o ataque chegou Leandro Campos (ex-FC Porto), este último ainda com idade de júnior. “Este é um espaço de crescimento para os jogadores. A nossa ideia é continuar o processo de formação e com isso diminuir o fosso entre o futebol de formação e o futebol profissional. É de todo o interesse do CD Feirense – Futebol, SAD ter aqui uma base sólida para alimentar nos dois próximos anos a equipa principal”, explicou Tiago Conde. Refira-se ainda que a recém-criada equipa Sub-23 do Feirense conheceu, na terça-feira, o calendário para a Liga Revelação 2018/19 e a estreia terá lugar no dia 18 de agosto diante do Rio Ave FC. Os fogaceiros terminam a prova, no dia 9 de fevereiro, em casa, diante do V. Setúbal.
as caras novas
Edson Farias Zé Pedro Tosin Kehinde
Luís Machado David Fábio Sturgeon João Silva Valencia Edinho
ENTRADAS Nome Bruno Brigido
Clube Guarani, Brasil
Tiago Mesquita
Boavista
Vítor Bruno
Boavista
Marco Soares
AEL Limassol, Chipre
Alphonse
Gil Vicente (regresso)
Zé Pedro
Felgueiras (regresso)
David
Gafanha (regresso)
Edinho
V. Setúbal
Fábio Sturgeon
V. Guimarães
Tosin Kehinde
Man. United
SAÍDAS Nome
Clube
Michal Miskiewicz
-
Jean Sony
-
Luís Rocha
D. Minsk, Bielorrússia
Alex Kakuba
Giannina, Grécia
Luís Aurélio
Gaz Metan, Roménia
Karamanos
Olympiacos, Grécia
Zé Manuel
Santa Clara
Hugo Seco
Irpysh, Cazaquistão
Etebo
Stoke City, Inglaterra
DÚVIDAS Entradas: Saídas: Alampasu, Kiki, Alphonse, Zé Pedro, David
EMPRÉSTIMOS
TOSIN KEHINDE Posição: Médio Ofensivo País de Nascimento: Nigéria Data de Nascimento: 1998-06-18 (20 anos) Altura: 178 cm Peso: Clube Anterior: Man. United
Nome
Clube
João Graça
Arouca
AGENDA 12 Ago - Feirense x Rio Ave 18h30 (Liga NOS)
EQUIPA TÉCNICA
T
osin Kehinde, extremo/médio ofensivo de 20 anos, exManchester United (jogou maioritariamente nos Sub-23, embora tenha chegado a realizar alguns treinos com José Mourinho na equipa principal), é reforço do Feirense a custo zero, assinando por quatro épocas.
Treinador: Nuno Manta Santos Treinador-adjunto: Samuel Correia Treinador de Guarda-Redes: Paulo Santos Preparador Físico: Mário Cardoso Observador: José Carlos Monteiro
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FUTEBOL
Lusitânia Lourosa FC Marco Sá Leo Leichsenring Carlos Madureira A. Carvalho Edu Silva Joca
R. Correia Materazzi
Dani Coelho Rena
Ricardo Gomes Serginho Reza Danilo Almeida Dipita Guilherme Morais
Diogo Belinha Hélder Castro
Paulo Grilo Edu Marques Rui Lopes
Léo Roberto
Pedro Silva Diogo Cunha Rafinha Betinho Drogba Camará
ENTRADAS
Médio chega do Vitória FC da Liga NOS
Nome
RAFINHA FOI A NOVIDADE NA APRESENTAÇÃO DO LOUROSA Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
CdP Foi preciso esperar pelo oitavo ensaio da pré-época, a José Manuel Oliveira Cup, para o Lourosa consentir um golo. Os pupilos de Luís Miguel, depois de vencerem o Penafiel na quarta-feira, apresentaram-se aos sócios no domingo com uma vitória, por 3-2, sobre o Leixões e viram Rafinha (ex-Vitória FC) juntar-se ao plantel. Aos 26 anos, Rafinha é o mais recente elemento do vasto plantel do Lourosa. Formado no Paços de Ferreira, de onde é natural, teve as duas primeiras experiências como sénior no Ribeirão e no Tirsense. Já representou Trofense, Vizela, Desp. Aves, Felgueiras e Amarante. Na última época esteve ao serviço do Vitória FC, clube da Liga NOS. O Lusitânia apresentou-se à massa associativa na disputa pela José Manuel Oliveira Cup, em homenagem ao ex-vereador da Câmara da Feira e sócio do clube,
Invictos durante sete partidas
Luís Miguel viu os seus pupilos a elevarem o número de jogos disputados na pré-época sem consentir golos para sete. Na quarta-feira, triunfo pela margem mínima, 1-0, frente ao Penafiel, clube da Ledman LigaPro. Paulo Grilo apontou o único golo do encontro. O defesa-central Maicon, à experiência, teve minutos.
O Lourosa alinhou com Marco Sá; Dani Coelho, Materazzi, Carvalho, Serginho; Guilherme, Edu Marques, Paulo Grilo; Diogo Cunha, Pedro Silva e Betinho. O único golo do encontro surgiu aos 5’. Paulo Grilo, fora da área, rematou para o fundo da baliza. Na etapa complementar, a formação concelhia entrou com Marco Sá; Rena, Maicon, Edu Silva, Ricardo Gomes; Danilo, Hélder Castro, Rui Lopes; Roberto, Leo e Drogba Camará. Tempo ainda para Leo dar lugar a Reza.
AFA impede Luís Miguel de sentar-se no banco
O líder da equipa técnica emblema da Capital da Cortiça, Luís Miguel, viu-se castigado pela Associação de Futebol de Aveiro – depois de um incidente durante Supertaça disputada e ganha frente ao Beira-Mar – com dois meses de suspensão
Regresso do camaronês é desejo dos adeptos lusitanistas
Koneh desvincula-se do Boavista e esteve em Lourosa Na transata semana, o Boavista anunciou que “de forma amigável, acordou e assinou com o jogador Ibrahim Koneh a desvinculação do seu contrato de trabalho desportivo”. O camaronês terá, alegadamente, uma anomalia numa válvula do coração e o clube axadrezado entendeu que a cardiopatia torna impossível a prática de futebol profissional. O representante de Koneh, José Carlos, contestou o conselho médico. Em declarações ao jornal A Bola, afirmou que o veloz extremo “já fez exames complementares. Os que foram feitos nada dizem que está proibido de jogar futebol. A anomalia é comum a outros jogadores. Temos já um relatório positivo”. O presidente do Lourosa, Hugo Mendes, deixou uma mensagem a Koneh nas redes sociais dizendo que “vai tudo correr bem” e a massa associativa lourosense pediu o regresso do camaronês. Na apresentação do clube, Correio da Feira identificou Koneh a ver o jogo da ex-equipa na zona destinada à Comunicação Social.
SC Espinho
Carlos Madureira
Nogueirense FC
Dani Coelho
Santa Clara
Daniel Materazzi
Olhanense
Serginho
Sanjoanense
Agostinho Carvalho
O Lusitânia de Lourosa apresentou-se aos sócios com um triunfo sobre o Leixões, por 3-2, com golos de Betinho, Carvalho e Drogba Camará. Rafinha, médio de 26 anos que atuava no Vitória FC, da cidade de Setúbal, foi a grande surpresa da tarde. com uma vitória sobre o Leixões por 3-2. Leo Leichsenring; Dani Coelho, Carvalho, Materazzi, Serginho; Guilherme, Hélder Castro, Paulo Grilo; Diogo Cunha, Pedro Silva e Betinho foram titulares. A turma de Luís Miguel entrou a perder – sofreu o primeiro golo da época –, mas Betinho respondeu. Carvalho colocou o Lourosa na frente e Drogba Camará dilatou a vantagem. Os Bebés do Mar ainda reduziram.
Clube
Leo Leichsenring
e uma multa de €120, mais custos de €25. Agora, o timoneiro lusitanista vê-se impedido de comandar a equipa no banco de suplentes nos primeiros seis jogos do Campeonato de Portugal mais um para a Taça de Portugal, ou dois caso avance a 1.ª Eliminatória. Luís Miguel, bastante desconfortável com a decisão do Conselho de Disciplina da AFA, deixou a garantia que “o Lourosa vai ganhar esses jogos”. O antigo vencedor do Campeonato do Mundo de Sub-20 em 1991, ao serviço da Seleção Nacional, falha os jogos frente ao Leça, Cinfães, Penalva do Castelo, Cesarense, Coimbrões e Pedras Rubras e apenas estrearse-á em 2018/19 no banco de suplentes frente à Sanjoanense no Estádio Conde Dias Garcia, jogo agendado para dia 7 de outubro.
Hélder Castro
Anadia
Olympiakos Nicosia (Chipre)
Danilo Almeida Betinho
Cesarense Belenenses (emprestado)
Drogba Camará
Moura
Diogo Cunha
Famalicão
Guilherme Morais Reza
Louletano Starbridge Academy
Roberto
Boavista
Paulo Grilo
Santa Clara
Rafinha
Vitória FC
SAÍDAS Nome
Clube
João Borges
U. Lamas
Ivo Oliveira
termina carreira
Pirata
Ovarense
Koneh Chico Marques
Boavista S. João de Ver
Steven
-
Vítor Sá
S. João de Ver
António
U. Lamas
Bruno Silva
Canedo
Mário
Bustelo
EMPRÉSTIMOS Nome
Clube
-
-
AGENDA 12 Ago - Lourosa vs Leça, 17h (CdP)
as caras novas
19 Ago - Cinfães vs Lourosa, 17h (CdP) 26 Ago - Lourosa vs Penalva do Castelo,17h (CdP) 02 Set - Cesarense vs Lourosa, 17h (CdP)
EQUIPA TÉCNICA
RAFINHA Posição: Extremo Esquerdo País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1992-04-30 (26 anos) Altura: 166 cm Peso: 58 kg Clube Anterior: Vitória FC
Treinador: Luís Miguel Martins Treinador-adjunto: José Oliveira Treinador Adjunto/Analista: Paulo Costa Treinador de Guarda-Redes: Tibi Preparador Físico: Pedro Rocha
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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS
EQUIPA TREINADOR
CD Feirense
PERMANÊNCIAS Caio Secco, Alampasu; Diga, Flávio Ramos, Briseño, Bruno Nascimento, Tiago Gomes, Kiki Afonso, Cris, Babanco, Tiago Silva, Crivellaro, João Tavares, Luís Machado, Edson Farias, João Silva, José Valencia
Nuno Manta
I LIGA
ENTRADAS
SAÍDAS
AGENDA
Bruno Brígido (Guarani, Brasil); Tiago Mesquita (ex-Boavista), Vítor Bruno (Boavista), Marco Soares (AEL Limassol, Chipre), Alphonse (Gil Vicente, regresso), Zé Pedro (Felgueiras, regresso), David (Gafanha, regresso), Edinho (V. Setúbal), Fábio Sturgeon (V. Guimarães), Tosin Kehinde (Manchester United Sub-23)
Michal Miskiewicz; Jean Sony, Luís Rocha (Dínamo Minsk, Bielorrússia), Alex Kakuba (Giannina, Grécia), Luís Aurélio (Gaz Metan, Roménia), João Graça (Arouca, emp.), Karamanos (Olympiacos, Grécia), Zé Manuel (Santa Clara), Hugo Seco (Irtysh, Cazaquistão), Etebo (Stoke City, Inglaterra)
12/08 (domingo) – I Liga | 1.ª Jornada: Feirense – Rio Ave, 16h
João Borges (U. Lamas), Francisco Costa, Luís Pinto; Ivo Oliveira (termina carreira); Pirata (Ovarense), Mário (Bustelo), Koneh (Boavista), Chico Marques (S. João de Ver), Vítor Sá (S. João de Ver), António Alves (U. Lamas), Steven Rodrigues, Bruno Silva, Ricardo Oliveira
12/08 (domingo) – CdP | 1.ª Jornada: Lus. Lourosa – Leça, 17h
CAMPEONATO DE PORTUGAL Marco Sá; Rena, Joca, Ricardo Correia, Franck Dipita, Edu Marques, Edu Silva, Ricardo Gomes, Diogo Belinha, Rui Lopes, Léo, Pedro Silva Lusitânia Lourosa
Luís Miguel Martins
Leo Leichsenring (SC Espinho), Carlos Madureira (Nogueirense); Dani Coelho (Santa Clara), Daniel Materazzi (Olhanense), Serginho (Sanjoanense), Agostinho Carvalho (Anadia), Reza (Starbridge Academy England), Guilherme Morais (Louletano), Hélder Castro (Olympiakos Nicosia, Chipre), Paulo Grilo (Santa Clara), Danilo Almeida (Cesarense), Diogo Cunha (Famalicão), Betinho (Belenenses, emp.), Drogba Camará (Moura), Roberto (Boavista)
DIVISÃO PRO-NACIONAL
S. João Ver
C.
Bruno Costa, Leo; Luís Magolo, Rúben Gomes, Rui Silva, Marco Ribeiro, Gouveia, Yorn, Martini, Carlos Oliveira, Alex Brandão, Zé António
João Oliveira (Avanca); Jorge Sousa (Sub19), Vítor Sá (Lus. Lourosa), Vítor Hugo (U. Lamas), Luís Vaz (Bustelo), Bé (SC Espinho), Adriano Silva (Sub-19), Joãozinho (Paivense), Mika (Avanca), Chico Marques (Lus. Lourosa), Serginho (Sub-19), Zé Bastos (Beira-Mar)
Nuno (Estarreja ?); Vítor Neto, Machadinho (Estarreja), Diogo Relvas (S. Vicente Pereira)
Início dos trabalhos a 13 de agosto
Hélio Buffon; Sanguedo, Sandro, Óscar Beirão, Marcelo, Tintim, Rodrigo, Joel, Pedrinhas, Luís, Carlos Manuel, Joca
João Borges (Lus. Lourosa), Muller (Pampilhosa), Vasco (U. Lamas B); António Alves (Lus. Lourosa), Sérgio Ramos (Canedo), Luís Sá (U. Lamas B), Chiquinho (U. Lamas B), Rui João (SC Espinho), Ramalhinho (U. Lamas B), Xavi (Fiães), Gonçalo Resende (Esmoriz), João Alves (Esmoriz), Ricky (U. Lamas B), Nelinho (Sub-19)
Kiko, Nélson; João Marques, Tiago Melo, Vítor Hugo (S. João de Ver), Flecha (Estarreja), Mauro, Pinheiro, Manu (Fiães), Fábio Raúl (Fiães), Paulinho
Início dos trabalhos a 11 de agosto. 22/08 – Apresentação aos sócios vs. Cesarense
Tiago Castro; Seminha, Fabiano, Rui Magalhães, Edu, Pedro Miguel, João Ramos, Hugo Silva, Jaiminho (?), Miguel Ferreira, Viditos, Luccas Marques, Manu Bernardes
Pedro Justo (Mansores), Rafael Bastos (Sub19); Tiago Ribeiro (Pampilhosa), Luís Belo (S. João de Ver), Bruno Silva (Valadares), Gonçalo Pereira (Fiães B), Fábio Raúl (U. Lamas), Manu (U. Lamas), Jorge Santiago (Fiães B), Zuca (Sub-19)
Janita Valente (Arrifanense), Fernando Pais (Rio Largo – Futebol Popular Espinho); Bruno Tiago, Carlos André (Esmoriz ?), Nélson Diogo (Carregosense ?), Xavi (U. Lamas), Dany Pereira (Esmoriz ?), Inverno (Fiães)
Início dos trabalhos a 10 de agosto. 6.º Torneio Seniores Cup de Fiães, a 25 e 16/08
Ricardo Maia
F. U. L.
U. Lamas
Fiães SC
Ricardo Suiço
Carlos Santos
I DIVISÃO DISTRITAL
Canedo FC
Paços Brandão
Mosteirô FC
AD Argoncilhe
CD Arrifanense
Neves, Nuno Fruta, Fernando Jorge, Apolo, Gil, Paulinho
David (Mansores); Estaca (ACRD Mosteirô), Nuno Gomes (Lourosa Sub-19), Félix (Argoncilhe), Serginho (Lobão), Cristophe (Lobão), Bruno Silva (Lourosa), Tavares (Sanguedo)
Xavi (Avanca), Fabri (Carregosense), Zé Nino (Carregosense), Dani (Vista Alegre), Sérgio Ramos (Lamas), Ferraz (Mansores), Jorginho (Paivense)
13/08 ou 14/08 início dos trabalhos
Diogo, Zé Manel; Candeias, FF, Marcos, Mota, Saxe, Justo, Daniel, Rubinho, Pedro Ribeiro, Pedro Sá, Elson, Carvalho
João Ferreira (Sub-19), Rafa (Sub-19), Toninho (Geração Rui Dolores), Tiago Oliveira (Argoncilhe), Mário (Argoncilhe), Bazuca (Argoncilhe) João Vieira (Fiães Sub-19),
Rúben (Argoncilhe), Nélson (Retirado)
13/08 início dos trabalhos; 18/08 vs Carregosense
Carregosa; Vasquinho, Arménio, Talheiro, Barbosa, João Tavares, Guima, Sérgio, Leo, Jorge Neves, Zidane, Vasco Pinho, Dbouk, Alex, João Marques, Xavi Leal, Ricardo Santos, Dani, Zé Pedro
Bruno Silva (Milheiroense); Diogo Santos (Travanca), Fábio Ferreira (Regresso), Xavi (São Vicente Pereira), Diogo Valente (Ovarense), Alemão (Ovarense), Bernardo (Geração Rui Dolores), Coutinho (Geração Rui Dolores)
Diogo; Vitinha, Elísio
20/08 início dos trabalhos; 08/09 apresentação vs Estarreja
Miguéis, Gomes, Pedro Oliveira, Russo, João, Rogério, Catota, Jaime
Rui (Fiães), Hugo Pinto (Mansores); Eduardo (Sub-19), Madeira (Sub-19), Regal (Sub-19), Rúben Martins (Cesarense Sub-19), Maia (Oliveirense Sub-19), Andrézinho (Oliveirense Sub-19), Carlos Eduardo (Sp. Espinho Sub-19), Cabeça (Dragões Sandinenses), Joel Cardoso (Milheiroense), Fábio (Arrifanense), Rúben Silva (Paços de Brandão), Castro (Mansores)
Chico (Cesarense); Luís (retirado), Rui Sousa (retirado), Tiago Neves (retirado), Tiago Oliveira (Paços de Brandão), Mário (Paços de Brandão), Félix (Canedo), Mota, Renato, Manel
13/08 início dos trabalhos; 16/08 vs Perosinho; 18/08 vs Pedroso; 25/08 vs S. João de Ver; 01/09 Torneio de São Félix da Marinha (Vila Nova de Gaia)
Rui Fragoso, Maia; Bruno Tavares, Riskas, Ricardo Santos, Júnior, Reis, Diogo Almeida, Folha, Rui Pinho, Berna (?), Carlos (?)
Janita Valente (Fiães); Ricardo Nuno (Pigeirense), Chiquinho (Os Arrifanenses), Amorim (Geração Rui Dolores), Aguiar (Os Arrifanenses), Tiago Silva (Cucujães), Rui Neves (Gafanha B), Pedro Neves (Gafanha B), Diogo (Os Arrifanenses), Inverno (Fiães)
Fábio (Argoncilhe)
06/08 início dos trabalhos; 12/08 vs Avanca Sub-19; 19/08 vs Vista Alegre (16h); 25/08 vs Estarreja (16h30); 29/08 vs Esmoriz (19h); 01/09 e 02/09 Torneio de PréÉpoca do Macieirense; 08/09 vs Fiães (10h30)
José Neves
Kaká
Aurélio Fonseca
Mickael Amaral
Saulo Santos
RUMORES
Resende, jovem de apenas 20 anos e que marcou dois golos na época transata pelas cores do Esmoriz, é reforço do União de Lamas.
Bino e Manuel Pinto, que em 2017/18 representaram o S. João de Ver, vão jogar ao serviço do Paivense na próxima época.
Xavier, de 29 anos, irá regressar ao Lamas. É a terceira passagem do defesa-esquerdo pelo clube unionista, onde acabou a formação.
Teles, médio que já representou o Lourosa, está sem clube e pode reforçar um dos emblemas feirenses do Campeonato Safina.
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ENTREVISTA
RICARDO SUíçO, O NOVO HOMEM DO LEME DO U. LAMAS
“GOStAvA dE NA PróxiMA ÉPOCA EStAr NOS NACiONAiS COM O UNiãO dE LAM Aos 37 anos, o técnico ricardo Suíço chega ao U. Lamas para colocar o clube “nos patamares que merece”. O novo treinador dos lamacenses, que chega à formação rubronegra depois de três temporadas no vista Alegre (conquistou uma subida ao principal escalão do futebol aveirense e uma presença na meia-final da taça PECOL), confessa ter sentido ansiedade e que esteve perto de assinar por outro clube – durante o impasse nas negociações com o U. Lamas –, mas rejeitou para seguir um “feeling”, que acredita ser “indicador de que está reservado algo de bom no U. Lamas”. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
Como e quando surgiu o convite do U. Lamas? O U. Lamas mostrou logo interesse após o término do Campeonato Safina, da época anterior. A primeira abordagem foi através do Fausto Sá [vice-presidente] e fiquei de imediato interessado porque mesmo de fora temos a noção da dimensão do clube, depois de percebermos as condições que oferece ainda mais. É um clube enorme e despertou-me de imediato muito interesse. Depois surgiu a questão da possibilidade de entrada de um investidor, já assumida pelos própr ios responsáveis do clube, o que atrasou a apresentação do novo treinador. Acompanhou, por fora, as negociações com o investidor? Como lidou com a situação? Assumo que não foi fácil e que criou alguma ansiedade. Como referi, fiquei muito entusiasmado com a possibilidade de ser o treinador do U. Lamas. Entretanto, as coisas atrasaram-se um bocadinho por ter surgido a possibilidade de entrar um investidor. As negociações entre mim e o clube atrasaram-se e, não vou mentir, ciou-me alguma ansiedade porque o U. Lamas era claramente o que eu queria. Estive muito próximo de um outro clube da mesma divisão, também uma boa equipa. Mas, não sei se foi um feeling,
rejeitei e felizmente para mim as coisas correram bem e acabámos por assertar tudo com o U. Lamas. Quais as razões para aguardar pelo U. Lamas e rejeitar outros clubes? Foi apenas um feeling, como disse? A partir do momento que o U. Lamas demonstrou interesse, foi claro para mim que era o clube ideal para o que tenho projetado para a minha carreira de treinador. As coisas chegaram a arrefecer um pouco, mas, como já referi, felizmente acabámos por chegar a um acordo e ficamos muito felizes.
“Estive muito próximo de um outro bom clube do Campeonato Safina”
Chegou a ponderar aceitar outras propostas? Sim. Estive mesmo muito próximo de um outro bom clube do Campeonato Safina, mas foi algum sinal que me fez recusar, um sinal que acredito que seja indicador de que está reservado para nós algo de bom no U. Lamas. E vai estar certamente. O que diferencia o U. Lamas, por e xe m p l o, d o s o u t r o s cl u b e s q u e apresentaram propostas para que o Ricardo Suíço fosse o treinador? Como jogador fui adversário do U. Lamas algumas vezes, como treinador também, e sente-se que é um clube grande, mas depois das pessoas nos
mostrarem as condições de trabalho, a estrutura, a paixão que as pessoas da direção têm pelo clube, nota-se que é um clube que merece estar noutros patamares e é para isso que vamos trabalhar. Durante o período de incerteza, foi sendo informado sobre a composição do plantel (entradas, saídas e permanências)? Teve papel decisório nas movimentações de mercado? Sim, acompanhei. As pessoas do U. Lamas foram-me colocando ao corrente do que se estava a passar e estou muito satisfeito com aquilo que a direção garantiu. Naturalmente, apenas a partir do momento que acertámos todas as condições é que começámos a trabalhar 100% juntos, mas estive sempre a par do que estava a acontecer. Mas é possível que durante o impasse alguma coisa possa ter escapado ao seu controlo. Há algum jogador que tenha saído do U. Lamas e que gostaria que se tivesse mantido? Não vou estar a falar de jogadores que saíram. Estou muito satisfeito com os reforços que conseguimos para essas posições [dos jogadores que saíram], são jogadores que dão totais garantias, de muita qualidade e carácter. Procurámos ir buscar jogadores no sentido de serem mais-valias no balneário e no grupo e os que chegaram preenchem esses requisitos.
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ENTREVISTA
um esforço. Presumo pelas suas palavras que além do perfil do atleta, também garantir dois jogadores de qualidade idêntica por posição tenha sido um dos critérios para a construção do plantel… É verdade. Na minha forma de ver o futebol é fundamental termos um grupo competitivo porque os jogadores são inteligentes, sabem quando não há qualidade para os fazer perder o lugar ou, pelo menos, colocar o treinador em dúvida. O jogador, por muito bom profissional que seja, acaba por relaxar. Haver um plantel competitivo em que os 22 jogadores saibam que têm de dar sempre o máximo é bom para o clube, para o próprio rendimento do atleta e para os treinadores. Penso que a concorrência ajuda na evolução do rendimento dos atletas. Nessa perspetiva, o lado esquerdo também não está deficitário, apenas preenchido com um jogador de raiz (Sérgio Ramos, contratado ao Canedo) ou está prevista alguma adaptação? Temos o Sérgio Ramos e temos também, possivelmente porque vai lá treinar, o Xavier que estava no Arrifanense e passou pelo Boavista na formação. É um jogador com muita qualidade, diferente do Sérgio, que dá garantias a defender e em termos ofensivos vai pela certa, enquanto o Xavier cumpre a defender, mas é mais propenso a atacar. Acredito que seja a solução para a lateral esquerda. Conheço-o e vou apenas aferir do estado atual dele.
MAS” Gonçalo Resende (ex-Esmoriz) é reforço
Quantos reforços, e para que posições, precisa para completar o plantel? Resolvemos recentemente a questão de mais um extremo, com a entrada do Gonçalo Resende, oriundo do Esmoriz. É um jovem de muita qualidade que vem para nos ajudar. Temos ainda uma posição que terá de ser colmatada que é a de pontade-lança, para haver uma opção caso algo aconteça ao Joca, e também porque se o Joca fez 26 golos esta época, na próxima sabendo que tem alguém que o pode fazer andar ainda mais… ou também, se for necessário, para jogar com dois pontas, uma solução que o U. Lamas já não tinha na época anterior. É um alvo que temos definido. Neste momento, não é fácil porque não há muitos jogadores ainda desvinculados, mas estamos à procura [entretanto, fonte oficial do clube, anunciou ao Correio da Feira a contratação do ponta-de-lança João Alves, também oriundo do Esmoriz]. Com a conclusão desse dossier o plantel fica fechado? Fechado no futebol é sempre difícil de garantir, quer em saídas ou entradas. Nunca se pode prever, mas colmatando essa posição ficamos tranquilos em relação ao que temos e começamos preparados para o campeonato. Mas é lógico que, de um momento para o outro, pode aparecer alguém com qualidade e o U. Lamas não vai, com certeza, dizer que não, e fará mais
Já teve oportunidade para falar com os jogadores do plantel, nomeadamente os mais influentes nas épocas anteriores? Já falei com todos. São jogadores que já conheço há algum tempo, alguns até cheguei a defrontar ainda como jogador, e têm o perfil que se pretende para o U. Lamas. Têm carácter, são competitivos e gostam de ganhar sempre, que é o que vamos procurar conseguir.
“Privilegiamos o 4-3-3 com um triângulo invertido no meiocampo”
Que ideia de jogo pretende implementar no U. Lamas? Qual é o sistema tático que vai privilegiar? Quem está e gosta de estar neste desporto, treinadores e jogadores, gosta daquele objeto que nos faz sonhar desde pequenos, que é a bola. E a nossa ideia de jogo valoriza muito a bola e a posse.Vamos ter a bola o máximo tempo possível e penso que o jogador se sente feliz a jogar dessa forma. Fui jogador e sentia-me bem quando havia a possibilidade de jogar dessa forma. Mas não há grandes segredos, quem nos conhece sabe que privilegiamos o 4-3-3 com um triângulo invertido no meio-campo [apenas um médio defensivo], mas em função do adversário ou de outros fatores, mantendo-nos sempre fiéis à nossa ideia de jogo, podemos mudar para o 4-4-2. Há imensas possibilidades. Do que conhece do plantel, o 4-4-3 é a estrutura que melhor potencia o plantel? Procuramos sempre que as características dos jogadores sejam exponenciadas ao máximo. Conhecemos o plantel e acreditamos que seja o sistema que o valoriza mais, que vai permitir melhor rendimento para o objetivo de ganhar sempre. Mas não vou dizer que vamos jogar sempre dessa forma porque não vai acontecer, de certeza absoluta. Em função do resultado ou do adversário, podemos alterar. Mas as
grandes ideias de jogo vão estar sempre à volta da posse e do controlo do jogo. Na época 2017/18, o U. Lamas teve três treinadores. Do contacto que já teve, sentiu que essa instabilidade técnica foi algo que deixou marcas no plantel? Pode fazê-los recear que volte a acontecer? Creio que não. Não sei o que se passou nem tive a preocupação de o saber. O que temos de nos preocupar, a partir deste momento, é em dar tudo – seja jogador, treinador, fisioterapeuta, todos no clube tem de estar focados no futuro e dar as condições para que tudo corra bem. Estar a falar do que ficou para trás não faz qualquer sentido. Penso que temos de trabalhar todos a pensar no dia de hoje e nos objetivo que queremos atingir, e não estar com receio de nada. O importante é que todos sintam que deram o máximo. A correr bem, perfeito, se correr menos bem a vida continua, mas vai correr bem de certeza.
“O U. Lamas é um clube grande e os clubes grandes têm de ganhar”
Concretamente, quais são os objetivos para a próxima época? É um campeonato muito complicado, recheado de equipas muito fortes e jogadores de qualidade. Mas quem está num clube como o U. Lamas é obrigado a ganhar. Não é pressão, trata-se de ter a noção que o U. Lamas é um clube grande e os clubes grandes têm de ganhar. Queremos ganhar todos os jogos e no final fazemos as contas. O U. Lamas parte em igualdade com os restantes adversários diretos? Parte com zero pontos e com o objetivo claro de fazer melhor que o ano passado. O que nos envolve de imediato na
luta pela subida. Depois os pormenores podem decidir o campeonato. A Taça Distrito de Aveiro é também um objetivo? Claramente. Pode parecer repetitivo, mas um clube como o U. Lamas tem de ganhar títulos, tem de ganhar muito mais vezes do que as que perde. Recentemente esteve a acompanhar os trabalhos do técnico Luís Castro, no Vitória de Guimarães. Relate-nos a experiência e porquê o Luís Castro? O Luís Castro foi meu treinador há cerca de 17 anos no Estarreja, subimos, na altura, da 3.ª Divisão para a 2.ª Divisão B. É uma pessoa que cativa. Foi sempre com muito carinho que acompanhei o trajeto dele, mas as ideias não são iguais. Temos pontos que divergimos, mas o futebol que ele gosta que a sua equipa pratique é também uma ideia que partilho. Foi fantástico poder acompanhar uma semana de trabalhos de uma equipa como o V. Guimarães e perceber como se trabalha naquela realidade. Foi muito gratificante para mim. É a demonstração da ambição que tem? Ambiciona que o U. Lamas seja o começo de algo ainda maior? Sou um insatisfeito por natureza, gosto sempre de aprender e saber mais. É a minha forma de estar na vida e no futebol. Quero pensar passo a passo. Estou num projeto melhor, relativamente ao que estava dei um passo à frente, apesar de gostar muito do Vista Alegre. E gostava muito de na próxima época estar nos nacionais e com o U. Lamas.
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FUTEBOL
Arquivo
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Técnico do Canedo ‘sacode’ a pressão
“CANDIDATO À SUBIDA? NÃO É O CASO” I DISTRITAL O Canedo não resistiu ao Campeonato Safina e foi despromovido à 1.ª Divisão. Parte do plantel optou por novos desafios e o novo técnico tem encontrado contrariedades em formar a equipa. José Neves foi a opção da Direção para substituir Vasco Coelho.“Jogou e foi capitão no clube.É um treinador que conhecemos bem”,diz o presidente José Ribeiro.A meta é regressar à elite do futebol distrital.“O objetivo passa pela subida,mas não somos candidatos assumidos. Mudámos quase 100% da equipa e existem clubes com outros orçamentos”. A reformulação do plantel é opção diretiva, mas alguns jogadores convidados a renovar rejeitaram. “Queríamos que alguns continuassem, mas
tiveram outras propostas. Nada contra”. O timoneiro José Neves aceitou liderar o Canedo pela paixão. “O futebol está-me no sangue.Tirei o curso e quero usufruí-lo”. Para 2018/19,o objetivo é“fazer o melhor possível. Normalmente, quando uma equipa desce, é candidata à subida no ano seguinte. Não é este o caso. Vamos tentar ganhar jogo após jogo. Há equipas financeiramente melhores e a reforçarem-se mais”. Sobre o plantel, José Neves aponta o dedo a alguns atletas que voltaram atrás na decisão. “Alguns jogadores deram o sim à continuidade e à última trocaram de clube. Ainda assim, tenho a certeza que vamos realizar um Campeonato sem sobressaltos”. MB
PLANTEL
Kaká quer a manutenção o mais rápido possível
“O PLANTEL DÁ GARANTIAS” I DISTRITAL O Paços de Brandão quer garantir a permanência na 1.ª Divisão o mais cedo possível. O técnico Kaká mostra-se satisfeito e diz que o plantel melhorou, mas a Direção quer mais reforços. O timoneiro brandoense assumiu o cargo no decorrer da última temporada e atingiu o objetivo primordial, a manutenção. “O Kaká pegou na equipa no primeiro terço do campeonato. Fez um bom trabalho, atingiu os objetivos e achámos por bem dar continuidade. E já conhece o campeonato”, justifica o chefe do Departamento de Futebol, Arménio Martins. Os objetivos traçados pela Direção estão em sintonia com os da equipa técnica. “A meta passa por garantir a permanência o mais
rapidamente possível. Queremos fazer um Campeonato tranquilo”. Arménio Martins afirma que o plantel ainda não está fechado. “Está mais equilibrado, mas ainda vamos tentar reforçar duas ou três posições”. O timoneiro dos brandoenses, Kaká, diz estar bem em Paços.“Se as pessoas gostam do meu trabalho, não vejo razões para mudar. Quero dar continuidade ao que foi feito na época anterior”. O grande objetivo para 2018/19 “é não passar pelo sufoco do ano passado.Vamos tentar garantir a manutenção o mais cedo possível para termos uma época descansada”. Kaká mostra-se “muito satisfeito” com os jogadores já vinculados ao clube.“Temos uma equipa mais equilibrada e soluções para todas as posições. O plantel dá garantias”. MB
PLANTEL
2018/19
2018/19
GUARDA-REDES: David DEFESAS: Neves, Nuno Gomes, Félix, Cristophe MÉDIOS: Nuno Fruta, Apolo, Estaca, Gil, Paulinho, Bruno Silva AVANÇADOS: Fernando Jorge, Serginho, Tavares
GUARDA-REDES: Diogo, Zé Manel DEFESAS: FF, Marcos, Saxe, Pedro Sá, Carvalho, João Ferreira, Toninho MÉDIOS: Candeias, Mota, Daniel, Rubinho, Pedro Ribeiro, Elson, Mário, João Vieira AVANÇADOS: Justo, Rafa, Tiago Oliveira, Bazuca
Exemplo para os mais velhos...
LIÇÃO DE MATURIDADE Carlos Fontes
CANTO-CURTO Mais uma vez uma seleção nacional de jovens futebolistas conquistou para Portugal mais um título. Carlos Queiroz, o tal ‘mal-amado’ por alguns que vivem do futebol – as suas palavras proferidas há anos, e que, por acertadas, causaram incómodos a certos ‘servidores’ da modalidade – abriu-nos os caminhos dos êxitos, e, nos últimos anos, esses êxitos têm-se repetido. Agora foi a equipa Sub-19, quase a mesma que dois anos antes já tinha conquistado o título europeu dos sub-17, que trouxe para o nosso País o título. O trabalho iniciado por Carlos Queiroz, nos últimos anos melhorado pelos responsáveis pela Federação Portuguesa de Futebol, a valia dos nossos técnicos, e a classe dos nossos atletas, projetam o nosso futebol jovem para um patamar superior. Não esqueço o título conquistado pelos ‘maiores’. Um grande feito do futebol nacional. Uma alegria enorme para as
nossas gentes, mesmo para aquelas que não ligam ‘patavina’ ao futebol. Mas o futebol que nos levou ao título conquistado em Paris esteve longe de se assemelhar ao que na Finlândia nos possibilitou a conquista do Europeu Sub-19. Em França, foi bom o resultado, nunca, sequer, foi razoável o futebol praticado. Na Finlândia, o resultado foi o corolário das excelentes exibições dos nossos jogadores. Mas mais que o êxito dentro das quatrolinhas, enorme, só possível pela competência da equipa técnica e classe dos jogadores, devemos enaltecer a maturidade revelada pelos atletas. No relvado, ou fora dele, os jovens dirigidos por Hélio Sousa evidenciaram sempre uma postura que fazem deles um exemplo. O senhor Presidente da República, na receção que proporcionou à equipa, disse que os atletas eram “um bom exemplo
para todos, sobretudo para os mais jovens”. Com certeza que sim. Mas, senhor Presidente: eles, estes jovens que nos trouxeram o título da Finlândia, são mais que isso. São um grande exemplo para os mais velhos. Sobretudo, para aqueles que andam no futebol, e fora das quatro-linhas se fartam de o maltratar. A temporada ainda não se iniciou. E quando nos relvados os jogadores procuram a forma de melhor servirem o futebol, fora desses relvados, depois de um pequeno interregno, durante o qual se disputou o Mundial na Rússia, os mais velhos iniciaram as hostilidades. E, desta vez, nem foram os famigerados “diretores de comunicação” os protagonistas. Não: foram os seus superiores. Os que deveriam servir de exemplo aos mais novos. O mais curioso é que agora são precisamente os mais velhos a darem os maus exemplos. Os nossos campeões Sub-19, pelo título
conquistado, mas, sobretudo, pela postura demostrada, pela camaradagem que revelaram, apesar de na equipa estarem jogadores oriundos de várias procedências e de clubes, nos quais alguns bastante mais velhos que eles, querem ver como inimigos, demostraram uma maturidade que fazem deles campeões fora e dentro das quatro linhas. E neste futebol português ser bom, simultaneamente dentro e fora das quatro linhas, é muito difícil! Porque, no lote dos campeões, está integrado um jovem feirense (o guardaredes, Ricardo Benjamim, de S. João de Ver, neste momento jogador do Deportivo da Corunha, que pode fazer ainda melhor do que fizeram outros guarda-redes do nosso concelho que brilharam no futebol nacional, como Américo, Pedro, Cardoso, Pinto ou Rufino, por exemplo) também nós estamos duplamente orgulhosos. Como portugueses e como santamarianos.
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MODALIDADES
B0LA NAS REDES /florgrade “Campeões Nacionais”
Bravos & Bravitas run trazem outro ritmo a Caldas o novo grupo de running de Caldas s. Jorge realiza treinos de caminhadas, trails e corridas de estrada, no espaço 2027. RUNNING Bravos & Bravitas run é o nome de um grupo dedicado a caminhadas, trails e corridas de estrada, que nasceu através de uma sucessão de acontecimentos quase ocasionais. miguel Ferreira, um dos responsáveis do projeto, explica onde e como tudo começou. “o grupo nasceu numa ida à madeira, em janeiro, quando eu, o Pedro Bastos e o José Herdeiro fomos fazer um ultra trail. Conversámos, quase por carolice, em fazer camisolas com o nome “Bravo”. ‘num abrir e fechar de olhos’ o Pedro Bastos surge com as camisolas, que
depois alteramos para Bravos & Bravitas run para incluir também o setor feminino”, refere. o grupo de “amigos, com perto de 20 pessoas, em que todos têm uma grande responsabilidade”, realiza os seus treinos às quintasfeiras, às 20h30, no espaço 2027, em Caldas s. Jorge, com treinos de “caminhadas, trails e corrida de estrada de 5 e 10 kms”, e tem como objetivo conceptual “mudar a mente de algumas pessoas e acabar com o sedentarismo na nossa vila e arredores”. a média de atletas nos treinos é de cerca de “50 pessoas”, mas o objeti-
vo do Bravos & Bravitas run é “chegar aos 100”. no entanto, a grande meta do grupo de Caldas s. Jorge passa por realizar uma prova oficial já no próximo ano. “Já realizamos dois eventos free trails com sucesso, mas queremos ser uma referência no mundo do running”, garante miguel Ferreira. entretanto, poderão correr com os Bravos & Bravitas run, no dia 26 de agosto, num evento denominado ‘Beer race’, que consiste em “correr 4kms com um copo de cerveja na mão. Ganha quem chegar com mais cerveja à meta”.
O Lusitânia de Lourosa/ Florgrade sagrou-se, na semana transata, Campeão Nacional de Futebol de 7.
/fcmozelos2002 “A secção de futsal vai disputar a Segunda Divisão Distrital” O Mozelos anunciou a inscrição da equipa de futsal na Associação de Futebol de Aveiro e irá disputar a 2.ª Divisão em 2018/2019.
/caldas.s.jorge “Caldas regressa à competição do futebol sénior” O Caldas de S. Jorge anunciou que, em 2018/19, terá equipa sénior a competir na 2.ª Divisão Distrital. Pub.
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MODALIDADES
CALDAS NãO PÁRA NEM NAS FéRIAS ATLETISMO O Caldas de S. Jorge, mesmo com a maioria dos seus atletas de férias, esteve presente, no dia 28 de julho, na “6.ª Milha Noturna de Mosteirô”. O Caldas esteve representado nesta prova por 11 atletas. Nos escalões de formação, dos sete atletas do Caldas presentes, cinco conquistaram pódios: 1.º lugar Débora Gonçalves, em Benjamins A; 1.º Beatriz Valente, em Iniciados; 2.º João André, em Benjamins A; 3.º Alpoim André, em Benjamins A e
3.º Gabriel Santos, em Infantis. Em seniores,foram quatro os atletas a vestirem as cores do Caldas na prova realizada em Mosteirô, dos quais se destacam dois pódios: 3.º lugar de Margarida Melo, em F35; e o 4.º de Armando Santos, em M50. Vestiram ainda a camisola do Caldas em Mosteirô: Cíntia André, Tiago Santos, Artur Valente e Maria Valente.
“6ª Corrida dos Mártires”
Enquadrada nas festas de S. Félix
Manuel Pinho vence nos 50m mariposa
Feirense em bom plano nos campeonatos nacionais e S. Sebastião, a “6.ª Corrida dos Mártires”, teve lugar igualmente no dia 28 de julho, em S. Félix da Marinha, Gaia. O Caldas S. Jorge esteve representado nesta prova por seis atletas seniores.Destaque para dois atletas,pelos pódios alcançados:2.º lugar de José Tavares, em Vet.3; e o 3.º lugar de Armando Bastos, em Vet.1. A comitiva era composta por mais quatro atletas: Ramiro Silva, Lídia Ferreira, António Bernardo e Liliana Almeida, que terminaram todos no top20 dos seus escalões.
Em juvenis, juniores e seniores
CLAMAS FEChA TEMPORADA NOS CAMPEONATOS NACIONAIS NATAÇÃO O secção de natação do Colégio de Lamas marcou presença nos Campeonatos Nacionais de Juvenis e Absolutos de Portugal – Open de Portugal, realizado nas Piscinas do Jamor. Na última prova da época para muitos dos nadadores
lamacenses, destaque para a presença numa final, um recorde do clube absoluto, nove recordes pessoais e duas classificações nos cinco primeiros lugares nacionais e quatro entre os dez primeiros. Segundo os responsáveis do Clamas, “o saldo final destes campe-
onatos é francamente positivo e saímos todos com muita fome de fazer mais e melhor na próxima época”. Estes campeonatos marcaram também o final da época 20172018 para os escalões Juvenil, Júnior e Sénior do Clube.
NATAÇÃO A secção de natação do C. D. Feirense participou no Campeonato Nacional de Juvenis e Absolutos – Open de Portugal, realizado nas Piscinas do Jamor, no último fim-de-semana do mês de julho. A prova, organizada pela Federação Portuguesa de Natação (FPN), contou com a participação de 815 nadadores, em representação de 134 clubes, dos quais oito de Espanha, três da Suíça, e um do Egipto, Reino Unido, Geórgia, Gana, Índia, Qatar, Tailândia e Emirados Árabes Unidos. O Feirense marcou presença com sete nadadores, acompanhados dos técnicos André Bastos e Antero Almeida. Em destaque a prestação de Manuel Pinho, 1.º lugar, júnior 17 anos, aos 50m mariposa, 2.º lugar, nas provas de 100 e 200m livres, 50m costas e 100m mariposa, e 3.º lugar, aos 100m costas. Este nadador venceu a final B dos 50m costas e participou, ainda, na final B das provas de 100m costas (4.º lugar), 200m livres (6.º lugar) e 100m mariposa (7º. lugar), e bateu o recorde do clube absoluto aos 200m livres, 50m costas e 50 e 100m mariposa, batendo ainda o recorde do clube, escalão 16 anos, aos 100m costas; e de Job Silva, 6.º lugar na final B aos 100m costas e 9.º lugar na final B aos 200m costas, tendo ficado, ainda, no 12.º lugar nacional, sénior, aos 50m costas.
Joana Costa foi a melhor em infantis
Já no Campeonato Nacional de Infantis, em piscina longa, organizado pela FPN, nas piscinas de S. João da Madeira, entre a delegação feirense, composta por oito nadadores, acompanhados do técnico Antero Almeida, destacou-se a prestação de Joana Costa (infantil A), que alcançou o 11.º lugar na prova de 200m costas, com recorde do clube aos 50m costas, escalão 13 anos. Pub.
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DIVERSOS
POSTOS DE VENDA ESpInhO Papelaria Atlântico Norte (Centro) Papelaria Bessa CORtEgaça Papelaria Miranda SãO paIO DE OlEIROS Papelaria Papelópia Padaria da Quebrada paçOS DE BRanDãO Papelaria Letra Legível e Esmoriz Papelaria Menezes Papelaria A. Santos RIO MEãO Café Zé das Micas Quiosque Santo António Café Ponto de Encontro SãO JOãO DE VER Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque São Bento Casa Silva Quiosque dos 17 Caldas de São Jorge Café São Jorge FIãES Café Avenida Bombas GALP Papelaria Coelho Casa Gama II lOuROSa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Bombas CEPSA / ELF C+S Feira dos Dez Padaria/Pastelaria Caracas II Tabacaria Piscinas de Lourosa A. M. Informática S. M. laMaS Café–Restaurante Parque Café do Zinho Corks e Manias (INTERMARCHÉ) Carnicópias Bombas REPSOL MOzElOS Quiosque Santa Luzia Café do Murado aRgOnCIlhE Quiosque da Igreja Pereira & Avelar VERgaDa Café Vergada MOzElOS Casa Danibruno SanguEDO Café Melo Café Danúbio A. M. Informática lOBãO Padaria Jardim 2 Papelaria Liperlás
Casa Gama Café Grilo guISanDE Bombas BP gIãO Bombas FIAVERDE CanEDO Kiosque INTERMARCHÉ Livraria /Papelaria GIFT Café Suldouro lOuREDO Bombas de Louredo ROMaRIz Quiosque de Romariz MIlhEIRóS DE pOIaRES Papelaria ABC Papelaria Milheiroense aRRIFana Kiosque INTERMARCHÉ Quiosque Hábitos Padaria Seara Café Zubel Bombas BP Bombas PETROVAZ Palavras e Cigarros (Pingo Doce) ESCapãES Bazar Marlú Café Afri-Bar SanFInS Café Primavera FORnOS Café Andrade Café Angélica Papeçaria Nova Ideia MOStEIRô Padaria Espaço Doce SOutO Papelaria Brandão Bombas GALP Casa Guidita tRaVanCa Padaria do Troncal S. M. FEIRa Papelaria Vício das Letras Palavras e Cigarros (FEIRA NOVA) T. P. C. Quiosque do Tribunal Quiosque do Rossio Qu i o sq u e / B azar N ova Cruz Kiosque E’LECLERC Bombas REPSOL Supermercado Passerelle S. JOãO Da MaDEIRa Bombas GALP Bombas REPSOL - Z. I. Travessas Bombas Petro Zona Banco da Sorte Bombas BP Bombas REPSOL Tabacaria Nina Agência de Jornais Ferreira
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
Ana Aneide Dias Mota 86 Anos
Viúva de Joaquim Moreira Dos Santos Residia na Rua General Norton de Matos, n.º 503 ARRIFANA
Seus Filhos, Netos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 02 de Agosto na Capela Mortuária do Cemitério de Arrifana onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza amanhã, terçafeira, dia 07 de Agosto, pelas 19h, na Igreja Matriz de Arrifana.
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
José Manuel Dos Santos Silva 50 Anos
Casado com Rosária Augusta Martins Neto Silva Residia na Rua do Emigrante, n.º 6 A SÃO JOÃO DA MADEIRA
Sua Esposa, Filhos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 04 de Agosto na Capela Mortuária junto da Igreja Matriz de São João da Madeira seguindo para o cemitério n.º 1 onde foi sepultado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza quinta-feira, dia 09 de Agosto, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
Aida da Fonseca 85 Anos
Viúva de José Joaquim Nogueira Residia na Rua Santa Maria da Feira, n.º 30, 1.º Esq. SÃO JOÃO DA MADEIRA
Seus Filhos, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 31 de Julho na Capela Mortuária do Cemitério n.º 3 de São João da Madeira onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza hoje, dia 06 de Agosto, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento
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Funerais | Cremações | Transladações Serviço Permanente 24h
Marília Margarida Leite da Silva Amorim 87 Anos
Viúva de Manuel Luís Amorim Soares Residia na Rua Bombeiros Voluntários, n.º 77 SÃO JOÃO DA MADEIRA
Seus Filhos, Noras, Netos, Bisneto e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizam hoje, dia 06 de Agosto pelas 11h na Capela Mortuária junto da Igreja Matriz de São João da Madeira seguindo para o cemitério n.º 1 onde será sepultada em Jazigo de Família. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza segunda-feira, dia 06 de Agosto, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
Julieta Martins da Cunha 92 Anos
Viúva de Maurício Francisco Leite Residia na Rua Roberto Nunes, n.º 3 ARRIFANA
Seus Filhos, Genros, Noras, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 03 de Agosto na Capela Mortuária do Cemitério de Arrifana onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza sábado, dia 11 de Agosto, pelas 18h30, na Igreja Matriz de Arrifana.
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento
Mário Ferreira da Silva Lima 87 Anos
Casado com Adelina Martins de Sousa Residia na Rua da Carreira, n.º 12 SÃO JOÃO DE VER
Sua Esposa, Filhos, Genros, Noras, Netos, Bisnetos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 01 de Agosto, na Igreja Matriz de São João de Ver seguindo para o cemitério local onde foi sepultado ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
SANTA MARIA DA FEIRA
Laurinda Correia da Silva
BERNARDINO GOMES GIRO
Casada com Manuel Pinto Residia na Lugar do Pinhal Velha, n.º 3 SANTA MARIA DA FEIRA
FALECEU
87 Anos
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA.
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
Seu Marido, Filhos, Nora, Genros, Netos, Bisnetos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 31 de Julho, na Capela Mortuária de Santa Maria da Feira seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
87 Anos de Idade
Sua Esposa, Filhas, Genros, Netos, Bisnetos e demais família, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade o falecimento do seu ente querido e que o funeral se realiza hoje, SEGUNDA – FEIRA, dia 6 pelas 11:00 horas, na Capela Mortuária, onde se encontra em câmara ardente, seguindo para a Igreja Matriz, após as cerimónias fúnebres irá a inumar em Jazigo de Família, no Cemitério desta Cidade. A Missa do 7.º Dia será celebrada SÁBADO dia 11 pelas 18:30 na Igreja Matriz. Antecipadamente agradecem a todos quantos se dignem a assistir a estes actos religiosos. Santa Maria da Feira, 6 de Agosto de 2018 A FAMÍLIA A funerária Santos da Feira Lda. – Santa Maria da Feira - Telem.: 962 487 452
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06.AGO.2018
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