Suplemento Especial | Integra a edição nº 5858 de 31 de Março de 2014 | Não pode ser vendido separadamente
Casar está na moda
Simplicidade e elegância no casamento 6e7
Descubra a melhor Lua-de-Mel 10 e 11
31.MAR.2014
João Bezerra recorda cerimónias que o marcaram
“O casamento exige maturidade pessoal, carácter bem formado e personalidade forte” O padre João Bezerra, nos seus 48 anos de sacerdócio, muitos dos quais passados nos Passionistas de Santa Maria da Feira, já perdeu a conta aos casamentos que celebrou. Lembra a importância dos votos do matrimónio, e o símbolo “indestrutível” da aliança, e lamenta a “banalidade” com que hoje a união entre duas pessoas pela igreja é tratada. Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt Como define o casamento? Apenas restrinjo o meu ponto de vista ao casamento religioso ou matrimónio, pois também existe o casamento civil e a união de facto. O casamento religioso ou matrimónio é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. É a união solene entre duas pessoas de sexos diferentes com legitimação religiosa e/ou civil. O escritor Friedrich V Gagern dizia que “na natureza do matrimónio, a comunidade é a base fundamental. Nele andam juntos o Eu e o Tu para fundarem algo completamente único, novo e total, o Nós”. A aliança é o símbolo máximo do matrimónio. O que representa? Para os casais cristãos, as alianças (anel de comprometimento) significam Unidade e indissolubilidade, Fidelidade, Abertura à fecundidade, Vida compartilhada, Compromisso, Prioridade, Lealdade, Companheirismo, entre outras. A
aliança entre Deus e duas pessoas que se unem pelos laços do matrimónio vai muito mais além de um simples contrato de casamento, ou regime de comunhão de bens. Aliança é um compromisso ilimitado que o casal assume diante de Deus e dos homens como confissão de amor eterno. “De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus uniu não o separe o homem”. Os que já se casaram firmaram promessa de aliança eterna, até que a morte os separe. Deus fez aliança com o seu povo, e tem promessas para todos nós, é Ele quem capacita os casais a cumprirem a aliança mutuamente. Durante a cerimónia de casamento, os cônjuges fazem promessas como: Amar, Honrar, Cuidar, Respeitar, incondicionalmente, ora na alegria, ora na dor, até à própria morte. Se em todas estas promessas, Deus não estiver inserido como centro e razão da união, o compromisso foi firmado apenas entre duas pessoas. Para que um casamento possa ser considerado como aliança, é preciso que Deus seja
convidado a estar presente como testemunha eterna. No casamento não pode haver egoísmo nem individualismo, os cônjuges não são mais crianças, nunca poderá existir expressões como eu e meu. As expressões que deverão ser usadas sempre serão nós e nosso, e assim se vai prosseguindo no crescimento e amadurecimento no plano de Deus para o casamento. Hoje em dia, qual é a importância do casamento? Nos dias de hoje, o casamento ou matrimónio perdem, infelizmente, a importância que o próprio Criador lhe deu! Sinceramente, fico boquiaberto perante a banalidade com que o mesmo é tratado! Existem mil e um factores que contribuem para que o casamento ou matrimónio perca a importância que lhe é inerente. Face a esta situação, questiono-me se, de facto, as pessoas se amam ou, melhor dito, se sabem o que é o Amor e o que implica amar o outro! Abrindo brechas no dique que resguarda
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03 e defende o amor, a infelicidade penetra no íntimo das pessoas, fornecendo-lhes unicamente a angústia existencial e a incerteza da fidelidade já violada! Agora as pessoas, em vez de casar, escolhem viver em união de facto. O amor é tão válido? Os que vivem em união de facto é que se podem pronunciar sobre isso. Conheço pessoas que vivem em união de facto e fazem parecer que, efectivamente, se amam! Como também conheço outras que são casadas pela Igreja onde o amor anda pelas vias da amargura! De todas as formas, o que defendo é o casamento católico ou religioso.
“Oxalá me engane, mas parece-me que muitos jovens que procuram o casamento não têm a maturidade suficiente para assumirem os compromissos do mesmo… Sonham com ilusões e não com a realidade!” Para muita gente, o casamento é só um pedaço de papel, mas, na verdade, é mais do que isso? Evidentemente que sim! O casamento exige maturidade pessoal, carácter bem
formado e personalidade forte para assumir compromissos tão importantes como os que lhe são inerentes. Formar família e serem educadores (homem e mulher) dos seus filhos são missões espectaculares que exigem permanente contacto com o Criador que, através do Seu Espírito, lhes proporcionarão os meios e soluções necessários para o fiel cumprimento de tão nobre missão, como a de serem bons pais. Oxalá me engane, mas parece-me que muitos jovens que procuram o casamento não têm a maturidade suficiente para assumirem os compromissos do mesmo… Sonham com ilusões e não com a realidade! É bom não esquecer de que o sexo adquire o seu verdadeiro sentido após a realização do sacramento do matrimónio! É uma componente importante no casamento mas não é o essencial! Amar vai muito mais além do que a visão redutora da sexualidade! O que é preciso haver para ser um bom casamento, aos olhos de Deus? O novo Catecismo da Igreja Católica diz-nos que “o homem e a mulher são feitos ‘um para o outro’; não é que Deus os tenha feito ‘a meias’ e ‘incompletos’; criou-os para uma comunhão de pessoas, em que cada um pode ser ‘ajuda’ para o outro, uma vez que são, ao mesmo tempo, iguais enquanto pessoas (‘osso dos meus ossos’) e complementares enquanto masculino e feminino. No matrimónio, Deus une-os de modo que, formando ‘uma só carne’, possam transmitir a vida humana: ‘crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a Terra’. Transmitindo aos seus descendentes a vida humana, o homem e a mulher, como esposos e pais, cooperam de modo único na Obra
do Criador”.
“Cada pessoa é livre nas suas escolhas conscientes e é responsável pelos actos que pratica em conformidade com as opções livremente aceites!” Tem ideia de quantos casamentos já celebrou? Tenho, graças a Deus, 48 anos de sacerdócio! E só lhe posso afirmar que foram e continuam a ser muitos os casamentos nos quais dou a benção de Deus aos noivos! O que admiro é como ainda continuo a ser solicitado para tantos casamentos, de noivos que nem conheço. Muitos chamam-me, de vários pontos do país, pela simples razão de que já estiveram em algum casamento onde estive presente! É mesmo assunto para louvar o Senhor! Lembra-se de algumas histórias caricatas de casamentos que já celebrou? Tenho várias. Em certa ocasião, sendo eu ainda muito novo, fui chamado a um casamento. Como não conhecia bem os noivos, fui perguntar-lhes se queriam casamento com eucaristia ou sem ela. O noivo deu a entender que, para ele, isso não era muito relevante, que tanto lhe valia uma coisa ou outra … Mas a noiva
queria. Regressando à sacristia, valeu a intercessão de alguém pois, por mim, tinha-me posto a andar e ia fazê-lo. Hoje, passados muitíssimos anos, e continuando a serem pessoas minhas amigas, permanecem fiéis aos seus compromissos. É mesmo caso para dizer que nem tudo o que parece, é. Outra situação que me marcou foi a de alguém que, depois de vinte e tal anos de casado, me veio pedir para ser testemunha de que o seu casamento tinha sido inválido. Imagine, e com filhos já bem crescidos… Como eu sabia que se tinha infiltrado ‘água’ dentro de casa, e que preferia comer peixe fresco, apenas lhe respondi que no altar me disse publicamente sim a todas as perguntas que lhe foram feitas. Ainda enquanto jovem, tive um casalito que me veio pedir muito se eu podia casá-los. Disse que sim, mas tinha de ser à hora marcada, pois eu tinha uma deslocação com um grupo de teatro para muito longe. Estou eu na sacristia à hora certa e vejo o tempo a passar e ninguém a chegar. Passa-se meia hora, uma hora, um hora e tal, e quando já me dispunha a ir embora aparecem tranquilamente os noivos e as pessoas… E, na sacristia, vem um cavalheiro dizer-me: ‘Sr. Prior, agora
veja lá se a missa é corridinha’. E esta, hein? Sempre há que aturar cada um… Valeu o sacristão que, ao ouvir o que ele disse, pegou-lhe no braço e enfiou-o na igreja. E lá fui eu realizar o casamento para não lhes estragar o dia ou a vida… Sei lá… Também tive um casamento em que a noiva veio numa bicicleta de dois lugares, e quem a trazia era o avô, uma cena encantadora; e outro em que se casavam um senhor de setenta e tais anos e uma senhora de mais de cinquenta. Ele era surdo e vi-me aflito para que me entendesse, pois às minhas perguntas dizia sempre: ‘O quê?’. Deus sabe o que passei para controlar o riso, apesar de serem um casal muito querido. Porque é que, na sua opinião, as pessoas se devem casar? A esta pergunta apenas respondo que há casados que nunca deveriam ter casado, como há solteiros que nunca deveriam ter ficado nesse estado, como há padres e freiras que também nunca deveriam ter seguido esse caminho, etc. Cada pessoa é livre nas suas escolhas conscientes e é responsável pelos actos que pratica em conformidade com as opções livremente aceites!
31.MAR.2014
Emília Soares e Manuel Soares casaram-se há 54 anos
Quando o amor é para sempre Em agosto celebram 54 anos de casamento. Um casamento feliz que nasceu de um amor à primeira vista. Emília Soares e Manuel Soares revelam, com palavras, olhares e sorrisos, os segredos para uma vida a dois “bonita” e sempre cheia de certezas. Os olhares cruzam-se. A cumplicidade entrelaça-se com as palavras que usam para descrever a vida. Uma vida a dois que juraram partilhar há 54 anos. Emília Soares e Manuel Soares já comemoram as bodas de prata e de ouro. Estão juntos desde quase a meninice
e sentem, hoje, tal e qual como no dia em que disseram o “sim”, que a vida só faz sentido a dois e pelos dois. C a s a ra m - s e p e l a i g re j a , f i ze ram juras de amor e o voto foi cumprido até hoje. Ao fim de 54 anos de casados, Emília Soares e
Manuel Soares ainda partilham o brilho no olhar e abrem o sorriso sempre que falam do casamento. O seu casamento. Emília tinha 17 anos quando conheceu o homem que lhe transformaria a vida. Ao fim de três meses, casaram-se, porque Manuel “não podia perder aquela mulher que o encantara”. Vivia, na altura, na Venezuela e àquele país só regressaria de mão dada com a mulher que lhe roubara o coração. Disso avisou o irmão e quando regressou ao trabalho, do outro lado do Atlântico, levava pela mão a mulher que escolhera para viver. E foi a melhor decisão. Disso, nunca tiveram dúvidas, mesmo nos momentos mais difíceis. Foi amor à primeira vista. Mas foi amor para sempre. O segredo de um casamento duradouro para o casal de Argoncilhe está precisamente no facto de não haver segredos. A partilha sempre foi a máxima do casal. E assim tudo se torna fácil. “Temos de saber entender o outro”. E quando isso acontece não existe a palavra desistir. “Nunca pensamos nisso em relação ao nosso casa-
05 mento” – dizem, orgulhosos da vida que conquistaram, dos três filhos que nasceram, dos quatro netos que ganharam. Da família grande que gostam e anseiam que lhe invadam a casa. “O mal dos casais de agora é não lutarem, é não saberem viver os problemas e co n h e ce re m b e m d e m a i s a palavra desistir” – aponta Emília Soares. Emília e Manuel confessam que sempre partilharam as tristezas e alegrias tal como prometeram há 54 anos e, por isso, mesmo zangados, nunca se afastaram um do outro. “Um dia, vivíamos ainda na Venezuela, zangámo-nos e eu saí até ao café, sentei-me ao balcão e pedi um café e um uísque. Qual não foi o meu espanto quando olho para o lado e lá está ela, a minha mulher, com o meu filho nos braços, sentada no banco alto. Virei-me para o empregado e disse: sirva o mesmo para aquela senhora” – conta Manuel Soares, ol hando, com ternura, para a mulher. Ela acena com a cabeça e abre o sorriso. Sempre foi assim.
“Nunca nos afastamos e sempre que ele saía, eu saía também… com ele. Deixei, muitas vezes a lida da casa por fazer”. Porque há que saber definir prioridades. Os anos foram passando, as alegrias acumularam-se e, hoje, o casal não tem dúvidas. “Foi muito bom todo este tempo juntos”. A vida foi vivida com equilíbrio, sem grandes passeios ou viagens, mas sempre com muita alegria. Hoje, ele tem 76 anos, ela, 74 e, em Agosto próximo, esperam comemorar com a família os seus 54 anos de casamento. Sólido, feliz, com amor. “Sou uma mulher feliz” – diz , cheia de certezas, Emília Soares, olhando para a sua cara metade. Manuel Soares acena com a cabeça. As palavras calam, mas o olhar revela: “eu também”. E para ser feliz, Emília Soares não tem dúvidas: “é preciso saber sofrer” e “saber ouvir”. “As discussões existem sempre. Não há casamento sem elas. Mas há que saber vivê-las”. E quando assim é, o casamento é “bonito”.
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31.MAR.2014
Concelho // Para os noivos, há fatos azuis, cinzas e pretos, com brilho
Simplicidade e elegância no dia do casamento
Estão na moda as rendas e os decotes cai-cai, as unhas com manicure francesa e os apanhados artísticos, com caracóis, para o dia do casamento. As noivas preferem, no entanto, manter-se discretas e, no look final, são as cores claras que predominam. Daniela Castro Soares
daniela.soares@correiodafeira.pt
Nada de cores berrantes, muitos desenhos ou acessórios extravagantes. A noiva portuguesa quer ir discreta, no seu dia de casamento, mas mantendo a elegância e o estilo clássico, para que possa sobressair e ser, claro, o centro das atenções. Ainda assim, as tendências da Primavera/Verão estão aí, à disposição das noivas que gostam de estar na linha da frente da moda. “Este ano usam-se muito os cortes sereia” – diz, à partida, a proprietária do estabelecimento comercial Pérola Noivos, em Espinho, Sónia Silva. Apesar de estar em voga, este é um corte que “nunca sai de
moda”, assim como os modelos princesa. “São para as noivas que sonham com um casamento de conto de fadas. Mas não ficam bem a toda gente, especialmente a quem é mais cheiinha” – avisa Sónia Silva. As costas querem-se “à mostra”, com transparência em renda, e o decote cai-cai volta a usar-se. “Também há decote cai-cai em coração. São a grande tendência” – afirma a proprietária da Peróla Noivas, alertando, no entanto, para as desvantagens destes decotes. “São desconfortáveis e não se adequam a qualquer pessoa. As noivas estão sempre a puxar o decote para cima e, no dia, são
apanhadas em flagrante nas fotos. Elas sabem que isto acontece, mas levam na mesma” – salienta. Os decotes em bico, ou em “v”, segundo Sónia Silva, “são mais confortáveis e favorecem quem tem mais peito”. “O que já não se usa tanto são os decotes à barco porque são um estilo mais clássico, as pessoas não gostam tanto, além de favorecerem menos” – declara.
Pérola é a cor preferida
Nas cores dos vestidos, não há muitas surpresas. O pérola predomina, mas também se vê algum branco e cor-de-rosa. “O rosa é para noivas com um gosto muito específico” – afirma Sónia Silva. Já as tradicionais caudas compridas caíram em desuso. “Quer-se alguma cauda, mas não demasiado grande, porque senão fica desconfortável” – esclarece a responsável da Pérola Noivos. O véu foi outro acessório que perdeu fãs porque mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. “O véu já não se vende tanto porque agora também há muitos casamentos que são só pelo civil e o véu é um símbolo religioso,
da igreja. Servia para cobrir a cabeça, quando se dirigiam ao altar, por uma questão de respeito” – lembra Sónia Silva, acrescentando: “Antes era mais vendável, mas ainda há quem queira levar”. Nos vestidos, que podem ir dos 500 aos 1700 euros, quer-se muita renda. “A tendência são os modelos de renda” – afirma Sónia Silva. Renda “de várias qualidades” e acompanhada de muitos brilhantes. “Quer-se é vestidos ricos em rendas e pedrarias” – diz a proprietária da Pérola Noivos. Os folhos, que se usavam muito há uns anos atrás, estão agora completamente fora de moda. “Caíram em desuso” – adianta Sónia Silva. Os sapatos acompanham a tendência da moda e também se querem com “muito brilho”. “Querem-nos em pérola, como os vestidos, mas também em prateado e dourado. Às vezes escolhem a cor de acordo com o tema do casamento, que também está muito na moda” – afirma Sónia Silva. Contrariamente ao que é habitual, são os sapatos rasos que têm tido mais procura “porque este ano os noivos são mais baixos”.
Mas, tendo escolha, as noivas “continuam a preferir os sapatos altos”. “Sai muito o salto compensado, aberto à frente, porque é confortável” – diz Sónia Silva, alertando para as desvantagens dos “saltos fininhos que são muito bonitos mas dão cabo dos pés”. Mas não só de noivas se faz um casamento. Os noivos também têm direito a escolher a sua indumentária e este ano procuram-se fatos lisos, com “linhas modernas, curtas e cintadas”. As cores, surpreendentemente, vão variando consoante os gostos. “As cores que mais saem são os brilhos, tons preto, cinzas e azuis” – diz o proprietário da Malisan, em S. João da Madeira, Manuel Santos. O tema do casamento “nunca influencia” a escolha do fato, que pode ir dos 190 aos 590 euros, mas sim dos acessórios, “como a gravata ou lenço, para condizer com o tom da cor do vestido da noiva”. Nos sapatos, é o preto que predomina. “A cor é o preto e sola de couro e, claro, as peles naturais. Mais irreverentes são as sapatilhas pretas com materiais modernos” – conta
07 Manuel Santos, adiantando que, desde que tem a loja, o pedido mais fora do vulgar que teve foi de um fato branco de seda.
Unhas com manicure francesa
“Depende do gosto de cada pessoa” – diz a proprietária do Rosa Fucsia, em Mozelos, Tânia Ribeiro. Esta opinião é comum em todos os estabelecimentos onde se arranja e pinta as unhas. Ainda assim, há uma tendência: a manicure francesa. “Pedem muito ponta branca, que nunca sai de moda, com fio de prata. Mas também depende do vestido, costumam combinar” – explica Tânia Ribeiro. A responsável do estabelecimento Fernanda Soares – Ongles Parfaits, também em Mozelos, concorda que as unhas têm de ser “discretas”. “O que se vê mais são unhas clarinhas, simples. Às vezes pedem um toque especial, quando levam, por exemplo, sapatos cor-de-rosa, mas é raro” – declara Fernanda Soares. Já Anabela Miranda, do Bela Imagem, na Feira, revela outras tendências. “Tem-se usado muito tinta de tecido para pintar unhas” – adianta. O “branquinho” pérola é a cor predilecta, com ponta francesa em branco opaco, e os motivos florais também são muito requisitados. “Querem renda com brilhantes, flores, e algumas chegam a prolongar o rendado pelo dedo indicador” – revela Anabela Miranda. Neste sentido, também se começa a ver no nosso país, e fruto de influências orientais, noivas que pedem para pintar as mãos com henna. “Pintam um dedo ou a mão toda com henna. Demora cerca de 20 minutos a fazer e dura entre quatro a cinco dias” – diz Anabela Miranda. Na manicure, surge ainda uma nova moda: as unhas bicudas. “Mas é mais no sul, aqui ainda não pegou” – revela Tânia Ribeiro. A “forte tendência” continuam a ser as unhas de gel. “Quase toda a gente usa” – salienta Fernanda Soares. O formato quer-se quadrado e de tamanho médio. “Nada muito exagerado” – afirma Anabela Miranda. As noivas mais arrojadas pedem desenhos, com “brilhantes e pratas”. No entanto, Fernanda Soares diz que isso é “raro” porque elas tendem a fazer uma manicure “muito soft”. “As noivas pedem mais branco, com uma beirinha dourada, prateada. São raros os desenhos ou aplicações muito trabalhadas” – afirma. Questionadas sobre os pedidos mais extravagantes, as responsáveis dos estabelecimentos lembram alguns mais marcantes. Tânia Ribeiro recorda uma noiva cujo vestido era azul e que queria as unhas da mesma cor. “Até tive de andar à procura daquele azul exacto” – conta. Mas não só. “Como o motivo da festa eram estrelas, levou as unhas azuis com esse efeito” – declara. Já Fernanda Soares só consegue lembrar-se do seu próprio exemplo. “Extravagantes só as minhas que eram vermelhas e brancas” – recorda.
Apanhados com caracóis e maquilhagem sóbria
“Os penteados querem-se artísticos: apanhados e com caracóis” – diz Anabela Miranda, sublinhando, contudo, que “é muito subjectivo e depende do vestido e do visual da noiva”. “A uma noiva com a cara redonda não lhe posso pôr o cabelo curto, senão fica tipo bolacha” – afirma. A proprietária do Bela Imagem tem feito, para casamentos, cabelos lisos e apanhados, com flores ou outras aplicações, sempre trazidas pela noiva, como brilhantes ou pedaços do vestido. “Outra grande tendência são as tranças, principalmente tranças em cascata com brilhantes” – conta Anabela Miranda. Estes apanhados têm de ser “muito bem elaborados” e demoram mais de uma hora a serem finalizados. O penteado mais original de que Anabela Miranda se recorda é de uma noiva a quem fez tranças torcidas, mas que tinha o cabelo rapado de um lado. “Era uma noiva exuberante, que levava um vestido vermelho” – lembra. A maquilhagem, por seu lado, tem de ser muito “soft” e à base do pó de noiva. “É um pó branco brilhante, tipo purpurina” – diz Anabela Miranda, salientando que, com este componente, nem é preciso grande maquilhagem. “Ele faz tudo, dá a luminosidade e o brilho necessários” – explica. As cores claras são rainhas, como o bege, o rosa e
os tons de mel, sempre aplicadas “o mais simples possível”. Uma grande moda que surge agora, na maquilhagem, são as extensões de pestana. “Em vez de usar rímel, pomos extensões de pestanas, em acrílico ou seda. Duram um mês e depois faz-se manutenção, como as unhas de gel” – esclarece. Anabela Miranda sublinha as vantagens desta tendência. “Dão um alongamento profundo aos olhos” – realça. Os proprietários dos estabelecimentos enumeram todas as opções disponíveis, mas a decisão final é dos clientes, que por vezes se mostram indecisos. “Mas com a nossa experiência ajudamos” – diz Manuel Santos. Já Sónia Silva revela que as noivas “costumam acertar à primeira” porque “vêm com um ideal, um vestido que viram e se apaixonaram”. “Mas também acontece depois o vestido não ficar bem, como nos modelos de princesa. Às vezes as noivas vão com uma ideia e depois escolhem o oposto” – afirma a proprietária da Pérola Noivos. Para evitar males maiores, Anabela Miranda faz sempre uma amostragem antes do casamento. “Tento elaborar o penteado um mês ou 15 dias antes, para ver se a noiva gosta. Normalmente vêm com uma fotografia da Internet, um penteado idealizado, e pedem-nos a nossa opinião. Experimentamos e tentamos fazer o mais aproximado possível” – declara.
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31.MAR.2014
Concelho // Os convites, feitos manualmente, foram os mais trabalhosos
“O casamento é a certeza do que queremos para o futuro” Marta Silva e Richard Oliveira conheceram-se na faculdade e já estão juntos há sete anos. Em Agosto, vão dar o próximo passo na relação: o casamento. Os preparativos já começaram e a lista de tarefas por fazer vai diminuindo a cada dia que passa.
Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt “Conhecemo-nos na universidade. Estávamos em cursos distintos, mas tínhamos uma cadeira em comum” – começa por dizer a noiva, Marta Silva, de Guizande. Não demorou muito até que uma simples amizade evoluísse para um bonito romance e, sete anos depois, decidiram dar o próximo passo: o casamento. “Achei que já estava na altura de tomar esse passo. Estávamos juntos há imenso tempo e tinha a certeza do que sentia” – conta o noivo, Richard Oliveira, que mora em Souto. Foi ele que pediu a namorada em casamento, para surpresa de todos. “Foi aqui em casa,
no aniversário dela. O anel foi a prenda” – afirma Richard Oliveira. Um pedido que a ocasião acabou por tornar memorável. “Foi especial porque não estava nada à espera. Não naquele momento, não naquela altura, especialmente porque ele é um bocado tímido e pensei que o faria em privado, e não perante a minha família e a dele, que estavam presentes. Acabou por surpreender toda a gente porque ninguém sabia, só mesmo a senhora que lhe vendeu o anel” – comenta Marta Silva. Apesar de serem cada vez menos os casais que optam hoje em dia pelo matrimónio, escolhendo sobretudo viver em união de facto, Marta Silva e Richard Oliveira acreditam na
09 importância desta celebração. “Já tenho as certezas todas graças à convivência destes sete anos com a Marta e é um mais passo na nossa relação” – refere Richard Oliveira. “O casamento é a certeza do que queremos para o futuro. Para mim, é importante, porque sou católica. É o assumir de que pretendo respeitá-lo e amá-lo, para sempre” – diz, por seu lado, Marta Silva, ao que noivo responde, brincando: “Já sabes isso de cor”. A noiva, assistente social de profissão, acredita que casar “ainda vale a pena”. “É verdade que há cada vez menos tolerância, mas nós conhecemonos, apesar de não vivermos juntos, e acredito que vamos conseguir moldar-nos. Com algum esforço, vai correr tudo bem” – afirma Marta Silva. Quando lhes é pedido para se descreverem um ao outro, riem-se, olham-se nos olhos, cúmplices, e pensam na resposta. “Lindo” – diz, à partida, Marta Silva, prosseguindo: “É muito meigo, muito paciente, sei lá… tanta coisa…” – enumera. Richard Oliveira, que trabalha como comercial numa agência de viagens, segue a linha. “É linda” – declara, ao que a noiva responde: “Isso não vale”. “Os nossos feitios combinam bem. Quando eu estou mais tranquilo, ela está mais extrovertida, e vice-versa” – adianta o noivo.
Escolher entre a data e o local “É complicado, pensei que fosse mais fácil. Apesar de ter estado muito presente na preparação do casamento do meu irmão, planearmos o nosso próprio casamento é sempre diferente, mais difícil” – comenta Marta Silva. Já trataram do local da boda, do fotógrafo, da animação, da igreja e da indumentária para o dia, mas tiveram de lidar com alguns imprevistos. “Começamos com uma possível data, mas depois vimos que os espaços tinham de ser em função disso. Então tivemos de optar
entre a data e o espaço que queríamos, e cedemos na data” – diz a noiva, adiantando que o casamento ficou marcado para Agosto. “Agora estamos na parte da selecção das flores” – conta Marta Silva. Surpreendentemente, o noivo está a ajudar nos preparativos. “Nisso, ele está a surpreender-me bastante. Faz questão de estar presente, até quando vou ver os tecidos para os meninos das alianças” – diz Marta Silva. Há tarefas mais divertidas do que outras, sendo que algumas dão mesmo muito trabalho aos noivos. “Os convites foram os mais trabalhosos porque decidimos fazer tudo em casa. Eu sou um bocado teimosa, às vezes. Só no final é que reparamos que dava muito trabalho fazer mais de 80 convites desta maneira” – refere Marta Silva. Ainda assim, os noivos querem repetir a proeza. “Também queremos ser nós a fazer as lembranças” – adianta Richard Oliveira. Para além das flores e lembranças, ainda falta acertar os pormenores da lua-de-mel, que será, em princípio, nas ilhas Seychelles e no Dubai.
Queremos que as pessoas se sintam bem, interajam com a festa, se divirtam e também tenham os seus momentos especiais, românticos” – explica Marta Silva, ao que Richard Oliveira acrescenta: “Temos de ter um bocadinho de tudo”. Este é um dia que já figura nos sonhos de Marta Silva há algum tempo, embora ela tenha chegado a abandonar a ideia. “Inicialmente sim, pensava nisso, depois não, e depois voltei a pensar” – conta a noiva, que lembra os sonhos de infância. “Quando era mais nova, pensava em entrar de branco na igreja, cheia de flores” - recorda. “E agora?” – pergunta Richard, curioso, tentando ter uma ideia do vestido que a noiva irá usar. “Agora não sei, isto era quando era pequenina” – diz Marta Silva, peremptória. O vestido já está escolhido, mas não foi o que ela tinha idealizado. “Tinha
um mais ou menos em mente, mas acabei por escolher outro” – refere. Os noivos vão casar-se na igreja de Guizande e Marta Silva, como noiva, será o centro das atenções. “Se ele for de branco, não, o centro das atenções vai ser ele” – brinca, tentando repetir a graça do noivo e descobrir a indumentária escolhida. Richard Oliveira mantém-se impávido, esperando pelo dia. “Eu quero aproveitar ao máximo, quero que não haja grandes problemas e que corra tudo bem. Não quero estar stressado, mas depois logo vejo como será. Só sei que quero tirar o máximo proveito” – salienta. Marta Silva quer o mesmo, mas não sabe se vai conseguir. “Eu também queria isso, mas sofro muito por antecipação, então já sei que vou estar ansiosa e nervosa, mas acredito que vai correr tudo bem” – remata.
Muita dedicação e trabalho Marta Silva sublinha que é preciso tempo e dedicação para preparar um casamento. “Envolve uma série de pesquisas, irmos falar com diversas pessoas, reuniões. O mais fácil foi o fotógrafo, porque já conhecíamos o seu trabalho, mas mesmo assim fomos ver outros para ter a certeza” – diz a noiva, sublinhando que também se tem de pensar nos convidados. “A animação é o que nos está a dar mais dores de cabeça, neste momento, porque a festa não é só nossa, é também das pessoas que queremos que estejam presentes. Temos de adequar aos nossos gostos, mas também aos deles, nos pequenos aspectos. O casamento não pode ser totalmente à nossa imagem.
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31.MAR.2014
Viagens Lua de Mel “O mundo é um livro e aquele que não viaja lê apenas a primeira página” (Stº Agostinho) Lua-de-Mel é o momento exclusivo dos recém-casados, o merecido repouso íntimo da azáfama que antecede o casamento.A sua preferência pode ser praia, natureza, aventura, cultural ou uma pitada de vários ingredientes. Importante que esses momentos sejam um equilíbrio das escolhas de ambos para que se tornem inesquecíveis. Apresentamos 10 sugestões de Paraísos para a sua Lua-de-Mel.
Polinésia
Equador
Cuba
Turks e Caicos
Ilha Bora Bora Sinónimo de sonho, romance no paraíso, onde a fantasia é apenas outra forma de ver a realidade. Montanhas que mergulham em lagoas cristalinas, o azul do mar que descansa em praias de areias brancas… Alojamento Hotel Hilton Bora Bora Nui 5* Desde €2.885 + tx €659
Quito com Cruzeiro nas Galápagos Selva amazónica, picos escarpados, bosques e praias virgens combinam com a riqueza dos ritos e tradições da comunidade indígena. Numa aventura inesquecível, as ilhas Galápagos proporcionam momentos de agradável descanso e um encontro com a fauna e gratas experiências no mar. Desde €3.995 + tx €474
Havana + Playa Esmeralda Muito mais que uma ilha de altos coqueiros e cayos de praias brancas, sonhadora terra de poetas e músicos, doce como o açúcar das suas canas, rainha da sensualidade, são sensações que se desejaram repetir. Alojamento Saratoga + Paradisius Rio de Oro 5*Lux Desde €2.055 + tx €428
A nordeste das Caraíbas encontramos um luxuoso paraíso de praias de areias brancas e finas banhadas de águas mornas e cristalinas. Parque marinho protegido, possui um dos maiores recifes de coral do mundo. Ideal para amantes de mergulho. Alojamento Parrot Cay by Como 5*Lux Desde €1.955 + tx €411