Suplemento Especial | Integra a edição nº 5847 de 13 de Janeiro de 2014 | Não pode ser vendido separadamente
made in Feirense Fábrica de talentos continua a produzir
… e ao sétimo Torneio, a Organização não descansou
Andebol do CD Feirense vive momentos marcantes
Pão Quente e Pastelaria Santa Maria da Feira | Escapães
13.JAN.2014
Primeira coluna
Nota de abertura Suplemento Especial | Integra a edição nº 5847 de 13 de Janeiro de 2014 | Não pode ser vendido separadamente
made in Feirense Fábrica de talentos continua a produzir
… e ao sétimo Torneio, a Organização não descansou
Andebol do CD Feirense vive momentos marcantes
Pão Quente e Pastelaria Santa Maria da Feira | Escapães
Ainda não se esgotaram os ecos da sétima edição do Torneio “Feira Handeball Cup 2013”, de que fazemos nesta edição uma resenha global. Em termos de competição, o evento traduziu-se por quatro dias de muita emoção e frenesim, conforme se conta mais adiante. Mas no que toca à logística, o esforço da equipa organizativa radica muito mais fundo, através do desenvolvimento de um trabalho de grande valia, que exigiu de um punhado de entusiasta do Andebol o melhor de dedicação e saber. Mas para além do êxito desportivo, por todos – sem excepção – reconhecido, é ainda justo realçar os reflexos sociais e económicos que se fizeram sentir na região (e em especial na cidade da Feira) com enfoque especial no sector da hotelaria. Trata-se de um facto(r) que – mais que merecer reconhecimento – exige reflexão, principalmente por parte dos responsáveis autárquicos e dos industriais de hotelaria. Sem esquecer que no final deste ano… haverá mais. Boa leitura Votos de um excelente Ano-Novo
Ficha Técnica: Título: “FEIRA HANDEBALL CUP 2013” (parte integrante da Edição nº 5.847 do semanário “Correio da Feira”) Produção: “Trazer Notícias, Lda.” - Deptº. Projectos de Informação Especial Cordenação: Orlando Macedo Equipa: Albino Santos, André Ricardo, Armando Melo, Fábio Azevedo, Hélio Teixeira, José Carlos Macedo, Pedro Almeida, Ricardo Almeida, Tiago Quintero, Tojal Trigo e Vítor Correia. Nota: No tratamento redactorial dos conteúdos deste Suplemento, observou-se a adopção indiscriminada das antiga e nova ortografias da Língua Portuguesa.
Rudimentos para uma caracterização precária
O Andebol não tem idade… Segundo a Federação Portuguesa de Andebol, há quem defenda a radicação da modalidade na prática de um “jogo de bola na mão” que já se praticaria na Antiga Grécia, baseado na interpretação dos textos da Odisseia (de Homero); e, na mesma linha, que “durante a Idade Média, os jogos de bola com a mão continuaram a ser praticados principalmente nas cortes, e foram baptizados pelos trovadores como “os primeiros Jogos de Verão”. Sem evidências do necessário rigor de investigação histórica, autores diversos encontram no Andebol resquícios de outros jogos competitivos (desportos, aceite-se) praticados nos finais de 1800 em algumas regiões do norte da Europa e na América do Sul, em especial no Uruguai. Em meados do século retrasado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de Ortrup, um jogo denominado “Haandbold” e determinou suas regras. Na mesma época, os Tchecos conheciam um jogo semelhante chamado “Hazena”. Fala-se também de uma prática similar na Irlanda e Uruguai. Há, actualmente, quem defenda que o Andebol, tal como hoje o conhecemos, deriva do antigo “Raftball”, que se praticava na Alemanha na última década do século XIX; e que, em 191 2, o então Secretário da Federação lnternacional de Futebol, R . Hirschmann, o teria introduzido na prática de desporto ao ar-livre. Apesar da reivindicação dos Uruguaios, no sentido de da “paternidade” do Andebol, não faltam referências ao estabelecimento do “momento” a que se atribui o “nascimento” do Andebol, com quase todas as teorias a coincidir na última década dos anos 1800, como acontece com a referência a Konrad Kech, outro professor de ginástica teutónico, que terá criado um jogo com características muito semelhante às do Andebol. No entanto, nos nossos dias, manda o pragmatismo que se atribua a criação do Andebol – enquanto modalidade desportiva – ao alemão Karl Schelenz, que com apenas 19 anos de idade estabeleceu, em 1919, aquelas que são consideradas as bases do Andebol moderno. Conta-se que, na altura, o
jovem atleta berlinense (mais tarde professor de Educação Física, partiu da reformulação do “Torball” (ver, abaixo) alterando-lhe a denominação para Handbal e estabelecendo novas regras, posteriormente aceites e oficializadas pela então Federação Alemã de Ginástica. Nascia a prática, enquanto desporto oficial. O Malheiral Curiosamente muito antes de o Andebol entrar nos hábitos desportivos, em Portugal, jogava-se na cidade do Porto um jogo muito semelhante, conhecido por “malheiral”, com a designação a reflectir o nome de Porfírio Malheiro, o professor de Educação Física que o criou. Consolidação Um aspecto que se afigura verdadeiramente consensual, é o reconhecimento de que o
período da I Guerra Mundial (1915-1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo. Em 1919, as regras estabelecidas por Karl Schelenz definiam a participação de 11 jogadores, com as partidas a disputarem-se ao ar-livre, daí advindo a designação de “andebol de campo”. Nos anos 20 a modalidade conheceu um crescimento imparável, disseminando-se internacionalmente. A consolidação da importância do Andebol, chegaria em 1936, com a inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos de Berlim, realizados em 1936. De notar que, nessa altura, os jogos já se disputavam predominantemente em recinto fechado, mas só em 1972, nos Jogos Olímpicos realizados em Munique - Alemanha, se abandonou definitivamente o complemento “de salão”. Verdadeiramente decisivo
Torball: o “avô” do Andebol Torball era um antigo jogo popular que se praticava em finais do século XIX, nos territórios que hoje formam a Alemanha. Caído em desuso desde os finais da segunda década do século passado, ressurgiu recentemente com novo fôlego, no âmbito do que se designa como “actividade motora adaptada”. Joga-se junto ao solo, até uma altura delimitada por três cabos esticados sobre a quadra de jogo. A bola – que praticamente não ressalta – contém guizos no interior para produzir som, destinado a permitir que seja seguida e percecionada por pessoas invisuais ou amblíopes.
Com novas regras, o torball é actualmente um dos jogos de eleição de atletas invisuais, mas também é aberto a outros atletas, desde que joguem vendados. Tratando-se de uma “nova” modalidade em crescendo, regista já o incremento de várias competições internacionais, com especial ênfase no hemisfério ocidental. Repare-se que – entre 8 e 11 de Novembro último, a cidade de Antuérpia (Bélgica) foi palco daquele que foi já o 23º Campeonato Europeu de Torball (“Euro Torball Cup 2013”) com a participação de equipas oriundas da Bélgica, Áustria, França, Itália, Alemanha e Suíça.
para o grande incremento do Andebol a nível mundial, foi aintrodução da variante “de sete” criada nos países nórdicos (Suécia e a Dinamarca). A evolução acabou por acontecer com naturalidade, devido ao rigor do Inverno naqueles países, o tornava impossível praticar a modalidade ao arlivre. Consequentemente, a utilização de salas fechadas acabou por obrigar à diminuição do número de jogadores em campo. Apesar do crescimento da variante, só em 1938 se viria a disputar o primeiro Campeonato do Mundo, sendo necessário esperar até 1954 para que as competições internacionais de Andebol de Sete passassem a ser disputadas com regularidade. O Andebol em Portugal O Andebol de 11 foi introduzido em Portugal em 1929,
no Porto; mas foi preciso esperar dois anos para assistir ao primeiro jogo oficial, a 31 de Janeiro de 1931, ainda no Porto. Apesar disso, o primeiro órgão oficial a ser criado, ainda nesse ano, acabaria por ser a Associação de Andebol de Lisboa, seguido-se em 1932, a Associação de Andebol do Porto. O Andebol de Sete foi introduzido em Portugal em 1949, com o primeiro torneio oficial da modalidade a disputarse no Verão desse ano, em Cascais. Aos poucos, a prática do Andebol de Onze foi decrescendo em todo o mundo, sendo completamente abandonada no final do século passado. Actualmente, há uma nova variante em crescendo: o “Andebol de Praia”, com equipas de apenas 4 jogadores e com regras específicas, adaptadas às condições da prática.
… e ao sétimo Torneio, a Organização não descansou
Pão Quente e Pastelaria
O pavilhão é um sonho
O Torneio de Natal organizado na Feira pela Secção de Andebol do Clube Desportivo Feirense é uma excelente oportunidade para prestar a minha homenagem ao magnífico trabalho desenvolvido nos últimos anos pela secção de Andebol do Clube Desportivo Feirense. Nascida em Setembro de 2003, e liderada de forma brilhante desde o seu início por Armando Castro, o Andebol no Feirense é hoje uma modalidade perfeitamente sustentável, com uma aposta na formação como grande prioridade
e já com cerca de 150 atletas nos diferentes escalões: Bambis, Minis, Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores, a segunda modalidade do Clube em número de praticantes (a seguir ao Futebol). As condições para a prática da modalidade estão muito longe das ideais, dada a inexistência de um pavilhão que possa responder às necessidades de crescimento e desenvolvimento e que tem como consequência a utilização semanal de quatro pavilhões diferentes: Lavandeira, Escola Secundária da Feira, Escola Fernando Pessoa e Arrifana. Este facto leva a uma logística nada fácil de gerir, mas a verdade é que o empenho e competência dos dirigentes da Secção de Andebol tem contornado todas as dificuldades e somos já um dos maiores clubes do Distrito de Aveiro nos escalões de formação desta modalidade. O sonho de todos os que estão envolvidos no Andebol, e não só, será com certeza a possibilidade de contarem com um Pavilhão onde possa ser
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concentrada a prática da modalidade e apoiado o seu natural desenvolvimento no futuro. Eu também sonho com a concretização deste desejo! A criação do Andebol no Feirense foi consequência de uma estratégica do então Presidente Rodrigo Nunes de tornar o clube mais eclético. Hoje são já 10 as modalidades praticadas no Feirense – Ginástica, Andebol, Natação, Cicloturismo, Badmington, Taekwondo, Futsal, Atletismo, Judo, e naturalmente Futebol - o que o tem tornado maior e muito mais abrangente, dando resposta aos desejos e necessidades da população feirense. No início, e tendo consciência que a inexistência de Pavilhão o faria depender de colaborações institucionais, foi necessário optar entre o Andebol, o Voleibol e o Basquetebol. Apesar das modalidades do Voleibol e Basquetebol poderem ter tido sucesso, não tenho dúvidas de que a opção pelo Andebol foi a mais correta. Seria bom
que num curto prazo pudessem haver condições para lançar estas duas modalidades de pavilhão, mas infelizmente, neste momento, isso não é possível. O trabalho apaixonado e competente que tem sido desenvolvido pelo Andebol, patente no grande espirito de equipa dos seus dirigentes e nas iniciativas que têm sido levadas a cabo, é muito importante para o crescimento do Feirense enquanto Clube. Foi com enorme orgulho que participei pelo 3º ano consecutivo no Jantar de Natal do Andebol que reuniu quase 3 centenas de pessoas, entre dirigentes, atletas, familiares e amigos, mostrando a vitalidade e alegria com que vivem a modalidade. A qualidade deste evento tem sido abrilhantada por momentos musicais dos atletas e pela criação de um coro constituído pelos dirigentes e esposas, que espero possa ser apreciado por todos os feirenses na próxima Gala do Clube Desportivo Feirense. O grande rigor de gestão que o Arman-
do Castro tem implementado desde o início da Secção de Andebol do Feirense, é um excelente exemplo para todas as outras modalidades e um importante contributo para tornar o CDFeirense um clube sustentável, dinâmico e acolhedor. O torneio de Andebol organizado em Dezembro último juntou cerca de 600 atletas de 38 equipas de 18 clubes, e decorreu em sete Pavilhões (4 no Concelho da Feira, mais Arada, Maceda e S. João da Madeira) foi o mais recente testemunho da grande capacidade desta secção para organizar grandes eventos numa estratégia de promoção da prática da modalidade. Termino com uma citação do Papa Francisco: “Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados”. Parabéns pelo trabalho realizado e que o futuro concretize as merecidas expectativas da Secção de Andebol do Feirense. Celestino Portela, Presidente Assembleia Geral
dias frequentemente se confronta. Sendo certo que todas as referidas modalidades e principalmente a do futebol juvenil, esta por ser a que mais participantes reúne (cerca de 400 atletas), desempenham e assumem uma responsabilidade social determinante, gostaria de deixar uma palavra de reconhecido mérito e apreço ao Andebol, não só por ser a segunda modalidade em termos de atletas inscritos (cerca de 150), mas também pela dinâmica e crescimento que tem conhecido nos últimos anos, pese embora as dificuldades com que se defronta desde as económicas até às fortes limitações em termos de espaço físico (pavilhão) disponível para a prática da modalidade. Em boa verdade, tal facto deve deixar todos os feirenses e particularmente
o Presidente do Clube orgulhoso por poder ter uma secção desportiva com a força, energia e vitalidade imprimida pelos seus dirigentes que de uma forma empenhada têm elevado o nome do FEIRENSE e da região que tão dignamente representam. Exemplos elucidativos do atrás referido, e apenas para citar dois, recentemente teve lugar a Gala do Andebol na Escola Secundária de S.M.Feira com enorme sucesso atestado pela forte adesão de toda a família do Andebol do Feirense presente (mais de 240 pessoas) e o Torneio FEIRA HANDBALL CUP – 2013, que contou com a presença de 38 equipas sendo uma delas espanhola e que teve um estrondoso êxito pese embora as condições climatéricas menos favoráveis que inclusive obrigou à transferên-
cia não prevista de 3 pavilhões. Também por força do atrás exposto, óbvio se torna referir que um novo pavilhão gimnodesportivo faria todo o sentido em S.M.Feira. Os nossos jovens e a população da vasta região feirense merece. Queria deixar aqui um forte apelo, e este seria sem dúvida o maior desejo do Presidente do Clube Desportivo Feirense, que se possa reunir condições para que num futuro próximo tal desiderato seja cumprido. Em nome de uma vida mais saudável e feliz. Muito Obrigado. Vive o Clube Desportivo Feirense,………… Rumo ao Futuro…..
curso, pois todos somos muito importantes para construir uma modalidade mais forte. É essa palavra de incentivo, para que possamos fazer ainda mais e melhor, mesmo que os recursos escasseiem, que queria deixar a atletas, treinadores, dirigentes e seccionistas, pais e encarregados
de educação e outros agentes do universo do Clube Desportivo Feirense. Bem hajam pelo vosso trabalho, dedicação e entusiasmo.
Estrondoso êxito
Caros sócios, atletas, amigos e simpatizantes. O Clube Desportivo Feirense muito próximo de completar 96 anos de vida, assume-se cada vez mais como um parceiro desportivo de referência a nível nacional, não tanto pela sua dimensão, mas principalmente pelo seu papel responsável de intervenção na
sociedade feirense, porque proporciona e desempenha uma função social, política, cultural, económica e desportiva digna de relevo, nomeadamente junto da população mais jovem da região e de todos os feirenses de uma forma geral. Congrega no seu seio um conjunto alargado e crescente de atletas em diversas modalidades desportivas que não só o futebol profissional. Modalidades como a Ginástica, Natação, Cicloturismo, Badmínton, Judo, Taekwondo, Atletismo, Futsal e Andebol reúnem pessoas e atletas de todas as idades que pretendem desenvolver a prática desportiva de uma forma viva e salutar contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida, longe dos vícios e ameaças que a sociedade dos nossos
Saudações Desportivas O Presidente da Direção (Fernando Costa)
Esperança renovada A Federação de Andebol de Po r t u g a l e s t á g ra t a p e l o t ra balho que o Clube Desportivo Feirense tem desenvolvido em prol da modalidade, com uma atenção especial nos escalões de formação. São estes projetos que nos dão ânimo acrescido e uma esperan-
ça renovada quanto ao futuro do Andebol em Portugal. Conhecemos as dificuldades que são vividas pelo movimento associativo, e por isso mesmo mais valorizamos o que tem sido conseguido pelo Feirense. Fazemos votos do melhor êxito p a ra o t ra b a l h o q u e est á e m
Ulisses Pereira Presidente, Federação de Andebol de Portugal
C.D. Feirense é um baluarte da modalidade
Tendo terminado, no passado dia 30.12.2013, o 7.º Torneio FEIRA ANDEBOL CUP, não podia deixar de iniciar este texto com uma referência especial ao mesmo. Realizou-se, pelo 7.º Ano consecutivo, o Torneio de Andebol “FEIRA ANDEBOL
CUP”, torneio que reúne equipas dos escalões Infantis, Iniciados e Juvenis Masculinos e que granjeia cada vez mais prestígio no seio da modalidade, tanto a nível nacional como na vizinha Espanha. Uma organização do CLUBE DESPORTIVO FEIRENSE, que considero importante e de elevada qualidade, parâmetros a que os seus Dirigentes sempre nos habituaram. É um evento de fim de ano, cujo objetivo principal é o de proporcionar mais andebol e um convívio saudável entre todos os participantes que representam Clubes de norte a sul do País e de Espanha. A sua especificidade, pelo elevado
número de equipas intervenientes, diferentes Pavilhões utilizados, no fundo toda a logística trabalhosa e complicada necessária é garantida pela aplicação, cuidado e dedicação de toda a Organização. Por isso, quero aproveitar esta oportunidade para publicamente formular um agradecimento especial ao Clube Desportivo Feirense, aos seus Dirigentes e Técnicos envolvidos neste grandioso Torneio. Agradecer ainda a todos os atletas e árbitros intervenientes a sua aplicação, o convívio salutar entre todos e o fair-play demonstrado, fatores que o engrandecem. Sendo o Clube Desportivo Feirense um Clube de Formação, tem realizado
persistentemente um trabalho digno de realce, participando permanentemente nas Provas Nacionais com classificações altamente meritórias. Quero também realçar o elevado número de atletas do Clube que integram as Seleções Regionais e, alguns deles, as Seleções Nacionais do respetivo escalão. Quero ainda realçar a Sua intervenção na vida associativa, feita de uma forma exemplar, apoiando a realização de Provas Nacionais na Feira e outros eventos na área da formação de árbitros, etc.. Estou certo que o Clube Desportivo Feirense a prosseguir no mesmo rumo e direção e a continuar o mag-
nífico trabalho que tem desenvolvido em toda a formação (do escalão de Bambis a Juniores), sendo já um baluarte da modalidade a nível regional, muito em breve será uma referência nacional. O desenvolvimento desportivo já verificado e a criação nas próximas épocas do Escalão Sénior serão motivos mais que suficientes para que tenham o apoio merecido das Entidades Oficiais e nomeadamente da Autarquia Local. Parabéns Clube Desportivo Feirense! Um bem-haja a todos. João Lemos Presidente da AAA
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Formação e Tolerância
José Carlos Macedo (*) O evento Feira Handball Cup 2013 não foi, tão só, para os atletas de cada clube jogarem e com isso, adquirirem mais experiência e rotinas de jogo. Serviu também outra realidade do jogo que normalmente é pouco apreciada e que quase sempre arca com as culpas dos resultados quando estes não aparecem. Dias maus? Todos temos; mas os de um árbitro de andebol… A Associação de Andebol de Aveiro está empenhada em captar e formar novos árbitros para a modalidade. Para tal deu corpo a um programa de formação de jovens árbitros e aproveitou o Feira Handball Cup 2013 para os testes práticos finais, sob a supervisão de Mário Coutinho, o rosto da Escola de Formação de Árbitros de Andebol do distrito aveirense. Os jovens formandos emprestaram a sua juventude e inexperiência ao evento, deixando, no entanto, bons indicadores para o futuro da arbitragem. É óbvio que muitos foram os riscos corridos, quer pela Escola de Formação quer pela organização do torneio; mas se assim não for, como formar? Quinze foram os jovens juízes de campo, dos vinte e quatro do evento, que tiveram a coragem de enfrentar todos os contingentes do jogo e não se saíram nada mal, com o maior e mais intimidador de todos: o público. Com mais ou menos aplauso, mais ou menos apupos, os jovens árbitros que estiveram no torneio executaram a sua tarefa o melhor que souberam e puderam. Na opinião de alguns, menos bem, pouco positivo? Pois… agora experimente-se assistir, em andebol, a uma partida sem arbitragem! Afinal, se o jogo precisa de arbitragem, é porque entre equipas não se gera consenso quanto à análise de um mesmo lance. Logo, também o papel de um árbitro não é, à partida, fácil. Além disso, se os jogadores cometem infrações durante o jogo, falhando no cumprimento das regras do jogo, então temos de admitir que o árbitro também possa falhar... Assim, há que incentivar os nossos jovens árbitros a amadurecerem nesta função e num jogo nada fácil de ajuizar, como o é o andebol. Esperar que os formadores principais os acompanhem e apoiem como merecem, para que não haja espaço para desistências. Aos formadores indirectos – os clubes e seus apoiantes – que consigam, também eles, perceber o que distingue formação de erro grosseiro. De outra forma, num futuro bem próximo, arriscamo-nos a ter ainda mais jogos sem árbitros nomeados. É necessário mudar comportamentos e atitudes, embora nem sempre seja fácil e contra mim falo). Para bem do andebol, dos momentos bons, dos menos bons e dos quilómetros que já temos no corpo... sejamos mais tolerantes.
(*)Dpto. Marketing, Divulgação e Informação CDF - Andebol
AD
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VII Feira Handball Cup
Pão Quente e Pastelaria
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Quatro dias inesquecíveis A secção de Andebol do CD Feirense organizou, pelo 7º ano consecutivo, o FEIRA HANDBALL CUP 2013, que terminou a 30 de Dezembro. Trata-se de um torneio internacional de Andebol destinado a atletas dos escalões de infantis (11-12 anos), iniciados (13-14 anos) e juvenis (15-16 anos), com a edição deste ano a decorrer durante 4 dias em 7 pavilhões, dos concelhos de Santa Maria da Feira, Ovar e S. João da Madeira. Armando Melo (c/ Orlando Macedo)
O
Evento desportivo desenrolou-se em 3 pavilhões localizados na cidade da Feira, nomeadamente na Escola EB 2/3 Fernando Pessoa, na Escola Secundária e na Lavandeira e ainda no pavilhão de Arrifana, onde os diversos escalões do andebol do CD Feirense treinam e jogam habitualmente. No entanto, devido ao elevado número de jogos (111, com a participação de 38 equipas) disputados em apenas 4 dias, foi ainda necessário recorrer a mais 3 pavilhões, os da Escola Secundária João da Silva Correia, em S. João da Madeira; e os de Arada e Maceda, em Ovar. Os atletas ficaram instalados na Escola Secundária da Feira, em cuja cantina foram servidas todas as refeições às 38 equipas em competição e onde também foi montado centro de coordenação do torneio. Para organizar o VII Feira Handball Cup a Direcção da secção de Andebol do CD Feirense (CDF) mobilizou cerca de 100 pessoas, em regime de voluntariado, “recrutadas” entre familiares, pais, antigos atletas do clube e amigos, a quem foram distribuídas as mais diversas funções, desde serviços na cozinha, ao transporte das equipas para os jogos, passando pelo secretariado, pelo centro de comunicação e multimédia, pelo apoio aos jogos nos pavilhões. Tratou-se de um trabalho árduo, mas absolutamente necessário para corresponder às exigências de um evento em que o público marcou forte presença ao longo dos 4 dias de competição, e no qual participaram cerca de 750 atletas. Mas no cômputo geral, a dinamização acabou por contar com cerca de um milhar de participantes, dentre atletas, acompanhantes, dirigentes, treinadores, árbitros e organização, numa ordem de grandeza que projecta o Feira Handball Cup como um dos maiores eventos desportivos organizado por um clube do concelho de Santa Maria da Feira.
• 1º dia “… o S. Pedro não quis ajudar” O Torneio iniciou-se no dia 27 de Dezembro (6ª feira). Durante a manhã as equipas começaram a chegar a Santa Maria da Feira, durante o período reservado para acolher os participantes, encaminhar os atletas, treinadores e diretores para os respectivos aposentos, entregar as credenciais e toda a informação sobre o calendário de jogos, localização dos pavilhões, horários a cumprir, explicar o sistema de transporte que a todos estava assegurado, etc. Com a ansiedade pelo início dos jogos a evidenciar-se nos rostos de todos, os primeiros jogos começaram a decorrer logo após o almoço, com os Juvenis a
competir nos pavilhões da Lavandeira e de Arrifana. Estava um dia de muito mau tempo, mas quando os jogos começaram a decorrer ninguém mais se lembrou disso; os primeiros jogos foram disputados com bastante equilíbrio e muito, muito entusiasmo, não só dos atletas, mas também do muito público que fez questão de marcar presença nos pavilhões, mesmo sendo um dia normal de trabalho, dado que muitos pais e amigos acompanharam as equipas de mais longe, com a maioria a ficar alojada nos hotéis locais. Durante a tarde, começaram a surgir alguns problemas nos pavilhões da Lavandeira, do Liceu e de S. João da Madeira; consequência da muita chuva e vento que não paravam, a humidade foi aumentando dentro dos pavilhões, com a condição dos pisos a ficar gradualmente mais escorregadia, colocando assim em causa a integridade física dos atletas. Consequentemente, a organização viu-se obrigada a proceder ao cancelamento de 10 dos jogos programados para esse dia. A situação causou alarme, com muitos a temer que o caos estivesse instalado! “Onde se vão realizar os jogos? Quanto vamos jogar? Será que amanhã o S. Pedro nos vai dar tréguas?...” eram as preocupações mais ouvidas nos pavilhões até ao final da tarde do primeiro dia. Porém, com a experiência que o Andebol do CDF tem vindo a acumular na organização deste tipo de eventos, a que se juntou a necessária tranquilidade e alguma dose de paciência de todos, foi possível reformular todo o calendário previsto para o dia seguinte, e pouco depois do jantar já todas as equipas estavam informadas das alterações de local e horário de jogos. Naturalmente, acabou por ser inevitável a sobrecarga de jogos no sábado para algumas equipas e em alguns pavilhões que evidenciavam boas condições para a prática do andebol, principalmente Arrifana, Maceda e Arada.
• 2º dia “… o S. Pedro decretou tréguas!” Iniciado o 2º dia do Torneio, para agrado de todos o S. Pedro decidiu colaborar, e o que no dia anterior parecia próximo do caos, foi naturalmente normalizado ao longo da grande jornada de sábado, apesar de nos pavilhões de Maceda e Arada os jogos terem terminado por volta das 22h00. Mas não só não consta que alguém tenha apresentado qualquer “reclamação”, como durante aquela longa jornada foi notório a compreensão e colaboração de todos, organização, participantes, e até do público, que não arredou pé dos pavilhões.
Chegou-se assim ao fim do 2º dia de Torneio com o calendário cumprido a 100%. A satisfação de todos os atletas, treinadores e diretores era evidente; apesar do vai-vem constante de pessoas entre os pavilhões e o liceu tudo correu sem quaisquer problemas. As dificuldades do 1º dia já pertenciam ao passado e – na altura – vários participantes fizeram mesmo questão de apresentar os parabéns à Organização, pela forma célere e profissional como foram resolvidos os problemas que haviam surgido.
• 3º dia “… anormalmente, conforme o planeado!” Entrados no 3º e decisivo dia do Torneio, as equipas já só pensavam em quem poderia chegar às finais. Durante um dia em que tudo correu nos pavilhões conforme estava planeado, os jogos foram decorrendo a um ritmo louco; e com a competição ao rubro, durante a tarde começou-se a perceber quais as equipas de cada escalão que se perfilavam para discutir a vitória no Torneio. Nesse dia foi bastante curioso verificar que os responsáveis do “Clube Balonmano Puerto Sagunto”, que veio da região de Valência foi, à “boa maneira portuguesa”, dos que mais se lamentaram das arbitragens; no entanto, sempre com simpatia. De notar que o clube espanhol (cuja equipa profissional de seniores disputa o escalão máximo de andebol no país vizinho), apresentou aqui várias equipas com muita qualidade e muito abrilhantou a VII edição do Torneio, que fez questão de promover na sua página oficial na internet. Ainda relativamente às arbitragens, é
de realçar que a organização do Feira Handball Cup estabeleceu um protocolo de colaboração com a Associação de Andebol de Aveiro, possibilitando uma ótima experiência a alguns jovens árbitros que ainda estavam a concluir a sua formação durante a realização do Torneio.
• 4º dia “… Plano “B” em marcha! Finalmente chegámos ao tão desejado dia das Finais na Lavandeira. Durante a manhã decorreram ainda alguns jogos para fazer os últimos acertos e ajustes nas classificações de cada escalão. E para depois do almoço a romaria estava marcada para o Pavilhão da Lavandeira, mas o S. Pedro, tal como na abertura, fez questão de regressar no encerramento, voltando a “fazer das suas”. As s chuvas intensas estavam de volta e rapidamente colocaram o pavilhão da Lavandeira em más condições, deixando apenas tempo à justa para disputar a nossa tão desejada Final de Infantis, em que o CD Feirense lutou brilhantemente até ao fim, mas foi derrotado pelos seus amigos “Alto do Moinho”. Terminada a 1ª final, faltava disputar ainda mais duas, pelo que – sem que o tempo desse mostras de melhorar – foi necessário colocar rapidamente em marcha o PLANO “B” e em poucos minutos transferir a realização das Finais de Iniciados e Juvenis para outro pavilhão. Era hora de arregaçar as man-
gas; lá fora a chuva não dava tréguas, mas em poucos minutos a Lavandeira ficou vazia e o pavilhão de Arrifana encheu, já ninguém queria perder as duas Finais que faltavam! Em poucos minutos toda a logística foi mudada para Arrifana, e até as transmissões em directo, na internet, foram asseguradas em tempo record. O primeiro jogo – a Final de Iniciados – punha frente-a-frente o repetente “Alto do Moinho” e os espanhóis do “Puerto Sagunto”; e pela segunda vez a equipa do “Alto do Moinho” levou o maior troféu para casa!... Nessa altura, o pavilhão de Arrifana já parecia cheio, mas ao aproximar-se o momento da Final de Juvenis, entre o “Colégio dos Carvalhos” (que apresentava 3 atletas ex-Feirense) e o “Infesta”, a lotação acabou por ficar ficou mesmo completamente esgotada. Na grande Final de Juvenis saiu vencedor a equipa dos Carvalhos, graças a um banco que proporcionava mais soluções ao seu treinador. A festa do Andebol não podia terminar sem a tradicional e sempre muito desejada, principalmente pelos atletas, cerimónia de entrega de prémios, em que todas as equipas (uma por uma) foram chamadas para receber os prémios. A cerimónia contou com a presença do presidente do Clube Desportivo Feirense, representantes da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, e também do Presidente da Associação de Andebol de Aveiro.
De uma tarde magnífica de desporto, lamenta-se a lesão do Gonçalo, brilhante atleta de 15 anos dos Carvalhos, que foi assistido no Hospital S. Sebastião. Depois de observado e tratado teve alta ainda no próprio dia. O Gonçalo foi ainda distinguido como o melhor jogador do Torneio no escalão de Juvenis.
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Testemunho directo
Armando Castro, Director
Como o Andebol surgiu na minha vida
O meu filho mais velho começou a jogar no início da secção do andebol de C D Feirense. A partir daí, fui sempre um pai presente nos treinos e jogos (ao fim de semana). Durante duas épocas foi assim, até que me convidaram a fazer parte de um grupo de amigos que eram e ainda são os responsáveis pela secção, comecei então a fazer parte desta equipa que gere a secção de andebol. Entretanto o meu filho mais novo também quis começar a jogar andebol, portanto trabalho dobrado, são sábados e domingos ocupados. Tem sido uma experiência muito positiva, apesar de termos de abdicar do aconchego da casa, da família para estar disponível para treinos, jogos, reuniões, torneios e outros
eventos que se realizem assim como jantares de natal, festas de S. João, etc.. Estando ao serviço deste grupo, também temos uma função de educadores, fazendo com que os miúdos cresçam como homens, mantendo-os ocupados, para que não enveredam por caminhos menos lícitos, pois a sociedade em que nos encontramos é fértil em oportunidades fúteis que os podem levar para situações irreversíveis, e para isso temos de ser bons exemplos. Como iniciei este trabalho com a equipa de iniciados e hoje são os meus miúdos dos juniores, tivemos neste percurso momentos altos e baixos, tendo tido como momento alto a ida a Serpa na subida dos iniciados para a 1ª divisão; e como momento “baixo” a descida dos juvenis para a 2ª divisão (os mesmos atletas). Por outro lado e porque as idades vão avançando, esta equipa hoje é júnior e portanto um problema acrescido pois andam na universidade e as faltas aos treinos – e mesmo a jogos – são mais frequentes, o que é justificável, porque acima de tudo
estão os seus estudos. E também é uma preocupação do clube incentivar ao estudo dando também prémio ao melhor aluno de cada escalão. O nosso objectivo para o futuro, é conseguir formar uma equipa de seniores com estes jovens de que muito me orgulho, pelo respeito e carinho que sinto da parte deles para comigo. Depois de todo este percurso, de mais ou menos 9 anos no andebol, sou distinguido com o premio de Director do Ano, o que muito prezo. Desde já agradeço a todos os meus colegas por me terem elegido como tal, pois também eles o mereciam pelo empenho que têm tido. O que representa para mim este prémio? O reconhecimento do trabalho e preocupação que aplico na função que tenho na secção e na minha equipa. Bem-haja a todos, para que possamos levar o nome do Clube e do Andebol do Clube Desportivo Feirense cada vez mais longe.
1 – Jantar de Natal Este foi o terceiro ano em que a Secção de Andebol do Clube Desportivo Feirense organizou o seu Jantar de Natal e em que tivemos a honra de poder contar com cerca de 3 centenas de pessoas entre atletas, pais, familiares, amigos, fisioterapeutas, treinadores e dirigentes. O encontro teve início com a atuação de um grupo coral, composto por dirigentes e familiares, apoiado pela organista Leonilde Castro e dirigido pela maestrina Saudade Campos, que brindaram os presentes com canções alusivas à quadra natalícia. O jantar, propriamente dito, foi servido com o requinte e a qualidade a que já nos habituaram os alunos da escola Eecundária de Santa Maria da Feira; e após a degustação de pratos deliciosos, passámos à parte recreativa, preenchida com atuações de alguns atletas da secção, intercalando com a atribuição de prémios aos que mais se distinguiram no ano de 2013, contemplando todos os escalões. De salientar a enorme alegria partilhada por todos. Nem mesmo a hora tardia a que acabou o encontro foi motivo para que os presentes se ausentassem antes do término. A todos os envolvidos, o meu muito obrigado.
Orlando Baltazar
Prémio Reconhecimento
Surpresa em tempo de Natal
Há muitos anos que Lucinda Ferreira é a responsável máxima pelos destinos da Escola Secundária de Santa Maria da Feira. E o Clube Desportivo Feirense - Andebol também há muito que sente a sua colaboração de uma forma
muito próxima, numa relação que tem sido fundamental para a realização de eventos com os do Feira Handball Cup e também para o dia-a-dia da modalidade, já que o CDF treina regularmente no espaço escolar que dirige. Logo, o prémio Revelação não faria sentido se não fosse atribuído a uma personalidade como a de Lucinda Ferreira. Tal como proferiu, quando subiu ao palco para receber o prémio que a direcção do Andebol Feirense lhe atribuiu, “a relação com o Feirense é forte e tem dois sentidos. Há uma colaboração estreita, que tem sido proveitosa para ambas as partes e que
assim deve continuar, pois este jantar de Natal é a prova de que estamos todos no bom caminho”. A saber, o evento Feira Handball Cup 2013 não teria sido possível sem um quartel-general sediado na Escola Secundária de Santa Maria da Feira. De sede da Organização, a local de estadia das equipas que ali pernoitaram, passando pela coordenação de transportes e ao acesso controlado às instalações, por questões de segurança dos atletas, tudo se deve à importância que Lucinda Ferreira reconheceu num evento como este. Obrigado, Doutora.
João Cardoso - Atleta do Ano
Mais um produto da “fábrica de talentos” do CDF José Carlos Macedo O corpo técnico coordenado por Manuel Gregório propôs e a direcção aprovou. O pequeno-grande atleta João Cardoso foi o eleito para “Atleta do Ano” do Andebol Feirense. Iniciou-se no escalão de minis e, mesmo não tendo um grande porte atlético, sempre demonstrou uma enorme entrega ao jogo. Em qualquer dos escalões por onde passou, deixou sempre a sua marca no colectivo e nos adversários. Central de posição, João Cardoso foi crescendo de jogo para jogo, de ano para ano, desenvolvendo um estilo de jogo pessoal agressivo, sempre um quebra-cabeças para a defensiva adversária. Rápido a romper e no drible; a atirar à baliza e no passe aos seus companheiros de equipa, é actualmente, como atleta, o resultado de anos de trabalho, de evolução e perseverança, na perseguição do sonho “jogar andebol”, integrando a já notável galeria de talentos “made in Feirense”. A eleição como melhor Atleta do Ano no Andebol Feirense acaba por ser natural. Nos últimos dois
2 – Feira Handeball Cup 2013
anos patenteou dentro de campo todas as suas qualidades, dando cor a grandes exibições colectivas e individuais e arrancando aplausos nas bancadas. Ainda que alvo de vigilância directa por parte do adversário, é no entanto de difícil marcação, tornando-se quase sempre um elemento desequilibrador. Também é veloz e criativo no passe, conseguindo com isso golos espec-
taculares e passes que desarmam as defesas adversárias. Normalmente é o jogador mais concretizador em cada partida mas é a forma como ensaia o remate para golo que o torna brilhante. Na gíria andebolística, João Cardoso “mete a cabeça” e não treme, tal como não teme. O puto é uma máquina de jogar; e o resto… é da (real)idade.
No final de 2013, realizámos mais uma edição do Torneio de Andebol “ FEIRA CUP”, organizado pela secção de Andebol do Clube Desportivo Feirense. E pelo que os atletas, dirigentes e treinadores presentes nos foram transmitindo, penso que o nosso Torneio tem vindo a subir de nível, a ponto de ter sido por eles considerado um dos melhores que se realizam em Portugal. Passaram por esta cidade 38 equipas, oriundas de diversas zonas do país e que competiram nos escalões de Infantis, Iniciados e Juvenis; 15 duplas de arbitragem; e 80 colaboradores da Organização. Do país vizinho, Espanha, veio a conceituada equipa de Puerto Sagunto, dando um cariz internacional a este torneio. Desde já agradeço a todas as pessoas que de uma forma voluntária se envolveram e contribuíram para o sucesso deste evento. De uma maneira especial, agradeço ao coordenador desportivo, Manuel Gregório, pelo seu empenho e dedicação. A todas as equipas presentes o meu muito obrigado por terem ajudado a valorizar este torneio. Uma palavra de agradecimento ao Sr. Presidente do C. D. Feirense, Fernando Costa, a todas as duplas de arbitragem presentes, assim como a todos os convidados, bem como ao muito público que fez questão de marcar presença. Uma vez mais, o meu e o nosso muito obrigado, bem hajam e até ao Torneio “Feira Handeball Cup 2014”.
… e ao sétimo Torneio, a Organização não descansou
Pão Quente e Pastelaria
Organização – Logística de transportes
07
O valor da experiência
Virgílio Tavares (*) Rota dos Pavilhões: Lavandeira ; Arrifana; E.J. Silva Correia; Maceda; Arada Centro de operações: Escola Secundária de Santa Maria da Feira Meios utilizados: Autocarro de 50 lugares + Carrinha de 9 lugares Na edição do torneio FEIRA HANDBALL CUP 2013, o CDF – Andebol propôs-se facilitar meio de transporte para todas as equipas que de uma forma geral não conseguiram ter meios próprios para as suas deslocações durante o torneio. Nalguns casos, e apesar terem o seu próprio meio de transporte, alguns clubes também utilizarem o transporte da organização, pois tinham várias equipas e escalões a jogar em simultâneo em vários pavilhões e não tinham como dar vazão. Foram aproximadamente
180 as equipas (grupo de atletas e dirigentes) que durante os 4 dias do torneio utilizaram os transportes da organização, com uma média de 14 pessoas por cada equipa, o que aponta a cerca de 2520 passageiros transportados em cerca de 1000 quilómetros percorridos nas viagens entre pavilhões. Para organizar os percursos entre pavilhões, tínhamos de ter em atenção a grelha de jogos para cada dia do Torneio. Aconteceu várias vezes que uma equipa jogasse de manhã num pavilhão e de tarde já jogasse noutro, com intervalos de apenas 2 horas entre jogos. Mas também era necessário actuar rapidamente para alterar percursos, devido a alterações ou trocas de horários entre equipas, por diversas razões originadas no decorrer da competição. Foi uma espécie de maratona complexa de viagens durante os 4 dias do Torneio – “sai equipa, entra equipa; sai equipa, entra equipa… – sem tempo para relaxar. E olhando para trás, ficamos com a ideia de que este tipo de logística, para além de dispendiosa e trabalhosa,
também acaba por não ter resultados suficientes em determinadas alturas. Não é fácil conjugar muitas das variáveis ocorridas ao longo dos dias, nomeadamente entregar as equipas nos pavilhões durante os jogos da manhã, que começavam todos à mesma hora; recolher depois as mesmas equipas, para almoçar; voltar a transportá-las para os jogos da tarde; e, finalmente, recolhê-las a todas no fim de cada jogo. A comunicação entre o responsável do transporte e os recintos era permanente e revelou-se fulcral; só assim foi possível sincronizar toda a logística do transporte. No meio destas atribuladas andanças, muitas vezes era preciso estabelecer prioridades nas deslocações, pensar rápido e decidir ainda mais rápido, acerca das melhores soluções para resolver as necessidades das equipas. De salientar que de uma forma geral todas as equipas que utilizaram o nosso transporte foram tolerantes e compressivas relativamente a pequenos atrasos. Até porque os maiores atrasos verificados durante os dias do Torneio tiveram origem em factores externos e
alheios á nossa vontade, nomeadamente uma avaria do autocarro, que ficou completamente imobilizado, mas foi substituído em 30 minutos pela empresa com quem trabalhamos, o que demonstra a sua competência. Outro atraso
anómalo, foi provocado pelo volume de trânsito que durante quase toda a tarde de domingo, dia 29 (último dia do evento “Terra dos Sonhos”) provocou paragens e engarrafamentos. Valeu-nos aí a grande experiência
do motorista em resolver situações complicadas, optando por diversos percursos alternativos que resultaram em ganhos de tempo preciosos. (*) Responsável pela logística do transporte
Prémios 2013 Já é da praxe. Todos os anos, durante o Jantar de Natal, o Andebol do Clube Desportivo Feirense distingue os que mais se distinguem ao longo de cada época. Publicidade Trata-se da outorga de galardões de grande carga simbólica, que procuram traduzir o que de melhor se faz ao longo de um ano inteiro, no seio da modalidade, no Clube. Por isso, para além do desempenho desportivo protagonizado pelos Atletas, nos vários escalões, é t a m b é m a ss i n a l a d o o valor da dedicação e empenho de outros actores imprescindíveis à vida do Andebol Feirense, como – mais uma vez – se percebe pela listagem seguinte. Prémio Académico (Melhor Aluno): Gonçalo Soares, Afonso Silva, Duarte Pinto, Luís Santos e Diogo Tavares Fair-Play (votado entre
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Silva, Mateus Silva, Rui Marques, Alexandre Dias, Fábio Reis, Nuno Alves e Mário Barbosa Atleta do Ano (votado pelos Treinadores e Dirigentes): João Cardoso
Dirigente do Ano (votado pelos Dirigentes): Baltazar Oliveira Prémio Reconhecimento: Lucinda Ferreira, diretora da Escola Secundária de Santa Maria da Feira.
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última
14.JAN.2014
Informar, não é passado. É futuro
Os projetos fazem-se de pessoas outros, é a base da plataforma para o sucesso da empreitada. CF – Uma das preocupações permanentes, é a sua preocupação em elevar sempre o nível competitivo e qualitativo da competição. Qual o critério usado para alcançar este objectivo? MG – A preocupação é ter sempre as melhores equipas, mesmo sendo melhores que as formações do CD Feirense. Sempre defendi que a evolução consegue-se jogando contra os mais fortes e por isso preocupo-me em convidar sempre equipas competitivas, com vontade de vencer e isso tem-se conseguido de ano para ano. É claro que há regras para participar no evento, mas nada de complicado. Algumas equipas não acedem ao convite por várias razões, que só a elas dizem respeito, sendo que muitas das vezes são as razões de cariz económico que acabam por ditar a ausência de muitos clubes no torneio. Não tivemos todos os clubes de renome e de peso no andebol nacional, mas os que estiveram emprestaram ao Feira Handball Cup de 2013 um enorme nível competitivo, com os três escalões de competição do torneio a trazer à tona muitos futuros talentos, estou certo, do andebol nacional.
Há sete anos atrás Manuel Gregório era o treinador dos “Minis” do CD Feirense. Apostado em fazer um bom trabalho, pegou numa geração de miúdos de oito e nove anos e começou a moldar uma “geração de ouro” no clube. O andebol fogaceiro nunca mais seria o mesmo. Programando de forma intensa a preparação dos seus pequenos atletas, promoveu fins-de-semana completos e repletos de jogos, com intuito de proporcionar muitos minutos de jogo a cada um dos seus pupilos e a experiencia que inegavelmente este tipo de acções proporciona. Os resultados foram aparecendo e os seus pupilos foram amadurecendo e passando de escalão para escalão. Nos dias de hoje, Manuel Gregório completa mais de três anos à frente da formação e competição como coordenador. É em simultâneo treinador da equipa de juvenis que, pelo terceiro ano consecutivo, persegue nova subida de divisão. “Jogar a esse nível é muito mais fácil e gratificante, pois a experiencia a colher e a motivação estão noutro patamar. Os atletas sentem a exigência e libertam melhor as suas qualidades no jogo”, defende. No que concerne ao evento Feira Handball Cup, o coordenador para o andebol feirense é, de facto, a referência maior na organização de todo um evento que tem vindo a inovar de ano para ano – e, de forma
mais visível – nos últimos três anos. Sempre com a preocupação de trazer até Santa Maria da Feira emblemas de grande formação, o coordenador fogaceiro tem conseguido atingir as metas a que se propôs, com o apoio da direcção do clube. O culminar deste tipo de evento, anual, foi de facto, o torneio de 2013 que contou com trinta e sete equipas. Mas não foi só este o objectivo. Como se impunha, ouvimos Manuel Gregório sobre aquele que é considerado o melhor evento de Andebol da época natalícia. José Carlos Macedo Correio da Feira – O formato dos torneios do CD Feirense têm vindo a evoluir há três anos a esta parte. O que está na base desta evolução? Manuel Gregório – A inovação de torneio para torneio, deve-se essencialmente à forma como temos vindo a adquirir e a acumular experiência, o que por sua vez nos tem permitido consolidar informação que, ano após ano, se tem revelado preciosa no sentido da evolução na forma como preparamos todo o evento. O staff diretivo tem sido muito importante, pois sem ele, seria como criar castelos-no-ar. O envolvimento de todos, directores, pais, atletas, treinadores e ex-atletas e muitos
CF – Mas tivemos a vertente internacional… MG – De facto, é também muito importante referir que este ano tivemos aqui uma formação do andebol espanhol, com duas equipas. Vieram com duas formações de iniciados e ficaram muito agradados com o nível de andebol do torneio; e isso, no meio de outros elogios que teceram, é gratificante e motivador para continuar a trabalhar. Para que conste, este emblema espanhol, o Puerto Sagunto de Valência, com enorme tradição andebolística, tem a sua formação sénior a disputar aquela que foi considerada até ao ano transacto, a melhor liga de andebol do mundo, a Liga Asobal, em Espanha. Basta dizer que um jogo de seniores facilmente tem uma assistência de 1.500, 1.600 pessoas. É outra realidade e os dirigentes da formação que estiveram no torneio, que não tinham quaisquer referências do nosso evento, saíram daqui com uma impressão muito positiva e equacionando voltar no final de 2014. A nossa organização surpreendeu-os. CF – Esta edição do evento contou com alguns regressos e registou algumas ausências… MG – É verdade. Por exemplo, o Lagoa que o ano passado venceu em Iniciados e foi finalista vencido em Juvenis, não pôde vir. Efeitos da crise que, por exemplo, não afastou o Xico Andebol, um dos clubes de referência na formação do andebol nacional. Apesar de não estar a atravessar o seu melhor período, não deixou de marcar presença e enriquecer a qualidade do torneio. O AC Lamego, por exemplo, um histórico do andebol que viu um seu atleta ser distinguido como o melhor do esca-
lão de Iniciados, veio ao evento. É um regresso. Enfim, a logística inerente a todas as formações presentes, no Feira Handball Cup, não é pera-doce e necessita de ser sempre bem alicerçada para que os clubes possam competir e atingir os seus objectivos no torneio. Envolve grande esforço e responsabilidade e de uma forma ou de outra, todos os clubes presentes se apresentaram muito bem organizados e com vontade de competir. E, no fundo, o evento pretende mesmo é proporcionar espaço e minutos de competição numa época natalícia que tem sempre algumas paragens. CF – Não retirando importância a nenhum outro clube que esteve no torneio, foi importante ter o FC Porto – Dragon Force entre as equipas convidadas... MG – Sim. É inegável pela força do emblema e até pelo percurso que a sua formação principal está a fazer no campeonato. É um clube com uma filosofia de formação diferente da esmagadora maioria e isso confere sempre qualidade à competição, além de motivar quem contra esta formação joga. CF – O nível de andebol foi o esperado? MG – Penso que o nível deste ano foi ainda melhor do que o do ano passado. Apesar disso, nunca fico satisfeito e para este ano de 2014pretendo conseguir a participação de um clube dinamarquês ou norueguês. Seria importante já que os nórdicos são, neste momento os melhores do mundo e isso traria ainda maior relevo ao nosso torneio, para além de elevar o nível qualitativo da competição. CF – O Feira Handball Cup teve também a preocupação de colaborar com a formação que actualmente é promovida pela Escola de Formação de Árbitros de Andebol de Aveiro... MG – Também. Este torneio é o espaço ideal para dar formação no terreno a novos árbitros da modalidade. O nosso clube está a colaborar com este esforço da associação aveirense e daí que tenhamos contado com o seu contributo durante estes quatro dias. Sem árbitros não há competição e tanto quanto sei, a escola de Aveiro está a trabalhar muito bem este projeto, a colher resultados sólidos e a conseguir o objectivo de municiar o painel da arbitragem no distrito. Isso é importante para que, por exemplo, não haja no futuro mais jogos agendados sem arbitragem nomeada. Devo dizer mesmo que entre os atletas do Feirense, há já interessados em enveredar pela arbitragem no andebol. CF – Novidade do evento foi o tratamento da informação pelo panorama multimédia. Como foi adaptada esta ferramenta ao torneio? MG – A comunicação é importante e sem esta não há divulgação daquilo que temos vindo a fazer. Informar não é passado, é futuro e daí que tivemos de inovar e arriscar numa
forma diferente de comunicar, informar. Assim surgiu a possibilidade multimédia, com a fotografia – tirámos mais de 10.000 fotos em todo o evento – com o vídeo, trabalhando de formas diferentes, com zona mista para entrevistas, com um pequeno estúdio improvisado. Não sendo profissionais, recorremos a parcerias com a Escola Secundária de Santa Maria da Feira e com o Colégio de Santa Maria de Lamas. Pela via protocolar foi-nos concedida a colaboração de seis alunos com frequência em multimédia e o trabalho está à vista nas fotografias obtidas durante o evento e pelas imagens vídeo que estão disponíveis e que patenteiam enorme qualidade. CF – A CDF Andebol TV já vinha sendo falada e acabou sendo realidade. MG – Sim e pela necessidade de uma maior divulgação. Com este trabalho inovador conseguiremos levar o andebol que se faz no clube a outros patamares de divulgação, como o Youtube e o Facebook e isso ser-nos-á muito vantajoso num futuro próximo. O Twitter vai, inclusive, ter uma página com a informação completa deste evento do clube. Vamos procurar também rentabilizar financeiramente estas situações. CF – Esta divulgação vai atrair outros interesses? MG – Espero que sim, sobretudo se forem novos atletas que venham a identificar-se com a nossa filosofia de formação e competição. Se tal acontecer, já teremos alcançado algum do sucesso a que nos propomos neste campo. CF – No futuro a médio-longo prazo, o andebol do CD Feirense corre o risco de perder preponderância e regredir, deitando tudo isto a perder? MG – Os projetos fazem-se de pessoas, mas a estrutura do Andebol Feirense está tão forte que não vejo o risco desta poder ruir, cair. As pessoas sentem-se bem no clube, dirigentes, atletas, corpo técnico e há bom ambiente para trabalhar. Depois, de ano para ano, aumentamos os desafios, tornando determinadas fasquias mais altas e isso leva a que todos trabalhem para a evolução. E é essa atitude que não deixa espaço para as coisas negativas. Há já tanta experiência em toda a direcção do andebol feirense, que se empenha em tudo o que faz, que dificilmente esta permitirá que algo de mau aconteça. Seria, teria de ser uma catástrofe para tal acontecer… mas não me parece, não com esta direcção. A terminar, o coordenador para o andebol do Clube Desportivo Feirense fez questão de sublinhar que “o andebol fogaceiro não é de ninguém” E de facto existe pelos seus atletas e o clube é deles. Eles são os artistas e não são de ninguém. Emprestam o seu esforço, tristezas, alegrias e garra ao clube e este só os pode apoiar, ajudar a voar e a alcançar os seus sonhos. O resto é tão-somente andebol, um jogo.