Boletim Municipal Gaia

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INFORMAÇÃO MUNICIPAL

“A Afurada está um paraíso” Fernando Ferreira, pescador da freguesia

Reabilitação

URBANA

É APOSTA DE FUTURO entrevistaS

> Carlos Tê > Vítor Baía

Douro Marina prestes a arrancar


festivais de verão

Festival Marés Vivas 2012

O

Marés Vivas é o festival com maior expressão no Norte do País, um dos melhores a nível nacional, e já com uma elevada reputação internacional. A 10ª edição do Marés Vivas, este ano com quatro dias, realiza-se nos dias 18,19, 20 e 21 de Julho. Pode já marcar na sua agenda… Tal como nas edições passadas, mormente no Marés Vivas 2011, a promessa do vice-presidente da Câmara, Firmino Pereira – mentor desta iniciativa desde a primeira hora, para 2012 é a realização de um evento inesquecível: música, animação, entretenimento, onde não faltarão figuras públicas, e concertos com os melhores nomes da música. «Todos irão sentir-se como parte de uma vivência única, permitindo desfrutar da magia de um grande festival, ao mesmo tempo que se associam à imagem de pessoas sofisticadas, culturalmente interessadas e participativas», assegura o vice-presidente, Firmino Pereira. Festejar a décima edição do Marés Vivas e proporcionar experiências, fornecendo

a estrutura, o ambiente, a animação e a música, é o principal objectivo em 2012, a fim de o Festival poder continuar a veicular o valor das marcas, cumprindo assim a qualidade que o nome Marés Vivas traz consigo. Vamos manter os níveis de excelência e aumentar a nossa aposta nos espaços de lazer no recinto e continuar a proporcionar o Festival como o mais económico, permitindo a participação de todos os estratos sociais, com bandas para todas as faixas etárias e com a participação de 150 mil pessoas (número previsto pela organização) durante todo o Marés Vivas. O Festival Marés Vivas 2012 vai manter um preço social no ingresso: Bilhete Diário, 30 euros; Passe quatro dias, 50 euros (pré-venda). Esta edição do Marés Vivas irá, uma vez mais, colocar o Festival no panorama dos grandes festivais de Verão. «Estou certo que a edição de 2012, com a sua identidade própria, voltará a assumir-se como uma referência incontornável no seio do calendário deste género de certames», assegura, o vice-presidente, Firmino Pereira.

FICHA TÉCNICA // Informação Municipal de Vila Nova de Gaia Propriedade Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia Pedro Fonseca (Director) Gil Nunes (Coordenador) Custódia Pedrosa (Secretariado) José Manuel Lemos e Avelino Couto (Distribuição)

Internet informacaomunicipal@mail.cm-gaia.pt Direcção Municipal de Informação Concepção e Edição de Textos e Fotos Direcção Municipal de Informação publicação Unidade de Soluções Comerciais Multimédia da Controlinveste Media

2 // INFORMAÇÃO MUNICIPAL de vila nova de Gaia

Edição e Coordenação Lara Loureiro e Hélder Pereira Layout e Coordenação Sofia Sousa Paginação Criativos Porto – Pedro Araújo Depósito Legal 275305-08 ISSN 1646-9887 | Tiragem 44000 exemplare Fevereiro 2012


editorial

 “Foi possível, num ciclo político,

pôr Gaia a ombrear com o Porto, nivelando um território que é o núcleo duro fundamental de desenvolvimento da Área Metropolitana do Porto”

 “No interior construímos novas

acessibilidades que permitem combater o isolamento, e equipamentos sociais e desportivos”

 “As novas habitações sociais

construídas em 10 anos são um marco em prol da dignidade das famílias”

 “Na cidade, novas infra-estruturas,

como a Avenida de D. João II ou o El Corte Inglés, são o resultado de uma década de progresso e desenvolvimento”

E

m 1998, quando iniciei as minhas funções como presidente da Câmara Municipal, o meu primeiro Plano, aprovado em Câmara e em Assembleia Municipal, indicava como objectivo tirar Gaia, num ciclo político, da situação de profunda decadência, sem saneamento, sem habitação social, orla marítima abandonada, orla fluvial esquecida e caos urbanístico: era essa a Gaia que conhecíamos. E pôr Gaia a ombrear com o Porto, mas não igual ao Porto, pois Gaia é diferente do Porto. O objectivo fundamental era colocar Gaia como o núcleo duro fundamental de desenvolvimento da Área Metropolitana do Porto – uma massa crítica substantiva, de 700 mil habitantes, com uma idiossincrasia própria, que fosse um grande motor de desenvolvimento da Área Metropolitana do Porto. Para isso ser uma realidade, todos os indicadores socioeconómicos de Gaia tinham de ser potenciados e valorizados. Penso que isso foi conseguido, mas foi-o com estratégia e não ao acaso. Nesse documento de 1998, o território municipal era dividido em quatro zonas: zona litoral, beira-rio, interior e cidade. Para cada uma dessas quatro zonas foi definido um projecto estratégico de desenvolvimento. A orla marítima transformou-se numa zona de qualidade ao nível da habitação, lazer e turismo. Apostámos no saneamento, na limpeza urbana, nas acessibilidades e nos equipamentos. Garantimos o recorde

nacional de praias com bandeiras azuis e a excelência ambiental. Quem hoje se lembra dos problemas étnicos em Francelos? Construíram-se 5 ETAR para várias gerações. Reabilitámos edifícios públicos de referência como o Corpus Christi, construímos 4 novos parques de estacionamento, requalificámos a beira-rio com a construção de equipamentos de lazer e turismo como o Cais de Gaia. No interior, construímos novas acessibilidades que permitiram combater o isolamento, e equipamentos desportivos e sociais. As novas habitações sociais construídas em 10 anos são um marco em prol da dignidade das famílias. Na cidade, novas infra-estruturas, como a Avenida de D. João II ou o El Corte Inglés, e a face moderna da Avenida da República, são o resultado de uma década de progresso e desenvolvimento. Hoje Gaia é um concelho de excelência, de que todos nos orgulhamos. Um trabalho de equipa, do mais simples funcionário ao mais alto responsável autárquico, que transformou o concelho e a cidade num território moderno e atractivo.

Luís Filipe Menezes

Presidente da CM de V. N. Gaia

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reabilitação

CENTRO HISTÓRICO

RUAS NOVAS ATÉ AO FINAL DO ANO

A

s obras de requalificação do Centro Histórico implicam um investimento de 5 milhões de euros. Dentro de um ano todas as ruas e o Centro Histórico estarão reabilitados, visando potenciar o regresso das famílias ao seu local de origem, atrair novos residentes, atrair investimento privado, e valorizar o turismo e o vinho do Porto.

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ÁREAS DE INTERVENÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO E RESPECTIVOS ARRUAMENTOS INTERVENCIONADOS R. CÂNDIDO DOS REIS

R. Guilherme Gomes Fernandes

• Travessa Cândido dos Reis • Escadas do Monte • Rua do Pinhal • Rua da Barroca

• R. de Guilherme Braga • Rua do França • Rua de Santa Marinha • Largo Joaquim Magalhães • Rua de Afonso III • Travessa do Ribeirinho • Largo de Santa Marinha • R. de Guilherme Gomes Fernandes

Calçada da Serra • Rua do Pilar • Rua do Pinhal (nascente) • Rua da Fervença • Rua da Mesquita • Escada do Pedrosa • Calçada da Serra;

Escarpa da Serra • Rua do Casino da Ponte • Rua do Cabo Simão


rede viária

10 anos/1500 km de NOVAS vias

V

ias requalificadas ou construídas em Gaia atingiram números impressionantes. Um exemplo: daria para se construir uma estrada até Paris! Ao longo dos últimos dez anos, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia requalificou ou construiu de

œ Vias

Emblemáticas • Avenida D. João II • Avenida Agustina Bessa-Luís

raiz 1500 km de novas vias. E fê-lo em todo o território. No futuro destaque para as intervenções no Centro Histórico – requalificação dos arruamentos, Via da Misericórdia, Circular e Panorâmica – e também as intervenções que estão a ser feitas nos Parques Empresariais.

œ EXEMPLOS DE REQUALIFICAÇÕES • Rua da Bélgica

• Rua 5 de Outubro

• Rua de Conceição Fernandes

• Rua Eduardo Ribeiro

• Rua 25 de Abril

• Rua de Gondezende

• Avenida António Leite de Castro • Avenida Poeta Eugénio de Andrade • Avenida Ludgero Marques • Avenida Jaime Isidoro • Avenida Afonso de Albuquerque •A venida Edgar Cardoso • Via Rosa Mota • Rua 20 de Junho • Rua Daniel Serrão • Requalificação da Orla Marítima

œ FUTURAS OBRAS EMBLEMÁTICAS • Via Panorâmica do Centro Histórico • Via Circular do Centro Histórico • Requalificação de arruamentos do Centro Histórico • Via da Misericórdia INFORMAÇÃO MUNICIPAL de vila nova de Gaia //

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infra-estruturas Parques Empresariais – Aposta na renovação

MELHORES ACESSIBILIDADES E INFRA-ESTRUTURAS

O

s quatro parques empresariais de Gaia estão a ser intervencionados. Trata-se de um investimento municipal de seis milhões de euros, que pretende incidir nas infra-estruturas e na melhoria das acessibilidades. Destaque para o Parque Tecnológico de São Félix da Marinha, que vai ter um alargamento de área de 100 hectares, e reforçar as condições para a instalação de novas empresas. O investimento é de 10 milhões de euros.

Investimento de seis milhões de euros, que visa a melhoria de infra-estruturas e acessibilidades

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campus escolares

Educação de excelência

Gaia investiu 85 milhões de euros em 10 anos

A

política de educação em Gaia teve várias etapas: em primeiro lugar apostar nas actividades extracurriculares de inglês, novas tecnologias, educação musical e educação física, o que representou um investimento de 10 milhões de euros. Seguiu-se a intervenção física: novas escolas do 1.º ciclo com quadros interactivos. Depois a autarquia decidiu avançar para os Centros Escolares de grande dimensão. Vão ser construídos três Centros: Serra do Pilar, Parque da Lavandeira e Parque Biológico. O investimento é de 75 milhões de euros.

CAMPUS ESCOLARES • Centro Escolar da Serra do Pilar capacidade para 500 alunos. Localização: entre a VL-9 e a Avenida de D. João II, na Serra do Pilar. Entra em funcionamento em Setembro

• Centro Escolar do Parque da Lavandeira capacidade para 525 alunos. Localização: Rua Raimundo de Carvalho, Oliveira do Douro (ao lado do Parque da Lavandeira).

• Centro Escolar do Parque Biológico capacidade para 450 alunos. Localização: junto ao Parque Biológico, em Avintes. Entra em funcionamento em 2013

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cantinas escolares

102 escolas novas, 64 novas cantinas, 3 Campus Escolares e 400 quadros interactivos O trabalho realizado pela Câmara Municipal de Gaia no campo da educação alcançou números inigualáveis em Portugal. Senão vejamos…

10 a

nos

Sabia que… Â A Câmara Municipal de Gaia interveio em 102 escolas do ensino básico e 87 jardins-de-infância?

ÂO universo escolar sob alçada do município (ensino básico e jardins-de-infância) é de 15 mil alunos?

ÂD esses 15 mil alunos, cerca de 10 mil são apoiados socialmente e não pagam refeições escolares (a medida custa anualmente 2,5 milhões de euros à Autarquia)?

 A Câmara Municipal de Gaia construiu, desde o primeiro mandato de Luís Filipe Menezes como presidente da Câmara, 24 cantinas e reabilitou 40?

 A Câmara Municipal de Gaia distribui gratuitamente os manuais escolares à totalidade dos seus alunos?

 A Câmara Municipal de Gaia instalou 400 quadros interactivos nas suas escolas, num investimento de 2 milhões de euros?

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 A Câmara Municipal de Gaia foi a primeira do país a introduzir as actividades extracurriculares no seu sistema de ensino com as disciplinas de Inglês, Novas Tecnologias, Educação Física e Educação Musical?

ÂO projecto “Divertir com o Saber” possibilita um acompanhamento suplementar na área da Matemática a alunos de empreendimentos sociais que sem isso não teriam como recorrer a esse apoio?

 A Câmara Municipal de Gaia, nos últimos dez anos, construiu escolas emblemáticas, como a de Vila D’ Este, a da Junqueira (Vilar do Paraíso), a da Bandeira (Mafamude), a de Vila Chã (Valadares) e a de Megide (Canelas)?

ÂO s centros escolares – Serra do Pilar, Parque da Cidade e Parque da Lavandeira – estão a ser construídos próximo de zonas emblemáticas, para que o aluno se ligue com a dinâmica dessas infra-estruturas?


desporto DESPORTO PARA TODOS

19 RELVADOS Municipais, 9 Pavilhões e 4 Piscinas

œ PAVILHÕES

MUNICIPAIS

– Pavilhão Municipal de Gaia – Pavilhão Gimnodesportivo de Crestuma – Pavilhão Municipal do Atlântico da Madalena – Pavilhão Municipal de Arcozelo – Pavilhão Municipal de Gulpilhares – Pavilhão Municipal de Grijó – Pavilhão Municipal Dr. Miranda de Carvalho – Vila D’ Este

10 a

nos

– Pavilhão Municipal Vítor Santos – Coimbrões – Pavilhão Municipal Dr. NÉlson Cardoso – Pavilhão “das Pedras” (em construção)

œ RELVADOS – Complexo Desportivo de Lever – Complexo Desportivo de Pedroso – Estádio Jorge Sampaio – Centro de Estágio e Formação Desportiva PortoGaia 4 relvados

œ PISCINAS MUNICIPAIS

– Parque de Jogos Joaquim Lopes, Avintes

– Maravedi, renovação

– Complexo Desportivo Quinta da Mesquita – Avintes

– Lever – Vila D’ Este – Granja, renovação

– Complexo Desportivo do Parque da Lavandeira – Complexo Desportivo do Vilanovense – Complexo Desportivo de Coimbrões – Parque Silva Matos – Complexo Desportivo do Candal, Estádio Rei Ramiro – Complexo Desportivo de Canidelo – Complexo Desportivo de Valadares – Complexo Desportivo de Arcozelo – Complexo Desportivo de Grijó – Complexo Desportivo de Serzedo

Centro de Alto Rendimento Ténis de Mesa + Taekwondo abre em Maio

– Complexo Desportivo de Perosinho – Complexo Desportivo de São Félix da Marinha

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cultura Cultura e Requalificação Urbana

13 NOVOS ESPAÇOS CULTURAIS 10 a nos

A

o longo dos últimos dez anos, a Autarquia reabilitou edifícios emblemáticos do concelho. Depois de reconvertidos, todos eles passaram para esfera municipal, que lhes deu uma nova vida. São exemplos a Casa da Presidência – antiga Casa Mariani, a Casa dos Ferradores, no Centro Histórico, a Casa da Cultura, a Casa da Juventude e o Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner. Destaque-se a reabilitação do Convento Corpus Christi, no Centro Histórico, onde se instalou a Gaiurb.

œ ESPAÇOS CULTURAIS – Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner – Biblioteca Municipal de Gaia – Casa-Museu Teixeira Lopes – Auditório Municipal de Gaia – Cine-Teatro Eduardo Brazão – Convento de Corpus Christi – Solar Condes de Resende – Galerias Diogo de Macedo – Estação Litoral da Aguda

œ EDIFÍCIOS EMBLEMÁTICOS RECUPERADOS

–C asa da Presidência (Antiga Casa Mariani)

–C asa dos Ferradores –C asa da Cultura (Antiga Casa Barbot)

–C asa da Juventude (Antiga Escola da Bandeira)

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ambiente

Igual às melhores taxas europeias 2

8,93 m ESPAÇO VERDE por habitante

G

aia foi uma das seis cidades europeias escolhidas pela Comissão Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento para receber 73 milhões de euros no âmbito do projecto ELENA, de gestão de eficiência energética nas cidades. Com este compromisso, a autarquia pretende reduzir em cerca de 25% as emissões de dióxido de carbono no concelho. As áreas de intervenção são a iluminação pública, os edifícios e os transportes públicos. O Parque Biológico instituiu o projecto “Sequestro de Carbono”, uma bolsa de valores de CO2 que permite às empresas cumprir as suas metas ambientais e ao mesmo tempo preservar a Natureza.

œ ESPAÇOS VERDES – Parque da Lavandeira – Parque de Dunas da Aguda – Parque Biológico de Gaia – Reserva Natural Local do Estuário do Douro – Parque Botânico do Castelo, Crestuma – Centro Cívico Municipal

œ Futuros Parques Verdes – Parque Verde da Ribeira de Santarém – Parque Verde de Lavadores – Parque Municipal D. Maria Pia – Parque Municipal da Ponte LuIZ I INFORMAÇÃO MUNICIPAL de vila nova de Gaia //

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habitação Vila D’Este é exemplo

REQUALIFICAÇÃO É REFERÊNCIA EUROPEIA

J

á começou a segunda fase de requalificação da urbanização de Vila D’ Este. São 10 milhões de euros que vão ser direccionados para uma intervenção mais detalhada na urbanização, que serve 17 mil pessoas. A primeira fase, concluída no final do ano transacto, proporcionou uma lavagem do edificado, e mereceu elogios por parte de Johannes Hahn, Comissário Europeu que visitou a urbanização. “É um excelente exemplo. Aliás, é exactamente o que gostamos de ver em termos de reabilitação associada à poupança de energia”, salientou.

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entrevista Carlos Tê

“O Douro é como o Sena ou o Tamisa: corre entre dois lados da mesma cidade” do poder político que se concentra em Lisboa. E desse poder fazem parte todos os eleitos que mal chegam a Lisboa esquecem a terrinha e não fazem nada para mudar o status quo. Talvez porque Portugal seja uma espécie de grande região em vez dum país e os políticos e as empresas que emigram para a capital sejam paternais ao ponto de achar que as pessoas que insistem em ficar não têm arcaboiço para a autonomia e não merecem mais. Talvez. Considera viável uma fusão entre Porto e Gaia? Eu acho que Porto e Gaia estão unidos, a divisão é meramente administrativa, não há diferença. O Douro é como o Sena ou o Tamisa, é um rio que corre entre dois lados da mesma cidade. Como avalia a evolução que Gaia teve nos últimos dez anos? O que gosta mais, o que gosta menos… Penso que é consensual o grande salto qualitativo que a cidade de Gaia deu nestes últimos anos. Nem vou falar na orla marítima, porque me parece demasiado óbvio, mas a própria Avenida da República, que era um exemplo de artéria caótica, ficou muito mais arejada e funcional. Claro que há ainda muito por fazer, até pela extensão do concelho com características labirínticas, mas o que foi feito é demonstrativo de como o poder autárquico é importante no desenvolvimento do país. Em 2009 a Câmara Municipal de Gaia atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural e Científico. Como se sentiu ao receber esse galardão? Confesso que a celebração medalhística, seja ela local ou nacional, me diz pouco. Em tempos escrevi uma canção, “Valsinha das Medalhas”, onde dizia que «nunca vi Pátria assim, pequena e com tantos peitos». Continuo a pensar

o mesmo. O Eça já brincava com esta inclinação comendatória dos portugueses. Há uns tempos atrás dar-me-ia ao trabalho de recusar e explicar polidamente porquê para que as pessoas não levassem a mal. Agora é mais simples aceitar. Além disso, uma distinção é sempre uma distinção. A cidade do Porto que descreveu em “Cimo de Vila” é muito diferente da cidade que hoje conhece? O «Cimo de Vila» é uma colecção de impressões poéticas sobre o Porto, não tem a pretensão de descrever a cidade. Além disso, não conheço muito bem o Porto. Limito-me a ser utente e transeunte. As cidades são como as pessoas, a gente nunca as conhece, embora julguemos que sim só porque lhes pisamos as ruas e sabemos os caminhos mais curtos. Fala-se muitas vezes da macrocefalia de Lisboa em relação ao resto do país. Concorda? Se sim, de que forma é que o Norte e a cidade do Porto podem contrariar essa tendência. A macrocefalia não é de Lisboa, mas

Fica na história da música portuguesa por ter escrito letras como “Chico Fininho”, “Beirã” e mais recentemente “GTI”. Considera que criou uma marca própria? Ninguém cria uma marca própria por escrever letras de canções. Seria atribuir às canções uma importância que elas não têm. Quais os projectos em que está a trabalhar neste momento? Na reposição em Lisboa duma peça estreada no ano passado no Constantino Nery, em Matosinhos, a Missa do Galo. Acha que a crise económica pode ter impacte na produção artística e cultural? Claro que sim, num contexto de crise, as pessoas prescindem em primeiro lugar dos bens proporcionados pela produção artística, o supermercado é prioritário. Tem alguma letra sobre a cidade de Gaia? Algum local especial? Não tenho nada sobre Gaia, só mesmo o Porto visto de Gaia.

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praias Campeã Nacional de Bandeiras Azuis

QUALIDADE DAS PRAIAS DE GAIA É EXEMPLO 10 ano s PARA O PAÍS

G

aia é a campeã nacional de bandeiras azuis. Apesar de ser um concelho com uma grande predominância urbana onde o Homem, natural predador, tende a adulterar o meio ambiente, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia tem sabido manter as suas praias num nível de excelência europeu. Limparam-se rios e ribeiras, requalificaram-se os acessos, os 15 km de praia, e construiuse um passadiço criativo: as ve-

lhas traves da Linha do Norte foram transformadas num passadiço que cobre toda a orla marítima gaiense, naquele que é considerado como o maior ginásio ao ar livre do país. Cinco praias receberam também o galardão “Praia Acessível – Praia para Todos”: Canide Norte, Valadares Sul, Senhor da Pedra, Miramar e Aguda, por possuírem o equipamento necessário para que cidadãos com mobilidade reduzida possam desfrutar da época balnear.

ANO

BANDEIRAS

PRAIAS

2002

12

Canide Norte, Canide Sul, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol e Aguda

2003

16

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2004

17

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2005

13

Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Dunas Mar, Francelos, Sãozinha, Senhor da Pedra, Mar e Sol, Aguda e Granja

2006

17

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2007

17

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2008

17

Lavadores, Canide Norte, Canide Sul, Marbelo, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

17

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Marbelo, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2010

18

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Marbelo, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2011

18

Lavadores, Salgueiros, Canide Norte, Canide Sul, Marbelo, Madalena Norte, Madalena Sul, Valadares Norte, Valadares Sul, Dunas Mar, Francelos, Francemar, Sãozinha, Senhor da Pedra, Miramar, Mar e Sol, Aguda e Granja

2009

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orla marítima

Investimento de 30 milhões de euros revitalizou Orla Marítima

Marginal potencia lazer e turismo

A

o longo dos últimos dez anos, a orla marítima foi alvo de uma profunda remodelação. Para além do saneamento, da limpeza de ribeiras e das praias, a intervenção fez-se sentir ao nível de mobilidade: num investimento de 30 milhões de euros a autarquia requalificou ou criou novas acessibilidades. Das vias construídas, destaque para a Avenida Leite de Castro, a Avenida Agustina Bessa-Luís e a Avenida do Poeta Eugénio de Andrade. A recuperação da Alameda do Senhor da Pedra, em Gulpilhares, e da Avenida de Gomes Guerra, em Arcozelo Em breve vai ser recuperado o último troço da frente de mar – entre Valadares e a Madalena.

 “além do saneamento, da limpeza de ribeiras e das praias, a intervenção fez-se sentir ao nível de mobilidade” INFORMAÇÃO MUNICIPAL de vila nova de Gaia //

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orla fluvial Frente de rio acompanha ORLA MARÍTIMA

Autarquia já investiu 20 milhões mas quer mais requalificação feita na orla marítima é para replicar na frente de rio

O

trabalho na frente de rio que foi feito nos últimos dez anos permitiu uma lavagem de face. No total, a Autarquia investiu 20 milhões de euros na construção de infra-estruturas, onde se incluem o Cais de Gaia, a renovação da Afurada e a requalificação de vias de acesso turístico e às caves de vinho do Porto. Esta renovação permitiu a captação investimento privado, casos do teleférico ou do Yeatman Hotel, de instituições de ensino, como a Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto ou o Instituto das Artes e da Imagem ou mesmo de espaços

multimédia, como o futuro Espaço Porto Cruz. A 4 de Fevereiro será inaugurada a Douro Marina. Entretanto, até 2020 segue o projecto “Encostas do Douro”. Trata-se da requalificação da frente de rio à semelhança do que foi feito na orla marítima. Os objectivos passam por rentabilizar equipamentos da zona – como a Quinta de Santo Inácio e o Parque Biológico – e servir de porta de entrada ao Alto Douro Vinhateiro. O investimento da Autarquia é de 58 milhões de euros. O Encostas do Douro define-se em quatro unidades territoriais.

Encostas do Douro Vale de Quebrantões

Espaço de lazer e desporto informal; requalificação do Cais de Quebrantões; Campo de Golfe com 18 buracos; Via Marginal e Ciclovia

AreInho de Avintes

Requalificação urbanística do Cais e edificado do Lugar do Esteiro; Criação de um Parque de Rio; requalificação das quintas da freguesia

Vale de Arnelas

Parque Aventura; reforço dos espaços desportivos

Vale de Uima

Percursos pedonais; ciclovias; vias ambientalmente enquadradas

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gaiasocial Construídas 31 novas urbanizações sociais

3155 FAMÍLIAS COM CASA NOVA

A

10 a

nos

Autarquia construiu 31 empreendimentos sociais em 23 das 24 freguesias do concelho. O investimento global foi de 160 milhões de euros e permitiu um novo tecto a 3155 famílias carenciadas. A Gaiurb está a apostar num projecto de 17 milhões de euros para reabilitação dos empreendimentos construídos no início do primeiro mandato de Luís Filipe Menezes. O objectivo é claro: manter a qualidade de vida das famílias.

Santa Marinha Empreendimento D. Manuel Clemente

Canidelo Empreendimento Dr. Barbosa de Melo

Pedroso Empreendimento Prof. Mota Pinto

S. Félix da Marinha Empreendimento Alberto Martins Andrade

Afurada Empreendimento do Cavaco

Canidelo Empreendimento Manuel Pacheco Miranda

Pedroso Empreendimento Tabosa

Valadares Empreendimento Boa Nova

Arcozelo Empreendimento Dr. Mota Amaral

Grijó Empreendimento Presa Nova

Perosinho Empreendimento Perosinho

Vilar de Andorinho Empreendimento Monte Grande

Avintes Empreendimento Dr. Mário Cal Brandão

Lever Empreendimento Padre Vitor Melícias

Sandim Empreendimento Monte Crasto

Valadares Empreendimento General Ramalho Eanes

Canelas Empreendimento Padre Américo

Madalena Empreendimento Bela Vista

Sermonde Empreendimento Cancela

Vilar de Andorinho Empreendimento Balteiro II e III

Canelas Empreendimento Rosa Mota

Olival Empreendimento Adelino Amaro da Costa

Sermonde Empreendimento Francisco Pinto Balsemão

Vilar de Andorinho Empreendimento Vila d’ Este - Lt. 73

Canidelo Empreendimento Coronel Pinto Simões

Olival Empreendimento D. Armindo Lopes Coelho

Serzedo Empreendimento D. António Ferreira Gomes

Vilar do Paraíso Empreendimento Ruy de Carvalho

Canidelo Empreendimento Cova da Loba

Oliveira do Douro Empreendimento D. Manuel Martins

Serzedo Empreendimento Eusébio da Silva Ferreira

INFORMAÇÃO MUNICIPAL de vila nova de Gaia //

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centro histórico circular interna ao IC23

Via Circular do Centro Histórico concluída em Junho de 2013

A

Via Circular do Centro Histórico de Vila Nova de Gaia, circular interna ao IC23, ficará concluída em Junho de 2013. Garante-se a ligação entre o Candal e a zona ribeirinha. Através da Via da Misericórdia / Via Rosa Mota assegura-se, posteriormente, a ligação ao tabuleiro inferior da Ponte Luís I. A Via Circular do Centro Histórico corresponde a um investimento de 8 milhões de euros. Fazem parte deste anel interno ao IC23 as seguintes vias: Via, ligação da VL8 à Via Rosa Mota, ligação da Via Rosa Mota à rua de General Torres, e a construção de um viaduto que vai atravessar a rua de Cândido dos Reis até à rua de General Torres.

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opinião Semear para colher A crise não serve de desculpa para estagnar Vila Nova de Gaia. E por isso o trabalho continua… Este Executivo e os colaboradores nunca baixaram os braços. Não é preciso estar muito atento. Basta apenas ver o que se passa rua a rua, largo a largo, escola a escola, jardim a jardim, etc., etc. para se verificar que o nosso concelho continua num estado de desenvolvimento constante. Apostamos nos alicerces do progresso. Estes encontram-se sobretudo na Educação. Quanto mais expressivas, inovadoras e massificadas forem as nossas acções, tanto mais saudáveis, aplicados e criativos serão os nossos descendentes. Daí este Executivo continuar a apostar para que as nossas crianças possam usufruir de condições idênticas às dos países mais desenvolvidos da União Europeia. Semear para colher no futuro é para mim uma regra de ouro. Esta será uma realidade que continuará a ser aplicada no sector da educação. Em 2012 vão ser investidos em Gaia muitos milhões de euros. Este ano serão abertos dois novos centros escolares: Serra do Pilar e Lavandeira (Parque da Cidade). Escolas cente-

nárias estão já a passar por profundas alterações (algumas delas já em fase de finalização), transformando-as em instalações com elevada dignidade, tanto para as nossas crianças como para os professores e funcionários. Em 2012 os gaienses – para além da aposta na educação, que deve ultrapassar os 20 milhões de euros – vão ter ainda um Centro de Alto Rendimento Olímpico no Parque da Cidade, a Circular do Centro Histórico, a última fase da reabilitação da orla marítima entre Valadares e Madalena. E porque já não tenho mais espaço, muitas das obras que vão ser concretizadas este ano serão divulgadas num próximo Boletim Municipal. Mas existe uma iniciativa que não posso deixar de anunciar: a 10ª edição do Festival Marés Vivas, certame que vamos manter em palco, apesar da crise que se vive. Gaia continua a investir. Portugal devia seguir o nosso exemplo. É verdade que se aproxima um ano difícil e exigente. Mas acredito que todos os gaienses, mas mesmo todos, vão ter ambição e esperança em ultrapassar as dificuldades que se avizinham. É preciso não perder a esperança no futuro.

Eu sei que não é fácil. Mas contem comigo, pois também estou consciente das dificuldades que vamos enfrentar para percorrermos este difícil caminho. Mas este será a única saída, e necessária, para devolver a credibilidade a Portugal. Mas acredito, como gaiense, que os munícipes do meu concelho continuarão a percorrer os trilhos do desenvolvimento e do progresso da nossa terra. Um Bom Ano.

Firmino Pereira Vice-presidente da CM de V.N. Gaia

VILA NOVA DE GAIA, TALVEZ A CAPITAL EUROPEIA DO DESENVOLVIMENTO Neste concelho com mais de 320 mil habitantes distribuídos por 24 freguesias que tem mais de 17 mil empresas instaladas – que possibilitam talvez a maior actividade económica onde se empregam muitos milhares de trabalhadores residentes ou não – tem acontecido na última década um desenvolvimento notável que queria aqui deixar apenas alguns exemplos para justificar o sentimento que dá o título ao presente artigo. Não conheço nenhum município no país e até fora dele onde se tenha construído uma rede viária, composta por auto-estradas, itinerários complementares, vias circulares internas, vias de ligação estruturantes com separadores, rotundas de regulação viária, reabilitação da malha viária existente com particular incidência nas zonas urbanas e centros cívicos das diversas freguesias com dotação de uma sinalética exemplar e zonas pedonais que se direccionam à segurança dos peões mas também possibilitam às populações autênticos ginásios ao ar livre, pois bem tudo isso e muito mais tem acontecido em V.N. de Gaia comprovadamente com a atribuições sucessivas como a recente distinção da bandeira de ouro da mobilidade. Construíram-se neste concelho praticamente em todas as freguesias polidesportivos, pavilhões, parque de jogos dotados de relva sintética qualificada, piscinas públicas, parques de lazer entre outros que servem as populações, clubes desportivos, instituições de ensino e culturais. Simultaneamente procedeu-

-se à reabilitação de todo o parque escolar da responsabilidade municipal, mas também a construção de escolas públicas de nova geração denominados de centros escolares mas que são na realidade autênticos colégios de ensino transversal em variadíssimas áreas. Muito se tem feito na área social mas refiro especialmente os apoios diversos às IPSS e a assunção das responsabilidades e sensibilidades municipais no que se relaciona com a construção de mais de 4000 habitações destinadas aos mais carenciados do nosso concelho que o referência como exemplar ao mesmo tempo que deve continuar a motivar o prosseguimento da melhor atenção com essa área. Nota máxima para a infra-estruturação levada a efeito no tratamento dos resíduos e salubridade pública que permite a excelência para Vila Nova de Gaia e tão bem serve as populações que usufruem deste bem que consequentemente qualifica as orlas marítima, ribeirinhas e cursos de água. Poderia facilmente juntar muitíssimos mais argumentos, mas penso ser dispensável para convictamete entender que se houvesse no universo europeu a celebração da capital europeia do desenvolvimento seria certamente atribuída a Vila Nova de Gaia. Tudo isto naturalmente não seria possível sem o empenho qualitativo dos agentes económicos, investidores, trabalhadores, todos autarcas municipais e de freguesia, mas quero aqui personificar na pessoa do presidente da câ-

mara dr. Luís Filipe Menezes a exemplaridade pela obra feita, a solidariedade com as instituições e com as pessoas, que irá perdurar na memória de todos com o tributo da nossa homenagem e gratidão. Saúdo o executivo e a direcção municipal de informação pela atitude que tiveram em dar espaço de opinião nesta revista aos líderes dos grupos parlamentares da Assembleia Municipal e ao seu presidente e exorto-os para que sempre divulguem e dêem visibilidade à actividade do órgão deliberativo municipal. Deixo aqui uma palavra amiga e solidária a todos os gaienses e desejo que todos consigam ultrapassar as dificuldades que a conjuntura nos impõe, mas sobretudo que todos tenham muita saúde e felicidades.

César Oliveira Presidente da Assembleia Municipal

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partidos políticos A coragem de governar Gosto de encarar a política no seu estado puro, despida de todas as lateralidades que dão amiúde à estampa nos media e nos fazem desviar a atenção do que é efectivamente importante. Tenho para mim que a actividade política, na sua essência, se resume ao trabalho realizado em prol de uma comunidade, diagnosticando os problemas colectivos e tomando medidas que favoreçam a qualidade de vida das populações nas diversas vertentes da sua vida quotidiana. Por isso, nunca é de mais recordar que o objecto da acção política, seja ao nível local, nacional ou comunitário, deve ser sempre focalizado nas pessoas e no bem-estar colectivo. É por esta fresta que continuo a ver a actividade política como uma missão de serviço público, que deve ser exercida com sentido de responsabilidade e norteada invariavelmente pelo caminho do interesse público. Estou convencido de que se não for assim, não vale seguramente a pena. Mas governar implica tomar decisões! E em tempos singulares, difíceis e de grandes incertezas, como aqueles que vivemos actualmente, assumir funções políticas é um risco, mas sobretudo um grande desafio, que implica inelutavelmente coragem e criatividade! Coragem para dizer a verdade aos cidadãos e para tomar algumas medidas difíceis e impopulares, mas seguramente necessárias para combater a crise. Criatividade para encontrar as melhores soluções que permitam melhorar a vida colectiva, mesmo que com parcos recursos financeiros. Em Vila Nova de Gaia, observa-se que os sucessivos executivos camarários que foram eleitos desde 1998 seguiram fielmente um projecto político de desenvolvimento integrado para o nosso concelho, que hoje está à vista de todos! Projecto político esse que não está esgotado nem terminado e que terá seguramente um longo caminho a percorrer nos próximos anos, assim seja essa a vontade maioritária dos eleitores gaienses… Com efeito, importa sublinhar que desde o ano de 1998 o investimento em Vila Nova de Gaia ultrapassou os mil milhões de euros. Ora, tal significa que nos últimos 13 anos foram investidos mais de 210 mil euros por dia no nosso concelho! É esta a “velocidade” do desenvolvimento de Vila Nova de Gaia, cujas políticas municipais generalizaram o acesso à prática desportiva, à cultura, a uma melhor educação ou até a uma habitação condigna. Mas não se pense que a grave crise financeira irá refrear o espírito empreendedor deste Executivo municipal, na medida em que contamos com cidadãos eleitos seriamente comprometidos com o referido projecto político de desenvolvimento integrado do nosso concelho de Vila Nova de Gaia e que têm certamente a coragem e a criatividade políticas necessárias para conduzir a nau municipal a bom porto! Como bem referiu Winston Churchill, “um pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade; um optimista vê uma oportunidade em cada dificuldade.” Nos tempos em que vivemos, eu escolho ser optimista! Pedro Neves de Sousa (PSD)

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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO AUTÓNOMA DO PORTO DE LEIXÕES Segundo um rol recente de notícias, até agora não desmentida, o Governo prepara-se para fundir os portos nacionais. Na circunstância, o que está em causa é a extinção da Administração dos Portos de Douro e Leixões, através de um propalado processo de criação de uma “Holding dos Portos”. Cabe às forças vivas da nossa região, nomeadamente aos seus responsáveis institucionais, o protesto público contra uma medida que acarretará substanciais prejuízos para a economia da região e do país. Os silêncios cúmplices de Luís Filipe Menezes e Rui Rio podem ser comprometedores para a região. O porto de Leixões é um pilar estratégico da economia nortenha. O fim da gestão autónoma do porto de Leixões levará que todas as decisões sejam centralizadas em Lisboa, num organismo desprovido de conhecimento de proximidade, que qualquer porto do mundo precisa para o sucesso da sua actividade. A gestão autonomizada do porto de Leixões tem sido a base de excelentes resultados, quer ao nível do crescimento da sua actividade comercial (recordes sucessivos na movimentação de carga), quer ao nível dos resultados positivos que injecta nos cofres do Estado. No ano transacto registou um movimento recorde de mercadorias de 16.3 milhões de toneladas. O crescimento da carga movimentada de 2010 para 2011 foi de 12.5%, dado tanto mais impressionante quanto é certo ter ocorrido num momento em que a economia se encontrava já praticamente paralisada. A carga destinada às exportações aumentou 27.5% e destinaram-se, nomeadamente, a países e regiões com um extraordinário potencial de crescimento nesta matéria, tais sejam a Argélia, a Argentina, o Canadá e os Estados Unidos. Em 2011 movimentou mais de 40 mil passageiros, sendo que em 2012 poderá atingir o patamar dos 75.000 mil passageiros. A gestão do porto de Leixões tem sido de tal forma eficaz que permite gerar lucros para pagar ao Estado (mais de metade dos resultados são distribuídos em dividendos) e para financiar os investimentos determinantes na competitividade da sua operação, onde se destacam a Via Interna de Ligação, a ampliação e requalificação dos terminais (contentores, carga geral, etc.), Terminal de Cruzeiros, Plataforma Logística, etc. Por outro lado, a competitividade do porto de Leixões também é reflectida pela sua profunda ligação à comunidade portuária e ao tecido empresarial do seu hinterland. Quem está em Lisboa não conhece a realidade empresarial do Norte nem quais as suas restrições e potencialidades. Convém frisar que tal hipotética medida nem sequer se encontra preconizada no memorando da tróica. Trata-se, sim, de uma nova manifestação da macrocefalia do Terreiro do Paço. João Paulo Correia (PS)


partidos políticos Hospital prometido tem de ser hospital construído

O COMEÇO DO FIM DA FESTA...

O Governo Sócrates prometeu um novo hospital em Vila Nova de Gaia, mas o Governo actual já disse que não o ia construir, deixando envelhecer e degradar ainda mais o velho Hospital de Gaia, que, apesar dos esforços dos seus profissionais, já não tem condições para uma assistência de qualidade. A Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, uma iniciativa do Bloco de Esquerda reiterando a necessidade de ser dada prioridade à construção de um novo hospital em Gaia. Mas o presidente da Câmara agora limita-se a pedir ao Governo que construa um novo hospital quando achar que tem dinheiro disponível para isso. Os gaienses não podem aceitar esta posição. Não podemos aceitar que o Governo use o dinheiro dos impostos para pagar os buracos do BPN e das contas da Madeira e para transferir milhões para os grupos privados que gerem (mal) alguns hospitais públicos e, em simultâneo, invoque falta de dinheiro para não construir um novo hospital em Vila Nova de Gaia. O Serviço Nacional de Saúde tem grandes despesas, que, todos os anos, são pagas com o dinheiro dos impostos de todos nós. Por isso, é um abuso o Governo impor mais taxas moderadoras e aumentar brutalmente o seu valor, como acontece desde 1 de Janeiro. O Governo sabe aumentar as taxas moderadoras, mas não consegue melhorar os serviços. Estamos a pagar mais por piores serviços de saúde. O Governo está a fechar postos e extensões de saúde, a reduzir o horário de funcionamento dos centros de saúde, a encerrar urgências e outros serviços de especialidade, a diminuir o pessoal de saúde e a cortar no transporte em ambulância e nas equipas e viaturas do INEM. Temos o direito de perguntar: para onde vai o dinheiro dos nossos impostos e das taxas moderadoras, se todos os dias o Governo corta mais um bocado no SNS? Os gaienses exigem um novo hospital que garanta condições dignas a utentes e profissionais de saúde. Hospital prometido tem de ser hospital construído.

Dia 17 de Janeiro de 2012, foi publicada a lei que reduz os salários dos gestores públicos. O que parecia evidente para o CDS-PP, que apresentou uma proposta de lei semelhante em 2010 (chumbada pelo PS e pelo PSD), foi agora finalmente aprovado. Com esta lei, os presidentes dos institutos passam a ter um limite para o salário, que não poderá ultrapassar o valor que está estabelecido para os dirigentes superiores de primeiro grau da administração pública, ou seja, 3.734 euros brutos mais 778 euros em despesas de representação. No entanto, fico com a sensação de que se poderia e deveria ter ido mais longe. Para já, o Governo criou regimes de excepção para 7 entidades. Falta ainda publicar outra lei – o Estatuto do Gestor Público –, que também vai acabar com privilégios dos administradores, mas nas empresas do Estado. Este diploma, que deverá ser publicado ainda esta semana, também contemplará regimes de excepção, sendo que o Governo já avançou que deverá incluir nomes como o da CGD e o da TAP. Enfim… ainda não é o fim da festa, mas pelo menos é o começo do fim da festa. No entanto, este tema fez-me lembrar um artigo que li há cerca de um ano e meio atrás, da autoria do professor Vasco Garcia, e que dizia mais ou menos o seguinte: corria o ano de 1960 quando foi publicada no “Diário do Governo” de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomás, presidente da República, e do presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar. Esta lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Afectava todas as entidades onde existisse, directa ou indirectamente, investimento do dinheiro dos contribuintes. Em resumo, a Lei 2105 dizia que ninguém que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública podia ganhar mais do que um ministro. A publicação desta lei altamente moralizadora ocorreu no Estado Novo de Salazar; vai, dentro de 5 meses, fazer 52 anos. Será que estamos no mesmo país? Então, no tempo do “fascismo”… dá que pensar, não dá?

Eduardo Pereira (Bloco de Esquerda)

Luís Miguel Nogueira (CDS/PP)

Sobre o Documento Verde da Administração Local 1 – Esta proposta, que ignora as Regiões Administrativas determinadas na Constituição, baseia-se no compromisso do PS, PSD e CDS com a Troika e não melhora a Democracia ou diminui a despesa. 2 – As dificuldades que o Poder Local enfrenta têm a ver com as restrições financeiras dos sucessivos Governos, e não com os serviços públicos que presta. 3 – Esta proposta alega, falsamente, que haveria ganhos na eficiência, na coesão, na descentralização ou, pasme-se, na transparência, ao transferirem-se competências para órgãos que não são eleitos directamente – e portanto sem fiscalização democrática. 4 – Os critérios e prazos de extinção de freguesias e fusão de municípios foram definidos em gabinetes, a régua e esquadro, não respondem a qualquer necessidade objectiva e não geram quaisquer ganhos de escala – pelo contrário, até podem aumentar a despesa pública e o desemprego. Revelam desconhecimento das realidades locais, passam por cima de raízes históricas e identitárias, limitam a Democracia, eliminam, reduzem ou encarecem serviços à população, promovem a desertificação, marginalizam a competência e a dedicação de inúmeros autarcas que contribuem para o bem-estar e qualidade de vida. 5 – A eliminação da eleição directa das câmaras e a imposição de executivos monocolores não só fere a Democracia e o pluralismo, mas também consagra um poder unipessoal e menos controlo democrático e transparência, favorecendo a corrupção. 6 – Esta reforma que o Governo pretende impor, pelos seus critérios e princípios orientadores, pelas suas incongruências, pelo seu espírito não democrático, pela gravidade das suas consequências, se levada à prática, deve ser rejeitada. Reduzir despesas é possível e necessário, mas sem desfigurar o Poder Local Democrático. Jorge Sarabando (CDU)

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vox-populi

«Como classifica o desenvolvimento de Gaia? O que gosta MAIS e o que 10 a gosta MENOS?» n Moreira œ A47ntónio anos, Comercial “Há um grande desenvolvimento, principalmente na nossa costa. As melhorias existentes: de arranjo, de composição, de arranjo urbanístico. Aquela zona era uma zona fria que foi recuperada e que se tornou num espaço agradável e que reconhecidamente melhorou. Aliás, vem gente de todo o Norte visitar as praias. Tornou-se numa área em que as pessoas vão pelo desporto, pelo lazer, pelas praias de bandeira azul. Foi algo de fantástico: as ribeiras de Gaia também foram recuperadas, como nós sabemos, de forma espectacular. Temos um turismo que tem dinamizado muito a cidade. Penso que esta tem evoluído de uma forma fantástica! O investimento vale a pena, pois estamos a investir no futuro. O que gosto mais… a parte da ribeira cresceu exponencialmente. Gaia fez o trabalho de casa necessário para receber os turistas. O que gosto menos… não há nada que me desagrade.

œ André Osório

34 anos, Advogado “Gaia tem tido um desenvolvimento muito grande. Sem dúvida absolutamente alguma; aliás, eu sempre morei aqui em Gaia. Talvez tenha sentido mais desenvolvimento nos últimos dez anos do que nos outros todos. Há sem dúvida um crescimento grande e que se repercute na forma como Gaia é falada. Nota-se bem pelas infra-estruturas, nas praias, na zona do Cais de Gaia. Considero um bom investimento.” O que gosto mais... das praias. O que gosto menos… alguma desorganização urbana.

A nossa costa era uma zona fria que foi recuperada e tornou-se num espaço agradável

Pinto œ L54aura anos, Operadora Deolinda Rocha œ 59 anos, Doméstica “Muito bom. Eu acho que Gaia se desenvolveu bastante, principalmente depois de terem posto a linha do metro, o El Corte Inglés – tudo isso desenvolveu muito o concelho. ” O que gosto mais... de tudo no centro da cidade. O que gosto menos… não há nada que me desagrade.

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de Hipemercado “No geral foi bom. Mas há sempre aspectos positivos e negativos.” O que gosto mais… a beleza com que estão a ser feitas as coisas: os espaços verdes, por exemplo. O que gosto menos… o estacionamento. Há falta de lugares. Muitas vezes vimos à Câmara reclamar e não somos atendidos da melhor forma, como já me aconteceu, que já me queixei por não conseguir entrar para a minha garagem por estacionarem em cima do passeio. O que menos gosto são mesmo as tais burocracias que exigem e que tornam a vida do cidadão mais complicada.

os


vox-populi Manuel Fernandes œ 69 anos, Reformado

Correia œ P30edro anos, Desempregado “Em termos de infra-estruturas o concelho tem-se desenvolvido bastante. Mas em termos sociais, de procura de emprego, de habitação, apoio aos idosos, acho que ainda não foi feito o necessário.” O que gosto mais... as praias, o Centro Histórico, a vista para o Porto, as pessoas. O que gosto menos… falta de apoio aos idosos, aos jovens vítimas de prodigalidade, sem perspectivas de futuro, com pouca ajuda.

“Óptimo. De uma escala de um a dez dou-lhe dez valores. Luís Filipe Menezes merece os parabéns. Gaia já está superior ao Porto.” O que gosto mais… da limpeza, e das obras que fizeram na parte da orla marítima, desde Salgueiros até São Félix da Marinha. Gosto da requalificação da Avenida da República e das ruas. Hoje já não há buracos nas ruas. Gaia está ao nível das melhores cidades europeias. Também o metro e o El Corte Inglés vieram dar uma grande vida à cidade. O que gosto menos… alguma insegurança: mendicidade por parte de imigrantes, situação que incomoda as pessoas.

Sérgio Lopes œ 50 anos, Contabilista “Gaia cresceu muito. Vivo em Gaia há 18 anos e constato uma diferença louca para melhor. Com a ajuda do Presidente da Câmara e dos seus colaboradores foi possível trazer-se para cá o El Corte Inglés e outras infra-estruturas importantes. E tem potencial para crescer muito mais. Gaia tem possibilidades de ultrapassar o Porto em termos de desenvolvimento.” O que gosto mais… de quase tudo: a intervenção no rio, por exemplo. O que gosto menos… a disciplina em termos de estacionamento. Se bem que eu acabe por compreender, pois por vezes a atitude das pessoas também não é a melhor”.

Gaia já está superior ao Porto em termos de desenvolvimento sana Silva œ Su 40 anos, Vendedora “Gaia está bastante desenvolvida muito embora eu ache que o desenvolvimento se reflicta só na praia e na zona do El Corte Inglés. Tudo o resto ficou um bocadinho esquecido.” O que gosto mais... a zona das praias. Mesmo a morar no Porto vinha para as praias de Gaia. O que gosto menos… da Câmara para baixo está tudo muito esquecido. Há problemas em habitações que já deviam estar resolvidos.

aria Monteiro œ M 57 anos, Advogada “Excelente. O desenvolvimento ao nível das infra-estruturas que depois traz tudo por acréscimo.” O que mais gosto… a zona da beiramar. O que menos gosto… era necessário descentralizarem-se alguns serviços. Desagradam-me também algumas ruas degradadas que se vêem no interior do concelho, bem como a falta residual de algum saneamento. INFORMAÇÃO MUNICIPAL de vila nova de Gaia //

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entrevista Vítor Baía

«TENHO SENTIDO UMA VALORIZAÇÃO CRESCENTE DA CIDADE DE GAIA» A Fundação Vítor Baía tem-se empenhado na construção de um novo Hospital Pediátrico do Norte. Acha que o equipamento é uma carência da região? A Fundação Vítor Baía, através da cedência dos direitos da minha imagem, é um dos mecenas do projecto “Um lugar prò Joãozinho”. Estamos certos de que é um projecto que vai de encontro aos nossos objectivos, de entre outros, da melhoria das condições de acesso à saúde das crianças. Este projecto é de vital importância para toda a Região Norte de Portugal, mas também para o todo país. Recentemente, a Fundação Vítor Baía ofereceu campos de férias a crianças do Bairro do Cerco, no Porto. Esta iniciativa vai ser estendida a outros bairros? Existe a possibilidade de se alargar a toda a Área Metropolitana do Porto? A Fundação Vítor Baía teve um protocolo com o Contrato de Segurança Local do Governo Civil do Porto para colaboração e apoio nos períodos de férias das crianças abrangidas por este protocolo. Existem inúmeros projectos que temos apoiado na Zona Norte do país, mas também paralelamente em outras zonas, como a da Grande Lisboa. Têm sido várias as entidades – públicas e privadas – que se têm associado à Fundação como parceiras. Como sente este interesse da comunidade? O trabalho que temos desenvolvido nestes 7 anos de existência tem sido reconhecido e valorizado, e como tal temos tido alguns apoios de entidades privadas. Ao mesmo tempo, desenvolvemos algumas parcerias com outras fundações, como por exemplo a Fundação Portugal Telecom. Ficamos muito satisfeitos com este interesse, que nos indica que estamos no caminho correcto, que todo o esforço desenvolvido tem tido um impacte muito relevante nas comunidades. A Fundação tem-se relacionado com outras instituições de solidariedade social? Diz-se muitas vezes que no campo social não há competição, mas sim parceiros. Concorda? Concordo ple-

namente. Só vamos conseguir continuar a desenvolver projectos, chegando a mais e mais crianças, se trabalharmos todos em conjunto, construindo sinergias, potenciando as mais-valias de cada instituição. A solidariedade social tem de cada vez mais trabalhar em rede. De que forma a Fundação sente a crise económica que o país atravessa. Será que tal limita o apoio social? A crise económica torna ainda mais difícil o nosso trabalho. Por um lado, os pedidos de ajuda que nos chegam são cada vez em maior número; por outro lado, a dificuldade de encontrar apoios de entidades privadas para o desenvolvimento de projectos e o apoio a outras entidades de solidariedade social torna-se também muito maior. Neste ultimo mês apoiámos, inclusivamente com peças de vestuário novas para crianças e jovens, algumas comunidades mais carenciadas, como o Bairro do Lagarteiro, no Porto, ou a freguesia de Perafita, em Matosinhos. O apoio em produtos de primeira ordem tem sido cada vez mais necessário nesta fase que o país atravessa. Para além de ser uma figura do desporto português, o Vítor Baía é conhecido pelo seu trabalho social. Agrada-lhe esse “duplo estatuto”? Sim. Desde o início, desde a criação da minha Fundação, que procurei capitalizar a minha imagem junto do público e das entidades para apoiar causas sociais destinadas a crianças. Construí uma carreira no desporto e desde que terminei a minha carreira

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como jogador de futebol profissional que dediquei grande parte do meu tempo a esta causa, da qual muito me orgulho. Quais os projectos para o futuro por parte da Fundação Vítor Baía? A Fundação Vítor Baía tem um grande projecto a desenvolver a médio prazo, que é a construção de uma resposta social própria, uma casa de acolhimento para crianças e jovens. Julgamos que é uma resposta pertinente e as entidades competentes também nos têm transmitido o mesmo. Paralelamente, vamos continuar o nosso trabalho no apoio a outras causas e no desenvolvimento de projectos que vão de encontro aos objectivos a que nos propomos. Actualmente temos alguns em curso, como o projecto de prestação de cuidados de saúde oral a crianças carenciadas com Síndrome de Down ou o concurso, em parceria com a Fundação Portugal Telecom, para equipar salas de informática de IPSS com a valência de lar de acolhimento. Como gaiense, como tem sentido o desenvolvimento da cidade na última década? Há algum trabalho da Fundação presente em Gaia? Tenho sentido uma valorização crescente da cidade, com a criação, o desenvolvimento e melhoramento dos acessos e da zona costeira, que é bastante importante para o turismo, por exemplo. A Fundação Vítor Baía tem apoiado em diversas vertentes inúmeras instituições de solidariedade social da zona de Gaia, como a Associação Aldeias SOS, CerciGaia ou até a Santa Casa de Misericórdia.


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