Gaia Solidária

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especial

gaiasolidária E s t e s u p l e m e n to c o m e r c i a l fa z pa rt e i n t e g r a n t e d a e d i ç ã o d e 1 6 d e n o v e m b r o d e 2 0 1 2 d o J o r n a l d e n ot í c i a s e n ã o p o d e s e r v e n d i d o s e pa r a d a m e n t e

Centro Escolar Dr. Manuel António Pina Um investimento de 4,6 milhões de euros; capacidade para 450 alunos do 1.o ciclo e do pré-escolar


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:: editorial

Homenagem simples a um homem simples O nome de Manuel António Pina ficará registado para sempre na história de Gaia. O nome do Prémio Camões 2011, ilustre jornalista, emérito poeta e escritor, cidadão de invulgares qualidades humanas, será dado a uma das mais modernas escolas do país. Não é uma escolha por acaso ou de oportunidade. Ainda Manuel António Pina escrevia aquelas que iriam ser as suas últimas, julgamos nós, respostas a uma entrevista, publicada na revista do município em finais de Maio deste ano, e que aqui recordamos, já o seu nome obtinha um consenso generalizado para ficar inscrito para a posteridade na memória do concelho. Antes, já o município tinha agraciado Manuel António Pina com a Medalha de Mérito Cultural e Científico, grau de ouro. E que melhor equipamento, se não uma escola, para levar o nome do poeta? A aposta na educação não é uma vã paixão, um fugaz lampejo, um arrebatamento súbito, um impulso casuístico, na política autárquica de Gaia. É um desígnio, uma prioridade estratégica, um rumo determinado. É por isso que temos o “campus” escolar

:: FICHA TÉCNICA

Manuel António Pina. É por isso que inauguramos o “campus” escolar Prof. Dr. Marques dos Santos. É por isso que todos os alunos até ao 4.o ano têm livros escolares gratuitos – e a medida será alargada ao 6.o ano já no próximo ano letivo. É por isso que reabilitamos e construímos mais de uma centena de escolas e cantinas escolares, para dar equipamentos modernos e de Primeiro Mundo às crianças mais desfavorecidas. É por isso que introduzimos há mais de seis anos, antes da medida ser adotada a nível nacional, as disciplinas de inglês, música e novas tecnologias nas escolas de ensino básico. É por isso que as nossas crianças têm quadros interativos do mais moderno que existe em termos educacionais. É por isso que deste caminho não nos desviaremos.

Luís Filipe Menezes

Especial GAIA SOLIDÁRIA é uma edição da Unidade de Soluções Comerciais Multimedia da Controlinveste Media :: Edição Lara Loureiro :: Textos HÉLDER PEREIRA :: Fotos D.R. e HÉLDER PEREIRA:: Publicidade PAULO PEREIRA DA SILVA (diretor comercial imprensa), JOÃO OLIVEIRA (diretor de vendas), JOSÉ PACHECO e ANTÓNIO MAGALHÃES (gestores de conta) :: Design Gráfico e Coordenação Sofia Sousa :: Paginação CRIATIVOS PORTO


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:: EM VILA D’ESTE AS PESSOAS RECUPERAraM A AUTOESTIMA Em entrevista, André Correia, administrador executivo da Gaiurb, explica-nos como está a decorrer o processo de recuperação de Vila d´Este Depois da conclusão da primeira fase de recuperação de Vila d´Este, o que mudou na qualidade de vida das pessoas? A reabilitação urbana de Vila d’Este representa o cumprimento de mais uma promessa do Município de Gaia e corresponde à concretização de um sonho antigo da população residente, num total de 16 mil habitantes. A 1.a fase da requalificação, inaugurada no passado mês de maio, incidiu em três eixos operativos: reabilitação do edificado; requalificação do espaço público e arranjos exteriores (reorganização da circulação viária, reperfilamento de passeios, criação de baias de estacionamento e criação de espaços verdes e ajardinados para usufruto da população); inclusão social e valorização socioeconómica e profissional (com uma forte aposta ao nível da ação social, empregabilidade e educação). O investimento global nesta 1.a fase ascendeu a 10 milhões de euros. As mudanças na qualidade de vida das pessoas são incontornáveis. Do ponto de vista físico e material, foram eliminadas as anomalias dos edifícios e adequados às exigências atuais de otimização e eficiência energética, através da impermeabilização e isolamento térmico; foi reabilitada a estrutura arquitetónica e paisagística da área intervencionada; foram apoiados os moradores para a autorreabilitação dos edifícios e das suas habitações (um protocolo com a Caixa Geral de Depósitos permitiu criar condições vantajosas de crédito para os moradores fazerem obras no interior das suas casas); foi melhorado o ambiente urbano e as acessibilidades, através da reestruturação da rede viária e da criação de novos acessos, percursos pedonais e baias de estacionamento; foi recuperada e elevada a autoestima da população residente.

um investimento de mais 10 milhões de euros. A empreitada vai incidir em dois eixos operativos: requalificação do edificado; e inclusão e valorização socioeconómica e profissional, com uma forte aposta na empregabilidade e integração socioprofissional da população residente (ação imaterial promovida pelo PIEVA – Polo Integrado para a Empregabilidade e Vida Ativa, que dá continuidade à ADL desde janeiro), designadamente através da realização de feiras de emprego, ações de formação e dinamização de ofertas de emprego. Simultaneamente, são organizados eventos de convívio e lazer, com o objetivo de fomentar as relações de boa vizinhança e os laços de amizade.

Do ponto de vista imaterial, e graças à forte aposta no eixo operativo inclusão social e valorização socioeconómica e profissional (desenvolvido através da Agência de Desenvolvimento Local de Vila d’Este), assistiu-se também a importantes mudanças na qualidade de vida das pessoas: melhoria das competências de inserção no mercado de trabalho, em particular de pessoas em risco de exclusão social; dinamização de atividades recreativas e desportivas; revitalização do ambiente social; aumento da conciliação entre atividade profissional e a vida familiar; redução de comportamentos de risco ou antissociais (delinquência e toxicodependência); desenvolvimento de novas oportunidades de qualificação, de emprego e empreendedorismo; integração das pessoas na área de intervenção e na cidade, com valorização dos espaços e dignificação dos contextos sociais; valorização do contexto socioeducativo da população juvenil através do alargamento

de atividades lúdico-pedagógicas que permitiram diminuir as taxas de absentismo e abandono escolar; melhoria da qualificação profissional da população feminina desempregada; eliminação de fatores de conflito e intervenção ao nível da desestruturação familiar e violência doméstica, promoção da sociabilidade e fortalecimento de laços comunitários. Para quando está previsto o arranque da 2.ª fase, e consequentemente a conclusão da obra? A 2.a fase da reabilitação urbana de Vila d’Este deverá iniciar em abril de 2013, terminando no dia 19 de novembro o prazo de entrega de propostas. A obra deverá estar concluída em 2015 e corresponde a

Foram requalificados 6 blocos, que correspondem a 766 habitações e 31 espaços comerciais

Qual a sua opinião sobre o desenvolvimento destes projetos? As pessoas residentes nesta urbanização abandonada pelo Estado e outrora uma nódoa paisagística na entrada sul no concelho de Gaia mereciam a restituição da dignidade coletiva. Os primeiros passos para combater o estigma social e devolver a qualidade de vida às pessoas residentes em Vila d’Este foram dados, nos primeiros anos de mandato de Luís Filipe Menezes, através de um investimento de 20 milhões de euros na construção do pavilhão e piscina municipais, escola primária, cedência de espaços para as coletividades do movimento associativo, entre outras intervenções que permitiram, num primeiro momento, valorizar e reaproximar a população dos índices de qualidade de vida da restante comunidade gaiense. A reabilitação agora em curso duplica a esperança numa igualdade de oportunidades outrora inexistente, numa coesão social refundada na autoestima dos moradores, numa clara convergência de interesses entre a população e o Município de Gaia.

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:: VILA D’ESTE COM NOVA IMAGEM


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:: A última entrevista Em finais de maio deste ano foi publicada no Boletim Municipal de Vila de Gaia aquela que se julga a última entrevista de Manuel António Pina – escritor e jornalista, prémio Camões 2011 – que aqui reproduzimos como homenagem a uma personalidade ímpar da nossa cultura

“Gaia é um concelho pulsante”

de coincidirmos connosco mesmos quando escrevemos. Pessoa chamou “fingimento” a essa distância que, escrevendo, nos separa e de nós e da própria dor que deveras sentimos. Eu tenho-lhe chamado, algumas vezes, “memória”.

O facto de ter sido distinguido com o prémio Camões 2011 mudou a sua relação com a escrita? Não mudou em absolutamente nada. E porque mudaria? Os prémios – já o disse mais do que uma vez depois de esse prémio me ter sido atribuído – são acontecimentos mundanos e a minha relação com a escrita literária é fundamentalmente do domínio pessoal e intransmissível, mesmo que o seu resultado (a obra escrita) tenha, pelo próprio facto de ter existência na língua, natureza social. Se tivesse oportunidade de fazer uma pergunta a Luís de Camões, qual seria? Se tivesse oportunidade de fazer uma pergunta a Camões? Não sei, acho que não quereria ter uma tal oportunidade. Ou então, apenas por

cortesia, talvez perguntasse algo genérico e circunstancial: “Escreve-se poesia Aí, no assento etéreo onde subiste?”. Sem esperar resposta, claro. Qual a distância que separa o autor das palavras? Nós somos as nossas palavras. As palavras (as que dizemos tanto quanto as que calamos, as que nos faltam, as que tememos) falam-nos, mais do que as falamos nós a elas. O próprio silêncio de que formos capazes havemos de construí-lo com as nossas palavras. A distância que separa o autor das suas palavras é (mas que sei eu?) a da consciência, que constitui uma espécie de distância psicológica que nos separa das nossas palavras e de nós mesmos, que nos impede

Escreveu vários livros para crianças. Como avalia o público mais jovem? Considera que ainda há miúdos que preferem um bom livro à Playstation? Escrevi um dia nuns versos (custa-me chamar-lhe poema) “para” crianças: “Mesmo que às vezes não pareça,/ mesmo que te digam que não,/ tens um campo de aviação/ dentro da tua cabeça”. Os livros são uma forma de partir, como a Playstation também é. E, se os livros alcançam mundos onde a Playstation não alcança, talvez a Playstation alcance (mas a Playstation não é coisa que eu conheça muito bem) mundos, designadamente mundos gráficos, onde não alcançam os livros. Tendo a acreditar que nenhum instrumento de partir (Playstation, livros, música, cinema, vídeo...) substitui o outro. E a minha experiência parece comprová-lo pois encontrei frequentemente, em sessões em escolas e bibliotecas, miúdos que não só jogavam na Playstation como, simultaneamente, eram grandes leitores de livros. Fale-nos um pouco do seu último livro Como se Desenha uma Casa. De que forma o público o tem recebido?

Manuel António Pina – Prémios de carreira 1978 - Prémio de Poesia da Casa da Imprensa (“Aquele que quer morrer”); 1987 - Prémio Gulbenkian 1986/1987 (“O Inventão”); 1988 - Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, Itália (“O Inventão); 1988 - Prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude (CPTIJ) (conjunto da obra infanto-juvenil); 1993 - Prémio Nacional de Crónica Press Club/ Clube de Jornalistas;

2002 - P rémio da Crítica, da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários” (“Atropelamento e fuga”); 2004 - Prémio de Crónica 2004 da Casa da Imprensa (crónicas publicadas na imprensa em 2004); 2004 - Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2003 (Os livros); 2005 - Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT (Os Livros); 2011 - Prémio Camões.

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Trata-se de uma recolha de poemas em torno (“em torno” não será a expressão correta, mas não consigo de momento encontrar outra) da multiplicidade simbólica da “casa”, da sua simbologia originária e maternal, ao mesmo tempo protetora e ameaçadora, à sua simbologia construída no tempo e na memória. Mas isto é uma interpretação minha, não o que o livro é. O que o livro é, como acontece com todos os livros, é-o fundamentalmente nas circunstâncias de cada leitor concreto ou, melhor, de cada concreta leitura dele. De que forma tem esse livro sido recebido? Pela crítica jornalística da especialidade, julgo que bem. Comercialmente parece que bem também, já que a primeira edição esgotou e teve uma segunda edição (onde introduzi pequenas modificações) logo poucos dias depois da primeira. Quais os projetos literários para o futuro? Escrever (se estiver para aí virado, logo se vê). Não costumo fazer projetos literários. Acha que a solidão é condição indispensável à criação da escrita?

Como lida com ela? No meu caso sim, mas a regra é não haver regra. Ainda no que me diz respeito, a pergunta não é “Como lida com a solidão?” mas “Como lido com o ruído e com a ausência de solidão?”. E a resposta é: “Lido mal, mas lá me vou arranjando; quando preciso de silêncio e solidão (e o silêncio é também uma forma de solidão), consigo muitas vezes ficar sozinho, não digo no meio de uma multidão, o que não é coisa difícil, mas até numa conversa a dois.” Nasceu no Sabugal, mas vive no Porto há muitos anos. Como acompanha o desenvolvimento cultural da cidade e da região? O Porto está culturalmente moribundo. E só não está morto porque a cultura é uma matéria teimosamente semovente, algo que eppur si muove mesmo asfixiado, mesmo hostilizado, mesmo indesejado; no limite, a própria hostilidade contra a atividade cultural é uma atitude cultural, desprezível, mas expressão de uma certa conceção de “cultura”. A verdade é que tudo aquilo que, no domínio cultural, podia no Porto ser morto foi morto na última década: companhias de teatro foram

banidas da cidade; associações (e até a Fundação Eugénio de Andrade) desapareceram à míngua de apoios ou preferiram a morte à indignidade de ter de pagar esses apoios com a demissão crítica ou a sabujice ao poder instalado; a vida cultural fervilhante de projetos e iniciativas dos anos do ‘Porto, Património da Humanidade’ foi totalmente asfixiada e o que restou ou foi domesticado ou sobrevive hoje marginalmente; e os múltiplos públicos então criados não tiveram outro remédio senão meterem-se em casa a ver televisão pois, com raras exceções, as alternativas disponíveis passaram a ser corridas de automóveis ou espetáculos popularuchos. Como tem acompanhado o desenvolvimento que a cidade de Vila Nova de Gaia tem sentido nos últimos anos? Está à vista de todos que, nos últimos anos, o rosto da cidade e o do concelho mudaram, e que mudou a sua imagem no contexto do país. Hoje, a imagem de Gaia é a de um concelho pulsante, capaz de lutar com sucesso contra os seus condicionalismos e os condicionalismos do próprio país. Aquilo que, apesar de todos esses

condicionalismos, foi feito no centro histórico, na zona ribeirinha ou na orla marítima de Gaia prova que – socorrendo-me de Pessoa – quando o homem sonha, a obra nasce, mesmo que os deuses de serviço nem sempre estejam para aí virados, e prova igualmente que – desta vez convocando João Cabral de Melo Neto – “muita diferença faz/ entre lutar com as mãos/ e atirá-las para trás”. Hoje, os portuenses olham para a outra margem do rio e têm razões para se sentirem melancólicos. Acha que ainda se pode mudar o mundo através das palavras? Há outro modo de mudar o mundo (e, já agora, também a vida) a não ser mudando radicalmente o discurso sobre o mundo? De todos os livros que já escreveu, qual seria aquele que voltaria a escrever? Provavelmente nenhum. Os livros são seres frágeis, dependentes de cada um dos nossos tempos concretos, que é o mesmo que dizer de cada uma das nossas concretas e vividas vidas. E, como diz o grego, o rio da vida não passa duas vezes sob a mesma ponte.


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:: E xiste uma clara preocupação com a questão social Entrevista a José Miranda Maciel, presidente do Conselho de Administração da Águas e Parque Biológico de Gaia

José Miranda Maciel

> P residente do Conselho de Administração de Águas e Parque Biológico de Gaia

Durante estes últimos anos temos assistido a uma preocupação do município sobre a questão social, qual a opinião que tem sobre este tema? A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia tem evidenciado, nos últimos 12 anos, uma preocupação clara com a questão social. A construção de milhares de casas com renda social (cerca de 4000 fogos), a política de oferta de livros escolares aos alunos dos primeiros anos de escolaridade ou a permanente preocupação com a população sénior são alguns exemplos da orientação implementada pelo presidente da Câmara, sr. dr. Luís Filipe Menezes. Também na empresa Águas e Parque Biológico de Gaia esta orientação tem visibilidade através dos tarifários Familiar e Social e do apoio a diversas instituições de caráter social e a escolas, nas ligações às redes de água ou saneamento e através dos diversos serviços que a empresa presta, nomeadamente na resolução de problemas de saneamento que afetam residentes em bairros sociais e “ilhas”. No momento de grave crise que Portugal atravessa, estes tarifários e estes serviços são muito importantes e, à sua medida, representam uma almofada para as famílias e instituições que sofrem maiores dificuldades, mesmo que circunstancialmente, como é o caso dos desempregados. Em relação à faturação solidária, quais são os processos? Expliquenos também como funcionam as tarifas para pessoas em dificuldades financeiras? A empresa Águas e Parque Biológico

de Gaia desenvolveu e aplica hoje tarifários Familiar e Social, como já foi dito. No caso da Tarifa Familiar destina-se a utilizadores domésticos cujos agregados familiares sejam superiores a quatro pessoas. O benefício traduz-se no alargamento dos escalões de consumo, sendo suficiente informar a composição do agregado através da declaração de IRS ou atestada pela junta de freguesia. Neste momento, a Tarifa Familiar já abrange mais de cinco mil consumidores. No caso da Tarifa Social, esta foi criada para apoiar famílias em maiores dificuldades residentes no concelho de Vila Nova de Gaia. Esta tarifa prevê a isenção total das componentes fixas de Água, Saneamento e Resíduos Sólidos a agregados cujo titular esteja desempregado há mais de um ano e cujo rendimento familiar seja inferior a 1,5 vezes o salário mínimo nacional. Dada a evolução particularmente gravosa da situação do País será proposto à Câmara o alargamento dos benefícios desta tarifa, desde logo deixando cair a condição de um ano no desemprego e permitindo a sua aplicação no caso de desemprego de qualquer membro do agregado desde que o rendimento familiar não atinja o dobro do salário mínimo nacional. E, claro, esteja inscrito no Centro de Emprego. Refira-se ainda que a empresa

Temos realmente praias de muito boa qualidade e que deixam os gaienses muito orgulhosos

tem vindo a aplicar uma atitude de enorme colaboração e disponibilidade com famílias em graves dificuldades, dando todo o apoio para a resolução de incumprimentos pontuais, quer através da permissão de pagamento em prestações alargadas, quer na isenção de encargos nos casos de dívidas em pagamento. Quais os projetos futuros da empresa “Águas de Gaia”? Águas e Parque Biológico de Gaia continuará a ter como preocupação central a sustentabilidade da sua atividade nas áreas do abastecimento de água, do saneamento, da gestão dos parques e zonas verdes do concelho e da limpeza e requalificação das ribeiras, de melhorar a excelência da qualidade da água do mar das praias de Gaia e da rede de águas pluviais, e de supervisionar o contrato de recolha e tratamento dos resíduos sólidos urbanos. A melhoria constante do serviço que presta às populações, sem descurar os princípios de natureza social e sob a orientação do município, é o cerne da preocupação da gestão da empresa, que não esquece também a valorização dos trabalhadores, incentivando o seu espírito de coesão e criando as condições para a sua permanente formação. Aos nossos clientes, a empresa procura sempre proporcionar as melhores condições de fornecimento do serviço, assegurando distribuição de água sempre e da melhor qualidade, um apoio permanente (24 horas) para acudir a situações de emergência, recolha e tratamento de águas residuais com o mínimo de impacto ambiental

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e melhor qualidade de vida e ambiental no usufruto dos espaços verdes e das praias atlânticas. A introdução da fatura eletrónica, que tem suscitado uma boa adesão por parte da população e, em breve, a disponibilidade do balcão virtual significam melhor serviço para comodidade dos clientes na gestão da sua relação com a empresa. No próximo ano Vila Nova de Gaia já garantiu a bandeira azul nas 28 praias do concelho. É um orgulho para a vossa empresa esta distinção? A requalificação da nossa costa de mar exige determinação,

esforço continuado e cooperação institucional. A concretização do objetivo conseguido de atribuição da bandeira azul a todas as zonas balneares de Gaia só é possível com a ação coordenada e apoio de todas as instituições que participam na gestão do litoral e de todos os serviços e empresas municipais. Transmitir ao cidadão que frequenta as nossas praias uma sensação de conforto e segurança não depende apenas de nós. É o resultado de um enorme esforço comum do município e das entidades responsáveis pela orla marítima, sendo de realçar a parceria vivida com os concessionários que têm

participação ativa em todo o processo de melhoria das nossas praias. As praias de Gaia tornaram-se polos de criação de riqueza e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e um contributo fundamental para tornar o concelho mais atrativo e mais bonito. Este foi um desafio de excelência assumido pelo senhor presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia aquando da constituição da empresa municipal Águas de Gaia, que nos orgulhamos de ter cumprido com o maior empenho e eficácia. Para tudo resultar em pleno benefício das pessoas, é

absolutamente necessária a participação das populações como parceiros insubstituíveis na manutenção da excelência das nossas praias. Os resultados verificados nas análises à qualidade da água das nossas praias durante a época balnear de 2012 permitem antecipar que, na próxima época balnear, a candidatura prevista das 18 zonas balneares do concelho, a que correspondem 28 praias, à bandeira azul serão contempladas com aquele galardão, evidenciando-se desta forma que temos realmente praias de muito boa qualidade e que deixam os gaienses muito orgulhosos.


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:: P arque Biológico ampliado 8 m2/hab. em espaços verdes supera índices ambientais do Norte da Europa

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Parque Biológico expandiu a sua área, após a aquisição de mais sete hectares de terreno. A nova área junta-se aos 35 hectares já existentes, num Parque que recebe cerca de 100 mil visitantes por ano e que pretende, até final de 2013, atingir os 58 hectares de terreno. “Gostaríamos que essa meta fosse atingida no próximo ano, como prenda de aniversário dos 30 anos do Parque Biológico, mas estará dependente das condições financeiras necessárias para adquirir os terrenos envolventes”, argumentou Nuno Oliveira, diretor do Parque Biológico, durante a apresentação do novo espaço. Na nova área, serão realizadas

visitas guiadas no primeiro sábado de cada mês. Um dos ex líbris é o percurso utilizado pelas tropas durante a 2.a Invasão Francesa – a “Estrada de Viseu”. Em termos ambientais, o concelho de Gaia atinge a excelência europeia com uma taxa de 8 m2/habitante em espaços verdes. “Em matéria de política ambiental estamos na primeira linha, com uma taxa de cobertura de 100% no saneamento básico, 18 bandeiras azuis, e limpeza urbana. Tratou-se de um investimento que superou os 100 milhões de euros”, salientou Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia. O próximo espaço verde a arrancar será o Parque da Ponte D. Maria Pia.

VISTA AÉREA PARQUE BIOLÓGICO – área total = 41,8 ha

Área nova = 6,8 ha

Área atual = 35 ha

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:: 1 4 mil crianças com manuais escolares gratuitos A

Câmara Municipal de Gaia oferece os manuais escolares às 14 mil crianças que frequentam o Ensino Básico no concelho. Trata-se de um investimento de meio milhão de

euros, que vai também beneficiar o comércio local. Os manuais terão de ser obrigatoriamente adquiridos nas livrarias e papelarias do concelho que tenham aderido a esta iniciativa. O protocolo foi

assinado entre o município, a Associação Comercial e Industrial de Gaia e a Federação das Associações de Pais de Gaia. “Esta medida significa ajudar mais de 12 mil famílias que deixam de ter

essa despesa que representa um peso enorme no seu rendimento disponível”, destacou Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia. A ideia é alargar a medida até ao 6.o ano.

Luís Filipe Menezes “A educação é algo de vital e decisivo na vida de qualquer cidadão. Na educação, em Gaia, somos rigorosos e exigentes e não fazemos cortes. Queremos a excelência”


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