Benedictus (jorge judas)

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todo o pensamento liberaliza

patifarias


BENEDICTUS

Jorge Judas

KWZ

editions


ĂŠ quando os oraculos dormem que desfrutamos da vida


escutar as coisas ĂŠ vislumbrar nelas a sua propensĂŁo para a multiplicidade


ĂŠ sabio quem segue as pistas da lira


desenhei astĂşcias para obter fidelidades


o retornar faz com que na escrita os homens fedam


sentir atrai o acordar


revigorar engendra ajustamentos pelos daimones


o prudente dรก esperanรงa aos ouvidos


cada disposição luta para encetar caminhos


ĂŠ atravĂŠs de um apagar constante que se propaga a escrita


a mudança Ê indistinta da morte


a sabedoria sรณ se oferece no recatamento


ĂŠ no que mais estremece que conectamos os sentidos


o poder propaga-se matando


o escutar que compara vĂĄrios Unos ĂŠ permanentemente o Mesmo


quando apanhamos o que diz o sรกbio propaga-se a escuta e a dรกdiva


tinha como testemunhas, nĂŁo comsensos, mas homens


sรณ quem dรก encontra o inesperado


somos nossos como pรณ renovado


tudo na desmesura passa por mascarar-se


o sopro do sรกbio liberaliza


o inesperado: duvidas a dissimular


ĂŠ na nobre desmesura que se abrem os ouvidos


disposiçþes que fazem pensar


o com-fronto consigo tambĂŠm acende fogos


no fluxo os piolhos dĂŁo conta do que ĂŠ recusa-necessidade


foi atravĂŠs do pensamento astuto que os esmagamos


Homero dĂĄ testemunho dos inumeros daimones que sĂŁo o mesmo


os exotéricos ladram aos exotéricos


am os

lh

o fu divin nd o o tr ind iu ist nfa int qu o a da ndo es cu mer ta gu no


o que quer limites quer que o esmaguemos


disposição que agarramos continua serpenteante


a noite compraz-se em ser ubiqua


faz do desfrute algo divino


o olhar carnavaleia


o que se rebaixa impera


cada pensamento ĂŠ no homem discursivo/acordante


prudĂŞncia: quimera de cĂŁes


ĂŠ atravĂŠs de fragmentos que os daimones acordam os homens


as coisas escritas sonham que sĂŁo serpenteantes


atravĂŠs da guerra darĂĄs Delfos aos libertadores


entramos no que se exibe desfrutando dos sentidos


a astĂşcia permanente das coisas


o englobante/refratรกrio encerra abrindo


engendra a beleza na mudança da verdade


o que os limites do visĂ­vel exibem ĂŠ o identico dos limites do pensar


para uns o indistinto ĂŠ uma oportunidade para serem eles mesmos, para outros consiste em assemelhar-se a outros homens


o dispensรกvel dรก beleza ao mascarar-se


soberano na obliquidade


é a singularização que retorna renovada


os hĂşmidos nĂŁo cativam os secos


o sĂ­mio ĂŠ um animal que liberaliza


pelas exalações acederás ao originado/potêncial


o que os outros esperam do sábio é a treta


contornos em conflito esperam o olhar de alguĂŠm


o que é belo resiste à secura


fundam quando querem evidenciar a desmesura


ĂŠ pelo sopro que ficamos no recatamento


no confronto das versões acederás à trela


revolvendo com-sistem as coisas


o arco busca manadas


o arco flui na Vib-Ratio da obliquidade


aquilo que physis mais devolve é o seu mascarar-se


o com-fronto dos Olhos com o fluxo das coisas dรก testemunho do Hades


Livro Confeccionado Em profuso intrincamento e terminado na madrugada do dia 14 de Junho de MMXV


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