P E R P ร T U A M E N T E
POp Soniantรณnia & Sandralexandra
© Sandralexandra ©Sóniantónia
P E R P ร T U A M E N T E
POp Soniantรณnia & Sandralexandra
waf books
A Ăşltima verdade perdeu o derradeiro comboio.
Ninfas infames não se sujeitam a exames.
um hit pop é um pipi hot
Legiões de corações ao léu levitam nas discotecas.
Um calor perpetuamente musical, como um edénico remédio.
De si só me descasca, mas na pele de amante é toda vestuária e rasca.
AÇORDAS B O M B I S TA S E hei-de amar com refrigerantes fogos.
Punha demasiada graxa naquilo em que sabia brilhar.
Rugidos de poder pþe açaimes na fragilidade.
Ă’dios de amor esturgem em redor.
A boazuda azeda o buda.
A generala do desejo cozinha em panelas-depressĂŁo.
As bombas abominam.
Hรก habilidades que em si se excedem.
As trufas triunfam porcamente
Joalheiras de amor nĂŁo remendam velhices.
Impulsos torpedados dão estribilhos de fados.
Traições piedosas ou atrações piadéticas ?
Gorgulho de orgulho
Farmacopeias baratas fazem sapateado nas ressacas
Qu’é do canalizador das rupturas de amor?
Juramentos de prostibulo dão dividendos aos chulos.
A beberagem erótica acabou em empregada doméstica.
Honestos prejĂşrios, funestos juros.
Diana caçada.
da deusa destemperaram
As tetas adiantadas
Ai, que caloraça vívida e indatável!
convidado
o clavicรณrdio
Para maleitas escorreitas soberbas curas.
Um amor mais do gĂŠnero vinha-de-alhos.
Necessidades experimentais nĂŁo se trocam na penhora.
Coração infatuado dá muita femme fatal.
Em banhos de cupido, sabonetes de sofismas
O luto é a camuflagem da morte.
NO SOFÁ
Raciocinios de vanitoso alaĂşde.
DO SELF
Escreves cartas de amor com a prudĂŞncia de quem depilou recentemente as pernas.
Falsas censu s alsas Ă s esc
Gostas de barbear o juízo antes de o começares a moer.
ur a s dançam cu r a s
NĂŁo dĂŞs boa nota a um amor que denota.
Tens muito sumo na manga.
Assenhorava-se da sinceridade como de um enxame de vexames.
Nenhuma refutação pode pôr cancelas no céu.
Quem ĂŠ aquela cuja beleza arrebanha raios ao sol?
Cães também m
mordem cegos
Palavras de amor cansam-se de salivar egos
Amor astuto apascenta rebanhos de sofismas.
Como é que me posso partilhar com o que não sou?
Penso em ti apesar do rebuscado mim que se vislumbra em cinematografias narcĂsicas e em retraĂdo chinfrim
Quem ĂŠs tu a quem eu chamo amiga, e em quem os abutres pousam com uma paciĂŞncia peregrina?
A tirania da
a tia ironia
Repteis rubros arrefecem os faunos fatais
Não labutarás por louros de uma insípida conquista.
Encosta-te ao self como
Sinto-me mais despida depois da/de despedida.
o Ă mais actual manha
Mér
ritos a metro
Adoração defeituosa faz ver maravilhas em pechisbeque de pirosa.
A rebeldia ĂŠ um furacĂŁo que redestribui os poderes.
Nuvens encorpamse como se nos quizessem derrotar.
Devora-me sem aluguer
O PAVร O NO LABIRINTO
O externo cal da hipocrisia aquece-te internamente as fuรงas e amarga-te as indiferenรงas russas.
Deves ter em conta, antes de os provar, que os extremismos estĂŁo armadilhados
És herdeira do inacabåvel.
Podemos encenar a severa partilha do que nĂŁo se pode herdar: tu ficas com o meu, e eu fico com o teu corpo. Seremos sĂł nossas.
SĂł descreves porque prescreves
Acabarei por vender-te com inclementes impostos variadĂssimas horas de remorso.
Ao dizer femininamente as generalidades tornam-se tão pessoais.
Os meu amores febrilmente me enlanguescem: não que me entregue a uma doença como a obscuro bicho de demasiadas patas, mas porque a arte amatória é viral.
A morte ĂŠ o grande pretexto que faz transaccionĂĄvel o sagrado.
Para uns o mal ĂŠ um dever de veludosa estirpe: com esses nĂŁo alinho em sarabandas de decadĂŞncia.
Apetite incerto de um verĂŁo pavĂŁo.
A razão vacina contra muita medecina.
Inauditos excertos de imanentes excepções.
Com café o aleatório é mais frenético e escuro.
Torna a zebra mais Ă cida
As verdades tambĂŠm se bronzeiam.
Labirinto exĂłtico de expressĂľes rafeiras.
A REVOLUÇÃ
ÃO BORDADA
Piedades revolucionárias acabam com o coração na guilhotina.
Faço expedições a criaturas para que me negue exemplarmente.
Esperanças de perdedor não fazem pé-de-meia.
A rápida perseguição das coisas aos meus milimétricos estados.
Cuidados redobrados fomentam outras negligências.
Dois sĂŁo os amores que desconforto, duplicando-me em coloridos desesperos.
Assim a vontade prego aos que em vontades ardem – e de si se consumindo arde o lume para extinção ... ou para desmesurado incêndio.
Os andaimes da perversĂŁo estĂŁo em saldos no inferno.
Macula-me o orgulho com sujĂssima pureza.
Definham os anjos em velhos carroceis de feira.
dúvida aguça-me o olho: atiro dardos como falsa cupida: a pura fábrica de paixões não separa o bom do mau, mas mescla-os pertinentemente, toda a moraleza conturbando.
A mรฃo transpira nas faรงanhas.
Chilreia essa alimรกria lenta que sempre doce foi.
Este venal estado lambusava-a, mas nĂŁo a enlanguescia.
Odeio-a com ganas renovadas, como se cada dia fosse um inferno ainda mais preciosamente preciso.
A linguagem nĂŁo precisa de autoestradas para juntar rĂĄpidamente tudo o que ĂŠ dispar.
Abusa do tom delicado, mas utiliza a galanteria a conta-gotas.
A alma bifurca-se sempre que pode porque é atraída por um íman que torna tudo revolto, mas que este vortex não se confunda com os pruridos do pecado.
MERENDAS & REPRIMENDAS
Suportem-se os suporĂferos homens na sua machesa melosa.
NĂŁo sou despejada na gramĂĄtica mas sou despojada nas entregas.
A minha prosa constelada de feras pode tagarelar imprudentemente porque sabe reger-se como um mundo livre e acolher quer vigorosos amores quer faccinoras sentimentos – aceno a essas orelhas vossas que já não se acreditam moucas, como que vos lendo, agnósticamente, o que não se rende a bastar-se ser silêncio.
Timidez de urso nĂŁo faz as linhas mais rectas.
O coração desembrulha-se da sua altivez subterraneamente.
Uns amam o dote, outros os dotados.
E encarregue-me Amor de buscar basculações de toques prudentes, e sentir-lhe o gosto, e o cheiro báquico dos lúbricos recantos: desejo ser conviva das cinco sagacidades dos sentidos, sem dissuadir o que parece sobrar-lhe em serviçal coração. Ou não.
Desdigo as semelhanรงas que nos escravizam.
Quereis ser orgulhosa vassala de meus caprichos, mas meu capricho é que não sejais vassala.
...essa fábrica me fabrica a laca dos pecados.
Comparas utopias como se nossas imperfeições não fossem o lume que nos enlaça mesmo quando nos mostramos frias.
Podereis reprovar o irrepreensĂvel, mas hĂĄ reprimendas que nĂŁo se merecem.
Deixa-me profanar com verdes garras os ornamentos escarlates.
Legisladores de amor, amam o amor ou a legislação?
Os olhos Ăşbricos que te importunam, tiram rendimentos sentimentais de vossos porte que mais tarde poderĂŁo ser encadernados com estima e muito recorte.
Indica-me ocultações, ou oscula-me cultamente!
Ligaçþes falsas seladas com o infiel lacre do amor dão moralidades de pechisbeque ou tardes com televisor.
Poderei sorrip fr ases quand par a extirpar um saca-rolh sentimentos q haram no me um mestre me lavras das q atar antados tos prรณprios
piar favoritas do me faltam r, como com has, estes vis que se amanu corpo: que e empreste paque livr am de apiadamens ou alheios.
Este Livro foi concluído com esmero no dia dezassete de Julho de dois mil e dezassete e é dedicado à senhora R.T.D. com a paixão que merece