DELALANDE CAGE
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DELALANDE CAGE
© Pierre Delalande, 2018 © Waf Books, 2018
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DELALANDE CAGE
COMO ME MISTUREI COM UM REMIX D E J O H N C AG E
1 - [1/400] PIERRE DELALANDE
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estudo um terror sagrado que se erige num altar de sacrifícios sem sacrificios para que o buda revelado não cesse de se revelar — em todos mas fora de qualquer tentativa
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de ser buda
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o fumo ascende nos objetos ao mundo? as cinzas do mundo são uma refutação da existência? algo renasce das cinzas como evidência?
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é mais fácil encontrar sons como resposta às inquirições do céu do que rituais ou teorias às evidências da terra
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4
aĂ (em ti) o eros assume a sua forma com asas e o medo junta-se prosternado e dirige-se evocando
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5
tudo é sacríficio na natureza, tudo se substitui naturalmente, com crueldade — para quê juntar-lhe rituais inúteis e pomposos?
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6
a religião tem uma relação que se torna
com o nada
um enredo escusado
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7
o nada contem
os opostos
parodiando
o maravilhoso
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8
a condição celestial do homem é a matemática com a sua história demente
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experimentações = partes em torno da condição terrena interminável
por ora
(ora)
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regras de não-totalidades a expandir refutações e silêncio sem começo nem primavera nem jogo
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a devoção aos deuses (únicos? plurais?) é a metamorfose das várias convicções nos números: verdade local e verão — ou condensamentos
de catástrofes
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alpha = maldade benigna
alavancando tudo —
o alpha é tão impuro como o que decorre entre este e o ómega — não há apocalipse ou sacrificio que purifique completamente porque depois tudo continua contaminante
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13
o estudo interrompido
é o cruel que realiza o prazer
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14
palitativos do desapego a dar com as falsas topografias do aquém-além
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15
pois uma porta aberta
é o estudo —
é não ser um livro de respostas mas muitas
apetências delas
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16
à saída da casa e não de uma das suas imediações ele está
onde o livro desaparece maravilhosamente
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17
mudanças de solecismos com as árvores encostadas às colinas ou a serem arrancadas
21
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uma pessoa tem de sair perturbando-se em perguntas tranquilizantes ou tranquilizando-se com perguntas desviantes
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19
a tipografia é a arte que transforma os nadas das letras assegurando
em metáforas legíveis
os supérfluos opostos de uma maneira ou de outra
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20
direito de antecedĂŞncia: raiva
queda
"inverninteresse"
mais do que um buraco e um trabalho de carpinteiro
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21
para o enigmático autor qualquer ambientação
com a libertação
espontânea é erótica — é a coisa pelo meio (que morde-acode)
25
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22
anda a estudar a dissimetria dos desvios ortográficos que são música
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libidinal
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23
até a «estrada» do espírito humano se habituou a ser recalcada
27
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24
é uma ilusão estúpida: nós não vamos escapar à actividade eficaz como se fosse a nona pessoa a desestruturar a desembaraçar-se da humanidade e a partir para lado nenhum — estamos sempre sentados num banco de jardim na boa
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25
o outro mundo (que é este) rodeia-nos de natureza
maluca
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26
a pseudo-renúncia
a exo-totalidade e a co-autoria
não são de modo nenhum o fim duma peregrinação
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27
relaxa o artista do desempenho juntando-se aos nossos ouvidos que estĂŁo diferenciadamente confusos mas nĂŁo se importam
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28
na nossa casa terrestre as janelas são substituídas por espelhos; sem medo do anonimato e do narcisismo — e de seguida?
32
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29
nenhuma porta se abre até um dado momento — está fechada; mas o ar entra
como refrescante diferença
33
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30
a imitação paródica
de muitas autorias
põe alegria na governabilidade — a governabilidade de cada um alastrando aos outros
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31
sente
o coração pelas frestas
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32
em vez de fazer revoluções escreve biografias imaginárias que pouco coincidem
com as biografias reais,
como nalguns outros
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33
sou um pequeno-burguês (ou um falso ex-proletário) que conduz a vanguarda à possibilidade de um corpo (in)disciplinado
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34
vento na cara e terra
a pagar a prestações —
eis-nos na natureza alegre juntando os pés para dar saltos
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35
estudou literatura grega e hindú no anonimato com uma fremente alegria de fundo — a seguir mudou de interesses como quem muda de mundo
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36
empenha-se pelo que vai num livro depois de comeรงar a esquecer
esse livro
ou quando se comeรงa a recordar mal do tal livro
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37
nos momentos trágicos o paradísico é o espontaneo a passear-se a fingir ter lido Durrel e metade do Colosso de Maurrossi de Henry Miller (o resto não interessa)
41
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especializou-se em cultura do sec. (?) com o propósito de conseguir seguir qualquer coisa: qualquer coisa que o não seguiu mas que o levou em mais uma direcção para a qual não estava preparado
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39
como tem demasiados livros lê partes deles adivinha-lhes o todo e tira ilações exageradas que nos reformatam
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40
nasceu em Maputo fez Viagens a Tokio (1968) Nova Iorque (1986) em pensamento mas com desconfiança num ambiente de des-indeterminação (misindeterminacy)
44
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41
o que é misindeterminancy? — são movimentos dentro do indeterminado que provocam acções por vezes equívocas, e essêncialmente poéticas
45
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42
ele considera-se um artista visto de vรกrias perspectivas diferentes e comeรงa a desaparecer quando fica parecido consigo
46
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43
para os nossos sentidos caseiros a imagem mais acessível é o nada = aventura = desimpedimento = trabalho surgindo da sábias pinturas — a futura compreensão dessas imediações revela-se-nos como possibilidade de trabalho centrado/descentrado
47
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44
o lugar que é reintegração do corpo é a libertação da “mente” das órbitas que acolhem a loucura, incluindo o seu meio ambiente — a desorganização da carne e a nossa transformação em algo (in)completo e livre de trabalho bem-temperado de execução imponderada longe do que se oprime
48
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45
o acaso de poder ver simultaneamente em todas as direcções ou
noutros termos
uma discreção (silenciosa?) ou ainda como diziam os sofistas “discurso impreparado”
49
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46
a ânsiedade é o traumático a exprimir-se como projecção no tempo — a cura dá-se quando o silencio se torna amigo
50
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47
o que os outros possam vir a pensar mais ou menos mal talvez seja o que ele virรก a ser com grande contentamento
51
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48
traduzi(-me) porque era uma necessidade da nĂŁo-mente?
52
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49
vou desestruturar a nĂŁo-mente simplesmente mas nĂŁo sei se darei por isso.
53
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50
sou o carrasco do poder de passagem?
54
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51
perceber
ĂŠ a experiencia do morrer a olhar de soslaio para a legitimidade
55
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52
quando me dizes algo
que eu não sabia
é porque não é permanente mas apenas uma preocupação passageira
56
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53
entro na acção a diferenciar exactamente aquilo que me julgava
57
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54
sensação tanática
de revoluções
a desfazer as inutilidades de Barnett Newman — o já agora em lugar dum lugar para onde caminhar
58
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55
somos todos peritos em tristezas crĂsicas?
59
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56
rememoram o Éden enchendo a terra de dissimulacros barrocos
60
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57
desfrutam das partes rendendo-se
do agradรกvel ao erรณtico
61
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58
renúnciam às estátuas para sentirem o que se exila no dia a dia
62
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59
a filosofia de educação dos estados é a preparação anti-pulsional para um exílio auto-imposto à vida
63
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60
sobreposição de estratos da história — penetração hipersensorial do mundo acompanhada da música da nossa participação interior
64
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61
é sempre experimentação e considera-se que é uma acção literaria de hetero-auto-alter(c)ação
65
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62
mas tudo isto
são (e não são) símbolos,
símbolos que se tornam montanhas e que estão agora na mente e na arte como fardo de palha para a alma (assim que esta se examina de perto... )
66
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63
Yeshua é rítmico
e uma colagem e depois?
Yeshua é nenhuma causa para acções que descausam
67
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64
o tédio da natureza é ajudado por enredos? tácticas que brotam do primaveril?
68
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65
a sintaxe
ĂŠ a possibilidade de escutar
a aventura da mudança acompanhada da arte de enganar ou de renegar
69
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66
um salvador ĂŠ a famosa comĂŠdia de andar a salvar nos seus modos operandis?
70
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67
escreveu em fluxos a desejar aditamentos?
71
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68
o seu livro "Trento, Assis, Entroncamento" é uma homenagem falhada (a quem?) que junta uma certa "des-indeterminação" com a atenção istantanea a um tal Batarda ou a um impostor que se atreve a passar por ele
72
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69
a alegria da unidade está a trabalhar numa comédia de advinhação desentupindo as pessoas
73
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70
o nada pode surgir dos imprevisíveis da acção na afirmação do prazer de qualquer coisa obscura
74
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71
assumida confluência de auto-imitar a creatividade da sociedade transmissora no prazer de dar em intermitente ficção as coisas e uns nacos de nada pela auto-expressão
75
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72
influências gastas em mimetismos acontecendo — porque não associá-las
ao vazio
e livrar-nos da atenção pessoal?
76
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73
o silêncio é preferível a venerar o trabalho ou o símbolo — e a barulheira?
77
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74
nenhum deus da experiência fica quieto com um objecto — brinca?
78
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75
cá estamos na fremente primavera permanente em desmeditação com a alegria de fundo
79
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76
mesmo nos momentos erรณticos interage com as necessidades dos trรกgicos
80
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77
o paradísico
é o espontaneo
a passear-se e a devanear-se na não-mente?
81
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78
entre o bom-senso e o acordar mais corpo, entre o anonimato e os outros — ficam os imprevisĂveis a criar um contra-ambiente
82
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79
desestruturar a não-mente é a experiencia de contemplar dormir
acordar e substituir os propósitos pelo morrer permanente
83
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80
desintenção de temas atentos à experimentalidade de mais causas
84
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81
renunciando à renúncia do controle aceita ainda mais causas rapidamente e dá feedback aos controle descontroles e não-controles para fugir do estado e dessa gente
85
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82
processar a ideia prenhe de estruturas divergentes
86
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83
manter a criatividade
é estar a responder
juntamente com amor e ideias de multiplicidade que participam nas dissimulações do corpo
87
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84
multidisciplinando o estudo podemos aplicar as intermitĂŞncias do mundo agora?
88
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85
a única coerência de qualquer coisa na natureza é a disposição para a experimentação em circunstâncias rítmicas
89
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86
os cogumelos
sĂŁo abdutivos?
90
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87
o trabalhar o tédio + atenção = dança
91
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88
um nĂŁo incerto remontando
num processo
de guerra amorosa
92
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89
levar aos objetos ao anonimato é ter disciplinado a interpenetração pela pseudo-Utopia
93
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90
é preferível ter sido arrastado pelo escrito
e pelo céu
dando espaços e falhar
94
para falar
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91
o activismo de trabalhar sem erros baralha e corrompe o zen
95
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92
o questionamento das tragédias re-escreve as idéias
96
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93
a centralidade do tédio desfaz a pluralidade das diferenças?
97
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94
afirmação polimorfica da possessão da disciplinada natureza (novidade em vez de dissimilaridade?)
98
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95
a montanhaídade & perversa experiencia da não-mente em oposição à sua dissolução
99
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96
o despropósito dos temas e a desconfiança do escutado faz o mundo incluir variações
100
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97
a múltiplicidade de intenções e o expressar-se em música — será auto-expreservação?
101
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98
auto-expreservação de não-intenções diversificando a artephysis
102
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99
o nada é a desconfiança
da música
em relação
103
ao silêncio
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100
a negatividade
parte
e regressa
na artephysis como causa das diferenรงas levando-nos sempre
104
a algo mais intenso
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101
renunciando à renúncia do controle a experimentação é uma causa que aceita relaxados controles e não-controles
105
descontroles
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102
a poesia
lidera o espontâneo de cada
106
actividade
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103
a américa da nossa antiguidade começa antes de nos sermos euroasiáticos mas não se escapa a termos lido
107
Nagarjuna
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104
memo — estudar a arte Tantrica, tomar conhecimento dos desejos e desembaraçar-nos de todas as coisas
ditas úteis
108
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105
a mundo ao dar "em exĂlio" capitulou da fama
109
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106
ventríloquo do intransmissível com a exuberância disfarçada de submissão
110
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107
o museu de perguntas dรก sentidos
ao desemprego
que gera a arte?
111
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108
a arte tem uma estrutura poli-rĂtmica para os que transcomunicam?
112
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109
tinham-no como sagrado entre os bananas
113
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110
um satori substituído não gera emprego?
114
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111
usa todas as soluções que te agradarem mesmo que te chamem infame
115
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112
telepatia de afectos polindo romanescas edições
116
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113
a planta entra no satori com sofistas e sabe trabalhar com o tĂŠdio
117
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114
delicadeza = danรงa
118
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115
na solidão largo-me em titúlos
119
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116
os desejos aceleram o sem-sentido da vida levando os objetos para nenhum sĂtio a salvo
120
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117
o anonimato gosta de calamidades
121
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118
se a sociedade deriva do zero e centra dispersando também dispersa centrando que são homens aos deuses
122
os homens idênticos
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119
compor
desenhar
executar
danรงar e escrever para as montanhas
123
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120
se todas as coisas são som não há nenhuma razão
124
e libertação para meditar
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121
a mesma (não-)actividade do zen é incessante sem inicio e sem fim
125
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122
não haverá negativo diversificando-se em si que não seja saborear
126
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123
a artephysis é instantânea (é já) mesmo que se dedique a desenvolvimentos
127
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124
move-te a partir do espontâneo, do imprevisível do interminável do incomeçável — do pavão-zero de todos os fenômenos sonoros tão companheiros
128
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125
traduzi para a ubiquidade o sublime enamorado dos factos
129
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126
o deus atinge o satori porque é o zero de todos os eventos musicais ou o romance involuntário
130
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127
a exuberância de sucessivas aproximações
131
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128
o mundo reconcilia o deus pelo dourado
132
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129
o poder é o Transporte?
133
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130
o tudonada realiza-se através de coisas artephysicas sonoras na tranquilidade da experimentalidade — o que dá no desconhecido
134
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131
opostos? o nosso corpo estรก acompanhado da maravilhosa idiotice das perguntas necessรกrias
porque desnecessรกrias
135
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132
a agitação da natureza está em excelente forma — é a artephysis nos seus múltiplos modos
136
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133
digo disposição rítmica como coisa jovial de se auto-imitar com mimetismos de permeio
137
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134
ideias, simbolos ou alegorias? a poesia é o maior sem-sentido — passeando disfarçada de anonimato
138
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135
aceita a comĂŠdia
como auto-hetero-estudo
ou como um respirar
139
desesforçado
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136
usa a generosidade do nada para dizer espectativas abertas
140
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137
o nivel superior e o inferior (do sentido?) é o mesmo nível para todos os budas
141
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138
admiração escutando
142
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139
gramรกtica claudicando
143
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140
é no grego Pandemos que o clima natural dos estilos se faz alegria e onde encontramos a conexão com o povo no sentido original húmido sem nações à mistura
144
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141
um anagrama ĂŠ uma vida simplificando nesta europa
de melancolia sem começos
145
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142
a obra enquanto nรฃo interage serรก que escapa aos tentรกculos da unidade?
146
DELALANDE CAGE
143
Saussurre mostra-nos ainda mais sentido latejando com as suas ambiguidades debaixo da pele dos textos mesmo nĂŁo havendo
necessidade disso
147
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144
sempre que deseja acaba por prosseguir-se como sensação e sentido vagabundo
148
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145
quem vê todas as artes juntas é porque sabe que nunca estiveram separadas
149
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146
é Afrodite que conduz a Ciência e a Arte a um espaço edénico
150
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147
desfaz-te de quaisquer dissemelhantes (caso existam)
151
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148
o Anagrama pulveriza o pandĂŠmico com um ar perfeito
152
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149
a opulência é a inflamação da infâmia
153
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150
relembro-me que eles exafilosofavam e eu era a serpente que mordia a cauda
154
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151
é falso que eu seja um filosperdedor
155
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152
ao saber da despossessividade permanente vamos sempre pela natureza como รณcio
156
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153
a contra-educação é uma boa resposta à educação se a quisermos destruír passeadamente
157
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154
hรก o interminavel feedback de tudo a matutar a multiplicidade
158
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155
a revolução interrompeu o animal comportamental?
159
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156
rende-te às obras ou à felicidade
160
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157
diferenciar a disponibilidade
161
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158
dar e acolher a propíciar novas emergências
162
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159
na natureza
a antiguidade comeรงa antes de sermos homens
163
DELALANDE CAGE
160
a música como experimentação desembaraça-nos
de toda a compressão
e da renúncia aos erros
164
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161
ruĂdos reciclando
objetos interactores
165
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162
sinto a impossibilidade a substituir partes do mundo com despossessividade
166
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163
vamos fazendo uso do juízo como forma superlativa de indeterminação
167
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164
as pessoas extraordinárias têm o sem-sentido como base a ser ejectado pela natureza
168
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165
é como se quisessemos habitar um labirinto para dissimular a enorme vocação de sermos ordinários
vulgares
com preciosismos súbitos
169
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166
a irregularidade ĂŠ o caminho em que ele mais acredita mesmo gostando de geometrias obscuras
170
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167
não é negativo
destruír passeadamente
desde que se crie
distraídamente
171
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168
hรก que mudar o tortuoso
em fama
e a fama em algo mais doce e menos empolado
172
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169
falar por falar tem qualquer coisa de empolgante
173
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170
a multiplicidade deste Projeto de Sociedade faz-me contente porque é o que é? pois pois!
174
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171
as grandes descobertas tĂŞm um prazo que interrompe por instantes o animal por arejar em nĂłs
175
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172
sou a vida comportamental? com ou sem validade? quem é que disse isto?
176
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173
agradeço a perspicacidade do deboche às coisas jurídicas
177
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174
estou no rodapé do suicídio a exaltar estratégias de sobrevivência
178
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175
os novos manifestos sĂŁo crĂticos deles mesmos mas funcionam por empatia
179
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176
ter estilo
é estar bem vestido
com roupa barata?
180
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177
sou a inter-média fluência entre o é
e o nada.
181
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178
a minha barba tem 101 anos e é postiça.
182
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179
fui 101 caraรงas e ainda nรฃo tirei nenhuma
183
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180
onde está a história das interpenetrações deslizando? em redor?
184
DELALANDE CAGE
181
a perversidade das coisas é cada vez mais directa?
185
DELALANDE CAGE
182
matemรกtica difarรงada
de fome
a morder alegorias
186
DELALANDE CAGE
183
a tua leitura é uma posse
altruísta
187
DELALANDE CAGE
184
pĂ´r em linhas tudo o que nos convenceu que era prosa
188
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185
inventei mundos onde deus se auto-falsifica numa espécie de inércia
189
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186
uma actividade polimorfica gosta de ter disciplos ingĂŠnuamente perversos
190
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187
no Museu da Fome Alheia hรก um exemplo em 5 bananas e as demais cascas
191
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188
sou o anti-estilo?
192
DELALANDE CAGE
189
quero um Wittgenstein que nĂŁo funcione bem da tola!
193
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190
sobrou às sombras do empréstimo
194
DELALANDE CAGE
191
afilhado da imperfeição a roubar o repetir
195
DELALANDE CAGE
192
enunciava uma prolixidade inexperiente ao ser amado
196
DELALANDE CAGE
193
dissimilares do corpo multidisciplinando o estudo
197
DELALANDE CAGE
194
um não refutando-se sem “nãos”
198
DELALANDE CAGE
195
um Deus para a posteridade da insรณnia
199
DELALANDE CAGE
196
tenta imitar
a desintegração ao ter regras
200
DELALANDE CAGE
197
usa todos os outros ao levar qualquer coisa à natureza com a Negação
201
DELALANDE CAGE
198
a morte re-equaliza a animalização
202
DELALANDE CAGE
199
exercitava-se
no sopé do subliminal
contra a sublimação
203
DELALANDE CAGE
200
uma síntese informativa excepcional gera as obras
da primavera permanente & um cão
204
que até ladra
DELALANDE CAGE
201
peguem num milhão de desinformações em expansão e façam o que quiserem
205
DELALANDE CAGE
202
protolinguas a flamejar o todotudo
206
DELALANDE CAGE
203
possuem-nos talvezes
nesta confusão
que luta com a paciência
207
DELALANDE CAGE
204
a perfeição convida a alegres enredos as emoções originais
208
DELALANDE CAGE
205
trabalho (sem ideias) a possibilidade de mais dĂşvidas
209
DELALANDE CAGE
206
expus emergĂŞncias nas divergencias
210
DELALANDE CAGE
207
abotoo a futura debilidade num glorioso agora
211
DELALANDE CAGE
208
evitas o lugar do trabalho de onde deriva o nada
212
DELALANDE CAGE
209
perguntamos
para aprimorar enganos
213
DELALANDE CAGE
210
o centrado inclui muitas perguntas porque tudo é Negação? a Negação é apenas uma prega na afirmação?
214
DELALANDE CAGE
211
ele andava vestido
de entrelaรงante interior
215
DELALANDE CAGE
212
o seu meio ambiente
ĂŠ o aborrecimento
do anonimato que destrutura?
216
DELALANDE CAGE
213
a comédia das respostas é a doxa do carrasco
217
DELALANDE CAGE
214
a novidade é um strip-tease aqui
218
sempre
DELALANDE CAGE
215
comi outro alter ego para acabar com certa dúvida — sabia a gente e a carne
219
DELALANDE CAGE
216
o acaso no estudo visto pelas frestas
220
DELALANDE CAGE
217
expus os passos exagerados em livros
de Deus
pouco esotéricos
e achei uma maravilha tola o invocá-lo
221
DELALANDE CAGE
218
a glória como acaso transgénico
222
DELALANDE CAGE
219
impessoalmente indefeso?
223
DELALANDE CAGE
220
nĂŁo sou o artista que a sociedade espera dela!
224
DELALANDE CAGE
221
fluência entre impredictabilidade — intermitências do zero
225
DELALANDE CAGE
222
a fraternidade seguinte ĂŠ o dentro e o fora (a introverter-extroverter)
226
DELALANDE CAGE
223
a matéria chega com trágicas experimentações que coincidem com a não-imobilidade do saber e do pensamento
227
DELALANDE CAGE
224
a generosidade e a anarquia
sĂŁo o mesmo
visto de perspectivas diferentes
228
DELALANDE CAGE
225
a importância empareda-se no símbolo que desconfusa
229
DELALANDE CAGE
226
o dormir gera o se calhar
os talvezes
230
e as perplexidades
DELALANDE CAGE
227
Yeshua é a anarquia interior que acabou numa indeterminada religião — é a introjecção do não haver necessidade de hierarquias
231
DELALANDE CAGE
228
andamos a ser multidisciplinados para desfrutarmos da multi-indisciplina
232
DELALANDE CAGE
229
um não que ritma a ser incomodado pelas sombras das pseudo-evidências
233
DELALANDE CAGE
230
a teatralidade da história mostra-a como equívoco
234
DELALANDE CAGE
231
pela comunicação as regras desaparecem nas artes
onde parecem mais vivas
235
DELALANDE CAGE
232
o silĂŞncio dos usos atrai a melancolia dos homens
236
DELALANDE CAGE
233
a teatralidade no teatro é generosidade admiração a escrever a impossibilidade de si-mesma
237
e participação
DELALANDE CAGE
234
desconfiar da devoção como uma propensão tanática
238
DELALANDE CAGE
235
inventar o pão nosso da discussão (eterna)
239
DELALANDE CAGE
236
o derradeiro refúgio (sonoro) da arte é fingir regras e se calhar quebrá-las
240
DELALANDE CAGE
237
generosos juízos
não emudecem
ninguém — e as audiências?
241
DELALANDE CAGE
238
andam a transmitir a empatia no cepticismo do anonimato
242
DELALANDE CAGE
239
com conjuntos de palavras vamos todos em direcções que divergem
243
DELALANDE CAGE
240
dirigimo-nos para uma inexorável comédia sem nos afastarmos muito da importância do vortex
244
DELALANDE CAGE
241
a incerteza anda a multiplicar ocasionalmente certas brincadeiras
partindo da arte
que é por sua vez um centro não-não-inativo a esbracejar sistemas
extremo de intermitências
245
DELALANDE CAGE
242
a melancolia interpõe-se no caminho libertando os outros da obcessão da libertação através do entusiasmo e da semi-anarquia
246
DELALANDE CAGE
243
não há sentido derradeiro — o aleatório é o propício mas com outro nome
247
DELALANDE CAGE
244
vamos sentindo a propiciedade ao mudar sem querer
248
DELALANDE CAGE
245
o que destrutura a pluralidade alimenta-a
249
DELALANDE CAGE
246
o pensar que recicla a ânsea tanática dos falhanços é o que liberta
250
DELALANDE CAGE
247
a desinformação maximalista da revoluções faz o que lhe apetece sem se preocupar
251
DELALANDE CAGE
248
a alegria e o prazer
sĂŁo causas
de cada vez mais pluralidades
252
DELALANDE CAGE
249
investir no se calhar de outros enredos?
253
DELALANDE CAGE
250
despejar coisas = livro onde os direitos autorais gostam de objectos anais
254
DELALANDE CAGE
251
as cores não ignoram as circunstâncias — o potencial esgota-se na propensão para pôr desordem onde tudo faz acontecer aventuras
255
DELALANDE CAGE
252
o amor dispõe na devoção aos acontecimentos — acontecimentos esses que não se esgotam neles
256
DELALANDE CAGE
253
a multiplicidade da cegueira confunde a diversidade dos modos de ver ou ler
257
DELALANDE CAGE
254
gosto de pessoas que dissimulam a sua glória através de variações inuteis de falhanços mesmo que isso seja hipócrita ou exibicionista
258
DELALANDE CAGE
255
sou dessas gerações que se deleitam na autodenegrição irónica ou no tímido elogio de si tantas vezes sereno
259
DELALANDE CAGE
256
não consigo estar preparado para ser o tipo certo
260
no sítio certo
DELALANDE CAGE
257
apesar de escreveres várias autobiografias ainda não não te ocorreu a tua — de chapão?
261
DELALANDE CAGE
258
o sem-sentido das possibilidades dispõe à nova desordem
262
DELALANDE CAGE
259
a publicidade tem como função tornar a vida decorada de preplexidades e consumismo
263
DELALANDE CAGE
260
a imobilidade do saber que te escapa é um deus ainda mais anónimo
264
DELALANDE CAGE
261
a intimidade comigo mesmo era decepcionante e como tal muito importante
265
DELALANDE CAGE
262
multiplicidade reciclando o environment a comercializar o anonimato sem lucro
266
DELALANDE CAGE
263
escreve mas não fala — em ambos os casos (no silêncio do que não diz e na comunicação do que se escreve) glocaliza
267
DELALANDE CAGE
264
o universo é maquilhagem — alguém quer limpá-la ou substituí-la?
268
DELALANDE CAGE
265
os romances sĂŁo escritos para que a sua sintaxe permita desejar aditamentos?
269
DELALANDE CAGE
266
as questões abortavam porque não encontravam assuntos
270
DELALANDE CAGE
267
a vontade do alpha = improbabilidade
271
DELALANDE CAGE
268
o parto como recusa nĂŁo opinada
272
DELALANDE CAGE
269
cada linha que escrevia
sobrava-lhe à retórica
para poder oprimir-se
menos
nas suas relações de relações ou para agarrar o terror
273
DELALANDE CAGE
270
admitia o riso como dispositivo de tradução na escuridão
274
DELALANDE CAGE
271
pus demasiada desordem na minha vida para conseguir um estilo clรกssico (que lhe reagisse) e falhei
275
DELALANDE CAGE
272
devoração por acasos
dos acasos do mundo de fora do mundo
276
DELALANDE CAGE
273
rabisquei hipóteses com demasiadas influências que se encavalitaram no espaço da não-mente
277
DELALANDE CAGE
274
na psicanálise o erótico interage com o ar e o silêncio — na arte a psicanálise é um anexo de um não-problema que torna os roteiros mais sexuados, pitorescos, galantes
278
DELALANDE CAGE
275
o sucesso melhora com injecções de Kavod
279
DELALANDE CAGE
276
talvezes mascarados de imperativos
280
DELALANDE CAGE
277
erótico a condensar expansões e a expandir imitações e celebrações da natureza e do fraterno
281
DELALANDE CAGE
278
a música são diferenças que adivinham e nos surpreendem — lixo reciclando as diferenças e participando no mundo com a ordem e a desordem sonora ímplicitas
282
DELALANDE CAGE
279
amei não só à primeira vista mas em sucessivas cegueiras
283
DELALANDE CAGE
280
traduzia para decapitar o sentido
original
284
DELALANDE CAGE
281
lidar connosco é estar um pouco ao lado das interrogações
285
DELALANDE CAGE
282
o sumiço das interrogações tornou-se num romance policial
286
DELALANDE CAGE
283
cada obra faz a posteridade ficar mais dissemelhante
287
DELALANDE CAGE
284
quem insulta o deus atrai mobilidades não-intencionais da arte — quem o louva insulta-nos insultando-o
288
DELALANDE CAGE
285
a Doxa emerge no fim do strip-tease conceptual como a última moda
289
DELALANDE CAGE
286
os casos exemplares são inadequados para a libertação
290
DELALANDE CAGE
287
a igualdade é uma calamidade pública anunciada repetidamente como apocalipse
291
DELALANDE CAGE
288
dinamite de romanesco para polir o jovial
292
nos deuses
DELALANDE CAGE
289
a comĂŠdia nasce naquele que prefere o inexacto ao certinho
293
DELALANDE CAGE
290
a mente
é o meu estado de espírito
amanhado
pelo meu estado de corpo
294
DELALANDE CAGE
291
a mente é o que nos desmente — anda a saber do não-si com paixão
295
DELALANDE CAGE
292
«o meio é a mensagem» — o intervalo são os meios — a mensagem chegou com as novas coisas secretamente postas
num livro e num filme
296
DELALANDE CAGE
293
escrevi 999 argumentos para me livrar de Deus
297
e do ateĂsmo?
DELALANDE CAGE
294
gosto de mobiliário fantasma — não parece ocupar espaço
298
DELALANDE CAGE
295
Jonathan Swift lembrava-se de Lisboa sem nunca a ter visto
299
DELALANDE CAGE
296
avanรงo desmascarando-me
descrevendo
a irregularidade dos nomes que me dou
300
DELALANDE CAGE
297
numa exposição
casei por muitos anos
com tudo o que dava errado
301
DELALANDE CAGE
298
o correcção é uma treta — perdi o fio à meada?
302
DELALANDE CAGE
299
a Geometria
é a fatal rival
de Deus —
pode fazer milagres?
303
DELALANDE CAGE
300
nós não queremos só forma
nem só a ficção —
a forma segue-me a função segue-te o coração atrai-as
304
DELALANDE CAGE
301
a Forma é onde perdeste o rasto ao conteúdo
305
DELALANDE CAGE
302
o nada pode surgir a interromper revoluções ou a possuir mapas
306
DELALANDE CAGE
303
temo-nos como mundo muito sรณzinhos com todos
307
DELALANDE CAGE
304
cultiva um assumido minimalismo para fazer confluir a sociedade
308
DELALANDE CAGE
305
acolhe um subtil maximalismo para levitar na subjectividade do kairos
309
DELALANDE CAGE
306
pensamos através da interface de um work in progress erótico
310
DELALANDE CAGE
307
as mobilidades nĂŁo-intencionais da arte no nosso corpo fabricam a natureza
311
DELALANDE CAGE
308
na confusรฃo do tigre estรก o jogo
da presa
312
DELALANDE CAGE
309
expressĂľes
que masturbam
313
simbolos
DELALANDE CAGE
310
o amor existe com o verĂŁo perfeito dourando
314
DELALANDE CAGE
311
nomes flamejam ao almoรงo para melhorar
a filosofia
315
DELALANDE CAGE
312
descobres a multiplicidade do Dzogchen num Himalaia mas perdes a paciĂŞncia em Lisboa
316
DELALANDE CAGE
313
vive actualmente casado com a pluralidade — o divórcio será breve
317
DELALANDE CAGE
314
as hipรณteses
sรฃo chantagens sobre os factos
318
DELALANDE CAGE
315
arrumar transcomunica a arte do insulto
319
DELALANDE CAGE
316
o jejum é a minha refeição favorita se for seguido de uma refeição com refinadas iguarias
320
DELALANDE CAGE
317
a minha política
é a criatividade e o amor sem se dar por isso
321
DELALANDE CAGE
318
ofereรงo ideias a todos desde que possa beber agua e vinho
322
DELALANDE CAGE
319
quero permanecer
2001 anos em Samadhi
mas fazer outras coisas ao mesmo tempo
323
DELALANDE CAGE
320
a arte transforma rapidamente ao introverter-extroverter a matĂŠria
324
DELALANDE CAGE
321
experimenta
palavras
que desmoralizem
325
DELALANDE CAGE
322
teorias do carnavalesco para multiplicar cada pessoa pelos outros
326
de si mesma
DELALANDE CAGE
323
a "arte" sem ser arte
surge pelo tédio
criando heróicamente a fusão num acto
que descriminalisa o amor
327
DELALANDE CAGE
324
a arte torna-se mais complexa na múltiplicidade de intenções e não-intenções & seus despropósitos adjacentes
328
DELALANDE CAGE
325
os nossos ouvidos querem espaço de atenção
329
DELALANDE CAGE
326
tudo faz a coexistência de propósitos divergentes
330
DELALANDE CAGE
327
a antiguidade é o encontro ressurgente da geometria imemorial com a música pré-histórica
331
DELALANDE CAGE
328
cartografia do metamórfico como causa-efeito da multideterminação indeterminante — é a naturalidade!
332
DELALANDE CAGE
329
as maneiras de escrever o mundo devem ser regadas
333
regularmente
DELALANDE CAGE
330
somos os nĂŁo-opostos na verdade
334
vincada
DELALANDE CAGE
331
amamos criar modos de programar arte à deriva
335
DELALANDE CAGE
332
casas libertadoras para adaptar e não estipular
336
séries sonoras
DELALANDE CAGE
333
nos processos actuais as cidade são réplicas de políticas rigorosas
a falharem
337
DELALANDE CAGE
334
a generosidade para consigo contamina
338
qualquer inĂcio
DELALANDE CAGE
335
nĂŁo conseguimos deixar de glocalizar a generosidade social
339
DELALANDE CAGE
336
produzir
quando apetece devagarinho?
340
DELALANDE CAGE
337
a ânsea de desenvolvimentos diferentes produz lugares inÊditos no compositor
341
DELALANDE CAGE
338
uma sensação tanática de revoluções afecta a sociedade a desfazer-se das tristezas crísicas?
342
DELALANDE CAGE
339
as aparĂŞncias dos homens incluem
a arte
343
DELALANDE CAGE
340
as plantas e os animais nĂŁo querem apenas ser pensamento mas nĂŁo o rejeitam
344
DELALANDE CAGE
341
receptividade em vez de religiosidade
345
DELALANDE CAGE
342
felicidade em várias direcções na anarquia que simplifica o anonimato
346
DELALANDE CAGE
343
as obras que os outros fazem por mim sĂŁo as obras da reprimavera
347
DELALANDE CAGE
344
as ideias têm aprendido com a atenção pessoal?
348
DELALANDE CAGE
345
o maior sem-sentido possível (desejável?) são os outros a ajudar a mudar qualquer coisa em mim
349
DELALANDE CAGE
346
uso a derrota para atrair
as atenções
350
DELALANDE CAGE
347
a pluralidade
é o erótico
passeando nos nossos ouvidos antropófagicos
351
DELALANDE CAGE
348
o erro é o coito da arte
352
DELALANDE CAGE
349
crĂticos refutando-se para se fingirem mais nus
353
DELALANDE CAGE
350
encontrar grandes encantamentos numa Lisboa
a condensar o mundo
354
DELALANDE CAGE
351
shakespecular borgonhĂŞs a afinar a estrutura dissipativa
355
DELALANDE CAGE
352
dar anarquia
à anarquia num sítio dourado
356
DELALANDE CAGE
353
casei involuntáriamente com o meu aparato genético
357
DELALANDE CAGE
354
cores de preplexidades na imobilidade do saber
358
DELALANDE CAGE
355
a inibição até na alegria
desinibe-me
do amor
359
DELALANDE CAGE
356
não respirar desesforçando a generosidade na admiração
360
DELALANDE CAGE
357
todo o pensamento que me precede é uma espécie de bicho escutando músicas
361
DELALANDE CAGE
358
eu penso-o para fugir dele
362
DELALANDE CAGE
359
não consigo escapar
ao simplesmente
nem às diferenças de diferenças participando
363
DELALANDE CAGE
360
a experimentação na pluralidade dos casos opta pelo silêncio contra o silêncio
364
DELALANDE CAGE
361
reforรงa-se refutando-se mas fica cansado
365
DELALANDE CAGE
362
a objectividade é uma das regras que não usa
366
DELALANDE CAGE
363
ele é inexacto e insuficiente para conseguir dar conta do recado
367
DELALANDE CAGE
364
sexo sem sexo com muito sexo
pelo meio?
ou deboche como decoração
da ascese?
368
DELALANDE CAGE
365
ele é a prosa mesquinha que limpa à antiguidade
369
o fundo do tacho
DELALANDE CAGE
366
livra-te dos acordos
com o juízo
involuntário como quem dá gaffes
370
atrás de gaffes
DELALANDE CAGE
367
eficaz natureza a nadar no nove
371
DELALANDE CAGE
368
o nada da creatividade (em vez do quase tudo do cepticismo)
372
DELALANDE CAGE
369
vivo uma alucinação de desordem para impedir que a estética se torne um mero jogo de linguagem
373
DELALANDE CAGE
370
as dores são aspectos transitórios da libertação (o mais como o menos)
374
DELALANDE CAGE
371
os jogos da natureza são formas de arte que fulguram intensamente — é a artephysis criando programas
375
DELALANDE CAGE
372
não podemos separar as coisas dos que andam a telefonar — estão a mudar
os fluxos ao pensamento
376
DELALANDE CAGE
373
a Ecologia zero é já um excesso (pavão zero?)
377
DELALANDE CAGE
374
um banco para sentar o nosso prazer
378
DELALANDE CAGE
375
a Solidão como secularismo = fenómenos visíveis, audíveis, tacteis, palitativos, cheiráveis
379
DELALANDE CAGE
376
autoconhecemo-nos
a Jardinar um Poema
ou a jardinar com a Poesia?
380
DELALANDE CAGE
377
a lealdade é o fim fomentado por uma lógica
381
DELALANDE CAGE
378
a moral é não-intencional em arte
382
DELALANDE CAGE
379
≠ / =, de seguida…
383
DELALANDE CAGE
380
haverá outros modos de estar na excepção?
384
DELALANDE CAGE
381
eu sou o homem que confunde as conclusões com o princípio da natureza
385
DELALANDE CAGE
382
a artephysis imita-se contra o oprimido
386
DELALANDE CAGE
383
mudar = palha
387
DELALANDE CAGE
384
a finalidade é a fortuna
dos cegos
388
DELALANDE CAGE
385
as flores enxugam a paixão pelo não saberem a história
389
DELALANDE CAGE
386
a moral
é a espinha do som (provérbio pseudo-zen)
390
DELALANDE CAGE
387
a sabedoria é incapaz no casamento
391
DELALANDE CAGE
388
somos responsรกveis pela palidez do que nรฃo fizemos?
392
DELALANDE CAGE
389
temos a possibilidade de nos emanciparmos através do relacionamento de relações?
393
DELALANDE CAGE
390
o fim é um velho erro que ainda ninguém cometeu antes de ele lhe chegar
394
DELALANDE CAGE
391
lidar com a estética é tornar-se quase silêncioso
395
DELALANDE CAGE
392
a tranquilidade anda a diversificar a artephysis
396
DELALANDE CAGE
393
o nada é a parte que exige mais atenção de cada conjunto
397
DELALANDE CAGE
394
heteronomia (bem-temperada) que conjunta
o pensamento impreparado
(antifonte) e a execução imponderada
398
DELALANDE CAGE
395
o humor ĂŠ o vegetarianismo do acaso ou o entusiasmo hibridisante?
399
DELALANDE CAGE
396
a moral das estrelas foi assar a costela do criador
400
DELALANDE CAGE
397
nĂşmeros elementares a estenderem as suas florestas
401
DELALANDE CAGE
398
arruída-se o conjunto transformando-se em relações
402
DELALANDE CAGE
399
(de)volver-se uma mata de pensamentos abertos e multi-inclusivos
403
DELALANDE CAGE
400
as acções dos subconjuntos também são auto-libertação
404
DELALANDE CAGE
405
DELALANDE CAGE
406
DELALANDE CAGE
Como me misturei com um remix de John Cage 1 foi acabado no dia 10 de Fe vereiro do ano de 2018 e dado à www logo que possível pelos Waf Books
407
DELALANDE CAGE
408