A NOITE DAS GRA VA TAS
s edições asa d’icaru
PARA A RYTHA THABORDA dedicadamente com paixĂŁo & Tudo
DUARTE
este livro pensado & composto no dia 30 de Novembro de 2016
A NOITE das
G R AVA T A S TEXTOS.DIVERSOS.&.SOBREPOSTOS ATRIBUÍDOS.A.JORGE.JUDAS A.PARTIR.DE.UMA.SOPA BATARDO-CABRÍTICA ALÉM.DE.PICASSA AQUI.TÁSSEBEM ********* ******
edições asad’icarus MMXVI
SEJA À LUZ SEJA À NOITE CRIA DIVERSAS GRAVATAS PARA ERA DAS BRAVAS PATAS.
a catedral do falso som lambe botas ao alcaide do dom
de s e nt a or d u op r rva e s on c ue q há
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GRAVATAS À RODA NUM ANDOR DE RISCAS PRÁS PESSOAS ARISCAS EM OBRAS DE ARTE COM CONTRADIÇÕES EM CALÇÕES. apenas a dança errada salva do cagaço o cú do o crítico aprumado com lâmina de aço
NÃO RECEIES POIS OS RETRATOS ÀS OVAIS PRA PÔR NOS FESTIVAIS material banal para uma instalação no japão com pega caçarola e cão limpar o pó ao vazio com um espanador gratuito é igual ao litro
SÃO QUADROS QUE NUNCA SAIRÃO DESFOCADOS. carinhos esquecidos na gaveta não ressuscitam a preta
mais alto que o ouro: encobrimos as despesas com devoluções clandestinas fundador de ardósia amarga faz violenta descarga na farra
SE UMA TELA BRANCA ÀS BOLAS PRA PESSOAS CAROLAS TE INIBE COMPRA OUTRA. pendurou a prata na dança dos vampiros e desatou aos tiros aos socegados Suiços azul rasgado do mar nos saldos em Zanzibar c’oa cola a coelhar
amores cozidos arrefecem depressa nos arrebaldes da conversa
PINTA DEPOIS BOLAS MAIS PEQUENAS, PARA QUE AS PESSOAS TENHAM PENAS.
janela de mel, chinês no bordel, porta amarga, burro de carga
dedos das redes sebo na tola quero ir (agorinha) para Angola
NUNCA JUSTIFIQUES UM MAL-ESTAR COM QUADROS FALSIFICADOS PRA FEIRANTES CANSADOS DESTINADOS AO XADREZ. a lotaria da seda escarra no bebé fabuloso no ex Casal Ventoso
af rag r cal ância é o par dá f aca a se aco das mp rde ão coi re fa sa gu a t tal iço oc e tal ou do ar o feteu b nic icho ho no en-
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DEVERÁS ANTES FAZER OUTROS E OFERECER GRAVATAS A FUNCIONÁRIOS CROATAS ANTES QUE LHES BATA O FREGUÊS.
TENTA DESCOBRIR NAS OBRAS PEQUENAS RÃS PRÓS TIPOS DOS BALCÃS corte o verde para colagem de bobagem madura para branco à esquerda tinto ao meio
OU ESCULTURAS DO PASSADO COM EVIDÊNCIAS DE ARTES ESFÉRICAS PRA VELHAS CADAVÉRICAS DE GRAVATAS BRILHANTES, SÓS E ARREPIANTES. o insuportável rasgão das ruas rodeadas de arremedos dentes negros como palavras a aprofundar as patavinas carrega o céu de ouro na cárie da Gertrude Stein
AFORISMOS SÃO MERAS BANALIDADES PARA USO DOS MAIS ELEGANTES. vermelho de forcado no rabo de boi rosado toda a luz da manhã escuta a noite da puta hortelã Dezembro enraba os cêntimos a gastar na fruta
janela de aroma azul procura cavalheiro culto para fins grosseiros noite de cobalto à espera de chuva e de lagostas viuvas
meu banco bronco, pomba de canção pimba
E COM RISCAS PERIFÉRICAS PRA QUEM OS ESCREVE COMO DANTES.
cinzas de envelope recordam enforcados snobes poderá um fandango azular o amarelo?
com retratos de rosa não se fazem filhos à esposa
cortina verde roupa a gente
de um guardaver se a poupa
uma capela chamativa das unhas de uma Madalena com cabelos de rastos pequenos pedaços de bolero a mendigar esmero
FAZ COLECÇÕES PINDÉRICAS JÁ QUE TE FALTA A LUZ.
ir com ganas de tomilho à horta da mãe do filho adega de cordas em oratória de escabeche
esor e d isos os r s orto ns d ais orde os m em ber dens d ões rece ultid uis q às m aios uem os a sm onh mai ris a q verg b dar a m a s se livro cegonh ndo da cada o bico arre a
DIZ OS TEUS PRÓPRIOS AI JESUS.
CLARO QUE SÓ DEVERÁS ASPIRAR EM QUADROS AOS QUADRADOS E À GENIALIDADE. despesas poucas de esbanjadores falidos em Marços com idos jantar o céu com uma primavera cadela cebolada de cabarets arrefece os bidés
cinzeiro da actualidade no galinheiro do passado
eis a sarna que procura a maldade exacta de certo cheiro a esturro
bandeiras de novembro recitam trechos de Lenine em cabidela
MAS NUNCA TERÁS SOBRE OS MAIS AVANÇADOS A VANTAGEM DAS GRAVATAS ÀS PINTAS. ISSO QUALQUER PODE COM FINTAS.
NÃO DEVERIAS RECEAR CONSIDERAR-TE COM PINTA PRA PESSOAS DISTINTAS s
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EM PINTURAS TODAS BRANCAS COMENDO OS MELHORES LAVAGANTES.
caralho nos olhos da noite eterna com gaiata à perna ao redor do espelho pentelhos de velhas cantam lendas que engelham
pulsão de dar com os cornos no coreto catita
NOS MUSEUS SÓ TE RESTA ABANAR AS ANCAS E AGRADAR ÀS VIGILANTES TODAS ELEGANTES. alface resistente aos sustos da pintura
um dom rasgado por assobios de um público excessivamente culto
gagueira de actor com espuma de barbear a declamar
E OUTROS QUE NEM POR SOMBRAS. colméia suspendendo o verão num chouriço com pão
uma ereção que dança por prazer no colchão
o céu sopra segundas nupcias a liquidar a pronto
ENCONTRARÁS UNS QUE PENSAM ASSIM.
dobra fandango no café da bunda atrás dos ratos do escroto? cara de roupeiro com recuerdos espinhosos
FIZ QUADROS DE PESSOAS QUE TINHAM MAIS RAZÕES SEMPRE.
vantagem comichosa de bochechas na frigideira
velhos presuntos não jantam defuntos
NUNCA CHEGUEI A USAR A COR MAGENTA PORQUE ESTA GARANTIA A MORTE LENTA. colméia fantasma no carrossel mágico lâmpadas aos gritos em guerras civis com marinheiros cubistas e gaitade-foles
ANDEI A PERCEBER SE ACREDITAVA NO QUE OS PROFESSORES ASSOCIADOS OU DE POUCOS AMIGOS DIZIAM. m ão s e fa s pe bri v o z ze in cam h s am pa m e ag no ca as lavr a z r l pl ran em es et as, e g v r p n a t ue s és o elo e s e jos a ze l g um com oz s a e a s esv e o d el m e nt hac enta o e a su da r
DEPOIS, PEGUEI
no do te m s p p o e od t a fr s os a v g a co m n m nc c e e o br piri eito m nto s a ál b a far s m s ro rt a ios d a a sain m d t e di ép d e s c e m ip rn ses e r i l per ce lina ie ro dos ce prop ados p í í c io cio e no nco pr ne-
NUMA PEDRA ASSINEI-A
E DEITEI-A NA PIA.
VERÁS ASSESSORES E ADIDOS COMPRAR QUADROS ENVERNIZADOS PARA DEPOIS OFERECER
1 bosque sem sugestões e 2 copinchas em roupões
uma bandeja de prata para o senhor Camões dár-lhe cos pés ou cos colhões
mãos muitas metendo-se com poucos pés a língua panificada com paio para dar à sola
A CATEDRÁTICOS COM GRAVATAS BARATAS A FAZER DE FINOS COM GESTOS PEREGRINOS. 20 possibilidades para um só lilás isso não se faz a mula de cortiça está muito russa de comer nabiça a casa de gritos grandes enveredou por um pequeno trilho papéis agora em chavascal esqueceram Àlvaro Cunhal
DESCOBRIMOS POR VEZES ESTRANHOS ETARRAS COM GRAVATAS ÀS CORES SÓ PRA DECORADORES DE FARRAS luz orando a prestações para peditório pateta
lembrança de janela piolhosa onde o pirata sonha com a pirosa
bufão no convés do bosque a dar de frosque
camionete peluda na manhã do vizinho acabadinho de um vinhinho
caranguejos do céu bordado ao virar da esquina
(PINTURAS PARECIDAS COM GRANDES AMIGOS QUE TIVEMOS... AMARELAS A CONDIZER C’OAS TELAS).
ESTÁS A PINTAR, É SEMPRE BOM SEREM PINTURAS ENCARNADAS PRA AMANTES DE TOURADAS figo desdentado pelo touro e alugado pelo besouro
silêncio róseo com mordaça genuína à espera de concertina conhece a sombra do riso a rapar o tacho ao siso
quase que afunda as conveniências nas incomodidades
OU GRAVATAS FORA DE USO PRA PENSAR NO ABUSO E NO QUE DAR AO INOCENTE RECLUSO. meninas com penas da pomba a levar na tromba
transborda feitiços de piça ao grelhar a linguiça
SERÁ MELHOR MOSTRAR PILINHAS OU PINTAR QUADROS COM LINHAS? asas de mau cheiro em casa de cosméticos dão lições à bruxa perdizes entre as pernas eternas de funcionárias reaccionárias
sala de petróleo com generala acessoriada por magalas de fraque
HÁ QUE FAZER LISTAS PARA PORCOS CONCEPTUALISTAS? céus separados por litigios caros
violeta preto no riso seco do caldo entornado p’lo retornado
O QUADRO EXPERIMENTAL NÃO TEM QUALQUER PRECONCEITO FASCISTA cheiro da podridão das faces sem que nos mace
cabelo sem dentes aguarda dentadura de cabeleireira postiça
nus antigos em biquinis excentricos ficam ainda mais lentos
tórax de perfil com conquilhas brejeiras 7 bacalhaus à espera de curador numa documenta sem dó menor
COM LA CRAVATTA DI LUSSO DEI MILIARDARI CONTRA A ESTUPIDEZ DA REVISTA.
a camisa emaranhada dorme nas avelãs do vigário gago
caracol ocre encardido pelo farol almiscarado
TALVEZ JÁ NÃO SEJAS PRÓ-RUSSO E GOSTES DE QUADROS COM TEXTURA
bolsos rígidos não ocultam restos de torresmos
maldade dos melros da matemática com os mesmos
E ACHES CERTAS PESSOAS TÃO INTELIGENTES NA SEPULTURA.
anos derretidos em azeite com grande deleite santas tralalalettes anunciam noivado obsoleto com o toureiro beto perucas sujas procuram artista conceptual para inauguração de luxo
segurar o nada do afogamento predilecto com nonagenária ao colo
NUNCA DEVES EXAGERAR NA FERMOSURA, águia musicada no castiçal do carrasco
freiras andaluzes amanhecem como víboras nos obuses
COM GRAVATAS EM ESPINHA PRA QUEM SAIU DA LINHA. rm ha lam tos a b i em desfe as as t i rfe amb e p s s e er h l mu
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É UM ACTO DEFINITIVO:
trampolim para saltar o touro adiável olhar para touradas frescas com leques de lata
um passado de saltos pretos a desmaselar os futuros rectos
A INTENÇÃO DO TRAÇO, OU SEJA,
USAR GRAVATAS ÀS CORES QUE CRIAM BREVES HORRORES. alguma âncora musical para precepitar os naufragios
FAZ SEMPRE OBRAS PRA PREVARICADORES, eto
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ab f l a to o d cre a st ce
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luz
azu ge l de m ao raiva Ot em elo Sa hom rai en va a-
QUADROS BEM PRETOS PARA AGENTES DE ARTE À MAMA NOS GUETTOS. flores de tapete de lábios no tapdancing da corista côxa reservar este fantasma para o doutoramento em direito canónico
o carvão da taberna oculta a verba palerma
SÃO COISOS SECRETOS DE UM QUADRO QUE O GAJO TE FICOU DE VIR BUSCAR palácio de uma figa ou espelunca de uma fuga
grande saber pendurado em gravura sinistra andas a pentear o escorpião na cona limpa da Jacqueline
COM GRAVATAS DE TONS AGRESTES PARA TE ESQUECERES DOS CIPRESTES.
tomando o partido de estrelas fracassadas e torradas queimadas podridão de montanha chinesa em caligrafia de eunuco
NÃO TE PREDISPONHAS A SOFRIMENTOS merda triste batendo na luxúria de Orgaz
SÃO QUENTES SÓ PRÓS INTELIGENTES
orações de jardim e silêncio laranja não melhoram o capataz variedade de feijão urina peido ajustado
SE ALGO QUE FIZESTE Nร O RESULTOU EM TONS FRIOS, MIJA EM BACIOS. . seu canto de pesca rรณi o molhe e esmaga o passado da crianรงa uvas de esposa e risos jasmins em rins fritos por um Bloom assim
esqueleto violeta em armário de luxo vazio de ouro e três anéis de amor a roer múmias rosadas um ratinho esperando o fotógrafo com contusões alimadas plumagem no pandeiro a aficcionar um traseiro
SERÃO SEMPRE GESTOS TEUS PARA AUMENTAR OS VASTOS PNEUS.
ias águ rros com e ciga te d ejan do erd fecha la v Zo acote p em
CONTASTE UMA ANEDOTA DOS NOSSOS TIOS PORCOS? 10 razões de saltos altos para despedir o patrão
m chocolate amêndoa de notícias de hoje fode co fora do prazo
A GRAVATA DISCRETA DESTINA-SE À HISTORIA DA TRETA. marina delicadamente a Medeia feia com a medula frique da Pandora
DESENHA UMA MÁ LINHA.
guitarra a absolver a língua dos tabús em rebus desenho estampado na bunda de abril
lírios vazios em contos canibais e outros que tais
máquina gorda com lábios a oscular a vitrine tímida
pintura que transforma uma viúva em comedia a morder pelo bode
MARCA DOS ESTETAS: QUADROS COM MOTIVOS PRA PEDERASTAS ESQUIVOS E GRAVATAS SEM MOTIVOS.
NADA DISTO É TÃO FÁCIL À MÃO DESARMADA osai c a r g or p m o e r ti ag plum ferida a menor e e ment r em traj o esescrit m e a gueir a fazer o f santa e freiras d a cada farinh s nas e t a tom r fore d os ora 12 an as a dout d toura cados u no i a c uva seh c a a t s d e r a o gu de peidos canal mana
o touro corta a escrita com uma adaga de piratas
SE TIVERES A VOZ AGRESTE COMO PARECE.
chamas que poupam no lixo saceiam-se no inferno mistura elegante de arrepios irascíveis com calmantes de colecção
VÊM TER CONTIGO PESSOAS QUE SÃO FININHAS OU DE MALHA DE LÃ E PRETENDEM FALAR DO TEU TRABALHO AMANHÃ. chicoteando o urso na cama cega com a freira armada em pêga
jardim bêbado de Cleópatra com António a demolhar para açorda
DEVERÁS, SE FORES DA COVILHÃ, MOSTRAR QUADROS DE TONS ABERTOS E QUE SEMPRE TE ESFORÇASTE POR SER GENTIL COM OS CHICOS-ESPERTOS cheira-me a beleza de porcas nas furdas do descontentamento
enxames de iluminação como bunda de pele em roupão
PARA ELAS... NADA É SAGRADO. O SEU TERROR É O JOSÉ GIL COM CAMISOLAS AOS LOSANGOS E RENDAS NAS GOLAS. por alusão silenciosa explicou a sua seta para o caracol
negra felicidade de julho a amainar dramas de agosto missais perfumados usando pantufas imundas
a cortina vendo o viado
uma lista com tainha ilumina a vizinha tadinha
olhos para sempre vendados num vaudeville
PARA CRIADORES ONDE A SIMPLICIDADE FAZ NASCER O ESPĂ?RITO RELIGIOSO E O BOLOR. (DESCOBERTA BARIL DO DR. SENIL).
CONHECI FRANGOS MAGNATAS COM GRAVATAS DE CAMBRAIA QUE IAM PARA A PRAIA PRATICAR SM AO LEME novembro: mistura pouco infernal de morto com carnaval céu de trigo irascível a dar pelo umbigo
padre imóvel rasgado às 9:00 por debulhadora ou fecho eclair
OUTROS USAM GRAVATAS TARTAN COM OS MAIS BELOS OBJECTOS DA MAMÃ que rancho abalada picado?
camadas de ruído a voar num nú descendo escadas rolantes
JÁ NÃO ME CAIEM NÓDOAS DE MAÇÃ, horas de aroma a dar poderes de borla ao estarola caracois-garfos em busca de licorne convincente
alfabeto que cativa Julia na mansarda dos orangotangos castanholas de fritura com arroz de espargos
fantasia anedótica com a amante em estado de lavagante
E AGORA TENHO QUADROS COM PERNINHAS DE RÃ. duas horas de perdizes a bater palmas
cheira mal e vomita no ritz em festa de corvos desejos de mulher em greve acentuam queda de cotações
perder o marido vestindo formas estreitas e acabar em mĂĄs seitas salvar lugares vazios em horas de ponta
SE FAZES SEMPRE BICOS A MENINOS RICOS
as moscas banqueteiam-se com idades de prata ao cego de cerâmica com marca vermelha deu-lhe a telha
parte da frente pregada ao tralalala da marjorette
os regimentos da lua num sketchbook na linha do Tua
parte traseira escapando a cavalo do ovo que ama o bofe do bife
FAZ O FAVOR DE O FAZERES QUANDO MUITO BEM TE APETECER.
O QUE CONTA É O TEMPO. QUEM É QUE JULGAS QUE ÉS? UM CABRITA NO ESPETO?
braços negros a calçar sandálias a um Apolo palerma a corda uivar feita peida de pintura cubista a aprender a nadar
É MUITA MISÉRIA, MUITAS BOAS IDEIAS QUE DE NADA SERVEM. POIS EM BICOS DOS PÉS SÓ APANHAS BONÉS. ferida de fandango atiça nos dragões o ruído pente que anda a bater com toda a força no odor da Musa
a sua pontualidade move os parênteses das meninas em flor
alho vestido de Carmen Miranda
A NECESSIDADE APRESENTA SINAIS EXTERIORES DE RIQUEZA. a rádio do outubro verde é cumplice das claques de futebol
rosa abarrotada de horas miseráveis “en su tinta”
cogumelos narigudos em 1951 com direito a esperar pelo centenário
E DO ACASO FAZ-SE UM TABÚ RASO À SOBREMESA.
recados que dão de caras com gurus ricos
piolhos de imagem com licença de parto no Intendente
corrida de cavalos em planos adiados com marxismo na estante e lontra pelada
BEM UNIDOS TRABALHAM CALÕES UNIDOS.
cortinas da tourada no parlamento sem incomodar o rebento
carne de lã de cachecol a almofadar a diva tantrica
metade de figo à espera do pastel e mais uma dose de sarapatel
punhal de lata em cão de carnaval muito mal
COMPANHEIROS DE BULHA SÓ ENCHEM O BANDULHO.
NINGUÉM QUER TRABALHAR,
violetas porcas dentro de cêntimos em decomposição
JÁ SÓ SE COPIA OU SE APROVEITA O ENTULHO.
alface/óculos/paisagem ou a elipse romanesca em putativa pintura
os altos assassinos das montanhas de prata a sonhar coa rata
sarilhos de um picador de gelo anรณnimo em anagramas esfolados
VAMOS SER TODOS RICOS SEJA MANEIS VASCOS OU CHICOS. o estranho caso do guarda-roupa da primavera aranha com viuva a sopranar
empurra os enemas para o canto esquerdo do detective
UNIDOS NA DESGRAÇA MIJA-SE FINA A TRAÇA.
material de guerra obsoleto casado com 14 hipoteses de salvar a nação ninguém sabe grelhar bem os juízes infernais
a casa infinita desvia-se da estrada desmaselada
umbigo com cócegas em torno dele
E SE ESTIVERES A PINTAR OU A DESENHAR É MUITO OH OH OH TROLARÓ. casos de penas últimas combinados com investigações principiantes
MUITA SPICEY CHICKEN MUITA DESGRAÇA AH MUITA GENTE DE RAÇA.
convite para ver o El violeta a malhar na Madame Bovary
meada que leva o lilás do gato ao branco do rato asas violetas vestem risos raros aos vampiros ignaros
noi te f r anc ê s a co bre m fei ce n m t r e o sa joada d e à soum mesa c o e s p ras el m uv h g o o u ho as v a m em omita gun camis a s f r anc para o s à poup a f a r n ale ca
NÃO QUEREMOS CÁ MERAS PELINTRICES. NEM SEQUER CENAS INTERESSANTES.
DAI-NOS AO MENOS E S T I L O S PEDANTES.
com lotarias e banzé comes ranchos folcloricos a bater com o pé devolver por caridade os caranguejos à eternidade
DIZ BANALIDADES. A BANALIDADE DOS OUTROS TRANSFORMA A TUA FRESCA FORMA.
conjunto de ladrões em coral alentejano e carapaus alimados pernas de atleta desprezam a meta
POIS ESCANDALOSO OU SUBTIL TUDO ESTICA O PERNIL. já começou a pôr os seus ovos em óleo a ferver no freguês que se segue piolhos aprimorando a bem-aventurança do anacoretas
cadeiras a desarrumar o café desesperado bater a chinchila e dançar o vira sobre uma mira àgua de malva em pés de cabarés não dá para capilés
É VIDA DE MAU PINTOR ANDAR A MOCAR AO DESBARATO. placa idiota que os ventos da adega enxerga
OS GRANDES ARTISTAS DE ANTANHO JÁ NÃO SE LEMBRAM DO SEU RANHO aman
hecer
no al fabeto im ce só pa go da ra am ar um águia míop espet e o a os lu devor cros ar um do vi quadr zinho ípede que s e seg ue
carm
num ninho com percevejo ĂŠ como me vejo mundo frito com alecrim ai de mim
cinzas verdes de incêndios recortam a noite das paellas justas
N U N C A PODERÁS SER COMPREENDIDO POR TODOS E EU NÃO PARO NUNCA, HAVENDO AÍ TANTA GENTE. as mamas engalanadas da sua careca assada
esquerdas a endireitarem-se nos fluxos dos jornalismos com tristezas
silenciar para fora do corpete mais um frete
APENAS OS POBRES DE ESPĂ?RITO RECORDAM A RECOMPENSA?
VÊ-SE QUE DETESTAS FRASES FEITAS PARA ESCALDAR EM SEITAS. transforma a tela num junho onde possas mergulhar no veludo porque os gatos estão na outra sala a comparar a memória canina
guitarra com desdita bebe menos leite da marmita
& ASSIM DAMOS PO ESTA OBRA LAVRAD NO MESMO DIA IRMÃ GRAVATA NÃO HÁ QUEM A MATA
OR INDETERMINADA DA & DESBARATADA QUE LHE APROVE IRMÃ GIRAFA NÃO HÁ QUEM A AGRAFA