Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Artes
RAUL CÓRDULA FILHO é para ver 1977
15-30 de setembro CENTRO DE TURISMO DE NATAL
Ministério da Educação e Cultura | Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Artes
RAUL CÓRDULA FILHO é para ver 1977
15-30 de setembro CENTRO DE TURISMO DE NATAL promoção UFRN - Departamento de Artes | Gabinete Olindense de Artes | EMPROTURN
é para ver Marcelo Santos do Gabinete Olindense de Arte
Ainda não se conseguiu, quer através da História das Artes quer através das tentativas da Sociologia da Arte, definir de forma satisfatória o papel da arte e do artista no contexto da vida humana. O historiador que valoriza de modo absoluto o documento escrito, quando muito atribui ao monumento plástico ou à obra visual o valor de ilustração dos instantes históricos. O sociólogo que trabalha com os dados concretos de suas pesquisas de um objeto presente, chega somente a admitir que a obra de arte é o reflexo das características da sociedade. Admitem, uns e outros, que o homem vê o seu mundo e inspira suas ações à luz do seu pensamento científico ou matemático ou político ou religioso ou social. Poucos chegaram a admitir a existência de um pensamento plástico ou estético. Raros os que valorizam o pensamento plástico como objeto formal da visão do homem capaz não só de interpretar o mundo e comunicá-lo aos seus contemporâneos e à posteridade, mas também de interferir séria e profundamente no processo criador do mundo e da sociedade. Tudo isso sem falar dos que olham a arte apenas como ativi¬dade lúdica ou como maneira de dar aspecto agradável aos espaços, aos objetos ou ao tempo para satisfação do homem. Há ainda os que só admitem a arte como instrumento de pregação de ideologias ou de doutrinas, reduzindo-a a meros recursos sensoriais para dar maior clareza e ênfase à mensagem verbal. Penso em tudo isso e começo a desejar que se reflita mais e mais no papel que exerceram à sua época os artistas que a história registrou e
catalogou e os muitos que permaneceram anônimos. Mas acho, sobretudo, que é preciso começar a olhar os artistas contemporâneos sob uma nova ótica. Digo os verdadeiramente contemporâneos, porque os que insistem em repisar os caminhos já percorridos, que continuem a ser objeto de lazer ou instrumento de dominação dos que querem impor idéias ou princípios sejam quais foram seus objetivos. Assim começo a ver a obra de Raul Córdula. Um contemporâneo. Um dos esteios de Pensamento Plástico no Nordeste e no Brasil. Sua obra pitórica baseada em signos gráficos é essencialmente plástica. Sua mensagem aí está, inteiramente visual. Não adianta interpretá-la ou descrevê-la verbalmente. (Raul Córdula escreve mui¬to bem e se quisesse dizer sua mensagem verbalmente fa-lo-ia por escrito). Qualquer tentativa de descrever e traduzir sua mensagem visual incorreria no grave erro de reduzir sua pintura a um apoio visual de uma mensagem verbal. Sua mensagem, repito, é essencial¬mente visual. Isto não significa que são formas aleatórias para se achar bonitas, feias, agradáveis ou desagradáveis, mas desprovidas de conteúdo intelectual e emocional. Pelo contrário elas tentam dizer tudo que vai na mente do artista, seu pensamento plástico que é intérprete e componente do pensamento plástico contemporâneo, do de cada um de nós ainda que não tenhamos plena consciência disto. A pintura de Raul não é para interpretar, não é para des-crever. É para ver. E cada um há de vê-la a seu modo, há de captar a sua mensagem com maior ou menor intensidade.
cronologia INDIVIDUAIS 1959 1.° Salão de Poesia de João Pessoa (ilustrador) 1960 Biblioteca Pública de João Pessoa 1963 Xiko Arte Interior - Recife 1965 Galeria VERSEAU - GB 1968 Hall da Reitoria da UFPB 1968 Oficina 154 - Olinda - PE 1968 Clube Amante das Flores - Recife 1973 Galeria Pedro Américo 1973 UFPB Galeria BELAURORA - Recife - PE 1973 Curral Artesanato - João Pessoa 1975 Galeria 167 - São Paulo 1975 I.M. Antiquariato - São Paulo 1978 Galeria Arte Global - São Paulo 1978 Galeria Casa da Cultura de Pernambuco 1978 Abelardo Rodrigues Galeria de Arte - Recife 1978 Show Room Polyvox - Recife 1978 Show Room Polyvox - Belo Horizonte 1978 Centro de Turismo de Natal - patrocínio da UFRN/GOA
COLETIVAS 1961 Primeira Praça de Cultura - Natal RN 1966 - Opinião 66 - MAM GB 1961 Artistas paraibanos - Museu de Arte de Campina Grande PB - Galeria Facheiro - Campina Grande PB 1970 Arte na Praia - Posters Barracas de Sami Matter com desenhos de vários artistas - Praia de Ipanema GB 1972 Coletiva de Natal - Petite Galeria GB 1973 Cinco Artistas Paraibanos - Galeria Pedro Américo UFPB 1975 Exposição inaugural da Galeria Tomaz Santa Rosa - FUNCEP - PB 1975 Exposição Inaugural da. Galeria Adro - João Pessoa 1975 Exposição Inaugural do Gabinete de Arte da Paraíba - João Pessoa 1976 Coletiva na Galeria Três Galeras - Olinda - PE
SALÕES 1961 Salão comemorativo das Festas Henriquinas - 1.° prêmio de pintura. 1964 XIX Salão Municipal de Belas Artes - Belo Horizonte —Prêmio de desenho 1966 XXI Salão Municipal de Belas Artes - Mensão Honrosa de pintura - Salão Nacional de Arte Moderna - MEC GB 1970 Salão de Arte Jovem de Campinas - Medalha de Bronze Bienal da Bahia 1974 1.° Salão de Arte Global de Pernambuco - Prêmio MEC Bienal Nacional de São Paulo 1975 2.° Salão de Arte Global de Pernambuco - 1.° Prêmio (Viagem ao Exterior).
Apoio Ministério da Educação e Cultura Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Centro de Turismo de Natal Promoção Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Artes Gabinete Olindense de Artes EMPROTURN Projeto Gráfico Pedro Alb Xavier
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