Foto: MARQUINHO SILVEIRA
Mais Mais Perfil Homem Nº 19 Junho/2010 Proibida a venda
Alberto Ferreira
Da presidência da Crediriodoce para a presidência do Sicoob Central Crediminas 1
JUNHO / 2010
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JUNHO / 2010
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JUNHO / 2010
Sumário
Perfil 06 Capa
Alberto Ferreira
08
Darly Alves
10
Gilson de Souza
16
Glêdston Gomes de Araújo
18
José Gomes Mota
20
Leonardo Monteiro
26
Lourival Carlos de Oliveira Junior
28
Sebastião Pereira de Siqueira
12 Ponto de Vista
36 Acontecimento
O enlace de Juliana Borges Fiúza com o promotor Rosângelo Rodrigues de Miranda
Ágora 22 Opinião
Wilma Trindade
40 Mais Mais Gente 42 Mais Mais Gente
Em busca de uma Liderença Zenólia Almeida
14
Ponto de Vista
Clim@tec Crisolino Filho
50 Ponto de Vista África: direto ao que interessa
Diego Trindade d´Ávila Magalhães 4
DEZEMbro JUNHO / 2010 / 2009
30 Turismo
África para brasileiro ver Paula Greco
Editorial
Wilma Trindade
Maio e junho foram meses efervescentes em Valadares. Das barraquinhas beneficentes das Paróquias, passando por eventos do calendário da cidade a casamentos sociais e políticos, a sociedade valadarense não descansou um dia. O lançamento da Expoagro, seguido de inúmeros e grandiosos acontecimentos movimentando o Parque de Exposições, iniciativa da direção liderada pelo presidente André Merlo, que visa uma nova atitude na condução da União Ruralista. E o lançamento da Expoleste, que deixa vislumbrar um fecho de ouro na gestão de Edmilson Soares na presidência da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares. E a importância de Alberto Ferreira conquista a capa desta Perfil Homem 2010, como exemplo de valadarense. Ele chega oficialmente no dia 29 de julho à presidência do Sicoob Central Crediminas, após seu aporte ao engrandecimento do Sicoob Crediriodoce. Depois da Ágora, que estreou com sucesso na edição anterior, esta editora resolveu assinar mais uma página e lança Entrevista, à queimaroupa. Colaboração de Zenólia Almeida faz também o up grade desta edição, ao lado dos Pontos de Vista dos tradicionais colaboradores Crisolino Filho e Diego Trindade. Os escolhidos Perfil Homem 2010 proporcionaram à redação de Paula Greco uma honra e um deleite de captar personalidades tão carismáticas e vencedoras. Valadarenses ou não, todos orgulhosos e gratos a esta cidade. Da participação do Brasil na Copa do Mundo, por enquanto, só as cores verde e amarela. Como disse Mauro Inácio de Lima, “uma festa maior que o espetáculo”. Em que pesem as nuvens, esta edição mostra uma cidade em fase de crisálida. As finas peles vão se desprender. O trabalho é para que em pouco tempo alcance o patamar a que faz jus. A vaidade é intrínseca ao ser humano, mas não podemos deixar que o destrua. A inveja, também um dos sete pecados capitais, pode ser usada como combustível para fazer o motor funcionar, e não para corroê-lo. Compreendendo assim, um futuro otimista nos aguarda. Agradecendo a Deus, que nos iluminou para encontrar apoiadores tão especiais, reafirmamos nosso compromisso de chegar de novo até a você em setembro, com a segunda edição da revista Especial Expoleste. Vai valer a pena estar nela. Até então, se Deus quiser!
Expediente Editoria Geral: Textos Perfil: Design Gráfico: Fotos Perfil: Fotos Sociais: Colaboradores:
Wilma Trindade Paula Greco Genidar Riani Marquinho Silveira e Paulo Márcio Wilma Trindade Crisolino Filho Diego Trindade D´Avila Magalhães Paula Greco Zenólia Almeida Revisão: Tarciso Alves Impressão: Lastro Editora Tiragem: 5.000 exemplares
Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Junho / 2010 Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 /
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Alberto Ferreira 6
JUNHO / 2010
Mais Mais Perfil Homem
Recém-chegado de uma viagem à Europa – durante a qual esteve na Itália, Finlândia e Suíça visitando bem sucedidos trabalhos em países de centenária tradição cooperativista – o atual Diretor Presidente da Sicoob Crediriodoce, Alberto Ferreira, se prepara para assumir, a partir do dia 27 de julho, um novo e importante desafio: a presidência do Sicoob Central Crediminas, ao qual estão afiliadas a Crediriodoce e outras 85 cooperativas de crédito no Estado de Minas Gerais. Diretor e Conselheiro Administrativo da instituição desde 1993, ele participou ativamente, através da Crediriodoce, do fortalecimento do Sistema Crediminas. Seu atual presidente, Eli Oliveira Penido (da Credinor, de Montes Claros) foi quem indicou o nome de Alberto para sucedê-lo, dando início a um processo de transição bastante tranquilo, que culminou com a eleição do último dia 16 abril, quando, na presença de representantes de 81 cooperativas, teve seu nome aclamado por unanimidade como Presidente da Central Crediminas. Um fato que, por si só, comprova o quanto o sistema está coeso, e, para Alberto, reforça a responsabilidade inerente ao cargo. Responsabilidade esta que ele recebe com a tranquilidade e o preparo que lhe são habituais. Afinal, sua relação com o cooperativismo já conta com quase 20 anos de uma história que começou na Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce, onde entrou como cooperado, tornando-se Conselheiro Administrativo e, mais tarde, diretor. Foi exatamente nessa época em que, juntamente com a então presidência da Coaperiodoce, Alberto participou
da Fundação do Sicoob Crediriodoce. Desse período de um trabalho intenso e bem sucedido em função da dedicação de um grupo de grandes personalidades, ele guarda um caloroso reconhecimento às pessoas de dois pecuaristas, Silas Dias Costa e José Miguel Merlo, como também ao Dr. José Lucca e ao primeiro presidente da instituição, Luís Côrtes, que dirigiu a Crediriodoce desde a sua fundação, em 1988, até o ano 2.000, quando Alberto o sucedeu, já estando em seu terceiro mandato como Diretor Presidente, dirigindo uma instituição que conta hoje com mais de 11 mil associados e está presente em 17 cidades da região. Essa grande experiência relativa à Cooperativas de Crédito, somada a conhecimentos constantemente adquiridos – como na recente viagem, onde pôde comprovar o quanto ainda pode crescer o sistema cooperativista no Brasil – dão a Alberto a confiança necessária para assumir um cargo de tamanha representatividade, no qual mais uma vez ele se coloca à disposição de sua cidade para fazer ouvir a voz do Vale do Rio Doce. Quando não está se dedicando ao trabalho, Alberto exercita, como apenas os naturalmente agraciados o sabem, sua personalidade cavalheiresca, culta e refinada. E ainda encontra tempo para ser um pai atencioso de três filhos muito bem criados e o namorado/marido da Mara, cuja importância em sua vida ele faz questão de registrar, ao afirmar charmosamente que os oito anos de relacionamento são apenas o começo de uma longa jornada, na medida para quem almeja chegar a ser um lúcido e feliz centenário.
Foto: MARQUINHO SILVEIRA
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE?O desejo de fazer o bem. O QUE TE COMOVE? O agradecimento. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? É muito raro me tirar do sério. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? A convivência com pessoas de qualidade. O MELHOR DOS SENTIMENTOS: o amor, claro. MEDO DE QUÊ? Ter medo não é uma questão que está entre as minhas preocupações. Por outro lado, me preocupo em ter saúde e qualidade de vida. DIANTE DO ESPELHO... eu me reconheço. QUANDO ESTÁ SOZINHO... gosto de ler. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS...adoro propiciar à Mara as melhores condições para ela bem desenvolver a arte da culinária. SINÔNIMO DE DIVERSÃO: ouvir música, em especial jazz e clássicos. ELEGÂNCIA É: algo que vai além do vestir. Tem a ver com postura, comportamento. Tem a ver com educação e cultura. LITERATURA PREFERIDA: temas históricos, histórias das grandes guerras, biografias de personalidades, história americana, entre outras. FÃ DE CARTEIRINHA... da minha família: os meus filhos Ludmilla, Ana Carolina e Alberto Cantídio e a Mara, minha namorada/esposa já há oito anos. NO APERTO: eu procuro estar próximo de pessoas sábias. UM BREVE AUTO-RETRATO: eu sou uma pessoa que procuro servir. E o meio que eu identifiquei através do qual que posso melhor servir é o cooperativismo. Mas também sou conhecedor das minhas limitações. Sei que nem tudo sei, que nem tudo posso. Mas tenho forte o desejo de, ao lado de pessoas que me são caras, desenvolver um trabalho que dê frutos e torne as pessoas melhores.
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Darly Alves 8
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Se fosse necessário descrever o vereador Darly Alves em um único adjetivo a palavra certa seria ousadia. Darly, filho de Jacinto no Vale do Jequitinhonha, é um desbravador nato. Um homem simples e muito sagaz, arrojado de uma forma descomplicada, está sempre pronto para agir e tem muita atitude. Características que sem dúvida o ajudaram a construir, nos últimos 20 anos, uma vida pública consistente, e cheia de conquistas. Darly está em seu quarto mandato como vereador. Foram três consecutivos, a partir de 1993, e uma pausa de quatro anos no legislativo, período durante o qual atuou como secretário de Governo e depois de Planejamento, do então prefeito José Bonifácio Mourão. Em todo esse tempo, Darly se fez presente não apenas como um legítimo representante de sua comunidade, mas como ator imprescindível de importantes negociações que se traduziram em obras e investimentos para Governador Valadares. É com explícita satisfação que ele relembra cada detalhe do delicado processo de desapropriação ao longo da Rua 7 de Setembro, para que fosse feita a duplicação do acesso à rodovia, como parte das obras feitas pela Vale em Governador Valadares. Em pouco mais de 30 dias, ele negociou e resolveu a situação de 45 proprietários, sem que houvesse um único litígio que comprometesse o andamento das obras. Um episódio de sua trajetória que ele guarda com grande carinho e que ilustra bem sua habilidade de negociador, que tem origem em uma singular capacidade de observar pessoas e situações, e de se comunicar em diferentes níveis de linguagem. Darly gosta de lidar com gente, de captar as necessidades das pessoas, de traduzir e buscar soluções para anseios populares. E faz isso com espantosa simplicidade. Pragmático e resolutivo ao extremo, Darly costuma dizer que não acredita em muita teoria para fazer as coisas. Ao contrário, prefere fazer para a teoria aparecer. E quando o assunto é realizar missões difíceis, a que constantemente se propõe, ele afirma que não há segredo. O negócio é acreditar é ir em frente. Impossível, para ele, é sinônimo de falta de fé na própria capacidade. E nesse aspecto, fé é algo que não lhe falta. Darly é um otimista “de carteirinha”. Toda essa personalidade cativante, que vem acompanhada de muito bom humor e a inquietude de quem sabe que tem sempre muito a fazer, se reflete diretamente em sua conduta política e na forma como exerce sua cidadania. Respeitoso, faz questão de dizer que, em toda sua trajetória, encontrou muitos (e bons) adversários, mas nunca fez inimigos. Sua vontade de trabalhar em favor da coletividade é o que o faz ir adiante e encarar novos desafios. Foi o que o fez, por exemplo, retornar à vida acadêmica depois de muitos anos, e o faz vibrar com o curso de Direito, já em fase de conclusão.
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? A emoção. O QUE TE COMOVE? Sofrimento. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? Incompreensão. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? Tudo de bom que acontece.comigo e com o próximo O MELHOR DOS SENTIMENTOS: Compreensão. MEDO DE QUÊ? Da solidão. DIANTE DO ESPELHO... me vejo como sou, com simplicidade e humildade. QUANDO ESTÁ SOZINHO... penso no Brasil, com suas diferenças. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS... só um cafezinho. SINÔNIMO DE DIVERSÃO: o prazer de compartilhar momentos de felicidade. ELEGÂNCIA É: simplicidade. Ser eu mesmo. LITERATURA PREFERIDA: Maquiavel, e atualmente as Doutrinas da Lei. FÃ DE CARTEIRINHA... da minha esposa Zélia e dos meus filhos Deivson e Emellyne. NO APERTO: rogo por Deus. UM BREVE AUTO-RETRATO: deixo que as pessoas me enxerguem com seus próprios olhos.
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Gilson de Souza 10
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Mais Mais Perfil Homem
Os movimentos sociais, a luta pela terra, pela cidadania, e a defesa dos direitos humanos – especialmente da criança e do adolescente – são presenças determinantes na vida do advogado Gilson de Souza. Militante histórico dessas causas na região do Vale do Rio Doce, e principalmente em Governador Valadares, onde mora desde 1993, ele é um exemplo de coerência ideológica e política. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde a juventude, destacou-se por sua atuação partidária, sobretudo nos momentos mais difíceis atravessados pela militância. No diretório municipal, foi secretário geral, presidente, e atualmente é vice-presidente, tendo vivido intensamente desde os períodos mais complicados até as recentes vitórias conquistadas. No PT/MG, foi secretário agrário de 1995 a 1999, tendo atuado também como assessor parlamentar dos então deputados Marcos Helênio, João Domingos Fassarella e Elisa Costa, além de ter coordenado a Defesa Civil de Governador Valadares, durante o governo Fassarella. Além disso, Gílson é um dos fundadores do CONSEA/MG (Conselho de Segurança Alimentar de Minas Gerais). E esteve ainda à frente da Rede de Educação Cidadã (RECID/MG), projeto resultante de um convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Social e a Fundação Paulo Freire, vinculado à Assessoria Especial da Presidência da República e que tem por objetivo resgatar o legado de grandes pensadores brasileiros, como Paulo Freire, Sérgio Buarque de Holanda, Josué de Castro e Celso Furtado, entre outros. Em 2008, recebeu um grande desafio profissional ao ter seu nome indicado para o cargo de Superintendente Estadual do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reformaria Agrária). Em março, depois de um ano e três meses, Gílson afastou-se do cargo para viver um outro desafio, a disputa por uma cadeira na Assembléia Legislativa, e fez um balanço de sua gestão, período durante o qual foram adquiridos 25 mil hectares de terra, legalizando a condição de 14 fazendas, nas quais puderam ser assentadas mais de 1.100 famílias. A execução orçamentária da instituição, que era a penúltima em um ranking de 30 no país, subiu para a segunda posição, o que elevou esse orçamento de R$113 milhões em 2009 para R$170 milhões em 2010. Parcerias importantes também foram firmadas, como, por exemplo, com a EMATER – para assistência técnica em mais de 150 assentamentos, prefeituras e universidades públicas (o Incra mantém parcerias que garantem a formação de 6200 alunos, do Ensino Fundamental à Graduação) e principalmente com os Movimentos Sociais ligados aos interesses dos trabalhadores rurais. A passagem de Gílson pelo Incra lhe trouxe também uma realização pessoal, já que ele foi o primeiro assentado do Brasil a ocupar o cargo de superintendente do Incra. Para Gílson, além de muito gratificante, esse fato lhe deu a oportunidade de se fazer presente em outras regiões do Estado, especialmente na Grande BH e Triângulo Mineiro, onde chegou a ser homenageado com o título de cidadania honorária, oferecido pela Câmara Municipal de Campina Verde.
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? Os meus ideais. O QUE TE COMOVE? O sofrimento alheio. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? A falta de lealdade e a ingratidão. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? A solidariedade O MELHOR DOS SENTIMENTOS: o amor, que é o mais abrangente e mais profundo deles. MEDO DE QUÊ? Não propriamente um medo, mas um cuidado extremo para não frustrar as expectativas das pessoas.. DIANTE DO ESPELHO... eu vejo um cara bacana, boa gente, “sangue bom”... QUANDO ESTÁ SOZINHO... paro para refletir ou ler um bom livro. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS... gosto de preparar e servir um belo café da manhã. SINÔNIMO DE DIVERSÃO: é com os amigos e a família. ELEGÂNCIA É: o jeito de vestir, de andar, de tratar as pessoas. LITERATURA PREFERIDA: os pensadores brasileiros como Darcy Ribeiro, Celso Furtado, Josué de Castro. FÃ DE CARTEIRINHA... do Nelson Mandela. NO APERTO: o sentido da razão e Deus em primeiro lugar. UM BREVE AUTO-RETRATO: um homem que ama a vida, as pessoas, que acredita na possibilidade da convivência harmônica entre os contrários, e busca o equilíbrio de viver sua liberdade e suas verdades, sem ferir o outro.
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11 Foto: MARQUINHO Foto: Betânia SILVEIRA Araújo
Em busca de uma liderança
Mais Mais
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Ponto de Vista Zenólia Almeida
Socióloga, membro da Academia Valadarense de Letras. Diretora de Planejamento da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares
N
o final da década de 90, a convite do SEBRAE/MG, participei do Projeto Ideal. Durante um ano, um diversificado grupo de representantes regionais analisou e debateu temas ligados ao desenvolvimento local. Findo esse processo, foi sugerido a criação de um Fórum Permanente para o Desenvolvimento Regional e Local — um espaço apolítico que congregasse pessoas comprometidas com bons projetos para a cidade e região. Consideradas as dificuldades de articulação, a abrangência regional foi abandonada. No ano de 1998, nasceu na Associação Comercial o Fórum Permanente para o Desenvolvimento de Governador Valadares, que contava com reuniões mensais e itinerantes, e tinha como pauta buscar soluções para os problemas prioritários da cidade. Em junho de 2000, o Fórum realizou o seminário “Cidadania e Desenvolvimento” com o objetivo de discutir a situação atual e projetar uma “Visão de Futuro” para Governador Valadares no ano 2020. Apesar da aprovação das ações propostas por diferentes segmentos da sociedade organizada, nada aconteceu. Tal como tudo o que nasce nessa cidade, o entusiasmo inicial foi substituído pela acomodação e o impulso marcado pela força coletiva acabou perdendo-se nos caminhos da vida... Mas, por que Governador Valadares não consegue realizar seus sonhos? O que falta a essa jovem cidade, construída por um povo pioneiro e empreendedor, servida por uma rede de transporte aéreo e rodoferroviário que a interliga às maiores cidades do país, oferece bons e variados serviços, possui uma rede comercial atraente e diversificada, é dotada de reservas minerais e de raras belezas naturais?... Alguns fatores podem responder essa indagação: falta de compartilhar uma leitura de cenário e uma visão de futuro; a não valorização das pessoas que realmente conhecem o município e seus problemas; inoperância das lideranças públicas; vaidade pessoal exacerbada; ênfase nos valores e interesses individuais em detrimento do coletivo; descontinuidade nas políticas públicas municipais; falta de comprometimento com o futuro da nossa cidade; e... Com isso, perde a cidade, perdemos todos nós! Sem uma liderança com visão estratégica, aberta a idéias, capaz de mobilizar pessoas para produzir mudanças, não há como reverter uma visão cristalizada de que Valadares é a “cidade que quase foi”.
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Mais Mais
Ponto de Vista
Clim@tec A humanidade deve alimentar alguma esperança sobre o futuro ambiental do planeta? Pelo que estamos assistindo podemos até ser otimistas, e mesmo que a resposta seja positiva, ela soará de forma estorvada. Enquanto o G8, o grupo dos oito países mais ricos e desenvolvidos do mundo, também os mais poluentes, adia para o longínquo 2050 o prazo para reduzir suas emissões de gases poluentes na atmosfera, sabotando assim o protocolo de Kyoto, que tem como proposta a redução imediata da poluição ambiental, a natureza segue seu curso já não tão silencioso, haja vista as respostas freqüentes que vêm, dadas através de furacões, enchentes, aquecimento, secas e outros castigos. Os governantes, que parecem mais preocupados apenas com poder político, fingem não perceber, e pouco fazem para mudar o quadro. O mais grave, quem mais sofre com o desequilíbrio ambiental, e como sempre, são os habitantes dos países historicamente mais pobres, já dilapidados de seus recursos minerais e vegetais desde há muito tempo. E isso é uma verdade insofismável. Um bom exemplo é o Brasil, que já perdeu praticamente 95% de sua Mata Atlântica, e o tráfico do Pau Brasil pelos portugueses acabou com a árvore nativa, encontrada hoje somente em jardins botânicos, não mais em toda extensão do território, o que deveria acontecer. Portanto o desmatamento no país vem desde seu descobrimento. Mesmo assim, com todo aparato tecnológico de hoje em dia, com satélites sofisticados, informática, GPS, fibra ótica e outras tecnologias de ponta, o desmatamento da Amazônia continua avançando, ainda que estatísticas oficiais apontem para diminuição. Mas não podemos entender o Brasil como o único Patinho Feio dessa história. Os Estados Unidos, a nação mais rica do mundo, é quem tem protelado sua decisão sobre o controle da poluição ambiental no mundo, e até hoje não reconhece o Protocolo de Kyoto. A China, com seu espetacular crescimento de dois dígitos há mais de 20 anos, provavelmente já é o maior poluidor do planeta. Como na Amazônia brasileira, há muito já não existe mais nenhuma floresta virgem na Europa. Para piorar, recentemente o mundo sofreu seu maior desastre ambiental, provocado por um bombeamento submarino de petróleo, no Golfo do México, feito pela Britrish Petroleum (BP), empresa inglesa que explora o ouro negro na costa norte14 JUNHO / 2010
Crisolino Filho
Advogado, militante na Comarca, pós graduado em direito empresarial e bacharel em biblioteconomia pela UFMG. E-mai: crisffiadv@ig.com.br | Alô: (33) 8807.1877 / 3271.7009
americana. Seu equipamento teve problemas a mais de três mil metros de profundidade, e desde que o mundo tomou conhecimento, há quase dois meses, são lançados ao mar 65 mil litros de óleo cru por dia, uma tragédia sem precedentes, que os responsáveis demoraram a divulgar. Perdem a fauna e a flora. Ironia das ironias é que o GREENPEACE, uma ONG que se considera a maior guardiã do meio ambiente, sumiu. A instituição não fez qualquer menção ou protesto sobre esse assunto. Frente a esse desastre sem proporções, o presidente norte-americano, Barak Obama, chegou a anunciar que já é hora de o mundo se mover, buscando energias limpas e renováveis. O Brasil já tem feito em parte o dever de casa, com o desenvolvimento de tecnologias que permitiram a fabricação do etanol e do biocombustível. Sabemos, no entanto, que mudar a realidade de todo um mundo não é tão fácil assim. Um exemplo bem delineado diz respeito ao clima. Ainda que a tecnologia tenha ajudado muito na previsão do tempo, com quase 95% de acerto, o que pode ser chamado de CLIM@TEC, os verões têm sido muito, muito quentes, e os invernos, muito, muito frios. Talvez seja a resposta mais clara que sentimos do desequilíbrio ambiental. Mas, do outro lado dessa realidade preocupante, empresários estão descobrindo que é possível ganhar dinheiro no capitalismo com o meio ambiente saudável, e que poluição
é desperdício, é jogar dinheiro na lata de lixo. Já podemos sentir também que, seja por exigência ou por conhecimento, já existe consumidor que não aceita produto sem certificação, sem definição de origem em relação à natureza, atitude educativa que deveria ser copiada por todos. Viraram moda hoje em dia as palavras poluição, ecossistema, sustentabilidade, meio ambiente (que deveria ser inteiro) e educação ambiental, o que é muito bem-vindo, já que a disseminação constante de informação e idéia forma opinião. Mas só isso não basta. É preciso um controle mais rigoroso no que se refere à proteção da Terra. Mas não se pode enfrentar essa questão sem que os habitantes do planeta tenham mais qualidade de vida, se alimentem melhor, pratiquem esportes e estudem mais, caso contrário não tem como ninguém ser ecologicamente correto. Ecologia e sustentabilidade são também o ambiente humanizado entre cidadãos, que devem buscar constantemente se adequarem ao meio, principalmente dentro de si mesmos, que é onde tudo tem início, onde tudo pode ser transformado, principalmente a degradação ambiental. Ainda bem que a esperança nasce de forma espiritual, bem ao gosto de Deus, que criou a natureza para sermos seus guardiões, e não o contrário.
Toda força do campo na grande festa de Minas Leilões e ranqueadas de diversas raças, concursos leiteiros, rodeio, shows, praça de alimentação e parque de diversões.
Latino Luan Santana
10/07 - Sábado
Marcos & Belutti
15/07 - Quinta
Luiz Henrique Djavú 16/07 - Sexta
09/07 - Sexta
Hugo Pena & Gabriel
17/07 - Sábado
Relber & Allan 18/07 - Domingo
Promoç‹o
Patroc’nio
Apoio
AF GV
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Glêdston Gomes de Araújo 16
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Mais Mais Perfil Homem
Ele se acha o “mais comum dos caras”. Mas não é bem assim. O sorrisão sempre aberto é o primeiro sinal de uma contagiante simpatia, que só aumenta à medida que se convive mais de perto com o vereador Glêdston Gomes de Araújo, o Cabo Glêdston como é chamado por seus eleitores e ex-alunos do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência) que ele tanto preza. Geminiano típico, ele se comunica com facilidade, está sempre ligado em duas ou mais coisas ao mesmo tempo, tem assunto – e atenção – para todo mundo, idéias que fervilham o tempo todo, e dá conta de tudo isso com uma naturalidade que chega a assombrar. Mas não é apenas a simpatia que chama a atenção de quem o conhece. Glêdston é, acima de tudo, uma pessoa de grande dignidade, que encontrou no trabalho social seu caminho de vida. Nascido na Bahia, como ele costuma dizer, “por acidente”, viveu toda a sua vida em Governador Valadares, cidade pela qual ele se declara apaixonado, e desde 2008, quando recebeu o título de Cidadão Honorário, um filho tão oficial quanto orgulhoso. Motivo de orgulho também para Glêdston são suas raízes. Vindo de família humilde, mas de grandes valores morais, começou a trabalhar ainda adolescente. Já a vontade de fazer uma carreira militar começou a tomar forma quando ele serviu no Tiro de Guerra, um tempo que lhe trouxe grandes amizades, ensinamentos para toda a vida e o gosto pela farda, pela disciplina, pela atividade militar em si. Por isso, a aprovação no concurso para a Polícia Militar foi a realização de um sonho, ou de muitos, uma vez que em mais de 15 anos como policial, teve oportunidades de realizar grandes trabalhos. Mas nenhum deles lhe proporcionou tantos bons frutos e tantas alegrias quanto a função de professor no PROERD. Foram sete anos de um trabalho do qual ele fala com absoluta empolgação. Suas turmas, entre escolas públicas e particulares, chegaram a lhe proporcionar 700 alunos por ano. A cada formatura, novos pequenos “amigos fãs” conquistados, junto com a admiração de pais e mães, que acabaram incentivando-o a se lançar como candidato a vereador. Logo em sua primeira disputa eleitoral, foram excelentes 1958 votos, que o levaram à Câmara Municipal onde exerce, com grande dinamismo, seu primeiro mandato. No gabinete, além do trabalho parlamentar, registros da saudade dos tempos de PM: a farda emoldurada em um quadro na parede e um estandarte do PROERD se destacam em meio ao ambiente confortável, onde ele recebe seus eleitores e trabalha muito. Entre seus principais focos de atuação estão, como não poderia deixar de ser, a segurança pública e o combate às drogas, através da melhoria das políticas públicas de prevenção; além das questões ambientais, tão prioritárias dentro do seu partido, o PV. Em meio a tudo isso, ele ainda encontra tempo para fazer palestras relacionadas ao combate às drogas e ao álcool para escolas e entidades. Um volume de atividades que pode parecer grande demais para muita gente, mas não para o Glêdston, em quem sobram disposição e bom humor para levar a vida.
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? A vontade de ser instrumento de transformação para as pessoas. O QUE TE COMOVE? A simplicidade das coisas, pequenos gestos de carinho e solidariedade. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? A injustiça. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? Ver as pessoas bem. O MELHOR DOS SENTIMENTOS: o amor, em todas as suas expressões. MEDO DE QUÊ? De decepcionar as pessoas. DIANTE DO ESPELHO... fico confortável, vejo uma pessoa simples, normal. QUANDO ESTÁ SOZINHO... penso em tudo o que eu ainda posso fazer. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS... não sou prendado, mas tenho uma atitude organizada: não deixo toalha molhada em cima da cama, nem roupa espalhada, fecho o tubo de pasta de dente, coisas assim... SINÔNIMO DE DIVERSÃO: o trivial, como cinema e futebol. ELEGÂNCIA É: ser simples. LITERATURA PREFERIDA: eu gosto muito da Bíblia; e atualmente tenho lido alguns clássicos. No momento, é Don Quixote, de Cervantes. FÃ DE CARTEIRINHA... do PROERD, pela sua dinâmica e pelos resultados alcançados. NO APERTO:é Deus! UM BREVE AUTO-RETRATO: Para minha família eu sou o Gueta; para os amigos, Guetão. Sou o vereador, o Cabo PM, o instrutor do PROERD, e um eterno aprendiz. Mas na certidão de nascimento, sou o Glêdston Gomes de Araújo mesmo.
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José Gomes Mota 18
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Mais Mais Perfil Homem
Gente é para brilhar, já disse uma vez, e com muita propriedade, Caetano Veloso. Todo mundo brilha a seu modo. Mas alguns o fazem de maneira tão natural e incontestável que é impossível não se encantar deles. O empresário José Gomes Mota é assim. Uma figura completamente “do bem”, que coleciona histórias pitorescas e nos brinda com lições de vida e simplicidade como se fossem bolinhas de sabão sob o sol: leves, bonitas, brilhantes. A primeira história é a do seu nome. José é o que consta em seus documentos, mas sua vida inteira, a família, os amigos e até muitos parceiros comerciais o conhecem como Josué. Este era o nome que sua mãe queria lhe dar, em Tauá, no Ceará, onde nasceu. E mesmo depois que o pai o registrou como José, foi assim que ela o chamou e, depois dela, todos os que o conhecem. No Bairro Santa Rita, em Governador Valadares, onde ele mora e onde fica sua empresa de atacado e varejo, a Distribuidora Régis Confecções, todo mundo o conhece como Josué. Cearense de nascimento, orgulhoso e apegado às suas raízes nordestinas, Josué é também um apaixonado pela cidade que o acolheu há mais de 20 anos, e aonde chegou, às vésperas de completar 18 anos, para trabalhar com um dos irmãos mais velhos, vendendo utilidades para o lar de porta em porta. Entusiasmado e com feeling natural para o comércio, Josué logo começou a trabalhar por conta própria e foi expandindo suas atividades até construir seu próprio negócio, onde continua comercializando produtos do mesmo ramo de quando começou. Foi também em Valadares que ele se formou e cria sua família ao lado da esposa, Regina, uma conhecida de infância, que ele reencontrou durante uma temporada de passeio dela na cidade. Depois de uns meses de namoro, ela voltou para o Ceará. Mais um tempo se passou e ele foi buscá-la, em mais uma dessas histórias que parecem coisa de cinema. Vitorioso em sua vida comercial, Josué sem-
pre se preocupou em ajudar a quem, como ele, vê no trabalho honesto e em uma vida digna a melhor forma de crescer. Humanitário ao extremo, encontrou a melhor forma de retribuir as oportunidades que teve dando essas mesmas oportunidades a muitos conterrâneos que chegaram a Governador Valadares em busca de dias melhores. Além de seu caráter solidário, Josué é dono de um raro senso de observação e capacidade de absorver rapidamente impressões e conhecimentos. Essa sensibilidade lhe dá uma visão de mundo e de comércio impressionante, que ele utiliza para escolher seus parceiros comerciais e formas de investir. E não há como dizer que não tem dado muito certo. Na parede de seu escritório na distribuidora, dentro de uma moldura de vidro, outro grande orgulho de Josué: o diploma que lhe confere o título honorário de Cidadão Valadarense, recebido em 2003. Para ele, que sempre se considerou um filho da terra, este foi o maior presente que já ganhou em sua vida; e se alegra em contar que a proposição, feita à época pelo amigo e então vereador Paulinho Costa, foi aprovada por unanimidade. E não poderia ser diferente, diante do trabalho social realizado por ele de forma tão natural. Sua solidariedade nata transformou-o em uma liderança junto à “colônia cearense” em Governador Valadares. E sempre coube a ele a missão de organizar a turma na hora de se reunir, fosse em momentos festivos ou para ajudar alguma entidade ou famílias necessitadas. Manter o bom nome dos cearenses na cidade também é algo que Josué leva muito a sério. Tanto que, há cerca de dois anos, criou – junto com outros conterrâneos – a Associação da Comunidade Cearense de Governador Valadares, que hoje já conta com mais de 200 associados, sempre prontos para festejar, mas também para o trabalho comunitário. Sempre sob a batuta bem humorada e inteligente desse valadarense de coração.
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19 Foto: MARQUINHO Foto: Betânia SILVEIRA Araújo
Leonardo Monteiro
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A recente nomeação – por indicação de seu partido, o PT – para a coordenação do Comitê de Fiscalização de Obras inacabadas do PAC ilustra de forma exemplar duas das características que norteiam a conduta na vida pública do deputado federal Leonardo Monteiro: credibilidade e transparência. Características que se fazem presentes em toda a sua trajetória política, desde os tempos de militância estudantil, até este que é o seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. A história política do deputado Leonardo Monteiro inclui ainda uma significativa atuação no movimento sindical e dois mandatos e meio como vereador em Governador Valadares – tendo sido presidente da Câmara, período durante o qual implantou projetos como a Câmara Mirim (de educação política para crianças e adolescentes) e a Câmara Itinerante, atualmente reeditado. Como deputado, Leonardo chegou à Brasília há oito anos, levado por mais de 32.000 votos, obtidos, principalmente, em sua cidade de origem. Sua atuação consistente e a presença do mandato em mais de 190 municípios mineiros, onde procura contribuir – sempre significativamente – com projetos e destinações de recursos que contribuam para o desenvolvimento regional, observando em especial as áreas de meio ambiente, crescimento sustentável e educação, fez com que ele mais que dobrasse sua votação para o segundo mandato, legitimado pela escolha de mais de 78 mil mineiros. Longe de envaidecê-lo, essa evolução traz para Leonardo um sentimento de responsabilidade ainda maior. Sua personalidade íntegra lhe confere a tranqüilidade e consciência necessárias para atuar acima das questões partidárias, colocando as necessidades da população em primeiro lugar. Firmeza e racionalidade na medida certa fazem dele um excelente negociador em busca de soluções para os problemas públicos. E isso é exatamente o que ele mais aprecia em sua atuação como homem público. Com uma formação profissional eclética – é Tecnólogo em Química com pós-graduação em Meio Ambiente e Bacharel em Direito – Leonardo sabe aproveitar a abrangência de seus conhecimentos para trabalhar em comissões como a de Meio Ambiente e Relações Exteriores, além de atuar junto ao Orçamento Geral da União, o que lhe garante a oportunidade de participar efetivamente da distribuição de recursos que vão garantir mais investimentos em áreas como a educação, uma das bandeiras que ele defende com mais afinco em seu mandato. Sua atuação nesta área foi determinante, por exemplo, para a vinda do IFET para Governador Valadares, bem como o Campus Avançado da UFJF. A presença do IFMG em cidades como Almenara, Araçuaí, Pirapora e João Monlevade, também é uma conquista do seu trabalho como deputado. Desafios que se renovam a cada dia, e que se multiplicam também. Mas que funcionam como combustível para fazer dos mandatos do deputado federal Leonardo Monteiro um espaço de promoção do desenvolvimento, que contemple os trabalhadores rurais ao empresariado, trazendo benefícios para todos.
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? Ajudar os mais necessitados. O QUE TE COMOVE? Quando vejo o bom resultado de um trabalho concluído. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? Quando falam inverdades a meu respeito. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? Perceber a felicidade que o nosso trabalho proporciona às pessoas. O MELHOR DOS SENTIMENTOS: Amar. MEDO DE QUÊ? Eu não tenho medos. DIANTE DO ESPELHO... eu gosto de me sentir bem. QUANDO ESTÁ SOZINHO... aproveito para fazer reflexões sobre trabalho. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS... faço um bom café; e ainda gosto de cuidar das plantas e fazer as compras da casa. SINÔNIMO DE DIVERSÃO: andar a cavalo. ELEGÂNCIA É: se sentir feliz e tranqüilo, estar bem consigo; é um estado de espírito. LITERATURA PREFERIDA: livros de histórias. FÃ DE CARTEIRINHA... do meu pai. NO APERTO: Mãe. UM BREVE AUTO-RETRATO: Tranquilidade, simplicidade, paz. Preparo e competência. Uma pessoa que tem a política como instrumento de trabalho e busca um pouco de cada um na vida pública.
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Mais Mais
Opinião
Como uma luva Perguntaram ao Eike Batista, brasileiro, nascido em GV, e oitava fortuna do mundo, como ele lidava com a inveja. Resposta: “Com paciência, faz parte do ser humano”.
Ces’t la vie Mudanças no Sistema Leste. A fatia dos tradicionais das comunicações locais fica menor.
Comportamento 2010 tem se revelado um ano exageradamente fecundo. O que sei de jovens ligeiramente grávidas é sem conta. Ainda bem que os futuros papais estão assumidíssimos. E os prematuros avós também. Encontro com todos preparando os enxovais, uns de casamento junto, outros só o do bebê. Mas todos eufóricos.
Efeito TIM
Em GV City tem gente confundindo capacidade de execução, com perfeição. Em que pese o público no lançamento, chamar o livro do Tim Lima de obra literária, obra grandiosa, é um acinte à literatura. O amigo Tim Lima que me perdoe, mas tal alarde deve ter feito o Saramago desistir de resistir.
Saramago
Busco na, “Entre Livros” onde havia lido um editorial marcante assinado pela editora Josélia Aguiar, que citava “Os fatos humanos são, por essência, fenômenos muito delicados, entre os quais muitos escapam à medida matemática. Para bem traduzi-los, portanto, para bem penetrá-los, uma grande finesse de linguagem é necessária” (Marc Bloch, historiador fuzilado pelos nazistas), para falar de Saramago: “Na sua ficção, que tanto envolve com a história, Saramago tem um quê de Bloch. As fábulas que cria sugerem também um autor para quem, ao final de cada coisa narrada, pode existir uma “moral da história”.
Saramago II
Assim ela, a editora, inicia seu editorial: “Quando José de Sousa nasceu na pequena aldeia do Ribatejo e teve o acréscimo de Saramago no nome, por erro do escrivão e a data de nascimento trocada, para que os pais evitassem uma multa - alguns jovens franceses já iniciavam o método de pesquisa histórica que revolucionaria seu campo”. (Saramago nasceu em 16 ou 18 de novembro de 1922, e morreu no dia 17 de junho de 2010 em Lanzarote, a menor e menos povoada ilha das Canárias, Espanha, onde se refugiou há 18 anos. Deixara Lisboa, onde morava, depois das censuras do governo português ao seu polêmico livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. 22
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Ágora Marilyn sai da tumba E pelo andar da carruagem, de Marion Cotillard, no filme “Piaf- Um Hino ao Amor”, até o fim da campanha, a candidata do PT, Dilma Rousseff vai virar uma Marilyn Monroe. “Jamais se viu na história deste país” tamanha transformação. Editamos o antes e o nada impossível futuro.
Saia Justa Homenageados pela prefeita Elisa Costa (PT) no dia 14 de junho, o pecuarista Edvaldo Soares dos Santos e família, por ter doado parte de sua fazenda, quase na cidade, para a construção do Campus da UFJF. Como ele exerce o cargo voluntário de presidente da Fundação Percival Farquhar, entidade mantenedora da Universidade Vale do Rio Doce- Univale, particular, a solenidade não teve a presença da reitora Ana Angélica, nem do presidente do Conselho Curador, Lincoln Byrro Neto, ou de outros. Ela estava no curso da ADESG e prestigiou depois a troca de Veneráveis na Loja Maçônica 13 de Maio, onde já estava o presidente do Conselho de Curadores. Claro que perguntei. Os olhares revelaram a saia justíssima.
por Wilma Trindade
Yes, I can No Brasil o mote da campanha de Barack Obama foi traduzido pelo presidente Lula no singular. O homem tá que pode. (ao ler em voz alta, se tiver a língua presa, fica pior).
Pouca fé “Se a Argentina ganhar a Copa, os brasileiros vão ter que se mudar do mundo.” (Pe. Fábio de Melo, no twitter)
Saia Justa II Claríssimo que não posso tirar a tal saia, mas, pensando bem, como costuma dizer o Cláudio Humberto, já vi voluntários em entidades perderem até os casamentos por não cuidarem de seus interesses particulares. O presidente da Fundação Percival Farquhar, simplesmente tem os pés no chão. Sabe que esse cargo é passageiro. E depois, como ele mesmo disse, enxerga o que muitos não veem. Acredita sinceramente que a vinda da Universidade Federal será benéfica para a Univale. O tempo dirá.
Opinião Pedi que opinassem sobre o site da revista Mais Mais Perfil exatamente para adaptá-lo, procurando apresentar um bom trabalho. Do pai da minha neta ouvi: “Parece de 10 anos atrás. Precisa de mais movimento, mais agilidade. De meu ex marido via e-mail de Brasília. Parabéns. Avançado, moderno”... Ai me restou comparar as idades e pedir help a todos meus leitores para não só estar de acordo com o século XXI, como expressou meu ex, e sim no ano de 2010, como opinou meu ex futuro genro. Acesse e opine pelo e-mail wilmaperfil@hotmail.com Você sairá ganhando.
Copa do Mundo 2010 Você notou que a revista não tem quase nada de Copa do Mundo? Foi para dar uma respirada. Mas o técnico Diego Maradona tem sido imperdível. “...me pongo em bolas em El obelisco”. Imagine aquele cabron gordito pelado escalando o ícone turístico do centro de Buenos Aires. E o sem graça Carlos Billlardo, integrante da comissão técnica, fazendo sexo com o mesmo sexo. Ah, promessas de Copa do Mundo!... Se cumpridas que hilárias e vexamosas seriam.
Hospital Bom Samaritano inaugura Banco de Tecido Ocular Humano “Heider Cabral Sathler”
Dra. Poliana Murta
A manhã do dia 11 de junho foi efervescente e emocionante no Hospital Bom Samaritano com a inauguração de mais uma conquista que valoriza Valadares como pólo em saúde: o Banco de Tecido Ocular Humano que recebeu o nome “Heider Cabral Sathler”. O presidente em exercício, Dr. Rui Moreira, lembrou o homenageado, falando do seu amor e de sua vida dedicada ao Hospital. Ao presidente licenciado Renato Fraga, coube agradecer e enaltecer a parceria do Deputado Jayro Lessa, “... graças ao qual esta unidade pode ser uma realidade...”. Citou o constante apoio do deputado federal Leonardo Quintão, que por sua vez lembrou o colega Deputado Leonardo Monteiro, parceiro nas obras do hospital. O Banco terá na direção a oftalmologista Poliana Murta que discorreu sobre a importância deste serviço, que agilizara o processo de transplante de tecido ocular no Leste de Minas. Com ele os pacientes da região estarão em uma fila regional e não estadual. Valadares é a quarta cidade de Minas a oferecer esse serviço. Um grande acontecimento, fruto do empenho da direção em buscar parcerias para essa grande obra que está sempre em construção, visando um atendimento completo e tecnologia de ponta no tratamento de alta complexidade.
Renato Fraga
Dr. Ruy Moreira de Carvalho
Prefeita Elisa Costa e Renato Fraga com os parceiros Jayro Lessa e Leonardo Quintão
Dep. Estadual, Jayro Lessa
Flávia, da Gerência Reg. de Saúde
Dr. Carlos Freitas, Dr. Pedro Vieira e Dr. José do Carmo Victor Masson, Poliana Mura e Maurício Campos
Silas Costa, Reitora Ana Angélica e Marle Ferrari
Cheiro de Amor
Ruy Moreira, Sec. de Saúde José do Carmo, Célio Magalhães, prefeita Elisa Costa, Edison Gualberto e Renato Fraga
O descerramento da placa foi emocionante com a leitura da carta da viúva do homenageado sra. Sílvia, lida pela filha Juliana que teve como ponto forte o cheiro de amor, que Heider sentiu durante o tempo que esteve sob os cuidados de toda equipe do HBS.
Juliana, Sílvia Cabral, Cristiane e Renato Fraga
Dep. Federal, Leonardo Quintão
Dr. Einstein do Nucleleste
Prefeita Elisa Costa
Kátia Diniz e Ver. Cida Pereira
Silvano Gomes e Lincoln Byrro Pastor Arsênio
Vereador Heldo Armond
Dr. Jadson, Dr. Célio Magalhães e Dr. Carlos Areas
Eng. Newton Concellos Rozani Azevedo
Sandra e João Luiz, da Caixa
Mais Mais
Acontecimento
Lançamento Expoagro A mudança na União Ruralista de Governador Valadares se revelou concretamente no lançamento da 41ª Exposição Agropecuária de Governador Valadares, marcada para acontecer de 9 a 18 de julho. O presidente eleito, André Merlo, reunindo no palco toda sua diretoria, falou de uma nova atitude. Apoiado pela esposa, Andréa, a ambientação do grande espaço demonstrava que o destino da União Ruralista estava em mãos de famílias unidas para o fortalecimento de todos. Prestigiados pela classe e por convidados especiais, como políticos e outras autoridades, eles fizeram uma grande festa, que agradou geral. Na assessoria, a Óbvio, de Valéria Alves e Jackson Lemos. A revista Mais Mais Perfil atendeu ao convite e registrou, com o feeling de sua editora.
Andréia e André Merlo, os anfitriões
O presidente da URRD, André Merlo, e o vice Reginaldo Vilela
Cel. Alexandre Ribeiro, Cmte. 6º BPM, Paulo Lobato, Edvaldo e Edmilson Soares
André Merlo e José Renato
Afonso Bretas e Guilherme Olinto
Rogério Coelho e Cláudia
Telma Soares e Ivanise Felizardo Ribeiro
Alberto Ferreira e Mara
Castelo Fraga e o deputado Jayro Lessa
Silvana e João Marques
José Geraldo Sá e Amparo
Celso Gama e Aline
Prefeita Elisa e vereador Glêdston
Cícero Miranda e Luci Soalheiro
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Dep. Carlin Moura e Cezinha Alvarenga Marcone e Marcélia
Rogério Coelho, André Merlo e Donizete Rosemary Mafra e Valter
Zezé e Reginaldo Vilela
André Merlo e Cel. Godinho, Sec. do SEMA
Mário de Paula Dias, Roberto Mordehachvili e José Miguel
Valéria Alves, da Óbvio Cláudia Jacomini, Marcélia e Jussara Lopes Nelson Claret, Márcio Diniz, José Renato e Júlio Sales Marquinho Melo e família
Reginaldo Vilela, Mário Otoni e José Miguel Merlo
Lili e Paulo Fontes com Ondina Tavares Edmilson Soares, Roberto César e Edvaldo Soares
Suraia com Emília Drummond
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ABRIL // 2010 JUNHO 2010
Lourival Carlos de Olviera Junior 26
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Mais Mais Perfil Homem
Não há como não observar, logo nas primeiras impressões, o quanto significa a família para o empresário Lourival Carlos de Oliveira Junior, inclusive em suas relações de trabalho. Gerente Industrial da Periquito Alimentos, ele participa ativamente do crescimento de uma empresa familiar, atuando no Conselho Administrativo ao lado do irmão, do pai e dos tios. A ligação entre trabalho e família é tão estreita que, agora em junho, Junior completa 20 anos dedicados à empresa, o que representa mais da metade de sua vida. Quando começou a trabalhar na fábrica, aos 16, ele não recebeu nenhum tipo de privilégio por ser filho de um dos proprietários. Durante 10 anos, passou por diversos setores das áreas administrativa e de produção. Em 2000, depois de uma pequena temporada nos Estados Unidos, ele retornou à empresa com uma visão mais amadurecida e os conhecimentos adquiridos no curso de Ciências Contábeis. Durante o processo de renovação que resultou no novo modelo de gestão implantado na Periquito, Junior acumulou a gerência industrial das duas unidades de produção (massas e biscoito), funções que segue desempenhando até hoje. O período de muitas mudanças foi também de muito trabalho, mas os bons resultados que vêm sendo colhidos fazem valer a pena. Até porque, uma rotina extensa de trabalho não é nenhum problema para quem gosta tanto do que faz. De personalidade simples e cativante, Junior demonstra toda a sua habilidade em lidar com pessoas, qualidade essencial para quem tem mais de 300 funcionários sob sua responsabilidade direta. Tranqüilo, prefere os bastidores aos holofotes, mas sabe da importância do bom andamento do seu trabalho para o sucesso que a Periquito representa há mais de 50 anos na industria alimentícia. E que o dia a dia puxado na fábrica é plenamente recompensado pelo formidável momento de realização; segundo ele, a melhor fase em seus 20 anos de Periquito. Essa realização se reflete também em sua vida pessoal. Quando não está trabalhando, Junior gosta de jogar buraco ou fazer um churrasco com os amigos, mas seu tempo livre é quase que completamente dedicado à esposa Lourdes – companheira e apoiadora incondicional em sua vida – e aos filhos Leonardo e Luiza, de quem ele é um paizão assumidamente coruja. Passeios, viagens, momentos de descanso, tudo isso é aproveitado em família. A exceção fica por conta de um lazer peculiar: o gosto pela pescaria. Pelo menos uma vez por mês, Junior sai para pescar em um dos muitos – e bons, ele garante – lugares próximos que as pessoas às vezes desconhecem, ao longo dos rios Doce e Suassuí, especialmente. São momentos em que ele se desliga de tudo para relaxar o corpo e a mente. Esta forma de manter as energias constantemente renovadas é essencial para quem visualiza, no futuro próximo, um crescimento profissional ainda maior. Se isso significar mais trabalho, que venha, pois será bem-vindo. Para Junior, não há nada que não possa ser feito ou resolvido com serenidade e o apoio da família.
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? A minha família, o futuro dos meus filhos. O QUE TE COMOVE? Ver gente sofrendo. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? Mentira. É uma coisa que me incomoda muito. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? Meus filhos e minha família. O MELHOR DOS SENTIMENTOS: o da vitória. MEDO DE QUÊ? De ser magoado. DIANTE DO ESPELHO... sorrio para vida porque vejo que a vida tem sorrido para mim. QUANDO ESTÁ SOZINHO... aproveito para refletir sobre bons momentos. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS... um bom churrasco. SINÔNIMO DE DIVERSÃO: pescaria. ELEGÂNCIA É... fundamental para a vida. Todo mundo precisa ser elegante. LITERATURA PREFERIDA: sobre carros e pesca, além da literatura técnica. FÃ DE CARTEIRINHA... do meu pai e do meu irmão. NO APERTO: a mãe. UM BREVE AUTO-RETRATO: me sinto uma pessoa tranqüila, feliz, dedicada. Alguém que gosta de estar sempre com a família.
Foto: Marquinho Silveira
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Sebastião Pereira de Siqueira 28
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Não é exagero afirmar que a Polícia Militar faz parte da vida do coronel Sebastião Pereira de Siqueira, desde o seu nascimento. Filho de militar, ele estudou no Colégio Tiradentes (um dos seus grandes orgulhos) e herdou do pai a admiração e a fé na instituição. A opção pela carreira aconteceu bem cedo e, antes de completar 17 anos, Cel. Siqueira já havia ingressado na PM, iniciando o Curso de Formação de Oficiais. Cinco anos depois, foi declarado aspirante a Oficial, vindo trabalhar em Governador Valadares. Suas promoções, todas pelo critério de merecimento, foram se sucedendo até que, em janeiro do ano passado, atingiu a patente de Coronel PM. Em 28 anos de serviços prestados à polícia, o Cel. Siqueira passou por muitas cidades e funções dentro da instituição. Comandou o pelotão de Resplendor, a Cia. de Aimorés, foi subcomandante do 6º Batalhão em Governador Valadares, durante sete anos, foi comandante do Regimento Regular de Cavalaria Alferes Tiradentes, Chefe da Assessoria de Atividades Especializadas no Estado Maior da Polícia Militar, comandou o 14º Batalhão (em Ipatinga) por quatro anos, e a 16ª Região da Polícia Militar – com sede em Unaí – por um ano, até fevereiro deste ano, quando retornou a Governador Valadares para assumir o comando da 8ª Região da Polícia Militar. Hoje, o Cel. Siqueira tem um efetivo de 2.100 policiais militares em 64 municípios, sob o seu comando direto. Homens e mulheres que merecem todo seu respeito, e que ele tem como força para vencer um desafio constante: cuidar da população, atuando principalmente na prevenção e na repressão qualificada, como forma de combater a violência. Para tanto, ele busca um trabalho integrado com a Polícia Civil e parcerias com o Ministério Público, o Poder Judiciário e as prefeituras, entre outras. Para esse valadarense, o retorno à cidade natal reúne a nova e aumentada responsabilidade (vencida com muito trabalho e estratégia) à gostosa sensação de volta para casa, e à satisfação de estar perto dos pais e irmãos, junto com a esposa, Ilma, e às filhas Letícia e Ana Luiza, por quem não esconde o orgulho, carinho e cuidado. Uma outra grande paixão do Cel. Siqueira é o esporte. É nele que que dá vazão ao lado mais agitado de sua personalidade. Boleiro convicto, não dispensa o futebol semanal com os amigos, batizado de “PAS”, Peladas dos Amigos do Siqueira, que ele não perde nem quando está machucado, como é o caso atual. Se não pode estar em campo, está pelo menos na torcida e nas confraternizações que sempre se seguem aos jogos. Completando o momento de realização profissional e pessoal, ele foi recentemente agraciado com a mais importante comenda concedida pelo município de Governador Valadares: a Ordem do Brasão. A proposição já foi aprovada e, em breve, ele terá mais uma medalha para juntar às condecorações recebidas na PM, entre elas a importante Medalha da Inconfidência, que lhe foi conferida em 2008. Homenagens que ele recebe não como uma vaidade pessoal, mas como registros de uma vida inteira dedicada, por vocação, a serviço da comunidade.
RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? O compromisso com a minha família e a minha profissão. O QUE TE COMOVE? Hoje, ver o estrago que o crack está fazendo na nossa juventude. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? Desonestidade. O QUE ALEGRA O SEU CORAÇÃO? O carinho da família e dos amigos. O MELHOR DOS SENTIMENTOS: a Gratidão. Saber reconhecer. MEDO DE QUÊ? De desapontar as pessoas. DIANTE DO ESPELHO... eu vejo um Siqueira jovem, que ainda tem muitas coisas a realizar. QUANDO ESTÁ SOZINHO... penso no que fazer para melhorar a atividade policial e a tropa. DAS PRENDAS DOMÉSTICAS... faço um belo pão de queijo. SINÔNIMO DE DIVERSÃO: poder jogar bola com os amigos. ELEGÂNCIA É: você saber se portar de acordo com a ocasião. LITERATURA PREFERIDA: o último livro que li, recentemente, foi A Cabana. FÃ DE CARTEIRINHA... do meu pai. NO APERTO: uma oração e muita calma. UM BREVE AUTO-RETRATO: sou um cidadão que tem muito orgulho da profissão, das suas origens, que se sente muito feliz por ter a família que tem, e se preocupa em trabalhar muito para melhorar a segurança pública.
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29 Foto: MARQUINHO SILVEIRA
Mais Mais
Turismo
por Paula Greco
Joanesburgo
África para Enquanto esta Mais Mais Perfil Homem ganha corpo nas rotativas da gráfica, a seleção brasileira de futebol sela seu destino na África do Sul. Em uma Copa do Mundo em que a torcida se empolga mais pela esperança pura e simples que pela fé nos homens de Dunga, aventurar-se – mais que nunca – é preciso pelos caminhos do país de Mandela. Mas esqueça as savanas, os safáris, os animais selvagens, o pôr do sol e outras paisagens emblemáticas.
Cidade do Cabo
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A África do frio e do concreto, das diferenças gritantes, mesmo nas décadas pós-apartheid, da pobreza e dos problemas sociais e econômicos, é também uma África charmosa, cheia de vida, de paisagens urbanas, construções imponentes e praias belas, paraísos para surfistas e visitantes. Lugares de bom turismo, onde os brasileiros se sentem tão africanos quanto na realidade os somos: hospitaleiros, alegres, dançantes.
Esta “nova” África que se revela aos olhos do mundo é o que, efetivamente, justifica o grande investimento do governo para sediar a Copa do Mundo. É isso o que o país ganha: uma abertura para o mundo, que passa a conhecêlo para além dos estereótipos. A mesma lição serve para o Brasil. Uma boa condução na divulgação da Copa de 2014 vai mostrar um país pulsante e urbano, que vai muito além do Rio de Janeiro e suas exóticas cabrochas.
Durban
brasileiro ver Roteiro E como a esperança faz parte desta personalidade afro-brazuca, separamos o roteiro que será o mesmo da nossa seleção, caso ela se classifique em primeiro no seu difícil grupo, ganhe todas as partidas a partir daí e chegue à final, retornando ao “Soccer City” de Joanesburgo, ponto de partida desta viagem “futebol-turística”. Ainda na primeira fase, no seu último compromisso, o Brasil joga na agitada Durban. Classificando-se em primeiro, passa pela bela Port Elizabeth, Cidade do Cabo, para retornar triunfante e finalista à capital sul- africana. Queiram os anjos do futebol que Dunga e seus convocados possam ver de perto todas essas paisagens, e que a viagem deles não fique pelo meio do caminho. Se assim for, a nossa, pelo menos, está completa.
Porto Elizabeth
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Mais Mais
Acontecimento Dezinho Varejão e esposa
Leilões - Um luxo no Tattersal O Dia dos Namorados foi assim para os apaixonados pelo Quarto de Milha. No Parque de Exposições o luxo do 3º Leilão Águas do Rio Doce. Uma paixão realmente cara. Teve cavalinhos leiloados por 24 parcelas de quase três mil reais. E teve criador que deu 2 mil reais para ter seu cavalinho de volta. Mas o melhor foi observar a finesse de Rogério Coelho, um verdadeiro anfitrião, ao lado do presidente da União Ruralista, André Merlo, que por sua vez tinha em sua mulher, Andréia, o completo apoio. Prestigiados por grandes criadores até de outros estados, o glamour do tattersal lotado era o poder desses homens de aparência meio rude, e dessas hiperfemininas e elegantes mulheres.
O anfitrião André Merlo com os poderosos leiloeiros Wilson Dosso e Wilson Filho
Creuza Merlo, Cláudia Coelho e Simone
Rodrigo Andrade, do Frigoleste e Jota Lopes, do Mafrial, uma parceria que deu certo Aldete Melo e Andréia Merlo
Adalto Cardoso, José Reinado Magalhães e esposa
Creuza e José Miguel Merlo
Celso Mozer, Izadora Mozer, Rogério e João Pedro
Márcio Ferreira e Rogério Coelho
Vanusa Merlo e Ricardo Cláudia Coelho, Ana, Márcia e Andréia Merlo Marcos Vianei e Patrícia
Querubim Batista, André Merlo e Juninho Cabral
Patrícia e Lara
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Toninho Salim e Luiza
Léo Fraga, Rodrigo e Jota Lopes e Caxeta
Antônio Babosa e Irene
Suzana Cabral e Andréia Merlo
Norma e Thomé Carlos Pereira
Carlos Rangel e Bruno Pedra
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Rozani, presidente da Regional Rio Doce, Olavo Machado, presidente da FIEMG e Paulinho
Paulo Cunha com o Robson Braga, presidente da CNI e Rozani Azevedo da Regional Rio Doce
Paulo Sérgio Cunha e as honras do reconheci
Adair Barbosa, Luiz Alberto, Rozani, Paulinho, Regina e Franscisco
Edison Gualberto e Paulo Cunha
Pe. Francisco Vidal e Paulinho Cunha
Wellington, Cel. Albino, o homenageado, Luiz Alberto Jardim, Cel. Siqueira e Francisco Sérgio Silvestre
Márcia, José Ricardo Miranda, Paulinho e Lorena
Marieta e Lincoln Byrro
Francisco Silvestre e Paulinho
Allysson Saraiva, Rozani, Paulinho e Gelson Wander Luiz, presidente da Federaminas e Paulinho Cunha
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Romildo Borborema e Paulinho
Da homenagem na FIEMG - Regional Rio Doce, à grande e concorridíssima festa anual promovida pela Federação das Indústrias de Minas Gerais, pelo Dia da Indústria, na capital do estado, o empresário Paulo Sérgio Cunha – escolhido dos sindicatos valadarenses para receber a distinção Mérito Industrial 2010 – esbanjou carisma. Seja cercado pelo carinho da família e amigos ou ladeado pelo presidente da Fiemg, Olavo Machado, e da atual presidente da Regional Rio Doce, Rozani Azevedo, ou entre os mais altos escalões do Estado de Minas e do Brasil, sempre presentes nesta que é a maior festa da indústria mineira, quando a FIEMG apresenta o seu eleito Industrial do Ano. Essas páginas da revista Mais Mais Perfil, pela ótica de sua editora Wilma Trindade, revelam o prestígio de Paulinho Cunha, um valadarense de conquistas céleres.
O homenageado prestigiado pelos amigos Flávio Roscoe e Antônio José
Em GV o carinho da mãe D. Ivêta
Paulinho, Heládio Martins Esteves da Barbosa e Marques e Francisco Sérgio Silvestre
imento “Mérito Industrial 2010” pela FIEMG
Carla, Paulinho, D. Ivêta, Roni e Eloisa
Rozani Azevedo, Paulinho e Antônio Marum
José Geraldo Prata e Paulo Cunha
Luiz Alberto Jardim e Paulinho Cunha
Em BH, o homenageado ladeado pela esposa Lorena e Dilene Dileu, presidente da Câmara Municipal de Governador Valadares
Valter, Sec. de Desenv. e Hercílio Diniz
Paulinho, Lorena e as filhas Luiza e Paulinha
Douglas Neves e Aline Pascoal
Adair Barbosa, Vereador Glêdston e Paulinho Cunha
Almyr Vargas, reitora Ana Angélica e Rodrigo de Paula Vargas
Henrique Diniz e Beatriz Diniz
André, Paulinho e Lorena, com Sandra e João Luiz, da Caixa
Rômulo Bossi e Vinícius, da Ortec Cristiano e Vivi, do BB, Paulinho e Lorena
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FOTOS: RAMALHO DIAS
Rosângelo e Juliana com os pais dele, Paulo Rodrigues de Miranda e Alice da Silva Miranda
Os noivos com os pais dela, Julio Cezar Fiúza e Maria José Borges Filha Fiúza
Com os padrinhos, Kátia e Ulisses Lemgruber
Vinícius e Virgínia Miranda
A noiva em sua entrada triunfal conduzida pelo pai
Rosângelo e Juliana Emoção pura
Juliana e Rosângelo com a prefeita Elisa Costa
Dilma e Ernany, também padrinhos
Bruno Timóteo e Daniele, padrinhos
Gisele
Roberto Apolinário e Rosamélia – padrinhos Jonas Ribas e Juliana, padrinhos
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Juliana e Marina
Paula e Leonardo Castro Maia
Eula e Rosângelo
Foi uma das cerimônias de casamento mais emocionantes que já testemunhei. O noivo, Rosângelo Rodrigues de Miranda, promotor de justiça, deixava vislumbrar, de longe, o brilho do olhar, ao ver entrar a amada Juliana Borges Fiúza, em puríssimo e elegante branco a realçar sua belíssima pele morena. Mas não reteve lágrimas de emoção ao ver os filhos Vinícius e Virgínia, pelo tapete vermelho levando as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida. Ao abraçá-los, a igreja toda se emocionou. Padre Paulo, da Paróquia Cristo Redentor, mais iluminado que nunca. Ele se envolve e por isso suas uniões são as mais preciosas. A saída dos recém- casados foi de uma felicidade contagiante, e todos a aplaudiram. Daí, para a recepção no Salão de Festas Champagne, que estava primoroso. Classe na decoração, serviço de buffet perfeito, e tudo delicioso. E, para descontrair geral, a discoteca não parou antes das 4h da manhã. Nestas páginas, as fotos de Ramalho Dias foram complementadas com as minhas, pois não resisti a registrar, eu mesma, a elegância, a beleza e o poder de alguns amigos, que admiro pela finesse e simpatia.
Isabela, Josy, Juliana, Déglia e Eliane
Juliana, sua avó Maria José e Rosângelo
FOTO: WILMA TRINDADE
Darly Alves, Dilene Dileu e o filho Juliano
FOTO: WILMA TRINDADE
FOTO: WILMA TRINDADE
FOTO: WILMA TRINDADE
Marcelo Cândido e Euzilene, padrinhos
Vinicius Rossi e Luciana
Greice, Betânia, Janda, Lenice, a noiva Juliana, Sula e Maiara
Núbia e Lupércio
FOTO: WILMA TRINDADE
FOTO: WILMA TRINDADE
Rogério, Milena e a filha Luisa
Castor Amaral
Jorge e Daniela
Os noivos com os padrinhos, Ricardo, Vanilda, Altino Machado Júnior e Juliana
Nágila e Anacleto Falci
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Mais Mais
Entrevista
Mauro Inácio de Lima
por Wilma Trindade
Mauro Inácio de Lima, formado na primeira turma do Minas Instituto de Tecnologia MIT – o embrião da Univale – Universidade Vale do Rio Doce - engenheiro metalúrgico da Usiminas no período de 1973 a 1992, casado com Fátima Ferreira, filho do pecuarista e ex-vereador Eurides Ignácio de Lima (PMDB) aprendeu cedo que política não é uma ciência exata, cartesiana, mas um jogo de interesses. O fato deflagrador: em 1966/67 viu seu pai dormir presidente da Câmara e acordar derrotado por aquele que o havia aclamado em sua casa, na véspera. Ficou revoltado. Entrevistá-lo hoje, depois de 15 anos como vizinhos, foi inspiração pelo momento brasileiro com a aproximação das eleições para presidente, senadores e deputados.
Mauro, como se tornou um apaixonado pelo PT? Então, revoltado a partir daquela noite na casa de meu pai, comecei a me interessar pela coisa (política). Vinte anos depois, já fora de Valadares, encontrei um amigo, o Frank, dizendo que ia ser demitido da Usiminas, e naquela época ninguém era demitido. Aí conheci o PT. E logo depois fui ao Japão, participando de uma missão da Usiminas. E o Lula foi preso (regime militar). Do Japão, a equipe resolve enviar um telegrama felicitando o Figueiredo por sua posse. Telegrama que ele nunca respondeu. Para mim foi uma bobagem ter assinado aquilo. Quando voltamos estava fundado o Partido dos Trabalhadores. Bom, seu tempo de ativista político passou? Acredito que política é um exercício que a gente faz a toda hora. Não entendo, por exemplo, determinarem época para político fazer política. É o mesmo que proibir o *Aníbal de atravessar os Pirineus e os Alpes com seu exército e elefantes de guerra, para conquistar o norte da Itália. Era o objetivo dele e esta foi a estratégia. O mesmo que proibir o marceneiro de fazer janela nas férias. É a profissão dele. E a profissão do político é fazer política. O objetivo é ganhar as eleições. E esse óleo jorrando no mar do golfo do México e a Companhia inglesa sem tecnologia para deter no que se tornou o maior desastre ecológico de todos os tempos! Como vê isso politicamente? Cadê o Green Peace? Ninguém viu nenhuma manifestação do Green Peace. O que está por trás desse ativismo? É a salvação do planeta, ou impedir que a gente produza? No Congresso brasileiro estão discutindo o Relatório do Aldo Rebelo. É possível haver sustentabilidade com 6 bilhões e meio de população mundial? China e Índia têm mais de 38
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30% da população mundial. A China com 1, 3 bilhão de pessoas. Se a China crescer, o que vai sobrar? Nos EUA estão outros quase trezentos milhões, qual a sustentabilidade para atender tudo isso. A produção da pecuária brasileira e 0,4 animal por hectare. Nós já temos tecnologia para 30 vezes isso. O que não temos é poder econômico. Explorar o pré-sal a US$ 3 dólares o barril não é sustentável, mas a US$ 70, é. Sustentabilidade é melhorar a condição do solo para produzir melhor. Voltemos ao Aldo REbelo e à Reserva Legal, que ainda queima as pestanas dos pecuaristas. A lei do Código Florestal é de 1965. No ciclo da madeira, o próprio governo incentivou o desmatamento, agora os atuais ocupantes da terra estão sendo obrigados a recompor 20% da área florestal. Como? Desmatou-se para fazer essa cidade, por que uma só classe, a do fazendeiro, tem que reconstituir? E o resto da sociedade, que se beneficiou com a construção das cidades? O médico, o advogado, o engenheiro... Em GV como está a classe de fazendeiros? Quero dizer que em 1914, em Uberaba, já estavam selecionando Nelore. Em 1960 estavam indo para a Índia, e demoraram dois anos mas trouxeram o Karvad, o melhor exemplar de Nelore que existe, e ainda passando pela Ilha de Marajó. E os fazendeiros de Valadares o que fizeram? A pecuária aqui não avançou um milímetro. mudando radicalmente de assunto, você não acha que estão exagerando na transformação da Dilma? Não pense que a Dilma é um postinho do Lula. Dentro daquela lataria tem um motor. Dentro daquela casca tem gema e clara. Se a Dilma vai ganhar eu não sei. Quero saber
o que o Serra vai fazer para ganhar da Dilma. Em Valadares a prefeita Elisa está implantando o Tempo Integral nas Escolas. Por que os professores estão contra? É a refratariedade. Uma atitude humana que significa dificuldade em aceitar o novo. É preciso lembrar Mao Tsé Tung: “a marcha de 1000 km começa com o 1 passo”. Eu acho que o maior desperdício de minha vida foi estudar de manhã e à tarde, ficar sem fazer nada. Neste período eu podia ter estudado inglês, praticado algum esporte, aprendido música... A importância do ensino em tempo integral começou no Rio de Janeiro, com Darcy Ribeiro, e o modelo do educador Paulo Freire, o Cieps, para ocupar os meninos da favela. O Darcy Ribeiro candidatou ao governo do estado e perdeu para o Moreira Franco, que abandonou o projeto sob pretexto de ser economicamente inviável. Que parâmetro o eleito usou para avaliar o cidadão e o marginal? Que preço ele colocou em um e em outro? É intransferível. Quem tem que assumir é a sociedade. Qual a importância do ensino fundamental? Valadares depende 80% do comércio. E qual é o maior problema? Mão de obra qualificada. Hoje 90% dos advogados não sabem coisa alguma, coitados, pelo número de escolas de baixa qualidade. E a maioria dos profissionais da saúde não sabem nada. Todos movidos a Congressos patrocinados pelos grandes laboratórios. O jovem hoje se forma não para ser um profissional, o objetivo é ser aprovado em concurso público. O maior desafio dos próximos governos do Brasil é o ensino de qualidade e o problema maior não vai ser o know-how e sim, o know who (quem vai fazer). *(Aníbal Barca- 247 a.C – c. 183 a.C. General e estadista cartaginês, considerado por muitos como um dos maiores táticos militares da história) (fonte: Wikipédia)
Mais Mais
Acontecimento
Denis Leite, José Humberto e reitora Ana Angélica Heládio Martins e Rogério Primo
Elizete, Margarida e Newton Concellos
Denis e Humberto Nazareth
Valadares, a primeira do Brasil a iniciar o CEPE da ADESG Dênis Ribeiro Leite, a nova forca da Adesg – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. A ativação aconteceu no dia 20 de maio com o novo presidente trazendo do Rio de Janeiro o brigadeiro Hélio Gonçalves e o ex-prefeito de Patos de Minas, José Humberto Soares, para a Aula Magna do II Cepe – Curso de Estudos de Política e Estratégia. Com a presença dos antigos formados e de 31 novos alunos, o elegante evento lotou o auditório da OAB, subseção de GV. A importância do acontecimento se engrandece por ter sido Governador Valadares a escolhida para ser a primeira a iniciar essa retomada que já tem mais de 80 mil formados por todo Brasil, ao longo dos 58 anos de existência da Adesg. O curso visa discutir e promover o desenvolvimento regional e conserva a tradição de resgatar o amor à Pátria, com o desenvolvimento pessoal consciente. A revista Mais Mais Perfil registrou.
Brigadeiro Hélio Gonçalves e Denis
Denis Leite e Flávio Henrique
Isaías, Moisés Espiridião, Fabíola e Estevam Reis
Roberto César e Fernando Brito e Paulo Costa
Heldo Armond
Déa Ponciano
Edith Vieira e Dr. Jorge Ferreira Pinto
Denis Leite e o Capitão Wolff, do Corpo de Bombeiros
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Mais Mais
Gente FOTO: RAMALHO DIAS
Wilma Trindade
Sanches e Júnior de Oliveira, gente de perfil Mais Mais Tânia Mara Silvestre e Márcia Miranda, amigas elegantes
Kátia e Ulisses Lemgruber França
Seda puríssima
Ana Angélica Leão Coelho e Zenólia Almeida, impecáveis
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Kátia e seu marido, promotor de justiça, Ulisses Lemgruber, chamaram a atenção entrando como padrinhos do casamento de Juliana com o também promotor de justiça Rosângelo de Miranda. O motivo: a estampa em seda pura e o modelo do vestido dela. O fotógrafo Ramalho Dias fez a foto exclusiva, para sair aqui na Mais Mais Gente.
Josélia e Luiz Alberto Jardim
Em outra sintonia Josélia e Luiz Alberto Jardim prontos para curtir outra sintonia. Foram 18 anos como presidente da Fiemg Regional Rio Doce. Ele agora terá mais tempo para se dedicar a seus empreendimentos no setor da construção civil.
Juliana e Gustavo Leite, quando gosto muito, trago para a minha social FOTOS: BETÂNIA ARAÚJO
Alessandra e Roninho Amaral, na festa de Juliana e Rosângelo
Feijoada ZVS O jornalista do Jornal de Domingo Zé Vicente de Souza vai comemorar os seus 40 anos de jornalismo na Feijoada ZVS 2010, sua mais tradicional promoção, e que este ano terá a assinatura de Chico Mourão Buffet. O convite é para o dia 17 de julho, a partir das 12h nos salões do Garfo Clube, Ilha dos Araújos. Geralmente todo o hihg marca presença. ZVS está fazendo por merecer.
Perfil Jovem 2010, a otorrinolaringologista Flávia Cunha a todo vapor na construção de sua clínica na Rua Afonso Pena, bem no centro. Ela merece a conquista.
Enir Batista Muniz, uma mulher de fibra no comando da Pedras & Companhia
Renato Leite e Tida na noite de condecoração com a Ordem Municipal do Brasão. Este já merecia, há tempos
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Mais Mais
Gente Wilma Trindade
Claudiane e Yana, desenvolvendo sites em flash com tecnologia de ponta. Elas assinam o MAISMAIS.COM, click tvincena.com
Fabíola, pró-reitora acadêmica e reitora da Univale Ana Angélica
Cel. Alexandre Ribeiro, venerável Cel. Albino, Dirce e Ivanise
Cel Albino é Venerável da 13 de Maio No dia 14 de junho, reunião da Loja Maçônica 13 de Maio foi para dar posse ao Cel. Luiz Carlos Albino, como o novo Venerável. Acompanhado da esposa, Dirce, o Cel. Albino e todos os membros receberam os convidados especiais com muito carinho e elegância. Registramos algumas presenças.
Vivendo a vida Alessandra Coelho, a juventude e beleza que conquistou o restauranteur Jorge Zambon. Eles já são presenças confirmadas em vários eventos. Afrânio Chaves e Paulo Sérgio Cunha
Carlinhos e Renata
Lucas Cunha e Marquinhos Machado
Jackson Lemos e Aline
Marcus Morais e Lincoln Byrro
Rita Morais e a filha Marianna
Carlos Amaral e Lucimar comemoram 29 anos de casamento, no dia 11 de julho nos States, Miami e New York para onde seguem no próximo dia 8
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Guilherme Mourão, Cristiana Trindade e Isabella
Dia dos Namorados
Forno a lenha e empatia, assim Guilherme, Cristiana e Isabella compuseram o clima para a recepção dos seis casais de amigos no Dia dos Namorados. O ambiente desenhado à luz de velas no espectro colorido de flores e corações foi animado a morangos, fondue, champagne e pizza.
Carlos Eduardo Araújo e Paula Cipriano André Lacerda e Liliam Murta, Guilherme e Luiza
Antônio Henrique Coelho e Pollyana Chisté
Daniel Cipriano e Mayara Peres
Paula Cipriano, Ana Cristina, Cristiana e Mayara
Ana Cristina Chaves e Geraldo Araújo
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Mais Mais
Acontecimento
Isabel, Moreira, Marco Aurélio Moreira e Fabíola Moreira
Marcelo Moreira e Carmen
Moreira e Francisco Sérgio inaugurando o restaurante nas instalações da Raiom, indústria de baterias
Distrito Gourmet Os industriais Marco Aurélio Moreira e Francisco Sérgio Silvestre, leia-se Baterias Raiom, Plasmold e FT Kantina, presentearam o Distrito Industrial de GV com a inauguração de um restaurante que enriquece a área das instalações da empresa Raiom. Foi uma noite abençoada por Pe. Paulo, da Igreja Cristo Redentor, e que reuniu os familiares, o empresariado, amigos e vizinhos. Brindes e mais brindes foram levantados ao sucesso dos sócios Moreira e Francisco, que empreendem em prol do engrandecimento do Distrito Industrial de Governador Valadares. As fotos da Mais Mais Perfil refletem o clima.
Bené, Pe. Paulo e Virgínia
Renato Fraga, Lincoln Byrro, Elisa, Soraia e José Altino
Tânia Mara Silvestre recebendo a prefeita Elisa Costa
Walter, Marcos Almada e a prefeita Elisa Costa
Isabel, Moreira, José Barbosa e Marinalva
Wellington Braga e Socorro
Rosamélia e Jupiaci
Adair Barbosa, João Marques e Geraldo Máximo
Paulo Sérgio, Marcos Almada e Márcio Rodrigues Pereira
Juninho, Victor Silvestre e Lucas Cunha Lorena e Tânia Mara Silvestre Lincoln Byrro e Silas Costa
Pimenta e Élcio
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Isadora, Vinícius e Marcella Silvestre
Do staff das empresas, Isabel, Nilcéia, Kênia, Débora e Direly
Guilherme e Romildo
Marcella, Socorro e Isadora
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Mais Mais
Empresarial
por Wilma Trindade FOTOS: MARQUINHOS - OLHO MÁGICO
Mérito Lojista 2010 A Câmara de Dirigentes Lojistas de Governador Valadares (CDL GV) convidou e fez este ano, no dia 10 de junho, no Ilusão Esporte Clube, sua festa anual para premiar méritos. Prestigiados pela classe, autoridades e personalidades políticas foi, mais uma vez, uma promoção que engrandece a gestão de José Geraldo Prata, que termina este ano. Em seu lugar assume o empresário Dênis Ribeiro Leite.
Bonifácio Mourão e José Geraldo Prata
Hercílio Diniz e Alexandre Mattar
Roberto Alfeu, Andiara e Dênis Leite
Fábio Costa e Andréia Lacerda
Ilma e Cel. Siqueira
Edvaldo Soares e Márcio Alexandre Fabri
Geralda Gonçalves, da CDL GV
Rosemary Mafra, Adailson Cunha e Dr. Chiquinho (OAB)
André Oliveira e Castelo Fraga
Sanches Oliveira e Maria Angélica
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Marieta Byrro
Paulo Cunha e Antônio José
Lorena Cunha
Os 35 anos da Loja Maçônica 13 de Maio foram festejados pela primeira vez em grande estilo. Assim, Paulinho Cunha, que se despedia, decidiu marcar seu período de Venerável, que também inclui a iniciação de Sanches de Oliveira, superintendente das Massas Periquito, como novo membro. A festa em traje passeio completo aconteceu no Ilusão, no dia 15 de maio, reunindo vários fundadores, e com sorteio de R$ 18 mil.
Fernando Berno e Marcelo Marigo Antônio Frank e Marly
Fernanda e Marconi Lage
Edmilson Soares e Telma
Lincoln Byrro e José Pimenta Ricardo Miranda e Márcia
O staff de Sandra Jardim
Josué Mota e Regina
Sílvio Figueiredo
Reitora Ana Angélica, Emília e José Francisco Graciolli
Hatem Homaidan, Marconi, do Big Mais e Wendel, da Unicred Tim Lima e Rejes Salomão
Amanda e Lucas Cunha
Cel. Albino e Dirce
Reitora Ana Angélica e Alexandre Coelho
Lucas e Michele
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JUNHO ABRIL // 2010 2010
Mais Mais
Acontecimento
Expoleste 2010 Lançamento da 13ª Expoleste, um sucesso. Auditório da ACE Associação Comercial lotado por empresários, autoridades e abrilhantado pela Banda do Sexto Batalhão, que acrescentou com a execução do Hino Nacional. Aplaudido, como deve ser, quando tocado ao vivo. O vídeo de apresentação comandado pela imagem bonita e elegante do jornalista George Wady, um show que deu a conhecer o slogan da Expoleste 2010: “A Feira que Movimenta Toda a Região”. O coquetel servido, after, finérrimo, e fez o social passar da meia-noite, em clima de muita animação com expectativa em alta quanto à realização desse empreendimento que já se consagrou como o maior evento empresarial do Leste Mineiro, sob a coordenação do presidente da ACE-GV, o dinâmico e competente Edmilson Soares.
FOTOS: RAMALHO DIAS
Edmilson Soares, André Merlo, prefeita Elisa Costa e Edvaldo Soares
Edmilson Soares e Celso Gama
Sec. da Fazenda, Edson Brandão e Valter, Sec. de Desenvolvimento
Renato Fraga e Francisco Silvestre
Márcio Pereira e Marcos Almada
Geremias Brito, Edmilson Soares, Celso Gama e Marcelo Marigo
Paulinho Cunha, Marcelo Marigo e Paulo Lobato
Afonso Bretas e Cristiane
Gute, Isabela Ferreira e Omar Gabriel, um trio confirmado na Expocasa
FOTOS: RAMALHO DIAS
Hercílio Diniz e Luiza
Reitora da Univale, Ana Angélica, João Marques e José Geraldo Prata
Sebastião Flor e senhora, expositores tradicionais
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Oswaldo e Maria Barra
Rogério Primo, da Unipac, Silvana Ferreira e Luiz Gustavo
FOTOS: RAMALHO DIAS
Cel. Siqueira, João Marques e Algusto Barbosa
O presidente Edmilson em sua fala
Isabel Miranda Pereira, Priscila Almada e Telma Soares
Marselle e Priscilla Graciolli
Priscilla Graciolli, Paulinho Fernandes e Bandeira
Antônio Carlos Nader, Capitão Wolff e José Geraldo Prata Valéria Couto e Antonieta
Alexandre Magno Miller e Michael
Irani da Silveira, Washington Duarte e Antônio Arantes
Marcelino Ribeiro
Aline Gama
Valter Borborema e Etelmar Ver. Glêdston e Júnior Graciolli
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Mais Mais
Ponto de Vista
África
direto ao que interesssa
A Copa do Mundo motivou uma inédita quantidade de reportagens acerca da África. Poucas enfatizaram os principais problemas do continente negro, tais como a miséria e a infração de Direitos Humanos. Em 2005, meu artigo nesta revista chamou a atenção para o fato de que o ataque terrorista ocorrido em Londres ofuscou o plano de ação dos países desenvolvidos, para a África. Na época, tinha esperança de que esses países do Norte ajudariam a resolver alguns dos problemas africanos. Agora meu norte é o Sul, pois as grandes realizações estão partindo de países emergentes. Aproveitando os holofotes sob a África, é importante analisar brevemente o modo como a pobreza extrema persiste. Muitos acreditam que a África precisa de ajuda de países ricos para superar o subdesenvolvimento, mas acho que não. A economista zambiana Dambisa Moyo estudou os efeitos da ajuda econômica internacional à África, e suas conclusões vão de encontro ao senso comum: a ajuda atrapalha. A ajuda provocou retrocesso, e não desenvolvimento, na África. Por quê? Em primeiro lugar, governos corruptos e ineficientes têm sido incentivados: mesmo depois de ser mal utilizado, o dinheiro doado continua chegando aos mesmos governantes. E estadistas que foram capazes de gerar resultados positivos não são recompensados. Faltam mecanismos de prestação de contas e de constrangimento contra governos ruins. 50
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Em segundo lugar, a ajuda perpetua a situação de dependência das economias africanas. Doam-se recursos e alimentos que muitas vezes acabam sendo tomados e vendidos por grupos locais poderosos, e não chegam às bocas famintas. Doações não geram emprego e renda: inibem a atividade econômica local. A África poderia até exportar alimentos, se houvesse maior cooperação técnica e mais acesso a mercados. Em terceiro lugar, os projetos de ajuda são muitas vezes inviáveis ou ineficientes, porque não consideram certas variáveis locais. Sem o conhecimento da realidade local, recursos captados por meio de campanhas de artistas são desperdiçados. Segundo Moyo, é um absurdo o contraste entre a atenção dada à opinião de Bono Vox (vocalista da banda U2), por exemplo, e o desprezo de formuladores de políticas africanos. De que o continente mais pobre do mundo precisa? Que iniciativas merecem elogios? Os estados africanos têm seus próprios interesses e devem ser vistos como atores ativos, ao invés de passivos. Projetos de cooperação, melhor que os de ajuda, devem ser fruto de interesses comuns e devem ser moldados também pelo conhecimento de formuladores de política africanos. Há exemplos concretos desse tipo de iniciativas, em que mesmo o Brasil tem participado. O país financia cursos de qualificação profissional em áreas de construção civil, eletricidade e informática, em Guiné-Bissau,
Diego Trindade D’Ávila Magalhães Mestrado em Relações Internacionais – UnB trindadediego@yahoo.com.br
Moçambique e São Tomé e Príncipe. Com o apoio da Embrapa, que tem escritório em Gana, foram revitalizados centros de pesquisa agrícola em Mali, para atividades têxteis, e no Senegal, para a rizicultura. Além desses projetos, o desenvolvimento africano precisa de infraestrutura, setor em que a China tem tido destaque como grande investidor. Os chineses viabilizaram a construção da maior represa africana, situada na Etiópia, e financiaram ferrovias na Angola e hidrovias no Moçambique. Todos ganham: a China, petróleo e minerais, e os africanos, infraestrutura para novos empreendimentos. Muitas iniciativas de ajuda e de cooperação oferecidas tradicionalmente pelas grandes potências tiveram efeitos positivos. Contudo, certamente poderiam ter feito mais. Na década de 1990, quando a atuação de países emergentes ainda era bastante limitada e os países ricos ainda mandavam na África, o crescimento econômico do continente foi pífio. Foram os emergentes que possibilitaram o renascimento africano. É imprescindível que essas ações positivas se multipliquem. A África precisa de parceiros, não de doadores. Precisa de cooperação, não de ajuda. Precisa de projetos coordenados, não impostos de fora. Portanto, países do Norte precisam aprender e reproduzir iniciativas de cooperação Sul-Sul, aquelas entre países em desenvolvimento. Por isso, em se tratando de cooperação para o desenvolvimento, o norte agora é o Sul.
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