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Nº 31 - Dezembro/2012 Proibida a venda
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Sumário
Mais Mais Perfil Mulher
13
LETÍCIA GAMA 26
08 Matéria CAPA 20
Perfil
Heloísa Lucca
22
Perfil
Lorena Cecília e Simone Ribeiro
Broxada em
50 tons! Por Paula Greco
12
Ágora Por Wilma Trindade
30 Ponto de Vista O vai e vem dos estilos
32 Ponto de Vista A mulher e seu poder
Crisolino Filho
Ana Paula Kern
46
36
Mais Mais Gente
Por Wilma Trindade
44
Mais Mais Gente
Por Wilma Trindade
Em volta da mesa, ao redor do mundo Por Paula Greco
35 Ponto de Vista Peitos & Bundas Etelmar Loureiro
40 Ponto de Vista Guitar x Violão Newton Concellos
50 Ponto de Vista Israel-Palestina Conflito crônico Diego Trindade D´Ávila Magalhães
Wilma Trindade
E o mundo não acabou como alguns lunáticos cismavam em acreditar. Mas muito do mundo está desaparecendo. O velho mundo, antes novo, está envelhecendo de novo, e se renovando. Assim é a vida. Feita de momentos. Momento de plantar, momento de colher, momento de morrer, como está em Eclesiastes. Disse Oscar Niemeyer (1907-2012) um patrimônio perdido: “A vida é um sopro”. Dezembro inspira e chegamos à nossa 9ª edição de Natal, com uma Mais Mais Perfil Mulher que traz na capa o poder da desembargadora Márcia Milanês, superintendente da Assessoria de Gestão de Inovação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, homenageada no dia 13 na Câmara Municipal de Governador Valadares, com o título de Cidadã Valadarense. Também o perfil de mulher poderosa da administração, Heloisa Lucca, e de duas jovens valadarenses que realizaram o sonho de ser empresárias. Essa edição, como não poderia deixar de ser, traz ainda o Natal ao redor do mundo e, em 4 páginas, o Ponto de Vista de Paula Greco sobre a trilogia que ferveu o imaginário feminino brasileiro em 2012. Além, naturalmente, dos nossos tradicionais colaboradores, trazemos também textos de Newton Concellos e Ana Paula Kern. Estamos felizes pois atingimos nossa meta de 5 revistas Mais Mais Perfil por ano. Tempo de agradecer a nossos apoiadores, que reafirmam nossa credibilidade. Sempre a Deus, que nos ilumina e nos dá a direção correta. A todos, Boas Festas, felizes férias. Até a próxima, em abril de 2013, se Deus quiser.
Expediente Editoria Geral: Wilma Trindade Fotos Sociais: Wilma Trindade, Dani e Lu Fotografias, Maquinho Silveira Colaboradores: Crisolino Filho Diego Trindade D´Ávila Magalhães Etelmar Loureiro, Paula Greco Newton Concellos, Ana Paula Kern Design Gráfico: Revisão: Tarciso Alves Impressão: Lastro Editora Tiragem: 5.000 exemplares Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Dezembro / 2012 Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com
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Editorial
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Mulher
Capa
Fotos: Wilma Trindade
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Márcia Milanez O é Cidadã Valadarense
bonito diploma emoldurado em vidro poderia ser mais um para se juntar a tantos outros títulos, condecorações e homenagens recebidos ao longo de sua proeminente carreira judiciária. Mas, para a desembargadora Márcia Maria Milanez, o título honorário de Cidadã Valadarense traz uma sensação especial. Como ela mesma disse em seu discurso de agradecimento, “o aconchego de uma criança que ganha uma mãe adotiva, e se orgulha em ser chamada de filha desta terra”. A fala terna e emocionada da desembargadora tem sua razão de ser. Sua relação com Governador Valadares vai muito além dos dois anos em que morou na cidade, atuando como promotora do Ministério Público e professora e coordenadora de estágio na Fadivale. Foi em sua infância, trazida pelo pai que vinha visitar o amigo e compadre Coronel Altino Machado, que Márcia conheceu a Princesa do Vale, em sua fase mais pujante e efervescente. Por isso mesmo, foram bem frequentes as visitas seguintes: em férias, em animados carnavais no Ilusão, sempre na companhia dos amigos queridos. Aí veio a faculdade de Direito, cursada na UFMG, e o começo da carreira pública que, em 1983, a trouxe de volta a Valadares, já como promotora. Um tempo que, apesar de breve, evoca lembranças de muito carinho e saudade. Depois, o trabalho a levou para outras comarcas, mas ficaram os amigos – antigos e novos – conquistados por sua personalidade carismática e acolhedora. Foi com um largo e contagiante sorriso no rosto, e tomada por grande emoção, que na noite do último dia 13 de dezembro, 27 anos depois de ter se despedido do seu trabalho aqui, Márcia fez o seu retorno oficial à cidade, subindo à tribuna da Câmara de Vereadores para agradecer a homenagem recebida, através da qual Valadares ganha uma ilustre cidadã, cuja trajetória serve de modelo e inspiração para quem acredita em trabalho e nos bons ideais. Primeira mulher a ocupar a Mesa Diretora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na qualidade de 3ª vice-presidente e superintendente da Assessoria de Gestão da Inovação (Agin), Márcia assumiu o cargo de desembargadora no TJMG, em 2001. Antes disso, trabalhou como promotora em várias comarcas, foi Procuradora de Justiça e também juíza do Tribunal de Alçada. Sua conduta irrepreensível e o seu dinamismo lhe renderam dezenas de prêmios, medalhas e comendas. Mas, em sua noite de Cidadã valadarense, Márcia quis mesmo foi afagar seus novos conterrâneos. Demonstrou seu carinho ao buscar referências históricas para seu belo discurso, pontuado ainda por pérolas como a frase de Che Guevara: “nunca me espere para a colheita, estarei sempre semeando”; e a citação lapidar de Norberto Bobbio: “é inútil dizer que nos encontramos aqui numa estrada desconhecida; e, além do mais, numa estrada pela qual trafegam, na maioria dos casos, dois tipos de caminhantes: os que enxergam com clareza, mas têm os pés presos, e os que poderiam ter os pés livres, mas têm os olhos vendados”. Mas nada foi tão tipicamente valadarense quanto a costumeira frase “dizem que quem bebe a água do Rio Doce não se esquece e sempre volta”, dita em tom emocionado, ao lembrar das antigas viagens a passeio ao lado do pai, e trazer de volta a sua memória, afirmando sua presença na noite de tanta alegria, se não em pessoa, mas já “encantado”. E foi assim, com a poesia de Guimarães Rosa, que ela encantou a todos e confirmou o acerto da aprovação unânime do título que lhe confere por direito o que em seu coração já parecia ser um fato consumado. 8
dezembrO / 2012
Por Wilma Trindade
Dezembro,13
Uma noite de homenagens em GV A Câmara Municipal de Governador Valadares inaugurou suas novas instalações, reformadas e ampliadas, com o prestígio da solenidade de outorga do título de Cidadã Valadarense, proposta do vereador Euclydes Pettersen, à ilustre desembargadora Márcia Maria Milanez, a primeira mulher a ocupar a Mesa Diretora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A noite do dia 13 de dezembro, no Plenário, foi enobrecida ainda pelo mesmo vereador autor da proposta, que obteve também a unanimidade de seus pares quanto ao nome do empresário Alex Diniz, para receber a mais importante comenda do município, a Ordem Municipal do Brasão. Na mesma data, a vereadora Dilene Dileu, outra autora de outra proposta aprovada, fez aterrissar em GV o deputado estadual Diego Andrade, para receber o título de Cidadão Valadarense. Essas três homenagens lotaram a Câmara de Vereadores. Bom ressaltar que, como convidado, compôs a mesa protocolar o deputado José Bonifácio Mourão. Ao seu lado, representando a prefeita Elisa Costa, estava o secretário municipal de Governo, Silvano Gomes. A composição da Mesa contou também com a presença dos homenageados, do presidente da Câmara, Ananias Camelô, e do presidente recém-eleito da 43ª Subseção da OAB-MG, Elias Souto.
Os homenageados da noite: Alex Diniz (com a Ordem Municipal do Brasão), Márcia Milanez e Diego Andrade Márcia Milanez
Hercílio Diniz ladeado pelo filho Alex e a neta Júlia
Júlia Diniz na tribuna
Euclydes Pettersen
Luzia e Hercílio Diniz, na Câmara para prestigiar o filho Alex
Hercilinho Diniz
Paulo Maloca e Euclydes Pettersen Cristiane e Alex Diniz
Silvano Gomes, Diego Andrade e Dilene Dileu
Alex e Cristiane, com os filhos, Moisés e Júlia
Moisés Diniz e Palmira Bastos
Ruber Castro e Larissa Alcântara
Vereadores, Chiquinho, Sezzary eAnanias (presidente da Câmara), deputado Mourão e Elias Souto (presidente da OAB - GV)
9
dezembrO / 2012
Por Wilma Trindade
Os alunos e seus padrinhos, representantes das cooperativas promotoras do 1º MBA Gestão Estratégica de Cooperativas
Reyder Pio (Sicoob Credivale), Dr. Rimack Antônio Rosa Almeida (Unicred), Almyr Vargas (Sicoob AC Credi), Alberto Ferreira (Sicoob Crediriodoce), Ronaldo Scucato (Ocemg), Denise Assis (Univale), João Emídio (FPF), Guilherme Olinto Resende (Coaperiodoce), Dr. Manoel Arcísio (Unimed), José Eustáquio (Sicoob Credicope), Samuel Gomes (Copauto)
2012 – O Ano Internacional das Cooperativas, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), teve ação importante em Governador Valadares. As cooperativas locais, Coaperiodoce, Coopauto, Covatrans, Sicoob AC Credi, Sicoob Credicoope, Sicoob Crediriodoce, Sicoob Credivale, Unicred e Unimed, em parceria com a Universidade Vale do Rio Doce (Univale) promoveram o primeiro curso MBA em Gestão Estratégica de Cooperativas. O encerramento, no dia 27 de novembro, mereceu elegante solenidade de formatura, prestigiada pelo presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais – Ocemg, Sr. Ronaldo Scucato. Em sua fala sobre os desafios da Educação no Ambiente Cooperativista, ele ressaltou a importância da constante capacitação de pessoal “pois quem não apoia a educação não tem consciência do peso da ignorância”. Os certificados foram entregues pela representante da Univale e por presidentes de cada cooperativa, aos seus indicados. A cerimônia foi seguida de fino coquetel, em que se brindou em perfeito cooperativismo. Convidada e honrada por partilhar desse evento de alto nível, a editora da revista Mais Mais Perfil o registrou para a posteridade.
Os alunos recebendo os certificados pelas mãos de seus padrinhos
Anderson Pereira
TiagoBelizário Belizário Tiago
Emília Machado
Ana Angélica
O certificado de Fred Mesquita
Arcênio Coelho
Regiane Souza
Gilmar Oliveira
Celso Mol
Wilian Salvador
Cantídio Ferreira
José Eustáquio
Luciane Menezes
ManoelArcísio
Cláudio Soares
Luciana Sabino
Diogo Martins
Juliana Pio e seu certificado
Enedina Andrade
Humberto Pedra
Fernando Menezes
Paulo Sérgio
José Francisco da Costa Jr.
Reyder Pio
Wendell Machado
Regilmar Aguiar
Alex Medeiros
Laugmar
AnaAngélica, oradora representante da turma Manoel Arcísio, presidente da Unimed
Alberto Ferreira, presidente do Sicoob Crediminas
O poder do Cooperativismo
RonaldoScucato,presidentedaOCEMG-Organização Dr. Rimack (presidente Unicred), João Emídio (vice-pres.FPF), João Marques (vice-pres. Coaperiodoce), Ronaldo Scucato (pres.Ocemg), das Cooperativas do Estado de Minas Gerais Guilherme Olinto Resende (pres. Coaperiodoce), Alberto Ferreira (pres. Sicoob Crediminas), Almyr Vargas (pres. Sicoob AC Credi)
O brinde de Almyr Vargas, Ronaldo Scucato e João Marques
O pres. da Unicred Dr. Rimack ladeado pelo diretor Carlos Eduardo Pimentel e pelo pres. do Sicoob Crediminas Alberto Ferreira
Manoel Arcísio e Ronaldo Scucato
Silas Costa, diretor da Crediriodoce, ladeado por Emília Machado e Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho, organizadoras do evento.
Cida e Manoel Arcísio Arcênio Coelho e Silas Costa
Fred Mesquita e Lívia Mesquita
O pres. do Sicoob AC Credi Almyr Vargas e seus indicados Juliana Pio e Paulo Sérgio A diretoria da Unimed/GV - Arcênio Coelho, Manoel Arcísio, Fred Mesquita, Anderson Pereira - Todos, MBA Gestão Estratégica de Cooperativismo
Tiago Belizário, João Marques e Guilherme Olinto, Willian Salvador, Regiane Souza e Gilmar Oliveira
Celso Mol e Marcela Hastenreiter Mol
Carlos Antônio e seu irmão Cantídio Ferreira - MBA Gestão Estratégica de Cooperativismo
Fernando Menezes e Anelise
Mais Mais
Opinião
Ágora
por Wilma Trindade
A
coluna está cheia de citações: mas com tantos pratos feitos fornecidos nessa temporada, pra que inventar?
“A Polícia Federal está certa de que Rosemary Noronha era o “braço político da quadrilha” naquilo que o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo chama de “seio da Presidência”. Há quem diga que houve também braço da presidência no seio da quadrilha, mas isso teria sido antes da gestão Dilma Rousseff.”
Do Gil no Jô Gilberto Gil, contando rindo, como foi registrar o nome da filha Preta Gil em um cartório de Copacabana em 1974. “Como?... Preta.?...” “Sim. Preta, como Clara, como Branca”. Respondeu o Gil, deixando mudo o escrivão preconceituoso.
Tuty Vasquez / Estadão
Kama Sutra no Senado O ministro Eduardo Cardozo, questionado pelo senador Pedro Taques sobre a Operação Porto Seguro, provocou outro embate acirrado no Senado. A PF devia ou não ter grampeado o telefone da Rose (você sabe, a Rosemary “afilhada” do ex presidente Lula), no Gabinete da Presidência em São Paulo, no seu tempo e no Governo Dilma. O caso inspirou o senador Pedro Taques. “Dizem que o direito parece o Kama Sutra. Parece o Kama Sutra, porque são várias as posições. Cada um tem sua posição, jurídica logicamente”.
“
Frevo no Sambódromo
Seria um privilégio indevido concedido a réus que fazem da prática criminal uma rotina.
”
Mesmo que não se dance por todo Brasil, cogita-se que o carnaval 2012 será no ritmo do Frevo. Afinal o nosso brasileiríssimo samba até hoje não foi considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade. Será que é porque o samba tem muito “material”?
Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, respondendo aos que pediam a eliminação da pena de oito dos condenados no processo conhecido como Mensalão, justificando que só o fato de terem sido condenados já era uma pena.
MÍDIA
“Ela deve ficar louca por não poder falar de nada mais substantivo, mas seria uma gritaria se ela falasse. Ela só pode cuidar de sua horta e fazer campanha para que as pessoas se exercitem mais.” Michele obama
Tina Brawn, em entrevista à Folha de São Paulo, sobre Michelle Obama no papel de 1ª Dama dos EUA.
Negócios no Brasil a vista “adoraria ter o Daily Beast em português. Farei contatos. É um tempo de muitos desafios para a mídia. Não dá para distribuir trabalho de graça. Um erro que a imprensa já cometeu”. Tina Brown, editora chefe da Newsweek, e do site Daily Beast, em entrevista para a Folha de São Paulo.
...“Direita” virou conceito de plantão para definir toda e qualquer opinião divergente. Quem não rende homenagem incondicional ao PT é de “direita”. O judiciário, visto da perspectiva das condenações no Supremo Tribunal Federal, tornou-se “conservador”. Resultado de escolhas equivocadas de Lula e Dilma Rousseff, que não souberam construir um perfil “progressista” para a Corte? Não, inclusive porque nenhuma das indicações foi criticada. Ao contrário, quase todas com destaque pra Joaquim Barbosa – bastante celebradas. Qual o problema, então? A independência dos magistrados, que decepcionou o PT... Dora Kramer – O Estado de São Paulo
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dezembrO / 2012
15 ANOSGAMA LETÍCIA Por Wilma Trindade
S
Fotos: Dani e Lu Fotografia
ofisticado, prestigiado, luxo puro estava o Ilusão Esporte Clube que mais uma vez foi cenário para uma grande festa da jeunesse dorée. E quanta gente linda, naquele sábado, 24 de novembro. A começar pelos anfitriões, debutante Letícia Gama, e seus pais Aline e Celso Gama, finérrimos que, além da beleza e elegância, extrapolam savoir faire e joie de vivre. Penteadas pelo cabeleireiro Gilberto Curty e vestidas com a griffe de Aliane Matos, elegantérrimas, mãe e filha, ao lado de Celso, recebiam como família real. E, como tal, obedeceu-se a tradição. Pouco mais de meia-noite, Letícia surgiu iluminada em seu segundo vestido, esse dourado como os sapatos, descendo os degraus para chegar ao salão e valsar, primeiro com o pai. Depois seguiram os tios e a esperada hora, com os previamente escolhidos e felizardos rapazes. Bom, passados esses momentos que marcam para a vida toda, como o glamour dos parabéns e brindes à felicidade, a tão sonhada balada da Letícia rolou embalada pelas bandas Mileva Aê e 2 Fuel, iluminada pelas luzes de neon, animada pelos inúmeros drinques e sustentada por finérrimos canapés, régios buffets, japonês e italiano. Como não é possível mostrar tudo e todos, registro com quem estive e quem vi en passant, não necessariamente nessa ordem. Raquel Faria e Harlen Araken, Isabel e Márcio Rodrigues Pereira, Edvaldo Soares com a nora e os netinhos, Lincoln e Tânia Alvarenga e o filho vereador Sezzary Alvarenga, Anderson Pereira e Elia Pitanga, Lincoln Byrro e Marieta, Gilberto e Giselle Hastenrreiter, com a filha Bárbara, Marral Lage e Daniela. 13
dezembrO / 2012
Fotos: Dani e Lu Fotografia
LETÍCIA GAMA
Letícia e sua mãe, Aline Brasileiro Gama
O carinho do pai, Celso Gama
Letícia com a tia Cláudia e a prima Lorena
Com os tios Maurício e Patrícia e a prima Maria Luisa
Fotos: Dani e Lu Fotografia
Aline, Let铆cia, V贸 Eni e Tia Erika
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outubrO / 2012
Fotos: Dani e Lu Fotografia
Dançando a valsa com o tio Fabiano
e com o amigo Gabriel Coimbra
Recebendo homenagem das amigas Foto: Wilma Trindade
Mariana Soares
Adriana, Letícia, Amanda e Francisco
Tia Dilma
Marly e Marum
O amigo Daniel Balieiro
Foto: Wilma Trindade
Mateus Pitanga e os pais, Paulo Cesar e Elaine
Célio, Miriam Cardoso, Lígia e Ignácio Thomé
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Gabriel Fernandes, Letícia e Guilherme Cabral
dezembrO outubrO // 2012 2012
O amigo André Glória
Júlia, Letícia e Alessandra
Daniela Almada
Letícia com as primas Tarssila, Lorena e Kíssila
Rafael Coelho, Letícia e Marcos Vinícius Rafaela Matias, Letícia e Vitória Ferraz
Letícia e Telma Soares Fernando e Luciane Juliete e Paulo Lobato
Elisa Costa, Letícia, Edmilson Soares, Aline e Celso
As amigas Thayná,Viviane Valentim,Carol Borborema,Letícia, Amanda Sampaio, Milena Ribeiro e Rebeca Colodeti
Alice Milbratz
Foto: Wilma Trindade
Dançando a valsa com o tio Maurício
Os primos Gabriel, Letícia e Ricardo Augusto Débora e Sérgio Naves, Heloísa Lucca, José Júnior e Milena
Gabriel Barreto, Letícia e Rafael Bussinger
Priscila, Letícia e Marcos
Gabriel Milbratz e Eusana Milla Moreno, Letícia e Victória Frasson
Marco Antônio, Letícia e Antônio Froes
Letícia e Ana Clara Andrade
A amiga Gabriela Mourão
A valsa com Edmilson Soares
17
dezembrO / 2012
Cultura Mulher
Mais Mais Perfil
Por
Paula Greco
Doutor em verso&prosa UM LIVRO DE CONTOS E OUTRO DE POEMAS MARCAM A ESTRÉIA LITERÁRIA DO MÉDICO DILERMANDO DIAS MIRANDA
Sobre o
autor
Multiplicidade. Essa talvez seja uma palavra interessante para começar a descrever o Dr. Dilermando Miranda. Médico, chefe de família. Poeta, escritor, músico. Ele é tudo isso e mais. É um homem espiritualizado e em constante evolução, que, entre seus muitos amores, se multiplica, se fortalece, se renova. E a cada um deles se dedica generosa e tranquilamente. É assim com a medicina, a vocação de infância que se tornou, mais que uma profissão, uma verdadeira opção de vida. É assim com a literatura, com a música e sua eclética preferência. É assim com a doutrina espírita, que estuda e pratica há mais de 40 anos. É assim com o esporte, com a gastronomia, com a vida social, e sobretudo, é assim com a família, seu grande e definitivo amor: a esposa Marília, os filhos Yuri, Sabrina e Sarah; os netos, genro e nora.
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dezembrO / 2012
Foto: Wilma Trindade
A
ssim como a medicina – sonho de criança que se transformou em profissão – a literatura sempre esteve presente na vida do Dr. Dilermando. Leitor voraz, do tipo que costuma ter mais um livro na cabeceira para serem lidos simultaneamente, não demorou muito para que ele fosse de leitor a escritor. No começo, era apenas pelo prazer de ver sua imaginação ganhando forma, além de ser uma maneira de expressar, entre outras coisas, suas impressões sobre tudo o que o cerca: a vivência no consultório, a vida em família, o cotidiano e o extraordinário; tudo descrito e contado em forma de contos e poemas. Foram muitos anos escrevendo e guardando, compartilhando com os mais próximos, refletindo sobre a possibilidade de publicação. E, após décadas de maturação, ele finalmente mostra seu trabalho ao público geral, e em dose dupla: “Nos Caminhos do Mundo” é uma coletânea de contos, e “Lembranças que Ficam” reúne mais de uma centena de poemas escritos em diferentes ocasiões. Em ambas as capas, um pouco mais de trabalho autoral. As fotos que ilustram os dois livros foram feitas pelo próprio Dilermando, entre as muitas viagens em família. Uma delas retrata uma paisagem litorânea, e a outra flagra um momento de carinho entre o filho Yuri e a nora Jaqueline. Com os livros editados e impressos, Dilermando vive um momento em família, enquanto planeja um lançamento oficial para o começo do próximo ano. E, ao que tudo indica, a carreira literária está só começando. O próximo passo é um romance, que já tem alguns capítulos escritos, mas que ele não tem, pelo menos por enquanto, nenhuma pressa de concluir.
Yuri e Jaqueline, Dilermando e Marília, Sarah e Igor, Yana, Sabrina e Alexandre. Faltou o netinho Davi
Música, Futebol e Cozinha:
tudo em família
Medicina &
Espiritualidade Nascido em uma família de origem simples, Dilermando sempre soube que realizar o sonho de ser médico dependeria de muito esforço, estudo e competência. E nunca se acanhou diante disso. Encarou os desafios, superou as dificuldades, formou-se, especializou-se como gastroenterologista, veio para Valadares, e nunca mais parou. Humanista por natureza, sempre exerceu em seu consultório o atendimento acolhedor, que atualmente ainda é considerado um diferencial positivo na medicina. E é com um misto de simplicidade e orgulho que Dilermando conta que, junto a outros colegas pioneiros como ele, ajudou a mudar a história da medicina na cidade (tendo ocupado, inclusive, a vice-presidência da Associação Médica), tornando Valadares uma referência regional em atendimento e estrutura, com clínicas bem equipadas e tratamentos sempre atualizados com o que há de mais moderno em cada área. Kardecista com décadas de estudo da Doutrina Espírita, Dilermando chegou a ser presidente da AME (Aliança Municipal Espírita) e durante quase seis anos assinou uma coluna semanal no DRD, sobre o tema. Destacando-se como cronista, recebeu elogios e foi convidado para integrar a Academia Valadarense de Letras, onde também exerceu a presidência. E foi lá que ele teve o incentivo inicial para transformar seus contos e poemas nos livros que aí estão. Mas nenhum trabalho voluntário o emociona mais ou é guardado com tanto carinho quanto os 17 anos em que atendeu no ambulatório do grupo da Fraternidade Martha Figner e no Instituto Nosso Lar, sendo ambas instituições kardecistas, que divulgam a filosofia espírita, da qual participa ativamente.
Assim como é impossível dissociar o Dr. Dilermando da medicina, da literatura ou da espiritualidade, não dá para esquecer a música... Ah, essa sim, um grande prazer no qual ele vai do ouvinte eclético ao multi-instrumentista (toca piano e carron) e ainda se arrisca nos vocais. Para Dilermando, música é momento, e a trilha sonora pode ir de Chopin a Paula Fernandes, passando pelas muitas fases dos Beatles e pela poesia ácida de Cazuza. Para ele, bom mesmo é viver para ver e ouvir estes momentos históricos da musicalidade, em todo o mundo. Sons que o tempo imortaliza e que passam de geração em geração. Com o futebol é a mesma coisa. Freqüentador assíduo por mais de 30 anos da famosa “Pelada do Lima”, ele deixou de lado a prática, trocando-a pelos exercícios de academia de ginástica, uma novidade de que ele ainda está aprendendo a gostar. Fã de Pelé, Zico, Tostão e tantos outros, ele é cruzeirense por excelência e, acima de tudo, um admirador do esporte. Mas mais que no campo, é na cozinha que ele bate um bolão. Em casa, uma ala é separada para o chef de final de semana, que gosta de preparar seus pratos em grande estilo, acompanhado de um bom vinho, de amigos e sobretudo da família. Porque é junto dos seus que Dilermando vive os melhores momentos da sua vida. Uma história de afetos bem construídos, que começou durante sua faculdade, em Vitória, onde Dilermando conheceu a esposa, Marília, quando deu aulas de biologia para ela. Desde então, é a esta companheira enérgica e dedicada que ele se refere como pilar da família que construiu e da qual não abre mão, seja nos finais de semana ao redor da mesa, ou “fazendo um som”, nas viagens de férias sempre coletivas, na convivência diária, no apoio incondicional uns aos outros. Esta é a sua turma, a sua inspiração, o que motiva sua imensa gratidão por tudo o que a vida, retribuindo sua própria generosidade, lhe tem concedido.
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Heloísa Lucca Pereira
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dezembrO / 2012
O nome e a personalidade à frente da administração de um dos principais empreendimentos em Saúde da região – o Grupo São Lucas – reúne todas as características de uma grande liderança. A valadarense Heloísa Lucca Pereira é mulher de visão, e sobretudo de ação. Inteligente, organizada, despachada, positiva e competente, ela exerce uma autoridade natural, marcada pelo respeito às diferenças e a capacidade de conciliação e diálogo. Tudo isso aliado a muita simpatia, carisma e o bom humor que garante a risada mais gostosa e espontânea que se possa imaginar. Mas Heloísa sabe bem o tamanho da responsabilidade que tem em suas mãos. Uma tarefa à qual se dedica há mais de três décadas, e que aprendeu a amar seguindo os passos do pai, o médico José Lucca, um dos fundadores do hospital. É esta profunda relação familiar um outro traço marcante na história e na personalidade de Heloísa. Os laços apertados de afeto e confiança passam pela perfeita sintonia com os pais, pela solidez do seu casamento e chega à “corujisse consciente” em relação aos filhos, pelos quais se derrete, sem deixar de lado a educação, os limites e os exemplos. Filha de um proeminente médico, Heloísa chegou a fazer vestibular para medicina, mas, com a firmeza que lhe é peculiar, decidiu-se pela vocação que a seguia desde a infância, optando pela Faculdade de Administração da PUC, de BH. Uma opção que ganhou primeiro o respaldo da mãe, Penha – sua grande amiga e apoiadora incondicional – para depois conquistar o respeito do pai, mas que ainda hoje lhe rende a observação “apesar de não ser médica”, inúmeras vezes repetidas por ele, em um tom que fica entre a brincadeira e aquela pontinha de vontade de que a filha tivesse realmente seguido seus passos na profissão. Fato é que Heloísa sempre soube que, independentemente da formação, seu destino profissional estava traçado dentro do Hospital São Lucas. Tanto que, ao final de sua graduação, emendou uma então pioneira especialização em Administração Hospitalar, para só então voltar para Valadares e começar imediatamente o trabalho, passando por diversos setores administrativos, para então chegar à direção e ir colocando, como ela mesma costuma dizer, “as coisas do seu jeito”. Por este jeito entenda-se a extrema organização, pessoal continuamente treinado, departamentos bem estruturados, e atendimento humanizado. Para dar conta de tudo isso, Heloísa faz questão de frisar que sempre contou com o apoio irrestrito dos sócios do hospital: Dr. José Lucca. Dr. Francisco, Dr. Raul, e o Sr. Coelho e suas respectivas famílias. Com o pai, sempre presente no hospital, ela faz questão de manter o hábito de dividir opiniões e decisões. Antenada com a constante evolução da tecnologia e da formação humanística nos serviços de saúde, Heloísa faz questão de manter constante não apenas a sua formação, através de cursos e workshops, mas de incentivar – inclusive com financiamento através do hospital – a qualificação para funcionários de diferentes setores, sempre tendo como objetivo uma prestação de serviço de alta qualidade, e um acolhimento aos pacientes e familiares pautado pelo respeito aos constantes momentos de fragilidade que cercam uma internação, ou um atendimento hospitalar. Profissionalmente realizada, Heloísa gosta imensamente do que faz e só sente mesmo falta de ter um pouco mais de tempo para si. Vaidosa na medida certa, ela não é consumista e não costuma se jogar nas compras, tem um gosto que mescla o simples e o refinado e faz questão de, mesmo no dia a dia do trabalho, estar sempre com a aparência impecável. Sua realização profissional só não é maior que a sua paixão pela família. A relação de cumplicidade e confiança mútuas com os pais faz com estejam sempre juntos, especialmente nos momentos de lazer. Com os dois filhos, Lucca e Victor, morando em BH (Lucca terminando medicina e Victor começando arquitetura), ela faz ainda mais questão de ter um tempo para relaxar em família, seja nas viagens à praia, na fazenda, ou mesmo em casa, onde ela gosta de receber os amigos mais queridos em torno de uma bela mesa, para batepapos que podem durar o dia todo ou entrar noite a dentro, sempre regados a delícias gastronômicas e muita alegria de viver.
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Foto: Marquinho Silveira
Lorena Cecília e Simone Ribeiro 22
dezembrO / 2012
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A ousadia é, com certeza, a marca dos grandes empreendedores. Mas a confiança e a credibilidade, essenciais para quem se permite ousar em nome da realização dos seus sonhos, não se conquista da noite para o dia. As irmãs Lorena Cecília e Simone Ribeiro sabem bem disso. Juntas pelos estreitos laços de afeto familiar e pela paixão comum pela moda, elas acabam de concretizar uma bela parceria: a Q-Luxo, uma loja voltada para moda jovem feminina e masculina, e acessórios superestilosos. Inaugurada há pouco mais de dois meses, a loja é a “cereja no bolo” de um ano de muitas vitórias, construídas e celebradas junto à sua unida e numerosa família, acostumada a vencer obstáculos e crescer, com o apoio incondicional de uns aos outros, e muita fé. Simone e Lorena praticamente nasceram no meio comercial. Quando Lorena tinha 13 anos, ela e a irmã já trabalhavam com o pai Gessi Cecílio, no Armarinho Campeão, uma das mais tradicionais casas do ramo de armarinho na cidade. Quando Simone deixou a gerência da loja, por uma boa oportunidade de trabalho em São Paulo, Lorena assumiu a função e continuou contando com o suporte da irmã, mesmo de longe. Em São Paulo, Simone cresceu e aprendeu a fazer a diferença. Comerciante nata, graduada em Administração de Empresas e hoje empresária na área da construção civil (em sociedade com o marido de Lorena, Gilberto Fidélis), ela também comanda, junto com seu marido Gustavo Gaeta, a SL Evolução financeira, em São Paulo, uma empresa do segmento de correspondentes bancários. E o faz com tanta competência que acaba de ganhar reconhecimento internacional, ao ser condecorada em Orlando, na Flórida (EUA), pela Rodobens Negócios e Soluções, em função dos bons serviços prestados. Já Lorena trocou a carreira jurídica pela a de empresária de moda, deixando de lado petições e processos, para pesquisar catálogos, tendências, e marcas que fazem sucesso pelo Brasil. O sonho realizado de ter sua própria loja, no entanto, não afastou Lorena do comércio da família, e ela continua ajudando na administração da loja do pai, com a mesma dedicação e afeto. Esta união familiar é, por sinal, um dos traços presentes na vida de ambas. A emoção e o respeito ficam explícitos, quando se fala da relação com os pais, com os irmãos (um irmão e uma irmã, além delas), e do orgulho que sentem pelas conquistas um dos outros. Foi assim que Simone, mesmo de longe, abraçou a idéia de Lorena e, mesmo estando a centenas de quilômetros, se faz presente de forma virtual, pelo telefone, em suas constantes vindas à cidade – ela não passa nem mesmo um mês sem vir a Valadares – e no toque pessoal nas sempre bem-vindas sessões de compras, para renovar o estoque da loja. A afinidade entre as irmãs se estende também aos conceitos de atendimento da Q-Luxo, que já nasceu da vontade de inovar em termos de estilo, e de proporcionar todo o conforto e bem-estar aos seus clientes, de forma que eles possam se sentir à vontade para desfrutar um atendimento personalizado, que extrapola as aconchegantes instalações da loja e vai até a casa, ao escritório, ou aonde quer que seja preciso. Para Simone e Lorena, esta é uma tendência de mercado, que só cresce e tem tudo para ser parte importante do sucesso que já começa a se delinear para a Q-Luxo. Trabalhar com este tipo de atendimento exige um feeling especial, que passa por simpatia, atenção ao estilo pessoal de cada cliente, e bom gosto. Requisitos que tanto Lorena quanto Simone preenchem completamente. Afinal, não é por acaso que elas têm Luxo até no nome da loja.
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José Alves Moreira Neto
Por Wilma Trindade
Empresário do Ano 2012 H
á pessoas que são especialmente dotadas de um grande talento empreendedor. Elas são raras, mas, em Governador Valadares, o empresário José Alves Moreira Neto é uma delas.” Assim a ACE-GV se pronunciou para indicar e reconhecer o criador das baterias para motos, o Moreira, como o Empresário do Ano que iria receber da Federaminas, a comenda e o título de Mérito Empresarial 2012, no seu grande evento anual acontecido no dia 9 de novembro, em Araxá. Casado com Isabel e pai de três filhos muito bem formados, Marco Aurélio, promotor da Justiça, Marcelo, odontólogo, e Marcel. José Alves Moreira Neto é um orgulho que elevou o nome de Governador Valadares no exterior, ao ter o seu projeto de baterias para moto adotado na Alemanha, e hoje exportar para o mundo. Um feito que faz das Indústrias de Baterias Raiom uma das mais bem sucedidas empresas brasileiras. Com a Plasmold – Injeção Plástica e Ferramentaria e o sócio Francisco Sérgio Silvestre, pelo seu trabalho e dedicação à pesquisa, Moreira foi homenageado e festejado na sede da ACE-GV, no dia 23 de novembro, apoiado por toda a sua família e representantes da nossa sociedade produtiva.
Moreira recebe de Welington Braga a homenagem da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares
José Alves Moreira Neto com a esposa Isabel e os filhos, Marcel, Marcelo e Marco Aurélio
Moreira e Isabel no seu dia de homenagem em Valadares
Carmen e Marcelo Moreira com a filha Isabela
Carlos Antônio Ferreira
Wanderley, Guilherme Olinto Resende e Remy
Casal Antônio Fernandes e Toninho
Marco Aurélio Moreira e Fabíola
Sandro Fonseca e Valéria
Marcel Moreira e Priscila
Promotora Carla e Fabíola
Francisco Silvestre, Welington Braga, Elisa Costa, Moreira e Dênis Leite
Guilherme Resende, Moreira, Francisco Sérgio Silvestre e Paulo Cunha
Diretora da ACE-GV Maria Barra, oferece flores a Isabel Moreira
João Bosco e Samuel Sabbagh
A Homenagem dos funcionários por Valdinei Tânia e Francisco Silvestre
Sandro Fonseca, Cel Albino, Romildo Borborema, Paulo Cunha e Cel. Siqueira
Moreira e e Francisco Sérgio Silvestre – leia-se Baterias Raiom e Plasmold , um orgulho da indústria valadarense
Welington e Linconl Byrro Homenagem de Nilcélia
Tessa e Antonio João
Rozani Azevedo e Moreira Rômulo (AC-Credi) e Viviane
Paulo Cunha e Lorena
O homenageado cercado pelos netos: Isabela Moreira, Ester Moreira e Lucas Moreira Edvaldo Soares e Gelson
Mendes e Socorro Braga
Sueli e Marcelo Marigo
Sueli Marigo e Luciane Sabbagh
Socorro e Welington Braga
Maria Barra e Socorro
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Por
Paula Greco
Broxada em
50 tons!
DA EMPOLGAÇÃO À FRUSTRAÇÃO, AS EMOÇÕES – E A OPINIÃO PESSOAL – DE UMA LEITORA DIANTE DA TRILOGIA DO ANO Todo mundo está falando sobre a trilogia 50 Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey, título original em inglês). Todo mundo mesmo. Quem leu, quem não leu, quem começou a ler e achou pornográfico demais (???), quem só repete as piadinhas sobre o tema. Enfim, bons ou ruins, os livros são o assunto do momento, então eu também vou falar/escrever. Para mim, “50 Tons” é como aquele antigo comercial de lâminas de barbear: “a primeira faz tchan, a segunda faz tchun, e tchan tchan tchan tchan”, só que ao contrário. O primeiro livro foi um tchan tchan tchan danado e eu levei 10 horas ininterruptas para lê-lo, de cabo a rabo. O segundo já não passou de um “tchanzinho” e alguns suspiros de diversão. E o terceiro – que decepção – me deixou assim, “nem tchun” para o final mais frustrante e medíocre que eu já li em toda a minha vida! Muita pieguice junta. Como eu tenho dito nas muitas vezes em que o livro vira tema de conversa, é tanta “água com açúcar” que devia ser proibido para diabéticos. Sei que muita gente vai discordar (ótimo, a dialética sempre faz bem ao espírito), que existem infinitas análises do conteúdo, do roteiro, dos argumentos, e a minha é que a autora conseguiu, em quase 1500 páginas de sexo, romance meloso e uma boa dose de preconceito (ainda que ela diga o contrário em suas entrevistas) desconstruir o que se apresenta de melhor no primeiro livro: os 50 tons de Christian Grey, o complexo protagonista da história. A história de vida criada pela autora E. L. James para o Sr. Grey é muito instigante. Reúne abandono, violência doméstica, traumas afetivos, adoção, abuso sexual adolescente, e na vida adulta a prática sistemática de BDSM (Bondage e disciplina, dominação e submissão, sadismo e masoquismo). Junte a isso, a descrição de que o cara é
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jovem, bilionário, lindo de viver e 100% hetero e bem disposto para o sexo, seja ele o tradicional “baunilha” (termo do próprio livro) ou altas sacanagens no melhor – ou pior, como queiram – sentido da palavra. Ou seja, já ganhou no quesito “melhor personagem” e sonho de consumo de toda mulher, seja ela solteira, solitária, bem ou mal casada. Quem não se lembra da tia Rita Lee cantando “papai do céu, me dá um namorado lindo, fiel, gentil e tarado”? Pois é, a lista da Rita não incluía um pezinho no comportamento sociopata, mas tudo bem, para a mulherada que vem devorando os livros (inclusive eu), o cara vale a pena. Então, esse colosso de personagen com muito mais de 50 tons a serem explorados conhece a mocinha heroína virginal (literalmente falando) da história, a Anastasia Steele, uma chata tão chata quanto a personagem que a inspirou: a Bella, da famigerada saga Crepúsculo. Anastasia é uma espécie de Tereza de “A Insustentável Leveza do Ser”, só que sem a profundidade dessa última. Aliás, comparar E. L. James com Milan Kundera é até maldade da minha parte. O fato é que a partir daí, a dona Érika (primeiro nome da autora) só faz apagar aos poucos a personalidade fascinante do Grey, que chega ao final do 3º livro como nada mais que um maridinho chato e controlador que de vez em quando se permite uma sacanagem mais “pegada” com a esposa. Os tais 50 tons vão ficando pelas centenas de páginas dos três volumes e no epílogo (horrível, horrível, horrível) do último volume ele já é apenas um pastiche rosa bebê sem nem um tonzinho fora do lugar. Livre dos traumas e das nuances sombrias, “curado” de suas bizarrices pelo amor abnegado (e o espírito dominador) desta sua amada. Nada poderia ser mais broxante.
TEM
QUE TER
DISPOSIÇÃO N
o fim das contas, a leitura de “50 Tons” exige uma boa disposição do leitor (ou leitora, já que os livros são preferencialmente direcionados ao publico feminino). Porque, francamente, apesar de envolventes, eles não são bem escritos. O enredo de suspense que percorre toda a trama é um fiasco, tensão zero. Raso, mal acabado, previsível, clichê. Até porque, o que tem provocado de verdade o sucesso da trilogia são as cenas de sexo tórrido (para entrar no clima da linguagem usada no livro) entre os protagonistas, especialmente no que diz respeito às brincadeirinhas BDSM, sobre as quais a própria autora admite que pega bem leve em relação ao que rola na vida real entre as pessoas que curtem essa onda. Ou seja, nem a ousadia tão afamada do livro, é tão grande assim. Aliás, é essa pecha de ousado o que mais me incomoda. Nenhum dos livros da trilogia é ousado. Ousado era o Jorge Amado lá pela década de 40 e 50 escrevendo rasgadamente sobre sexo em várias de suas obras. Ousado é o João Ubaldo Ribeiro em A Casa dos Budas Ditosos (este sim vai chocar quem acha “50 Tons” pornográfico). Chocante foi Pauline Réage (pseudônimo de Anne Desclos), quando publicou A Historia de O em 1954.
A obra de E. L. James está mais para uma “Super Sabrina”, aqueles romancinhos de bolso muito populares nos anos 80 e 90, publicados em papel barato e historinhas curtas sempre com a mesma dinâmica e cenas mais ou menos picantes de acordo com a classificação na capa. A principal diferença é o tamanho e a embromação (principalmente na parte final). Se fosse um romance de época poderia muito bem ter sido escrito pela dama de rosa Bárbara Cartland ou mesmo ser um dos livros de M. Delly. Muito se fala também na comparação com os romances clássicos da literatura inglesa do século XIX, como Orgulho e Preconceito de Jane Austen; Jane Eyre de Charlotte Brontë; e Tess dos D’Ubervilles de Thomas Hardy. Inspiração que a autora britânica não esconde, uma vez que todas estas obras são citadas nos livros como algumas das preferidas da protagonista Anastasia. A relação e a personalidade dos personagens principais também se aproximam muito das dos protagonistas da obra de Austen (Fitzwilliam Darcy e Elizabeth Bennet). A comparação é tão recorrente – guardado o devido abismo literário – que gerou até uma paródia, que se destaca entre os muitos livros que vieram na esteira de “50 tons” (vide Box).
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Paula Greco
É RUIM, MAS TÁ BOM
M
as nem tudo – para mim – é crítica e decepção em relação a esta tão falada trilogia. Eu me diverti muito com a leitura, especialmente do primeiro livro. Inclusive acho que essa verve de humor entre os protagonistas, que serve de alívio dramático em várias situações, é o que há de melhor em toda a obra. As trocas de e-mails entre Ana e Grey são tão fofas quanto engraçadas, com o detalhe pontual das assinaturas vindo como um plus de comédia. As conversas mentais da protagonista com seu inconsciente e especialmente as batalhas entre este e a sua chamada “Deusa
Interior” são, na minha opinião, o que salva Anastasia da completa mediocridade, e rendem boas risadas, e porque não, até mesmo boas reflexões. O que acontece é que no decorrer da história essa parte interessante perde espaço para um interminável mimimi romântico. Com isso, tudo o que o primeiro livro promete o segundo não cumpre, especialmente quando se pensa em tons mais escuros. E aí, no final, a verdadeira libertação é concluir o terceiro livro, que parece ter sido terminado “a toque de caixa”, com uma certa falta de imaginação batendo à porta e a obrigatoriedade de ter pelo menos duas cenas de sexo a cada capítulo. Deu preguiça.
Esse cara SOU EU Entre tudo o que já foi exaustivamente dito sobre “50 Tons” está o fato de que a obra começou como uma fanfic* de Crepúsculo (trilogia de livros para adolescentes sobre uma família de vampiros e o amor entre um deles e uma humana). Uma pequena editora australiana viu um grande potencial na fanfic escrita por E. L. James, entrou em contato com a moça (na verdade uma jovem senhora inglesa na casa dos 40, casada, mãe de dois adolescentes e que até pouco tempo trabalhava como produtora executiva de TV), sugeriu que ela começasse a cobrar pelos downloads dos seus textos e daí para o sucesso internacional foi uma questão de “bombar nas redes sociais” e publicar os livros por uma grande editora. Mais de 50 milhões de livros vendidos depois, é claro que
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“50 Tons” vai parar no cinema. Pausa para foguetório da mulherada enlouquecida pela perspectiva de ver o Christian Grey ganhando uma cara além da descrição da autora. E este é exatamente o reboliço que está tomando conta das redes sociais. Quem será o belo sortudo que vai personalizar o mais cobiçado anti-herói romântico da atualidade. Entre muitas especulações, a verdade é que os direitos de filmagem já foram adquiridos, pela Universal e pela Focus Features, com a obrigatoriedade do crivo de James na escolha de elenco. Muitos atores foram cogitados para o papel, mas três nomes constam na cabeça de todas as listas: Matt Bomer, Ian Somerhalder e Henry Cavill. Além deles, outros dois belos vem ganhando força como Greys em potencial: Alexander Skarsgard e Stephen Amell. Vamos então à agradável tarefa de falar sobre estes lindos:
Matt Bome
IAN SOMERHALDER
Ele apareceu para o grande público como protagonista da série de TV (exibida no Brasil pelo canal FOX) White Collar. É, até agora, o mais cotado, mas enfrenta algumas resistências pelo fato de ser declaradamente gay, o que, especula-se, teria um efeito negativo sobre o sex apeal do personagem.
Ex-modelo, virou ídolo teen pelo papel do vampiro safado e malvado Damon, da série de TV Vampire Diares. O que pega é que a série é sucesso absoluto já em sua 4ª temporada e Ian está muito associado ao personagem e ao público teen.
HENRY CAVILL Britânico, ele também despontou na TV, por seu papel na série The Tudors. Antes, tinha ficado entre os finalistas para os papéis de Batman e James Bond. Lindo de rosto e corpo, tem tudo para ser o Grey, mas está escalado para ser o próximo Superman no cinema, o que gera um forte conflito de interesses.
ALEXANDER SKARSGARD Tem gente que considera o ator sueco de 36 anos é um pouco velho para o papel. Mas quem o viu na pele do sexy vampiro Eric, em True Blood sabe bem que ele a “pegada” de Grey ele tem de sobra. Resta saber se vai aparentar a jovialidade necessária.
STEPHEN AMELL Depois de participações de tirar o fôlego (por sua beleza e pelo shape absurdo) em participações em programa de TV norte-americanos como Hung e Vampire Diaries, o ator canadense vem arrancando suspiros como protagonista de Arrow, série que mostra as aventuras do herói dos quadrinhos Flecha. Na minha opinião pessoal, esse é o cara. Lindo, másculo, atormentado, jovem. Mas até agora ninguém foi oficialmente anunciado no elenco. Está tudo nas mãos dos produtores e de dona Erika Leonard. Às afoitas que já querem comprar o ingresso para o filme, só resta ter paciência para saber quem será o escolhido para ser o Christian Grey em carne, osso e abdômen sarado. *Fanfic: termo usado para definir contos ou romances escritos por terceiros a partir de obras já publicadas, especialmente animes, séries, mangás e outras obras de fantasia.
Efeito colateral O sucesso da Trilogia “50 Tons” provocou um verdadeiro boom editorial no gênero que já ganhou vários apelidos pejorativos, como “cinderela tarada” ou “momy porn” (pornô para mães) que são os romances eróticos dirigidos para mulheres. Um gênero secular, na verdade, mas que voltou ao topo e traz na esteira de “50 Tons” várias outras obras – e algumas trilogias – editadas até mesmo com capas parecidas. Toda Sua e Profundamente Sua, da autora Sylvia Day é o mais novo queridinho da categoria. Algemas de Seda, de Frank Baldwin (que também investe na vibe S&M) também está entre os títulos mais populares, assim como Butterfly, da Kathryn Harvey e A Noiva Despida, escrito por Nikki Gemmell. Na contramão dessa tendência estão as paródias, livros cujos títulos são inspirados na trilogia, mas com conteú-
do de humor e sátira à obra. Fifty Shames of Earl Grey, Fifty Shades os Grey and Zombies e Fifty Shades of Black and Blue são alguns dos títulos já disponíveis. Mas nenhum deles chama tanta atenção quanto “Fifty Shades of Mr. Darcy”. Escrito por um famoso inglês sob o pseudônimo de Emma Thomas, o livro já tem versão em português disponível no mercado e se destaca exatamente por mostrar, hipoteticamente, o lado “50 Tons” do mais clássico dos personagens de Jane Austen, justamente uma das inspirações para o romance de E. L. James. Uma leitura que vale muito à pena, especialmente para quem conhece as duas obras. É diversão na certa, e das boas, pelo cuidado da autora em mesclar as duas linguagens, pelo estudo minucioso dos dois livros para a criação dessa paródia e sobretudo pelo tom irônico que a pontua. Altamente recomendável. 29
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Mais Mais
Ponto de Vista
O vai e vem É
dos estilos
do conhecimento geral que o mundo se transforma velozmente a cada dia, principalmente em função das novas tecnologias e do mundo virtual. Os valores se modificam com tamanha velocidade que os questionamentos diários mais comuns ouvidos hoje em dia são: “desse jeito aonde vamos chegar?”; “o mundo está muito mudado, muito louco” ou “os valores são outros, ninguém entende mais nada”. Se por um lado faz sentido, afinal a voz do povo é a voz de Deus, por outro acreditamos que ainda estamos passando por uma fase de adaptação, digamos assim, de um velho mundo, para um mundo novo. Assim, não poderia ser diferente também com o vestuário, com um novo conceito de vestir. “Acredito em estilo, mas num estilo que vem de dentro para fora, em roupas que são usadas por pessoas que se vestem para si, e não para os outros”. Com essa afirmação, a designer e estilista mineira de 28 anos, Júlia Valle, vem se destacando numa produção nada convencional, que não tem nada a ver com as tendências tradicionais. Pelo contrário, sua produção visa questionar o próprio modismo. Como não poderia deixar de ser, para chegar a essa condição, Júlia tem formação acadêmica. É formada em Comunicação Social, pela UFMG, cursou parte de seu mestrado na Designs Kolen Kolding, na Dinamarca, e já trabalhou para as mais famosas grifes do Estado. Seu trabalho é contestar a cultura moldada pela sociedade do consumo viral, que tem seu símbolo maior no descarte de uma roupa em tempo recorde. Mal surge uma propensão e já vem outra a seguir, mudando todo conceito anterior. Seu trabalho criativo é originado em uma casa conceito (uma espécie de galeria de arte), num bairro da zona sul de Belo Horizonte, onde faz suaS experimentações e desenvolve uma produção mais autoral. Inclusive, já divide seu tempo de produção com o Rio de Janeiro, onde é contratada por uma marca. Há sempre roupas suas à venda em seu 30
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ponto de origem, de pequena produção, porque ela cuida de todo processo de elaboração sozinha. Até porque ela não considera que suas peças tenham uma etiqueta. Sua criação parte do princípio de pesquisas em modelação ou construção, o que contrapõe de forma significativa às imensas estruturas industriais montadas em função de uma marca e do mercado financeiro que envolve todo tipo de comercialização. Acredita acima de tudo na roupa que pode ser transformada pelo consumidor, em oposição às roupas que desprezam a individualidade do usuário em favor da universalidade estética, e é nessa “anti-moda”, se é assim que se pode classificá-la, que a produtora acredita. É menos sazonal, menos engessada à mesmice. Não se quer com essa informação dizer que, como é, o comércio tradicional de roupas não seja importante. Claro, lógico que é. Movimenta bilhões de reais, gera milhares de empregos, veste homens e mulheres, empresta conforto. E, sem hipocrisia, gostar de vestir bem, e entender um pouco do assunto não é coisa somente para o sexo feminino, até porque a maioria dos homens gosta de se vestir bem, e se sente orgulhosa quando sai com uma mulher bem vestida. Quando querem saber mais sobre a evo-
Crisolino Filho (*)
lução da humanidade, os grandes historiadores buscam inspiração no vestuário de cada época, e é incrível como eles marcam cada época. Basta lembrar que no século tal se vestia assim, que no outro século era de outra maneira, entre o final do século XIX e o início do século XX o mundo foi fortemente identificado com a “Belle Epoque”, e assim sucessivamente. Aliás, o estilo vai e vem. O que é usual hoje se torna obsoleto amanhã, o que foi obsoleto anteontem volta repaginado hoje, é o mesmo que acontece também na linguagem. O termo “véi”, tão usado hoje pelos jovens, já foi gíria muitos anos atrás. O trabalho que a produtora mineira da casa conceito está desenvolvendo é como se dissesse que ela volta a ser aquele tipo que desapareceu do mercado, que fazia roupa exclusiva para um cliente, fenômeno que ocorre também com os alfaiates, de estilo e corte impecável em ternos, profissionais que rarearam no mercado, quase extintos, já que as grandes companhias de terno abraçaram o mercado. * Crisolino Filho
Membro da Academia Valadarense de Letras – AVL -. OAB/ MG 47.103e CRB/MG 2713; Alô: (33) 8807.1877 e Fonefax: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com.br. Blog: www.observatrans.blogspot.com.br
Niemeyer
O Poeta das Curvas
“
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta dura e inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva das montanhas de meu país, no curso sinuoso dos rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. Nas ondas do mar. De curvas é feito todo o universo. O Universo curvo de Einstein. Oscar Niemeyer - 1907 / 2012
”
Tributos a Oscar Niemeyer Poeta das curvas. O gênio da Arquitetura. Pai da arquitetura Moderna. A elegância do concreto. O arquiteto da fantasia. “Pedi o Vinícius para dizer ao Niemeyer que me aguarde. Em breve estarei para ajudá-lo a melhorar o Céu.”
“Niemeyer agora vai projetar uma nova Via Láctea”. (Jaime Lerner - arquiteto, ex- prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná)
(PAULO CASÉ - arquiteto)
faço um “ Quando projeto, começo a
escrevê-lo na parede, se não encontrar o argumento eu volto à prancheta.
“
”
Oscar Niemeyer
Cem anos é uma bobagem. Depois dos 70 a gente começa a se despedir dos amigos. O que vale é a vida inteira, cada minuto também...
”
Oscar Niemeyer
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Ponto de Vista A MULHER E SEU PODER
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S
egundo um levantamento do Data Popular, que faz pesquisas sobre o mercado popular no Brasil, a mulher é responsável por 85% das decisões no supermercado, 78% sobre as viagens da família, 72% sobre o que o marido vai vestir, 62% na compra de um carro, 53% na aquisição de um computador, e ainda decide a escola dos filhos. A participação feminina na internet atinge 54% e faz com que agências e anunciantes desenvolvam campanhas especializadas para elas, segundo dados do Target Index Group, estudo realizado pelo Ibope Mídia. A mulher como dona de casa administra o seu lar. Isto envolve muitas funções. Ela cozinha, lava, esfrega, varre, arruma as camas, os quartos, decora a casa, vai às compras, vigia as crianças e trabalha duro para que tudo dentro da sua casa fique organizado. O tempo é o seu principal adversário. Por isso, a dona de casa tem a decisão de dividir esse tempo limitado para realizar cada uma das tarefas. Distribui o seu tempo de tal maneira que acaba por conseguir uma combinação harmoniosa. Dificilmente um homem consegue isso. Não que lhe seja avesso, ou não seja definitivamente capaz. É que a maioria dos homens não tem a prática. E, muitas vezes ainda, as mulheres são acusadas. pelos seus maridos, de más gestoras e más administradoras do dinheiro. Os homens acusam as mulheres de gastarem demais, mas muitas vezes eles não têm noção de quanto custam as coisas. Normalmente é a mulher que acompanha a evolução dos preços do supermercado, das roupas, etc. Hoje, observa-se um aumento significativo da participação feminina no mercado de trabalho. É difícil imaginar um setor, seja na política, seja no mundo dos negócios, em que as mulheres não tenham uma forte presença. No terceiro setor, as mulheres têm uma posição de liderança há algum tempo, e é fato reconhecido mundialmente que os programas sociais mais bem sucedidos são aqueles que têm como foco e protagonista a mulher. 32
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Ana Paula Kern
Hilary Clinton Secretária de Estado dos Estados Unidos, uma das mulheres mais poderosas do mundo
As mulheres estão alcançando títulos que antes só pertenciam aos homens: Angela Merkel, primeira mulher chanceler alemã e principal voz na economia europeia, foi considerada a mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes, em 2009; Dilma Rousseff, primeira mulher eleita a posto de chefe de Estado e de Governo em toda a história do Brasil; Michelle Obama, advogada e pós-graduada na escola de Direito de Havard, esposa de um dos homens mais influentes no mundo, destaque por ter conquistado o posto de primeiro presidente negro dos Estados Unidos, entre muitos outros. Esse constante crescimento da participação da mulher em altos cargos pode ser verificado por pesquisas como a realizada recentemente pela Catho Online, site de classificados de currículos e empregos, que mostra que o percentual de mulheres que assumiram postos de presidentas de grandes organizações aumentou em 11%. Uma das principais características apresentadas pelas mulheres é que possuem mais habilidade de lidar com diferentes situações, nos diferentes papéis que desempenham na sociedade. As mulheres já conseguiram provar que são ótimas profissionais, porém ainda enfrentam muitos problemas e preconceitos no mercado de trabalho, como, por exemplo, salários menores que o dos
homens pagos pelo mesmo trabalho, menores chances de capacitar-se profissionalmente, entre outros. Segundo relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2011), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres recebem 22% a menos do rendimento dos homens, mesmo sendo a escolaridade média delas superior à dos homens. Apesar de todas as tarefas desempenhadas pelas mulheres, elas ainda arranjam tempo para se cuidarem. Pesquisas mostram que as mulheres cuidam mais da saúde do que os homens, alimentam-se melhor, fumam menos, bebem menos, procuram mais os serviços médicos para exames preventivos, e sofrem menos com excesso de peso. Além do mais, são vaidosas e cuidam da sua beleza. Acredito que o triunfo em relação à mulher e seu poder (este que vai além da hierarquia), se refere ao “poder” de ser independente social e emocionalmente, de ter a liberdade de escolher como quer viver, trabalhar, estar e ser, saindo das provações machistas e tendo a simples liberdade de ser quem é! Ana Paula Kern Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná Contato: ana.kern@yahoo.com.br
As mulheres No Mundo Conferência Internacional sobre o direito das mulheres trouxe ao país nomes como Condoleezza Rice e Diane Von Furstenberg Tina Brown é o nome dela. Inglesa, naturalizada norte-americana, jornalista, editora-chefe da Newsweek do site The Daily Beast, ativista dos direitos da mulher. Autora de um livro sobre a Princesa Diana (de quem era íntima), amiga de grandes celebridades, ela usa sua influência e contatos para divulgar causas importantes. Desde 2010, Tina organiza anualmente uma conferência que leva o nome da sua ONG, “Women in The World”. Por ela já passaram mulheres do calibre de Hilary Clinton, Angelina Jolie e Meryl Streep, além de ativistas asiáticas, africanas e latino-americanas. Mulheres comuns que lutam por causas extraordinárias. A mais recente edição dessa conferência aconteceu no começo deste mês de dezembro, no Brasil, através de uma ação conjunta de Tina e o publicitário brasileiro Nizzan Guanaes. Como sempre, o time de convidadas foi bastante eclético, incluindo a ex-secretária de estado dos EUA, Condoleezza Rice, a estilista Diane Von Furstenberg, a apresentadora Xuxa Meneghel, a colunista de moda Glorinha Kalil, a líder comunitária do Morro do Macaco no Rio de Janeiro, Dona Anna; Maria da Penha, a corajosa cidadã cearense que virou nome da lei que combate a violência contra a mulher; Raquel Barros (fundadora e presidente da Associação Lua Nova, que apoia mulheres de baixa renda com filhos em situação de risco social) e a advogada boliviana Marcela Martinez, que há seis meses procura a filha de 17 anos seqüestrada
TINA fala Antes de desembarcar no Brasil, Tina Brown deu uma excelente entrevista para a Folha de São Paulo, pontuada por declarações lapidares:
“Fico muito estimulada quando escuto as mulheres de países onde cada direito ainda precisa ser batalhado. Acho que as americanas ficaram complacentes, mais passivas, já não marcham mais.”
no Brasil
em La Paz, entre outras mulheres de fibra. O evento tem como objetivo chamar a atenção sobre questões humanitárias enfrentadas por mulheres em diferentes partes do mundo. O trabalho da Fundação é exatamente encorajar estas lutas, alimentando iniciativas sociais e buscando soluções para essas causas. No Brasil, a pauta de entrevistas variou entre assuntos como direito à educação, vivência em comunidades sob risco social e a luta contra a violência doméstica, entre outros temas. Com pouco mais de 200 convidados presentes, na Casa Fasano em São Paulo, a “Women In The Word” foi marcada por momentos emocionantes, como os depoimentos de Marcela Martinez e da egípcia Dália Ziada, entrevistas reveladoras como a histórica conversa entre Condoleezza e Tina, e homenagens pontuadas por um clima de comoção que só mesmo a complexa sensibilidade feminina é capaz de produzir.
“As americanas são obcecadas com a ideia de que as sauditas não possam dirigir. Mas, para elas, o acesso à educação é muito importante. Não poder usar um tailleur não é tão relevante para elas. Não dá pra consertar de fora, nós não conseguimos consertar nem nosso próprio país.” “Em tempos que, com qualquer probleminha, as pessoas vão chorar no sofá da Oprah, acho incrível mulheres que sofreram tanto, como Dilma e Michelle Bachelet, virarem presidentes na América do Sul.” 33
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Tendência Fashion
Juliana Pio
A ONDA DOS MÁXIS.... Os acessórios máxis foram vistos nas últimas temporadas nos desfiles nacionais e internacionais. Brincos, colares e pulseiras, em vários estilos e modelos. Rústicos, étnicos, neons, candy colors, metálicos, com spikes e pedrarias, um mix de tendências. Dos simples aos mais arrojados, são muitas as opções para agradar todos os gostos. Jóias ou bijuterias, versáteis, os acessórios completam o visual, ou se tornam peça principal do look.
Gucci Gucci
DICA
Para o seu look não ficar over com um acessório máxi, use sempre com roupas e makes mais básicas. Ótimas opções para você usar e presentear nesse final de ano.
Samuel Cirnansck
André Lima
Cavalera
Inspire-se e aproveite essa onda que chegou e veio para ficar! 34
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Manish Aurora Paris
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Ponto de Vista
Peitos & Bundas Mesmo fiel à criação, o corpo feminino continua centralizando atenções, como se fosse um eterno fato novo. A fixação é antiga, justa, e certamente interminável. Até há pouco tempo, entretanto, a timidez, a censura, os preceitos religiosos e o falso pudor impediam que a mulher exibisse a plenitude e a exuberância de seus dotes. Tudo constituía tabu. Vestidos colantes, saias curtas e decotes generosos eram coisas raras, vistas quase só no cinema. Extremamente comportados, os maiôs que desfilavam nas praias e piscinas impediam a segura conferência de seu precioso conteúdo. Uma cruzada de pernas sensual talvez fosse a forma mais arrojada de ostentar predicados. Nas raras revistas masculinas, tipo Playboy, o nu frontal ficava por conta da imaginação. Dissertar sobre as partes íntimas da mulher, sem dissimular, só escritores renomados e autores de livros técnicos especializados podiam fazê-lo. Os demais tinham que recorrer a metáforas ou a comedidos sinônimos. Qualquer termo explícito poderia significar palavrão ou agressão aos bons modos. Eis que surge a pílula anticoncepcional, marcando o início da liberação sexual. Livre e solta para direcionar sua vida, a mulher optou por curtir a sexualidade, na plenitude. Ao mesmo tempo, percebeu que não mais havia razões para esconder atributos físicos. O belo é pra ser mostrado; quem não gostar, feche os olhos. Assumiu o direito de posar nua, estrelar filmes pornôs, participar do Miss Bumbum, do Garota Popozuda, do
Etelmar Loureiro
Mulher Melancia, e de fazer o que mais lhe desse na cuca. Quebrou paradigmas e passou a ousar no modo de vestir e de agir. Já que liberou geral, todo o mundo se sentiu em condições de dar pitaco no comportamento da mulherada. O que antes era motivo de recato e privilégio de poucos caiu no domínio popular. Aproveitando a deixa, o ator Antonio Fagundes resolveu turbinar a antologia “bundista”. Com a autoridade de um sessentão que surfa na fama de mulherengo, entende que as mulheres não deveriam colocar silicone nos seios. “O homem brasileiro não gosta de peito. A gente gosta de bunda”, disse ele em entrevista à revista “Quem” (julho /2012). A grande maioria concordou, como era esperado. Afinal, a anatomia glútea feminina é idolatrada, desde quando Eva agitou o Paraíso, com o primeiro rebolado. No Brasil, sob o nome de nádegas, traseiro, fundilhos, bumbum e outros vocábulos, tem sido cantada em verso e prosa. Chegou a ponto de ser homenageada pelo genial Oscar Niemeyer, que, no projeto do arco do Sambódromo carioca, se inspirou numa bunda com biquíni e fio dental Não é fácil, porém, escolher entre pomos e calipígio. Ambos são extremamente atraentes, e o que vale é o conjunto da obra. Mas, para prestigiar Fagundes, e lembrando o célebre Nelson Rodrigues, “se um dia a vida lhe der as costas, passe a mão na bunda dela”. Com todo respeito! Etelmar Loureiro Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com
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Ricardo Augusto, Réssica, Renata, Márcia e Ricardo Miranda
Gente Wilma Trindade
Amigas de GV: Natália, Fabiana, Renata, Renata Brandão, Mila e Renata Pimentel
Réssica Miranda e namorado Adalberto
Renata e avó Margarida
Elegância e sofisticação total na formatura da 47ª Turma de Medicina da Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda/RJ. Entre as Mais Mais, Renata Izabela Martins de Miranda, uma das belas de Márcia Martins de Miranda e José Ricardo de Miranda, pessoas finíssimas da sociedade de GV. Convidada, a editora da Mais Mais Perfil registra o glamour. Culto Ecumênico no dia 6 de dezembro seguido de Jantar Dançante na Ilha São João, onde também no dia 7 aconteceram a Colação de Grau e o Baile de Gala, no dia 8 de dezembro. Um sábado que viu chegar o domingo na maior ferveção. O prestígio e amizade dos Miranda levaram parentes e amigos de Governador Valadares, Belo Horizonte e Monlevade, de Vitória/ES e Itamaraju/BA. “Foram três dias de festas Maravilhosas...”, comenta o Ricardo, hiperorgulhoso da conquista da filha. Em 2014 chega a vez da Réssica, a segunda que será outra lindíssima médica nessa família iluminada.
Natalia, Roberta, Fernanda, Tatiane, Renata, Alice e Natalia
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Elegância da formanda Renata Miranda e sua irmã Réssica, futura médica
Os formandos no Culto Ecumênico
Renata recebendo o diploma
Valsando com o pai, Ricardo Miranda
Juliane, Cida, Alessandra, Rosimeire, Ivone, Marinalva, Valeria e Márcia
José Cota, Raimundo Nunes, Ricardo Augusto, Dr. José Barbosa, Paulo Miranda, Dr. Luiz Peixoto, Alessandro Barbosa e Ricardo Miranda
Márcia Miranda, Renata e Ricardo Miranda
Renata, Ricardo Augusto e Réssica
Renata e seu irmão Ricardo Augusto
Familia e amigos que foram prestigiar a formanda
Renata e sua mãe Márcia Miranda
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Mais Mais Perfil
Mulher
Por Wilma Trindade
Empresarial Crescimento E quem entrará 2013 também com novidades é Sandro Heringer -leia-se Carrocerias Heringer. A sede no Distrito Industrial de GV está sendo ampliada para atender a demanda. Qualidade é isso aí.
Arezzo
Perspectiva 2013 A Todeschini com perspectivas traçadas. 2013 será de investimento em novo parque fabril com o objetivo de aumentar a produtividade e redução de custo para o consumidor. À frente da Todeschinoe Regional Vale do Rio Doce e Vale do Mucuri, a simpatia e competência de Hoberg Dutra.
Ana Paula, feliz da vida com a reforma da Arezzo que passou a ter mais clientes. Afinal o espaço para luzir suas preciosidades em sapatos e bolsas ficou um luxo. E sabemos, espaço e conforto figuram nos primeiros lugares para garantir um bom atendimento, atrás apenas da qualificação de pessoal. E isso a Arezzo GV tem. A começar pela Ana Paula, acessível e um show de simplicidade e educação.
Q Luxo 38
Peugeot Lucas Mascarenhas comemorou em Gramado com sua Michele. A Granville foi reconhecida a 3ª melhor concessionária Peugeot do Brasil, pela revista Carros. Merecido. Instalações elegantes e atendimento perfeito. Educado, bem formado e experiente, Lucas sabe que o cliente é tudo de bom.
É Honda, é Moto Mol Os irmãos Beto Mol e Fabio Mol começarão 2013 com novo slogan para sua Moto Mol, o sucesso da Honda em GV. Carismáticos e experientes vão enfatizar o atendimento. É esse o foco da Moto Mol.
BackStage
Marcas como Dudalina, Individual e Ogoshi você encontra na BackStage. Uma loja completa para você estar bem em todos os momentos de sua vida. Neste Natal confira esse belo kit para presente. Na Back stage o atendimento é perfeito.
Beto Mol
Carlos, Edna, Ana Luiza e Leandro
Casa Realeza Carlos e Edna, depois dos dias com os filhos pelas Cataratas do Iguaçu, no Paraná e Argentina, voltaram refrescados para atender o fim de ano em sua movimentada Casa Realeza que, ampliada e climatizada oferece aos clientes total conforto, qualidade com muitas opções.
Prêmio Master do Mercado Imobiliário 2012 Gilvana Kern Viana, Cilda Kern e Ana Paula Kern
Apoiadas pela mãe Cilda Kern, as irmãs Gilvana e Ana Paula Kern inauguraram o novo point fashion da rua Israel Pinheiro, a Closet.
Cristiane Coutinho Ferreira, Paula Torres e Alberto Dávila, sócios da Dávila Arquitetura, um trio Master do Mercado Imobiliário. A premiação aconteceu no Clube Monte Líbano em São Paulo, na categoria Residenciais, pelo projeto Grand Líder Olympus executado junto com a Constru-
tora Líder. Considerado o Oscar do mercado imobiliário brasileiro o evento está em sua 18ª edição e o clima foi de grande estréia de cinema. A importância dessa nota na Mais Mais Perfil é que a Cristiane é valadarense, filha da Aldinha e Nita Ferreira, pessoas finíssimas.
Mais Mais
Ponto de Vista
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Guitar Violão O violão é conhecido internacionalmente como Guitar ou Guitarra espanhola. Estudiosos de sua origem atribuem aos árabes (mouros), a responsabilidade de trazê-lo para a península ibérica. À Espanha coube o mérito de aperfeiçoá-lo e difundi-lo mundo afora, e ser o berço de muitos dos seus maiores virtuoses, como Narciso Iepes, Paco de Lucia, Pepe Romero, e tantos outros que seria impossível enumerá-los nesse espaço. Durante a Idade Média os menestréis cantavam dedilhando as cordas de seus alaúdes, instrumento de cordas considerado o antecessor do violão. Séculos depois vemos novamente o violão associado aos seresteiros e boêmios, em suas noitadas festivas. Daí sua errônea identificação com as rodas de malandragem que tinham no violão o instrumento ideal para acompanhá-los em suas serestas. Ficou assim por muito tempo afastado das salas de concerto, identificado como instrumento menos nobre. Era uma imagem negativa e injusta. Coube novamente aos espanhóis dar-lhe a grandeza a que fazia jus. O ensino do instrumento era confuso e longo, não lhe compunham música de qualidade, e as técnicas de sua execução eram deficientes nunca extraindo dele toda a sua riqueza melódica e harmônica. Francisco Tarrega apaixonado pelo instrumento é considerado o pai do violão moderno, atual. Sistematiza seu estudo, explora todas as técnicas de desenvolvimento das mãos esquerda e direita, elabora séries de exercícios, cria uma simbologia ainda inexistente para grafar e evidenciar suas particularidades e muda até o modo de tocá-lo, passando seu apoio para a perna esquerda, e mão direita perpendicular às suas cordas. Enfim tira-o do gueto em que se encontrava e coloca-o nos 40
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Newton Luiz Concellos
salões elegantes de concertos, auxiliado pelo virtuosismo de outro seu conterrâneo, o diplomata e violonista Andrés Segovia, considerado um dos maiores instrumentistas de todos os tempos. Tarrega fez muito mais. Transpôs para ele obras de autores consagrados, como Bach, Mozart, e outros, e nos deixou obras perenes como “Recuerdos de la Alhambra”, e prelúdios de muita graça e leveza, entre os quais se destacam “Adelita” e “Lagrima”. Entre nós, Villa Lobos foi seu expoente maior, com seus doze estudos e cinco prelúdios, dentre outras obras de igual quilate. Uma das passagens pitorescas sobre Villa deu-se quando mostrou a Segovia uma de suas composições. Após analisá-la detalhadamente, retrucou que aquela música era impossível de ser tocada. Villa tomou o violão de suas mãos, tocou fortemente a corda mi, a mais grossa, deslizou o polegar asperamente até a quinta corda, quando Segóvia gritou: “Pare. Assim você destrói meu instrumento!”. Villa parou, olhou fixamente para ele, e com sua peculiar irreverência: “Eu que sou apenas compositor consigo tocá-la, e você reconhecido como o melhor virtuose do mundo, alega que não pode fazê-lo. Onde anda o virtuose?”. O entrevero acabou com Segovia não só tocando como recebendo em sua homenagem “Lès douze Ètudes”, grande contribuição de Villa Lobos ao instrumento alvo de sua maior paixão. Certa vez, perguntaram a Villa-Lobos a razão de sua identificação, não só sua, mas dos brasileiros, com esse instrumento, dentre tantos outros de igual ou maior beleza. “O violão é o instrumento do meu povo, pois é tocado junto ao peito, ao lado do coração”. Após a palavra do grande mestre, e o maior dos nossos compositores, resta muito pouco a acrescentar.
China e Dubai
Um novo horizonte Por Wilma Trindade
Hong Kong - Vista do Pico Vitória
Diretor do Sindicomércio, Ruber Castro Barbosa participa de Missão Internacional e concede à Wilma Trindade, da revista Mais Mais Perfil, suas impressões dessa missão que foi, segundo suas palavras, uma verdadeira fonte de conhecimento, abertura de mentalidade e oportunidade de negócios.
Dança das Águas no Dubai Mall
Feira de Cantão - Guangzhou - China
A nova gestão implementada pelo novo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio), Lázaro Luiz Gonzaga, tem permitido aos sindicatos filiados à Fecomércio sair do âmbito de Minas Gerais e do Brasil, abrindo caminhos e visões por meio de missões internacionais, com objetivo claro de promover conhecimento e oportunidades de negócios. Nesse sentido, desde 2011, delegações do comércio mineiro já visitaram a França, Itália e Nova York. A última desse ano de 2012 teve roteiro China/Dubai, e saiu do Brasil no dia 26 de outubro, regressando no dia 6 de novembro. “Essa foi a maior missão brasileira em número de pessoas, enviada a China”, disse Ruber Castro Barbosa, diretor do Sindicomércio GV, que estava entre os 42 participantes. Como vicepresidente da Fecomércio MG e presidente do Sindicomércio de Governador Valadares, Hercílio Araújo Diniz Filho considera a ação de grande relevância para estabelecer contatos e conhecer realidades comerciais de outros países. 41
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Missão Internacional FECOMÉ� RCIO - MG
Centro Comercial de Guangzhou
N
Delegação no primeiro encontro com o Cônsul Geral do Brasil na China, Fernando Jablonski
a China, a base foi Guangzhou, uma metrópole que sedia a Feira de Cantão, objetivo principal da delegação da Fecomércio: conhecer e explorar a sua 112ª edição. A solenidade de recepção com a presença de várias autoridades, foi aberta pelo Cônsul Geral do Brasil na China, Fernando Jablonski. Uma fala que induz a uma mudança de pensamento, abordando grandes oportunidades de negócios. “A china tem fome”. “O mundo inteiro quer importar produtos chineses. Por que não exportar para a China fontes de alimentos? Frutas, carnes, aves... Não importar eletrodomésticos, mas fabricá-los no Brasil, pelo baixo custo. A Jac Motors compra autopeças no Brasil”. Nesse dia, o almoço foi com Dino Qin, trade officer do Consulado Geral do Brasil que foi cumprimentado em mandarim pelo diretor do Sindicomércio GV, Ruber Castro, graças às 42
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aulas de Ricardo Conserva. Nessa mesa se brindou ao sucesso da missão conduzida por Lúcia Cristina Vieira, coordenadora do setor de Relações Internacionais da Fecomércio. Logo após o Encontro Institucional, a delegação visitou os mercados de atacado e lojas de fábrica da cidade. Durante a estadia em Guangzhou, três dias foram dedicados à Feira de Cantão. Feira de Cantão Localizada ao sul do país, Guangzhou destaca-se por ser polo industrial, administrativo e financeiro. A Canton Fair, um espaço físico de arquitetura arrojada e moderna, abrangendo 1,16 milhões m², abriga mais de 50 mil estandes, diversificados em 50 zonas de exposição, fomentando um volume de negócios em torno de 10 bilhões de dólares. Divididos em grupos pelas cores vermelho, amarelo e azul, cada um visitou setores pre-
No Jumeirah Creekside Hotel - Dubai - Ivo José Castro, Wilson Dockhorn e Ruber Castro. Atrás: Hélio Calais Lisboa, Nadim Elias Donato, Francisco Becatinni e Carlos Alberto Salvato.
determinados que incluíam as zonas de vestuário, iluminação, hight tech, entre outras. Também em Guangzhou participaram de work shop com Rodrigo dos Santos, um trader com 10 anos de experiência na China. Visitaram o mercado de Hong Kong em Shezhen, onde puderam observar a diversidade de roupas de marca, a maioria, réplicas. Em Hong Kong, um tour pelo imponente centro financeiro com direito a passeio no “Victoria Peak”, um dos cartões postais de Hong Kong e assim nominado em homenagem à princesa Victória, da Inglaterra. De acordo com Ruber Castro, a participação na Feira de Negócios de Cantão possibilitou aos participantes a expansão de mercados (abertura internacional). “Foi uma oportunidade de experimentarmos novas culturas e costumes, conhecer técnicas de gestão e processos de produção, e ainda desvendar hábitos e relações de negócios no comércio chinês”.
Almoço executivo no Grand Royal Hotel com Nadim Donato, Emerson Beloti, Dino Qin e Ruber Castro
Shop High Tech
Fernando Jablonski
Dino Qin
Ruber Castro Barbosa e Silvânia Araújo, economista da Fecomércio Minas Beijin Road
Passeio no deserto
Passeio de Riquixá, no Pico Vitória
Lúcio Faria, Marcelo Árabe, José Carlos Cirilo, Ruber Castro, Nadim Donato e José Maria Facundes
Como os produtos são muito homogêneos, a força da negociação está no atendimento. “Essa é a tendência que aponta como o Sindicato do Comércio de Valadares está no caminho certo ao proporcionar capacitação gratuita, incentivando o aprimoramento profissional”, reforça Ruber. O empresário lembrou ainda as palavras de Fernando Jablonski em sua palestra de recepção, “o modus vivendi Ocidental invadiu a China que cada vez mais é atraída pelo consumo de produtos de alta qualidade, como cosméticos e calçados de alta linha”. Finaliza Ruber: “A China moderna é um mar de oportunidades de negócios e a Missão da Fecomércio/MG conseguiu criar o circuito de importação e exportação direto com a ampliação do networking empresarial e institucional com empresas e representantes governamentais”.
Dubai Além de conhecer o comércio de Dubai, a Delegação participou de um Encontro Institucional com o chefe da Secom (Comércio), Wilson Dockhorn Júnior, representando o Embaixador do Brasil João de Mendonça Lima Neto. O encontro aconteceu no Jumeirah Creekside Hotel e foi a confirmação de que estavam na terra das oportunidades. Com apenas 40 anos de idade, formada por 40% de estrangeiros e 12% nativos, a estrela dos Emirados Árabes, de 2005 a 2010, dobrou sua população, de 2 para 5 milhões de habitantes. Desde a descoberta do petróleo em 1953, Abu Dhabi onde está 90% do petróleo dos Emirados (os outros 10% em Dubai) o Sheik Zaid é o pai da Nação. Gostam de energéticos, suco de caixinha, frutas e mudas de árvores frutíferas de Minas Gerais. Não tem imposto de renda, a tributação é pequena, e cheque sem fundo é crime inafiançável.
Carlos Salvato, Helton Andrade, Francisco Becatinni e Ruber Castro
Mesmo atingida pela crise de 2009, Dubai é um luxo de construções futuristas. Uma realidade tão firme como a tradição da cultura de seus ancestrais. A Apex, agência brasileira de pesquisa de exportação instalada em Dubai envia para o Brasil uma lista de oportunidades de negócios, onde aparecem com frequência: açúcar, frango, doces e biscoitos, carne bovina e frutas. A relação comercial com o Brasil resume-se em 2 bilhões de dólares em exportação e 480 milhões de importações. O Brasil é 39º no ranking de exportação para os Emirados. Empresas brasileiras, tradicionais na construção civil, estão há muito tempo em Dubai. Segundo Ruber, essas e outras informações estão disponíveis no Sindicomércio, para consulta dos empresários. O agendamento pode ser feito através do telefone (33) 3271-4334 ou na sede, Rua Marechal Floriano, 600, salas 501 a 503, Centro. 43
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Gente Wilma Trindade Jorge Ferreira Pinto e Rosimar
New York a Woody Allen
Victor Masson e Janine Radd Masson na espera do primeiro baby
Humberto Nazaré e Yana Barroso apresentam Pietra, a segunda filha
Pois é, pelo convite, um escândalo de belo, intelecto da Exata Publicidade, o debut de Bárbara Hastenreiter será em preto e branco. E, como o cenário é NY, viajei nos filmes do genial Woody Allen, que homenagearam tantas vezes a Big Apple, vendo, por suas lentes, o fascínio em preto e branco. Assim os convidados dos Hastenreiter, 600, para bem dizer, estarão fascinantes e belos, em preto e branco, para festejar a beleza de Bárbara nos seus 15 anos. Muitos já estão com as datas 5 e 6 de abril de 2013 na agenda. Sim, por que a Missa de Ação de Graças será outro acontecimento. Na Catedral, e com 57 vozes do Coral da Usiminas, Gilberto e Gisele com tudo em dia. Maristela Chisté assina a execução do projeto do Ilusão, que será animado pelo carisma da banda Boca Elétrico. Teka assina um buffet com frutos do mar, e Bel Oliveira, a mesa de tortas e petit gatou, divina luxúria da patisserie francesa. E os cristais Bacará vão reluzir até o sol raiar. Ah, não ousem desobedecer. Mulheres de branco, homens de passeio completo preto, porque a noblesse oblige, quando o convite exige.
Isabel e Márcio Rodrigues Pereira
Aniversário de 2 aninhos de João Guilherme, filho de Letícia e Felipe Siman, no espaço de festa “BY HAPPY”, do tio Guilherme Andrade
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Roberto Apolinário e Rosamélia
Renata De Marco Pena, na espera de Maria Clara, a netinha de Marize e Marco Antônio De Marco
Ampara e José Geraldo Sá, Guilherme Olinto e Aguimar, José Lucca e Penha Lucca
Paulo Bicalho e sua irmã Eliane
Junea Ferrari e Heloísa Lucca
*Censura condicionada a alvará judicial.
Nilton Porcaro e Michele
Mônica Santos, Célia Teixeira, Zezé Augusto Vilela, Amparo Sá e Maria de Lourdes Rezende
SALÃO SOCIAL
AMBIENTE STILLO
(AMBIENTE CLIMATIZADO)
re Open BFaood Open
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Apoio
Informações e vendas de mesa: Dep. de Eventos (33) 3276-7645
Realização
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Mais Mais Perfil Mulher Por
Paula Greco
Em volta da mesa, ao redor do mundo Entre tradições e influências da modernidade, os pratos que não podem faltar em diferentes ceias natalinas
À
mesa posta com capricho e carinho, pratos carregados de sabor e simbologia. Pode ser na ceia da véspera de Natal, no almoço do dia 25, ou, como em países distantes, no “Dia de Reis”, já no comecinho de janeiro. Sob neve ou forte calor, e em torno de comidas, bebidas e sobremesas preparadas especialmente para a data, famílias em todo mundo celebram o Natal. Tanto quanto o hábito de presentear e as orações, a refeições natalinas são parte integrante da festa. Nesta época, por todo o mundo, é hora de abrir os livros de receitas familiares e buscar aquelas que evocam as melhores lembranças, e representem os melhores costumes. Aqui no Brasil a ceia recebe influências do mundo todo, especialmente da culinária portuguesa, com seus doces maravilhosos, rabanadas e bolos de reis. Entre os pratos principais, o peru parece ter se internacionalizado como o mais popular em diferentes países. Típico dos jantares de Ação de Graças e almoços de Natal nos Estados Unidos, eles se incorporaram até à mais tradicional das comemorações, a inglesa. Na Inglaterra, onde se comemora o Natal
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há mais de 1000 anos, as tradições são levadas muito a sério. Uma tradicional ceia natalina inglesa tinha como prato principal o ganso assado, atualmente substituído pelo peru, que pode ser preparado de diversas maneiras, e geralmente acompanhado de batatas assadas. Outra tradição inglesa é o famoso Pudim de Natal inglês, uma receita com muitos ingredientes (gengibre, noz-moscada, amêndoas, uvas passas, cerejas, etc.), preparado elaborado e normalmente feito com dias de antecedência, com a participação de toda a família. No meio da massa é colocada uma moeda de chocolate (já foi de verdade, mas o costume mudou por questões de higiene) e quem for contemplado com o pedaço com a moeda terá um desejo atendido. Servir o Christmas Pudding é o coroamento da ceia de Natal, e ele chega a mesa decorado com ramos de visco e azevinho e flambado com brandy. Da mesma forma, cada país tem seus costumes e pratos tradicionais, que podem inspirar uma ceia globalizada, com toques tradicionais, exóticos, inovadores e deliciosos:
Uma cena italiana Exuberantes em sua gastronomia, os italianos transformam a ceia de Natal em um verdadeiro banquete, com direito a massa, peixe, saladas, pudins, queijo, frutas, chocolate e o original panettone. Para beber, conhaque e vinho tinto.
Thanksgiven and Christmas Eve
Bûche Noel O rocambole recheado com creme de castanhas e coberto com marzipan é a mais famosa entre as 13 sobremesas tradicionais da ceia de Natal na França. Nozes, torrones, amêndoas, uva-passa e figo seco também compõem os pratos doces. Entre os salgados, foie grás, carnes, salmão defumado e uma enorme variedade de queijos (brie, camembert, gruyere, ementhal).
O jantar de Natal nos Estados Unidos é bem parecido com o do Dia de Ação de Graças (esse sim, o mais importante do ano) e tem como prato principal o famoso peru, além de legumes e as mais tradicionais das sobremesas: pumpkin pie, que nada mais é que uma torta de abóbora.
Weihnachten in Deutschland Weihnachten in Deutschland: mesa farta na Alemanha tem que ter o antiquíssimo ganso assado, acompanhado de batatas, repolho, cenoura, salsão e pickles. Carne de caça, como javali e veado, além de porco assado, chouriço e linguiças também fazem parte do cardápio tradicional. De sobremesa, o delicioso stollen, bolo de massa densa e frutas secas.
Smorgasbord Aussie Christmas Em comum com o Brasil a Austrália tem o fato de que lá o Natal também acontece no verão. Por isso, churrascos, ceias e almoços na praia em forma de pic-nic são comuns por lá, mas, em vez de picanha e alcatra, o Christmas Barbecue tem camarões, salmão, caranguejo e vieiras acompanhados de batata e salada de arroz. Para refrescar, o sorbet (parecido com a nossa raspadinha) ou sorvete mesmo.
Mais tarde Na Rússia o natal é comemorado no dia 7 de janeiro e os presentes são trazidos pela mítica Babouschka ,13 dias depois do Natal ocidental. Uma curiosidade é que, durante o regime comunista, as árvores de Natal foram banidas da Rússia e substituídas por árvores de Ano Novo. Sua tradição natalina inclui uma ceia com muito mel, grãos e frutas, além de um mingau chamado “kutya”, feito de grãos de trigo.
Este é nome do bufê de Natal sueco, que garante uma grande variedade de frutos do mar, leitão, arenque, caviar, queijos, pães, frutas e feijão manteiga para compor a enorme mesa típica.
Nochebuena É assim que chamam a noite de Natal na Espanha, que conta com um cardápio onde figuram peixes, carnes assadas e embutidos. Para sobremesa, almedrados, mantecadas e os tradicionais turrones. Lá, como na Rússia, a troca de presentes acontece em Janeiro. Lá é dia é 6, o “Dia de Reis” (em homenagem aos Reis Magos que levaram presentes para Jesus). Aí, reza a tradição, tem que ter o belo e delicioso “Roscón de Reyes”, que é a versão espanhola do Bolo de Reis, que às vezes é assado com um bonequinho dentro. Sobre isso, duas hipóteses: uma de que o “regalo” traz sorte e por isso mesmo quem o encontra fica responsável pela próxima ceia. A outra, que ele representa o menino Jesus, que teve de ser escondido do rei quando nasceu, tem um sabor bem mais poético. 47
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Mais Mais Perfil
Mulher
Por
Paula Greco
Isso é Quente para presentear Música
Ora — Rita Ora
Ela acaba de completar 22 anos e já desponta como a mais nova musa da música pop internacional. Nascida em Kosovo e naturalizada britânica, Rita Sahatçiu Ora é a aposta da hora (com o perdão pelo trocadilho infame) da Rock Nation, gravadora do rapper e talent Hunter Jay Z, responsável, entre outras façanhas, pelo lançamento da consagrada Rihanna. Bela, divertida e talentosa, Rita tem vocação para celebridade. É amiga de supermodelos, já namorou um Kardashian, mas o mais importante é que seu CD de estréia, ORA, é simlesmente perfeito para levantar a pista de qualquer balada.
Literatura
Morte Súbita
Quando ela lançou o primeiro livro da coleção Harry Potter, há exatos 15 anos, J. K. Rowling abria a porta para se tornar a mais bem sucedida escritora infanto-juvenil do mundo contemporâneo. A saga do bruxinho conquistou o mundo, rendeu sete livros, oito filmes e vendeu mais de 400 milhões de cópias, em diversos idiomas. Alguns anos depois do fim da série literária, e um ano após o lançamento do último filme sobre Harry Potter, a agora milionária J. K. lança seu primeiro romance destinado a adultos, uma obra diametralmente oposta à que a consagrou. O livro “Morte Súbita” conta a história de uma pequena cidade, tão bonita quanto problemática e que faz explodir uma guerra que já se anunciava silenciosamente, depois da morte repentina de um político e o processo eleitoral para sua sucessão. Um detalhe: pouquíssimo tempo depois de lançado, o livro já teve os direitos adquiridos para virar minissérie na TV britânica. 48
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DVD
Sete Dias com Marilyn O filme, que acaba de chegar em sua versão DVD/Blu Ray, rendeu uma indicação ao Oscar para a excelente Michelle Williams. Michelle é daquelas atrizes que têm presença apagada e sem graça nos red carpets da vida, mas que brilha intensamente em frente das câmeras. Sua caracterização como Marilyn Monroe está impecável, e o elenco ainda traz o plus do excelente Kenneth Branagh fazendo o papel do lendário Sir Laurence Olivier. “Sete Dias com Merilyn” conta a história da primeira viagem da estrela de Hollywood a Londres, para filmar O Príncipe Encantado. Neste semana de trabalho, ela se envolve com um jovem assistente de direção, mudando a vida do rapaz e revelando várias facetas dela, que é um dos maiores ícones do século 20.
Gastronomia
Panelas de Cerâmicas Na onda que a cada dia populariza mais as varandas Gourmet e o hábito de receber os amigos em casa para noites de aventuras gastronômicas, panelas e utensílios culinários deixaram de ser aquela opção de presente machista e entediante e passaram a povoar sonhos de consumo de mulheres e homens que gostam de cozinhar com estilo. E todo bom “new chef” sabe que as panelas e assadeiras de cerâmica refratária unem o útil ao agradável. São lindas – especialmente as linhas de design vintage, inspiradas nas antigas sopeiras inglesas – e ideais para a culinária mais saudável. E ainda ajudam a dar um toque de cor, podendo sair direto do forno e do fogão para a mesa, sem perder o charme.
Acessórios
Pop Phone (Moshi Moshi) Quando a Melissa, personagem da Cássia Kiss na novela Amor Eterno Amor, apareceu com um desses na TV, o acessório de celular, que já era febre na Europa e nos EUA, imediatamente ganhou adeptos entre os fashionistas e loucos por acessórios. Trata-se de um fone de ouvido que imita o gancho daqueles telefones antigos de disco e pode ser plugado a quase todos os tipos de celulares, tablets e smartphones. O nome – Moshi Moshi – significa “alô” em japonês. A idéia do designer David Turpin, produzida originalmente pela Native Union é descolada, colorida, moderna, e elimina 99% da radiação emitida pelo celular. Um mimo. 49
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Mais Mais
Ponto de Vista Diego Trindade D’Ávila Magalhães
Israel-Palestina
Conflito crônico
O
recente reconhecimento da Palestina como um Estado foi um dos fatos mais marcantes da política internacional em 2012. Trata-se de um dos episódios que se destacam na violenta cronologia do complexo conflito árabe-israelense. Historicamente discriminado, perseguido e exterminado, o povo judeu organizou-se e conseguiu, em 1917, o apoio Império Britânico para a criação de um Estado judaico na Palestina, enquanto os palestinos viviam sob o domínio colonial dos ingleses. A migração judaica para a região beneficiou alguns proprietários de terras e comerciantes locais, mas, de modo geral, irritou os povos árabes do Oriente Médio. Libaneses, sírios e egípcios estão entre os povos árabes que se tornaram independentes da França e da Grã-Bretanha nos anos 1920. Os britânicos deixaram o território palestino depois da resolução da ONU que criou o Estado de Israel em 1947, prevendo a coexistência com um Estado palestino. De um lado, a Síria, o Egito e a Jordânia tinham suas próprias pretensões territoriais sobre a Palestina e não apoiariam a criação deste Estado. De outro, uma grande aliança árabe foi formada contra Israel. A Guerra Árabe-Israelense de 1948 foi a guerra de independência de Israel, que venceu os árabes. Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, os israelenses mostraram sua superioridade militar no ataque preventivo fulminante contra forças de países vizinhos que planejavam atacá-los. Como resultado, Israel ampliou as fronteiras definidas em 1947. Em 1973, Egito e Síria realizaram um ataque surpresa a Israel, que resistiu e venceu a Guerra do Yom Kippur. A maior parte do povo palestino deixou a região, e os que não passaram a viver em Israel viram as tentativas de formar um governo na Cisjordânia (incluindo partes de Jerusalém) e na Faixa de Gaza (litoral palestino 50 dezembrO / 2012
na fronteira com o Egito). Há mais de 700 mil palestinos refugiados no exterior por causa dos conflitos em sua terra natal. Em 1974 ocorreu a primeira vitória do povo palestino no front diplomático, quando a ONU reconheceu seu direito à independência e conferiu o status de observador no âmbito da Assembleia Geral da ONU à Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A OLP é a expressão política do grupo terrorista Al Fatah, criado em 1964 sob liderança de Yasser Arafat. Como forma de fazer frente ao Al Fatah, uma incursão israelense na capital do Líbano tentou eliminar a OLP em 1982. A intifada, ou Revolta das Pedras, de 1987 foi um levante popular em que a população palestina atacou com paus e pedras as tropas israelenses, motivada pelos massacres e pela opressão de Israel. Os palestinos mais avessos à diplomacia e ao Estado de Israel reuniram-se no grupo terrorista Hamas. Por outro lado, em 1993, Arafat – que abandonou o terrorismo – e o moderado israelense Yitzhak Rabin celebraram a paz entre seus povos em Oslo, sob a mediação norueguesa e estadunidense. Fruto da OLP, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) pretendia governar efetivamente a Palestina e estabeleceu embaixadas em vários países, inclusive no Brasil. O Likud, um dos partidos ortodoxos, nacionalistas e belicistas de Israel, opõe-se às iniciativas que poderiam implicar a criação do Estado da Palestina e limites a novos “assentamentos” – condomínios, colônias e vilas – israelenses na região. Em meio a outra intifada, os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e a ONU propuseram o “Mapa do Caminho” em 2002 para estabelecer gradualmente a coexistência pacífica entre Israel e um Estado palestino. Nesse ano, a Liga Árabe (organização que angaria a maior parte dos Estados árabes) fez proposta semelhante, a Iniciativa de Paz
Árabe, que reconhecia a independência da Palestina, mas alguns tópicos eram criticados pelo governo palestino. Contudo, após ações violentas de militares israelenses durante o governo do Likud em 2006 e com criação novos assentamentos, a intifada recrudesceu-se. O Hamas ganhou eleições legislativas na ANP e passou a governar, na prática, Gaza – região bloqueada por Israel, que barra inclusive alimentos e medicamentos –, e aumentou a instabilidade na Cisjordânia. Incidentes violentos de ambos os lados continuam ocorrendo mesmo após acordos de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Para resolver a questão, é necessário criar um Estado palestino que, com o apoio internacional, seja capaz de governar seus próprios territórios e de promover o desenvolvimento. Ao menos é isso que defende o Brasil desde os anos 1970. Um importante passo nesse sentido foi o reconhecimento da Palestina como um Estado não-membro pela Assembleia Geral da ONU, em novembro de 2012, para o qual o Brasil trabalhou ativamente, a despeito da vontade do Reino Unido e dos Estados Unidos. O Brasil mostrou-se capaz de contribuir positivamente para a questão, ao destacar-se em meio às grandes potências que tradicionalmente estabelecem o caminho para a paz, e tende a fazê-lo cada vez mais. Entretanto, assim como 1947 e 1974, o reconhecimento da Palestina como um Estado é apenas mais um marco decisivo na história do país, mas não necessariamente uma perspectiva de solução pacífica para o imbróglio do Oriente Médio. Menos de 24 horas depois da Resolução da ONU, Israel anunciou planos de expandir assentamentos na Cisjordânia para 3000 famílias. Diego Trindade D’Ávila Magalhães Professor de Relações Internacionais (UniRitter). Doutorando em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS). Emai: diegotdm@gmail.com
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CARROCERIAS HERINGER