VIOLINO
alma do
som
Instrumento conquistou os maiores compositores clテ。ssicos da histテウria e hoje em dia figura atテゥ entre grupos populares por Christiane Ferreira - fotos Ita Kirsch
Pe r f o r m a n c e
テ好ER - Jan 08
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VIOLINO
alma do
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Instrumento conquistou os maiores compositores clテ。ssicos da histテウria e hoje em dia figura atテゥ entre grupos populares por Christiane Ferreira - fotos Ita Kirsch
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Instrumento conquistou os maiores compositores clテ。ssicos da histテウria e hoje em dia figura atテゥ entre grupos populares por Christiane Ferreira - fotos Ita Kirsch
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melhor qualidade, o formão, ferramenta usada para moldar a madeira, ainda é o protagonista em busca de um instrumento, e conseqüentemente, um som mais perfeito. As melhores colas e resinas ainda são as vegetais, que não agridem a madeira que, por sua vez, deve ser uniforme, sem alterações nos seus veios. Mesmo visto como clássico, o violino não faz mais parte somente do cenário da música erudita. Atualmente, cada vez mais bandas com suas versões acústicas lançam mão do instrumento em suas apresentações. E quem sabe assim, a rica sonoridade do instrumento não caia no esquecimento. Dessa forma, profissões como a luthieria permanecerão para sempre na realidade, não somente como parte de um livro antigo de história.
Essas duas peculiaridades do soprano da família dos instrumentos de arco tornaram os violinos instrumentos de destaque dentro das orquestras. Eles conquistaram compositores e músicos clássicos da estirpe de Bach, Vivaldi, Beethoven, Tchaikovsky, Mozart, Mendelssohn, entre outros. Com som produzido por quatro cordas – Mi5, Lá4, Ré4 e Sol3 – o violino carrega muita história. Tem origem na rabeca, um instrumento de três cordas tocado com um arco, muito popular na Europa medieval e renascentista. Os primeiros foram produzidos na Itália, entre meados do século XIV e início do XV. Por cerca de 200 anos, a arte de fabricá-los ficou a cargo de três famílias da cidade de Cremona: Amati, Guarnieri e Stradivari. O período no qual foram produzidos os melhores violinos de todos os tempos compreende o século entre 1650 e 1750. A principal diferença dos violinos antigos para os fabricados atualmente é o espelho – local onde se aperta as cordas com os dedos para que as notas soem – que era pela metade. Já o arco apresentava curvatura maior. “O barroco não tinha alma, uma madeirinha dentro do violino que projeta o som para
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ÍDER - Jan 08
Modernidade O tempo modernizou outros detalhes do violino. As cordas feitas de tripa de carneiro deram lugar às de aço cromado e material sintético, revestidas com uma fita metálica de alumínio, níquel ou prata. Mas apesar da modernidade, a unanimidade é: violinos feitos à mão são de qualidade superior, emitindo sons mais puros e perfeitos; muito mais que os cortados com uma máquina e elaborados de forma industrial. E nos de
Inspiração para a grande tela
Ouvidos, Efes ou Aberturas acústicas orifícios que permitem aos sons (vibrações), amplificados pelo corpo do instrumento, atingir o espaço externo e, finalmente, os ouvidos.
Símbolo de elegância e sofisticação, os violinos viram até mesmo argumento para grandes histórias no cinema. É o caso do drama O Violino Vermelho, dirigido por François Girard. Na Montreal contemporânea, um famoso violino, fabricado há 300 anos, será leiloado. Para comprovar a autenticidade do instrumento, o especialista Charles Morritz (Samuel L. Jackson) começa a pesquisar sua origem e descobre que, ao longo do tempo, uma implacável sina atingiu todos os que o possuíram. Decidido a desvendar o enigma, Morritz descobre que o violino foi fabricado em Cremona, na Itália, pelo artesão Nicolo Bussotti (Carlo Cecchi). O instrumento seria uma homenagem a seu filho que estava prestes a nascer, mas o destino acabou por fazer com que o bebê e a mãe morressem durante o parto. A partir daí, o violino viaja pela Áustria do século XVIII, Inglaterra do século XIX, pela China durante a Revolução Cultural até chegar ao Canadá, onde será vendido por uma quantia milionária. O filme mistura história, cobiça, amor, política e cultura e conquistou o Oscar de Melhor Trilha Sonora, em 2000. Vale a dica.
Cravelhas peças de madeira onde se fixam as cordas. São usadas para afinar o instrumento girando-as em sentido horário ou anti-horário, a fim de retesar ou afrouxar as cordas. Cavalete onde se apóiam as quatro cordas distendidas. Cordas as mais antigas eram feitas de tripa de carneiro. Estandarte peça triangular que fixa as cordas na extremidade oposta ao braço. Micro-afinador pequeno acessório metálico que se prende no estandarte, no furo correspondente às cordas. Possui um parafuso que, ao girá-lo, oferece precisão na afinação da corda.
fotos: Divulgação
Sonoridade aguda e ao mesmo tempo marcante.
fora. Por isso, tinha baixa potência sonora. A história conta que foi Stradivarius quem colocou a alma no violino e também aumentou o espelho, resultando em notas mais agudas”, explica o professor de violino Evaldo Alves dos Santos, do Conservatório Heitor Villa Lobos, em Santos (SP). Apesar da qualidade dos violinos Amati e Guarnieri, foi o luthier italiano Antoni Stradivari responsável por construir o violino mais famoso do mundo: o Stradivarius. É considerado o instrumento de som mais perfeito. Estudos apontam para a existência de apenas 650 exemplares no mundo. Para se ter uma idéia da sua qualidade e do seu valor, em um leilão realizado em maio de 2006, pela Christie’s, um legítimo Stradivarius foi arrematado por US$ 3,5 milhões. Algumas pesquisas sugerem que o segredo de sua rica ressonância pode estar tanto na idade da madeira quanto nos vernizes especiais ou nos tratamentos aplicados ao material. Está mais para o conjunto desses elementos.
O violino
Queixeira peça anatômica que serve para o violinista acomodar de maneira mais confortável o violino ao queixo. Foi inventada pelo alemão Ludwig Spohr. Arco feito de madeira. Fios de crina de cavalo (ou de plástico, tipo náilon) são ajustados às duas extremidades dessa peça de madeira, longa e curva, com cerca de 75 cm de comprimento.
Ficha técnica
Título Original: The Red Violin Gênero: drama Origem/Ano: Canadá, Itália, Reino Unido/ 1998 Duração: 130 minutos Direção: François Girard
melhor qualidade, o formão, ferramenta usada para moldar a madeira, ainda é o protagonista em busca de um instrumento, e conseqüentemente, um som mais perfeito. As melhores colas e resinas ainda são as vegetais, que não agridem a madeira que, por sua vez, deve ser uniforme, sem alterações nos seus veios. Mesmo visto como clássico, o violino não faz mais parte somente do cenário da música erudita. Atualmente, cada vez mais bandas com suas versões acústicas lançam mão do instrumento em suas apresentações. E quem sabe assim, a rica sonoridade do instrumento não caia no esquecimento. Dessa forma, profissões como a luthieria permanecerão para sempre na realidade, não somente como parte de um livro antigo de história.
Essas duas peculiaridades do soprano da família dos instrumentos de arco tornaram os violinos instrumentos de destaque dentro das orquestras. Eles conquistaram compositores e músicos clássicos da estirpe de Bach, Vivaldi, Beethoven, Tchaikovsky, Mozart, Mendelssohn, entre outros. Com som produzido por quatro cordas – Mi5, Lá4, Ré4 e Sol3 – o violino carrega muita história. Tem origem na rabeca, um instrumento de três cordas tocado com um arco, muito popular na Europa medieval e renascentista. Os primeiros foram produzidos na Itália, entre meados do século XIV e início do XV. Por cerca de 200 anos, a arte de fabricá-los ficou a cargo de três famílias da cidade de Cremona: Amati, Guarnieri e Stradivari. O período no qual foram produzidos os melhores violinos de todos os tempos compreende o século entre 1650 e 1750. A principal diferença dos violinos antigos para os fabricados atualmente é o espelho – local onde se aperta as cordas com os dedos para que as notas soem – que era pela metade. Já o arco apresentava curvatura maior. “O barroco não tinha alma, uma madeirinha dentro do violino que projeta o som para
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Modernidade O tempo modernizou outros detalhes do violino. As cordas feitas de tripa de carneiro deram lugar às de aço cromado e material sintético, revestidas com uma fita metálica de alumínio, níquel ou prata. Mas apesar da modernidade, a unanimidade é: violinos feitos à mão são de qualidade superior, emitindo sons mais puros e perfeitos; muito mais que os cortados com uma máquina e elaborados de forma industrial. E nos de
Inspiração para a grande tela
Ouvidos, Efes ou Aberturas acústicas orifícios que permitem aos sons (vibrações), amplificados pelo corpo do instrumento, atingir o espaço externo e, finalmente, os ouvidos.
Símbolo de elegância e sofisticação, os violinos viram até mesmo argumento para grandes histórias no cinema. É o caso do drama O Violino Vermelho, dirigido por François Girard. Na Montreal contemporânea, um famoso violino, fabricado há 300 anos, será leiloado. Para comprovar a autenticidade do instrumento, o especialista Charles Morritz (Samuel L. Jackson) começa a pesquisar sua origem e descobre que, ao longo do tempo, uma implacável sina atingiu todos os que o possuíram. Decidido a desvendar o enigma, Morritz descobre que o violino foi fabricado em Cremona, na Itália, pelo artesão Nicolo Bussotti (Carlo Cecchi). O instrumento seria uma homenagem a seu filho que estava prestes a nascer, mas o destino acabou por fazer com que o bebê e a mãe morressem durante o parto. A partir daí, o violino viaja pela Áustria do século XVIII, Inglaterra do século XIX, pela China durante a Revolução Cultural até chegar ao Canadá, onde será vendido por uma quantia milionária. O filme mistura história, cobiça, amor, política e cultura e conquistou o Oscar de Melhor Trilha Sonora, em 2000. Vale a dica.
Cravelhas peças de madeira onde se fixam as cordas. São usadas para afinar o instrumento girando-as em sentido horário ou anti-horário, a fim de retesar ou afrouxar as cordas. Cavalete onde se apóiam as quatro cordas distendidas. Cordas as mais antigas eram feitas de tripa de carneiro. Estandarte peça triangular que fixa as cordas na extremidade oposta ao braço. Micro-afinador pequeno acessório metálico que se prende no estandarte, no furo correspondente às cordas. Possui um parafuso que, ao girá-lo, oferece precisão na afinação da corda.
fotos: Divulgação
Sonoridade aguda e ao mesmo tempo marcante.
fora. Por isso, tinha baixa potência sonora. A história conta que foi Stradivarius quem colocou a alma no violino e também aumentou o espelho, resultando em notas mais agudas”, explica o professor de violino Evaldo Alves dos Santos, do Conservatório Heitor Villa Lobos, em Santos (SP). Apesar da qualidade dos violinos Amati e Guarnieri, foi o luthier italiano Antoni Stradivari responsável por construir o violino mais famoso do mundo: o Stradivarius. É considerado o instrumento de som mais perfeito. Estudos apontam para a existência de apenas 650 exemplares no mundo. Para se ter uma idéia da sua qualidade e do seu valor, em um leilão realizado em maio de 2006, pela Christie’s, um legítimo Stradivarius foi arrematado por US$ 3,5 milhões. Algumas pesquisas sugerem que o segredo de sua rica ressonância pode estar tanto na idade da madeira quanto nos vernizes especiais ou nos tratamentos aplicados ao material. Está mais para o conjunto desses elementos.
O violino
Queixeira peça anatômica que serve para o violinista acomodar de maneira mais confortável o violino ao queixo. Foi inventada pelo alemão Ludwig Spohr. Arco feito de madeira. Fios de crina de cavalo (ou de plástico, tipo náilon) são ajustados às duas extremidades dessa peça de madeira, longa e curva, com cerca de 75 cm de comprimento.
Ficha técnica
Título Original: The Red Violin Gênero: drama Origem/Ano: Canadá, Itália, Reino Unido/ 1998 Duração: 130 minutos Direção: François Girard