Revista 'A Cápsula'

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DEZ 2019 ANO 3, EDIÇÃO ÚNICA

Imagem: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/06/boson-de-higgs-e-visto-acompanhado-pela-primeira-vez.html

REVISTA DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

BÓSON DE HIGGS, conhecida popurlamente como “partícula de Deus”, abriu novas perspectivas da Física em relação ao entrelaçamento do espaço-tempo.


EMBARQUE NESSA VIAGEM!


Fotografia: Ynnara Lira

A Cápsula é uma publicação do curso de Relações Públicas produzida pelos acadêmicos do 4º período REDATORES Andrey Gomes Andrezza Rebelo Beatriz Farias Carina Maia Daniel Oliveira Emanuele Costa Siqueira Giovanna Araujo Jessiane Guimarães Kaio Nunes Laís Vasconcelos Luana Cunha Raíssa Barros Renan Gonçalves Rubia Gomes Samia Lelis Soanne Coutinho Vanessa Lorenski Vivian França Yasmin Catão Ynnara Lira REVISÃO DOS TEXTOS Antônio Lopes REVISÃO GERAL Professoras Aline Lira e Célia Carvalho ILUSTRAÇÃO E IMAGENS Freepik.com

EQUIPE A CÁPSULA Carta de um veterano Por Antonio Lopes

Attention, please! Isso não é um treinamento. A missão já foi dada, ninguém está sabendo de nada e a capitã exige respostas. Então, é o seguinte: esse ​play v​ai dar uma reiniciada, porque nossa Cápsula precisa ser lançada.

Professora coordenadora: Célia Carvalho Editoras: Laís Vasconcelos e Rubia Gomes Editor Gráfico: Greice Vaz

É isso, guerreiros, a contagem regressiva já está para lá de iniciada, por isso vou perguntar: até aqui deu para dar alguma sacada? Se não, tudo bem, vou dar uma ajuda, porque vocês vão SIM cumprir a missão dada.

Agradecimentos à Prof.a Carla Mara Coordenadora Acadêmica da FIC

Acalmem os corações e se liguem nas instruções abaixo:

Missão: Revista A Cápsula: um compacto entre o passado e o presente das Relações Públicas;

Alvo da mira: desencapsular ideias incríveis, vasculhar dentro, virar de cabeça para baixo até esvaziar todo o conteúdo guardado por anos. Afinal, as futuras gerações estão curiosas esperando. E aí, o que você achou nessa cápsula do tempo? Feche os olhos e me diga o que tinha lá dentro, você lembra?

Apetrechos: 1. cinto de utilidades com inúmeros compartimentos, cada um deles carregado de leituras, impressões,

viagens na maionese, PIREM SOBRE O ASSUNTO!; 2. binóculos para dar atenção dobrada a DETALHES. Tudo aquilo que vocês sentem como ideia. Pensem em tudo e anotem tudo; 3. walkie talkie para não esquecer de passar as informações adiante, ou seja, COMPARTILHAR, pois algum outro espião pode ter uma informação igualmente importante. Estão prontos? Boa viagem!


A CÁPSULA

ALÔ, CÂMBIO: captando novos sinais Por: Laís Vasconcelos e Rubia Gomes

Três, dois... A Cápsula será lançada em alguns instantes para o maior dos desafios, compactar o passado, o presente e fazer imaginar o futuro das Relações Públicas. O trajeto programado vai além do tradicional, traça atalhos pelo retrô, recentraliza em visões futuristas e, assim, apreende rotas únicas, cujo melhor caminho - mesmo com os mais variados e sofisticados aparatos - sejam em teorias ou práticas - sempre leva à valorização do ser humano e suas relações. Mesmo com toda essa viagem temporal, falamos de um lugar no agora, no qual essa Cápsula foi configurada para ser um presente, um portal para conteúdos produtivos, criativos e, acima de tudo, informativos. Vocês ouviram isso? O motor já está aquecido e o painel de controle parece festejar todo aceso e colorido com seus sinais de alerta. As luzes desse dispositivo convidam para tentar possibilidades novas, diferentes,

cada uma piscando ideias brilhantes. A atenção será crucial, porque, apesar de não ser na velocidade da luz, a curiosidade torna a leitura mais rápida que o lançamento de um foguete. Ao final, sua imaginação terá orbitado longe, em níveis estratosféricos para perguntar: como profissional de RP, o que eu poderia fazer em outro planeta? Um... Nossa, chegamos ao fim da contagem! Agora, vai ser rápido, basta seu login e senha para avançar em um mundo invertido, cheio de downloads, revelações, interações e, por incrível que pareça, que fará você navegar nas nuvens. Afinal, o que é o futuro senão uma chance e o passado uma lição? CÂMBIO, desligo.

LOGIN

07.....Alô, câmbio: captando novos sinais 08.....Um up na academia 11.....Uma cápsula de surpresas 12.....Coletânea de cases de sucessos 14.....Maré alta: sintonizando ondas de comunicação 17.....Pesquisa Acadêmica em RP: Uma missão possível 20.....A atemporalidade do relações-públicas 24.....O multiverso do empreendedorismo 30.....Atenção, marujos: comunicação estratégica à vista 34.....Alô, alô, seres humanos?! Aqui quem fala é a Terra 36.....Missão espacial no labirinto comunicacional 38.....Mapa de navegação 40.....Suas saídas são compatíveis com o tamanho da entrada para o mundo? 44.....(R)Perdidos em sonhos 46.....Desligar, atualizar ou reiniciar? 47.....O que você quis dizer?

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A CÁPSULA

um A I M E D A C NA A

A CÁPSULA

UP

Vanessa Lorenski, aluna do 4° período de RP Fotografia: Arquivo pessoal

unes Por: Kaio N

A coordenação do curso de Relações Públicas recebeu membros da Comissão de Avaliação de Reconhecimento e Renovação dos cursos de graduação do Ministério da Educação (MEC), em setembro de 2019. De acordo com as informações apresentadas e, posteriormente, apuradas, a avaliação resultou na Nota Cinco, conceito máximo do MEC. Para chegar ao conceito de excelência, ocorreram diversas mudanças no modo como o curso funciona e ensina ao longos dos anos. “Em 2019 o curso de Relações Públicas alcançou o conceito 5 na avaliaçãodo MEC. Foi um ano de muito trabalho para os professores, os estudantes e a coordenação, e agora colhemos os frutos. Com conceito 5 mostramos como nosso curso é produtivo e tem muito a oferecer para a sociedade, não só formando excelentes profissionais, mas produzindo pesquisa e extensão de qualidade. Com a nota 5 também mostramos que o Norte não deixa a desejar na qualidade das Relações Públicas praticadas por aqui, e o reconhecimento do MEC é um sinal de como conseguimos avançar na consolidação do curso da Ufam como referência no cenário local e regional de comunicação”, disse o coordenador do curso professor Israel Rocha.

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CENTRAL DE COMANDO

CENTRAL DE COMANDO

O curso de Relações Públicas conquistou as cinco estrelas do MEC pelos upgrades ocorridos nos últimos anos

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IMAGEM: www.freepik.com


Software atualizado Outro fator importantíssimo para a obtenção do conceito máximo do MEC foi a wbusca constante pela atualização do ensino nos âmbitos interno e externo. A coordenação, tendo à frente os professores Israel Rocha e Jonas Silva Junior, juntamente com os demais docentes do curso de Relações Públicas, realizou reuniões objetivando a análise das transformações que ocorrem no mercado para serem agregadas à prática das Relações Públicas. No início de setembro de 2019, a coordenação organizou o Primeiro Seminário de Autoavaliação do Curso objetivando uma análise conjunta entre estudantes, professores e egressos que, segundo a coordenação, teve o intiuito de “debater e analisar perspectivas, ideias e práticas voltadas para o ensino, a pesquisa e a extensão já desenvolvidas no curso de Relações Públicas da Ufam. Além disso, o seminário visou a coletar informações que permitirão aos corpos docente e discente pensar arranjos teóricos e práticos para a concepção de uma estrutura curricular mais próxima de demandas contemporâneas das Relações Públicas” (extraído do site RP UFAM). O resultado de todos esses esforços se concretiza na formação de profissionais que representam as Relações Públicas na região Norte, visto que a Ufam é a única instituição pública a ofertar o referido curso.

A CÁPSULA

UMA CÁPSULA DE SURPRESAS Por: Giovanna Araujo

Prêmio Expocom 2019, categoria Cinema e Audiovisual, modalidade Roteiro e Ficção Fotografia: Matheus Almeida

Os discentes também contribuem para este UP Colecionando premiações em congressos regionais e nacionais, os discentes são incentivados pelos professores a produzir artigos científicos e trabalhos acadêmicos para submeterem em congressos científicos, especialmente, o Intercom. Em 2019, foram conquistadas 10 premiações na categoria Expocom etapa regional e uma na etapa nacional. Maria Nós As alunas Amanda Brito, Cleice Oliveira, Danielle Brito, Lyandra Cordeiro e Talyssa Gazel, da disciplina Produção Audiovisual, ministrada pela professora doutora Aline Lira, receberam o Prêmio Expocom 2019 (etapa nacional) na categoria Produção Áudio Visual pela apresentação do documentário Maria Nós. Ademais, a convivência entre os discentes e docentes foi um dos pontos fortes destacados pelos próprios estudantes quando foram questionados na reunião com os membros do Ministério da Educação. Inclusive, a taxa de abandono e jubilação do curso de Relações Públicas é baixíssima, comprovando, assim, o bom trabalho desenvolvido na acadêmia.

O

telefone vai tocar em algum facsímile mais adiante. Até lá, as interferências serão mínimas e você poderá ouvir o outro lado com mais clareza. Até essa chamada ser atendida, em alguns momentos o sinal enfraquecerá e vai bater aquele desespero palpitante carregado de um alerta temeroso a um possível “tu... tu... tu....”, seguido de um silêncio absoluto: A queda. Mesmo que ela aconteça, você irá encontrar tudo o que procura, embora não haja garantias de que em algum momento não surja um buraco negro e com ele o sentimento de incerteza, de confusão e de decepção. Calma, faz parte das melhores viagens exploratórias, pois isso significa uma quebra no tempo, uma possibilidade surpreendente. É como transformar a queda em um salto, aproveitar o frio na barriga, devorar o ar com os pulmões e coração. E, ao longo desse misto de calmaria e tempestades, o importante são as conquistas acumuladas como pontinhos de uma linha do tempo. E os fatos marcantes não são poucos. A história do nosso curso é de muita luta, cujas batalhas incentivam diariamente a conquista de novas riquezas, como a criação da Faculdade de Informação e Comunicação

(FIC), a inauguração do bloco novo todinho nosso e a verdadeira coroação, ou seja, o conceito Cinco Estrelas atribuido pelo MEC. É, por vezes a conexão quase foi perdida, mas se você está lendo isso saiba que nada caiu, porque tudo foi retirado ou posto de volta no gancho no seu devido tempo. Escutei você muito bem e, agora, juntos, apreciamos tudo o que foi dito e sonhado. Foram vários “tá bom, tchau, até mais”, sempre cheios de ricas perspectivas. Você ouviu isso? Ah, é um novo fax chegando, com folhas quentinhas que aos poucos revelam tantas impressões no papel em branco que significavam o que nós éramos. Segure-as e leia com calma e atenção. Olha só quanto conteúdo vivemos e construímos. Amadurecemos! Se o futuro é uma Cápsula de surpresas, então, vamos enchê-la dos melhores momentos para, ao abri-la mais adiante, desempacotar os presentes acumulados e aproveitar cada um deles. Bom, você sabe como me encontrar, não deixe de mandar notícias, pois adoro ouvir os seus sonhos, os seus relatos e as suas conquistas. Até mais!

FAX PARA O FUTURO

A CÁPSULA CENTRAL DE COMANDO 10

Hardware atualizado: novas perspectivas Um dos fatores que permitiu a mudança do curso de Relações Públicas foi sua nova estrutura física. Em 28 de dezembro de 2018 foi inaugurado o bloco Erasmo Linhares, onde passou a funcionar a Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), que abriga os cursos de Arquivologia, Biblioteconomia, Jornalismo e Relações Públicas. Antes, o curso de Relações Públicas dividia suas turmas nos blocos disponibilizados pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), mais especificamente os blocos Eulálio Chaves e Mário Ypiranga. Já com a nova casa, foram instalados laboratórios, estúdios e salas para abrigar todos os docentes e discentes, permitindo o melhor desenvolvimento dos seus projetos de ensino, pesquisa e extensão. Essa estrutura física que foi bastante elogiada pelos avaliadores.

Abraços. Nós.

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2. Hall of Fame - The Script Case: “Disse-me-disse” Um dos exemplos que se destacam sobre Comunicação Pública é o caso da Petrobras, quando era alvo de denúncias sob a forma do blog Petrobras Fatos e Dados. Sabendo que os jornalistas iriam procurá-los, a Petrobras passou a publicar toda comunicação com jornalistas antes mesmo que eles pudessem distorcer o que havia sido dito. Então, no dia seguinte quando um jornal dizia X, a blogosfera já estava espalhando a notícia de que o jornalista ignorou a resposta da Petrobras, que dizia Y. Resumindo: suas comunicações devem ser baseadas em fatos e dados, e não opiniões pessoais e, sempre que um jornalista procurar um setor, o conteúdo da conversa — normalmente por e-mail — deve ser divulgado para que as pessoas possam ver o que o jornalista fez com as informações que tinha em mãos.

JUKEBOX

3. Além do Horizonte - Jota Quest Case: “Natura Musical: um caso de amor com a música brasileira” O Natura Musical é um programa da Natura de valorização da música brasileira e ocupa um papel singular no cenário do patrocínio cultural no Brasil desde 2012 até os dias atuais. Os principais veículos do País foram envolvidos num intenso programa de Relações Públicas que contemplou o envio de todos os CDs lançados, convites para assistir aos principais shows de lançamento e turnês, acesso aos bastidores das produções e aos artistas e o

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A CÁPSULA

agendamento de encontros individuais dos porta-vozes da marca com os principais setoristas de música do mercado editorial brasileiro. 4. 7 Rings - Ariana Grande Case: “As Kardashians” As irmãs Kardashians são conhecidas por fazerem sucesso em todos os seus lançamentos e de estarem sempre em alta nas redes sociais. Aqui estão cinco estratégias de Relações Públicas que as mantém no topo do sucesso: 1. Aproveitam o que está em alta nas redes sociais e usam a seu favor; 2. Empreendem na área da beleza e usam a própria imagem para influenciar seu público a consumir seus produtos; 3. Estão sempre nos holofotes, ganhando visibilidade; 4. Não tem medo de expandir seus negócios; 5. Possuem carisma com os fãs. 5. Firework - Katy Perry Case: “Como a crise pode se tornar uma oportunidade de comunicação e as RelaçõesPúblicas uma solução” Para acabar com a difamação da concorrência, a Coca-Cola alcançou objetivos de retomar as relações com a mídia e de se posicionar frente aos ataques com provas incontestáveis. Como estratégias, utilizaram planos de comunicação interna e externa, mantendo formadores de opinião informados de maneira transparente e assim, puderam multiplicar porta-vozes dentro e fora do contexto organizacional. Todo o trabalho da CDN resultou no controle da crise e no restabelecimento do relacionamento de confiança com a imprensa (um dos públicos mais importantes). Proporcionou diálogo produtivo e simétrico entre a companhia e seus interlocutores, tanto do poder público quanto do mercado além de gerar uma melhor compreensão por parte dos formadores de opinião em relação à atuação da organização sobre seus negócios, suas políticas, sua responsabilidade social e sua visão de ética.

JUKEBOX

A CÁPSULA

Na playlist do nosso Jukebox de hoje, A Cápsula trouxe cinco cases de sucesso de Relações Públicas ocorridos em empresas, campanhas e assessorias para você ficar por dentro de alguns trabalhos interessantes que marcaram a parada de sucesso ao longo dos anos.

1. Medicine - Bring Me The Horizon Case: “Remédio ou margarina?” Em 1978, foi lançada uma margarina poli saturada chamada Becel. O apelo de vendas era: “Cuide Bem do Coração do seu Marido”. O que deixou uma grande dúvida nos consumidores que não sabiam se se tratava de um remédio ou se era apenas margarina. Com a repercussão negativa, a empresa não insistiu no erro e a assessoria de Relações Públicas foi de fundamental importância para que salvasse o investimento feito pela organização, além do prestígio de sua imagem.

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comunicação Por: Carina, Antonio, Lais e Rubia

N WALKIE TALKIE

ão importa a forma, pois falar daqui e ouvir de lá já não são mais suficientes. A frase “oi, quem está aí?” vem carregada de algo além do desejo de uma simples resposta. O que se busca é a interação, um verdadeiro “oi, estou aqui!”. E, assim, o famoso “câmbio, desligo” se torna “câmbio, te ligo”, isso porque em um mundo com um imenso fluxo informacional a comunicação não se encerra e marca, sim, sempre o início de outras possibilidades. É como explorar novos territórios.

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Na Era da Informação somos bombardeados e fornecemos informações constantemente. E desse volume de dados gerados surgiram

inovadoras formas de analisá-los e de conhecer profundamente o comportamento e as preferências do consumidor. A conversa de Walkie-Talkie se aproxima de uma feita face a face e permite organizar melhores estratégias, além de tornar o trabalho mais eficiente. É aí que o Big Data, codinome de Análise de Dados, entra na escuta, pois, em meio a tanta informação, ele representa a possibilidade de todo e qualquer dado ser coletado sobre uma organização, uma pessoa ou um assunto. Mas e do lado de cá do câmbio, o que as Relações Públicas têm a ver com isso? Seja câmbio desligo ou câmbio prossiga, a resposta é: simplesmente tudo!

E para nos ajudar a reunir em nossa Cápsula os dados que realmente importam para nossas estratégias e futuras missões nas inter-galáxias cheias de possibilidades para as Relações Públicas, ajustamos a frequência dos nossos Walkie-Talkie e o nosso sinal alcançou as relações-públicas Rejanne Barros e Ariane Feijó. Mas antes de embarcamos nessa chamada, precisamos saber: Alô, câmbio? O que é Big Data? Big Data é a aplicação de tecnologia na tarefa de coletar, armazenar, interpretar e combinar grandes volumes de dados para gerar informação, conhecimento e, em último

A CÁPSULA

caso, inteligência. O Big Data é baseado em 5 Vs: valor, variedade, volume, veracidade e velocidade. A coleta e a análise desses dados para que sejam convertidos em informações estratégicas é orientada pelos seguintes passos: • Coleta de dados; • Limpeza dos dados; • Mineração dos dados; • Análise de conteúdo; • Integração de dados; Segundo Rejane Barros, “a tendência é que esses dados aumentem rapidamente e as empresas sintam a necessidade de capturar e de analisar dados em tempo real”. Ela também destaca o caso clássico da Netflix Rejane Barros, Consultora de Comunicação no Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) e Assessora de Comunicação na Fundação Paulo Feitoza (FPF Tech). Fotografia: Arquivo Pessoal

"A tendência é que

esses dados aumentem rapidamente e as empresas sintam a necessidade de capturar e de analisar dados em tempo real".

WALKIE TALKIE

A CÁPSULA

MARÉ ALTA sintonizando ondas de

A conexão do relações-públicas com o mundo dos dados é a de trabalhar com a mensuração. Por meio do Big Data, o RP vai poder sintonizar com as tendências do mercado e também compreender o comportamento do seu público ao realizar uma análise profunda do canal de relacionamento. Com um sinal tão forte, sem ameaças de queda, o trabalho se torna mais preciso, possibilitando a adaptação de estratégias em tempo real. Assim, não importa se vai de Wi-fi ou se discada, pois ter os dados corretos significa entender e poder projetar quais serão os próximos passos.

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Para a RP Ariane Feijó, o uso do Big Data possibilita para as atividades de Relações Públicas a tomada de melhores decisões: “O universo das Relações Públicas precisa incorporar a análise de todo tipo de dados. Isso nos torna mais críticos e nos possibilita saber interpretar para podermos tomar decisões melhores”, explica Ariane.

WALKIE TALKIE

Ela afirma também que o Big Data para a área de Relações Públicas não é uma necessidade e, sim, uma realidade. No que diz respeito ao uso do Big Data, acredita que a profissão de RP está aprendendo e tentando entender todo esse processo. “Precisamos nos preparar fazendo testes, investigando, pesquisando, colocando sensibilidade. E como combinar dados com sensibilidade? Temos a capacidade de fazer isso; de enxergar o lado mais humano. Mas precisamos nos permitir e abrir a mente para isso”, finaliza a relações-públicas.

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lves

nça nan Go Por: Retriz Farias e Bea

Ariane Feijó, Diretora executiva da Otimifica. Fotografia: Arquivo Pessoal

"O universo das

relações públicas precisa incorporar a análise de todo tipo de dados. Isso nos torna mais críticos e nos possibilita saber interpretar para podermos tomar decisões melhores".

S

er um pesquisador é uma missão e tanto. A possibilidade de descobrir novos horizontes, olhares e ideias inimagináveis paira pela mente de quem se desafia a produzir pesquisa na universidade. É um trabalho minucioso. Imagine como um fotógrafo revelava o material fotográfico antes da câmera digital. Ele precisava da luz certa, pois qualquer interferência poderia destruir a fotografia. O pesquisador lida com a pesquisa com o mesmo zelo. Nessa mesma época das câmeras analógicas, a área de Relações Públicas dava longos passos para ser estruturada e estudada como uma ciência, com os respectivos objetos e métodos para explicar os fenômenos e aplicar na sociedade.

Agora, na era da imagem instantânea, outras tendências surgiram: as mídias digitais, a velocidade do consumo de informação e a necessidade de abraçar causas sociais são temas recorrentes desbravados pelos pesquisadores no ambiente acadêmico. Os estudantes do curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Amazonas são apresentados ao universo da pesquisa logo que iniciam a jornada na missão da graduação no ensino superior, graças ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Em 2019, missões foram concluídas com êxito enquanto outras estão apenas no start.

REVELAÇÃO

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PESQUISA ACADÊMICA EM RP:

como um exemplo em que o Big Data foi essencial para traçar uma estratégia. Fazendo a mineração de dados nos comentários que os usuários deixavam, eles verificaram que havia uma propensão muito grande a séries de cunho político. Então, a empresa cruzou os dados sobre os atores que as pessoas mais gostavam e obtiveram como resposta o ator Kevin Space. A série (House of Cards) foi um sucesso, simplesmente porque a Netflix escutou as demandas de seus assinantes.

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“Por ser uma pessoa que gosta de estar em uma contínua evolução pessoal, a pesquisa me traz inúmeras contribuições. Acredito que o enriquecimento pessoal é uma das principais recompensas da iniciação científica. Estar sempre descobrindo coisas novas a cada dia também se configura como umas das melhores satisfações no ato de pesquisar”, relata o estudante. Percebe-se que há um fortalecimento do entendimento das Relações Públicas e da comunicação em geral como forma de mudar uma realidade negativa e promover a cidadania para todos.

2 - ECOPROPAGANDA E DISCURSOS VERDES: ESTUDO SOBRE AS PRÁTICAS DISCURSIVAS NOS MATERIAIS PUBLICITÁRIOS E INSTITUCIONAIS DO MANAUARA SHOPPING. JESSIANE GUIMARÃES/ORIENTADA PELO PROFESSOR JONAS JÚNIOR 1 - MUDANÇAS CLIMÁTICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS LOCAIS: UMA ANÁLISE DOS PROJETOS DA PREFEITURA DE MANAUS PARA O MEIO AMBIENTE. LUAN TAVARES/ ORIENTAÇÃO: PROFESSOR DOUTOR ISRAEL ROCHA

Ainda abordando questões de preservação

REVELAÇÃO 18

“A bagagem que recebi e que

carrego comigo, com certeza, está facilitando bastante na minha trajetória acadêmica”. O incentivo e o contato com a pesquisa desde o início do curso desperta a curiosidade e o desejo dos discentes pela área de RP, que está em ascensão tanto na academia quanto no mercado de trabalho.

“a comunicação organizacional

vai além da instrumentalização, pois ela busca aliar a técnica com a humanização do ambiente”. Cada trabalho compilado neste texto reflete um novo caminho para a área de Relações Públicas. Dessa forma, é como se olhássemos para o passado e percebêssemos como muitas hipóteses de 20 anos atrás foram confirmadas e outras tomaram rumos diferentes, mas todas válidas, pois conversam com a época e o ambiente em que foram coletados os dados e as informações. Lançamos um olhar sobre essas pesquisas para que quem esteja lendo consiga vislumbrar novos rumos que poderão ser percorridos. O importante é não abortar a missão de produzir ciência e conhecimento.

3 - A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL E A GESTÃO ESTRATÉGICA DA COMUNICAÇÃO: A PERSPECTIVA DOS ECOSSISTEMAS ORGANIZACIONAIS. RODRIGO CAVALCANTE/ORIENTADO PELA PROFESSORA EMÍLIA ABBUD

É hora de revelar o primeiro destaque em pesquisa nesta revista. Ainda está na fase inicial, então pedimos que o seu eu do futuro retorne até aqui para reler e comparar com os resultados finais com os propostos no projeto de pesquisa.

Após uma pesquisa ser concluída, ela precisa chegar até à academia, à comunidade e à sociedade em geral – ser de fato revelada para gerar um debate e sugerir novos questionamentos. A participação do pesquisador em congressos e exposições é muito importante, afinal, ninguém pesquisa somente para si mesmo.

No momento em que este texto é escrito, queimadas nas florestas amazônicas eclodiram em debates na sociedade, além de um desastre com derramamento de óleo nas praias do Nordeste. Parece pertinente pesquisar sobre comunicação e o meio ambiente – o estudante Luan Tavares, do segundo período de Relações Públicas, percebeu essa necessidade. Com o título Mudanças climáticas e políticas públicas locais: uma análise dos projetos da prefeitura de Manaus para o meio ambiente, a pesquisa do acadêmico de RP, sob orientação do professor Israel de Jesus Rocha, tem o objetivo de coletar e analisar dados de ações promovidas

Mesclando comunicação e sustentabilidade, o projeto da aluna Jessiane Guimarães analisa a publicidade e os materiais institucionais de um dos shoppings mais frequentados da capital do Amazonas, o Manauara Shopping. Jessiane foi aprovada na seleção em seu primeiro ano de Universidade, iniciando a pesquisa, ainda caloura, ela compartilha:

principais pressupostos teóricos utilizados por pesquisadores da área de comunicação organizacional, sendo esses: “tecnologias de informação e comunicação”, “o ambiente organizacional” e a “gestão e administração das organizações”. O orientando diz que

Jessiane Guimarães Fotografia: Arquivo Pessoal

O estudante Rodrigo Cavalcante, do sexto período, sob a orientação da professora doutora Maria Emília Abbud, apresentou a pesquisa A comunicação organizacional e a gestão estratégica da comunicação: a perspectiva dos ecossistemas organizacionais, no Congresso de Iniciação Científica (CONIC), o que lhe rendeu uma menção honrosa pelo destaque do trabalho. Em sua pesquisa, o discente apontou os

Rodrigo Cavalcante. Fotografia: Arquivo Pessoal

REVELAÇÃO

A CÁPSULA

Luan Tavares. Fotografia: Arquivo Pessoal

ambiental, há um outro destaque de pesquisa, dessa vez concluída em 2019. Certamente, a maior preocupação das organizações é fazer com que os públicos saibam que elas possuem ideais de abraçar a causa da natureza, mas e quando tudo fica apenas no discurso?

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pela prefeitura da cidade de Manaus com o cunho de preservação ambiental.

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A CÁPSULA

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Por: Andrezza Rebelo

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Nesse ciclo, informação boa e útil sempre deve ser compartilhada. Então, A Cápsula entrevistou a relaçõespúblicas Indramara Lobo, que relevou seus segredos e deu dicas de senhas valiosas direcionadas para nortear a visão de um estudante e futuro profissional de RP. Por meio de seus comandos, obteremos pistas relativas ao código de acesso para o sucesso no mercado de trabalho. Por: Andrezza Rebelo

Vamos conhecer seus feitos do passado e do presente como profissional e suas perspectivas futuras.

CÓDIGO DE ACESSO

CÓDIGO DE ACESSO

O profissional de Relações Públicas, ao longo de sua jornada acadêmica, vivencia situações que o preparara para o seu futuro, ou seja, o mercado de trabalho. A rota a ser seguida é o espaço da universidade em translação ao universo profissional.

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IDENTIFIQUE-SE E REVELE O SEU CÓDIGO: “Meu nome é Indramara Lobo de Araújo Vielra Meriguete. Sou comunicadora social com habilitação em Relações Públicas. Especialista em Marketing Empresarial e Biotecnologia para o Desenvolvimento Sustentável, mestre em Economia para o Desenvolvimento Regional e doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia para o Desenvolvimento da Amazônia Legal. Todos cursados na UFAM. Minhas experiências profissionais se dão em três áreas: a pública, a de economia mista e a privada. Na área pública, eu trabalhei em escolas estaduais, na UFAM e, atualmente, na Embrapa, como Analista de Transferência de Tecnologia e Comunicação Empresarial. Na empresa de economia mista, eu atuei na PRODAM (Empresa de Processamentos de Dados do Amazonas S/A). E em empresas privadas eu trabalhei na BRASTEMP do grupo Whirlpool, na FOGÁS onde eu fui gerente do Marketing, de 1994 até 1998, e na Natura Cosméticos, ocupando o cargo de gerente de Biodiversidade. Depois, fui gerente de Cadeia de Fornecimento Sustentável e também Representante de Relações Nacionais e Internacionais junto aos governos dos estados brasileiros onde a Natura tem negócios na América Latina e na França.

E NA HORA DA CRISE: Como profissional, a senhora já passou por uma situação difícil? Foi possível contornar? “Já passei por situações inusitadas que não foram ocasionadas por mim. Por exemplo, uma vez na FOGÁS contratamos um buffet para festa dos revendedores, que todos os anos era realizada, e a empresa contrata não pôde nos atender. Aconteceu de eu estar com 150 revendedores em um curso que durava o dia inteiro sem coffe break e sem jantar para servir. Informei a diretoria, consegui falar com outros fornecedores e resolvi a situação de maneira prática e rápida. É importante nesses momentos abrir o jogo e falar a verdade, pedir a compreensão de todos buscando apresentar uma postura sempre correta de um profissional ético e efetivo para que as pessoas digam: ”Essa causa merece meu apoio!”. E OS SEGREDOS? Indramara destaca cinco passos para o profissional ter sucesso no mercado: • Ser ético; • Ser criativo; • Ser conciliador, porque lidamos com recursos de primeiros para atender às necessidades de terceiros; • Ser destemido! Um relações-públicas tem que lidar com a diretoria e ter um posicionamento firme, pois assim é mais fácil ser atendido em suas demandas; • Estar disposto sempre! Precisamos estar dispostos a aprender e a nos renovar como profissionais porque nossa profissão muda na velocidade de um gigabyte! Sobre os RPs que se envolvem em várias missões, dentre elas trabalhar e estudar, Indramara comenta que é possível concluir sim ambas missões com êxito “É difícil hoje em dia um estudante que não trabalhe, consequentemen-

A CAPSULA NO PRESENTE: Qual conquista de sua vida profissional que mais lhe orgulha? “Eu me orgulho de todas as conquistas, pois cada uma foi alcançada em uma etapa da minha vida. Sem elas eu não teria conseguido as demais! Na época de faculdade, por exemplo, eu tinha que trabalhar para ajudar a sustentar minha família. Foi com os estágios que eu montei toda a minha carreira profissional, isso porque todo mundo sabe que um acadêmico que participa de estágios é uma pessoa que com certeza trabalhou muito e que, portanto, aprendeu também muito”. EM VIAGEM PARA O FUTURO: Quais os seus sonhos e suas metas para o futuro? “Eu penso que quando o ser humano deixa de sonhar ele precisa morrer para dar lugar aos que ainda estão sonhando e querendo produzir. Penso que quando acabar o meu tempo de ter um emprego formal eu quero ter as minhas coisas para eu tomar conta. Uma fundação, uma organização social, uma ONG... Eu tenho interesse em várias áreas.

Posso criar uma Fundação para repovoar plantas de espécies que estão na linha de extinção. Gosto muito da causa LGBT, da causa das crianças, dos idosos e dos animais. Enfim, como relações-públicas nós gostamos de muitas coisas! Abrir um lugar para ler histórias para pessoas com deficiência visual, por exemplo, ou um lugar para que as pessoas possam aprender libras de graça para se comunicar! Nós somos comunicadores sociais, mas uma coisa em falta é que nós não nos comunicamos em libras! Eu já recebi uma comitiva de surdos-mudos em que eu não conseguia entender nada e me culpei muito por isso. Mesmo com intérprete eu queria falar com eles”. “Quando me aposentar, quero como gratidão devolver com prestação de serviços para a sociedade aquilo que recebi”. Para finalizar, Indramara revela o que considera um verdadeiro código de acesso para o sucesso. “O código de acesso para o sucesso na vida profissional é você gostar daquilo que faz! Você se orgulhar de ser relações-públicas! Precisamos acreditar em nós mesmos como pessoa, acreditar no nosso propósito e em nossa habilidade como profissional capacitado a agir em nome da verdade, da ética e do bem ao próximo! O relações-públicas é um humanista a serviço da sociedade”.

Indramara Lobo Fotografia: Arquivo Pessoal

A CÁPSULA

te, ele levará mais tempo para se graduar. Mas é possível! Eu me formei trabalhando, estudando, casada, com filho, e penso que tudo depende da determinação da pessoa”.

CÓDIGO DE ACESSO

CÓDIGO DE ACESSO

A CÁPSULA

Em um salto no tempo, Indramara se orgulha de professores resistentes e resilientes, que vestem a camisa do curso, que continuam formando gerações acreditando no trabalho que fazem e nos ajudando a fazer sucesso aqui fora, “Quando eles percebem que já estamos com os passos firmes nos convidam para que possamos voltar e mostrar para as pessoas que é possível vencer sendo Comunicador Social - relações-públicas. Isso me dá bastante orgulho do curso de Comunicação Social!”, afirma Indramara.

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A CÁPSULA

A CÁPSULA

Fernanda Bortoli Fotografia: Arquivo Pessoal

O MULTIVERSO DO

EMPREEN-

DEDORISMO

Ives Montefusco Fotografia: Arquivo Pessoal

Por: Jessiane Guimarães e Vanessa Lorenski

Caren Baraúna

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MUNDO INVERTIDO

MUNDO INVERTIDO

Fotografia: Arquivo Pessoal

Durante nossa viagem, esbarramos em um cenário atípico. Entramos em uma nova órbita e nos deparamos com o mundo invertido das Relações Públicas. Conhecemos pessoas que nos apresentaram uma nova perspectiva de atuar na área: o empreendedorismo. Conheça nessa entrevista quatro profissionais que possuem seu próprio negócio. Inspire-se e não tenha medo de embarcar nesse mundo repleto de “coisas estranhas”.

Danilo Egle Fotografia: Arquivo Pessoal

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Fernanda Bortoli

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1. Como surgiu a ideia de ser empreendedor e como as Relações Públicas colaboram com a sua carreira?

2. Qual a importância que você dá às relações internas e externas da empresa?

O momento em que me tornei empreendedora foi quando estava em uma empresa, como analista de marketing e franquias, e durante a crise que o mercado vivia, me vi em uma situação que não poderia mais crescer dentro da empresa, nem conseguir aumento. Foi aí que propus à empresa abrir meu CNPJ e atendê-los como fornecedora, dessa forma, poderia prestar o mesmo trabalho para outras empresas. Assim nasceu a Litterale, em 2016, sendo a minha principal fonte de renda e hoje e que emprega mais cinco pessoas.

Sem essas relações nenhuma das minhas empresas existiria. Relacionamentos e conexões são o que fortalecem uma empresa no mercado e trazem novos clientes, através da confiança que é passada.

Depois desse ponto de partida, fui me interessando pela área de empreendedorismo e hoje me envolvo como fundadora de mais uma empresa, a startup Auxil.ia. Sem dúvidas, a minha formação base em Relações Públicas me ajudou a sempre voltar o olhar para o cliente. Hoje, os empresários se apegam e se preocupam apenas com seu produto ou serviço, sem entender que a essência de qualquer negócio é o cliente.

2. Qual a importância que o senhor dá às relações internas e externas da empresa? Quando a gente se dá conta que relações são feitas por pessoas e organizações tudo fica mais claro de ser trabalhado e planejado. Digo isso porque quando se está criando algo novo as pessoas que vão se agregando aproximam-se pela cultura organizacional e valores oferecidos pela organização. Relações internas são capazes de gerar um engajamento mais intenso para os objetivos e

3. O que lhe dá mais prazer no processo de empreender? O desafio de todo dia ser algo novo e ver o resultado acontecer. Hoje, sou fundador de duas Startups, uma na área de Edtech e a outra de Impacto Social. Quando a gente vê os resultados acontecendo e alcançando as pessoas reenergiza a equipe para seguir em frente. 4. O que o senhor diria a alguém que está pensando em iniciar um negócio? Não é fácil. Não falo isso para desanimar. Digo que é um dia após o outro e observar bem onde você está querendo desenvolver suas habilidades e serviços. Empreender no Brasil não é tão simples. A tributação e a falta de incentivo provocam, muitas vezes, a falência de uma empresa antes mesmo dela crescer.

3. O que lhe dá mais prazer no processo de empreender? A liberdade de escolher meus horários e poder trabalhar de qualquer lugar, mesmo que isso me custe algumas férias misturadas ao trabalho. É gratificante demais fazer o que se gosta e esse retorno ser todo seu! 4. O que você diria a alguém que está pensando em iniciar um negócio? Tem dúvida se quer empreender? Vai com dúvida mesmo! Empreender é gratificante, é uma jornada de muitos erros e alguns acertos, mas são esses acertos que justificam e compensam todo o percurso empreendedor. Uma vez que você é tomado pelo espírito empreendedor, você nunca mais vai ser o mesmo.

Ives Montefusco 35 anos, natural de Manaus, residente em Joinville, Santa Catarina, é formado em Relações Públicas pela Universidade Federal do Amazonas. Trabalha há 14 anos com inovação, empreendedorismo e eventos estratégicos, e no mercado educacional atua nas áreas de eventos, Marketing e Comunicação Institucional. É fundador e CEO das startups Luzz Negócios e Serviços Inteligentes e BeHero.

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27 anos, é graduada em Relações Públicas e também especialista em Marketing Empresarial pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com mais de 10 anos de experiência em marketing, empreendedorismo e vendas, é fundadora da Agência Litterale e da startup Auxil.ia.

Desde a Faculdade havia sempre uma inquietação em ser dono do próprio negócio e queria fazer algo que gerasse valor e receita própria. Quando cursava Relações Públicas na graduação fui me dando conta que havia agências e também outras oportunidades para empreender. Após concluir o curso eu experimentei todos os setores em que um relações-públicas poderia atuar até encontrar o meu foco, que é a área de Tecnologia e Inovação e Negócios de Impacto.

resultados que queremos alcançar. Relações externas são a base para a sustentação do negócio no mercado e o seu posicionamento é uma força-motriz que o relações-públicas deve ser o gestor na área de Comunicação.

A CÁPSULA

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1. Como surgiu a ideia de ser empreendedor e como as Relações Públicas colaboram com a sua carreira?

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Abri meu primeiro CNPJ em 2004, eu trabalhava com prestador de serviço com um projeto para a Petrobras, que exibia filmes no interior e nas faculdades, mas depois comecei a fazer prestação de serviço em produção de vídeos. Em seguida, fiz assessoria de comunicação e fui crescendo. Hoje trabalho com consultoria para empresas.

Caren Baraúna Graduada em Relações Públicas (Ufam) e especialista em Gestão e Produção de Eventos. Atua em sua empresa de eventos “Caren Baraúna Cerimonial”, como Cerimonialista e Assessora de Eventos.

1. Como surgiu a ideia de ser empreendedor e como as Relações Públicas colaboram com a sua carreira?

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Acredito que pela necessidade financeira que estava na época. Eu estava dedicada aos concursos públicos, mas eu precisava me organizar financeiramente e não sabia muito o que fazer. A única coisa que sabia fazer era organizar eventos, pois além do conhecimento prático eu tinha também a formação em Relações Públicas e a especialização na área, então procurei informações de como empreender e abrir a empresa.

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Confesso que não era algo que já estava nos planos, o empreendedorismo surgiu na minha vida pela necessidade de trabalho e crescimento profissional. A graduação em RP foi e está sendo de extrema importância para a minha carreira, foi através dela que aprendi a fazer planejamento, estratégias de desenvolvimento, mapeamento de público, relacionamento com público, briefing, mailing – list, check-list dentre tantas outras técnicas da área. 2. Qual a importância que a senhora dá às relações internas e externas da empresa? O relacionamento interno é de extrema

2. Qual a importância que o senhor dá às relações internas e externas da empresa?

importância para a minha empresa, faço questão de ter uma boa relação com todas as pessoas que trabalham comigo, faço reuniões, explico quantas vezes for preciso para uma boa compreensão, peço opiniões, dou liberdade de expressão e sempre mantemos uma boa comunicação. Pra mim, a comunicação tem que ser bem trabalhada internamente para que a comunicação externa consiga fluir. De nada adianta uma boa comunicação externa se a interna estiver prejudicada. 3. O que lhe dá mais prazer no processo de empreender? Sem dúvidas, o retorno dos meus clientes, a concretização do evento realizado. 4. O que a senhora diria a alguém que está pensando em iniciar um negócio? Estude. Analise o mercado, procure saber se é exatamente o que você gostaria de fazer, tenha amor pelo que você pretende empreender, não desista na primeira dificuldade, abra sua mente, escute mais, fale menos e faça mais, e principalmente, seja humilde.

A ideia de relacionamento de pessoa para pessoa, pessoa para empresa e empresa para empresa é fundamental para que as coisas aconteçam. Nós que estamos acima da linha do Equador, nordeste e norte, a questão do

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A ideia de empreender veio naturalmente e partiu da minha inquietação. Acreditava que certas coisas não deviam ficar como estavam sem que houvessem minha interferência. Digo isso referente aos serviços oferecidos por empresas, que sempre busquei criticar e encontrar erros e que me fizeram entender que eu poderia prestar um serviço da melhor maneira.

calor fazem nossas relações serem mais quentes, mais ativos em nossos vínculos. Então, eu considero esse o principal ingrediente nos trabalhos que eu me envolvi. Sempre busquei ter conversas fáceis, abertas e agradáveis. Sempre estive disposto a ouvir e trocar ideias. Sempre preferi uma atividade mais descontraída, do que uma reunião de duas horas. Isso foi de suma importância para estabelecer os meus relacionamentos com as pessoas e empresas. 3. O que lhe dá mais prazer no processo de empreender? O que mais me motiva no ambiente do empreendedorismo é a realização. Você se depara com alguma dificuldade, encara e consegue concluir o objetivo proposto. Quando um cliente apresenta uma dificuldade, e você consegue ouvi-lo e atendê-lo do jeito que ele precisa e quer, você se sente realizado. 4. O que o senhor diria a alguém que está pensando em iniciar um negócio? O que eu poderia dizer, é: prototipa o negócio. Faz o produto minimamente viável, cria a condição mínima pro negócio rodar e vê se dá certo. Testa o que for possível antes de você colocar todos os recursos que você tem numa mesma ideia. É importante fazer os testes e exercitar, e não meter a cara e fazer tudo de uma vez. Um exemplo que eu já li, é que é a mesma coisa de você querer emagrecer ou praticar um esporte. A primeira coisa que você faz é ir numa loja e comprar tudo relativo àquele esporte. [...] Então, ao invés de comprar tudo, joga primeiro, vê como as coisas são, dá uma tateada para depois meter a cara.suas habilidades e serviços. Empreender no Brasil não é tão simples. A tributação e a falta de incentivo provocam, muitas vezes, a falência de uma empresa antes mesmo dela crescer.

Danilo Egle Formado em Relações Públicas (Ufam), técnico em Produção Audiovisual e especialista em Gerenciamento de Projetos e Mídias Digitais. Atualmente, tem sua própria agência de comunicação “Comunidades”, com consultoria de empresas.

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1. Como surgiu a ideia de ser empreendedor e como as Relações Públicas colaboram com a sua carreira?

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ara frente, para trás, para cima, para baixo, mais para esquerda ou mais para a direita. O navio da civilização navega em águas de ondas imprevisíveis. De velas impulsionadas por ventos a motores superpotentes, a bússola da sociedade apresenta as diversas direções e, sob os comandos estratégicos da comunicação, os votos de bon voyage acenam à partida rumo às urnas eletrônicas. As evoluções no campo tecnológico e na maneira de se comunicar são incessantes, e as de fazer política também. Você já deve ter escutado aquele ditado de “quem não é visto, não é lembrado”. Dessa forma, é imprescindível que um político propague seu discurso a fim de alcançar um público massivo e seus eleitores, mantendo um bom relacionamento e fortalecendo a sua imagem, servindo como uma verdadeira bússola. O ditado mencionado anteriormente sai de cena quando o marketing político entra em ação, pois é por meio deste que as ideias e as ações de um político serão expandidas, sendo estabelecido o vínculo entre o possível futuro ocupante do cargo e a população.

Por: Raíssa Barros

Essa ferramenta demanda longo prazo de planejamento e suas estratégias de comunicação podem visar a diferentes objetivos, sendo determinante para a reputação e os ganhos em popularidade. É importante ressaltar que o marketing político não somente enaltece as aptidões do agente público, como também se propõe a destacá-lo dos demais.

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Chrys trabalha com campanhas eleitorais desde 2010, participando de campanhas para vereador, deputado estadual e federal, prefeito e até atual em uma campanha presidencial, no núcleo do Amazonas. Ela acredita que o marketing político é permanente. “Um político nunca deixa de fazer campanha, pois suas ações e seus posicionamentos precisam aparecer durante seu mandato. Atualmente, as redes sociais proporcionam um grande alcance, com a possibilidade de dar as métricas, e por um custo mais baixo

BÚSSOLA

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Para darmos um up em nossos conhecimentos e apontar um Norte sobre o marketing político, entrevistamos a relações-públicas Chrys Braga, que já comandou grandes navegações.

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Em toda máquina, mesmo em sua mais perfeita performance, nunca se pode descartar a hipótese de uma pane, e para que essas chances sejam mínimas são elaboradas estratégias. Segundo Chrys, não se deve inventar a identidade de um político: “Você pode aprimorar, trabalhar pontos fortes, mas não dá para inventar algo que seu político não é ou não defende. Uma hora a verdade aparece e todo seu trabalho será jogado fora”.

BÚSSOLA

COMO FUNCIONA O PLANEJAMENTO DE UMA CAMPANHA POLÍTICA?

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“Primeiro, você precisa entender quem é o candidato: crenças, projetos, trabalhos desenvolvidos, público. Em seguida, você precisa ter pesquisas que mostrem quais as demandas do eleitor. O próximo passo é baseado nessas pesquisas, ou seja, montar as propostas e as pautas do candidato. O último passo do planejamento, porém não menos importante, é definir qual a estratégia, o orçamento e a equipe ideal para cada tipo de mídia (online e off-line)”.

“Eu cursava Relações Públicas quando fui convidada para trabalhar como assessora parlamentar de um vereador e, posteriormente, em sua campanha eleitoral. Como era muito ativa nas redes sociais, meu trabalho foi sendo direcionado para as mídias digitais desse político. Depois, parti para outros desafios, ainda trabalhando com social media, mas na área de notícias, porém – por causa do meu know-how e do meu posicionamento político, sempre era convidada para trabalhar em campanhas eleitorais”.

A CÁPSULA

Bugs em alguns sistemas podem ser normais e até mesmo acontecer com certa frequência e em casos de campanha não é diferente. Chrys aponta a falta de uma equipe como o erro mais cometido no marketing político digital. “O barato geralmente sai caro, especialmente quando se está investindo em uma campanha. Quando você tem profissionais que sabem o que estão fazendo, eles sabem como utilizar cada mídia e produzem conteúdo direcionado para o seu eleitor.”

QUANDO VOCÊ DESCOBRIU QUE QUERIA TRABALHAR COM POLÍTICA?

QUAIS SÃO AS TENDÊNCIAS DO MARKETING POLÍTICO DIGITAL? “A tendência da última eleição, e que deve se repetir na próxima, é o conteúdo para WhatsApp, que é o aplicativo mais utilizado pelos brasileiros. O app é uma ferramenta gratuita e, com a estratégia certa, pode ser usada por campanhas para viralizar material a favor de candidatos ou contra adversários”.

Para quem deseja seguir nessa carreira, Chrys deixa como senha mestre: o estudo.

Chrys Braga Fotografia: Arquivo pessoal

BÚSSOLA

A CÁPSULA

que a TV. Um candidato com plataforma mais voltada para o interior, entretanto, deve trabalhar menos internet e mais rádio e TV (especialmente no Amazonas)”, comenta.

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PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE A sustentabilidade, no contexto das organizações, é uma nova forma de enxergar e fazer negócios, sendo um modelo de desenvolvimento econômico que tem como base o meio ambiente em sua forma global. Tal organização equilibra-se em três pontos, procurando balizar seus produtos e serviços por meio dessas vertentes: as pessoas, o planeta e o lucro. Muitas enfrentam grandes dificuldades para pôr em prática o modelo sustentável, já que, majoritariamente, foram fundadas no modelo capitalista no qual não é pensado os impactos negativos causado ao meio ambiente. Por: Andrey Gomes

CÂMBIO, TERRA

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omo verdadeiras ameaças extraterrestres, durante muitos anos, as organizações exploraram os recursos naturais sem a preocupação com o que poderia acontecer futuramente, apesar de já serem visíveis nuances de um cenário caótico e de escassez de recursos naturais, derivado do crescimento da população mundial e, consequentemente, da alta produção de bens de consumo. A partir da década de 1979 pautas, antes alienígenas no meio público, como a da sustentabilidade entraram em discussão entre os diversos atores sociais, como o governo e as grandes corporações. Essa nave espacial invadiu

as agendas dos países disparando estudos científicos que revelaram como o sistema atual é incapaz de resolver questões relacionadas ao meio ambiente, tão pouco pode impedir efetivamente os impactos negativos causados ao planeta Terra. Então, terráqueos, o que é a sustentabilidade? O termo segue em construção e diz respeito a processos humanos que procuram suprir as necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações. Para atingir esse objetivo é necessário, segundo a Agenda 21, “possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural,

Para auxiliar nessa transição, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBG)² criou o Guia de Sustentabilidade para as Empresas, em que explica que para haver essa mudança estrutural é indispensável a presença de um profissional para intermediar e alinhar o relacionamento entre a organização e seus públicos, tendo em vista que sustentabilidade é uma nova forma de atuação, equilibrando a viabilidade financeira, preservando a integridade ambiental para gerações atuais e futuras e construindo relacionamentos pautados na ética e no respeito mútuo.

A CÁPSULA

Por isso, Marte, que nada! O ideal será partir em expedições rumo à sustentabilidade, considerada como uma conquista bem maior, isso porque todos saem ganhando: os seres humanos vivem em um padrão de vida adequado, as futuras gerações poderão usufruir dos recursos naturais, as empresas lucram e o meio ambiente continua em perfeito equilíbrio. Dito isto, para que uma organização prepare sua nave e sua tripulação, planejando um trajeto sustentável, deverá ter projetos socialmente justos, viáveis economicamente e aceitos pela sociedade.

ASTRONAUTA RP EM TERRAS SUSTENTÁVEIS É consenso entre inúmeros teóricos que o profissional de Relações Públicas atua como mediador entre relacionamentos, especificamente, entre os públicos e as organizações, propondo medidas que beneficiem a ambos. A partir dessa premissa procura-se manter e estabelecer relação com os públicos, para, de maneira planejada e estratégica, agir em prol da consecução dos objetivos organizacionais e de uma identidade e de uma imagem positiva da organização. A partir disso, os processos comunicacionais de uma organização devem ser supervisionados por esse profissional, cuja visão sistemática pode balancear a responsabilidade social, os objetivos da organização e a opinião dos públicos. Muitas organizações não compreendem o real conceito de sustentabilidade. Assim, levanta-se uma questão pertinente: será que a organização está mesmo querendo atuar de maneira sustentável ou está apenas atuando assim por causa do momento? Para que uma organização consiga atuar de maneira sustentável, seu ponto principal deve ser a valorização da condição humana e a valorização da natureza. O cerne da atividade de Relações Públicas é a de trabalhar esse aspecto associado ao planejamento estratégico, gerando condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável. As Relações Públicas atuam por meio de uma comunicação estratégica que busca implantar um novo modelo de gestão, em que a percepção mercadológica evolua de um estágio, parcialmente negligente para um mais consciente, preocupada com as futuras gerações e com o meio ambiente. CÂMBIO, TERRA

A CÁPSULA

fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da Terra e preservando as espécies e os habitats naturais”.

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A CÁPSULA

A CÁPSULA

MISSÃO ESPACIAL Por: Vivian França e Yasmin Catão

REAIS OU IMAGINÁRIAS

A profissão de Relações Públicas encontra um ambiente dinâmico e instável por conta da popularização da Internet, apresentando características como a intensa virtualização de informações e a distância entre o espaço físico de uma organização e o seu público de interesse.

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Novos modelos de negócio e novas formas de relacionamento são criadas com o auxílio da tecnologia e tornam-se conhecidas na Internet pelo público, como as praticadas pelas empresas Uber (transporte), Netflix (entretenimento), IFood (gastronomia). O profissional de Relações Públicas encontra nesse cenário a oportunidade de utilizar suas habilidades, sendo o mais apropriado para estabelecer um relacionamento entre a organização e seus públicos, mesmo que seja por uma rede social ou por um aplicativo.

Quais são as expectativas dos profissionais de RP do futuro? O mercado de trabalho para os profissionais de Relações Públicas está em contínua expansão. Com o advento da Internet, as redes sociais atraem organizações de distintos setores (públicas, privadas e terceiro setor) a plataformas, como o Facebook, o Instagram, o Twitter o LinkedIn, e a aplicativos de computadores ou celulares, que podem oferecer seus produtos e serviços com custo-benefício atrativo. O profissional de RP tem conhecimento em gerenciamento de redes sociais, produção e compartilhamento de conteúdo, promoção de parcerias estratégicas que visam a estabelecer o relacionamento com o público consumidor. É ele que pensa e coordena estratégias de branding (ações para definir o posicionamento e imagem de uma marca). Com o incentivo ao empreendedorismo, novas organizações surgem com o auxílio da Internet, abrindo oportunidades de contratação aos relações-públicas. Inclusive, o setor público e o terceiro setor, com o objetivo de construir

uma imagem positiva perante a sociedade, buscam profissionais de Relações Públicas para desenvolver planos de ação que aproximam a organização do público a fim de ganhar mais fidelidade e confiança.

Qual é a realidade dos profissionais de RP no mercado de trabalho atualmente? Com a criação de novos modelos de negócio e novas formas de relacionamento com o público, surgem também os desafios ao relações-públicas: conhecer novas técnicas de trabalho para alcançar os objetivos da comunicação em uma organização. É se especializando e buscando novas formas de atender as demandas da organização e dos públicos de interesse que o profissional dessa área está apto a contribuir de forma decisiva para o cumprimento dos objetivos e das metas organizacionais.

REAIS OU IMAGINÁRIAS

NO LABIRINTO COMUNICACIONAL

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A CÁPSULA

A CÁPSULA 38

A viagem não acaba enquanto houver algo novo para ser descoberto. É por isso que essa Cápsula, apesar de compacta, tem vários compartimentos não explorados. Mas como viajante especial, seu acesso é vip a conteúdos exclusivos! É só escanear o QRcode e se preparar para o download.

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Por: Soanne Coutinho

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SUAS SAÍDAS SÃO COMPATÍVEIS COM O TAMANHO DA

ENTRADA PARA O MUNDO? Por: Daniel Oliveira

A mudança parece ser o formato mais constante, sendo o cabo compatível que liga as tecnologias e as informações à entrada USB, que irá ler a sociedade e permitir interpretar, compartilhar, perpetuar seus dados. Ao profissional de comunicação cabe constantes ​updates para acompanhar esse mundo modernamente inventivo, inovador. Então, mantenha seus lembretes de atualização sempre sincronizados. Seja para alguém formado há mais de vinte, dez, cinco anos ou até mesmo a poucos meses, isso porque o tempo tecnológico corre na mesma velocidade, ávido para cruzar o portal de chegada de novas tendências. Essas surgem e desaparecem como um estalo, chega a parecer teletransporte. E, assim, seguem como verdadeiras estrelas cadentes. Quem conseguiu ver apesar da rapidez vai estar por dentro dos desejos da sociedade; já quem não viu pode ter desperdiçado sonhos. O que era eficaz num dia deixa de ser no outro, formatando novos ambientes a serem explorados. Assim, reparar sua unidade, continuar sem verificar possíveis erros ou ejetar seu dispositivo são situações possíveis, dependendo da atitude que se assume diante desse cenário mutante. Para visualizarmos tais mudanças a partir de variadas telas e ângulos, capturando a comunicação e aplicando filtros de diferentes épocas, convidamos três profissionais de Relações Públicas que se formaram em décadas

A CÁPSULA

A CÁPSULA Entre disquetes, pendrives e nuvens

Em poucos anos, vimos as transformações na forma de agir e de pensar, no estilo de vida, nos desejos, na conduta e nas atitudes das pessoas, sejam nos aspectos sociais, políticos, culturais ou econômicos.

distintas para comentar as mesmas questões, porém com visões do tempo em que se conectaram ao mercado de trabalho. SUMARA ENNES é Relações Públicas na Embrapa e se formou em 1996, ano em que a internet chegou ao Brasil, mas ainda era o tempo do disquete. Nesse ano: Malhação estava em sua primeira temporada; o astro pop Michael Jackson vinha a Salvador gravar o clipe da música They Don’t Care About Us; era divulgada a clonagem da ovelha Dolly; e o grupo É o Tchan surgia como um fenômeno no país inteiro. Já CLEAMY ALBUQUERQUE, atualmente Especialista Técnica em Comunicação Social – Departamento de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), formou-se no ano de 2004, época em que o pendrive predominava e em tempos de transição da mídia tradicional para o nascimento do digital. Ano em que as novelas Da Cor do Pecado e Senhora do Destino estouravam em audiência, e as Olimpíadas retornavam ao seu berço em Atenas, na Grécia. Foram lançadas também nessa época as redes sociais Facebook e Youtube. ALICE ROSAS se formou em 2016, em uma época totalmente digital, com redes sociais e acesso a nuvens e espaços de armazenamento de arquivos na internet cada vez mais presentes na vida dos profissionais de comunicação, além de ser outro ano de Olimpíadas, mas na nossa cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Somente para lembrar, o aplicativo de realidade ampliada Pokémon Go! se tornava uma sensação entre pessoas de todas as idades e o ator Leonardo DiCaprio ganhava sua primeira estatueta do Oscar. A ROTINA DO RELAÇÕES-PÚBLICAS O dia a dia do profissional de relações públicas foi algo que mudou ao longo dessas décadas. Sumara Ennes conta como a chegada da internet mudou a rotina dos envolvidos com a comunicação: “Era parecido com o de hoje, só que sem redes sociais; algumas práticas seguem iguais. Mas, definitivamente, os canais e o timing são muito diferentes. Os profissionais de hoje possuem habilidades que nós não imaginávamos que seriam exigidas um dia”.

Entre disquetes, pendrives e nuvens

A

tenção aos cabos de conexão corretos, afinal, uma incompatibilidade por desatualização pode arruinar a transferência de arquivos valiosos ou, pior, impedir a projeção de conhecimentos brilhantes no ​datashow superpotente da inovação. Nas últimas décadas, muitas mudanças ocorreram ao redor do mundo. O avanço tecnológico dos meios de comunicação, como a ​internet​, a televisão, os telefones celulares, os tablets, por exemplo, bem como a forma como os trabalhos e arquivos eram salvos, trouxeram em anexo grandes mudanças sociais.

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Entre disquetes, pendrives e nuvens

Para Sumara Ennes, dos anos 1990 até os dias atuais, os meios, a mensagem e todo o aparato comunicacional mudaram bastante. A nova linguagem, a nova forma de comunicar e as novas percepções que exigem diferentes olhares para diferentes públicos também vem passando por mudanças. “Falamos a mesma coisa, de maneira diferente, para grupos distintos ao mesmo tempo; essa agilidade é própria dessa

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​Cleamy Albuquerque vê de forma positiva as mudanças no mercado e as mídias digitais, que vêm sendo desenvolvidas desde a década passada. Para ela, foram contribuições para que a informação esteja sempre ao alcance das pessoas. “Pensando nas empresas em que atuei e nos trabalhos que desenvolvi, por exemplo, vejo que essas mudanças trouxeram proximidade e uma comunicação mais direta, favorecendo o relacionamento que tanto prezamos. Ela complementa destacando que: “Hoje, conteúdos podem ser divulgados com mais agilidade; pesquisas de opinião podem ser realizadas com mais praticidade – para citar alguns exemplos. E tudo isso de forma mais econômica também.”

​ esmo formada há poucos anos, Alice Rosas M relata que já tem sentindo mudanças e desafios a se enfrentar: “Eu comecei a trabalhar logo no segundo período da faculdade. E a maior dificuldade nessa época era o reconhecimento do profissional de RP. Além de todo o trabalho que precisávamos fazer, ainda era necessário estar constantemente provando”. EXPECTATIVAS PARA O AMANHÃ Sumara busca crescer ainda mais profissionalmente e fala que ainda tem muita disposição para continuar contribuindo para a área: “Sempre procurei crescer junto com as empresas onde trabalhei e trabalho. Se eu cresço, ela cresce; se eu me destaco, ela se destaca também. Participo, como Relações Públicas, ativamente da gestão da empresa onde atuo. Já caminhei bastante, mas ainda tenho

fôlego para caminhar muito mais”. Cleamy Albuquerque deseja garantir mais espaços como relações-públicas nas assessorias e que os profissionais consigam acompanhar as mudanças e aproveitar as oportunidades que surgem com o tempo. “As plataformas, os suportes, as tecnologias mudam, mas o comprometimento, a ética, o profissionalismo e o pensamento criativo devem nortear o profissional de Relações Públicas sempre”, explica a profissional.

A CÁPSULA

MUDANÇAS NO MERCADO

nova geração. A adaptação foi árdua, mas necessária e quem não entendeu ficou para trás”, declara a profissional.

Alice Rosas tem muita esperança no reconhecimento: “A minha maior expectativa é que no futuro tenhamos vários profissionais de Relações Públicas atuando em diversas áreas e segmentos, sejam eles de comunicação interna, pública, digital, assessoria, publicidade, etc. Nós somos grandes gestores da comunicação”.

SUMARA

CLEAMY

ALICE

Fotografia: Arquivo Pessoal

Fotografia: Arquivo Pessoal

Fotografia: Arquivo Pessoal

Entre disquetes, pendrives e nuvens

A CÁPSULA

​ la relata que o principal desafio enfrentado E pelos relações-públicas era o de serem reconhecidos como profissionais de comunicação estratégica na empresa, pois muitos os viam apenas como operacionais. Considera que a participação dos processos decisórios foi, definitivamente, uma conquista.

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Por: Emanuele Siqueira

A CÁPSULA

A CÁPSULA

(R)Perdidos em sonhos

do ônibus; foi um brainstorming. Hora de descer. Olho no relógio e são 8 horas. Vou me atrasar para aquela aula. Novamente aquela aula. Desço no terminal e puxo Kunsch da mochila. Planejamento de novo? Nunca é demais. Trinta minutos depois, chego à faculdade, mas não dá tempo de tomar café. Tempo: mais raro que diamante, mais precioso que ouro. Perco-me no tempo todo dia. Poderia eu ter mais dele? Quem foi que disse que só posso ter 24 horas? Quero estudar, conversar, escrever, fazer aquele curso, trabalhar, sair, mas sou apenas um RPerdido, ai, ai. Fim da aula. O professor fez um briefing sobre o trabalho, enquanto minha barriga vibra suas demandas para a minha imaginação que começa a planejar um almoço deliciosooo. Hora do networking com os amigos; em que tem todo tipo de gente. Tem gente que nem parece gente. Todo mundo fala demais e parece que não acaba mais. Tem quem fale inglês, francês, se duvidar até polonês, e eu aqui aprendendo a me comunicar em português. Vou precisar fazer um planejamento estratégico para a minha vida…oh my God! Mas antes, reunião de trabalho, mais um. Essa já é a terceira. No começo estava tudo extraordinário, mas o orçamento é universitário, então, o trabalho está só “ok” agora.

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Seja num diário secreto, num cantinho de folha, no bloco de notas do celular, escreve-se para contar, registrar, guardar na memória, ver com quantos caracteres se vive uma folha inteira. E aí, arriscaria dizer? Nossa folha branca sim, em forma de uma crônica para você. Por enquanto, precisamos explicar uma, duas, três vezes por dia o que faz um RP. Perco-me tentando entender essa linda profissão para fazer os outros entenderem que não, não é igual a jornalismo! E que, sim, dá para ganhar dinheiro. Ôh, mundo capitalista! Temos orgulho do que fazemos, e ponto. Enquanto isso, perco-me em preocupações: o trânsito caótico, o mercado pequeno, os anos passando, os boletos acumulando, o mundo digital notificando. Caraca, preocupei-me demais na janela

Duas horas depois, desço de mais um ônibus e estou em casa. Um banho longo, tudo o que eu precisava. Agora, posso pegar esse aparelhinho e ficar horas rolando informações na internet. Um post anuncia que “a vida é feita de escolhas”. De repente, sem querer, clico na live de alguém e, que loucura, eu tô ali falando comigo. Antes de qualquer tentativa de pedir explicações, eu (?) começo a falar: - Lembra de quando desejava tudo o que você tem hoje? Eu escolhi isso: Relações Públicas. No começo parecia calmo, confortável. Agora, um turbilhão de coisas me leva a lugares inimagináveis. Eu não teria acreditado se tivessem me contado, pois hoje escrevo histórias, conquisto prêmios e pago boletos bancários (em dia, AH!). Eventos incríveis demais para serem deixados para trás. Na verdade, eu quero mais. Mais desse mundo. Quero me perder nele. Mas primeiro, a gente precisa passar nessa matéria! Desperto num susto, Kunsch com suas páginas mais amassadas que meu rosto. Tchau! Vou terminar de estudar Relações Públicas.

Datilografando

Datilografando

Cartas, telegramas, sinal de fumaça, máquina de datilografar. As formas de se comunicar são diversas e carregadas de história. Agora, a gente rola telas, digita rápido, engole letras, isso porque o tempo passou até para palavras com-ple-tas. Mas isso deve ser coisa da modernidade, de tendências, e há ainda quem diga da falta de paciência. Mas, do início ao fim, a questão é: será que a datilografia algum dia sonhou com o futuro cotidiano rápido,abreviado e cheio de emojis que teria?

Vou fazer um release e mandar para toda a imprensa da minha vida: NÃO ME PRESSIONEM! COLETIVA SÓ DEPOIS DE TERMINAR TODOS OS TRABALHOS! Ai, não dá, eu amo tudo isso! Perco-me pensando no futuro extraordinário que nos espera, nas experiências, nos desafios. E eu não posso ter medo, porque o medo não faz o tempo parar, e é ele que nos faz crescer.

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A frase “É hora de dar tchau!” nunca esteve tão próxima e com ela já é possível observar as luzes apagando e o barulho do motor iniciando seu aquecimento final, de partida rumo a uma nova realidade. Será que há vida por lá? Não se sabe, mas se houver comunicação pode apostar que já é um ótimo começo. Entre senhas de acesso, crônicas datilografadas, disquetes, pendrives, nuvens, walk talkies e inúmeros outros itens preciosos, diversas inovações rotacionaram em torno de modelos já conhecidos, mantendo novas ideias em translação constante. Agradecemos você, caro viajante do tempo, que chegou até aqui e acompanhou toda nossa trajetória com

A Cápsula. Esperamos que tenha se surpreendido e aproveitado cada texto escrito com todo o zelo e toda a dedicação, objetivando proporcionar uma leitura prazerosa e informativa. A aventura do conhecimento não se encerra por aqui, mesmo lacrando novamente nossa Cápsula. Muito foi apreendido durante nossa breve viagem espaço-temporal, reiniciando perspectivas e garantindo possibilidades sempre atualizadas. 3, 2, 1... e A Cápsula será relançada dentro de alguns instantes...

Por: Andrey Gomes

​ linguagem é um dos aspectos mais importantes da A comunicação, já que por meio dela é possível trocar informação. Tendo em vista que para uma informação ser compreendida inúmeros fatores são necessários, não somente o signo escrito, listamos palavras menos conhecidas para os que não estão familiarizados com os termos ou cujo significado é de difícil compreensão. Bon voyage: expressão francesa traduzida geralmente como ter uma boa viagem ou jornada segura. Brainstorming ou tempestade cerebral: é uma técnica de dinâmica de grupo desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo - criatividade em equipe - colocando-a a serviço de objetivos prédeterminados.

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Briefing: ato de dar informações e instruções concisas e objetivas sobre uma missão ou tarefa a ser executada (ex: um vídeo institucional, um trabalho publicitário ou jornalístico).

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Buffet: exposição de comida a uma grande quantidade de pessoas. Cases: relatos de trabalhos marcantes com aspectos positivos e negativos, que servem como aprendizado para quem está buscando por referências. Coffee Break: expressão em inglês que se refere a uma pausa, geralmente, em palestras ou eventos similares, para fazer um lanche ou tomar um café. Datilografando: técnica de digitar sem olhar para as teclas e com velocidade na máquina datilográfica. Disquetes: disco removível feito de vinil revertido por uma camada de material

Da esquerda para direita Matheus Vinicius, Daniel Figueiredo, Izabella Maciel e Lucas Sena, estudanteS do 2° período de RP. Fotografia: Ynnara Lira

NAVEGADOR

A CÁPSULA

Por: Luana Cunha

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A CÁPSULA

magnético, usado como armazenamento secundário em computadores. ​Download: o ato de transferir, ou baixar, um arquivo ou mais de um servidor remoto para um computador local, obtendo dados disponibilizados na internet (imagens, vídeos, programas e outros). Emojis: imagens adesivas que transmitem a ideia de uma palavra; populares nas redes sociais online, como Facebook e Whatsapp. Fax: envio de um documento ou uma imagem via de uma linha telefônica, assim como o nome da máquina utilizada para esse processo. Gigabyte: unidade de medida de informação que corresponde a 1 000 000 000 bytes. Hardware: conjunto de componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam através de barramentos; parte física do computador. Internet: rede mundial de computadores que permite a comunicação entre pessoas conectadas a ela. Invertido: voltado para o sentido contrário, oposto ao que é natural, ou do que se encontrava antes.

NAVEGADOR

Jukebox: aparelho ou dispositivo que toca de forma automática a música escolhida pelo usuário.

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Networking: rede de relacionamentos profissionais; acesso a pessoas que podem ajudar profissionalmente. Nuvens: no contexto da informática, é a possibilidade de acessar arquivos e executar tarefas pela internet, sem necessariamente instalar arquivos no computador. ​Oh my God: expressão da língua inglesa que significa Oh, Meu Deus, na tradução para a língua portuguesa; sensação de surpresa, espanto. ​​P ​ endrives: dispositivo de memória constituído por memória flash, sendo possível gravar dados com uma ligação USB, permitindo conexão entre computadores diferentes. Play: palavra da língua inglesa que significa Iniciar, na tradução para a língua portuguesa. Please: palavra da língua inglesa que significa por favor, na tradução para a língua portuguesa. Post: Publicação online em blog ou site. Release: texto distribuído à imprensa em linguagem jornalística. Deve ser objetivo e sintético. Contém informações de interesse da empresa ou órgão que está sendo assessorado. Software: parte lógica do computador; linguagem de programação.

Live: palavra da língua inglesa que significa ao vivo.

Start: de origem inglesa, com definição em português começo, início.

Login: termo da língua inglesa usado na informática que significa ter acesso a uma conta, seja de e-mail, computador, celular ou outro serviço de um sistema informático.

​Walkie-Talkie: é um rádio portátil que permite a comunicação entre duas pessoas, em determinada distância.

​ ogout: processo de encerramento da sessão L de um computador acessado através de um linha de comunicação, podendo ser também o controle de um sistema de informática pela a identificação e a autenticação do utilizador por meio de credenciais disponibilizadas por um utilizador.

Moisés Sales, estudante do 6° período de RP; Bruna Giovanna, aluna do 2° período de RP Fotografia: Ynnara Lira


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