XIII ENCONTRO NORDESTINO DOS GRUPOS PET – ENEPET – CAMPINA GRANDE – PB 05 a 08 de Junho de 2014 – UFCG
AULAS DE BIOSSEGURANÇA MINISTRADAS PARA ALUNOS RECÉM-INGRESSOS NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA NA UFC Autores: Ana Luiza Ribeiro aguiar¹; Thales Alves Campelo¹; Luciana Satie Kurosaki Costa e Silva¹; Francisco Thiago Guedes Holanda¹; Iandra Prado Magalhães¹; Carine Soares neto¹; Jonatas José Lobo Oliveira¹; Carlos Diego Moreira Rufino¹; Kézia Nobre Bezerra; Emília Pessoa Farias 1; Gabrielle Danthéias1; Deyzilene Cardoso Araújo1; Fátima Daiana Dias Barroso1: Nádia Accioly Pinto Nogueira². ¹ Aluno de Farmácia, bolsista do PET/UFC - FARMÁCIA da Universidade Federal de Fortaleza (UFC) ²Professora do Curso de Farmácia da UFC, Tutora do PET/UFC-Farmácia. email:Tutorpetfarm@gmail.com
INTRODUÇÃO A biossegurança é um campo muito amplo e necessita de uma discursão compatível com seu grau de importância. Sendo assim, o PET/UFC-Farmácia desenvolve atividades de difusão de conhecimentos a respeito do referido tema. Segundo Costa e Costa (2009), a biossegurança visa propiciar um ambiente de trabalho seguro e adequado ao trabalhador, aos pacientes (no caso da saúde) e ao meio ambiente, de modo que os perigos e riscos sejam minimizados e controlados. Envolve e garante a segurança de três grupos, os seres humanos, os animais e o meio ambiente. No Brasil são conceituados dois tipos de biossegurança, a legal, regulada pela Lei Nº 11.105/ 2005, que trata da pesquisa com células-tronco e da comercialização de organismos geneticamente modificados, amplamente discutida pela população, e a praticada, que se refere as condições oferecidas ao trabalhador em seu ambiente de trabalho, podendo ser laboratórios ou até mesmo o hospital, admitindo-se que o trabalhador está sujeito a riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidente (Costa e Costa, 2012). Conforme Costa e Costa (2002), o desenvolvimento da tecnologia principalmente na área da saúde ampliou os olhares sobre os indivíduos que atuam nesse setor, pois a exposição a novos agentes químicos e a riscos desconhecidos têm trazido prejuízos ocupacionais. Visto que o profissional da saúde deve ter plena consciência dos riscos a
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que está exposto, é necessário incluir a biossegurança na educação profissional, de forma a aumentar os grupos de discussão sobre este tema. O objetivo das atividades desenvolvidas é ampliar o conhecimento dos alunos recémingressos no curso de graduação em Farmácia no que se refere à biossegurança. Tendo em vista que o profissional farmacêutico desenvolve a maior parte de suas atividades em ambiente laboratorial e diversas vezes em contato com agentes infecciosos, é necessária a apropriação de informações sobre como proceder corretamente diante de situações em que sua saúde e bem-estar poderão ser expostos a riscos. A partir da discussão sobre biossegurança os alunos recém-ingressos são incentivados a praticá-la.
MATERIAL E MÉTODOS Os integrantes do PET/UFC-Farmácia ministraram aulas sobre biossegurança para os alunos do primeiro semestre do curso de Farmácia da UFC em um espaço cedido pela disciplina de Integração à Prática Farmacêutica. Antes de iniciar a apresentação da aula foi aplicado um questionário (pré-teste) composto por sete questões com perguntas objetivas e subjetivas, sendo estas de caráter básico, indagando sobre segurança do trabalhador, uso de Equipamentos de Proteção Individual, entre outros. A aula foi ministrada de forma a incentivar a participação dos estudantes, possibilitando que os mesmo exponham seus pontos de vistas e conhecimentos prévios sobre o tema. Ao final da aula, os alunos responderam novamente o questionário (pós-teste), sendo este idêntico ao pré-teste. Dessa forma se pode comparar o grau de conhecimento adquirido após a aula.
RESULTADOS E DISCUSSÃO Os testes eram constituídos de sete questões, cinco questões objetivas e duas subjetivas. Traziam perguntas como: conceito de biossegurança, o desenvolvimento da lei que fala sobre os princípios de biossegurança no Brasil, identificação de equipamentos de proteção individual e coletiva, os riscos a que os trabalhadores podem estar expostos, níveis de biossegurança e tipos de resíduos. A nota máxima que poderia ser atingida era
de sete pontos. Após a avaliação do pré-teste a média atingida pelos alunos foi de 3,03 pontos, as questões de menos acerto foram as que tratavam de conceitos de
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biossegurança, da lei da biossegurança praticada e mapa de risco. Não houve nenhum acerto na questão que tratava sobre os níveis da biossegurança. Isso indica o pouco conhecimento que os estudantes possuem sobre conceitos básicos da biossegurança, desconhecendo os riscos a que podem estar sendo expostos. Após a explanação da aula e aplicação do pós-teste os resultados foram mais significativos, a média atingida foi de 5,5 pontos, um aumento de 83,1%. As questões que antes tinham os menores números de acertos apresentaram os maiores números. Como por exemplo, a que trazia o conceito de mapa de risco, no pós-teste o número de acertos foi unanime. CONCLUSÃO É de fundamental importância a discursão sobre biossegurança dentro do ambiente universitário, pois os alunos estão expostos a diversos riscos diariamente. Notou-se que a biossegurança é, muitas vezes, deixada de lado pelos alunos por falta de conhecimento sobre como proceder corretamente diante de determinadas situações de perigo. Com essa atividade o PET/UFC-Farmácia contribui para a melhoria da graduação, ampliando o conhecimento sobre termos e conceitos da biossegurança, a qual ainda é uma área pouco estudada.
REFERÊNCIAS Costa, M.A.F.; Costa, M.F.B. Biossegurança de OGM: uma visão integrada. Rio de Janeiro: Publit, 2009. Costa, M.A.F.; Costa, M.F.B. Entendendo a biossegurança: epistemologia e competências para a área da saúde. Rio de Janeiro: Publit, 2012. Costa, M.A.F.; Costa, M.F.B. Biossegurança: elo estratégico de segurança e saúde no trabalho. Revista CIPA, 2002.