Discipulo de Flora e Laura, foi criado pelas telenovelas nas dolorosas savanas da Zona da Mata Mineira. Hoje se prostitui no Rio de Janeiro por qualquer 5 reais, ou um ingresso de cinema. A pipoca ele paga.
Enquanto gay e obeso deveria poupar a si e a todos de destilar o seu veneno. Sua disputa por popularidade é besta e vazia. Jamais seria seu amigo com os péssimos hábitos que tem.
Desde o último mês ele não deixa nenhum dos outros membros da equipe dormir em um belo sábado preguiçoso. Fã de Roberto Carlos, tem apenas uma das pernas. Mas não há quem diga.
O último dos heterossexuais, ainda se dedica a estressar-se com sua namorada. Pretende em breve cair pra dentro, por que não? #Zina
Madonnamaniaco e assíduo frequentador de feiras livres, Luiz é viciado em cultura pop e pastel de queijo. Sua orientação sexual ficou bastante clara, não?
Baranga e cheia de marra. Esse texto foi feito pelo estagiário. Esperamos sinceramente que ela não revise os textos. Ou alguém sofrerá duras penas.
No momento este membro está dormindo. Por favor tente mais tarde. Obrigado.
Todos dizem que ela anda bebendo demais, e que anda falando demais. Que essa vida agitada não serve pra nada. Bar em bar. Musa do Twitter, ela integra a equipe de colaboradores de maneira melodiosa.
Caso queira manter seu emprego, deve deixar a merda do seu violão em casa e não mais trazer para os fechamentos da revista. Nosso bom humor agradece. Enormemente.
Bom dia amiguinhos, já estou aqui. Resistimos bravamente e temos a honra de apresentar a segunda edição da Pheha. PHEHA. Que fique claro o nome da revista. Recebemos vários emails, tweets e afins super fofos chamando a revista de diversos nomes como Penha, Pemba, Perá, Fena, Féia e Scarlett Johanson. Mentira, é só por que achamos o nome muito sonoro e o Murilo a comeria facilmente. Para evitar maiores equívocos, a pronuncia da PHEHA é FÉRRA. Entendidos? Se você é entendido é bicha. bwawawawa! #fail
Dona de uma cria invejável, Rachel faz show como drag queen pra pagar a Ritalina dos seus filhos. Telefone para contato na sua tela.
Preparamos esta edição com ajuda de vários colaboradores e agradecemos a todos pela força e paciência conosco. Valeuzão aê, rapeize! O conteúdo é aquela feijoada delícia que você já conhece. Na capa a gente quebra o pau no Rio de Janeiro, mas de maneira elegante. Afinal, a gente sabe ser fina, mas também sabe ser chave de cadeia. Caímos no lugar comum do Fora Sarney na política e fizemos uma lista com os melhores do último mês. Em quadrinhos, destaque para as entrevistas com André
Dahmer e Wellington Marçal. Botando lenha na fogueira, falamos sobre os fetiches do povo e os problemas pra arrumar marido. Nossa diva do mês é Little Boots, com seu synthpop retrô. As tecnologias obsoletas não foram esquecidas por nós. Rá! A gente lembra! A musa do Twitter, Maysa, fala sobre inclusão digital. Por falar em desenterro, Murilo chuta o balde nos remakes e Morgana abre seu guardaroupa digital. Bem, é isso. Boa leitura. Ou não. :D
m. a. ail.co ça alhei m g a r @ g a s h e da de a.ph evist ito de rir r a r s mu do pa nteú gostamo o c u final, do se nvian deletar. A e A HEH ntes de da P e p i e lê a c i Part e jura qu nt A ge
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De pequenino que se torce o pepino
A tal inclusão digital L
eitores amados, animem-se: EU CHEGUEI! Transpus os limites do Twitter (@meumundocaiu) e cá estou. Para quem não me conhece ainda, adianto que sou um eu-lírico, etílico e espiritualizado. Me tornei diva exercendo outras artes, mas eis-me aqui para uma nova empreitada: escrever. Já que é assim, mãos à obra e sorriso nos lábios! Escolhi um tema conveniente: a tão falada inclusão digital. Até porque, vejam bem, se até eu estou nessa internet de meu Deus, imaginem só o resto do mundo! A tecnologia é uma obra divina mesmo. Nela você pode viajar sem sair do lugar e entrar em contato com o passado, presente e futuro de forma direta. Filmes, músicas, seriados, revistas, livros, pessoas, idiomas, jogos, receitas, mapas e mais uma infinidade (literalmente) assuntos de bacanas. Tudo disponível num só clique. Blogs e flogs também viabilizam não só notícias ou imagens, mas pontos de vista que, sobrepondo divergências, concebem a democracia virtual e respeitosa essencial ao século XXI. Política e sexo, ambas imbuídas de altas doses de sacanagem, atraem militantes fervorosos e sedentos por informações. Por último e nem por isso menos importante, vem o humor da internet como algo indispensável ao cotidiano, ou você já se imaginou sem as várias
cenas hilariantes postadas no YouTube? Ou seja: esteja você onde estiver e faça o que fizer, a informação vai até você de formas variadas e amplia o seu horizonte magicamente. Até aqui, leitor amado, você pôde observar a inclusão digital transcorrendo bem e sendo utilíssima para disseminar informação, conteúdo e conhecimento de qualidade para quem os requer. Mas e quando o que se espalha por aí é nocivo? E quando o real intento da inclusão digital é desvirtuado por quem propaga o caos? Tudo na vida tem seu lado bom e ruim e, neste caso específico, o ônus gera o bônus, nos chocando com (falta de) valores, atitudes e idéias sórdidas. Falar de tráfico de drogas, por incrível que pareça, tornou-se um assunto quase que batido, uma vez que milhares de usuários aproveitam-se da velocidade da rede e, pressupondo fortuna e impunidade, oferecem suas iguarias abertamente. A pedofilia também prolifera-se. Crianças deixam seus brinquedos de lado cada vez mais cedo, adotam o computador como seu mais novo bichinho de pelúcia e, valendose de tal inocência,
pervertidos diversos associam-se secreta e rapidamente, para deleitarem-se com a eficácia virtual. Sex tapes vazam morbidamente, violando a privacidade de pessoas e gerando lucro sujo para outras que, mediante chantagem ou outros artifícios, enriquecem com a desgraça humana. Violência, bullying, formação de grupos neonazistas e homofóbicos também ganham vazão e, motivados por intolerância e ignorância, gangues se formam tendo como pressuposto o advento da tecnologia e a diversidade de opiniões. O Twitter, aliás, vem sendo palco de muitas dessas manifestações e, de forma digna e coerente, repele tais condutas e une-se contra os que distorcem os reais intentos da interatividade civilizada. Há pouco tempo, o responsável por um perfil já não mais existente (@simhomofobia) usou como background um jovem iraniano gay sendo enforcado e
divulgou amplamente seus ideais xenofóbicos. O resultado foi uma indignação coletiva, seguida de mobilização geral e o desaparecimento do medonho cadastro. Outro caso, ainda mais recente, envolveu um ato pavoroso, cruel e mórbido, protagonizado por um usuário (@yuri_mesquita) do Twitter que publicou uma foto chinesa de um cachorro sendo morto violenta e injustificadamente, e ainda vangloriouse ao jurar que havia feito exatamente o mesmo. A referida pessoa não só subestimou o bom senso humano, mas imaginou que gabar-se por tal insanidade seria facilmente digerível. Contudo, diante da revolta coletiva explicitada pelos demais cadastrados do site, a foto e as mensagens a ela relativas foram apagadas, mesmo que com ar de ironia. Convenhamos: o mundo é permeado por inquietações, divergências e discordâncias, mas desde quando tornou-se válido usar a internet para incitar o crime? Desde quando é digno usar a tecnologia
como arena para divulgar barbáries? Por essas e por outras, eu encaro a inclusão digital como um assunto a ser acompanhado com lente de aumento, caso contrário, em pouco tempo, os incidentes violentos, além de reiterados, não esporádicos. Que a internet, cada vez mais, seja usada como forma de combate e protesto contra o que deve ser cassado, validando quem quer políticos corruptos, desonestos e arbitrários longe do poder. Que ainda maiores sejam os números de pessoas dignamente alfabetizadas e realizadas por causa dos serviços oferecidos pela rede. Por fim, que seja usada para divertir, entreter e conscientizar de forma limpa e
não em detrimento de quem busca informação justa. Agora me despeço deixando uma beijoca carinhosa e recomendando que você interneteie sim. Mas com parcimônia, bom-humor e tolerância! E não esqueça: para denúncias sobre abusos, violações e crimes na Internet, acesse http:// www.safernet.org.br
Em terra de cego
Panela velha é que faz com
A menos é claro, que a panela em questão tenha sido usada como repositório de chorume e fezes de Não sou um poço de cultura inútil, de absolutamente nenhum gênero. Você provavelmente tem um amigo que considera o "crânio" neste ou naquele trivialíssimo assunto, seja ele música, videogames ou closes pubianos da J-Lo. Este não sou eu, e meu conhecimento é em boa parte sustentado pelo binômio google-wikipedia (em inglês, please), onde apenas me esforço bastante para ser convincente na hora de aparentar que sei do que estou falando. Maravilhas do mundo pós-moderno raitéque. Portanto, atire a primeira pedra aquele que nunca foi enganado por um remake e saiu do cinema socando o ar e dizendo que o Cameron Crowe[1] é um gênio? Pois é, eles estão à solta por aí e a todo vapor em nosso cinema holliúdico diário, fingindo ser criações originalíssimas e nos tapeando direitinho. Tem quem goste, tem quem odeie, mas a realidade é que os remakes tem marcado forte presença nesses últimos anos. Não só no nosso querido cineminha de fim-desemana, mas invadiram até mesmo o sagrado horário teledramatúrgico, com pérolas como Paraíso 2009.
Ao contrário do que afirma a LIFA (Legião Infernal de Fãs Anencéfalos), o compromisso do remake não é precisamente com a fidelidade ao original. Cabe ao temerário diretor imprimir sua própria assinatura, introduzir novos elementos e porque não subverter alguns rumos da história? Vale tudo para não ficar naquela de cópia fiel do original. Para falar a verdade, não suporto quem fica choramingando pequenos detalhes nos remakes e falando que o filme é uma merda, que destruiu a tradição, que não chega aos pés do original. VÃO SE FUDER. Se gostam tanto assim dos seus filmes originais, fiquem com eles e não torrem a paciência de quem está tentando curtir um cinema em paz. O mais importante na hora de assistir a um remake, tendo ou não visto o original, é fazer o possível para considerar o filme por si só, já que remake que se fia no prestígio do antecessor não vale mais do que uma mariola mordida. Por isto, para fazer remakes é imprescindível possuir colhões, ainda que no sentido figurado. No fim das contas, é no mínimo interessante assistir um remake, pois será na pior das
hipóteses um umas boas ri é lucro, porta de pipoca à m
Esse aqui é p
Vanilla Sky (2 Cruise, mas Russel, ent Cameron Cr conseguir con Sofia [3]. Sem filme, que é Roliúde. O ún assistiu Abre vai ter surpr roteiro.
O Chamado apresentaçõe fique se cagan acorda no me TV cheia de Ring, de 19 produzido n assistido, nem
mida boa
e rato nos últimos vinte anos.
ma aula de não-cinema, rendendo sadas. Daí pra frente o que vier anto recoste-se com um balde mão, relaxe e goze.
pra guardar ou vai pro lixo?
2001): Tudo bem que tem o Tom em contrapartida temos Kurt tão o filme sobrevive bem. rowe (ahá) tem a sacada de ntratar Penélope Cruz para fazer m palavras para a produção do o mínimo que se espera de nico pau no cu é que se você já los Ojos, o original de 1997, não resa nenhuma em matéria de
o (2002): O filme dispensa es, e eu duvido que alguém não ndo de medo da Samara quando eio da madrugada com a tela da e chuvisco. O original japonês 998 é porcamente dirigido e não vale o sofrimento de ser m mesmo para aqueles que se
dizem "apreciadores da cultura oriental". O remake tem uma produção e direção de primeira, passeando pelos elementos principais do original ao mesmo tempo que acrescenta e substitui onde acha conveniente, o que chega a fazer com que o elenco pareça de primeira. Pode alugar.[5] Madrugada dos Mortos (2004): Uma excelente versão do clássico de 78 só que com muito mais glamour , mantendo todos os elementos principais do antecessor, mas com um gostinho de filme novo (e de vísceras humanas, é lógico!). Zack Snyder surpreende com zumbis inteligentes e velozes capazes de fazer Leon S. Kennedy [2] borrar as calças, cenas escatológicas e sangue em profusão, tudo bem temperado para a audiência cravar as unhas na poltrona. Imperdível. Invasores de Corpos (2007): Bate um pânico de ver a Nick se rebaixando a estrelar esse filme fadado ao fracasso, pois é um remake do remake do remake, sem sacanagem. A sacanagem mesmo é colocar Nicole para rebocar Daniel Craig durante boa parte do filme, tarefa que executa impecavelmente. O filme é bem dirigido e tem um constante clima de tensão, além do show à parte que é Nicole Kidman dando uma de alienígena sem emoções para enganar os verdadeiros invasores. No entanto, no final a película mergulha de cabeça no Poço Infernal da Pieguice Eterna, dizendo algo como "oh, nós humanos somos tão cruéis e egoístas...". Uma pedrada no meio da cara teria sido mais sutil.
Quarentena (2009): Eis um belo exemplo de porque o povo americano é considerado tão pau-no-cu. O original REC foi lançado cerca de um ano antes, e resolvem fazer um remake. Óquei, mas não vai ter valor nenhum em matéria de aprimoramento técnico, uma vez que o filme é no estilo cinema-verdade [4]. Graças aos diretores, o filme não ganha em nada do original, pois repete a mesma história e as mesmas cenas. Não obstante, faz uma boçal tentativa de associar o surgimento dos zumbis ao terrorismo. Que burros, dá zero pra eles.
Tá com preguiça de procurar na wikipédia, né? Que bonitinho. Desta vez passa: [1] Diretor de Vanilla Sky. [2] Protagonista imbecil dos ainda mais imbecis jogos Resident Evil 2 e 4. [3] Penélope Cruz interpretou a mesma personagem (inclusive, com o mesmo nome) no original. [4] vide A Bruxa de Blair e Cloverfield [5] Oh, claro, como se você já não tivesse visto!
Não julgue o livro pela capa
O
lá, Cidade Maravilhosa! Cidade do Pão de Açúcar, do Cristo Redentor, do “maior do mundo” Maracanã! Cidade do Carnaval, do Réveillon de Copacabana e da Garota de Ipanema. Aqui é onde a realidade da novela das oito se desenrola, e pode-se esbarrar com heróis de carne e osso do último Big Brother em um prosaico passeio pelo calçadão. Embalada pelo último sucesso do funk e as tradicionais rodinhas de samba, o purgatório da beleza e do caos é uma cidade sedutora para o turista mais incauto. Ok, mas e o Quico? O Rio de janeiro pode parecer muito gostoso para quem assiste uma novela do Manoel Carlos, mas qualquer um que não more no Leblon sabe muito bem que o buraco é mais embaixo. Bem mais embaixo. Quase no inferno, assim: a palavra purgatório não é por acaso. Para começo de conversa, se você não gosta de funk, se fudeu. Ao menos duas vezes ao dia terá de aturar um carro com o rádio tocando funk nas alturas, ou um infeliz ouvindo rádio no ônibus. Sim, ele está de fone, mas o infeliz é tão alienado que colocou um volume de turbina de avião enfiado dentro do ouvido, compartilhando assim a última pérola do Salgueiro com todos os passageiros. Fique claro que eu não tenho nada contra o funk, mas tenho contra imbecilidade auditiva, até em respeito à minha parcial surdez adquirida em minha tenra infância. Na verdade, o funk nem é a pior parte. O que irrita é a carioquice, o morador do Rio precisa gostar de tudo que é Rio. Sacanear paulista, ir à praia, sempre que der sol, pegar mulher feia em roda de pagode baixo-nível, torcer pro Flamengo... Morar no Rio de Janeiro e não gostar de praia é motivo para crucificação em via pública, a proverbial “pá de cal” na vida social,
já que o Rio tem praias lindas e você só pode estar de frescura sendo, portanto, um escroto pior do que o José Sarney. Praias lindas!? Só pode estar de sacanagem, vai lá no Google Maps e digita “Praia de Ipanema”, dá uma conferida na corzinha da água e vem me dizer que é linda. Acho que pior do que isso só bater palma pro pôr-do-sol. Morar no Rio implica em um orgulho insano sobre a cidade. A ótica da carioquice é sempre deturpada pelas lentes sujas da TV Globo. A maior “onda” dos cariocas é poder sair do trabalho e pegar aquela praia, um happy hour com os amigos a beira mar. Ninguém pensa na maresia? Esse orgulho de esbarrar com subcelebridades pelos cantos da cidade e ter glúteos como cartão postal fazem qualquer pessoa sensata se sentir completamente deslocada. A capital fluminense ainda tem a sorte (sic) de ter a avenida com o metro quadrado mais caro do mundo. Você não leu errado. A Avenida Vieira Souto, em Ipanema, é o lugar mais caro do mundo para se morar. Mais caro que a Champs-Élysées. Um apartamento na quebrada do posto nove pode custar, por mês, a bagatela de R$
40.000,00. Só o aluguel e suas taxas como condomínio e IPTU. Dá pra ti? Eu passo. O life style do Leblon, hoje, transpõese o túnel. Também agora temos o orgulho da Zona Norte. Viver no berço do samba, a região que sua pela cidade, visitar a Feira de Tradições Nordestinas e comer carne de sol com cerveja barata. Aquele orgulho de ser uma terra democrática, onde todos tem o direito a diversão. Ok. Mas onde está a identidade desta cidade? A única democracia que o Rio de Janeiro tem, de maneira inegável, é a possibilidade de presenciar um assalto ou levar uma deliciosa bala perdida pra casa. E sinta-se satisfeito. Quando chega fevereiro, no mais tardar março, outro inferno toma conta do Rio de Janeiro: Carnaval. Será que pessoas não entendem o conceito de claustrofobia? Ou até mesmo a questão de eu ser uma pessoa extremamente egoísta e preferir ficar em casa criando bunda e transando loucamente com uma única pessoa? A cultura carnavalesca começa a dar no saco quando chega outubro, quando as escolas de samba (sem terá uma próxima a sua casa) decidem seus enredos. Você vai ter um amigo te chamando pra aquela feijoada na quadra da Tia Zuleide. Feijoada essa feita com muito amor e coliformes fecais. Não duvido da boa vontade da Tia Fulana, mas eu não gosto daquele
aglomerado. Muito menos de encher a cara de feijão, carne de porco e cachaça debaixo de sol quente com sambas de 1965 na cabeça. Má digestão levada ao extremo. E pra piorar, minha melanina escassa me impede ser um bom sambista. Aquela história de “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é” é, de certo, uma das maiores mentiras do mundo. Quem não gosta de samba só tem um gosto diferente da maioria, o que não é muito ruim. O Rio gaba-se não ter o trânsito tão complicado quanto São Paulo. Eu não me orgulharia. O sistema metroviário do Rio é deprimente. Enquanto São Paulo tem 4 generosas linhas (caminhando para a 5ª linha) o Rio limita-se a 2 pequenos barbantes, com menos de 40 estações. A Zona Norte nem é vislumbrada com um plano de extensão do metrô. Só para a construção de uma estação, o Rio demora em média 2 anos. Difícil ir pra frente. Para piorar, qualquer situação pode acarretar em engarrafamentos gigantescos em diversos pontos da cidade. Exemplo: Se um bode urinar na Avenida Brasil em Santa Cruz (Extrema Zona Oeste, também conhecido como “A Fronteira Final”), alguns reflexos desse microalagamento serão sentidos na Av. Borges de Medeiros, na Lagoa. O complicado sistema de transporte público do Rio de Janeiro, misturado com os problemas de logística e o calor absurdo da cidade, fazem que você peça pelo amor de Deus morar na Índia. Até o trânsito de Mumbai parece mais honesto. Por falar em calor, isso é outra coisa que incomoda no Rio. Estamos em pleno inverno e os termômetros
marcam 35 graus. Imagine no verão! E para refrescar esse pedacinho do inferno, todos decidem ir a praia. Todos ao mesmo tempo. Ou seja, aquele clima descontraído de bermuda florida e camiseta (cariocas também não sabem se vestir muito bem) contrasta com o terno dos advogados dentro do metrô em plena terça feira à tarde. Mas você, homem ocupado que é, prefere não ir a praia. Não gosta da areia machucando o pé, a água do mar misturada com esperma de baleia e aquele homem in-supor-tá-vel gritando “AAAAABACAXIIIEAM!” no seu ouvido. E ele grita isso no seu ouvido mesmo. Ao ponto dele ficar de cócoras só pra gritar isso e levar uma bordoada no meio da cara. Por que isso não está nos cartões postais? O Homem do Abacaxi deveria virar patrimônio do Rio. Pois bem, você prefere ficar em casa, ou ir pra Serra, ou quem sabe pegar a piscina do condomínio. Sempre terá um carioca dizendo “Ah, que isso! Vem pra praia! A água está uma delicia!”. Não gente. Água do mar no Rio nunca é uma delicia. Aos que não sabem, uma corrente gelada passa justamente no mar carioca e faz com que a água das praias da cidade maravilhosa seja uma das mais frias de todo Brasil. E isso não é exagero. E os cariocas, quando
são informados disso, alegam que “água quente parece urina”. Então pra que você paga conta de gás? Pra ficar com uma sensação de estar mijado no chuveiro? O Rio mostra-se como uma terra autosuficiente. Não tem aquela coisa do resto do país de guardar tradições estrangeiras, como São Paulo que tem o seu nicho japonês e italiano. O Rio se basta. Comer Biscoito Globo, beber mate gelado e tomar um açaí como sobremesa são os típicos pratos da terra de São Sebastião. E normalmente esse delicioso prato típico vem acompanhado de uma amistosa partida de futebol. Aqueles que curtem ir pro ‘Maraca’ (até hoje não entendi a preguiça de falar ‘NÃ’ e concluir o nome do estádio) chamam os amigos, pegam umas cervejas, fogos de artifício e colocam toda a civilidade no bolso rumo ao jogo. O exemplo mor de civilidade é, após abraçar seus amigos putrefatos, ganhar uma
deliciosa e inspiradora sacola repleta de urina na cabeça, lançada da torcida rival. E não necessariamente é a torcida do time adversário. O Rio tem seu lado bom? Lógico que tem. Ainda temos o poder de falar com o resto do país, que não conhece o verdadeiro Rio, que moramos na cidade mais bonita do mundo, com as melhores praias e jurar, por tudo no mundo, que amamos essa cidade. E que ela é ótima e que tudo que Manoel Carlos diz nas suas novelas é fidedigno a nossa correria. Além disso, é bom morar na segunda maior cidade do Brasil. Tem suas vantagens. Quando lembrar delas listarei.
Modelo: Mariana Corrêa Fotos: Denis Albuquerque Maquiagem: Regina Oliveira Produção: Morgana Mastrianni e Murilo Souza Agradecimentos: Ao moço que vendeu o coco. Gostosão!
Focinho de porco Olha, que supimpa! Eu estou a cara da Sônia Lima!
A antessala da lixeira
Do transistor à batata chip Gënte, não é de hoje que sabemos, que a humanidade é uma colônia de bichos-ferramenteiros. Desde os tempos mais primórdios, foram as nossas traquitanas que determinaram o tom das nossas relações interpessoais e com o meio circundante(ou você não se lembra de como era a sua vida antes do orkut ou do seu primeiro celular?). A história da humanidade é recheada de coisinhas (internet, tv, telefone, rádio, vias pavimentadas, tambores, cães, roda, fogo, et cetera) que se perpetuaram na história como ítens indispensáveis, mas... aquelas boas idéias que se perderam ou foram atropeladas? Visitaremos alguns dos bibelôs (belos acumuladores de poeira, pra dizer o mínimo) que deixavam nossos avós, pais - e a nós mesmos - em polvorosa. DISC LASER: Som de qualidade que ainda não se viu igual até hoje. Mas era cara demais, especialmente se compararmos com o que começava
a bombar na época, as famigeradas fitas K-7... BLU-RAY: Disquinhos, do tamanho de CDs comuns, com uma capacidade de armazenamento absuuuuurda. Mas chegou tarde, quando todo mundo usando pendrives e descobrindo a cloud computing. Mais sorte na próxima vez. POMBO CORREIO: Até que durou bastante, mas acabou quando as armas-de-fogo ficaram mais eficazes (começo do século XIX). Tiro-ao-alvo com pombos-correio alavancou o telégrafo morse(que aliás, tem todo um Q de meio de comunicação coadjuvante. Mil coisas). MEIOS DE TRANSPORTE: ah, gente; trabalhar em casa, né? Internet tá aí pra isso. Avenida Brasil #FAIL. Então, é isso. Vamos esperar a próxima maravilhosa inovação tecnológica a ocupar o maravilhoso espaço da antessala da lixeira.
Agulha no palheiro
A vez de
Little Boots
E
la não é o que podemos chamar de bonita. Tampouco é inovadora. Mas é moderna e cheira a ser uma diva do próximo verão. Estou falando de Little Boots, uma mocinha bastante açucarada que a Inglaterra nos entrega. Nasceu em 4 de maio de 1984 e foi batizada em cartório como Victoria Hesketh. Ganhou o apelido devido ao filme Calígula. Sim aquele mesmo que o personagem tem um cavalo muito querido. Aquele mesmo. Lembrou? A tradução do nome Calígula é "pequenas botas", devido ao tamanho rísivel dos pés. Little Boots curtiu o filme, olhou seus pés e pensou: Tá pra mim! A moça começou bem cedo na carreira artística. Com seis anos já estava papando alguns prêmios por aí e gerando muita, mas muita invejinha. Na infância cantou em alguns corais e logo era demitida, pois as crianças que a acompanhavam não gostavam do seu timbre. Muito evoluído para a proposta. Quando chegou aos 16 tenros anos, participou o Pop Idol, um reality show britânico (No Brasil conhecemos como Ídolos). Não despontou e rapidamente foi eliminada. A partir daí resolveu que ia cair de cabeça na vida musical e se
juntou a outros dois músicos e formou uma banda de Jazz. Mais uma vez o barco afundou. A banda não foi pra frente. Quando ingressou no curso de Estudos Culturais resolveu formar sua segunda banda, chamada Dead Disco. Com dois singles a banda foi por água abaixo e Little Boots estava sozinha no mundo outra vez. E assim seguiu. Rompeu com as bandas e decidiu fazer sucesso pela internet. E se você acha que ela quebrou a cara mais uma vez, ledo engano. Seu perfil foi bem divulgado e agora a mocinha tem uma gravadora. Ela está rica, meu bem. Só com o casaco dela, consegue dar três voltas no mundo a bordo de uma navio. E manda beijos pra quem está na África Subsaariana. Seu primeiro cd solo, com o nome Hands, passeia pelo electro, pop e synthpop. Após retornar a casa de papai e mamãe ela arregaçou as mangas e foi a luta. Resultado: Um disco fresco, porém com alguns equívocos. Mas vamos primeiro assoprar, pra depois moder. Hands tem pérolas musicais como "New In Town" e "Remedy". Remedy, inclusive, se mostra uma das melhores músicas do cd. Quiçá, uma das melhores do ano. Outras músicas que
merecem destaque especial são "Earthquake" e "Meddle" que trazem uma balada excelente, repletas de sintezidarores desenfreados e a voz adocicada de nossa personagem. Mas a cerejinha do bolo é "Symmetry", que conta com o delicioso dueto com Philip Oakey, vocalista do Human League. A música não empolga no começo, mas o seu meio-e-fim são excelentes. A voz dos dois, quando se combinam, formam um baquete aos ouvidos de qualquer desatento.
que ela venha a se redimir. O cd acaba justo na pior faixa. Isso quebra a vontade de ouvir uma continuação. O mesmo acontece com faixas como Mathematics, que não empolga. Deixa bastante a desejar. Sorte que essa faixa é seguida por Symmetry. Logo após temos "Tune into my heart" e "Hearts Collide". Músicas doces demais, mas com arranjos fantásticos. Mas pecam na introdução. Os 30 primeiros segundos não dizem muito sobre as riquezas que são.
As letras de Little Boots, em todas as faixas, mostram-se não muito ricas. Lugar comum no cenário pop e no eletrônico também. Muitas vezes são composições apaixonadas e repetitivas, mas os arranjos as salvam.
Little Boots apresenta-se como um ponto muito frágil no cenário pop. Se não for bem assistida em trabalhos futuros poderá se perder e acabar no anonimato. Precisa de uma produção violenta para se sustentar, apesar do seu inegável talento. Não seria capaz de apostar todas as minhas fichas nela ao ver essa série de desarranjos. Mas vale acompanhar os próximos capítulos.
Em contrapartida, Little Boots comete alguns erros no cd como Ghosts, que muito mais parece uma releitura equivocada de alguma b-side de Kylie Minogue. E digo mais, de alguma bside muito ruim da diva Kylie. Outro erro é apostar em "Magical". Uma canção chata. Deveria se chamar "Sacal". Não diz muito, sua produção é fraca e a única vontade que dá é de passar a música. Mas aí já é tarde para
Dois dedos de prosa
Entrequadros entrevista:
André Dahmer O cartunista, ilustrador, pintor e autor da série de tiras malvados, além dos livros “O livro negro” e “A cabeça é a ilha”, o gentilíssimo André Dahmer (e quem mais?) mostra, com toda a paciência do mundo, e em tempo recorde, que é um pescador sem frescuras. É muito geowah no coração, minha gente. PHEHA - Como André define Dahmer? ANDRÉ DAHMER- Sou carioca, nasci em 1974 e comecei tarde nos quadrinhos, em 2001/2002, aos 27 anos. Estou no meu quarto livro. PHEHA - Como se deu a sua identificação com os quadrinhos? AD - Li pouca coisa quando criança. Gostava mais de brincar na rua, mas realmente li alguma coisa de Mônica, Cebolinha e heróis da Marvel/ DC. Mortadelo e Salaminho, Asterix... Mas pouca coisa, não era a minha praia. Comecei a fazer quadrinhos por necessidade de expressão, não por influência de ninguém. Tinha pouco conhecimento do trabalho dos maiores quadrinistas brasileiros, como Laerte, Luiz Gê, Henfil e Angeli. Mas, após começar a trabalhar com tirinhas, procurei conhecer melhor o trabalho dos caras. PHEHA - Como se dá o seu processo criativo? AD - Meu método é o da pescaria: esperar as ideias chegarem, e não correr atrás delas.
PHEHA - Quais são as suas principais influências e como é seu processo de trabalho - movimentos e/ou artistas, formatos e materiais? AD - Trabalho com caneta nanquim, formato de tirinhas, três quadrinhos ou mais, quando necessário. Sem borracha, sem frescuras. PHEHA - O que você tem lido? AD - Recomendo Naomi Klein: "Sem Logo" e "Capitalismo de Desastre". Nos quadrinhos, tenho acompanhado pela rede Rafael Sica, Allan Sieber, Arnaldo Branco e outros da minha geração. PHEHA - Fale um pouco dos seus livros. AD - Cada um tem um valor especial, são momentos diferentes do meu trabalho. Gosto deles como filhos: Amo a cada um deles de uma maneira diferente, porque foram p r o c e s s o s diferentes.
PHEHA - Durante um dos debates de um evento de quadrinhos em 2007, você afirmou que a tira é "o haicai dos quadrinhos". Você continua entendendo a tira dessa forma? AD - Tirinha é síntese, por isso comparo ao Hai-Kai.
Quarto Mundo www.4mundo.org Setembro 2009
Página por Página (especial, 21x28cm, 36 páginas, todo colorido, distribuição gratuíta) – Catálogo da Exposição “Página por Página”, que acontecerá no 36º Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Uma reunião de trabalhos de vários autores do coletivo de quadrinistas independentes Quarto Mundo. Ao todo são 41 autores, entre desenhistas e roteiristas, apresentando 25 histórias. Garagem Hermética #5 (revista aperiódica, 15x23cm, 32 páginas, R$ 4,00, Comic shops, e pontos de venda do Quarto Mundo, ou pelo contatosociosltda@gmail.com, http:// sociosltda.blogspot.com/ ) – Nesta edição teremos trabalhos de Cadu
Simões, Will, Edu Mendes, Fábio Santos, Kleber de Souza, Laudo, Fabio Cobiaco, Daniel Esteves, Vader e Sam Hart, e matéria de Nobu Chinen. Nanquim descartável #3 (aperiódico, 16x25cm, 52 páginas, R$ 6,00, Comic shops, e pontos de venda do Quarto Mundo, ou pelo contato: h q e m f o c o @ h q e m f o c o . c o m . b r, www.hqemfoco.com.br/nanquim) – Com roteiro de Daniel Esteves e arte de: Wanderson de Souza, Mário Cau, Júlio Brilha, Laudo Ferreira, Mário César, Wagner de Souza, Carlos Eduardo e Samuel Bono. Informativo Quarto Mundo #3 (aperiódico, tablóide, 8 páginas,
gratuito, pontos de venda do Quarto Mundo) – Mais informações www.4mundo.org Subterrâneo Especial #5 (edição especial, 15x21cm, 24 páginas, R$ 4,00, pontos de venda do Quarto Mundo) – Roteiro é de Leonardo Santana e arte de Will, Marcos Venceslau, Márcio Garcia, Paulo Mansur e Luigi Colafigli e um blá de Nobu Chinem. Patre Primordium #2 e #3 (revista mensal, 20 x 14cm, 52 páginas, R$ 6,90, Comic shops, e pontos de venda do Quarto Mundo, mais informações: h t t p : / / pa t r e p r i m o r d i u m . c o m . b r / ondecomprar.htm) – a continuação da série de Ana Recalde (roteiro) e Fred Hildebrand (arte).
Dois dedos de prosa Entrequadros entrevista:
Wellington Marçal W
ellington Marçal é quadrinhista, gravador, blogueiro deixa o dele na reta em mais uma sabatina da Pheha. É muito gezooz no coração. PHEHA - Well, wel, well... Wellington por Wellington Wellington Marçal - Blz, Létis gou! Meu nome é Wellington Marçal, assino meus trabalhos como ”wel”. Nasci em 1981 em Curitiba – Paraná. Sou autodidata, desenho desde que me conheço por gente. Aprendi a ler com os quadrinhos, mais especificamente, com os quadrinhos do grande Mauricio de Sousa. Como muitos outros ilustradores, desenhava todos na sala de aula, incluindo os professores. Já trabalhei com comunicação visual, com animações e agora com quadrinhos, caricaturas e ilustrações. E graças ao bom DEUS, eu trabalho em casa. PHEHA - E porque tira? WM - Na empresa onde trabalhava com animações, o pessoal lá criou um fanzine só com tirinhas e distribuíamos na EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná) onde estou cursando gravura e cada fanzine que saia era com um tema específico. Depois disso, estava eu lendo uns encadernados do Tarzan e do Flash Gordon, da época em que eles eram lançados como tiras dominicais... Aí pensei: “Putz, vou montar um blog de tirinhas!!!” Então criei o Tiradareta.
PHEHA - Quando você começou o blog? Já teve alguma publicação impressa? WM - O blog começou em Fevereiro de 2008 e está aí até hoje... Atualizo-o diariamente, às vezes pula um dia ou dois, mas sempre me esforço para colocar algo novo lá. Quanto a publicação impressa, eu e mais 2 amigos (André Caliman e o Rui Silveira) lançamos uma revista independente chamada AVENIDA que já está na 3º edição www.avenidahq.com. Saíram também algumas tirinhas na
Quadrinhópole http:// quadrinhopole.com e na Camiño de rato http://tokadirato.blogspot.com e mais recentemente na MAD. PHEHA - Como se dá o seu processo criativo? WM - Eu costumo dormir com um caderno do meu lado, já perdi muitas idéias que tive durante a noite porque não consegui lembrar no outro dia, às vezes tenho uns sonhos malucos então acordo e anoto. Às vezes sonho com alguma situação engraçada e por aí vai. Mas é meio automático, não sei, posso assistir a um filme e durante a cena me vem uma zoação do que está rolando, etc. Sempre fico meio alerta. Tento tirar sarro de tudo, desde o noticiário ou até em uma conversa entre amigos. PHEHA - Quais são as suas principais influências e como é seu processo de trabalho - movimentos e/ou artistas, formatos e materiais? WM - Admiro muitos artistas, conhecidos e desconhecidos. Procuro muita coisa na internet, meus “favoritos” está estourando de links de portfólios e blogs. Eu gosto muito do Grandioso Will Eisner, Sergio Aragonés, Akira Toriyama... Nossa, tem muita gente que eu admiro. Quanto aos artistas brasileiros, aí o
bicho pega, fica muito difícil falar... Tem muita gente talentosa, mas os que mais eu admiro são os “desconhecidos” como eu. Acompanho muitos blogs com tirinhas, iria faltar espaço aqui para tanta gente. Mas dêem uma passada no Tiradareta que lá tem os links da maioria deles. Meu processo de trabalho é simples: É lápis, nanquim e photoshop. Desenho a lápis em A3 ou A4, as vezes em papel canson ou em algum papel vagabundo mesmo, finalizo à nanquim com pincel ou bico de pena e faço a cor no Photoshop, com o auxílio de uma Tablet. PHEHA - Que quadrinhos você costuma ler? E mais o que além de quadrinhos? WM Quadrinhos em geral... Amo quadrinhos. Tenho muita sorte para encontrar umas raridades nos sebos a preço de ba-
nana, hahaha... Quando comecei a colecionar quadrinhos, comecei principalmente com o Wolverine e mais tarde fui conhecendo outros títulos. Além dos quadrinhos, gosto muito dos livros do Tolkien e Stephen King. Mas com certeza sempre estou lendo alguma coisa. Saiba mais sobre o Wellington visitando o site www.tiradareta.com
A função faz o órgão
Você tem
m fome de quê? lgo que a gente sempre ouviu falar nessa vida foi sobre fetiche. Todo mundo tem um. Existem os mais comuns e os nem tanto. A maioria dos homens heterossexuais tem aquele desejo por transar com duas mulheres ao mesmo tempo, ou fazer sexo anal com a sua esposa, ou até mesmo comer a Britney Spears em seus áureos tempos de barriga-capa-do-batman. Tudo na mesma proporção que mulheres sonham com Brad Pitt em suas camas. A palavra "fetiche" vem do francês 'fétiche', que traduzido de maneira Gizelimadonisticamente (ou seja, na pior tradução possível) significa "artificial" "fictício". Todo mundo tem um, por mais obscuro que seja. Até aí tudo bem, o problema é quando alguém decide contar isso.
A
Não sou contra liberar os fetiches, mas há que se ter bom senso. Algumas modalidades entram no plano das bizarrices. Veja abaixo os fetiches mais insanos que podemos encontrar: Cropofilia: Aos que entendem os radicais da lingua portuguesa já devem ter revirado o estômago, mas há quem curta. A Cropofilia é a excitação sexual em ter contato com, pasme, fezes humanas. Conheci, certa feita. a história de um cara que dava laxante aos seus parceiros sexuais (sem que eles soubessem disso), unicamente para que eles fizessem cocô durante o ato sexual. Onde fica a higiene, minha gente? Necrofilia: O que move o fetiche é a relação sexual com cadáveres. Me limito a isso. Nunca conheci alguém que tivesse coragem de bater no peito e dizer que catou uma mina no cemitério. Mas lembre-se: mulheres mortas nunca dizem não.
Apotemnofilia: Palavrinha difícil? Pior é a modalidade. O tesão consiste em transar com pessoas sem membros ou amputa-los durante o coito. Levando em conta que no máximo temos 4 membros (2 superiores e 2 inferiores, apelidados carinhosamente de braços e pernas) a quantidade sexual é bem reduzida. Na maioria das vezes o tesão é só em sexo com pessoas sem os braços e pernas, devido ao risco de amputação durante o ato sexual. Sejamos francos: mulheres deficientes também tem o direito a gozar! Frotteurismo: Você sabe por que existe o vagão das mulheres no metrô e nos trens? É por conta desse fetiche. O Frotteurismo basea-se no tesão em esfregar a genitália, ainda que vestida, em partes do corpo de pessoas alheias. O famoso "roçar no ônibus". Ninguém gosta desse tipo de assédio e no Brasil isso é considerado, hoje, como estupro. Esses três exemplares são bastante chocantes. Mas existem os fetiches mais corriqueiros e é justamente aí que mora o perigo. Alguns homens (e mulheres também, por que não?) têm tesão em fazer sexo em público, conhecido como Exibicionismo. E acredite, é mais comum do que você, leigo leitor, pensa. Em todo Brasil existem casas especializadas nisso. O interessado paga, transa com alguém e deixa que os voyeurs (outro fetiche bastante popular) o assistam transando com seu parceiro. Não beira a bizarrice, mas há que se conversar com o parceiro para que isso ocorra. E não é no primeiro encontro que você vai propor uma transa aberta a visitação. Muita gente gosta e deseja, mas pouca gente faz. O sexo grupal é outra
modalidade vista ainda com maus olhos pela sociedade. E é por isso que se você tem esse desejo, está namorando e quer colocar em prática, indicamos que você vá com calma. Primeiramente: se você e seu(sua) parceiro(a) são heterossexuais convictos alguém vai sair perdendo. Mas não se pode agradar a todos, não é? Pode sim. Se é um ponto delicado, há que se conversar de maneira sóbria e manter tudo bem acertado. Um dos pontos críticos nisso é o festival de ciúmes que acontece de uma das partes. Sempre vai ter um achando que o outro recebeu mais atenção do terceiro membro. Agora, se você é homossexual, só controle o coração mesmo. Numa relação com três pessoas do mesmo sexo tudo pode ser vantagem. O ideal nesse caso é sempre ter os seus fuck buddies, também chamado de "amigo de foda". Dá menos dor de cabeça. Vai por mim. Outro grande tabu, tanto para homens e mulheres, é o sexo anal. No fundo (sentiu o trocadilho?) não existem muitas razões pro medo. Vale lembrar que é sempre necessário usar um bom lubrificante a base d'água, camisinha e muita paciência. A camisinha é fundamental. Lembre-se que dali não saem flores. A chance de uma infecção urinária acontecer é alta, então é sempre bacana manter a saúde em dia. Existem aqueles que tem tesão em pessoas tatuadas, em piercings, em pêlos, em ser eletrocutado, em ser sufocado... Enfim, todo mundo tem fetiche. O que vale é sempre pesquisar sobre a possibilidade de por em prática o seu desejo, seja procurar por grupos que dividem a mesma idéia ou conversar com seu parceiro(a) sobre o assunto. Fetiche é tempero, não é arroz com feijão. Mas é sempre muito bom experimentar. E cair de boca!
Uma flor roxa
Amor é clichê D
ifícil tarefa a de escrever sobre relacionamentos sem cair na mesmice, no lugar-comum, sem soar papo de tia louca da auto ajuda.
da Clotilde,toda boa, toda trabalhada no modelito,toda perfumada está encalhada? FO-DEU!".Porque a gente jura que gente linda é sempre feliz e realizada na vida amorosa,né?
Você algum dia já deve ter se perguntado qual o balacobaco daquela sua colega de repartição, que não é assim tão bonita, casada com um bofe que nem é tão escândalo mas que quando estão juntos dá vontade de cortar o pulso com faca de bolo Pullman de tanta alegria que os simpáticos esbanjam.Separados eles não são grandes merda, mas juntos....ah! dá até vontade de casar.
É ai que eu chego e te conto: não tem regra.Pronto, pode se desesperar.
Outra pergunta que já deve ter passado por essa sua cabecinha perturbada é "como que a filha da puta
Meia dúzia vai te dizer que os feromônios é que são essenciais, a colega metida a psicóloga vai te falar que numa relação buscamos pelo reflexo de nossos pais e a amiga Zoraide vai te falar que se você é de Áries e o fulano é de Leão nem adianta tentar. Desesperou? Pois se acalme, que nem é tão sério assim. Muitas vezes a única coisa que precise ser revista é o que você está
buscando.Se pergunte se essa pessoa perfeita que você imagina não é apenas um ideal maluco que não existe, já que nem você é assim tão perfeito, ou se você está espelhando esse seu ideal aí em uma pessoa que no fim das contas você nem conhece tão bem. Viu? It´s all about YOU sometimes. O que eu quero te dizer com tudo isso é que no fim das contas, a gente acaba caindo no clichezão de que quando se trata de relacionamentos, só você pode dizer onde o calo aperta, até onde você aguenta, o que você está a fim de suportar. E mais do que tudo, que tipo de pessoa você quer na sua vida, afinal, poder de escolha ao menos a gente tem!
Foi buscar lã e saiu tosqueado
Fashion (descontrol) week T
odo mundo sabe que estilo é muito mais uma questão de senso crítico do que de dinheiro, embora dinheiro ajude bastante. Normalmente as primeiras noções são passadas pelas mães, que escolhem as roupinhas e quando começamos a nos vestir sozinhas avisam quando estamos fazendo merda. Mas nem todo mundo tem a sorte de nascer num lar estiloso, e essas são as pessoas com o caminho mais árduo pela frente.
Agora, quem ainda não sabia, descobriu depois de assistir O Diabo Veste Prada que moda não é uma sacanagem inventada para as pessoas gastarem dinheiro à toa. Se você ainda não sabe, se mate. Vestirse ou vestir alguém é um trabalho de composição usando o corpo como suporte, e também tem suas regras de harmonia. Outra semelhança com as artes visuais é que só se aprende mesmo fazendo, então, chega desse papinho de que as roupas novas são pra sair e perto de casa tem que se vestir de mendigo porque isso é vergonhoso. Voltando ao funcionamento da coisa toda, moda é como um jogo divertidíssimo que dura a sua vida inteira. As regras são ditadas pelos grandes estilistas, que escolhem as cores e texturas que serão utilizadas e dão a largada para o pique-estação. A partir daí vem a diversão: as pessoas escolhem o que vão incorporar e brincam de combinar isso com a sua maneira própria de vestir. Claro que tem aqueles seres iluminados que antes do “já” aparecem usando uma tendencinha aqui, outra acolá antes de todo mundo. Esse é o caso de Betty, a garota francesa que posta fotos em seu blog bilíngüe. Betty é um ótimo exemplo: à primeira vista ela é só uma garota horrorosa e pobre que mora supermal (sim, é invejinha). Ok, sem sacanagem, ela é linda, tem cabelo bom e se veste muitíssimo bem, do tipo que pega as peças mais
improváveis, aquelas que você jamais usaria juntas, veste tudo e fica maravilhosa! Damn you, Betty! Mas basta ir ao arquivo do blog para ver que há dois anos Betty não tinha metade da dignidade de hoje. Às vezes tinha até uma arzinho meio piriguetchy. Enfim, meu ponto é que estilo é uma habilidade que pode ser adquirida, e não um dom divino (quem acreditar em dom pode se matar também). Então, para as amygë que como eu pretendem aprender a se jogar nessa superfesta sazonal, tem links na rede que podem ajudar muito. Um importantíssimo é o Lookbook, onde o slogan já diz tudo: colective fashion consciousness. É uma rede social apenas para convidados onde pessoas estilosérrimas (ou no mínimo corajosas) do mundo todo postam fotos de seus outfits. Super vale a pena ser visitado. O melhor do site é ver como uma mesma tendência pode ser usada de diversas maneiras. Afinal, tudo depende do contexto, o importante é ter a coragem. Alguns bons links nacionais: Garotas estúpidas – Esse é bom para aprender sobre moda e também para dar umas boas risadas. No meio de um post sobre os vestidos usados num evento, por exemplo, você pode encontrar uma celebridade tendo sua fisionomia comparada à de um cavalo travesti. Oficina de estilo – Esse é super sério e bastante informativo e o melhor de tudo é que o site é lindo, um daqueles sites que dá gosto de navegar. Hoje vou assim – Esse é básico, já cansou de ser elogiado por aí e é realmente uma inspiração para quem tem travas criativas na hora de se vestir. Para quem não sabe: começou como uma espécie de diário do que a autora veste.
Nem só de pão viverá o homem
Anticristo de La retomada do m
N
ão há dúvida alguma de que Anticristo é o melhor filme da carreira de Von Trier, segundo suas próprias palavras. Provavelmente o é. Após causar furor em sua exibição em Cannes, onde estreou em maio deste ano, chegou às telas dos cinemas brasileiros causando a mesma sensação de desconforto com que percorreu as principais avant-premières pelo mundo afora. A história é dividida em um Prólogo e quatro capítulos – aliás, como é de hábito do dinamarquês: Dor, Luto (Caos Reina), Desespero (Ginocídio) e Os três Mendigos. O filme conta a história de um casal, corajosamente interpretado por Willem Defoe e Charlotte Gainsbury, atormentado pela morte do filho e cujo luto se desenvolve numa cabana isolada do mundo, sugestivamente chamada de Éden. Por onde estreou, Anticristo causou repugnância, asco e por vezes uma indignação virulenta por parte do público e até mesmo por parte da crítica. Um jornalista, ao final da exibição em Cannes, perguntou à Von Trier “Por que é que o senhor fez este filme?” A este e a todos os outros, o dinamarquês respondeu que faz filmes para si, ele é o seu próprio público. O filme foi acusado de misoginia gratuita, de ser nada mais do que uma tentativa equivocada de um terror-psicológico. Mas esta é a questão principal de Anticristo. O filme incomoda. Seja por sua aparente plasticidade diante de uma cena de horror no Prólogo, seja pela sua mudança repentina de drama familiar para terror, cuja reviravolta inusitada, pincelada por imagens que certamente permanecem vivas na memória dos espectadores mesmo depois de quase um mês de estréia nas salas cariocas, parece ter
causado um estranhamento de uma maneira geral. Tudo está vivamente gravado: as imagens sangrentas, a belíssima e famosa ária Lascia ch’io Pianga, de Handel, na voz da norueguesa Tuva Semmingsen cantada durante o Prólogo (momento cinematográfico impagável), as atuações sinceras dos protagonistas e a fanfarronice quase pueril de um Von Trier que nos inquieta: estaria ele louco? Precipitado? Recuperado de sua tão alardeada depressão? Todas estas questões parecem menores se comparadas à grandiosidade aparentemente equivocada do Anticristo. Não me atendo ao clichê crítico que domina os cadernos de jornal, tentarei desvendar algumas dos inúmeros símbolos que o diretor traz à tona, a começar pelo layout do título, onde o último T da palavra ANTICHRIST tem a forma de um espelho de Vênus. Eis o fantasma da misoginia já instalado antes mesmo de o filme começar: seria a Mulher o Anticristo? Outro interessante ponto: os personagens não têm nomes: somente “ele” e “ela” (Adão e Eva?), cujas dores serão expurgadas no Éden, uma cabana da qual o casal é dono, no meio de uma floresta e onde se desenrola todos os capítulos da obra. Quais seriam as simbologias por trás dos animais presentes no filme: o cervo em trabalho de parto, que caminha pela floresta com o feto pendendo de si, o corvo e a raposa? Fora isso, Anticristo é um filme em que a temática nos envolve tanto que fica difícil prestar a atenção nos detalhes técnicos. Ainda assim podemos perceber sua estética requintada, sempre oscilando entre o “câmeratremendo-na-mão” de Dogma e uma pungência onírica digna de um
surrealista convicto. Só que Lars é um diretor polêmico no que tange à própria criação: ele reivindica o tempo todo o seu direito de filmar como bem entende. Ousa não ao trazer cenas chocantes de mutilação genital, mas ao insistir para o fato de que o fez simplesmente porque o quis e isso não se deve questionar. Há momentos de extrema beleza e de extrema perplexidade – como no momento em que a raposa fala ao personagem de Defoe – cuja reação imediata da platéia é um riso nervoso. Um riso de desconforto e de estranhamento. Não há como não se embrenhar no Éden junto com os dois e sentir a estranheza que dá o tom ao filme. Embora tenha optado por não trazer à baila questões que a meu ver são lugar-comum, não posso deixar de falar do rótulo terror-psicológico com o qual etiquetaram a queima-roupa a obra de Von Trier. Ainda traçarei um paralelo entre Anticristo e O Iluminado, do mestre Stanley Kubrick. A personagem de Charlotte Gainsbury apresenta algumas semelhanças com o Jack Torrance vivido por Nicholson: ambos se sentem profundamente deprimidos e buscam um refúgio que se revela, com o passar do tempo, o lugar de ignição de seu desequilíbrio psíquico. Ambos apresentam variações de humor bruscas, lesam – ou procuram lesar – seus filhos e sua loucura vai sendo paulatinamente introduzida ao longo do filme, mudando integralmente a maneira como o espectador os via no início do filme. Isso sem contar ainda com a clássica cena da perseguição ao cônjuge, em meio à neblina intensa, cenas estas verdadeiramente antológicas para o cinema (A famosa cena “Wendy, I’m home!”, proferida por Torrance ao estraçalhar a porta a machadadas atrás de sua acuada
ars von Trier e a mito do Éden esposa escondida no banheiro e a tentativa desesperada de Defoe de se esconder de uma Gainsbury descontrolada que o caça pela floresta, enquanto este busca abrigo na raiz de uma árvore onde momentos antes os dois se entregaram intensamente ao sexo. Analogia vencida – e digo que não é definitiva, mas uma possibilidade, e de longe comparo a chef-d’oeuvre de Kubrick com o vacilante Anticristo – as cenas de sexo foram feitas sem temor pelo casal de atores, em sequências que convencem. Vemos uma Charlotte completamente ofegante e por vezes descontrolada, numa sutil – repito, sutil – referência a um estupro. A cena em que, após acertar violentamente o pênis do marido com uma chave de grifo, finaliza o ato sexual com o desacordado Defoe até que ele ejacule sangue para sua completa satisfação, antes de iniciar o longo ritual de tortura que se arrastará até o fim da película é de tirar o fôlego. Essa demonização da mulher, a meu ver, não foi de todo gratuita. Von Trier pode bem estar respondendo a uma crítica já antiga que o acusa de não gostar de mulheres. Se pensarmos em suas antigas protagonistas, vemos uma Nicole Kidman que é agredida, amarrada e violentada em Dogville; uma sofredora e por fim estrangulada Björk em Dançando no Escuro, além da inesquecível Emily Watson, prostituta brutalizada em Ondas de Paixão. Mas nenhuma dessas chega aos pés de uma satanizada Charlotte Gainsbury, que encarna talvez todas as mulheres do mundo. É este talvez o ponto mais delicado do filme, a cena da auto-mutilação genital, que causou tanto furor, principalmente entre as feministas mais entusiastas.
Antes que um spoiler – até porque não acredito que haja este conceito para uma obra como a de Von Trier – as afirmações acima serviram para dar algum sentido às controversas sequências de tortura e declarada misoginia, salpicadas por momentos irritantes em que a câmera oscila e alterna o foco, bem ao estilo Dogma, obra que deu ao dinamarquês o status que hoje ele possui. Em se tratando se seu cinema autoral e personalístico, Von Trier não pôde, conscientemente, criar cenas aparentemente tão mal-feitas e nos surpreender com um erro grosseiro de continuação justamente no meio da cena de tortura, momento em que
estávamos todos arrepiados com a trama para nos atermos a um detalhe técnico, que nos tirasse de repente daquele clima de terror. Não poderia, absolutamente, não após ter brindado o Cinema com uma das cenas mais bem filmadas e dirigidas da História: O Prólogo, cena de amor e terror em que o casal transa enquanto o filho salta para a morte no exato momento em que Gainsbury atinge seu orgasmo, tudo orquestradamente regido pela ária poderosa de Handel e a mão certeira e polêmica de um Von Trier indecifrável, é verdade, mas necessário para os amantes incondicionais da Sétima Arte.
Merda no ventilador
#ForaSarney Um belo dia você acorda e tudo parece normal. Uma crise política estoura no Senado Brasileiro e todos estão em pânico querendo a cabeça do senador José Sarney. Ou seja, o dia continua sendo normal. José Sarney, atual presidente do Senado, já foi presidente da república após a morte inesperada de Tancredo Neves e cometeu uma série de gafes. Os mais novos não devem lembrar,
mas no fim da década de 80, em época de inflação galopante, nosso ilustre expresidente nos presenteou com o congelamento dos preços. Isso construiu os “Fiscais do Sarney”, pessoas que tomavam conta do preço nas gondolas e limitavam-se a comprar o mínimo para a subexistência (sim, isso é proposital). Mas esses tempos de dor passaram, Fernando Henrique criou o Plano Real, Itamar colocou em prática, passou a faixa pro seu ex-ministro e Sarney caiu no esquecimento. Até aí tudo beleza, campeão. Se não fosse o fato das eleições serem democráticas até demais. Sarney foi empossado presidente, na primeira vez, devido à morte de Tancredo. Que por sinal, não foi eleito pelo voto popular. Isso só aconteceu depois das Diretas Já. Sarney foi posto lá e fez o que fez. Mas dar crédito a Sarney foi o maior equívoco do país. Supera até mesmo eleger Fernando Collor duas vezes.
ilustração: claudiomedeiros.wordpress.com
Sarney já foi presidente do Brasil, governador
do Maranhão (sua terra natal) e hoje é senador pelo Amapá. Eu acredito, fortemente, que o Amapá merece ser desmembrado do resto da república só pra aprender a nunca mais fazer merda. Menino mau! Vai ficar de castigo. Pois bem, já descarregamos todo nosso ódio no Ribamar, mas temos que agora levar em conta dois pontos bastante relevantes: 1) Todo mundo sabe que Sarney não presta, nunca prestou e possivelmente jamais prestará. Então por que raios, alguém em pleno exercício de suas faculdades mentais votaria em José Sarney. O povo às vezes bem que merece alguém assim, bem sacana mesmo pra representar. Eu já falei: Desmembrem o Amapá. A culpa é toda deles. 2) Até parece que José Sarney é o responsável por todo mal que existe em nossa pátria amada mãe gentil. Você por acaso já ouviu aquele ditado “Boi de piranha”? Então, é isso que José Sarney é hoje em dia. Ele é só a pontinha do problema. Uma ponta barriguda e bigoduda, mas é dos males o menor. Mesmo! Empregar parentes e amigos é, dentre as coisas sujas que conhecemos, a mais limpinha. A manobra de sujar mais e mais a imagem de Sarney tem como objetivo camuflar coisas muito piores que estão acontecendo no backstage. Os tais atos secretos existiam desde a Era FHC e por acaso, a um ano das eleições presidenciais, descobriram tudo isso. Eficiente nossa política, não? E curiosa também. Não dá pra colocar a culpa de tudo em José Sarney. Não o defendo em momento algum. Está errado e deve pagar pelo mal que faz ao Brasil. Mas há que se pensar bem em tudo que é feito e não açoitar o primeiro. Levemos todos pro abatedouro. Aquele abateurou eletrônico que encararemos no ano que vem.
Porteira aberta
Aleluia! Sobrevivi mais um mês! Obrigado, Jesus Cristo! Mais 30 dias que eu passei sem ser espancado na rua. Amém. Para essa segunda edição da Pheha, eu dei vários toques (ui!) e sugestões pro @joaomarcio. Uma delas, era a criação de uma sessão que a gente pudesse fazer um balanço desse mês que passou, do salário miúdo que se foi, e claro das coisas engraçadas, cagadas e dígnas que aconteceram por aqui, nesse mágico e iluminado universo paralelo chamado Internet.
Vídeos do mês 1. Vanusa cantando o hino nacional. Gente, o quê foi aquilo? Medo absoluto daquela senhora. Não vamos entrar em maiores detalhes, porque alguém que também escreve por aqui sofre de Labirintite e se ofende com brincadeiras do gênero. Mas a coisa tava séria, rende boas caras de “vergonha alheia” h t t p : / / w w w. y o u t u b e . c o m / watch?v=6w9MpztV4gk 2. Pastor Zangief Mas porque infernos esse cara tem que rodar gente? O vídeo se resume a um descarrego, onde para expulsar todos os exus magoados, o pastor vai rodando, rodando, rodando e rodando! Se você tem labirintite como a Vanusa, não tente fazer isso em casa h t t p : / / w w w. y o u t u b e . c o m / watch?v=3srFEUX_wHA 3. Tem raiva do cu? Essa é a pergunta básica, rápida e super comovente que um pastor faz aos seus fiéis. Em uma aula de higiêne pessoal (em um culto?) ele explica a importância de lavar o cú depois de fazer o cocô. é engraçadinho... porém, dizem linguas que não tem amor no coração (@joaomarcio) que isso é uma dublagem. Então tá né amiga. h t t p : / / w w w. y o u t u b e . c o m / watch?v=fiWNnfeglmA
Celebridades
Os orgasmos do mês
1. Xuxa puta com a sena. Existe coisa melhor na vida do que irritar celebridades que não fazem cocô? A Xuxa, toda bonita, resolveu fazer uma conta no meu atual tarja preta favorito, o twitter. Até que ela deixou a filha subir um tweet, e no texto ela dizia: “deixa eu ir lá fazer a sena” ou qualquer coisa assim. SENA? Que sena minha filha? O mundo inteiro caiu em sima, oops, em cima da bunita e ela se ofendeu. Justificou que a anjinha dela foi alfabetizada em inglês e por isso o “errinho”. A gente só pode dizer uma coisa pra você: Ahãn Cláudia, senta lá! Há! a mágoa ainda rendeu um vídeo ótimo pra gente: http:// w w w . y o u t u b e . c o m / watch?v=i_KPsH7f3xo Chris Crocker faz escola.
1. Sex and the City II Eu não sei vocês, mas eu estou tendo um orgasmo cada vez que vaza uma foto das gravações que estão acontendo... Estão lindas, maravilhosas, e mais abarrotadas de Chanel que nunca. Deve sair no fim de 2010, começo de 2011. A gente espera!
2. Leila Lopes e seu misterioso problema. Quem é Leila Lopes? Ah tá! aquela exglobal, atual Brasileirinhas? Ah é. A fofa deu entrada em um hospital em São Paulo por ter dores intestinais fortíssimas, irremediáveis, que segundo a própria “são de fazer bater a cabeça no teto” (não nego que escrevi isso rindo...) A coisa tava tão séria, que ela foi dopada com Morfina (Michael começou assim...) e mesmo assim horas depois já estava batendo a cabeça de novo (no céu da boca?) o que importa é que ela vai, em breve voltar ao trabalho. 3. Kevin Federline e seus 100 quilos extras. Todo mundo aqui é amigá da Brit, e só deseja o mal para o Kev, mas vamos combinar? que SUSTO, essas fotos que o TMZ, fez o favor de divulgar. O cara até ontem era motivo de umidifcação de todos nós, agora tá assim? Isso que dá, praga de loira, pega!
2. Anunciadas as bandas pro Planeta Terra em São Paulo As boas notícias do Planeta Terra, festival de cultura pop no Playcenter, são: Sonic Youth, Primal Scream, The Ting Tings, N.A.S.A., Macaco Bong, Patrick Wolf, Copacabana Club, Móveis Coloniais de Acaju, DJ francês Etienne de Crecy, Maximo Park, Metronomy e a banda brasileira EX! Ufa! E tudo isso por “apenas” R$ 140,00 (ingresso integral). A má notícia é: Ocorrerá em São Paulo. Mas a Gol tem umas promoções ótimas. Fica a dica.
3. Billboard vai ganhar versão Brasileira! Nada como ser metido, chegar na banca e pedir: Me dá uma RollingStone? Adoro essas revistas especializadas em nada, que falam sobre tudo e sobre nada. Vale entrar na Billboard online e dar uma olhada nas novidades, nas listas, etc... Por lá é semanal, aqui será mensal. A revista é voltada lá para quem trabalha ou gosta muito de música, por ter o texto bem técnico e direcionado. Aqui será voltada para todo mundo que quer estar informado, simples assim. (Oi?) A primeira edição chega nas bancas dia 10 de Outubro, com tio Roberto Carlos na capa.
Uma mão lava a outra A marca de estampas Menina Chora® nasceu no ano de 2004, a partir do encontro entre a estudante de artes Dani Ribeiro e o musico André Lemos. O desenvolvimento das estampas se dá por meio da observação das cenas do dia a dia, das histórias que podemos criar para que as coisas se tornem mais leves e nos façam pensar. Vestir Menina Chora® é como vestir um sentimento impresso num tecido. Dani Ribeiro (21) 9409.9744/ (21) 2509.4658 vestuariopoetico.blogspot.com/