Angela Paiva Dionisio, Ana Cristina Gomes da Penha e Najara Ferrari Pinheiro (orgs.)
Gêneros em Debate PÔSTERES ACADÊMICOS ANAIS ELETRÔNICOS DO IV ENCONTRO GÊNEROS NA LINGUÍSTICA E NA LITERATURA
Angela Paiva Dionisio, Ana Cristina Gomes da Penha e Najara Ferrari Pinheiro (orgs.)
Gêneros em Debate PÔSTERES ACADÊMICOS ANAIS ELETRÔNICOS DO IV ENCONTRO GÊNEROS NA LINGUÍSTICA E NA LITERATURA
Pipa Comunicação Recife - 2015
Gêneros em Debate está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-semDerivações 4.0 internacional. a licença permite compartilhamento em qualquer meio ou formato desde que os créditos sejam atribuídos. não é permitido uso para fins comerciais. obra editada pela Pipa comunicação e organizada pela Profa. dra. angela Paiva dionisio. realização do núcleo de Investigações sobre Gêneros textuais (nig/uFPE).
ProJEto GrÁFIco E dIaGramação Karla Vidal e augusto noronha
rEVIsão os autores
Catalogação na publicação (CIP) Ficha catalográfica produzida pelo editor executivo
D592 Dionisio, A. P.; Penha, A. C. G.; Pinheiro, N. F. Gêneros em debate: pôsteres acadêmicos: Anais Eletrônicos do IV Encontro Gêneros na Linguística e na Literatura / Angela Paiva Dionisio; Ana Cristina Gomes da Penha; Najara Ferrari Pinheiro (Orgs.) - Recife: Pipa Comunicação, 2015. 114p. : Il.. Inclui bibliografia. 1ª ed. ISBN 978-85-66530-36-0 1. Linguística. 2. Gêneros textuais. 3. Pôsteres acadêmicos. 4. Literatura. 5. Anais eletrônicos. I. Título. 410 CDD 81 CDU c.pc:02/15ajns
Prefixo Editorial: 66530
comIssão EdItorIaL Editores Executivos augusto noronha e Karla Vidal Conselho Editorial alex sandro Gomes (Informática/Educação) angela Paiva dionisio (Letras/Linguística) antonio carlos Xavier (Letras/Linguística) carmi Ferraz santos (Educação/Língua Portuguesa) cláudio clécio Vidal Eufrausino (teoria Literária) cláudio Pedrosa (Psicologia) clecio dos santos Bunzen Júnior (Pedagogia) Leonardo Pinheiro mozdzenski (Letras/Linguística) Pedro Francisco Guedes do nascimento (antropologia) regina Lúcia Péret dell’Isola (Letras/Linguística) ubirajara de Lucena Pereira (design) Wagner rodrigues silva (Letras/Linguística)
Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
Ficha Técnica IV Encontro Gêneros na Linguística e na Literatura Universidade Federal de Pernambuco. 5, 6 e 7 de agosto de 2013 Realização Núcleo de Investigações Sobre Gêneros Textuais (Nig/UFPE) Comissão organizadora Angela Paiva Dionisio (Coordenação) – Ana Cristina Gomes da Penha Camile Fernandes Borba – Karina Falcone – Medianeira de Souza Michelle Leonor da Silva – Raquel Lima Nogueira Comissão Científica Anco Márcio Tenório Vieira – André de Sena – Beth Marcuschi Benedito Bezerra – José Helder Pinheiro – Judith Hoffnagel Karina Falcone – Maria Augusta Reinaldo – Maria Auxiliadora Bezerra Medianeira de Souza – Normanda da Silva Beserra – Williany Miranda Apoiadores Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino da UFCG CAPES (Edital PROCAD - NF, 2008)
Sumário 17
Apresentação
Pôsteres Acadêmicos: um diferencial nos Encontros de Gêneros
na Linguística e na Literatura
Angela Paiva Dionisio / PIBID Letras/Português/UFPE Najara Ferrari Pinheiro / PIBID Letras/Português/UNIFRA
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A Orientação
Pôster Acadêmico: um evento multimodal de divulgação
científica
Núcleo de Investigações Sobre Gêneros Textuais - UFPE
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O Formato
Modelo para o Pôster Acadêmico no IV Encontro Gêneros na
Linguística e na Literatura
Karla Vidal - Pipa Comunicação
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Pôsteres Acadêmicos Selecionados
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Gêneros Publicitários e Metáforas Multimodais
Pôster Premiado 2013 - 1º LUGAR Adriano Dias de Andrade / UFPE 32 O Metadiscurso em Artigos Científicos de Linguística e Literatura Aline Cristina da Silva / UFPE
34 O comportamento de Joseph Ratzinger avaliado nas
revistas Cult e Carta Capital: um estudo dos elementos
linguísticos de atitude sob a ótica da teoria da
avaliatividade Ana Clécia Maria da Silva / UPE 36 Sequência didática: a produção do texto poético na sala de aula Ana Karla Alves de Menezes e Suzianne Cristine Cordeiro Ramos / UFCG 38 Os gêneros acadêmicos e suas práticas de retextualização:
um estudo de monografias
Clara Regina Rodrigues de Souza / UFCG 40 Gêneros textuais e ensino de Língua Portuguesa: o que
fazem os professores ao didatizá-los
Deyvid Souza Nascimento / UFPE 42 Das salas de milagre à internet: ex-voto virtual, um gênero emergente Doralice Pereira de Santana / Universidade de Évora
44 A Sintaxe dos Títulos: Registro Temático-Discursivo Eduardo Oliveira Henriques de Araújo / UFPE
46 Interdiscursividade em gêneros distintos: uma análise da
obra “O pequeno príncipe”
Elias André da Silva / UFAL 48 Desenvolvimento da escrita na academia: investigando o gênero resenha Elisa Cristina Amorim Ferreira / UFCG 50 O texto literário em sala de aula: construindo algumas
estratégias de leitura através de gêneros literários
Pôster Premiado 2013 - 2º LUGAR Fábio de Sousa Dantas / UFPB 52 Seminário: gênero ou evento comunicativo? Glenda Hilnara Silva Meira / UFCG 54 Entre o sagrado e o profano: os silenciamentos em
reportagens de renúncia do Papa
Guilherme Arruda do Egito e Isabelle Guedes da Silva Sousa / UFCG 56 Uma análise comparativa dos marcadores de
engajamento no gênero artigo científico nas disciplinas de
Antropologia e Linguística
Guilherme de Oliveira Barbosa / UFPE
58 O folhetim no ciberespaço: configurações e deslocamentos da Webliteratura
Hermano de França Rodrigues / UFPB
60 Gêneros nas práticas de letramento familiar
Joanes Alves de Lima e Noadia Iris da Silva / UFPE
62 O ensino de literatura na ótica dos documentos: uma
alternativa ao dar a ler
José Eduardo Gonçalves dos Santos / UFPE 64 O gênero tirinha em sala de aula de língua estrangeira:
uma proposta de sequência didática
Kaline Brasil Pereira Nascimento / UEPB 66 O gênero crônica e as estratégias linguísticas: por uma
criticidade argumentativa em sala de aula
Karol Costa Guedes e Rebeca Monteiro Dias / UEPB
68 Como os gêneros digitais mudam a partir da circulação em
uma rede social: o papel da configuração contextual e do suporte à interação humana
Lafayette Batista Melo / IFPB 70 Ensino de escrita: gênero Carta de Solicitação, agência e motivação Linaiara Santos Hermínio de Melo / UFCG 72 Ler e escrever na internet: a produção de blogs na escola Lorena Guimarães Assis e Marta Jordanna Queiroz Ouriques /UFCG
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Gêneros Textuais e Práticas Discursivas: analisando o caso
do gênero saiba-mais Pôster Premiado 2013 - 3º LUGAR Maria Eduarda Lúcio de Araújo e Estevão Eduardo Cavalcante Carmo / UFPE
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Propósitos comunicativos do gênero agradecimento: para
além do ato de agradecer
Michelle Leonor Silva / UFPE 78 Atividades referenciais na construção retórico
argumentativa de mensagens religiosas
Pedro Henrique de Oliveira Simões / UFPE 80 Gêneros digitais: uma nova realidade para a leitura e escrita Pollianny Alves do Nascimento e Vanessa Luciene Pereira
da Silva / UFCG
82 A charge no discurso midiático e a construção de sentidos Rebeca Fernandes Penha e Maria Sirleidy de Lima Cordeiro / UFPE 84 Trabalho pedagógico e novas mídias: manuais didáticos
de ensino médio e a apropriação de gêneros digitais
Renato Lira Pimentel / UFPE
86 As revistas femininas e a identidade social da mulher Tayana Dias de Menezes / UFPE 88 Estratégias de construção de referência no gênero comentário Thaís Ludmila da Silva Ranieri / UFPE 90 Entrevista audiovisual: função social diante do embate ideológico Vanderlan da Silva / UFAL
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Pôsteres PIBID LETRAS/CAPES
94 Novas tecnologias digitais: meios de aprendizagem em língua portuguesa? Aída Lima Aloise, Luzinete de Andrade Ferreira Neta e
Priscila Duarte Balbino de Moraes / UNICAP
96 Rótulos nutricionais: os gêneros em sala de aula Amanda Pias, Marcia Montagner e Najara Ferrari
Pinheiro / UNIFRA
98 Por que verbetar? A experiência do PIBID Letras UFPE com o gênero verbete Anne Caroline Araújo de Lima, Getulio Ferreira dos Santos
e Renata Maria da Silva Fernandes / UFPE
100 O desenho anatômico na aula de Língua Portuguesa: uma
experiência didática no Ensino Médio
Pôster Premiado 2013 - 3º LUGAR (PIBID) Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Débora Xavier Lavanere Sampaio e João Alberto Barbosa
de Gusmão / UFPE
102 O estímulo à produção escrita em língua inglesa de alunos
de escola pública a partir do gênero receita
Cílio Lindemberg de Araújo Santos, Larissa Bruna Batista
Farias e Moema Jane de Medeiros Araújo / UEPB
104 “A leitura de linguagens diversas”: PIBID - Letras na formação docente Felipe de Oliveira Bezerra, Juliana Serafim dos Santos
e Saulo Batista de Souza / UFPE
106 Relato de experiência: a produção do gênero textual
resenha escolar com alunos do ensino fundamental II
Pôster Premiado 2013 - 1º LUGAR (PIBID) Hermano Aroldo Gois Oliveira, Jackson Cícero França
Barbosa, Jardiene Leandro Ferreira e Paulo Ricardo
Soares Pereira / UFCG 108 A perspectiva metaliterária na leitura de contos e crônicas
jornalísticas na sala de aula
João Paulo de Souza Araújo / UFRPE
110 Jogos na sala de aula de língua inglesa em escolas
públicas: experiências de professoras em formação inicial
Juliana Bertino Cabral e Maiara Suenia da Silva / UEPB
112 “Registrando descobertas: escrevendo um mundo melhor” –
Experiências PIBID com gêneros textuais no Ensino
Fundamental II Pôster Premiado 2013 - 2º LUGAR (PIBID) Mayara Carvalho Peixoto / UFCG
APRESENTAÇÃO
PÔSTERES ACADÊMICOS: um diferencial nos Encontros de Gêneros na Linguística e na Literatura Angela Paiva Dionisio
Najara Ferrari Pinheiro
(PIBID Letras/Português - UFPE)
(PIBID Letras/Português - UNIFRA)
a realização do I Encontro sobre Gêneros na Linguística e na Literatura ocorreu, em 2009, numa ação promovida pelos coordenadores do projeto Gêneros textuais/discursivos e Ensino de Língua e Literatura, aprovado e homologado em dezembro de 2008 pela caPEs (Processo nº 23038.043023/2008-42), dentro do âmbito do Edital Programa nacional de cooperação acadêmica (Procad-nF 2008-2013), entre a universidade Federal de campina Grande (uFcG) — Instituição proponente e a universidade Federal de Pernambuco (uFPE) — Instituição associada — tendo como coordenadores os professores-doutores José Helder Pinheiro (uFcG) e Ângela Paiva dionísio (uFPE). Em 2010, foi criado o nIG (núcleo de Investigações sobre Gêneros textuais) da uFPE, liderado por angela Paiva dionisio, que passou a organizar as edições do referido encontro.
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Este encontro acadêmico se diferenciava, desde a sua primeira realização, por (i) congregar as discussões sobre o tema gêneros textuais em suas duas grandes áreas de investigação – linguística e literatura; (ii) atrelar teoria e prática, ou seja, as pesquisas acadêmicas e suas investigações metodológicas voltadas sempre para o ensino básico, quer em conferências, mesas-redondas etc e (iii) apresentar uma forma de realização em que não há sobreposição de apresentações, isto é, todos os participantes compartilham as mesmas atividades, uma vez que não ocorrem sessões simultâneas. Após avaliação positiva que enalteceu o formato do evento, passou-se a realizar os encontros seguintes com este perfil em 2011, 2012, 2013 e 2014. Inseriu-se, em 2012, um momento de “Exposição de pôsteres: gêneros em debate”, que consistia na apresentação por mestrandos e doutorandos de suas pesquisas em andamento com temáticas em “gêneros textuais”. Tivemos a participação de alunos da UFPE, UFCG, UFAL, UFPB, UEPB, UFRN. Foram selecionados 28 expositores via submissão de resumos. A mesma equipe de professores, formada por professores de Letras da UFPE, UFCG e os convidados para o evento, selecionaram os resumos, analisaram as apresentações e compuseram a plenária EXPOSIÇÃO DE PÔSTERES: GÊNEROS EM DEBATE, que se destinava a comentar coletivamente as pesquisas trazidas pelos 28 pós-graduandos. A estes eram dirigidas questões ou estes faziam questões a comissão da plenária. Foi uma atividade avaliada como extremamente positiva e solicitada por todos para ser mantida nos próximos encontros. Em agosto 2013, O NIG/UFPE realizou quarta edição do Encontro de Gêneros na Linguística e na Literatura e promoveu esta publicação do I Anais Exposição de pôsteres: gêneros em debate, na modalidade pôsteres 18
acadêmicos, acompanhados dos respectivos resumos, ação esta ainda decorrente da parceria com a UFCG, via PROCAD-NF 2008-2013. Constitui, portanto, meta do Encontro a valorização do gênero pôster acadêmico, por isso as apresentações de trabalhos, em 2013, congregaram dois grupos: os relacionados com pesquisa em suas diferentes modalidades (IC, TCC e resultados de Mestrado e Doutorado) e os desenvolvidos via PIBID. O Encontro abriu espaço para os projetos PIBID em Letras tanto na programação, trazendo convidados que são coordenadores de área de subprojeto em estados brasileiros, como criando, na sessão de apresentação de pôsteres acadêmicos, um espaço exclusivo para projetos PIBID que envolvam ações com gêneros textuais. Assim, o NIG, com seu caráter inovador e, seguindo os fundamentos das Teorias de Gêneros e dos Multiletramentos, propõe que o pôster acadêmico assuma um status privilegiado para a discussão nas áreas de Linguística e Literatura. A publicação, resultante desse encontro, é o somatório de múltiplas etapas: (1) exposição sobre o assunto aos grupos de avaliadores; (2) encontro de avaliadores para discutir os resultados; (3) plenária para apresentação da síntese dos avaliadores. Nesse sentido, a apresentação feita por autores de trabalhos assume um significado consistente, pois além de ser ouvido, de poder demonstrar os conhecimentos e domínio sobre os conteúdos e a proposta apresentada, os acadêmicos podem responder questões e ouvir, dos avaliadores, na plenária, um parecer que sintetiza as discussões pontuais realizadas durante a análise dos pôsteres. Nesse retorno (a plenária), amplia-se a discussão sobre a qualidade, a responsabilidade e o engajamento dos participantes de um Encontro que integra e aproxima as duas pontas no processo de produção de co19
nhecimento: os acadêmicos e os leitores especializados. O ápice dessa proposta está justamente na plenária, na apresentação dos resultados das discussões prévias. O produto, esta publicação, resume a importância da exposição por meio do pôster acadêmico, revelando-se, assim, um meio de divulgação de trabalhos que tem na sua essência a relação entre diversas linguagens. Esse gênero valoriza a multimodalidade, tornando-se, pois, um meio dinâmico para apresentação de resultados de pesquisas ou atividades desenvolvidas na Universidade. Neste IV Encontro de Gêneros na Linguística e na Literatura foram apresentados 62 trabalhos os quais representavam diferentes Instituições de diversas partes do país (UEPB, UESPI, UFAL, UFCG, UFPE, UFRPE, UFPB, UFRN, UNICAP, UNIFRA). Deste total, 41 foram selecionados para compor esta publicação. A temática variada e a união de pesquisas em seus mais diversos momentos – de IC a Doutores, passando por atividades de Pibidianos - revelam o valor desta obra.
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A ORIENTAÇÃO
PÔSTER ACADÊMICO: um evento multimodal de divulgação científica Núcleo de Investigações Sobre Gêneros Textuais - UFPE (Nig - UFPE)
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O Formato Modelo para o Pôster Acadêmico no IV Encontro Gêneros na Linguística e na Literatura
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
Centro de Convenções - UFPE
Pôsteres Acadêmicos Selecionados COMISSÃO DE EXAMINADORES DA EXPOSIÇÃO DE PÔSTERES ANA PAULA SARMENTO (UFCG) ANCO MÁRCIO TENÓRIO VIEIRA (UFPE) ANDREA MORAES (UFPE) BENEDITO BEZERRA (UPE/UFPE) EVANDRA GRIGOLETO (UFPE) JACIARA GOMES (UPE) KARINA FALCONE (UFPE) MARIA AUXILIADORA BEZERRA (UFCG) NADIANA LIMA (UFPE) NORMADA BESERRA (IFPE) VIRGÍNIA LEAL (UFPE) WILLIANY MIRANDA (UFCG)
Pôster Premiado 2013 1º LUGar
Resumo Gêneros Publicitários e Metáforas MultiModais Adriano Dias de Andrade / UFPE As publicidades são, por excelência, o lugar de encontro e de intercâmbio entre diferentes discursos e distintas semioses. Esses textos são frequentemente produzidos com o emprego de metáforas, que atuam de maneira decisiva na composição das imagens e nos efeitos discursivos pretendidos. Sendo assim, este trabalho discute o papel das metáforas na produção de publicidades e investiga, especificamente, as metáforas multimodais, ou seja, metáforas nas quais o domínioalvo, o domínio-fonte ou elementos específicos do mapeamento são representados por mais de uma modalidade semiótica, conforme explica Forceville (2008). Para tanto, apoiamo-nos na discussão de gêneros textuais empreendida por Marcuschi (2008), para quem os gêneros são os textos materializados nas situações comunicativas do dia a dia e apresentam padrões sociocomunicativos característicos, e na discussão sobre metáforas de Lakoff e Johnson (2003 [1980]), que veem a metáfora como o entendimento de um domínio cognitivo em termos de outro. O corpus é formado por aproximadamente dez textos oriundos do site da internet www.portaldapropaganda.com.br e de revistas de ampla circulação nacional. Serão observados, pontualmente, os seguintes aspectos: (i) a função das metáforas na caracterização sociocomunicativa do gênero e (ii) a natureza das metáforas encontradas, isto é, metáforas mono ou multimodais.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
Centro de Convenções - UFPE
Resumo O METADISCuRSO EM ARTIGOS CIEnTíFICOS DE lInGuíSTICA E lITERATuRA Aline Cristina da Silva / UFPE Esta pesquisa trata de uma específica forma de investigação do discurso acadêmico: a análise de gênero. são discutidas questões como noção de gênero, comunidade acadêmica e propósito comunicativo para a observação do padrão da escrita acadêmica dos profissionais de Linguística e Literatura, tomando como campo de análise o gênero artigo científico. como ferramenta de análise temos o metadiscurso, mais precisamente os marcadores metadiscursivos, seguindo a classificação proposta por Hyland & tse (2004) e Hyland (2005), através da qual os autores deixam evidente o teor interpessoal que esses marcadores provocam no contexto em que aparecem, dividindo-os em Interativos e Interacionais. Enquanto os primeiros servem de guia ao leitor de um texto e são representados por marcadores de transições, de frames, endofóricos, evidenciais e de explicação; os segundos envolvem o leitor e o escritor no argumento e são representados por marcadores atenuadores, reforçadores, de atitude, de engajamento e de automenção. assim, após a coleta de 30 artigos online, divididos e extraídos igualmente de periódicos pertencentes a cada área estudada, a pesquisa encontra-se na fase final do levantamento dos dados, isto é, estão sendo levantados nos artigos cada tipo de marcador, tanto pertencentes aos recursos Interativos quanto aos Interacionais para uma posterior análise.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
Centro de Convenções - UFPE
Resumo O COMPORTAMEnTO DE JOSEPh RATzInGER AvAlIADO nAS REvISTAS CulT E CARTA CAPITAl: uM ESTuDO DOS ElEMEnTOS lInGuíSTICOS DE ATITuDE SOB A óTICA DA TEORIA DA AvAlIATIvIDADE Ana Clécia Maria da Silva / UPE o objetivo desta pesquisa é analisar o posicionamento das revistas cult e carta capital apresentado em reportagens no que diz respeito ao comportamento de Joseph ratzinger, religioso da Igreja católica, quando anunciou a renúncia em 2013. a escolha do gênero reportagem jornalística deve-se pelo seu caráter objetivo e imparcial, pois avaliação não seria um recurso produtivo de se analisar em reportagens, já que, para esse gênero, os relatos dos fatos devem ser fidedigno. Entretanto, nesse trabalho, busca-se investigar posicionamentos tomados por vozes autorais em textos jornalísticos mediante recursos linguístico-avaliativos da língua de base semântica. o referencial teórico é composto pelo sistema de avaliatividade proposto por martin(1999) & White (2005), o qual tem a suas ramificações na Linguística sistêmico-Funcional de Halliday (1989,1994) e Halliday & matthiessem (2004). a teoria da avaliatividade refere-se “ao lado interpessoal da linguagem à presença subjetiva dos escritores/falantes nos textos, na medida em que eles adotam posições com relação ao material que eles apresentam” (martin & White,2005, p.1). as análises realizadas mostraram que o julgamento é a categoria semântica mais utilizada nos textos. Em cult, todos os julgamentos referentes a Joseph são positivos, no entanto, na revista carta capital, ele é avaliado de forma positiva e também negativa.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
Centro de Convenções - UFPE
Resumo SEquÊnCIA DIDáTICA: A PRODuçãO DO TEXTO POéTICO nA SAlA DE AulA Ana Karla Alves de Menezes e Suzianne Cristine Cordeiro Ramos / UFCG Esse estudo expõe a apresentação de um relato de experiência didática utilizada na olimpíada de Língua Portuguesa (2010) apoiada no Procedimento sequência didática (sd) defendida pelos autores dolz, noverraz e schneuwly (2004) e nas categorias de análise textual proposta pelo Interacionismo sociodiscursivo (Isd) estudada por Bronckart (1997). o objetivo deste estudo é explorar as possibilidades de trabalho com o texto de gênero poesia, utilizando-se da sequência didática, e também demonstrar a preparação do discente para a escrita e análise da estrutura apresentada pelos gêneros textuais. desta forma, o professor e o aluno terão instrumentos necessários para a prática da produção textual do gênero poesia. Procura-se também com esse estudo a análise do procedimento da sequência didática em uma experiência com o poema, uma vez que para a obtenção dos subsídios optou-se pelo projeto, baseado no Procedimento sd, d a arte poética à criatividade: Projeto lendo poemas e formando escritores , sob a intervenção da professora maria cristina Vidal de oliveira, realizado na Escola Estadual antônio Vicente (campina Grande - PB) com educandos do 5º ano B do ensino fundamental. Portanto, utilizou como suporte de pesquisa e apoio o livro Poema: olimpíadas de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (2010) . o projeto contemplou a necessidade de se formar leitores e escritores a partir da busca por melhores estratégias de trabalho com a poesia em sala de aula, visto que propôs aos alunos um melhor aproveitamento de conteúdos e leituras mediadas pelo professor, desenvolvendo e melhorando a compreensão do saber, da arte e da cultura.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
Centro de Convenções - UFPE
Resumo OS GÊnEROS ACADÊMICOS E SuAS PRáTICAS DE RETEXTuAlIzAçãO: uM ESTuDO DE MOnOGRAFIAS Clara Regina Rodrigues de Souza / UFCG Partimos do entendimento de que a escrita de gêneros acadêmicos é perpassada por um contínuo de práticas de retextualização. orientanos a problemática: Quais características textuais e discursivas dos procedimentos de retextualização evidenciados, a partir do objetivo de pesquisa e da seção de análise de dados, na monografia revelam um fazer teórico-científico adequado para o gênero? objetiva-nos, especificamente, identificar práticas textuais e discursivas desses procedimentos inerentes à produção de monografia a partir do objetivo de pesquisa e da sua referida seção. desse modo, atingir-se-á o objetivo maior de refletir sobre as formas de realização do gênero em foco com sua aprendizagem implícita, tomada como os pressupostos teóricos retextualizados. Para tanto, adotamos uma metodologia de cunho descritivo-interpretativista e de abordagem qualitativa sob duas monografias de pibiquianos, oriundas do curso de Letras da universidade Federal de campina Grande. dentre os pressupostos teóricos utilizados, destaca-se a teoria de gêneros de swales (1990; 2004) e os estudos de matêncio (2002; 2003; 2004) acerca da retextualização. os resultados obtidos refletem sobre a escrita de monografia a partir de uma orientação teórica lida, mediante identificação dos movimentos retóricos de compreensão, exposição e apreciação na seção de análise de dados.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Resumo GÊnEROS TEXTuAIS E EnSInO DE línGuA PORTuGuESA: O quE FAzEM OS PROFESSORES AO DIDATIzá-lOS Deyvid Souza Nascimento / UFPE Este trabalho, oriundo de uma pesquisa de mestrado em curso, procurou investigar o que fazem os professores de língua portuguesa no processo de didatização de um gênero textual desde a sua escolha até a sua chegada ao aluno, na sala de aula. dessa forma, objetivamos, a partir de algumas proposições de Bakhtin (1997, 2002), Bazerman (2011), Bronckart (2012), dolz, schneuwly, noverraz (2011), miller (2012), Volochínov (2010, 1930[1977]), no campo da linguística, e chartier (2006) e outros autores, no campo da didática, identificar que fatores levam os professores de português a escolherem e didatizarem gêneros textuais; como as práticas desenvolvidas com esses instrumentos se relacionam a diferentes concepções de linguagem; que filiações teóricas surgem na fala dos professores; e como, na sequência de atividades desenvolvida pelo professor, o ensino dos gêneros está ligado aos eixos de leitura, produção oral e/ou escrita e análise linguística. Para isso, selecionamos dois sujeitos que tivessem pelo menos cinco anos de atuação nas séries finais do Ensino Fundamental e afirmassem introduzir gêneros textuais em suas aulas. como instrumento de coleta, utilizamos entrevistas e observações de aulas em que pudéssemos presenciar o trabalho com duas sequências didáticas.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Resumo DAS SAlAS DE MIlAGRE à InTERnET: EX-vOTO vIRTuAl, uM GÊnERO EMERGEnTE Doralice Pereira de Santana / Universidade de Évora Este trabalho situa-se no campo da análise de gêneros textuais, e visa a analisar um gênero emergente, o ex-voto virtual, à luz da teoria dos gêneros do discurso de Bakhtin (2003), sendo central a noção de transmutação de antigos gêneros em novos. Importam também os estudos retóricos de miller (1984; 2008), e de tipificação de gêneros de Bazerman (2006), e do hipertexto em marcuschi e Xavier (2004).os ex-votos operam, na realidade sobrenatural, uma projeção da realidade individual e social. surgem da necessidade do fiel, de dar testemunho da ação divina. são representados por símbolos não-verbais, como esculturas de cera, barro ou madeira que representam réplicas das partes do corpo que foram curadas em supostos milagres, além de fotografias, quadros pintados a óleo, placas, ou bilhetes. Podem ser encontrados em igrejas, museus e salas de milagres em diferentes épocas e regiões do Brasil. Por meio da introdução da tecnologia digital, esse antigo gênero tem se adaptado as formas digitais, fazendo surgir a versão virtual do ex-voto. a abordagem metodológica compreende a descrição dos elementos textuais e retóricos que caracterizam o gênero e o tipificam.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Resumo A SInTAXE DOS TíTulOS: REGISTRO TEMáTICODISCuRSIvO Eduardo Oliveira Henriques de Araújo / UFPE os Gêneros textuais acadêmicos possuem uma função social atrelada à ação institucional que desempenham nas academias como instrumentos de afirmação e disseminação do conhecimento científico. as dissertações de mestrado e as teses de doutorado legitimam o grau de estudo e a notoriedade científicos de seus autores. Em atenção à importância sócio-acadêmica destes trabalhos, buscou-se conhecer o modo pelo qual seus autores os elaboram, abalizando o rigor normativo e a flexibilidade destes gêneros. Investigando-se as dissertações e teses do Programa de Pós-Graduação em Letras da uFPE, 1987-2008, os títulos suscitaram inquietações quanto a sua composição sintático-semântica, originando uma pesquisa ansiosa por compreender organicamente estes elementos de relevância ímpar para a realização genérica e mesmo institucional dos trabalhos que nomeiam. desta forma, analisaram-se as suas ordenações funcionais por gênero (dissertação e tese), por área (linguística e teoria da literatura) e por tematicidade (títulos temáticos, não-temáticos, segundo marcuschi, 1986), e neutros (PEnHa, 2012). no concernente à realização frásica, dentro da gramática da língua portuguesa, investigou-se segundo Koch e travaglia (1997), azeredo (1990) e travassos (2003). os resultados da pesquisa forneceram um quadro descritivo/interpretativo dos títulos no tocante ao seu funcionamento, aos seus objetivos e à sua vinculação com o conteúdo temático desses gêneros.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Resumo InTERDISCuRSIvIDADE EM GÊnEROS DISTInTOS: uMA AnálISE DA OBRA “O PEquEnO PRínCIPE” Elias André da Silva / UFAL a interdiscursividade em gêneros distintos é algo que não é muito discutido, tanto teoricamente quanto em situações escolares; mantêm-se, nesse sentido, as discussões em torno da intertextualidade. a carência aqui apontada pode ser observada tanto na formação da Educação Básica, quanto em níveis mais avançados de ensino como graduação e pós-graduação. Esse trabalho discute a aproximação discursiva que se estabelece entre o romance – um gênero secular – “o Pequeno Príncipe”, de saint-Exupéry e a “Bíblia” – um gênero religioso, como forma de recuperação e reapresentação de preceitos costumeiramente pertencentes a este último gênero. a operação proposta por meio dessa pesquisa não se determina como uma análise de intergêneros (marcuscHI, 2008), mas apenas uma aproximação da discursividade que se estabelece entre gêneros que tratam de assuntos tão distintos do ponto de vista canônico (FIorIn, 2002; LoPEs, 2003), e mesmo como esses gêneros tornam-se, em alguns pontos, a retextualização do outro (dELL’ IsoLa, 2007). Percebeu-se com essa verificação que, ao se lê trechos da obra de saint-Exupéry, existe claramente a presença de discursos e elementos bíblicos nessa obra. de forma mais explícita na cena em que o menino protagonista estabelece um diálogo com a serpente – pela qual é tentada –, tal qual – pode-se assim afirmar – o que ocorre na passagem da tentação bíblica de adão e Eva, exitosamente exercida pela serpente.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Resumo DESEnvOlvIMEnTO DA ESCRITA nA ACADEMIA: InvESTIGAnDO O GÊnERO RESEnhA Elisa Cristina Amorim Ferreira / UFCG a universidade é uma comunidade discursiva na qual o licenciando busca ingressar através do desenvolvimento da escrita acadêmica materializada nos gêneros textuais típicos. a resenha, constantemente solicitada e parte integrante de gêneros mais complexos, surge como propiciadora do desenvolvimento da escrita. compreendemos, assim, o desenvolvimento da escrita acadêmica em um sentido além da aquisição do código, no qual aprender a escrever significa produzir textos especializados coerentes com (I) assunto, (II) estrutura retórica, (III) processo de escrita, (IV) gênero, e, consequentemente, com (V) comunidade discursiva. ou seja, acreditamos que cinco conhecimentos ligam-se diretamente à produção textual especializada, neste caso, na elaboração de resenhas acadêmicas. diante disso e neste trabalho documental, investigaremos o atendimento ao conhecimento retórico em resenhas, por parte de ingressos do curso de Letras. Fundamentamo-nos nos estudos retóricos, com ênfase em Bhatia (1993 e 2009) e swales (1990, 2004 e 2009). como resultados iniciais, apontamos que a resenha extrapola limites da mera descrição sumarizada, assumindo uma função ligada à remodelação do conhecimento acadêmico. Verificamos ainda a tendência do cumprimento parcial ao conhecimento retórico: priorização da descrição em detrimento da avaliação, o que aponta para a falta de autonomia e competência crítica dos produtores, características essenciais às produções acadêmicas.
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Pôster Premiado 2013 2º LUGar
Resumo O textO literáriO em sala de aula: cOnstruindO algumas estratégias de leitura através de gênerOs literáriOs Fábio de Sousa Dantas / UFPB O texto literário sugere a construção de sentidos que extrapolam os limites da realidade concreta, mas que, ao mesmo tempo, estabelece um estreito diálogo com esta. Desta forma, a literatura pode favorecer o desenvolvimento intelectivo do aluno, na medida em que o coloca em contato com as representações sociais diversas, históricas e culturais. À luz de algumas posições teóricas sobre as peculiaridades do texto literário, encontradas nas teses de alguns representantes da “Escola de Frankfurt”, bem como nO Teatro Épico (1997), de Anatol Rosenfeld, este trabalho propõe estratégias de leitura de textos literários, em prosa e/ ou em versos, que auxiliam o trabalho do professor de Literatura no Ensino Básico. Nossa explanação organizar-se-á em três momentos: primeiramente, estabeleceremos discussão sobre as peculiaridades do texto literário; em sequência, partiremos para a análise das características elementares dos textos poéticos, a partir de breve ilustração crítica de dois poemas, a saber: “A Casa”, de Vinícius de Moraes, e “A árvore da serra”, de Augusto dos Anjos; o terceiro momento dar-se-á através da análise de narrativas populares que retratam os episódios de “Kunevo”, o mentiroso, extraídos da obra Macunaíma, de Mário de Andrade.
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Resumo SEMInáRIO: GÊnERO Ou EvEnTO COMunICATIvO? Glenda Hilnara Silva Meira / UFCG diversos estudos da oralidade abordam o seminário como uma estratégia de ensino socializador, que envolve diversos gêneros textuais e desenvolve a oralidade formal exigida em instâncias públicas. trabalhos como os de Veiga (1991), dolz e schneuwly (2004), Vieira (2007), silva (2007) e Goulart (2010) ressaltam as limitações e avanços no trabalho com o seminário e apontam aspectos e características que compõem sua realização sem, contudo, aprofundar uma conceituação teórica linear, apresentando-o, além das noções de técnica e exposição oral, ora como gênero ora como evento comunicativo. nesse sentido, o presente estudo objetiva apresentar um percurso teórico dos estudos sobre seminário e estabelecer uma definição, com base nos conceitos de gênero e de evento comunicativo, acerca desse mecanismo de ensino, buscando auxiliar na convergência das concepções aplicadas ao seminário nos estudos posteriores. Para tanto, utilizaremos recortes de nove seminários realizados numa disciplina do curso de Letras da universidade Federal de campina Grande, no período 2010.2. a análise parcial dos dados e a abordagem trazida pelos estudos sobre seminário, até o momento, demonstram uma compreensão de seminário que, abarcando diversos gêneros, parece ir além dessa noção.
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Resumo EnTRE O SAGRADO E O PROFAnO: OS SIlEnCIAMEnTOS EM REPORTAGEnS DE REnúnCIA DO PAPA Guilherme Arruda do Egito e Isabelle Guedes da Silva Sousa / UFCG Para compreensão do sujeito é necessário conhecer a memória discursiva e a ideologia que o atravessa. ao expressar-se, o sujeito é tomado por um conjunto de palavras em detrimento de outras produzindo silenciamentos de outras formas de dizer. Em nosso artigo, temos como objetivo central verificar e analisar os discursos (não)revelados na constituição das reportagens que tematizam a renúncia do Papa, identificando como estas estabelecem sentido estando em silêncio. apoiados nas contribuições de orlandi (1992) e Bakhtin, dentre outros, são analisados como o vocabulário, a intertextualidade e a interdiscursividade compreendendo a Formação discursiva do sujeito. os dados nos permitiram uma análise entre o dizer e o não-dizer inscrito nas reportagens e em determinada Formação discursiva revelando que a ideologia em que estes sujeitos discursivos se encontram influencia os efeitos de sentido produzidos. Verificamos também que determinadas escolhas acabam por silenciar vozes que vão ao encontro da posição assumida pelos sujeitos.
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Resumo uMA AnálISE COMPARATIvA DOS MARCADORES DE EnGAJAMEnTO nO GÊnERO ARTIGO CIEnTíFICO nAS DISCIPlInAS DE AnTROPOlOGIA E lInGuíSTICA Guilherme de Oliveira Barbosa / UFPE Geralmente considerado como um gênero no qual a escrita é caracterizada como objetiva e imparcial e os autores devem, assim, manter-se afastados dos seus leitores, nesta investigação pretendo mostrar como no artigo científico existem marcas explícitas de interação e subjetividade. Para tal, realizei uma análise comparativa do uso de marcadores metadiscursivos de engajamento em duas comunidades disciplinares distintas, antropologia e Linguística. segundo Hyland(2005:182) estes marcadores “são modos pelos quais os escritores trazem seus leitores para dentro do texto para antecipar suas possíveis objeções e engajálos no modo apropriado” ou seja, são marcadores que demonstram “uma escolha do escritor para introduzir leitores como verdadeiros participantes do discurso, ao invés de apenas tratá-los como meros observadores da discussão” (HYLand, 2009:111). assim, das diversas maneiras possíveis utilizadas para tentar aproximar a audiência do texto, Hyland(2005, 2009) subdivide os marcadores em cinco tipos: pronomes do leitor, diretivos, perguntas, conhecimento compartilhado e apartes pessoais. observei, então, quais os padrões de uso destes tipos de marcadores nas duas disciplinas e seus efeitos de sentido a partir de um corpus constituído por 32 artigos científicos, 16 de cada disciplina, publicados em 4 revistas acadêmicas diferentes Qualis a.
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Resumo O FOlhETIM nO CIBERESPAçO: COnFIGuRAçõES E DESlOCAMEnTOS DA WEBlITERATuRA Hermano de França Rodrigues / UFPB a expressão literária, instável em seus itinerários temporais, transmutase ante as cogências comunicativas do homem, de modo que eventos discursivos próprios de uma época teimam em reaparecer, acoplados a outros suportes, investidos por semioses que lhes são estranhas e, portanto, com funções utilitárias em convergência aos desideratos dos novos interlocutores. no século XIX, com uma tipografia em expansão, o Brasil procumbe o folhetim. Veículo dos reclames burgueses, esse gênero romanesco responde às exigências de um público-leitor particular, formado, em grande parte, por donzelas, cuja educação previa a leitura de narrativas que lhes educassem os modos. na hodiernidade, em meio à efervescência semiótica do mundo virtual, deparamonos com um trasbordamento estético e ideológico do folhetim que, doravante, habita sites, blogs e redes sociais. seus autores , em geral, utilizam-no para corporificar, na literariedade da palavra, textos engajados com problemáticas sociais, de militância contra o preconceito, de apoio à diversidade sexual. nossa pesquisa pretende investigar o aparato linguageiro (verbal e não-verbal) que acomoda, nos espaços virtuais, a peça folhetinesca, buscando compreender e explicar as tramas ideológicas presentes em sua construção. como arcabouço teórico, recorremos aos constructos epistemológicos e operacionais da semiótica greimasiana, em especial, os trabalhos desenvolvidos por PaIs (2004) e rodrIGuEs (2010).
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Resumo GÊnEROS nAS PRáTICAS DE lETRAMEnTO FAMIlIAR Joanes Alves de Lima e Noadia Iris da Silva / UFPE Este estudo investiga como as práticas e os eventos de letramento ocorrem no ambiente familiar a partir da leitura e da escrita vistas como elementos essencial na interação entre pessoas. concebemos eventos de letramento como sendo qualquer ocasião em que uma peça escrita integra a natureza das interações dos participantes e seus processos interpretativos (Bartoon & HamILton, 2000). nosso corpus é composto por uma gama diversa de materiais coletados durante o período determinado que inclui: textos produzidos pelos membros de uma mesma família atendendo a finalidades domésticas, profissionais e estudantis; os principais materiais impressos que circulam pela residência; a descrição de algumas situações interativas realizadas pelos sujeitos em que os textos ocupavam lugar de centralidade, ainda que não estivessem materialmente presentes. os resultados apontam diferenças substanciais em termos de quantidade e variedade dos gêneros produzidos e consumidos pelos filhos em relação aos de seus pais. da mesma forma, mesmo quando compartilharam os mesmos gêneros, os membros pareciam construir significados diversos acerca de sua leitura e produção sugerindo a relevância de considerar as relações intersubjetivas no processo de ressignificação de práticas de leitura familiares nos diferentes domínios em que os sujeitos de pesquisa participavam (GouLart, 2012).
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Resumo O EnSInO DE lITERATuRA nA óTICA DOS DOCuMEnTOS: uMA AlTERnATIvA AO DAR A lER José Eduardo Gonçalves dos Santos / UFPE Este trabalho, oriundo de observações da disciplina da Parte diversificada do currículo do Ensino médio de uma escola pública federal de Pernambuco – doravante Pd cLL – clube do livro literário, tem por objetivo traçar discussões acerca da mediação da leitura literária no âmbito escolar. como o professor pode exercer contribuições para a formação de leitores de literatura, fazendo dos próprios alunos participantes nesse processo de mediação. Para aporte teórico escolhemos autores que compreendem a importância da leitura no plano do prazer/gosto estético, indo de encontro à leitura por imposição, à leitura a conta gotas (marIa, 2007) e autores que teorização acerca dos gêneros e de suas diferentes manifestações no contexto escolar (marcuscHI, 2008). neste sentido, traremos propostas de como trabalhar com obras consideradas clássicas, sem, contudo, impor a leitura, mas fazendo uma escolarização adequada da literatura (soarEs, 1999). apontaremos as propostas que os documentos oficiais, como os Pcn (1998) e os ocn (2006), versam acerca do espaço que deve ter a leitura nas escolas, problematizando-as e deslocando-as para o clube do Livro, observando, assim, se este consegue alcançar as propostas sugeridas sem cair na problemática da pedagogização errônea e tão recorrente no ambiente escolar.
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Resumo O GÊnERO TIRInhA EM SAlA DE AulA DE línGuA ESTRAnGEIRA: uMA PROPOSTA DE SEquÊnCIA DIDáTICA Kaline Brasil Pereira Nascimento / UEPB segundo marcuschi (2003), os gêneros textuais contribuem para “ordenar e estabilizaras atividades comunicativas do dia-a-dia”, de forma que qualquer tipo de comunicação se dá a partir de um gênero textual. considerando essa relevância para o contexto de sala de aula de língua estrangeira (LE), o presente estudo segue dois objetivos, a saber: 1) apresentar uma proposta didática envolvendo o gênero tirinha, nas aulas de língua inglesa de uma turma do 8º ano (ensino fundamental), de uma escola regular pública da cidade de campina Grande; e 2) Investigar as implicações do uso desse gênero em sala de aula. além de marcuschi (Ibid), serão também consideradas as afirmações dos Pcn (1998), schneuwly e dolz (2004), oliveira (2008), dentre outros. o estudo mostrou que o trabalho com o gênero tirinha em sala de aula de LE pode promover participação efetiva dos alunos, possibilitando-os ativarem seus conhecimentos prévios. além disso, a presença do não verbal auxilia os alunos na compreensão da mensagem como um todo, e aspectos gramaticais podem ser explorados de maneira contextualizada.
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Resumo O GÊnERO CRÔnICA E AS ESTRATéGIAS lInGuíSTICAS: POR uMA CRITICIDADE ARGuMEnTATIvA EM SAlA DE AulA Karol Costa Guedes e Rebeca Monteiro Dias / UEPB sendo delineado como um gênero textual bastante ativo na sociedade, a crônica caracteriza-se como um texto dotado de observação detalhada de fatos relatados de maneira original e individual, além da possibilidade argumentativo-discursiva, onde a realidade social é criticada e protestada. a crônica, do grego Khrónos (tempo), teve seu surgimento a partir de relatos de acontecimentos históricos registrados em ordem cronológica. só a partir do século XIX que passou a ser divulgada em jornais e folhetins, ao tratar de maneira generalizada sobre os acontecimentos do dia-a-dia. diante disso, este trabalho se propõe a tratar do ensino de leitura e produção textual nas aulas de Língua Portuguesa através da crônica, sobretudo por seu teor críticoargumentativo. Este trabalho fundamenta-se em estudos bibliográficos e desenvolvimentos analíticos, a partir dos estudos acerca dos gêneros textuais e discursivos: marchuschi (2005, 2011); Bakhtin (2003); dionísio, machado e Bezerra (2005); meurer (2011); dentre outros; além de estudos sobre a prática de sala de aula: antunes (2003), dentre outros. considerou-se imprescindível a reflexão e abordagens de propostas eficazes com esse gênero textual em sala de aula, ao oferecer aos alunos um maior aprofundamento crítico do uso da lingua(gem) em diversas camadas sociais.
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Resumo COMO OS GÊnEROS DIGITAIS MuDAM A PARTIR DA CIRCulAçãO EM uMA REDE SOCIAl: O PAPEl DA COnFIGuRAçãO COnTEXTuAl E DO SuPORTE à InTERAçãO huMAnA Lafayette Batista Melo / IFPB a pesquisa tem como objetivo identificar como funcionam gêneros digitais em atividades realizadas com o Facebook. Parte-se da ideia de reelaboração de gêneros para compreender a transformação ocorrida após a incorporação de um gênero por outro. o trabalho também tem enfoque em estudos de interação humano-computador e são utilizados os conceitos de configuração contextual e suporte à interação humana (sIH). a configuração contextual trata não apenas de funcionalidades em um sistema, mas das possibilidades e do uso efetivamente empregado em uma atividade social. o sIH é um parâmetro de metáfora criado para analisar a interação humano-computadorhumano, materializado em componentes que acionam uma interação (como o link “curtir”). É feita uma análise de uso do Facebook para apoio a duas disciplinas de graduação, durante três anos. o enfoque é qualitativo e elenca gêneros referidos pelos usuários em situações concretas, dentro do domínio pedagógico (aula, exercícios, explanações de conteúdo, tarefas para casa, projetos das disciplinas, provas, resumos e relatórios). conclui-se que os gêneros são reelaborados de maneira mais inovadora do que criadora, em três dimensões de uso: a partir dos conhecimentos sobre os gêneros incorporados, aprimorando as práticas e articulando a configuração contextual com os sIHs, conforme as limitações tecnológicas momentâneas.
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Resumo EnSInO DE ESCRITA: GÊnERO CARTA DE SOlICITAçãO, AGÊnCIA E MOTIvAçãO Linaiara Santos Hermínio de Melo / UFCG Esta pesquisa objetiva analisar os efeitos de uma metodologia de ensino de escrita com base na teoria de gênero como ação social para o processo de ensino/aprendizagem da escrita e para o agenciamento dos alunos-produtores de textos, observando a adequação da metodologia utilizada pelo professor/pesquisador à abordagem, os aspectos sociopragmáticos e linguísticos da carta de solicitação produzidas pelos alunos e da entrevista realizada. tomaram-se, como referências teóricas, os estudos sociorretóricos (BazErman, 2006), as pesquisas sobre aprendizagem situada (artEmEVa, 2009) e os estudos interacionistas sociodiscursivos dos gêneros, que basearam nossas categorias de análise (BroncKart, 1999). as representações dos alunos, apresentadas na entrevistas, sobre a intervenção e sobre a escrita, foram observadas a partir do conceito de motivação na aprendizagem de tapia e Fita (2003). o estudo constitui-se uma pesquisa-ação, desenvolvida, durante 3 semestres, junto a alunos que cursavam o 2º ano (2012) e 3º ano (2013) do Ensino médio, de uma escola pública estadual de campina Grande-PB. os resultados revelaram que os textos produzidos pelos alunos, durante a intervenção didática, apresentaram aspectos sociopragmáticos e linguísticos que indiciam agenciamento na escrita.
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Resumo lER E ESCREvER nA InTERnET: A PRODuçãO DE BlOGS nA ESCOlA Lorena Guimarães Assis / UFCG Marta Jordanna Queiroz Ouriques / UFCG Este estudo, de natureza qualitativa, é fruto de uma pesquisa realizada com alunos do Ensino médio de uma escola da rede pública de ensino na cidade de campina Grande-PB. nele, busca-se analisar a construção de blogs por alunos, refletindo sobre a produção e recepção desse gênero digital na escola, enquanto “nova” prática de uso da linguagem. como pressupostos teóricos, adotou-se a teoria enunciativa da linguagem de Bakhtin, bem como os estudos de marcuschi (2002, 2005), arcoverde (2007), coscarelli (2010), rojo (2009, 2012), dentre outros. com base nos dados analisados constatou-se que, a experiência de construção de blog, apresentou aos estudantes um novo espaço para o uso da leitura e escrita, sobre o qual a maioria não tinha conhecimento anteriormente. diante da proposta vivenciada puderam ampliar as possibilidades de interação e comunicação em um ambiente colaborativo de aprendizagem. também verificou-se que, embora presenciemos a diversificação de usos da linguagem na sociedade contemporânea, a escola ainda precisa investir e potencializar o diálogo com as práticas de letramento digital, considerando que o aparecimento dos “novos” gêneros digitais exige do indivíduo uma atitude responsiva, na qual é chamado cotidianamente a ler e escrever utilizando as tecnologias da informação e comunicação.
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Resumo Gêneros TexTuais e PráTicas Discursivas: analisanDo o caso Do Gênero saiba-mais Maria Eduarda Lúcio de Araújo / UFPE Estevão Eduardo Cavalcante Carmo / UFPE O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre gêneros textuais nomeados (aqueles nos quais há uma referência direta ao nome), atores sociais e práticas discursivas nos dois jornais de maior circulação do estado de Pernambuco: Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio. Utilizamos como eixo teórico a perspectiva dos gêneros textuais adotada pela Escola Norte-Americana, na vertente da nova retórica (BAZERMAN, 2006; MILLER, 2009), além dos estudos de Van Dijk (2010) e Falcone (2005) sobre o acesso discursivo e suas relações com os gêneros textuais. Os dados utilizados na pesquisa fazem parte de dois projetos PIBIC que têm como tema “Gêneros textuais, relações de poder e controle discursivo nos jornais”, e são compostos pelos gêneros nomeados, encontrados nos meses de março, abril e maio de 2013, nos jornais supracitados. O trabalho analisa 306 gêneros textuais nomeados como “Saiba Mais” – que se trata de um box atrelado à notícias relevantes utilizado para fornecer informações extras –, e 347 gêneros que possuem função de “Saiba Mais”, mas são nomeados de outra forma. Observamos, nos dados coletados, que os elementos constituintes do gênero analisado serão alterados dependendo dos atores sociais e do contexto situacional abordado como tema.
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Resumo PROPóSITOS COMunICATIvOS DO GÊnERO AGRADECIMEnTO: PARA AléM DO ATO DE AGRADECER Michelle Leonor Silva / UFPE com o objetivo de analisar os propósitos comunicativos do gênero introdutório agradecimento, o presente trabalho pretende mostrar, no contexto acadêmico, como esse gênero pode se tornar um gênero promocional, bem como propor uma discussão sobre a diversidade de gêneros que estão relacionados a este através de um mesmo propósito comunicativo. Para tal, foram analisadas 40 teses e dissertações, coletadas do Portal online de Periódicos da caPEs. temos como aporte teórico o modelo analítico de swales (1990) e Bhatia (2004) no tocante às ideias de colônia de gêneros e gêneros promocionais e Bezerra (2006), com o seu trabalho sobre gêneros introdutórios acadêmicos, considerando seus usos diversificados dentro das diversas áreas de conhecimento, bem como a constituição interna de cada gênero. Partindo aqui da ideia de que o texto é um evento comunicativo e que este materializa os gêneros, temos, portanto, que os gêneros são fenômenos sociais como formas culturais e cognitivas de ação social corporificadas de modo particular na linguagem; são entidades dinâmicas, como assegura marcuschi (2003).
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Resumo ATIvIDADES REFEREnCIAIS nA COnSTRuçãO RETóRICO-ARGuMEnTATIvA DE MEnSAGEnS RElIGIOSAS Pedro Henrique de Oliveira Simões / UFPE discutimos neste trabalho a construção retórico-argumentativa de mensagens religiosas, publicadas no jornal ‘Folha universal’, a partir de atividades referenciais. Essas mensagens, como todo gênero textual e, mais especificamente, como todo gênero que circula no domínio discursivo religioso, constituem-se como textos/discursos altamente persuasivos que buscam orientar ideologicamente a construção de sentidos do sujeito-leitor. com isso, a compreensão do modo como essas mensagens se organizam retórico-argumentativamente, através de seus usos recorrentes, nos leva a caminhar para a percepção de como tal gênero age socialmente, na orientação de sentidos e construção de realidades e verdades sociais, isto se pensarmos os gêneros como formas sociorretóricas de ação (mILLEr, 2009); como fatos sociais e frames para a ação social (BazErman, 2009). Isto significa dizer que, antes de retratar ou espelhar situações sociais, a linguagem é uma forma de trato, construção e reprodução dessas situações, que não se configuram em si como verdades ou realidades extralinguísticas, mas sim, como trabalhos discursivos. compreendemos, assim, que na relação que mantemos com o mundo não etiquetamos em nossos discursos objetos presos a ele, mas objetos que são (re)criados e (re)categorizados no discurso, a saber objetos-de-discurso, que são fruto da atividade sociocognitivo-discursiva de referenciação (KocH & marcuscHI, 1998; marcuscHI, 2002).
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Resumo GÊnEROS DIGITAIS: uMA nOvA REAlIDADE PARA A lEITuRA E ESCRITA Pollianny Alves do Nascimento e Vanessa Luciene Pereira da Silva / UFCG o presente trabalho tem por objetivo analisar as mudanças que ocorrem em nossa sociedade com o surgimento de novos gêneros textuais, ou melhor, as inovações trazidas pelas novas tecnologias ligadas à área da comunicação as velhas bases, isto é, aos gêneros já existentes (marcuschi, 2010). dessa forma, refletir sobre as novas práticas de leitura e escrita, estas que se comportam de forma tão interativa com essa nova realidade. nosso intuito é discutir a importância de alguns dos gêneros mais emergentes, bem como, cartas eletrônicas (e-mails), bate-papos virtuais (chats), aulas virtuais (aulas chats), e com isso mostrarmos como tem sido sua relação com a leitura e escrita na sociedade. sendo assim, a pesquisa tem como referencial teórico contribuições dos autores marcuschi (2010), tardelli (2010) e Possenti (2009), entre outros.
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Resumo A ChARGE nO DISCuRSO MIDIáTICO E A COnSTRuçãO DE SEnTIDOS Rebeca Fernandes Penha e Maria Sirleidy de Lima Cordeiro / UFPE Esse trabalho tem como objetivo apresentar uma análise do gênero textual charge, a fim de observar sua relação ao suporte a que está vinculado, tendo em vista suas condições de produção, o contexto ao qual está ligado e sua recepção. E, também, como esse gênero textual pode funcionar como uma estratégia de construção de sentidos, por ser constituído, frequentemente, por desenho e escrita. tal análise compreenderá os conceitos de gênero textual desenvolvidos por marcuschi (2008); miller (2009); salomão (1999); Bezerman (2006). a metodologia usada é essencialmente qualitativa e interpretativa para análise dos dados. o corpus foi coletado do Jornal do commercio em seu meio de divulgação online. É importante ressaltar que a propensão por este veículo de comunicação justifica-se pelo seu alto índice de circulação no estado de Pernambuco. acredita-se que o resultado da pesquisa nos levará a um indicativo de que o gênero charge proporciona uma interpretação mais significativa e completa sobre os fatos socialmente situados que circundam nossa realidade, e ao mesmo tempo, convoca o leitor a fazer leituras mais atentas e críticas dos discursos articulados pela mídia.
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Resumo TRABAlhO PEDAGóGICO E nOvAS MíDIAS: MAnuAIS DIDáTICOS DE EnSInO MéDIO E A APROPRIAçãO DE GÊnEROS DIGITAIS Renato Lira Pimentel / UFPE Esta pesquisa objetiva analisar se há e como são trabalhados em atividades os gêneros digitais (como definidos por marcuschi, 2004) em livros didáticos de nível médio. Para uma abordagem teórica, nos pautamos em Bazerman (2005), miller (2009) e swales (1990) no que se refere às concepções sobre gêneros textuais; em marcuschi (2004) sobre os conceitos que envolvem os gêneros digitais; e em Bezerra (2010), (2011) e marcuschi (2008), que trazem discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa a partir dos diversos gêneros textuais. nos procedimentos metodológicos, buscamos perceber qual o tipo de trabalho que os autores dos livros escolhidos fazem, seja ele expositivo ou reflexivo, com esses gêneros. separamos duas coleções de livros em três volumes, que estão sendo utilizadas no ano corrente por escolas públicas do estado de Pernambuco, e levantamos quais gêneros foram encontrados e como se deu a proposta de atividades com eles. Percebemos que os livros trazem raras ocorrências de gêneros digitais, os autores preferem os e-mails e blogs, e as atividades possuem alguns problemas metodológicos.
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Resumo AS REvISTAS FEMInInAS E A IDEnTIDADE SOCIAl DA MulhER Tayana Dias de Menezes / UFPE Esta pesquisa está inserida na análise sócio-Pragmática do discurso e foi fruto da dissertação de mestrado defendida em 2011. seu objetivo primeiro é observar como a identidade da mulher é (re)construída pelas revistas que são direcionadas para o público feminino e por revistas informativas, considero para fins específicos os vários gêneros que compõe o material da pesquisa. o corpus desta foi composto pelas revistas claudia, Gloss, ambas do ano de 2009 e 2010, e pelas revistas Veja (incluindo números especiais) e a Época, ambas do ano de 2008. a pesquisa trabalha com o conceito de identidade como construções sociais composto por elementos diversos ou atributos emergentes da interação social entre o sujeito e o mundo. a pesquisa baseia-se especialmente em moita Lopes (2003), stuart Hall (2006) e Bauman (2005) e em estudos realizados por Isabel magalhães (2006). o tema é apropriado porque a configuração política, cultural, econômica da sociedade mundial está em transformação, e isso afeta a identidade do sujeito social. assim as velhas identidades, que por um bom tempo foram a base da estabilidade da organização social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Resumo ESTRATéGIAS DE COnSTRuçãO DE REFERÊnCIA nO GÊnERO COMEnTáRIO Thaís Ludmila da Silva Ranieri / UFPE sob os estudos da sociocognição, a referência passa a ser encarada como uma atividade discursiva, pautada numa relação dialógica em que os sujeitos constroem e reconstroem os objetos do mundo discursivamente, sendo (re)construídos conjuntamente dentro de um processo interacional (mondada, 2005). diante disso, pensamos a questão dentro dos ambientes virtuais. nesses espaços, as interações se dão online e permitem um acesso quase que simultâneo pelos interlocutores às informações que são veiculadas através de textos ou de vídeos postados. Em virtude disso, os interlocutores podem expor sua opinião ou fazer comentários em espaços destinados para tal. de modo geral, tais comentários revelam a posição do interlocutor diante do que está sendo exibido. no caso dos comentários feitos para os vídeos, chama-nos a atenção a associação de outras semioses em articulação com a linguagem verbal no processo de referenciação. diante disso, apresentamos esta proposta que tem por objetivo fazer uma análise da referenciação no gênero digital comentário. Para as discussões em torno de gênero textual, assumimos a postura de miller (2009) e swales (1990). Para a construção do corpus, contamos uma seleção dos comentários gerados em função do videoclipe oficial acelaraê de Ivete sangalo postado no site Youtube em março de 2011.
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IV Encontro Acadêmico
Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Resumo EnTREvISTA AuDIOvISuAl: FunçãO SOCIAl DIAnTE DO EMBATE IDEOlóGICO Vanderlan da Silva / UFAL os discursos sobre gênero e sexualidade são pautados por conflitos atrelados ao modo como o senso comum trata as questões sexuais: pelo viés da heteronormatividade. Entretanto, estudos sobre gênero e sexualidade, numa perspectiva construcionista, revelam que as identidades de gênero e de sexo são forjadas/remodeladas sóciodiscursivamente (Louro, 2008, santos FILHo, 2012). Esse embate que envolve valores político-culturais e direitos civis homoafetivos (dIas, 2011) “invade” o congresso nacional, intensificando-se após a eleição do deputado marcos Feliciano à presidência da comissão de direitos Humanos da câmara, motivando uma reação liderada pelo deputado Jean Wyllis. a mídia explora essa polêmica, inclusive através de entrevistas audiovisuais. sobre esse gênero, entendemos tratar-se de uma poderosa força sócio-discursiva, motivada a partir de um fato social, cuja função primária é informar ou formar opinião pública (HoFFnaGEL, 2003). diante disso, refletimos sobre o papel da entrevista buscando compreender sua função social. assim, utilizamos duas entrevistas concedidas pelos citados deputados na tV, investindo na análise da enunciação, tendo a Linguística aplicada como suporte teórico-metodológico (moIta LoPEs, 1996; 2006). as reflexões apontam a utilização desse gênero como ampliação da enunciação na performance do parlamentar no processo legislativo, auxiliando-o a expor ideologias e conseguir o apoio dos seus pares no congresso.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Pôsteres PIBID Letras CAPES
COMISSãO DE EXAMInADORES DA EXPOSIçãO DE PÔSTERES ana Paula sarmento (uFcG) Beth marcuschi (uFPE) José Helder Pinheiro (uFcG) maria augusta reinaldo (uFcG) najara Pinheiro (unIFra)
Resumo nOvAS TECnOlOGIAS DIGITAIS: MEIOS DE APREnDIzAGEM EM línGuA PORTuGuESA? Aída Lima Aloise, Luzinete de Andrade Ferreira Neta e Priscila Duarte Balbino de Moraes / UNICAP Este trabalho é um relato de experiência de três bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência (PIBId) da caPEs (coordenação de aperfeiçoamento de Pessoal de nível superior), que envolveu a proposta de uma sequência didática que utilizou-se da rede social Facebook, plataforma digital cujo objetivo é estabelecer maior interação entre os usuários a partir de compartilhamentos de dados, enquanto meio de aprendizagem para fins educacionais. Buscamos através das novas tecnologias (doravante tdIc’s) desenvolver um trabalho interativo que propiciasse o pensamento crítico e o desenvolvimento da linguagem de forma mais instigante. Propusemos aos alunos, de forma contextualizada e tendo por base o subprojeto de Letras - que propõe a interpretação e produção textual, a partir da argumentação (leitura crítica de textos verbal e não verbal) - atividades que contemplavam diversos recursos midiáticos, tais como, charges, músicas, vídeos publicitários e artigos jornalísticos como ponto de partida para as discussões e produções textuais. os resultados preliminares apontam que a metodologia usada para esse projeto quebrou o paradigma de que não haveria aprendizagem significativa na plataforma adotada em sala de aula.
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Resumo RóTulOS nuTRICIOnAIS: OS GÊnEROS EM SAlA DE AulA Amanda Pias, Marcia Montagner e Najara Ferrari Pinheiro / UNIFRA o PIBId Letras-Português do centro universitário Franciscano, de santa maria, rs tem como uma de suas metas o estudo dos gêneros discursivos para a formação de leitores e produtores de textos. Preocupados com o desenvolvimento da cidadania, o grupo desenvolve ações que a priorizam. realizam atividades que envolvem os rótulos nutricionais como um gênero discursivo que perpassa o cotidiano do espaço escolar. neste trabalho, discutimos a organização dos rótulos nutricionais como um gênero que congrega, em sua linguagem, diferentes áreas do conhecimento. Para isso, foi organizado um projeto interdisciplinar que iniciou com a exposição dos gêneros discursivos (BaKHtIn, 1992; mEurEr; motta-rotH, 2002), partiu para a leitura e a análise de diferentes rótulos nutricionais, descreveu os elementos constituintes desses rótulos, discutiu os valores nutricionais e, por fim, produziu um rótulo para os alimentos preparados em sala de aula por alunos do ensino médio da Escola Estadual de Educação Básica Irmão José otão, santa maria, rs. Essa atividade resultou em (1) apropriação dos conhecimentos relativos a um gênero específico; (2) o reconhecimento das propriedades nutricionais dos alimentos; (3) promoção da saúde; (4) na divulgação, por meio de um folder, para a comunidade escolar, dos conhecimentos apreendidos nesta atividade.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Resumo Por que verbetar? A experiência do PIBID Letras UFPE com o gênero verbete Anne Caroline Araújo de Lima / UFPE Getulio Ferreira dos Santos / UFPE Renata Maria da Silva Fernandes / UFPE Este trabalho pretende apresentar a Série Verbetes Enciclopédicos, escrita pela equipe PIBID Letras, no subprojeto A leitura de linguagens diversas. Gráficos, tabelas, desenhos anatômicos, infográficos, mapas, histórias em quadrinhos são exemplos de gêneros multissistêmicos, veiculados na mídia impressa e digital, que migraram para o domínio educacional, tanto em situações de ensino de conteúdos como de avaliação. Buscando compreender a natureza e as características de textos multissistêmicos, a Série Verbetes Enciclopédicos tem por objetivo oferecer subsídios teórico-metodológicos para as atividades de leitura em sala de aula; contém cinco volumes, cada qual contemplando dois gêneros, sendo estes desenho anatômico, esquema, diagrama, fotografia, gráfico, infográfico, história em quadrinhos, linha do tempo, mapa e tabela. O trabalho pretende, ainda, discutir a experiência dos bolsistas do PIBID Letras, durante a formação docente, como autores-aprendizes, no tocante ao processo de adequação da escrita acadêmica ao gênero verbete e à familiaridade com o caráter multimidiático que compõe a série. Para tanto, respaldamo-nos em Marcuschi (2008), Bazerman (2007) e Miller (2012).
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na Linguística e na Literatura
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Pôster Premiado 2013 3º LUGar (PiBid)
Resumo O DESEnhO AnATÔMICO nA AulA DE línGuA PORTuGuESA: uMA EXPERIÊnCIA DIDáTICA nO EnSInO MéDIO Cássia Fernanda de Oliveira Costa / UFPE Daniella Duarte Ferraz / UFPE Débora Xavier Lavanere Sampaio / UFPE João Alberto Barbosa de Gusmão / UFPE o desenho anatômico é a representação de organismos vivos (animais e plantas), através de traços e cores produzidos a partir da observação dos seres organizados a serem representados. a escolha desse gênero para ser abordado em sala de aula durante as intervenções do PIBId Letras uFPE - caPEs se deu por tal gênero constituir um dos verbetes da série Verbetes Enciclopédicos – diversidade de Linguagens no Ensino médio, que visa à leitura de gêneros multissistêmicos. nesta apresentação, abordaremos o conjunto de sugestões didáticas elaboradas no âmbito do projeto a leitura de Linguagens diversas envolvendo o desenho anatômico, assim como o relato de algumas experiências das oficinas realizadas em duas escolas públicas do recife ligadas ao subprojeto. a realização das sugestões didáticas facilitou a compreensão e reconhecimento do gênero desenho anatômico por parte dos alunos. Para que isso fosse possível, o gênero foi apresentado nos mais diversos âmbitos de circulação, não apenas nos livros didáticos de biologia ou enciclopédias, mas também em revistas e videoclipes, por exemplo.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Resumo O ESTíMulO à PRODuçãO ESCRITA EM línGuA InGlESA DE AlunOS DE ESCOlA PúBlICA A PARTIR DO GÊnERO RECEITA Cílio Lindemberg de Araújo Santos / UEPB Larissa Bruna Batista Farias / UEPB Moema Jane de Medeiros Araújo / UEPB Visando uma prática diferente da tradicional no ensino de Língua Inglesa (LI), o nosso projeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência (PIBId), realizado em 2013.1, foi desenvolvido através da produção de uma sequência didática (sd) vinculada ao trabalho com gêneros textuais em sala de aula. o tema escolhido foi alimentação saudável, com o propósito de que os alunos do Ensino médio desenvolvessem uma conscientização referente à alimentação saudável e que ao final do processo produzissem receitas culinárias. assim, com o objetivo de ajudá-los a produzir este gênero em LI, nossa metodologia foi desenvolvida através de apresentações de receitas que os auxiliaram como modelo para a produção do referido gênero. ao término das produções os alunos não só produziram os textos escritos como também foram capazes de apresentar oralmente na LI cada uma das receitas por eles elaboradas. desse modo, constatamos que os objetivos foram alcançados de forma satisfatória, apresentando resultados efetivos no ensino de LI em escola pública de ensino.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Resumo “A lEITuRA DE lInGuAGEnS DIvERSAS”: PIBID - lETRAS nA FORMAçãO DOCEnTE Felipe de Oliveira Bezerra / UFPE Juliana Serafim dos Santos / UFPE Saulo Batista de Souza / UFPE não dizemos mais aos nossos alunos de educação básica para ficar de olhos abertos e atentos no texto. Em nossa vertiginosa sociedade moderna as linguagens multissistêmicas cercam a todos, nos levando a uma sinestésica experiência com o conhecimento. sensível a isto o subprojeto do PIBId-Letras uFPE “a Leitura de Linguagens diversas” alia a necessidade de formação dos educandos de escolas públicas, de professores de educação básica e de graduandos, para compor um projeto que usa os multissistemas como objeto de estudo, proposta metodológica e ferramenta pedagógica. Para tal, foram utilizadas questões que usam gêneros visuais extraídas das provas do EnEm até o ano de 2010 como fonte de estudo teórico e instrumento avaliativo (alunos do 1º ano do Ensino médio da educação básica), além de abordagens neuropsicológicas para diagnosticar e mapear nossos esforços neste, ainda incomum, ensino de leitura. Para realização dessas ações, no âmbito da pesquisa, além de estudos teórico-metodológicos sobre gêneros textuais produzidos por diversas linguagens - observando as funções retóricas das convenções utilizadas - foram realizadas atividades voltadas aos bolsistas integrantes como a criação do cineLetras; workshops; e o planejamento das atividades executadas nas Escolas (sugestões didáticas) a partir da construção da série: Verbetes Enciclopédicos produzida pelos alunos e professores do PIBId-Letras.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Pôster Premiado 2013 1º LUGar (PiBid)
Resumo RElATO DE EXPERIÊnCIA: A PRODuçãO DO GÊnERO TEXTuAl RESEnhA ESCOlAR COM AlunOS DO EnSInO FunDAMEnTAl II Hermano Aroldo Gois Oliveira / UFCG Jackson Cícero França Barbosa / UFCG Jardiene Leandro Ferreira / UFCG Paulo Ricardo Soares Pereira / UFCG Este trabalho busca relatar uma experiência de ensino a partir do gênero textual resenha escolar, desenvolvida com alunos do ensino fundamental II de uma das escolas da rede pública de campina Grande-PB contemplada pelo subprojeto PIBId/Letras/uFcG. movidos pelo interesse em abordar a leitura, escrita e análise linguística de forma articulada através do ensino de gêneros textuais, foi promovida uma oficina voltada para a produção do gênero resenha escolar, com o propósito de levar os alunos a: (1) desenvolver a autonomia e competência crítica em suas produções escritas a partir da leitura e análise de curta-metragens e (2) conhecer e usar a estrutura composicional e estilo do referido gênero. Fundamentados pelos estudos de machado et al. (2004), motta-roth & Hendges (2010), nos PcnLP (1998) e em antunes (2003), destacamos neste relato as etapas de escrita durante a oficina: planejamento, escrita e reescrita, como também o encaminhamento concedido pelos bolsistas aos participantes para as condições de produção próprias do gênero. a partir da experiência com a produção desse gênero com alunos do fundamental II, foram constatados os seguintes aspectos: dificuldades no tocante à progressão das ideias, bem como à materialização da competência crítica.
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na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Resumo A PERSPECTIvA METAlITERáRIA nA lEITuRA DE COnTOS E CRÔnICAS JORnAlíSTICAS nA SAlA DE AulA João Paulo de Souza Araújo / UFRPE Este texto integra a investigação iniciada pelo projeto “reinventando o Leitor: Literatura na Literatura” (PIBId/caPEs), cujo eixo estruturante gira em torno de práticas de leitura de textos literários no ambiente escolar à luz da perspectiva metaliterária. Partimos da conjetura de que o ser literário, obviamente representado por seus produtos, tem uma inerente característica autorreferencial. nesse enquadramento, a pesquisa se ancora nos pressupostos teóricos de Bernardo (1999), no condizente ao conceito de Literatura; soares (2003) e cosson (2006), a respeito das práticas de letramento e letramento literário, respectivamente; de merquior (1974), quanto ao fenômeno Kitsch; e, por fim, de staiger (1975), com referência à conceituação da poética. a partir dessa arregimentação de conceitos, objetivamos, de maneira geral, estimular nos alunos de uma escola pública de Garanhuns-PE, a apreensão da concepção de Literatura por meio dessa experiência metaliterária. Para tanto, desenvolvemos uma sequência de atividades centradas na inserção paulatina da leitura de gêneros literários de narrativas curtas, como contos e crônicas jornalísticas, com vistas a incitar, a posteriori, a leitura de textos mais longos, pertencentes a outros gêneros. Buscamos, portanto, contribuir para a noção da metaliteratura como elemento constitutivo da Literatura e consequente ampliação de recursos para o desenvolvimento do letramento literário.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
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Resumo JOGOS nA SAlA DE AulA DE línGuA InGlESA EM ESCOlAS PúBlICAS: EXPERIÊnCIAS DE PROFESSORAS EM FORMAçãO InICIAl Juliana Bertino Cabral e Maiara Suenia da Silva / UEPB considerando a importância do ensino de língua estrangeira (LE) para o desenvolvimento crítico do aluno, este trabalho tem como objetivo mostrar como a utilização de jogos lúdicos em sala de aula influencia na aquisição de vocabulário em Língua Inglesa (LI), despertando o interesse dos alunos. através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência (PIBId) – Língua Inglesa – tivemos a oportunidade de desenvolver uma sequência didática (sd) baseada em jogos, em uma turma de 6° ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental e médio Professor antonio oliveira, situada na cidade de campina Grande, Paraíba. com base nos aportes teóricos sobre a aquisição de vocabulário com antunes (2007) e zilles (2001), considerações acerca da utilização de jogos em sala de aula, com maluf (2009) e as considerações sobre sd, com dolz, noverraz e schneuwly (2010), buscamos proporcionar ao aluno uma aprendizagem diferenciada do processo de ensino-aprendizagem tradicional. como resultados, tivemos a confecção de três jogos: o loto-reading, o memory game e o board game, que proporcionaram aos alunos a aquisição de vocabulário, e como consequência pudemos observar um maior interesse pela LI, visto que essa aquisição foi feita de forma dinâmica e prazerosa.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Pôster Premiado 2013 2º LUGar (PiBid)
Resumo “REGISTRAnDO DESCOBERTAS: ESCREvEnDO uM MunDO MElhOR” – EXPERIÊnCIAS PIBID COM GÊnEROS TEXTuAIS nO EnSInO FunDAMEnTAl II Mayara Carvalho Peixoto / UFCG neste trabalho relatamos uma experiência de produção do gênero textual – entrevista – realizada no âmbito do subprojeto PIBId-Letras “Promovendo práticas de leitura e escrita de gêneros diversos no ensino fundamental” com alunos do 7º ano de uma escola pública da cidade de campina Grande-PB. objetivamos: a) descrever os procedimentos didáticos de planejamento, planificação, realização e revisão da entrevista; e b) analisar como os alunos (re)conhecem o funcionamento e a composição desse gênero textual. Esta experiência é fruto de uma das intervenções deste subprojeto e da temática “sustentabilidade e meio ambiente” trabalhada pela escola, e foi registrada em um caderno didático intitulado “registrando descobertas: escrevendo um mundo melhor” cuja proposta elege o trabalho de leitura e produção de outros gêneros. nossa experiência apóia-se nas contribuições teóricas do interacionismo sóciodiscursivo da Escola de Genebra, particularmente, no conceito de sequência didática desenvolvido por schenewly e dolz. os resultados demonstram que o trabalho com gêneros textuais, seja com a leitura ou com a escrita, está fortemente relacionado a um projeto interdisciplinar, sistemático e planejado, a partir do qual professores e alunos se comprometem com novos objetivos de ensino e de aprendizagem da língua portuguesa.
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Gêneros
na Linguística e na Literatura
7 de agosto de 2013
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Este livro procura retratar de maneira fiel a diagramação de conteúdo proposta por cada autor dos pôsteres apresentados durante o IV Encontro Gêneros na Linguística e na Literatura. Não houve intervenções sobre o conteúdo original de cada pôster buscando não interferir nos projetos individuais dos autores.