PlásticoSul Ed. #93

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EDITORIAL ///Carta ao leitor

Plástico Sul na Plast 09 e PE verde em Triunfo

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Julio Sortica - Editor

Plástico Sul # 93 - Dezembro de 2008

T

erminamos 2008 como todo mundo: apreensivos. Afinal, ninguém sabe exatamente como será 2009 e, por isso, o primeiro trimestre aterroriza os executores do planejamento estratégico das empresas. E todos sentimos na pele que esse período será árduo, mas é preciso enfrentar a fera e já disse um executivo que a crise é como uma moeda: tem dois lados. É preciso saber aproveitar as oportunidades que surgem com ela. E para nós, da Plástico Sul, duas notícias foram impactantes: a revista fará a cobertura da Plast’09 em Milão, no final de março. É a segunda maior feira do mundo no setor. E a repórter Melina Gonçalves, com experiência no setor, será nossa representante. Com certeza uma privilegiada, pois além de conhecer os últimos lançamentos em máquinas, equipamentos, processos e detalhes de matérias-primas, estará na Itália, em Milão – hoje uma república avançada do Brasil no futebol, com craques nos dois times locais, o Milan, com vários, destacando-se Kaká e Alexandre Pato. Mas em março Milão vai respirar “plástico” e estaremos marcando de cima cada lance, cada passo, cada estande. Bem, apesar da crise pode-se dizer que além de Milão, também nos interessamos por cidades menores, mais próximas de Porto Alegre, como Triunfo, em cujo solo está fincado o Pólo Petroquímico gaúcho. E que terá novidades em 2009. A Braskem confirmou a construção da unidade de Polietileno Verde, a partir do etanol da cana de açúcar. Será um avanço tecnológico fantástico. Temos outras boas notícias, como a criação da GGD Metals, o plástico no mercado de Pet Shop e muito mais.


Divulgação/PS

SUMÁRIO

/// Plástico Sul # 93 - Dezembro de 2008

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O foco do setor de masterbatch nos últimos anos está na evolução tecnológica e redução de impacto ambiental

/// Carta ao Leitor

06 Destaque /// Masterbatches No ritmo certo da evolução

27 Eventos • •

16 Especial •

Setor de Pet Shop desacelera

Plástico Sul estará na Plast 09 em Milão Messe promove 5 feiras em 2009

34 Plástikos Por Júlio Sortica

36 Bloco de Notas Novidades variadas do setor plástico

38 Agenda & Anunciantes

30 Tecnologia •

24 Mercado •

Rhodia apresenta poliamida certificada UMDT da Deb’Maq no interior de SP

32 Gestão Capa Capa desta desta edição: edição: imagem imagem alusiva alusiva ao ao tema do destaque desta edição. tema do destaque desta edição.

Plástico Sul

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EXPEDIENTE

/// Sindical • Simpep teme por empregos

Plástico Sul # 93 - Dezembro de 2008

/// Negócios • Fusão familiar cria a GGD Metals • PE verde: Braskem começa obras em janeiro

Mais 5 empresas fabricam sacolas certificadas

Editor:

Plástico Sul é uma publicação da editora

Júlio Sortica - DRT/RS nº 8.244

Conceitual Press, destinada às indústrias

Jornalista Responsável:

produtoras de material plástico

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de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos

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Rosana Mandrácio

formadores de opinião, órgãos públicos

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ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

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03 Editorial


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Plรกstico Sul # 93 - Dezembro de 2008


Por Por Por

Melina Gonçalves

Embalados pela evolução Divulgação/PS

DESTAQUE

///Masterbatches ///Masterbatches

Em um segmento como o petroquímico, que se aprimora ano a ano e que se preocupa com a evolução tecnológica, os fabricantes de masterbatches precisam alcançar mais do que o progresso, mas o crescimento com qualidade e respeito ao meio ambiente.

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indústria petroquímica avança constantemente quando o assunto é tecnologia de produtos e inovação. Para acompanhar o ritmo desse mercado os fornecedores de masterbatches não vêem outra saída: é necessário investir também nesses quesitos ou correm o risco de ficar para trás. Desta forma, os masterbatches mudam de acordo com o mercado, com as novas necessidades e com os novos conceitos e, para isto, é fundamental que as empresas acompanhem esses movimentos e tendências. Assim, os fabricantes precisam aprimorar-se e usar de criatividade em diversos processos, como de disper-

Os masterbatches ganham novos padrões de utilização graças às pesquisas no setor

são e compatibilização com novos polímeros, e ter atenção em características como solidez de temperatura e intemperismo dos novos materiais. Além disso, nos dias atuais as exigências não são apenas em qualidade e custos: a preocupação é também com o meio ambiente, repensando o processo de descarte dos produtos feitos com os masterbatches de cores e aditivos e produzindo materiais livres de metais pesados e ecologicamente corretos. A Cromex, de São Paulo (SP), por exemplo, mostra-se

preocupada com a sustentabilidade. “Estamos cada vez mais comprometidos com a redução dos impactos ambientais e com a competitividade dos transformadores da indústria plástica”, revela Anderson Maia, gestor de Produtos da empresa. A evolução no universo das cores não pára por aí. Atualmente, os tons padrões estão colocados cada vez mais de lado, dando lugar a cores personalizadas. Isso significa que os laboratórios das indústrias fabricantes de masterbatches estão sempre trabalhando


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para fornecer aos clientes cores exclusivas que proporcionem identidade. Quem confirma esse quadro é Amarildo Bazan, diretor comercial da Colorifx, de Colombo (PR). “Dentre as principais mudanças podemos citar a disposição dos clientes em desenvolver suas próprias cores, não demonstrando grande interesse pelas padrões. A busca de identidade através das cores tem sido uma constante”, afirma. Tantas inovações são necessárias num mercado tão relevante. Afinal, os masterbatches têm grande importância para o plástico, já que con-

No ritmo da petroquímica Apesar de possuir um pacote pronto, com uma linha base de masterbatches para cor e aditivação, a Cristal Master, de Joinville (SC), também se dedica a produção de cores personalizadas . “Temos a filosofia de ouvir o que o cliente dos nossos clientes querem de melhoria em seus produtos e em conjunto criamos, formulamos e produzimos produtos especiais para atender aquele segmento que precisa de algo mais em seu material”, diz Paulo Stefano, sócioadministrador da Cristal Master. Ele

çam a passo largos. “A empresa produtora de masterbatches tem que acompanhar estes progressos e ser criativa em seus processos próprios de dispersão e compatibilização com as novos polímeros, por exemplo”. Para o empresário o segmento tem evoluído qualitativamente nos últimos anos. [Criatividade] - Para a Cristal Master o desempenho do mercado plástico foi bom em 2008. “Na verdade, nos últimos quatro anos tivemos um forte crescimento nesse segmento e logicamente toda a in-

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Divulgação/PS

DESTAQUE

///Masterbatches

fere grande flexibilidade e personalização na produção do transformador quer seja para introduzir uma cor exclusiva ou aditivar uma resina de acordo com sua necessidade. A Revista Plástico Sul buscou a experiência das principais fabricantes de masterbatches para desbravar o caminho de evolução deste universo. Abaixo confira opiniões sobre desempenho de mercado, o progresso do setor e as novidades em produtos que agreguem valor e qualidade ao material transformado.

Diretoria da Cristal Master destaca investimentos na oferta de cores personalizadas

ratifica que através dos masterbatches pode-se acrescentar qualidade, redução de custo, beleza e durabilidade ao produto final. Na busca pela satisfação dos clientes as empresas produtoras de masterbatches têm progredido ano a ano. Stefano explica que a indústria de pigmentos bases pouco evoluiu nos últimos 20 anos e em contrapartida as indústrias petroquímicas e de equipamentos avan-

dústria periférica também evoluiu neste mesmo ritmo”, revela. Para 2009, qualquer previsão é prematura. Stefano confia que o Brasil esteja preparado para superar os desafios do ano, mas acredita na dependência externa do país. “Se o mundo não caminha bem nós também sofreremos com isso em maior ou menor intensidade. Mas acredito que, por sermos um povo criativo e já termos passado por muitas crises, ouso dizer que


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DESTAQUE

///Masterbatches mercial da Colorfix, de Colombo (PR), uma das principais mudanças dos últimos anos é a disposição dos clientes em desenvolver suas próprias cores, não demonstrando grande interesse pelas cores padrão. Para o executivo, a busca de identidade através das cores tem sido uma constante. “Os master de efeito, por exemplo, são procurados por muitos clientes para além de colorir, dar um efeito especial e exclusivo”, explica. Outro progresso apontado por Bazan é a busca de determinados segmentos pela simplificação de seus

Fotos: divulgação/PS

esta será apenas mais uma e quem for profissional e competente irá sobreviver”, avalia. A Cristal Master está completando cinco anos de atividades e, dentro do portfólio de produtos base, tem masterbatches de cores e aditivos para atender qualquer segmento de mercado, na forma mais adequada para o cliente utilizar com implantação de dosadores ou periféricos necessários ao bom andamento do maquinário dos transformadores. “Estamos sempre procurando nos aprimorar em tecnologia, pessoas e co-

A Colorfix, diz o diretor Amarildo Bazan, vai além do catálogo padrão

vestimento em novas áreas”, revela. Para 2009 a empresa prevê a consolidação deste plano com um crescimento recorde na Colorfix em função da abertura de novas frentes comerciais.

Investindo na linha própria

Com ênfase na evolução, a Cromex desenvolve produtos com perfil inovador

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nhecimento para podermos agregar tudo isto aos nossos produtos”, finaliza o empresário.

A cor como identidade Foi-se o tempo em que as indústrias fabricantes de masterbatches trabalhavam apenas com o catálogo padrão de cores. A maior evolução deste setor está justamente na criatividade. Segundo Amarildo Bazan, diretor co-

processos, optando muitas vezes a substituir uma técnica de pintura pela transformação de uma peça já na cor final, exigindo assim desenvolvimentos especiais.

[Em busca de crescimento] - O diretor comercial concorda com outros executivos quando o assunto é desempenho de mercado. Para Amarildo o ano de 2008 foi de alto crescimento. “Iniciamos um projeto de in-

Inserida em mais de 40 países, a Cromex é uma tradicional fabricante de masterbatches que busca aprimoramento constante. Desta forma, para acompanhar a evolução do mercado nos últimos anos, a empresa efetuou uma mudança de postura, bem como realizou alterações na própria linha de produtos. Para isso, investiu em melhoria contínua na atuação de parcerias oferecendo consultoria técnica a seus clientes. “A Cromex hoje está cada vez mais focada em atuar próxima ao seu cliente para oferecer os melhores produtos e a excelência no atendimento”, diz Anderson Maia, Gestor de Produtos da empresa. Na linha de produtos a atenção é voltada ao meio ambiente. A empresa se preocupa com a sustentabilidade que se traduz na combi-


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DESTAQUE

///Masterbatches tê-lo em nosso portfólio, mas conferir valor agregado para que supere as expectativas de nossos clientes”, revela o gestor. Algun s exemplos de produtos que se juntaram ao portfólio da empresa são: • Preparações altamente concentradas de pigmentos orgânicos e inorgânicos em polietileno usadas na produção de masterbatches. • Estabilizadores de luz – garantem proteção altamente efetiva de numerosos polímeros ou ainda projetos, por exemplo, que se aplicam

Divulgação/PS

nação de alguns fatores. “Estamos ainda mais comprometidos com a redução dos impactos ambientais e com a competitividade dos transformadores da indústria plástica”, revela. Recentemente foi lançada uma linha de aditivos que confere ganhos no processo dos clientes, além de melhorar a fixação das cores em embalagens plásticas. Conforme Maia, esse desenvolvimento agrega valor a embalagem final e garante desta forma o desenvolvimento tecnológico e comercial do setor.

Freitas destaca que o foco da Macroplast é reduzir impactos ambientais

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[Valor agregado] - Para satisfazer os clientes e o meio ambiente, a Cromex busca constantemente a melhoria de seus produtos e a criação de novos, que atendam as expectativas do mercado de um modo geral. A empresa atua também em linhas específicas para mercados com necessidades determinadas, tais como ráfia, cosméticos, automotivo, fios e cabos. “O fato hoje não é somente pensarmos em um produto e

pigmentos de Cor Variável Color Variable Pigments - CVP. • Pigmentos inorgânicos de estrutura lamelar multicamadas que produz um jogo de cores dependendo do ângulo de observação. Isto confere inúmeras possibilidades de criar produtos aumentando as possibilidades de mercado de nossos clientes.

Foco no meio ambiente Preocupação com a sustentabi-

lidade também é a principal evolução do setor para a Macroplast, com sede em São Paulo (SP). Segundo o gerente Comercial da companhia, Luis Manuel Freitas, o universo do mercado de masterbatch segue a tendência mundial de exigências dos clientes no que tange o uso de produtos ecologicamente corretos , e livres de metais pesados. “Nestes últimos cinco anos, a grande e maior mudança que ocorreu no setor foi o fato de empresas globais exigirem que seus fornecedores de masterbatch se enquadrem nestas novas exigências”, ressalta. Para o executivo, o que antigamente era quesito de qualificação de indústria alimentícia e farmacêutica, acabou se estendendo para todo o mercado de plásticos. Freitas afirma que se trata também de uma forma de ferramenta de marketing para atender as necessidades destes novos consumidores que procuram produtos, sejam eletro-eletrônicos, automotivos, linha branca e etc., que interfiram o mínimo na natureza, e principalmente com a sua qualidade de vida. “A principal vantagem em atentar para a questão ambiental vai desde a produção, onde os operadores de injetoras e extrusoras não ficam expostos a pigmentos oriundos de metais pesados, até o consumidor final, que preocupado com a sua família e com a própria poluição de águas e do ar exige o uso de masterbatches Heavy Metal free”. Segundo o executivo, a Macroplast segue o ritmo dos demais fabricantes e revela que o mercado em 2008 foi excelente com exceção do quarto trimestre, afetado pela crise


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DESTAQUE

///Masterbatches mundial e pela alta do dólar. Para Freitas, 2009 será o melhor período da gestão da empresa, com o uso adequado das ferramentas atualizadas, prospectando nichos e mercados pouco explorados e de alta rentabilidade.

Setores industriais impulsionam o consumo

Divulgação/PS

Mercados como de embalagens, cosméticos e brinquedos são responsáveis por grande fatia do consumo de masterbatches. Desta forma, o desempenho desse segmento está diretamente associado aos resultados destes importantes setores da economia.

(Abihpec) estima que o faturamento do setor em 2008 chegue a R$ 21,2 bilhões e registre um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior. No acumulado de janeiro a agosto, a indústria teve alta de 8,3%, chegando a R$ 13 bilhões. “Crescemos em menor escala, mas ainda assim, acima da média de outras indústrias”, afirma o presidente da entidade, João Carlos Basílio. Quanto às exportações e importações, as notícias são animadoras. Segundo balanço apresentado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o setor de Hppc é o único do complexo químico (que inclui as in-

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Cosméticos: um dos que utilizam de forma mais impactante a força das cores

Se depender da indústria da beleza, que se utiliza dos recursos visuais para ganhar atenção nas prateleiras, o universo colorido dos masterbactches conquistará cada vez mais espaço. Isso porque, apesar da desaceleração da economia no segundo semestre do ano, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

dústrias de produtos de limpeza, farmacêuticos, tintas e fertilizantes, entre outras) a apresentar superávit em sua balança comercial. Estima-se que o setor contabilize em 2008 exportações no valor de US$ 650 milhões, contra US$ 450 milhões em importações, resultando em balança comercial positiva de US$ 200 milhões. Para Basílio, este é o mo-

mento ideal para que empresas brasileiras aumentem a competitividade no mercado internacional, oferecendo produtos de qualidade e com preços acessíveis. Ele também lembra que as empresas não dependem da facilidade de crédito para que o consumidor brasileiro adquira seus produtos. “Crise e oportunidade são dois lados de uma mesma moeda”, conclui. [Embalagens] - Outro mercado que impulsiona o crescimento do consumo de masterbatches é o de embalagens. Conforme estudo realizado pela FGV–RJ para a Associação Brasileira de Embalagens (ABRE), a indústria de embalagens teve faturamento de R$ 32 bilhões em 2007. O valor é 2,1% maior que em 2006 e representa aproximadamente 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional do ano. Para 2008, a estimativa é uma expansão de 2,5% na produção física de embalagens e uma receita de R$ 34,7 bilhões. Na indústria de brinquedos também se pode observar um crescimento cada vez maior de consumo de artigos coloridos de plástico. Sejam em vídeogames, em carrinhos ou em bonecas, existe um apelo crescente por materiais de plásticos que proporcionam leveza, cores diferenciadas e que sejam atóxicos. A atual situação do setor de brinquedos é de alerta devido a crise financeira internacional e a alta do dólar. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), para 2009 o cenário é uma incógnita. Questões como altos impostos sobre produtos e aumento de preços das matériasprimas importadas inibem um setor que leva criatividade e bom humor às crianças brasileiras. P S


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ESPECIAL

///Pet Products

Um freio no crescimento

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Por

Julio Sortica

O mercado de Pet Products, destinado a suprir as necessidades dos animais de estimação está a merecer mais atenção dos transformadores, seja na criação de novos produtos e acessórios, como fez em 2001 Christiane da Costa, da Pipi Dolly’s, lançando o sanitário para cães, ou explorando melhor o segmento de alimentação (embalagens), como sugere José Maria Parra, ex-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfal Pet). Afinal, os números impressionam e como muitos itens são feitos à base de plástico e elastômeros na composição, o setor se beneficia diretamente. De acordo com a AnfalPet, fundada em 1980 e com sede em São Paulo (SP), o potencial do mercado brasileiro de produtos pet está muito além dos resultados conquistados: segundo dados de 2008, há 31 milhões de cães e 15 milhões de gatos, um consumo potencial de 3,96 milhões de toneladas/ano. Esses números levam o Brasil à colocação de segundo maior mercado do mundo em número de animais e volume de produção.

Alimentação tem potencial Entretanto, os alimentos industrializados são oferecidos a apenas 45,32% dos animais de companhia, sendo os outros 54,68% são alimentados com sobras de mesa. “São apro-

ximadamente 2 milhões de toneladas de arroz, carnes, leite e outros alimentos utilizados para alimentar nossos animais de companhia, consequentemente desviados da alimentação humana”, afirma José Maria Parra, ex-

presidente da associação. A Anfal Pet, segundo dados de 2008, representa o setor com cerca de 42 associados de um universo estimado em 128 empresas produtoras de alimentos para cães e gatos. Se forem con-


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ESPECIAL

///Pet Products siderados os produtores de alimentos para animais de companhia, ou animais de companhia de um modo geral (ração para hamster, alimentos para pássaros, alimentos para ferret e ração para peixes), este número sobe para cerca de 300 empresas. As empresas associadas são responsáveis por 80% do que o setor faturou em 2007, e por 75% do volume de ração e outros alimentos para animais de companhia produzidos no mesmo ano. O setor como um todo é responsável por 12.000 empregos diretos somente na indústria. Para 2008 a AnFal Pet projetava as mesmas dificuldades em relação aos fatores que desaceleraram o crescimento no ano passado. No entanto, a estimativa de reagir e crescer pelo menos 5%, com um faturamento estimado em torno de US$ 3,22 bilhões para Pet Food, foi por água abaixo.

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Setor de Pet Food registra índices negativos em 2008 Nem a mais modesta projeção apontava para números negativos em 2008, pois o setor de Pet Food (alimentos para animais de companhia) esperava faturar US$ 3,22 bilhões neste ano. Em 2007 o saldo foi positivo, mas o setor não conseguiu confirmar a expectativa de crescimento de 11%, ficando em 4,6%. A desaceleração, segundo a Anfal Pet ficou por conta do aumento dos preços das matérias primas e ainda a alta carga tributária, que encarece e dificulta o acesso da popu-

lação ao produto formal e de melhor valor nutricional, além de diminuir a competitividade no exterior. Em 2007, a indústria brasileira do setor produziu 1,8 milhões de toneladas de alimentos para cães e gatos. A Região Sudeste é a maior responsável por este resultado, respondendo por 52,64% do mercado, seguida pela Sul (40,42%), Centro-Oeste (4,45%), Nordeste (1,94%), Norte (0,55%). A expectativa era recuperar em 2008, mas o resultado também decepcionou, segundo relata José Edson Galvão de França, Dretor Executivo da Anfalpet. “O ano de 2008 fechou negativo, com uma taxa de crescimento de -0,61% em toneladas e 0,30% em reais”. Apenas para se comparar, segundo França, o volume em 2008 fechou em 1.784.343, contra 1,8 milhões de toneladas em 2007. O executivo informa que os tipos de produtos mais comercializados são, pela ordem: 74% - Alimentos; 3% - Serviços; 8% - Medicamentos Veterinários e produtos para higiene, embelezamento; 5% - Equipamentos e acessórios Praticamente em todos eles existe a utilização de resinas termoplásti-

cas, elastômeros e borrachas na composição dos produtos. Conforme José França, os melhores mercados regionais consumidores no Brasil continuam inalterados em relação a anos anteriores. “Em consumo, referente a 2007, o sudeste é o primeiro com 69,94%, o sul vem em segundo com 16,22%, posteriormente o nordeste, o centro-oeste e o norte em último”. No que se refere à participação do plástico na composição de custo do produto, no caso das embalagens, França destaca que, num pacote de ração, representa entre 5 a 7% do preço final. [Causas] – Um estudo da AnfalPet em 2007 buscou as causas da queda no faturamento, constatando a alta carga tributária. No total, os alimentos para os animais de companhia são taxados com 49,9% de impostos, enquanto que os insumos agropecuários com 15,25%, e a cesta básica, 7%. Motivo da diferença: os alimentos para cães e gatos são taxados como supérfluos, apesar desta nutrição substituir os alimentos de consumo humano. A associação reivindica o enquadramento dos alimentos para os


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ESPECIAL

///Pet Products 2001, diante das dificuldades de sua proprietária, Christiane Costa, com sua cachorrinha Dolly Poppy. Diante disso, ela inventivamente passou a criar e desenvolver pesquisas em torno de produtos que pudessem facilitar a vida dos animais de estimação e seus donos. O Pipi Dolly’s é composto de duas badejas plásticas, cobertas por grades removíveis do mesmo material. É justamente dessa grade móvel que vem a praticidade do produto: colocando-se folhas de jornal entre elas, a urina do cão é absorvida e não entra em contato com o animal, evitando assim as odiadas patinhas de xixi pela casa. As

Divulgação/PS

animais de companhia com alíquota idêntica àquela determinada ao alimento humano, assim como é feito nos EUA (onde alimentos humanos e pet food têm alíquotas idênticas e não superiores a 7,5%) e na Europa (a maior taxa é a da Alemanha, que não ultrapassa 18%). O segmento de produtos econômicos ou básicos, que representa 65% do mercado, absorve todo o crescimento do setor; o Standard, que representa 23% do mercado, permanece estável; e o segmento Premium – 8% do mercado -, mais o segmento Super Premium – 4% do setor –, mantêm queda.

Empresária Christiane Costa, com Dolly Poppy, a inspiradora dos sanitários para cães

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Pipi Dolly’s vira case de sucesso Criatividade é uma das palavraschave para uma empresa fazer sucesso. Inovação, persistência e competividade completam o quadro. Assim foi com a Pipi Dolly’s, empresa gaúcha com sede em Porto Alegre que fabrica sanitários para cães e outros acessórios em plástico. A Pipi Dolly’s surgiu em

fezes também ficam retidas sobre a grade, podendo ser facilmente removidas. Medidas: 40 cm de largura, 60 cm de comprimento, 2 cm de altura da bandeja e 1,8 kg de peso. O site da Pipi Dolly’s ensina como usar o sanitário. Por uma questão de mercado, a empresa não fabrica os produtos. Essa fase é feita por terceiros, informa Christiane Costa. “Optamos por ter-

cerizar a fabricação, já que o mercado nos facilita termos empresas especializadas. Nossa parceira é a empresa Domplast, de Caxias do Sul.” A empresária informa que os produtos são fabricados em PS, e são vários tamanhos de matrizes e as injetoras utilizadas têm força de fechamento de 268, 380 e 650 toneladas.

[Praticidade e prêmio] – O caso é um sucesso também porque a higienização é simples: não é necessário trocar o jornal ou refil todos os dias e o compartimento coletor deve ser lavado com água e sabão apenas uma vez por semana. A empresária afirma que o produto pode ser usado por animais de todos os portes. “O material é resistente e adaptável ao tamanho de qualquer raça, bastando para isso adicionar outra unidade, de fácil encaixe”, explica Christiane. Os produtos desenvolvidos foram gradativamente sendo aperfeiçoados e adaptados para as mais particulares situações e, atualmente, atendem com qualidade e precisão às necessidades de seu público alvo, destaca a empresária. “A Pippi Dolly’s tem investido na oferta de novos produtos, como o modelo para cães, imitando um hidrante e a versão para as dog-meninas é feita com motivos em tons pastéis e adesivos delicados, que conferem um toque bem feminino ao banheirinho das cadelinhas e identificam claramente que aquele é um local especialmente criado para elas”, destaca Christiane. Segundo a empresária, a criação “foi fruto da necessidade real e da inventividade de pessoas que realmente valorizam e têm muito carinho por seus animais de estimação”, ressalta. Pipi Dolly’s virou um case de sucesso


Além do sucesso nacional, Christiane Costa conseguiu destaque no exterior. Ela revela como se comporta o mercado e onde as vendas estão melhores. “O sudeste sempre é o carro chefe para vendas, mas a grande surpresa tem sido o Norte. Também exportamos para os Estados Unidos, Uruguai, e agora estamos em negociações com Chile e Inglaterra”, revela. Mesmo sem revelar o volume comercializado em 2008, Christiane Costa está otimista quanto às vendas

Kilpp tem variedade em acessórios Embora com menor participação no grade de consumo do setor Pet, os equipamentos e acessórios, entre estes os brinquedos, ganham mais espaço nas prateleiras das pet shops e gôndolas dos supermercados, como destaca Tatiana Schütz Kilpp, diretora da Kilpp Plásticos LTda, empresa gaúcha instalada no bairro Anchieta, em Porto Alegre. A Kilpp fabrica uma variedade de produtos para entretenimento e adestramento agility de cães e gatos. “São brinquedos e acessórios maciços, atóxicos e aromáticos, que tanto servem para distração como adestramento”, ressalta Tatiana. São tipos variados de anéis, bolas, brinquedos, mordedores, cabo de guerra, arremesso, puxadores, guias,

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[Patentes e mercados] -

em 2009. “Temos muito a crescer ainda neste mercado, principalmente abrindo novos caminhos fora do Brasil”. Um dos motivos foram as patentes conseguidas, nos Estados Unidos e no Brasil. Ela conta sobre essa trajetória a a diferença de tempo no processo entre os dois países. “Temos os produtos patenteados no Brasil e nos USA. No Brasil demorou sete anos e saiu em 18 de novembro de 2008, já nos USA levou 1 ano e 8 meses. A diferença é que aqui o INPI e um órgão do governo federal, isto faz com que a demora seja maior”, explica. Mas Christiane está confiante e na sua agenda está marcada uma viagem no dia 31 da janeiro de 2009 para participar de uma feira nos Estados Unidos. “Esse mercado cresce muito”, justifica.

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nacional e ganhou o Prêmio Talentos Empreendedor/Sebrae. O sanitário para animais de estimação já é de uso crescente em muitos lares do Brasil, “mostrando-se um produto de excelente qualidade e praticidade, durável e fácil de lavar”, acrescenta a executiva gaúcha.


ESPECIAL

///Pet Products coleiras, equipamentos para banho (escova, saboneteira) e outros. Segundo Tatiana, a empresa usa elastômeros termoplásticos, TR, TTO, além da masterbatches e aditivos seguindo todas as recomendações de saúde. “Nossos produtos são confeccionados com matérias-primas atóxicas e nunca recicladas”, ressaltando que os principais fornecedores são a FCC e a Dolphin Laja.

[Mercado está bom] –

Vetnil: mais produtos e mais vendas Dedicada à fabricação de produtos para o segmento veterinário, atualmente, segundo Rogério de Oliveira Jorge, Diretor de Operações, a Vetnil utiliza embalagens plásticas em grande parte de sua produção, englobando tanto a linha de Suplementos como a de Medicamentos. Dentre as embalagens utilizadas estão as constituídas de Polietileno (frascos,

Fotos: divulgação/PS

Mesmo sem revelar números, Tatiana Kilpp destaca que o mercado em 2008 foi bom. “E a tendência é melhorar. Todo início de ano há uma pequena

ro. A Kilpp ainda não trabalha com exportação, apesar da reconhecida qualidade dos produtos.

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Brinquedo da Kilpp, feito de borracha elastomérica atóxica ganha mais espaço

retração e também enfrentamos problemas no fornecimento de matériaprima, mas a expectativa é de um ano positivo”, afirma. Em termos geográficos, a grade da Kilpp destaca que os melhores mercados são o Rio Grande do Sul (pela localização da fábrica e distribuição, como na rede Zaffari de supermercados), depois São Paulo e Rio de Janei-

bisnagas, seringas e sacos plásticos), as de Polipropileno (potes) e as constituídas de PET (frascos). “Como exemplo podemos citar o Gelo Pan (Bisnaga Plástica de Polietileno e potes de Polipropileno) na linha de medicamentos e, na linha de Suplementos o Glicopan 30ml e o Hemolitan 60 ml em embalagem tipo PET”, destaca o executivo.

Embalagem da VetNil em resina termoplástica

Como é comum em vários segmentos produtivos, a terceirização pode ser uma boa opção no caso de embalagens. No caso da Vetnil, Rogério Jorge revela que a empresa possui equipamentos apenas para o envase dos produtos, já no caso da fabricação e ou conformação de embalagens plásticas não há equipamentos. “Neste momento este não é o nosso foco. Compramos embalagens plásticas de fornecedores como Cimplast, Emplás, entre outros no concorrido mercado de embalagens”, explica. Quanto às matérias-primas utilizadas na fabricação de produtos plásticos, segundo Rogério Jorge, “com exceção dos plásticos de engenharia são matérias primas comuns na qual é de conhecimento de todos os fabricantes, na realidade, o que difere os materiais é o tipo de masterbatch utilizado (pigmentação) e algum tipo de catalisação utilizada para acelerar algumas reações químicas (por exemplo na fabricação de Poliuretanos)”, destaca. “De um modo geral todos utilizam PE e PP dos mesmos fabricantes, seja Braskem, Ipiranga


presas vendem mais, os fornecedores da cadeia do plástico também faturam mais. Se dependesse apenas da Vetnil, os resultados teriam se mantido positivos, segundo conta o Diretor de Operações. “A Vetnil em 2008 manteve sua posição de destaque dentro da linha de Suplementação Pet e de Eqüinos, atingindo sua meta de vendas dentro das estimativas previstas para o referido ano”, informa. E para 2009, a projeção é otimista, apesar de a indústria em geral estar cautelosa. “A Vetnil pretende crescer em faturamento no mínimo 10% quando comparado com o ano de 2008, trazendo ao mercado novos produtos, na qual já se encontram em fase avançada de desenvolvimento. O mercado pode esperar pro-

Plastrela faz embalagem inédita para o setor Sensibilidade para perceber a necessidade do mercado, mais criatividade e tecnologia garantem novos produtos em vários setores. Foi assim com a empresa gaúcha Plastrela Embalagens Flexíveis, localizada no município de Estrela, que lançou recentemente no mercado brasileiro uma embalagem inédita com zíper. A Zip Fácil é aplicável para o empacotamento de cereais, grãos, rações, entre outros produtos. A primeira empresa a utilizar a Zip Fácil é a Adimax Pet, que vai usá-la para alimentos de cães e gatos na sua linha Magnus Premium. O diretor da Plastrela, Jack Shen,

explica que a Zip Fácil pode ser aplicada em bobinas e sacarias, acabamento com quatro soldas, sistema abre e fecha em uma única película e pode ser aplicada em embalagens sanfonadas. “Para o desenvolvimento deste produto específico a empresa investiu cerca de R$ 1,5 milhão e já conta com pedidos para outros segmentos”, completa Shen. Conforme Adir Comunello – sócio administrador da Adimax Pet, a nova embalagem vai permitir uma melhor conservação do produto e de suas propriedades por mais tempo, além de manter o alto padrão de qualidade dos alimentos. A empresa, com sede em Salto de Pirapora (SP), apresenta a novidade inicialmente na embalagem de 15kg do Magnus com Nuggets. P S

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[Desempenho] – Se as em-

dutos inovadores e de qualidade, essa é a nossa missão”, finaliza.

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ou similar”, acrescenta.


Açometal, RCC Metais e Domave se unem e surge a GGD Metals Entre as razões para a fusão está o crescimento e união para pesquisa e desenvolvimento

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Divulgação/PS

MERCADO

///Negócios

nova configuração vinha sendo construída há tempos e não foi o especto da crise internacional suficiente para mudar o rumo traçado pelas empresas-irmãs do setor do aço. Assim, configura-se um cenário inédito no setor, a fusão das empresas Açometal, RCC Metais e Domave, todas distribuidoras oficiais da Gerdau, foi anunciada oficialmente ao mercado em dezembro. O início de todas as operações já unificadas está previsto para janeiro de 2009. Em março, acontecerá um grandioso evento para clientes, parceiros e imprensa, que selará o nascimento do Grupo, informa André Dias, porta-voz e membro do Conselho Diretor do GGD Metals. O nome escolhido para o novo conglomerado foi GGD Metals – GGD como sigla para Grupo Gonçalves Dias – já que se trata de uma união de empresas com comando familiar, de administrações independentes divididas entre três irmãos: André, Eduardo e Fábio Gonçalves Dias. Segundos os executivos, as razões para a unificação do GGD Metals incluem: imperativos de crescimento, mudanças econômicas, união de recursos para pesquisa e de-

senvolvimento, ganho de sinergias, corte de custos e economias de escala e escopo. Segundo André Dias, a história das três empresas começa com a visão empreendedora de seu pai, João Dias. O empresário investiu na distribuição de aços e metais em três diferentes empresas, com perfis e áreas de atuação diferenciadas – já de olho na transição de gerações. A RCC com atuação forte no setor de moldes, matrizes e indústria automobilística; a Açometal focada no mercado aeronáutico e setor sucroalcooleiro; e a Domave em construção mecânica, máquinas e equipamentos. Sob o comando de cada herdeiro, Açometal, RCC Metais e Domave, começaram a crescer de maneira exponencial, além do que suas estruturas físicas permitiam. “Administrativamente havia possibilidade de crescimento, mas ele passou a ocorrer desordenadamente”, explica André. “Sentimos necessidade fiscal, tributária e operacional de nos reorganizar após sofrermos assédios de empresas multinacionais dispostas em investir e aportar capital. Mas não abriremos o controle acionário” [Foco no Sul] - Para André, os principais objetivos com a fusão são, inicialmente, sinergia, ganhos operacionais, redução de custos com logísticas e operações e a perpetuação do negócio. “A partir de agora

André Dias, porta-voz e membro do Conselho Diretor da GGD Metals

somos uma Sociedade Anônima, com visão de novos empresários, governança corporativa, podendo e devendo ser auditada.” Um dos principais investimentos do GGD Metals, no momento, é na área fabril. Serão mais de 30 mil metros quadrados de espaço construído, na Zona Sul de São Paulo, além da manutenção do prédio onde funcionava a RCC e mais uma grande área em Valinhos, interior de São Paulo. Como plano de expansão para 2009/2010, o Grupo pretende investir em filiais na região Sul do país, mais precisamente em Caxias do Sul (RS) e Joinville (SC). O Marketing do GGD Metals ganhou forte injeção de verbas para planejamento de branding e criação da nova logomarca. Foi contratado um Gerente Geral de Marketing vindo da Apple (André Monteiro, ex-gerente de marketing da Apple para o cone Sul), e ainda uma respeitada agência de publicidade - Parra, que atende empresas como Ford e Unibanco. “O nosso ônus com a fusão é abrir mão de marcas consolidadas. Por isso a estrutura do marketing contou com esse investimen-


possui cerca de 350 funcionários e acima de 20% desse quadro compõe a área de vendas. A estrutura atual conta com executivos de vendas e executivos de contas. Segundo André, é inédito e inovador no setor de distribuição departamentos de vendas e marketing com essa capacidade, administração e estruturação. Em relação aos clientes, os diretores não mediram esforços nem investimentos para que eles fossem os mais informados a respeito da mudança e sobre o que eles têm a ganhar com isso. “O cliente ganha eficiência. Uma empresa com poder de barganha maior frente aos fornecedores e com poderio de abrangência mercadológica muito maior (capilaridade de mercado).” Tam-

e identidade do grupo. A agência desenvolveu toda a papelaria, material de web, uniformes, frota, sinalização interna e externa da fábrica, escritórios e o manual de marca, além dos anúncios impressos e campanhas de teaser nas principais revistas setorizadas. “Escolhermos a Parra por ser uma agência que se diferencia no mercado”, diz Monteiro, Gerente Geral de Marketing do GGD Metals. A campanha começou a ser veiculada no final de dezembro e tem como garoto propaganda Bruninho Rezende, levantador da seleção brasileira de vôlei, filho do técnico Bernardinho. “O atleta é perfeito para assumir a cara do GGD Metals, que chega ao mercado após uma fusão de três empresas familiares”, explica André Monteiro, Gerente Geral de Marketing da empresa. P S

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[Estrutura] - O GGD Metals

bém há preocupação com a relação com os fornecedores. “O fato de nos tornarmos um grupo grande e poderoso aumenta a nossa responsabilidade e disposição em manter e fortalecer antigas parcerias.”, diz André. Quanto à atuação responsável, André Dias, alerta: “Aumentaremos a cobrança por fornecedores que também atuem com responsabilidade ambiental e social. E ainda, temos como meta a obtenção da ISO 14001.”. Além disso, o Grupo investiu na instalação de um laboratório de qualidade dentro da companhia e capacitação de funcionários para sua utilização. [Nova marca] - Após a contratação do ex Gerente de Marketing da Apple para o Cone Sul, André Monteiro, o GGD Metals fechou com a agência Parra para a criação da marca

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to”, explica André.


MERCADO

///Negócios

Braskem inicia obra da nova planta de PE Verde A unidade deve ser instalada ao lado da Planta 2 da Unidade de Petroquímicos Básicos

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onforme o cronograma previsto e as informações que garantiam a manutenção dos investimentos na construção da unidade de Polietileno Verde, em Triunfo (RS) a Braskem confirmou o início das obras para janeiro de 2009. As primeiras movimentações no canteiro de obras da nova planta de PE dependiam da concessão de Licença de Instalação (LI) por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para autorizar o início do processo de construção. A Braskem está trabalhando no detalhamento do projeto de engenharia. A unidade deve ser instalada ao lado da Planta 2 da Unidade de Petroquímicos Básicos. O investimento será de R$ 500 milhões e a planta terá capacidade de produção de 200 mil toneladas. Segundo os executivos da Braskem, o projeto é prioritário e a produção deverá começar em 2010, com destino principalmente para países da Europa e Japão. [Prêmio] – A Braskem foi uma das empresas vencedoras do Prêmio Responsabilidade Ambiental da Global Plastics Environmental Conference (GPEC), promovido pela SPE (Society of Plastics Engineers). O reconhecimento foi conferido à empresa em razão do projeto “Materiais Plásticos feitos de recursos renováveis”, pelo caráter inovador do processo desenvolvido para produção de polietileno a partir do

etanol de cana-de-açúcar e da unidade industrial que está sendo implantada em Triunfo para esse fim. “Esse prêmio é mais um reconhecimento que a Braskem recebe pelo projeto de polietileno verde. Isso reforça a importância dessa inovação que a empresa desenvolveu e que traz inúmeros benefícios ao meio ambiente e, consequentemente, às pessoas”, diz Antônio Morschbacker, responsável pelo projeto de polietileno verde da Braskem. Por meio desses prêmios, a Divisão Ambiental de Plásticos da SPE re-

conhece as corporações e outras instituições que têm demonstrado liderança e excelência ambiental. Diversos requisitos são necessários para concorrer ao prêmio, entre eles contribuir para a melhoria ambiental; demonstrar criatividade e originalidade; e promover a liderança em áreas ambientais, entre outras exigências. A conferência se realizará entre 25 e 27 de fevereiro, em Orlando (Flórida), Estados Unidos, no Disney’s Coronado Springs Resort - Walt Disney World®. Os prêmios serão apresentados no dia 26 de fevereiro. P S

Associadas da Abief produzem sacolas homologadas O processo de certificação de fabricantes de sacolas plásticas adequadas à legislação está em franco desenvolvimento. Mais cinco empresas associadas da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) foram homologadas para utilizar o Selo de Qualidade INP-Abief que indica que os processos de produção de suas sacolas plásticas estão em conformidade com as normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Destas cinco empresas, duas inclusive já receberam o Certificado de Conformidade da própria ABNT. As empresas homologadas com o Selo INP-Abief são Altaplast ATP Ind. Com. de Plásticos (SP), Hiper Roll Embalagens (MG), JBM Indústria Comér-

cio Embalagens Plásticas (GO), Val-Bags Indústria e Comércio de Plásticos (MG) e Zivalplast Ind. Com. de Plásticos; apenas a Hiper Roll e a JBM têm o Certificado ABNT. É importante lembrar que as sacolas produzidas de acordo com a norma ABNT NBR 14937 têm uma qualidade superior. “Elas são mais resistentes e, portanto, suportam uma maior quantidade de itens de compra, reduzindo a quantidade de sacolas necessárias com economia e evitando o desperdício de matéria-prima e de energia”, sentencia o presidente da Abief, empresário Rogério Mani.


Milão é o principal centro industrial da Itália e atrai milhares de executivos, que também aproveitam para fazer turismo em uma cidade bonita e agitada

Mantendo sua tradição de participar de eventos regionais, nacionais e internacionais, a Revista Plástico Sul estará presente na 15a Feira Internacional de Plásticos e Borracha, Plast 2009, que ocorre de 24 a 28 de março em Milão, na Itália. A repórter Melina Gonçalves viajará com a missão de acompanhar os transformadores plásticos brasileiros nesse roteiro, coletando impressões sobre o evento, os melhores momentos e conferindo a nova ordem da economia mundial frente aos fabricantes. A feira, que é trienal, teve sua última edição em 2006 e na ocasião contou com uma área de 65.545 m2, com 3.000 máquinas operando e 1551 exibidores de 50 países. P S

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Revista Plástico Sul vai a Milão

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EVENTOS

///Internacional


Cinco feiras em evidência em 2009 Divulgação/PS

EVENTOS

///Messe Brasil

Além da Intertooling e Intermach, com relação direta com o setor plástico, outros destaques são a Expogestão, Intercon e Illumina

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rise se vence com trabalho e criatividade. Assim a Messe Brasil promove cinco feiras em 2009, muitas com estreita ligação com o setor plástico. Em Joinville/SC serão realizadas as feiras da Expogestão (junho), a Intercon, a Illumina e a Intermach (setembro). Já a Intertooling Brasil ocorrerá em São Paulo, em julho. A Messe Brasil atua no segmento de feiras de negócios nos mercados de gestão empresarial, máquinas e equipamentos industriais, ferramentais, plásticos, metalurgia e construção civil há 14 anos. Desde sua fundação em 1995, já realizou mais de 30 feiras técnicas e das sete que promove, cinco são realizadas em Joinville e duas, em São Paulo. A participação e o apoio de entidades setoriais de nível nacional, comprovam a credibilidade da empresa, que hoje é referência no Sul do País, na realização de feiras setoriais.

Expogestão A Expogestão 2009 reunirá de 16 a 19 de junho, em sua sétima edição, empresas, profissionais, produtos, ser-

Lepeltier: Messe teve muito trabalho para organizar cinco feiras diferenciadas

viços e tecnologias voltados à gestão moderna de negócios em um ambiente propício para ampliação de relacionamentos, refletindo as tendências e tecnologias aplicáveis à gestão empresarial. O evento congrega três espaços distintos: feira, workshops e congresso. A feira, organizada pela Messe Brasil, traz novidades, seguindo o crescimento do congresso e atraindo público qualificado e com poder de decisão de dentro das corporações.

Intertooling Brasil 2009 A Intertooling Brasil 2009 - Feira e Congresso Internacional de Tecnologia de Ferramentais será promovida de 14 a 17 de julho de 2009, no Expo Center Norte, em São Paulo. A

terceira edição do evento apresenta as novas tecnologias de ferramentais, promove o Prêmio Excelência Técnica Intertooling Brasil, organizado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Também ocorrem, paralelamente à feira, o II Enafer - Encontro Nacional de Ferramentarias promovido pelo Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da Acij (Associação Empresarial de Joinville) e o evento Moldes 2009 - 7º Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes, promovido pela ABM (Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais).

Intercon A Intercon 2009 – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia,


Divulgação/PS

Expoville: abrigou a Interplast em 2008 e irá receber novos visitantes em 2009

Intermach Illumina Paralelamente a Intercon acontecerá a primeira edição da Illumina – Feira de Iluminação e Materiais de Eletricidade. O evento é direcionado a profissionais como arquitetos, engenheiros, projetistas, lojistas, geren-

A Intermach 2009 – Feira e Congresso de Tecnologi a, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica será realizada de 15 a 19 de setembro de 2009. O objetivo da feira é oferecer atualização tecnológica, integração entre pro-

fissionais, fornecedores, prestadores de serviço, compradores e empresas do setor metal-mecânico. Palco de lançamentos e inovações, o evento ainda promove o Cintec 2009 Mecânica e Automação - Congresso de Inovação Tecnológica que reunirá renomados profissionais de empresas e pesquisadores nacionais e estrangeiros, promovendo um encontro de tecnologias aplicadas dentro de seu segmento. A feira será na Expoville, em Joinville/SC. P S

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tes de produtos e instaladores. As duas feiras serão promovidas na Expoville, em Joinville/SC.

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Equipamentos, Materiais de Construção e Acabamentos será realizada de 2 a 5 de setembro de 2009. A feira tem como propósito reunir empresas fabricantes de materiais de construção, oferecer ao mercado lançamentos e apresentar produtos e soluções para construção civil, fortalecendo o relacionamento com lojistas, construtores, engenheiros e arquitetos e promovendo negócios. O evento, que já acontece em conjunto com o Cintec 2009 Construção Civil, Arquitetura e Urbanismo Congresso de Inovação Tecnológica, deve receber o Encontro dos Comerciantes de Materiais de Construção dos três Estados do Sul (Ecomac-Sul), evento nacional, mas com foco voltado ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda em paralelo serão realizados o Desafio Interpontes 2009 e Workshops Intercon 2009.


TECNOLOGIA

///Inovação

Technyl® A 218W V30 obtém a certificação W270

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(TZW), que é a referência para análise biológica de água, concede esse grau de qualidade por ter passado com sucesso uma série dos mais rígidos testes relacionados à cultura de microorganismos em ambiente aquático. Criado especificamente para aplicações em contato com água, essa poliamida já satisfaz de acordo com padrões de água potável* (WRAS.,

Divulgação/PS

raças aos trabalhos em pesquisa e desenvolvimento, a Rhodia recebeu a certificação W270 em relação a microorganismos aquáticos para seu Technyl® A 218W V30. Este padrão essencial para segmentos de mercado que produzem aplicativos em contato com água potável completa o leque de aprovações existentes de alimentos e água de au-

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Technyl: criada especialmente para produtos que ficam em contato com a água

toridades regulatórias européias e americanas. Technyl® A 218W V30, uma poliamida 6,6 reforçada com 30% de fibra de vidro, já é conhecida por sua excepcional resistência a hidrólise e seu desempenho mecânico excelente. A certificação W270, outorgada pela Technologiezentrum Wasser

DGVW., ACS., NSF): • Testes de sabor e odor; Testes de aparência da água; Testes de migração. E também com padrões aprovados para alimentos por autoridades européias (Diretiva EU 2002/72/EC – 2004/19/EC) e americanas (FDA 21

CFR 177.1500, 178.3297). • Status de aprovação de alimentos para todos os aditivos usados na fórmula. As certificações regulatórias estão disponíveis por requisição. [Aplicações] - O Technyl® A 218W V30 mostra uma resistência à hidrólise superior à da poliamida 6,6 padrão preenchida com vidro, demonstrada pela ausência de fibras de vidro retornando à superfície, mesmo após mais de 2.500 horas de envelhecimento. O Technyl® A 218W V30 também preserva suas propriedades mecânicas excelentes após 10.000 horas em um ambiente aquoso aquecido a 95º (até 75% de suas propriedades mecânicas, ou seja, 15% mais que materiais tradicionais). Disponíveis nas versões preto e natural, essa poliamida também oferece um ótimo aspecto de superfície. O Technyl® A 218W V30 foi especialmente criado para uso em sistemas de aquecimento, bombas, válvulas elétricas e aplicativos semelhantes, e foi homologado com sucesso para uso em partes finais de aplicativos de diferentes clientes. P S ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

* Regulamentações de Água são requisitos nacionais para a criação, instalação e manutenção de sistemas de encanamento. Seu propósito principal é prevenir a contaminação de água potável.


UMDT de Deb’Maq no interior paulista soluções com novas técnicas de manufatura e negócios. Dessa forma, atende pequenas e médias empresas industriais, escolas técnicas federais e estaduais, fornecedores de máquinas, equipamentos e afins, organismos de qualificação profissional, universidades / faculdades de engenharia e instituições de apoio a pequenas empresas. As visitas da UMDT são feitas mediante agendamento e podem durar de uma a duas semanas. Nesse período, são promovidas atividades como: cursos de usinagem com tecnologia CNC; palestras técnicas de fornecedores de máquinas, equipamentos, softwares, ferramentas e outros; palestras de instituições de ensino técnico; palestras de organismos de apoio a pequenas empresas; estudos de cases das pequenas empresas; e demonstrações dos equipamentos instalados. [Perfil] – Fundada em 1997, a Deb’ Maq do Brasil Ltda iniciou suas atividades focada no setor metal mecânico, em princípio comercializando peças de reposição e serviços. P S

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cessos de Soldagem, Diadur (16/12), com Controle de Acionamentos CNC, RG (17/12), Transmissão de Dados Sem Fio, Camozzi (18/12), com Processos de Soldagem e no dia 19 para visitação do público. [A UMDT] - Preparada para atender às mais diversas regiões e suas diferenças, culturais ou tecnológicas na área de manufatura industrial, a UMDT da Deb’Maq dispõe de metodologia que pode ser empregada tanto ambientes de alta tecnologia como os mais básicos, nos quais se aplicam técnicas de manufatura obsoletas ou dispendiosas. Dentre seus objetivos estão: o apoio ao desenvolvimento de pequenas e médias empresas industriais da área de manufatura de produtos e serviços; atualização, difusão e transferência de tecnologia para as instituições de ensino técnico e de qualificação de mão-de-obra; fomento à integração de escolas técnicas e comunidades industriais; e incentivo à modernização do setor produtivo por meio da geração de

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Deb’Maq tem uma preocupação com tecnologia e em dezembro, a UMDT – Unidade Móvel de Difusão Tecnológica da Deb’Maq visitou unidades do Senai-SP em Matão – entre os dias 8 e 12 e São José do Rio Preto - entre 15 e 19. Durante a visita, foram desenvolvidas atividades voltadas à interação entre fornecedores de máquinas/ equipamentos e as instituições de ensino técnico, no que se refere à transferência de tecnologias, o que envolve atualização técnica dos docentes por meio de cursos, demonstrações e palestras, além de demonstrações práticas para os alunos. O evento foi aberto a alunos, docentes, empresários e técnicos do setor. Em Matão o cronograma teve visitas à Sandvik (8/12) com o tema Ferramentas de Corte; Bauly (9/12), Processos de Soldagem, Camozzi (10/12), Automação Pneumática, RG (11/12), com Transmissão de Dados Sem Fio e visitação ao público no dias 12/12. No Senai de São José do Rio Preto a escala foi esta: Bauly (15/12) – Pro-


GESTÃO

///Sindical

Simpep quer manter empregos no Paraná Arquivo/PS

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Dirceu Galléas, do Simpep, quer reformas tributária e fiscal

situação é preocupante, pois o Simpep - Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná encerrou 2008 com um crescimento abaixo do esperado. Diversos fatores estão contribuindo para a estagnação do setor, que além da guerra fiscal e preços das matériasprimas no mercado interno, está sendo afetado diretamente com a crise mundial. A maior prioridade do setor é conseguir manter os 18 mil empregos diretos que são gerados no Paraná. A notícia da redução do IPI no setor automotivo foi visto com bons olhos por empresários que fornecem peças para as montadoras, mas o reflexo é muito pequeno, beneficiando somente o setor automobilístico, em sua maioria multinacional. Dirceu Galléas, presidente do Simpep, aponta caminhos:


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cada vez mais difícil a sobrevivência no mercado. Grandes empresas de transformação do plástico já fecharam suas portas e outras estão migrando para outros Estados em busca de benefícios que não eram concedidos no Paraná, “o problema está no Governo Federal e não no Estadual que agora se obriga a buscar uma alternativa para fortalecer e não perder empresas e empregos”, destaca o presidente. “As expectativas para 2008 foram afetadas e 2009 deve ser planejado com cautela e estudo de mercado, para que haja um melhor gerenciamento de contas a fim de viabilizar um crescimento econômico e a manutenção dos empregos gerados. As empresas precisam buscar a união e fortalecer o setor, sozinha uma empresa pode até ser vista, mas dificilmente será ouvida”, completa Galléas. [Falta competitividade] - O Paraná já foi um dos primeiros estados do Brasil na transformação do plástico, hoje oscila entre o 6º e o 7º, perdendo dia-a-dia sua competitividade. O setor congrega aproximadamente 600 indústrias, que transformam 300 mil toneladas por ano, com faturamento de US$ 3,2 bilhões. P S

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“A solução é uma Reforma Tributária e Fiscal ampla, o setor plástico vem sendo penalizado há anos, falta de vontade política e conhecimento técnico faz do setor uma das grandes vítimas. Estamos a muitos anos indo para Brasília, mostrando que o IPI do plástico é o maior erro praticado pelas autoridades; temos este imposto a crédito na matéria-prima de 5% e somos obrigados a destacar 15% no produto final, com uma cascata em cima de mão de obra e todos os insumos do produto”, ressalta. [Isonomia] - E também contesta algumas ações do governo. “Baixar o IPI para as montadoras é uma afronta para a indústria plástica nacional, o correto seria colocar o IPI menor para os transformadores em seus produtos, pois são empresas regionais, 100% brasileiras, que geram cem vezes mais empregos e estão em situação igual ou pior que montadoras multinacionais. Bastaria uma isonomia no setor, que certamente o preço dos insumos plásticos, que representam mais de 30% em um carro, seria reduzido e repassado para o consumidor final”, justifica. Segundo o Sindicato, com a demanda diminuindo e os preços aumentando, está


PLÁSTIKOS PE verde garantido em Triunfo Neste dezembro a diretoria da Braskem confirmou que a Unidade de Polietileno Verde, programada para começar as obras em janeiro, tem seus recursos garantidos. A crise internacional afetou a empresa, mas todos consideram o “plástico verde” um produto acima do padrão normal, com conceito em todo o mundo e, por isso, deve sair do papel e ganhar as fábricas para se tornar produto final. Assim, o Pólo de Triunfo ganha em breve mais uma unidade industrial.

Plastivida I: lança o terceiro PEVM em SP

nha dos PEV’s-M e o presidente da Plastivida. Na ocasião, a Plastivida promoveu uma oficina de reciclagem com crianças que freqüentam o parque, com a animação de um clown. Por meio da confecção de brinquedos artesanais a partir de embalagens e sacolasplásticas, elas aprenderam a importância dos três R´s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Plastivida II: PEVM com presença de monitor O PEV-M está localizado no Parque do Ibirapuera, no portão 3. Este é o terceiro dos 6 PEV’s-M da Capital previstos na parceria entre a Plastivida, BR+10 e a Prefeitura de São Paulo. Os PEV’s-M são contêineres que recebem 5 tipos de

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Divulgação/PS

A saga da Plastivida e do seu presidente, Francisco de Assis Esmeraldo

Por

Julio Sortica

esse projeto. Esperemos que breve os convênios possam se estender a outras capitais brasileiras.

Plastivida III: reciclagem que gera emprego e renda Além de contribuir pela “saúde” do meio ambiente, o projeto tem maior alcance, pois o material é recolhido pela Coopercicla, cooperativa de reciclagem sem fins lucrativos, onde trabalham 75 cooperados, processando mensalmente 240 toneladas de resíduos, dos quais 170 toneladas são comercializadas. Todos os envolvidos obtêm trabalho e renda, nesta logística que conjuga preservação ambiental com inserção social.

Plástico Sul em Milão, na Plast’09 Sem dúvida, mais um desafio para a Plástico Sul, que se aproxima do seu 10º aniversário. Desde a cobertura do primeiro evento, a Interplast 2000, quando recém estávamos na terceira edição, a Conceitual Press sempre procurou acompanhar de perto os grandes eventos, sem esquecer os médios e até os pequenos

Plastivida lançou o PEVM, organizou oficinas e divulgou o programa dos 3R

é digna de elogios e registro. No final de novembro foi inaugurado na capital paulista o terceiro PEVM (Ponto de Entrega Voluntário Monitorado) na marquise do Parque do Ibirapuera. Estiveram presentes a vereadora Mara Gabrilli, a Madri-

recicláveis (papel, plástico, metal, vidro e óleo de cozinha usado). Um dos diferenciais é a presença de um monitor que, durante todo o horário comercial, orienta a população sobre separação dos resíduos e reciclagem. Muito bem pensado

seminários e mostras regionais. No ano em que estamos completando 10 anos há uma série de eventos importantes e a revista tentará participar de todos. Começa com a repórter Melina Gonçalves na Plast’09, em março, em Milão. Depois teremos a Brasilplast 2009 em maio, a NPE em junho e a Plastech em Caxias do Sul em julho. Semestre cheio.


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PLAST MIX

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///Bloco de Notas Ampliação da garantia para toda a linha Piovan Com o objetivo de oferecer maiores benefícios aos seus clientes, a Piovan estabeleceu um novo prazo de garantia para todos os equipamentos produzidos e comercializados em sua planta no Brasil. A partir de 2009, o período de garantia estender-se-á para 02 (dois) anos, abrangendo toda a linha de produtos, inclusive a linha para refrigeração. A Piovan destaca que a qualidade de seus produtos, coloca a empresa em uma posição confortável para poder oferecer maiores vantagens aos clientes que buscam confiabilidade e produtos de alta performance. Esta mudança integra o processo de melhorias da Piovan continuamente em busca da satisfação de seus clientes, ressalta a nota.

Romi na Assocomaplast

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A Romi Italia, subsidiária das Indústrias Romi – referência na indústria brasileira de máquinasferramenta e máquinas para processamento de plástico –, acaba de se associar à Assocomaplast – Associação Italiana dos Fabricantes de Máquinas e Moldes para Processamento de Plástico e Borracha, entidade italiana que reúne os

fabricantes locais de máquinas para plástico. A Assocomaplast congrega 187 importantes fabricantes italianos de máquinas, moldes e demais suprimentos para produção de peças de plástico e borracha. A entidade é uma congênere da Abimaq/CSMAIP brasileira (Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria de Plásticos). A associação é reflexo da aquisição pela Romi, em julho de 2008, dos ativos da tradicional fabricante italiana de injetoras de plástico Sandretto. Segundo o portal EmalagemMarca, no negócio, a Romi assumiu duas unidades fabris nas cidades italianas de Grugliasco e de Pont Canavese, na região de Turim, e quatro subsidiárias comerciais – Reino Unido, França, Espanha e Holanda -, além de vários setores em diversos países.

M&G investe US$ 1,65 mi e amplia capacidade produtiva O Gruppo M&G anunciou que, a partir do mês de abril de 2009, a capacidade de produção de sua planta brasileira de Resina PET instalada em Ipojuca, estado de Pernambuco, passará das atuais 450 mil toneladas/ ano para 550 mil toneladas/ano. Inaugurada em 2007, a unidade é equipada com reator único e mantém

a posição de maior produtora de resina PET do mundo. O investimento será de US$ 1,65 milhões ou 16,50 US$/ tonelada. O aumento de capacidade usará uma tecnologia desenvolvida pela M&G que permite obter com baixo investimento e rápida implantação, grande incremento no volume e significativos ganhos nos custos de produção. A nova capacidade permitirá atender plenamente o mercado brasileiro e também exportar para os países da região com os quais o Brasil tem vantagens competitivas. O aumento da produção ocorrerá sem descontinuidade de abastecimento do mercado interno, sem aumento de custo fixo e com redução dos custos de produção. Uma segunda etapa de ampliação já está prevista, elevando a futura produção de 550 mil toneladas/ano para 650 mil toneladas/ano, e será realizada quando houver demanda.

Consumo consciente de sacolas plásticas tem hot site Com o intuito de promover o consumo responsável de sacolas plásticas a Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, criou o hotsite Sacolas Plásticas Mais Resistentes. Nele encontram-se páginas


e melhor esclarecimento em relação aos plásticos e ao ambiente. Para conhecer o hotsite acesse: www.sacolinhasplasticas.com.br.

Um novo impulso às sacolas verdes O Pão de Açúcar é o primeiro supermercado a assumir o compromisso de oferecer ao cliente apenas embalagens certificadas pelo Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas. Lançada em maio de 2008 pela Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, a iniciativa reduziu em 12% o uso de sacolas nas lojas participantes do piloto da campanha, que envolveu o treinamento de 2 mil funcionários das maiores redes.

Plástico Sul # 93 - Dezembro de 2008

reutilizam essas embalagens para descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos plásticos para esse fim. O hotsite também promove o conceito dos 3R’s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar, incentivando a reutilização das sacolas em outras finalidades e aplicações, além da coleta seletiva e da reciclagem do plástico. As crianças, por exemplo, vão encontrar no hotsite o livro virtual “Lalá e a Sacolinha Falante”, que conta a aventura de uma criança que tem como amiga uma sacolinha de plástico falante. Para o presidente da Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo, essa ferramenta de comunicação com o consumidor vai possibilitar um maior

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específicas com dicas para o consumo responsável, informações sobre como os supermercados e a indústria de plástico vêm trabalhandopara contribuir para o varejo consciente, além de espaço para opinião do visitante, links com eco-curiosidades, notícias sobre sacolas plásticas e meio ambiente, entre outros. Sabe-se que as sacolas plásticas são de grande utilidade, não somente na hora de carregar as mercadorias, mas como utensílio para várias atividades no lar. Pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que 71% dos brasileiros as consideram a forma ideal de transportar as compras e ainda apontou dezenas de tipos de reuso. Mas o resultado mais importante indicou que 100% das famílias ouvidas


AGENDA

///Programe-se para 2008/2009 BRASIL

www.brasilplast.com.br

Fimma Brasil 2009 Feira Internacional de Máquinas, Matérias-primas e Acessórios para Móveis De 23 a 27 de março de 2009 Local: Parque de Eventos de Bento Gonçalves, RS, Brasil. Site: http://www.fimma.com.br

Feimafe De 18 a 23 de maio de 2009 Parque Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209 São Paulo - SP Mais informações: www.feimafe.com.br OUTROS PAÍSES

Embala Amazônia De 24 a 26 de março de 2009 Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia Belém – PA Embala Minas De 14 a 16 de abril de 2009 Centro de Eventos ExpoMinas Belo Horizonte – MG BrasilPlast 2009 De 4 a 8 de maio de 2009 Parque Anhembi - Av.Olavo Fontoura, 1209 - São Paulo - SP Mais informações:

PlastIndia 2009 De 4 a 9 de fevereiro de 2009] 4-9 Fevereiro/2009 Pragati Maidan, Nova Delhi, Índia www.plastindia.org Plast 2009 Feira da Indústria do Plástico De 24 a 28 de março de 2009 Pavilhão Internacional em Milão, na Itália. Site: http://www.plast09.org Plasticos’09 De 29 de junho a

2 de julho de 2009 III Exposição Internacional da Industria Plástica Centro Costa Salguero - Buenos Aires - Ar-gentina Mais informações: www.banpaku.com.ar NPE 2009 De 22 de junho a 26 de junho McCormick Place - 401 N. Michigan Avenue , 23rd Floor Chicago - Estados Unidos

///Anunciantes da Edição Activas #

Pág. 05

Plastech #

Pág. 17 Pág. 23

Pág. 35

Pág. 21

Leopolymer #

Albag #

Pág. 37

Mainard # Pág. 35

Plenicor #

Mecanofar #

Polimáquinas # Pág. 40

Aspó # Plástico Sul # 93 - Dezembro de 2008

Plást. Ven. Aires #

Airus #

Artefatos #

38

Ipiranga Química # Pág. 25

Pág. 02

Pág. 13

AWS # Pág. 27 Brasilplast #

Pág. 15

By Engenharia # Cabot #

Pág. 29

Cermag #

Pág. 35

Pág. 35

Pág. 32

Pág. 35

Met. Wagner # Pág. 35

Químicos & Plásticos # Pág. 36

Minematsu # Pág. 36

Resinet #

Momesso #

Rhodia # Pág. 39

Pág. 33

Pág. 11

Moynofac # Pág. 35

Rone #

Multi-Ubião #

Super Finishing #

Nazkon #

Pág. 32

Pág. 35

Colorfix #

Pág. 07

Nicoplas #

Deb’Maq #

Pág. 09

Plan #

Pág. 37

Valimplast #

Pág. 31

Pág. 37

Pág. 33

Pág. 19

Para anunciar, ligue 51 3062.4569




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