PlasticoNordeste #19

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Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticonordeste.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

“Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente”

(Joelmir Beting)

Redação: Brigida Sofia e Gilmar Bitencourt Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)

04 – Da Redação

Capa: divulgação

Por Gilmar Bitencourt

Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações

06 - Plast Vip Vanderlei Siraque, Deputado Federal

Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da

10 - Construção Plástico em alta

16 - Especial Periféricos em bom momento

20 - Perspectivas Cenário otimista para 2013

25 - Giro NE As notícias da Região Nordeste

26 - Foco no Verde Ações voltadas à sustentabilidade

Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à

28 - Bloco de Notas As últimas do plástico no Brasil ANATEC - Associação Nacional

30 - Anunciantes + Agenda Eventos e parceiros da edição

das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Jan/Fev de 2013 < Plástico < Plástico Nordeste Nordeste < 03 <3


ARQUIVO

Editorial

Crescimento à vista

"Dirigentes e empresários do setor petroquímico-plástico acreditam que 2013 será um ano de recuperação e crescimento"

O

ano de 2013 começou preocupante pela situação da Petrobras, por um índice inflacionário além do previsto pelas autoridades e um PIBinho de 0,9%. No entanto, este começo também foi animador porque o Governo Federal projeta um PIB de 4% e uma estabilidade do dólar na faixa de R$ 2,00. Diante desse quadro a presidenta Dilma Rousseff tomou uma série de medidas para impulsionar a economia, como a manutenção de programas como Minha Casa, Minha Vida, processos indutivos e mais atenção ao setor de infraestrutura. Por tudo isso dirigentes e empresários envolvidos com o setor petroquímico-plástico acreditam que 2013 será um ano de recuperação e crescimento. Assim pensa também a CNI, que faz projeções otimistas. Pelo lado das indústrias de transformação do plástico, a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) ainda rói as unhas pelo que aconteceu em 2012, principalmente pelo aumento nos preços das matérias-primas. A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) não cansa de “chorar” o longo período de estagnação e espera pelos incentivos prometidos pela União. A Adirplast, entidade que reúne os distribuidores de resinas, acredita em um crescimento de 6,6%. Na visão dos fabricantes, a Abimaq também se queixa de uma forte queda, mas quer reformas estruturais, como a questão tributária e o Custo Brasil. Já a Abimei, associação brasileira que reúne os importadores de máquinas, comemora a ideia de o ministro Mantega, de rever a lista de produtos que tiveram aumento da alíquota de importação em outubro passado, com o objetivo de proteger a indústria nacional. Outra entidade que espera por mudanças é a Abief, da indústria de embalagens flexíveis. Entre os destaques desta edição também temos uma entrevista com o deputado federal pelo PT paulista, Vanderlei Siraque, que é o verdadeiro defensor do setor petroquímico-plástico no Congresso Nacional, liderando a Frente Parlamentar setorial. O setor de construção também prevê continuidade de investimentos e os fornecedores estão ansiosos para que o “trem do progresso” engate sua marcha para o futuro. Da mesma forma os fabricantes de equipamentos periféricos para o setor plástico, animados com os rumos da economia. Por fim, há muitas notícias interessantes sobre sustentabilidade e meio ambiente, as novidades do plástico em várias áreas e o que rola pelos estados do Norte-Nordeste. Sem dúvida, mais uma edição imperdível da revista que representa os interesses do segmento nesta região. Boa leitura!

Gilmar Bitencourt / Interino gilmar.bitencourt@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013


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PLAST VIP NE Vanderlei Siraque

A força política em defesa do plástico

S

e 2012 ficou na memória do empresariado como um ano com muitos obstáculos para a indústria nacional, por outro lado também pode ser lembrado por um período de grandes acontecimentos, como as medidas e programas governamentais de estímulo à produção, que vislumbram novas perspectivas para o setor. Entre as novidades do ano, destaca-se a instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil. O órgão é uma associação suprapartidária, sediada em Brasília (DF), com atuação em todo o território nacional. Na entrevista concedida para a revista Plástico Nordeste, o presidente da Frente Parlamentar, deputado federal do PT, Vanderlei Siraque, fala sobre a atuação e os objetivos da instituição. O parlamentar faz uma análise do desempenho do setor e destaca que a cadeia produtiva do segmento é estratégica para o país. “O meu lema é o seguinte: só teremos um Brasil forte, com a indústria química, petroquímica e de plástico competitivas”, salienta. Os objetivos da instituição são amplos e visam ao desenvolvimento da indústria do plástico. Mas o presidente comenta

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que é preciso o fortalecimento da Frente Parlamentar, para que “tenha representatividade junto aos governos, empresários e trabalhadores do setor”, observa. Destaca que é importante a participação das pessoas ligadas à indústria do plástico e de governantes estaduais e municipais. Neste sentido, ele informa que já está programada a realização de seminários em Brasília e outros estados da federação. Siraque destaca que a grande luta da Frente neste ano é a criação do REIQ - Regime Especial da Cadeia Produtiva da Indústria Química (Petroquímica, Plástico). Para isso, reforça que é preciso o engajamento de todos ligados a cadeia produtiva do setor. Revista Plástico Nordeste - Quando foi instalada a Frente Parlamentar? Vanderlei Siraque - A Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil foi constituída em 17 de maio de 2012, aqui na Câmara dos Deputados Federais. Plástico Nordeste - Quais são os seus objetivos? Vanderlei Siraque - Os objetivos da Frente

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Deputados criam Frente Parlamentar para estimular no Congresso Nacional o desenvolvimento da indústria química e plástica

estão relacionados no art. 2º do Estatuto, como aprimorar a legislação (municipal, estadual e federal) dando mais competitividade à cadeia produtiva; buscar equilíbrio do câmbio, incentivar as exportações; coibir a guerra fiscal entre as unidades da federação; defesa econômica, garantia do fornecimento de matéria-prima, energia elétrica; redução das tarifas de gás, energia elétrica e dos cus-


tos do crédito; desoneração e simplificação da carga tributária; transformar o petróleo do pré-sal em valor agregado; diálogo entre o Congresso Nacional e a iniciativa privada sobre os problemas do setor; entre outros. Plástico Nordeste - Como é composta a frente parlamentar? Vanderlei Siraque - É constituída por parlamentares federais, mas está aberta à participação dos empresários e trabalhadores do setor, além de prefeitos e governadores, conforme o art. 4° do Estatuto da Frente Parlamentar. Plástico Nordeste - Como o Sr. analisa a competitividade da cadeia produtiva do plástico atualmente? Vanderlei Siraque - Temos cerca de 11 mil empresas de transformadores de resinas termoplásticas no Brasil. A maioria são pequenas e microempresas. É a terceira geração da cadeia produtiva. O plástico é o produto final visível da indústria petroquímica, pois está nas embalagens, nos sacos de lixo, nos

computadores, nos veículos, nas mesas, nos tetos, nos telefones, nos aviões, nas próteses. Está em nosso cotidiano. O plástico se transformou em vilão dos supostos ambientalistas por ser pouco degradável ou por durar muito tempo. Mas não é isso que desejamos? Produtos que durem muito tempo, por exemplo, uma prótese! E o que fazer com os produtos já sem uso que não são biodegradáveis? Reciclar e transformá-los em úteis novamente. Tem que haver a reversibilidade. Não tem que sobrar resíduo, não tem que ter lixo. Para melhorar a competitividade é necessário implementar os objetivos da Frente Parlamentar, como mudar a cultura dos consumidores e produtores demonstrando a utilidade do plástico na vida das pessoas; desoneração e simplificação tributária; defesa econômica; redução dos custos e preços das resinas termoplásticas; formação de mão de obra qualificada; melhorar a capacidade de empreendedorismo dos transformadores. Plástico Nordeste - Quais as ações pre-

vistas pela Frente Parlamentar em prol do setor em 2013? Quais foram as conquistas de 2012? Vanderlei Siraque - As conquistas em 2012 foram a redução das taxas de juros, a redução das tarifas de energia elétrica, o ponto de equilíbrio do câmbio, diversas desonerações tributárias (como sobre a folha de pagamentos).Vamos continuar reivindicando e cobrando das esferas de governo investimento em infraestrutura viária, portos, aeroportos, obras contra as enchentes e a formação de mão de obra. Entre as ações, realizamos diversos seminários e visitamos praticamente todos os polos do Brasil. Agora é importante e necessária a consolidação da Frente Parlamentar e o seu fortalecimento para que tenha representatividade junto aos governos, empresários e trabalhadores do setor. Planejamos seminários nos Estados e um aqui em Brasília. Plástico Nordeste - Um dos principais problemas da indústria química, petroquímica e plástica do país é a concor- >>>>

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Siraque diz que todas as reivindicações fazem parte dos objetivos da Frente

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PLAST VIP NE Vanderlei Siraque

rência internacional, principalmente no setor de transformação de plásticos. Quais as ações da Frente Parlamentar neste sentido? Vanderlei Siraque - O déficit na nossa balança comercial em toda a cadeia produtiva foi de 26,5 bilhões de dólares em 2011, 30 bilhões em 2012 e pode chegar a 50 bilhões em 2020 caso não seja incentivado o setor como um todo. Plástico Nordeste - A balança comercial do setor está cada vez mais deficitária. Exportamos commodities, de menor valor agregado, e importamos transformados, que realmente geram renda e empregos. O que fazer para reverter esta situação? Vanderlei Siraque - O nosso grande problema é a concorrência com os países da Europa, China, México e Estados Unidos (este último em decorrência do preço do gás, que é ¼ do nosso custo). O México por estar próximo dos Estados Unido. A Europa pelos séculos de experiência e pela crise econômica e a China pela capacidade milenar histórica de comercializar os seus produtos, além de outros fatores da guerra comercial e da competitividade. Plástico Nordeste - De acordo com empresários e especialistas da cadeia produtiva do plástico, para tornar as empresas mais competitivas é preciso reduzir o Custo Brasil, diminuir a taxação e melhorar a infraestrutura. Qual o posicionamento da Frente Parlamentar em relação à reforma tributária e quais as suas ações neste sentido? Vanderlei Siraque - Todas as reivindicações do setor fazem parte dos objetivos da Frente Parlamentar, pois antes de instalarmos a Frente, procuramos ouvir os integrantes da cadeia produtiva. A minha história com o setor vem desde 2005, pelo menos, quando eu fazia parte do Grupo de Trabalho do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Consórcio de Municípios da Região do Grande ABC. Assim, penso que esta cadeia produtiva é estratégica para o país e o meu lema é o seguinte: “só teremos um 8 > >Plástico 08 PlásticoNordeste Nordeste> >Jan/Fev Jan/Fevde de2013 2013

Brasil forte, com a indústria química, petroquímica e de plástico competitivas”. Plástico Nordeste - As medidas anunciadas pelo Governo Federal para incentivo de alguns setores da indústria nacional, entre eles o plástico, segundo especialistas são pontuais que resolvem casos mais críticos, mas que não resolvem o problema. Como o Sr. vê esta questão? Na sua opinião o que é preciso ser feito? Vanderlei Siraque - As medidas do governo, em parte, são pontuais, são medidas para combater a crise econômica internacional e não deixá-la chegar por aqui. Se compararmos com outros países, o governo está seguro e continua gerando emprego e renda. Outras medidas beneficiam o desenvolvimento econômico como um todo: a redução das taxas de juros; a redução das tarifas de energia elétrica; os Investimentos em portos, aeroportos, rodovias, enfim, em obras de infraestrutura. Plástico Nordeste - O câmbio é outro fator que tem afetado as empresas nacionais. Segundo o economista Delfim Netto, a valorização do real tem efeito devastador para a indústria nacional. Qual a atuação da Frente Parlamentar nesta questão? Vanderlei Siraque - O câmbio é fator importante e complexo, quando o real sobe é muito bom para as empresas que tem dívidas em dólares (ex. Petrobrás), quando o real cai, é ruim para essas empresas e muito bom para as exportações. Então é necessário

encontrar um ponto de equilíbrio às pressões internacionais para não haver artificialismos nos valores das moedas. Plástico Nordeste - No caso do norte-nordeste, um dos gargalos que prejudicam o crescimento do setor petroquímico-plástico é a falta de capacitação da mão-de-obra. A Frente sugere alguma ação, convênio ou apoio, público ou privado? Vanderlei Siraque - Sem dúvida alguma a formação de mão de obra é essencial no norte-nordeste e em todo o país. Alagoas está fazendo isso com o SENAI, Pernambuco está crescendo nos ramos, Bahia já está há muito tempo na cadeia produtiva, mas é preciso entrar na região amazônica, pois lá tem gás e petróleo, além das grandes hidroelétricas que estão sendo inauguradas. Plástico Nordeste - O que mais gostaria de acrescentar? Vanderlei Siraque - A nossa grande ação e luta em 2013 será a sensibilização do Congresso Nacional e do Governo para a construção do REIQ - Regime Especial da Cadeia Produtiva da Indústria Química (Petroquímica, Plástico). Já temos regimes especiais diversos, como o do setor automobilístico. Este regime especial somente será construído com a participação efetiva dos empresários e trabalhadores do setor, dos prefeitos e governadores onde há indústrias desta cadeia produtiva instalada (São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro). PNE


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Plástico na Construção

Por Brigida Sofia

Um setor em crescimento O setor de construção impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. O direito a uma moradia digna ainda não é uma realidade para todos os brasileiros. Com a ascensão da classe média, muitas famílias estão progredindo em direção a residências melhores, comprando ou reformando. Construções e reformas em ambientes de negócios também avançam com o crescimento econômico do Brasil, mesmo que 2012 não tenha sido um dos melhores anos. Nesse caminho, o plástico ganha espaços graças às suas características funcionais e também de baixo custo. No Nordeste, região que brilha quando se fala em crescimento econômico no Brasil, não poderia ser diferente.

A

ascensão da classe média e a realização dos megaeventos esportivos no Brasil são um prato cheio para os setores de construção. Além dos estádios e hotéis, investimentos mais óbvios, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos impulsionam construções e reformas em vários níveis, como a mobilidade, o que movimenta a cadeia em que o plástico está envolvido diretamente. O brasileiro também já é conhecido por fazer adaptações em suas moradias, além do sonho da casa própria. As resinas PP, PE e PVC da Braskem estão presentes na construção através de vários materiais produzidos por seus clien10 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

tes. Monica Evangelista, da área de PP da Braskem, diz que o mercado do Nordeste em 2012 teve um crescimento interessante e as perspectivas para 2013 são de manutenção dessa tendência. “Esse crescimento é caracterizado por vendas de resinas acima da média nacional, motivadas principalmente pelo consumo das famílias das classes C e D”, afirma. “A Braskem tem orgulho de fazer parte deste crescimento: em agosto de 2012 a empresa inaugurou sua mais nova planta de PVC no Estado de Alagoas focando o atendimento do mercado brasileiro e fortalecendo seu compromisso com na região”, comenta. A Braskem tem dedicado esforços para o desenvolvimento de mercado no setor de

Edificação e Construção, com o objetivo de promover e apoiar as soluções em PP, PE e PVC fabricadas com resina da empresa junto à Construtora Norberto Odebrecht, Odebrecht Empreendimentos Imobiliários e demais empresas da organização, informa Monica. “Estamos promovendo a parceria dos clientes da Braskem que fornecem produtos para esse setor com a construtora, como, por exemplo, o uso de uma tecnologia inovadora para laje: o sistema Bubble Deck para o Centro Administrativo do Distrito Federal, que está em construção pelo consórcio entre Odebrecht Infraestrutura e Via Engenharia”, diz.

Novos sistemas / PP e PVC


leves em que o concreto que não tem função estrutural na laje é retirado e substituído por esferas de plástico (PP). Com isso, a laje fica até 35% mais leve, reduzindo o uso de concreto, aço e madeira do escoramento. Outros produtos de destaque em PP são fibras para reforço de concreto e geossintéticos. Existem dois tipos de fibras de PP, sendo que a microfibra tem função de inibir fissuras nos pisos e a macrofibra tem função estrutural (reforço) para pisos, túneis e rodovias. “Na Europa e EUA, esses produtos são usados trazendo ganhos durante a construção e manutenção das rodovias, pisos e túneis”, afirma Monica. As inovações em geossintéticos vêm crescendo com produtos à base de PP, como, por exemplo, as geomantas que protegem a superfície de terrenos de chuvas e de ventos. Outro exemplo, os geobags que segregam o lodo contaminado para o aterro de portos, etc. Nilton Valentim, da área de PVC da Braskem, lembra que a resina tem uma forte vocação para apresentar produtos e soluções para o segmento da construção civil. “Há produtos já consagrados em PVC, como os tubos e conexões, eletrodutos, fios, cabos, forros, caixas elétricas, entre outros, mas há também inovações sendo apresentadas ao mercado”. Entre essas novidades estão telhas de PVC, tanto as de clareamento quanto as opacas, o sistema construtivo concreto/PVC, os decks em PVC. Valentim diz que o Nordeste vive um momento excelente, com muitos investimentos em curso, e um crescimento acima da média nacional. “Os produtos e aplicações de PVC acompanham essa onda de crescimento. O segmento de tubos e conexões está muito demandado no Nordeste pelas muitas obras em curso”, avalia. Em relação aos primeiros meses da nova fábrica de PVC da Braskem em Alagoas, ele é cauteloso, não divulga números. “As plantas de MVC e PVC vêm operando, desde a partida, de forma regular e encontram-se em fase de otimização operacional e desenvolvimento de grades. Já atingimos as capacidades de projeto para MVC e PVC”, diz.

Aplicações em PE - Em PE, a Braskem, através de seus clientes, oferece ao mercado de construção civil caixas

Nilton Valentim, da Braskem, destaca as novidades em PVC, como as telhas

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- O Bubble Deck é um sistema de lajes

d’água de até 2.000L, tanques de grande volume até 20.000L, fossas sépticas, cisternas, poços de visita (PV’s) e de inspeção (PI’s) para redes coletoras de esgoto, mantas de PE expandido para isolamento acústico de lajes e paredes, mantas para proteção de pisos acabados, pisos alveolares drenantes, tubos para adução e rede de água, tubos para distribuição de gás, tubos para drenagem, revestimento para fios e cabos e geomembranas. “Os nossos clientes vêem o Nordeste como um mercado em expansão, em especial nas regiões metropolitanas das capitais, tanto em termos de construção civil quanto em infraestrutura, onde a utilização de produtos à base de polietileno certamente contribuirá para maior velocidade nas obras e economia, contribuindo para o desenvolvimento da região”, avalia Jorge Alexandre Alves da Silva, da área de Desenvolvimento de Mercado em PE. Das aplicações disponibilizadas pelos clientes da Braskem para o setor ele destaca duas: Poços de Visita (PV’s) e de Inspeção (PI’s) e Mantas de PE expandido para isolamento acústico de lajes e paredes. Os Poços de Visita (PV’s) e de Inspeção (PI’s), feitos pelo processo de rotomoldagem, são peças que permitem o acesso das equipes de manutenção à rede subterrânea de coleta de esgotos. “Possuem diversas vantagens sobre o produto em concreto usado até então: estanqueidade, maior durabilidade, maior facilidade de instalação e rapidez e o fato de não necessitar em de manutenção. O produto já está

sendo usado em larga escala em cidades com rede coletora administrada pela Foz do Brasil (Uruguaiana-RS e em vários municípios cobertos pela Saneatins – Companhia de saneamento do Tocantins), em alguns municípios administrados pela Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) e, também pela Sabesp (SP)” diz Silva. Já as mantas de PE expandido para isolamento acústico de lajes e paredes tem como função reduzir a transmissão de ruído em edifícios, de um pavimento para o imediatamente inferior ou lateral, de forma a atender aos requisitos da norma NBR15575 que entrará em vigor este ano. “Na norma são estabelecidos valores máximos de transmissão de ruído. Essas mantas representam o melhor custo-benefício para se atender à norma, além de ser de fácil aplicação”, garante Silva.

Pavan Zanetti no Nordeste - A fabricante de máquinas Pavan Zanetti tem no Nordeste o seu segundo mercado - o primeiro é São Paulo - e acredita que ainda há espaço para subir. “O mercado do Nordeste cresceu muito nos últimos anos em decorrência do estímulo do governo federal e vem se consolidando como o segundo maior mercado da Pavan Zanetti , com enfase no setor de higiene elimpeza, cosméticos, água mineral e construção civil. Temos até uma base de apoio à assistência técnica em Jaboatão dos Guararapes, para melhor atender à região que vemos como promissora pois ainda não atingiu seu pico de crescimento”, diz Newton Zanetti, Diretor de Comercialização. Para a área da construção, a empresa oferece sopradoras de acumulação para assento sanitário em PEAD e EVA, normalmente com capacidade de até 30 litros de volume de molde. Também servem para caixas de descarga. “São equipamentos muito versáteis e produtivos e muito utilizados pela maioria das grandes empresas do setor”, afirma Zanetti. Também estão no portifólio, sopradoras de extrusão continua para bóias que são parte integrante do sistema da cai>>>> xa de descarga. Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 11


Plástico na Construção

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Máquina sopradora da Pavan Zanetti,que aposta no potencial do Nordeste

Outras máquinas de grande utilização no setor da construção civil são as injetoras, utilizadas para conexões em PVC, torneiras, saboneteiras, suportes para shampoos, caixas de fusiveis, etc. “As injetoras podem ser de diversas capacidades de forças de fechamento e capacidade de injeção atendendo a todo o segmento”, destaca Zanetti. Ele aponta como novidade da empresa que a linha de sopro conta agora com a série de Acumulação HPZ, que também já é utilizada no setor e atende a mesma linha de assentos sanitários e caixas de descarga. “Porém são máquinas mais modernas, utilizadas para melhoria da automatização dos sistemas produtivos”. A linha de injetoras conta agora com máquinas com servo motor no acionamento do sistema hidráulico possibilitando, em ciclos longos, grande economia de energia elétrica. “Também temos máquinas injetoras híbridas com servo motor na extrusão para dosagem simultânea e redução de ciclo e energia consumida”. A Pavan Zanetti estará presente na Embala Nordeste em agosto em Recife. “Tradicionalmente participamos a cada dois anos em feiras no Nordeste e em especial no Recife, que é o maior polo industrial do setor. Temos um compromisso com a região de manter o melhor atendimento comercial e técnico e par12 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

ticipar de feiras e exposições faz parte deste compromisso. Levamos sempre sopradoras de PEAD e PET e também injetoras para o estande e mantemos sempre outra em nosso show room na base”, explica Zanetti.

Amanco quer mercado mais ágil - A Amanco, marca de tubos e co-

nexões da Mexichem Brasil, fornece soluções para o setor hidráulico e elétrico. A empresa lança na Feicon 2013, em março em São Paulo, itens como a nova linha de acessórios metálicos; Amanco PEX; soluções com tecnologia inovadora para captação e armazenamento de águas pluviais (Amanco Quick Stream e Amanco Aquacell), distribuição de gás (Amanco Gás), instalações de combate a incêndio de risco leve (Amanco Ultratemo Fire); além de nova linha para água quente em polibutileno e quadros de distribuição Amanco com tampa colorida. José Marques dos Santos Neto, Gerente Regional Nordeste da Mexichem Brasil, diz que a empresa espera que os negócios locais avancem mais rápido em 2013. “O mercado da construção em 2012 no Nordeste teve um crescimento tímido, devido principalmente à falta de obras de infraestrutura e a morosidade de lançamentos das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida. Em 2013, com a proximidade da Copa do Mundo teremos uma

velocidade na conclusão das obras principalmente na linha de infraestrutura. Esse cenário traz uma projeção de crescimento acima dos 10%”, afirma.

Metas da Krona - A Krona Tubos e Conexões completa 19 anos de atuação com cerca de 600 itens em seu portfólio, uma ampla linha de acessórios para construção civil. A linha de produtos mais vendida atende ao setor predial e é constituída pelas conexões roscáveis, soldáveis e para esgoto. “A participação em conexões de PVC para condução de água fria é de 30% nos pontos de venda do país, segundo a pesquisa Anamaco/Ibope de 2012”, diz Valdicir Kortmann, diretor Comercial e de Marketing da empresa. A Krona, que tem duas unidades em Joinville (SC) e uma no Nordeste, aponta como um dos seus grandes diferenciais o fato de trabalhar com sua própria formulação do composto utilizado para a fabricação das conexões de PVC. “Dessa forma, a empresa consegue oferecer maior garantia nas suas linhas de produtos”, diz o executivo. A empresa lança neste primeiro semestre na linha de acessórios a Torneira Boia (Caixa d’água e Bebedouro); na linha elétrica, a Caixa de Centro para laje; e na linha industrial, novos tamanhos de bitola para Registro Esfera Compacto: 75, 85 e 110. O crescimento da Krona em 2012 foi de 16% em capacidade produtiva e 14% em faturamento. Até o final do ano pretende lançar 70 itens no mercado para completar seu portfólio. Para atingir a meta dos lançamentos e aumentar sua participação de mercado, conta com a produção das duas unidades em Joinville/SC e com os resultados do novo parque fabril do Nordeste, inaugurado em outubro de 2012, em Marechal Deodoro/AL. “A fábrica de Alagoas está operando com seis linhas de extrusão e 19 máquinas injetoras em três turnos. Atualmente, está produzindo em torno de 1300 toneladas/ mês, sendo 1000 toneladas de tubos e 300 de conexões e acessórios”, diz Kortmann.


“A unidade Nordeste será fundamental para o crescimento mercadológico da Krona no Norte e Nordeste, bem como em todo o país. A nossa participação em Conexões de PVC para condução de água fria, segundo a pesquisa Anamaco/Ibope deste ano, é de 43% nos pontos de venda no Nordeste e 32% no Norte”, afirma. A estratégia da Krona é continuar investindo na complementação de linha e expandir a participação no cenário nacional. “Para isso, vamos seguir trabalhando no investimento de produtos da construção para que num prazo de cinco anos possamos instalar mais duas unidades de produção, uma no Sudeste e outra no Centro-oeste”, afirma o executivo. Ele diz que instalar-se no Nordeste, onde a empresa tem uma excelente participação, não é só o marco da expansão da Krona em uma nova região, mas um facilitador logístico, fator fundamental. “Estar presente em Alagoas nos aproxima do cliente e acelera entregas de produto, deixando-o ainda mais satisfeito”, comenta. Para Kortmann, é preciso ainda reconhecer um cenário favorável à comercialização de Tubos e Conexões de PVC e o ritmo crescente da Construção Civil. “A Região Nordeste receberá quatro sedes da Copa do Mundo de 2014, além das

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Fábrica da Krona em Alagoas, inaugurada em 2012, está produzindo forte

sub-sedes que movimentarão o segmento. Esses acontecimentos vão contribuir ainda mais para acelerar o desenvolvimento da região, considerada a mais promissora do momento para acolher novas indústrias”, contextualiza. Além disso, aponta como fator determinante o aumento do poder de compra das classes C e D na região, a chamada nova classe média, que deseja comprar produtos que tenham qualidade e preço justo. “O surgimento da nova classe média trouxe um impacto direto na cadeia produtiva da Construção Civil. Essa nova demanda traz para o setor um aumento de volume e uma necessidade de maior investimento”, diz o executivo.

Corr Plastik aposta na linha predial - A Corr Plastik atua em várias li-

nhas para a construção, como Saneamento (água e esgoto); Irrigação; Predial e Elétrica; Telefonia; Geotecnia (captação de água em poços profundos) e Gás. Para 2013, estão projetados novos investimentos que somam R$ 40 milhões, visando à modernização de equipamentos e infraestrutura. No processo de expansão, está prevista uma nova planta em Cabreúva (SP) com 22 mil m² contemplando um novo CD e uma nova unidade de conexões conformadas e nova área de estocagem de tubos. A Corr Plastik é um dos três maiores produtores de tubos e conexões em PVC do país. Com capacidade produtiva >>>>

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Bahiense, do Instituto do PVC, valoriza as múltiplas aplicações da resina

de mais de 100.000 toneladas anuais, em suas duas plantas industriais, Cabreúva (SP) e Marechal Deodoro (AL), pode atender a 25% da demanda total do mercado brasileiro no segmento, informa a empresa. Na Unidade Cabreúva (SP), serão lançados 50 novos itens de conexões injetadas, novos silos para estocagem de resina e novas linhas de extrusão. Em Marechal Deodoro/AL, novas linhas de extrusão que aumentarão a capacidade produtiva e possibilitarão fazer tubos de até 500 mm de diâmetro. Um novo CD e uma nova unidade de conexões conformadas. Desde a inauguração da unidade em Marechal Deodoro/AL em 2009, o desempenho no Nordeste tem sido positivo e crescente a cada ano. Em 2012, o crescimento foi de 20 % sobre 2011 e planejamos crescer mais 15% em 2013. Estes números somente foram possíveis pelo crescimento da linha predial, tubos e conexões destinados a atacadistas e distribuidores, lojas de materiais de construção e construtoras. Para 2013, o crescimento da marca está associada ao patrocínio do Santos de Neymar, garantindo exposição e divulgação.

Novidades na área de PVC - O PVC é facilmente associado à construção no Brasil, mesmo por leigos. Pois quem trabalha com a resina percebeu duas grandes movimentações nos últimos meses. Em agosto de 2012, a nova planta de PVC em

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Plástico na Construção

Alagoas e, agora em fevereiro, o anúncio do Grupo Solvay da colocação à venda das ações da Solvay Indupa. Ainda é cedo para avaliar os resultados dessas ações. O Instituto do PVC diz que o ano de 2013 se inicia como um momento decisivo para o Brasil se firmar como um país inovador e competitivo. “O futuro é de oportunidades e desafios. Os adventos dos jogos esportivos e das grandes obras de infraestrutura necessárias ao país contarão com o produto para que o legado seja benéfico à sociedade. Grandes obras terão que ser realizadas não só nos estádios, mas também na parte de infraestrutura para que as cidades que sediarão os jogos possam atender aos milhares de turistas”, diz o presidente do instituto do PVC, Miguel Bahiense. Construção de hotéis, melhorias no

Telhas em PVC em bom momento

Fernando Caribé, da distribuidora de resinas Sasil, diz que o mercado nordestino vai crescer com a introdução das telhas em PVC. “O mercado termoplástico de construção civil no Nordeste tem como principal resina o PVC para extrusão de tubos, forros e agora telhas. O PE participa muito pouco neste segmento, entre os produtos: assento sanitário, caixa de descarga, eletroduto corrugado. O PP atua em formas injetadas para lajes”, explica. “O principal destaque é a Telha em PVC”, ressalta. O executivo diz que a nova fábrica de PVC da Braskem em Alagoas dá aos transformadores uma maior disponibilidade de produto e garante tranquilidade para os novos desenvolvimentos, como as telhas. Quanto à colocação à venda das ações da Solvay Indupa pelo Grupo Solvay, não acredita que tenha alguma influencia na região. 1414 > Plástico Nordeste > Jan/Fev dede 2013 > Plástico Nordeste > Jan/Fev 2013

saneamento básico, redes viárias e aeroportuárias são apenas alguns exemplos. Além disso, a demanda por materiais que atendam aos conceitos do desenvolvimento sustentável será um fator primordial em projeto e atividades. “O PVC será, seguramente, utilizado em diversos momentos. Uma aplicação há de se destacar que é na parte de instalações hidráulicas, por exemplo, seja para o saneamento básico, distribuição de água dos estádios, irrigação de gramados, etc. O uso do PVC nestas aplicações está consolidado seja qual for o tipo de construção e é impossível pensar nestas obras sem seu uso”, afirma Bahiense. O produto irá figurar também em outras áreas, como as coberturas de estádios e de outras grandes construções, como aeroportos. As coberturas de PVC são indicadas para esta aplicação e há exemplos de sucesso. “Na Copa da África do Sul, o PVC foi utilizado para a cobertura do estádio Green Point, em Cape Town. Na Copa da Alemanha, cinco dos sete estádios construídos ou reformados utilizaram as coberturas de PVC. No Anhembi, grande espaço de exposições de São Paulo, o produto foi utilizado e ajudou a sanar problemas que incomodavam quem passava pelos pavilhões, propiciando isolamento térmico e acústico”, explica. Ele destaca a Olímpiadas 2012 como o exemplo mais recente de uso do PVC em empreendimentos sustentáveis. “O evento esportivo entrou para a história como o primeiro a buscar a sustentabilidade e o PVC deu sua contribuição. Cerca de 142.500 metros quadrados de laminados de PVC foram utilizados internamente e externamente na construção dos estádios esportivos, na forma de coberturas e pisos. Isso sem contar o uso de tubos, conexões, fios e cabos de PVC na infraestrutura”. Além dos estádios outras construções terão que ser reformadas ou feitas para a realização de eventos deste porte como hotéis, centros de exposições, aeroportos, metrô, entre outros, e o PVC é uma solução para todas elas. Pisos de PVC são indicados para uso em áreas de baixo tráfego como em quartos de hotéis e alto tráfego como em aeroportos e recepções, janelas de PVC já são utilizadas com sucesso em hotéis e podem ser aplicadas em diversos outros locais. PNE


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DESTAQUE Periféricos

Por Gilmar Bitencourt

Vivian Rodrigues, da Furnax: os periféricos reduzem o manuseio do produto

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Equipamentos em alta

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s fabricantes ressaltam a importância dos periféricos no processo produtivo e destacam a força do mercado nordestino. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), as previsões para o setor de transformação de plásticos no país são de crescimento. O presidente da instituição, José Ricardo Roriz Coelho, acredita que em 2013 ocorra um aumento na produção física de 1%. O faturamento deverá ser 6,6% maior, o que significará um incremento real de 1,4%. “Também devemos expandir em 3% o nosso número de postos de trabalho e manter o mesmo patamar de investimentos de 2012, algo em torno de R$ 2 bilhões”, acrescenta. Mas o dirigente alerta, que apesar dessas perspectivas positivas, ainda são muitas as adversidades que precisam ser vencidas, em especial no resgate da competitividade do setor. Roriz destaca que o primeiro ponto que salta aos olhos é o Custo Brasil que afeta diretamente a competitividade da indústria nacional. Ele acrescenta que em 2012 o setor exportou US$ 1,29 bilhão, 15% a menos do que em 2011, quando vendeu US$ 1,51 bilhão ao exterior. “Ao mesmo tempo, nossas importações de plásticos transformados tiveram um aumento de 4%, indo dos US$ 3,39 bilhões, em 2011, para US$ 3,51 bilhões. Ou seja, o Brasil vendeu muito menos e comprou muito mais. Em toneladas, importamos 697 em 2012, 6% a mais do que as 660 do ano anterior. E fornecemos 15% menos ao mercado internacional: 228,5 em 2012, contra os 267,8 de 2011”, informa. Diante desse cenário, o presidente salienta que foi inevitável o aumento do déficit da balança comercial de transformados plásticos. “Em reais, estamos com 4,6 bilhões negativos, 21% a mais dos 3,03 bilhões de 2011”, acrescenta.

Importância dos periféricos – O mercado sabe que o governo precisa cumprir 16 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

com o seu papel de proteger e de estimular o crescimento e o fortalecimento da indústria nacional, mas também é necessário que os empresários façam a lição de casa reduzindo os custos de produção. A regra é simples. É preciso diminuir as despesas e ampliar a qualidade dos produtos, para se tornar mais competitivo. Neste cenário os periféricos ganham cada vez mais espaço e importância. Estes equipamentos já são vistos por vários trans-

A Siccus quer aumentar a participação de seus produtos no Nordeste

formadores de plásticos como fundamentais para o bom desempenho da produção. A gerente comercial do departamento de plástico da Furnax, Vivian Rodrigues, sa-


lienta que os periféricos reduzem o manuseio do produto. “Por ser um sistema automatizado, eles também otimizam a produção e auxiliam na diminuição de acidentes”, comenta. Para o vice-presidente da Piovan, Ricardo Prado, os periféricos auxiliam as empresas na produtividade e na redução de custos através de um melhor controle de processos com consequente maior grau de repetibilidade e na economia de matéria-prima, pela redução de perdas e descartes. “Além disto, é quase uma regra geral que a máquina transformadora consegue ciclos menores e mais constantes quando equipada com os periféricos corretos para uma determinada exigência de produção ou produto”, ressalta. Com a mesma linha de pensamento, o diretor de vendas da BY Engenharia, Marco Antonio Gianesi, comenta que os principais fatores que levam à compra de periféricos, são a obtenção da melhor qualidade do produto final, produtividade em virtude de automação da linha, redução de custos em função de economia de matéria- prima, entre outros. “Nossa função é ajudar nossos clientes na justificativa de investimento a partir de economia financeira, melhora da qualidade do produto, o que popularmente é conhecido em inglês como “ROI – Return of Investiment” isto é Retorno de Investimento”, destaca. Porém, o diretor diz que o cliente tem que prestar informações claras para a realização de um estudo preciso que aponte o retorno do investimento e os benefícios que a empresa pode oferecer. “É necessário uma transparência de informações do cliente para conosco para que o resultado final seja efetivamente realizado no mundo real do chão de fábrica e não apenas uma ilusão”, acrescenta. O ganho de produtividade também é apontado pelo gerente técnico do grupo NZ, José Suares. Como exemplo ele cita que a utilização de moinhos específicos para cada tipo de material e o uso de secadores possibilitam o aumento na produção, com menos perdas. Com o mesmo ponto de vista o diretor da Máquinas Premiata, Rafael Rosanelli, destaca que o uso dos periféricos permite a redução de mão de obra e agiliza os processos, “aumento de produtividade e a diminuição de desperdícios”, lembra. Roberto Rihl Bettoni, do departamento comercial da Bettoni, é taxativo ao afirmar que não se pode mais pensar em produtividade e controle de processo sem um bom dimensionamento de periféricos. Ele diz que o

processo de uso destes equipamentos pode ser dividido em pelo menos três pontos. O primeiro é o transporte de material e alimentação das máquinas, “o simples fato de levar a matéria-prima até a máquina de maneira rápida, limpa e segura (quero dizer também a própria segurança e ergonomia do operador)”, salienta. Na sequência ele cita o tratamento do material quando necessário, através da secagem, desumidificação, mistura de virgem com reciclado ou moído, entre outros. E em terceiro o executivo destaca a dosagem de pigmentos e aditivos de forma controlada e precisa. “Todos os itens anteriores, que até podem se desdobrar em outros tantos em particular, tem certamente impacto imediato na qualidade e custos das peças, algo tremendamente importante para quem quer sobreviver como empresário mediante ao Custo-Brasil”, observa Bettoni. O diretor comercial da Sicus, Anibal Orlando Leonetti, sintetiza a importância dos periféricos no processo produtivo, usando como exemplo os desumidificadores. Ele fala que é fundamental que todo polímero antes de transformado seja desumidificado, dessa forma diminui os gases no canhão das injetoras ou outros de equipamentos transformadores, “o que significa aumentar o bom funcionamento da rosca, evitando que contra pressões internas descalibrem a mesma”, salienta. Ainda segundo Leonetti, o polímero desumidificado diminui ou zera o refugo nos produtos com problema de umidade, aumentando naturalmente a produtividade.

Em busca de novidades - O Grupo Furnax conta com 18 anos de experiência na importação de máquinas e equipamentos. “Comercializamos periféricos e máquinas injetoras”, informa Vivian Rodrigues, gerente comercial na divisão plástica. Ela acrescenta ainda que a empresa está sempre em processo de atualização, participando de feiras nacionais e internacionais, conhecendo fábricas, tudo com o objetivo de apresentar o que há de mais inovador em tecnologia. “Um exemplo atual são os painéis com base Windows, máquinas hidráulicas e máquinas com alto nível de super repetibilidade”, comenta. Os últimos lançamentos apresentados pelo Grupo para o segmento de plástico são as máquinas Two Platen que, de acordo com a gerente, oferecem redução no espaço físico e ganho na abertura. A executiva destaca que um dos diferenciais da empresa é oferecer >>>> Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 17


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DESTAQUE Periféricos

equipamentos à pronta entrega, máquinas de grande porte, e financiamento próprio, “além de possuirmos uma área de 10.000m² de estoque, onde temos o nosso show room e realizamos eventos como workshop”, salienta. Quanto à importância do Nordeste, a gerente destaca que a região foi o grande alvo de investimento na economia brasileira nos últimos tempos e segue crescendo. Devido a essa crescente demanda, o Grupo Furnax inaugurou há três anos uma filial localizada em Recife (PE), “a fim de facilitar o atendimento às empresas desta região que ocupa boa parte das vendas do segmento de plástico”, complementa.

Amplo portifólio - Segundo a indústria de periféricos, já é claro para grande partes dos transformadores que estes equipamentos devem fazer parte dos projetos de investimentos no parque industrial de suas empresas e que não basta apenas comprar máquinas. Para atender esta demanda crescente, os produtores destes equipamentos estão ampliando cada vez mais o seu portifólio. Um exemplo disso é a Piovan que, de acordo com Ricardo Prado, tem uma estrutura montada para atender a região Nordeste. Prado informa que a empresa fabrica uma linha completa de periféricos desde alimentadores a vácuo, dosadores de masterbatch, desumidificadores de resina, sistemas ante-condensação de moldes, termocontroladores paramoldes e calandras, moinhos e chillers e sistemas completos de refrigeração industrial. “Além disto, oferece sistemas es18 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

pecíficos para processos como cristalização e secagem de PET, dosagem de flakes ou materiais com densidade aparente muito baixa, sistemas de transporte de PVC em pó, sistemas de dosagem a perda de peso com altíssima precisão, entre outros”, acrescenta. Entre as novidades da Piovan está termocontrolador a troca direta até 36kW para moldes, calandras ou outros processos que necessitem de água entre 30ºC e 90ºC com alta capacidade de troca. O vice-presidente explica que estes equipamentos são construídos de forma modular e podem receber uma variada gama de bombas com altas vazões e/ou pressões. Outro lançamento é o alimentador econômico S55, para consumos até 80kg/h, todo em aço inoxidável e com bomba de aspiração incorporada no equipamento. Com o lançamento previsto na próxima Feiplastic, o empresário apresenta o RYNG. É um dispositivo de controle por perda de peso para medição do consumo de matéria-prima em cada máquina transformadora. “Será apresentado em primeira mão na feira”, informa Prado.

Foco no mercado de extrusão -

Apesar de não ter um estudo mais aprofundado, o diretor de vendas da BY Engenharia, acredita que o Nordeste represente em torno de 12% a 15% das vendas da empresa. “Concordo que é um mercado em franco desenvolvimento recheado de incentivos e que temos condições de melhorar nossa performance”, observa Marco Gianesi. A BY é outra empresa que oferece uma ampla gama de periféricos,

Bettoni diz que a engenharia da empresa está focada na atualização de projetos

como corte imerso em água, que tem tecnologia da norte americana Gala Industries. “O equipamento é fabricado no Brasil até 1000 Kg/h e tem possibilidade de FINAME”, comenta o executivo. Ele explica que os sistemas de granulação imersos em água Gala são projetados para trabalhar de maneira econômica e eficiente quando são utilizadas vazões de 1 à 15.000 kg/h. “No Brasil a BY Engenharia fabrica com exclusividade e sob licença Gala, sistemas de até 1.000 kg/h. Estes sistemas são apropriados para aplicações industriais severas, laboratórios, pesquisas / desenvolvimentos, reciclagem”, salienta. Gianesi destaca que praticamente todos os polímeros podem ser processados no sistema Gala, respeitando-se as características técnicas de cada um deles e a necessidade de equipamentos diferenciados. “No Brasil as maiores aplicações para os sistemas Gala estão em: compostos diversos, masterbatch, tingimento, aditivações, reciclagem, colas hot melt, borrachas, goma base para chicletes, WPC, Fibras, etc”, informa. A empresa também oferece roscas e camisas bimetálicas, bombas de engrenagens, troca telas hidráulico, manual e Contínuo e forno de Limpeza da Nordson Xaloy. Matrizes planas e feedblocks da Nordson EDI. Medidores de espessura e ou gramatura para Web´s planos tanto para filme, chapas, não tecidos, entre outros, da Thermofisher. Sistemas de dosagem, calibradores flexíveis para tubos, medição de diâmetro x espessura para tubos da Inoex. Sistemas pós extrusão para tubos, puxadores, cortadores, embolsadeiras, unidade de embalagem, da SICA. E misturadores e resfriadores para PVC, Masterbatch, tinta em pó, da Plasmec. O diretor observa que estes equipamentos têm aplicações variadas, mas são focados para o mercado de extrusão de plásticos. “Entretanto o que podemos destacar é que cada uma de nossas representadas estão em contínuo desenvolvimento procurando sempre melhorar a performance dos mesmos e se diferenciar dos concorrentes com pesquisa


constante em seus laboratórios bem como em nossos clientes”, acrescenta. Gianesi destaca entre as últimas novidades da empresa a fabricação local de sistemas de granulação imersa em água para polímeros em geral até 900 Kg/h, com tecnologia da Gala. Explica que estes equipamentos podem ser financiados via BNDES no programa FINAME. Ele lembra também que, em maio de 2012, a empresa foi nomeada representante para o mercado brasileiro pela Plasmec, empresa italiana, fabricante de misturadores turbo, resfriadores para mercados como PVC, masterbatch, compostos, entre outros produtos. “Neste momento estamos com nosso time de serviços em treinamento na empresa italiana no sentido de prestar o primeiro e pronto atendimento aos clientes brasileiros”, informa.

Papel fundamental - O diretor da Máquinas Premiata, Rafael Rosanelli, ratifica que os periféricos têm papel fundamental na indústria, “os empresários precisam estar atentos às possibilidades de investimentos”, orienta. Neste sentido ele informa que a empresa está sempre apresentando inovações para este mercado. Atualmente fabrica misturadores, secadores, alimentadores pneumáticos e mecânicos tipo rosca transportadora, silos, ciclones, afiadora de facas e porta big bags. Ao falar sobre as novidades e diferenciais da empresa, Rosanelli comenta que a Máquinas Premiata está em constante evolução e aprimoramento da sua linha de periféricos, adaptando e personalizando os equipamentos cada vez mais as necessidades do seus clientes. Rosanelli informa que a empresa tem uma atuação marcante no Nordeste. Ele conta que a região respresenta cerca de 25% das vendas da companhia. Investindo na atualização - O representante da área comercial da Bettoni conta que a empresa fabrica a linha de alimentadores monofásicos e trifásicos de matéria-prima, dosadores de pigmentos/ aditivos, secadores e desumidificadores de matéria-prima, reservatórios, centrais de alimentação, porta big-bags entre outros acessórios com projetos específicos. “Oferecemos também ao mercado uma linha de dosadores gravimétricos de precisão, dos quais

temos parceria com uma empresa da Europa”, acrescenta Roberto Bettoni. “Quanto ao desempenho, já há tempos fornecemos para empresas de ponta de variados segmentos: utilidades domésticas, automotivo, embalagens, brinquedos, calçadista, médico, entre outras”, complementa o executivo. Conforme Bettoni, a engenharia da empresa está focada na atualização de projetos e peças que torne cada vez mais baixo o consumo de energia dos seus equipamentos e que os torne cada vez mais precisos. “Devido a diversas consultas, estamos avançando muito em soluções particulares (o que eu chamaria “fora de catálogo”), em muitos casos ligados a logística e organização da produção”, destaca o executivo. O representante informa que a empresa tem um número considerável de equipamentos instalados no Nordeste. “Porém, estamos muito ligados a empresas da região Sul que produzem no Nordeste. De qualquer forma, estamos evoluindo para chegarmos a um atendimento mais personalizado para a região”, salienta.

Versatilidade e cultura - O Grupo NZ também tem forte atuação no Nordeste. A região representa aproximadamente 20% das vendas da empresa, informa o gerente técnico, José Suares. Ele explica que é um mercado com grande crescimento. A empresa oferece extrusoras com alimentação forçada, extrusoras com utilização de degasagem forçada, dupla degasagem no processamento, duplo sistema de troca telas. Segundo o gerente, são equipamentos para processar materiais técnicos. Também com grande experiência na produção de equipamentos periféricos, a Sicus fabrica secadores, desumidificadores, recristalizadores e peneiras vibratórias para extração de pó dos polímeros. Com atuação em vários estados do país, o diretor comercial informa que a participação da empresa no Nordeste ainda é frágil. Ele explica que culturalmente “o empresariado da região prefere a tradicional estufa com seu ônus de custos elevados a ter tecnologia única no mundo, como de tratar grão a grão ou flake a flake de forma individual e exclusiva, em curto espaço de tempo, conservando as propriedades físico-quimicas do material”, completa Aníbal Leonetti. PNE Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 19


Perspectivas 2013

Cenário otimista para a economia e indústria

Consumo de plástico cresce 8,5% - Sem dúvida, mesmo que existam

queixas estruturais, o setor plástico teve um balanço positivo no ano passado. O consumo aparente de transformados plásticos chegou a R$ 59 bilhões em 2012, representando um crescimento de 8,5% em relação aos R$ 54,4 bilhões somados no ano anterior. Segundo dados do Econoplast, boletim mensal divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Plástica (Abiplast), a produção nacional representa 85% do total. O Econoplast janeiro/2013 traz os números consolidados da indústria de transformados plásticos em 2012. O boletim confirma a queda de 0,43% na produção, impactado especialmente pelo resultado negativo no segmento de laminados plásticos (-6,71%). O segmento de embalagem de material plástico recuperou-se no último trimestre, fechando o ano com alta de 0,43%. Já o de artefatos plásticos diversos foi o que apresentou melhor resultado no ano, com crescimento de 1,88%. No acumulado do ano, os preços do setor aumentaram 5,75%, ficando

PlásticoNordeste Nordeste > Jan/Fev 2013 2020> >Plástico > Jan/Fev dede 2013

Roriz é cauteloso: bom resultado em relação à demanda, mas sem euforia

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PIBinho de 0,9% de 2012 decepcionou a quase todos os setores produtivos brasileiros, mas diante da série de medidas do Governo Federal e do novo cenário internacional, a economia e a indústria retomarão o crescimento em 2013, segundo dados divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Na avaliação da entidade, o PIB (Produto Interno Bruto) do País deverá crescer 4% e a indústria 4,1%. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou ainda em dezembro que as perspectivas para 2013 são positivas porque os efeitos das medidas de estímulo à economia, como a desoneração da folha de pagamento, a redução dos juros e das tarifas de energia, seriam sentidos nos próximos meses.

abaixo dos índices de preços ao consumidor - IPCA e INPC. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) identifica que os empresários do setor de transformados plásticos estão otimistas, porém em menor grau que os da indústria em geral. “É uma situação atípica, uma vez que na maior parte da série histórica o setor plástico é mais positivo em relação ao ambiente de negócios”, aponta o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho. “Espera-se um resultado bom em relação à demanda para os próximos meses, mas sem muita euforia”, declara. A produtividade do setor também encerrou o ano em baixa de 4,9% em relação a janeiro. O indicador apresentou tendência de alta até meados de setembro. Com isso, houve um aumento na contratação em agosto, mas sem a contrapartida da elevação da produção nos meses seguintes. No acumulado do ano, o setor gerou 3.744 novos empregos formais, agregando um total de 355 mil trabalhadores, alta de 1% em relação a 2011. Com esse número, a indústria de transformados plásticos representa 12% de todo o emprego criado no Brasil em 2012. Segundo Roriz, já é possível notar entre os empresários certa desconfian-

ça em relação às exportações do setor. Há também uma expectativa negativa quanto à criação de novos postos de trabalho nos próximos meses, reflexo da elevada contratação entre agosto e outubro. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast-AL), Wander Lobo, existe otimismo, mas também receio. “O setor plástico de Alagoas, como em todo Brasil depende do aquecimentro da economia. Esperamos um crescimento para este ano, no entanto, estamos preocupados com os aumentos da matéria prima, inflação, concorrência de produtos transformados e importados e com o aumento do Imposto de Importação para as matérias primas”, diz.

Industria química estagnada - O setor químico não tem o que come-

morar nos últimos anos, pois a fabricação de produtos químicos no Brasil encontra-se estagnada há seis anos. A elevada ociosidade no setor evidencia a falta de competitividade da indústria local no atendimento da demanda e pode significar, no médio e no longo prazos, desestímulo a novos investimentos. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a demanda interna cresceu 7,1% no ano passado, em comparação a 2007, enquanto que no mesmo período, o Índice Geral de Quantum da produção registrou 0%. Ou seja, a procura interna por produtos químicos aumentou, mas a produção nacional estagnou-se, abrindo espaço para o crescimento das importações. Conforme a diretora de Economia e


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Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, as empresas só conseguirão investir quando essa ociosidade se reduzir: “Esse é um ponto importante e, por essa razão, se faz necessária a adoção urgente de algumas medidas pleiteadas pela Abiquim junto ao Conselho de Competitividade da Indústria Química, como a desoneração de PIS/COFINS sobre a compra de matérias-primas da primeira e da segunda geração, definição de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima e adoção do regime especial para a indústria química (Repequim)”. Apesar da estagnação do setor, os principais índices de volume dos produtos químicos de uso industrial fecharam 2012 com números positivos em relação ao ano anterior. A produção registrou aumento de 2,89%, enquanto que as vendas internas subiram 7,01%. O resultado, no entanto, foi influenciado pelo baixo desempenho da indústria química em 2011, fortemente afetada pelos impactos dos apagões de energia elétrica, enfraquecendo desta forma a base de comparação entre os dois períodos. Outro dado que contribuiu para o crescimento dos números em 2012 foi a substituição das importações dos produtos da amostra do RAC (Relatório de Acompanhamento Conjuntural), cujo volume caiu 9,4%. A desvalorização do real frente ao dólar, no ano passado, colaborou para essa modificação no padrão de consumo. É preciso ressaltar que, mesmo registrando queda em 2012, as importações ainda re-

Ministro Fernando Pimentel estuda medidas de incentivo ao setor químico-têxtil

presentam quase 30% da demanda, sendo que parte desse volume poderia ser atendida por produção local. Em relação a janeiro de 2013, os resultados ainda preliminares indicam crescimento em termos de volume, sobre dezembro: +18,80% no índice de produção e +16,60% no índice de vendas internas. Porém, na comparação com o mesmo período de 2012, a produção deste ano cai 2,03% e as vendas internas crescem 3,96%. Para este ano, as expectativas são de que a indústria química mantenha a elasticidade histórica de crescimento em relação ao PIB (entre 1,25 a 1,5 vezes), porém isto pode significar aumento no déficit comercial, caso os problemas relacionados à falta de competitividade não sejam resolvidos

Governo estuda incentivos - O governo federal negocia com setores da indústria o lançamento de novos regimes tributários nos moldes do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, entre os setores que podem ser beneficiados estão as indústrias química e têxtil. Segundo Pi- >>>> Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 21


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Perspectivas 2013 Laercio Gonçalves, da Adirplast, estima crescimento de 3% para o PIB em 2013

que espera obter uma economia de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões em custos com energia, após o plano do governo de reduzir as tarifas de eletricidade. Fadigas, entretanto afirmou que cortes no fornecimento de energia no Brasil são uma preocupação para a empresa. “Não estou falando de racionamento, mas de interrupções temporárias de uma ou duas horas que afetam o setor petroquímico”, disse, citando que uma queda de energia na Bahia em outubro fez com que a unidade da empresa no Estado operasse abaixo da capacidade. mentel, não há data para o lançamento das iniciativas, que dependem das condições orçamentárias do governo e da negociação com cada setor. “Serão [regimes] mais ou menos nos moldes do Inovar-Auto. É um regime voltado para desenvolver a competitividade, assegurar o conteúdo tecnológico e estimular a produção nacional”, afirmou. De acordo com ele, o governo deve utilizar a redução de tributos e mecanismos de financiamento nesses novos programas.

Já para o dólar, nossa previsão é que fique entre R$ 2,08 e R$ 2.10”, aponta. Segundo o dirigente, há uma explicação para este índices e números. “Justificamos nossas projeções com base na dificuldade apresentada pelas indústrias e pela economia brasileira de deslanchar durante todo o ano de 2012. Acreditamos que 2013 apresenta um crescimento tímido em relação ao ano que passou e não teremos grandes impactos com relação à questão cambial”, completa.

Adirplast projeta recuperação - Experiente no segmento químico-plástico,

Braskem: mais demanda – A Braskem, a maior fabricante de resinas termoplástica da América Latina, também demonstra otimismo para este ano. O presidente Carlos Fadigas disse que a companhia espera uma alta de cerca de 4% na demanda brasileira de resinas em 2013, após um crescimento de 2% em 2012, diante das perspectivas de aceleração da economia do país em relação ao ano passado. “Na nossa ponta, fornecendo ao setor, esperamos que o setor consuma mais plástico. Esperamos que consuma 4% a mais, motivado por dois fatores, um é o fim da guerra dos portos e outro é que a economia brasileira vai crescer mais”, ressaltou. A Braskem fechou 2012 com participação de 70% no mercado brasileiro de resinas e Fadigas disse que o objetivo é continuar elevando essa fatia. “Queremos evoluir mais alguns pontos percentuais. Nós não temos uma meta numérica”, afirmou o executivo, sem dar detalhes. Ainda considerando o cenário para 2013, o presidente da Braskem afirmou

o presidente da Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Termoplásticas) Laércio Gonçalves projeta crescimento no segmento na distribuição, com base em estudos da Consultoria Maxiquim. Já para o primeiro trimestre a projeção é de um aumento de 12,7% sobre o mesmo período de 2012. “Existe um cenário de recuperação em 2013, com previsão de retorno ao patamar de 2008”, ressalta, apontando o gráfico de Indicadores para 2013, que registra um aumento de 6,6%, passando das 428 mil toneladas comercializadas para 455 mil. “São perspectivas de recuperação em termos de volume distribuído, mas o setor não espera um reflexo proporcional no faturamento”, observa. Quanto ao crescimento do PIB e suas consequências, bem como a influência do câmbio, Laercio Gonçalves faz um avaliação interessante. “Nossa perspectiva para o crescimento do PIB para este ano é de 3%.

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Abimaq quer reformas estruturais - Avaliação semelhante sobre 2012

também foi feita pela Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas (Abimaq). A entidade ressalta que no ano passado a indústria andou de lado, os resultados foram muito ruins e fechou o ano com um nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) de 75,6%, este é o pior resultado dos últimos 40 anos. O faturamento bruto dos fabricantes nacionais recuou 3% em relação ao ano de 2011. “Foi a primeira queda nessa série desde o tombo provocado pela crise, em 2009. Encerramos 2012 com a esperança, mais uma vez, de que 2013 seja o ano da recuperação e do crescimento”, enfatiza a Abimaq. No entanto, é preciso reagir e a entidade projeta um 2013 mais favorável. “A expectativa para 2013 é de crescimento no faturamento do setor de 5 a 7 por cento. Os principais obstáculos a serem vencidos são a carga tributária e importação predatória”, explica. Quanto aos reflexos às medidas adotadas pelo governo federal, como a desoneração da folha de pagamento, plano Inovar Auto, redução do valor da energia, entre outras, a Abimaq é um tanto cética. “As últimas medidas (a desoneração do INSS patronal na folha de pagamento, a constante redução da taxa básica de juros, o programa PSI-FINAME, com taxas de juros de 2,5% ao ano) já estão ajudando o setor. Mas é preciso caminhar para a realização de reformas estruturais, como por exemplo, a tributária e a redução do Custo Brasil.


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Também, o governo precisa focar na implementação de medidas de defesa comercial e combater o tripé do mal, câmbio, juros e tributos”, aponta a entidade. A Abimaq também lembra que as medidas implementadas estão longe do mínimo necessário para se restabelecer a competitividade, “mas é certo que estamos deixando de ser uma economia especulativa para nos tornarmos uma economia produtiva e cabe a nós agora cobrar, mas também dar todo o apoio necessário para que o governo possa promover as transformações que tanto o país necessita”, pondera. “Contudo, mais uma vez, encerramos o ano com a esperança de que as medidas citadas possam, efetivamente, produzir resultados no ano de 2013. Também, a intenção do governo em focar as ações na realização e estímulo aos investimentos, fundamental para o crescimento e recuperação do país, podem recolocar a nossa indústria no caminho da recuperação”, conclui a entidade. O cenário é tão positivo que 77,7% das empresas alemãs instaladas no Brasil afirmam ter planos concretos de investimento, número 11% acima do levantamento anterior realizado no segundo trimestre. A intenção foi apurada em pesquisa de clima feita pela Câmara Brasil-Alemanha (AHK-São Paulo) que revelou que o empresariado alemão está recuperando o otimismo em relação ao cenário econômico. A sondagem foi realizada no terceiro trimestre com os associados da Câmara (1.200 no total, que respondem cerca de 10% do PIB industrial brasileiro).

Christopher Mendes, da Abimei: economia mais aquecida, mais empregos e consumo

A realização da sondagem coincidiu com uma série de anúncios de investimento de empresas alemãs no território brasileiro. Destaque para o anúncio da primeira fábrica da BMW no Brasil, em Santa Catarina; a 14º fábrica da Siemens no País; três novas fábricas da Evonik; as confirmações de aportes anteriormente anunciados por Bayer CropScience e Volkswagen ainda para 2012; aportes não detalhados da Freudenberg-NOK para duplicar a produção de uma planta de soluções de vedação em Diadema; e o aporte de R$ 8 milhões da ACE Schmersal em fábricas locais, entre outros.

Benefícios ao importados - A ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos In-

dustriais) também faz projeções para este ano. E conforme Christopher Mendes, diretor financeiro e responsável pela Comissão de Máquinas para Plástico e Papel da ABIMEI, além de diretor de comércio exterior do Grupo Brasia, importador de máquinas para plástico, papel e embalagem “As perspectivas são uma economia mais aquecida com geração de empregos, maior produtividade e mais consumo”. A entidade também apoia a decisão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de rever alista de produtos que tiveram aumento da alíquota de importação em outubro passado, com o objetivo de proteger a indústria nacional. A equipe econômica avalia que algumas empresas beneficiadas com este aumento aproveitaram a oportunidade para elevar os preços “além de um limite adequado”e, por isso, “estuda reduzir o imposto de importação de alguns produtos”, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Entre os produtos sob a mira do governo estão as resinas, usadas para fabricação de embalagens, cabos, fios, e o >>>>

Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 23< 23 Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste


Perspectivas 2013 produtos plásticos acabados, a indústria deixa de comprar máquinas, equipamentos, matéria-prima, etc.”, reitera Mendes. “Ao mesmo tempo, a indústria fica com capacidade ociosa, comprometendo os níveis de emprego”. O setor de transformação plástica é o terceiro maior empregador industrial do país. Em 2012, o setor totalizou 355 mil empregados. “Já se nota em 2013 que, devido sobretudo aos reflexos do novo regime automotivo que vigora desde 1º de janeiro passado, a procura por centros de usinagem tem aumentado; os prazos dos fabricantes nacionais já estão dilatados e os preços também foram majorados acima daqueles verificados até setembro de 2012. Não podemos punir com preços mais altos os empresários brasileiros que desejam investir aumento de produção, renovação tecnológica e melhoria de produtividade”,afirma Crispino.

ABRAMAT otimista – Diante do cenário de ebulição de projetos por todo o país e em especial o Nordeste, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) começa o ano de 2013 com muito trabalho e um horizonte favorável para a cadeia da construção civil. A entidade acredita que o crescimento

Na busca de um projeto vencedor

Por Alfredo Schmitt (*) A indústria de transformação plástica brasileira, em especial a de embalagens flexíveis, tem acompanhado os esforços do governo em busca da competitividade à produção nacional. Ainda assim, o setor se preocupa com a entrada no mercado de produtos que serão fabricados a partir do shale gás nos EUA, matéria-prima barata e abundante. Setor que compõe uma cadeia produtiva responsável pela geração de mais de 350 mil empregos no Brasil em mais de 11 mil empresas, a indústria de transformação plástica brasileira busca respostas aos desafios que vêm pela frente. De um lado acompanhamos o renascimento da indústria petroquímica americana baseada no shale gás, insumo que deverá originar resinas baratas e tornar a indústria de transformação local muito competitiva e com capacidade de exportação renovada,

24 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

da indústria de materiais para o ano de 2013 chegue a 4,5%. Em 2012, a previsão de crescimento também foi de 4,5% sendo revisado ao longo do ano para 3,4% e o fechamento está sendo concluído. Segundo o presidente da entidade, Walter Cover, há vários fatores que contribuem para uma recuperação em 2013, sendo o principal deles o consumo das famílias para reformas e ampliações nas residências. “Acreditamos que o varejo deva continuar forte em função da manutenção das políticas publicas que favorecem o crescimento da renda, do emprego e do crédito com menores taxas de juros e maiores prazos para pagamento.”. Ele também leva em conta a proximidade das conclusões de obras da Copa do Mundo 2014, um fator importante a ser observado, além de outros. “A política de desoneração do setor tem sido um importante vetor de melhoria nas vendas, na maior formalização das empresas e conseqüente maior arrecadação de tributos, criando um ciclo virtuoso. Com isso acreditamos que a política de desoneração deve se intensificar em 2013”, diz. Outra aposta é um aumento no ritmo das obras do programa Minha Casa Minha Vida, em particular na faixa 1, de menor renda familiar, comenta Cover. PNE DIVULGAÇÃO

polietileno, que são produzidos no Brasil apenas pela Braskem. “A alíquota das resinas foi elevada de 14% para 20% em setembro e em novembro o preço do insumo já havia subido 20%. Isso é inconcebível, porque a Braskem detém o monopólio de polietileno no Brasil”, afirma Christopher Mendes, diretor financeiro e responsável pela Comissão de Máquinas para Plástico e Papel da ABIMEI, além de diretor de comércio exterior do Grupo Brasia, importador de máquinas para plástico, papel e embalagem. Conforme o executivo, o aumento da resina impacta diretamente no custo de produção: uma extrusora de filme pequeno consome cerca de R$ 100 mil/mês somente com matéria-prima: assim, qualquer aumento neste custo, afeta toda a cadeia produtiva do plástico e inibe investimentos em máquinas. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apurados no Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) de setembro, mostram que os polietilenos de alta densidade ficaram 23,6% mais caros em setembro e os de baixa densidade saltaram 20,1%. Os dados foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo, de 28 de fevereiro. “O aumento de custos da matéria-prima afeta a cadeia produtiva inteira. Na ponta final, quando se decide importar

mesmo com as dúvidas ambientais ligadas à extração dessa matéria-prima. O padrão de competitividade nacional precisa ser revitalizado na indústria de transformação plástica brasileira. Mesmo com os diagnósticos já conhecidos precisamos também fazer a lição de casa e melhorar aspectos fundamentais, entre os quais se arrolam a educação e a gestão de nossas empresas. A presença da Petrobras, ao lado dos demais elos da cadeia, participando verdadeiramente de um projeto para tornar a indústria de transformação plástica brasileira competitiva, é de fundamental

importância: não há mais tempo para discussões intermináveis cadeia acima. Precisamos de um entendimento rápido para sobreviver, crescer e perpetuar. Em 2011, o segmento de embalagens plásticas flexíveis amargou um déficit de 58 mil toneladas correspondente a US$ 357 milhões e os indicadores apontam um crescimento deste déficit em 2012. É evidente a crescente presença de produtos importados nas gôndolas, com embalagens plásticas também vindas do exterior. Ou seja, perde mais um elo, e a cadeia produtiva como um todo. Esta nova onda de concorrência exigirá de nossa indústria a capacidade de se articular em torno de um projeto vencedor para a cadeia do plástico se não quiser ver a desindustrialização se espalhar no seio de uma indústria genuinamente brasileira. (*) Alfredo Schmitt é presidente da Abief – Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Flexíveis.


Giro NE Alagoas Braskem “importa” engenheiros

A Braskem é responsável pela geração de riquezas que correspondem a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas – este, cerca de R$ 21 bilhões – e emprega 130 engenheiros. Destes, 85% foram formados na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Porém, na antiga Salgema, acontecia o inverso, pois quase nenhum engenheiro tinha conquistado seu diploma em Alagoas. “Eram quase todos da Bahia”, relembra Milton Pradines, diretor de Relações Institucionais da empresa no Estado. A consolidação dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Química da Ufal – listados entre os melhores do Nordeste e do Brasil – contribuiu para que houvesse redução da dependência externa deste segmento profissional. Mesmo assim a Braskem segue “importando”, engenheiros mecânicos. Motivo: não havia, até o fim de 2012, curso de graduação neste setor.

Amazonas Petrobras fará nova UPGN em Urucu

Ainda para este ano a Petrobras prevê a construção de uma nova unidade de processamento de gás natural na Província Petrolífera de Urucu, no município de Coari (AM). O projeto da quarta UPGN de Urucu aguarda apenas autorização da ANP. A unidade tem capacidade para processar até 2,5 milhões de m3/dia do gás rico excedente do Polo Arara, com o objetivo de aumentar a produção de GLP e gasolina natural e minimizar as perdas de produção LGN nas operações de parada de plantas de processamento na estação. Segundo o cronograma originalmente apresentado pela Petrobras à ANP, as obras da UPGN estão previstas para breve, com a conclusão estimada para julho de 2014.

Bahia Petróleo no quintal em Salvador

Foi durante os trabalhos de terraplanagem para ampliar a casa onde moram no bairro de Lobato, no Subúrbio Ferroviário de Salvador (BA), que a dona de casa Tereza Barbosa e a sua filha, a estudante de Economia Daniela Fiúza, foram surpreen-

didas com um poço de petróleo no fundo do quintal. O trator escavava o terreno em aclive do quintal da casa, que avança até a rua paralela, a Monteiro Lobato, quando foi parado por uma tubulação grossa que emergia do solo, conta Daniela. “Em princípio, pensamos que era um poste antigo, que deveríamos arrancar”, diz. “Nossa sorte é que, logo depois, começou a escorrer aquele líquido escuro. A gente achou que era petróleo, mas não tinha certeza. Por isso, paramos a obra e chamamos a Petrobras e a ANP. Os técnicos da empresa e da agência visitaram a casa, na segunda-feira e atestaram que o líquido negro e viscoso que escorre do lado da tubulação é petróleo”, afirma a estudante. “Eles disseram que, se retirássemos a tubulação, poderia haver vazamento, até inundação da área”, ressalta. “Eles levaram um pouco para exames, afastaram riscos de explosões e contaram que voltariam para realizar mais testes, para ver se há viabilidade econômica para o poço. Mas, já avisaram que é pouco provável.” Segundo a ANP, não há mais expectativa de que se encontre petróleo para exploração comercial na área.

Pará Logística reversa aumenta 132%

De acordo com os números do sistema da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, conhecido como Sistema Campo Limpo, o processo vem crescendo em todo o país, com destaque para alguns estados, como o Pará, onde a logística reversa teve um salto de 132%, passando de 63 para 147 volumes. E no Rio Grande do Norte, onde foi registrado o terceiro maior crescimento percentual da medida, o volume recolhido passou de 38 para 74, com aumento de 96%. Apesar de ainda estar longe do topo da lista, em 2012, em Alagoas foram recolhidos 395% mais embalagens do que no ano anterior, passando de 34 para 170 volumes. Paraná (4,8 mil toneladas), São Paulo (4,5 mil toneladas) e Goiás (4 mil toneladas) foram os estados que mais encaminharam embalagens vazias para a destinação final no ano passado. Juntamente com Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia, esses estados respondem por 62% do total de embalagens vazias que foram retiradas do campo no Brasil.

Pernambuco IBG amplia atuação

A IBG vem tentando “incomodar” cada vez mais os principais fornecedores de gases industriais, como White Martins, Air Liquide, entre outros. Pouco mais de um ano após a inauguração de um complexo industrial em Pernambuco, planeja a construção de sua segunda fábrica no Nordeste.

Simpepe na Abiplast

O diretor do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco – Simpepe, Anísio Coelho, participou de reunião da Abiplast no dia 17 de janeiro, na sede da entidade, em São Paulo. Em pauta, o Acordo Setorial para a implantação do Sistema de Logística Reversa para Embalagens Pós-Consumo de Produtos Não Perigosos, o qual visa atender a Lei 12305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Estímulo para Suape

A Petroquímica Suape pode ser base do regime tributário para os setores químico e têxtil que o governo estuda, semelhante ao Inovar-auto, que estimula desenvolvimento, competitividade e tecnologia. Com a Petroquímica Suape, o Brasil terá uma nova base de matéria prima que cabe exatamente no novo conceito para o setor têxtil. O incentivo poderia ajudar a apressar a cadeia produtiva que ela gera.

Maranhão Mais energia com a Gasmar

Criada há mais de uma década, em 2001, a Gasmar se prepara para iniciar, este ano, suas operações. A partir do próximo dia 1º de março, a companhia passa a ser remunerada pela operação e manutenção da rede que abastecerá a termelétrica Parnaíba I (676 MW), da MPX, em Santo Antônio dos Lopes (MA). O contrato entre a distribuidora maranhense e a companhia do grupo EBX foi assinado em dezembro do ano passado, no mercado livre. A Gasmar espera obter um faturamento estimado de R$ 500 mil/mês quando a usina for despachada. A UTE Parnaíba I deve demandar aproximadamente 1 milhão de m3/dia. O gás natural consumido pela usina virá dos campos da OGX Maranhão. A Gasmar negocia, agora, um segundo contrato com o OGX e Petra Energia. Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 25


Sala: as garrafas cheias de areia substituíram os tijolos, assentadas com barro

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Foco no Verde

Escola do DF constrói sala de aula com garrafas PET

É o plástico ganhando espaços, como no caso da construção de uma sala de 66 metros quadrados somente com garrafas plásticas. Gilvan Luís de França, professor do Centro de Ensino Fundamental 2, em Planaltina (DF), foi um dos selecionados na sexta edição do Prêmio Professores do Brasil. As garrafas cheias de areia substituíram os tijolos, assentadas com barro. “Tentei passar a eles a importância de não jogar as garrafas em rios e esgotos, mas reutilizá-las”, conta França.

Embalagens de PP reciclado viram papel “plástico”

Imagine um papel que não amarela nem molha, não rasga facilmente e pode ser usado normalmente para escrita ou impressão. Esse produto existe e tem tecnologia 100% brasileira, resultado de uma parceria entre uma multinacional situada em São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista. Apesar de ter o aspecto do material de origem vegetal, o papel, na verdade, é feito de plástico e foi desenvolvido a partir da reciclagem de emba26 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

lagens de biscoito, picolé, salgadinhos e outros rótulos. Batizado de vitopaper, o produto se assemelha ao papel couché, com superfície muito lisa e uniforme, e já foi empregado na confecção de livros, relatórios empresariais e até cadernos. A cada tonelada de vitopaper produzida, estima-se que 750 kg de plástico deixem de ir para os depósitos de lixo. O vitopaper é o primeiro papel sintético produzido com material reciclado “pós-consumo”. A principal matéria-prima são os polipropilenos biorientados (BOPP/PP), usados na produção de embalagens flexíveis, como as de barrinhas de cereais. Até então, o PP não tinha uma cadeia de reciclagem ativa e, ainda que reciclado, acabava parando

em lixões e aterros sanitários. Uma das vantagens é que o papel é fabricado nas mesmas máquinas que produzem as embalagens. “Nossa preocupação era não desenvolver um subproduto, como as vassouras feitas de plástico, e conseguir adotar a mesma tecnologia que já usamos nas embalagens flexíveis”, afirma Patrícia Gonçalves, gerente de produtos da Vitopel, a empresa envolvida no desenvolvimento do vitopaper.

Dow e Mitsui adiam fábrica de plástico verde

A companhia americana Dow Chemical e a trading japonesa Mitsui vão adiar novamente o projeto de construção de uma fábrica de plástico “verde” a


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Uma de suas linhas da L'Occtiane terá os frascos fabricados com plástico verde

partir da cana-de-açúcar no Brasil. Esse complexo, está avaliado pelo mercado em cerca de US$ 1,5 bilhão. A Dow deverá se dedicar, no curto prazo, aos projetos mais rentáveis, sobretudo nos EUA, após a descoberta de grandes reservas de “shale gas” (gás de xisto) na região da Costa do Golfo. A fábrica de plástico “verde” foi anunciada pela primeira vez no Brasil em 2007, quando o grupo sucroalcooleiro Santa Elisa, de Sertãozinho (SP), foi apontado como sócio da companhia americana no projeto. Em julho de 2011, a Dow e a Mitsui anunciaram joint venture, com 50% de participação cada uma, para retomar o projeto, que inicialmente previa a construção de uma usina de etanol, com capacidade para esmagar 2,7 milhões de toneladas de cana. A segunda fase incluía uma fábrica integrada para a produção de biopolímeros para a produção de polietileno (PE).

bricados a partir do etanol de cana-de-açúcar. Os itens devem chegar às lojas em fevereiro. A nova embalagem já começou a ser usada na França e será exportada para mais de 85 países, informa a Braskem. O objetivo da substituição do polietileno convencional é elevar o uso de matérias-primas renováveis pela multinacional.

Braskem também congela projetos “verdes”

Indústrias investem no “novo plástico”

A Braskem pretende ser mais cautelosa em novos investimentos em 2013. Segundo Carlos Fadigas, presidente da empresa, projetos de novas fábricas de química “verde”, que têm o etanol como matéria prima, estão fora dos planos da companhia para o ano. A empresa já possui uma fábrica de plástico “verde” em operação na cidade de Triunfo (RS) e previa anteriormente a implantação de uma segunda unidade de polietileno e uma terceira fábrica de polipropileno. A companhia segue os passos de concorrentes, que também suspenderam projetos nesta área.

Plástico em embalagem de cosmético francês

A L’Occitane en Provence é a nova marca que vai utilizar o plástico verde da Braskem na produção de suas embalagens de cosméticos para o corpo, de acordo com a companhia. Uma de suas linhas de produtos terá os frascos fa-

O plástico está na moda, pois embalagens inteligentes, automóveis econômicos e equipamentos eólicos mais eficientes... tudo de plástico. A indústria química investe para desenvolver novos materiais e aumentar a presença do produto no cotidiano. Na Braskem, as invenções enfrentam fila de espera de um ano para serem testadas nas fábricas-piloto. Há 200 projetos na carteira, desde os que os cientistas chamam de “rupturas” - produtos ou procedimentos inéditosaté tecnologias complementares às existentes. Como cada dia de teste custa R$ 20 mil, os produtos que entram na fila passam por uma boa triagem. Portanto, o número de candidatos a invenções é ainda maior. “Queremos manter a média de 20 novos produtos por ano. É importante porque fideliza o cliente”, afirma Patrick Teyssonneyre, diretor de inovação para as áreas de negócios da Braskem. Em 2010, a Braskem inaugurou em Triunfo (RS), a primeira fábrica de polie-

tileno verde do mundo, substituindo o petróleo pelo etanol de cana como matéria-prima. Desde então, dedicou-se ao desenvolvimento de outro tipo de plástico, o polipropileno, com fonte renovável.

Embalagens de agrotóxicos recolhidas

A consciência ecológica cresce no setor de plásticos e nos últimos dez anos, mais de 237 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos utilizadas nas propriedades rurais brasileiras voltaram para os fabricantes que reutilizaram ou eliminaram o material, seguindo padrões ambientais definidos em lei. Conhecida como logística reversa, essa prática se tornou obrigatória para o setor em 2002. Apenas no ano passado, segundo balanço recente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), o volume de embalagens recolhidas e corretamente destinadas por agricultores, comerciantes e fabricantes superou as 37,7 mil toneladas. O balanço mostra um aumento de 9% em relação ao registro de 2011. Representantes do inpEV, que reúne a indústria fabricante de agrotóxicos instalada no país, destacaram, ao longo de todo o ano passado, que o aumento do volume de embalagens recolhidas reflete o maior uso de agrotóxicos no país, mas também mostra que o atendimento à legislação nacional tem acompanhado o incremento da atividade agrícola. PNE Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 27


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Bloco de Notas

Alemães buscam negócios no Nordeste

Representantes de sete empresas alemãs originárias do estado de Baden-Württemberg visitaram o Brasil em fevereiro com o objetivo de expandir suas operações no País. A comitiva se reuniu no Recife com empresários locais para explorar oportunidades comerciais conjuntas. Além dos representantes das companhias, a delegação estava integrada por representantes do Ministério de Economia e Finanças e da Agência de Fomento Internacional do Estado de Baden-Württemberg. As rodadas de negócios foram organizadas conjuntamente pela Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo e pelo Escritório Regional de Norte e Nordeste, este último inaugurado no final do ano passado na capital pernambucana. “Atualmente, o Nordeste representa a terceira maior economia do País e é visto por muitos como uma das regiões mais promissoras do Brasil. Seu grande potencial abre um cenário atrativo para estabelecer novas relações comerciais” informa Ricardo Castanho, diretor do Depto. de Comércio Exterior da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo. Para Martin Mahn, diretor do Escritório para o Norte e Nordeste da Câmara Brasil-Alemanha, “o recente desenvolvimento econômico da região abre inúmeras oportunidades para negócios”. As empresas de Baden-Württemberg têm forte atuação em áreas como engenharia, revestimentos, produtos químicos, autopeças, softwares, soluções em comunicação e mídia, tecnologias ambientais, cosméticos e beleza, equipamentos industriais e saúde. 28 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

Produção de cloro cresce 1,8% em 2012

A produção de cloro cresceu 1,8% no ano passado na comparação com 2011, com 1,2 milhão de toneladas, segundo a Abiclor (Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados) revelou à FSP. De janeiro a dezembro, as vendas totais do produto tiveram uma alta de 3,6% em relação a 2011. O crescimento, considerado modesto, foi impactado pelos efeitos da crise internacional, segundo a entidade. O levantamento aponta ainda que a produção de soda cáustica subiu 1,6% e registrou cerca de 1,37 milhão de toneladas. As vendas do produto no mercado interno ficaram 3,7% superiores ao resultado de 2011, enquanto as importações da soda registraram uma queda de 4,1%. Números - 1,2 milhão de toneladas foi a produção de cloro registrada no ano passado pela associação do setor; 1,8% foi o crescimento no ano passado na comparação com 2011; 3,6% foi a alta nas vendas totais do produto; 1,6% foi o aumento registrado na produção de soda cáustica; 4,1% foi a queda na importação da soda.

Innova amplia produção

Em mais sete anos, a petroquímica Innova pretende ser a maior empresa de estirênicos (poliestireno e estireno) da América Latina. Para atingir essa meta, a companhia, que já tinha anunciado uma ampliação de produção para 2016, estuda a possibilidade de construir outra unidade com capacidade para 120 mil toneladas de PS e que entrará em operação em 2020. Se esse projeto for confirmado, a presidente da Innova, Margareth Feijó Brunnet (foto, à esquerda), diz que a lógica aponta que o empreendimento seja feito no Rio Grande do Sul, já que todas as outras plantas do grupo encontram-se no polo de Triunfo. A companhia assinou novo protocolo de intenção de investimento, para a duplicação da fábrica de estireno (de 250 mil toneladas para 500 mil toneladas/ano) e ajustes na de etilbenzeno. A empresa e o Estado já tinham firmado acordo similar em novembro de 2011. Porém, a projeção inicial de investimento era de US$ 250 milhões e agora alcançou US$ 350 milhões, mas houve revisão do projeto e mudanças no câmbio. A executiva revela que o benefício do Fundopem também aumentou, passando de 30% para 45% de renúncia sobre o ICMS incremental. Mesmo assim, em 2016, quando a nova planta iniciar a produção, a Innova contribuirá para que o Estado arrecade cerca de R$ 100 milhões em ICMS no ano, contra a projeção de R$ 41 milhões para 2013.


Os esforços do governo para alavancar a indústria brasileira chegaram aos cofres do BNDES, que desembolsou R$ 100 bilhões para o setor apenas no ano passado, mas o movimento ainda não surtiu o efeito desejado. O desembolso do banco para a indústria corresponde, junto com os investimentos em infra-estrutura, a 65% dos R$ 156 bilhões que investiu em 2012. Segundo o presidente Luciano Coutinho (foto), o que o banco investiu no setor industrial correspondeu a cerca de 20% de todo o dinheiro investido na indústria brasileira. As previsões para o triênio 2013/16 são de crescimento de 28,9% em comparação com o triênio de 2008/11. Porém, para 2013, Coutinho não quis fazer previsões. Ao comentar o desempenho da instituição em 2012 para o setor industrial, ele destacou que o valor desembolsado “é uma parcela relevante”.

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Investimentos do BNDES

iPhone 5 da Apple com carcaça de plástico

Dentro da indústria, os maiores desembolsos ficaram para Química e Petroquímica, com R$ 8,5 bilhões, e Material de Transporte, que conseguiu financiamentos de R$ 7 bilhões.

O plástico está em alta e, segundo fontes do site iLounge, a Apple em breve poderá lançar uma versão do iPhone com chassi de plástico. O objetivo do lançamento, inicialmente, é de aumentar a participação de empresa dentro do mercado chinês e depois ganhar espaço no mundo todo devido ao baixo custo do produto. De acordo com o rumor, o revestimento do smartphone não será sinal de que ele terá um hardware inferior. As fontes afirmam que o aparelho contará com tela de Retina e vidro Gorilla Glass. Além disso, o aparelho também contará com a nova porta Lightning para recarga e sincronização de dados. A traseira do modelo será igual a do iPhone 3GS e ele será um pouco mais espesso do que o do iPhone 5.

Tecnologia Dow para dutos offshore

Polímeros Basf para construção

A feira de exposições BAU 2013, em Munique, de 14 a 19 de janeiro de 2013 foi o cenário onde a Basf exibiu a contribuição da química para a construção sustentável. A empresa apresentou diversas soluções, incluindo produtos para aumentar a eficiência energética de construções. Entre outros itens apresentados, estavam os materiais para tornar as construções mais duráveis reduzindo, assim, a manutenção e os reparos. Também ofereceu suporte a arquitetos e planejadores que desejam experimentar novas abordagens de projetos e apresentou uma visão das últimas pesquisas sobre pigmentos eletrocrômicos para iluminação interior de ambientes. “As inovações da área química são a chave para a construção sustentável”, disse Jacques Delmoitiez, gerente da Basf.

O mercado brasileiro vai receber da americana Dow Chemical, até o final do ano, uma solução para revestimento de dutos offshore em projetos que envolvem alta temperatura. O novo material competirá com o polipropileno e o poliuretano sintático, que são aplicados no revestimento dos dutos projetados para a operação no pré-sal. Constituído de um polímero híbrido especial, o novo material tem capacidade para suportar temperaturas de até 165°C. Já o polipropileno sintático e poliuretano sintático resistem a temperaturas de 140°C e 115°C, respectivamente.

Rhodia aumenta produção de poliamida

A Rhodia, empresa do grupo Solvay, ampliará em 20% a produção de filamentos de poliamida 6.6 para aplicações têxteis e industriais. O aumento, previsto para ocorrer em etapas até o final de 2013, inclui a utilização de máquinas e equipamentos de última geração instalados na unidade industrial da empresa Tork (ex-Ledervin) em Osasco (SP), conforme acordo assinado entre as duas empresas. O incremento da produção é uma resposta às necessidades do mercado brasileiro de filamentos de poliamida 6.6, em especial em fios têxteis texturizados e fios industriais de alta tenacidade. Esses produtos se destinam a segmentos nos quais se projeta forte crescimento para os próximos anos. Jan/Fev de 2013 < Plástico Nordeste < 29


Agenda DIVULGAÇÃO

Anunciantes

São Paulo, Capital

Artefatos / Página 31 Bühler / Página 21 Chiang / Página 07 Clodax / Página 23 Embala Nordeste / Página 09 Eteno / Página 13 Feiplastic / Página 05 Inbra / Página 17 Incoe / Página 19 Mecanofar / Página 23 Olifieri / Página 29 Oyster Tur / Página 02 Plastech / Página 15

ANUNCIE! É SÓ LIGAR PARA: 51 3062. 4569 30 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2013

Agende-se para 2013 Chinaplas Asia’s No. 1 plastics & rubber trade fair 20 a 23 de maio China import and export fair complex, Pazhou, Guangzhou, PR China www.chinaplasonline.com Feiplastic 2013 Feira Internacional do plástico 20 a 24 de maio Anhembi – SP www.feiplastic.com.br Plastech Feira de tecnologias para termoplásticos e termofixos, moldes e equipamentos 27 a 30 de agosto Pavilhões da Festa da Uva – Caxias do Sul/RS www.plastechbrasil.com.br

Mercopar Feira de subcontratação e inovação industrial 1 a 4 de outubro Centro de feiras e eventos Festa da Uva – Caxias do Sul/RS www.mercopar.com.br Embala Nordeste 27 a 30 de agosto Centro de convenções de Pernambuco – Olinda/RE www.embalanordeste.com.br K 2013 International trade fair No. 1 for plastic and rubber worldwide 16 a 23 de outubro Düsseldorf/Alemanha www.k-online.de


Jan/Fev de 2013 < Plรกstico Nordeste < 31


32 > Plรกstico Nordeste > Jan/Fev de 2013


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