EDITORIAL ///Carta ao leitor
Um novo cenário para petroquímica e distribuição
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Plástico Sul # 87 - Junho de 2008
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ão vou falar em números, valores ou índices. Quero que todos leiam a reportagem feita por Melina Gonçalves, que viajou ao Rio e São Paulo especialmente para entrevistar, com exclusividade, o presidente das Quattor, Vitor Mallmann, além de vários diretores de distribuidoras de resinas – a pauta prévia. A criação da Quattor, no entanto, por sua importância, nos levou a alterar a programação de última hora. O resultado foi uma megareportagem ouvindo as petroquímicas nacionais e mais a Dow sobre o novo cenário. E como não poderia deixar de ser, tudo com o foco centrado na distribuição de resinas, este importante setor da cadeia do plástico. Conseguimos entrevistar quase todas as empresas, exceto SM, Macroplast e Plasmar – que não puderam atender à solicitação. Vale a pena conferir as respostas. Todos acreditam em uma nova fase para a distribuição, mais ordenada, mais planejada. Há comentários sobre mercado, exclusividade, importação, câmbio, reforma tributária e projetos. Muitos projetos. Sem dúvida, essa edição é de tirar o chapéu pelo volume de informações. Parece, agora, que o futuro da petroquímica brasileira é bem mais positivo. Porém, temos um grito de alerta do presidente da Abiplast, Merheg Cachum, sobre a ameaça que o aumento das resinas traz aos transformadores. Enquanto isso, os empresários do Rio Grande do Sul contam com o apoio da governadora Yeda Crusius – que prometeu reduzir o diferimento do ICMS – para o road show que os gaúchos vão fazer pelo Brasil e Exterior em busca de investidores. Por problemas técnicos a reportagem sobre Automação será publicada na próxima edição. Pedimos desculpas aos entrevistados. Boa Leitura. Julio Sortica - Editor
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SUMÁRIO
Otimismo: Mallmann (o quinto à esquerda, de barba) e um grupo de empresários e executivos do setor petroquímico no lançamento da Quattor
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Junho de de 2008 2008 /// Plástico Sul # 87 -- Junho
/// Carta ao Leitor
06 Destaque
• Estatísticas e
30 Especial /// Petroquímicas & Distribuição
• Adirplast: um
EXPEDIENTE
Raio X do setor
Plástico Sul # 87 - Junho de 2008
• Empresas comentam
& Distribuição
• Braskem e Dow: projetos
Capa desta edição: foto de Vitor Mallmann gentilmente cedida pela assessoria de imprensa da empresa Quattor
qual bandeira novo cenário
Mallmann, da Quattor
04 4
• Quem fica em
/// Petroquímicas
• Entrevista: Vitor
pwshdv
03 Editorial
números do setor
50 Mercado • A indústra pede socorro • Road Show: gaúchos buscam investidores
52 Plástikos Coluna por Júlio Sortica
54 Agenda & Anunciantes
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DESTAQUE
///Petroquímicas & Distribuição
O efeito Quattor... a hora da grande mudança Divulgação/PS
O ano de 2008 entra para a história da petroquímica nacional como o período em que o setor começa a tomar o rumo da internacionalização. Com o surgimento da Quattor, o Brasil vive a consolidação da indústria petroquímica e ganha a chance de se tornar um grande player mundial, ancorado também no ambicioso projeto da Braskem.
{O Novo Cenário} Por Melina Gonçalves Enviada E speci al ao RJ/SP
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Mallmann diz que a Quattor já nasce grande e vai faturar R$ 9 bilhões
epois do dia 12 de junho de 2008 a petroquímica brasileira nunca mais será a mesma, começando finalmente a atravessar a fase de consolidação. Isso porque nesta data o país conheceu a Quattor Participações, uma empresa que reúne os ativos da Rio Polímeros, Polietilenos União, Petroquímica União, Nova Petroquímica (antiga Suzano) e Unipar Química. A união destas companhias originou uma petroquímica que já nasce consolidada: previsão de faturamento de R$ 9 bilhões, capacidade de produção de 1,9 milhão de toneladas e investimentos de R$ 2 bilhões. Os números altos possuem objetivos do mesmo porte. Afinal, a empresa pretende se consolidar como um dos principais players do mercado mundial e cria um ambiente mais organizado no setor petroquímico brasileiro. Contando agora com um número reduzido de produtores de comoditties (PE e PP), as empresas
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///Petroquímicas & Distribuição
{O Novo Cenário}
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passam a operar com grande escala e o país finalmente consegue ter um nível de competição internacional. Com isso, todo o setor tende a ser reorganizar de forma mais competitiva e rentável. Na verdade, esse ambiente de reestruturação do setor petroquímico foi iniciado há alguns anos, quando a Braskem começou a ser mais agressiva em suas expansões e realizou diversas aquisições de empresas
[Petrobras] - Nas duas petroquímicas nacionais existe uma participação societária da Petrobras, o que causou furor nos transformadores, temendo uma possível reestatização. A hipótese é descartada pelas fontes ouvidas nessa reportagem. A estatal entra no esquema justamente para auxiliar no amadurecimento da indústria brasileira. Quem pensa que essa polarização será prejudicial ao segmento de transformação, deve rever seus conceitos. É certo que o fortalecimento das petroquímicas faz com que os clientes diretos e indiretos, pequenos,
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Internet: divulgação dos sócios do projeto e logo da Qattor no site da empresa
fornecedoras de matérias-primas. Mas, ainda sim, o mercado necessitava de outras modificações para alcançar uma etapa mais avançada. E desta forma, após diversas negociações entre as empresas que compuseram a Quattor, a Companhia surge com grande escala e pronta para, junto com Braskem e Dow, consolidar o setor petroquímico brasileiro.
médios ou grandes, sejam beneficiados pelo amadurecimento da cadeia produtiva. O presidente da Quattor, Vitor Mallmann explica que com o surgimento da empresa cria-se no mercado uma condição mais competitiva, já que antes havia uma grande Companhia que se sobressaia frente às demais petroquímicas, que eram de portes menores e não ofereciam
ao setor portfólios mais completos. A Quattor, por sua vez, possui força para competir em igualdade. A empresa trabalha com uma lista de produtos completa. Serão três unidades de negócios. Uma dedicada aos Químicos Básicos, outra aos Polietilenos (PE) e uma para os Polipropilenos (PP). Com uma gama maior de produtos e investimentos em novas tecnologias, mais competitiva a empresa se torna para disputar mercado tanto nacional, quanto internacional. Nesse sentido os planos são ambiciosos. Mallmann comenta sobre uma possível mudança do perfil da petroquímica brasileira, que pode vir a se tornar exportadora líquida de petróleo, colocando produtos em regiões mais distantes. Na entrevista a seguir, o presidente da Quattor explica detalhadamente o que é a empresa, seus objetivos, opina sobre a entrada da Petrobras no setor, sobre as conseqüências da polarização e, além de revelar números, mostra o porquê de o Brasil estar de malas prontas rumo ao mercado internacional. Esse é o principal objetivo da consolidação da petroquímica nacional: condições de competir com o mundo. Plástico Sul – Quem é a Quattor? Vitor Mallmann - A Quattor é o resultado da junção de ativos que Unipar e Petrobras detinham na região Sudeste do país prioritariamente voltado a produção de poliolefinas. A empresa é a fusão da Rio Polimeros, Polietilenos União, Petroquímica União, antiga Suzano Petroquímica e a Unipar Química. Saliento que os CNPJs destas Companhias ainda existem já que
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{O Novo Cenário} estamos no meio de um processo de movimentação societária e consolidação societária.
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PS – A Quattor, então, já nasce grande? Quais são os números e valores? Mallmann – Sim. Essa junção vai resultar em uma empresa com faturamento previsto de R$ 9 bilhões com uma capacidade de produção em termos de poliolefinas de 1,9 milhão de toneladas entre polipropileno e polietileno. Esta capacidade estará disponível após a conclusão do programa de investimentos de R$ 2 bilhões que está em curso. Ele será concluído no final de 2008 e vai disponibilizar para o mercado uma capacidade de cerca de 450 mil toneladas de resinas, algo como 200 mil de polipropileno e 250 mil de polietileno. PS - A Quattor surge com uma história que vem dos anos 70 em que a Unipar foi pioneira neste setor. Afinal, quem é em sua origem a Quattor? Mallmann - A Quattor é uma empresa nova, mas na verdade ela faz a junção de ativos já em operação e que continuam em operação. Acho que em função disto ela já nasce com um histórico. O acionista controlador Unipar é a empresa que teve a sua origem na instalação do primeiro Pólo Petroquímico brasileiro na região de São Paulo. A Unipar foi criada justamente para viabilizar esse processo de resinas no final da
década de 1970. Então temos um desafio ainda maior que é constituir uma nova empresa sabendo que tínhamos empresas que eram atuantes e vencedoras nos seus mercados e que nós temos que motivar mais valor porque foi isso que motivou os acionistas a juntar estes ativos. Obviamente esta fusão de ativos tem aspectos claros. Para o mercado nós vamos disponibilizar toda a gama de polipropileno e polietileno. De certa forma nós vamos facilitar e agregar valor para o cliente. Ao invés de adquirir várias empresas, nós temos agora todo portifólio sobre a mes-
“Com a constituição da Quattor cria-se uma concorrência mais parruda com capacidade, por exemplo, de atender a demanda total de um cliente...” ma administração e gestão e obviamente criando uma massa crítica que certamente vai permitir um contínuo conhecimento e acompanhamento do crescimento da demanda de nossos clientes de forma muito mais competitiva que se tinha anteriormente. PS - O que muda no setor petroquímico com o surgimento da Quattor? Mallmann - Eu diria que aumenta a concorrência porque nós estamos falando de uma fusão. A coincidência de produtos das empresas originais era muito pequena, no fundo uma empresa estava voltada para a baixa
densidade outra para linear e alta, outra para o polipropileno. Aumenta a concorrência na medida em que no mercado havia uma empresa com posicionamento forte frente aos demais. Com a constituição da Quattor cria-se uma concorrência mais parruda, com capacidade, por exemplo, de atender a demanda total de um cliente, condição que antes não existia. O cliente que decidisse não atuar com a empresa A teria de buscar suprimentos em mais de um fornecedor. Agora não, a Quattor tem disponível toda a gama de polietileno e polipropileno. Então os clientes têm uma alternativa, têm dois concorrentes, agora ele pode fazer a sua opção sabedor que ambos têm uma condição competitiva de igual para igual PS - Qual a visão da empresa? Mallmann - Nós estamos num processo onde a grande meta é realizar todas essas potencialidades de ter um portfólio mais amplo, de estar concluindo projetos de investimento, e de estar habilitado para um novo ciclo de crescimento para meados da década seguinte. Nossa visão é consolidar a Quattor como um dos principais players do mercado mundial. Para se ter uma idéia, no ano que vem devemos exportar um volume de resinas da ordem de 500 mil toneladas. Isso representa uma perspectiva de faturamento na ordem de US$ 800 milhões. Então, apesar de termos nossa base de produção no Brasil, já temos uma posição expressiva no mercado internacional. PS - Qual a missão da empresa?
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///Petroquímicas & Distribuição
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Mallmann - Nossa missão é atender ao nosso mercado. O diferencial da Quattor e que faz parte de sua meta é justamente a frase do seu slogan: solução a quatro mãos. Precisamos realizar isso, efetivamente trabalhar em parceria com nosso cliente. A nossa capacidade é justamente trabalhar junto ao setor de
vendido internamente e essa outra metade vai ao mercado gerando esses R$ 3 bilhões; a segunda unidade é a de Negócios de Polietilenos, que estará com a capacidade em cerca de 1 milhão de toneladas, com a linha de produtos que vai de EVA, PEBD, PEBDL, PEAD, metaloceno de duas tecnologias e PEAD de duas tecnologias; e a terceira é a Unidade de Negócios de Polipropilenos, essencialmente com ativos da antiga Suzano
Mallmann - Temos na nossa agenda, no curto prazo, sermos bem sucedidos no processo de ampliação, e depois, no médio prazo, preparar um novo ciclo de investimentos. A Quattor agora tem um leque mais amplo de alternativas de crescimento, um leque mais amplo de utilização de matérias-primas. A empresa tem, além da nafta que é a matériaprima predominante na petroquímica brasileira, o único craquer com base em gás natural. Eu acho que Quattor vai fazer uma avaliação justamente de qual é a melhor alternativa de crescimento, só que com um lado positivo: um leque mais amplo de alternativas. PS - O volume estimado de PP e PE para 2008, incluindo as expansões é 1, 9 milhão de toneladas. Desse volume, quanto cabe para o mercado nacional e quanto para a exportação? Mallmann - No primeiro momento nós estimamos algo como 500 mil toneladas para o mercado externo, representando 25% da capacidade total.
Empresários e executivos do setor petroquímico no lançamento do Quattor
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transformação para então gerar soluções de embalagens e de artefatos, que atendam ao consumidor final. Nós vamos trabalhar em parceria próxima ao cliente para que o nosso produto atinja esse mercado final. PS - Como será dividida a gestão da empresa? Mallmann - São três unidades de negócios, cada uma delas faturando algo em torno de R$ 3 bilhões. A primeira é a Unidade de Químicos Básicos, onde metade de seu produto é
Petroquímica e as unidade no Rio de Janeiro, São Paulo e Camaçari (BA). PS - Quais foram os investimentos feitos? Mallmann - A Quattor está concluindo um programa de investimentos de R$ 2 bilhões. Justamente para aumentar a oferta de produtos para o nosso cliente, não só em capacidade, como também em diversidade. PS - Há previsões de novas expansões e aquisições a partir de 2009?
PS - Existe a intenção de se expandir ou adquirir empresas fora do país? Mallmann - Nós entendemos que na América do Sul ainda existem grandes oportunidades de crescimento baseado em produções no Brasil. Estamos vendo anúncios de descoberta de grandes reservas justamente nas costas de São Paulo e Rio de Janeiro. Isso cria uma perspectiva muito interessante, talvez de mudar o perfil da petroquímica brasileira. Na medida em que o Brasil se torna exportador líquido de petróleo, cria-
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///Petroquímicas & Distribuição petroquímica ser mais agressiva em termos internacionais.
{O Novo Cenário}
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se condição para se instalar uma petroquímica voltada essencialmente à exportação e não somente de Mercosul, que é o nosso mercado natural, mas sim colocar produtos em regiões mais distantes, a exemplo dos investimentos feitos no Oriente Médio que obviamente não são para consumo local. Qual o fator decisivo para isso? Uma equação de matéria-prima adequada, que lá já foi alcançada em função de ser uma região exportadora, e quem sabe no futuro com essas novas descobertas de petróleo no Brasil, também possa ser alcançada no país. Nessa situação acho que considerando o binômio disponibilidade e ambiente de investimento, eu elencaria o Brasil como um lugar prioritário de investimentos. PS - Com essa nova configuração do setor petroquímico, com a polarização Quattor e Braskem, o Brasil torna-se um player mundial? Mallmann - Atualmente o país já é um player mundial em função do volume que é colocado no mercado externo. Hoje isso está sendo feito a partir de uma base de produção nacional e com um raio de atuação de uma empresa que tem como seu mercado principal a América do Sul. Porque a nossa vantagem comparativa para um player do Oriente Médio inexiste para eu conseguir disputar o mercado de forma mais agressiva na Ásia, por exemplo. À medida que o Brasil passar a ser um exportador de petróleo, se criará condições talvez até para uma
PS - A Quattor pretende participar do Comperj? Mallmann - O Comperj é uma alternativa de investimento bastante interessante nesse ambiente que eu citei acima. Agora precisamos chegar a uma equação de matéria-prima. Estaremos rapidamente avaliando o projeto Comperj dentro dessa lógica. Ou seja, precisamos ter uma equação de matéria-prima que justifique uma ampliação que tem para
“Outro projeto que está sendo conduzido pela Unidade de Polipropileno é a utilização de glicerina para produção de propeno, o que é inédito no mundo.” o mercado internacional um fator muito importante pela escala que se diz que o Comperj terá. PS - Foi publicada na imprensa uma declaração sua dizendo que é necessária uma nova fórmula de preço para os insumos já que o Brasil deixa a condição de ser importador para ser exportador. Gostaria que explicasse um pouco esse processo e qual a estimativa de tempo que a Petrobras deu para dar essa resposta? Mallmann - O que temos colocado é que à medida que a dinâmica do mercado se altera, por exemplo, o Brasil passa a ser exportador expressivo lí-
quido de petróleo. Faz-se necessária uma mudança da fórmula de precificação. Hoje a nossa precificação de nafta está baseada no mercado europeu. Precisamos avaliar qual a dinâmica atual deste mercado: é um mercado que tem uma posição exportadora ou um mercado que está tendendo a ser importador... que é o quadro que estamos vendo? No momento em que ele passa a ser um mercado importador, se eu tiver vinculado a esse preço estarei herdando essa condição. Então a Petrobras reavaliará essa forma de precificação em função da mudança da dinâmica do mercado, porque se ele muda, a fórmula de preço deveria ser alterada. Nós levamos a proposta e vamos aguardar a outra parte se posicionar. Afinal é uma negociação longa. PS - Diminuindo o preço dos insumos, diminui o preço das resinas? Mallmann - Hoje estamos sob uma forte pressão de preços de matériaprima. Isso fez com que, apesar de ao longo do ano passado o preço ter se mantido até razoavelmente estável, tenha iniciado um processo de necessidade de aumento de preço de resinas não só no Brasil, mas no mundo. Grandes players internacionais anunciaram aumentos de 20 e 25%. A petroquímica tem margens que não absorvem a mudança do patamar de preços de petróleo e por conseqüência de nafta. Há um ano atrás o petróleo estava 60 dólares o barril, hoje está 140. A nafta tem o mesmo nível de crescimento. Nós não temos margem para absorver isso. Então o que se busca hoje é uma adequação desse equilíbrio porque
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{O Novo Cenário} isso está agravando bastante a performance das empresas e em última analise a capacidade de investimentos das mesmas.
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PS - Produção verde está no escopo da Quattor? Mallmann - Sim. A Unidade de Químicos Básicos da Quattor tem estudado e está fazendo um processo de avaliação de seleção de tecnologia para a produção de eteno de álcool, que é a matéria-prima para fazer PP. É uma tecnologia que é disponível. Então estamos avaliando pela ótica de seleção de tecnologia e eventualmente aquisição caso se julgue que o projeto tem viabilidade econômica. Outro projeto que está sendo conduzido pela Unidade de Polipropileno é a utilização de glicerina para produção de propeno, o que é inédito no mundo. Glicerina é um sub-produto da indústria de biodisel, então seria um processo de pegar esse subproduto da produção do biodisel, que vai ter um volume incompatível com as
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///Petroquímicas & Distribuição aplicações tradicionais da glicerina, e através de uma reação de desidratação gerar o propeno que viria de um álcool e seria produzido o PP. É importante falar que a primeira opção da Quattor é adquirir álcool. Ela não estará entrando na produção de álcool ou na parte de agrobusiness ligada a plantação da cana. PS - Qual o papel da distribuição nesse novo cenário petroquímico? Mallmann - A exemplo da consolidação dos produtores de resinas deverá haver também uma consolidação de distribuidores. Caminharemos para um mercado onde os distribuidores tenderão a ser exclusivos em cada uma. Para a Quattor a distribuição é um canal de acesso ao mercado, um parceiro da petroquímica na colocação do produto no nosso cliente. Devemos trabalhar com talvez... quatro distribuidores, justamente porque esse universo é o que nos permite ter essa proximidade e a relação com o distribuidor como parte do canal de distribuição e não como um cliente. Ele coloca, disponibiliza e capilariza a minha força de vendas num mercado mais fragmentado.
Mallmann diz que pior seria a existência de uma predominância única
PS - Qual a política da Quattor para a distribuição? Mallmann - Os distribuidores devem ser um instrumento e tem que estar junto com a Quattor no atendimento de um segmento de mercado. Eu insisto nesse tratamento do cliente porque muitas vezes o mercado tem essa visão de ver o distribuidor como cliente, e ele não é. Precisa haver essa parceria conosco e vamos acompanhar o mercado para que essa atuação seja bastante harmoniosa. Não posso me encontrar com o meu distribuidor no cliente final, porque aí eu estou criando uma concorrên-
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///Petroquímicas & Distribuição
{O Novo Cenário} cia predatória. O distribuidor é meu parceiro para atingir um segmento especifico de mercado que é melhor atendido através dele e não na venda direta da petroquímica.
PS - Essa polarização favorece ao aumento ou diminuição no preço das resinas? Mallmann - Creio que a relação entre a Quattor e seus parceiros não será simplesmente na forma do pre○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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PS - Existe um t emor de que com o surgimento da Quattor forma-se uma espécie de oligopólio (Quattor – Braskem) e estatização. O que nos diz sobre isso? Mallmann - Eu não chamaria de estatização. O controlador da Quattor é Unipar, a Petrobras é um sócio relevante, tem as regras de relacionamento com o sócio controlador através de um acordo de acionistas. Eu insisto: de fato o pior mercado para os nossos clientes seria haver uma dominância única, um player tão dominante que não tivesse alternativa para o transformador se não adquirir produto desse player dominante. Acho que a chegada da Quattor aumenta a concorrência, porque são dois atores que tem musculatura para disputar o mercado. Aumenta a competitividade e isso favorece.
ço. Para ganhar o jogo temos que estar juntos com nosso transformador para prover os clientes deles das melhores soluções. PS – As resinas importadas são mais acessíveis de preço do que as nacionais. E o quê, então, favorece a compra de produtos nacionais? Mallmann - A posição de abastecer suas operações através de resinas importadas é uma posição que traz consigo a volatilidade dos preços internacionais e das condições de forne-
“O distribuidor é meu parceiro para atingir um segmento especifico de mercado que é melhor atendido através dele e não na venda direta da petroquímica.” cimento. A Quattor pretende ter relação de longo prazo com seus clientes e parceiros. Obviamente que, pontualmente, se pode ter algum lote importado, agora cabe aos nossos transformadores avaliar se essa posição é pontual ou de longo prazo. É preciso pensar no que o fornecedor está trazendo em termos de aporte de tecnologia e de assistência técnica e desenvolvimento de novos grades para as condições típicas brasileiras, por exemplo, a questão da in-
solação no Brasil que faz com que a aditivação de anti UV torne-se fundamental. Então ele está tendo todo esse pacote? Se está tendo todo esse pacote numa condição de preço mais competitiva realmente eu não vejo porque priorizar mais um lado ou outro. Mas garanto que o pacote da Quattor é mais completo. PS – Existiu um mito de que a empresa teria foco no Sudeste, inclusive cogitou-se o nome Companhia Petroquímica do Sudeste. O que tens a dizer sobre isso e qual deve ser a expectativa dos transformadores do Sul com o surgimento da Quattor? Mallmann - CPS era o nome de projeto, mas não havia a menor condição de usá-lo como o nome de uma empresa que pretende ter uma ação global. Os ativos estão hoje no Sudeste, mas não o mercado. Estamos fazendo uma companhia que pretende ser um dos principais players globais. Desta forma, buscamos um nome forte, que seja uma marca que saia da mesmice e do regionalismo. Para isso foi feito todo um trabalho de desenvolvimento inclusive de locução do nome em diversos idiomas. Quattor vem do latim porque todas as línguas têm algumas palavras em latim o que torna a locução mais palatável. A Quattor quer ter no Sul um parceiro de longo prazo e próximo. A Quattor é uma empresa que tem ambições internacionais. Obviamente o Sul é um mercado que esta no nosso foco. P S
Quattor - Alguns dados sobre a nova empresa Faturamento previsto
Capacidade de produção
Exportação
R$ 9 bilhões
1,9 milhão de toneladas de PP e PE
500 mil toneladas
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Braskem: liderança e novos projetos
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Com o rearranjo do setor petroquímico o número de fornecedores de comoditties reduz consideravelmente. E a Quattor mostra-se preparada para competir com as outras duas petroquímicas que permanecem no cenário nacional. Isso porque as empresas que disputam mercado com a Quattor possuem uma postura importante no país. De um lado, está a Braskem, uma Companhia líder de mercado, com 52% de participação no segmento de resinas e uma receita liquida de R$ 18,8 bilhões. Do outro, tem a Dow, uma multinacional que fatura mundialmente US$ 54 bilhões por ano e possui 46.000 funcionários em todo o mundo, 2.200 dos quais nas unidades espalhadas pelo Brasil, embora as poliolefinas sejam da Argentina.
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Marcelo Lyra, no detalhe, comenta sobre as ações e projetos da Braskem
{O Novo Cenário}
O
s números de produção da Braskem, revelados por Marcelo Lyra, Vice-presidente de Relações Institucionais, são em escala de megaempresa e impressio-
nam: 2,5 milhões de toneladas de eteno/ano e 3,65 milhões de toneladas de resinas termoplásticas/ano em 2007. “São 19 unidades industriais no RS, Bahia, Alagoas e São Paulo”, informa o executivo. A expectativa para 2008 é repetir a tonelagem de eteno e fixar em 3,3 milhões de toneladas/ano de resinas. “A receita lí-
quida da Braskem em 2007 teve um incremento de 11% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 18,8 bilhões. Não divulgamos projeções de faturamento”, explica Lyra. O market share da empresa no Brasil cresceu muito nos últimos anos, graças a uma política de mercado agressiva. Lyra destaca que, “dado esse cenário de crescimento e a estratégia comercial da Braskem, a Companhia confirmou sua posição de liderança no mercado doméstico em 2007, com 52% de participação do segmento de resinas, impulsionado pelos setores de construção civil, automotivo, de embalagens, eletro-eletrônicos e do agronegócio, entre outros”. [Investimentos] – Com a nova estrutura diante das últimas aquisições, a meta de Braskem é continuar crescendo e investindo alto nos próximos anos, destaca o executivo. “A Braskem possui uma série de projetos em curso ligados ao crescimento. Recentemente, anunciou R$ 1 bilhão de investimentos até 2010, contemplando a construção da unidade de PE Verde em Triunfo, no RS, entre outros projetos. Para Camaçari, serão destinados cerca de R$ 1,7 bilhão até 2012. “Em Alagoas, pretendemos dobrar nossa capacidade de PVC, adicionando cerca de 200 mil t/ano, com investimentos de R$ 600 milhões”, informa. Em paralelo ao desenvolvimento de seu parque industrial nacional, ressalta Lyra, a empresa está evoluindo no processo de internacionalização. “O projeto mais avançado envolve duas iniciativas na Venezuela, em parceria com a Pequiven. A unidade de PP está prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2010. As fábricas de eteno e polietileno, a partir do se-
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{O Novo Cenário} gundo semestre de 2012”, revela. Os projetos devem exigir investimentos próximos a US$ 3,5 bilhões. Lyra acrescenta que outra frente de crescimento está no Peru. “Braskem, Petrobras e PetroPeru assinaram em maio, um acordo visando avaliar a viabilidade técnica e econômica para implementação de um projeto integrado para produzir de 700 mil a 1,2 milhão de toneladas de PE a partir de gás natural competitivo disponível no Peru”, diz.
{Braskem} Faturamento: R$ 24 bilhões*
Produção:
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10 milhões de ton/ano* Market Share: 52%
[Crescimento] – Este é um verbo corrente no vocabulário da Braskem: crescer. “O cenário macroeconômico mundial, ainda que influenciado no curto prazo pelas incertezas da dinâmica da economia norteamericana e seus impactos no resto do mundo, aponta para um crescimento consistente da economia global”, pro-
jeta Lyra. E coloca o Brasil no foco. “Está claro também que nosso país encontra-se mais preparado para enfrentar uma eventual redução no ritmo de crescimento da economia mundial em função das melhores condições macroeconômicas do país, evidenciadas por reservas cambiais de US$ 185 bilhões, a maior da nossa história”, justifica. Nesse contexto, afirma Lyra, a Braskem acredita que a petroquímica mundial se beneficiará das altas taxas de crescimento em mercados petroquímicos relevantes, como a China e a Índia, apoiadas principalmente pela demanda de seus mercados domésticos. “Além disso, o volume de
*Informações obtidas no site www.braskem.com.br
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///Petroquímicas & Distribuição
oferta de eteno previsto para entrar em operação em 2008 representa um crescimento de cerca de 3% sobre a produção de 2007, permitindo assumir para 2008 elevadas taxas de utilização de capacidade de eteno e, por conseqüência, preços estáveis para as resinas com uma rentabilidade adequada, mesmo com os aumentos recentes das ma-
térias-primas”, destaca o vice-presidente da Braskem Segundo Lyra, a Braskem trabalha com um cenário de crescimento do PIB brasileiro de 4,5% em 2008 sustentado pela demanda interna, que resulta do aumento da renda disponível e de linhas de crédito competitivas e com prazos alongados. “Coerente com esse cenário, o mercado de resinas termoplásticas deverá crescer entre 8% e 10% no Brasil em 2008 com destaque para os setores de construção civil, automobilístico e agronegócio, entre outros”, ressalta. O executivo informa que a Braskem espera se beneficiar desse cenário por meio de sua posição de liderança no mercado combinada com uma estrutura diferenciada de produtos e serviços baseada na inovação e tecnologia. “É importante observar que em 2008 as duas centrais petroquímicas da Braskem realizaram paradas programadas para manutenção, segundo o seguinte cronograma preliminar: Copesul em abril e Unidade de Camaçari em maio. A empresa tomou as medidas necessárias para que estas paradas não afetassem o suprimento de resinas para seus clientes no mercado doméstico”, avisa. Os investimentos programados para 2008 devem atingir R$ 1,3 bilhão, incluindo as paradas programadas para manutenção mencionadas acima. [Sobre distribuição] – A Braskem também se posiciona quanto à questão das distribuidoras dentro do novo rearranjo das petroquímicas. Atualmente a empresa tem cinco distribuidores: Nova Piramidal, Sasil, Fortymil, Eteno e Plasmar. A Ipiranga Petroquímica, que foi adquirida pela Braskem,
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{O Novo Cenário} tem três: Ipiranga Química, Dax e Clariant. Lyra explica que “a relação com distribuidores atualmente exige e continuará exigindo a exclusividade em relação aos produtos produzidos pela Braskem”. O executivo também explica como funciona o sistema de distribuição de resinas da própria petroquímica e dos distribuidores. “A política comercial da Braskem como um todo é definida por segmentos de atuação dos clientes (ex: sopro, filmes, ráfia, injeção, etc...). A decisão de quais clientes são atendidos pela Braskem ou pelos distribuidores é definida em função de características de cada segmento e não simplesmente pelo volume envolvido, o chamado ponto de corte”, ressalta. Lyra informa que para cada segmento a empresa estuda critérios como capacidade instalada, localização ge-
ográfica, desenvolvimentos técnicos conjuntos, importância estratégica do cliente em seu segmento, capacidade de crédito, dentre outros . “Em função destes critérios citados define-se uma relação de clientes que serão atendidos diretamente pela Braskem, sendo que essa lista faz parte integrante do contrato e é atualizada anualmente”, revela o vice-presidente da Braskem. Quanto aos critérios adotados para escolher as suas distribuidoras autorizadas, Lyra explica que a Braskem é muito rigorosa. “Há uma relação de itens que são atualizados anualmente por visitas aos Distribuidores por equipes multidiciplinares da Braskem para avaliação do desempenho e que fazem parte do contrato de distribuição”, afirma. E diz que itens como alinhamento estratégico com Braskem, excelência operacional, idoneidade reconhecida pelo mercado, capacidade financeira para expansões, exclusividade de comercialização dos produtos produzidos pela Braskem são critérios
importantes dessa relação de valores. [Novo cenário] - Com a criação da Quattor passa a existir um novo cenário na petroquímica nacional refletindo-se na estratégia das empresas e no foco geográfico de alguns projetos. Lyra comenta que a estratégia da Braskem e seu principal objetivo estão definidos há tempos: “É estar classificada entre as 12 maiores petroquímicas do mundo até 2012 a partir do crescimento com a criação de valor”, diz, Os transformadores estão temerosos e alegam que com o surgimento da Quattor, consolidando duas grandes petroquímicas nacionais, forma-se uma espécie de oligopólio e estatização. Lyra foi tácito: “A Braskem não enxerga esse risco, pois o mercado de resinas é balizado por preços internacionais”, avalia. Ele também não credita que uma avental polarização reflita-se no aumento ou diminuição de preços das resinas. “Não acredito, pois os preços são balizados pelas cotações internacionais”, completa.
Dow: de olho no pólo alcoolquímico
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A Dow, empresa norte-americana, está no Brasil desde 1956, quando inaugurou seu primeiro escritório de vendas e atualmente emprega mais de 2.200 pessoas, em 19 unidades industriais, quatro terminais marítimos e dois centros de pesquisa. Desde 2003 adota a denominação social usada atualmente para unidades brasileiras: Dow Brasil S/A e Dow Brasil Nordeste Ltda., instaladas em São Paulo e Bahia, oferecendo ao mercado polietilenos e poliestireno. Em 2007 fez uma joint-venture com a brasileira Crystalsev para construir em Minas Gerais o primeiro pólo alcoolquímico integrado do mundo a produzir polietileno em escala global a partir de etanol de cana-de-açúcar. Com unidades em São Paulo e na Bahia (Pólo de Camaçari), além de outras fontes globais, a Dow Brasil oferece uma relação de plásticos balanceada e diversificada – transformando a matéria-prima da indústria em plásticos e compostos especiais altamente diferenciados. O portfólio disponibiliza
uma ampla variedade de resinas de polietileno, poliestireno, polipropileno, plásticos de engenharia (ABS, SAN, PC, TPU, compostos e misturas, SAN, sPS), e polietileno tereftalato (PET). Os plásticos especiais vão desde elastômeros e produtos especiais, resinas Saran™ e filmes especiais, compostos
para fios e cabos e borracha sintética até revolucionárias fibras elásticas para a indústria têxtil mundial. Roberto Formicola, Executivo de Contas da Dow Brasil, comenta várias etapas diante das mudanças em curso este ano. Em meio a um ciclo de crescimento econômico do Brasil e a
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DESTAQUE
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{O Novo Cenário}
Divulgação/PS
reestruturação da petroquímica nacional, a Dow tem posições definidas quanto a projetos de expansão ou aumento de produção. A proposta da Dow, segundo Roberto Formicola, é seguir o crescimento do mercado brasileiro que trabalha com a expectativa de 5% para o mercado em geral e 7% de para o segmento de resinas até final do ano. “Dessa forma, pretendemos crescer junto com os clientes, atendendo plenamente a suas demandas”, ressalta. Entre os planos de expansão no
projeto em andamento. “Será uma usina de álcool e uma planta de polietileno integradas na mesma área industrial, além das lavouras de cana-de-açúcar no entorno das plantas, tudo dentro de um ciclo sustentável. Este é um projeto global da Dow”, ressalta. O executivo conta que a Dow trabalhou por mais de dois anos com seus pesquisadores na América Latina e EUA e com a equipe de especialistas da Crystalsev. [PE Verde] - O início das operações do pólo alcoolquímico resultado da joit-venture entre Dow e Crystalsev está previsto para 2011, com uma produção de 350 kta por ano de polietileno feito a partir do etanol da
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Formicola, da Dow: crescer com os clientes atendendo as suas demandas
Brasil, o principal começou em 2007, ao assinar acordo para a formação de uma joint-venture com a brasileira Crystalsev (controlada pela Santelisa Vale) com o objetivo de construir em Minas Gerais o primeiro pólo alcoolquímico integrado do mundo a produzir polietileno em escala global a partir de etanol de cana-de-açúcar. Formicola diz que este é o maior
cana-de-açúcar. Formicola diz que não há definição quanto à localização do pólo. É certo, porém, que a planta será na região centro-sul do Brasil – a Cristalserv divulgou preliminarmente que será em Minas Gerais. A previsão é que os estudos sejam concluídos e o local de instalação da planta fabril definido no terceiro trimestre de 2008. Outra questão polêmica é o pre-
ço, pois a Brakem confirmou que o seu PE verde, por ser premium, teria um custo estimado entre 20 e30% superior ao PE derivado de petróleo. Formicola, porém, é evasivo, sem dar pistas. “O preço do polietileno produzido a partir do etanol será estabelecido levando-se em consideração as mesmas forças de oferta e demanda que afetam o preço do polietileno produzido a partir da nafta”, desconversa. A empresa, diz o executivo, devido a questões estratégicas e regulatórias, não revela dados sobre market share, e também sobre volumes comercializados. [Distribuição] – Outro aspecto que se evidencia no novo cenário petroquímico é o sistema de distribuição próprio e aquele executado pelas distribuidoras exclusivas. Formicola esclarece que a Dow trabalha com distribuidores que têm abrangência nacional e os centros de distribuição locais devem atender a todos os clientes daquela região. “Cada distribuidor é avaliado e cobrado por isso, a fim de atender da melhor maneira os clientes indiretos da Dow, independentemente de seu tamanho, segmento de mercado ou complexidade”, explica A Dow revela a relação dos distribuidores e qual a política no Brasil. “Continuamos com os três distribuidores na linha de plásticos básicos: SM, Ravago e Resinet para o mercado de PE e PP, além da Piramidal em PS. Já na linha de plásticos de performance, trabalhamos com a Auriquímica e com a Proquimil”, diz Formicola. “A rede de distribuição é bastante estável e bem estabelecida no mercado, por isso não pensamos em nenhuma grande mudança nesse quadro em curto prazo. Nossa política é sólida e temos uma grande
gam que as resinas importadas são mais acessíveis de preço do que as nacionais. Formicola esclarece vários aspectos relacionados a essa prática. “Os custos no Brasil são um pouco mais altos que no mercado internacional. Em relação ao preço final da resina, o executivo afirma que essa distância já foi maior, o que é possível ver claramente quando se analisa o volume ofertado de material vindo de outros países”. “Está havendo uma diminuição do produto importado, pois o preço interno está se equiparando aos do exterior. Quando a análise é feita para um período mais longo podemos claramente notar que as variações de preços tendem a seguir uma mesma curva de sazonalidade aqui no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo“, complementa. P S
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de sistema que prejudique o transformador. “Acreditamos que a consolidação da distribuição, inclusive da parte de nossos concorrentes, só pode ajudar na regularização do mercado. Isso já começou há algum tempo com a formação da Adirplast (Associação de Distribuidores de Resinas Plásticas) e deve se consolidar agora com a diminuição do número de petroquímicas”, avalia . Tampouco afetará em termos de preço das resinas, nem mesmo com a polarização do setor. “O mercado é soberano e a indústria petroquímica está inserida nesse contexto. O fortalecimento das petroquímicas faz com que os clientes diretos e indiretos, pequenos, médios ou grandes, sejam beneficiados pelo amadurecimento da cadeia produtiva”, ressalta Formicola. Os transformadores também ale-
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proximidade com os distribuidores, que são considerados pela empresa verdadeiros parceiros de negócios, atendendo nossos clientes indiretos, de modo que a Dow avalia esse canal de uma forma abrangente e positiva”, diz. A nova configuração da petroquímica brasileira não altera o planejame nto da Dow, segundo Formicola. “Nossa estratégia é continuar com os distribuidores atuais e não temos planejadas mudanças na linha de corte ou de área de atuação. O que teremos, certamente, é a estratégia de cada um dos distribuidores quanto à expansão geográfica, sendo que a Dow não interfere nessa definição”, ressalta. [Preço/Importação] - O executivo também não acredita em oligopólio ou estatização ou outro tipo
ESPECIAL
///Petroquímicas & Distribuição
Uma nova relação com o mercado O ambiente de aquisições e fusões realizadas na petroquímica nacional chegou também aos distribuidores de resinas. O surgimento da Quattor mudou o cenário do setor. Se há alguns anos existia cerca de oito petroquímicas e 40 distribuidores, a realidade atual é bem diferente. Agora serão três petroquímicas atuando no Brasil e um cenário que provavelmente não acomodará mais de dez distribuidores. Isso porque, também no mercado de distribuição, ocorreram e continuarão havendo fusões e aquisições na busca de uma maior escala e competitividade internacional. Permanecerão os que têm condições de se tornarem grandes players à exemplo das petroquímicas fornecedoras. Na opinião da maioria dos distribuidores, no passado ficará uma relação sem políticas determinadas e com a existência de concorrência entre distribuição e petroquímicas. Para frente, os empresários enxergam um futuro estruturado, com três petroquímicas extremamente organizadas, com políticas e linhas de corte bem definidas e que contribuam para o crescimento tanto do distribuidor quanto do transformador. O papel da distribuição é levar menor escala a maior parte dos transformadores, que compreendem em empreendimentos de pequenos e médios portes. O distribuidor é desenhado para servir ao transformador. Já as petroquímicas foram criadas para produzir, deter tecnologia e transformar produto em polímeros, distribuindo à grandes empresas. Isso explica o fato de ser inviável para uma petroquímica distribuir para um cliente de micro e pequeno porte, e aí entra o trabalho dos distribuidores de resinas especializados no assunto. Outro acontecimento que contribuiu com o fortalecimento do setor de distribuição foi o nascimento da Associação dos Distribuidores de Resinas (Adirplast). Com o surgimento da instituição conseguiu-se organizar o segmento e atuar em conjunto rumo ao progresso de toda a cadeia transformadora.
{Distribuidoras}
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Adirplast, entidade para fortalecer o setor Presidida pelo empresário Wilson Cataldi, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas (Adirplast) completará seu segundo ano de atividade, congregando 100% dos distribuidores autorizados no Brasil. A entidade tem feito um importante trabalho de organização e fortalecimento do setor, levantando dados sobre o mercado e chegando a números precisos de qual a importância da distribuição do Brasil. Através de pesquisas foram descobertos, por exemplo,
que em 2006, 440 mil toneladas de resinas seguiram para os transformadores por intermédio da distribuição. Para 2008 a estimativa da entidade é de que esse número possa chegar na ordem de 500 a 550 mil toneladas. O setor de distribuição emprega mais de mil profissionais, e tem previsão de faturamento para este ano de aproximadamente R$ 2,8 bilhões “Esses números, por si só, já justificam a criação da Adirplast, para monitorarmos o setor e todos terem noção do que a distribuição faz pela petroquímica, pelo transformador e pelo país”, explica Cataldi.
O dirigente afirma que a entidade promove eventos voltados à qualificação do empresariado, como palestras técnicas, voltadas para a área de logística, área tributária, de especialização em vendas, gestão de seus estoques e dos seus seguros. Outra atividade realizada pela Adirplast é a participação em movimentos para diminuir a tributação sobre a distribuição. Des-
no final de outubro ocorrem as eleições e Cataldi não revela quais serão os novos rumos da diretoria da entidade. Mas seja qual for, dará continuidade ao excelente trabalho feito até o momento. P S
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do agora e que a rede de distribuição nos últimos dois anos tem se profissionalizado muito, acho que a caminhamos para números maiores, de forma natural isso deve acontecer”. Com um mandato de dois anos,
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ta forma, a entidade tem participado da discussão do ICMS de 12% no estado de São Paulo. “Estamos presentes no fórum de Brasília, ajudando na cadeia a construir o futuro da transformação no país. Estão lá desde a petroquímica até a transformação e nós, como entidade de classe que representa a distribuição, também estamos presente na discussão”. Cataldi afirma que a diretoria executiva, juntamente com a contribuição dos associados, tem feito a diferença na história da distribuição no Brasil. Entre as resinas produzidas no Brasil e consumidas pelos transformadores, 10% desse volume é levado através de distribuidores. Mas o dirigente espera que esse número aumente. “Se imaginarmos que a consolidação do mercado petroquímico está acontecen-
ESPECIAL
///Petroquímicas & Distribuição
Nova Piramidal é referência no setor {Bandeira Braskem}
Márcio Martinelli/PMSP/PS
A Nova Piramidal é uma das principais empresas do setor de distribuição de resinas. A Companhia, que atua no mercado há mais de duas décadas, de forma organizada e planejada consolidou-se nesse setor, tornando-se um exemplo a ser seguido. Na verdade, a Nova Piramidal é o resultado de um trabalho de 25 anos dos diretores Wilson Cataldi e Amauri dos Santos. Com uma
ma, por entenderem que ainda não era momento de consolidar uma única nova empresa. Mas em 2007, quando a Braskem adquiriu a Ipiranga Petroquímica e a Petrobras comprou a Suzano, começou a nascer o desenho final da petroquímica brasileira que agora foi consagrado com a formação da Quattor. “Se esse foi o tom dado pela petroquímica nós entendemos que seria o momento ideal para consolidarmos as nossas três empresas em uma só” revela o diretor Wilson Cataldi. Assim surgiu a Nova Pi-
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Cataldi (D), Gabriel Salomão, o prefeito Benedito Fernandes e Edmilson Sarmento
visão sempre voltada para o futuro, os sócios já tinham a crença, nos últimos dez anos, que a distribuição no Brasil e no mundo iria se solidificar no momento em que tivesse escalas importantes. Pensando nisso, em 1998 os executivos compraram a Ruttino, mas a mantiveram com operação independente. Mais tarde foi a vez de adquirirem a Polimarketing no mesmo siste-
ramidal, resultado da união da Piramidal, Ruttino e Polimarketing. O nome foi dado pelo surgimento de uma nova empresa de fato, resultado de uma consultoria especializada. Dessa forma, conta o empresário, foram redesenhados todos os processos e planejados os próximos cinco anos e dez anos para conseguir mapear as melhores práticas de cada uma das uni-
dades anteriores, somando-se em uma sinergia dentro da empresa que acaba de nascer. E foi assim que a partir de janeiro de 2008 entrou no mercado a Nova Piramidal. Esse novo modelo contempla um escritório central na Vila Olímpia (SP), com cerca de 50 colaboradores que trabalham na inteligência do negócio. No local estão concentradas as áreas da tecnologia da informação, financeira, RH, diretoria, marketing, suprimentos e o contact center que hoje se relaciona com o Brasil inteiro. “Nós, hoje, conseguimos com que o cliente, sem usar o DDD, possa falar conosco, ou seja, ele pode estar no Rio Grande do Sul ou em Recife, e ligar para o 4003 6777. Será ouvido pela Central de Atendimento da Nova Piramidal aqui na Vila Olímpia, e desta forma, nossa central identifica de que região está vindo a ligação, que cai automaticamente nas nossas operadoras treinadas para atender essa localidade”, diz Cataldi. Orgulhoso, ressalta que assim a empresa faz um atendimento centralizado, mas com características regionais. [Estrutura] - A Nova Piramidal nasce com o conceito de um escritório central e ao mesmo tempo com a presença em cada centro de transformação existente no Brasil, através de Centros de Distribuição (CD). Por isso, possui CDs em Cachoeirinha (RS), Caxias do Sul (RS), São José dos Pinhais (PR) e em Santana de Parnaíba (SP) que fica ao lado do Rodoanel, para atender a região Sudeste do país. Somados todos os centros de distribuição são 23 mil m² de armazéns e uma frota para suprir o Eixo Sul e Sudeste de 50 veículos entre leves e pesados. A empresa
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///Petroquímicas & Distribuição tem cerca de 210 colaboradores sendo 50 na área de inteligência e 160 na área operacional, distribuídos nos CDs. Este ano a Nova Piramidal espera operar com um número acima de 100 mil toneladas de resinas. “Já neste primeiro semestre atendemos mais de três mil empresas dentro do mercado de transformação no Eixo Sul e Sudeste”. A empresa conta com uma unidade de comoditties que opera as resinas PP, PE, EVA e PS e possui também uma unidade de especialidades que trabalha com poliacetal, ABS, acrílico, PC, poliamida, masterbacthes, TPUs e ainda desenvolve especialidades próprias para levar ao mercado de transformação brasileira. Para a formação da Nova Piramidal foi realizado um grande ciclo de investimentos, diz Cataldi. Houve, por exemplo, uma renovação de 80% da liderança da Companhia, com uma equipe jovem e altamente capacitada. Além disso, foi reformulada a parte de tecnologia da empresa, bem como todos os Centros de Distribuição. Para isso, foram feitas consultorias especificas para melhorar a excelência do trabalho, tanto na área administrativa quanto logística e comercial. Em 2008 o principal desafio é ajustar o modelo incorporado, obtendo resultados e aparando as pequenas arestas que possam existir. “Estamos preocupados em fazer essa estrutura andar e sermos reconhecidos no mercado pela excelência na prestação de serviços. Essa é a grande missão da Nova Piramidal em 2008”, reforça o executivo. [Aquisições] - “Esse modelo que criamos propicia que a Nova Piramidal cresça e acreditamos que isso deve ser feitos através de aqui-
sições de mais distribuidoras, quem sabe no Brasil e também no Conesul”, revela. Adquirir outras empresas, para Cataldi, é uma forma inteligente, segura, que não cria divergências no mercado e que permite prosperar de forma rápida. A partir de 2008 a Nova Piramidal volta a ter um planejamento estratégico direcionado a aquisições dentro do setor. Em relação a isso a intenção da empresa é alcançar primeiramente o mercado brasileiro e logo após se fazer presente no mercado latino-americano, também por aquisições. Para isso, pretende comprar distribuidoras de médio e inclusive de grande porte, dependendo das oportunidades no mercado. Só que dessa vez, na medida em que as aquisições forem acontecendo, imediatamente serão incorporadas ao novo modelo. Com um market share brasileiro estimado em cerca de 22% para 2008, a empresa prevê um faturamento de R$ 600 milhões, crescendo 7% em relação a 2007. “Se situando assim, a empresa está elencada entre as 500 maiores em faturamento do Brasil”. Nas análises de novos mercados feitas pela Nova Piramidal os investimentos externos seriam voltados para Argentina e Chile. Entretanto, a diretoria está revendo seus planos diante do momen-
to que passa a Argentina e de como está se formando a movimentação de transformação na América do Sul. Só então a empresa irá definir quais são os países estrategicamente corretos para se posicionar. “Existe uma percepção de Argentina e Chile, mas isso vai ter que se confirmar com estudos”, revela.
[Polarização] – Distribuidor oficial da Braskem, a Nova Piramidal está em plena sintonia com sua fornecedora de matérias-primas. “Piramidal e Braskem sempre tiveram uma grande sinergia e possuem pensamentos muito parecidos, sempre voltados ao crescimento e a consolidação de mercado”, diz Cataldi. O planejamento é ser aliado da Braskem por muitos anos. “A empresa é um líder na América do Sul e entendemos que para o nosso crescimento é preciso estar aliado a alguém forte e isso faz com que a Braskem seja a parceira ideal na nossa visão”, afirma. Cataldi não vê de forma danosa a polarização de duas grandes petroquímicas para a economia nacional. “Se observarmos o modelo que o Brasil tinha com pequenas e médias petroquímicas, percebe-se que não existe mais esse sistema no mundo. “Seria impossível o Brasil sobreviver de forma competitiva no cenário petroquímico mun-
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dial se não houvesse líderes como a Braskem e a Quattor”, avalia. O empresário explica que este tipo de consolidação tem ocorrido no mundo e o Brasil não poderia ficar de fora desse movimento. Caso contrário, toda e qualquer petroquímica que ficasse no país seria tão pequena que se tornaria irrelevante. Quanto a presença da Petrobras nesse cenário, Cataldi acredita ser extremamente necessária. “A Petrobras é primordial, porque a área petroquímica é de uso intensivo de capital. Se não tiver um aporte pela parte da Petrobras em cima de um setor tão importante, fornecendo capi-
tal para atualização e busca de novas tecnologias, a indústria não teria como sobreviver”, observa. O diretor alerta para o fato de que no mundo as reservas de energia, seja elétrica, do gás ou petróleo, têm atuação dos governos para ter controle e manter essas reservas no país. Na opinião de Cataldi, isso não tira competitividade, não é uma volta à estatização, principalmente pelo fato de que é uma participação minoritária relevante dentro do processo. “A gestão está na mão da iniciativa privada, temos líderes muito competentes nesse setor, ninguém tem dúvidas da capacidade de liderança dessas empresas. Olhando numa visão de médio e longo prazo, se não acontecesse isso o setor petroquímico no Brasil passaria por muitas dificuldades”, acrescenta. [Preços das resinas] – Ao ser questionado se essa polarização do setor contribuirá para o aumento ou diminuição dos preços das resinas, Cataldi explica que o que determina esses valores não é o mercado interno. “Os preços devem ser parecidos não por acordo, mas por mercado. Além disso, eles são cotados internacionalmente. Em comoditties os valores sempre serão muito parecidos”. Segundo o empresário, se algum transformador ou distribuidor se sentir injustiçado com os preços no Brasil, tem plena liberdade de importar, “mas deve-se observar sempre que essa alternativa é uma janela de oportunidades”. Atualmente o câmbio e a recessão americana estão propiciando isso. No entanto, alerta Cataldi, a medida que o câmbio estiver ajustado de forma normal e a economia americana retomar seu crescimento, os preços ofertados seriam muito parecidos.
O executivo diz que a Nova Piramidal não opera em oportunidades, mas sempre em longo prazo, que é preciso ainda observar as dificuldades da importação, como problemas no embarque e limitação de grades. Afinal, quem compra um produto importado sabe que existem diversas incertezas como atrasos de recebimento, eventuais problemas técnicos e possibilidade de falta de assistência técnica. “Uma empresa não constrói uma historia baseada na importação”. A melhor alternativa para a prosperidade, segundo o empresário, é a compra local, com pronta entrega e relacionamento de brasileiro com brasileiro. “Não podemos nos deixar seduzir por um encantamento de curto prazo, é preciso pés no chão e ver as coisas sempre a médio e longo prazo e neste sentido se percebe que o Brasil tem reservas de petróleo importantes, uma petroquímica de primeira geração forte, petroquímicas de segunda geração também sólidas, fazendo todo o sentido se abastecer totalmente de produtos nacionais”, confessa. [Mercado do Sul] - A região Sul é de extrema importância para a Nova Piramidal. Dentro dos volumes da empresa, cerca de 23% são comercializados neste setor geográfico. Afinal, aproximadamente 1200 transformadores dentro dos três estados são clientes da empresa. Prova da importância da Região Sul para a Nova Piramidal são os três centros de distribuição instalados em Cachoeirinha (RS), Caxias do Sul (RS) e São José dos Pinhais (PR). “A Nova Piramidal não teria o tamanho que tem nem a importância que possui nos cenários latino-americano e brasileiro se não fosse a presença da Região Sul no negócio”, afirma.
Com 1.600 clientes ativos em resinas, a Sasil distribui PE, PP, EVA e PVC da Braskem, PS Innova e Compostos Termoplásticos da Triflex. A empresa tem filiais em Porto Alegre (RS), Joinville (SC), Araucária (PR), São Paulo (SP), Contagem (MG), Salvador ( BA), Jaboatão (PE) e Manaus (AM). [Investimentos] – A Sasil recentemente ampliou a área de armazenagem em Joinville, São Paulo, Contagem e Jaboatão. Foram feitos
Caribé, da Sasil: sem alterações
investimentos em tecnologia da informação e treinamento de toda a equipe de vendas e logística, além da aquisição de novos caminhões siders para entrega. “Ampliamos ainda a equipe de vendas, atendimento e telemarketing. Estamos pesquisando vários produtos novos, principalmente, especialidades para lançar no segundo semestre e em 2009”, diz. A empresa, sempre preocupada com a responsabilidade sócio-ambiental, trabalha com projetos como: Baía Azul, de preservação da Baía de Todos os Santos, na Bahia; e Cidadão
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fortes com a chegada da Quattor
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Além da Nova Piramidal, outra forte distribuidora de produtos da Braskem é a Sasil, uma empresa que atua há mais de 30 anos na comercialização de produtos químicos e sua divisão de resinas termoplásticas já fez oito anos. É uma das mais abrangentes, pois possui 14 filiais no Brasil e uma previsão de faturamento para 2008 superior a R$ 400 milhões. O diretor comercial da Sasil, Fernando Caribé, explica que para os distribuidores Braskem, o surgimento da Quattor não trouxe alterações. “Continuamos orientados por contrato que estabelece critérios rígidos de áreas de atuação, qualidade do serviço, fidelidade, etc”. O executivo revela que os requisitos para ser e se manter como distribuidor de resinas Braskem e Innova são rígidos. Conhecimento, tradição e bom conceito no negócio, performance financeira, organização e administração confiáveis, assistência técnica, estrutura comercial e logística compatível com o negócio, qualidade certificada pela ISO 9000 e fidelidade à marca são critérios avaliados por estas petroquímicas. Apesar do otimismo, Caribé revela que 2007 foi um ano difícil para resinas PE, PP, PVC e PS, devido às margens insatisfatórias. Para 2008, com a estruturação da distribuição com o surgimento da Quattor e o aumento do consumo, o executivo prevê um ano bem melhor. Entretanto, o diretor da Sasil alerta para uma preocupação com o aumento das importações de PVC, PE e PP e para a carga tributária excessiva, que em seu ponto de vista, é um dos principais problemas a ser resolvido no Brasil.
Divulgação/PS
Abrangência, o forte da Sasil
ESPECIAL
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{Bandeira Braskem} Mirim, junto com a Prefeitura de Salvador, oferecendo contribuição para educação de crianças carentes. A Sasil também tem uma empresa coligada Star Ambiental - que atua com 1.800 sanitários portáteis, através da coleta de dejetos, limpeza pública e outras ações na atividade de preservação do meio ambiente.
Fortymil, do Sudeste para todo o Brasil
Divulgação/PS
A reestruturação do setor petroquímico teve pelo menos dois pontos positivos, segundo o diretor da Fortymil, Ricardo Mason. Para a em-
para disputar com o mercado internacional. Mason acredita que a polarização de petroquímicas é uma realidade mundial. “É preciso haver consolidação de empresas e fortalecimento de setores, senão a empresa é esmagada mundialmente”. A Fortymil, que distribui PE e PP da Braskem e PS da Innova, tem matriz em São Paulo e filial no Rio de Janeiro. “Na indústria atendemos todo o Brasil”, revela Mason. A empresa possui os requisitos necessários para ser um distribuidor Braskem. O empresário ressalta que antes de tudo é preciso seriedade: estrutura comercial, financeira e logística também são imprescindíveis na opinião do diretor. A Fortymil tem capacidade de armazenagem de 10 mil toneladas e 2 mil tone-
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Fortymil: agora existe valorização efetiva das políticas profissionais
presa, afirma o executivo, é muito importante, pois torna as políticas do setor de Distribuição mais profissionais, não havendo espaço para aventureiros. E para o setor também é positivo, uma vez que a petroquímica no Brasil tem que estar pronta
ladas de produção de reciclados e compostos, possui 120 funcionários e clientes de todos os portes. Mason comenta sobre as vantagens de ser um distribuidor exclusivo. “Ter um fornecimento constante e confiável, participar do desenvol-
vimento das resinas e do mercado”. O empresário diz que o câmbio e o preço do petróleo são os dois principais componentes na precificação da Petroquímica. “A reforma tributária ajudaria muito, principalmente no combate à informalidade”, completa o executivo da Fortymil.
Eteno com foco no Norte-Nordeste Com atuação centralizada nas regiões Nordeste e parte da região Norte do país, a Eteno é uma distribuidora Braskem com matriz em Recife (PE) e filial em Camaçari (BA). “Temos condições de atender a todos aqueles que têm o perfil típico da distribuição dentro da nossa região de atuação”, afirma o diretor Odair Ruiz. O executivo ressalta que a exclusividade existente entre Braskem e seus distribuidores exige um compromisso de fidelidade de ambas as partes, com todas as vantagens e desvantagens que este tipo de relação comercial apresenta em qualquer segmento de negócio. Quanto ao novo cenário petroquímico, Ruiz diz que até o momento não houve alteração alguma no relacionamento da empresa com a Braskem. “Estamos avaliando os cenários que imaginamos possam ocorrer e montando nossas estratégias para cada um deles”, explica O ano de 2007 trouxe para a Eteno um incremento de 25% em função do aquecimento da economia como um todo. Entretanto, conforme Ruiz, o câmbio depreciado favorece as importações. “Elas acabam sendo um player a mais no mercado com um preço por vezes extremamente convidativo para o transformador”, pondera. P S
Fornecedora da bandeira Quattor, a Activas tem muito a comemorar. Afinal, é uma das distribuidoras mais representativas, bem estruturadas e preparadas para esse novo cenário petroquímico nacional. Com uma capacidade instalada de 10 mil toneladas mensais de estoque e logística, a empresa possui filiais em Caxias do Sul (RS), Joinville (SC) e Pernambuco, além de escritórios no Rio de Janeiro e na Argentina. Cada filial possui entre 1250 m² e 1500 m² de área de logística, dois call centers, cerca de três representantes e três caminhões de grande porte e um de pequeno porte. Ao todo são aproximadamente 30 veículos e 147 funcionários no Grupo Activas. Com um market share que corresponde a aproximadamente 10% do mercado, em 2007 a empresa faturou R$ 220 milhões e a previsão para 2008 é ultrapassar a marca de R$ 300 mi-
Laércio Gonçalves: de olho no mercado carioca e na Argentina
lhões. A Região Sul é extremamente importante para a Activas. Conforme o diretor, Laércio Gonçalves, hoje a empresa ocupa um espaço bastante significativo nos três estados. “Somos os únicos dentro da nossa bandeira com duas filiais na região”, observa. Dentro desses estados, o principal foco da Activas são as especialidades. O último investimento foi na filial Caxias do Sul (RS), que está sen-
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{Bandeira Quattor}
do transferida para um novo prédio, com espaço maior e melhor logisticamente. Com o objetivo de atender a nível nacional, a empresa já prospecta o estado do Rio de Janeiro como o local para uma nova filial. Entretanto, a Activas não pretende ficar só no Brasil. “Em termos de internacionalização já estamos partindo para a Argentina”, revela. [Perfil dos clientes] – “Em 2006 a petroquímica invadiu a comercialização dos clientes de volume de 100 toneladas e a distribuição de forma geral sofreu muito com isso, perdendo market share”, lembra Gonçalves. Entretanto, a Activas não sofreu perda nos seus volumes já que as vendas da empresa eram muito pulverizadas e possuía clientes pequenos. No entanto, desde o ano passado o perfil de clientes da empresa foi alterado. Pela necessidade de crescimento, começou a buscar clientes de portes maiores. “Nós atendemos todos os níveis de clientes que vão até 100 toneladas de PE e 50 toneladas de PP”, revela.
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Activas em ascensão e no rumo certo
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{Bandeira Quattor} [Novos mercados] - A Argentina realmente é uma região visada pela Activas. “Faz uns dois anos que estamos namorando o mercado argentino”, revela Gonçalves. Entretanto, primeiramente a intenção da empresa é atuar na região através da filial de Caxias do Sul, principalmente no que diz respeito às vendas de especialidades. No país vizinho, a Activas já possui um escritório com representante. Agora, segundo o empresário, é hora de aguardar uma posição das petroquímicas sobre preços de nafta para viabilizar a competitividade na Argentina principalmente em relação às comoditties. “Os distribuidores terão que seguir o caminho das petroquímicas, e a Quattor é uma empresa para atender os quatro cantos do mundo. Nós estamos preparados para isso”, afirma Gonçalves, citando ainda Chile e México como mercados interessantes para atuação. [Contexto] - Com esse novo formato petroquímico, a intenção da empresa é crescer 50% de junho de 2008 a junho de 2009. A respeito disso, o empresário está confiante. “Vejo de uma forma benéfica o que aconteceu no Brasil com a Braskem e Quattor”, diz. Afinal, completa Gonçalves, agora existem duas empresas competitivas e continuará havendo concorrência. Distribuidores e clientes também serão beneficiados com esse novo cenário. “Nós temos que esquecer o amadorismo do passado. Antes nós tínhamos 60 distribuidores, o transformador era distribuidor, era revenda, existia de tudo”. O empresário acredita que agora
a Activas será realmente um braço da petroquímica, com regras claras. A nova configuração, na opinião de Gonçalves, a longo prazo favorece a redução de preço de resinas. Isso porque o preço da nafta hoje no Brasil está muito acima do valor negociado no resto do mundo e duas petroqímicas robustas terão, conforme o executivo, mais força para negociar os valores junto à Petrobras. “Quem vai ganhar com isso é o transformador”.
[Importados] – Quanto à concorrência das resinas importadas, o diretor da Activas cita os entraves existentes nessa prática. Segundo o executivo, a variedade de produtos de importação é limitada e não existe sempre a mesma constância de fornecedores. “Alguns grades mais convencionais são fáceis, mas outros já são muito mais complicados”. Uma das vantagens da compra de resina local, destaca o empresário, é a parceria de entrega imediata. “Viver de importação pode ser bom para grandes transformadores por terem poder de compra, mas para pequenos é difícil”, alerta.
Unipar Comercial: mais uma aliada Quattor Também selecionada para ser uma distribuidora Quattor, a Unipar Comercial tem uma capacidade de armazenagem de 4500 toneladas mensais no Centro de Distribuição de São Paulo e 500 toneladas no CD de Eldorado do Sul (RS). A empresa conta com um grupo de aproximadamente 80 pessoas que atende a área de polímeros e produtos químicos. Com uma frota terceirizada, todas as empresas são cadastradas e treinadas no sistema de qualidade ISO 9000, 14000 e 18000. A Unipar Comercial, entre produ-
tos químicos e polímeros, faturou em 2007 R$ 300 milhões e a previsão para 2008 é de um crescimento de 20%. Em 2009 a empresa pretende ampliar sua área de atuação e abrir filiais nas regiões Sul e Centro-Oeste. “A Região Sul é o segundo maior mercado nacional e sentimos um bom crescimento nos três estados”, salienta o diretor da empresa Jaime Utrera. Como investimentos realizados recentemente, o executivo cita a implementação de um sistema WMS, de direcionamento de materiais, de código de barras, além da ampliação da capacidade de estancagem para produtos químicos. [Novo cenário] - Segundo o diretor, essa nova configuração do setor petroquímico era necessária para a área de distribuição. “Na realidade é uma formatação que tentávamos buscar, pois estava tudo muito pulverizado, não existia um vínculo que desse ao cliente uma garantia e segurança de fornecimento e qualidade de serviços”, avalia. Além disso, Utrera não acredita em estatização devido a uma oferta internacional abundante existente atualmente. “No passado nós não tínhamos basicamente comparativos e hoje se tem, com importações, internet e com esse mundo de informações disponíveis”. Outro beneficio elencado pelo executivo é a possível redução dos preços das resinas na medida em que existam escalas maiores. “Esse é o grande objetivo da formação dessas empresas”. A principal concorrência, pensa Utrera, não está no Brasil, mas no mercado externo. Os materiais importados chegando em condições mais favoráveis do que muitas vezes é oferecido internamente preocupa o executivo.
tem planos de expansão imediatos
mostrado que somos parceiros, que agregamos valor ao trabalho de todos e devemos trabalhar em conjunto”. Na opinião da diretora, é exatamente essa a visão da Quattor. Com o surgimento da nova petroquímica, a empresária acredita ainda que gera maior competição, já que ficam duas Companhias de portes parecidos. “Eram várias empresas pequenas competindo com uma empresa grande”, afirma. Outro beneficio com a entrada da Quattor é uma linha de corte mais definida, que segundo
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O prédio situado em Cajamares (SP) já está pequeno para a Mais Polímeros. A distribuidora liderada pela empresária Daniela Antunes é outra
Daniela Antunes: a Mais Polímeros
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Mais Polímeros: preparada para crescer
empresa escolhida pela Quattor para comercializar seus produtos no portfólio. Sem revelar previsão de tamanho da nova unidade, a diretora da empresa cita as condições atuais: uma capacidade de distribuição de aproximadamente 4500 toneladas mensais, veículos terceirizados, 38 funcionários internos e 18 representantes externos. Sem filiais e com atuação predominantemente em solo paulista, essa condição é temporária. Daniela afirma que existem planos de expansão a curto prazo. “Não dá para adiantar localização porque ainda não terminamos o estudo, mas quero, preciso e vou expandir”. Entretanto, a empresária antecipa que a Região sul é um dos focos principais da Mais Polímeros. [Mudanças] – Otimista em relação ao nascimento da Quattor, Daniela afirma que a pretensão é trabalhar com uma relação de parceria entre Mais Polímeros e petroquímica. A empresária revela que em outros tempos determinadas petroquímicas eram consideradas concorrentes da distribuição e que com o surgimento da Adirplast conseguiu-se reverter de certa forma essa situação. “Temos
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Entretanto, ele alerta para o fato de atualmente os custos de resinas internacionais já estarem muito próximos dos custos brasileiros, devido ao aumento de petróleo e derivados que fez com que os preços subissem em nível mundial. “E além do mais, nossos preços internos tem uma carga tributária muito grande. Carregamos toda uma cadeia de impostos nos nossos preços”, reivindica. A empresa atende clientes de até 25 toneladas. Esse ponto de corte, segundo o executivo, tenderá a subir em função do gigantismo da petroquímica. “Uma empresa do tamanho da Quattor, provavelmente não atenderá volumes menores que uma carreta (25 toneladas)”, diz. Outro fator, explica Utrera, é que muitas petroquímicas atendem um grade por carreta e a distribuição pode oferecer uma gama maior de produtos em quantidade menores.
tribuidor para outro é o ser humano, é o relacionamento com seu cliente. Isso é um ponto forte”, completa Daniela.
{Bandeira Quattor} Daniela, auxilia no trabalho do distribuidor, contribuindo para a organização dos negócios. A executiva não acredita na existência de monopólio e sim no desejo por parte de Braskem e Quattor em crescer, trabalhar e fazer novos projetos. “A Braskem tem uma parceria legal com seus distribuidores e a Quattor fará o mesmo”. [Resultados] - Com um volume comercializado de resinas em 2007 de aproximadamente 27 mil toneladas, a Mais Polímeros projeta para 2008 chegar ao número de 40 mil toneladas, com uma previsão de crescer 45%. “Isso através do fim de vazamentos de matéria-prima que a vida inteira teve e que a distribuição sempre sofreu”, reflete. Daniela revela um market share de cerca de 8%, devido a sua entrada recente no segmento de PEBD. A empresária aposta na qualificação dos funcionários para se obter bons resultados. “Eu invisto muito nas pessoas, em treinamento e em sistema”. Ela explica que foi implantado recentemente, por exemplo, um sistema online onde todos os vendedores de qualquer lugar podem acessar a empresa e ver o crédito, o estoque e onde está o caminhão, sabendo tudo o que está ocorrendo com clientes seus. “Isso torna a empresa mais ágil. Esse é o investimento que tenho feito aqui”, diz. Além de ficar sempre atenta com a profissionalização de sua empresa, Daniela acredita que o distribuidor também precisa ter boas pessoas ao seu lado. “O diferencial de um dis-
SPP vai agilizar processos Com a reestruturação do setor, o relacionamento entre SPP Resinas e Petroquímica ficou mais rápido e simples. Para o diretor da empresa Carlos Belli, com esta consolidação todos os assuntos são tratados de forma simultânea agilizando os processos. A SPP, que já distribuía produtos das bandeiras que formaram a Quattor, passará a fornecer as resinas da nova petroquímica. Conforme o Divulgação/PS
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///Petroquímicas & Distribuição
Belli, da SPP: relacionamento mais
tão com nosso fornecedor”. Sobre o ano de 2007, o executivo afirma que o crescimento foi importante, porém os resultados foram abaixo do esperado. “Nossa estratégia é melhorar a relação volumes x margem para um melhor resultado final da operação”. Um dos motivos da margem de 2007 ter sido aquém da desejada, foi a questão do câmbio, que interfere na importação de resinas. Outro fator é a reforma tributária. “O impacto é geral, pois todos acabam arcando com maiores custos”. [Atuação] - A SPP Resinas tem filiais e representantes exclusivos em todo território brasileiro, mas a região mais importante, ainda é o Sudeste, que segundo Belli, pois é onde permanece com maior potencial de negócios e crescimento. O diretor revela que no ano passado, foi realizada uma ampla mudança interna, tanto na área comercial quanto em processos internos. “Fomos inclusive certificados pela ISO 9001”. A empresa atua com todas as famílias de poliolefinas da Quattor, além de Poliestireno da Innova. Na área de especialidade, distribui Cabot, Petroflex, Eastman, entre outras bandeiras.
rápido e simples com o fornecedor
executivo, os requisitos básicos para ser uma bandeira Quattor são ética, boa estrutura financeira e cobertura de âmbito nacional. As vantagens de ser um distribuidor exclusivo, na opinião de Belli, são a segurança da fonte de fornecimento e vários trabalhos em conjunto para desenvolver novos clientes e aplicações. Já as desvantagens são ainda no patamar competitivo com os preços internacionais. “Mas entendo que estamos caminhando a passos largos nesta ques-
Premix pronta para o novo desafio A distribuição vai mudar de forma positiva para a Premix. A empresa, que já era distribuidora da Suzano, Polietilenos União e Riopol, agora passa a ser uma distribuidora Quattor. Desta forma o portfólio de produtos não será alterado, entretanto, com relação ao mercado, é o início de um novo desafio. “Há 10 anos eram oito petroquímicas e cerca de 40 distribuidores. Agora ficam três petroquímicas
Com distribuição pulverizada, a Premix atende basicamente clientes da área de injeção e sopro. Em 2007 a empresa atingiu um volume de 35 mil toneladas e a previsão para 2008 é chegar a ordem de 40 mil toneladas. Com um faturamento de R$ 190 milhões a expectativa para esse ano é alcançar R$ 215 milhões em uma projeção de crescimento de 12%. [Norte-Sul] - Para se expandir ainda mais, a empresa projeta uma unidade no norte do país. “Em aquisições é prematuro falar. Nós precisamos trabalhar primeiro. Planos de fusões podem existir lá para frente, em longo prazo”. A Região Sul não possui muita representatividade no faturamento da Premix, entretanto, é um dos objeti-
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estávamos precisando: definições de volumes, atendimento e de perfil de clientes”, esclarece. Com um market share na casa dos 9%, a Premix está instalada em Barueri, onde possui um depósito de 6 mil m², com capacidade para armazenar cerca de 3500 toneladas por mês. A empresa possui ainda três filiais, onde cada uma tem uma capacidade de 1000 toneladas: a primeira é em Contagem (MG), a segunda é em Vitória de Santo Antão (PE) e a terceira em Joinville (SC). Ao todo a capacidade da Premix chega a 9 mil toneladas de armazenagem. São 27 caminhões ao total, entre dedicados e frota própria. A empresa conta com 22 vendedores externos e 14 telemarketings trabalhando de forma ativa.
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participando no Brasil e eu vejo no máximo dez distribuidores em médio prazo”, avalia o diretor da empresa Reinaldo Marques. Desta forma, afirma o empresário, haverá uma mudança no mercado de distribuição, onde ocorrerão algumas fusões e passarão a existir grandes distribuidores, aumentando sua participação em termos de América Latina. O diretor afirma que esse setor estava extremamente desorganizado, e que com o surgimento da Quattor e a formação de dois players nacionais, as políticas petroquímicas serão definidas com maior facilidade. Isso porque, como existiam muitas petroquímicas, cada uma tinha uma forma de trabalho diferente. “Agora a Quattor terá uma política muito bem definida e é o que
{Bandeira Quattor} vos da empresa. “Representa não mais 5% dos nossos negócios e pretendemos alcançar 15%”, revela. Marques explica que enquanto ocorria uma avalanche de distribuidores colocando filiais no Sul, ele rumou para Minas Gerais e Recife. Mas agora é um bom momento para começar a pensar em se fortificar na região. “Nossa filial em Joinville está muito bem instalada e organizada”, afirma. [Polarização] - Braskem e Quattor não são sinônimos de mono-
{Outras Bandeiras}
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Alternativas sem a exclusividade As distribuidoras que não representam as bandeiras nacionais Quattor e Braskem, ou estão alinhadas com a Dow (Ravago, Resinet e SM), Petroquímica Triunfo, Videolar, Nitriflex (Replas), Ipiranga Petroquímica-, Innova e Croda (Dax) ou importam comoditties, plásticos de engenharia e especialidades de players internacionais. Sobre a SM não há informações atuais – exceto que o diretor comercial Eduardo Sonesso foi para a Resinet e Nestor Kaiser, que responde pelo cargo, não conseguiu respostas da matriz na Espanha. A Macroplast também foi consultada, mas a responsável pelo setor estava em viagem e não pode responder no prazo.
Ravago: meta é crescer junto com o Brasil Uma multinacional que vende
pólio ou reestatização para Marques. “A Petrobras liberou a gestão para empresa privada. Foi uma grande jogada do governo onde ele inibe a entrada de empresas multinacionais no Brasil porque existia a possibilidade destas virem a comprar nossas petroquímicas nacionais”, alerta. Ao mesmo tempo, o executivo não vê perigo em relação à competitividade, já que atualmente o mercado está globalizado. Até porque, observa Marques, hoje existe facilidade de importação, onde o transformador tem um poder de barganha também com os mercados internacionais. “Por isso as petroquímicas nacionais precisam es-
tar com o olho no mercado mundial”, analisa. Até mesmo as resinas importadas são mais acessíveis de preços do que as nacionais. Entretanto, o empresário faz o mesmo alerta que os demais colegas distribuidores quanto a compra de produtos no mercado internacional. “Existe uma dificuldade para se importar, há uma série de requisitos, como por exemplo, um cadastro perfeito e um certo lastro econômico financeiro para trazer um determinado volume”. Marques atenta ainda para o risco do dólar, as oscilações de petróleo e possibilidades de greves atrapalharem a logística.
anualmente 3,6 milhões de toneladas e fatura US$ 5,5 bilhões, onde 500 mil toneladas e US$ 840 milhões são provenientes apenas da América Latina. Esses são os números do maior grupo de distribuição e compostos do mun-
a distribuição nas Américas ela será utilizada, de forma gradual, respeitando a realidade de cada país. “A marca Entec sempre estará vinculada com os produtos da Dow e com o plástico de engenharia”, revela o diretor da empresa no Brasil, Osvaldo Cruz. [Produtos] - No Brasil, o Grupo Ravago comercializou 32 mil toneladas de resinas em 2007, gerando R$ 160 milhões. A previsão de crescimento no país é de 20%, chegando a aproximadamente 40 mil toneladas de volume em 2008. Cerca de 80% dos produtos comercializados pela Ravago no Brasil são da Dow: PS, PEBD, PEAD, PEBDL e Dowlex. Já o polipropileno é da Ipiranga Petroquímica e da Certene, uma marca da Muelsthein, importada dos EUA. Os plásticos de engenharia são da Ticona e Unigel. A empresa importa ainda ABS da Ásia e comercializa ABS da Dow principalmente para a área automotiva. [Expansão] - Com atuação 70% no Sudeste e 30% no Sul, esta última é uma região estratégica para a
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///Petroquímicas & Distribuição
Cruz, da Ravago: Região Sul está incluída nos planos de expansão
do, uma integração entre a Muehlstein Internacional e o Grupo Ravago, realizada em 2007. Grande fornecedora de produtos Dow, a Ravago utiliza nessas resinas a marca Entec, ou seja, em toda
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das pela própria petroquímica que as nacionaliza e vende para a distribuidora. Com 24 funcionários no Brasil, a logística da Ravago é toda terceirizada. Através de uma central de atendimento, presta todas as informações que o cliente necessita. “Mas 90% das nossas vendas é através de vendedores que são funcionários da Ravago”. [Importação] - Cruz acredita que, dependendo do lado em que a empresa se situa, existem pontos positivos e negativos para o mercado com a polarização. “Concorrência com duas grandes petroquímicas não é uma concorrência das mais preferidas para quem está do lado da compra”, opina. Mas o executivo comenta que dentro da questão econômica a existência de duas petroquímicas nacionais é positiva já que a pulverização que existia era inviável. Ele acredita que é necessário acompanhar esses movimentos como uma realidade, sem qualificar, e sim percebendo que é uma tendência inevitável. “Agora, com o mundo globalizado, temos que entender que vamos trabalhar com players mundiais”, diz, confirmando que essa bipolarização no Brasil era esperada. Com a nova estruturação do setor petroquímico, fica a dúvida de qual será o comportamento do governo brasileiro diante das resinas importadas. Mas Cruz descarta qualquer possibilidade de protecionismo. “Não existe a tendência de se fechar as portas para os importados. Existe a possibilidade de barreiras do governo para a importação, mas em minha opinião é difícil porque o Brasil está inserido na globalização e ele tem desejos de exportar”. Para Cruz, a justificativa de a resina nacional ser mais cara do que a
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Ravago devido a forte intenção da empresa em se consolidar nas vendas de plásticos de engenharia. “Os plásticos de engenharia puxarão a concentração da Ravago na Região Sul”, destaca Cruz. Para isso a empresa está fortificando sua estrutura. Hoje conta com três centros de distribuição: em São Paulo, Pinhais (PR) e em Itajaí (SC). O próximo passo é a abertura de uma unidade no Rio Grande do Sul, voltada a plásticos de engenharia. O executivo acredita que este é um mercado que tem muito a se desenvolver no Brasil. “Nosso plano é crescer junto com o país, porque o consumo per capita de plásticos nacional atualmente é muito baixo, não ultrapassando 24 quilos por habitante”, observa. Cruz explica que esse contato que as classes D e E nos últimos anos estão tendo com o consumo vai provocar uma mudança irreversível no país. Para ele, a partir do momento em que essas classes andam de avião, têm contato com bens e condição de consumir certos produtos, não vão querer perder essa qualidade de vida e isso vai impulsionar muito o consumo de plásticos no Brasil. “Nosso planejamento é estar aqui sintonizados com essa realidade, investindo, crescendo, próximo do cliente, entendendo a necessidade que o mercado vai nos colocando”, afirma. A preocupação da Ravago, conforme Cruz, é ter uma política de serviço e um termômetro bem aferido para interpretar essa necessidade através de funcionários capacitados, de uma equipe bem treinada e com vontade de servir ao mercado. “Nosso planejamento é muito mais investir nas pessoas”. As especialidades da Dow comercializadas pela Ravago, são importa-
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///Petroquímicas & Distribuição
{Outras Bandeiras}
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importada vai além do preço da nafta. “A petroquímica paga altos impostos. Muitas vezes colocamos a petroquímica como vilã do negócio, o que não é verdade: ela emprega pessoas e paga todos os tributos para manter um funcionário, que nos outros países pagase muito menos”, salienta. O executi-
Eduardo Sonesso. “Basicamente somos distribuidores da Dow Brasil e não houve nenhuma grande modificação”, afirma. A Resinet distribui várias comoditties como polietileno de alta densidade (PEAD); polietileno de baixa densidade (PEBD); polietileno de baixa densidade linear ( PEBDL); polipropileno (PP); plásticos de engenharia (ABS, SAN, etc...), masterbatch, dióxido de titânio. Sobre a questão de
Resinet: Sonesso (E) e Antônio C. Ferraz, preocupados com câmbio e tributação
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vo também chama atenção para a informalidade no setor de transformação. “A hora que o governo conseguir diminuir a informalidade, os impostos irão diminuir, e tudo começará a mudar”, completa.
Sonesso assume na Resinet Para algumas distribuidoras como a Resinet, com sede em São Paulo e filiais em outros estados, a reestruturação do setor petroquímico brasileiro não provocou mudanças, como destaca o Diretor Comercial
ser distribuidor exclusivo, suas vantagens e as desvantagens, Sonesso preferiu não emitir parecer. Geograficamente, a Resinet tem atuação ampla, com a organização centrada na matriz em São Paulo, ampliando o atendimento com filiais em São José dos Pinhais, no Paraná, e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, cobrindo, assim, toda a Região Sul. Por questões estratégicas, Sonesso não comenta sobre o número de clientes e nem quais as regiões brasileiras que se mostram mais promissoras – embo-
ra os indicativos da Abiplast destaquem o Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Minas Gerais. A Resinet não divulga os tipos de resinas mais comercializadas, tampouco volumes de vendas e faturamento. A expectativa para 2008, considerando-se os bons desempenhos dos setores automotivos e do agronegócio, além do impulso dado pelo PAC em habitação e saneamento é avaliada com otimismo pela empresa. “A expectativa é de vendas melhores este ano em relação ao ano passado”, sintetiza Sonesso. Em termos de investimentos, o executivo ressalta que a empresa investiu em um novo armazém em São Paulo e na filial de Caxias do Sul no ano passado. Há um tema, porém, que mereceu análise mais profunda: a influência do câmbio e a demora da reforma tributária e de que forma interferem no desempenho da empresa. “O setor é prejudicado pelo alto volume de importação de resinas que possuem um custo menor além de ter hoje um cambio favorável a isto. Quando fora do Brasil se inicia aumentos de preços a importação cai melhorando a rentabilidade das empresas no Brasil”, explica Sonesso.
Replas não sentiu as mudanças Assim como para outras distribuidoras, principalmente aquelas que não eram exclusivas Braskem ou das petroquímicas que formaram a Quattor, as mudanças não foram significativas. A Replas, segundo o diretor Marcos Prando, é um caso assim. “A reestruturação não mudou muito para nós porque somos distribuidores da Videolar, com liderança na distribuição de poliestireno e temos o polietileno da
A Replas, confiante no sucesso, também investe em expansão. Segundo Marcos Prando, o momento é de apostar no crescimento. “Estamos com uma área de logística de 12.000m² para armazenagem própria e investimos constantemente em tecnologia e treinamento para nossa equipe”, ressalta. Quanto à influência do câmbio e do sistema tributário prejudicial, ele diz que o empresário precisa se adaptar ao modelo atual até que seja feita a reforma tributária. Segundo Prando, a Replas também se preocupa com o desenvolvimento sustentável e o respeito ao meio ambiente. “Estamos implantando o ISO 14.000 para melhorar nossa responsabilidade ambiental e social”, revela. E acrescenta: “Nossa empresa reinveste
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do”, diz Marcos Prando. Quanto ao mercado geográfico, ele informa que a Replas cobre todo o Estado de São Paulo, mais Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul. Ressalta, porém, que atualmente a região Sudeste é a mais promissora. [Mercado] - Quanto a tipos e quantidades, Prando foi enfático, destacando que as resinas mais comercializadas são o poliestireno, polietileno de baixa densidade, polipropileno, polietileno de alta densidade e ABS. Sobre o desempenho do setor, o executivo informa que “2007 foi um ano bom para a Replas, mas 2008 está sendo melhor, registrando um aumento de vendas da ordem 20% este ano com o impulso da economia aquecida”, destaca.
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Petroquímica Triunfo, com ótima parcela do mercado de baixa densidade (PEBD), sendo que o polipropileno e o polietileno de alta densidade já estamos vendendo o importado”, esclareceo empresário. Marcos Prando destaca que para uma empresa se tornar distribuidora de uma bandeira é preciso preencher certos requisitos, como “ter uma boa estrutura financeira,uma logística de ponta, sistemas informatizados de última geração e uma boa equipe de vendas”. Para o executivo da Replas existem vantagens e desvantagens em operar o sistema como distribuidor exclusivo. “A vantagem é de ter uma garantia de fornecimento dos produtos e uma bandeira. A desvantagem é não poder aproveitar as ofertas do merca-
{Outras Bandeiras} os lucros constantemente para melhorar cada dia mais os nossos negócios, mas nunca esquecendo dos nossos colaboradores, fornecedores clientes e amigos”, completa.
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Dax Resinas mantém foco no Sul Assim como outras empresas que não operam apenas com uma bandeira, a Dax Resinas, que tem sede em Porto Alegre, garante sua participação por força de contratos. Por isso não apresentou mudanças na relação com os seus fornecedores diante da reestruturação do setor petroquímico brasileiro, afirma o diretor-presidente Peter Wilms. “O relacionamento permanece o mesmo, visto que se baseia em uma relação contratual, que se mantêm vigente mesmo frente ao cenário de mudanças”, diz. Wilms explica como uma empresa se credencia a ser distribuidora, quais os requisitos ou condições operacionais exigidos e como a Dax Resinas se relaciona com os fornecedores. “Os requisitos são definidos pelas petroquímicas, conforme suas necessidades, tendo em vista que a distribuição é uma prestação de serviços para um determinado segmento de consumo. Pode-se destacar a idoneidade e reputação da empresa perante o mercado, sua capacidade financeira e conhecimento de mercado. A Dax Resinas permanece com os mesmos fornecedores”, ressalta. Atualmente a Dax Resinas opera no mercado com os seguintes produtos e fornecedores: PEAD, PP, PEBDL, PEMD da Ipiranga Petroquími-
ca; PEBD, EVA, PEMD da Petroquímica Triunfo; PS e ABS, da Innova e Aditivos da Croda, além de uma ampla gama de compostos. O mercado é a questão e o foco da Dax Resinas é a Região Sul. Wilms explica como funciona a questão do distribuidor exclusivo. “O distribuidor exclusivo é uma extensão comercial de seus fornecedores. Portanto, está sempre alinhado com as estratégias de marDivulgação/PS
ESPECIAL
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Dax Resinas: relação se mantém sem alteração por força contratual
keting dos mesmos. Além disto, sua condição de distribuidor exclusivo garante o fornecimento contínuo de produtos para todas as suas filiais”, ressalta o executivo. O dirigente da Dax Resinas também responde sobre atendimento aos seus mercados, os estados atendidos pela empresa, o número de clientes e onde tem filiais, além de comentar sobre quais regiões são as mais promissoras. “A Dax Resinas atende toda a região Sul (RS, SC e PR) e possui 550 clientes ativos. As filiais localizam-se em Novo Hamburgo e Caxias do Sul (RS), Itajaí (SC) e São José dos Pinhais (PR). A Região Sul do Brasil é o
segundo maior mercado para produtos petroquímicos, seguido do estado de São Paulo. Logo, com a economia brasileira aquecida, esta região manterá suas perspectivas de crescimento na sua proporcionalidade”, revela Wilms. Segundo o executivo, mesmo sem revelar volumes, diz que as resinas mais comercializadas são PEAD e PEBD e PP. Mas comenta sobre o desempenho em 2007 e qual a expectativa para 2008, considerando-se o bom desempenho da economia, como citado anteriormente. “2007 e 2008 foram anos de forte crescimento do PP, impulsionado pela indústria automotiva. Nos polietilenos o maior crescimento foi na área de especialidades (por exemplo, matérias primas destinadas a fabricação de produtos para saneamento básico), devido ao PAC”, informa o dirigente. Para fazer frente ao crescimento do mercado, Wilms ressalta que nos últimos anos a Dax Resinas “reestruturou seus serviços logísticos, mudando a localização de suas filiais, visando melhor atender seus clientes e reduzir custos”. Mas o câmbio e as questões tributárias, prejudicaram o setor? “O câmbio proporcionou um maior número de importações, gerando maior competitividade de preços no mercado interno. Já a demora da reforma tributária afeta todos os setores da economia, retardando maiores investimentos e, principalmente, diminuindo o poder de compra do consumidor”, explica, completando com a informação que a empresa também investe em ações sócio-ambientais, apoiando instituições que promovem a responsabilidade ambiental. P S
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MERCADO
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Cadeia plástica brasileira ameaçada
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cadeia plástica, que produz toda gama de produtos utilizados pela população no diaa-dia, em todos os setores da economia, composta por 11.200 indústrias de transformação em todo o País, que gera 312.000 empregos, fatura R$ 36,4 bilhões e exporta US$ 1,1 bilhão, enfrenta um círculo vicioso que a está levando à iminência de parar. Este foi o alerta dado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum, no dia 23 de julho, após reunião com os presidentes da Abief, Afipol, Abrinq, Abraflex e Abrafilm. “A situação está se tornando insustentável”, denuncia. De acordo com Cachum, as matérias-primas, que são a razão e a base de tudo, entraram em processo de aumentos de preços estratosféricos, com efetiva impossibilidade de repasses aos produtos derivados fabricados por nossos associados. “A cadeia corre o sério risco de se tornar inviável, pois muitos decidiram parar de produzir e estão se tornando revendedores: é mais lucrativo comprar produtos importadores prontos do que investir em máquinas, equipamentos, matéria-prima e pessoal”, explica. Sem a possibilidade de aumento de preços e tendo que pagar os aumentos impostos pelos fornecedores, a cadeia plástica não tem possibilidade de continuar!, esbraveja Cachum, indignado. E faz um alerta
mais grave: “Do jeito que está, em breve teremos demissões em massa porque o setor não suporta essa situação”, avisa. O quadro mostra a gravidade da situação com os percentuais de aumento: [Prazo e sugestões] - O presidente da Abiplast, Merheg Cachum, diz que as entidades que apóiam o manifesto (Abief, Afipol, Abrinq, Abraflex e Abrafilm buscam junto ao governo mecanismos de defesa ou compensação para não estimular ainda mais a espiral inflacionária, visto que os preços das resinas praticados no Brasil são os mais altos do mundo. Em documento enviado ao Governo Federal a entidade apresenta várias alternati-
vas para amenizar a situação: a) o repasse direto do impacto dos aumentos nos preços dos produtos plásticos; b) que o governo amplie para 90 dias o prazo de pagamento dos tributos federais e estaduais; c) que reduza para zero as alíquotas de importação de matérias-primas. A questão é delicada e o grupo, segundo Cachum, “fixou preliminarmente o período da primeira quinzena de agosto como prazo final para a busca de uma solução que não prejudique o País”. P S
Gaúchos: Road Show com o apoio da Governadora Em reunião-almoço no Sinplas a governadora Yeda Crusius prometeu implantar diferimento do ICMS a toda cadeia do plástico. Os gaúchos vão mostrar isso ao Brasil
(Simplás e Simplavi) e do Governo do Estado, devem participar dos eventos a 1ª e 2ª geração do setor plástico gaúcho. O encontro promovido pelo Sinplast contou com a participação de 150 pessoas, entre industriais do setor petroquímicoplástico e autoridades. No evento, Yeda Crusius recebeu uma homenagem do setor pela passagem do seu aniversário, no dia 26 de julho. Entre os presentes, estiveram ainda o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel; o vice-presidente da Braskem, Alfredo Tellechea; e a Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Ana Severo. P S
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dia 23 de julho foi muito importante para o setor plástico gaúcho, quando o Sinplast recebeu a governadora Yeda Crusius para a 2ª reunião-almoço 2008 da entidade, realizada na Fiergs. Na ocasião, a governadora se comprometeu com os industriais do setor a implantar de forma gradativa o diferimento do ICMS em 12% a toda a cadeia. “Juntos vamos construir essas condições, sem nos desviarmos do ajuste fiscal do Estado, nosso compromisso político”, disse ela, sem apontar prazos. O presidente do Sinplast, Jorge Cardoso, ressaltou a importância da concessão do diferimento a todo o setor plástico gaúcho como forma de incentivo ao desenvolvimento do Estado. “Já fomos o segundo Estado brasileiro em transformação, hoje ocupamos a quinta colocação. Tivemos o diferimento para parte do setor prorrogado até 31 de março de 2011, mas é preciso estender o benefício a toda cadeia. Nossa preocupação é que essa medida seja implementada de fato”, afirma Cardoso. [Mercado] - O presidente do Sinplast propôs ainda à governadora a realização de road shows no centro do país e no exterior com o objetivo de trazer investimentos ao Rio Grande do Sul. “Nosso objetivo é mostrar aos empresários de outros Estados quais as potencialidades do Rio Grande do Sul para atraí-los a investirem aqui. Queremos trazer ao Estado os segmentos que atuem principalmente nos elos faltantes do nosso setor e para isso precisamos a parceria do governo do Estado”, afirma ele. O primeiro road show deve acontecer ainda em 2008, provavelmente em São Paulo. “A idéia básica é reunir em um hotel as empresas dispostas a investir no Rio Grande do Sul e mostrar o que podemos oferecer de melhor, como matéria-prima disponível, infra-estrutura e mão-de-obra qualificada. E quando chegar o momento de falar sobre condições especiais e incentivos, aí tem que entrar o Governo do Estado”, disse Jorge Cardoso. Além do Sinplast e dos Sindicatos co-irmãos
PLÁSTIKOS
Por
Sinplast homenageia governadora do RS
Concurso Cars Design News: os vencedores
Segurança: ARES promove o II Semares
Na reunião-almoço do Sinplast-RS houve o momento social, quando a governadora Yeda Crusius recebeu uma homenagem do setor pela passagem do seu aniversário, no dia 26 de julho. Em nome do grupo, a empresária Áurea Binz (foto) entregou flores à governadora. Além disso, o Sinplast, por meio de seu presidente, Jorge Cardoso, presenteou a governadora com embalagens plásticas domésticas. Bonito gesto, ainda mais que Yeda Crusius prometeu apoiar o setor na reconquista do mercado. Ver matéria nesta edição.
Foram divulgados os vencedores do Concurso Car Design News 2008. O neozelandês Jay (Wen Chieh) Wen, com o modelo T-PO (de três rodas) foi o vencedor do Concurso Cars Design News na categoria profissional. Na categoria estudante a vitória foi Magic Tricycle, projetado pelo iraniano Seyyed Javad Ghaffarian. O concurso é promovido pelo Salão de Detroit, em associação com a Sabic Innovative
Em julho do ano passado a ARES lançou a primeira edição do Semares – Seminário de Engenharia e Medicina do Trabalho da ARES, que a partir de agora se desenvolverá anualmente. A edição pioneira foi realizada no Palácio Farroupilha, com o apoio da Assembléia Legislativa/RS e de importantes autoridades ligadas ao setor da Engenharia de Segurança e Saúde do Trabalho. “O objetivo do Semares é analisar as inovações técnicas do segmento da Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e busca trazer aos seus participantes as últimas atualizações e revisões das NRs”, explica presidente da ARES, Eng. Mário Hamilton Vilela. A II Edição será realizada nos dias 29 e 30 de agosto no Salão dos Espelhos do Clube do Comércio, em Porto Alegre. Neste II Semares, além das palestras de atualização técnicas, será desenvolvido, dentro das atividades programadas para esse evento, num dos turnos um workshop versando sobre Segurança e Eletricidade. A programação completa está sendo finalizada por um grupo indicado pela diretoria da ARES, sobre a coordenação do Diretor Técnico Científico Eng. Ricardo Guedes Bernardes. Conta com a participação do Diretor Sócio-Cultural, Eng. Mirtou João Alves da Silveira e do colaborador especial da presidência, Eng. Edison Bittencourt. As inscrições continuam abertas e os interessados podem entrar em contato pelo site www.ares.org.br, pelo e-mail ares@ares.org.br ou pelos telefones (51) 3222.9240 e 3395.4917.
T-PO
Simplás entrega troféu Mérito Pietro Zanella A noite do dia 22 de agosto será de festa para a comunidade ligada ao plástico na região da Serra Gaúcha, pois na ocasião o Simplás (Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho) fará a entrega do troféu Mérito Pietro Zanella (pioneiro da indústria plástica na região) aos homenageados em 2008: a empresa Seibt Máquinas para Plásticos (Nova Petrópolis) e o empresário Victor Borkoski, da Saviplast Lta.
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Curso de Polímeros na ABpol
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Julio Sortica
Em 11 e 12 de novembro os interessados têm a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos com o curso Falha Prematura em Polímeros, que será ministrado na ABpol, em São Carlos (SP), por Marcelo Silveira Rabello, Doutor na área de Polímeros/Eng. de Materiais na Universidade Federal de Campina Grande (PB).
Magic Tricycle
T-PO: vencedor na categoria profissional Magic Tricycle: projeto de um estudante
Plastics e Autodesk. Os vencedores receberão uma licença completa do software Alias Studio no valor aproximado de US$ 7.000,00, e US$ 2.000,00 em dinheiro. Vencedores e finalistas terão seus projetos exibidos em destaque em uma galeria dedicada ao Concurso e seus trabalhos examinados em detalhes por 6 dos melhores projetistas de carros do mundo.
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PLAST MIX
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AGENDA
///Programe-se para 2008
Brasil
Outros países
Embala Nordeste Feira e Negócios de Embalagens 18 a 21 de agosto Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda (PE) Organização: GreenField Business Promotion www.embalaweb.com.br
Plásticos’ 09, Buenos Aires 29 de junho a 02 de julho de 2008 Buenos Aires - Argentina) Informações: plásticos@banpaku.com.ar, ou no www.plasticos09.com.ar.
Interplast 2008 Feira e Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico 25 a 29 de agosto de 2008 Megacentro Expoville - Joinville/SC Organização: Messe Brasil Feiras & Promoções Tel.: (47) 3451-3000 feiras@messebrasil.com.br www.interplast.com.br Pack Brasil 23 a 26 de setembro de 2008 Joinville – Santa Catarina Informações: MarktEvents,(47) 3028-0002, www.marktevents.com.br.
China Composite Expo Feira de Compósitos 14 a 19 de setembro de 2008 Xangai - China Informações: jaap.ketel@briskevents.nl, www.briskevents.nl. Feira Internacional da Indústria do Plástico e da Borracha 18 a 22 de setembro de 2008 Taipei – Taiwan Informações: www.taipeitradeshows.com.tw. Interplast08 – Feira para Indústria do Plástico e da Borracha 30 de setembro a
02 de outubro de 2008 Birmingham – Inglaterra Informações: e-mail graham.earl@reedexpo.co.uk ou no site www.interplas-expo.com. ExpoPlast 2008 20 e 21 de outubro de 2008 Montreal - Canadá Informações: site www.expoplast.org JEC Composites Ásia – Feira Internacional de Compostos, 22 a 24 de outubro de 2008 Cingapura. Informações: www.jeccomposites.com
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///Anunciantes da Edição Activas # Pág. 09 Airus # Pág. 29 Albag # Pág. 47 Atema # Pág. 36 AWS # Pág. 44 By Engenharia # Pág. 53 Centrustec # Pág. 39 Cromex # Págs. 20 e 21 Deb’Maq # Pág. 23 Electra # Pág. 53 Furnax # Pág. 27 Interplast # Pág. 33 JMB Zeppellin # Pág. 37 Kotek # Pág. 43
Lanxess # Pág. 55 Mainard # Pág. 51 Mais Polímeros # Pág. 11 Mecanofar # Pág. 53 Met. Wagner # Pág. 53 Momesso # Pág. 43 Moynofac # Pág. 53 Multi União # Pág. 51 Nazkon # Pág. 53 Nova Piramidal # Pág. 02 NZ Cooperpolymer # Pág. 47 NZ Philpolymer # Pág. 47 Petro. Triunfo # Pág. 17 Plást. Vem. Aires # Pág. 53
Plastech # Pág. 35 Previsão # Pág. 56 Produmaster # Pág. 19 Quattor # Págs. 05 R. Pieroni # Pág. 41 Ravago # Pág. 13 Rone # Pág. 50 Rulli # Pág. 31 Sasil # Pág. 15 Seibt # Pág. 53 Tecnoplast # Pág. 49 Unipar # Pág. 07 Unipar Com. # Pág. 25 Para anunciar, ligue 51 3062.4569