FOTOS: DIVULGAÇÃO/PNE
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plastico nordeste .com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3026.0638 editora@conceitualpress.com.br
10
Direção: Sílvia Viale Silva Edição:
"O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou." (Vergílio Ferreira)
Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica Redação: Gilmar Bitencourt Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial:
Da Redação
Débora Moreira, Lenise Mattar e Sandra Tesch
Por Melina Gonçalves >>>>
Pág. 04
José Francisco Alves (51 9941.5777)
Plast Vip NE
Plástico Nordeste é uma publicação da editora
Luiz Otavio Gomes, do SEDEC/AL >>>> Pág. 06
Especial
16
Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no
Alagoas em franca expansão >>>> Pág. 10
18
Design Gráfico & Criação Publicitária:
Foco no Verde
Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.
Recicla Nordeste e outras iniciativas>>>> Pág. 16
Destaque
Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico
Agronégocio favorece o setor >>>> Pág. 18
Giro NE
Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares.
Uma “blitz” pelos estados da Região. >>>> Pág. 24
Mural Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 26
Filiada à
ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
ANATEC - Associação Nacional
Capa: foto de arquivo.
das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas
<<<< Plástico Nordeste <<<< 3
Da Redação
DIVULGAÇÃO/PNE
Abrindo um parêntese
A
lgumas pessoas acreditam que, em ano eleitoral, não é muito adequado escrever sobre o bom desempenho de governos e gestões. Alguns argumentam que isso pode influenciar em tomadas de decisões por parte dos eleitores. Sim, tem coerência. Todavia, quando nos deparamos com a pauta sobre o setor plástico em Alagoas, tornou-se inevitável tocar no nome do atual governador e sua gestão voltada à atração de investimentos e fomentação de negócios para o estado. Isso porque o setor plástico de Alagoas cresceu, em muito, sob a atual gestão. E foi na Secretaria de Desenvolvimento Economico, Energia e Logística (SEDEC) que começou a mudança. Uma das ações conquistadas foi uma escola de capacitação do setor chamado Núcleo de Tecnologia de Plástico (NTPLAST). Ainda em fase de instalação, será um centro de formação profissional, fruto de uma parceria entre o SENAI, a Fede-
“O resultado de tamanha sinergia entre poder público e privado é visível: Alagoas tem mais de 40 empresas em processo de instalação...”
Maceió, capital do estado de Alagoas
ração das Indústrias do Estado, governo do estado e Sindicato das Indústrias de Plástico e Tinta de Alagoas (Sindiplast). O leitor poderá conferir na página 10 uma entrevista com o presidente da entidade Wander Lobo Araújo Silva. O dirigente nos conta que o maior desafio no momento é mesmo a conclusão desse projeto. E avaliza o papel do governo estadual no desempenho do setor, mas deixa claro que ainda falta apoio da união e prefeituras. O resultado de tamanha sinergia entre poder público e privado é visível: Alagoas tem mais de 40 empresas em processo de instalação, geração de 30 mil empregos e movimentação de aproximadamente R$4 bilhões em investimentos. Portanto, meu caro leitor, é necessário sim abordar o assunto e falar sobre ações políticas, porque, quando fazem crescer, estimulam a cadeia produtiva e geram renda, divulgar não é um mal, e sim um grande exemplo a ser seguido. Porque se criticamos atitudes governamentais, também devemos apoiá-las quando bem-vindas e prósperas. Desta forma, perdoe-nos, mas tivemos que abrir esse parêntese. MELINA GONÇALVES / Editora melinagoncalves@conceitualpress.com.br
4 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 5
PLAST VIP NE Luiz Otavio Gomes
Alagoas une-se e vive fase de efervescência
Revista Plástico Nordeste - Muitos dirigentes e empresários se queixam da falta de apoio do poder público para seus setores. No caso do segmento plástico em Alagoas descobrimos que o apoio do Estado é forte. Como funciona? Luiz Otavio Gomes - Após a organização da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) analisamos a necessidade de criarmos o Fórum Permanente da CPQP que reúne 15 atores, entre três Secretarias de Estado, entidades empresariais, centros de ensino superior e técnico, como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sendo coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec). A cada 45 dias esse Fórum se reúne e prezamos por ser um organismo horizontal, ou seja, onde todos têm voz e voto, um trabalho de muita transparência. A partir desse direcionamento o espaço foi fundamental para discussões como as necessidades das empresas já existentes e das atraídas nestes três últimos anos, no Fórum foram criadas as soluções para atender toda a cadeia produtiva. Esse Fórum é um sucesso e por conta disso ele está sendo copiado por outros Estados, pois é um modelo que contribui para que todos os atores se entendam com um único objetivo: gerar renda, gerar empregos, gerar impostos. Plástico Nordeste - Quais são as principais ações de Alagoas e da Secretaria nesse sentido?
Plástico Nordeste - Quais os principais programas e como funcionam? Há subsídios? Incentivos? Gomes - Alagoas possui uma das melhores legislação de incentivo governamental da região com o Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado (Prodesin). Foi criada uma legislação muito forte para a atração de investimentos de todas as cadeias produtivas para o Estado de Alagoas, mas quanto a CPQP nós criamos uma legislação complementar onde os empresários têm o diferimento naquilo que concerne o pagamento de impostos sobre a energia elétrica e gás natural, esse é um diferencial muito grande, pois insumos importantes para esta indústria.
DIVULGAÇÃO/PNE
Quando aceitou o convite do governador Teotônio Vilella Filho para fazer parte da equipe de governo, sabia do desafio de tornar o Estado de Alagoas mais competitivo, mesmo sem muitos recursos. Mas Luiz Otavio Gomes, bacharel em Direito, empresário com especialização em Administração de Empresas, da cidade de Capela/Alagoas, assumiu toda a responsabilidade de um projeto ousado. E graças à união e audácia, está chegando ao fim da sua gestão como Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (SEDEC) com muito sucesso, principalmente na atração de investimentos. E o setor petroquímico-plástico é um dos mais promissores. Confira esta e outras impressões do secretário.
do setor produtivo e dos gestores públicos. Além de termos criado uma estrutura funcional na Sedec, onde o empresário encontra aqui todas as respostas para seus pleitos.
Gomes - Quando assumimos a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec), em 2007, houve uma preocupação em preparar nossos recursos humanos, em seguida recuperamos os diversos polos e distritos industriais; adquirimos áreas no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, para disponibilizar para os investidores que estavam chegando a Alagoas; e passamos a participar de diversos eventos e feiras estratégicos do setor, sempre levando em consideração o que era melhor para o setor produtivo. O sucesso de tudo isso significa a união
6 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
Secretário da SEDEC, Luiz Otavio Gomes auxilia na atração de investimentos para o estado
Plástico Nordeste - Quantas empresas do segmento petroquímico-plástico Alagoas conseguiu captar nesta gestão? Gomes - Dentre as indústrias atraídas, podemos citar as já construídas e em operação Fiabesa Alagoas, Corr Plastik Industrial do Nordeste, Plastkit Indústria de Plásticos, Alaplásticos Indústria (beneficiamento de materiais plásticos), Nordeplast Indústria e>>>>
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 7
PLAST VIP NE Luiz Otavio Gomes
Comércio de Plástico, BBA Nordeste Indústria (containers flexíveis); em construção Plastmar, Indústria Química Alagoana; em fase de elaboração de projetos – incentivos governamentais, construção civil, ambiental – Krona fabricante de tubos e conexões, Cortevivo, que fabrica composto de PVC, e Joplas fábrica já instalada no Polo em Marechal Deodoro mas implantará uma nova unidade. Outras indústrias do setor químicoplástico estão no momento fazendo prospecção em Alagoas, mantendo diálogo com o Governo do Estado, e certamente optarão por instalar aqui. Plástico Nordeste - Qual a estratégia para atrair empresas? É só o incentivo ou há outros componentes? Gomes - Nós fomos além do fomento, criamos o Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlast), que chamamos de Escola do Plástico, onde o empresário que quer e tem a definição do planejamento de mão-de-obra diz qual será a necessidade de mão-de-obra – quantidade e função -, e quando inaugurar a fábrica já terá os colaboradores treinados e aptos a operar a indústria. O NTPlast está em fase de construção no Polo Multissetorial Luiz Cavalcante, em Maceió, numa parceria direta entre o Governo do Estado, Sebrae e Senai/Fiea. Além disso, Alagoas possui um diferencial, primeiro por que possui um governador [Teotonio Vilela Filho] que é empresário – ele sabe o que é comprar e vender, sabe o que é uma duplicata e nota fiscal, isso é muito importante – segundo lugar, o governador
deu condições ao secretário do Desenvolvimento Econômico [eu], que também é um empresário, a atuar fortemente em todos as áreas. Alagoas tem mais de 40 indústrias se instalando, a geração de 30 mil empregos e movimentando aproximadamente R$ 4 bilhões de investimentos; alagoas vive uma nova fase, tem seu desenvolvimento assegurado, finalmente. Plástico Nordeste - Como é a relação do Estado com os sindicatos do setor e com as entidades como a Federação das Indústrias? Gomes - A sinergia entre o Governo do Estado e o setor produtivo de Alagoas é absolutamente perfeita. Isso faz com que a CPQP seja uma referência no Nordeste e em todo o país. As instituições mais participantes do Fórum são as seguintes: pelo Governo do Estado, Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, da Fazenda, da Ciência e Tecnologia; Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), através do Departamento Nacional e Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AL); Sindicato da Indústria Plástica de Alagoas (Sinplast); Braskem; Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (AssediMD) e Associação dos Dirigentes das Empresas do Distrito Industrial Luiz Cavalcante (Adedi); Universidade Federal de Alagoas; Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Plástico Nordeste - Alagoas é conhecida
8 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
como o Polo do PVC. Não á arriscado esse tipo de ‘monocultura’? Que outros setores estão sendo incentivados? Gomes - Olha que maravilha, até então se dizia que Alagoas era o Estado da monocultura do açúcar e do álcool e a partir do momento que dizem que Alagoas corre o risco de se transforma na monocultura do PVC, já não é mais monocultura, pois estamos trabalhando com o açúcar, álcool e a energia - o setor sucroalcooleiro caminha para a verticalização desenvolvendo a energia da biomassa. Nós também estamos com outros segmentos, como o setor metal-mecânico a partir da presença da Jaraguá Equipamentos Industriais em Alagoas, com investimentos de mais de R$ 100 milhões e a geração de cerca de mil empregos; a vinda da Bauducco para Alagoas significa que estamos fortalecendo o setor de alimentos, já que temos a Sococo – maior indústria do país na produção de derivados do coco; temos hoje em Alagoas a primeira planta verde da coca-cola da América Latina; o turismo com a implantação de 29 novos hotéis. Então, na verdade, não consideramos mais este status de monocultura, pois hoje o Estado é diversificado, mas com forte atuação em alguns segmentos. Plástico Nordeste - O que representa a Braskem para o setor petroquímico-plástico de Alagoas? Gomes - A Braskem é a nossa âncora, por ser hoje a oitava petroquímica do mundo e a primeira da América Latina, possui duas plantas em Alagoas, uma de cloro-soda produzindo 460 mil toneladas ano, a maior da América Latina, e uma de PVC com 265 mil toneladas ano, e agora com o firme propósito de fazer uma nova planta de PVC escolheu Alagoas, exatamente por causa do desempenho que o Estado está tendo no seu todo e principalmente no setor. Nós passamos a conveniar com a Braskem todo o tipo de estudos e ela passou a ser âncora para o desenvolvimento, pois nós como Governo Estadual somos os fomentadores, damos o norte de todo esse trabalho mas na verdade a execução cabe a Braskem, a Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), ao Sebrae, ao Sindicato das Indústrias do Plástico, e aos outros atores, que juntos transformaram a CPQP Alagoas num case de sucesso.PNE
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 9
A união fomenta a expansão
A
lagoas, no segmento plástico, sempre foi considerada uma espécie de monocultura, extremamente dedicada à produção do PVC e com a maioria das empresas de transformação voltadas para esse segmento. Porém, nos últimos anos essa limitação foi superada graças às ações do atual governo, liderado por Teutônio Vilela Filho. “É um divisor de águas”, compara o empresário Gilvan Severiano, da Plastec, presidente do Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante, em Maceió. De fato, sob a batuta de Luiz Otavio Gomes, titular da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (SEDEC), Alagoas mudou. E para muito melhor, graças a uma combinação de estratégia de gestão, incentivos e união setorial (ver entrevista do secretário nesta edição). A Secretaria adotou uma postura “agressiva” de ir em busca de investidores, oferecendo vantagens. Por isso, o próprio secretário Luiz Otavio Gomes lide-
ARQUIVO/PNE
ESPECIAL Pólo Plástico de Alagoas
rou uma equipe instalada no Parque Anhembi, durante a Brasilplast em 2009. Ali, um verdadeiro QG do setor plástico anunciava as metas do Estado. Gomes também destaca a organização da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) e a criação do Fórum Permanente da CPQP que reúne 15 atores, entre três Secretarias de Estado, entidades empresariais, centros de ensino superior e técnico, como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sendo coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec). Meta: gerar renda, gerar empregos, gerar impostos. Houve preocupação com os recursos humanos, estrutura funcional e a aplicação “de uma das melhores legislação de incentivo governamental da região com o Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado (Prodesin). Foi criada uma legis-
Durante a Brasilplast 2009, governo do estado fomentou negócios e traçou metas
lação muito forte para a atração de investimentos de todas as cadeias produtivas para o Estado de Alagoas”, ressalta. Paralelo a essas ações outra conquista de Alagoas foi uma escola para capacitar o setor: o chamado Núcleo de Tecnologia de Plástico (NTPLAST), em instalação, será um centro de formação profissional fruto de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional (Senai), a Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), governo do Estado e Sindicato das Indústrias de Plástico e Tinta de Alagoas (Sindiplast) de Alagoas.
Linha Direta - Wander Lobo Araújo Silva - Presidente do Sinplast/AL
O maior desafio é concluir o projeto NTPLAST O setor plástico de Alagoas é um dos mais fortes do Nordeste, e os sindicatos desempenham um papel fundamental no processo de crescimento. Wander Lobo Araújo Silva é o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Alagoas. Aos 49 anos, formado em Administração de Empresa, ele dirige a Araújo Silva Indústria e Comércio de Tubos Ltda, que há dez anos atua na fabricação de tubos de PVC. Confira na entrevista exclusiva como está o setor no Estado, quais as dificuldades e as perspectivas para o futuro. 10 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
Revista Plástico Nordeste - Quando foi fundado o Sinplast/AL? Quantas indústrias tem o Estado e quantas são associadas ao sindicato? Quantos empregos gera? Wander Lobo Araújo Silva - O Sindicato foi fundado em 18 de julho de 2000. Não temos precisamenteo número de empresas, mas calculamos em torno de 55 indústrias de plásticos, e destas, 30 empresas associadas geram aproximadamente 1.700 empregos.
Plástico Nordeste - Quais são os segmentos mais fortes no Estado, por processo (injeção, extrusão, sopro etc)? E por produto (embalagens flexíveis, peças técnicas,>>>>
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 11
DIVULGAÇÃO/PNE
ESPECIAL Pólo Plástico de Alagoas der Público (União, Estado e Prefeitura) para ajudar a desenvolver o setor? Wander Lobo - O Estado está muito atuante, com a participação da SEDEC, não medindo esforços para que o setor plástico cresça e que tenhamos cada vez mais indústrias e capacitação de mão-de-obra, tanto que o Estado faz parte da CPQP (Cadeia Produtiva Química e Plástico). Quanto a União e a Prefeitura, ainda não conseguimos que se encaixem no processo. Plástico Nordeste - E o SEBRAE, tem alguma atuação? Qual? Wander Lobo - Sim, pois sua participação é importante desde inicio ajudando o setor no desenvolvimento e qualificação do pessoal, empresas e coordenando junto com o SENAI, SEDEC e CPQP. Lobo destaca a importância da Braskem para o setor plástico de Alagoas
tubos e outros para construção civil etc)? Wander Lobo - Processo e produto: 1º Extrusão - Filmes técnicos, embalagens flexíveis, tubos e forros de PVC e outros; 2º Injeção - Utilidade doméstica, talheres, cadeiras, tampas, calçados e outros; 3º Termoformagem - Copos e Pratos descartáveis e 4º Sopro - Garrafas e frascos. Plástico Nordeste - Qual o maior desafio do Sinplast/AL no momento? Wander Lobo - Concluir o projeto NTPLAST (Núcleo de Tecnologia do Plástico) com formação de mão de obra para atender as empresas que estão vindo para Alagoas e aperfeiçoar as já existentes e ajudar no desenvolvimento de produtos. Plástico Nordeste - Qual a maior carência do setor plástico em Alagoas: capacitação profissional ou capital para modernizar a fábrica? Wander Lobo - Acredito que capital com custo baixo para modernização das indústrias já existente seja a maior carência, pois a questão da capacitação profissional já estamos adiantando com o NTPLAST e o convênio com o SEBRAE para capacitação também dos empresários. Plástico Nordeste - Qual a atuação do Po-
crescimento no segmento do plástico? De que forma esse segmento de Alagoas se insere nesse contexto? Wander Lobo - O setor plástico de Alagoas está se preparando, pois estamos bem localizados geograficamente para receber este crescimento e como temos à melhor Lei de incentivo para nosso segmento esperamos que novas empresas venham para Alagoas. Plástico Nordeste - Qual a importância da Braskem para o setor em Alagoas? Wander Lobo - Total, É uma parceira do SINPLAST e compõe a Ancora da Cadeia Produtiva. Sem ela o setor não teria crescido como esta crescendo em Alagoas.PNE
Relação da diretoria eleita para o quadriênio 2006 - 2010
Plástico Nordeste - O Sinplast/AL tem forte relação com a Federação da Indústrias. Como é esse relacionamento? Wander Lobo - Sim, total relacionamento e conta com seu Presidente José Carlos Lyra de Andrade e também com o SESI e o SENAI não medindo esforços para que os projetos sejam concretizados. Plástico Nordeste - E com as associações do setor plástico (Abiplast, Abief, AbiPet, Abimaq etc...)? Wander Lobo - Com a ABIPLAST fazemos parte da Diretoria e sempre que necessário temos o apoio do presidente. Plástico Nordeste - Quantas indústrias se instalaram nos últimos anos no Estado? Qual o motivo? Houve campanha, incentivo? Quantos empregos gerados? Wander Lobo - Foram 11 indústrias, porque Alagoas tem uma excelente Lei de incentivos, um Governo com credibilidade e um trabalho sério da Secretaria de Desenvolvimento através do Secretario Luiz Otávio Gomes e toda sua equipe que apoia sem medir esforços o setor plástico para atrair empresas do segmento. Já foram gerados aproximadamente 5000 empregos e esperamos que com os contatos que estamos fazendo com novas indústrias em breve geraremos mais empregos. Plástico Nordeste - Os recentes investimentos no setor petrolífero no Nordeste (refinarias em Pernambuco, Maranhão, Ceará e RN) criam a expectativa de um
12 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
Relação dos Associados Arasil - Ind. e Com. de Plásticos / Arasil – Ind. e Com. de Tubos/ Replast / Plastec / Ibratin / Maceió Plásticos / Celoplas / Uniplast / Starfest / Ultraplast / Plastmar / Alplast / Dunnas Plast / Elioplast / Plastubos / Plastepal / DFR – Ind. Com. de Calçados / Alaplásticos / Plaskit / Joplas / Glastec / Tecfibra / Corr Plastik Nordeste Ind. / Dragão / Fiabesa / Nordeplast.
A
s empresas do setor plástico de Alagoas, antigas ou novas, estão satisfeitas com a forma como o Governo do Estado e a Federação das Indústrias, em conjunto com o Sindicato, conduzem o desenvolvimento do setor, inclusive consolidando a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP). A Arasil, indústria e comércio de plástico, fabricante de sacos convencionais, sacos lisos, sacos impressos, sacolas recicladas, sacolas de alta densidade e sacos para lixo. É uma da mais antigas do Distrito Industrial Luiz Cavalcanti, em Maceió. Fundada em 1983, conta com 55 colaboradores e atende os mercados do Norte e Nordeste do país. Conforme o diretor Araújo Neto, apesar do bom momento, é possível ser ainda mais competitivo. Ele dá a receita para atingir um novo patamar. “Uma maior facilidade para as empresas de pequeno e medio porte terem acesso à financiamentos de custos baixo,
Governo do Estado, liderado pelo Governador Teotônio Vilella Filho, recebe diversos elogios de empresários
menor carga tributaria federal e desoneração para o setor de reciclagem”. O empresário também destaca a importância da Braskem para o setor plástico do Estado. “A Braskem é a ancora da cadeia produtiva, é uma parceira do setor Plastico em Alagoas, sem ela o que esta acontecendo em nosso estado não seria possível”, ressalta.
THIAGO SAMPAIO/SECOM/PNE
Empresas destacam o bom momento
Apoio do Estado Para Gilvan Severiano, diretor da Plastec, que atua na área de embalagens sopradas com 56 funcionários, a história do plástico em Alagoas mudou. Dono da empresa que atende o mercado de embalagens para o agronegócio e limpeza, o momento é impar. “Houve uma reviravolta com a atuação desse>>>>
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 13
Parcerias entre setor privado e público, através do secretário Gomes (E), por exemplo, impulsionam setor
governo, mais o sindicato e a Federação das Indústrias, pois existe uma sintonia muito forte, há um fórum permanente. Eu estava aqui há tempos e sofria muito, principalmente com a falta de mão de obra especializada. Agora Alagoas está em alta. Cada entidade faz a sua parte”, ressalta. Severiano, que é presidente do Distrito Industrial, ressalta também a questão da infraestrutura, “pois antes só havia uma rua do distrito asfaltada. Agora todas estão asfaltadas, valorizando as 120 empresas de todos os segmentos que estão no complexo. Antes eram 75”, revela.
Novos projetos A investida durante a Brasilplast 2009, em São Paulo, resultou em bons contatos e várias empresas decidiram instalar unidades em Alagoas. Outras foram convidadas ou incentivadas pela Braskem para atuar no setor. Este foi o caso da Nordeplast, inaugurada em 11 de dezembro passado, com 25 funcionários e foco na produção de compostos de PVC na primeira fase. Posteriormente fabricará também laminados de PVC. Segundo o diretor Arnaldo Perona, a Nordeplast foi atraída pelos benefícios fiscais e pela segurança que o Governo de Alagoas passa aos investimentos. “A expectativa ainda é uma incógnita, pois os
ADAILSON CALHEIROS/SECOM/PNE
ESPECIAL Pólo Plástico de Alagoas
nossos clientes estão no Sul”, ponderou o executivo, ressaltando que o mercado em foco é a indústria farmacêutica, cartões e indústria de termoformagem para fabricação de embalagens tipo “bolhas plásticas) para aparelhos de barbear, chuveriros e outros. A empresa também abastece a indústria calçadista e de fios. Sobre as ações da Braskem, Perona ressalta que “foi quem fez a intermediação com o governo”. Além de fornecer 80% da matéria-prima, também coloca todo o suporte da empresa à disposição. Quanto ao Poder Público, ele ressalta que tanto o Estado, “por meio do secretário Luiz Otavio, como a Prefeitura, sempre deram todo apoio e agilizaram os processos.
Cortevivo, Corr Plastik, Krona, Alaplásticos, Megaplas, Plascan, Beira-Rio, Netafin, Vicentim Embalagens, Brasfanta, Vitesse, Nicoll, Plaskit, Beira-Rio (móveis) e outras empresas também decidiram instalar unidades em Alagoas. A Cortevivo, que produz compostos de PVC para produtos calçadistas, da área automobilística, de móveis etc, com sede em Santo André (SP), foi atraído pelas condições tributárias. “O incentivo governamental é um fator importante”, declarou o diretor comercial Sullyvan Facin ao portal do Governo do Estado de Alagoas. Outro motivo foi a proximidade com a Braskem, fornecedora de 50% do que compõe seus produtos e o atendimento aos clientes da Região Nordeste.
Escola de plásticos para qualificação O anúncio de novos projetos comprova que a cadeia produtiva de plásticos de Alagoas atravessa um período de expansão. Em breve, o Polo Multifabril de Maceió e o Distrito Industrial de Marechal Deodoro vão receber mais de uma dezena de fábricas – algumas já estão intaladas - que incrementarão os negócios do setor do Estado. A chegada desses novos investimentos - que vem sendo impulsionada pela Braskem, em parceria com o governo do Estado – enfrentou alguns entraves iniciais já superados, como a falta de terrenos
para construção das fábricas. Um dos últimos obstáculos consistia na escassez de mão-de-obra qualificada para atender toda demanda das novas empresas. Contudo, graças a um esforço coletivo, em breve esse gargalo será eliminado. Uma nova escola para capacitação profissional foi anunciada em julho de 2009 e está sendo construída em Maceió. O chamado Núcleo de Tecnologia de Plástico (NTPLAST) será um centro de formação profissional fruto de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem
14 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
Nacional (Senai), a Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), governo do Estado e Sindicato das Indústrias de Plástico e Tinta de Alagoas (Sindiplast) de Alagoas. No total, essa iniciativa irá requisitar R$ 2,5 milhões em investimentos assegurados pelo Senai nacional. O governo estadual, por sua vez, doou o terreno e a obra está em construção. Wander Lobo, presidente do Sinplast – Sindicato das Indústrias de Material Plástico e Tintas – destaca que este projeto é fundamental para tornar o segmento mais competitivo. PNE
Instituto do PVC lança hot site com a radiografia do setor
D
urante a Plastshow 2010º, no último dia 6 de abril, o Instituto do PVC lançou um hot site com a radiografia do setor de transformação do PVC no Brasil. Desenvolvido pela consultoria Maxiquim, o estudo “Desempenho da Indústria de Transformação de PVC no Brasil” mostra a evolução em dez anos (de 1997 a 2007) desta indústria, com dados comparativos de produção, vendas internas e externas, investimentos, geração de emprego, além de indicadores econômicos relacionados ao negócio. Mostra também que grande parte das empresas da transformação ainda são pequenas e médias e que em dez anos a quantidade de postos de trabalho nessas indústrias mais que dobrou. Outro dado é que o mercado de tubos e conexões se manteve como os mais representativos para o PVC. Para o presidente do Instituto, Miguel Bahiense, o estudo é um importante retrato do setor, o que ajuda a entender os desafios e oportunidades dessa cadeia produtiva. “Trata-se de uma indústria que está investindo para que as oportunidades que virão nos próximos anos no Brasil, tais como as obras do PAC, os eventos esportivos como Copa do Mundo, em 2014, e Olimpíadas, em 2016, sejam plenamente aproveitadas”, afirma o executivo. Informou a assessoria de imprensa do Instituto do PVC. PNE
Acesse o hot site por meio do endereço: www.institutodopvc.org/hs_transformacao/
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 15
Foco Galeria no Verde
Nordeste tem sua feira de reciclagem De 10 a 12 de novembro, o Nordeste ganha a sua primeira feira de reciclagem de plástico, a Recicla Nordeste 2010, em Fortaleza, no Ceará. O evento, promovido pela Ikone Eventos, é uma iniciativa do Sindiverdel de Fortaleza e com apoio da Revista Plástico Nordeste. Veja a seguir alguns exemplos bem sucedidos de reciclagem de plásticos. Garrafas PET geram negócios rentáveis para empreendedores Desde a década de 70, quando passaram a ser usadas na fabricação de embalagens, as garrafas PET ajudaram a alavancar o consumo de águas, sucos e refrigerantes. Feitas de resina de poliéster, elas são leves e resistentes e desobrigam os consumidores a devolver o recipiente nas lojas. Com o tempo, esse fácil acesso fez com que as garrafas se tornassem uma das maiores vilãs do meio ambiente. Isso porque, quando descartadas, elas demoram até 150 anos para entrar em decomposição na natureza. Mas, nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico
abriu uma nova possibilidade de uso para esse material.
Reaproveitamento gerou negócios de R$ 1,09 bilhão A Associação Brasileira da Indústria do Pet - Abipet, estima que mais de 500 empresas brasileiras utilizam garrafas recicladas para os mais variados fins. Melhor ainda: elas descobriram nisso, um negócio rentável. Em 2009, metade das 461 mil toneladas das garrafas Pet fabricadas no País foram reaproveitadas, na confecção de itens como telhas, tintas, piscinas, tubos, cordas e até roupas. Segundo a Abipet, a atividade movimentou no ano passado a cifra recorde de R$ 1,09 bilhão. “O Brasil é hoje um dos líderes nessa atividade, à frente dos Estados Unidos e União Europeia”, afirma Auri Marçon, presidente da Abipet. De acordo com dados da entidade, a reciclagem do material cresceu 20 vezes, de 1994 a 2008 e esse número poderia ser ainda maior, se houvesse um sistema de coleta seletiva mais eficiente.
Telha Viva faz telhas de plástico com PET reciclado Com o mesmo objetivo de transformar lixo em lucro que o engenheiro eletrônico Luiz Antonio Pereira Formariz investiu R$ 3 milhões em uma fábrica de telhas de plástico reciclado. Criada em 1998, a Telha Viva fatura R$ 1,3 milhão por ano, com a venda de 360 mil peças para 80 representantes, espalhados pelo País. O segredo do produto, diz o fabricante, está na leveza e durabilidade do material. O problema é que a telha de gar-
16 > > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
rafas pet custa o dobro do modelo convencional, desafio que a indústria busca resolver, com a aplicação de novas tecnologias. Até roupas já são feitas a partir do pet. A grife Coca-Cola Clothing, resultado do licenciamento da marca Coca-Cola para a AMC Têxtil, utiliza o material, na produção de camisetas promocionais. Com mensagens remetidas ao cuidado com o meio ambiente, as peças são encontradas em 980 pontos de vendas Brasil afora. “É uma maneira de a fabricante atrelar a marca a uma postura empresarial sustentável”, diz André Jorio, diretor da AMC.
Basf usa embalagens na produção de tintas São muitas empresas lucrando com o uso de PET, entre elas a fabricante de tintas Suvinil, do grupo Basf. A cada ano, cerca de 50 milhões dessas embalagens são retiradas do meio ambiente para se transformar em esmaltes e vernizes fabricados pela companhia. “Investimos US$ 3 milhões na adaptação de nosso sistema produtivo, com a compra de máquinas e parceria com fornecedores”, afirma Wagner Milan, gerente de produção da Basf. Entre as vantagens da iniciativa, adotada desde 2002, está a redução de 40% da quantidade de água gerada na produção. “As pets substituem dois materiais, que comprávamos em dólar”, explica Milan. “Além de não termos mais custo variável na produção, a troca dá às tintas um melhor brilho e resistência por conta dos componentes químicos que há nas garrafas recicladas.” PNE
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 17
DESTAQUE Plástico no Agronegócio
Aumento da safra fortalece o setor Safra nacional de grãos impulsiona o agronegócio brasileiro, um dos setores que mais consome produtos termoplásticos. Por isso, fabricantes de matérias-primas estão atento à novas oportunidades.
18 > > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
DIVULGAÇÃO/PNE
O
aumento no consumo de plástico no Brasil está diretamente ligado ao desempenho de alguns setores-chave da economia, onde este produto base é utilizado, como a industria automotiva, da construção, higine e beleza, alimentação, e neste segmento, o agronegócio tem papel fundamental. E as perspectivas são boas, pois a safra nacional de grãos deste ano deverá atingir 143,4 milhões de toneladas, com expansão de 7,2% sobre a obtida em 2009, que somou 133,8 milhões de toneladas. A estimativa consta do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil deve colher 7,2% a mais do que a obtida em 2009, estima o IBGE. E a concessão de crédito Rural é 20% maior do que na safra passada. A aquisição de insumos, preparo do solo e plantio da safra, aplicação em custeio e comercialização chegou a R$ 30 bilhões. E como o agronegócio usa cada vez mais plástico desde o processo do preparo da terra até a gôndola do supermercado, as perspectivas são boas para os fabricantes de resinas, aditivos e produtos aca-
bados. E o Nordeste dará uma grande contribuição, pois sua a agricultura e a pecuário, com mais recursos, têm registrado avanços nos últimos anos. Assim, quase ao final da primeira metade da safra 2009/2010, o financiamento rural é 20% superior ao aplicado na safra passada. Nesse período em que a maior
Bons tempos de volta: Brasil deve colher 7,2% a mais do que em 2009, segundo o IBGE
parte das despesas concentra-se na aquisição de insumos, preparo do solo e plantio da safra, aplicação em custeio e>>>>
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 19
DESTAQUE Plástico no Agronegócio ra da Indústria do Plástico (Abiplast) Merheg Cachum, declarou recentemente que a capacitação tecnológica é a principal dificuldade para a evolução do mercado de cultivo protegido, apesar de muitas universidades e escolas técnicas incluírem em seus currículos disciplinas sobre as técnicas. “De uma forma geral, esses currículos não são padronizados e as informações se tornam pulverizadas e insuficientes”, avalia. Ele concorda que é o setor agrícola precisa avançar e aproveitar melhor a tecnologia oferecida pelas indústrias da cadeia do plástico. Confira a seguir o que fazem algumas indústrias de matérias-primas e aditivos e os avanços do setor de transformação. DIVULGAÇÃO/PNE
comercialização chegou a R$ 30 bilhões, 20% maior que na safra passada. Destaca-se, também, a aplicação de recursos ao amparo do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural), para médios produtores rurais, cujos financiamentos ultrapassam R$ 1,37 bilhão, entre julho e novembro deste ano. “Um dos principais objetivos do Plano Agrícola e Pecuário 2009/ 2010 é fortalecer o apoio aos médios produtores. Aperfeiçoamentos no Proger, nesta safra, propiciaram mais acessos ao financiamento rural por maior número de beneficiários”, avalia o coordenador-geral de análises econômicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcelo Guimarães.
deixam de investir em insumos disponíveis em polietileno”, informam Gianna Buaszczyk e Mariana Mancini, engenheiras de Desenvolvimento de Produto da Dow. A Dow revela que vê hoje, no Brasil, um cenário ideal para a implementação dos silos bolsa, a exemplo do que se faz atualmente na Argentina, que absorveu muito bem o produto, sendo hoje um mercado maduro. “Eles estão 5 anos à frente dos demais países da América Latina, que agora, vendo o bom resultado desse produto na Argentina começam a implantar o sistema. Além da armazenagem no campo, por exemplo, os produtores começam a armazenar seus estoques em silos flexíveis localizados nos portos, enquanto esperam pelo navio”, justificam as especialistas. Segundo a Dow, entre os fatores que propiciarão essa expansão, estão o crescimento da produção superior ao da estrutura logística (armazenagem, transporte) e a possibilidade do produtor armazenar no próprio campo para o caso de alguma eventualidade, como o fechamento de acesso físico, atrasos nos portos, etc. “Nossa expectativa é que a utilização de silo bolsa salte de 1% para 20% do grão colhido em cinco anos”, projetam as engenheiras Gianna Buaszczyk e Mariana Mancini.
No agronegócio, existem aplicações bastante diferentes para o polietileno, que vão desde filmes plásticos até embalagens rígidas e tubos, informa a empresa. Dessa forma as engenheiras listaram as aplicações do polietileno neste mercado, e assim explicaram de modo mais específico sobre suas ações. Filmes utilizados para cobrir silos: quanto maior for a proteção, menor é a perda
Entre as medidas mais importantes do programa, Guimarães ressalta o aumento dos limites de financiamento para custeio e investimento (respectivamente R$ 250 mil e R$ 200 mil por produtor), nova modalidade de crédito rotativo (R$ 50 mil), maior limite de renda para fins de enquadramento do beneficiário (R$ 500 mil) e, principalmente, a criação da subexigibilidade de 6% sobre os depósitos à vista dos bancos. O presidente da Associação Brasilei-
DOW A expectativa é que o Brasil tenha um 2010 positivo em todos os setores da economia, inclusive na cadeia do Agronegócio. A Dow, grupo de atuação internacional, avalia com tranquilidade essa situação. A empresa ressalta que, mesmo em anos de crise, o polietileno mantém uma participação consistente e de crescimento constante no mercado agrícola. “Isso porque o mercado ainda é pequeno e os desenvolvimentos tecnológicos no setor beneficiam os produtores, oferecendo oportunidades de melhor armazenamento dos produtos, proteção de plantações, otimização de irrigação, entre outros benefícios. Por isso os produtores não
20 > > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
Os filmes para silagem são utilizados para cobrir os silos, que são estruturas em forma de pilha de material volumoso (milho, sorgo) onde a forragem verde é colhida, picada, disposta no solo e compactada, e finalmente coberta com o filme de polietileno. Com esse processo busca-se a preservação da silagem através da fermentação anaeróbia no silo e o filme de cobertura tem papel fundamental na proteção do silo. Isso vai possibilitar ao confinador, por exemplo, utilizar essa silagem na dieta com grãos para engordar o gado. Quanto melhor for a proteção do silo, menor será a perda de matéria orgânica da silagem, o que representa menor perda de
dinheiro para o pecuarista. Frente a isso, as principais características exigidas para um filme de silagem são as propriedades mecânicas, como resistência ao rasgo e resistência à perfuração. Para atender a essas necessidades, se faz necessária cada vez mais a presença dos PE lineares na composição, por tornarem o filme muito mais resistentes nas características exigidas. Destaque para as linhas DowlexTM, AttaneTM e EliteTM (Tecnologia Insiteâ). A família de resinas DowlexTM traz diferenciação em propriedades mecânicas para os filmes por ser PE linear à base de octenos. A ampla gama de polietilenos dessa família permite ao transformador escolher resinas aditivadas e não aditivadas em uma ampla faixa de densidade dentro dos PEBDL, de acordo com o que o cliente quer oferecer para o mercado: maior ou menor rigidez para o filme, redução de espessura com manutenção das propriedades mecânicas, entre outras características. Os produtos recomendados são: DowlexTM TG 2085B, DowlexTM NG 2045B, DowlexTM NG 2045.11B e DowlexTM NG 2049B. A linha EliteTM – base metaloceno oferece ao transformador um filme que combina elevada resistência para o filme com facilidade de processamento, como os produtos EliteTM NG5400B e EliteTM NG5401B. As resinas de ultra baixa densidade AttaneTM 4203 e AttaneTM NG 4703G – esta última lançada no Brasil no final de 2009 – são opções excelentes para filmes de alta resistência e qualidade superior. “Com o uso das resinas acima mencionadas, direcionadas
para os filmes dupla-face, teremos um filme de silagem de elevada qualidade”, enfatizam Gianna Buaszczyk e Mariana Mancini. Durante 2009 a empresa participou da Comissão de Normalização de Filmes de Silagem, junto ao INP, trabalho que continua em 2010. Com a regulamentação deste mercado busca oferecer qualidade crescente para o cliente final desses filmes.
As engenheiras de Desenvolvimento de Produto Gianna Buaszczyk e Mariana Mancini explicam as características de um produto de grande utilidade na agricultura. O silo bolsa é bastante utilizado para o armazenamento de grãos e constitui uma nova e importante alternativa logística para o agricultor. Esses grandes “sacos” (com 60 metros de comprimento por 2,75 metros de diâmetro têm capacidade para armazenar até 200 toneladas de grão (soja, milho, trigo) sem a necessidade de grandes investimentos em infra-estrutura. A qualidade do grão armazenado depende diretamente da integridade do filme plástico. As características de resistência mecânica, portanto, são de extrema importância. Resistência UV, flexibilidade e barreira à luz também são características necessárias; nesse caso, o recurso tecnológico utilizado é a coextrusão.
Outros produtos importantes são as estufas e túneis. Geralmente são feitos a partir de filmes com grandes larguras, que atingem até 20 metros. Conseqüentemente, a estabilidade de processo é muito importante durante a produção. Os filmes
para estufas e túneis devem: resistir à exposição de raios UV; resistir à nebulização devido à condensação da umidade interior; resistir a contaminantes do meio ambiente (chuva ácida, impurezas); Ser fortes o suficiente para suportar manuseio pesado e permitir a transmissão de luz. Geralmente a proteção contra raios UV e nebulização é conseguida por meio do uso de aditivos. Um filme comum pode ser feito a partir de uma mistura de LLDPE, LDPE e aditivos. Um LDPE com índice de fluidez baixo oferece melhor estabilidade, porém, menos transparência. Já um LDPE com índice de fluidez alto oferece mais transparência, mas menor estabilidade de bolhas. A escolha entre o LLDPE e o LDPE também depende da capacidade do equipamento. De acordo com as engenheiras, o desempenho mecânico das resinas da Dow faz com que eles sejam a escolha ideal entre os filmes para mulching. “O nosso DowlexTM NG 2045B – em estrutura 100% PEBDL - é usado para essa aplicação”, informam: “Esses filmes atendem a inúmeros propósitos. O transparente é utilizado para estimular tanto o crescimento das plantas no início do cultivo quanto a colheita prematura; o preto, para controlar o avanço de plantas daninhas; e o branco, para refletir a luz do sol nas plantas. Em todos os casos, consegue-se um uso mais eficaz da água disponível. A maioria dos filmes para mulching tem espessura entre 10 e 50 mícrons, e largura de até 3 metros”, relatam Gianna Buaszczyk e Mariana Mancini. Essencial para a agricultura e a produ->>>>
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 21
DESTAQUE Plástico no Agronegócio as necessidades de uso, as características da membrana e o processo de extrusão empregado em sua fabricação. No agronegócio uma aplicação típica é em lagoas e canais de vinhaça, onde elas atuam como impermeabilizante a fim de evitar a contaminação do solo.”, explicam Gianna Buaszczyk e Mariana Mancini. A Dow conta no mundo todo com ampla experiência no desenvolvimento de resinas inovadoras para geomembranas como as resinas PEMD NG 6995, PEMD 8818 e PEMD NG 6895. Graças a sua média densidade, as resinas da Dow facilitam o processo de embobinamento durante a extrusão e a adaptação às irregularidades do terreno durante a instalação das geomembranas. DIVULGAÇÃO/PNE
ção de alimentos, os sistemas de irrigação desempenham um papel importante e são cada vez mais requisitados, acompanhando o crescimento da população. “O uso de tubos de polietileno (PE) nos sistemas de irrigação para agricultura é de grande eficácia, pois aumenta o rendimento da água e permite ampliar a fronteira agrícola para regiões áridas onde antes era impossível o cultivo”, enfatizam as especialistas. Como parte de seu comprometimento com a sustentabilidade, a Dow introduziu no mercado brasileiro as resinas de polietileno FINGERPRINTTM, desenvolvidas para o setor de microirrigação. As engenheiras informam que estas resinas chegam como uma solução efetiva para o au-
oferece dois HDPE com aditivação UV: Dowlex IP 10262 e HDPE 8262B, com índices de fluidez de 10 e 8 dg/ min, respectivamente (a 190oC, 2.16 kg). Segundo as especialistas, os tanques plásticos podem ser usados na agropecuária para o acondicionamento de uma infinidade de produtos, desde adubos e defensivos líquidos até água. Tanques rotomoldados de PE são leves, robustos e resistentes ao impacto, o que possibilita seu uso para várias aplicações. Como são feitos em uma única peça, eliminam a necessidade de soldas e a instalação de conectores e válvulas é mais fácil. Além de tanques e caixas d’água, existe uma infinidade de peças rotomoldadas em polietileno que são usadas na agropecuária, como por exemplo proteções de veículos, pulverizadores, distribuidores de fertilizantes, reservatórios de produtos químicos para veículos, entre outros. Estas peças plásticas têm como vantagem seu custo mais baixo, maior durabilidade e maior facilidade de manutenção.
Cromex
Caixas de PE são utilizadas no armazenamento de frutas e verduras, com segurança
mento da performance dos sistemas de microirrigação, reduzindo a quantidade de água perdida por vazamento e promovendo, assim, a economia desse precioso recurso. As engenheiras continuam informando sobre aplicações. Ressaltam que as geomembranas são mantas de materiais sintéticos utilizadas como barreiras impermeáveis para conter o movimento de líquidos, sólidos ou gases. “Para escolher o produto adequado é preciso levar em consideração fatores como
Já as caixas de polietileno podem ser utilizadas na colheita, armazenamento e transporte de frutas e verduras. Apresentam algumas vantagens em relação às caixas de madeira e papelão, como melhor proteção para os produtos nelas acondicionados, facilidade de limpeza, resistência mecânica e durabilidade. “Por todas estas razões, as caixas de polietileno são produtos retornáveis e que podem ser diretamente levadas ao ponto de venda, sem necessidade de manuseio adicional”, dizem as engenheiras. Os polietilenos de alta densidade oferecem excelente rigidez e boas propriedades mecânicas para essa aplicação. A Dow
22 > > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
A Cromex é uma das principais empresas produtoras de matérias-primas da cadeia do agronegócio, presente em mais de 60 países. Ênio Ferigatto, gerente de Projetos e Produtos da empresa, destaca que a Cromex vem participando do agronegócio com masterbatches especiais, mais especificamente pretos, brancos e aditivos de alta performance, como: absorvedores de raios UV, Anti UV convencional e com alta resistência à presença de pesticidas, difusores de luz, absorvedores de raios Infra-vermelho, anti-fog, antiestáticos, antiblocking, geomembranas, silo bolsas, tanques de combustíveis e peças para tratores agrícolas, tanques para defensivos agrícolas, tubos e mangueiras para irrigação, gotejadores, não tecidos para proteção de frutas contra isentos, mulch. Como indústria de vanguarda, a Cromex está sempre aprimorando sua linha e investindo em novos produtos. Ferigatto lembra que a empresa lançou há um ano uma linha especial para Ráfias compostas de três produtos que conferem melhor desempenho em se tratando de produtividade por reduzir abrasividade e arraste de água (PP RF 10146 - masterbatch branco mais antifibrilante; PP RF 10149 – masterbatch de antifibrilante e PP RF 5453 – aditivo anti UV). “Temos tam-
bém a possibilidade de adotar o PLA (Poli Ácido Láctico), que é uma resina totalmente biodegradável proveniente do milho, na linha de filmes e tubetes injetados para produção de mudas”, acrescenta. Segundo o executivo, o ano de 2009 foi muito bom para a empresa, no qual o agronegócio representou 10% do volume de vendas. Ferigatto ressalta a constante modernização em busca de melhores resultados. “A empresa investiu, no ano passado, US$ 2,2 milhões na aquisição de uma nova extrusora importada, com capacidade para produção de 16 mil toneladas/ano de matéria-prima. A nova máquina substituirá uma de menor capacidade (6 mil toneladas/ano), na unidade da Cromex localizada em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. Com isso, a capacidade total de produção decompostos pretos - usados em produtos voltados ao setor automotivo (painéis, pára-choques, etc), agrícola (filmes especiais), construção civil, fios e cabos, etc, - aumentará em cerca de 7%”, completa.
BASF A área de plásticos da BASF tem também a expectativa de um excelente 2010 para o setor do agronegócio, e já percebe a recuperação frente ao baixo desempenho do segundo semestre de 2009, em vários setores, como o automotivo e de embalagens, avalia a Letícia Mendonça, gerente Regional para Especialidades Plásticas para a América Latina. Dona de um portfólio versátil e com foco ambiental, a área de especialidades plásticas da BASF possui vários desenvolvimentos de aplicação de plásticos biodegradáveis na agricultura, destaca a executiva. “Nossas resinas - Ecoflex, Ecovio e Ecobras - possuem todas as certificações internacionais de biodegradação e já são largamente utilizadas em outras regiões para a produção de filmes tipo “mulch” (cultivo de morango e melão por exemplo). Aqui, na América do Sul, temos desenvolvimentos também com tubetes para reflorestamento (eucaliptus) e sacos para viveiros (seringueiras)”, informa Letícia Mendonça. Conforme relata a executiva, o segmento de agronegócio ainda não foi expressivo para o setor, em termos de resultados, no ano de 2009. “Mas a expectativa é de que estes desenvolvimentos, nos quais estamos trabalhando, nos proporcionem um faturamento expressivo em 2 anos (são projetos cujos tes-
tes demoram vários meses)”, explica a gerente da BASF. Quanto às novidades ou aprimoramentos, Letícia Mendonça revela que as resinas biodegradáveis podem reduzir custos de alguns processos na agricultura, e também eliminar contaminações de solo. “Todo o plástico utilizado nos campos tem que ser cuidadosamente removido, o que não acontece com os nossos materiais, que uma vez instalados no campo podem lá ficar e biodegradar sem outra intervenção”, informa. E acrescenta: “Também nos viveiros, a possibilidade de se plantar a muda com o torrão intacto dentro do saco biodegradável pode ajudar a reduzir perdas (diminuir a quantidade de mudas que não vingam devido ao replantio), dependendo do cultivo”, finaliza.
Clariant A Clariant, líder mundial em especialidades químicas também oferece produtos com uso na cadeia do agribusiness. Liliana Rubio, Head of Marketing Segment Additives Latino America avalia a expectativa é que o Brasil tenha um 2010 positivo nessa área. “A Clariant é fornecedora mundial de aditivos e cores para o setor. Contribuímos com o desenvolvimento de produtos funcionais que acompanham as tendências de melhoria na qualidade e efetividade dos filmes plásticos para diversas aplicações, tais como estufas, silagem, mulch e embalagens de produtos agrícolas”, ressalta. O portfólio da Clariant oferece boas alternativa para os transformadores que fabricam produtos para o segmento de agronegócio. Segundo a executiva, a “Clariant produz uma gama completa de aditivos na forma masterbatch para plásticos do setor do agronegócio, tais como masterbatches para estabilização ultravioleta, antivírus, infravermelho, antigotejamento e refletivos”, explica.
Quanto a novidades, Liliana Rubio explica que existe uma forma específica de oferecer produtos para o segmento. “A tendência no setor é o desenvolvimento de aditivos funcionais de efeito permanente, que não sejam afetados pelas condições climáticas ou pelo desenho dos filmes, que são cada vez mais finos ou de baixa espessura; neste sentido, nós desenvolvemos a linha de aditivos permanentes,
tais como antivirus, antidust ou antipó, antimicrobial e antiestáticos”, completa a executiva da Clariant.
Abint valoriza o Agrotêxtil A ABINT (Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos, tem centenas de aplicativos, além da área de agronegócios, como por exemplo os Nãotecidos para as indústrias automotiva e calçadista, filtração, construção civil e geotecnia, wipers (panos de limpeza), vestuário médico hospitalar, lenços umedecidos, fraldas e absorventes femininos. No caso do bom desempenho agrícola, segundo o diretor executivo Jorge Saito, a ABINT estima que terá um crescimento da ordem de 10 a 12% neste ano de 2010. Ele destaca quais os produtos mais em evidência de utilização no setor. “O mais representativo dos Nãotecidos é o chamado Agrotêxtil, que tanto pode ser a cobertura de terra como Mulching (a vantagem é que é permeável às águas da chuva ou da irrigação), como manta de cobertura para Cultivo Protegido - no caso, é colocado direto sobre as hortaliças ou legumes, e em forma de saquinhos para frutas (banana, caqui, pessego, uvas, melão, melancia, etc.)”, relata Saito. O executivo destaca os benefícios ao usuário. “Nas hortaliças, por exemplo a alface, a manta Agrotêxtil proporciona ganhos de produtividade (dobra de tamanho), de precocidade (colhe em 20 dias ao invés de 25 ou 30 dias), proporciona uma hortaliça mais saudável (a manta impede o ataque de insetos, consequentemente o uso de defensivos é drasticamente reduzido), proporciona economia de energia elétrica ou óleo combustível (a manta segura a umidade, levando o agricultor a ligar a bomba d’agua uma vez somente ao dia). Protege também contra geadas, reduzindo as perdas a um mínimo de área”, esclarece. Nas frutas os reflexos do uso do Agrotêxtil são semelhantes - no caso do morango, por exemplo, os ganhos de produtividade chegam a até 50%, conforme a variedade, além do ganho em saúde, devido ao pouco ou quase desuso do defensivo.Estas vantagens fazem também do Agrotêxtil um ótimo aliado da agricultura orgânica, além de proporcionar aos mais simples dos agricultores um fácil acesso ao sistema de Cultivo Protegido (basta a manta).PNE
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 23
Giro NE
As últimas do setor no Nordeste Bahia Criada a Associação Empresarial PlastBahia José Carlos Valle, consultor empresarial da Apure Administração e Consultoria Ltda e Assessor Executivo da Associação Plastbahia, fez contato com a redação para informar sobre a criação, em fevereiro de mais uma associação de transformação de plásticos em Salvador e adjacências para as empresas do setor. “O intuito é tornar estas empresas mais competitivas no mercado através da informação, capacitação, treinamento empresarial e apoio de instituições públicas e privadas neste projeto”, ressalta. A idéia surgiu ainda em 2005 com vários debates promovidos, na época, pela Federação das Indústrias da Bahia - FIEB, juntamente com o Instituto Euvaldo Lodi - IEL para o fomento da cadeia de transformação. A partir de então, o Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI, foi o grande instrumento de apoio, criando junto com o IEL e o SEBRAE/BA um projeto piloto com financiamento do BID para os APL´s (Arranjos Produtivos Locais) no Estado baiano. Valle é consultor da área, atuou pela SECTI de 2005 a 2007, no projeto, diretamente com o setor, onde pode mapear a cadeia em 200 empresas na Região Metropolitana de Salvador e mais 22 empresas em Feira de Santana. “Portanto, como consultor do Sebrae venho nos últimos anos trabalhando e atuando na cadeia produtiva da indústria, quando no final do ano passado um grupo de empresas me contratou para dar início ao projeto (apoiado por mim em 2006) para a construção de uma entidade representativa e forte para o segmento”, disse. Por isso Valle está informando que a partir deste ano surgiu Associação Empresarial Plastbahia para alavancar as relações comerciais com o mercado, buscar a competitividade e o apoio de instituições parceiras e forte neste processo, a exemplo do IEL/BA, SECTI, SEBRAE/BA, programa
Progredir do BID através de um projeto estruturante no valor de 1,5 milhão de dólares para a estruturação do laboratório de plásticos que será no SENAI-CIMATEC, em Salvador, que contempla a Associação e as empresas nesse processo.
O consultor fez um breve relato sobre o segmento e sobre a história e crescimento desse APL de plástico da Bahia atualmente. A associação nasceu com nove empresas associadas, mas existe uma cadastro que chega a cerca 180 empresas. Por isso ele solicita o apoio da Revista Plástico Nordeste para uma reportagem mais ampla, com o presidente e abordando outros assuntos pertinentes ao setor. No momento a associação está na fase de planejamento dos trabalhos de 2010, mas o maior projeto, Programa Progredir, BID/SECTI é a razão desse fortalecimento no âmbito do cooperativismo e do associativismo.
Linde Gases inaugura unidade em Camaçari O Polo Industrial de Camaçari tem novidades na área de Química/Petroquímica: a Linde Gases, com fábricas no sul e sudeste, informa que entra em operação neste mês de abril. A indústria produzirá oxigênio e hidrogênio utilizando-se de alta tecnologia. O volume de investimento previsto para este empreendimento é de R$ 81 milhões. “O nosso produto tem uma demanda crescente no Nordeste e com aplicação na siderurgia, na petroquímica, na indústria e nos hospitais”, de acordo com informação de Ricardo Gomes, coordenador de projetos da empresa ao jornal Correio da Bahia.
A União Industrial Açucareira vai produzir álcool anidro, no município de Lajedão, no extremo sul baiano. A nova indústria torna o estado autossufiente na produção de etanol. Segundo o diretor industrial, Jarbas Lima de Araújo Filho, a nova usina entrará em operação até o final de abril, produzindo 85 milhões de litros por ano. “É um importante investimento para a Bahia, de R$ 150 milhões, e que vai proporcionar a
24 > > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
geração de cerca de dois mil empregos diretos”, explica Araújo Filho. Uma outra usina também será implantada no município de Ibirapuà, também no extremo sul. Cerca de 80% da usina Ibiralcool, já está pronta, num investimento de R$ 90 milhões. “Vamos ajudar a colocar a empresa para funcionar”, afirmou o secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia.
Ceará Criação de plataforma para investidores A FIEC - Federação das Indústrias do Estado do Ceará e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), oferecerão nos próximos meses uma plataforma de informações para apoiar investidores. De acordo com Fernando César Frota Aragão, gerente do posto avançado do BNDES na FIEC, a plataforma traz como proposta básica servir de instrumento para a tomada de decisões e funcionará como uma espécie de “vitrine do Ceará”, com um banco de dados com informações sobre economia local, população, infraestrutura e dados geográficos. O executivo ressalta que a plataforma se propõe a ser um suporte confiável para o investidor nas negociações, além de viabilizar o investimento, atuando com transparência e facilitando a disponibilidade de informações seguras. O projeto da plataforma, informa Aragão, surgiu de ideias convergentes do Sistema FIEC e do governo do estado do Ceará para corrigir a deficiência de informações concentradas. Para isso, terá como ferramenta principal um portal na internet complementado por documentos em mídia impressa e eletrônica. Segundo ele, o portal estará disponível inicialmente em português, espanhol, alemão e inglês com o suporte da estrutura física montada na FIEC para receber as demandas dos investidores. Gerenciada pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI), vinculado à FIEC, a plataforma pre-
DIVULGAÇÃO/PNE
Novos tempos: PetroquímicaSuape, em Pernambuco, tem projeto para ampliar sua atuação
cos não perdem a vez. A expectativa é que esses números se ampliem para a quinta edição da feira, confirmada para o final de agosto, realizada junto com a NordestePlast, promoção Sindicato da Indústria de Material Plástico de Pernambuco (Simpep) e organizada pela Greenfield.
tende difundir as vantagens locais para projetos e propiciar negociações entre empreendedores cearenses e potenciais investidores. Mais informações pelos telefones (85) 3421-5450 e 3421-5461.
Rio Grande do Norte Lei em favor dos plásticos vigora em Natal
Pernambuco Petroquímica Suape planeja expansão O setor petroquímico-plástico continua em evidência no Nordeste, confirmando uma fase de crescimento. A PetroquímicaSuape, de Pernambuco, por exemplo, está elaborando um projeto que deve girar em torno de US$ 150 milhões, para ampliar sua atuação. Para assegurar uma área de quase 14 hectares, foi aberta uma licitação, publicada no Diário Oficial do Estado do último dia 4 de abril. O local já vem sendo utilizado como alojamento do canteiro de obras. A nova unidade vai fabricar cordas para navios, tapetes de carros e fibras cortadas. As obras só terão início em 2011. O empreendimento da Petrobras previa três unidades, com investimentos de R$ 2,2 bilhões, e 5,3 mil empregos na construção, além de outras 1,8 mil vagas diretas. De acordo com o relatório de março de Suape junto aos trabalhos que integram o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a fábrica de PTA - principal matéria-prima para a produção de poliéster têxtil e filmes fotográficos - está com 34,5% das obras concluídas. Já as indústrias de PET (para embalagens plásticas) e de filamentos de poliéster seguem em fase final de terraplanagem. Juntas, terão capacidade para gerar quase 1,5 milhão de tonelada por ano. Foram lançados outros três editais de licitação para Suape. A Efacec, que possui uma planta em Jaboatão dos Guararapes, vai investir US$ 20 milhões na sua nova fábrica. Ela faz parte do maior grupo energético de Portugal e atua como fornecedora de equipamentos. Já a empresa de válvulas chinesa Sulfa Apex vai aportar mais de US$ 13 milhões e movimentar 200 toneladas mensais para exportação. O Serviço Social da Indústria de Pernambuco (Sesi-PE), que hoje está em uma área provi-
sória no terminal marítimo, terá um espaço físico, avaliado em US$ 1 milhão.
Nordeste mostra sua força em evento especial Com um crescimento econômico superior ao do Brasil desde 2003, o Nordeste vem atraindo a atenção de diveros segmentos industrias. Assim a indústria de embalagens vem ampliando seu espaço na região. Os últimos dados oficiais do IBGE de 2006 registram que o PIB nordestino atingiu R$ 311,1 bilhões e cresceu 4,8% em comparação com o de 2005, quase um ponto acima dos 4% do PIB nacional de três anos atrás. Foi assim que um balanço mais apurado da IV Embala Nordeste, feira realizada de 24 a 27 de agosto passado, em Olinda, Pernambuco contabilizou 310 expositores, a maioria do Sul e do Sudeste e apresentou um crescimento de 15% nos negócios em relação a 2008, levando a uma estimativa de faturamento de R$ 800 milhões em torno do mercado de embalagens – universo no qual os plásti-
A indústria do plástico conseguiu um grande avanço no Rio Grande do Norte, começando por Natal. Desde o último dia 29 de janeiro está vigorando a Lei Municipal nº 6060/2009, instituindo a “troca ecológica”. Essa Lei tem por finalidade a participação da comunidade no processo de seleção do lixo reciclável limpo, buscando alternativas para a melhoria da qualidade de vida da população, transformando os cuidados com o lixo em exercício de cidadania. Para o acondicionamento do lixo reciclável limpo, a municipalidade oferece aos participantes do programa da “troca ecológica”, sem qualquer custo, embalagens plásticas padronizadas. A cada volume de 10 (dez) quilos de lixo reciclável limpo entregues nos caminhões do programa, os participantes fazem jus a um “vale social”. Essa Lei se tornou possível graças à atuação da presidente do Sindicato das Indústrias de Material e Laminados Plásticos do Rio Grande do Norte (SINDIPLAST/RN) e vice-presidente da Federação das Indústrias do RN, Maria da Conceição Rebouças Tavares, que recebeu todo o apoio da Plastivida e que se empenha e trabalha agora em sua regulamentação pelo Executivo Municipal.
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 25
DIVULGAÇÃO/PNE
Mural novos empregos. “Tudo o que nós precisamos no Brasil é fazer investimentos para gerar emprego, gerar renda, gerar salário e gerar melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.”
Excedente de petróleo será maior em 2016
Presidente Lula justifica os investimentos em refinaria na região nordeste
Lula defende construção e reforma de refinarias Recentemente, em entrevista ao programa “Café com o Presidente”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu os investimentos do governo federal na reforma e construção de refinarias, como forma de gerar empregos e exportar produtos com maior valor agregado. Lula disse que a descoberta de petróleo na camada pré-sal vai transformar o País em um grande exportador de derivados de petróleo. “Nós não queremos exportar o petróleo cru, nós queremos exportar produtos que possam gerar maior ganho para a Petrobras e maior ganho para o Brasil. Por isso é que nós estamos fazendo refinarias no Maranhão, no Ceará, refinarias em Pernambuco, e no Rio Grande do Norte”, disse ele.
Além dos investimentos no Nordeste, ele citou o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). De acordo com o presidente, os investimentos vão criar uma nova dinâmica de desenvolvimento da indústria petroquímica. Lula também fez referência ao investimento de US$ 5,4 bilhões em uma refinaria no Paraná, inaugurada na semana passada, que deve gerar 20 mil
Com a descoberta das reservas gigantes do pré-sal, o Brasil poderá chegar a 2016 com um excedente diário de cerca de um milhão de barris de petróleo, revelou o assessor da Diretoria-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Leonardo Caldas. Ao participar do Congresso da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, Caldas abordou o tema Energias para o Futuro, no início de abril. O painel procurou demonstrar que a matriz energética brasileira vem se diversificando nos últimos anos, com o crescimento da biomassa, que hoje responde por 31,6% de todo o parque nacional energético. Segundo Caldas, “isto coloca o Brasil em uma posição favorável em relação aos outros países do mundo, uma vez que a média mundial da utilização da biomassa é de apenas 9,8%”, ressaltou Caldas. O assessor revela que o petróleo responde por 36,67%, enquanto a energia hidráulica (proveniente das hidroelétricas) responde por 14,8% da energia gerada no país.
Braskem começa produção de PP verde em 2015 O momento é de inovação. Assim, a Braskem aposta no desenvolvimento de tecnologias verdes. “Investimos em torno de R$ 60 milhões em desenvolvimento tecnológico ao ano, boa parte desse valor tem resultado positivo para as questões ambientais” diz Jorge Soto, diretor de Sustentabilidade. “Nosso foco tem sido desenvolver produtos ou processos, que contribuam na solução das questões ambientais da nossa sociedade moderna.” Entre os produtos estão dois tipos de plásticos, polietileno e polipropileno, feitos a partir de matéria-prima renovável, no caso, o etanol de cana-
26 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
de-açúcar. “Em 2007, lançamos o primeiro polietileno certificado mundialmente, a partir de matéria-prima 100% renovável”, diz Soto. “Vamos começar a produzi-lo comercialmente em 2010. Para isso, investimos R$ 500 milhões numa planta que está em construção no RS.” Já a produção do polipropileno, deverá começar em 5 anos.
A empresa ainda investiu R$ 100 milhões em Camaçari, para converter a produção de MTBE em ETBE, a exemplo do que ocorreu com a Copesul. São dois aditivos para combustíveis, com a diferença de que o primeiro e feito a partir do metanol e é considerado cancerígeno, e o segundo a partir do etanol. “Com a mudança, temos capacidade para produzir anualmente 300 mil toneladas de ETBE, que além de utilizar um recurso natural renovável reduz em 76% o nível de emissão de CO2 em relação ao MTBE, considerando desde o cultivo da cana até a produção do aditivo.”
Contêineres de plástico reforçado com fibras Conforme o portal Pequenas Empresas Grandes Negócios, existe novidade no setor de transportes. Cargoshell está apostando em uma ótima alternativa e vem produzindo contêineres feitos de um material plástico reforçado com fibras. A novidade promete agitar o mercado. Com ela, os motores dos carros que fazem o transporte do material precisam fazer um esforço menor para carregá-los, em relação aos contêineres de metal. O resultado é que eles passam a emitir menos CO2 à atmosfera. Outra vantagem do produto é que ele é dobrável. Estando nessas condições, e vazio, ele ocupa 75% menos espaço do que quando está aberto. Atualmente, a Cargoshell busca certificados para os seus produtos, como forma de atender às normas internacionais do exigente mercado de transporte.
Papel de parede à prova de bombas com polímeros elásticos Acredite: já existe um papel de parede mais resistente que o aço! A empresa
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 27
Mural projeto de lei de dois vereadores da base aliada, que previa a proibição do uso de sacolas plásticas, no comércio da capital paulista. De acordo com a proposta dos parlamentares Gilson Barreto e Claudinho de Souza (PSDB), a legislação obrigaria empresas, a substituir os tradicionais sacos plásticos, por embalagens reutilizáveis ou “confeccionadas com materiais de fontes renováveis ou recicláveis”. Preservação ambiental e redução do volume de resíduos gerados na cidade eram os principais argumentos da matéria, barrada por Kassab.
garantia de que a substituição proposta pela mensagem resulte em prevenção, controle da poluição ambiental e proteção da qualidade do meio ambiente, uma vez que mesmo os materiais biodegradáveis geram resíduos tóxicos”, completa.
Cloro: consumo aparente cresce durante 2009
As prefeituras de Sorocaba, Osasco, Jundiaí e Guarulhos recentemente decretaram o fim da utilização das sacolinhas plásticas sob a mesma justificativa. Nessas DIVULGAÇÃO/PNE
americana Berry Plastics criou um papel de parede à prova de bombas. Batizada de X-Flex, a invenção é uma mistura de polímeros elásticos e fibras sintéticas de aramidas, que são flexíveis e sete vez mais resistentes que o aço. Segundo a empresa, essa combinação faz com que o papel seja capaz de evitar que paredes sejam derrubadas por fortes impactos, como no caso de uma bomba. O produto foi criado para deixar edifícios mais seguros de ataques em lugares perigosos, como Iraque e Afeganistão. O site Popular Science, especializado em tecnologia e ciência, realizou testes com o papel de parede, que ganhou o prêmio “Melhores Invenções de 2009 na categoria segurança.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), o consumo aparente de cloro, insumo largamente usado para a produção de PVC, encerrou 2009 com expansão de 3,3%, em relação ao ano anterior. O indicador, medido pela soma da produção (descontado o volume exportado) e das importações, alcançou 1,282 milhão de toneladas, entre janeiro e dezembro. A produção doméstica acompanhou o ritmo da demanda e também cresceu 3,3%, para 1,276 milhão de toneladas. Com o aumento da oferta interna de PVC, fruto de nova capacidade da fabricante Solvay Indupa, o nível de utilização da capacidade instalada caiu de 89,3% em 2008, para 85,9% em 2009, ano em que o setor foi obrigado a importar PVC, para atender a demanda interna. O uso cativo de cloro, ou seja, a utilização do insumo pela própria empresa para a fabricação de outros produtos, cresceu 5,3% no passado sobre 2008, para 1,120 milhão de toneladas.
Já a produção de soda cáustica, insumo obtido no mesmo Cargoshell está apostando na produção de contêineres feitos com material plástico
Kassab veta proibição de sacos plásticos em SP O plástico, tão criticado por uns, tem um aliado forte e São Paulo. Tanto que em meio aos problemas das enchentes - que têm o excesso de lixo como uma de suas principais causas -, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vetou
cidades, está em andamento o processo de conscientização das empresas e consumidores, para a substituição das sacolinhas por embalagens de papel ou feitas de material biodegradável ou reciclável. Coincidentemente, uma das razões para o veto de Kassab, ao projeto de lei nº 577, que tramitava na Câmara Municipal, desde 2007, foi a questão ambiental. “A questão do uso de embalagens confeccionadas com materiais oriundos de fontes renováveis, necessita de estudos mais aprofundados”, diz o texto. O prefeito afirma também que “não há
28 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
processo de fabricação do cloro, cresceu 3,9% em 2009, para 1,416 milhão de toneladas. O aumento foi explicado principalmente pela expansão de 16,8% nas exportações, que somaram 53,7 mil toneladas. O consumo aparente brasileiro, por sua vez, cresceu apenas 1%, para 2,251 milhões de toneladas. O nível de utilização do segmento caiu de 87,9% em 2008, para 85% em 2009
Maurício Groke assume a ABRE O engenheiro Maurício Groke, diretor
comercial da Antilhas, foi eleito Presidente da Associação Brasileira de Embalagem para a gestão 2010/2012 em eleição da diretoria da Associação que aconteceu no último dia 31 de março, em São Paulo. Na ocasião, também foi eleito como Vice – Presidente Marcos Barros da Dixie Toga, além de diretores e conselheiros que conduzirão a Associação nos próximos dois anos. Para possibilitar a participação de toda a cadeia produtiva do setor de embalagem e permitir que todos os segmentos sejam atuantes no conselho, foram eleitos representantes de todas as áreas, como fabricantes de máquinas e equipamentos, matéria-prima, embalagens de alumínio, aço, vidro, madeira, papel cartão, papelão ondulado, plástico rígido e flexível, cartonadas assépticas, tintas, vernizes, solventes e adesivos, tampas, rótulos, agências de design, instituições de ensino, usuários de embalagem e entidades setoriais.
Curso de Polímeros com desconto O Instituto Nacional do Plástico fechou uma parceria com o Inovata / FDTE (Fundação para o Desenvolvimento da Engenharia) - Divisão EDUCARE Polímeros. Como resultado, as empresas associadas ao INP passam a contar com um desconto de 10% nos cursos de especialização oferecidos pela Fundação. Para o 1° semestre deste ano, serão oferecidos cursos de curta duração, que contemplam conteúdo de formação básica e ou avançado, com base nos assuntos de maior relevância para o desenvolvimento tecnológico do País. Os cursos podem, inclusive, ser realizados in company. Conheça as opções: - Curso Básico Formação Polímeros - Aditivação e degradação de Polímeros - Curso Formação Polímeros - Polipropileno - Curso Formação Polímeros - Polietilenos - Curso Formação Polímeros – Policloreto de Vinila (PVC) - Curso Formação Polímeros – Polietileno tereftalato (PET) - Curso Formação Polímeros – Plásticos de Engenharia - PE Ultra Alto Peso Molecular: um polímero de engenharia - Utilização de PP e Polietileno na
indústria de revestimentos anti-corrosivo de dutos - Polímeros de Fontes Renováveis - Biocompósitos e suas aplicações - Nanotecnologia aplicada a polímeros - Sustentabilidade em Projetos de Embalagens - Embalagens Plásticas para Cosméticos - Análise de Ciclo de Vida - Reciclagem de Plásticos - Polímeros para Indústria Automotiva - Polímeros Anti-chama - Tecnologia de Extrusão de Blendas e Compostos Poliméricos - Tecnologia do PVC Para mais informações, acesse www.inovata-fdte.org.br. Se preferir, mande um e-mail para educare@inovatafdte.org.br ou ligue (11) 3095-7724.
Simpósio Internacional de Injeção em SP O Instituto Nacional do Plástico (INP) apoiará o Simpósio Internacional de Injeção de Plásticos 2010, nos dias 25 e 26 de maio, que este ano traz o tema “Otimização de Recursos Produtivos”. O Simpósio será realizado no Club Transatlântico, que fica na Rua José Guerra, 130, Chácara Santo Antônio São Paulo (SP). Para saber como participar, ligue (11) 3081-7388 ou acesse www.especifica.com.br. Durante os dois dias de Simpósio, haverá palestras de renomados profissionais de instituições e empresas. No público-alvo do evento, estão profissionais nas áreas de desenvolvimento de produtos, processos, produção, engenharia de aplicação e materiais, planejamento, técnica, ferramentaria, mecânica, qualidade; diretores e gerentes industriais e de vendas, além de compradores das indústrias desse setor, pesquisadores e professores. As taxas variam de acordo com o período de inscrição. Entre os apoiadores do evento está a revista Plástico Sul.
Aumentam lucros da Eastman e Dow A Eastman, fabricante de especialidades químicas apresentou um lucro maior do que o esperado no ultimo trimestre de 2009, influenciado pelos cortes de custos
e aumento da demanda, segundo o Informe Maxiquim. O lucro foi de US$ 1,14 por ação, que o mercado esperava-se que ficasse em cerca de US$ 1. A receita fechou em US$ 1,33 bilhões, caindo 1,3%. O estimado era uma queda maior. A previsão é que o lucro do 1º trimestre desse ano seja maior, que o do 4º trimestre de 2009.
Após a realização de um rigoroso programa de cortes, a Dow saiu do vermelho e anunciou lucro líquido de US$ 172 milhões, no quarto trimestre de 2009. Grande recuperação, se comparado com o mesmo período de 2008, em que perdeu US$ 1,6 bilhões. As vendas totais da companhia, no quarto trimestre, aumentaram 15%, para US$ 12,5 bilhões. E, apesar das receitas da Europa e dos Estados Unidos terem crescido 10% e 3,7%, respectivamente, foram as economias emergentes que impulsionaram o aumento do resultado total de vendas. A receita subiu 27% na Ásia; 34% na Índia, Oriente Médio e África; e 6,5% na América Latina.
EUA valoriza plástico do Brasil Enfim, um reconhecimento oficial dos Estados Unidos em relação ao Brasil. Dezesseis vezes maior que o latinoamericano, o mercado norte-americano de plástico é uma das vedetes para quem quer ter seus produtos ultrapassando as fronteiras nacionais. “O Brasil tem grande potencial para ser um importante parceiro comercial dos Estados Unidos, porém o câmbio desfavorável, a dificuldade logística e o alto custo portuário dificultam essa relação, além da falta de cultura exportadora, a recente instabilidade econômica e a falta de infraestrutura como um todo”, detalha Steve Scheibe, diretor da All Abroad, empresa de consultoria americana. Segundo o especialista, por ser o maior consumidor de plásticos no mundo, o mercado norte-americano funciona também como uma importante vitrine para quem quer se firmar como exportador. “Apesar de ser um mercado bastante maduro, é também muito dinâmico e está em constante evolução, desenvolvendo inovações que contribuem para a melhoria do dia a dia das pessoas”, ensina.
<<<< Março/Abril de 2010 < Plástico Nordeste < 29
Mural Empresas investem US$ 23 milhões para descobrir petróleo em PE As atividades de obtenção de dados realizado na costa pernambucana para detectar uma possível existência de petróleo nos três blocos de exploração da Bacia Marítima Pernambuco-Paraíba foi concluído. A coleta de dados foi apresentada ao governador Eduardo Campos por representantes da Petrobras e da Petrogal Brasil (Galpenergia) na primeira quinzena de março. Entre novembro de 2009 e fevereiro deste ano, as companhias realizaram o trabalho na área de aproximadamente 2.700 km2 paralela à costa e localizada entre os municípios de Ipojuca e Igarassu, numa distância que varia entre 21km e 90 km da faixa de areia. Feita através do processo de aquisição sísmica 3D, o mais moderno do mundo, a prospecção permitiu a obtenção de informações importantes que serão processadas pelas companhias até dezembro deste ano e interpretadas até 2012. Caso seja confirmada a presença de petróleo no litoral pernambucano, três poços serão perfurados na área entre 2013 e 2015. Apesar de parecer um prazo bastante longo, o processo é curto se comparado ao da Bacia de Campos (RJ) quando dez anos se passaram entre a descoberta do primeiro poço e a sua exploração. Diretor-presidente da Galpenergia, Ricardo Peixoto afirmou que o estudo já pode ser considerado um extraordinário avanço para o Estado. “A bacia de Pernambuco era considerada uma bacia de risco, pois faltavam informações. Esta coleta de dado bruto já pode ser considerada um bem para o Estado, já que foi feita com a melhor tecnologia possível, a mesma usada para analisar os poços do Pré-sal”, afirmou Ricardo Peixoto, diretor presidente da Petrogal do Brasil. As previsões são otimistas se levados em consideração os investimentos feitos pelas duas empresas na pesquisa dos três blocos. Em apenas três anos, os recursos aplicados foram multiplicados por 25 e pularam de US$ 960 mil em 2008 para US$ 23 milhões este ano. “A Petrobras acredita na bacia de Pernambuco. Isto aqui não é um jogo de cena, afinal já
investimos mais de US$ 23 milhões nos estudos”, garantiu José Antônio Cupertino, gerente geral de exploração da Petrobras.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, também manifesta entusiasmo: “A Petrobras e a Petrogal nunca encontraram um poço seco em áreas de exploração de petróleo off shore (águas profundas)”, lembrou. “O governo vai cumprir o seu papel de contribuir com o que for necessário e também emprestar a sorte pernambucana à Petrobras e à Galpenergia, para que a gente possa, um dia, processar na Refinaria Abreu e Lima o óleo que todos nós estamos torcendo para que o consórcio encontre na bacia Pernambuco/Paraíba”. As duas companhias conquistaram o direito de explorar a bacia PE-PB em 2008, após vencerem o leilão da nona rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo. Até então, os blocos localizados entre os dois estados nunca haviam despertado o interesse das empresas. O Governo do Estado então reivindicou junto à ANP a colocação de 11 blocos no leilão, mas apenas três foram autorizados e receberam licenciamento ambiental. Foi quando começou o trabalho de prospecção de empresas que quisessem apostar na bacia. “O Governo de Pernambuco desempenhou um papel fundamental no sentido de atrair o consórcio para a realização dos estudos nos três blocos da bacia”, falou Ricardo Peixoto. A Petrogal é a maior parceria da Petrobras na exploração de petróleo na costa brasileira com poços nas reservas do Pré-sal, na Amazônia e na bacia Bahia-Sergipe.
Suape instala 1ª escola técnica equipada com simulador O projeto Suape Global, que vai desenvolver tecnologias para diversas empresas, nas áreas de logística, armazenamento de combustíveis, de armadores e de abastecimento de embarcações foi divulgado no final de fevereiro em Rotterdam, na Holanda. A parceria com a Holanda permitirá a instalação em Suape, da primeira escola técnica no Brasil, contando com um simulador de última geração
30 > Plástico Nordeste > Março/Abril de 2010 >>>>
para o treinamento de comandantes de navios. O investimento para a implantação da unidade é de 6 milhões de euros e o objetivo é preparar toda a mão-de-obra destinada ao polo naval do estado de Pernambuco. Com matriz em Rotterdam e filiais na África do Sul, Coréia do Sul, Vietnã e Oman, a escola Shipping and Transport College –STC tem 7 mil alunos, sendo 4.800 na Holanda, e forma 1200 alunos por ano. A parceria Pernambuco / Holanda foi iniciativa do Estaleiro Atlântico Sul e tem por objetivo aprimorar as técnicas de construção e de navegação, além de fomentar o desenvolvimento econômico da região, capacitando a mão-de-obra local. Em Suape, a escola será construída no Centro de Treinamento Engenheiro Francisco Vasconcelos. Na ocasião também foi divulgado o interesse da empresa Royal Vopak em implantar um novo terminal de produtos químicos e lubrificantes em Suape. A Royal Vopak, com sede em Rotterdam, na Holanda, é a maior operadora de terminais de tanque do mundo, especializada em armazenagem e manuseio de líquidos e gases químicos e óleos.
Centro de Tecnologia Naval holandês se instalará em Suape A diretoria do Porto de Rotterdam entregou ao Governo de Pernambuco, na primeira quinzena de abril, o plano de negócios desenvolvido pelo porto holandês para o Porto de Suape. A Missão Comercial da Holanda, em visita ao estado, foi liderada pelo ministro holandês dos Transportes, Obras Públicas e Manejo de Água, Camiel Eurlings. Durante a entrega, o STC Group (escola técnica e grupo universitário holandês) assinou um memorando de entendimento com as Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e de Educação. A parceria prevê a instalação de um centro de excelência no Porto de Suape, em treinamento industrial, logístico e de operações portuárias em Suape. O STC tem o maior número de simuladores de primeira geração para treinamento no mundo e conta com operações na África, Oriente Médio e Ásia.
<<<< Marรงo/Abril de 2010 < Plรกstico Nordeste < 31
32 > Plรกstico Nordeste > Marรงo/Abril de 2010 >>>>