FOTOS: DIVULGAÇÃO/PNE
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plastico nordeste .com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3026.0638 editora@conceitualpress.com.br Filial Nordeste
08
Av. Bernardo Vieira de Mello, 4522/701 CEP: 54.440-620 - Candeias Jaboatão dos Guararapes - PE
"A administração é uma questão de habilidades e não depende da técnica ou experiência. Mas é preciso antes de tudo saber o que se quer." (Sócrates)
Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica
Da Redação
Redação:
Por Melina Gonçalves. >>>>
Pág. 04
Plast Vip NE Especial
Departamento Comercial: Débora Moreira, Lenise Mattar e Sandra Tesch Design Gráfico & Criação Publicitária:
Chegou a hora da Embala Nordeste. >>>> Pág. 08
Destaque
José Francisco Alves (51 9941.5777) Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às
O setor calçadista no Ceará. >>>> Pág. 16
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Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio
Luiz Fernando Pereira, da Greenfield. >>>> Pág. 06
16
Gilmar Bitencourt
Giro NE
indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes
As últimas do plástico na região. >>>> Pág. 22
Foco no Verde
à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem
Empresas de olho no meio-ambiente. >>>> Pág. 26
Artigo
necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste . É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.
Por José Ricardo Roriz Coelho. >>>> Pág. 30
Mural
Tiragem: 3.000 exemplares.
Filiada à
Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 32
Anunciantes
ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
Os parceiros desta edição da Plástico NE. >>>> Pág. 34 Capa: divulgação.
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas
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Da Redação
Nos embalos da Embala
“...é extremamente importante desviarmos os olhos de outros mercados potenciais e nos atentarmos para as necessidades e progressos da região.”
A
Revista Plástico Nordeste foi lançada no ano passado, durante a Embala Nordeste 2009. Á princípio uma edição única e especial, sem muitas pretensões, foi muito bem recebida pelos transformadores e fornecedores da região, tornando-se um veículo bimestral e recheado de informações para os leitores nordestinos. Desta forma, completamos na feira de 2010, um ano de publicação, o que representa uma conquista para nossa equipe e para o setor plástico nordestino. Afinal, é extremamente importante desviarmos os olhos de outros mercados potenciais e nos atentarmos para as necessidades e progressos da região. É fundamental que o transformador daqui possa ler uma revista que trate desta realidade, possa ir a uma feira que traga para o nordeste tecnologia mundial e fornecedores preparados para atender as peculiaridades dos estados do nordeste. Estas cidades crescem a passos largos e trazer inovações e informações aos que aqui se encontram é de fundamental importância para auxiliar no crescimento desta região. O diretor da Greenfield, Luiz Fernando Pereira, argumenta muito bem quando fala que o Brasil é um país de dimensões continentais e seus estados têm economias próprias que, em muitos casos, são mais pulsantes do que a média nacional. Para ter uma idéia, o PIB nordestino cresceu 5,3% em 2008 contra 5.1% do PIB brasileiro, enquanto em 2009, foi de 1,5% e o Brasil teve -0,1%. Com uma força dessas, alguém tem alguma dúvida da relevância de uma feira como a Embala Nordeste e de uma revista como a Plástico Nordeste para o setor na região? Por isso, nós estamos nos embalos da Embala e convidamos você também a conhecer melhor o estado vizinho, o Polo ao lado, os fornecedores de outros estados que estão aqui, querendo lhe apresentar o que de melhor pode oferecer. Nós estamos atentos ao nordeste. E você?
MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste > Julho/Agosto de 2010 >>>>
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DIVULGAÇÃO/PNE
PLAST VIP NE Luiz Fernando de Oliveira Pereira
Recife é a capital de Pernambuco, palco da 5ª edição da feira Embala Nordeste
Inovação e conhecimento reunidos em um só lugar
O
Nordeste brasileiro pode ser considerado uma espécie de novo Eldorado da economia nacional, pois os números indicam que seu crescimento está acima da média nacional. Por exemplo, o PIB nordestino cresceu 5,3% em 2008 contra 5.1% do PIB brasileiro, enquanto em 2009, foi de 1,5% e o Brasil teve -0,1%. A arrecadação do ICMS aumentou 7,8% no Nordeste e apenas 1,6% na média nacional. Há muito tempo que a Greenfield Business Promotion descobriu o potencial deste mercado e investe nas feiras regionais. O empresário Luiz Fernando de Oliveira Pereira comenta sobre este mercado e as perspectivas de sucesso da 5ª edição da Embala Nordeste – Feira Internacional de Embalagens e Processos – exposição que ocorre paralela a outros eventos importantes para o setor plástico, como a Alimentécnica Nordeste 2010 e o Graphium Show
– 5º Salão de Fornecedores de Equipamentos, Produtos e Serviços para a Indústria Gráfica e a Refrinor. A Editora Conceitual Press, por meio das revistas Plástico Nordeste e Plástico Sul, apóia as realizações da Greenfield, divulgando uma prévia dos eventos e garantindo a cobertura jornalística das feiras. Os eventos serão realizados no Centro de Convenções de Pernambuco em Recife/Olinda, de 23 a 26 de agosto. Confira a entrevista exclusiva de Luiz Fernando Pereira à Plástico Nordeste. Revista Plástico Nordeste - A Embala Nordeste vai para sua 5ª edição em Pernambuco. Como surgiu a idéia de promover feiras setoriais, como no caso do plástico, no Nordeste, já que esse segmento era explorado no Sudeste (SP/ RJ) e Sul (SC/RS)? Luiz Fernando de Oliveira Pereira - Em agos-
6 > Plástico Nordeste > > Julho/Agosto Julho/Agosto de de 2010 2010 >>>> >>>>
to deste ano estamos completando 15 Edições do Programa Embala e a 5ª Edição em Pernambuco. O Brasil é um país de dimensões continentais e seus estados têm economias próprias que, em muitos casos, são mais pulsantes do que a média nacional. O mercado do Nordeste tem crescido muito acima da média nacional e desde o início de 2000, temos acompanhado a evolução deste mercado que reúne 9 capitais e identificamos uma oportunidade, já que tanto o Sudeste como a Região Sul, estavam muito bem atendidos pelo mercado de feiras, e na Região Nordeste não havia qualquer exposição nos moldes daqueles realizados nos outros grandes centros. A primeira edição em Recife foi em 2006. A partir daí o evento foi crescendo e neste ano será a maior de todas as edições. Plástico Nordeste - Então há um evidente
Plástico Nordeste - Como tem sido a receptividade dos participantes, tanto expositores como visitantes? Há dados que comprovam esse crescimento? Luiz Pereira - A receptividade tem sido excelente e os números comprovam. Plástico Nordeste - Qual a expectativa da Greenfield para esta edição, em termos de visitantes, expositores e negócios? Luiz Pereira - São esperados 20.000 visitantes, 400 expositores e R$ 900 milhões em negócios gerados em 23.000 m 2 de área ocupada. Plástico Nordeste - Que tipo de apoio a empresa recebe? Sindicatos, poder público, entidades (Sebrae, Senai etc) e mídia? Luiz Pereira - Os apoios são institucionais e bastante importantes para a divulgação e evolução da Embala Nordeste. Desde o primeiro número contamos com o aval das principais entidades nacionais e regionais dos segmentos onde atuamos. Plástico Nordeste - Especificamente em relação ao Simpepe, como é esse relacionamento e as vantagens da parceria para ambas as partes? Luiz Pereira - O Simpepe é o braço da Associação Brasileira das Indústrias de Material Plástico, a ABIPLAST, para Pernambuco e,
Luiz Pereira: “O nordeste tem crescido muito acima da média nacional”.
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crescimento do consumo no Nordeste? Luiz Pereira - Após a crise de setembro de 2008, quando todo o mundo acordou para o Brasil e os brasileiros enxergaram o potencial que temos por aqui, os mercados regionais vieram como estratégico para as empresas e uma feira como a Embala Nordeste , realizada em Recife , tem sido a escolha certa. O mercado do Nordeste vem crescendo há 10 anos, sempre com PIB acima da média do Brasil, foi onde o acesso ao consumo cresceu de forma mais evidente e continuará assim por muitos anos. Este aumento do consumo está transformando a indústria local, que tem recebido importantes investimentos, como os casos da Danone, Natura, Kraft, entre outras. É uma grande oportunidade para novos fornecedores de embalagens, equipamentos e insumos, já que no sul o crescimento é mais tímido e o mercado é somente de reposição, ao contrário do nordeste que é de novos e grandes negócios.
assim como os outros Sindicatos da Região Nordeste, todos ajudam na divulgação e permite aos seus associados participarem do evento com descontos especiais. Plástico Nordeste - Qual a importância dos eventos para o avanço do setor plástico do Nordeste? Luiz Pereira - Antes da Embala Nordeste, os empresários da região só podiam conhecer melhor as novidades deste mercado viajando para o exterior ou para as grande feiras realizadas no sul e sudeste. Agora com a realização da Embala Nordeste, os fornecedores vão até os seus clientes, expondo na feira e levando equipamentos de última geração e melhor ainda, em funcionamento. Neste sentido, todos os fornecedores, inclusive os de matérias-primas, podem aproveitar esta oportunidade para mostrar as suas novidades também. Plástico Nordeste - A Greenfield já fez algum estudo sobre o impacto econômico que os eventos proporcionam? Geração de empregos no evento, estímulo ao comércio, hotelaria, gastronomia, transporte etc. Luiz Pereira - Os eventos de negócios são fundamentais para as cidades onde são realizadas, pois levam para a região, milhares de visitantes que além de estarem na feira, aproveitam as opções de entretenimento, gastronomia e turismo existentes. Plástico Nordeste - A Greenfield concorda que as feiras regionais são indispensáveis para atender à demanda de micro e pequenas empresas que não podem comparecer a grandes eventos? Luiz Pereira - Não só as micro e pequenas empresas e sim a todas as empresas regionais que atuam especificamente nestes mercados, pois a feira é o momento de se apresentar para clientes prospectos de sua região, que muitas vezes não conhecem um fornecedor local e acabam comprando, por desconhecimento, das regiões Sul e Sudeste. Plástico Nordeste - Sabe-se que os micro
e pequenos empresários não têm capital de giro para investimento imediato. Quais são as alternativas oferecidas em linhas de crédito para compra de máquinas e construções/ampliações: BNB? BNDES? Outros? Luiz Pereira - A Região Nordeste conta com linhas de crédito bastante convidativas, além do BNDES, que atende em todo o território nacional e lançou recentemente o cartão para a compra de insumos, tem o Banco do Nordeste, Caixa Econômica e também com o apoio da ABIMAQ, os empresários podem contar com outras opções de linhas. Plástico Nordeste - A feira tem algum foco específico de destaque ou estímulo: reciclagem? sustentabilidade? tecnologia? E alguma ação em benefício de quem foi prejudicado pelas enchentes? Luiz Pereira - O setor tem investido bastante neste assunto de reciclagem e a feira vem apresentando soluções nesta área. Esta tem sido uma das áreas de maior interesse de nossos visitantes. O fato de estarmos na região há mais de 7 anos, investindo, pagando impostos e criando novos postos de trabalho, entendemos que estamos colaborando e muito com o Estado e nossa intenção é melhorar ainda mais, criando mais eventos, além dos 3 que já realizamos anualmente (Supermix - Feira do Supermercado e Atacadista - Embala Nordeste e Mecânica Nordeste).PNE
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ESPECIAL Embala Nordeste
Organizadores esperam 20 mil visitantes
A quinta edição da Embala Nordeste, evento que ocorre de forma integrada com outros três relacionados ao universo das embalagens, alimentação e refrigeração, ganha força com o desenvolvimento econômico da região.
As novidades e as expectativas
E
ntre os animados expositores da Embala Nordeste – Feira Internacional de Embalagens e Processos, os visitantes poderão conferir as novidades nos estandes de fabricantes de máquinas e equipamentos para injeção, sopro e extrusão, periféricos de vários tipos, bem como produtos auxiliares nos segmentos de alimentadores, secadores etc. E nos eventos integrados como a Alimentécnica Nordeste 2010 – Feira de Equipamentos, Componentes, Manutenção & Serviços para Indústrias de Alimentos e Bebidas, o Grafium Show – 5º Salão de Fornecedores, Produtos e Serviços para a Indústria Gráfica, e a Refrinor 2010 – Salão Nordeste de Refrigeração Comercial e Industrial, completar o ciclo. De acordo com Luiz Fernando de Oliveira Pereira, diretor de Greenfield, trata-se do único evento regional focado em soluções completas, facilitando o acesso dos industriais a novos processos e tecnologias de vanguarda, destaque nas principais feiras do setor. “A variedade de produtos, tecnologias
IMAGENS: DIVULGAÇÃO/PNE
A feira, que ocorre no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife/Olinda, deve abrigar quase quatro centenas de expositores e tem a expectativa de receber 20 mil visitantes de 23 a 26 de agosto. Sem dúvida, esse conjunto de ações dá um forte impulso ao setor de embalagens no Nordeste. e serviços apresentados pelos expositores presentes atraem compradores, empresários e técnicos de todos os estados do Norte e Nordeste, interessados em encontrar novidades para tornar o setor mais competitivo”, acrescenta. Algumas empresas, mesmo sem expor nessa edição, procuram divulgar seus produtos na mídia, como a FCS Indústria e Comércio de Máquinas e Cermag. A Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico -, por meio do seu presidente, José Ricardo Roriz Coelho, também destaca a importância da feira. “Os eventos são de suma importância para o desenvolvimento do setor da transformação do plástico da região. São excelentes oportunidades para que os empresários do setor mantenhamse atualizados sobre novas tecnologias e tendências de mercado; possam estabelecer e/ ou fortalecer contatos comerciais com fornecedores, clientes, parceiros comerciais, entre outros, e, principalmente, fechar ou iniciar novos negócios sem precisar sair da sua região”, explica o dirigente.
Roriz informa que a Associação, com o objetivo de desenvolver a competitividade da indústria brasileira de transformação de material plástico, criou uma agenda de trabalho que tem como principais metas: • Estabelecer um canal de negociação direto com a petroquímica para garantir ao setor de transformação acesso a matérias pri-
8 > Plástico Nordeste > Julho/Agosto de 2010 >>>>
mas em melhores condições comerciais; • Buscar o equilíbrio do IPI entre resinas e produtos transformados plásticos; • Defender a imagem do produto plástico como um produto que agrega valor; • Incentivar o desenvolvimento tecnológico do setor através de novas oportunidades e aplicações para o produto transformado plástico. Uma das razões para o otimismo em relação ao sucesso dos eventos está o crescimento regional. Apenas para comparar, o Nordeste tem um terço da população do Brasil, e revela ser a segunda maior região que consome no país, com um aumento de renda expressivo: 7,7% ao ano, contra 3,1% da média nacional. Enquanto as classes D/E do Nordeste consomem R$ 8,8 bi, as classes A/ B do Sudeste alcançam R$ 8,4 bi. Além disso, as empresas regionais voltadas ao mercado de consumo crecem em média 17%. Nas feiras promovidas pela Greenfield para o Nordeste foram realizados negócios na ordem de R$ 800 milhões divididos em vendas de equipamentos, embalagens e matérias-primas. As revistas Plástico Nordeste e Plástico Sul divulgam o evento, que tem ainda o apoio institucional de entidades importantes como Simpepe, Abiplast, Abimaq, Abief, Afipol, Abiea, Siresp, Adirplast, Abipet, INP, Export Plastic. ABPO, ABRE, Instituto de Embalagens, Core-Pe, Abeaço, ABTG, Sindigraf-PE, Abigraf-PE e Sircope. Confira as novidades de alguns expositores: >>>>
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ESPECIAL Embala Nordeste Expositores com seus lançamentos atraem inúmeros visitantes à feira
KIE Com sede em Louveira (SP), a Máquinas KIE – Equipamentos para Reciclagem – estará participando pelo terceiro ano desta feira. Segundo o executivo Evandro Bondesan Didone a empresa estará expondo os seguintes produtos: Moinho MAK-800N55S-75CV; Moinho MAK-600-30CV; Extrusora EK-10075CV; Granulador GK-5-5CV e Secadora para Filmes SHIK-1700. Fundada em 1987, a KIE tornou-se especialista na fabricação de equipamentos e linhas para reciclagem de plásticos e já comercializou centenas de equipamentos para todo o Brasil e vários países da América Latina.
vez confiança no mercado nacional ao participar da Embala Nordeste 2010 e eventos integrados. O diretor comercial Thiago Zaúde explica a estratégia do grupo. No evento em questão serão apresentadas as duas divisões da NZ Philpolymer sendo: * Divisão Máquinas e Embalagens: Extrusoras mono rosca tipo cascata para material plástico moído ou filme, Extrusoras mono e dupla rosca para laboratório, Equipamentos laboratoriais, Seladoras especiais, Embalagens, Granuladores, Moinhos Trituradores, Moinhos Granuladores, Retifica de Facas, Silo Secador, Silo Ensacador, Silos Homogeneizadores, Misturadores, Peneira Vibratória e demais equipamentos sob consulta. * Divisão Panificação: Seladoras a vácuo, Seladoras de Esteira, Seladoras de pedal, Máquinas de Suco, Máquina de Sorvete, Pipoca, Salsicha, além de Vitrines de Refrigeracao e Aquecimento.“Iremos ligar os equipamen-
Linha de moagem da KIE é um dos destaques da empresa na feira
Ineal A Ineal Equipamentos Periféricos para a Indústria Plástica foi fundada em 1990 com fabricação 100% nacional. Com sede em Santo André (SP) e representação em todo o território nacional e América Latina, oferece qualidade e inovação aos seus clientes. “Estaremos presentes na Embala Nordeste com o intuito de estreitarmos o relacionamento com os atuais clientes e prospectar novos negócios para a região considerada a mais prospera na área do plástico atualmente”, revela Carol Oliveira, das Vendas Técnicas. A Ineal irá expor sua linha de transporte e mistura de matéria-prima através de pressão negativa (vácuo) - alimentação central e individual - secagem e desumidificação, moinhos, dosagem volumétrica e gravimétrica. A novidade são as esteiras de transportes. Carol diz que as esteiras de transportes são a solução ideal para trabalho com máquinas injetoras, alimentação de moinhos, saída de sopradores entre outras situações. São dimensionadas de acordo com cada necessidade de processo com estrutura em alumínio extrudado, correias em material resistente e taliscas transversais vulcanizadas.
A empresa fabrica e comercializa praticamente todos os equipamentos necessários à reciclagem mecânica, como esteiras, moinhos, lavadoras, secadoras, tanques de decantação e separação, transportes pneumáticos e de rosca, silos, extrusoras, granuladores, aglutinadores, separadores de rótulos, peneiras vibratórias, balanças ensacadoras e pré-lavadoras.
Grupo Nz Com presença constante em feiras e exposições, o Grupo NZ demonstra mais uma
10 > Plástico Nordeste > Julho/Agosto de 2010 >>>>
tos e se o cliente assim decidir, podemos efetuar testes no evento afim de trazer maior confiabilidade ao cliente na aquisição do equipamento”, avisa Thiago Zaúde.
Colorfix
A Colorfix, criada em 1990 e com sede em Colombo (PR), tem como objetivo fabricar concentrados de cor e aditivos e a missão de realizar processos produtivos com solidez e competência. Desenvolvendo rotinas de melhorias contínuas em seus produtos e serviços, a empresa leva às indús->>>>
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trias de transformação de plásticos a qualidade em cores e proteção que fabricantes e consumidores desejam. Por meio do diretor comercial Amarildo Bazan, a Colorfix convida todos os clientes do Nordeste a comemorar os seus 20 anos e constantes inovações durante a Embala Nordeste. “Estaremos apresentando durante a feira a nova linha Fix de aditivos. Esta linha reune o que há de mais moderno em aditivação. Além dos materiais já consagrados estaremos apresentando na Embala os novos materiais: Dryfix, Selofix, WhiteFix, Purgfix e Bactfix. Também serão apresentado os novos masters de efeito para a linha de cosméticos, eletroeletrônicos e brinquedos”, informa Bazan. Ele afirma que a Região Nordeste tem sido muito importante no processo de expansão da Colorfix. “E faz parte de nossa estaratégia fortalecer nossas relações, oferecendo produtos especialmente desenvolvidos para atender o exigente mercado nordestino”, completa.
Seibt A gaúcha Seibt Máquinas para Plásti-
DIVULGAÇÃO/PNE
ESPECIAL Embala Nordeste Adão Braga Pinto descreve os modelos de moinhos apresentados pela Seibt em Recife
nhecida a partir de 1977 como Seibt. Atualmente, a empresa fabrica mais de 50 modelos diferentes de moinhos além de aglomeradores, destroçadores, extrusoras de reciclagem, picotadores, exaustores, silos e de projetos personalizados. Com toda essa experiência, o gerente comercial Adão Braga Pinto informa que a Seibt irá expor modelos de moinho de baixa rotação para recuperação de rebarbas de sopro e galhos de injeção diversos e também moinho de média rotação para centrais de moagem. Além dos moinhos a empresa apresentará os materiais sobre as linhas completas de reciclagem de PE, PP e PET. cos foi fundada em março de 1974 com o nome de Menopel - Metalúrgica Nova Petrópolis Ltda. Começou suas atividades prestando serviços de montagem, solda e usinagem para terceiros, passando a ser co-
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Pavan Zanetti
A Pavan Zanetti, tradicional fabricante de máquinas para a indústria de transformação do plástico estará presente na Embala>>>>
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Nordeste para apresentar alguns modelos da sua linha. Confira: *Injetora de Preforma Marca Pavan Zanetti Modelo HXF 308, injetando em um molde de 24 cavidades, Preformas de 16 gramas para sopro de frascos para água mineral 500 ml. *Sopradora de Preformas PET marca Pavan Zanetti Modelo PETMATIC, soprando em um molde de 3 cavidades, frascos de 500 ml para detergente, com uma produção de 300 frascos/hora. “Nos últimos dois anos a Pavan Zanetti foi muito feliz na venda e entrega de equipamentos na região Nordeste e em alguns momentos superando as outras regiões do Pais”, destaca o diretor-presidente Newton Zanetti. “Nessa edição da feira Embala estaremos lançando nossa nova linha de injetoras Serie HXF e com a novidade da sopradora de PET produzida pela própria Pavan Zanetti e com acesso aos recursos do BNDES para FINAME”, acrescenta o executivo.
Termocolor A Termocolor estará na Embala Nordeste 2010, dando ênfase a desenvolvimentos de produtos com viés ecológico, incentivando a utilização de matéria-prima isenta de metais pesados. Durante a feira, a Termocolor estará com sua equipe apresentando a linha de masterbatches em suas diversas aplicações e também os compostos, aditivos e beneficiamento. Faz parte da estratégia da empresa em priorizar a responsabilidade ambiental e social. Prova disso é que a Termocolor está implantando o Sistema de Gestão Integrado (SGI), que inclui as certificações ISO 9001 (Gestão), ISO 14001 (Ambiental) e OHSAS 18001 (Saúde e Segurança). A Termocolor já possui certificação ISO 9001 (desde 2002) e também certificação na diretiva RoHS. “A preocupação com o meio ambiente e com os desperdícios com consumo de energia elétrica e água são prioridades na Termocolor desde a diretoria até o chão-de-fábrica. Outro ponto que valorizamos é a saúde e segurança no trabalho, afirma gerente técnico Laércio Boracini.
Crizaf A Crizaf do Brasil estará expondo sua linha de Esteiras Transportadoras, para o transporte de peças na saída de Injetoras
DIVULGAÇÃO/PNE
ESPECIAL Embala Nordeste plo) e /ou moído, em um lote de material principal. pode ser montado sobre a máquina de processo ou como Central de Dosagem. Disponível para dois, três e quatro componentes, proporciona real economia de aditivo, aliada à ótima homogeneização garantida pelo misturador incorporado. Seu comando possui interface amigável, de fácil operação e calibragem e tem baixíssimo consumo de energia elétrica
Pronatec
ou Sopradoras. “É a primeira edição que estaremos expondo. Visitei a feira no ano passado e fiquei muito impressionado com o crescimento do Nordeste no setor de embalagens e serviços na área de transformação de plásticos, por isso resolvemos expor, pois acreditamos que o crescimento produtivo no Nordeste já é uma realidade”, ressalta o executivo Sandro Freitas.
A Pronatec – Equipamentos Indústria e Comércio, com sede em São Paulo, também participa da Embala Nordeste com novidades, segundo informa Rodrigo Burgos. “Vamos apresentar como destaque no estande os conjuntos de secador e alimentador de resinas termomplásticas”. A empresa também aproveita a participação no evento para receber visitantes e conquistar novos clientes na região. Além dos equipamentos citados, a Pronatec também fabrica uma extensa linha de produtos para a indústria plástica e gráfica como extrusoras, laminadoras, eixos e castanhas pneumáticas, máquinas de corte e solda, cortadoras de tubetes, refiladoras, mancais etc.
Plast-Equip
Romi
A Plast-Equip, empresa que fabrica uma linha completa de periféricos para indústria Plástica, vai participar da Embala Nordeste e apresentar um Sistema de alimentação e dosagem volumétrica. Os visitantes poderão conferir todas as características no estande da empresa. Alexandre B. Nalini, gerente comercial, destaca algumas das vantagens mercadológicas do produto: “Devido a sua superior precisão, homogeneização e confiabilidade, os dosadores RDV são uinvestimento com baixíssimo tempo de retorno (de 3 a 6 meses), através, principalmente, da economia de aditivo (masterbatch) que vai de 5 a 30% em comparação aos métodos manuais de dosagem e aos dosadores volumétricos comuns”, revela. E ressalta os benefícios para o consumidor final: os dosadores da Série RDV apresentam um conceito inovador patenteado pela Plast- Equip, que torna o equipamento muito superior aos Volumétricos tradicionais de rosca, a um custo muito inferior aos dosadores gravimétricos. Dosa volumes padrão de aditivo (masterbatch, por exem-
A Indústrias Romi, empresa líder brasileira no setor de máquinas-ferramenta e máquinas para processamento de plásticos, chega à Embala Nordeste 2010 com uma proposta que vem movimentando o mercado de transformação de material plástico: o ingresso no segmento de máquinas injetoras para pré-formas. A novidade, apresentada pela primeira vez na Mecânica 2010 em maio, tornou-se capaz com a adequação da Romi Primax 220H para esse fim. Dessa forma, a companhia amplia as opções de equipamentos para pequenos engarrafadores, que passarão a contar com máquinas Romi em todo o seu processo produtivo. Além da Romi Primax 220H adequada para produção de pré-formas, em uma área de 140 m² a empresa demonstrará, ponta a ponta, a produção de embalagens PET, com máquinas para cada uma das etapas do processo, que, além da injeção da pré-forma feita pela Romi Primax 220H, inclui o sopro da garrafa PET na Romi PET 130. O processo completo poderá ser conferido no estande da Romi.PNE
Alimentador e secador de resinas termoplásticas são destaques da Pronatec
14 > > Plástico Plástico Nordeste Nordeste > Julho/Agosto de 2010 >>>>
Curso sobre Planejamento Estratégico e Balanced Scorecard
Oportunidade ímpar para os integrantes do setor reciclarem seus conhecimentos
O
s expositores e visitantes da Embala Nordeste terão a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos participando de um curso gratuito sobre “Planejamento Estratégico e Balanced Scorecard”. A iniciativa levará conhecimento sobre tecnologia gerencial às empresas, elemento necessário para o desenvolvimento de habilidades competitivas. O Programa Export Plastic convida os participantes, destacando que o curso é desenvolvido especialmente para a indústria transformadora de plástico, seus executivos e profissionais das áreas de gestão de custos, financeira, industrial e exportação. A palestra será ministrada pelo economista Marcelo Martinovich e tem como objetivo esclarecer a importância e os benefícios do planejamento estratégico empresarial para potencializar as oportunidades de mercado, bem como, as vantagens da utilização da metodologia de medição e gestão de desempenho, o Balanced Scorecard. A palestra será realizada no Auditório “Embala Design Show” entre as ruas E e F, dia 24 de agosto, das 16h às 17h30. A iniciativa faz parte de ciclo de palestras que será realizado durante todo o evento com o objetivo de capacitar as empresas e principalmente seus empresários. PNE <<<< Julho/Agosto de 2010 < Plástico Nordeste < 15
Polo Calçadista do Ceará
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DESTAQUE
O estado cearense é o terceiro maior polo setorial do país
a l u m s i t e e Setor cresce c i o t á s l o p o d consum Na carona do crescimento da indústria cearense, que continua em recuperação em 2010, o setor calçadista ganha destaque: a pesquisa Indicadores Industriais, realizada em abril, pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressalta o desempenho do setor, que apresentou um crescimento de 36,9% em relação o mesmo período de 2009. Segundo o coordenador da Unidade de Economia e Estatística do INDI, economista Pedro Jorge Viana o setor calçadista intensificou as contratações depois de iniciada a cobrança da sobretaxa de US$ 13,85 por par de calçado chinês importado. A medida foi tomada pelo governo para proteger os produtores brasileiros do “dumping” praticado pela indústria calçadista chinesa. E assim ativa o setor de máquinas, equipamentos e matérias-primas na área. 16 > Plástico Nordeste > Julho/Agosto de 2010 >>>>
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sedia 250 fábricas. De acordo com estimativas do Sindindústria, outras 150 são unidades informais. Além do sindicato e do Serviço Brasileiro de Atendimento às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Ceará, outros parceiros vêm contribuindo para o desenvolvimento das indústrias calçadistas do Cariri, como entidades de classe, Governos Estadual e Municipal, Senai, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Em números atualizados, o Polo Calçadista do Cariri concentra, hoje, cerca de 250 indústrias, 16 mil empregados e produção de 10 milhões de pares por ano aparecendo à frente, inclusive, de Fortaleza, que abriga cerca de 100 empresas deste setor. O pólo tem forte característica da produção de sandálias microporosas e de placas de E.V.A. Já são encontrados outros elos como fabricantes de injetados, solados e embalagens. As grandes e médias empresas do Pólo, além do mercado nacional, já são exportadoras, enquanto as pequenas e micro empresas focam suas atividades nos mercados interno, regional e nacional. As empresas do Cariri produzem calçados masculinos, femininos e infantis, sendo que 80% da produção é de feminino, e 20%, respectivamente, masculino e infantis. Do calçado feminino, 80% é do tipo calçado aberto (sandálias)
Ceará tem o terceiro pólo do Brasil
O
pólo calçadista do Ceará deixou para trás o que poderia ser chamado de mercado incipiente, para tornar-se um dos mais promissores do Brasil. Especializado na fabricação de chinelos, sandálias e sapatos de plástico ou borracha, é o terceiro maior pólo setorial do país, com mais de 600 empresas. Um dos principais fatores competitivos do Estado é a posição geográfica dos portos do Pecém e de Mucuripe, que reduz o tempo de transporte dos produtos para os principais centros importadores, como Europa e Estados Unidos.
O Polo Calçadista do Cariri, na região Sul, é formado pelas cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, e começou a se desenvolver a partir da criação, em 1997, do Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuário de Juazeiro do Norte e Região (Sindindústria) e da parceria firmada com o SEBRAE no Ceará. Hoje, a região
DIVULGAÇÃO/PNE
DESTAQUE Polo Calçadista do Ceará
fabricadas com material sintético. As empresas que trabalham com couro fabricam calçados e bolsas, além de carteiras e bolsas masculinas e femininas e maletas para notebook. A produção da região é da ordem de 10 milhões de pares de calçados e mais de 400 toneladas de produtos em borracha EVA. Oito das empresas instaladas no Cariri são exportadoras e contam com o apoio institucional da Comissão de Comércio Exterior (CCE Cariri).
O Pólo da Região de Fortaleza está localizado no nordeste do Estado e além da capital são importantes, em termos de emprego de mão-de-obra, os municípios de Maranguape e Horizonte. Estes três municípios têm 63 estabelecimentos e empregam 7.408 pessoas, dados de 2008. O município de Sobral também, concentra a produção de calçados, mesmo com poucas empresas, empregando mais de 8 mil pessoas.PNE
DESTAQUE Polo Calçadista do Ceará
Mais exportação e melhor qualidade DIVULGAÇÃO/PNE
O
crescimento do setor calçadista do Ceará também se consolida nas exportações. De acordo com entrevista do presidente do Sindindústria, Antônio Barbosa Mendonça à TV Verdes Mares em julho, houve um aumento expressivo nas vendas de calçados para o exterior no primeiro quadrimestre, com destaque para o Pólo de Cariri. “O estado exportou US$ 176 milhões, o que representa 43% a mais do que no mesmo período de 2009”, disse. Do total exportado, 35,5% foi representado pelo Pólo de Cariri. Segundo Mendonça, os principais destinos foram os Estados Unidos (32%), Itália (21%), depois Argentina e Reino Unido, totalizando 87% das vendas, ficando o restante com outros 20 países. O dirigente ressalta com orgulho o fato de o Ceará ser responsável por 49,87% do volume ex-
portado pelo Brasil: foram 69 milhões de pares, sendo que o Ceará contribuiu com 39 milhões. A explicação para esse crescimento está nos investimentos em tecnologia e design, diz o dirigente “Houve um aprimoramento nos últimos três anos e isso se refletiu na qualidade que, aliada à uma política de divulgação em todo o mundo, está trazendo resultados significativos e uma prova disso foi o aumento nas exportações”, completa.
O Ceará também investe em eventos para divulgar seus pro-
dutos e a maior feira do setor calçadista da região do Cariri foi realizada de 10 a 16 de agosto em Juazeiro do Norte: a Feira de Tecnologia e Calçados do Ceará (FETECC), na sua 12ª edição. O setor emprega uma mão-de-obra regional de mais de 15 mil pessoas. É considerado o mais importante da área produtiva e em franca ascensão no Nordeste. Em dados de 2009, são aproximadamente 250 empresas formais no Cariri, sendo 97% micro e pequenas empresas. Mensalmente são fabricados 480 mil pares de sandálias femininas sintéticas, 1,5 milhão de pares de sandálias injetadas, 6,3 milhões de pares de sandálias microporosas, além de 500 mil pares de solados em PVC e 500 toneladas de placas de E.V.A. Todo esse volume demonstra a força no mercado nacional e internacional. PNE
Giro NE
As últimas do setor no Nordeste Nordeste Região pode ajudar autossuficiência em nafta A expansão da capacidade de refino prevista no plano de negócios da Petrobras, até 2014, deverá permitir que o Brasil alcance a autossuficiência na produção de nafta, e, posteriormente, resinas termoplásticas. Essa é uma das principais conclusões do Plano Decenal de Energia 2019, produzido pela EPE, ligada ao MME. Segundo o documento, em fase de consulta pública, a autossuficiência em nafta pode ser alcançada em 2016. O PDE considera que, até 2019, cinco novas refinarias entrarão em operação no Brasil, ampliando a capacidade de processamento de petróleo. Dos cinco projetos, quatro são no Nordeste: Refinaria do Nordeste (PE), Refinaria Premium I (MA), Refinaria Premium II (CE) e Refinaria Potiguar Clara
Maranhão (RN) e a quinta é o Comperj, Com esses empreendimentos, a EPE estima que a produção de nafta, no mercado brasileiro, passará dos atuais 17,7 mil m³/dia para 38,9 mil m³/dia, em 2019.
Alagoas Empresário elogia a fase do Estado O Grupo Constâncio Vieira inaugurou recentemente uma nova fábrica da Coca-Cola em Alagoas. Denominada Conviver Bebidas e Alimentos, a indústria consolida R$ 200 milhões de investimentos no estado, sendo R$ 90 milhões só na nova unidade industrial. Um dos grandes investidores do Estado, o grupo empresarial garante emprego e renda o sustento de milhares de alagoanos. O diretor executivo da Companhia Alagoana de Refrigerantes, o empresário Ruy Vieira falou
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à Agência Alagoas sobre o empreendimento, o crescimento da economia e o potencial de Alagoas como fatores fundamentais para sediar a nova fábrica. Um dos aspectos apontados pelo empresário como decisivos para investir em Alagoas é o compromisso das autoridades do Estado em prol do desenvolvimento econômico e social, incluindo o envolvimento direto do governador Teotonio Vilela na consolidação dos empreendimentos que se instalam em Alagoas. “O Estado vive crescimento sem precedentes e existem oportunidades que não devem ser desperdiçadas”, afirma Vieira.
Bahia Cromex amplia capacidade em Aratu
O site bahinaonline informa que a>>>>
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Giro NE Cromex prepara grandes investimentos para a unidade da Bahia. Uma extrusora com capacidade para produção de 16.000 toneladas/ano de matéria-prima vai ampliar em 7% a produção de masterbatches pretos e brancos, da fábrica localizada no Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho. O diretor da empresa, Cesar Ortega, informa que junto com a outra unidade de São Paulo, a capacidade anual chega a 132.000 toneladas, o que envolve faturamento de mais de R$ 300 milhões. A empresa vende para o mercado nacional e para mais de 60 países.
Maranhão Novo pólo ganha força A região Nordeste é mesmo a “bola da vez” na petroquímica. Antes relegada aos complexos industriais de Camaçari e de Suape, polos criados sob pesados incentivos na década de 1970, a indústria vem descobrindo aos poucos as vantagens da região, além dos benefícios fiscais que governos - locais e federal - oferecem. É para este Nordeste atraente que estão indo os novos e mais modernos projetos de setores historicamente acostumados a conglomerados na região Sudeste. Foi o caso - o primeiro deles da instalação da mais moderna fábrica da Ford, em termos mundiais, em Camaçari, em 2001. Mais recentemente, além de Bahia e Pernambuco, outros estados antes fora do circuito dos investimentos pesados começaram a entrar no mapa, como Maranhão e Alagoas ambos, no caso, com a menor renda per capta do país. A Petrobras escolheu a cidade de Bacabeiras, no interior do Maranhão, como destino para fazer a sua primeira refinaria, depois de mais de 20 anos sem ampliar seu campo de refino, concentrado em São Paulo e Paraná. Orçada em R$ 19 bilhões, a refinaria fará da pequena Bacabeiras, o maior centro de refino da estatal: os 600 mil barris de combustível que vai produzir/ano representarão 1/4 de toda a produção.
Pernambuco Paraxileno de Camaçari vai abastecer Suape O PTA é o principal insumo da cadeia do poliéster, que vai se bifurcando em grau PET e grau filamentos para o setor têxtil.
Sua principal matéria-prima é o paraxileno e o ácido acético, que é usado como solvente. A produção de paraxileno da Braskem, no Pólo de Camaçari, será responsável por 50% da matéria-prima consumida pela Petroquímica Suape. Os outros 50% serão importados, até que o Comperj esteja pronto e produzindo o insumo, o que, com a duplicação do empreendimento, ficou para 2015. Como a previsão de operação de Suape é para 2011, as discussões com fornecedores já estão em fase adiantada. Espera-se que a qualquer momento, seja anunciado o fechamento do contrato de fornecimento do paraxileno. A outra matéria-prima a ser usada no complexo pernambucano é o monoetilenoglicol (MEG), que entra na produção do poliéster e que também é produzido em Camaçari, mas em quantidade, que não atende às necessidades do complexo. Com isso, mais importações à vista até a partida do Comperj.
BDP International amplia atuação no Recife Embalada no crescimento da economia, acima da média nacional, pelo crescimento da região Nordeste, das boas perspectivas para Pernambuco, dos incrementos no polo de Suape e, ainda, em função da conquista de novos clientes especialmente no setor de varejo, a BDP International, líder no Brasil no segmento de gerenciamento logístico para os setores químico e petroquímico, com 35% do mercado nacional, está ampliando suas atividades no estado. Com novo escritório sendo estabelecido em Recife, e com um número quatro vezes maior de colaboradores, a BDP tem o objetivo de aumentar a fatia de faturamento em Pernambuco que hoje representa 5% do total de negócios da empresa. Segundo Roberto Croce, gerente Geral da BDP, a expectativa é que Pernambuco represente ao redor de 20% no faturamento global da empresa até o final de 2010. A BDP tem escritório em Recife desde 2002. Além do varejo, a empresa também atua na região com a gestão logística de companhias dos setores químico e petroquímico, segmentos nos quais a BDP tem especialização. No Brasil, a BDP prevê crescimento de 25% em seu faturamento este ano, em
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razão da conquista de novos clientes e investimentos no sistema de gestão, otimização de processos e qualificação de colaboradores. Em 2008, o faturamento da BDP cresceu mais de 100%, na contramão da crise internacional. Em 2009, ano em que a crise mundial configurou efetivamente, o faturamento da empresa também cresceu 25%. A filial brasileira oferece os mais diversos serviços, entre desembaraço aduaneiro, frete aéreo e marítimo, gerenciamento de logística (LLP), entre outros.
Petroquímica ganha forma em Suape A PetroquímicaSuape está em fase acelerada. As primeiras máquinas começam a rodar este mês. Elas pertencem à unidade, onde serão fabricados filamentos têxteis de poliéster, que é uma das três plantas industriais que formam a megaestrutura da empresa no complexo local. Apesar de não representarem o início de fato, das operações, os equipamentos ligados, para treinamento de parte da mão de obra mostram que o projeto, anunciado em 2006 – e que enfrentou percalços, com mudanças nos sócios e no perfil do empreendimento – já é realidade. O investimento total é de R$ 4 bilhões e serão gerados 1.500 empregos diretos. Superada a fase de implantação, agora surge o seu maior desafio: assumir a vocação de investimento estruturador, com capacidade para promover mudanças profundas na economia de Pernambuco. A PetroquímicaSuape é um projeto complexo: são três fábricas, que vão produzir seis produtos complementares, e com grande demanda nos mercados interno e externo, juntando-se à unidade do grupo italiano Mossi & Ghisolfi, que produz resina PET, para formar um polo petroquímico. Segundo especialistas, essa cadeia produtiva é caracterizada por fomentar grandes saltos econômicos onde é estruturada, como foi o caso da cidade baiana de Camaçari. Outro efeito do polo é a mudança na balança comercial do Estado. Até 2007, quando a fábrica da Mossi & Ghisolfi começou a produzir, o açúcar reinava absoluto nas exportações. Hoje, a resina PET tem lugar de destaque, chegando a fazer sombra ao “ouro branco”. Nas importações, o PTA, matériaprima para produção do PET, é líder. PNE
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Foco Galeria no Verde
UFRJ: nova técnica de reciclagem As pesquisas sobre sustentabilidade ganham incentivos e espaço no meio universitário, como ocorre no Rio de Janeiro. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) anunciaram uma nova técnica de reciclagem de plástico. Segundo testes realizados pelo grupo, é possível criar resinas plásticas reaproveitando-se até 40% do material. O método escolhido pela equipe foi a reciclagem com produção in situ. Por meio da polimerização em suspensão, eles realizaram misturas moleculares de poliestireno reciclado e de poliestireno virgem, usando copos descartáveis. Segundo anunciaram os envolvidos, o método mantém a qualidade do produto final, já que a adição de plásticos reciclados não interfere no andamento da reação química de polimerização. O resultado da mistura é que suas propriedades finais são similares às dos polímeros não-reciclados. A revista Inovação Tecnológica, que divulgou o fato, ressalta que a técnica também pode ser empregada com outras famílias de materiais à base de poliestireno, de poliacrilatos, de polimetacrilatos e de poliacetatos. Agora, o grupo estuda estendêla para a reciclagem de isopor.
Boca Juniors e Porto usam camisa ecológica A ecologia entra em campo novamen-
te, desta vez com dois tradicionais clubes de futebol: o argentino Boca Juniors e F.C. do Porto, de Portugal. A equipe argentina estreou no Torneio Apertura, uma camisa feita com poliéster reciclado de garrafas plásticas, a primeira “ecológica” do campeonato local. A tecnologia utilizada na camisa do Boca, similar àquela usada por várias seleções na última Copa do Mundo, reduz o consumo de energia em 30%, em comparação com o uso normal do poliéster, por parte da indústria têxtil, segundo informações do clube. A nova camisa do Boca incorpora a tecnologia Dynamic Fit, que deixa a camisa mais confortável no atleta, e apresenta nas laterais pequenas perfurações, feitas com laser, que geram maior circulação do ar e dão ao jogador uma boa temperatura do corpo. Já o time português F. C. Porto foi o primeiro clube de Portugal a utilizar uniformes feitos à base de garrafas de plástico recicláveis. As novas camisas foram apresentadas no último domingo de julho. Detalhe: foram utilizadas 8 garrafas PET para produzir uma camisa
as com a Braskem e a Tetra Pak. A previsão é de que sejam consumidos mais de sete mil copos plásticos, dez mil garrafas plásticas de água, 12 mil latas de refrigerantes e dez mil embalagens de vidro. O MasterCard Tennis Cup é realizado em Campos do Jordão na primeira semana de agosto.
Braskem e Tetra Pak reciclam em evento
Natura vai usar PE verde da Braskem
Cada dez mais as empresas preocupamse com a reciclagem em eventos. Foi assim na Fórmula 1, em competições de golfe e agora, na 10ª edição da MasterCard Tennis Cup. Todo lixo recolhido será reciclado pela organização do evento, que fechou parceri-
O diretor de Sustentabilidade da Natura, Marcos Vaz, afirmou que outubro será a data do lançamento no mercado brasileiro, do primeiro produto cosmético com embalagem de polietileno verde. O material, também chamado de “plástico verde”, é produ->>>>
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Garrafa squeeze passa pela terceira Consulta Nacional O Projeto 51:004.05-001, Garrafa squeeze – Requisitos e métodos de ensaio passou por uma segunda Consulta Nacional, em que recebeu votos técnicos. Com isso, a Comissão realizou algumas alterações no Projeto, encaminhando-o para a 3ª Consulta Nacional. Os consumidores tem até o dia 13 de agosto para emitir seu voto. Para participar é preciso acessar www.abntonline.com.br/ consultanacional, buscando na lista à esquerda da tela o título ONS 51 - Embalagem e Acondicionamento Plásticos (penúltimo item) e clicar sobre ele. A partir daí bastava seguir as orientações. Em breve novas informações sobre o processo.
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Foco no Verde zido a partir da cana-de-açúcar, uma fonte de energia renovável, ao contrário do plástico comum. Essa inovação é fruto de uma parceria entre a Natura e a Braskem e já havia sido anunciada, mas ainda sem a data definida para o lançamento. O plástico verde será lançado gradualmente, a partir de outubro, nas embalagens de refil. Produção terceirizada na AL - As metas socioambientais descritas no balanço da Natura vão se estender para as unidades terceirizadas de produção na América Latina, que estão em fase de planejamento, afirmou Vaz. Em julho, a companhia informou que pretende iniciar a produção terceirizada em pelo menos um país da América Latina, até o final de 2010, e em mais três países, no próximo ano. Vaz explicou que esse processo “tem relações diretas, com a questão ambiental”. Segundo ele, a reestruturação da malha logística e a descentralização da produção eliminam parte das emissões de gás carbônico com transporte dos produtos.
Schincariol faz bermuda de PET Como todos sabem, a Schincariol é uma indústria de bebidas e, à primeira vista, não existe nenhuma relação com o mundo da moda. Engana-se quem pensa assim, pois não é isso que acontece. A empresa decidiu dar um destino sustentável para as embalagens da água Schin. As garrafas PET são coletadas durante corridas de rua patrocinadas pela Schincariol e direcionadas à produção do tecido, usado na linha Recycler Series, da grife norte americana Billabong. Desde 2009, já foram reciclados 4 milhões de garrafas. Uma bela informação sobre a reciclagem e aproveitamento de embalagens.
O bioplástico da Nobre Ambiental A sustentabilidade está em alta mesmo e a Nobre Ambiental tenta difundir no Brasil o plástico ecológico, como alternativa ao produto comum, com a representação da resina americana Cereplast que é feita à base de milho e é biodegradável e também de parceiros, que fazem produtos a partir dessa resina, como copos e canetas. A Nobre informa que acompanha no Sul, testes para o uso do bioplástico, na produção de solados. Conforme Frederico Nobre, executivo da empresa, o bioplástico ainda
é de 40% a 120% mais caro do que o plástico comum, e não há benefício fiscal. A bioMerieux já é cliente da Nobre, na produção de copos biodegradáveis e a Bunge, já produz embalagem biodegradável para a margarina Cyclus.
Dow usa resíduos plásticos como energia A Dow Chemical anunciou a operação por um dia, no fim de julho, uma planta piloto para determinar se resíduos plásticos podem ser utilizados como fontes de energia, nas principais operações da empresa no mundo. O chefe do setor de sustentabilidade, Jeff Wooster, explica que, “quando falamos com nossos clientes, sobre recuperação de energia ou transformação química, eles estão interessados mesmo, em ver se isto funciona”. Este desafio utilizará resíduos plásticos de todos os tamanhos e formatos, sem a necessidade de separação por resinas, fornecidos por empregados, clientes e parceiros. Serão queimados somente os resíduos, que não são usualmente reciclados. Pesquisadores da Dow irão avaliar a quantidade de energia gerada, pela queima direta dos plásticos, para analisar em quanto é possível reduzir, o uso de gás n atural, na empresa. Se o teste tiver um retorno positivo, o próximo passo é implementar este sistema em escala industrial.
Veleiro Plastiki leva mensagem ambiental Ecologia em alto mar. Mais uma conquista do setor plástico aconteceu recentemente. A chegada ao porto de Sydney, na Austrália, marcou o fim da viagem próambiental do veleiro Plastiki. A embarcação totalmente reciclável, construída a partir de 12.500 garrafas de plástico recicladas, concluiu em 26 de julho um percurso de oito mil milhas náuticas – perto de 15 mil quilômetros – iniciado a 20 de março em São Francisco. Marcando etapas em várias ilhas do Pacífico Sul, os seis tripulantes do veleiro de 18 metros enfrentaram durante mais de quatro meses várias tempestades para lançar um alerta global para a poluição dos oceanos. A aventura começou há quatro anos, quando o ambientalista e líder da expedição David de Rothschild leu um relatório das Nações Unidas sobre os detritos de plástico, que
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serão responsáveis por 60 a 80 por cento da poluição marítima global.
Americanos desenvolvem plástico autodestrutível Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram um plástico capaz de se autodestruir, o que poderia facilitar sua reciclagem e degradação no ambiente. Plásticos (polímeros) são formados pela união de compostos químicos idênticos (monômeros). Scott Phillips e Wanji Seo, da Universidade Estadual da Pensilvânia trabalharam com polímeros de ftalaldeído, adicionando um de dois “gatilhos” químicos (éter de silil ou éter de alil) para cada molécula de ftalaldeído que compõe o polímero. Quando um pedaço do plástico foi exposto a íons fluoreto (de flúor) em temperatura ambiente, sua parte central, onde as moléculas estavam cobertas com éter de silil, sofreram rápida despolimerização e quebraram. As partes cobertas com éter de alil permaneceram sem alterações. A técnica poderia ser modificada para o desenvolvimento de produtos plásticos que se degradam rapidamente quando expostos a “gatilhos” no ambiente. Se uma sacola feita de um determinado plástico chega ao oceano, por exemplo, enzimas de micro-organismos na água poderiam fazer o material despolimerizar-se e desaparecer, diz Phillips. O uso de polímeros com “gatilhos” também tem a vantagem de fornecer um método barato de reciclagem de lixo plástico. Isso porque os monômeros resultantes da quebra dos polímeros poderiam ser repolimerizados para criar novos plástico, um processo provavelmente mais barato do que separar diferentes polímeros (plásticos) antes de começar a reciclagem, opina Phillips. Até o momento, a equipe desenvolveu polímero com “gatilhos” que reagem com íons fluoreto, paládio e peróxido de hidrogênio. Eles também esperam desenvolver polímeros que respondem a enzimas. A equipe, porém, adverte que o resultado da pesquisa é apenas uma prova de conceito. Ainda é preciso encontrar polímeros que se quebram em substâncias mais ambientalmente corretas do que ftalaldeído. Outro problema é que os polímeros usados até agora são sensíveis a acidez; eles precisam ser mais estáveis para serem utilizáveis. O estudo foi publicado na revista “Journal of the American Chemical Society”. PNE
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Obstáculos aos investimentos José Ricardo Roriz Coelho*
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performance positiva da economia brasileira no enfrentamento da crise mundial, seu ritmo este ano e as boas perspectivas para 2011 não significam a consolidação do crescimento sustentado. Por isto mesmo, devemos analisar com realismo e prudência a evolução de 9% do PIB no primeiro trimestre, em relação a igual período de 2009, que acaba de ser anunciada pelo IBGE. Os indicadores médios não são nada excepcionais. Assim, não se justificam as sinalizações que vêm sendo feitas pelo governo no sentido de tirar o pé do acelerador para evitar o superaquecimento e as consequentes pressões inflacionárias. O que precisamos, sim, é solucionar alguns gargalos para que o País possa assimilar índices cada vez mais substantivos de expansão. Nesse sentido, é necessário enfatizar o alerta de que o crescimento econômico nacional continua muito atrelado ao consumo, carecendo da base mais consistente dos investimentos e da poupança. Em 2009, a Formação Bruta de Capital Fixo, índice aferidor dos investimentos produtivos, somou R$ 525,8 bilhões, significando queda de 9,9% na comparação com 2008. Este ano, segundo estimativas, deverá elevar-se em 18%. A despeito desse aumento do importante indicador, o volume de recursos segue aquém do patamar de sustentabilidade do crescimento econômico a taxas médias anuais superiores a 5%. Então, o Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp decidiu consultar as empresas sobre a questão, realizando a Pesquisa de Obstáculos ao Investimento. Foram ouvidas 318 indústrias. As respostas são taxativas e inequívocas no diagnóstico de graves empecilhos.
A elevada carga tributária é a principal barreira para as empresas, independentemente de seu porte, por incidir de modo direto sobre os próprios investimentos, como apontam 76% dos entrevistados, e principalmente por retirar recursos que poderiam ser aplicados em empreendimentos produtivos, conforme 87% das respostas. A percepção das indústrias referenda o quanto é nocivo o fato de o Brasil ser um dos poucos países que tributam investimento. Outro fator limitante apontado pelo
estudo é o juro elevado, que aumenta os riscos econômicos do investimento, afetandoo por três vias: ao agravar as despesas financeiras, minando os recursos a serem investidos; ao inibir a demanda dos produtos industriais; e ao estimular a especulação financeira. Se os juros no Brasil fossem semelhantes aos dos seus concorrentes internacionais, a indústria pouparia R$ 58,2 bilhões, viabilizando-se ampliação de 38,3% do volume de investimentos do setor. Nossas taxas reais, ou seja, descontada a inflação, mesmo quando atreladas à TJLP, chegam a 6% ao ano, contra 2,5% na média das nações com as quais competimos. Impostos e juros escorchantes são os ingredientes do terceiro grande obstáculo,
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Artigo em especial para as pequenas e médias empresas: a escassez de recursos próprios, carência ainda não sanada integralmente pelas linhas de crédito do BNDES, devido à dificuldade de acesso provocada pela burocracia intransponível, exigências e garantias exageradas. Além disso, diante da impossibilidade de utilização dos fundos públicos garantidores (o BNDES-FGI ainda está em processo de habilitação), os bancos repassam recursos em valores inferiores aos demandados, a fim de diminuir riscos. É preciso, também, ampliar os sistemas de informação sobre linhas de apoio ao investimento e os fundos de investimentos, os quais são apontados, principalmente pelas pequenas empresas, como obstáculos significativos à aplicação de recursos em empreendimentos produtivos. Finalmente, a pesquisa indicou o empecilho do câmbio valorizado, principalmente para as empresas exportadoras, pois reduz a competitividade dos produtos nacionais. Afinal, associado à baixa qualidade da infraestrutura, encarece muito os nossos produtos no mercado externo. Exemplo real e conclusivo de como todos esses problemas afetam a manufatura encontrase na indústria de transformação do plástico. Constituído por aproximadamente 11.500 empresas, na quais trabalham cerca de 330 mil brasileiros, o setor apresenta déficit em sua balança comercial já próximo de um bilhão de dólares. Somente em 2009, o País importou US$ 2,1 bilhões em produtos plásticos transformados. Portanto, o elevado custo para produzir e a dificuldade de investir para ganhar mais competitividade, conforme indicou a pesquisa da Fiesp, precisam ser solucionados. Caso contrário, o crescimento econômico nacional continuará assentado sobre bases muito frágeis, o que, convenhamos, é um imenso risco na volátil e caprichosa economia contemporânea. PNE *Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da FIESP
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Mural KISSsoft AG e SABIC: substituição de metais por material plástico As vantagens do plástico sobre outras matérias-primas consolidase cada vez mais. A SABIC Innovative Plastics e a fabricante suíça de softwares KISSsoft AG fazem parceria para realizar cálculos de dimensionamento de projetos de engrenagens de metal para substituí-las por compostos termoplásticos versáteis, duráveis e de alto desempenho. Para acelerar essa tendência, a KISSsoft está aplicando esses cálculos a 17 tipos de compostos especiais LNP*, da SABIC, incluindo grades de altas temperaturas, com lubrificação interna e reforçados com fibras. Desta forma, a partir de agora, engenheiros e projetistas podem substituir o método de tentativa e erro por dados validados, baseados em parâmetros, como resistência à temperatura e desgaste de dentes, além de poderem simplificar significativamente o processo do projeto de engrenagens. Essa nova solução trará benefícios, como a redução de custos de sistemas de uma ampla gama de setores, desde o médico-hospitalar e o automotivo, até o de serviços de alimentação, ampliando excepcionalmente a liberdade de projeto, a redução de peso e a possibilidade de maior desempenho. Segundo Stefan Beermann, diretor-executivo da KISSsoft AG, “a falta de dados confiáveis tem sido um grande obstáculo para o projeto de engrenagens de plástico”. Ele afirma que os cálculos de dimensionamento para engrenagens de metal não podem ser aplicados a plásticos porque as propriedades dos plásticos podem variar com a temperatura. “Nosso trabalho com a SABIC, no entanto, tem permitido à KISSsoft incorporar as
propriedades a um grande grupo de compostos sofisticados em nosso software de cálculo, simplificando radicalmente o processo do projeto de engrenagens. Independentemente das engrenagens se destinarem a sistemas de teleféricos, equipamentos de construção, transmissões de carros de corrida de Fórmula 1 ou espaçonaves, os clientes podem agora selecionar e avaliar os compostos especiais da SABIC Innovative Plastics de maneira rápida e precisa”, diz Beermann.
Braskem lança resina especial A oferta de soluções para os setores de embalagem ganha força com um novo lançamento da Braskem no mercado internacional: o LD3001A é um grade PEBD específico para confecção de filmes para proteção de frutas durante o período de maturação. A proteção adequada das frutas garante a qualidade final exigida pelo mercado Europeu e Americano, principais importadores. Este grade será inicialmente destinado para a Região Andina e América Central. A embalagem é importante porque a proteção adequada das bananas impede que insetos provoquem manchas escuras na casca, o que tira o valor comercial para exportação. A utilização dos filmes para proteção reduz significativamente o uso de inseticida, pois este fica limitado ao filme em vez de ser aplicado diretamente na fruta, fazendo com que o trabalhador rural fique menos exposto ao pesticida. Além de aditivação específica, este grade apresenta ótima processabilidade e capacidade de confecção de filmes finos em processo blow. As características do grade permitem que ele seja processado em temperaturas relativamente baixas, pré-requisito para que os inseticidas adicionados ao polímero não sofram degradação térmica durante o processo de extrusão dos filmes , fazendo dele uma especialidade. “A estratégia comercial é ofertar 750 toneladas/mês e, devido ao volume desse mercado, buscar uma maior participação ao longo do tempo”, completa Marco Cione, gerente Comercial da Braskem, responsável pela Região Andina e América Central.
Export Plastic presente na Feira K Há mais de 50 anos o universo do plástico e da borracha tem na Feira K, que acontece há em Düsseldorf (Alemanha), um
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Mural referencial de inovação e ponto de encontro dos mais importantes compradores do mundo. No período de 27 de outubro a 3 de novembro, esse segmento encontra-se na sua maior feira: a K. Isso mesmo, uma simples letra que representa a vitrine das novas tendências em toda a cadeia do plástico, reunindo compradores internacionais de várias regiões. Diante dessa importância, o Programa Export Plastic decidiu promover encontros de negócios com empresas brasileiras participantes do Programa, compradores e agentes internacionais, além de palestra sobre particularidades do mercado alemão e aspectos comerciais europeus, a ser proferida por um especialista internacional. Esses encontros ocorrerão em espaço anexo à feira. “As reuniões de negócios em Dusseldorf serão concentradas em um único dia, 28 de outubro, segundo dia da K, para que as empresas brasileiras tenham tempo de conhecer as novidades apresentadas no evento e ainda, caso tenham interesse, visitar a Pack Expo (EUA), por exemplo”, diz Cristina Sacramento, especialista em Desenvolvimento de Mercado – Embalagens Flexíveis. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 2148-4773, com Cristina Sacramento ou pelo e-mail cristina.sacramento@exportplastic.com.br.
Evonik eleva projeções para 2010 A recuperação da economia internacional pode ser comprovado pelos resultados financeiros de algumas multinacionais como aqueles anunciados pela Evonik Industries AG referentes ao primeiro trimestre de 2010. A empresa, que atua em vários segmentos, como o químico, relatou melhoria considerável em todos os seus principais indicadores. As vendas do Grupo Evonik atingiram a marca de 3.769 milhões de euros no primeiro trimestre de 2010, aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. que foi marcado pela crise econômica mundial. Globalmente, o lucro líquido do Grupo Evonik foi de 290 milhões de euros, comparado a um prejuízo de 46 milhões de euros no primeiro trimestre de 2009. A tendência de negócios bem sucedidos
registrada pela área de químicos no quarto trimestre de 2009 teve continuidade e ganhou força no início de 2010. Apesar de ainda haver um pouco de incerteza relativa às tendências econômicas, especialmente tendo em conta a situação dos mercados financeiros, os bons resultados registrados no primeiro trimestre trouxeram otimismo para a Evonik quanto ao seu desempenho em 2010 e o grupo espera índices superiores aos do ano passado.
Nord West inaugura sede em Joinville A Nord West – Soluções em Plásticos, que tem o especialista Adriano Francisco Reinert entre seus diretores começa suas atividades tendo como sede Joinville, uma das cidades-pólo do setor plástico no Brasil. No início de agosto a Nord West recebeu amigos, colaboradores e clientes para uma confraternização. A empresa vai oferecer soluções em plásticos desde o desenho do produto até a execução final e tem condições de atender a pedidos de todo o Brasil e América do Sul.
Abiplast critica setor financeiro Em manifesto publicado em agosto, as entidades empresariais - de setores tão diversos como têxtil, produtos químicos, siderurgia e indústria plástica – defendem o BNDES de ataques do setor financeiro. As liderança afirmam que os incentivos do BNDES “estão permitindo a crescer 2% do PIB em investimento, ou seja, mais de R$ 60 bilhões em investimentos adicionais”. Para o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz, as críticas ao BNDES são “uma campanha orquestrada pelos bancos privados”. Nos últimos 12 meses, até maio, os desembolsos do BNDES para indústria foram de R$ 64,446 bilhões. Desse total, o setor petroquímico/ química ficou com 18%, que representam R$ 23,327 bilhões.
Tigre reage ao avanço da Amanco A mídia nacional destaca que o mercado de tubos e conexões está em evidência.
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A Tigre elegeu a compra da também catarinense Tubozan como prioridade número 1. O objetivo é reagir à escalada da Amanco, que avança aceleradamente no mercado brasileiro de tubos e conexões de PVC. Com faturamento anual em torno de R$ 80 milhões, a Tubozan tem capacidade para produzir 21 mil toneladas de tubos por ano. Atualmente está investindo R$ 12 milhões para ampliar a produção em 20%, até 2012. A Tubozan, porém, nega a negociação. A Tigre informou que “não confirma a negociação, mas acompanha o movimento do mercado, avaliando diversas oportunidades”.
Anunciantes da Edição Banco do Nordeste # Pág. 36 Caixa # Pág. 33 Colorfix # Pág. 23 FCS # Pág. 19 HGR # Pág. 09 Ineal # Pág. 20 Itatex # Pág. 12 Kie # Pág. 22 Mainard # Pág. 32 MG # Pág. 21 New Imãs # Pág. 32 Nova Piramidal # Pág. 11 NZ Philpolymer # Pág. 13 Plastech # Pág. 27 e 29 Recicla Nordeste # Pág. 31 Rosciltec # Pág. 32 Rulli # Pág. 02 Sasil # Pág. 05 Seibt # Pág. 18 SEW # Pág. 25 Shini # Pág. 17 Só Compressores # Pág. 35 Tsong Cheng # Pág. 15
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