FOTOS: DIVULGAÇÃO/PNE
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plastico nordeste .com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3026.0638 editora@conceitualpress.com.br Filial Nordeste
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Av. Bernardo Vieira de Mello, 4522/701 CEP: 54.440-620 - Candeias Jaboatão dos Guararapes - PE
"O sucesso é uma consequência e não um objetivo." (Gustave Flaubert)
Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica
Da Redação
Redação:
Por Melina Gonçalves. >>>>
Pág. 04
Plast Vip NE Pág. 06
Especial
Departamento Comercial: Débora Moreira, Magda Fernandes e Sandra Tesch Design Gráfico & Criação Publicitária:
Distribuidores de olho na região. >>>> Pág. 10
Destaque
José Francisco Alves (51 9941.5777) Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às
Feira Recicla Nordeste. >>>> Pág. 24
28
Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio
Maurício Groke, da ABRE. >>>>
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Gilmar Bitencourt
Eventos
indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes
Os números da Embala. >>>> Pág. 28
Lançamento
à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem
Novo lubrificante Mobil. >>>> Pág. 30
Giro NE
necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste . É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.
As últimas do plástico na região. >>>> Pág. 32
Mural
Tiragem: 3.000 exemplares.
Filiada à
Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 34
Anunciantes
ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
Os parceiros desta edição da Plástico NE. >>>> Pág. 34 Capa: divulgação.
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas
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Da Redação
Reciclando as ideias
“O nordeste do país cresce de forma rápida. O aumento do consumo da população e a criação de pólos industriais fomentam a economia da região.”
E
sta edição da Revista Plástico Nordeste aborda pelo menos dois assuntos extremamente relevantes ao setor. O primeiro deles é a situação dos distribuidores de resinas que atuam no Brasil. Aumento das importações e o aparecimento de revendedores de ocasião perturbam os empresários e os resultados destes acontecimentos afetam diretamente os transformadores da região. Outro assunto importante para a indústria de plásticos do nordeste é a questão dos resíduos sólidos e reciclagem. Os números neste sentido são precários e há muito que crescer. Para isso surgiu a Política de Resíduos Sólidos, assunto da nossa seção PlastVip, e a Feira Recicla Nordeste em Fortaleza, que mereceu um destaque em reportagem nas páginas 24, 25, 26 e 27. O nordeste do país cresce de forma rápida. O aumento do consumo da população e a criação de pólos industriais fomentam a economia da região. Todos enxergam aqui com bons olhos. Mas o local tem suas carências como mão-de-obra qualificada (além de trazer empresas para região é necessário qualificar os profissionais locais) e limitações em relação à coleta seletiva. E ao que tudo indica os empresários do setor estão bem atentos à estas questões e promovem atitudes para reverter o quadro e aproveitar este momento de holofotes voltados ao nordeste do Brasil. As instituições e poder público precisam auxiliar a iniciativa privada a superar seus desafios. Prova da força de vontade do nordestino está na Recicla Nordeste, evento que estimula a discussão de questões ligadas a reciclagem e que ajuda a esclarecer dúvidas, criar novas formas de resolver a questão do lixo urbano e apresenta inovações para os setores que trabalham com reciclagem. Principalmente agora, com a Política de Resíduos Sólidos, se faz necessário abrir os olhos e buscar soluções sustentáveis. Sociedade, indústria e varejo precisam juntos cuidar do destino dos descartes. Principalmente o nordeste, que cresce a passos largos e consome cada vez mais bens de consumo duráveis e não-duráveis, acumulando cada vez mais lixo urbano nas cidades e rodovias. Portanto, crescer é bom. Com responsabilidade, melhor ainda.
MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste > Setembro/Outubro de 2010 >>>>
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DIVULGAÇÃO/PNE
PLAST VIP Maurício Groke
Responsabilidade compartilhada A indústria de embalagens nacional terá importante participação na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Saiba como se dará essa contribuição e qual será o papel de sua empresa para fazer a sua parte nessa ação que tramitava há 20 anos no Congresso Nacional. 6 > Plástico Nordeste > > Setembro/Outubro Setembro/Outubro de de 2010 2010 >>>> >>>>
Revista Plástico Nordeste - Como está a participação do plástico na indústria de embalagem? Maurício Groke - O segmento de embalagens teve um crescimento significativo em todas as categorias, lógico tendo uma oscilação, dependendo do material. Com o grande crescimento do mercado brasileiro, o resultado para este setor foi bastante positivo. As perspectivas de fechamento deste ano são de crescimento acentuado, mas em contra-partida, o que observamos é a grande quantidade de importação de embalagens e de produtos que já vêm embalados de fora. Como em todos os setores, devido ao nosso câmbio muito valorizado, teve uma migração para a importação, principalmente por parte das empresas que trabalham globalmente, ocasionando a chegada do produto já embalado ou da embalagem. Este foi um fenômeno que ainda persiste. Plástico Nordeste - Sobre importação: O Brasil é um grande exportador de commodities, mas também é um grande importador de produtos acabados. Isso também ocorre com o universo de embalagens? Groke - Sem dúvida. Neste tema existe sinergia com outras entidades em um tra-
vdvks
Presidente da ABRE destaca a grande mudança do país com a Política de Resíduos Sólidos
A
Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) está alerta ao aumento das importações, aos preços pouco competitivos das resinas termoplásticas e da energia elétrica nacional e à questão da sustentabilidade. Mas sem dúvida o principal desafio do momento é quanto a regulamentação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, ação que interfere diretamente nesta indústria que estima faturar em 2010 cerca de R$ 40 bilhões. E dentro deste cenário, encontra-se o plástico, responsável por 29,7% da produção física da indústria de embalagens (dados de 2009) e considerado o maior exportador deste setor no primeiro semestre de 2010 representando 53, 91% dos produtos enviados ao exterior. Para buscar um maior entendimento sobre qual a participação dos fabricantes de embalagens nesta nova Política, de que forma ela será posta em prática e os caminhos desta estrada, a revista Plástico Sul apresenta nesta edição uma entrevista com Maurício Groke, presidente da ABRE.
balho que começamos a pontuar de maneira forte nos Fóruns em que discutimos esse tema, também passando para todo o empresariado e para o poder público o fenômeno de exportarmos muito insumos básicos. No mês de agosto tivemos um ciclo de conhecimentos com o tema Produzindo no Brasil. Na ocasião foi apresentado que no primeiro semestre deste ano dos 10 principais produtos exportados, oito deles são commodities de insumos básicos: minério de ferro, produtos agrícolas, entre outros. As exceções foram os aviões e automóveis. Então nós vimos a oportunidade de agregar embalagem para exportação. A idéia é o governo pensar em uma política e mecanismos para que essas commodities de algum modo sejam industrializadas no Brasil. E sabemos que para agregar valor ao produto, quando ele passa do está-
básicas extrativistas, que além de tudo é muito volátil. Plástico Nordeste - Na questão de embalagem, também está se sentindo a grande entrada de produtos importados? Groke - Sim. Pontualmente este fenômeno de importação está afetando mais o setor de plásticos do que outros materiais do setor de embalagem. Plástico Nordeste - Isso ocorre devido a que fator? Groke - São dois fatores. Primeiro, realmente o maior volume produzido hoje de embalagem é de plástico. Então este fenômeno acontece em todo os setores, mas tem o maior reflexo nas embalagens plásticas, por ser o maior segmento. Outro fator é que a nossa resina sofre com a questão do custo, que não
A situação dos resíduos no nordeste
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* O Nordeste tem o maior volume de lixo per capita e apresenta a situação mais crítica por deficiências na coleta e destinação, onde 67,1% dos resíduos gerados, o equivalente a 24.105 toneladas diárias ainda têm como destino lixões a aterros controlados. * A região é responsável por 26% do lixo produzido no País e por uma produção per capita de 1.254 quilos diários, maior do Brasil, superando até mesmo o índice do Sudeste, que produz mais lixo, 49% do total do País. * O Nordeste contabiliza também o maior número de lixões do Brasil: 51% dos 1.688 existentes no território nacional. Fonte: Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
gio primário para o estágio seguinte, sempre se agrega embalagem. A embalagem é necessária neste processo. Plástico Nordeste - Quais são os entraves da indústria de embalagens que dificultam a exportação? Groke - A dificuldade é a avalanche de custos que faz com que ela fique mais cara. Se eu tenho a energia mais barata do mundo e se eu tenho a resina mais barata do mundo, eu teria que ser altamente competitivo para exportar uma embalagem plástica, por exemplo. Mas não é isso o que acontece. Então a pauta de exportação baseada na industrialização para um país em desenvolvimento é extremamente importante e não uma pauta de commodities
a deixa competitiva, enquanto outros países conseguem ter um preço extremamente mais competitivo para esta matéria-prima básica. E junto com isso a reanálise de toda a cadeia enérgica. Acredito que o plástico tenha sofrido mais por esta conjuntura e porque é um produto que em outros países está muito mais competitivo do que no Brasil. Plástico Nordeste - Quais os desafios e obstáculos futuros para o setor de embalagem? Groke - O grande desafio é a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Estamos num momento em que recentemente foi assinada pelo Presidente da República essa política, aprovada e promulgada por ele. E ele solicitou que em até 90 dias tivesse uma regula-
mentação. A ABRE junto com a Confederação Nacional das Indústrias e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) acabou de promover um Fórum de esclarecimento para os vários setores da indústria de embalagens. A ABRE, junto com as entidades dos materiais de embalagens, tem feito reuniões regularmente para traçar algumas diretrizes para essa regulamentação. Nós apoiamos a lei que vai trazer uma regulamentação nacional, não como ocorre com algumas leis que pipocam por aí prejudicando o plástico, colocando-o como vilão deste problema dos resíduos. Com a política nacional, o nosso trabalho é na regulamentação. Como ela prevê a responsabilidade compartilhada e encadeada, quer dizer que desde o produtor da matéria-prima até o consumidor final, todos serão responsáveis. Só que isso está na Política de Resíduos Sólidos de forma geral. Quanto à regulamentação, nós estamos junto ao poder público trabalhando para que se consultem todos os setores e tratem de elaborar alguns acordos setoriais que sejam entendidos e no nível de colaboração para esta regulamentação, visto e compreendido. Há vários setores que já estão muito desenvolvidos nesse contexto devido aos processos que já existem hoje de logística reversa. O grande desafio é a regulamentação: Não podemos deixar que tenha viés de ajudar ou prejudicar alguns dos materiais de embalagem. Tem que ser visto o impacto de cada um, o ciclo de vida de cada um e como diz na política, o reuso, reciclagem mecânica ou energética ou ainda destinação final direta para os aterros. Nosso receio é que façam simplesmente uma regulamentação básica inicial e publiquem isso.
Plástico Nordeste - Nesta lei de resíduos sólidos as embalagens serão as mais afetadas? Groke - As embalagens são o maior volume do resíduo, mas não é o maior peso do descarte. Na regulamentação, toda a indústria é responsável pelo produto que fabrica e vai ter que estudar meios de reduzir o material, ou seja, se a embalagem pode ser diminuída no seu volume para reduzir o resíduo na hora do descarte, a indústria dará isso. O consumidor, como vai ter que descartar corretamente, também vai procurar o produto mais fácil de descartar e que tenha um destino mais adequado. Nessa corrente,>>>>
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PLAST VIP Maurício Groke o supermercado não vai querer colocar na prateleira um produto que poderá gerar um problema para ele. Assim vai indo para trás até chegar na Braskem que já lançou um plástico verde, que tem fonte renovável. Então já começa o viés de sustentabilidade permear toda a cadeia. E a indústria de embalagens não tem nenhum receio disso, ela só tem receio de que as coisas não sejam perfeitamente equilibradas.
ta no consumidor final é atividade do poder público. Nós sabemos que isso tem um custo, que deve ser encadeado de acordo com a responsabilidade de cada um. Não podemos simplesmente penalizar qualquer um destes elos da cadeia, pois na Política está bem claro que todos têm responsabilidade compartilhada e encadeada.
ção, acredito que por causa desta visão. Como eles lançaram isso mundialmente, aqueles países que já tinham esta problemática de resolver melhor a situação, porque a política de resíduos já existe, tiveram interesse maior.
Plástico Nordeste - O consumidor está preparado para pagar um valor agregado Plástico Nordeste - O PE verde produzi- por embalagens sustentáveis? do pela Braskem tem grande parte de Groke - Hoje ele não está. Vejo que o conPlástico Nordeste - Qual vai ser o pa- sua comercialização destinada para a insumidor vê um produto com valor agregapel do fabricante de embalagens den- dústria de plástico do exterior. Poucas do, mas não sabe ainda que valor é esse, tro dessa lei? foram as empresas de embalagem naci- então não quer pagar por ele. O consumiGroke - Ele estará encadeado em vários mo- onais que abraçaram ou a ideia. O que dor final tem que ser chamado definitivavimentos. Utilizando o exemplo de uma em- isto representa? mente a participar desta cadeia. Hoje se fala muito, mas se faz pouco. A educação deste consumidor fiEntenda a Política Nacional nal no sentido de contribuir é de Resíduos Sólidos importantíssima, pois a embalagem acaba na mão do consumiCom a sanção da lei que cria a Polítidor, que tem o livre arbítrio de ca, o Brasil passa a ter um marco fazer o que quiser com ela. A inregulatório na área de Resíduos Sólidos. dústria vai ser fiscalizada e reA lei faz a distinção entre resíduo (lixo gulamentada e o consumidor tamque pode ser reaproveitado ou reciclado) bém terá que ser fiscalizado e regulamentado. Aí sim ele verá que e rejeito (o que não é passível de reaproserá melhor comprar uma embaveitamento). lagem que tenha menor impacto A Política Nacional de Resíduos Sólido que a que tem maior impacto. dos reúne princípios, objetivos, instruA questão não é pagar mais caro, mas sim de valorizar aquilo que mentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. O projeto de lei, que traz um resultado melhor. tramitou por mais de 20 anos no Congresso Nacional até que fosse aprovada, DIVULGAÇÃO/PS
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responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo. balagem encomendada para um convertedor: ele começa ali vendo qual a embalagem mais adequada para aquele produto dentro do seu próprio material, ou seja, se ele é único, se pode separar, qual vai ser o seu destino, o que pode ser feito com ele depois de ser utilizado. Isso tudo está no design, na matéria-prima e no processo de fabricação. Desta forma, o fabricante terá que estar preparado, para que no final de tudo isso, esta embalagem fique a sua disposição novamente para o reuso, reciclagem, ou se não serve para nenhum destes destinos, que o poder público determine o aterro sanitário ou a reciclagem energética. Agora, a responsabilidade não pode ser somente deste fabricante porque fazer a cole-
Groke - Essa sensibilização maior talvez tenha ocorrido porque têm países que já tem uma legislação mais rígida em termos de resíduos e que por isso veem maior benefício nesse trabalho. Acredito que, se no Brasil a Política Nacional já tivesse em vigor há mais tempo, com mecanismos e regulamentação, isso não aconteceria. No país estamos vendo na própria regulamentação que nem todas as empresas entenderam corretamente o que vai se suceder. Houve uma mudança de paradigma. Ninguém será mais igual daqui para frente. Sabemos que existe uma demanda interna para o plástico verde muito grande, a própria Braskem fala isso. Vamos dizer que o brasileiro chegou um pouquinho mais tarde dentro dessa inova-
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Plástico Nordeste - Como ter rentabilidade em uma indústria concorrida como a de embalagens? Groke - A primeira coisa é se reinventar. A indústria deve ter uma visão internacional. As coisas acontecem em nível mundial em um piscar de olhos. Hoje, mesmo você estando quieto aqui no Brasil no seu mercado, está sendo visto pelo mundo todo e também pode ver o mundo. O Brasil sempre teve uma economia fechada, que até nos protegeu da crise, mas esse fenômeno nos tornou alvo do mundo. Se as empresas tiverem o comodismo de ter um mercado bom aqui e só pensar nele e se não acompanharem esta evolução de que a sustentabilidade tem que estar presente em todas as ações do seu dia-a-dia, não terão como crescer e ser rentável. Temos que ser os agentes da mudança e evoluir.PNE
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ESPECIAL Distribuição de Resinas
De olho no nordeste
O
mercado de distribuição de resinas parece crescer com margens apertadas e a passos lentos. Em contra-partida, a região nordeste impulsiona o Brasil e sua população consome cada vez mais bens duráveis e nãoduráveis. Desta forma, o setor de distribuição vê na região um grande potencial para auxiliar no desempenho de seus negócios. De uma forma geral, dirigentes e empresários do setor falam sobre a avalanche de resinas importadas e o baixo preço das commodities ocorridos nos últimos meses que acabaram por prejudicar as companhias nacionais. O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas (Adirplast), Wilson Cataldi, revela que o mercado de distribuição vendeu no 1º semestre, 244 mil toneladas de resinas com previsão de fechamento para o ano de 500 mil toneladas, indicando um crescimento na
ordem de 5% a 6% em relação a 2009. “A distribuição autorizada em 2007 vendeu 500 mil toneladas. Em 2008, que foi o ano que começou a crise, vendeu 440 mil toneladas e em 2009, a distribuição vendeu 480 mil toneladas. E agora em 2010 nós voltamos as 500 mil toneladas”. Por isso, explica Cataldi, se for observado que em 2007 foram comercializadas 500 mil toneladas de resinas e passados três anos inteiros a vendas continuaram neste patamar, chega-se a conclusão que a distribuição é um setor que não está conseguindo capturar o crescimento do varejo. O dirigente explica que esse crescimento foi para duas pontas: para a petroquímica que hoje consegue atender um ponto de corte um pouco mais baixo e pelos importadores e revendas de resinas. A distribuição no Brasil está operando atualmente entre 11% e 12%, se comparado ao consumo de resinas no país. Di-
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vidindo entre commodities e especialidades, 80% do volume comercializado é entre polipropilenos e polietilenos, cerca de 7% ou 8% é de poliestirenos, 8% ou 9% especialidades, e o restante são os outros materiais. O dirigente declara que o faturamento no ano de 2010 deve ser na ordem R$ 2,5 bilhões de reais, empregando de forma direta mais de 1200 pessoas.
Desafios a parte, Cataldi confirma que os holofotes da distribuição estão voltados ao nordeste do país. Conforme o presidente da Adirplast, nos últimos dois anos a região tem apresentado um crescimento maior do que os demais estados brasileiros. O Nordeste, que representava 6,4% do volume de produtos transformados para o varejo de resinas, hoje significa 6,8%. O crescimento, apesar de parecer tímido, demonstra uma tendência que é justificada por dois fatores,>>>>
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segundo Cataldi. “O crescimento da base de consumo da nova classe média brasileira está no nordeste do Brasil. Essa nova classe média que está surgindo na região é altamente consumidora de resinas termoplásticas porque é um acesso novo a comida, embalagem, brinquedos e uma série de coisas que essas classes do consumo não tinham acesso”. Além disso, o dirigente cita a política dos governos, federal e estaduais, que com incentivos e benefícios fiscais movimentam os estados da região.
Quem também enxerga no nordeste um mercado em potencial é a Braskem. O vice-presidente da Companhia, Rui Chammas salienta que no local a população está apresentando maior poder aquisitivo. “Os investimentos em produção de resinas no local são históricos: o polo de Camaçari é dos anos 1970. Mas em transformação não e pouco a pouco nós começamos a vender mais e mais resinas”. O executivo cita Alagoas como um polo que se formou nos últimos quatro anos e salienta o movimento de transformadores do sul que estão desenvolvendo unidades produtivas no nordeste. “Portanto não estão migrando, mas sim desenvolvendo um novo polo”, afirma. O vice-presidente da Braskem, quando abordado sobre como ficarão os distribuidores após a finalização da aquisição da Quattor (o processo ainda esta sob avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE) diz que a Braskem não tem a resposta. “Nós não estamos ainda trabalhando a distribuição Braskem mais Quattor de maneira unificada. Essa decisão vai ser tomada quando pudermos juntar as duas empresas” afirma Chammas, não deixando margens para maiores questionamentos. A Braskem é uma petroquímica nacional que através de um processo de fusões e aquisições cresce a passos largos em âmbito mundial e tornou-se recentemente a maior produtora de polipropilenos e polietilenos das Américas. Para a concretização deste sucesso, o papel de seus distribuidores atendendo os pequenos e médios transformadores é fundamental. Conforme Chammas, a Companhia possui dois distribuidores nacionais que são Piramidal e Sasil. Além disso, o executivo apresenta os seus distribuidores regionais: Eteno atuando no nordeste, Plasmar na região do
Chammas ressalta o bom momento vivido pelo nordeste do país em termos econômicos
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ESPECIAL Distribuição de Resinas
Rio de Janeiro, Dax no sul do Brasil e Fortymil na região de São Paulo.
Os dados do primeiro semestre de 2010 apontam um crescimento importante em comparação ao ano passado. Entretanto, é preciso lembrar que o primeiro trimestre de 2009 foi muito baixo, deixando a comparação de certa forma desleal. “Nós acreditamos que em 2010 teremos um consumo recorde em todas as resinas com crescimento importante em polipropileno, polietileno e PVC. Esse consumo está muito relacionado ao crescimento do país”, avalia o executivo ressaltando o boom da construção civil, que fez com que o PVC crescesse na esteira desta indústria. Além disso, salienta Chammas, o país apresenta bom desempenho na indústria de bens duráveis, incentivando o consumo de PP em automóveis e eletrodomésticos, por exemplo, e também alta de consumo da indústria alimentícia, onde se tem demanda tanto para PP quanto PE e PVC. Em 2009, a participação da empresa foi de 50% no mercado doméstico de PVC, 54% no de PP e 52% no de PE. O número da distribuição neste bolo se mantém entre 10 a 15%. “Mas também está crescendo junto conosco”.
Chammas acredita em duas formas de gerenciamento estratégico para que uma distribuidora de resinas tenha rentabilidade correta: uma delas é através de porte, como possuem os dois distribuidores nacionais da companhia, Piramidal e Sasil. “Nestes casos a empresas tem escala e boas condições de atender seus clientes”. A outra opção é ter uma estratégia de proximidade e de atuação regional, como fazem alguns dos distribuidores regionais. “Os dois caminhos são válidos, entretanto, se terá futuro para apenas um dos caminhos, eu não tenho certeza”, avalia, acrescentando ao mesmo tempo que não há uma formula única. “Um distribuidor é interessante para a petroquímica na medida em que presta um bom serviço ao cliente final”.
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A importação não é algo a ser eliminado já que estimula a competitividade. “Entretanto, a importação desleal, essa sim, deve ser eliminada”, acrescenta Chammas. Neste sentido, devem ser barradas as importações que não sigam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que não paguem corretamente seus impostos quando entram no Brasil. “Alguns incentivos fiscais para a importação praticados em determinados estados brasileiros são desleais porque não foram aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, que é quem define as regras que podem ou não serem seguidas pelos estados da federação”, sentencia. “Sim, existe importação, ela faz parte da regra global”, avalia o vice-presidente da Braskem. Entretanto, completa o executivo, o Brasil possui oferta de produtos muito corretas. Do grande volume de importação de resinas existentes no país, Chammas acredita que boa parte (leia-se mais da metade) é de volume entre as zonas Argentina e Brasil, de produtos da Dow que vem para o país. Na mão dupla, resinas brasileiras entram no território vizinho. Ainda sobre importação o executivo explica que, toda a vez que os preços caem até certo patamar existe um fluxo maior do mercado internacional. “Os preços caíram e agora estão retomando, está num período de alta de preços e nessas horas as empresas não importam pois tem medo que os preços voltem a cair depois”, explica o executivo. >>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas
Distribuidores investem na região
Cavalcanti: recentes investimentos elevam as projeções de crescimento da Sasil
Com fortes vínculos no nordeste do país e ambiciosos planos de crescimento internacional, a Sasil adquiriu recentemente a Varient, distribuidora de resinas termoplásticas pertecente a Braskem e focada nos mercados de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Com esse movimento de consolidação da distribuição, a empresa se fortalece no segmento de termoplásticos, onde é distribuidora oficial de PP, PE, PVC e EVA Braskem; PE, SAM e ABS Innova; Copoliésteres Eastman. “Esta aquisição dá grande corpo para nossa operação de distribuição nacional, uma vez que apenas o mercado de São Paulo responde por 60% do volume total e assim atingimos regiões anteriormente não atendidas pela Sasil em PE e PP”, explica o Presidente da empresa, Paulo Cavalcanti. Com a aquisição, a expectativa é de um incremento de 60% no volume e faturamento da unidade de termoplásticos da companhia durante o primeiro ano de atuação. A estrutura da Sasil contempla 12 filiais, além de depósitos estrategicamente localizados por todo o país. Em termos de comercialização de produtos, 8% representam o universo das especialidades enquanto 92% commodities. Em uma breve avaliação, Cavalcanti faz uma leitura de 2009 e 2010. O ano passado, segundo o empresário, foi atípico para todos os players do mercado. A forte queda dos preços internacionais devido à crise mundial foi determinante para um resultado aquém do esperado. Para 2010, Cavalcanti divide o desempenho do primeiro semestre em dois momentos: “No primeiro trimestre houve um incremento considerável nos volumes, combinado com aumento de preços que permitiu às empresas obterem um bom desempenho, já no segundo trimestre, pudemos observar um aumento expressivo nas importações e a correção de preços para patamares mais baixos, reduzindo o resultado da distribuição”, sentencia. As perspectivas para o segundo semestre são boas, com o esperado aumento de volumes por fatores sazonais e a conseqüente recuperação de preços. Especificamente para a Sasil, o empresário avalia que será um ano muito proveitoso, em decorrência do cenário de merca-
do e do movimento estratégico realizado com a Varient, que terá impacto relevante nos resultados do segundo semestre. “A aquisição desta empresa permitiu o acesso a o principal mercado do Brasil, no qual não atuávamos na distribuição de resinas PE e PP. É importante ressaltar que a Sasil já possuía uma estrutura relativamente grande na região uma vez que possui em mais de 34 anos de atividade, uma operação nacional consolidada na área de químicos”, explica Cavalcanti, salientando ainda que a Sasil continuará atuando com a marca Varient nos mercados de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Para isso a companhia investe em ações concretas, como a duplicação da capacidade de armazenagem em Minas Gerais, Rio Janeiro, Paraná, Santa Catarina e integração entre as equipes de termoplásticos Sasil e Varient.
A Piramidal ganhou um alcance ainda maior e fortificou sua participação no nordeste. Com a cisão da Varient, pertencente à Braskem, a empresa comprou o direito de distribuição e carteira de clientes da Companhia nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do Brasil. Com esse movimento Cataldi estima um crescimento na ordem de 15% nos negócios da Piramidal. “Esse volume não será captado de imediato, mas acreditamos que conseguimos implementar 15% a mais de volume em função das aquisições para o ano de 2011”, diz o empresário. Além dos polipropilenos, polietilenos e EVA da Braskem, a Piramidal leva em sua logística a distribuição autorizada de poliestireno da Sytron, masterbatches da Cromex, policarbonatos da Bayer, além de borrachas da Sarlink, resinas especiais da SABIC, compostos Borealis, poliacetal Kepital, ABS Lanxess, acrílicos Unigel e borrachas Nitriflex. Como revenda autorizada conta ainda com marcas como Dupont, Samsung e Ineos e Formosa. A empresa com seus 182 colabora-
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Lado Braskem
dores possui cinco centros de distribuição localizados em Recife (PE), Santana do Parnaíba (SP), São José dos Pinhais (PR), Cachoeirinha (RS) e Caxias do Sul (RS). “Desta forma, a empresa cobre os principais clusters de transformação do país”, diz o sócio-diretor da empresa, Wilson Cataldi. Os investimentos feitos desde 2008, como a implantação de um software de gestão SAP, renovação de sua frota, através da aquisição de 40 caminhões novos no mês de julho de 2010 e renovação da frota de empilhadeiras, fizeram com que a Piramidal esteja pronta para operar 150 mil toneladas/ano, segundo Cataldi. Entretanto, explica o empresário, em 2010 a Piramidal irá operar na faixa das 100 mil toneladas, mantendo os níveis dos últimos três anos. Em volume, 92% são commodities e 8% especialidades.
Apesar dos problemas de importação e revendas serem dramáticos para o setor de distribuição autorizada, Cataldi acredita que é um problema que deve ser combatido pela petroquímica brasileira. “A distribuição tem muito pouco a fazer como parte envolvida. Essa é uma missão da Braskem e da Quattor”. O empresário enfatiza a necessidade destas petroquímicas buscarem uma resolução principalmente>>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas para os transformadores que operam no mercado de revenda. Cataldi acredita que para a petroquímica tornar-se mais forte, quatro grandes e macro ações precisam ocorrer: São elas: 1º - “É necessário que os empresários e executivos que atuam nessa área enxerguem a sua capacidade de continuar exis-
tindo no mercado e promovam fusões, aquisições ou saída do mercado”. 2º - “A petroquímica brasileira deveria definir claramente os pontos de corte até onde ela atua e onde o distribuidor entra e qual número de atores que este mercado precisa ter, o que não é uma definição do distribui dor”. 3º - “Uma frente de diminuição e con-
trole da revenda no país, ação também da petroquímica”. 4º - “É preciso acharmos o tamanho correto do produto importado para o mercado brasileiro e tamanho de produto brasileiro no seu próprio mercado. Há três anos a quantidade de produto importado que entrava no mercado brasileiro era inferior a 5%, hoje está chegando a 20%.
Devido ao cenário da consolidação petroquímica, a Activas realizou recentemente um plano de negócios, além do já produzido planejamento qüinqüenal, que visa o crescimento sustentável da companhia. “Estamos buscando com isso crescimento de mercado sem prejudicar o share, ou seja, valorizar produto e aumentar margens”. Gonçalves acredita que o primeiro semestre de 2010 foi um período satisfatório, porém salienta que mês a mês houve queda de preços e a entrada desenfreada de resinas importadas no país, prejudicando o que estava indo bem e os resultados operacionais da empresa. Mas para o alívio pulmonar da distribuição como um todo, a partir de julho, os preços começaram a se normalizar, o que favoreceu não só o desempenho da Activas, mas de todo o setor. “Desta forma, o segundo semestre já sinaliza um cenário melhor, embor a eu não tenha certeza se
vai cobrir o que perdemos nos primeiros seis meses do ano”, conclui o empresário. Desde 2007 a Activas vem investindo pesado. Em 2009, buscando acompanhar o novo e desafiador cenário petroquímico, a empresa adquiriu novas roupagens: mudança de layout e novas instalações fizeram parte das apostas de Gonçalves. Entretanto, para 2010 a Companhia diminuiu o ritmo neste sentido em virtude da atual característica do mercado. Mesmo assim injetou verba nas áreas de gestão de pessoas e tecnologia da informação. Todos esses investimentos realizados há 4 anos, visam um objetivo único e fundamental. “Nossa estratégia é atender os clientes nacionalmente, pulverizados, levando ao transformador tudo o que ele precisa: agir nacionalmente, mas com atendimento personalizado por região”, explica o diretor. >>>>
Gonçalves estima para 2010 um crescimento de 25% em relação ao ano passado
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Lado Quattor
Activas ganha espaço Focada nos transformadores nordestinos, sempre participando de eventos na região e com filial em Pernambuco, a Activas ganha espaço neste mercado. Liderando o lado Quattor, a empresa possui ainda em seu portfólio de commodities os poliestirenos da Unigel. Na área de especialidades a empresa acumula as bandeiras da Basf, Eastman, IRPC, Lanxess, Bayer, Formosa, Cromex, Kraton e Actplus. O diretor da empresa, Laércio Gonçalves, afirma que Activas está preparada para atender a nível nacional e exemplifica: “Nos último mês nós atendemos 23 estados”. As filiais localizam-se em Jaboatão dos Guararapes (PE), Londrina (PR), Rio de Janeiro (RJ), Joinville (SC) e Caxias do Sul (RS). A matriz está fincada em Manuá (SP). Gonçalves estima um volume total de 70 mil toneladas para o fechamento de 2010, apresentando um crescimento de 25% em relação ao ano passado. Tal expectativa se dá sobre um ano que deixou um gosto amargo na boca dos distribuidores de resinas. Em 2009 o setor foi prejudicado pela crise e outros fatores que reduziram preços e margens de lucro. Comprovando a tese, o diretor da Activas revela que no ano passado a empresa precisou ter um volume 20% maior para que os resultados no faturamento fossem os mesmos que em 2008. “E consideramos isso um êxito na distribuição, pois uma época difícil, manter desempenho já é bom”, destaca Gonçalves acrescentando que foi um ano de crescimento, mas não de resultados.
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ESPECIAL Distribuição de Resinas Lado Dow Com foco na América Latina
cuperação no setor agrícola. O segmento de infraestrutura também deve passar por um momento de expansão no País, conforme Mattos, em vista das obras que serão necessárias para receberem os dois grandes eventos internacionais que o Brasil terá nos próximos anos, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Entec, Resinet e SM Resinas são as empresas responsáveis por comercializar polietilenos de alta e baixa densidade e lineares da Dow Brasil, divisão de Plásticos Básicos. Conforme o diretor de vendas da Companhia para o Brasil, Nestor de Mattos, os distribuidores são vistos como uma extensão da força de vendas e como tal necessitam estar alinhados com os princípios da Dow. “Enquanto aumenta o nosso acesso ao mercado brasileiro, a distribuição também é responsável por buscar oportunidades onde nossos produtos e soluções são vistos como uma fonte de diferenciação”, explica o executivo. Mattos esclarece que todo polietileno comercializado pela Dow no Brasil é produzido na planta industrial de Bahia Blanca, na Argentina. A América Latina é estratégica para a Companhia pela posição de liderança que
exerce na região e pelas possibilidades de expansão. Um dos projetos prioritários para a empresa no Brasil, diz Mattos, é a construção de um pólo alcoolquímico utilizando o etanol da cana-de-açúcar para a produção de plásticos. Ele afirma que a Dow continua interessada nos benefícios que esse projeto trará para o crescimento da empresa no Brasil, assim como nos avanços no desenvolvimento de materiais renováveis e bioenergia, prezando pela reputação da empresa como líder mundial em química sustentável. Mattos revela que a empresa prepara-se para o futuro trabalhando com marketing estratégico dentro dos três pilares da Dow: inovação, pessoas e sustentabilidade. “Nosso foco está nas necessidades dos clientes e dos clientes de nossos clientes (brandowners). Acreditamos que parcerias nos mostrarão qual será a dinâmica do mercado e as demandas que surgirão daqui a dois e cinco anos”. Em termos de negócios, o executivo acredita no crescimento do mercado de produtos para consumo da população local, como embalagens para alimentos, além de uma re-
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Polo alcooquímico ainda é projeto prioritário para a Dow, conforme Nestor de Mattos
Encabeçando a lista de distribuidores da multinacional, está a Ravago, focada na distribuição de seus polietilenos e especialidades. Além disso, também concentra seus esforços na comercialização nylon da Rhodia, PC, acrílicos e PMMA da Unigel e poliacetais da Ticona. A empresa também importa polipropilenos, via matriz dos EUA, borrachas da Europa e ABS. Apesar de ter uma participação muito pequena no mercado nordestino de distribuição a Ravago sabe da importância de es-
Para Cruz o ano de 2009 não foi satisfatório em termos econômicos e financeiros, já que se apresentou impactado por 2008. “A crise fez com que os preços de algumas resinas caíssem violentamente, em cerca de 50%”. Mesmo assim, o executivo afirma que a empresa vem obtendo crescimentos anuais. Entretanto para 2010 a previsão de crescimento em volume, que era na ordem de 20%, não será alcançada. “Acredito que iremos manter o mesmo desempenho do ano passado”. Apesar disso, Cruz espera melhores resultados financeiros do que em 2009 já que as especialidades estão contribuindo para o bom momento da Ravago. “Os plásticos de engenharia que foram a causa dos problemas em 2009 estão sendo a solução em 2010”, resume o executivo. As resinas especiais representam de 11% a 15% do volume de vendas da empresa. Presente em mais de 70 países, a Ravago
tar presente na região. Com planos de instalar um centro de distribuição no local em meados de 2011, o diretor da empresa, Osvaldo Cruz afirma que o nordeste reflete o crescimento econômico do país, onde um contingente número de pessoas passaram a consumir mais alimentos e necessidades básicas, onde a presença das embalagens em geral e principalmente o plásticos é muito importante.
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possui 30 funcionários no Brasil. Com centros de distribuição em Mauá (SP), Pinhais (PR), Itajaí (SC) e Novo Hamburgo (RS), a empresa é liderada no país pelo executivo Osvaldo Cruz.
A Resinet é uma distribuidora
de resinas termoplásticas com abrangência nacional e conta com uma capacidade instalada para armazenar mais de 13 mil tonela->>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas das mensais. Com matriz sediada na cidade de São Paulo e duas filiais no Sul do País, Curitiba (PR) e Caxias do Sul (RS), a empresa conta com duas Unidades de Negócios: Commodities e Especialidades. As Commodities são puxadas pelos Polietilenos da Dow, principal linha de produtos da empresa, Polipropilenos da Coreana LG e da Indiana Reliance e PS da Styron. Nas especialidades está uma ampla gama de produtos como ABS, ABS HH, ABS especiais para cromação, ASA, PC, Poliamidas, PPS, MS Resin, PMMA, Dióxido de Titânio, PVC – Emulsão, Compostos de PVC, Compostos de PE para Fios e Cabos, TPU e Blendas de Engenharia, entre outros. Os parceiros nesta unidade são BASF, Chi Mei, Tronox, Arkema, Polycid, Mexichem, Dow Química, Cromex, Unigel, Samsung e Kepital. O diretor comercial da Resinet, Antonio Celso Ferraz revela que o início de 2009 foi bastante afetado pela crise econômica que assolou o mundo, o que prejudicou negócios e resultados. “A recuperação somente se iniciou no segundo trimestre e acentua-
ram-se muito na segunda metade do ano quando o ritmo do mercado voltou aos níveis pré-crise”. Portanto, avalia o executivo, comparativamente a 2009, crescimento em volume e faturamento nesta primeira metade de 2010 foi da ordem de 40%. As especialidades já representam mais de 20% do volume total de vendas da Resinet.
da SM Resinas. O aquecimento do mercado interno minimizou os danos da crise econômica mundial, entretanto, não anulou os efeitos do excesso de oferta de produtos e baixas margens, conforme opinião de Tavares. “O negócio de distribuição de resinas terá um ano 2010 abaixo das expectativas”, acredita. Para o executivo, o mercado dos distribuidores oficiais continua marcado por excesso de oferta e competição intensa. Como pontos positivos, o diretor destaca a queda da inadimplência, a maior disponibilidade de crédito e o crescimento do consumo de resinas no mercado total. Ele salienta entretanto que em função do aumento das importações e da continuidade da atuação das revendas a distribuição oficial deverá apresentar um crescimento no volume de vendas bastante inferior ao apresentado pela demanda. “Para auxiliar na reversão do quadro, o processo de consolidação das distribuidoras é fundamental para que o mercado fique mais profissionalizado e passe a operar com margens mais adequadas”.
Impulsionada também pela distribuição oficial da Dow Química para polietilenos, a SM Resinas é uma empresa espanhola que também distribui polipropilenos da Repsol. Sua matriz está localizada em São Paulo e seus Centros de Distribuição em São Bernardo do Campo (SP), Curitiba (PR) e Novo Hamburgo (RS). A SM dispõe de uma capacidade de armazenagem de 8.000 toneladas de resinas. Segundo James Tavares, executivo da empresa, no ano passado, em função dos efeitos da crise econômica os volumes de vendas não cresceram como o esperado. Já para 2010 ele estima um crescimento de 14% no volume e de 23% no faturamento
Única e exclusiva distribuidora de resinas PET do Gruppo M&G no Brasil, a 3 Rios tem sua matriz localizada na cidade de Três Rios (RJ), uma filial em Recife (PE) para atender norte, nordeste e centro oeste do país e um escritório em São Bernardo do Campo (SP) onde concentram-se os departamentos de vendas e administrativo. Mas, conforme o executivo da empresa, Marcos Spinetti, a filial paulista em breve também armazenará e distribuirá resina PET. A 3Rios Resinas iniciou suas atividades em agosto de 2009 com volume de 500tons/mês e em menos de um ano de atividade distribuiu mais de 1.100tons/mês, crescimento de mais de 100%. Para aumentar ainda mais seu volume de negócios, o ano 2010 está sendo de expansão e entrada em novos produtos. “A capacidade instalada de estocagem está em torno de 1.000tons/ mês de PET e estamos investindo para aumentar em 50%”, revela Spinetti. Spinetti explica ainda como o mercado reage em relação a preços quando deixam de comprar direto da petroquí-
Marcos Spinetti, da 3Rios enxerga no norte e no nordeste mercados altamente promissores
mica para comprar via distribuição. Ele afirma que inicialmente alguns clientes pensavam que teriam aumento no custo da resina o que não foi verdade. “Mantivemos a mesma política de preço do Gruppo M&G, com a diferença de estarmos mais perto dos pequenos e médios clientes, sendo mais ágil nas entregas, o que reflete na diminuição do capital de giro dos nossos clientes, maior tranqüilidade com relação ao próprio estoque, flexibilidade na forma de pagamento ou na quantidade para ser entregue”. A empresa possui atualmente um armazém em Recife-PE para atender os clientes na Região Norte e Nordeste de forma eficiente e competitiva. “Estamos trabalhando para desenvolver o fornecimento de resina nesta região, pois acreditamos que este mercado é promissor”, revela. Conforme o executivo, a M&G está
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Outras bandeiras
localizada em Ipojuca-PE e o armazém da 3Rios está em Recife-PE, propiciando assim, para os clientes da Região Norte e Nordeste, tranqüilidade com relação ao fornecimento de resina, pois não desperdiça frete, trabalha com estoque mais
enxuto, reduzindo capital de giro sem risco de ficar sem produto quando comparado com importação ou produto que venha do Sul ou Sudeste. “Temos convicção que superaremos as expectativas de nossos clientes”, finaliza.
Distribuidora de poliestirenos da Videolar e polietilenos, polipropilenos da SABIC além de polipropilenos da Petroken e Cuyo, a Replas atua no mercado com depósitos em São Paulo (SP) e Itajaí (SC), e escritórios em Curitiba (PR), Caxias do Sul (RS) e Baurú (SP). A empresa liderada pelos irmãos Marcelo Prando e Marcos Prando, possui em sua linha estratégica um crescimento baseado em caixa próprio e em sua parceria com fortes fornecedores de matérias - primas. Para Marcelo Prando o mercado de distribuição está muito indefinido e nervoso. “Acredito que logo que a Braskem definir seus distribuidores o mercado deve melhorar”, diz referindo-se a aquisição da Quattor pela empresa petroquímica.
O empresário concorda com os demais quanto a entrada de agentes sem experiência no mercado. Ele afirma que hoje apareceram muitos importadores independentes, que na verdade não são distribuidores. “Isso atrapalha, mas acredito que quando arrumar o mercado terá espaço só para quem realmente faça o trabalho de distribuição”, acrescenta. Prando finaliza explicando que a distribuição tem um papel fundamental no mercado, através de atendimento, volumes fracionados e entregas imediatas que uma petroquímica não tem condições de atender.
A Produmaster distribui hoje o poliestireno da Innova e ABS da Formosa, atendendo em todo o Brasil com representantes e uma filial no Nordeste (Camaçari). Segundo Carlos Benedetti, Gerente Geral Comercial da empresa, no novo endereço, próximos a 200 metros do trecho Sul do Rodoanel, a Produmaster praticamente triplicou em tamanho a capacidade de distribuição.
As commodities representam 80% dos negócios da empresa que, em 2010 teve acréscimo de 28% nos volumes no primeiro semestre em relação a 2009. “Nosso crescimento está projetado em 35 a 40% baseados em nosso plano de investimento e também no plano de gestão de 2010, com o anúncio de crescimento do PIB, ano de eleições e etc. Desta forma, temos vários eventos favoráveis para atingirmos este crescimento”, explica Benedetti. Na opinião do executivo, o segmento de distribuição ainda vai mudar nos próximos meses. “É um mercado aberto e um jogo para profissionais do setor, não há espaço para amadores”, avalia. A informalidade também foi percebida pela Produmaster e o gerente comercial acredita que além de ter aumentado, cresceram junto os problemas oriundos destes movimentos informais. “Ao meu ver isto só acaba com uma ação forte das Petroquímicas”, diz o executivo fazendo coro com os demais empresários do setor. PNE
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ESPECIAL Distribuição de Resinas
De olho nas Américas e foco no transformador Em rápida entrevista, João Luiz Zuñeda, sócio-diretor da Maxiquim Consultoria de Mercado sugere caminhos e avalia a importação. Confira. Revista Plástico Nordeste - Como avalia a questão da importação de resinas e das revendas informais? João Zuñeda - O ano de 2010 para a distribuição de resinas no Brasil está se desenhando como de crescimento menor que o conjunto do mercado e de margens mais apertadas para o negócio. Isto, no curto prazo, reflete uma busca de oportunidades comerciais na importação de resinas pela distribuição até para fazer frente ao crescimento das importações via tradings e representantes, que continuam crescendo em ritmo acelerado.
Plástico Nordeste - As distribuidoras nacionais devem também buscar a internacionalização de seus negócios? Zuñeda - Sim, com certeza. Mas qual é a abertura desta internacionalização? No passado recente falávamos apenas em Argentina e Mercosul. Atualmente o mercado pelo lado da oferta de resinas será cada vez mais Américas: Colômbia, Perú, Venezuela, México e EUA. As empresas brasileiras de distribuição têm que conhecer o que está acontecendo nestes países para concretizar oportunidades no mercado que mais crescerá na região nesta década: o mercado brasileiro. Isto é a internacionalização regional, mas aqui o regional agora é expandido para América Latina e América do Norte. Aí estarão as oportunidades comerciais e empresariais de longo prazo nesta década de 2010-2020. Os distribuidores de resinas do Brasil representados na Adirplast estão olhando cada vez mais as Américas. Isto é muito bom e veio para ficar. Este é o
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novo palco para os negócios, mais complexo, mais desafiador, como os empresários de sucesso gostam. Plástico Nordeste - Qual o futuro da distribuição? Zuñeda - O que está acontecendo no curto prazo está mostrando o caminho que deverá se consolidar no longo prazo na distribuição no Brasil: buscar nas Américas as oportunidades de crescimento para o seu negócio, fazendo com que a distribuição ocupe maior espaço no conjunto das vendas de resinas no Brasil, como já acontece no México e até mesmo na Argentina. Logicamente que isto virá com a prestação de serviços cada vez maior e qualificada para as empresas transformadoras de plástico atendidas pela distribuição. Vemos que este movimento é cada vez maior, ou seja, buscar oportunidades comerciais gerando valor para as empresas transformadoras clientes da distribuição. PNE
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Em pauta, a conscientização socioambiental
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DESTAQUE Recicla Recicla Nordeste Nordeste
P
ara mostrar à sociedade como funciona a cadeia produtiva da reciclagem, será realizada em Fortaleza, entre os dias 10 e 12 de novembro, a Recicla Nordeste 2010, primeira feira do gênero na região que terá em sua programação exposições de equipamentos e produtos e a realização de seminários, curso e workshop. O evento ocorrerá no Centro de Convenções do Ceará e disponibilizará cerca de 2.000 m² de área destinados à participação de fabricantes de máquinas, periféricos e matérias-primas, bem como empresas prestadoras de serviços e produtos para indústrias de reciclagem e transformação. A organização do evento estima um público visitante de 4 mil pessoas, entre empresários e profissionais da cadeia de reciclagem, transformadores, cooperativas, agentes ecológicos, professores, pesquisadores, estudantes e representantes de ONG’s. A Recicla Nordeste terá visitação gratuita e será realizada das 14 horas às 20 horas. As inscrições podem ser feitas pelo site www.reciclanordeste.com.br. O objetivo é induzir transformações na cadeia produtiva da reciclagem, no Estado do Ceará e na região Nordeste, através de capacitações, formações e facilitação de conhecimento. O evento também irá gerar a possibilidade de novos negócios e compartilhamento de experiências entre empresários e visitantes. A grande expectativa é reunir os atores da cadeia produtiva, promover a realização de negócios e o desenvolvimento do setor de reciclagem no nordeste, contribuindo em conseqüência
desta ação, com melhorias para o meio ambiente. Uma Indústria Modelo será montada durante o evento para demonstração dos processos de reciclagem ao vivo para os visitantes. Tudo o que for gerado de resíduos plásticos no evento será reciclado dentro da própria feira. Os resíduos de papel, papelão e lonas serão doados para cooperativas. O setor de reciclagem possui grande potencial de expansão para as empresas que já atuam no mercado, assim como para a criação de novas micro e pequenas empresas com foco na geração de negócios, emprego e renda. No Ceará, o Sindiverde registra cerca de 200 empresas recicladoras em atuação, com aproximadamente 3.200 trabalhadores. “O potencial de evolução é grande, mas, para isso, o setor precisa ser trabalhado e estimulado constantemente a crescer e a receber novos investimentos para seu incremento e desenvolvimento, o que justifica a realização de eventos como a Recicla Nordeste, que movimentará a cadeia produtiva, apresentando lançamentos e novas tecnologias, profissionalizando o setor, e, principalmente promovendo a consciência ecológica e a responsabilidade sócio-ambiental”, explica Marcos Augusto Albuquerque, presidente do Sindiverde. A Recicla Nordeste 2010 é uma realização do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Estado do Ceará (Sindiverde) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), vinculado à Federação das Indús-
trias do Estado do Ceará (Fiec), com promoção da Ikone Eventos.
Seminário de Reciclagem e Meio Ambiente Em paralelo à feira, será realizado o Seminário de Reciclagem e Meio Ambiente, que receberá empresários e executivos de empresas consolidadas no mercado para abordar temas como a integração setorial e estímulo para o setor de reciclagem, a política nacional de resíduos sólidos, o tratamento de resíduo sólido e a alternativa da reciclagem energética, o panorama da gestão de resíduos no Brasil e no mundo, a solução para o lixo urbano, a conscientização dos jovens para a prática de reciclar o lixo, dentre outros.
Prêmio de Jornalismo Na solenidade de encerramento do Recicla Nordeste, no dia 12 de novembro, serão anunciados os vencedores do Prêmio Sindiverde de Jornalismo, que visa estimular a produção jornalística voltada para a indústria de reciclagem, sugerindo pautas que se reportem as soluções inovadoras e iniciativas de sucesso no setor. O Prêmio abrange as categorias de jornalismo impresso e telejornalismo. As matérias inscritas versam sobre gestão de resíduos sólidos e boas práticas de reciclagem. Os três primeiros colocados receberão prêmios em dinheiro (R$ 7 mil para o 1º colocado de cada categoria; R$ 2 mil para os 2ºs colocados; e R$ 1 mil para os 3ºs colocados) e em equipamentos (netbooks e máquinas fotográficas). PNE
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DESTAQUE Recicla Nordeste Programação – Seminário 10 de novembro (quarta-feira) • 13h30min – Abertura Oficial • 14 horas - Palestra: Reciclar é Preciso Palestrantes: Roberto Macedo de Proença – Fiec; Ary Jaime de Albuquerque – Sindiverde; Marcos Augusto Nogueira de Albuquerque – Sindiverde; Francisco Férrer Bezerra – Indi; José Eriomar Rodrigues – Indi; José Valverde Machado Filho (SP) - a confirmar • 15 horas - Palestra: Integração Setorial e Estímulo para o Setor de Reciclagem Palestrante: Prof. Sabetai Calderoni – Instituto Brasil Ambiental • 16 horas - Palestra: Política Nacional de Resíduos Sólidos Palestrante: José Valverde Machado Filho – Assessor Parlamentar (a confirmar) • 17 horas – Case COTEMA - Conselho Temático de Meio Ambi ente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC
11 de novembro (quinta-feira) • 14 horas - Palestra: Instrumentos Fiscais e o Mercado da Reciclagem Palestrante: Valéria Theodoro Ramos – Escola Superior OAB-SP • 15h30min às 17h10min - Painel: Plastivida – Tratamento de Resíduo Sólido e a Alternativa da Reciclagem Energética; Panorama da Gestão De Resíduos no Brasil e no Mundo Palestrante: Abrelpe • 15h30min às 16h10min – Palestra: Fatores de Influencia na Tomada de Decisão para Destinação de Resíduos Palestrante: Regina Alice de Souza Pires EMAE – Empresa Metro-
politana de Águas e Energia • 16h10min às 16h40min – Palestra: Reciclagem Energética dos Plásticos : solução para o lixo urbano Palestrante : Francisco de Assis Esmeraldo – Plastivida • 16h40min às 17h10min - Debates / Perguntas • 17 horas – Case COTEMA - Conselho Temático de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC
12 de novembro de 2010 (sexta-feira) • 14 horas - Palestra: Serviço de Limpeza Urbana Palestrante: Juliane Berber - Chefe da Assessoria de Planejamento Ambiental do Serviço de Limpeza Urbana - SLU do Distrito Federal • 15 horas - Palestra: A experiência da Coca Cola no Sul do Brasil Palestrante: Leo Voigt – Instituto Vonpar - RS • 16 horas - Palestra: O Jovem e a Consciência do Passivo Ambiental Palestrantes: Jovens • 17 horas – Entrega do Prêmio Sindiverde de Jornalismo • 17h30min – Entrega do Prêmio Meio Ambiente – Núcleo de Meio Ambiente da Fiec
Programação – Curso • Educação Ambiental Empresarial - Profª MSc. Mônica O . Simons – Centro de Educação Ambiental de Guarulhos (SP).
Programação – Workshop • Implantando a Coleta Seletiva no meu Condomínio – Tarcília Rego – gestora e educadora ambiental da Escola Cearense de Educação Ambiental (ECEA)
Artigo
Reciclagem Energética é fundamental e deverá gerar novos empregos ○
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Francisco de Assis Esmeraldo* ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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Em todo o mundo, tem crescido a Reciclagem Energética, em unidades industriais que utilizam processos limpos de transformação dos resíduos urbanos (lixo) em energia elétrica ou térmica. No Brasil, ainda há resistência na adoção dessa prática, em função de alguns mitos sobre essa tecnologia. Um deles é que substituiria a coleta seletiva e a reciclagem mecânica dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), levando à perda dos postos de trabalho. Nada mais equi-
vocado. Tal temor, embora legítimo, é desprovido de fundamento técnico, logístico e operacional, uma vez que a Reciclagem Energética não substitui a reciclagem mecânica. Complementa-a e, mais importante ainda, gera novos empregos. Os RSU estão entre as fontes geradoras de gases de efeito estufa. Atualmente, eles respondem por 3% das emissões do mundo e 1% daquelas do Brasil. Adicionalmente, expõem a população a problemas de saúde, principalmente pela destinação incorreta aos lixões e não a aterros sanitários, como deve ser feito. Nas grandes metrópoles do país,
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há outro problema: o esgotamento dos espaços dos atuais aterros e a falta de terrenos para a construção de novos. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) o Brasil gera 57,0 milhões de toneladas de lixo urbano. Desse total, 50,2 milhões toneladas são coletadas, ou seja, cerca de 6,8 milhões de toneladas de lixo urbano têm destino incerto. Do lixo urbano coletado, cerca de 28,5 milhões de toneladas vão para aterros sanitários e 21,7 para os lixões. O problema é agravado com a insufi-
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ciência de coleta seletiva, procedimento pelo qual os resíduos recicláveis são separados dos demais componentes do lixo urbano. Consequência desta insuficiência: mais emissões de CO 2 e esgotamento mais rápido da capacidade dos depósitos de lixo. Outros países, alguns bem menores que o Brasil, conseguiram resolver esse problema com ações integradas e soluções completas. Além de estimularem a coleta seletiva, a reciclagem mecânica e correta destinação final dos resíduos, desenvolveram tecnologia para realizar a recuperação energética em processos limpos. No tratamento dos resíduos sólidos urbanos, a coleta seletiva e sua consequente reciclagem mecânica constituem-se na prioridade N° 1, uma vez que esse processo gera emprego e renda para os catadores e para mão-de-obra dos recicladores, ambos intensivos em mão-de-obra. Esta solução já é uma realidade em vários países desenvolvidos e emergentes. Neles, cerca de 150 milhões de toneladas/ano de lixo são destinadas a mais de 850 usinas de geração de energia, todas perfeitamente adequadas às mais rígidas normas ambientais. Isso porque depois de separados, os resíduos são combinados para melhorar a eficiência no processo e assim incrementar a geração energética por meio dos gases resultantes que produzem o vapor que aciona o turbo gerador de energia térmica ou elétrica. O rejeito é utilizado na fabricação de material de construção, como telhas e tijolos. Os gases extraídos da caldeira são neutralizados em circuito fechado e, já limpos, lançados na atmosfera. Os resíduos destinados à Reciclagem Energética são apenas aqueles que não se prestam à reciclagem mecânica, como restos orgânicos, tecidos, fraldas descartáveis usadas etc. Portanto, a prioridade é, não só manter, como também expandir a coleta seletiva e a reciclagem mecânica dos resíduos recicláveis, o que vai assegurar a manutenção dos postos de trabalho dos catadores. Os resíduos plásticos que já não puderem ser reciclados mecanicamente são indispensáveis na Reciclagem Energética, porque promovem a combustão, substituindo o óleo diesel ou óleo combustível. Isso significa menos necessidade de combustível fóssil e mais uma reutilização de
embalagens plásticas, estando aí incluídas as sacolas plásticas que usamos para descartar o lixo doméstico – um ganho fundamental para a sustentabilidade. Agora, só falta vencer preconceitos construídos sobre as antigas e ultrapassadas usinas de incineração de lixo e implementar esse projeto nos municípios que precisam resolver os graves problemas dos resíduos urbanos. Para tanto, a Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos tem trabalhado em todo o Brasil para debater dúvidas, mitos e verdades sobre a Reciclagem Energética, buscando a viabilidade econômica, tecnológica e regulatória para a instalação de usinas no País. A ideia é integrar a produção de energia gerada a partir da reciclagem do lixo urbano na matriz energética brasileira. A Reciclagem Energética é uma iniciativa pioneira necessária, urgente e indispensável e que se apresenta como uma alternativa para resolver o problema do lixo urbano no Brasil, até porque essa tecnologia vem sendo largamente usada no mundo todo. Vamos investir nessa solução. PNE ○
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*Engº químico, presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da FIESP, do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da FIRJAN (RJ), do Conselho Executivo da Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) e do Conselho de Administração do Instituto do PVC. <<<< Setembro/Outubro de 2 010 < Plástico Nordeste < 27
Eventos
Crescimento da região impulsiona Embala Nordeste Evento de 2010 apresenta bons resultados e a atenção agora é para a próxima edição, que terá como foco o setor plástico.
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nordeste do país parece ser mesmo o centro das atenções do setor plástico brasileiro. Prova disso são os investimentos realizados constantemente nos estados da região e a quantidade de empresários que buscam no nordeste fomentar seus negócios. Com o objetivo de propiciar um ambiente saudável para o fechamento de contratos e relacionamentos é que acontece a Embala Nordeste, em Olinda (PE). A edição de 2010, ocorrida entre os dias 23 e 26 de agosto gerou negócios na ordem de R$ 1 bilhão, conforme o diretor da Greenfield, Luiz Fernando Pereira. O empresário afirma que o evento contou com 404 expositores, 19.570 visitantes, 15% a mais que em 2009, e ocupou 20.000 m². “Para ter uma ideia, todas as máquinas que foram expostas na feira, com raríssimas exceções, foram vendidas, e as vedetes sempre são as Recicladoras de Plástico, extrusoras e injetoras”, explica Pereira. Superadas as expectativas, o foco agora está na preparação do evento do ano que vem. A próxima edição já está marcada para acontecer entre os dias 23 e 26 de agosto de 2011 e a grande novidade da mostra que é será iniciada na terçafeira e irá até a sexta-feira, em função de uma pesquisa realizada com os visitantes do evento. “Tivemos uma renovação recorde, 85 % de nossos expositores garantiram seus espaços durante a realização da feira e muitas empresas novas estiveram presentes e também reservaram seus espaços”, garante o promotor. Para ele, o sucesso do evento confirma o grande crescimento da região Nordeste nos últimos anos e este desempenho favorece a participação de novos expositores para 2011, além daqueles que já estiveram presentes em 2010. Desta forma, existe a previsão de acréscimo em 30 % na área de exposição e por ser um ano ímpar, trará com maior ênfase o segmento do plástico. “Ano após ano a feira está se tornando mais completa e, com certeza, a do próximo ano será ainda melhor, pois muitos de nossos expositores já conhecem o mercado do Nordeste e fazem suas apresentações nos estandes, muito profissionais”, acrescenta Pereira. PNE
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Lançamento
Novo produto Mobil no mercado Lançamento melhora a eficiência energética dos equipamentos e reduz custos de manutenção
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Cosan Combustíveis e Lubrificantes lança Mobil DTE 10 Excel Série para equipamentos hidráulicos.
até três vezes mais do que os fluídos concorrentes, permitindo o funcionamento do sistema hidráulico livre de problemas. “Os benefícios proporcionados pela eficiência hidráulica, em testes laboratoriais, permitiu reduzir o consumo de energia. A excelente estabilidade da viscosidade permite operações eficientes em uma faixa mais ampla de temperaturas”, diz. Além da alta tecnologia e desempenho, o produto é agradável com o meio ambiente. “Estudos contínuos indicam que a toxidade aquática é insignificante, eliminando a classificação de risco para o meio ambiente”, completa Bincoletto. Durante o funcionamento das máquinas, a estabilidade à oxidação proporcionada pelo produto fornece a máxima lubrificação, o que garante o funcionamento dos equipamentos, com um rendimento elevado. As propriedades de liberação do ar protegem os componentes vitais do sistema hidráulico, otimizando a vida útil e a produtividade dos equipamentos. Mobil DTE 10 Excel Série oferece maior durabilidade do fluido e dos equipamentos.
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om o objetivo de ampliar ainda mais sua atuação no segmento industrial e atender um setor importante - a indústria hidráulica -, a Cosan Combustíveis e Lubrificantes acaba de lançar o Mobil DTE 10 Excel Série. Trata-se de um lubrificante industrial que ajuda a melhorar a eficiência energética dos equipamentos, a reduzir paradas não programadas e os custos de manutenção das máquinas. Na região Nordeste, a Mobil possui revendedores que atuam na distribuição dos produtos da linha, são eles: Teclub, Comlub e Gagliardi. A atuação dos distribuidores Mobil compreende os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Além de oferecer os produtos Mobil, esses distribuidores são responsáveis pelos serviços de suporte técnico nesses estados. A presença dos parceiros nessas regiões agiliza o processo de entrega dos produtos e assegura a prestação completa de todos os serviços técnicos oferecidos pela Mobil. A produtividade dos equipamentos hidráulicos está diretamente relacionada ao funcionamento e à manutenção. Mobil DTE 10 Excel Série oferece longa duração e lubrificação eficaz. “Em testes de campo controlados observamos uma melhora de até 6% quando comparado a óleos hidráulicos convencionais, o que leva a reduções substanciais no consumo de energia”, explica Sidnei Bincoletto, coordenador de marketing industrial – Mobil Lubrificantes. Em diferentes indústrias, seja de componentes plásticos, escavadeiras hidráulicas e até mesmo equipamentos marítimos, a lubrificação dos equipamentos e o consumo de energia são essenciais para alcançar resultados satisfatórios. No pro-
cesso produtivo, ter uma máquina parada pode oferecer riscos à saúde financeira da empresa e por isso a Mobil oferece, além de produtos altamente tecnológicos, manutenção e acompanhamento dos equipamentos através de uma equipe amplamente qualificada e programas de controle próprios. O produto proporciona maior estabilidade ao cisalhamento e resistência térmica, além de fornecer máxima proteção e desempenho ao equipamento em temperaturas extremas, sejam elas altas ou baixas. “A excelente capacidade de bombeamento em temperaturas baixas oferece proteção e partida confiável da bomba até -40ºC”, comenta Bincoletto. Além disso, ajuda a manter os sistemas livres de depósitos por
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Sobre a Cosan Combustíveis e Lubrificantes A Cosan Combustíveis e Lubrificantes foi criada em 2008, quando a Cosan, maior grupo sucroenergético do país, concluiu a compra dos ativos da Esso Brasileira de Petróleo. A empresa é responsável pela operação dos ativos de distribuição de combustíveis da Esso, além da produção e distribuição de lubrificantes Mobil no Brasil e possui cerca de 1700 postos de combustíveis em 20 estados brasileiros. Sua criação está alinhada com a história vitoriosa da Cosan e, principalmente, com a visão do Grupo de ser referência mundial em energia limpa e renovável. PNE
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Giro NE
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As últimas do setor no Nordeste
GERAL Governo regulamenta incentivos para regiões Nordeste e Norte O governo publicou recentemente no Diário Oficial da União decreto que suspende a cobrança de PIS/Pasep, Cofins e IPI para atender os setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia, a partir do gás natural, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O objetivo é reduzir o custo de investimento nesses setores. A medida faz parte do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nessas regiões (Repenec), criado em junho deste ano.
AMAZONAS Videolar vai investir em ABS A Videolar vai investir em uma unidade industrial de ABS, em Manaus. Este novo investimento reforça a estratégia da Videolar de produzir itens, com alto índice de importação no país. É um novo recomeço para a indústria de plásticos de engenharia no Brasil. Foi assim com o poliestireno (PS), onde grande parte era importado e a Videolar conseguiu substituir por produto nacional e, sem dúvida, será também assim no BOPP, já que praticamente 25% do produto utilizado no país, vem de outras localidades. Quanto ao ABS, é adotado o mesmo caminho e estratégia, já que 100% do produto é importado, atualmente. O perfil do novo investimento da Videolar no ABS é o se-
ALAGOAS
Nordeste”. “O NTPlás tem estrutura moderna, de referência, suprindo a falta de mão-deobra no mercado, pois as indústrias de Alagoas possuem tecnologia de ponta. Alagoas está começando pela base, pelo alicerce”, explica o instrutor dos cursos do NTPlás do Senai, Paulo Roberto Kilder.
É inaugurado Centro de capacitação para Cadeia Plástica
Estado tornou-se o 2º maior Polo de Química e Plástico do Brasil
A vinda de novos empreendimentos, especialmente da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP), para Alagoas criou a necessidade de preparação de mão-de-obra qualificada. Para atender essa demanda, foi construído o Núcleo de Tecnologia do Plástico do Senai Alagoas (NTPlás), no Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante. O Núcleo irá oferecer cursos de qualificação profissional, aperfeiçoamento e aprendizagem, e nasce sob a coordenação da Federação das Indústrias de Alagoas/Senai, Governo de Alagoas - por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec) -, Sebrae Alagoas, Braskem e Sindicato das Indústrias do Plástico de Alagoas. Foram investidos R$ 2,5 milhões para a construção civil e aquisição dos equipamentos. A Krona - tubos e conexões fez doação de máquinas assim como de outras unidades do Senai. O secretário do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, enfatiza que o objetivo do Núcleo do Plástico é treinar, capacitar e profissionalizar os operários alagoanos para que desenvolvam um bom trabalho nas empresas. “Com isso, Alagoas passará a ser, em definitivo, uma referência no
O portal o Alagoas em Tempo Real destacou que a Tec Tubo, fabricante de tubos de PVC, é a mais nova empresa atraída pela forte política de incentivos fiscal, creditício e locacional praticada pelo Governo do Estado a se instalar em Alagoas. O empreendimento representa um investimento na ordem de R$ 5 milhões e a geração de 120 empregos diretos e 350 indiretos. Empresa de PVC presente há mais de 10 anos no mercado nacional, a Tec Tubo trabalha com foco nos segmentos de infraestrutura, irrigação e predial. A fábrica está instalada em uma área de 10.000 m² e tem capacidade de produção prevista de 700 toneladas por mês. Os incentivos fiscais proporcionados pelos governos do Estado e do município de Marechal Deodoro têm colocado Alagoas como o maior Pólo de Química e Plástico do Brasil, não ficando nada a dever aos estados do Norte e Sul do país. A informação foi prestada pelo diretor de Marketing da Braskem, Milton Pradines, durante o lançamento do prêmio de Jornalismo 2010. Dezessete indústrias estão localizadas no pólo de Marechal, proporcionando emprego para 2.600 trabalhadores e
guinte: capacidade de 50.000 toneladas / ano; investimento de US$ 50 milhões; entrada em operação em 2012. A produção vai atender ao mercado brasileiro e dos demais países da America do Sul.
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Corr Plastik vai instalar centro de distribuição A Corr Plastik, empresa do segmento de tubos e conexões de PVC, investe no Nordeste, com um Centro de Distribuição em Alagoas. O grupo inaugurou uma unidade de injeção localizada na planta industrial de Cabreúva, em São Paulo. Para comportar a unidade, a companhia ampliou o local em mais de 5.000 m2. Agora, a planta possui 15 mil m2 de área construída. O investimento de R$ 20 milhões também abrange dois novos centros de distribuição, um em São Paulo e outro citado acima, em Alagoas
BAHIA Governo reduziu carga tributária sobre a nafta O secretário de Indústria, Comércio e Mineração acredita que o projeto local, caso seja aprovado, poderia ter capacidade inicial semelhante à unidade gaúcha. “Mas a expectativa é de que futuramente a fábrica baiana seja ampliada”, destaca. Para atender essa demanda, o governo local promete estimular o que tem sido tratado como o “novo polo sucroalcooleiro do País”, no extremo sul do Estado. Outra prioridade dada pelo governo estadual é o incentivo à indústria petroquímica. Após reduzir a carga tributária sobre produtos como a nafta, base de produção da Braskem, o governo baiano chegou a um acordo com
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que serão duplicados com a implantação da nova planta de PVC da Braskem.
empresa produz uma linha de borracha de polibutadieno com catalisador de neodímio (ND-PBR), utilizada na produção de pneus. A capacidade de produção passará de 20 mil para 40 mil toneladas anuais.
Vipal amplia fábrica em Pernambuco
a companhia, para converter os créditos de ICMS retidos ao longo dos últimos anos, em investimentos futuros da empresa. O montante a ser aportado pela petroquímica no Estado, conforme negociado em 2009 é de R$ 640 milhões, em um 5 anos. Agora, a construção da unidade de eteno verde poderá ser incluída nesse acordo.
PERNAMBUCO Lanxess amplia fábrica em Cabo de Santo Agostinho. As fábricas de borrachas adquiridas da Petroflex já estão contempladas em planos de expansão e adequação tecnológica. Axel Heitmann informou que até o final do próximo ano, a empresa investirá R$ 67 milhões no pais. Um terço deste total será dedicado à ampliação iniciada no 1º semestre deste ano, da fábrica em Cabo de Santo Agostinho (PE), foto acima, onde a
A Plásticos Vipal está ampliando a fábrica do Cabo de Santo Agostinho. Antes produzindo apenas forros de PVC e portas sanfonadas, a unidade passa agora a fabricar também tubos e conexões. A ampliação faz parte de um programa, que prevê investimentos de R$ 30 milhões no país até 2013, sendo cerca de R$ 10 milhões, em PE. A decisão leva em conta os investimentos em infraestrutura no Nordeste e os programas Minha casa, Minha vida e PAC 2. A nova linha tem como foco a produção de tubos e conexões para esgoto predial, água e infraestrutura, chegando ao mix completo, até o fim do ano. “O setor da construção civil está crescendo bastante no Nordeste e deve continuar crescendo nos próximos 5 ou 6 anos”, explica o gerente de mercado da Vipal, Carlos Joel dos Santos. Enquanto a planta do Cabo irá abastecer o Norte e o Nordeste, o Sul e Sudeste já estão sendo abastecidas pelas unidades de Nova Prata (RS) e Colombo (PR). A entrada no mercado de tubos e conexões foi uma forma que a Vipal encontrou para continuar crescendo. “A gente já era líder em forros e portas, mas chegamos num ponto que não tínhamos mais como crescer, a não ser abrindo novos mercados”, diz Carlos Joel.
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Mural Em meio a estudos para definir a viabilidade de construção de novas fábricas de eteno verde no Brasil e no exterior, a Braskem já negocia incentivos fiscais com o objetivo de tornar os projetos mais competitivos. Candidata a receber uma fábrica, a Bahia sinaliza a possibilidade de reduzir o ICMS sobre o álcool, matériaprima do eteno verde, hoje de 25%, para atrair o investimento. “A depender do projeto, o imposto pode ser reduzido para 12%”, afirma o secretário da Fazenda, Carlos Martins. Reduções a patamares
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Braskem quer reduzir ICMS para instalar fábrica de eteno verde na Bahia
inferiores a esse porcentual dependeriam de consulta ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o que tornaria o processo mais lento. Para o secretário, ainda não é possível afirmar se a Bahia é favorita a receber o projeto de eteno verde. Mas estaria entre os candidatos naturais. “Estados como Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro têm vantagem por já possuírem uma
indústria petroquímica local”, afirma, citando os demais Estados, onde estão instaladas centrais petroquímicas. Procurada, a Braskem informou, por intermédio da assessoria de imprensa, que as negociações acerca da redução do ICMS sobre o etanol existem, mas que não têm relação com qualquer definição sobre a instalação de uma nova fábrica de eteno verde. As conversações estariam associadas ao fornecimento de etanol para a fábrica de ETBE, também instalada na Bahia. A unidade, que produz bioaditivo para o segmento de combustível, demanda aproximadamente 100 mil m³ de etanol por ano.
Construção estimula recorde de vendas da cadeia de PVC A indústria brasileira de PVC deverá reportar este ano, novo recorde histórico de vendas. Impulsionado pelo boom da construção civil, área que responde por aproximadamente 70% do consumo interno da resina, o setor projeta que a demanda interna pelo insumo irá superar 1 milhão de toneladas, em 2010. Para fazer frente ao consumo doméstico, as fabricantes de PVC intensificam estudos para a construção de novas fábricas, enquanto as importações voltam a crescer. O bom momento vivido pela cadeia está atrelado diretamente ao ritmo de crescimento da construção civil.
Petroquímica Suape acelera processo na montagem de equipamentos A unidade de ácido tereftálico purificado (PTA) da PetroquímicaSuape está com 55% de execução. Os principais equipamentos já foram ou estão sendo montados, como o reator de oxidação, considerado o coração da planta, o compressor de ar, duas caldeiras e torres de destilação. Também há um avanço considerável na montagem das estruturas metálicas e tubulações. Das 6,5 mil pessoas que hoje trabalham no complexo petroquímico, cerca de 4,1 mil se dedicam ao PTA, para que tudo esteja pronto em abril, para
testes e comissionamento. Será a primeira fábrica da PetroquímicaSuape a entrar em operação, em julho de 2011. Hoje, não há produção de PTA no Brasil. Todo o PTA usado no Brasil é importado de países como México e Índia. A PetroquímicaSuape vai produzir 700 mil toneladas/ano desse insumo, sendo 90% para consumo próprio nas unidades de PET e de polimerização. Já o restante vai para o mercado, podendo ser transportado por caminhão em big bags, caminhãosilo ou através de contêineres. Dentro do complexo, o PTA será transferido da estocagem para silos, por tubulação, num processo pneumático sofisticado.
Garrafa é embalagem mais produzida em 2010 A garrafa é a embalagem mais produzida no Brasil em 2010. De acordo com o Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, ela lidera o ranking, representando 27% das embalagens colocadas no mercado, e seguida por flexíveis (23%). Aparecem ainda saco e caixa de cartão (8%), tubo/bisnaga (7%), frasco (6%), pote (5%), sache flexível (4%), lata (3%) e stand up pouch flexível (2%). Globalmente, a garrafa também é a mais produzida, com 20%, enquanto a embalagem flexível é responsável por 19% do mercado mundial. Em relação às categorias, no Brasil, a garrafa é a mais usada em produtos para o corpo, tratamento para cabelo, shampoo, condicionador, produtos para banho e desodorantes. Já as embalagens flexíveis são as mais utilizadas em biscoitos doces, preparados e ingredientes para padaria e sabonete em barra, enquanto tubo e bisnaga é maioria em maquiagem para os lábios. 34 > Plástico Nordeste > Setembro/Outubro de 2010 >>>>
Anunciantes da Edição 3Rios # Pág. 11 Activas # Pág. 09 Braskem # Pág. 02 Colorfix # Pág. 17 FCS # Pág. 19 Feiplar # Pág. 29 HGR # Pág. 13 Incoe # Pág. 27 Itatex # Pág. 22 Kie # Pág. 21 Mainard # Pág. 28 Mobil # Pág. 35 New Imãs # Pág. 28 NZ Cooperpolymer # Pág. 15 Office Consultoria # Pág. 33 Plastech # Pág. 31 Recicla Nordeste # Pág. 23 Rosciltec # Pág. 28 Rulli # Pág. 36 Sasil # Pág. 05 Seibt # Pág. 25
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