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Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticonordeste.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844
“Sofremos bullying tributário. A máquina é eficiente para arrecadar e extremamente ineficiente para gastar.” (Paulo Rabello de Castro, economista)
Redação: Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores
04 – Da Redação Por Melina Gonçalves
06 - Plast Vip Fábio Fiasco, do Indac
08 - Destaque O potencial de Alagoas
16 - Periféricos Vendas aquecidas no nordeste
de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à
24 - Investimentos O nordeste na mira do Brasil
38 - Anunciantes + Agenda Eventos e parceiros da edição
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Mar/Abr de 2012 < Plástico < Plástico Nordeste Nordeste < 03 <3
ARQUIVO
Editorial
Alto nível
"Sem dúvida outro grande potencial de investimentos está em Alagoas, que atraiu quase 40 novas empresas do setor plástico nos últimos cinco anos, envolvendo cerca de R$ 1,4 bilhão."
A
indústria do plástico nordestina está em um momento de grandes oportunidades. Além de importantes investimentos realizados na região por parte de empresas do setor, ainda há um apoio do governo federal que também aposta no potencial de consumo da sociedade e na força de trabalho da população local. Claro exemplo de que os esforços são coerentes é o resultado do PIB do nordeste, que apresenta-se maior do que o índice nacional, chegando a 8,3% de crescimento. Consciente deste desempenho, a presidente Dilma Rousseff declarou em 2010 que pretende investir R$ 120 bilhões na região até 2017, através de projetos como as obras da transposição do Rio São Francisco, a recuperação da malha rodoviária federal, as obras ligadas à Copa de 2014 e as novas refinarias da Petrobras. E os estados nordestinos também não estão parados esperando tais recursos e sim buscando estratégias para atrair investimentos de todos lados. A Bahia por exemplo, mostra que está muito além do axé e do acarajé e através do Polo de Camaçari ressurge como um grande foco de olhares do setor plástico. Exemplo nato é o Polo de Acrílico que instala-se na região. Pernambuco também é destaque já que, conforme pesquisa realizada pela Agência Condepe/Fidem a Petroquímica impacta mais do que a refinaria no estado. Sem dúvida outro grande potencial de investimentos está em Alagoas, que atraiu quase 40 novas empresas do setor plástico nos últimos cinco anos, envolvendo cerca de R$ 1,4 bilhão. Além disso, Alagoas é um dos poucos estados brasileiros com um projeto integrado de desenvolvimento do setor plástico. Em outubro de 2010 foi inaugurado o Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlas) Francisco Araújo Silva, com o objetivo de atender a demanda da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) do Estado por mão de obra especializada. O nordeste, portanto, está fazendo seu dever de casa e aproveitando todas as oportunidades que a atual conjuntura proporciona. Agora é preciso dar andamento no trabalho e ter ideias inovadoras para tornar o setor ainda mais competitivo na região. Boa leitura!
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
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PLAST VIP NE Fábio Fiasco
O universo transparente DIVULGAÇÃO
Apesar do crescimento, segmento de acrílico sofre com a concorrência asiática.
N
a entrevista com o diretor presidente do Instituto Nacional Para o Desenvolvimento do Acrílico (Indac), Fábio Fiasco, o dirigente destacou que o setor de acrílico no país vem registrando índices de crescimento acima da média do setor plástico. O polímero que se destaca pela rigidez e excelente qualidade ótica tem aumentado a sua participação em vários segmentos, principalmente na substituição do vidro. O presidente do Instituto faz uma análise do mercado de acrílico no país e salienta que o setor é composto principalmente por pequenas empresas. Segundo Fiasco, no ranking de produtores de chapas acrílicas se enquadram apenas oito empresas, que apesar do crescimento registrado nos últimos anos, estão sofrendo com o aumento das importações de baixo custo com preço predatórios, de países asiáticos. Revista Plástico Nordeste - Quais foram os números registrados pelo setor em 2011? Fábio Fiasco - Em 2011 o faturamento do setor de chapas acrílicas foi de R$ 639.618.000,00, incluindo monômero, chapas e peças. As chapas acrílicas são usadas em vários segmentos no mercado brasileiro, que está dividido da seguinte forma: PDV´s (20%), Displays (16%), Luminosos (14%), Sinalização (10%), Móveis (12%), Iluminação (10%), Peças técnicas (8%), Outros 10%. Plástico Nordeste - Quais as aplicações da resina acrílica? Fábio Fiasco - Pode ser utilizada para produção de peças injetadas, como as lanternas traseiras para veículos, onde predomina o acrílico colorido, o ver-
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melho e o amarelo. Outra aplicação são as chapas acrílicas, que no Brasil são produzidas de duas formas, através do processo cast (fundidas), que possuem excelentes propriedades óticas e acabamento das superfícies, mas que apresentas baixo rendimento em termos de produtividade, ou por meio de extrusão, que é um processo contínuo de baixo custo e com alta produtividade. Plástico Nordeste - Na proporção de consumo da resina acrílica no país, a maior utilização é para produção de peças injetadas ou de chapas acrílicas? Fábio Fiasco - É bastante intenso o uso na produção de peças injetadas, porque a indústria automobilística é muito vasta e a utilização dessas peças é muito grande. Além disso, o design moderno dos carros aumentou o tamanho das lanternas, para deixar os veículos mais seguros, com maior visibilidade e também mais bonitos. Plástico Nordeste - Como são utilizadas as chapas acrílicas?
Fábio Fiasco - As chapas acrílicas fundidas ou extrudadas, são placas planas e geralmente com espessuras de 1 a 6 mm, são utilizadas por transformadores na confecção de displays, porta folders, em PDVs, luminosos, entre outras aplicações. É um processo muito artesanal que enseja a multiplicação de empresas pequenas, familiares, que muitas vezes estão instaladas no fundo do quintal das casas. Os produtos são artigos de fácil manufatura e que não requerem grandes investimentos. Plástico Nordeste - Assim como ocorre com o setor plástico em geral, que é formado por pequenas empresas, o segmento de chapas acrílicas também apresenta uma configuração semelhante? Fábio Fiasco - Existem alguns transformadores do setor que são grandes, que atendem as grandes cadeias, como clientes do setor bancário e de postos de gasolina, mas o setor, na sua grande maioria é formado por empresas pequenas, algumas com pouca especialização e com profissionais com pouca instrução. É um trabalho artesanal que exige das pessoas apenas a habilidade manual e não requer o uso de recursos caríssimos, como máquinas. É comparável ao artesanato do Norte do país. Plástico Nordeste - Quais as principais dificuldades enfrentadas no pelo setor? Fábio Fiasco - A principal dificuldade, como ocorre em vários outros ramos de atividade industrial no Brasil é a competição com os nossos amigos asiáticos, principalmente da China e Taiwan, além de outros países que estão colocando produtos mais baratos no Brasil país através de portos que dão isenção de impostos, estabelecendo uma concorrência intensa. Inclusive muitos produtos estão entrando no Brasil de forma ilegal ou sub-faturados. Outra dificuldade é a necessidade aprimoramento técnico de grande parte das empresas do setor no país. Além disso, também existe a falta de mão de obra qualificada, principalmente
nas grande empresas que fazem a injeção e extrusão do acrílico. Existe uma escassez de pessoal com conhecimento técnico na operação das máquinas. Plástico Nordeste - O problemas do aumento da concorrência com os asiáticos está ocorrendo mais fortemente com as chapas acrílicas? Fábio Fiasco - Eu diria que sim, mas não excluo as resinas utilizadas para injeção e extrusão. Eles também estão visando um pedaço do mercado de resinas. Esta concorrência no segmento de chapas acrílicas dificulta muito a nossa evolução como fabricantes, pois nós temos condições de atender o mercado. Plástico Nordeste - Quem fornece a resinas acrílica no país? Fábio Fiasco - O único fornecedor é do Grupo Unigel. A unidade de Candeias, nas Bahia, próximo ao complexo petroquímico de Camaçari. Além das resinas para injeção também produz chapas extruadadas. Este fornecedor enfrenta a concorrência das resinas que entram oficialmente de vários países e das ilegais. A produção nacional de resinas acrílica é suficiente para atender a demanda dos transformadores brasileiros. Plástico Nordeste - Quantas empresas existem no país produzindo chapas de acrílico? Fábio Fiasco - Atualmente existem no Brasil oito empresas de chapas acrílicas originais. Plástico Nordeste - A produção nacional de peças transformadas é destinada para atender o mercado interno e exportações? Qual a proporção? Fábio Fiasco - A única empresa a exportar no Brasil é a Unigel Plásticos, que vende seus produtos em mais de 20 países, sendo 11 nas Américas (EUA, Canadá, México, Chile, Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Paraguai e Porto Rico) e 09 na Europa (Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha, Áustria, Espanha, Itália, Portugal e Polônia). De acordo com o Unigel, essa proporção é de 50%. Plástico Nordeste - Como está a balança comercial do segmento?
Fábio Fiasco - Como a única empresa a exportar é a Unigel, o Indac não disponibiliza esses números. Mas é possível adiantar que o Brasil não exporta e nem importa peças feitas de chapas acrílicas. Plástico Nordeste - Quais os principais mercados que são destinadas as chapas acrílicas? Fábio Fiasco - Os principais segmentos estão na comunicação visual. Como dito acima, o mercado brasileiro está divido da seguinte forma: PDV´s (20%), displays (16%), luminosos (14%), sinalização (10%), móveis (12%), iluminação (10%), peças técnicas (8%), outros 10%. Plástico Nordeste - Assim como ocorre com os outros termoplásticos, foi verificado o crescimento da utilização do acrílico em substituição de outros materiais? Fábio Fiasco - O acrílico tem uma grande participação na substituição do vidro entre outros materiais. Mas é bom salientar que o acrílico acaba se impondo como um material único e nobre que tem seu lugar no mercado, não como sucedâneo de outros materiais, mas por apresentar características que o diferencia dos demais, como a termomoldabilidade. Como exemplo cito, o domus utilizado na indústria da construção civil, que são grande placas de acrílico sopradas e utilizadas na iluminação de prédios. Esta é uma aplicação quase inusitada. Poderia ser feita em vidro, mas seria mais caro, mais pesado e mais perigoso, com risco de quebrar. Plástico Nordeste - Quais as principais vantagens que este plástico oferece? Fábio Fiasco - O acrílico é um plástico de engenharia, com alta durabilidade, tanto que os fabricantes dão garantia de 10 anos. Além disso é um plástico cristalino. Plástico Nordeste - Quando a palavra de ordem no momento é sustentabilidade, como o acrílico se enquadra neste contexto? Fábio Fiasco - O acrílico é 100% reciclável. Pode ser reciclado várias vezes com baixíssima perda de propriedades de uma reciclagem para outra. Esse processo só vai sofrer degeneração com perda de qualidade após dezenas de reciclagens, o que não ocorre
"A principal dificuldade, como ocorre em vários outros ramos de atividade industrial no Brasil, é a competição com os nossos amigos asiáticos, principalmente da China e de Taiwan..." devido a alta durabilidade dos objetos produzidos com acrílico. A presença do acrílico no lixo é muito baixa. As aparas e galhos no processo de produção de peças, como as lanternas de carros, são totalmente reaproveitadas pelas empresas. Além disso, uma lanterna de automóvel tem uma grande durabilidade. E comum vermos carros com mais de 20 anos rodando nas ruas com a mesma lanterna. Ocorre a reposição por quebra, por colisão do automóvel. Plástico Nordeste - Quais as atividades que são desenvolvidas pelo Indac, no sentido de promover a utilização do acrílico? Fábio Fiasco - Fazemos um amplo trabalho de divulgação via Web, através de todas as ferramentas disponíveis na rede, como e-mail maarketing, newsleter, entre outros. Estas informações são enviadas para um público de mais de 25 mil destinatários, entre arquitetos, universidades voltadas para design e arquitetura, escritórios de arquitetura e de engenharia, associações de classe, entre outros. Temos um setor dentro do Indac voltado para comunicação via internet. Também fizemos inserções em revistas especializadas. Plástico Nordeste - Quais as metas da entidade para 2012? Fábio Fiasco - Entre as metas principais para este ano, está o aumento do número de associados da entidade, a divulgação cada vez maior de informações técnicas, apresentando a tecnologia disponível hoje. Também a realização de atividades no sentido de ampliar qualificação e profissionalização do mercado, auxiliando as pequenas empresas, para que tenham uma formalização, com preocupações sustentáveis e com os funcionários. PNE Mar/Abr de 2012 < Plástico Nordeste < 7
DESTAQUE Alagoas
Em Alagoas,
a união leva ao sucesso
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Com apenas 27.767.661 km² de área e pouco mais de 3 milhões de habitantes, Alagoas é um dos menores estados brasileiros. Porém, quando o assunto se refere a ações e investimentos na cadeia química-plástica, a posição se inverte: A Terra dos Marechais está na vanguarda da atração de investimentos, principalmente entre os demais destinos do Nordeste/Norte. São quase 40 novas empresas instaladas nos últimos cinco anos, envolvendo cerca de R$ 1,4 bilhão. O sucesso não veio de graça, ao contrário, foi fruto de muito planejamento, trabalho, ousadia e integração entre vários setores.
P
ara o diretor de Relações com o Mercado da Seplande (Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Econômico), Glifson Magalhães, que também é secretário-executivo do Fórum Estadual da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP), o sucesso tem uma explicação: o Estado de Alagoas vem desde 2007 trabalhando através dessa cadeia composta pelo Governo Estadual, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas de Alagoas (Sebrae), Sindicato da Indústria de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), empresas do setor e instituições de ensino. “Foi assim que esta parceria proporcionou termos uma estruturada Cadeia Produtiva, onde hoje temos os seguintes resultados: Polos industriais com infraestrutura adequada, distantes a menos de 20 km do porto e do aeroporto da capital Maceió; Incentivos governamentais creditícios, locacionais e fiscais diferenciados e garantidos
por Lei, além dos incentivos decorrentes de similaridades; posição geográfica privilegiada com proximidade em relação aos principais polos industriais e de consumo do Nordeste brasileiro, atingindo a maior parte do PIB da região, além de estar bem localizado com relação a grandes centros da Europa e Estados Unidos; maior produtor de PVC da América Latina”, informa. Glifson Magalhães destaca ainda que, como a inauguração da nova fábrica da Braskem em maio de 2012, Alagoas passará a produzir 460 mil toneladas anuais da resina e a Qualificação profissional está garantida pelo Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlas), que tem a capacidade de formar, por ano, a média de 400 profissionais em perfis diversos. Toda essa estrutura é uma garantia para quem deseja se instalar no Estado e gerar desenvolvimento e empregos. “Nos últimos 4/5 anos o Estado através de sua política de atração de investimentos, prospectou 37 novas empresas do setor químico e plástico, totalizando 3.346 empregos diretos e R$ 1,329 bilhões de
investimento, dentre eles a duplicação da planta de PVC da Braskem”, revela. Mesmo com todas as ações e investimentos Alagoas ainda tem algumas carências na área industrial para alavancar o segmento plástico, conforme destaca Glifson Magalhães. “Hoje, o segmento industrial que podemos elencar como sendo o que temos maior demanda de produtos/ serviços pois afeta diretamente as nossas indústrias de plástico é o setor metal mecânico, onde temos uma mão-de-obra escassa e não temos indústrias suficientes para atender esta demanda”, completa.
Capacitação e inovação
Alagoas é um dos poucos estados brasileiros com um projeto integrado de desenvolvimento do setor plástico. Em outubro de 2010 foi inaugurado o Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlas) Francisco Araújo Silva, com o objetivo de atender a demanda da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) do Estado por mão de obra especializada. Em plena expansão, estimulada pela >>>>
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existência da maior jazida de sal-gema do país, da maior planta de PVC da América Latina (Braskem) e pelos incentivos governamentais, o setor conta com mais de 150 empresas instaladas. Para a construção do NTPlás, foram investidos aproximadamente R$ 4 milhões, mas com as doações de máquinas, equipamentos e matéria-prima, somam-se quase R$ 7 milhões, com potencial de formar cerca de 300 trabalhadores ao ano, informa o governo estadual. “A indústria química e plástica repre-
senta para Alagoas um futuro de desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e do Conselho Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), empresário José Carlos Lyra de Andrade na ocasião. Ele ressaltou a importância da parceria entre o setor público e privado para viabilizar a construção do Núcleo que vai ofertar educação profissionalizante e serviços para as empresas, “aliando infraestrutura moderna com a tradição da marca Senai”.
Empresa de reciclagem de plásticos abre sede no estado
O setor químico-plástico de Alagoas tem mais um motivo para festejar, pois em fins de junho será inaugurada mais uma indústria do setor, gerando empregos no estado. A Clodax, uma das mais conceituadas empresas de reciclagem de plástico do Brasil, instala uma unidade fabril no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela (PJAV), em Marechal Deodoro, para atender o crescente mercado do Nordeste. O diretor de Relações com o Mercado da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Glifson Magalhães, esteve reunido no ano passado com executivos da empresa para tratar sobre a implantação da filial. O encontro teve por objetivo definir o roteiro de atividades e definir as prioridades para dar celeridade ao início da construção da nova fábrica. Questões sobre logística, distribuição de energia, gás e o fornecimento da matéria-prima foram alguns dos assuntos tratados. Agora é hora de colher os frutos. O projeto de construção da unidade no Polo José Aprígio Vilela envolveu um investimento de aproximadamente R$ 3,5 milhões, garantindo 46 empregos diretos. A empresa tem sua sede na cidade de São Paulo e é especializada em reciclagem de materiais plásticos. Atualmente, a capacidade de processamento e produção de polímeros PET – PCR da Clodax é de aproximadamente 12 mil toneladas/ano. A Clodax também contará com uma sede no município de Rio Largo, às margens da rodovia BR-104. Já está sendo finalizada a implantação de uma unidade para lavagem e flake do PET, que vai ofertar cerca de dez empregos diretos em Alagoas. 10 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012 10 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
Lançamento da Pedra Fundamental da nova planta de PVC da Braskem, que será a maior da América Latina
Segundo o Senai, o Núcleo vai evitar um “apagão de mão de obra” no setor, ao mesmo tempo em que oferece oportunidades para os jovens alagoanos. O diretor de Negócios de Vinílicos da Braskem, Marcelo Cerqueira, ressaltou que a expansão da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico está transformando o Estado de fornecedor de matéria-prima em produtor de materiais com valor agregado. E o secretário de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, acrescentou: “Esta é uma obra de todos. A criação da cadeia e do Fórum da Química e do Plástico foi fundamental para que chegássemos ao dia de hoje”. A integração envolve também o poder legislativo. Em agosto de 2011 o deputado federal Rui Palmeira (PSDB) defendeu que o MEC invista mais recursos no IFAL para que o instituto possa ofertar cursos na área de química e plástico em sua unidade de Marechal Deodoro. Ele lembrou que a a instalação de empresas em Alagoas dentro da CPQP e a nova planta industrial da Braskem, investimentos situados em Marechal Deodoro, abrem oportunidades para a capacitação e qualificação da mão de obra local neste setor. “Precisamos qualificar nossa juventude para que ocupe os postos de trabalho que estão sendo gerados neste segmento”, disse Palmeira ao fazer o pedido. O empresário e presidente do Sindicato da Indústria do Plástico de Alagoas (Sinplast), Wander Lobo, disse que o Estado se tornou o melhor do Nordeste para as empresas da química e do plástico. Naquela oportunidade, o dirigente afirmou que, o 1° Núcleo de Tecnologia do Plástico da região atenderia às demandas de Alagoas e, em breve, dos Estados vizinhos, com salas de aula confortáveis e laboratórios modernos – o NTPlas servirá de modelo para implantação de uma unidade em Pernambuco. São parceiros do NTPlas o Senai (Distrito Federal e Pernambuco), Governo de Alagoas, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sinplast, as empresas as empresas Krona, Debmaq e Braskem, Associação das Empresas do Polo Multissetorial José Aprígio >>>>
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Vilela (Marechal Deodoro) e Associação das Empresas do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante (Adedi). Wander Lobo comentou também sobre um novo projeto do Estado, anunciado no final de abril deste ano pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton em reunião na FIEA. “O segmento industrial de Alagoas receberá importante contribuição para a consolidação de setores econômicos com a implantação de equipamentos de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. O governo articula a implantação, neste mês de maio, da Fundação do Parque Tecnológico e de seus Polos Tecnológicos, que atuarão como elo entre o setor produtivo e as universidades”, disse.
de plásticos do mundo, a Feira K, na Alemanha. As questões internas também foram tema de evento realizado em setembro de 2010 em Maceio: I Seminário de Oportunidades de Negócios para Fornecedores das Cadeias de Petróleo, Gás e Química e Plástico. Para o presidente do Sinplast, Wander Lobo, o Estado ainda tem muito a crescer e a união entre o Governo, por meio da Seplande, com a Braskem, Sebrae, Sinplast, FIEA, Associação das Empresas do Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante (Adedi), Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi) e a Prefeitura de Marechal Deodoro, é única no país. “Em Alagoas, todos trabalham em prol do crescimento do setor, e a Cadeia Produtiva Química e do Plástico ainda vai crescer e muito”, afirmou Lobo na Brasilplast 2011. Alagoas dispõe de logística, matéria-prima, porto e incentivo fiscal para continuar crescendo e receber novas empresas. Atualmente, está sendo explorado o potencial do Estado na transformação de PVC, agregando valor para que o produto saia pronto de Alagoas. Teotonio ainda ressaltou as vantagens oferecias pelo Estado para as novas empresas. “Nós oferecemos segurança jurídica, atendimento constante da Secretaria de Planejamento e do Governo, celeridade nos tramites burocráticos, confiança do Banco do Nordeste e as melhores condições do país”, ressaltou. O presidente da Fiea, José Carlos Lyra, ressaltou na ocasião que a presença do governador na Brasilplast foi fundamental para que mais indústrias se instalem em Alagoas, pois passa segurança para os investidores e mostra o total interesse em ter mais empresas no Estado.
Estratégia inclui eventos
Incentivos e ações
Para o presidente do Sinplast, Wander Lobo, o setor em Alagoas ainda tem muito potencial de crescimento
Alagoas também investe para ter retorno. Por isso, foi o primeiro estado a ter um estande na Brasilplast, a mais expressiva feira de plástico da América do Sul, em 2009 e repetiu em 2011, tendo o próprio governador Teotônio Vilela Filho como anfitrião, além de secretários de estado e entidades setoriais. Em 2010 o secretário do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, liderou uma delegação de empresarios e dirigentes de entidades ao maior evento 12 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
Instituído e regulamentado no dia 24 de maio de 2000, o Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin) foi fortalecido no início da primeira gestão do governador Teotonio Vilela Filho. O Programa compreende três modalidades de incentivo – locacional, creditício e fiscal – voltadas para atender as necessidades dos interessados em iniciar ou expandir seus empreendimentos no Estado. As empresas que desejam pleitear esses incentivos apresentam um projeto téc-
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DESTAQUE Alagoas
Luiz Otávio Gomes: “trabalho incessante e política de atração de novos empreendimentos no estado”
nico econômico-financeiro, especificando a geração de ICMS, de empregos diretos, indiretos, o montante de investimento total e respectiva alocação, entre outras informações. Para apreciação e concessão dos benefícios, as secretarias do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e da Fazenda dão seus pareceres, que são encaminhados posteriormente ao relator do processo dentro do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes). Cada empresa instalada em Alagoas recebe como beneficio a isenção de 15 anos de ICMS, a partir da data que elas começam a fazer o seu faturamento. “Essa é a regra do Prodesin (Programa de Desenvolvimento do Estado de Alagoas). Quando a fábrica emitir a primeira nota fiscal de saída, a partir daquele momento ela começa a contar 15 anos de incentivo”. De acordo com o secretário e presidente do Conedes, Luiz Otavio Gomes, além do trabalho incessante e da política de atração de novos empreendimentos implantada pelo Governo de Alagoas, a celeridade nesses processos é um fator que estabelece uma relação de confiança com o setor empresarial, demonstrando que o Estado está estruturado para receber novos negócios. “No passado, os processos tramitavam em dois ou três anos. Alguns deles não che-
gavam a ser concluídos. A partir de 2007, o tempo médio de execução desde a chegada do projeto à Seplande, até a apreciação do Conedes, é de 60 dias. Por esses fatores, mais de 60 empresas foram incentivadas nos últimos cinco anos, mostrando o resgate do potencial econômico alagoano implantado na atual gestão”, enfatizou.
Expansão com a Braskem
Destacada como referência nacional, a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas é constituída por mais de 50 empresas que integram da primeira à terceira geração da produção, da extração de matéria prima à industrialização. O avanço dessa cadeia é sentido nas últimas inaugurações nos polos Marechal Deodoro e Luiz Cavalcante, com novas empresas em instalação nos últimos anos, como Fiabesa, Corr Plastik, Alaplásticos (beneficiamento de materiais plásticos), Plastkit, Jaraguá Equipamentos, Nordeplast, BBA Nordeste (containers flexíveis), Joplás (ampliação) ou em instalação como Aloés (fábrica de absorvente) e Braskem e Krona (inauguração em breve). Com a nova planta da Braskem, que teve sua inaguração antecipada para este mês de maio, Alagoas passará a ser a maior produtora de PVC da América Latina, com uma capacidade de 460 toneladas/ano. O projeto da ampliação no Estado, na ordem de R$ 921 milhões, tem gerado cerca de dois mil empregos diretos em sua execução e também contempla o aumento da capacidade produtiva de MVC, a matéria-prima para a fabricação do PVC. “A nova fábrica da Braskem, âncora em Alagoas, irá atrair ainda mais indústrias e aumentar a competitividade da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico. “A ampliação fará com que o estado se torne um núcleo de fornecimento de matéria-prima para a cadeia vinílica no Brasil e irá possibilitar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano”, destacou o secretário Luiz Otavio Gomes, titular da Seplande. A atual fábrica da Braskem compreende uma área de 250 mil m², sendo 100 mil m² de área urbanizada com instalações industriais. Para a expansão da planta, serão utilizados os 150 mil m² de área não urbanizada. Na fase operacional, a previsão é que cerca de 80 funcionários sejam contratados pela Braskem, além da geração de 200 postos de empregos indiretos
em empresas parceiras, que irão atuar permanentemente nos processos de fabricação, logística e distribuição de PVC. Para capacitar os profissionais envolvidos na fase de construção, foi implementado o Programa Acreditar, promovido pela Construtora Norberto Odebrecht, executora do projeto de ampliação da Braskem, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os cursos, com certificação do Senai, são gratuitos e incluem uniforme, material didático e refeição. O programa tem como objetivo formar uma base de mão de obra capacitada para atender à demanda de indústrias e fábricas que irão se instalar no Polo Multissetorial Industrial José Aprígio Vilela e em regiões próximas ao município de Marechal Deodoro.
Tigre/ADS também investe
Líder nacional na fabricação de tubos e conexões, a Tigre/ADS também vai instalar uma fábrica em Alagoas, a primeira do Nordeste. O anúncio foi feito por executivos da empresa no dia 3 de maio, em reunião com o secretário Luiz Otavio Gomes na sede da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande). Para a implantação do empreendimento, a Tigre/ADS vai investir cerca de R$ 40 milhões para as obras de infraestrutura e na aquisição de equipamentos, gerando 70 empregos diretos em Alagoas. A empresa será instalada no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, e ocupará uma área de aproximadamente 80 mil m², produzindo suas linhas de sistema de saneamento e drenagem, que contam como matéria prima o polietileno de alta densidade (PEAD), em diâmetros de até 1200 mm. A previsão é que a produção mensal da nova fábrica, primeira da Tigre/ADS na região, seja de 400 toneladas/mês. “Trata-se de mais um resultado da política de atração de novos investimentos implantada desde 2007. A chegada da fábrica da Tigre consolida a já exitosa Cadeia Produtiva da Química e do Plástico em nosso Estado”, afirmou o secretário Luiz Otavio Gomes. Conforme o gerente-geral da Tigre/ADS no Brasil, José Antônio Catanni, a empresa deverá iniciar sua produção em abril de 2013. Antes da implantação da nova fábrica, a Tigre/ADS vai instalar uma central de distribuição para atender a demanda da região >>>> Mar/Abr de 2012 < Plástico Nordeste < 13
DESTAQUE Alagoas Desde 2009 a Corr Plastik possui unidade do nordeste com capacidade para produzir 31 mil ton/ano
Nordeste, que corresponde a cerca de 40% do faturamento do material produzido na sua unidade de Rio Claro, interior de São Paulo. “Queremos dar celeridade ao processo de instalação da fábrica em Alagoas, por conta da demanda existente em todo o Nordeste. Com a nova unidade, vamos nos tornar mais competitivos na região, e reduzir os custos de distribuição”, destacou Catanni. O gerente geral da Tigre/ADS afirmou que as questões logísticas, os incentivos fiscais, creditícios e locacionais disponíveis dentro do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin) e a política de atração de novos empreendimentos implantada pela atual gestão de Governo foram os principais motivos para a empresa decidir sua chegada a Alagoas. “O grupo viu o trabalho que o Governo de Alagoas vem desempenhando em prol do setor industrial. A localização privilegiada e um Polo consolidado para a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico foram determinantes para a nossa decisão”, destacou. O grupo é uma aliança entre a Tigre Tubos e Conexões S.A e a companhia norte-americana Advanced Drainagem Systems Inc. (ADS) firmada em agosto de 2009. Somadas, as empresas contam com mais de 66 fábricas espalhadas por todo continente americano. A linha de produtos Tigre/ADS cobre uma variedade de sistemas de redes, tais como: sistema de saneamento; de drenagem pluvial; drenagem para infraestrutura; retenção e detenção de águas pluviais; drenagem esportiva; drenagem agrícola; 14 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
tubulação para mineração; tratamento e manejo de águas; tratamento de aterros sanitários e de drenagem predial e residencial.
Krona quase pronta
A Krona Tubos e Conexões Ltda, com sede em Joinville (SC), uma das maiores do Brasil no setor, está prestes a iniciar sua produção no Nordeste, em uma área de 77 mil m² no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, em Alagoas. Segundo a diretoria a empresa priorizou a implantação de mais esta unidade em função dos bons resultados de crescimento no mercado da construção civil na região. A empresa tem uma participação em conexões de PVC para condução de água fria de 27% nos pontos de venda no Nordeste, segundo pesquisa Anamaco/Ibope. O mesmo levantamento aponta que a Krona está presente, no segmento de conexões, em 22% dos pontos de venda do país e no segmento de tubos em 7%. Estima-se a participação da empresa em 13% no mercado brasileiro. Com a nova unidade, a participação das vendas no Nordeste deve aumentar em cerca de 15%. Segundo a Krona, a expansão do setor da construção civil foi possível graças à oferta de crédito no país, especialmente no Nordeste. Nos últimos quatro anos, o financiamento para aquisição e construção de imóveis na região cresceu a uma taxa anual média de 71%, conforme dados do Banco Central referentes ao uso de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo, em 2011. De acordo com dados pesquisados, 27% da população nordestina pertencem à chamada nova Classe Média, responsável pela maior fatia de consumo da nossa economia. Para realizar o projeto, a empresa investiu R$ 70 milhões, com R$ 54 milhões de financiamento do BNDES. A capacidade total de produção será de 1.300 toneladas/ mês, com a conclusão do projeto, um aumento de cerca de 50% ao total da capacidade produtiva da Krona Tubos e Conexões. A primeira fase, que compreende a produção de tubos, já iniciou a produção, em março, em três turnos. O faturamento iniciou em abril, na segunda quinzena. A segunda fase, de conexões, começa a produção entre junho e julho, quando será feita a inauguração oficial da fábrica. O empreendimento deve gerar, no total, 520 novos postos de trabalho diretos e indiretos.
Corr Plastik cresce
A Corr Plastik, outra produtora de tubos e conexões com destaque no setor, fundada em Diadema (SP) em 1992, mas desde 2001 mudou a sede para Cabreúva, também aposta no Nordeste. Em setembro de 2009 a empresa inaugurou uma nova unidade, instalada numa área de 60 mil m² no Polo Multifabril de Marechal Deodoro, em Alagoas, e que atenderá os mercados Norte e Nordeste. A Corr Plastik, com matriz em São Paulo, é a terceira no país do segmento de tubos e conexões de PVC e Polietileno. Foram investidos R$ 31 milhões com capacidade para produzir 31 mil toneladas/ano. A fábrica vai gerar 100 empregos diretos e 300 indiretos. Há dois anos a empresa também investiu na fabricação de produtos para a linha predial. Segundo a diretoria, a decisão de instalar a unidade em Alagoas foi motivada pelo potencial de mercado, em primeiro lugar, pois o mercado é dinâmico. “O incentivo tem prazo determinado. É a cereja do bolo”, informa a empresa. Segundo a diretoria, o incentivo melhora uma avaliação, mas é também feita uma análise da situação. “Ajuda sim, mas não é decisivo”. Quase dois anos depois de instalada, a Corr Plastik
está satisfeita, pois houve um crescimento de 20% mais do que o planejado. “Vem evoluindo bem. O mercado se expande e a tendência é crescer”, destaca. A empresa avalia a possibilidade de instalar uma terceira unidade, em local ainda não revelado, talvez o Centro-Oeste. Outra empresa que acreditou no projeto de Alagoas e no mercado foi a BBA Nordeste Indústria e Comércio de Plástico, que possui matriz em Belém (PA), atende há 17 anos o mercado nacional e da América Latina com seu principal produto: containers flexíveis - chamados de big bag. A nova unidade industrial foi construída no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, com investimentos de R$ 10 milhões (em 2010), gerando cerca de 170 empregos diretos e 450 indiretos. Assim como as demais novas indústrias, a BBA também foi beneficiada pela política de desenvolvimento, recebendo a concessão de incentivos fiscal, creditício e locacional, por meio do Programa do Desenvolvimento Integrado de Alagoas (Prodesin). “Desde 2007, o governo do Estado desenvolve a política de atração de investimentos e elegeu algumas áreas com maior potencial, como o setor químico e plástico”, disse o secretário Luiz Otavio Gomes, da Seplande, por ocasião da assinatura do acordo. A região alta de Maceió recebeu indústrias de grandes marcas, como a nova unidade fabril da Coca-Cola, a Conviver Bebidas e Alimentos, pertencente ao Sistema Empresarial Constâncio Vieira, que
tem um uso expressivo de produtos plásticos. A Conviver é destaque por ser a primeira fábrica verde da marca Coca-Cola. A nova unidade industrial foi construída no bairro do Benedito Bentes, e recebeu investimentos da ordem de R$ 90 milhões, sendo 60% em equipamentos e 40% em infraestrutura. A fábrica ocupa uma área de 210 mil m², inicialmente sendo 38 mil m² de área construída. O mês de dezembro de 2011 foi especial para o setor produtivo alagoano, principalmente para a cadeia da Química e do Plástico. As empresas Plastmar, Megaplás e Ultra Therm abriram novos empreendimentos em Alagoas, gerando 250 empregos diretos no Estado. Com investimentos somados na ordem de R$ 26 milhões, as unidades estão situadas no Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante. Fundada em 1990, a Plastmar, que tem matriz em Pernambuco e já possuia uma fábrica em Alagoas, instalou mais uma unidade especializada na produção de mangueiras e componentes plásticos, gerando 120 empregos A empresa figura entre as líderes comercialização nas regiões Norte e Nordeste. Com a nova unidade, em uma área total de 15 mil m², teve investimentos na ordem de R$ 8 milhões para a execução do projeto, a previsão é que a produção alcance 400 toneladas/mês. O diretor industrial Pedro Paulo Pessoa reforçou o suporte dado pelo governo do Estado e a importância dos incentivos ofertados através do Prodesin. “Toda a equipe liderada pelo Luiz Otavio Gomes deu todo o apoio
necessário para que esse empreendimento se tornasse realidade”, afirmou. Já a Megaplás, empresa com matriz em Catanduva, interior de São Paulo, vai potencializar a produção e distribuição de embalagens plásticas em polietileto de baixa densidade, uma das suas especialidades. E a Ultratherm - pertencente ao grupo Ultra -, último empreendimento a abrir suas portas em Alagoas em 2011, contempla a demanda de operações da empresa, que oferece de extenso portfólio de materiais plásticos. Em recente pronunciamento, o secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Keylle Lima, também destaca para o final de 2012 a inauguração da indústria Neotelha, que produz telhas de PVC e outros acessórios. “Mais de 100 empregos diretos serão gerados no Polo José Aprígio Vilela e a capacidade de produção é superior a 18 mil toneladas por mês”, detalha. Por unanimidade, o Conedes aprovou a concessão de incentivos fiscais, creditícios e locacionais às várias empresas do setor químico-plástico, como a Clodax Reciclagem Ltda, que foi prospectada pelo Estado na Brasilplast. A Clodax trabalha com reciclagem de polímeros PET e tem uma capacidade de processamento de 12.600 toneladas por ano e irá aplicar RS 3,2 milhões em estudos e projetos, aquisição de equipamentos nacionais e importados e demais investimentos para a implantação da unidade fabril. Outras empresas beneficiadas foram a Alquímica, Braus, SABB, Star Fest, Tectubo, Tróia e Pandurata Alimentos. PNE
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Periféricos
Aumento da concorrência obriga transformadores a produzirem mais com menos custo, aquecendo as vendas de periféricos no Nordeste.
P
ara enfrentar um mercado cada vez mais competitivo a ordem é reduzir custos, ampliar produtividade e a qualidade dos produtos. Para atingir este objetivo os empresários do setor de transformação de plásticos já sabem que é preciso modernizar o seu parque industrial. Mas os investimentos devem ir além da compra de máquinas modernas, com alta tecnologia, reside também na compra de periféricos. Estes equipamentos, na atualidade, passaram de meros coadjuvantes ou de supérfluos para dividir o papel principal com extrusoras, injetoras, sopradoras, entre outras máquinas, no processo produtivo das empresas. Esta nova ordem do mercado já integra a cartilha dos transformadores nordestinos, que estão fazendo o dever de casa.
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IMAGENS: DIVULGAÇÃO
Nova ordem na produção
O crescimento na utilização de periféricos pela indústria da terceira geração da região é destacado pelos fornecedores destes equipamentos. “O mercado neste setor é sempre aquecido”, afirma Tatti Maeda, do setor de Marketing da Shini Brasil. Ela destaca que as empresas se deram conta que podem produzir com menor custo, aumentando a qualidade das peças e eliminando a geração de refugo. Segundo Tatti Maeda, “vivenciar essa realidade a partir do uso dos periféricos assegura a aquisição dos mesmos tanto no mercado nordestino quanto nos demais mercados”. Para a representante da empresa, o ganho de ciclo de transformação, reaproveitamento de material e a padronização da produção são os pontos fundamentais em que os periféricos mostram a sua necessidade.
Equipamento da empresa Shini, que destaca o crescimento do uso de periféricos pela indústria de 3ª geração
O vice-presidente para Amércia do Sul, da Piovan, Ricardo Prado, salienta o bom potencial do mercado nordestino. Ele acrescenta que o crescimento da procura por periféricos é um “fato comprovado, não só no Nordeste, como em outras regiões do país”. Ele acrescenta que a importância destes equipamentos reside na necessidade que as empresas têm em melhorar a sua competitividade. “Através da aplicação correta de periféricos, o transformador consegue ganhos em melhoria no processo de fabricação, economia pela redução do desperdício de matéria-prima, estabilidade e repetibilidade de processo, aumento da qualidade percebida do produto e ainda a redução de custos de transformação”, justifica. A Seibt também afirma que o Nordeste apresenta grande crescimento nos últimos anos, com investimentos para melhoria fabril e aumento da produtividade para atender a crescente demanda do mercado. “Isto requer novos equipamentos, tornando este um bom mercado. Acreditamos que estes investimentos estão numa crescente o que torna este mercado ainda mais interessante para nós como empresa, oferecendo soluções para a indústria do plástico em geral”, fala o analista de exportação da companhia, Gilson Müller. O executivo acrescenta que os periféricos são “vitais para empresas que movimentam grandes volumes de material diariamente”. O diretor da Rone Moinhos, Ronaldo Cerri, afirma que o mercado nordestino de periféricos está em expansão. “Acreditamos que deve crescer ainda por muitos anos”, observa. Cerri destaca que está crescendo cada >>>>
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Periféricos Dal Maschio: vendas crescem motivadas pela demanda por produtos técnicos e de valor agregado na região
chio desenvolveu um robô especial, com quatro ou cinco eixos servo controlados, para a montagem de decorações In Mold e extração das peças injetadas, permitindo injeção de mesas decoradas em máquinas de 1000T~1100T.
Boas expectativas
vez mais a procura por estes equipamentos, tanto pelas empresas mais antigas que estão em fase de crescimento, como pelas novas companhias que estão se instalando no Nordeste. Segundo ele, os periféricos são equipamentos auxiliares indispensáveis para o bom funcionamento dos processos produtivos primários, “onde têm cada vez maior importância, seja porque efetuam melhoras de rendimentos ou mesmo porque abaixam custos finais de mão de obra, contaminações, etc”, acrescenta.
Crescimento da robótica
Os investimentos dos transformadores do Nordeste na área periféricos ocorrem em vários segmentos, inclusive no setor da robótica. A Dal Maschio comprova esta realidade. Conforme o sócio diretor da empresa, José Luiz Galvão Gomes, “nos últimos anos tivemos um importante aumento de vendas na região, a qual hoje representa mais de 20% de nosso faturamento anual”. De acordo com o diretor, o crescimento nas vendas foi motivado pelo aumento da produção na região de produtos técnicos e de maior valor agregado como embalagens de ciclo rápido, móveis e baldes plásticos, todos decorados com tecnologia “In Mold Label”. Gomes acrescenta que a localidade se diferencia de outras regiões do país pelo intenso uso de baldes plásticos decorados In Mold, principalmente para tintas, “o que começa agora a ocorrer também em outras áreas”. Segundo Gomes, a Dal Maschio produz 18 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
equipamentos robustos, rápidos, de fácil uso e com total flexibilidade de programação, “ideais para as necessidades de nossos clientes”. Ele salienta que devido ao fato da empresa produzir seus equipamentos no país, a companhia tem capacidade e flexibilidade de personalizar os equipamentos de acordo com cada cliente. Em 2010 e 2011 a DM vendeu mais de 50 robôs na região, sendo que a maior concentração ocorre em Pernambuco e Ceará, “porém não se limita nestes estados, sendo que temos diversos clientes também em Maceió, João Pessoa e na Bahia”, acrescenta. A empresa tem um técnico residente em Recife. O empresário informa que os robôs estão sendo utilizados em empresas do setor automotivo, linha branca, eletrodomésticos, embalagens, móveis, UD’s, descartáveis, entre outras. “Mostrando a diversificação da produção industrial que cresce muito rapidamente nesta região”, salienta. Gomes afirma que a DM tem fornecido equipamentos para atender a demanda dos transformadores nordestinos de várias áreas de atuação. Mas ele destaca o intenso uso de robôs para injetoras de 900T a 1500T, para o setor de móveis, e de robôs para ciclo rápido, atendendo os setores de embalagem e baldes. Ele informa que recentemente a empresa entregou robô especial para a Tramontina Delta, “totalmente desenvolvido exclusivamente para eles, com oito eixos servo controlados e sete metros de eixo transversal. Creio seja o único no mundo”, destaca. Para o setor de móveis a Dal Mas-
Diante do grande potencial da região, a Shini está ampliando a sua atuação no Nordeste. De acordo com Tatti Maeda, a participação da empresa na localidade ainda é média. Porém, a executiva salienta que há grandes expectativas de crescimento. A executiva comenta que devido a grande gama de máquinas e periféricos que a Shini disponibiliza a todo mercado brasileiro, a empresa consegue atender os clientes nas suas necessidades específicas. “Nosso objetivo com relação a expansão nesta região é de dobrar o faturamento”, informa. As vendas da empresa estão concentradas principalmente, nos estados da Bahia, de Fortaleza e de Recife. Tatti Maeda comenta que os equipamentos mais adquiridos são os alimentadores, moinhos, secadores e desumidificadores. “A Shini Brasil trabalha com uma linha completa de máquinas e periféricos pronta a atender com qualidade, pensando cliente a cliente, a melhor solução para os seus negócios”, observa. Este ano a empresa está focada na área de automação. Entre as novidades para este segmento, a Shini está disponibilizando ao mercado os robôs de um a cinco até cinco servo-motores e manipuladores.
Eficiência na produtividade
Conforme Ricardo Prado, o Nordeste representa aproximadamente 8% das vendas da Piovan. “Como atuamos em diferentes mercados em relação ao tipo de periférico, fica difícil explicitar um número único que reflita a nossa participação na região”, salienta. Para 2012, o executivo fala que a meta é manter atual participação no mercado nordestino e incrementar a atuação em alguns nichos menos explorados. “Atendemos a todos os estados da região, bem como
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Produto Refrisat, que registrou um crescimento de cerca de 15% no faturamento anual de 2011
do Brasil. Nossa estrutura conta com engenharia de vendas e assistência técnica focadas nos clientes da região”, complementa. O vice-presidente informa os produtos mais comercializados na para os transformadores nordestinos, são os alimentadores e sistemas de alimentação, dosadores gravimétricos. Ainda de acordo com o executivo, as unidades de água gelada e de sistemas completos de refrigeração, também têm grande procura pelas empresas da região. Ricardo Prado salienta que a Piovan tem como diferencial em toda a sua linha de produtos, o cuidado com o projeto do equipamento para atingir uma alta produtividade do transformador e garantir uma estabilidade de processo. Ele enfatiza que a utilização de motores ou componentes de alto rendimento, possibilita que a empreas entregue ao cliente sistemas com um consumo energético bem abaixo da média do mercado. “A estabilidade de processos e a economia de energia refletem diretamente na redução de custos produtivos do cliente”, comenta.
Soluções inovadoras
Com atuação principalmente nos estados de Pernambuco, Ceará, Maranhão e Bahia, a Refrisat salienta que em 2012, a
economia entrou acelerada. Destaca que alguns segmentos importantes ligados a transformação do plástico estão contribuindo para a vinda de novos investimentos, desencadeando uma grande movimentação financeira e alavancando outros setores, inclusive o da refrigeração, devido à necessidade do controle térmico nestes processos industriais. “Percebemos um movimento contrário aos pressupostos pessimistas do mercado, pois mesmo com a crise mundial e um arrefecimento no crescimento global, as trocas comerciais entre a China e o Brasil seguem altas crescendo 34,5% em 2011, e a facilitação na aquisição de equipamentos de transformação importados incidem no aumento da venda de Chillers”, analisa o gerente de marketing da empresa, Ítalo Leme. Segundo o gerente a Refrisat registrou um crescimento de aproximadamente 15% no faturamento anual de 2011 e a expectativa para este ano é de crescer em torno de 30%. Leme comenta que o aumento nas vendas de periféricos se deve principalmente a definição de metas para a ampliação e modernização das áreas fabris nos principais polos industriais do território nacional. “Isso é percebido pelo crescimento na procura por equipamentos periféricos com recursos altamente tecnológicos”, acrescenta. Neste sentido, o gerente destaca que a empresa decidiu investir em inovações para atender a demanda do mercado, desenvolvendo soluções para o controle térmico de processos industriais que atendam as exigências das empresas de ponta. Ele destaca que a empresa disponibilizou recursos nos equipamentos, tais como, design ergonômico e tamanho compacto, pintura eletrostática e estrutura de alumínio, baixo nível de ruído, quadro elétrico de fácil identificação, tubulação de cobre com menos pontos de solda, alta eficiência energética por meio da utilização de compressores scroll digital, válvula de expansão eletrônica, condensador microchannel e fluído refrigerante ecologicamente correto, CLP versátil para programação personalizada e IHM Touch interativa propiciando a elevação da produtividade, a precisão e estabilidade, além da redução no >>>> Mar/Abr de 2012 < Plástico Nordeste < 19
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Periféricos
consumo de energia. Entre as soluções desenvolvidas pela empresa, destaca-se o Kit de Revezamento Automático constituído por duas ou mais unidades de chiller projetadas com sistema controlado via CLP “para que uma faça a reposição da outra, ou seja, qualquer falha em um dos equipamentos aciona o outro que passa a operar automaticamente”, explica a empresa. O kit de revezamento possui as opções manual e automático. Na manual, o usuário tem a possibilidade de escolher qual equipamento irá funcionar, sendo muito útil para questões de manutenção preventiva/ corretiva, sem a necessidade de desligar o processo. Na opção automática, o sistema funciona de duas formas, sendo elas, revezamento por hora que é um sistema no qual o usuário programa o número de horas que o equipamento irá funcionar, tendo a possibilidade de visualizar no quadro o número de horas produtivas faltantes e ao término das horas o sistema desliga o equipamento operando e liga o equipamento a ser operado, dando início a um novo ciclo de operação; e revezamento por falha que é um sistema que garante a continuidade do processo, fazendo com que o equipamento em alarme seja automaticamente desligado, acionando o equipamento em espera. “É importante ressaltar que numa eventual remoção da central, os equipamentos passam a funcionar de forma independente, após seu acionamento individual”, acrescenta. De acordo com a empresa, a Kit de 20 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
Revezamento Automático opera sem qualquer necessidade de intervenção humana, garantindo segurança ao sistema em todo o tempo e em qualquer situação de emergência. “E mais uma vez largamos à frente, disponibilizando sistemas de monitoramento remoto via Supervisório e Módulo GPRS”, destaca a Refrisat. Outra novidade é a Unidade de Água Gelada, com inovador CLP, que segundo a companhia “proporciona o melhor custo benefício do mercado”. Conforme a empresa, a utilização é mediante a carga térmica requerida, tendo o seu consumo em conformidade com a necessidade real, economizando assim energia, além de prolongar a vida útil do equipamento. Este controle é possível por trabalhar com circuitos de refrigeração independentes, possibilitando uma precisão da temperatura desejada. “Com o inédito controlador CLP, programado por software com a sua lógica desenvolvida pela Refrisat, disponibilizamos todos os recursos imagináveis para proporcionar o melhor desempenho e maior eficiência do equipamento”, complementa.
Agregando melhorias
Para a Rone Moinhos o bom desempenho do mercado de periféricos no Nordeste tem um peso significativo, sendo que aproximadamente 22% da sua produção é destinada para os transformadores da região. Em 2011, a empresa teve um crescimento na ordem de 5% na vendas de equipamen-
Moinhos da Rone obtiveram bom desempenho de vendas na região e previsão é de crescimento
tos para a localidade, em relação aos anos anteriores. Para este ano o diretor comenta que a tendência é de que esta boa performance se repita, “o que consideramos excelente visto a grande área do Brasil e pelo fato de que a maioria das empresas processadoras se concentrarem ainda no sul e sudeste do país”, salienta. O atendimento dos clientes da região é realizado por representantes comerciais, além de contato direto da empresa com os compradores. E para atender a demanda deste mercado, cada vez mais exigente, Cerri informa que a Rone está agregando melhorias aos seus equipamentos. Como exemplo cita os moinhos que possuem bocais duplos e cabine atenuadoras de ruidos (linhas W e C), “acabamos de colocar no mercado estes atenuadores aplicados com um novo e melhor material acústico, diminuindo em média 10% do ruído em relação aos resultados anteriores, graças a parceria com um novo fornecedor”. O empresário comenta que este tipo de moinho visa atender a todas as empresas que hoje se preocupam com o nível de ruído de seus equipamentos, “fato que é verificado em qualquer porte de empresa”.
Carência de automação
O gerente de negócios da NZ Philpolymer, Thiago Zaude, afirma que a indústria do plástico do Nordeste está em crescimento e com carência de automação industrial. Este fato justifica o crescimento da venda de periféricos, que segundo ele, são equipamentos importantes para melhorar a qualidade do produto acabado, diminuindo a umidade e perdas durante o processo de extrusão e injeção, entre outros benefícios que apresentam. A NZ atua no Ceará, Natal, Alagoas e Recife. Clientes no Nordeste e no Norte, que de acordo com Zaude representam 40% das vendas da empresa. A meta é subir este índice para 50%. O gerente acrescenta que as extrusoras mono rosca tipo cascata, os moinhos de filme e borra e silo ensacador são os equipamentos mais comercializados na região. Entre os últimos lançamentos da empresa, o empresário destaca a extrusora de
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alimentação forçada diferenciada, com inversores de frequência na máquina e granulador com troca de tela V de 03 raquetes, “aumentando a estabilização do processo produtivo, eliminando paralisação de máquina para troca de tela”, observa Zaude.
Crescimento no Nordeste
Apostando no potencial do mercado nordestino, a Seibt planeja ampliar a sua atuação da na região. Segundo Müller, em 2011 o Nordeste representou em torno de 6% das vendas totais da empresa. “Em termos percentuais, parece ser um número pequeno, porém, este é um polo que esta em expansão, com isso nossa participação tende a crescer”, acrescenta o analista de exportação. A companhia, com sede em Nova Petrópolis (RS), tem como meta superar os números registrados no ano passado. “Pretendemos ampliar esta participação, abocanhando uma fatia maior do mercado nordestino, algo em torno dos 14% do volume de vendas totais da empresa. Se falarmos de participação no
mercado, a Seibt abocanha uma fatia na ordem de 20%, pretendendo chegar a 25% até o final de 2012”, acrescenta. De acordo com o analista, a Seibt atende todos os estados da região diretamente ou através de representantes. Ele observa que os equipamentos mais vendidos no Nordeste são os moinhos da linha A. Equipa-
Linha GF da Seibt teve grande aceitação no mercado, devido a sua relação custo-benefício e produtividade
mentos convencionais destinados para várias aplicações e vários tipos de plásticos de formas e tamanhos variados. Entre os moinhos convencionais a empresa está incorporando à linha GF, em três opções de tamanho, 550GF, 900GF e 1100GF, além do 700GF, “que passou a integrar o catálogo Seibt no último ano”, informa Müller. Conforme o analista, este equipamento teve grande aceitação no mercado, devido a sua relação custo-benefício, robustez e alta produtividade. A abertura do bocal pneumática, o sistema mola-gás para acesso ao magazine da peneira e a segurança ao operador, são outros diferenciais do moinho. O equipamento, indicado para moagem de garrafas e filmes e outros materiais, conta ainda com rotor sem eixo central, “o que aumenta sua capacidade na câmara de moagem”, acrescenta o analista. >>>>
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Periféricos Equipamento da Wortex, que continuamente investe em soluções como linha de moinhos e trituradores Mercado competitivo eleva a utilização de peças, e a Incoe não foge à regra
Procura por qualidade
Para a Wortex, o Nordeste é o terceiro maior mercado de atuação no país. O gerente comercial da empresa, José Renato Saia, comenta que a região está crescendo, mas ainda “de uma forma tímida”. Fala que já existe uma preocupação por parte dos transformadores em investir na automação das empresas, adquirindo equipamentos que ofereçam maior qualidade e produtividade. De acordo com Saia, a empresa tem dois escritórios de representação na região, um em Recife e outro em Salvador, para cobrir todos os estados Nordestinos. Ele destaca também que a Wortex dispõe de uma central de atendimento ao cliente que mantém contato com todo o mercado. Conforme o gerente, a empresa investe continuamente em novos equipamentos, com o objetivo de oferecer soluções aos seus clientes. Entre as mais recentes novidades ele salienta a linha de moinhos, trituradores e pulverizadores para diversas aplicações da indústria plástica. Comenta que os moinhos e trituradores contam com engenharia diferenciada, permitindo melhor acesso e facilidade para troca e ajustes das facas. Como exemplo apresenta o IBC de 1000 litros, destinado para caixas de bebidas, sacaria de ráfia, pneus etc.
Inovações em câmaras quentes
A Incoe salienta que a sua participação no mercado do Nordeste está crescendo constantemente. “Na realidade acompanhamos o crescimento em geral da indústria de plástico na região”, destaca o gerente de engenharia da em22 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
presa, William dos Santos. Ele não cita números, mas fala que em 2011 a companhia manteve o crescimento nas vendas de bicos, sistemas de câmara quente, filtros e controladores. O aumento crescente na demanda nas áreas de cosmética, medicina e embalagem é apontado por Santos, assim como a necessidade destes segmentos de sistemas de múltiplas cavidades, Multi-Tip e stack-mold para melhor atender a demanda de produção. Ele fala que os moldes utilizados para fabricação destes produtos estão cada vez mais complexos, dessa forma “exigem um bom projeto do sistema de câmara quente e do seu desempenho”. Outra demanda do mercado destacada pelo executivo é o aumento da procura por sistemas valvulados e sistemas sequênciais para os moldes automotivos por que os sistemas de câmara quente, que segundo ele fornecem vantagens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima. “Em geral a produção de peças moldadas em plástico continua aumentando e nossos clientes procuram por melhor eficiência e redução de custo para ganhar a concorrência no mercado”, comenta Santos. Diante desta realidade ele salienta que devido o crescimento da produção, os clientes precisam buscar melhorias de seus processos de fabricação para atender melhor as demandas. “A nossa meta para 2012 e continuar acompanhar este crescimento do mercado no Nordeste”, destaca. Santos salienta a importância crescente dos periféricos na atualidade, principalmente pelo fato do mercado estar extremamente competitivo, obrigando os transformadores de plástico a reduzir os preços dos produtos moldados. Assim cada vez mais procuram por melhor eficiência e redução de custos. No sistema de moldagem por injeção, o gerente frisa que os sistemas de câmara quente, controladores
de temperatura, controladores sequenciais e filtros homogenizador fornecem vantagens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima. “Nossos equipamentos têm contribuído de forma significativa para a melhoria do processo de produção de peças plásticas, tanto em nível de qualidade quanto de rentabilidade”, comenta. De acordo com Santos, outro segmento que exige a tecnologia de câmera é a indústria de pecas grandes como pára-choques, painel de instrumentos, laterais de portas, displays etc. Ele explica que estas peças, devido ao seu tamanho, não poderiam ser injetadas sem o uso desse tipo de tecnologia. “Observamos também que os constantes aumentos de preço de matérias prima e o uso de materiais plásticos cada vez mais sofisticados alavancaram a venda de nossa tecnologia por que os sistemas de câmara quente fornecem consideráveis vantagens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria prima”, acrescenta. Com o objetivo de oferecer mais vantagens competitivas aos seus clientes, o gerente salienta que a Incoe está sempre aperfeiçoando seus equipamentos. Ele explica que os sistemas de câmara quente e controles são projetados para a injeção precisa da resina, performance confiável e custo compatível nas mais variadas aplicações. Santos cita algumas das últimas inovações da empresa e alguns dos principais produtos do seu protifólio: Direct-Flo™ Gold para aplicações técnicas com pesos de ciclo de até 9000g; micro sériepesos de ciclo de até 20g; 6 Categorias padrão de buchas com 14 opções padrão de ponteiras; twin heater (resistências de
duplo filamento) e resistências multi-zona para buchas longas; sistemas unitizados a prova de vazamentos e sistemas hot half completos; sistemas multi material e multi componente; controladores de temperatura, sequencial e valvulado; sistemas valvulados hidráulicos e pneumáticos; filtros e bicos para maquina injetora.
Central de alimentação
Outra empresa que busca ampliar as vendas no Nordeste é a AWS. Para a diretora de marketing da empresa, região é um mercado em expansão, “que demanda a nossa atenção para grandes oportunidades de negócios”. Para isso aposta na qualidade dos produtos do portifólio da companhia que segundo ela proporcionam melhorias para as indústrias transformadoras de plástico, em especial sopro, injeção e extrusão. Destaca que são equipamentos modernos, nacionais com tecnologia mundial, que geram economia e resultam maior qualidade para a produção do cliente, propiciando a automatização e contro-
le total para a indústria. “Investimentos inteligente que se pagam com a própria economia gerada pelo mesmo. Além disso, a AWS Brasil presa pela sustentabilidade, produzindo equipamentos que contribuem com o meio ambiente”, acrescenta. A AWS atua há cinco anos no Nordeste com clientes ativos investindo em periféricos e também pigmentos, principalmente na Bahia, Alagoas e Pernambuco. Conforme a diretora a meta da empresa é ampliar a participação na região e superar ainda mais as expectativas dos clientes, “mantendo a qualidade e trazendo novidades de última geração às suas empresas”. Ela destaca que a previsão para 2012 é de superar em 30% as vendas realizadas no ano anterior. Segundo Camila Sapage, a empresa faz parte de um grupo familiar que atende a indústrias plásticas com soluções nacionais e tecnologia mundial. Fundada em 1997, a companhia iniciou suas atividades atuando junto às indústrias de embalagens plásticas flexíveis. Hoje estendeu seus serviços e produtos a todo o
setor. Os segmentos que a empresa atende desdobram-se em pigmentos e periféricos. Recentemente, a AWS entrou também no mercado de linhas de extrusão e co-extrusão, com um centro tecnológico na Itália. Em meados de Março de 2012, a AWS Brasil esteve expondo na Semana Internacional de Máquinas e Equipamentos, feira que aconteceu em São Paulo, apresentando seus equipamentos para o segmento de flexografia com viscosímetro, recuperadora de solventes e também lavadora de peças. Segundo a diretora, em agosto, a AWS estará presente na Interplast, em Joinville (RS), expondo pela primeira vez uma central de alimentação em feira. A atração diferenciada promete explicar para os visitantes como funciona o sistema que supervisiona e controla a alimentação de materiais em uma indústria. “Disponível em diversas configurações e de fácil instalação, a central é muito eficiente. Com um único controlador, é possível comandar todos os componentes de um sistema de transporte”, acrescenta a executiva. PNE
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Investimentos
Nordeste, um emergente
dentro do Brasil P orque as empresas investem tanto no Nordeste? Não seria descabido afirmar que as regiões Nordeste e Norte são como países emergentes dentro de um Brasil emergente. Nos últimos anos a mudança na rota migratória do desenvolvimento tornou essa região alvo de uma série de investimentos, inclusive nos setores plástico e petroquímico. E as perspectivas é que esse ciclo tenha garantias de continuidade por mais de 20 anos, pois o Nordeste brasileiro vive o maior período de desenvolvimento de toda a sua história, com índices de crescimento comparáveis aos verificados na China. Dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste (BNB) destacam que o volume de investimentos e quantidade de empreendimentos em execução ou em projetos são de tirar o fôlego. Entre 2004-2008 a região registrou uma taxa média anual de crescimento de 19,5%, passando a apresentar, já em 2009, crescimento de 132%. Em 2010, a economia nordestina cresceu 7,8%, contra 7,6% do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB), que vem aumentando muito acima da média nacional é outro indicador do desenvolvimento. Segundo o BNB, em 2005, enquanto o crescimento do PIB brasileiro era de 3,2%, o do Nordeste atingia a casa dos 5,9%. Em 2006, 4%, contra 4,5% para o Nordeste e apenas 2007 foi ligei-
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ramente desfavorável para a região: o PIB cresceu 5,6% contra 6,1% do Brasil. Mas em 2008, o PIB nordestino voltou a crescer, com 5,5% para a região, contra 5,2% do índice nacional, atingindo R$ 420,1 bilhões, superior ao de países como Chile, Singapura e Portugal. O ciclo foi interrompido em 2009 diante da crise mundial, quando o PIB nordestino cresceu -1,0%. No entanto, segundo o Boletim Conjuntura Econômica, publicado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), vinculado ao BNB, superados os momentos mais difíceis a região retomou a curva de crescimento, com índices excepcionais atingidos em 2010, quando o PIB chegou a 8,3% de crescimento e o crescimento nacional foi de 7,5% de crescimento. Neste mesmo ano, em seu primeiro encontro regional, no XII Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado em Sergipe, Dilma Rouseff anunciou investimentos da ordem de R$ 120 bilhões para a região até 2017, dos quais, cerca de R$ 64 bilhões deverão ser alocados até 2014, ainda dentro do mandato atual. Entre os principais projetos estão a continuidade das obras da transposição do Rio São Francisco, a recuperação da malha rodoviária federal, as obras ligadas à Copa de 2014 e as novas refinarias da Petrobras. Porém, para reduzir as fortes desi-
gualdades existentes, o Nordeste deve continuar crescendo acima da média nacional. Por isso Dilma Rouseff enfatizou a importância da manutenção de investimentos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha Casa, Minha Vida, os investimentos preparativos para receber a Copa do Mundo em 2014, e o PAC II, especialmente na parte social e urbana. Ela afirmou ainda que pretende fomentar um processo de crescimento econômico na região com índices acima do crescimento do PIB, que situa-se num patamar de 7% ao ano. Outros fatores são importantes para explicar os índices de crescimento, como o reajuste do Bolsa Família e a melhoria de renda, principalmente das mulheres. Em Alagoas, por exemplo, o aumento do Bolsa Família vai injetar perto de R$ 100 milhões ao ano na economia do estado, fomentando o consumo e impulsionando a economia. Segundo o Censo 2010 do IBGE, o rendimento médio do trabalho das mulheres brasileiras cresceu 13,5% reais em 2010 na comparação com 2000 - muito além dos 4,1% dos homens e dos 5,5% de ambos os sexos somado. Os maiores avanços da renda média mensal das trabalhadoras aconteceram no Nordeste, onde o aumento foi de 30,3% reais, de R$ 645 para R$ 841, contra 10,3% dos homens, de R$ 1.097 para R$ 1.210.
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Concentração de grandes investimentos, Pólo Industrial de Camaçari experimenta novo ciclo de expansão
Bahia vai muito além do axé e do acarajé
O Pólo Industrial de Camaçari é uma das grandes vantagens da Bahia na disputa por investimentos. É o primeiro complexo petroquímico planejado do País e iniciou suas operações em 1978, Localizado no município de Camaçari, a 50 quilômetros de Salvador, capital da Bahia é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de 90 empresas químicas, petroquímicas e de outros ramos de atividade como indústria automotiva, de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços. Depois de um período de estagnação, quando chegou a perder indústrias importantes, a Bahia renasce.Com a atração de novos empreendimentos, o Pólo Industrial de Camaçari experimenta novo ciclo de expansão, gerando mais oportunidades de emprego e renda para o Nordeste. A produção de automóveis pela Ford e a nova fábrica da JAC Motors consolidam a trajetória de diversificação no Complexo Industrial e ampliam as perspectivas de integração do segmento petroquímico com a indústria de transformação, com destaque para o Pólo de Acrílico, fruto de investimentos da Basf. Qualidade e produtividade têm sido a receita para ampliar as atividades do Pólo Industrial de Camaçari. Sua importância
econômica pode ser medida pela grandeza de seus números. Com um investimento global superior a 12 bilhões de dólares e investimentos novos de 4,3 bilhões de dólares até 2011, o pólo tem capacidade instalada acima de 11,5 milhões de t/ano de produtos químicos e petroquímicos básicos, intermediários e finais. A produção no segmento químicos/petroquímicos atende mais da metade das necessidades do país. O pólo tem faturamento aproximado de US$ 15 bilhões/ano e exportações de US$ 2,3 bilhões/ano, cerca de 35% do total exportado pela Bahia e contribui com mais de R$ 1 bilhão em ICMS por ano para o Estado, respondendo por mais de 90% da arrecadação tributária de Camaçari.
O complexo emprega 15.000 pessoas diretamente e 20.000 pessoas através de empresas contratadas. Sua participação no Produto Interno Bruto baiano é superior a 30%. Investimentos em programas sociais superiores a R$ 13 milhões/ano. Segundo dados da Abiplast (2010) a Bahia tem cerca de 291 indústrias de transformação de plástico e emprega 9.924 pessoas. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos da Bahia, Luiz Antônio de Oliveira, dois fatores explicam a atração de investimentos neste setor. “Deve-se ao crescimento da renda per capita com a alavancagem de demanda pela Classe C, somados aos incentivos fiscais de redução do ICMS via governos estaduais e do imposto de renda pessoa jurídica via SUDENE”, ressalta. Nos últimos anos a Bahia perdeu algumas empresas da cadeia petroquímica-plástico, mas ganhou outras que usam plástico e produtos químicos na fabricação de suas linhas, como as indústrias de calçados, têxteis e moveleiras, sem contar as automotivas. Mesmo que algumas indústrias de porte tenham alocado recursos nos últimos anos, como Cromex, Unigel e Basf, além dos aportes da Braskem, para Oliveira, os investimentos em indústrias para alavancar o setor no Estado compõem um quadro mais complexo. “O Estado por si não apresenta atrativos em relação a justificativas de atrativo locacional, visto deter apenas 4% do PIB nacional, havendo no momento saturação de todos os itens produzidos, ou >>>> Mar/Abr de 2012 < Plástico Nordeste < 25
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Investimentos
seja, a capacidade instalada é superior à demanda”, diz o dirigente.
Basf cria Polo de Acrílico
Os tempos ruins ficaram para trás e agora a Bahia sorri com ações como da BASF, que, sem temer incertezas investe em um Complexo Produtivo de escala global para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP) em Camaçari. Será a primeira fábrica da América do Sul nessa área. Com um investimento superior a R$ 1 bilhão, este será o maior aporte do grupo ao longo de sua história de 100 anos na América do Sul. Com o novo Complexo de Ácido Acrílico, a BASF assegurará o fornecimento de matéria-prima para importantes produtos, como: fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos. “Em função do forte crescimento do Brasil, chegou a hora para realizarmos este importante investimento, que irá fortalecer nossa posição de liderança e ratificar nossa confiança no desenvolvimento do mercado sul-americano”, diz Stefan Marcinowski, membro da Junta Diretiva da BASF SE em agosto de 2011, ao anunciar o investimento. O que levou a BASF a escolher Camaçari? Segundo a empresa, o principal motivo foi a disponibilidade de matéria-prima (propeno) e utilidades, fornecidas pela Braskem S.A., a maior indústria química do Brasil e parceira estratégica da BASF neste projeto. “O acordo com a BASF permitirá potencializar os benefícios para toda a cadeia produ26 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
tiva do ácido acrílico, não apenas em razão da capacidade de produção e do porte do investimento como também pelas tecnologias disponíveis. E estimulará o surgimento de um novo ciclo de investimentos no Polo de Camaçari, atraindo novas empresas de manufatura para a Bahia”, afirmou Carlos Fadigas, presidente da Braskem. A construção do novo Complexo de Ácido Acrílico começou em 2011, gerando cerca de 1.000 empregos durante a construção. O início da produção, inicialmente de 160 mil toneladas, está previsto para o quarto trimestre de 2014, gerando 230 empregos diretos e 600 indiretos. A produção de acrilato de 2-etil-hexila em Guaratinguetá está planejada para iniciar em 2015, com base no ácido acrílico produzido em Camaçari. “Esperamos que o investimento traga um impacto muito positivo para a balança comercial do País de cerca de US$ 300 milhões/ano, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões pelo do aumento das exportações”, disse Hackenberger.
Cromex investiu pesado
No momento em que o Brasil superava a crise mundial de 2009 a Bahia também começava a reagir. Em setembro daquele ano a Cromex, empresa brasileira líder na fabricação de corantes e compostos para plásticos no país, na anunciava a ampliação da sua capacidade produtiva na Bahia com a aquisição de uma nova extrusora importada, em condições de produzir 16 mil toneladas/ano
Construção do Complexo de Ácido Acrílico da Basf começou em 2011 e conclusão está prevista para 2014
de matéria-prima. O valor do investimento foi de US$ 2,2 milhões. A nova máquina substituiu uma com capacidade de 6 mil toneladas/ano, na unidade da Cromex localizada em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. Com isso, a capacidade total de produção de compostos pretos, usados em produtos voltados aos setores automotivo, agrícola e construção civil, aumentou em cerca de 7%. A nova extrusora foi adquirida para atender a demanda de cores e aditivos para plásticos (masterbatches) especialmente fabricados para o polietileno (PE) Verde da Braskem. Para estimular o investimento a empresa foi beneficiada pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica da Bahia (Desenvolve), na Classe 1. O benefício concede incentivos fiscais, como a redução do ICMS e o adiamento do imposto nas compras de bens para o ativo fixo e nas aquisições de insumos, como o polietileno.
Grupo Unigel: fábrica e Citu
A boa fase teve sequência, pois a Bahia passou a viver um dos melhores momentos da sua economia. Há dois anos, nos três primeiros meses de 2010, os números da geração de emprego já refletiam a superação da crise mundial. O Grupo Unigel, por exemplo, contribuiu para essa melhoria ao inaugurar as novas unidades da empresa na Bahia em abril daquele ano. E em 2011 voltou a anunciar investimentos, desta vez na criação de um centro de tecnologia. Localizadas no município de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, as divisões de Químicos e Fertilizantes e a Divisão de Plásticos da Unigel geram 250 empregos diretos, sendo que durante a construção foi utilizada a mão de obra temporária de 1.200 operários. Na ocasião, o vice-presidente do grupo, Marc Slezynger, disse que dois fatores influenciaram na decisão de ampliar os negócios no Brasil - incentivos fiscais e trabalhadores capacitados. “Nós já atuávamos na Bahia. O Estado tem apoiado muito a empresa. Temos incentivos e uma mão de obra muito boa. Oitenta por cento da Unigel está aqui.” Entre os benefícios, o governo estadual, por meio da Secretaria da Indústria, >>>>
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Investimentos Suape (acima): impactos do empreendimento no local serão sentidos quando estiver em pleno funcionamento Wander Lobo (abaixo, à esquerda), do Sinplast de Alagoas e Fernando Pinheiro (centro), do Simpepe de Pernambuco
Comércio e Mineração (Sicm) intermediou, junto ao governo federal, a redução do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). A inauguração das duas plantas industriais da Unigel, em Candeias, fez com que a produção de sulfato de amônio (insumo para fertilizantes) subisse de 130 mil para 400 mil toneladas por ano e de metacrilatos (plásticos acrílicos utilizados na indústria automobilística, eletroeletrônico, utensílios domésticos, entre outros) tivesse um aumento anual de 30 mil para 90 mil toneladas. O acrílico é uma tendência mundial, tendo inclusive ampliado o seu uso nos painéis de LED das modernas telas de TV. Parte 28 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
da produção brasileira é para o consumo interno, mas a Unigel também exporta. O governador Jaques Wagner prevê que, diante da expectativa de crescimento para o setor, em torno de 6% a 7%, deverão ser abertas novas vagas e surgirá a necessidade de qualificação da mão de obra para suprir esta demanda. Wagner, ex-funcionário do Grupo Unigel, informou que o Governo da Bahia já estava dialogando com os industriários para, juntos, desenvolverem projetos de qualificação profissional. “ Sem dúvida, 2011 foi um “ano fértil” para o setor petroquímico-plástico baiano. Na mesma época do anúncio da BASF, o Gru-
po Unigel, fabricante de plásticos e fertilizantes, dentre outros derivados do petróleo, apresentou na o projeto do seu novo Centro de Inovação e Tecnologia (Citu), a ser implantado no Polo de Camaçari. O diretor-presidente do Citu, Luiz Pontes informou que todos os laboratórios do empreendimento, que ocupará uma área de dois mil metros quadrados e prevê investimentos na ordem de R$ 40 milhões, já estão prontos. “Camaçari possui o maior pólo petroquímico do País e queremos atrair cérebros para a Bahia, ao invés de exportá-los. Por isso acreditamos na parceria com as universidades baianas e outros centros de desenvolvimento de tecnologia, como o Parque Tecnológico”, defende o engenheiro químico, que também é professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade do Salvador (Unifacs). Pontes explicou que o Citu irá gerar 50 empregos diretos para profissionais de “alto nível” distribuídos entre as áreas de engenharia, química e cursos técnicos relacionados à petroquímica. “Nossas metas são melhorar processos atuais, desenvolver novos processos capazes de aumentar a rentabilidade e também criar novos produtos, sobretudo plásticos diferenciados, Inclusive plástico verde (à base de etanol)”, afirmou.
Suape e Abreu e Lima mudam Pernambuco
A Petroquímica impacta mais que refinaria em Pernambuco. Este foi apenas um dos resultados da pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de Pernambuco, divulgada no início de maio pela Agência Condepe/Fidem. O estudo, realizado em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV) tem como objetivo revelar o panorama econômico do Estado, através das expectativas dos empresários >>>> ligados ao setor industrial.
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Investimentos Crescimento positivo de setores no Nordeste contribuiu para a instalação de uma unidade da Colorfix no estado de Pernambuco
tendeu sua presença no Brasil e América do Sul em 2002, quando efetivou a compra da totalidade das ações que a Rhodia detinha na sua controlada brasileira Rhodia-ster. Conforme informações divulgadas pela empresa, a nova fábrica de resina PET da Companhia está localizada em Ipojuca (PE) e é um dos mais importantes empreendimentos do mundo na indústria de poliéster, colocando o Brasil na era da auto-suficiência em resinas PET. De acordo com informações disponíveis no site da empresa, a capacidade de produção de 450 mil toneladas por ano transforma a unidade brasileira na maior fábrica de PET de reator único do mundo. Mesmo que outras indústrias estejam instalando unidades em Pernambuco, as obras que centralizam as atenções são a Refinaria Abreu e Lima e a PetroquímicaSuape e as inevitáveis comparações. Uma forma de entender a importância de cada uma delas é saber o impacto que causam na vida das pessoas. A contribuição mais importante do estudo da Condepe Fidem é a de orientar políticas públicas, especialmente quais empreendimentos devem ser buscados e incentivados pelo governo estadual. Os números derrubaram alguns mitos. Mostraram, por exemplo, que um grande volume de investimentos nem sempre corresponde a um reflexo maior na vida das pessoas. E nessa espécie de disputa de “beleza” econômica, a Refinaria Abreu e Lima (de R$ 26 bilhões) mostrou-se menos impactante que um projeto quatro vezes menor, de R$ 6 bilhões, como o da PetroquímicaSuape. No geral, a Petroquímica se sobressaiu como empreendimento que mais trouxe e trará impactos para vida dos pernambucanos na análise da Agência Condepe Fidem. Além de ser o protagonista no aumento dos rendimentos das famílias, o complexo que começa rodar no próximo mês de agosto é o que mais contribui para o aumento do VAB (participação de 35,2%) e o segundo maior gerador de postos de trabalho diretos e indiretos (26,1%). Os maiores impactos da PetroquímicaSuape serão sentidos quando essa estiver funcionando a pleno.Na sua fase de construção, participou com R$ 999 milhões no 30 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
aumento dos rendimentos das famílias. Esse volume sobe para R$ 5,65 bilhões durante a operação até 2014. Diante disso, o estudo voltou a lançar luz em um problema difícil de ser superado pela Refinaria, que é o de se tornar “mais pernambucana”. Se não bastasse perder a briga com a PetroquímicaSuape, a refinaria fica atrás do EAS no impacto nos rendimentos das famílias. Ainda assim é o empreendimento que mais criou e criará postos de trabalho entre 2007 e 2014: 543 mil. No quesito rendimentos, o destaque ficou com a PetroquímicaSuape. O complexo de três plantas industriais que irão produzir ácido tereftálico (PTA), resina PET e filamentos têxteis de poliéster colocará R$ 6,65 bilhões a mais no orçamento dos pernambucanos entre 2007 e 2014. É seguido de perto pelo EAS, responsável por R$ 6,37 bilhões. Ao final das obras haverá uma mudança de perfil econômico de Pernambuco, conforme comprovam os dados da pesquisa. Sem os cinco investimentos analisados, o Estado iria gerar, em 2014, R$ 114,2 bilhões de VAB. Com as cinco plantas, esse volume salta para R$ 168,5 bilhões, um crescimento de R$ 54,2 bilhões. Não é apenas um impacto quantitativo. O Estado muda o seu perfil econômico, com novas cadeias produtivas. É um novo ciclo de industrialização. Com esses empreendimentos a economia estará 50% maior, destaca o estudo.
Auto-suficiência em PET
O Grupo italiano Mossi & Ghisolfi es-
Colorfix valoriza o Nordeste
Mesmo sem o impacto das grandes obras citadas anteriormente, Pernambuco tem tradição no setor petroquímico-plástico do Nordeste, pois com a primeira fábrica de embalagens fundada há 50 anos, foi um dos pioneiros no ramo de transformação de plástico no País. No Estado, o setor gera cerca de 22 mil empregos diretos e indiretos e conta com 489 empresas de diversos segmentos da indústria de transformação de plástico, das quais 292 empresas são formais e as demais informais. O setor consome cerca de 12 mil toneladas por mês de matéria-prima de polietileno (resina plástica) e, em 2010, faturou R$ 600 milhões, segundo informações do Simpepe (julho de 2011). O quadro de crescimento positivo de vários setores em todo o Nordeste e a receptividade das indústrias de transformação de plástico foram atrativos para que a Colorfix, uma fornecedora de concentrados de cor, MBFiller e aditivos de alta qualidade para diversas áreas, como: cosméticos, construção civil, farmácia, utilidades domésticas, automobilística, segurança, brinquedos, entre outros, instalar-se em Pernambuco. Conforme ressalta Manoel Antônio Fardo, da área de marketing, para a Colorfix o Nordeste é um mercado muito promissor, mas com uma demanda reprimida e muito carente de atendimento. “Portanto vemos como um mercado muito promissor, só no último ano nossas vendas cresceram 40% na região, frutos de um longo trabalho e
ótimo atendimento e nossa expectativa é que se torne o terceiro maior mercado ainda este ano, e para isto inauguramos em janeiro de 2012 nossa mais nova unidade na Grande Recife”, acrescentou. A Colorfix , segundo o executivo, tem estrutura e a experiência de 20 anos para atender com agilidade e eficiência os principais processos de transformação plástica: Injeção, sopro, extrusão, rotomoldagem, Multifilamento, entre outros. A empresa possui Certificação ISO 9001:2008, além de atender com ética e responsabilidade as normas: FDA, RoHS e Resolução 105 da ANVISA. Além do atendimento personalizado ao Nordeste, a empresa coloca seus produtos em todo o Brasil através de seus representantes comerciais e sua equipe interna de vendas atuantes em São Caetano do Sul (SP) e Colombo (PR).
Pro-Color em Piedade
Outra empresa do setor de masterbatches no Brasil, o Grupo Pro-Color, também decidiu investir no Nordeste e no dia 25 de abril inaugurou a sua primeira indústria na região. A fábrica está instalada em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, e produzirá masterbatches na tonalidade branca, bem como aditivos para fabricação de produtos plásticos. A empresa já atuava em Pernambuco, principalmente no polo fabril do agreste, mas, com a fábrica, pretende aumentar sua participação em todos os Estados da região. “Com os novos negócios no Nordeste, esperamos aumentar o faturamento deste ano em 40%”, ressalta A gerente Comercial Vanessa Falcão. Pernambuco foi o estado escolhido para sediar a nova unidade da companhia pela crescente demanda local por pigmentos utilizados na fabricação de produtos plásticos e também pelos incentivos fiscais do PRODEPE, programa de atração de investimentos. “Muitas empresas do Sul e Sudeste do País estão vindo para o Nordeste e Pernambuco tem atraído várias delas, como indústrias automotivas, alimentícias e de diversos outros segmentos, que estão em nosso foco de atuação”, explica Vanessa Falcão. Esta é a mais recente indústria da
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Empresas especializadas na produção de masterbatches, como a Pro-Color, concentram esforços na região
Pro-Color, que possui ainda unidades em Cotia, Bauru e Jaguariúna, todas em São Paulo.
Capacitação em pauta
O setor de transformação do plástico de Pernambuco abriga empresas do porte da Tigre, com uma unidade em Escada, inaugurada em 2009, gerando cerca de 200 empregos, também abriga a concorrente Amanco, com uma fábrica em Suape, no Cabo de Santo Agostinho. Tanto estas indústrias, como outras que se instalam no Estado, precisam de mão de obra qualificada para operar máquinas e equipamentos caríssimos. Por isso é preciso dar atenção à capacitação industrial. Este é um dos focos do Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos do Estado de Pernambuco (Simpepe). O presidente do Simpepe, Fernando Pinheiro, participou da inauguração do Núcleo de Tecnologia de Plástico do SENAI (NTPlas) em Maceió, em 2011. Ele conta que o desejo de implantar uma unidade profissionalizante no seu Estado é antigo e revelou a jornalistas de Alagoas que com recursos garantidos o passo seguinte era conferir o funcionamento de um núcleo que ele considera como “modelo” para adquirir experiência. O Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlás) do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Alagoas (Senai/AL) vai servir de modelo para a implantação de uma unidade profissionalizante e prestadora de serviços para os setores da Química e do Plástico do Estado de Pernambuco. Uma missão pernambucana formada por empresários,
engenheiros e representantes do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itepe) esteve na capital alagoana para conhecer o Núcleo instalado no Centro de Educação Profissional Napoleão Barbosa, unidade do Senai localizada no Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, no Tabuleiro do Martins.
Ceará: foco na Recicla Nordeste
Segundo a Abiplast, o Ceará conta com 189 empresas do setor plástico, distribuídas da seguinte forma: 5 de laminados, 63 de embalagens, 5 para construção civil e 116 de produtos diversos, empregando 4.429 empregados no total. O Estado, no entanto, destaca-se pelo foco na reciclagem em geral, mas do plástico em especial, que cada vez mais ganha espaço e importância na vida das pessoas. Por esse interesse, Fortaleza será novamente o centro das atenções com a terceira edição do Recicla Nordeste – Feira de Reciclagem do Nordeste, o maior evento do setor na região e que cresce a cada ano. Realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI) e Sindiverde, a feira ocorre de 17 a 19 de outubro de 2012 no Centro de Convenções do Ceará. Trata-se de um dos principais mostruários dos avanços tecnológicos nesta área e o segmento plástico ganha destaque entre os expositores e palestrantes. A segunda edição da Recicla Nordeste, realizada em novembro de 2011 alcançou os objetivos dos organizadores, mostrando na prática os caminhos para suavizar e procurar solucionar >>>> Mar/Abr de 2012 < Plástico Nordeste < 31
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Investimentos
de uma vez por todas um problema que angustia o mundo moderno. Houve, inclusive, em exibição uma mini unidade de reciclagem funcionando na própria feira, oportunidade excelente para o público leigo tomar conhecimento de como se processa o lixo plástico. A feira teve um crescimento de 50% em relação à exposição de 2010, com 2.000 m² destinados à exposição de máquinas e equipamentos para reciclagem e transformação de última geração destinados a reaproveitar os resíduos sólidos provenientes dos descartes: domiciliar, industrial e de outros setores da sociedade. Foram 6.267 visitantes com foco direto em reciclagem, muitos interessados em saber que o lixo pode se constituir numa grande fonte de renda para a comunidade empresarial desde que seja bem aproveitado por empresas especializadas em reciclagem. Foram realizados negócios na ordem de R$ 4,2 milhões, e mais R$ 4,5 milhões em negócios prospectados.
Projeto mantido em Pecem
O Ceará respirou aliviado quando a Petrobras anunciou seu plano de investimentos para 2011-2015, mantendo todos os projetos de construção de refinarias, embora algumas tenham sofrido alterações nos prazos. As especulações sobre um possível atraso no cronograma de instalação da refinaria Premium II, a ser construída no Pecem, não se confirmaram, e o empreendimento teve sua data de operação mantida para 2017. No último plano de negócios da estatal, a refinaria cearense foi adiada de 2013 32 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
para 2017, e teve seu projeto reprogramado para entrar em operação em uma única fase antes seriam duas. No atual plano, não houve alterações no planejamento para a unidade cearense. A Premium II terá capacidade de refino para 300 mil bpd. A refinaria cearense - que atualmente está com a licença prévia emitida, mas ainda não possui a licença de instalação, que permite o início das obras - tem um orçamento inicial de US$ 11,1 bilhões, mas a estatal já programa uma redução no custo do empreendimento, assim como no projeto do Maranhão.
Maranhão tenta mudar
Com 331.983,293 km² de área o Maranhão ostenta o segundo maior litoral do Brasil: 640 km de extensão em praias. A estimativa populacional é de 6.569.683, sendo que só na capital, São Luís, habitam cerca de 1.011.943 pessoas (segundo dados da Sedinc de 2011). Em 2009 o PIB do Estado alcançou R$ 39,855 bilhões, apresentando taxa de crescimento real de -1,7% (23ª maior crescimento do país e 4ª do Nordeste). A julgar pelos dados econômicos é possível perceber que o setor petroquímico-plástico não está no centro das atenções e talvez por isso ainda não avançou. Os números do setor são tímidos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) de 2010, o Maranhão conta com apenas 27 empresas regularizadas, sendo uma de laminados, 11 de embalagens e 15 de produtos diversos,
Refinaria Premium II, a ser construída no Pecem, teve sua data de operação mantida para 2017
gerando 426 empregos. Em uma pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi sobre substituição de importações, divulgada pela revista da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fieam), em 2008, um dado que chamou a atenção foi a redução da produção interna de artefatos de plástico, que sofria com os efeitos da globalização da economia e passou a importar 121% a mais que em 2003. O presidente Mário Machado Mendes, do Sindicato das Indústrias de Plástico em Geral do Estado do Maranhão queixava-se das circunstâncias. “Nós não temos mais demanda para embalagens plásticas, pois hoje a maioria dos produtos já vem embalada. Nos últimos anos, no segmento de embalagens as indústrias locais foram desativadas ou passaram a trabalhar com plástico reciclado. Com a baixa do dólar, houve um reavivamento das lojas de R$ 1,99 com produtos made in China e com os quais o país não tem como concorrer”, explicou.
Refinaria só em 2016
Um estímulo à economia do Maranhão e ao próprio setor petroquímico-plástico é a instalação da refinaria de petróleo. No entanto, no ano passado a Petrobras reformulou seu Plano de Negócios e postergou o cronograma da unidade maranhense. A decisão pelo adiamento só atingiu a refinaria Premium I, que está em processo de terraplanagem no município de Bacabeira. O complexo entrará em operação em duas fases, cada uma com capacidade de refino de 300 mil barris de petróleo por dia (bpd). A primeira, programada no plano anterior para 2014, foi repassada para 2016. A segunda também foi revisada em dois anos, passando de 2017 para 2019. As plantas terão como principal produto o óleo diesel, mas também produzirão QAV, nafta petroquímica, GLP, bunker e coque.
Paraíba muda incentivo
Uma notícia divulgada no início de maio destacava que os investimentos na indústria da Paraíba somam mis de R$ 1 bilhão em 2012, sendo responsáveis pela criação de 5.034 empregos, com a implantação de novas unidades ou a expansão de
suas instalações. Entre estas, no entanto, nenhuma referência mais expressiva sobre o setor petroquímico-plástico, a maioria nas áreas de construção, alimentos, frutas, cimento, confecções e têxteis Sem dúvida, todos estes setores envolvem o consumo de produtos plásticos no seu processo produtivo e pode beneficiar as 103 empresas registradas pela Abiplast e que empregavam 3.484 pessoas em 2010. De acordo com o professor de Economia da Universidade Federal da Paraíba, Luiz Lima, o PIB da Paraíba é de aproximadamente R$ 20 bilhões. Portanto, um investimento privado de R$ 1,4 bi representa um incremento de crescimento econômico de no mínimo 7% do PIB. Esses investimentos tenderão a ter um efeito dinâmico em longo prazo. Para quem deseja investir na Paraíba existe um programa de incentivo, o FAIN – Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial – criado em 1994 e que passa por reformulação. Esse tipo de ação pode motivar algumas empresas de outros a criarem unidades na Paraíba, como aconteceu com a Unnafibras (indústria especializada em produção de embalagens pet) em 2001. Dois anos depois de instalar uma unidade de reciclagem de garrafas de polietileno tereftalato (PET) no município de Conde, na Grande João Pessoa, o grupo paulista Unnafibras Têxtil Ltda. investiu R$ 2,5 milhões para duplicar a produção dos flocos utilizados como matériaprima para a fabricação de poliéster e iniciar produção de grãos de PET. Na época, a Repet- Nordeste Reciclagem Ltda. produzia em torno de 400 toneladas mês de flocos, enviando o produto
para São Paulo para ser transformado em fibra de poliéster na Unnafibras, em Santo André. As fibras de poliéster fabricadas pela Unnafibras são utilizadas pelas indústrias de calçados, automóveis, jeans, cobertores, tapetes e redes de proteção, entre outras. Com Incentivos fiscais concedidos pelo Governo da Paraíba, através do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento industrial (Fain) e da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep),
RN ganha Prêmio de Inovação
Em meio à crise da proibição das sacolas plásticas, que afeta parte das 25 indústrias de embalagens cadastradas oficialmente no Rio Grande do Norte, e a reformulação do programa de incentivos, o Estado sentiu um grande orgulho em 2011: a Isoblock, Construção e Tecnologia, de Natal, foi a vencedora do Prêmio Nacional de Inovação, na categoria Desenvolvimento Sustentável. A empresa disputou na modalidade micro e pequena empresa, com o produto Iso-blo, um composto de materiais reciclados como concreto e plástico. O Iso-blo pode ser usado na construção de lajes, tijolos, isolamentos térmico e acústico ou preenchimento de juntas. “A inovação tecnológica reduz os custos, aumenta a produtividade e a oferta de bens e serviços”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade durante o evento. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RN), através da Gerência de Desenvolvimento Empresarial – GEDEM, é quem coordena o Prêmio no Rio Grande do Norte.
A discussão em torno do fim das sacolas plásticas convencionais nos supermercados do Rio Grande do Norte continua emperrada. Em maio do ano passado, a Associação dos Supermercados do RN (Assurn) se engajou na questão e dois projetos de lei chegaram a ser apresentados na Câmara Municipal de Natal e Assembleia Legislativa, porém o movimento parou por aí. Os danos causados ao meio ambiente pelo uso indiscriminado do material é o principal argumento da Assurn, entretanto o assunto envolve outros personagens no enredo, como a indústria do plástico e o próprio consumidor. No reverso do processo, segundo a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do estado, há 17 fábricas de sacolas plásticas cadastradas em território potiguar que, juntas, empregam cerca de 1,2 mil pessoas apenas na área de produção. O número pode ser maior se levar em consideração as fábricas não cadastradas e as informais. Nessa queda de braço, o Sindicato da Indústria de Plástico (Sindiplast-RN) propôs implementar a coleta seletiva em todos os municípios. Para a presidenta Conceição Tavares, ao invés de proibir o uso das sacolas, o estado poderia dar uma destinação correta ao material, abrindo cooperativas e contratando mais catadores.
Mais atrações fiscais
Para tornar o estado mais competitivo o governo do Rio Grande do Norte está revendo a política de incentivos à indústria. A coordenação de desenvolvimento industrial, vinculada à secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, vai pro- >>>>
Plast Mix
Mar/Abr de 2012 2011 < Plástico Nordeste < 33
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Investimentos
Governador do Piauí Wilson Martins almeja a instalação de um poço estratigráfico em seu estado
por ainda neste semestre mudanças na legislação do Proadi (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Estado do RN). Entre as propostas, que ainda estão sendo avaliadas, estão estender o benefício para setores industriais não contemplados e conceder incentivos diferenciados para os setores mais afetados pela concorrência estrangeira, como o têxtil e de confecções. Esta foi uma das propostas incluídas 34 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
no programa da empresária, vice-presidente da Federação da Federação das Indústrias do RN (FIERN), Maria da Conceição Tavares Rebouças Duarte na reeleição para presidente do Sindiplast-RN (Sindicato das Indústrias Plásticas do RN), em 2009. Agora, o texto do novo projeto de lei deverá ser encaminhado para a governadora Rosalba Ciarlini ainda em maio e do gabinete seguirá para a Assembleia Legislativa. Esta será a segunda maior reformulação do principal programa indutor da indústria potiguar em quase três décadas. A revisão, segundo o coordenador de Desenvolvimento Industrial do estado, Neil Armstrong, foi motivada pela necessidade de atualização e pelo apelo do empresariado. “O Proadi foi reformulado há 15 anos. Muita coisa mudou de lá para cá. Reclamações de industriais também são cada vez mais frequentes”, afirma. O setor industrial entende que a decisão do governo ainda não será suficiente para manter investimentos industriais no Rio Grande do Norte, afirma Amaro Sales, presidente da FIERN.
Estrela ilumina Sergipe
O setor industrial de Sergipe e até mesmo os empresários do segmento plástico foram surpreendidos em setembro do ano passado quando Calos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela, a maiores fabricante de brinquedos do Brasil anunciou que iria instalar uma fábrica no interior de Sergipe para gerar lucro, empregos e desenvolvimento social. Para um estado com pouca
Fábrica da Estrela: investimentos de R$ 11,1 milhões e capacidade para produzir mais de 3,5 mil brinquedos/dia
expressão no setor plástico, onde apenas 36 empresas, sendo 2 laminadoras, 23 de embalagens e 11 de produtos diversos, geravam 1.113 empregos, foi uma festa. Sem dúvida, a notícia agitou os sergipanos. Além de aproveitar o boom de crescimento de consumo no Nordeste para expandir suas operações e aumentar sua lucratividade, a decisão da Estrela, uma das marcas mais tradicionais do país, de abrir uma nova fábrica no povoado Serra do Machado, no município sergipano de Ribeirópolis, também se enquadra numa perspectiva social. Este foi o pensamento de Tilkian. “Como toda empresa, buscamos o lucro, mas também dedicamos um espaço grande para trabalhos sociais. Fomos estimulados pelo empresário João Carlos Paes Mendonça a abrir uma fábrica numa região carente, para proporcionar mais de 250 empregos diretos e ajudar a promover o desenvolvimento sócio-econômico”, explicou o empresário. Para consolidar o acordo a empresa recebeu incentivos fiscais do governo (a redução do ICMS chega a 94%) e terreno para instalação da fábrica, este por conta do Grupo Paes Mendonça, que realiza um trabalho social na região através da Fundação Pedro Paes Mendonça, com ações voltadas para educação e assistência à saúde. Além disso, a Estela conta ainda com outro grande incentivo: a localização estratégica do município sergipano entre dois principais mercados do Nordeste, Bahia e Pernambuco. Segundo Tilkian é um benefício adicional. “Isso nos dá condições de ser um centro distribuidor de produtos e facilidades para atender um mercado consumidor de brinquedos em expansão”, afirma. Enquanto o mercado no Sul e Sudeste, em 2010 teve alta de 6%, no Nordeste o aumento do público consumidor foi de 10%. A fábrica de Serra do Machado recebeu investimentos de R$ 11,1 milhões, parte financiada pelo Banco do Nordeste, e tem capacidade para produzir mais de 3,5 mil brinquedos/dia para abastecer todo o mercado nordestino. A previsão inicial é de um faturamento anual na ordem de R$ 10 milhões, mas a expectativa é de que essa receita dobre até 2014.
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Omar Aziz, governador do Amazonas (centro) e Thomaz Nogueira, superintendente da Suframa (direita)
Piauí sonha com Polo Petroquímico e de Gás
Se a representatividade do Piauí no segmento de transformação de plástico é extremamente modesta, o futuro pode ser muito auspicioso. Segundo dados da Abiplast, em 2010 o Estado era o penúltimo do Nordeste no setor, com apenas 35 empresas registradas (17 de embalagens, 1 para construção civil e 17 de produtos diversos), proporcionando apenas 675 empregos. No entanto, esse cenário pode mudar radicalmente. No dia 2 de março de 2011, ao desembarcar no Rio de Janeiro, o governador Wilson Martins levava um pedido ao diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima: instalar no Piauí um poço estratigráfico, destinado a delimitar o potencial do Piauí como produtor de gás natural. O projeto faria parte de um sonho mais amplo, o de instalar um Polo Petroquímico. Passado um ano, a situação ainda está em pauta. Segundo o superintendente de Projetos Estratégicos do Piauí, empresário Jorge Lopes, o sonho de um polo de gás e polo petroquímico continua. “Mas é um projeto de longo prazo. Por enquanto está sendo realizada uma pesquisa e o leilão de lotes para exploração de gás no Estado”, informa. No fim de 2007, a OGX de Eike Batista pagou cerca de R$ 10 milhões para arrematar sete lotes no lado maranhense, onde depois foi encontrada uma “meia Bolívia” em termos de potencial. Jorge Lopes também ressaltou a importância do projeto de conclusão do Porto de Luiz Correia em função da instalação de uma ZPE. “Essa estrutura é fundamental porque um Polo Petroquímico pressupõe a existência de um porto para receber matérias-primas e escoar a produção”, diz. Caso se concretize o sonho do polo petroquímico, os estudos indicam que o Piauí poderá receber uma injeção de pelo menos R$ 2,3 bilhões. O polo é parte do projeto de transformação econômica abraçado pelo governador Wilson Martins, que para torná-lo realidade busca o empenho do governo federal. Dos investimentos previstos, os R$ 50 milhões garantidos pela ANP para a perfuração de um poço estratigráfico é apenas a menor fatia. “ A exploração inicial dos blo-
cos deve movimentar cerca de R$ 200 milhões, divulgou em 2011 o site JB Online. Mas o maior pedaço do bolo deve caber mesmo ao gasoduto ligando o Estado ao Ceará e Maranhão. O custo do gasoduto não fica por menos de R$ 1,5 bilhão - valor que pode sofrer alterações, dependendo do trajeto. A instalação desse complexo petroquímico terá o efeito de multiplicar os investimentos, com a chegada de outros empreendimentos. A expectativa é que pelo menos outros R$ 500 milhões sejam injetados através de empresas que se instalarão em função do polo petroquímico.
ZFM e PIM projetam Amazonas
Para quem vive no Sul ou Sudeste o Amazonas parece um universo distante e mais conhecido pela pujança e encantos da Floresta Amazônica, do Rio Amazonas, selva, nações indígenas, esquecendo que o estado tem uma estrutura industrial moderna e competitiva. O setor químico-plástico tem destaque nesse cenário produtivo. O Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Manaus (Simplast), presidido por Celso Zilves, demonstra entusiasmo com o momento atual. Segundo o Diretor Executivo Paulo Abreu, gaúcho de Viamão, formado em Administração, os fatos são concretos. “Temos o terceiro APL do setor no Brasil, e o terceiro polo em faturamento, com 483 empresas no Polo Industrial de Manaus, o PIM, envolvidas na cadeia do plástico, muitas produzindo, outras utilizando o plástico em seus
produtos, como as indústrias de televisores, telefones, linha branca, motos etc”. As empresas são atraídas para o PIM graças a um programa de incentivos diferenciado. A política tributária vigente na Zona Franca de Manaus é diferenciada do restante do país, oferecendo benefícios locacionais, objetivando minimizar os custos amazônicos. Além de vantagens oferecidas pelo Governo Federal, o modelo é reforçado por políticas tributárias estadual e municipal.. Abreu ressalta que o programa de incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM) é muito atrativo. “A grande diferença para outros programas é que o benefício é concedido a partir da emissão da nota fiscal de venda. É uma injeção de otimismo e existem todas as outras vantagens logísticas”. O PIM reúne cerca de 29 indústrias do setor químico, algumas de conceito internacional, como Nitriflex, 3M, Ceras Johnson e White Martins. Envolvidas na transformação do plástico são mais de uma centena. Segundo a Abiplast, em 2010 o Amazonas concentrava 119 empresas do setor (7 de laminados, 39 de embalagens, 2 para construção civil e 71 de produtos diversos), gerando 10.747 empregos.
ZFM 45 anos: positiva
O último dia 7 de maio foi de festa para milhões de amazonenses. Em propositura da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o Senado realizou sessão especial em comemoração aos 45 anos do modelo Zona Franca de Manaus e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (ZFM). Para o superintendente da >>>> Mar/Abr de 2012 < Plástico Nordeste < 35
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Investimentos
Planta de poliestireno da Videolar: empresa da um salto e entra no segmento alimentício
Suframa, Thomaz Nogueira, foi um momento oportuno para se destacar o importante papel desse modelo de desenvolvimento regional. “A ZFM chega aos 45 anos comemorando grandes conquistas, como o recorde de faturamento de US$ 41 bilhões em 2011, o pico de empregos de 125 mil vagas - com média anual de 119 mil – os mais de R$ 2,5 bilhões investidos em todos os 153 municípios que integram a sua área de abrangência, e a conquista de um lugar de destaque entre os mais modernos aglomerados industriais da América Latina”, destaca. “Avalio o modelo ZFM de forma extremamente positiva, uma vez que ele foi o responsável pela expansão da economia na região, com grande contribuição para o País. Hoje vemos que os resultados apresentados pelas indústrias do Polo Industrial de Manaus permanecem num crescente, tanto em produção quanto em empregos. O escoamento da produção ainda é um dos maiores desafios que precisamos solucionar. Devemos trabalhar forte esta questão da logística local para nos manter competitivos nacional e internacionalmente”, observa.
Videolar investe em tampas plásticas
Conhecida internacionalmente como a maior fabricante de estojos para CD e DVD 36 > Plástico Nordeste > Mar/Abr de 2012
do país, a Videolar, única petroquímica e de entretenimento da região norte do país surpreendeu o segmento industrial em julho de 2011 ao anunciar a produção em larga escala para abastecer o mercado com 80 milhões de tampas para garrafas plásticas por mês. A empresa destacou tratar-se de uma estratégia de negócio para expandir sua atuação no setor de transformação de plásticos. “Iniciamos nossa atuação no setor de transformação de plásticos para atender uma demanda interna de estojos para CDs e DVDs. Hoje, além do consumo próprio, abastecemos o comércio de atacado e varejo com 10 milhões de peças por mês e representamos 70% do mercado nacional. Chegou o momento de conquistar um novo nicho: o setor alimentício.”, explicou Phillip Wojdyslawski, presidente da Videolar. Com investimento de R$ 12 milhões, a empresa atuará com duas linhas Sacmi e capacidade produtiva de 80 milhões de peças por mês. O portfólio é composto pelos modelos de tampas PCO 1810 e PCO 1881, formatos utilizados em garrafas de refrigerante e água mineral, sendo o PCO 1881 compatível com o novo padrão de gargalo adotado por importantes indústrias de garrafas PET. Com objetivo de atender as necessidades do setor, a tampa plástica terá em suas duas versões a vedação bilabial, que reduz significativamente a perda de CO2 quando a garrafa é exposta a altas temperaturas (no estoque ou transporte) e garante a integridade do produto ao consumidor final. Além disso, serão fabricadas por meio do sistema de moldagem por compressão, a mais moderna tecnologia para produção de tampas. A meta para o primeiro semestre deste ano é dobrar a capacidade de produção com a aquisição de 2 novos equipamentos Sacmi. A expectativa é alcançar a marca de 10 linhas até o final de 2012, o que corresponde a 400 milhões de peças por mês e uma representativa participação no mercado nacional.
Em defesa do polo de CDs/DVDs
O trabalho integrado em benefício da
ZFM também envolve o legislativo. Por isso, no início de maio a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado realizou uma audiência pública para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 123/2011 que dá imunidade tributária para fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras de autores brasileiros, bem como os suportes materiais (ou arquivos digitais) que o contenham. Empresários do Polo Industrial de Manaus e a bancada amazonense no Congresso entendem que a medida pode gerar o fim do polo de CDs/DVDs de Manaus, causando o desemprego de mais de sete mil trabalhadores. O Superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira, participou da audiência pública para esclarecer a posição do Polo Industrial de Manaus (PIM) sobre a medida e reforçou que ela é ineficaz ao que se propõe, que é dar condições ao artista nacional de vencer a guerra contra a pirataria. “Combater a pirataria só é possível combatendo o criminoso, e só há interesse de atuação do órgão fiscalizador enquanto houver imposto. A diferença tributária nunca vai inibir a pirataria porque ela sempre terá custo zero. Mas a isenção pode levar as fábricas a deixar o Polo Industrial por perda das vantagens comparativas, ou seja, não ajuda o artista nacional e gera desemprego em Manaus”, alertou Nogueira.
Pará busca novos investimentos
Ao contrário da situação no Amazonas, a indústria de transformação do plásticos ainda é incipiente no Pará e, segundo dados de 2010 (Abiplast), o Estado reúne 46 empresas do setor (1 de laminados, 14 de embalagens, 1 para construção civil e 30 de variedades), que empregam cerca de 1.084 pessoas. Não existe um sindicato específico para a categoria, por isso, uma notícia do início do ano pode ser promissora. O presidente do Sistema FIEPA (Federação das Indústrias do Estado do Pará), José Conrado, reuniu-se com seis representantes da Corporação Financeira Internacional (IFC), unidade do Grupo Banco Mundial que atua na oferta de empréstimos, capital, produtos para gestão de riscos, financiamentos e serviços de consultoria para a iniciativa privada nos países em desenvolvimento. PNE
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Agende-se para 2012 NPE 2012 De 01 a 05 de abril Centro de Convenções de Orange County Orlando, Flórida – EUA www.npe.org
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Plastshow 2012 De 10 a 13 de abril Expo Center Norte – Pavilhão Azul São Paulo (SP) www.arandanet.com.br Plast 2012 – Salão Internacional do Material Plástico e da Borracha De 8 a 12 de maio Fiera Milano - Milão (IT) www.plastonline.org Argenplás 2012 - XIV Exposição Internacional de Plásticos De 18 a 22 de junho Centro Costa Salguero - Prédio de Exposição de Buenos Aires(AR) Buenos Aires (AR) www.argenplas.com.ar Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 20 a 24 de agosto Pavilhões da Expoville Joinville (SC) www.messebrasil.com.br Embala Nordeste 7ª Feira Internacional de Embalagens e Processos De 28 a 31 de agosto de 2012 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda (PE) www.embalanordeste.com.br
Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentas, Design e Desenvolvimento de Produtos De 20 a 24 de agosto Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.brasilmold.de E-mail: feiras@messebrasil.com.br Metalurgia – Feira e Congresso de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços 18 a 21 de setembro Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.metalurgia.com.br Mercopar - Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br Powergrid Brasil – Feira e Congresso de Energia (consumo eficiente) 27 a 29 de novembro Centreventos Cau Hansen – Joinville (SC) www.powergridbrasil.com.br
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