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Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição:
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Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica
“Os homens tímidos e despreparados são grandes traidores de segredos; pois são poucas as necessidades tão urgentes quanto aquela de encontrar algo para dizer.” (H. Taylor)
Redação: Gilmar Bitencourt Departamento Financeiro:
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Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira, Lenise Mattar e Sandra Tesch Representante em Nova Iorque (EUA): Rossana Sanchez (rogu13associated@yahoo.com) Representante em Caxias do Sul: Nédy Conde (54 9126.9937) Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -
Da Redação
Publicações Segmentadas, destinada às indústrias
Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05
produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração
Plast Vip
petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área,
Valdemar Masselli, da Assintecal. >>>> Pág. 06
entidades representativas, eventos, seminários, congressos,
Especial
fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à
ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas
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Setor calçadista e o mercado interno. >>>> Pág. 14
Destaque A força do Rio Grande do Sul. >>>> Pág. 32
Mercado O bom momento da borracha . >>>> Pág. 42
Eventos Argenplás e Embala Minas em destaque. >>>> Pág. 46
Bloco de Notas Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 52
Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>> Pág. 54 Capa: Melissa Loop, que integra a coleção atual, Melissa Et Circensis, inspirada no uiverso do circo, foi cedida gentilmente pela Grendene.
404 >> Plástico Plástico Sul Sul>> Março Março dede 2010 2010 >>>> >>>
Da Redação
Os bons tempos voltaram
N
a Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo. Portanto, é época de renascimento, de novas oportunidades e de crescimento. A revista Plástico Sul entra nesse clima e registra na edição de março o renascimento de um setor que sofreu muito nos últimos anos e que ainda tem inúmeros obstáculos: o calçadista. A aposta deste segmento é o mercado interno, que encontra-se extremamente aquecido. Já para a exportação, o plástico é o maior aliado da indústria de calçados. Dados da Abicalçados revelam que 52% da produção brasileira se destina à fabricação de calçados de plástico ou borracha. As vendas externas dos sintéticos e injetados, nos ano passado, representam mais da metade do total exportado pelo segmento. Também não é para menos. O vice-presidente da Assintecal, Valdemar Masselli na página 6 confirma que os produtos termoplásticos são o que exsite de mais novo e tecnologico para o mercado calçadista. Seja pelas inúmeras possibilidades de design, pelo cornforto ou pelo custo, o plástico está conquistando os pés dos consumidores. 0 principal entrave para uma maior participação está no foco da petroquímica brasileira, que é voltada a produção de PVC, PP e PE. O presidente da Abicalçados garante que isso torna-se uma desvantagem, já que 80% das resinas para os componentes de calçados são importadas. Outro
agravante é a escassez de ABS, nylon e PS, o que acarretará em prováveis aumentos de preços em 2010. Mas vamos à principal comemoração deste ano: a medida antidumping para calçados importados da China. Essa conquista auxilia no crescimento da indústria e torna mais justa a competição com o que vem de fora. Ponto para o Brasil. O Brasil sai ganhando também quando o assunto é o estado do Rio Grande do Sul. Não que haja um crescimento de faturamento ou volume de transformados nos últimos meses. O principal destaque de 2010 é o comprometimento dos empresários, governo e instituições em fazer o estado crescer. Este é um ano recheado de ações, projetos, programas e divulgações para auxiliar no desenvolvimento do setor plástico no estado e consequentemente no país. Os sindicatos estão de parabéns. Nem bem começou o ano e eles já se uniram e arregaçaram as mangas. Na página 32 apresentamos um mapeamento das atividades programadas e opiniões sobre o desempenho do estado gaúcho. Estamos na edição de março e o ano enfim começará para valer. É período de vários eventos e diversos acontecimentos que aquecerão a indústria petroquímica e de transformação. 2010 é ano de crescimento e a crise está ficando realmente para trás. Os bons tempos, ao que tudo indica, estão de volta.
MELINA GONÇALVES / Editora melinagoncalves@conceitualpress.com.br <<<< <<<< Março Março dede 2010 2010<<Plástico PlásticoSul Sul<<05 5
PLAST VIP Valdemar Masselli
A hora da virada A opção pelo uso do plástico nos calçados é baseada no conforto, na sustentabilidade e também no custo
GUTO MARINHO/BASF/PS
Após uma onda de resultados negativos, indústria de componentes para calçados acredita em novos rumos e aposta na recuperação do setor em 2010. Para ajudar no crescimento, o plástico é um dos maiores aliados deste setor.
O
s bons ventos que sopram sobre o setor coureiro-calçadista, estão animando a indústria de componentes para calçados. A previsão é de que o ano de 2010 seja marcado pela recuperação da economia do segmento e pela consolidação da competitividade do setor nos mercados interno e externo. Os números referentes à exportação e importação de componentes demonstram esta tendência. No primeiro bimestre deste ano as vendas externas de peças para calçados (palmilhas, cadarços, solados, fivelas, etc.) aumentaram em 30%, comparando com o mesmo período de 2009, atingindo a cifra de US$ 147,2 milhões. Para auxiliar no equilíbrio da balança comercial, as importações do setor diminuíram em 9,33%, só no mês de fevereiro. Em entrevista à revista Plástico Sul o vice-presidente setorial calçados, da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), destaca que a principal aposta é no mercado interno. Valdemar Masselli fala sobre a concorrência com a China, sobre a medida antidumping para os calçados originários deste país e também sobre a atuação da Assintecal, que em parceria com apoiadores governamentais e entidades setoriais deve gerar para este ano cerca de R$ 8,3 milhões em negócios diretos. Masselli salienta que o crescimento da utilização de termoplásticos na produção de componentes para calçados é uma tendência. Diz que o material já está presente em praticamente todas as linhas de calçados e que o Brasil tem tecnologia de ponta na produção de solados. Na contramão deste processo ele destaca que 6 >>Plástico 06 PlásticoSul Sul>>Março Marçode de2010 2010>>>> >>>>
grande parte das resinas utilizadas na fabricação dos componentes são importadas, por falta de produção no país. Revista Plástico Sul - Como o Sr. vê o setor calçadista brasileiro no momento? Valdemar Masselli - O mercado calçadista esta crescendo, graças ao mercado interno. O mercado brasileiro de exportação de calçados diminuiu em pares, mas não tanto no faturamento. A diminuição foi em volumes. Nós passamos a produzir calçados com maior valor agregado. Plástico Sul - Então o setor está apostando no mercado interno? Masselli - O grande crescimento das vendas do setor calçadista no Brasil tem sido no mercado interno. Plástico Sul - O que gerou este crescimento nas vendas domésticas? Masselli - Este crescimento ocorreu por vá-
rios motivos. Um dos principais foi o próprio crescimento do país, que gerou um maior número de dinheiro no mercado, inclusive para as classes menos favorecidas. Isso fez com que aumentasse o consumo de pares de calçados per capita do brasileiro. Nossa média per capita hoje está em quase três pares. Plástico Sul - As vendas realizadas na Couromoda mostraram o aquecimento do mercado interno? Masselli - A Couromoda que aconteceu em janeiro, no Anhembi, em São Paulo (SP), foi excelente. Todo mundo verificou que o mercado estava aquecido, demandando por novos modelos e por questões envolvendo conforto, qualidade e reciclagem dos produtos. Paralelamente a isso, os calçados injetados, chamado de full plastic, devido ao seu preço, passaram a ser bastante consumidos.
Plástico Sul - Quais as principais dificuldades enfrentadas pelo setor>>>>
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calçadista brasileiro? Masselli - As dificuldades não são novas. Continuamos a ser um país relativamente caro devido aos custos tributários e com vários problemas na área de transporte, principalmente rodoviário. A logística e a alta carga tributária são os fardos pesados para o mercado interno. Outro problema era a concorrência desleal com os calçados chineses, que em alguns casos entravam no país por menos de US$ 2,00 o par, o que era impraticável para nós devido aos custos dos materiais envolvidos num calçado, sem considerar a mão-de-obra e transporte. Mas esta questão está sendo resolvida com a medida antidumping para os calçados importados da China, conquistada pelo trabalho da Abicalçados.
“A linha de produtos termoplásticos é o que tem de mais novo e mais tecnológico para o calçado.” Plástico Sul - A tarifa veio na hora certa? Masselli - A medida antidumping foi providencial e veio em uma época muito importante para todos os envolvidos neste mercado. Acho que este problema, a princípio, deixou de existir. Plástico Sul - Com esta medida, os chineses deixaram de ser o bicho-papão para os produtores de calçados brasileiros? Masselli - Não. A China continua sendo o maior produtor mundial de calçados e sempre será um concorrente de alto nível. O que deixamos de ter é uma luta injusta, pois tínhamos uma concorrência desleal. O resto continua igual, os chineses são os maiores produtores de calçados, de todos os tipos, de todas as qualidades e de todos os preços. A China tem a vantagem de ter mão-de-obra abundante, portanto tem grande facilidade de colocar produtos que utilizam bastante 8 >>Plástico 08 PlásticoSul Sul>>Março Marçode de2010 2010>>>> >>>>
Masselli: “Hoje tanto os plásticos flexíveis quanto os rígidos fazem um diferencial no calçado”
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mão-de-obra, como é o caso da indústria do calçado. Dessa forma, não podemos fechar os olhos, mas não só para a China, mas também para Indonésia, Vietnã, Malásia, países asiáticos produtores de calçados. Plástico Sul - A concorrência com a China, também afeta o setor de componentes para calçados? Masselli - Sim, pois quando falamos em componentes para calçados, junto com o produto temos que levar em conta a questão chamada serviço e normalmente quando você compra volumes da Ásia, o componente serviço não vem junto e essa diferença é muito grande. Além disso, a China é o principal fornecedor de material sintético para o cabedal (parte superior do calçado). E junto com a Índia também é grande produtora da linha têxtil utilizada no calçado. Isso tudo tira o mercado brasileiro. É complicado o Brasil ser competitivo em tudo. Plástico Sul - Na área de componentes quais são principais produtos importados? Masselli - O componente que mais importamos é o material utilizado na produção do cabedal sintético. São os laminados que vão sobre os laminados de PVC e de poliuretano, utilizados como cabedais sintéticos em todo tipo de calçado, seja esportivo, social ou casual. Estes produtos vêm principalmente da Ásia.
as solas de couro e de SBR (placas vulcanizadas). A substituição por estes materiais é crescente, pois apresentam características importantes, facilitando a produção, permitindo a injeção do produto com os seus detalhes e enfeites, tudo pronto. Os plásticos rígidos, como poliestireno, ABS, nylon e policarbonato, também estão fazendo parte da produção dos calçados, aplicados na fabricação de saltos e peças. Hoje tanto os plásticos flexíveis quanto os rígidos fazem um diferencial no calçado. E, sem contar os calçados da linha full plastic.
Plástico Sul - E quais os produtos que o segmento exporta? Masselli - Exportamos quase todos os componentes de couro e fivelinhas. Para América Latina exportamos de tudo, não tem produto especial. Para a Ásia exportamos praticamente só materiais de couro.
Plástico Sul - Quais os fatores que estão influenciando na crescente utilização do plástico, em substituição de outros materiais? Masselli - Isso está acontecendo por vários motivos. Pode-se destacar o fato de que são materiais recicláveis e isso atualmente é um fator importante na questão da sustentabilidade. Além disso, os materiais termoplásticos permitem novos desenhos e mais conforto, permitindo maior leveza e absorção de impacto, características importantes para os calçados esportivos.
Plástico Sul - Como está a utilização do plástico na fabricação de calçados atualmente? Masselli - A linha de produtos termoplásticos é o que tem de mais novo e mais tecnológico para o calçado. A linha de flexíveis, como PVC , PU termoplástico, TR (borracha de SBS), está substituindo quase que integralmente
Plástico Sul - O custo é um fator determinante para este aumento de demanda, sendo que o couro tem um valor agregado mais alto? Masselli - Acredito que a questão custo é uma alternativa, mas não o fator principal. A opção pelos compostos termoplásticos é baseada no tripé: conforto, sustentabilidade>>>>
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e custo. Dependendo do material termoplás tico que você for trabalhar, ele também terá o valor proporcional às características da matéria-prima.
Dirigente revela que o campeão das importações é o material usado na produção do cabedal sintético
Plástico Sul - Quais os calçados que mais utilizam plástico? Masselli - Na verdade os materiais plásticos têm entrado em praticamente todos os calçados. Hoje, a base de um calçado esportivo é praticamente de material termoplástico, salvo alguns que utilizam o SBR (solas vulcanizadas), como a linha de produtos All Star. Os infantis e modinha, todos têm termoplástico. Os materiais termoplásticos só não invadiram ainda a linha de calçados de alto luxo, que ainda mantém na base dos sapatos outros produtos, como o couro e o SBR.
só é produzido pela Kratron. Quando falamos de produtos rígidos, mais de 80% das resinas são importadas, aí sofremos com o custo mais caro. Além disso, com o aumento da demanda dos produtos importados, paralelo a crise de fornecimento do butadiêno, matéria-prima que entra depois do polipropileno, há a tendência de escassez de ABS, Nylon, poliestireno e outras resinas, consequentemente deve haver aumento do valor destes produtos em 2010.
“No mundo hoje, 20% dos solados são produzidos com TR. Já no Brasil este índice sobe para 30%.” Plástico Sul - Pode-se dizer que o plástico é dominante na produção de calçados no Brasil? Masselli - Acredito que sim. No mundo hoje, 20% dos solados são produzidos com TR. Já no Brasil este índice sobe para 30%. Somase ainda, a linha de calçados fabricados com PVC, que é um grande volume. E, mais os injetados (full plastic). Plástico Sul - Como está a tecnologia das empresas brasileiras? Masselli - Na produção de flexíveis, que são os solados, nós temos tecnologia de ponta. Enfrentamos o problema do custo das matérias-primas, pois dependemos de uma petroquímica voltada para a produção de plásticos convencionais. A base da produção da petroquímica brasileira é PVC, polietileno e polipropileno, o que pode ser considerada uma desvantagem técnica. O SBS 10 > > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
Plástico Sul - Nesta área de tecnologia e inovação quais as atividades desenvolvidas pela Assintecal? Masselli - A Assintecal sempre se preocupou muito com todas as questões referentes ao calçado, dessa forma ela fez um estudo verificando aonde precisa intensificar as atividades. Foi divida em duas frentes diferentes. Uma delas na área de design, moda. Assim, trabalhou muito forte e ficou evidenciado que o Brasil tem que ter sua própria moda. Outra frente foi desenvolvimento da área de tecnologia. O pessoal esteve no exterior buscando novas aplicações de produtos, verificando como funcionava este segmento, principalmente na Itália, observando todo o processo de produção. Nestes dois últimos anos tivemos missões para o exterior, principalmente para a Europa. Agora estamos com o propósito de ampliar este leque, olhando também para a Ásia, para buscar tecnologia de produto. Plástico Sul - A atividade da Assintecal é uma mão dupla, colocando o produto brasileiro no mercado externo e ao mesmo tempo buscando novas tendências e tecnologia para o país? Masselli - Sim. Realiza um trabalho de busca de mercado, para onde exportar o componente do calçado brasileiro. Ao mesmo tempo dá subsídios para que o associado vá buscar no exterior o que existe de melhor em tecnologia, aplicações, para que a gente possa ser sempre competitivo, com relação ao que tem de mais novo no mercado. Na área da moda a associação trás
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estilistas para falar para os empresários brasileiros e leva os associados para acompanhar ensaios de estilistas lá em outros países, em Milão, por exemplo. Da mesma forma que ela traz compradores internacionais, europeus, americanos, para o Brasil, para mostrar a moda brasileira. Plástico Sul - Qual o nível do design, da moda brasileira? Como é vista lá fora? Masselli - Quando temos a oportunidade de trazer as pessoas de fora para o Brasil, todos os que estão envolvidos com moda, encontram aqui uma criatividade excepcional. Não só de produtos naturais, que é o primeiro em eles vêm buscar, mas no colorido que o br asileiro coloca no material. Colocamos o jeito colorido brasileiro, que tem apaixonado as pessoas que vem para cá. Pois, a moda fora é um pouco mais fria. Mas ainda não estamos na rota de moda.
Plástico Sul - Quais as metas da Assintecal para 2010? Masselli - Vamos continuar desenvolvendo as atividades já implementadas e dando suporte para toda a indústria de componentes para calçados, através de parcerias com várias instituições, como o BNDES, APEX, Sebrae, buscando o crescimento e desenvolvimento destas empresas. Temos em torno de 14 consórcios com os nossos associados, trabalhando questões como sapato ecológico, sapato conforto, design,>>>>
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Plástico Sul - Nos últimos anos o polo calçadista do RS teve a transferência de empresas tradicionais para o Nordeste. Como o Sr. analisa esta situação e o estado atualmente? Masselli - A saída de empresas, principalmente de grande porte, do RS para outros estados da federação, se dá por duas situações. A primeira delas, é que outros estados ofereceram melhores condições tributárias. A segunda, é que o calçado necessita de mão-de-obra intensiva, dessa forma a indústria vai sempre procurar onde ela está mais disponível. A medida que o RS teve esta dificuldade com mão-de-obra, que é uma coisa normal que acontece inclusive em outros países, foi buscá-la no Nordeste, que percebendo isso, passou ser mais agressivo e passou a oferecer os benefícios fiscais. Essa transferência de em-
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“A base da produção da petroquímica brasileira é PVC, polietileno e polipropileno, o que pode ser considerada uma desvantagem técnica.” DIVULGAÇÃO/PS
matrizaria, produtos termoplásticos de alta durabilidade, biodegradáveis, entre outros. E, em fevereiro realizamos o Salão Inspiramais, onde nós colocamos junto tecnologia, moda e a história do calçado.
presas, que é uma tendência, com certeza foi um grande apoio para indústria calçadista continuar crescendo. Com relação ao RS, atualmente, poderíamos dizer que ainda detém a tecnologia, ou seja, a cabeça do pessoal que faz moda, que faz produto, que discute o processo, a maior parte está no estado gaúcho. Plástico Sul - Esta transferências de empresas para o Nordeste, chegou a afetar a indústria de componentes aqui do estado? Masselli - Acontece que aonde vai a indústria do calçado, os fabricantes de componentes têm que ir atrás. A indústria do calçado nada mais é do que uma montadora. É tão complexa quanto uma montadora de automóveis, apesar de não vermos isso. Dessa forma, ela tem que ter junto a estrutura de suporte. Então a indústria do calçado foi para o Nordeste e indústria de componentes também. Muitas empresas do setor têm unidades naquela Região para poder acompanhar os seus clientes.PS
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ESPECIAL Plástico nos Calçados
Por Gilmar Bitencourt
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Indústria calçadista sai do aperto A
postando no crescimento do mercado interno, a indústria calçadista está com grandes expectativas de sair do aperto, que fez o setor pisar miudinho em 2009, gerado principalmente pela crise econômica mundial e pela forte valorização do real frente ao dólar. Segundo dados fornecidos pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o segmento faturou US$ 1,3 bilhão, no ano passado, o que significou 27,70% a menos em comparação com 2008, quando foram faturados US$ 1,8 bilhão. “Deixamos de arrecadar quase meio bilhão de dólares”, comenta o presidente da Abicalçados, Milton Cardoso. A queda nas vendas externas motivou este fraco desempenho. Foram exportados 126,5 milhões de pares, 23,7% a menos comparando com 2008, que exportou 165,7 milhões de pares. O setor fechou 2009 com uma produção de 815 milhões de pares, gerando 320 empregos diretos nas oito mil fábricas de calçados existentes no país, mas projeta um crescimento 7% para os próximos meses deste ano. Esta previsão otimista se deve ao volume de negócios fechados na Couromoda e a gradual recuperação das exportações. A feira realizada de 18 a 22 de janeiro, em São Paulo (SP), gerou vendas na ordem de 30% da produção anual da indústria brasileira de calçados. A recuperação também foi observada pela indústria de componentes, que tem o objetivo de alavancar a produção de 3% a 5%, estimulada a partir da Couromoda. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), as rodadas de negócios efetuadas na feira deverão gerar US$ 420 mil, em pedidos até o final do ano.
A previsão de crescimento também é fundamentada na medida antidumping adotada pelo Governo Federal em setembro de 2009, que passou a cobrar uma tarifa provisória de US$ 12,47, sobre os calçados procedentes da China. “Desde que a tarifa provisória foi implantada recuperamos cerca de 30 mil postos de trabalho”, destaca Cardoso. No início deste mês, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), decidiu prorrogar a tarifa por cinco anos e ampliar o valor para US$ 13,85, através da resolução Nº 14. O presidente da Abicalçados destaca que o período em que a tarifa vigorou provisoriamente, serviu para demonstrar a validade de aplicação desse mecanismo. “Ao contrário do que afirmavam os importadores, não houve a elevação dos preços e tampouco o desabastecimento de calçado no Brasil. Ficou confirmada a >>>> 14 > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
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Cardoso, da Abicalçados: medida antidumping dá nova esperança de retomada do crescimento
constatação de que as importações causavam dano para a indústria nacional, o que é determinante na investigação de dumping”, acrescenta. A investigação de dumping nas importações de calçados chineses foi aberta pelo Ministério do Desenvolvimento, em dezembro de 2008, a pedido da Abicalçados. O dumping – exportação de bens com preços inferiores aos praticados no mercado de origem – é considerado uma prática desleal pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Os calçados chineses sempre lideraram as importações no Brasil. Desde 1999, pelo menos 133 milhões de pares entraram no país. Os empresários do setor alegavam que o produto comprado no exterior fazia concorrência desleal com o nacional. Neste período estima-se que mais de dois milhões de pares brasileiros deixaram de ser vendidos.
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ESPECIAL Plástico nos Calçados
para o fortalecimento do mercado doméstico, uma vez que diversos projetos estavam aguardando a confirmação da medida como definitiva para serem colocados em execução”, projeta. Acrescenta que no prazo máximo de dois anos o setor deve ultrapassar a marca Polos Produtores recorde de 400 mil Apesar da maior concentração de empresas e pessoal ocuempregos diretos, pado na produção de calçados estar localizada no estado do apenas nas fábricas Rio Grande do Sul, considerado o berço do calçado no Brasil, a de calçados, com produção brasileira está gradualmente sendo distribuída para impacto equivalenoutros pólos. Estes estão localizados nas regiões Sudeste e Norte em toda a cadeste do país, sendo destacado o interior do estado de São deia produtiva. Paulo (cidades de Jaú, Franca e Birigui), bem como estados emergentes como Paraíba, Ceará e Bahia. Há também cresciA retomamento na produção de calçados no estado de Santa Catarina da das exporta(região de São João Batista) e em Minas Gerais (região de Nova ções já é notada Serrana e Belo Horizonte). por essa indústria. Os polos calçadistas têm em comum a abundante disO primeiro bimestre ponibilidade de mão-de-obra qualificada, oferta de matériade 2010 fechou prima, tecnologia em processos e equipamentos que resultam com salto positivo na capacidade de produção dos mais variados tipos de calçapara os exportadodos e com flexibilidade para atender de forma ágil as demandas res brasileiros de na transição de uma temporada para outra. calçados. Segundo informações da Abicalçados, a partir O dirigente observa que a partir de dos dados da SECEX/MDIC, os embarques agora a indústria brasileira prepara-se para totalizaram 34,2 milhões de pares, um auum período de retomada de crescimento, mento de 18,7% sobre o mesmo período inicialmente com a plena ocupação da ca- do ano passado. O faturamento somou US$ pacidade ociosa que ainda se verifica. “Em 295 milhões, o que representou um acrésseguida, acontecerão novos investimentos cimo de 5,4%. O preço médio, porém, fi16 > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
cou negativo em 11,2%. O par do calçado foi vendido a US$ 8,62, quando nos dois primeiros meses de 2009 o preço ficou em US$ 9,71. Parte da reação positiva veio dos Estados Unidos, o principal comprador de calçados do Brasil, seguido pelo Reino Unido, Argentina e Itália. A maior reação veio do Nordeste. Dos seis principais estados exportadores, o Ceará foi responsável pela venda externa de 18,4 milhões de pares, 40% a mais em comparação com o bimestre de 2009. O faturamento, de US$ 82,4 milhões representou um aumento de 30,7%. Com este desempenho, os cearenses mantiveram a liderança no volume exportado, mas em segundo lugar em divisas, cujo primeiro posto ficou com o Rio Grande do Sul. A Bahia, por sua vez, exportou 1,5 milhão de pares, a Paraíba 5,2 milhões e Sergipe 294 mil pares. Cresceram nos embarques, respectivamente, 28,2%, 18,6% e 38%. Os estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo apresentaram números negativos no primeiro bimestre. Os gaúchos, apesar de liderarem o ranking do faturamento, com US$ 156,7 milhões (uma queda de 2,5%), ficaram em segundo no volume e exportaram 7 milhões de pares, 8% a menos em relação a 2009. Os paulistas diminuíram em 31,7% o volume e exportaram 858 mil pares, obtendo um faturamento de US$ 17, milhões, 12% menor. PS
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ESPECIAL Plástico nos Calçados
Plástico invade a indústria do calçado
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presentando características como reciclabilidade, conforto, leveza, redução de custos e novos designs, o plástico está cada vez mais conquistando o setor calçadista, colocando o Brasil entre os principais produtores de calçados sintéticos e injetados. De acordo com a resenha estatística de 2009, da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), 52% produção brasileira se destina à fabricação de calçados de plástico ou borracha. As exportações do setor também confirmam esta tendência. As vendas externas de calçados sintéticos e injetados, no ano passado, representaram mais da metade do total exportado pelo segmento. As expor-
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tações de sintéticos foram de 74 milhões de pares e os injetados somaram 606 mil pares, frente ao volume total 126,5 milhões de pares vendidos para outros países, no período. Segundo os dados apresentados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), no perfil das empresas do setor, em 2008 a terceira geração transformou um total de 5,14 milhões de toneladas de resinas termoplásticas. Deste total 4,8% foi destinado para a fabricação de calçados. O vice-presidente Setorial Calçados, da Assintecal, destaca que o aumento da demanda de composto plásticos na indústria calçadista em substituição de outros
materiais já é um fato consolidado. “Os termoplásticos têm sido utilizados por vários motivos. Mas, principalmente pelo tripé, custo, conforto e sustentabilidade”, observa Valdemar Messi. Ele salienta ainda, que o plástico oferece várias vantagens na área de design. Cientes do grande potencial do setor calçadista, os produtores de resinas termoplásticas destacam a importância do setor e apresentam seus produtos destinados para esta a indústria.
Segundo Antonio Ramalho,
Diretor Comercial PVC Flexíveis, Especialidades e Internacional da Braskem o setor de calçados possui elevado potencial de crescimento, pois tem o seu driver principal baseado no consumo, sem a dependência de investimentos governamentais. “É ágil, inovad or, com musculatura para se tornar cada vez mais competitivo, o setor calçadista brasileiro prepara-se para acompanhar as oportunidades de crescimento no mercado nacional, além das oportunidades de exportação gera->>>>
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Vendas externas de calçados sintéticos e injetados representam mais da metade do total exportado pelo setor
das pelo reconhecimento internacional do “branding” dos produtos “Made in Brazil”, destaca Ramalho. Para a Braskem o setor calçadista ganha participação e importância a cada ano. “É um dos mais promissores nos próximos 10 anos. Acompanhamos a profissionalização e a internacionalização das empresas, que são muito hábeis na diversificação de produtos, gerenciamento de marcas e tendências, posicionando o Brasil como um ícone no mercado mundial”, acrescenta Ramalho. Segundo ele, o setor em 2010 deve se posicionar entre os cinco setores de maior crescimento em faturamento, atingindo 18% de aumento no consumo de resinas, em comparação com o ano passado. Para á área de exportações ele projeta uma crescimento na ordem 18%, “construindo uma tendência de
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MELISSA/GRENDENE/PS
ESPECIAL Plástico nos Calçados
novos recordes tanto nas exportações, quanto no mercado doméstico”. Fornecedora de um amplo leque de matérias-primas para o segmento de calça-
dos, a empresa aposta no presente e no futuro do segmento, através do fornecimento de suas resinas de PVC, EVA e outros produtos químicos básicos utilizados na>>>>
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ESPECIAL Plástico nos Calçados fabricação de outras matérias- primais, como por exemplo as borrachas sintéticas. Um dos mais recentes produtos disponibilizados para o setor é o PVC S80. Tratase de uma resina fabricada na unidade de PVC, em Camaçari (BA), que proporciona alternativas competitivas na formulação e no processo de fabricação de calçados. “Além de sua competitividade econômica, fornece ao produto melhores propriedades físicas (toque) e químicas (estabilidade), fatores imprescindíveis às sandálias. Em 2010, esta resina será a grande revelação e alternativa para o segmento”, revela o executivo.
Para a Evonik, o setor calçadista nacional destaca-se pelo potencial, qualidade e design. Destaca que atualmente, a indústria coureiro-calçadista brasileira ocupa a terceira posição entre os maiores fabricantes mundiais, com crescente produção e exportação para mais de 100 países. “As expectativas são positivas para o setor neste ano, a exemplo do que pode ser observado na principal feira do setor
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(Couromoda), realizada em janeiro, que prevê crescimento da produção e dos negócios”, comenta. A empresa destaca que a década, o segmento cresce em desenvolvimento tecnológico e em volume de produção e negócios. Assim, exige cada vez mais investimentos e pesquisas na busca de novos produtos, com novas finalidades e melhores desempenhos. “Desta forma, consideramos este segmento muito importante para a geração de tecnologias mais funcionais e, consequentemente, para a conquista de mercados em potencial”, observa. Entre as novidades da Evonik para 2010, está o lançamento do VESTOPLAST® EP 807, com excelente resistência térmica e baixa viscosidade, direcionado aos sistemas de colagem de alta performance. O grade da empresa para o setor apresenta também o VESTAMID® L, poliamida 12, plástico de alta performance utilizado na fabricação de solados para sapatos; o VESTAMID® E, poliamida elastomérica (PEBA), polímero de alta re-
sistência mecânica e leveza, também indicado para a fabricação de solados de calçados; o ACRYLITE® PLUS, PMMA polímero acrílico com modificador de impacto, indicado para a fabricação de saltos transparentes para sapatos femininos; o DHN, Decahidronaftaleno, utilizado na fabricação de ceras para polimento de calçados; o THN, tetrahidronaftaleno, utilizado na fabricação de ceras para polimento de calçados. Para os processos de colagem de calçados apresenta o VESTOPLAST®, poli alfa olefinas (APAO) feitos de eteno, propeno e 1-buteno, predominantemente amorfas, são aplicadas na produção de hot melt termoplástico utilizados nos processos de colagem de calçados. Assim como as linhas DYNACOLL®, copoliéster para produção de hot melt Reativos termofixos, e o DYNAPOL® S, copoliéster termoplásticos, para laminação e hot melt. E para a produção de poliuretanos e dispersões de poliuretano, destinado à pintura e revestimentos de couros e plásticos, oferece os iso>>>> cianatos, da linha VESTANAT®.
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ESPECIAL Plástico nos Calçados bém, uma busca do mercado calçadista por inovação e materiais que aliem performance e eco-eficiência. Entre os lançamentos da empresa para o setor está o sistema de poliuretano para palmilhas Elastopan®, que permite a absorção e evaporação rápida do suor nos calçados. A palmilha produzida em poliuretano é muito mais confortável para o usuário, se comparada ao material mais usado, o EVA. “O Elastopan® absorve até 300% mais transpiração do que outros materiais, principalmente por conta desta tecnologia de clima interno”, explica Barbosa. Além desta tecnologia, a palmilha em Elastopan® também proporciona conforto para os pés, ergonomia, leveza, resistência à água e versatilidade de design e coloração.
tipos de calçados. Além disso, permite diferentes possibilidades de texturas e acabamentos”, salienta. Segundo Barbosa, no exterior, vári os componentes dos calçados, que antes eram produzidos em materiais plásticos de menor durabilidade, já foram substituídos pelo poliuretano. “Esta tendência chegou ao Brasil, mas ainda existe muito campo a ser explorado pelo mercado, como os solados de segurança com entressola de PU e solado de TPU ou PU, bastante utilizados na Europa, mas que ainda estão dando os primeiros passos no Brasil, informa o gerente. Ele frisa que existe tam-
Barbosa, da Basf, destaca que o mercado calçadista é estratégico para a empresa
DIVULGAÇÃO/PS
O gerente de vendas da divisão de poliuretanos da BASF, Fernando França Barbosa destaca que o mercado calçadista é estr atégico para a BASF, por se tratar de um segmento de produtos customizados e perfeitamente integrados à cadeia produtiva da empresa. Comenta que o setor vem se sofisticando cada vez mais, buscando materiais de performance, que tenham alta produtividade e que ao mesmo tempo atendam aos apelos da moda. A unidade de poliuretanos da empresa participa deste mercado através de sistemas de poliuretano e TPU (Poliuretano Termoplástico) para as mais diversas aplicações (esportivas, casuais e de segurança). “O PU oferece durabilidade, conforto e leveza para todos os
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O Elastoflite®, novo produto da unidade de poliuretanos para calçados, traz vantagens tanto para o produtor de calçados quanto para o consumidor final e o meio ambiente. É ideal para a utilização em calçados esportivos e de lazer, justamente porque confere esta leveza ao material. Segundo o gerente, além de ser mais leve que os materiais utilizados normal->>>>
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ESPECIAL Plástico nos Calçados
Tarantino: “7% do volume de vendas da empresa é destinado para o segmento”
processamento. Em seu lugar, utiliza água, o que confere mais eficiência e menor impacto ambiental ao procedimento”, acrescenta Barbosa. Com o objetivo de demonstrar o potencial do poliuretano como um material inovador e versátil, além do comprometimento da BASF com a indústria calçadista, empresa desenvolveu um protótipo de tênis. O Pure 1.0 foi desenvolvido em menos de um ano, pela Elastogran, empresa do grupo BASF. O projeto do “calçado conceitual” foi realizado para demonstrar todas as possibilidades de utilização do material na confecção de calçados. O calçado foi confeccionado com Elastollan® e Elastopan®, produtos que são utilizados em diversos campos da indústria. “O mercado de calçados esportivos já era explorado pelos produtos, mas não de maneira tão abrangente como demonstrada com a produção do Pure 1.0”, destaca o gerente. Cada parte do tênis tem características específicas, sempre visando conforto, funcionalidade e segurança.
Para a Solvay Indupa, o setor calçadista é considerado de grande importância, assim destaca o gerente comercial da empresa, Gibran João Tarantino. “É gran26 > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
de consumidor de matéria-prima à base de nossas resinas de PVC (policloreto de vinila)”. Tarantino comenta que 7% do volume de vendas da empresa é destinado para o setor, que segundo ele, está entre os principais polos produtivos do mundo e de grande potencial de crescimento sustentável, pelo aumento do consumo interno e das exportações. Conforme o gerente, a Solvay Indupa oferece ao mercado de calçados resinas de PVC que são transformadas pelos seus clientes em centenas de produtos fundamentais para o setor. “A participação do PVC na indústria de calçados não é novidade, já vêm sendo usado há muito tempo e com longa vida e também a grande versatilidade, custo benefício e facilidade na sua aplicação”, comenta Tarantino. DIVULGAÇÃO/PS
mente em calçados, o sistema de poliuretano também tem características imprescindíveis aos famosos tênis: “é flexível, mesmo em baixas temperaturas, e durável. Se comparado ao EVA – produto mais usado para as entressolas dos calçados”. O produto tem grande resistência e não forma ranhuras ou dobras quando utilizado, ou seja, sua superfície é mantida sem imperfeições por muito mais tempo que os materiais convencionais. Segundo o executivo, o Elastoflite® confere mais rapidez e melhor custo-benefício ao processo, para os fabricantes de solas. Com mais fluidez de material, o sistema de poliuretanos pode ser moldado de maneira ágil e não precisa de tecnologia especial para a moldagem. “Além disso, o produto não necessita de gases em seu
As resinas da empresa para o setor são o SolVin 258 RG, SolVin 265PY, SolVin 271 PY, o SolVin 370HD, o SolVin 367 NK, o SolVin 374 MB e o SolVin 376 NA. Tarantino observa que a Solvay Indupa junto com seus clientes consideram o atual mix de resinas como adequado e atualizado para todas as aplicações desse segmento e atendem plenamente as necessidades técnicas. Destaca que podem ser transformados em filme transparente ou em outro que imite o couro com a mesma flexibilidade, tenacidade, acabamento e com maior leveza, sem perda da forma original. Essas resinas são destinadas principalmente
para a fabricação de sapatos femininos, contribuindo com os diversos elementos para sua confecção (palmilhas, cabedais, forrinhos e boxes). O PVC plastificado também pode ser usado para fabricar solados leves, flexíveis ou semi-rígidos, “devido à sua característica de suportar todos os tipos de condições de tempo, à resistência à abrasão e às suas propriedades antiestáticas”, salienta. Para a produção dos solados é utilizada a injeção compacta ou celular. Já os demais laminados para calçados (cabedais, forrinhos, lixados, camurças e palmilhas) são fabricados por espalmagem. Atualmente, além do segmento de calçados, a Solvay Indupa atua em outros setores importantes como tubos e conexões, fabricação de janelas, perfis, sidings, pisos, fios e cabos, cercas, portas sanfonadas, divisórias, forros, decks e coberturas de piscinas, geomembranas, formas de concreto, setor automobilístico entre outros. Recentemente a Solvay Indupa concluiu o projeto de ampliação de sua fábrica em Santo André (SP). O investimento foi na ordem US$ 150 milhões, com isso ampliou a sua capacidade de produção de PVC, em 22%, passando 245 mil para 300 mil toneladas anuais. Também incrementou a fabricação de soda cáustica para 170 mil toneladas ao ano. Apesar da crise financeira global, que reduziu a demanda em diversos segmentos, a empresa projeta que há espaço no mercado brasileiro para a oferta adicional da resina plástica PVC, “que tem aplicação, sobretudo na construção civil e se percebe uma retomada no setor da construção civil, com a ajuda, por exemplo, de iniciativas do governo federal - como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - e investimentos públicos em infraestrutura e saneamento. A expectativa de nossas vendas é de que será possível chegar ao fim do ano com crescimento de 6 a 8% sobre 2009”, conclui Tarantino. Segundo o gerente, além de contemplar a expansão da produção, o investimento serviu também para a modernização do processo fabril, com o uso de novo sistema ambientalmente mais amigável que reduz em 30% o consumo de energia elétrica. Outro destaque foi à aquisição de um reator de PVC com 160 m³, o maior da América Latina.PS
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ESPECIAL Plástico nos Calçados
RICARDO DE MORAES/PS
A Fimec reúne o setor em Novo Hamburgo pais lançamentos e tendências em produtos e serviços. A expectativa é de que estejam presentes, além do Brasil, representantes de países como Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, China, Colômbia, Coreia, Egito, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, India, Indonésia, Inglaterra, Itália, Japão, México, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, Russia, Tailândia, Taiwan, Turquia, Uruguai. A feira gaúcha é reconhecida como uma das principais do mundo no setor calçadista
E
m clima de otimismo, com previsão de crescimento para o setor calçadista em 2010, acontece a 34ª edição da Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes), de 13 a 16 de abril, no Parque de Exposições da Fenac. A feira deve reunir cerca de 1.200 marcas em quase 40 mil metros quadrados climatizados. Segundo a organização da mostra, “durante quatro dias estarão circulando pelo evento milhares de visitantes altamente qualificados, movimentando o complexo produtivo coureiro-calçadista e garantindo o conceito de evolução da moda e da tecnologia”. A Fimec, que é reconhecida como uma das principais feiras do mundo no setor, nesta edição apresentar os princi-
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Entre as atrações da feira, está o Projeto Fábrica Conceito. Através de uma parceria entre a Fenac, promotora da feira, e o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), será instalada na mostra uma fábrica, com uma concepção de última geração na área de equipamentos, máquinas e componentes, mostrando aos visitantes todas as etapas do processo de fabricação do ramo coureiro-calçadista. A Fábrica Conceito ocupará cerca de 400m² e trabalhará no mesmo ritmo de produção de uma unidade fabril normal, com 30 profissionais atuando diretamente na produção de um modelo de sapato feminino (scarpin), um modelo social masculino e um sapatênis. “Nosso intuito é caminhar em duas linhas. Uma direcionada a mostrar a dinâmica de como realmente funciona uma moderna fábrica de calçados. E o outro ponto que será destacado, cada vez mais importante, é a produção de um calçado ecológico, com o mínimo de geração de resíduos”, explica o diretor-comercial do IBTeC, Carlos Dodera.PS
A novidade do calçado ecológico O ecocalçado será um dos cases apresentados na X Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que ocorrerá de 26 a 28 de abril, em Curitiba (PR). O projeto tem o objetivo de propor aos designs soluções estéticas e funcionais para produção de calçados, destacando a questão da sustentabilidade. Foi realizado através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do RS (SenaiRS). Ao todos foram escritos 105 casos de sucesso, por 64 companhias, destes 50 foram escolhidos para serem apresentados na conferência. Segundo o técnico de desenvolvimento do Núcleo de Apoio ao Design, do Centro Tecnológico do Calçado, do Senai-RS, os produtos da linha Ecocalçado foram desenvolvidos dentro de critérios de produção mais limpa, ambientalmente corretos. “As matérias-primas são de fonte renovável, recicláveis ou de menor impacto ambiental e sem a presença de substâncias de uso restrito em seus componentes e processos de fabricação”, explica Mauri Rubem Schmidt. Inicialmente o CTCalçado SENAI desenvolveu um projeto denominado Calçado Ecológico, que foi piloto para o projeto Ecocalçado. Na época foram desenvolvidos os primeiros estudos quanto a produção de componentes adequados a cultura ecológica. Também foi desenvolvido um modelo de calçado masculino, que passou a fazer parte da série de fabricação dos estudantes dos Cursos de Técnicos de Design e de Calçados da instituição. O projeto começou a ser implementado nas indústrias de calçados Paulina, Radesi e Ricarelly, a partir de uma manifestação de interesse e de adesão formal à iniciativa. Durante o ano 2009 as coleções forma desenvolvidas por estas empresas, sendo divulgadas em feiras e eventos da área.
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DIVULGAÇÃO/PS
DESTAQUE Polo Plástico Gaúcho “...É o meu Rio Grande do Sul, céu, sol, sul, terra e cor. Onde tudo que se planta, cresce. E o que mais floresce é o amor...”
Onde tudo A que se planta, cresce Rio Grande do Sul desponta como um estado participativo em busca de capacitação, empreendedorismo e crescimento de uma região que um dia já foi a segunda no ranking de transformados plásticos.
música escrita pelo cantor Leonardo, um famoso nativista falecido recentemente, é uma homenagem ao Estado conhecido pelo pioneirismo, espírito empreendedor e de luta do povo nascido no solo gaúcho. No estado, de fato onde tudo que se planta cresce. Hoje, os tempos são outros e as dificuldades também. Foi-se os tempos de bonanza, mas a região ainda é conhecida pelo desempenho econômico e industrial. O setor plástico é um excelente exemplo de crescimento e conquistas dos gaúchos. Segundo a Maxiquim, o consumo de resinas em 2008 foi de 447 mil toneladas no estado. Já as estimativas de faturamento para o setor de transformação em 2009, conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Rio Grande do Sul (Sinplast), Alfredo Schmitt, é na ordem de R$3 bilhões. São 1247 empresas fabricantes de produtos plásticos que empregam cerca de 28.373 pessoas. O Rio Grande do Sul, através do Polo de Triunfo, representa 11% do consumo de resinas do Brasil, ficando atrás somente de São Paulo e Santa Catarina. Estes números colocam o Rio Grande do Sul em terceiro lugar no ranking de transformados plásticos brasileiros tornando-o grande procurado pelas empresas fornecedoras de resinas e máquinas, que vêem no transformador gaúcho potencial comprador e investidor em tecnologia.
A indústria de transformação de plástico da Serra gaúcha é uma demonstração de bravura e garra. A região encerrou o 1º bimestre do ano operando a pleno vapor, permitindo aos empresários projetar crescimento de até 50% sobre o realizado em 2009, especialmente no segmento de peças técnicas, muito usadas na atividade automotiva. Mas, mesmo com essa expansão, a estimativa é que o resultado fique até 20% abaixo do consolidado, em 2008. Mas, mesmo com esse cenário, para o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho, Orlando Marin, ainda há motivos de preocupação: a principal é com o capital de giro das empresas, que se obrigaram em 2009, a promover desencaixes 32 > > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
DIVULGAÇÃO/PS
Grande parte das 1247 empresas gaúchas dedicam-se a produção de peças plásticas para utilização em automóveis
dois meses, para equilibrar as contas. Outro motivo de preocupação, que pode atrasar o equilíbrio financeiro, é o reajuste das matérias-primas pela indústria petroquímica. Com o anúncio de novo aumento para março, os preços das resinas, dependendo do tipo, terão acréscimo da ordem de 12% a 18%, no primeiro trimestre do ano. Sem chances de repassar aos clientes, a solução tem sido buscar maior competitividade por meio da gestão dos estoques e do aumento da produtividade. De acordo com Marin, “os clientes, em especial as montadoras, não estão aceitando renegociar valores, mas acreditamos que em abril, isto se equilibre, e os pre-
ços dos insumos possam até declinar.”
Esta, no entanto, não é a visão do vice-presidente da Braskem, Rui Chammas, que esteve com esses empresários, em Caxias do Sul. Ele sustentou que a companhia, agora detentora de 73% do mercado nacional de resinas a partir da aquisição dos ativos da Quattor, acompanhará as oscilações dos preços internacionais. O executivo admite a possibilidade de redução, mas lembra que isto dependerá muito do comportamento dos preços do petróleo e, “se este subir é praticamente certo que teremos de repassar reajustes.” Chammas acredita, porém, que ao longo do ano haja recuo nos preços internacionais. Isto se deve às projeções de que a ociosidade mundial no setor petroquímico deverá alcançar 25% a partir da consolidação das novas plantas em construção.PS
financeiros elevados para cobrir demissões e ajustar seus pagamentos. Marin estima que a média de queda do faturamento do setor, principalmente aquele voltado aos bens industriais, foi da ordem de 60% a 65%. Ele acredita que as empresas precisam de mais
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DESTAQUE Polo Plástico Gaúcho
Quando a união faz a força Através de diversas ações, poder público, instituições de ensino e sindicatos unem-se pelo crescimento dos transformadores gaúchos.
O
ano de 2010 promete ser de muito trabalho em solo rio-grandense. São projetos, programas e incentivos em todas as esferas que visam fortalecer o polo plástico gaúcho e fazêlo tão grandioso como nos velhos tempos em que liderava junto com São Paulo a indústria de transformação. Hoje os tempos são outros, mas se depender das esferas, pública e privada, março de 2010 é só o começo de um ano de muita labuta. Conforme Orlando Marin, o estado gaúcho teve como maior avanço o trabalho em equipe com as três entidades unidas, buscando caminhos com a petroquímica e com o Governo no sentido de retomar o crescimento do setor. “O obstáculo é justamente o avanço que os outros Estados tiveram em relação a nós, principalmente na redução da carga fiscal e no custo reduzido das importações”, afirma.
Governo faz sua parte A governadora Yeda Crusius, por exemplo, assinou no início do referido mês o decreto que reduz de 17% para 12% o ICMS de sacolas plásticas, produzidas no Rio Grande do Sul e que são fornecidas por açougues, peixarias, mercearias, armazéns, fruteiras, farmácias, lojas de roupas, supermercados e minimercados aos seus clientes. A medida também reduz para 12%, a alíquota do ICMS de copos e de outros produtos plásticos produzidos no Estado, destinados à fabricação de brinquedos. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast/RS), Alfredo Schmitt, lembra que essa diminuição era uma reivindicação feita pelo sindicato e pelas empresas do setor. Ele salienta que a 34 > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
iniciativa fortalecerá a produção gaúcha que terá maior capacidade para concorrer com produtos provenientes de estados como Santa Catarina e São Paulo. Conforme informações do governo do Estado, as embalagens destinadas ao acondicionamento de mercadorias representam em torno de 11,48% das saídas do segmento do plástico. A expectativa é que não ocorra redução da arrecadação, uma vez que o Executivo aposta no aumento das vendas internas. Já o consumo de copos plásticos no Rio Grande do Sul representa atualmente em torno de 9% da demanda brasileira, envolvendo valores próximos a R$ 60 milhões ao ano. Apesar de a medida provocar, em um primeiro momento, redução da arrecadação, a nova alíquota tornará os preços dos produtos gaúchos mais atraentes, gerando aumento da procura e, consequentemente, reposição de ICMS aos cofres do Tesouro do Estado.
O que muda? Redução de ICMS de 17% para 12% no Estado Gaúcho. Quais produtos? Sacolas, copos e produtos plásticos destinados a fabricação de brinquedos.
Sebrae e Sindicatos estimulam desenvolvimento Outra importante ação é o primeiro programa estadual de desenvolvimento do setor plástico do estado, oficializado pelos Sindicatos Patronais Sinplast, Simplás e Simplavi, juntamente com o Sebrae-RS e em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia, Universidade de Caxias do Sul, Senai-Cetepo e Braskem. O programa visa capacitar, treinar, for-
mar novos negócios, diversificar no mercado, facilitar visitas técnicas e intercâmbio entre parcerias. O programa é estadual, porém a Serra terá seu projeto próprio englobando as empresas do Simplás e Simplavi. Este projeto terá duração de dois anos. O Sinplast também fará sua parte na região em que atua. O consultor do Sebrae/ RS, Ivan Paludo, com o apoio do Sindicato, ministrou em março, na Fiergs, a palestra “Como aumentar a produtividade da sua empresa”, que serviu como discussão inicial ao tema principal do evento que tratou de métodos de trabalho e ações do projeto Desenvolver as Indústrias de Transformação Plástica da Região Metropolitana. “O objetivo do projeto é buscar novos mercados e aumento no faturamento das indústrias de transformação plástica, através de melhorias na gestão e promoção da inovação”, afirma a gestora do projeto, Laura Speroto dos Santos Rocha. Segundo ela, os projetos são orientados para atingir resultados concretos para as micro e pequenas empresas a partir de demandas e necessidades identificadas em grupo, tomando como as etapas de estruturação e contratualização, gerenciamento, monitoramento e avaliação. Laura apresentou, ainda, o foco estratégico da atividade que consiste em instrumentalização das empresas com ferramentas gerenciais, capacitação e gestão empresarial, melhoria de processo produtivo e produto, identificação e acesso a novos mercados. Além disso, os participantes – todos representantes das indústrias da terceira geração do setor plástico - puderam conferir a palestra de Paludo que tratou fundamentalmente dos temas qualidade, sobrevivência empresarial, produtividade e competitividade. De acordo com o consultor, competir é fazer mais, melhor e diferente. É, também, a capacidade da empresa de formular e de implementar estratégias concorrênciais que permita ampliação ou conservação, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado. “Se não estivermos pensando em fazer as coisas melhores, pelo menos duas vezes mais rápido, com a metade dos recursos, não estaremos aptos a participar da competição mundial”, enfatiza.
Sustenplást e Assembleia Legislativa Os dirigentes do Sinplast e do>>>> <<<< Março de 2010 < Plástico Sul < 35
Orlando Marin, Emílio Ristow e Alfredo Schmitt: Simplás, Simplavi e Sinplast unidos pelo plástico gaúcho
Sustenplást-RS Plástico com Inteligência propuseram ao Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Giovani Cherini, uma parceria de resultados voltada a despertar a conscientização da sociedade gaúcha sobre o descarte correto do plástico. A preocupação com o desenvolvimento social, no âmbito da sustentabilidade, foi consenso entre todos os participantes durante a audiência. Na ocasião, o presidente da AL, o presidente do Sinplast; Alfredo Schmitt, o vice-presidente administrativo do Sinplast e coordenador do Sustenplást; Júlio Cezar Roedel, e o coordenador técnico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense – IFSul (campus Sapucaia do Sul); Assis Francisco de Castilhos, concordaram que a sociedade precisa de resultados positivos, soluções e ações concretas. “A época em que vivemos não absorve
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DIVULGAÇÃO/PS
DESTAQUE Polo Plástico Gaúcho
mais a disputa inconseqüente entre o bem e o mal, o certo e o errado. Portanto, é hora de juntar esforços numa ação cooperativada dos agentes da sociedade, iniciativa priva-
da, entidades educacionais e governos, privilegiando a mão-de-obra menos qualificada com trabalho e renda”, afirma Schmitt. Na audiência, o presidente do
Sinplast, apresentou o Programa Sustenplást, que visa a contribuir para uma mudança cultural da comunidade gaúcha e brasileira acerca da utilidade, descarte e reciclabilidade do material. Cherini, que é autor da Lei 13.276/2009, que proíbe a disponibilização de sacolas plásticas por supermercados e outras casas de comércio fora dos padrões estabelecidos pela norma nº 14.937 da ABNT, informou que pedirá ampla fiscalização sobre a matéria. “Vamos tratar junto ao governo do Estado da regulamentação desta lei, que é pioneira no país”, garantiu. “Essa lei é um marco no consumo responsável de sacolas plásticas no Brasil”, destacou Schmitt. Ele acrescentou, ainda, que a iniciativa vai ao encontro dos princípios de sustentabilidade praticados pelo Sinplast. Júlio Cezar Roedel falou, ainda, sobre a criação do Centro de Triagem Modelo (CTM), que é um dos principais objetivos do Programa Sustenplást para o desenvolvimento e gestão de oportunidade de trabalho e geração de renda a pessoas menos assistidas. Conforme o coordenador, o setor do plástico gera 25 mil empregos dire-
tos no Rio Grande do Sul. Novo encontro será marcado para que se discuta a possibilidade de regulamentação da lei. Sobre a lei nº 13.276/2009 - A lei determina que as sacolas tenham espessura mínima de 0,027 milímetros e indiquem, em quilogramas, a capacidade de carga. A intenção é reduzir o impacto ambiental produzido pelo uso indiscriminado de sacolas plásticas nos supermercados gaúchos. A justificativa do projeto é que as sacolas utilizadas hoje são extremamente frágeis, sendo necessária a sobreposição de duas ou três unidades.
Ainda sobre as ações do Sinplast, o sindicato lançou recentemente o Programa Jovens Empresários do Plástico. Um grupo de 12 jovens – todos empresários ou sucessores de empresas associadas ao Sinplast, reuniu-se para a primeira edição do encontro. A iniciativa tem como objetivo reunir jovens executivos do setor plástico gaúcho para o debate e a troca de experiências em prol da competitividade da indústria. O pre-
sidente do Sinplast, Alfredo Schmitt acredita que essa nova geração de empresários é também a nova geração sindical. “Me engrandece o fato de que a ideia de formação deste Programa tenha surgido no âmbito desta diretoria do Sinplast”, ressaltou. Na ocasião, o coordenador geral do Comitê Setorial – Indústrias do Plástico (Comitê de Gestão da Qualidade e Inovação do Sinplast), Roberto Roedel, apresentou as diretrizes do programa.
Na serra gaúcha, o ano será movimentado. Em 2010 inúmeras são as ações do Simplás para fortalecer a região, entre elas, está a participação em feiras e realização de missões internacionais para Argentina, China e Alemanha, a contestação ao novo FAP, a capacitação dos recicladores de Caxias do Sul, o apoio a Semana de Ferramentarias, e o Convênio com o Sebrae para desenvolver o Setor Plástico na Serra Gaúcha. O Simplás participação ainda do Programa de Desenvolvimento do setor Plástico no Rio Grande do Sul e a ampliará o projeto da Plastech Brasil em 50% para a edição de 2011.PS
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DESTAQUE Polo Plástico Gaúcho
Fornecedores de todo o Brasil mostram interesse pelo estado através de feiras como a Plastech Brasil
DIVULGAÇÃO/PS
Fornecedores apostam em novidades para os gaúchos
O
s transformadores do Rio Grande do Sul são foco de atenção dos fornecedores de todo o Brasil. Fabricantes de resinas, distribuidores, produtores de masterbacthes e aditivos e empresas de máquinas e equipamentos, todos concordam quando o assunto é o potencial do Estado para absorção de tecnologia e investimentos em inovação. Por isso, apostam em desenvolvimentos e ações que ajudem o transformador gaúcho a agregar qualidade a seu produto e criar um diferencial diante de um mercado tão concorrente.
O mercado do Rio Grande do Sul é o um dos principais em âmbito nacional para a Deb’Maq do Brasil. Para sedimentar ainda mais a sua participação na região, a empresa adquiriu a DN Ferramentas, transformando em DEB MAQ/DN. Desta forma, oferece uma linha completa de produtos e insumos industriais, superiores a 12000 itens além da tradicional linha de máquinas ferramentas e injetoras, com alguns incrementos como: A linha de injetoras contará a partir de agora com a SE (Série Ecológica), que trabalha com um inversor de frequência sobre o motor principal, propiciando econômica ainda maior de energia elétrica, inclusive sobre a de bomba de vazão variável que se usa atualmente na ordem de 20% o que significa praticamente 40% em relação a máquina tradicional. “Além disto, estamos incorporando a linha com equipamentos de Injeção a Gás como representante/distribuidor exclusivo para as empresas plásticas da Alemã BAUER Gás Injection, equipamentos desta divisão fabricados em duas plantas nos EUA, pretendemos lançar estes equipamentos nas próximas feiras ou PLASTSHOW ou Feira da Mecâ38 > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
nica”, diz o gerente comercial da Deb’Maq, Venceslau Salmeron.
Para a Activas, os negócios com o Rio Grande do Sul foram positivos em 2009. “Tivemos um crescimento bastante significativo”, lembra o diretor da empresa, Laércio Gonçalves. Ele afirma que hoje, a filial de Caxias de Caxias do Sul (RS) tem o mesmo nível da filial de Joinville (SC). Gonçalves salienta que, quando houve a crise, o RS foi um dos estados mais atingidos e que demorou mais para se recuperar. “Entretanto hoje eu o vejo com melhores condições do que outros estados”, avalia. O empresário deixa claro o apoio à região. “Continuamos a ser uma empresa que quer se consolidar cada vez mais no estado. A Activas procura fazer esse trabalho. Nós sempre estamos ao lado do cliente para fazer o desenvolvimento e o acompanhamento. Essa é a nossa missão no solo gaúcho”, finaliza. O gerente geral da Ravago, Osvaldo Cruz acredita que o mercado do Rio Grande do Sul é fundamental para a cadeia
petroquímica. Para ele, além de possuir influência direta no PIB nacional trata-se de uma sociedade economicamente e culturalmente importante, influenciando costumes, criando tendências, formando opiniões e que consequentemente impacta o setor em grande escala. “É por essas e outras razões que estamos cada vez mais presentes no mercado gaúcho, com profissionais que atuam e conhecem o mercado muito antes da EntecRavago chegar ao Brasil em 2004”, diz o executivo. É essa compreensão e conhecimento que dá à Ravago a certeza da necessidade de estar presente oferecendo seus produtos, serviços e experiências. Cruz salienta que para isso, a empresa conta também com um armazém de grande porte em Novo Hamburgo, possibilitando uma logística eficaz e exclusiva para a região. “Nosso objetivo em 2010 é trabalharmos para aumentar a nossa participação no mercado do Rio Grande do Sul, atuando com nossos profissionais focados no Estado: Eduardo Silveira e Alex Lima”, destaca. Para o Estado, a empresa oferta polietilenos, polipropilenos, poliestirenos, borrachas, poliacetais, poliamidas, policarbo-
DIVULGAÇÃO/PS
natos e outros produtos na linha de especialidade – adesivos - para embalagens flexíveis coextrusadas.
A Sasil Coml. Indl. de Petroquímicos Ltda. atua no mercado de dis-
Distribuidores estão alinhados com o Rio Grande do Sul para facilitar a logística na região
sistência química. Outro produto que em breve deve fazer parte do portfólio da empresa é o Dióxido de Titânio (TiO2), matéria- prima para o mercado de masterbatch.
tribuição de resinas termoplásticas da Região Sul desde 2005 consolidando-se como um dos mais importantes distribuidores Braskem e Innova. Em relação ao mercado do RS, a empresa atua com equipe própria, escritório comercial em Porto Alegre e base logística em São Leopoldo. O estado representa parcela importante no faturamento da Sasil. “Em 2009 em relação a 2008, tivemos um crescimento de 100% em nosso Market Share”, afirma o diretor comercial Fernando Caribé. Segundo ele, de acordo com os recentes movimentos no setor petroquímico, a empresa acredita firmemente em crescer ainda mais. “Para tanto estamos em processo de reavaliação de nossa estrutura visando adequação a este crescimento projetado”, enfatiza. Quanto a novidades de mercado, Caribé destaca a parceria com a Eastman Chemical e informa que a Sasil já possui em estoque a resina TRITAN, um copoliester com diferenciais de brilho, transparência e re-
A região é muito especial também para a Colorfix. Fábio Fazolim explica que o nível de conhecimento técnico dos clientes que atendidos no estado é um grande diferencial que se enquadra no estilo de trabalho da empresa. A Colorfix possui hoje uma equipe comercial/técnica totalmente capacitada para superar as necessidades dos gaúchos. “Estamos em análise para que no ano de 2011 o nosso tempo de desenvolvimento de produtos seja mais rápido ainda com a criação de um laboratório na região de Caxias do Sul, além dos masterbatches, filler e aditivos já consagrados no mercado”, revela. A empresa está disponibilizando aos clientes alguns novos produtos, como: Linha Bactfix (bactericida e fungicida); Linha Selofix (aditivo desenvolvido para evitar carbonização e amarelecimento da resina em paradas programadas); Linha Black Coller>>>>
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DIVULGAÇÃO/PS
DESTAQUE Polo Plástico Gaúcho Masterbatches da Colorfix: empresa está atenta aos transformadores do Rio Grande do Sul
para a estratégia de nossa empresa e hoje representa 20% de nossas vendas totais”.
Há anos o Rio Grande do Sul
(aditivo desenvolvido para diminuir a temperatura absorvida pela peça quando exposta ao Sol).
A SM Resinas, está incrementando em 2010, seu portfólio de produtos no Rio Grande do Sul e além dos Polietilenos de Alta, Baixa e Linear da Dow passam a contar com os polipropilenos da Repsol. “Queremos ser uma alternativa em polipropileno para os transformadores gaúchos, trabalhando com estoque local, com disponibilidade contínua e com a filosofia de contribuir no longo prazo para a competitividade de nossos clientes”, afirma James Tavares que salienta a importância do estado para a empresa. “O Rio Grande do Sul é fundamental
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deixou de ser considerado um estado forte somente na vinicultura e metalurgia, tendo as indústrias de plástico como grandes aliadas para economia do estado que é um dos principais transformadores do país. A opinião ao lado é da Pro-color que atua há 24 anos no setor de plásticos com a fabricação de masterbatches e que vem participando do crescimento do Estado junto com seu parceiro Vic Plásticos, localizado na cidade de Caxias do Sul, sendo distribuidor autorizado no estado gaúcho. Essa parceira faz com que a distância entre o Estado de São Paulo e do Rio Grande praticamente não exista, pois segundo informações da empresa, o cliente é atendido com agilidade não encontrando dificuldade na aquisição dos concentrados de cores “Masterbatches” para a transformação do seu produto, tratando de cores básicas, “produtos de linha”. A empresa, que está localizada em São Paulo, vem divulgando os seus produtos e ganhando credibilidade não só no Rio Grande do Sul mas também nos estados de Santa Catarina e Paraná, com distribuidores e estoques locais, minimizando o tempo de entrega dos masterbatches. Na região sudeste a Pro-Color lançou no segundo se-
mestre de 2009 o aditivo Pro-Tech CPD 0080 – Dessecante. O aditivo é utilizado em polímeros PEBD/PEAD/PP que já foram utilizados e são reaproveitados, “reciclados”. Esse aditivo retira a umidade gerada na maioria das vezes no processo de reciclagem. Após a aprovação do aditivo na região Sudeste, a Pro-Color, está divulgando no sul do país, oferecendo redução de custo, pois o produto além de reduzir a umidade do material reciclado, reduz o consumo de energia descartando o aquecimento do material “pré-secagem” antes da transformação, melhora a performance do produto na qualidade do produto final, além de outras soluções.
Para a Ineal, o mercado gaúcho está no mesmo patamar do mercado catarinense, com boas características de transformação e ferramentaria. “Temos duas ações: em Santa Catarina nós fazemos a feira Interplast e no Rio Grande do Sul participamos da Plastech, em Caxias do Sul. Este é o reflexo de um atendimento focado nos dois estados”, diz Carol Oliveira, do departamento de vendas da empresa. A Ineal lançou em 2009, durante a Brasilplast, o dosador gravimétrico. “ Costumamos dizer que não vendemos equipamentos, e sim oferecemos soluções aos clientes”, revela a executiva afirmando que a Ineal não é simplesmente uma vendedora de periféricos. Este ano, a empresa continuará com as ações de apresentar a marca ao mercado e concretizar parcerias. Carol enfatiza que o mercado tem uma boa aceitação dos produtos da empresa, mesmo diante da concorrência dos chineses.
A Produmaster, produtora de compostos em vendas tem apostado no Sul, através de representantes da região atendendo os clientes do Rio Grande do Sul por ter certeza que esta é a estraté-
gia correta. A Produmaster em breve estará ampliando seu portfólio de resinas na distribuição e também na produção de compostos de PP e PE, entre outros produtos fabricados. “Compramos cerca
de 40% de nossas matérias-primas do Polo de Triunfo, o que torna a região Sul extremamente importante para nossas estratégias de negócio”, afirma Carlos Banedetti.
Braskem vai à serra gaúcha DIVULGAÇÃO/PS
Rui Chammas, da Braskem, participou de evento do Simplás em Caxias do Sul
a participação dos presidentes dos outros dois sindicatos gaúchos, Alfredo Schmitt, do Sinplast e Emílio Ristow, do Simplavi. Confira a seguir os principais trechos da entrevista que Chammas concedeu a Revista Plástico Sul.
Os transformadores plásticos do Rio Grande do Sul tiveram a oportunidade de ouvir o vice-presidente da Braskem, Rui Chammas, no dia 01 de março, durante a primeira reunião-janta do Simplás. Além de Orlando Marin, o evento contou com
Plástico Sul - Quais as principais vantagens de ter a Petrobras como parceira? Rui Chammas - A Petrobras é uma empresa nacional, que tem uma tecnologia de extração e refino única. Ela deterá direitos de exploração do petróleo do pré-sal e tê-la como aliada nos garante um alinhamento estratégico para o uso dos recursos que virão do pré - sal. O Brasil terá excesso de pré-sal no futuro. E ao invés de exportar o petróleo, nós poderemos, num alinhamento estratégico, usar esse petróleo para transformar em produtos acabados, que vão servir ao povo brasileiro e aumentar as riquezas do país.
Plástico Sul - Qual o principal diferencial do transformador gaúcho? Chammas - Espírito de empreendedorismo, formação, profissionalismo e o esmero pela qualidade e diferenciação. Plástico Sul - O que o transformador brasileiro e gaúcho pode esperar dessa nova configuração do setor, tendo em vista as inúmeras especulações sobre o assunto? Chammas - Eu gostaria que o transformador fizesse a seguinte reflexão: porque uma empresa como a Braskem tentaria criar danos aos seus clientes? Queremos criar um ambiente em que nossos clientes, os transformadores, prosperem. Nós não teremos sucesso se nossos clientes não prosperarem. Nosso objetivo é criar um ambiente multidimensional de desenvolvimento, novas aplicações, de fomento a exportação, onde para cada cliente, cada segmento, achemos junto ao transformador uma solução de criação de valor. Eu não posso querer o mal daquele que compra meu produto, isso não faz sentido.PS
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Mercado
Para o alto e avante
DIVULGAÇÃO/PS
Superada a crise no setor de borrachas, o aumento das exportações mostra que um novo cenário está por vir.
S
e em 2009 a palavra mais comentada na mídia econômica foi desaceleração, em 2010 promete ser crescimento. Para o Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom), o País, já no final de 2009, iniciou um novo ciclo de crescimento, após o breve processo recessivo. Esse novo ciclo ganha contornos mais nítidos em um ambiente de fortalecimento da demanda interna e da retomada gradual da atividade econômica mundial. Por isso, é consenso entre os analistas que 2010 será muito melhor que 2009. Para o setor gaúcho da borracha, o pior da crise financeira já passou e o bom desempenho das exportações nos últimos meses de 2009 só vem a corroborar com as perspectivas de crescimento para 2010. Foram traçados três cenários com os principais indicadores econômicos do setor para este ano e, em todos, as projeções são melhores do que as registradas em 2009.
No cenário moderado, com maior probabilidade de ocorrência, para 2010 é esperada uma elevação de 7,1% na atividade industrial da borracha, impulsionada por um crescimento de 17% nas suas exportações, que deverão atingir aproximadamente US$ 300 milhões. Neste mesmo cenário, as exportações gaúchas da indústria de transformação aumentarão seus embarques 42 > > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
ao exterior em apenas 13%. No mercado de trabalho, espera-se um acréscimo de 5,9% nas vagas, gerando em torno de 580 novos postos de trabalho nas empresas da borracha do Estado e voltando ao volume de empregos que era verificado no período anterior à crise (10.536 trabalhadores). A arrecadação de ICMS, por sua vez, acompanhará o nível de recolhimento da indústria de transformação, podendo crescer em torno de 12% e atingindo, em média, R$ 106 milhões. Mesmo em um cenário pessimista, as projeções para o setor da borracha são positivas, com crescimento mais brando, porém com todos os indicadores superando os resultados de 2009. No cenário otimista, naturalmente, as projeções de crescimento da economia são maiores e, portanto, devendo resultar em um melhor desempenho para o setor da borracha do Rio Grande do Sul. Nesse sentido de expansão, projeta-se uma elevação de 8,9% na sua atividade industrial e de 21,5% nas vendas ao exterior, que devem atingir US$ 310,9 milhões, superando em US$ 3,7 milhões o resultado verificado em 2008, quando os efeitos da crise ainda não haviam afetado as exportações do setor. Com o aumento nos embarques ao exterior e na produção industrial, haverá mais necessidade de mãode-obra. Estima-se, portanto, a criação de mais de 800 novos postos de trabalho, aproximadamente 8,4% a mais do que em 2009. A arrecadação de ICMS do setor poderá ultrapassar R$ 110 milhões, tendo a possibilidade de crescer 19%, superando a expectativa da indústria de transformação, que neste mesmo cenário otimista, pode chegar a 16,5%.
Exportações As exportações são um fator fundamental para o desempenho da economia gaúcha e o ano de 2009 foi extremamente desfavorável para a indústria do Estado, que sofreu com os impactos da crise financeira mundial e da taxa de câmbio valorizada. No ano, os embarques para o exterior da indústria de transformação re-
DIVULGAÇÃO/PS
Com o pé no acelerador: setor de borrachas supera desafios e se prepara para crescer
cuaram, em média, 21% em relação a 2008. Para o setor da borracha, as exportações também retrocederam quando comparadas ao ano de 2008, mas o percentual
foi menor. A desaceleração no setor foi de 16,7% e fechou num total de US$ 255 milhões exportados. Apesar de o ano encerrar com uma va-
riação negativa, os embarques gaúchos da indústria da borracha para o exterior ganharam fôlego nos últimos meses de 2009, evidenciando que a recuperação se dará de forma mais rápida que a da indústria de transformação do Estado. Na variação mensal, ou seja, quando as exportações são comparadas com o mês anterior, novembro registrou o terceiro mês consecutivo de alta, com um aumento de 13,6% nas vendas ao exterior em relação a outubro. Nesse período, as exportações da indústria de transformação desaceleraram 16,6%. A estimativa para o fechamento do mês de dezembro para o setor da borracha é de um volume embarcado de US$ 30 milhões, um crescimento de 14,4% sobre novembro e de 32% em relação ao mesmo mês de 2008. Em 2009, o destaque deu-se no crescimento expressivo das exportações de ar->>>>
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Mercado tefatos de borracha do Estado. Enquanto que o setor cresceu em média 10% ao mês de outubro a dezembro, o subsetor de artefatos, nessa mesma base de comparação, aumentou, em média, 30% ao mês seus embarques ao exterior. Os três principais países de destino do setor gaúcho da borracha no ano foram Argentina, Estados Unidos e México. Os mexicanos elevaram em 59,5% suas compras, o país saiu da 11ª posição que ocupava em 2008 para a 3ª no ranking dos maiores compradores do setor da borracha do Rio Grande do Sul. Por sua vez, os argentinos e norte-americanos diminuíram seus pedidos em 24,1% e 32,7%, respectivamente.
Importações Em 2009, assim como as exportações, as importações também retraíram refletindo o arrefecimento da produção industrial doméstica. No Rio Grande do Sul, as importações do setor da borracha atingiram, aproximadamente, US$ 201 milhões em 2009, registrando uma queda de 33% em relação a 2008. Para a indústria de
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transformação do Estado, a desaceleração foi um pouco maior, um recuo de 38% nas compras do exterior. Durante o ano, apenas em janeiro e fevereiro a balança comercial do setor da borracha foi negativa, reflexo da retração da demanda internacional que acabou afetando, principalmente, as vendas para os principais compradores do setor gaúcho, Estados Unidos e Argentina. No acumulado de 2009, as exportações e importações do setor gaúcho da borracha foram menores em relação ao ano anterior, mas a indústria fechou o período com superávit comercial, as vendas ao exterior superaram em, aproximadamente, 27,% as compras.
Arrecadação de ICMS Mesmo diante de um cenário de diminuição do ritmo de crescimento da economia, o setor gaúcho da borracha encerrou o ano de 2009 batendo recorde de arrecadação de ICMS. No acumulado de janeiro a novembro de 2009, o volume de ICMS arrecadado a partir do setor gaúcho da borra-
cha atingiu R$ 86,8 milhões, representando 1,5% da indústria de transformação do Estado. No mesmo período do ano passado, a arrecadação do imposto pelo setor foi de R$ 73,7 milhões, 18% a menos. Levando-se em consideração que falta ainda ser contabilizado o mês de dezembro, o acumulado do ano irá atingir mais de R$ 90 milhões, a maior arrecadação do setor da borracha desde 1996, quando teve início a série histórica. Com isso, a arrecadação de ICMS em 2009 será de aproximadamente 20% a mais do que o volume recolhido pelo setor em 2008. Na análise dos meses de janeiro a novembro de 2009, frente a período análogo de 2008, sete deles obtiveram variação percentual positiva. O melhor desempenho relativo foi observado no mês de outubro, um crescimento de 66,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Por sua vez, o ápice da arrecadação, em valores, ocorreu no mês de abril, quando chegou ao patamar de R$ 11,3 milhões, bem acima da média de arrecadação dos demais meses do ano que foi de R$ 7,9 milhões. PS
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Eventos
Belo Horizonte é palco da Embala Minas Evento consolida força do setor de embalagens brasileiro que espera crescimento de 6.1% no ano de 2010.
A
s perspectivas para o setor de embalagens brasileiro para o ano de 2010 são as mais otimistas possíveis. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), o setor espera um crescimento de até 6,1% em 2010, o melhor resultado desde 1995 e a receita dos fabricantes nacionais de embalagem deverão ficar próximas a R$ 39 bilhões, superando em 10% os índices de 2009. Os dados computados mostram que a indústria de embalagens em 2009 teve um ano de superação fechando com receita estimada de R$ 36,2 bilhões. Em 2010 o nível
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de emprego deverá consolidar-se no patamar de 200 mil ocupações. Reafirmando a representatividade e importância do segmento de embalagens na economia brasileira, neste cenário otimista e de crescimento do setor, entre os dias 06 e 09 de abril, Belo Horizonte irá sediar um dos maiores eventos da indústria de embalagens do país, a 4ª edição da Embala Minas, Feira Internacional de Embalagens e Processos que acontece no Expominas. O evento realizado pela Greenfield Business Promotion pelo quarto ano consecutivo, reúne cerca de 400 expositores de diversos estados brasileiros interessados em acompanhar as tendências e novidades do setor. A grande novidade desta edição é o Minas Pack Design, um espaço que irá reunir designers, clientes e o meio acadêmico para discutir saídas e estratégias para os embargos do design de embalagem. O projeto tem modelo inovador para abordar temas referentes às embalagens e seus reflexos na es-
trutura industrial e comercial, considerando que o design de embalagens é um dos principais elementos que agregam valor a produtos e possibilitam ganhos de market share para suas marcas. Apoiado pelo Governo de Minas, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) em conjunto com o Centro Minas Design, a feira acontece em um momento apropriado, considerando os investimentos do Governo nos eventos de negócios e sem dúvidas a oportunidade de apresentar às industrias e aos usuários de embalagens como um todo, opções em embalagens, materiais, design, dentre outros, fundamentais em qualquer segmento. “O evento possibilita o intercâmbio entre empresários de vários estados que possam vir a investir em Minas Gerais, grande mercado comprador. As empresas precisam estar atentas à importância de investir nisto, pois embalagem vende”, comentou a subsecretária de Indústria, Comércio e Serviços da SEDE, Marilena Chaves.
o produto intacto e com a melhor qualidade possível. De modo geral, as empresas têm consciência da importância das embalagens no acondicionamento de seus produtos. Não somente um elemento que fortalece as ações de marketing, tornando os artigos mais atrativos, mas especialmente pelo fato de garantir segurança e estocagem adequada. A Embala Minas acontece em um bom momento para o setor, as expectativas para o ano são boas”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Minas Gerais, Leôncio Corrêa Filho. O Embala Minas tem o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Centro Minas Design, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, Sebrae/MG, Fiemg, Sinpapel, Simplast, Sindsorvete, Afrig, Sinduscarne, Sindcalçados, ESPM,UBRAFE, SICEMG,SIRESP,ABIEF,ABEAÇO,Instituto de Embalagens,dentre outras.
Estudo Macroeconômico da Embalagem O Estudo Macroeconômico da Embalagem realizado pelo IBRE-FGV e encomen-
DIVULGAÇÃO/PS
De acordo com o presidente do Sindicato das Industrias de Celulose, Papel e Papelão no Estado de Minas Gerais (Sinpapel), Antônio Eduardo Baggio, a feira Embala Minas vem se consolidando ao longo de suas sucessivas edições como um lugar privilegiado para encontro entre os empresários que produzem e os que consumem embalagens. “Há muito tempo as empresas estão atentas aos novos desenvolvimentos tecnológicos, notadamente os que propiciam ganhos de escala e reduzem custos e tempos de produção, proporcionando uma maior competitividade de seus produtos finais. Entretanto nos últimos tempos, em decorrência do clamor ambientalista, muitas empresas estão se voltando para a adequação custo x impacto ambiental, eliminando da imagem de seus produtos e suas embalagens a vinculação com práticas e materiais condenáveis ambientalmente”, enfatizou Baggio. Reconhecida como um dos principais eventos do setor, a Embala Minas está na agenda de todo o segmento de embalagens. “As embalagens possuem um papel fundamental ao garantir que o consumidor final receba
dado pela Associação Brasileira de Embalagem apontou que a indústria de embalagens em 2009 teve um ano de superação fechando com receita estimada de R$ 36,2 bilhões. A produção física da indústria de embalagem neste período decresceu 3,79%. Nos primeiros trimestres houve três recuos sucessivos, que acumulados representaram uma queda de 11,7%. No quarto trimestre, porém, a recuperação tomou corpo e a produção avançou 8,28% e, em dezembro, a produção (com ajuste sazonal) já havia superado a de agosto de 2008. A indústria de embalagem de plástico obteve o melhor desempenho em produção física (aumento de 5,56%), seguida pela indústria de embalagens de papel, papelão e cartão (aumento de 4,35%), e metal (aumento de 0,23%).PS
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Eventos
O Plástico com espírito argentino Apesar da diminuição de espaço, Argenplás dribla a crise e consolida mais uma edição na cidade de Buenos Aires.
N
os corredores do Pavilhão La Rural, em Buenos Aires (AR), percebeu-se o impacto da crise econômica mundial no país vizinho. A diminuição no espaço da Argenplás 2010 bem como no número de visitantes foi percebida, entretanto, o mérito de manter um evento mesmo em épocas difíceis, mostrou que os argentinos não esmoreceram com as adversidades dos últimos anos. O importante é não desanimar. A XIII Exposição Internacional de Plásticos, a Argenplás 2010, aconteceu de 22 a
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26 de março. Organizada pela Reed Exhibitions Argentina S.A. juntamente com a CAIP - Câmara Argentina da Indústria Plástica e a Alcântara Machado, a feira atraiu muitos brasileiros, tanto como expositores quanto visitantes. Quem passou pelo pavilhão pode encontrar diversas personalidades conhecidas. O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum visitou a mostra. O diretor da Piramidal, Wilson Cataldi e o diretor da Activas, Lércio Gonçalves, também prestigiaram o evento. Nomes conhecidos no
Brasil como Clariant, Ravago, Karina, Abimaq, Carnevalli, Romi, Mainard, Piovan, e claro, Braskem, marcaram presença em Buenos Aires.
O Simplás realizou uma missão de empresários do setor plástico para visita a feira Argenplás. A missão contou com a presença de 20 empresários. O Sindicato contou ainda com um estande da Plastech Brasil 2011, em que aproveitou a oportunidade para divulgar a terceira edição que acontece no próximo ano. Esta foi a primeira vez que a Plastech Brasil participou da Argenplás como expositora. A ação integra as novas estratégias de divulgação da feira, que este ano já contou com estande na FMU, em Joinville – SC, Techmei, em São Paulo - SP e que estará presente também, em seguida, na Plastshow, em São Paulo – SP.
Quem também prestigiou o evento foi a SABIC Innovative Plastics. Para a empresa, a Argenplás 2010 foi importante para reafirmar o seu comprometimento com os clientes da América do Sul e com o crescimento da região. “Nossa presença se deu por>>>>
Plast Mix
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Eventos meio de um estande aberto, onde era possível tocar e experimentar nossas inovações e as inúmeras aplicações atraíram muitos visitantes interessados em desenvolver produtos com nossos materiais”, revela Ricardo Knecht, presidente da SABIC Innovative Plastics para a América do Sul. O executivo diz que, apesar de a feira ter sido menor este ano, quando comparada a 2008, o fluxo de visitantes foi bom e de alto nível. “Recebemos clientes e visitantes de diversos países que puderam interagir com nossa equipe técnica local, que estava à disposição para discutir projetos e dar mais informações sobre o nosso portfólio”, finaliza. A Argenplás está consolidada como uma plataforma de negócios tanto para grandes empresas como para microempresas. A feira se propõe a superar todos os níveis de negócios. Até o fechamento desta edição a organizadora do evento ainda não havia divulgado o balanço, entretanto, os números da feira de 2008 foram animadores. Participaram 517 expositores em 30.000 m². O total de visitantes foi 35.525 pessoas onde 93% eram nacionais.
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Clariant atenta à sustentabilidade O mercado argentino é de extrema importância para a Clariant, uma das maiores fabricantes de especialidades químicas do mundo. Conforme o Gerente de Vendas e Marketing, Clariant Argentina, Alejandro Goya, a empresa cresceu 10 vezes mais desde 2004, quando foi instalada planta no país. “Esse resultado deve-se ao extenso portfólio da Companhia”, ressalta o executivo. A Clariant participa da Argenplás pela terceira vez e, segundo Goya, a presença na feira fortalece ainda mais a empresa no setor plástico argentino. Durante a exposição de Buenos Aires, o foco foi sustentabilidade. Quem passou pelo stand pode conferir soluções comprovadas e confiáveis em cores e aditivos capazes de auxiliar fabricantes de produtos plásticos a atender requisitos de segurança de produto e sustentabilidade ambiental. "Em vez de oferecer um único produto ou linha com apelo ambiental", comenta Goya, "abordamos nossos clientes na região com um portfólio de produtos e serviços que ajudam a cumprir as diretrizes de sustentabilidade, de Reduzir,
Reusar, Reciclar e Renovar, incluídas nas 7 Rs da Embalagem Sustentável, conforme apresentados pelo gigante do varejo, Wal-Mart. Se necessário, podemos oferecer essas soluções combinadas a outros produtos que aprimoram os artigos plásticos ou tornam processos de fabricação mais eficientes. Além disso, podemos fornecê-los na forma masterbatch sólida ou líquida, ou como aditivos e corantes puros. Todas essas opções, além do suporte que as acompanha, proporcionam valor único aos nossos clientes”. À medida que o interesse pelos biopolímeros - plásticos feitos de milho, açúcar, amido e outras matérias-primas naturais - continua a crescer, a Clariant desempenha um papel importante no desenvolvimento de opções em aditivos e cores para esses materiais ecológicos. Na verdade, em 1995, a Clariant Masterbatches lançou uma família de masterbatches de cores convencionais para utilização de biopolímeros. Hoje, os masterbatches RENOL®-natur combinam corantes completamente naturais com os sistemas portadores de biopolímeros, propiciando uma solução completamente biodegradável e 100%
renovável. As cores disponíveis do RENOLnatur incluem vermelho, laranja, amarelo e verde. Os masterbatches CESA®-natur - incluindo agentes antibloco/deslizamento, estabilizadores de UV/luz, antioxidantes e agentes antiestáticos também possuem substâncias naturais em um portador de biopolímero, de forma que os masterbatches de aditivos são completamente renováveis, biodegradáveis e, na maioria dos casos, compostáveis. Para facilitar o uso pelos clientes de material reciclado pós-consumidor (RPC), a Clariant desenvolveu masterbatches especialmente formulados para trabalhar com as resinas RPC ligeiramente off-color disponíveis. O plástico de poliolefina reciclado, por exemplo, normalmente possui matiz acinzentado que pode eliminar o impacto geral da cor nesses materiais. Utilizando a tecnologia de efeitos e cores ENIGMA™, os designers criam embalagens que são não apenas amigáveis ao meio ambiente, mas também suficientemente atraentes para competir pela atenção dos consumidores nas prateleiras de lojas. O PET reciclado é altamente vulnerável
à degradação térmica, oxidativa e hidrolítica, que resulta na perda de peso molecular e na deterioração das propriedades reológicas. Por essa razão, o PET reciclado vem sendo utilizado principalmente em aplicações de baixo valor como, por exemplo, fibras e fitas – onde a queda na resistência do fundido não é um grande problema. Por outro lado, os masterbatches de aditivos CESA-extend da Clariant são capazes de reparar as cadeias de polímeros que se romperam devido à degradação, permitindo que o material reciclado seja utilizado em aplicações de maior valor, incluindo chapas e garrafas. Esse mesmo masterbatch de aditivo também está sendo utilizado em chapas de espuma e filmes de biopolímero PLA. Mesmo em seu estado virgem, o PLA é inerentemente baixo em termos da resistência do fundido. O CESA-extend é capaz de aprimorar a resistência do fundido durante a extrusão, resultando em uma bolha de filme maior e mais estável, mesmo sob velocidades de linha maiores. Constatou-se que o masterbatch de aditivo também permite o desenvolvimento de células de espuma menores e mais resistentes quan-
do utilizado na produção de chapa de PLA espumado. Isso, por sua vez, resulta em menor consumo de material, produto final com menor peso e propriedades de performance melhores. Em materiais convencionais ou em biopolímeros, a espuma tem o potencial de proporcionar muitos benefícios ambientais. Os agentes de espumado químico (CFAs (Chemical Foaming Agents) HYDROCEROL® da Clariant Masterbatches vêm desempenhando um papel importante em xícaras e bandejas de espuma para alimentos, rótulos de garrafas, garrafas com efeitos especiais e proteção do conteúdo de embalagens com chapa de espuma, reduzindo a utilização global de resina e o peso em 10% e às vezes ainda mais, pois não há perda da performance física nem mecânica. Os produtos Clariant Masterbatches são comercializados sob as seguintes marcas globais: compostos e masterbatches olefínicos REMAFIN®; masterbatches e compostos RENOL® à base de resinas de engenharia, estirênicos e PVC; masterbatches de aditivos CESA®; agentes químicos nucleantes e de espuma HYDROCEROL®; masterbatches de cores universais OMNICOLOR®.PS
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Indústria do plástico faturou R$ 35,9 bilhões em 2009 A indústria brasileira do plástico fechou 2009 com um faturamento bruto total de R$ 35,9 bilhões, o que representa um encolhimento de 12,02% em relação aos R$ 40,9 bilhões faturados em 2008. Os números da Abiplast mostram ainda que, em volume, a produção total de transformados de plástico em 2009 foi de 5,19 milhões de toneladas, o que significa um crescimento de cerca de 1% em relação a 2008. Nesse cálculo não está incluída a transformação de PET. O consumo aparente de transformados plásticos no Brasil foi de 5,38 milhões de toneladas volume 1,6% superior ao de 2008. Em 2009, as exportações de transformados plásticos totalizaram US$ 1,18 bilhão, registrando um recuo de 14,6% em relação a 2008. Já as importações totalizaram US$ 2,10 bilhão, apontando uma queda de 11,8% na comparação com o ano anterior. Com isso, o saldo negativo na balança do setor, a diferença entre importações e exportações, ficou em de US$ 918 milhões, em 2009.
Comitê de Design da ABRE tem novo coordenador O Comitê de Design da ABRE Associação Brasileira de Embalagem tem novo coordenador. Carlos Zardo assume o cargo com a missão de elevar ainda mais a percepção do Comitê de Design como a grande referência de Design de Embalagem no país e centro das principais discussões inerentes ao seu universo de atuação. À frente do Comitê, Carlos tem como meta criar um programa de prospecção de novas agências e uma maior aproximação entre as agências que já fazem parte do Comitê, ampliando o escopo de trabalho.
Sony lança netbook verde de plástico reciclado A japonesa Sony decidiu incrementar as iniciativas, para reduzir as emissões de carbono neste ano. No Brasil, a empresa lança um netbook feito com plástico reciclado. O equipamento fará parte de uma linha de produtos ecológicos, que inclui TV de alta definição e câmeras digitais. O novo netbook é produzido com 80% de componentes feitos a partir de CDs e DVDs reciclados. A montagem desses computadores será feita no Brasil. Porém, esses itens ‘verdes’ serão importados da China. O diretor de produtos Vaio da Sony, Willen Puccinelli, afirmou que a compra de componentes reciclados no Brasil, teriam um custo maior. “A decisão de importar não foi apenas de custo das matérias-primas, mas também de viabilidade logística”, acrescentou. 52 > Plástico Sul > Março de 2010 >>>>
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Bloco de Notas
Braskem doa equipamento inédito em universidades para a UFRGS A Braskem doou para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) o equipamento SDCD, um computador de controle de processos petroquímicos. O SDCD é utilizado como o cérebro eletrônico de uma planta petroquímica. A solenidade teve a presença do vice-presidente Manoel Carnaúba e do diretor industrial Ademir Zaparolli, da Unidade de Insumos Básicos da Braskem, e do reitor da Ufrgs, Carlos Alexandre Netto.A universidade gaúcha será a primeira no Brasil a contar com esse tipo de equipamento para uso nos cursos de graduação e pós-graduação. “Com o SDCD, poderemos aproximar os alunos da realidade industrial. Os profissionais formados e que trabalharem com esse sistema estarão mais capacitados a atuar na indústria quími ca”, diz Jorge Trierweiler, professor da Escola de Engenharia da UFRGS. O equipamento tem valor estimado de R$ 500 mil (um novo custa R$ 1 milhão) e atenderá aos alunos dos cursos de Engenharia Química, de Engenharia de Controle e Automação e da pós-graduação da universidade.
Exportações de produtos químicos cresceram 48,2% no primeiro bimestre O Brasil exportou US$ 1,9 bilhão em produtos químicos no primeiro bimestre do ano, valor 48,2% superior ao do mesmo período de 2009. As importações, que somaram US$ 4,3 bilhões, aumentaram 22,3% na mesma comparação. O déficit na balança comercial de produtos químicos, de US$ 2,4 bilhões, foi 7,5% superior ao apurado no primeiro bimestre do ano passado. Em volume, o Brasil importou, nos meses de janeiro e fevereiro, 3,7 milhões de toneladas de produtos químicos, 75,2% mais do que no mesmo período de 2009. As exportações, de 1,9 milhão de toneladas, cresceram 24,8% na mesma comparação. As resinas termoplásticas foram o principal item da pauta de exportação de produtos químicos do País. Em janeiro e fevereiro, foram colocadas no mercado externo 203,5 mil toneladas de resinas, 13,1% menos do que em igual período do ano passado. Apesar da redução no volume, a receita com essas exportações, de US$ 272,5 milhões, aumentou 35,4% na mesma comparação.
Dow vende sua divisão de plásticos A Dow Chemical vendeu a Styron, sua divisão do setor de plásticos, para o fundo do privaty eqüite Bain Capital por US$ 1,63 bilhão. A Styron também reúne um portfólio de negócios em borrachas e látex. Como parte da transação, a Dow tem opção de receber 15% de ações da Styron e a negociação pode estar concluída até agosto. Com a venda, a Dow pode amortizar dividas de aquisições no mercado e focar em materiais de maior valor agregado. Serão 40 fábricas do setor plástico em todo o mundo atingidas direta ou indiretamente com a venda da Styron. Informou A Tribuna de Santos.
Indústria petroquímica chinesa cresce quase 10% no ano de 2009 Graças às políticas para impulsionar a demanda doméstica em 2009, a indústria petroquímica da China atingiu um crescimento de 9,7%, se comparado ao ano anterior, informou a CPCIA. Apesar disso, o refino de petróleo caiu 4,2%. A CPCIA afirmou que a indústria química foi a força propulsora, por trás do crescimento de toda a indústria, e que a demanda doméstica foi insuficiente em 2009 em outros setores industriais, deixando as reservas de petróleo maiores. O consumo aparente de petróleo chinês ficou em 220 milhões de toneladas em 2009, 2,5% de aumento em relação ao ano anterior. O consumo aparente de gasolina cresceu 5,5%. É previsto que em 2010, o consumo aparente de produtos de petróleo cresça cerca de 5%, o que representaria o dobro de 2009.
Resinas plásticas sobem 20% em três meses O SIMPEP – Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná está preocupado com a situação das indústrias de transformação, que foram surpreendidas com um aumento de 20% nos preços das resinas plásticas e derivados de petróleo nos três primeiros meses do ano. Segundo a diretoria do sindicato, os reajustes devem ser de 13% a 17%, dependendo do setor e do produto. Conforme o Simpep, esses índices ainda podem aumentar, pois estão surgindo ameaças de novos reajustes nas resinas para os próximos meses, dependendo dos preços deste commodities no mercado internacional e da postura da nova petroquímica nacional. Uma alternativa para o setor seria a importação, mas segundo o sindicato, a pouca oferta de algumas resinas no mercado internacional, o preço elevado e, principalmente o imposto de importação estabelecido em 14%, acabam com as esperanças dos empresários de se manterem competitivos no mercado. O SIMPEP também lembra que o imposto tornou-se desnecessário, uma vez que foi criado para proteger as indústrias quando ainda existia um complexo petroquímico nacional composto por várias empresas. “Após as três altas consecutivas de preço existe informação de um quarto aumento ainda para este mês, o que vai prejudicar diretamente a todos os brasileiros”, relata o sindicato.
Segmento de marcas próprias impulsiona vendas da Vitopel na Páscoa A Vitopel, terceira maior produtora mundial de filmes flexíveis, aponta o crescimento de 50% nas vendas de filmes para embalagens destinadas a ovos de Páscoa das marcas próprias de supermercados. Segundo o diretor comercial da Vitopel, Dirceu Varejão, este é um dos principais motivos do aumento de 10% no faturamento da empresa sobre as vendas na Páscoa de 2010 em relação ao ano passado. Os filmes da Vitopel estão presentes nos ovos de Páscoa dos principais produtores de chocolate, desde os grandes fabricantes, até as empresas com fabricação caseira. As vantagens dos produtos da Vitopel nessa aplicação são sua qualidade de impressão e a facilidade no manuseio. O diferencial no visual que os filmes possibilita – metalizado, mate e transparente – também é ferramenta importante para chamar a atenção do consumidor nas gôndolas dos supermercados.
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