PlasticoSul 108

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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição:

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Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica

"Não conheço nenhuma excepção a esta regra: custa menos comprar o leite do que ter uma vaca." (Samuel Butler)

Redação: Gilmar Bitencourt Departamento Financeiro:

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Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira, Lenise Mattar e Sandra Tesch Representante em Nova Iorque

Da Redação

(EUA): Rossana Sanchez (rogu13associated@yahoo.com)

Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05

Representante em Caxias do Sul:

C@rt@s

Nédy Conde (54 9126.9937)

As opiniões dos leitores. >>>> Pág. 06

Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)

Plast Vip

Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -

O compromisso do CEMPRE. >>>> Pág. 08

Publicações Segmentadas, destinada às indústrias

Especial

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,

A sustentabilidade e o plástico. >>>> Pág. 12

formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área,

Destaque

entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

Indústria de alimentação. >>>> Pág. 32

fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à

ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

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Plástico Sul 10 anos Uma década de transformação. >>>> Pág. 38

Passaporte O catarinense Nivaldo Nass. >>>> Pág. 46

Eventos Maxiquim realiza evento no Texas. >>>> Pág. 48

Artigo Por Marcos Rodrigues, da Office Consultoria. >>>> Pág. 54

Bloco de Notas Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 56

Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>> Pág. 58 Capa: Divulgação

604 >> Plástico PlásticoSul Sul>>Abril Abrildede2010 2010>>>> >>>


ARQUIVO/PS

Da Redação

Brasil, o país do presente

N

O que você estava fazendo em abril do ano 2000? Era um mês de outono ensolarado, o fim de um século, renovação de esperanças e grandes expectativas para a economia, para a indústria e para o mundo. O setor petroquímico era composto por inúmeras empresas produtoras de commodities, plástico verde era um sonho e a China estava distante demais, apenas nas prateleiras das lojas de R$ 1,99. O Brasil iniciava sua fase de economia emergente, a Europa era a referência tecnológica no setor de máquinas e os EUA , a única gigante mundial. O atual presidente Lula ainda era apenas um concorrente insistente ao Palácio do Planalto. As Torres Gêmeas estavam em pé. O euro era uma moeda nova e somente escritural. Osama Bin Laden ainda era um nome desconhecido na maior parte do mundo e Barack Obama estava longe da cadeira presidencial americana, que em dezembro de 2000 era ocupada por George W. Bush, que ganhava as eleições presidenciais disputadas com Al Gore. O Risco Brasil chegava aos 2.000 pontos. E hoje, como estamos? Dez anos depois, nunca se falou tanto em sustentabilidade, avançamos como o país mais forte dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) e novas camadas de consumo apresentam-se no mercado, elevando as esperanças de maior consumo per capita nacional. O Risco Brasil chega a 240 pontos. O setor plástico brasileiro ainda tem seus obstáculos, entraves, dificuldades. Ainda sonha constantemente com as reformas tributária, previdenciária e política. Ainda luta para aumentar suas exportações e crê em uma competi-

tividade mais justa com que vem de fora. Muitos acontecimentos marcaram a década, mas cabe a cada um de nós fazer uma avaliação interna das mudanças, avanços e regressos destes anos de fortes emoções para mundo, para o Brasil e para o setor plástico. De nossa parte, iniciávamos modestamente em abril de 2000 nosso percurso no universo de transformação e petroquímica. Com persistência participamos dos primeiros eventos, entrevistamos as primeiras fontes e entramos em um segmento tão pulverizado e tão sofrido com alta carga tributária, com oscilações cambiais e com preconceitos vindos de leigos ambientalistas. Por isso, divulgamos, buscamos informações e conteúdo que contribuam para o dia-adia do transformador da região sul. Desta forma, não é só a Plástico Sul que está de parabéns. Todo setor merece congratulações por esses dez anos de sobrevivência. A Petroquímica está de parabéns por sua inteligente estratégia de aumento de escala, os transformadores pela batalha por preços mais justos e pelos investimentos em inovação. Os distribuidores, por ainda disputarem essa corrida para levar logística eficiente a todas as regiões do país. O setor de máquinas e equipamentos, por proporcionarem tecnologia e renovação ao parque industrial brasileiro. As feiras, eventos, consultorias e nós, as revistas, por levar mais conhecimento, informação e oportunidades a este universo pujante da economia mundial. Em 2000 o Brasil era o país do futuro, hoje ele é o país do presente.

MELINA GONÇALVES / Editora melinagoncalves@conceitualpress.com.br <<<< <<<< Abril Abril dede2010 2010<<Plástico PlásticoSul Sul<<05 7


C@rt@s

“Eu gostaria de começar parabenizando a Plastico Sul por chegar ao seu décimo aniversário. Em um país como o Brasil, é sem dúvida um grande êxito. Se já é um feito criar uma publicação no setor plástico, é ainda um desafio mais complexo tornar-se um protagonista nesse mercado, como é o caso, se essa for focada na Região Sul do Brasil, região pujante, não há dúvida, mas que ainda fica à margem do principal eixo econômico nacional”. Albano Schmidt – Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc)

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Nesta edição, a Plástico Sul inaugura sua sessão dedicada exclusivamente a e-mails enviados pelos leitores. Nada mais oportuno já que, em mês de aniversário, recebemos muitas congratulações. Este espaço é seu! Envie suas opiniões, críticas e sugestões para: redacao@conceitualpress.com.br “Parabéns a todos da Revista Plástico Sul, ficamos muito honrados de acompanhar esse trabalho de vocês... Forte Abraço. Tenham mais inúmeros anos de sucesso!” Francielo Fardo – Superintendente da Colorfix - Masterbatches “Prezados amigos da Plástico Sul: Queremos manifestar nossas congratulações pelos 10 anos dessa prestigiosa publicação, atuante e madura dentro do parque editorial brasileiro, de grande penetração e influência nos segmentos públicos aos quais se destina. Temos certeza de que essa equipe já conquistou, mas tem ainda um grande potencial para novas conquistas, graças a sua competência e presença no mundo dos plásticos. Com um abraço muito especial e os agradecimentos da equipe da Mecânica de Comunicação pela maneira atenciosa e dedicada como vocês têm tratado as pautas e os eventos que compartilhamos ao longo desses dez anos de efetivo relacionamento profissional e pessoal. Tim, tim!” Enio Campoi – Mecânica de Comunicação Ltda.

“A todos da Plástico Sul, parabéns!!! É com trabalho, dedicação e profissionalismo que se obtém respeito no mercado. Quero vêlos chegar aos 20, 30, 40, 50... anos de boas publicações.” Paulo Stefano – Sócio Administrador da Cristal Master Ind e Com ltda (Sudeste/Norte/Nordeste/ Centro-Oeste) “Quero parabenizá–los por esta conquista importante, principalmente nestes tempos difíceis em que vivemos. Vocês são provas vivas de que ao acreditar, amar o que se faz, com princípios e coragem, é possível vencer. Meus parabéns. Desejo muitos e muitos anos de caminhada deste importante veículo de comunicação para a sociedade brasileira.” Oslvado Cruz – Gerente Geral da Entec “Em nome da Resinet parabenizo a Plástico Sul pelos 10 anos de contribuição e excelência na informação aos negócios de plásticos na Região Sul. Muito sucesso e muita saúde a toda sua equipe.” Celso Ferraz – Resinet

“Parabéns pelos 10 anos.” Akiko Nishimoto – SABIC Innovative Plastics – Marketing Communications Manager South America “Conhecemos a luta da revista Plástico Sul e torcemos sempre para o seu sucesso. Parabéns mesmo e conte sempre conosco. Grande abraço.” José Pires – Gerência de Plásticos da Niquelfer

“Parabéns pelos 10 anos, desejo que venham muitos e muitos anos mais. A contribuição ao setor é muito importante. Abraços.” Luiz Fernando – Greenfield “Parabéns pelos 10 anos da revista Plástico Sul, e por fazer bem feito o que tanto amam fazer: levar a informação aos que estão anciosos por notícias do setor. Que este sucesso também se repita com a Plásticos Nordeste. Abraços!” Renata Fernandes – Marketing da Activas

Nós queremos a sua opinião! Que acontecimentos você destacaria nos últimos dez anos do setor? Envie a resposta para redacao@conceitualpress.com.br e tenha sua opinião publicada nesta seção, na próxima edição da Plástico Sul! 8 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>


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PLAST VIP Victor Bicca

Em busca da logística reversa

A

reciclagem já faz parte das estratégias administrativas das empresas brasileiras. Fatores como a normatização das regras de descarte de resíduos e de produtos usados, além da pressão popular pela economia de recursos naturais, está levando grandes empresas a se organizarem para influenciar políticas públicas e criar sistemas que reduzam os custos de descarte e retorno de resíduos pré e pósconsumo ao ciclo de vida dos materiais. O Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) é um exemplo da ação do empresariado nesta área. A instituição, fun-

explica que a liderança do Cempre é assumida por um dos associados a cada dois anos.

dada em 1992, congrega 29 empresas e tem como objetivo principal a promoção da reciclagem pós-consumo e gerenciamento integrado do lixo. Hoje, conta com 29 associadas, como Coca-Cola, Nestle, Gerdau, Carrefour, Unilever, Dell, entre outras. Na entrevista a seguir, o presidente do Cempre, Victor Bicca, fala sobre a atuação do Centro, perspectivas e as metas para 2010, como a aprovação de uma política nacional de resíduos sólidos. Bicca é diretor de assuntos governamentais da Coca-Cola Brasil, que o indicou para presidir a instituição em 2009. Gaúcho formado em direito pela Universidade de Brasília (UNB), especializado em relações governamentais na universidade de Georgetown, em Washington, nos EUA, ele

tem como função principal o incentivo à reciclagem, dentro do contexto de uma versão integrada de resíduos, aumento da coleta seletiva e aplicação dos três erres: reciclar, reduzir e reutilizar.

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Revista Plástico Sul - Quais são os objetivos do Cempre? Victo Bicca - O Cempre foi criado em 1992, na esteira da Eco 92, quando as empresas viram que tinham que participar desta discussão de ecologia e meio ambiente, principalmente em relação à reciclagem. Dessa forma empresas como, Coca-Cola, Nestle, Klabin, Unilever e outras se juntaram e criaram o Cempre. O Cempre hoje é uma entidade que representa 29 empresas de diversos setores e

Plástico Sul - É uma instituição aberta para outras empresas? Bicca - Está aberta a qualquer empresa que queira se associar. Hoje estamos com 29 associados. Tivemos a adesão de três novas empresas do setor eletroeletrônico. Já temos um comitê do segmento para tratar sobre resíduos eletrônicos e elétricos. Plástico Sul - Quais são atividades desenvolvidas pelo Cempre?

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Por Gilmar Bitencourt

Victor Bicca lidera a entidade que se une em prol dos 3Rs

Bicca - O Cempre tem um trabalho educacional com o objetivo de educar a população em relação à reciclagem. Desenvolvemos trabalhos buscando o desenvolvimento e a capacitação de cooperativas de reciclagem. Buscamos contribuir com todos os aspectos, no aprofundamento de estudos e discussões da reciclagem nos diversos setores. Participamos junto com as empresas, com a academia e entidades governamentais no estudo e no aprimoramento do tema reciclagem no Brasil, seja qual for o assunto. Plástico Sul - Como é feito este trabalho junto à população? Bicca - Trabalhamos muito com escolas, temos um material muito interessante que fala


da rota da reciclagem, para desenvolver nas crianças e adolescentes a preocupação com a reciclagem. Também temos um grande trabalho de formação de cooperativas de catadores, em que nós desenvolvemos material de capacitação. Além disso, também desenvolvemos parcerias com outras entidades no Brasil e no exterior. E participamos sempre que possível de campanhas de esclarecimento junto com prefeituras para a questão da implantação da coleta seletiva. Plástico Sul - Quais são as metas da instituição para 2010? Bicca - Entre as metas estabelecidas para o ano, a principal é a da política nacional de resíduos. É uma proposta, que agora é um projeto lei, aprovado na Câmara e que está no Senado Federal. Este projeto estava na Câmara há quase 20 anos. Nós conseguimos que fosse aprovado. Plástico Sul - Como foi originado este projeto? Bicca - É um projeto que iniciou no senado e que tratava de resíduos hospitalares. Foi para Câmara, onde somou-se a vários outros projetos e a sua base hoje é um projeto do governo federal que cria a política nacional de resíduos. O presidente Lula enviou este projeto para Câmara Federal, em 2007 e ele norteou as atividades do grupo de trabalho constituído há dois anos, sob a liderança do deputado Arnaldo Jardim, do PPS de São Paulo, que em conjunto com outros parlamentares de diversos partidos fizeram um substitutivo, ou seja, um texto que englobou todos os aspectos da gestão de resíduos e que lança a política nacional de resíduos, aprovada pela Câmara e que agora está no Senado, com o senador César Borges, da Comissão de Constituição e Justiça. Plástico Sul - O que consiste o projeto? Bicca - Ele trata da gestão de resíduos sólidos de uma maneira geral. Traz inovações na questão de resíduos sólidos no Brasil. Primeiro cria o conceito de responsabilidade compartilhada, onde todo mundo tem responsabilidades pela gestão de resíduos. Normalmente isto tem recaído sempre para indústria. E dentro do projeto, não só a indústria, mas o varejo, o consumidor, o poder público, os fornecedores de matéria-prima, todos são responsáveis pela gestão de resíduos. Ele amplia a responsabilidade para

todo mundo que faz parte de uma cadeia produtiva. O projeto estabelece taxativamente a necessidade de logística reversa. E lista os setores que terão que fazer obrigatoriamente a logística, tais como: a indústria de embalagens, os setores de pneus, de eletroeletrônicos, de baterias, de agrotóxicos. Alguns destes já fazem a logística reversa, por conta de normas para do Conama, como baterias e pneus, ou por determinação de leis. Para o setor de agrotóxicos existe uma lei que regula esta questão. Outra novidade que o projeto traz, são os acordos setoriais. Prevê que o governo, entidades privadas, consumidores, todos se reúnam e definam um acordo setorial, onde serão definidas as responsabilidades de cada um destes entes no cumprimento da obrigação de logística reversa. Plástico Sul - O que é a logística reversa? Bicca - É pegar o resíduo que está no mercado e trazê-lo de volta para ser disposto corretamente, ou através da reciclagem ou do reaproveitamento energético. Como exemplo, você vai pegar uma embalagem de plástico que está jogada indevidamente, levá-la para reciclagem e reaproveitá-la em alguma cadeira produtiva. Plástico Sul - O Projeto prevê como vai ser esta logística? Bicca - Sim, ele inova, porque determina como vai se fazer este processo, ou seja pode criar um programa de recompra de equipamento, pode usar cooperativas de catadores, entre outros. O projeto lista para estes integrantes da cadeia produtiva, como podem fazer a logística reversa de seus produtos. Ele também formaliza este modelo de cooperativa de catadores, que hoje no Brasil é de sucesso para alguns segmentos. A reciclagem de alumínio chega a 95% e a do PET é de aproximadamente de 54%. Cria a possibilidade de formalizar a atuação das cooperativas de catadores que promovem a inclusão social, a geração de renda e efetivamente promovem a correta disposição da embalagem e de outros produtos, que ficam jogados no meio ambiente. Plástico Sul - O que é o prêmio do Cempre? Quais as expectativas para esta edição? Bicca - Estamos prevendo para este ano duas coisas: primeiro reforçar o modelo de coo-

perativa de catadores, premiando as melhores iniciativas, tentando fazer um mapeamento do que está acontecendo no Brasil, quantas cooperativas existem, quais são os gargalos, tudo mais. E o segundo é premiar a inovação neste segmento. Este segmento vem crescendo a cada dia, estimamos que deve ter em torno de 600 cooperativas de catadores no Brasil e em torno de um milhão de catadores, alguns fazem parte de cooperativas e outros são autônomos. Então o segundo ponto do prêmio é a inovação, em processos, equipamentos, para poder aprimorar este trabalho. O objetivo principal é estimular a consolidação deste modelo e a invocação neste segmento. Plástico Sul - O que está acontecendo com o meio ambiente no mundo? Catástrofes, como a que ocorreu no Rio de Janeiro, também são reflexos da poluição do planeta? Bicca - Acho que essas catástrofes são efetivamente consequencias da falta de gestão

“Acho que essas catástrofes são efetivamente consequências da falta de gestão de resíduos no Brasil...”

de resíduos no Brasil, até porque não temos uma política federal com regras e responsabilidade claras. Acho que isso é que a política nacional de resíduos vai trazer. O que temos são diversas legislações locais, municipais e estaduais, que mudam a cada administração e que não têm uma continuidade. Lá em Niterói, no RJ, havia um aterro sanitário que foi desativado, onde foram construídas algumas edificações. Com a chuva, ocorreu aquela tragédia, justamente pela falta de uma gestão de resíduos, com normas nacionais claras. Esperamos que, com essa política de resíduos não ocorram mais fatos como este e que se tenha mais seriedade na gestão de resíduos, com o incremento da coleta seletiva, uso de outras técnicas mo->>>> <<<< Abril de 2010 < Plástico Sul < 11


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PLAST VIP Victor Bicca 35% do lixo inorgânico poderia ser reciclado mas não é devido a falta de coleta adequada

liar a questão da desoneração tributária deste setor. Há casos hoje em dia em que se paga um tributo mais alto para o reciclado do que para um produto novo. O governo já deu um primeiro passo, através da medida provisória 476/2009, no final do ano passado, onde deu um incentivo, na forma de crédito presumido de IPI, para que compre diretamente das cooperativas de catadores. Mas temos que buscar mais um tratamento diferenciado para estimular a reciclagem. dernas de gestão e que a população se conscientize e possa contribuir para disposição correta de resíduos, jogando as coisas no lixo e não no meio ambiente. Acho que é isso que estamos procurando com esta discussão toda, para evitar este tipo de tragédia que ocorreu no RJ. Plástico Sul - Ainda tomando como exemplo a inundação e deslizamentos ocorridos em morros do Rio de Janeiro, onde ficou visível a grande proporção de produtos plásticos nos locais destes eventos. Qual a verdadeira participação do plástico na degradação do planeta? Bicca - Falando enquanto empresa CocaCola, a gente tem um desafio que está buscando a cada dia, de que 100% das nossas embalagens sejam recicladas ou reutilizadas. A quantidade de plásticos que está disposta incorretamente no meio ambiente é bem menor do que diversos outros materiais. O plástico não é o material que mais está disposto de maneira incorreta. É que talvez ele tenha a maior visibilidade nas discussões, por conta das garrafas PET que muitas vezes bóiam nos rios e a distribuição das sacolas plásticas em supermercados. Hoje temos a ideia que em torno de 55% do lixo é material orgânico e 45% é inorgânico, deste último 35% poderia ser reciclado, mas isso não ocorre por falta de uma coleta adequada. Então, acho que a questão do plástico é importante, é relevante, está na pauta de discussão, porém existem outros materiais que também estão sendo dispostos incorretamente e muitas vezes até em maior quantidade do que o plástico. 12 > > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

Plástico Sul - Como as empresas brasileiras estão vendo atualmente a questão da sustentabilidade? Bicca - Acredito que hoje o tema sustentabilidade faz parte do planejamento de toda estratégia empresarial tanto aqui no Brasil como no exterior. Todos estão com isso nas suas estratégias e têm dado uma série de contribuições para que também entre na discussão do dia-a-dia do cidadão. Temos exemplos da Unilever, Coca-Cola, Pepsi-Cola, enfim acho que todo mundo está empenhado em ter um tratamento adequado para a questão do resíduo, do consumo de água e de energia e isso tudo resulta na equação de como você pode ter uma ação sustentável, porém continuando com o seu negócio prosperando. Plástico Sul - Como está a reciclagem no Brasil hoje? Bicca - Do ponto de vista de uma entidade que defende e estimula a reciclagem, vejo a reciclagem no país de uma maneira boa, poderia estar bem melhor, mas para alguns materiais já é referência mundial, como latas de alumínio, sendo o Brasil o país que mais recicla. No PET o país está em segundo lugar, com 54%, perdendo só para o Japão, que recicla 79%. Temos alguns desafios em outros materiais, como nas embalagens longa vida, alguns plásticos, entre outros. Mas isso tudo é uma grande oportunidade que temos em função do que estamos trabalhando agora, tanto na política de resíduos, como no grande trabalho de desoneração da cadeia produtiva da reciclagem. Acho que a reciclagem está precisando agora de um olhar mais atento. Depois de termos resolvido a questão de uma norma federal, é preciso ava-

Plástico Sul - A dificuldade em se fazer coleta seletiva pode ser considerada como um dos entraves da reciclagem? Bicca - A coleta seletiva é a oportunidade que temos para aumentarmos reciclagem. Nós

“No PET o país está em segundo lugar, com 54%, perdendo só para o Japão, que recicla 79%.” temos 5.600 municípios e destes somente 400 têm coleta seletiva, ou seja, apenas 9%. Mas, se considerarmos que é necessário que um município tenha aproximadamente 50 mil habitantes para viabilizar a coleta seletiva, esse número passa para mil. Desta forma eu diria que estamos na metade do caminho. Assim, temos que reforçar a questão da coleta seletiva. A demanda existe, o que falta, é o material para ser reciclado. Plástico Sul - O Sr. disse que nem todos os municípios têm condições de implementar a coleta seletiva. Não seria o caso de ter uma maior intervenção da iniciativa privada ou do governo federal em prover recursos para viabilizá-la?


Plástico Sul - O Sr. falou que alumínio e PET encabeçam a lista dos materiais reciclados? Bicca - O PET tem um volume considerável, é o segundo maior do mundo. Acho que os demais plásticos ainda têm um índice baixo de reciclagem, até mesmo pelas dificuldades da coleta e também pelo interesse da reciclagem. Então temos uma grande oportunidade de desenvolver mecanismos de reciclagem de plásticos. Plástico Sul - Existe alguma ação do Cempre específica por materiais como o plástico, ou atua na reciclagem como um todo? Bicca - Nós trabalhamos normalmente de uma maneira geral para todos os materiais. Mas quando temos um ou outro associado que tem o foco no seu produto, nós contribuímos para as ações que eles estão tomando para aumentar a reciclagem deste produto. Plástico Sul - Qual a sua opinião sobre a reciclagem energética de plásticos? Bicca - Defendemos que é necessário tentar ao máximo a reciclagem. Não havendo a possibilidade de reciclagem, é necessário dar uma disposição correta para o resíduo, ou vai para um aterro sanitário que seja controlado ou para o aproveitamento energético, com todas as seguranças com relação às emissões.

Plástico Sul - Foi encaminhado na Assembleia Legislativa do Tocantins um Projeto de Lei, que obriga as empresas produtoras de garrafas PETs ou plásticas em geral a criarem programas de reciclagem, reutilização ou reaproveitamento. O que pensa sobre iniciativas como esta? Bicca - Deste caso especificamente não tenho conhecimento. Conheço outros. Neste sentido existem dois aspectos relevantes. O primeiro, é que a maior parte das empresas que utilizam embalagens PET de uma maneira ou de outra já estão trabalhando com incentivo as cooperativas de catadores. Em segundo, a lei que estamos discutindo no Congresso, prevê que a participação destas empresas se dará através do apoio as cooperativas de catadores. Sabemos que existem diversas iniciativas legislativas no sentido de obrigar as empresas de coletar o PET, mas acho que elas já estão com esta prática, infelizmente não são todas, mas as grandes já estão. Depois que a legislação for aprovada todos vão ter que estar imbuídos em coletar o material diretamente ou através das cooperativas. Plástico Sul - Existe preconceito em relação ao material reciclado? Bicca - No passado existia esta discriminação contra este material. Mas, hoje o material reciclado está na moda, seguindo o conceito de sustentabilidade. Atualmente usar uma coisa reciclada já demonstra a sua preocupação em estar protegendo os recursos não renováveis do planeta e de contribuir para a economia destes recursos. O conceito de que o material reciclado tem uma qualidade inferior já foi ultrapassada, até porque as empresa que utilizam materiais reciclados têm se preocupado em fabricar produtos de qualidade. Plástico Sul - O Brasil é um país comprometido com o meio ambiente e a reciclagem? Bicca - Estamos no caminho. Somos um país muito grande, temos vários desafios, mas o próprio comprometimento de grandes empresas de manterem uma entidade com o Cempre e de estarem preocupadas em participar destas discussões todas com relação á política de resíduos e também o fato de ter cada vez mais pessoas trabalhando na questão da reciclagem, acho que estamos no caminho certo. É um grande

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Bicca - Não sei se seria o governo federal, pois ele tem que criar mecanismos de estimular a coleta seletiva. O Ministério de Desenvolvimento Social criou um programa com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para estimular a atuação das cooperativas e também a coleta seletiva. Está tentando criar um modelo. Este é o papel do governo federal: criar modelos, ajudar na capacitação dessas pessoas que vão fazer a coleta, ajudar na compra de equipamentos, que já tem sido feito através do BNDES. A entidade disponibiliza uma linha de crédito para cooperativas de catadores, que ultrapassa R$ 300 milhões. A Copa do Mundo é uma grande oportunidade, o próprio BNDES tem uma linha de créditos para as cidades sedes da Copa para criação de centros de triagem para reciclagem, justamente para acelerar a coleta seletiva nestas cidades. O campeonato mundial de 2014 e as Olimpíadas, no Rio de Janeiro, podem ser alavancas para se estimular a coleta seletiva e a reciclagem no Brasil.

desafio, que envolve a aprovação da lei, aumento da coleta e desoneração do processo. Os países em desenvolvimento estão de olho nos nossos modelos de cooperativas de catadores, pois é um modelo que dá certo, promove a inclusão social e geração de renda, e principalmente a elevação dos índices de reciclagem.

“Há casos hoje em dia em que se paga um tributo mais alto para o reciclado do que para um produto novo.” Plástico Sul - No mundo, quais são os países “modelos” quando o assunto é reciclagem? Bicca - Sabemos que na Europa tem um grande parque de reciclagem, nos Estados Unidos também, mas são realidades diferentes da brasileira. Mas se olharmos para os países que estão no mesmo nível que o nosso, o Brasil vira referência. Como falei, os países estão copiando as soluções que encontramos e os modelos que temos desenvolvido aqui. Como exemplo, o próprio Cempre que nasceu aqui no Brasil, estamos criando em outros países, como Colombia, México, Índia, Tailândia, ou seja, estamos desenvolvendo um modelo mundial com base no que desenvolvemos aqui. PS <<<< Abril de 2010 < Plástico Sul < 13


ESPECIAL Sustentabilidade

V

ocê liga a televisão em horário nobre. No telejornal, a notícia é espantosa: a chuva do Rio de Janeiro faz dezenas de vítimas. Ao lado do repórter, o que vemos são inúmeras sacolas e lixos por todos os lados. O telespectador logo pensa que os plásticos são os principais responsáveis, pois demoram anos para se decompor, entopem bueiros e sujam os rios.” Certo? Errado. Infelizmente o plástico só está naquele local, contribuindo para a degradação ambiental em virtude dos próprios telespectadores, em sua maioria consumidores que falham na hora de descartar os plásticos e possuem dificuldades em exercitar os 3Rs: Reduzir, reutilizar e reciclar. Mas afinal, porque os produtos termoplásticos são alvo de tantas críticas? “Porque o plástico deriva do petróleo, que é um produto não renovável. Esta é uma das razões”, revela o presidente do Instituto Sócio-ambiental de Plásticos – Plastivida, Francisco de Assis Esmeraldo. Além disso, os plásticos, principalmente as famosas 14 > > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

O que está acontecendo com o planeta? Assis é um grande defensor do plástico e trabalha para desmistificar a idéia de que ele é o vilão

sacolinhas plásticas, estão na vida de todos. Por sua grande abrangência o material é atacado e considerado o vilão, o que não é. “Até porque, quando o plástico é produzido, ele retém o carbono. Ou seja, se você deixar o plástico 100 anos, ele está armazenando carbono. Ele não se transforma em C02. É uma grande injustiça que se faz em relação ao plástico, que está sendo bode expiatório em lugar de outros materiais”, diz Assis. Em uma análise mais prática, pode ser considerada inclusive uma injustiça a colocação do plástico no banco dos réus. Conforme o Presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense Neto, os plásticos participam direta e indiretamente de nossas vidas, desde a hora em que acordamos até a hora de irmos para cama, nos dando qualidade de

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Catástrofes, terremotos, fenômenos climáticos. Nunca o planeta sofreu tanto como nos tempos atuais. Mas afinal, porque o plástico é considerado um dos vilões do meio ambiente?

Por Melina Gonçalves

vida, higiene, praticidade e economia. “Isso tudo permitiu a evolução da humanidade. Características como versatilidade, maleabilidade, durabilidade e excelente cus-


o meio ambiente, é confeccioná-las com maior espesUm dos locais mais gravemente afetados por deslizamentos no Rio sura, tornando-as mais rede Janeiro, em abril, foi o morro do Bumba, em Niterói. O morro é um sistentes para reduzir o exlixão, desativado desde 1981. Desde sua desativação, na elevação formacesso delas no mercado. O bicho papão da pela acumulação de resíduos, foram construídas habitações. Desde o Sem falar no reaproveitada coleta seletiva início dos anos 2000, já vinham sendo registrados deslizamentos de termento das sacolas para Com tantos benefícios, ras e desabamentos de casas nessa área instável e contaminada. Todavia, outros fins como sacos de qual a verdadeira parcela de a expansão do assentamento foi tolerada e mesmo estimulada pelo Poder lixo e quando colocadas culpa do plástico na degraPúblico municipal, que, em 1996, realizou obras de urbanização sobre fora, serem descartadas cordação ambiental? A resposta terrenos onde nada deveria ser construído. Segundo informações divulgadas retamente. “Uma sacolinha está na coleta seletiva. Ou na nos jornais diários, as casas no Morro do Bumba, soterradas pelos que deveria suportar seis falta dela. A responsabilidade deslizamentos de terras, nem sequer estavam na lista das moradias consiquilos, fora das normas técdo material em situações deradas em áreas de risco pela prefeitura local. nicas suporta dois quilos. como as catástrofes climátiDesta forma, a dona de cas do Rio de Janeiro está na falta da sepa- plicidade que vemos em diversos setores da casa quando vai ao supermercado usa três saração do lixo e uma maior conscientização socieda de”. colas para poder levar suas compras sem o risda sociedade sobre a importância de utiliPara que se possa continuar usufruin- co de arrebentar. Há um excesso de sacolas zar seu produto e descartá-lo de forma cordo dos benefícios de segurança, conforto e no mercado. Então à medida que os superreta, evitando entupimento de bueiros, por praticidade que os plásticos nos oferecem, mercados e as redes do varejo exigirem sacoexemplo. O presidente do Instituto do PVC é necessária uma relação harmoniosa entre las dentro das normas técnicas, com selo de sustenta que os produtos plásticos em si consumo e descarte – e nesse caso não só qualidade, conseguem-se reduzir em 30% o não têm relação com degradação ambiental, de plásticos, mas de todos os materiais, me- consumo”, diz Francisco de Assis Esmeraldo, mas qualquer que seja o material, plástico tálicos, vidros, etc. – para que se garanta a do Plastivida. Como exemplo a ser seguido ou não, deve-se cuidar do seu descarte, es- preservação do meio ambiente. “Ações como está a rede Pão de Açúcar, que é a maior rede de supermercados do Brasil e já reduziu em Bahiense: mais de 30% a distribuição de sacolinhas na “O plástico boca do caixa, ao contrário do que ocorre permite a com outras redes que, segundo Assis “se dievolução da zem paladinos da sustentabilidade e produhumanidade” zem sacolas fora de norma”. Produzir sacolas dentro das recomendações da ABNT, com pao uso do conceito dos 3R’s – Reduzir, drões de qualidade, é o melhor caminho para Reutilizar e Reciclar e a destinação correta reduzir riscos ambientais e equilibrar a imado plástico pós-consumo são fundamentais gem do plástico perante a sociedade. Assis para que haja essa harmonia”. Esmeraldo se diz favorável a qualquer moviAlém dessa questão, é necessário o mento em favor da redução do consumo das envolvimento dos diversos setores da socie- sacolas plásticas e benefício das mesmas. dade, já que o poder público tem o dever de Cerca de 60% das empresas de sacocoletar resíduos, a indústria de reciclar os las plásticas já tem competência para proprodutos que não tem mais vida útil e a so- duzi-las dentro das normas especificadas. ciedade que deve, acima de tudo, descartar Essas companhias já estão prontas para os resíduos de forma a facilitar a coleta e atender a demanda do mercado. De 2007 consequente reciclagem. para 2009 já foram reduzidas 2,9 bilhões de sacolinhas plásticas. As sacolas sob julgamento A Câmara de Vereadores de Porto AleMas não adianta, a maior acusada nesse gre está discutindo uma lei para disciplinar timulando-se a reciclagem. “Veja o caso do PVC. Sua principal aplicação é a constru- tribunal ambiental é mesmo a sacola plástica. o uso de sacolas plásticas em estabelecimenção civil que requer produtos que durem mais Redes supermercadistas querem aboli-la. Or- tos comerciais. Existem três projetos em anque 30 anos. Além disso, o PVC tem como ganizações ambientais também. Nesse senti- damento, um deles sugere que as sacolas trado, mais uma vez os 3Rs entram em ação. Em gam impresso frases de conscientização nas principal matéria-prima o sal, recurso inessua maioria, as sacolas plásticas são produzi- cores verde e laranja. Segundo o autor do gotável na natureza”. Entretanto, afirma o das fora das normas da ABNT, com espessuras projeto, pode-se depositar lixo orgânico nas dirigente, o lugar comum e mais simples é comumente se creditar ao plástico proble- ultrafinas que suportam no máximo dois qui- laranja e seco nas verdes. Para presidente mas de degradação ambiental. “Na verdade los. Desta forma, o principal segredo para da Plastivida, qualquer ação que esclareça a a questão não pode ser analisada com a sim- manter as sacolas no mercado, sem prejudicar população e dê alguma contribuição para que>>>>

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to-benefício, além de serem 100% recicláveis, tornam os plásticos insubstituíveis na vida cotidiana”, destaca.

Entenda o deslizamento em morro carioca

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ESPECIAL Sustentabilidade a população se preocupe com a coleta seletiva, é inteiramente favorável. Porque o grande problema dos plásticos é um só: a coleta seletiva, que no Brasil tem crescido em torno de 13,4% ao ano, um índice considerado baixo pelos especialistas. Neste sentido, a região sul é a mais desenvolvida. “Os três estados do Sul ocupam papel de destaque. A região, juntamente com o Sudeste, representa mais de 60%”, avalia Assis. No país hoje se coleta e recicla 21,5% do total do material que é descartado, contra a Europa que é 18,3%. “Mas existe outra forma de tratar esta questão, que aqui no Brasil ainda não tem: o material no exterior não é só reciclado mecanicamente e sim utilizado na reciclagem energética”.

Reciclagem energética O tipo de reciclagem abordado pelo presidente da entidade, é um assunto que tem crescido na pauta do setor plástico brasileiro. Ao contrário do que acontece em outros países, a pauta ainda não foi levada em prática e por enquanto só está na teoria. Mas estar em debate já é um bom cami-

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nho para a execução. Especialistas consideram a reciclagem energética a grande solução para o problema do lixo urbano. Não é um recurso somente para os plásticos, mas ele vai pegar uma carona. Ou seja, o lixo urbano como um todo será trabalhado nesse processo que funciona da seguinte forma: o material é queimado dentro de moderníssimas tecnologias, gerando energia térmica que transforma-se em vapor para indústria ou em eletricidade para as residências. Esta é uma tendência mundial, já existem 850 unidades de reciclagem energética no mundo. O Japão possui 249 usinas de reciclagem energética. Na Suíça são 27 unidades. No Brasil, nenhuma. A pergunta que vem a mente é: mas porque um país imenso como o Brasil não conta com uma usina deste tipo? Assis arrisca um palpite. “Há praticamente 20 anos quando começou a se falar nisso, o discurso era que o país tinha espaço para colocar lixo. Outra questão: não existia tecnologia para que a queima do lixo fosse absolutamente limpa do ponto de vista ambiental. Sempre tinham alguns gases que compro-

metiam a saúde da população. A partir da metade da década de 90, o Japão investiu fortemente nisso e hoje a tecnologia que permite a produção limpa e com segurança está disponível no mundo todo. Inexoravelmente o Brasil vai ter que caminhar para isso. É uma questão de tempo”, sentencia. Entidades de São Paulo lançaram um manifesto contra este tipo de reciclagem, dizendo entre outras argumentações, que prejudicam os catadores. Para Assis, esta é uma visão altamente equivocada. Ele explica que todo o material plástico que tiver valor econômico, a exemplo das garrafas de PET e embalagens de modo geral, serão vendidos no mercado. Entretanto, o material que não puder ser coletado ou que não tiver valor de mercado será o lixo para a reciclagem energética. “Acredito inclusive que o catador ganhará emprego, pois terá mais uma unidade de reciclagem. Terão fábricas de reciclagem energética, com geração de empregos. O catador estará protegido na medida em que todos os recicláveis serão destinado para ele”, desmitifica o dirigente do Plastivida.PS


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Setor plástico no rumo da sustentabilidade

O

sinal de alerta foi emitido pelo planeta, através das constantes catástrofes climáticas que vêm assolando a humanidade, que tem tratado de forma irresponsável o mundo que a cerca. A poluição da terra, da água e do ar chegaram a níveis tão altos, que em alguns países certas regiões atingiram níveis de poluentes elevados que provocam deformidades e problemas gravíssimos de saúde para os habitantes locais. Tais acontecimentos acabaram forçando a humanidade a repensar sua forma de se relacionar com o meio ambiente, ajudando a criar e a fomentar uma consciência plan etária de que algo d everia mudar. A preocupação com a sustentabilidade criou grupos de pessoas e de empresas de todos os portes preocupados em reverter esse processo de degradação acelerada e uma consciência de preservação começou a se espalhar pelo mundo. Essa preocupação com o meio ambiente passou a ser um diferencial para muitas empresas, pois a população passou a valorizar os produtos de companhias que seguem as práticas de sustentabilidade empresarial. Esta consciência de preservação do planeta, atualmente integra as estratégias ad-

ministrativas de várias empresas que compõem a cadeia produtiva do setor termoplástico, que estão cada vez mais adaptando a sua estrutura e formada de trabalho. Além disso, têm intensificando o investimento em pesquisas e no desenvolvimento de novas tecnologias para levar ao mercado produtos de fontes renováveis ou oriundos de material reciclado sem perda de qualidade. A atuação destas empresas vai além da área de pesquisa, também visa integração social, através de projetos sustentáveis em sintonia com a comunidade. Esta prática tem auxiliado a desmitificar o plástico, apontado como um dos principais responsáveis pelos males ambientais.

A Sabic Innovative Plastics é um dos exemplos de empresas desenvolvem ações voltadas para a sustentabilidade. Segundo o diretor comercial para a América do Sul, Newton Coelho, a Sabic desenvolve soluções em parceria com seus clientes para combater problemas ambientais globais, como uso indiscriminado de energia, emissões de CO2, lixo tecnológico, descarte de materiais não degradáveis, entre outros. “Por meio de tecnologias de ponta, a companhia desenvolve materiais que podem ser

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ESPECIAL Sustentabilidade

Newton Coelho destaca resina Valox iQ*, feita parcialmente com resíduos plásticos pós-consumo

utilizados na infra-estrutura e no desenvolvimento de produtos com o objetivo de aumentar significativamente a eficiência da energia e diminuir a carga ambiental durante a fase de utilização do ciclo de vida útil do material”, observa. Ele destaca que os consumidores e as empresas têm se preocupado cada vez mais com a questão ambiental. Na discussão sobre o papel do plástico na poluição do planeta, Newton Coelho fala que o uso de forma

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ESPECIAL Sustentabilidade

A Braskem é uma Companhia que investe constantemente em no20 > > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

vas tecnologias para favorecer o meio ambiente. Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem, observa que a empresa tem um histórico de ações para fortalecer sua contribuição para a sustentabilidade. Destaca o aprimoramento das práticas desenvolvidas e das instalações, visando a melhoria de desempenho social e ambiental, além do desenvolvimento de novos produtos. O executivo comenta que o desafio da sustentabilidade é muito grande, pois existem estudos sobre a necessidade do ser humano em ter que reduzir drasticamente o consumo unitário de energia ou de emissões de gases efeito estufa em um período de 50 a 100 anos. “Isso somente será possível com fortes investimentos em

tece na produção dos produtos plásticos, 2.1 a 2.6 unidades de CO2 são reduzidas na utilização deste material. “É fácil perceber isso. Com o uso do plástico nos automóveis eles ficam mais leves e os carros passam a consumir menos combustível por quilômetro o que reduz as emissões de CO2”, exemplifica. Para o diretor o problema do plástico está no destino pós-consumo. “Esse é um problema do resíduos sólido urbano, que em muitos países não está resolvido”, salienta. De acordo com dados da Abrelpe, de 2007, sobre aterros sanitários, apenas 39% do lixo no Brasil tem destino adequado. “Como os produtos de fontes renováveis não abordam essa questão, não creio que irão acabar com os ataques aos plásticos. Poderão alavancar a imagem positiva, mas não vão resolver o problema. O que precisamos no Brasil é reJorge Soto fala sobre a importância do PE verde para redução das emissões de gases efeito Estufa

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responsável deste material geralmente oferece vantagens ambientais, em comparação a outros como os metais ou o vidro. Cita como exemplo o projeto de desenvolver automóveis mais leves que usam plástico em vez dos materiais convencionais. “Painéis transparentes para construção civil com maior eficiência energética é outro exemplo”, acrescenta. Observa ainda, que é necessário a colaboração de toda a cadeia, do fornecedor de resinas ao fabricante do produto final. O diretor comenta que a Sabic Innovative Plastics visualiza como tendências as tecnologias baseadas no uso de materiais renováveis, como fibras naturais, reciclados e recicláveis, produtos químicos e aditivos não-nocivos ao meio ambiente, melhoria da eficiência do processo e o projeto do produto final. Neste contexto a empresa oferece produtos sustentáveis para vários segmentos, como a linha de resinas Valox iQ* e Xenoy iQ*. Este material é fabricado parcialmente com resíduos de plástico pós-consumo, aprovado para uso em vários componentes de computadores, como ventiladores internos de resfriamento, carcaças de dissipadores de calor, conectores e tampas de guarnições externas. Os materiais são parcialmente derivados de resíduos de plástico pós-consumo, incluindo garrafas plásticas de polietileno tereftalato (PET), o que reduz o uso de combustíveis fósseis. “Também reduzem o consumo de energia e as emissões de CO2 na fabricação de plásticos em mais de 50% em comparação com outros plásticos presentes no mercado atual” salienta coelho. As resinas Flexible Nory*l, também integram o grade de produtos sustentáveis. São retardantes a chama livres de halogênio, podendo ser utilizadas em fiação eletrônica. O filme de policarbonato Lexan é outro produto com viés sustentável. É tecnologia antiembaçamento, pode ser aplicada às portas de vidro dos freezers de alimentos congelados em supermercados, economizando energia e reduzindo o impacto do funcionamento desses exibidores. A aplicação desta película feita de resina Lexan permite o desligamento dos aquecedores que evitam que as portas fiquem embaçadas quando são abertas, reduzindo o consumo de eletricidade.

tecnologia. E esse ponto não será suficiente. Será necessário que mudemos nossos padrões de consumos”, fala. Contrariando a opinião de parte da sociedade, que aponta o plástico como principal vilão degradação do planeta, Soto coloca o material como um grande aliado da sustentabilidade. Diz que em comparação com outros produtos, como o aço, o alumínio, o papel, o algodão, ele apresenta um série de vantagens, como a leveza, a flexibilidade e o baixo consumo de energia e de água. Observa que um estudo relizado, em 2009, pela Associação Internacional da Indústria Química (ICCA) coloca, por exemplo, que para cada unidade de emissão de CO2 que acon-

solver o problema do lixo”, comenta. Na área de produtos com base em matérias-primas renováveis, a Braskem oferece ao mercado, o ETBE, aditivo para gasolina e o Polietileno Verde. “Esses produtos trazem uma contribuição diferenciada para a redução das emissões de gases efeito estufa”, acrescenta. O PE Verde tem aplicação em mercados como o automobilístico, indústria de brinquedos, embalagens sopradas para alimentos e produtos de higiene e embalagens injetadas para utilidades domésticas. O executivo comenta que principal tendência na sustentabilidade é o fortalecimento da participação dos plásticos como solução, pois apresentam vários benefícios neste sentido, em relação aos seus sucedâneos. Porém, ele observa que isso não significa que os produtos não possam ter suas características ou seus processos produtivos melhorados. “Vejo que existem duas principais abordagens: produtos que utilizam fontes renováveis de matérias-primas, que a Braskem vem utilizando, e produtos biodegradáveis”, afirma. A primeira contribui para o desenvolvimento sustentável, através da redução de consumo de matérias-primas não renováveis e pelo sequestro líquido de CO2 (gás efeito estufa), como é o caso do PE Verde, que seqüestra 2,5 toneladas de CO2, para cada tonelada de produto. A segunda>>>>


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abordagem contribui na redução dos resíduos sólidos pós-consumo. Na questão do maior valor agregado dos produtos ambientalmente corretos, Soto afirma que o grande desafio é fazer que estes produtos não tenham preço mais elevado. O desenvolvimento sustentável busca o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. “Um sobre preço pode e já está sendo aceito por parte, ainda pequena, da sociedade. Essas pessoas já entendem que há custos ambientais não internalizados nos produtos convencionais e estão dispostos a incentivar o surgimento de alternativas”, comenta. Acrescenta ainda que o correto, contudo, é que sejamos capazes de colocar no mercado produtos mais verdes e ao mesmo tempo mais baratos. “Um exemplo disso, são os carros populares. Eles consomem menos combustível e são mais baratos. Isso muito graças ao avanço tecnológico e ao maior uso de plásticos na sua estrutura”.

A Ecopol Reciclagem de Polímeros atua rumo à sustentabilidade, reciclando resíduos de poliuretanos (PU),

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ARQUIVO PESSOAL/PS

ESPECIAL Sustentabilidade Cruz (à dir.), da Ecopol: O poliuretano é um dos elementos mais inovadores do século

formulando polióis biodegradáveis e ecológicos e produzindo artefatos injetados como placas para isolamento térmico e solados. “É uma atividade moderna que alia consciência ecológica ao desenvolvimento econômico e tecnológico”, comenta o ge-

rente industrial da empresa, Joel Rosa da Cruz. Ele destaca que a sustentabilidade norteia o trabalho da área de pesquisa e desenvolvimento da empresa em quatro requisitos básicos: ecologicamente correto, economicamente viavel, socialmente justo e culturamente aceito. “Acr editamos na reciclagem e nos produtos ecológicos como as melhores formas de se utilizar o plástico de maneira sustentável”, observa. Cruz destaca que o poliuretano é um dos elementos mais inovadores do século, ocupando a sexta posição no mercado dos plásticos mais vendidos no mundo, com cerca de 5% sobre a produção mundial. Apesar da preocupação das empresas em diminuir os resíduos de poliuretano, é inevitável a geração de resíduos na ordem de 3% a 5% para os processos mais eficientes, e de 5% a 15% em processos mais artesanais. >>>>


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ESPECIAL Sustentabilidade tos e equipes internamente, o centro também atua na cooperação externa com grupos de ambientalistas, associações da indústria e iniciativas como o Global Compact das Nações Unidas. No Brasil, foi formado o Comitê de Sustentabilidade. Há cinco anos também foi instituída a Fundação Espaço ECO, que atua conforme os pilares da diretriz estratégica da empresa e contribui para que a BASF transfira conhecimento e tecnologia para seus parceiros e para a sociedade. “É o primeiro Centro de Excelência para Ecoeficiência Aplicada na América Latina e é uma iniciativa pioneira no setor químico e se torna cada vez mais um centro de referência em sustentabilidade”, observa a gerente. Segundo Letícia Mendonça, a matriz de sustentabilidade é a metodologia de gestão que auxilia a sistematizar o conceito de

Cromex está trabalhando no desenvolvimento de uma linha de compostos de cores biodegradáveis

éster, PU pele integral, PU semi-rígidos, rígidos e estruturais, flexíveis e elastômeros. Para cada aplicação a empresa desenvolveu um produto adequado, possibilitando atender a todos os mercados de espumadores de poliuretano com igual qualidade. Os polióis reciclados Ecopol são customizados para adição em até 30% sobre o poliol virgem, garantindo assim o consumo integral de todos os resíduos produzidos. A reciclagem dos resíduos de poliuretano permite uma economia de 20 a 30% sobre o preço do poliol virgem. Os resíduos de PU podem ser reciclados inúmeras vezes, sem perda de qualidade do produto final.

Para a BASF, a sustentabilidade é intrínseca à história da empresa e está presente nos valores e princípios da companhia. E, ao longo dos anos o tema tem se fortalecido cada vez mais na organização, mundialmente e também no Brasil. A gerente regional de especialidades plásticas da Basf para a América do Sul, Letícia da Rocha Mendonça, conta que a empresa criou um Centro de Sustentabilidade (Sustainabilty Center), que coordena projetos internos e de diálogo com os públicos de relacionamento. Além de gerenciar proje24 > > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

tripé da sustentabilidade - econômico, de respeito ao meio ambiente e aos aspectos sociais - é a garantia de que os negócios nos quais estamos trabalhando hoje são aqueles onde realmente vale a pena a empresa focar sua energia, seu tempo e seus investimentos”, salienta. Entre os produtos sutentáveis na área de plásticos Letícia Mendonça destaca a linha de biodegradáveis, Ecoflex, Ecovio e Ecobras. As principais aplicações são filmes e peças termoformadas e injetadas, visando os mercados dos plásticos na agricultura e embalagens. “Nossos materiais possuem todas as certificações internacionais de biodegradação e compostagem. Além disso, dois de nossos produtos, o Ecovio e o Ecobras, possuem alto teor de conteúdo renovável”, observa.

O gerente de projetos e produtos da Cromex, Enio Ferigatto, afirma que

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O tratamento e a destinação inadequada destes resíduos pode comprometer o meio ambiente já que estes são classificadas pela NBR 10.004 como Classe I, considerados perigosos e tem tempo de decomposição elevadíssimos, sendo tóxicos, destruindo a camada de ozônio e provocando o aquecimento global (efeito estufa) devido ao composto clorofluorcarboneto (CFC) utilizado como agente de expansão nestas espumas. Com sede em Farroupilha (RS), A Ecopol desenvolveu um processo para reaproveitar o poliuretano, o que tornou a companhia a primeira a reciclar comercialmente estes resíduos. “Antes disso, o destino do material era a queima indiscriminada e os aterros industriais, causando graves problemas ao meio ambiente, uma vez que levam milhares de anos para se decompor”, comenta Cruz. A linha de produtos reciclados compreende os PU poli-

sustentabilidade nos negócios. O Brasil é o piloto na adoção da matriz para o grupo no mundo. O mapeamento das iniciativas sustentáveis em andamento na empresa resultou em mais de 216 ações e processos em diferentes negócios corporativos, os quais partem de uma única estratégia e estão interligados com todas as atividades, em linha com a Estratégia BASF2020, que projeta novas perspectivas de negócios, possibilitando um crescimento sustentável em todos os países. A importância dos investimentos em novas tecnologias que visem a atuação sustentável, são destacados pela executiva. “O

a empresa tem acompanhado os passos de seus clientes no desenvolvimento de produtos sustentáveis, o que é uma tendência mundial. Em 2009, a foi a primeira parceira da Braskem no desenvolvimento de produtos especiais que serão utilizados com o polietileno (PE) verde. A atuação conjunta das duas companhias permitiu que a Cromex desenvolvesse uma série de cores e aditivos que irão conferir ao PE verde características como anti-bloqueio, barreira aos raios UVs, antiestática e anti-fog, respeitando as propriedades fundamentais de sustentabilidade do produto. Este ano, a empresa está atuado em parceria com a Cargill no desenvolvimento de uma linha de compostos de cores biodegradáveis com base no Ingeo TM (PLA - ácido poliláctico) - derivado do milho. São especialidades que atendem demandas internacionais por produtos com alto grau de desenvolvimento tecnológico e viés de sustentabilidade. Ferigatto descata que a Cromex tem capital 100% nacional e é líder no mercado de masterbatches, com mais de 50% de participação e com capacidade anual de 132 mil toneladas. “Outro ponto forte é a inovação. A Cromex prima por oferecer ao cliente o que há de mais avançado em tecnologia de produtos. Todo esse trabalho é desenvolvido nos laboratórios da companhia, com profissionais altamente qualificados para o desenvolvimento de soluções adequadas às necessidades de cada mercado”, conclui.PS


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ESPECIAL Sustentabilidade

A

Elekeiroz recebeu o prêmio máximo (1º Lugar), ficando com o troféu do 5º Prêmio FIESP de Conservação e Reuso de água. A cerimônia de premiação aconteceu no último dia 14 de abril, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP. O Prêmio FIESP de Conservação e Reuso da Água é um dos mais reconhecidos prêmios sobre o uso racional de água do Brasil. A premiação tem o objetivo de difundir e homenagear, anualmente, empresas que utilizam boas práticas na promoção do uso eficiente de água, com medidas efetivas na redução do consumo e do desperdício, gerando benefícios ambientais, econômicos e sociais. O Prêmio busca também dar maior visibilidade às ações de sustentabilidade realizadas pela indústria paulista.

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ELEKEIROZ vence o 5º Prêmio FIESP de Conservação e Reuso de Água

Os critérios para avaliação foram baseados nos programas sustentáveis adotados por indústrias alimentícias, automotivas, de autopeças, bebidas, cerâmicas, eletrodomésticos, eletrônicos, fármacos, metalúrgicos, papel e celulose e químico. Participaram do prêmio 17 empresas de diversos segmentos, desde químico com a Petrom, automobilístico com a Toyota e com a Nestlé, representando

o setor alimentício. O trabalho da Elekeiroz apresentado à FIESP foi um conjunto de nove projetos realizados na estação de tratamento de água da unidade de Várzea Paulista, sendo oito projetos voltados diretamente na redução da captação de água do rio Jundiaí e redução na emissão de efluentes, e um projeto voltado para a captação de água de chuvas. Com os projetos reunidos, a empresa conseguiu uma redução 18.600m³/ano na captação e 16.800m³/ano em emissão de efluentes líquidos. Vale ressaltar que foi recuperado 1.800m³/ano de água de chuva de uma área equivalente de 950m³. Ao todo a redução seria suficiente para abastecer uma cidade com 190.000 habitantes por um dia. Foram investidos R$ 6.300 obtendo um retorno financeiro de R$ 125.000/ano. PS


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ESPECIAL Sustentabilidade Challenger Compounder, e a linha de Granulação de Pet. Segundo o coordenador elas viabilizam economicamente a complexa reciclagem de resíduos de filmes lisos e impressos, ráfia, não tecidos, multicamadas, polinylon, expandidos, injetados, soprados, entre outros materiais. Fernandes salienta que o tripé da sustentabilidade, reduzir, reutilizar e reciclar, está sendo absorvido pelo consumidor final da empresa. “O conceito está presente de diversas formas tais como a redução do volume de material utilizado na fabricação de embalagens, ou outros produtos plásticos, o que requer a tecnologia de extrusão adequada, a reutilização de recursos como à recirculação das águas no processo de granulação em nossos equipamentos e a reciclagem propriamente dita”, acrescenta. Andréa Zaude, do departamento de marketing do Grupo NZ, faz coro quanto ao crescimento do mercado de reciclagem. “Está em plena expansão face ao grau de consciência que hoje temos em nossa sociedade, porém falta ser melhor explorado com auxílio de políticas setoriais para favorecer alguns segmentos. Os principais mercados que utilizam este recurso são os de metais (alumínio e cobre)”. Ela comenta que a reciclagem de plásticos é de suma importância para o meio ambiente e para os produtores da cadeia, não se limitando apenas ao segmento do plástico que atualmente encontra-se pressionado pela sociedade, “que exige ações de contenção à poluição ambiental, quer seja através da educação ambiental ou ações governamentais voltadas à legislação”. Para Andréa, a tendência do setor é de ampliar o desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas na reciclagem. Neste sentido o Grupo NZ oferece linhas completas de moagem, extrusão e granulação para devolver o resíduo plástico pós-consumo e industrial às industrias de transformação. “Operamos com as principais resinas de engenharia aplicadas no mercado automotivo, linha branca e ferroviário”, conclui. O diretor da Máquinas Premiata também comenta que o setor de reciclagem esta em ascensão. Rafael Rosanelli conta que todos os mercados transformadores de plástico utilizam matéria-prima reciclada. “Fornecemos equipamentos para diversas empresas ao longo dos 13 anos que atuamos nesta

Setor de máquinas aquece mercado de reciclagem

S

e o assunto sustentabilidade está em voga para a grande maioria das empresas, para o segmento de máquinas para reciclagem ele vai além. Tem se tornado em um grande aliado para ampliar as vendas do setor. A Wortex confirma o aquecimento do mercado. A empresa informa que há um crescimento anual do número de empresas recicladoras, do faturamento bruto, do preço médio de venda e principalmente o do consumo de materiais reciclados. “Os materiais reciclados estão sendo usados em inúmeras aplicações tais como embalagens, frascos, produtos têxteis, perfis, peças automobilísticas e produtos plásticos inclusive para contato direto com alimentos”, comenta o coordenador técnico comercial Rafael Fernandes. Ele destaca que a reciclagem de plásti28 > > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

Rafael Rosanelli, da Premiata, confirma ascensão do setor de reciclagem

cos surge como um dos principais caminhos para a preservação ambiental e na imagem do setor. “Contribuindo ativamente na preservação dos recursos naturais e energéticos de fontes não renováveis, contribuindo socialmente na geração de empregos e renda, melhoria da qualidade de vida da sociedade”, comenta. De acordo com Fernandes, a tendência para a reciclagem é o uso da logística reversa como uma fonte rentável e a ampliação do uso de materiais reciclados para diversas aplicações. A Wortex oferece diversas Linhas para reciclagem, dentre elas destacam-se a Challenger Recycler, a ECO-Challenger, a


área e acompanhamos a evolução das indústrias com crescente aumento de produtividade”, reforça. Rosanelli afirma que a reciclagem de plásticos tem um papel fundamental na preservação do meio ambiente. Comenta que milhares de toneladas de plásticos deixam de poluir, para retornar ao mercado graças as empresas de reciclagem. “Ainda é deficiente a divulgação dos benefícios que estas empresas trazem ao planeta”, fala. A Máquinas Premiata fornece misturadores, secadores e equipamentos para reciclagem de plásticos, como PET, PE, PP, PVC, PS, entre outros. São tanques, lavadoras e secadoras centrífugas, entre outros periféricos que compõem a as linhas de lavagem, como silos, esteiras, transportadores pneumáticos e por rosca helicoidal. Fornece também, aglutinadores de alto rendimento e extrusora para granulação. Porém o executivo salienta o problema da taxação no segmento da reciclagem. Comenta que os governantes falam sobre sustentabilidade, mas não tomam atitudes concretas que realmente tenham eficácia. “Uma atitude simples, como de isentar o plástico retirado do meio ambiente, refletiria significativamente afirma na preservação do meio ambiente”, afirma. Ele fala também sobre a importância da educação e conscientização da população, sendo que muitos apontam as sacolas plásticas e garrafas PET como responsáveis pela poluição. “Acabam esquecendo, de que quem as joga no meio ambiente é que são os grandes vilões desta história”, afirma. Acrescenta que existe ainda muita desinformação sobre a grande quantidade de produtos plásticos que estão sendo reciclados como, por exemplo, as sacolas e garrafas plásticas. PS <<<< Abril de 2010 < Plástico Sul < 29


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ESPECIAL Sustentabilidade Em empresas grandes, médias ou pequenas, a visão é homogênea: é preciso criar novas soluções em benefício ao meio ambiente e difundir os 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar.

Reciclando conceitos D

esde a matéria-prima, passando pelo transformador, até as redes varejistas, a preocupação com o tema é geral. O investimento em novas tecnologias, a aposta na reciclagem e a busca por uma gestão consciente e limpa são as verdadeiras buscas do século XXI. E o primeiro exemplo de atitude sustentável vem da Braskem. Falta bem pouco, cerca de quatro meses, para que a primeira fábrica de polietileno verde, em escala industrial, do mundo, comece a operar. Um ano após o lançamento da pedra fundamental da planta da Braskem, que transformará etanol em resina para produtos plásticos, no Pólo de Triunfo, a perspectiva é de que a obra seja finalizada em outubro, deste ano. Passados 12 meses do início da construção, a Braskem atingiu 81,4% da execução da obra e empregou mais de 2,2 mil traba30 > > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

lhadores, no período. O momento agora é de finalização da montagem das tubulações, por onde passará o etanol de canade-açúcar que será transformado em eteno e colocará a dupla Brasil-Braskem como protagonista mundial em plástico, com matéria-prima 100% renovável. A combinação promete: a Braskem tem a tecnologia do polietileno verde, e o Brasil é potência na produção de cana-de-açúcar.

Braskem investe em beneficiamento do lixo Além da iniciativa de produzir resinas provenientes de fontes renováveis, a Braskem reafirma sua preocupação com o meio ambiente através do apoio a reciclagem. A Companhia confirma sua participação na Rede Parceria Social 2010 a partir do projeto integrado da Inserção Produtiva de Catadores e Fortalecimento de Unidades de

Reciclagem no RS em conjunto com a Vonpar. A empresa investirá R$ 350 mil em unidades de beneficiamento no Estado. A Secretaria de Justiça abriu edital em maio para selecionar os galpões de reciclagem que participarão do projeto. O edital correrá até 31 de junho. Os beneficiados deverão ser conhecidos em julho. O objetivo do investimento é agregar valor aos materiais, elevando diretamente a renda dos trabalhadores desses galpões. As unidades de beneficiamento serão equipadas com máquinas de tecnologia de ponta para lavar e picotar o plástico separado do lixo. Após este processo, a matéria-prima estará em plenas condições de ser adquirida diretamente pelas transformadoras, sem a necessidade de atravessadores. No ano passado, a Braskem ingressou na Rede Parceria Social ao definir investimento de R$ 378 milhões em três unida-


des de beneficiamento de plásMeg, produto que utiliza o Você sabia? tico reciclado, que irão atenetanol para fazer os tubos de Estudo elaborado pela consultoria Maxiquim mostra que o der a sete galpões em Canoas, plástico que serão posteriorbeneficiamento, processo que facilita a reciclagem na medida Esteio, Nova Hartz e Sapiranmente transformados em garem que faz a separação dos materiais do lixo, eleva em 140% o rafa de refrigerante é fabricaga. As máquinas serão instavalor recebido pelo quilo do produto, de R$ 0,7 para R$ 1,6. O do na Índia. A empresa, no ladas em maio. O investimencálculo tem como base o preço do polietileno filme enfardado, entanto, espera que até 2014 to da Braskem beneficiará 167 comercializado usualmente triagens e o valor pago pela indúsconsiga produzir no Brasil o trabalhadores. tria de transformação de plástico pelo produto aglutinado. bio-Meg e, então, poderá A Rede Parceria Social, colocar no mercado todos os coordenada pela Secretaria da modelos de garrafas de plástico produziJustiça e do Desenvolvimento Social, é um A gigante Coca-Cola programa de fomento das organizações da A empresa de refrigerantes também en- das com o material, conta o presidente sociedade civil, envolvendo a cooperação en- tra na onda da sustentabilidade e acaba de da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa. “O tre o governo do Estado, o terceiro setor e a lançar a garrafa de plástico produzida com objetivo é, num futuro, conseguir proiniciativa privada, com investimentos de R$ 30% de matéria-prima proveniente de etanol duzir as garrafas com 100% de derivados 8 milhões em 2010. Ação inédita no país, na da cana-de-açúcar. O Brasil é o quinto país de etanol”, promete Rino Abbondi, mas terceira edição, lançada em abril, 14 empre- do mundo onde a empresa lança este tipo sem determinar um prazo. Ao todo, sesas financiarão 20 carteiras de projetos de de produto. A primeira cidade da América- rão produzidas 140 milhões de unidades, 15 entidades âncoras, investindo um total Latina a conhecer o material foi Porto Ale- que equivalem de 3% a 4% da produção. de R$ 8 milhões. A expectativa é que cerca gre. Entretanto as embalagens, batizadas de A garrafa é 100% reciclável e já entra na de 42 mil pessoas em mais de 120 municípi- PlantBottle, de 500 ml e 600 ml, chegarão cadeia de reaproveitamento de materios sejam beneficiadas. Nas duas primeiras edi- também às cidade de São Paulo, Rio de ja- ais da empresa. A Coca-Cola detém a pações foram financiados 422 projetos em 132 neiro, Belo Horizonte, Curitiba, Recife. A tente do bio-Meg e já o distribuiu nos municípios com investimentos de R$ 12 mi- produção da garrafa, segundo a Coca-Cola, Estados Unidos, no Japão, na Austrália lhões, atendendo 60 mil pessoas. emite 25% menos CO2. Por enquanto, o bio- e no Canadá.PS

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Aumento de consumo das classes C e D e novo perfil familiar movimentam o mercado

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DESTAQUE Plástico na Alimentação


esse fenômeno de migração de classes aliada aos hábitos mais saudáveis do país coloca essa questão fora de cogitação no momento. “Ainda não somos um país de obesos e não podemos esquecer que a indústria de alimentos cada vez mais complementa seus produtos com fórmulas proteicas e menos calóricas”, destaca. E Schmitt faz coro. “Essa desaceleração não acontece no Brasil porque novas camadas de consumo estão chegando ao mercado.

Novos consumidores embalam o setor da alimentação

E

ntre os setores atendidos pela indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis, o de alimentos aparece no primeiro lugar com 31%. Um número expressivo que teve pouco impacto com a crise financeira internacional, devido a uma nova tendência de mercado. O aumento do poder aquisitivo das classes C e D, devido a diversos fatores, entre eles, os programas de aumento de renda, como bolsa família, estão surtindo efeito positivo na indústria de plásticos voltada a atender o mercado de alimentos. “O setor de alimentação manteve-se estável porque as classes C e D passaram a fazer parte da massa de consumo”, avalia o presidente da Associação Brasileira de Embalagens Flexíveis (Abief), Alfredo Schmitt. Ou seja, a incorporação destes novos consumidores equilibrou o setor em período de crise, evitando perdas maiores aos fabricantes de embalagens para alimentação.

O diretor presidente da Epema Ltda e diretor da Abief, Rogério Mani, concorda com Schmitt. Mani afirma que no caso do Brasil houve e está havendo uma mudança de classes de consumo e que um grupo que antes possuía gastos limitados, entra no mercado exigindo melhores produtos. “Estamos tendo uma nova categoria de classe média. Isto afeta positivamente as embalagens flexíveis que tendem a tornarem-se mais eficientes, ergonômicas e flexíveis no seu design”, destaca o empresário. Ele explica ainda que há uma nova massa de consumo e poder aquisitivo ávidos por novos produtos e as embalagens terão papel preponderante nesta comunicação. A desaceleração do consumo mundial de alguns alimentos, devido às campanhas de alimentação saudável em grandes mercados como os de snackcs, doces e biscoitos não é não afeta a indústria de embalagens para alimentação brasileira. Mani acredita que

Copa da África beneficia setor

Os meses de junho e julho aquecerão o inverno do setor, graças a uma tendência de aumento das vendas de gêneros alimentícios e bebidas. É que nesse período acontecerá a Copa do Mundo da África do Sul, na qual a seleção brasileira buscará seu título. A diferença de horário entre o Brasil e o país sede do próximo torneio é de cinco horas, favorável ao aumento do consumo – diferentemente, por exemplo, de 2002, quando a Copa na Ásia transmitida às madrugadas e manhãs inibiu grandes incrementos de vendas de bens não duráveis. As empresas estão preparando edições especiais de produtos e promoções para aproveitar a festa de consumo estimulada pela Copa. Essa movimentação irá injetar investimentos em design e em embalagens de tiragem limitada. Neste último caso, tecnologias mais flexíveis sob o ponto de vista das escalas mínimas, como>>>>

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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

DESTAQUE Plástico na Alimentação Mani acredita que a demanda por embalagens fracionadas é uma tendência mundial

momento tende a superar a curva de declínio por efeito de queda de população. A prepoderância do consumo single é maior do que o efeito dessa queda. É uma tendência e deve aumentar”, avalia.

dando anualmente. Isso porque o número de lares com até três habitantes vem crescendo no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em setembro de 2009 as residências ocupadas por uma, duas ou três pessoas já representam 59% dos lares nacionais, ou 33,9 milhões de habitações. Já a proporção de residências com quatro ou mais moradores diminui progressivamente. Esse movimento continua em 2010, e os fabricantes de embalagens para alimentos devem levar isso em conta no momento da escolha do design e na produção.

Futuro do segmento

Schmitt: “Novas camadas de consumo estão chegando no mercado”

os rótulos digitais e as embalagens flexíveis produzidas em máquinas flexográficas de banda estreita e média, poderão ganhar evidência como soluções providenciais para pequenas e médias produções. O presidente da Abief, Alfredo Schmitt, acredita que acontecerá esse aumento de demanda de embalagens em decorrência do evento, entretanto, avalia que isso é uma questão pontual: ou seja, terminada a Copa passa também as promoções e esse grande consumo.

Perfil dos lares O perfil da família brasileira está mu36 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

A preocupação em produzir alimentos práticos e embalagens individuais já é uma tendência. Mas segundo especialistas é preciso dobrar a atenção ao público single, que consome pequenas porções, devido ao perfil dos habitantes dos lares, que possuem horários e paladares diferenciados. E essa mudança na sociedade é outro fator que favorece o setor de alimentação. “Além das embalagens single, o aumento de mulheres ingressando no mercado de trabalho, com menos tempo para cozinhar, exigirá cada vez mais uma alimentação rápida. Para nós da indústria de flexíveis, isto é muito bom, pois a demanda por embalagens fracionadas é uma tendência mundial”, avalia Rogério Mani. Alfredo Schmitt explica que os dados do IBGE mostram duas coisas muito importantes. A primeira delas é que quando há três pessoas por lar não há a reprodução de um casal. “Ou seja, para reproduzir população você teria que ter um casal pelo menos. Isso demonstra uma tendência declinante de população” diz o dirigente. Para ele, esse fato gera dois efeitos: além da tendência declinante de população, a pesquisa avaliza a entrada de camadas C, D e E no consumo, com capacidade de compra. “Então a curva de consumo single, no

Com base em uma pesquisa exclusiva realizada pela Maxiquim, a ABIEF prevê que o setor crescerá cerca de 8% em 2010 depois de um 2009 onde o seu nível histórico de crescimento (uma e meia a duas vezes a variação do PIB) não foi atingido. De acordo com o perfil levantado pela Maxiquim, anualmente o setor registra uma evolução em faturamento. Em 2006 foram R$ 8,63 bilhões, em 2007 R$ 9,37 bilhões e em 2008 R$ 10,31 bilhões. Schmitt explica que embora os números de fechamento de 2009 não estejam totalmente consolidados, já se sabe que houve uma redução, tanto de faturamento quanto de tonelagem, ao redor dos 5,5% por conta da crise. Embora exista previsão de crescimento de 8% para o setor de embalagens, no segmento alimentício as estimativas são diferentes. “Ele deve crescer um pouco menos em 2010 porque a indústria de embalagens para alimentos é mais madura. Ela irá crescer, mas com números inferiores”, revela Schmitt. Entre os mercados atendidos pela indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis, o setor de alimentos possui 31% de participação, seguido pelo varejo, com 22%. Na seqüência vêm aplicações industriais (19%), bebidas (6%), higiene pessoal e cosméticos (4%), pet food (2%) e limpeza doméstica (2%); os 14% restantes estão pulverizados em outras categorias. Para sustentar a retomada de negócios em 2010, a ABIEF planeja algumas ações estratégicas, entre elas a realização do 1° Fórum Latino-Americano de Embalagens Plásticas Flexíveis, agendado para o dia 10 de Junho no Auditório Oeste do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em paralelo à Fispal Tecnologia 2010. Sob o tema “A embalagem que vende: uma nova perspectiva para os negócios do setor no Brasil e no mundo. Tendências, tecnologias e meio ambiente como diferenciais de competitividade e inovação”. Esta primeira edição do evento oferecerá aos participantes, a partir de palestrantes nacionais e internacionais de renome, informações que agregam valor ao seu negócio e que aumentam a percep->>>>


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DESTAQUE Plástico na Alimentação ção de valor sobre as embalagens plásticas flexíveis, contribuindo para a valorização do plástico como um todo. “Também precisamos nos posicionar adequadamente frente a esta nova situação desencadeada pelo surgimento de uma grande empresa petroquímica no Brasil, com efeitos sobre toda a cadeia. E a indústria de embalagens plásticas flexíveis é um elo muito importante”, pondera Schmitt. Segundo ele, a ABIEF preocupa-se ainda com os aumentos de preço das matérias-primas no mercado internacional e seus reflexos que começam a ser sentidos no mercado interno.

cados futuros. O estudo The World Flexible Packaging Market 2009 (O mercado mundial de embalagens flexíveis 2009) prevê que o mercado mundial de embalagens flexíveis primárias, avaliado em US$ 58 bilhões, crescerá de forma mais lenta em termos de valor em comparação à média de 5,9% registrada nos últimos três anos; até 2013 o crescimento deverá ser da ordem de 3,2%. O estudo detectou ainda que o recuo na economia, causado pela recessão mundial, afetou a demanda de embalagens flexíveis em 2008 e em 2009, mas como a indústria de alimentos é o principal cliente, a indústria sofreu menos que os demais segmentos. Como fatores de forte influência nesta indústria, o estudo aponta: os programas de redução de custo adotados pelos grandes usuários de embalagem; a redução das espessuras dos substratos; a re-

Pesquisa aponta tendências Um estudo recente realizado pela consultoria internacional PCI Films Consulting concluiu que haverá uma queda no crescimento mundial, mas a recessão terá uma influência pouco significativa nos mer-

dução no número de camadas usadas nas embalagens flexíveis; as iniciativas para redução do lixo nos níveis local e governamental; e uma desaceleração no consumo devido às campanhas de “alimentação saudável” em grandes mercados como os de snacks, doces e biscoitos. O estudo da PCI também chama a atenção para algumas tendências positivas no mundo que continuarão a impulsionar o aumento de volume e de valor das embalagens flexíveis. Por exemplo, em todos os mercados regionais, os produtores de embalagens flexíveis estão contribuindo para reduzir o volume descartado de embalagens ao substituir garrafas de vidro, embalagens plásticas sopradas e injetadas, latas de alumínio e aço e embalagens cartonadas por alternativas flexíveis mais leves. Em alguns casos isto também significa que os embaladores podem reduzir sua pegada de carbono.

Novidades

A Vitopel, terceira maior produtora mundial de filmes flexíveis, desenvolveu uma solução os saches para mistura seca como pó para pudins, bolos e gelatinas – da linha Frutop, marca da Ducoco Produtos Alimentícios. As embalagens feitas com os filmes flexíveis conferem maior resistência à umidade, às variações de temperatura e maior proteção ao produto, garantindo sua qualidade e aumentando sua vida útil (shelf life) na prateleira. Além das vantagens para o produto que embala, as embalagens feitas com filmes flexíveis garantem outros benefícios. Um deles é a ambiental. Além de serem 100% recicláveis, essas soluções também são desenvolvidas com menor espessura, o que resulta em menor quantidade de produto descartado no pós-consumo. A terceira vantagem é econômica. Mauro Bálsamo, gerente de suprimentos da Ducoco, destacou a rentabilidade que a matéria-prima proporciona. “A embalagem de polipropileno biorientado (BOPP), como é chamado esse tipo de filme flexível, é economicamente mais vantajosa, uma vez que a gramatura é menor do produto faz com que seja possível produzir o mesmo número de saches com 45% a menos de matéria-prima”, 38 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

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Vitopel desenvolve filme para Produtos Ducoco

conta o executivo. E completa: “Esse tipo de filme deixam a bobinas das máquinas empacotadoras mais leves, o que aumenta a velocidade da produção”. Dirceu Varejão, diretor comercial da Vitopel, afirma que a Vitopel é líder no mercado de filmes flexíveis voltados para embalagens de alimentos. “Mais de 50% do faturamento da empresa vem das vendas para os mercados de alimentos e bebidas”, afirma. Segundo ele, essa linha de produtos – chamada de Vitopack – foi desenvolvida com base na redução da espessura dos filmes, na maior proteção aos produtos e na melhoria no visual (qualidade de impressão). A Vitopel conta com a única Planta Piloto e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Filmes BOPP da América Latina, localizada em Votorantim, que lhe permite a busca constante por soluções em filmes flexíveis para as mais diversas demandas do

mercado. A empresa investe anualmente cerca de US$ 2 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e detém patentes de produtos criados para diversos mercados, como o de embalagem, por exemplo. Os filmes flexíveis da Vitopel são feitos de polipropileno biorientado (BOPP). Esse tratamento dado ao polipropileno confere a ele menos espessura e maior poder de barreira contra umidade, odores, e outros fatores, aumentando, assim, a vida útil dos produtos embalados. O Brasil detém 60% do consumo sulamericano de embalagens flexíveis e a Vitopel detém 52% do mercado nacional, sendo que 64% de sua produção são para segmentos de embalagens incluindo os setores alimentício, gráfico, agrobusiness, pet food, etiquetas e outros. Anualmente, produz 150 mil toneladas de filmes flexíveis em suas três unidades, duas no Brasil (Mauá e Votorantim, no Estado de São Paulo) e uma em Totoral (Argentina). Com presença global e escritórios no Brasil, Estados Unidos e Argentina, a Vitopel, estabelece parcerias comerciais pelos cinco continentes. Além de sua liderança no mercado brasileiro, a Vitopel exporta para países da América Latina e América Central, Europa e África.


Plastificante Eastman obtém aprovação nos EUA e EU DIVULGAÇÃO/PS

Eastman 168: aprovação para contato com alimentos aproxima produto do mundo infantil

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Eastman Chemical Company anunciou que, além da liberação existente da Food Contact Notification (FCN)¹ e da FDA (Food and Drug Administration), o plastificante sem ftalato Eastman 168™ agora está listado na regulamentação da Comissão da União Europeia (EC). No 975/2009 emendando o Anexo III (lista de aditivos que podem ser usados na produção de materiais e artigos plásticos) da Diretriz 2002/72/EC em relação a materiais e artigos plásticos destinados a entrar em contato com alimentos.

A partir de 1° de janeiro de 2010, a lista de aditivos da Diretriz 2002/72/EC em relação a materiais e artigos plásticos destinados a entrar em contato com alimentos se tornou uma lista positiva para a exclusão de todos os outros. Sendo um plastificante sem ftalato com longo histórico de segurança e utilidade na produção de itens de consumo, o Eastman 168™ agora foi liberado nos Estados Unidos e na União Europeia para uma série de aplicações com contato com alimentos. “O Eastman 168™ tem um histórico

de uso seguro por parte de indústrias de produtos de consumo desde que foi introduzido, há mais de 30 anos”, disse Dr. Steve Cullen, gerente de negócios de plastificantes da Eastman. Sendo um plastificante versátil para o PVC, o Eastman 168™ possui um longo e crescente registro de aprovações regulatórias. Ele mostrou ser uma substituição pronta e rápida para alguns dos produtos com orto-ftalato mais usados, que atualmente estão passando por pressões regulatórias em seus mercados do mundo todo. O Eastman 168™ tem uma utilidade especial em aplicações delicadas, onde fabricantes buscam conformidade e diferenciação, enquanto continuam a oferecer os mesmos produtos de alto desempenho a seus clientes. “A inclusão do Eastman 168™ na lista positiva da UE para aditivos usados em materiais e artigos plásticos destinados ao contato com alimentos, além da luz verde regulatória da agência americana FDA, dá início a uma nova era de aplicações delicadas onde os fabricantes podem perceber os benefícios de nosso produto. Acreditamos que o Eastman 168™ está provando ser o melhor plastificante sem ftalato do mercado atual”, disse Cullen.PS

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10 anos

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Uma década ao lado dos setores plástico e petroquímico

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Revista Plástico Sul está completando nesta edição, 10 anos de publicação. É uma década levando informação e auxiliando a prosperar uma indústria que leva no próprio nome seu principal objetivo: transformação. Desde 2000 ajudamos os empresários do sul a transformar o setor, aprimorando-o cada vez mais. Contribuímos através do levantamento de conteúdo pertinente e da busca pela informação que leve tecnologia, mercado e tendências à mesa dos empresários 40 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

catarinenses, gaúchos e paranaenses. Passamos pelas crises econômicas, retomadas, variações cambiais, aumento de preços de matérias-primas, mudanças de configuração na petroquímica, invasão chinesa no setor de máquinas, entre outros acontecimentos. Convidamos os atuais dirigentes das entidades do plástico no sul para fazer uma análise dos últimos dez anos do setor de transformação. Acompanhe a visão de cada instituição sobre essa importante década que retratamos em nossas páginas. >>>>


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Plástico Sul

10 anos

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“Uma década de transformações” “Transformação é mesmo a palavra-chave no setor petroquímico brasileiro se levarmos em conta a análise da sua história recente. Mesmo considerado o material da modernidade – a história do plástico não supera os 60 anos – foi no início da década de 90 em que houve um excesso de oferta de produtos derivados do plástico em todo o mundo. No Brasil, a abertura econômica do período resultou na exposição à concorrência dos produtos nacionais perante os importados. Com isso, era preciso se reestruturar e os grandes players da cadeia passaram a investir fortemente no desenvolvimento de novas tecnologias que propiciassem a permanência no cenário mundial. E essa é uma característica bastante forte da cadeia até os dias de hoje, quando o crescimento da terceira geração da indústria plástica, em linhas gerais, acompanha os índices do PIB nacional. Ou seja, não é por acaso que hoje já se fala em plástico verde. Sendo assim, percebem-se claramente os

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avanços da cadeia produtiva do plástico no Brasil e, consequentemente, o uso cada vez maior dos artefatos plásticos como materiais de utilidade ímpar no dia-a-dia de qualquer indivíduo em qualquer lugar do mundo. Por outro lado, isso acarretou uma maior visibilidade do plástico, tornando-o, na visão da comunidade, o novo vilão ambiental. Nos últimos 10 anos, a indústria cresceu e trouxe consigo muitos benefícios. Para os próximos 10 anos, cabe a essa mesma indústria defender e aprimorar esses benefícios, mostrando à comunidade brasileira e mundial o real valor do plástico, inclusive, como matéria-prima nobre pósuso. À Revista Plástico Sul, que acompanha o nosso setor nesta última década, nossos sinceros cumprimentos pelo trabalho realizado. Que a próxima década seja ainda de melhores notícias para todo o setor”. Alfredo Schmitt - Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast)


“O setor nos últimos 10 anos vem atravessando um momento de transformação de extrema relevância. O país tinha praticamente 20 petroquímicas pequenas com pouca produtividade, sem nenhum reconhecimento mundial e sobrevivendo pela política de proteção, até então, vigente. Com a nova ordem petroquímica mundial de incorporações de ativos, com o desaparecimento de muitas empresas e por consequência do fortalecimento de outras que permaneceram, forçou o Brasil a também buscar a competitividade com padrões mundiais através de forte alteração no panorama de números de empresas. Hoje a Braskem, praticamente única petroquímica, está muito fortalecida e no rumo para se tornar uma das maiores no segmento mundial. Esperamos que a política divulgada de priorizar a demanda nacional seja efetivamente seguida e como resultado disto que venha a praticar preços que possibilitem ao setor de transformação a possibilidade de manter o crescimento e a competitividade da indústria nacional.”

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“Em busca da competitividade”

Orlando Marin – Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás)

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10 anos

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“Os vencedores do Sul” “Eu gostaria de começar parabenizando a Plastico Sul por chegar ao seu décimo aniversário. Em um país como o Brasil, é sem dúvida um grande êxito. Se já é um feito criar uma publicação no setor plástico, é ainda um desafio mais complexo tornar-se um protagonista nesse mercado, como é o caso, se essa for focada na Região Sul do Brasil, região pujante, não há dúvida, mas que ainda fica à margem do principal eixo econômico nacional. Nós da indústria de transformação de plásticos do sul do Brasil somos também vencedores. Nosso setor sobrevive cercado de grandes empresas, de um lado por gigantes globais fornecedoras de matérias-primas e por outro por grandes clientes, muitos deles multinacionais. Se há algo que não mudou nesses anos todos foi justamente essa lógica do negócio. No SIMPESC temos a consciência da relevância de nossas empresas em uma cadeia produtiva em que todos temos importante participação, sendo, nosso elo o mais pulverizado, o que mais emprega e que mais impostos gera. Nossa função como agente institucional é o

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de fortalecer nossa representatividade. A melhor forma de fazê-lo é através de entidades fortes e atuantes, que agreguem conhecimento, inovação, tecnologia e proponham soluções aos nossos problemas do dia-a-dia. Temos que ter como nossa atividade fim propiciar o desenvolvimento de nosso setor, levando em conta o potencial de crescimento de nossa economia e aproveitando as oportunidades para levar essa cadeia produtiva ao patamar que desejamos: empresas de sucesso, rentáveis e com retorno para a economia, nossos colaboradores, o meio-ambiente e a sociedade em geral. Caros amigos da Plástico Sul, espero que daqui mais dez anos possamos novamente estar aqui utilizando esse espaço para novamente parabenizá-los pelos seus 20 anos e que até lá tenhamos aproveitado as oportunidades que nosso país está nos apresentando para formar a indústria do plástico que queremos”. Albano Schmidt - Presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc)


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“Os obstáculos dos anos 2000” “Nosso setor na última década cresceu dentro da possibilidade da realidade do Brasil, poderíamos estar mais avançados tanto em produção quanto em tecnologia. Sofremos com as altas da carga tributária, guerra fiscal entre os estados, entrada de produtos de mercados mais competitivos. A grande mudança que aconteceu nesta última década, infelizmente beneficiou somente a primeira e segunda geração foi a retomada da Petrobrás como sócia da única petroquímica restante. A terceira geração do nosso setor foi esquecida pelo Governo, mesmo sendo esta a que mais gera empregos, tornou-se com raras exceções, com sua economia voltada ao mercado doméstico, dependente da economia local e, de um fornecedor somente. A exportação seria o impulso das nossas indústrias, mas a falta de política nos impede concorrer com um mundo globalizado. Nunca se importou tanto produtos plásticos principalmente da Ásia. Produtos estes que poderiam estar sendo fabricados no Brasil com uma qualidade superior e dentro das normas de segurança exigidas por nossa legislação. Os pre-

ços internacionais, mesmo com uma taxa de importação de 14%, são muito competitivos para entrar em nosso mercado e ainda apresentam margens abaixo dos nossos custos de produção. Nos faltam incentivos e temos a matéria prima mais cara do mundo, nosso setor está longe de ser competitivo e contribuir com o Brasil na balança comercial. Para próxima década precisamos trabalhar para uma política única de desenvolvimento em todas as cadeias do plástico. A indústria tem que ser vista e respeitada como o elo forte da cadeia, somos milhares de empresas e grande parte são pequenas e médias, que empregam milhares de vezes a mais que a primeira e segunda geração, portanto a isonomia tributária na terceira geração é emergencial assim como uma política globalizada de preços das resinas. Temos que fortalecer e apoiar nossas entidades representativas para que este cenário, na próxima década, seja favorável ao nosso crescimento. Denise Dybas Dias - Presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (SIMPEP)

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Plástico Sul

10 anos

“Associações, fusões e incorporações deverão acontecer no país e no estado, na busca da competitividade em alguns segmentos de produtos, como commodities”.

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César Rangel Codorniz, ex - presidente do Sinplast em entrevista na edição abril de 2000

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Túnel do Tempo

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edição de abril de 2000 da revista Plástico Sul abordava em sua capa 3 temas: “O estado do RS valoriza setor termoplástico”; “Mercado: crescer, o drama da Triunfo” e “Entrevista com César Codorniz”, então presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS. A principal matéria contava com uma entrevista de Clarisse Castilhos, que na época dirigia o Departamento de Fomento aos Investimentos da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai). Clarisse abordou assuntos como alterações no Proplast, programa de incentivos para instalações de indústrias de terceira geração. Já na reportagem sobre a Petroquímica Triunfo, o diretor em 2000, Luiz Briones afirmava que a falta de matéria-prima impedia a expansão da Companhia. “Chegamos à capa-

cidade máxima de produção e batemos com a cabeça no teto, pois com as atuais instalações não é possível produzir mais”, dizia Briones há 10 anos.

Números divulgados na edição - O setor plástico empregava mais de 24 mil trabalhadores em 600 empresas no RS; - O faturamento do setor em 1999 foi de R$ 1 bilhão, segundo estimativas; - A terceira geração participava com 0,53% no ICMS do RS - A indústria Gaúcha do plástico exportava 4% e 5% do valor de sua produção; - O RS representava na época 9% da produção nacional de artefatos plásticos, dividindo a 4ª posição no ranking com o Paraná. - Cerca de 87% das indústrias gaúchas de plástico tinham até 99 empregados.PS


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do plástico no Brasil como Gerente Geral da Cipla. Cia. Indl. De Plásticos. (Maiores e Melhores da Revista Exame) e 2007 – Comenda do Mérito Indl. da Fiesc

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Passaporte

Se não atuasse nesse segmento, em qual atuaria? No setor de construção Civil.

Experiência gratificante

N

essa edição, a Revista Plástico Sul completa dez anos de publicação. A primeira publicação, impressa em abril de 2000 contou com uma entrevista especial com o então presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina, Nivaldo Nass. Para relembrar o referido exemplar, procuramos o ex-líder sindical, que presidiu a entidade de 1996 a 2005 para participar dessa sessão. Confira o perfil deste executivo de 69 anos que descreve como gratificante a sua experiência como dirigente do Simpesc e hoje atua na Cajadam Têxtil. Quem é Nivaldo Nass? Empreendedor, amigo, disciplinado e Pai de família. 69 anos. Economista. Julga que a prática do associativismo é fundamental para o equilíbrio das classes. Em quais empresas já trabalhou? Ciser, Fabril Lepper,Tigre, Cipla, Akros (Amanco) e Cajadan. Como empresário o que lhe entristece? O interesse individualista dos participantes dos poderes constituídos e a consequente inoperância na gestão das suas atividades .

Um personagem que te inspirou na profissão? Sr. João Hansen Junior, fundador da Tigre Três situações que ajudam no crescimento da empresa em que atua? Definição clara do negócio da empresa, conhecimento da tecnologia e do mercado em que atua e fomento do entusiasmo em toda equipe. O que é mais importante na gestão de uma empresa? Dotar a empresa de recursos que comprometam a equipe com sua visão e missão. Um obstáculo? O governo. Dólar alto ou baixo? Flexível ao nível que permita a competitividade internacional. Exportação? Oferece desafios globais e tornam as empresas mais competitivas. Concorrência? Muito positiva, desde que cumpridora de seus deveres fiscais e éticos. Um momento importante para a Cajadan? Decisão estratégica da mudança de rumo no mercado.

O que anima? Os desafios tecnológicos, que exigem a atualização constante dos profissionais.

A Cajadan é... Uma indústria Textil,de 16 anos, atualmente focada no mercado de meias e acessórios, oferecendo produtos e serviços diferenciados aos seus clientes.

Uma atitude que jamais tomaria como líder? Praticar a desonra e deslealdade.

Em uma palavra, como foi presidir uma entidade importante como o Simpesc? Gratificante.

Uma conquista significativa? Em 1978 a classificação de melhor indústria

O brasileiro valoriza o plástico? O crescimento do consumo constatado é a

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Nivaldo Nass presidiu o Simpesc entre os anos de 1996 e 2005

prova de que o setor plástico conquistou a confiança do consumidor brasileiro e a evolução da sua qualidade, fez com que o seu prestígio esteja cada vez mais assegurado. Um acontecimento inesquecível para o setor nos últimos 10 anos? A realização da Interplast em paralelo com a Sociesc e o apoio da Revista Plástico Sul. Ser empresário na região sul significa... Estar em uma região que adota princípios disciplinares e vocações empreendedoras, as quais servem de alicerce para o grandioso desenvolvimento constatado. A indústria catarinense é... Pujante, em função de que as suas lideranças se preocupam com o meio em que atuam, o que proporciona a dotação de recursos que visam a adequação aos negócios e resultam no desenvolvimento apresentado. O plástico representa... Otimista, como sempre, vem crescendo de forma acentuada, com anúncios de investimentos muito promissores, o que a qualifica como um setor altamente representativo no cenário nacional.PS


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Eventos

Maxiquim e Intellichem promovem informação e networking no Texas Evento focado no mercado latino-americano atrai os olhos do setor e já tem sua próxima edição marcada para março de 2011.

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Revista Plástico Sul - Qual o formato do evento e quem foram os participantes? Solange Stumpf - O evento tem um foco na análise do mercado da indústria petroquímica na América Latina. Nosso objetivo é apresentar palestrantes com assuntos referentes ao que está acontecendo na região, trazendo empresas que atuam no segmento e que têm uma presença relevante no setor como um todo. Neste evento foram proferidas três palestras. Primeiro foi a Probe Economics,

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m evento que proporciona simultaneamente informação, através de palestras, e networking, com a participação de todos os elos da cadeia produtiva do plástico. Assim pode ser definido o Latin American Petrochemical Networking Meeting, encontro realizado anualmente pela Maxiquim e Intellichem, em Houston (TX). Na terceira edição, o evento

entrevista a Revista Plástico Sul, a sócia-diretora da Maxiquim, Solange Stumpf fala sobre o evento, os assuntos abordados, a importância dessa oportunidade para a indústria mundial, entre outros assuntos.

Após, tiveram duas palestras sobre os principais acontecimentos, projetos e rearranjos da indústria. A primeira foi da Braskem, com uma análise sobre a nova configuração da indústria, através das fusões e aquisições onde a empresa é a principal envolvida. Os palestrantes Walmir Soller e Marco A. Quirino trouxeram algumas informações sobre como ficará o mercado brasileiro, qual o posicionamento da Braskem e suas estratégias, em termos de petroquímica regional e mundial. Depois tivemos uma palestra do Grupo Idesa, Mexicano, onde a Braskem também está envolvida num projeto chamado Eteno 21 que é uma grande ação na região onde está prevista uma nova capacidade de eteno e polietileno no México, através da parceria entre as duas empresas. Plástico Sul - O que você destacaria? Stumpf - Acredito que a palestra com o Grupo Idesa, que foi em conjunto com a Braskem, trouxe informações importantes sobre esse projeto que vai se instalar em Vera Cruz, no México. A iniciativa visa uma capacidade instalada de um milhão de toneladas de eteno base etano e um milhão de toneladas de polietilenos por ano. O México estava há muito tempo sem um projeto desse porte, portando será muito importante para o país e para toda a região. A previsão de partida é 2015. Eles ressaltaram que é um bom moEvento mobilizou petroquímicas, transformadores e distribuidores no Texas (EUA)

contou com cerca de 80 participantes de diversos países, com presença maciça de brasileiros. Profissionais da petroquímica, transformadores e distribuidores foram aos EUA no dia 26 de março em busca de conhecimento de mercado e fomentação de bons negócios. A próxima edição já está agendada para dia 25 de março de 2011 e será mantida a mesma configuração. Uma das metas é levar mais transformadores para o evento. Em 50 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

uma consultoria que abordou a economia na América Latina. Dr. Frederick M. Peterson deu um panorama sobre a questão econômica mundial, como a situação dos Estados Unidos e as perspectivas para 2010 em termos de economia global. O foco foi a América Latina: principais países, perspectivas de PIB entre outros pontos, com o objetivo de dar um pano de fundo para analisar o mercado e oportunidades na região.

mento para entrar com nova capacidade. Estamos passando por um ciclo de baixa rentabilidade em função de vários projetos principalmente no Oriente Médio e na Ásia, e a tendência é a partir de 2012 começarmos a apresentar novamente uma alta rentabilidade, com uma melhor situação para as empresas em termos de margens. Portanto esse período seria um bom momento para partir uma planta. Então foram informações úteis e de primeira mão.


Plástico Sul - Qual a relação entre esses acontecimentos no México e o Brasil? Stumpf - Estamos em uma fase de investimentos de empresas brasileiras na região como um todo, inclusive no próprio México, que tem sido um local de investimentos de empresas nacionais. Então, essa sinergia entre os países é bem importante. Temos um histórico muito forte de relacionamento comercial e empresarial com a Argentina, por exemplo, e com o México não se tinha. Entretanto hoje essa realidade está mudando. As petroquímicas e transformadores estão investindo no México e vice-versa. A relação empresarial já está acontecendo e é importante porque traz negócios para todos. Esse investimento de porte trará uma nova possibilidade de abastecimento ao transformador. O México, apesar de produtor, é culturalmente um importador de resinas, pois tem um déficit muito grande e acaba importando dos EUA sua necessidade de suprimento adicional. Esse projeto suprirá o mercado doméstico e poderá até se tornar exportador, fazendo com que seja uma opção inclusive ao mercado brasileiro. Para o transformador, todo tipo de projeto de nova capacidade será bem-vindo.

de entidades, transformadores, indústria petroquímica, distribuidores e bancos. Todos os elos da cadeia produtiva participaram. Eu diria que 30 a 40% eram brasileiros.

Plástico Sul - Quais as estratégias para esse evento latino-americano? E porque no Texas? Stumpf - No Texas estão concentrados os principais negócios das indústrias químicas e petroquímicas, americana e mundial. Por isso, consequentemente os principais eventos são nessa região. A lacuna que se vislumbrou para um evento focado na América Latina é porque a maioria dos eventos trata de regiões tradicionais como EUA e Europa, e mais recentemente de outras como Oriente Médio e Ásia. A América Latina sempre foi pouco procurada. Então vislumbramos a oportunidade de ter um evento específico para a região a fim de valorizar mais os países envolvidos e levar informações interessantes que possam gerar negócios. A ideia do encontro é proporcionar também um networking para que participantes possam se conhecer, conversar e iniciar parcerias.

Plástico Sul - Após o evento, qual a posição do Brasil em relação aos outros países, em termos de posicionamento mercadológico? Stumpf - O que está expondo mais o Brasil hoje em primeiro lugar é esse potencial de crescimento, com uma economia mais sustentada. A indústria química e petroquímica segue de perto o crescimento do PIB. O país que tem uma estimativa de crescimento de 4% a 5% com certeza terá um mercado importante para essas indústrias. A renda maior e o potencial de consumo também favorecem o país. É uma demanda reprimida que existia e agora começou a se desenvolver de uma forma mais robusta. O cenário no Brasil é muito favorável do ponto de vista econômico. Outro ponto são os players mundiais que o Brasil possui e isso também traz negócios para a região.

Plástico Sul - Quais foram os países que participaram? Stumpf - Participaram cerca de 80 pessoas vindas principalmente do Brasil, Argentina, Chile, México e EUA. Tivemos presença

Plástico Sul - Estrategicamente como funciona essa parceria com a Intellichem, de Rina Quijada? Stumpf - Temos parceria com a Intellichem, consultoria localizada nos Estados Unidos, há 8 anos. Nós fazemos trabalhos em conjunto, focados na petroquímica da América Latina. Nosso carro-chefe é o QuiMax Report uma publicação quinzenal com diversas informações de mercado na região, produzidas pela Maxiquim e Intellichem. Plástico Sul - Está no escopo da empresa trazer um evento dessa magnitude para o Brasil? Stumpf - Não temos nada formatado, mas é uma oportunidade que é avaliada. Acredito que há demanda para esse tipo de evento porque a região está se sobressaindo muito. Tanto o Brasil como a América Latina como um todo estão com um grande potencial agora. Quem está lá fora, está olhando a região.

Plástico Sul - Qual foi a repercussão internacional da compra da Sonoco pela Braskem? Stumpf - Pelo que ouvimos é muito bem vista. Hoje se fala da Braskem como um player mundial. Antigamente não ouvíamos falar em>>>> <<<< Abril de 2010 < Plástico Sul < 51


Eventos Brasil nos eventos no exterior e hoje essa questão dá uma visibilidade maior para o país. Plástico Sul - Existe uma tendência do transformador também reestruturar-se para ganhar competitividade? Stumpf - Com o transformador é um pouco diferente, mas acho que esse movimento já está havendo, com empresas fazendo fusões e aquisições e se internacionalizando. Nesse setor o mais importante muitas vezes não é a escala e sim ter um negócio internacional através de parcerias ou joint ventures. Não é só questão de comercializar o produto, mas de trazer para dentro da empresa inovação e tecnologia. Plástico Sul - Aumentou o interesse do mercado externo pelo Brasil? Stumpf - Aumentou bastante. Enquanto eu estava nos Estados Unidos saiu uma matéria muito grande no The Wall Street Journal sobre o Brasil, intitulada “For Brazil, It´s Finally Tomorrow”. A matéria discorria sobre as boas perspectivas para o país, sua economia, mercado, pré-sal, PAC etc. Sem dúvida é um

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momento de visibilidade muito grande para o Brasil no mercado internacional, e as empresa brasileiras precisam aproveitar e tentar buscar serem mais vistas lá fora. Plástico Sul - Em várias ocasiões tem se dito que o transformador brasileiro é focado no chão-de-fábrica, deixando de lado a gestão e estratégia. Isso é verdade? Stumpf - Os transformadores participam pouco de eventos internacionais com informações de mercado e quando vão, se interessam por eventos mais específicos como feiras. Para a transformação a questão de desenvolvimento de produto é muito importante. O transformador tem que pensar como vai crescer em termos de produção. Ele tem que estar sempre desenvolvendo produtos em detrimento de outras questões relativas a negócios. Isso não é falta de estratégia. Entretanto, acredito que com esse movimento da petroquímica e do mercado como um todo, o transformador também tenha que pensar de forma mais empresarial, buscando novas oportunidades de negócios no mercado externo. Neste sentido ele

precisa buscar informações no mercado internacional. E para isso é importante participar de eventos, encontros, que acabam gerando negócios. Lá fora as aquisições são muitas e as empresas estão crescendo rapidamente através desses mecanismos. A empresa que fornece para o varejo, por exemplo, tem que ter porte para sobreviver. Plástico Sul - Quais as dicas que você daria a transformador brasileiro se tornar mais competitivo? Stumpf - Independente do tamanho da empresa e do foco do transformador, ele precisa estar bem informado. O empresário precisa buscar informações qualificadas para agregar valor aos seus negócios e se manter competitivo. Porque na verdade, hoje é muito fácil ter acesso a informação, a questão é obter uma informação correta, com uma análise completa e relevante, gerando conhecimento. É importante que a empresa tenha uma inteligência de mercado para orientar os seus negócios. O transformador, em sua maioria, ainda trabalha de forma muito empírica essa área.PS


Fimec confirma retomada do setor

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fatos (IBTeC), Rui Guerreiro, ressaltou estar muito satisfeito com o resultado da Fimec, tanto em seu estande institucional, como no projeto Fábrica Conceito, parceria entre o Instituto, a Fenac e a Coelho Assessoria Empresarial. A indústria experimental apresentada durante a feira contou com mais 62 parceiros do setor de máquinas e componentes, e com trabalhadores contratados junto à Agência Municipal de Empregos (AME) e a projetos sociais. “A Fábrica Conceito produziu, durante a feira, cerca de 600 pares de calçados, entre modelos masculinos e femininos. Temos muito orgulho deste projeto que, pela primeira vez, acontece no lugar

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34ª Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes), realizada de 13 a 16 de abril, confirmou o bom momento do calçado no Brasil. De acordo com os organizadores, aproximadamente 50 mil pessoas, oriundas de 42 países, visitaram os pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo (RS). “O mais importante é a qualidade do visitante, altamente profissional, e os negócios que são firmados e os inúmeros já encaminhados”, afirmou o diretor-presidente da Fenac, Ricardo Michaelsen. O diretor-presidente também destacou

vas criadas a partir da Fimec. “Estamos em plena consolidação de nossa recuperação, mesmo se levarmos em conta o ano de 2009, que foi muito ruim. Já podemos apresentar um aumento de 32% no volume de exportações em relação ao ano anterior, algo em torno de 396 milhões de dólares. A Fimec é a confirmação desta retomada, posso falar em nome das 59 empresas que aqui expuseram que o retorno está dentro do esperado”, afirmou Gomes. Isabel Aguiar, diretora da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para Couros e Calçados (Abrameq), ficou satisfeita com os resultados obtidos na feira. Ela comentou que a associação registrou uma excelente Fimec, com 46 dos associados expondo na feira. “Os nossos associados fecharam negócios. Tivemos mais de 200 reuniões com representantes de 13 países, entre eles Rússia, México, Guatemala, Colômbia, Peru e Argentina”. Isabel considera que para a Abrameq o grande destaque da feira foi a vinda dos compradores da Rússia. “Dentro do nosso projeto, foi a primeira vez que eles participaram e o melhor, fecharam negócios”, revela. Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Oséias Schroeder, a 34ª da mostra superou as expectativas em todos os sentidos. Na Governadora do RS, Yeda Crusius, prestigiou evento calçadista em Novo Hamburgo

o profissionalismo dos expositores. “Hoje a Fimec tem a cara da moda, com muita brasilidade”, elogiou, complementando que 70% dos estandes já estão confirmados para a edição de 2011, que acontece de 12 a 15 de abril, no mesmo horário. Vários estados brasileiros se fizeram presentes na feira. E entre os países estrangeiros, Michaelsen citou a presença dos dez de maior público: Argentina (com 917 visitantes), Peru (589), Itália (296), Uruguai (165), Colômbia (158), Equador (149), Alemanha (134), Chile (109), China (83) e Estados Unidos (55). O presidente do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçados e Arte-

certo, que é dentro da Fimec”, enfatizou Guerreiro. Salientou ainda, a oportunidade criada para trabalhadores que estavam fora do mercado. “São pessoas que estavam desempregadas, e agora ganham uma nova perspectiva. Inclusive seus cadastros estão disponíveis no IBTeC para as empresas que quiserem contratá-los”, observou. Já o presidente da Associação da Indústria de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul), Francisco Gomes, lembrou da importância que os temas sócioambientais têm ocupado no segmento do couro, e falou da forte retomada do setor após a crise do ano passado, e das boas perspecti-

coletiva de encerramento para avaliação do evento, Schroeder citou os projetos apresentados pela entidade na feira, entre eles o Projeto Comprador com foco no mercado externo. “Participaram do projeto 19 países e o volume de negócios efetivados na Fimec, na ordem de 1,5 milhão de dólares, tem boas perspectivas de chegar a 10 milhões a partir dos contatos realizados”, afirmou. Ele também destacou a assinatura do projeto em parceria com o Sebrae/RS, Abrameq e Abicalçados para internacionalização de micro e pequenas empresas do setor e do projeto Fornece, para qualificar e capacitar fornecedores.PS <<<< Abril de 2010 < Plástico Sul < 53


Eventos

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MECÂNICA 2010 realiza simpósio para o setor de máquinas e ferramentas Feira da Mecânica atrai dezenas de empresas ligadas ao setor plástico internacional

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28a Feira Internacional da Mecânica, marcada para o período de 11 a 15 de maio, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, conta com uma novidade: a realização de um simpósio internacional, cujo objetivo é debater três pilares que permeiam o setor de máquinas e equipamentos para a indústria: economia, gestão/inovação e tecnologia. O Simpósio Internacional Mecânica 2010 - Novos Tempos, Novas Soluções, agendado entre 12 e 14 de maio, no Holiday Inn Parque Anhembi, é direcionado aos profissionais de todo o setor industrial, principalmente, para gerentes, executivos, diretores, técnicos responsáveis pelas áreas de robótica, manutenção, qualidade, compras, comercial, sustentabilidade, produção, administrativo-financeira, entre outros. Com a participação de renomados especialistas, a agenda do evento abordará relevantes assuntos econômicos, como, por exemplo, os desafios da indústria nacio-

nal, a retomada da economia mundial, como competir no cenário internacional e fusão e aquisição. No caso de inovação, será apresentado o Sistema Nacional de Inovação, o papel da sustentabilidade, a importância da gestão de inovação e a uma caso de sucesso de uma empresa inovadora, e na parte de tecnologia, serão tratados temas relacionados à novos materiais, usinagem, robótica, automação e sistemas de segurança em processos de solda.

Seminário de Injeção de plásticos é destaque em São Paulo Nos dias 25 e 26 de maio, o Instituto Nacional do Plástico apoiará o Simpósio Internacional de Injeção de Plásticos 2010, que este ano traz o tema “Otimização de Recursos Produtivos”. Durante os dois dias de Simpósio, haverá palestras de renomados profissionais de instituições e empresas. No público-alvo do evento, estão profissionais nas áreas de desenvolvimento de produtos, processos, produção, engenharia de aplicação e materiais, pla54 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

nejamento, técnica, ferramentaria, mecânica, qualidade; diretores e gerentes industriais e de vendas, além de compradores das indústrias desse setor, pesquisadores e professores. As taxas variam de acordo com o período de inscrição. O Simpósio será realizado no Club Transatlântico, que fica na Rua José Guerra, 130, Chácara Santo Antônio - São Paulo (SP). Para saber como participar, ligue (11) 3081-7388 ou acesse www.especifica.com.br.


Programação: 25 de maio 08:00 – 08:30 - Inscrição e Credenciamento 08:30 – 08:50 - A Indústria brasileira de transformação de material plástico Merheg Cachum – Abiplast – Brasil 08:50 – 09:40 - Nanotecnologia: fundamentos, aplicações e oportunidades Prof. Dr. Oswaldo Luiz Alves – LQES- Laboratório de Química do Estado Sólido – Instituto de Química – Unicamp – Brasil 09:40 – 10:30 - Análise do energético e potencial do ambiente produtivo Ing. Martin Hoyer – Arburg – Alemanha 10:30 – 11:00 - Coffee-break 11:00 – 11:50 - Sistema flexível de secagem high tech Baldo Federico – Moretto – Itália 11:50 – 12:40 - Normas para biopolímeros e polímeros biodegradáveis e compostáveis Eng. Júlio Harada – Basf – Brasil 12:40 – 14:10 - Almoço 14:10 – 15:00 - Integração de funções e redução de custos através da Injeção de bicomponentes Dipl.- Ing. Helmut Eckardt – Wittmann/Battenfeld – Alemanha 15:00 – 15:50 - Aperfeiçoamento da superfície da cobertura plástica através de um acabamento decorativo – Tendências modernas n a decoração “in mold” Ing. Christian Renners – SumitomoDemag – Alemanha 15:50 – 16:20 - Coffee-break 16:20 – 17:10 - Efeitos de deformação na injeção decorativa sobre laminados Prof. Dr.-Ing. Andreas Ujma – Fachhochschule Südwestfahlen – Alemanha 17:10 – 18:00 - Sistemas de alta performance para injeção de embalagens Eng. Paulo Carmo – Husky – Brasil

26 de maio 08:30 – 09:20 - Melhoria da qualidade de módulos óticos através de estampagem por injeção e por aquecimento indutivo altamente dinâmico dos moldes Dr. Erwin Bürkle – Krauss Maffei – Alemanha 09:20 – 10:10 - Máquinas e equipamentos com eficiência energética Bernhard Lettner – Engel – Áustria 10:10 – 10:40 - Coffee-break 10:40 – 11:30 - Otimização da qualidade e da produtividade através de controle de pressão e temperatura na máquina e molde Dipl.- Ing. Helmut Eckardt - Wittmann/Battenfeld – Alemanha 11:30 – 12:20 - Potencial da utilização da tecnologia de placas giratórias na produção de peças multicomponentes - Integração de funções e economia Dr. Erwin Bürkle – Krauss Maffei – Alemanha 12:20 – 13:20 - Almoço 13:20 – 14:10 - Redução de custos na secagem dos materiais plásticos através de um sistema eficaz e econômico Ing. Rainer Farrag – FarragTech – Áustria 14:10 – 15:00 - Correlação entre a temperatura da parede do molde, o tempo de resfriamento e as propriedades da peça moldada Konrad Ege – GWK – Alemanha 15:00 – 15:50 - Utilização ecologicamente correta da água industrial Eng. Daniel Garcia Juambeltz – Frigel – Itália 15:50 – 16:20 - Coffee-break 16:20 – 17:10 - Estratégias de usinagem de aços especiais para moldes de injeção Prof. Dr. Eng. Jefferson de Oliveira Gomes – Centro de Competência em Manufatura CCM/ AIM – ITA / Villares Metals – Brasil 17:10 – 18:00 - Uso de programas de simulação sobre o desenvolvimento de moldes sob ponto de vista reológico, térmico e mecânico Prof. Dr.-Ing. Andreas Ujma – Fachhochschule Südwestfahlen – Alemanha PS <<<< Abril de 2010 < Plástico Sul < 55


ARTIGO

Aproveitando de forma segura os incentivos fiscais da lei do BEM Marcos de Araujo Rodrigues* tualmente, muito se ouve falar em inovação, pesquisa e desenvolvimento em inovação tecnológica (PD&I) e temas afins, tudo sempre com a conotação de que as empresas necessitam estar constantemente modificando ou criando novas funcionalidades ou qualidades de seus produtos, incluindo-se aí também os processos produtivos. Nós já vivemos há muito tempo em processos produtivos inovadores. A comprovação desse fato está em tudo o que vemos em nossa volta; o cavalo virou carro e depois avião, a iluminação à vela virou lâmpada alimentada por energia elétrica, as penas das canetas se transformaram em máquinas de escrever e depois em computadores. Esse processo contínuo acaba descrevendo a essência da inteligência humana em se aproveitar das condições atuais para buscar novos horizontes e gerar inovações. No Brasil, após longos anos de briga pela subsistência em face da recessão que impunha enorme dificuldade financeira das pessoas físicas e jurídicas, o processo inovativo passou a ter uma importância mais evidente. Desde 1998, com a promulgação da Constituição Federal, o Brasil declarou explicitamente a importância em promover e incentivar o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológica no país. Em 2005, o Congresso Nacional materializou essa intenção através da conhecida Lei do Bem (Lei 11.196), concedendo benefício fiscal aos contribuintes que promoverem pesquisa e desenvolvimento em inovação. Porém, como em quase todo o sistema tributário bra-

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sileiro, essa possibilidade requer um tratamento especializado para que não se incorra em graves danos pelo aproveitamento indevido. Essa previsão legal leva em consideração que as empresas brasileiras têm enorme potencial inovador, faltando, muitas vezes, a capacidade financeira, o que se buscou através da redução do custo tributário do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas, tributos mais diretamente compreendidos pelo incentivo. Então, concomitantemente ao projeto de PD&I, a empresa poderá – ou, melhor dizendo, deverá – se valer dos benefícios previstos pela legislação, já que a idéia é justamente conceder àquele que inova capacidade de investimento na pesquisa e desenvolvimento da inovação tecnológica. Contudo, é fundamental que a empresa com potencial inovador tenha o seu projeto aprovado na exata dimensão dos benefícios aproveitados com a Lei do Bem, o que impõe consistência no projeto inovativo e rigor na sua execução. O acompanhamento do processo de PD&I requer conhecimento técnico científico que será avaliado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para aferir a existência ou não daquela inovação e, por conseqüência, da legitimidade na utilização dos benefícios da Lei do Bem. Por essa razão, é fundamental que as empresas que queiram se utilizar destes benefícios fiscais dediquem especial atenção ao aspecto contábil no levantamento do valor a ser utilizado da Lei do Bem e tenham em seus projetos a consistência técnica necessária para não sofrerem nenhum revés. Os projetos de pesquisa e desenvolvimento em inovação devem relatar de forma clara o

que se pretende caracterizar como processo ou produto inovador e devem estar de acordo com os critérios determinados pelo Ministério da Ciência e Tecnologi a, sob pena de não serem reconhecidos os benefícios fiscais daí decorrentes, dando margem, com isso, a medidas repressivas por parte da Receita Federal, como a cobrança dos valores irregularmente tomados como créditos com base na Lei do Bem acrescidos de multas e juros. Portanto, o que se verifica, na prática, é a necessidade de se agregar os conhecimentos jurídico, contábil e técnico na seara do P&D para que o projeto de pesquisa e desenvolvimento em inovação tecnológica tenha como resultado a geração de toda a documentação necessária para, diante de uma eventual fiscalização, ser possível comprovar de forma plena e satisfatória a aplicação correta dos investimentos dentro do benefício fiscal. Percebendo a importância desses projetos e a complexidade e o risco envolvidos no correto aproveitamento dos benefício da Lei do Bem, as empresas Produttare, atuante em processos produtivos e com profissionais dedicados à área de inovação, Office Consultoria Tributária, com conhecimento na área contábil-fiscal, e o Escritório Scalzilli, aespecializado no direito tributário, formaram o Consórcio Inovatio, reunindo todas estas competências com vistas a garantir a condução adequada dos processos de pesquisa e desenvolvimento em inovação que as empresas queiram implementar. *Consultor tributário, societário e contábil e sócio Diretor da Office Consultoria Tributária


Plast Mix

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Bloco de Notas Brasil exporta resinas para a China que supera Argentina Quando se fala dos grandes investimentos na produção de resinas, principalmente PE’s e PP, no Oriente Médio, nos últimos anos, sabe-se que a maior parte deles são para atender o mercado asiático, ou seja, a China. Na sua dimensão menor, mas mercadologicamente muito importante, agora a China também se tornou a parceira mais importante para as exportações de resinas do Brasil, superando a Argentina. Segundo informações da Maxiquim, pode-se dizer que das commodities exportadas pelo Brasil para a China, não está somente soja e aço, também estão PE’s e PP. A China é hoje o principal destino das exportações do polipropileno, do Brasil. No 1º trimestre de 2010, a participação da China foi de 23% e no mesmo período de 2009 o percentual foi de 39%. É o segundo maior destino das exportações de PE’s, após a Argentina. No primeiro trimestre de 2010, a China teve participação de 10% no destino da exportação de PE’s, enquanto que no mesmo período de 2009, o percentual foi de 21%.

Rolhas de plástico tiram mercado da cortiça A tradicional rolha de cortiça que por séculos selavam os vinhos de diversas partes do mundo perdeu seu espaço para o objeto feito de plástico. A oportunidade para a fabricação desta rolha veio com a insatisfação das vinícolas que por anos reclamavam da interferência da cortiça no sabor do vinho. Numa fábrica em meio aos bosques na Carolina do Norte, EUA, dez máquinas gigantes produziram 1,4 milhão de rolhas de plástico no ano passado, suficientes para circundar o mundo 1,33 vez se enfileiradas. A Nomacorc LCC revolucionou a indústria de rolhas e, nos últimos dez anos, 20% do mercado mundial foi substituído por essa nova tecnologia, que custam entre US$ 0,02 a US$ 0,20 cada. 58 > Plástico Sul > Abril de 2010 >>>>

Braskem monta estratégia para uso de etanol A Braskem vai investir R$ 24,5 milhões numa secadora de etanol, utilizado para a produção de ETBE. Com isso, a empresa passará a comprar álcool hidratado (6% a 7% de água) em vez do álcool anidro, cujo custo é 16% maior. A decisão do investimento está associada à entrada em operação de unidade de eteno verde, este ano, que quadruplicará o consumo de álcool anidro da Braskem, hoje em 150 milhões de litros. Assim como a fábrica de ETBE, a nova planta consumirá o etanol como matéria-prima, com a diferença de que o eteno verde utilizará álcool hidratado. Por questões logísticas e de volume, a aquisição e a armazenagem da mesma matéria-prima, para as duas aplicações ficará mais competitiva para a empresa. A função da secadora, com operação prevista para agosto e com capacidade para 40 mil litros/dia, fará, justamente, a transformação do álcool hidratado em anidro. O equipamento integra o plano de investimentos da Braskem, no RS, este ano, de R$ 175 milhões. Vice-presidência de Finanças e RI - A Braskem informou que a executiva Marcela Drehmer é a nova responsável pela área de Finanças e Relações com Investidores da empresa. Ela substituirá Carlos Fadigas, que após desempenhar a função por três anos e meio. Fadigas vai assumir a liderança da Braskem América, antiga Sunoco Chemicals, adquirida em fevereiro, com a missão de desenvolver a estratégia de crescimento da Braskem, nos Estados Unidos.

Fabricantes paulistas são responsáveis pela destinação de suas embalagens Em São Paulo, os fabricantes, distribuidores ou importadores de produtos de significativo impacto ambiental passaram a ser responsáveis pelo recolhimento e destinação adequada de suas embalagens. É o que determina a Resolução SMA 24, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que publicou para isso lista com os nomes dos produtos assim classificados. O documento estabelece ainda que os empresários que trabalham com os itens relacionados ficam obrigados a criar postos de entrega voluntária para os resíduos pós-consumo, orientar os consumidores quanto à necessidade de devolução desses resíduos, cumprir metas de recolhimento e declarar a quantidade produzida desses produtos e de resíduos recolhidos, além de sua destinação, no Sistema Declaratório Anual de Resíduos Sólidos. A resolução é resultado da Política Estadual de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.300, aprovada em 2006. O objetivo é ajudar a fechar o ciclo produtivo a fim de reduzir a emissão de resíduos, além de envolver as empresas e os próprios consumidores na destinação adequada desses produtos. A lista foi definida pela Comissão Estadual de Resíduos Sólidos e poderá ser atualizada. Até o dia 31 de dezembro de 2010 a comissão e os setores empresariais responsáveis estabelecerão metas de recolhimento para cada produto. Aqueles que não cumprirem as normas poderão ser multados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), em valores que ainda serão definidos. Os produtos listados são filtros de óleo lubrificante automotivo, embalagens de óleo lubrificante automotivo, lâmpadas fluorescentes, baterias automotivas, pneus, produtos eletroeletrônicos e embalagens primárias, secundárias e terciárias de alimentos e bebidas, produtos de higiene pessoal, de limpeza e bens de consumo duráveis.

Plástico substituirá LCD em 10 anos, diz HP A HP é a maior fabricante de PCs do mundo e só em 2009 confeccionou 65 milhões de PCs para vendas mundo afora. Todos eles com display feitos de vidro. Agora, no entanto, testes feitos no laboratório de pesquisas da companhia, nos Estados Unidos, avaliam o uso de filmes plástico para substituir derivados de vidro em displays de computadores, TVs e monitores. A justificativa é que a evolução da tecnologia de manipulação de plástico permitirá criar películas capazes de se iluminar consumindo menos energia dos dispositivos e oferecer melhor qualidade de imagem do que os atuais painéis a base de quartzo ou cristal líquido.


Paraná lidera crescimento da indústria em março, mostra IBGE A produção industrial cresceu em 12 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de fevereiro para março. A maior expansão foi registrada no Paraná, de 18,6%. No conjunto das regiões, a alta foi de 2,8%. Também cresceram acima da média nacional, segundo o IBGE, as indústrias do Amazonas (10,1%), Pernambuco (4,4%), Rio Grande do Sul (4,1%) e Santa Catarina (3,7%). As demais altas foram verificadas em Minas Gerais (2,8%), Espírito Santo (2,2%), Rio de Janeiro e região Nordeste (ambos com 1,8%), Bahia (0,9%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,6%). Na contramão, a indústria teve retração apenas no Ceará (0,3%) e em Goiás (-6,8%). Já na comparação com o mês de março de 2009, houve alta na produção em todos os 14 locais, refletindo “aceleração no ritmo da produção e também a base de comparação retraída, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional”, aponta o Instituto em nota.

Oriente Médio registra capacidade sem precedentes na produção petroquímica O Oriente Médio conheceu, nos últimos cinco anos, o maior aumento de capacidade de produção de petroquímicos já visto. Para os próximos cinco anos, a previsão é a mesma: novos projetos de grande porte na região vão torná-la cada vez mais líder na produção de petroquímicos. A Arábia Saudita, já detentora das maiores reservas de petróleo no planeta, poderá se tornar também a maior produtora de petroquímicos no mundo: sua capacidade deve chegar a 110 milhões de toneladas, em 2015, segundo a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OAPEC). Em 2005, a produção saudita de eteno era de 3,2 milhões de toneladas anuais; passou para cerca de 10 milhões de toneladas atualmente; e é estimada em 23 milhões de toneladas, em 2015. A produção de propeno no país também cresceu: de cerca de 600 mil toneladas anuais, em 2005, para 2,5 milhões de toneladas, em 2009. Outros países também tiveram as suas produções de petroquímicos em alta. Nos Emirados Árabes Unidos, a produção de eteno cresceu de 600 mil toneladas anuais, para 1,8 milhões de toneladas entre 2005 e 2009; no Qatar, passou de 200 mil toneladas/ano, em 2005, para 2,5 milhões de toneladas em 2009; e, no Kuwait, cresceu de 500 mil toneladas anuais até 1,5 milhões de toneladas entre 2005 e 2009. Nos Emirados Árabes Unidos, a produção de propeno passou de zero em 2005, para 1 milhão de toneladas em 2009. Segundo a OAPEC, vários fatores são responsáveis por este aumento de capacidade, na produção de petroquímicos: grande disponibilidade de gás natural, localização estratégica entre os mercados ocidentais e orientais, e esforços governamentais para diversificar as economias de seus países - investindo em outras indústrias, que não de extração de petróleo.

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