PlasticoSul Edição 109

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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

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Coordenação Editorial: Júlio Sortica

"A economia significa o poder de repelir o supérfluo no presente, com o fim de assegurar um bem futuro e sobre este aspecto representa o domínio da razão sobre o instinto animal." (Thomas Atkinson)

Redação: Gilmar Bitencourt Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira, Lenise Mattar e Sandra Tesch Representante em Nova Iorque (EUA): Rossana Sanchez

Da Redação

(rogu13associated@yahoo.com) Representante em Caxias do Sul:

Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05

Nédy Conde (54 9126.9937) Design Gráfico & Criação Publicitária:

Plast Vip

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Fórum da competitividade do plástico. >>>> Pág. 06

Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -

Especial

Publicações Segmentadas, destinada às indústrias

Mercado de sopro em alta. >>>> Pág. 10

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,

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formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

A força do plástico em SC. >>>> Pág. 24

Mercado

fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem

Destaque

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Bernardo Gradin no Tá na Mesa. >>>> Pág. 38

Entrevista Roriz: novo presidente da Abiplast. >>>> Pág. 40

Gestão Logística em pauta. >>>> Pág. 42

Filiada à

ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

Eventos Grandes eventos movimentam o setor. >>>> Pág. 44

Bloco de Notas Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 50

Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>> Pág. 54 Capa: Divulgação

404 >> Plástico Plástico Sul Sul >> Maio Maio dede 2010 2010 >>>> >>>>


ARQUIVO/PS

Da Redação

DIVULGAÇÃO/PS

Um limão e grandes oportunidades

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anta Catarina possui destaque em diversos setores industriais. O estado é próspero nos universos têxtil, cerâmico, madeireiro e metal-mecânico. Mas um segmento está sendo alvo de bons resultados: o de transformação de plásticos. Quem acompanha o desempenho do setor sabe que a região caminha em ascendência impressionante. Segundo informações do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc), o estado processou 920 mil toneladas de resinas em 2009, transformando mais de um milhão de toneladas de produtos plásticos e alcançando um faturamento de mais de R$ 7 bilhões de reais. Em consumo de resinas, houve uma queda de 14% em relação a 2008, mas para 2010 as perspectivas são promissoras, já que o crescimento previsto é de 10%. Esses números colocam Santa Catarina em situação confortável no ranking de transformação petroquímica. A região encontra-se em 2º lugar, na de frente outros importantes estados brasileiros. Nas páginas internas, o leitor poderá conferir as razões que fazem do estado um dos campeões em desempenho e quais os obstáculos enfrentados pelos empresários catarinenses. Sabemos que no local estão cravadas importantes indústrias fabricantes de produtos de PVC, que elevam os números do estado. Mas sabemos também que, Santa Catarina, como a Região Sul em geral, é composta por empresários de fibra que mesmo em situação favorável não se acomodam: reivindicam por preços mais justos nas matérias-primas, batalham ativamente pela redução do IPI para produtos plásticos utilizados na construção civil, exigem melhores con-

“A competitividade é a maior busca do fabricante de plásticos...”

dições de logística e pleiteiam a tão esperada reforma tributária. Esses desafios são exatamente a mola propulsora da indústria transformadora catarinense. Os obstáculos quando bem aproveitados tornam-se grandes oportunidades de crescimento e fazer do limão uma limonada é a verdadeira sabedoria de quem prospera. A competitividade é a maior busca do fabricante de plásticos não apenas do estado, mas do Brasil inteiro. Essa é uma das principais preocupações de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí. Além de pauta da nova presidência da Abiplast, que pode ser conferida nesta edição, é também principal tema de debate do Fórum da Competitividade da Cadeia de Transformação de Plásticos, uma união do governo, entidades e forças sindicais para tentar sanar os principais entraves que bloqueiam o melhor desempenho do setor. O Brasil carece de iniciativas assim e pessoas que promovam a união, discutam os problemas, apontem soluções e as executem. Os desafios para atingir a competitividade são muitos, mas como faz o empresário catarinense é preciso transformar o limão em uma bela e suculenta limonada.

MELINA GONÇALVES / Editora melinagoncalves@conceitualpress.com.br <<<< <<<< Maio Maio dede 2010 2010 << Plástico PlásticoSul Sul<<05 5


PLAST VIP Alexandre Ribeiro Pereira Lopes

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setor de transformação de plásticos brasileiro precisa crescer, prosperar e ganhar robustez para competir internacionalmente. Para isso, diversas instituições, empresas e, inclusive o poder público, trabalham unidos. Em mais uma louvável iniciativa para agregar valor a uma indústria que possui enorme potencial de crescimento, mas enfrenta muitas dificuldades, é que existe o Fórum da Competitividade da Cadeia de Transformação de Plásticos. A preocupação em fortalecer as exportações do setor, em gerar mais competitividade para transformadores e em renovar o parque industrial de máquinas são as principais metas de trabalho do grupo, que atua desde 2000 e recentemente teve mudanças em sua política de desenvolvimento produtivo. O Forum é uma união entre governo, entidades que representam a cadeia do plástico e trabalhadores. Para esclarecer as dúvidas dos transformadores da região, a Revista Plástico Sul conversou com o coordenador – geral das Indústrias Químicas e de Transformados Plásticos, Alexandre Ribeiro Pereira Lopes. O coordenador, que representa o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no Fórum, esteve recentemente em Caxias do Sul (RS), para um evento sobre ferramentarias. Revista Plástico Sul - O que é Fórum da Competitividade, como é composto e quais objetivos? Alexandre Lopes - O fórum é a articulação público-privada, ou seja, juntamos governo, setor privado e trabalhadores afim de discutir políticas para o setor. O objetivo é traçar uma política de desenvolvimento para cada setor, nesse caso o de plásticos. É composto por órgãos do governo, Ministério do Desenvolvimento, Ministério da Fazenda, Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Ministério de Ciência e Tecnologia, entidades nacionais que representam 6 >>Plástico 06 PlásticoSul Sul>>Maio Maiode de2010 2010>>>> >>>>

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Um Fórum para fortalecer a indústria do plástico Alexandre Lopes: Fórum da cadeia do plástico é um exemplo de sucesso

as empresas, como Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) e Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), e pela força sindical. Os representantes sentam na mesa para discutir idéias e propostas de políticas de ações que podem levar ao desenvolvimento do setor. Promove a união entre as pessoas, já que participam integrantes da petroquímica, do plástico e de toda a cadeia produtiva, além de todos os órgãos do governo. Plástico Sul - Desde quando está em atividade? Lopes - O Fórum é antigo, desde 2000 já existia o Fórum da Competitividade. A mudança que houve a partir de 2008 foi com a política de desenvolvimento produtivo. Houve uma alteração na forma de trabalhar do fórum e foram criadas instâncias de decisão dentro do governo, onde decisões que não conseguimos resolver dentro do Fórum, apresentamos ao Poder Público que define a implantação ou não. Essas pequenas modificações na metodologia do trabalho é que a inovação. O Fórum uma vez criado e, enquan-

to houver interesse do setor privado em continuar discutindo, permanente. Plástico Sul - Quais principais ações que estão sendo desenvolvidas atualmente? Lopes - Como definimos a nossa agenda de ação no início de 2009, o ano foi de preparação dos projetos. E 2010 é o ano de execução destes projetos. As principais ações em discussão estão na agenda tecnológica setorial. Vamos fazer um estudo para criar um Centro de Tecnologia da Indústria Plástica, que será um instrumento para trabalharmos plásticos de alto desempenho e de fonte renovável, ou biodegradáveis. Seriam, como exemplo, plásticos para ancoragem de plataforma de petróleo. O centro será mantido pelo setor privado. O setor público está ajudando na sua organização. Ele está na fase de elaboração do projeto e já temos os recursos. Plástico Sul - Terá alguma ação visando a renovação do parque industrial de transformação? Lopes - Está em discussão no governo um


Plástico Sul - Existe previsão para o início prático desta medida? Lopes - Nos próximos dois meses já vamos ter uma sinalização oficial do governo se será possível ou não fazer esta linha de financiamento. E também junto com Inmetro, que será o órgão fiscalizador para o sucateamento dos equipamentos. No segundo semestre já vamos ter uma posição. Se houver aprovação a ação estará no mercado no segundo semestre. Plástico Sul - Quanto a renovação do parque industrial, a proposta vislumbra só a troca de máquinas por equipamentos nacionais? Lopes - O financiamento do BNDES é só para máquinas nacionais. O espírito do trabalho do fórum é de juntar a cadeia produtiva. Então há a petroquímica, os transformadores plásticos e a indústria de bens de capital. Assim, o objetivo é fortalecer toda a cadeia produtiva, inclusive a indústria brasileira que vende máquinas, equipamentos e moldes. Plástico Sul - Como o senhor vê a concorrência estrangeira dentro deste segmento de máquinas? A Ásia ainda é vista como uma grande ameaça? Lopes - Para alguns tipos de equipamentos, sim. Mas é necessário analisarmos que a indústria brasileira não vai fazer todos os tipos de máquinas e equipamentos. A ideia é trabalhar com um determinado nicho de mercado, com tipos de equipamentos, seja por tecnologia ou por tamanho, em que a empresa brasileira é mais competitiva. Plástico Sul - O senhor acha que este temor de concorrência com a China e outros países asiáticos ainda é forte? Lopes - Todo o setor industrial tem um receio dos produtos que vem da Ásia, como China, Vietnã, entre outros. O nosso objetivo é que as indústrias brasileiras sejam competitivas internacionalmente. Um exemplo disso é a exportação. A empresa que exporta é competitiva. Ela tem tecnologia, qualida-

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programa de modernização do parque industrial. Nós queremos retirar as máquinas mais antigas, com mais de 10 anos de uso de transformação plástica, que serão levadas para sucateamento em troca de uma máquina nova, com melhores condições de financiamento. Este ponto ainda está em discussão.

Exportação de transformados plásticos também está na pauta do Fórum

de e prazo. Desta forma, precisa buscar o diferencial em relação a questão dos preços praticados pelos países asiáticos, onde em alguns já foram comprovados a existência de pratica de dumping. Enfim, os setores afetados têm que buscar estas ações de defesa comercial. A China sempre representa uma preocupação para qualquer setor, mas o Brasil tem que a agregar tecnologias, serviços aos nossos produtos, para que consigamos manter nossa posição no mercado. Portanto, a Ásia pode ser uma ameaça, mas temos que saber lidar com ela, buscando o diferencial para a produção brasileira. Plástico Sul - Como vê o nível de competitividade da indústria de transformação de plásticos brasileira? Lopes - A indústria de transformação plástica está muito pulverizada. A própria impressão do setor é de que há indústrias demais. São cerca de 11 mil empresas de transformação. E dentro deste universo, têm empresas que possuem muita tecnologia, que exportam e desenvolvem produtos. E, também existem empresas que funcionam muitas vezes na informalidade, com muito sacrifício e sem qualidade. Essas nós queremos recuperá-las. Queremos que as empresas se desenvolvam e consigam atingir um patamar de competitividade maior. Temos empresas de transformação muito competitivas, com qualidade técnica igual, ou melhor a qualquer outra no mundo, mas também têm aquelas que realmente precisam de ajuda para chegar neste grau de qualidade e de competitividade.

Plástico Sul - O Senhor acredita que a exemplo do que ocorreu na área petroquímica, a indústria de transformação também reduzirá a quantidade de empresas?

"...a Ásia pode ser uma ameaça, mas temos que saber lidar com ela, buscando o diferencial para a produção brasileira." Lopes - Isso inclusive foi discutido pelo setor e consta na nossa agenda de ação. Achamos importante que haja uma consolidação do setor de terceira geração. Acreditamos que é importante este movimento de fusões e de crescimento, para que as empresas ganhem escala e musculatura para poderem se situar melhor no mercado. Evidentemente que não chegará ao nível de consolidação da petroquímica, mas achamos que há espaço para que isso aconteça, inclusive para que as empresas do setor tenham uma participação mais efetiva no comércio exterior.

Plástico Sul - Na área de exportação, quais>>>> <<<< Maio de 2010 < Plástico Sul < 7


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PLAST VIP Alexandre Ribeiro Pereira Lopes Lopes prevê crescimento para indústria de transformação de plásticos

to bem avaliado em Brasília. Há o reconhecimento do governo do esforço do setor privado. É um exemplo de sucesso.

as medidas adotadas no fórum para ampliar a venda externa de produtos transformados? Lopes - No momento estamos discutindo um grupo sobre logística. Os exportadores têm se reunido e trocado experiências sobre a sua logística, sobre frete, seguro. A ideia é de haja uma sinergia entre as empresas, para melhoria do custo. Por exemplo, juntar algumas empresas para fazer negociação conjunta com a seguradora, com seu porto de exportação por quantidade de containers para conseguirem preços melhores. Estamos discutindo também a ideia de fazer um estudo de caso com empresas voluntárias, para podermos identificar os fatores de sucesso e dificuldades na exportação, para que possamos gerar propostas de políticas públicas específicas nesse sentido. Plástico Sul - Como pode ser classificado o Fórum de Competitividade da Indústria Plástica, em comparação a outros fóruns de competitividade? Lopes - A indústria de plásticos tem sido apontada nas reuniões de coordenação da política de desenvolvimento produtivo, como exemplo de sucesso. O grau de participação e o envolvimento do setor privado nas discussões da política têm proporcionado resultados, possibilitando o cumprimento das nossas metas. Temos que considerar que em dois anos juntamos todas a cadeia produtiva, definimos o que queremos fazer, detalhamos os projetos que já estão em execução. Em termos de política pública tem sido mui8 > Plástico Plástico Sul Sul > > Maio Maio de de 2010 2010 >>>> >>>>

Plástico Sul - Como o senhor destaca a importância da participação das entidades de classe no fórum? Lopes - A entidade de classe é fundamental. É através delas que nós, do governo, temos acesso ao setor produtivo. Não dá para você fazer um trabalho abordando todos os empresários individualmente. Assim a entidade de classe representa o setor e é o canal de conversa do governo com a parte produtiva. A presença dela é fundamental para que o setor tenha os seus interesses defendidos junto ao governo federal. Existe sempre uma disputa por atenção para políticas públicas por diversos setores produtivos. Assim uma atuação eficiente da entidade de classe pode potencializar as políticas em prol dos seus associados. É muito importante que os empresários participem das associações, não apenas contribuindo, mas indo lá e dando a sua opinião, para que a entidade realmente passe os anseios do setor e não apenas de um pequeno grupo de pessoas. Plástico Sul - Os resultados das eleições podem afetar os trabalhos desenvolvidos no fórum? Lopes - O nosso trabalho é essencialmente técnico. Não damos o viés político e partidário a ele. Evidentemente que a gente segue orientação do governo na questão das linhas gerais, das diretrizes de políticas que são dadas pelos nossos superiores. Dentro disso não vemos nenhuma alteração significativa nos trabalhos com a possibilidade das eleições. A minha experiência no ministério nos últimos 11 anos mostra que conseguimos manter as políticas. As ações junto com o setor privado permanecem, porque são equipes técnicas. E as equipes que participam do fórum têm sofrido muito poucas alterações com o advento das eleições. Podem acontecer algumas mudanças de orientação com o novo governo, mas nada que mude o trabalho significativamente. Plástico Sul - Em uma análise geral quais

os pontos positivos, negativos e ameaças dos transformadores de plástico brasileiro, em relação à competitividade? Lopes - O ponto positivo é a criatividade e o desenvolvimento de novos produtos. A articulação que existe dentro da indústria de transformação é muito interessante. Este trabalho que existe de conversa de toda a cadeia produtiva é positivo. Nos aspectos negativos, a informalidade. Sendo que, quem trabalha na informalidade acaba por prejudicar os outros que são formais. Temos que buscar igualdade de condições. O empresário brasileiro é capaz de concorrer em qualquer local se ele tiver igualdade de condições. Acho que este empenho que temos visto dentro do fórum e com estas medidas sendo implantadas, devem a médio prazo, de cinco a dez anos, propiciar uma melhor produção de tecnologia para o setor. Vamos ter um parque industrial mais atualizado, vamos ter mais empresas participando no comércio exte-

"Queremos que as empresas se desenvolvam e consigam atingir um patamar de competitividade maior." rior. A nossa expectativa é de crescimento para a indústria de transformação plástica em no máximo dez anos. Plástico Sul - Gostaria de acrescentar alguma informação? Lopes - Gostaria de destacar o evento das ferramentarias realizado em Caxias do Sul (RS), no dia 28 de maio, e a participação da categoria no fórum. Pois com uma ação coordenada e um trabalho sério já é possível colher resultados. E a minha mensagem é de estímulo, para que continuem participando do fórum, das discussões em Brasília, para que o setor de ferramentarias esteja inserido dentro deste trabalho e cresça junto com a transformação de plásticos. PS


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ESPECIAL Sopradoras

Por Gilmar Bitencourt

Bom desempenho da economia impulsiona o mercado de sopro A Revista Plástico Sul consultou uma série de empresas especializadas em busca de um mapeamento do setor de sopro. Acompanhe nas páginas a seguir como está o nível tecnológico, quais os principais mercados, perspectivas e resultados de um segmento que não para de crescer.

M

arolinha ou tsunami, seja lá o que for, a economia brasileira driblou bem a crise mundial e vai muito bem obrigado. Segundo dados apresentados pelos informativos econômicos, a economia do Brasil teve o segundo maior crescimento trimestral dentre os países integrantes do grupo de nações emergentes – os chamados BRICs

Com produtos cada vez mais qualificados, a indústria de máquinas projeta crescimento recorde para 2010

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(Brasil, Rússia, Índia e China). O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro saltou 9% nos três primeiros meses de 2010, frente ao igual período do ano anterior, patamar semelhante ao da Índia (8,6%) e inferior somente ao da China, de 11,9%. O resultado do PIB representa a produção de bens e serviços em todo o País. De acordo com o IBGE, a indústria apresentou um aumento de 14,6%, entre as atividades econômicas. Os serviços atingiram o índice 5,9% e a agropecuária 5,1%. Na atividade industrial o destaque do crescimento foi da indústria da transformação, atingindo o patamar de

17,2%. Já do lado do consumo, a demanda das famílias ampliou-se em 9,3% e o do governo teve elevação de 2%. Os números apresentados justificam o otimismo do segmento de sopro. Fabricantes e representantes de sopradoras nacionais e importadas comemoram o aumento da demanda do mercado nacional, motivado principalmente pelo aque>>>>


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ESPECIAL Sopradoras

cimento da economia Brasileira. O diretor comercial da Pavan Zanetti, Newton Zanetti, confirma o bom momento do setor e destaca que o mercado de sopro está bem aquecido, com excelente resultado na venda de sopradoras. Projeta inclusive para este ano a possibilidade de ocorrer um recorde na produção de máquinas. “Tivemos, a partir do anúncio das condições da Finame PSI, pelo BNDES, com juros de 4,5% ao ano, com até 10 anos para pagar e carências até dois anos, um boom de vendas a partir de setembro de 2009 que se estendeu até esses dias”, conta. Ele destaca que os prazos de entrega dilatados podem diminuir o ritmo do mercado, “mas mesmo assim projetamos um excelente 2010”. Zanetti fala que no primeiro semestre de 2009 a empresa sentiu os reflexos da crise mundial que assolou o planeta no final de 2008. Mas, a partir da Brasilplast, realizada em maio do ano passado, e com o início da retomada da economia nacional, o mercado começou a reagir. “Mesmo assim, o ano passado foi ligeiramente inferior aos resultados de 2008, considerado um bom ano”, observa. A empresa tem uma linha extensa de sopradoras que abrange todo o segmento se sopro, desde 5 ml até grandes volumes acima de 220 litros. “Nossas máquinas atendem a todos os setores, desde máquinas de produção de embalagens até 5 litros, as linhas HDL e Bimatic de extrusão continua até a serie HDL de extrusão por acumulação para 12 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

médios e grandes volumes, como bombonas industriais”, informa o diretor. O produto mais vendido pela Pavan Zanetti é a sopradora de duas estações, da série Bimatic, modelo BMT10.0D/H. “É uma máquina com possibilidades de automatização total, rápida, eficiente e com grande apelo de custo-beneficio”, salienta o executivo. O diretor destaca que a concorrência nacional está acirrada, apesar de poucos fabricantes nacionais. Explica que mercado diminuiu em relação a unidades fabricadas por ano, devido a introdução do PET em alguns nichos de PVC e PP e mais atualmente em alguns segmentos do PEAD. “Também pode ser explicada essa queda na quantidade fabricada por ano, pela queda das exportações e pela modernização das máquinas que aumentaram muito sua capacidade produtiva, diminuindo a necessidade de muitas máquinas”, acrescenta. Quanto ao mercado internacional ele observa que o dólar baixo favorece a importação de máquinas e prejudica as exportações da empresa. “Isso prejudicou a todos os fabricantes nacionais”, comenta. Para Zanetti o nível tecnológico brasileiro perde terreno apenas na produção de sopradoras elétricas e híbridas ( parte elétrica e parte hidráulica). Salienta que os custos para desenvolvimento nesse setor ainda são muito altos. “Mas com o tempo, a tendência será desenvolver esse tipo de sopradoras. Temos acesso a tecnologia de

Pavan Zanetti produz máquinas para todos os segmentos do sopro

motores de passo, servo motores, guias lineares , fusos e comandos CLP que serão utilizados nesse projeto, mas ainda não está sendo a realidade de nossos clientes”, comenta. Na área de financiamentos o executivo destaca que o Finame Psi, do BNDES, é um grande incentivo ao investimento para modernização e incremento de produção. Os juros a taxa de juros é de 4,5% até o mês de junho, quando será aumentado para 5,5%, até o final de 2010. Fala que esta linha de crédito, apesar de ser burocrática, tem sido utilizada pelos clientes da empresa. “Em torno de 90% de nossos negócios hoje são financiados por essa linha de crédito, que incentivou muito a tomada de decisão de empresários do setor que tinham pavor dos juros a longo prazo”, conta.

O consultor do grupo alemão Bekum, Uwe Margraf, também destaca o

bom momento do segmento de sopro. Comenta que a demanda por sopradoras está aquecida em função do acelerado crescimento da economia brasileira. Acredita que os fabricantes de sopradoras instalados no país devem estar fazendo bons negócios. Mas ele conta que o início do ano passado foi bastante difícil, em função da reestruturação da empresa no Brasil. “Tivemos que reorganizar nossas operações no país para tornar a empresa mais competitiva. Já a partir do segundo semestre de 2009, constatamos uma moderada retomada dos negócios com a entrada de novos pedidos dos mercados brasileiro e externo. Em 2010 a tendência aponta para uma forte expansão das vendas em todos os mercados de atuação”, comenta. A Bekum produz no Brasil equipamentos com capacidade de soprar artigos até 160 litros para aplicações em mono e multicamada. “A fabricação de máquinas de grande porte concentra-se na nossa planta da Áustria. Essas sopradoras destinam-se na grande maioria dos casos à fabricação de tanques de combustível e embalagens industriais de 200 a 2000 litros”, observa Margraf. O consultor vê a concorrência interna>>>>


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ESPECIAL Sopradoras Margraf observa que taxas de juros reduzidas da atualidade favorecem a aquisição de bens de capital com tecnologia mas avançada e duradoura. No Brasil a Bekum trabalha principalmente com Finame e no mercado internacional com cartas de crédito e outras linhas de financiamento.

cliente soluções customizadas para a produção de frascos, potes e bombonas, na forma de unidade produtiva automatizada, incluindo todas as operações pós sopro, da manipulação e rebarbação até o controle de qualidade e enfardamento das peças sopradas. “Portanto o cliente, ao adquirir uma sopradora Pintarelli, recebe o equipamento totalmente automatizado e acompanha o tryout em nossa fábrica localizada em Blumenau (SC), ou seja aprova o equipamento operando”, acrescenta o diretor.Pintarelli acrescenta que a tecnologia nacional empregada na fabricação de sopradoras por extrusão contínua se equivale a maioria dos fabricantes internacionais. Ele destaca o incremento da ofer-

Para a Pintarelli Industrial o ano de 2009 foi de consolidação no mercado de sopro. “Apesar das condições adversas de mercado, tivemos o mesmo desempenho de 2008. Já para 2010, prevemos um crescimento de vendas acima de 10%”, comenta o diretor da empresa, Carlos Alberto Pintarelli. A empresa fabrica duas DIVULGAÇÃO/PS

com tranquilidade. Observa que o mercado brasileiro de sopro é segmentado e cada empresa tem as suas peculiaridades. Quanto a concorrência internacional, Margraf destaca que existem muito mais fabricantes de sopradoras normalmente com atuação local ou regional. “São poucas as empresas que tem uma estrutura montada e pessoal qualificado para oferecer peças de reposição e assistência pós-venda em regiões distantes”, salienta. Em termos de tecnologia, o consultor explica que as sopradoras fabricadas pela Bekum do Brasil estão muito próximos ao nível tecnológico das sopradoras fabricadas em outras plantas do grupo, até

Modelo BA 25 da Bekum tem grande aceitação no mercado internacional

ta de financiamentos, principalmente da linha de FINAME, que financia até 100% do bem, tem oxigenado as vendas de máquinas em geral. “E isto vem se traduzindo internamente em mais empregos, consumo e principalmente aumento de produção com estabilização de preços”, acrescenta.

A Meggaplástico confirma o crescimento do setor de sopro brasi-

porque muitas delas foram desenvolvidas na Europa pelo centro de engenharia na matriz. Porém ele destaca que oferecer um determinado nível tecnológico ou não, é também uma questão de escala de produção e de preferência por certos modelos de máquinas por parte dos clientes. “Mesmo assim, tanto como importamos máquinas e tecnologia das nossas filiais da Alemanha, dos Estados Unidos e da Áustria, exportamos frequentemente nossas máquinas através das empresas do grupo”, informa. Para exemplificar, cita o modelo BA 25, que segundo ele, é uma sopradora desenvolvida no Brasil, que tem a preferência de muitos clientes na Europa, América do Norte e determinados clientes na África. 14 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

linhas de sopradoras por extrusão contínua com mesas simples ou dupla, com capacidade até 6 litros, identificadas como Versátile e Soprática. São destinadas para sopro de peças em PP, PEAD ou PVC. Segundo o diretor, ambas apresentam como principais características a simplicidade de operação e manutenção, o baixo consumo energético e excelente relação custo-benefício. As sopradoras são projetadas e fabricadas para receberem automatização completa, desde a retirada dos frascos da estação de sopro até o enfardamento, paletização ou encaixotamento. Trabalhando em parceria com a Blufer Tecnoplast, empresa especializada na automatização em sopro, a Pintarelli fornece ao

leiro. “O Mercado de sopro no Brasil está muito forte na linha de investimentos, em vários setores como químico, petroquímico, limpeza, construção civil, farmacêutico, automobilístico, cosmético, alimentício, utensílios domésticos, entre outros”, enfatiza o gerente comercial da empresa do Grupo Megga, Marcelo Pruaño. Ele observa que os volumes de produção exigidos pelos clientes e prazos de entrega das máquinas demonstram a demanda que esta em alta. “A Meggaplástico com sua gama de sopradoras convencionais e com sopradoras de estiramento e sopro conseguem atender todas as solicitações do mercado”, afirma. Pruaño comenta que há uma demanda forte para até 5 litros e também para muitos projetos acima de 20 litros, com alguns casos chegando a 1500 litros. “O mercado está exigindo nestas ampliações e investimentos prazos de no máximo 90 dias, e neste ponto estamos bem posicio->>>>


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ESPECIAL Sopradoras gundo o sócio, operam com todo tipo de termoplásticos, incluindo PE, PP, PVC, BAREX, K-Resin e PET. Para o executivo o nível tecnológico brasileiro na produção de sopradoras melhorou muito, mas observa que a tecnologia internacional ainda é superior, com máquinas mais produtivas e tecnologias mais sofisticadas na fabricação de cabeçotes de sopro. Apesar de ver o mercado atualmente com otimismo, Lüters critica a falta de incentivos na área de financiamentos para aquisição de máquinas importadas. Comenta que o Brasil ainda não entendeu que é preciso abrir o mercado para a tecnologia internacional, criando programas para modernizar o parque industrial com máquinas nacionais e até DIVULGAÇÃO/PS

nados. Muitas vezes além do prazo, o cliente necessita solução completa, ou seja, máquina e molde de sopro e fornecemos o projeto completo”, acrescenta. Na área de sopro a Meggaplástico oferece sopradoras convencionais com mesa simples e dupla, para cavidades simples e múltiplas. “São máquinas para alta produção e produtividade com guias lineares. Todas as máquinas têm inversor de frequência e podem ter o programador de parizon até 100 pontos”, destaca o gerente. Os rebarbadores, sopro inferior e retirada automática de peças, são opcionais oferecidos aos clientes. As máquinas têm aplicações em vários segmentos, como de embalagens em geral e peças técnicas.

O sócio-gerente da Kal Internacional, Hans P. Lüters, comenta que o desempenho da empresa no ano passado foi bastante afetado pela crise internacional, mas as perspectivas para 2010 são muito mais otimistas. Sustenta a previsão no fato de que muitos projetos do ano passado foram reativados e estão sendo realizados agora. A Kal Internacional representa a norte-americana Joma r, fabricante de sopradoras do tipo Injection-Blow, sem estiramento. As máquinas são destinadas principalmente para a produção de frascos farmacêuticos, roll-ons de uma peça só, potes cosméticos e outros recipientes, de aproximadamente 2 e 500 ml. Se16 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

máquinas usadas, mas excluindo qualquer máquina importada. “Há muitos setores no país, que insistem que a importação é algo negativo”, lamenta.

sidades de seus clientes, oferecendo máquinas importadas com qualidade e assistência técnica. O objetivo é fortalecer e tornar duradouro os laços com o cliente, baseado na relação preço versus satisfação. A empresa revende sopradoras desde 2 até 2000 litros. As máquina são de vários modelos e tamanhos, com até 4 cabeçotes, podendo utilizar vários tipos de matéria prima plástica, como PA, PE, PP, PS, PVC, TPE, entre outr os. Em uma análise da concorrência nacional, o diretor comenta que os fabricantes nacionais estão perdendo muito espaço no mercado brasileiro, em virtude do crescimento de máquinas importadas com custos reMeggaplásticos oferece ampla gama de sopradoras, como o modelo CPSB-2000L

duzidos e de “excelente qualidade”. Destaca inclusive, o grande crescimento de empresas, que estão vendendo cada vez mais máquinas importadas. Dessa forma a concorrência aumenta para os importadores e cresce mais a competitividade, “com isso o fabricante nacional é obrigado reduzir custos ou até alterar suas atividades comerciais se tornando um importador ou trazendo peças e mão-de-obra de outros países”, comenta. Facin dá nota sete para o nível tecnológico brasileiro, “mas, como uma empresa de revenda de máquinas importadas, creio que o Brasil não perde muito em tecnologia, pois os empresários brasileiros estão sempre buscado novas tecnologias dentro e fora do país, mantendo seus equipamentos sempre atualizados em relação aos importados. Fala que a tecnologia estrangeira, como alemã e a italiana, superam a brasileira neste momento, “mas nada que esse quadro não venha mudar ao longo dos anos”, prevê.

Os negócios da Five Machines, representante de máquinas chinesas, em 2009 foram afetados pela crise econômica mundial. Mas, de acordo com o diretor comercial da empresa, Deiwis Facin, as dificuldades foram superadas e as vendas neste ano estão em fase de crescimento, “creio que este ano vamos ter um fechamento muito bom em relação a 2009”. Segundo Facin, a Five Machines é uma empresa que visa o atendimento das neces-

Para a S.E.I. Global Solutions

o mercado de sopro está em alta na economia brasileira. A empresa caracteriza 2009, como um ano de transição, com reflexos do final da crise dos EUA, da retomada do aquecimento da economia mundial e da crise na Europa. “Entretanto nosso número de vendas manteve-se estável, tendo meses em que o faturamento superou a mesma competência do ano anterior e, o que nos deixa cada>>>>


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ESPECIAL Sopradoras vez mais otimistas é ver a evolução do mercado de sopro”, destaca o gerente técnico e logístico, Kelvin Alexander Bernz. Para ele, esse ritmo não será diferente em 2010. Comenta, que pesquisas realizadas pela da indústria brasileira de máquinas mostram que a previsão de investimentos totais no setor, neste ano, é de R$ 8,9 bilhões, o que representa um crescimento de 20% sobre os investimentos realizados no período anterior. “Tendo essa perspectiva de crescimento, buscamos cada vez mais aprimorar nosso produto, investindo em qualidade e competência de nossos profissionais”, complementa. A S.E.I. comercializa sopradoras de garrafa PET 100% automáticas, desde a enDIVULGAÇÃO/PS

mineral, entre outros. O gerente informa que são máquinas simples e fáceis de operar por serem totalmente automáticas. Possuem um sistema de aquecimento de pré-formas por lâmpadas infravermelhas, diminuindo assim gastos com energia e deixando produto final mais atrativo economicamente. “Para sua programação, nossas sopradoras possuem uma tela touch screen, de fácil manuseio e alta qualidade”, frisa. Bernz encara a concorrência como um desafio. Conta que os concorrentes estão se desenvolvendo, pois perceberam que, se continuassem com sua forma anterior de produção perderiam espaço no mercado. Além de confiar na qualidade dos

trada da pré-forma na máquina até a saída do produto final (a garrafa). Entre os modelos oferecidos, destaca o C200, que sopra até 2.000 garrafas hora de acordo com o volume do frasco, variando de 150 ml até 2500 ml. Também conta com sopradoras de 4.000 g/h, 3.000 g/h, 5.000 g/h, “tudo irá depender da necessidade de nosso cliente e seu objetivo. Acompanhamos nosso cliente desde a etapa inicial (formação do molde, pesquisa de mercado) até a completa instalação da máquina, e sempre fornecendo assistência técnica e peças de reposição para perfeito funcionamento do equipamento”, observa Bernz. As sopradoras oferecidas pelas empresa podem atuar em vários segmentos como, alimentício, farmacêutico, de refrigerante, água 18 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

Silvio Rotta, diretor comercial da Krones, destaca o crescimento do setor

produtos que representa e na sua eficácia, a S.E.I. desenvolve técnicas de marketing para buscar o seu espaço na disputa pelo mercado. “Procuramos maneiras de ressaltar a qualidade de nosso produto, enaltecendo suas vantagens, sempre procurando um diferencial. Isso apenas ocorre quando a empresa tem total certeza da qualidade do produto vendido”, afirma. O executivo comenta que o nível tecnológico da indústria brasileira está se desenvolvendo, mas alerta que o pensamento dos brasileiros precisa ser diferente. “Muitas vezes as pessoas pensam de uma forma muito imediatista, não tendo uma programação, uma visão a longo prazo de seus investimentos, e isso faz com que nos preocupemos apenas com o preço de deixamos de lado todo o processo (assistência técnica, pesquisa de mercado, vendas e peças de reposição)”, fala. Para ele, o preço é fundamental para se tornar competitivo no mercado, mas não é tudo. “Devemos ter uma visão empreendedora, agregar qualidade a buscar atender, dessa forma, os desejos dos clientes”, complementa. Quanto às linhas de crédito para aquisição de bens de capital, o gerente fala que o fator mais preocupante não é a quantidade e nem os tipos de financiamento, mas sim a burocracia que elas envolvem, fazendo muitas vezes que administradores procurem outras formas de compras. Salienta que, além da burocracia, deve-se ressaltar a falta de

informações sobre as linhas de créditos. “As que existem, as vezes geram dúvidas e controvérsias”, destaca.

Para Silvio Rotta, diretor comercial da Krones do Brasil, o desempenho da empresa, em 2009, foi bom, apesar da crise econômica mundial. E para este ano projeta um cenário mais positivo, com o crescimento das vendas. Comenta que a demanda por sopradoras está em elevação, principalmente pelo fato do mercado ter se mantido aquecido e também pela falta de tecnologia do parque industrial das empresas, que está ficando obsoleto. A Krones oferece sopradoras só para o segmentos de PET. As máquinas são produzidas na matriz da empresa, na Alemanha, e importadas para o Brasil. Segundo Rotta as máquinas sopradoras em PET, começaram a fazer parte do portfólio da empresa em 1997. “Hoje, mais de uma década depois, a empresa é uma das principais fornecedoras do mercado, tanto no Brasil como no mundo”, observa. A Krones investe cerca de 7% de seu faturamento bruto anual mundial em pesquisas e desenvolvimentos de novas tecnologias, com o objetivo de buscar novas soluções para o mercado em que atua. “A empresa procura otimizar a tecnologia de máquinas, desenvolver soluções sustentáveis, oferecer aos seus clientes um aumento de valor adicional, levando em conta o fator humano em suas máquinas”, destaca. O principal segmento de mercado para as sopradoras da Krones é a indústria de refrigerantes, responsável por 80% dos negócios. No Brasil a procura maior é pelas máquinas da série Contiform S (Standard), de 8 a 24 cavidades. “A demanda por máquinas maiores vai crescer em um futuro breve porque, cada vez mais, os clientes têm buscado soluções para aumentar a produtividade e reduzir os custos de operação. Quanto mais alta a velocidade da linha, menores os custos de produção, tanto operacionais como de manutenção”, salienta Rotta. O diretor acrescenta que a Krones não pára de investir no aperfeiçoamento de sua linha de sopradoras, “sempre apresentando inovações”. Como exemplo, cita o Air Wizard, um moderno sistema de otimização do processo de sopro, com redução do consumo de ar comprimido e energia elétrica. “A energia, responsável por 16% dos custos de produção das garrafas, pode ter redução de até 34%”, informa.PS


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ESPECIAL Sopradoras

Mercado em expansão Fabricantes de resinas apontam segmento de higiene e limpeza como um dos grandes responsáveis pelo bom momento do setor de sopro.

O

s fornecedores de matéria-prima compactuam com a opinião e o otimismo da indústria de máquinas para o segmento de sopro, prevendo crescimento do consumo de transformados plásticos, devido ao aumento da renda das classes menos favorecidas, entre outros fatores. Segundo o gerente unidade de negócios da quantiQ, o mercado de sopro representa cerca de 16% em relação aos demais processos de transformação plás-

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tica. Engloba principalmente os segmentos de cosméticos e farmacêuticos, higiene e limpeza, automobilístico e o alimentício. “Em comum, todos estes mercados estão com taxas de crescimento acima da média do crescimento do PIB no Brasil, portanto é um mercado em franca expansão”, comenta Ricardo Verona. Os gestores de negócio da empresa, Marcos Arrojo e Antonio Tardivo, fazem coro com o seu colega e destacam que são três os fatores que afetaram positivamente a área de sopro: a redução de IPI no setor automotivo, acesso maior e em melhores condições ao crédito e também o aumento de consumo das classes C e D, motivado pelo significativo aumento na renda desta faixa da população. Especificamente no segmento de produtos voltados para o processo de sopro, em 2009 a empresa registrou um crescimento de 5%. Já para 2010, as projeções são muito animadoras e podendo atingir crescimento na ordem de 2%. O principal produto da empresa para o segmento de sopro é o Santoprene, que basicamente é direcionado para aplicações no mercado automotivo, representando cerca de 53% dos negócios. “Este ano, fechamos uma parceria com a Mitsubishi Engineering Plastic. Com ela, disponibilizamos ao mercado, via estoque local, alguns dos plásticos de engenharia, como por exemplo, o Policarbonato (Iupilon), que deve nos ajudar a crescer neste segmento”, comentam os executivos. Os plásticos de engenharia são usados principalmente nos segmentos farmacêutico e utilidades domésticas. O segmento de higiene é limpeza é um dos principais mercados da quantiQ. “Estamos com uma novidade no mercado brasileiro que é o Vistamaxx: trata-se de um elastômero especial produzido pela ExxonMobil que já disponibilizamos ao mercado brasileiro com estoque local e tem a função de melhorar tanto as propriedades mecânicas quanto as óticas das embalagens sopradas”, revelam. Outro produto que disponibiliza para o mercado é o Enhance, fluidizante produzido pela

Sasol, que há anos já auxilia os sopradores a obter uma melhor produtividade e acabamento das peças.

A Braskem também destaca o aquecimento do mercado, principalmente no primeiro trimestre de 2010. A tendência é que permaneça assim até o final do ano. “Há um maior consumo nas as classes C e D e região nordeste e também espera-se um consumo adicional em virtude das eleições e principalmente da Copa”, observa o diretor do negócio de polietilenos, Marco Antonio Quirino. O executivo explica que o aumento de consumo por parte destas classes sociais gerou um crescimento do mercado de alimentação e também de higiene e limpeza. Neste último a Braskem mantém a mesma participação, “porém estamos enxergando um forte crescimento em alguns end users neste 1º trimestre de 2010”. Para Quirino o mercado de sopro é um segmento de elevado grau de tecnologia quando comparado com outros setores, onde os profissionais são qualificados e as embalagens acompanham a mesma qualidade de produtos internacionais. O mercado de embalagens sopradas representa cerca de 200 kton/ano do mercado doméstico de polietilenos da empresa. Para atender este segmento a Braskem desenvolveu uma ampla linha de produtos. A empresa produz resinas para o segmento de sopro tanto no Pólo Petroquímico de Triunfo (RS), quanto no Pólo Petroquímico de Camaçari (BA), desta forma consegue atender as demandas dos clientes. “Na maioria das vezes possuímos mais de um produto homologado para a mesma aplicação”, fala o diretor. Segundo ele, isto garante uma maior disponibilidade de produto e também um menor tempo e custo logístico. “Além disso, a Braskem dispõe em seu site em Triunfo o Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), através do qual se capacita a desenvolver novas soluções de produto e propicia um apoio técnico a seus clientes quanto à análises físico-químicas de embalagens e produtos finais”, acrescenta.PS


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ESPECIAL Sopradoras

Por Antonio de Pádua Dottori*

A

embalagem comercial não é apenas um meio de armazenamento e transporte de um produto, mas um objeto que possibilita aos consumidores uma relação afetiva individual com o produto. A embalagem é a identidade da empresa que ela representa e em muitos casos é o único meio de comunicação do produto. O bom design de uma embalagem pode garantir uma boa comunicação com o consumidor, informando sobre o produto e expondo seu caráter. De acordo com a pesquisa setorial da Associação Brasileira de Embalagem e Fundação Getúlio Vargas (ABRE/FGV), para muitos consumidores a embalagem é o objeto que identifica simbolicamente o produto. Uma pesquisa do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE mostrou que o consumidor não dissocia a embalagem do seu conteúdo, considerando os dois como constituintes de uma mesma entidade indivisível. Sendo assim, a embalagem é, ao mesmo tempo, expressão e atributo do conteúdo. Exemplos disso são os frascos de perfume, o extintor de incêndio, a caixa de lenços de papel, a caixa de fósforos, entre outros. As primeiras embalagens surgiram há mais de 10.000 anos, quando nas civilizações já existia a necessidade de transportar, acondicionar e armazenar alimentos. Com a abertura do mercado nacional para os produtos importados, no início da década de 90, percebeu-se que o desenho das embalagens de outros países as tornavam mais atrativas e, por consequência, vendiam mais. Atualmente, dos cerca de 10 mil produtos expostos nas prateleiras dos supermercados brasileiros, estima-se que apenas 5% possuam propaganda massiva na mídia. Desta forma, o design de embalagem passa a ser um “vendedor silencioso”. Em números, nota-se uma grande evolução na embalagem plástica, em 1990 eram 385.000 t/ano e em 2008, 1.416.000 t/ano (crescimento aproximado de 270%), enquanto o vidro, nas mesmas aplicações, saiu de 868.000 t/ano em 1990 para 1.003.000 t/ano em 2008 (crescimento aproximado de 15%). Nasce aí uma indústria forte, o plásti22 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

co na embalagem, com utilização do processo de sopro, até então voltado para peças mais técnicas e brinquedos. Em paralelo ao desenvolvimento do plástico na embalagem, novas opções vão aparecendo, como, por exemplo, o uso de uma resina transparente que deixa o produto à mostra, incolor, e de alta resistência. No começo dos anos 70, o PET começa a ser usado em garrafas nos EUA. É uma revolução no sopro, que vem para o Brasil no começo dos anos 80, por meio das embalagens de refrigerantes. O vidro começa a perder espaço e o sopro convencional começa a ceder diante da nova resina. Nasce no Brasil uma nova indústria de transformação, o sopro de PET, com uma produção que salta de 80.000 t em 1994 para, aproximadamente, 470.000 t em 2008 (incremento aproximado de 480%). Neste espaço de tempo, o per capita de plástico no Brasil sai do patamar de 10 kg/ano para aproximadamente 30 kg/ano, ainda bem longe dos cerca de 100 kg/ano dos EUA.

Questionamento: para onde vamos, cresceremos no per capita em quais segmentos? Não há dúvida que a embalagem representa e representará um dos segmentos de maior desenvolvimento, tendo em vista o aumento do poder aquisitivo da população brasileira e o envase cada vez maior de produtos de consumo imediato nas gôndolas de supermercados, como produtos de limpeza, higiene pessoal, alimentos, saúde e uma infinita área de aplicações. São produtos que, independentemente de crises e oscilações de mercado, estão sempre nas sacolas de supermercado, seja qual for o poder aquisitivo do consumidor. Neste cenário, qual processo deverá se desenvolver mais: o sopro convencional ou o PET? Para onde vamos? Cada um no seu lugar. Além da embalagem, o sopro convencional responde por uma gama acentuada de peças técnicas e/ou embalagens que não poderiam ser feitas de PET, limitadas por questões técnicas, como tamanho e formato. Não resta dúvida que o mercado de embalagens será um dos

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Para onde vamos com o sopro?

alavancadores do aumento do nosso per capita. As embalagens de PET são parte integrante deste aumento, seja pelo peso (em média, o PET pesa 10% menos que uma embalagem de PE/PP), pela aparência (transparência), pela resistência às rupturas, ou pela facilidade do sopro após moldada a pré-forma (possibilidade de sopradoras mais simples direto no envase). Existem, porém, algumas limitações do que vai ser embalado, como, por exemplo, compostos com halogênios (cloretos, fluoretos, brometos, iodetos), principalmente cloro (água sanitária). Para o sopro convencional restam as peças de grandes dimensões (acima dos 20 litros), além de peças técnicas de formatos diferenciados. Seja qual for a opção de processo, é importante a garantia de um fabricante que possa atender ao cliente de “ponta a ponta”, ou seja, do granulado ao frasco com tampa.PS *Gerente de Engenharia de Marketing e Vendas da Indústrias Romi S.A.

Bibliografia: Wikipedia, Postado por Maíra Fontoura. Revista Embanews edição 180, página 62. Wikipedia, plástico (PET). ABIPET. Perfil da Indústria do Plástico, ABIPLAST


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Por Melina Gonçalves

O estado que não dorme

Santa Catarina é relevante em belezas naturais e destaque na transformação de plásticos

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DESTAQUE Santa Catarina


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Apesar de uma queda de 14% no consumo de resinas em relação a 2008, o setor plástico catarinense estima o faturamento de mais de R$ 7 bilhões em 2009 e a previsão para 2010 é crescimento de 10%.

C

ampos verdes, morros nos quatro cantos, paisagens naturais e lindas praias. As belezas de Santa Catarina que atraem turistas sedentos por altas temperaturas e lazer, não são os únicos aspectos positivos da região. O estado é rico em setores chaves para a economia do país, e entre a prosperidade de polos industriais como o têxtil e o cerâmico, destaca-se a força da indústria de transformação de plásticos. Santa Catarina é o segundo maior estado do Brasil em transformação de plásticos, ficando atrás somente de São Pau-

lo. Em 2009, o estado da região sul transformou cerca de 920 mil toneladas de resinas, uma queda de 14% em relação a 2008. Mesmo assim, segundo estatísticas do Sindicato das Indústrias de Material

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Estado transformou em torno de 920 toneladas de resinas, no ano passado

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DESTAQUE Santa Catarina

Albano Schmidt, Plástico do Estado de Santa Catarina do Simpesc, (Simpesc), o faturamento do ano passacritica o aumento do chegou a R$ 7,2 bilhões e foram geranos preços dos pelo menos um milhão de toneladas das resinas de produtos transformados. A previsão da entidade é que o setor volte a crescer aci- do estado é considerado bastante competima da média nacional em 2010, com uma tivo. As empresas investem em renovação e expansão de mais de 10% no consumo de ampliação de suas fábricas. O resultado disresinas e no faturamento. so é o crescimento do segmento em Santa O desempenho é resultado do trabalho Catarina. “Nós continuamos acreditando no realizado pelas 398 empresas cadastradas nos futuro do país. Este ano, inclusive estão reregistros do Sindicato, que empregam cerca tomando investimentos que ficaram parados de 26 mil funcionários. O grande propulsor no ano passado em função da crise financeido desempenho catarinense é de fato o PVC. ra mundial”, afirma o dirigente. Tigre e Amanco, duas gigantes deste segO setor de ferramentaria também tem mento, tem os pés fincados na região, aju- um impacto importante no estado. O predando a elevar os resultados do estado no sidente do Sindicato acredita que é preciquesito consumo de resinas e produtos trans- so aumentar a competitividade das empreformados. Mas a região também é destaque sas de ferramentaria, não só em Santa em poliestirenos, utilizados na indústria de Catarina, como nos fornecedores gaúchos. descartáveis, como os copos e bandejinhas Isso porque cada vez mais percebe-se uma de plástico, produtos fortes no estado. Além pressão do exterior, em que muitas emprenense não coloca seus líderes em estado destes, o polipropileno está ocupando um sas trazem ferramental da China e pela mede conforto. Muito pelo contrário, a situespaço importante ação favorável é reem Santa Catarina, sultado de uma intambém usado na Santa Catarina em números: dústria organizada Estado transformou transformou cerca cerca de de 920 920 mil mil toneladas toneladas de de resinas resinas em em 2009; 2009; área de descartáveis -- OO Estado que busca a excelênqueda em em relação relação aa 2008 2008 foi foi de de 14% 14% no no consumo consumo de de resinas; resinas; e inclusive em apli- -- AA queda cia. Por isso, reivinSão pelo pelo menos menos um um milhão milhão de de toneladas toneladas de de transformados transformados plásticos plásticos anualmente; anualmente; cações técnicas. -- São dica melhorias e maAs estatísticas estatísticas apontam apontam um um faturamento faturamento de de R$ R$ 7,2 7,2 bilhões; bilhões; “Acredito ser uma -- As nifesta suas insatis398 empresas empresas estão estão cadastradas cadastradas nos nos registros registros do do Simpesc; Simpesc; das resinas que mais -- 398 fações em prol do desetor plástico plástico de de Santa Santa Catarina Catarina possui possui 26,2 26,2 mil mil funcionários; funcionários; cresce”, avalia o pre- -- OO setor senvolvimento. O prePara 2010, 2010, aa previsão previsão éé que que oo estado estado tenha tenha uma uma expansão expansão de de mais mais de de 10% 10% no no consumo consumo sidente do Simpesc, sidente do Simpesc, -- Para de de resinas resinas ee no no faturamento. faturamento. Albano Schmidt, desAlbano Schmidt. creve os principais A balança comercial de Santa Catarina também acom- tade do preço. “A indústria de ferramenta- entraves sofridos pelo setor plástico catarinense. Entre os questionamentos estão os panha o ritmo brasileiro sendo conside- ria brasileira deve se mobilizar porque a rada deficitária. Mas, segundo informa- competição com a China está grande”, si- preços das resinas, a alta carga tributária, as dificuldades logísticas, o aumento das ções do Sindicato, o motivo é outro: a naliza. A indústria de ferramentaria de Santaxas de juros e a necessidade da redução região é porto de entrada de mercadorias ta Catarina é uma das mais fortes do país. do IPI para os produtos plásticos utilizapara diversos estados e setores, seja pela O dirigente ressalta que deveria se ter uma qualidade dos portos, pela logística ou visão dos governos, federal e estadual, para dos na construção civil. O aumento dos preços das matériaspela proximidade de grandes mercados considerar o ferramental como bem de cacomo São Paulo. O déficit comercial do pital, dando mais tempo para amortização primas repercutiu com intensidade no segestado fechou o ano de 2009 em quase dos investimentos e fazendo algumas ope- mento do plástico. O dirigente explica que, de maneira geral, todas as resinas estão US$ 100 milhões, pois foram importados rações tributárias para poder acelerar a US$ 149 milhões e exportados apenas US$ depreciação. O Simpesc trabalha junto à com tendências de aumentos, que são re51 milhões. Os principais destinos das Fiesc e fornecedores da cadeia do plástico passados pelos fabricantes de resinas, mas exportações de plásticos catarinense são para melhorar a competitividade deste se- que o segmento de transformação possui os países do Mercosul, como Argentina, tor como um todo. “Estamos fazendo um dificuldade de repassar para o seu cliente. Outra batalha do Simpesc é a reivinParaguai e Uruguai. Mas Estados Unidos, treinamento de fornecedores para que este Chile, Venezuela e países africanos como pessoal possa ser competitivo em termos dicação para a obtenção de uma redução no Imposto sobre Produtos IndustrializaAngola, Argélia e Nigéria, também têm de qualidade, ISO 14000, etc”. dos (IPI), principalmente para os produtos sido alvo freqüente dos produtos transOs desafios destinados a construção civil. Vários itens formados no estado. A pujança do setor plástico catari- que compõem a cesta básica da constru->>>> O parque industrial da terceira geração

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ção tiveram seus tributos reduzidos, mas o segmento do plástico, que tem forte participação nesta indústria, foi muito pouco agraciado neste processo. “Por isso estamos com pleitos fortes junto ao governo federal para termos o benefício de toda a cadeia com redução de impostos, para conseguirmos competitividade com outros materiais alternativos neste setor que concorrem com o plástico”, alerta. O setor de transformação catarinense está junto à Abiplast neste pleito para conseguir que os produtos plásticos tenham uma competitividade maior, prin cipalmente na indústria da construção civil. Como os demais estados brasileiros, a questão tributária é uma das principais preocupações dos catarinenses. Schmidt explica que, o governo de Santa Catarina emitiu uma portaria, da Receita Estadual, colocando uma série de produtos dentro do conceito de substituição tributária, o que está gerando uma antecipação no pagamento de tributos em vários setores. Esta substituição tributária tem preocupado os empresários, pois impacta diretamente no

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O que é substituição tributária? Substituição Substituição Tributária Tributária (ST) (ST) éé um um regime regime em em que que oo imposto imposto éé retido retido direto direto na na fonte. fonte. ÉÉ uma uma ferramenta ferramenta de de combate combate àà evasão evasão fiscal, fiscal, na na medida medida que que aa arrecaarrecadação dação do do tributo tributo éé feita feita numa numa só só fase fase da da cadeia cadeia produtiva, produtiva, possibilitando possibilitando maimaior or controle controle por por parte parte do do Fisco. Fisco. Em Em Santa Santa Catarina Catarina os os setores setores de de autopeças, autopeças, colcolchões, chões, rações rações pet, pet, cosméticos, cosméticos, lâmpalâmpadas, das, isqueiros, isqueiros, baterias baterias ee pilhas, pilhas, filmes filmes fotográficos fotográficos ee lâminas lâminas de de barbear barbear já já iningressaram gressaram no no regime. regime. capital de giro das empresas. A área de logística é mais um motivo de alerta para Santa Catarina. O presidente do Simpesc afirma que o estado passa por um estrangulamento de sua malha rodoviária portuária. Ele diz que o grande volume do fluxo de transporte de peças de pro-

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DESTAQUE Santa Catarina dutos acabados se dá pela BR 101 e esta rodovia está no processo de duplicação há muito tempo. Isso aumenta os custos de transporte, de tempo e de logística de uma maneira geral. “Os nossos portos estão congestionados, aumentando o tempo de carga e descarga, principalmente dos insumos de matérias-primas que precisam ser utilizadas no estado. A logística de Santa Catarina está ficando comprometida. O governo não dá sinais de que realmente vai resolver esta situação, que não é só da BR 101, mas de todo o sistema viário que está bastante comprometido”, desabafa. Na questão de créditos, Schmidt afirma que ele existe neste momento. Porém os custos estão aumentando um pouco em função do aumento das taxas de juros. Mas os empresários não sentem mais aquele problema de estrangulamento de crédito que existentes em anos anteriores. O dirigente diz que o sistema financeiro está funcionando com normalidade e agora com o aumento do custo de dólar e juros, os financiamentos acabam ficando mais caros.PS


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DESTAQUE Santa Catarina

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Transformadores de PVC projetam investimentos Amanco aumenta capacidade em 20% e Tigre anuncia investimentos de R$ 200 milhões.

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iversos investimentos estão nas perspectivas do estado catarinense. Grande multinacional, que vai investir bastante, este ano, no país, é a Mexichem que controla a Amanco, a Plastubos e a Bidim, no país. Segundo Marise Barroso, presidente da Amanco, serão alocados US$ 500 milhões, nas operações brasileiras, um dos únicos países da América, em que o grupo mexicano não lidera o mercado. No passado, a Amanco faturou US$ 658 milhões, que representaram um aumento de 4% nas vendas líquidas da companhia. “No 1º trimestre deste ano, as vendas registraram uma alta de 40% em relação ao mesmo período de 2009”, afirma. “Estamos verificando o mesmo aumento em abril e maio”, revela. Para este ano, a companhia espera elevar em 8%, o total fatura-

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do. “Essa é a expectativa, mas pelos números obtidos até agora, acredito que passaremos com tranqüilidade está meta” Para isso, serão alocados R$ 200 milhões, que representarão um aumento de 20%, na capacidade da Amanco. Marise Barroso informa ainda, que as unidades de Joinville (SC), Suape (PE) e Sumaré (SP) serão as beneficiadas e que a empresa “vai concentrar, este ano, na produção da linha elétrica, ou seja, em eletrodutos”. Segundo a executiva, o Brasil representa 27% do portfólio da Mexichem de produtos transformados.

Grupo Tigre anuncia investimentos Tigre, multinacional brasileira que tem a liderança absoluta na fabricação de tubos, conexões e acessórios em PVC no Brasil e em diversos países da América Latina, acaba de anunciar seus resultados em 2009 e o plano de investimentos para 2010. Apesar de um período marcado pelos impactos da crise econômica mundial, em 2009 o Grupo Tigre manteve os in-

vestimentos, lançou 764 novos produtos e iniciou as operações de uma nova unidade no Uruguai, ampliando sua presença internacional. A estratégia deu resultado e a empresa fechou o ano com faturamento em R$ 2,3 bilhões e lucro líquido de R$ 137 milhões. Os investimentos em 2009 foram de R$ 150 milhões, aplicados no desenvolvimento de novos produtos e inovações nos processos e nas soluções para as linhas predial, infraestrutura e irrigação. Um dos fatores do sucesso da empresa é o forte investimento no mercado externo. Hoje a Tigre está presente em 10 países da América Latina, nos Estados Unidos, e também exporta para mais de 40 países, com destaque para os africanos. Já no cenário nacional um fator importante foi o impulso da construção civil, com a ascensão social das classes C e D e o aumento de crédito no mercado interno. Em 2010, as perspectivas são otimistas. “Devemos crescer cerca de 15% em relação a 2009. Apostamos que a área de infraestrutura tenha grande demanda, com

as grandes obras de saneamento em função do PAC, Copa do Mundo e Olimpíadas, além do crescimento da demanda predial”, acrescenta Evaldo Dreher, presidente do Grupo Tigre. Em 2010, a empresa planeja ampliar investimentos para R$ 200 milhões, focando principalmente no incremento de sua capacidade produtiva, em pesquisa e desenvolvimento de produtos e marketing. Todas as plantas da Tigre no Brasil terão aumento na capacidade de produção ou incrementos de equipamentos. Para atender às necessidades de expansão da empresa, serão contratados cerca de 300 novos funcionários, no Brasil e no Exterior. Fundada em 1941, tem 8 plantas no Brasil, incluindo fábrica de Pincéis (pincéis Tigre), perfis de PVC (Claris) e acessórios (Plena), e 10 no exterior (Argentina, Bolívia (2), Chile, Colômbia, Equador, Peru, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai). Conta com 6.200 funcionários e cerca de 300 mil toneladas de produtos são fabricados anualmente. O faturamento em 2009 foi de R$ 2,3 bilhões.PS

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DESTAQUE Santa Catarina

Indústria do estado planeja investimentos de R$ 1,4 bi em 2010

E

m 2009 a economia mundial sentiu os efeitos da crise que eclodiu no último trimestre de 2008 nos Estados Unidos. Foi um ano adverso para as atividades, pois ocorreu forte retração da demanda externa, menor liquidez dos mercados e pelas incertezas geradas. O primeiro semestre do ano foi marcado por medidas de ajustes implementadas pelos governos para amenizar os efeitos negativos sobre a economia, destacandose o estímulo à demanda interna através da redução da taxa básica de juros, da disponibilização de linhas de crédito e de reduções tributárias para alguns segmentos de atividade. Foi um ano focado principalmente no mercado interno para compensar a retração da demanda internacional e para amortecer os efeitos da menor competitividade dos produtos nacionais lá fora em função do câmbio. A demanda interna, a menor taxa de juros e as políticas fiscais de estímulo ao consumo foram importantes para enfren-

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tar a crise, mas não suficientes para fazer de 2009 um ano de crescimento econômico, embora no segundo semestre Alguns sinais de melhoria das atividades tenham sido registrados como o aumento do emprego a partir de julho, o crescimento do Índice de Confiança do empresário industrial na economia e o retorno dos planos de investimento em diversas indústrias no final do ano. Os valores investidos pelas indústrias catarinenses, que em 2008 chegaram a R$ 2,1 bilhões, baixaram para R$ 1,2 bilhão em 2009. Essa diminuição já era esperada em decorrência da crise financeira mundial. As incertezas quanto à dimensão da crise e os reflexos imediatos causados sobre o crédito e à demanda tornaram as indústrias menos confiantes nos cenários de curto, médio e longo prazos, além de ficarem menos capitalizadas para realizar investimentos de maior monta. Na verdade 2008 foi um ano atípico em termos de investimentos industriais, com

valores elevados, já que a média anual não passou de R$ 1,2 bilhão nos últimos cinco anos. Então, mesmo abaixo dos valores de 2008, em 2009 os investimentos das indústrias catarinenses se mantiveram dentro da média anual. Menor faturamento, oscilações do dólar, restrição do crédito e incertezas econômicas foram alguns dos fatores citados como limitantes à realização de maiores investimentos em 2009. A proporção de indústrias que realizou investimentos nesse ano foi 77%. Parte delas investiu conforme planejado (51%) e parte investiu parcialmente (46%), adiando para 2010 ou por tempo indeterminado. Outras cancelaram. Apesar de 64,6% das indústrias terem voltado aos níveis de atividade précrise, percebe-se ainda certa cautela nas decisões de investimentos para 2010. A projeção é de R$ 1,4 bilhão, ficando próximo dos valores médios anuais e dos realizados em 2009. Porém, acrescentando a esses investimentos os de novas empresas que demonstram interesse em vir para Santa Catarina, sinalizam-se boas perspectivas de renda e emprego para o estado nos próximos anos. O total investido pelas indústrias catarinenses em 2009 foi de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,08 bilhão em Santa Catarina, R$ 75,7 milhões em outros estados e R$ 54,8 milhões no exterior. Alguns dos estados que receberam investimentos foram: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás,


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Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Mato Grosso, Distrito Federal e Pernambuco. No exterior deve-se citar, dentre outros, EUA, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, México,

Espanha, Índia, China, Emirados Árabes, Austrália, França, Bélgica, Inglaterra, Portugal, Suécia e Itália. Os segmentos de atividade líderes em investimentos no ano de 2009 foram: Metalurgia Básica,

responsável por 28,1% do total de investimentos; Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos, com uma parcela de 17,6%, e Produtos Alimentícios e Bebidas, também com 17,6% do total. Os segmentos industriais que não investiram em 2009 apontaram como razões as incertezas quanto à recuperação do mercado em decorrência da crise econômica mundial, a queda nas vendas e consequentemente no faturamento, gerando indisponibilidade de recursos; maior foco na reestruturação produtiva e administrativa, custo do crédito e dificuldade de obtenção, problemas financeiros, menor demanda, excesso de burocracia e demora na captação de recursos junto aos agentes financeiros, menor exportação, baixa do dólar e elevação dos custos. A indústria de artigos de borracha e plásticos catarinense investiu em 2009 R$ 21.515.047,05 no próprio estado; R$ 12.000.000,00 em outras regiões do país e R$ 1.035.000,00 no exterior, totalizando R$ 34.550.047,05.PS

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DESTAQUE Santa Catarina Atividade industrial representa mais de 30% do PIB do estado

A retomada da indústria catarinense *Alcantaro Corrêa

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FIESC apresentou, recentemente, uma agenda em que são relatados os principais desafios do estado para os próximos anos. No documento Desenvolvimento SC: uma visão da Indústria, elaborado a partir de ampla consulta às bases industriais, fica clara a necessidade de um comprometimento do setor público na resolução de questões que afetam a competitividade das empresas. A proposta da entidade é a realização de um pacto pelo desenvolvimento do estado. Mais uma vez estamos falando da elevada carga tributária, dos juros altos, de legislações ultrapassadas, dos impactos da política cambial, da infraestrutura defici36 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

ente e da qualidade da educação básica, questões que encarecem a produção e reduzem a competitividade da indústria local na disputa pelo mercado internacional e também pelo interno. Os pontos destacados fogem ao gerenciamento dos empresários. Por isso, esforços conjuntos entre os setores público e privado são essenciais para garantir um ambiente mais favorável aos negócios. Por décadas, Santa Catarina destacouse no cenário nacional pelo fato de a indústria crescer a taxas superiores à média brasileira. Nos últimos dez anos, contudo, o crescimento ficou aquém da média. Com pouco mais de 3% da população brasileira e 1% do território, o estado chegou a ocupar a quarta posição dentre as 27 unida-

des da Federação. A participação nas vendas externas brasileiras vem caindo, e em 2009 o estado ocupou a décima posição. Hoje, a indústria do estado responde por 34% do Produto Interno Bruto e gera 670 mil empregos. É líder em mercados como os de carnes de aves e suínos, revestimentos cerâmicos, motores e geradores elétricos, autopeças, móveis, papel e celulose e confecções. O setor vem fazendo sua parte por meio de investimentos em capacidade produtiva, produtos e processos, na busca por novas tecnologias e na abertura de novos mercados, mas precisa ganhar competitividade para poder seguir contribuindo para o desenvolvimento sustentável do estado. Por isso a FIESC está propondo aos


candidatos nas próximas eleições uma pauta mínima de ações, que, se posta em prática, dará um novo fôlego ao setor industrial e impulsionará toda a economia. A agenda elege sete premissas básicas para o desenvolvimento: a) necessidade de competitividade internacional da indústria, b) retenção e atração de empresas, c) adensamento das cadeias produtivas, d) diversificação e novos setores, e) integração do estado, f) economia em harmonia com o meio ambiente e g) reconhecer o estado como epicentro logís tico. Dentro dessas premissas é proposta a agenda da indústria com dez itens, contemplando uma pauta mínima para os assuntos infraestrutura, racionalização tributária, educação, inovação e modernização, representação política, políticas de desenvolvimento, exportações, meio ambiente, relações do trabalho e gover-

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Corrêa, da Fiesc, destaca a necessidade preemente de esforços conjuntos dos setores público e privado

nança para o desenvolvimento. A proposta da Federação é que seja constituído um grupo de trabalho com participação do setor produtivo e a equipe do governador eleito para detalhar as melhores formas de colocar as sugestões

em prática. Essa é uma contribuição importante para o desenvolvimento da indústria e do estado, no ano em que a FIESC completa 60 anos de fundação.PS ○

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*Presidente do Sistema FIESC

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Mercado

Presidente da Braskem apresenta para os gaúchos os objetivos da companhia, que pretende tornar-se a 5ª maior do mundo até 2020.

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presidente da Braskem, Bernardo Gradin, participou, em maio, da reunião Tá na Mesa, na Federasul, em Porto Alegre (RS), tradicional almoço acompanhado de palestra que ocorre na capital gaúcha. Com casa cheia, Gradin focou sua apresentação em aspectos macroeconômicos e mercadológicos gerais. Em seu discurso o executivo disse que, especialmente no Brasil, os riscos para a atividade empresarial são a inflação, que resulta em alta nos juros, e os efeitos das importações sobre a cadeia produtiva. Ainda segundo ele, problemas de infraestrutura e o aumento de gastos públicos, são outros aspectos que deixam as empresas preocupadas, com os

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Bernardo Gradin participa de evento em Porto Alegre

rumos do País. Para ele, é importante que o governo propicie um ambiente de negócios mais favorável e, para isso, é necessário que se eliminem distorções na matriz tributária, e que se lancem medidas para baratear a compra de matéria-prima. A Braskem vem implementando um amplo programa de crescimento, internacionalização, melhoria de competitividade e de produtividade e de acordo com seu presidente, Bernardo Gradin, a ação vem ao encontro do objetivo que o grupo está perseguindo: “o alvo estratégico da Braskem, é tornar-se uma das cinco maiores petroquímicas mundiais, até 2020 e sempre baseada na sustentabilidade”. Segundo Gradin, o Brasil vive hoje uma nova mentalidade, delineando o perfil de um país vencedor. E, baseado nesta premissa, ele explicou que o setor produtivo tem muito a contribuir, para que este cenário mantenha sua força, atraindo investimentos diretos, mantendo as cadeias produtivas integradas e investindo na qualificação do capital humano. Ressaltou ainda que a empresa “busca a inovação em parcerias com os clientes e autonomia tecnológica como importantes diretrizes, que orientam a estratégia da companhia”. Segundo o presidente da Braskem, a meta de crescimento da empresa se apoia na capacidade de geração de caixa, e na melhoria contínua de seu desempenho operacional em saúde, segurança e meio ambiente, fundamentais para o desenvolvimento sustentável da companhia. Na comparação entre os índices de 2009 e 2008, a Braskem reduziu em 16% seu consumo de água, em 5% o de energia, em mais de 13% a emissão de efluentes líquidos, e em 17% de efluentes sólidos. “No último ano, a Braskem registrou 0,85 acidente, por milhão de horas trabalhadas, sendo considerado o melhor índice do mundo”, destacou. Primeira empresa do mundo a desenvolver tecnologia sustentável com base matérias-primas de fontes renováveis, a Braskem está sempre comprometida com seus clientes. Agora, o próximo passo será a produção de polipropileno verde. O prazo é que essa inovação esteja disponível daqui dois anos e meio. Outros investimentos no estado citados por Gradin são referentes à projeto de expansão em Triunfo (RS) e modernização de plantas. Mas a rota do etanol é o principal desafio. “A questão é como resolver de forma competitiva a oferta de etanol”, diz Gradin.PS


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ENTREVISTA José Roriz Coelho

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A palavra de ordem é competitividade A busca por oportunidades para a indústria ser mais competitiva e agregadora de valor é umas das principais metas do novo presidente da Abiplast.

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osé Ricardo Roriz Coelho assume a presidência da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), com objetivos bem específicos. O executivo, que também lidera a gigante Vitopel, pretende agilizar a comunicação em todos os elos da cadeia e focar sua gestão na busca pela competitividade do setor. Em entrevista à Revista Plástico Sul, Roriz Coelho alerta que a reestruturação no setor de transformação é uma questão de sobrevivência e que os preços das matériasprimas são fundamentais para uma indústria mais competitiva. Para isso, a compreensão da Petrobras é fundamental. Revista Plástico Sul - Quais são os principais desafios da gestão? José Ricardo Roriz Coelho - Convergir às ações do setor para o aumento da competitividade da Transformação Plástica no Brasil. Plástico Sul - No geral, o setor plástico não se comunica com agilidade. Como será trabalhada a comunicação nesta nova fase? Roriz Coelho - A Representação do Setor é difusa e não é muito clara. E diante desse cenário, cabe a nós mudarmos esta condição. Plástico Sul - A segunda geração, através de fusões e aquisições buscou o aumento de escala para torna-se mundialmente com40 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

petitiva. A terceira geração, que possui mais de 11.000 empresas, caminha no mesmo rumo e deve buscar um rearranjo? Roriz Coelho - Será uma questão de sobrevivência. Sempre irão existir pequenas e médias empresas, estas terão de ter maior porte, pois do contrário serão esmagadas pelo fornecedor e pel as grandes empresas consumidoras ou distribuidoras de produtos plásticos transformados. Plástico Sul - Qual a quantidade de empresas que seria ideal para sermos um país mais competitivo? Roriz Coelho - É difícil afirmar isto, mas podemos atender ao nosso mercado com 1/3 das empresas hoje existentes. Plástico Sul - Qual a posição da Abiplast sobre a reestruturação do setor petroquímico com a concentração na produção de insumos e participação maior de uma estatal? Roriz Coelho - Nossa posição é de apreensão com a falta de alternativas, mas esperamos construir uma agenda que preserve a nossa competitividade com acesso a matérias-primas com preços competitivos, e desenvolvimento conjunto de mercado, com novas aplicações, com resinas de qualidade e incorporando as inovações necessárias para o contínuo desenvolvimento do setor. Com relação à Petrobras, vamos aguardar e pleitear o que seria razoável para um país que já é exportador de petróleo e que tem enorme potencial de crescimento de reservas e produção. O mínimo seria ter acesso a produtos derivados em condições melhores do que aqueles países importadores de petróleo. Se não, qual é a vantagem da auto suficiência para o Brasil e para os brasileiros?


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Plástico Sul - Como a entidade está vendo a política da Petrobras? Roriz Coelho - Muito investimento, grandes avanços em tecnologia, mas deveria ter o foco em exploração e produção de petróleo com custos baixos, e preços de venda que dessem oportunidade para a indústria ser mais competitiva e agregadora de valor para competir no mercado brasileiro e internacional. Plástico Sul - Qual a sua avaliação sobre a questão da importação de produtos transformados? O que será feito para regular essa balança deficitária? Roriz Coelho - Se nós tivéssemos acesso a preços competitivos de matéria-prima não estaríamos tão preocupados com a importação de produtos transformados, mesmo com a alta carga tributária e os altos custos de capital que temos no Brasil. Plástico Sul - No que diz respeito à transformação: o país é um provedor de inovação e tecnologia? Como o Brasil se comporta quando o assunto é esse? Roriz Coelho - Poderíamos ser muito melhores, se conseguíssemos implementar uma agenda que aumente a nossa competitividade. Plástico Sul - Como a Abiplast pretende trabalhar a questão do crédito para o transformador? Roriz Coelho - Se formos mais competitivos, teremos mais acesso ao crédito mais barato. E se formos maiores, poderemos utilizar linhas do BNDES que infelizmente só fala a linguagem das grandes empresas. Plástico Sul - Ações latino-americanas como o projeto do Grupo Idesa em parceria com a Braskem que visa uma capacidade instalada de um milhão de toneladas de eteno base etano e um milhão de toneladas de polietilenos por ano no México geram quais consequências ao transformador brasileiro? Roriz Coelho - Vai afetar no sentido positivo as empresas de transformação mexicana se nada mudar na melhoria da nossa competitividade no Brasil. Os Mexicanos também terão acesso a resinas com preços menores do que o nosso e tentarão aumentar a venda de produtos transformados no mercado brasileiro. Plástico Sul - Como o senhor avalia a atual

José Roriz Coelho quer ampliar a competitividade do setor de transformação de termoplásticos

situação cambial e a carga tributária brasileira? Roriz Coelho - Segundo estudo divulgado pelo DECOMTEC da FIESP, do qual sou diretor, a indústria Brasileira tem uma carga tributaria de 58%, o que é um absurdo, principalmente se adicionarmos os efeitos nocivos ao desenvolvimento da indústria com o Real tão valorizado. Plástico Sul - Quais os fatores que mais ameaçam a competitividade da terceira geração? Roriz Coelho - Custos de matéria-prima, falta de isonomia no IPI, baixa capacidade de investimento com o pequeno porte das empresas com baixa massa critica para investimentos em P&D e inovação. Plástico Sul - Qual a opinião da entidade sobre os reajustes nos preços das resinas aplicados em 2010, até o momento? Roriz Coelho - É só olharmos os preços dos nossos visinhos, em qualquer alternativa estamos pagando no mínimo US$ 150 por tonelada a mais dos que os nossos concorrentes regionais, sem falar nos asiáticos ou localizados na região do Middle East (Oriente Médio).PS <<<< Maio de 2010 < Plástico Sul < 41


Gestão

A logística como aliada Gerente geral da BDP no Brasil revela que um dos segredos do sucesso das empresas está num processo logístico ajustado e salienta a necessidade de uma melhor infraestrutura para aumentar a competitividade da indústria nacional.

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tualmente, a questão logística é uma das maiores preocupações do empresário brasileiro já que, se bem estruturada, torna-se um dos caminhos para uma melhor competitividade. As empresas devem buscar o máximo de economia possível para tornar seu produto competitivo no mercado local e internacional e a logística representa um custo importante. Desta forma, quem tiver um processo logístico ajustado às necessidades da Companhia e com foco na redução de custos, certamente estará mais habilitado ao sucesso. Para facilitar esse mecanismo nas corporações é que há dez anos a BDP International marca território em solo brasileiro. A empresa atende 8 das 10 maiores indústrias químicas do mundo e no Brasil presta serviços a 25 empresas de grande porte nos setores químico e petroquímico. A BDP Brasil cada vez mais aumenta sua participação no volume global da BDP. O primeiro quarto do ano de 2010 já sinalizou um incremento de 20% em relação ao ano anterior e a companhia aposta num crescimento de 25% esse ano. Conforme o gerente geral da BDP International – Brasil, Roberto Croce, o crescimento no volume de diversos clientes, demonstrando a recuperação da crise mundial, bem como o aumento nos investimentos são os principais pontos positivos do segmento de logística atualmente. Mas revela que a infraestrutura portuária e aeroportuária são deficientes e que a falta de oferta de navios e aviões, impactando alguns destinos e aumento de custos logísticos, são entraves para o melhor desempenho logístico no país. “Apesar dos esforços do Governo Federal 42 > Plástico Sul > Maio de 2010 >>>>

e Receita Federal para melhorar a infraestrutura e desburocratizar os processos, ainda estamos muito longe da situação ideal”, revela Croce. O executivo salienta a importância da infraestrutura para uma gestão logística eficiente. “Podemos pensar nela como sendo um cano hidráulico. Caso esse cano possua furos, desgastes, muitas curvas desnecessárias, ferrugem, entupimentos, deveremos gastar dinheiro para resolver esses problemas. O mesmo se passa com a infraestrutura nacional no que diz respeito as estradas por exemplo, com os seus problemas de pavimentação, manutenção, falta de duplicação, sinalização etc”. Ele salienta que quanto mais barreiras os produtos sofrerem para chegar ao seu destino final, mais caro sairá para as empresas e para o país, tornando-os menos competitivos no mercado internacional. O Pólo petroquímico de Triunfo é muito interessante para a BDP, que possui escritório em Porto Alegre e atua em todos os portos, aeroportos e fronteiras do Sul do Brasil. “Muitas empresas preferem os portos do sul do Brasil por questões logísticas e fiscais. Cada vez mais o Sul aumenta sua participação no portfólio de participação nacional da BDP Brasil”, revela Croce. Com sede na Filadélfia (EUA), a BDP International possui filiais em mais de 40 países em várias regiões do mundo. Presente desde 2000 no Brasil com forte atuação nos setores químico, petroquímico e varejo brasileiro oferece serviços logísticos: desembaraço aduaneiro, frete internacional aéreo e marítimo, gerenciamento de logística, acompanhamento/monitoramento do status das cargas, integração de sistemas, consultoria aduaneira entre outros.PS


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Eventos Da esquerda para a direita: Krieger, do Simpesc, Cachum, da Abiplast, e Marin, do Simplás

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III Enafer discute os rumos das ferramentarias

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III Enafer - Encontro Nacional de Ferramentarias superou as expectativas dos organizadores. O encontro realizado no dias 28 de maio, no auditório da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), reuniu aproximadamente 200 pessoas, entre representantes sindicais, empresários da cadeia produtiva de ferramentarias e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), para discutir as dificuldades e perspectivas do segmento ferramenteiro nacional. A iniciativa foi uma promoção do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), da Plastech Brasil 2011 – Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos, do Sindica-

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to das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) e da Associação Comercial e Industrial de Joinville (ACIJ). O presidente do Simplás e da Plastech Brasil, Orlando Marin, destacou a importância do encontro, apontando como fundamental para os segmentos do plástico, ferramentaria e metalmecânico. Comenta que as ferramentarias são um elo entre a ideia do produto e a sua concretização final. “A ferramentaria tem que ser valorizada. E, o Simplás vendo isso abraçou este evento junto com o Simecs, para Caxias do Sul e Região, num polo de mais de 300 ferramentarias”, salientou Marin. Para ele o encontro cumpriu com o seu objetivo de reunir a cadeia produtiva para buscar soluções para as dificuldades enfrentadas. “Cabe a nós praticantes do associativismo buscarmos as nossas soluções. É muito fácil dizer que o problema está com os outros, o problema é nosso e temos que tentar através de trabalhos e encontros como este, entender e praticar as soluções que sejam necessárias”, acrescenta. Merheg Cachum, presidente executivo da Abiplast, frisou o alto nível dos temas abordados e das discussões realizadas no encontro, também o fato de ser realizado na cidade de Caxias do Sul, por ser um dos principais polos ferramentaria do país. “Foi um evento muito bom, com um nível de palestras bastante importantes e com debates de assuntos

de grande interesse para todos, realizado num centro altamente importante, onde tem um número expressivo de grande ferramentarias”, comenta. Cachum parabenizou a iniciativa de reunir os setores da indústria do plástico. “Acho que só, todos os segmentos unidos é que nós teremos condições de fortalecer a indústria e toda a cadeia produtiva”, fala. O diretor do Simecs, Jose Alceu Lorandi, disse que ficou surpreso com a grande participação das empresas do setor e também salientou a importância da congregação de várias entidades na realização do evento. “O objetivo era esse mesmo, termos ligação com todos os sindicatos e entidades ligados a área de moldes, para discutirmos os problemas, encontrar soluções e traçar metas para o futuro”, afirma. O representante do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc), Renato Krieger, avaliou o encontro, como um sucesso absoluto pelo número e pelo nível dos participantes. Contando com a presença de empresas dos três principais polos produtores de ferramentas, Caxias do Sul, Joinville e São Paulo. Na sua participação ele abordou a questão da concorrência dos moldes brasileiros e chineses. Segundo ele é necessário diminuir a diferença entre os preços praticados na China e no Brasil. “Não é preciso ter preços idênticos aos praticados pelos chineses, que seria impossível, por vários fatores. Mas, têm que ser mais


competitivos. O setor de transformação entende que essa distância vai trazer problemas, não só com relação a moldes, mas também à máquinas e matéria-prima”, salienta. No encontro ficou claro a importância da união de toda a cadeia produtiva para o crescimento do setor e para poder enfrentar a concorrência internacional. Para isso foram abordados temas como, a importância da indústria de moldes para a competitividade da cadeia de produtos petroquímicos e transformados plásticos e os desafios do setor ferramenteiro frente ao mercado internacional. Na ocasião o coordenador-geral das indústrias químicas e de transformados plásticos do MDIC, Alexandre Lopes, fez uma apresentação sobre as atividades que estão sendo desenvolvidas no Fórum da Competitividade da Cadeia de Trasnformação de Plásticos. Entre as atividades desenvolvidas pelo Fórum está a renovação do parque industrial de transformados plásticos, discutindo com o BNDES o financiamento de máquinas novas e o sucateamento das que forem substituídas. “O fabricante da máquina nova recolhe a máquina velha e leva para o sucateamento,

que será fiscalizado pelo Inmetro. Este ano deve ser anunciado tanto a questão do financiamento, como a questão da fiscalização. Isso se aplicará para as máquinas com mais de 10 anos. Este programa tem o objetivo de retirar do mercado as máquinas com mais de 10 anos de uso”, explica. A representante da Câmara Setorial de Ferramentarias, da Abimaq, falou que a instituição está cada vez mais empenhada em fortalecer a representação do setor no Fórum da Competitividade. Comenta que está sendo realizado um trabalho de desenvolvimento de um software para profissionalizar a gestão das ferramentarias. “Vai auxiliar no planejamento, programação e controle de uma empresa do setor”, acrescenta Maria Lúcia Maradei. O projeto está divido em três etapas, customização, desenvolvimento e difusão. O representante do Núcleo de Ferramentarias de Joinville, Christian Dihlmann, apresentou o planejamento estratégico do setor para os próximos 15 anos, validado no II Enafer, realizado em julho do ano passado, em São Paulo. O plano envolve ações de curto, médio e longo prazo, com base

em quatro macro metas: a redução do déficit da balança comercial brasileira em 50% até 2015; geração de dois mil empregos diretos de mão-de-obra altamente qualificada até 2015; colocar o Brasil entre o três melhores países do mundo no fornecimento de moldes e ferramentarias até 2020; ter sueperávit da balança comercial brasileira de US$ 200 milhões, até 2024. Na sequência ele apresentou a proposta de criação da Associação Brasileira de Indústrias de Ferramentais (Abifer). A proposta foi aprovada pela maioria dos participantes, que assinaram uma lista de adesão à iniciativa, como fundadores da entidade. Dihlmann destacou a importância de uma instituição que represente o setor em âmbito nacional, “quando a gente vai a Brasília, no ministério, ou em uma entidade internacional, sempre nos pedem uma representatividade a nível nacional, esse é um dos objetivos da criação da Abifer”. Destaca ainda que a Associação também vai ser importante para o desenvolvimento do planejamento estratégico das ferramentarias. A próxima etapa será a constituição formal da entidade. PS

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Eventos

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São Paulo sedia encontro internacional de fornecedores da Indústria Química e Petroquímica

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stá marcada para o período de 21 a 24 de junho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a primeira edição da Feira internacional dos Fornecedores da Indústria Química e Petroquímica. Voltada exclusivamente para os fornecedores e toda a cadeia da indústria química e petroquímica, a Feira reunirá as empresas fabricantes de máquinas, equipamentos, acessórios, insumos e serviços. A expectativa é a participação de 180 empresas e cerca de 12 mil compradores, de 15 países”. Entre os expositores já confirmados estão a Plasmatig, Hollbras,

Schutz, Vasitex, Vanasa Multigas, Cestari, ABS Group, Alef, Apexfil, e Samia International. Simultaneamente à Feira, serão realizados o 13º Congresso de Atuação Responsável e a 2ª Conferência Latino-Americana de Segurança de Processo, que trarão como temas centrais os avanços práticos e tecnológicos na área de segurança de processos, os resultados obtidos pela indústria química com a aplicação do Programa Atuação Responsável, e os desafios do setor nas áreas de meio ambiente, segurança, saúde, proteção (security) e responsabilidade social.PS www.abiquim.org.br/congresso


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Greenfield anuncia realização da Embala na cidade de São Paulo

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Clarion Events e a Greenfield Business Promotion anunciaram oficialmente no mês de maio, em São Paulo, a formação da joint-venture que trará à capital paulista as feiras Integradas Embala e Alimentécnica. Formatadas para atender às mais recentes tendências do mercado, a Embala – Feira Internacional da Cadeia Integrada de Embalagens e a Alimentécnica - Feira Internacional de Processamento para Indústrias de Alimentos e Bebidas oferecerão soluções completas em processamento e envase de produtos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos e químicos. Análises mercadológicas regionais realizadas pela Greenfield ao longo dos últimos anos, assim como o patrocínio de pesquisas desenvolvidas pela GFK e orientadas pelo Núcleo de Embalagens da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), identificaram o atual estágio de intercâmbio de conhecimento entre fornecedores e usuários de embalagens e processos industriais. “Os resultados desses estudos foram avaliados com as principais entidades de classe, empresas e fornecedores e deram origem ao mapeamento de oportunidades que está sendo desenvolvido para a 18ª edição do Programa Embala”, explica André Mozetic, diretor da Greenfield. Segundo ele, o aumento das exportações de alimentos industrializados e o novo mapa de abastecimento brasileiro, transformado pelo crescimento da renda e pela mudança no perfil do consumidor, são

itens de destaque nas pesquisas e na estratégia de negócios das empresas, e também estarão no escopo da Embala e Alimentécnica 2012. “Estamos estruturando um evento completo e que atenda fielmente aos anseios do mercado”, enfatiza. A Joint-venture com a promotora de feiras de origem inglesa Clarion Events, que opera no Brasil desde 2008, deu-se pela convergência de objetivos em realizar feiras e eventos de alto desempenho em setores e mercados estratégicos. A Clarion Events, maior empresa de capital fechado do setor de eventos na Inglaterra, figura como uma das mais atuantes empresas mundiais no setor de feiras e conferências e reúne, em seu portfólio, 90 eventos na Inglaterra, Alemanha, Emirados Árabes, Estados Unidos, Holanda, Singapura, África do Sul e Brasil. De acordo com Mozetic, a Jointventure Clarion Events - Greenfield visa não apenas aprimorar o desempenho técnico e comercial das feiras Embala e Alimentécnica, como, também, aprimorar o conhecimento de mercados estratégicos e de mecanismos que propiciem, a visitantes e expositores, a ampliação de negócios por meio do comércio exterior. “A Joint-venture com a Clarion Events, que tem acesso e experiência em vários mercados internacionais, proporciona a internacionalização da feira”, diz. Durante a ocasião, a Greenfield prestou uma homenagem aos veículos de comunicação que ajudam na divulgações dos eventos da promotora.PS <<<< Maio de 2010 < Plástico Sul < 47


Eventos

DIVULGAÇÃO/PS

Simpósio de Injeção divulga tendências do setor

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Nos dias 25 e 26 de maio o Club Transatlântico de São Paulo foi ponto de encontro entre profissionais da indústria de injeção de plásticos. No local, aconteceu o Simpósio Internacional de Injeção de Plásticos 2010, que este ano trouxe o tema “Otimização de Recursos Produtivos”. Durante os dois dias de Simpósio, aconteceram palestras de renomados profissionais de instituições e empresas. No público-alvo do evento, estiveram profissionais nas áreas de desenvolvimento de produtos, processos, produção, engenharia de aplicação e materiais, planejamento, técnica, ferramentaria, mecânica, qualidade; diretores e gerentes industriais e de vendas, além de compradores das indústrias desse setor, pesquisadores e professores. As palestras abordaram as principais novidades e tendências do setor, como o avanço da nanotecnologia na indústria de transformação. O Simpósio contou com o apoio do Instituto Nacional do Plástico (INP), Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Revista Plástico Sul e Revista Plástico Nordeste. PS


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Bloco de Notas Marc Rosen faz palestra no Brasil

Sinplast participa da 5ª Semana do Empreendedor O Sinplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul) esteve recentemente em Santa Cruz do Sul para apresentar os benefícios e utilidades do plástico no cotidiano das pessoas. Em um dia inteiro de ações na Unisc, as quais integram a 5ª Semana do Empreendedor de Santa Cruz do Sul, o Sinplast abordou o tema da sustentabilidade dos artefatos plásticos, desmistificando a sua atual imagem de vilão ambiental. Sob o enfoque da camiseta oficial da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2010 – cujas peças foram produzidas a partir de garrafas PET, o Sinplast informou a comunidade acadêmica sobre a importância da reutilização e revalorização do plástico. A 5ª Semana do Empreendedor teve como tema Negócios Sustentáveis e foi promovida pela ACI Santa Cruz do Sul.

Critérios para a fabricação de embalagens PET A Câmara está analisando o Projeto de Lei 7007/10, do deputado William Woo (PSDB-SP), que regula a produção de embalagens de Politereftalato de Etileno, as garrafas PET, amplamente usadas na indústria de bebidas. Segundo o parlamentar, o objetivo é facilitar a reciclagem. Pelo projeto, a garrafa PET deverá ser incolor e de fácil compressão, exceto aquelas de mais de dois litros, que precisam ser mais resistentes. Deverá também ter um formato que permita o recorte e o empilhamento fácil, para incentivar o processo de reciclagem. A alça de segurança na embalagem - se houver - também deve ser fabricada, em PET incolor. Ainda de acordo com o projeto avaliado, a impressão do rótulo diretamente na embalagem passará a ser proibida. O rótulo deverá ser removível, sem deixar resíduos de cola depois de lavagem especial das garrafas. Além disso, a tinta de impressão da marca não poderá migrar para a embalagem. A proposta determina ainda a fixação das etiquetas de preço sempre nas tampas ou nos rótulos, para facilitar a remoção e evitar a contaminação do PET pela cola. O infrator estará sujeito ao pagamento de 10 a 50% do valor de venda de cada embalagem irregular, colocada no mercado.

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A convite da Eastman Chemical do Brasil multinacional americana especializada em produtos químicos, fibras e plásticos especiais -, a cidade de São Paulo recebeu um dos maiores nomes do design de embalagens do mundo: o americano Marc Rosen, que já desenhou luxuosas embalagens para marcas como Fendi, Revlon, Nina Ricci e Chanel. MarcRosen, que tem 30 anos de experiência no ramo e uma bagagem de estudos no PrattInstitute – considerada uma das maiores escolas de design do mundo -, falou naEscola Panamericana de Artes e Design e no Ciclo do Conhecimento (do BlocoComunicação). Nos encontros, o tema principal foi A Arte da Embalagem, algo que,para ele, “é como uma forma de arte, um pensamento que tem intrigado por anos”. MarcRosen tem vários cases de embalagens de perfumes e cosméticos, muitos desenvolvidos com vidro, e alguns dos seus trabalhos estão expostos em exibições permanentes no Museum Of Modern Art (MoMa), em Nova York; e Musée de La Mode, emParis. Mas, recentemente, se associar à Eastman no projeto chamado Designing With Clarity, no qual, usando The Glass Polymer™, um plástico especial da multinacional americana, desenvolveu diferentes recipientes para cosméticos com essa resina. TheGlass Polymer™ é uma resina da Eastman conhecida pelo seu elevado grau detransparência e brilho, material que permite glamour, luxo e sofisticação em ummaterial de plástico, ou seja, que não corre o risco de quebrar durante otransporte ou manuseio.


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Bloco de Notas Diretora-executiva da ABRE, é a nova vice-presidente de marketing da WPO Luciana Pellegrino assumiu a vice-presidência de marketing da WPO – World Packaging Organization, maior e mais expressiva associação internacional do setor de embalagem que reúne entidades de 43 países dos 5 continentes. A nomeação corrobora a significativa participação do Brasil por meio da ABRE, pelo engajamento de sua diretoria e do importante trabalho que vem realizando pela indústria mundial de embalagem. Em sua atuação como parceira da WPO, a ABRE foi encarregada de traçar e implementar a estratégia de branding e de marketing para a entidade. À frente do Comitê de Marketing composto por um grupo de 7 países - EUA, Suécia, Turquia, México, Gana, Índia e China, a ABRE criou uma campanha de fortalecimento da imagem da entidade em nível internacional e de seus produtos, como o WorldStar - Prêmio Mundial da Embalagem, o Relatório Mundial da Embalagem PIRA/WPO e o Programa de Certificação de Programas Educacionais em Embalagem, entre outros.

SABIC lança a Resina Lexan* EXL para volantes automotivos A SABIC Innovative Plastics traz uma inovação para o tradicional volante automotivo, um projeto moldado por injeção feito com a resina Lexan* EXL, copolímero que traz benefícios para os projetos deste segmento, como menor peso, alto desempenho, facilidade de fabricação, liberdade de estilo e possibilidade de integração de peças. Além disso, a resina Lexan EXL evita as principais desvantagens ambientais dos volantes existentes no mercado, cujos materiais podem ser difíceis de serem reciclados e envolvem produtos residuais potencialmente perigosos, resultantes da fundição e do processamento. O investimento da empresa em novas tecnologias fornece aos clientes da indústria automotiva soluções em materiais avançados para as aplicações mais exigentes. “Está na hora de seguir por uma nova direção em projetos de volantes automotivos e a SABIC Innovative Plastics fez uma curva de 180 graus com o nosso projeto moldado em duas peças”, afirma V. Umamaheswaran (UV), diretor de Produtos e Marketing da SABIC Innovative Plastics.

Fibras, poliéster e polímeros de etileno lideram lista de importação de Santa Catarina Apesar da indústria catarinense ser também responsável pelo crescimento das importações - com o câmbio favorável, a matéria-prima passou a ser comprada no exterior -, o avanço de produtos acabados já preocupa. Na opinião de Glauco Corte, vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o fato de os insumos liderarem a lista de importados é sinal de que os empresários catarinenses estão buscando oportunidades, em virtude do câmbio mais atraente. No topo da lista entre os principais produtos importados, no ano passado, estão fios de fibras artificiais e poliéster - importantes insumos da indústria têxtil catarinense, que aparecem na segunda e quinta posição, de principais itens importados. Polímeros de etileno ocupam as outras duas posições da lista de cinco principais itens importados.

Eleição na Abimaq O projeto Abimaq 2022 foi o primeiro trabalho elaborado pela atual diretoria da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que tomou posse em 2007 e se reelegeu em maio até 2014. De forma inédita, a ABIMAQ elaborou um trabalho que propõe resgatar a competitividade do setor, através da desoneração total dos investimentos; financiamentos; incentivo às exportações, inovação e desenvolvimento tecnológico. Segundo Luiz Aubert Neto, presidente reeleito, outra inovação desta gestão foi a criação do Conselho Nacional da Indústria de Máquinas (CONIMAQ), cujo principal objetivo é estudar o setor e sugerir novas medidas para aumentar a competitividade das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos.

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Plast Mix

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Anunciantes Agenda Brasil Plastshow Data: 06 a 09 de abril Local: Expo Center Norte – São Paulo - SP www.arandanet.com.br Emabala Minas - IV Feira Internacional de Embalagens e Processos Data: 06 a 09 de abril Local: Expominas Belo Horizonte – MG www.greenfield-brm.com Activas # Pág. 13 Ambiental # Pág. 53 Apema # Pág. 35 ARCR # Págs. 28 e 29 AX Plásticos # Pág. 40 Bettoni # Pág. 47 Borbamec # Pág. 53 Chiang # Pág. 23 Cristal Master # Pág. 19 Cromocil # Pág. 42 Darhel # Pág. 53 Deb’Maq # Pág. 11 Detectores Brasil # Pág. 48 Drawmac # Pág. 48 Elekeiroz # Pág. 56 FCS # Pág. 39 Gabiplast # Pág. 45 Galemac # Pág. 46 HGR # Pág. 31 Ineal # Pág. 41 Interplast # Pág. 49 Itatex # Pág. 55 JR Oliveira # Pág. 53 Krisoll # Pág. 48 LGMT # Pág. 33 Mainard # Pág. 53 Mecanofar # Pág. 53 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Met. Wagner # Pág. 46 Multi-União # Pág. 38 NZ Cooperpolymer # Pág. 44 Office Consultoria # Pág. 52 Pavan Zanetti # Pág. 21 Plastech # Pág. 43 Plásticos Ven. Aires # Pág. 53 Polyfast # Pág. 50 Procolor # Pág. 15 Recicla Nordeste # Pág. 51 Replas # Pág. 17 Rone # Pág. 20 Rosciltec # Pág. 53 Salvi Casagrande # Pág. 37 Sasil # Pág. 09 Seibt # Pág. 32 Shini # Pág. 27 Tecnosil # Pág. 45 Theodosio Randon # Pág. 30 Wortex # Pág. 34 YJ # Pág. 25

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Fimec - 33ª Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes Data: 13 a 16 de abril Local: Parque de Exposições Fenac – Novo Hamburgo-RS www.fimec.com.br Mecânica - 28ª Feira Internacional da Mecânica Data: 11 a 15 de maio Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo-SP www.mecanica.com.br Metal Plast 2010 - Feira de Metalmecânica e Plásticos Data: 16 a 19 de junho Local: Parque da Efapi Chapecó – SC Química & Petroquímica Data: 21 a 24 Junho Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo-SP www.quimica-petroquimica.com.br Interplast 2010 - Feira e Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico Data: 23 a 27 de agosto Local: Expoville - Joinville - SC http://www.messebrasil.com.br

Internacionais Argenplás – XIII Exposição Internacional de Plásticos Data: 22 a 26 de março Local: La Rural, Predio Ferial

de Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar Plastimagen – 16ª Exposição Internacional da Indústria do Plástico Data: 23 a 26 de março Local: Centro Banamex – Cidade de México –México www.plastimagen.com.mx Chinaplas – Feira Internacional de Plástico e Borracha Data: 19 a 22 de abril Local: Shanghai New International Expo Center - China www.chinaplasonline.com Expoplast Peru Data: 12 a 15 de maio de 2010 Local: Centro de Convenciones del Jockey Plaza - Lima – Peru www.expoplastperu.com K’2010 Data: 27 de outubro a 03 de novembro Local: Düsseldorf - Alemanha Website: www.k-online.de


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