FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva
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Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Coordenação Editorial: Júlio Sortica Redação:
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Gilmar Bitencourt Departamento Financeiro:
"Entre a avareza e a prodigalidade encontra-se a economia, e esta é a virtude que o homem honesto deve praticar." (Paolo Mantegazza)
Da Redação
Rosana Mandrácio Departamento Comercial:
Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05
Débora Moreira, Magda Fernandes e Sandra Tesch
Plast Vip
Representante em Nova Iorque
Regina Zimmermann, da Amanco. >>>> Pág. 06
(EUA): Rossana Sanchez
Especial
(rogu13associated@yahoo.com) Design Gráfico & Criação Publicitária:
Construção: mercado e inovações. >>>> Pág. 10
José Francisco Alves (51 9941.5777)
Tendência
Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -
A nova fase da refrigeração. >>>> Pág. 26
Publicações Segmentadas, destinada às indústrias
Eventos
produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,
Preview K'2010 em Düsseldorf. >>>> Pág. 34 Tudo pronto para a Interplast. >>>> Pág. 36
formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos,
Metalúrgica Boeira tem nova sede. >>>> Pág. 44
fóruns, exposições e imprensa em geral.
Mercado
Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem
Planta de PE verde Braskem. >>>> Pág. 46 Criação do Proplástico . >>>> Pág. 47
necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.
Artigo
Tiragem: 8.000 exemplares.
Por Márcio Freitas . >>>> Pág.48
Passaporte
Filiada à
Com Gabriela Hartmann, da Maxter . >>>> Pág. 49
ANATEC
Institucional
PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
Eleição no nordeste gaúcho . >>>> Pág. 50
ANATEC - Associação Nacional
Bloco de Notas
das Editoras de Publicações Técnicas,
Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 52
Dirigidas e Especializadas
Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>> Pág. 54
36 Capa: Divulgação
404 >> Plástico Plástico Sul Sul>> Junho Junho dede 2010 2010 >>>> >>>>
ARQUIVO/PS
Da Redação
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Um setor construtivo
O
tempo está passando. Faltam quatro anos para a Copa de 2014. O que é possível fazer nesse tempo? Milagres. Porque nos próximos quatro anos serão feitas obras que eram esperadas há 40. E mais: estádios serão erguidos e reformados. O tempo dessa vez será o melhor amigo e companheiro, mas que passe devagar para que os envolvidos nesse processo possam trabalhar com qualidade. Qualidade. Eis uma importante palavra que deve ser muito utilizada nos próximos anos. De nada adiantará termos uma carcaça bonita para apresentar ao mundo em 2014 se não tivermos um recheio competente: qualidade nas obras, saneamento nas casas, habitação decente, estradas boas, hospitais dignos, transporte público eficiente. Mas por acaso essas não seriam reivindicações antigas do Brasil? Não é o que sempre sonhamos para o nosso país? E não é o básico de quem paga seus impostos? Sim, todas as respostas são afirmativas. Foi preciso um evento de grande porte mundial para estimular o progresso. Que seja. Se precisamos de uma Copa do Mundo para crescer, que ela venha e traga bons frutos que serão colhidos a longo prazo, mesmo depois do último apito. E o plástico terá muito a oferecer nesse tempo de construções. São as cadeiras dos estádios, as garrafas de refrigerantes, os gramados, as janelas dos prédios, as portas das casas, os computadores que serão usados para
que imprensa divulgue para todo mundo cada minuto dos jogos em solo brasileiro. O plástico é a liberdade de design nas arenas. É a sustentabilidade dos projetos. A cobertura que protegerá os torcedores da chuva, do sol e do vento. O plástico é o painel, os faróis, o volante dos automóveis. As telhas, o chão. O plástico é habitação. É saneamento. É básico. Portanto, é um setor que constrói o amanhã. E o futuro é logo ali, em 2014. Arregaçando as mangas e trabalhando incansavelmente, produtores de resinas, fabricantes de máquinas e equipamentos, transformadores plásticos e indústria da construção farão juntos um bonito trabalho. Mãos à obra!
MELINA GONÇALVES / Editora melinagoncalves@conceitualpress.com.br <<<< <<<< Junho Junho dede 2010 2010< < Plástico PlásticoSul Sul<<05 5
PLAST VIP Regina Zimmermann/Amanco
Na corrida pela liderança Ambiental – Marcos Históricos e o Caso Amanco Brasil. Para falar sobre as metas da empresa, opinar sobre mercado e outros assuntos relacionados à construção e ao PVC, a Revista Plástico Sul entrevistou a diretora industrial.
Em busca do primeiro lugar no setor de tubos e conexões brasileiro, a Amanco traça estratégias e começa a colher os frutos de suas ambições.
Revista Plástico Sul - Quais as estratégias da Amanco para os próximos cinco anos? Regina Zimmermann - A estratégia de negócios da Amanco é fundamentada nos pilares de sustentabilidade, marca, inovação, serviços diferenciados e eficiência operacional. A conquista da liderança será uma consequência de nossa estratégia, a qual buscamos executar de forma impecável. Para isso, continuaremos fortalecen-
6 >>Plástico 06 PlásticoSul Sul>>Junho Junhode de2010 2010>>>> >>>>
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A
s estimativas para o setor de construção em 2010 são as melhores possíveis. Por consequência, o segmento de tubos e conexões segue o mesmo ritmo, principalmente impulsionado pelo volume expressivo nos investimentos em infraestrutura. Baseada nesse panorama, a Amanco Brasil anuncia ambiciosas metas. Na corrida pela liderança em seu mercado, a empresa planeja crescer 7,5% em vendas, com expansão de 18% no Ebitda e de 19% no volume. Para isso, está investindo em 2010 R$ 200 milhões, valor que abrange aumento de 20% na capacidade de produção das fábricas, desenvolvimento de novos produtos, comunicação da marca na mídia e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional. De janeiro a maio, a empresa cresceu 36% em comparação com o mesmo período de 2009. A companhia, que possui como principal matéria-prima a resina de PVC, tem quatro unidades fabris no Brasil, sendo duas em Joinville (SC), uma em Sumaré (SP) e uma no complexo hidroportuário de Suape (PE). Nas plantas de Joinville são produzidas as conexões e a linha de acessórios sanitários. A unidade também tem uma pequena fábrica de tubos para atender a Região. Já em Sumaré funciona o centro de excelência de extrusão. Presidida atualmente por Marise Barroso, a Amanco Brasil tem outra presença feminina na liderança de uma das principais áreas. Regina Zimmermann, diretora industrial da Companhia, está na Amanco há cerca de 20 anos. Com passagens pela Petrobras e Basf, a executiva é graduada em química, com pós-graduação em engenharia de processos e em engenharia da qualidade. Também concluiu mestrado em engenharia ambiental e no início de 2004 defendeu a tese “O PVC e a Sustentabilidade
cessos. Além disso, os produtos da Amanco são feitos com base nos conceitos de Ecodesign, Ecoeficiência e Ecoinovação, aliados a uma gestão integrada de alto desempenho, sustentada pelo equilíbrio entre três resultados: social, ambiental e econômico. No ano passado a Amanco passou a adotar a metodologia Kaizen em seu programa Excelência em Prática, alcançando ganhos significativos em produtividade, custo e tempo. Nossos produtos são adequados do ponto de vista ambiental. Um bom exemplo é o Biax (tubos de PVC biorientados), destinados para adução de água. Como são mais leves do que os tubos de ferro fundido ou de fibra de vidro, tradicionalmente utilizados nesse tipo obra, seu transporte e manuseio são muito
do a marca Amanco junto ao público consumidor, oferecendo soluções inovadoras de produto, melhorando ainda mais os indicadores de ecoeficiência na produção e formando o profissional da construção civil, o instalador hidráulico em especial, entre outras ações. A nossa meta é a liderança do mercado brasileiro. Plástico Sul - Quais são os diferenciais da empresa para alcançar os resultados? Regina - Nossos diferenciais são tecnologia e inovação, tanto de produtos, como de pro-
Regina Zimmermann: “A empresa já cresceu 36% de janeiro a maio de 2010”
mais simples e ágeis, dispensando maquinários para movimentação de material pesado, o que permite a redução pela metade do tempo de instalação. Assim que foi lançado, o Amanco Biax recebeu o Prêmio de Inovação da AESABESP (Associação dos Engenheiros da Sabesp). Acabamos de qualificá-lo na Sanepar, na Sabesp. Já tivemos uma experi-
ência com o Grupo Amanco, o primeiro país que teve esta tecnologia foi a Colômbia, foi um sucesso, tanto que a Colômbia, já instalou a segunda linha e já está se preparando para a terceira linha. Vale citar também produtos como o PPR (para água quente), Novafort, Silentium e Eco Caixa.
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Eco caixa, Biax e Nova Fort: produtos voltados à sustentabilidade
“Um novo mercado que estamos focando é o de adução e distribuição de água potável, com a solução em PVC no lugar de ferro fundido e fibra de vidro.”
Plástico Sul - Qual a participação da Amanco no mercado por categoria (tipo de materiais), tanto no Brasil quanto América Latina? Regina - A Amanco é líder na América Latina no mercado de tubos e conexões e vice-líder no Brasil nesse segmento. Estamos ganhando cada vez mais participação no mercado brasileiro. Nossos números estão bastante expressivos. Esperamos crescer em 2010, 7,5% em vendas, com um aumento de Ebitda de 18%. No ano que passou, nós já crescemos 59% no Ebitda. E queremos crescer 19% no volume. Em primeira mão: de janeiro a maio, nós crescemos 36% em relação ao mesmo período de 2009. Plástico Sul - Qual a configuração societária da Amanco? Regina - A Amanco é uma companhia industrial, 100% controlada pelo grupo mexicano Mexichem, líder latino-americana absoluta na produção e comercialização de tubos e conexões para a condução de fluidos, principalmente água. Plástico Sul - Qual a participação da Amanco no Grupo? Regina - A Amanco Brasil representa 31% dos negócios do Grupo Amanco da América Latina. Plástico Sul - Há novos mercados alvos para os produtos da empresa? Regina - Um novo mercado que estamos focando é o de adução e distribuição de água potável, com a solução em PVC no lugar de ferro fundido e fibra de vidro. Para isso a Amanco lançou o Biax. É uma tecnologia inovadora. Estes tubos têm mais resistência, robustez, leveza, flexibilidade e ecoeficiência. Este produto tem uma história de sucesso de mais de 10
mento 36%. Isso significa que além do aquecimento do mercado, a nossa estratégia tem dado certo. Plástico Sul - Quais são as perspectivas de crescimento para o mercado de construção civil esse e ano e por quê? Regina - Para 2010 as perspectivas são positivas para o setor de construção civil, incluindo o de tubos e conexões, sendo que o segmento de infraestrutura certamente terá um volume expressivo, com crescimento significativo, embora o motor do crescimento ainda continue a ser o segmento predial. anos na Europa, em especial na Holanda. E também consagrada na Austrália. Plástico Sul - Quais são os investimentos no Brasil? Regina - A Amanco está investindo em 2010 R$ 200 milhões, valor que abrange aumento de 20% na capacidade de produção das fábricas, desenvolvimento de novos produtos, comunicação da marca na mídia e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional. Em 2009 foram cerca de R$ 150 milhões. Estamos estudando algumas aquisições e também já estamos preparando um plano de expansão bastante significativo para 2011. Em 2010 vamos executar algumas premissas que nós traçamos no passado. Estamos muito otimistas para 2011. O ano de 2010 está sendo um sucesso. Nós tivemos que fazer um adendo ao plano de expansão de 2010. No final de março disparamos compras de mais máquinas e equipamentos. Nossas expectativas foram superadas. Nós projetamos um crescimento de 19% no volume e estamos crescendo até o mo-
Plástico Sul - Que fatores que motivam este crescimento? Regina - São vários fatores. O mercado da construção civil está aquecido. No Brasil, também estamos experimentando um crescimento expressivo generalizado. Têm alguns agentes que motivam este crescimento, como um déficit habitacional muito grande. Somase a isso a questão do PAC, que tínhamos uma expectativa de mais investimentos. E ainda o otimismo para a próxima Copa do Mundo e Olimpíadas. Além disso, também tem os fatores internos, a estratégia da Amanco Brasil. O posicionamento de marca, preço, eficiência operacional, que é um dos nossos pilares estratégicos. Temos indicadores que são chaves, que são ecoeficiência. A excelência operacional para nós é uma constante, seja através do controle do consumo de água, do consumo de energia, do desperdício de material, dentro de cada unidade e de cada processo. Acreditamos que a infraestrutura com certeza vai trazer um volume expressivo, mas o motor mesmo vai continuar sendo o predial. >>>> <<<< Junho de 2010 < Plástico Sul < 7
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PLAST VIP Regina Zimmermann/Amanco
Linhas de produtos Amanco possuem foco direcionado para a habitação e para a infraestrutura
Plástico Sul - Quais os desafios e gargalos da construção civil? Regina - O crescimento tem sido acima das expectativas e diante disso acredito que existe o risco de falta de alguns materiais. Alguns mercados acabaram não se preparando, não se modernizaram e não investiram em capacidade instalada. E o que talvez seja o maior dos desafios, o maior dos gargalos, que é a qualificação do profissional, nos diversos níveis. Sentimos uma falta de mãode-obra qualificada. Soma-se a isso a escassez de crédito. Plástico Sul - Em uma análise de uma matriz de SWOT, quais as oportunidades, ameaças, pontos positivos e negativos da indústria da construção civil a curto e médio prazo? Regina - Nas questões das oportunidades, eu acho que no momento o Brasil é o país da vez. As ameaças, podem ser a falta de material ou a entrada de produtos importados que podem chegar aqui de qualquer jeito sem atender as normas técnicas, sendo que no Brasil nós trabalhamos muito bem com normas técnicas. Podem chegar produtos importados de baixa qualidade. Ainda dentro das ameaças vejo os possíveis reflexos da crise internacional, como 8> > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
está ocorrendo na Grécia e Espanha. Nós temos muita coisa para melhorar para a Copa e Olimpíadas. Temos que melhorar a questão das nossas ferrovias, rodovias, portos e aeroportos. Há algumas semanas fiquei impressionada com as condições dos nossos aeroportos. Foi feito um ranking internacional dos cem melhores aeroportos e o Brasil ficou completamente de fora. Isso é muito ruim para o turista internacional, ou para os homens de negócios que vêm ao nosso país. Temos que tomar isso como uma oportunidade. Reconhecer que não está bem e começar a trabalhar. Transformar uma deficiência em uma oportunidade. Plástico Sul - Quais as perspectivas de mercado para saneamento básico? Regina - As perspectivas são positivas. Existe uma série de compromissos internacionais de melhoria de alguns indicadores básicos, como a questão de acesso a água potável, cobertura das redes de saneamento, tratamento, indicadores de mortalidade infantil. E o Brasil ainda tem índices lastimáveis neste sentido. Tem muito saneamento básico para fazer. Temos que de fato universalizar o saneamento básico. A Amanco é defensora desta causa. Plástico Sul - Estrategicamente, como as casas de plásticos podem atenuar o déficit habitacional? Regina - Acho que podem ser uma das soluções. Porém, o grande ponto de atenção são as normas técnicas. Temos que
“Estudamos, no momento, algumas aquisições e também iremos preparar um plano de expansão bastante significativo... Estamos muito otimistas para o próximo ano.” ter produtos de qualidade. Este é ponto chave. É uma grande oportunidade, desde que se façam as coisas corretamente, do contrário significa destruir a imagem de um produto, de um segmento, de um setor. As casas de plásticos têm que serem feitas para durar. Plástico Sul - Programas como “Minha Casa Minha Vida”, PAC e Copa do Mundo impactam de que forma os negócios da Amanco? Regina - Grande parte do que fizemos em inovação no ano passado esteve focada em infraestrutura justamente para atender ao aumento de demanda relacionada a esses programas e eventos. Antecipando-se ao aquecimento do setor de infraestrutura nesse ano, com obras do PAC, “Minha Casa, Minha Vida” e projetos para Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, a Amanco teve como principal lançamento de 2009 o Amanco Biax, linha de tubos para redes de adução e distribuição de água potável. Até hoje, no Brasil, para esta aplicação eram somente utilizados tubos em ferro fundido ou em plástico reforçados com fibra de vidro. Plástico Sul - Como a empresa trabalha a questão da sustentabilidade? Regina - A Amanco tem a sustentabilidade integrada à sua estratégia de negócio. Em 2009 implementou todos os investimentos previstos antes da crise e cresceu acima do mercado. A visão da busca de resultados econômicos, sociais e ambientais (triplo resultado) é uma realidade que se conquista e se complementa por meio de pequenas e grandes ações de todas as áreas da empresa e em conjunto com todos seus stakeholders: fornecedores, colaboradores, clientes, comunidades vizinhas e sociedade em geral.PS
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ESPECIAL Plástico na Construção
Por Melina Gonçalves
Mercado
Abalando as estruturas Setor de construção cresce motivado pelo desenvolvimento do setor imobiliário, por ações como o Programa Minha Casa, Minha Vida e pelos campeonatos mundiais sediados no Brasil.
O
setor de construção cresce a passos largos sustentado por iniciativas do governo como redução do IPI para compras de materiais de construção e financiamentos de linhas de crédito para a casa própria. Além das ações públicas, iniciativas privadas também alimentam este importante segmento que utiliza o plástico em suas diversas aplicações. 10 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
O crescimento é positivo mas é preciso ter cautela. Com a ampliação do crédito e da renda, a desoneração tributária e a necessidade urgente de redução do déficit habitacional e da melhoria da infraestrutura do País, a construção ressurgiu como um setor de grande potencial. O Governo voltou a ver o setor como um dos pilares de crescimento e gerador de emprego, mas em outro aspecto, este fator pode ser negativo, já que a “dependência” das ações governamentais, principalmente na área de infraestrutura, pode representar um entrave para a continuidade deste crescimento. A construção é muito dependente de investimentos, financiamentos, taxa de juros e outros fatores que podem emperrar o seu desenvolvimento. Os programas voltados ao desenvolvimento, como PAC e Minha Casa, Minha
Vida, poderão ajudar nesse processo e representar bons resultados do setor nos próximos anos, mas não serão os únicos fatores decisivos. A realização da Copa e das Olimpíadas deverão representar um período de pico de crescimento para a construção. No entanto, é preciso medidas que tornem o desenvolvimento contínuo e que ajudem a eliminar os gargalos do setor. A construção civil representa 15,6% do mercado de segmentação de plásticos, conforme informações da Associação Brasileira da Indústria de Plásticos. Os polietilenos de baixa densidade (PEBD) e polietilenos de baixa densidade linear (PEBDL), por exemplo, são utilizados para a produção de sacarias, lonas e tubos. Já os polietilenos de alta densidade fabricam chapas, perfis, tubos e caixas d’água. E o PVC transforma tubos, perfis, conexões, mangueiras e pisos.
O Brasil precisará unir esforços para em quatro anos executar obras nas quais o plástico será um grande aliado
Copa 2014
Trabalho longo, tempo curto Enquanto os sul africanos fizeram a lição de casa nos estádios, o Brasil precisa correr para não fazer feio no Mundial de 2014. O plástico é grande aliado nesse momento em que tempo, criatividade e custo são fundamentais. Dessa vez não tem jeitinho brasileiro que resolva. Para construir e reformar estádios, rodovias, aeroportos e demais instalações para a Copa Mundial de Futebol de 2014, que será sediada no Brasil, é preciso agir rápido. Além disso, edifícios comerciais, hotéis, centros de convenções e shoppings centers também precisarão de
atenção para que daqui quatro anos possamos dar um show dentro e fora de campo. E a indústria de plásticos já está colaborando muito nessa direção. Segundo o presidente do Instituto Socio-ambiental de Plásticos (Plastivida), Francisco de Assis Esmeraldo, os exemplos estão nos estádios que abrigam os jogos da Copa na África do Sul. Duráveis, fáceis de limpar e de repor, as centenas de milhares de cadeiras de todas essas arenas esportivas são de plástico. As coberturas de estádios como o Soccer City, em Johannesburgo – aquele que parece um gigantesco vaso africano –, protegem da chuva sem perda da luminosidade, porque também são feitas deste material. O plástico também foi utilizado na grama sintética de uma das arenas esportivas da África do Sul. “Por onde quer que se caminhe, dentro e fora dos estádios, há cestos de lixo confeccionados com plástico. Ele tam-
bém recobre as enormes tendas dos patrocinadores, nas áreas externas. E do que são feitas as vuvuzelas?!”, escreve Assis em artigo divulgado na internet. O estádio Green Point, na Cidade do Cabo, construído no formato de um enorme chapéu zulu, tem seu revestimento externo feito com uma tela plástica transparente que permite ótima ventilação da área interna, ao mesmo tempo em que oferece uma bela vista do município e da Table Mountain. De plástico também são as tubulações de água e esgoto, bem como aquelas que recolhem a água de chuva que cai sobre o estádio e a reutiliza para a irrigação do gramado, num belo exemplo de sustentabilidade. Além de atributos como resistência, leveza, praticidade e facilidade de limpeza inerentes ao plástico, o material foi escolhido para todas estas e outras aplicações nos estádios por ser 100% reciclável. A Copa de 2014 será>>>> <<<< Junho de 2010 < Plástico Sul < 11
ESPECIAL Plástico na Construção por meio da coleta seletiva. Pensando nisso, Assis faz um convite para o lançamento de uma outra Copa: A Copa do Mundo da Reciclagem dos Plásticos.
O setor que deve ser mais beneficiado pela Copa do Mundo é o da construção civil, cujo aumento de produção é estimado em R$ 8,14 bilhões. Os investimentos na Copa do Mundo vão injetar R$ 142,3 bilhões na economia brasileira entre 2010 e 2014, segundo levantamento divulgado pela consultoria Ernst & Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o estudo, o valor é composto pelos in-
uma importante oportunidade de conscientizar o torcedor a reutilizar e separar os plásticos, inclusive a sacolinha plástica, dos demais resíduos e encaminhá-los à reciclagem
vestimentos diretos em organização e infraestrutura (R$ 29,6 bilhões), somados aos impactos indiretos na produção de bens e serviços (R$ 112,7 bilhões). Os realizadores do estudo acreditam que, mesmo com possíveis oscilações da economia nos próximos quatro anos, os investimentos devem se manter consistentes. “Praticamente metade dos investimentos diretos (42%) são gastos públicos ligados ao cronograma da Copa do Mundo”, explicou Fernando Blumenschein, coordenador de projetos da FGV. “A outra parte (58%) são investimentos privados, mas que têm um retorno bastante significativo, mesmo com mudanças na economia.”
Resinas
Fabricantes de resinas estão prontos para a demanda dos próximos quatro anos: para isso criam produtos diferenciados, aplicações inusitadas e investem em sustentabilidade para agregar valor e atrair o mercado de construção e infraestrututra. O setor petroquímico acompanha o ritmo da próxima Copa do Mundo e está a par de todas as necessidades existentes, aplicações possíveis e oportunidades que os próximos quatro anos irão gerar. Sem tirar a atenção de outros mercados que o setor de construção fomenta, os fabricantes de resinas estão com seus holofotes voltados aos estádios e obras que o Mundial vai precisar. Neste sentido, as principais tendências são a busca por produtos que reduzam perdas, permitam melhores condições de instalações, melhor desempenho, tempo de vida da aplicação e que tragam aspectos de sustentabilidade. Desta forma, o plástico é o grande aliado.
A SABIC Innovative Plastics, 12 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
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Preparados para a goleada
por exemplo, está atenta ao mercado de coberturas translúcidas e fechamentos verticais. Para os estádios, a empresa apresenta as chapa Lexan. A chapa Lexan Thermoclear, por exemplo, está presente em mais de 50 estádios de todo o mundo, inclusive no Sydney Olympic, na Austrália, no Chongqing Olympic, na China, e nos estádios do Campeonato de Futebol Europeu da UEFA Euro 2008™ e Euro 2004™, na Áustria, Suíça e Portugal.
No ataque: produtores de matérias-primas estão preparados para atender a demanda
Conforme o líder de Desenvolvimento de Mercado na área de Chapas e Filmes da SABIC Innovative Plastics, Murilo Feltrin, a chapa Lexan Exell D*, um material monolítico leve, de alto impacto e resistente aos raios>>>>
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ESPECIAL Plástico na Construção
UV, foi escolhida para ser usada nos painéis transparentes que estão nas coberturas, fachadas e escadarias do novo Estádio Soccer City, em Soweto, Joanesburgo. A chapa Lexan Exell D também foi selecionada para as juntas de construção do Estádio Moses Mabhida, em Durban, e a chapa alveolar Lexan Thermo-
como panela. A cobertura de chapa Lexan Exell D, que representa a água fervente escorrendo do topo da panela até as laterais, protege até 95.000 espectadores das mudanças climáticas. Segundo o executivo, o painel transparente das escadarias do estádio feito com a chapa Lexan Exell D, permite a passagem de luminosidade natural, resultando em um ambiente agradável e seguro. “A chapa da SABIC Innovative Plastics cobre um total de 14.000 m2”. Sobre o mercado de construção em geral, Feltrin afirma que existe uma tendência muito forte, principalmente do ponto de vista da sustentabilidade, do aumento do uso de plástico de engenharia neste setor, à medida que este material é capaz de contribuir para a redução no consumo de energia elétrica, devido à di-
gativo da construção civil sobre o meio ambiente. “A SABIC Innovative Plastics acredita que os plásticos são ferramentas eficazes no desenvolvimento de modelos de construção, renovação, operação, manutenção e demolição mais eficientes no uso de recursos. Os plásticos podem aprimorar a sustentabilidade de diversas maneiras, inclusive na conservação de energia e no potencial de reciclabilidade”. Feltrin cita como exemplo o crescente portfólio de chapas alveolares de PC (policarbonato) Lexan*, da SABIC Innovative Plastics que contribui para este movimento, estimulando o design sustentável ao oferecer produtos que aumentam a conservação de energia, aprimoram ambientes de trabalho ou residenciais e permitem a reciclagem. “As chapas Lexan po-
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Chapas Lexan* Thermoclick, da SABIC, para prédios sustentáveis que se preocupam com a conservação de energia
clear* está presente nos painéis transparentes das coberturas do Estádio Peter Mokaba, em Polokwane. O executivo afirma que esses materiais de PC são muito resistentes, leves e transparentes, oferecendo ao público uma excelente visão das partidas, além de conforto, segurança e estética superiores, quando comparados com opções tradicionais, como o vidro. “Estes materiais são também a principal opção dos arquitetos para desenvolver as maiores e mais impressionantes estruturas do mundo”, destaca Feltrin. O Estádio Soccer City, em Joanesburgo, foi inspirado em uma cabaça, uma espécie de cuia usada tradicionalmente na África 14 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
minuição no uso de luz artificial e também do uso de ar condicionado em alguns casos. “Um tópico importante também é a reciclabilidade do material”, esclarece. A substituição de materiais como vidro, por produtos de plásticos nas construções é uma tendência importante. Feltrin acredita que a rapidez na instalação é uma grande vantagem nesse sentido, aliado a questão da sustentabilidade e também da redução de peso de toda a estrutura.
No quesito meio ambiente, segundo o executivo, a tendência do design sustentável visa à redução do impacto ne-
dem ajudar arquitetos, construtoras e empreiteiras a acessar o mercado de construção ‘verde’, um setor de US$ 12 bilhões que desponta como uma excelente oportunidade em meio à atual crise do setor de construção civil”. Um dos focos importantes do design sustentável é a eficiência energética. Os construtores, por exemplo, precisam balancear a demanda por projetos que possibilitem grandes quantidades de luz com as preocupações relacionadas aos custos energéticos. “O uso de painéis e janelas transparentes de PC especializado, em vez do vidro tradicional, pode atingir ambos”, diz. Neste sentido Feltrin acredita que a chapa de PC Lexan permite a entrada de luz natural, economizando eletricidade para a iluminação artificial. No entanto, mesmo permitindo a entrada de luz, o material também oferece proteção UV (ultravioleta) para a saúde dos ocupantes. “Com a nova chapa de nove camadas Lexan Thermoclear*, é possível atingir valores U de até 0,89 W/ m2K (de acordo com o teste ISO 10077), superando o desempenho de isolamento do vidro de painel duplo e até do vidro de painel triplo. O aumento do isolamento reduz o uso de energia para aquecimento durante o frio e para condicionamento de >>>> ar durante os períodos quentes”.
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ESPECIAL Plástico na Construção
A Evonik, fabricante de especialidades químicas com participa-
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ção no segmento da construção, também está atenta às questões socioambientais e de eficiência energética. Segundo a Representante Técnico Comercial da área de Polímeros Acrílicos, Ana Nakajato, o Chefe de Desenvolvimento de Novos Negócios,
objetivo é mostrar que é possível aliviar o ônus que recai sobre o meio ambiente ao mesmo tempo em que se mantém uma rentabilidade sustentada. Entre os produtos da Companhia, um exemplo é o VESTAMID Terra, polímero produzido a partir de fontes renováveis, como a mamona, e parcialmente biodegradáveis. A empresa trabalha nos tipos de cargas/reforços naturais para este polímero, a exemplo da fibra de bambu, em fase avançada de estudos. Ana, Lavini e Rodrigues salientam que cerca de 2.300 profissionais, em 35 unidades ao redor do mundo, se dedicam à pesquisa de novas substâncias, produtos, ideias e modelos. “A construção civil está dentro deste universo. É um segmento que promete intenso desenvolvimento nos próximos anos, especialmente no Brasil”, afirmam. Quanto as tendências da utilização
deira, etc. O desenvolvimento de resinas mais eficientes e dotadas de características específicas para cada necessidade torna os plásticos uma alternativa viável em todos os segmentos industriais”, acrescentam. A empresa disponibiliza matérias-primas que podem ser utilizadas na infraestrutura dos eventos esportivos nos próximos anos. O destaque na área de plásticos fica por conta da linha de polímeros acrílicos ACRYLITE®, com forte apelo estético e técnico para aplicações em coberturas, fachadas, mobília, divisórias, iluminação, entre diversas outras. Os executivos da Companhia garantem que o diferencial da linha é a alta resistência a raios ultravioletas e por não amarelar com o passar dos anos, oferecendo alta transparência e brilho. Oferecidos em tubos, bastões, chapas prontas para uso ou resinas, há verDemanda pelo Basotect da Basf, aplicado no estádio de Beijing, deve crescer devido aos jogos esportivos
sões para diversos tipos de aplicação, como o ACRYLITE® Corrugated e Multiskin para chapas corrugadas e alveolares para coberturas e fachadas; o ACRYLITE SOUNDSTOP®, aplicado em ferrovias e rodovias, como barreira acústica e também obras residenciais ou comerciais e o ACRYLITE® Solar, indicado para a fabricação de painéis de captação de energia solar.
Para a BASF o setor de construção é muito significativo. Prova disso
Vitor Lavini e o Chefe de Produto – Polímeros de Alta Performance, Haroldo Rodrigues, a empresa adota um rígido controle em suas unidades fabris com o intuito de evitar impactos ambientais. Os executivos destacam o prospecto “21 Amazing Answers to the Next Big Thing: Energy Efficiency” (21 Respostas Incríveis para a Grande Questão: Eficiência Energética), no qual a empresa apresenta projetos em que está trabalhando para enfrentar estes desafios como escassez de recursos, aumento do preço da energia ou mudanças climáticas. O 16 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
do plástico na construção, os executivos destacam dois pontos: por um lado, a exigência cada vez maior de produtos e resinas de qualidade, durabilidade e alto desempenho; por outro, a urgência de materiais e processos que permitam a utilização sustentável dos plásticos, bem como seu descarte e reutilização. Desta forma, as possibilidades futuras no que se refere à aplicações são significativas. “Há algumas décadas, o plástico tem se mostrado um eficiente substituto de diversos materiais, como vidro, metal, ma-
são as cinco unidades de negócio da empresa que possuem produtos voltados a este segmento de mercado. Além das unidades, há um grupo específico criado para agregar as áreas competentes e buscar sinergias de atuação, o Construction Network Team. A unidade de Poliuretanos da BASF, por exemplo, atende ao mercado da construção principalmente por meio de sistemas e spray de poliuretano, que trazem isolamento térmico para aplicações como painéis do tipo sanduíche, telhas, lajes, entre outros. Conforme o Coordenador de Negócios de Especialidades Plásticas, Murilo de Barros Feltran, o Gerente do Negócio de Espumas Plásticas da BASF para a América do Sul, Arnaud>>>>
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ESPECIAL Plástico na Construção tico nos ambientes reservados à imprensa e demais instalações esportivas, como já utilizado no Cubo Aquático em Pequim (Olimpíadas de 2008)”, explicam.
Piroëlle e o Coordenador de Marketing do Negócio de Poliuretanos da BASF para a América do Sul, Rubem Balan, a construção é um mercado estratégico para a empresa, em função de seu grande potencial de crescimento e dos investimentos com os eventos esportivos que serão sediados no país. Desta forma, a empresa oferece diversos produtos para essa indústria, entre eles os Polímeros de Performance para isolamento acústico e térmico, além de sistemas de construção em poliestireno expansível usados para a construção de qualquer tipo de prédio – residencial ou comercial. Outro destaque são os poliuretanos para isolamento térmico e setor moveleiro. “Atualmente, o consumo está mais direcionado para os mercados comerciais (shopping centers, hotéis e escritórios, por exemplo) e industriais (frigoríficos, galpões em geral), já que o residencial ainda representa um grande potencial de crescimento para o futuro”, afirmam os executivos. Além disso, a BASF também oferece os químicos para construção e as tintas direcionadas a revestimentos e tintas para acabamento. A grande demanda do setor está em materiais que reduzem o consumo de energia, possibilitem estruturas mais leves, agilidade e limpeza na montagem. Os executivos da empresa explicam que, com a publicação da norma NBR 15.575 (maio de 2010) que regulamenta os requisitos de desempenho acústico mínimos para edifícios residenciais de até cinco pavimentos, o uso de materiais que combinam desempenho acústico, leveza, segurança e liberdade de design como o Basotect® deverá crescer de forma acentuada, acompanhando o “boom” de novas unidades habitacionais que o Brasil está experimentando. “Em relação à Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, o uso de materiais de elevado desempenho acústico será necessário para o conforto acús18 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
Os execpf
Os executivos enfatizam os seguintes produtos:
da”, afirma. Como sócia-fundadora do Green Building Council, entidade que objetiva o fomento da construção sustentável no Brasil, a Dow desenvolve diversas tecnologias para este mercado e entre os principais estão o segmento de argamassas, onde é fornecedora de aditivos (Éteres de Celuloses e Polimeros em pó); impermeabilização, que atua como fornecedora de emulsões impermeabilizantes, cimentícios, bi-componente e não cimentícios com base acrílica e superplastificante, segmento com alto potencial de crescimento da Dow. Na divisão de plásticos rígidos, a Dow tem soluções para tubos de polietileno. Mattos explica que estas tubulações possuem inúmeras vantagens sobre materiais convencionais e são resistentes a condições climáticas adversas, podem ser submetidas a misturas abrasivas, ácidos corrosivos, terrenos salinos e até microorganismos. A empresa desenvolveu algumas famílias de resinas que atendem as demandas do mercado de tubulação, entre elas, a DOW™HDPE, que confere proteção física para camada de proteção química em tubos de aço; a CONTINUUM™ , com resistência a altas pressões, usado para tubulações de água e gás e DOWLEX™, uso doméstico, para distribuição de água quente e fria. Quanto a resultados, a expectativa de desempenho da Dow é crescer na mesma razão que o mercado. As previsões para o Brasil em 2010 estão otimistas, com uma projeção do PIB de 5%, o que, conforme o executivo, eleva a previsão de crescimento do mercado de PE para algo entre 6% e 7%. “O segmento de infraestrutura também deve passar por um momento de expansão no País, em vista das obras que serão necessárias para receberem os dois grandes eventos internacionais que teremos nos próximos anos” diz. Para o Campeonato Mundial a empresa está investindo, principalmente, em produtos que favoreçam a construção sustentável. Entre estas soluções de plásticos estão as geomembranas feitas de polietileno, utilizadas como barreira para conter o movimento dos sólidos, liquidos ou gases. “Os tanques, caixa d’água e mais uma infinidade de produtos rotomoldados aparecem como importantes soluções, pois são produzidos a partir de resinas plásticas que têm como vantagem o custo muito mais baixo, maior durabilidade e maior facilidade de manutenção”, finaliza.PS
• Poliestireno expansível: Neste mercado, a BASF vai promover produtos para aplicações específicas – Styropor® e o Neopor® (espuma premium para o isolamento térmico); Geofoam (blocos de isopor para fazer fundação de estradas e pontes); Sistema de construção tipo ICF ou M2 (molde para construção de casas ou grande prédios, já com isolamento térmico na contrução). • Poliuretanos: • Elastopor® (Sistema de Poliuretano): utilizado na confecção de painéis e telhas, com a finalidade de isolamento térmico e eficiência energética. Permite isolamento com menores espessuras em comparação a materiais similares. • Spray de poliuretano: desenvolvido especialmente para construções já existentes. A principal vantagem é a rapidez e facilidade de aplicação, além do isolamento térmico, impermeabilização e auto-aderência. • Inovações: Elastopave® – sistema de poliuretano para pavimentações (calçadas e estacionamentos, por exemplo). A finalidade deste produto é a permeabilidade, pois permite o escoamento da água para o subsolo. • Outras demandas complementares para a indústria de poliuretano, como, por exemplo, travesseiros e colchões para a indústria hoteleira, que eventualmente irá crescer por conta da Copa do Mundo. A BASF também fornece matéria-prima para este segmento.
A Dow é outra empresa que atua como fornecedora de matérias-primas em diversos segmentos do setor de construção. No mercado de isolamento térmico/ acústico e algumas outras aplicações é, também, fabricante do produto final. Segundo o novo diretor de vendas de Plásticos Básicos para o Brasil, Nestor de Mattos, o mercado de construção está em franca expansão e por isso, há um grande foco em entender as novas necessidades, principalmente em economias emergentes como a do Brasil. “Trata-se de um mercado cada vez mais tecnológico, que busca construções mais eficientes, ecologicamente corretas e sustentáveis. A Dow vem trabalhando para atender essa deman-
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ESPECIAL Plástico na Construção PVC
DIVULGAÇÃO/PS
Um mercado em construção
Apesar do PVC ser um dos principais materiais usados neste setor, a resina possui ainda um enorme potencial de crescimento.
O
setor da construção civil responde por mais de 65% do volume de PVC consumido no Brasil, demonstrando que a resina é amplamente utilizada na fabricação de diversos produtos para este segmento. O PVC possui ainda um enorme espaço de crescimento no Brasil e está de fato em franco desenvolvimento, principalmente por fatores relacionados ao forte ritmo da construção ligada a novas residências e infraestrutura. Os programas do Governo Federal, como o Minha Casa Minha Vida e as obras do PAC aceleraram os investimentos e a resina vem ganhando com isso. Atualmente o volume de produção de resinas de PVC no Brasil chega a aproximadamente 790 mil toneladas. Segundo pesquisa realizada em 2009 pela consultoria Maxiquim, são em torno de 1.140.000 toneladas de produtos transformados, anualmente. O consumo per capita de PVC no Brasil é de aproximadamente 5 quilos por habitante, o que se comparado a países desenvolvidos está muito baixo. “Nos países desenvolvidos o consumo é em torno de 15 a 20 quilos por habitante”, revela o Presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense. Para o dirigente, apesar de ser uma grande diferença, é preciso analisar o fato de que estes 20 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
países já são desenvolvidos há muito tempo e o Brasil ainda está nesta rota. Desta forma é natural que se tenha diferenças significativas, não só no consumo de PVC, mas de plásticos em geral. Em 2009 o consumo aparente de resinas de PVC foi de 930 mil toneladas onde foram importadas 285 mil toneladas e exportadas somente 42 toneladas. Isso representa uma indústria deficitária. “Na verdade sempre tivemos este histórico de déficit de 100 mil a 130 mil toneladas. Em 2008 chegamos a um consumo aparente de 1.042.000 toneladas. Mas foi um ponto fora da curva, porque houve muita importação, que chegou a 365 mil toneladas. Isso ocorreu, principalmente, em virtude do mercado da construção civil estar aquecido”, resume Bahiense. Para 2010 a previsão é de um crescimento em torno de 5 a 6% em comparação com 2009. A Copa de 2014 torna o momento atual muito positivo já que serão demandados maiores investimentos na área de infraestrutura e construção, etc. “O PVC por ser o principal plástico da construção civil tem tudo para disparar em termos de consumo”, diz o dirigente que enxerga em eventos esportivos de grande amplitude momen-
Geomembrana de PVC utilizada na cobertura do Anhembi, em São Paulo (SP), é exemplo da aplicação do material
tos oportunos para o crescimento. A Copa de 2014, por exemplo, irá movimentar diversas cidades e as Olimpíadas de 2016, o Rio de Janeiro. Esses eventos causarão uma grande movimentação no país, que necessita de obras em vários setores, como hotéis, estradas, aeroportos, estádios, todas ligadas à construção civil.
O maior mercado do PVC no segmento da construção é sem dúvida tubos e conexões. Entretanto o destaque da atualidade são os perfis, cujo crescimento nos últimos dez anos não ultrapassava 3% anuais, e em 2009 chegou a 16%. Essa ascensão deve-se principalmente ao crescimento de forros de PVC. “É o segundo maior consumo de resina de PVC. Neste aspecto o grande mercado que deu origem a este crescimento foram os forros”. Mas a grande tendência são as janelas e portas. Considerado um mercado recente no Brasil, essas aplicações surgiram há dez anos, quando foi montada a primeira fábri-
ca no país. Atualmente cerca de 2% destes produtos são de PVC, enquanto na Europa e Estados Unidos este número chega a 70%. Isso significa um grande potencial de crescimento no Brasil. “Entendemos que as janelas de PVC são muito boas. É um produto que atende plenamente as necessidades, oferecendo vantagens que outros materiais não oferecem como o isolamento térmico e acústico, além de facilidade de manutenção. Enfim a tendência é o crescimento deste mercado”, avalia Bahiense.
O PVC e o ambiente A resina sofreu no passado, uma série de ataques ambientalistas. Bahiense explica que na verdade existe esta crítica sobre a indústria do plástico como um todo. Entretanto, o dirigente faz um alerta: “As pessoas esquecem que é praticamente impossível viver sem o plástico atualmente. E o PVC além de ser oriundo em grande parte de fontes renováveis, já demonstrou que é um produto seguro, tanto que tem grande aplicação na área da medicina”, finaliza.
A multinacional Solvay Indupa, que possui uma planta de PVC no Brasil localizada em Santo André (SP), faz coro à Bahiense na defesa do material. Conforme Édison Carlos, da comunicação e assuntos corporativos e o gerente comercial Brasil, Gibran Tarantino, o PVC é um dos materiais mais usados pelo ser humano há décadas e é, sem dúvida, um dos mais estudados pela ciência e por governos de todo o mundo. Para eles, nenhum material possui tantas provas científicas de que é ambientalmente amigável e bom para a sociedade. Os executivos também citam a área da medicina como exemplo, onde bolsas de sangue são feitas em PVC desde os anos 50 e não há casos de problemas com pacientes submetidos a elas. “Além de tudo isso, o PVC é reciclável e reciclado em todo o mundo por ser um material valioso”. As críticas contra a resina, tiveram início no começo dos anos 80 quando o volume mundial do PVC estava na casa dos 12 milhões de toneladas por ano. Atualmente esse volume chega a 35 milhões de toneladas. Isto, segundo os executivos, é fruto da importância deste polímero para a sociedade em todo o mun-
do. A Solvay Indupa, como parte do Grupo Solvay, possui diretrizes claramente voltadas ao Desenvolvimento Sustentado, tais como a redução do consumo de energia em todas as suas unidades no mundo, a minimização de emissões sólidas, líquidas e gasosas, reciclagem e redução do consumo de água, entre muitas outras. A empresa possui uma capacidade produtiva de 300.000 ton/ano de PVC no Brasil e de 220.000 ton/ano na Argentina, o que perfaz uma capacidade total de 520.000 toneladas no MERCOSUL, tornando-a um dos maiores fabricantes de PVC da região. “De nossa planta em Bahia Blanca, Argentina, exportamos PVC para vários países da América do Sul”, destacam Édison Carlos e Gibran Tarantino. Como parte das estratégias de cr escimento, a Solvay Indupa está investindo, no conjunto industrial de Santo André, um volume de aproximadamente USD 300 milhões no período de 2006 a 2012. Isto incluiu em 2009 o aumento da produção do PVC a 300 mil toneladas/ano, com instalação de reator de polimerização de grande capacidade, além da construção de uma nova>>>>
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ESPECIAL Plástico na Construção
unidade produtiva de soda cáustica que elevou nossa capacidade a 170.000 ton/ano também na planta de Santo André. A Solvay Indupa possui um único distribuidor que é a Coremal. A própria petroquímica somente comercializa suas resinas em volumes superiores a 25 toneladas, capacidade média de transporte de um caminhão. Abaixo deste volume atua o distribuidor.
De olho no saneamento e na habitação Pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas aponta uma redução de 3,3%
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no déficit habitacional no país. As famílias com renda mensal de até três salários mínimos é o foco de 40% do total de um milhão de imóveis que devem ser construídos dentro das regras do programa federal Minha Casa, Minha Vida, um dos responsáveis pela perspectiva de crescimento do setor em quase dois dígitos no próximo ano. O setor plástico é um importante aliado quando o assunto é habitação. Exemplo disso, é possibilidade do uso do PVC para construção de casas. O presidente do Instituto do PVC, Miguel Bahiense conta que foi visitar as obras da reconstrução das casas que foram destruídas pelas enchentes no começo do ano, em São Luis do Paraitinga (SP). “Lá serão construídas 250 casas em PVC, em um prazo rápido para concluir, depende muito da tipologia do terreno, que lá é um pouco complicado. Enfim, o PVC é um dos materiais que permite a redução do déficit habitacional”, afirma. Além de contribuir para a questão das moradias, outro ponto importante é o sa-
neamento básico. Conforme Bahiense esse assunto está ligado a questão do PAC e da Copa do Mundo, porque para abrigar um evento deste porte e adequar uma cidade, é preciso resolver o problema do saneamento básico no país. “O PVC lidera nas aplicações, em tubos e conexões”, diz o dirigente. Ele afirma que a tendência é de que, cada vez mais, esse setor deslanche em termos de investimentos do PAC. Na opinião dos executivos da Solvay Indupa, Gibran Tarantino e Édison Carlos, o saneamento básico tende a ser ainda uma prioridade maior para os próximos governos, uma vez que há uma forte conscientização da sociedade para os problemas trazidos pelos esgotos não-tratados. A Solvay Indupa apóia o Instituto Trata Brasil que luta pela mobilização da sociedade, cobrando as autoridades para sanar esta deficiência história da infra-estrutura brasileira. “Quanto mais o problema do saneamento e do déficit habitacional forem resolvidos, mais rápido será o crescimento do consumo do PVC nacional”, destacam. >>>>
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O engenheiro químico Marcelo Cerqueira assumiu recentemente a diretoria do negócio vinílicos da Braskem. Os resultados refletem a importância deste setor para a empresa. Com uma capacidade instalada de 510 mil toneladas por ano, a Braskem faturou em 2009 em torno de R$ 1 bilhão apenas com o mercado de PVC. Esse valor representa 7% do faturamento total da empresa e a tendência é de crescimento de aproximadamente 10% para 2010. Conforme Cerqueira o market share da Companhia no segmento de PVC está em 47%, representando uma considerável fatia do mercado. O executivo, como os demais especialistas do setor, também acredita no crescimento das aplicações da resina em perfis e confirma a aposta do mercado nas janelas de PVC. “Estamos trabalhando com alguns clientes e está se desenvolvendo. É um mercado que tende a crescer”, afirma. Cerqueira avalia a questão cultural, já que no Brasil a madeira e alumínio sempre predominaram o mercado de janelas, mas acredita que a tendência é outra. “Vem se trabalhando o nível de aceitação do PVC nesse sentido. A tecnologia que os clientes estão trazendo ao Brasil para uso dos perfis nas janelas tem evoluído muito”, avalia. Outra ponto a favor da resina nesta aplicação é sua vocação para o isolamento térmico, o que reduz o consumo energético. “O PVC tem uma vantagem sobre o alumínio deixa o calor sair
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DIVULGAÇÃO/PS
ESPECIAL Plástico na Construção O PVC tem variadas utilizações no dia-a-dia da construção, como forros e aberturas
do ambiente, enquanto que o PVC retém este calor”. Outra vantagem do PVC é o isolamento acústico, já que aplicado nas janelas, possibilita a retenção de ruído, tanto externo quanto interno. No ranking mundial de capacidade de produção de PVC a Braskem encontra-se na 22ª posição. Com a nova capacidade instalada prevista em Alagoas a empresa ocuparia em 2012 o 18º lugar. “Nosso foco é atender o mercado brasileiro. A estraté-
gia é conhecer os clientes e investir em inovações de produtos”, revela. O crescimento de aplicações de PVC em segmentos que antes eram ocupados exclusivamente por outras matérias-primas, como o alumínio e vidro, é uma constante. Um exemplo é a casa de concreto-PVC, um projeto de produção de casas em perfis que proporcionam rapidez na construção de conjuntos habitacionais. “São tendências em que estamos ocupando espaço de mercado, entretanto os outros materiais vão permanecer”, esclarece Cerqueira. Porém, o executivo revela um mercado em que o PVC perdeu um significativo espaço: embalagens. Ele explica que ao longo do tempo, novos materiais assumiram o lugar neste setor. “Nossa participação em 1999 era de 11% nas aplicações de PVC em embalagens. Hoje apenas 5%”.
Planta em Alagoas O Estado de Alagoas vai receber investimento de US$ 469 milhões, para a construção da mais nova unidade industrial da Braskem. A ampliação da Braskem no Polo Industrial José Aprígio Vilela, vai duplicar a produção de PVC, hoje na ordem de 240 mil toneladas/ano.PS
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TENDÊNCIA Controle Térmico
Por Gilmar Bitencourt
Novos desafios Otimismo para o fechamento de 2010 e polêmica sobre gases clorados são as principais pautas do setor no ano.
D
epois de passar pela crise econômica que afetou a grande maioria dos setores produtivos no país e no mundo, no final de 2008 e no início do ano passado, o setor de refrigeração está otimista para o fechamento de 2010, com previsão de crescimento nas vendas. Mas os desafios desta indústria vão além das questões mercadológicas. Depois da erradicação do CFC (clorofluocarbono) no Brasil, em 2006,
Preocupação ambiental é principal pauta do momento
agora estão em pauta os seus substitutos, os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), tipos de gases nocivos à camada de ozônio, cujo uso dobrou nos últimos anos no país. Os HCFCs mais conhecidos são os R-22 e o R-141b, amplamente utilizados como fluído refrigerante e como expansores de espuma. Visando o cumprimento e a aceleração deste processo, o Brasil lançou o Programa 26 > > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
Brasileiro de Eliminação de HCFCs (PBH), que segue os planos do Protocolo de Montreal, acordo assinado em 1986 e atualizado em 2007, pelo qual os países da ONU se comprometem a acabar com as emissões desses e de outros gases prejudiciais à camada de ozônio. Para cumprir o Protocolo, o programa deverá congelar o crescimento do consumo desses fluidos até 2013. O país quer bani-los até 2030, antes do prazo previsto, que vai até 2040. Já para 2015 o volume usado deve ser 10% menor que o de 2009. As determinações do acordo internacional confirmam a nova visão dos empresários na atualidade, de sustentabilidade e de preservação do meio ambiente. Apesar dos desafios, a grande maioria das empresas do
setor vê com bons olhos as determinações do Protocolo. Muitas já estão modernizando as suas linhas de produção, buscando fluidos ambientalmente corretos e possibilitando o retrofit nos equipamentos em uso. Fica também o alerta para os transformadores de plásticos na hora da compra de novos equipamentos de refrigeração. É necessário que fiquem atentos as esta mudanças e busquem produtos que já utilizam os gases corretos ou que sejam passíveis de adaptação quando for necessário. Do contrário podem perder dinheiro investindo em produtos que poderão ser tornar obsoletos no futuro, por falta de fluido para manutenção. >>>>
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TENDÊNCIA Controle Térmico
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taxa de investimentos no país. “Foi um ano de consolidação da nossa posição de mercado, e no caso específico do setor de refrigeração, de um pequeno crescimento, mesmo com as condições econômicas adversas que passamos no período”, fala o executivo. Já para 2010 as perspectivas são de crescimento em todas as linhas e na refrigeração industrial, motivadas principalmente pelo aumento de produtos e o lançamento de novos modelos mais econômicos do ponto de vista de consumo energético.
O diretor industrial da Refrisat, Carlos Pereira, informa que a empresa, em parceria com seus fornecedores, já está desenvolvendo e oferecendo equipamentos que utilizam o gás R-410A, que é DIVULGAÇÃO/PS
A Piovan destaca que mesmo diante de todas as dificuldades, a eliminação dos gases clorados é uma medida importante para planeta, pois é responsabilidade de todos conter a degradação da camada de ozônio. “Para que a empreitada tivesse sucesso, seria necessário um acordo a nível mundial e o Protocolo de Montreal veio ao encontro desta necessidade”, observa o vicepresidente da empresa para América Latina, Ricardo Prado. O executivo comenta que a empresa está focada em buscar a melhor solução do ponto de vista energético e ambiental. Dentro desta política, está desenvolvendo produtos com várias opções de gases e na medida que os componentes específicos estejam disponíveis no mercado, será iniciada a aplicação em protótipos de estudo e em seguida a disponibilização para o mercado. “Quanto ao futuro, desenvolvemos aplicações de alta tecnologia em nossa matriz na Itália, que passarão a ser disponíveis à produção no Brasil, tão logo exista a disponibilidades de componentes em nosso mercado”, acrescenta. A opção por gases ambientalmente aceitáveis pode ser um diferencial para as empresas do ramo. “Hoje em dia é sempre um bom apelo, além de obrigação”, afirma Prado. Porém, ele comenta que, com a eliminação dos CFCs, a escolha por um novo fluido pode se tornar um gargalo para as indústrias do setor, que conta com muitas empresas de pequeno porte, que poderão ter mais dificuldades para investir no desenvolvimento de produtos para novas gerações de fluidos. “No entanto, creio que a maioria do setor de refrigeração industrial do Brasil tem plena capacidade técnica de se adequar corretamente sendo ponta de lança da América Latina e forçando a adequação mais rápida de outros mercados menos sofisticados que não o brasileiro”, acrescenta. Segundo Prado, a Piovan já tem linhas que seguem esta tendência e está trabalhando internamente com testes de outras alternativas modernas. “Porém, ainda limitados pelo mercado, muitas instalações têm que ser feitas de maneira tradicional, por ausência de suporte para novos fluídos em suas regiões”, explica. Entre as novidades da empresa ele destaca a nova linha de chillers médio grandes, série CA e nova linha de mini-chillers, série CHW. O ano de 2009 foi de desafio para os negócios da Piovan, devido à redução da
Para o diretor, a redução da oferta de gases HCFCs no comércio varejista e a consequente elevação dos custos, podem causar algumas dificuldades aos proprietários de equipamentos cujos fabricantes não anteciparam a adequação de seus projetos. Neste sentido, ele alerta os transformadores que ao adquirir novos equipamentos devem avaliar se os aparelhos contam com a disposição de materiais adequados para o retrofit do gás alternativo. É necessário analisar os detalhes construtivos de cada fabricante, principalmente no que se refere à tubulação de gás refrigerante e aos componentes internos. “No caso da Refrisat, os nossos produtos já estão preparados, pois antecipamos toda a nossa linha de projetos a mais de quatro anos”, observa. Unidade de água gelada ecológica da Refrisat: “design ressaltando conceito isento à corrosão”
considerado um dos sucessores do R-22 e R-407C. Ele destaca que essa tecnologia traz várias vantagens: não agride a camada de ozônio, apresenta melhor desempenho e confiabilidade, opera com compressores menores e mais silenciosos e possibilita a redução de custos, pois tem menor diâmetro de tubo e a necessidade de menos carga, comparado a um sistema similar. Paralelamente o departamento de vendas da empresa vem desenvolvendo um trabalho de conscientização junto aos clientes, com relação à utilização e escolha do tipo de gás refrigerante, apresentando alternativas com o objetivo de evitar o aumento do aquecimento global e destruição da camada de ozônio.
Os produtos da empresa já seguem esta tendênci a. Conforme o diretor, a Refrisat faz parte de um grupo de empresas no Brasil que comercializa equipamentos com agentes refrigerantes isentos de HFCFs e inclusive tem desenvolvido recursos para retrofit de equipamentos de sua marca.Toda a linha de aparelhos para sistemas de água gelada passou por transformação visual no seu design, se destacando pelo conceito isento à corrosão. Foram implementadas novas tecnologias de controle, por exemplo programação horária, alternância de operação e controle de capacidade promovida por CLP atuando em circuitos independentes. “Nossos equipamentos têm a finalidade de controlar a temperatura de processos e sistemas como, por exemplo, indústria de transformação plástica, nos segmentos de injeção, sopro, extrusão, etc”, acrescenta. Em uma avaliação do mercado de refrigeração para o setor de transformação, Pereira fala que houve um crescimento no primeiro semestre deste ano, em relação ao maior nível atingido desde a fundação da empresa em 1976. “Estamos otimistas, pois o maior volume de vendas tende a ocorrer a partir da metade do ano, devido a grande procura para suprir o consumo solicitado no aquecimento do comércio varejista”, destaca.
as empresas ligadas ao setor deverão ter em mente que é preciso inovar e tentar adequar essas inovações à cultura do mercado fazendo com que os clientes passem a entender as reais vantagens na utilização de equipamentos modernos e que o valor inicial de aquisição não deve ser o mais importante. Kelly Belmonte, da área de projetos da empresa, comenta que a opção por fluidos que não agridam a camada de ozônio, podem ser um diferencial na atualidade, mas que em três anos será inevitável para todos os fabricantes. Ela diz ainda que o custo dos HCFCs dobrou em dois anos e o fabricante que não se programar, certamente ficará de fora do mercado. “Hoje temos a melhor estratégia para adequação das novas leis ambientais que estão surgindo”, salienta. Kelly destaca que a iniciativa do Protocolo de Montreal foi fundamental para a contensão do processo de destruição da camada de ozônio e tem alcançado resultados positivos, já que através dele foram definidos prazos para a eliminação da utilização
DIVULGAÇÃO/PS
Na visão do diretor técnico-comercial da Körper, Hamilton Narlin Lista,
de certos gases poluentes. O Brasil por sua vez, implementou um programa sério para antecipação deste prazo, proibindo a importação dos CFC’s e adotando a mesma medida para os HCFC’s. “O Protocolo de Montreal proporcionou o desenvolvimento da indústria de equipamentos, forçando o desenvolvimento de novos produtos energeticamente mais eficientes e capacitação de profissionais”, explica.
Körper ressalta unidade com fluidos que não agridem o meio ambiente
A representante da empresa comenta que a Körper está preparada para cumprir as metas de redução, substituição e conversão dos HCFCs. Oferece equipamentos com fluido ambientalmente correto e serviços de retrofit. “Atualmente já há uma gama de fluidos refrigerantes que não degradam a camada de ozônio. Nós optamos pela utilização dos ISCEON que apresentam o melhor custo-benefício para os chiller’s”, conta. Apesar da retração de alguns setores no ano passado, a Körper conseguiu driblar as interpéries da economia devido à diversidade de produtos que a empresa oferece, atendendo vários segmentos do mercado nacional. “Foi esse mix que nos permitiu manter os investimentos e programa de crescimento, mesmo considerando as dificuldades resultantes de um ano de crise”, esclarece o diretor. Para 2010, Hamilton Lista diz que as perspectivas são boas e que está mui->>>>
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DIVULGAÇÃO/PS
TENDÊNCIA Controle Térmico
Unidade de água gelada Tecnos: empresa atenta ao Protocolo de Montreal
to otimista com a possibilidade de poder continuar com o plano de expansão da empresa de forma consistente. “Para que isso ocorra, é imprescindível a formação de equipes com bons profissionais, tecnologia de
Cronograma de redução de FCHC
Linha de base = média do consumo nos anos 2009 e 2010 2013 - Congelamento no valor da linha de base 2015 - Redução de 10% em relação à linha de base 2020 - Redução de 35% em relação à linha de base 2025 - Redução de 67,5% em relação à linha de base 2030* - Redução de 97,5% em relação à linha de base 2040 - Redução de 100% em relação à linha de base *uso permitido somente para o setor de serviços
ponta e um planejamento com base em perspectivas reais de mercado”, esclarece.
Em uma análise geral, a Tecnos destaca que o mercado de refrigeração está em plena expansão com vários projetos em andamento de grande porte dentro e fora do setor de transformação de plásticos. Em 2009 a empresa superou suas expectativas e mesmo com o mercado mundial retraído, fechou o ano com 15% superior a 2008. Com a mesma euforia faz boas previsões para 2010. Está prevendo que este ano as vendas devem su30 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
perar o período anterior, tomando como base o bom desempenho do mercado. Débora Woigt, do departamento de marketing do Grupo Tecnos, comenta que o Protocolo de Montreal, que prevê a eliminação gradativa dos HCFs, foi uma medida de grande importância para o setor industrial, estimulando a modernização na área de refrigeração, visando uma maior conscientização das indústrias em relação ao meio am-
biente. Ela fala, ainda, que a empresa, desde que iniciou a fabricação das unidades de água gelada, sempre se preocupou com esta tendência mundial. “Já estamos trabalhando pensando no futuro em usar o gás ecológico isento de CFCs R-410”, informa. Quanto aos desafios que o mercado vai enfrentar para se adaptar ao uso de novos gases, ela salienta que todo período de adaptação de uma nova tecnologia é um pouco turbulento. Mas que por se tratar de uma erradicação gradativa o mercado não sentirá o impacto. “No setor de transformação de>>>>
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TENDÊNCIA Controle Térmico plástico esse tipo de tecnologia é bem aceita e achamos é que não vai haver nenhum tipo de restrição”, comenta. Porém, ela destaca que as empresas de refrigeração que oferecerem a opção de fluidos ambientalmente corretos, terão um diferencial em função da própria renovação de tecnologia, com mãode-obra especializada. De acordo com a representante da Tecnos, desde o momento em que a empresa começou a trabalhar com produtos para área de refrigeração, já apresentava como opcional a linha de gás ecológi-
co. Entre as novidades, Débora Woigt destaca a nova linha de água gelada com dimensões menores, com sistema de gerenciamento desenvolvido exclusivamente e com componentes de refrigeração e elétrica de ultima geração. Para 2010, a Tecnos está buscando novos mercados, como farmacêutico, laboratórios, borracha, entre outros. “Estamos investindo em novos equipamentos, colaboradores qualificados, treinamento intensivo de seus colaboradores, com isso podemos atender a tendência mundial”, finaliza.
Aquecimento global muda panorama dos refrigerantes
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*Raul Daniel Imada ○
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a edição de janeiro de 2007 (número 22), o Tira Dúvida tratou dos fluidos refrigerantes, enfocando os efeitos nocivos dos CFC’s e HCFC’s na camada de ozônio, as determinações do protocolo de Montreal para a limitação de uso destes produtos e as alternativas da época (HFC’s) para os sistemas de refrigeração ecológicos. 32 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
Passados apenas dois anos e meio o panorama mudou significativamente. Além dos danos à camada de ozônio, a contribuição dos gases refrigerantes para o efeito estufa tornou-se a grande preocupação de cientistas e ecologistas. Após a sigla ODP (Ozone Depletion Potential), surgiram o GWP (Global Warming Potential) e mais recentemente o TEWI (Total Equivalent Warming Impact). Este último indica a emissão de gases estufa por kW de refrigeração. Ou seja, um aumento
na eficiência energética de um equipamento medida pelo COP (Coefficient of Performance) pode ser contrabalanceado com o uso de um refrigerante com GWP mais alto. Em 2007 o refrigerante recomendado para substituir o R-22 em equipamentos novos era o R-407C (HFC). Embora continue a ser usado normalmente, a regulamentação nos EUA dos limites mínimos de COP de equipamentos de refrigeração e ar condicionado iniciou uma busca por novas alternativas. O objetivo era atingir o COP exigido com um TEWI aceitável. Além disto, os prazos estabelecidos pelo Protocolo de Montreal foram antecipados em vários países. No Brasil, uma instrução normativa publicada em novembro de 2008 altera substancialmente o prazo original para o fim do uso do R-22 que era de 2030. Em janeiro de 2009 foram fixadas cotas máximas de importação. Estas cotas serão congeladas em 2013 no mesmo volume de 2009 e a partir de 2015 começa a redução mais drástica de 10% por ano. Neste novo quadro a tendência é que nos próximos anos o preço do R-22 passe
a crescer exponencialmente, até que se torne inviável, e o preço dos refrigerantes ecológicos comece a baixar, com o aumento da demanda. Como os equipamentos de refrigeração têm vida útil média de 10 anos, torna-se importante produzir equipamentos já com o refrigerante adequado para evitar dificuldades futuras. Nos EUA o refrigerante adotado pelo mercado para substituir o R22 é o R-410A (HFC), que garante um ganho de 6% no COP, além de ser uma mistura quase azeotrópica (com temperatura de vaporização constante), com um “glide” mínimo eliminando boa parte dos inconvenientes do R-407C. Por estas razões, tudo indica que o substituto definitivo para o R-22 será mesmo o R-410A. Este refrigerante já está disponível no mercado brasileiro, embora tenha um preço quatro vezes maior que o do R-22. Como o R-410A opera com pressões 50% maiores que o sistema equivalente operando com R-22 os compressores e todos os componentes do sistema de refrigeração devem ser mais reforçados. Tipicamente, compressores projetados para R-22 não são adequa-
dos para R-410A e trocadores de calor, acessórios de refrigeração e tubulações devem ser especificados para as novas condições de operação. Não menos importante, os técnicos devem ser treinados e os processos de fabricação revistos. A Mecalor pioneira em inovação apresentou na Brasilplast 2009 dois modelos de chillers operando com compressores Scroll Digital da Copeland (controle contínuo de capacidade de 10 a 100%) e refrigerante R-410A. Outras inovações incluindo válvula de expansão eletrônica, condensadores microchannel e controle de pressão de condensação pela variação da rotação dos ventiladores, somados garantem o máximo desempenho energético (COP) possível em chillers.PS ○
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*Raul Daniel Imada é Diretor Industrial da Mecalor
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Eventos
Equipe Reifenhäuser deu início ao conjunto de palestras do Preview K’2010, em Düsseldorf
Imprensa de diversas nacionalidades participaram das conferências do evento
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FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
Prévia em Düsseldorf antecipa sucesso da K 2010
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assado o período de dificuldades motivado pela crise financeira e econômica internacional, que causou muitos problemas à indústria mundial de plásticos e borracha, o sentimento muda para a K 2010, a maior feira do setor, de 27 de outubro a 3 de novembro. Uma prova disso foi o sucesso de uma apresentação prévia organizada pela Messe Düsseldorf, de 13 a 17 de junho, no Centro de Convenções, em Düsseldorf, para cerca de 80 jornalistas da mídia especializada de todo o mundo. Dez renomadas empresas internacionais anteciparam alguns lançamentos e novidades para a feira. Os organizadores prepararam um programa intenso para os jornalistas convidados. Depois de uma recepção festiva no dia 13, nos jardins do Radissom Blu Scandinavia Hotel a agenda de trabalho foi interessante. No dia 14, o presidente e CEO da Messe Düsseldorf GmbH, Werner Mathias Dornscheidt, abriu a sessão com uma mensagem de otimismo, o espírito que vai reinar na K 2010. “Depois de um período difícil, no qual muitas empresas do setor plástico e da borracha tiveram que lutar muito para sobreviver, nós estamos dividindo nossas satisfações porque 2010 será um ano muito bom. Estamos esperançosos de continuar no caminho de sucesso dos negócios”. Ele disse que a K 2010 vai cumprir seu papel, demonstrando seu poder de inovação no setor.
Prof. Dr. Rer Nat. Martin Möller
As empresas que fizeram apresentações prévias foram:
2ª feira (14/06) Reifenhäuser Grop (Ulrich Reifenhäuser) Wacker Chemie (Axel Schmidt) LyondellBasell Industries (Anton de Vries) Battenfeld-Cincinatti (Jürgen Arnold) Haitin International Holdings (Helmar Franz) 3ª feira (15/06) Visita à WRTH Aachem University Prof. Dr. Ing.Ernst Schmachtenberg (Reitor) Visita ao IKV Institute of Plastics Processing Prof. Dr. Ing. Walter Michaelli (IVK) Visita à Chair Macromolecular Materials and Surfaces (DWI)
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das instituições de ensino e pesquisa da Europa, com destaque para os setores de plástico e borracha.
4ª Feira (16/06) Lanxess (Werner Breuers) TBA Kreyenborg Group (Jan-Udo Kreyenborg) Hekuma GmbH (Klaus Wanner) Ticona GmbH (Maria Celiberti/Thomas Petzel)
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Dornscheidt disse que os números de expositores, naquela ocasião (13 de junho) não eram definitivos, mas animadores, pois 2973 empresas de 55 países já haviam confirmado presença. Os setores de máquinas e equipamentos continuam sendo os principais destaques. E entre os países, a liderança segue com a Alemanha, com cerca de 1.030 expositores, depois a Itália (401), China (241), Taiwan (136), Índia (119), França (118), USA e Reino Unido (103), Áustria (85) e Suíça ( 83). O Brasil tinha 13 representantes. Depois da apresentação de Dornscheidt, foi a vez do presidente da Federação das Indústrias de Plástico da Alemanha e da Associação de Indústria Alemã da Borracha, Günther Hiken. Ele destacou a importância da K como um integrante indutor do progresso e da inovação. “Essa será uma oportunidade para que as indústrias do setor consigam se recuperar de todo o estrago causado pela crise internacional. Na sequência, nos dias 14, 15 e 16 foram feitas as apresentações de dez grupos de destaque internacional, além de uma visita RWTH Aachem University, uma das mais conceitua-
Confraternização A Messe Düsseldorf não descuidou de nenhum detalhe na prévia da K 2010. Além de se preocupar com o programa técnico a equipe de receptivos e jornalistas da empresa deram todo o suporte ao grupo de jornalistas. Por exemplo, à noite, depois das atividades a agenda previa o jantar em um local típico, como o restaurante Im Goldenen Ring no primeiro dia, o almoço no Catering Aachem/Gut Melaten, depois a ceia no barco MS Warsteiner, num passeio pelo rio Reno - com direito a telão para ver Brasil x Coréia do Norte. Na despedida, o jantar foi no típico italiano Ristorante Il Portone.PS
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Eventos
Interplast amplia área de exposição Cerca de 25 mil visitantes acompanharam todas as novidades na edição anterior, realizada em 2008
O
s empresários e profissionais do setor termoplástico têm compromisso marcado para a segunda quinzena de agosto. Acontece de 23 a 27 deste mês, a sexta edição da Feira e Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico (Interplast), nos pavilhões da Expoville, em Joinville/SC. A Interplast é realizada a cada dois anos pela Messe Brasil Feiras e Promoções e congrega a exposição de máquinas e equipamentos da transformação, dispositivos auxiliares e matéria-prima. Paralelo à mostra, acontece o Cintec 2010 Plásticos, um evento técnico dividido em mini cursos e palestras. Dessa forma, a feira reúne teoria e prática em um único local com o objetivo de desenvolver a indústria do plástico no Brasil. Nessa edição, o Cintec debate temas de gestão, de meio ambiente e de processos, evidenciando estudos e cases práticos de aplicabilidade da tecnologia. Ao todo são três mini cursos com duração de oito horas cada e 19 palestras técnicas, demonstrando resultados de estudos e cases de empresas. Segundo o gerente de marketing da Messe Brasil, Richard Spirandelli, a Interplast está entre as maiores feiras do plástico, em espaço ocupado e número de expositores, realizada no país em 2010.
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O número de expositores cresceu 25% em relação a 2008, totalizando 500 empresas. A feira ocupará uma área de 20 mil m², 12% maior que a de 2008. Para Spirandelli, a Interplast é referência pelas soluções e alternativas de modernização do parque fabril da região sul e reúne as principais empresas do mercado nacional e internacional, “que trazem o que há de mais moderno na área tecnológica da cadeia do plástico, de matériaprima a compostos, pigmentos, periféricos, ferramentaria e máquinas em geral”. Além de empresas representando todos os estados brasileiros, o evento reúne expositores de outros 12 países, como: Áustria, Alemanha, Espanha, França, Itália, Canadá, EUA, China, Japão, Taiwan, Argentina e África.
A cidade de Joinville é um dos principais polos transformadores de plástico do país e líder nacional em transformação de PVC. Santa Catarina é o segundo maior estado do Brasil em transformação de plásticos. Em termos absolutos, está atrás apenas de São Paulo. Em 2009, transformou aproximadamente 920 mil toneladas de resinas. Três segmentos se destacam em âmbito nacional: o de produtos para construção civil na região de Joinville, o de descartáveis na região de Criciúma e o de embalagens, que está mais espalhado pelo estado, com importante presença no Oeste, no Sul e na grande Florianópolis. O estado catarinense conta 900 indústrias de transformação de plástico, responsáveis por 33
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Edição de 2010 atrai 20% a mais de expositores do que o número registrado no ano de 2008.
mil empregos e no ano passado faturou cerca de R$ 7,2 bilhões e foram gerados pelo menos um milhão de toneladas de produtos transformados. São Paulo tem uma produção que gira em torno de 2,6 milhões de toneladas por ano. Os organizadores estimam que o número de visitantes da Interplast ultrapasse os 25 mil profissionais do setor que estiveram na feira em 2008. “As constantes inovações e o crescimento do setor no mercado, fazem com que a busca de novas tecnologias e conhecimentos seja uma constante para indústrias e profissionais e a procura deve ser ainda maior em 2010 com a retomada da economia”, comenta o gerente. A estimativa de crescimento do setor apontada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) é de 6% em 2010, igualando-se aos números alcançados em 2008, antes da crise econômica.PS
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Eventos
A palavra dos expositores A revista Plástico Sul vai apresentar nesta e na próxima edição depoimentos de expositores que participarão da Interplast 2010. As empresas falam sobre a importância da feira para o setor plástico e da participação no evento. Apresentam também seus lançamentos e novidades para a sexta edição da mostra. Leia a seguir a opinião de algumas empresas.
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Iturrospe A empresa argentina Iturrospe vai participar pela primeira vez na Interplast com o objetivo de divulgar a sua marca no mercado brasileiro. Segundo o gerente de desenvolvimento do negócio de PU, Ingnacio Miranda, a empresa está participando de eventos reconhecidos no mundo do plástico para poder disseminar os seus produtos no mercado e a feira é muito importante para atingir este objetivo. “Existem outras feiras do setor mas não participamos em todas, escolhemos as que podem nos dar um retorno mais rápido do investimento. Por isso escolhemos Interplast”,
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Segundo os organizadores, serão 500 expositores que ocuparão os 20 mil m² do Expoville
afirma. Ele destaca que o Sul do Brasil está no foco da empresa devido ao forte desenvolvimento industrial da região. A Iturrospe vai apresentar na feira as injetoras de alta pressão de poliuretano da Hennecke GmbH. “Além de divulgar as máquinas disponíveis no portfólio de tecnologias, estaremos também divulgando linhas de produção de painéis isolantes de poliuretano tipo sanduíche”, complementa Miranda.
BMG A gerente de marketing da BMG, Leise Cavallieri, afirma que a Interplast é uma das feiras mais importantes do setor no Brasil, pois conta com a presença das empresas de maior destaque no país e a visitação em massa do mercado da região Sul e alguns países vizinhos. “Esta é a nossa quinta participação na feira e os resultados são satisfatórios tanto na geração de novos negócios quanto ao fortalecimento da marca BGM”, comenta. A empresa vai lançar na Interplast 2010, a linha POP para extrusão de fios. Segundo a gerente, o granulador POP tem o mesmo conceito construtivo dos granuladores da linha plus e o secador sugador POP (patente requerida) para fios, “gera alta eficiência, com o dife-
rencial de aumentar a produtividade aliada ao baixo custo”. A BGM é uma indústria brasileira especializada na fabricação de periféricos para linhas de extrusão, atendendo ao mercado com produtos padrões ou projetados para atender as necessidades específicas dos clientes. A empresa dispõe de soluções para testes em laboratório e até equipamentos para grandes processos produtivos. “E o mercado da Região Sul, de maneira geral, é bastante interessante por seu potencial produtivo”, destaca a executiva. O portifólio de produtos da BGM abrange linhas de granuladores, ensacadeiras automáticas e semi-automáticas, silos, pe-
neiras seletivas oscilatórias, secadores de fios, misturadores, homogeneizadores, peças de reposição para granuladores nacionais e importados de qualquer marca.
FCS
A FCS do Brasil vai apresentar na Interplast 2010 a sua linha de injetoras verticais e horizontais. Rita de Cássia Ruiz Santos, da área comercial, observa que a empresa atua há dez anos no mercado brasileiro e é detentora de engenharia própria no país, com equipe altamente especializada e excelente conhecimento no processo de injeção de termoplásticos, além de amplo estoque >>>> de peças para reposição.
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Eventos
Ela comenta que a empresa prima pela excelência de qualidade e oferece produtos competitivos com preços acessíveis. “Além de produtos de qualidade, a FCS garante parceria constante nas necessidades e nos projetos futuros de seus clientes, sendo reconhecida por ter um dos melhores pós-vendas do país. Para a empresa, a satisfação dos clientes está em primeiro lugar”, acrescenta.
APTA A APTA Resinas elogia o alto nível profissional e aqualificação dos visitantes da Interplast. A empresa participa do
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evento desde a sua primeira edição. Destaca que os resultados obtidos sempre foram positivos, e neste ano acredita que será ainda melhor. “Em Santa Catarina e no Paraná estamos desfrutando de ótima aceitação do mercado”, comenta o diretor comercial, Marcelo Berghanh. “Estaremos mostrando toda nossa linha de plásticos de engenharia e de alta performance”, informa o diretor. Salienta ainda que o mercado catarinense representa um importante fatia das vendas da empresa, “e vai ganhar ainda mais importância nos próximos anos”.
Pavan Zanetti A Pavan Zanetti, indústria de sopradoras e injetoras para termoplásticos, lança na Interplast 2010 a Petmatic, sopradora para pré-forma PET para até três mil embalagens de 500 ml por hora (18 gramas), desenvolvida para a fabricação de embalagens de óleo, álcool, bebidas carbonatadas, cosméticos, produtos farmacêuticos, higiene e limpeza e garrafas para água mineral. “A Petmatic garante modernidade, eficiência,
produtividade com baixo custo operacional”, comenta Newton Zanetti, diretor comercial da Pavan Zanetti. Segundo o diretor a presença na Interplast 2010 é uma forma de fortalecer a presença no mercado catarinense, o segundo maior do segmento de plásticos do país. “Temos uma ampla carteira de clientes na região e a participação na feira acaba atribuindo forte visibilidade para a marca. O mercado dessa região chama atenção pela elevada representatividade de matrizes plásticas”, reforça. A empresa também vai levar para feira a linha de sopro da série Bimatic, com máquinas de mesa dupla e automáticas, com capacidade de produção até 240/2500 frascos de 1 litro em PEAD. Também a linha de injetoras com os novos modelos, “com design muito bonito e moderno, com possibilidades de bombas variáveis e servo motor”, salienta. Segundo Zanetti a feira está acontecendo num momento muito bom no setor plástico, com alguns segmentos em franco crescimento. “As vendas de máquinas estão
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Inovações tecnológicas diversificadas em variados segmentos, como máquinas, são destaques da feira
num patamar excelente e cremos que a feira vai ser outro sucesso, pelo otimismo do mercado. A Pavan Zanetti lança sopradora préforma PET e anuncia ampliação da planta industrial”, informa. A empresa está ampliando a área industrial em 12 mil m² com o objetivo de atender a demanda do mercado. “Atualmente nossa estrutura não suporta o crescimento do mercado e levamos até seis meses para entrega dos pedidos de máquinas”, afirma Zanetti.
Comm5 A Comm5 Tecnologia apresenta na sua primeira participação na Interplast seus produtos e soluções voltados para o segmento de automação e conectividade. Vai lançar na feira um combo de software e hardware para apontamento de produção automática ou manual, em tempo real. O TI-1000 funciona com um programa de retaguarda que faz a leitura dos sinais elétricos da máquina e gera apontamentos automáticos. Também pode operar com apontamentos manuais a partir do registro de ordens de serviços. Os dados são enviados para o sistema sem a intervenção humana. A programação do equipamento também contempla diversos tipos de dados que juntos apresentam um panorama geral da produção on line e com fidelidade, ou seja, sem a manipulação de dados e eliminando quase que totalmente os erros de contabilidade dos dados. A empresa destaca que o mercado catarinense hoje representa uma fatia considerável no seu faturamento. Em 2010 está fechando importantes parcerias com empresas da Região. Em virtude das expectativas de negócios na Região, a empresa abriu uma filial na cidade de Timbó.
Rone A Rone Moinhos vai destacar na feira a sua linha N, que são modelos convencionais de moinhos, que vão de 2 até 100 CV, para produções de 10 a 2000 kg/hora. “Nesta linha temos a vantagem de termos atingido um excelente custo-benefício, tendo grande eficiência nos mais diversos tipos de materiais, sejam peças injetadas, sopradas, termoformadas ou extrudadas”,
informa o diretor da empresa Ronaldo Cerri. A empresa também vai apresentar as linhas W e C, ambas de baixo nível de ruido e próprios para trabalhos conjuntos com injetoras e sopradoras. Cerri comenta que a linha T também estará presente, “sendo estes moinhos adequados à moagem de tubos e perfis de qualquer comprimento, sem a necessidade de corte prévio das peças”. No caso de tubos PVC possui modelos para processamento desde 10 mm até 500 mm de diâmetro, independente da espessura de parede da peça. O diretor comenta que a Rone participa da Interplast desde a sua primeira edição. “Vemos a Região de Santa Catarina como uma das mais importantes do mercado brasileiro, sendo a terceira em vendas, com um mercado em constante e rápido crescimento no setor plásticos”, fala. Ele acrescenta, que assim como nas edições anteriores, “temos a expectativa de efetuar bons negócios, a médio prazo”.
AWS Brasil Para a AWS Brasil a Interplast tem crescido a cada edição. Segundo o gerente de negócios, Aparício Mesquita Sapage, a empresa participa desde a primeira edição e decidiu continuar expondo na feira, pelo fato de proporcionar a fixação da sua marca e pelo lançamento de novos produtos. “Temos crescido neste mercado bastante concorrido e isto se deve à participação das feiras e ao trabalho de nosso>>>> <<<< Junho de 2010 < Plástico Sul < 41
Eventos
Eventos
corpo de vendas que é muito agressivo”, comenta. Ele destaca que o resultado das feiras normalmente não é imediato, mas proporciona muitos negócios futuros. A AWS Brasil vai expor na feira toda a sua linha de produtos, em uma área de 54 m 2. Serão apresentados: dosadores para máster, dosando desde 0,2 a 15% com muita precisão; dosadores para mistura de matérias primas, dosando em até 100% dos produtos da receita; dosador de vários materiais, MultSystem, em até 6 produtos diferentes permitindo alem da dosagem uma mistura perfeita; alimentadores de matéria prima desde 30 a 900Kg/h com sistema de ambiente limpo; secadores para os diferentes tipos de resinas incluindo material moído; desumidificadores para materiais higroscópicos, como PET; recicladores de solventes sujos, com capacidades de 15 a 600litros; viscosímetros automáticos para controle da viscosidade de líquidos em processos produtivos. Também vai apresentar produtos da nova aquisição, empresa fabricante de roscas, cilindros, ponteiras para injetoras e extrusoras. Na linha de pigmentos para termoplásticos, vai expor todas as modalidades de produtos para coloração dos termoplásticos, como: pigmentos em forma de pó, de másterbatch, de micro pellets, de micro esferas e em forma líquida. “Dessa forma estaremos atendendo a todas as necessidades do mercado”, comenta o gerente.
DAX Resinas O diretor-presidente da DAX Resinas, Peter Wilms, destaca que a participação na feira cumpre com três objetivos fundamentais. Institucional, para divulgação da marca; comercial, sendo uma oportunidade de conhecer e prospectar novos clientes, além de estreitar as relações com os clientes da empresa; mercadológica, para observar e anotar as tendências do mercado e dos concor42 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
rentes. A empresa vai expor os produtos da Braskem ,Innova, compostos da Heritage e produtos para rotomoldagem. Para Peter Wilms, o mercado catarinense é de grande importância, por ser um dos maiores polos de transformadores plásticos do país. E a participação na feira representa uma excelente oportunidade de divulgação, conhecimento do mercado e base para elaboração de uma estratégia logística e comercial visando aumentar a sua participação no mercado local. A DAX Resinas é distribuidora exclusiva dos produtos da empresa norte-americana Heritage Plastics no Brasil. Heritage Plastics produz uma classe única de materiais compostos plásticos destinados a melhorar o desempenho e a produtividade de muitas aplicações de plásticos. “Sua expertise está na tecnologia Minapol™ Additive: um campo emergente da tecnologia de aditivos plásticos focado no reforço mineral de materiais poliolefínicos”, comenta o diretor. O executivo informa que Heritage Plastics direciona 100% de seus recursos técnicos e de engenharia para compostos poliolefínicos e concentrados minerais. E que a empresa é conhecida globalmente por melhorar, com carbonato de cálcio, o desempenho de extrusão, moldagem por sopro, termoformagem e processos de moldagem por injeção. “Seus aditivos de carbonato de cálcio melhoram as taxas de transferência, os tempos de ciclo, propriedades do produto e ainda reduz os custos de matéria-prima”, acrescenta.
Eletro Forming A Eletro Forming vai participar pela terceira vez na Interplast e destaca que nas outras participações sempre atingiu resultados “bastante satisfatórios”. Para a empresa, a Interplast atinge potencias clientes não somente de Santa Catarina, mas de todo Brasil. “Na primeira edição fizemos contato com cliente do nordeste que nos comprou cinco máquinas”, informa. A empresa não vai levar máquinas para a feira. Fará a demonstração através de imagens, vídeos, amostras de peças e de explicações audiovisuais das máquinas: RV2, para termoformagem de chapas grossas e a TC-C, para termoformar bandejas, tampas de copos, pratos descartáveis, embalagens para padarias e fruta, com velocidades de até 30 ciclos/minuto.PS
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Eventos
Metalúrgica Boeira inaugura nova sede na serra gaúcha
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om a presença de cerca de 400 convidados, a Metalúrgica Boeira Ltda e Boeira Indústria de Plásticos Ltda inaugurou sua nova sede, no Bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul (RS). O evento contou com a presença do prefeito municipal, José Ivo Sartori, além de deputados estaduais, vereadores, secretários e o presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul, Milton Corlatti. A Metalúrgica Boeira atua no mercado há 30 anos, no segmento de usinagem, peças automotivas, moldes, matrizes e uma linha de utilidades domésticas, em plástico, com a marca UTILITY. Com a inauguração, a empresa pretende aumentar sua capacidade de produção em até 30%, já que a nova área conta com dois mil metros quadrados de área
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construída. O acréscimo em maquinário será de 10%, e a previsão é de que, com a nova sede, a empresa aumente em 20% o quadro de funcionários, que atualmente conta com 60 colaboradores. Segundo Josemar Boeira, diretor da empresa, os investimentos foram em torno de 2,5 mi, entre obras e compra de novas máquinas. “O nosso objetivo, ao investir na expansão da empresa, é a possibilidade de ampliação da linha de produtos e redução do prazo de entrega”, explica ele. Boeira revela ainda que, além da ampliação atual, está previsto o aumento de mais 400m². A empresa atende todo o Brasil com a linha de utilidades domésticas, e dentro da linha de matrizes, os estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.PS
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Mercado
Braskem monta estratégia para dar partida à PE Verde
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Braskem recebeu do governo do Estado do Rio Grande do Sul (RS), a licença de operação para a sua planta industrial de eteno verde (PE Verde), em fase final de obras, no Polo Petroquímico de Triunfo. A permissão definitiva, concedida pela Fepam, possibilita o início das atividades na unidade industrial, prevista para agosto, 60 dias antes do prazo inicialmente anunciado pela empresa. O documento foi entregue pela governadora Yeda Crusius, ao vicepresidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem, Manoel Carnaúba Cortez. A unidade será a primeira no mundo a produzir eteno verde, a partir do etanol da canade-açúcar, em escala industrial e a usar matéria-prima 100% renovável. O investimento, de R$ 500 milhões, permitirá a produção de 200 mil toneladas do produto/ano, que
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serão transformadas em volume equivalente de polietileno, em unidades industriais já existentes no Polo de Triunfo. Para viabilizar a questão da chegada do álcool ao estado, o produto chegará por via ferroviária. A primeira carga de etanol já chegou ao estado. Foram descarregados 120 mil litros do produto vindos de São Paulo e Paraná. Mais tarde chegaram mais 840 mil litros. É a primeira vez que a empresa operou nesse modal para o transporte do etanol, que será usado na planta de Eteno Verde. Cerca de 40% do álcool utilizado pela Braskem será trazido por trens da ALL. Até então, o produto era transportado apenas por hidrovia e rodovia. A Braskem tem capacidade de consumir 230 milhões de litros de álcool para produção de ETBE (Camaçari/BA, e Triunfo/ RS) e comprará mais 460 milhões de litros
para a planta de Eteno Verde. Denise Zappas, gerente de negócios de Álcool da Braskem, afirma que o transporte ferroviário tem se mostrado uma boa opção logística por ser a melhor alternativa do ponto de vista ambiental (menor emissão de CO2), além de ter menor custo. “É uma alternativa importante à cabotagem, que muitas vezes apresenta problemas relacionados a atrasos em portos de carga”, explica. A hidrovia responderá por 50% da logística do álcool e a rodovia, por 10%.
Programa Acreditar A empresa encerra o mês de junho com mais de 96% da obra de construção da planta de Eteno Verde concluída. Desde o início da construção, a Braskem contratou 174 trabalhadores formados pelo Programa Acreditar. O projeto capacitou, durante oito meses, 248 moradores de Triunfo nos cursos de eletricista, montador de estruturas, encanador, carpinteiro e soldador. PS
BNDES cria programa de apoio à cadeia produtiva do plástico
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oi aprovada recentemente pelo BNDES a criação de um programa específico de financiamento para a indústria de transformados plásticos. Trata-se do programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Plástico - BNDES Proplástico, que visa à modernização das empresas do setor, com o aumento da produção de plásticos e seus produtos, de equipamentos e de moldes para o segmento, além da melhoria dos padrões de qualidade e de produtividade das indústrias instaladas no país. O novo programa, que tem um orçamento previsto de R$ 700 milhões e prazo de vigência até 30 de setembro de 2012, contempla ações ligadas à produção, inovação, reciclagem, consolidação e internacionalização de empresas. Com isso, o BNDES Proplástico pretende também contribuir para a redução do déficit comercial da cadeia produtiva de plásticos, promovendo a maior inserção do Brasil no mercado internacional. O BNDES Proplástico, com operações diretas e indiretas não automáticas, abrangerá todos os portes de empresas do setor. Os beneficiários serão sociedades empresariais que pertençam à cadeia produtiva do plástico, como produtor, fornecedor de equipamentos, reciclador e distribuidor. O valor mínimo das operações a serem apoiadas no âmbito desse programa é de R$ 3 milhões.
O BNDES Proplástico está em consonância com as medidas estabelecidas na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Governo Federal e contempla: financiamento para investimentos associados à produção e modernização; investimentos para a troca de equipamentos antigos por novos; fortalecimento das empresas nacionais; investimentos em inovação, com vistas ao desenvolvimento de produtos e processos; e investimentos socioambientais. Sendo um programa com características especiais para o setor de transformados plásticos, as operações diretas de financiamento do BNDES Proplástico realizadas com micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) poderão, a critério do Banco, ser dispensadas de limites de exposição de risco ou de prestação de garantia real. O custo financeiro do BNDES Proplástico terá como base a TJLP (atualmente em 6% ao ano). A remuneração básica do BNDES varia de acordo com o porte da empresa, sendo de 1% ao ano para as MPMEs. As taxas de risco de crédito das operações de empresas com faturamento bruto de até R$ 300 milhões serão fixas em 0,5% ao ano, enquanto as operações com as demais empresas seguirão as políticas operacionais do BNDES. O prazo total do financiamento é de até 10 anos, incluindo até três anos de carência.PS
O BNDES Proplástico conta com cinco subprogramas: Proplástico Produção e Modernização: investimentos para implantação, expansão e modernização da capacidade produtiva de transformados plásticos e de reciclagem, bem como aquisição de equipamentos novos com objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade do segmento. Proplástico Renovação de Bens de Capital: apoio à troca de equipamentos antigos por novos, com a inutilização (“sucateamento destrutivo”) das máquinas usadas, de forma a impedir a sobrevida de equipamentos ineficientes, com baixa produtividade, reduzida segurança do trabalhador e alto consumo de energia. Proplástico Fortalecimento das Empresas Nacionais: apoio à incorporação, aquisição ou fusão de empresas que levem à criação de firmas de controle nacional de maior porte, de maior integração vertical ou internacionalização. Neste subprograma, o apoio será mediante instrumentos de renda variável e/ ou financiamento com limite máximo de R$ 50 milhões por grupo econômico. Proplástico Inovação: investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação que possibilitem novos usos e aplicações de produtos, inclusive ligados a processos de reciclagem de material plástico, além de design. Proplástico Socioambiental: investimentos envolvendo a racionalização do uso de recursos naturais, mecanismos de desenvolvimento limpo, projetos de reciclagem e material, sistemas de gestão e recuperação de passivos ambientais.
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Desafios de comunicação para as pequenas e médias empresas *Por Márcio Freitas ○
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ualquer estratégia de comunicação deve sempre levar em conta as profundas e rápidas transformações nos costumes, na conjuntura política, na economia e nos setores produtivos. A Era Industrial cederá lugar à Era Digital. Bens continuarão sendo fabricados, mas a partir de processos diferenciados, em que o trabalho físico perderá continuamente a importância. Valerá a tecnologia empregada, a matéria-prima usada, a bagagem de conhecimento dos profissionais e a velocidade nos mecanismos internos e externos de comunicação dessa empresa. Desapareceu o bordão “bons produtos, negócios garantidos”. Os mercados, atualmente, são influenciados por contingências, por fatores diversificados que lhes são alheios; de inocentes mudanças no universo da moda, passando por atos terroristas, mudanças climáticas até a chegada ao poder de algum político. Nesse contexto, os processos de comunicação constituemse em bens tangíveis e altamente valorizados. Sem a comunicação não será possível sobreviver no mundo empresarial dentro de poucos anos. É crescente o número de pequenas e médias empresas que estão investimento em comunicação, mas ainda é pouco diante do grande número de empresas que não acordaram para essa excelente ferramenta de negócios. O novo cenário também é caracterizado por ampla competitividade em escala global e por flutuações nos mercados de capitais. Novas tecnologias diminuem as instalações industriais e tornam os processos produtivos mais rápidos e mais limpos. Para conquistar ou manter uma boa performance de gestão, as empresas dependem de estratégias de comunicação consistentes e versáteis, capazes de manter a coesão interna e zelar pela boa imagem externa. Para isso, é fundamental o uso integrado e inteligente 48 > > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
ARQUIVO PESSOAL/PS
ARTIGO Por Márcio Freitas
de novas mídias. A corporação do novo milênio precisa ver, ouvir e falar. O mercado precisa vê-la, ouvi-la e falar sobre ela. Sem isso, seu êxito está comprometido. Noutra esfera de influência, a estratégia de comunicação deve reduzir vulnerabilidades. Portanto, tem como objetivo promover imagem de empresa como sinônimo de competitiva, que desenvolve as melhores práticas de governança corporativa e detém identidade institucional única. Deve ainda ser reconhecida como organização que agrega valor aos clientes, com serviços e programas setoriais. Por fim, as ações devem despertar a percepção de que se trata de uma empresa cidadã, que promove e apóia programas de responsabilidade social e a ambiental. Mudou o cenário e, portanto, modificaram-se os procedimentos. As hierarquias fechadas cedem lugar a sistemas de responsabilidades compartilhadas. Todos participam das ações para manter a competitividade e, consequentemente, ampliar os negócios das
corporações. Uma empresa que não se comunica internamente é incapaz de planejar e poderá colecionar prejuízos em sua história. Os fatores objetivos que estabelecem padrões de excelência devem ser perfeitamente conhecidos dos funcionários, clientes, parceiros, formadores de opinião, autoridades, órgãos reguladores de atividades econômicas e consumidores finais. Nesse sentido, é preciso um adequado gerenciamento dos processos comunicativos, especialmente na utilização das novas mídias. Não basta fazer bem: é preciso dialogar publicamente. A estratégia de comunicação deve ainda consolidar a percepção de empresa realizadora, sempre cogitada para novas parcerias e investimentos. Com essas ações, a imagem é fortalecida e a empresa se credencia para vencer objeções, estabelecer acordos vantajosos e captar investimentos. A integração das informações se constitui em estratégia para desenvolver uma eficiente política de comunicação no novo cenário competitivo global. Todas as ações para a promoção da imagem são capitalizadas. Intervenções em departamentos acabam por criar resultados em todas as áreas de contato. Permite-se ainda um uso articulado de mídias e outras ações de comunicação. Isso quer dizer que os efeitos nunca serão restritos a determinados setores. Outra vantagem é a unificação de todos os conceitos associados à marca. Por fim, a integração permite que os aspectos da comunicação sejam considerados seriamente em todos os processos decisórios, em todos os níveis hierárquicos e em todas as áreas da companhia. Dessa forma, a empresa cria mecanismos para prevenir-se contra possíveis danos a sua imagem e ganha força para ser atual e competitiva no mercado. PS ○
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*Márcio Freitas é Especialista em Jornalismo Empresarial e Sócio-Diretor da Yellow Comunicação/SP
Passaporte Tomar alguma atitude que possa prejudicar algum dos liderados. Uma conquista significativa? MBA Barcelona/Espanha 2008-2009.
Uma nova geração no mercado
C
omo sócia da Maxter Termoplásticos, uma empresa “provedora de soluções temorplásticas”, como ela mesma define, Gabriela Hartmann sabe bem o que faz. A empresária convive com o setor plástico há muito anos, já que é filha de Luiz Henrique Hartmann, empresário e associado ao Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast). A Maxter possui uma história recente, e atua numa área que está em expansão no mundo inteiro – o segmento de comércio de resinas termoplásticas. Com pouco tempo de mercado, a empresa distribui e revende matérias-primas para as indústrias do setor plástico e traz no seu portfólio de produtos uma linha própria de RECICLADOS de Polipropilenos, Polietilenos, ABS, dentre outros, para várias aplicações e processos de produção. Aos 4 anos de idade Gabriela ouviu pela primeira vez a palavra plástico e cresceu convivendo ao lado de resinas e máquinas. Hoje, é empresária do setor e ao que tudo indica, a paixão pelo material está na herança genética. Quem é Gabriela Hartmann? Veterinária de profissão, com especialização em Business Universidade de Barcelona, e empresária do setor de termoplásticos. Como empresária o que lhe entristece? A concorrência desleal. O que a anima? Fazer do nosso negócio o motivo de satisfação dos clientes enquanto obtemos lucro nas operações. Uma atitude que jamais tomaria como líder?
Se não atuasse nesse segmento, em qual atuaria? Qualquer um que me realizasse como profissional e como pessoa...
Gabriela Hartmann, sócia da Maxter
Um personagem que te inspirou na profissão? Não seria um personagem, mas sem dúvida duas grandes personalidades: meus pais. Três situações que ajudam no crescimento da empresa em que atua? Conhecimento do negócio, conhecimento do mercado e relacionamentos. O que é mais importante na gestão de uma companhia? O foco em clientes, monitoramento da concorrência, gestão de pessoas e metas de faturamento. Porém tudo isto com 100% de controle no fluxo de caixa!!!
A Maxter é... uma empresa que a primeira vista é uma revendedora de termoplásticos virgens e reciclados, porém analisando estrategicamente, é uma provedora de soluções em termoplásticos. O plástico representa... Uma constância na busca de facilidades e bem estar à humanidade.
Um obstáculo? Nada é intransponível!!! Dólar alto ou dólar baixo? Sob controle. O brasileiro valoriza o plástico? Cada vez mais, porém ainda temos baixo consumo per capita, o que é uma oportunidade para o setor. Concorrência? Depois de nossos clientes, é o nosso maior referencial de superação!!! A importância da consciência ambiental? Deveria ser mais enfatizada desde o ensino fundamental...o Brasil está anos atrasados em muitas questões, o da reciclagem energética por exemplo...precisamos queimar etapas em relação a outros países muito mais adiantados. A participação da mulher no setor... Éuma realidade do momento empresarial globalizado. Quando ouviu pela primeira vez a palavra “plástico”? Aos meus 4 ou 5 anos de idade, em casa. <<<< Junho de 2010 < Plástico Sul < 49
Institucional
Marin é reeleito presidente do Simplás O dirigente, que assume mais uma gestão na liderança do sindicato, aponta metas para os próximos anos e estratégias para tornar Simplás e Plastech Brasil marcas internacionais.
O
rlando Marin assume pela terceira vez consecutiva o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho. Comandar a entidade por mais três anos é um desafio para esse empresário e dirigente que em duas gestões acumulou diversas conquistas no posto. Na lista de principais metas para o futuro estão a internacionalização das marcas Simplás e Plastech Brasil, a continuidade do trabalho de capacitação profissional do setor plástico e o fortalecimento dos empresários da região. Com os pés no hoje e os olhos no amanhã, Marin recebeu a Revista Plástico Sul para falar sobre as conquistas dos últimos seis anos e os desafios e planos para os próximos três. Revista Plástico Sul - Quais foram os obstáculos das duas últimas gestões? Orlando Marin - Os obstáculos são relacionados ao mercado e à competitividade, além das dificuldades na ordem tributária e econômica. Além disso, existe o desafio da internacionalização do setor plástico, devido ao custo que é processar um quilo de resina e por sua vez exportála, transformando-a em produto final. Outro obstáculo foi a crise mundial que enfrentamos, que não provocamos e acabamos ficando inseridos nela. Muitas empresas criaram um passivo muito pesado. Plástico Sul - Quais as conquistas dos últimos seis anos? Marin - Tivemos uma grande facilidade na 50 > Plástico Sul > Junho de 2010 >>>>
compra de máquinas e equipamentos via financiamento. O financiamento no Brasil está hoje no patamar que sempre reivindicávamos. Apesar de ser ainda um dos juros mais altos do mundo, está muito mais em conta hoje empreender, arriscar, produzir via financiamento, principalmente os já constituídos e conhecidos, como o BRDE, onde começamos a pagar em um ou dois anos. O próprio controle da inflação é outro ponto positivo, que nos permitiu trabalhar com planejamento, a médio e longo prazo. Em relação a atuação do Simplás na área de plásticos acredito que crescemos muito. Passamos de uma instituição regional, para efetivamente uma entidade forte nacionalmente falando. Hoje o Simplás é conhecido em todos os pontos do Brasil. A atuação da diretoria como um todo tem alavancado esse conceito. As relações com os governos municipal, estadual e federal é outro ponto positivo. Nós passamos a nos inserir mais na administração pública e por conseqüência entender melhor esse processo e obter alguma vantagem nisso. O trabalho interno nos trouxe também uma grande quantidade de associados. Outro ponto positivo é a criação da Plastech Brasil. Plástico Sul - Qual foi a evolução do evento? Marin - Formamos uma identidade nova de se fazer feiras nos Rio Grande do Sul e na região sul. Na primeira edição fomos enormemente prejudicados pela lamentável queda do avião da TAM, em 2007. Mesmo assim, tivemos um resultado extremamente positivo. Já na segunda edição pegamos em cheio a crise econômica e a gripe A, ou seja, também foi numa época de extremas dificuldades, mas mesmo assim fizemos uma feira que, no conceito dos participantes, foi espetacular, pelo resultado de público, de vendas e de participação que houve. Para a terceira edição nós ultrapassaremos 400 expositores, será uma feira de grande porte em nível de América Latina e isto vai melhorar a for-
ma como somos vistos pelo mundo do plástico.
Plástico Sul - Como foi a atuação do sindicato na capacitação profissional? Marin - Este foi um destaque nos últimos seis anos. Foi o inicio e o desenvolvimento de trabalhos na área de capacitação de pessoas. Inauguramos a escola do plástico do SENAI, conseguimos encaixar o setor plástico na Escola Técnica Federal. Vamos ter mais de 1.500 metros de área nesta escola, inteiramente voltada ao plástico. Começa a operar efetivamente agora, com a primeira turma, mesmo que ela ainda não esteja construída, o que acontecerá no ano que vem. Esta ação despertará muito o interesse dos jovens que terminam o ensino fundamental e começam o segundo grau. Essa parte de formação profissional era uma necessidade muito grande e hoje é uma realidade.
Plástico Sul - A sinergia com o setor ferramenteiro, também é destaque? Marin - Este é um item importante. A Região, incluindo Caxias do Sul, nasceu no pólo metalmecânico. Desenvolveu-se em cima da indústria pesada e teve o seu auge no início do último século, sempre alavancado em cima do torno mecânico, onde formou todo este complexo industrial metal mecânico que hoje é uma potência muito grande. Hoje eu diria que mais de 90% de todo esse complexo de ferramentarias, que são mais de 150 na região, trabalha com o segmento do plástico. E muitas passaram, além de trabalhar no segmento do plástico, também a processar resinas na área plástica, vender e criar os seus produtos, montar outras empresas, mas alavancadas em cima do projeto inicial que era ferramentaria. Isso dinamizou muito mais o setor. As ferramentarias hoje estão engajadas dentro do programa do Simplás. Hoje formamos uma família maior. E a participação deste setor nesse próximo mandato vai ser um destaque dentro da entidade. Plástico Sul - Quais são os principais planos e metas para essa nova etapa? Marin - Têm algumas estratégias que deixarão o mercado satisfeito. São idéias que estão amadurecendo. Mas certamente vamos trabalhar ainda mais junto às entidades nacionais. Além disso, estaremos ao lado do
SEBRAE, com o Projeto de Desenvolvimento do Setor Plástico do RS, do SENAI e universidades. Trabalharemos com o Governo do Estado através, por exemplo, da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Também atuaremos junto a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), através da área específica do desenvolvimento do plástico ao lado do Simplavi e do Sinplast. A Braskem está diretamente nesse projeto, que visa olhar o estado nos próximos anos, na parte do plástico e fazer com que possamos voltar a ser destaque em nível de processamento e de utilização de resinas, além de reconhecidos como um polo tecnológico. Para isso, precisamos de participação e esse é um dos trabalhos que temos pela frente, no sentido de podermos colher um resultado mais positivo. Outro ponto: avançaremos muito no sentido de tornar o nome do Simplás e da Plastech Brasil conhecidos internacionalmente. Iremos abrir as duas marcas para o mundo, pois é necessário que estejamos presentes também fora, não somente no Brasil.
rer destes últimos anos? Marin - Mudou muito. O empresário começou a ver o negócio dele em nível global, a viajar muito e passou a buscar recursos fora do Brasil. O grau comparativo dele não é mais o vizinho, o mercado doméstico, e sim os padrões internacionais. As empresas se encorajaram a investir mais. A facilidade de financiamento fez com que criassem um grau de endividamento administrável, mas que dessem, a curto prazo, uma capacidade de melhoria e de competitividade. Apesar de todas as dificuldades as empresas na região evoluíram bastante. Plástico Sul - O que o levou a aceitar esse desafio de levar adiante mais um mandato? Marin - Foi uma decisão de todo o grupo, no sentido de dar continuidade a trabalhos, entre eles a consolidação do projeto da Plastech. A idéia é realmente colocar a região como sendo uma das primeiras em nível de Brasil em termos de eventos. Desta forma é um desafio, agora não mais de crescimento, mas sim de abrangência. Tornar a entida-
de muita mais conhecida é uma meta, mas a idéia é principalmente trazer para cá soluções e informações que o associado ainda precisa para se qualificar. Então isso é que nos encorajou a continuar a frente de mais esse período. Plástico Sul - Qual o segredo de um gestão eficiente? Marin - Passa basicamente por você atender aquilo que está do outro lado em termos de expectativa. Se você cobra muito e dá bastante, o reconhecimento existe. Se você cobra pouco e não dá nada, o reconhecimento não existe. Então é necessário ter um equilíbrio entre o que a entidade recebe e o que devolve. E ter sempre presente que as coisas só são mudadas quando ouvimos o outro lado. Só se faz um planejamento e recebe resultados caso todos os envolvidos participem disso, com sugestões e com idéias. Se a entidade consegue absorver isso e transformar em ações e essas forem ao encontro da expectativa do outro lado, o resultado é muito mais fácil e muito mais rápido. Não tem outra maneira, senão atender. PS
Plástico Sul - Quais são as ações para isso? Marin - As ações vão desde intensificar ainda mais a ida dos associados e de pessoas ligadas ao plástico nas feiras e congressos internacionais até trazer pessoas de outros países para cá. Além disso, pretendemos fazer seminários de padrão mundial, na área de conhecimento do plástico, para que possamos ser conhecidos como uma região que traz soluções globais para dentro de empresas locais. Também temos a intenção de melhorar cada vez mais a relação com a nossa petroquímica, no caso Braskem e Solvay, no sentido de que possamos acompanhar o desenvolvimento e os números em termos de resinas: seus preços, suas aplicações e mercados. Tornar a Plastech o segundo evento de plástico da América Latina também está entre os objetivos da gestão. Este é um projeto bastante audacioso, mas já percebemos que é possível. Outra meta é fortalecer ainda mais o ensino profissionalizante. Quanto mais despertarmos o interesse de pessoas jovens pela área do plástico, mais profissionais qualificados teremos nos próximos anos. Pensar nessas pessoas agora é colher resultados nos próximos anos. Plástico Sul - O que mudou no setor plástico do Nordeste gaúcho no decor<<<< Junho de 2010 < Plástico Sul < 51
Bloco de Notas Intercâmbio com árabes no complexo de Triunfo
Importações de químicos crescem 36,8% no 1º semestre As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 14,9 bilhões, no 1º semestre, valor 36,8% superior ao mesmo período de 2009, de acordo com dados divulgados pela Abiquim. As exportações, que registram volume de US$ 6,2 bilhões, tiveram crescimento de 34,4% no período. Com esse resultado, o déficit na balança comercial do setor cresceu 38,6%, para US$ 8,7 bilhões, ante o 1º semestre do ano passado. De acordo com a Abiquim, os produtos mais importados no semestre foram os medicamentos, com US$ 2,7 bilhões, seguido dos intermediários para fertilizantes (US$ 1,8 bilhão) e resinas (US$ 1,5 bilhão). Na pauta de exportações, as resinas foram o principal produto vendido, com receita de US$ 848,6 milhões. Os petroquímicos básicos ocuparam o segundo lugar em exportações (US$ 471,1 milhões), à frente de aditivos de uso industrial (US$ 386,8 milhões).
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Um treinamento realizado e patrocinado pela Basell e pela Braskem transformou o polo petroquímico de Triunfo no destino de árabes que se interessam em aprender mais sobre a tecnologia empregada no complexo gaúcho. A ação disponibiliza a infraestrutura e o acesso as suas plantas, no RS. A engenheira de processo da Braskem, Adriana Wassermann, explica que a iniciativa ocorre através de convênio firmado entre as duas companhias. Ela lembra que a Basell fornece tecnologia para a Braskem. O intercâmbio começou ainda na época de operação da Ipiranga Petroquímica - que depois foi incorporada à Braskem - em 2005.
Eleição na Abimaq: Aubert Neto continua Novos tempos com o mesmo comando, é o momento vivido pela Abimaq. O projeto Abimaq 2022 foi o primeiro trabalho elaborado pela atual diretoria da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que tomou posse em 2007 e se reelegeu neste ano, até 2014. De forma inédita, a Abimaq elaborou um trabalho que propõe resgatar a competitividade do setor, através da desoneração total dos investimentos; financiamentos; incentivo às exportações, inovação e desenvolvimento tecnológico. Segundo Luiz Aubert Neto, presidente reeleito, outra inovação desta gestão foi a criação do Conselho Nacional da Indústria de Máquinas (CONIMAQ), cujo principal objetivo é estudar o setor e sugerir novas medidas para aumentar a competitividade das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos.
Plast Mix
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Anunciantes Agenda
Activas # Pág. 13 Ambiental # Pág. 52 Apema # Pág. 35 ARCR # Pág. 43 Autômata # Pág. 51 AX Plásticos # Pág. 44 Basf # Pág. 21 Bettoni # Pág. 32 BGM # Pág. 46 Borbamec # Pág. 53 Chiang # Pág. 23 Cilros # Pág. 52 Cromocil # Pág. 41 Deb’Maq # Pág. 17 Detectores # Pág. 49 Drawmac # Pág. 46 Engel # Pág. 29 FCS # Pág. 31 Gabiplast # Pág. 40 HGR # Pág. 27 Inbra # Pág. 30 Interplast # Pág. 37 Itatex # Pág. 38 JR Oliveira # Pág. 53 Kryssol # Pág. 46 LGMT # Pág. 22 Mainard # Pág. 52 Mecanofar # Pág. 53 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Met. Wagner # Pág. 40 Miotto # Pág. 24 Moynofac # Pág. 53 Multi União # Pág. 38 Nazkon # Pág. 53 New Imãs # Pág. 53 Office # Pág. 47 Pavan Zanetti # Pág. 25 Plást. Ven. Air es # Pág. 53 Plastech # Pág. 45 Polyfast # Pág. 39 Premiere # Pág. 55 Prestex # Pág. 51 Procolor # Pág. 19 Raltec # Pág. 42 Replas # Pág. 15 Retilox # Pág. 44 Rone # Pág. 44 Rosciltec # Pág. 53 Shini # Pág. 56 Solvay # Pág. 09 Thati # Pág. 33 Wortex # Pág. 34
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Brasil Metal Plast 2010 - Feira de Metalmecânica e Plásticos Data: 16 a 19 de junho Local: Parque da Efapi Chapecó – SC Química & Petroquímica Data: 21 a 24 Junho Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo-SP www.quimica-petroquimica.com.br Interplast 2010 - Feira e Congresso Nacional de Integração da Tecnologia do Plástico Data: 23 a 27 de agosto Local: Expoville - Joinville - SC http://www.messebrasil.com.br
Internacional K’2010 Data: 27 de outubro a 03 de novembro Local: Düsseldorf - Alemanha Website: www.k-online.de
Feira internacional de química fina e derivados Aproximar o mercado latino-americano, especialmente o brasileiro, dos principais fornecedores da indústria química mundial é o objetivo da primeira Informex Latin America - Feira Internacional de Química Fina e Derivados, que acontece nos dias 23 e 24 de agosto no Centro de Convenções Amcham na cidade de São Paulo. Organizada pela UBM Brazil (www.ubmbrazil.com.br), braço local da United Business Media Limited (UBM), multinacional de origem inglesa especializada em feiras e mídia de negócios, a edição regional da Informex Latin será bienal no Brasil, sendo realizada em outros países da América Latina nos outros anos. Nos Estados Unidos, o evento que acontece há 26 anos é referência no segmento químico ao reunir gigantes do setor, como Bayer, Basf, Du Pont, Dow, Rhodia, entre outras empresas. No Brasil, o evento tem o patrocínio da Petrobrás Soluções Químicas, Purac, Bunge e Base Química.A Informex Latin America reunirá mais de 40 expositores e 1,2 mil participantes, entre visitantes e congressistas nacionais e internacionais.
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