FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva
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Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação:
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Erik Farina Gilmar Bitencourt
"Quem não pode ou não sabe acumular, nunca chega a ser sábio nem rico." (Marquês Maricá)
Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio
Da Redação
Departamento Comercial:
Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05
Débora Moreira, Magda Fernandes e Sandra Tesch
Plast Vip
Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)
Manoel Carnaúba, da Braskem. >>>> Pág. 06
Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -
Especial
Publicações Segmentadas, destinada às indústrias
O jogo de xadrez da distribuição. >>>> Pág. 12
produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração
Destaque
petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área,
Cerco aperta para moldes nacionais. >>>> Pág. 44
entidades representativas, eventos, seminários, congressos,
Eventos
fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem
Interplast: foco para periféricos. >>>> Pág. 48
necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que
Tendências & Mercado
citada a fonte.
UDs: inovar é fundamental. >>>>
Tiragem: 8.000 exemplares.
Foco no Verde
Pág. 58
Pacote de sustentabilidade . >>>> Pág. 64
Filiada à
Institucional
ANATEC
Siresp sob comando de Luiz Mendonça. >>>> Pág. 65
Bloco de Notas
PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
ANATEC - Associação Nacional
Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 65
das Editoras de Publicações Técnicas,
Anunciantes + Agenda
Dirigidas e Especializadas
Fique por dentro. >>>> Pág. 66
44 404 >> Plástico Plástico Sul Sul >> Agosto Agosto dede 2010 2010 >>>> >>>>
Capa: Divulgação
ARQUIVO/PS
Da Redação
Os reflexos da globalização
A
edição da Plástico Sul que chega em suas mãos foi trabalhada de forma persistente e incansável. Apurar os fatos e sair a campo com caneta e papel na mão buscando sentir o mercado de distribuição de resinas, pauta principal desta edição, não foi uma tarefa considerada fácil. Mas era sim uma investigação necessária. Olhar nos olhos dos empresários, presenciar gestos e atitudes a cada pergunta e ouvir vozes e entonações foram extremamente importantes para repassar o que está acontecendo a toda a cadeia produtiva do plástico. Pena que não foi possível conferir tudo pessoalmente, devido ao grande número de empresas que este instigante setor possui. E o que afinal está acontecendo? Além da espera pelos próximos capítulos da aquisição da Quattor pela Braskem, que acaba tencionando ainda mais um segmento já para lá de nervoso, as margens extremamente apertadas, a entrada forte de resinas importadas no país e novos agentes sem experiência no mercado estão deixando os distribuidores com os cabelos brancos. O que os preocupa quanto às revendas não é a diminuição da fatia no bolo das matérias-primas, mas um carnaval com os preços, já que os valores praticados são postos ao chão, achatando ainda mais uma margem já sufocada. O presidente da Adirplast, Wilson Cataldi, garante que os distribuidores de resinas não absorveram os resultados do aumento da renda da população. Com consumo estável desde 2007, nunca passando das 500 mil toneladas/ano, a distribuição não cresce. Além da queda nos preços, o que já é uma situação praticamente revertida conforme poderão conferir no artigo de Otávio Carvalho da Maxiquim, e do surgimento de
revendas, outro grande obstáculo das empresas nacionais é a importação. É preciso lembrar que a importação não é uma pauta somente das distribuidoras de matérias-primas, mas de toda a indústria nacional. Entram no país moldes, máquinas, equipamentos, produtos transformados e sim, resinas. Faz parte da globalização: nós queremos (e devemos) exportar e naturalmente somos alvo de produtos de outras nacionalidades. Essa é regra do jogo e o cenário é irreversível. Medidas imediatistas para inibir a importação de matérias-primas talvez surtam algum efeito. Mas talvez tenhamos que olhar para dentro da nossa casa, que neste caso é o Brasil, e avaliar os problemas que necessitam de resolução no país e que nos impedem de crescer. Juros absurdos, carga tributária injusta e alto custo do dinheiro são lições de casa que independem de nós, da China ou da Argentina. Dependem sim, do Governo. Ele é um pai que pode ajudar o pulmão das empresas a respirar um ar mais limpo. Por certo que o que não pode acontecer é entrada desleal de produtos, incluindo resinas. Preços extremamente baixos devido a irregularidades fiscais, incentivos a importação por parte de alguns estados, e materiais vendidos no Brasil com preços bem menores do que os praticados no país de origem e no país de destino causam danos da economia verde e amarela. Espero caro leitor, que com toda essa configuração do setor expostas nestas breves linhas, sejamos desculpados enfim pelos dias a mais que precisamos para editar o material e compreendidos em relação aos motivos que nos fizeram conferir pessoalmente todo o movimento do empresariado. Levar informação completa e de qualidade é nossa principal missão. Sempre.
MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br <<<< <<<<Agosto Agostodede2010 2010<<Plástico PlásticoSul Sul<<05 5
GILMAR BITENCOURT/PS
PLAST VIP Manoel Carnaúba Carnaúba, vice-presidente de insumos básicos, é um dos principais idealizadores do eteno verde
I’m Green A nova era da química sustentável 6 >>Plástico 06 PlásticoSul Sul>>Agosto Agostode de2010 2010>>>> >>>>
A
Braskem concretiza um sonho ousado e coloca o Brasil no topo da sustentabilidade mundial: com a marca I’m Green, a empresa dá a largada na produção da primeira planta de polietileno feito a partir da cana-de-açúcar, onde 80% do volume está comprometido antes mesmo da partida. Com a planta estruturada em solo gaúcho, mais precisamente em Triunfo (RS), os objetivos não param por aí. Nos desafios da Companhia, está tornarse uma das maiores produtoras de resinas petroquímicas do globo e a líder mundial em resinas verdes. Para isso, cogita novas plantas de matérias-primas base etanol em outros países e já tem planos para polipropileno. Em entrevista exclusiva concedida a revista Plástico Sul, o vice-presidente de insumos básicos da Braskem e um dos principais idealizadores do projeto, Manoel Carnaúba, explica detalhes da ação, os motivos da escolha pelo Polo Petroquímico de Triunfo, os desafios da logística e revela que a grande maioria dos compradores da resina são de outros países, o que demonstra que o material tem muito o que crescer em solo verde e amarelo.
Revista Plástico Sul - Como surgiu a ideia de produzir polietileno verde? Manoel Carnaúba - No início da década de 1990, em Alagoas, a Braskem já tinha uma unidade de eteno a partir de etanol, que utilizava para produzir PVC. Esta planta parou em 1992, pois não era competitiva já que o preço do petróleo estava bem mais baixo. Portanto, era mais atrativo produzir eteno a partir de nafta. No final de 2001 eu estava no Japão quando verifiquei que o japonês estava despertando para esta questão da sustentabilidade. Eles nos perguntavam como nós iríamos contribuir para este tema, sendo que a petroquímica japonesa também buscava a sustentabilidade. Lembrei-me então da nossa planta de eteno, que há dez anos estava parada e imaginei: porque não utilizar a idéia daquela planta para produzir também polietilenos? Trouxemos isso para o comitê executivo da Braskem. E neste momento surgiu um cliente, a Toyota, que ficou muito interessado no produto e conseguimos firmar uma parceria com a montadora, que financiou a instalação de uma unidade piloto no Sul. E a partir desta uni>>>> dade nós desenvolvemos o negócio.
<<<< Agosto de 2010 < Plรกstico Sul < 7
PLAST VIP Manoel Carnaúba Plástico Sul - Então você é um dos idealizadores do projeto? Carnaúba - Desde o início. Construímos a relação com a Toyota. Conseguimos os recursos. Montamos uma equipe para esta planta piloto no Rio Grande do Sul. E a partir daí isso virou efetivamente um negócio.
Carnaúba - Partimos de uma capacidade instalada de 204 mil toneladas/ano e cerca de 80% deste volume de produção já está comercializado, com clientes do Brasil, Europa, EUA e Ásia. E 20% temos no estoque para desenvolvermos novos mercados e novas aplicações para este produto.
Plástico Sul - Qual o diferencial do polietileno verde em relação ao de base nafta e quais são as vantagens? Carnaúba - As propriedades físico-químicas deste polietileno são idênticas ao polietileno feito a partir de eteno de nafta ou de gás natural. A única forma para que os nossos clientes possam perceber a diferença de um para o outro será fazer um teste de Carbono 14. Ele tem as mesmas qualidades. A diferença fundamental que sinalizará através do Carbono 14, é que ele foi feito a partir de CO2. O polietileno verde é um produto que capta CO2 da natureza, transforma a canade-açúcar em sacarose, levamos para etanol e temos um polietileno com as mesma características físico-químicas.
Plástico Sul - Quanto do volume já comercializado é para o exterior? Carnaúba - Do volume já comercializado, cerca de 75% está indo para o exterior. Aproximadamente 25% está ficando no Brasil. Mas o mercado brasileiro já começa a despertar de uma forma muito forte para este produto também.
Plástico Sul - O transformador que optar pelo PE verde precisa fazer adaptações em sua máquina? Carnaúba - Os clientes não vão precisar alterar nada na sua máquina. Poderá mudar de resina sem precisar fazer nenhum ajuste. O processo é o mesmo. Nós produzimos um polietileno a partir de CO2 que não demanda do nosso cliente nenhuma adaptação do seu maquinário. Plástico Sul - E depois, no processo de reciclagem pós-consumo? Carnaúba - O processo de reciclagem também é o mesmo. Não tem nenhum diferencial neste sentido.
Plástico Sul - Quais foram os investimentos? Carnaúba - Foram na ordem de US$ 250 milhões. E tivemos antes um investimento de US$ 5 milhões na planta piloto. Plástico Sul - Qual a capacidade de produção para os próximos anos, já que a procura intensa? Carnaúba - É difícil falar sobre isso. Nós estamos mergulhados nos estudo que estamos preparando, definindo toda a nossa estratégia. A concentração inicial era colocar isso em operação e tornar a promessa, uma realidade. Estávamos confiantes pois já havíamos produzido na planta piloto, mas você há de convir que passar de uma planta piloto que produz 12 ton/ano, para uma escala industrial de 204 mil ton/ano é um grande desafio. Agora que já temos isso feito, em breve iremos divulgar o nosso plano de desenvolvimento de novas resinas, novos produtos, ampliando a participação da Braskem nesta nova química verde.
Plástico Sul - Quando foi o início das operações? Carnaúba - Nós iniciamos a operação no dia três de setembro. A planta foi construída em prazo recorde de apenas 18 meses. É um eteno que tem uma qualidade melhor do que o eteno que nós produzimos a partir do nafta.
Plástico Sul - Existe a previsão de expansão para novas resinas e outros países? Carnaúba - Nós pretendemos poder ofertar esse eteno para outros produtos derivados do eteno. Poderemos ter unidades no Brasil e no exterior. Também estamos considerando todas estas hipóteses que levará a Braskem a ser a líder na nova química sustentável.
Plástico Sul - A Braskem deu partida na planta com parte de seu volume já comprometido com clientes. Quanto exatamente já estava comercializado antes mesmo de começar a produção?
Plástico Sul - Porque foi escolhida a cidade de Triunfo (RS) para a produção e quais foram os critérios que pesaram na hora desta escolha, já que o forte da região não é a cana-de-açúcar?
8> > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
Carnaúba - É verdade que o estado gaúcho não produz cana-de-açúcar e etanol na quantidade que viesse a ser suficiente para o nosso consumo. Vamos consumir na ordem de 405 milhões de litros/ano de etanol só para essa unidade. Mas o que nos levou a escolher o Rio Grande do Sul como localização para este projeto, foi o fato de já termos uma base bem diversificada de unidades de polietilenos no Sul que contavam com capacidade ociosa e que com pequenos desgargalamentos poderíamos ampliar esta capacidade. E como tínhamos urgência em colocar no mercado este produto, nós escolhemos o estado. Aliado a isso tivemos um apoio muito importante do governo estadual. Então eu diria que estes foram os dois fatores fundamentais. Plástico Sul - Quais são os principais desafios da logística? Carnaúba - O desafio é grande, porque são 450 milhões de litros transitando no ano. Além disso, nós temos uma unidade de ETBE que também consome etanol. Portanto, estamos falando em quase 600 milhões de litros, ou seja é quase dobrar a demanda do estado. Via ferroviária estão vindo 40% do etanol. Outros 40% estão vindo por via marítima, com saída principalmente do Porto de Santos (SP) para o porto de Rio Grande (RS) que por via hidroviária, através da Lagoa dos Patos, chega a Triunfo. E por fim, cerca de 20% chega pelas estradas. O desafio é este e o atual governo estadual lançou recentemente um programa que visa a produção de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul com uma visão bastante ousada que nós queremos apoiar e acreditamos que é factível: tornar o RS auto suficiente em etanol até 2020. Se isso acontecer será fantástico. Plástico Sul - Qual a importância estratégica do polietileno verde da Braskem? Carnaúba - Acredito que este produto muda a imagem da empresa e torna a Braskem muito mais produtiva no mundo, além de uma referência na química sustentável. O Brasil é um país que tem condições competitivas para a produção de cana-de-açúcar invejáveis. E a Braskem se aproveitando disso, sai na frente e lança este produto que eu tenho certeza que já é um sucesso e que vai diferenciarnos no novo cenário da nova química sustentável mundial.
Plástico Sul - Existe uma estratégia de >>>>
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PLAST VIP Manoel Carnaúba crescimento, ao ponto do polietileno verde chegar a ser um concorrente da resina proveniente da nafta petroquímica? Carnaúba - Inicialmente eu te diria que o foco será o segmento “Premium”. É um produto que vai para segmentos diferenciados. Numa visão de longo prazo, considerando que você busca cada vez mais a sustentabilidade, eu acho que nós podemos evoluir para isso. Os cientistas trabalham incessantemente na busca de redução do custo da produção de etanol a partir do bagaço da cana. Isso vai baratear o custo de produção e acarretará uma redução no custo da nossa matéria-prima e, portanto tornando este novo plástico mais competitivo quando comparado com o de origem fóssil. Mas te diria que algo de médio a longo prazo. Plástico Sul - Este novo produto tem um custo maior para os clientes? Carnaúba - O cliente deve entender que estamos falando de um novo produto, que chega ao mercado pela primeira vez, portanto não tem uma referência de preço e não tem como comparar com outra resina, porque é um produto com sustentabilidade. Evidentemente que, como Premium é mais caro, por todos os aspectos sustentáveis que ele agrega. A prova de que o transformador absorveu esta ideia, é o fato da produção estar praticamente toda comprometida. Plástico Sul - Quanto a empresa deve crescer com esta iniciativa? Carnaúba - Tudo ainda é muito cedo. Estamos ainda sob o impacto disso e acho que os próximos três meses nos darão uma noção mais concreta do que estamos falando. No final de outubro vamos para a feira K, na Alemanha. Estou muito ansioso para ver como os nossos consumidores e nossos clientes se comportarão em relação a feira K. Foi na edição anterior, em 2007, que que decidimos efetivamente ir frente com esse projeto. Até então, nós tínhamos uma resistência em algumas áreas, mas a respostas que as pessoas nos deram durante o evento, para um produto que era de uma planta piloto, foi o que nos levou a esta decisão. Como falei estou muito ansioso para ver com será agora e minha expectativa que seja a estrela da feira. A Braskem quer ser a líder mundial nessa nova química sustentável, não só na produção de polímeros, mas de outros químicos. Plástico Sul - I´m Green é uma marca do 10 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
produto? Qual o objetivo? Carnaúba - A marca dos produtos de origem renovável da Braskem dá ao cliente a garantia de que está recebendo um produto certificado de origem renovável. Cada um dos nossos produtos terá no I´m Green um selinho dizendo quantos por cento de produto de base renovável consta ali. Esta uma informação que terá nos nossos sacos de produtos e o cliente, a critério dele, está autorizado a usar também no seu produto final. Como exemplo, ele pode fazer um tubo de shampoo e colocar o nosso selinho.
de-obra escrava ou infantil e estão cuidando de todo o ciclo da terra e da água. Sustentabilidade para nós é termos as nossas plantas com os menores consumos de energia e de água e os menores impactos ambientais. Sustentabilidade para nós e podermos ter certeza que o nosso produto causará o menor impacto possível ao meio ambiente. É olhar todos os órgãos da cadeia, desde a origem da matéria-prima até o produto final. Estamos falando isso não só para esse novo produto, mas também para todas as nossas unidades industriais.
Plástico Sul - Quais os principais clientes e aplicações do produto? Carnaúba - As aplicações do polietileno I’m Green serão as mesmas do polietileno tradicional. Nós acreditamos que teremos um volume maior nos segmentos de cosméticos, alimentos, automobilístico e brinquedos. E alguns de nossos principais clientes são Tetra Pack, Estrela, Cromex e Natura, entre outros. Na área automotiva é a Toyota Tsusho, que comprou um volume bastante expressivo, mas estão levando para o Japão, para começar a aplicar nos automóveis. A Toyota do Tsusho é hoje o nosso maior cliente individual.
Plástico Sul - E o plástico é sustentável? Carnaúba - Ele é sustentável porque o conteúdo energético que ele tem em comparado com uma série de outros materiais é muito menor. A facilidade que ele gera para a sociedade é vital, ele não tem substituto. Quando comparamos com o vidro quanto a conteúdo energético e peso o plástico é muito mais amigável.
Plástico Sul - Afinal, o que é a sustentabilidade? Carnaúba - A sustentabilidade para a Braskem passa em todas as etapas. Nós teremos um código de conduta dos nossos fornecedores de etanol, iremos certificar estes fornecedores para termos a certeza de que não estão plantando cana-de-açúcar em lugares não apropriados, não estão utilizando mão-
Plástico Sul - Algo mais a acrescentar? Carnaúba - Eu queria destacar a posição importantíssima que o estado gaúcho passa a ter com o início da produção da nossa unidade, afinal passa a ser o centro da nova química renovável. Todo o mundo vai estar com os holofotes ligados para Triunfo. E a sociedade gaúcha está de parabéns, com esta nova planta estamos todos muito orgulhosos. Conseguimos construí-la em 18 meses quando a previsão eram 20 meses. Conseguimos fazer isso sem nenhum acidente que necessitasse afastamento de funcionário e isso para nós já é sustentabilidade.PS
- A Braskem inaugurou no Pólo Petroquímico de Triunfo (RS), a maior unidade industrial de eteno derivado de etanol do planeta. - É estimada a produção de 200 mil toneladas de polietileno verde por ano. - Foram investidos cerca de R$ 500 milhões no projeto, concebido com tecnologia própria da companhia. - O plástico verde apresenta um balanço ambiental muito favorável, ao retirar até 2,5 toneladas de carbono da atmosfera para cada tonelada produzida de polietileno desde a origem da matéria-prima. - Já são clientes Tetra Pak, Toyota Tsusho, Shiseido, Natura, Acinplas, Johnson&Johnson, Procter&Gamble e Petropack, entre outras. - A unidade de eteno verde teve o prazo de construção antecipado para 16 meses, abaixo do orçamento, sem acidentes com afastamento. - O produto final tem exatamente as mesmas propriedades e características do polietileno tradicional, podendo ser processado nos equipamentos sem necessidade de adaptações. - A Braskem já avalia a possibilidade de implantar uma nova unidade de eteno verde diante do interesse demonstrado pelo mercado.
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ESPECIAL Distribuição de Resinas
Por Melina Gonçalves
O enigma da distribuição
P
arece um jogo de xadrez que começou há mais de um ano e não tem previsão de findar. No tabuleiro da distribuição mais do que regras, imperam os olhares, a tensão, o silêncio dos empresários que na verdade, são verdadeiros jogadores, experientes e perspicazes no ato de gerenciar um negócio de risco. Atualmente, o que mais causa perturbação entre os distribuidores talvez não sejam o medo do amanhã e as indefinições sobre o destino das empresas após a aquisição da Quattor pela Braskem. O fantasma parece ser outro, ou melhor, outros, que afetam o pulmão das empresas de forma mais imediata. Excesso no volume de importações e revendas informais entram na pauta dos executivos e poucos são os otimistas em relação a isso. Mas, será que o bicho é tão grande quanto parece? “O ano de 2010 para a distribuição de resinas no Brasil está se desenhando como de crescimento menor que o conjunto do mercado e de margens mais apertadas para o negócio. Isto, no curto prazo, reflete uma busca de oportunidades comerciais na importação de resinas pela distribuição até para fazer frente ao crescimento das importações via tradings e representantes, que continuam crescendo em ritmo acelerado”, desenha João Luiz Zuñeda, diretor da Maxiquim Assessoria de Mercado. Mas nem tudo está perdido. Há um movimento de aumento dos preços nas resinas, o que vislumbra um 2º semestre mais azul do que os primeiros seis meses em termos de valores e conseqüentemente, rentabilidade. Após um período de queda nos preços das resinas, os valores retomam a linha de crescimento e a previsão é de estabilidade. Volume maior aliado a um faturamento acelerado: bons ventos a vista. Pelo menos para os distribuidores, já que aumento de preços de resinas não é tão positivo assim para os transformadores plásticos. Ocorre que de fato, a participação da importação de PP e PEs no setor de distribuição é evidente, como revelam nossas fontes. Entram no mercado importadores de ocasião, que vêem nas resinas um grande filé momentâneo. Mas são fulgazes e não se pode fazer do gato, um tigre. O mundo está globalizado, a Braskem entra em outros mercados, é natural que países se aproximem do Brasil. Faz parte de um jogo e o mercado hoje é um só: os concorrentes são mundiais. O que não pode haver, claro, é a concorrência desleal, que ao invés de estimular a competitividade, incentiva danos ao setor como um todo. Torçamos, portanto, para que esse gato seja manso, bem mansinho. Nas próximas páginas confira o que petroquímicas, distribuidores e entidades têm a dizer sobre o caminho sinuoso e repleto de obstáculos da distribuição de resinas.PS 12 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas Entrevista com Wilson Cataldi Presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas (Adirplast)
Mantendo os mesmos volumes de 2007, setor de distribuição não consegue absorver os benefícios do aquecimento do mercado interno e cresce em 2010 amparado por um 2009 de baixos resultados. Confira na íntegra a opinião da Adirplast através de seu presidente Wilson Cataldi. Revista Plástico Sul - Quais são os números da distribuição? Wilson Cataldi - O mercado de distribuição vendeu, no 1º semestre de 2010, 244 mil toneladas de resinas. A previsão de fechamento para o ano é de 500 mil toneladas, que indicará um crescimento na ordem de 5% a 6% em relação a 2009. É importante frisar que 2009 foi um ano pós-crise, onde os números caíram de forma importante. A distribuição autorizada, para se ter uma idéia, em 2007 vendeu 500 mil toneladas. Em 2008, que foi o ano que começou a crise, vendeu 440 mil toneladas e em 2009, a distribuição vendeu 480 mil toneladas. E agora em 2010 nós voltamos as 500 mil toneladas. Por isso quando eu falo em um crescimento em relação a 2009, é porque a base era muito baixa. Mas se você observar que em 2007 nós fizemos 500 mil e passados três anos inteiros permanecemos em 500 mil, chegamos a conclusão que é um setor que não está conseguindo capturar o crescimento do varejo. Plástico Sul - E para onde foi esse crescimento do varejo? Cataldi - O crescimento do varejo, em nossa percepção, foi para duas pontas: a petroquímica que hoje consegue atender um ponto de corte um pouco mais baixo, cap14 14 > > Plástico Plástico Sul Sul > > Agosto Agosto de de 2010 2010 >>>> >>>>
turou uma parte disso, não de forma equivocada e sim de maneira até certa. O outro pedaço na nossa visão foi capturado pelos importadores de resinas e pela revenda de resinas. Então por isso que a distribuição está com o mesmo número de 2007. Plástico Sul - Qual o papel da distribuição no volume total de resinas comercializadas no Brasil? Cataldi - A distribuição no Brasil hoje está operando entre 11% e 12%. Esse valor é o que a distribuição vem representando se comparado ao consumo de resinas no país. Dividindo entre commodities e especialidades, 80% do volume comercializado é entre polipropilenos e polietilenos, cerca de 7% ou 8% é de poliestirenos, 8% ou 9% especialidades, e o restante são os outros materiais. Plástico Sul - Até quando vai seu mandato na Adirplast? Cataldi - Eu termino meu mandato em 31 de dezembro de 2010. É meu segundo mandato e a entidade foi fundada em janeiro de 2007. Plástico Sul - Há planos de sucessão? Cataldi - Acredito que uma entidade deve ter pluralidade. Para ter prosperidade é preciso diversidade. Entendo que em dois mandatos seguidos como presidente da Adirplast eu já tenha dado uma contribuição importante para a entidade. Eu penso que é hora de renovar. Isso não significa que não vou participar na diretoria de uma chapa, como um dos membros que acredita e continua atuando na instituição. Mas eu acho importante a renovação e gostaria de tivesse uma chapa tivesse essa proposta de mudança de presidente. Plástico Sul - Qual o futuro da Adirplast?
DIVULGAÇÃO/PS
“A distribuição não consegue capturar o crescimento do varejo”
Cataldi: setor deve faturar R$ 2,5 bilhões em 2010, empregando mais de 1200 pessoas
Cataldi - Vou dar uma opinião pessoal: Houve uma mudança importante no ambiente de negócio da distribuição no Brasil nos últimos anos e Adirplast tem que aproveitar essa evolução. Quem sabe não está na hora de a entidade, ao invés de congregar só os distribuidores autorizados, ser uma entidade que congregue os comerciantes importadores e distribuidores de resinas para o varejo. Acredito que o caminho da Adirplast é ter junto com ela os distribuidores autorizados, os revendedores e os importadores. Já que estes são realidades que operam no mercado porque não dividir os problemas comuns que nós temos? Saliento que esta é uma forma de pensar pessoal.
Plástico Sul - Como avalia o sul dentro da distribuição nacional? >>>>
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Distribuição vendeu no 1º semestre 244 mil toneladas de resinas e previsão para 2010 é 500 mil
DIVULGAÇÃO/PS
ESPECIAL Distribuição de Resinas
Cataldi - Se você pegar a região sul, os números são até estáveis. Na ordem de 20 a 21% é o volume de resinas transformadas no varejo que estão nesses três estados. Plástico Sul - Qual o faturamento da indústria da distribuição? Cataldi - O faturamento em 2010 deve ser na ordem R$ 2,5 bilhões de reais, empregando de forma direta mais de 1200 pessoas. Plástico Sul - Existem conflitos e sinergias entre Associquim e Adirplast? Cataldi - A Associquim é uma entidade que tem um tempo e uma maturidade muito maior e que tem uma base de associados muito mais ampla que Adirplast e tem uma gestão muito competente. Até então a Adirplast sempre teve a vi-
16 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
são de caminhar como uma entidade única dos distribuidores de resinas. Mas se no futuro ambos os lados entende-
rem que é melhor estar juntos, tudo bem. Mas hoje não se tem uma opinião formada sobre isso. PS
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ESPECIAL Distribuição de Resinas Petroquímica /// Rui Chammas Vice-presidente da Braskem
Em entrevista exclusiva, o VP da Braskem fala sobre a validade dos dois caminhos percorridos pelos distribuidores e afirma não ter a resposta sobre qual o futuro da distribuição após a aquisição completa da Quattor.
O
relógio marca 17:00 em ponto quando o vice-presidente da Braskem, Rui Chammas, entra na sala de reuniões para atender a Revista Plástico Sul. Com um tempo disponível de 1 hora para responder as perguntas, o executivo quase não deixa dúvidas no ar, exceto por uma questão que afirma não ter a resposta. Quando abordado sobre quais são as tendências para o futuro, com a incorporação da Quattor (o processo ainda esta sob avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE) e como ficarão os distribuidores após a finalização da aquisição, Chammas, após breve pausa, diz que todos fazem esta mesma pergunta, mas que a Braskem não tem a resposta. “Nós não estamos ainda trabalhando a distribuição Braskem mais Quattor de maneira unificada. Essa decisão vai ser tomada quando pudermos juntar as duas empresas” afirma o vice-presidente, não deixando margens para maiores questionamentos. A Braskem é uma petroquímica nacional que através de um processo de fusões e aquisições cresce a passos largos em âmbito mundial e tornou-se recentemente a maior produtora de polipropilenos e polietilenos das Américas. Para a concretização deste sucesso, o papel de seus distribuidores atendendo os pequenos e médios transformadores é fundamental. Conforme Chammas, a Companhia possui dois distribuidores nacionais que são Piramidal e Sasil. Além disso, o executivo apresenta os seus distribuidores regionais: Eteno atuando no nordeste, Plasmar na região do Rio de Janeiro, Dax no sul do Brasil e Fortymil
18 18 > Plástico Sul > > Agosto Agosto de de 2010 2010 >>>> >>>>
na região de São Paulo. A Braskem também é fabricante da resina PVC, entretanto, afirma Chammas, seu caminho até o transformador não se dá através dos distribuidores. “Como a resina de PVC precisa passar pela fase de compostos para ser transformada, é raro ter uma empresa de transformação que tenha essa unidade de compostagem. Portanto, esse transformador compra de uma empresa de compostos. Ao nosso entender não existe perfil de distribuição no mercado de PVC”.
DIVULGAÇÃO/PS
“Nós não temos a resposta”
Números das poliolefinas Os dados do primeiro semestre de 2010 apontam um crescimento importante em comparação ao ano passado. Entretanto, é preciso lembrar que o primeiro trimestre de 2009 foi muito baixo, deixando a comparação de certa forma desleal. “Nós acreditamos que em 2010 teremos um consumo recorde em todas as resinas com crescimento importante em polipropileno, polietileno e PVC. Esse consumo está muito relacionado ao crescimento do país”, avalia o executivo ressaltando o boom da construção civil, que fez com que o PVC crescesse na esteira desta indústria. Além disso, salienta Chammas, o país apresenta bom desempenho na indústria de bens duráveis, incentivando o consumo de PP em automóveis e eletrodomésticos, por exemplo, e também alta de consumo da indústria alimentícia, onde se tem demanda tanto para PP quanto PE e PVC. Em 2009, a participação da empresa foi de 50% no mercado doméstico de PVC, 54% no de PP e 52% no de PE, atingindo uma produção superior a 15 milhões de toneladas/ano de resinas. O número da distribuição neste bolo se mantém entre 10 a 15%. “Mas também está crescendo junto conosco”.
Os dois caminhos da distribuição Chammas acredita em duas formas de
Bom momento: Chammas estima para 2010 consumo recorde em todas as resinas
gerenciamento estratégico para que uma distribuidora de resinas tenha rentabilidade correta: uma delas é através de porte, como possuem os dois distribuidores nacionais da companhia, Piramidal e Sasil. “Nestes casos as empresas têm escala e boas condições de atender seus clientes”. A outra opção é ter uma estratégia de proximidade e de atuação regional, como fazem alguns dos distribuidores regionais. “Os dois caminhos são válidos, entretanto, se terá futuro para apenas um dos caminhos, eu não saberia dizer”, avalia, acrescentando ao mesmo tempo que não há uma formula única. “Um distribuidor é interessante para a petroquímica na medida em que presta um bom serviço ao cliente final”.
Internacionalização
A ida dos distribuidores de resinas nacionais para o mercado externo, seguindo os passos a mãe petroquímica, é>>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas um caminho possível segundo Chammas, que apenas questiona se os empresários possuem esse interesse e se eles ganhariam escala com isso. “Os distribuidores tem competência para isso, e com certeza nossos parceiros no Brasil estão a par de todos os nossos movimentos fora do país e se surgir a possibilidade com algum deles iremos explorar”. A Braskem faz sua distribuição na Argentina através da Alta Plástica e Clion. A empresa está montando um escritório na Colômbia onde fará a escolha de alguns distribuidores. Na Europa, a Braskem possui distribuidores por países, entretanto não há monobandeira. No MERCOSUL e região andina a empresa entra com todo o seu mix de produtos, onde na Europa isso não ocorre. O país que mais recebe produtos Braskem é a Argentina.
Importação A importação não é algo a ser eliminado já que estimula a competitividade. “Entretanto, a importação desleal, essa sim, deve ser eliminada”, acrescenta
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Chammas. Neste sentido, devem ser barradas as que não sigam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que não paguem corretamente seus impostos quando entram no Brasil. “Alguns incentivos fiscais para a importação praticados em determinados estados brasileiros são desleais porque não foram aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, que é quem define as regras que podem ou não serem seguidas pelos estados da federação”, sentencia. Quando há uma importação não respeitando estas regras da OMC, elas são passiveis de medidas antidumping. Chammas explica que se a empresa vende no seu mercado de origem mais caro do que está exportando, e se essa exportação chega ao Brasil mais barata do que o valor do mercado doméstico cabe uma medida antidumping. Atualmente há um processo neste sentido para polipropilenos e uma renovação para PVC. “Sim, existe importação, ela faz parte da regra global”, avalia o vice-presidente da Braskem. Entretanto, completa
o executivo, o Brasil possui oferta de produtos muito corretas. Do grande volume de importação de resinas existentes no país, Chammas acredita que boa parte (leia-se mais da metade) é de volume entre as zonas Argentina e Brasil, de produtos da Dow que vem para o país. Na mão dupla, resinas brasileiras entram no território vizinho. Ainda sobre o assunto, o executivo explica que, toda a vez que os preços caem até certo patamar existe um fluxo maior do mercado internacional. “Os preços caíram e agora estão retomando, está num período de alta de preços e nessas horas as empresas não importam pois tem medo que os preços voltem a cair depois”, explica o executivo afirmando que as importações seguem o mesmo nível do ano passado em percentual de market share”. A Quattor, petroquímica nacional que, enquanto aguarda aprovação do CADE permanece como empresa desvinculada oficialmente da Braskem foi procurada, mas até o fechamento desta edição não se pronunciou. PS
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ESPECIAL Distribuição de Resinas Distribuidores /// Braskem
Mesmo com números abaixo do esperado em 2009, distribuidores projetam para 2010 uma melhora sensível
DIVULGAÇÃO/PS
Bons ventos à vista
D
istribuidores Braskem lamentam o amargo ano de 2009 para distribuição, enfatizam a recuperação das margens em 2010, mas não deixam de salientar o sabor desagradável das revendas e crescimento acelerado das importações. Para os próximos meses, enxergam uma retomada dos preços das resinas e planejam crescimento.
Além dos polipropilenos, polietilenos e EVA da Braskem, a Piramidal leva em sua logística a distribuição autorizada de poliestireno da Sytron, masterbatches da Cromex, policarbonatos da Bayer, além de borrachas da Sarlink, resinas especiais da SABIC, compostos Borealis, poliacetal Kepital, ABS Lanxess, acrílicos Unigel e borrachas Nitriflex. Como revenda autorizada conta ainda com marcas como Dupont, Samsung e Ineos e Formosa. A empresa com seus 182 colaboradores possui cinco centros de distribuição localizados em Recife (PE), Santana do Parnaíba (SP), São José dos Pinhais (PR), Cachoeirinha (RS) e Caxias do Sul (RS). “Desta forma, a empresa cobre os principais clusters de transformação do país”, diz o sócio-diretor da empresa, Wilson Cataldi. Os investimentos feitos desde 2008, como a implantação de um software de gestão SAP, renovação de sua frota, atr avés da aquisição de 40 caminhões novos no mês de julho de 2010 e renovação da frota de empilhadeiras, fizeram com que a Piramidal esteja pronta para operar 150 mil toneladas/ano, segundo Cataldi. Entretanto, explica o empresário, em 2010 a Piramidal irá operar na faixa das 100 mil toneladas, mantendo os níveis dos últimos três anos. Em volume, 92% são commodities e 8% especialidades. Para a Piramidal, o ano de 2009 acom-
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panhou o ritmo do setor como um todo, onde o mercado de distribuição operou com patamares de volumes bem mais baixos que o normal. “A Piramidal sofreu na mesma proporção”, revela, adiantando que, no entanto, esse acontecimento ficou para trás, já que no ano de 2010 a empresa retoma os volumes de 2007. Com a cisão da Varient, pertencente à Braskem, a Piramidal comprou o direito de distribuição e carteira de clientes da empresa nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do Brasil. Já São Paulo e Rio de Janeiro foram locais absorvidos pela Sasil, junto com a marca, como será abordado nas próximas páginas. Com esse movimento Cataldi estima um crescimento na ordem de 15% nos negócios da Piramidal. “Esse volume não será captado de imediato, mas acreditamos que conseguimos implementar 15% a mais de volume em função das aquisições para o ano de 2011”, diz o empresário. Apesar de ainda manter os planos de internacionalização da companhia, Cataldi explica que a Piramidal no momento está muito voltada ao mercado interno com as expectativas do crescimento do Brasil nos
próximos anos. “Acho que é uma estratégia muito particular de cada empresa, nós mantemos essa visão de expansão, apenas achamos que ainda há um potencial muito forte no mercado brasileiro que não queremos deixar de capturar”, avalia. O mercado de distribuição profissionaliza-se mais a cada ano, observa Cataldi, com empresas eficientes na gestão, controles apurados e profissionais melhores. Entretanto, novos entrantes que não são do ramo e, portanto não sabem atuar na distribuição, prejudicam o setor. “Pessoas que importam outros materiais, como pneus e aços, decidem importar resinas, criando desajustes e precificação errada, que não dá sustentabilidade ao negócio. Este é um dos maiores desafios do setor”, adverte.
Missão da petroquímica
Apesar dos problemas de importação e revendas serem dramáticos para o setor de distribuição autorizada, Cataldi acredita que é um problema que deve ser combatido pela petroquímica brasileira. “A distribuição tem muito pouco a fazer como parte envolvida.>>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas tura da Sasil contempla 12 filiais, além de depósitos estratégicamente localizados por todo o país. Em termos de comercialização de produtos, 8% representam o universo das especialidades enquanto 92% commodities. Em uma breve avaliação, Cavalcanti faz uma leitura de 2009 e 2010. O ano passado, segundo o empresário, foi atípico para todos os players do mercado. A forte queda dos preços internacionais devido à crise mundial foi determinante para um resultado aquém do esperado. Para 2010, Cavalcanti divide o desempenho do primeiro semestre em dois momentos: “No primeiro trimestre houve um incremento considerável nos volumes, combinado com aumento de preços que permitiu às empresas obterem um bom desempenho, já no segundo trimestre, pudemos observar um aumento
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De olho no mapa Uma vez consolidada a atuação nacio-
nal, o próximo passo será a internacionalização. O presidente da empresa acredita que, com a internacionalização da Braskem, é natural que haja a busca por parceiros que possam acompanhar este crescimento. “A Sasil é a primeira distribuidora nacional com a capilaridade nos dois segmentos de negócio da Braskem (químicos e termoplásticos), com saúde financeira e estrutura corporativa necessária para atingir o mercado internacional”, diz Cavalcanti, reafirmando que a ida ao mercado externo está no plano de ação para os próximos anos.
Os ambiciosos planos de crescimento da Sasil, culminaram recentemente na aquisição da Varient, distribuidora de resinas termoplásticas adquirida da Braskem e focada nos mercados de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Com esse movimento de consolidação da distribuição, a empresa se fortalece no segmento de termoplásticos, onde é distribuidora oficial de PP, PE, PVC e EVA Braskem; PE, SAM e ABS Innova; Copoliésteres Eastman. “Esta aquisição dá grande corpo para nossa operação de distribuição nacional, uma vez que apenas o mercado de São Paulo responde por 60% do volume total e assim atingimos regiões anteriormente não atendidas pela Sasil em PE e PP”, explica o Presidente da empresa, Paulo Cavalcanti. Com a aquisição, a expectativa é de um incremento de 60% no volume e faturamento da unidade de termoplásticos da companhia durante o primeiro ano de atuação. A estru-
qual não atuávamos na distribuição de resinas PE e PP. É importante ressaltar que a Sasil já possuía uma estrutura relativamente grande na região uma vez que possui em mais de 34 anos de atividade, uma operação nacional consolidada na área de químicos”, explica Cavalcanti, salientando ainda que a Sasil continuará atuando com a marca Varient nos mercados de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Para isso a companhia investe em ações concretas, como a duplicação da capacidade de armazenagem em Minas Gerais, Rio Janeiro, Paraná e Santa Catarina, bem como integração entre as equipes de termoplásticos Sasil e Varient.
Cavalcanti da Sasil: empresa se expande no mercado nacional e tem olhos voltados para o exterior
DIVULGAÇÃO/PS
Essa é uma missão da Braskem e da Quattor”. O empresário enfatiza a necessidade destas petroquímicas buscarem uma resolução principalmente para os transformadores que operam no mercado de revenda. “A decisão para uma ação de combate a essa prática danosa tem que ser da petroquímica”. Cataldi acredita que para a distribuição tornar-se mais forte, quatro grandes e macro ações precisam ocorrer: 1º - “É necessário que os empresários e executivos que atuam nessa área enxerguem a sua capacidade de continuar existindo no mercado e promovam fusões, aquisições ou saída do mercado”. 2º- “A petroquímica brasileira deveria definir claramente os pontos de corte até onde ela atua e onde o distribuidor entra e qual número de atores que este mercado precisa ter, o que não é uma definição do distribuidor”. 3º - “Uma frente de diminuição e controle da revenda no país, ação também da petroquímica”. 4º - “É preciso acharmos o tamanho correto do produto importado para o mercado brasileiro e tamanho de produto brasileiro no seu próprio mercado. Há três anos a quantidade de produto importado que entrava no mercado brasileiro era inferior a 5%, hoje está chegando a 20%. Acredito que deva haver um patamar no meio destes dois números”, finaliza.
O amanhã expressivo nas importações e a correção de preços para patamares mais baixos, reduzindo o resultado da distribuição”, sentencia. As perspectivas para o segundo semestre são boas, com o esperado aumento de volumes por fatores sazonais e a conseqüente recuperação de preços. Especificamente para a Sasil, o empresário avalia que será um ano muito proveitoso em decorrência do cenário de mercado e do movimento estratégico realizado com a Varient, que terá impacto relevante nos resultados do segundo semestre. “A aquisição desta empresa permitiu o acesso ao principal mercado do Brasil, no
Um setor composto por um pequeno número de grandes empresas. Assim o líder da Sasil enxerga o futuro da distribuição. Para ele, o movimento de consolidação na distribuição iniciado anos atrás, na esteira da consolidação da indústria, foi acelerado pela nota fiscal eletrônica, exigência de excelência na prestação de serviços por parte dos clientes e indústria e necessidade de formalização das empresas. “É natural que neste processo apenas as empresas que tenham escala e sejam profissionalizadas sobrevivam e vemos com muito otimismo este novo cenário”. A Sasil atua na região Sul com qua->>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas tro filiais: duas em Santa Catarina, nas cidades de Imbituba e Joinville, uma filial em Araucária (PR) e outra em Canoas (RS).
A Dax resinas está sediada em Porto Alegre e possui depósitos em Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Itajaí (SC) e Pinhais (PR). Conforme o diretor da empresa, Peter Williams, graças ao crescimento da economia brasileira que puxa a demanda de produtos petroquímicos, a Dax registra até setembro deste ano um aumento de 35% suas vendas. Apesar desta demanda interna aquecida, Peter observa também um forte aumento da concorrência principalmente de produtos importados comercializados por novos entrantes (players) no mercado. “Consequentemente, os distribuidores tem sofrido uma compressão ainda maior em suas margens de contribuição”, enfatiza o empresário. Sobre o desempenho comercial de suas resinas, o diretor afirma que todas estão apresentando um bom crescimento, porém dada sua maior oferta mundial, os polietilenos de alta densidade tem registrado um
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crescimento superior à media das demais resinas. As plantas de PP estão com suas capacidades produtivas bastante comprometidas, salienta Peter, com a crescente demanda do mercado automobilístico (entre outros). “Já o PVC sofre com medidas anti-dumping quando originado de alguns países específicos como os EUA”, diz. Peter enxerga bons tempos para o futuro da distribuição. Otimista, acredita que os próximos períodos serão muito promissores, uma vez que as eminentes consolidações dos grandes grupos petroquímicos mundiais resultarão em movimentos similares na terceira geração, para onde as petroquímicas deverão concentrar seus esforços comerciais e de desenvolvimento de novas aplicações e tecnologias. “Com isto, aqueles outros transformadores de médio e pequeno porte migrarão para atendimento através dos distribuidores”, acrescenta.
Também ao lado da Braskem está a Fortymil, com matriz em Itatiba (SP), filial no Rio de Janeiro e escritório em São Paulo, atuando desta forma no estado pau-
lista, carioca e no Espírito Santo. Com perspectivas de crescimento de 10% em 2010 em relação à 2009, o diretor da empresa Ricardo Mason ressalta as margens apertadas e espremidas pelo material importado e revendas. “As revendas aumentaram em 2010 e isto tem um impacto negativo em nosso mercado”, avalia o empresário. Além disso, Mason salienta que apesar do mercado estar favorável a importação, esta é uma janela de oportunidade que abre e fecha constantemente. “Não há garantia de fornecimento por parte do fornecedor internacional”, adverte. O diretor compactua com a opinião de Rui Chammas quando o assunto é o papel do distribuidor. Ele garante que a distribuição tem e sempre terá um importante papel no atendimento do médio e pequeno transformador, dando agilidade e flexibilidade à cadeia produtiva do plástico. “Mesmo com um volume maior de material importado, a distribuição continuará a representar seu papel de canal entre a Petroquímica e o setor de transformação”, ressalta. PS
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ESPECIAL Distribuição de Resinas Distribuidores /// Quattor
Com o pé no acelerador
E
nquanto a aquisição da Quattor pela Braskem ainda não é aprovada pelo CADE, a petroquímica faz suas movimentações de distribuição de resinas de forma independente. Carregando sua bandeira estão Activas, Mais Polímeros e Premix. As duas últimas foram procuradas pela redação da Plástico Sul e não se pronunciaram até o fechamento desta edição. Mas a Activas, liderada por Laércio Gonçalves, demonstra-se a principal distribuidora Quattor, seja pelo crescimento de sua estrutura, organização e inclusive pelos investimentos ousados. A Activas possui ainda em seu portfólio de commodities os poliestirenos da Unigel. Na área de especialidades a empresa acumula as bandeiras da Basf, Eastman, IRPC, Lanxess,
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Bayer, Formosa, Cromex, Kraton e Actplus. Gonçalves afirma que empresa está preparada para atender a nível nacional e exemplifica: “Nos último mês nós atendemos 23 estados”. As filiais localizam-se em Jaboatão dos Guararapes (PE), Londrina (PR), Rio de Janeiro (RJ), Joinville (SC) e Caxias do Sul (RS). A matriz está fincada em Manuá (SP). Dos 21 mil m² de capacidade instalada nacional da empresa, 6.000 m² estão na região sul e os três estados juntos representam 30% do faturamento da Activas. Gonçalves estima um volume total de 70 mil toneladas para o fechamento de 2010, apresentando um crescimento de 25% em relação ao ano passado. Tal expectativa se dá sobre um ano que deixou um gosto amargo na boca dos distribuidores de resinas. Em 2009 o setor foi pre-
judicado pela crise e outros fatores que reduziram preços e margens de lucro. Comprovando a tese, o diretor da Activas revela que no ano passado a empresa precisou ter um volume 20% maior para que os resultados no faturamento fossem os mesmos que em 2008. “E consideramos isso um êxito na distribuição, pois uma época difícil, manter desempenho já é bom”, destaca Gonçalves acrescentando que foi um ano de crescimento, mas não de resultados. Devido ao cenário da consolidação petroquímica, a Activas realizou recentemente um plano de negócios, além do já produzido planejamento qüinqüenal, que visa o crescimento sustentável da companhia. “Estamos buscando com isso crescimento de mercado sem prejudicar o share, ou seja, valorizar pro->>>>
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Gonçalves calcula que empresa terá 25% de crescimento no decorrer de 2010
duto e aumentar margens”. Gonçalves acredita que o primeiro semestre de 2010 foi um período satisfatório, porém salienta que mês a mês houve queda de preços e a entrada desenfreada de resinas importadas no país, prejudicando o que estava indo bem e os resultados operacionais da empresa. Mas para o alívio pulmonar da distribuição como um todo, a partir de julho, os preços começaram a se normalizar, o que favoreceu não só o desempenho da Activas, mas de todo o setor. “Desta forma, o segundo semestre já sinaliza um cenário melhor, embora eu não tenha certeza se vai cobrir o que perdemos nos primeiros seis meses do ano”, conclui o empresário. Desde 2007 a Activas vem investindo pesado. Em 2009, buscando acompanhar o novo e desafiador cenário petroquímico, a empresa adquiriu novas roupagens: mudança de layout e novas instalações fizeram parte das apostas de Gonçalves. Entretanto, para 2010 a Companhia diminuiu o ritmo neste sentido em virtude da atual característica do mercado. Mesmo assim injetou verba nas áreas de gestão de pessoas e tecnologia da informação. Todos esses investimentos realizados há 4 anos, visam um objetivo único e fundamental. “Nossa estratégia é atender os clientes nacionalmente, pulverizados, levando ao transformador tudo o que ele precisa: agir nacionalmente, mas com atendimento personalizado por região”, explica o diretor. Os planos e objetivos surtem efeitos. Gonçalves comemora, pois a Activas possui em seu planejamento metas para a conquista de novos clientes e no mês de agosto a empresa já tinha atingido seu objetivo estipulado para o ano inteiro. Na empresa liderada por Gonçalves, as especialidades estão em alta, representando 10% dos negócios. A empresa dividiu as áreas, criando dois departamentos: um para plásticos de engenharia e outro para commodities, cada um com uma diretoria diferente.
Turbulências Gonçalves enfatiza o momento complexo do setor quanto ao perfil padrão dos distribuidores. “Há empresas se profissionali30 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas
zando e outras que pecam na gestão e está difícil de fazer a separação do que é modelo de distribuição e o que não é”, sinaliza acreditando que em um futuro próximo haverá uma seleção natural neste sentido. Quanto às revendas, ele explica que informal não seria a palavra certa para tratar os transformadores que atuam nesse nicho, já que em sua maioria, possuem nota fiscal eletrônica e portanto estão teoricamente dentro da lei. “ Como ficará essa situação eu não sei”. O empresário também diagnostica margens apertadas, mas afirma que é um momento de adequação de mercado. “Hoje há demanda, há mercado, o segmento está se organizando, como exemplo cito a Adirplast e por isso vejo o futuro com bons olhos”. Com relação aos importados, o diretor acredita ser um movimento natural. “Se nós entramos na Argentina, eles também podem entrar aqui, é uma troca, mas nós precisamos sim nos preparar para isso”, acredita. Gonçalves dá a receita para a obtenção de bons resultados e alguns ingredientes não dependem da distribuidora. “Para se ter margem boas, são necessários alguns fatores. A responsabilidade da Activas é ter gestão e eficiência na operação. Outro fator fundamental é volume, o que nós temos também. O que falta hoje é uma precificação e uma definição por parte da petroquímica. Só que no momento a precificação está tumultuada mas a partir do momento em que houver se resolvido a fusão da Quattor e Braskem, será mais tranquilo e os resultados, melhores”, almeja o diretor, de forma otimista.PS
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ESPECIAL Distribuição de Resinas Petroquímica /// Dow
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ntec, Resinet e SM Resinas são as empresas responsáveis por comercializar polietilenos de alta e baixa densidade e lineares da Dow Brasil, divisão de Plásticos Básicos. Conforme o diretor de vendas da Companhia para o Brasil, Nestor de Mattos, os distribuidores são vistos como uma extensão da força de vendas e como tal necessitam estar alinhados com os princípios da Dow. “Enquanto aumenta o nosso acesso ao mercado brasileiro, a distribuição também é responsável por buscar oportunidades onde nossos produtos e soluções são vistos como uma fonte de diferenciação”, explica o executivo. Mattos esclarece que todo polietileno comercializado pela Dow no Brasil é produzido na planta industrial de Bahia Blanca, na Argentina. A América Latina é estratégica para a Companhia pela posição de liderança que exerce na região e pelas possibilidades de expansão. Um dos projetos prioritários para a empresa no Brasil, diz Mattos, é a construção de um pólo alcoolquímico utilizando o etanol da cana-de-açúcar para a produção de plásticos. Ele afirma que a Dow continua
Mattos diz que construção do pólo alcoolquímico ainda é um dos projetos prioritários no Brasil
interessada nos benefícios que esse projeto trará para o crescimento da empresa no Brasil, assim como nos avanços no desenvolvimento de materiais renováveis e bioenergia, prezando pela reputação da empresa como líder mundial em química sustentável. Mattos revela que a empresa prepara-se para o futuro trabalhando com marketing estratégico dentro dos três pilares da Dow: inovação, pessoas e sustentabilidade. “Nosso foco está nas necessidades dos clientes e dos clientes de nossos clientes (brandowners). Acreditamos que parcerias nos mostrarão qual será a dinâmica do mercado e as demandas que surgirão daqui a dois e cinco anos”. Em termos de negócios, o executivo acredita no crescimento do mercado de produtos para consumo da população local, como embalagens para alimentos, além de uma recuperação no setor agrícola. O segmento de infraestrutura também deve passar por um
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Com olhos voltados à América latina
momento de expansão no País, conforme Mattos, em vista das obras que serão necessárias para receberem os dois grandes eventos internacionais que o Brasil terá nos próximos anos, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Distribuidores /// DOW
Os extensores da marca Encabeçando a lista de distribuidores da multinacional, está a Ravago, focada na distribuição de seus polietilenos e especialidades. Além disso, também concentra seus esforços na comercialização nylon da Rhodia, PC, acrílicos e PMMA da Unigel e poliacetais da Ticona. A empresa também importa polipropilenos, via matriz dos EUA, borrachas da Europa e ABS. Presente em mais de 70 países, a Ravago possui 30 funcionários no Brasil. Com centros de distribuição em Mauá (SP), Pinhais (PR), Itajaí (SC) e Novo Hamburgo (RS), a empresa é liderada no país pelo executivo Osvaldo Cruz. Cruz explica que os materiais importa32 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
dos representam aproximadamente 5% do que é distribuído pela empresa. O demais não são considerados importados porque são abastecidos por fornecedores locais. “A Dow traz suas resinas da Argentina, as nacionaliza e só depois a Ravago compra dela”, explica Cruz justificando o motivo pelo qual não inclui os produtos Dow na lista de importados da empresa. Para Cruz o ano de 2009 não foi satisfatório em termos econômicos e financeiros, já que se apresentou impactado por 2008. “A crise fez com que os preços de algumas resinas caíssem violentamente, em cerca de 50%”. Mesmo assim, o executivo afirma que a empresa vem obtendo crescimentos anu-
ais. Entretanto para 2010 a previsão de crescimento em volume, que era na ordem de 20%, não será alcançada. “Acredito que iremos manter o mesmo desempenho do ano passado”. Apesar disso, Cruz espera melhores resultados financeiros do que em 2009 já que as especialidades estão contribuindo para o bom momento da Ravago. “Os plásticos de engenharia que foram a causa dos problemas em 2009 estão sendo a solução em 2010”, resume o executivo. As resinas especiais representam de 11% a 15% do volume de vendas da empresa.
Elastômeros e Região Sul
Na estratégia de crescimento da Com->>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas panhia está a intensificação dos esforços nas especialidades, mais precisamente na linha de elastômeros da Dow Química. Esta linha de materiais especiais é utilizada em aplicações onde são necessárias modificação de impacto, maior flexibilidade, elasticidade entre outros. Além disso, outra ação que faz parte dos planos da Ravago é uma presença mais robusta na região sul do país, a partir do último trimestre de 2010. Para isso pretendem investir em equipe e logística nos três estados. Cruz acredita que o mercado está muito competitivo devido ao crescimento dos importados que consequentemente baixam os preços e a rentabilidade das empresas nacionais. Mas, garante o executivo, a presença dos importados é uma situação irreversível e é preciso lidar com ela sem pensar em saídas imediatistas. A saída, avalia ele, é discutir o modelo, a presença do estado e os juros, que são os mais altos do mundo. “A indústria do plástico aprendeu que existe resinas lá fora, fato que na década de 90 não sabia. E não é só no Brasil, o mundo está assim”, lembra. Desta forma, o executivo pensa que o problema não está no material importado, mas no no país. “O Estado é honeroso e sufoca a economia”, finaliza.
A Resinet é uma distribuidora de resinas termoplásticas com abrangência nacional e conta com uma capacidade instalada para armazenar mais de 13 mil toneladas mensais. Com matriz sediada na cidade de São Paulo e duas fi-
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liais no Sul do País, Curitiba (PR) e Caxias do Sul (RS), a empresa conta com duas Unidades de Negócios: Commodities e Especialidades. As Commodities são puxadas pelos Polietilenos da Dow, principal linha de produtos da empresa, Polipropilenos da Coreana LG e da Indiana Reliance e PS da Styron. Nas especialidades está uma ampla gama de produtos como ABS, ABS HH, ABS especiais para cromação, ASA, PC, Poliamidas, PPS, MS Resin, PMMA, Dióxido de Titânio, PVC – Emulsão, Compostos de PVC, Compostos de PE para Fios e Cabos, TPU e Blendas de Engenharia, entre outros. Os parceiros nesta unidade são BASF, Chi Mei, Tronox, Arkema, Polycid, Mexichem, Dow Química, Cromex, Unigel, Samsung e Kepital. O diretor comercial da Resinet, Antonio Celso Ferraz revela que o início de 2009 foi bastante afetado pela crise econômica que assolou o mundo, o que prejudicou negóci os e resultados. “A recuperação somente se iniciou no segundo trimestre e acentuaram-se muito na segunda metade do ano quando o ritmo do mercado voltou aos níveis pré-crise”. Portanto, avalia o executivo, comparativamente a 2009, crescimento em volume e faturamento nesta primeira metade de 2010 foi da ordem de 40%. As especialidades já representam mais de 20% do volume total de vendas da Resinet. Dois fatores contribuíram de forma significativa para o alcance destes números: o primeiro é o consumo em alta do mercado brasileiro, o que tem favorecido a
elevação das vendas da empresa, proporcionando o investimento em mais algumas linhas de produtos. “Com isso houve ganho de share”, salienta. O segundo fator foi a introdução com sucesso de novas linhas de produtos que permitiu a Resinet a participar de novos mercados e abriu mais clientes. “Nossas expectativas são de otimismo para estes últimos meses porque os indicadores atuais da nossa economia acenam de forma positiva, além de que o quarto trimestre se caracteriza pelo aumento de consumo devido à proximidade do fim do ano”, adianta Ferraz.
Sinal de Alerta
Para o diretor da Resinet, a distribuição hoje conta com um número de agentes maior do que a necessidade, o que prejudica a rentabilidade do setor. Houve nos últimos anos uma reorganização da Petroquímica mundial e local com fusões e aquisições que culminaram com a eliminação de muitos players. Mas Ferraz garante que esta reorganização não ocorreu na distribuição de resinas no Brasil e que pelo contrário, houve um aumento com a aparição de revendas e até transformadores que passaram a importar e revender produtos. “Assim, o que se observa é uma guerra desenfreada e pouco saudável para os agentes”, alerta, desejando que este cenário seja modificado na medida que a Petroquímica procure agir na reorganização do setor. O número de revendas cresceu vertiginosamente, na opinião de Ferraz, principalmente pela facilidade da importação.>>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas A elevada oferta no mercado externo favorece esse movimento, já que houve muitas partidas de novas plantas, em especial no Oriente Médio. Outro fator que estimula a importação na visão do diretor é a incorporação da Quattor pela Braskem, que provoca no mercado a busca de outra opção, em geral algum produto importado. “Além disso, há a taxa cambial que tem acenado favoravelmente às importações”, explica o executivo. Com o aumento das importações e revendas o resultado é que a oferta se torna abundante, provocando práticas de preços e condições comerciais pouco saudáveis para a distribuição. Adiantando o passo e vislumbrando os próximos anos, Ferraz enxerga uma reorganização num futuro próximo, da mesma forma que ocorreu com o setor petroquímico, o setor de Bebidas e tantos outros.
Impulsionada também pela distribuição oficial da Dow Química para polietilenos, a SM Resinas é uma empresa espanhola que também distribui
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polipropilenos da Repsol. Sua matriz está localizada em São Paulo e seus Centros de Distribuição em São Bernardo do Campo (SP), Curitiba (PR) e Novo Hamburgo (RS). Com foco de atuação na região Sul e Sudeste do Brasil, a SM dispõe de uma capacidade de armazenagem de 8.000 toneladas de resinas. Segundo James Tavares, executivo da empresa, no ano passado, em função dos efeitos da crise econômica os volumes de vendas não cresceram como o esperado. Já para 2010 ele estima um crescimento de 14% no volume e de 23% no faturamento da SM Resinas. O aquecimento do mercado interno minimizou os danos da crise econômica mundial, entretanto, não anulou os efeitos do excesso de oferta de produtos e baixas margens, conforme opinião de Tavares. “O negócio de distribuição de resinas terá um ano 2010 abaixo das expectativas”, acredita. Para o executivo, o mercado dos distribuidores oficiais continua marcado por excesso de oferta e competição intensa. Como pontos
positivos, o diretor destaca a queda da inadimplência, a maior disponibilidade de crédito e o crescimento do consumo de resinas no mercado total. Ele salienta entretanto que em função do aumento das importações e da continuidade da atuação das revendas a distribuição oficial deverá apresentar um crescimento no volume de vendas bastante inferior ao apresentado pela demanda. “Para auxiliar na reversão do quadro, o processo de consolidação das distribuidoras é fundamental para que o mercado fique mais profissionalizado e passe a operar com margens mais adequadas”. Para o futuro do setor Tavares imagina um número menor de distribuidores com maior escala e profissionalização, atuação mais estratégica (alinhada à petroquímica), a incorporação de novos serviços e ampliação do portfólio de produtos, empresas enxutas com estrutura leve e alta produtividade, equipes mais qualificadas e a ampliação da atuação dos distribuidores com escopo internacional.PS
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DIVULGAÇÃO/PS
ESPECIAL Distribuição de Resinas
Distribuidores /// Outras Bandeiras Distribuidora de poliestirenos da Videolar e polietilenos, polipropilenos da SABIC além de polipropilenos da Petroken e Cuyo, a Replas atua no mercado com depósitos em São Paulo (SP) e Itajaí (SC), e escritórios em Curitiba (PR), Caxias do Sul (RS) e Baurú (SP). Também possui dois depósitos em São Paulo e Santa Catarina(Itajai), escritórios em Curitiba, Caxias do Sul, Baurú. A empresa liderada pelos irmãos Marcelo Prando e Marcos Prando, possui em sua linha estratégica um crescimento baseado em caixa próprio e em sua parceria com fortes fornecedores de matérias - primas. Para Marcelo Prando o mercado de distribuição está muito indefinido e nervoso. “Acredito que logo que a Braskem definir seus distribuidores o mercado deve melhorar”, diz referindose a aquisição da Quattor pela empresa petroquímica. O empresário concorda com os demais quanto a entrada de agentes sem experiência no mercado. Ele afirma que hoje apareceram muitos importadores independentes, que na verdade não são distribuidores. “Isso atrapalha, mas acredito que quando arrumar o mercado terá espaço só para quem realmente faça o trabalho de distribuição”, acrescenta. Prando finaliza explicando que a distribuição tem um papel fundamental no mercado, através de atendimento, volumes fracionados e entregas imediatas, o que uma petroquímica não tem condições de atender. 38 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
Com presença no sul do Brasil, a Apta Resinas possui matriz em São Leopoldo (RS) e filial em Santa Catarina distribuindo oficialmente BASF, Solvay Advanced Polymers, LAJA, Evonik, Radici Plastics e Chem Trend. Para Marcelo Berghahn, diretor da empresa, 2009 foi um ano de crescimento e em 2010 os resultados serão ainda mais positivos, com crescimento acima dos 30%. O empresário afirma que nos últimos 12 meses, todas as resinas do portfólio da Apta cresceram em vendas, em volume, e em preço. “Entretanto, já vemos que o mercado está promissor para alguns materiais, e nem tanto pra outros, dados os problemas internacionais de abastecimento de matérias-primas”, destaca. Embora os volumes tenham aumentado e os preços também, Berghahn observa que as margens não melhoraram, continuam apertadas. “Parte, por causa de produtores que insistem em vender diretamente ao transformador volumes que não lhe são rentáveis, e que deveriam estar com os distribuidores, parte pelo desconhecimento técnico dos clientes em diferenciar materiais de primeira linha dos materiais industriais”, adverte. O diretor da Apta acredita em um modelo de Distribuição forte, respaldado pelos fabricantes de resinas, com estrutura técnica treinada e comercial atuante. Vislumbra ainda o reconhecimento pelos fornecedores de matérias-primas do setor, que manterão atuação sobre os grandes consumidores, mas que saberão dar ao distribuidor a força para atin-
gir a todos os transformadores levando o produto e sua marca, com o serviço qualificado do distribuidor. Berghahn questiona a eficiência da internacion alização da distrbuição. “A internacionalização pode agregar algum valor ao próprio distribuidor, mas efetivamente não agrega muitos volumes, pois o Brasil tem consumo interno disparadamente maior que os países vizinhos”, explica.
A Produmaster distribui hoje o poliestireno da Innova e ABS da Formosa, atendendo em todo o Brasil com representantes e uma filial no Nordeste (Camaçari). Segundo Carlos Benedetti, Gerente Geral Comercial da empresa, no novo endereço, próximo a 200 metros do trecho Sul do Rodoanel, a Produmaster praticamente triplicou em tamanho a capacidade de distribuição. As commodities representam 80% dos negócios da empresa que, em 2010 teve acréscimo de 28% nos volumes no primeiro semestre em relação a 2009. “Nosso crescimento está projetado em 35 a 40% baseados em nosso plano de investimento e também no plano de gestão de 2010, com o anúncio de crescimento do PIB, ano de eleições e etc. Desta forma, temos vários eventos favoráveis para atingirmos este crescimento”, explica Benedetti. Na opinião do executivo, o segmento de distribuição ainda vai mudar nos próximos meses. “É um mercado aberto e um>>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas América do Sul. Para isso está investindo, entre 2010 e 2011, na expansão de seus armazéns e um novo centro de distribuição na Grande São Paulo. Assim como os demais executivos do setor, Spinetti, também opina sobre a organização do segmento de distribuição de resinas no Brasil. Ele acredita que existem muitas incertezas, alem de diversos aventureiros comprando e vendendo resinas sem comprometimento com fornecedores e clientes. “Outro fato que complica o mercado é a questão das empresas que dizem serem distribuidores de resinas, que no caso do PET, compram a matéria-prima no mercado paralelo e revendem dizendo que são distribuidores da M&G ou coisa similar, sem garantia da qualidade do produto ou processabilidade, sendo que na verdade, servem somente para deturpar o mercado e prejudicar as empresas sérias”, denuncia. Spinetti informa que no mercado de resinas PET, também é percebido o avanço das revendas informais e garante que a influência é significativa, já que existem diversas tradings que importam via Santa Catarina utilizando-se de incentivo fiscal para revender no mercado nacional. “A 3Rios Resinas é a única distribuidora de PET no Brasil que conta com assistência técnica M&G, certificado de qualidade, romaneio dos bigbags, estoque imediato de resina PET e contrato de fornecimento junto ao fornecedor além de outras requisitos que não se encontram facilmente no mercado. Todos os clientes são especiais para mim, independente do volume ou localidade, eu faço questão de visitar
jogo para profissionais do setor, não há espaço para amadores”, avalia. A informalidade também foi percebida pela Produmaster e o gerente comercial acredita que além de ter aumentado, cresceram junto os problemas oriundos destes movimentos informais. “Ao meu ver isto só acaba com uma ação forte das Petroquímicas”, diz o executivo fazendo coro com os demais empresários do setor.
Única e exclusiva distribuidora de resinas PET do Gruppo M&G no Brasil, a 3Rios Resinas tem sua matriz localizada na cidade de Três Rios (RJ), uma filial em Recife (PE) para atender norte, nordeste e centro oeste do país e um escritório em São Bernardo do Campo (SP) onde concentram-se os departamentos de vendas e administrativo. Mas, conforme o diretor executivo da empresa, Marcos Spinetti, a filial paulista em breve também armazenará e distribuirá resina PET. A 3Rios Resinas iniciou suas atividades em agosto de 2009 com volume de 500tons/mês e em menos de um ano de atividade distribuiu mais de 1.400tons/mês, crescimento de mais de 150%. Para aumentar ainda mais seu volume de negócios, o ano 2010 está sendo de expansão e entrada em novos produtos. “A capacidade instalada de estocagem está em torno de 1.000tons de PET e estamos investindo para aumentar em 100%”, revela Spinetti. Esta ambição é baseada nos objetivos da empresa, que foca seus investimentos para ser, segundo o executivo, o maior e melhor distribuidor de resinas PET na
e conversar com os clientes para saber se está tudo bem”, garante Spinetti. Spinetti explica ainda como o mercado reage em relação a preços quando deixam de comprar direto da petroquímica para comprar via distribuição. Ele afirma que inicialmente alguns clientes pensavam que teriam aumento no custo da resina o que não foi verdade. “Mantivemos a mesma política de preço e prazo de pagamento do Gruppo M&G, com a diferença de estarmos mais perto dos pequenos e médios clientes, sendo mais ágil nas entregas, o que reflete na diminuição do capital de giro dos nossos clientes, maior tranqüilidade com relação ao próprio estoque, flexibilidade na forma de pagamento ou na quantidade para ser entregue”.
Outras distribuidora de resinas com atuação em território nacional é a Plastimaster que iniciou suas atividades na Cidade de Curitiba-Paraná, em 1995 e especializou-se no comércio e representação de resinas termoplásticas. Em 1996, mudou sua sede para a Cidade de PinhaisParaná, onde atua até hoje. A empresa trabalha na distribuição e representação da DuPont do Brasil-Divisão de Polímeros de Engenharial e LG CHEM. Conforme informação apresentadas no site da Plastimaster, a principal preocupação da empresa é tranqüilizar os seus clientes no que tange à assistência técnica e laboratorial em todas as fases dos processo produtivo em qualquer área de transformação termoplástica, sem esquecer da responsabilidade com parceiros, em não agredir o meio ambiente.
A quantiQ está voltada ao desenvolvimento de negócios com linhas de plástico de engenharia, aditivos para a transformação e masterbatch. O ano de 2009 foi importante e promissor para a quantiQ neste segmento de negócios. Ricardo Jose Fernandez Verona, Gerente de Unidade de Negócios e João Miguel Thome Chamma, Gerente de Divisão de Quimicos, afirmam que no ano passado aconteceu o fechamento das principais parcerias, principalmente em plásticos de engenharia. Em 2010 está se dando o início da 40 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
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Concentração nas especialidades
consolidação de toda a linha, com volumes de vendas crescentes, não comparáveis a momentos anteriores.
Os executivos vêem na logística da empresa um importante diferencial, já que oferecem ao mercado produto disponível em seus estoques em cinco diferentes bases operacionais, desde o Sul do país até o Norte e Nordeste. Atuando somente com especialidades para o mercado de transformação plástica, a quantiQ considera a distribuição destes produtos como um mercado importante para os transformadores. “É no distribuidor que a indústria obtém produtos de tecnologia atualizada, diversi->>>>
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ESPECIAL Distribuição de Resinas dade de portfólio, e garantia de abastecimento”, explicam Chamma e Verona. Os executivos afirmam que o mercado da distribuição é sempre bastante competitivo. Na distribuição de especialidades, revelam que as margens são bastante diferentes, sendo consequência da agregação de valor técnico e do nível da solução que se oferece ao cliente.
“Quanto menor o conteúdo técnico, ou mais commoditizado for o produto, menor será sua margem de comercialização”, explicam, revelando que 2010 está sendo um ano de recuperação de volumes, comparando-se aos já alcançados em 2008, citando o caso do ABS como o de maior destaque. Atenta ao meio-ambiente, a quantiQ
possui ISO 14000 e busca acrescentar sempre ao seu portfólio produtos considerados sustentáveis em todos os seus aspectos. Um exemplo disto, voltado a produtos para o setor da transformação plástica, é o caso do Chilla, um plástico de engenharia com base PLA que é bio degradável e de origem vegetal (amido de miho).
Preços de resinas: tendências para curto-prazo
o potencial de alta, por conta da competição com as importações.
te em agosto e setembro, o que já se reflete no Brasil em setembro e deve perdurar em outubro. De novembro em diante, com as tendências até o momento, não parece haver mais forte pressão de alta, com o cenário mais provável sendo o de estabilidade.
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*Por Otávio Carvalho ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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Em geral, os preços das resinas petroquímicas no Brasil encerraram a tendência de baixa em julho, estabilizaram em agosto e passaram a subir em setembro. Observando o histórico, nos últimos cinco anos, em quatro deles houve tendência de alta nesse período do ano, sobretudo por conta da elevada demanda sazonal local, combinada com condições favoráveis para essa elevação nos mercados internacionais. A exceção foi o ano de 2008, quando vivemos a singularidade da crise econômica. Aliás, devemos lembrar que o Brasil tem como balizador os principais mercados das resinas no mundo: Ásia e América do Norte. É a partir da dinâmica dessas regiões que podemos prever o que deverá ocorrer no Brasil no curto-prazo. Sempre devemos também levar em conta a importante variável cambial, cuja valorização em curso tende a reduzir
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No caso dos preços dos polietilenos, nos EUA houve alta já em julho e agosto, com certa estabilização em setembro. Não há nenhum viés de baixa no horizonte no curto-prazo. Pelo contrário, os americanos voltaram a ter na Ásia um destino atraente para seus produtos, o que reduziu os excedentes e equilibrou a oferta com a demanda. O resultado foi de alta consistente de preços nos últimos meses. Já levando em conta a alta de setembro no Brasil, é bastante factível novas rodadas de alta no quarto trimestre com esse cenário. No caso específico do PEBD, há uma escassez em nível global da resina, fazendo com que os preços relativos desse material frente aos demais polietilenos se mantenham elevados.
No caso do PP, os reduzidos níveis de produção, combinado com a alta do propeno nos EUA, tornaram inevitável a alta de preços desse material na América do Nor-
De novembro em diante, dependeremos de duas variáveis principais: evolução da demanda na Ásia e taxa de câmbio. No caso de os chineses manterem o ritmo de suas compras, os americanos e produtores do Oriente Médio poderão direcionar maior parcela de sua produção à região, reduzindo os excedentes (principalmente na América do Norte) e pressionando os preços para cima. O maior obstáculo para essa mesma tendência ocorrer no Brasil será a taxa de câmbio. Em um cenário de valorização do real, os preços em dólares acabam por subir, mesmo que os preços em reais não subam, atraindo maior quantidade de produtos importados e aumentando a competição no país. PS ○
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*Diretor da Maxiquim Assessoria de Mercado
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DESTAQUE Moldes
Por Gilmar Bitencourt país com valores até 50% mais baixos do que o praticado pela indústria nacional. Fatores como custo da matéria-prima, que chega a ser 5,5 vezes menor do que no Brasil, o custo de mão-de-obra, que lá é aproximadamente 7,9 menor comparado com o nosso, e carga tributária que é aproximadamente 2,1 vezes menor do que a brasileira, justificam o menor custo dos moldes da China. O presidente da Câmara Setorial de Ferramentaria e Modelação, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas, (Abimaq), Alexandre Fix, observa que a medida adotada pelo governo federal é extremamente negativa para o setor ferramenteir o. “A permissão de importação de moldes usados, sem pagar impostos, vai incentivar a entrada de uma grande quantidade de moldes no Brasil. Por exemplo, uma linha inteira da Hiundai chegou no Brasil sem fazer nenhum molde. É um carro já ultrapassado no país de origem e vai ser fabricado aqui com mol-
A polêmica dos moldes importados Liberação da importação de moldes usados põem em xeque as ferramentarias do país. retomada da economia nacional e o aumento da demanda do mercado interno têm gerado um clima de otimismo para uma parte do empresariado brasileiro. As previsões animadoras para o fechamento do ano e para o período, infelizmente não são compartilhadas por todos. Pelo contrário, a indústria brasileira de moldes está muito preocupada com concorrência internaci-
A
mero 84, de 20 de abril de 2010, liberou a importação de moldes usados dispensando o atestado de inexistência de produção nacional ou consulta pública, para apurar condição de similaridade. Também revogou necessidade dos pedidos de importação serem analisados pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção e Secretaria de Comércio Exterior. Esta mudança nas regras de importação de usados representa mais um baque para as aproximadamente duas mil empresas do setor, divididas principalmente em três grandes pólos situados na Serra Gaúcha, em Joinville (SC) e no estado de São Paulo. A indústria asiática que está de olho no nosso
onal, principalmente da China. Os dirigentes de entidades representativas do setor alertam que a situação é grave e caso não forem adotadas medidas para preservar as empresas do país, o segmento corre o risco de desindustrialização. Foi justamente neste clima de euforia que uma medida do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), que segundo os representantes do setor de moldes vem principalmente para beneficiar as montadoras de veículos, ampliou a dor de cabeça dos ferramenteiros. A portaria nú-
mercado, já deixou claro a intenção de ampliar a sua fatia. Segundo dados apresentados no II Encontro Nacional das Ferramentarias (Enafer), realizado no final do primeiro semestre, em Caxias do Sul (RS), a meta destes países é de exportar US$ 1 bilhão para o Brasil, em 2010. E até 2020, é de ampliar este número para US$ 30 bilhões. O foco é a indústria automobilística, para peças de alta produção e precisão. No encontro dos ferramenteiros ficou claro que a principal ameaça são os chineses, que conseguem entrar com moldes no
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des usados”, destaca. Ele fala ainda que o molde usado gera uma grande possibilidade de fraude.
Outra grande preocupação do dirigente é o preço do molde chinês, que segundo ele está cada vez mais melhorando a qualidade. “O custo do aço, as ferramentas que usam na usinagem, mais da mão-de-obra, na China, são muitos mais baratos do que no Brasil. Isso faz com que tenhamos grandes problemas de concorrência”, explica. Fix fala que dessa forma vão acabar fechando as
ferramentarias no Brasil. “Acredito que existe um risco imenso de desindustrialização do setor e no caso da indústria automobilística nós vamos virar montadores de carro”, enfatiza. Ele comenta que no momento, o fato da economia interna estar muito aquecida está encobrindo este problema, enquanto que é crescente a tendência de crescimento significativo de ferramental estrangeiro. Vários pleitos estão sendo realizados pelas Abimaq no sentido de revogar a portaria 84/10. Entre elas destaca-se a reunião da instituição, juntamente com outras entidades representivas do setor e centrais sindicais, com o ministro do desenvolvimento, indústria e comércio, Miguel Jorge, para reivindicar o fim do incentivo à importação de máquinas, aparelhos, instrumentos, sobretudo ferramentas e moldes usados, concedido pela portaria. “Estamos otimistas e acreditamos que va-
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Alexandre Fix, Gelson Oliveira e Darceo Schulz unem-se para fortalecer os moldes nacionais
mos conseguir sensibilizar o governo para fazer alterações nesta situação”, observa. Outra iniciativa destacada pelo presidente é a aplicação da Operação Semáfo-
ro, para o setor de moldes. O sistema de defesa comercial foi desenvolvido pelo Departamento de Mercado Externo da ABIMAQ (DEME), cujo objetivo é o de combater as>>>>
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Entidades querem regulamentação da importação do ferramental usado em nosso país
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DESTAQUE Moldes
importações desleais que atingem o setor. “A operação semáforo está em andamento para vários segmentos, para os moldes estará em breve”, informa.
O presidente da Virfebras, entidade representativa das aproximadamente 380 ferramentarias da Serra Gaúcha, Gelson Oliveira, alerta que já está ocorrendo a perda de mercado para os produtos chineses, principalmente no que se refere aos moldes de grande porte. Ele destaca que a portaria do MDIC é extremamente nociva para as empresas do setor no país. “É impossível justificar o tamanho do prejuízo que teremos, para beneficiar cinco montadoras. Esta medida vai prejudicar toda a cadeia produtiva de moldes do Brasil”, afirma. O dirigente alerta que o país corre o risco de sofrer um processo de desindustrialização na área de moldes. “É uma mão-deobra qualificada, com base na experiência adquiridas por muitas gerações, que formam uma memória técnica invejável e se este conhecimento migrar para outros setores levará décadas para voltar aos níveis de hoje”, comenta. Durante a feira Interplast, realizada em Joinville (SC), ocorreu uma reunião de empresários do setor e de representantes de entidades do segmento, para debater a concorrência com os moldes chineses. Segundo Oliveira uma das conclusões do encontro, foi a necessidade da criação de normas que garantam o equilíbrio da competitiviade, “pois o nosso custo é praticamente cinco vezes maior”. As aproximadamente 450 ferramentarias de Joinville (SC) também estão sentindo a dificuldade de competir com os moldes asiáticos. A taxa de ocupação da indústria do setor local está em 65% , ao tempo que poderia estar em 85%. O presidente do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria, da Associação Comercial de Joinville (ACIJ), Darceo Schulz, também é enfático ao afirmar que a portaria que altera as regras para importação de moldes usados, está promovendo a desindustrialização do setor. Ele destaca que é necessário a união do segmento 46 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
para combater esta medida. “Somos fortes na concentração municipal da indústria de metalmecânica, de transformação plástico e metal e ainda de fundição. Mas somos fracos em gestão, planejamento e articulação”. O presidente observa que é necessário regulamentar as importações, buscando a proteção da indústria nacional. “Não basta a implementação de medidas drásticas, como de antidumping, pois não chegaremos a minimizar o efeito da importação”, acrescenta. Para isso, ele destaca que é necessário aprimorar a gestão do setor, aglutinar o segmento buscando representatividade e equivalência competimtiva no âmbito internacional junto ao MDIC e agenciar parceiras, com exemplo, com a Apex, entre outras entidades.
Para o empresário Christian Dihlman, diretor da BR Tooling, de Joinville, não se está discutindo o mérito da importação, “o que entendemos ser uma ação saudável, até porque também queremos exportar para outros países”. Entretanto, ele fala que é preciso serem definidos critérios técnicos coerentes e justos para as partes. “Não se pode aceitar, e aqui não somente os fabricantes de ferramentas, mas também os consumidores e o poder público, que ferramentais sejam introduzidos no Brasil sem os devidos critérios de segurança por exemplo”, acrescenta. Dihlman destaca que para os moldes brasileiros é exigido, pela legislação vigente, um responsável técnico da empresa fa-
bricante, como forma de garantir o atendimento ao cliente e minimizar prejuízos ao usuário. “Isso gera um custo elevado para nossas empresas, com a contratação de profissionais capacitados e o pagamento de taxas”, comenta. Por outro lado, para os moldes importados, de qualquer lugar do mundo, ele fala que não há essa exigência. Dessa forma um ferramental importado pode gerar prejuízo ao consumidor brasileiro, inclusive com acidentes de trabalho, e não haverá qualquer punição ao fabricante estrangeiro. Outro problema levantado pelo empresário é a questão do subfaturamento dos moldes, que pode afetar inclusive na redução do pagamento de impostos. Segundo ele, a liberação de importação de moldes usados é um agravante para este caso, sendo que os moldes novos podem ser maquiados para que pareçam usados. Além disso, são raros os tipos de moldes em que não há competência para fabricação no Brasil. “E se não houver, precisamos incentivar que seja desenvolvida a competência, até para que possamos inserir o país no universo dos países de tecnologia. Portanto, é injustificável a liberação do imposto de importação sob alegação de inexistência de similar nacional”, enfatiza. Christian Dihlman que tem uma forte atuação na atividade classista, com a participação em várias entidades representativas do setor de ferramentaria de Joinville, alerta que esta situação pode atingir no futuro os transformadores de plástico. Fala que em um primeiro momento, os aspectos são positivos, pois os transformadores terão um custo menor de produção, comprando moldes baratos. “Há que se cuidar com a durabilidade destes moldes, que poderá se tornar um custo no futuro. Já existem moldes de boa qualidade adentrando o país. Portanto, esse fator será, em pouco tempo, desprezível”, comenta. Em um segundo momento, ele fala que haverá a concorrência dos hoje fabricantes de moldes que passarão a injetar os produtos fora do país e enviando os produtos transformados para o Brasil. “Assim, com poucas exceções, será vantajoso comprar os produtos prontos e não mais fabricá-los no Brasil. Isso vai gerar uma cadeia de demissões, primeiro nas ferramentarias e, depois, nos transformadores. Também as empresas fornecedoras de insumos (aço, resina, máquinas, equipamentos) deverá sofrer em curto espaço de tempo. E, em futuro não muito distante, nosso parque fabril será desmontado”, comenta.
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Francis Borelli dos Santos, diretor da Metalli, salienta alta demanda por moldes plásticos
A Herten que atua há 30 anos, no mercado de moldes para injeção de plástico e de alumínio, comenta que no momento o mercado em processo de aquecimento, principalmente para alguns setores, como da construção civil e automobilístico. Porém, o diretor técnico comercial da empresa, Edson Hertenstein, fala que a concorrência com os países asiáticos, especialmente com a China, é muito injusta, devido a alta carga tributária, encargos sociais, custo da mãode-obra, entre outros fatores que sobrecarregam o produto nacional. Agora com a portaria editada pelo MDIC, ele observa que a situação deve ficar mais complexa, “se antes estava complicado com os moldes novos, agora a tendência é de piorar”. Como agravante para a situação ele cita que há comentários de casos em que as empresas compram moldes novos e os descaracterizam na China para entrarem no Brasil como ferramental usado. Hertenstein também destaca que os primeiros atingidos serão os produtores de moldes, mas na sequência outros setores serão afetados. Ele fala que os clientes das ferramentarias ainda não se conscientizaram que os moldes são apenas a primeira ponta do iceberg, depois os chineses vão concorrer com outros setores produtivos. “Além de que o setor ferramenteiro emprega muita mãode-obra com um nível salarial bom, sem emprego deixarão de ser consumidores”, acrescenta. O diretor acredita que para o caminho para reverte este quadro é a união do setor, como está sendo feito através da criação de uma associação nacional, a Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (ABINFER), que teve o ponta-pé inicial no II Enafer, em Caxias do Sul (RS). “Na produtividade não conseguiremos chegar no nível dos chineses. Se o governo não taxar os moldes importados e se os nossos cliente não se conscientizarem de que num futuro próximo a corda vai arrebentar do lado deles a situação vai ficar muito crítica”, afirma.
A Metalli, especializada no fornecimento de aço para a cadeia de moldes e matrizes observa que o mercado de moldes no Brasil vem crescendo ao longo dos últi-
mos anos e que essa deve ser uma forte tendência também para os próximos anos, principalmente pelo o aumento do poder de compra de bens de consumo da população. “A demanda de moldes plásticos será muito forte. Outra tendência é a diminuição do ciclo de vida dos produtos que força as empresas a investir constantemente em lançamentos”, comenta o diretor da empresa, Francis Borelli dos Santos. Quanto ao impacto das novas regras para importação de moldes usados, o diretor acredita que é importante para o setor de transformação de plásticos ter um custo baixo para o investimento em novos moldes e ampliar a competitividade. “Porem é necessário, antes de mais nada, dar condições para a indústria nacional ser mais competitiva. Permitir a importação de moldes usados vai acabar enfraquecendo um setor estratégico para a indústria que é a cadeia de moldes e matrizes e a longo prazo a cadeia toda vai sair prejudicada”, alerta. Santos diz que o Brasil tem potencial para se tornar grande exportador de moldes. “A dificuldade de acesso a credito para modernização do parque fabril somado a uma concorrência com o produto chinês que tem uma cambio artificialmente desvalorizado coloca os fabricantes nacionais de moldes plásticos em uma situação difícil”, comenta. Porém ele acredita que o mercado reconhece a qualidade dos moldes produzidos aqui no Brasil. “O foco deve ser melhorar o custo do produto nacional e impedir a concorrência desleal de produtos importados”, aponta.PS <<<< Agosto de 2010 < Plástico Sul < 47
Eventos
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om o aumento da concorrência, principalmente a externa, que tem atravessado o mundo para ancorar nos portos brasileiros, as empresas de transformação de plástico sentiram a necessidade de enxugar os custos de produção e de agregar valor aos produtos, para poder ampliar o seu negócio e, em muitos casos, garantir a sua permanência no mercado. Dentro desta nova realidade os periféricos conquistaram o seu espaço nesta indústria. Os equipamentos passaram de simples acessórios ou produtos auxiliares de máquinas de injeção, sopro ou extrusão, até então estrelas do processo, à condição de peças importantes para o aumento da produtividade e redução das despesas. Esta realidade é visí-
tecnica, Dante Casarotti, confirma que os periféricos estão passando da condição de coadjuvantes, para estrelar em conjunto com as máquinas no processo produção. Ele destaca que hoje, não há espaços para desperdício, “tudo deve e tem que ser reaproveitado da melhor maneira possível, com o aumento da concorrência em todos os setores, o lucro diminuiu. Nesse cenário os periféricos ganharam valor, eles ajudam a empresa a diminuir consideravelmente seus restos durante o processo”. Casarotti informa que a empresa lançou na feira a nova linha de granuladores para espaguete. São equipamentos que atendem uma extrusora com produção de 1000 a 1500 Kgs por hora, de 100 a 300 mm de boca.
processo produtivo e os silos têm uma função importante no aumento da produtividade, na redução de perdas e dos custos. A empresa fabrica silos estacionários em alumínio e aço inoxidável e equipamentos para descarga. “A situação atual do mercado específico é de expansão, pois a adoção de práticas modernas de logística pressupõe a utilização de distribuição de resinas petroquímicas a granel com utilização de sistemas de descarga e armazenagem em silos”, comenta o gerente sobre a aceitação dos produtos no mercado. Júlio Randon diz que a empresa debutou na feira e esta primeira participação serviu para a fixação de “nossa marca e dos produtos no mercado da indústria do plásti-
A vez dos periféricos A Interplast foi palco de lançamentos de equipamentos que estão assumindo papel principal na transformação de plásticos. vel nas linhas de produção, que estão cada vez mais automatizadas, onde máquinas e periféricos formam uma orquestra afinada que toca a mesma sinfonia no chão de fábrica. Atentas a esta tendência as empresas do segmento estão ampliando o seu mix de produtos para atender a demanda do setor. Os equipamentos estão em constante aprimoramento e as novidades estão cada vez mais presentes nas feiras profissionais. Prova disso foi a Interplast 2010, realizada de 23 a 27 de agosto, em Joinville (SC), onde os produtores de máquinas e equipamentos apresentaram várias novidade para o setor.
O gerente comercial da Primo48 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
Segundo o executivo, o equipamento é composto por um motoredutor, além de ser fácil para limpar e operar. Ele conta que a participação Interplast 2010 foi satisfatória, um pouco abaixo das edições anteriores. Mas observa que foram vendidos quatro equipamentos durante a mostra, além de outros negócios iniciados no evento que devem ser concretizados no pós-feira.
A Theodosio Randon apresentou na feira uma novidade no sistema de automação. Fez o lançamento linha de silos estacionários e descarregadores de big-bag’s e containers. O gerente comercial da empresa comenta que a automação já faz parte do
co”. Ele fala que não foram realizadas vendas no evento, mas o contato com futuros clientes possibilitou a abertura de novos projetos. “Além das várias solicitações de informações sobre nossos produtos”, acrescenta.
Para a Incoe Brasil, no mercado extremamente competitivo como está atualmente, os transformadores de plástico por injeção procuram por melhor eficiência e redução de custos. Os fabricantes de pecas necessitam reduzir seus custos operacionais, à medida que são continuamente obrigados a melhorar seus preços dos produtos moldados por injeção. Os moldes e processos para>>>>
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Eventos va. E esta competitividade, na indústria, vem de processos confiáveis e de baixo custo, sem desperdícios. Por isto é que os periféricos são tão importantes. “Garantem repetibilidade de processo, reduzem perdas e peças defeituosas, contribuem muito para o aumento da qualidade, acabamento, resistência mecânica das partes e se bem escolhidos, contribuem com forte economia energética”, acrescenta o vice-presidente para América Latina, Ricardo Prado Santos. Segundo Prado, a Piovan é uma das poucas empresas no mundo que oferece praticamente todo tipo de periférico com tecnologia e fabricação próprias. Oferece soluções para transporte e alimentação de resinas, dosagem e mistura gravimétrica e volumétrica, secagem e desumidificação de reDIVULGAÇÃO/PS
a produção de pecas de plástico são cada vez mais complexos, e conseqüentemente exigem periféricos de alta tecnologia. De acordo com o gerente geral da empresa, Michael Rollmann, é neste contexto que os sistemas de câmara quente e periféricos da Incoe fornecem vantagens em termos de redução de ciclos de produção e gastos com matéria-prima. Com sua facilidade de instalação e operação a custos reduzidos, “nossos periféricos atendem as demandas do mercado extremamente competitivo de hoje”, observa. A empresa não fez lançamentos na mostra catarinense, reservou suas novidades para a feira K 2010, que ocorre, no mês de outubro, em Duesseldorf , na Alemanha. Mas o gerente que ficou surpreso com dimensão e a organização da Interplast, comentou que a participação na feira teve o objetivo de intensificar os contatos com as ferramentarias e transformadores de plástico na região de Santa Catarina, Rio Grande de Sul e do Paraná. “Aproveitamos da oportunidade de demonstrar a larga experiência da Incoe e nosso compromisso com a qualidade, o que permite fornecer e suportar a melhor relação custo benefício das tecnologias de sistemas de câmara quente disponíveis no mercado”, destaca. A Incoe levou para a feira vários produtos que compõem o seu como o DirectFlo™ Gold, para aplicações técnicas com pesos de ciclo de até 9000g; o Quick-Flo™, Microcom: controlador de temperatura faz parte do portfólio da Incoe
para múltiplas cavidades e pesos de ciclo de ate 375g; as buchas com 14 opções padrão de ponteiras; o Twin Heater (resistências de duplo filamento) e resistências multi-zona para buchas longas; os sistemas unitizados a prova de vazamentos e sistemas hot half completos; os sistemas multi material e multi componente; os controladores de temperatura, seqüencial e valvulado; os sistemas valvulados hidráulicos e pneumáticos; filtros e bicos para máquina injetora.
A Piovan também comenta sobre a importância dos periféricos no processo produtivo. Destaca que a realidade atual obriga qualquer empresa a ser altamente competiti50 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
sinas higroscópicas, sistemas ante-condensação de moldes, moinhos, termocontroladores de moldes e calandras, sistemas de refrigeração industrial e unidades individuais de água gelada, chillers de alto rendimento energético, sistemas gravimétricos de controle do peso-metro de filmes, chapas, tubos e perfis, separadores de pó, sistemas especiais para fabricação de preformas PET, sistemas de reciclagem de PET PCR, cristalizadores e softwares de gerenciamento de periféricos. O vice-presidente não informa o volume negócios realizados na feira, mas destaca que a participação na Interplast foi muito positiva, com grande procura pelos equipa-
mentos da empresa, especialmente os mais recentes, que segundo ele geraram o interesse no público presente. A empresa apresentou na feira uma amostra de sua linha de refrigeração industrial. A recém lançada linha de mini chillers Piovan, com capacidades até 25.000 kcal/ h, caracterizada por suas dimensões reduzidas, com uma significativa economia no consumo energético. Também expôs a linha de desumidificadores da série DS, “que tem o menor consumo de energia da categoria”, comenta Prado. Levou ainda os dosadores volumétricos da série MDP para até quatro componentes, com capacidade de até 1000 kg/h, moinhos de alta performance e termoregulares para moldes. Para o mercado de PET, divulgou a nova geração de secagem para PET, a linha Genesys que reduz o consumo energético em até 50%.
Além de destacar a importância dos periféricos, a Mainard acredita que estes equipamentos podem ser um trunfo tecnológico para as empresas brasileiras disputarem o mercado com a concorrência internacional. O diretor da empresa Amilton Mainard, salienta que hoje todos buscam produzir cada vez mais, com o menor custo e com a melhor qualidade possível. Como muitos periféricos são produzidos por diversas empresas que têm essa preocupação, o resultado não poderia ser diferente. “Estes equipamentos estão se destacando cada vez mais. Afinal precisamos frear a entrada de produtos estrangeiros e esta é uma das armas que temos para brigar”, salienta. Especializada na produção de medidores de espessuras, a Mainard levou para a Interplast 2010 a sua tradicional linha de instrumentos de medição. Segundo o diretor, a empresa que tem participado de todas as edições da feira, neste ano realizou negócios que superaram as expectativas iniciais. Destaca ainda, que além da prospecção de novos clientes, a empresa aproveitou a feira estreitar o relacionamento com os clientes habituais. Entre os produtos apresentados, o destaque foi o durômetro Shore, que teve grande procura no estande da Mainard. “Sentimos que o mercado está entendendo muito bem que trabalhanos com qualidade e isso tem nos aberto muito as portas para esse ramos de medição de dureza”, acrescenta o executivo. A empresa apresenta soluções em
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Prado, da Piovan, destaca a importância dos periféricos para a cadeia produtiva da indústria
Para o representante da empresa a participação na Interplast 2010 foi boa, “tendo em vista que a Bettoni está em amplo crescimento e buscando novos mercados”. Acrescenta ainda, que a feira é muito visitada, além de estar localizada em um dos principais centros da indústria plástica da América Latina. Entre as novidades que levou para a mostra, destaca-se uma nova linha de secadores monofásicos, “bastante compactos e com preços competitivos”, comenta.
medição de espessura para várias finalidades como, plásticos, borracha, tecidos, papel, TNT, EVA, pré-formas entre outros.
Roberto Rihl Bettoni, da área comercial da Bettoni Sistemas para Plásticos, afirma que não se pode mais pensar em produtividade e controle de processo sem um bom dimensionamento de periféricos, confirmando a posição de destaque destes equipamentos nas empresas de transformação de plástico. A Bettoni fabrica alimentadores monofásicos e trifásicos, dosadores de pigmentos e aditivos, secadores e desumidificadores, reservatórios, centrais de alimentação entre outros acessórios com projetos específicos. “Oferecemos também ao mercado uma linha dosadores gravimétricos de precisão, através de uma parceria com uma
empresa da Europa”, observa Bettoni. Ele destaca que a empresa atende grandes empresas de vários segmentos do setor plástico, como de utilidades domésticas, automotivo, embalagens, brinquedos, calçadista, da área médica, entre outros.
Na concepção da Mecalor, nem todos os fabricantes de periféricos enxergam seus próprios equipamentos com a importância que realmente merecem. E esse fato, que há tempos era regra no mercado, atualmente tem sido exceção no diaa-dia do transformador de plástico. “A Mecalor faz parte do grupo de empresas que entende a importância do papel do periférico na rotina de uma indústria de plástico, não poupando investimentos na evolução de sua linha de produtos”, observa o coordenador de marketing da em>>>> presa, Gilvan Prudêncio de Souza.
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Eventos Ele cita que o TermoRegulador (TMR), popularmente conhecido como Aquecedor de Molde, é um exemplo do empenho da Mecalor em alinhar-se com essa tendência. O novo TMR, lançado na última BrasilPlast e apresentado ao mercado catarinense durante a Interplast 2010, contou com o auxílio de uma empresa especializada em design de produtos, durante a fase de projeto. “O objetivo era, além de desenvolver um equipamento apresentável, melhorar a ergonomia e o acesso para manutenção”, salienta Souza. O equipamento apresenta linhas mais modernas, construído com bombas e tubulações de aço inoxidável, que utilizamse de conexões sanitárias para interligação entre esses componentes. Na prática, significa dizer que em caso de uma eventual falha da bomba, o operador pode desconectá-la do sistema e substituí-la de forma rápida, sem necessitar de nenhuma ferramenta. O CLP, localizado em cima do equipamento, fica na altura das mãos e voltado para os olhos do operador, que pode controlar o TMR com apenas uma mão. A utilização de um CLP, com capacidade de
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processamento adequada às necessidades da válvula motorizada incorporada ao equipamento, resultou em baixo consumo de energia e estabilidade de ±0,5°C, em toda a faixa de temperatura de operação do equipamento, que vai de 10°C até 140°C (nos modelos que utilizam água como fluído circulante e até 250°C para modelos que utilizam óleo térmico). Segundo o coordenador, outro diferencial do produto é a válvula motorizada que exige um tempo menor do operador, que em outros equipamentos do mercado, os quais necessitam fazer o ajuste manual da vazão da água gelada, primeiro para atingir a temperatura desejada e depois para mantê-la. “No novo TMR o operador só seleciona a temperatura no CLP e a válvula se encarrega de promover o ajuste ideal para atingir a temperatura e mantê-la estável”, informa. Opcionalmente, o equipamento ainda pode sair de fábrica dotado de “Kit de Drenagem de Molde”, para remover e recuperar toda a água contida no molde, evitando eventuais “molhadeiras” na produção durante a troca do molde da injetora, e também com o “Kit
Limitador de Pressão”, quando a água tem pressão superior a 4 bar.
A AWS destaca a importância dos periféricos no processo produtivo e o crescimento deste mercado. O diretor da empresa, Aparício Sapage, comenta que hoje as empresas estão cada vez mais buscam inovações tecnológicas para se tornarem mais competitivas, “para tanto necessitam otimizar seus processos garantindo uma maior qualidade, agilidade e continuidade de fornecimento para seus clientes”. Atenta a esta nova realidade, a indústria está se capacitando tecnologicamente para atender esta demanda. Produz dosadores, alimentadores, secadores, desumidificadores, multisystem, misturadores, recuperador de solvente e viscosímetros. “Nossa empresa sempre esta atenta aos problemas que os nossos clientes têm na suas fábricas”, observa Sapage. Sapage informa que a AWS levou vários lançamentos para a Interplast. “Lançamos o dosador AW 550 Pó, o recuperador de Solvente, o viscosímetro AW 1500, e o mini
pellet. O dosador AW 550 é destinado para aditivos e em pigmento em pó, com produção de 0,5 a 100%. Entre as vantagens que o equipamento apresenta, destacam-se dosagem diretamente no pé da rosca, diminuição de custos, e a redução de mão-de-obra na preparação de misturas. Já o recuperador de solvente é um equipamento voltado para a sustentabilidade, contribuindo para a preservação do meio ambiente. O diretor fala que o equipamento pode gerar uma economias de até 80% para as empresas. “Temos estes equipamentos disponíveis nas versões AW 15 lt, 25lt, 40 lt, 60 lt, 100 lt, 200 lt, 400 lt e 600 lt”, acrescenta. E o viscosímetro AW 1500 é um sistema coposto por controlador AW1500, sensores MXBO, válvulas de ar, regulador de pressão de ar e válvulas para o solvente. Este equipamento trabalha no tinteiro da máquina automaticamente medindo e controlando a viscosidade da tinta três vezes por minuto. “Nosso sistema tem assistência técnica por nossa empresa assim como peças de reposição, muito embora sejam de pouca manutenção”, comenta Sapage.
O sócio-diretor da BY Engenharia, Antonio Azevedo Alves, comenta que é uma tendência o fato dos periféricos estarem assumindo uma posição de destaque no processo produtivo nas empresas da terceira geração do plástico. Mas observa que devido ao custo de aquisição, ainda existe a dificuldade de venda de equipamentos para alguns segmentos. A BY oferece uma ampla gama de periféricos, como os sistemas de peletização imerso em água (corte na cabeça), da Gala, USA. O seu portifólio também é composto por camisas e roscas bimetálicas para extrusão, injeção e sopro, troca telas hidráulicos e bombas de engrenagens, da Xaloy, USA; matrizes planas e blocos de distribuição (flat die – manifold), da EDI, USA; sistemas de medição em linha, da Thermo Fischer, USA; sistemas de controle de extrusão para tubos, da alemã Inoex. Na Interplast a empresa lançou os sistemas de peletização imerso em água para compostos carregados com alta porcentagem pó de madeira, os sistemas de peletização imerso em água para compos-
tos com fibra devidro, ligas bimetálicas para processamento de materiais super abrasivos e corrosivos. Segundo o doritor a participação na feira foi positiva, “devido ao número de visitantes e ao interesse técnico dos mesmo”. Durante o evento foram vendidos cinco equipamentos.
A BGM, que levou novidades para a Interplast, comemora a participação na feira. Segundo o diretor da empresa, Walner Cavallieri é a melhor feira em termos de visitação de pessoas que decidem, “especialmente nesta edição onde lançamos a nova ensacadeira automatica , a bag line , para nós a feira foi realmente um sucesso”. A indústria fabrica granuladores, peneiras seletivas, secadores, misturadores e ensacadeiras. Durante a feira foram vendidos seis equipamentos, sendo que três são as novas ensacadeiras. Estas máquinas têm alimentação por saco tubular, onde o operador não necessita mais colocar e tirar o saco para envasar peletes. “O equipamento fez muito sucesso, pois o seu valor é amortizado em pouquíssimo tempo, só com a economia do>>>>
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Walner Cavallieri, da BGM acredita nos bons negócios realizados a partir da participação na Interplast
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Eventos flexíveis. Na feira expôs a rebobinadeira Jaguar Full e o recuperador de refiles, que é patenteado e produzido com exclusividade. Aboud informa que o equipamento destacase pela ampla aceitação no mercado. De acordo com o gerente, os produtos da Mega Steel apresentam como diferencial o nível tecnológico de ponta, “oferecemos o existe de mais moderno no mercado”. Destaca também estrutura robusta do equipamento, permitindo trabalhar com velocidades de até 800 mt/min, em vários segmentos de materiais como BOPP, PET, paepl, alumínio e outros materiais.
custo do saco, sem contar na eliminação da mão-de-obra”, destaca Cavallieri. O diretor comenta que o mercado da região Sul esta cada vez maior e a feira, a cada edição reflete este crescimento, sendo considera a segunda melhor mostra do segmento no país. “Pela primeira vez tivemos visitas do Paraguai, da Argentina, e do Uruguai. A feira além de excelente, está se tornando internacional”, acrescenta.
A Mega Steel também salientou que a sua participação na Interplast foi muito importante. “É uma feira estratégica que alcança os principais transformadores do Sul, que oportunizou a divulgação dos nossos produtos para este mercado”, comenta o gerente de produção da empresa, Roberto Aboud. Ele destaca que durante o evento foram realizados negócios, “em um volume
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substancial, além da prospecção de novos negócios para os próximos meses”. A empresa é fabricante de extrusoras, rebobinadeiras, gofradeiras, injetor de PIB, recuperadores de refiles e equipamentos especiais na área de transformação de filmes
Carol Oliveira, do departamento de vendas técnicas da Ineal, também destaca a valorização dos periféricos pelas empresas do setor. “Hoje os transformadores já não veem mais os periféricos como um luxo, mas como equipamentos que podem trazer vários benefícios, como redução de desperdício, mistura homogênea, redução de energia”, observa. Ela comenta ainda que estes equipamentos permitem que os operadores, antes envolvidos no processo de alimenta-
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ção, dosagem, mistura, entre outros, possam desenvolver atividades mais focadas no desempenho da máquina. Dentro deste contexto e com o objetivo apresentar mais novidades para os transformadores, a Ineal lançou na Interplast um dosador gravimétrico e esteiras de transporte. A representante da empresa comenta que as esteiras representam uma solução ideal para o trabalho com máquinas injetoras, alimentação de moinhos, saída de sopradores entre outras situações. Podem ser dimensionadas de acordo com a necessidade de cada processo. A estrutura é em alumínio extrudado, as correias são feitas de material resistente e taliscas transversais vulcanizadas. A Ineal que participa desde a primeira Interplast, comemora o bom desempenho nesta edição. “Foi uma feira com excelente qualidade de público. Teve uma visitação técnica na consulta e focada. Os visitantes tinham um bom conhecimento sobre os periféricos e queriam saber o que os equipamentos que estavam expostos poderiam oferecer de melhor dentro do processo de produção da sua empresa”, observa Carol Oliveira. Ela não revela o volume de negócios realizados no evento, mas informa que venderam equipamentos durante a feira e que novos negócios devem ser concretizados no pós-feira. A empresa produz equipamentos de automatização do processo de alimentação, dosagem, secagem, desumidificação, mistura, pesagem e moagem.
Na feira de Joinville a Megga Steel expôs a rebobinadeira Jaguar Full
O diretor comercial do Grupo NZ, Thiago Zaude, destaca que o crescimento tecnológico dos periféricos e acessórios para o processo de extrusão e injeção, “estão em ótimo nível”. E sali enta a importância destes equipamentos para as empresas, sendo que o investimento e tecnologia aumenta a qualidade, performance em produtividade e “o custo disso é agregado ao preço de venda praticado”. Segundo Zaude a empresa fornece equipamentos para toda cadeia produtiva do setor do plástico, “obtendo ótimo desempenho no mercado”. O seu portifólio é composto por extrusoras, moinhos, granuladores, silos, alimentadores, entre outros. Para o diretor a participação na Interplast foi positiva. Possibilitou a expansão da marca e ampliou a visibilidade da empresa no mercado da região Sul. Observa que o volume de negócios na feira foi baixo, mas destaca que está apostando no pós-feira para concretizar novos negócios que viabiliza o investimento no evento. Na mostra apresentou a extrusora dupla rosca para laboratório SJ 20 com troca de tela hidráulico e bomba a vácuo. Específica para desenvolvimento de amostras e lotes pilotos. PS <<<< Agosto de 2010 < Plástico Sul < 55
Joinville garante bons negócios
A
Diretoria do Grupo Golden Eagle com Ivonésio Gonçalves da Silva, da Chiang(D)
A Chiang comemora a participação na feira. Segundo o diretor da empresa, Ivonésio Gonçalves da Silva, foram fechados negócios durante a mostra e também foram solicitados vários orçamentos por clientes da região e de outros países, como Argentina, Uruguai e Perú. Ele também destaca a visita do presidente e do vice-presidente do Grupo Golden Eagle, que está entre os maiores fabricantes de máquinas da China. “Vieram prestigiar nossos clientes. Eles ficaram surpreen-
cação ou desvolatização, o design simples e robusto do MRS o torna a máquina ideal para o processamento de materiais altamente contaminados”, acrescenta. Entre os sistemas de filtração foram apresentados os RSFgenius, para filtração completamente automática e altas demandas, e o SFXmagnus, para operação de processo constante com baixos custos de in-
didos com o potencial da região e confiantes que estão sendo bem representados no Brasil e América Latina pela Chiang”, salienta. A empresa expôs na feira uma injetora de 530 toneladas de fechamento, servo motor, para PVC rígido. “Esta máquina economiza até 75% de energia elétrica e os visitantes ficaram impressionados com o seu baixo ruído”, comenta o diretor. PS
vestimento. A empresa também expôs os sensores Gneuss, que permitem “medição precisa de pressão e temperatura de polímeros fundidos através de sensor confiável, de tecnologia de ponta e ecologicamente corretos”, destaca Grunewald.
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lém dos fabricantes de periféricos, outras empresas também tiveram destaque no evento. Entre as inúmeras que registraram bons contatos, a revista Plástico Sul selecionou duas para representar os bons negócios realizados na mostra. Durante o evento, que acon-
no que concerne a desgaseificação de polímeros. Permite, por exemplo, o processamento de flakes de garrafas PET úmidas e não cristalizadas de forma direta para produtos finais de alta qualidade. A extrusora MRS é baseada em um sistema de roscas múltiplas consistindo de um tambor monorosca com fusos “satélites” que oferecem uma superfície ampla de massa fundida e rápida troca de superfície para um incomparável desempenho de desgaseificação ou desvolatização. A máquina possibilita o processamento de material úmido mesmo com vácuo somente de 20 – 40 mbar. Também permite uma extração altamente eficiente de solventes ou outros voláteis problemáticos durante o processamento de plásticos. “Adicionalmente às excelentes propriedades de desgaseifi-
teceu de 23 a 27 de agosto, em Joinville (SC), a Plástico Sul elaborou um jornal diário com notícias sobre a participação das empresas na Interplast. De acordo com a Messe Brasil, organizadora do evento, a estimativa de negócios nos cinco dias de evento e nos próximos seis meses, reflexo dos contatos iniciados, deve ultrapassar os R$ 400 milhões. O número de visitantes chegou a 25 mil, com profissionais vindos de 19 países, 22 estados brasileiros e do DF. Os segmentos de embalagem, automotivo/autopeças, construção civil e linha branca foram os de maior número no evento.
A Gneuss comenta que a participação na Interplast foi uma excelente oportunidade de divulgação e de contato com clientes regionais. Na feira, a empresa apresentou a extrusora MRS para a desgaseificação de massas plásticas fundidas e linha de sistemas de filtros rotativos, troca-telas e sensores de pressão e temperatura. O diretor da divisão América do Sul, Andres F. Grunewald, conta que a tecnologia de extrusão MRS tem definido novos padrões 56 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
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Eventos
PUBLIEDITORIAL Lançamentos
D
ebutando na feira Interplast, a empresa Ecomaster lançou dois novos produtos: o ECODRIER B - aditivo que elimina toda a umidade causada pelo reprocessamento de materiais plásticos - e o ECOCLEAN - desenvolvido através de nanotecnologia e que utiliza como principio ativo a prata, agente natural, aditivo antimicrobiano atóxico, capaz de deixar o produto isento de contaminação por fungos e bactérias.Também foi apresentado o master biocomposto (biodegradável), que aplicado na fabricação de sacolas plásticas irá acelerar sua decomposição no aterro sanitário, não gerando o gás metano e não agredindo o meio ambiente. O produto já foi testado e aprovado em laboratórios renomados e, em breve, deverá entrar em escala industrial. No decorrer da feira foi feito contato com várias empresas interessadas em testar o produto. Para todas, a questão ecologia é uma prioridade. Alicerçada nos conhecimentos seus fun-
GILMAR BITENCOURT/PS
Ecomaster apresenta novidades na Interplast dadores, Eduardo Tadeu, José Cordeiro e Nivaldo Boracini, a Ecomaster produz masterbatches brancos e coloridos, bem como aditivos. Através de um processo produtivo inovador, a empresa diversificou, produzindo concentrados com formato diferente do tradicional granulo cilíndrico, melhorando o processamento nos seus clientes e evitando problemas de homogeneização causados por grânulos irregulares. Em 2007, inaugurando novo parque fabril de 5.000 m2, localizado em Franco da Rocha (SP), a Ecomaster atingiu sua capacidade máxima de produção, dando inicio à sua mais nova fase. Após pesquisa, investimento tecnológico e treinamento de seus
Nivaldo Boracini, Eduardo Tadeu e José Cordeiro, os sócios responsáveis pela Ecomaster
colaboradores, a empresa substituiu seus equipamentos por outros de maior capacidade de produção, passando de 350 para 650 Ton./mês. Em 2009, a empresa foi certificada pela mais nova versão do sistema de qualidade assegurada: ISO 9001/2008. PS
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Por Erik Farina
Inovar é a estratégia para UDs
Tendências & MercadoUtilidades Domésticas
O
mercado de plásticos para Utilidades Domésticas (UDs) vive um momento paradoxal no Brasil. Por um lado, o consumo se aquece, com mais distribuição de renda e a inclusão de novos consumidores na economia, sedentos por itens básicos para casa, de baldes para limpeza a pratos e copos, passando por porta-condimentos e prateleiras. Por outro, os asiáticos, em especial os chineses, invadem o comércio brasileiro com uma infinidade de itens simples e baratos, abocanhando mortalmente o próspero mercado que se forma. Desde que as empresas globais de transformação de plástico passaram a alocar suas operações na China, no
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final dos anos 90, a Terra de Mao passou a ser um dos celeiros da indústria mundial de plástico. Hoje, a China já representa, sozinha, 15% da produção mundial de plástico, de acordo com a Plastics Europe. E um de seus braços mais fortes é justamente a fabricação de utilidades domésticas, que chegam de lá muito baratas perante a concorrência dos nacionais. E um dos países que sofrem com esta ameaça é o Brasil, onde há centenas de fabricantes de UDs e 9,3% do plástico transformado vira materiais de uso cotidiano dos brasileiros. A boa notícia é que estes tipos de produtos feitos e exportados pela China ainda são extremamente simples, com design e cores básicas, além>>>>
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DIVULGAÇÃO/PS
Tendências & MercadoUtilidades Domésticas
de ter limitações técnicas em flexibilidade e resistência. Com isso, há brecha para os brasileiros se posicionarem no mercado com produtos de maior valor agregado. Por isso, muitas empresas já escolher o caminho da inovação para crescerem. A produtora de resinas Eastman Chemical Company, uma das primeiras empresas do setor de plástico para UDs a levar em conta a inovação e o design em seus produtos, promove, desde 2004, um processo de aproximação com a comunidade de design e com os donos de marcas, com o objetivo de apresentar as opções de aplicabilidade das diferentes linhas que produz. Isto dá competitividade na ponta e agrega valor ao serviço da Eastman. “Acreditamos que trabalhar com o mercado em toda sua cadeia nos possibilita atender melhor às necessidades do mesmo além de que contribuímos na diminuição desse hiato que existe entre o mundo do design e dos materiais”, relata Rogério Assad Dias, Gerente de Marketing e Comunicação da Eastman na América Latina. E as inovações que lança ao mercado são mostra de sua inclinação pela diferenciação. A companhia lançou recentemente o copoliéster Eastman Tritan, uma nova geração de copoliéster que oferece um novo conjunto de propriedades para a melhoria do desempenho do produto e da flexibilidade
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de design. Nas palavras da empresa, o Tritan “alia a facilidade de processamento com uma mistura de propriedades únicas, incluindo transparência, tenacidade, resistência à temperatura e superior resistência química, durabilidade e é livre de Bisfenol A – BPA free”. Não apenas em UDs, como artigos domésticos e mamadeiras, mas também para eletrodomésticos e a aplicações em chapas extrudadas, o novo copoliéster agrega valor às marcas, ao design de produto, aos processadores, aos fabricantes e aos consumidores. Estas vantagens possuem o potencial para mudar fundamentalmente a maneira como o desenvolvimento de produto é conduzido, levando ao mercado com produtos superiores. As ações da empresa não necessariamente ocorrem na linha de produção própria ou do cliente, mas são captadas via canais de tecnologia. Uma das iniciativas foi a criação de um website exclusivo para designers e donos de marcas, onde, em linguagem simples e acessível, a Eastman mostra as diversas aplicações e características de seus produtos ao redor do mundo. Além disso, o laboratório de Inovações da companhia, que funciona em um website (www.eastmaninnovationlab.com), também mostra as oportunidades de inovação a partir de seus produtos.
Rogério Dias, da Eastman: empresa está ao lado da comunidade de design e donos de marcas
Outra companhia com atuação no Brasil e que tem aproveitado suas instalações para lançar produtos diferenciados é a Dow, fabricante de resinas de tipo commodities e especialidades. Para a companhia, valorizar seus produtos é uma boa ocasião para crescer neste próspero mercado e fugir da concorrência asiática – que responde por quase um terço das im->>>>
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Tendências & MercadoUtilidades Domésticas
portações brasileiras de plástico. “A Dow tem pesquisado para chegar a produtos diferenciados e que agreguem valor aos processadores e usuários finais, gerando uma proteção natural contra a concorrência chinesa ou outras”, explica José Mendes Sanchez, Gerente de Produto de Polietileno de Alta de Densidade da companhia. Um dos principais lançamentos recentes da empresa é a resina de alta densidade e desempenho Continuum EP, utilizada para aplicações de injeção e sopro. Em outras áreas de atuação, a empresa tem priorizado o lançamento de resinas de baixa e alta densidade para aplicações em áreas médicas.
Os transformadores e fabricantes de utilidades domésticas são coerentes ao movimento de seus fornecedores. Estas empresas têm colocado no mercado produtos acabados com cores, design e utilidade diferentes, dentro da lógica de obterem vantagem perante a concorrência internacional. A Plasútil, com sede em Bauru (SP), passa a oferecer novidades em praticamente toda a sua linha de produtos. Seja na categoria de cozinhas decoradas, nos potes “click e trave”, quanto em potes modelos florais e potes modelos frutas, a companhia desenvolve design diferenciado e mais praticidade no manuseio. As cores das tampas também se tornam mais variadas, contrastando com as transparências dos potes. A companhia mantém em seu portfolio alguns itens também para banheiro, como potes para guardar itens diversos, que vão além das formas básicas. Os itens possuem desenhos, tamanhos e cores variadas. A mesma preocupação pode se ver nos organizadores decorados e nas demais linhas de lixeiras, que apenas pelo design já apresentam alguma vantagens sobre os produtos asiáticos. Com mais de 600 itens, a Plasútil possui negócios com os mais diversos tipos de consumidores no Brasil e em mais de 30 países. Para melhorar a funcionalidade e o design dos de seus itens, a companhia mantém uma equipe disponível a conhecer as 62 > Plástico Sul > Agosto de 2010 >>>>
necessidades dos clientes e propor melhorias. As estratégias do setor de UDs não se limitam à inovação. O atendimento personalizado às necessidades de cada cliente também se tornou uma forma segura de fazer negócios e originar produtos adaptados a cada tipo de necessidade, garantindo a fortificação da cadeia e mais espaço no mercado. A exemplo da Plasútil, a Jaguar Plásticos desenvolve projetos de embalagens ou artigos de UDs de acordo com as necessidades de cada cliente. O trabalho inicia-se a partir do desenvolvimento de produtos, onde uma equipe especializada e softwares de última geração são utilizados para definição e aperfeiçoamento do produto. Após esta etapa, o setor de engenharia especifica e define os parâmetros de processos para que o projeto apresente os resultados pré-estabelecidos. A produção é realizada em máquinas injetoras e equipamentos auxiliares que dispõe de tecnologia atualizada em nível mundial.
As empresas do setor apostam na continuidade do aumento na demanda por UDs no País, assim como acreditam que o consumo de embalagens seguirá em alta, ambos segmentos puxados pelo consumo interno e o aumento de poder de compra da população. O mercado da região Nordeste, aquela que mais cresceu economicamente no Brasil nos últimos anos, é vista como estratégica para as companhias, que colocam boa parte de suas verbas de pesquisa e desenvolvimento em embalagens e UDs. Apesar das boas perspectivas, a indústria brasileira de tranformadores plásticos no segmento de UDs näo tem acompanhado nos mesmos índices as altas de consumo de outros segmentos do mercado, como automobilísticos e bens de consumo duráveis, alerta Orlando J.Pinto de Oliveira, gerente Comercial da Jaguar, transformadora de Plásticos, e diretor da Câmara Setorial dos Fabricantes de Utilidades Domésticas da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Explica que a maioria dos fabricantes menciona crescimentos bastantes modestos
José Mendes Sanchez, da Dow, destaca lançamento da Continuum EP, utilizada em injeção e sopro
para o primeiro semestre do ano 2010. "Temos acompanhado que as atividades industriais de nosso segmento, somente agora estäo retornando aos níveis das atividades do ano de 2008, que se apresentou como um dos melhores períodos de crescimento no setor", explica. Se a boa notícia é o consumo interno, a vilã foi a crise financeira mundial, que atingiu fortemente a indústria, e apenas agora esta consegue se recuperar. Inciada em 2008, a crise financeira mundial resultou em resultados muito abaixo do esperado em 2009, e somente começará a oferecer recuperação no segundo semestre de 2010. "Pelo resultado das atividades no primeiro semestre deste ano, acreditamos que as indústrias possuam ociosidade produtiva para suprir a alta de consumo esperada para o restante do ano de 2010, aumentando sua producão caso necessário", fala Oliveira. Quanto aos preços, cuja alta já é temida pela indústria por ameaçar frear o consumo, diz somente será necessário elevar preços ao consumidor caso os valores da matéria prima (resina termoplástica) sofra aumento até o final de ano. "Já temos recebido pressäo dos fornecedores no sentido de realinhamento de precos", alerta. PS
Plast Mix
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Foco no Verde
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As cores da sustentabilidade
Purgfix: Utilizado na limpeza de máquina substituindo o uso de resina natural. A combinação de produtos específicos na formula deste produto, garante uma limpeza rápida, eficiente e econômica. O uso deste material contribui com a diminuição do uso de resina natural, tempo de máquina e consequentemente, no consumo de energia elétrica. Selofix: Utilizado durante a parada de máquina na vedação de rosca, evitando problemas como: carbonização e amarelamento de resina. Agilizando reinício de produção e diminuindo perdas por contaminação de carbonização (pintas pretas). O uso deste material contribui com a redução no consumo de resina natural para limpeza da maquina no inicio do processo, desperdício de tempo e de energia.
Empresa de masterbatch lança pacote sustentável com foco no meio ambiente
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e olho nas ações desenvolvidas pelo setor plástico para ajudar na preservação do meio ambiente, a revista Plástico Sul encontrou mais uma novidade vinda de uma empresa fabricante de masterbatches, a Colorfix, sediada em Colombo (PR). A empresa lançou recentemente um pacote de sustentabilidade, com linha de produtos que proporcionam ao transformador a possibilidade de desenvolver projetos sustentáveis. A empresa enviou para a nossa redação maiores detalhes. Confira:
Endofix ou Exofix: Utilizado na redução de densidade do produto final. A 64 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
matéria-prima natural (resina) é substituída por células de gás, consequentemente, reduzindo o peso da peça.
Whitefix: Utilizado para proporcionar maior “limpeza” de cor no material plástico. Geralmente utilizado nos casos em que o cliente necessita manter aparência da peça final, em misturas com material recuperado. Processplus: Utilizado como auxiliar de processo, lubrificante e agente compatibilizante. Devido à composição química do Processplus é possível observar redução de temperatura de processamento, consequentemente, economia no uso de energia elétrica e ganhos de produtividade. O uso deste aditivo permite maior incorporação de resinas recuperadas, substituindo o uso de resina natural.
Cooler: Esta linha tem uma característica especial de reflectância solar total, aumentada em relação aos pigmentos convencionais. Quanto maior a reflectância, menor a absorção do calor. O uso deste material em algumas peças contribui com a redução do consumo de energia. Em aplicação em peças internas de automóveis observamos maior eficiência nos sistemas de refrigeração. Bactfix: A Incorporação deste aditivo ao polímero impede que bactérias se fixem ao substrato e se proliferem, evitando o aparecimento de manchas, odores e perda de propriedades mecânicas. O uso deste material provavelmente aumentará a vida útil da peça acabada. Processfix: Utilizado como auxiliar de processo, seu principio ativo adere as parte metálicas internas da máquina durante o processamento, aumentando a produtividade e facilitando a limpeza da máquina, consequentemente, o uso de resina na limpeza do equipamento será reduzido. PS
Institucional
Luiz de Mendonça é o novo presidente do Siresp
O
Sindicato da Indústria de Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo – Siresp está sob novo comando. A diretoria é encabeçada por Luiz de Mendonça, presidente da Quattor, que assumiu a presidência do Sindicato no triênio 2010-2013. A primeira vice-presidência fica com Flávio Augusto Lucena Barbosa (Innova) e a segunda vice-presidência será ocupada por Roberto Noronha Santos (Unigel). Segundo Luíz de Mendonça, o Siresp tem como objetivo trabalhar pelo crescimento, integração e aperfeiçoamento da indústria petroquímica e do plástico no Brasil. “Vamos trabalhar em prol de toda a cadeia do plástico, não somente por sua importância no cenário da economia brasileira, mas também pela missão de prosseguir com o trabalho de fortalecimento, desenvolvimento e ampliação da representatividade desta cadeia produtiva” – enfatiza o presidente. O executi-
Mendonça aposta no relacionamento com transformadores para o crescimento do setor
vo assumiu a presidência do Siresp prometendo estreitar o relacionamento com a 3ª geração da cadeia petroquímica, composta por transformadores plásticos. O executivo quer maior relevância política para o setor. "Hoje, há maior compreensão de que é preciso somar forças para crescer", afirmou. Outra questão defendida por Mendonça é a necessidade da 3ª geração da cadeia petroquímica se reorganizar, de modo a viabilizar a elaboração de um Pacto Nacional da Indústria do Plástico. O documento deve seguir os moldes o Pacto Nacional da Indústria Química, formalizado em junho. "Não podemos ter diversas associações de
classe com focos distintos. A 3ª geração está se organizando e quando há foco, conseguimos melhores resultados", afirmou Luiz de Mendonça. A entidade destaca que a expressiva capacidade instalada de mais de 5 milhões de toneladas/ano coloca o Brasil como o maior produtor de resinas plásticas da América do Sul e oitavo do mundo.PS
Bloco de Notas Eastman expande capacidade de produção daCHDM A Eastman Chemical Company está em processo de ampliação para aumentar acapacidade de produção de CHDM (Ciclohexano Dimetanol) - 25% da sua planta deKingsport, Tenessee. A empresa espera finalizar a expansão em duas fases: aprimeira até meados de 2011 e a segunda em 2012. O CHDM é um monômero usado paraproduzir produtos de plástico de diversasespecialidades. “Este aumento significativo na produção de CHDM nos permitirá atender àsnecessidades de nossos clientes em relação ao copoliéster, incluindo o EastmanTritan™”, disse Mark Costa, vicepresidente executivo de polímeros especiais,revestimentos e adesivos, e diretor de marketing. “Esta expansão
também noscoloca em melhor posição para um crescimento contínuo, ao permitir futurosaumentos (de até 25%) na produção de polímeroscopoliéster”. “Esta capacidade adicional fortalece nossa posição de liderança noquesito copoliéster e garante aos nossos clientes uma fonte confiável doproduto”, afirmou Dante Rutstrom, vice-presidente e gerente geral do segmento dePlásticos Especiais da Eastman.
Setor de embalagens deve crescer mais de 10% em 2010 A produção da indústria brasileira de embalagens deve crescer mais de 10% este ano em relação a 2009, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) encomendado pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre). A estimativa é praticamente o dobro da projeção anterior,
apresentada em fevereiro passado, quando Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, sinalizou que a produção cresceria entre 4,7% e 6,1% em 2010. O resultado anual foi revisado após o levantamento do setor apontar incremento de 16,29% na produção do 1º semestre, ante o mesmo intervalo de 2009, período fortemente impactado pela crise econômica iniciada nos Estados Unidos. A FGV destacou que, na comparação com o 2º trimestre de 2008, quando a economia brasileira ainda apresentava forte desempenho, o indicador de produção de abril a junho deste ano cresceu 6%.
Vitopel e UFSCar assinam contrato de cooperação tecnológica A Vitopel e a Universidade de São Carlos <<<< Agosto de 2010 < Plástico Sul < 65
Anunciantes Bloco de Notas (UFSCar) assinam, hoje, 14, contrato para exploração comercial e licenciamento de patente do Vitopaper®, papel sintético feito de diversos tipos de plásticos reciclados, um desenvolvimento conjunto entre a indústria e a universidade. Segundo o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho, a parceria entre universidade e indústria deve sempre ser incentivada. “Ações como esta servem para fomentar o desenvolvimento e a competitividade para o país”, afirma o executivo. 3 Rios # Pág. 23 Activas # Pág. 09 Apema # Pág. 51 ARCR # Pág. 59 AX Plásticos # Pág. 52 Bergson # Pág. 57 Braskem # Pág. 21 Chiang # Pág. 29 Comm5 # Pág. 43 Cristal Master # Pág. 25 Deb’Maq # Pág. 31 Detectores Brasil # Pág. 54 DM Robótica # Pág. 68 FCS # Pág. 37 Gabiplast # Pág. 36 Geremia # Pág. 67 HGR # Pág. 33 Ineal # Pág. 30 Itatex # Pág. 36 LGMT # Pág. 28 Mainard # Pág. 63 Mecanofar # Pág. 63 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Met. Wagner # Pág. 53 Miotto # Pág. 42 Mobil # Pág. 15 Multi-União # Pág. 53 Nazkon # Pág. 63 New Imãs # Pág. 63 Nuevotec # Pág. 52 NZ Philpolymers # Pág. 54 Office # Pág. 60 Piramidal # Pág. 19 Plást. Ven. Air es # Pág. 63 Plastech # Pág. 49 Plastimagem # Pág. 47 Plastimaster # Pág. 27 Polimáquinas # Pág. 39 Prestex # Pág. 54 Procolor # Pág. 20 Raltec # Pág. 55 Ravago # Pág. 13 Recicla NE # Pág. 61 Replas # Pág. 11 Rone # Pág. 52 Rosciltec # Pág. 63 Sandretto # Pág. 35 Sasil # Pág. 07 Seibt # Pág. 26 Shini # Pág. 41 Teck Trill # Pág. 34 Thati # Pág. 16 YJ # Pág. 45 66 > > Plástico Plástico Sul Sul > Agosto de 2010 >>>>
Mvc apresenta nova tecnologia para na serra gaúcha A MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente à Artecola e à Marcopolo, apresenta o inédito processo de fabricação de peças em compósitos, o RTM-S (Resing Transfer Molding – Surface) no 3º. Encontro Regional ABMACO 2010, que acontece dia 21 de setembro, no Hotel Laje de Pedra, em Canela, na Serra Gaúcha (RS).Durante o evento, Renan Holzmann, executivo da MVC, ministrará a palestra “Um Novo Conceito de Superfícies ‘Classe A’ para Compósitos”, sobre o novo processo. Desenvolvido e patenteado pela MVC, o RTM-S reúne o acabamento superficial de alta qualidade oferecido pelos termoplásticos, com a durabilidade, maior resistência mecânica e menor custo de fabricação dos produtos termofixos.
DuPont apresenta nova família de polímeros para uso em contato direto com alimentos A divisão DuPont Performance Polymers amplia as soluções ‘Food Grade’ (FG) e apresenta uma nova família de polímeros que atende aos exigentes padrões para aplicações que entram em contato direto com alimentos. Com os lançamentos, a DuPont passa a oferecer um dos mais amplos portfólios de plásticos de engenharia e elastômeros termoplásticos para uso no mercado de alimentos. Nesse sentido, as empresas do setor passam a contar com a expertise da DuPont em ciências de polímeros, qualidade, segurança e conformidade normativa para o mercado mundial de produtos alimentares. Os materiais ‘Food Grade’ da DuPont Performance Polymers estão de acordo com várias regulamentações internacionais, incluindo as da US FDA (Food and Drug Administration), European Food Contact n° 2002/72/EC e GMP (EC) n° 2023/2006. Vale ressaltar também que todos os produtos ‘Food Grade’ estão disponíveis globalmente para que os clientes tenham flexibilidade em realizar projetos e fabricação nas mais variadas regiões. O portfólio DuPont Food Grade possui inúmeros produtos, entre eles DuPont™ Mais informações sobre o uso dos polímeros de alto desempenho da DuPont em contato com alimentos podem ser encontradas em food.plastics.dupont.com ou com um representante da DuPont.
Agenda Internacional K’2010 Data: 27 de outubro a 03 de novembro Local: Düsseldorf - Alemanha Website: www.k-online.de
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